o_poder_das_marcas_na_america_latina_2008
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O Poder das Marcas na América Latina O estudo de Marcas mais importante já realizado no continente, feito por quem mais entende de Marca no mundo. O ranking das 50 Mais Valiosas Uma especialista em Harvard fala sobre Marcas e negócios 5 lições para sua Marca ser líder Criando e gerenciando o valor da Marca Com grande prazer apresentamos aqui alguns dos mais interessantes achados do Ranking Interbrand das Marcas Latino-americanas Mais Valiosas. Ele foi elaborado utilizando a mesma metodologia desenvolvida pioneiramente pela Interbrand há mais de 20 anos e com a qual já avaliamos mais de 5.000 Marcas no mundo inteiro. Acreditamos que as Marcas são ativos valiosos para as organizações e, quando colocadas no centro da estratégia de negócios, têm vocação para se tornarem globais. Por esta razão elaboramos o ranking latino-americano das Marcas mais valiosas e não mais o ranking brasileiro ou mexicano ou chileno. O Ranking comprova que, no contexto regional, o Brasil já se destaca por ter a maioria das Marcas mais valiosas e mais de 50% do valor de todas as 50 Marcas do Ranking, somadas. Muitas Marcas importantes e reconhecidas não estão incluídas neste Ranking. Os motivos são variados e neste material você vai entender porque isto ocorre. De maneira geral, podemos atribuir isto à baixa maturidade do mercado latino-americano que, como dissemos, ainda está em desenvolvimento. Espero que a informação aqui contida seja tão interessante para você como foi para nós produzi-la. Atenciosamente, É um primeiro passo para compararmos as Marcas brasileiras de uma forma mais ampla e competitiva, um pouco mais próxima do contexto global. Em nosso entender, não faz mais sentido olhar apenas para o Brasil como mercado para as Marcas originárias no país. O acelerado desenvolvimento econômico brasileiro tem aberto as fronteiras para a entrada de Marcas internacionais e a saída de Marcas brasileiras para competir e ganhar mercado mundo afora. Alejandro Pinedo Managing Director da Interbrand Brasil O Poder das Marcas na América Latina 3 US$ 52 bilhões É o quanto valem, no total, as 50 Marcas do ranking latinoamericano. Quando seremos globais? Para entrar nesse Ranking... As cores da lista Afinal, quando teremos Marcas latinoamericanas entre as grandes globais? ...A Marca precisa ter os seguintes requisitos: •Das 10 Marcas top do ranking, 5 são brasileiras e 3, mexicanas. Se considerássemos apenas o seu valor, as 6 primeiras Marcas do ranking Latinoamericano poderiam fazer parte do Best Global Brands 2008. Mas para serem consideradas Marcas globais, deveriam ter mais de um terço de sua receita realizada fora de seu país de origem. E serem amplamente conhecidas por consumidores nos principais mercados do mundo. Brasil, mostra sua cara • As Marcas brasileiras somam aproximadamente US$26 bilhões, ou pouco mais de 50% do valor total do Ranking. • Deste total, cerca de US$18,4 bilhões (ou 71%) correspondem às Marcas de serviços financeiros, o que demonstra a solidez e a lucratividade dos bancos no Brasil. 4 O Poder das Marcas na América Latina a) Publicar informação financeira que identifique a sua receita individual •Das 50 mais valiosas, 15 são brasileiras e 14, mexicanas. b) Ser originária da América Latina c) Ser amplamente reconhecida no seu mercado principal “Só recentemente o empresário brasileiro percebeu que o mercado para os produtos e serviços da sua Marca não pode ser apenas o Brasil. É o mundo inteiro”. Alejandro Pinedo, Managing Director da Interbrand Brasil Marcas têm o poder de transcender fronteiras Pela primeira vez a Interbrand analisa as Marcas mais valiosas da América Latina num contexto único regional. Por trás de nossa análise reside a crença de que Marcas fortes têm o poder e a vocação de transcender fronteiras e não devem se limitar aos seus mercados de origem. Embora o continente latino-americano esteja em franco desenvolvimento econômico, e muitas organizações já possuam Marcas fortes em seus mercados locais, ainda vemos poucas Marcas se desenvolvendo de maneira consistente na região. Acreditamos que isto se deva ao estágio de maturidade das economias da região, que só recentemente vêm alcançando, com algumas exceções, maiores graus de estabilidade e solidez. Apesar da crise financeira, agora global, que já se anunciava desde agosto de 2007, as Marcas de serviços financeiros da América Latina têm mantido e aumentado seu valor, revelando a rentabilidade e solidez do setor. Destacam-se os bancos brasileiros, que ocupam as três primeiras posições do ranking das 50 Marcas mais valiosas do continente. Outro aspecto do estudo mostra a vocação internacional das Marcas mexicanas, muito mais presentes em vários países do continente do que as Marcas brasileiras, por exemplo, com presença mais incipiente fora do Brasil. À medida em que o mundo se torna uma só economia global, aumenta também a complexidade para se participar, competir e vencer em mercados internacionais. As Marcas constituem um dos ativos mais valiosos das organizações e, em qualquer setor econômico, uma abordagem holística e integrada de sua gestão é um pré-requisito para gerar e aumentar o seu valor. A Interbrand recomenda Uma combinação dos itens abaixo e, finalmente, sua execução com sucesso, impulsionam o valor da Marca. 