Biodiversidade

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Biodiversidade
Biodiversidade
DA mata Samuel de Paula
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ANGLOGOLD ASHANTI BRASIL MINERAÇÃO LTDA.
Rua Enfermeiro José Caldeira . 07 . Centro
34000-000 . Nova Lima . Minas Gerais . Brasil
projeto gráfico
Diogo Droschi / Autêntica Editora LTDA.
revisão
Ana Carolina Brandão e Cecília Martins / Autêntica Editora LTDA.
editoração eletrônica
Christiane Costa / Autêntica Editora LTDA.
impressão
Formato Artes Gráficas
Revisado conforme o Novo Acordo Ortográfico
Ficha Catalográfica
A589b
AngloGold Ashanti
Biodiversidade da Mata Samuel de Paula / AngloGold Ashanti .
--- Belo Horizonte, 2009.
296 p. il.
ISBN 978-85-62639-00-5
1.Meio Ambiente. 2.Reserva Particular de Preservação Ambiental.
3.Mata Samuel de Paula-Nova Lima(MG). I.Título.
CDU 504.062.4
Elaborada por Rinaldo de Moura Faria - CRB-6 nº 1006
Sumário
11
13
19
25
Introdução
Prefácio
Centro de Educação Ambiental:
uma história que convida à reflexão
Localização e vias de acesso
25 Descrição de limites e confrontações –
Georreferências
29
33
Metodologia
Flora
35 Introdução
36 Objetivo
36 Área de estudos
37 Material e métodos
38 Resultados e discussão
131 Pontos de destaque preliminares
132 Referências
135
Fauna
135 Aves /Avifauna
137 Introdução
138 Material e métodos
142 Resultados
159 Discussão
162 Referências
165 Anfíbios e Répteis /Herpetofauna
167 Introdução
169 Objetivos
169 Área de estudos
169 Material e métodos
171 Resultados
185 Referências
187 Mamíferos /Mastofauna
189 Introdução
191 Objetivo
191 Metodologia
195 Resultados e discussão
203 Recomendações e medidas de manejo
205 Referências
209 Aracnídeos /Araneofauna
211 Introdução
212 Material e métodos
213 Resultados preliminares
222 Discussão parcial
223 Perspectivas
223 Referências
225
Solos
227 Introdução
228 Avaliação do perfil
235 Informações adicionais
237 Referências
239
Água: Qualidade com ênfase nos
insetos aquáticos bioindicadores
e algas perifíticas
241 Introdução
243 Área de estudos
245 Material e métodos
251 Resultados e discussão
276 Considerações finais
277 Referências
280 Anexos
289
Glossário
289 Siglas
290 Palavras
293
Créditos
Por dentro da RPPN Mata Samuel de Paula
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
RPPN AngloGold-Cuiabá, localizada em Sabará, aos pés da Serra da Piedade
(*) Valor voltado às questões ambientais, extraído
do livreto Valores, da AngloGold Ashanti.
11
A AngloGold Ashanti tem entre seus valores(*) “o respeito ao meio ambiente e
o compromisso de aprimorar continuamente seus processos, a fim de minimizar os
impactos ambientais, a produção de resíduos, melhorar a eficiência do uso do carbono
e conservar os recursos naturais”. Por outro lado, a empresa está determinada a desenvolver as comunidades onde atua, contribuindo para que se tornem melhores.
Da concordância com esses valores, nasceu a iniciativa de fazer o livro
Biodiversidade da Mata Samuel de Paula, ação que endossa o compromisso da empresa com as questões ambientais e sociais. Afinal, entendemos o meio ambiente
como uma extensão das práticas humanas – ou também as práticas humanas como
consequência direta da forma como cuidamos e valorizamos o meio ambiente.
Além da RPPN Mata Samuel de Paula, de 147 hectares, em Nova Lima, a
AngloGold Ashanti também é responsável pela RPPN AngloGold-Cuiabá, localizada aos pés da Serra da Piedade, em Sabará. São cerca de 726 hectares, criados
primordialmente para a preservação da área em que se encontra a Mina Cuiabá, de
onde sai a maior parte da produção da empresa nos dias atuais.
Com sua matriz na África do Sul, a AngloGold Ashanti é a terceira maior
produtora de ouro do mundo, presente em 10 países. No Brasil, o grupo conta
com duas empresas localizadas nos estados de Minas Gerais e Goiás. Ao todo no
País, produz, anualmente, 13 toneladas de ouro, representando 8% da produção
mundial do grupo.
Na AngloGold Ashanti, tem-se como foco desenvolver soluções inovadoras
que minimizem os riscos ao meio ambiente e criem resultados melhores e mais
favoráveis ao clima, desafio importante para o setor de mineração. Somente a
prática constante do respeito ao meio ambiente pode assegurar uma mineração
responsável, que prime pela qualidade de seu produto final em plena concordância
com a integridade do homem e do meio ambiente.
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
p r efáci o
12
Mata Samuel de Paula
Prefácio
O que eu guardo no giro da memória é aquela
madrugada dobrada inteira [...] bichos e árvores,
o refinfim do orvalho, a estrela-dalva, os grilinhos
do campo, o pisar dos cavalos e a canção de Siruiz.
Algum significado isso tem?
13
Em meio a tanta preocupação e descrença no amanhã, que significado pode
ter o lançamento, agora, pela AngloGold Ashanti, do livro Biodiversidade da Mata
Samuel de Paula? Pensamos no melhor deles: o da Esperança. Ou seja, mesmo em
meio à escuridão do amanhã, complicado pela ambição desmedida de muitos, ainda
há espaço entre os humanos para empresas e empreendedores que, além do lucro,
conseguem ver no intrincado mundo capitalista, um modo de construir para os que
virão, depois de nós, desfrutar das benesses da Terra.
É o que faz a AngloGold Ashanti ao preservar, bem ao lado desta bela capital
de Minas Gerais, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que criou
e mantém desde 2000. E mais, mandou estudar, buscou ajuda para compreender os
fenômenos que ali ocorrem, com a intenção de reunir um rico material de consulta
tanto para especialistas nos ecótonos de Mata Atlântica ou Cerrado quanto para
estudantes de maneira geral.
São 147 hectares de floresta semidecidual Montana, bem próxima ao núcleo
urbano do bairro dos Cristais, no município de Nova Lima, protegendo a sub-bacia
do Ribeirão dos Cristais, que vai compor a bacia maior do Rio das Velhas. Ali, na
vertente sudeste da Serra do Curral, porção do Espinhaço Sul, na região de transição
entre a Mata Atlântica e o Cerrado, a RPPN Mata Samuel de Paula estabelece com
a Mata do Jambreiro – sua vizinha – um diálogo maior de proteção ambiental.
Por tudo isso é que aceitamos, com prazer, o convite para prefaciar o livro
Biodiversidade da Mata Samuel de Paula, que encerra o resultado fidedigno dos estudos
ali realizados no período de 2004 a 2007 sobre água, fauna (mamíferos, anfíbios,
B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a
Guimarães Rosa
répteis, aracnídeos e aves), flora e solos, coordenados pelos mestres e doutores Marcos
Callisto, Francisco Antônio Barbosa, Adriano Paglia, Felipe Sá Leite, Mário De
Maria, Marcos Rodrigues, Alexandre Salino e Marcos Flávio Godoy, cientistas que
vêm dando ao nosso Estado contribuições importantes na área ambiental.
Nesta publicação, estudiosos de todos os lugares vão encontrar um competente
inventário e lista de espécies que ocorrem na área; informações sobre o período e
as condições de reprodução dessas espécies; identificação das espécies ocorrentes
ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas e bioindicadoras ou de significativa
importância biogeográfica.
Mas, além disso, os especialistas deixam à AngloGold Ashanti uma valiosa
contribuição para assegurar a perpetuidade da reserva: recomendações detalhadas
de manejo da área, bem como uma percuciente avaliação do estado de conservação
da área, dos pontos físicos de destaque e indicações de procedimentos desejáveis
para a sua integridade.
Com essa iniciativa, a empresa se inscreve no rol precioso das mineradoras
que, em Minas Gerais, deixaram para trás um passado de exploração predatória e
descomprometido com o bem-estar comunitário, para integrar um conjunto de empresas voltadas para o cumprimento da exigência constitucional de função social dos
empreendimentos econômicos e conscientes – de que proteger o ambiente é mais que
uma estratégia de marketing moderno: é um compromisso com a Humanidade.
José Carlos Carvalho
Engenheiro florestal, ex-ministro de Estado do Meio Ambiente e
14
p r efáci o
atual secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável de Minas Gerais
15
B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a
Visitantes na Máquina dos Cristais (1903)
Fundos do prédio Máquina dos Cristais
Interior da Usina dos Cristais, hoje sede do Centro de Educação Ambiental (CEA)
Centro de Educação Ambiental:
19
“ Não há nada mais fácil de obter em Morro Velho do que água”. A afirmação
está presente no Relatório Anual da Saint John Del Rey Mining Company Limited,
escrito em 1843.
A água em abundância, aliada ao entusiasmo e à necessidade concreta de sua
captação para uso nas operações minerárias, levou à construção de vários canais.
Por volta de 1890, o canal do Rego Cristais, uma das fontes mais importantes
de água para as minas da empresa, ficou pronto. Esse canal tinha como finalidade
captar as águas procedentes do Ribeirão dos Cristais, usando a gravidade como
princípio fundamental para a manutenção do fluxo de água que seguia até as instalações industriais da antiga área operacional da empresa (à época localizada no
centro de Nova Lima). Pequenas comportas, túneis, pontes e o singular aqueduto
“bicame”, hoje símbolo da cidade, também faziam parte desta estrutura.
Ao longo desse canal, foi construída, em 1896, a usina elétrica do Retiro e, posteriormente, em 1899, já estavam em andamento as obras da futura usina dos Cristais,
cuja operação foi iniciada em junho de 1900. O prédio dessa usina, com arquitetura
característica inglesa, foi erguido imerso na paisagem de muito verde, na sonoridade
das águas e dos animais locais. Desde sua construção, passou a exercer poderosa atração
na comunidade local em razão de seu pitoresco conjunto. Naquele local, famílias se
reuniam nos fins de semana para tradicionais piqueniques ao ar livre.
As necessidades operacionais vividas na época fizeram com que George Chalmers, superintendente da Saint John Del Rey Mining Company, elaborasse um
sistema de geração de energia muito maior do que o existente até então, iniciando
assim, em 1904, o Sistema Hidrelétrico de Rio de Peixe.
B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a
uma história que convida à reflexão
Vista do Bicame, símbolo da cidade de Nova Lima
Ribeirão dos Cristais/área de captação de água para o Rego Grande
Bi o di v e r s i dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a
21
Foram construídas, então, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), linhas
de transmissão e casas para os empregados. A partir da década de 1930, o sistema
ganhou novas PCHs e as barragens das lagoas Grande (ou dos Ingleses), do Miguelão e da Codorna, com o objetivo de armazenar grande volume de água para
aumentar a geração de energia das usinas. A água das barragens é um dos principais
combustíveis energéticos da empresa até hoje graças ao feito de Chalmers.
Nesse contexto, a usina dos Cristais, também conhecida como Máquina dos
Cristais, passou então a ter um papel secundário, sendo desativada tempos depois.
O canal Rego dos Cristais, atualmente conhecido como Rego Grande, foi perdendo
gradualmente função até não ser mais necessário, em 1995, com a desativação da
planta metalúrgica da empresa no centro da cidade de Nova Lima.
Em 2000, a AngloGold Ashanti decidiu construir um Centro de Educação
Ambiental em Nova Lima e encontrou na área da Máquina dos Cristais um ambiente
extremamente adequado, por sua história e beleza local. O Ribeirão dos Cristais,
as nascentes e o prédio histórico da hidrelétrica foram preservados, unindo-se aos
147 hectares da Mata Samuel de Paula. Essa área passou a ser protegida e mantida
pela AngloGold Ashanti como uma RPPN: Reserva Particular do Patrimônio
Natural Mata Samuel de Paula. A mata tem áreas remanescentes de floresta atlântica,
além de rica fauna e flora – conforme se pode verificar nos estudos apresentados
neste livro –, condições físicas ideais para favorecer e estimular a aprendizagem e a
mudança de comportamento em prol do meio ambiente.
Assim, após a revitalização da antiga Máquina dos Cristais, foi inaugurado
o Centro de Educação Ambiental da empresa em 31 de outubro de 2000, onde
programas diversos, voltados para a educação ambiental, são desenvolvidos.
Profissionais capacitados, espaços de lazer e recursos metodológicos fazem
do Centro de Educação Ambiental um importante aliado para disseminação dos
valores ambientais e sociais defendidos pela AngloGold Ashanti. A reserva Mata
Samuel de Paula também é um espaço de aprendizagem aberto a entidades especializadas para trabalhos de campo.
A antiga Máquina dos Cristais voltou a produzir energia. Uma energia que
também ilumina – não os ambientes, e sim pessoas. Nessa área, a harmonia e a
aprendizagem contribuem para que as gerações futuras também usufruam de um
ambiente equilibrado e sustentável. Em 2008, o Centro de Educação Ambiental
contabilizou a marca de mais de 100 mil visitantes.
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - ANGLOGOLD ASHANTI (mg)
EMPREGADOS/
TERCEIROS
COMUNIDADE
ESCOLAR
COMUNIDADE
EM GERAL
ANO
VISITANTES (2)
CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL HARRY OPPENHEIMER
(CEAHO)
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EM OUTROS ESPAÇOS
FORA DO CEAHO (4) (6)
TOTAL
2000 (1)
7.830
0
0
0
0
7.830
2001
14.606
853
5.755
0
0
21.214
2002
7.265
1,481
2.965
612
0
12.323
2003 (3)
4.618
5.642
3.101
483
370
14.214
2004
3.797
4.058
2.960
20
914
11.749
2005
4.124
2.812
2.490
620
1.670
11.716
2.589
2.818
2.589
227
858
9.081
2006
2.730
3.129
2.504
38
1.209
9.610
2008
2.073
4.354
2.250
73
754
9.504
Total
49.632
25.147
24.614
2.073
5.775
107.241
2007
(5)
(1) Atividades no CEAHO se iniciaram em 1o de novembro.
(2) Pessoas que visitam o CEAHO pela primeira vez e não participam de atividades específicas.
(3) Na atividade para empregados/terceiros, 370 pessoas participaram da atividade na empresa, fora da estrutura
física do CEAHO.
22
Ce nt ro de E duc a ç ã o Amb i e n ta l :
Uma h i s tóri a q ue c on v i da à re f l e xã o
(4) As atividades realizadas fora do CEAHO não tiveram registro específico de participação no período de 2000 a 2002.
(5) 254 empregados participaram do curso de alfabetização ecológica, número computado na coluna Ed. Ambiental
em outros espaços.
(6) 233 estudantes participaram do programa Meu Planeta é Minha Casa na Mina Córrego do Sítio e 51 cantineiras
do programa Escola Sustentável.
Referências: Livro de visitantes, relatórios e folhas de presença.
Rivene Guadalupe de Oliveira
Coordenadora de Educação Ambiental e Memória
Prédio do CEA atualmente
23
Bi o di v e r s i dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a
Morro do Elefante
Descrição de limites e confrontações – Georreferências
Partindo do ponto de amarração, o marco de concreto com chapa de bronze
nº22, sistema UTM Cruzeiro do Sul, fica localizado no Morro do Elefante, na linha
de divisa pela direita com a fazenda Samuel de Paula e José Rodrigues e Marcolino
e pela esquerda com a Chácara dos Cristais.
As coordenadas são N-7.788.734,37, E-618.365,71, com rumo para o vértice
nº 01 de S64º15’29”E, distância de 24,59 metros e coordenadas N-7.788.523,69,
E-618.387,86. Daí, segue em linhas quebradas indo até ao vértice no 16711 coordenadas N-7.788.702,45, E-619.175,08; desse vértice segue-se sentido sul em linhas
quebradas indo até ao vértice nº 21, coordenadas N-7.787.960,42, E-619.322,54,
este localizado na divisa com a Chácara Luiz Daniel abaixo do viaduto dos Cristais,
rodovia MG-030, à margem do Ribeirão dos Cristais.
25
A área estudada está situada na região sudeste, no estado de Minas Gerais, no
município de Nova Lima. A distância de Belo Horizonte, a capital do estado, é de
aproximadamente 15 quilômetros. O acesso principal à RPPN Mata Samuel de
Paula é pela rodovia MG-030.
Existem serviços regulares de transporte coletivo intermunicipal de Belo Horizonte para Nova Lima. Além disso, como a reserva está localizada em área urbana,
existem transportes coletivos municipais que trafegam no bairro dos Cristais (onde
a reserva está localizada).
Uma visão parcial da RPPN, pela MG-030, é o Morro do Elefante. Essa
área tem esse nome pois o morro lembra, à distância, um elefante deitado (foto à
esquerda). Com seus 1.150 metros de altitude, o morro tem parte da suas terras
dentro da reserva da empresa.
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Localização e vias de acesso
26
l o ca l i za ç ã o e v i a s de a c e s s o
Daí deve-se subi-lo, passando pela divisa da Fazenda Samuel de Paula, José
Rodrigues e Marcolino com a Chácara dos Cristais, vértice nº 22, coordenadas
N-7.787.643,97, E- 618.474,42, divisando pela esquerda com particular, indo até
ao marco de divisa mmv.01, (vértice nº 23). Daí segue-se sentido norte em linhas
quebradas, divisando pela esquerda com particular indo até ao marco mmv.02 (vértice nº 33), onde vira à direita em linha quebradas indo ao vértice nº 42, divisas das
duas fazendas. Daí segue-se em linhas quebradas indo até ao vértice nº 01, onde se
deu início este memorial, fechando a poligonal.
Vista aérea da reserva
O objetivo deste capítulo não é tratar especificamente sobre os métodos utilizados por cada pesquisador na execução de seus trabalhos, pois essas informações serão
encontradas nos capítulos dos relatórios de cada especialidade. O que se pretende
aqui é evidenciar como o desenvolvimento dos estudos que compõem este livro
foram planejados e desenvolvidos. Outras informações presentes nos capítulos são
as recomendações de manejo e as observações feitas pelos pesquisadores quanto à
reserva, além de informações para uso na prática da educação ambiental.
Em novembro de 2002, um ano após a RPPN Mata Samuel de Paula ter sido
criada, foram solicitados estudos sobre a área para a Universidade Federal de Minas
Gerais, enfocando a qualidade da água, da flora e da fauna (vespas, mamíferos,
anfíbios, répteis, aracnídeos, abelhas, aves, insetos aquáticos).
Durante 2003, várias reuniões de planejamento foram feitas, e no ano seguinte
foram definidos quais estudos seriam realizados e o prazo para fazê-los, conforme
descrito na tabela seguinte:
Período
29
Estudo
B i o di v e r si dade D a M ata S a m ue l de Pa ul a
Metodologia
FASE 1
Flora
Maio de 2004 a dezembro de 2005 (1 ano e meio)
Água – Qualidade da água com
ênfase em insetos aquáticos
Maio de 2004 a dezembro de 2005 (1 ano e meio)
FASE 2
Fauna – Mamíferos
Outubro de 2005 a setembro de 2006 (1 ano)
Fauna – Aves
Setembro de 2005 a agosto de 2006 (1 ano)
FASE 3
Fauna – Anfíbios e Répteis
Setembro de 2006 a agosto de 2007 (1 ano)
Fauna – Aracnídeos
Outubro de 2006 a setembro de 2007 (1 ano)
Na sequência, também foram definidos os seguintes objetivos:
1. Promover o inventário e a lista das espécies;
2. Caracterizar seu período de reprodução;
3. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras ou de significativa importância biogeográfica ocorrentes na área;
4. Avaliar do estado de conservação da reserva em relação ao item de estudo;
5. Indicar os pontos físicos de destaque;
30
M ETODOLOGIA
6. Dar recomendações de manejo.
Posteriormente, definiu-se que seria importante conhecer as características
do solo da reserva, uma vez que se pretendia abrir trilhas na mata para o público.
Então, em 2006, o estudo de solos na reserva também foi realizado.
Todos os estudos foram feitos dentro dos 147,83 hectares da reserva e coordenados por mestres e/ou doutores nas diversas especialidades definidas.
As equipes de trabalho de campo realizaram as coletas na área, sendo que as intensidades amostrais foram definidas de acordo com o planejamento, no qual a periodicidade
definida para realização do estudo foi um ponto fundamental a ser considerado.
Relatórios parciais mensais foram encaminhados à AngloGold Ashanti para
acompanhamento da execução dos trabalhos. Todo o material-testemunho coletado
foi depositado nas coleções da Universidade Federal de Minas Gerais (Água, Flora
e Fauna – Mamíferos, Aves, Aracnídeos) e na Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (Fauna – Anfíbios e Répteis).
Em 2008, todos os relatórios já haviam sido entregues pelos seus respectivos
estudiosos e, então, foram encaminhados à biblioteca do Centro de Educação
Ambiental AngloGold Ashanti e à Fundação Estadual de Meio Ambiente de
Minas Gerais (FEAM).
Sendo assim, com esse rico material em mãos, foi conclusiva a importância
científica da RPPN Mata Samuel de Paula, mantida pela empresa. Em função da
relevância das informações desses estudos, a AngloGold Ashanti decidiu disponibilizá-las ao público de maneira geral. Assim, os capítulos deste livro procuram
representar fielmente os relatórios de cada especialidade estudada.
FLORA
Flora/Florístico
Coordenador:
Colaboradores:
Prof. Dr. Alexandre Salino
Gustavo Heringer
Lívia Echternacht Andrade
Pablo Hendrigo Alves de Melo
Thais Elias Almeida
Bidens segetum
Malpighiaceae
35
A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ricos em diversidade e endemismos
de espécies vegetais e animais e, também, um dos mais ameaçados do planeta. Em
virtude dessa riqueza biológica e níveis de ameaça, a Mata Atlântica foi indicada por
especialistas como um dos 25 hotspots mundiais (Mittermeier et al., 1999, Myers
et al., 2000), ou seja, uma das prioridades para a conservação de biodiversidade em
todo o mundo. O Cerrado é o segundo maior bioma do País em área, apenas superado
pela Floresta Amazônica, e ocupa mais de 2.000.000 km2, o que representa cerca
de 23% do território brasileiro (Ribeiro & Walter, 1998). As áreas de Cerrado
também foram consideradas prioritárias para a conservação da biodiversidade.
A região Metropolitana de Belo Horizonte é considerada uma área de transição
entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. O primeiro está representado principalmente pelas Florestas Estacionais Semideciduais, e o segundo, principalmente por
formações savânicas e campestres. Apesar de ser a região mais urbanizada do estado
de Minas Gerais, ainda há áreas de Cerrado e Mata Atlântica que precisam de estudos
florísticos. A área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel
de Paula é uma dessas áreas que merecem estudos de levantamento florístico.
O conhecimento da vegetação por meio de levantamentos florísticos e fitossociológicos será sempre um estudo básico para o conhecimento dos recursos naturais de
uma região, bem como para subsidiar pesquisas em diversas outras áreas correlatas, uma
vez que a vegetação é parte fundamental do habitat (Matteucci & Colma, 1982).
A proposta de inventário da flora da RPPN Mata Samuel de Paula englobou
dois grandes grupos taxonômicos: as angiospermas (plantas com flores), que já vêm
sendo utilizadas em outros projetos de avaliação de biodiversidade, e as pteridófitas
(samambaias e plantas afins), que têm demonstrado grande importância como ferramenta para avaliação do estado de conservação de comunidades florestais tropicais.
Além disso, foram feitos os estudos fitossociológicos (quantitativos) do estrato
arbóreo/arbustivo de vários trechos de floresta da Reserva, que deverão subsidiar a
caracterização da cobertura vegetal da área.
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
Objetivo
O objetivo geral deste projeto foi documentar e analisar a composição da flora
de plantas vasculares da RPPN Mata Samuel de Paula e fornecer uma caracterização
da cobertura vegetal da área da RPPN.
Objetivos específicos
1. Promover o inventário da flora de plantas vasculares (pteridófitas e angiospermas).
2. Efetuar o estudo fitossociológico em trechos de floresta da área da RPPN.
3. Produzir uma listagem de espécies para os grupos supracitados registrados
na RPPN.
4. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras ou de significativa importância biogeográfica ocorrentes na área.
5. Elaborar uma caracterização da cobertura vegetal da área da RPPN visando
subsidiar o planejamento do uso, da conservação e manejo da área.
6. Oferecer informações relevantes da área e das espécies vegetais de interesse
para o programa de Educação Ambiental.
36
F l or a
Área de estudos
Este projeto de pesquisa foi desenvolvido em toda a área da RPPN Mata
Samuel de Paula, da Mineração AngloGold Ashanti.
O clima regional é do tipo Cwb de Köppen, subtropical de altitude, ou seja,
mesotérmico com verões amenos e estiagem de inverno. A temperatura média
anual é de 22,6 ºC, e a precipitação medial anual, de 1670 mm. Os meses mais
quentes (dezembro a março) têm médias em torno 24,5 ºC, e os meses mais frios
(junho a agosto), em torno de 22,4 ºC. As precipitações médias mensais variam
de 381,9 mm em dezembro a 10,9 mm em julho. As altitudes variam de 890 –
1000 metros. Na região predominam os solos dos tipos Cambissolos e Neossolos
(CETEC, 1983).
A maior parte da RPPN é coberta por Floresta Estadual Semidecidual secundária em estágios variados de regeneração. Há pequenos trechos cobertos por campos naturais ou pastagens. Na Figura 1 é apresentada uma carta imagem da região
indicando os limites da RPPN e os pontos (10) da amostragem fitossociológica.
Nessa imagem é possível reconhecer através das diferentes texturas a variação na
cobertura vegetal da RPPN.
Material e métodos
Foram realizadas 28 campanhas de campo durante os 14 meses de trabalho.
Coletaram-se todas as plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas, tanto vegetativas
quanto reprodutivas. As amostras foram coletadas e herborizadas segundo as técnicas
usuais em Botânica. O material testemunho (material botânico) está depositado na
coleção do Herbário BHCB (Departamento de Botânica do Instituto de Ciências
Biológicas da UFMG).
Para o estudo fitossociológico foi usado o método de parcelas, sendo que
cada parcela foi de 5 x 30 metros (150 m2). Foram amostradas 10 áreas diferentes
ao longo da área da RPPN (Figura 1) perfazendo um total de 30 parcelas (4500
metros quadrados = 0,45 hectares). Foram amostrados todos os indivíduos com
CAP (Circunferência na Altura do Peito) igual ou superior a 10 cm. De cada
indivíduo foram registrados os seguintes dados: circunferência na altura do peito
(CAP), a altura do fuste e a altura total. As árvores mortas em pé foram incluídas
na amostragem e consideradas em apenas uma categoria (mortas). A avaliação dos
parâmetros fitossociológicos foi feita com base em Muller-Dombois & Ellenberg
(1974), e os cálculos do índice de diversidade de Shannon (H´) e da equabilidade ( J)
foram de acordo com Pielou (1975). Para os cálculos dos parâmetros e dos índices
foi utilizado o pacote de programas Fitopac de autoria do Dr. George Shepherd
37
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Figura 1: Carta imagem da RPPN Samuel de Paula - Nova Lima-MG.
do Departamento de Botânica da UNICAMP
(Shepherd, 1988). Para a análise de similaridade florística entre as áreas foi utilizado o
índice de Jaccard.
A identificação das espécies foi feita com
auxílio de literatura especializada, de especialistas e por comparação com material já determinado existente no herbário BHCB.
1
Resultados e discussão
Estudo florístico (Qualitativo)
3
38
Fl ora
2
1. Ruellia macrantha
2. Brunfelsia cf. brasiliensis
3. Justicia riparia
Foram identificadas 510 espécies de plantas vasculares, sendo 75 espécies de pteridófitas
(Tabela 1) e 435 de angiospermas (Tabela 2).
Considerando a amostragem de apenas 14
meses e o tamanho da área (147 hectares),
podemos considerar que o número de espécies
levantadas é bastante significativo, principalmente se compararmos com alguns estudos
realizados em outras áreas de Minas Gerais.
Destaca-se aqui o levantamento realizado no
Parque Estadual do Rio Doce, uma área de
aproximadamente 36.000 hectares que foi alvo
de coleta durante muitos anos e onde foram
registradas apenas 535 espécies de angiospermas (Lombardi & Gonçalves, 2000).
As 73 espécies de pteridófitas estão distribuídas em 17 famílias e 32 gêneros. As pteridófitas representam aproximadamente 14,39%
das espécies de plantas vasculares encontradas
na área. As famílias com maior número de espécies foram Schizaeaceae, Thelypteridaceae e
Pteridaceae, com oito espécies cada, Blechnaceae
e Dennstaedtiaceae, com seis espécies cada, e
Cyatheaceae e Tectariaceae, com quatro espécies cada. Juntas, as sete famílias representam
60,27% do total de espécies.
Com base nos poucos trabalhos florísticos
de pteridófitas de áreas de floresta estacional
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Uma das duas espécies epífitas, Pleopeltis
angusta, é geralmente encontrada em áreas
bem iluminadas nas bordas de florestas, em
áreas de Cerradão e até crescendo em árvores
no ambiente urbano.
As 435 espécies de angiospermas estão
distribuídas em 85 famílias e 229 gêneros. As
10 famílias com maior número de espécies
foram Fabaceae, com 34, Asteraceae, com 31,
Myrtaceae, com 28, Melastomataceae, com
24, Rubiaceae, com 21, Lauraceae, com 20,
Euphorbiaceae, com 16, Sapindaceae, com 12,
Acanthaceae, com 10, e Bignoniaceae, com nove
espécies (Tabela 2). Juntas, essas 10 famílias
representam 47,23% das espécies de angiopermas registradas na área. A importância de
Fabaceae como a família com maior número
de espécies já vem sendo ressaltada por outros
autores para áreas de Mata Atlântica, assim
como Rubiaceae e Myrtaceae (Peixoto &
Gentry, 1990; Lombardi & Gonçalves,
2000), além de Asteraceae e Bignoniaceae
(Lombardi & Gonçalves, 2000). As cinco
famílias mais representativas no Parque Estadual do Rio Doce e na Estação Biológica de
Caratinga estão entre as 10 mais representativas na Mata Samuel de Paula.
Alguns autores que estudaram florestas
de galeria em Minas Gerais concluíram que as
famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae
(Leguminosae), Myrtaceae e Rubiaceae aparecem, também, entre as 10 famílias com maiores números de espécies (Vilela et al. 1993,
Oliveira Filho et al. 1994, Carvalho et al.
1995, Vilela et al. 1995). Rodrigues e Nave
(2001) analisaram 43 trabalhos florísticos
realizados em florestas ciliares brasileiras, porém
extra-amazônicas, e constataram também que
as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae
(Leguminosae), Melastomataceae, Myrtaceae
e Rubiaceae foram as mais representativas em
39
semidecidual de Minas Gerais considera-se
que a riqueza de espécies de pteridófitas na
Mata Samuel de Paula é baixa. Levantamentos
florísticos de áreas da APA-Sul RMBH e Quadrilátero Ferríferro realizados por Figueiredo e
Salino (2005) registraram a ocorrência de 145
espécies na RPPN Mata do Jambreiro, 139 na
RPPN Capitão do Mato, 108 na RPPN Andaime e 94 na RPPN Tumba. Além disso, há
dados para a Estação Biológica de Caratinga,
onde foram registradas 102 espécies (Melo &
Salino, 2002), e Parque Estadual do Rio Doce,
123 espécies (Melo & Salino, 2002).
Das 75 espécies de pteridófitas, 22
ocorrem em ambientes mais iluminados, tais
como borda de mata, trilhas na mata e área
de campo-rupestre, sendo que as outras 53
são espécies mais típicas de ambientes sombreados no interior da mata. Três espécies são
consideradas como introduzidas no Brasil, a
saber, Pteris vittata, Macrothelypteris torresiana,
Thelypteris dentata e Diplazium petersenii.
Essas espécies são indicadoras de ambientes
perturbados ou em regeneração inicial. Na
Mata Samuel de Paula foram encontradas
nas bordas de Mata e ao longo das edificações da área. Apesar de a altitude em que se
encontra a mata ser propícia para a ocorrência
de epífitas, foram encontradas apenas duas
espécies com hábito epifítico, representando
2,73% do total de espécies de pteridófitas da
área. Essa proporção é extremamente baixa
se comparada com outras áreas de floresta
estacional semidecidual estudadas em Minas
Gerais, como Estação Biológica de Caratinga
(8,42%), Parque Estadual (8,25%) e APA-Sul
RMBH (13,7%). Essa baixa ocorrência de
epífitas deve estar relacionada à situação de
degradação por que passou a Mata Samuel
de Paula, que apresenta estágios sucessionais
iniciais e médios de regeneração da mata.
número de espécies. Leitão-Filho (1992) também menciona que em vários estudos florísticos realizados em florestas estacionais semideciduais do estado de São
Paulo, as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae (Leguminosae), Myrtaceae e
Rubiaceae apresentam um considerável número de espécies e de indivíduos.
Tabela 1: Listagem das espécies de pteridófitas ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio
Natural Mata Samuel de Paula. O número que aparece em coleção refere-se ao número de coleta
de Alexandre Salino.
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
coleção
Blechnum asplenioides Sw.
Samambaia
Rupícola
Mata
9632
Blechnum binervatum ssp. acutum
(Desv.) R.M. Tryon & Stolze
Samambaia
Terrestre
Mata
Blechnum brasiliense Desv.
Samambaia
Terrestre
Mata
Blechnum cordatum (Desv.) Hieron.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Blechnum glaziovii Christ
Samambaia
Rupícola
Mata
Blechnum gracile Kaulf.
Samambaia
Terrestre
Mata
9868
Blechnum laevigatum Cav.
Samambaia
Terrestre
Mata
0424
Blechnum occidentale L.
Samambaia
Terrestre
Mata
Alsophila sternbergii (Sternb.) Conant
Samambaiaçu
Terrestre
Mata
Cyathea delgadii Sternb.
Samambaiaçu
Terrestre
Mata
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin
Samambaiaçu
Terrestre
Mata
Cyathea phalerata Mart.
Samambaiaçu
Terrestre
Mata
Cyathea rufa (Fée) Lellinger
Samambaiaçu
Terrestre
Mata
Dennstaedtia dissecta (Sw.) T. Moore
Samambaia
Terrestre
Mata
Dennstaedtia globulifera (Poir.) Hieron.
Samambaia
Terrestre
Mata
Hypolepis aquilinaris (Fée) Christ
Samambaia
Terrestre
Borda de Mata
Lindsaea quadrangularis Raddi
Falsa-avenca
Terrestre
Mata
Lindsaea stricta (Sw.) Dryand.
Falsa-avenca
Terrestre
Borda de mata
Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon
Samambaia das taperas
Terrestre
Borda de Mata
Didymochlaena truncatula (Sw.) J. Sm.
Samambaia
Terrestre
Mata
Polybotrya speciosa Schott
Samambaia
Hemiepífita
Mata
Sticherus bifidus (Willd.) Ching
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
9629
Sticherus gracilis (Mart.) Copel.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
9623
Sticherus nigropaleaceus (J. W. Sturm)
Prado & Lellinger
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
9628
Samambaia
Rupícola
Mata
10080
Trichomanes pinnatum Hedw.
Samambaia
Rupícola
Borda de mata
9684
Trichomanes pilosum Raddi
Samambaia
Rupícola
Borda de mata
9630
Trichomanes rigidum Sw.
Samambaia
Terrestre
Mata
9869
BLECHNACEAE
CYATHEACEAE
9871
40
Fl ora
DENNSTAEDTIACEAE
0571
9638
DRYOPTERIDACEAE
GLEICHENIACEAE
GRAMMITIDACEAE
Cochlidium serrulatum (Sw.) L.E. Bishop
HYMENOPHYLLACEAE
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
coleção
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
9627
Terrestre
Borda de mata
9636
LOMARIOPSIDACEAE
Elaphoglossum tamandarei Brade
LOPHOSORIACEAE
Lophosoria quadripinnata
(J.F. Gmel.) C.Chr.
LYCOPODIACEAE
Lycopodiella cernua (L.) Pic.Serm.
POLYPODIACEAE
Microgramma percussa (Cav.) de la Sota
Samambaia
Epífita
Mata
Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston
Samambaia
Epífita
Mata
Polypodium catharinae Langsd. & Fisch.
Samambaia
Epífita
Borda de mata
Polypodium latipes Langsd. & Fisch.
Samambaia
Terrestre
Mata
Adiantopsis radiata (L.) Fée
Samambaia
Rupícola
Borda de mata
9635
Adiantum lorentzii Hieron.
Avenca
Rupícola
Borda de mata
9640
Adiantum subcordatum Sw.
Avenca
Terrestre
Mata
9639
Doryopteris ornithopus
(Hook. & Baker) J. Sm.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Pityrogramma calomelanos (L.) Link
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Pteris deflexa Link
Samambaia
Terrestre
Mata
Pteris splendens Kaulf.
Samambaia
Terrestre
Mata
Pteris vittata L.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia ferruginea
Humb. & Bonpl. ex Kuhn
Samambaia
Terrestre
Mata
Anemia oblongifolia (Cav.) Sw.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia ouropretana Christ
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia phyllitidis (L.) Sw.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia raddiana Link
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia tomentosa Sw.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Anemia villosa Humb. & Bonpl. ex Willd.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Lygodium venustum Sw.
Samambaia
Trepadeira
Borda de mata
Schizaea elegans (vahl) Sw.
Samambaia
Terrestre
Mata
10570
Selaginella flexuosa Spring
Rupícola
Borda de mata
9633
Selaginella marginata
(Humb. & Bonpl. ex Willd.) Spring
Rupícola
Borda de mata
9631
Selaginella muscosa Spring
Rupícola
Borda de mata
9634
10448
PTERIDACEAE
9870
10079
9637
10350
SELAGINELLACEAE
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
SCHIZAEACEAE
Ctenitis distans (Brack.) Ching
Samambaia
Terrestre
Mata
Ctenitis submarginalis
(Langsd. & Fisch.) Ching
Samambaia
Terrestre
Mata
Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale
Samambaia
Terrestre
Mata
Tectaria incisa Cav.
Samambaia
Terrestre
Mata
Macrothelypteris torresiana
(Gaudich.) Ching
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Thelypteris dentata (Forssk.) E.St. John
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Thelypteris patens (Sw.) Small
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Thelypteris hatschbachii A.R. Sm.
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
Thelypteris lugubris (Mett.)
R.M. Tryon & A.F. Tryon
Samambaia
Terrestre
Mata
THELYPTERIDACEAE
9881
41
TECTARIACEAE
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
coleção
Thelypteris oligocarpa (Willd.) Ching
Samambaia
Terrestre
Mata
9624
Thelypteris retusa (Sw.) C.F. Reed
Samambaia
Terrestre
Mata
9626
Thelypteris rivularioides (Fée) Abbiatti
Samambaia
Terrestre
Mata
9625
Diplazium expansum Willd.
Samambaia
Terrestre
Mata
9880
Diplazium petersenii (Kunze) Christ
Samambaia
Terrestre
Borda de mata
THELYPTERIDACEAE
WOODSIACEAE
Tabela 2: Listagem das espécies de angiospermas ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio
Natural Mata Samuel de Paula.
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Geissomeria sp.
Herbáceo
Mata
10378
Justicia carnea Lindl.
Herbáceo
Mata
9664
Justicia cf. laeta (Nees.) Lindau
Herbáceo
Mata
10381
Mendoncia coccinea Vell.
Trep.- Herbácea
Mata
Ruellia brevifolia (Pohl) Ezcurra
Herbáceo
Mata
10390
Ruellia densa (Nees.) Hier.
Herbáceo
Mata
9647
Ruellia cf. macrantha Mart. ex Nees.
Herbáceo
Mata
10513
Ruellia puri (Nees.) Mart. ex Jackson
Herbáceo
Mata
Ruellia villosa (Pohl ex Nees.) Lindau
Herbáceo
Mata
9651
Ruellia sp. 1
Herbáceo
Mata
9866
Ruellia sp. 2
Herbáceo
Mata
Arbórea
Mata
Alternanthera brasiliana (L.) Kunth.
Herbáceo
Mata
10406
Alternanthera sp.
Herbáceo
Mata
10410
Hebanthe paniculata Mart.
Herbáceo
Mata
ACANTHACEAE
ACHARIACEAE
Carpotroche brasiliensis (Raddi) A. Gray
AMARANTHACEAE
ANACARDIACEAE
42
Fl ora
Astronium fraxinifolium Schott
Arbórea
Mata
Astronium graveolens Jacq.
Aroeira
Arbórea
Mata
Lithraea molleoides Engl.
Arbórea
Mata
10582
Tapirira guianensis Aubl.
Arbórea
Mata
9851
Tapirira obtusa (Benth.) Mitchell
Arbórea
Mata
Tapirira sp.
Arbórea
Mata
ANNONACEAE
Guatteria sellowiana Schltdt.
Embira
Arbórea
Mata
10398
Guatteria villosissima A.St.Hil.
Araticum-peludo
Arbórea
Mata
10592
Rollinia laurifolia Schlecht.
Araticum
Arbórea
Mata
Rollinia sylvatica (A.St.Hil.) Mart.
Arbórea
Mata
Indeterminada
Arbórea
Mata
Aspidosperma discolor A. DC.
Arbórea
Mata
Aspidosperma parvifolium A. DC.
Arbórea
Mata
Aspidosperma spruceanum Benth.
Arbórea
Mata
Aspidosperma leucomelanum Müll.Arg.
Arbórea
Mata
Aspidosperma olivaceum Müll.Arg.
Arbórea
Mata
APOCYNACEAE
10581
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
Ditassa sp.
Herbácea
Borda de mata
Himatanthus lanceifolius
(Müll.Arg.) Woodson
Arbórea
Mata
Mandevilla tenuifolia (Mikan) Woodson
Herbáceo
Mata
Secondatia floribunda A.DC.
Herbáceo
Mata
Temnadenia violácea (Vell.) Miers.
Herbáceo
Mata
Ilex affinis Gardn.
Arbórea
Mata
Ilex cerasiifolia Reiss.
Arbórea
Mata
Ilex cf. grandis Reiss.
Arbórea
Mata
Ilex cf. psammophila Reiss.
Arbórea
Mata
Ilex sp.
Arbórea
Mata
Ilex theezans Mart.
Arbórea
Mata
Anthurium minarum Sakuragui & Mayo
Herbáceo
Mata
Philodendron sp.
Herbáceo
Mata
Dendropanax cuneatum Decne & Planch.
Arbórea
Mata
Centella asiatica (L.) Urb.
Herbáceo
Borda de mata
Schefflera lucumoides (Decne & Planch.
ex Marchal) Frodin & Fraschi
Arbórea
Mata
COLEÇÃO
APOCYNACEAE
10607
AQUIFOLIACEAE
ARACEAE
10512
ARALIACEAE
Arbórea
Mata
Schefflera longipetiolata (Pohl)
Frodin & Fiaschi
Arbórea
Mata
Schefflera vinosa
(Cham. & Schltdl.) Frodin & Fiaschi
Arbórea
Mata
Aristolochia galeata Mart. & Zucc.
Trepadeira
Borda de mata
Aristolochia melastoma
Manso ex Duch.
Trepadeira
Borda de mata
Aristolochia smilacina Duch.
Herbácea
Borda de mata
Achyrocline satureioides DC.
Herbácea
Borda de mata
Ageratum miryadenium
Hort. ex Sch.Bip.
Herbácea
Borda de mata
Baccharis cf. serrulata Pers.
Arbustiva
Borda de mata
Baccharis cf. trimera (Less.) DC.
Arbustiva
Borda de mata
Baccharis dentata (Vell.) G.M.Barroso
Herbácea
Borda de mata
Baccharis vernonioides DC.
Arbustiva
Borda de mata
9662
Bidens segetum Mart. ex Colla
Herbácea
Borda de mata
10376
Borda de mata
10627
10524
ARISTOLOCHIACEAE
10362
ASTERACEAE
Crepis japonica Benth.
9663
Dasyphillum velutinum (Baker) Cabrera
Arbustiva
Borda de mata
Dasyphyllum sp.
Arbustiva
Borda de mata
Eremanthus cf. erythropappus (DC.)
N.F.F.MacLeish
Arbórea
Mata/Campo
10585
Eremanthus cf. glomerulatus Less.
Arbórea
Mata/Campo
10583
Eupatorium adamantium Gardn.
Herbácea
Borda de mata
9660
Eupatorium inulaefolium H.B. &.K.
Herbácea
Borda de mata
Eupatorium sp. 1
Herbácea
Borda de mata
9665
Eupatorium sp. 2
Herbácea
Borda de mata
9657
Gochnatia sp.
Arbustiva
Borda de mata
Lepidaploa argyrotricha
(Sch.Bip. ex Baker) H.Rob.
Herbácea
Borda de mata
10364
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Mandiocão
9659
43
Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi
10518
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Mikania sp.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Mutisia coccinea A.St.-Hyl.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Piptocarpha axillaris (Less.) Baker
Arbórea
Mata
Piptocarpha macropoda Baker
Arbórea
Mata
Piptocarpha sp.
Arbustiva
Mata
Podocoma rivularis (Gardner) G.L.Nelsom
Herbácea
Borda de mata
Praxelis sp.
Herbácea
Borda de mata
Stevia sp.
Herbácea
Borda de mata
Tagetes sp.
Herbácea
Borda de mata
Tilesia baccata (L.) Pruski
Herbácea
Borda de mata
Vernonanthura sp.
Arbórea
Borda de mata
10625
Vernonia brasiliana Druce
Herbácea
Borda de mata
9685
Vernonia scorpioides Pers.
Herbácea
Borda de mata
Vernonia sp.
Herbácea
Borda de mata
Indeterminada
Arbórea
Mata
Begonia angularis Raddi
Arbustiva
Mata
Begonia cucullata Willd.
Arbustiva
Mata
Begonia rufa Thunb.
Arbustiva
Mata
Adenocalymma bracteatum (Cham.) DC.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Adenocalyma sp.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Arrabidaea cf. patellifera
(Schltdl.) Sandw.
Trep.- Herbácea
Borda de Mata
Arrabidaea formosa (Bur.)Sandw.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
10373
Arrabidaea pulchra
(Cham.) Sandw.
Trep.- Herbácea
Borda de mata
10370
9667
ASTERACEAE
9678
10019
9650
BEGONIACEAE
10380
BIGNONIACEAE
9879
Pyrostegia venusta Miers.
Cipó-de-São-João
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Sparattosperma leucanthum
(Vell.) K.Schum.
Cinco-folhas
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
herbácea
Borda de mata
Bromélia
Herbácea
Mata
Almecega
Arbórea
Mata
Hippobroma longiflora (L.) G.Don.
herbácea
Borda de mata
Lobelia fistulosa Vell.
herbácea
Borda de mata
Syphocampylus nitidus Pohl.
herbácea
Borda de mata
Arbórea
Borda de mata
Maytenus evonymoides
Reissek in Mart.
Arbórea
Mata
9674
Maytenus gonoclada Mart.
Arbórea
Mata
9675
Tabebuia sp.
Tabebuia chrysotricha
(Mart. Ex Dc.) Standl.
Ipê-amarelocascudo
Indeterminada
Fl ora
BORAGINACEAE
Tournefortia villosa Salzn.
10399
BROMELIACEAE
Aechmea sp.
44
BURSERACEAE
Protium spruceanum (Benth.) Engl.
CAMPANULACEAE
10387
9652
CANNABACEAE
Celtis iguaneae (Jacq.) Sargent
CELASTRACEAE
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Maytenus cf. robusta Reiss.
Arbórea
Mata
Maytenus cf. salicifolia Reiss.
Arbórea
Mata
Peritassa sp.
Arbórea
Mata
Bacupari
Arbórea
Mata
Carvalho
Arbórea
Mata
10075
Arbórea
Borda de mata
9680
Garcinia gardneriana
(Planch. & Triana) Zappi
Arbórea
Mata
Kielmeyera altíssima Saddi
Arbórea
Mata
Kielmeyera sp.
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Hirtella glandulosa Spreng.
Arbórea
Mata
Licania sp.
Arbórea
Mata
Licania hoehnei Pilg.
Arbórea
Mata
Licania kunthiana Hook.f.
Arbórea
Mata
Licania octandra Kuntze
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Herbácea
Borda de mata
10392
Ipomoea tubata Nees.
Trepadeira
Borda de mata
10412
Ipomoea violacea L.
Trepadeira
Borda de mata
Jacquemontia cf. martii Choisy
Trepadeira
Borda de mata
Jacquemontia hirsuta Choisy
Trepadeira
Borda de mata
10414
Merremia macrocalyx
(Ruiz & Pav.) O ‘Donell
Trepadeira
Borda de mata
10372
Odonellia eriocephala
(Moric.) K.R. Robertson
Trepadeira
Borda de mata
Cabeça-de-negro
Trep.- Herbácea
Borda de mata
Salgueiro-do-mato
Arbórea
Borda de mata
Cyperus luzulae (L.) Retz.
Herbácea
Borda de mata
Eleocharis cf. maculosa
(Vahl.) Roem & Schult
Herbácea
Borda de mata
Eleocharis sp.
Herbácea
Borda de mata
Fimbristylis cf. dichotoma (L.)Vahl.
Herbácea
Borda de mata
Killinga pumila Michx.
Herbácea
Borda de mata
Rynchospora cf. holoschoenoides
(Rich.) Herter
Herbácea
Borda de mata
9643
Rynchospora sp.
Herbácea
Borda de mata
10397b
Scleria sp. 1
Herbácea
Borda de mata
10600
Scleria sp. 2
Herbácea
Borda de mata
10397a
CELASTRACEAE
Salacia elliptica (Mart.) G.Don.
CLETHRACEAE
Clethra scabra Pers.
CHLORANTHACEAE
Hedyosmum brasiliense Miq.
CLUSIACEAE
Vismia brasiliensis Choisy
Casca-de-barata
CHRYSOBALANACEAE
10604
Terminalia glabrescens Mart.
Mirindiba
COMMELINACEAE
Commelina obliqua Vahl.
CONVOLVULACEAE
CUCURBITACEAE
Wildbrandia hibiscoides Manso
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
COMBRETACEAE
Lamanonia ternata Vell.
45
CUNONIACEAE
CYPERACEAE
10421
Ouratea castaneifolia
Mutisia coccinea
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Trepadeira
Borda de mata
10368
Diospyrus inconstans Jacq.
Arbórea
Mata
Diospyros ketum B.Walln
Arbórea
Mata
Sloanea cf. lasiocarpa Pittier
Arbórea
Mata
Sloanea monosperma Vell.
Arbórea
Mata
Arbustiva
Borda de mata
Erythroxylon sp.
Arbusto
Mata
Erythroxylum cuneifolium (Mart.)
O.E.Schulz in Engl.
Arbórea
Mata
Erythroxylum pelleterianum A.St.Hil.
Arbórea
Mata
DIOSCOREACEAE
Dioscorea ovata Vell.
EBENACEAE
9655
ELAEOCARPACEAE
ERICACEAE
Agarista coriifolia
(Thunb.) Hook. ex Nied
ERYTHROXYLACEAE
10567
EUPHORBIACEAE
Arbórea
Mata
Alchonea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.
Tapiá
Arbórea
Mata
Aparisthmium cordatum (JUss.) Baill.
Arbórea
Mata
Croton floribundus Spreng
Arbórea
Mata
Croton glandulosus var. lundianus
(F.Diedrichsen) L.B.Smith & R.J.Downs
Arbustiva
Borda de mata
Croton lobatus Vell.
Arbustiva
Borda de mata
Croton urucurana Baill.
Arbórea
Mata
Croton sp. 1
Arbustiva
Borda de mata
Croton sp. 2
Arbustiva
Borda de mata
Dalechampia ficifolia Lam.
Trep.-Herbácea
Borda de mata
Manihot sp.
Arbustiva
Borda de mata
Maprounea guianensis Aubl.
Arbórea
Mata
Pera glabrata Poepp. ex Baill.
Arbórea
Mata
Sebastiania commersoniana
(Baillon) L.B.Smith & R.J.Downs
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Bowdichia virgilioides Kunth
Arbórea
Mata
Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad.
Arbórea
Borda de mata
Arbórea
Borda de mata
Arbórea
Mata
10521
10422
10374
9874
FABACEAE
Anadenanthera sp.
Apuleia leiocarpa J.F. Macbr.
Garapa
Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier
Copaifera langsdorffii Desf.
