Livro de Resumos Fórum Nacional

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Fórum Nacional
COIMBRA 21 e 22 de Novembro de 2012 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Comissão Organizadora do FORUM COINQUIRE 2012 Cristina Tavares Isabel Paiva João Oliveira Joaquim Santos Susana Silva Teresa Bettencourt ii FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Horas 21 novembro 9:30 ABERTURA 9:35 PALESTRA O JBUC e o seu papel no ordenamento urbano Helena Freitas (Universidade de Coimbra) 9:55 PALESTRA "Inquiry based science education: uma visão global" Luísa Lopes (Universidade de Aveiro) 10:15 PALESTRA “INQUIRE no Jardim Botânico da UC: produtos de um projeto educativo europeu” Cristina Tavares (Universidade de Coimbra ‐ Responsável do Projeto COInquire) 10:35 Intervalo 11:00 PALESTRA “Alterações climáticas, boas ou más?” Catarina Loureiro (Colab. Teresa Arantes, Escola Básica e Secundária Trigal Santa Maria, Braga) 11:20 PALESTRA “Biodiversidade e sustentabilidade ‐ À descoberta dos aromas” Helena Nolasco e alunos do 5º ano (Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, Coimbra) 12:00 PALESTRA “Jardim dos sentidos” ‐ Natacha Perpétuo (Colab. Laura Perpétuo e Helena Nolasco, Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, Coimbra) 12:20 PALESTRA “Rio fascinante: experimentando e (re)descobrindo no Arunca” Augusta Duarte (Agrupamento de Escolas de Pombal) 12:40 Intervalo 14:30 PALESTRA “Biodiversidade no Colégio” Helena Anacleto (Colégio do Sagrado Coração de Maria, Fátima) 14:50 PALESTRA “Agir pela Biodiversidade” Rosa Maia (Escola EB 2,3/S Dr. Daniel de Matos, Vila Nova de Poiares) 15:10 SESSÕES PARALELAS: Workshops / mostra experimental / posters / jogos educativos / filmes / guiões / e‐books / blogues / guias de campo / guia de laboratório “Dá vida à tua semente” – Helena Anacleto (Colégio do Sagrado Coração de Maria, Fátima) “O guardião da biodiversidade” – Arménio Matos (banco de sementes JBUC) “Alterações climáticas, boas ou más?” ‐ Catarina Loureiro (Escola Básica e Secundária Trigal Santa Maria, Braga. Colab. Teresa Arantes) 16:00 Intervalo 16:15 SESSÕES PARALELAS: Workshops / mostra experimental / posters / jogos educativos / filmes / guiões / e‐books / blogues / guias de campo / guia de laboratório “Biodiversidade e sustentabilidade ‐ À descoberta dos aromas” – Helena Nolasco (Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, Coimbra) “O pequeno grande mundo das microalgas” ‐ Laura Perpétuo (Colab. Natacha Perpétuo) 17:00 PALESTRA “Projeto Reciclo – Criatividade” Lídia Teresa Silva (Jardim Botânico da Universidade de Coimbra) 17:20 Encerramento dos trabalhos iii FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Horas 22 novembro 9:30 Início dos trabalhos 9:35 PALESTRA Do Objecto ao Museu. As origens dos Museus de História Natural Paulo Trincão (Universidade de Aveiro/Universidade de Coimbra) 10:15 PALESTRA “Plataforma COInquire: disseminação de recursos educativos” Joaquim Santos (Projeto COInquire ‐ Universidade de Coimbra) 10:35 Intervalo 11:00 PALESTRA “Avaliação e reflexões sobre o primeiro curso COInquire (PIC‐Pilot Inquire Course)” Susana Silva (Projeto COInquire ‐ Universidade de Coimbra) 11:20 PALESTRA “Líquenes ‐ Seres misteriosos no Jardim Botânico?” (Carina Monteiro, Colégio S. Pedro, Escola Básica nº 2 da Lousã) 12:00 PALESTRA “Estudando o meio ambiente através das plantas medicinais” Olívia Batista (Instituto Rio Limpo, Minas Gerais, Brasil) 12:40 Intervalo 14:30 PALESTRA “Processionárias em janeiro?” Fernanda Filipe (Agrupamento de escolas de Figueiró dos Vinhos) 14:50 PALESTRA “As vozes do Botânico” Joana Magalhães (Jardim Botânico da Universidade de Coimbra) 15:10 SESSÕES PARALELAS Workshops / mostra experimental / posters / jogos educativos / filmes / guiões / e‐books / blogues / guias de campo / guia de laboratório “As árvores em ambiente urbano: no parque e na escola. A importância de um recurso natural: a água” – Alexandra Pinheiro, (Parque de Serralves) “Líquenes ‐ Seres misteriosos no Jardim Botânico?” ‐ Carina Monteiro, (Colégio S. Pedro, Escola Básica nº 2 da Lousã) “Maria Zoronga e a Biodiversidade ‐ Estudando o meio ambiente através das plantas medicinais” ‐ Olívia Batista (Instituto Rio Limpo, Minas Gerais, Brasil) 16:00 Intervalo 16:15 PALESTRA O Parque Biológico de Gaia Parque Biológico de Gaia 16:35 FECHO iv FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Índice
Palestras ............................................................................................................................................................................ 1 O JBUC e o seu papel no ordenamento urbano ........................................................................................................... 2 Inquiry based science education: uma visão global ..................................................................................................... 3 INQUIRE no Jardim Botânico da UC: produtos de um projeto educativo europeu ...................................................... 4 Alterações climáticas, boas ou más? ............................................................................................................................ 5 Biodiversidade e sustentabilidade (À descoberta dos aromas) .................................................................................... 6 Jardim dos Sentidos ...................................................................................................................................................... 7 “Rio fascinante: experimentando e (re)descobrindo o Arunca”. ................................................................................. 8 «Biodiversidade no Colégio» ........................................................................................................................................ 9 Agir pela biodiversidade ............................................................................................................................................. 10 Projeto Reciclo ‐ Criatividade ..................................................................................................................................... 11 Plataforma COInquire: disseminação de recursos educativos ................................................................................... 12 Avaliação e reflexões sobre o primeiro curso COInquire (PIC‐Pilot Inquire Course) .................................................. 13 Líquenes ‐ Seres Misteriosos? .................................................................................................................................... 14 Estudando o Meio Ambiente através das Plantas Medicinais .................................................................................... 15 Processionárias em janeiro…? .................................................................................................................................... 16 As vozes do Botânico .................................................................................................................................................. 17 O Parque Biológico de Gaia ........................................................................................................................................ 18 Atividades ........................................................................................................................................................................ 19 «Dá vida à tua Semente!» .......................................................................................................................................... 20 O guardião da biodiversidade .................................................................................................................................... 21 Alterações climáticas .................................................................................................................................................. 22 Biodiversidade e Sustentabilidade ‐ À descoberta dos aromas .................................................................................. 23 “O pequeno grande mundo das microalgas” ............................................................................................................. 24 As árvores em ambiente Urbano: No parque e na escola. A Importância de um recurso Natural: a água. ............... 25 Líquenes ‐ Seres Misteriosos? .................................................................................................................................... 26 Estudando o Meio Ambiente através das Plantas Medicinais .................................................................................... 27 Painéis ............................................................................................................................................................................. 28 Sementes de jardim: disseminação de cultura científica ........................................................................................... 29 Alterações Climáticas, boas ou más? ......................................................................................................................... 30 ... da horta para o jardim ............................................................................................................................................ 31 À descoberta dos aromas ........................................................................................................................................... 32 v FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Palestras
