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“HISTÓRIA E CONCEITOS SAP”
A HISTÓRIA DA SAP
O Nome: SAP (Sistemas, Aplicações, Produtos em
Processamento de Dados).
O Início: Foi criada em 1972 por 5 consultores da IBM (Hasso Platter
e quatro outros colegas) que perceberam a possibilidade de criar um
pacote de software padrão a ser executado em mainframe IBM. Em
dezoito meses foi criado o sistema R. Depois foi renomeado para R/1,
sendo seguido pelos sistemas R/2 e R/3.
O primeiro contrato da SAP não foi para seu software padrão, mas
um software de desenvolvimento de projetos para a ICI,
multinacional química inglesa. Após o contrato com a ICI a SAP
conseguiu contratos com Dow Chemical, DuPont e Eastman Chemical.
Todas essas empresas ainda estão utilizando R/2, o qual é executado
em mainframe. Elas estão migrando lentamente para o R/3, versão
cliente-servidor do software.
O R/3 apareceu inicialmente no final dos anos 80 quando a IBM
lançou sua arquitetura SNA. Plattner imediatamente começou o
projeto do que se tornaria o R/3, mas ele e seus parceiros decidiram
trabalhar com Unix no lugar do mainframe IBM. O desenvolvimento
durou cinco anos e em 1992 o sistema R/3 foi lançado.
Ele foi instalado inicialmente nos escritórios dinamarqueses de uma
pequena empresa finlandesa. Foi concebido para pequenas empresas
enquanto o R/2 continua a ser o produto para grandes corporações.
Em 1992 o mercado começou a abandonar a indústria de mainframe
e as vendas destes equipamentos estagnou. O R/3 tinha de ser
atualizado para as necessidades das grandes corporações se a SAP
pretendia ainda permanecer no mercado. Porém percebeu-se que o
mercado europeu apenas não seria suficiente para atender a este
esforço de atualização e este novo produto foi oferecido para o
mercado americano.
Plattner foi para Los Angeles esperando conseguir algumas pequenas
empresas americanas como seus primeiros clientes. Conseguiu seu
primeiro acordo com a Chevron Oil, a qual ainda hoje é um cliente
chave.
O SAP apareceu na América no meio de uma revolução nas
corporações chamada reengenharia de processos de negócios. Todas
as seis grandes firmas de software lutavam para atender a esta nova
dor de cabeça das corporações americanas, o velho estilo de fazer
negócios. A SAP entrou em cena com um produto que atendia a
muitos dos novos processos de negócios, e aliou-se a firmas de
consultoria como a Andersen Consulting para fazer o software
atender a consultoria em processos de negócios.
Soluções para pequenas e médias empresas:
All-in-One – Pré configurado por tipo de atividade.
Business One – Para pequenas empresas, segue os padrões do R/3,
um sistema mais compacto com foco e soluções direcionadas.
Plataformas SAP
Enterprise SOA: SOA (Service-Oriented Architeture) é uma
arquitetura usada para desenvolver, implantar e gerenciar uma infraestrutura de software. Esse tipo de abordagem permite que as
empresas reajam rapidamente às mudanças nas condições de
negócio, simplesmente criando interações entre os serviços
existentes.
SAP NetWeaver: A plataforma SAP NetWeaver permite integração
de forma escalável, pela absorção dos diversos elementos da infraestrutura da TI, que suportam e aceleram os processos de mudança
na empresa. A SAP NetWeaver utiliza padrões da Web, como HTTP,
XML e serviços Web para dar flexibilidade à estrutura empresarial,
além de facilitar e melhorar sua performace por meio do projeto,
construção, implementação e execução de novas estratégias e
processos.
Diferenças entre R/3, MySAP e MiniSAP:
SAP R/3 era a denominação do software da SAP até as versões
4.6C;
A denominação MySAP surgiu com a versão Enterprise 4.7,
lançada em 2003.
Agora temos as denominações ECC 5.0 e a mais atual é a ECC 6.0.
