revista - Agrária
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revista EDIÇÃO 8 03.2016 Sustentabilidade e aventura se encontraram no 1º Rally de Uso e Conservação do Solo e da Água, promovido no dia 19 de fevereiro. Ao todo, 35 veículos e 102 participantes participaram da disputa, que combinou rally de regularidade com a realização de provas de cunho educativo, que reforçaram as boas práticas em agricultura. SETE MIL LITROS DE CERVEJA, E MUITOS CLIENTES SATISFEITOS Estrutura inovadora, a cervejaria experimental da Agrária completa 1º ano RUAS DE ENTRE RIOS GANHAM NOMES OFICIAIS Antiga demanda, problema de endereçamento das colônias foi solucionado RESULTADOS DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO COOPERADO Setores mostram medidas adotadas como resposta aos apontamentos de cooperados MALTARIA III INICIA FASE DE TESTES EM MARÇO Estrutura em obras desde 2014 começa produção em caráter de experiência ÍNDICE Conceito inovador no Brasil, e um grande diferencial oferecido aos clientes, a cervejaria experimental da Agrária completa um ano em março. ESPECIAL: RALLY PROMOVE SUSTENTABILIDADE NO CAMPO Misturando aventura e educação ambiental, o 1º Rally de Uso e Conservação do Solo e da Água mostrou a importância das boas práticas de agricultura. PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO COOPERADO Demandas de cooperados transformadas em ações. A Revista Agrária traz a partir desta edição os resultados práticos da pesquisa feita com os cooperados em 2014. DIA DE CAMPO DE VERÃO Mais de 1.600 pessoas passaram pelo evento técnico anual promovido pela Agrária. STARTUP DA MALTARIA III A terceira maltaria entre em fase de testes em março. A unidade acrescentará 125 mil toneladas/ano à capacidade produtiva da Agrária Malte. RUAS DE ENTRE RIOS GANHAM NOMES OFICIAIS Uma antiga demanda da comunidade enfim foi resolvida, com a nomeação das ruas e a solução de outras questões relacionadas ao endereçamento no distrito PROJETO EXCELÊNCIA: TREINAMENTO DE USUÁRIOS FINAIS Na etapa de treinamento dos colaboradores que serão impactados pela transição ao sistema SAP, os usuários chave tornam-se multiplicadores de conhecimento. Expediente UM ANO DE CERVEJARIA EXPERIMENTAL revista REVISTA AGRÁRIA ANO II | Edição 8 | Março de 2016 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA AGRÁRIA A Revista Agrária tem por objetivo divulgar fatos relevantes pertinentes à Cooperativa Agrária Agroindustrial. É produzida e publicada mensalmente pela equipe de jornalistas da assessoria de comunicação e imprensa da Cooperativa. Jornalista responsável e editor-chefe: Klaus Pettinger Matérias e fotos: Harald Essert e Klaus Pettinger Diagramação e Direção de Arte: Roberto Niczay - Arkétipo Agrocomunicação www.arketipo.com.br Impressão: Gráfica Positiva e Editora Cascavel - PR. Contato Publicitário: Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457 Tiragem: 2.000 Exemplares. Distribuição gratuita. Os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Agrária. COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL Fundação: 5 de maio de 1951 Endereço: Praça Nova Pátria Colônia Vitória | Entre Rios Guarapuava (PR) | CEP 85.139-400 Contato:[email protected] (42) 3625-8008 Visite o nosso site: www.agraria.com.br EDITORIAL Para as gerações futuras T rata-se de um grande investimento. Custa trabalho, estudo e dinheiro, mas certamente vale a pena – os frutos serão colhidos durante muito tempo. É um fato provavelmente nunca antes tão reconhecido, que ao preservar os recursos naturais hoje, daremos mais condições às gerações futuras de se sustentar também. Essa noção é particularmente explícita no agronegócio, onde o maior patrimônio é justamente aquilo que vem da natureza: o solo e a água. E bem se sabe, eles não são eternos. Em especial, se forem explorados sem cuidado. O conceito de sustentabilidade – no sentido amplo – sempre esteve presente na Agrária. Por essa razão, investe-se tanto em pesquisa na Cooperativa: a fim de conhecer as técnicas de manejo que mais se adaptam às necessidades econômicas, mas que ao mesmo tempo conservem a estrutura e as qualidades do solo. Não só para evitar perdas desnecessárias de nutrientes do solo, aumentando o custo de produção, mas principalmente para que esse patrimônio possa ser usufruído ainda por muitas gerações. É verdade que os esforços governamentais no sentido de fazer cumprir a legislação ambiental vêm obrigando a agricultura como um todo a adequar suas atividades – sob o risco de multas e sanções legais. Contudo, para a Cooperativa Agrária essa é uma necessidade consciente; faz parte do seu jeito de ser. Essa forma de pensar é que gera iniciativas como o 1º Rally de Uso e Conservação do Solo e da Água (matéria especial desta edição), que teve como objetivo esclarecer e difundir os conhecimentos técnicos mais reconhecidos no tocante às boas práticas agrícolas. É essa consciência que faz aumentar entre os cooperados a demanda por certificações rurais. E é sua capacidade de colocar em prática as convicções de sustentabilidade que torna a Agrária – com seus cooperados, colaboradores e indústrias – referência para seus stakeholders. Assessoria de Comunicação e Imprensa Departamento de Marketing Cooperativa Agrária Agroindustrial No Colégio Imperatriz o acesso principal recebeu uma cobertura, como resposta à pesquisa Pesquisa de satisfação: Agrária cria iniciativas para atender demandas de cooperados HARALD ESSERT Q Qual é o nível de satisfação do cooperado com os diversos setores da Agrária? O que dá para aprimorar? Como prestar um serviço ainda melhor? A Pesquisa de Satisfação do Cooperado de 2014 visou responder a essas perguntas com um objetivo em vista: transformar as principais demandas em ações, dentro de cada área. “A pesquisa é a voz do cooperado, no sentido de que, através dela, o cooperado pode manifestar seus desejos, anseios e até sua 4 Revista Agrária insatisfação em relação a determinado setor da Cooperativa”, destacou o diretor secretário da Agrária, Norbert Geier. “Entretanto, a pesquisa não serve apenas para avaliar como o cooperado vê a Cooperativa ou determinado setor. Mas para orientar os nossos trabalhos com vistas a atender às suas expectativas”. As áreas retratadas nesta reportagem são o Colégio Imperatriz, a diretoria e o comercial de grãos. Em edições posteriores, a Revista Agrária trará a situação em que se encontram os planos de ação relacionados à Pesquisa de Satisfação do Cooperado em outros setores. IMPERATRIZ O Colégio Imperatriz é o setor que detém o maior volume, até agora, de ações já realizadas como