1 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
O JBUC e o seu papel no ordenamento urbano Freitas, Helena – Universidade de Coimbra [email protected] O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, pela sua ligação à universidade, e pelo prestígio científico da sua história, desempenhou sempre um papel relevante na cidade de Coimbra. Nesta comunicação, apresentam‐se as orientações para um plano director do JBUC tendo em conta a sua localização privilegiada e as implicações no ordenamento urbano. 2 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Inquiry based science education: uma visão global Lopes, Luísa – Universidade de Aveiro [email protected] Na origem das abordagens ao ensino das ciências via inquiry based science education, têm lugar de destaque os trabalhos de Joseph Schwab, onde se defende que os professores apresentem a ciência como inquiry e os alunos recorram ao inquiry como forma de aprender as matérias de ciências (NRC, 2000). De acordo com os national sciences education standards, os alunos que vivenciam o inquiry para aprender ciência, envolvem‐se em muitas atividades e processos de pensamento semelhantes aos dos cientistas, quando colocam questões, levantam hipóteses, desenham investigações, recolhem dados, fazem inferências, replaneiam investigações, constroem ou revisitam teorias (NRC, 1996). Muito popular na última década, a ciência como inquiry passou a integrar numerosas discussões pedagógicas e científicas, sobre o ensino e a aprendizagem (Yager & Akcay, 2010) sendo que, na atualidade parece existir algum consenso, por parte da comunidade científica que se dedica à investigação educacional, relativamente ao inquiry como essência da educação em ciências (Melville & Bartley, 2010; Spronken‐Smith & Walker, 2010 e Ergül et al., 2011). Em Portugal, o ensino por pesquisa ganha notoriedade com os trabalhos de Cachapuz, Praia e Jorge (2002), que enfatizam quatro princípios organizativos subjacentes a esta “nova” perspetiva sobre o ensino das ciências. Em primeiro lugar, a necessidade de introduzir a inter e transdisciplinaridade, que decorre da necessidade de compreender o mundo na sua globalidade e complexidade; em segundo lugar, a relevância na abordagem de situações‐problema do quotidiano; em terceiro lugar, a importância do pluralismo metodológico a nível das estratégias de trabalho, onde se salienta, pela sua relevância, o trabalho experimental; e por fim, a avaliação educativa, que deverá conseguir a individualização da aprendizagem do aluno e deverá ser reguladora e orientadora. Durante a implementação de estratégias baseadas no inquiry, é possível identificar três grandes momentos: problematização, metodologias de trabalho e avaliação final (Cachapuz et al., 2002). O primeiro momento (problematização) representa a articulação entre três domínios: os saberes considerados essenciais para a formação dos alunos; os saberes académicos, pessoais e sociais que os alunos já possuem e as situações problemáticas centradas num quadro CTSA. Mediante estes três domínios, sublinha‐se a importância que deverá ser dada pelo professor, ao programa da disciplina, à avaliação diagnóstica e às estratégias decorrentes de problemas CTSA na definição das questões‐problema. Estas questões constituem a transição para o segundo momento que se refere, no global, às metodologias de trabalho ou seja, aos percursos possíveis, no sentido de dar resposta ao problema, podendo ser mais centrados no aluno ou no professor, dependendo das finalidades do ensino, das características dos alunos, da natureza ou do nível de tratamento dos temas (Cachapuz et al., 2002). Durante o segundo momento, é exigida a mobilização de conhecimentos já construídos e, ao mesmo tempo, a construção de outros, que permitirão a evolução dos processos de resolução do problema. A riqueza educativa das atividades práticas nas aulas de ciências, na perspetiva de trabalho científico, não é compatível com protocolos tipo receituário; bem pelo contrário, o princípio orientador deve ser o pluralismo metodológico. É a este nível que o professor tem papel fulcral, como organizador e promotor de um ambiente de trabalho, conducente à construção de conhecimento e auxiliando os processos de reflexão crítica dos alunos. O terceiro momento corresponde à avaliação, mais concretamente à fase em que se procura aferir se se encontrou ou não, resposta adequada para as questões‐problema colocadas e o modo como o processo decorreu (Cachapuz et al., 2002). A análise da literatura permite evidenciar uma grande variabilidade nas expressões e terminologia associada ao inquiry e, para além disso, alguns autores distinguem diferentes níveis de abertura inquiry (Anderson, 2002; Mugaloglu & Saribas, 2010 e Minner, Levy & Century, 2010). Recentemente, vários estudos têm salientado os resultados positivos que a implementação de estratégias de ensino e de aprendizagem baseadas no inquiry têm alcançado, tanto a nível conceptual como a nível procedimental e atitudinal (Yager & Akcay, 2012 e Lopes & Bettencourt, 2012). No entanto, a eficácia dessas estratégias poderá ficar comprometida devido às dificuldades encontradas em sala de aula, nomeadamente, ao nível da formação docente e do tempo necessário para a sua implementação (Sever, Yurumezoglu & Oguz‐Unver (2010). É neste contexto que internacionalmente, surgem equipas com programas específicos de intervenção inquiry, no sentido de fazer a transposição de quadros teóricos de referência para as práticas. A nível Europeu, destacam‐se projetos como the fibonacci project , o projeto PRIMAS ou o INQUIRE , cujo principal objetivo se prende com a disseminação de práticas de ensino e de aprendizagem baseadas no inquiry. 3 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
INQUIRE no Jardim Botânico da UC: produtos de um projeto educativo europeu Tavares, A. Cristina ‐ Jardim Botânico/FCTUC | Responsável pelo Projeto COInquire [email protected] INQUIRE é um projeto pan‐europeu, trianual (2010‐2013), financiado pelo 7ºPQ, que propõe uma iniciativa inovadora para a formação de professores e educadores, implementado por um amplo consórcio de 17 parceiros entre jardins botânicos, museus de história natural e de ONGs. Com a coordenação do Jardim Botânico da Universidade de Innsbruck e o apoio do BGCI (Botanic Garden Conservation Internacional) e do King’s College of London, o INQUIRE é um curso prático novo, anual, de desenvolvimento profissional contínuo (DPC) desenvolvido em onze países. INQUIRE pretende dar a conhecer a metodologia IBSE (Inquiry Based Science Education) em particular a professores do 2º e 3º ciclo das áreas das ciências e a educadores (museus, jardins botânicos, quintas pedagógicas, centros de ciência) aplicada no ensino‐aprendizagem da biodiversidade, alterações climáticas e sustentabilidade. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, parceiro neste projeto, desenvolveu um Curso Piloto Inquire (PIC) intitulado "Projeto Inquire: formação em biodiversidade e sustentabilidade”. Nesta metodologia de "Ensino por Pesquisa" foi desenvolvida a metodologia IBSE na produção novos recursos e instrumentos pedagógicos e didáticos ao nível do ensino formal e não formal, dentro e fora da sala de aula, com alunos do 5.º ao 9.ºano de escolaridade (10 aos 14 anos), 20 novos projetos educativos implementados em contexto escolar e curricular. Como um exemplo de reflexão de professores na avaliação do curso: “…Consegui que um aluno com trissomia 21 acompanhasse o resto da turma aplicando a metodologia IBSE (…)“, o que reflete também êxito na educação para todos. Surge o FORUM para uma disseminação e partilha mais ampla destes projetos inovadores. Para além destes, todos os produtos do projeto são PNP (produtos não perecíveis), pela sua replicabilidade e/ou utilização permanente, representando modelos sustentáveis de educação. Os cursos INQUIRE são produtos de tarefas definidas pelo projeto, como outras: Manual do curso (1); Plataforma informática europeia; Portefólio do projeto e workshop de formação de formadores (exemplos para outros parceiros); posters e recursos educativos produzidos em 5 encontros europeus (4º Meeting escolhido para Portugal); participação em 2 congressos internacionais e avaliação (pré e pós‐questionários). Implementámos outros produtos não previstos pelo projeto: Plataforma COInquire de arquivo e disseminação dos projetos (exemplo para outros parceiros); avaliação interna do curso e do workshop; Forum COInquire 2012, centrado na apresentação dos projetos pelos protagonistas‐formandos do INQUIRE e proporcionando um encontro aberto a ideias e experiências educativas, com um sentido de continuidade e multiplicação. Pretende‐se que o INQUIRE seja um veículo motivador para a promoção do conhecimento e possa tornar o ensino e a aprendizagem das ciências mais profícuo/a para professores e alunos, estimulando com novo dinamismo toda a comunidade. 