China avança na América Latina

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China avança na América Latina
UMA PUBLICAÇÃO DA KHL GROUP
CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA
Janeiro-Fevereiro 2015 I Ano 5 I Número 1
www.construcaolatinoamericana.com
COLÔMBIA
18
FUNDAÇÕES
23
China avança na
América Latina
PROSPECÇÃO
29
COMPACTOS
42
A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A
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projeto simples, com controle de joystick único, cabine lavável com água pressurizada e acesso
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caminhões, o que diminui bastante os custos com transporte. Estas são as máquinas que você vai
querer ter sempre que tiver um trabalho difícil pela frente.
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EQUIPE EDITORIAL
EDITOR Cristián Peters
e-mail: [email protected]
EDITOR ASSISTENTE Fausto Oliveira
e-mail: [email protected]
JORNALISTA Milena Jiménez
e-mail: [email protected]
EQUIPE EDITORIAL Lindsey Anderson,
Alex Dahm, Lindsay Gale, Sandy Guthrie,
Murray Pollok, D.Ann Shiffler, Chris Sleight,
Helen Wright, Euan Youdale
DIRETORA DE PRODUÇÃO E
CIRCULAÇÃO Saara Rootes
GERENTE DE PRODUÇÃO Ross Dickson
GERENTE DE DESIGN Jeff Gilbert
DESIGNER GRÁFICO Gary Brinklow
DESIGNER GRÁFICO Grace Pullinger
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Louise Kingsnorth
GERENTE FINANCIERO Paul Baker
ASSISTENTE FINANCEIRO Gillian Martin
CONTROLE DE CRÉDITO Josephine Day
GERENTE REINO UNIDO Clare Grant
DIRETOR DE NEGÓCIOS Peter Watkinson
GERENTE DE MARKETING Helen Knight
GERENTE DE VENDAS
Wil Holloway
e-mail: [email protected]
Tel: +1 312 929 2563
ESCRITÓRIO DE VENDAS EUROPA
Alister Williams
e-mail: [email protected]
Tel: +1 843 637 4127
ESCRITÓRIO DE VENDAS CHINA
Cathy Yao
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ESCRITÓRIO DE VENDAS COREIA
CH Park
e-mail: [email protected]
Tel: +82 2 730 1234
GERÊNCIA
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PRESIDENTE EDITORIAL Paul Marsden
PRESIDENTE KHL AMERICAS
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ESCRITÓRIOS DA KHL
ESCRITÓRIO CENTRAL
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Phoenix, AZ 85050, EUA
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Manquehue Norte 151, of. 1108,
Las Condes, Santiago, Chile
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REINO UNIDO
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Wadhurst, East Sussex TN5 6TP,
Reino Unido
Tel:+44 1892 784088
CHINA
Escritório de Representação em Pequim
Room 768, Poly Plaza, No.14
South Dong Zhi Men Street
Dong Cheng District, Pekín, P.R. China
Tel: +86 10 6553 6676
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Editorial
Mudando a marcha
O
ano passado não foi o melhor para a América Latina e o
Caribe. De acordo com o balanço preliminar da Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), 2014
viu uma expansão regional de apenas 1,1%, o mais baixo desde 2009.
Como esperado, a heterogeneidade entre países e sub-regiões marcou
grandes diferenças. Enquanto a América Central, o Haiti e o Caribe
de língua espanhola cresceram 3,7% durante o exercício, o Caribe de
língua inglesa teve apenas 1,9% e a América do Sul um magro 0,7%.
Mas daí se retiram certas exceções, como é o caso do Panamá e da
República Dominicana, economias que registraram no ano passado
um crescimento de 6%, seguidos pela Bolívia e Colômbia, com
5,2% e 4,8%, respectivamente.
A outra face da moeda é o caso da Venezuela, que registrou
contração de 3%, e da Argentina, com recessão de 0,2%.
Dinamizar o crescimento econômico e reverter a desaceleração no
atual contexto da economia mundial coloca amplos desafios. Mas
surgem sinais de uma mudança de marcha para este ano. Segundo
a Cepal, a economia regional poderia se expandir 2,2%. Espera-se
que a América Central mais o Haiti e o Caribe de língua espanhola
cresçam a uma taxa de 4,1%, e que o Caribe de língua inglesa o faça
em torno a 2,2%. Para a América do Sul, espera-se 1,8%.
Os países que liderarão a expansão regional serão novamente o
Panamá, com previsão de 7%, seguido pela Bolívia, com 5,5%, e o
Peru, República Dominicana e Nicarágua com 5% cada um.
Mas a heterogeneidade entre os países obriga a considerar a
realidade de cada um deles. Por exemplo, o país em foco nesta edição,
a Colômbia, vai experimentar crescimento de 4,3%, o que implica
queda de 0,5% em relação à expansão do ano passado. Porém, no
que se refere à construção, o setor deve obter crescimento de 4,7%,
que apesar de ser um bom número é uma queda brutal em relação
aos 10,8% registrados em 2014.
Como também está nas páginas da Construção Latino-Americana,
há casos como o do Chile, cuja indústria da construção está passando
por momentos difíceis. De acordo com a Câmara Chilena da
Construção, o setor cresceria em 2015 apenas 0,6%, isso após uma
queda de 0,7% no ano passado. Em contraste, o setor de construção
no Peru crescerá cerca de 9% em 2015, pelas previsões da Câmara
Peruana da Construção.
Mas tudo isso são cifras que vão se ajustando conforme passem os
meses. O importante é aproveitar ao máximo as oportunidades e
gerar os cenários propícios.
Um feliz 2015 para todos.
Cristián Peters
Editor Construção Latino-Americana
KHL Group Américas
T. +56-2-28850321 / C. +56-9-77987493
Manquehue Norte 151, of 1108. Las Condes,
Santiago, Chile
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CONTEÚDO
NOTÍCIAS
CAPA
6
A arbitragem internacional do Dispute Adjudication Board
determinou que a contratante deve pagar parte do sobrepreço
pedido pelo consórcio do Canal do Panamá.
UMA PUBLICAÇÃO DA KHL GROUP
CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA
Janeiro-Fevereiro 2015 I Ano 5 I Número 1
www.construcaolatinoamericana.com
COLÔMBIA
COLÔMBIA
18
PAÍS EM FOCO
FUNDAÇÕES
23
China avança na
América Latina
18
A Colômbia abriu as portas para uma nova época em sua
história, com investimentos em obras rodoviárias e outras que a
destacam no cenário regional.
PREPARO DE TERRENO
29
COMPACTOS
42
A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A
Veja a matéria sobre a China
na página 33.
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Construcción Latinoamericana también
está disponible en español.
PARCERIA
APOIO
18
FUNDAÇÕES
23
A construção de vários novos sistemas de metrô em cidades da
América Latina coloca em evidência as exigências técnicas que
desafiam as empreiteiras e fabricantes de máquinas do setor de
fundações especiais.
PROSPECÇÃO
29
O mercado de construção aponta uma clara inclinação ao uso
de tecnologias virtuais para ajudar a reduzir erros de cálculo e
os prejuízos financeiros decorrentes, como o sistema BIM. A
tendência já começa a chegar na América Latina.
NEGÓCIOS: CHINA
23
33
A China está de olho na América Latina. A realização da cúpula
China – Celac discutiu investimentos bilionários na infraestrutura
de vários dos países do continente. As muitas empresas fabricantes
de maquinário também se movimentam por aqui.
TENDÊNCIAS: A VISÃO EUROPEIA
29
41
O diretor presidente da Ciber Equipamentos Rodoviários, Luiz
Marcelo Tegon, comenta sobre sua participação na última reunião
do fórum europeu de fabricantes de equipamentos (CECE) na
Bélgica. Há interesse em mercados emergentes.
EQUIPAMENTOS: COMPACTOS
42
O mercado brasileiro começa a perceber a conveniência dos
equipamentos compactos, cujas vendas tiveram crescimento no ano
passado apesar do cenário negativo.
NO CANTEIRO: DEMOLIÇÃO DO
ELEVADO DA PERIMETRAL
45
Um relato sobre as técnicas de demolição da via elevada carioca que
chamou a atenção do Brasil, obra levada a cabo pela empresa Fábio
Bruno Construções.
ASSINATURA
49
CLASSIFICADOS
50
/ConstrucaoLatinoAmericana
/cla_portugues
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42
45
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 5
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NOTÍCIAS
Consórcio vence
arbitragem do Canal
A
pós um 2014
complicado pelas
reiteradas paralisações
nas obras de expansão do
Canal do Panamá devido ao
conflito entre o consórcio
EM DESTAQUE
CUBA O governo cubano
prometeu para 2015
investimentos de US$ 300
milhões em obras hidráulicas
em várias cidades do país.
O anunciou foi feito pela
presidente do Instituto
Nacional de Recursos
Hídricos (INRH), Inés María
Chapman.
Os trabalhos estarão
focados em redes de
abastecimento e estações de
tratamentos.
Sobre o financiamento,
Chapman esclareceu
que se conta com um
orçamento inicial proveniente
de créditos, doações e
aprovação de recursos por
parte do governo.
Entre as principais zonas
beneficiadas, estão o sul
de Havana e as localidades
de Cárdenas, Manzanillo e
Bayamo.
Grupo Unidos pelo Canal
(GUPC) - composto por Sacyr,
Salini Impregillo, Jan de Nul e
Cusa - e a Autoridade do Canal
do Panamá (ACP), este ano
também começou agitado.
Uma arbitragem internacional
da Dispute Adjudication
Board (DAB) determinou que
a ACP deve pagar parte dos
custos adicionais reclamados
pelo consórcio. A causa da
reclamação do GUPC é
a qualidade das rochas de
basalto encontradas no local,
e os consequentes atrasos e
sobrepreços verificados na obra.
“A documentação prévia
ao contrato não incluía as
condições reais de acesso ao
basalto nem informação técnica
completa sobre sua qualidade,
e devido à importância desta
questão no preço da oferta,
o contratante (ACP) foi
negligente”, diz a decisão.
Portanto, a ACP deverá pagar
ao consórcio cerca de US$ 234
milhões (dos US$ 463 milhões
pedidos pelas empresas),
além de prorrogar o prazo
do contrato por seis meses,
com o que se pretende evitar
que o consórcio GUPC seja
penalizado por atrasos na obra
que, de acordo com a decisão
A Autoridade do Canal do Panamá
terá que pagar US$ 234 milhões.
arbitral, não foram culpa sua.
A obra de ampliação do
Canal do Panamá chegou a
ficar paralisada por algumas
semanas em 2014 em
razão desta polêmica entre
■ contratante e consórcio.
Brasil vive crise na
contratação de obras
O contexto geral de contratação
de obras públicas no Brasil vive
um período de crise com os
desdobramentos dos casos da
Petrobras e do possível cartel
em São Paulo.
Os casos têm semelhanças
que podem levar a um novo
cenário nas contratações. Tal
como no caso da Petrobras,
o esquema paulista envolveu
o nome de políticos e
importantes empresas globais.
Também como na operação
Lava Jato, as denúncias
incluem a formação de um
cartel no qual, supostamente,
as companhias conspiravam
para obter benefícios em
licitações em prejuízo dos
cofres públicos.
O Ministério Público do
estado entrou com uma ação
contra as empresas envolvidas
nas supostas irregularidades,
pedindo a anulação de
contratos e a dissolução de
empresas, além de indenização
por dano moral coletivo.
Caso sejam condenadas, as
companhias teriam que deixar
A polícia investiga um possível
caso de irregularidades
licitatórias em São Paulo.
de funcionar no país. As empresas envolvidas são:
Siemens, Alstom, Caf (Brasil),
Caf (Espanha), TTrans,
Bombardier, MGE, Tejofran,
Temoinsa, Mitsui e MPE. No
caso da espanhola, o pedido
de dissolução não se aplica.
No entanto, está incluída no
requerimento de indenização.
O escândalo envolve
contratos assinados entre 1998
e 2008, mas que não tinham
sido denunciados até agora.
As empresas, que têm
contratos vigentes com o estado
até hoje, negam as acusações,
e disseram que esperam ser
declaradas inocentes na Justiça.
Enquanto as investigações
acontecem, a paralisação
parcial ou total de contratações
e pagamento de aditivos
já responde por demissões
■ crescentes na indústria.