Pau-de-óleo
Dalbergia nigra (Vell.) Alemão
Caviúna
10617
10618
47
Abarema obovata
(Benth.) Barneby & J.W. Grimes
Arbórea
Borda de mata
Dalbergia sp.
Arbórea
Mata
Desmodium uncinatum (Jacg.) DC.
Herbácea
Borda de mata
10389
Desmodium sp.
Herbácea
Borda de mata
10375
Arbórea
Mata
Erythrina speciosa Andr.
Mulungu
Hymenolobium janeirense Kuhlm.
Arbórea
Mata
Inga cylindrica (Vell.) Mart.
Ingá
Arbórea
Mata
Inga edulis Mart.
Ingá
Arbórea
Mata
Inga sp. 1
Ingá
Arbórea
Borda de mata
Inga sp. 2
Ingá
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Machaerium brasiliense Vogel
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.
10580
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Machaerium cf. floridum (Mart.) Ducke
Arbórea
Mata
Machaerium nictitans (Vell.) Benth.
Arbórea
Mata
Arbórea
Borda de mata
Machaerium sp. 1
Arbórea
Mata
Machaerium sp. 2
Arbórea
Mata
Machaerium sp. 3
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
10612
Arbórea
Borda de mata
10357
Arbórea
Borda de mata
10578
Pithecolobium incuriale Benth.
Arbórea
Mata
Pseudopiptadenia warmingii Benth.
Arbórea
Mata
Sclerolobium rugosum Mart.
Arbórea
Mata
Arbórea
Borda de mata
Senna reniformis
(G. Don.) H.S. Irwin & Barneby
Arbustiva
Borda de mata
10360
Senna sp.
Arbustiva
Borda de mata
10415
Swartzia myrtifolia J.E. Smith
Arbórea
Borda de mata
Swartzia pilulifera Benth.
Arbórea
Borda de mata
Anetanthus gracilis Hiern.
Herbácea-Rupícola
Borda de mata
Paliavana sericiflora Benth.
Herbácea
Mata
Siningia cf. pendulinum Lindl.
Herbácea
Mata
Herbácea
Borda de mata
Arbórea
Mata
Herbácea
Borda de mata
Herbácea
Borda de mata
Eriope macrostachya Mart. Ex Benth
Herbácea
Borda de mata
10634
Hyptidendron asperrimum
(Spreng.) Harley
Arbórea
Borda de mata
10566
Hyptis mutabilis (Rich.) Briq.
Herbácea
Mata
10401
Marsypianthes chamedrys (Vahl) Kuntze
Herbácea
Borda de mata
Peltodon radicans Pohl.
Herbácea
Herbácea
Vitex polygama Cham.
Arbórea
Mata
Vitex sellowiana Cham.
Arbórea
Mata
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez.
Arbórea
Mata
Cinnamomum tomentulosum Kosterm.
Arbórea
Mata
Cryptocaria cf. saligna Mez
Arbórea
Mata
Cryptocaria moschata Nees & Mart.
Arbórea
Mata
Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr.
Arbórea
Mata
Licaria armeniaca (Nees) Kosterm.
Arbórea
Mata
FABACEAE
Machaerium villosum Vogel
Melanoxylon brauna Schott
Jacarandá
Braúna
Platycyamus regnellii Benth.
Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr.
Senna macranthera
(Collad.) H.S. Irwin & Barneby
Jacaré, angico
Manduirana
Fabaceae sp. 1
Fabaceae sp. 2
GESNERIACEAE
HYPOXIDACEAE
Hypoxis sp.
10078
ICACINACEAE
Emmotum nitens (Benth.) Miers
IRIDACEAE
Sisyrinchium cf. commutatum Klatt.
JUNCACEAE
48
Fl ora
Juncus effusus L.
LAMIACEAE
10351
LAURACEAE
10576
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Nectandra megapotamica
(Spreng.) Mez
Arbórea
Mata
Nectandra oppositifolia Nees
Arbórea
Mata
Ocotea corymbosa (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea daphiniifolia (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea dispersa (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea divaricata (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea laxa (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea aff. nitida (Meisn.) Rohwer
Arbórea
Mata
Ocotea nitidula (Nees & Mart.) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea nutans (Nees) Mez
Arbórea
Mata
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer
Arbórea
Mata
Ocotea percoriacea Kosterm
Arbórea
Mata
Ocotea pomaderroides (Meisn.) Mez.
Arbórea
Mata
Ocotea spixiana (Nees) Mez.
Arbórea
Mata
Ocotea tenuiflora Mez
Arbórea
Mata
Ocotea vaccimioides Mez
Arbórea
Mata
Ocotea sp.
Arbórea
Mata
9669
Urbanodendron sp.
Arbórea
Mata
10589
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Struthanthus concinnus (Mart.) Mart.
Hemiparasita
Borda de mata
9861
Struthanthus marginatus
(Desr.) Blume
Hemiparasita
Borda de mata
9878
Cuphea ingrata Cham. & Schltdl.
Herbácea
Borda de mata
Diplusodon virgatus Pohl.
Herbácea
Borda de mata
Banisteriopsis sp.
Trepadeira
Borda de mata
Byrsonima sericea DC.
Arbórea
Mata
Byrsonima sp.
Arbórea
Mata
Heteropterys byrsonimaefolia A.Juss.
Árvore
Mata
Heteropterys sp.
Trepadeira
Borda de mata
9873
Peixotoa tomentosa A.Juss.
Herbácea
Mata
10418
Tetrapteris sp.
Trepadeira
Borda de mata
10613
Byttneria gayana A.St.Hil.
Herbácea
Borda de mata
10569
Byttneria sp.
Herbácea
Borda de mata
9683
Eriotheca gracilipes
(K. Schum.) A. Robyns
Arbórea
Mata
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns
Arbórea
Mata
Guazuma ulmifolia Wall.
Arbórea
Borda de mata
9852
Arbustiva
Borda de mata
10568
Pavonia communis A.St.Hil.
Herbácea
Borda de mata
Sida planicaulis Cav.
Herbácea
Borda de mata
Sida sp.
Herbácea
Borda de mata
Indeterminada
Herbácea
Borda de mata
LAURACEAE
LECYTHIDACEAE
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze
Jequitibá-branco
Strychnos sp.
LORANTHACEAE
LYTHRACEAE
10366
MALPIGHIACEAE
10345
Helicteres brevispira A.St. Hil.
49
MALVACEAE
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
LOGANIACEAE
Sacarolha
10382
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Leandra aura Cogn.
Arbustiva
Mata
10633
Leandra cf. dasytricha (A.Gray) Cogn.
Arbustiva
Mata
Leandra cf. erinacea Cogn.
Arbustiva
Mata
10015
Leandra cf. regnellii Cogn.
Arbustiva
Mata
10631
Leandra cf. scabra (Pers.) Wurdack
Arbustiva
Mata
Miconia albicans (Sw.) Triana
Arbustiva
Borda de mata
Miconia brunnea Mart.
Arbórea
Mata
Miconia chartacea Triana
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Miconia discolor DC.
Arbustiva
Mata
Miconia doriana Cogn.
Arbustiva
Mata
Miconia eichlerii Cogn.
Arbustiva
Mata
10525
Miconia cf. fallax DC.
Arbustiva
Mata
10622
Miconia cf. hispida Cogn.
Arbustiva
Mata
9672
Miconia inconspicua Miq.
Arbustiva
Mata
9855
Miconia latecrenata (DC.) Naudin
Arbustiva
Mata
9666
Miconia pepericarpa (Mart.) DC.
Arbustiva
Mata
10014
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC.
Arbustiva
Mata
Miconia stenostachya DC.
Arbórea
Mata
Miconia theaezans (Bonpl.) Cogn.
Arbustiva
Mata
Arbustiva
Mata
Arbórea
Borda de mata
Tibouchina sp.
Arbórea
Borda de mata
10623
Trembleya parviflora (Don.) Cogn.
Arbustiva
Borda de mata
10516
MELASTOMATACEAE
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin
Jacatirão-açu
Ossaea marginata (Desv.) Triana
Tibouchina granulosa Cogn.
Quaresmeira
9865
10626
10016
MELIACEAE
Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
Canjerana
Arbórea
Mata
Trichilia pallida Sw.
Catiguá
Arbórea
Mata
Trepadeira
Mata
Arbustiva
Mata
Arbórea
Mata
Mollinedia schottiana Perkins
Arbórea
Mata
Mollinedia sp.
Arbórea
Mata
MENISPERMACEAE
Cissampelos glaberrima A.St.Hil.
MONIMIACEAE
Siparuna brasiliensis A.DC.
S. guianensis Aubl.
Negamina
10517
10599
F lo ra
MORACEAE
Ficus sp.1
Gameleira
Arbórea
Borda de mata
Ficus sp.2
Gameleira
Arbórea
Borda de mata
Ficus gomelleira
Kunth et Bouchet ex Kunth
Gameleira
Arbórea
Borda de mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Campomanesia adamantium
(Cambess.) O.Berg.
Arbórea
Mata
Eugenia acutata Miq.
Arbórea
Mata
Eugenia involucrata DC.
Arbórea
Mata
Eugenia sonderiana O.Berg.
Arbórea
Mata
Eugenia cf. eurisepala Kiaersk.
Arbórea
Mata
50
MYRSINACEAE
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
Myrsine umbellata Mart.
Pororoca-branca
Myrsine sp.
9681
MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius Reitz.
Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg
Jaborandi
10609
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Marlierea clausseniana
(O.Berg.) Kiaersk.
Arbórea
Mata
10594
Marlierea parviflora O. Berg.
Arbórea
Mata
Marlierea obscura O.Berg.
Arbórea
Mata
Myrcia amazonica DC.
Arbórea
Mata
Myrcia detergens Miq.
Arbórea
Mata
Myrcia guianensis DC.
Arbórea
Mata
Myrcia hebepetala DC.
Arbórea
Mata
Myrcia retorta Cambess.
Arbórea
Mata
10595
Myrcia rufipes DC.
Arbórea
Mata
9672
Myrcia subverticillaris Kiaersk.
Arbórea
Mata
10597
Myrcia tomentosa DC.
Arbórea
Mata
Myrcia splendens (Sw.) DC.
Arbórea
Mata
Myrcia venulosa DC.
Arbórea
Mata
Myrcia sp. 1
Arbórea
Mata
Myrcia sp. 2
Arbórea
Mata
Myrciaria floribunda
(M.West. ex Willd) O.Berg.
Arbórea
Mata
10611
Myrciaria glanduliflora
(Kiaersk.) Mattos & D.Legrand
Arbórea
Mata
10586
Pimenta pseudocaryophyllus
(Gomes) Landrum
Arbórea
Mata
Psidium rufum DC.
Arbórea
Mata
Psidium sp.
Arbórea
Mata
Siphoneugena densiflora
O.Berg.
Arbórea
Mata
10574
Ouratea castaneifolia
(DC.) Engl.
Arbórea
Borda de mata
10614
Salvagesia erecta L.
Arbustiva
Mata
10423
Arbórea
Mata
Acianthera limae
(Porto & Brade) Pridgeon & M.W. Chase
Herbácea
Mata
Epidendrum martianum Lindl.
Herbácea
Mata
Habenaria petalodes Lindl.
Herbácea
Campo-Rupestre
Oeceoclades maculata Lindl.
Herbácea
Mata
Saccoila lanceolata (Aubl.) Garay
Herbácea
Mata
10602
Herbácea
Borda de mata
10624
Trepadeira herbácea
Borda de mata
Piper aduncum L.
Arbustiva
Mata
Piper umbellatum L.
Arbustiva
Mata
Piper sp. 1
Arbustiva
Mata
Piper sp. 2
Arbustiva
Mata
Ottonia sp. 1
Arbustiva
Mata
Ottonia sp. 2
Arbustiva
Mata
MYRTACEAE
10596
10584
OCHNACEAE
OPILIACEAE
Agonandra cf. brasiliensis
Benth. & Hook. F.
ORCHIDACEAE
10348
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
10347
OROBANCHACEAE
Sterhazya sp.
Oxalis sp.
51
OXALIDACEAE
PASSIFLORACEAE
Passiflora sp.
PIPERACEAE
10407
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Licurana
Arbórea
Mata
Herbácea
Borda de mata
Petiveria alliacea L.
Arbustiva
Borda de mata
Phytolacca thyrsiflora Fenzel.
Ex Schmidt.
Arbustiva
Borda de mata
10522
Dichanthelium sciurotoides
(Zuloaga & Morrone) Davidse
Arbustiva
Borda de mata
10394
Digitaria sp.
Herbácea
Borda de mata
Ichnanthus pallens (Sw.) Benth.
Arbustiva
Borda de mata
10405
Lasiacis sp.
Arbustiva
Borda de mata
9869
Paspalum nutans Lam.
Herbácea
Borda de mata
Indeterminada
Herbácea
Borda de mata
Indeterminada
Herbácea
Borda de mata
10598
Polygala ligustroides A.St.Hil.
Herbácea
Borda de mata
9673
Polygala urbani Chodat
Herbácea
Borda de mata
Polygala sp. 1
Herbácea
Borda de mata
10616
Polygala sp. 2
Herbácea
Borda de mata
10077
Euplassa legalis (Vell.) I.M. Johnst.
Arbórea
Mata
Roupala ontana Benth.
Arbórea
Mata
Roupala cf. ferruginea Kunh
Arbórea
Mata
Prunus myrtifolia (L.) Urban
Arbórea
Mata
Rubus rosaefolius Sm.
Herbácea
Borda de mata
PHYLLANTHACEAE
Hieronyma alchorneoides P. Franco
Phyllanthus tenellus Roxb.
10629
PHYTOLACCACEAE
POACEAE
POLYGALACEAE
PROTEACEAE
ROSACEAE
10379
RUBIACEAE
52
F lo ra
Amaioua guianensis Aublet.
Arbórea
Mata
Bathysa australis (St. Hil.)
Benth. & Hook.f.
Marmelada
Arbórea
Mata
Borreria capitata DC.
Herbácea
Borda de mata
9686
Borreria sp.
Herbácea
Borda de mata
10358
Chiococca sp.
Arbustiva
Mata
Coccosyspselum sp.
Herbácea
Mata
Cordiera sessilis Kuntze
Arbórea
Mata
Faramea cyanea Müll.Arg.
Arbórea
Mata
Galium hypocarpium
(L.) Endl. ex Griseb.
Trepadeira-herbácea
Mata
Ixora cf. venulosa Benth.
Arbórea
Mata
Palicourea tetraphylla Cham. & Schltdl.
Herbácea
Mata
Palicourea sp. 1
Herbácea
Mata
9668
Palicourea sp. 2
Herbácea
Mata
10531
Psychotria hastisepala Müll.Arg.
Arbórea
Mata
Psychotria lupulina Benth.
Arbustiva
Mata
Psychotria marcgravii Spreng.
Arbustiva
Mata
Psychotria pleiocephala Müll.Arg.
Arbustiva
Mata
Psychotria sessilis (Vell.) Müll.Arg.
Arbustiva
Mata
Psychotria stachyoides Benth.
Arbustiva
Mata
Psychotria vellosiana Benth.
Arbórea
Mata
10628
10606
9676
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Psycotria sp. 1
Arbustiva
Mata
10636
Psycotria sp. 2
Herbácea
Mata
9671
Psycotria sp. 3
Herbácea
Mata
9872
Psycotria sp. 4
Herbácea
Mata
10361
Remijia ferruginea DC.
Arbórea
Mata
9646
Dictyoloma vandellianum A. Juss.
Arbórea
Mata
10393
Esembeckia febrifuga
(A.St.Hil.) A.Juss.
Arbórea
Mata
Galipea jasminiflora Engl.
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Casearia arborea (Rich.) Urb.
Arbórea
Mata
Casearia decandra Jacq.
Arbórea
Mata
Casearia sylvestris Sw.
Arbórea
Mata
RUBIACEAE
RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica-de-porca
SALICACEAE
SAPINDACEAE
Arbórea
Mata
Cupania emarginata Camb.
Arco-de-peneira
Arbórea
Mata
10355
Cupania oblongifolia Mart.
Arbórea
Mata
Cupania sp.
Arbórea
Mata
Matayba elaeagnoides Radlk.
Arbórea
Mata
Matayba guianensis Aubl.
Arbórea
Mata
Matayba marginata Radlk.
Arbórea
Mata
Matayba mollis Radlk.
Arbórea
Mata
Matayba sp.
Arbórea
Mata
Serjania sp.
Trepadeira
Borda de mata
Toulicia subsquamulata Radlk.
Arbórea
Mata
Toulicia sp.
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Smilax sp. 1
Herbácea
Mata
Smilax sp. 2
Herbácea
Mata
Dyssochroma viridiflora Miers
Arbustiva
Mata
Brunfelsia brasiliensis (Spreng.)
L.B. Sm. & Downs
Arbustiva
Mata
10605
Herbácea
Borda de mata
10572
10637
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Cupania vernalis Camb.
SAPOTACEAE
Pouteria torta (Mart.) Radlk.
SIMAROUBACEAE
Simarouba versicolor A.St.Hil.
SMILACACEAE
SOLANACEAE
Solanum americanum Mill.
Solanum cernuum Vell.
Arbustiva
Borda de mata
Solanum cladotrichum (Vand.) Dunal
Braço-de-preguiça
Arbórea
Mata
Solanum didymum Dun.
Arbustiva
Borda de mata
Solanum granulosoleprosum Dun.
Arbórea
Mata
Solanum incarceratum Ruiz & Pav.
Arbustiva
Borda de mata
Solanum leptostachys Dun.
Arbórea
Mata
Solanum sp.
Arbustiva
Borda de mata
10632
10367
53
SOLANACEAE
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
COLEÇÃO
Arbórea
Mata
Styrax cf. camporum Pohl
Arbórea
Mata
Styrax pohlii A.DC.
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Daphnopsis fasciculata (Meisner) Nevl.
Arbórea
Mata
Daphnopsis racemosa Griseb.
Arbórea
Mata
Daphnopsis sp.
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
10371
Herbácea
Borda de mata
10400
Herbácea
Borda de Mata
Canela-de-ema
Arbustiva
Campo-rupestre
Pau-lixa
SYMPLOCACEAE
Symplocos celastrinea Mart.
STYRACACEAE
10404
THEACEAE
Laplacea tomentosa
(Mart. & Zucc.) G. Don.
THYMELAEACEAE
TILIACEAE
Luehea grandiflora Mart. & Zucc.
Açoita-cavalo
Triunfetta sp.
TURNERACEAE
Piriqueta sp.
VELLOZIACEAE
Vellozia sp.
VERBENACEAE
Alouisia virgata (Ruiz. et Pav.) A.L.Juss.
Arbustiva
Borda de mata
9853
Lantana camara L.
Herbácea
Borda de mata
10527
Lantana lilacina Desf.
Herbácea
Borda de mata
9649
Lippia sidoides Cham.
Herbácea
Borda de mata
Stachytarpheta sp.
Herbácea
Borda de mata
Verbena rigida Spreng.
Herbácea
Borda de mata
10388
URTICACEAE
Cecropia glaziovii Snethlage
Arbórea
Borda de mata
Cecropia pachystachya Trécul
Embaúba
Arbórea
Borda de mata
10409
Coussapoa microcarpa (Schott.) Rizzini
Arbórea
Borda de mata
9676
Phenax cf. organensis Glaziou
Arbustiva
Borda de mata
10353
Phoradendron crassifolium Nutt.
Hemiparasita
Borda de mata
Phoradendron perottetii (DC.) Eichl
Hemiparasita
Borda de mata
Phoradendron sp.
Hemiparasita
Borda de mata
Callisthene major Mart.
Arbórea
Mata
Qualea sp.
Arbórea
Borda de mata
Arbórea
Mata
Arbórea
Mata
Indeterminada 1
Arbórea
Mata
Indeterminada 2
Arbórea
Mata
Indeterminada 3
Arbórea
Mata
Indeterminada 4
Arbórea
Mata
Indeterminada 5
Arbórea
Mata
Indeterminada 6
Arbórea
Mata
F lo ra
VISCACEAE
10433
54
VOCHYSIACEAE
Vochysia tucanorum Mart.
Pau-de-tucano
Vochysia sp.
FAMÍLIAS E ESPÉCIES INDETERMINADAS
10591
10419
Anemia ouropretana
FAMÍLIAS/ESPÉCIES
nome popular
hábito
Ambiente
Indeterminada 7
Arbórea
Mata
Indeterminada 8
Arbórea
Mata
Indeterminada 9
Arbórea
Mata
Indeterminada 10
Arbórea
Mata
Indeterminada 11
Arbórea
Mata
Indeterminada 12
Arbórea
Mata
Indeterminada 13
Arbórea
Mata
Indeterminada 14
Arbórea
Mata
Indeterminada 15
Arbórea
Mata
Indeterminada 16
Arbórea
Mata
Indeterminada 17
Arbórea
Mata
Indeterminada 18
Arbórea
Mata
Indeterminada 19
Arbórea
Mata
Indeterminada 20
Arbórea
Mata
Indeterminada 21
Arbórea
Mata
Indeterminada 22
Arbórea
Mata
Indeterminada 23
Arbórea
Mata
Indeterminada 24
Arbórea
Mata
Indeterminada 25
Arbórea
Mata
COLEÇÃO
Espécies ameaçadas
Das espécies identificadas, nove constam da Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais (COPAM, 1997) e são listadas na
Tabela 3.
55
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
FAMÍLIAS E ESPÉCIES INDETERMINADAS
Sete espécies são consideradas como presumivelmente ameaçadas (Mendonça
& Lins 2000), em virtude da carência de informação acerca da situação das populações dessas espécies, a saber: Rollinia laurifolia, Baccharis dentata, Baccharis
serrulata, Baccharis vernonioides, Eremanthus erythropappus, Eremanthus glomerulatus
e Paliavana sericiflora.
Tabela 3 : Lista de espécies ameaçadas de extinção ocorrentes na RPPN Mata Samuel de Paula.
ESPÉCIE
NOME VULGAR
CATEGORIA DE AMEAÇA
Ocotea odorifera
Canela-sassáfras
Em perigo
Ocotea percoriacea
Canela
Em perigo
Jacaraná-da-Bahia
Vulnerável
Vulnerável
Cinnamomum tomentulosum
Dalbergia nigra
Guatteria sellowiana
Embira
Vulnerável
Guatteria vilosissima
Araticum-peludo
Vulnerável
Melanoxylon brauna
Braúna
Vulnerável
Caqui-bravo
Vulnerável
Vulnerável
Anetanthus gracilis
Diospirus inconstans
Estudos fitossociológicos (Quantitativos)
São apresentados aqui os resultados da fitossociologia considerando duas
situações:
1. Os resultados por área de amostragem dentro da RPPN Mata Samuel de Paula.
Nesse caso foram 10 áreas com três parcelas de 30 m x 5 m em cada área, totalizando 0,045 hectares por área (450 m2).
2. Os resultados de toda a amostragem feita na RPPN Mata Samuel de Paula, isto é, do
conjunto das 30 parcelas de 30 m x 5 m que totalizou 0,45 hectares (4500 m2).
56
F lo ra
Fitossociologia das 10 áreas estudadas
Os dados brutos das análises fitossociológicas das 10 áreas e alguns comentários
de riqueza de espécies e famílias, espécies e famílias mais importantes e índices de
diversidade são apresentados na sequência. Na Tabela 4 são apresentados dados de
características estruturais para cada uma das áreas estudadas na RPPN e de todas
as áreas juntas.
Área 1
Na amostragem quantitativa foram amostrados 192 indivíduos vivos e 17
mortos. Dentre as árvores vivas, foram registradas 71 espécies distribuídas em 29
famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia detergens, Ocotea
odorifera, Inga cylindrica, Laplacea tomentosa, Syphoneugena densiflora, Matayba marginata,
Cryptocaria cf. saligna, Sclerolobium rugosum e Astronium graveolens (Tabela 5).
As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae,
Na amostragem quantitativa foram amostrados 127 indivíduos vivos e cinco mortos.
Dentre as árvores vivas foram registradas 53 espécies distribuídas em 21 famílias. As espécies
mais importantes (maior IVI) foram Amaioua
guianensis, Callisthene major, Pseudopiptadenia
warmingii Myrcia guianensis, Aspidosperma
parvifolium, Maytenus gonoclada, Cupania
sp., Ocotea odorifera e Eugenia acutata (tabela 10). As famílias mais importantes (maior
IVI) foram Myrtaceae, Fabaceae, Rubiacae,
Sapindaceae, Vochysiaceae, Apocynaceae,
Lauraceae, Celastraceae e Annonaceae (tabela 14). O estrato arbustivo-arbóreo variou de
1 a 22 metros de altura. O diâmetro na altura
do peito variou de 3,18 a 63,64 cm. Os valores
dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 10, 11
e 12, e os das famílias, nas Tabelas 13 e 14. O
índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’)
para espécies foi de 3,56 nats.indivíduo-1 (valor
médio, considerando a amostragem).
Área 3
Na amostragem quantitativa foram amostrados 114 indivíduos vivos e cinco mortos.
Dentre as árvores vivas foram registradas 43
espécies distribuídas em 20 famílias. As espécies
Área 4
Na amostragem quantitativa foram
amostrados 104 indivíduos vivos e 8 mortos.
Dentre as árvores vivas foram registradas 50
espécies distribuídas em 17 famílias. As espécies
mais importantes (maior IVI) foram Amaioua
guianensis, Myrcia hebepetala, Croton urucurana,
Nectandra oppositifolia, Eugenia sonderiana,
Cupania emarginata, Myrcia rufipes, Cinnamomum
tomentulosum e Tibouchina sp. (Tabela 20).
As famílias mais importantes (maior IVI)
foram Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae,
Euphorbiaceae, Fabaceae, Sapindaceae,
Melastomataceae e Chrysobalanaceae (Tabela
24). O estrato arbustivo-arbóreo variou de dois
a 24 metros de altura. O diâmetro na altura do
peito variou de 3,18 a 31,61 cm. Os valores
dos principais parâmetros fitossociológicos
das espécies são apresentados nas Tabelas 20,
21 e 22, e os das famílias, nas Tabelas 23 e 24.
O índice de diversidade de Shannon-Weaver
(H’) para espécies foi de 3.39 nats.indivíduo-1
(valor médio, considerando a amostragem).
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Área 2
mais importantes (maior IVI) foram Ocotea
odorifera, Casearia arborea, Inga sp. 2, Inga
cylindrica, Inga sp. 1, Faramea cyanea, Myrcia
rufipes, Amaioua guianensis e Myrcia amazonica
(Tabela 15). As famílias mais importantes (maior
IVI) foram Lauraceae, Fabaceae, Flacourtiaceae,
Myrtaceae, Rubiaceae, Lamiaceae, Sapindaceae,
Monimiaceae e Euphorbiaceae (Tabela 19).
O estrato arbustivo-arbóreo variou de 2 a 22
metros de altura. O diâmetro na altura do
peito variou de 3,02 a 56,29 cm. Os valores
dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 15, 16
e 17, e os das famílias, nas Tabelas 18 e 19. O
índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’)
para espécies foi de 3.35 nats.indivíduo-1 (valor
médio, considerando a amostragem).
57
Sapindaceae, Rubiaceae, Theaceae, Asteraceae,
Celastraceae e Anacardiaceae (Tabela 7). O
estrato arbustivo-arbóreo variou de 2 a 16
metros de altura. O diâmetro na altura do
peito variou de 3,02 a 37,56 cm. Os valores
dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 5, 6 e 7,
e os das famílias, nas Tabelas 8 e 9. O índice
de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para
espécies foi de 3.82 nats.indivíduo-1 (valor alto
considerando a amostragem).
Área 5
Na amostragem quantitativa foram amostrados 137 indivíduos vivos e oito mortos.
Dentre as árvores vivas foram registradas 58
espécies distribuídas em 25 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram
Ocotea odorifera, Myrcia amazonica, Tapirira
obtusa, Syphoneugena densiflora, Laplacea
tomentosa, Copaifera langsdoff ii, Amaioua
guianensis, Ocotea laxa e Inga cylindrica
(tabela 25). As famílias mais importantes
(maior IVI) foram Lauraceae, Myrtaceae,
Fabaceae, Anacardiaceae, Rubiaceae,
Theaceae, Monimiaceae e Rosaceae (Tabela
29). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1,5
a 25 metros de altura. O diâmetro na altura
do peito variou de 3,18 a 38,13 cm. Os valores
dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 25, 26
e 27, e os das famílias, nas Tabelas 28 e 29. O
índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’)
para espécies foi de 3.61 nats.indivíduo-1 (valor
médio, considerando a amostragem).
1
2
3
58
F lo ra
Área 6
1. Dicranopteris flexuosa
2. Maytenus sp.
3. Alsophila sternbergii
Na amostragem quantitativa foram amostrados 141 indivíduos vivos e seis mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 41 espécies
distribuídas em 22 famílias. As espécies mais
importantes (maior IVI) foram Ocotea odorifera,
Laplacea tomentosa, Inga cylindrica, Aspidosperma
parvifolium, Alchornea glandulosa, Croton
urucurana, Syphoneugena densiflora, Myrcia
amazonica e Cryptocaria moschata (Tabela 30).
As famílias mais importantes (maior IVI)
foram Myrsinaceae, Ebenaceae, Apocynaceae,
Euphorbiaceae, Sapindaceae, Myrtaceae,
Monimiaceae, Asteraceae e Bignoniaceae
(Tabela 34). O estrato arbustivo-arbóreo variou
de 2 a 22 metros de altura. O diâmetro na altura
do peito variou de 3,18 a 37,88 cm. Os valores
Na amostragem quantitativa foram
amostrados 150 indivíduos vivos e 15 mortos.
Dentre as árvores vivas foram registradas 54
espécies distribuídas em 23 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram
Inga cylindrica, Psycotria vellosiana, Alchornea
glandulosa, Amaioua guianensis, Machaerium
sp. 3, Ocotea odorifera, Cryptocaria moschata,
Copaifera langsdorffii e Aparisthimium cordatum
(Tabela 35). As famílias mais importantes
(maior IVI) foram Myrsinaceae, Ebenaceae,
Apocynaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae,
Myrtaceae, Monimiaceae, Asteraceae e
Bignoniaceae (tabela 39). O estrato arbustivoarbóreo variou de 1,5 a 27 metros de altura. O
diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a
40,74 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas tabelas 35, 36 e 37, e os das famílias
nas tabelas 38 e 39. O índice de diversidade
de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de
3,52 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem).
Área 8
Na amostragem quantitativa foram
amostrados 256 indivíduos vivos e oito mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas
47 espécies distribuídas em 20 famílias. As
espécies mais importantes (maior IVI) foram
Myrcia amazonica, Myrsine coriacea, Maytenus
gonoclada, Amaioua guianensis, Bowdichia
Área 9
Na amostragem quantitativa foram amostrados 83 indivíduos vivos e 41 mortos. Dentre
as árvores vivas foram registradas 35 espécies
distribuídas em 20 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia amazonica,
Hyptidendrom asperrimum, Copaifera langsdorffii,
Faramea cyanea, Siphoneugena densiflora,
Astronium graveolens, Amaioua guianensis,
Licaria armeniaca e Guatteria sellowiana
(Tabela 45). As famílias mais importantes
(maior IVI) foram Myrtaceae, Fabaceae,
Rubiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Sapindaceae,
Anacardiaceae, Annonaceae e Flacourtiaceae
(Tabela 49). O estrato arbustivo-arbóreo variou
de 1,4 a 17 metros de altura. O diâmetro na
altura do peito variou de 3,18 a 29,60 cm. Os
valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas
45, 46 e 47, e os das famílias, nas Tabelas 48
e 49. O índice de diversidade de ShannonWeaver (H’) para espécies foi de 2,77 nats.
indivíduo-1 (valor mais baixo da Mata).
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Área 7
virgillioides, Copaifera langsdorffii, Siphoneugena
densiflora, Roupala montana, Guatteria sellowiana
e Matayba marginata (Tabela 40). As famílias
mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae,
Fabaceae, Myrsinaceae, Rubiaceae, Celastraceae,
Annonaceae, Sapindaceae, Proteaceae e
Vochysiaceae (Tabela 44). O estrato arbustivoarbóreo variou de 2 a 17 metros de altura. O
diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a
18,14 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 40, 41 e 42, e os das famílias,
nas Tabelas 43 e 44. O índice de diversidade
de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de
3,08 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem).
59
dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 30, 31
e 32, e os das famílias, nas Tabelas 33 e 34. O
índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’)
para espécies foi de 3,35 nats.indivíduo-1 (valor
médio, considerando a amostragem).
Área 10
Na amostragem quantitativa foram amostrados 186 indivíduos vivos e 16
mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 47 espécies distribuídas em
24 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia amazonica,
Cinnamomum tomentulosum, Amaioua guianensis, Siphoneugena densiflora,
Myrsine coriacea, Licania octandra, Copaifera langsdorffii, Clethra scabra e Maytenus
gonoclada (Tabela 50). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae,
Lauraceae, Fabaceae, Rubiaceae, Myrsinaceae, Celastraceaea, Chrysobalanaceae,
Sapindaceae e Vochysiaceae (Tabela 54). O estrato arbustivo-arbóreo variou de dois a 22 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou
de 3,18 a 27,23 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das
espécies são apresentados nas Tabelas 50, 51 e 52, e os das famílias, nas Tabelas 53
e 54. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,33
nats.indivíduo-1 (valor médio consierando a amostragem).
60
F lo ra
Comparação entre as áreas
A área 1 foi a que apresentou o maior número de espécies (72) e de famílias
(30). O número de espécies entre as áreas não diferiu muito, exceto a área 1 que
apresentou o dobro de espécies da área 9 (36), que foi a área que apresentou o menor
número de espécies. O menor número de espécies na área 9 é facilmente explicado,
pois a área tinha sofrido queimada e cortes de árvores recentes. No caso da área 1,
o maior número de espécies deve estar relacionado à heterogeneidade ambiental e
ao estágio mais avançado de regeneração da área. Essa área encontra-se na encosta
do morro, voltada para o vale do Ribeirão dos Cristais.
A análise de similaridade floristica entre as áreas usando índice de Jaccard
revelou baixas similaridades em geral (Tabela 55), com valores variando de 13 a
31,9%. Nessa análise foram consideradas as 207 espécies registradas em toda a
amostragem fitossociológica. Versieux (2003) estudando três áreas dentro da RPPN
do Jambreiro, também em Nova Lima, registrou baixas similaridades entre as áreas,
variando de 12,6 a 32,5%.
De um modo geral, as áreas apresentaram porte baixo, com predominância de
indivíduos com altura média entre 7,5 e 10 metros e diâmetros médios entre 6,5 e
11,5 centímetros. Em muitas áreas, a diferenciação de estratos não é muito clara,
sendo comum encontrar árvores variando de 7 a 15 metros. Árvores emergentes
apareceram em quase todas as áreas, com indivíduos atingindo até 27 metros.
A fisionomia da Mata Samuel de Paula é bastante heterogênea, indicando que
ela foi alvo de alterações diversas no passado. Em alguns trechos da mata há dominância de gramíneas no sub-bosque. Quase todas as áreas apresentaram diversas
árvores com perfilhamento (rebrota de diversos troncos), que é um indicativo de
que essas árvores foram alvo de corte para uso da madeira.
Resultados de toda a amostragem
Foram amostrados 1.488 indivíduos vivos
e 129 mortos. Dentre as árvores vivas foram
registradas 206 espécies distribuídas em 44 famílias, numa densidade total estimada de 3593
ind.ha-1. A área basal foi estimada em 142,28
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
m2.ha-1. O índice de diversidade de ShannonWeaver (H’) foi de 4,27 nats.indivíduo-1, e a
equabilidade ( J), igual a 0,80. Esse valor de H’
pode ser considerado alto se comparado ao de
outras áreas de floresta estacional estudadas
no sudeste do Brasil. O número de indivíduos
registrados (1617) foi extremamente alto e extrapola os valores por hectare já registrados na
literatura para outras áreas de floresta no Brasil.
Isso pode estar relacionado às condições secundárias variadas em que se encontra a mata. O
número de espécies (206) é bem superior aos
registrados em estudos fitossociológicos realizados em áreas próximas a RPPN Mata Samuel de Paula, como o de Versieux (2003), que
registrou 110 espécies na Mata do Jambreiro
em Nova Lima, e o de Meyer et al. (2004), que
registrou 97 espécies em 0,36 hectare de Mata
de Galeria na Área de Proteção Especial do
Barreiro, em Belo Horizonte.
O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1,5
a 27 metros de altura, porém a média ficou em
8,45 m. O diâmetro na altura do peito variou
de 3,02 a 199,93 cm, porém com valor médio
de 26,80. Os valores dos principais parâmetros
fitossociológicos das espécies são apresentados
nas Tabelas 58, 59 e 60, e os das famílias, nas
Tabelas 61 e 62.
As famílias com maior número de indivíduos foram Myrtaceae (347), Rubiaceae (202),
Lauraceae (177), Fabaceae (125), Myrsinaceae
(64), Sapindaceae (62), Euphorbiaceae
(55), Celastraceae (49), Apocynaceae (34) e
Flacourtiaceae (33). Juntas, elas totalizaram
70,99% dos indivíduos amostrados. As árvores
mortas que foram agrupadas em uma categoria
totalizaram 129 indivíduos, o que representa
7,97% dos indivíduos amostrados.
As famílias com maior número de espécies
foram Myrtaceae e Fabaceae com 26 espécies
cada; Lauraceae com 20; Sapindaceae com 11;
61
Com base nos resultados da amostragem
fitossociológica pode-se considerar o estrato arbóreo da Mata Samuel como florística
e estruturalmente variado. As diferenças na
florística e na estrutura entre as áreas devem
ser em razão das diferentes alterações sofridas por cada área (histórico de intervenções
humanas) e atualmente pelos diferentes estágios sucessionais. Além disso, é provável que
as diferenças estejam relacionadas a diferentes
tipos de solos.
Comparando-se as 10 espécies com
maior IVI em cada uma das áreas, constatouse que a similaridade florística também foi
baixa entre as áreas (Tabela 56), com valores
variando de 11 a 38,5%. Nessa análise foram
consideradas 47 espécies (Tabela 57) que apareceram entre as 10 com maiores IVIs nas 10
áreas estudadas. Na Tabela 57 estão indicadas
as posições de cada uma das 47 espécies que
apareceram nas 10 áreas.
Com relação ao número de indivíduos,
houve uma diferença razoável entre algumas
áreas, pois as áreas 1, 8 e 10 apresentaram números bem superiores às demais áreas. Essas
áreas apresentaram riqueza específica de 72,
48 e 48 espécies, respectivamente.
A área 3 foi a que apresentou o maior
diâmetro médio e a segunda maior altura média,
porém o segundo menor número de indivíduos.
Isso pode indicar que essa área apresenta o
estágio mais avançado de regeneração dentre
as áreas estudadas.
1
3
62
F lo ra
2
1. Neomarica sp.
2. Bauhinia sp.
3. Miconia sp.
Melastomataceae com nove; Rubiaceae e
Aquifoliaceae com seis espécies cada e
Apocynaceae, com cinco. Dentre as outras 36
famílias, 18 foram representadas por apenas
uma espécie cada, cinco famílias por duas espécies cada, 10 famílias por três espécies cada,
e uma família por quatro espécies. As morfoespécies que não foram identificadas nem
em nível de família estão agrupadas em Indeterminadas e representam 25 morfoespécies.
Quanto ao IVI (índice de valor de importância) destacaram-se as famílias Myrtaceae,
Lauraceae, Fabaceae, Rubiaceae, Sapindaceae,
Euphorbiaceae e árvores mortas, que juntas
totalizaram 54,21% do IVI total.
As espécies com maiores valores de importância (IVI) foram Ocotea odorifera, Myrcia
amazonica, Amaioua guianensis, Inga cylindrica,
Siphoneugena densiflora, Copaifera langsdorfii,
Casearia arborea, Laplacea tomentosa e Myrsine
coriacea (Tabela 58). A maior importância atribuída a Ocotea odorifera foi dada pela sua elevada
área basal e grande dominância relativa. Essa
espécie representou 5,1% das árvores amostradas. Ocotea odorifera é considerada ameaçada de
extinção na flora de Minas Gerais.
A classe das árvores mortas ocupou a
segunda posição em IVI. Essa classe incluiu
árvores mortas em pé de todas as espécies, que
representaram 7,97% das árvores amostradas e
foram registradas em 29 das 30 parcelas estudadas. Segundo Martins (1991), não se dispõe
de dados sobre a fitomassa morta em florestas
brasileiras, havendo apenas algumas informações para florestas amazônicas de terra firme,
onde as estimativas de fitomassa morta foram
da ordem de 2,7% a 10% da fitomassa viva.
Na grande maioria dos estudos fitossociológicos em áreas florestais da região sudeste do
Brasil, as árvores mortas aparecerem entre as
primeiras em valores de IVI. De acordo com
Martins (1991), parece ser normal a ocorrência de muitas árvores mortas nas florestas, por decorrência de morte natural, como em consequência de acidentes (ventos,
tempestades, etc), de parasitismo, ou em decorrência de perturbações introduzidas
pelo homem em um passado recente. No caso da Mata Samuel de Paula é notável
em algumas áreas a ação de fogo aparentemente criminoso. O maior número de
árvores mortas em algumas áreas pode estar também relacionado à presença de um
maior número de clareiras. Segundo Tabarelli e Mantovani (1999), as clareiras funcionam como um mecanismo de manutenção da diversidade de árvores e arbustos
nas florestas tropicais.
209
72
30
3,82
0,89
32,78
4644,44
7,97
2
8,26
21
132
54
22
3,56
0,89
41,86
2933,33
9,75
1,3
7,69
22
3
119
44
21
3,35
0,88
47,12
2644,44
11,15
2
9,65
22
4
112
51
18
3,39
0,86
26,42
2488,89
9,54
2
8,75
24
5
145
59
26
3,61
0,88
34,21
3222,22
9,53
1,5
9,92
25
6
147
42
23
3,35
0,89
30,49
3266,67
8,89
2
8,83
22
7
165
55
24
3,52
0,87
29,46
3666,67
8,31
1,5
8,61
27
8
264
48
21
3,08
0,79
23,24
5866,67
6,40
2
7,72
17
9
122
36
21
2,77
0,77
24,85
2711,11
9,18
1,4
7,97
17
10
202
48
25
3,33
0,86
29,86
4488,89
7,81
2
8,09
22
1-10
1617
207
44
4,27
0,80
316,18
3593,33
26,80
1,3
8,45
27
Tabela 5: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Myrcia detergens
13
3
6.22
7.15
2.88
16.25
Ocotea odorifera
14
3
6.70
5.97
2.88
15.56
Morta
17
3
8.13
4.22
2.88
15.24
Inga cylindrica
4
3
1.91
9.26
2.88
14.06
Laplacea tomentosa
8
3
3.83
6.25
2.88
12.96
Siphoneugena densiflora
9
3
4.31
5.26
2.88
12.45
Matayba marginata
12
2
5.74
4.05
1.92
11.71
Cryptocaria cf. saligna
5
2
2.39
7.39
1.92
11.71
Sclerolobium rugosum
1
1
0.48
7.51
0.96
8.95
Astronium graveolens
8
2
3.83
2.10
1.92
7.85
Faramea cyanea
7
2
3.35
2.17
1.92
7.44
Maytenus gonoclada
4
3
1.91
2.00
2.88
6.80
Diospyros ketum
6
2
2.87
1.40
1.92
6.19
Roupala montana
3
2
1.44
2.48
1.92
5.84
Marlierea clausseniana
5
3
2.39
0.54
2.88
5.82
Amaioua guianensis
6
2
2.87
0.89
1.92
5.69
Piptocarpha macropoda
2
2
0.96
2.74
1.92
5.62
Cabralea canjerana
4
3
1.91
0.45
2.88
5.25
63
1
2
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Altura
Máxima (m)
Altura
Média (m)
Altura
Mínima (m)
Diâmetro
médio (cm)
Densidade
Total (ha-1 )
Área basal
(m2/ha -1 )
J
H’
famílias
No de
espécies
No de
No de
indivíduos
Área
Tabela 4: Dados fitossociológicos das 10 áreas consideradas separadamente e em conjunto (1-10).
H’= índice de diversidade de Shannon-Weaver, J= Equabilidade de Pielou.
F lo ra
64
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Callisthene major
1
1
0.48
3.81
0.96
5.25
Ilex affinis
2
1
0.96
3.15
0.96
5.07
Eugenia acutata
5
1
2.39
1.21
0.96
4.56
Swartzia myrtifolia
4
2
1.91
0.53
1.92
4.36
Sparattosperma leucanthum
2
2
0.96
1.41
1.92
4.29
Matayba sp.
2
2
0.96
0.83
1.92
3.71
Ocotea percoriacea
2
2
0.96
0.63
1.92
3.51
Ocotea laxa
2
2
0.96
0.45
1.92
3.33
Eugenia sonderiana
2
2
0.96
0.41
1.92
3.29
Casearia arborea
3
1
1.44
0.84
0.96
3.24
Bowdichia virgilioides
1
1
0.48
1.24
0.96
2.68
Licania octandra
3
1
1.44
0.20
0.96
2.60
Myrcia subverticilaris
2
1
0.96
0.60
0.96
2.52
Inga sp. 1
2
1
0.96
0.52
0.96
2.44
Copaifera langsdorfii
2
1
0.96
0.51
0.96
2.43
Schefflera calva
1
1
0.48
0.97
0.96
2.41
Clethra scabra
1
1
0.48
0.86
0.96
2.30
Sloanea cf. lasiocoma
1
1
0.48
0.74
0.96
2.18
Vismia brasiliensis
2
1
0.96
0.25
0.96
2.17
Piptocarpha axillaris
1
1
0.48
0.72
0.96
2.16
Kielmeyera altissima
2
1
0.96
0.22
0.96
2.14
Leandra cf. dasytricha
1
1
0.48
0.68
0.96
2.12
Lauraceae sp. 1
2
1
0.96
0.20
0.96
2.12
Swartzia pilulifera
2
1
0.96
0.18
0.96
2.10
Ocotea sp. 1
2
1
0.96
0.16
0.96
2.07
Sloanea monosperma
2
1
0.96
0.14
0.96
2.06
Ilex cf. grandis
1
1
0.48
0.62
0.96
2.06
Psychotria pleiocephala
2
1
0.96
0.12
0.96
2.04
Aspidosperma olivaceum
1
1
0.48
0.59
0.96
2.03
Myrcia rufipes
1
1
0.48
0.55
0.96
1.99
Cordiera sessilis
1
1
0.48
0.39
0.96
1.83
Matayba mollis
1
1
0.48
0.38
0.96
1.82
Maytenus sp. 1
1
1
0.48
0.36
0.96
1.80
Eriotheca gracilipes
1
1
0.48
0.31
0.96
1.75
Ocotea sp. 2
1
1
0.48
0.30
0.96
1.74
Daphnopsis fasciculata
1
1
0.48
0.25
0.96
1.69
Vochysia tucanorum
1
1
0.48
0.24
0.96
1.68
Urbanodendron sp.
1
1
0.48
0.24
0.96
1.68
Ixora cf. venulosa
1
1
0.48
0.23
0.96
1.67
Ocotea cf. nutans
1
1
0.48
0.23
0.96
1.67
Myrcia splendens
1
1
0.48
0.19
0.96
1.63
Hieronyma alchorneoides
1
1
0.48
0.19
0.96
1.63
Salacia elliptica
1
1
0.48
0.18
0.96
1.62
Cinnamomum tomentulosum
1
1
0.48
0.17
0.96
1.61
Matayba elaeagnoides
1
1
0.48
0.16
0.96
1.60
Myrciaria glanduliflora
1
1
0.48
0.16
0.96
1.60
Ilex cerasiifolia
1
1
0.48
0.15
0.96
1.59
Aparisthmium cordatum
1
1
0.48
0.12
0.96
1.56
Cassia ferruginea
1
1
0.48
0.12
0.96
1.56
Myrsine coriacea
1
1
0.48
0.11
0.96
1.55
Myrcia amazonica
1
1
0.48
0.09
0.96
1.53
Eugenia involucrata
1
1
0.48
0.08
0.96
1.52
Miconia doriana
1
1
0.48
0.08
0.96
1.52
Guatteria villosissima
1
1
0.48
0.07
0.96
1.51
IVC
Freq.Ab
Dens.Ab
Dom.Med.
Alt.Mi
Alt.Ma
Myrcia detergens
13.37
100.00
288.9
0.0081
6.5
13.0
Ocotea odorifera
12.67
100.00
311.1
0.0063
5.0
15.0
Morta
12.36
100.00
377.8
0.0037
2.0
8.0
Inga cylindrica
11.18
100.00
88.9
0.0342
8.0
12.0
Laplacea tomentosa
10.08
100.00
177.8
0.0115
4.0
15.0
Siphoneugena densiflora
9.57
100.00
200.0
0.0086
4.5
13.0
Matayba marginata
9.79
66.67
266.7
0.0050
7.0
15.0
Cryptocaria cf. saligna
9.79
66.67
111.1
0.0218
6.0
16.0
Sclerolobium rugosum
7.99
33.33
22.2
0.1108
15.0
15.0
Astronium graveolens
5.92
66.67
177.8
0.0039
2.5
12.0
9.0
Faramea cyanea
5.52
66.67
155.6
0.0046
4.0
Maytenus gonoclada
3.91
100.00
88.9
0.0074
4.5
12.0
Diospyros ketum
4.27
66.67
133.3
0.0034
6.5
9.0
Roupala montana
3.92
66.67
66.7
0.0122
6.0
11.0
Marlierea clausseniana
2.93
100.00
111.1
0.0016
4.0
5.0
Amaioua guianensis
3.76
66.67
133.3
0.0022
4.0
6.0
Piptocarpha macropoda
3.69
66.67
44.4
0.0202
12.0
14.0
7.0
Cabralea canjerana
2.37
100.00
88.9
0.0017
5.5
Callisthene major
4.28
33.33
22.2
0.0562
10.0
10.0
Ilex affinis
4.11
33.33
44.4
0.0233
5.5
12.0
Eugenia acutata
3.60
33.33
111.1
0.0036
3.5
8.0
Swartzia myrtifolia
2.44
66.67
88.9
0.0019
5.5
7.0
Sparattosperma leucanthum
2.37
66.67
44.4
0.0104
12.0
121.0
Matayba sp.
1.78
66.67
44.4
0.0061
4.0
15.0
10.0
Ocotea percoriacea
1.59
66.67
44.4
0.0047
8.0
Ocotea laxa
1.41
66.67
44.4
0.0033
5.0
11.5
Eugenia sonderiana
1.37
66.67
44.4
0.0030
7.0
7.5
Casearia arborea
2.28
33.33
66.7
0.0041
4.0
13.5
Bowdichia virgilioides
1.72
33.33
22.2
0.0183
12.0
12.0
Licania octandra
1.64
33.33
66.7
0.0010
4.0
4.5
6.0
Myrcia subverticilaris
1.56
33.33
44.4
0.0045
3.5
Inga sp. 1
1.48
33.33
44.4
0.0038
10.0
14.0
Copaifera langsdorfii
1.47
33.33
44.4
0.0038
4.5
6.0
10.0
Schefflera calva
1.45
33.33
22.2
0.0144
10.0
Clethra scabra
1.34
33.33
22.2
0.0127
14.0
14.0
Sloanea cf. lasiocoma
1.22
33.33
22.2
0.0109
14.0
14.0
Vismia brasiliensis
1.20
33.33
44.4
0.0018
4.0
5.5
Piptocarpha axillaris
1.20
33.33
22.2
0.0106
12.0
12.0
Kielmeyera altissima
1.18
33.33
44.4
0.0017
5.0
7.0
Leandra cf. dasytricha
1.16
33.33
22.2
0.0100
10.0
10.0
5.5
Lauraceae sp. 1
1.16
33.33
44.4
0.0015
4.0
Swartzia pilulifera
1.14
33.33
44.4
0.0014
5.0
6.5
Ocotea sp. 1
1.11
33.33
44.4
0.0012
5.0
7.0
Sloanea monosperma
1.10
33.33
44.4
0.0011
3.5
4.5
Ilex cf. grandis
1.10
33.33
22.2
0.0092
7.5
7.5
Psychotria pleiocephala
1.08
33.33
44.4
0.0009
4.0
4.0
Aspidosperma olivaceum
1.07
33.33
22.2
0.0087
12.0
12.0
Myrcia rufipes
1.03
33.33
22.2
0.0082
13.0
13.0
65
Espécie
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 6: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1.
Espécie
IVC
Freq.Ab
Dens.Ab
Dom.Med.