1. Gestão da Marca Colocar a Marca no coração da empresa. 2. Desenvolvimento dos Pontos de Contato Aumentar os pontos de contato e utilizar cada experiência individual para fortalecer a Marca. 3. Criação de Demanda Impulsionar o desejo do cliente pela Marca, tornar a Marca atraente. 4. Modelar Contingências Simular cenários futuros ideais que acabem se tornando oportunidades para a Marca, perseguindo-os com determinação. 5. Planejamento de Eficiências Descobrir os fatores que contribuem para fortalecer e gerar demanda para a Marca e promover o alinhamento dos recursos para este objetivo. Porque algumas Marcas líderes do Brasil não aparecem? Várias Marcas que fazem parte do dia-a-dia de todos nós não entraram no ranking por algumas dessas razões: • Não têm capital aberto. • Não geram EVA (lucro gerado pelos intangíveis do negócio) , seja por motivos operacionais/financeiros ou porque tem um alto custo de capital empregado. • No caso de holdings, elas não fornecem ao mercado informação suficiente para que se possa determinar os resultados financeiros de cada uma de suas Marcas individuais. “As Marcas criam as nações. Por exemplo, a marca Samsung define a imagem que as pessoas têm da Coréia do Sul”. (Dr. Jürgen Häusler, PHD, é CEO da Interbrand Central & Eastern Europe) O Poder das Marcas na América Latina 5 Ranking Interbrand das Marcas Mais Valiosas da América Latina 1 10.552 R$m itaú. É a Marca mais valiosa da América Latina hoje. Foi a Marca mais valiosa do Brasil no ano passado. Ser o primeiro, aqui, revela que o seu valor não pára de crescer. Financeiramente, seus resultados são maiores e estão mais consistentes, mesmo depois da venda da sua participação na Redecard. Operacionalmente também há muito o que celebrar: o sucesso da incorporação do BankBoston, a expansão da participação do banco nos segmentos de média e alta renda e a internacionalização da Marca através de operações no Chile, Uruguai e Argentina, tudo isso gerou valores recordes de Margem Operacional. Sim, são muitas as razões para o nome Itaú figurar no pódio, e entre elas está o foco inteligente na gestão da Marca. O Itaú investe em cultura, em responsabilidade social, na imagem consistente que criou de banco personalizado, feito para o cliente. 2 9.227 R$m bradesco. Um Banco Completo. Com este conceito, o Bradesco investiu na segmentação para diferentes públicos e em espertas ações de comunicação, como o lançamento de um livro, “120 razões para ser cliente completo”. Também patrocinou, com exclusividade, a segunda turnê do Cirque Du Soleil no Brasil, além de investir cada vez mais em desenvolvimento social e meio ambiente. Alegria, ações de responsabilidade social e atenção no planeta: o Bradesco embalou, com eficiência, uma imagem que, somada ao seu grande desempenho financeiro no ano, traduz a Marca como um banco completo. País de origem Brasil Setor Financeiro Marca Itaú País de origem Brasil Setor Financeiro As 14 Marcas de serviços financeiros somam 45% do valor total do ranking. 71% do valor somado das Marcas brasileiras correspondem às de serviços financeiros. 3 Brasil O Poder das Marcas na América Latina 7.839 R$m banco do brasil. No passado, o nome Banco do Brasil era imediatamente associado a relações políticas. Mas sua nova gestão colocou o foco na obtenção de resultados, com profissionalismo e objetividade. O que aconteceu? O Banco está em terceiro lugar neste ranking de Marcas, pelos ótimos resultados financeiros em 2007 e, o mais importante, sua eficiência na comunicação. Explorou o conceito de um banco com 200 anos de tradição, mas sempre atento ao futuro – e assim tem aumentado o patrocínio em esportes, investido em missões sociais (como a política de apoio às comunidades regionais, incentivando a sustentabilidade), e ainda conversando direto com o cliente, através do programa BB estilo, aproximando-se cada vez mais do público. País de origem 6 Entre as 10 Marcas mais valiosas da lista, 5 são bancos, 4 dos quais brasileiros. Setor Financeiro 4 CEMEX. Parte de um setor dinâmico e com presença em mais de 50 países, a Cemex se transformou em uma das maiores fabricantes de cimento e materiais para a indústria da construção. A Cemex escolheu sua diversificação geográfica estrategicamente, o que lhe garantiu rentabilidade e crescimento constante em equilíbrio com o desenvolvimento natural dos mercados. Entre as várias aquisições dos últimos anos, destaca-se a aquisição da australiana Rinker Group Limited, o que reforça a cadeia de valor da indústria e a internacionalização da empresa. Diversificação, inovação constante, eficiência, colaboração e intercâmbio de conhecimentos foram princípios determinantes que levaram a Cemex a ser a número um em valor de Marca no México e a número 4 na América Latina. 7.077 R$m Marca Cemex País de origem México Setor Construção Das 50 Marcas, 7 são de Telecom. 3 delas estão entre as 10 mais valiosas. E todas as 7, juntas, somam mais de 20% do valor total da lista. 