a ludicidade como agentes possibilitador de interaçâo social na
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a ludicidade como agentes possibilitador de interaçâo social na
ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 1 A LUDICIDADE COMO AGENTES POSSIBILITADOR DE INTERAÇÂO SOCIAL NA TERCEIRA IDADE EM UM LAR DE IDOSOS EM GOIÂNIA Claudimilla Layara Bastos Souza RESUMO Este artigo se propõe a analisar como a ludicidade e a prática da leitura pode se tornar um agente possibilitador para que seja assegurado aos indivíduos da terceira idade o acesso à diversão, ao lazer e ao convívio social. Pretende ainda verificar como essas ferramenta pode ser utilizada para ajudar nas práticas pedagógicas oferecidas a esse público, observando como estes interagem com o grupo por meio da dança e como ele contextualiza o seu conhecimento de mundo na leitura de contos, buscando dados que apõem a hipótese de que a ludicidade é uma atividade prazerosa e livre de estresse, sendo por isso mais eficiente e produtiva para que o idoso se torne socialmente integrado e compartilhe os saberes que adquiriram em sua longa vivência em sociedade, assim como verificar como a leitura e compartilhamento de textos curtos pode ajudar a desenvolver a capacidade de memória e interpretação. PALAVRAS-CHAVE: Interação, envelhecimento, ludicidade. INTRODUÇÂO A noção de envelhecimento vem sendo mudada na sociedade contemporânea. Antes o idoso era visto como uma pessoa incapaz de ser produtiva na sociedade, tendo suas capacidades cognitivas reduzidas junto com suas capacidades físicas, ficando, dessa maneira, seu papel social delegado às pequenas tarefas que não exigissem dele muito esforço físico ou mental, pois acreditava-se que estes não eram capazes, por exemplo, de aprender, devido ao envelhecimento do cérebro junto com o corpo. Uma das coisas que tornam o envelhecimento um fardo muito difícil de carregar, além das complicações biológicas é a aposentadoria, quando esta não Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 2 apenas afasta o sujeito de suas atividades produtivas, mas do convívio social que estas atividades lhe proporcionavam, o que pode fazer com que este acabe perdendo o interesse, na maioria das vezes pelo processo de apreensão de conhecimentos, por acreditar que ele não mais será necessário devido à sua falta de atividade profissional. Estudos recentes demonstram que assim como o corpo precisa ser exercitado para manter sua funcionalidade, o cérebro precisa ser exercitado por meio da aquisição de conhecimento para se manter produtivo. O ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO A Revista Seleções Readers Digest, afirma em seu artigo denominado Boas Notícias sobre o Envelhecimento do Cérebro que: [...] Cerca de 75% dos idosos retém faculdades intelectuais normais enquanto vão envelhecendo, embora acabem por experimentar algumas falhas de memória, diz Dr. Howard chertkow, diretor do Centro Bloomfield de Investigação do envelhecimento, em Montreal. Outros 5%, a que os especialistas chamam super normais, não sofrerão qualquer declínio visível na capacidade de pensar à medida que vão envelhecendo, diz ele...Os restantes 20% deles envelhecem duma forma que os gerontologistas não consideram normal. No entanto, a maior parte destes serão diagnosticados com formas mais graves de declínio, como demência ou Alzheimer (Revista seleções). O artigo acima citado afirma que o cérebro não apresenta envelhecimento igual ao do corpo e que se devidamente estimulado ele pode manter seu funcionamento normal na maioria das pessoas, sendo que a maioria dos indivíduos que possuem dificuldades de memória são portadoras de alguma doença grave que compromete sua capacidade de memória e cognição. O Brasil é um país relativamente jovem, mas com o aumento na qualidade de vida, as novas descobertas no campo médico e farmacêutico, entre outros fatores, a perspectiva de vida tem aumentado, elevando o número de idosos em nosso país. A atual expectativa de vida se deve a melhoras nas condições sociais e de saúde, além de uma queda na natalidade e é responsável por um contingente populacional de indivíduos idosos bem maior que os das últimas décadas, o que faz com que o Brasil seja hoje considerado um país com uma Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 3 grande proporção de idosos. Para que um país deixe de ser considerado como um ‘País Jovem’, é necessário que a população de pessoas idosas, maiores de 60 anos, em seu território ou região seja superior a 7%, com possibilidades de aumento desse percentual, de