resposta à pesquisa de satisfação do cooperado. São elas: garantir a fluência escrita e falada em língua alemã; reavaliar o sistema de língua alemã na educação infantil (jardim de infância); retornar o estudo da história dos suábios (alemão cultural ou Heimatkunde); reestudar o horário de início das aulas na educação infantil e no ensino básico; e solucionar as questões de acesso ao colégio. Segundo o diretor Luciano Egewarth, a fim de garantir os bons resultados no tocante ao idioma alemão, aconteceram revisões de material didático e a formação continuada dos professores de língua alemã. “Esses processos já nos levaram a ter excelentes resultados, como os 100% de aprovação no ano passado nas provas de proficiência de nível avançado”, avaliou. Luciano Egwearth: Os planos de ação já nos levaram a ter excelentes resultados no último ano Mesmo após a alteração no número de horas-aula geral (de 30 aulas de 45 minutos para 25 de 50 minutos), o colégio decidiu manter os 33% de conteúdo em língua alemã – proposta que se estende aos grupos de educação infantil. No jardim de infância a introdução à língua alemã já é feita de forma lúdica e espontânea, iniciando uma pré-alfabetização no idioma. Em relação ao retorno das aulas de história dos suábios, o desafio foi criar um meio que levasse em conta o fato de que, atualmente, menos de 40% dos alunos falam alemão em casa. Com isso, o conteúdo de Heimatkunde foi incorporado à disciplina de história – com 40 horas anuais voltadas a esse conceito, sendo metade em língua alemã e metade em português. O objetivo é tornar a história dos suábios, da Agrária e de Entre Rios de conhecimento geral dos alunos. “Dessa forma, todos os alunos têm um crescimento linguístico no idioma alemão, um desenvolvimento cultural e científico em história, e o conteúdo ainda cabe de forma adequada na grade curricular”, disse o diretor. Outro ajuste demandado pelos pais de alunos era a mudança de horário do jardim de infância, que se iniciava às 7h20, o que alguns consideravam muito cedo. Além disso, o horário era diferente do início das aulas no colégio, o que atrapalhava o cotidiano de pais que tinham alunos na educação infantil e no colégio. Com a reorganização dos horários do colégio, foi também possível reorganizar a programação do jardim de infância: ambas passaram a iniciar-se às 7h30. “Assim os alunos da educação básica têm um melhor aproveitamento das aulas, e não existe mais conflito de horário com a educação infantil”, ressaltou Egewarth. Uma demanda de muitos anos, mas que apareceu novamente na pesquisa de satisfação do cooperado foi de um acesso coberto ao prédio do colégio. A cobertura foi construída, e também foi realizado o cercamento do pátio interno do colégio, com o objetivo de controlar o acesso ao local. “Para que se saiba exatamente quem entra e sai da escola. Evitamos assim o trânsito de pessoas desconhecidas e a passagem de veículos estranhos”. Uma última iniciativa, mas que já vinha sendo buscada desde 2013, era a implantação de um novo sistema didático no Imperatriz, que se adequasse à proposta pedagógica do colégio: de formação cidadã e do estudo do idioma alemão. Após anos de avaliação, foi escolhido o sistema Poliedro. “É um método de ensino que concilia o melhor de dois mundos: é um sistema, que conta com uma editora e uma rede de suporte, mas ao mesmo tempo não é apostila”, concluiu Egewarth. DIRETORIA Último a ser aprovado pelo conselho de administração, o plano de ação da diretoria também já conta com alguns itens concluídos. Uma delas é o estreitamento da relação com o cooperado e a intensificação da comunicação. Por exemplo, pela pesquisa se percebeu que o cooperado muitas vezes desconhece o planejamento estratégico da Agrária, assim como os investimentos realizados. COMERCIAL DE GRÃOS O atendimento às expectativas dos cooperados no comercial de grãos se concentrou em torno de um grande plano de ação: melhorar a divulgação das informações de mercado e a comunicação com os cooperados. Para tal, duas iniciativas foram realizadas. A primeira foi a revisão do Portal do Cooperado, no site da Agrária, de maneira que a interface ficou mais amigável, intuitiva e organizada, facilitando o acesso às informações. “Ficou mais limpo e fácil de usar”, destacou o especialista de mercado Fernando Stoetzer. “Se o cooperado quer somente informações de soja, ele clica em ‘soja’. Os dados não ficam mais amontoados”. Fernando Stoetzer: nosso objetivo, além de informar melhor, foi chamar o cooperado a pensar diferente sobre o mercado A segunda ação foi a contratação de um serviço via aplicativo de celular, em parceria com a Agência Estado, que fornece informações de mercado em tempo real ao cooperado. “Nosso objetivo, além de informar melhor o cooperado, foi chamar o produtor a pensar um pouco diferente sobre formação de preço e mercado”, destacou. Atualmente, há cerca de 50 cooperados que acessam o sistema. Outras melhorias no setor acontecerão com a implantação do sistema SAP na Agrária. Norbert Geier: a pesquisa é a voz do cooperado, através da qual pode manifestar seus desejos e insatisfações Para isso, ficou definido que se fariam duas reuniões anuais em cada colônia, a fim de apresentar e discutir esses aspectos e outras preocupações dos associados. As primeiras ocorreram no final de fevereiro de 2016, antes das assembleias gerais. “Ali foi mostrado todo o propósito estratégico da Agrária, o SER [Segurança, Ebitda, Rentabilidade], os investimentos que foram realizados nos últimos anos, o fluxo de caixa. Tudo para que o relacionamento com o cooperado seja estreitado”, destacou a coordenadora da secretaria executiva, Marina Stoetzer Echeverria. O segundo item concerne à construção de um centro de eventos em Entre Rios. Para tal, foi constituída uma comissão, que ficou responsável por coletar informações para um projeto preliminar. Com base nos levantamentos, foi contratada uma empresa para fazer o anteprojeto. O esboço foi apresentado aos cooperados na assembleia geral, no início de março. O prosseguimento do projeto foi aprovado pelos cooperados. Marina Stoetzer Echeverria: as ações tiveram o caráter de estreitar o relacionamento com o cooperado Revista Agrária 5 ESPECIAL 1º RALLY DO USO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA: AVENTURA E SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO HARALD ESSERT U m misto de aventura com educação ambiental, o 1º Rally do Uso e Conservação do Solo e da Água, realizado em 19 de fevereiro, teve significativa adesão. Ao todo, 35 veículos disputaram o rally de regularidade, somando 102 participantes inscritos, entre pilotos, navegadores e caronas. 