LIVRO 8
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LIVRO 8
LIVRO 8 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS RESOLUÇÃO: Somente a frase da letra “a” respeita as regras de rêngias em relação ao pronome relativo; no caso: “para cuja beleza muito contribuía a mata no alto do morro”. LÍNGUA PORTUGUESA 1. (ENEM-2010) Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde fez um pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais sobre a necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação do vírus. Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu pronunciamento, o seguinte trecho: (A) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. (B) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possam conter o avanço da epidemia. (C) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. (D) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. (E) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: A regência adequada do verbo “expor” exige o uso da preposição “a”, assim como o verbo “evitar”, no infinitivo pessoal, deve acompanhar o sujeito no plural, o que invalida as opções A e D. A locução verbal da oração subordinada adverbial final (“para que se possa conter o avanço da epidemia”) deve concordar com o sujeito simples no singular, o que invalida também a opção B. Em E, é inadequado, na linguagem formal, o uso do verbo “ter” com o sentido de “haver”. Assim, a frase correta é a que se apresenta em C: “Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necissidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia”. 2. 3. Assinale a alternativa em que a regência do verbo proceder contraria a norma culta: (A) Suas reclamações não procedem. (B) Procedíamos de uma humilde família de imigrantes. (C) Tomaram-lhe a tutela do filho, pois ela não procedia corretamente. (D) Daqui a três horas, o juiz procederá ao inquérito. (E) O professor procedeu os exames com um risinho de ironia. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: Nesta frase, proceder tem sentido de executar, fazer; exige, então, a preposição a “...procedem aos exames...”. 4. (FGV) Na revista Veja de 06.08.2008, a propaganda de determinada montadora de veículos apresentava os modelos espalhados pela página e, no alto, à direita, a seguinte frase: ‘‘sair Quando você da rotina vai? FUJA DO PADRÃO’’ Assinale as informações I. A frase - ‘‘sair Quando você da rotina vai?’’ – não possui elementos que remetam aos aspectos formais da língua portuguesa, daí a sua ininteligibilidade. II. Do ponto de vista comercial, ‘‘Fugir do padrão’’ significa adquirir um veículo da montadora. Linguisticamente, ‘‘Fugir do padrão’’ manifesta-se como uma frase que não atende aos padrões de organização sintática da língua portuguesa. III. A frase – ‘‘sair Quando você da rotina vai?’’ está dentro a construção formal da frase em língua portuguesa. Está correto apenas o que se afirma em: (A) I (B) II (C) III (D) I e II (E) II e III RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: O anúncio publicitário tem como objetivo induzir o leitor a adquirir o veículo anunciado. Para isso, argumenta que a pessoa que adquirir um veículo daquela marca faria diferente, fugiria do padrão. Essa ideia de rompimento dos padrões é reforçada, no plano da expressão, por uma frase que vai de encontro à "construção formal". (FUVEST-2010) A única frase que segue as normas da língua escrita padrão é: (A) A janela propiciava uma vista para cuja beleza muito contribuía a mata no alto do morro; (B) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-se para a universidade que você se inscreveu; (C) Apesar do rigor da disciplina, militares se mobilizam no sentido de voltar a cujos postos estavam antes de se licenciarem; (D) Sem pretender passar por herói, aproveito para contar as coisas as quais fui testemunha nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala; (E) Sem muito sacrifício, adotou um modo de vida a qual o permitia fazer o regime recomendado pelo médico. RESPOSTA: A 5. (UFV-MG) Assinale a alternativa, abaixo, que, em sequência, preenche CORRETAMENTE as lacunas das seguintes frases: Devo obediência.......professor. Não fiz referência......... Os alunos estavam presentes........acontecimentos. Continuaremos fiéis......que são os nossos amigos. (A) àquele, àquilo, àqueles, àqueles 1 (B) àquele, aquilo, aqueles, àqueles (C) aquele, aquilo, aqueles, aqueles (D) àquele, aquilo, aqueles, aqueles (E) aquele, aquilo, àqueles, aqueles RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: A preposição ”a” pode se contrair com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo não importando o gênero gramatical. Deve-se observar, pela regência das palavras, que todos exigem preposição “a”. RESOLUÇÃO: Os itens falsos, temos: ((A) O dinheiro de que os corruptos se utilizam é do povo. A preposição de aparece, pois o verbo utilizar exige; (B) Prefiro ler um bom livro a acompanhar novelas. O verbo preferir é usado sem o termo intensificador mais e deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição a; (C) Informei-o de que o Brasil tem sérios problemas sociais. Quem informa, informa alguém de algo; (D) Assisti à aula atentamente. O verbo assistir no sentido de ver, presenciar pede preposição a. 9. 6. (CEFET-S(C) Em qual das sentenças a seguir não há erro quanto à concordância e à regência verbal? (A) A empresa a qual o prêmio foi concedido destacou-se pelas ações destinadas à preservação do meio ambiente. (B) Ainda não de discutiu os termos do acordo cujo os presidentes comprometeram-se a reduzir as emissões de CO2 até 2050. (C) O arquipélago dos Açores, aonde iremos nas próximas férias, possui uma natureza deslumbrante. (D) Foi oferecido uma vaga de gerente à moça com a qual ele morava. (E) Não se conseguiu determinar a maneira que o vigarista selecionava às vitimas nas quais aplicava seus golpes. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: No item C, temos o verbo "ir" que, na linguagem formal culta, deve ser acompanhado da preposição a. Esta, por sua vez, aparece na palavra aonde (combinação da preposição A + OND(E) 7. (ESPM) Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática normativa não aceita o uso do mesmo complemento para verbos com regência diferentes. Esse tipo de transgressão só não ocorre na frase: (A) ‘‘Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de toda a política externa brasileira.” (Clovis Rossi) (B) ‘‘Educador é todo aquele que confere e convive com esses conhecimentos.” (J. Carlos de Souz((A) (C) Vi e gostei muito do filme O Jardineiro Fiel cujo diretor é um brasileiro. (D) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela espira. (E) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que simultaneamente. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: O rigor gramatical exige que não se dê complemento comum a termos de regência de natureza diferente. Assim não podemos dizer: concordar ou discordar de toda política externa, porque concordar pede a preposição com e discordar de. No item B, verificamos o mesmo erro, pois "confere" não exige preposição, mas "convive" pede a preposição com. Dessa forma, temos: (..) confere os conhecimentos e convive com eles. No item C, o correto seria: vi o filme e gostei muito dele. No item E, o verbo interessarse pede a preposição por e desinteressar-se a preposição de. 8. (CEFET) No trecho "... relacionamento diário com o relógio de ponto", o termo regente (relacionamento) exige a preposição "com", que introduz o termo regido (relógio de ponto). NÃO há erro de regência apenas na opção: (A) O dinheiro que os corruptos se utilizam é do povo (B) Prefiro mais ler um bom livro do que acompanhar novelas. (C) Informei-o que o Brasil tem sérios problemas sociais. (D) Assisti a aula atentamente. (E) Esqueci-me dos nomes de muitos dos meus amigos de infância. RESPOSTA: E (INSPER-2012) Utilize o texto abaixo para responder ao teste Quem ri por último ri Millôr Eu tinha 15 anos, havia tomado bomba, era virgem e não via, diante da minha incompetência para com o sexo oposto, a mais remota possibilidade de reverter a situação. Em algum momento entre a oitava série e o primeiro colegial, todos os meus colegas haviam adotado roupas diferentes, gírias, trejeitos ao falar e ao gesticular, mas eu continuava igual — era como se houvesse faltado na aula em que os estilos foram distribuídos e estivesse condenado a viver para sempre numa espécie de limbo social, feito de incertezas, celibato e moletom. O mundo, antes um lugar com regras claras e uma razoável meritocracia, havia perdido o sentido: os bons meninos não ganhavam uma coroa de louros — nem ao menos, vá lá, uma loura coroa —, era preciso acordar às 6h15 para estudar química orgânica e os adultos ainda queriam me convencer de que aquela era a melhor fase da vida. Claro, observando-os, era óbvia a razão da nostalgia: seres de calças bege e pager no cinto, que gastavam seus dias em papinhos de elevador, sem ambições maiores do que um carro novo, um requeijão com menos colesterol, o nome na moldura de funcionário do mês e ingressos para o Holiday on Ice no fim de semana. Em busca de algum consolo, me esforçava para bater o recorde jamaicano de consumo de maconha, mas, em vez de ter abertas as portas da percepção — ou o que quer que fizesse com que meus amigos se divertissem e passassem meia hora rachando o bico, sei lá, de um amendoim —, só via ainda mais escancaradas as portas da minha inadequação. Foi então, meus caros, que eu vi a luz — e a luz veio na forma de um livro; "Trinta anos de mim mesmo", do Millôr Fernandes. A primeira página que eu abri trazia um quadrado em branco, com a seguinte legenda: "Uma gaivota branca, trepada sobre um iglu branco, em cima de um monte branco. No céu, nuvens brancas esvoaçam e à direita aparecem duas árvores brancas com as flores brancas da primavera". Logo adiante estava "O abridor de latas", "Pela primeira vez no Brasil um conto inteiramente em câmera lenta" — narrando um piquenique de tartarugas que durava uns 1.500 anos. Mais pra frente, esta quadra: "Essa pressa leviana/ Demonstra o incompetente/ Por que fazer o mundo em sete dias/ Se tinha a eternidade pela frente?". Lendo aquelas páginas, que reuniam o trabalho jornalístico do Millôr entre 1943 e 1973, compreendi que não estava sozinho em meu estranhamento: a vida era mesmo absurda, mas a resposta mais lógica para a falta de sentido não era o desespero, e sim o riso. Percebi, como se não bastasse, que se agregasse alguma graça aos meus resmungos poderia fazer daquele incômodo uma profissão. Dos 19 anos até hoje, jamais paguei uma conta de luz de outra forma. Uma pena nunca ter conhecido o Millôr pessoalmente, não ter podido apertar sua mão e agradecer-lhe por haver me sussurrado ao ouvido, quando eu mais precisava escutar, a única verdade que há debaixo do céu: se Deus não existe, então tudo é divertido. Antonio Prata, Folha de S. Paulo, 04/04/2012 Releia este excerto: 2 “Foi então, meus caros, que eu vi a luz — e a luz veio na forma de um livro” universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com todas as limitações que o SUS possa ainda possuir, da descentralização e municipalização dos recursos e dos serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade infantil, a desnutrição e a violência intrafamiliar contou com a contribuição dessa enorme rede de solidariedade da Pastoral da Criança. (...)” “(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção primária da violência envolvendo crianças e adolescentes é a educação, a começar pelas creches, escolas infantis e de educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o desenvolvimento do raciocínio e a matemática, a música, a arte, o esporte e a prática da solidariedade humana. As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois turnos, para darem conta da educação integral das crianças e dos adolescentes; deveriam dispor de equipes multiprofissionais atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente os alunos. Urgente é incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às iniciativas da educação, com atividades em larga escala e simples, baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o território nacional. (...)” “(...) Com relação à idade mínima para a maioridade penal, deve permanecer em 18 anos, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e conforme orientações da ONU. Mas o tempo máximo de três anos de reclusão em regime fechado, quando a criança ou o adolescente comete crime hediondo, mesmo em locais apropriados e com tratamento multiprofissional, que urgentemente precisam ser disponibilizados, deve ser revisto. Três anos, em muitos casos, podem ser absolutamente insuficientes para tratar e preparar os adolescentes com graves distúrbios para a convivência cidadã. (...)” Nas duas ocorrências, o a não recebe acento grave, indicador de crase. Isso ocorre porque: (A) há uma falha gramatical: sempre há crase em locuções adverbiais femininas como à luz. (B) se trata de um caso de crase facultativa: a junção de preposição com artigo é uma opção estilística. (C) nunca se emprega acento indicador de crase no a diante de palavras masculinas. (D) o novo acordo ortográfico em vigor aboliu acentos como trema e acento grave. (E) os termos regentes associados ao substantivo luz rejeitam a presença de preposição. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: Nas duas ocorrências, temos apenas artigo, portanto não há palavra que comande a preposição a para que tivéssemos a fusão do artigo com a preposição (cras(E), que seria indicada pelo acento grave, de acordo com as regras estabelecidas. 10. (IFAL-2011) Como prevenir a violência dos adolescentes “(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção primária da violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente muito mais baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida. Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e os que estão no poder nos três níveis não estejam conscientes de seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais importante à nação: as crianças e os adolescentes, que são o futuro do país e do mundo. A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou desestruturadas (...)” “(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram infrações leves ou moderadas – que deveriam ser mais bem expressas – seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e colocados em prática, na família ou próxima dela, com acompanhamento multiprofissional, desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras universidades do crime. (...)” “(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a construção de um tecido social saudável e promissor, que começa antes do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até seis meses e o complemento até mais de um ano, vacinação, vigilância nutricional, educação infantil, principalmente propiciando o desenvolvimento e o respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o andar, o jogar; uma educação para a paz e a nãoviolência. A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma redes de ação para multiplicar o saber e a solidariedade junto às famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão de crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784 comunidades de 3.696 municípios do país. O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infantil nos últimos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da organização e Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista; foi fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.) Releia os dois parágrafos iniciais do TEXTO e indique a alternativa em que figure uma forma nominal do verbo. (A) "(...) notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes (...)”. (B) “Quando deparo com as notícias (...)”. (C) “Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta (...)”. (D) “(...) as crianças e os adolescentes que são o futuro do país e do mundo.” (E) “Esse caso é a consequência da baixa valorização da prevenção primária da violência (...)”. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: A regência nominal caracteriza-se pela presença de uma preposição exigida pelo nome, conforme acontece na opção [D], em que a preposição “a” (em situação de crase com o artigo “a” na palavra “a”) é exigida pelos substantivos “ relação” e “solidariedade”. 11. (IFSC-2012) Quanto ao emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa CORRETA. (A) Não gostava de fazer os deveres de casa às pressas. (B) Os bois eram mortos à marretadas. (C) Trabalho de segunda à sexta-feira. (D) Convenceu a amiga à comprar um vestido pavoroso. (E) O remédio deveria ser ministrado gota à gota. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: É correta apenas a opção [A]. A crase resulta da fusão de duas vogais idênticas e o acento grave assinala a fusão da preposição “a” com artigo feminino “a” ou “as”, com os pronomes “aquele”(s), “aquela”(s), “aquilo”, “aqueloutro”(s) e “aqueloutra” (s), o pronome relativo “aquilo” e “as quais” e o pronome demonstrativo “a” ou “as”. Assim, é 3 inadequada a opção [B], pois o plural em “marretadas” exigiria o emprego do artigo definido “as” ou a sua supressão: a marretadas ou às marretadas. A ausência de artigo primeiro termo da expressão “de segunda à sexta-feira” deve repitir-se no segundo: “de segunda a sexta=feira”, o que invalida a opção [C]. Como o verbo não demanda artigo, a frase em [D] está incorreta e deveria ser substituída por Convenceu a amiga a comprar um vestido pavoroso. Também não existe crase expressões com substantivos idênticos, o que invalida a opção [E] culta da língua portuguesa, que períodos estariam adequados a essa norma? (A) Somente o período 3. (B) Somente os períodos 2 e 4. (C) Somente os períodos 1 e 3. (D) Somente os períodos 1 e 4. (E) Somente os períodos 2, 3 e 4. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Apenas os períodos 2 e 4 obedecem aos critérios estabelecidos no dicionário Aurélio. Em 1, o verbo “visar” no sentido de apontar arma de fogo é transitivo direto e não indireto (depois de visar o logo na floresta), assim como “revidar” na acepção de responder (revidar o chamado dos companheiros de caça). Em 3, o verbo “proceder”, na acepção de levar a efeito, executar, realizar, é transitivo indireto pelo que o uso da preposição é obrigatório (e procedeu à investigação). Ainda em 3, o verbo “desfrutar”, no sentido de usufruir, é transitivo direto o que exigiria a eliminação da preposição (desfrutassem algumas horas). 12. (UFPR/2012) Leia como o dicionário Aurélio explica o significado e o uso dos seguintes verbos. Atender. V. t. i. 1. Dar, prestar atenção: Não atendeu à observação que lhe fizeram. 2. Tomar em consideração; levar em conta; ter em vista; considerar: Não atende a súplicas. 