1. INQUIRE, 2011, Manual para Professores e Educadores do Curso Piloto INQUIRE, Coimbra, Portugal 4 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Alterações climáticas, boas ou más? Loureiro, Catarina Noversa [email protected] A IDEIA: As alterações climáticas são boas ou más? Com este projeto pretendeu‐se, através de uma atividade de investigação prática em contacto com o espaço natural da escola, ensinar aos alunos sobe a importância dos fatores abióticos na biodiversidade e nas relações de interdependência entre as árvores e o meio que as envolve, que inclui outras plantas, animais, solo e atmosfera. O PROJETO: A atividade foi desenvolvida em 3 fases com os alunos. Na primeira, que se desenrolou na sala de aula, foi feita uma introdução teórica aos princípios básicos relacionados com a temática a investigar. Uma segunda fase, a mais complexa, desenvolvida no jardim da escola onde os alunos, de forma autónoma e recorrendo à experimentação, aprenderam sobre o funcionamento das plantas e o seu papel num ecossistema. E uma última fase, de debate e partilha das descobertas feitas durante as duas primeiras. RESULTADOS: O nível de conhecimento demonstrado pelos alunos acerca desta temática foi surpreendente. A maioria estava familiarizada com os conceitos mais importantes associados ao tema ‐ como o de efeito de estufa ou de aquecimento global – e havia um interesse generalizado em aprender mais e compreender a relação meio‐planta. Também o interesse das crianças na atividade representou uma surpresa. Os alunos adoptaram uma postura de interesse e entusiasmo em relação ao projeto, nomeadamente nas sessões de jardim, que foram sem dúvida aquelas que mais sucesso fizeram junto deles. Este entusiasmo proporcionou momentos de aprendizagem muito valiosos que se estenderam a outros conteúdos do programa, fora do âmbito deste projeto. No final das sessões os alunos demostraram ter uma melhor compreensão acerca do papel das árvores no ecossistema, das relações de interdependência que se geram entre os vários agentes de um ecossistema e das possíveis consequências para o equilibro deste em caso de alterações bruscas de um dos agentes – nomeadamente do clima. MATERIAIS EDUCATIVOS: Durante o decorrer da atividade foram produzidos diversos materiais educativos e de apoio. Foram produzidos diversos 3 painéis sobre o ciclo do carbono, efeito de estufa e constituição da atmosfera terrestre. Foi desenvolvido um caderno de registo científico para acompanhar os alunos na atividade no jardim, e um guia da atividade para docentes. No final das sessões sentimos a necessidade de sistematizar aquilo que os alunos aprenderam. Foram para isso criadas mais duas ferramentas; um póster com as principais conclusões relativas à importância das árvores para o meio, descritas pelos alunos e um e‐book interativo sobre a temática das alterações climáticas que inclui atividades práticas adequadas a alunos do 2º ciclo. 5 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Biodiversidade e sustentabilidade (À descoberta dos aromas) Martins, Maria Nolasco ‐ Escola Básica e Secundária Quinta das Flores [email protected] Objectivos:  Despertar a curiosidade pela natureza que nos rodeia;  Promover a capacidade de observação;  Sentir o meio envolvente;  Expressar através do desenho o que observou;  Aplicar conhecimentos adquiridos nas aulas;  Desenvolver capacidades cognitivas enquanto observam, formulam hipóteses e discutem resultados;  Analisar resultados e chegar a conclusões;  Trabalhar em equipa e desenvolver competências sociais;  Avaliar os efeitos das mudanças climáticas na biodiversidade;  Valorizar o património ambiental. Foram produzidos vários materiais:  Guia de campo para os alunos e para os professores intitulado "À descoberta dos aromas"  Guia de laboratório intitulado" O que fazer no laboratório"  Poster  Mostra dos registos / resultados dos alunos em folhas plastificadas.  PowerPoint 6 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Jardim dos Sentidos Perpétuo, Natacha Catarina; Perpétuo, Laura Soraia [email protected] Esta apresentação pretende dar a conhecer a atividade realizada no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra no dia 24 de Março de 2012, no âmbito do Projeto “Jardim dos Sentidos”, com base em diversos registos realizados durante a visita. Nesta atividade participaram duas educadoras (Natacha e Laura), uma assistente (Marilin Santos), uma professora (Helena Nolasco), vinte e dois alunos do 5º A da Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Quinta das Flores e os seus respetivos acompanhantes (familiares e amigos). No decorrer da atividade pretendeu‐se alertar para a importância da “Biodiversidade”, as causas e consequências da sua perda; da “Sustentabilidade” e do uso sustentável dos recursos e para as “Alterações Climáticas”, suas causas, consequências e o nosso contributo para a diminuição dos seus perigos. A referida atividade consistiu numa viagem ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra com os cinco sentidos, onde os alunos se tornaram pequenos exploradores e “sentiram” a Biodiversidade Vegetal. Durante este percurso conheceram algumas plantas (nomeadamente medicinais e aromáticas) e aprenderam a identificar algumas das suas partes (raízes, caules, etc.), com base em chaves‐dicotómicas simples fornecidas no “Guia do Aluno”. O ponto de encontro da visita ao Jardim Botânico foi o Portão dos Arcos onde os alunos, e os seus respetivos acompanhantes, foram recebidos e se iniciaram as apresentações. Quando o grupo ficou completo, deu‐se início à visita, de acordo com o seguinte itinerário: a) 1ª paragem – Ginkgo biloba L. (Ginkgo) onde se fez a “identificação” da mesma; b) breve paragem no Recanto Tropical com a “identificação” de uma palmeira; c) 2ª paragem – Escola Médica, paragem mais prolongada da visita, onde se comparou a diversidade de plantas aromáticas e medicinais do Jardim Botânico com a da escola e se “sentiram” muitas destas plantas; d) breve paragem no Lago do Carrisso, com a “identificação” de um nenúfar; e) 3ª paragem – Tilia x vulgaris Hayne (Tília), com a “identificação” da mesma; f) 4ª paragem – Eucalyptus citriodora Hook. (Eucalipto‐limão), com a respetiva “identificação”; g) breve paragem no Quadrado Central para observar a Erytrina crista‐galli L. (Feijoeiro‐da‐Índia); h) 5ª paragem – Ficus macrophylla Desf. ex Pers. (Figueira estranguladora), com a “identificação” da mesma; i) breve paragem para “espreitar” o bambuzal e j) última paragem na Sala de Formação do Jardim onde se deu por terminada a visita com o preenchimento dos questionários de opinião e uma breve conversa sobre a atividade realizada. No final desta apresentação as educadoras devolverão aos alunos que participaram no projeto educativo os “Guias do Aluno” que cada um preencheu durante a atividade. Todo o material didático produzido no âmbito do Projeto “Jardim dos Sentidos” (Guias do Aluno e do Educador, Questionários, Mapas de Conceitos, Livro “Jardim dos Sentidos”, etc.) estará igualmente disponível para ser consultado pelos participantes do Fórum Nacional Inquire que assim o desejem. 7 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
“Rio fascinante: experimentando e (re)descobrindo o Arunca”. Duarte, Augusta [email protected] Este projeto de pesquisa foi desenvolvido com alunos dos 2º e 3º ciclos, da Escola EB 2,3 Marquês de Pombal, em Pombal. Surgiu ao constatar que a maioria dos alunos abordados não conhecia o rio que atravessava a sua cidade. Assim, realizaram‐se saídas de campo ao Rio Arunca, cujos principais objetivos foram, entre outros, conhecer e interpretar o ecossistema fluvial nas suas diversas vertentes (físico‐química, biológica, ecológica), promover o contacto com o meio ambiente e valorizar o património natural da região. Os alunos envolvidos denotaram muito entusiasmo nas atividades de campo, quer no estudo da flora ribeirinha (aplicando conhecimentos relativos à morfologia das plantas, relacionando as características observadas com os fatores abióticos sazonais e efetuando um levantamento da diversidade e abundância das espécies), quer no estudo da comunidade aquática e da qualidade da água (através de bioindicadores e de parâmetros físicos). Os trabalhos decorreram em grupos de 3‐5 alunos, numa zona ao longo do rio com cerca de 50 metros de comprimento e 10 metros de largura, com relativa densidade arbórea e fácil acesso às margens (Choupal do Barrocal). Através de perguntas orientadoras e da constante procura de respostas pretendeu‐se desenvolver a capacidade de observar, questionar, e argumentar bem como, de relacionar e integrar, de forma mais ampla, os conhecimentos adquiridos (nomeadamente nos currículos formais dos 5º e 8º anos)(Metodologia IBSE). 8 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