6 Revista Agrária O evento foi promovido por Agrária, FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), Adama, MacPonta Agro, Sementes Agroceres e Sindicato Rural de Guarapuava, com o apoio do Sistema Faep. A largada se deu logo pela manhã, em frente à sede administrativa da Cooperativa Agrária, em Entre Rios. De lá, o trajeto seguiu para estradas rurais da região, passando por lavouras, florestas, rios, cachoeiras, pontes e pastagens. O percurso totalizou 280 km, dentro dos municípios de Guarapuava, Pinhão e Candói, encerrando-se novamente no distrito de Entre Rios. Os participantes receberam aparelhos de GPS, que registraram todo o deslocamento de cada veículo, além um roteiro que indicava a rota a seguir. O objetivo era manter a regularidade, encontrar os caminhos corretos e localizar as provas de conscientização da FAPA. Antes de seguir viagem, era preciso cumprir as tarefas de cada prova, que incluíam coletar água em rios, pegar amostras de solos, medir corredores ve- ESPECIAL getais e copiar o texto de banners educativos, entre outras. O objetivo, portanto era dual: conciliar a aventura do rally – que incluía o risco de se perder durante os trajetos, e a adrenalina de manter a concentração e a regularidade entre tantos obstáculos naturais e paisagens deslumbrantes – com a difusão das boas práticas de conservação do solo e da água. “O rally atingiu plenamente esse objetivo, de difundir as boas técnicas, aliado a toda a brincadeira que foi o rally em si, a aventura”, destacou o coordenador da FAPA e da assistência técnica da Agrária, Leandro Bren. “Pelo comentário dos participantes, todos ficaram satisfeitos e acharam interessante a proposta do rally. E já estão me cobrando um próximo evento”. Além de cooperados da Agrária, tomaram parte outros produtores rurais da região de Guarapuava e representantes da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná) e do governo estadual, por meio da Emater e da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento). PROVAS Todas as provas tinham cunho didático – algumas mais dinâmicas, outras mais de observação e leitura. O piloto deveria parar no ponto da prova, e um dos ocupantes (fosse o navegador ou algum carona) descia para realizar a atividade. A equipe só poderia continuar quando houvesse completado a tarefa. Após a largada, os veículos seguiram para a FAPA, onde ocorreram as primeiras provas. De lá, o comboio se deslocou por estradas rurais entre as colônias até uma trilha (o trecho mais tortuoso) que passava pelas serras dos rios São Jerônimo e Pinhão, até chegar à cidade de Pinhão, onde o roteiro acompanhava outro emaranhado de estradas de chão. Um verdadeiro desafio não se perder, por bifurcações, rios, campos e áreas de mata. Se uma equipe se perdesse e não passasse por um dos pontos de prova, valiosos pontos seriam perdidos. Revista Agrária 7 ESPECIAL As provas incluíam: medir a profundidade de um mulching vertical (técnica de manejo de enxurradas em sistema de plantio direto), medir a largura de um canal vegetado, coletar água (e verificar a qualidade da água com base na situação do solo), anotar textos dos banners informativos, verificar qual o problema de conservação de solo em determinados pontos e pegar amostras de solo. Ao longo do trajeto, foram vistos diversos métodos e técnicas de conservação do solo e da água, e também situações de degradação devido à falta de manejo correto. 8 Revista Agrária PARTICIPANTES O objetivo das provas de coleta de amostras de solo e água foi mostrar o manejo correto do solo, além de evidenciar os benefícios que técnicas como o plantio direto, terraços e outras formas de prevenir a erosão e a perda de nutrientes do solo. “Durante as provas vimos a clareza da água nos locais em que o solo era bem manejado, além do canal vegetado e outras técnicas. Tudo muito válido. Claro que o rally é bastante corrido, e não permitia prestar atenção em tudo, mas certamente aprendemos muito”, disse o cooperado Ricardo Leh, cuja equipe ficou em quarto lugar na competição. ESPECIAL do solo e da água. “Tem pessoas que participaram do rally e que nem imaginavam que a Agrária está tão preocupada com a sustentabilidade. Afinal, o agronegócio tem que ser comprometido com o futuro, com a sustentabilidade do negócio”. O rally foi vencido pela equipe de Roberto Cunha e Renê Bandeira, e em terceiro lugar ficou a dupla Rosni Vicentin Ferreira e Cícero Kuntz. Foram premiadas as equipes do primeiro ao terceiro lugar. Em sua opinião, além de tudo o passeio valeu a pena por dar a possibilidade de conhecer melhor a região. “Tinha vários tipos de obstáculos, deu para ver bastante paisagens, bastante lavoura, que normalmente não veríamos, porque no dia a dia fazemos sempre os mesmos trajetos. A gente chegou a se perder umas duas vezes. O roteiro estava difícil, e tinha bastante pegadinhas, uns cotovelos, bifurcações. Foi ótimo”. Equipe mais bem colocada entre os cooperados da Agrária, o grupo de Maximillian Karl ficou na segunda posição geral. Para ele, o evento foi uma oportunidade de mostrar aos demais produtores e também aos representantes de outros órgãos o quanto a Agrária se preocupa com as questões de conservação Revista Agrária 9 DIA DE CAMPO DE VERÃO trouxe assuntos relevantes sobre culturas da época e hortaliças HARALD ESSERT N em o tempo instável foi capaz de afetar o interesse de cooperados, estudantes, pesquisadores e produtores de região pelas palestras e exposições do Dia de Campo 2016. O evento foi realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro nos campos da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária). Mais de 1.600 pessoas passaram pelo evento, incluindo visitantes estrangeiros, como produtores argentinos e do corn belt americano. Além das estações da própria FAPA, nas quais pesquisadores falaram sobre estudos e inovações na área de culturas de verão, hortaliças, maquinário e técnicas de manejo, houve 36 empresas expositoras. As estações da FAPA eram de entomo- 10 Revista Agrária logia, fitopatologia, mecanização agrícola, milho e fertilidade do solo, feijão e a estação soja. Além dos pesquisadores da FAPA, houve colaboração de técnicos e pesquisadores da Embrapa, de universidades e de empresas do ramo agrícola. O Dia de Campo contou com três palestras especiais de convidados, sendo duas no primeiro dia – a pesquisadora Claudia de Mori, da Embrapa, e o consultor tributário Ênio Paiva – e um no segundo: o médico geriatra Marcos Cabrera falou sobre envelhecer com qualidade de vida. Na tarde do