3. Atentar, observar, notar: Atendia, de longe, aos acontecimentos. T. d. 4. Acolher, receber com atenção ou cortesia: Sempre atende aqueles que o procuram. Dar ou prestar atenção a. Tomar em consideração; considerar: Atende antes de tudo as suas conveniências. Desfrutar. V. t. d. 1. V. usufruir (2): Agora desfruta benefícios prestados; 2. Deliciar-se com; apreciar: Sádico, desfrutou as cenas brutais do filme. 3. Viver à custa de. 4. Zombar de; troçar, chacotear. T. i. 5. Fruir (3): Desfruta de bom conceito no meio científico. Precisar. V. t. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar, distinguir, especializar: Não sabe precisar a época de sua viagem. 2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar: (...) precisa espairecer. 3. Citar ou mencionar especialmente: a testemunha precisou o criminoso. T. i. 4. Ter necessidade; carecer, necessitar: Precisa de dinheiro. Int. 5. Ser pobre, necessitado. Trabalha porque precisa. Proceder. V. t. i. 1. Ter origem; originar-se, derivar(-se): O amor não procede do hábito. (...) 2. Provir por geração; descender: Segundo o cristianismo, todos os homens são irmãos porque procedem de Adão e Eva. 3. Instaurar processo: O governo procederá contra os agiotas. 4. Levar a efeito; executar, realizar: As juntas apuradoras procederam à contagem dos votos. (...) Revidar. V. t. d. 1. Responder ou compensar (uma ofensa física ou moral) com outra maior: O rapaz revidou os socos do agressor. 2. Responder, replicar, contestando: O deputado revidou o discurso que o incriminava. T. d. e i. e Int. 3. Vingar uma ofensa com outra maior: Revidou a alusão pérfida com as mais violentas injúrias. Visar. V. t. d. 1. Dirigir a vista fixamente para; mirar: visar um alvo. 2. Apontar arma de fogo contra: Visou o ladrão, imobilizando-o. 3. Pôr o sinal de visto em: visar um cheque. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Ao escrever esta novela, visava um fim moral. T. i. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Estas medidas visavam ao bem público. 13. (UFTM MG/2011) Analise as frases. I. Ontem, fui até a escola para visitar velhos amigos. Ontem, fui até à escola para visitar velhos amigos. II. Ontem, passei a noite na casa da minha prima. Ontem, passei à noite na casa da minha prima. III. Ontem, entreguei o relatório a minha supervisora. Ontem, entreguei o relatório à minha supervisora. Dentre os pares de frases apresentados, a estrutura frasal em que se verifica alteração de sentido da segunda frase em relação à primeira está contida em: (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Em II, a colocação do acento grave confere caráter de locução adverbial de tempo à expressão “à noite”. Alterando o sentido da primeira grase em que o interlocutor afirma que passou a noite toda em casa da prima, para indicar o período do dia em que realizou a ação. Nas frases contidas em I e III, não há alteração de sentido, na mediada em que a preposição “até” e o pronome possessivo “minha” apresentam flexibilidade quanto ao uso da crase. 14. (IFSP-2011) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, a frase a seguir. Os interessados em adotar crianças têm de recorrer _____ orientações do Juizado de Menores e se sujeitar ____ uma espera muitas vezes longa, o que, apesar de tudo, não desanima _____ maioria. (A) às ... a ... a (B) às ... à ... a (C) às ... à ... à (D) as ... a ... à (E) as ... à ... à RESPOSTA: A COMENTÁRIO: O verbo “recorrer” exige a preposição “a” e o termo “orientações” admite o artigo definido “as”, ocorrendo assim a crase na primeira circunstância da frase. O fato de a plavra “espera” se apresentar antecedida pelo artigo “um” não permite a crase da preposição exigida pelo verbo “sujeitar”. O verbo “ desanimar” é transitivo direto e tem como núcleo do objeto a palavra “maioria”, a companhada do seu adjunto “a” Agora, considere os seguintes períodos: 1. O caçador, depois de visar ao lobo na floresta, parou para revidar ao chamado dos companheiros de caça. 2. Depois de precisar os detalhes do contrato, o vendedor pediu aos interessados que aguardassem, pois teria de atender o chamado do escritório. 3. Para revidar as investidas dos clientes, o gerente adiou o início da liquidação e procedeu a investigação do percentual de aumento de preços praticado pela loja, o que permitiu que os funcionários desfrutassem de algumas horas extras de descanso. 4. Os representantes do povo demoram a atender a demandas dos cidadãos, mas sabem desfrutar as benesses do poder. Assumindo que as explicações sobre os verbos disponibilizadas acima constituem a única possibilidade de uso segundo a norma 4 15. (UNIFESP-2011) Leia o texto. Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...) De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a menina porque era apaixonado por ela, mas ela não o correspondia. (E) Até a ciência inventar o papel eletrônico, o desmatamento vai continuar. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Acento grave indicativo de crase ocorre nas locuções prepositivas femininas, como acontece em a). Por resultar de uma aglutinação da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou “as”, não pode ocorrer antes de verbos, o que exclui as opções d) e e), nem antes de palavras masculinas, como em b). Embora o verbo “referir” exija a preposição “a”, seria inadequado na frase da opção c), pois o substantivo “experiências” encontra-se no plural, designando uma situação genérica, e por isso, não determinado por artigo. (Folha de S.Paulo, 16.08.2010.) No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o corrige estão, respectivamente, em (A) uso de conectivo – Silva disse no depoimento o qual matou a menina (...) (B) uso de pronome – (...) porque era apaixonado por ela, mas ela não correspondia. (C) uso de conectivo – (...) iria viajar em companhia do caseiro, porém nunca mais foi vista. (D) uso de adjetivo – (...) porque era obcecado por ela, mas ela não o correspondia. (E) uso de verbo – Dimitria frequentava a oitava série no colégio (...) RESPOSTA: B COMENTÁRIO: No último período do texto, termo verbal “correspondia” está incorretamente acompanhado do pronome oblíquo “o”. Para respeitar as regras de regência verbal exigidas pela gramática normativa e porque se trata de um verbo transitivo indireto, o pronome deveria ser substituído por “lhe” 17. (IFSC-2011) O fenômeno da crase ocorre quando a preposição a se funde com o artigo a, com o pronome demonstrativo a ou com o primeiro a dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) ou aquilo. Na escrita padrão, essa fusão dos aa é marcada com acento grave. Considerando essa definição de crase, assinale a alternativa na qual o acento grave foi CORRETAMENTE empregado. (A) Se eu pudesse optar por uma outra profissão, escolheria à que meu pai me indicou. (B) Defender à pena de morte, no Brasil, é algo atemorizante. (C) Estamos elegendo à nova diretora do Instituto Federal de Santa Catarina. (D) Quando ela me disse àquilo, fiquei bastante preocupado com à forma como ela reagiria ao saber de toda a história. (E) Temos que recorrer às emissoras de rádio, à TV, ao Congresso Nacional, se for preciso, para denunciar o abuso. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Crase nomeia a fusão da preposição a com outra a (s) que ocorre logo depois dela. Ocorrerá a crase, se o termo regente exigir a preposição a e se o termo regido aceitar o artigo feminino a (as). No caput da questão há um definição completa do uso da crase. A alternativa A está incorreta, porque o a que faz papel de demonstrativo não encontra outro a na próxima palavra que, para que ocorra a crase (junção do a mais a). A afirmação B está errada porque o a ali incorretamente craseado é apenas um artigo definido que especifica o substantivo pena. A alternativa C está incorreta. A em “estamos elegendo a nova diretoria” não encontra outro a para ocorrer a crase. A afirmação D está errada, pois em “quando ela me disse aquilo”, o termo regente disse (VTD) não pode complemento com preposição a. Quem diz, dia alguma coisa. Não existe a para juntar com o a da palavra aquilo. A alternativa E está correta. Em “termos que recorrer às emissoras de rádio, à TV, ao Congresso Nacional, se for preciso, para denunciar o abuso” – observamos que o verbo recorrer é transitivo indireto, portanto pede complemento verbal com preposição obrigatória: quem recorre, recorre a alguma coisa ou a alguém. O Termo regido emissoras aceita o artigo definido as, bem como a palavra TV (abreviatura de televisão) aceita o artigo a. Nesse caso, há a fusão da preposição a com os artigos as e a. 16. (IFCE-2011) VELHO PAPEL PODE ESTAR COM OS ANOS CONTADOS Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo. A suposta ameaça à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada no bolso. Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali. Desde os anos 70, está no ar a ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: leveza, flexibilidade, clareza, etc. A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de silício, mas de plástico – que é maleável e barato. Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de qualidade 'meia-boca'. Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos. Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001. Folhateen, p. 10. 18. (ENEM-2010) O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de outras campanhas, pode ser identificada O acento indicativo de crase que aparece na expressão “à fibra” (linha 04) só deve ser empregado obrigatoriamente no a da opção (A) Estamos a espera do papel eletrônico. (B) O papel eletrônico só interessa a jovens. (C) O texto refere-se a experiências científicas. (D) Os estudantes estão dispostos a substituir o livro pelo papel eletrônico. 5 A incompreensão do narrador sobre a conversa com Conceição, no fragmento, diz respeito à movimentação da personagem na sala, pois “de costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranquilas”. 20. (Espcex (Aman) 2013) Leia o trecho abaixo: “Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez.” O fragmento, extraído da obra de Clarice Lispector, apresenta (A) uma reflexão sobre o processo de criação literária. (B) uma postura racional, antissentimental, triste e recorrente na literatura dessa fase. (C) traços visíveis da sensibilidade, característica presente na 2ª fase modernista. (D) a visão da autora, sempre preocupada com o valor da mulher na sociedade. (E) exemplos de neologismo, característica comum na 3ª fase modernista. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O fragmento extraído de “A paixão segundo G.H.”, de Clarice Lispector, expõe o fluxo de consciência da narradora no momento em que ela hesita sobre o que verdadeiramente quer contar, ou seja, apresenta uma reflexão sobre processo da criação literária, como se afirma em [A]. (A) pela seleção do público alvo da campanha, representado, no cartaz, pelo casal de jovens. (B) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma ordem aos usuários e não usuários: diga não às drogas. (C) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a ideia de que não é a droga que faz a cabeça do jovem. (D) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do tema e a ambiência amena que envolve a cena. (E) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que não possuem autonomia para seguir seus caminhos. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: O slogan tradicional “ Não à droga” foi modificado intencionalmente através da supresão do acento grave, indicativo de crase. Assim, o cartaz sugere que é a pessoa, o sujeito da ação, quem escolhe o seu caminho e não a droga. 21. (Insper 2013) Suspensão de blog com livros piratas cria discussão na web Uma mensagem de violação dos termos de uso anunciou semana passada aos milhares de visitantes diários do blog Livros de Humanas a suspensão da página, que era hospedada pelo Wordpress. Criado em 2009 por um aluno da USP, o blog formou em pouco mais de dois anos uma biblioteca maior do que a de muitas faculdades brasileiras. Até sair do ar, reunia 2.496 títulos, entre livros e artigos, de filosofia, antropologia, teoria literária, ciências sociais, história etc. Um acervo amplo, de qualidade, que podia ser baixado imediatamente e de graça. Muitas pessoas, é claro, adoravam a página. Entre elas, no entanto, não estavam os editores dos livros reunidos ali. A biblioteca do Livros de Humanas era toda formada sem qualquer autorização. “É óbvio que o blog desrespeita a legislação vigente” - diz o criador da página, que mantém anonimato, numa entrevista por e-mail. – “Mas não porque somos bandidos, mas porque a legislação é um entrave para o desenvolvimento do pensamento e da cultura no país.” O mesmo argumento foi defendido nos últimos dias no Twitter por intelectuais como o crítico literário Idelber Avelar, o antropologo Eduardo Viveiros de Castro, a escritora Verônica Stigger e o poeta Eduardo Sterzi. Do outro lado da discussão, críticas à pirataria. A Editora Sulina, que vinha pedindo a remoção da página, falou em "apropriação indevida" e o escritor Juremir Machado escreveu: "Quem chama pirataria de universalização da cultura é babaca q ñ vende livro, mas quer q alguém pague a conta. Livro tem de ser barato e pago". O caso chama atenção para a ampliação da circulação de arquivos digitais de livros na internet, uma prática que dá novo sentido e escala à discussão sobre a circulação de cópias xerocadas no meio acadêmico. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 19. (Ita 2013) O conto Missa do galo, de Machado de Assis, relata uma conversa do narrador, Sr. Nogueira, um jovem de 17 anos, com Conceição, de 30 anos, mulher do escrivão Meneses, um distante parente seu. O narrador, de Mangaratiba (RJ), hospedouse durante alguns meses na casa de Meneses e Conceição, no Rio de Janeiro, a fim de estudar na capital. O foco do conto é a incompreensão do narrador sobre tal conversa com Conceição, momentos antes da missa do galo. O fragmento abaixo expressa um dos aspectos que contribuiu para a incompreensão do narrador. De costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranquilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo; essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite. Parava algumas vezes, examinando um trecho da cortina ou consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o círculo das suas ideias; tornou ao espanto de me ver esperar acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte, e não queria perdê-la. Esse aspecto, recorrente no conto, refere-se (A) à movimentação de Conceição na sala. (B) às razões da insônia de Conceição. (C) ao acanhamento de Conceição. (D) à conversa repetitiva de Conceição. (E) aos sobressaltos de Conceição. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: (Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2011/04/29/suspensao-deblog-com-livros-piratas-cria-discussao-na-web-377257.asp). 6 De acordo com o texto, o blog (A) constitui uma contravenção, assumida por seu próprio criador, o qual, no entanto, considera a punição muito severa para quem comete esse tipo de crime. (B) foi retirado da internet por violar a autoria das obras publicadas. (C) tinha um acervo variado e era publicado gratuita e especificamente para alunos do curso de letras da USP. (D) foi suspenso pela Editora Sulina, que classificou a prática do blog como “pirataria”. (E) evidencia que a prática de copiar obras ilegalmente, comum em universidades, agora tem ramificações no mundo virtual. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: O último parágrafo adverte para a circulação de cópias de livros na internet, sem que as fontes sejam comunicadas, o que prejudica autores e editoras. Ou seja, a circulação de cópias xerocadas, comum no meio acadêmico, agora tem ramificações no mundo virtual, como se afirma em [E]. (D) a referência às “respostas sustentáveis” e a sugestão de uma alternativa para impedir a pesca predatória. (E) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação do país submerso no mar. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: No anúncio publicitário, a imagem de uma turbina eólica associada à frase “O Brasil do amanhã precisa de respostas sustentáveis” sugere a solução para o problema energético através da substituição de fontes de combustíveis fósseis por fontes naturais de energia, estabelecendo, assim, uma relação entre linguagem verbal, e não verbal. Assim, é correta a opção [A]. 24. (Insper 2013) 22. (Insper 2013) Os quadros abaixo fazem parte de um “Manifesto” criado por uma revista feminina: A imagem acima, do aclamado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, mostra que as fotografias, da mesma forma que os textos, podem ser lidas e interpretadas. A opção de colocar, no primeiro plano, figuras humanas provoca no espectador uma atitude de (A) questionamento sobre a hostilidade da natureza. (B) admiração pela beleza do cenário. (C) surpresa pelo jogo de luz e sombra. (D) mobilização para combater as injustiças sociais. (E) reflexão sobre desamparo e fragilidade. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: A fotografia de Sebastião Salgado exibe a imagem de um homem e de uma criança em cenário natural adverso, sujeitos ao frio e à solidão. Desse modo, ressalta-se a reflexão sobre o desamparo e a fragilidade humana frente à natureza, como se afirma em [E]. Em comum, eles apresentam (A) o emprego da linguagem formal. (B) a valorização de uma aparência natural, despojada. (C) a desconstrução de clichês divulgados na mídia. (D) a desconstrução da imagem de esposa perfeita. (E) a desmistificação da família perfeita. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: Os três quadros apresentam chamadas comuns em revistas femininas, desconstruídas no protesto. Assim, é correta a afirmativa [C]. Dez anos de Flip 23. (Insper 2013) Ao mesmo tempo, poucos eventos culturais despertam reações tão contraditórias quanto a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), desde que, há dez anos, ela fez de Paraty uma das capitais mundiais da literatura. Recorrendo à polarização proposta por Umberto Eco décadas atrás, há os apocalípticos e os integrados. Para os primeiros, a Flip é um show midiático patrocinado pelas grandes corporações da vida editorial, uma prova de como o capitalismo compra e corrompe tudo – e podemos encontrar sinais de "apocalipse" até no insuspeito escritor Jonathan Franzen (capa da Time como "o romancista da América"). Em sua palestra lembrou que, ao chegar a Paraty, encontrou placas enormes com propaganda de um cartão de crédito e, sussurrou, conspirador, "isso já diz muita coisa". Os americanos também adoram falar mal do dinheiro. Franzen é um realista de carteirinha. Mas outro grande escritor, este de vocação nefelibata, o espanhol Enrique VilaMatas, denuncia com uma certa volúpia a "extinção da literatura", entregue hoje ao horror das leis do mercado. Bem, não tomemos ao pé da letra a afirmação, uma licença poética transcendente – segundo o clássico gosto ibérico, a realidade é uma consequência do desejo, e não o contrário. A ideia apocalíptica pressupõe uma utopia poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhará como um diamante intocado pelo mundo real. No anúncio publicitário, a relação estabelecida entre texto verbal e não-verbal ocorre, respectivamente, por meio da associação entre (A) a apresentação da necessidade de buscar “respostas sustentáveis” e a referência à produção de energia eólica. (B) a referência ao “Brasil do amanhã” e a representação de uma alternativa para a preservação da água. (C) a alusão ao futuro próspero do Brasil e a imagem do mar com fartura de peixes. 