acordo com normas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou que no censo de 2012 a população de idosos no país era de 12,6%. Ainda segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, [...] a tendência de envelhecimento da população já foi observada no Censo de 2002 e ganhou força nos últimos dez anos. Em comparação com o último Censo, verifica-se que a participação do grupo com até 24 anos de idade cai de 47,4% em 2002 para 39,6% em 2012. Essa mudança também fica clara no aumento da idade medida da população, que passou de 29,4 anos em 2002 para 33,1 anos em 2012. Segundo Freitas (2002), “o envelhecimento é um processo biológico intrínseco, progressivo e universal, no qual se podem reconhecer aspectos físicos e fisiológicos inerentes. Essas mudanças, próprias do envelhecimento com alterações anatômicas e funcionais, não são produzidas por doenças e variam de individuo para individuo”. Dessa forma, apesar de fatores biológicos associados ao envelhecimento se ligarem à dificuldade de armazenamento de dados mais atuais, isso por si só não incapacita as pessoas idosas para o aprendizado, a menos que estas possuem doenças chamadas de síndromes demências, portanto se o idoso tem dificuldades de memória, essa é uma situação que não deve ser considerada como normal, mas investigada para descobrir suas causas. O estatuto do idoso garante às pessoas da terceira idade o direito à educação e lazer, além de outros direitos que lhes são garantidos. O artigo 21 do Estatuto do Idoso (2003) assegura que “O poder público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados (BRASIL, 2003, p.16). Já o artigo 20, capitulo V do mesmo estatuto, garante ao idoso o direito ”à educação, cultura, esporte, lazer, diversão, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade”. O médico oncologista, escritor e cientista brasileiro Drº Dráuzio Varella, ao falar sobre o envelhecimento do cérebro em seu site oficial no qual ele fala sobre diversas doenças, contesta o dogma de que os neurônios morrem a cada Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 4 dia e afirma que se essas células não são destruídas com o tempo, a deterioração progressiva da inteligência e da motricidade não é obrigatória na velhice. Em entrevista à Varella, sobre a plasticidade cerebral o Drº Cláudio Guimarães dos Santos fala que: “Talvez exista, ainda, uma relação mais importante ligando a capacidade de multiplicação de neurônios à memória e à capacidade de aprendizagem”. Varella afirma ainda que algumas pesquisas mostram que quanto mais a pessoa se interessa pela aquisição de cultura e quanto mais enriquecido culturalmente for o ambiente em que vivem e maior a atividade física, maior será sua capacidade de memorização e menor a possibilidade de desenvolverem doenças que sejam degenerativas. Para ele, as suposições de que a capacidade de aprendizado das pessoas idosas é menor do que a de indivíduos jovens pode perder sua força se for analisada a carga cultural, a especialização intelectual por meio da vivência e dos estímulos recebidos ao longo da vida, a motivação pessoal e uma visão de mundo mais desenvolvida que a pessoa mais idosa possui. Além do mais uma mesma capacidade pode ser adquirida e desenvolvida de formas diversas pelas pessoas, dependendo da forma como elas foram internalizadas. Dessa forma, a capacidade e a motivação pessoal para o aprendizado é diferente para cada pessoal, não podendo ser estudada apenas do ponto de vista de biológico, já que segundo alguns especialistas em geriatria a perda de capacidade para armazenar informações não podem ser associadas apenas ao envelhecimento. Para o envelhecimento saudável é necessário a adoção de ações conjuntas que visem o bem estar físico, mental e afetivo do idoso. Falando especificamente da saúde mental, é imprescindível que se utilizem atividades que estimulem e desafiem a mente para que esta tenha sua atividade cognitiva mantida e até mesmo ampliada. A DANÇA E A INTERAÇÃO SOCIAL DO IDOSO Outro fator que deve ser estudado no envelhecimento saudável, é a interação em grupo, que pode se tornar benéfico em todas as áreas da vida do idoso, seja ela afetiva, intelectual ou física, pois a solidão e o isolamento se mostram as piores formas de enfrentar a velhice. Cidadãos ativos em sua comunidade e Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 5 inseridos em um ambiente que proporciona a cultura e o lazer, ficam mais propensos a desenvolver suas habilidades. É o que afirma Castro (2001): Parece-me que, para um sujeito que envelhece, o grupo se torna um fator