dia 25 houve ainda uma aula sobre sustentabilidade na agricultura – econômica, social e ambiental – ministrada pela gerente geral da SAI Platform (Sustainable Agriculture Initiative), companhia que difunde as boas práticas na agricultura em todo o mundo, Peter-Erik Ywema. DIA DE CAMPO DE VERÃO PALESTRAS Em sua aula sobre a sucessão trigo-soja, a pesquisadora Claudia de Mori mostrou, através dos resultados obtidos em dois anos de acompanhamento da safra na região de atuação da Agrária, que a sucessão das culturas de inverno com a soja é benéfica em vários sentidos: dilui os custos de produção, aumenta a renda anual, diversifica as atividades (reduzindo os riscos) e ainda favorece o desenvolvimento regional ao abastecer as indústrias da Cooperativa Agrária. “A cultura de inverno contribui para a questão dos custos fixos. E outra questão importante é a diversificação. Temos que olhar a agricultura como parte integrante de uma região, que está calcada nela. Tem toda uma rede de economia que se apoia nela”, explicou Claudia. Claudia explicou que, para que esse sistema seja bem sucedido e não gere conflito entre as janelas de semeadura das culturas, é preciso fazer uma “sintonia fina”. Ou seja, planejar com antecedência quais categorias de cultura (precoce, ciclo médio ou tardio) serão cultivadas nas safras de inverno e de verão. Na palestra sobre tributação rural, o consultor Ênio Paiva explicou as diversas formas de tributação em cada modalidade de produção (sociedade, parceria, etc.), e deu dicas sobre como organizar a atividade rural de maneira profissional, a fim de evitar problemas com o Fisco. Ele também mostrou que, ao fazer uma gestão inteligente e organizada, é possível reduzir consideravelmente a carga tributária. “O produtor rural se tornou um alvo para a Receita. Ano passado, em torno de 43% do PIB [produto interno bruto] brasileiro veio do agronegócio. E nós sabemos que o produtor não está preparado administrativa ou tributariamente com tudo aquilo que uma empresa ou uma sociedade demanda”, destacou. De acordo com ele, uma propriedade bem organizada e gerida como uma empresa consegue ser muito mais eficiente na questão fiscal e tributária. “Então estamos propondo uma reestruturação, de forma que não atrapalhe o dia a dia operacional do produtor, mas que lhe dê condições de reduzir a carga tributária”. A última palestra foi do médico Marcos Cabrera, que falou sobre como ter (e envelhecer com) mais qualidade de vida. Em clima bem humorado e, em vários momentos, até cômico, o geriatra falou sobre relações interpessoais (conjugal, de amizade e de família em geral), e como elas influenciam a felicidade individual. Cabrera inclusive arrancou gargalhadas do público com comentários sobre sexualidade e o comportamento diverso de homens e mulheres em relação ao assunto. Ele trouxe ainda a mensagem de que o cuidado com a própria saúde – o que inclui não só tratar e prevenir doenças e cuidar do corpo em geral, mas também viver com qualidade e com boas amizades – mais do que do trabalho e da atividade econômica. DIVERSIFICAÇÃO Cada vez mais o Dia de Campo de Verão se expande na direção de outras culturas, que não apenas os grãos mais típicos – milho, soja e feijão – justamente como resposta ao crescente interesse dos cooperados em diversificar as atividades e rentabilizar mais as propriedades. Uma estação da FAPA, inclusive, tinha como temática as hortaliças. Nesse estande, foram apresentadas várias culturas alternativas, como batata, tomate e cebola, assim como as diferentes técnicas de manejo. Na estação feijão, os pesquisadores mostraram como a cultura tem ganhado espaço na região, expuseram as peculiaridades e cuidados no manejo – que é mais sensível à compactação e à falta de nutrientes do solo – e apresentaram as diferentes variedades que disponíveis no mercado, incluindo algumas novidades, com cultivares mais precoces e sem perda de produtividade. Revista Agrária 11 CERVEJARIA EXPERIMENTAL: um ano de muitas criações 12 Revista Agrária O 1º ANO DA CERVEJARIA EXPERIMENTAL EM NÚMEROS: HARALD ESSERT C onceito inovador no Brasil, a cervejaria experimental da Agrária completa um ano em março. Com o propósito principal de auxiliar os clientes da Agrária Malte – em especial as médias, pequenas e microcervejarias – a desenvolver novos produtos e a testar receitas, a estrutura também assumiu outras funções: experimentar o comportamento no copo de novas variedades de cevada, e produzir cervejas comemorativas para os cooperados. O sucesso foi instantâneo. Em pouco tempo, os clientes haviam esgotado a agenda para criar suas novas receitas, e a lista de espera passou a ser de meses. A satisfação também foi grande. Segundo o mestre cervejeiro da unidade, Alexander Schwarz, grande parte dos clientes que usaram a cervejaria experimental fez novos agendamentos em seguida. “A situação das cervejarias hoje é a seguinte: a capacidade produtiva delas está no máximo, então não há espaço ou tempo para produção de novas receitas. Além disso, como eles têm equipamentos muito grandes, testes acabam necessitando de grande quantidade de insumos, o que representa um custo elevado”, explicou Schwarz. “É para isso que investimos na cervejaria experimental”, acrescentou. “Para disponibilizar nosso equipamento, nosso know-how e as matérias primas de primeira qualidade que a Agrária Malte oferece. Aqui ajudamos a cervejaria a produzir sua receita, sem que ele tenha que ocupar a própria estrutura física”. Esse modelo é comum na Europa, de onde saiu a ideia de fazer uma cervejaria experimental na Agrária. A maltaria alemã Weyermann®, por exemplo, também abre um espaço para seus clientes testarem novas receitas – promovendo, claro, os próprios insumos. Para a Agrária, da mesma forma, o benefício é potencializar as vendas de seus produtos. “Aqui nós desenvolvemos as receitas em cima dos nossos próprios insumos; o que não é nenhuma dificuldade porque a Agrária Malte tem de tudo e do melhor que um cervejeiro precisa”, afirmou Schwarz. “Nós temos a linha completa, então fica fácil trabalhar uma ideia de receita. E a partir do momento em que se faz uma receita campeã, que agrada o cliente, ele não vai se arriscar a mudar de matéria prima. Ele se manterá fiel”. FUNDAÇÃO A cervejaria experimental da Agrária foi inaugurada em 15 de março de 2015. A instalação da unidade teve o apoio intensivo da parceira Weyermann®, da qual a Agrária é representante exclusiva no Brasil para venda de maltes especiais e extratos de malte. A maltaria alemã doou os equipamentos de brassagem e ainda disponibilizou sua expertise na área