6 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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NOTÍCIAS
Construção peruana prevê
crescer 9% em 2015
EM DESTAQUE
MÉXICO Ao longo de
2015, serão anunciadas 35
licitações relacionadas com o
novo Aeroporto Internacional
da Cidade do México (AICM),
segundo afirmou Manuel
Ángel Núnez, diretor geral
do Grupo Aeroportuário da
Cidade do México.
Segundo o executivo,
as convocatórias estarão
principalmente relacionadas
com serviços em terra,
obras hidráulicas e vias.
O executivo afirmou
também que o plano geral
do projeto deve ficar pronto
ainda durante o primeiro
trimestre deste ano.
O novo aeroporto
demandará US$12,9 bilhões,
dos quais até US$6 bilhões
virão de entidades privadas.
Este é um dos principais
projetos no país atualmente.
O investimento do setor teve
queda de 0,7% em 2014.
O setor da construção no Peru
crescerá cerca de 9%, segundo
previsão da Câmara Peruana da
Construção (Capeco).
Segundo afirmou seu
presidente, Lelio Balarezo, a
estimativa considera o início
de grandes projetos, como
a linha 2 do metrô de Lima
e o Gasoduto Sul Peruano
(GSP). Isto somado às medidas
anunciadas pelo Governo para
reativar a economia.
Em relação à execução
orçamentária, a Capeco espera
que haja um crescimento em
relação a 2014. “Esperamos
que as autoridades elaborem
melhor seus projetos para o
próximo ano, para ter um nível
de execução muito maior e em
benefício da população”, disse
Balarezo.
Também esclareceu que a
A linha 2 do metrô de Lima é um dos projetos considerados na
estimativa de crescimento setorial.
partir de abril será possível
ver a reativação do setor com
mais intensidade. “A partir
do quarto mês do ano vamos
começar a sentir o verdadeiro
impacto das medidas lançadas
pelo governo. Isso porque na
primeira etapa de 2015 os
governadores locais e regionais
recém eleitos vão pôr a mão
na caneta e dizer o que vão
fazer, e só em abril começam a
executar”, agregou.
Segundo estudo publicado
pela própria entidade há
algumas semanas, a construção
no Peru teve crescimento
moderado de 2,35% durante
o primeiro semestre deste
ano, sendo que durante o
mesmo período de 2013 havia
■
registrado 13,22%.
Cai investimento na
construção chilena
Os investimentos em
construção no Chile
registraram uma queda de
0,7% em 2014, segundo
a Câmara Chilena da
Construção (CChC) durante
a apresentação “Balanço 2014
– Projeção 2015”. O resultado,
primeira cifra negativa desde
2009, se explica pelo aumento
pequeno no investimento anual
em infraestrutura (0,6%) e
uma queda em 12 meses no
investimento em construção
residencial (-3,6%). Enquanto isso, a projeção
para 2015 é de crescimento de
0,6% anual, número que reflete
um crescimento esperado
de 3% do investimento em
infraestrutura e queda esperada
de 4,6% no investimento em
construção de moradias.
O cenário é duvidoso para o
investimento em infraestrutura
produtiva privada, em especial
pela exclusão de alguns projetos
de mineração e a postergação
de algumas iniciativas.
Enquanto em julho de
2014 se projetava para 2015
um gasto em construção de
cerca de US$ 11 bilhões, três
meses depois essa cifra foi
reduzida a pouco mais de US$
8 bilhões. O investimento
em infraestrutura produtiva
privada poderá cair 0,9% ao
longo de 2015.
Por sua vez, o investimento
em infraestrutura pública
poderia chegar a crescer
■ 14,6% este ano.
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NOTÍCIAS
Nova associação
brasileira de
locadoras
Devido ao crescimento do
setor de locação, estão fase
final os estudos para criação da
Analoc (Associação Brasileira
dos Sindicatos, Associações e
Representantes dos Locadores
de Equipamentos, Máquinas e
Ferramentas).
O objetivo da entidade será
promover ações e atividades
para o desenvolvimento e
evolução do segmento de
locação de equipamentos
móveis, incluindo, por
exemplo, o incentivo para a
criação de novas entidades em
locais onde ainda não haja
representação estruturada.
Reynaldo Fraiha, presidente
da entidade, afirma que
“nosso papel é fortalecer
as associações existentes
e fomentar a constituição
de novos sindicatos,
profissionalizando a atividade
como um todo”.
Para alcançar esse objetivo,
a Analoc vem realizando
reuniões em vários lugares
do país a fim de conciliar
diferentes interesses em um
objetivo comum e trazer as
diferentes realidades de cada
estado. “Estamos trabalhando
fortemente para estabelecer as
diretrizes que irão contribuir
com nossa atividade”, afirma
Eurimilson Daniel, secretário
O objetivo da Analoc é continuar
apoiando o desenvolvimento do
rental no Brasil.
geral da Analoc e vicepresidente da Sobratema.
Já foram definidos o
estatuto e a identidade visual
da entidade. Nas próximas
reuniões, serão abordados
temas como investimentos
em infraestrutura, reformas
políticas e tributárias, assim
como a definição da missão,
visão e valores da associação. ■
Argentina licita
hidroelétrica de US$1,8 bi
O Ministério do Planejamento
argentino anunciou o vencedor
da licitação do projeto
hidroelétrico Chihuido I. Tratase de um consórcio composto
por cinco empresas argentinas
e uma espanhola, e que conta
com respaldo financeiro russo.
O investimento requerido
será de US$ 1,8 bilhão.
Desse montante, 85% serão
emprestados pelo Estado Russo.
O consórcio ganhador está
composto pelas empresas locais
Helport, Chediack, Panedile,
Eleprint e Hidroeléctrica
Ameghino, além da espanhola
Isolux. Ele será responsável
pela construção, operação,
manutenção e exploração do
projeto, que tem prazo de
concessão de 15 anos.
“Esta é uma obra que
faz parte de um plano de
Investimentos serão para a
construção de Chihuido I.
EM DESTAQUE
MÉXICO A Câmara
Mexicana da Indústria da
Construção declarou que
prevê crescimento de 4,4%
para o setor em 2015.
O número corresponde a
uma revisão para cima da
expectativa. Semanas atrás,
a entidade havia afirmado que
o desempenho seria de 4%.
“Em 2015 temos certeza
que vamos crescer 4%”,
dissera naquela oportunidade
Luis Zárate, presidente da
entidade representativa do
setor no México.
Agora, o próprio Luis Zárate
afirma que, para 2016, o
crescimento projetado chega
a 6,2%. Acredita-se que
em 2014 a indústria terá
fechado o exercício com cifra
positiva de 2%, revertendo o
mau desempenho de 2013,
quando registrou queda de
4,5% no nível de atividade.
investimentos no setor hídrico”,
destacou Julio De Vido, titular
da pasta.
Chihuido I, que será
construída no rio Neuquén,
gerará 367 megawatts, o que
permitirá uma energia média
anual de 1.750 GWh, com
quatro turbinas. Além de gerar
eletricidade, ela vai colaborar
com o provimento de água para
consumo humano, industrial e
irrigação. As obras têm prazo
■
de execução de 60 meses.
8 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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NOTÍCIAS
Bolívia aposta na energia eólica
O governo boliviano deu
mais um passo em sua
aposta pela energia eólica,
ao assinar contrato com a
empresa espanhola TSK para
a construção do primeiro
parque eólico do país, que terá
potência instalada de 24 MW.
O projeto, que tem prazo de
execução de 15 meses, terá um
custo de US$ 64,5 milhões
AGENDA
2015
MARÇO
24-26 / Brazil Road Expo
São Paulo
www.brazilroadexpo.com.br
ABRIL
20-25 / Intermat
Paris, França
www.intermatconstruction.com
MAIO
19-24 /
Expoconstrucción
Bogotá, Colômbia
www.expoconstruccion
yexpodiseno.com
JUNHO
8 / Cranes & Transport Latin
America Conference
São Paulo
www.khl.com/catla
9-13 / M&T Expo
São Paulo
www.mtexpo.com.br
OUTUBRO
20 / Construção LatinoAmericana de Rodovias
Santiago, Chile
www.khl.com/clac
21/24 / ConExpo Latin
America
Santiago, Chile
www.conexpolatinamerica.com
e contempla a instalação de
oito turbinas eólicas, além de
obras civis associadas, como a
construção de sete quilômetros
de acessos rodoviários. A usina
ficará no departamento de
Cochabamba, centro do país. O presidente Evo Morales
aplaudiu a iniciativa, e
afirmou que ela aproxima o
país do altiplano de se tornar
uma potência energética na
América do Sul. A Bolívia tem,
atualmente, uma capacidade
de geração de energia elétrica
superior a 1.600 megawatts,
o que excede a demanda
nacional, que hoje oscila entre
1.250 e 1.300 megawatts.
Entretanto, o país ainda
está começando a trabalhar
com esse tipo de energia. No
começo do ano passado, a
firma chinesa Hydrochina
instalou 3MW de capacidade
eólica num projeto piloto
Há um ano, Evo Morales inaugurou um projeto piloto em Cochabamba.
em Qollpana, também no
departamento de Cochabamba.
Desde 2014, discute-se a
segunda fase do projeto, com
a instalação de 14 turbinas
eólicas de 1,5 MW, ou nove
turbinas de mais de 2 MW.
O potencial de geração de
energia eólica na zona de
Qollpana é calculado em mais
■
de 50 MW.
El Salvador
apresenta plano
de obras
O ministro de Obras Públicas
de El Salvador, Gerson
Martínez, informou que o
governo tem um plano de US$
621 milhões para obras que
deverão começar ao longo de
2015 no país. A autoridade
também afirmou que, além
desses recursos, negocia
outros financiamentos para a
infraestrutura salvadorenha.
Martínez disse à televisão
nacional que o plano para estes
primeiros recursos prevê um
número de obras rodoviárias.
Entre elas, estão duas pontes
na fronteira com a Guatemala,
uma rodovia entre o porto
de La Unión e a fronteira
com Honduras, duplicação
da autopista que conecta o
aeroporto internacional de
San Salvador e a cidade de
Zacatecoluca e duplicação da
rodovia San Vicente.
O ministro disse que haverá
um investimento “muito mais
alto”, pois garante que há uma
carteira de projetos mais ampla
que ainda não conta com
linhas de financiamento. Os
recursos dessa primeira etapa
provirão de financiamentos
bilaterais de cooperação com
EM DESTAQUE
PERU O Ministério de
Economia e Finanças do Peru
anunciou que participará no
financiamento de 22 projetos
de infraestrutura através
de Iniciativas Privadas
Co-financiadas (IPC), que
abrangem investimentos de
US$ 7 bilhões.
Os projetos foram
selecionados através da
agência ProInversión, e se
inserem em saúde, educação,
transportes, comunicações,
moradia e saneamento.
O processo de licitação
destas iniciativas será
concluído até julho de 2016.
O setor de transportes e
comunicações é o que vai
receber a maior quantidade
de recursos, com iniciativas
de US$ 4,7 bilhões. Saúde
terá um total de oito
projetos, que abrangem US$
965 milhões. O setor de
educação terá investimento
total equivalente a US$
600 milhões. Moradia e
saneamento receberão
financiamentos de US$ 780
milhões.
os Estados Unidos e o México,
além do Banco Interamericano
■
de Desenvolvimento. 10 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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MERCADO
Novo site para compra e
venda de máquinas
A
empresa suíça
Equippo lançou
um novo mercado
online para a compra e venda
de equipamentos usados no
mundo. Segundo a companhia,
a plataforma se diferencia da
concorrência por promover
transações fáceis, com gestão
total, vendas e variedade de
idiomas (o site está disponível
em inglês, russo, espanhol e
EM DESTAQUE
FERREYROS A empresa
peruana de maquinário
pesado Ferreyros,
distribuidora de marcas
como Caterpillar, incorporou
as usinas de asfalto Astec
como parte de sua oferta ao
mercado do país.
Durante o seminário
“Soluções para o Asfalto”,
a empresa apresentou a
primeira usina Astec vendida
no país, a Voyager 200,
comprada pela construtora
Delheal, e que estará
destinada a prestar serviços
gerais de edificação e, claro,
construção de rodovias.
A Voyager 200 é uma
usina de asfalto móvel que
pode produzir até 180
toneladas hora e tem a
capacidade de utilizar até
40% de asfalto reciclado.
polonês, e oferece vendas e
assistência em nove idiomas).
