ILRIO Prep Workshop Materials

Transcrição

ILRIO Prep Workshop Materials
Escrever Uma Carta de Recomendação (para qualquer professor, PC ou
coordenador que precise escrever uma carta de recomendação)
Baseado nos documentos do EducationUSA
Revisão pelo ILRIO
No Brasil, ninguém precisa entregar uma carta de recomendação para se candidatar a
um programa de graduação. Nos Estados Unidos, porém, a carta de recomendação é
uma parte muito importante da candidatura e tem grande peso no processo de decisão.
O seu objetivo é demonstrar a capacidade acadêmica e pessoal do aluno, sob a
perspectiva profissional do professor ou coordenador. Por isso, é importante que o
comitê de admissão receba o tipo de informação que auxilie neste processo. Seus
colegas, professores americanos, estão contando com o seu julgamento e experiência
para tomar a decisão certa. O Instituto do Liderança do Rio (ILRIO), com ajuda do
EducationUSA e a Comissão Fulbright, preparou este documento para ajudar os
professores e coordenadores quando escreverem uma carta de recomendação.
Quais qualidades devem se discutir na carta?
Já existem muito alunos que entregam suas tarefas e que sempre assistem as aulas. As
faculdades querem conhecer e aceitar candidatos com personalidades e talentos
distintos. Uma excelente carta de recomendação descreverá muito mais do que o bom
comportamento e a competência básica do aluno.
O professor devem discutir o talento acadêmico e pessoal que o aluno tem demonstrado
na sua aula. O Common Application lhes pede o seguinte: "Please write whatever you
think is important about this student, including a description of academic and personal
characteristics, as demonstrated in your classroom. We welcome information that will
help us to differentiate this student from others." ("Favor descrever qualquer fato que
seja importante sobre o aluno, com uma descrição das qualidades acadêmicas e pessoais
que demonstrou na aula. Pedimos informação que distingua esse aluno.")
Os coordenadores devem discutir o aluno num contexto mais amplo. O Common
Application diz: "Please write whatever you think is important about this student,
including a description of academic, extracurricular and personal characteristics. We
welcome a broad-based assessment that will help us to differentiate this student from
others." ("Favor descrever qualquer fato que seja importante sobre o aluno, com uma
descrição das suas qualidades acadêmicas e pessoais e os seus interesses e atividades.
Pedimos uma descrição abrangente que distingua esse aluno.")
Quais são as qualidades que as faculdades buscam nos candidatos? A carta de
recomendação não é um formulário, e não existe um "checklist". Porém, as seguintes
qualidades são importantes no processo de candidatura. Devem se incluir quaisquer que
sejam aplicáveis no caso do seu aluno.
• Creatividade.
• Habilidade intelectual.
• Potencial para educação.
• Conhecimento de uma área acadêmica.
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Iniciativa, habilidade de resolver problemas.
Hábitos de trabalho, estudo.
Motivação parar estudo.
Potencial para contribuição no futuro.
Maturidade Emocional. Como se relaciona o aluno com outros estudantes?
Trabalha bem em grupo?
• Adaptabilidade em novas situações.
• Capacidade de liderança – qualidades humanas que fazem uma
diferença.
• Ambition. Apesar da etimologia, "ambition" em inglês não é como a "ambição"
em português! Para os americanos, ter "ambition" (ou ser "ambitious") é
positivo, porque demonstra muita perseverança e motivação. As faculdades dos
EUA gostam muito dos alunos que não têm medo de tomar a iniciativa.
Preparação para escrever a carta
• Pergunte ao aluno o que ele gostaria que fosse enfatizado na recomendação.
• Pense nas qualidades acima mencionadas. Quais são as qualidades ou os
talentos especiais desse aluno?
• Comentos gerais revelam muito pouco. Busque exemplos e
observações específicos que demonstram o talento do aluno. É bom citar que
alguém é dedicado e organizado, mas precisa prover exemplos concretos:
“Marina é muito aplicada. Seu projeto de ciências sobre fontes alternativas de
combustível foi impressionante e ela demonstrou uma habilidade de usar
estatística e analisar dados que está acima do esperado para um aluno deste
nível.”
• Só aceite escrever a recomendação se pode oferecer uma recomendação
positiva. É melhor ser honesto com o aluno se o que o professor tem a dizer
puder prejudicá-lo. Sugira ao aluno que peça a carta a outra pessoa.
Formato da carta
• Em geral, a carta de recomendação será uma página completa. Será difícil, e até
impossível, descrever bem o aluno numa carta mais breve.
• Inclua seu nome, endereço, e-mail e telefono para contato futuro.
• Inclua sua posição na escola e seu título. Em que papel (professor, coordenador
ou diretor) conhece o aluno e a quanto tempo?
• A carta deve incluir as seguintes partes:
◦ Introdução. Aqui o professor se introduz, com informação profissional e
seu contato. Como é que o professor conhece o aluno?
◦ Talento acadêmico do aluno.
◦ O potencial para contribuição na faculdade e na vida
profissional. Fale sobre o que o estudante já fez e é capaz de fazer. O
que exatamente faz deste aluno um aluno especial? Porque acredita que
este aluno se beneficiaria de uma educação nos Estados Unidos?
◦ Não se esquece de discutir algumas das qualidades acima
mencionadas.
◦ Qualquer ligação entre os interesses e realizações acadêmicos do
aluno, suas atividades fora do colégio e seus objetivos de longo
prazo.
A língua da carta
Para que ninguém tenha uma vantagem injusta no processo de candidatura, as
faculdades americanas requerem que todos os formulários, inclusive as cartas de
recomendação, sejam escritos em inglês. Se o professor sabe escrever bem a carta em
inglês, ótimo! Se acha que a carta será melhor se for escrita em português, tem duas
opções:
• Pedir que um professor de inglês faça a tradução. A sua colega lhe
devolverá a tradução para o professor verificar e assinar. Carregará a carta
(somente a versão em inglês) ao website do Common Application.
• Fazer uma tradução certificada. O professor preparará e assinará a carta e o
candidato (ou o Opportunity Grants) pagará por uma tradução certificada dela.
Neste caso, terá que escanear a carta original e a tradução e carregar os dois
documentos num PDF ao website do Common Application.
Tom da carta
O professor ou coordenador terá que escolher o tom apropriado da sua carta, mas
queremos enfatizar que uma atitude positiva ajudará muito. As faculdades lêem as
cartas porque querem conhecer os candidatos. Desse modo, o professor ou coordenador
tem a oportunidade de apoiar seu aluno no processo de candidatura.

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