para ajudar a projetar a unidade. A Agrária Malte é atualmente a única maltaria na América Latina que conta com a própria cervejaria experimental voltada aos clientes. Revista Agrária 13 Frank Nohel: é um serviço adicional muito importante que estamos prestando aos clientes “É um grande diferencial”, declarou o gerente da Agrária Malte, Frank Nohel. “Tivemos um excelente feedback dos nosso clientes nesse primeiro ano. Afinal, é um serviço adicional muito importante que estamos prestando, possibilitando o teste de novas receitas, experimento de novos produtos e adjuvantes. A resposta dos nossos clientes está sendo muito boa”. ASSESSORAMENTO Muito além de oferecer estrutura para criar novas receitas, a equipe da Agrária Malte realiza um assessoramento especializado aos clientes. Após concluir a produção, o cliente recebe um laudo completo da cerveja feita pelo laboratório, sobre o nível de amargor e concentração de álcool, além de uma avaliação sensorial de degustação feita por três biersommeliers. “Nós usamos uma metodologia internacionalmente reconhecida, que utiliza 50 pontos divididos em diferentes categorias (aromas, sabores, estabilidade, aparência, estabilidade de espuma, etc.). Cada sommelier faz uma avaliação e aponta ‘essa cerveja está muito boa’ ou ‘poderia melhorar aqui e aqui’. É uma base importante para o cervejeiro fazer os ajustes necessários”, informou Alexander Schwarz. O cliente pode ainda levar a produção para apresentá-la à própria empresa, para que seja feita toda a avaliação mercadológica se o produto, e de que forma, será lançado. O laudo de O mercado brasileiro de cervejas especiais está em crescimento, na opinião do mestre cervejeiro Alexander Schwarz 14 Revista Agrária laboratório pode ser usado inclusive para fazer o registro do produto no Ministério da Agricultura, caso a cerveja venha a ser produzida comercialmente. então, a Siedler Bier foi entregue como brinde a cooperados, pioneiros e clientes. Agora, uma segunda cerveja comemorativa está sendo lançada: a Schwaben Mädl. CEVADA MERCADO BRASILEIRO Outra função importante da cervejaria experimental são os testes para verificar como novas variedades de cevada se comportam no copo – ou seja, se são adequadas à produção de cerveja. Esses experimentos são relevantes para avaliar se determinadas variedades serão produzidas pelos cooperados da Agrária. “Nós precisamos saber se o malte feito a partir dessa cevada produzirá uma boa cerveja. Porque experiências do passado mostram que nem sempre uma cevada boa no campo, em termos de produtividade, resulta numa cerveja boa no copo, e vice-versa. Então a Agrária sempre busca conciliar e equilibrar as duas coisas – para que seja boa para o cooperado e boa para o cliente”, disse o mestre cervejeiro. Para isso, as novas cultivares de cevada são primeiramente micromalteadas. A partir desse malte, se produz uma cerveja padrão, que passa por avaliações analíticas e sensoriais, a fim de verificar se ela é boa para a indústria cervejeira. CERVEJAS COMEMORATIVAS Quando foi inaugurada, há um ano, a cervejaria experimental já havia produzido uma cerveja para celebrar sua abertura: a Siedler Bier – cerveja que homenageou os pioneiros suábios que colonizaram o distrito de Entre Rios e fundaram a Cooperativa Agrária. Desde O gosto do brasileiro por cervejas especiais está em franca ascensão – o que fica claro pelo número de micro e pequenas cervejarias que têm despontado no país. Por essa razão, a cervejaria experimental também surge em um momento oportuno, em que o mercado pede o desenvolvimento de cervejas cada vez mais elaboradas e que correspondam ao paladar do público consumidor. “O foco principal das receitas produzidas na cervejaria experimental é de cervejas diferenciadas, com muito malte, maltes especiais e carregadas de especiarias”, afirmou Alexander Schwarz. “Os nossos clientes vêm com vontade de experimentar ideias novas, e isso é muito interessante – fugir um pouco do que é comum”. Em sua opinião, não só houve um intenso desenvolvimento da cultura cervejeira no Brasil, no sentido de que a cada momento surgem novos cervejeiros, como também a qualidade dos produtos melhorou consideravelmente. “Esses cervejeiros estão muito mais profissionais hoje do que eram há cinco ou dez anos, quando esse mercado era quase insignificante”, avaliou. “Tanto que quando começamos a vender os maltes especiais em 2005, mal se conhecia malte defumado no Brasil, por exemplo. Hoje se conhecem todos os tipos de malte, lúpulo e adjuvantes. No país, se produzem centenas de variedades de cerveja atualmente”. TERCEIRA MALTARIA INICIA FASE DE TESTES HARALD ESSERT A maltaria III da Agrária Malte entra em startup, ou fase de testes, no mês de março, ingressando em uma das últimas etapas antes de efetivamente começar a operar. Nessa fase, são realizados testes para avaliar e fazer ajustes nos equipamentos. A expectativa para iniciar de fato as atividades na terceira maltaria são grandes, na opinião do gerente da Agrária Malte, Frank Nohel. “Aguardamos o início das operações da maltaria III, uma vez que é um investimento importante para a Agrária, a fim de atendermos a demanda de malte no Brasil”, destacou. Quando estiver em operação, a maltaria III possuirá capacidade de produzir 125 mil toneladas de malte por ano. Com isso, a capacidade total de produção da Agrária Malte terá atingido 350 mil toneladas anuais. Segundo o coordenador da indústria de malte, Vilmar Schüssler, durante a fase de testes a produção serão normal, mas com capacidade e ritmo reduzidos – em outras palavras, a produção será feita mais lentamente, a fim de acompanhar com mais acurácia o comportamento da estrutura e dos equipamentos em cada etapa. “A terceira maltaria é uma unidade que vem com algumas melhorias em relação a alguns pontos do processo”, afirmou. “Ela vem acompanhada de mais automatismo e de um maior nível de controle do processo”. A expectativa é que a maltaria III entre em operação plena a partir de julho. Vilmar Schüssler: a maltaria III vem acompanhada de mais automatismo e de mais controle do processo Capacidade da maltaria III, quando concluída: 125 MIL TONELADAS/ ANO Capacidade da Agrária Malte com a maltaria III: 350 MIL TONELADAS/ ANO Revista Agrária 15 ESPECIAL RUAS DE ENTRE RIOS GANHAM NOMES OFICIAIS HARALD ESSERT U m antigo anseio da comunidade de Entre Rios foi enfim atendido. Em uma ação conjunta da Associação Comunitária Central de Entre Rios, Cooperativa Agrária e Fundação Cultural Suábio-Brasileira, foram definidos os nomes oficiais de todas as ruas das cinco colônias – Vitória, Jordãozinho, 