5 6.360 R$m CLARO. É a maior empresa de telecomunicações móveis da América Latina, presente no Brasil, Chile, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Jamaica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Honduras, Uruguai e Paraguai, e é líder em vários desses mercados. Sua base de assinantes cresce ano após ano, juntamente com a Marca. Tudo isso graças ao suporte da operadora América Móvil e aos investimentos em cobertura, capacidade e tecnologia. A Claro foi capaz de evoluir constantemente: aumentou a capacidade das redes e adotou novas tecnologias, como a GSM, os serviços 3G e o lançamento exclusivo do iPhone. Em uma região onde até pouco tempo atrás a comunicação era limitada, a Claro proporcionou maior e melhor comunicação entre seus habitantes…e a “bola vermelha”…cada vez em mais mercados, mais reconhecida e gerando maior valor... claro! Marca Claro País de origem Regional Setor Telecomunicações 6 Marca Telmex 6.163 R$m País de origem México Setor Telecomunicações O Poder das Marcas na América Latina 7 7 5.438 R$m petrobras. Por um lado, são boas as notícias: a descoberta de novas jazidas aumenta a projeção das receitas futuras da Marca Petrobras. E o preço do barril também bateu recordes sucessivos nesse ano. Em compensação, sobram incertezas: não se sabe ainda a dimensão real das tais jazidas, tampouco é possível prever eventuais mudanças no marco regulatório do setor. A empresa também foi impedida, por uma decisão governamental, de repassar os aumentos de preços. O jeito foi manter medidas mais conservadoras, em compasso de espera - com isso, o valor da Marca apresentou uma ligeira redução na sua performance financeira. Mas ela continua forte, sim, investindo na imagem de tecnologia e responsabilidade social. De olho no ambiente e atenta à cultura nacional: no cinema, em livros, em grandes eventos culturais a Marca está presente. 8 Marca Telcel País de origem México 4.785 R$m 10 Setor Marca Telecomunicações 4.771 R$m 9 unibanco. Consistência é a palavrachave na valorização dessa Marca. Apesar de um faturamento numa linha similar ao do ano anterior, o banco aumentou sua geração de Margem Operacional. E ganhou em resultados graças a um trabalho de Marca muito bem arquitetado. Suas ações de melhoria social, pelo Instituto Unibanco, colocam o foco na inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Sua política cultural patrocina grandes eventos, como a Flip, em Paraty, e a Osesp, de São Paulo. E as campanhas publicitárias fortalecem a imagem de banco “próximo”. País de origem Brasil 8 Setor Financeiro O Poder das Marcas na América Latina Banco de Chile Marca Petrobras País de origem Brasil Setor Petróleo 3.158 R$m País de origem Chile Setor Financeiro 11 vale. Ela é a segunda maior mineradora do mundo. A qualidade do seu minério faz com que a Vale determine o preço internacional do seu maior produto, o minério de ferro. Suas negociações comerciais agressivas geraram lucros recordes. Com tantos predicados, e ainda investindo fortemente no seu rebranding, a Marca, que atua no segmento business to business (B2B) virou assunto até no segmento business to consumer (B2C). Entrou com força total na mídia com campanhas na TV, nas revistas e nos jornais. Agora, além do grande reconhecimento no Brasil, a Vale tem ganhado notoriedade no exterior. 3.147 R$m Marca Vale País de origem Brasil Setor Mineração 12 Marca Televisa 2.766 R$m País de origem México Setor Televisão 13 Marca Elektra 2.379 R$m País de origem México 14 1.879 R$m natura. Uma Marca que toca, literalmente, na pele do cliente, tem de ser de confiança absoluta. E foi com total atenção aos desejos dos consumidores e uma pitada de poesia nas campanhas publicitárias que a Natura construiu sua imagem: a de uma Marca de alta qualidade, tecnologia de ponta e algo de artesanal, de respeito à natureza. O lado financeiro desta história, porém, não está acompanhando a beleza inspirada pela empresa. Os resultados de 2007 sofreram uma queda se comparados ao ano anterior, em parte pela alta dos preços das matériasprimas, não repassada aos consumidores. Na verdade, o segmento de cosméticos tem crescido menos do que era esperado nas estimativas, o que compromete as projeções de lucros futuros. Ou seja, a Natura continua relevante no quadro das Marcas latino-americanas, mas seu valor diminuiu em relação ao ano anterior. 15 Marca BCI Setor Varejo 1.824 R$m País de origem Chile Setor Financeiro Marca Natura País de origem Brasil Setor Cosméticos 17 vivo. O controle da empresa é estrangeiro, sim, mas a Vivo foi desenvolvida no Brasil e só utilizada aqui. Com uma campanha publicitária divertida, focada em estilo de vida, ela se aproximou dos consumidores. Tanto que desde a sua criação e nesses cinco anos de existência, a Marca permaneceu líder em número de assinantes. Em um segmento como a telefonia móvel, onde tantas Marcas surgiram e desapareceram ao longo dos últimos 10 anos, é uma vitória e tanto. País de origem Brasil 16 Marca Banorte 1.345 R$m Setor Telecomunicações 1.498 R$m País de origem México Setor Financeiro A Natura é a única Marca de bens de consumo no ranking. O Poder das Marcas na América Latina 9 18 Marca Bodega Aurrera 912 R$m País de origem México 19 Setor Varejo 843 R$m BANCOLOMBIA. A empresa se destacou nos últimos anos pelo excelente desempenho, que se reflete no crescimento de todos os seus indicadores financeiros e sua consolidação como grupo financeiro multibancos. Fusões de grande porte, como Bic, Banco de Colombia, Conavi, Confisura e Banagrícola, geraram decisões importantes em relação à estratégia de Marca, que evoluiu com sucesso através de uma transição no nível de expressão de Marca de acordo com o modelo de negócios, o