«Biodiversidade no Colégio» Anacleto, Helena Isabel ‐ Colégio do Sagrado Coração de Maria – Fátima [email protected] O projeto «BIODIVERSIDADE NO COLÉGIO» foi dinamizado no jardim do Colégio do Sagrado Coração de Maria de Fátima, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais e contou com a participação de duas turmas do 3.ºciclo (8.ºA e o 8.ºB, ambas com 26 alunos). Este visava averiguar e refletir, com base na metodologia de ensino IBSE, em que medida a Biodiversidade é condicionada pelas Alterações Climáticas, capitalizando todo o potencial intrínseco do jardim do Colégio, para a realização de atividades práticas de campo. Ao delinear as tarefas a concretizar com o projeto, estabeleci diversos objetivos que pretendia alcançar, nomeadamente: ‐ Compreender o conceito de biodiversidade; ‐ Referir alguns fatores que podem ser responsáveis pela extinção de algumas espécies vegetais; ‐ Compreender o conceito de espécie autóctone; ‐ Relacionar a influência das alterações climáticas com a biodiversidade; ‐ Compreender como é escrito em nomenclatura botânica, o nome científico das espécies; ‐ Conhecer algumas espécies aromáticas autóctones; ‐ Conhecer algumas aplicações de espécies vegetais. A dinamização do projeto envolveu a consecução de várias tarefas. A primeira etapa consistiu num trabalho de campo exaustivo, para recolher as informações conducentes à inventariação da biodiversidade presente no jardim do Colégio, no que respeita a árvores e arbustos. De seguida, procedeu‐se à elaboração do respetivo mapa (este permitirá, no futuro, a colocação de placas com a identificação do nome comum, nome científico e a distribuição das espécies). Após este estudo prévio, foi possível desafiar os alunos para diferentes tarefas, nomeadamente: 
Projeto «Magnólia» 
Projeto «Ervas Aromáticas» 
Projeto «Dá vida à tua semente!» Considerações finais: Este projeto, pelas mais‐valias que apresentou, pode ser avaliado como muito positivo. Assim, destaco alguns benefícios do projeto para: O Colégio 
Pela inventariação dos arbustos/árvores presentes no jardim, o que permitirá de futuro proceder à colocação de placas, para mais fácil identificação das árvores presentes nos espaços verdes do Colégio (com o nome comum e nome científico); 
Pelo melhoramento dos canteiros do Colégio; 
Pelo contributo para a formação de alunos mais interventivos e dinâmicos. Os Alunos 
A motivação dos alunos foi um crescendo no desenrolar de todas as atividades; 
Desenvolveu‐se o espírito científico (capacidade de observar, questionar, experimentar e partilhar); 
Promoveram‐se as competências e atitudes mais interventivas na proteção do meio ambiente, em geral e do seu canteiro de ervas aromáticas, em particular; 
Aperfeiçoaram o gosto em trabalhar em pares/grupo; 
Aprenderam os conteúdos, de uma forma significativa, efetiva e duradoura. No futuro conto: 
Implementar a metodologia IBSE nos projetos a realizar durante os próximos anos letivos; 
Propor a dinamização de mais atividades práticas de campo, nas planificações da disciplina; 
Explorar com mais frequência os espaços verdes do Colégio para promover as aprendizagens, pois estes, capitalizados, são importantes recursos educativos, que permitem a realização de numerosas atividades de caráter científico. No final desta formação acredito que evoluí cientificamente e profissionalmente. Fiquei com a perfeita noção que o conceito de Biodiversidade é pleno de desafios. E que a conservação da Biodiversidade na Terra é fundamental para o futuro da humanidade. Urge agir, reduzindo a perda de Biodiversidade para as gerações futuras. 9 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Agir pela biodiversidade Maia, Rosa Almeida [email protected] O projeto "Agir pela biodiversidade" pretendeu sensibilizar os alunos para as alterações climáticas e as consequências sobre a redução da biodiversidade. Recorrendo à metodologia IBSE, pretendeu‐se envolver os alunos de uma turma do 8.º ano no projeto de investigação sobre a biodiversidade do planeta. Assim, iniciou‐se por explorar o filme AVATAR apoiada num guião especialmente preparado para o efeito. Depois partiu‐se para a exploração/ levantamento da biodiversidade existente nos espaços envolventes na escola. Nesta pesquisa no terreno, surgiu um espaço completamente abandonado e com reduzida biodiversidade, pois o solo encontrava‐se muito compactado. Daí nasceu a ideia de construirmos um jardim de plantas aromáticas, com os vários exemplares que os alunos traziam dos seus próprios jardins. Passou‐se então ao tratamento do espaço para a construção do jardim, onde o difícil foi conter o excesso de entusiasmo dos alunos. Construímos uma caixa de compostagem com os materiais que limpámos, e preparamos o solo para receber as plantas. Depois foi só gerir a rega. No dia da árvore, os alunos foram os monitores dos mais novos; foi possível levarmos à nossa escola os alunos do ensino pré‐escolar e do 1.º ciclo para realizarem a plantação de árvores, e foram os alunos da turma do 8.º ano que os acolheram e foram professores por uma tarde. Mostrámos o que andávamos a fazer através de exposições no polivalente da escola. No final do ano, oferecemos uma prova de vários chás, recolhidos no nosso jardim, a toda a comunidade, na festa do agrupamento de escolas. 10 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Projeto Reciclo ‐ Criatividade Silva, Lídia Teresa [email protected] O Projeto de Reciclo–Criatividade pretende desenvolver a criatividade e o contato com novos materiais, assim como, a consciencialização dos formandos de todas as idades, para a importância da reutilização de objetos e materiais orgânicos. O material orgânico usado nestas atividades é recolhido no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Estas sessões permitem de uma forma informal e criativa fazer o apelo aos conceitos: Repensar, reutilizar, recuperar, renovar e reciclar. Os formandos adquirirem conhecimento e prática sobre técnicas diversas de reutilização de materiais, ficando aptos a desenvolver novas competências que lhes permitem aplicar esse conhecimento noutros contextos, como por exemplo, no desenvolvimento de novas atividades na sala de aula e/ou em casa. Nesta palestra serão divulgados os ateliers desenvolvidos durante o ano de 2012 no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, para o público escolar e familiar. Com o tema Reciclo – Criatividade foram desenvolvidos as seguintes atividades, em sala e ao ar livre: 1‐ O meu livro de Folhas. 2‐ O saco do Jardim. 3‐ Fiz para ti Pai. 4‐ O meu Amor nos “braços” de uma árvore. 11 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Plataforma COInquire: disseminação de recursos educativos Santos, Joaquim [email protected] O projecto‐piloto INQUIRE formou duas dezenas de professores e educadores na metodologia IBSE, tendo cada um deles desenvolvido um projecto individual em que no seu meio educativo aplicaram esta metodologia. Um dos principais objectivos do projecto é a disseminação da metodologia e dos recursos disponíveis a toda a comunidade ligada ao ensino, de modo a tornar mais atractiva a aprendizagem das ciências. Alguns dos formandos desenvolveram blogs para divulgar as actividades desenvolvidas, mas a equipa de Coimbra entendeu que seria necessário centralizar todos os recursos de forma a facilitar todo o processo de divulgação e avaliação dos projectos desenvolvidos. Foi por isso desenvolvida uma plataforma com vários níveis de acesso para facilitar esta divulgação por parte dos formandos, e que possa perdurar após a finalização do projecto europeu: http://sequoia.bot.uc.pt/jardim/inquire 12 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Avaliação e reflexões sobre o primeiro curso COInquire (PIC‐Pilot Inquire Course) Silva, Susana [email protected] A implementação do PIC em Coimbra (COINQUIRE), à luz das orientações do projecto Europeu INQUIRE, tinha como objectivos desenvolver a metodologia Inquiry‐Based Science Education (IBSE) e cativar professores e educadores para a utilização desta metodologia em espaços fora da sala de aula, nomeadamente jardins botânicos, enquanto modelos educativos e instrumentos a aplicar no ensino formal e informal. Uma das formas de avaliar a concretização desses mesmos objectivos foi através de questionários aplicados aos formandos em diferentes fases deste curso, tendo sido recolhida informação antes do início da formação e no final da mesma, com os pré e os pós ‐ questionários definidos pelo grupo INQUIRE, e ainda com o questionário de avaliação interna delineado pelo grupo de trabalho de Coimbra. Comparando os resultados dos pré e pós questionários assinala‐se uma evolução significativa, tanto no conhecimento (ou