16 Revista Agrária Cachoeira, Socorro e Samambaia. Os projetos foram aprovados pela Câmara Municipal e sancionados pela Prefeitura de Guarapuava no final de 2015. Desde a criação das colônias, há mais de 60 anos, a maior parte das ruas de Entre Rios – com exceção de avenidas e vias principais – nunca havia sido propriamente nomeada, e era referida apenas pelo seu número de projeto (Rua A, B, Um, Dois, etc.). Da mesma forma ainda ocorre com o CEP, que é único em cada colônia. Essa situação causa uma série de problemas. Como os nomes de rua não são oficiais, eles não constam do cadastro dos Correios, o que dificulta a entrega de encomendas e correspondência. A dificuldade em geral sobra para os carteiros, que se obrigam a conhecer a maioria dos moradores por nome, a fim de encontrar o destinatário. Sérgio Cacilho: o endereçamento sempre foi um problema para Agrária e comunidade Claudio Marath: era uma melhoria aguardada havia muito tempo Johann Vollweiter: facilitará a vida de moradores e empresários “Essa é uma antiga necessidade”, destacou o coordenador de serviços corporativos da Agrária, Sérgio Cacilho Filho. “Sempre foi um problema para a comunidade e para a Agrária, principalmente para receber correspondências, fazer compras pela internet ou mesmo realizar compras, no momento de fazer o cadastro na loja”. Segundo o presidente da Associação Comunitária Central, Claudio Marath, esse processo resolve uma série de dificuldades. “Trata-se de uma grande mudança para os moradores. Algo que já era aguardado havia muito tempo”. A questão do CEP atualmente está sendo validada junto aos Correios, de maneira que cada rua receba o devido Código de Endereçamento Postal. A etapa seguinte é a retificação dos números de residências. Outro problema de endereço que ocorre em Entre Rios é a falha na numeração das residências: em algumas ruas elas não seguem a sequência correta, e em certos casos há inclusive a repetição de números. Em breve, uma equipe da Prefeitura, com o apoio da Agrária, fará essa verificação in loco, conferindo os números definitivos a cada residência. Dessa forma, se encerrará o processo de retificação do endereçamento no distrito. “Isso facilitará muito a vida dos moradores e também dos empresários”, avalizou o representante da Colônia Cachoeira na Associação Comunitária Central, Johann Vollweiter. ESCOLHA DOS NOMES A seleção dos nomes das ruas seguiu uma série de critérios. O objetivo foi gravar nas nomenclaturas a história dos suábios – desde a Europa, partindo da região de origem no Leste europeu, até o início da colonização no Brasil. Os nomes foram definidos por uma equipe da Fundação Cultural e do Museu Histórico de Entre Rios. Segundo a gerente sociocultural da Agrária, Viviane Schüssler, a listagem dos nomes levou algumas semanas para ser concluída, e demandou pesquisa em livros e mapas do museu. “Temos a permanente preocupação de cultivar a tradição e de manter viva a memória dos bravos pioneiros que vieram colonizar as terras de Entre Rios”, afirmou. “Portanto, nosso objetivo ao selecionar esses nomes foi passar a história para as gerações futuras. Com isso, resolveu-se sugerir uma lista de nomes que tivessem alguma ligação com a trajetória dos suábios do Danúbio”. Para um dos pesquisadores envolvidos na seleção, o assistente histórico do museu Roberto Essert, esses nomes também ajudam a reafirmar a cultura da população de Entre Rios. “Além de manter Viviane Schüssler: foram sugeridos nomes ligados à história dos suábios Roberto Essert: as denominações das ruas destacam a identidade local uma ligação entre a história dos nossos pioneiros e as gerações futuras, essas denominações destacam a identidade local”, ressaltou. Revista Agrária 17 RU A NE US AT Z RU BU A CA RE ST E SAMAMBAIA AV EN IDA S EN NA T p/ C PR IDA olô n OV UA ia Jo EN rdã oz inh o CE UA U AP NA AR LE GU a puav uara IDA AU AV BA R p/ G EN A OL RU NS H NIK HA LIC AV DIP VA RO RU MÊ NIA A AR GÓ AS ES A nia olô p/ C ia ba am m Sa RU TIG JORDÃOZINHO RUA IDA A DA VIEN A ER LEICH IM I AV E N KASP BERL STIAN VONI ÃO E JORD ANHA ESLA PA D R IDA ALEM ER RUA E SEBA RUA AV E N PA D R AV E N IDA RUA AV E N GRUB ELIN WEND T o p/ C lôn ia Vi t ia Revista Agrária ór 18 URT BRA DOS A SIL PE EUG ÊNI Cacho eira REB NCI lônia O p o /C lôn corro ia So RUA PRÍ AV E N I D A p/ Co ZAG A RUA NID E FRA NID RUA AV E IQU NKF BEL THE IA AV E MAR RUA MUN OS A GRA NID SUÁBI AV E DO RES IA p/ Colônia Samamba ia SOCORRO CACHOEIRA G A A ID P A O P P D E IL IP p / C o lô n ia IG R A H IM ID A AD A I DI NE N N P O V A S K E VV AA A U R T A H N B C E A V U N V A R Ê O Vit ó ri a N T E P A T O R P O R A S T A T T A K U IS I AI A RR TT SS UU ÁÁ S A R B R L A V E N ID A D O N A U G E H R IN G R U A Revista Agrária 19 ho zin dão Jor nia olô C p/ MOOR O IO LÉG IZ CO RATR E IMP A CH A U G SC O Çà IA AV RU N Á R A PA RU TO EN AM NG LU IRA S GA AR IO V TÚL GE CK BU II LA . J. RS AM GE Á RA AP LO O A AM RU CO RO PED D. GE N WA ER AS RN A RU TO OB NE AN ra TI UE LB ei A ÍLIO SIQ E. A AP HIA A PE RU IS A RU MIN BA A I RO ED D. P RU D RA EM DE RU A INS RU NT RU O OR OD DE A NH SPA R. E SA PR STO A CA Revista Agrária A R. RU TO A RU A ND OLA R. H L Á IA R. IT A TIN EN RG AI R. A GU RU R. U AL CH RE MA IÁS GO O EIR AN EJ LO IO D PAU R. R ÃO R. S SO OS GR ATO Á R. M AP M AA RU INA TAR CA TA. AS RU L SU DO DE AN GR IO AR RU 20 O S DR DO ES PE ÍSA IGU LO RODR AE RU NTOS SA A A RU TIA A NID RU S O EIR JAN DE A TE IO R. R RU EN E AV N É LV HE DE aC AD O AV NID E AV E AV PO M CA A TIN EN RG R. A R L TO SE TRIA A US ATIV D R IN PE RIA O CO GRÁ A IDA A MIA A A A I D E N AV TIR TH O NT A A E AV SIR RU NID S S MA IRO MIC MU S NID AV EN IDA NE BE CO AN PA CIS RO DO FR F PIO D PA RE A AN EF MO . SE NH PE EU RU ST Z AR HW IO MA DE A5 RIA Á R AG EDE S RU JO PE A TIN EN RG R. A i olôn p/ C VITÓRIA O ID EN UIA ÓQ EL PARMIGU S. ER E AV o à HA N NB OZ IXO A SE ME DE TE JO A AL BA DA R WU OR A VIA SLÁ GU R. IU h ac H EL CI DA OÁ TO RU ELS RA IN RO CR R. W IE AV P R NE RIA F NZ A RU R. B NG CH LI R. IA HU RO L NT CE TURA L CU L ITA SP HO RS ÊM E PE BO QU R. DE R. A RI IA ERV R. S A RD LA RU ZU AVENIDA MICHAEL LH TO 25 CE A RU JU DE tra Es ão ord /J p da EN TE S A D PA RE C OS AR PU HL PROJETO EXCELÊNCIA DÁ INÍCIO AO TREINAMENTO DOS USUÁRIOS FINAIS HARALD ESSERT O Projeto Excelência iniciou processo validou o mapeamento do usuário no último dia 14 de março final. Com essas validações, a equipe de GMO a etapa de treinamentos (Gestão da Mudança Organizacional), em dos usuários finais. Nes- conjunto com os usuários chave, vem consse momento, os usuários