importante e possibilitador de identificações e novas construções. Além da escuta, o trabalho em grupo permite a surgimento de um outro, semelhante, oportunizando vínculos que a sociedade já não mais mantém. Como forma de ação para promover a valorização do idoso e sua interação entre o meio utiliza-se da ludicidade, com atividades mais prazerosas e descontraídas promovendo assim, uma maior interação no grupo e buscando a promoção de sua participação na sociedade (CASTRO 2001, p. 68). O autor acredita ainda que o compartilhamento das experiências vividas e da cultura adquirida faz com que o idoso se torne apto não apenas a aprender, mas também a ensinar, uma vez que não existe apenas o conhecimento escolarizado, mas também o adquirido, o que faz com que o idoso se torne mais participativo na sociedade e, dessa forma, esteja mais aberto a novas experiências e mais interessado em aprender mais. Torna-se dessa forma mais apto para compartilhar seus conhecimentos com outras pessoas, sejam elas da sua idade ou não, desde que considerados as suas habilidades e seu conhecimento empírico ou de senso comum. Esse processo interacional, proporciona ao idoso uma sensação de bem-estar e de utilidade, que o torna consciente de sua capacidade de aprender e ensinar, fazendo com que ele tenha mais vontade em continuar ativo em suas relações sociais por acreditar que ainda tem algo a oferecer ao outro. Para Maluf (2008, p.30) “a atividade lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento em quem a pratica. São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento, o sentimento. A atividade lúdica pode ser um jogo ou qualquer outra atividade que visar proporcionar interação. ” Por isso o lúdico é responsável por tornar a atividade pedagógica um meio de fazer com que a maioria dos alunos participem, mesmo os mais introvertidos, da atividade proposta, principalmente porque os indivíduos da terceira idade, em sua maioria, passaram grande parte de suas vidas longe da ambiente escola, encontrando, muitas vezes, dificuldade para se readaptar a esse ambiente. O Autor afirma ainda que a ludicidade proporciona o resgate de conhecimentos pré-existentes, fazendo assim que o idoso se torne mais participativo Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 6 e desenvolva melhor sua capacidade de reflexão, de entendimento e de participação, não apenas em sala de aula, mas em todas as suas atividades. Seja no ambiente escolar, ou fora dele, o lúdico pode ser usado para desenvolver a capacidade de raciocínio, de imaginação e de criação, além de desenvolver habilidades de convivência em grupo que por acaso não tenham adquirido no decorrer de sua vida ou, ainda, melhorá-las. Ao analisar as afirmações de Maluf, chega-se à conclusão de que a pessoa na terceira idade não pode ser desconsiderada enquanto ser passível de adquirir conhecimento, devendo ser uma preocupação da escola repensar as práticas pedagógicas eu levem em conta as particularidades de indivíduos dessa faixa etária, levando em conta os conhecimentos por eles adquiridos e criando novas possibilidades de ensino, entre eles o jogo lúdico, que possibilitem que eles possam resgatar esses saberes e adquirir mais cultura. Essa intervenção deve possibilitar também um desenvolvimento emocional aliado ao desenvolvimento intelectual e social. A atividade lúdica promove uma conexão de conhecimento dos alunos da terceira idade, criando desafios que desenvolvam uma nova maneira de aprendizado por meio de atividades mais espontâneas, o que faz com que segundo Santos (2008, p.21) “as relações humanas possam ganhar mais relevância, principalmente aquelas decorrentes da atividade lúdica”. Para considerar a educação na terceira idade a escola deve criar condições para que haja uma redescoberta de interesses por parte do idoso e o jogo lúdico pode ser umas das ferramentas que tornam possível a interação, o desenvolvimento intelectual e a vontade de participar desse aluno. Em razão disso, Larousse (2008, p.43), afirma que: “É necessário avaliar a terceira idade, de forma global, sem reduzi-la a uma etapa só de perdas, uma vez que podem ser desenvolvidos aspectos muito positivos”. Como já se sabe atividade pedagógica não se resume apenas na transmissão do conhecimento cientifico, mas na promoção das habilidades que possibilitem ao aluno a desenvolver suas habilidades, dessa forma é que a atividade lúdica se mostra de grande importância para que o professor consiga promover essa interação do conhecimento de maneira que essa troca entre os saberes dos