Alt.Mi
Alt.Ma
Cordiera sessilis
0.87
33.33
22.2
0.0058
10.0
10.0
Matayba mollis
0.86
33.33
22.2
0.0056
6.5
6.5
Maytenus sp. 1
0.84
33.33
22.2
0.0054
7.5
7.5
Eriotheca gracilipes
0.79
33.33
22.2
0.0045
5.0
5.0
Ocotea sp. 2
0.78
33.33
22.2
0.0044
7.5
7.5
Daphnopsis fasciculata
0.73
33.33
22.2
0.0037
8.0
8.0
Vochysia tucanorum
0.72
33.33
22.2
0.0035
4.0
4.0
Urbanodendron sp.
0.72
33.33
22.2
0.0035
8.0
8.0
Ixora cf. venulosa
0.71
33.33
22.2
0.0033
5.5
5.5
Ocotea cf. nutans
0.71
33.33
22.2
0.0033
8.0
8.0
Myrcia splendens
0.67
33.33
22.2
0.0029
8.0
8.0
Hieronyma alchorneoides
0.67
33.33
22.2
0.0029
6.0
6.0
Salacia elliptica
0.66
33.33
22.2
0.0027
6.5
6.5
Cinnamomum tomentulosum
0.65
33.33
22.2
0.0026
4.0
4.0
Matayba elaeagnoides
0.63
33.33
22.2
0.0023
5.0
5.0
Myrciaria glanduliflora
0.63
33.33
22.2
0.0023
7.5
7.5
6.5
Ilex cerasiifolia
0.63
33.33
22.2
0.0022
6.5
Aparisthmium cordatum
0.60
33.33
22.2
0.0018
5.0
5.0
Cassia ferruginea
0.60
33.33
22.2
0.0018
4.5
4.5
Myrsine coriacea
0.58
33.33
22.2
0.0016
7.0
7.0
Myrcia amazonica
0.57
33.33
22.2
0.0013
6.5
6.5
Eugenia involucrata
0.56
33.33
22.2
0.0012
7.0
7.0
Miconia doriana
0.56
33.33
22.2
0.0011
4.0
4.0
Guatteria villosissima
0.55
33.33
22.2
0.0011
7.0
7.0
66
F l o ra
Tabela 7: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Myrcia detergens
9.5
3.7
20.8
9.0
0.1055
1.1941
Ocotea odorifera
9.3
3.2
15.0
8.1
0.0881
1.0559
Morta
4.7
3.2
12.4
6.3
0.0623
0.3120
Inga cylindrica
10.3
6.4
29.6
18.5
0.1367
1.4210
Laplacea tomentosa
10.8
4.6
16.1
11.5
0.0922
1.1360
Siphoneugena densiflora
9.1
4.6
23.3
8.9
0.0777
0.8539
Matayba marginata
9.9
4.5
10.0
7.8
0.0597
0.6415
Cryptocaria cf. saligna
10.3
3.2
29.4
13.9
0.1091
1.5226
Sclerolobium rugosum
15.0
37.6
37.6
37.6
0.1108
1.6620
Astronium graveolens
8.6
3.8
11.1
6.6
0.0309
0.3154
Faramea cyanea
5.3
5.1
10.3
7.4
0.0320
0.1816
Maytenus gonoclada
8.4
4.6
11.9
9.3
0.0295
0.2752
Diospyros ketum
7.3
4.6
9.2
6.4
0.0206
0.1588
Roupala montana
8.3
5.7
18.4
11.3
0.0367
0.3678
Marlierea clausseniana
4.3
3.3
5.2
4.5
0.0080
0.0348
Amaioua guianensis
4.6
3.5
7.3
5.1
0.0132
0.0586
Piptocarpha macropoda
13.0
14.0
17.8
15.9
0.0404
0.5345
Cabralea canjerana
6.0
3.0
6.7
4.4
0.0067
0.0397
Callisthene major
10.0
26.7
26.7
26.7
0.0562
0.5616
Ilex affinis
8.8
3.7
24.1
13.9
0.0465
0.5514
Eugenia acutata
5.6
4.1
9.6
6.4
0.0179
0.1046
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
6.3
4.1
5.7
4.9
0.0077
0.0482
Sparattosperma leucanthum
66.5
9.7
13.1
11.4
0.0208
1.7073
Matayba sp.
9.5
5.6
11.1
8.4
0.0122
0.1559
Ocotea percoriacea
9.0
6.1
9.1
7.6
0.0094
0.0879
Ocotea laxa
8.3
4.0
8.3
6.1
0.0066
0.0681
Eugenia sonderiana
7.3
4.3
7.7
6.0
0.0061
0.0450
Casearia arborea
8.2
4.9
10.0
6.9
0.0124
0.1324
Bowdichia virgilioides
12.0
15.3
15.3
15.3
0.0183
0.2200
Licania octandra
4.3
3.5
3.7
3.6
0.0030
0.0129
Myrcia subverticilaris
4.8
4.4
9.7
7.1
0.0089
0.0497
Inga sp. 1
12.0
7.0
7.0
7.0
0.0077
0.0924
Copaifera langsdorfii
5.3
4.5
8.7
6.6
0.0075
0.0427
Schefflera calva
10.0
13.5
13.5
13.5
0.0144
0.1438
Clethra scabra
14.0
12.7
12.7
12.7
0.0127
0.1782
Sloanea cf. lasiocoma
14.0
11.8
11.8
11.8
0.0109
0.1526
Vismia brasiliensis
4.8
4.1
5.4
4.8
0.0036
0.0166
Piptocarpha axillaris
12.0
11.6
11.6
11.6
0.0106
0.1273
Kielmeyera altissima
6.0
3.8
5.3
4.5
0.0033
0.0209
Leandra cf. dasytricha
10.0
11.3
11.3
11.3
0.0100
0.1003
Lauraceae sp. 1
4.8
3.8
4.8
4.3
0.0029
0.0135
Swartzia pilulifera
5.8
3.8
4.5
4.1
0.0027
0.0159
Ocotea sp. 1
6.0
3.5
4.1
3.8
0.0023
0.0142
Sloanea monosperma
4.0
3.3
4.0
3.7
0.0021
0.0087
Ilex cf. grandis
7.5
10.8
10.8
10.8
0.0092
0.0688
Psychotria pleiocephala
4.0
3.2
3.5
3.3
0.0018
0.0070
Aspidosperma olivaceum
12.0
10.5
10.5
10.5
0.0087
0.1039
Myrcia rufipes
13.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.1060
Cordiera sessilis
10.0
8.6
8.6
8.6
0.0058
0.0580
Matayba mollis
6.5
8.5
8.5
8.5
0.0056
0.0367
Maytenus sp. 1
7.5
8.3
8.3
8.3
0.0054
0.0404
Eriotheca gracilipes
5.0
7.6
7.6
7.6
0.0045
0.0227
Ocotea sp. 2
7.5
7.5
7.5
7.5
0.0044
0.0330
Daphnopsis fasciculata
8.0
6.8
6.8
6.8
0.0037
0.0294
Vochysia tucanorum
4.0
6.7
6.7
6.7
0.0035
0.0140
Urbanodendron sp.
8.0
6.7
6.7
6.7
0.0035
0.0280
Ixora cf. venulosa
5.5
6.5
6.5
6.5
0.0033
0.0184
Ocotea cf. nutans
8.0
6.5
6.5
6.5
0.0033
0.0268
Myrcia splendens
8.0
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0230
Hieronyma alchorneoides
6.0
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0172
Salacia elliptica
6.5
5.9
5.9
5.9
0.0027
0.0177
Cinnamomum tomentulosum
4.0
5.7
5.7
5.7
0.0026
0.0103
Matayba elaeagnoides
5.0
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0115
Myrciaria glanduliflora
7.5
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0172
Ilex cerasiifolia
6.5
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0141
Aparisthmium cordatum
5.0
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0089
Cassia ferruginea
4.5
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0080
Myrsine coriacea
7.0
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0109
Myrcia amazonica
6.5
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0087
Eugenia involucrata
7.0
4.0
4.0
4.0
0.0012
0.0087
Miconia doriana
4.0
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0046
Guatteria villosissima
7.0
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0074
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Alt. Me
Swartzia myrtifolia
67
Espécie
68
F lo ra
Tabela 8: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 1.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Myrtaceae
41
11
15.28
911.1
0.0059
100.00
19.62
Lauraceae
31
10
13.89
688.9
0.0075
100.00
14.83
Fabaceae
17
8
11.11
377.8
0.0173
100.00
8.13
Sapindaceae
16
4
5.56
355.6
0.0050
100.00
7.66
Morta
17
1
1.39
377.8
0.0037
100.00
8.13
Rubiaceae
17
5
6.94
377.8
0.0033
100.00
8.13
Theaceae
8
1
1.39
177.8
0.0115
100.00
3.83
Asteraceae
3
2
2.78
66.7
0.0170
100.00
1.44
Celastraceae
5
2
2.78
111.1
0.0070
100.00
2.39
Anacardiaceae
8
1
1.39
177.8
0.0039
66.67
3.83
Aquifoliaceae
4
3
4.17
88.9
0.0145
66.67
1.91
Ebenaceae
6
1
1.39
133.3
0.0034
66.67
2.87
Meliaceae
4
1
1.39
88.9
0.0017
100.00
1.91
Proteaceae
3
1
1.39
66.7
0.0122
66.67
1.44
Vochysiaceae
2
2
2.78
44.4
0.0298
33.33
0.96
Clusiaceae
4
2
2.78
88.9
0.0017
66.67
1.91
Bignoniaceae
2
1
1.39
44.4
0.0104
66.67
0.96
Elaeocarpaceae
3
2
2.78
66.7
0.0043
66.67
1.44
Melastomataceae
2
2
2.78
44.4
0.0056
66.67
0.96
Euphorbiaceae
2
2
2.78
44.4
0.0023
66.67
0.96
Flacourtiaceae
3
1
1.39
66.7
0.0041
33.33
1.44
Chrysobalanaceae
3
1
1.39
66.7
0.0010
33.33
1.44
Araliaceae
1
1
1.39
22.2
0.0144
33.33
0.48
Clethraceae
1
1
1.39
22.2
0.0127
33.33
0.48
Apocynaceae
1
1
1.39
22.2
0.0087
33.33
0.48
Bombacaceae
1
1
1.39
22.2
0.0045
33.33
0.48
Thymelaeaceae
1
1
1.39
22.2
0.0037
33.33
0.48
Hippocrateaceae
1
1
1.39
22.2
0.0027
33.33
0.48
Myrsinaceae
1
1
1.39
22.2
0.0016
33.33
0.48
Annonaceae
1
1
1.39
22.2
0.0011
33.33
0.48
Tabela 9: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 1.
Família
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Myrtaceae
16.26
5.08
40.96
13.65
35.88
17.94
0.2399
Lauraceae
15.74
5.08
35.66
11.89
30.58
15.29
0.2323
Fabaceae
19.88
5.08
33.10
11.03
28.01
14.01
0.2933
Sapindaceae
5.41
5.08
18.15
6.05
13.07
6.53
0.0799
Morta
4.22
5.08
17.44
5.81
12.36
6.18
0.0623
Rubiaceae
3.80
5.08
17.02
5.67
11.93
5.97
0.0560
Theaceae
6.25
5.08
15.16
5.05
10.08
5.04
0.0922
Asteraceae
3.46
5.08
9.98
3.33
4.89
2.45
0.0510
Celastraceae
2.36
5.08
9.84
3.28
4.76
2.38
0.0349
Anacardiaceae
2.10
3.39
9.31
3.10
5.92
2.96
0.0309
Aquifoliaceae
3.92
3.39
9.23
3.08
5.84
2.92
0.0579
Ebenaceae
1.40
3.39
7.66
2.55
4.27
2.13
0.0206
Meliaceae
0.45
5.08
7.45
2.48
2.37
1.18
0.0067
Proteaceae
2.48
3.39
7.31
2.44
3.92
1.96
0.0367
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Vochysiaceae
4.04
1.69
6.70
2.23
5.00
2.50
0.0597
Clusiaceae
0.47
3.39
5.78
1.93
2.39
1.19
0.0070
Bignoniaceae
1.41
3.39
5.76
1.92
2.37
1.18
0.0208
Elaeocarpaceae
0.88
3.39
5.71
1.90
2.32
1.16
0.0130
Melastomataceae
0.76
3.39
5.10
1.70
1.71
0.86
0.0112
Euphorbiaceae
0.32
3.39
4.66
1.55
1.27
0.64
0.0047
Flacourtiaceae
0.84
1.69
3.97
1.32
2.28
1.14
0.0124
Chrysobalanaceae
0.20
1.69
3.33
1.11
1.64
0.82
0.0030
Araliaceae
0.97
1.69
3.15
1.05
1.45
0.73
0.0144
Clethraceae
0.86
1.69
3.04
1.01
1.34
0.67
0.0127
Apocynaceae
0.59
1.69
2.76
0.92
1.07
0.53
0.0087
Bombacaceae
0.31
1.69
2.48
0.83
0.79
0.39
0.0045
Thymelaeaceae
0.25
1.69
2.42
0.81
0.73
0.36
0.0037
Hippocrateaceae
0.18
1.69
2.36
0.79
0.66
0.33
0.0027
Myrsinaceae
0.11
1.69
2.28
0.76
0.58
0.29
0.0016
Annonaceae
0.07
1.69
2.24
0.75
0.55
0.27
0.0011
69
Família
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Cabralea canjerana
Tabela 10: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Amaioua guianensis
21
3
15.91
2.28
3.90
22.09
Callisthene major
2
1
1.52
17.19
1.30
20.00
Pseudopiptadenia warmingii
1
1
0.76
11.92
1.30
13.98
Myrcia guianensis
11
3
8.33
1.65
3.90
13.88
Morta
5
3
3.79
5.30
3.90
12.99
Aspidosperma parvifolium
7
2
5.30
4.65
2.60
12.55
F lo ra
70
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Maytenus gonoclada
4
2
3.03
3.38
2.60
9.01
Cupania sp.
2
2
1.52
4.44
2.60
8.55
Ocotea odorifera
2
2
1.52
3.98
2.60
8.09
Eugenia acutata
3
3
2.27
.02
3.90
7.19
Myrcia splendens
3
2
2.27
2.31
2.60
7.18
Machaerium brasiliense
2
2
1.52
2.88
2.60
7.00
Myrcia rufipes
3
2
2.27
1.40
2.60
6.27
Faramea cyanea
4
2
3.03
0.52
2.60
6.15
Fabaceae sp. 2
1
1
0.76
3.89
1.30
5.95
Annonaceae sp.
2
1
1.52
3.02
1.30
5.83
Ocotea laxa
5
1
3.79
0.44
1.30
5.52
Astronium graveolens
2
1
1.52
2.64
1.30
5.46
Roupala montana
1
1
0.76
3.10
1.30
5.16
Psidium rufum
3
2
2.27
0.25
2.60
5.12
Siphoneugena densiflora
2
2
1.52
1.00
2.60
5.12
Guatteria sellowiana
3
2
2.27
0.14
2.60
5.01
Maytenus sp. 1
2
1
1.52
2.11
1.30
4.92
Clethra scabra
2
1
1.52
1.87
1.30
4.69
Psychotria vellosiana
4
1
3.03
0.26
1.30
4.59
Swartzia pilulifera
2
2
1.52
0.34
2.60
4.45
Hyptidendron asperrimum
1
1
0.76
2.38
1.30
4.43
Sloanea monosperma
2
2
1.52
0.27
2.60
4.38
Cupania oblongifolia
3
1
2.27
0.78
1.30
4.35
Schefflera longipetiolata
1
1
0.76
2.22
1.30
4.28
Marlierea clausseniana
2
2
1.52
0.15
2.60
4.26
Licania octandra
2
2
1.52
0.11
2.60
4.22
Byrsonima sericea
1
1
0.76
2.16
1.30
4.22
Inga sp. 2
1
1
0.76
1.93
1.30
3.98
Schefflera calva
1
1
0.76
1.68
1.30
3.73
Inga cylindrica
1
1
0.76
1.50
1.30
3.55
Eugenia sonderiana
1
1
0.76
0.91
1.30
2.97
Marlierea obscura
1
1
0.76
0.59
1.30
2.65
Sparattosperma leucanthum
1
1
0.76
0.44
1.30
2.49
Matayba guianensis
1
1
0.76
0.43
1.30
2.49
Matayba sp.
1
1
0.76
0.36
1.30
2.41
Himatanthus lancifolius
1
1
0.76
0.33
1.30
2.39
Pithecolobium incuriale
1
1
0.76
0.26
1.30
2.32
Casearia arborea
1
1
0.76
0.25
1.30
2.31
Vitex cf. polygama
1
1
0.76
0.22
1.30
2.28
Myrcia subverticilaris
1
1
0.76
0.22
1.30
2.28
Myrcia detergens
1
1
0.76
0.18
1.30
2.24
Toulicia subsquamulata
1
1
0.76
0.13
1.30
2.19
Nectandra oppositifolia
1
1
0.76
0.11
1.30
2.17
Cupania vernalis
1
1
0.76
0.11
1.30
2.16
Bowdichia virgilioides
1
1
0.76
0.09
1.30
2.15
Toulicia sp.
1
1
0.76
0.08
1.30
2.13
Miconia chartacea
1
1
0.76
0.06
1.30
2.12
Matayba elaeagnoides
1
1
0.76
0.05
1.30
2.11
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Amaioua guianensis
18.19
100.00
466.7
0.0020
1.5
8.0
Callisthene major
18.71
33.33
44.4
0.1619
10.0
20.0
Pseudopiptadenia warmingii
12.68
33.33
22.2
0.2246
22.0
22.0
Myrcia guianensis
9.99
100.00
244.4
0.0028
4.0
8.5
Morta
9.09
100.00
111.1
0.0200
3.0
11.0
Aspidosperma parvifolium
9.96
66.67
155.6
0.0125
4.0
16.0
Maytenus gonoclada
6.41
66.67
88.9
0.0159
5.5
14.0
Cupania sp.
5.96
66.67
44.4
0.0418
3.5
17.0
Ocotea odorifera
5.50
66.67
44.4
0.0375
1.0
18.0
Eugenia acutata
3.29
100.00
66.7
0.0064
4.0
9.0
Myrcia splendens
4.58
66.67
66.7
0.0145
6.5
22.0
Machaerium brasiliense
4.40
66.67
44.4
0.0272
15.0
17.0
Myrcia rufipes
3.67
66.67
66.7
0.0088
5.0
8.5
Faramea cyanea
3.55
66.67
88.9
0.0025
4.0
7.5
Fabaceae sp. 2
4.65
33.33
22.2
0.0733
18.0
18.0
Annonaceae sp.
4.53
33.33
44.4
0.0284
14.0
15.0
Ocotea laxa
4.22
33.33
111.1
0.0016
4.5
8.5
Astronium graveolens
4.16
33.33
44.4
0.0249
8.0
17.0
Roupala montana
3.86
33.33
22.2
0.0585
13.0
13.0
Psidium rufum
2.52
66.67
66.7
0.0016
2.5
5.0
Siphoneugena densiflora
2.52
66.67
44.4
0.0095
6.0
10.0
Guatteria sellowiana
2.41
66.67
66.7
0.0009
4.5
7.0
Maytenus sp.1
3.62
33.33
44.4
0.0198
8.0
9.0
Clethra scabra
3.39
33.33
44.4
0.0176
12.0
12.0
Psychotria vellosiana
3.29
33.33
88.9
0.0012
3.5
4.0
Swartzia pilulifera
1.86
66.67
44.4
0.0032
5.5
5.5
Hyptidendron asperrimum
3.13
33.33
22.2
0.0448
14.0
14.0
Sloanea monosperma
1.78
66.67
44.4
0.0025
4.0
7.5
Cupania oblongifolia
3.05
33.33
66.7
0.0049
4.0
12.0
Schefflera longipetiolata
2.98
33.33
22.2
0.0418
14.0
14.0
Marlierea clausseniana
1.66
66.67
44.4
0.0014
4.5
6.0
Licania octandra
1.63
66.67
44.4
0.0011
4.0
4.5
Byrsonima sericea
2.92
33.33
22.2
0.0407
16.0
16.0
Inga sp. 2
2.68
33.33
22.2
0.0363
15.0
15.0
Schefflera calva
2.43
33.33
22.2
0.0316
12.0
12.0
Inga cylindrica
2.25
33.33
22.2
0.0282
16.0
16.0
Eugenia sonderiana
1.67
33.33
22.2
0.0172
13.0
13.0
Marlierea obscura
1.35
33.33
22.2
0.0112
5.0
5.0
Sparattosperma leucanthum
1.19
33.33
22.2
0.0082
7.0
7.0
Matayba guianensis
1.19
33.33
22.2
0.0082
9.0
9.0
Matayba sp.
1.11
33.33
22.2
0.0067
13.0
13.0
Himatanthus lancifolius
1.09
33.33
22.2
0.0062
7.5
7.5
Pithecolobium incuriale
1.02
33.33
22.2
0.0050
7.0
7.0
Casearia arborea
1.01
33.33
22.2
0.0048
11.0
11.0
Vitex cf. polygama
0.98
33.33
22.2
0.0042
13.0
13.0
71
Espécie
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 11: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Myrcia subverticilaris
0.98
33.33
22.2
0.0042
4.5
4.5
Myrcia detergens
0.94
33.33
22.2
0.0034
6.5
6.5
Toulicia subsquamulata
0.89
33.33
22.2
0.0024
5.0
5.0
Nectandra oppositifolia
0.87
33.33
22.2
0.0022
10.0
10.0
Cupania vernalis
0.87
33.33
22.2
0.0020
7.0
7.0
Bowdichia virgilioides
0.85
33.33
22.2
0.0018
3.0
3.0
Toulicia sp.
0.83
33.33
22.2
0.0015
6.0
6.0
Miconia chartacea
0.82
33.33
22.2
0.0011
4.0
4.0
Matayba elaeagnoides
0.81
33.33
22.2
0.0010
7.0
7.0
72
F l o ra
Tabela 12: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Amaioua guianensis
4.6
3.5
8.9
4.9
0.0430
0.2124
Callisthene major
15.0
8.6
63.6
36.1
0.3239
6.4198
Pseudopiptadenia warmingii
22.0
53.5
53.5
53.5
0.2246
4.9419
Myrcia guianensis
5.5
3.3
11.8
5.5
0.0312
0.1981
Morta
6.3
3.3
27.7
12.3
0.0999
1.0308
Aspidosperma parvifolium
8.5
3.8
25.2
10.1
0.0876
1.1613
Maytenus gonoclada
9.9
3.2
19.6
12.9
0.0637
0.7509
Cupania sp.
10.3
3.3
32.5
17.9
0.0837
1.4107
Ocotea odorifera
9.5
4.1
30.6
17.4
0.0750
1.3268
Eugenia acutata
6.7
4.1
11.1
8.5
0.0192
0.1469
Myrcia splendens
11.8
4.0
22.0
11.1
0.0435
0.8705
Machaerium brasiliense
16.0
17.0
20.0
18.5
0.0544
0.8784
Myrcia rufipes
6.8
6.5
15.3
9.8
0.0264
0.1846
Faramea cyanea
5.3
3.3
7.3
5.3
0.0098
0.0580
Fabaceae sp. 2
18.0
30.6
30.6
30.6
0.0733
1.3203
Annonaceae sp.
14.5
18.9
19.1
19.0
0.0568
0.8242
Ocotea laxa
6.2
3.3
6.4
4.4
0.0082
0.0573
Astronium graveolens
12.5
8.9
23.5
16.2
0.0498
0.7904
Roupala montana
13.0
27.3
27.3
27.3
0.0585
0.7604
Psidium rufum
3.8
3.5
5.8
4.4
0.0047
0.0199
Siphoneugena densiflora
8.0
6.4
14.2
10.3
0.0189
0.1766
Guatteria sellowiana
5.8
3.2
3.5
3.3
0.0026
0.0151
Maytenus sp. 1
8.5
10.0
20.1
15.1
0.0397
0.3492
Clethra scabra
12.0
14.2
15.8
15.0
0.0353
0.4231
Psychotria vellosiana
3.9
3.2
4.9
3.9
0.0049
0.0191
Swartzia pilulifera
5.5
5.7
7.0
6.4
0.0064
0.0353
Hyptidendron asperrimum
14.0
23.9
23.9
23.9
0.0448
0.6265
Sloanea monosperma
5.8
5.6
5.7
5.6
0.0050
0.0290
Cupania oblongifolia
7.0
3.3
10.2
7.3
0.0147
0.1295
Schefflera longipetiolata
14.0
23.1
23.1
23.1
0.0418
0.5857
Marlierea clausseniana
5.3
4.1
4.3
4.2
0.0028
0.0146
Licania octandra
4.3
3.5
3.8
3.7
0.0021
0.0090
Byrsonima sericea
16.0
22.8
22.8
22.8
0.0407
0.6510
Inga sp. 2
15.0
21.5
21.5
21.5
0.0363
0.5441
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
20.0
20.0
20.0
0.0316
0.3789
Inga cylindrica
16.0
18.9
18.9
18.9
0.0282
0.4508
Eugenia sonderiana
13.0
14.8
14.8
14.8
0.0172
0.2236
Marlierea obscura
5.0
11.9
11.9
11.9
0.0112
0.0560
Sparattosperma leucanthum
7.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.0576
Matayba guianensis
9.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.0734
Matayba sp.
13.0
9.2
9.2
9.2
0.0067
0.0870
Himatanthus lancifolius
7.5
8.9
8.9
8.9
0.0062
0.0468
Pithecolobium incuriale
7.0
8.0
8.0
8.0
0.0050
0.0348
Casearia arborea
11.0
7.8
7.8
7.8
0.0048
0.0526
Vitex cf. polygama
13.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0547
Myrcia subverticilaris
4.5
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0189
Myrcia detergens
6.5
6.5
6.5
6.5
0.0034
0.0219
Toulicia subsquamulata
5.0
5.6
5.6
5.6
0.0024
0.0122
Nectandra oppositifolia
10.0
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0216
Cupania vernalis
7.0
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0142
Bowdichia virgilioides
3.0
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0054
Toulicia sp.
6.0
4.3
4.3
4.3
0.0015
0.0087
Miconia chartacea
4.0
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0046
Matayba elaeagnoides
7.0
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0067
Tabela 13: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 2.
Família
No Ind
No. Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Myrtaceae
31
11
20.37
688.9
0.0059
100.00
23.48
7.58
Fabaceae
10
8
14.81
222.2
0.0430
100.00
Rubiaceae
29
3
5.56
644.4
0.0020
100.00
21.97
Sapindaceae
11
8
14.81
244.4
0.0109
100.00
8.33
Vochysiaceae
2
1
1.85
44.4
0.1619
33.33
1.52
Morta
5
1
1.85
111.1
0.0200
100.00
3.79
Apocynaceae
8
2
3.70
177.8
0.0117
66.67
6.06
Lauraceae
8
3
5.56
177.8
0.0107
66.67
6.06
Celastraceae
6
2
3.70
133.3
0.0172
66.67
4.55
Annonaceae
5
2
3.70
111.1
0.0119
66.67
3.79
1.52
Araliaceae
2
2
3.70
44.4
0.0367
66.67
Elaeocarpaceae
2
1
1.85
44.4
0.0025
66.67
1.52
Chrysobalanaceae
2
1
1.85
44.4
0.0011
66.67
1.52
Anacardiaceae
2
1
1.85
44.4
0.0249
33.33
1.52
0.76
Proteaceae
1
1
1.85
22.2
0.0585
33.33
Clethraceae
2
1
1.85
44.4
0.0176
33.33
1.52
Lamiaceae
1
1
1.85
22.2
0.0448
33.33
0.76
Malpighiaceae
1
1
1.85
22.2
0.0407
33.33
0.76
Bignoniaceae
1
1
1.85
22.2
0.0082
33.33
0.76
Flacourtiaceae
1
1
1.85
22.2
0.0048
33.33
0.76
Verbenaceae
1
1
1.85
22.2
0.0042
33.33
0.76
Melastomataceae
1
1
1.85
22.2
0.0011
33.33
0.76
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Alt. Me
12.0
73
Espécie
Schefflera calva
Ludwigia sp.
Ossaea sp.
Dom.Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Myrtaceae
9.70
7.69
40.87
13.62
33.18
16.59
0.1827
Fabaceae
22.82
7.69
38.09
12.70
30.40
15.20
0.4300
Rubiaceae
3.06
7.69
32.72
10.91
25.03
12.52
0.0577
Sapindaceae
6.37
7.69
22.40
7.47
14.71
7.35
0.1201
Vochysiaceae
17.19
2.56
21.27
7.09
18.71
9.35
0.3239
Morta
5.30
7.69
16.78
5.59
9.09
4.54
0.0999
Apocynaceae
4.98
5.13
16.17
5.39
11.04
5.52
0.0939
Lauraceae
4.53
5.13
15.72
5.24
10.59
5.30
0.0853
Celastraceae
5.49
5.13
15.16
5.05
10.03
5.02
0.1034
Annonaceae
3.15
5.13
12.07
4.02
6.94
3.47
0.0594
Araliaceae
3.90
5.13
10.54
3.51
5.41
2.71
0.0734
Elaeocarpaceae
0.27
5.13
6.91
2.30
1.78
0.89
0.0050
Chrysobalanaceae.
0.11
5.13
6.76
2.25
1.63
0.81
0.0021
Anacardiaceae
2.64
2.56
6.72
2.24
4.16
2.08
0.0498
Proteaceae
3.10
2.56
6.43
2.14
3.86
1.93
0.0585
Clethraceae
1.87
2.56
5.95
1.98
3.39
1.69
0.0353
Lamiaceae
2.38
2.56
5.70
1.90
3.13
1.57
0.0448
Malpighiaceae
2.16
2.56
5.48
1.83
2.92
1.46
0.0407
Bignoniaceae
0.44
2.56
3.76
1.25
1.19
0.60
0.0082
Flacourtiaceae
0.25
2.56
3.58
1.19
1.01
0.51
0.0048
Verbenaceae
0.22
2.56
3.55
1.18
0.98
0.49
0.0042
Melastomataceae
0.06
2.56
3.38
1.13
0.82
0.41
0.0011
Tabela 15: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Ocotea odorifera
22
3
18.49
42.73
4.35
65.56
Casearia arborea
11
3
9.24
15.94
4.35
29.53
Inga sp. 2
3
2
2.52
5.37
2.90
10.79
Inga cylindrica
4
1
3.36
5.41
1.45
10.22
Morta
5
2
4.20
2.95
2.90
10.05
Inga sp.1
3
1
2.52
5.69
1.45
9.66
Faramea cyanea
3
3
2.52
2.43
4.35
9.30
Myrcia rufipes
3
2
2.52
3.53
2.90
8.95
Amaioua guianensis
5
3
4.20
0.38
4.35
8.93
Myrcia amazonica
4
3
3.36
0.79
4.35
8.50
Myrcia guianensis
4
3
3.36
0.70
4.35
8.41
Hyptidendron asperrimum
2
2
1.68
3.42
2.90
8.00
Eugenia sonderiana
4
2
3.36
0.54
2.90
6.80
Casearia decandra
2
1
1.68
3.54
1.45
6.67
Machaerium sp. 2
3
2
2.52
0.40
2.90
5.82
Machaerium villosum
3
2
2.52
0.32
2.90
5.74
Siparuna guianensis
3
2
2.52
0.19
2.90
5.61
Croton sp.
2
2
1.68
0.88
2.90
5.46
Luehea grandiflora
2
2
1.68
0.35
2.90
4.93
Marlierea obscura
2
2
1.68
0.22
2.90
4.80
Matayba guianensis
2
2
1.68
0.19
2.90
4.77
Myrcia splendens
2
2
1.68
0.09
2.90
4.67
75
Família
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 14: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 2.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Himatanthus lancifolius
3
1
2.52
0.24
1.45
4.21
Psychotria vellosiana
2
1
1.68
0.09
1.45
3.22
Cabralea canjerana
1
1
0.84
0.71
1.45
3.00
Pimenta pseudocaryophyllus
1
1
0.84
0.68
1.45
2.97
Licania kunthiana
1
1
0.84
0.36
1.45
2.65
Vitex cf. polygama
1
1
0.84
0.26
1.45
2.55
Emmotum nitens
1
1
0.84
0.24
1.45
2.53
Clethra scabra
1
1
0.84
0.23
1.45
2.52
Matayba mollis
1
1
0.84
0.20
1.45
2.49
Schefflera calva
1
1
0.84
0.20
1.45
2.49
Nectandra oppositifolia
1
1
0.84
0.13
1.45
2.42
Sclerolobium paniculatum
1
1
0.84
0.08
1.45
2.37
Indeterminada sp. 1
1
1
0.84
0.07
1.45
2.36
Miconia cinnamomifolia
1
1
0.84
0.06
1.45
2.35
Cupania vernalis
1
1
0.84
0.06
1.45
2.35
Ocotea tenuiflora
1
1
0.84
0.05
1.45
2.34
Maytenus gonoclada
1
1
0.84
0.05
1.45
2.33
Myrciaria floribunda
1
1
0.84
0.05
1.45
2.33
Aspidosperma parvifolium
1
1
0.84
0.05
1.45
2.33
Indeterminada sp. 2
1
1
0.84
0.05
1.45
2.33
Endlicheria paniculata
1
1
0.84
0.04
1.45
2.33
Psidium rufum
1
1
0.84
0.04
1.45
2.33
76
F l o ra
Tabela 16: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Ocotea odorifera
61.22
100.00
488.9
0.0412
2.0
22.0
Casearia arborea
25.18
100.00
244.4
0.0307
6.0
18.0
Inga sp. 2
7.89
66.67
66.7
0.0380
16.0
20.0
Inga cylindrica
8.77
33.33
88.9
0.0287
17.0
19.0
Morta
7.15
66.67
111.1
0.0125
2.0
16.0
Inga sp. 1
8.21
33.33
66.7
0.0402
9.0
20.0
Faramea cyanea
4.95
100.00
66.7
0.0172
5.5
9.0
Myrcia rufipes
6.05
66.67
66.7
0.0249
8.5
17.0
Amaioua guianensis
4.58
100.00
111.1
0.0016
2.0
7.0
Myrcia amazonica
4.15
100.00
88.9
0.0042
5.5
16.0
Myrcia guianensis
4.06
100.00
88.9
0.0037
4.0
9.0
Hyptidendron asperrimum
5.10
66.67
44.4
0.0363
14.0
18.0
Eugenia sonderiana
3.90
66.67
88.9
0.0029
5.0
9.0
Casearia decandra
5.22
33.33
44.4
0.0376
8.0
18.0
Machaerium sp. 2
2.92
66.67
66.7
0.0028
2.5
11.0
Machaerium villosum
2.84
66.67
66.7
0.0023
4.0
7.0
Siparuna guianensis
2.72
66.67
66.7
0.0014
4.0
6.0
Croton sp.
2.56
66.67
44.4
0.0093
11.0
14.0
Luehea grandiflora
2.03
66.67
44.4
0.0037
5.5
8.5
Marlierea obscura
1.90
66.67
44.4
0.0023
6.5
7.5
Matayba guianensis
1.87
66.67
44.4
0.0020
8.0
8.0
Myrcia splendens
1.77
66.67
44.4
0.0009
2.5
3.0
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
2.76
33.33
66.7
0.0017
5.0
8.0
Psychotria vellosiana
1.77
33.33
44.4
0.0010
3.5
4.0
Cabralea canjerana
1.55
33.33
22.2
0.0151
9.0
9.0
Pimenta pseudocaryophyllus
1.52
33.33
22.2
0.0144
13.0
13.0
Licania kunthiana
1.20
33.33
22.2
0.0077
12.0
12.0
Vitex cf. polygama
1.10
33.33
22.2
0.0056
7.5
7.5
Emmotum nitens
1.08
33.33
22.2
0.0051
10.5
10.5
Clethra scabra
1.07
33.33
22.2
0.0050
11.0
11.0
Matayba mollis
1.04
33.33
22.2
0.0042
8.0
8.0
Schefflera calva
1.04
33.33
22.2
0.0042
13.0
13.0
Nectandra oppositifolia
0.97
33.33
22.2
0.0027
8.0
8.0
Sclerolobium paniculatum
0.92
33.33
22.2
0.0017
7.0
7.0
Indeterminada sp. 1
0.91
33.33
22.2
0.0015
4.0
4.0
Miconia cinnamomifolia
0.90
33.33
22.2
0.0012
5.5
5.5
Cupania vernalis
0.90
33.33
22.2
0.0012
6.0
6.0
Ocotea tenuiflora
0.89
33.33
22.2
0.0011
4.5
4.5
Maytenus gonoclada
0.89
33.33
22.2
0.0010
4.5
4.5
Myrciaria floribunda
0.89
33.33
22.2
0.0010
5.5
5.5
Aspidosperma parvifolium
0.89
33.33
22.2
0.0010
2.0
2.0
Indeterminada sp. 2
0.89
33.33
22.2
0.0010
6.5
6.5
Endlicheria paniculata
0.88
33.33
22.2
0.0009
4.0
4.0
Psidium rufum
0.88
33.33
22.2
0.0008
3.5
3.5
Tabela 17: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Ocotea odorifera
13.7
3.2
44.9
19.0
0.9062
16.9761
Casearia arborea
9.7
0.8
56.3
12.6
0.3379
3.0281
Inga sp. 2
18.0
9.9
26.1
20.6
0.1140
2.1430
Inga cylindrica
18.0
14.0
22.6
18.8
0.1148
2.0699
Morta
8.2
4.1
17.5
11.4
0.0625
0.6504
Inga sp. 1
16.3
8.4
28.0
20.9
0.1207
2.3528
Faramea cyanea
6.8
4.8
23.5
12.5
0.0516
0.4357
Myrcia rufipes
11.3
4.9
24.1
15.9
0.0748
0.8672
Amaioua guianensis
5.1
3.3
5.6
4.4
0.0080
0.0443
Myrcia amazonica
9.4
3.3
10.5
6.8
0.0168
0.2042
Myrcia guianensis
6.6
3.7
10.4
6.3
0.0149
0.1202
Hyptidendron asperrimum
16.0
15.6
26.1
20.9
0.0726
1.2306
Eugenia sonderiana
7.0
3.8
9.4
5.6
0.0115
0.0927
Casearia decandra
13.0
5.7
30.4
18.1
0.0752
1.3271
Machaerium sp. 2
5.5
4.1
6.8
5.9
0.0085
0.0542
Machaerium villosum
5.5
4.5
6.4
5.3
0.0068
0.0390
Siparuna guianensis
4.8
3.3
4.6
4.1
0.0041
0.0204
Croton sp.
12.5
9.6
12.1
10.8
0.0187
0.2398
Luehea grandiflora
7.0
5.4
8.1
6.8
0.0075
0.0567
Marlierea obscura
7.0
5.1
5.7
5.4
0.0046
0.0320
Matayba guianensis
8.0
4.8
5.4
5.1
0.0041
0.0327
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
IVC
Himatanthus lancifolius
77
Espécie
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Myrcia splendens
2.8
3.3
3.5
3.4
0.0018
0.0050
Himatanthus lancifolius
6.7
4.0
5.6
4.6
0.0050
0.0349
Psychotria vellosiana
3.8
3.3
3.7
3.5
0.0019
0.0073
Cabralea canjerana
9.0
13.9
13.9
13.9
0.0151
0.1358
Pimenta pseudocaryophyllus
13.0
13.6
13.6
13.6
0.0144
0.1877
Licania kunthiana
12.0
9.9
9.9
9.9
0.0077
0.0918
Vitex cf. polygama
7.5
8.4
8.4
8.4
0.0056
0.0420
Emmotum nitens
10.5
8.1
8.1
8.1
0.0051
0.0534
Clethra scabra
11.0
8.0
8.0
8.0
0.0050
0.0547
Matayba mollis
8.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0337
Schefflera calva
13.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0547
Nectandra oppositifolia
8.0
5.9
5.9
5.9
0.0027
0.0218
Sclerolobium paniculatum
7.0
4.6
4.6
4.6
0.0017
0.0117
Indeterminada sp. 1
4.0
4.3
4.3
4.3
0.0015
0.0058
Miconia cinnamomifolia
5.5
4.0
4.0
4.0
0.0012
0.0068
Cupania vernalis
6.0
4.0
4.0
4.0
0.0012
0.0075
Ocotea tenuiflora
4.5
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0047
Maytenus gonoclada
4.5
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0043
Myrciaria floribunda
5.5
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0053
Aspidosperma parvifolium
2.0
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0019
Indeterminada sp. 2
6.5
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0063
Endlicheria paniculata
4.0
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0035
Psidium rufum
3.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0028
78
F lo ra
Tabela 18: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 3.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens.Re
Lauraceae
25
4
9.09
555.6
0.0364
100.00
21.01
Fabaceae
17
6
13.64
377.8
0.0216
100.00
14.29
Flacourtiaceae
13
2
4.55
288.9
0.0318
100.00
10.92
Myrtaceae
22
9
20.45
488.9
0.0064
100.00
18.49
Rubiaceae
10
3
6.82
222.2
0.0062
100.00
8.40
Morta
5
1
2.27
111.1
0.0125
66.67
4.20
Lamiaceae
2
1
2.27
44.4
0.0363
66.67
1.68
Sapindaceae
4
3
6.82
88.9
0.0024
66.67
3.36
Monimiaceae
3
1
2.27
66.7
0.0014
66.67
2.52
Euphorbiaceae
2
1
2.27
44.4
0.0093
66.67
1.68
Tiliaceae
2
1
2.27
44.4
0.0037
66.67
1.68
Apocynaceae
4
2
4.55
88.9
0.0015
33.33
3.36
Indeterminada
2
2
4.55
44.4
0.0012
33.33
1.68
Meliaceae
1
1
2.27
22.2
0.0151
33.33
0.84
Chrysobalanaceae
1
1
2.27
22.2
0.0077
33.33
0.84
Verbenaceae
1
1
2.27
22.2
0.0056
33.33
0.84
Icacinaceae
1
1
2.27
22.2
0.0051
33.33
0.84
Clethraceae
1
1
2.27
22.2
0.0050
33.33
0.84
Araliaceae
1
1
2.27
22.2
0.0042
33.33
0.84
Melastomataceae
1
1
2.27
22.2
0.0012
33.33
0.84
Celastraceae
1
1
2.27
22.2
0.0010
33.33
0.84
Família
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Lauraceae
42.95
8.11
72.07
24.02
63.96
31.98
0.9108
Fabaceae
17.28
8.11
39.67
13.22
31.56
15.78
0.3664
Flacourtiaceae
19.48
8.11
38.51
12.84
30.40
15.20
0.4131
Myrtaceae
6.63
8.11
33.23
11.08
25.12
12.56
0.1407
Rubiaceae
2.90
8.11
19.41
6.47
11.31
5.65
0.0615
Morta
2.95
5.41
12.56
4.19
7.15
3.58
0.0625
Lamiaceae
3.42
5.41
10.51
3.50
5.10
2.55
0.0726
Sapindaceae
0.45
5.41
9.22
3.07
3.81
1.91
0.0095
Monimiaceae
0.19
5.41
8.12
2.71
2.72
1.36
0.0041
Euphorbiaceae
0.88
5.41
7.97
2.66
2.56
1.28
0.0187
Tiliaceae
0.35
5.41
7.44
2.48
2.03
1.02
0.0075
Apocynaceae
0.28
2.70
6.35
2.12
3.64
1.82
0.0060
Indeterminada
0.11
2.70
4.50
1.50
1.79
0.90
0.0024
Meliaceae
0.71
2.70
4.25
1.42
1.55
0.78
0.0151
Chrysobalanaceae
0.36
2.70
3.90
1.30
1.20
0.60
0.0077
Verbenaceae
0.26
2.70
3.81
1.27
1.10
0.55
0.0056
Icacinaceae
0.24
2.70
3.78
1.26
1.08
0.54
0.0051
Clethraceae
0.23
2.70
3.78
1.26
1.07
0.54
0.0050
Araliaceae
0.20
2.70
3.74
1.25
1.04
0.52
0.0042
Melastomataceae
0.06
2.70
3.60
1.20
0.90
0.45
0.0012
Celastraceae
0.05
2.70
3.59
1.20
0.89
0.44
0.0010
79
Tabela 19: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 3.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Acrocomia aculeata
80
F lo ra
Tabela 20: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Amaioua guianensis
24
3
21.43
8.24
4.23
33.89
Morta
8
3
7.14
6.44
4.23
17.81
Myrcia hebepetala
6
3
5.36
4.75
4.23
14.33
Croton urucurana
2
2
1.79
8.85
2.82
13.45
Nectandra oppositifolia
2
1
1.79
9.97
1.41
13.17
Eugenia sonderiana
6
3
5.36
3.00
4.23
12.58
Cupania emarginata
2
2
1.79
5.92
2.82
10.52
Myrcia rufipes
5
2
4.46
3.02
2.82
10.30
Cinnamomum tomentulosum
3
3
2.68
3.20
4.23
10.11
Tibouchina sp.
1
1
0.89
6.44
1.41
8.74
Myrcia amazonica
3
2
2.68
2.83
2.82
8.33
Hieronyma alchorneoides
2
2
1.79
3.38
2.82
7.98
Leandra cf. dasytricha
1
1
0.89
5.48
1.41
7.78
Marlierea clausseniana
3
2
2.68
1.71
2.82
7.21
Ocotea laxa
2
2
1.79
2.59
2.82
7.20
Licania octandra
3
2
2.68
0.38
2.82
5.87
Tapirira guianensis
1
1
0.89
3.08
1.41
5.38
Faramea cyanea
2
2
1.79
0.58
2.82
5.19
Indeterminada sp. 5
1
1
0.89
2.66
1.41
4.96
Myrcia venulosa
2
2
1.79
0.32
2.82
4.93
Inga cylindrica
1
1
0.89
2.40
1.41
4.71
Matayba sp.
1
1
0.89
2.10
1.41
4.40
Indeterminada sp. 3
1
1
0.89
1.92
1.41
4.22
Myrciaria glanduliflora
2
1
1.79
0.77
1.41
3.97
Inga sp. 1
1
1
0.89
1.35
1.41
3.66
Casearia arborea
1
1
0.89
1.27
1.41
3.57
Psychotria vellosiana
2
1
1.79
0.22
1.41
3.41
Ocotea sp. 4
1
1
0.89
0.94
1.41
3.24
Indeterminada sp. 9
1
1
0.89
0.83
1.41
3.13
Indeterminada sp. 6
1
1
0.89
0.80
1.41
3.10
Copaifera langsdorfii
1
1
0.89
0.73
1.41
3.03
Machaerium villosum
1
1
0.89
0.68
1.41
2.98
Indeterminada sp. 4
1
1
0.89
0.51
1.41
2.81
Calyptranthes clusiaefolia
1
1
0.89
0.31
1.41
2.61
Dalbergia nigra
1
1
0.89
0.28
1.41
2.58
Vochysia tucanorum
1
1
0.89
0.27
1.41
2.57
Myrcia guianensis
1
1
0.89
0.24
1.41
2.54
Indeterminada sp. 7
1
1
0.89
0.18
1.41
2.48
Luehea grandiflora
1
1
0.89
0.17
1.41
2.47
Marlierea obscura
1
1
0.89
0.17
1.41
2.47
Clethra scabra
1
1
0.89
0.15
1.41
2.45
Abarema obovata
1
1
0.89
0.13
1.41
2.43
Roupala sp.
1
1
0.89
0.11
1.41
2.41
Euplassa legalis
1
1
0.89
0.10
1.41
2.41
Apuleia leiocarpa
1
1
0.89
0.09
1.41
2.39
Siparuna guianensis
1
1
0.89
0.08
1.41
2.38
Matayba elaeagnoides
1
1
0.89
0.07
1.41
2.37
Cabralea canjerana
1
1
0.89
0.07
1.41
2.37
Licania cf. hoehnei
1
1
0.89
0.07
1.41
2.37
Eugenia cf. eurisepala
1
1
0.89
0.07
1.41
2.37
Indeterminada sp. 8
1
1
0.89
0.07
1.41
2.37
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt.Mi
Alt. Ma
Amaioua guianensis
29.66
100.00
533.3
0.0041
4.5
12.0
Morta
13.59
100.00
177.8
0.0096
2.0
10.0
Myrcia hebepetala
10.11
100.00
133.3
0.0094
4.0
9.5
Croton urucurana
10.63
66.67
44.4
0.0526
22.0
23.0
Nectandra oppositifolia
11.76
33.33
44.4
0.0593
19.0
22.0
Eugenia sonderiana
8.35
100.00
133.3
0.0059
7.0
11.0
Cupania emarginata
7.70
66.67
44.4
0.0352
7.0
18.0
Myrcia rufipes
7.48
66.67
111.1
0.0072
6.0
11.0
Cinnamomum tomentulosum
5.88
100.00
66.7
0.0127
7.0
15.0
Tibouchina sp.
7.33
33.33
22.2
0.0766
16.0
16.0
Myrcia amazonica
5.51
66.67
66.7
0.0112
5.0
12.0
Hieronyma alchorneoides
5.16
66.67
44.4
0.0201
8.5
15.0
Leandra cf. dasytricha
6.38
33.33
22.2
0.0652
18.0
18.0
Marlierea clausseniana
4.39
66.67
66.7
0.0068
6.0
13.0
Ocotea laxa
4.38
66.67
44.4
0.0154
13.0
17.0
Licania octandra
3.06
66.67
66.7
0.0015
4.5
8.0
Tapirira guianensis
3.97
33.33
22.2
0.0366
15.0
15.0
Faramea cyanea
2.37
66.67
44.4
0.0035
3.0
7.0
Indeterminada sp. 5
3.55
33.33
22.2
0.0316
24.0
24.0
Myrcia venulosa
2.11
66.67
44.4
0.0019
2.5
9.0
Inga cylindrica
3.30
33.33
22.2
0.0286
11.0
11.0
Matayba sp.
2.99
33.33
22.2
0.0250
13.0
13.0
Indeterminada sp. 3
2.81
33.33
22.2
0.0228
12.0
12.0
Myrciaria glanduliflora
2.56
33.33
44.4
0.0046
4.0
8.0
Inga sp. 1
2.25
33.33
22.2
0.0161
17.0
17.0
Casearia arborea
2.16
33.33
22.2
0.0151
15.0
15.0
Psychotria vellosiana
2.00
33.33
44.4
0.0013
3.0
5.5
Ocotea sp. 4
1.83
33.33
22.2
0.0112
19.0
19.0
Indeterminada sp. 9
1.72
33.33
22.2
0.0098
7.5
7.5
Indeterminada sp. 6
1.69
33.33
22.2
0.0095
15.0
15.0
Copaifera langsdorfii
1.62
33.33
22.2
0.0087
12.0
12.0
Machaerium villosum
1.57
33.33
22.2
0.0081
8.5
8.5
Indeterminada sp. 4
1.40
33.33
22.2
0.0060
9.0
9.0
Calyptranthes clusiaefolia
1.21
33.33
22.2
0.0037
7.0
7.0
Dalbergia nigra
1.17
33.33
22.2
0.0033
8.0
8.0
Vochysia tucanorum
1.16
33.33
22.2
0.0032
9.5
9.5
Myrcia guianensis
1.13
33.33
22.2
0.0029
8.5
8.5
Indeterminada sp. 7
1.07
33.33
22.2
0.0022
7.5
7.5
Luehea grandiflora
1.06
33.33
22.2
0.0020
4.5
4.5
Marlierea obscura
1.06
33.33
22.2
0.0020
5.5
5.5
Clethra scabra
1.04
33.33
22.2
0.0018
6.0
6.0
Abarema obovata
1.02
33.33
22.2
0.0016
5.5
5.5
Roupala sp.
1.01
33.33
22.2
0.0013
4.5
4.5
Euplassa legalis
1.00
33.33
22.2
0.0012
4.5
4.5
Apuleia leiocarpa
0.98
33.33
22.2
0.0011
5.5
5.5
Siparuna guianensis
0.97
33.33
22.2
0.0010
6.0
6.0
Matayba elaeagnoides
0.97
33.33
22.2
0.0009
5.5
5.5
Cabralea canjerana
0.97
33.33
22.2
0.0009
3.0
3.0
Licania cf. hoehnei
0.96
33.33
22.2
0.0008
4.5
4.5
Eugenia cf. eurisepala
0.96
33.33
22.2
0.0008
5.5
5.5
Indeterminada sp. 8
0.96
33.33
22.2
0.0008
5.0
5.0
81
Espécie
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 21: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4.