A Equippo oferece uma
gestão de transação completa,
incluindo direitos alfandegários,
custos de envio e transporte
e taxas de escolta de
segurança. Isso permite que os
compradores de equipamentos
usados nos mercados em
desenvolvimento se beneficiem
do mercado internacional de
máquinas pesadas.
Michael Rohmeder, fundador
da empresa, afirmou que
“todas as organizações de
vendas que eu conheço tentam
chegar aos usuários finais
O Equippo.com está disponível em quatro idiomas.
nos mercados de exportação.
Todo consumidor está sempre
disposto a economizar dinheiro
olhando além das fronteiras.
Mas as transações diretas são
raras exceções. Nossa visão é
romper as barreiras comerciais e
facilitar ao extremo os negócios
globais mediante o comércio
eletrônico”. Em países onde
se pode importar máquinas
usadas, o site pode ser útil. ■
Linden Comansa eleva
suas expectativas
Ainda sofrendo certas sequelas
da crise internacional, a
fabricante espanhola de
guindastes torre Linden
Comansa está otimista em
relação ao futuro.
Martín Echeverría, diretor
comercial da empresa, disse
durante a Bauma China que
este ano a empresa deve crescer
20%. “As receitas este ano estão
próximas aos 40 milhões de
euros na fábrica de Pamplona, e
na China serão em torno de 15
milhões de euros”.
Mesmo com expectativa
de crescimento para 2015, a
empresa está longe de alcançar
as vendas previas à crise
financeira mundial, quando a
fábrica espanhola gerava receita
de cerca de 120 milhões de
euros. Nesse contexto, Martín
Echeverría diz que “em 2009
registramos uma queda grande,
é fácil crescer após uma queda
tão importante”. De acordo
com a visão do executivo, “as
coisas estão bem e vão estar
melhor ainda”.
É que ainda há espaço para
recuperação. “Temos muito
A empresa lançou em janeiro
seu novo guindaste flat-top
21LC335.
caminho ainda, nas duas
empresas pode-se crescer muito.
A capacidade de produção na
China é de umas 500 unidades,
e nesse momento estamos em
torno de 120. Na Espanha não
chegamos às 200 e podemos
alcançar às 1.200”, explica.
O mercado latino-americano
representa ao redor de 10% da
venda de guindastes novos da
Linden Comansa. O executivo
reconhece que há países com
cenários mais complexos que
outros, como o Brasil. Mas em
termos gerais, a região está em
movimento. “Estamos tendo
bons resultados no Chile outra
vez, a Colômbia é um mercado
bastante estável, no México
estamos bem posicionados
e Cuba tem sido um bom
■ mercado para nós”, disse.
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 13
CLA 01-02 2015 Business News PTG.indd 13
29/01/2015 16:48:41
MERCADO
Negócios da Liebherr mantêm
nível de 2013
O
Grupo Liebherr espera
ter alcançado em
2014 vendas similares
às registradas em 2013, e com
isso obter um faturamento de
8,86 bilhões de euros, o que
representaria uma queda de 98
milhões de euros em relação ao
ano anterior.
No âmbito de máquinas de
construção e mineração, a
Libeherr espera um volume de
negócios de cerca de 5,3 bilhões
de euros, o que seria 4,5%
menos do que no ano anterior.
Segundo comentou durante
a Bauma China o membro
do conselho da Liebherr
International AG, Andreas
Boehm, “esperamos que as
receitas de 2014 se mantenham
em relação à obtida no
ano anterior. Nas áreas de
construção e mineração
antecipamos uma leve queda.
Fora disto, esperamos um
desenvolvimento positivo”.
Apesar da estabilidade nos
negócios, a companhia investiu
no ano passado algo em torno a
820 milhões de euros.
Sobre a América Latina,
o executivo mencionou a
construção de um centro
de reparações de guindastes
móveis e sobre esteiras em
Guaratinguetá, além do início
de construção de um novo
armazém na fábrica que a
empresa tem no Brasil.
No ano passado, a fábrica
brasileira da Liebherr, onde se
Andreas Boehm, do conselho
da Liebherr International AG,
palestrando na Bauma China.
produzem guindastes torre, pás
carregadeiras, guindastes offshore e betoneiras, celebrou seu
quadragésimo aniversário.
Na América Latina, as
divisões de construção
e mineração são as mais
destacadas entre as linhas de
■ negócio da Liebherr.
Manitowoc Cranes tem
novo presidente
Larry Weyers foi nomeado
presidente da Manitowoc
Cranes, em substituição a Eric
Etchart, que manteve a posição
durante oito anos e que agora
será vice-presidente sênior de
desenvolvimento de negócios
da Manitowoc Company.
Weyers, que até agora era
vice-presidente executivo da
Manitowoc Cranes, entrou
na companhia em 1998 e
nela ocupou diversos cargos
de direção, entre eles a vicepresidência responsável pelo
serviço de Crane Care. Sobre Etchart, Glen
Tellock, presidente e CEO da
Manitowoc Company, afirmou
que “Eric desempenhou
um papel fundamental,
potencializando a liderança
da Manitowoc em nível
mundial. Sua liderança ajudou
a posicionar o segmento de
guindastes como líder de
mercado, evidenciando a
capacidade do segmento de
O executivo Larry Weyers
entrou na empresa em 1998.
oferecer produtos e tecnologias
inovadoras, executar iniciativas
de excelência operacional e
ampliar sua presença global”.
O CEO também destacou
a nomeação de Larry Weyers:
“sua demonstrada liderança,
seu profundo conhecimento do
mercado global de guindastes
e sua capacidade de execução
das metas operacionais, sem
dúvida, o apoiarão no sucesso
contínuo da nossa divisão de
guindastes”.
No ano passado, a Manitowoc
Cranes havia anunciado uma
reorganização, que deixou de
ser uma estrutura regional
para se tornar uma estrutura
global. Com fábrica no Brasil, a
empresa tem forte presença na
■ América Latina. EM DESTAQUE
AGGREKO A marca
inglesa de soluções
temporárias de energia
Aggreko anunciou o
lançamento de uma nova
divisão de energia multimegawatt no México.
A nova divisão poderá
oferecer soluções desde
10MW até 200 MW
com projetos que podem
funcionar com diesel e
gás natural. E vai cobrir
as necessidades de seus
clientes nas indústrias
de geração e distribuição
elétrica, petróleo e gás e
mineração.
Ana Amicarella, diretora
executiva de projetos
de energias da Aggreko
nas Américas, disse
que “estamos operando
no México desde 2006
com a divisão que cobre
necessidades de energias
menores. O contínuo
crescimento econômico
do país nos últimos anos
tem criado oportunidades
para projetos de energia
temporária de maior
envergadura”.
A representacao mexicana
da empresa conta com uma
frota de locação de mais
de 20 mil geradores que
somam uma capacidade
total de 9.500 MW.
14 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
CLA 01-02 2015 Business News PTG.indd 14
29/01/2015 16:48:53
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Los distribuidores Cat® están listos
para respaldar a los clientes que deseen
comprar productos Tier 4 usados
para utilizar en América Latina
L
os productos Tier 4 comenzaron
a migrar a América Latina
Durante décadas, Caterpillar vendió, y
seguirá vendiendo, equipos nuevos y con diseños
específicos para satisfacer las necesidades de clientes
que trabajan en América Latina. Sin embargo,
pueden surgir problemas complejos cuando
los productos Tier 4 usados, que se fabricaron
originalmente para utilizarse en países altamente
regulados (HRC, Highly Regulated Countries),
migran a América Latina y a otros países que no
tienen estándares de emisiones que no son de
carretera o dichos estándares son menos estrictos.
Para evitar problemas, como combustible
de diferente calidad y contenido de azufre en el
combustible, Caterpillar ha seguido una estrategia
de migración estricta desde que comenzó el
desarrollo de los productos populares de Tier
4 Interim, que se presentaron en el año 2011.
Gracias a esta estrategia, los distribuidores Cat®
están preparados para ayudar a los nuevos
propietarios a disfrutar de la producción máxima
de sus productos Tier 4 usados.
Normativas de emisiones cada vez más exigentes
Todos los fabricantes de motores diesel que
comercializan productos en los HRC, incluidos
los Estados Unidos, la Unión Europea (EU,
European Union) y Japón, deben cumplir con
los exigentes estándares establecidos en dichos
países con el fin de reducir las emisiones de escape.
Para permitir que Caterpillar y otros OEM
(Original Equipment Manufacturer, Fabricantes
de Equipo Original) cumplan con los estándares
de emisiones, los HRC también regulan los niveles
permitidos de azufre en el combustible. Los
estándares, que se introdujeron por fases a partir
de 1996, entraron en vigencia, en primer lugar,
como Tier 1. Con cada una de las fases siguientes,
las normativas requerían mayores reducciones de
Materia Particulada (PM, Particulate Matter) y de
Óxidos de Nitrógeno (NOx, Oxides of Nitrogen).
En la actualidad, están en vigencia las fases
Tier 4 Interim y Tier 4 Final, las cuales exigen
que los fabricantes alcancen el objetivo principal
de los estándares (emisiones casi nulas de PM
y NOx en motores diesel que no son para
carretera).
Soluciones de emisiones de Caterpillar
personalizadas según la gama de potencia
del motor
Para cumplir con las exigencias cada vez mayores
de los estándares de emisiones, Caterpillar
reconoció que no existe una única solución para
la variedad de productos que se fabrican para
diferentes entornos. Por lo tanto, las soluciones
de emisiones se personalizan según la gama de
potencia del motor mediante una selección de
tecnologías fundamentales, como: controles
electrónicos nuevos, sistemas de combustible
avanzados, sistemas de administración de aire
fiables y soluciones de postratamiento duraderas.
Este enfoque personalizado aporta flexibilidad
a la hora de desarrollar la solución óptima para
máquinas y aplicaciones específicas.
La población de campo de Cat Tier 4
Interim creció rápidamente a más de
100.000 productos que operan en los
HRC. Debido a los excelentes resultados de
confiabilidad y eficiencia del combustible
acumulados durante más de 50 millones de
horas de operación, clientes de todo el mundo,
incluidos los países no regulados o menos
regulados, compraron o se mostraron cada vez
más interesados en comprar productos Cat Tier
4 usados. Sin lugar a dudas, estos atractivos
productos están en constante movimiento.
Intrínsecamente, eso crea complejidades
relacionadas con las decisiones de compra y de
respaldo por parte de los clientes de países no
regulados o menos regulados, incluida América
Latina, que nunca tuvieron que considerar las
implicaciones de utilizar productos Tier 4.
CATERPILLAR HA DETERMINADO que los sistemas de motores Cat Tier 4
Interim usados de entre 130 kW y 895 kW (motores 7-32 L) no necesitarán ninguna
modificación para funcionar en países menos regulados. Para los motores Cat Tier 4
Interim de menos de 130 kW, Caterpillar ofrecerá procesos de modificación autorizados
que eliminarán el postratamiento de las configuraciones de las máquinas y de los
motores comerciales para permitir el funcionamiento en países menos regulados. Los
procesos de modificación, que incluyen la descertificación, se encontrarán disponibles
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comenzarán a migrar a América Latina.
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nuestra estrategia de migración, los distribuidores
Cat locales están listos para la llegada de
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Mediante una capacitación intensiva, los
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que requerirán o no modificaciones para resolver
problemas relacionados con la ubicación, como
la calidad del combustible, con el fin de que
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información de producto disponible, incluidos
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onstrução LatinoAmericana, a revista
da indústria da
construção da América
Latina, começa o ano com
nova imagem, para reforçar e
modernizar sua marca frente
sua rede de leitores em todo o
mundo.
A nova marca inclui um
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pelas iniciais “CLA”, escritas
em letra maiúscula. Na
prática, as iniciais “CLA”
têm sido utilizadas como
alternativa ao nome completo
da revista dentro e fora da
organização. Esta simplificação
do nome dará consistência e
facilitará a identificação da
publicação. Construção LatinoAmericana vai continuar sendo
CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA
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COMPACTOS
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A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A
o nome completo da revista
para efeitos legais, e seguirá
sendo utilizado nas assinaturas
das matérias e demais
propósitos.
A nova logo foi desenvolvida
pensando em nossos leitores e
está desenhada para facilitar a
leitura e a memória da marca.
Relatório especial:
movimento de terra
Através da loja
O relatório é um guia
online www.