alunos Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 7 e do professor se torne mais acentuada, ao se trabalhar em uma turma de terceira idade. Para Santos (2008, p.2) “o lúdico extrapola a infância e sua importância permeia toda as etapas da vida humana”. Por isso, lúdico proporciona uma contextualização dos conhecimentos pré-existentes da pessoa idosa e ajuda na interação social desta, além de proporcionar uma aprendizagem mais eficaz e descontraída. Hervy (2001, p.31) descreve que: “A importância da animação social das pessoas mais velhas é facilitar a sua inserção na sociedade, a sua participação na vida social e, sobretudo, permitir-lhes desempenhar um papel, inclusive reativar papéis sociais”. Apontando que os grupos de idosos são importantes para que a interação social aconteça, pois nestes grupos eles podem se relacionar por meio da animação, da troca de experiência e assim, sentir-se menos isolados. Como é postulado pelos diversos teóricos citados, o uso do jogo na terceira idade não tem um papel meramente atribuído à simples diversão, mas pode ser usado como ferramenta que proporcione aprendizado e interação, ao inserir conhecimentos sem imposição e possibilitar que o idoso interaja com o grupo, confirmando as afirmações de Jacob (2007, p.31), que define “a animação de idosos como a maneira de atuar em todos os campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, sendo um estímulo permanente da vida mental, física e afetiva da pessoa idosa”. Reforçando, assim, as afirmações de que o jogo é um instrumento muito útil que pode ser usado para ajudar o idoso a ter um envelhecimento ativo em todos os aspectos. Segundo Campos e Ribeiro (2010, p.19), “Com o processo de envelhecimento podemos identificar mudanças na capacidade de aprendizado de pessoas mais velhas que podem ocorrer de modo diferente para cada pessoa”. Reforçando a afirmação de que o envelhecimento é um processo que se dá de diferentes maneiras, dependendo de cada indivíduo e não da cronologia. As autoras afirmam ainda que: O processo de envelhecimento acarreta mudanças significativas no funcionamento das capacidades intelectuais e, a aquisição de conhecimentos numa idade mais avançada, tem sua base dirigida para as metas de vida, em realização, satisfação e em cumprimentos de papéis Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 8 sociais. Uma pessoa idosa quando procura uma escola ou instituição para aprender algo ela muitas vezes se pergunta: O que devo saber? O que eu ainda não sei? Como devo usar o que sei? Por que devo saber isso ou aquilo? Essas são questões centrais que norteiam a aquisição de conhecimentos na velhice, seja um adulto analfabeto ou já letrado (CAMPOS E RIBEIRO, 2010, p.19). Esses fatores apresentados pelas autoras fazem com que a busca pelo aprendizado por parte de pessoas da terceira idade seja mais significativa, no sentido estrito da percepção do que busca no momento de aprender, por sua experiência adquirida por sua vida profissional e sua vivência em sociedade, essas pessoas, em sua maioria, sabem bem o que buscam na escola por possuírem objetivos de vida bem definidos, visto que as autoras acreditam que “O funcionamento intelectual do indivíduo adulto é altamente influenciado pelo seu autoconhecimento, ou seja, sobre o conhecimento de si, pelas crenças de suas capacidades e sobre a origem do conhecimento que já possui, pelas metas pessoais, pela motivação, interesses, pelas emoções, pelas oportunidades oferecidas pela cultura e pela experiência de vida”(CAMPOS E RIBEIRO, 2010, p.19). As afirmações acima podem ser analisadas à luz das concepções de Paulo freire (2001) que acredita que antes de aprender a leitura da palavra o ser humano já tem uma leitura do mundo que o capacita a fazer uma interação entre o conhecimento pessoal e o adquirido na escola. E é sobre essa capacidade que Campos e Ribeiro fundamentam seus estudos sobre a aquisição da leitura e escrita na terceira idade. Para Marcondes (2004, p.2), A função terapêutica das histórias traz um resultado: a descoberta de que a juventude está em qualquer idade”, por isso a leitura pode ser usada como uma terapia para pessoas de diversas idades, mas especialmente para pessoas idosas já que o ato de leitura desenvolve a imaginação, especialmente se forem desenvolvidas ações em que está se torne uma atividade prazerosa, pois ao ler o ser humano recria ambientes, personagens e acontecimentos, exercitando a capacidade se criação e de memória. Diante destas afirmações, é inegável a capacidade detida por pessoas idosas em adquirir o conhecimento. Capacidade