82
F l o ra
Tabela 22: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Amaioua guianensis
6.9
3.8
12.4
6.7
0.0979
0.7967
Morta
5.7
4.0
21.5
9.5
0.0766
0.6201
Myrcia hebepetala
6.8
3.8
17.8
9.5
0.0565
0.4702
Croton urucurana
22.5
23.5
28.0
25.8
0.1052
2.3755
Nectandra oppositifolia
20.5
22.6
31.6
27.1
0.1186
2.4887
Eugenia sonderiana
9.3
5.3
13.6
8.1
0.0356
0.3313
Cupania emarginata
12.5
3.8
29.7
16.7
0.0703
1.2534
Myrcia rufipes
8.9
4.8
13.8
8.9
0.0359
0.3482
Cinnamomum tomentulosum
10.7
11.4
14.0
12.7
0.0381
0.3965
Tibouchina sp.
16.0
31.2
31.2
31.2
0.0766
1.2248
Myrcia amazonica
9.3
4.8
18.8
10.3
0.0337
0.3876
Hieronyma alchorneoides
11.8
15.5
16.4
16.0
0.0402
0.4646
Leandra cf. dasytricha
18.0
28.8
28.8
28.8
0.0652
1.1734
Marlierea clausseniana
8.7
6.8
11.8
9.1
0.0204
0.2043
Ocotea laxa
15.0
13.5
14.5
14.0
0.0308
0.4669
Licania octandra
6.2
3.3
5.3
4.3
0.0045
0.0285
Tapirira guianensis
15.0
21.6
21.6
21.6
0.0366
0.5491
Faramea cyanea
5.0
4.1
8.4
6.3
0.0069
0.0432
Indeterminada sp. 5
24.0
20.0
20.0
20.0
0.0316
0.7578
Myrcia venulosa
5.8
3.5
6.1
4.8
0.0038
0.0283
Inga cylindrica
11.0
19.1
19.1
19.1
0.0286
0.3145
Matayba sp.
13.0
17.8
17.8
17.8
0.0250
0.3246
Indeterminada sp. 3
12.0
17.0
17.0
17.0
0.0228
0.2733
Myrciaria glanduliflora
6.0
4.5
9.9
7.2
0.0092
0.0675
Inga sp. 1
17.0
14.3
14.3
14.3
0.0161
0.2738
Casearia arborea
15.0
13.9
13.9
13.9
0.0151
0.2260
Psychotria vellosiana
4.3
3.2
4.8
4.0
0.0026
0.0122
Ocotea sp. 4
19.0
11.9
11.9
11.9
0.0112
0.2127
Indeterminada sp. 9
7.5
11.2
11.2
11.2
0.0098
0.0736
Indeterminada sp. 6
15.0
11.0
11.0
11.0
0.0095
0.1420
Copaifera langsdorfii
12.0
10.5
10.5
10.5
0.0087
0.1039
Machaerium villosum
8.5
10.1
10.1
10.1
0.0081
0.0688
Indeterminada sp. 4
9.0
8.8
8.8
8.8
0.0060
0.0541
Calyptranthes clusiaefolia
7.0
6.9
6.9
6.9
0.0037
0.0261
Dalbergia nigra
8.0
6.5
6.5
6.5
0.0033
0.0268
Vochysia tucanorum
9.5
6.4
6.4
6.4
0.0032
0.0303
Myrcia guianensis
8.5
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0244
Indeterminada sp. 7
7.5
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0162
Luehea grandiflora
4.5
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0092
Marlierea obscura
5.5
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0112
Clethra scabra
6.0
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0107
Abarema obovata
5.5
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0086
Roupala sp.
4.5
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0061
Euplassa legalis
4.5
4.0
4.0
4.0
0.0012
0.0056
Apuleia leiocarpa
5.5
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0058
Siparuna guianensis
6.0
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0058
Matayba elaeagnoides
5.5
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0048
Cabralea canjerana
3.0
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0026
Licania cf. hoehnei
4.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0036
Eugenia cf. eurisepala
5.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0044
Indeterminada sp. 8
5.0
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0040
Tabela 23: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 4.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Myrtaceae
31
11
21.57
688.9
0.0066
100.00
27.68
Rubiaceae
28
3
5.88
622.2
0.0038
100.00
25.00
Lauraceae
8
4
7.84
177.8
0.0248
100.00
7.14
Euphorbiaceae
4
2
3.92
88.9
0.0363
100.00
3.57
Morta
8
1
1.96
177.8
0.0096
100.00
7.14
Indeterminada
7
7
13.73
155.6
0.0118
100.00
6.25
Fabaceae
7
7
13.73
155.6
0.0096
100.00
6.25
Sapindaceae
4
3
5.88
88.9
0.0240
100.00
3.57
Melastomataceae
2
2
3.92
44.4
0.0709
66.67
1.79
Chrysobalanaceae
4
2
3.92
88.9
0.0013
66.67
3.57
Proteaceae
2
2
3.92
44.4
0.0013
66.67
1.79
Anacardiaceae
1
1
1.96
22.2
0.0366
33.33
0.89
Flacourtiaceae
1
1
1.96
22.2
0.0151
33.33
0.89
Vochysiaceae
1
1
1.96
22.2
0.0032
33.33
0.89
Tiliaceae
1
1
1.96
22.2
0.0020
33.33
0.89
Clethraceae
1
1
1.96
22.2
0.0018
33.33
0.89
Monimiaceae
1
1
1.96
22.2
0.0010
33.33
0.89
Meliaceae
1
1
1.96
22.2
0.0009
33.33
0.89
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Myrtaceae
17.20
8.11
52.99
17.66
44.88
22.44
0.2045
Rubiaceae
9.04
8.11
42.15
14.05
34.04
17.02
0.1075
Lauraceae
16.71
8.11
31.96
10.65
23.85
11.93
0.1987
Euphorbiaceae
12.22
8.11
23.90
7.97
15.80
7.90
0.1453
Morta
6.44
8.11
21.70
7.23
13.59
6.79
0.0766
Indeterminada
6.95
8.11
21.31
7.10
13.20
6.60
0.0826
Fabaceae
5.67
8.11
20.03
6.68
11.92
5.96
0.0674
Sapindaceae
8.09
8.11
19.77
6.59
11.66
5.83
0.0962
Melastomataceae
11.92
5.41
19.11
6.37
13.71
6.85
0.1417
Chrysobalanaceae
0.44
5.41
9.42
3.14
4.02
2.01
0.0053
Proteaceae
0.22
5.41
7.41
2.47
2.00
1.00
0.0026
Anacardiaceae
3.08
2.70
6.67
2.22
3.97
1.99
0.0366
Flacourtiaceae
1.27
2.70
4.86
1.62
2.16
1.08
0.0151
Vochysiaceae
0.27
2.70
3.86
1.29
1.16
0.58
0.0032
Tiliaceae
0.17
2.70
3.77
1.26
1.06
0.53
0.0020
Clethraceae
0.15
2.70
3.75
1.25
1.04
0.52
0.0018
Monimiaceae
0.08
2.70
3.68
1.23
0.97
0.49
0.0010
Meliaceae
0.07
2.70
3.67
1.22
0.97
0.48
0.0009
Tabela 25: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Ocotea odorifera
17
3
11.72
14.74
3.45
29.91
Myrcia amazonica
16
3
11.03
10.53
3.45
25.01
Tapirira obtusa
2
2
1.38
9.07
2.30
12.75
Siphoneugena densiflora
10
3
6.90
2.22
3.45
12.57
83
Família
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 24: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 4.
F l o ra
84
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Laplacea tomentosa
3
2
2.07
8.11
2.30
12.48
Morta
8
3
5.52
3.38
3.45
12.34
Copaifera langsdorfii
5
3
3.45
3.27
3.45
10.16
Amaioua guianensis
4
3
2.76
1.99
3.45
8.20
Ocotea laxa
3
2
2.07
3.73
2.30
8.09
Inga cylindrica
2
2
1.38
4.40
2.30
8.08
Prunus myrtifolia
4
3
2.76
1.67
3.45
7.88
Cryptocaria moschata
1
1
0.69
5.57
1.15
7.41
Eugenia sonderiana
4
3
2.76
0.92
3.45
7.12
Ocotea sp. 2
4
2
2.76
1.79
2.30
6.85
Myrcia venulosa
2
1
1.38
2.98
1.15
5.51
Eugenia cf. eurisepala
3
2
2.07
1.13
2.30
5.49
Psychotria vellosiana
2
1
1.38
2.34
1.15
4.87
Indeterminada sp. 12
1
1
0.69
3.03
1.15
4.86
Mollinedia cf. triflora
2
2
1.38
0.92
2.30
4.59
Casearia arborea
3
2
2.07
0.19
2.30
4.56
Cinnamomum tomentulosum
2
1
1.38
1.99
1.15
4.52
Euplassa legalis
2
2
1.38
0.49
2.30
4.17
Miconia sp. 1
1
1
0.69
2.25
1.15
4.09
Hyptidendron asperrimum
2
2
1.38
0.41
2.30
4.08
Sloanea monosperma
2
2
1.38
0.29
2.30
3.97
Siparuna guianensis
2
2
1.38
0.20
2.30
3.88
Myrcia rufipes
3
1
2.07
0.47
1.15
3.68
Clethra scabra
1
1
0.69
1.57
1.15
3.41
Mollinedia sp.
2
1
1.38
0.56
1.15
3.09
Cryptocaria cf. saligna
1
1
0.69
1.24
1.15
3.08
Simarouba versicolor
1
1
0.69
1.20
1.15
3.03
Faramea cyanea
2
1
1.38
0.35
1.15
2.88
Matayba marginata
1
1
0.69
1.02
1.15
2.86
Licania octandra
2
1
1.38
0.31
1.15
2.84
Indeterminada sp. 13
1
1
0.69
0.80
1.15
2.64
Croton urucurana
1
1
0.69
0.75
1.15
2.59
Bowdichia virgilioides
1
1
0.69
0.62
1.15
2.45
Marlierea parviflora
1
1
0.69
0.44
1.15
2.28
Tapirira guianensis
1
1
0.69
0.38
1.15
2.22
Astronium graveolens
1
1
0.69
0.31
1.15
2.15
Maprounea brasiliensis
1
1
0.69
0.30
1.15
2.14
Eugenia sp.
1
1
0.69
0.29
1.15
2.12
Aspidosperma parvifolium
1
1
0.69
0.20
1.15
2.04
Indeterminada sp. 10
1
1
0.69
0.19
1.15
2.03
Protium heptaphyllum
1
1
0.69
0.17
1.15
2.01
Diospyros ketum
1
1
0.69
0.16
1.15
2.00
Nectandra megapotamica
1
1
0.69
0.15
1.15
1.99
Myrciaria glanduliflora
1
1
0.69
0.15
1.15
1.99
Swartzia myrtifolia
1
1
0.69
0.13
1.15
1.97
Cabralea canjerana
1
1
0.69
0.09
1.15
1.93
Ocotea sp. 3
1
1
0.69
0.08
1.15
1.92
Machaerium sp. 2
1
1
0.69
0.07
1.15
1.91
Swartzia pilulifera
1
1
0.69
0.07
1.15
1.91
Indeterminada sp. 11
1
1
0.69
0.07
1.15
1.91
Indeterminada sp. 14
1
1
0.69
0.07
1.15
1.91
Ilex cf. grandis
1
1
0.69
0.07
1.15
1.91
Marlierea obscura
1
1
0.69
0.06
1.15
1.90
Guatteria sellowiana
1
1
0.69
0.06
1.15
1.90
Miconia chartacea
1
1
0.69
0.05
1.15
1.89
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Ocotea odorifera
26.46
100.00
377.8
0.0133
5.0
18.0
Myrcia amazonica
21.56
100.00
355.6
0.0101
6.5
18.0
Tapirira obtusa
10.45
66.67
44.4
0.0698
16.0
21.0
Siphoneugena densiflora
9.12
100.00
222.2
0.0034
6.0
12.0
Laplacea tomentosa
10.18
66.67
66.7
0.0416
7.5
22.0
Morta
8.89
100.00
177.8
0.0065
2.0
11.0
Copaifera langsdorfii
6.71
100.00
111.1
0.0101
6.0
16.0
Amaioua guianensis
4.75
100.00
88.9
0.0077
6.0
11.0
Ocotea laxa
5.80
66.67
66.7
0.0191
9.0
22.0
Inga cylindrica
5.78
66.67
44.4
0.0339
17.0
23.0
Prunus myrtifolia
4.43
100.00
88.9
0.0064
9.0
10.0
Cryptocaria moschata
6.26
33.33
22.2
0.0857
18.0
18.0
Eugenia sonderiana
3.67
100.00
88.9
0.0035
6.0
12.0
Ocotea sp. 2
4.55
66.67
88.9
0.0069
7.0
12.0
Myrcia venulosa
4.36
33.33
44.4
0.0229
8.5
12.0
Eugenia cf. eurisepala
3.20
66.67
66.7
0.0058
4.0
10.0
Psychotria vellosiana
3.72
33.33
44.4
0.0180
4.0
17.0
Indeterminada sp. 12
3.71
33.33
22.2
0.0466
25.0
25.0
Mollinedia cf. triflora
2.30
66.67
44.4
0.0071
9.0
14.0
Casearia arborea
2.26
66.67
66.7
0.0010
6.0
7.0
Cinnamomum tomentulosum
3.37
33.33
44.4
0.0153
9.0
19.0
Euplassa legalis
1.87
66.67
44.4
0.0038
5.5
11.0
Miconia sp. 1
2.94
33.33
22.2
0.0347
17.0
17.0
Hyptidendron asperrimum
1.79
66.67
44.4
0.0031
8.0
8.0
Sloanea monosperma
1.67
66.67
44.4
0.0022
5.0
6.5
Siparuna guianensis
1.58
66.67
44.4
0.0015
4.5
5.0
Myrcia rufipes
2.53
33.33
66.7
0.0024
7.5
11.0
Clethra scabra
2.26
33.33
22.2
0.0241
13.0
13.0
Mollinedia sp.
1.94
33.33
44.4
0.0043
10.0
10.0
Cryptocaria cf. saligna
1.93
33.33
22.2
0.0191
16.0
16.0
Simarouba versicolor
1.89
33.33
22.2
0.0184
8.5
8.5
Faramea cyanea
1.73
33.33
44.4
0.0027
6.0
6.0
Matayba marginata
1.71
33.33
22.2
0.0157
13.0
13.0
Licania octandra
1.69
33.33
44.4
0.0024
4.0
7.0
Indeterminada sp. 13
1.49
33.33
22.2
0.0124
13.0
13.0
Croton urucurana
1.44
33.33
22.2
0.0115
13.0
13.0
Bowdichia virgilioides
1.30
33.33
22.2
0.0095
10.0
10.0
Marlierea parviflora
1.13
33.33
22.2
0.0068
15.0
15.0
Tapirira guianensis
1.07
33.33
22.2
0.0058
8.5
8.5
Astronium graveolens
1.00
33.33
22.2
0.0048
7.5
7.5
Maprounea brasiliensis
0.99
33.33
22.2
0.0046
8.0
8.0
Eugenia sp.
0.98
33.33
22.2
0.0044
9.0
9.0
Aspidosperma parvifolium
0.89
33.33
22.2
0.0030
3.0
3.0
Indeterminada sp. 10
0.88
33.33
22.2
0.0029
7.5
7.5
Protium heptaphyllum
0.86
33.33
22.2
0.0026
7.0
7.0
Diospyros ketum
0.85
33.33
22.2
0.0024
9.0
9.0
Nectandra megapotamica
0.84
33.33
22.2
0.0023
9.0
9.0
Myrciaria glanduliflora
0.84
33.33
22.2
0.0023
8.0
8.0
85
Espécie
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 26: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5.
Solanum cernum
Hedyosmum brasiliensis
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Swartzia myrtifolia
0.82
33.33
22.2
0.0020
7.0
7.0
Cabralea canjerana
0.78
33.33
22.2
0.0013
1.5
1.5
Ocotea sp. 3
0.77
33.33
22.2
0.0012
5.0
5.0
Machaerium sp. 2
0.76
33.33
22.2
0.0011
4.5
4.5
Swartzia pilulifera
0.76
33.33
22.2
0.0011
7.0
7.0
Indeterminada sp. 11
0.76
33.33
22.2
0.0011
4.0
4.0
Indeterminada sp. 14
0.76
33.33
22.2
0.0011
5.0
5.0
Ilex cf. grandis
0.76
33.33
22.2
0.0011
9.0
9.0
Marlierea obscura
0.75
33.33
22.2
0.0010
5.5
5.5
Guatteria sellowiana
0.75
33.33
22.2
0.0009
6.5
6.5
Miconia chartacea
0.74
33.33
22.2
0.0008
6.5
6.5
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
11.4
3.3
24.8
11.5
0.2269
3.1817
Myrcia amazonica
11.6
3.5
20.3
9.8
0.1621
2.2425
Tapirira obtusa
18.5
18.0
38.1
28.1
0.1396
2.8042
Siphoneugena densiflora
9.1
3.5
10.0
6.2
0.0342
0.3460
Laplacea tomentosa
14.2
5.3
37.1
18.6
0.1248
2.5853
Morta
5.3
4.0
13.9
8.5
0.0520
0.3283
Copaifera langsdorfii
11.2
3.2
18.7
9.7
0.0503
0.6825
Amaioua guianensis
8.1
3.5
16.4
8.6
0.0306
0.3037
Ocotea laxa
15.7
4.9
20.5
14.1
0.0574
0.7728
Inga cylindrica
20.0
16.9
24.0
20.5
0.0677
1.4240
Prunus myrtifolia
9.6
4.9
14.6
8.2
0.0257
0.2518
Cryptocaria moschata
18.0
33.0
33.0
33.0
0.0857
1.5433
Eugenia sonderiana
8.0
3.3
11.2
5.9
0.0141
0.1467
Ocotea sp. 2
10.8
4.3
12.7
8.9
0.0276
0.3239
Myrcia venulosa
10.3
16.8
17.4
17.1
0.0459
0.4674
Eugenia cf. eurisepala
8.0
3.5
11.9
7.9
0.0173
0.1676
Psychotria vellosiana
10.5
3.2
21.2
12.2
0.0361
0.6033
Indeterminada sp. 12
25.0
24.3
24.3
24.3
0.0466
1.1642
Mollinedia cf. triflora
11.5
8.1
10.7
9.4
0.0141
0.1716
Casearia arborea
6.5
3.3
3.7
3.5
0.0029
0.0188
Cinnamomum tomentulosum
14.0
6.5
18.6
12.6
0.0306
0.5475
Euplassa legalis
8.3
3.7
9.1
6.4
0.0075
0.0769
Miconia sp. 1
17.0
21.0
21.0
21.0
0.0347
0.5894
Hyptidendron asperrimum
8.0
4.6
7.6
6.1
0.0063
0.0501
Sloanea monosperma
5.8
5.3
5.4
5.3
0.0045
0.0256
Siparuna guianensis
4.8
3.2
5.4
4.3
0.0031
0.0151
Myrcia rufipes
8.8
4.0
6.5
5.4
0.0072
0.0661
Clethra scabra
13.0
17.5
17.5
17.5
0.0241
0.3134
Mollinedia sp.
10.0
7.0
7.8
7.4
0.0086
0.0863
Cryptocaria cf. saligna
16.0
15.6
15.6
15.6
0.0191
0.3058
Simarouba versicolor
8.5
15.3
15.3
15.3
0.0184
0.1565
Faramea cyanea
6.0
4.6
6.8
5.7
0.0054
0.0321
Matayba marginata
13.0
14.2
14.2
14.2
0.0157
0.2047
Licania octandra
5.5
4.4
6.4
5.4
0.0047
0.0284
Indeterminada sp. 13
13.0
12.5
12.5
12.5
0.0124
0.1606
Croton urucurana
13.0
12.1
12.1
12.1
0.0115
0.1500
Bowdichia virgilioides
10.0
11.0
11.0
11.0
0.0095
0.0947
Marlierea parviflora
15.0
9.3
9.3
9.3
0.0068
0.1023
87
Espécie
Ocotea odorifera
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 27: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Tapirira guianensis
8.5
8.6
8.6
8.6
0.0058
0.0493
Astronium graveolens
7.5
7.8
7.8
7.8
0.0048
0.0358
Maprounea brasiliensis
8.0
7.6
7.6
7.6
0.0046
0.0367
Eugenia sp.
9.0
7.5
7.5
7.5
0.0044
0.0395
Aspidosperma parvifolium
3.0
6.2
6.2
6.2
0.0030
0.0091
Indeterminada sp. 10
7.5
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0216
Protium heptaphyllum
7.0
5.7
5.7
5.7
0.0026
0.0181
Diospyros ketum
9.0
5.6
5.6
5.6
0.0024
0.0219
Nectandra megapotamica
9.0
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0207
Myrciaria glanduliflora
8.0
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0184
Swartzia myrtifolia
7.0
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0142
Cabralea canjerana
1.5
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0020
Ocotea sp. 3
5.0
4.0
4.0
4.0
0.0012
0.0062
Machaerium sp. 2
4.5
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0052
Swartzia pilulifera
7.0
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0080
Indeterminada sp. 11
4.0
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0046
Indeterminada sp. 14
5.0
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0053
Ilex cf. grandis
9.0
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0095
Marlierea obscura
5.5
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0053
Guatteria sellowiana
6.5
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0057
Miconia chartacea
6.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0052
88
F lo ra
Tabela 28: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 5.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Lauraceae
30
8
13.56
666.7
0.0150
100.00
20.69
Myrtaceae
42
10
16.95
933.3
0.0070
100.00
28.97
Fabaceae
11
6
10.17
244.4
0.0120
100.00
7.59
Anacardiaceae
4
3
5.08
88.9
0.0375
100.00
2.76
Rubiaceae
8
3
5.08
177.8
0.0090
100.00
5.52
Morta
8
1
1.69
177.8
0.0065
100.00
5.52
Theaceae
3
1
1.69
66.7
0.0416
66.67
2.07
Indeterminada
5
5
8.47
111.1
0.0128
100.00
3.45
Monimiaceae
6
3
5.08
133.3
0.0043
100.00
4.14
Rosaceae
4
1
1.69
88.9
0.0064
100.00
2.76
Euphorbiaceae
2
2
3.39
44.4
0.0081
66.67
1.38
Flacourtiaceae
3
1
1.69
66.7
0.0010
66.67
2.07
Proteaceae
2
1
1.69
44.4
0.0038
66.67
1.38
Lamiaceae
2
1
1.69
44.4
0.0031
66.67
1.38
Melastomataceae
2
2
3.39
44.4
0.0177
33.33
1.38
Elaeocarpaceae
2
1
1.69
44.4
0.0022
66.67
1.38
Clethraceae
1
1
1.69
22.2
0.0241
33.33
0.69
Simaroubaceae
1
1
1.69
22.2
0.0184
33.33
0.69
Sapindaceae
1
1
1.69
22.2
0.0157
33.33
0.69
Chrysobalanaceae
2
1
1.69
44.4
0.0024
33.33
1.38
Apocynaceae
1
1
1.69
22.2
0.0030
33.33
0.69
Burseraceae
1
1
1.69
22.2
0.0026
33.33
0.69
Ebenaceae
1
1
1.69
22.2
0.0024
33.33
0.69
Meliaceae
1
1
1.69
22.2
0.0013
33.33
0.69
Aquifoliaceae
1
1
1.69
22.2
0.0011
33.33
0.69
Annonaceae
1
1
1.69
22.2
0.0009
33.33
0.69
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar.Bas.
Lauraceae
29.28
6.00
55.97
18.66
49.97
24.99
0.4508
Myrtaceae
19.18
6.00
54.15
18.05
48.15
24.07
0.2953
Fabaceae
8.56
6.00
22.15
7.38
16.15
8.07
0.1318
Anacardiaceae
9.75
6.00
18.51
6.17
12.51
6.26
0.1502
Rubiaceae
4.68
6.00
16.20
5.40
10.20
5.10
0.0721
Morta
3.38
6.00
14.89
4.96
8.89
4.45
0.0520
Theaceae
8.11
4.00
14.18
4.73
10.18
5.09
0.1248
Indeterminada
4.16
6.00
13.61
4.54
7.61
3.80
0.0640
Monimiaceae
1.68
6.00
11.82
3.94
5.82
2.91
0.0258
Rosaceae
1.67
6.00
10.43
3.48
4.43
2.21
0.0257
Euphorbiaceae
1.05
4.00
6.43
2.14
2.43
1.21
0.0161
Flacourtiaceae
0.19
4.00
6.26
2.09
2.26
1.13
0.0029
Proteaceae
0.49
4.00
5.87
1.96
1.87
0.93
0.0075
Lamiaceae
0.41
4.00
5.79
1.93
1.79
0.89
0.0063
Melastomataceae
2.30
2.00
5.68
1.89
3.68
1.84
0.0355
Elaeocarpaceae
0.29
4.00
5.67
1.89
1.67
0.83
0.0045
Clethraceae
1.57
2.00
4.26
1.42
2.26
1.13
0.0241
Simaroubaceae
1.20
2.00
3.89
1.30
1.89
0.94
0.0184
Sapindaceae
1.02
2.00
3.71
1.24
1.71
0.86
0.0157
Chrysobalanaceae
0.31
2.00
3.69
1.23
1.69
0.84
0.0047
Apocynaceae
0.20
2.00
2.89
0.96
0.89
0.44
0.0030
Burseraceae
0.17
2.00
2.86
0.95
0.86
0.43
0.0026
Ebenaceae
0.16
2.00
2.85
0.95
0.85
0.42
0.0024
Meliaceae
0.09
2.00
2.78
0.93
0.78
0.39
0.0013
Aquifoliaceae
0.07
2.00
2.76
0.92
0.76
0.38
0.0011
Annonaceae
0.06
2.00
2.75
0.92
0.75
0.37
0.0009
Tabela 30: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Ocotea odorifera
17
3
11.56
6.58
4.29
22.43
Laplacea tomentosa
4
3
2.72
14.11
4.29
21.12
Inga cylindrica
3
2
2.04
14.14
2.86
19.04
Aspidosperma parvifolium
7
2
4.76
11.35
2.86
18.97
Alchornea glandulosa
13
3
8.84
3.63
4.29
16.76
Croton urucurana
9
3
6.12
5.33
4.29
15.74
Siphoneugena densiflora
6
3
4.08
5.08
4.29
13.45
Myrcia amazonica
7
3
4.76
3.29
4.29
12.33
Cryptocaria moschata
8
2
5.44
3.99
2.86
12.29
Morta
6
3
4.08
3.19
4.29
11.56
Amaioua guianensis
7
2
4.76
1.94
2.86
9.56
Psychotria vellosiana
7
2
4.76
1.16
2.86
8.78
Eugenia sonderiana
4
2
2.72
2.51
2.86
8.09
Asteraceae sp.
5
2
3.40
0.54
2.86
6.80
Eugenia acutata
3
2
2.04
1.49
2.86
6.38
Miconia sp. 2
1
1
0.68
4.19
1.43
6.30
Sparattosperma leucanthum
3
2
2.04
1.12
2.86
6.02
89
Família
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 29: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 5.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Faramea cyanea
2
2
1.36
1.65
2.86
5.87
Himatanthus lancifolius
3
2
2.04
0.63
2.86
5.53
Tabebuia sp.
3
1
2.04
1.79
1.43
5.26
Piptocarpha macropoda
2
2
1.36
0.83
2.86
5.05
Aparisthmium cordatum
2
2
1.36
0.59
2.86
4.81
Astronium graveolens
2
2
1.36
0.23
2.86
4.44
Myrsine coriacea
3
1
2.04
0.93
1.43
4.40
Clethra scabra
1
1
0.68
2.05
1.43
4.16
Blepharocalyx salicifolius
1
1
0.68
2.02
1.43
4.13
Copaifera langsdorfii
1
1
0.68
1.54
1.43
3.65
Diospyros ketum
2
1
1.36
0.53
1.43
3.31
Ocotea sp. 5
2
1
1.36
0.27
1.43
3.06
Cecropia glazioui
1
1
0.68
0.54
1.43
2.65
Miconia cinnamomifolia
1
1
0.68
0.52
1.43
2.63
Eriotheca gracilipes
1
1
0.68
0.52
1.43
2.63
Ocotea laxa
1
1
0.68
0.52
1.43
2.63
Indeterminada sp. 16
1
1
0.68
0.27
1.43
2.38
Casearia arborea
1
1
0.68
0.26
1.43
2.36
Matayba elaeagnoides
1
1
0.68
0.17
1.43
2.28
Miconia inconspicua
1
1
0.68
0.11
1.43
2.22
Indeterminada sp. 15
1
1
0.68
0.11
1.43
2.21
Guatteria sellowiana
1
1
0.68
0.10
1.43
2.21
Ocotea tenuiflora
1
1
0.68
0.07
1.43
2.18
Schefflera vinosa
1
1
0.68
0.06
1.43
2.17
Siparuna guianensis
1
1
0.68
0.06
1.43
2.17
90
F lo ra
Tabela 31: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Ocotea odorifera
18.14
100.00
377.8
0.0053
3.5
12.0
Laplacea tomentosa
16.83
100.00
88.9
0.0484
12.0
17.0
Inga cylindrica
16.18
66.67
66.7
0.0647
15.0
22.0
Aspidosperma parvifolium
16.11
66.67
155.6
0.0223
5.0
22.0
Alchornea glandulosa
12.48
100.00
288.9
0.0038
5.0
15.0
Croton urucurana
11.45
100.00
200.0
0.0081
6.5
18.0
Siphoneugena densiflora
9.16
100.00
133.3
0.0116
9.0
15.0
Myrcia amazonica
8.05
100.00
155.6
0.0064
5.0
17.0
Cryptocaria moschata
9.43
66.67
177.8
0.0068
4.0
13.0
Morta
7.27
100.00
133.3
0.0073
2.0
8.0
Amaioua guianensis
6.70
66.67
155.6
0.0038
3.0
7.0
Psychotria vellosiana
5.93
66.67
155.6
0.0023
4.0
9.5
Eugenia sonderiana
5.23
66.67
88.9
0.0086
6.0
12.0
Asteraceae sp.
3.94
66.67
111.1
0.0015
5.0
8.0
Eugenia acutata
3.53
66.67
66.7
0.0068
7.0
10.0
Miconia sp. 2
4.87
33.33
22.2
0.0575
17.0
17.0
Sparattosperma leucanthum
3.16
66.67
66.7
0.0051
8.5
12.0
Faramea cyanea
3.01
66.67
44.4
0.0113
6.0
8.0
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Himatanthus lancifolius
2.67
66.67
66.7
0.0029
4.0
9.0
Tabebuia sp.
3.84
33.33
66.7
0.0082
6.0
16.0
Piptocarpha macropoda
2.19
66.67
44.4
0.0057
12.0
13.0
Aparisthmium cordatum
1.95
66.67
44.4
0.0041
9.0
11.0
Astronium graveolens
1.59
66.67
44.4
0.0016
4.0
9.0
Myrsine coriacea
2.97
33.33
66.7
0.0042
5.0
7.0
Clethra scabra
2.73
33.33
22.2
0.0282
13.0
13.0
Blepharocalyx salicifolius
2.70
33.33
22.2
0.0277
9.0
9.0
Copaifera langsdorfii
2.22
33.33
22.2
0.0211
18.0
18.0
Diospyros ketum
1.89
33.33
44.4
0.0036
5.5
8.0
Ocotea sp. 5
1.63
33.33
44.4
0.0018
5.5
6.0
Cecropia glazioui
1.22
33.33
22.2
0.0074
12.0
12.0
Miconia cinnamomifolia
1.20
33.33
22.2
0.0072
12.0
12.0
Eriotheca gracilipes
1.20
33.33
22.2
0.0072
8.0
8.0
Ocotea laxa
1.20
33.33
22.2
0.0072
12.0
12.0
Indeterminada sp. 16
0.95
33.33
22.2
0.0037
9.0
9.0
Casearia arborea
0.94
33.33
22.2
0.0035
9.0
9.0
Matayba elaeagnoides
0.85
33.33
22.2
0.0023
8.5
8.5
Miconia inconspicua
0.79
33.33
22.2
0.0016
5.5
5.5
Indeterminada sp. 15
0.79
33.33
22.2
0.0015
7.0
7.0
Guatteria sellowiana
0.78
33.33
22.2
0.0013
5.5
5.5
Ocotea tenuiflora
0.75
33.33
22.2
0.0010
5.0
5.0
Schefflera vinosa
0.74
33.33
22.2
0.0009
4.0
4.0
Siparuna guianensis
0.74
33.33
22.2
0.0008
5.5
5.5
91
Espécie
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Dennstaedtia dissecta
92
F l o ra
Tabela 32: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Ocotea odorifera
6.9
3.5
19.6
7.2
0.0903
0.8246
Laplacea tomentosa
15.3
11.2
31.1
23.5
0.1937
3.1018
Inga cylindrica
18.3
18.1
37.9
27.5
0.1940
3.8658
Aspidosperma parvifolium
8.6
3.5
34.8
12.9
0.1558
2.4950
Alchornea glandulosa
8.6
3.3
12.1
6.4
0.0499
0.5146
Croton urucurana
13.8
5.1
17.2
9.4
0.0731
1.1573
Siphoneugena densiflora
11.8
10.0
15.3
12.0
0.0697
0.8485
Myrcia amazonica
10.4
3.5
15.0
8.2
0.0451
0.5972
Cryptocaria moschata
8.5
4.0
17.8
8.2
0.0547
0.5751
Morta
4.3
3.3
18.8
8.3
0.0438
0.2763
Amaioua guianensis
5.3
3.2
12.7
6.2
0.0266
0.1537
Psychotria vellosiana
5.4
3.2
7.6
5.2
0.0160
0.0978
Eugenia sonderiana
9.3
5.4
12.6
10.1
0.0345
0.3481
Asteraceae sp.
6.3
3.3
6.1
4.2
0.0074
0.0491
Eugenia acutata
8.7
8.1
10.1
9.3
0.0204
0.1726
Miconia sp. 2
17.0
27.1
27.1
27.1
0.0575
0.9777
Sparattosperma leucanthum
10.5
4.5
11.5
7.5
0.0154
0.1756
Faramea cyanea
7.0
10.9
13.1
12.0
0.0226
0.1626
Himatanthus lancifolius
6.8
3.2
8.4
5.7
0.0087
0.0708
Tabebuia sp.
11.3
6.5
13.1
9.9
0.0246
0.3070
Piptocarpha macropoda
12.5
8.1
8.9
8.5
0.0114
0.1432
Aparisthmium cordatum
10.0
6.5
7.8
7.2
0.0081
0.0798
Astronium graveolens
6.5
3.3
5.3
4.3
0.0031
0.0237
Myrsine coriacea
5.8
3.5
11.4
6.5
0.0127
0.0844
Clethra scabra
13.0
18.9
18.9
18.9
0.0282
0.3663
Blepharocalyx salicifolius
9.0
18.8
18.8
18.8
0.0277
0.2496
Copaifera langsdorfii
18.0
16.4
16.4
16.4
0.0211
0.3798
Diospyros ketum
6.8
4.5
8.5
6.5
0.0072
0.0538
Ocotea sp. 5
5.8
3.3
6.0
4.7
0.0037
0.0216
Cecropia glazioui
12.0
9.7
9.7
9.7
0.0074
0.0889
Miconia cinnamomifolia
12.0
9.6
9.6
9.6
0.0072
0.0860
Eriotheca gracilipes
8.0
9.6
9.6
9.6
0.0072
0.0573
Ocotea laxa
12.0
9.6
9.6
9.6
0.0072
0.0860
Indeterminada sp. 16
9.0
6.8
6.8
6.8
0.0037
0.0331
Casearia arborea
9.0
6.7
6.7
6.7
0.0035
0.0315
Matayba elaeagnoides
8.5
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0195
Miconia inconspicua
5.5
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0086
Indeterminada sp. 15
7.0
4.3
4.3
4.3
0.0015
0.0102
Guatteria sellowiana
5.5
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0074
Ocotea tenuiflora
5.0
3.5
3.5
3.5
0.0010
0.0048
Schefflera vinosa
4.0
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0035
Siparuna guianensis
5.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0044
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Indeterminada
29
5
11.90
644.4
0.0054
100.00
19.73
Myrsinaceae
21
5
11.90
466.7
0.0094
100.00
14.29
Ebenaceae
24
3
7.14
533.3
0.0055
100.00
16.33
Apocynaceae
10
2
4.76
222.2
0.0164
100.00
6.80
Euphorbiaceae
4
2
4.76
88.9
0.0538
100.00
2.72
Sapindaceae
4
1
2.38
88.9
0.0484
100.00
2.72
Myrtaceae
16
3
7.14
355.6
0.0041
100.00
10.88
Monimiaceae
6
1
2.38
133.3
0.0073
100.00
4.08
Asteraceae
7
2
4.76
155.6
0.0027
100.00
4.76
Bignoniaceae
6
2
4.76
133.3
0.0067
66.67
4.08
Lauraceae
3
3
7.14
66.7
0.0221
66.67
2.04
Anacardiaceae
2
1
2.38
44.4
0.0016
66.67
1.36
Morta
3
1
2.38
66.7
0.0042
33.33
2.04
Chrysobalanaceae
1
1
2.38
22.2
0.0282
33.33
0.68
Clethraceae
2
1
2.38
44.4
0.0036
33.33
1.36
Flacourtiaceae
2
2
4.76
44.4
0.0026
33.33
1.36
Cecropiaceae
1
1
2.38
22.2
0.0074
33.33
0.68
Bombacaceae
1
1
2.38
22.2
0.0072
33.33
0.68
Fabaceae
1
1
2.38
22.2
0.0035
33.33
0.68
Rubiaceae
1
1
2.38
22.2
0.0023
33.33
0.68
Annonaceae
1
1
2.38
22.2
0.0013
33.33
0.68
Araliaceae
1
1
2.38
22.2
0.0009
33.33
0.68
Melastomataceae
1
1
2.38
22.2
0.0008
33.33
0.68
Tabela 34: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 6.
Família
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
Indeterminada
11.42
6.82
37.97
12.66
31.15
15.58
0.1568
Myrsinaceae
14.38
6.82
35.49
11.83
28.67
14.33
0.1974
Ebenaceae
9.55
6.82
32.70
10.90
25.88
12.94
0.1311
Apocynaceae
11.99
6.82
25.61
8.54
18.79
9.39
0.1645
Euphorbiaceae
15.67
6.82
25.21
8.40
18.40
9.20
0.2151
Sapindaceae
14.11
6.82
23.65
7.88
16.83
8.42
0.1937
Myrtaceae
4.75
6.82
22.45
7.48
15.64
7.82
0.0652
Monimiaceae
3.19
6.82
14.09
4.70
7.27
3.64
0.0438
Asteraceae
1.37
6.82
12.95
4.32
6.13
3.07
0.0188
Bignoniaceae
2.92
4.55
11.54
3.85
7.00
3.50
0.0400
Lauraceae
4.83
4.55
11.41
3.80
6.87
3.43
0.0662
Anacardiaceae
0.23
4.55
6.13
2.04
1.59
0.79
0.0031
Morta
0.93
2.27
5.24
1.75
2.97
1.48
0.0127
Chrysobalanaceae
2.05
2.27
5.01
1.67
2.73
1.37
0.0282
Clethraceae
0.53
2.27
4.16
1.39
1.89
0.94
0.0072
Flacourtiaceae
0.37
2.27
4.01
1.34
1.73
0.87
0.0051
Cecropiaceae
0.54
2.27
3.49
1.16
1.22
0.61
0.0074
Bombacaceae
0.52
2.27
3.47
1.16
1.20
0.60
0.0072
Fabaceae
0.26
2.27
3.21
1.07
0.94
0.47
0.0035
Rubiaceae
0.17
2.27
3.12
1.04
0.85
0.42
0.0023
Annonaceae
0.10
2.27
3.05
1.02
0.78
0.39
0.0013
Araliaceae
0.06
2.27
3.02
1.01
0.74
0.37
0.0009
Melastomataceae
0.06
2.27
3.01
1.00
0.74
0.37
0.0008
93
Família
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 33: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 6.
Polygala sp.
Psycotrya sp.
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Inga cylindrica
6
3
3.64
18.73
3.49
25.86
Psychotria vellosiana
18
3
10.91
4.64
3.49
19.04
Alchornea glandulosa
13
3
7.88
4.79
3.49
16.15
Morta
15
3
9.09
3.35
3.49
15.93
Amaioua guianensis
11
3
6.67
4.57
3.49
14.72
Machaerium sp. 3
1
1
0.61
9.83
1.16
11.60
Ocotea odorifera
6
3
3.64
3.83
3.49
10.96
Cryptocaria moschata
6
3
3.64
3.23
3.49
10.36
Copaifera langsdorfii
5
3
3.03
2.71
3.49
9.23
Aparisthmium cordatum
7
2
4.24
1.66
2.33
8.23
Astronium graveolens
4
2
2.42
3.25
2.33
8.00
Nectandra oppositifolia
4
2
2.42
3.13
2.33
7.88
Marlierea obscura
6
2
3.64
1.39
2.33
7.35
Miconia inconspicua
5
2
3.03
1.76
2.33
7.11
Laplacea tomentosa
2
1
1.21
4.05
1.16
6.42
Cinnamomum tomentulosum
3
2
1.82
1.31
2.33
5.45
Ocotea sp. 5
3
2
1.82
1.13
2.33
5.28
Cupania oblongifolia
2
2
1.21
1.35
2.33
4.89
Tapirira obtusa
1
1
0.61
3.11
1.16
4.88
Prunus myrtifolia
2
2
1.21
1.25
2.33
4.79
Himatanthus lancifolius
2
2
1.21
1.10
2.33
4.63
Ocotea laxa
2
1
1.21
2.05
1.16
4.42
Eugenia sonderiana
3
2
1.82
0.27
2.33
4.41
Emmotum nitens
1
1
0.61
2.61
1.16
4.38
Myrcia guianensis
2
2
1.21
0.72
2.33
4.26
Terminalia glabrescens
1
1
0.61
2.42
1.16
4.19
Ilex affinis
2
2
1.21
0.45
2.33
3.98
Blepharocalyx salicifolius
2
2
1.21
0.41
2.33
3.94
Miconia chartacea
2
2
1.21
0.34
2.33
3.87
Luehea grandiflora
1
1
0.61
1.56
1.16
3.33
Indeterminada sp. 21
1
1
0.61
1.44
1.16
3.21
Aspidosperma parvifolium
1
1
0.61
1.01
1.16
2.78
Sparattosperma leucanthum
1
1
0.61
0.98
1.16
2.75
Psycotria sp.
2
1
1.21
0.34
1.16
2.72
Hymenolobium janeirense
2
1
1.21
0.18
1.16
2.56
Matayba elaeagnoides
1
1
0.61
0.69
1.16
2.46
Indeterminada sp. 19
1
1
0.61
0.62
1.16
2.38
Indeterminada sp. 17
1
1
0.61
0.52
1.16
2.29
Miconia sp. 3
1
1
0.61
0.37
1.16
2.14
Indeterminada sp. 20
1
1
0.61
0.33
1.16
2.10
Myrsine coriacea
1
1
0.61
0.32
1.16
2.09
Matayba mollis
1
1
0.61
0.30
1.16
2.07
Clethra scabra
1
1
0.61
0.29
1.16
2.06
Myrcia amazonica
1
1
0.61
0.26
1.16
2.03
Roupala cf. ferruginea
1
1
0.61
0.22
1.16
1.99
Tabebuia sp.
1
1
0.61
0.15
1.16
1.92
95
Espécie
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 35: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Eugenia acutata
1
1
0.61
0.13
1.16
1.90
Marlierea clausseniana
1
1
0.61
0.13
1.16
1.90
Indeterminada sp. 18
1
1
0.61
0.13
1.16
1.90
Ocotea sp. 2
1
1
0.61
0.12
1.16
1.89
Ilex cf. psammophila
1
1
0.61
0.12
1.16
1.89
Cabralea canjerana
1
1
0.61
0.11
1.16
1.88
Carpotroche brasiliensis
1
1
0.61
0.10
1.16
1.87
Psidium rufum
1
1
0.61
0.08
1.16
1.85
Licania octandra
1
1
0.61
0.06
1.16
1.83
96
F l o ra
Tabela 36: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Inga cylindrica
22.37
100.00
133.3
0.0414
8.0
24.0
Psychotria vellosiana
15.55
100.00
400.0
0.0034
3.5
10.0
Alchornea glandulosa
12.67
100.00
288.9
0.0049
4.0
12.0
Morta
12.44
100.00
333.3
0.0030
1.5
12.0
Amaioua guianensis
11.24
100.00
244.4
0.0055
1.5
8.0
Machaerium sp. 3
10.44
33.33
22.2
0.1304
22.0
22.0
Ocotea odorifera
7.47
100.00
133.3
0.0085
6.0
16.0
Cryptocaria moschata
6.87
100.00
133.3
0.0071
3.0
16.0
Copaifera langsdorfii
5.74
100.00
111.1
0.0072
4.0
14.0
Aparisthmium cordatum
5.90
66.67
155.6
0.0031
4.0
11.0
Astronium graveolens
5.67
66.67
88.9
0.0108
6.5
27.0
Nectandra oppositifolia
5.55
66.67
88.9
0.0104
8.5
17.0
Marlierea obscura
5.02
66.67
133.3
0.0031
5.5
12.0
Miconia inconspicua
4.79
66.67
111.1
0.0047
5.5
7.5
Laplacea tomentosa
5.26
33.33
44.4
0.0268
14.0
16.0
Cinnamomum tomentulosum
3.12
66.67
66.7
0.0058
7.0
10.0
Ocotea sp. 5
2.95
66.67
66.7
0.0050
5.5
7.0
Cupania oblongifolia
2.57
66.67
44.4
0.0090
13.0
13.0
Tapirira obtusa
3.72
33.33
22.2
0.0413
23.0
23.0
Prunus myrtifolia
2.47
66.67
44.4
0.0083
9.0
12.0
Himatanthus lancifolius
2.31
66.67
44.4
0.0073
9.0
12.0
Ocotea laxa
3.26
33.33
44.4
0.0136
4.5
23.0
Eugenia sonderiana
2.09
66.67
66.7
0.0012
4.5
8.0
Emmotum nitens
3.22
33.33
22.2
0.0347
20.0
20.0
Myrcia guianensis
1.93
66.67
44.4
0.0048
5.5
8.0
Terminalia glabrescens
3.03
33.33
22.2
0.0321
21.0
21.0
Ilex affinis
1.66
66.67
44.4
0.0030
5.0
7.0
Blepharocalyx salicifolius
1.62
66.67
44.4
0.0027
4.0
11.0
Miconia chartacea
1.55
66.67
44.4
0.0022
5.5
11.0
Luehea grandiflora
2.17
33.33
22.2
0.0207
13.0
13.0
Indeterminada sp. 21
2.05
33.33
22.2
0.0191
27.0
27.0
Aspidosperma parvifolium
1.61
33.33
22.2
0.0134
4.5
4.5
Sparattosperma leucanthum
1.59
33.33
22.2
0.0130
15.0
15.0
Psycotria sp.
1.56
33.33
44.4
0.0023
6.0
8.0
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
1.39
33.33
44.4
0.0012
4.5
5.0
Matayba elaeagnoides
1.30
33.33
22.2
0.0092
11.0
11.0
Indeterminada sp. 19
1.22
33.33
22.2
0.0082
12.0
12.0
Indeterminada sp. 17
1.13
33.33
22.2
0.0069
9.0
9.0
Miconia sp. 3
0.97
33.33
22.2
0.0049
7.0
7.0
Indeterminada sp. 20
0.94
33.33
22.2
0.0044
13.0
13.0
Myrsine coriacea
0.92
33.33
22.2
0.0042
9.0
9.0
Matayba mollis
0.91
33.33
22.2
0.0040
14.0
14.0
Clethra scabra
0.90
33.33
22.2
0.0038
10.0
10.0
Myrcia amazonica
0.87
33.33
22.2
0.0035
4.0
4.0
Roupala cf. ferruginea
0.82
33.33
22.2
0.0029
5.0
5.0
Tabebuia sp.
0.76
33.33
22.2
0.0020
4.0
4.0
Eugenia acutata
0.74
33.33
22.2
0.0018
5.5
5.5
Marlierea clausseniana
0.73
33.33
22.2
0.0017
7.0
7.0
Indeterminada sp. 18
0.73
33.33
22.2
0.0017
3.5
3.5
Ocotea sp. 2
0.72
33.33
22.2
0.0016
7.5
7.5
Ilex cf. psammophila
0.72
33.33
22.2
0.0016
7.0
7.0
Cabralea canjerana
0.72
33.33
22.2
0.0015
6.5
6.5
Carpotroche brasiliensis
0.71
33.33
22.2
0.0013
4.0
4.0
Psidium rufum
0.69
33.33
22.2
0.0011
6.0
6.0
Licania octandra
0.67
33.33
22.2
0.0008
5.5
5.5
Tabela 37: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7.
Espécie
Alt. Me
Diam.
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Inga cylindrica
17.3
7.6
31.0
21.3
0.2484
5.2933
Psychotria vellosiana
6.3
4.1
11.5
6.3
0.0616
0.4182
Alchornea glandulosa
7.2
3.5
19.7
6.5
0.0635
0.6408
Morta
4.2
3.2
13.4
5.6
0.0444
0.2873
Amaioua guianensis
6.7
4.3
16.0
7.8
0.0606
0.4253
Machaerium sp. 3
22.0
40.7
40.7
40.7
0.1304
2.8678
Ocotea odorifera
10.4
4.6
17.5
9.4
0.0508
0.6500
Cryptocaria moschata
10.3
3.5
15.9
8.6
0.0428
0.5613
Copaifera langsdorfii
8.9
3.5
14.0
8.8
0.0360
0.3528
Aparisthmium cordatum
6.4
3.5
13.8
5.3
0.0220
0.2041
Astronium graveolens
15.9
4.6
17.7
10.5
0.0431
0.9541
Nectandra oppositifolia
13.5
6.5
16.4
10.7
0.0415
0.6558
Marlierea obscura
7.8
3.7
10.5
5.8
0.0184
0.1772
Miconia inconspicua
6.3
4.1
9.3
7.5
0.0233
0.1471
Laplacea tomentosa
15.0
14.6
21.6
18.1
0.0536
0.8247
Cinnamomum tomentulosum
8.0
6.7
10.2
8.4
0.0173
0.1459
Ocotea sp. 5
6.3
4.3
9.6
7.6
0.0150
0.0999
Cupania oblongifolia
13.0
9.1
12.1
10.6
0.0180
0.2335
Tapirira obtusa
23.0
22.9
22.9
22.9
0.0413
0.9490
Prunus myrtifolia
10.5
4.9
13.7
9.3
0.0166
0.1554
Himatanthus lancifolius
10.5
6.5
11.9
9.2
0.0145
0.1645
Ocotea laxa
13.8
3.3
18.3
10.8
0.0272
0.6089
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
IVC
Hymenolobium janeirense
97
Espécie
F l o ra
Espécie
Alt. Me
Diam.
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Eugenia sonderiana
6.0
3.5
4.1
3.9
0.0036
0.0217
Emmotum nitens
20.0
21.0
21.0
21.0
0.0347
0.6934
Myrcia guianensis
6.8
5.7
9.4
7.6
0.0095
0.0697
Terminalia glabrescens
21.0
20.2
20.2
20.2
0.0321
0.6737
Ilex affinis
6.0
4.1
7.6
5.9
0.0059
0.0388
Blepharocalyx salicifolius
7.5
3.2
7.6
5.4
0.0054
0.0536
Miconia chartacea
8.3
3.5
6.7
5.1
0.0045
0.0438
Luehea grandiflora
13.0
16.2
16.2
16.2
0.0207
0.2689
Indeterminada sp. 21
27.0
15.6
15.6
15.6
0.0191
0.5161
Aspidosperma parvifolium
4.5
13.1
13.1
13.1
0.0134
0.0602
Sparattosperma leucanthum
15.0
12.9
12.9
12.9
0.0130
0.1957
Psycotria sp.