Mini SAP é uma ferramenta específica para instalação caseira, onde
o pessoal de ABAP e BASIS pode treinar funcionalidades, não
servindo para testes funcionais. É um manual (help) para linguagem
ABAP.
SAP Versões:
R/3 = 3.0 / 4.0 / 4.5 / 4.6 a / 4.6 b / 4.6 c / (configurado em
ABAP4 - linguagem)
MySAP = 4.7 / 5.0 / 6.0 é o SAP R/3 melhorado tratado configurado
em ABAP 4 / JAVA / XML e HTML (Internet) é o ponto alto, tem
interfaces para cubos multidimensionais, enfim tecnologia de ponta.
SAP ECC – permite que seus usuários parametrizem os diferentes
módulos de negócios para adaptar o sistema á Empresa e realizar os
melhores processos.
Pode ser executado em várias plataformas de Hardware, permite
configurar telas, processamento e relatórios, permite interface com
softwares externos, permite desenvolvimentos complementares para
melhor atender ao negócio da Empresa.
Em SAP as atividades são dividas em:
Basis: Responsável pela instalação, configuração, suporte,
administração do ambiente e pelos aspectos de segurança e
performance. Executam as atividades de criação, administração e
manutenção de usuários, controle de acessos (perfis), backups,
monitoramento do sistema. Faz a interface junto com os consultores
funcionais executa os ajustes no ambiente.
È responsável também pela instalação de todos os módulos,
(somente a instalação, pois a customização é de responsabilidade de
cada funcional do módulo especifico)
ABAP: Programador da linguagem ABAP (linguagem de programação
do sistema R/3 SAP), são responsáveis pelo desenvolvimento de
todos os módulos que compõem o sistema, também responsável pela
customização dos módulos, pela conversão de dados, criação de
Interfaces e Relatórios, onde são orientados pelos Funcionais.
Principais funcionalidades ABAP:
IDOC: Interfaces
SapScript / SmartForms: Formulários
ALV: Reporte
BAPI: Funções para carga e interface de dados
UserExit / BADI: Adicionamento de validações e funcionalidades
IMPORTANTE:
*ABAP e BASIS não são funcionais, são profissionais
responsáveis por instalar, administrar e desenvolver, ou seja,
manter o ambiente funcionando e efetuar as mudanças
necessárias.
Consultores Funcionais: Profissionais oriundos de diversas áreas de
negócios, especialistas em sua área de atuação e com grande
conhecimento de processos em seu módulo especifico de atuação.
Conceitos de Senioridade: Diferente de outras tecnologias, o perfil
de um Consultor SAP é nivelado por seus conhecimentos, atividades e
experiências.
 Níveis x Atividades
Júnior – Entendimento, Acompanhamento, Suporte,
Levantamento de processos, Treinamento para usuários.
Pleno – Customização, Parametrização e Melhorias.
Sênior – Customização, Parametrização e Implementação.
Conceito de Atividades dos Funcionais:
Implementação:
É quando o cliente não tem o SAP ainda e esse projeto tem como
objetivo implantá-lo, ou seja, é um projeto de implementação do R/3.
É implantar do zero o sistema SAP R3 respeitando modulo por
modulo. Na implementação são usadas todas as etapas da
metodologia ASAP descrita no solution manager. É levantar as
necessidades, requisitos, desenhar o cenário, os processos, criar
documentação, elaborar o plano de implantação, configurar o
sistema, testar unitariamente, testes integrados e etc.. Até o go
live(quando o sistema entra em produção).
* Alternativas de implementação:
*Roll-Out – Implantação do sistema da matriz para a filial ou
quando tem a junção de 2 empresas e coloca um único sistema,
sendo alterado somente o que for estritamente necessário para os
negócios da empresa.
*Customizada – O SAP é configurado baseado nos processos da
empresa, limitando-se a padrões pré-estabelecidos para não
descaracterizar o sistema.
Parametrização:
É quando o consultor configura o SAP com as opções standards, de
forma a alinhar com o desenho pré-definido do cliente. (na prática
não gera request). Sistema SAP standard atende todas as
necessidades do cliente, quando isso ocorre você apenas parametriza
o sistema para com os processos.