7 Enquanto isso não acontece, os integrados leem livros, pedem autógrafos, lotam as tendas da Flip, bebem cachaça, passeiam pela cidade histórica, conversam fiado, odeiam alguns autores e amam outros; há um clima de devoção e um culto das celebridades que faz parte do pacote (a diária num hotel de Paraty durante a Flip é uma das mais caras do mundo). numa comunidade linguística qualquer que ela "ganha" o idioma), a escrita/leitura precisa ser ensinada e praticada. As dificuldades não são poucas. Começam nos olhos (só conseguimos ler o que é captado pela fóvea) e se estendem por todo o tecido neuronal. Um problema particularmente interessante é o da invariância. Como o cérebro faz para concluir que os caracteres mostrados na figura 1 são a mesma letra, apesar dos diferentes desenhos? Pior, mesmo quando fazemos uma sopa de fontes e misturamos tudo, continuamos decifrando a mensagem com pouca perda de velocidade. Comprove lendo a frase da figura 2. (Adaptado de TEZZA, Cristovão. Dez anos de Flip. Gazeta do Povo, 30 jul. 2012.) 25. (Ufpr 2013) Em sua apresentação do ponto de vista apocalíptico sobre a literatura, Tezza afirma: “A ideia apocalíptica pressupõe uma utopia poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhará como um diamante intocado pelo mundo real”. Segundo o autor, qual é a crítica à Flip feita pelos escritores que assumem a perspectiva apocalíptica? (A) A subordinação da produção literária e de sua divulgação na Flip aos interesses comerciais das grandes editoras. (B) A exposição exagerada dos autores e de suas obras na mídia, o que resulta na banalização da produção literária. (C) O alto custo do evento para os participantes, dificultando o acesso do público realmente interessado. (D) A superficialidade dos leitores, mais interessados em ver e ouvir os escritores do que em ler suas obras. (E) A falta de patrocinadores para o evento, o que colocaria em risco a continuidade da Flip nos próximos anos. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: É correta a opção [A], pois, segundo o autor, os escritores acusam a Flip de ser um show midiático subordinado aos interesses das editoras: “uma prova de como o capitalismo compra e corrompe tudo – e podemos encontrar sinais de ‘apocalipse’”. (Adaptado de SCHWARTSMAN, Hélio. Conversando com os mortos. Folha de S. Paulo. 14 jun. 2012.) Sobre quem gosta de ler Quando você vê alguém lendo um livro, presencia uma pessoa às voltas com uma grande exigência. A palavra escrita o põe na parede: pede a ele uma interação e manda às favas a passividade. A leitura fricciona a percepção; é a fricção de duas pedras – fiat lux! Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor. É como uma barriga grávida, num aceleradíssimo tempo de prenhez. A leitura enfia-se no presente, fabrica o que virá. Quem lê é um da Vinci, diagramando os recursos recebidos, aplicando cor. E fazendo. A importância primeira do ato de ler é essa negação da passividade, essa incondicional exigência de ação. É um ato de otimismo intrínseco. Conversando com os mortos Neste exato instante em que seus olhos passam por estas linhas, está ocorrendo um pequeno milagre da tecnologia. Não, não estou falando do computador nem da transmissão de dados pela internet, mas da boa e velha leitura, inventada pela primeira vez cerca de 5.500 anos atrás. Para nós, leitores experimentados, 1 ela parece a coisa mais natural do mundo, mas isso não passa de uma ilusão. Ler não apenas não é natural como ainda envolve cooptar uma complexa rede de processos neurológicos que surgiram para outras finalidades. Acho que dá até para argumentar que a escrita é a mais fundamental criação da humanidade. Ela nos permitiu ampliar nossa memória para horizontes antes inimagináveis. Não fosse por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo, transmissão e integração de conhecimento que logramos obter. Nosso modo de vida provavelmente não diferiria muito daquele experimentado por nossos ancestrais do Neolítico. A conclusão é que, de alguma forma, conseguimos adaptar nosso cérebro de primatas para lidar com a escrita. Para Stanislas 2 Dehaene (matemático e neurocientista francês), operou aqui o fenômeno da reciclagem neuronal, pelo qual processos que 3 surgiram para outras funções foram recrutados para a leitura. A coisa funcionou tão bem que nos tornamos capazes de ler com proficiência e rapidez, obtendo a façanha de absorver a 4 linguagem através da visão, algo para o que nosso corpo e mente não foram desenhados. Antes de continuar, é preciso qualificar um pouco melhor esse "funcionou tão bem". É claro que funcionou, tanto que me comunico agora com você, leitor, através desse código especial. Mas, se você puxar pela memória, vai se lembrar de que teve de aprender a ler, um processo que, na maioria esmagadora dos casos, exigiu instrução formal e vários anos de treinamento até atingir a presente eficiência. Enquanto a aquisição da linguagem oral ocorre, esta sim, naturalmente e sem esforço (basta jogar uma criança pequena (Tom Zé (músico). In: Almanaque Brasil. www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-literatura/7171. Acesso em 11 jul. 2012.) 26. (Ufpr 2013) Compare os seguintes trechos extraídos dos textos “Conversando com os mortos” e “Sobre quem gosta de ler”: — “Não, não estou falando do computador nem da transmissão de dados pela internet [...]”. (Schwartsman) — “Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor”. (Tom Zé) Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negação para: (A) questionar possíveis inferências que o leitor possa fazer a partir de afirmações anteriores. (B) retificar afirmações feitas em trechos anteriores dos textos. (C) dar ênfase aos trechos, destacando sua relevância na exposição do ponto de vista dos autores. (D) inverter o sentido das frases, já que duas negações equivalem a uma afirmação. (E) responder questões formuladas pelos próprios autores ao longo dos textos. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: No texto “Conversando com os mortos”, o autor usa a negação para esclarecer que o termo “tecnologia”, que poderia ter sido entendido pelo leitor como referência a computadores, está relacionado com o conjunto de processos neurológicos que capacitam o indivíduo para o ato da leitura. No de Tom Zé, a negativa está relacionada ao termo “passividade” anteriormente citado, que poderia ter sido indevidamente associado a “imobilidade”. Assim, é correta a opção [A], pois em ambos os 8 casos a negação questiona possíveis inferências que o leitor pudesse ter feito a partir de afirmações anteriores. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: A questão toma por base dois trechos de um artigo de Alexandre Oliva sobre a importância do uso de software na educação. Software Livre, isto é, software que respeita as liberdades dos usuários de executar o software para qualquer propósito, de estudar o código fonte do software e adaptá-lo para que faça o que o usuário deseje, de fazer e distribuir cópias do software, e de melhorá-lo e distribuir as melhorias, permite que pessoas usem computadores sem abrir mão de serem livres e independentes, sem aceitar condições que os impeçam de obter ou criar conhecimento desejado. Software que priva o usuário de qualquer dessas liberdades não é Livre, é privativo, e mantém usuários divididos, dependentes e impotentes. Não é uma questão técnica, não tem nada a ver com preço nem com a tarefa prática desempenhada pelo software. Um mesmo programa de computador pode ser Livre para alguns usuários e não-Livre para outros, e tanto os Livres quanto os privativos podem ser grátis ou não. Mas além do conhecimento que foram projetados para transmitir, um deles ensinará liberdade, enquanto o outro ensinará servidão. [...] Se o usuário depender de permissão do desenvolvedor do software para instalá-lo ou utilizá-lo num computador qualquer, o desenvolvedor que decida negá-la, ou exija contrapartida para permiti-la, efetivamente terá controle sobre o usuário. Pior ainda se o software armazenar informação do usuário de maneira secreta, que somente o fornecedor do software saiba decodificar: ou o usuário paga o resgate imposto pelo fornecedor, ou perde o próprio conhecimento que confiou ao seu controle. Seja qual for a escolha, restarão menos recursos para utilizar na educação. Ter acesso negado ao código fonte do programa impede o educando de aprender como o software funciona. Pode parecer pouco, para alguém já acostumado com essa prática que pretende também controlar e, por vezes, enganar o usuário: de posse do código fonte, qualquer interessado poderia perceber e evitar comportamento indesejável, inadequado ou incorreto do software. Através dessa imposição de impotência, o fornecedor cria um monopólio sobre eventuais adaptações ao software: só poderão ser desenvolvidas sob seu controle. Pior ainda: cerceia a curiosidade e a criatividade do educando. Crianças têm uma curiosidade natural para saber como as coisas funcionam. Assim como desmontam um brinquedo para ver suas entranhas, poderiam querer entender o software que utilizam na escola. Mas se uma criança pedir ao professor, mesmo o de informática, que lhe ensine como funciona um determinado programa privativo, o professor só poderá confessar que é um segredo guardado pelo fornecedor do software, que a escola aceitou não poder ensinar ao aluno. Limites artificiais ao que os alunos poderão almejar descobrir ou aprender são a antítese da educação, e a escolha de modelos de negócio de software baseados numa suposta necessidade de privação e controle desse conhecimento não deve ser incentivada por ninguém, muito menos pelo setor educacional. A questão toma por base um texto de Millôr Fernandes (19242012). Os donos da comunicação Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se cuidem porque os donos da comunicação duram muito mais. Os ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a TV e os reis da Espanha cassam o rádio, mas, quando a gente soma tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no society que morre se o nome não aparecer nas colunas. Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa Betuanalândia. Parece que é a lei. O que também é muito justo porque os donos da comunicação são seres lá em cima. Basta ver o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles, não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o que sabem os donos da comunicação que só deixam sair 10% do que sabem? Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho, é falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas. (Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.) 27. (Unesp 2013) Para Millôr Fernandes, no texto apresentado, os donos da comunicação são (A) produtores de tecnologia de informação e comunicação. (B) dirigentes de órgãos governamentais que regem a comunicação no país. (C) proprietários de veículos de comunicação em massa. (D) apresentadores de telejornais e programas populares de televisão. (E) funcionários executivos de empresas de publicidade. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: Para Millôr Fernandes, os donos da comunicação são os proprietários dos veículos de comunicação em massa, pois são eles que mandam na economia, determinam o que pode ou não ser divulgado e têm o poder de afastar qualquer um que não esteja de acordo com as orientações ideológicas da empresa. 28. (Unesp 2013) As repetições, o uso de palavras e expressões populares, a justaposição fluente de ideias, dispensando vírgulas, e as ironias constantes atribuem ao texto de Millôr Fernandes (A) tom descontraído e bem-humorado. (B) dificuldade de leitura e compreensão. (C) feição arcaica e ultrapassada. (D) estilo agressivo e contundente. (E) imagens vulgares e obscenas. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O uso de palavras e expressões populares (“xingam”, “estão por cima”, “pra”,”xinfrim”, “pro”), as repetições (“Mandam na economia, mandam nos intelectuais, mandam nas moças fofinhas”, “E ninguém fala mal deles por escrito porque quem fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles”), a ausência de vírgulas (“teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro linhas”) e a ironia atribuem tom descontraído e bem-humorado ao texto de Millôr Fernandes, como se afirma em [A]. (Alexandre Oliva. Software privativo é falta de educação. http://revista.espiritolivre.org) 29. (Unesp 2013) De acordo com a argumentação do especialista Alexandre Oliva, a principal característica de um software livre consiste em (A) não permitir que o usuário o copie para outro computador ou para terceiros. (B) apresentar grande facilidade de instalação e uso. (C) revelar qualidade superior e maior velocidade de desempenho. (D) ser sempre muitíssimo mais barato que o software privativo. (E) dar liberdade de acesso e manipulação do código-fonte ao usuário. 9 RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: No primeiro parágrafo do texto, Alexandre Olica afirma que um software livre “permite que pessoas usem computadores sem abrir mão de serem livres e independentes, sem aceitar condições que os impeçam de obter ou criar conhecimento desejado”, ou seja, consiste em dar liberdade de acesso e manipulação do códigofonte ao usuário, como se afirma em [E]. (E) Trata-se de um recurso que o autor utilizou, ao rascunhar o artigo, para localizar a palavra “livre” e depois esqueceu de apagar. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Como o texto tematiza os benefícios do uso livre dos softwares e a letra maiúscula pode ser usada para destacar ideias ou personificar conceitos, infere-se que o autor usou a palavra “Livre” com inicial maiúscula e a palavra “privativo” com inicial minúscula como recurso estilístico para enfatizar a grande importância que o autor atribui a tal tipo de software, como se afirma em [D]. 30. (Unesp 2013) Conforme aponta o autor no terceiro parágrafo, um dos problemas dos programas privativos é (A) sofrerem rápida defasagem, necessitando de atualizações constantes. (B) exigirem contrapartida para instalações em outros computadores. (C) apresentarem preço extorsivo para o usuário em ambiente doméstico. (D) trazerem a marca registrada ou de fantasia da empresa. (E) não poderem ser devolvidos em caso de ineficácia. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: No terceiro parágrafo, o autor alerta para um dos problemas dos programas privativos, pois as empresas podem negar a instalação do software em qualquer computador ou obrigar as pessoas a satisfazerem determinadas exigências para aquisição do produto, como se afirma em [B]. 33. (Unesp 2013) [...] cerceia a curiosidade e a criatividade do educando. A forma verbal cerceia, nesta frase do último parágrafo, significa: (A) contamina. (B) reforça. (C) restringe. (D) cerca. (E) estimula. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: É correta a opção [C], pois, na frase “cerceia a curiosidade e a criatividade do educando”, o termo verbal “cerceia” apresenta valor semântico de limita, restringe. A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos — econômicos, políticos, ou sociais — são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos. 31. (Unesp 2013) Crianças têm uma curiosidade natural para saber como as coisas funcionam. No contexto em que surge, no último parágrafo, esta frase aponta um fato que reforça o argumento de Alexandre Oliva, segundo o qual (A) seria altamente educativo que as escolas utilizassem programas sem limitações de acesso a seu funcionamento. (B) a educação brasileira necessita, urgentemente, de teorias que estimulem ainda mais a curiosidade infantil. (C) tanto faz usar um tipo de programa como outro, desde que as crianças sejam consultadas primeiro. (D) tanto faz usar software privativo como livre, que as crianças sempre dão um jeito de desmontá-lo. (E) os programas privativos, apesar dos problemas que apresentam, são mais indicados para a educação. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: É correta a opção [A], pois, se a curiosidade das crianças é benéfica para o aprendizado, então “seria altamente educativo que as escolas utilizassem programas sem limitações de acesso a seu funcionamento”, já que isso permitiria que usassem computadores de forma livre e criativa. Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado. 34. (Fuvest 2013) De acordo com o texto, a sociedade será democrática quando (A) sua base for a educação sólida do povo, realizada por meio da ampla difusão do conhecimento. (B) a parcela do público que detém acesso ao conhecimento científico e político passar a controlar a opinião pública. (C) a opinião pública se formar com base tanto no respeito às crenças religiosas de todos quanto no conhecimento científico. (D) a desigualdade econômica for eliminada, criando-se, assim, a condição necessária para que o povo seja livremente educado. (E) a propriedade dos meios de comunicação e difusão do conhecimento se tornar pública. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: É correta a opção [A], pois, em “Educação é um direito”, Anísio Teixeira fundamenta a tese de que a democracia só será atingida plenamente quando estiver assegurado o acesso à educação a todos os cidadãos: “os conflitos e problemas humanos — econômicos, políticos, ou sociais — são solucionáveis pela educação”. 32. (Unesp 2013) No fragmento do artigo apresentado, em todas as referências a software, a palavra “Livre” aparece com inicial maiúscula e a palavra “privativo” com inicial minúscula. Aponte a alternativa que explica essa diferença em função do próprio contexto do artigo: (A) Foi seguido o preceito segundo o qual todos os nomes próprios do idioma devem ser escritos sempre com inicial maiúscula. (B) A maiúscula foi necessária no contexto para ressaltar o fato de que as palavras “livre” e “privativo” pertencem a classes gramaticais diferentes. (C) O autor escreveu a inicial maiúscula na palavra “livre” sem nenhum motivo justificável em função do texto do artigo. (D) A inicial maiúscula em “livre” foi empregada como recurso estilístico para enfatizar a grande importância que o autor atribui a tal tipo de software. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Caçadas a Pedrinho Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que "tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta coisa, agora, alcance o Supremo Tribunal Federal. 