7.0
4.6
6.1
5.3
0.0046
0.0331
Hymenolobium janeirense
4.8
3.8
4.0
3.9
0.0024
0.0113
Matayba elaeagnoides
11.0
10.8
10.8
10.8
0.0092
0.1011
Indeterminada sp. 19
12.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.0979
Indeterminada sp. 17
9.0
9.4
9.4
9.4
0.0069
0.0623
Miconia sp. 3
7.0
7.9
7.9
7.9
0.0049
0.0341
Indeterminada sp. 20
13.0
7.5
7.5
7.5
0.0044
0.0571
Myrsine coriacea
9.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0379
Matayba mollis
14.0
7.2
7.2
7.2
0.0040
0.0564
Clethra scabra
10.0
7.0
7.0
7.0
0.0038
0.0385
Myrcia amazonica
4.0
6.7
6.7
6.7
0.0035
0.0140
Roupala cf. ferruginea
5.0
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0144
Tabebuia sp
4.0
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0081
Eugenia acutata
5.5
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0098
Marlierea clausseniana
7.0
4.6
4.6
4.6
0.0017
0.0117
Indeterminada sp. 18
3.5
4.6
4.6
4.6
0.0017
0.0059
Ocotea sp. 2
7.5
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0117
Ilex cf. psammophila
7.0
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0109
Cabralea canjerana
6.5
4.3
4.3
4.3
0.0015
0.0094
Carpotroche brasiliensis
4.0
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0054
Psidium rufum
6.0
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0063
Licania octandra
5.5
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0044
98
Tabela 38: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 7.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Fabaceae
14
4
7.27
311.1
0.0298
100.00
8.48
Lauraceae
25
7
12.73
555.6
0.0078
100.00
15.15
Rubiaceae
31
3
5.45
688.9
0.0041
100.00
18.79
Euphorbiaceae
20
2
3.64
444.4
0.0043
100.00
12.12
Myrtaceae
17
8
14.55
377.8
0.0026
100.00
10.30
Morta
15
1
1.82
333.3
0.0030
100.00
9.09
Anacardiaceae
5
2
3.64
111.1
0.0169
100.00
3.03
Melastomataceae
8
3
5.45
177.8
0.0041
100.00
4.85
Indeterminada
5
5
9.09
111.1
0.0081
100.00
3.03
Sapindaceae
4
3
5.45
88.9
0.0078
66.67
2.42
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Apocynaceae
3
2
3.64
66.7
0.0093
66.67
1.82
Theaceae
2
1
1.82
44.4
0.0268
33.33
1.21
Rosaceae
2
1
1.82
44.4
0.0083
66.67
1.21
Aquifoliaceae
3
2
3.64
66.7
0.0025
66.67
1.82
Icacinaceae
1
1
1.82
22.2
0.0347
33.33
0.61
Combretaceae
1
1
1.82
22.2
0.0321
33.33
0.61
Bignoniaceae
2
2
3.64
44.4
0.0075
33.33
1.21
Tiliaceae
1
1
1.82
22.2
0.0207
33.33
0.61
Myrsinaceae
1
1
1.82
22.2
0.0042
33.33
0.61
Clethraceae
1
1
1.82
22.2
0.0038
33.33
0.61
Proteaceae
1
1
1.82
22.2
0.0029
33.33
0.61
Meliaceae
1
1
1.82
22.2
0.0015
33.33
0.61
Flacourtiaceae
1
1
1.82
22.2
0.0013
33.33
0.61
Chrysobalanaceae
1
1
1.82
22.2
0.0008
33.33
0.61
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
31.46
6.52
46.46
15.49
39.94
19.97
0.4171
Lauraceae
14.80
6.52
36.47
12.16
29.95
14.98
0.1962
Rubiaceae
9.56
6.52
34.87
11.62
28.34
14.17
0.1267
Euphorbiaceae
6.45
6.52
25.09
8.36
18.57
9.28
0.0855
Myrtaceae
3.38
6.52
20.21
6.74
13.69
6.84
0.0449
Morta
3.35
6.52
18.96
6.32
12.44
6.22
0.0444
Anacardiaceae
6.36
6.52
15.91
5.30
9.39
4.70
0.0844
Melastomataceae
2.46
6.52
13.83
4.61
7.31
3.65
0.0326
Indeterminada
3.04
6.52
12.59
4.20
6.07
3.03
0.0403
Sapindaceae
2.35
4.35
9.12
3.04
4.78
2.39
0.0312
Apocynaceae
2.11
4.35
8.27
2.76
3.92
1.96
0.0279
Theaceae
4.05
2.17
7.43
2.48
5.26
2.63
0.0536
Rosaceae
1.25
4.35
6.81
2.27
2.47
1.23
0.0166
Aquifoliaceae
0.57
4.35
6.73
2.24
2.38
1.19
0.0075
Icacinaceae
2.61
2.17
5.39
1.80
3.22
1.61
0.0347
Combretaceae
2.42
2.17
5.20
1.73
3.03
1.51
0.0321
Bignoniaceae
1.14
2.17
4.52
1.51
2.35
1.17
0.0151
Tiliaceae
1.56
2.17
4.34
1.45
2.17
1.08
0.0207
Myrsinaceae
0.32
2.17
3.10
1.03
0.92
0.46
0.0042
Clethraceae
0.29
2.17
3.07
1.02
0.90
0.45
0.0038
Proteaceae
0.22
2.17
3.00
1.00
0.82
0.41
0.0029
Meliaceae
0.11
2.17
2.89
0.96
0.72
0.36
0.0015
Flacourtiaceae
0.10
2.17
2.88
0.96
0.71
0.35
0.0013
Chrysobalanaceae
0.06
2.17
2.84
0.95
0.67
0.33
0.0008
99
Família
Fabaceae
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 39: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 7.
100
F l o ra
Tabela 40: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Myrcia amazonica
50
3
18.94
21.07
3.61
43.62
Myrsine coriacea
36
3
13.64
7.34
3.61
24.59
Maytenus gonoclada
26
3
9.85
4.55
3.61
18.02
Amaioua guianensis
22
3
8.33
3.75
3.61
15.70
Bowdichia virgilioides
8
3
3.03
8.10
3.61
14.75
Copaifera langsdorfii
7
3
2.65
8.37
3.61
14.64
Siphoneugena densiflora
6
3
2.27
4.54
3.61
10.43
Roupala montana
9
2
3.41
4.32
2.41
10.14
Guatteria sellowiana
4
3
1.52
4.19
3.61
9.32
Matayba marginata
7
3
2.65
2.97
3.61
9.23
Morta
8
3
3.03
1.81
3.61
8.46
Myrcia subverticilaris
8
3
3.03
1.62
3.61
8.26
Guatteria villosissima
7
3
2.65
1.28
3.61
7.54
Vochysia tucanorum
3
3
1.14
2.25
3.61
7.00
Myrcia retorta
4
2
1.52
3.03
2.41
6.95
Faramea cyanea
5
3
1.89
1.13
3.61
6.64
Licania octandra
5
2
1.89
0.86
2.41
5.16
Hyptidendron asperrimum
3
2
1.14
1.58
2.41
5.13
Tapirira guianensis
1
1
0.38
2.43
1.20
4.01
Vitex sellowiana
3
2
1.14
0.38
2.41
3.92
Ilex theezans
4
1
1.52
1.10
1.20
3.82
Myrsine sp.
2
2
0.76
0.46
2.41
3.62
Casearia arborea
4
1
1.52
0.88
1.20
3.60
Ilex affinis
2
2
0.76
0.38
2.41
3.55
Machaerium brasiliense
1
1
0.38
1.83
1.20
3.41
Daphnopsis cf. racemosa
3
1
1.14
0.90
1.20
3.24
Aspidosperma discolor
2
1
0.76
1.07
1.20
3.03
Machaerium cf. floridum
1
1
0.38
1.34
1.20
2.93
Marlierea clausseniana
2
1
0.76
0.49
1.20
2.46
Urbanodendron sp.
1
1
0.38
0.81
1.20
2.39
Cinnamomum tomentulosum
2
1
0.76
0.41
1.20
2.38
Indeterminada sp. 28
1
1
0.38
0.71
1.20
2.29
Abarema obovata
2
1
0.76
0.31
1.20
2.27
Myrcia guianensis
1
1
0.38
0.60
1.20
2.19
Byrsonima sp.
1
1
0.38
0.60
1.20
2.18
Blepharocalyx salicifolius
1
1
0.38
0.40
1.20
1.99
Indeterminada sp. 23
1
1
0.38
0.27
1.20
1.86
Heteropterys byrsonimaefolia
1
1
0.38
0.25
1.20
1.83
Indeterminada sp. 25
1
1
0.38
0.23
1.20
1.82
Indeterminada sp. 24
1
1
0.38
0.23
1.20
1.82
Cabralea canjerana
1
1
0.38
0.22
1.20
1.80
Eugenia sonderiana
1
1
0.38
0.22
1.20
1.80
Marlierea obscura
1
1
0.38
0.19
1.20
1.78
Myrcia sp. 1
1
1
0.38
0.13
1.20
1.71
Indeterminada sp. 22
1
1
0.38
0.13
1.20
1.71
Cassia ferruginea
1
1
0.38
0.10
1.20
1.68
Psycotria sp.
1
1
0.38
0.08
1.20
1.66
Aspidosperma leucomelanum
1
1
0.38
0.08
1.20
1.66
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Myrcia amazonica
40.01
100.00
1111.1
0.0044
4.5
14.0
Myrsine coriacea
20.98
100.00
800.0
0.0021
3.0
13.0
Maytenus gonoclada
14.40
100.00
577.8
0.0018
3.0
12.0
Amaioua guianensis
12.08
100.00
488.9
0.0018
3.5
8.0
Bowdichia virgilioides
11.13
100.00
177.8
0.0106
9.0
14.0
Copaifera langsdorfii
11.03
100.00
155.6
0.0125
9.0
17.0
Siphoneugena densiflora
6.81
100.00
133.3
0.0079
5.0
10.0
Roupala montana
7.73
66.67
200.0
0.0050
3.5
12.0
Guatteria sellowiana
5.71
100.00
88.9
0.0110
7.5
15.0
Matayba marginata
5.62
100.00
155.6
0.0044
4.5
15.0
Morta
4.84
100.00
177.8
0.0024
2.0
6.5
Myrcia subverticilaris
4.65
100.00
177.8
0.0021
3.0
6.5
Guatteria villosissima
3.93
100.00
155.6
0.0019
4.5
10.0
Vochysia tucanorum
3.38
100.00
66.7
0.0078
5.0
10.0
Myrcia retorta
4.54
66.67
88.9
0.0079
4.5
11.0
Faramea cyanea
3.03
100.00
111.1
0.0024
2.5
6.0
Licania octandra
2.75
66.67
111.1
0.0018
4.5
7.5
Hyptidendron asperrimum
2.72
66.67
66.7
0.0055
5.0
13.0
Tapirira guianensis
2.81
33.33
22.2
0.0254
15.0
15.0
Vitex sellowiana
1.51
66.67
66.7
0.0013
6.0
9.0
Ilex theezans
2.62
33.33
88.9
0.0029
9.0
10.0
Myrsine sp.
1.21
66.67
44.4
0.0024
6.5
9.0
Casearia arborea
2.40
33.33
88.9
0.0023
5.0
8.0
Ilex affinis
1.14
66.67
44.4
0.0020
5.0
7.5
Machaerium brasiliense
2.21
33.33
22.2
0.0191
14.0
14.0
Daphnopsis cf. racemosa
2.04
33.33
66.7
0.0031
6.5
10.5
Aspidosperma discolor
1.83
33.33
44.4
0.0056
7.0
8.0
Machaerium cf. floridum
1.72
33.33
22.2
0.0140
17.0
17.0
Marlierea clausseniana
1.25
33.33
44.4
0.0026
4.0
5.5
Urbanodendron sp.
1.19
33.33
22.2
0.0085
9.0
9.0
Cinnamomum tomentulosum
1.17
33.33
44.4
0.0022
2.0
9.5
Indeterminada sp. 28
1.09
33.33
22.2
0.0074
14.0
14.0
Abarema obovata
1.07
33.33
44.4
0.0016
4.0
7.5
Myrcia guianensis
0.98
33.33
22.2
0.0063
10.0
10.0
Byrsonima sp.
0.97
33.33
22.2
0.0062
15.0
15.0
Blepharocalyx salicifolius
0.78
33.33
22.2
0.0042
14.0
14.0
Indeterminada sp. 23
0.65
33.33
22.2
0.0029
8.0
8.0
Heteropterys byrsonimaefolia
0.63
33.33
22.2
0.0026
10.0
10.0
Indeterminada sp. 25
0.61
33.33
22.2
0.0024
9.0
9.0
Indeterminada sp. 24
0.61
33.33
22.2
0.0024
8.0
8.0
Cabralea canjerana
0.60
33.33
22.2
0.0023
7.0
7.0
Eugenia sonderiana
0.60
33.33
22.2
0.0023
7.0
7.0
Marlierea obscura
0.57
33.33
22.2
0.0020
7.0
7.0
Myrcia sp. 1
0.51
33.33
22.2
0.0013
4.5
4.5
Indeterminada sp. 22
0.51
33.33
22.2
0.0013
8.0
8.0
Cassia ferruginea
0.48
33.33
22.2
0.0011
5.5
5.5
Psycotria sp.
0.45
33.33
22.2
0.0008
5.0
5.0
Aspidosperma leucomelanum
0.45
33.33
22.2
0.0008
4.0
4.0
101
Espécie
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 41: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8.
Syphocampylus cf. nítidus
Syphoneugena densiflora
Tabela 42: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8.
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
9.8
3.7
13.8
7.2
0.2203
Volume
2.3705
Myrsine coriacea
6.6
3.2
12.3
4.8
0.0768
0.6403
Maytenus gonoclada
6.3
3.2
9.9
4.6
0.0476
0.3750
Amaioua guianensis
5.6
3.2
6.9
4.7
0.0392
0.2263
Bowdichia virgilioides
10.8
6.1
18.1
11.1
0.0848
0.9870
Copaifera langsdorfii
12.7
5.1
16.6
12.0
0.0876
1.1548
0.4340
Siphoneugena densiflora
7.9
4.0
16.3
9.2
0.0475
Roupala montana
6.7
3.7
14.5
7.3
0.0452
0.3962
Guatteria sellowiana
11.4
3.3
15.7
10.9
0.0439
0.5666
Matayba marginata
10.0
4.6
12.3
7.1
0.0310
0.3694
0.0742
Morta
3.9
3.7
8.1
5.3
0.0190
Myrcia subverticilaris
4.3
3.5
7.3
5.0
0.0169
0.0819
Guatteria villosissima
7.1
3.3
6.4
4.8
0.0134
0.1008
0.2003
Vochysia tucanorum
7.8
6.8
11.8
9.8
0.0235
Myrcia retorta
6.4
4.3
13.7
9.4
0.0317
0.2489
Faramea cyanea
4.4
3.2
9.9
4.9
0.0118
0.0625
Licania octandra
6.2
3.2
5.7
4.7
0.0090
0.0593
Hyptidendron asperrimum
9.7
6.8
10.0
8.3
0.0166
0.1700
Tapirira guianensis
15.0
18.0
18.0
18.0
0.0254
0.3809
Vitex sellowiana
7.8
3.3
4.9
4.0
0.0039
0.0322
Ilex theezans
9.3
4.9
7.2
6.0
0.0115
0.1069
Myrsine sp.
7.8
4.9
6.1
5.5
0.0048
0.0383
0.0604
Casearia arborea
6.0
3.3
7.2
5.3
0.0092
Ilex affinis
6.3
4.4
5.6
5.0
0.0040
0.0259
Machaerium brasiliense
14.0
15.6
15.6
15.6
0.0191
0.2676
Daphnopsis cf. racemosa
8.0
4.8
7.6
6.2
0.0094
0.0810
0.0855
Aspidosperma discolor
7.5
7.2
9.6
8.4
0.0112
Machaerium cf. floridum
17.0
13.4
13.4
13.4
0.0140
0.2387
Marlierea clausseniana
4.8
4.1
7.0
5.6
0.0052
0.0264
Urbanodendron sp.
9.0
10.4
10.4
10.4
0.0085
0.0763
Cinnamomum tomentulosum
5.8
3.8
6.4
5.1
0.0043
0.0326
Indeterminada sp. 28
14.0
9.7
9.7
9.7
0.0074
0.1037
Abarema obovata
5.8
3.7
5.3
4.5
0.0032
0.0204
0.0629
Myrcia guianensis
10.0
8.9
8.9
8.9
0.0063
Byrsonima sp.
15.0
8.9
8.9
8.9
0.0062
0.0935
Blepharocalyx salicifolius
14.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0589
Indeterminada sp. 23
8.0
6.1
6.1
6.1
0.0029
0.0230
Heteropterys byrsonimaefolia
10.0
5.7
5.7
5.7
0.0026
0.0258
Indeterminada sp. 25
9.0
5.6
5.6
5.6
0.0024
0.0219
Indeterminada sp. 24
8.0
5.6
5.6
5.6
0.0024
0.0195
0.0161
Cabralea canjerana
7.0
5.4
5.4
5.4
0.0023
Eugenia sonderiana
7.0
5.4
5.4
5.4
0.0023
0.0161
Marlierea obscura
7.0
5.1
5.1
5.1
0.0020
0.0142
Myrcia sp. 1
4.5
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0061
Indeterminada sp. 22
8.0
4.1
4.1
4.1
0.0013
0.0108
0.0058
Cassia ferruginea
5.5
3.7
3.7
3.7
0.0011
Psycotria sp.
5.0
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0040
Aspidosperma leucomelanum
4.0
3.2
3.2
3.2
0.0008
0.0032
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Alt. Me
Myrcia amazonica
103
Espécie
Tabela 43: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 8.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Myrtaceae
75
10
20.83
1666.7
0.0045
100.00
28.41
Fabaceae
20
6
12.50
444.4
0.0105
100.00
7.58
Myrsinaceae
38
2
4.17
844.4
0.0021
100.00
14.39
Rubiaceae
28
3
6.25
622.2
0.0019
100.00
10.61
Celastraceae
26
1
2.08
577.8
0.0018
100.00
9.85
Annonaceae
11
2
4.17
244.4
0.0052
100.00
4.17
Sapindaceae
7
1
2.08
155.6
0.0044
100.00
2.65
Proteaceae
9
1
2.08
200.0
0.0050
66.67
3.41
Morta
8
1
2.08
177.8
0.0024
100.00
3.03
Vochysiaceae
3
1
2.08
66.7
0.0078
100.00
1.14
Indeterminada
7
7
14.58
155.6
0.0036
66.67
2.65
Aquifoliaceae
6
2
4.17
133.3
0.0026
66.67
2.27
Chrysobalanaceae
5
1
2.08
111.1
0.0018
66.67
1.89
Lamiaceae
3
1
2.08
66.7
0.0055
66.67
1.14
Verbenaceae
3
1
2.08
66.7
0.0013
66.67
1.14
Anacardiaceae
1
1
2.08
22.2
0.0254
33.33
0.38
Flacourtiaceae
4
1
2.08
88.9
0.0023
33.33
1.52
Lauraceae
3
2
4.17
66.7
0.0043
33.33
1.14
Apocynaceae
3
2
4.17
66.7
0.0040
33.33
1.14
Thymelaeaceae
3
1
2.08
66.7
0.0031
33.33
1.14
Meliaceae
1
1
2.08
22.2
0.0023
33.33
0.38
104
F l or a
Tabela 44: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 8.
Família
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar.Bas.
Myrtaceae
32.29
6.67
67.37
22.46
60.70
30.35
0.3377
Fabaceae
20.06
6.67
34.30
11.43
27.63
13.82
0.2098
Myrsinaceae
7.80
6.67
28.86
9.62
22.19
11.10
0.0816
Rubiaceae
4.96
6.67
22.23
7.41
15.56
7.78
0.0518
Celastraceae
4.55
6.67
21.07
7.02
14.40
7.20
0.0476
Annonaceae
5.47
6.67
16.30
5.43
9.64
4.82
0.0572
Sapindaceae
2.97
6.67
12.29
4.10
5.62
2.81
0.0310
Proteaceae
4.32
4.44
12.18
4.06
7.73
3.87
0.0452
Morta
1.81
6.67
11.51
3.84
4.84
2.42
0.0190
Vochysiaceae
2.25
6.67
10.05
3.35
3.38
1.69
0.0235
Indeterminada
2.42
4.44
9.52
3.17
5.07
2.54
0.0253
0.0155
Aquifoliaceae
1.48
4.44
8.20
2.73
3.75
1.88
Chrysobalanaceae
0.86
4.44
7.20
2.40
2.75
1.38
0.0090
Lamiaceae
1.58
4.44
7.16
2.39
2.72
1.36
0.0166
Verbenaceae
0.38
4.44
5.96
1.99
1.51
0.76
0.0039
Anacardiaceae
2.43
2.22
5.03
1.68
2.81
1.40
0.0254
Flacourtiaceae
0.88
2.22
4.62
1.54
2.40
1.20
0.0092
Lauraceae
1.22
2.22
4.58
1.53
2.36
1.18
0.0128
Apocynaceae
1.15
2.22
4.50
1.50
2.28
1.14
0.0120
Thymelaeaceae
0.90
2.22
4.26
1.42
2.04
1.02
0.0094
Meliaceae
0.22
2.22
2.82
0.94
0.60
0.30
0.0023
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Morta
41
3
33.61
19.14
6.12
58.87
Myrcia amazonica
9
3
7.38
7.19
6.12
20.69
Hyptidendron asperrimum
6
2
4.92
9.08
4.08
18.08
Copaifera langsdorfii
5
2
4.10
8.48
4.08
16.66
Faramea cyanea
8
3
6.56
1.95
6.12
14.63
Siphoneugena densiflora
6
2
4.92
3.46
4.08
12.46
Astronium graveolens
3
2
2.46
3.28
4.08
9.83
Amaioua guianensis
6
1
4.92
2.80
2.04
9.76
Licaria armeniaca
1
1
0.82
6.15
2.04
9.01
Guatteria sellowiana
1
1
0.82
5.50
2.04
8.37
Casearia arborea
3
2
2.46
1.58
4.08
8.12
Myrcia venulosa
2
2
1.64
2.12
4.08
7.84
Terminalia glabrescens
2
1
1.64
3.05
2.04
6.73
Anadenanthera sp.
1
1
0.82
3.84
2.04
6.71
Aspidosperma parvifolium
2
1
1.64
2.9
2.04
6.58
Matayba sp.
2
2
1.64
0.43
4.08
6.15
Byrsonima sp.
1
1
0.82
3.24
2.04
6.10
Myrsine coriacea
4
1
3.28
0.50
2.04
5.82
Myrcia retorta
1
1
0.82
2.15
2.04
5.01
Indeterminada sp. 29
1
1
0.82
1.96
2.04
4.82
Roupala sp.
1
1
0.82
1.74
2.04
4.60
Psidium rufum
2
1
1.64
0.57
2.04
4.25
Cupania vernalis
1
1
0.82
1.17
2.04
4.03
Symplocos sp.
1
1
0.82
1.16
2.04
4.03
Ocotea laxa
1
1
0.82
1.14
2.04
4.00
Eugenia sonderiana
1
1
0.82
0.73
2.04
3.59
Schefflera vinosa
1
1
0.82
0.73
2.04
3.59
Guatteria villosissima
1
1
0.82
0.68
2.04
3.54
Cupania emarginata
1
1
0.82
0.66
2.04
3.52
Daphnopsis sp.
1
1
0.82
0.50
2.04
3.36
Ocotea nitidula
1
1
0.82
0.46
2.04
3.32
Vochysia tucanorum
1
1
0.82
0.43
2.04
3.29
Myrcia subverticilaris
1
1
0.82
0.39
2.04
3.25
Matayba elaeagnoides
1
1
0.82
0.38
2.04
3.24
Inga cylindrica
1
1
0.82
0.34
2.04
3.20
Siparuna guianensis
1
1
0.82
0.08
2.04
2.94
105
Espécie
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 45: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9.
Tabela 46: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Morta
52.75
100.00
911.1
0.0052
1.4
15.0
Myrcia amazonica
14.57
100.00
200.0
0.0089
3.0
13.5
Hyptidendron asperrimum
14.00
66.67
133.3
0.0169
6.5
12.0
Copaifera langsdorfii
12.58
66.67
111.1
0.0190
11.0
15.0
Faramea cyanea
8.51
100.00
177.8
0.0027
4.0
6.0
Siphoneugena densiflora
8.38
66.67
133.3
0.0065
6.5
11.5
Astronium graveolens
5.74
66.67
66.7
0.0122
11.0
12.0
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Amaioua guianensis
7.72
33.33
133.3
0.0052
5.0
8.0
Licaria armeniaca
6.97
33.33
22.2
0.0688
14.0
14.0
Guatteria sellowiana
6.32
33.33
22.2
0.0616
16.0
16.0
Casearia arborea
4.03
66.67
66.7
0.0059
7.0
11.0
Myrcia venulosa
3.76
66.67
44.4
0.0118
9.0
11.0
Terminalia glabrescens
4.69
33.33
44.4
0.0171
8.0
13.0
Anadenanthera sp.
4.66
33.33
22.2
0.0430
17.0
17.0
Aspidosperma parvifolium
4.54
33.33
44.4
0.0162
4.5
13.0
Matayba sp.
2.07
66.67
44.4
0.0024
6.5
12.0
Byrsonima sp.
4.06
33.33
22.2
0.0363
16.0
16.0
Myrsine coriacea
3.78
33.33
88.9
0.0014
4.5
7.0
Myrcia retorta
2.97
33.33
22.2
0.0241
8.0
8.0
Indeterminada sp. 29
2.78
33.33
22.2
0.0219
15.0
15.0
8.0
Roupala sp.
2.56
33.33
22.2
0.0195
8.0
Psidium rufum
2.21
33.33
44.4
0.0032
4.5
10.0
Cupania vernalis
1.99
33.33
22.2
0.0130
12.0
12.0
Symplocos sp.
1.98
33.33
22.2
0.0130
11.0
11.0
Ocotea laxa
1.96
33.33
22.2
0.0127
13.0
13.0
Eugenia sonderiana
1.55
33.33
22.2
0.0082
9.0
9.0
Schefflera vinosa
1.55
33.33
22.2
0.0082
10.0
10.0
Guatteria villosissima
1.50
33.33
22.2
0.0077
13.0
13.0
Cupania emarginata
1.48
33.33
22.2
0.0074
10.0
10.0
Daphnopsis sp.
1.32
33.33
22.2
0.0056
12.0
12.0
Ocotea nitidula
1.28
33.33
22.2
0.0052
9.0
9.0
Vochysia tucanorum
1.25
33.33
22.2
0.0048
3.5
3.5
Myrcia subverticilaris
1.21
33.33
22.2
0.0044
8.0
8.0
Matayba elaeagnoides
1.20
33.33
22.2
0.0042
6.0
6.0
Inga cylindrica
1.16
33.33
22.2
0.0038
8.0
8.0
Siparuna guianensis
0.90
33.33
22.2
0.0009
6.0
6.0
106
F l or a
Tabela 47: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Morta
5.9
3.2
24.5
6.7
0.2141
1.8042
Myrcia amazonica
9.2
5.9
16.2
10.1
0.0804
0.8617
Hyptidendron asperrimum
8.3
8.4
28.3
12.9
0.1016
1.0585
Copaifera langsdorfii
13.2
8.9
21.6
14.6
0.0949
1.3140
Faramea cyanea
4.8
4.1
8.6
5.7
0.0218
0.1091
Siphoneugena densiflora
8.7
4.1
15.7
8.3
0.0387
0.3258
Astronium graveolens
11.5
9.2
15.1
12.3
0.0367
0.4196
Amaioua guianensis
6.9
3.5
11.0
7.6
0.0314
0.2306
Licaria armeniaca
14.0
29.6
29.6
29.6
0.0688
0.9634
Guatteria sellowiana
16.0
28.0
28.0
28.0
0.0616
0.9852
Casearia arborea
9.0
7.0
11.1
8.4
0.0176
0.1582
Myrcia venulosa
10.0
11.6
12.9
12.3
0.0237
0.2392
Terminalia glabrescens
10.5
10.8
17.8
14.3
0.0342
0.3981
Anadenanthera sp.
17.0
23.4
23.4
23.4
0.0430
0.7311
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
8.8
8.9
18.3
13.6
0.0324
0.3693
Matayba sp.
9.3
4.3
6.5
5.4
0.0048
0.0496
Byrsonima sp.
16.0
21.5
21.5
21.5
0.0363
0.5803
Myrsine coriacea
5.6
3.5
5.7
4.1
0.0056
0.0339
Myrcia retorta
8.0
17.5
17.5
17.5
0.0241
0.1926
Indeterminada sp. 29
15.0
16.7
16.7
16.7
0.0219
0.3290
Roupala sp.
8.0
15.8
15.8
15.8
0.0195
0.1561
Psidium rufum
7.3
3.5
8.3
5.9
0.0063
0.0582
Cupania vernalis
12.0
12.9
12.9
12.9
0.0130
0.1566
Symplocos sp.
11.0
12.9
12.9
12.9
0.0130
0.1433
Ocotea laxa
13.0
12.7
12.7
12.7
0.0127
0.1655
Eugenia sonderiana
9.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.0734
Schefflera vinosa
10.0
10.2
10.2
10.2
0.0082
0.0816
Guatteria villosissima
13.0
9.9
9.9
9.9
0.0077
0.0995
Cupania emarginata
10.0
9.7
9.7
9.7
0.0074
0.0741
Daphnopsis sp.
12.0
8.4
8.4
8.4
0.0056
0.0671
Ocotea nitidula
9.0
8.1
8.1
8.1
0.0052
0.0466
Vochysia tucanorum
3.5
7.8
7.8
7.8
0.0048
0.0167
Myrcia subverticilaris
8.0
7.5
7.5
7.5
0.0044
0.0352
Matayba elaeagnoides
6.0
7.3
7.3
7.3
0.0042
0.0253
Inga cylindrica
8.0
7.0
7.0
7.0
0.0038
0.0308
Siparuna guianensis
6.0
3.3
3.3
3.3
0.0009
0.0053
Tabela 48: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 9.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Morta
41
1
2.78
911.1
0.0052
100.00
33.61
Myrtaceae
22
7
19.44
488.9
0.0084
100.00
18.03
5.74
Fabaceae
7
3
8.33
155.6
0.0202
100.00
Rubiaceae
14
2
5.56
311.1
0.0038
100.00
11.48
Lamiaceae
6
1
2.78
133.3
0.0169
66.67
4.92
Lauraceae
3
3
8.33
66.7
0.0289
66.67
2.46
Sapindaceae
5
4
11.11
111.1
0.0059
100.00
4.10
Anacardiaceae
3
1
2.78
66.7
0.0122
66.67
2.46
Annonaceae
2
2
5.56
44.4
0.0346
33.33
1.64
Flacourtiaceae
3
1
2.78
66.7
0.0059
66.67
2.46
Combretaceae
2
1
2.78
44.4
0.0171
33.33
1.64
Apocynaceae
2
1
2.78
44.4
0.0162
33.33
1.64
Malpighiaceae
1
1
2.78
22.2
0.0363
33.33
0.82
Myrsinaceae
4
1
2.78
88.9
0.0014
33.33
3.28
0.82
Indeterminada
1
1
2.78
22.2
0.0219
33.33
Proteaceae
1
1
2.78
22.2
0.0195
33.33
0.82
Symplocaceae
1
1
2.78
22.2
0.0130
33.33
0.82
Araliaceae
1
1
2.78
22.2
0.0082
33.33
0.82
Thymelaeaceae
1
1
2.78
22.2
0.0056
33.33
0.82
Vochysiaceae
1
1
2.78
22.2
0.0048
33.33
0.82
Monimiaceae
1
1
2.78
22.2
0.0009
33.33
0.82
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Alt. Me
Aspidosperma parvifolium
107
Espécie
Hirtella glandulosa
Mandevilla sp.
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
19.14
8.57
61.32
20.44
52.75
26.37
0.2141
Myrtaceae
16.61
8.57
43.22
14.41
34.64
17.32
0.1858
Fabaceae
12.67
8.57
26.98
8.99
18.41
9.20
0.1417
Rubiaceae
4.75
8.57
24.80
8.27
16.23
8.11
0.0531
Lamiaceae
9.08
5.71
19.72
6.57
14.00
7.00
0.1016
Lauraceae
7.75
5.71
15.93
5.31
10.21
5.11
0.0867
Sapindaceae
2.63
8.57
15.30
5.10
6.73
3.37
0.0295
Anacardiaceae
3.28
5.71
11.46
3.82
5.74
2.87
0.0367
Annonaceae
6.19
2.86
10.69
3.56
7.83
3.91
0.0692
Flacourtiaceae
1.58
5.71
9.75
3.25
4.03
2.02
0.0176
Combretaceae
3.05
2.86
7.55
2.52
4.69
2.35
0.0342
Apocynaceae
2.90
2.86
7.40
2.47
4.54
2.27
0.0324
Malpighiaceae
3.24
2.86
6.92
2.31
4.06
2.03
0.0363
Myrsinaceae
0.50
2.86
6.64
2.21
3.78
1.89
0.0056
Indeterminada
1.96
2.86
5.64
1.88
2.78
1.39
0.0219
Proteaceae
1.74
2.86
5.42
1.81
2.56
1.28
0.0195
Symplocaceae
1.16
2.86
4.84
1.61
1.98
0.99
0.0130
Araliaceae
0.73
2.86
4.41
1.47
1.55
0.77
0.0082
Thymelaeaceae
0.50
2.86
4.18
1.39
1.32
0.66
0.0056
Vochysiaceae
0.43
2.86
4.10
1.37
1.25
0.62
0.0048
Monimiaceae
0.08
2.86
3.76
1.25
0.90
0.45
0.0009
Tabela 50: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Myrcia amazonica
20
3
9.90
16.11
3.80
29.80
Cinnamomum tomentulosum
10
2
4.95
14.98
2.53
22.47
Amaioua guianensis
20
3
9.90
5.96
3.80
19.66
Siphoneugena densiflora
12
2
5.94
8.53
2.53
17.00
Myrsine coriacea
15
3
7.43
4.23
3.80
15.46
Morta
16
3
7.92
2.19
3.80
13.91
Licania octandra
13
2
6.44
2.37
2.53
11.34
Copaifera langsdorfii
7
3
3.47
3.31
3.80
10.57
Clethra scabra
5
2
2.48
5.21
2.53
10.22
Maytenus gonoclada
8
3
3.96
2.44
3.80
10.20
Vochysia tucanorum
5
2
2.48
4.05
2.53
9.06
Guatteria sellowiana
4
2
1.98
3.69
2.53
8.20
Sloanea monosperma
7
3
3.47
0.84
3.80
8.10
Ocotea odorifera
5
2
2.48
2.83
2.53
7.83
Myrcia rufipes
5
2
2.48
1.39
2.53
6.40
Matayba marginata
3
2
1.49
2.07
2.53
6.08
Maytenus sp. 1
3
2
1.49
1.06
2.53
5.08
Myrcia sp. 2
2
2
0.99
1.54
2.53
5.06
Abarema obovata
3
2
1.49
0.73
2.53
4.75
Laplacea tomentosa
1
1
0.50
2.76
1.27
4.52
Fabaceae sp. 1
1
1
0.50
2.66
1.27
4.42
109
Família
Morta
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 49: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 9.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Matayba sp.
2
2
0.99
0.86
2.53
4.38
Myrsine umbellata
2
2
0.99
0.70
2.53
4.22
Daphnopsis cf. racemosa
2
2
0.99
0.52
2.53
4.04
Machaerium sp. 1
2
2
0.99
0.49
2.53
4.01
Casearia arborea
2
2
0.99
0.19
2.53
3.71
Astronium graveolens
1
1
0.50
1.43
1.27
3.19
Styrax pohlii
1
1
0.50
1.36
1.27
3.13
Hyptidendron asperrimum
1
1
0.50
1.20
1.27
2.96
Roupala montana
2
1
0.99
0.45
1.27
2.71
Aspidosperma parvifolium
2
1
0.99
0.27
1.27
2.52
Machaerium brasiliense
1
1
0.50
0.75
1.27
2.51
Lauraceae sp. 1
2
1
0.99
0.20
1.27
2.46
Swartzia pilulifera
2
1
0.99
0.20
1.27
2.45
Machaerium sp. 2
2
1
0.99
0.18
1.27
2.43
Psidium rufum
1
1
0.50
0.33
1.27
2.10
Marlierea clausseniana
1
1
0.50
0.32
1.27
2.08
Indeterminada sp. 28
1
1
0.50
0.26
1.27
2.02
Indeterminada sp. 29
1
1
0.50
0.18
1.27
1.94
Cabralea canjerana
1
1
0.50
0.16
1.27
1.92
Myrcia splendens
1
1
0.50
0.16
1.27
1.92
Guatteria villosissima
1
1
0.50
0.16
1.27
1.92
Ilex sp.
1
1
0.50
0.14
1.27
1.90
Eugenia sonderiana
1
1
0.50
0.13
1.27
1.89
Dalbergia sp.
1
1
0.50
0.13
1.27
1.89
Garcinia gardneriana
1
1
0.50
0.12
1.27
1.88
Matayba mollis
1
1
0.50
0.09
1.27
1.85
Euplassa legalis
1
1
0.50
0.08
1.27
1.84
110
F l o ra
Tabela 51: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Myrcia amazonica
26.01
100.00
444.4
0.0108
4.0
20.0
Cinnamomum tomentulosum
19.93
66.67
222.2
0.0201
4.5
21.0
Amaioua guianensis
15.86
100.00
444.4
0.0040
4.0
22.0
Siphoneugena densiflora
14.47
66.67
266.7
0.0095
8.5
14.0
Myrsine coriacea
11.66
100.00
333.3
0.0038
5.0
13.0
Morta
10.11
100.00
355.6
0.0018
2.0
5.5
Licania octandra
8.80
66.67
288.9
0.0024
4.5
9.0
Copaifera langsdorfii
6.77
100.00
155.6
0.0064
7.5
16.0
Clethra scabra
7.69
66.67
111.1
0.0140
5.0
14.0
Maytenus gonoclada
6.40
100.00
177.8
0.0041
5.0
12.0
Vochysia tucanorum
6.53
66.67
111.1
0.0109
3.5
15.0
Guatteria sellowiana
5.67
66.67
88.9
0.0124
7.5
14.0
Sloanea monosperma
4.30
100.00
155.6
0.0016
3.5
5.0
Ocotea odorifera
5.30
66.67
111.1
0.0076
6.5
13.0
Myrcia rufipes
3.87
66.67
111.1
0.0037
6.0
8.0
Matayba marginata
3.55
66.67
66.7
0.0093
4.5
19.0
Maytenus sp. 1
2.55
66.67
66.7
0.0047
6.0
14.0
Myrcia sp. 2
2.53
66.67
44.4
0.0103
5.5
7.5
Abarema obovata
2.21
66.67
66.7
0.0033
6.5
8.0
Laplacea tomentosa
3.25
33.33
22.2
0.0371
14.0
14.0
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Fabaceae sp. 1
3.15
33.33
22.2
0.0357
11.0
11.0
Matayba sp.
1.85
66.67
44.4
0.0058
6.5
13.0
Myrsine umbellata
1.69
66.67
44.4
0.0047
7.0
7.5
Daphnopsis cf. racemosa
1.51
66.67
44.4
0.0035
5.0
11.0
Machaerium sp. 1
1.48
66.67
44.4
0.0033
4.5
7.5
Casearia arborea
1.18
66.67
44.4
0.0013
6.5
6.5
Astronium graveolens
1.92
33.33
22.2
0.0192
14.0
14.0
Styrax pohlii
1.86
33.33
22.2
0.0183
17.0
17.0
Hyptidendron asperrimum
1.69
33.33
22.2
0.0161
12.0
12.0
Roupala montana
1.44
33.33
44.4
0.0030
6.5
9.0
Aspidosperma parvifolium
1.26
33.33
44.4
0.0018
3.5
4.0
Machaerium brasiliense
1.24
33.33
22.2
0.0100
14.0
14.0
Lauraceae sp. 1
1.19
33.33
44.4
0.0014
3.5
8.0
Swartzia pilulifera
1.19
33.33
44.4
0.0013
5.5
7.0
Machaerium sp. 2
1.17
33.33
44.4
0.0012
3.5
6.5
Psidium rufum
0.83
33.33
22.2
0.0045
4.5
4.5
Marlierea clausseniana
0.81
33.33
22.2
0.0043
7.0
7.0
Indeterminada sp. 28
0.76
33.33
22.2
0.0035
7.0
7.0
Indeterminada sp. 29
0.68
33.33
22.2
0.0024
13.0
13.0
Cabralea canjerana
0.66
33.33
22.2
0.0022
5.0
5.0
Myrcia splendens
0.66
33.33
22.2
0.0022
4.5
4.5
Guatteria villosissima
0.66
33.33
22.2
0.0022
9.5
9.5
Ilex sp.
0.64
33.33
22.2
0.0019
6.5
6.5
Eugenia sonderiana
0.63
33.33
22.2
0.0018
7.0
7.0
Dalbergia sp.
0.63
33.33
22.2
0.0018
5.0
5.0
Garcinia gardneriana
0.61
33.33
22.2
0.0016
7.0
7.0
Matayba mollis
0.58
33.33
22.2
0.0011
6.5
6.5
Euplassa legalis
0.57
33.33
22.2
0.0011
11.5
11.5
Tabela 52: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10.
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Myrcia amazonica
10.8
3.8
19.4
10.8
0.2164
2.8336
Cinnamomum tomentulosum
11.3
0.3
27.2
13.1
0.2014
3.1971
Amaioua guianensis
7.1
1.4
18.9
6.2
0.0801
0.5779
Siphoneugena densiflora
10.7
6.1
17.7
10.6
0.1146
1.2735
Myrsine coriacea
8.4
3.2
14.2
6.2
0.0569
0.5147
Morta
3.5
3.3
7.3
4.7
0.0295
0.0958
Licania octandra
6.9
3.5
8.8
5.3
0.0318
0.2369
Copaifera langsdorfii
10.1
4.6
18.1
7.9
0.0445
0.5838
Clethra scabra
9.5
5.7
20.9
12.4
0.0700
0.7668
Maytenus gonoclada
7.9
3.5
10.8
6.8
0.0328
0.2833
Vochysia tucanorum
6.6
4.1
22.4
9.8
0.0545
0.6637
Guatteria sellowiana
10.0
4.9
22.1
10.6
0.0496
0.6393
Sloanea monosperma
4.2
3.5
5.8
4.5
0.0113
0.0469
Ocotea odorifera
9.4
5.7
13.9
9.3
0.0380
0.3973
Myrcia rufipes
6.6
3.5
10.2
6.6
0.0187
0.1317
Matayba marginata
10.0
4.1
17.8
8.8
0.0278
0.4899
Maytenus sp. 1
9.3
3.7
11.9
6.9
0.0142
0.1780
Myrcia sp. 2
6.5
8.9
13.6
11.2
0.0207
0.1263
Abarema obovata
7.3
5.9
7.3
6.4
0.0098
0.0729
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
IVC
111
Espécie
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Laplacea tomentosa
14.0
21.7
21.7
21.7
0.0371
0.5187
Fabaceae sp. 1
11.0
21.3
21.3
21.3
0.0357
0.3931
Matayba sp.
9.8
3.5
11.6
7.6
0.0116
0.1441
Myrsine umbellata
7.3
7.2
8.3
7.7
0.0094
0.0679
Daphnopsis cf. racemosa
8.0
4.8
8.1
6.4
0.0069
0.0655
Machaerium sp. 1
6.0
6.1
6.8
6.4
0.0065
0.0405
Casearia arborea
6.5
4.0
4.1
4.1
0.0026
0.0168
Astronium graveolens
14.0
15.6
15.6
15.6
0.0192
0.2690
Styrax pohlii
17.0
15.3
15.3
15.3
0.0183
0.3117
Hyptidendron asperrimum
12.0
14.3
14.3
14.3
0.0161
0.1933
Roupala montana
7.8
4.6
7.5
6.1
0.0061
0.0504
Aspidosperma parvifolium
3.8
3.8
5.6
4.7
0.0036
0.0138
Machaerium brasiliense
14.0
11.3
11.3
11.3
0.0100
0.1404
Lauraceae sp. 1
5.8
3.2
4.9
4.1
0.0027
0.0181
Swartzia pilulifera
6.3
3.3
4.8
4.1
0.0027
0.0173
Machaerium sp. 2
5.0
3.2
4.5
3.8
0.0024
0.0129
Psidium rufum
4.5
7.6
7.6
7.6
0.0045
0.0203
Marlierea clausseniana
7.0
7.4
7.4
7.4
0.0043
0.0299
Indeterminada sp. 28
7.0
6.7
6.7
6.7
0.0035
0.0245
Indeterminada sp. 29
13.0
5.6
5.6
5.6
0.0024
0.0317
Cabralea canjerana
5.0
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0108
Myrcia splendens
4.5
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0097
Guatteria villosissima
9.5
5.3
5.3
5.3
0.0022
0.0206
Ilex sp.
6.5
4.9
4.9
4.9
0.0019
0.0124
Eugenia sonderiana
7.0
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0125
Dalbergia sp.
5.0
4.8
4.8
4.8
0.0018
0.0089
Garcinia gardneriana
7.0
4.5
4.5
4.5
0.0016
0.0109
Matayba mollis
6.5
3.8
3.8
3.8
0.0011
0.0074
Euplassa legalis
11.5
3.7
3.7
3.7
0.0011
0.0121
112
F l or a
Tabela 53: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 10.
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Myrtaceae
43
8
16.67
955.6
0.0089
100.00
21.29
Lauraceae
15
2
4.17
333.3
0.0160
100.00
7.43
Fabaceae
19
8
16.67
422.2
0.0060
100.00
9.41
9.90
Rubiaceae
20
1
2.08
444.4
0.0040
100.00
Myrsinaceae
17
2
4.17
377.8
0.0039
100.00
8.42
Morta
16
1
2.08
355.6
0.0018
100.00
7.92
Celastraceae
11
2
4.17
244.4
0.0043
100.00
5.45
Chrysobalanaceae
13
1
2.08
288.9
0.0024
66.67
6.44
Sapindaceae
6
3
6.25
133.3
0.0067
100.00
2.97
Vochysiaceae
7
2
4.17
155.6
0.0082
66.67
3.47
2.48
Clethraceae
5
1
2.08
111.1
0.0140
66.67
Annonaceae
5
2
4.17
111.1
0.0103
66.67
2.48
Elaeocarpaceae
7
1
2.08
155.6
0.0016
100.00
3.47
Thymelaeaceae
2
1
2.08
44.4
0.0035
66.67
0.99
Indeterminada
2
2
4.17
44.4
0.0030
66.67
0.99
Theaceae
1
1
2.08
22.2
0.0371
33.33
0.50
Flacourtiaceae
2
1
2.08
44.4
0.0013
66.67
0.99
Proteaceae
3
2
4.17
66.7
0.0024
33.33
1.49
Anacardiaceae
1
1
2.08
22.2
0.0192
33.33
0.50
Styracaceae
1
1
2.08
22.2
0.0183
33.33
0.50
Lamiaceae
1
1
2.08
22.2
0.0161
33.33
0.50
Apocynaceae
2
1
2.08
44.4
0.0018
33.33
0.99
0.50
Meliaceae
1
1
2.08
22.2
0.0022
33.33
Aquifoliaceae
1
1
2.08
22.2
0.0019
33.33
0.50
Clusiaceae
1
1
2.08
22.2
0.0016
33.33
0.50
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
% IVI
IVC
% IVC
Ar. Bas.
28.51
6.00
55.80
18.60
49.80
24.90
0.3832
Lauraceae
17.81
6.00
31.24
10.41
25.24
12.62
0.2393
Fabaceae
8.44
6.00
23.84
7.95
17.84
8.92
0.1134
Rubiaceae
5.96
6.00
21.86
7.29
15.86
7.93
0.0801
Myrsinaceae
4.93
6.00
19.35
6.45
13.35
6.67
0.0663
Morta
2.19
6.00
16.11
5.37
10.11
5.06
0.0295
Celastraceae
3.50
6.00
14.95
4.98
8.95
4.47
0.0470
Chrysobalanaceae
2.37
4.00
12.80
4.27
8.80
4.40
0.0318
Sapindaceae
3.01
6.00
11.98
3.99
5.98
2.99
0.0405
Vochysiaceae
4.25
4.00
11.72
3.91
7.72
3.86
0.0572
Clethraceae
5.21
4.00
11.69
3.90
7.69
3.84
0.0700
Annonaceae
3.85
4.00
10.33
3.44
6.33
3.16
0.0517
Elaeocarpaceae
0.84
6.00
10.30
3.43
4.30
2.15
0.0113
Thymelaeaceae
0.52
4.00
5.51
1.84
1.51
0.75
0.0069
Indeterminada
0.44
4.00
5.43
1.81
1.43
0.72
0.0059
Theaceae
2.76
2.00
5.25
1.75
3.25
1.63
0.0371
Flacourtiaceae
0.19
4.00
5.18
1.73
1.18
0.59
0.0026
Proteaceae
0.53
2.00
4.02
1.34
2.02
1.01
0.0071
Anacardiaceae
1.43
2.00
3.92
1.31
1.92
0.96
0.0192
Styracaceae
1.36
2.00
3.86
1.29
1.86
0.93
0.0183
Lamiaceae
1.20
2.00
3.69
1.23
1.69
0.85
0.0161
Apocynaceae
0.27
2.00
3.26
1.09
1.26
0.63
0.0036
Meliaceae
0.16
2.00
2.66
0.89
0.66
0.33
0.0022
Aquifoliaceae
0.14
2.00
2.64
0.88
0.64
0.32
0.0019
Clusiaceae
0.12
2.00
2.61
0.87
0.61
0.31
0.0016
Tabela 55: Matriz de similaridade florística entre as 10 áreas estudadas, calculada através do coeficiente
de Jaccard. Os maiores e os menores valores estão assinalados em negrito.
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A2
0.299
A3
0.163
A4
0.220
0.195
0.211
A5
0.233
0.225
0.198
0.250
A6
0.228
0.218
0.221
0.167
0.247
A7
0.212
0.227
0.215
0.195
0.239
0.319
A8
0.245
0.207
0.130
0.203
0.190
0.147
0.179
A9
0.169
0.211
0.156
0.188
0.192
0.237
0.147
0.242
A10
0.319
0.291
0.216
0.195
0.256
0.171
0.200
0.310
A9
0.297
0.250
113
Família
Myrtaceae
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 54: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 10.
Tabela 56: Matriz de similaridade florística entre as 10 áreas estudadas considerando apenas as 10
espécies com maior IVI de cada área, calculada por meio do coeficiente de Jaccard. Os maiores e os
menores valores estão assinalados em negrito.
A1
A2
A2
0.111
A3
0.187
0.187
A4
0.053
0.111
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A9
0.187
A5
0.357
0.187
0.286
0.118
A6
0.267
0.267
0.200
0.187
0.385
A7
0.187
0.187
0.286
0.118
0.385
0.286
A8
0.125
0.125
0.062
0.059
0.133
0.133
0.062
A9
0.200
0.125
0.133
0.125
0.308
0.214
0.214
0.231
A10
0.118
0.187
0.125
0.187
0.286
0.200
0.200
0.308
0.308
114
F l or a
Tabela 57: Listas das espécies que ficaram entre as 10 primeiras com maior IVI nas 10 áreas estudadas.
Os números de 1 a 10 indicam as posições das espécies em cada área.
A1
A2
A3
Ocotea odorifera
1
2
9
1
Morta
2
1
5
5
Myrcia amazonica
3
Amaioua guianensis
4
1
Inga cylindrica
5
3
6
5
Copaifera langsdorffii
7
Casearia arborea
8
Laplacea tomentosa
9
10
2
10
Siphoneugena densiflora
Myrsine coriacea
A4
9
1
4
A5
A6
1
1
7
6
10
4
2
8
8
3
10
4
A7
5
A8
A9
A10
1
6
1
2
1
4
8
3
7
5
4
6
4
8
1
7
7
9
2
4
5
2
2
Myrcia detergens
1
Matayba marginata
7
Cryptocaria cf. saligna
8
Sclerolobium rugosum
9
Astronium graveolens
10
6
10
7
Callisthene major
2
Pseudopiptadenia warmingii
3
Myrcia guianensis
4
Aspidosperma parvifolium
6
Maytenus gonoclada
7
Cupania sp.
8
Eugenia acutata
10
4
3
Inga sp. 2
3
Inga sp. 1
6
Faramea cyanea
7
Myrcia rufipes
8
8
Myrcia hebepetala
3
Croton urucurana
4
Nectandra oppositifolia
5
Eugenia sonderiana
6
Cupania emarginata
7
6
10
A2
A3
A4
9
Tibouchina sp.
10
A5
A6
A7
A8
A9
A10
2
Ocotea laxa
9
Tapirira obtusa
3
Alchornea glandulosa
5
3
Cryptocaria moschata
9
8
Psycotria vellosiana
2
Machaerium sp. 3
6
Aparisthimium cordatum
10
Bowdichia virgillioides
5
Roupala Montana
8
Guatteria sellowiana
9
10
Hyptidendrom asperrimum
3
Licaria armeniaca
9
Licania octandra
7
Clethra scabra
9
Tabela 58: Parâmetros fitossociológicos das espécies da área 1.