esta eu só pode ser negada se levada em conta conceitos pré-estabelecidos de que ao envelhecer o indivíduo Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 9 perde sua capacidade de aprendizado e de adaptação aos novos contextos sociais e aos saberes divulgados na escola ou fora dela. Muito embora possa apresentar um ritmo mais lento de aprendizado, como, aliás, também acontece com indivíduos das mais diversas faixas etárias, não se deve usar essa característica para rotular os idosos como incapaz de aprender. A leitura é um instrumento significativo de exercício mental, visto que a educação é uma das maneiras pelas quais se insere nos indivíduos uma autoconfiança necessária para seu crescimento individual, pela manutenção de sua capacidade de aprendizado e de produção e por sua participação consciente na sociedade, por meio de um processo de troca onde ele dá e recebe informações. Dessa forma, a leitura pode ser vista como uma forma de construção do mundo e da cultura. Quando lemos um texto não somos simplesmente um decodificador de textos, um receptor passivo, e sim sujeitos com conhecimentos em processo de interação com o conteúdo que gostamos ou que nos interessamos em ler. Dessa forma a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento pelo assunto, sobre o autor e de tudo que sabe sobre a linguagem. É uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, para haver a devida compreensão. (CAMPOS E RIBEIRO, 2010, P.13-14). Na visão apresentada pelas autoras, permanece a afirmação de que a visão de mundo adquirida pela pessoa idosa é responsável por lhe confiar capacidade para criar significados dentro da leitura, sendo ela mesma autora da construção de significados, pois ao ler usa sua experiência para interpretar e recriar o mundo, por meio dos elementos da leitura, responsáveis não só pela interpretação de uma visão do autor, mas pela interação entre esta e a visão de quem lê. Essa interação é, portanto, a maneira pela qual o sujeito se torna coprodutor do próprio conhecimento, enquanto junta aos elementos do texto aquilo que ele traz de prática de vida anterior, enquanto sujeito inserido em uma sociedade que possui cultura e que é capaz, mesmo que iletrado, de ressignificar essa mesma cultura e internalizála de forma a dar a ela significados. Dessa forma, passa-se a considerar o idoso um ser capaz de produzir conhecimento e não apenas de recebê-lo. Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 10 MOMENTOS DE INTERAÇÂO DE IDOSOS EM UM LAR DE IDOSOS DE GOIÂNIA O lar idosos Vila Vida em Goiânia, foi fundado em 1964, e se destina aos idosos aposentados .Localizada no setor Bueno a unidade conta com 30 lares com sala, quarto, cozinha e banheiro, em que residem 40 idosos, todos acima de 60 anos e conta com a ajuda da Organização das Voluntárias de Goiás que lhes oferece moradias, alimentação, consultas médicas, enfermeiros, remédios e momentos de lazer que se dividem em uma festa realizada três vezes por semana, das 14horas às 20 horas , às segundas, quartas e sextas-feiras, além de atividades religiosas, aulas de artesanato e momentos de jogos e rodas de conversa, hidroginástica, ginástica, oficinas, passeios, baile do forró, sala de truco para homens, oficina costura, crochê, bordados, salão de baile e de convivência, alfabetização, salão de beleza, piscina. Os moradores têm toda infraestrutura necessária, incluindo atenção especial à saúde atendimento psicológico, enfermagem e serviço social. No período da manhã, eles têm acompanhamento com a fisioterapêutica, são atividades direcionadas para a terceira idade, respeitando suas limitações, e tem hidroginástica que atende todos os moradores toda semana, horários matutino e vespertino. Contam ainda com sala de estudos onde são ensinados a ler e a escrever. As atividades festivas são um momento em que pessoas de terceira idade que não residem no lar podem participar, sendo desta maneira ampliada a interação social daqueles que lá vivem. Os preparativos para a festa começam as 10:00 horas da manhã e são disponibilizados lanches diversos para esses momentos de socialização dos idosos. Desde o primeiro momento dos preparativos é observado a animação por parte daqueles que vão participar da festa. Tivemos a oportunidade de observar algumas senhoras cuidando da aparência, muito animadas, comentando que era “para ficar bonita e arrumar namorado”. Quando questionado uma das residentes do lar se esse momento do namoro realmente acontecia nessas festas recebeu-se a seguinte resposta: Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 