10 7 Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite da intervenção do STF para ser dirimida. Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico infantil. "Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente. Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o assunto. A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-se eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações. Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite. Desculpe tratá-lo com esta liberdade; como, porém, já sou seu amigo, não encontro jeito de lhe falar doutro modo. Ontem, quando combinamos no Hotel dos Príncipes a sua visita para 8 domingo, não me passava pela cabeça que hoje era dia santo e que fazíamos melhor em aproveitá-lo; por conseguinte, se o amigo não tem algum compromisso, venha passar a tarde conosco, que nos dará com isso grande prazer. Minha família, depois que lhe falei a seu respeito, está impaciente para conhecê-lo e desde já fica à sua espera." Assinava "João Coqueiro" e havia o seguinte post-scriptum: 9 "Se não puder vir, previna-mo por duas palavrinhas; mas venha. Resende n ... " Amâncio hesitou em se devia ir ou não. O Coqueiro, com a sua figurinha de tísico, o seu rosto chupado e quase verde, os seus olhos pequenos e penetrantes, de uma mobilidade de olho de pássaro, com a sua boca fria, deslabiada, o seu nariz agudo, o seu todo seco egoísta, desenganado da vida, não era das coisas que mais o atraíssem. No entanto, bem podia ser que ali estivesse o que ele procurava, − um cômodo limpo, confortável, um pouquinho de luxo, e plena liberdade. Talvez aceitasse o convite. 10 − Esta gente onde está? perguntou, indicando o andar de cima a um caixeiro que lhe apareceu no corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da boca. 11 − Foram passear ao Jardim Botânico, respondeu aquele, descendo as escadas. − Todos? ainda interrogou Amâncio. − Sim, disse o outro entre os dentes, sem voltar o rosto. E saiu. − Está resolvido! pensou o estudante. − Vou à casa do Coqueiro. Ao menos estarei entretido durante esse tempo! E voltando ao quarto: − Não! É que tudo ali em casa do Campos já lhe cheirava mal!... Olhassem para o ar impertinente com que aquele galeguinho lhe havia falado! ... E tudo mais era pelo mesmo teor. − Uma súcia d'asnos! 12 Começou a vestir-se de mau humor, arremessando a roupa, atirando com as gavetas. O jarro vazio causou-lhe febre, sentiu venetas de arrojá-lo pela janela; ao tomar uma toalha do cabide, porque ela se não desprendesse logo, deu-lhe tal empuxão que a fez em tiras. − Um horror! resmungava, a vestir-se furioso, sem saber de quê. − Um horror! E, quando passou pela porta da rua, teve ímpetos de esbordoar o caixeiro, que nesse dia estava de plantão. AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão. São Paulo: Ática, 2009, p.59-60. (Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-apedrinho.shtml) 35. (Insper 2013) Em sentido denotativo, a expressão “terminar em pizza”, usada no primeiro parágrafo, significa (A) terminar em festa. (B) acabar impune. (C) dar uma recompensa. (D) não ter resultado conclusivo. (E) violar regras. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: No Brasil, a expressão “terminar em pizza” é muito comum e indica que atos muitas vezes sérios, que deveriam ser resolvidos e punidos judicialmente, muitas vezes não resultam em nada, acabam impunes. 36. (Insper 2013) Na passagem “A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória...”, a palavra em destaque deve ser compreendida como equivalente a (A) tentação. (B) ansiedade. (C) abnegação. (D) indecisão. (E) morosidade. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: Figurativamente, “comichão” significa “desejo premente”, “tentação”. 37. (Ufpb 2012) No fragmento “– Esta gente onde está? perguntou, indicando o andar de cima a um caxeiro que lhe apareceu no corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da boca.” (ref.10), ocorrem sequências textuais (A) narrativas e descritivas. (B) dissertativas e narrativas. (C) argumentativas e descritivas. (D) injutivas e argumentativas. (E) dissertativas e injutivas. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O fragmento apresenta sequência de ações caracterizadoras de narração (“perguntou”, “apareceu”) e descrição (“com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao canto da boca”). Casa de Pensão (fragmento) Às oito horas, quando entrou em casa tinha já resolvido não 1 ficar ali nem mais um dia. − Era fazer as malas e bater quanto antes a bela plumagem! Mas também, se por um lado não lhe convinha ficar em companhia do Campos; por outro, a ideia de se meter na república 2 do Paiva não o seduzia absolutamente. Aquela miséria e aquela 3 desordem lhe causavam repugnância. Queria liberdade, a boêmia, a pândega − sim senhor! tudo isso, porém, com um certo ar, com uma certa distinção aristocrática. Não admitia uma cama sem travesseiros, um almoço sem talheres e uma alcova sem 4 espelhos. Desejava a bela crápula, − por Deus que desejava! mas não bebendo pela garrafa e dormindo pelo chão de águasfurtadas! − Que diabo! − não podia ser tão difícil conciliar as duas coisas! ... 5 Pensando deste modo, subiu ao quarto. Sobre a cômoda estava uma carta que lhe era dirigida; abriu-a logo: 6 "Querido Amâncio. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO Embaixo, o rumor da água pipocando sobre o pedregulho; vaga-lumes retouçando no escuro. Desci, dei-me com o lugar onde havia estado; tenteei os galhos do sarandi; achei a pedra onde tinha posto a guaiaca e as armas, corri as mãos por todos os lados, mais pra lá, mais pra cá...; nada... nada!... 11 Então, senti frio dentro da alma. . . o meu patrão ia dizer que eu havia roubado!... roubado... Pois então eu ia lá perder as onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que era!... E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia matar-me, para não sofrer a vergonha daquela suposição. É, era o que eu devia fazer: matar-me... e já, aqui mesmo! Tirei a pistola do cinto: amartilhei o gatilho... benzi-me, e encostei no ouvido o cano, grosso e frio, carregado de bala... Ah! patrício! Deus existe!... No refilão daquele tormento, olhei para diante e vi... as Três-Marias luzindo na água... o cusco encarapitado na pedra, ao meu lado, estava me lambendo a mão... e logo, logo, o zaino relinchou lá em cima, na barranca do riacho, ao mesmíssimo tempo que a cantoria alegre de um grilo retinia ali perto, num oco de pau!... Patrício! não me avexo duma heresia; mas era Deus que estava no luzimento daquelas estrelas, era ele que mandava aqueles bichos brutos arredarem de mim a má tenção... O cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha gente; o meu cavalo lembrou-me a liberdade, o trabalho, e aquele grilo cantador trouxe a esperança... Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois o meu, dentro do peito, naquela hora, estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era luz de Deus por todos os lados!... E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio, bati o isqueiro e comecei a pitar. Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gatodo-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera. – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca, sabendo que detesto as aves? – E quem te disse que sou ave? - retruca o cínico - sou muito bom bicho de pelo, como tu, não vês? – Mas voas!... – Voo de mentira, por fingimento... – Mas tem asas! – Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa... O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo. Moral da Estória: O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco! (LOBATO, José Bento Monteiro. Fábulas. 45. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 49.) (LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008. p. 21-22.) 38. (Uel 2011) É correto afirmar que a história é narrada (A) em primeira pessoa, por João Simões Lopes Neto, que, num tom autobiográfico, conta fatos da época em que atuou na Revolução Farroupilha. (B) em terceira pessoa, por uma personagem textualmente nomeada Patrício, que relata todo o seu arrependimento por ter roubado as onças do patrão. (C) por um narrador testemunha, mais precisamente o patrão do protagonista, que registra as qualidades morais de seu empregado. (D) em primeira pessoa, pelo vaqueano Blau Nunes, que relata como e onde perdeu as onças do patrão. (E) por um narrador onisciente, não nomeado, que registra fatos relacionados à agitada e violenta época do cangaço riograndense. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: O narrador em 1ª pessoa, Blau Nunes, vaqueano típico dos pampas, relata um episódio marcante em sua vida. Ele perdera uma bolsa carregada de moedas de ouro que seu patrão lhe tinha confiado e, perante a hipótese de ser considerado ladrão, resolve cometer suicídio. No entanto, no último momento, as sensações provocadas pelo cenário sugestivo devolvem-lhe o apego à vida, incutem-lhe a razão, fazendo com que se arrependa do gesto tresloucado que ia fazer, enfrente o problema e busque outra solução. 39. (Uel 2011) A charge de Sassá refere-se a um problema que afeta a cidade de Londrina e muitas outras cidades brasileiras: o risco de contrair doenças transmitidas pelas pombas que vivem na região urbana. O que permite ao morcego, da fábula, e à pomba, da charge, disfarçarem sua condição é (A) o fato de suplicarem pela vida e pela misericórdia de seus inimigos. (B) a postura corporal, visto que um imita o comportamento do outro. (C) o uso de recursos argumentativos presentes na fala. (D) a confiança na consciência ambiental dos interlocutores. (E) a esperteza simbolicamente atribuída a esses animais. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: O uso de recursos argumentativos permite ao morcego e à pomba disfarçarem sua condição, como sugere a moral que encerra a narrativa: ”... O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco!” 40. (Uel 2011) A hesitação do gato, na fábula, e do caçador, na charge, deve-se (A) à contradição existente entre a fala do morcego e a da pomba e suas características físicas. (B) à tentativa frustrada do morcego e da pomba em disfarçarem sua condição apelando para o fingimento e a mentira. (C) ao medo de serem agredidos pelas garras afiadas do morcego e pelo bico semiaberto da pomba. (D) à aversão do gato e do caçador em relação à aparência física dos morcegos. (E) à postura submissa da pomba e do morcego diante dos olhares arregalados do caçador e do gato. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O fato de o morcego ter pelo e a pomba estar em posição invertida contradizem as características de ave, que o gato odiava e o caçador perseguia. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: Texto Pau de Dois Bicos Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele. – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que odeio a família dos ratos? – Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como tu? Rato, eu? Essa é boa!... A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupoulhe a pele. 12 41. (Uel 2011) O texto Pau de dois bicos é uma fábula, (A) pelo predomínio do discurso direto, com consequente apagamento da figura do narrador. (B) pois o tempo cronológico é marcado pela expressão “certa vez” e pelos verbos no passado. (C) pois apresenta trama pouco definida e trata de problemas cotidianos imediatos, o que lhe confere caráter jornalístico. (D) por utilizar elemento fantástico, como o fato de os animais falarem, para refletir sobre problemas humanos. (E) por resgatar a tradição alegórica de representação de seres heroicos que encarnam forças da natureza. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Por se tratar de uma composição literária em que os personagens são animais que apresentam características humanas, tais como a fala e os costumes, encerrada com uma reflexão moral de caráter instrutivo, o texto Pau de dois Bicos é classificado de “fábula”. me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos se reuniram, tomaram juntamente conselho. [...] A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele aguentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. [...] Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice – esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia. Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — “Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa! . . .” E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo. Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não para, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio. 42. (Uel 2011) Considerando o trecho em negrito no texto Pau de dois bicos, assinale a alternativa correta. Nos dois casos, a palavra “mas” (A) opõe-se ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”. (B) revela a causa do “voo de mentira”. (C) expressa a consequência dos fatos narrados. (D) marca a condição do “voo de mentira”. (E) explica o argumento “sou muito bom bicho de pelo”. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: A conjunção adversativa “mas” estabelece oposição ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”, pois o fato de o morcego ter asas e voar induz o gato a pensar que se trata de uma ave. LITERATURA Utilize o texto abaixo para responder aos testes 43 a 45. A TERCEIRA MARGEM DO RIO Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns 20 ou 30 anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — “Cê vai, ocê fique, você nunca volte!” Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — “Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?” Ele só retornou a olhar em mim e João Guimarães Rosa. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, Civilização Brasileira, Três, 1974 43. (INSPER-2011) A respeito da reação da mãe, diante da decisão do marido, é correto afirmar que ela: 13 (A) revela indignação, uma vez que não compreende o motivo da atitude do marido. (B) demonstra apatia, visto que tal atitude não mudou radicalmente a rotina familiar. (C) manifesta desespero, pois a canoa construída parecia muito frágil para um rio tão perigoso. (D) demonstra desgosto, pois aquilo comprovava a suspeita de que ele enlouquecera. (E) mostra-se revoltada, porque o marido usou dos recursos financeiros da família para construir o barco. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: A mãe, no conto de Guimarães Rosa, fica indignada ao saber sobre a decisão do marido e diz simplesmente para ele “Cê vai, ocê fique, você nunca volte”. Tal indignação se dá pela dificuldade de compreender os motivos do marido, o que contempla a alternativa A. pergunta em que ele expõe sua falha, sua culpa: “sou homem depois desse falimento?”. Utilize o texto a seguir para responder aos testes 46 a 48. Você lerá no Texto um trecho do poema “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto, importante poeta pernambucano da Geração de 45 do Modernismo brasileiro. No excerto, um retirante chamado Severino, protagonista da obra, encontra dois homens que estão carregando um defunto numa rede. Texto “— A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado nessa rede? Dizei que eu saiba. — A um defunto de nada, irmão das almas, que há muitas horas viaja à sua morada. — E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como ele se chama ou se chamava? — Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador, mas já não lavra. — E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, onde foi que começou vossa jornada? — Onde a Caatinga é mais seca, irmão das almas, onde uma terra que não dá nem planta brava. — E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada? (...) — E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem contra ele soltou essa ave-bala? — Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala voando desocupada. — E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que havia ele feito contra a tal pássara? — Ter um hectare de terra, irmão das almas, de pedra e areia lavada que cultivava. — Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que podia ele plantar na pedra avara? — Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os intervalos das pedras, plantava palha.” 44. (INSPER-2011) Considere as afirmações sobre o narrador no conto “A Terceira Margem do Rio” I. Como é personagem e narrador ao mesmo tempo, o filho exerce uma dupla função na narrativa, cujo objetivo é envolver afetivamente o leitor no fato narrado. II. O caráter contraditório do narrador é ilustrado em “Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte.” III. Em “Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas?”, o narrador registra pensamentos íntimos dos personagens. Está(ão) correta(s) apenas: (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: Afirmação I – Correta – Sendo o narrador um dos personagens, o leitor é envolvido por suas impressões e sensações, envolvendo se afetivamente com o fato narrado. Afirmação II – Errada – Embora o autor se valha da dupla negação em “não tinha ido a nenhuma parte”, o trecho em destaque não se torna contraditório, enquadrando-se plenamente no contexto da narrativa. Afirmação III – Correta – No trecho em destaque, o narrador mostra ao leitor as angústias dos personagens pela partida do pai, revelando-nos seus pensamentos, por meio do discurso indireto livre. 46. (IFPE-2012) No que tange à utilização de figuras de linguagem para a construção dos sentidos presentes no texto, analise as proposições verdadeiras e falsas. I. Em “...essa foi morte morrida ou foi matada?”, tem-se um pleonasmo que foi utilizado como recurso enfático do tipo de morte ao qual foi acometido o lavrador. II. Em “Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala voando desocupada”, foi utilizada uma figura de linguagem conhecida como personificação. III. Ainda em relação ao mesmo verso, poder-se-ia utilizar uma conjunção explicativa, a exemplo de “pois” ou “porque”, antes da palavra “sempre”. IV. Tem-se, no décimo verso transcrito, “...o que havia ele feito contra a tal pássara?”, em que “pássara” foi utilizada como uma metáfora para “bala”. V. Pode-se afirmar que em “Nos magros lábios de areia” ocorre uma hipérbole, figura de linguagem que consiste em exagerar numa definição quando se pretende enfatizar um conceito. São verdadeiras, apenas: (A) I, II e V (B) I, II, III e IV (C) II, III e V (D) III, IV e V (E) I e III RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: 45. (INSPER-2011) O sentimento de fracasso do narrador revelado no último parágrafo pela expressão "Sou homem, depois desse falimento?" tem como causa o acontecimento relatado em: (A) "Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito." (B) "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" (C) "Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber." (D) "Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos." (E) "Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado" RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: Resolução: O fracasso do narrador está expresso no período “Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, numprocedimento desatinado”. No último parágrafo, o personagem-narrador retoma essa sensação por meio de uma 14 Todas são verdadeiras, execeto a proposição V, pois em “lábios de areia” existe uma catacrese, figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada. No caso, o autor refe-se ás bordas de pequenas fendas que as poucas plantas da caatinga abrem na terra árida, “nos intervalos das pedras”. Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava de “operário” e sim de “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque também tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe. A tarefa de Olímpico tinha o gosto que se sente quando se fuma um cigarro acendendo-o do lado errado, na ponta da cortiça. O trabalho consistia em pegar barras de metal que vinham deslizando de cima da máquina para colocá-las embaixo, sobre uma placa deslizante. Nunca se perguntara por que colocava a barra embaixo. A vida não lhe era má e ele até economizava um pouco de dinheiro: dormia de graça numa guarita em obras de demolição por camaradagem do vigia. 47. (IFPE-2012) A única alternativa verdadeira a respeito dos elementos retirados do texto é: (A) A expressão “irmãos das almas”, no primeiro verso, aparece entre vírgulas e desempenha a função de sujeito da forma verbal “estais”, que aparece no mesmo verso. (B) Em “Dizei que eu saiba”, ainda no primeiro verso, há uma forma verbal no imperativo que poderia ter como sujeito o pronome pessoal “tu”. (C) No quarto verso, com a expressão “mas já não lavra”, o autor quis estabelecer uma relação de oposição entre a profissão e a situação em que “Severino Lavrador” se encontrava. (D) O adjunto adverbial “Ali”, em “Ali é difícil dizer...”, foi utilizado referindo-se ao tipo de morte que teve o defunto. (E) Com “sabeis como ele se chama ou se chamava?”, no terceiro verso, o retirante demonstra não ter certeza de que o homem na rede estava morto. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: São incorretas as opções [A], [B], [D] E [E]. Em [A] a expressão “irmãos das almas” configura um vocativo; Em [B] a forma verbal “dizei” constitui oração com sujeito desinencial, que poderia ser explicado com o pronome pessoal “vos”; Em [D] o adjunto adverbial “ali” refere-se ao local onde Severino Lavrador foi morto; Em [E] o retirante alterante o tempo verbal de presente para pretérito impefeito por saber que Severino está morto e, por isso, já não poder ser chamado por ninguém. 49. (UFTM-2012) De acordo com as informações textuais, Macabéa e Olímpico têm em comum o fato de que ambos (A) aparentam estar despreocupados com seu futuro financeiro. (B) desejam ardentemente mudar de condição social. (C) demonstram ter grande ambição e espírito aventureiro. (D) são um tanto alienados com relação às condições em que vivem. (E) realizam um trabalho altamente qualificado, mas são mal pagos. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Tanto Olimpico como Macabéa sentiam orgulho das suas profissões apesar de realizarem trabalhos mal remunerados e viverem em situação precárias, o que revela desconhecimento da sua própria condição e uma consciência fragmentada de mundo. 50. (UFTM-2012) Uma característica que A hora da estrela compartilha com outros textos produzidos pelo Neomodernismo brasileiro (ou Geração Modernista pós 1945) é (A) o enfoque histórico, retratando o passado brasileiro. (B) o propósito nacionalista, com heróis idealizados. (C) o uso de uma linguagem distante do cotidiano. (D) a criação de personagens burlescos e pouco complexos. (E) o tom intimista, de investigação psicológica. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: O Neomodernismo brasileiro caracteriza-se, sobretudo, pela reinvenção do código linguístico de cunho instrumentalista nos romances de Clarice Lispector e João Guimarães Rosa, entre outros. A sondagem do mundo interior dos personagens adquire valor generalizante na busca de explicações existentenciais, em tom intimista e de investigação psicológica, como se refere em [E] 48. (IFPE-2012) Em relação à sintaxe dos períodos retirados no texto, é correto afirmar que: (A) Em “há muitas horas viaja à sua morada”, no segundo verso, o sujeito do verbo haver é “muitas horas”. (B) Em “há uma bala voando desocupada”, o termo destacado funciona como um adjunto adverbial de modo. (C) “um defunto de nada” é sujeito do verbo haver que aparece no mesmo verso. (D) No quinto verso, o possessivo “vossa” pode estar-se referindo apenas ao “irmão das almas”, condutor do defunto, ou a ambos, ou seja, ao condutor e ao defunto. (E) Na expressão “Ter um hectare de terra”, “de terra” constitui um objeto indireto do verbo “ter”, tendo em vista ter sido exigida uma preposição. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: As opções [A], [B], [C] e [E] são incoretas, pois Em [A] o verbo haver no sentido de tempo decorrido configura oração sem sujeito;. Em [B] o tempo “desocupada” exerce a função de predicativo do objeto direto; Em [C] o segmento da oração “um defunto de nada”, resposta à pergunta anterior “A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado nessa rede?”, exerce a função de objeto direto preposicionado; Em [E] na expressão “Ter um hectare de terra”, “de terra” constitui um adjunto adnominal. 51. (UFTM-2012) A partir da leitura do texto, pode-se concluir que Olímpico, ao apresentar-se como metalúrgico em vez de operário, (A) revela ser um homem culto e com bom nível de instrução. (B) pretende conferir melhor status ao trabalho que exerce. (C) mostra ser um homem humilde e despretensioso. (D) atribui destaque ao fato de realizar um serviço braçal. (E) demonstra ter vergonha de trabalhar no ramo dos metais. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: Olimpico de Jesus preferia usar o tempo “metalúgico” para designar a sua profissão, pois, para ele, o termo “operário”, por ser mais genéricoe comum, não conferia o status social que pretendia ostentar. 52. (UFV) Leia atentamente o poema abaixo, de João Cabral de Melo Neto: Instrução: Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder às questões de números 49 a 51. 15 A educação pela pedra RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O autor faz uma analogia entre o ato de plantar e o de sepultar os mortos, enfatizando que este dá menos trabalho e que se recebe a paga na mesma hora em que se planta, ao contrário daquele, que é preciso esperar a hora da colheita. Uma educação pela pedra: por lições; para aprender da pedra, frequenta-la; captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria ao que flui e a fluir, a ser maleada; a de poética, sua carnadura concreta; a de economia, seu adensar-se compacta: lições de pedra (de fora para dentro, cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, e se lecionasse não ensinaria nada; lá não se aprende a pedra: lá a pedra, uma pedra de nascença, entranha a alma. 54. (FUVEST-SP) Decerto a gente daqui jamais envelhece aos trinta nem sabe da morte em vida, vida em morte, severina; (João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina) Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção da “morte e vida severina”, ideia central da obra, que aparece em seu próprio título. Tal como foi expressa no excerto, essa concepção só NÃO encontra correspondência em: (A) “morre gente que nem vivia”. (B) “meu próprio enterro eu seguia”. (C) “o enterro espera na porta: o morto ainda está com vida”. (D) “vêm é seguindo seu próprio enterro”. (E) “essa foi morte morrida ou foi matada?”. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: A significação residente no verso “vida em morte, severina” é a de que a vida do retirante nordestino tem um aspecto já de morte, como se sua vida fosse um eterno sofrimento, ao contrário do que está explicitado no item E, que fala de uma morte já consumada. (MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. p. 21.) Assinale a alternativa que NÃO traduz uma leitura possível do poema acima: (A) O poeta apreende da pedra a própria vivência na vida agreste do Sertão: de austeridade, resistência silenciosa e sempre capaz de dar lições de vida e de poesia. (B) Os versos metalinguísticos revelam a própria poética cabralina: concreta, impessoal, concisa, embora profundamente social. (C) Ao partir do pressuposto de que a pedra é muda, e, portanto, não ensina nada, o poeta suscita uma reflexão sobre a situação educacional precária no Nordeste. (D) O eu lírico também apreende da pedra os próprios versos enxutos, num esforço de dissecação de quaisquer sentimentalismos. (E) No poema, de intensa economia verbal, a pedra faz-se metáfora da paisagem do Sertão, que “entranha a alma”, e espelha o fazer poético do autor pernambucano. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: O tipo de ensinamento de que trata o poema não diz respeito à educação escolar, mas sim à educação para a vida. A pedra teria um significado metafórico de dureza, simbolizando a paisagem seca e inóspita do sertão. 55. (IBMEC) Utilize o texto abaixo, fragmento de Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, para responder o teste. O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI — O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria. Deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. 10 Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala Ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. 53. (FUVEST) Só os roçados da morte compensam aqui cultivar, e cultivá-los é fácil: simples questão de plantar; não se precisa de limpa, de adubar nem de regar; as estiagens e as pragas fazem-nos mais prosperar; e dão lucro imediato; nem é preciso esperar pela colheita: recebe-se na hora mesma de semear. (CAMPESTRINI, Hildebrando. Literatura Brasileira. São Paulo: FTD, 1989, p. 1978) (João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina) Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens de sua profissão e de outras semelhantes. A sequência de imagens neles presente tem como pressuposto imediato a ideia de: (A) sepultamento dos mortos. (B) dificuldade de plantio na seca. (C) escassez de mão de obra no sertão. (D) necessidade de melhores contratos de trabalho. (E) técnicas agrícolas adequadas ao sertão. Assinale a alternativa incorreta com relação ao texto de João Cabral de Melo Neto: (A) A expressão “pia”(segundo verso) refere-se à pia batismal e traz o sentido de que o personagem não tem outro nome de batismo. (B) ‘b) A filiação paterna, a partir do nome Zacarias, não constitui ponto de referência para o personagem. 16 (C) O personagem não foi batizado por ser santo de romaria e ter a paternidade desconhecida. (D) A expressão “senhor desta sesmaria” refere-se a posse de terras. (E) Fazendo uso do pronome de tratamento “Vossas Senhorias”, o personagem coloca o interlocutor numa posição hierarquicamente superior. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: Na escrita de Clarice, percebe-se o afinco em revelar coisas íntimas e desafiadoras à expressão convencional; também é notório na autora a não preocupação em retratar ações e sim sensações. Empregando vocabulário relativamente simples, neologismos e ideias elevadas, a autora fala à alma muito mais intimamente do que muitos autores a ela contemporâneos. (E) a mulher barroca foi apresentada como arquétipo da beleza, evidenciando o poder por ela conquistado, enquanto os homens viviam uma paz espiritual. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois [A] nas cantigas de amor, o eu lírico é masculino; [C] a idealização é típica do Romantismo; [D] o amor, o casamento, a relação homem e mulher são questões abordadas no Modernismo, questionamentos que provocam reconhecimento e valorização da mulher no espaço social da época; [E] a estética barroca nega a concepção da figura do ser perfeito típico do Classicismo e apresenta a mulher como alguém dual, merecedora de elogios e também de críticas. Assim, é correta apenas [B]. 56. Metáfora Gilberto Gil Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz: “Lata” Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz: “Meta” Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudonada cabe, Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta não discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora. 58. (Ufrgs 2012) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre sentimentos de personagens de Campo Geral, da obra Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa. ( ) Miguilim odiava seu Pai, pela violência das surras e castigos que ele lhe impunha: mandar embora a cadela, ou soltar os passarinhos que estavam nas gaiolas. ( ) As rezas da avó e os feitiços de Mãitina enfim surtiram efeito: Miguilim passou a se sentir culpado pela morte do irmão. ( ) Miguilim detestava o Mutum, mas, com a ajuda dos óculos do doutor, acabou finalmente descobrindo que se tratava de um lugar bonito. ( ) Dito sentiu inveja de Miguilim porque Papaco-o-Paco era capaz de dizer “ – Miguilim, Miguilim, me dá um beijim”, mas não conseguia pronunciar “Dito”. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) F – V – F – F. (B) F – V – F – V. (C) V – V – F – V. (D) V – F – V – V. (E) V – F – V – F. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O pai de Miguilim é descrito, em suas ações, como bastante agressivo e cruel. A primeira afirmação é verdadeira. Tanto a avó quanto Mãitina gostavam de Miguilim, por isso não tinham intenção de fazê-lo sentir-se culpado. Além disso, a avó de Miguilim era católica, não fazia feitiços. A segunda afirmativa está incorreta. Os óculos levam Miguilim a um mundo de descobertas e belezas, trata-se de um momento emocionante na trama. A terceira afirmação está certa. O Papagaio não conseguia dizer o nome de Dito. Apenas uma coruja pronuncia o nome do irmão de Miguilim pouco antes de sua morte. A quarta afirmação é verdadeira. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009. A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é: (A) “Uma lata existe para conter algo”. (B) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata’”. (C) “Uma meta existe para ser um alvo”. (D) “Por isso não se meta a exigir do poeta”. (E) “Que determine o conteúdo em sua lata”. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: A metáfora, tal como se afirma no conceito apresentado na raiz da questão, é uma figura de linguagem que consiste em empregar uma palavra fora do seu sentido literal (denotativo), demonstrando semelhança ou analogia entre elementos. A comparação, nesse caso, é mental e subjetiva, tal como no poema de Gilberto Gil. Com exceção da alternativa correta, todas as demais empregam as palavras em seu sentido literal. 59. (Enem 2012) O sedutor médio Vamos juntar Nossas rendas e expectativas de vida querida, o que me dizes? Ter 2, 3 filhos e ser meio felizes? 57. (Espcex (Aman) 2013) Considerando a imagem da mulher nas diferentes manifestações literárias, pode-se afirmar que (A) nas cantigas de amor, originárias da Provença, o eu-lírico é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso. (B) no Arcadismo, a louvação da mulher é feita a partir da escolha de um aspecto físico em que sua beleza se iguale à perfeição da natureza. (C) no Realismo, a mulher era idealizada como misteriosa, inatingível, superior, perfeita, como nas cantigas de amor. (D) a mulher moderna é inferiorizada socialmente e utiliza a dissimulação e a sedução, muitas vezes desencadeando crises e problemas. VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas 17 (A) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica. (B) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final. (C) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se sentiria realizado. (D) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os rendimentos da mulher. (E) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de conquistas amorosas. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: A proposta do eu lírico à mulher amada está carregada de ironia e desvincula o casamento ou a constituição de uma família da ideia de segurança para se atingir a felicidade plena. Através do adjetivo “médio” e do advérbio “meio”, o eu lírico subverte a concepção tradicional do casamento com final feliz e instaura a crítica a esse tipo de união, como se afirma em [B]. evidence to go on. Your prime suspect is the maintenance man at the apartment complex where the child lived. In his car you find tiny bits of hair and clothing fibers. Will this evidence be your link to the missing child, the break you need to solve the investigation? In this case…as in many cases like it before and since…the answer was yes-thanks to the work of forensic experts in our FBI Laboratory. After careful analysis, our scientists found that the hairs were highly similar to the missing girl’s and that the fibers were no different from those on a rabbit hair coat worn by the child’s mother. Even though the 5-year-old was never found, this trace evidence-as we call it because it’s small and easily transferred-played a key role in putting the killer behind bars. Each year, some 10,000 bits of this kind of evidence-shards of glass, strands of hair and fur, paint chips, soil clods, feathers, rocks and minerals, building materials of all kinds, you name it-come pouring into what we call our Trace Evidence Unit on the third floor of our FBI Lab in rural Virginia, courtesy of not just FBI investigators but also any law enforcement agency nationwide looking for help in a case. There, it is compared, contrasted, and analyzed every which way for whatever clues may lie hidden, usually invisible to the naked eye. A lot can be learned in the process. Just a few examples: We can tell if a strand of hair is dyed or burned; whether it’s from an animal or human being; what part of the body it’s from; and whether it was shed or pulled out. When glass is fractured, we can determine the direction of the blow and what did the damage. We can take the smallest pieces of building materials and figure out if they are insulation, fiber glass, building tile, bricks, cement blocks, etc. “It’s amazing how the smallest clues can end up yielding so much information and making such a big difference in cases,” says Cary Oien, chief of the unit. Here are some more details about the work of the unit: 60. (Ufrgs 2012) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. O livro A Educação pela Pedra, de João Cabral de Melo Neto, constitui-se de poemas marcados pela ........ e pelo andamento argumentativo, além de alguns deles exibirem ........ , como se lê em ....... e Comendadores Jantando. (A) complexidade sintática – humor agressivo – Catar Feijão (B) ambiguidade metafórica – reflexão intimista – Catar Feijão (C) complexidade sintática – reflexão intimista – O Urubu Mobilizado (D) ambiguidade metafórica – humor agressivo – O Urubu Mobilizado (E) complexidade sintática – humor agressivo – O Urubu Mobilizado RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: Existem inversões sintáticas e humor agressivo em “A Educação pela Pedra” de João Cabral de Melo Neto, nomeadamente em “Comendadores Jantando” e “Urubu Mobilizado”. No primeiro, existe síntese-crítica ao poder, associando-o à forma de comer (“se centram atentos na questão prato,/atenção ao mesmo tempo acesa e cega,/tão em ponta que o talher se contagia/e que a prata inemocional se retesa”). No segundo, ao associar o urubu a “funcionário”, que se alimenta de mortos: animais e homens (“Durante as sêcas do Sertão, o urubu /de urubu livre, passa a “funcionário” ... “e vai acolitar os empreiteiros da seca, /veterano, mas ainda com zelos de novato: /aviando com eutanásia o morto incerto, /êle, que no civil que o morto claro”). Assim, é correta a alternativa [E]. INGLÊS Texto para as questões de 61 a 70 With a Trace Analyzing Crime Scene Clues The people. Highly professional and well-schooled. Along with Oien, the 18-person staff includes: forensic examiners who do the evidence comparisons, write reports, and testify in court…physical scientists who prepare and process theevidence… and a geologist who specializes in mineralogy and soil comparisons. Tools and techniques. For soil, a technique called “x-ray diffraction” is used. For glass, it’s the glass refractive index measurement (yes, “GRIM” for short). For fiber, we use tools like the microspectrophotometer and infrared spectrophotometer to discriminate between colors and types of polymers (polyester vs. wool, for example). And of course, there are plenty of powerful microscopes on hand. Cases. More than we can name. But including: 9/11, the D.C. snipers, the ’01 anthrax attacks, O.J. Simpson, and plenty of violent crimes and kidnappings. Final words. “We’re all about using science to solve crimes,” says Oien. “But there is a very personal side to what we do. Some of the cases we’re involved in-whether it’s a missing child or a brutal murder—are heart wrenching. It’s a great feeling when our analysis helps take a dangerous criminal off the streets. That’s what makes every day here interesting and worthwhile.” 61. In the beginning of the text, the author: (A) asks you to help the FBI in a investigation. (B) is trying to solve the case of a missing child. (C) tries to convince the reader to think like a kidnapper. (D) asks the reader to imagine himself as an FBI agent. (E) said the child was kidnapped by a member of her own far RESPOSTA: D RESOSULUÇÃO: Imagine the heartbreak of having your young child mysteriously disappear from a holiday party…as happened to a northern Virginia family some years ago. Now imagine you’re the FBI agent trying desperately to solve the case, but with no sign of the missing 5-year-old and little 18 No início do texto, mais precisamente no Segundo parágrafo, o autor pede para que o leitor se imagine como um agente do FBI tentando resolver um caso de sequestro. O quarto parágrafo afirma que qualquer tipo de material pode ser classificado como evidência, já que pode ajudar a solucionar um crime. 67. According to the text: (A) there is no way of telling human hair from animal hair. (B) it is not possible to determine what damaged grass. (C) it is possible to know if strand of hair is tinted. (D) hair is always shed and pulled out during forensic analyz (E) hair, grass and building materials are not analyzed in a cri scene investigation. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: No sexto parágrafo, o texto afirma que há meios de saber se um fio de cabelo foi pintado ou não. 62. Who kidnapped the little five-year-old girl? (A) A member of her own family. (B) A man who worked to her father. (C) A man who worked where she lived. (D) A serial killer. (E) A neighbor. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: No segundo parágrafo do texto, afirma-se que o principal suspeito do sequestro da garota de cinco anos é um homem que trabalha no condomínio onde a menina morava. 68. Which statement is wrong according to the text: (A) Science is used by the FBI to solve crimes. (B) The FBI deals with violent crimes, kidnappings and terrorist actions. (C) Work in the FBI is interesting and worthwhile. (D) Microspectrophotometer is a tool used by the FBI to analyze fibers. (E) The FBI´s forensic staff is made up of nineteen members. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: No oitavo parágrafo do texto, afirma-se que a equipe de cientistas forenses do FBI é composta por dezoito membros e não dezenove. 63. The little girl: (A) is sound and safe now. (B) was killed by the kidnapper. (C) was found just a couple of days after the kidnapping. (D) was hijacked after a holiday festival. (E) is still missing. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: No final do terceiro parágrafo, o suspeito é chamado de assassino (killer), o que mostra que a garota fora morta por seu sequestrador. th 64. How was the crime solved? (A) The little girl was found inside the car of a man who wor! (B) The car of the suspect was found full of fibers of rak hair coat worn by the five-year-old. (C) FBI scientists analyzed the neighborhood and found girl inside a nearby house. (D) The girl was never found, so the case has not been sol yet. (E) FBI forensic scientists found trace evidences in the ca the suspect. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: O crime foi resolvido a partir da análise de evidências encontradas no carro do suspeito por cientistas forenses, de acordo com o terceiro parágrafo do texto. 69. The word some (4 paragraph) can be substituted by: (A) About. (B) Any. (C) Over. (D) Such. (E) Within. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: No texto, o vocábulo some significa “aproximadamente”, logo pode ser substituído por about. 70. The plural of analysis and index is: (A) Analysis – indices (B) Analyses – indexies (C) Analysis – indexes (D) Analyses – indices (E) Analysies – indices RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: As formas de plural dos vocábulos analysis (análise) e índex ( índice) são, respectivamente, analyses e índices. 65. Mark the False Cognate Word. (A) Experts (B) Cement (C) Polymers (D) Forensic (E) Testify RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O vocábulo experts (especialistas, peritos) é considerado um fale cognate. Texto para as questões de 71 a 80 BBC News World Edition Eastern and southern Africa are suffering from a catastrophic drought and famine, with more than 30 million people facing hunger Ethiopia is one of the worst affected countries. As it struggles to cope, it is hosting an annual conference to discuss how Africa is affected by economic globalization. For many agencies seeking to alleviate famine and cope with Africa's crippling level of poverty, globalisation is a key and controversial issue. Those who favour the process, like the former head of the International Monetary Fund, Michel Camdessus, argue that it will lead to the modernisation of economies, the removal of trade barriers and to the elimination of want. He says the prospects are good for "achieving more rapid poverty reduction and faster growth". But critics, like the British charity ActionAid, argue that trade liberalisation has harmed Africa. It says that the freer trade, 66. According to the text, trace evidence: (A) is not small and easily transferred. (B) may be any kind of material that can be used as proo help solve a crime. (C) is a stock of small pieces of materials kept on the third fl of an FBI facility. (D) is anything but glass, hair, fur, feather, rock and build material. (E) Is easily found by any law enforcement agency nationwi RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: 19 especially in agricultural produce, has worked to "threaten or destroy the livelihoods of millions of farmers" and to keep people poor. The arguments are fierce and complex, but how does globalisation affect people's lives? Sugar's bitter taste Selpha Maende Okweno is an 87-year-old grandmother living in Kenya's Busia district. For decades her family has grown sugar cane and made a good living from it. But now it is threatened by trade policies which enable foreign sugar exporters to sell sugar more cheaply in Kenya than local producers. Her granddaughter, journalist Florence Machio, says that her "grandmother cannot afford to buy sugar, yet the crop that produces it stretches as far as the eye can see" near her home. Cheap imports of processed sugar undercut the prices Kenyan farmers need to survive and so sugar farmers are becoming poorer or are having to grow other crops. Kenya's Director of Internal Trade, Seth Otieno, says that liberalisation of trade has been a disaster for many in Kenya."Globalisation is a curse to many sectors, especially agriculture, in this country," he says. In Swaziland, the import of sugar products from the European Union countries has undermined the local industry. The sugar industry has lost 16,000 jobs and a further 20,000 have gone in transport and packaging, according to Action Aid. Reform Those in favour of globalisation say Africa needs better economic management and more trade liberalisation. These changes, argues Michel Camdessus, will enable it to be part of the new economic partnership offered by globalisation and so increase economic growth. Many African leaders accept globalisation as a long-term goal, but say it must be accompanied by reform by the developed countries to make the terms of trade fairer to Africa. President Thabo Mbeki of South Africa, an originator of the pro-globalisation New Partnership for Africa's Development (Nepad), says that Africa must embrace the process but warns that it is leading to rising inequalities between and within countries. He says governments must "re-shape and redirect its impact". “Negative effects” Some critics are harsher. The African director of the International Labour Organisation, Regina Amadi-Njoku, says globalisation is responsible for the decline in Africa's status in the global economy. Pressures for economic liberalisation in Africa from the IMF, World Bank and Western governments "have brought negative effects on the globalisation process," she says. ActionAid and Oxfam say that European Union and US 1 2 financial support for their farmers gives them big advantages in 3 trade and ruins African farmers by subjecting them to unfair competition. These countries protect their own farmers but demand that African countries cut subsidies to theirs, they argue. In a submission to the UK Government, Oxfam calls for globalisation to "be underpinned by global rules and institutions that place human development above the pursuit of corporate self-interest and national advantage". For ordinary African farmers the question of globalisation comes down to issues of economic survival. Kenyan grandmother Selpha Maende Okweno's view is simple: "Why should I plant sugar cane if there is no market for it?" Segundo o texto, Michel Camdessus é ex-presidente fdo FMI (former head of the IMF). 72. From the first paragraph, it can be inferred that: (A) there are different points of view about Africa´s process of globalisation. (B) globalization will surely lead Africa to a faster economic growth and reduce poverty. (C) the effects of globalisation are actually rather clear and wellknown. (D) the process of globalisation does not affect the agricultural production in Africa. (E) the African farmers are sure that globalization will bring progress to their crops. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: No primeiro parágrafo do texto, são apresentados dois pontos de vista em relação ao processo de globalização da Africa: o favorável, representado pela opinião de Michel Camdessus (expresidente do FMI), e o contrário, da ActionAid (uma instituição britânica de caridade). 73. What is not correct to say about Selpha Maende Okweno? (A) Her family deals with sugar cane. (B) She is in her eighties. (C) Her daughter is a journalist. (D) She lives near a sugar cane crop. (E) She has at least one grandchild. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: O texto afirma que a neta (granddaughter) de Selpha Maende Okweno é jornalista, não a filha (daughter). 74. In accordance with the text: (A) Trade policies do not threaten sugar cane crops despite they favour foreigner exporters. (B) Agriculture in Kenya is one of the sectors that have suffered the consequences of globalisation. (C) Kenya sugar farmers are growing other crops in other to vie with foreign sugar entrepreneurs. (D) The effects of globalization on Kenya are a blessing for they removed trade barriers and caused economical increase. (E) Kenyan industry has hired more than 36,000 new employees to fight against the EU countries. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: De acordo com Seth Otieno, diretor de relações comerciais internas do Kenya, “ a globalização é uma maldição para muitos setores, especialmente a agricultura, neste país” (lobalisation is a curse to many sectors, especially agriculture, in this country). 75. Which is the most suitable title for this text? (A) The African Sugar Market (B) A Pro-globalisation analysis (C) The Fight Against Famine Must Go ON (D) Africa: Globalisation or marginalization? (E) Drought and Famine Attack Africa Again RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Levando em consideração o debate levantado pelo texto em relação ao processo de globalização da África, pode-se inferir que o melhor título para o artigo é “África: Globalisation or Marginalisation?.” 71. According to the text, Michel Camdessus: (A) is the head of the International Monetary Fund. (B) is not the head of the International Monetary Fund anymore. (C) is against the process of globalisation in Africa. (D) does not know globalisation affects people´s lives. (E) said globalisation is not the key to the modernization of economies. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: 76. After reading the text we can say that: (A) the process of globalization must be embraced in short-term by the Africans. 20 (B) the African leaders are not against globalization, but fear the long-term consequences. (C) it is necessary to establish fairer terms of trade in the developed countries. (D) the Nepad was created by President Thabo Mbeki and Michel Camdessus to make the terms of trade fairer to Africa. (E) the process of globalization is provoking the increase of inequalities in the African countries. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, afirma, no terceiro parágrafo, que o processo de globalização está aumentando as desigualdades entre e nos países africanos. (B) looks after (C) looks over (D) looks out (E) looks at RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: A única alternativa que prenche adequadamente e pergunta é looks after, que significa vida. 81. (Ufg 2013) Read the text. st 77. The word want (1 paragraph) is a(n)________ and can be replaced by _________ (A) Verb – need (B) Verb – misery (C) Noun – poverty (D) Noun – desire (E) Adjective – poverty RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: No texto, o vocábulo want significa “pobreza”, portanto, exerce função de substantivo e pode ser substituído por poverty. There is an implicit message in the text, according to which (A) statistical tolerancing must be studied more carefully. (B) hypothesis testing involves making a correct decision. (C) training qualified statisticians is frustrating. (D) statistics for calmness of mind is being tested. (E) statistics might be boring sometimes. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: O título do livro pode ser traduzido como “Estatística para testar hipóteses e sua paciência”. Pode-se inferir da frase que a estatística pode ser enfadonha. A alternativa [E] afirma justamente isso: “a estatística pode ser chata às vezes”. 78. True or False? ( ) Africa´s status in the global economy has decreased due to the effects of globalisation. ( ) African farmers are ruining for the unfair competition against European and American farmers. ( ) IMF, World Bank and Western governments have pressured the African countries for economic liberalization. ( ) The question at the end of the text was made by an expert in globalization and foreign trade. (A) T,T,F,T (B) T,T,T,F (C) T,T,T,T (D) F,T,T,F (E) F,TFF RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: A quarta asserção está errada: a pergunta na última linha do texto foi feita por Selpha Maende Okweno, uma simples camponesa do Kenya, não uma especialista em globalização e comércio exterior. 82. (Ufg 2013) Read the two pieces of news. Brazilian police kill 9 drug traffickers in shootout An elite police unit killed nine people during an operation targeting drug traffickers in Varzea Paulista, a city about 50 kilometers (31 miles) from São Paulo, Brazilian officials said. Six of the nine suspects killed in Tuesday's operation have been identified and all had lengthy criminal records, the São Paulo Security Secretariat said. Disponível em: http://latino.foxnews.com/latino/news/2012/09/12/brazilian-policekilldrug-traffickers-in-shootout/. Acesso em: 3 fev. 2013. (Adaptado). 79. The pronouns their (Ref. 1), them ( Ref. 2) and them (Ref. 3) refer, respectively, to: (A) ActionAid and Oxfam – European and American Farmers – European farmers (B) ActionAid and Oxfam – European and American Farmers – American farmers (C) EU and USA – American farmers - African Farmers (D) EU and USA – European farmers - African Farmers (E) EU and USA – European and American Farmers - African Farmers RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: No texto, o pronome possessivo adjetivo their (seus, deles) referese à União Europeia e aos Estados Unidos (EU and USA), já o pronome pessoal oblíquo them (eles, os) refere-se, primeiramente, a fazendeiros europeus e americanos (European and American farmers) e, em seguida, a fazendeiros africanos (African farmers). Ten Workers in Colombia Killed by Drug Traffickers By Dan Molinski BOGOTA – Ten farm workers were massacred in northwestern Colombia by an alleged drug-trafficking gang involved in an increasingly bloody battle with a rival group for control of the area. The killings Wednesday night raised concern that drug traffickingrelated violence, frequently seen in Mexico, may become more common among the gangs in Colombia. THE WALL STREET JOURNAL, Europe Edition, Vol. XXX no. 201, 9 fev. 2013, p.9. (Berlin). (Adaptado). Glossário: alleged: suposta What problem concerns the two pieces of news? (A) The difficulties South American authorities face in controlling drug trafficking. 