E A R T H M O V I N G de valor para quem
trabalha com esse tipo
khl-infostore.
de equipamentos.
com, o KHL
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a seus leitores o
construção da
Relatório Especial:
infraestrutura
Movimento de
do mundo, seu
Terra 2014, que
international
construction
rendimento e
em suas 67 páginas
capacidades são cruciais para a
inclui as notícias de produtos,
execução de projetos.
estudo de casos e especificações
Essa é uma área do
de equipamentos que
maquinário que experimentou
foram publicadas na revista
enorme mudança na última
International Construction
década, devido especialmente
durante 2014.
à introdução de limites cada
Os equipamentos de
vez mais estritos para emissões
terraplanagem são os mais
de gases. Inicialmente, essas
utilizados no mundo da
normas tão restritivas eram
construção, desde escavadeiras
aplicadas só na Europa, Japão
e pás carregadeiras, até
e América do Norte, mas agora
maquinas mais especializadas
são parte fundamental das
como motoniveladoras e
políticas ambientais de muitos
tratores de esteira. Esses
■ outros países.
equipamentos têm um papel
A KHL SPECIAL REPORT
2014 REPORT ON THE EARTHMOVING SECTOR
F R O M I N T E R N AT I O N A L C O N S T R U C T I O N
“A nova imagem da CLA
faz parte de uma estratégia
de fortalecimento da marca,
focada numa distinção visual
da revista e com o objetivo
de reforçar nosso alcance no
mercado latino-americano”,
disse Trevor Pease, presidente
do KHL Group Americas.
“Já utilizamos esta mesma
estratégia, usando siglas,
com outros títulos como
ACT (American Cranes &
Transport) e ALH (Access, Lift
& Handlers)”, afirmou ele.
O novo posicionamento
da marca é fruto do trabalho
de toda a equipe da CLA e
do KHL Group, e aparecerá
paulatinamente em todas as
plataformas associadas à sua
■
revista de construção.
EM DESTAQUE
COLABORAÇÕES A
partir de agora, convidamos
nossos leitores a enviar fotos
de seus serviços, obras
e projetos. Cada semana
vamos selecionar uma e
publicá-la em nosso site
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nosso informativo semanal
com as informações mais
relevantes, e as dez edições
anuais impressas da revista.
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Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 17
CLA 01-02 2015 KHL News PTG.indd 17
29/01/2015 16:50:10
PAÍS EM FOCO
Colômbia em
renovação
O país assiste o início
da execução de uma
série de milionários
investimentos para
melhorar radicalmente sua
infraestrutura de rodovias,
energia e transporte.
Reportagem de
Cristián Peters.
A
Colômbia iniciou um período
que abrirá as portas de um novo
país. Sua economia se destaca na
América Latina e no Caribe diante de um
contexto internacional difícil. Enquanto
2014 foi um ano relativamente magro para
a região, com crescimento médio de 1,1%, o
país poderia alcançar um crescimento de seu
PIB de 4,8%, segundo dados da Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe
(Cepal). Da mesma forma, para este ano as
projeções da entidade são positivas, prevendo
para a economia colombiana um crescimento
de 4,3%, enquanto para o resto da região a
estimativa média é de 2,2%.
Por sua vez, o setor da construção também
registra um importante crescimento.
Segundo o Ministério da Fazenda do país,
PROJEÇÃO DE PIB
SETORIAL
Construção
Edificações
Obras Civis
2014
10,8
6,5
14,1
2015
4,7
3,0
6,0
Fonte: Ministério da Fazenda e Crédito Público
o setor se expandiu 10,8% durante o ano
passado, ainda que para 2015 espera-se
menos atividade, com avanço da indústria
de 4,7%. Mesmo com crescimento menor,
se a construção seguir o bom caminho, a
economia em geral será beneficiada. De
acordo com cálculos do Departamento
Nacional de Planejamento, o setor de
construção pode chegar a estimular até 25%
da atividade industrial, graças à estreita
relação existente entre os setores.
Segundo o Ministério, essa queda se explica
pelo menor crescimento das obras civis (de
14,1% para 6%), e pela desaceleração de
cerca de 3,5 pontos porcentuais na execução
de edificações, o que daria num crescimento
estimado de 3%.
Juan Felipe Hoyos Mejía, presidente da
empreiteira colombiana Coninsa Ramón
H.S.A, está em sintonia com essa afirmação
e afirma que “no campo da construção
de edificações espera-se que o mercado
tenha um pequeno decrescimento devido à
menor demanda pela compra de moradias
novas”. No entanto, alerta que se o governo
conseguir consolidar seu plano de moradia
de interesse social - em início de dezembro
foi anunciado o início da segunda etapa do
programa habitacional de 100 mil residências
gratuitas – isso será um contrapeso a essa
desaceleração. A companhia conta com vasta
experiência nessa matéria, e no ano passado
participou de três projetos do programa
Moradia de Interesse Prioritário, com mais
de 3 mil casas construídas.
Para e empresa, o ano de 2014 cumpriu
com as expectativas de comportamento do
mercado da construção. Segundo explica
Hoyos, “no campo das edificações houve
um fortalecimento das obras na denominada
Zona Caribe (Barranquilla e Santa Marta),
enquanto nas cidades de Bogotá e Medellín
manteve-se bom nível da atividade, apesar
de uma leve queda (de 5%) registrada na
construção residencial”.
No que diz respeito à infraestrutura, Hoyos
afirma que se é verdade que os grandes
investimentos começariam a partir de 2016,
este ano terá um incremento na atividade de
projeto, e provavelmente de negociações de
equipamentos e insumos especiais.
“Na nossa companhia orçamos um
crescimento do volume de atividades próximo
a 8%”, comenta o executivo. No entanto,
há que destacar que a Coninsa Ramón H.
também está presente na prestação de serviços
de desenhos urbanísticos e arquitetônicos
integrados e no campo de locação, com mais
de 5,6 mil imóveis administrados.
Para a J.E Jaime Engenheiros, 2014 foi
um ano com bom volume de trabalho, e
segundo comenta seu gerente comercial,
Eduardo Pinilla, “cumprimos com o plano
estratégico estabelecido pela alta direção,
18 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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29/01/2015 16:53:36
PAÍS EM FOCO
A Coninsa Ramón H. está trabalhando
(em conjunto com Camargo Correa
e Construtora Concocreto S.A.)
na construção do maior projeto
hidroelétrico da Colômbia, Ituango.
Em relação a estradas, a Coninsa Ramón H. faz parte de um consórcio que atua na rodovia
Tranversal Medellín Quibdó.
conseguindo um crescimento permanente
para nossas metas a longo prazo”.
A companhia, que conta com um case de
mais de 500 projetos executados e atividades
em dez países da América Latina e Caribe,
vê os planos energéticos e de infraestrutura
rodoviária que desenvolve o governo como
um fator positivo para o crescimento.
PROJETOS
A Colômbia tem se preocupado em incentivar
o desenvolvimento de sua infraestrutura,
e nesse sentido as concessões rodoviárias
de quarta geração, conhecidas como 4G,
têm um papel importante. “Depois de
vários anos de ‘aprendizado’ começam a ser
aprovados os primeiros projetos das PPPs, o
que vai dar ainda mais força à infraestrutura.
Esperamos que não aconteçam interferências
no desenvolvimento dessas obras, que vão
dar uma ajuda forte à competividade do
país”, comenta Juan Felipe Hoyos.
A infraestrutura do transporte tem sido
um dos pilares do recente desenvolvimento
colombiano. De fato, a ministra do
Transporte Natalia Abello destacou no final
do ano passado numa coluna do jornal El
Colombiano que, “em matéria orçamentária
o setor passou nos últimos quatro anos de
um investimento médio de 2,2 bilhões de
pesos (cerca de US$900 milhões) a 7,7
bilhões de pesos (US$ 3,18 milhões) anuais”.
Segundo disse, “os grandes projetos de
infraestrutura, a multimodalidade e todos os
esforços que estamos fazendo no Ministério
para melhorar a logística de transporte,
permitirão que a Colômbia inteira avance ao
progresso a passos agigantados”.
É importante destacar que o programa 4G
abrange três levas de projetos (já começaram
os processos de licitação da segunda) com
investimentos de 47 trilhões de pesos (mais
SEGUNDA LEVA DE CONCESSÕES
PROJETO
CONSTRUÇÃO
(KM)
Neiva-Girardot
Villavicencio-Yopal
Rumichaca-Pasto
Santana-Mocoa-Neiva
Santander de Quilichao-Popayán
Barrancabermeja – Bucaramanga
Sisga - El secreto
Autopista Mar 1
Autopista Mar 2
TOTAL
*Construção e recuperação
Fonte: Câmara Colombiana da Infraestrutura
48
80
54
76
194
110
17
579
RECUPERAÇÃO INVESTIMENTO*
(KM)
(MM US$)
175
951,3
212
1.034,0
909,9
422
1.240,8
661,7
67
1.116,7
376,7
1.819,8
118
1.571,7
994
9.683,0
de US$ 20 bilhões), através dos quais
pretende-se intervir em 7 mil quilômetros
de rodovias, 141 túneis e 1,3 mil viadutos.
Esta segunda leva de projetos prevê
investimentos que chegariam quase a US$
9,7 bilhões para a construção, reforma e
manutenção de mais de 1,5 mil quilômetros.
As licitações para a segunda fase do grande
projeto de concessões deverão começar ainda
no primeiro semestre de 2015. O programa
chama a atenção de construtoras de mais
de dez países, sejam da América Latina, ou
também da Europa e da Ásia.
Da mesma forma, o governo se colocou
a meta de triplicar o transporte fluvial até
o ano de 2032, e aumentar em 50% o
transporte ferroviário.
NA CAPITAL
Assim como a infraestrutura rodoviária é
um tema relevante para o país, a mobilidade
urbana também é foco de atenção para o
atual governo. Por isso, a capital Bogotá
estaria se preparando para receber sua
primeira linha de metrô. A iniciativa, que
é discutida há mais de 60 anos, demandaria
investimentos por mais de US$ 2,5 bilhões e
contaria com um trajeto de 26,5 quilômetros
e 28 estações. O governo prometeu que em
setembro deste ano se concluirão os estudos
preliminares.
Outro projeto de mobilidade que se planeja
para a cidade é o de construir um ramal
do sistema de ônibus rápido Transmilenio
pela Avenida Boyacá. O projeto abrange
um total de 37 quilômetros e demandaria
investimentos de US$ 295 milhões.
Por último, a cidade também está
estudando investir num sistema de teleféricos
entre Cidade Bolívar e San Cristóbal, que
estaria conectado com o projeto do metrô
e o Transmilenio. Cada linha tem um custo
médio estimado até o momento em cerca de
■
US$ 50 milhões.
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por ocasião de sua criação e desejamos à associação e a seus colaboradores tudo de bom!
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FUNDAÇÕES
Desenho da ponte cujas fundações acabam
de se realizar no Rio de Janeiro. São
40 estacas cravadas a 33 metros de
profundidade.
Quanto mais sistemas de
metrô se constroem na
América Latina, mais ficam
em evidência as soluções
criadas pelo setor de
fundações. Reportagem de
Fausto Oliveira.
Sustentando vias
subterrâneas
E
ntre projetos em execução,
licitações convocadas e discussões
públicas sobre viabilidade, são
muitas as cidades latino-americanas
que estão envolvidas com a construção
de sistemas de metrô. Lima licitou seu
milionário projeto da linha 2. Santiago
está em processo avançado de construção
das linhas 3 e 6, e recém se anunciou uma
extensão da linha 2 e estudos para a linha 7.
São Paulo continua avançando nas obras da
linha 5, enquanto o Rio de Janeiro constrói
atualmente a linha 4 para a conexão da
cidade com a região olímpica na zona oeste
para os Jogos de 2016. Bogotá não quer ficar
de fora e finalmente parece que vai iniciar
seu antigo projeto metroviário.
Na América Central, o Panamá inaugurou
sua linha 1 em 2014 e colocou em licitação
sua linha 2. Com tantas iniciativas,
empreiteiras especializadas em fundações
especiais são muito demandadas para
estabilizar os solos muitas vezes moles ou,
ao contrário, de rochas muito duras. Além
disso, é tarefa sua construir as bases para as
estações subterrâneas e para as vias aéreas
que suportarão o intenso tráfego de trens a
metros do chão.
No Chile, a empreiteira especializada
Pilotes Terratest venceu as licitações de
fundações de oito estações nas duas novas
linhas que se constroem em Santiago, além
de passagens intermediárias entre as estações
Franklin e Ñuble, da linha 6.