11 “Eu namoro, e muito. Não tive muito oportunidade de fazer isso quando era mocinha, meus pais mão deixavam, depois casei e o marido era muito ruim, eu só servia para arrumar casa e cuidar dele e dos filhos. Quando ele morreu e os filhos cresceram fiquei sozinha; como não dou certo com minhas noras eu preferi vim pra cá. Aqui somos bem tratados, temos todos os cuidados, temos pessoas da nossa idade para conversar e ainda namoramos e dançamos muito” (MARIA)1. A entrevistada nos contou ainda que esses momentos de interação são aguardados ansiosamente por muitos dos moradores do lar, já que essa é a única maneira que encontram para se divertir. Ela acredita que a dança é também muito boa para a saúde porque é um exercício e também para a mente porque distrai a cabeça, além de ser boa para arrumar amigos e namorados. Todas as entrevistadas concordaram com a maioria das afirmações de Dona Maria, tendo apenas algumas ressalvas por parte daquelas que não se envolvem emocionalmente durante esses encontros sociais, como é o caso de Terezinha de 72 anos, que afirmou o seguinte: “Eu já não gosto de namorar não, meu único namorado foi meu marido que faleceu há dois anos, fomos casados mais de 50 anos e tivemos dois filhos, que também já faleceram. Não tenho coragem de namorar, mas danço muito, gosto de conversar com os que moram aqui e com os que vêm de foram porque distraio a cabeça, a gente para de ficar pensando nos coisas ruins e o tempo passa mais rápido”. (TEREZINHA, moradora do lar de idosos). Pela fala de Terezinha verifica-se que as motivações para a participação no “forró”, como eles mesmos denominam, são as mais variadas, permanecendo, porém, a mesma opinião no que se refere ao caráter interacional proporcionado pela dança em um ambiente em que pessoas de uma mesma faixa etária se reúnem para estabelecer contatos sociais e para se divertir, sendo esse um dos momentos de interação mais apreciados pela maioria dos idosos. 1 Os nomes são fictícios. Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 12 No entanto a cultura, a religiosidade e os princípios morais são diversos dentro de qualquer grupo, por isso existem aqueles que não compartilham a simpatia pelo momento de dança e música proporcionado pela instituição, entre elas colhemos o depoimento de dona Marlene, de 74 anos, que acredita que as festas são um momento de desorganização e barulheira. “Eu não gosto dessa bagunça não, a música é alta, sou evangélica e sou obrigada a ficar ouvindo essas músicas”. Na opinião dela as festas deviam ser feitas fora do lar de idosos e quem quisesse que fosse para lá, assim todos poderiam ter paz. Questionada sobre a facilidade proporcionada aos moradores da instituição que podem participar desses momentos de lazer sem ter que se distanciar de seus lares, ela respondeu: “Pode ser fácil para eles, mas eu preferia que não fosse aqui, ainda tem esses velhos assanhados que nem moram aqui e vêm para namorar, é uma falta de respeito, não temos mais idade para essas coisas. Os velhos de hoje são muito assanhados, imagina uma pessoa da minha idade namorando, como muitas aqui fazem” (...) (Marlene, residente do lar de idosos). A possibilidade visualizada na fala de dona Marlene, de que a cultura do meio em que o indivíduo vive determine padrões de comportamento comuns como aceitável ou não é defendida por Glenn como uma forma de comportamento individual que influencia a coletividade por meio do processo de interação, sendo o indivíduo tanto receptor quanto produtor da cultura da sociedade em que vive. Culturas com níveis de complexidades crescentes têm emergido pelo intercâmbio entre capacidade humana para aprendizagem, contingências de reforço que explicam os comportamentos aprendidos por indivíduos, e a transmissão cultural de comportamentos aprendido (GLENN, 2004, p.133). Dessa forma a cultura de um povo é influenciada pela forma como cada indivíduo apreende o mundo que o cerca e transmite a outros indivíduos, sendo esse um processo de troca que acontece por meio do contato social. Esse Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 13 contato social se dá nos mais diversos níveis, nos mais variados grupos e de diversas maneiras, de forma que cada um recebe a cultura como um todo e internaliza aquilo que considera melhor para si mesmo. Exemplo disso são as divergências observadas sobre a importância do lazer por intermédio da música e da dança que acontece no local de nossa pesquisa. Para verificar se há divergências não apenas entre pessoas de um mesmo gênero, já que até agora só forma citadas as opiniões