consolidação do mesmo) como na atitude, no que diz respeito à Metodologia IBSE e no desenvolvimento e aplicação de actividades IBSE, que antes eram pouco aplicadas devido essencialmente à falta de tempo e que após esta formação foi encarada pela grande maioria como uma metodologia a ser utilizada de forma mais sistemática e organizada; à relação com outros profissionais da área; à importância dos jardins botânicos na aprendizagem das ciências, nomeadamente das temáticas da biodiversidade e alterações climáticas, que passaram de recurso educativo pouco utilizado para um recurso essencial no ensino destas matérias, e ainda na confiança no trabalho dos alunos, já que estes passaram a ter um papel mais activo nas suas aulas. Para além destas ferramentas de avaliação achou‐se igualmente pertinente avaliar a acção através da aplicação de um questionário aos formandos desenvolvido pelo grupo de trabalho de Coimbra. Este abarcou um conjunto de dimensões relativas à concretização da acção de formação, através das quais se pretendeu percepcionar concretamente a eficácia da formação e o grau de satisfação dos formandos em relação à mesma. Tendo em conta os resultados dos 20 questionários aplicados e recolhidos na última sessão da formação, no cômputo geral o curso foi bem‐sucedido, com uma muito boa ou até mesmo excelente avaliação, por parte dos formandos, em itens como os objectivos da formação, a actuação da equipa de formadores, as relações interpessoais, os recursos técnico‐pedagógicos e a organização logística. A este sucesso geral do COINQUIRE, não se furtam, todavia, alguns constrangimentos apontados pelos formandos e que se prenderam essencialmente com a dificuldade dos professores em conciliar o desenvolvimento dos seus projectos com o calendário escolar e no desenvolvimento dos projectos fora do ambiente escolar, mais concretamente nos jardins botânicos, o que de forma alguma inviabilizou a concretização e apresentação dos mesmos. 13 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Líquenes ‐ Seres Misteriosos? Monteiro, Carina Azevedo [email protected] Neste projeto pretendeu mostrar‐se a existência de outros seres vivos que passam muitas vezes despercebidos ‐ os Líquenes. A atividade foi estrutura e pensada para ser realizada no Jardim Botânico. Os alunos intervenientes foram do 6º e 8º anos de escolaridade do Colégio S. Pedro. Posteriormente foi adaptada à Escola Básica nº 2 da Lousã, que mostrou interesse em que esta decorresse no recinto escolar, para alunos do 5º ano de escolaridade. Com esta atividade pretendia‐se dar a conhecer os Líquenes, organismos muitas vezes descurados, mas que apresentam uma biologia fascinante. Coabitam com as árvores e arbustos, sem os prejudicarem, e por vezes instalam‐
se noutros locais bem curiosos, como o solo, rochas, etc. Estão presente o ano inteiro mas são poucas as pessoas que os identificam ou reconhecem a sua importância. São organismos bastante resistentes, conseguem viver em habitats inacessíveis a outros seres vivos, tendo por isso, uma vantagem decisiva na competição pelo espaço nos locais mais inóspitos do Planeta, sendo por isso classificados como espécies pioneiras numa sucessão ecológica. Assim, os participantes, organizados em pequenos grupos, e com algumas orientações do guia, conhecedor da temática, foram explorando o tema e ao encontro das respostas. Identificaram, de forma simples, os líquenes existentes em determinadas áreas do Jardim /Recreio, tendo em conta a sua forma e a cor do talo. Complementarmente foram escrevendo, desenhando, fotografando a informação recolhida e posteriormente trabalharam em conjunto, com os restantes participantes, de forma a comparar resultados. Verificando, assim, a elevada biodiversidade existente, e ainda, a importância que estes têm como bioindicadores e pioneiros, assim como a influência dos fatores abióticos à sua manutenção. A atividade foi aplicada a diferentes grupos e níveis de escolaridade, o que se tornou uma mais‐valia, pois permitiu avaliar os conhecimentos pré‐adquiridos tendo em consideração os programas escolares e os conhecimentos pessoais dos mais curiosos. Os mais novos, apesar de pouco terem falado sobre os temas em ambiente escolar, revelaram muitos conhecimentos, pelos documentários que vão vendo na TV e na Web. Os alunos mais velhos puderam recapitular, revisar e aprofundar os temas abordados em ambiente escolar. No geral revelaram muita curiosidade e interesse pelo tema apresentado, colocando frequentemente, questões bastante pertinentes, à medida que iam fazendo as suas descobertas. A metodologia IBSE revelou‐se bastante interessante, uma vez que permitiu conduzir os alunos a um determinado fim, sem que se sentissem pressionados a fazê‐lo, tornando a aprendizagem mais facilitadora, mais abrangente e em função do ritmo de aprendizagem de cada um. Os objetivos foram atingidos sem pressão. Os alunos não se aperceberam que estavam em constante processo de avaliação, o que lhes permitiu agirem de forma mais espontânea, sem terem medo de errar. 14 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Estudando o Meio Ambiente através das Plantas Medicinais Batista, Olivia [email protected] O objetivo principal do projeto era "Estudar as Plantas Medicinais como uma das formas de se conhecer as plantas em geral, da sua evolução à importância para o Meio Ambiente, observando‐se os seguintes conceitos: Evolução ‐ Partes das plantas ‐ Identificação e distinção das plantas ‐ Relações inter e intra específicas ‐ Fatores não‐bióticos / Mudanças Climáticas (solo, água, clima) ‐ Fatores bióticos/Diversidade (vegetais, animais, homem) ‐ Sustentabilidade/garantia de conservação" Através de um questionário inicial, aplicado na comunidade, os alunos levantaram as plantas mais utilizadas e seu uso comum. A seguir, pesquisaram estas plantas e participaram de palestras sobre o tema. Na visita feita ao Instituto Federal de Educação, puderam aprofundar na prática mais conhecimentos sobre o assunto, validando assim as informações que trouxeram de casa e que agora passam a ser compartilhadas. " A autora pretende enfatizar a importância do envolvimento social e da união de forças na resolução de problemas, bem como a valorização da educação formal e não‐formal e da junção da teoria e da prática na concepção de propostas relevantes para a transformação social. 15 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Processionárias em janeiro…? Filipe, Fernanda – Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos [email protected] Este estudo pretendeu implementar o método de aprendizagem ativa (IBSE‐ Inquiry Based Science Education) num ambiente de ensino INQUIRE que promove um ensino ativo, centrado no aluno e a partir de uma abordagem orientada pelo próprio, baseada em teorias construtivas de aprendizagem. Esta forma de aprendizagem baseia‐se na construção de conceitos a partir de ideias pré‐existentes dos alunos (Duit & Treagust, 2003), recorrendo ainda ao Trabalho de Campo e realização de tarefas em pequenos grupos, seguindo pressupostos estabelecidos por Orion (1993) e Vigotsky (2009),no desenvolvimento de uma unidade temática, em contexto de complemento curricular como estratégias facilitadoras na aprendizagem de conhecimentos dos alunos para o subtema referido. Pretendeu‐se, ainda, que os alunos, a partir da situação problema inicial, desenvolvem‐se um conjunto de atividades práticas centradas na observação do espaço que os rodeia, dentro e fora da sala de aula, aprendessem a reconhecer quais os fatores abióticos que poderão influenciar no ciclo de vida da lagarta processionária, adquirissem competências de recolha e tratamento de informação pertinente acerca das relações bióticas e desenvolvessem pensamento crítico relativamente às mudanças climáticas e seu impacto nos ecossistemas. Tendo em conta os objetivos e orientações curriculares do programa da disciplina de Ciências Naturais, assim como alguns problemas/dificuldades de aprendizagem conhecidos na literatura, este estudo teve como objetivos dar resposta à questão: "Como estimular aprendizagens significativas e relevantes acerca das interações Bidiversidade/Sustentabilidade/Alterações climáticas?", a partir da situação problema lançadas pelos próprios alunos: "Lagartas em janeiro...?", que posteriormente se passou a designar "Processionárias em janeiro ...?" Assim, na presente investigação definiram‐se como objetivos: ‐ Relacionar os componentes do ecossistema. ‐ Compreender a interação entre fatores bióticos e abióticos. ‐ Compreender a influência dos fatores abióticos nos seres vivos. ‐ Distinguir interações intra‐específicas e interespecíficas. ‐ Reconhecer o modo com as populações influenciam o equilíbrio dos ecossistemas. ‐ Reconhecer que as alterações climáticas podem ser um fator de desequilíbrio nos ecossistemas. ‐ Desenvolver, nos alunos, diversas competências e capacidades através da realização das atividades propostas; ‐ Estimular os alunos a procurar informação pertinente para a conceção de propostas de prevenção de situações semelhantes e a discuti‐las entre si; ‐ Contribuir para que os alunos compreendam a urgência da elaboração de propostas fundamentadas de prevenção e a discuti‐las entre si. ‐ Desenvolver o pensamento crítico e reflexivo acerca do trabalho desenvolvido. 16 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