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Ocotea odorifera
83
19
5.13
10.23
2.46
17.82
Morta
129
29
7.98
4.88
3.75
16.61
Myrcia amazonica
110
22
6.80
5.37
2.85
15.02
Amaioua guianensis
128
26
7.92
3.01
3.36
14.29
115
A1
Cinnamomum tomentulosum
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Piper umbellatum
F l or a
116
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Inga cylindrica
23
14
1.42
5.71
1.81
8.95
Siphoneugena densiflora
51
18
3.15
2.78
2.33
8.27
Copaifera langsdorfii
32
17
1.98
2.42
2.20
6.60
Casearia arborea
29
14
1.79
2.82
1.81
6.42
Laplacea tomentosa
19
10
1.18
3.95
1.29
6.42
Myrsine coriacea
60
10
3.71
1.09
1.29
6.10
Eugenia sonderiana
32
20
1.98
1.02
2.59
5.59
Faramea cyanea
33
18
2.04
1.12
2.33
5.49
Maytenus gonoclada
43
12
2.66
1.21
1.55
5.42
Aspidosperma parvifolium
21
9
1.30
2.61
1.16
5.08
Cinnamomum tomentulosum
21
10
1.30
2.04
1.29
4.63
Psychotria vellosiana
35
9
2.16
0.85
1.16
4.18
Astronium graveolens
21
11
1.30
1.30
1.42
4.02
Hyptidendron asperrimum
15
10
0.93
1.79
1.29
4.01
Myrcia rufipes
20
10
1.24
1.19
1.29
3.72
Licania octandra
29
11
1.79
0.39
1.42
3.60
Matayba marginata
23
8
1.42
0.93
1.03
3.39
Ocotea laxa
16
10
0.99
1.04
1.29
3.32
Guatteria sellowiana
14
10
0.87
1.11
1.29
3.27
Clethra scabra
13
9
0.80
1.26
1.16
3.22
Alchornea glandulosa
26
6
1.61
0.79
0.78
3.17
Callisthene major
3
2
0.19
2.64
0.26
3.08
Croton urucurana
13
6
0.80
1.35
0.78
2.93
Cryptocaria moschata
14
6
0.87
1.26
0.78
2.91
Roupala montana
15
6
0.93
1.02
0.78
2.72
Myrcia guianensis
17
10
1.05
0.36
1.29
2.71
Marlierea clausseniana
14
10
0.87
0.29
1.29
2.45
Eugenia acutata
13
8
0.80
0.51
1.03
2.35
Vochysia tucanorum
11
8
0.68
0.62
1.03
2.34
Nectandra oppositifolia
8
5
0.49
1.14
0.65
2.29
Bowdichia virgilioides
11
6
0.68
0.79
0.78
2.25
Myrcia detergens
14
4
0.87
0.76
0.52
2.14
Marlierea obscura
12
8
0.74
0.27
1.03
2.05
Cabralea canjerana
10
9
0.62
0.21
1.16
1.99
Matayba sp.
8
8
0.49
0.42
1.03
1.95
Tapirira obtusa
3
3
0.19
1.25
0.39
1.83
Sloanea monosperma
12
7
0.74
0.14
0.91
1.79
Inga sp. 1
6
3
0.37
1.00
0.39
1.76
Myrcia subverticilaris
12
6
0.74
0.24
0.78
1.76
Pseudopiptadenia warmingii
1
1
0.06
1.56
0.13
1.75
Inga sp. 2.
4
3
0.25
1.04
0.39
1.68
Sparattosperma leucanthum
7
6
0.43
0.40
0.78
1.61
Himatanthus lancifolius
9
6
0.56
0.24
0.78
1.57
Guatteria villosissima
10
6
0.62
0.17
0.78
1.56
Myrcia venulosa
6
5
0.37
0.51
0.65
1.53
Aparisthmium cordatum
10
5
0.62
0.22
0.65
1.49
Siparuna guianensis
8
7
0.49
0.07
0.91
1.47
Ilex affinis
6
5
0.37
0.39
0.65
1.41
Psidium rufum
8
6
0.49
0.12
0.78
1.39
Myrcia splendens
6
5
0.37
0.34
0.65
1.36
Machaerium brasiliense
4
4
0.25
0.58
0.52
1.34
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Maytenus sp. 1
6
4
0.37
0.41
0.52
1.30
Matayba elaeagnoides
6
6
0.37
0.14
0.78
1.28
Diospyros ketum
9
4
0.56
0.21
0.52
1.28
Cupania oblongifolia
8
3
0.49
0.34
0.39
1.22
Swartzia pilulifera
7
5
0.43
0.09
0.65
1.17
Myrcia hebepetala
6
3
0.37
0.39
0.39
1.15
Piptocarpha macropoda
4
4
0.25
0.36
0.52
1.12
Ocotea sp. 2
6
4
0.37
0.23
0.52
1.12
Cryptocaria cf. saligna
5
3
0.31
0.42
0.39
1.12
Cupania emarginata
3
3
0.19
0.54
0.39
1.11
Machaerium sp. 3
1
1
0.06
0.90
0.13
1.10
Myrcia retorta
5
3
0.31
0.39
0.39
1.08
Tapirira guianensis
3
3
0.19
0.47
0.39
1.04
Blepharocalyx salicifolius
4
4
0.25
0.26
0.52
1.02
Casearia decandra
3
2
0.19
0.55
0.26
0.99
Abarema obovata
6
4
0.37
0.10
0.52
0.99
Luehea grandiflora
4
4
0.25
0.21
0.52
0.97
Sclerolobium rugosum
1
1
0.06
0.77
0.13
0.96
Miconia inconspicua
6
3
0.37
0.17
0.39
0.93
Schefflera calva
3
3
0.19
0.35
0.39
0.92
Leandra cf. dasytricha
2
2
0.12
0.52
0.26
0.90
Terminalia glabrescens
3
2
0.19
0.46
0.26
0.90
Cupania vernalis
4
4
0.25
0.12
0.52
0.89
Machaerium sp. 2
5
4
0.31
0.06
0.52
0.88
Hieronyma alchorneoides
3
3
0.19
0.30
0.39
0.87
Matayba mollis
4
4
0.25
0.10
0.52
0.87
Euplassa legalis
4
4
0.25
0.07
0.52
0.83
Ocotea sp. 5
5
3
0.31
0.13
0.39
0.83
Daphnopsis cf. racemosa
5
3
0.31
0.11
0.39
0.81
Swartzia myrtifolia
5
3
0.31
0.07
0.39
0.77
Eugenia cf. eurisepala
4
3
0.25
0.13
0.39
0.76
Machaerium villosum
4
3
0.25
0.10
0.39
0.74
Myrciaria glanduliflora
4
3
0.25
0.10
0.39
0.73
Tibouchina sp.
1
1
0.06
0.53
0.13
0.72
Fabaceae sp. 2
1
1
0.06
0.51
0.13
0.70
Tabebuia sp.
4
2
0.25
0.18
0.26
0.69
Indeterminada sp. 27
2
2
0.12
0.29
0.26
0.68
Licaria armeniaca
1
1
0.06
0.48
0.13
0.67
Matayba guianensis
3
3
0.19
0.08
0.39
0.66
Emmotum nitens
2
2
0.12
0.28
0.26
0.66
Annonaceae sp.
2
1
0.12
0.39
0.13
0.65
Asteraceae sp.
5
2
0.31
0.05
0.26
0.62
Miconia chartacea
3
3
0.19
0.02
0.39
0.59
Miconia sp. 2
1
1
0.06
0.40
0.13
0.59
Indeterminada sp. 29
2
2
0.12
0.17
0.26
0.55
Lauraceae sp. 1
4
2
0.25
0.04
0.26
0.55
Roupala sp.
2
2
0.12
0.14
0.26
0.53
Myrcia sp. 2
2
2
0.12
0.14
0.26
0.53
Indeterminada sp. 12
1
1
0.06
0.32
0.13
0.51
Prunus myrtifolia
2
2
0.12
0.13
0.26
0.51
Croton sp.
2
2
0.12
0.13
0.26
0.51
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
No Ind
117
Espécie
F l or a
118
Espécie
No Ind
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Anadenanthera sp.
1
1
0.06
0.30
0.13
0.49
Schefflera longipetiolata
1
1
0.06
0.29
0.13
0.48
Mollinedia cf. triflora
2
2
0.12
0.10
0.26
0.48
Byrsonima sericea
1
1
0.06
0.28
0.13
0.47
Vitex sellowiana
3
2
0.19
0.03
0.26
0.47
Urbanodendron sp.
2
2
0.12
0.08
0.26
0.47
Eriotheca gracilipes
2
2
0.12
0.08
0.26
0.46
Indeterminada sp. 28
2
2
0.12
0.08
0.26
0.46
Ilex theezans
4
1
0.25
0.08
0.13
0.46
Ilex cf. grandis
2
2
0.12
0.07
0.26
0.45
Vitex cf. polygama
2
2
0.12
0.07
0.26
0.45
Ocotea percoriacea
2
2
0.12
0.07
0.26
0.45
Myrsine umbellata
2
2
0.12
0.07
0.26
0.45
Schefflera vinosa
2
2
0.12
0.06
0.26
0.45
Miconia cinnamomifolia
2
2
0.12
0.06
0.26
0.44
Fabaceae sp. 1
1
1
0.06
0.25
0.13
0.44
Miconia sp. 1
1
1
0.06
0.24
0.13
0.43
Machaerium sp. 1
2
2
0.12
0.05
0.26
0.43
Myrsine sp.
2
2
0.12
0.03
0.26
0.42
Indeterminada sp. 5
1
1
0.06
0.22
0.13
0.41
Psycotria sp.
2
2
0.12
0.03
0.26
0.41
Cassia ferruginea
2
2
0.12
0.02
0.26
0.40
Ocotea tenuiflora
2
2
0.12
0.01
0.26
0.40
Indeterminada sp. 3
1
1
0.06
0.16
0.13
0.35
Aspidosperma discolor
2
1
0.12
0.08
0.13
0.33
Indeterminada sp. 21
1
1
0.06
0.13
0.13
0.32
Simarouba versicolor
1
1
0.06
0.13
0.13
0.32
Styrax pohlii
1
1
0.06
0.13
0.13
0.32
Mollinedia sp.
2
1
0.12
0.06
0.13
0.31
Pimenta pseudocaryophyllus
1
1
0.06
0.10
0.13
0.29
Machaerium cf. floridum
1
1
0.06
0.10
0.13
0.29
Symplocos sp.
1
1
0.06
0.09
0.13
0.28
Vismia brasiliensis
2
1
0.12
0.03
0.13
0.28
Indeterminada sp. 13
1
1
0.06
0.09
0.13
0.28
Kielmeyera altissima
2
1
0.12
0.02
0.13
0.28
Hymenolobium janeirense
2
1
0.12
0.02
0.13
0.27
Ocotea sp. 1
2
1
0.12
0.02
0.13
0.27
Ocotea sp. 4
1
1
0.06
0.08
0.13
0.27
Sloanea cf. lasiocoma
1
1
0.06
0.08
0.13
0.27
Psychotria pleiocephala
2
1
0.12
0.01
0.13
0.27
Piptocarpha axillaris
1
1
0.06
0.07
0.13
0.26
Indeterminada sp. 9
1
1
0.06
0.07
0.13
0.26
Indeterminada sp. 6
1
1
0.06
0.07
0.13
0.26
Aspidosperma olivaceum
1
1
0.06
0.06
0.13
0.25
Indeterminada sp. 19
1
1
0.06
0.06
0.13
0.25
Licania kunthiana
1
1
0.06
0.05
0.13
0.24
Cecropia glazioui
1
1
0.06
0.05
0.13
0.24
Indeterminada sp. 17
1
1
0.06
0.05
0.13
0.24
Marlierea parviflora
1
1
0.06
0.05
0.13
0.24
Indeterminada sp. 4
1
1
0.06
0.04
0.13
0.23
Cordiera sessilis
1
1
0.06
0.04
0.13
0.23
No Amo
Dens. Re
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
Daphnopsis sp.
1
1
0.06
0.04
0.13
0.23
Ocotea nitidula
1
1
0.06
0.04
0.13
0.23
Pithecolobium incuriale
1
1
0.06
0.03
0.13
0.23
Miconia sp. 3
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Maprounea brasiliensis
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Eugenia sp.
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Indeterminada sp. 20
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Calyptranthes clusiaefolia
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Daphnopsis fasciculata
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Indeterminada sp. 16
1
1
0.06
0.03
0.13
0.22
Ixora cf. venulosa
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Ocotea cf. nutans
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Dalbergia nigra
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Roupala cf. ferruginea
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 23
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 10
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Salacia elliptica
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 26
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Protium heptaphyllum
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Toulicia subsquamulata
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 25
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 24
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Nectandra megapotamica
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Ilex cerasiifolia
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Indeterminada sp. 7
1
1
0.06
0.02
0.13
0.21
Ilex sp.
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Dalbergia sp.
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Sclerolobium paniculatum
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 18
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Garcinia gardneriana
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Ilex cf. psammophila
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Toulicia sp.
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 15
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 1
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 22
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Carpotroche brasiliensis
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Myrcia sp. 1
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Eugenia involucrata
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Ocotea sp. 3
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 11
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Miconia doriana
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Apuleia leiocarpa
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 14
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Myrciaria floribunda
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 2
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Endlicheria paniculata
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Cupania sp.
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Licania cf. hoehnei
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Aspidosperma leucomelanum
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Indeterminada sp. 8
1
1
0.06
0.01
0.13
0.20
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
No Ind
119
Espécie
120
F l o ra
Tabela 59: Parâmetros fitossociológicos das espécies.
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Ocotea odorifera
15.37
63.33
184.4
0.1754
1.0
Alt. Ma
22.0
Morta
12.86
96.67
286.7
0.0539
1.4
16.0
Myrcia amazonica
12.17
73.33
244.4
0.0695
3.0
20.0
Amaioua guianensis
10.93
86.67
284.4
0.0335
1.5
22.0
Inga cylindrica
7.14
46.67
51.1
0.3535
4.5
24.0
Siphoneugena densiflora
5.94
60.00
113.3
0.0777
4.5
15.0
Copaifera langsdorfii
4.40
56.67
71.1
0.1076
4.0
18.0
Casearia arborea
4.61
46.67
64.4
0.1382
4.0
18.0
Laplacea tomentosa
5.12
33.33
42.2
0.2957
4.0
22.0
Myrsine coriacea
4.80
33.33
133.3
0.0259
3.0
13.0
13.0
Eugenia sonderiana
3.00
66.67
71.1
0.0456
4.0
Faramea cyanea
3.17
60.00
73.3
0.0485
2.5
9.0
Maytenus gonoclada
3.87
40.00
95.6
0.0401
3.0
14.0
Aspidosperma parvifolium
3.91
30.00
46.7
0.1771
2.0
22.0
Cinnamomum tomentulosum
3.34
33.33
46.7
0.1383
2.0
21.0
Psychotria vellosiana
3.02
30.00
77.8
0.0347
3.0
17.0
Astronium graveolens
2.60
36.67
46.7
0.0882
2.5
27.0
Hyptidendron asperrimum
2.72
33.33
33.3
0.1697
5.0
18.0
Myrcia rufipes
2.42
33.33
44.4
0.0844
5.0
17.0
Licania octandra
2.18
36.67
64.4
0.0190
4.0
9.0
Matayba marginata
2.35
26.67
51.1
0.0576
4.5
19.0
Ocotea laxa
2.03
33.33
35.6
0.0926
4.5
23.0
Guatteria sellowiana
1.97
33.33
31.1
0.1127
4.5
16.0
Clethra scabra
2.06
30.00
28.9
0.1374
5.0
14.0
Alchornea glandulosa
2.39
20.00
57.8
0.0430
4.0
15.0
Callisthene major
2.82
6.67
6.7
1.2503
10.0
20.0
23.0
Croton urucurana
2.16
20.00
28.9
0.1482
6.5
Cryptocaria moschata
2.13
20.00
31.1
0.1285
4.0
18.0
Roupala montana
1.94
20.00
33.3
0.0964
3.5
13.0
Myrcia guianensis
1.41
33.33
37.8
0.0304
4.0
10.0
Marlierea clausseniana
1.16
33.33
31.1
0.0298
4.0
13.0
Eugenia acutata
1.32
26.67
28.9
0.0562
3.5
10.0
Vochysia tucanorum
1.30
26.67
24.4
0.0802
3.5
15.0
Nectandra oppositifolia
1.64
16.67
17.8
0.2035
8.0
22.0
Bowdichia virgilioides
1.47
20.00
24.4
0.1026
3.0
14.0
13.0
Myrcia detergens
1.62
13.33
31.1
0.0770
6.5
Marlierea obscura
1.01
26.67
26.7
0.0323
5.0
12.0
Cabralea canjerana
0.83
30.00
22.2
0.0295
1.5
9.0
Matayba sp.
0.91
26.67
17.8
0.0743
4.0
15.0
Tapirira obtusa
1.44
10.00
6.7
0.5950
16.0
23.0
Sloanea monosperma
0.88
23.33
26.7
0.0168
3.5
7.5
Inga sp. 1
1.37
10.00
13.3
0.2378
9.0
20.0
Myrcia subverticilaris
0.98
20.00
26.7
0.0283
3.0
8.0
Pseudopiptadenia warmingii
1.62
3.33
2.2
2.2167
22.0
22.0
Inga sp. 2
1.29
10.00
8.9
0.3707
15.0
20.0
Sparattosperma leucanthum
0.83
20.00
15.6
0.0810
7.0
121.0
Himatanthus lancifolius
0.80
20.00
20.0
0.0378
4.0
12.0
Guatteria villosissima
0.79
20.00
22.2
0.0239
4.5
13.0
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
0.88
16.67
13.3
0.1207
2.5
Alt. Ma
12.0
Aparisthmium cordatum
0.84
16.67
22.2
0.0315
4.0
11.0
Siparuna guianensis
0.56
23.33
17.8
0.0121
4.0
6.0
Ilex affinis
0.76
16.67
13.3
0.0928
5.0
12.0
Psidium rufum
0.62
20.00
17.8
0.0215
2.5
10.0
Myrcia splendens
0.71
16.67
13.3
0.0809
2.5
22.0
Machaerium brasiliense
0.83
13.33
8.9
0.2060
14.0
17.0
Maytenus sp. 1
0.78
13.33
13.3
0.0975
6.0
14.0
Matayba elaeagnoides
0.51
20.00
13.3
0.0326
5.0
11.0
Diospyros ketum
0.77
13.33
20.0
0.0332
5.5
9.0
Cupania oblongifolia
0.83
10.00
17.8
0.0599
4.0
13.0
Swartzia pilulifera
0.52
16.67
15.6
0.0183
5.0
7.0
Myrcia hebepetala
0.76
10.00
13.3
0.0929
4.0
9.5
Piptocarpha macropoda
0.61
13.33
8.9
0.1277
12.0
14.0
Ocotea sp. 2
0.60
13.33
13.3
0.0552
7.0
12.0
Cryptocaria cf. saligna
0.73
10.00
11.1
0.1190
6.0
16.0
Cupania emarginata
0.72
10.00
6.7
0.2557
7.0
18.0
Machaerium sp. 3
0.97
3.33
2.2
1.2868
22.0
22.0
Myrcia retorta
0.70
10.00
11.1
0.1100
4.5
11.0
Tapirira guianensis
0.66
10.00
6.7
0.2230
8.5
15.0
Blepharocalyx salicifolius
0.51
13.33
8.9
0.0921
4.0
14.0
Casearia decandra
0.73
6.67
6.7
0.2594
8.0
18.0
Abarema obovata
0.47
13.33
13.3
0.0240
4.0
8.0
Luehea grandiflora
0.46
13.33
8.9
0.0745
4.5
13.0
Sclerolobium rugosum
0.83
3.33
2.2
1.0936
15.0
15.0
Miconia inconspicua
0.54
10.00
13.3
0.0409
5.5
7.5
13.0
Schefflera calva
0.53
10.00
6.7
0.1650
10.0
Leandra cf. dasytricha
0.65
6.67
4.4
0.3711
10.0
18.0
Terminalia glabrescens
0.65
6.67
6.7
0.2179
8.0
21.0
Cupania vernalis
0.37
13.33
8.9
0.0434
6.0
12.0
Machaerium sp. 2
0.37
13.33
11.1
0.0164
2.5
6.5
Hieronyma alchorneoides
0.48
10.00
6.7
0.1417
6.0
15.0
Matayba mollis
0.35
13.33
8.9
0.0371
6.5
14.0
Euplassa legalis
0.32
13.33
8.9
0.0242
4.5
11.5
Ocotea sp. 5
0.44
10.00
11.1
0.0369
5.5
7.0
Daphnopsis cf. racemosa
0.42
10.00
11.1
0.0322
5.0
11.0
Swartzia myrtifolia
0.38
10.00
11.1
0.0193
5.5
7.0
Eugenia cf. eurisepala
0.37
10.00
8.9
0.0447
4.0
10.0
Machaerium villosum
0.35
10.00
8.9
0.0367
4.0
8.5
Myrciaria glanduliflora
0.34
10.00
8.9
0.0341
4.0
8.0
Tibouchina sp.
0.59
3.33
2.2
0.7555
16.0
16.0
Fabaceae sp. 2
0.57
3.33
2.2
0.7238
18.0
18.0
16.0
Tabebuia sp.
0.43
6.67
8.9
0.0658
4.0
Indeterminada sp. 27
0.42
6.67
4.4
0.2097
15.0
16.0
Licaria armeniaca
0.54
3.33
2.2
0.6793
14.0
14.0
Matayba guianensis
0.27
10.00
6.7
0.0403
8.0
9.0
Emmotum nitens
0.40
6.67
4.4
0.1962
10.5
20.0
Annonaceae sp.
0.52
3.33
4.4
0.2804
14.0
15.0
Asteraceae sp.
0.36
6.67
11.1
0.0146
5.0
8.0
Miconia chartacea
0.21
10.00
6.7
0.0096
4.0
6.5
Miconia sp. 2
0.46
3.33
2.2
0.5675
17.0
17.0
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
IVC
Myrcia venulosa
121
Espécie
Faramea cyanea
Eremanthus sp.
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
0.29
6.67
4.4
0.1203
13.0
15.0
Lauraceae sp. 1
0.29
6.67
8.9
0.0139
3.5
8.0
Roupala sp.
0.27
6.67
4.4
0.1029
4.5
8.0
7.5
Myrcia sp. 2
0.27
6.67
4.4
0.1021
5.5
Indeterminada sp. 12
0.38
3.33
2.2
0.4596
25.0
25.0
Prunus myrtifolia
0.25
6.67
4.4
0.0925
10.0
12.0
Croton sp.
0.25
6.67
4.4
0.0920
11.0
14.0
Anadenanthera sp.
0.36
3.33
2.2
0.4243
17.0
17.0
Schefflera longipetiolata
0.35
3.33
2.2
0.4128
14.0
14.0
Mollinedia cf. triflora
0.22
6.67
4.4
0.0696
9.0
14.0
Byrsonima sericea
0.34
3.33
2.2
0.4015
16.0
16.0
Vitex sellowiana
0.21
6.67
6.7
0.0129
6.0
9.0
Urbanodendron sp.
0.21
6.67
4.4
0.0592
8.0
9.0
Eriotheca gracilipes
0.20
6.67
4.4
0.0578
5.0
8.0
Indeterminada sp. 28
0.20
6.67
4.4
0.0538
7.0
14.0
Ilex theezans
0.33
3.33
8.9
0.0285
9.0
10.0
Ilex cf. grandis
0.19
6.67
4.4
0.0505
7.5
9.0
Vitex cf. polygama
0.19
6.67
4.4
0.0484
7.5
13.0
Ocotea percoriacea
0.19
6.67
4.4
0.0472
8.0
10.0
Myrsine umbellata
0.19
6.67
4.4
0.0464
7.0
7.5
Schefflera vinosa
0.19
6.67
4.4
0.0445
4.0
10.0
Miconia cinnamomifolia
0.18
6.67
4.4
0.0415
5.5
12.0
Fabaceae sp. 1
0.31
3.33
2.2
0.3526
11.0
11.0
Miconia sp. 1
0.30
3.33
2.2
0.3421
17.0
17.0
Machaerium sp. 1
0.17
6.67
4.4
0.0323
4.5
7.5
Myrsine sp.
0.16
6.67
4.4
0.0236
6.5
9.0
Indeterminada sp. 5
0.28
3.33
2.2
0.3117
24.0
24.0
Psycotria sp.
0.15
6.67
4.4
0.0181
5.0
8.0
Cassia ferruginea
0.14
6.67
4.4
0.0140
4.5
5.5
Ocotea tenuiflora
0.14
6.67
4.4
0.0099
4.5
5.0
Indeterminada sp. 3
0.22
3.33
2.2
0.2248
12.0
12.0
Aspidosperma discolor
0.20
3.33
4.4
0.0552
7.0
8.0
Indeterminada sp. 21
0.19
3.33
2.2
0.1886
27.0
27.0
Simarouba versicolor
0.19
3.33
2.2
0.1817
8.5
8.5
Styrax pohlii
0.19
3.33
2.2
0.1810
17.0
17.0
10.0
Mollinedia sp.
0.18
3.33
4.4
0.0426
10.0
Pimenta pseudocaryophyllus
0.16
3.33
2.2
0.1426
13.0
13.0
Machaerium cf. floridum
0.16
3.33
2.2
0.1385
17.0
17.0
Symplocos sp.
0.15
3.33
2.2
0.1286
11.0
11.0
Vismia brasiliensis
0.15
3.33
4.4
0.0180
4.0
5.5
Indeterminada sp. 13
0.15
3.33
2.2
0.1219
13.0
13.0
Kielmeyera altissima
0.15
3.33
4.4
0.0163
5.0
7.0
Hymenolobium janeirense
0.14
3.33
4.4
0.0118
4.5
5.0
Ocotea sp. 1
0.14
3.33
4.4
0.0114
5.0
7.0
Ocotea sp. 4
0.14
3.33
2.2
0.1104
19.0
19.0
Sloanea cf. lasiocoma
0.14
3.33
2.2
0.1075
14.0
14.0
Psychotria pleiocephala
0.14
3.33
4.4
0.0087
4.0
4.0
Piptocarpha axillaris
0.14
3.33
2.2
0.1046
12.0
12.0
Indeterminada sp. 9
0.13
3.33
2.2
0.0969
7.0
7.0
Indeterminada sp. 6
0.13
3.33
2.2
0.0935
15.0
15.0
Aspidosperma olivaceum
0.12
3.33
2.2
0.0855
12.0
12.0
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
IVC
Indeterminada sp. 29
123
Espécie
124
F l or a
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Indeterminada sp. 19
0.12
3.33
2.2
0.0804
12.0
12.0
Licania kunthiana
0.11
3.33
2.2
0.0755
12.0
12.0
Cecropia glazioui
0.11
3.33
2.2
0.0731
12.0
12.0
Indeterminada sp. 17
0.11
3.33
2.2
0.0683
9.0
9.0
Marlierea parviflora
0.11
3.33
2.2
0.0673
15.0
15.0
Indeterminada sp. 4
0.10
3.33
2.2
0.0594
9.0
9.0
Cordiera sessilis
0.10
3.33
2.2
0.0573
10.0
10.0
Daphnopsis sp.
0.10
3.33
2.2
0.0552
12.0
12.0
Ocotea nitidula
0.10
3.33
2.2
0.0511
9.0
9.0
Pithecolobium incuriale
0.10
3.33
2.2
0.0491
7.0
7.0
7.0
Miconia sp. 3
0.10
3.33
2.2
0.0481
7.0
Maprounea brasiliensis
0.09
3.33
2.2
0.0452
8.0
8.0
Eugenia sp.
0.09
3.33
2.2
0.0434
9.0
9.0
Indeterminada sp. 20
0.09
3.33
2.2
0.0434
13.0
13.0
Calyptranthes clusiaefolia
0.09
3.33
2.2
0.0367
7.0
7.0
Daphnopsis fasciculata
0.09
3.33
2.2
0.0363
8.0
8.0
Indeterminada sp. 16
0.09
3.33
2.2
0.0363
9.0
9.0
Ixora cf. venulosa
0.09
3.33
2.2
0.0330
5.5
5.5
Ocotea cf. nutans
0.09
3.33
2.2
0.0330
8.0
8.0
Dalbergia nigra
0.09
3.33
2.2
0.0330
8.0
8.0
Roupala cf. ferruginea
0.08
3.33
2.2
0.0284
5.0
5.0
Indeterminada sp. 23
0.08
3.33
2.2
0.0284
8.0
8.0
Indeterminada sp. 10
0.08
3.33
2.2
0.0284
7.5
7.5
Salacia elliptica
0.08
3.33
2.2
0.0269
6.5
6.5
Indeterminada sp. 26
0.08
3.33
2.2
0.0254
10.0
10.0
Protium heptaphyllum
0.08
3.33
2.2
0.0254
7.0
7.0
Toulicia subsquamulata
0.08
3.33
2.2
0.0241
5.0
5.0
Indeterminada sp. 25
0.08
3.33
2.2
0.0241
9.0
9.0
Indeterminada sp. 24
0.08
3.33
2.2
0.0241
8.0
8.0
Nectandra megapotamica
0.08
3.33
2.2
0.0227
9.0
9.0
Ilex cerasiifolia
0.08
3.33
2.2
0.0214
6.5
6.5
Indeterminada sp. 7
0.08
3.33
2.2
0.0214
7.5
7.5
Ilex sp.
0.08
3.33
2.2
0.0189
6.5
6.5
Dalbergia sp.
0.07
3.33
2.2
0.0177
5.0
5.0
Sclerolobium paniculatum
0.07
3.33
2.2
0.0165
7.0
7.0
Indeterminada sp. 18
0.07
3.33
2.2
0.0165
3.5
3.5
Garcinia gardneriana
0.07
3.33
2.2
0.0154
7.0
7.0
Ilex cf. psammophila
0.07
3.33
2.2
0.0154
7.0
7.0
Toulicia sp.
0.07
3.33
2.2
0.0143
6.0
6.0
Indeterminada sp. 15
0.07
3.33
2.2
0.0143
7.0
7.0
Indeterminada sp. 1
0.07
3.33
2.2
0.0143
4.0
4.0
Indeterminada sp. 22
0.07
3.33
2.2
0.0133
8.0
8.0
4.0
Carpotroche brasiliensis
0.07
3.33
2.2
0.0133
4.0
Myrcia sp. 1
0.07
3.33
2.2
0.0133
4.5
4.5
Eugenia involucrata
0.07
3.33
2.2
0.0123
7.0
7.0
Ocotea sp. 3
0.07
3.33
2.2
0.0123
5.0
5.0
Indeterminada sp. 11
0.07
3.33
2.2
0.0113
4.0
4.0
Miconia doriana
0.07
3.33
2.2
0.0113
4.0
4.0
Apuleia leiocarpa
0.07
3.3
2.2
0.0104
5.5
5.5
Indeterminada sp. 14
0.07
3.33
2.2
0.0104
5.0
5.0
Espécie
IVC
Freq. Ab
Dens. Ab
Dom. Med.
Alt. Mi
Alt. Ma
Myrciaria floribunda
0.07
3.33
2.2
0.0095
5.5
5.5
Indeterminada sp. 2
0.07
3.33
2.2
0.0095
6.5
6.5
Endlicheria paniculata
0.07
3.33
2.2
0.0087
4.0
4.0
Cupania sp.
0.07
3.33
2.2
0.0087
3.5
3.5
Licania cf. hoehnei
0.07
3.33
2.2
0.0079
4.5
4.5
Aspidosperma leucomelanum
0.07
3.33
2.2
0.0079
4.0
4.0
Indeterminada sp. 8
0.07
3.33
2.2
0.0079
5.0
5.0
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Ocotea odorifera
10.5
10.0
141.1
37.4
14.5605
240.9531
Morta
5.1
10.0
87.0
21.8
6.9484
54.0739
Myrcia amazonica
10.1
10.5
63.6
26.8
7.6418
93.4676
Amaioua guianensis
6.0
4.5
59.3
18.7
4.2858
30.0516
Inga cylindrica
15.3
14.0
119.0
61.5
8.1302
146.8207
Siphoneugena densiflora
9.5
11.0
73.1
28.8
3.9613
41.7566
Copaifera langsdorfii
11.3
10.0
68.0
33.5
3.4433
45.4767
Casearia arborea
8.6
2.5
176.8
27.4
4.0076
36.7640
Laplacea tomentosa
13.2
14.5
116.7
54.5
5.6187
91.3271
Myrsine coriacea
7.0
10.0
44.6
16.5
1.5566
13.0279
Eugenia sonderiana
8.1
10.5
46.5
21.8
1.4581
13.9579
Faramea cyanea
5.3
10.0
73.7
21.8
1.6002
10.7182
Maytenus gonoclada
7.1
10.0
61.5
19.4
1.7238
16.6674
Aspidosperma parvifolium
8.0
11.0
109.4
37.0
3.7200
55.1246
Cinnamomum tomentulosum
10.1
1.0
85.5
35.2
2.9039
42.7324
Psychotria vellosiana
5.8
10.0
66.6
18.4
1.2145
11.4274
Astronium graveolens
10.8
10.5
74.0
29.3
1.8525
27.7173
Hyptidendron asperrimum
10.2
14.5
89.0
40.7
2.5452
32.8559
Myrcia rufipes
8.6
11.0
75.8
28.4
1.6887
16.8178
Licania octandra
6.1
10.0
27.5
14.9
0.5521
3.7461
Matayba marginata
10.1
13.0
56.0
25.0
1.3251
16.8297
Ocotea laxa
11.1
10.5
64.5
29.2
1.4817
21.9717
Guatteria sellowiana
9.4
10.0
88.0
29.5
1.5772
21.9056
Clethra scabra
10.7
15.0
65.5
38.9
1.7859
21.2393
Alchornea glandulosa
7.9
10.5
62.0
20.4
1.1187
11.4031
Callisthene major
13.3
27.0
199.9
103.6
3.7508
68.9022
Croton urucurana
14.7
16.0
88.0
37.9
1.9271
36.8301
Cryptocaria moschata
10.3
12.5
103.8
32.8
1.7994
26.4193
Roupala montana
7.6
11.5
85.7
29.1
1.4454
15.5447
Myrcia guianensis
6.1
10.5
32.5
18.4
0.5164
3.6999
Marlierea clausseniana
5.8
10.5
37.0
18.2
0.4168
3.1753
Eugenia acutata
6.8
12.9
43.0
25.0
0.7303
5.5814
Vochysia tucanorum
6.7
13.0
70.5
28.3
0.8827
9.1294
Nectandra oppositifolia
14.1
16.5
99.3
42.5
1.6283
31.4629
Bowdichia virgilioides
10.1
15.0
57.0
34.1
1.1288
12.9029
Myrcia detergens
9.3
11.5
65.7
27.9
1.0783
12.0523
Marlierea obscura
7.0
11.0
37.5
18.6
0.3874
2.9223
Cabralea canjerana
5.6
9.5
43.5
16.9
0.2954
2.1380
125
Espécie
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 60: Parâmetros fitossociológicos das espécies.
F l or a
126
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Matayba sp.
10.4
11.0
56.0
27.4
0.5941
7.5111
Tapirira obtusa
20.0
56.5
119.8
82.8
1.7849
37.0434
Sloanea monosperma
4.7
10.5
18.2
14.4
0.2019
0.9920
Inga sp. 1
15.0
22.0
88.0
47.6
1.4265
26.8387
Myrcia subverticilaris
4.7
11.0
30.5
18.0
0.3396
1.8323
Pseudopiptadenia warmingii
22.0
168.0
168.0
168.0
2.2167
48.7676
Inga sp. 2
17.3
31.0
82.0
65.5
1.4827
26.5207
Sparattosperma leucanthum
26.6
14.0
41.0
30.7
0.5671
21.0868
Himatanthus lancifolius
7.7
10.0
37.5
20.3
0.3403
3.1270
Guatteria villosissima
8.0
10.5
31.0
16.5
0.2391
2.2514
Myrcia venulosa
8.7
11.0
54.7
35.7
0.7244
7.2522
Aparisthmium cordatum
6.9
11.0
43.3
17.6
0.3148
2.8888
Siparuna guianensis
5.2
10.0
17.0
12.2
0.0971
0.5023
Ilex affinis
7.0
11.5
75.6
25.9
0.5569
6.0823
Psidium rufum
5.0
10.0
26.0
15.4
0.1721
1.0598
Myrcia splendens
7.7
10.5
69.0
24.9
0.4852
8.8811
Machaerium brasiliense
15.0
35.5
63.0
50.3
0.8241
12.6971
Maytenus sp. 1
8.8
11.5
63.3
31.0
0.5851
5.6007
Matayba elaeagnoides
7.2
10.5
34.0
18.8
0.1959
1.6686
Diospyros ketum
7.3
14.0
29.0
19.9
0.2987
2.3152
Cupania oblongifolia
9.3
10.5
38.0
25.9
0.4793
4.9529
Swartzia pilulifera
6.0
10.5
22.0
14.8
0.1278
0.7561
Myrcia hebepetala
6.8
12.0
56.0
29.7
0.5575
4.6423
Piptocarpha macropoda
12.8
25.5
56.0
38.4
0.5110
6.6862
Ocotea sp. 2
9.7
13.5
40.0
24.8
0.3312
3.6384
Cryptocaria cf. saligna
10.3
10.0
51.0
35.0
0.5950
7.3193
Cupania emarginata
11.7
12.0
93.2
45.2
0.7672
13.1002
Machaerium sp. 3
22.0
128.0
128.0
128.0
1.2868
28.3095
Myrcia retorta
6.7
13.5
55.0
34.5
0.5500
4.3561
Tapirira guianensis
12.8
27.0
67.8
50.4
0.6691
9.6646
Blepharocalyx salicifolius
9.5
10.0
59.0
29.0
0.3684
3.5746
Casearia decandra
12.3
18.0
95.5
45.0
0.7781
13.4964
Abarema obovata
6.5
11.5
23.0
17.1
0.1439
1.0063
Luehea grandiflora
7.9
16.0
51.0
27.4
0.2982
3.3051
Sclerolobium rugosum
15.0
118.0
118.0
118.0
1.0936
16.4038
Miconia inconspicua
6.2
13.0
29.2
21.9
0.2453
1.5366
Schefflera calva
11.7
23.0
63.0
42.8
0.4951
5.6994
Leandra cf. dasytricha
14.0
35.5
90.5
63.0
0.7422
12.5685
Terminalia glabrescens
14.0
34.0
63.5
51.2
0.6538
10.5788
Cupania vernalis
8.0
12.5
40.5
20.4
0.1735
1.8462
Machaerium sp. 2
4.0
10.0
20.9
14.0
0.0821
0.3144
Hieronyma alchorneoides
9.8
19.0
51.7
39.8
0.4250
4.7573
Matayba mollis
8.8
12.0
26.6
21.0
0.1483
1.3246
Euplassa legalis
8.1
11.5
28.5
16.0
0.0968
0.9335
Ocotea sp. 5
6.1
10.5
30.0
20.2
0.1846
1.1987
Daphnopsis cf. racemosa
8.0
15.0
25.4
19.8
0.1611
1.4447
Swartzia myrtifolia
6.4
13.0
18.0
15.6
0.0966
0.6169
Eugenia cf. eurisepala
7.4
10.0
37.5
21.0
0.1789
1.6964
Machaerium villosum
6.3
14.0
31.9
20.5
0.1468
1.0639
Myrciaria glanduliflora
6.9
14.0
31.0
19.8
0.1363
1.0172
Tibouchina sp.
16.0
98.1
98.1
98.1
0.7555
12.0885
Fabaceae sp. 2
18.0
96.0
96.0
96.0
0.7238
13.0288
Tabebuia sp.
9.5
16.0
41.0
27.3
0.2631
3.1097
Indeterminada sp. 27
15.5
28.0
67.5
47.8
0.4194
6.6492
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Licaria armeniaca
14.0
93.0
93.0
93.0
0.6793
9.5101
Matayba guianensis
8.3
15.0
32.0
21.3
0.1208
1.0468
Emmotum nitens
15.3
25.3
66.0
45.6
0.3924
7.3703
Annonaceae sp.
14.5
59.5
60.0
59.8
0.5608
8.1339
Asteraceae sp.
5.7
10.5
19.0
13.3
0.0732
0.4588
Miconia chartacea
5.3
10.0
12.0
11.0
0.0287
0.1486
Miconia sp. 2
17.0
85.0
85.0
85.0
0.5675
9.6467
Indeterminada sp. 29
14.0
17.5
52.5
35.0
0.2405
3.5598
Lauraceae sp. 1
5.3
10.0
15.5
13.1
0.0557
0.3113
Roupala sp.
6.3
13.0
49.5
31.3
0.2059
1.6005
Myrcia sp. 2
6.5
28.0
42.6
35.3
0.2042
1.2465
Indeterminada sp. 12
25.0
76.5
76.5
76.5
0.4596
11.4909
Prunus myrtifolia
11.0
15.5
46.0
30.8
0.1851
1.8883
Croton sp.
12.5
30.0
38.0
34.0
0.1841
2.3653
Anadenanthera sp.
17.0
73.5
73.5
73.5
0.4243
7.2130
Schefflera longipetiolata
14.0
72.5
72.5
72.5
0.4128
5.7795
Mollinedia cf. triflora
11.5
25.5
33.5
29.5
0.1392
1.6936
Byrsonima sericea
16.0
71.5
71.5
71.5
0.4015
6.4242
Vitex sellowiana
7.8
10.5
15.5
12.7
0.0388
0.3179
Urbanodendron sp.
8.5
21.0
32.7
26.8
0.1184
1.0306
Eriotheca gracilipes
6.5
23.9
30.0
27.0
0.1155
0.7898
Indeterminada sp. 28
10.5
21.0
30.5
25.8
0.1077
1.2653
Ilex theezans
9.3
15.5
22.5
18.9
0.1139
1.0553
Ilex cf. grandis
8.3
11.5
34.0
22.7
0.1010
0.7732
Vitex cf. polygama
10.3
23.0
26.5
24.8
0.0967
0.9538
Ocotea percoriacea
9.0
19.0
29.0
24.0
0.0944
0.8869
Myrsine umbellata
7.3
22.5
26.0
24.3
0.0929
0.6699
127
Espécie
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Dyssochroma viridiflora
F l or a
128
Espécie
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Schefflera vinosa
7.0
10.5
32.0
21.3
0.0891
0.8389
Miconia cinnamomifolia
8.8
12.5
30.0
21.3
0.0830
0.9157
Fabaceae sp. 1
11.0
67.0
67.0
67.0
0.3526
3.8782
Miconia sp. 1
17.0
66.0
66.0
66.0
0.3421
5.8160
Machaerium sp. 1
6.0
19.0
21.5
20.3
0.0647
0.3999
Myrsine sp.
7.8
15.5
19.0
17.3
0.0472
0.3778
Indeterminada sp. 5
24.0
63.0
63.0
63.0
0.3117
7.4814
Psycotria sp.
6.5
10.0
19.0
14.5
0.0362
0.2661
Cassia ferruginea
5.0
11.5
15.0
13.3
0.0281
0.1366
Ocotea tenuiflora
4.8
11.0
11.5
11.3
0.0199
0.0943
Indeterminada sp. 3
12.0
53.5
53.5
53.5
0.2248
2.6976
Aspidosperma discolor
7.5
22.5
30.0
26.2
0.1104
0.8438
Indeterminada sp. 21
27.0
49.0
49.0
49.0
0.1886
5.0915
Simarouba versicolor
8.5
48.1
48.1
48.1
0.1817
1.5445
Styrax pohlii
17.0
48.0
48.0
48.0
0.1810
3.0762
Mollinedia sp.
10.0
22.0
24.5
23.3
0.0852
0.8516
Pimenta pseudocaryophyllus
13.0
42.6
42.6
42.6
0.1426
1.8538
Machaerium cf. floridum
17.0
42.0
42.0
42.0
0.1385
2.3553
Symplocos sp.
11.0
40.5
40.5
40.5
0.1286
1.4143
Vismia brasiliensis
4.8
13.0
17.0
15.0
0.0360
0.1638
Indeterminada sp. 13
13.0
39.4
39.4
39.4
0.1219
1.5842
Kielmeyera altissima
6.0
12.0
16.5
14.3
0.0327
0.2062
Hymenolobium janeirense
4.8
12.0
12.5
12.3
0.0236
0.1118
Ocotea sp. 1
6.0
11.0
13.0
12.0
0.0228
0.1404
Ocotea sp. 4
19.0
37.5
37.5
37.5
0.1104
2.0985
Sloanea cf. lasiocoma
14.0
37.0
37.0
37.0
0.1075
1.5053
Psychotria pleiocephala
4.0
10.0
11.0
10.5
0.0174
0.0694
Piptocarpha axillaris
12.0
36.5
36.5
36.5
0.1046
1.2556
Indeterminada sp. 9
7.0
35.1
35.1
35.1
0.0969
0.6785
Indeterminada sp. 6
15.0
34.5
34.5
34.5
0.0935
1.4022
Aspidosperma olivaceum
12.0
33.0
33.0
33.0
0.0855
1.0264
Indeterminada sp. 19
12.0
32.0
32.0
32.0
0.0804
0.9651
Licania kunthiana
12.0
31.0
31.0
31.0
0.0755
0.9057
Cecropia glazioui
12.0
30.5
30.5
30.5
0.0731
0.8767
Indeterminada sp. 17
9.0
29.5
29.5
29.5
0.0683
0.6151
Marlierea parviflora
15.0
29.3
29.3
29.3
0.0673
1.0093
Indeterminada sp. 4
9.0
27.5
27.5
27.5
0.0594
0.5346
Cordiera sessilis
10.0
27.0
27.0
27.0
0.0573
0.5726
Daphnopsis sp.
12.0
26.5
26.5
26.5
0.0552
0.6619
Ocotea nitidula
9.0
25.5
25.5
25.5
0.0511
0.4596
Pithecolobium incuriale
7.0
25.0
25.0
25.0
0.0491
0.3436
Miconia sp. 3
7.0
24.7
24.7
24.7
0.0481
0.3365
Maprounea brasiliensis
8.0
24.0
24.0
24.0
0.0452
0.3619
Eugenia sp.
9.0
23.5
23.5
23.5
0.0434
0.3904
Indeterminada sp. 20
13.0
23.5
23.5
23.5
0.0434
0.5639
Calyptranthes clusiaefolia
7.0
21.6
21.6
21.6
0.0367
0.2572
Daphnopsis fasciculata
8.0
21.5
21.5
21.5
0.0363
0.2904
Indeterminada sp. 16
9.0
21.5
21.5
21.5
0.0363
0.3267
Ixora cf. venulosa
5.5
20.5
20.5
20.5
0.0330
0.1815
Ocotea cf. nutans
8.0
20.5
20.5
20.5
0.0330
0.2641
Dalbergia nigra
8.0
20.5
20.5
20.5
0.0330
0.2641
Roupala cf. ferruginea
5.0
19.0
19.0
19.0
0.0284
0.1418
Indeterminada sp. 23
8.0
19.0
19.0
19.0
0.0284
0.2268
Alt. Me
Diam. M
Diam. M
Diam. M
Ar. Bas.
Volume
Indeterminada sp. 10
7.5
19.0
19.0
19.0
0.0284
0.2126
Salacia elliptica
6.5
18.5
18.5
18.5
0.0269
0.1747
Indeterminada sp. 26
10.0
18.0
18.0
18.0
0.0254
0.2545
Protium heptaphyllum
7.0
18.0
18.0
18.0
0.0254
0.1781
Toulicia subsquamulata
5.0
17.5
17.5
17.5
0.0241
0.1203
Indeterminada sp. 25
9.0
17.5
17.5
17.5
0.0241
0.2165
Indeterminada sp. 24
8.0
17.5
17.5
17.5
0.0241
0.1924
Nectandra megapotamica
9.0
17.0
17.0
17.0
0.0227
0.2043
Ilex cerasiifolia
6.5
16.5
16.5
16.5
0.0214
0.1390
Indeterminada sp. 7
7.5
16.5
16.5
16.5
0.0214
0.1604
Ilex sp.
6.5
15.5
15.5
15.5
0.0189
0.1226
Dalbergia sp.
5.0
15.0
15.0
15.0
0.0177
0.0884
Sclerolobium paniculatum
7.0
14.5
14.5
14.5
0.0165
0.1156
Indeterminada sp. 18
3.5
14.5
14.5
14.5
0.0165
0.0578
Garcinia gardneriana
7.0
14.0
14.0
14.0
0.0154
0.1078
Ilex cf. psammophila
7.0
14.0
14.0
14.0
0.0154
0.1078
Toulicia sp.
6.0
13.5
13.5
13.5
0.0143
0.0859
Indeterminada sp. 15
7.0
13.5
13.5
13.5
0.0143
0.1002
Indeterminada sp. 1
4.0
13.5
13.5
13.5
0.0143
0.0573
Indeterminada sp. 22
8.0
13.0
13.0
13.0
0.0133
0.1062
Carpotroche brasiliensis
4.0
13.0
13.0
13.0
0.0133
0.0531
Myrcia sp. 1
4.5
13.0
13.0
13.0
0.0133
0.0597
Eugenia involucrata
7.0
12.5
12.5
12.5
0.0123
0.0859
Ocotea sp. 3
5.0
12.5
12.5
12.5
0.0123
0.0614
Indeterminada sp. 11
4.0
12.0
12.0
12.0
0.0113
0.0452
Miconia doriana
4.0
12.0
12.0
12.0
0.0113
0.0452
Apuleia leiocarpa
5.5
11.5
11.5
11.5
0.0104
0.0571
Indeterminada sp. 14
5.0
11.5
11.5
11.5
0.0104
0.0519
Myrciaria floribunda
5.5
11.0
11.0
11.0
0.0095
0.0523
Indeterminada sp. 2
6.5
11.0
11.0
11.0
0.0095
0.0618
Endlicheria paniculata
4.0
10.5
10.5
10.5
0.0087
0.0346
Cupania sp.
3.5
10.5
10.5
10.5
0.0087
0.0303
Licania cf. hoehnei
4.5
10.0
10.0
10.0
0.0079
0.0353
Aspidosperma leucomelanum
4.0
10.0
10.0
10.0
0.0079
0.0314
Indeterminada sp. 8
5.0
10.0
10.0
10.0
0.0079
0.0393
Tabela 61: Parâmetros fitossociológicos das famílias.
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Myrtaceae
347
26
12.56
771.1
0.0632
100.00
Dens. Re
21.46
Lauraceae
177
20
9.66
393.3
0.1396
86.67
10.95
Fabaceae
125
26
12.56
277.8
0.1881
100.00
7.73
Rubiaceae
202
7
3.38
448.9
0.0359
100.00
12.49
Morta
129
1
0.48
286.7
0.0539
96.67
7.98
Sapindaceae
62
11
5.31
137.8
0.0621
80.00
3.83
Euphorbiaceae
55
6
2.90
122.2
0.0730
50.00
3.40
Flacourtiaceae
33
3
1.45
73.3
0.1454
50.00
2.04
Anacardiaceae
27
3
1.45
60.0
0.1595
53.33
1.67
Apocynaceae
34
5
2.42
75.6
0.1254
43.33
2.10
Indeterminada
32
29
14.01
71.1
0.0876
56.67
1.98
Myrsinaceae
64
3
1.45
142.2
0.0265
33.33
3.96
Theaceae
19
1
0.48
42.2
0.2957
33.33
1.18
Celastraceae
49
2
0.97
108.9
0.0471
40.00
3.03
129
Família
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Espécie
Família
No Ind
No Spp
% Spp
Dens. Ab
Dom. Med.