que compreende o recente lançamento de sua nova identidade e estratégia de comunicação, que foram fortemente recebidas por todos os colombianos. Suas filiais financeiras operam sob a marca Bancolombia, o que permitiu uma notável sinergia no mercado, com as financeiras chegando à posição de líderes em cada negócio e posicionando a Marca das cores nacionais como o “banco colombiano”. País de origem Colômbia 20 803 R$m BIMBO. Uma das principais estratégias do Grupo é exatamente o desenvolvimento de suas Marcas. A maioria de seus produtos no México é mencionada pelos consumidores como as Marcas mais lembradas mas, definitivamente, o maior destaque foi o crescimento e a consolidação de operações internacionais através de associações estratégicas e/ou aquisições de empresas do setor, tanto no México como nos Estados Unidos, América Latina, Europa e, recentemente, China. Essas aquisições permitiram ao Grupo entrar nos canais de distribuição das empresas adquiridas ou associadas de forma mais rápida, já que em sua maioria contam com Marcas de reconhecido prestígio em seus respectivos mercados. Assim, o grupo mexicano, que, ao longo de anos de sucesso se transformou em um símbolo de orgulho nacional, “espalha” seu valor graças à expansão do Ursinho Bimbo no exterior. País de origem México Setor Alimentos 21 699 R$m gerdau. Para os profissionais da construção civil e da indústria, o nome Gerdau é sinônimo de qualidade, durabilidade e segurança. Para a mídia especializada, Gerdau significa ousadia, dinamismo e um olhar apurado para o mercado internacional. Não admira que seu nome esteja tão bem colocado nesse ranking, na imprensa, nas rodas de empresários. A Gerdau já é uma referência mundial, seja por sua importância como grupo brasileiro, seja por sua habilidade para comprar empresas concorrentes e incorporá-las com sucesso. A Gerdau não é uma B2C, mas conseguiu criar uma Marca forte sobretudo no segmento de aços longos. País de origem Setor Brasil Siderurgia 22 Marca Sodimac 688 R$m País de origem Chile Setor Financeiro 23 654 R$m usiminas. Marco da industrialização do Brasil, a Usiminas criou uma relação de confiança com seus clientes. E desde a sua privatização, graças a uma gestão profissional e o foco em resultados, só vem se destacando com um desempenho crescente. São muitas as razões para o sucesso: seu produto é reconhecido pela qualidade, e o valor da Marca também se beneficiou da alta de preços do ano no mercado internacional e pela forte geração de resultados financeiros intangíveis. Além disso, a Usiminas preocupa-se com quem está ao redor: desde 1962 está atenta ao meio-ambiente e à melhoria da qualidade de vida dos funcionários e da comunidade. E na área cultural, seu nome está associado a cinemas, teatros, centros culturais, patrocínios de grandes projetos. 10 Setor Varejo O Poder das Marcas na América Latina Marca Usiminas País de origem Brasil Setor Siderurgia 24 Marca BCP 651 R$m País de origem Peru 25 Marca Lider 610 R$m País de origem Chile 26 Marca Soriana Falabella Setor Varejo 473 R$m TV AZTECA. Transformou-se em uma das maiores produtoras de conteúdo em espanhol para televisão no mundo e uma das duas empresas de televisão aberta do México. Apenas em 2006, produziu mais de 8.000 horas de programação em formato tradicional, e cobre mais de 95% dos lares nacionais com Azteca 13 e Azteca 7. Recentemente, iniciou operações com Proyecto 40, o que significa uma diversificação em sua oferta, atendendo assim a diferentes segmentos no mercado. Cabe destacar a Azteca América, a cadeia de televisão hispânica de maior crescimento nos Estados Unidos, com presença em 60 mercados. TV Azteca também conta com 44 estações locais, que transmitem programação regional e fazem vendas publicitárias locais. O bom desempenho e crescimento da Marca se reflete em uma sólida audiência comercial de 40% no México e, simultaneamente, seu sucesso no exterior com a exportação de programação para mais de 100 países. 549 R$m País de origem México 27 Marca Setor Varejo 28 Setor Varejo 508 R$m País de origem Chile Setor Varejo 29 Marca Banco de Bogotá 457 R$m País de origem Colômbia Setor Financeiro Marca Tv Azteca País de origem México Setor Televisão 30 Marca Tigo 368 R$m País de origem Regional 31 banrisul. Com 80 anos de atuação no mercado, o banco está presente em vários outros Estados, mesmo sendo mais representado pela região sul do País. Uma instituição de confiança que acompanha a evolução do mercado e as necessidades de seus clientes: é essa a imagem que, somada aos bons resultados financeiros de 2007, criou valor de destaque para a Marca. Setor Telecomunicações 317 R$m Marca Banrisul País de origem Brasil Setor Financeiro O Poder das Marcas na América Latina 11 32 Marca Banamex 311 R$m País de origem México 33 Marca Comcel Interbank País de origem Colômbia Corpbanca Setor Telecomunicações 258 R$m País de origem Peru 35 Marca Financeiro 260 R$m 34 Marca Setor Setor Financeiro 257 R$m País de origem Chile Setor Financeiro 36 Marca Concha y Toro 238 R$m País de origem Alimentos 37 Marca Liverpool 226 R$m País de origem México 38 Marca Suburbia País de origem Santa Isabel Varejo Setor México Varejo 39 Marca Setor 183 R$m 169 R$m País de origem Setor Chile 44 Varejo 128 R$m submarino. Conveniência, serviço, variedade e segurança. É isso que a empresa entrega e é por isso que se destaca no mercado. Atua desde 99 no Brasil e tem um modelo de negócios com baixos custos operacionais que, aliado a sua estratégia de branding, dá à Marca um dos maiores reconhecimentos no segmento de varejo eletrônico. Isso por causa de uma comunicação consistente, que reduziu os riscos associados à Marca e se uniu ao seu desempenho financeiro. O resultado? A Submarino é uma das Marcas mais valiosas da América Latina. 