das mulheres, foi registrada a opinião de dois senhores sobre o que pensam acerca do assunto. Entre os entrevistados nos chamou a atenção o senhor Divino de 79 anos, viúvo, sem filhos e morador do lar há 12 anos. Ele quis contar a sua história e pediu que fosse registrada, omitindo apenas seu nome. “Eu vim pra cá tinha 67 anos, vivia sozinho desde que minha mulher morreu; era triste, só vivia doente e não tinha quem cuidasse de mim, ai surgiu essa oportunidade de vir pra cá e eu aceitei. Chegando aqui eu não conhecia ninguém e ficava meio acuado. Ai veio a festa e como gosto de "um arrasta pé" comecei a participar e foi muito bom pra mim. Já tive várias namoradas arrumadas na festa e arrumei muitos amigos, acho que é bom eles deixarem vim gente de fora porque podemos conhecer mais gente, nos divertir e até arrumar " uns rolinhos" de vez em quando...a gente volta a viver” (Divino, morador do lar). Pelo que foi constatado na pesquisa a maioria dos idosos, uma média de 75 por cento, não possui filhos ou qualquer parente que os visite no lar, sendo a convivência com os outros moradores e a interação através do forró e dos passeios a sua única forma de contato social. É esse o caso do entrevistado que encontrou no Lar a interação social, além das condições dignas de vida que lhe proporcionam, segundo ele mesmo uma qualidade melhor de vida. Confirmando os postulados dos diversos teóricos citados sobre a necessidade do ser humano de se relacionar com seus semelhantes. Os momentos interacionais proporcionados para indivíduos de terceira idade são responsável, como já dissemos e como se pode observar, por sua retomada da vida social, abandonada muitas vezes pela vida de trabalho em prol da criação dos filhos ou por outros motivos, sendo estes momento proporcionados no Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 14 lar de idosos responsável pela participação destes indivíduos em um grupo composto participantes da mesma faixa etária, mas que se encontram em uma situação social diferente, visto que alguns deles moram no próprio lar de idosos e os outros em casas próprias ou de parentes. É exatamente essa questão relativa à interação social do idoso e o acesso ao lazer que foi discutida durante muito tempo quando estudadas as condições que os idosos encontravam nesses lares a eles destinados, sendo uma das maiores reclamações encontradas a de que estes se sentiam isolados, como que em uma prisão, reforçando a afirmação de que as "festas" realizadas no lar são muito benéficas para a maioria dos seus moradores, principalmente se considerarmos que o espaço é aberto e organizado de forma que haja atividades que beneficiem a todos. Exemplo disso são os cultos evangélicos e as novenas e missas que são realizados no local, atendendo assim às reivindicações de todos. Na entrevista com o senhor Ranulfo, outro morador do lar, foi possível confirmar essas afirmações, pois ele, hoje com idade de 78 anos, começou a residir em lares de idosos aos 66 e disse que já viu de tudo no que ele chama de "asilos", nome hoje já não mais adotado para essa modalidade de atendimento ao idoso. “Eu já morei em muitos lugares, na maioria deles era tratado como um trapo, algo sem valor, a gente só ficava vegetando, sem fazer nada, agora parece que eles viram que o velho não está morto, a gente envelhece mas continua vivendo, querendo se divertir...não é só ter um lugar para morar, a gente precisa de amizade, de diversão, de ter com quem conversar, dançar a até mesmo namorar (risos), porque estamos vivos ainda. Aqui temos vida, somos bem tratados, temos o dia das festas, nossas casas separadas, o dia de cada um cumprir sua devoção religiosa...temos contato por celular com os amigos e namoradas (risos) que vêm de fora para o forró”. (Ranolfo, morador, do lar de idoso). Pelo que se pode verificar há realmente uma grande diferença entre o lar no qual foi realizada a pesquisa e a nossa concepção pessoal sobre o que seria um "asilo", sendo esta mudança um ponto bastante positivo já que os idosos não estão internados em um local que funciona apenas como albergue, mas como afirmado pelo seu Ranulfo, é um condomínio de pequenas casas onde cada um tem a sua Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 15 residência, ficando por conta da OVG(Organização das Voluntárias de Goiás), a construção e manutenção das mesmas, além de toda a assistência médica e alimentar que eles necessitam, dando a esses moradores desse local uma maior dignidade de vida. CONCLUSÂO No lar onde foi realizada a pesquisa os idosos contam com diversos momentos