truindo a grade de treinamento, definindo chave assumem o papel data e local para a realização dos cursos. de multiplicadores de conhecimento, disseminando A liberação de acesso aos módulos a informação aos colaboradores que serão impactados pela se baseará em dois critérios: a transição ao sistema SAP. participação integral nos cursos, e Na atribuição de instrutores, os usuários chave passaram o aproveitamento de mínimo 80% por qualificação técnica, com das questões da avaliação que orientação metodológica para será aplicada ao término de cada multiplicação do conhecimento, e instruções sobre os aspectreinamento. tos comportamentais em sala de aula, resultados das lições aprendidas, críticas e sugestões das áreas de negócio da 1ª Onda. O treinamento dos usuários finais é de grande importância, uma vez que garante a capacitação, o conheciNo dia 22 de fevereiro iniciaram-se os treimento e a inserção do SAP na rotina de traba- namentos em navegação básica no SAP. Esse lho dos colaboradores. curso tem como objetivo repassar conhecimenPara o planejamento dos cursos foram tos sobre a visão geral da 2ª Onda de implanelaborados os chamados “kits de treinamen- tação, explicar os conceitos do SAP, repassar to”, que consistem na identificação das ne- noções sobre as particularidades do sistema e cessidades de repasse de conhecimento, revi- disponibilizar exercícios práticos de navegação. são de processos e impactos organizacionais Nessa fase foram treinados 175 colaboradores. e estudo dos perfis de acesso. Este material é Esse treinamento é focado nos colaboraelaborado em duas etapas: dores que ainda não possuem acesso ao sis- Manfred Majowski: queremos iniciar o Go Live da 2ª Onda com o pé direito NAVEGAÇÃO BÁSICA IMPORTÂNCIA DO ENGAJAMENTO 1. Elaboração do catálogo de treinamento (lista de cursos visando contemplar todas as transações SAP configuradas nesta onda, bem como todos os impactos mapeados nos processos); 2. Elaboração do currículo de treinamento (identificação dos perfis de treinamento, mapeamento do usuário final e elaboração da trilha de treinamentos para cada um dos perfis). Finalizado o kit de treinamento, os analistas de TI e usuários líderes validaram as informações técnicas, enquanto o dono de tema, de maneira que ele é pré-requisito para os demais cursos. TESTE DE REGRESSÃO Com o objetivo de testar as novas funcionalidades a serem implantadas na 2ª Onda, integrando-as com os módulos que estão em produção desde janeiro de 2015, está sendo planejado o teste de regressão. Esse ciclo busca evitar o surgimento de problemas nos módulos que já passaram pela implantação. Tendo em vista o Go Live da 2ª Onda do Projeto Excelência, o vice-presidente da Agrária, Manfred Majowski, ressalta a importância do engajamento no dia a dia de todos os colaboradores envolvidos com a implantação do SAP. “Esses colaboradores exercem uma função imprescindível. É importante que todos colaborarem e vejam a importância desse trabalho, porque qualquer falha no sistema pode comprometer o início, trazendo sérias dificuldades às nossas indústrias e aos nossos clientes”, enfatizou. Sobre a fase de treinamentos dos usuários finais do SAP, Majowski ressalta a seriedade do momento. “Que cada um se preocupe em compreender o sistema, saber como ele funciona. Afinal, trata-se de uma grande mudança. O dia decisivo está chegando, e pequenos problemas podem surgir, mas queremos realmente começar com o pé direito, de maneira que o Go Live ocorra com o mínimo de problemas possível”. Revista Agrária 21 FOTO COOPERATIVA FOTO COOPERATIVA CONVOCA LEITORES A RETRATAR CACHOEIRAS DE ENTRE RIOS HARALD ESSERT B elíssimas fotos – retratando os contrastes do verão da região, entre dias de sol intenso e pancadas de chuva – chegaram à assessoria de imprensa da Agrária ao longo do último mês. As selecionadas podem ser conferidas a seguir. Este ano, assim como em 2015, a Revista Agrária promove o concurso Foto Cooperativa. Isso significa que as fotos enviadas para esta seção, e que retratem o dia a dia da Cooperativa, seja nas indústrias, prédios administrativos ou em propriedades de cooperados, estão automaticamente inscritas no concurso, que será realizado no final do ano. Uma equipe de profissionais da fotografia julgará as imagens. Mas este ano, o concurso faz uma proposta diferente, como pode ser lido na próxima página. Nesta edição, podem participar também imagens de cachoeiras de Entre Rios. Fotos para a seção Foto Cooperativa podem ser enviadas para: [email protected] ou [email protected]. Esta cena de colheita foi registrada pela cooperada Verena Weicher Potulski, em sua propriedade no Tocantins. Um final de tarde de tirar o fôlego. O colaborador Klaus Pettinger (Marketing) enviou essa foto que mostra a obra da terceira maltaria, ao longe. Os campos de soja e as araucárias complementam a composição. 22 Revista Agrária FOTO COOPERATIVA O colaborador Robson Noriaki Amano (Assistência Técnica) aproveitou a Noite de Campo, realizada em 4 de março, para fazer essa imagem deslumbrante. Dois pombinhos se arrulham em uma árvore próxima à sede administrativa da Agrária, nesta imagem da colaboradora Mariza Guimarães Pacífico (Gerência de Negócios Óleo e Farelo, Grits e Flakes). Para ela, esse momento retrata o cooperativismo: “A cooperação é a convicção de que só se chega à meta se todos chegam juntos”, escreveu. ENVIE-NOS SUA FOTO DE CACHOEIRA Quem gosta de caminhar pela área rural, ou fazer trilha de moto ou jipe, pode aproveitar para tirar belas fotos das cachoeiras que há nas imediações de Entre Rios. Este ano, essas fotos podem concorrer no concurso Foto Cooperativa. Basta enviá-las para publicar nesta seção. Não precisam ser fotos atuais, e podem ter sido tiradas até dois anos atrás. Mas é preciso identificar a cachoeira e sua localização. Essa iniciativa é para auxiliar a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Guarapuava a fazer um banco de imagens das cachoeiras da região. Por isso é importante mandar os dados, sobre a data aproximada em que ela foi tirada, além da localização. Coordenadas de GPS também são bem-vindas. Revista Agrária 23 FATOS E NOTAS Nutrição Animal participa da 5ª ExpoCrioulo de Verão O Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava realizou, entre 24 e 27 de fevereiro, a quinta edição da ExpoCrioulo de Verão, no parque de exposições Lacerda Werneck. O evento contou com patrocínio da Agrária Nutrição Animal, que também esteve presente com estande, representantes comerciais, supervisores técnicos e equipe de marketing. Ao todo, participaram mais de 60 criadores, com um