12 Setor Chile O Poder das Marcas na América Latina Marca Submarino País de origem Brasil Setor Varejo 40 Marca Jumbo 160 R$m País de origem Chile 41 Marca Paris Superama País de origem Chile Easy Setor Varejo 138 R$m País de origem México 43 Marca Varejo 138 R$m 42 Marca Setor Setor Varejo 134 R$m País de origem Chile Setor Varejo No ranking latinoamericano constam 17 Marcas do setor de varejo, mas o valor destas Marcas soma apenas 8% do total. Duas delas são brasileiras, Submarino e Lojas Americanas. 45 122 R$m oi. Com atuação inicialmente nos Estados do norte e nordeste e gradualmente aumentando a sua área de cobertura rumo ao sul, a Oi é atualmente a maior operadora de telefonia de controle totalmente nacional. Com foco em inovação, foi a primeira empresa a oferecer um conjunto “quadriplay” (telefonia fixa, telefonia móvel, internet banda larga e transmissão de vídeo). Investe pesadamente em responsabilidade social e cultura através de sua fundação, e este conjunto de ações aliado à sua comunicação alegre e jovem permitiram que a Marca ingressasse no ranking deste ano. Marca Oi País de origem Brasil Setor Telecomunicações 46 Marca Davivienda 115 R$m País de origem Colômbia 47 Marca Tottus Copec País de origem Chile Setor Varejo 107 R$m País de origem Chile 49 lojas americanas. Não há consumidor que não conheça as Lojas Americanas, Marca tradicionalíssima que nos seus 80 anos de vida foi se adaptando às mudanças do mercado. Com um modelo híbrido de negócios envolvendo o varejo tradicional e o eletrônico, a Americanas soube preservar seus clássicos atributos de qualidade e preços baixos. Assim garantiu o crescimento contínuo de seus resultados. Com a aquisição da empresa detentora da BLOCKBUSTER® no Brasil em 2007, a empresa reforçou sua estratégia de expansão e ampliação de oferta, somando mais 127 lojas à sua rede. Financeiro 111 R$m 48 Marca Setor Setor Petróleo 98 R$m Marca Lojas Americanas País de origem Brasil Setor Varejo 50 75 R$m Ipiranga. Com 70 anos de vida, a Ipiranga é reconhecida por atributos como tradição e qualidade. Sua imagem de confiança ainda ganha pontos por sua atuação na cidadania, com grandes projetos para jovens e crianças em risco social. Apóia teatros, cinema, orquestras... E os números revelam sua força: é a maior empresa privada do segmento de distribuição de combustíveis no Brasil e a segunda entre todas as distribuidoras. Marca Ipiranga País de origem Brasil Setor Petróleo O Poder das Marcas na América Latina 13 Nancy Koehn, da Harvard Business School, fala sobre gerenciamento de Marcas Nancy F. Koehn, uma autoridade em História de Negócios, é professora de Administração de Negócios em Harvard A diferença entre a Marca e o negócio Em empresas com Marcas poderosas, Marca e negócio estão amarrados e é difícil encontrar linhas rápidas de demarcação entre os dois. Em organizações como Google, Apple ou Starbucks, existe um entendimento coletivo de que o negócio simplesmente não existiria sem a Marca. A Marca dá forma à idéia do que a empresa é em sua essência; para onde vai quando ela cresce no mercado e qual a postura que deve ter nesse caminho. Em algumas empresas, esse envolvimento com a Marca é como uma paixão, como servir a um propósito mais elevado. Todos estes “fortes laços” trazem importantes benefícios, incluindo funcionários comprometidos; diferenciação lucrativa no mercado; um acordo coletivo (geralmente não revelado) sobre os critérios pelos quais a maior parte das decisões é tomada. Vantagens competitivas significativas (quanto mais atada a Marca está ao negócio, mais difícil é para os rivais competirem); níveis altos de interesse e lealdade dos clientes; e a percepção – tanto dentro quanto fora – de consistência e coerência organizacional. Mas tamanho entrelaçamento de Marca e negócio é também carregado de riscos importantes: se a Marca ou o negócio 14 O Poder das Marcas na América Latina sofrem um golpe, particularmente um inesperado, muitos aspectos da empresa e o seu caminho podem se tornar vulneráveis. Por exemplo, se o mercado externo muda inesperadamente – como aconteceu com a Starbucks nos últimos 18 meses – então a Marca pode ser percebida como mais fraca ou problemática do que uma empresa na qual a Marca fosse um atributo discreto e gerenciado como tal. É tarefa dos líderes da empresa carregar bem alto o estandarte da Marca, definir as prioridades do momento e manter os suportes relevantes no caminho da eficiente administração da Marca. A Marca e as prioridades do CEO em tempos de incerteza Pode parecer contra nossa intuição, mas as Marcas têm realmente mais importância – não menos – em tempos de economia incerta. Isso porque, em momentos de mudanças e incertezas, os consumidores ficam ansiosos com os preços, os empregos, o dinheiro e o valor de suas casas. Os executivos das empresas ficam ansiosos quanto às receitas, às margens e lucros, e com as comparações entre os anos. E