As vozes do Botânico Magalhães, Joana [email protected] A comunicação é a fundação das relações sociais entre animais e é definida como o ato de transmissão de informação entre diferentes indivíduos. Essa informação é transmitida através de sinais visuais, químicos, acústicos ou através de contacto físico. Devido ao seu pobre sistema olfactivo, as aves dependem maioritariamente de sinais visuais e acústicos. Em termos de comunicação visual, a sua importância é amplamente demonstrada através de exibições de elaboradas plumagens e cores. No caso da comunicação acústica, as aves canoras dependem das suas canções para repelir outros machos e atrair fêmeas. Espaços como o Jardim Botânico que representam a Natureza em ambientes citadinos, exibem também uma grande diversidade de aves que criam ambientes sonoros incríveis. O objectivo desta apresentação será mostrar algumas das espécies de aves presentes no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, bem como o seu canto e características mais particulares. 17 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
O Parque Biológico de Gaia Parque Biológico de Gaia [email protected] Primeiro centro permanente de Educação Ambiental do país, o Parque Biológico de Vila Nova de Gaia consiste numa área agro‐florestal com 35 hectares, onde vivem em estado selvagem centenas de espécies de animais e plantas. O objectivo do Parque Biológico é a compreensão, pelos visitantes, da paisagem da região, incluindo todos os seus componentes (flora, fauna, clima, arquitectura rural, usos e costumes, hidrografia, etc.) e do contraste entre essa paisagem agro‐florestal, que se preserva no Parque, e a envolvente urbana. Por isso o Parque é, antes de mais, um memorial da paisagem da região, que está a perder as suas características em favor da construção. Mas o Parque é, também, uma pequena reserva natural de fauna e flora; mais de 40 espécies de aves selvagens nidificam no Parque e outras tantas visitam‐no durante as migrações. Para além da fauna selvagem, o Parque Biológico possui uma colecção de animais da fauna portuguesa em cativeiro e semicativeiro. Grandes cercados e enormes gaiolões permitem a observação, a partir de abrigos discretos, de Gamos, Corvos, Raposas, Texugos, aves de rapina, Patos e outras aves aquáticas. Todos os exemplares em exposição são provenientes de criação em cativeiro ou foram encontrados feridos e não estão em condições de restituição à Natureza; quando a recuperação é possível, os animais são libertados em local adequado. Integram ainda o Parque um centro de recuperação de animais selvagens, encontrados feridos ou detidos ilegalmente em cativeiro, e um viveiro que produz anualmente milhares de plantas, de mais de 300 espécies, destinadas ao próprio Parque e aos espaços verdes públicos do concelho de Gaia. Para além do que tem para ver, o Parque Biológico promove um programa de animação, edita material didáctico e realiza exposições em torno da temática ambiental. 18 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
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Atividades
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21 e 22 novembro
«Dá vida à tua Semente!» Anacleto, Helena Isabel & alunos do 8.ºA e 8.ºB ‐ Colégio do Sagrado Coração de Maria – Fátima [email protected] Neste workshop, os alunos do Colégio do Sagrado Coração de Maria, de Fátima, desafiam todos os presentes, a dar vida à semente que lhes irá ser distribuída durante esta atividade e a cuidar dela com muito amor e carinho. Porquê? «…Todos os talentos que possuímos são como as flores. Não podem ser guardados em cofres, porque morrem, secam. Precisam ser semeados para florescer. (…) O amor, para dar frutos e espalhar perfumes, que a muitos beneficiem, necessita ser semeado no coração das outras pessoas (…)» Roberto Shinyashiki Modo de “confeção”: 1) Numa garrafa de água (de 1,5l) com mais ou menos aos 10cm, adicione o solo (q.b.); 2) De forma «salteada» …semeie as suas sementes (distribuídas pelos alunos); 3) Adicione água à temperatura ambiente; 4) Decore o seu vaso de forma criativa; 5) Coloque o seu vasinho num local protegido do frio e bem iluminado; 6) Trate das suas sementes com muito amor e carinho para que possam germinar. 20 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
O guardião da biodiversidade Tavares, Ana Cristina & Matos, Arménio ‐ Jardim Botânico/FCTUC [email protected] Porque mais importante que ter é manter, pretende‐se que o workshop “O guardião da biodiversidade“ sensibilize para a importância da conservação da biodiversidade, demonstrando como estas ações se desenvolvem, com a participação de diferentes instituições, laboratórios, jardins botânicos, equipas e sinergismos. O intuito é demonstrar como funciona o serviço de colheita e conservação de sementes no Jardim Botânico, pela “mão” e “voz” do coletor do Jardim Botânico de Coimbra, o Senhor Arménio de Matos, o principal guardião da biodiversidade. Decorrente deste trabalho é anualmente editado, desde 1868, o Index Seminum et Sporarum, um catálogo anual publicado por Jardins Botânicos de todo o mundo com a listagem de sementes que estão disponíveis para fins científicos para troca com outras instituições. O primeiro Index Seminum do Jardim continha um total de 380 espécies mas apenas 5 anos depois, durante a direção de Júlio Henriques, reunia um total de 1.839 espécies. O número máximo de 2.758 espécies disponíveis para troca foi atingido no Index Seminum de 1959, sendo nessa data Abílio Fernandes o diretor do Jardim. Desde 1997 o Index Seminum do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra encontra‐se disponível online: http://www.uc.pt/jardimbotanico/index_seminum_et_sporarum Atualmente sob a consultoria científica do Professor Xavier Pereira Coutinho, a colheita e tratamento de sementes está a cargo do colector Senhor Arménio de Matos, que está neste serviço desde 1987. O Index deste ano, 2012/2013, contém um total de 1.465 espécies da flora nativa e exótica, e de 945 espécies colhidas este ano, 119 espécies são novas ou repostas de novo no Index Seminum. Para o banco de sementes concorrem também espécies raras, provenientes de projetos de conservação, como espécies endémicas, de habitats muito restritos, como sejam as Apiáceas Daucus carota subsp. halophilus, Distichoselinum tenuifolium, Seseli montanum subsp. peixotoanum e Angelica pachycarpa (1), agora preservadas no banco de sementes e nas coleções vivas do jardim botânico. Para além da necessária monitorização das populações espontâneas, da micropropagação e valorização das espécies, sua recolha e armazenamento de sementes, também a educação e a sensibilização para a importância da biodiversidade, é fator indispensável para a sua conservação. 1. Tavares, A.C., Salgueiro, L., Canhoto, J. & Paiva, J. (2012). Iberian endemic Apiaceae: a reassessment for conservation purposes in Portugal. Studia Botanica, 29:13‐37. 21 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Alterações climáticas Loureiro, Catarina N. [email protected] A IDEIA: As alterações climáticas são boas ou más? Com este projeto pretendeu‐se, através de uma atividade de investigação prática em contacto com o espaço natural da escola, ensinar aos alunos sobe a importância dos fatores abióticos na biodiversidade e nas relações de interdependência entre as árvores e o meio que as envolve, que inclui outras plantas, animais, solo e atmosfera. O PROJETO: A atividade foi desenvolvida em 3 fases com os alunos. Na primeira, que se desenrolou na sala de aula, foi feita uma introdução teórica aos princípios básicos relacionados com a temática a investigar. Uma segunda fase, a mais complexa, desenvolvida no jardim da escola onde os alunos, de forma autónoma e recorrendo à experimentação, aprenderam sobre o funcionamento das plantas e o seu papel num ecossistema. E uma última fase, de debate e partilha das descobertas feitas durante as duas primeiras. RESULTADOS: O nível de conhecimento demonstrado pelos alunos acerca desta temática foi surpreendente. A maioria estava familiarizada com os conceitos mais importantes associados ao tema ‐ como o de efeito de estufa ou de aquecimento global – e havia um interesse generalizado em aprender mais e compreender a relação meio‐planta. Também o interesse das crianças na atividade representou uma surpresa. Os alunos adoptaram uma postura de interesse e entusiasmo em relação ao projeto, nomeadamente nas sessões de jardim, que foram sem dúvida aquelas que mais sucesso fizeram junto deles. Este entusiasmo proporcionou momentos de aprendizagem muito valiosos que se estenderam a outros conteúdos do programa, fora do âmbito deste projeto. No final das sessões os alunos demostraram ter uma melhor compreensão acerca do papel das árvores no ecossistema, das relações de interdependência que se geram entre os vários agentes de um ecossistema e das possíveis consequências para o equilibro deste em caso de alterações bruscas de um dos agentes – nomeadamente do clima. MATERIAIS EDUCATIVOS: Durante o decorrer da atividade foram produzidos diversos materiais educativos e de apoio. Foram produzidos diversos 3 painéis sobre o ciclo do carbono, efeito de estufa e constituição da atmosfera terrestre. Foi desenvolvido um caderno de registo científico para acompanhar os alunos na atividade no jardim, e um guia da atividade para docentes. No final das sessões sentimos a necessidade de sistematizar aquilo que os alunos aprenderam. Foram para isso criadas mais duas ferramentas; um póster com as principais conclusões relativas à importância das árvores para o meio, descritas pelos alunos e um e‐book interativo sobre a temática das alterações climáticas que inclui atividades práticas adequadas a alunos do 2º ciclo. 22 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