É configurar anomalias no sistema, procurar pelo erro e fazer a
correção, usando o SAP para colocar para funcionar determinada
funcionalidade ou operação. É melindroso e requer cuidado, pois uma
modificação errada pode arruinar o negócio da empresa ou parar a
empresa.
Customização:
É quando o consultor necessita inserir informações e/ou
configurações que o R/3 não fornece, pois é muito particular,
variando de cliente a cliente (nesse caso gera-se request). Quando as
funcionalidades standard não são suficientes, é necessário um
desenvolvimento em cima do SAP, algo como novos campos em
transações ou até mesmo transações / programas desenvolvidos em
ABAP.
Especificação:
Elaborar documentação funcional para que os desenvolvedores ABAP
façam modificação ou criem programas para que uma atividade
funcional funcione de acordo com o desejado pelo cliente.
Existem dois tipos de Especificações: Funcional e Técnica
- A funcional é o documento especificando o trabalho que deverá
ser feito, analisando o segmento, impactos, e algoritmos que devem
ser obedecidos, ou seja, é o documento que explica como vai ser o
produto dele gerado.
- A técnica é feita pelos ABAP`s sobre a estrutura do programa a ser
criado para atender a especificação funcional a ela ligada.
* Alguns exemplos de Funcionais: Módulos de Aplicação SAP R/3:
SAP R/3 - MÓDULOS DE FINANÇAS
FI – Contabilidade Financeira
Registra e lança todas as transações de negócio, de acordo com o
plano de contas atendendo aos requerimentos legais e fiscais,
consolidações, etc. Suas principais funcionalidades são:
-
FI-GL: Contabilidade Geral
FI-AP: Contas a Pagar
FI-AR: Contas a Receber
FI-AA: Contabilidade de Ativo
FI-BL: Contabilidade Bancária
FI-TM: Gerenciamento de Viagens
FI-FM: Orçamento de Fundos/ Recursos
CO – Contabilidade de Custos
Controla e gerencia todos os custos e receitas numa organização
“Contabilidade Gerencial”. Suas principais funcionalidades são:
- CO-OM: Custos Indiretos
- CO-PC: Custo de Produto
- CO-CCA: Centro de Custo
- CO-PA: Análise de Rentabilidade
EC – Controle Empresarial
Realiza o controle empresarial. Suas principais funcionalidades são:
- EC-EIS: Executive Information System
- EC-BP: Planejamento de Negócios
- EC-CS: Consolidação- EC-PCA: Centro de Lucro
TR – Tesouraria
Realiza o controle e gerenciamento de Tesouraria. Suas principais
funcionalidades são:
- TR-CM: Executive Information System
- TR-TM: Planejamento de Negócios
- TR-CB: Consolidação
PS – Administração de Projetos
Destina-se planejar, controlar e supervisionar custos e prazos de
projetos estratégicos. Suas principais funcionalidades são:
Gerenciamento de Projetos, Controle Físico, Controle de Custos x
Orçamentos.
BT – Business Travel (Antigo módulo TV). Sub-módulo financeiro
que atua no Controle de Viagens e Negócios, geralmente utilizado por
companhias aéreas.
IM – Administração de Investimentos
SAP R/3 - MÓDULOS DE LOGÍSTICA
MM – Administração de Materiais
Destina-se á suportar as atividades das áreas de Compras e Estoques
da empresa. Suas principais funcionalidades são:
- MM-IM: Administração de Inventário
- MM-IV: Revisão de Faturas
PP – Planejamento de Produção
Utilizado para o planejamento e controle das atividades de produção
da empresa. Suas principais funcionalidades são:
- PP-SOP: Plano de Vendas
- PP-MP: Plano Mestre
- PP-PI: Produção para Indústria de Processos
CS – Serviços
- CS-CIC: Customer Interaction Center
- CS-CCS: Customer Care System
LE – Execução Logística
- LE-WM: Administração de Depósito
- LE-TM: Transporte
PM – Manutenção Industrial
Apóia o planejamento, o processamento e a execução de tarefas de
manutenção industrial. Suas principais funcionalidades são:
- PM-SM: Administração de Serviços
SD – Vendas e Distribuição
Planejamento de todas as tarefas e atividades de Vendas,
Distribuição, Expedição e Faturamento. Suas principais
funcionalidades são: Processos de Vendas, Quotas, Faturamento,
Expedição, Preços, Descontos, Impostos.