montante de 152 animais, dos quais 58 confirmados, 33 incentivos e os demais para resenha. Agrária realiza 65ª Assembleia Geral Ordinária A Cooperativa Agrária Agroindustrial realizou a 65ª AGO (Assembleia Geral Ordinária), no dia 5 de março. No total participaram 101 cooperados, além de colaboradores e outros participantes. A reunião anual foi realizada no Centro Cultural Mathias Leh, onde foram prestadas contas a respeito de 2015 e prospectados os planos para o exercício 2016. Imediatamente em seguida, foi realizada uma Assembleia Geral Extraordinária, a fim de discutir e votar aspectos de interesse geral da Cooperativa. Doações do rally são entregues ao Lar Canaã Para se inscrever no 1º Rally de Uso e Conservação do Solo e da Água, cada participante deveria entregar 10 kg de alimentos. Essas doações – somando mais de 1.200 kg – foram entregues à Associação Canaã de Proteção aos Menores, instituição que fica em Entre Rios e atende crianças órfãs ou em situação de risco social. Segundo o coordenador da FAPA e da assistência técnica da Agrária, Leandro Bren, a entidade foi escolhida devido à sua relevância social e por precisar do apoio da sociedade para manter a qualidade dos serviços. “As ações sociais estão presentes no dia a dia da Agrária”, destacou Bren. “São ações de grande importância, pois fazem com que a estrutura de pessoas da Agrária reflita sobre o seu papel para transformar a sociedade em um lugar mais justo e com mais oportunidades”. 24 Revista Agrária Festa a Fantasia do Jugendcenter O Jugendcenter promoveu uma Festa a Fantasia no dia 27 de fevereiro. A cantora Izadora Fernanda e banda animaram a festa com ritmo sertanejo universitário. Como incentivo, os ingressos tinham valor diferenciado para quem compareceu fantasiado. Festival Brasileira da Cerveja em Blumenau A Agrária Malte participou do Festival Brasileira da Cerveja, em Blumenau (SC), maior evento do ramo cervejeiro do país. O festival reúne as principais cervejarias e empresas do ramo de insumos do país. A Agrária, mais do que comparecer com a equipe comercial, em um estande de 170 m², exerceu um papel ativo durante o evento. A Cooperativa foi patrocinadora do festival, e teve em seu estande membros de sete parceiros comerciais: Weyermann®, HVG, Lallemand, Crisp Malt, Alpine Hops, Prozyn e Bio4. Além disso, a convite da Agrária, alguns desses parceiros realizaram palestras técnicas. A Cooperativa Agrária também entregou prêmios aos vencedores do concurso de cervejas, nas categorias Cervejarias, The Best of Show Experimental e The Best of Show Comercial. AGRONEGÓCIO SIMPÓSIO DE NOZ PECà NO RS No dia 28 de abril, ocorrerá o 4º Simpósio de Noz Pecã, no município de Anta Gorda (RS). Ao longo do dia, haverá apresentações de palestrantes brasileiros e argentinos, seguidas de visitação a pomares de pecã na região. A participação é gratuita. Um dos palestrantes é o agrônomo Júlio Medeiros, dos Viveiros Pitol, empresa parceira do Sindicato Rural de Guarapuava. Ele antecipou que o simpósio tocará em questões como viabilidade, rentabilidade, mercado e perspectivas de curto a longo prazo. Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava ELEIÇÃO DA DIRETORIA DO SINDICATO RURAL 26 BRASIL E EUA NEGOCIAM ABERTURA DO MERCADO DE CARNE BOVINA Os governos do Brasil e dos Estados Unidos devem concluir, ainda neste primeiro semestre, a abertura recíproca de mercados à carne bovina resfriada e congelada. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ainda restam negociações sobre saúde pública para a habilitação do Brasil à exportação de carne bovina in natura aos EUA. O “boi verde”, como é conhecido o gado brasileiro, produz uma carne saudável, com baixo teor de gordura, interessante para os mercados mais seletivos do mundo. Fonte: Mapa PRODUÇÃO DE GRÃOS CHEGARÁ A 210 MILHÕES DE TONELADAS A produção brasileira de grãos deve chegar a 210,3 milhões de toneladas na safra 2015/2016. O volume representa 1,3%, ou 2,6 milhões de toneladas a mais do que a safra anterior, que foi de 207,7 milhões. As estimativas estão no sexto levantamento da safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área plantada em todo o país cresceu 1%, e deve alcançar 58,5 milhões de hectares. O principal destaque é a soja, que deverá atingir 101,2 milhões de toneladas, 5 milhões a mais que na safra anterior. O aumento é resultado de ganhos de área plantada de 3,6% e de produtividade de 1,5%. A soja é responsável por mais de 56% da área cultivada do país. O Sindicato Rural de Guarapuava encerrou o período previsto em estatuto para o registro de candidatos à diretoria. Foi apresentada uma única chapa. O atual presidente, o agrônomo e agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, concorre à reeleição. A eleição está marcada para ocorrer durante a Assembleia Geral, no dia 29 de março. O mandato da diretoria eleita valerá pelo triênio 2016-2019. Na ocasião, serão definidos também titulares e suplentes de diretores e membros do conselho fiscal. Também se escolherá o delegado representante do conselho da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), à qual o sindicato é afiliado. Fonte: Agência Brasil Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava Fonte: Agência Estadual de Notícias Revista Agrária PARANÁ LIDERA CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES NO SUL O Paraná aumentou em 6,7% as exportações no primeiro bimestre de 2016 na comparação com igual período de 2015, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os embarques do Paraná somaram US$ 1,87 bilhão no primeiro bimestre, contra US$ 1,76 bilhão no mesmo período do ano passado. Foi o melhor desempenho entre os Estados do Sul e do Sudeste. O Estado ficou à frente de São Paulo, que teve variação de 3,3%, e dos demais estados das duas regiões, que registraram queda nas exportações. INGREDIENTES: PREPARO: 3 xícaras de farinha de trigo Especialíssima 1 colher (chá) rasa de sal 1 colher (sopa) de açúcar 1 colher (sopa) de fermento de pão 1 colher de margarina ½ copo de leite 2 ovos Junte todos os ingredientes em uma bacia, com o leite (morno) amasse até obter uma massa lisa e enxuta, deixe fermentar até dobrar de volume. Abra a massa sobre a mesa com o auxílio de um rolo, modele em forma de bolas e abra com o rolo. Leve ao forno por 10 minutos a 200ºC. Dica: Pode ser recheado com bacon, calabresa, queijo, presunto ou com recheio de sua preferência. Rendimento: 3 pães Tempo de preparo: 2 horas Veja mais receitas em www.especialissima.com.br Revista Agrária 27 28 Revista Agrária
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