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Biodiversidade e Sustentabilidade ‐ À descoberta dos aromas Martins, M . Helena [email protected] Trabalhar com 22 alunos de dez anos, incluindo um elemento com trissomia 21 exige alguma organização e um apelo à sua parte lúdica. Assim fiz, tratei Biodiversidade e Sustentabilidade “descobrindo os aromas” .Utilizei metodologia IBSE. Imaginei a história da "ervinha" que vivia triste no pátio da escola e pedia a quem passava:“ Cheira‐me, por favor”. Este foi o lema de trabalho. Teriam de cheirar, palpar, observar, registar e fotografar. Forneci, previamente, fotografias dos locais a estudar e dos exemplares a procurar. Saíram, em grupo, para o campo, “à descoberta” ( caça ao tesouro). Após a recolha de dados forneci, mais uma vez em contexto de sala de aula, fotos dos mesmos locais do ano 2007. Compararam o que tinham observado, com o que estava registado em fotografia. Concluíram. O cartaz faz uma súmula de todo este trabalho e do material utilizado e produzido. Achei bastante interessante o trabalho, pois foram desenvolvidas competências básicas, como o explorar os sentidos. O aluno com trissomia 21 cumpriu, na íntegra este objetivo. Muitas vezes foi mais minucioso na observação que os outros. Apresentarei os guias de campo intitulados ”À descoberta dos aromas”, elaborados para os alunos, com o intuito de os orientar no trabalho de campo, e para os professores de modo a ajuda‐los numa actividade deste tipo. Também um guia de Laboratório a que chamei “O que fazer no laboratório”. Explorarei o Poster elaborado e apresentarei os resultados dos alunos numa mostra de registos. Explorarei também o poster. 23 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
“O pequeno grande mundo das microalgas” Perpétuo, Laura Soraia; Perpétuo, Natacha Catarina [email protected] Esta atividade tem como principal objetivo apresentar um pouco do projeto educativo, intitulado “O pequeno grande mundo das microalgas”, realizado no âmbito do Projeto INQUIRE 2012, com 3 turmas de 7ºAno (A, D e E) do Agrupamento de Escolas Martinho Árias – Soure. Neste projeto educativo pretendeu mostrar‐se um pouco da Biodiversidade que se esconde aos nossos olhos e ainda fazer uma breve referência às alterações climáticas e suas possíveis consequências. Apesar dos microrganismos, tais como as microalgas, passarem despercebidos no nosso dia‐a‐dia, eles existem! O tema das microalgas é pouco conhecido, ou mesmo desconhecido, tanto pelos nossos alunos como pelo público no geral, mas é um tema bastante interessante e que acaba por estar na “moda” ultimamente, devido ao recente aumento do interesse pelos biocombustíveis. Com este projeto pretendeu‐se que os alunos refletissem sobre a biodiversidade, alterações climáticas e fossem pequenos cientistas por um breve momento. Este trabalho encorajou a discussão e a colocação de hipóteses pelos alunos e estes foram desafiados a ser pequenos taxonomistas tentando, com uma chave dicotómica simplificada (em grupos de 3‐4 alunos), identificar as microalgas que lhes foram apresentadas. Durante esta tarefa exercitaram a sua capacidade de observação e espírito crítico e relembraram a estrutura e o funcionamento das chaves dicotómicas. Para finalizar a atividade foi‐lhes solicitado que, em grupo ou individualmente, elaborassem um pequeno documento sobre as microalgas (tema livre, consoante o gosto de cada um, ex.: desenho, esquema, poema, banda desenhada, história, etc.). A informação recolhida dos alunos foi então compilada sob a forma de uma brochura que foi apresentada no fim da formação. Durante esta atividade pretende mostrar‐se algum do material elaborado para o projeto educativo: guia do educador, guia do aluno, apresentação em Powerpoint, brochura (pequeno livro realizado no fim do projeto INQUIRE 2012), chave dicotómica simplificada, material obtido dos alunos, etc. Para além disso, pretende‐se ainda dar a possibilidade aos participantes do Fórum CoINQUIRE 2012 de, com a ajuda da chave dicotómica simplificada realizada para o projeto educativo e fotografias e vídeos das microalgas selecionadas (uma vez que não há possibilidade de as observar ao microscópio), fazerem a identificação das microalgas escolhidas para o projeto educativo. Espera‐se com isto dar uma breve visão do projeto realizado e permitir um maior conhecimento, por parte dos participantes, do mundo das microalgas. 24 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
As árvores em ambiente Urbano: No parque e na escola. A Importância de um recurso Natural: a água. Queirós Pinheiro, Alexandra [email protected] Objetivo: As atividades realizadas seguiram os conteúdos programáticos sendo um dos objetivo explorar alguns temas abordados no 5º ano de escolaridade através de ensino por descoberta e pesquisa. Houve uma saída de campo, jogos no recreio da escola e construção de separadores sobre o tema da água. No final quantificaram‐se os resultados para apurar a eficácia da aprendizagem por pesquisa e experimentação. As atividades relacionadas com a fito‐diversidade, no parque de Serralves e no recreio da escola tiveram resultados de Muito Bom no que respeita à identificação e/ou reconhecimento das espécies bem como na construção de fichas (B.I da árvore), sobre caracteres identificativos das espécies. Na elaboração dos conteúdos para os separadores sobre o tema da água houve um resultado positivo e ideias úteis de métodos de conservação da água potável, contudo existiram algumas dificuldades sobre alguns métodos para tratamento da água não potável. O público escolar alvo foi o 5ºano de escolaridade e aberto ao 6º e 7ºanos no jogo "Descobre a Árvore". O programa curricular alvo foi a componente botânica (reconhecer caracteres das plantas como as folhas, flores, frutos e a sazonalidade da floração e frutificação. As folhas: tipo de nervação, recorte e forma. O tipo de caule: tronco ou espique. A forma dos frutos: globosos, estrelados, encapsulados, bagas, sâmaras). A importância das florestas e a sua função na regulação do ciclo hidrológico, infiltração, escorrência e evaporação da água. O tema da água foi igualmente abordado para alertar ao seu uso regulado em ano de seca hidrológico, que no Verão de 2012 acabou por originar inúmeros fogos florestais e deixou milhares de hectares de área ardida. Os materiais elaborados para introduzir o tema das atividades foram os seguintes: O parque de Serralves em power point com alguma da flora e suas aplicações na alimentação, no bem‐estar e uso medicinal. O guião 1 produzido foi "O meu primeiro herbário" elaborado pelos alunos com 5 a 6 espécies do parque. Para o jogo "Descobre a árvore" foi elaborado um conjunto de pistas, de registos e de outras indicações para cada árvore a identificar e os alunos elaboraram os bilhetes de identidade das árvores. Para a atividade da água foi feita uma ficha para que os alunos distinguissem pelo paladar as concentrações em iões HCO3‐ de 3 águas carbonatadas. Por pesquisa e após as aulas teóricas os alunos elaboraram dois marcadores: um sobre a água potável e formas para a sua conservação e outro sobre metodologias de tratamento da água não potável. Por fim em cartolina resumiram‐se duas atividades num jogo a ser ainda pintado ou colocado em papel de cenário na escola. 25 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
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Líquenes ‐ Seres Misteriosos? Monteiro, Carina Azevedo [email protected] Este workshop permitirá apresentar os materiais pedagógicos produzidos, assim como os trabalhos realizados pelos alunos nas atividades Líquenes – Seres Misteriosos? Em simultâneo será feita uma breve descrição de todas as etapas da atividade. Avaliação dos pontos fortes e pontos fracos encontrados durante o processo de planificação/elaboração e concretização do projeto. Também serão apresentadas algumas das curiosidades dos alunos intervenientes. Haverá ainda espaço para os participantes deste workshop colocarem questões sobre a atividade. 26 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