todos estão ansiosíssimos em relação ao mercado de capitais, particularmente a Bolsa de Valores. A maior parte das pessoas está procurando por sinais, orientações ou opiniões que possam norteá-las. Parte dessa busca é consciente, como um acadêmico pedindo a opinião de um profissional da área financeira sobre sua aposentadoria. Outra parte é inconsciente, como executivos de empresas mudando algumas vezes o curso das questões de orçamento de sua empresa. Em toda esta turbulência e busca de parâmetros, as Marcas oferecem uma clareza e um caminho a seguir. Para os consumidores, Marcas fortes têm identidade e proposta de valor definidas, vantagens que se tornam ainda mais importantes quando famílias reavaliam seus padrões de gastos. Para as empresas, Marcas poderosas atuam como um lastro, dizendo aos funcionários o que a organização defende, de onde veio e o que a organização tem que a distingue no mercado. Infelizmente, muitos executivos ignoram a importância das Marcas em tempos de incerteza. Na pressa de cortar custos, os gestores freqüentemente cortam investimentos na Marca.Tal reação é compreensível. Mas pode ser míope. Considerando isso, é uma estratégia inteligente que os CEOs prestem atenção cuidadosa à Marca em meio a uma tormenta. Afinal de contas, a maior parte dos rivais podem se afastar da Marca nesses momentos. E neste caso, há uma vantagem competitiva a se aproveitar. Marca e confiança interna Tome o exemplo do Ritz-Carlton. Antes de qualquer pessoa assumir qualquer posição na empresa, ela deve se submeter a um intenso treinamento de sete dias, que visa o desenvolvimento de habilidades nos aspectos específicos das várias posições. Mas também envolve uma espécie de “batismo da Marca,” quando os novos funcionários são expostos à filosofia de serviço da empresa, seu credo, mote e outros aspectos do Padrão Ouro Ritz-Carlton. A intenção geral do programa é preparar funcionários – mental e praticamente – a viverem e respirarem o lema da organização: “Cavalheiros e senhoras servindo cavalheiros e senhoras”. É também um voto de confiança das pessoas – do vigia ao camareiro de quarto, até o pessoal de manutenção – que carregam a Marca em suas mãos todos os dias. Uma Marca poderosa é definida claramente e atua como uma luz em meio à forte neblina. É um farol para homens e mulheres se orientarem e, portanto uma fonte de auto-confiança. Marca como ativo de negócio As Marcas começaram a fazer parte da linguagem de negócios no final do século XIX e início do século XX. Nos Estados Unidos e em outros países, essa era uma época na qual estavam se desenvolvendo mercados nacionais integrados e a economia estava se industrializando. Um grupo de jovens empresas, da Ford à Coca-Cola e Gillette, começou a produzir e distribuir produtos de consumo para milhões de famílias. Para comunicar os seus produtos e distingui-los de seus competidores, as empresas investiram em embalagens, publicidade, força nacional de vendas e, em alguns casos, treinamento de funcionários. (Não foi por coincidência que a indústria da comunicação emergiu como uma força neste período.) A maioria dos líderes de negócios desta época não usava as palavras “Marca” ou “gerenciamento de Marca” para descrever o que estavam fazendo. Mas empresários como Marshall Field, que criou a primeira loja de departamentos com o mesmo nome, ou Alfred Sloan, que muito fez para construir a General Motors, sabiam que tinham algo importante no reconhecimento que os consumidores davam aos seus produtos, e trabalharam para aumentar e fortalecer isso. de Marca e aplicação de tecnologia está levando, atualmente, apenas alguns anos – em certos casos menos ainda – nas nações em desenvolvimento. Em alguns aspectos, empresários e administradores em países como a China têm se mostrado capazes de ultrapassar seus concorrentes nos Estados Unidos e Europa, avançando mais longe e rapidamente, com uma nova idéia ou possibilidade no gerenciamento de Marca. Por exemplo, na China, comunicação de Marca através de aparelhos móveis está muito mais avançada do que em países mais desenvolvidos. O pensamento sobre gerenciamento de Marca se desenvolveu rapidamente entre as décadas deste século. Nos anos 30 e 40 cresceu enormemente sob a liderança de homens como Neil McElroy da Procter & Gamble. Na última década o conceito de Marca como ativo de negócio tornou-se mais dinâmico e complexo. Como consumidores (e funcionários) desenvolveram relacionamentos mais profundos e próximos com as Marcas, o pensamento dos executivos sobre Marcas também está mudando. Hoje os líderes de muitas empresas compreendem que a Marca transcende o marketing, ela está relacionada a outros aspectos-chave do negócio. Entre estes aspectos estão a atração e a retenção de talento, as percepções de analistas sobre o negócio, o relacionamento e alavancagem do fornecedor, a cobertura de mídia e mais. Pesadelos dos especialistas de mercado Gerenciamento de Marca em mercados em desenvolvimento Um dos aspectos mais interessantes do capitalismo global é como os mercados de países em desenvolvimento estão evoluindo rapidamente. Em lugares como China, Índia e Brasil, tudo está acontecendo muito mais rapidamente do que em economias desenvolvidas como Estados Unidos, Europa e Japão. O que levou décadas para acontecer nesses países industrializados, em termos de sofisticação do