Graças à perfuratriz Bauer BG 28, a
empresa vem obtendo bons resultados na
O consórcio construtor da linha 4 do Rio
utilizou perfuratrizes Bauer com o martelo
especial Multihammer.
colocação de estacas escavadas. Essa foi a
técnica escolhida pela Pilotes Terratest para
sustentar as futuras estações.
Na área norte da estação Los Leones, a
empreiteira instalou 110 estacas a uma
profundidade média de 27 metros. Na
área sul da mesma estação, que ainda
será executada, serão 46 estacas a uma
profundidade média de 28 metros. Outras
59 estacas a 30 metros de profundidade já
estão escavadas na futura estação Ñuñoa,
enquanto que a futura estação Estádio
Nacional, lugar emblemático do esporte
chileno, a Pilotes Terratest escavou um total
de 39 estacas a uma profundidade média de
27 metros.
Sua tradição como empreiteira de fundações
especiais no Chile rendeu à Pilotes Terratest
uma reputação especial no mercado. De
maneira que, recentemente, foi adquirida
por uma das maiores construtoras do país,
a Echeverría Izquierdo, e recém entrou no
mercado peruano, onde seguramente terá
a oportunidade de aplicar as técnicas do
metrô de Santiago nas obras do metrô da
capital peruana.
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 23
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29/01/2015 16:54:41
FUNDAÇÕES
A técnica de estaca escavada foi a
escolhida para a maioria das fundações
no metrô do Chile, como na estação
Franklin da linha 6.
A empresa trouxe ao Chile uma série de
técnicas de fundações que, segundo afirma,
antes não eram comuns no país. Uma
delas foi o jet grouting, a estabilização do
solo com concreto, mas adaptando-a às
necessidades sísmicas do país.
OBRA OLÍMPICA
Equipamentos da alemã Bauer também
foram a escolha do consórcio construtor
da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que
acaba de completar a etapa de fundações de
uma ponte que servirá de passagens para os
trens na Barra da Tijuca.
Ali, a situação era particular, porque
na zona oeste da cidade, onde estarão os
Jogos Olímpicos, o solo é arenoso. Por essa
razão, a estabilização da ponte demandava
escavações mais profundas até chegar à
camada de rocha subterrânea. Escolheu-se
cravar as camisas metálicas com martelo
tradicional até chegar à camada de rocha
e então se escavou a areia. Aí entrou em
ação uma Bauer BG 36 acoplada a um
Multihammer, martelo especial da mesma
marca que tem sete cabeças rompedoras
que alternam a frequência e a intensidade
da vibração.
CZM APROFUNDA SUA INTERNACIONALIZAÇÃO
A fabricante brasileira de equipamentos de fundações CZM vem
há anos entrando em muitos mercados estrangeiros. O grande
salto desse processo foi a inauguração em 2012 de uma fábrica
na cidade de Savannah, nos Estados Unidos. Agora com dois
anos de operação no mercado norte-americano, a empresa colhe
excelentes resultados com a atual recuperação do mercado no
país do norte.
“Nossa operação está acompanhando o crescimento dos Estados
Unidos. Planejamos chegar ao final de 2015 com um crescimento
de 30% sobre o ano anterior, chegando então a 40 unidades”,
disse Marcos Cló, vice-presidente de vendas e marketing da CZM.
Uma das condições para o sucesso foi a associação com
a Caterpillar, maior fabricante de equipamentos do mundo e
hegemônica em seu mercado nacional. As perfuratrizes CZM são
vendidas nos EUA adaptadas a escavadeiras Caterpillar, o que lhes
dá uma rede de apoio técnico e de vendas que é difícil de superar.
Mas obviamente seu processo de internacionalização não poderia
deixar de fora a América Latina, e é aí que surge um contexto que
mistura boas e más notícias.
De acordo com o executivo, a defasagem cambial do Brasil em
comparação com os países dos competidores europeus nos últimos
cinco anos fez com que as vendas da CZM na América Latina
não fossem expressivas. Além disso, a empresa se ressente da
situação na Argentina, mercado muito importante que, segundo
Marcos Cló, “continua adormecido e parece que assim será nos
próximos anos”.
Não obstante, a boa notícia vem da América Central e Caribe.
Marcos Cló afirma que a CZM tem ordens de compra desta região
para o começo de 2015. Além disso, ele esclarece que a unidade
nos Estados Unidos vem cumprindo com sua missão de ampliar o
processo de internacionalização, e agora o México será um novo
objetivo de mercado.
Tudo isso enquanto no Brasil a companhia compartilha da maioria
das análises sobre a economia nacional e não está otimista
em relação ao futuro imediato. “A CZM já vem percebendo a
desaceleração do mercado brasileiro há mais de ano e se adequou
à menor demanda. Os projetos de infraestrutura estão sempre
esbarrando em vários problemas para a licitação. O momento
econômico do Brasil é de ajuste fiscal e colocar as contas em
ordem para que então possa retomar o crescimento a partir de
2016, e isto não poderia de ser diferente para a construção civil”,
diz o executivo.
A empresa nacional abriu uma fábrica nos Estados Unidos e com isso
se protege da instabilidade na América Latina.
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FUNDAÇÕES
Por este método, foram cravadas 40
estacas de 1,4 metro de diâmetro cada
uma, a uma profundidade total de 33
metros, penetrando cinco deles na rocha.
Uma vez perfurada a rocha, as camisas
metálicas receberam tratamento normal
com armadura e concreto.
A obra do metrô carioca está composta
por seis estações e tem sua inauguração
prevista para 2016, antes da realização do
maior evento esportivo que a cidade jamais
terá visto. Calcula-se que 300 mil pessoas
viajarão diariamente pela linha 4. A ponte
estaiada que se constrói como parte da via,
cujas fundações estão já prontas, terá um
comprimento de 420 metros e estará a 72
metros de altura.
Este não foi o único desafio do consórcio
que faz a nova linha da Cidade Maravilhosa.
Devido à sua proximidade com a Lagoa da
Tijuca, uma das novas estações apesentava
o desafio de rebaixar um lençol freático que
estava a apenas dois metros da superfície.
Trata-se da estação Jardim Oceânico.
A tarefa de rebaixar o nível do lençol
implicou o uso de cerca de 400 bombas de
sucção. Além disso, enquanto se realizava a
estrutura da estação, utilizou-se um sistema
de capas de proteção para impermeabilizar
o local que, de acordo com o consórcio, é
o mesmo usado nas obras de fundações do
novo World Trade Center em Nova York.
Quando estiver concluída a estação Jardim
Oceânico, as bombas se desativarão e o
A Pilotes Terratest obteve os
contratos da maioria das obras de
fundações na expansão do metrô
de Santiago.
LIEBHERR APRESENTA NOVO SIMULADOR DE
OPERAÇÃO EM FUNDAÇÕES
Uma quantidade importante de iniciativas de treinamento via simuladores, para os mais
diferentes equipamentos, foi apresentada ao mercado nos últimos anos. A fabricante
alemã Liebherr trouxe recentemente sua mais nova ferramenta de treinamento de
operação de máquinas de fundação, o sistema LiSIM.
Além das vantagens inerentes a todo tipo de simulador de equipamento pesado, que
têm a ver com a realização de treinamentos sem consequências reais, permitindo ao
trabalhador operar sem medo e aprender mais rapidamente, o sistema LiSIM agrega um
diferencial importante: a versatilidade.
Isso porque ele serve tanto para o treinamento no modelo de perfuratriz Liebherr LB
28, de hélice contínua (CFA), como também a operação simulada de um modelo de
guindaste de esteiras, o LR1300.
O software LiSIM, segundo a fabricante,
disponibiliza níveis de realidade virtual
acima da média. No módulo de fundações,
por exemplo, o equipamento pode
simular mudanças no centro de massa
de acordo com o acessório acoplado à
máquina. Além disso, o software LiSIM
simula a operação com barras Kelly e
hélice contínua.
O sistema LiSIM impõe desafios realistas
para o técnico em fundações.
lençol freático poderá voltar ao seu nível
sem afetar a estação.
Histórias como essas deverão se tornar
mais comuns conforme a América Latina
construa mais infraestruturas subterrâneas
■
de transporte.
FEIRA REÚNE
INDÚSTRIA DE
FUNDAÇÕES NO
BRASIL
Entre 23 e 25 de junho deste ano vai
acontecer em São Paulo a segunda
edição da Feira da Indústria de
Fundações e Geotecnia, evento de
exibição das marcas de máquinas,
serviços e empreiteiras do setor, que
será acompanhado do oitavo Seminário
de Engenharia e Fundações Especiais e
Geotecnia.
Com o encontro, o setor se atualiza
sobre como anda a atividade de
fundações e sondagens geotécnicas
no país. Além das obras de metrô
em algumas grandes cidades, uma
importante agenda de obras portuárias
move o setor de fundações no Brasil.
De acordo com os organizadores, a
primeira edição do evento, em 2012,
recebeu ao redor de 5 mil visitantes.
Para este ano, são esperados mais.
A feira e o seminário terão lugar no
Transamérica Expo Center.
26 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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PROSPECÇÃO
É melhor prevenir
O mercado da construção
aposta cada vez mais no
uso de tecnologias virtuais
que ajudam a reduzir erros
e prazos de execução dos
projetos. Reportagem de
Milena Jiménez.
O
s projetos de construção, pequenos
ou grandes, cada vez dispõem de
mais ferramentas para otimizar seu
desenvolvimento. Planejar cuidadosamente
o processo e cada uma de suas etapas é um
dos fatores que vai determinar o sucesso
nos prazos de execução e o respeito ao
orçamento original.
Nesse contexto, o software BIM (Building
Information Modeling) ganha força. A
definição do conceito é quase tão ampla
como o uso. Trata-se basicamente da
produção de modelos tridimensionais que
serão, em primeiro lugar, uma construção
visual do que cada especialista desenha num
projeto, mas também eles vão se transformar
numa base de dados centralizada com toda
a informação que esse projeto contém,
conceito conhecido como as-built.
A IN Prediais é uma empresa brasileira
que presta serviços de engenharia e que
tem em seu portfólio a consultoria BIM.
Seu diretor, Humberto Farina, explica a
amplitude do conceito. “É um processo
para a concepção, construção e operação de
empreendimentos através da virtualização
A tecnologia BIM ajuda a prevenir eventuais
falhas e reduz os tempos de construção dos projetos.
da construção”.
O grupo Hexagon, matriz suíça da Leica
Geosystems, oferece soluções BIM. Miguel
Menegusto, gerente de linha de produtos
da marca para a América do Sul, reafirma
suas amplas qualidades. “Não deve estar
só limitado ao modelo 3D inteligente no
computador da oficina. O objetivo é utilizar
a precisão do modelo digital também em
terreno, para poder identificar os problemas
prematuramente”.
A presença desses softwares na América
Latina ainda é limitada, se comparada com
mercados mais desenvolvidos como o norteamericano ou o europeu, mas o avanço tem
sido importante e, segundo explica Ricardo
Rojas, diretor de Inovação e Negócios da
companhia chilena René Lagos, trata-se de
uma tendência crescente.
O executivo explica que nos Estados
Unidos a tecnologia é utilizada há muitos
anos, e em muitos casos é uma exigência
do projeto. Mas destaca que na América
Latina ela é cada vez mais habitual. Um
exemplo claro disso é a internacionalização
da empresa, que hoje tem presença, além do
A IN Prediais atuou como consultora BIM
na construção do hotel Praia Formosa, no
Rio de Janeiro.
Chile, nos Estados Unidos, na China, no
Peru e no Equador.
“Há grandes mercados, como o norteamericano e o europeu, que vêm adotando
o BIM em maior escala, no entanto também
existem grandes projetos na América Latina
que fizeram o mesmo”, complementa
Miguel Menegusto, da Leica Geosystems.
No entanto, o contraste ainda é grande.
No Brasil, por exemplo, calcula-se que só
15% das construtoras utilizam tecnologia
BIM há mais de três anos. Nos Estados
Unidos, essa cifra chega a 75%.
CUSTOS
Uma das razões que ajuda a explicar
esses números é o valor relativamente
elevado do sistema, o que não significa
que necessariamente aumentará o custo do
projeto. O uso dos métodos tradicionais
abrange uma série de riscos que o BIM
pode ajudar a prevenir, e o barato muitas
vezes sai caro.