80. Who ________________ the plants while you are out? (A) looks for 21 (B) The intrinsec relation between drug trafficking, violence, and death. (C) The way drug traffickers were killed in Colombia and Brazil. (D) The increasing number of innocents killed because of drug trafficking. (E) The similarity between Colombian and Brazilian drug trafficking gangs. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: O primeiro texto fala que a polícia brasileira matou nove traficantes de drogas em um tiroteio, enquanto o segundo texto discorre sobre o fato de dez trabalhadores terem sido mortos por traficantes de drogas na Colômbia. Assim, a alternativa [B] está correta por afirmar que os dois textos tratam “da relação intrínseca entre o tráfico de drogas, violência e morte”. 85. (Ufg 2013) Read the lines with examples of the word 'taste' in idiomatic expressions, taken from The Free Dictionary website. In which context is it used with the meaning of 'to taste very good'? (Adaptado de http://idioms.thefreedictionary.com/taste. Acesso em: 8 jan. 2013.) (A) The Smiths have a taste for adventure and take exotic vacations. (B) Look at that purple and orange car! There's no accounting for taste. (C) This stuff tastes like watermelon. What do you think this tastes like? (D) It was a very nice hotel, but something about it left a bad taste in my mouth. (E) This pie is great. It tastes like more. Mom's cooking always tastes like more. RESPOSTA: E RESOLUÇÃO: A questão pede ao candidato que escolha a alternativa que possui o uso de “taste” como “possuindo um sabor muito bom”. A alternativa [E] é a correta, pois coloca que “esta torta está ótima. Ela possui um ‘gostinho de quero mais’. A culinária da mamãe sempre tem um ‘gostinho de quero mais’”. 83. (Ufg 2013) Information about where to stay while travelling always mentions positive aspects of a hotel or a guesthouse, for example. Sometimes, though, it points out something which may not be so positive. The comments presented in the alternatives below were taken from the newspaper supplement Travel, in The Sunday Telegraph. THE SUNDAY TELEGRAPH, European Edition, 29 jul. 2012, p. C42-46. (United Kingdom). (Adaptado). TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: There is a couple interested in staying in a small and comfortable hotel, with good views and pleasant surroundings. Which of the comments points out something this couple should be aware of? (A) 15th century building with a terrace, in a prime position on the little harbour of Goedereede and close to De Kwade Hoek. (B) Perhaps the most interesting rooms are the bedrooms, with colourful quilts and simple wood furniture. (C) The decoration of the staircase, wide landings and corridors to the 22 bedrooms remains painful to look at. (D) If you want a real taste of Amish life, this charming two bedroom guesthouse is on a true-to-life Amish dairy farm. (E) This new, small-scale hotel has 10 rooms, and is situated on the edge of the village of Ouddorp. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: A questão pede ao candidato que escolha a alternativa relacionada aos pontos que o casal deve ter cuidado (should be aware of) ao escolher o hotel em que ficarão. A alternativa [C] é a única que possui um ponto realmente negativo (a decoração da escadaria é horrível – painful to look at). Apple manufacturing plant workers complain of long hours and militant culture Chengdu, China (CNN) — Miss Chen (we changed her name for this story), an 18-year-old student from a village outside of the southern megacity of Chongqing, is one of more than one million factory workers at a Chinese company that helps manufacture products for Apple Inc.’s lucrative global empire, which ranked in a record $46.3 billion in sales last quarter. They work day or night shifts, eating and sleeping at company facilities, as they help build electronics products for Apple and many other global brand names, such as Amazon’s Kindle and Microsoft’s Xbox. As a poor college student with no work experience, looking for a job in China’s competitive market is an uphill battle. So when Chen was offered a one-month position at Foxconn with promises of great benefits and little overtime, she jumped at the chance. But when she started working, she found out that only senior employees got such benefits. “During my first day of work, an older worker said to me, ‘Why did you come to Foxconn? Think about it again and leave right now’,” said Chen, who plans to return to her studies at a Chongqing university soon. Foxconn recently released a statement defending its corporate practices, stating its employees are entitled to numerous benefits including access to health care and opportunities for promotions and training. In response to questions from CNN, Apple also released a statement: “We care about every worker in our worldwide supply chain. We insist that our suppliers provide safe working conditions, treat workers with dignity and respect, and use environmentally responsible manufacturing processes wherever Apple products are made. Our suppliers must live up to these requirements if they want to keep doing business with Apple.” After three weeks of applying more than 4,000 stickers a day onto iPad screens by hand and working 60 hours a week in an assembly line, Chen says she’s ready to go back to school and study hard so she’ll never have to return to Foxconn. “It’s so boring, I can’t bear it anymore. Everyday is like: I get off from work and I go to bed. I get up in the morning, and I go to work. It is my daily routine and I almost feel like an animal,” said Miss Chen. When asked why humans do machine-like work at Foxconn, she responds, “Well, humans are cheaper.” 84. (Ufg 2013) The headlines below are from the online version of the British newspaper The Guardian. Red Squirrel population wiped out in northern Italy Why is Labour so quiet on green issues? Obama blocks Chinese firm's purchase of four US wind farms Disponível em: <www.theguardian.co.uk/>. Acesso em: 20 set. 2012. In which of the following sections can such headlines be found? (A) Environment (B) Business (C) Culture (D) Life & Style (E) Travel RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: As manchetes podem ser respectivamente traduzidas como: “População de esquilos vermelhos é dizimada no norte da Itália”, “Por que o Trabalho está tão quieto sobre os assuntos ecológicos” e “Obama veta compra por uma empresa chinesa de quadro fazendas dos Estados Unidos que usam energia eólica”. Devido ao conteúdo das manchetes, a seção mais provável de serem encontradas é a de meio ambiente (environment). 22 Adaptado de http://edition.cnn.com, consulta em 06/02/2012. RESOLUÇÃO: Segundo o texto, a polícia militar brasileira está investigando a causa do incêndio (Brazilian military police are investigating the cause). 86. (Espcex (Aman) 2013) In the sentence “As a poor college student with no work experience, looking for a job in China’s competitive market is an uphill battle”, the author means that (A) you cannot find a job in China. (B) you have to go up a hill. (C) it’s exciting to get a job in China. (D) it’s difficult to get a job in China. (E) you have to be an excellent athlete. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Já que a senhorita Chen é uma universitária de baixo poder aquisitivo, procurar por empregos na China é uma batalha muito difícil. ESPANHOL Frágil e importante para quem o possui, ficando fácil deduzir que “Pichones” são os filhotes das aves. TEXTO I LA ECONOMIA MÁS HUMANA En América Latina debería sumarse a los otros valores la noción de que debe haver una ética de la prisa. Cada día que transcurre sin respuestas adecuadas a los sufrimientos de la población significa daños en muchos casos irreversibles”, afirma el argentino Bernardo Kliksberg en las páginas de su ultimo libro Hacia una economía con rostro humano. Kliksberg, de 62 años, vive en Washington, y es asesor de diversos organismos internacionales y coordinador general de la Iniciativa Interamericana del Banco Interamericano de Desarrollo (BID). En su obra, afirma que una cultura de la ética conseguiría reducir drásticamente los niveles de corrupción. Asegura que el peor riesgo es acostumbrarse a la pobreza, y destaca que hechos como la profunda reacción de la sociedad civil en la Argentina de la crisis le dan sobrados motivos para la esperanza. 87. (Espcex (Aman) 2013) According to the text, workers at Foxconn company are compared to (A) machines and animals. (B) machines and humans. (C) animals and men. (D) suppliers and machines. (E) animals and suppliers. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: A senhorita Chen afirma que ela se sente quase como um animal (I almost feel like an animal). Além disso, Chen afirma que comparados às máquinas, os humanos são mais baratos (When asked why humans do machine-like work at Foxconn, she responds, “Well, humans are cheaper”). (Bernardo Kliksberg, La Nación, revista, 6/10/2008) 90. Bernardo Kliksberg denomina “ética de la prisa”: (A) a la necesidad urgente de renegociar las obligaciones de la deuda externa. (B) a la necesidad de encontrar soluciones urgentes para los problemas sociales. (C) al combate a la corrupción, hasta ahora sin respuestas adecuadas. (D) a la política de reformulación de la burocracia de los organismos internacionales. (E) e la reacciones de la sociedad civil ante las crisis. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: O candidato nesta questão teria que retomar o tema geral do texto: a problemática das questões sociais e a necessidade de soluções urgentes para os mesmos. 88. (Espcex (Aman) 2013) It’s correct to say that Miss Chen (A) is very satisfied with her job at Foxconn. (B) is a special factory worker at Foxconn. (C) has lots of benefits and little overtime at Foxconn. (D) works day or night shifts, eating and sleeping at Foxconn. (E) worked in another company before working at Foxconn. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Segundo o texto, a senhorita Chen trabalha em dois turnos (manhã e noite) na Foxconn, além de comer e dormir na empresa (They work day or night shifts, eating and sleeping at company facilities). Fire at Antarctica station kills 2 Brazilian sailors Two Brazilian sailors died and one was injured Saturday after a fire broke out at a naval research station in Antarctica, authorities reported. The fire occurred at the Comandante Ferraz Station on King George Island, said Adm. Julio Soares de Moura Neto, commander of the Brazilian Navy. The three sailors were trying to extinguish a fire that broke out in the engine room of the facility. Brazilian military police are investigating the cause. The station is home to researchers who conduct studies on the effects of climate change in Antarctica and its implications on the planet, according to the Ministry of Science and Technology and Innovation. Researchers at the base also study marine life and the atmosphere. 91. El libro escrito por Bernardo Kliksberg se titula Hacia una economía con rostro humano, porque, según la reseña. (A) defiende la necesidad de atender los intereses del Banco Interamericano de Desarrollo. (B) defiende la necesidad de colocar la economía según las indicaciones de la problación. (C) defiende la necesidad de modernizar la economia según las indicaciones de los organismos internacionales. (D) defiende la necesidad de que la sociedad civil actúe con prisa, (E) defiende la necesidad de acabar permanentemente con la corrupción. RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: Nesta questão o candidato teria que atentar para as informações concentradas nas linhas 2, 3, 4 e 5. Dessa forma encontraria facilmente a resposta certa na letra B. Adaptado de http://articles.cnn.com, consulta em 26/02/2012. 89. (Espcex (Aman) 2013) According to the text, it is correct to state that (A) the Brazilian sailors were responsible for the fire incident. (B) the fire started outside the engine room. (C) Brazilian military police still don’t know the cause. (D) researchers are studying the cause. (E) climate change caused the fire. RESPOSTA: C 92. En la frase “y destaca que hechos como la profunda reacción de la sociedad civil en la Argentina de la crisis le dan sobrados motivos para la esperanza”, la expresión “la Argentina de la crisis”, se refiere: (A) a la Argentina como un país permanentemente en crisis. 23 (B) a la Argentina como un país profundamente corrupto. (C) a una crisis especifica por la que atravesó la Argentina. (D) a la falta de esperanza de la población Argentina. (E) a la Argentina como um país profundamente reacionário. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: Deve-se observar nesta questão que o autor não se refere a Argentina, de maneira geral, como um pais de crises, mas determina um momento de crise vivenciada pelo país recentemente. Para isso fez uso do artigo determinante “la” no sintagma” “la Argentina de la crisis”. * Entonces, ¿ _____________ gustó ______________ coche ___________ Julio? * no ______________ sé. No todavía decidido comprar ___________. Se completan, respectivamente, con: (A) el / lo / de / lo / le (B) le / el / a / lo / lo (C) el / al / de / lo / le (D) le / del / a / le / lo (E) te / lo / de / lo / le RESPOSTA: B SOM PRONOMES ÁTONOS E ARTIGOS. 93. El peor riesgo para América Latina sería, según el autor, (A) la resignación frente a la pobreza. (B) la corrupción de la sociedad civil. (C) los intereses internacionales. (D) la falta de una cultura de la ética. (E) los sufrimientos de la población. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: Pode ser respondida, esta questão, observando-se a informação contida nas linhas 12 e 13 do texto onde está explicito que: “... el peor riesgo es acostumbrarse a la pobreza”. TEXTO III La movida en 200 actos y tres meses “La movida madrileña ya es historia. No fue algo de pasotas y drogrados, como algunos dicen. Fue un gran momento creativo hecho por una gente con una increíble capacidad de trabajo. Esta exposición lo demuestra”. Así de categoríca afirma Blanca Sánchez, artífice de una iniciativa, que es algo más que una exposición: es una viaje en el tiempo repartindo en distintos espacios y escenarios, con más de 200 actos que se desarrolarén del 29 de noviembre a febrero de 2007. La muestra sobre la movida va del año 1977 al 1986. La macroexposicion destacará “no sólo la importancia de la labr de nombres famosos, sino también de quienes estuvieron detrás de los bastidores”. Otro punto común a los protagonista de la movida que e pondrá de relieve es su perfil multidisplinar, pues probaban todas las expresiones artísticas y vitales: artes plásticas, fotografía, música, moda, diseño, comic, cine, radio, televisión. Un voluminoso catalogo, que saldrá en diciembre, recogeráel testimonio. 3. La obras más representativas de la movida podrán ser vistas por los expectadores del siglo XXI en espacios de la Comunidad de Madrid. La sala El sol acogerá debates y dará musicales. El Círculo de Bellas Artes acogerá debates y dará cobertura a la aportación cinematográfica, con la imprescindible de Almodóvar Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (1980). TAREFA DE CASA MÓDULO VIII TEXTO II Pasma salir a la calle a caminar sin rumbo, huir del atasco o de las emacinaciones de los tubos de escape. Las avenidas atraviesan, en una interminable raya asfáltica, el retrato apocalítico del hacinamiento humano; algunas llegan a medir un centenar largo de kilómetros. Hay quienes emplean más de seis horas al día en el trajecto de ida y vuelta a sus centros de trabajo (…) El aire se ha vuelto irrespirable. El tráfico, difícil de soportar. Según los urbanistas, se ha llegado ya al limite a partir cual toda transgresión tiene un costo mortal para la salud. Muy interesante 14/07/2007 94. La idea central del texto es: (A) El trayecto de una persona sin rumbo. (B) Los problemas para la salud de las personas. (C) El trayecto de ida y vuelta de las personas e sus centros de trabajo. (D) Los problemas de una gran ciudad. (E) El día de un obrero. RESPOSTA: D OS PROBLEMAS DE UM CIDADE GRANDE. (El Pais, Rosa Rivas – 7 madrid 17/11/2006) 98. Assinale como VERDADEIRA a alternativa que apresenta verbo conugados unicamente no tempo futuro do indicativo: (A) acogerá; di (B) desarrolaran; probaban (C) pondrá; saldrá (D) estuvieran; desarrolarán (E) demuestra; destacará RESPOSTA: C VERBOS POR E SABER. 95. Según el texto NO ES CORRECTO afirma que: (A) Hay personas que tardan más de seis horas al día en el trayector de ida e vuelta a sus trabajos. (B) El aire se tornó irrespirable. (C) Las avenidas de asfalto son kilométricas. (D) Salir a la calle nos deja atónitos. (E) Todavía no se há llegado ya limite mortal para la salud. RESPOSTA: E AINDA NÃO CHEGOU AO COSTO MONTAL. 99. Assinale como VERDADEIRA a alternativa que reformula, em portugués, o fragmento La macroexposición destacará no solo la importância de la sabor de nombres famosos, sino también de quienes estuvieron detrás de los bastidores. FALSAS aquelas que não o fazem. (A) A macroexposição dará destaque apenas à importância do trabalho de nomes famosos, mas também daqueles que estiveram atrás dos bastidores. (B) A macroexposição somente destacará a importância do trabalho de nomes famosos como também dos que estiveram atrás dos bastidores. (C) A macroexposição não destacará a importância do trabalho de nomes famosos más sim dos que estiveram atrás dos bastidores. (D) A macroexposição destacará somente a importância do trabalho de nomes famosos e não a dos que estiveram atrás dos bastidores. 96. Las palabras ataso y hacinamiento, en el texto, significan respectivamente: (A) Embotellamiento y aglomeración (B) Obstrución y consumación (C) Camino corto y amontonamiento (D) Embotellamiento y término (E) Camino corto y consumación. RESPOSTA: A ENGARRAMENTO E MULTIDÃO. 97. Los espacios en el siguiente diálogo: 24 (E) A macroexposição além de destacar a importância do trabalho de nomes famosos, destacara também a importância daqueles que estiveram atrás dos bastidores. RESPOSTA: B A RESPOSTA ESTÁ NO SEGUNDO PARÁGRAFO. 102. Dela lectura del texto se puede interir que Pedrito Tinoco. (A) Era un abanquino muy querido en el pueblo y que comia gracias a la caridad de los vecinos. (B) Era hijo del párroco y por eso vivía con él. (C) Fue abandonado en la puerta de a inglesa porque era retarado mental. (D) No tuvo un hogar, a pesar de haber convivido con el párroco durante su niñez. (E) Durante la adocescencia desempeñó diverdos trabajos que le permitieron autosustentarse. RESPOSTA: D NÃO TEVE UM LAR ONDE MORAR. 