consumidor, gerenciamento Diversos especialistas de mercado que conheço estão acordados durante a noite pensando em duas questões. Primeiro sobre a mídia global voraz que está cada vez mais olhando para o negócio e para a “próxima moda”. Em segundo lugar, para os consumidores que buscam conhecimento e que cada vez mais tomam suas decisões não apenas pensando nos produtos da empresa, mas em como estes produtos são produzidos e distribuídos. Quando combinamos essas questões com os grandes avanços de conectividade, temos um admirável e completamente transparente mundo novo. Especialistas de mercados, CEOs e outros líderes de negócio parecem viver agora em redomas de vidro. Nessa nova realidade, quem a empresa contrata para a fábrica do Sudeste Asiático pode ser tornar um escândalo nas salas de conversas da internet. A melhor maneira de prosperar quando todos estão olhando para tudo é, primeiro, administrar um negócio limpo e inteligente; segundo, aprender como o seu negócio é conduzido – do topo da cadeia de fornecedores até o consumidor final; e terceiro, contar a história de seu negócio antes que outros a extraiam de você, contando-a nos termos deles, com as prioridades deles, e quase sempre excluindo informações relevantes. Dê uma polida nos pontos altos da sua história. Isso é, de longe, o requisito mais importante para inteligentes gerenciadores de Marcas. O Poder das Marcas na América Latina 15 O fio vermelho: criando e gerenciando valor de Marca por Jez Frampton Biografia: Jez Frampton é o CEO Global da Interbrand. Sua experiência contempla projetos em múltiplos setores com diferentes clientes, incluindo Marcas líderes como “ Todas as cordas da esquadra real, da mais forte à mais fina, são trançadas de tal forma que um fio vermelho passa por todas elas, e você não pode retirá-lo sem desamarrar todos eles. Até mesmo o menor fragmento permitirá que você reconheça que a corda pertence à coroa.” De Goethe, Afinidades Eletivas (1809) Budweiser, IBM e Toyota. O Fio Vermelho é um conceito tecido por muitas culturas. Segundo a mitologia grega, Teseu descobriu seu caminho através do labirinto de Minotauro seguindo o fio vermelho de Ariadne, e um famoso provérbio chinês descreve um fio vermelho invisível que nos conecta a todas as pessoas que vamos encontrar na vida. Os russos chamam este fio de krasnaia nit, e os franceses de le fil rouge. Em alemão, roter faden – literalmente “fio vermelho” – é usado para descrever o tema central ou recorrente de um trabalho maior. A idéia de um fio iluminado e brilhante que passa através de tudo, do menor fragmento até o todo, é poderosa e cativante. Em nosso mundo, esta é uma metáfora maravilhosamente rica e simples para o valor da Marca. As Marcas que estão bem no topo da nossa classificação entendem a realidade por 16 O Poder das Marcas na América Latina trás desta metáfora. Para elas, a noção de valor passa como um fio vermelho através de suas Marcas, dirigindo a demanda em cada aspecto de seu negócio. Elas sabem que as suas Marcas devem funcionar como ativos, não como despesas, e que mesmo a melhor idéia de Marca é apenas tão poderosa quanto a sua habilidade de gerar valor. O valor da Marca é um assunto que tem sido bastante documentado desde que a Interbrand desenvolveu o conceito pela primeira vez no começo da década de 80. Hoje, nossos concorrentes, comentaristas na imprensa, comunidade financeira, e a indústria como um todo têm muito a dizer sobre o tópico. No fundo, é uma idéia simples. Se a Marca desempenha um papel na escolha do consumidor quando este deve escolher entre diferentes produtos e serviços que competem no Mercado, então a Marca tem que contribuir para receita e lucros, e assim deve ser quantificada e valiosa para seu proprietário. Para que realmente possamos compreender o valor da Marca, precisamos compreender os fatores que determinam a demanda, que papel a Marca desempenha através de cada um destes fatores, e quão forte é a Marca comparada aos seus competidores. Mas o Fio Vermelho não representa apenas uma Marca que gera valor. Trata-se de entender como aquele valor é gerado. Sobre como criar, gerenciar e medir valor de Marca através de todos os aspectos do negócio. Para se colocar isso no contexto, vamos considerar uma analogia. Capaz de acelerar de zero a 100 milhas por hora e voltar a zero em menos de quatro segundos, um carro de Fórmula 1 representa o que há de mais avançado na tecnologia da indústria automobilística. Cada carro é submetido a um ajuste fino para cada corrida específica, e cada superfície e elemento do carro pode ser alterado para criar a melhor aerodinâmica, pressão nos freios, índice de câmbio, suspensão e outros elementos. Não é o carro, mas sim cada componente individual que deve contribuir para o sucesso final do veículo. E ainda mais, estes componentes podem ser medidos quantitativamente, dando à equipe da corrida a informação necessária para aperfeiçoar o desempenho do carro em tempo real. As informações partem do carro para os técnicos, que têm os detalhes sobre o consumo de combustível, temperatura do lubrificante, calor dos freios e até mesmo o batimento cardíaco do piloto. Quando a corrida é difícil e a diferença entre ganhar e perder pode ser medida em frações de segundos, cada detalhe deve ser ajustado para a vitória. Imagine quão poderoso seria se você pudesse