TRA – Transportation
Sub-módulo logístico que atende SD (Sales and Distribution) e MM
(Material Management). Responsável pelo controle da logística de
entrega e/ou recebimento de materiais.
Suporte a transporte de cargas (navios, aviões, caminhões, etc) é
usado na PETROBRAS, e outras TRANSPORTADORAS de grande
porte.
QM – Gerenciamento de Qualidade
Destinado ao planejamento, controle de qualidade na produção,
vendas e compras. Suas principais funcionalidades são: Planejar as
inspeções e controlar os resultados das análises (Plano de Teste,
Especificações, Aferições, Estatística, Documentação, Certificação de
Qualidade, etc).
LO – Logística Geral
SAP R/3 - MÓDULOS DE RECURSOS HUMANOS
Sistema integrado completo para suportar o planejamento e controle
relativos a área de Recursos Humanos. Suas principais
funcionalidades são:
-
HR-PA: Administração de Pessoal
HR-PA-CM: Gerenciamento de Compensação
HR-PT: Gerenciamento de Tempo
HR-PY: Transporte
HR-PE: Treinamento
EHS – Administração Ambiental
SAP R/3 - OUTROS MÓDULOS IMPORTANTES
WF - Workflow
Serve para automatizar o fluxo de informação dentro do sistema, liga
os módulos de aplicação R/3 integrados ao sistema SAP controlando o
fluxo de documentos através de tabela de autorização por usuário.
Muito utilizado para montar fluxos de aprovação (de compras,
vendas, despesas de viagens, etc.).
IS - Industry Solution (Solução Setorial)
Liga e combinam os módulos de aplicação com funcionalidades
específicas dos ramos de negócio, como: Indústria Petroquímica,
Automotiva, Varejo, Telecomunicações, Bancos, etc.
BW - Business Information Warehouse
Significa armazém de dados de negócio. É um software voltado para
a análise de informações, fornecendo subsídios para a tomada de
decisão. Funciona de forma integrada e complementar ao SAP R/3,
efetua a extração de relatórios não standard dos módulos SAP.
Centraliza informações gerenciais extraídas do sistema ERP em
questão para gerar relatórios gerenciais.
* BPS = Business Planning Simulation
* BSC = Balanced Scorecard
* BPP = Business Process Procedures (Roteiro de Negócio)
SEM - Strategic Enterprise Management
Ferramentas para auxiliar no gerenciamento estratégico de
empresas. Principais funções: gerar informações relevantes para
análise de estratégia de empresa. Exemplo: Relatório financeiro
consolidado, planejamento, previsões orçamentárias, gerenciamento
de risco, etc.
ALGUNS TERMOS UTILIZADOS:
Prycing – Especificação de impostos (termo muito utilizado no
módulo SD)
AS IS – Como está??? Mostra a situação atual.
ASAP – Metodologia da SAP para implementação do sistema. Uma
forma mais rápida de implementar o SAP, gíria entre consultores,
para resultados rápidos.
CUT-OVER – preparação e inicialização do sistema de produção,
encerramento dos sistemas legados e inserção manual dos dados no
novo sistema.
GO LIVE – Quando o sistema entra em produção.
HAND-OVER – Quando o Consultor que fez a configuração,
implementação passa todas as informações para o consultor que
ficará no suporte (geralmente um funcionário da empresa).
ROLL OUT - Implementação sucessiva de um projeto já
implementado o que possibilita um ganho de agilidade pois as
principais dificuldades já foram encontradas e solucionadas durante o
primeiro projeto.
KEY USER (Usuário chave) - É o responsável por definir regras,
padrões e procedimentos de determinados processos.
BLUE PRINT – Levantamento dos processos do cliente para dar
início ao projeto.