100. Assinale a alternativa que apresenta correta para o fragmento Las obras más representativas de la movida podrán ser vistas por los espectadores del siglo XXI em espacios de la Comunidad de Madrid, sublinhado no ultimo paragrafo do texto. (A) Los espectadores podrán verse en espacios de la Comunidad de Madrid em las obras más representativas del siglo XXI. (B) Las obras más representativas del siglo XXI serán vistas por los espectadores en espacios de la Comunidad de Madrid. (C) Los espectadores del siglo XXI podrán ver las obras más importantes de la movida madrileña en espacios de la Comunidad de Madrid. (D) Los espectadores de la movida de la Comunidad de Madrid podrán ver las obras más importantes del siglo XXI. (E) En el siglo XX las obras más representativas de la movida se podrán ver en espacios de la Comunidad de Madrid. RESPOSTA: C A RESPOSTA ESTÁ NO TERCEIRO PARÁGRAFO. 103. Los verbos presentes en el texto: Dicho (línea 7), trajo (linha 7), supo (línea 12), y hecho (línea 22) corresponden a los siguientes infinitos, en el mismo orden: (A) Decir – trair – supor – hechar (B) Decir – traer – saber – hacer (C) Dicer – trair – suponer – hacer (D) Dichar – traer – supor – ochar (E) Decir – trajer – saber – echar RESPOSTA: B SOM TODOS VERBOS IRREGULARES. 101. Assinale a alternativa que, de acordó com o texto, define corretamente La movida madrileña. (A) É algo mais que uma exposição, é uma viagem no tempo. (B) Foi um momento criativo concebido por pessoas dotadas de uma incrível capacidade de trabalho. (C) É uma viagem no tempo dividida em distintos espaços e cenários, com mais de 200 atos que se desenvolverão de 20 de novembro a fevereiro de 2007. (D) É uma parte da historia da Europa. (E) É uma macroexposição de artistas com uma incrível capacidade de trabalho, que terá lugar em Madrid, de 29 de novembro até fevereiro de 2007. RESPOSTA: B FOI UM MOMENTO MUITO CRIATIVO NO PASSADO. 104. En la línea 16 la frase “sirvió de campanero y de monaguillo” significa que: (A) Sirvió para tocar la campana. (B) Sirvió para los mandados y las compras de la iglesia. (C) Sirvió como compañía para el padre y para ayudar en la misma. (D) Sirvió para barrer y limpiar la iglesia. (E) Sirvió para mantener limpia campana y la iglesia. RESPOSTA: C SIRVIOU COMO CORINHA. 105. En línea 19, la palabra “reemplazante” tiene al siguiente significando: (A) Ayudante (B) Distribuidor (C) Obrero (D) Auxiliar (E) Substituto RESPOSTA: E SIGNIFICA SUBSTITUTO. TEXTO IV Desde niño a Pedrito Tinoco le habían dicho alunado, opa, ido, bobo, y, como siempre andaba con la boca abierta, comemoscas. No se enojaba con esos apodos porque él nunca se enojaba con nada ni con nadie. Y los abanquinos tampoco se enojaban nunca con él pues a todos terminaba por ganárselos su apacible sonrisa, su espíritu servicial y su llaneza. Se decía que no era de Abancay, que lo trajo a los pocos días de nacido su madre, la que sólo se detuvo en la ciudad el tiempo necesario para dejar a ese hijo no querido, dentro de un atadito, en la puerta de la parroquia de la Virgen del Rosario. Chisme o verdad, nadie supo nunca en Abancay otra cosa de Pedrito Tinoco. Los vecinos recordaban que desde niño había dormido con los perros y las gallinas del párroco (malas lenguas decían también que éste era su padre), a quien le barrió la iglesia y sirvió de campanero y monaguillo hasta que el curita se murió. Entonces, ya adolescente, Pedrito Tinoco se mudó a las calles de Abancay, donde fue cargador, lustrabotas, barrendero, ayudante y reemplazante de serenos, carteros, recogedores de basura, cuidante de puestos del mercado y acomodador del cinema y de los circos que llegaban para Fiestas Patrias. Dormía hecho un ovillo en los establos, las sacristías o bajo los bancos de la plaza de Armas y comía gracias a los vecinos caritativos. Iba descalzo, con unos pantalones bolsudos y grasosos sujetos con una cuerda, un poncho deshilachado, y no se quitaba de la cabeza un chullo puntiagudo por cuyos contornos se escapaban unos mechones lacios jamás hollados por tijera o peine. TEXTO V EL ECLIPSE Cuando fray Bartolomé Arrazola se sintió perdido aceptó que ya nada podría salvarlo. La selva poderosa de Guatemala lo había apresado, implacable y definitiva. Ante su ignorancia topográfica se sentó con tranquilidad a esperar la muerte. Quiso morir allí, sin ninguna esperanza, aislado, con el pensamiento fijo en la España distante, particularmente en el convento de los Abrojos, donde Carlos Quinto condescendiera una vez a bajar de su eminencia para decirle que confiaba en el celo religioso de su labor redentora. Al despertar se encontró rodeado por un grupo de indígenas de rostro impasible que se disponían a sacrificarlo ante un altar, un altar que a Bartolomé le pareció como el lecho en que descansaría, al fin, de sus temores, de su destino, de sí mismo. Tres años en el país le habían conferido un mediano dominio de las lenguas nativas. Intentó algo. Dijo algunas palabras que fueron comprendidas. 25 Entonces floreció en él una idea que tuvo por digna de su talento y de su cultura universal y de su arduo conocimiento de Aristóteles. Recordó que para ese día se esperaba un eclipse total de sol. Y dispuso, en lo más íntimo, valerse de aquel conocimiento para engañar a sus opresores y salvar la vida. -Si me matáis -les dijo- puedo hacer que el sol se oscurezca en su altura. Los indígenas lo miraron fijamente y Bartolomé sorprendió la incredulidad en sus ojos. Vio que se produjo un pequeño consejo, y esperó confiado, no sin cierto desdén. Dos horas después el corazón de fray Bartolomé Arrazola chorreaba su sangre vehemente sobre la piedra de los sacrificios (brillante bajo la opaca luz de un sol eclipsado), mientras uno de los indígenas recitaba sin ninguna inflexión de voz, sin prisa, una por una, las infinitas fechas en que se producirían eclipses solares y lunares, que los astrónomos de la comunidad maya habían previsto y anotado en sus códices sin la valiosa ayuda de Aristóteles. “Dar la Lata” contra la violencia de género Impulsada por la ONGD Paz y Desarrollo, y financiada por la Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID), esta iniciativa pretende remarcar que contra la violencia de género hay que ‘Dar la lata todos los días’. Por Violeta Alonso Una de cada tres mujeres es maltratada en el mundo. Por ello, la ONG Paz y Desarrollo ha repartido 2.000 latas con semillas de violetas, para simbolizar la lucha contra la violencia de género. El acto ha sido en la Plaza del Museo Reina Sofía de Madrid. 50 voluntarios de esta ONG han repartido todas las latas en una hora. Se han entregado a aquellos que asumían el reto de “dar la lata” todos los días del año para luchar contra este tipo de violencia. El violeta es el color con que se representa la lucha contra la violencia de género. Los que han recogido las latas se han comprometido a hacer crecer la flor y conservarla, simbolizando así la lucha contra este tipo de violencia. Paz y Desarrollo postula que se hable de esta problemática, no solo cuando se producen casos de violencia machista o en los días internacionales sino todos los días. Piensan que hay que plantarle cara a esta violencia trabajando conjuntamente por la igualdad de géneros. Explican que, además de pedir a los gobiernos que tomen las medidas necesarias para solventar este tipo de violencia, es importante trabajar la igualdad entre hombres y mujeres en cualquier contexto: tanto en casa, con las tareas del hogar y el cuidado de los hijos, como en el trabajo y con los amigos. Asimismo, pretenden destacar los logros que se han ido consiguiendo contra la violencia de género gracias a la persistencia de las personas a lo largo de la historia. Creen que solo así se conseguirá acabar con esta problemática. La campaña ''www.darlalata.org'' recoge los avances contra la violencia de género y ejemplos de acciones de concienciación que se están llevando a cabo con éxito en varios países. Se ha realizado un vídeo al que han llamado ''La mayor historia de desamor jamás contada'' y que narra en un minuto la trayectoria de la violencia contra las mujeres en la humanidad. La ONG afirma que "en los últimos cien años son innumerables los avances legislativos y la toma de conciencia de la ciudadanía en el mundo. La violencia de género ha pasado de ser vista como un problema ''doméstico'' a un desafío de vital importancia. Eso sí, aún queda mucho por hacer, por eso tenemos que dar la lata todos los días". Paz y Desarrollo ha realizado, desde el año 1991, 780 proyectos y 9 convenios de cooperación internacional en 35 países de América Latina, África y Asia, con especial hincapié en la igualdad y la justicia social. Según una estadística del Ayuntamiento, la Guardia Urbana de Madrid detuvo e imputó en el mes de marzo a 1.784 personas, 162 personas por violencia doméstica, 12 más por agresiones y abusos sexuales. Augusto Monterroso Madrid: Edelsa, 2007, p 20-21. 106. Señala la(s) proposición(es) que corresponda(n) al contenido del texto: (A) Fray Bartolomé Arrazola, perdido en la selva, se desespera y pide que lo maten. (B) El religioso, al verse rodeado de indios, decide predicarles el evangelio. (C) Como Fray Bartolomé sabe la lengua de los indígenas, los convence para que lo dejen libre. (D) El fraile, para salvarse, echa mano de un recurso que resulta inútil. (E) El sol milagrosamente se oscureció y el fraile se salvó. RESPOSTA: B O RELIGIOSO DECIDE PREDICAR O EVANGELICO. 107. Entre la razón que causa la muerte de Fray Bartolomé está: (A) Los malentendidos entre los interlocutores, ya que el religioso no conocía la lengua de os indios. (B) La ropa extraña del fraile, tan diferente de la que vestían los indígenas. (C) El intento de engañar a los indios, presentándose como detentor de poderes sobrehumanos. (D) Atribuirse la posibilidad de provocar el eclipse. (E) El ataque a los dioses indígenas por el fraile. RESPOSTA: C TENTOU ENGANAR AOS INDIOS. 108. Señala la(s) proposición(es) que corresponda(n) a lo que se dice en las líneas 34-37: (A) Los indígenas no se dejaron impresionar por el fraile. (B) Bartolomé quiso impresionar a los indígenas. (C) Bartolomé consideraba a los indígenas como seres superiores. (D) Los indígenas alabaron al dios predicado por el fraile. (E) Los indígenas se aterrorizaron con las amenazas del fraile. RESPOSTA: B O SENHOR BARTOLOMÉ TENTOU IMPRESSIONAR AOS INDIGENAS. Disponível em: http://www.cadenaser.com/. Acesso em: 08 setembro de 2012 (adaptado). 110. (Ufpa 2013) No enunciado “Eso sí, aún queda mucho por hacer, por eso tenemos que dar la lata todos los días” (penúltimo parágrafo), o conector em destaque possui o mesmo valor de (A) Em cambio (B) Sin embargo (C) Mientras tanto (D) Así que (E) Además RESPOSTA: B RESOLUÇÃO: A “locución conjuntiva adversativa sin embargo”, tem o mesmo valor de “eso sí”, uma vez que pode ser substituída por “No 109. Tiempos verbales y sus derivaciones. Señale la CORRECTA: (A) Quiso (…) tiempo del verbo QUERER. (B) Dijo (…) del verbo DEJAR. (C) Encontró (…) de ENTRAR. (D) Produjo (…) deriva de PONER. (E) Dispuso (…) viene de DISPENSAR. RESPOSTA: A QUISO, PRETÉRITO SIMPLE (INDEFINIDO), VERBO QUERER. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: 26 obstante, aún queda mucho por hacer (...)”. Alternativa [B], portanto. deberá mantenerse en un lugar seco y bien ventilado. Existen muchas variedades de maíz, pero el más habitual en Guinea es el de granos amarillos; esos granos son bastante grandes y, desde su plantación hasta su recogida, suelen transcurrir unos tres meses, por lo que se plantan y cosechan dos veces al año. Las mazorcas, cuando aún están verdes, se consumen asándolas o cociéndolas. Una vez completamente maduras se desgranan, es decir, se separan los granos de la panoja, y estos granos se utilizan, cocidos, para sopas, como acompañamiento de platos o, secos y molidos, como harina para preparar una gran variedad de platos. También, salteándolos con un poco de aceite en una sartén, se preparan las conocidas palomitas de maíz. Para el ganado se utiliza la planta como forraje, tanto en verde como en seco. 111. (Ufpa 2013) Ao utilizar a expressão “dar la lata” no trecho “Dar la lata todos los días” (subtítulo do texto), a autora pretende destacar que a campanha contra a violência de gênero objetiva (A) distribuir latas com sementes de violeta para simbolizar a luta contra esse tipo de violência. (B) destacar os avanços e exemplos de ações de conscientização que se realizam, com sucesso, em diversos países. (C) reunir um grupo de pessoas que assuma o desafio de lutar contra essa violência. (D) conscientizar as pessoas de que esse tipo de violência somente terminará com a luta e a persistência de todos. (E) pedir aos governos que tomem medidas necessárias para resolver o problema da violência. RESPOSTA: D RESOLUÇÃO: Como o significado de “dar la lata” em português é “importunar”, a autora pretende, com a campanha, conscientizar a sociedade contra a violência de gênero. Alternativa [D], portanto. REUS, Erika. Las plantas de Guinea Ecuatorial: maíz. Disponível em: <http://www.lagacetadeguinea.com/179/19.htm>. Acesso em: 18 set. 2012. (Adaptado). 113. (Ufg 2013) El texto comienza señalando algunas recomendaciones que han de tenerse en cuenta con relación al maíz. Para evitar problemas se indica que (A) la cosecha debe ser guardada en lugares ventilados. (B) las semillas deben ser plantadas en días sin lluvia. (C) los espantapájaros deben ser puestos entre los cultivos. (D) el almacenamiento debe impedir que la luz afecte al grano. (E) lo recogido en mal estado debe ser destinado al ganado. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: No início do texto apontam-se, entre outras recomendações sobre a plantação do milho, que: “(...) una vez recogida ésta, deberá mantenerse en un lugar seco y bien ventilado.”. Alternativa [A]. 112. (Ufpa 2013) Com base na leitura do texto, depreende-se que a ONG “Paz y Desarrollo” dedica-se, principalmente, a (A) preparar as pessoas de diversos países da América Latina, Ásia e África para lutar por seus direitos. (B) produzir vídeos que denunciem a violência de gênero e que mudem a ideia de que esse tipo de violência é apenas um problema doméstico. (C) desenvolver projetos e convênios de cooperação internacional com especial destaque à igualdade e à justiça social. (D) defender valores e princípios indispensáveis para conseguir que a sociedade seja mais respeitada pelos governos. (E) destacar as conquistas que se têm alcançado contra a violência de gênero ao longo da história. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: Após a leitura do texto, percebemos que a ONG “Paz y Desarrollo” se dedica a promover projetos e convênios de cooperação internacional, como a autora destaca no último parágrafo: “Paz y Desarrollo ha realizado, desde el año 1991, 780 proyectos y 9 convenios de cooperación internacional en 35 países de América Latina, África y Asia, con especial hincapié en la igualdad y la justicia social.” Alternativa [C], portanto. 114. (Ufg 2013) Al referirse a las características del cultivo del maíz, la autora señala que, en Guinea Ecuatorial, se (A) baten barcas de tamaño. (B) dejan en barbecho las tierras. (C) recogen dos cosechas anuales. (D) desechan los granos amarillos. (E) siembran los campos cada tres meses. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: De acordo com as características do cultivo do milho, a autora aponta que se fazem duas colheitas anuais. 115. (Ufg 2013) El tercer párrafo es dedicado a destacar las utilidades del maíz. En él, se dice que en Guinea (A) las panojas maduras se suelen servir en cocidos. (B) los corazones de la mazorca se usan en sopas. (C) el grano se pone como aditamento en los platos. (D) lo aprovechable del maíz se convierte en pienso. (E) la harina del choclo se transforma en palomitas. RESPOSTA: C RESOLUÇÃO: De acordo com as utilidades do milho, aponta-se que o grão utiliza-se como “aditamentos”, isto é, como acompanhamento nos pratos: “(...) se separan los granos de la panoja, y estos granos se utilizan, cocidos, para sopas, como acompañamiento de platos o, secos y molidos, como harina para preparar una gran variedad de platos.”. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: LAS PLANTAS DE GUINEA ECUATORIAL: MAÍZ El maíz, procedente, como tantas plantas útiles, de la América tropical, se cultiva con mucha frecuencia en los alrededores de los poblados de Guinea. Para prosperar bien, necesita que el suelo esté bien trabajado y que no se encharque, es decir, que tenga un buen drenaje. Es una planta muy útil, ya que sirve para alimentar, tanto a las personas como al ganado. Durante su cultivo ha de tenerse cuidado de que los pájaros no arruinen la cosecha, pues son muy aficionados al maíz. También, una vez recogida ésta, TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: EL LESULA, LA NUEVA ESPECIE DE MONO AFRICANO 27 Investigadores estadounidenses descubrieron una nueva especie de primates en una región poco explorada de la República Democrática del Congo, que se denominó Cercopithecus lomamiensis, localmente conocidos como lesula. Los científicos vieron en cautiverio, por primera vez, un ejemplar de este mono en la ciudad de Opala, en junio de 2007. A partir de esa fecha, iniciaron una búsqueda sistemática de ejemplares en su hábitat natural. Durante los siguientes tres años, los autores del estudio encontraron más ejemplares de lesula en la naturaleza, determinando su carácter distintivo genético y anatómico, y realizando las primeras observaciones de su comportamiento y de su ecología. Entre los detalles de la investigación que se publican en la revista especializada Plos one se exponen las características de estos animales. Se destaca que miden entre 47 y 65 centímetros los machos y entre 40 y 42 las hembras, y poseen las extremidades largas y cuerpo delgado. Los lesula se desenvuelven básicamente por el suelo de la densa selva húmeda tropical, aunque también les gustan las ramas bajas de los árboles. Normalmente viven en grupos familiares reducidos, de unos cinco ejemplares, formados por un macho, hembras y crías. “El Cercopithecus lomamiensis es tímido y fue el primate que se observó con menos frecuencia entre todos los registrados en las campañas de reconocimiento”, señalan los investigadores. Los científicos los han visto en grupos con otras especies de primates para alimentarse. Esta especie es similar al mono de cara de búho pero tiene rasgos diferentes, sobre todo en la coloración del pelo, que va del gris rosado al marrón, negro en las patas y rayas distintivas de color ámbar. El lesula, la nueva especie de mono africano. Disponível em: <http://www.elcomercio.com/sociedad/Identifican-nueva-especier-afr>. Acesso em: 18 set. 2012. (Adaptado). 116. (Ufg 2013) Al principio del texto se comenta como se localizó el Cercopithecus Iomamiensis. Así, es dicho que ese mono fue por primera vez visto (A) fuera de su hábitat natural. (B) tras tres años de búsqueda. (C) en grupos de cinco ejemplares. (D) oculto en una región congoleña. (E) aclimatado a la ciudad de Opala. RESPOSTA: A RESOLUÇÃO: O Cercopithecus Iomamiensis foi visto pela primeira vez no cativeiro, isto é, fora de seu habitat natural. Alternativa [A], portanto. 28