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Estudando o Meio Ambiente através das Plantas Medicinais Batista, Olivia [email protected] A autora propõe uma apresentação artística, onde o clown Maria Zoronga,através de suas loucuras e devaneios, procura chamar a atenção para as questões ambientais. Cara a cara ou olhando para o vazio do infinito, fala de temas como o consumismo exacerbado, a sustentabilidade, o cuidado com a saúde, as plantas e os animais, mesclando músicas e poesias que buscam o envolvimento de todos os presentes para a luta em defesa da Biodiversidade no Planeta. 27 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
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Painé is
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Sementes de jardim: disseminação de cultura científica Tavares, A. Cristina ‐ Jardim Botânico/FCTUC [email protected] Desde sempre os Jardins Botânicos foram o reflexo das prioridades e valores das sociedades, espelhando a relação das pessoas com as plantas (1). Fruto dos tempos difíceis de hoje, o número de visitantes decresceu no jardim botânico. Contrariando esta tendência e tentando converter o negativo em positivo, surge um projeto para criar novas dinâmicas de cultura científica. O curso de guias do jardim botânico de 2012 foi alargado numa divulgação mais ampla, que fez eco em muitos pólos multidisciplinares e convocou 72 estudantes. Na verdade, estão representadas diversificadas valências, como a área do Direito, Biologia, Geologia, Bioquímica, Telecomunicações, Geografia, Ciências Farmacêuticas, História da Arte e Património, Comunicação e Jornalismo, Ecoturismo, Animação Socioeducativa, Psicologia, Engenharias, Letras, Floricultura e Jardinagem, Educação Física, Arqueologia e História, Medicina, Enfermagem. Aberto a alunos do ensino superior, este curso de formação tem como objetivo e conteúdos novas descobertas e conhecimentos, partilha de experiências e emoções. Alguns tópicos: Já entrou na selva tropical? Existirá uma árvore que produza uma pinha com 5 kg? E uma recordação do maior ser vivo do mundo? Sabe o que são plantas carnívoras? Existem em Portugal? Sobreviverá um panda no JBUC? Como os exemplos vivos no jardim são modelos educativos de excelência para o ensino e a aprendizagem de todos os níveis de escolaridade (2). Estes formandos serão novos núcleos de disseminação do conhecimento do jardim e vão ser agentes mobilizadores e angariadores de novos visitantes. “Gerados” nesta casa‐mãe, estas “sementes” serão capazes de “germinar” nos seus “locais de instalação” (profissionais, familiares, pessoais), “desenvolver‐se” e criar novos projetos e trazer mais pessoas e novas valências para o conhecimento e promoção do jardim – verdadeiras sementes de jardim. O curso começou, as expetativas estão em alta e a motivação e entusiasmo também. Os ingredientes são promissores e os genes têm um vigor híbrido indicador de uma expressão de efetiva qualidade. Sejamos exemplos do que pretendemos transmitir. Um bloco de apontamentos e num ambiente informal, deixemo‐nos inspirar pelo próprio jardim para o seu conhecimento. Respirar fundo e, sorridente, pensar: ing
Yes, I’ am! (Improv active mind!). 1.Tavares, AC (2008) Jardim Botânico de Coimbra: uma joia da Univers(c)idade. Newsletter da Universidade de Coimbra. http://www.uc.pt/noticias/10_2008NL/jardim.botanico 2. Tavares, AC (2011) À descoberta do mundo das plantas: um roteiro do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Editora Fonte da Palavra, Lisboa. 29 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
Alterações Climáticas, boas ou más? Loureiro, Catarina Noversa [email protected] A IDEIA: As alterações climáticas são boas ou más? Com este projeto pretendeu‐se, através de uma atividade de investigação prática em contacto com o espaço natural da escola, ensinar aos alunos sobe a importância dos fatores abióticos na biodiversidade e nas relações de interdependência entre as árvores e o meio que as envolve, que inclui outras plantas, animais, solo e atmosfera. O PROJETO: A atividade foi desenvolvida em 3 fases com os alunos. Na primeira, que se desenrolou na sala de aula, foi feita uma introdução teórica aos princípios básicos relacionados com a temática a investigar. Uma segunda fase, a mais complexa, desenvolvida no jardim da escola onde os alunos, de forma autónoma e recorrendo à experimentação, aprenderam sobre o funcionamento das plantas e o seu papel num ecossistema. E uma última fase, de debate e partilha das descobertas feitas durante as duas primeiras. RESULTADOS: O nível de conhecimento demonstrado pelos alunos acerca desta temática foi surpreendente. A maioria estava familiarizada com os conceitos mais importantes associados ao tema ‐ como o de efeito de estufa ou de aquecimento global – e havia um interesse generalizado em aprender mais e compreender a relação meio‐planta. Também o interesse das crianças na atividade representou uma surpresa. Os alunos adoptaram uma postura de interesse e entusiasmo em relação ao projeto, nomeadamente nas sessões de jardim, que foram sem dúvida aquelas que mais sucesso fizeram junto deles. Este entusiasmo proporcionou momentos de aprendizagem muito valiosos que se estenderam a outros conteúdos do programa, fora do âmbito deste projeto. No final das sessões os alunos demostraram ter uma melhor compreensão acerca do papel das árvores no ecossistema, das relações de interdependência que se geram entre os vários agentes de um ecossistema e das possíveis consequências para o equilibro deste em caso de alterações bruscas de um dos agentes – nomeadamente do clima. MATERIAIS EDUCATIVOS: Durante o decorrer da atividade foram produzidos diversos materiais educativos e de apoio. Foram produzidos diversos 3 painéis sobre o ciclo do carbono, efeito de estufa e constituição da atmosfera terrestre. Foi desenvolvido um caderno de registo científico para acompanhar os alunos na atividade no jardim, e um guia da atividade para docentes. No final das sessões sentimos a necessidade de sistematizar aquilo que os alunos aprenderam. Foram para isso criadas mais duas ferramentas; um póster com as principais conclusões relativas à importância das árvores para o meio, descritas pelos alunos e um e‐book interativo sobre a temática das alterações climáticas que inclui atividades práticas adequadas a alunos do 2º ciclo. 30 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
... da horta para o jardim Caramelo, M. Conceição [email protected] O trabalho "... da horta para o jardim" foi desenvolvido com os alunos do 8º ano de escolaridade, turmas A e B, teve por objectivo fazer um estudo e aplicação dos conteúdos letivos do 8º ano de escolaridade (Sustentabilidade ‐ Biodiversidade), utilizando o método IBSE. Iniciámos o nosso trabalho utilizando a couve, ser vivo bastante frequente nas hortas dos alunos e na horta da escola. Tocámos, analisámos, observámos e experimentámos tentando compreender o comportamento das plantas perante os factores abióticos e as relações bióticas. Utilizámos a experimentação para responder a questões colocadas no dia a dia, aplicando o método IBSE, sem que isso impedisse a continuidade no desenvolvimento dos conteúdos letivos. Para completar o nosso estudo/trabalho realizámos uma visita de estudo ao jardim botânico da universidade de Coimbra onde, sob a forma de passeio, observámos a diversidade e comportamentos de espécies tão diferentes daquelas que nos rodeiam. Desenvolver este trabalho foi sem dúvida uma descoberta pela procura ... 31 FORUM INQUIRE 2012 - Coimbra
21 e 22 novembro
À descoberta dos aromas Martins, Maria Nolasco [email protected] Trabalhar com 22 alunos de dez anos, incluindo um elemento com trissomia 21 exige um apelo à sua parte lúdica. Assim fiz, tratei Biodiversidade e Sustentabilidade “descobrindo os aromas” e utilizando metodologia IBSE. Imaginei a história da ervinha que vivia triste no pátio da escola e pedia a quem passava:“ Cheira‐me, por favor”. Este foi o lema de trabalho. Teriam de cheirar, palpar, observar, registar e fotografar. Forneci, previamente, fotografias dos locais a estudar e dos exemplares a procurar. Saíram, em grupo para o campo, “à descoberta”. Após a recolha de dados forneci mais uma vez, em contexto de sala de aula, fotos dos mesmos locais do ano 2007. Compararam o que tinham observado, com o que estava registado em fotografia. Concluíram. O cartaz faz uma súmula de todo este trabalho e do material fornecido aos alunos. Achei bastante interessante o trabalho, pois a nível do desenvolvimento de competências básicas, como o explorar os sentidos, o aluno com trissomia 21 teve um comportamento idêntico aos outros alunos. Muitas vezes foi mais minucioso na observação que os outros. 32 

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