Um exemplo disso é o que aconteceu com
o Hotel Harmon em Las Vegas, Estados
Unidos. Em maio de 2014, a justiça
determinou que, devido a falhas estruturais,
a torre de cristal de 27 andares devia ser
demolida sem sequer ter sido inaugurada,
o que trará perdas de mais de US$ 279
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 29
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29/01/2015 16:56:30
PROSPECÇÃO
No Brasil, calcula-se que só 15% das
construtoras usem tecnologia BIM há
mais de três anos.
especialidades são um fator que resulta no
atraso das obras. Segundo Ricardo Rojas,
da René Lagos, “a construção virtual do
projeto permite diminuir erros e evitar
desentendimentos entre seus participantes,
e também simular situações sem ter que
que improvisar na hora, o que na maioria
dos casos provoca custos adicionais ao
orçamento original do projeto”.
Estes softwares também funcionam
como uma base de dados centralizada que
contém toda a informação da obra. “Em
uma eventual reforma, essa documentação
terá vital importância”, diz Gonçalves, da
Trimble. Essa informação também pode ser
usada depois, na operação e manutenção do
projeto já entregue.
milhões. Calcula-se que o processo de
demolição vai durar mais de um ano.
Apesar de ser um caso extremo, exemplifica
como perdas de grandes investimentos
podem ser evitadas através do correto
uso desse tipo de tecnologia.
O BIM não ajuda só a evitar
prejuízos provenientes de eventuais
erros num projeto. O aumento da
precisão garantido por esses modelos
faz com que a execução das obras
seja feita em menor período de
tempo, o que também ajuda a
diminuir custos.
Fátima Gonçalves, diretora de
novos negócios da Trimble Brasil,
conta que “as tecnologias Trimble
usadas na etapa de planejamento
e construção do Terminal Tom
Bradley, do aeroporto de Los
Angeles, tiveram 10% de redução
do tempo do projeto, 50% de
redução do custo e aumento na
precisão de 80%”.
Além de controlar o orçamento,
o sistema serve como ferramenta
que colabora com outras
áreas do projeto, favorecendo
a correta interação de todas as
disciplinas relacionadas com o
empreendimento.
No método tradicional,
muitas vezes as dificuldades
para estabelecer uma boa
comunicação entre as
nessas fases, e esse é um fator a considerar”,
agrega o executivo.
Rojas, da René Lagos, diz que “muitas
vezes os modelos BIM são vistos como um
produto e não como parte de um processo
de trabalho, ou seja, se as metodologias de
trabalho não forem mudadas, os resultados
serão de um impacto muito baixo”.
Por último, o executivo também alerta que
outras dificuldades para a penetração dessa
tecnologia nos mercados locais é a falta de
TRABALHO EM GRUPO
Apesar de suas vantagens, o uso do software
não significa por si só um benefício para
o projeto. Como qualquer ferramenta, se
usada de maneira incorreta, pode não
significar nenhuma vantagem e subir,
sem necessidade, os custos.
“O uso desses softwares não
é eficaz por si só, eles funcionam
como as ferramentas de execução
de um sistema de desenvolvimento
de projeto que organiza pessoas,
comunicação e processos de
trabalho”, afirma a executiva da
Trimble.
Ou seja, tanto os processos como
os diferentes atores que participam
no projeto, devem se adequar e
construir um sistema de trabalho
que maximize as vantagens
oferecidas pelo instrumento.
“Se o empreendedor adota as
mesmas práticas do processo
tradicional e impõe o uso do BIM
mantendo as mesmas condições de
preço e prazo, há grandes chances
de frustração”, explica Farina, da
IN Prediais. “O BIM exige dedicar
mais tempo às etapas iniciais,
havendo também que investir mais
Os softwares BIM permitem
uma construção visual de
qualquer tipo de projeto.
30 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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29/01/2015 16:56:49
PROSPECÇÃO
especialistas que trabalhem na plataforma.
“Eles se concentram principalmente nas
empresas de arquitetura, estruturas e
gerenciamento de projetos”, diz.
FUTURO
À medida que nossos mercados amadureçam,
o mais provável é que o uso do software
BIM aumente progressivamente na região.
O aumento do conhecimento desse tipo de
tecnologia, a manutenção de expectativas
realistas e a capacitação de mais profissionais
em seu uso vão fazer, muito provavelmente,
que ela substitua os métodos convencionais.
Segundo a IN Prediais, o BIM já superou
a etapa inicial de entusiasmo associada
à aplicação de qualquer nova tecnologia
e que, muitas vezes, se traduz no uso
precipitado e sem preparação, resultando
numa percepção de que o investimento,
por não trazer o retorno esperado, foi um
erro. “Hoje há mais discernimento de como
implementar o sistema... percebemos que o
Por erros de projeto, o hotel Harmon
em Las Vegas deve ser demolido sem
ter sido inaugurado.
mercado está convencido que o uso do BIM
será definitivo”, afirma seu diretor.
Para Menegusto, da Leica Geosystem,
“BIM é um dos conceitos que tem potencial
para se transformar em algo realmente
grande. Não se trata somente de um software
ou uma etapa do projeto, o BIM é uma
metodologia cíclica completa, começando
no conceito e evoluindo durante a execução
do projeto”.
De maneira similar a mercados mais
desenvolvidos, muitos países latinoamericanos já incorporam em seus projetos
de infraestrutura pública a obrigatoriedade
do uso do BIM, e tudo indica que essa será
■
uma tendência crescente.
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30/01/2015 08:37:06
NEGÓCIOS
China avança na
América Latina
Governo, empreiteiras
e fabricantes estão
potencializando sua
presença na infraestrutura
da região. Reportagem de
Fausto Oliveira e
Cristián Peters.
A
China está de olho na América
Latina. E essa tendência vem
ganhando força pouco a pouco nos
últimos anos até que em janeiro se realizou a
segunda cúpula China – Celac (Comunidade
dos Estados da América Latina e Caribe),
que teve lugar em Beijing.
Durante o evento, ao qual compareceram
os presidentes da Venezuela, Nicolás
Maduro, da Costa Rica, Luis Guillermo
Solís, e do Equador, Rafael Correa, além
de representantes das chancelarias de quase
todos os países da região e autoridades do
Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), Banco de Desenvolvimento da
América Latina (CAF) e da Comissão
Econômica para a América Latina (Cepal),
Todos os
equipamentos
mostrados pela
XCMG na Bauma
China eram modelos
novos.
Cerimônia inaugural da primeira reunião ministerial do fórum China-Celac.
a China reafirmou seu compromisso com a
América Latina.
Mesmo que no primeiro encontro China
– Celac em julho de 2014 em Brasília, o
presidente chinês já havia prometido investir
valores altos, em seu próprio território o
avanço chinês sobre a região ficou ainda
mais claro. Xi Jinping divulgou a intenção
de investir nada menos que US$ 250
bilhões nos próximos dez anos nos países
da região.
Isso pode ser interpretado como um
momento histórico da América Latina em
seu caminho rumo ao desenvolvimento, dado
que jamais a região dispôs de um tal volume
de capital sem obedecer os mecanismos de
restrição de crédito tradicionalmente usados
pelas instituições financeiras multilaterais do
Ocidente.
VALORES DE UM GIGANTE
Os números da relação China América
Latina são surpreendentes. As trocas
comerciais entre a região e o país em 2014
superaram os US$ 240 bilhões, e em termos
de investimento, só na primeira metade
do ano chegaram da China mais de US$ 9
bilhões, cifra que este ano provavelmente será
superada se levarmos em conta o anúncio de
Xi Jinping e algumas iniciativas de grande
porte que começam a se concretizar.
O país asiático está por trás de grandes
projetos nos setores ferroviário, mineiro,
petroleiro e hidroelétrico, entre outros. Um
projeto emblemático é o do Grande Canal
da Nicarágua, cujas obras recém começaram
em dezembro sob a responsabilidade da
HKND, uma empresa de construção e
serviços de infraestrutura chinesa que é
a concessionária do projeto por 50 anos,
prorrogáveis por mais 50. O custo estimado
da obra chega aos US$ 50 bilhões.
Durante a cúpula de Beijing, Rafael Correa
teve encontros com o Banco de Exportações
e Importações da China (Eximbank), e
conseguiu obter empréstimos de US$ 5,2
bilhões com taxa de juros anual de 2% e
30 anos de prazo. O capital será destinado
a projetos de mobilidade, educação,
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 33
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30/01/2015 10:03:17
NEGÓCIOS
saúde e segurança. Além disso, obteve um
empréstimo comercial de US$ 250 milhões.
Xi Jiping também afirmou seu interesse
em participar da construção da ferrovia
interoceânica Peru-Brasil, que pode passar
pela Bolívia, e cujo valor é calculado em
cerca de US$ 10 bilhões.
Na Argentina, o governo anunciou em
setembro de 2014 a assinatura de um
contrato de empréstimo com a China
para a construção de uma nova central
nuclear. Trata-se da usina de Atucha III, e
o montante envolvido na transação chega a
US$ 2 bilhões.
E estes são apenas alguns exemplos.
Mas há que se olhar tudo isso com cautela.
Ainda não se sabe se todas as iniciativas
chinesas se tornarão realidade ou não.
O que é certo é que a China tem uma
estratégia para a América Latina. Além de
comprar grande parte da nossa produção
de commodities, como o cobre chileno,
o minério de ferro do Brasil e o petróleo
venezuelano, o governo chinês quer intervir
diretamente nas economias da região.
EMPREITEIRAS CHINESAS
Quem atua hoje na indústria da construção
em qualquer parte do mundo sabe que
atualmente as maiores empresas de serviços
de construção são chinesas. A maior do
mundo, China State Construction and
Engineering Corporation (CSCEC), há
pouco aterrissou na Argentina para postular
e propor projetos ao país. Ainda que sem
muitas definições até o momento, fala-se da
construção de um corredor interoceânico
que uniria os litorais de Argentina e Chile.
Por sua vez, a segunda maior construtora
A LiuGoing lançou na Bauma China 2014 sua carregadeira sobre rodas CLG8128H.
do mundo, a especialista em obras
ferroviárias China Railway Construction
Corporation (CRCC), havia sido a escolhida
para a obra do primeiro trem bala da
América Latina, a linha Cidade do México –
Querétaro. A licitação foi cancelada devido
a suspeitas levantadas no México. Até o
fechamento desta edição, a iniciativa estava
em processo de segunda licitação e a CRCC
havia anunciado seu interesse em participar
novamente.
A estratégia das grandes empreiteiras
chinesas não está desassociada do Estado
chinês, que é o seu proprietário, mas se
desenvolve com relativa autonomia.
Mas ainda há um terceiro eixo neste avanço
chinês sobre a região, que é a crescente
presença de fabricantes de máquinas e
equipamentos de construção. O interesse
pelo maquinário chinês cresceu em todo
o mundo e com a América Latina não
foi diferente. Em novembro passado, a
Construção Latino-Americana testemunhou
esse processo ao presenciar in loco a Bauma
China, evento bienal que se realiza em
Xangai e que atraiu quase 191 mil pessoas
provenientes de 149 países. Além disso, é
interessante destacar que das 3.104 empresas
expositoras, 2.097 eram chinesas, o que
mostra o crescimento deles e o quão atrativas
suas empresas parecem ser.
CRESCIMENTO SUSTENTADO
Uma das empresas chinesas que mostrou
um desenvolvimento crescente fora do seu
mercado de origem é a XCMG, companhia
que vê na América Latina um importante
mercado de exportação. A região recebe
cerca de 25% das vendas da empresa asiática.
Hanson Liu, gerente geral da empresa,
ainda que tenha se mostrado consciente da
instabilidade por que atravessam os países
da região, comentou à Construção LatinoAmericana que “não importa a condição
da macroeconomia se se tem o fator do
investimento em infraestrutura”.
Em relação ao crescimento que se pode
esperar para 2015 em termos de vendas na
região, Luiz Barreto, gerente de inteligência
de marketing da XCMG, calcula que “se
experimentará um crescimento de entre
8% e 10% nas vendas no Brasil”, número
que ele prevê que pode se repetir em outros
países vizinhos.
Meses atrás, a XCMG inaugurou sua
primeira fábrica fora da China, na cidade
mineira de Pouso Alegre. A nova instalação,
que conta com capacidade de produzir até
7 mil equipamentos ano, atualmente faz
Outra gigante chinesa que está apostando
algumas de suas fichas na América Latina é
a Zoomlion.
34 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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NEGÓCIOS
escavadeiras, motoniveladoras, guindastes
sobre rodas e carregadeiras.