Freq. Ab
Dens. Re
Vochysiaceae
14
2
0.97
31.1
0.3310
30.00
0.87
Melastomataceae
18
9
4.35
40.0
0.1569
40.00
1.11
Annonaceae
26
3
1.45
57.8
0.0914
36.67
1.61
Proteaceae
22
4
1.93
48.9
0.0807
40.00
1.36
Chrysobalanaceae
31
3
1.45
68.9
0.0205
40.00
1.92
Lamiaceae
15
1
0.48
33.3
0.1697
33.33
0.93
Clethraceae
13
1
0.48
28.9
0.1374
30.00
0.80
Aquifoliaceae
15
6
2.90
33.3
0.0552
26.67
0.93
Meliaceae
10
1
0.48
22.2
0.0295
30.00
0.62
Elaeocarpaceae
13
2
0.97
28.9
0.0238
26.67
0.80
Monimiaceae
12
3
1.45
26.7
0.0268
26.67
0.74
Bignoniaceae
11
2
0.97
24.4
0.0755
20.00
0.68
Asteraceae
10
3
1.45
22.2
0.0689
20.00
0.62
Araliaceae
6
3
1.45
13.3
0.1662
20.00
0.37
Thymelaeaceae
7
3
1.45
15.6
0.0361
16.67
0.43
Ebenaceae
9
1
0.48
20.0
0.0332
13.33
0.56
Tiliaceae
4
1
0.48
8.9
0.0745
13.33
0.25
Verbenaceae
5
2
0.97
11.1
0.0271
13.33
0.31
Combretaceae
3
1
0.48
6.7
0.2179
6.67
0.19
Clusiaceae
5
3
1.45
11.1
0.0168
10.00
0.31
Icacinaceae
2
1
0.48
4.4
0.1962
6.67
0.12
Rosaceae
2
1
0.48
4.4
0.0925
6.67
0.12
Bombacaceae
2
1
0.48
4.4
0.0578
6.67
0.12
Malpighiaceae
1
1
0.48
2.2
0.4015
3.33
0.06
Simaroubaceae
1
1
0.48
2.2
0.1817
3.33
0.06
Styracaceae
1
1
0.48
2.2
0.1810
3.33
0.06
Symplocaceae
1
1
0.48
2.2
0.1286
3.33
0.06
Cecropiaceae
1
1
0.48
2.2
0.0731
3.33
0.06
Hippocrateaceae
1
1
0.48
2.2
0.0269
3.33
0.06
Burseraceae
1
1
0.48
2.2
0.0254
3.33
0.06
130
F l o ra
Tabela 62: Parâmetros fitossociológicos das famílias.
Família
Dom. Rel
Freq. Re
IVI
%IVI
IVC
%IVC
Ar.Bas.
Myrtaceae
15.41
6.85
43.72
14.57
36.87
18.43
21.9209
Lauraceae
17.37
5.94
34.25
11.42
28.32
14.16
24.7131
Fabaceae
16.53
6.85
31.10
10.37
24.26
12.13
23.5122
Rubiaceae
5.09
6.85
24.43
8.14
17.58
8.79
7.2443
Morta
4.88
6.62
19.48
6.49
12.86
6.43
6.9484
Sapindaceae
2.71
5.48
12.02
4.01
6.54
3.27
3.8512
Euphorbiaceae
2.82
3.42
9.65
3.22
6.22
3.11
4.0150
Flacourtiaceae
3.37
3.42
8.84
2.95
5.41
2.71
4.7990
Anacardiaceae
3.03
3.65
8.35
2.78
4.70
2.35
4.3065
Apocynaceae
3.00
2.97
8.07
2.69
5.10
2.55
4.2642
Indeterminada
1.97
3.88
7.83
2.61
3.95
1.97
2.8016
Myrsinaceae
1.19
2.28
7.43
2.48
5.15
2.58
1.6967
Theaceae
3.95
2.28
7.41
2.47
5.12
2.56
5.6187
Celastraceae
1.62
2.74
7.39
2.46
4.65
2.33
2.3089
Vochysiaceae
3.26
2.05
6.18
2.06
4.12
2.06
4.6335
Melastomataceae
1.98
2.74
5.84
1.95
3.10
1.55
2.8237
Annonaceae
1.67
2.51
5.79
1.93
3.28
1.64
2.3770
Proteaceae
1.25
2.74
5.35
1.78
2.61
1.30
1.7765
Chrysobalanaceae
0.45
2.74
5.10
1.70
2.36
1.18
0.6354
Lamiaceae
1.79
2.28
5.00
1.67
2.72
1.36
2.5452
Freq. Re
IVI
%IVI
IVC
%IVC
Ar.Bas.
Clethraceae
1.26
2.05
4.11
1.37
2.06
1.03
1.7859
Aquifoliaceae
0.58
1.83
3.34
1.11
1.51
0.75
0.8275
Meliaceae
0.21
2.05
2.88
0.96
0.83
0.41
0.2954
Elaeocarpaceae
0.22
1.83
2.85
0.95
1.02
0.51
0.3094
Monimiaceae
0.23
1.83
2.79
0.93
0.97
0.48
0.3215
Bignoniaceae
0.58
1.37
2.63
0.88
1.26
0.63
0.8301
Asteraceae
0.48
1.37
2.47
0.82
1.10
0.55
0.6889
Araliaceae
0.70
1.37
2.44
0.81
1.07
0.54
0.9970
Thymelaeaceae
0.18
1.14
1.75
0.58
0.61
0.31
0.2526
Ebenaceae
0.21
0.91
1.68
0.56
0.77
0.38
0.2987
Tiliaceae
0.21
0.91
1.37
0.46
0.46
0.23
0.2982
Verbenaceae
0.10
0.91
1.32
0.44
0.40
0.20
0.1355
Combretaceae
0.46
0.46
1.10
0.37
0.65
0.32
0.6538
Clusiaceae
0.06
0.68
1.05
0.35
0.37
0.18
0.0841
Icacinaceae
0.28
0.46
0.86
0.29
0.40
0.20
0.3924
Rosaceae
0.13
0.46
0.71
0.24
0.25
0.13
0.1851
Bombacaceae
0.08
0.46
0.66
0.22
0.20
0.10
0.1155
Malpighiaceae
0.28
0.23
0.57
0.19
0.34
0.17
0.4015
Simaroubaceae
0.13
0.23
0.42
0.14
0.19
0.09
0.1817
Styracaceae
0.13
0.23
0.42
0.14
0.19
0.09
0.1286
Symplocaceae
0.09
0.23
0.38
0.13
0.15
0.08
0.1286
Cecropiaceae
0.05
0.23
0.34
0.11
0.11
0.06
0.0731
Hippocrateaceae
0.02
0.23
0.31
0.10
0.08
0.04
0.0269
Burseraceae
0.02
0.23
0.31
0.10
0.08
0.04
0.0254
Pontos de destaque preliminares
1. A RPPN Mata Samuel de Paula apresenta uma flora de plantas vasculares
(samambaias e plantas com flor) bastante rica. O número de espécies (508)
foi elevado considerando o tamanho da área e o tempo de amostragem. A alta
riqueza de espécies invasoras ficou destacada, pois a maior parte da área é de
origem secundária.
2. Apesar de a área ter sido bastante degradada, a RPPN abriga nove espécies
oficialmente consideradas como ameaçadas na flora de Minas Gerais.
3. O número de espécies arbóreas e de indivíduos registrados na amostragem quantitativa (fitossociologia) foi extremamente superior ao geralmente registrado em
florestas estacionais semideciduais. Isso deve estar acontecendo porque muitos
trechos da Mata estão em estágios mais iniciais de regeneração.
4. A Mata Samuel de Paula é uma importante área de preservação, contribuindo
significativamente para a conservação de espécies arbóreas típicas da Floresta
Estacional Semidecidual (incluindo algumas ameaçadas de extinção).
5. A maior parte da área da RPPN é ocupada por floresta estacional semidecidual
montana, que, apesar de apresentar diversas características de matas secundárias,
constitui uma importante reserva florestal junto à área da APA-Sul RMBH.
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Dom. Rel
131
Família
Referências
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132
F l or a
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133
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Flora arbustivo-arbórea de um fragmento de mata ciliar no Alto Rio Grande, Itutinga, Minas Gerais.
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Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
VILELA, E. A.; OLIVEIRA-FILHO, A. T.; GAVILLANES, M. L.. & CARVALHO, D. A. 1993.
Espécies de Matas Ciliares com potencial para estudos de revegetação no Alto Rio Grande, sul de
Minas. Revista Árvore 17 (2), p. 117-128.
134
FAUNA
FAUNA
Aves/Avifauna
Coordenador:
Colaboradoras:
Prof. Dr. Marcos Rodrigues
Jordana Demichelli Ferreira
Lílian Mariana Costa
Synallaxis ruficapilla (Pichoré)
Mackenziana leachii (Borralhara-assobiadora)
137
A Mata Atlântica e o Cerrado são considerados áreas prioritárias para a conservação por apresentarem altas taxas de endemismo e perda de habitat (Myers et
al. 2000), e consequentemente são os biomas brasileiros que possuem os maiores
números de espécies endêmicas em perigo de extinção (54 espécies na Mata Atlântica
e 14 no Cerrado) (Marini & Garcia, 2005). A região da Mata Atlântica concentra
os maiores centros urbanos do País (MMA, 2002) e sofre grande pressão antrópica. Sua área atual se resume a 7,6% da área original (MMA, 1999) e encontra-se
extremamente fragmentada. A situação do Cerrado não é menos preocupante, pois
conserva apenas 20% de sua área original, possui somente 2,2% sob proteção legal e
sofre rápido declínio (Klink & Machado, 2005). A Mata Atlântica e o Cerrado estão
severamente sujeitos à maior ameaça que atinge a diversidade biológica: a destruição
de habitat. A criação de Unidades de Conservação representa um importante ponto
de partida para a preservação desses e de outros ambientes (Primack & Rodrigues,
2005, Rodrigues et al., 2005). Entretanto, para que áreas propícias e importantes
possam ser escolhidas para preservação ambiental, o levantamento das espécies é
o procedimento fundamental e inicial. Os dados produzidos pelos levantamentos
formam a base de informações para o estabelecimento de qualquer plano de manejo
que possa ser implantado nessas unidades de conservação (Wilson, 1997).
O levantamento de aves é uma das ferramentas mais utilizadas para se estimar
a biodiversidade de uma determinada área (Rodrigues et al. 2000, Stotz et al.,
1996). Esses levantamentos podem mostrar, por exemplo, se uma área está bem
preservada ou não, se possui espécies ameaçadas de extinção e se vale a pena sua
inclusão como Unidade de Conservação (UC). Sabe-se, por exemplo, que a simples
presença ou ausência de determinadas espécies de aves numa região já podem indicar
o seu estado de conservação (Stotz et al., 1996).
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
Entretanto, são raros os levantamentos de
aves feitos na região mineira da Mata Atlântica
e do Cerrado, sendo que, dos realizados, pouquíssimos foram publicados.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula é um
fragmento florestal de propriedade da AngloGold Ashanti que foi criada em 2000. A
área possui um Centro de Educação Ambiental (CEA Harrry Oppenheimer) onde são
desenvolvidas atividades com a participação
de escolas e onde é permitida a visitação por
turistas e pela comunidade local em geral.
Desde a criação da RPPN, os locais abertos
ao público foram visitados por mais de 80
mil pessoas; no entanto, a região florestal e
de cerrado não está aberta à visitação. Nessa
área, são desenvolvidas atividades de pesquisa,
como levantamentos da flora e fauna.
O presente estudo é um levantamento de
espécies da avifauna local e procura, assim, fornecer uma base de dados para futuros estudos
e planos de manejo da RPPN Mata Samuel de
Paula. Apresenta-se neste trabalho uma lista
inédita de aves presentes nessa Unidade de
Conservação, incluindo a situação de conservação, hábito e dieta alimentar, situação reprodutiva e frequência das espécies levantadas.
1
3
Material e métodos
Área de estudo
138
FAUNA
2
1. Foto aérea da cidade de Nova Lima e localização da Mata
Samuel de Paula (MSP)
2. Área florestal da reserva e do condomínio em seu entorno
3. Vista para a área florestal a partir dos Campos Ferruginosos
da Mata Samuel de Paula
A área de estudo é uma RPPN de 147,83
hectares, denominada Mata Samuel de Paula
(MSP). Essa Unidade de Conservação se encontra entre a latitude Sul de 20°00’’ e a longitude Oeste de 43°53’’, no município de Nova
Lima, Minas Gerais (Figura 1).
A Mata Samuel de Paula está inserida
na porção Norte do Quadrilátero Ferrífero,
Esforço amostral
O levantamento de aves teve início em setembro de 2005 e se estendeu até
setembro de 2006. Durante esse ano foram realizadas, quase mensalmente, 13 campanhas à reserva, que totalizaram 33 dias de levantamento e 236 horas de campo
(Tabela 1). Os trabalhos se concentraram diariamente entre cinco e 11 horas e entre
15 e 19 horas.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
139
região que guarda um dos maiores depósitos de ferro e ouro do mundo
(Hartmann et al. 2006). Por isso, grande parte dos remanescentes
de mata da região, assim como a MSP, pertence a empresas mineradoras. Essas
empresas, ao adquirirem terras, acabaram por preservar locais onde não haverá ou
onde ainda não houve extração de minério (Figueredo et al., 2005). No entanto,
muitas propriedades pertencentes às mineradoras que não se mostraram interessantes para a extração de minério e que estavam, por isso, preservadas, apresentam
hoje uma fonte de investimento no setor imobiliário. Várias dessas áreas estão sendo
transformadas em condomínios residenciais para atender principalmente à expansão urbana de Belo Horizonte (Santana, 2002), como é o caso da maior parte do
entorno da RPPN estudada (Figura 2).
A Mata Samuel de Paula se encontra na vertente sudeste da Serra do Curral,
porção Sul da Serra do Espinhaço, na região de transição entre a Mata Atlântica e
o Cerrado. As altitudes estão entre 810 e 1.200 metros, e a vegetação se constitui,
em sua maior parte, de um fragmento secundário em diversos estágios sucessionais
de Floresta Estacional Semidecidual (Figura 3). As áreas de Cerrado apresentam
fisionomias campestres como campo sujo e campo cerrado, além de cerrado sensu
stricto (Figura 4). A reserva possui ainda, nas maiores altitudes, Campos Ferruginosos (Figueredo & Salino, 2005). Além dessas fitofisionomias, existem áreas de
vegetação fortemente alteradas pelo homem (antigas pastagens e plantações) em
que a floresta não mais se encontra. A reserva está situada a menos de dois km da
Mata do Jambreiro, RPPN que possui 902 hectares; no entanto, há uma estrada
(MG-030) entre os fragmentos.
O Ribeirão dos Cristais determina um dos limites da MSP e desemboca no Rio das Velhas, afluente do Rio São Francisco (Figura 5).
No final do século XVII, um grupo de bandeirantes chegou ao Ribeirão dos Cristais
em busca de ouro e deu início ao garimpo na região que inclui áreas da reserva em
estudo. Posteriormente, em meados do século XIX, houve o investimento inglês
na mineração, e foi construída, dentro dos limites da MSP, uma usina hidrelétrica
que gerava energia para a mineradora, onde hoje funciona a sede administrativa da
RPPN. No interior da reserva foi também construído o Canal Rego Grande, braço
do Ribeirão dos Cristais que cruza ainda hoje a cidade de Nova Lima, para que a
água fosse utilizada no tratamento do minério.
140
FAUNA
Tabela 1: Datas de visitas à Mata Samuel de Paula e horas de campo.
Data da campanha
Hora (início)
Hora (fim)
Hora de campo
14/09/2005
15:15
18:00
02:45
13/10/2005
17:20
18:55
01:35
14/10/2005
05:10
11:00
05:50
14/10/2005
14:50
19:00
04:10
15/10/2005
05:20
11:20
06:00
11/11/2005
06:15
11:10
04:55
11/11/2005
15:45
19:30
03:45
12/11/2005
06:10
11:00
04:50
14/12/2005
05:30
11:00
04:30
14/12/2005
15:40
19:30
03:50
15/12/2005
05:20
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29/09/2005
14:20
18:00
03:40
Total de horas de campo: 336 horas
5
6
4. Uma área de Cerrado da Mata Samuel de Paula
5. Ribeirão dos Cristais
6. Rede de neblina em trilha disponível na MSP
141
4
As áreas foram amostradas por meio de
dois métodos básicos: observação audiovisual e captura em redes de neblina. O método
audiovisual foi realizado utilizando trilhas
e estradas preexistentes, onde se caminhou
anotando as espécies de aves observadas e
ouvidas, com o auxílio de binóculos (Nikon
8X40, 8.2°). Eventualmente foram feitas incursões na mata onde não há trilhas. Quando
necessário, guias de identificação de espécies
eram utilizados (Grantsau, 1988; Souza,
2002). Espécies crípticas e não identificadas em
campo tiveram suas vocalizações registradas
por gravador (Sony TCM-5000EV ou HI-MD
MZ-RH910) acoplado a microfone unidirecional (Sennheiser ME-66). Posteriormente,
acervos de vocalizações de aves foram consultados para a confirmação da identidade
dessas espécies (Gonzaga & Castiglioni;
Vielliard 1995, 2002). Algumas gravações
foram utilizadas para fazer playback, método
que consiste em reproduzir o canto na direção
da ave para que ela se aproxime, possibilitando
sua identificação.
As capturas foram realizadas por intermédio de redes de neblina (de 12 x 2,5 m, com
malha de 36 mm) armadas em trilhas disponíveis (Figura 6). Cada indivíduo capturado tinha
seus dados morfológicos e biológicos coletados
conforme protocolos padronizados na literatura científica (IBAMA, 1994; Rodrigues et
al., 2000, 2005). Foram medidos comprimento
total, tarso, asa, bico, occiput e peso. Além disso,
foram avaliadas as condições da plumagem (se
em muda ou não), a idade (jovem ou adulto),
o sexo (macho, fêmea, indeterminado) e a presença de placa incubatória, nível de gordura
acumulada e parasitas. As aves eram então soltas no local de captura, depois de terem sido
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Inventário das espécies
fotografadas com câmara digital (Sony DSC-S40), e marcadas com anilhas numeradas cedidas pelo Centro de Pesquisa e Conservação de Aves do IBAMA
(CEMAVE). O esforço de captura totalizou 429 horas/rede.
Lista das espécies
A lista de espécies foi realizada seguindo a classificação e a nomenclatura de
Sick (1997), com as alterações sugeridas pelo CBRO (2006). A avaliação da situação
de endemismo foi feita com base em Stotz et al. (1996) e Silva e Bates (2002), e
a de conservação segundo BirdLife International (2000) e Machado et al. (1998).
A dieta das espécies foi determinada segundo Sick (1997), que classifica os indivíduos como onívoros, piscívoros, insetívoros, necrófagos, planctívoros, carnívoros,
frugívoros, granívoros e nectorívoros. Além disso, foi avaliado o hábito alimentar e
de forrageamento das espécies de acordo com Módena (2005). Os ambientes em
que as espécies ocorrem na reserva foram discriminados como Área aberta (A),
Mata (M) e Cerrado/Campos Ferruginosos (C). A frequência de uma espécie foi
definida, segundo Rodrigues et al. (2005), como abundante quando registrada em
75 a 100% das visitas; comum quando registrada em 50 a 74% das visitas e escassa
quando verificada em 25 a 49% das visitas. A espécie foi considerada rara quando
registrada em menos de 24% das visitas à área, sendo que foi considerada ocasional
se observada apenas uma vez. As espécies foram, ainda, classificadas quanto ao seu
status migratório como residentes ou migratórias, segundo Ridgely e Turder. (1989
e 1994), Sick (1997) e Stotz et al. (1996). Ao longo das campanhas, algumas observações evidenciaram espécies que se reproduzem na Mata Samuel de Paula.
142
FAUNA
Resultados
As campanhas realizadas permitiram registrar 159 espécies de aves pertencentes
a 41 famílias (Tabela 2). Ocorrem 17 famílias de aves não passeriformes e 24 de
passeriformes (Gráficos 1 e 2), sendo que Tyrannidae (37 espécies), Furnariidae
(12 espécies) e Thraupidae (11 espécies) possuem o maior número de representantes (Figura 8). Algumas espécies que pertencem às famílias com maior número de
representantes estão ilustradas pelas fotos a seguir (Figuras 7, 8 e 9).
Frequência
Registro
Migração
Ambiente
Endemismo/
Conservação
Nome popular
Famílias e espécies
Tabela 2: Lista de espécies de aves registradas na RPPN Mata Samuel de Paula-MG, situações de
endemismo e conservação, ambientes(s), meio(s) de registro, situação migratória e frequência de
ocorrência. Conservação: (gq) quase-ameaçado, (gp) em perigo e (gv) vulnerável à extinção no mundo
(BirdLife International, 2008); (rp) em perigo e (rv) vulnerável à extinção em Minas Gerais (Machado
et al., 1998). Endemismo: (ATL) endêmica da Mata Atlântica, segundo Stotz et al. (1996); (TM)
endêmica dos topos de montanha do Sudeste do Brasil e (CE) endêmica do Cerrado, segundo Silva
(2002) e Vasconcelos et al. (2003a). Ambiente de registro: (D) área aberta degradada, (M) mata,
(C) cerrado, (F) campos ferruginosos. Registro: (G) gravado, (F) fotografado. Situação migratória: (a)
migrante austral, segundo Chesser (1994); (n) migrante neártica, (np) migrante neártica parcial e (mr)
migrante regional, segundo Stotz et al. (1996). Frequência: (A) abundante, (C) comum, (E) escassa,
(R) rara e (O) ocasional. Classificação taxonômica segundo CBRO (2008).
M
G
E
M
G
R
Tinamidae Gray, 1840 (23)
Crypturellus obsoletus
(Temminck, 1815)
inhambuguaçu
Cathartidae Lafresnaye, 1839
Cathartes aura
(Linnaeus, 1758)
urubu-de-cabeçavermelha
C/D
a/np
R
Coragyps atratus
(Bechstein, 1793)
urubu-de-cabeça-preta
M/C/D
Rupornis magnirostris
(Gmelin, 1788)
gavião-carijó
M/C
Buteo albicaudatus
(Vieillot, 1816)
gavião-de-rabo-branco
F
Buteo albonotatus
(Kaup, 1847)
gavião-de-rabo-barrado
F
O
Caracara plancus
(Miller, 1777)
caracara
C
R
Milvago chimachima
(Vieillot, 1816)
carrapateiro
C
G
E
Herpetotheres cachinnans
(Linnaeus, 1758)
Acauã
C
G
R
Micrastur semitorquatus
(Vieillot, 1817)
falcão-relógio
C
G
R
E
Accipitridae Vigors, 1824
G
R
a
R
Falconidae Leach, 1820
Falco sp.
C
O
Rallidae Rafinesque, 1815
Aramides saracura (Spix, 1825)
saracura-do-mato
ATL
M
G
R
seriema
C
G
R
quero-quero
D
Cariamidae Bonaparte, 1850
Cariama cristata (Linnaeus, 1766)
Charadriidae Leach, 1820
Vanellus chilensis (Molina, 1782)
a
R
143
Penelope sp.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Cracidae Rafinesque, 1815
7. Tachuri-campainha, representante de Tyrannidae
8. João-porca, representante de Furnariidae
Frequência
Migração
Registro
Ambiente
Endemismo/
Conservação
Nome popular
Famílias e espécies
Columbidae Leach, 1820 (23)
Columbina talpacoti
(Temminck, 1811)
rolinha-roxa
D
E
Columbina squammata
(Lesson, 1831)
fogo-apagou
C
R
Patagioenas picazuro
(Temminck, 1813)
pombão
C
G
R
Patagioenas plumbea
(Vieillot, 1818)
pomba-amargosa
M
G
E
Leptotila verreauxi
(Bonaparte, 1855)
juriti-pupu
M
G
E
Leptotila rufaxilla (Richard &
Bernard, 1792)
juriti-gemedeira
M
F
R
Aratinga leucophthalma
(Statius Muller, 1776)
periquitão-maracanã
M
R
Forpus xanthopterygius
(Spix, 1824)
tuim
C
R
Brotogeris chiriri
(Vieillot, 1818)
periquito-de-encontroamarelo
C
G
O
Pionus maximiliani (Kuhl, 1820)
maitaca-verde
M
G
R
Piaya cayana (Linnaeus, 1766)
alma-de-gato
M
Crotophaga ani (Linnaeus, 1758)
anu-preto
C
G
O
Tapera naevia (Linnaeus, 1766)
saci
C
G
O
corujinha-do-mato
M
Nyctidromus albicollis
(Gmelin, 1789)
bacurau
M
G/F
Caprimulgus longirostris
(Bonaparte, 1825)
bacurau-da-telha
C
G/F
a
R
a
O
E
Strigidae (Leach, 1820)
Megascops choliba
(Vieillot, 1817)
O
Caprimulgidae Vigors, 1825
E
Apodidae Olphe-Galliard, 1887
Chaetura meridionalis
(Hellmayr, 1907)
andorinhão-do-temporal
F
G
Streptoprocne zonaris
(Shaw, 1796)
taperuçu-de-coleirabranca
M
G
O
Phaethornis ruber
(Linnaeus, 1758)
rabo-branco-rubro
M
G/F
E
Phaethornis pretrei
(Lesson & Delattre, 1839)
rabo-branco-acanelado
M
G/F
C
Eupetomena macroura
(Gmelin, 1788)
beija-flor-tesoura
D
F
O
Trochilidae Vigors, 1825 (82)
Florisuga fusca (Vieillot, 1817)
beija-flor-preto
Colibri serrirostris
(Vieillot, 1816)
beija-flor-de-orelhavioleta
ATL
M
C
G
a
Chlorostilbon lucidus
(Shaw, 1812)
besourinho-de-bicovemelho
C/D
F
R
E
a
R
145
Cuculidae Leach, 1820
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Psittacidae Rafinesque, 1815
FAUNA
12
10
13
11
14
146
9
9. Saíra-douradinha, representante de Thraupidae
12. Rabo-branco-rubro, um nectarívoro
10. Abre-asa-de-cabeça-cinza, um insetívoro
13. Juriti-gemedeira, um granívoro
11. Sabiá-laranjeira, um onívoro
14. Tangarazinho, um frugívoro
Amazilia lactea (Lesson, 1832)
M
F
R
beija-flor-de-bandabranca
M
F
R
beija-flor-de-peito-azul
D
G
E
M
G
R
Frequência
ATL
Migração
Registro
Amazilia versicolor
(Vieillot, 1818)
Ambiente
beija-flor-de-frontevioleta
Endemismo/
Conservação
Nome popular
Famílias e espécies
Thalurania glaucopis
(Gmelin, 1788)
Trochilidae Vigors, 1825 (82)
Trogonidae Lesson, 1828
Trogon surrucura (Vieillot, 1817)
surucuá-variado
ATL
Ramphastidae Vigors, 1825
tucanuçu
M
Picumnus cirratus
(Temminck, 1825)
pica-pau-anão-barrado
M
G
A
Colaptes campestris
(Vieillot, 1818)
pica-pau-do-campo
C
G
O
Campephilus robustus
(Lichtenstein, 1818)
pica-pau-rei
M
G
O
Ramphastos toco
(Statius Muller, 1776)
O
Melanopareiidae Irestedt, Fjeldså, Johansson & Ericson, 2002
Melanopareia torquata
(Wied, 1831)
tapaculo-de-colarinho
CE
F
G
E
ATL
M
G/F
E
Thamnophilidae Swainson, 1824 (163)
Mackenziaena leachii
(Such, 1825)
borralhara-assobiadora
Thamnophilus caerulescens
(Vieillot, 1816)
choca-da-mata
M
G/F
A
Dysithamnus mentalis
(Temminck, 1823)
choquinha-lisa
M
G
E
Herpsilochmus atricapillus
(Pelzeln, 1868)
chorozinho-de-chapéupreto
M
G/F
A
Formicivora serrana
(Hellmayr, 1929)
formigueiro-da-serra
ATL
M
G/F
R
Drymophila ferruginea
(Temminck, 1822)
trovoada
ATL
M
G
R
Pyriglena leucoptera
(Vieillot, 1818)
papa-taoca-do-sul
ATL
M
G/F
A
ATL
M
G/F
E
ATL, gq
M
G
R
Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873
Conopophaga lineata
(Wied, 1831)
chupa-dente
Rhinocryptidae Wetmore, 1930
Scytalopus indigoticus
(Wied, 1831)
macuquinho
Dendrocolaptidae Gray, 1840
Sittasomus griseicapillus
(Vieillot, 1818)
arapaçu-verde
M
G/F
A
Xiphocolaptes albicollis
(Vieillot, 1818)
arapaçu-de-gargantabranca
M
G
R
Xiphorhynchus fuscus
(Vieillot, 1818)
arapaçu-rajado
M
G
R
ATL
147
ATL, rp
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Picidae Leach, 1820
Frequência
Migração
Registro
Ambiente
Endemismo/
Conservação
Nome popular
Famílias e espécies
Furnariidae Gray, 1840 (102)
Furnarius rufus (Gmelin, 1788)
joão-de-barro
Synallaxis ruficapilla
(Vieillot, 1819)
pichororé
Synallaxis cinerascens
(Temminck, 1823)
pi-puí
D
ATL
R
M
G/F
C
M
G
R
Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859)
petrim
M
G
Synallaxis spixi Sclater, 1856
joão-teneném
D
G
A
Phacellodomus rufifrons
(Wied, 1821)
joão-de-pau
C
G
R
Syndactyla rufosuperciliata
(Lafresnaye, 1832)
trepador-quiete
M
G/F
R
Philydor rufum
(Vieillot, 1818)
limpa-folha-de-testabaia
M
G/F
R
Automolus leucophthalmus
(Wied, 1821)
barranqueiro-de-olhobranco
M
G
E
Lochmias nematura
(Lichtenstein, 1823)
joão-porca
M
G/F
A
Xenops rutilans (Temminck, 1821)
bico-virado-carijó
M
G/F
R
M
G
E
ATL
a
R
148
FAUNA
Tyrannidae Vigors, 1825
Mionectes rufiventris
(Cabanis, 1846)
abre-asa-de-cabeçacinza
ATL
Leptopogon amaurocephalus
(Tschudi, 1846)
cabeçudo
M
G/F
E
Corythopis delalandi
(Lesson, 1830)
estalador
M
G
R
Hemitriccus nidipendulus
(Wied, 1831)
tachuri-campainha
ATL
M
F
R
ATL
M
G/F
E
M
G/F
A
M
G/F
E
G
Myiornis auricularis (Vieillot, 1818)
miudinho
Poecilotriccus plumbeiceps
(Lafresnaye, 1846)
tororó
Todirostrum poliocephalum
(Wied, 1831)
teque-teque
Phyllomyias fasciatus
(Thunberg, 1822)
piolhinho
M
Myiopagis caniceps
(Swainson, 1835)
guaracava-cinzenta
M
Myiopagis viridicata
(Vieillot, 1817)
guaracava-de-cristaalaranjada
M
Elaenia flavogaster
(Thunberg, 1822)
guaracava-de-barrigaamarela
Elaenia cristata
(Pelzeln, 1868)
ATL
a
E
a
R
G
a
O
D
G
a
C
guaracava-de-topeteuniforme
C/D
G
R
Elaenia obscura
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
tucão
M/C
G/F
R
Camptostoma obsoletum
(Temminck, 1824)
risadinha
M/C/D
G
a
C
Serpophaga subcristata
(Vieillot, 1817)
alegrinho
M
G/F
a
R
a
O
Phaeomyias murina (Spix, 1825)
bagageiro
M
F
Phylloscartes ventralis
(Temminck, 1824)
borboletinha-do-mato
M
G
R
Frequência
Registro
Migração
Ambiente
Endemismo/
Conservação
Nome popular
Famílias e espécies
Tolmomyias sulphurescens
(Spix, 1825)
bico-chato-de-orelhapreta
M
G/F
A
Platyrinchus mystaceus
(Vieillot, 1818)
patinho
M
G/F
C
Myiophobus fasciatus
(Statius Muller, 1776)
filipe
M
G
Tyrannidae Vigors, 1825
R
M
G
Hirundinea ferruginea
(Gmelin, 1788)
gibão-de-couro
C
G
a
R
O
Lathrotriccus euleri
(Cabanis, 1868)
enferrujado
M
G/F
a
E
Knipolegus lophotes (Boie, 1828)
maria-preta-de-penacho
Knipolegus nigerrimus
(Vieillot, 1818)
maria-preta-de-garganta-vermelha
Fluvicola nengeta
(Linnaeus, 1766)
C
E
C
O
lavadeira-mascarada
D
R
Colonia colonus (Vieillot, 1818)
viuvinha
M
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819)
suiriri-cavaleiro
M
Legatus leucophaius
(Vieillot, 1818)
bem-te-vi-pirata
M
Myiozetetes similis
(Spix, 1825)
bem-te-vizinho-depenacho-vermelho
D
Pitangus sulphuratus
(Linnaeus, 1766)
bem-te-vi
D
G
a
E
Myiodynastes maculatus
(Statius Muller, 1776)
bem-te-vi-rajado
M
G
a
R
Megarynchus pitangua
(Linnaeus, 1766)
neinei
M
G
a
C
Tyrannus melancholicus
(Vieillot, 1819)
suiriri
D
G
np/a
E
ATL
G
G
R
a
O
np/a
R
E
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818)
gritador
M
G
a
R
Myiarchus swainsoni
(Cabanis & Heine, 1859)
irré
M/D
G
a
R
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789)
maria-cavaleira
M/D/C
G
C
Neopelma pallescens
(Lafresnaye, 1853)
fruxu-do-cerradão
M
G/F
R
Ilicura militaris
(Shaw & Nodder, 1809)
tangarazinho
ATL
M
G/F
A
Chiroxiphia caudata
(Shaw & Nodder, 1793)
tangará
ATL
M
G/F
A
flautim
ATL
M
G
E
M
G
C
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Myiobius sp.
a
Tityridae Gray, 1840
Schiffornis virescens (Lafresnaye,
1838)
Vireonidae Swainson, 1837 (16)
Cyclarhis gujanensis
(Gmelin, 1789)
pitiguari
Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766)
juruviara
M
G/F
Hylophilus amaurocephalus
(Nordmann, 1835)
vite-vite-de-olho-cinza
M
G/F
n/a
E
C
149
Pipridae Rafinesque, 1815
Ambiente
Registro
C
G
Frequência
Endemismo/
Conservação
CE
Migração
Nome popular
Famílias e espécies
gralha-do-campo
Corvidae Leach, 1820
Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823)
R
Hirundinidae Rafinesque, 1815 (16)
Pygochelidon cyanoleuca
(Vieillot, 1817)
andorinha-pequenade-casa
M/D/C
Stelgidopteryx ruficollis
(Vieillot, 1817)
andorinha-serradora
Progne tapera (Vieillot, 1817)
Progne chalybea (Gmelin, 1789)
G
a
C
D
a
O
andorinha-do-campo
D
a
R
andorinha-domésticagrande
D
n/a
O
Troglodytidae Swainson, 1831 (18)
Troglodytes musculus
(Naumann, 1823)
corruíra
D
G
C
Turdidae Rafinesque, 1815 (17)
Turdus subalaris
(Seebohm, 1887)
sabiá-ferreiro
M
a
O
a
R
Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)
sabiá-laranjeira
M/D
G/F
Turdus amaurochalinus
(Cabanis, 1850)
sabiá-poca
M/D
G
A
Turdus leucomelas (Vieillot, 1818)
sabiá-barranco
M/D
G
A
sabiá-do-campo
D/C
G
R
cambacica
M/D/C
G/F
A
Trichothraupis melanops
(Vieillot, 1818)
tiê-de-topete
M
G/F
E
Piranga flava (Vieillot, 1822)
sanhaçu-de-fogo
Tachyphonus coronatus
(Vieillot, 1822)
tiê-preto
Mimidae Bonaparte, 1853
Mimus saturninus
(Lichtenstein, 1823)
Coerebidae d’Orbigny & Lafresnaye, 1838
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)
150
FAUNA
Thraupidae Cabanis, 1847 (85)
Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766)
sanhaçu-cinzento
Thraupis ornata (Sparrman, 1789)
sanhaçu-de-encontroamarelo
Pipraeidea melanonota
(Vieillot, 1819)
saíra-viúva
Tangara cyanoventris
(Vieillot, 1819)
saíra-douradinha
Tangara cayana (Linnaeus, 1766)
Tersina viridis (Illiger, 1811)
D
np/a
O
ATL
M
G/F
M/D
G
ATL
M
O
C
R
ATL
M/D
G/F
saíra-amarela
C/D
G/F
saí-andorinha
M
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766)
saí-azul
M/D
Hemithraupis ruficapilla
(Vieillot, 1818)
saíra-ferrugem
ATL
E
a
C
A
E
a
R
E
M/D
G/F
A
C
G
a
E
M
G
mr
O
Emberizidae Vigors, 1825 (74)
Zonotrichia capensis
(Statius Muller, 1776)
tico-tico
Haplospiza unicolor
(Cabanis, 1851)
cigarra-bambu
ATL
canário-rasteiro
Embernagra longicauda (Strickland, 1844)
rabo-mole-da-serra
Frequência
Sicalis citrina (Pelzeln, 1870)
Migração
CE, gv,
rv
Registro
Endemismo/
Conservação
capacetinho-do-ocodo-pau
Ambiente
Nome popular
Famílias e espécies
Poospiza cinerea
(Bonaparte, 1850)
Emberizidae Vigors, 1825 (74)
TM, gq
C
O
F
G
E
F
G
A
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766)
tiziu
D
G/F
Sporophila nigricollis (Vieillot,
1823)
baiano
D
G/F
a
R
Sporophila caerulescens
(Vieillot, 1823)
coleirinho
D
Arremon flavirostris
(Swainson, 1838)
tico-tico-de-bicoamarelo
M
G/F
R
Coryphospingus pileatus
(Wied, 1821)
tico-tico-rei-cinza
M/C/F
G/F
R
trinca-ferro-verdadeiro
C
G
E
R
a
O
Cardinalidae Ridgway, 1901
Saltator similis
(d’Orbigny & Lafresnaye, 1837)
Geothlypis aequinoctialis
(Gmelin, 1789)
pia-cobra
C
G
Basileuterus hypoleucus
(Bonaparte, 1830)
pula-pula-de-barrigabranca
M
G/F
A
Basileuterus flaveolus
(Baird, 1865)
canário-do-mato
M
G/F
C
Basileuterus leucoblepharus
(Vieillot, 1817)
pula-pula-assobiador
M
G
R
G
O
ATL
a
R
Icteridae Vigors, 1825
Psarocolius decumanus
(Pallas, 1769)
japu
M
Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819)
graúna
D
Carduelis magellanica
(Vieillot, 1805)
pintassilgo
C
G
O
finfim
M/D
G
C
bico-de-lacre
D
R
pardal
D
O
O
Fringillidae Leach, 1820
Euphonia chlorotica
(Linnaeus, 1766)
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947 (22)
Estrilda astrild (Linnaeus, 1758)
Passeridae Rafinesque, 1815
Passer domesticus
(Linnaeus, 1758)
151
Estrildidae (Bonaparte, 1850)
Passeriformes (Gráficos 1 e 2), sendo que Tyrannidae (37 espécies), Furnariidae (12
espécies) e Thraupidae (11 espécies) possuem o maior número de representantes (Figura 8).
Algumas espécies que pertencem às famílias com maior número de representantes estão
ilustradas
pelas
fotos
seguir (Figuras
7,de
8 eaves
9). não passeriformes na MSP.
Gráfico 1:
Número
deaespécies
por família
Tinamidae
Cracidae
Cathartidae
Accipitridae
Falconidae
Rallidae
Famílias
Cariamidae
Charadriidae
Columbidae
Psittacidae
Cuculidae
Strigidae
Caprimulgidae
Apodidae
Trochilidae
Trogonidae
Picidae
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Número de espécies
Gráfico 1. Número de espécies por família de aves Não-Passeriformes na MSP.
Número
de espécies
por família de aves passeriformes na RPPN Mata Samuel de Paula.
Gráfico 2:
Universidade
Federal
de Minas
Gerais
Melanopareiidae
Thamnophilidae
Conopophagidae
Rhinocryptidae
Dendrocolaptidae
Furnariidae
Tyrannidae
Pipridae
Tityridae
Famílias
FAUNA
Vireonidae
Corvidae
Hirundinidae
10
LevantamentoTroglodytidae
de Aves
Turdidae
152
Mimidae
Coerebidae
Thraupidae
Emberizidae
Cardinalidae
Parulidae
Icteridae
Fringillidae
Estrildidae
Passeridae
0
.
2
4
6
8
10 12
14 16
18 20 22
24 26
28 30 32
34 36
Número de espécies
Gráfico 2. Número de espécies por família de aves Passeriformes na RPPN Mata Samuel de Paula.
Figura 9. Saíra-douradinha, representante de Thraupidae.
A curva do coletor, que ilustra a acumulação de espécies que são registradas
a cadaAcampanha,
não que
atingiu
assíntotade(Gráfico
3). são
Dezesseis
espécies
curva do coletor,
ilustrasua
a acumulação
espécies que
registradas
a cada foram
consideradas
abundantes,
15 comuns,
rarasforam
e 32 consideradas
ocasionais. Foram
campanha, não atingiu
sua assíntota
(Gráfico 32
3). escassas,
Dezesseis 64
espécies
reconhecidos
nove tipos de dietas, sendo que insetívoros (77), onívoros (17), graabundantes, 15 comuns, 32 escassas, 64 raras e 32 ocasionais. Foram reconhecidos nove
nívoros
(14), nectarívoros (11) e frugívoros (10) foram os que tiveram a maior
tipos de dietas, sendo que insetívoros (77), onívoros (17), granívoros (14), nectarívoros (11)
representação em número de espécies. As espécies nas figuras 10 a 14 (página 146)
e frugívoros (10) foram os que tiveram a maior representação em número de espécies. As
exemplificam algumas das dietas registradas.
espécies nas fotografias a seguir exemplificam algumas das dietas registradas (Figuras 10 a
14).
G
ráfico 3: Curva do coletor: acúmulo de espécies novas observadas ao longo das amostragens.
180
160
140
nº de espécies
120
100
80
60
40
Amostras
Gráfico 3. Curva do coletor: acúmulo de espécies novas observadas ao longo das amostragens.
Quanto ao hábito alimentar, as aves foram agrupadas em 17 guildas. As cinco
12
mais
representativas foram pequenos insetívoros de folhagens de sub-bosque,
reLevantamento de Aves
presentados por 19 espécies; pequenos insetívoros de folhagens de copa, com 11
espécies; pequenos insetívoros de copa e frugívoros de folhagens de sub-bosque,
ambos representados por cinco espécies. A seguir estão representadas algumas
espécies que exemplificam as guildas registradas (Figuras 15 e 16).
De acordo com a classificação adotada foram registradas 75 espécies na mata,
30 na área aberta e 15 no cerrado/campos ferruginosos. Outras 38 espécies foram
encontradas em mais de um habitat discriminado. Ao longo do estudo, foram verificadas evidências (ninhos, filhotes, display, lek) de que 28 espécies se reproduzem
na RPPN Mata Samuel de Paula (Tabela 3). As figuras 17 a 18.2 exemplificam
essas evidências.
Espécies endêmicas da Mata Atlântica
Foram observadas 27 espécies endêmicas da Mata Atlântica, o que equivale a 13,6%
das 199 espécies exclusivas desse bioma (Stotz et al., 1996) (Tabela 2). O macuquinho
(Scytalopus indigoticus), representante das espécies endêmicas desse bioma, encontra-se
na lista de espécies ameaçadas de extinção da BirdLife International (2000).
153
14
/9
/2
00
13
5
-1
5/
10
/
05
11
-1
2/
11
/0
14
5
-1
6/
12
/0
5
24
-2
7/
1/
0
13
6
-1
5/
02
/0
6
12/
04
/0
20
6
-2
2/
04
/
06
20
-2
1/
05
/0
19
6
-2
1/
07
/0
14
6
-1
5/
08
/
06
16
-1
8/
09
/0
28
6
-2
9/
09
/0
6
0
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
20
FAUNA
17
15.2
18.1
16
18.2
154
15.1
15.1. Patinho, um pequeno insetívoro de
folhagens de sub-bosque
17. Ovos e filhotes de bacurau-da-telha
15.2. Juruviara, pequeno insetívoro de folhagens de copa
18.1. Ninho de cabeçudo
16. Tangará (macho jovem), frugívoro de
folhagens de sub-bosque
18.2. Fenda de árvore utilizada como ninho de
arapaçu-verde
Evidências
Milvago chimachima
Ninho
Caprimulgus longirostris
Ninhos/Filhotes
Chlorostilbon lucidus
Ninho
Thamnophilus caerulescens
Ninho em construção
Sittasomus griseicapillus
Ninho
Furnarius rufus
Ninho
Phacellodomus rufifrons
Ninho
Lochmias nematura
Ninho em construção
Tolmomyias sulphurescens
Ninho
Colonia colonus
Ninho
Ilicura militaris
Exibição de corte
Chiroxiphia caudata
Exibição de corte / Jovem
Pygochelidon cyanoleuca
Filhote sendo alimentado
Leptopogon amaurocephalus
Ninho
Turdus rufiventris
Filhote sendo alimentado
Coereba flaveola
Ninho em construção
Hylophilus amaurocephalus
Filhote sendo alimentado
Tachyphonus coronatus
Ninho em construção/Jovem
Thraupis sayaca
Ninho em construção
Tangara cayana
Ninho em construção
Tersina viridis
Ninho em construção
Dacnis cayana
Ninho em construção
Hemithraupis ruficapilla
Filhote sendo alimentado
Basileuterus hypoleucus
Exibição de corte
Estrilda astrild
Ninho em construção
Sicalis citrina
Exibição de corte
Florisuga fusca
Jovem
Fluvicola nengeta
Ninho
Espécies endêmicas do Cerrado
Registraram-se na RPPN quatro espécies endêmicas do Cerrado, Melanopareia
torquata (tapaculo-de-colarinho), Cyanocorax cristatelus (gralha-do-campo),
Poospiza cinerea (capacetinho-do-oco-do-pau) e Embernagra longicauda (rabo-moleda-serra), sendo que E. longicauda foi também considerado endêmico da Cadeia
do Espinhaço (Silva, 1997). No entanto, essa espécie foi encontrada em pontos
exteriores dos domínios do Espinhaço e teve sua distribuição ampliada (Vasconcelos et al., 2003).
As espécies tapaculo-de-colarinho e rabo-mole-da-serra são frequentemente
observadas nas áreas de Campos Ferruginosos da MSP e tiveram suas vocalizações
gravadas. A vocalização da gralha-do-campo foi escutada e gravada várias vezes na
mata durante o estudo. Já o capacetinho-do-oco-do-pau foi observado apenas uma
155
Espécies que se reproduzem na RPPN
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 3: Espécies que se reproduzem na RPPN Mata Samuel de Paula e as evidências que
permitiram essa conclusão.
vez (na manhã do dia 22 de abril de 2006) na
área de encosta, onde se desenvolvem fisionomias campestres do Cerrado, nos limites da
RPPN e do condomínio Quintas do Sol.
Registros importantes
Foram observadas durante o estudo quatro
espécies de interesse conservacionista segundo
BirdLife International (2000) e Machado et al.
(1998). As informações sobre essas espécies
foram selecionadas de Ridgely e Tudor (1989 e
1994), Sick (1997) e Machado et al. (1998).
156
FAUNA
Embernagra longicauda
(rabo-mole-da-serra)
Pertencente à família Emberezidae, o
rabo-mole-da serra é uma espécie campestre
grande (21,5 cm), que possui cauda longa, anel
amarelado em torno do olho e linha da mesma
cor acima do loro anegrado. A coloração da
garganta é branco-amarelada enquanto que a
do dorso é verde. E. longicauda é considerada
globalmente quase-ameaçada de extinção
(BirdLife International, 2000), por sofrer grande perda de habitat. A pressão antrópica é a principal causa da destruição de
seu hábitat, provocada por atividades como a
mineração e a criação de pastos. As vocalizações do rabo-mole-da-serra podem ser ouvidas
frequentemente nas encostas dos morros da
reserva. Essa espécie é residente dos Campos
Ferruginosos presentes na MSP, nas maiores
altitudes da reserva, onde é comum.
Scytalopus indigoticus (macuqinho)
O macuquinho é um tapaculo, grupo relativamente pequeno de pássaros neotropicais
que formam a família Rhinocryptidae. Os
integrantes dessa família, como seu próprio
nome diz, possuem narinas recobertas por
membranas. A carena de Scytalopus é muito
reduzida e sua clavícula é solta, condição ancestral entre os Passerifomes. Essas características, suas asas redondas e sua reduzida
musculatura peitoral indicam sua baixíssima
capacidade de voo. O macuquinho tem 11 cm
de comprimento, apresenta pernas altas e fortes e possui, como todas as outras espécies do
gênero, olhos bastante avantajados. O tamanho
grande de seus olhos talvez seja uma adaptação
para a permanência em ambientes sombrios.
O macuquinho é considerado globalmente
quase-ameaçado de extinção, já que seu habitat
sofre acelerado desmatamento e fragmentação
(BirdLife International, 2000). Essa ave é
de difícil observação, terrícola e provavelmente
sedentária. Endêmica da Mata Atlântica, habita bordas de floresta e mata secundária densas.
Na MSP, essa espécie foi registrada em três
locais diferentes do interior da mata por meio
de sua vocalização, que foi gravada (uma vez
no dia 14 de dezembro de 2005 e duas vezes
no dia 18 de setembro de 2006).
Poospiza cinerea
(capacetinho-do-oco-do-pau)
O capacetinho-do-oco-do-pau é um
Passeriforme de 13,3 cm, pertencente à família Emberezidae. Essa espécie possui loro e
região auricular anegrados, píleo acinzentado,
peito ligeiramente amarelado, íris vermelha
e bico negro. P. cinerea é pouco conhecida
e endêmica do Cerrado de Mato Grosso,
Goiás, Minas Gerais e Norte de São Paulo.
Além disso, é considerada vulnerável em nível
global (BirdLife International, 2000)
e em Minas Gerais, por apresentar pequenas populações e comportamento nomádico
(Machado et al., 1998). No entanto, estudos
de um casal de P. cinerea na Serra do Cipó,
realizados por Costa e Rodrigues (2006) não
Campephilus robustus (pica-pau-rei)
C. robustus, ave da família Picidae, o maior pica-pau do Brasil (36 cm), habita
florestas úmidas e florestas de araucária e só ocorre em áreas perturbadas quando
ali ainda existem árvores grandes. Possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso
creme e existe nos machos uma pequena mancha auricular preta e branca. O picapau-rei é considerado em perigo de extinção em Minas Gerais (Machado et al.,
1998), pela acelerada destruição de seu habitat e por possuir populações isoladas.
C. robustus foi visto numa árvore alta da MSP e teve sua vocalização gravada no
dia 14 de fevereiro de 2006.
Capturas
O esforço de 429 horas/rede permitiu a captura de 141 indivíduos. Desse
modo, amostraram-se 45 espécies que compõem 17 famílias. Foram, então, feitas fotografias das aves capturadas para uso futuro na preparação de materiais
de divulgação. As espécies que tiveram o maior número de indivíduos capturados foram Pyriglena leucoptera (papa-taoca-do-sul) (Figura 19), Basileuterus
hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca), Conopophaga lineata (chupa-dente) e
157
encontraram indícios de que essa espécie seja nômade, o que sugere que a constatação de nomadismo foi feita sem que existam estudos e informações suficientes
de sua bióloga básica. Entretanto, com esse estudo, foi verificada a raridade e as
baixas densidades populacionais da espécie, características que a torna vulnerável.
O capacetinho-do-oco-do-pau foi observado apenas uma vez numa região de
Cerrado da reserva que faz limite com o condomínio Quintas do Sol.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
19. Papa-taoca-do-sul
Coereba flaveola (Cambacica)
Hylophilus amaurocephalus (vite-vite-de-olho-cinza)
Tricothraupis melanops (tiê-de-topete). Foram capturados 12 indivíduos de
P. leucoptera, 11 de B. hypoleucus e 10 de C. lineata e de T. melanops. Observou-se
nas capturas o predomínio de poucas espécies abundantes. As quatro famílias que
tiveram o maior número de espécies capturadas foram Tamnophilidae, Tyrannidae,
Thraupidae e Parulidae (Gráfico 4).
Gráfico 4: Número de indivíduos capturados das quatro famílias mais representativas na MSP.
22
20
Número de indivíduos capturados
18
16
14
12
10
8
6
4
2
Tyrannidae
Thraupidae
Parulidae
Famílias
Discussão
Foi encontrada uma riqueza significativa de espécies na RPPN MSP (159).
Isso equivale a 70% do número de espécies registradas por um levantamento feito
em EPDA Peti, área com ambientes semelhantes aos encontrados na MSP, mas que
é bem mais extensa (602 ha) (Faria et al., 2007). A curva do coletor não atingiu
equilíbrio, o que indica que outras espécies ainda podem ser registradas na RPPN
Mata Samuel de Paula. Isso se deve, talvez, ao tempo limitado do levantamento
(32 dias). Vasconcelos (2006) fornece um exemplo de uma curva de acumulação
de espécies em uma região de Campos Rupestres que se estabiliza somente ao
atingir mais de 80 dias de levantamento. Os Campos Rupestres possuem menor
biodiversidade se comparados a um ambiente florestal, o que sugere que em uma
região mais rica, como as florestas inseridas nos domínios da Mata Atlântica, o
inventário de avifauna deve ser feito em ainda mais tempo de campo. A curva do
coletor, como mostrada neste estudo, é uma ferramenta indispensável para que se
possa saber o número de espécies aproximado que ocorre numa determinada área.