em que há interação social, como os momentos de caminhada, de exercícios físicos acompanhados por um profissional de educação física, das conversas nas portas das casas, dos lanches comunitários, das atividades religiosa, no entanto é no momentos do "Forró" que essa interação se dá de maneira mais ativa já que eles passam a conviver não apenas entre si, os moradores do lar, mas com idosos de outras localidades que vêm para participar da festa. O que foi observado é que há uma grande expectativa antes do horário da festa, sendo os preparativos para que esta aconteça um acontecimento peculiar onde cada um se prepara para a chegada dos membros da comunidade, todos da terceira idade. Por outro lado os funcionários do local fazem a limpeza e a organização para que tudo seja feito da melhor maneira, o som é montado, as cozinheiras preparam o lanche, enfim é uma grande festa, desde as 10 horas da manhã, quando tudo começa a ser preparado. Embora alguns moradores discordem da realização do momento da dança devido a convicções pessoais e religiosas, a maioria o aguarda com ansiedade por acreditar que esse momento de lazer é benéfico não apenas para a saúde mental e física, além de ser uma excelente forma de ampliar e manter relações sociais. O atendimento prestado no lar, pelo que foi verificado na pesquisa obedece às disposições do estatuto do Idoso (Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003, e legislação correlata), que garante a indivíduos a partir de 65 anos um atendimento prioritário, pautado no respeito à dignidade, dando garantias de acesso ao lazer, à educação, à arte, a cultura, a atividade física e tantos outros direitos assegurados ao idoso pela legislação. Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 16 Chega-se com essa pesquisa à conclusão de que o antigo conceito de "asilo", como um lugar de depósito de idosos que não tinham família vem sendo mudado em observância ao que esta proposta na atual legislação brasileira e no Estatuto do Idoso, no que se refere a um atendimento humanitário e de qualidade às pessoas de terceira idade nessa mova modalidade de lar de idosos, os condomínios residenciais construídos pela OVG para a moradia e cuidado das pessoas idosas. AS AGENTS OF SOCIAL INTERACTION IN THE ELDERLY IN A NURSING HOME IN GOIÂNIA ABSTRACT This article aims to analyze how the playfulness and reading practice can become an enabler agent for older adults to be assured access to fun , leisure and social life. It also aims to verify how these tools can be used to assist in teaching practices offered to this public , observing how they interact with the group through dance and how he contextualizes his world knowledge in reading stories , looking for data that affix the hypothesis that playfulness is a pleasurable and stress free activity and is therefore more efficient and productive for the elderly to become socially integrated and share the knowledge they have acquired in their long experience in society , as well as check reading and sharing short texts can help develop memory and interpretation. KEYWORDS: Interaction , aging , playfulness . REFERÊNCIAS AMARAL, Silvia. Psicopedagogia: um portal para a inserção social. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2003. BRASIL. Constituição Federal 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br /.../constituição /constituiçao.htm> Download em 02/03/14. BRASIL. Estatuto do Idoso 2003.Disponível em:< www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ Leis/ 2003/ L10.741.htm> visualizado em 02/03/14. Goiânia/2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA 17 BRASIL.2013. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-se-tornarum-pais-de-idosos-ja-em-2030-diz-ibge,91eb879aef2a2410VgnVCM100 00098cceb0aRCRD.html. Acessado dia 24/03/14. CAMPOS, Carolina de Araújo e RIBEIRO, Keila Cinara. A Aquisição da Leitura e Escrita na Terceira Idade. Monografia. Faculdade de Educação- UAB/UnB/MEC/SECAD.Anapólis:2010. CASTRO; O. P. (org) Envelhecer: um encontro inesperado (realidade e perspectivas na trajetória do envelhecente). Sapucaia do Sul: Nota Dez, 2001. JACOB, LUIS. (2007). Animação de Idosos. Porto: Âmbar. LAROUSSE DA TERCEIRA IDADE. São Paulo: Larousse do Brasil, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática pedagógica. 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BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Professora Mestre Márcia Friedrich (Orientadora) _________________________________________ Professora Mestre Maria Luiza Santos Faculdade Padrão Goiânia/2014