compreender como a sua Marca gera valor neste mesmo grau de detalhe. Será que você é tão íntimo do desempenho da sua Marca quanto as equipes de Fórmula 1 são do desempenho de seus carros? Você está tão preparado assim para competir? Quantitativamente, você entende exatamente como a sua Marca gera valor? Na Disney, o compromisso de criar experiências mágicas produz valor inegável, formando um fio vermelho que afeta tudo, da aparência e comportamento de seus “personagens” até sua programação de televisão. Para a Nike, a idéia de performance atravessa todo o negócio, desde o “Just do it” até o como a organização consegue fazê-lo. Podemos considerar também a Interbrand, um exemplo próximo e importante para mim. Para nós, a noção do próprio valor da Marca é o nosso Fio Vermelho. Somos a consultoria que vê a Marca como ativo econômico, como condutores da demanda e criadores de riqueza. Acreditamos que por trás de cada grande Marca existe uma grande idéia que gera valor. Nossa missão diária é entender como este valor é criado através dos negócios de nossos clientes, prestando consultoria estratégica e criando soluções que tenham um propósito comum e fundamento na geração de demanda. Não importa se nós estamos ou não produzindo as identidades corporativas que irão alimentar as imagens ícones do século 21 ou moldando arquitetura de Marcas para aperfeiçoar a forma como uma importante corporação global gerencia seus ativos. O importante é que “valor” é a corrente sanguínea bem no coração do nosso negócio, o tema comum que nos une e nos destaca da multidão. Acredito que o conceito de Marca e valor são inseparáveis. Para que seja verdadeiramente eficiente, as Marcas devem ser construídas em torno daquilo que gera mais valor para o seu negócio. Mas para chegar lá precisamos mudar a maneira fundamental com que pensamos nossos negócios. A construção da Marca não é um exercício separado do dia-adia da condução de um negócio. É parte dele. A maior parte das empresas gasta grandes quantias de dinheiro e tempo aperfeiçoando sua cadeia de fornecedores, porém poucas estão dispostas a fazer um investimento adequado na demanda de seus negócios. Isso é mais provável porque o fornecimento é físico e real. É fácil compreender o retorno de investimentos tangíveis. A demanda dos nossos negócios é frequentemente menos clara. Requer coragem investir em ativos intangíveis. Hoje o mundo se deu conta que Marcas são uma extensão da estratégia de negócios. Hoje compreendidas para definir a essência da diferenciação e para servir como condutores integrais e primários da demanda. As Marcas têm tanto a ver com produto, serviço, varejo, embalagem, cultura, web, precificação, canais e ambiente quanto marketing e comunicações. Esta é uma mudança profunda na forma de pensar, num espaço relativamente curto de tempo. Nem todos estão neste ponto ainda, mas os líderes estão. As corporações globais no topo da lista Fortune 500 ou aquelas da nossa classificação Best Global Brands vêem o mundo desta forma, e é apenas uma questão de tempo antes que esta se torne uma prática comum. Alguns públicos, apesar de aceitarem a noção do Fio Vermelho, podem acreditar que o atual clima econômico é o pior momento para se investir na mensuração e gerenciamento de valor de Marca. Este erro pode custar caro. Este é o momento ideal para se aperfeiçoar orçamentos que garantam que cada dólar gasto esteja promovendo a demanda e criando valor. Todo conselho é submetido a graus maiores ou menores de exame com relação ao uso dos fundos de acionistas, e agora, mais do que nunca, precisamos saber aonde deveremos vencer e aonde deveremos perder. Todos os negócios que aspiram construir mais valor devem considerar o Fio Vermelho. Na falta dele, sua Marca poderá não gerar valor real. O Poder das Marcas na América Latina 17 Sobre a Interbrand Com 32 anos de atuação e presença em mais de 20 países, a Interbrand é a líder mundial em consultoria de Marcas. Desde sua fundação, em 1974, a empresa tem trabalhado com Marcas globais líderes, criando e gerenciando seu valor através de um conjunto integrado de ferramentas. No seu escopo de trabalho estão estratégia de Marca e de negócio, avaliação da Marca, pesquisas quantitativas e qualitativas, alinhamento interno da Marca, arquitetura da Marca e otimização do portfólio, projetos de naming e de identidade corporativa. A especialidade da Interbrand é compreender o valor financeiro de uma Marca e aumentar o papel que ela desempenha na geração de impactos mensuráveis. Pioneira na disciplina de Avaliação de Marcas em 1988, a Interbrand é reconhecida por todo o mundo pelo seu ranking “Best Global Brands”, publicado pela Business Week, e pelos seus mais de doze rankings nacionais. Fale com a gente Interbrand do Brasil Tel +55 11 3707 8500 [email protected] Para mais informações sobre Marcas www.interbrand.com www.brandchannel.com 18 O Poder das Marcas na América Latina A companhia alia estratégia rigorosa e análise da prática de consultoria em gestão de Marcas, com o espírito empreendedor e criativo da criação de Marca e design. A Interbrand tem mais de 30 escritórios pelo mundo e uma carteira de clientes onde figuram os mais respeitados players do mercado. A empresa é uma subsidiária plenamente controlada pelo Omnicom Group, líder mundial na indústria de Comunicações e Marketing. www.interbrand.com