Segundo o gerente de vendas para América
e Oceania da empresa, Leo Zhang, a maioria
dos produtos da nova instalação já conta
com a possibilidade de ser adquiridos com
crédito Finame (a linha do BNDES para
máquinas e equipamentos).
A companhia, que também tem uma
instalação de peças e serviços em Guarulhos,
também vem potencializando sua expansão
latino-americana por meio de seus
distribuidores.
A LiuGong não fica atrás e, no final de
2014, inaugurou sua primeira fábrica na
América Latina. O fabricante, em associação
com o distribuidor ZMG, lançou esta
instalação com capacidade de produção de
1,2 mil unidades anualmente, na qual serão
fabricadas principalmente empilhadeiras a
diesel de 2,5 toneladas.
Bruno Barsanti, vice-presidente para
América Latina da marca, afirmou nessa
ocasião que “com essa inauguração, a
LiuGong aprofunda ainda mais sua presença
no mercado argentino, convertendo-se
numa marca nacional. A partir da fabricação
local dos produtos LiuGong se otimizarão
os serviços de pós-venda, criando um valor
adicional a todos os usuários da marca”.
A inauguração da fábrica na Argentina
não foi o primeiro movimento da empresa
para penetrar com mais força na região.
Em abril do ano passado, a LiuGong havia
inaugurado um centro de distribuição em
Montevidéu, Uruguai.
Naquela oportunidade, Dan Collins,
vice-presidente da LiuGong da América do
A SDLG aproveitou a ocasião para
apresentar dois equipamentos conceituais:
a carregadeira sobre rodas de 12 toneladas
L9120F e a escavadeira LG4640E.
Norte, assegurou que o centro de peças de
reposição contava com estoque de cerca de
US$ 2,5 milhões.
NOVOS NEGÓCIOS
Outro gigante chinês que está apostando
algumas de suas fichas na América Latina é
a Zoomlion. A empresa começou a analisar
várias novas opções de negócio, tais como a
locação e a venda de equipamentos usados,
como comentou o diretor regional para
a América Latina, Gustavo Gu, que não
obstante afirmou que essas são apenas ideias
que carecem de maiores debates. O certo é
que a empresa vê por aqui um mercado de
potencial e espera índices de crescimento
interessantes.
A Zoomlion está presente no mercado
latino-americano há cerca de oito anos, mas
há quatro instalou escritórios, e hoje tem
presença no Chile, no Brasil e na Colômbia.
O mercado latino-americano representa
entre 10% e 15% das exportações da empresa,
mas espera-se aumentar esses números.
A empresa conta com uma unidade de
produção no Brasil com capacidade de até
1,2 mil máquinas por ano. Inicialmente, será
dedicada somente à fabricação de betoneiras
de 8 e 10 metros cúbicos, mas a Zoomlion
Cifa tem planos de expandir as atividades
no futuro, e passar a produzir aqui outros
equipamentos de concreto, como usinas
dosadoras e bombas.
Mas a empresa está avaliando abrir uma
outra unidade de produção em algum
outro país da região. Sobre a possibilidade
de locação, Gu afirma que ainda não há
clareza sobre isso. “Estamos estudando onde
poderia ser, buscando o melhor lugar. É um
plano e não sabemos em quantos anos mais
se concretizará. Mas estamos analisando”,
diz o executivo da Zoomlion.
“A tecnologia dos produtos chineses está
melhorando e não há grandes diferenças
com outras companhias internacionais,
além disso podemos entregar um melhor
serviço aos clientes provendo treinamento
e trabalhando muito o pós-venda através
dos distribuidores para apoiar os clientes
localmente”, afirma Gu.
AMPLIANDO A REDE
Distribuição e serviço ao cliente, essa é a
tônica das empresas que querem crescer em
A Sinoboom, especialista em plataformas
de trabalho aéreo, está potencializando
sua presença na América Latina.
A Sany, através de sua unidade em São Paulo, também tem demostrado uma forte penetração na
região, especialmente no segmento de guindastes.
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 37
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30/01/2015 10:04:25
NEGÓCIOS
qualquer mercado, e a construção latinoamericana não é uma exceção.
A SDLG, com sua subsidiária latinoamericana baseada em Curitiba, está
expandindo sua rede de dealers, ampliando
sua cobertura no Brasil (onde estão seis de
seus 14 distribuidores), Argentina, Chile,
Uruguai, Paraguai, Colômbia, Peru, Equador
e mais recentemente no Panamá, segundo
Enrique Ramírez, diretor de negócios da
SDLG Latin America.
“A América Latina foi crucial para o
crescimento da SDLG. O mercado dos
equipamentos de construção cresceu na
última década impulsionado pelos projetos
de infraestrutura, e viu a entrada de
máquinas de tecnologia simples (Simple
Tech), que nos últimos anos capturaram
uma fatia importante do mercado. Clientes
que se acostumaram a comprar marcas
Premium ou máquinas de segunda mão
para tarefas simples começaram a preferir
máquinas Simple Tech. Isso é evidente
nas carregadeiras sobre rodas e nas
escavadeiras, e está começando a acontecer
Cerca de 191 mil pessoas provenientes de 149 países visitaram a Bauma China no ano passado.
em outros produtos como compactadores e
motoniveladoras”, afirma o executivo.
A companhia vê interessantes possibilidades
no mercado regional, no qual está presente
há apenas cinco anos mas de maneira muito
ativa. De fato, em 2013 começou com a
produção de escavadeiras hidráulicas no
Brasil e já está analisando outras iniciativas.
“Para 2015 queremos impulsionar nosso
crescimento
incrementando
nossa
participação em carregadeiras sobre rodas e
escavadeiras, e expandindo nossa linha de
produtos”, diz Enrique Ramírez.
O executivo da SDLG espera que os
próximos anos apresentem um crescimento
moderado, “ainda que haja potencial para
uns ‘upsides’, considerando que há vários
projetos em carteira que poderiam significar
um bom desenvolvimento, ao menos nos
próximos dois anos”.
A Shantui também reconhece a América
Latina como um mercado estratégico. De
acordo com Will Zhu, vice-gerente geral da
companhia, “estamos ainda desenvolvendo
nossa rede de distribuição na região.
Uma vez que tenhamos estabelecido mais
120
38 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
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30/01/2015 10:05:04
NEGÓCIOS
distribuidores, abriremos escritórios de
representação e centros de peças para apoiar
nossos dealers”.
Com avaliação parecida à de outros
diretores de empresas, Zhu prevê que a
demanda na região estará deprimida por
um tempo (entre dois e três anos). Não
obstante, concorda que “há um grande
potencial a longo prazo na exploração de
recursos naturais e o desenvolvimento de
infraestrutura. Esperamos tirar proveito
dessas oportunidades”.
Uma empresa que também está
desenvolvendo sua rede na região é
a Sinoboom. Segundo diz Johnson Gu,
gerente de vendas para América do Sul, a
região representa hoje 25% das exportações
da empresa especialista em plataformas de
trabalho aéreo, mas esta porcentagem pode
crescer ainda mais. “Já temos um escritório
em São Paulo que serve como centro de
serviços, na Argentina autorizamos um
distribuidor, estamos prontos para fechar
um contrato no Chile e estamos buscando
sócios potenciais em outros países como
Peru e Colômbia”, afirma.
Para o executivo, o principal objetivo
de 2015 é penetrar o mercado com uma
rede de vendas maior através da busca
de distribuidores na América do Sul e na
América Central, e um apoio mais efetivo
aos atuais sócios na região.
Segundo conta Lisa Wang, gerente geral
da Sinomach, uma atitude similar é a que
vem tomando sua empresa, razão pela qual
nos próximos três anos estarão enfocados em
cooperar melhor com os distribuidores.
Desta forma, através das relações
diplomáticas com acordos amplos e
generosos, além da presença crescente de
empreiteiras do país asiático e os provedores
de máquinas, se formou um tripé chinês que
■
promete dar o que falar.
Para a Sinomach, os
próximos três anos
serão dedicados a
cooperar melhor com
os distribuidores.
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TENDÊNCIAS
A visão europeia
O presidente da Ciber,
subsidiária Wirtgen no
Brasil, comenta sua
participação num fórum
europeu de equipamentos.
Reportagem de
Fausto Oliveira.
R
epresentantes
dos
mais
importantes
fabricantes
de
equipamentos de construção do
mundo estiveram reunidos no Congresso
2014 do CECE (Comitê Europeu de
Equipamentos de Construção), uma
entidade privada que realiza o lobby do
setor junto à União Europeia. A reunião
aconteceu na Antuérpia, Bélgica, entre os
dias 16 e 17 de outubro. O encontro discutiu
oportunidades e riscos dos mercados latinoamericanos para as empresas. Luiz Marcelo
Tegon, diretor presidente comercial da Ciber
Equipamentos Rodoviários, subsidiária no
Brasil do Grupo Wirtgen, foi o único latinoamericano que interveio para apresentar
uma análise da região aos atores da Europa.
Tegon falou no painel “Como sobreviver
em mercados voláteis e imprevisíveis”, que
reuniu também representantes da China,
Índia e Turquia. O executivo conversou
com a Construção Latino-Americana e
Sandy Guthrie, editor da revista Construction Europe, do KHL Group, preside um dos painéis do
Congresso 2014 do Comitê Europeu de Equipamentos de Construção.
comentou que “havia entre os participantes
da indústria europeia muita curiosidade
pelos países da América Latina. Perguntaram
muito de países como Chile, Colômbia e
México, que eles, assim como eu, pensam
que são os de maior potencial na América
Latina hoje em dia. Obviamente, também
falei muito da situação do Brasil.”
De acordo com o executivo da Ciber, os
países em desenvolvimento são interessantes
por suas oportunidades, mas despertam
cautela pelos riscos associados. No caso da
América Latina, as dificuldades burocráticas
e tributárias estão entre os obstáculos mais
encontrados por investidores.
“Um CEO de uma importante fabricante
chinesa contou que fizeram planos para
uma fábrica no Brasil estimando o preço do
produto com 4% de imposto de importação
de peças. Quando começaram, o governo
subiu o imposto para essa linha de produtos
a até 25%, o que inviabilizou o negócio
e assim cancelaram o investimento. Três
meses depois, o governo baixou o mesmo
imposto para 14%. Isso foi o que dissemos
aos europeus: se quiserem entrar nesses
mercados preparem-se para essas incertezas”,
conta Luiz Marcelo Tegon.
Sua análise tenta equilibrar os fatores.
“Claro, eu disse a eles que o Brasil de fato
Luiz Marcelo Tegon, diretor presidente
comercial da Ciber Equipamentos Rodoviários.
tem um potencial gigantesco, e que não
é um país de alto risco. Mas nada garante
ao investidor que esse potencial vai se
desenvolver em dois, cinco ou cinquenta
anos”, diz ele.
FÓRUM INDUSTRIAL
O CECE é onde se reúnem as associações
nacionais de fabricantes de equipamentos
de construção de 15 países europeus.
A entidade representa cerca de 1,2 mil
empresas do Velho Mundo.
O fórum fala pelos fabricantes de máquinas
de construção, abrangendo todos os temas
relacionados com seu negócio na Europa.
Baseada em Bruxelas, Bélgica, está na cidade
sede da União Europeia para acompanhar
os temas legislativos que dizem respeito à
indústria de máquinas de construção.
Além disso, o CECE também mantém
conexões com associações de outros
continentes, a fim de prover mais dados a
seus associados.
Trata-se de um espaço em que se busca
fornecer ao associado informações de
qualidade e respaldo político para as
decisões estratégicas de muitas das maiores
empresas de máquinas de construção do
mundo, em que os cálculos de risco podem
determinar os futuros investimentos. “No
nosso caso, o risco de investir é gigantesco,
mas a oportunidade ainda é maior do que o
■
risco”, afirma o presidente da Ciber.
Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 41
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29/01/2015 17:02:37
EQUIPAMENTO
Compactos:
menos é mais
O mercado brasileiro percebe a conveniência dos
equipamentos compactos, cujas vendas crescem apesar
do contexto negativo. Reportagem de Fausto Oliveira.
A
cena econômica brasileira é
negativa, e basta olharmos as
estimativas para o mercado de
linha amarela para ver o impacto dela
sobre a área de máquinas e equipamentos
de construção. Segundo a Sobratema, as
vendas em 2014 terão caído 12,7% em
relação ao desempenho do ano anterior.
Porém, há quem se salve, e as vendas de
máquinas compactas cresceram. Exemplos
são as miniescavadeiras, cujas vendas teriam
aumentado 6% em 2014 depois de terem
crescido já 5% em 2013.
As razões? O setor no Brasil começa
a perceber as múltiplas vantagens dos
equipamentos compactos, como sua
excelente manobrabilidade e a grande oferta
de acessórios e implementos, que agregam
muita versatilidade. Além destes motivos,
ocorre que muitas vezes as máquinas
“regulares” estão sobredimensionadas para as
obras em que estão, o que gera perdas.
Assim, alguns fabricantes destas máquinas
já começam a tirar vantagens de mercado.
Mário Neves, especialista em compactos da
marca alemã Wacker Neuson no Brasil, é
um defensor destes equipamentos. “Nós não
vendemos um produto, o que nós vendemos
é a ideia de que uma máquina compacta
pode ser muito mais adequada que uma
grande”, afirma.
Para dar força ao argumento, ele oferece
alguns exemplos de aplicação. “Aqui ainda se
vê skid steer loaders com pás de 0,3 metros
cúbicos descendo três subsolos numa obra
para descarregar material escavado, quando
um mini dumper faria isso três vezes mais
rápido e com custo menor. A caçamba
com 90 graus de giro dos dumper também
permite, por exemplo, fechar valetas sem
interrupções”, assegura ele. O representante
da Wacker informa que “vamos também
introduzir as carregadeiras compactas na
limpeza de aviários, onde ainda se usam
carregadeiras de dez toneladas”.
Para aproveitar esse potencial, a Wacker
Neuson dedicará este ano a incrementar
a participação de mercado de suas
miniescavadeiras, carregadeiras compactas
de 3,5 e 4,5 toneladas, mini dumpers e
manipuladores telescópicos.
A marca britânica JCB destaca em seu
portfólio retroescavadeiras compactas que
diz ser exclusividade sua em nível mundial,
como os modelos 1CX e 4CX. O mercado
destas máquinas foi tão interessante para
a empresa que a JCB passará a importar o
modelo sobre esteiras 1CXT.
Robero Mazzutti, diretor da distribuidora
A capacidade de dispor a carga com até 90
graus de giro dá aos caminhões dumper uma
interessante aplicabilidade.
Uma carregadeira compacta Wacker
Neuson com garfo paletizador
funcionando como empilhadeira.
Auxter, que vende JCB no estado de São
Paulo, destaca a versatilidade dos compactos.
“Estas máquinas são multifuncionais. Com o
rápido acoplamento, podem receber os mais
de 50 implementos existentes atualmente,
como
caçambas,
pinças
sucateiras,
perfuratrizes, martelos, caçamba britadeira
etc”, diz ele.
Mário Neves coincide no que diz respeito
à versatilidade. “Nossa menor carregadeira
compacta pode substituir a pá por um garfo
paletizador em 30 segundos e levantar 1.600
quilos. Ou seja, ela se transforma numa
empilhadeira todo terreno”.
NOVOS MERCADOS
Efetivamente, é pela versatilidade que as
máquinas compactas podem atender os
requisitos técnicos de uma variedade de
indústrias e mercados além da construção
civil. Em relação a isso, Mário Neves
adverte que as máquinas de construção
estão subavaliadas no país. “Nós brasileiros
acreditamos que máquina de construção serve
para construção e mais nada. Uma indústria
como a agrícola, que recebe material a granel
e retira em palets é um grande segmento
para carregadeiras compactas”, diz.
Mazzutti, por sua vez, destaca que o setor
de paisagismo e pequenas intervenções
urbanas são cruciais para a estratégia de
compactos no país. “Serviços de paisagismo
e urbanismo consomem 60% das máquinas
compactas nos Estados Unidos. O setor de
jardins públicos, transplante de árvores e
pequenas obras urbanas está percebendo
as possibilidades e vão usar cada vez mais”,
aponta o representante da Auxter.
42 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
CLA 01-02 2015 Trend Compacts PTG.indd 42
29/01/2015 17:03:46
EQUIPAMENTO
A JCB investe em aumentar sua oferta de retroescavadeiras compactas com o modelo 1CXT,
montada sobre esteiras.
E como costuma acontecer, quando
uma tendência ganha força, outra anterior
começa a decair. No caso, as famosas skid
steer loeaders podem estar refletindo más
escolhas por parte de algumas empreiteiras.
Neves afirma que “30% das skid steer
loaders no muno estão mal aplicadas”. O
especialista diz que as skid steer são ideais
para trabalhos em ambientes fechados onde
o equipamento gira ao redor de seu próprio
eixo, mas que se têm que percorrer caminhos
longos e fazer curvas, o farão arrastando
pneus no chão. Assim, o consumo de pneus
e dinheiro aumenta muito.
“Estas máquinas só se movem arrastando
pneus. Uma carregadeira compacta tem os
mesmos princípios das convencionais mas
não se move arrastando pneus”, diz. Suas
manobras são feitas, portanto, como num
carro comum. Mas entrando em espaços
confinados, como as skid steer.
É um velho paradigma que resiste. Mas
que deverá ser quebrado nos próximos anos
conforme novas obras usem mais compactos.
Mazzutti também denuncia outros que o
mercado brasileiro ainda tem que repensar.
“Por que não usamos escavadeiras sobre
rodas? Por que os estabilizadores de
retroescavadeiras não podem ser verticais
inclusive em áreas urbanas completamente
estáveis?”, ele pergunta. Pontos interessantes
que podem orientar futuros investimetnos em
■
equipamentos pesados.
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30/01/2015 08:38:42
NO CANTEIRO
Demolição do Elevado
da Perimetral
A primeira implosão, realizada em agosto de
2013, detonou 30 pilares (1.200 metros).
A Fábio Bruno Construções
foi responsável por um
delicado e difícil processo
de demolição no centro
do Rio de Janeiro.
Reportagem de
A demolição do Elevado da Perimetral
do Rio de Janeiro pressupunha
grandes desafios, entre eles, estar no
meio de una zona urbana.
Construção LatinoAmericana.
A
especialidade da Fábio Bruno
Construções é a demolição em
cenários difíceis, tanto em zonas
urbanas, onde a precisão tem que ser
milimétrica, como em projetos de grande
envergadura que podem demandar meses
de planejamento. Não à toa a empresa já foi
premiada duas vezes pelo World Demolition
Summit, evento que se realiza anualmente e que
reconhece as melhores empresas do ramo.
Para a edição do ano passado, a companhia
se candidatou com a demolição do Elevado
da Perimetral, no Rio de Janeiro.
O trabalho, contratado pelo consórcio
Porto Rio, composto pela Odebrecht, a
OAS e a Carioca Engenharia, pressupunha
uma série de desafios, já que ao longo
da avenida há uma grande quantidade de
construções e prédios históricos protegidos
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
Embora no começo do projeto a implosão
tivesse sido totalmente descartada, a Fábio
Bruno Construções, junto à norte-americana
Applied Science International, realizou
estudos para ver a factibilidade de uma
implosão parcial do Elevado da Perimetral.
A ideia era garantir que as vigas de aço que
estão embaixo da laje de concreto ficassem
intactas depois do processo.
Segundo conta Fábio Bruno, diretor
operacional da empresa, foram feitos 42
testes de tempo de dispersão e métodos de
absorção para controlar a queda da estrutura,
chegando à conclusão de que era possível
uma implosão parcial do elevado. Além de
manter intactas as vigas de aço, o método
reduziria o tempo de fechamento das ruas
mais transitadas da cidade de seis meses a um
mês e meio, e graças isso a preparação para a
implosão foi realizada mantendo a circulação
dos carros tanto por cima como por baixo do
elevado. O contrato do projeto foi de US$
24 milhões.
MÉTODOS
Segundo explica o executivo, para todo o
viaduto foram utilizados quatro tipos de
demolição:
1.- Implosão de pilares de concreto e
a posterior fragmentação da laje, e a
eliminação das vigas de aço com ajuda de
guindastes.
Em meados de agosto de 2013, Fábio Bruno
começou a preparação do seu plano, que
abrangia a detonação de 30 pilares (1.200
metros) e o amortecimento do elevado
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29/01/2015 17:05:05
NO CANTEIRO
EQUIPAMENTO
UTILIZADO
A Fábio Bruno Construções utilizou quatro métodos de demolição para o projeto.
através de 4.200 hastes de metal TR-68
de 2,4 metros que estavam em tambores
metálicos recheados de concreto (que
suportariam e quebrariam a laje antes do
impacto) e 18.720 pneus de um metro de
diâmetro cheios de areia para amortecer as
lajes de aço.
Dia 24 de novembro daquele ano, com
800 quilos de explosivos, a implosão de 30
pilares foi realizada sem imprevistos.
Segundo comenta o diretor da companhia,
foram instalados 12 sismógrafos, que
registraram vibrações dentro dos valores
permitidos. Além disso, todas as vigas
suportaram o impacto, permitindo sua
reutilização. Depois deste processo, a Fábio
Bruno Construções começou a demolição
mecanizada em concordância com a liberação
das rotas aprovadas pela prefeitura. Nem
o trânsito nem os serviços de demolição
podiam parar.
Em abril de 2014 a companhia teve que
fazer implosão de outros 300 metros.
2.- Demolição da laje de concreto com
martelos hidráulicos e pulverizadores
montados em escavadeiras para depois
remover as lajes de aço com guindaste para
seu posterior rompimento e fragmentação
dos pilares de concreto.
Através desse método a companhia demoliu
2.400 metros do elevado. Devido à grande
quantidade de prédios comerciais ao redor,
só era possível trabalhar à noite, enquanto
o transporte de material podia ser feito
durante o dia.
metros do elevado. Como esse método não
demandava guindastes, o trabalho pôde ser
feito em só 75 dias.
A maior dificuldade da operação foi o fato
de que os trabalhos terem sido realizados
a menos de dois metros do Centro de
Justiça Naval. No lugar, foi temporariamente
instalada uma proteção com andaime e
madeira para não afetar nenhuma janela.
4.- Construção de barreiras para proteger
os prédios e o mar embaixo do viaduto;
demolição de laje com martelos hidráulicos
o com cortadoras de fio diamantado e
pulverizadores acoplados às escavadeiras;
eliminação de lajes de aço com guindastes;
corte de pilares de cimento com fio
diamantado; elevação dos pilares com
guindaste e posterior fragmentação.
Através desse sistema foram demolidos 250
metros. A maior complexidade dessa etapa
era que parte do viaduto passava sobre o mar e
outra parte por cima de prédios, alguns deles
protegidos pelo Iphan, o que consumiu seis
meses. O progresso dos trabalhos dependia
também das autorizações outorgadas pela
■ Três escavadeiras de 22 toneladas,
com pulverizadores.
■ Três escavadeiras de 22 toneladas
com martelos hidráulicos.
■ Una escavadeiras de 34 toneladas
com martelo hidráulico.
■ Duas escavadeiras de 44 toneladas,
com pulverizadores.
■ Duas escavadeiras de 44 toneladas,
com martelos hidráulicos.
■ Dois compressores de 360 pcm.
■ Quatro plataformas aéreas.
■ Um guindaste de 400 toneladas.
■ Três caminhões tanque.
■ Oito caminhões dumper.
■ Duas britadeiras móveis.
■ Três carregadeiras sobre rodas.
Marinha brasileira, já que todo o trabalho foi
realizado em seu território.
RECICLAGEM
Todo o material do projeto, 96.000 m3
de concreto e 10.000 toneladas de aço,
foi reciclado em uma área pré-definida
com trituradores móveis, e grande parte
foi reutilizado no trabalho geral do
consórcio Porto Rio, demostrando especial
preocupação pelo meio ambiente.
“No fechamento do projeto não só o
consórcio estava satisfeito com o trabalho
realizado na demolição, a cidade também
ficou satisfeita. A demolição do elevado criou
novos espaços que antes eram inutilizáveis,
fortalecendo a beleza do Rio de Janeiro”,
■
afirma Fábio Bruno.
Ao redor do projeto há grande
quantidade de prédios protegidos
pelo Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.
3.- Demolição de lajes de concreto e vigas
com martelos hidráulicos e pulverizadores
montados em escavadeiras para a
subsequente fragmentação dos lajes de
concreto.
Foram demolidos desta maneira 850
46 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015
CLA 01-02 2015 Job Site PTG.indd 46
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