A curva não ter atingido o equilíbrio não invalida o trabalho, apenas mostra que
outras espécies ainda poderão ser registradas. Entretanto, a maioria dessas espécies
é de ocorrência rara ou ocasional.
159
Thamnophilidae
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
0
FAUNA
160
A grande quantidade de espécies endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado presente
na MSP sugere a importância dessa Unidade
de Conservação na preservação da desses dois
biomas ameaçados. O registro de quatro espécies que constam em listas de ameaçadas de extinção (Embernagra longicauda, o rabo-moleda-serra; Scytalopus indigoticus, o macuquinho;
Poospiza cinerea, o capacetinho-do-oco-do-pau
e Campephilus robustus, o pica-pau-rei) indica
que a MSP faz parte da área de vida dessas
espécies, sendo útil para o esforço de suas conservação. No entanto, são necessários estudos
demográficos e de densidade populacional das
espécies para se estar seguro de que as populações são realmente viáveis e irão persistir por
longo tempo no local. Isso porque a MSP é
uma área fragmentada e pequena, que talvez
não suporte populações grandes o suficiente
para perpetuarem no futuro. Populações pequenas estão sujeitas à perda de variabilidade
genética, variações demográficas e aleatoriedade ambiental, fatores que podem acabar por
extingui-las (Primack & Rodrigues, 2005).
Durante o estudo, uma área adjacente à MSP
começou a sofrer um processo de urbanização
para que se transforme em condomínio residencial, o que aumenta o isolamento da reserva. Apesar disso, a MSP está bem próxima
a uma outra RPPN maior e mais preservada
(Mata do Jambreiro), situação muito vantajosa, pois provavelmente ocorrem intercâmbios
de várias espécies, o que reduz os efeitos da
fragmentação sobre as populações.
Mesmo com todo o histórico de fragmentação das matas da região e o isolamento da MSP, pode-se dizer que a MSP ainda
abriga uma porção significativa e importante
da avifauna da Mata Atlântica, pois nesse
local foi registrado um grande número de
espécies. Esse número é proporcionalmente
semelhante ao de outros remanescentes da
região, levando-se em conta o tamanho da
área. Por exemplo, Faria et al. (2007) encontraram 282 espécies de aves na Estação de
Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de
Peti, Fragmento florestal de 602 ha que, assim
como a MSP, está localizado no Quadrilátero
Ferrífero. Na Serra do Caraça, que inclui uma
RPPN de 11.233 ha e também esta situada
no Quadrilátero Ferrífero, foram registradas 276 espécies (Vasconcelos & Mello
Jr 2001; Vasconcelos et al., 2003a). Essas
diferenças se devem a pelo menos três fatores,
tais como o tamanho, o gradiente altitudinal
e estado de conservação das áreas. São poucos os levantamentos de aves consistentes na
Mata Atlântica de Minas Gerais, por isso há
a dificuldade de comparação.
Manejo
A consolidação de uma Unidade de Conservação ocorre somente quando as medidas
necessárias para que ela exerça seu papel na
preservação do ambiente são efetuadas. Não
basta decretar Unidades de Conservação se isso
não cessar as pressões que estão ameaçando as
espécies (Olmos, 2005). A super exploração
das espécies de fauna e flora para uso humano, que inclui a caça e a extração de madeira,
está entre as maiores ameaças à diversidade
biológica (Primack & Rodrigues, 2001).
Durante o estudo realizado na Mata Samuel
de Paula, foram detectadas atividades de extração de madeira e caça ilegais nos domínios
da reserva. Sugere-se então o fortalecimento
da fiscalização das fronteiras da reserva para
evitar essas atividades, que prejudicam o desenvolvimento da vegetação e a sobrevivência da
fauna. Além disso, essas práticas são proibidas
indigoticus, o macuquinho; Poospiza cinerea,
o capacetinho-do-oco-do-pau e Campephilus
robustus, o pica-pau-rei) a execução de projetos
de pesquisa que aumentem o conhecimento
sobre elas e que evidenciem a real situação
dessas espécies na RPPN. Estudos populacionais, por exemplo, poderão explicitar se as
populações estão em declínio, estáveis, ou em
ascensão. A partir desses estudos poderão ser
planejadas estratégias que visem à conservação
dessas espécies na MSP.
A destruição da mata de galeria do ribeirão dos Cristais na área vizinha a reserva,
causará erosão e assoreamento do mesmo, e isso
poderá afetar espécies que dependem desses
habitats, como, por exemplo, o Turdus Subalaris
e o João-porca (Lochmias nematura). O ideal
seria que a mata de galeria desse ribeirão fosse
incorporada à reserva.
A presente lista de espécies é de fundamental importância para futuros planos de
manejo dentro da RPPN Mata Samuel de
Paula e deverá servir também como material
para educação ambiental.
161
em áreas que possuem status de RPPN, nas
quais são permitidas somente atividades de
pesquisa e visitação (Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 2004).
Uma melhor fiscalização evitaria também o
aprisionamento de aves para servirem como
animais de estimação. Essa é uma prática ilegal
que também ocorre na reserva e que pode ser
reduzida pela conscientização da população
local com educação ambiental.
Sabe-se que para o pica-pau-rei C. robustus,
espécie ameaçada observada na reserva, árvores grandes são essenciais à sua nidificação e
forrageamento, sendo importante que sejam
preservadas. Para a conservação dessa espécie é frequentemente sugerida a construção
de ninhos artificiais de madeira nas arvores
grandes e a plantação de palmeiras grandes nas
bordas de mata para servirem, em longo prazo,
de locais de nidificação para o pica-pau-rei
(Machado et al., 1998).
Sugere-se para as espécies que são ameaçadas e ocorrem na MSP (Embernagra
longicauda, o rabo-mole-da-serra; Scytalopus
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Thalurania furcata (Beija-Flor tesoura verde)
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164
FAUNA
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Anfíbios e Répteis /Herpetofauna
Coordenador:
Colaboradora:
MSc. Felipe Sá Fortes Leite
Mariella Butti de Freitas Guilherme
Sibynomorphus mikanni
Bokemannohyla sp. (aff. circumdata)
167
A herpetofauna constitui um grupo artificial criado para designar de modo geral
as espécies de répteis e anfíbios que constituem os grupos Amphibia, Squamata,
Crocodylia e Testudines.
No Brasil são conhecidas 847 espécies de anfíbios e 701 de répteis (SBH, 2008a;
2008b). Segundo estimativa preliminar, o estado de Minas Gerais abriga cerca de
200 espécies de anfíbios (Drummond et al., 2005), o que representa 24% desse total.
Ainda não existe um número ou estimativa da riqueza de répteis no estado.
Anfíbios vêm sendo foco de crescente interesse e preocupação em razão da
detecção de inúmeros eventos de declínios populacionais em várias partes do
mundo (Beebee, 1996; Young et al., 2004), tendo como causas fatores como
alterações climáticas, contaminação por poluentes, destruição / alteração de
ambientes naturais, doenças, entre outros, havendo ainda muitos casos cujas
causas permanecem desconhecidas (Collins, 2003). Anfíbios são especialmente
suscetíveis a alterações ambientais e devem, portanto, receber atenção especial
em iniciativas de conservação. Sua pele permeável é muito vulnerável a poluentes
químicos e à radiação, e seu complexo ciclo de vida os expõe a distúrbios tanto
no meio aquático (fase larval) quanto no meio terrestre (fase adulta) na maioria
das espécies (Beebee, 1996).
Répteis, por outro lado, apresentam o corpo protegido por uma pele mais
resistente e espessa, coberta por escamas e placas ósseas, o que os torna menos suscetíveis à desidratação e à contaminação por produtos químicos (Zug et al., 2001).
No entanto, declínios de populações de répteis já foram registrados (e.g. Webb
et al., 2002, Wilson e McCranie, 2004), e acredita-se que estejam relacionados
principalmente à degradação ambiental (Zug et al., 2001).
Os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado apresentam elevada riqueza e
endemismos de espécies vegetais e animais, além de apresentarem mais de 70% de
sua cobertura original descaracterizada. Em virtude dessa riqueza biológica e dos
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
níveis de ameaça, esses biomas brasileiros integram a lista dos biomas prioritários
para a conservação da biodiversidade mundial (Myers et al., 2000).
A região Metropolitana de Belo Horizonte é considerada uma área de transição
entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado e por isso é uma área estratégica para a
conservação desses ecossistemas. A porção sul da Serra do Espinhaço foi classificada
como uma área de interesse especial para a conservação de anfíbios e répteis no estado
de Minas Gerais em razão de seu considerável número de espécies endêmicas, sua
alta diversidade e seu elevado grau de ameaça (Drummond et al., 2005) (Figura 1).
Apesar da proximidade com Belo Horizonte, poucas localidades situadas nas imediações da região do Quadrilátero Ferrífero apresentam inventários herpetofaunísticos.
Estudos de inventário faunístico são de extrema importância para que estratégias de
conservação e manejo possam ser eficientemente elaboradas e executadas.
A herpetofauna da RPPN Mata Samuel de Paula não é inventariada e certamente merece estudos que venham suprir tal necessidade. Este relatório apresenta
os resultados obtidos no projeto Levantamento da Herpetofauna da RPPN Mata
Samuel de Paula no período de setembro de 2006 a agosto de 2007.
168
FAUNA
Figura 1: Mapa de Minas Gerais indicando áreas prioritárias para a conservação de anfíbios e répteis.
A região indicada pelo número 16, denominada de Espinhaço Sul, corresponde ao Quadrilátero Ferrífero, onde está inserida a RPPN Mata Samuel de Paula. Fonte: Drummond et al. (2005).
Objetivos específicos
1. Promover o inventário das espécies de
anfíbios e répteis da RPPN;
2. Produzir uma listagem de espécies para
os grupos acima citados registrados na
RPPN;
3. Caracterizar o período de reprodução das
espécies de anfíbios anuros encontrados
na RPPN;
4. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras de qualidade ambiental ou de significativa importância biogeográfica;
5. Elaborar um diagnóstico ambiental da área
baseado na composição da herpetofauna
registrada, visando subsidiar o planejamento do uso, conservação e manejo da área;
6. Criar um arquivo (audiovisual) provido
de informações relevantes das espécies
de anfíbios e répteis de interesse para o
programa de Educação Ambiental.
Área de estudos
Este projeto de pesquisa foi desenvolvido
na área da RPPN Mata Samuel de Paula, propriedade da Mineração AngloGold Ashanti.
Material e métodos
Foram realizadas campanhas de campo
mensais com duração de 2-3 noites, durante o
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
O objetivo deste projeto foi documentar
e inventariar a herpetofauna da RPPN Mata
Samuel de Paula.
período de setembro de 2006 a agosto de 2007.
Campanhas adicionais foram executadas em
setembro de 2007 com o intuito de obter gravações da vocalização de Scinax luizotavioi.
Os pontos de amostragem foram selecionados de forma a representar os principais
ambientes úmidos encontrados na área. Suas
breves descrições são apresentadas na Tabela 1.
Procurou-se escolher ambientes que apresentassem um conjunto de características ideais e
necessárias para sustentar uma comunidade de
anfíbios e répteis. Tal associação das espécies
da herpetofauna aos respectivos ambientes é
feita por meio da análise de parâmetros conhecidamente importantes (tipo e estrutura
da vegetação, características do corpo de água,
disponibilidade de abrigos, etc.). O registro
de anfíbios foi feito em excursões noturnas a
campo, sendo a ocorrência dos animais obtida
por meio de procura ativa, zoofonia (identificação das espécies por meio das vocalizações emitidas pelos machos), visualizações ocasionais e
captura manual de exemplares. Visitas diurnas
visaram a visualização e coleta de girinos, desovas e adultos abrigados ou que apresentassem
atividade diurna. O registro mensal de machos
vocalizando, casais em amplexo, desova e girinos foram utilizados para caracterizar a atividade reprodutiva das espécies de anfíbios.
Em relação aos répteis, os esforços
foram concentrados em lagartos e serpentes
(Squamata). A grande maioria das espécies de
Squamata procura refúgio sob pedras e frestas
em afloramentos rochosos, tocos caídos, serrapilheira, tocas de outros animais e demais
esconderijos. Assim sendo, cada um desses
ambientes diagnosticados como potenciais
para a ocorrência de serpentes ou lagartos
foram investigados, concomitantemente aos
esforços de busca de anfíbios.
169
Objetivos
Armadilhas de interceptação e queda (tipo pitfall) não foram especificamente
instaladas para este estudo. Porém, a equipe de mastozoologia da UFMG gentilmente
cedeu os dados de captura de répteis e anfíbios por essas armadilhas.
Para a formação do arquivo audiovisual que poderá ser utilizado no programa
de Educação Ambiental, sempre que possível foram feitas fotografias, gravações de
áudio e/ou pequenos vídeos das espécies da herpetofauna local.
Os espécimes coletados e fixados segundo as técnicas usuais em herpetologia
foram depositados (material testemunho) na coleção de herpetologia do Departamento de Zoologia da UFMG (CHUFMG).
A identificação em laboratório foi feita com auxílio de literatura especializada,
comparação com material já determinado existente em coleções e, caso necessário,
envio de espécimes para especialistas.
A classificação taxonômica utilizada segue as propostas apresentadas por
Faivovich et al. (2005), Frost et al. (2006), Grant et al. (2006), Ghaparro et al.
(2007), Heinicke et al. (2007) e Hedges et al. (2008). Para répteis seguiu-se a lista
de espécies brasileiras disponível no site da Sociedade Brasileira de Herpetologia
(SBH, 2008b).
Ponto
Descrição
Característica do corpo de água
P1
Riacho em meio à mata, situado atrás do laguinho artificial
do CEA. Ao lado dos sanitários.
Lótico
P2
Área de campo nos arredores do CEA.
P3
Pequena drenagem permanente com pequenos remansos.
Logo após a cerca de arame do portão. Mata ciliar rala.
P4
Área descampada. Na subida da trilha que sucede o
portão da cerca.
P5
Pequena drenagem permanente em meio à mata. Situada
amontante do local onde a própria cruza a trilha.
Lótico
P6
Pequena drenagem permanente, em meio à mata, porém,
faz divisa com a área aberta do P4, onde forma ambiente
brejoso. Situada ajusante de P5.
Lótico
P7
Pequena barragem circundada por mata. Provavelmente
antiga captação de água. Vegetação marginal de samambaias e capim navalha.
Lêntico
P8
Pequena drenagem permanente em meio à mata. Cruza a
trilha, porém é situado após o P6 no sentido CEA - interior
da RPPN.
Lótico
P9
Drenagem permanente e brejos associados em meio à
mata. Próxima a uma cerca de arame. Cruza a trilha que se
inicia na portaria do condomínio Quintas do Sol e vai até o
Ribeirão dos Cristais.
Lótico
P10
Cachoeira situada ajusante de P9.
Lótico
P11
Mata ripária do Ribeirão dos Cristais. Corpo de água lótico
de médio porte, correnteza forte e leito pedregoso.
Lótico
P12
Riacho permanente, com brejos associados, em meio à
área descampada. Próximo às antigas casas da fazenda.
Lótico/lêntico
170
FAUNA
Tabela 1: Localização e caracterização dos pontos amostrais na área da RPPN Mata Samuel de Paula
de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG.
Lótico
Hyalinobatrachium uranoscopum
Resultados
Na área da RPPN Mata Samuel de Paula foram registradas 14 espécies de
anfíbios anuros, pertencentes a cinco famílias. A família Hylidae apresentou o maior
número de espécies, com oito espécies. Brachycephalidae apresentou duas espécies.
Bufonidae, Centrolenidae, Craugastoridae e Cycloramphidae foram representadas
por uma espécie cada. As espécies registradas, bem como os locais de amostragem
onde o registro foi efetuado, podem ser observadas na Tabela 2. Nenhuma espécie
pertencente à ordem Gymnophiona (cecílias) foi encontrada, provavelmente em
razão de seu hábito fossorial o que dificulta o seu registro.
Tabela 2: Espécies de anfíbios registradas de setembro de 2006 a agosto de 2007 na área da RPPN
Mata Samuel de Paula de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Anfíbios
Espécie
Hábito
Ambiente
Registro
Locais de
amostragem
Nome popular
Bokermannohyla sp.
(aff. circumdata)
arborícola
RP
A, G, V
P3, P5, P6, P8
Perereca
Dendropsophus sp.
(gr. parviceps)
arborícola
LP
A, V
P7
Perereca
Hypsiboas faber
arborícola/terrestre
-
V
P6, P7
Sapo-ferreiro
Hypsiboas lundii
arborícola
RP
V
P1
Perereca
Hypsiboas polytaenius
arborícola
RP
A, G, V
P1, P3, P5, P6,
P7, P8
Perereca
Scinax fuscovarius
arborícola
RP
V
P10
Perereca-de-banheiro
Famíla Hylidae
171
Classe Amphibia . Ordem Anura
Hypsiboas polytaenius
Proceratophrys boiei
Espécie
Hábito
Ambiente
Registro
Locais de
amostragem
Nome popular
Scinax luizotavioi
arborícola
LP
V, A, G
P7, P12
Perereca
Scinax sp. (clado ruber)
arborícola/terrestre
LP
A, V, G
P7
Perereca
Famíla Hylidae
Família Brachycephalidae
Ischnocnema
izecksohni
terrestre/arborícola
FL
A, V
P3, P4, P5, P6,
P7, P8, P9, P10,
P11, P12
Rãzinha-da-mata
Ischnocnema juipoca
terrestre
FL
A, V
P2, P4, P12
Rãzinha
terrestre
FL
V
P12
Sapo-cururu
RP
A
P11
Perereca-de-vidro
FL
A, V
P2, P12
Rãzinha-da-mata
RP
A, G, V
P9, P12
Sapo-de-chifres
Família Bufonidae
Rhinella pombali
Família Centrolenidae
Hyalinobatrachium
uranoscopum
arborícola
Família Craugastoridae
Haddadus binotatus
terrestre/arborícola
Família Cycloramphidae
Proceratophrys boiei
terrestre
Ambientes RP= drenagem permanente; LP= Lagoa ou brejo permanente; FL= folhiço/solo da mata. Registro A=
auditivo; V= visual; G= girino; C= casal em amplexo; D= desova. Locais de amostragem P1-P12 (ver metodologia).
173
Dentre as espécies de anuros registradas na RPPN algumas são importantes do
ponto de vista conservacionista e por isso devem ser destacadas individualmente.
Ressalta-se o registro de Dendropsophus sp. (gr. parviceps) que merece destaque
por tratar-se de uma espécie com chances de ser nova, ainda não descrita pela ciência, pertencente ao grupo de Dendropsophus parviceps. No leste brasileiro, em áreas
de Mata Atlântica, são conhecidas apenas duas espécies desse grupo: D. microps e
D. giesleri. Até então Dendropsophus sp. (gr. parviceps) só era conhecida para a Estação
Ecológica de Fechos, Nova Lima-MG, local onde foi recentemente encontrada por
Pacheco & Leite (2005).
Scinax sp. (clado ruber) é uma espécie comum e já há muito conhecida para a
região do Quadrilátero Ferrífero; contudo, sobre sua identidade taxonômica ainda
permanece uma dúvida entre pesquisadores que estão trabalhando com a espécie.
De qualquer forma, é uma espécie comumente encontrada na região. Porém, até
que o seu status taxonômico seja definido, pouco poderá ser afirmado a respeito de
sua real distribuição geográfica.
I. izecksohni e Scinax luizotavioi apresentam distribuição geográfica restritas ao
estado de Minas Gerais. E. izecksohni, que foi descrito baseado em indivíduos coletados no Parque das Mangabeiras no município de Belo Horizonte (Caramaschi
& Kisteumacher, 1988), é considerado endêmico do Quadrilátero Ferrífero, ou
seja, só existe nessa região (Leite et al., no prelo). Scinax luizotavioi é ainda considerada um espécie endêmica do Quadrilátero Ferrífero (Nascimento et al. 2005),
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Distribuição geográfica das espécies
1
3
174
FAUNA
2
1. Hypsiboas faber
2. Scinax sp. (clado ruber)
3. Hypsiboas lundii
porém esse status parece ser derivado da falta
de publicação de novos registros dessa espécie
que ocorre em outras áreas de Minas Gerais
(obs. pessoal).
Algumas espécies, apesar de apresentarem
distribuição geográfica relativamente ampla no
bioma da Mata Atlântica, são também relevantes por serem dependentes e exclusivas de
ambientes florestais. São elas: Bokermannohyla
circumdata, Haddadus binotatus, Proceratophrys
boiei, Hyalinobatrachium uranoscopum..
As demais espécies registradas são comuns, possuem distribuição geográfica relativamente ampla, toleram considerável grau
de perturbação ambiental e frequentemente
estão associadas a ambientes ecologicamente
pouco relevantes (i.e. Hypsiboas faber, Hypsiboas
lundii, Hypsiboas polytaenius, Scinax fuscovarius,
Ischnocnema juipoca, Rhinella pombali).
A RPPN encontra-se inserida em uma
região de transição entre os biomas da Mata
Atlântica e Cerrado. Contudo, sua área é composta principalmente por ambientes florestais e transicionais, com exceção de algumas
clareiras artificiais e dos topos de montanha
onde ocorre algum tipo de vegetação campestre. Não obstante, a maioria da anurofauna registrada é constituída por espécies
de ambientes florestais/transicionais e que
apresentam a maior porção das suas áreas de
distribuição geográficas inseridas no domínio
da Mata Atlântica. Apenas Hypsiboas lundii e
Ischnocnema juipoca são espécies que possuem
a maior parte de sua distribuição geográficas
inseridas no Cerrado.
Apesar de não apresentar um elevado número de espécies, a comunidade de anfíbios
registrada na RPPN Mata Samuel de Paula,
possui uma herpetofauna característica dos
fragmentos florestais situados no sul da Serra
do Espinhaço, abrigando espécies importantes
Comparação com outras áreas
Apesar de ser uma das áreas melhor amostradas do Espinhaço, o Quadrilátero Ferrífero
conta com poucos inventários anurofaunísticos.
Porém, a bacia do Ribeirão dos Cristais, no
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Distribuição na área de estudo
Quatro principais tipos de ambientes utilizados por anfíbios para a reprodução foram
encontrados e amostrados na área da RPPN.
São eles: (1) riachos permanentes em meio
à vegetação florestal; (2) ambientes brejosos,
associados a drenagens permanentes em ambientes de transição (borda de mata, capoeira);
(3) solo/serrapilheira de mata e (4) solo/serrapilheira em área de clareira (campo/pasto).
O tipo de ambiente muitas vezes pode
ser considerado um dos fatores que mais influenciam a distribuição das espécies numa
escala espacial local. Para anfíbios, os ambientes utilizáveis para a reprodução podem
ser limitantes de sua distribuição numa dada
área, à medida que influenciam não só a distribuição dos adultos, mas também das larvas.
Dessa forma, ambientes aquáticos lênticos ou
lóticos, temporários ou permanentes, tendem
a abrigar diferentes comunidades de anfíbios
à proporção que segregam espécies em função
de suas diferentes aptidões.
O ponto P7 é o único corpo de água
totalmente lêntico amostrado na RPPN. É
formado por uma pequena barragem artificial,
em meio à mata, e possui margem tomada
principalmente por capim navalha (Scleria
sp.) e samambaias (Blachnum brasiliensis). As
espécies Dendropsophus sp. (gr. parviceps) e
Scinax sp. (clado ruber) reproduzem preferencialmente, se não estritamente, em ambientes
lênticos e por isso foram encontradas apenas
nesse ponto. O ponto P12 apresenta uma área
alagada também de característica lêntica e,
por isso, assim como P7, abriga populações
de Scinax luizotavioi (Tabela 2).
Por outro lado, os pontos (P1, 4, 5, 6, 8,
9, 10 e 11) são caracterizados por riachos de
correnteza circundados por matas de galeria
típicas da região. Nesses riachos, a espécie mais
comum parece ser Bokermannohyla sp. (aff. circumdata), que teve seus girinos encontrados
em boa parte dessas drenagens (Tabela 2).
Hyalinobatrachium uranoscopum, espécie estritamente de ambiente lótico, foi encontrada
apenas em P10 provavelmente devido as suas
exigências ambientais, tanto da fase terrestre
quanto aquática. (Tabela 2).
A espécie melhor distribuída ao longo da
área da RPPN foi Ischnocnema izecksohni. Por
não necessitar de ambiente aquático para a reprodução, visto que se reproduz diretamente
no folhiço da mata, essa espécie encontra-se
em quase toda a área da RPPN que apresenta
solo com serrapilheira abundante (Tabela 2).
Haddadus binotatus, espécie também independente de ambiente aquático para a reprodução,
deve ser, assim como I. izecksohni, bem distribuída
pela área da RPPN, apesar de ter sido registrada
em apenas dois pontos amostrais (P2 e 12).
Os ambientes lóticos (P1, 3, 4, 5, 6, 8, 9,
10, 11 e parte de P12) foram responsáveis por
cerca de 86% do número total (riqueza) de espécies registradas, os lênticos (P7 e parte de
P12) abrigaram 71% da riqueza de espécies
registradas, sendo que apenas H. polytaenius e
P. boiei foram comuns aos dois tipos de ambientes. Já os ambientes não aquáticos de serrapilheira (P2) abrigaram cerca de 14% das espécies.
175
do ponto de vista conservacionista, como
a ainda não descrita Dendropsophus sp. (gr.
parviceps). Por esse motivo deve ser considerada uma importante área para a preservação de
anfíbios da porção sul do Espinhaço.
município de Nova Lima-MG, incluindo a bacia do Mutuca e de Fechos, pode ser
considerada bem amostrada. São conhecidos três inventários de anuros para essa
região. Os trabalhos nos quais se encontram tais listagens de espécies são Nascimento
et al. (1998), Silvano et al. (2005) e Leite (2006).
Nascimento et al. (1998) estudaram a ocupação temporal e espacial da comunidade de anfíbios presente na Reserva Ambiental do Mutuca. Nesse trabalho foi
registrada a presença de oito espécies de anfíbios, sendo que dessas, sete também
foram registradas na RPPN Mata Samuel de Paula.
Silvano et al. (2005), trabalhando em uma área situada nas adjacências do Ribeirão dos Cristais, registram 26 espécies de anuros. Todas as espécies registradas
na RPPN ocorrem também nessa região de cabeceira do Ribeirão dos Cristais, com
exceção de Scinax luizotavioi.
Na Estação Ecológica de Fechos foram registradas 15 espécies de anfíbios
(Leite, 2006). Hypsiboas faber, Hypsiboas lundii e Scinax fuscovarius não ocorrem
na Estação Ecológica de Fechos, entretanto foram registradas na RPPN. A maior
parte da reserva de Fechos é coberta por vegetação florestal, e, assim como na
RPPN Mata Samuel de Paula, a maioria das espécies que lá ocorrem são típicas de
ambiente de mata.
Na Tabela 3 compara-se a constituição da comunidade de anuros da RPPN
Mata Samuel de Paula com a das demais áreas supracitadas.
Alto Vale
dos Cristais
Estação
Ecológica
de Fechos
Reserva
Ambiental
do Mutuca
Nome Vulgar
Ischnocnema izecsonhi
X
X
X
X
Rãzinha-da-mata
Ischnocnema juipoca
X
X
X
Taxa
RPPN Mata
Samuel de
Paula
Tabela 3: Constituição de espécies das comunidades de anfíbios anuros registradas em áreas situadas na bacia do Ribeirão dos Cristais, Município de Nova Lima-MG, incluindo os dados levantados na
RPPN Mata Samuel de Paula, de setembro de 2006 a agosto de 2007.
FAUNA
Brachycephalidae
Rãzinha
Bufonidae
X
176
Rhinella rubescens
Rhinella pombali
Sapo-cururu
X
X
X
X
Sapo-cururu
X
X
X
X
Perereca-de-vidro
X
X
X
Centrolenidae
Hyalinobatrachium uranoscopum
Craugastoridae
Haddadus binotatus
Rãzinha-da-mata
Cycloramphidae
X
Odontophrynus cultripes
Proceratophrys boiei
X
X
X
X
Sapo
X
X
Sapo-de-chifres
Hylidae
X
Aplastodicus arildae
Bokermannohyla sp. (aff. circumdata)
X
Perereca-verde
X
Perereca
Nome Vulgar
Reserva
Ambiental
do Mutuca
Estação
Ecológica
de Fechos
Alto Vale
dos Cristais
RPPN Mata
Samuel de
Paula
Taxa
Hylidae
X
Dendropsophus minutus
Dendropsophus sp. (gr. parviceps)
X
X
Perereca
X
Perereca
X
Hypsiboas albopunctatus
Perereca
Hypsiboas faber
X
X
Hypsiboas lundii
X
X
Hypsiboas polytaenius
X
X
Scinax fuscovarius
X
X
Scinax sp. (clado ruber)
X
X
X
X
Perereca-amarela
X
X
X
Perereca-do-riacho
Scinax longilineus
Scinax luizotavioi
X
X
Perereca
X
Perereca- listrada
Perereca-de-banheiro
X
Perereca-dourada
X
Phasmahyla jandaia
Sapo-ferreiro
Perereca-verde
Phyllomedusa burmeister
X
Perereca-verde
Phyllomedusa itacolomi
X
Perereca
X
Rã-cachorro
Leiuperidae
Physalaemus cuvieri
Hylodidae
X
Hylodes uai
Rã-do-riacho
X
Rã-assobiadora
Leptodactylus ocellatus
X
Rã-manteiga
Leptodactylus mystacinus
X
Rã
Leptodactylus cunicularius
X
Rã
X
Rã
Microhylidae
Elachistocleis ovalis
Total
14
26
15
8
Observa-se que a riqueza encontrada na RPPN Mata Samuel de Paula é maior
que a encontrada na Reserva do Mutuca e similar à encontrada na Estação Ecológica
de Fechos. A riqueza de espécies é um dos parâmetros utilizados para se avaliar
a importância de uma área para a conservação. A composição de espécies é outro
parâmetro utilizado. A similaridade da anurofauna entre essas áreas é grande. Dessa
forma, a RPPN Mata Samuel de Paula se destaca nesse cenário local, se firmando
com uma área de relevância para a conservação da anurofauna da região.
A região de cabeceira do vale do Ribeirão dos Cristais apresenta uma riqueza
de espécies consideravelmente maior que a da Mata Samuel de Paula. Tal riqueza
se deve à maior diversidade de ambientes aquáticos disponíveis na área de cabeceira do Ribeirão dos Cristais. Nessa área, além de ambientes aquáticos florestais,
são também encontrados ambientes lênticos e lóticos em meio a áreas abertas. A
ausência de ambientes úmidos em áreas abertas e/ou campestres na RPPN, certamente limita a ocorrência de diversas espécies de anfíbios. Outro fator que se
deve considerar é que a região de cabeceira do Ribeirão dos Cristais vem sendo
amostrada por quatro anos ininterruptos, o que também contribui para que a sua
riqueza de espécies seja ainda maior.
177
Leptodactylus fuscus
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Leptodactylidae
Atividade reprodutiva das
espécies de anfíbios
4
6
178
FAUNA
5
4. Dendropsophus sp. (gr. parviceps)
5. Rhinella pombali
6. Haddadus binotatus
Na região neotropical a atividade reprodutiva da maioria das espécies de anfíbios é
fortemente influenciada pela temperatura e
precipitação pluviométrica. Dessa forma, é
previsto que a maioria das espécies apresente
algum tipo de indício de reprodução durante
os meses de primavera e verão (out-jan). A
atividade de vocalização, a presença de casais
em amplexo e a desova e girinos em estágios
iniciais de desenvolvimento podem ser utilizadas como indícios da atividade reprodutiva de
anfíbios anuros.
Segundo Wells (1977), o comportamento reprodutivo dos anfíbios anuros pode ser
convenientemente dividido em dois grupos
básicos, intermediados por um contínuo de
padrões: reprodução prolongada e reprodução
explosiva. Em geral reproduções prolongadas
duram mais de um mês, enquanto reproduções
explosivas cobrem períodos de poucos dias a
poucas semanas.
De forma a tornar os dados mais didáticos, as espécies foram classificadas de acordo
com o número de meses em que apresentaram
indícios de atividade reprodutiva. Espécies que
apresentaram indícios de reprodução em dois ou
menos meses foram consideradas de reprodução
explosiva. Espécies que apresentaram indícios
de atividade reprodutiva em três a cinco meses
foram consideradas de período reprodutivo intermediário. Espécies que apresentaram indícios
de reprodução em mais de cinco meses foram
consideradas de reprodução prolongada.
Dessa forma, 36% das espécies (cinco
espécies) apresentaram reprodução explosiva (Bokermannohyla sp. [aff. circumdata],
Dendropsophus sp. [gr. parviceps], Haddadus
binotatus, Proceratophrys boiei e Rhinella pombali)
(Gráfico 1, Tabela 4). Outros 36% apresentaram
Tabela 4: Indícios mensais de atividade reprodutiva e tipo de reprodução das espécies de anfíbios
da RPPN Mata Samuel de Paula, da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG, de
setembro de 2006 a agosto de 2007.
Espécie
Set 2006
Out 2006
Nov 2006
Dez 2006
Jan 2007
Fev2007
Mar 2007
Bokermannohyla sp.
(aff. circumdata)
G
A, G
G
G
G
G
G
Dendropsophus sp.
(gr. parviceps)
-
A
-
-
-
-
-
Hypsiboas faber
-
-
-
-
-
-
-
Hypsiboas lundii
-
-
-
-
-
-
-
Hypsiboas polytaenius
A, G
A, G
A, G
A, G
A, G
A
A
Scinax fuscovarius
-
-
-
-
-
-
-
Scinax luizotavioi
-
-
G
A, D
A, G, D
-
-
Scinax sp. (clado ruber)
A
A
A
-
A, G
A, G
A, G
Famíla Hylidae
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
reprodução prolongada (Scinax sp. [clado ruber], Scinax luizotavioi, Hypsiboas polytaenius,
Ischnocnema izecksohni e Ischnocnema juipoca) (Gráfico 1, Tabela 4). Apenas
Hyalinobatrachium uranoscopum apresentou atividade de vocalização com duração
de três meses e por isso foi considerada de reprodução intermediária. Para Hypsiboas
faber, Hypsiboas lundii e Scinax fuscovarius não foram registrados indícios de reprodução dentro dos limites da RPPN. Hypsiboas faber e Scinax fuscovarius se reproduzem
preferencialmente em ambientes lóticos em meio à área aberta. Como a maioria
dos ambientes aquáticos da RPPN é florestado, é possível que essas espécies se
reproduzam apenas em lagoas e poças situadas em suas adjacências. Apesar de não
possibilitar a reprodução dessas espécies, os dados sugerem que a RPPN esteja
funcionando como abrigo ou corredor para essas espécies.
Foi possível observar que a época de maior atividade reprodutiva da comunidade de anfíbios da RPPN se deu entre os meses de outubro e janeiro, assim como
esperado. A atividade reprodutiva das espécies diminuiu gradualmente com a diminuição da temperatura e principalmente da pluviosidade. Entretanto, algumas
espécies, tais qual Scinax luizotavioi, apresentaram preferência por meses de inverno
para a reprodução (Tabela 4).
Ischnocnema
izecksohni
A
A
A
A
A
A
-
Ischnocnema juipoca
A
A
A
A
A
A
A
-
-
G
-
-
-
-
-
A
A
A
-
-
-
A
-
-
-
-
-
A, G
G
G
G
G
Família Bufonidae
Chaunus pombali
Família Centrolenidae
Hyalinobatrachium
uranoscopum
-
Família Craugastoridae
Haddadus binotatus
-
Família Cycloramphidae
Proceratophrys boiei
-
179
Família Brachycephalidae
Abr 2007
Mai 2007
Jun 2007
Jul 2007
Ago2007
Tipo de comportamento
reprodutivo
G
G
-
G
G
explosivo
Dendropsophus sp. (gr. parviceps)
-
-
-
-
-
explosivo
Hypsiboas faber
-
-
-
-
-
Não reproduz na área
Hypsiboas lundii
-
-
-
-
-
Não reproduz na área
Hypsiboas polytaenius
A
A
-
A
A
prolongado
Scinax fuscovarius
-
-
-
-
-
Não reproduz na área
Scinax luizotavioi
-
A, G
A, G
A
A
prolongado
Scinax sp. (clado ruber)
A, G
-
-
-
A, G
prolongado
Eleutherodactylus izecksohni
-
-
-
-
-
prolongado
Eleutherodactylus juipoca
-
-
-
-
-
prolongado
-
-
-
-
-
explosivo
-
-
-
-
-
intermediário
-
-
-
-
-
explosivo
-
-
-
-
-
explosivo
Espécie
Bokermannohyla sp. (aff. circumdata)
Famíla Hylidae
Família Brachycephalidae
Família Bufonidae
Rhinella pombali
Família Centrolenidae
Hyalinobatrachium uranoscopum
Família Craugastoridae
Haddadus binotatus
Família Cycloramphidae
Proceratophrys boiei
Forma de registro: G=Girino; A=atividade de vocalização; C= casal em amplexo; - ausência de atividade reprodutiva; D= Desova.
FAUNA
Gráfico 1: Tipo de comportamento reprodutivo das espécies de anfíbios anuros registradas no
período entre setembro de 2006 e agosto de 2007.
6
Nº de espécies
180
5
4
3
2
1
0
explosivo
intermediário
prolongado
não reproduz na
área
tipo de comportamento reprodutivo
Gráfico 1 – Tipo de comportamento reprodutivo das espécies de anfíbios anuros registradas no
período entre setembro de 2006 e agosto de 2007.
Atractus pantostictus
Foram registradas cinco espécies de répteis, pertencentes a cinco famílias. Desse
total, três são lagartos e três são serpentes. As espécies registradas, bem como os locais
de amostragem onde o registro foi efetuado, podem ser observadas na Tabela 5.
Tabela 5: Espécies de répteis registradas de setembro de 2006 a agosto de 2007 na área da RPPN
Mata Samuel de Paula de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG.
Classe Reptilia . Ordem Squamata
Taxa
Registro
Locais de amostragem
Nome popular
F
P2
Lagarto
V
P4
Lagarto preguiça
V
P2
Lagarto verde
Atractus pantostictus
V
P12
Cobrinha
Oxyrophus rhombifer
V
P12
Coral falsa
Sibynomorphus mikanii
V
P12
Dormideira
V
P2
Jararaca
Família Gymnophthalmidae
Gymnophthalmidae sp.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Répteis
Polychrus acutirostris
Família Teiidae
Ameiva ameiva
Família Colubridae
Família Viperidae
Bothrops jararaca
Registro V= visual; F= fotográfico. Locais de amostragem P1-P12 (ver metodologia).
181
Família Polychrotidae
Distribuição geográfica
A maior parte das espécies registradas
é comum, de ampla distribuição geográfica e frequentemente associada a ambientes
ecologicamente pouco relevantes (Polychrus
acutirostris, Ameiva ameiva, Atractus pantostictus,
Oxyrophus Rhombifer, Sibynomorphus mikanii
e Bothrops jararaca). A exceção se faz por
uma espécie de lagarto pertencente à família
Gymnophthalmidae. Esse réptil foi registrado
de forma indireta por meio de uma fotografia
cedida pela AngloGold. A espécie fotografada assemelhava-se à Ecpleopus gaudichaudii.
E. gaudichaudii apresenta registro para o
município de Belo Horizonte; portanto, sua
ocorrência em Nova Lima é bastante plausível.
Contudo, para se determinar com segurança a
identidade taxonômica da espécie seria necessário que o indivíduo fotografado tivesse sido
coletado para ser, então, analisado e identificado. Adotando-se uma postura conservadora,
a espécie permanecerá indeterminada; logo,
espera-se que novos indivíduos possam ser
coletados para que possam ser identificados.
De qualquer forma, o lagarto fotografado é
uma espécie certamente florestal e que deve
habitar o folhiço do solo. Não há registros de
outros gymnophthalmídeos para a região de
Nova Lima. Portanto, apesar de incompleto,
esse registro adiciona bastante ao conhecimento da herpetofauna da região.
7
9
182
FAUNA
8
Distribuição na área estudo
7. Polychrus acutirostris
8. Ameiva ameiva
9. Botrops jararaca
Em razão da dificuldade inerente à captura e registro de répteis em curtos períodos
de amostragem, a discussão a respeito da distribuição desse grupo na área da RPPN será
baseada no conhecimento sobre o hábito e o
comportamento das espécies registradas.
Exceto pelo lagarto gymnophthalmídeo
ainda não identificado, as espécies registradas
A primeira lista oficial de espécies ameaçadas de extinção a contemplar espécies de anfíbios e répteis de Minas Gerais foi a primeira
versão da lista Lista Vermelha da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado de Minas Gerais,
homologada em 1995 (Machado et al., 1998).
Nessa lista foram citadas 11 espécies de anfíbios e 10 de répteis em categorias de ameaça.
Nenhuma dessas espécies ocorre na RPPN
Mata Samuel de Paula. Apesar de ainda não ter
Diagnóstico ambiental
Algumas espécies registradas na RPPN
Mata Samuel de Paula apresentam necessidades ambientais especiais, o que faz delas
táxons indicadores de boa qualidade ambiental.
Essas espécies podem ser tratadas por espécies
bioindicadoras da qualidade ambiental.
Por serem dependentes de ambientes florestais, as espécies que podem ser consideradas as melhores bioindicadoras da qualidade
ambiental da RPPN são Hyalinobatrachium
uranoscopum, Dendropsophus sp. (gr. parviceps),
Scinax luizotavioi e Eleutherodactylus izecksohni.
H. uranoscopum reproduz apenas em riachos encachoeirados circundados por mata
de galeria, onde deposita seus ovos sob
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Status de conservação das espécies
sido homologada, tal lista foi revisada em 2006
(Biodiversitas, 2006). Na nova lista também
não há espécies em categoria de ameaça que
ocorram na RPPN. Naturalmente esse fato se
repete no que diz respeito à ultima versão da
lista oficial nacional (Ibama, 2003).
A escassez de dados sobre a ocorrência e
a distribuição de espécies de anfíbios, agravada
pela falta de resolução taxonômica, dificulta
tentativas de determinação de seus status de
conservação (Leite et al., no prelo). Por esse
motivo, espécies com o status taxonômico incerto não podem ter o seu status de conservação avaliados. Esse é o caso das espécies de
anfíbios Dendropsophus sp. (gr. parviceps) e
Scinax sp. (clado ruber) que foram registradas
na RPPN. É seguro dizer que não há informação taxonômica, de ocorrência e distribuição
geográfica suficiente para se determinar os
seus status de conservação.
As demais espécies de anfíbios e répteis
registradas na RPPN Mata Samuel de Paula
não se encontram ameaçadas de extinção.
183
não possuem necessidades ambientais especiais
no que diz respeito ao uso de habitats e recursos. O lagarto-verde Ameiva ameiva, a cobrinha
Atractus pantostictus, a coral-falsa Oxyrophus
Rhombifer, a dormideira Sibynomorphus mikanii
e a jararaca Bothrops jararaca são espécies generalistas quanto a ocupação de hábitats e sendo
encontradas desde áreas abertas a ambientes
florestados, incluindo ambientes transicionais
como capoeiras e bordas de mata. Dessa forma
essas espécies devem estar bem distribuídas
por toda a RPPN.
Polychrus acutirostris, popularmente conhecido como lagarto preguiça, habita principalmente áreas campestres e de vegetação mais
rala, tal como a capoeira e o pasto do ponto
P4. Apesar de ser uma espécie comum, seu
hábito discreto o torna uma espécie de difícil
registro. Contudo, a sua ocorrência nas áreas
mais elevadas e com vegetação de Cerrado da
RPPN é bem provável.
O lagarto gymnophthalmídeo, apesar de
não ter tido a sua identidade taxonômica determinada, é certamente uma espécie que vive
associada ao folhiço do solo de áreas florestadas
da RPPN. A sua distribuição na área pode estar
associada principalmente às áreas de florestas
em estados de regeneração mais avançados.
FAUNA
184
folhas pendentes. Seus girinos são fossoriais,
abrigando-se entre as folhas e o solo do leito
do riacho, o que os torna particularmente
sensíveis à deposição de sólidos junto ao leito
dos corpos de água. Scinax luizotavioi, assim
como Ischnocnema izecksohni, foi classificado
em Pedralli et al. (2002) como espécie indicadora de qualidade ambiental por se reproduzir
apenas em ambientes florestados em estados
avançados de regeneração e como serrapilheira
(folhiço) abundante. I. izecksohni não depende
diretamente de cursos de água, já que apresenta
desenvolvimento direto, ou seja, não apresenta
girino. Seus imagos eclodem diretamente do
ovo que é depositado no solo úmido da mata.
Dessa forma, essa espécie é afetada principalmente por modificações na qualidade da
serrapilheira que está diretamente relacionada
ao estado de conservação das matas.
Apesar de ocorrerem em ambientes muitas vezes já alterados, Bokermannohyla sp. (aff.
circumdata) e Proceratophrys boiei são espécies
que apresentam alguma dependência a ambientes florestados e/ou transicionais, e por
isso podem também ser indicativas de razoável
qualidade ambiental.
As demais espécies de anfíbios e répteis
são comuns e estão frequentemente associadas
a ambientes ecologicamente pouco relevantes.
Entretanto, essas espécies também ocorrem
naturalmente em ambientes preservados, não
sendo necessariamente indicadoras de má
qualidade ambiental.
Dessa forma, baseado na ocorrência e
distribuição das espécies bioindicadoras da
herpetofauna na área da RPPN, pode-se chamar a atenção para a importância dos ambientes de lóticos circundados por mata de galeria
e do ambiente lêntico do ponto P7. Na mata
de galeria do Ribeirão dos Cristais, no ponto
P11, foi registrada a perereca-de-vidro. Além
de abrigar a única população desse centrolenídeo, a mata de galeria do Ribeirão dos Cristais
funciona como corredor ecológico não só para
a herpetofauna, mas para a fauna de forma
geral. Ao assegurar a conectividade entre as
matas de galeria dos riachos da RPPN, a mata
do Ribeirão dos Cristais possibilita a movimentação de indivíduos e consequentemente
permite que o fluxo gênico se dê de forma
natural entre as populações das diferentes
espécies da herpetofauna.
Destaque também deve ser dado ao ambiente aquático do P7, visto que é o único ambiente integralmente lêntico da RPPN; não
obstante, apenas nele foi registrada a espécie
de perereca Dendropsophus sp. (gr. parviceps).
Nas imediações desse ambiente, nos pontos
P4, 5 e 6 são encontradas também praticamente todas as demais espécies de anfíbios
da RPPN, mostrando assim a importância
desse local para a manutenção da riqueza de
anfíbios da área.
Os fragmentos florestais da RPPN se mostraram de forma geral similares em seus estados
de regeneração. Porém, visto que há preferência
dos anfíbios por ambientes aquáticos, as áreas
de mata de galeria que circundam os corpos
d’água são ambientes-chave para manutenção
da diversidade da herpetofauna da RPPN.
A RPPN Mata Samuel de Paula pode
ser considerada uma importante unidade de
conservação da porção sul do Espinhaço. Por
abrigar espécies de status taxonômico incerto,
com posibilidade de serem novas para a ciência,
endêmicas do Quadrilátero Ferrífero e ainda
típicas de ambientes florestais e campestres,
essa unidade de conservação assume grande
importância no cenário de preservação de áreas
verdes em meio a aglomerados urbanos.
Proceratophrys boiei
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FAUNA
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Mamíferos/Mastofauna
Coordenador:
Colaboradores:
Dr. Adriano Pereira Paglia
Heitor Morais Cunha
Raphael Francisco V. Diniz
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Quati (Nasua nasua)
189
A região Neotropical, mesmo apresentando imensas lacunas relativas ao conhecimento de sua mastofauna, possui um grande número de ecossistemas ameaçados em sua biodiversidade (Turner & Corlett, 1996). A ameaça eminente que
deriva desse quadro não é homogênea em todas as partes do mundo: o processo de
desmatamento é mais intenso na região tropical, em função da fragilidade de seus
ecossistemas. Podemos citar como exemplo a Floresta Atlântica, que originalmente
se estendia ao longo da área que hoje concentra a maior parte da população brasileira
(CI-Brasil et al., 2000). Restam hoje aproximadamente apenas 7% de sua cobertura
original (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2002) e provavelmente
menos de 1% de sua extensão é representada por áreas não perturbadas (Câmara,
2003; Mittermeier et al., 2004). Tal fato demonstra a importância de se delimitar
áreas com uma grande variedade de atributos físicos, biológicos e sociais, no sentido
de se preservar a biodiversidade local.
Ecossistemas florestais sujeitos a altos níveis de fragmentação e de isolamento
dos remanescentes, particularmente aqueles originalmente ricos em espécies, estão
especialmente susceptíveis a um processo severo de erosão de biodiversidade. Os
altos níveis de endemismo frequentemente registrados nesse bioma agravam a situação, dado que espécies raras ou de distribuição restrita tendem a ser eliminadas
com maior facilidade como consequência da redução do habitat disponível.
A fauna de mamíferos do Brasil é extremamente rica. A compilação das espécies
brasileiras realizada em 1996 indicava para o País aproximadamente 524 espécies
(Fonseca et al., 1996), porém, estudos recentes, revisões taxonômicas e descrição de
novas espécies elevaram esse número para mais de 650 espécies (Reis et al., 2006),
podendo esse número chegar próximo de 680 (Fonseca et al., em prep).
Minas Gerais abriga aproximadamente 236 espécies de mamíferos (cerca de
35% das espécies do País), distribuídas entre os principais biomas do estado: Mata
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
FAUNA
190
Atlântica, Caatinga Campos Rupestres e de Altitude e Cerrado. A recente revisão
da lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais aponta um total de 45 espécies sob
risco de extinção, cerca de 19% do total de espécies do estado (Drummond et al.,
2008). Longe de ser um caso isolado, esse número é um reflexo do nível de ameaça da
fauna de mamíferos no Brasil como um todo e se deve principalmente à destruição
dos principais biomas brasileiros, notadamente a Mata Atlântica e o Cerrado.
Minas Gerais é um estado onde a diversidade de tipos de ambiente, as diferenças climáticas, a grande variação altitudinal e as variadas tipologias vegetacionais
propiciam a ocorrência de áreas com elevados índices de diversidade e endemismo.
Os dois biomas brasileiros considerados como hotspots mundiais, regiões com elevada diversidade e endemismo e sob alto grau de ameaça, estão presentes em Minas
Gerais: o Cerrado e a Mata Atlântica (Myers et al., 2000; Mittermeier et al.,
2004). Além deles, temos também no estado áreas de Caatinga, uma das grandes
regiões naturais do planeta (Mittermeier et al., 2003).
A fauna conhecida de vertebrados na Mata Atlântica é estimada em aproximadamente 2.000 espécies, das quais cerca de 600 são endêmicas (Fonseca et al.
2004a). Existem perto de 270 espécies de mamíferos (89 endêmicos) (CI-Brasil
et al., 2000). O Cerrado apresenta uma diversidade e endemismo de vertebrados
menor que a Mata Atlântica, mas a diversidade é ainda bem elevada (CI-Brasil
& MMA, 1999), com mais de 1.300 espécies, das quais 195 são mamíferos (18
endêmicos) (Fonseca et al., 2004b). Zonas de transição entre biomas, as chamadas
Zonas de Tensão Ecológica, ou ainda Ecótonos, geralmente apresentam faunas
características de ambos os biomas, e esse é o caso da região Metropolitana de
Belo Horizonte, pois está localizada na região de transição de dois biomas, a Mata
Atlântica e o Cerrado.
Dentre os mamíferos, os roedores e os marsupiais, grupo conhecido como
pequenos mamíferos, têm sido utilizados em estudos de monitoramento em áreas
protegidas e de fragmentação florestal, tanto na Mata Atlântica (Stallings, 1989;
Bonvicino et al., 1997; Stevens & Husband, 1998; Pires et al., 2002 e Pardini,
2004) quanto no Cerrado (Alho, 1981; Fonseca & Redford, 1984; Bonvicino
et al., 1997; Silveira et al., 1999 e Bonvicino et al., 2002).
O grupo dos pequenos mamíferos é um bom instrumento de estudos para a
Biologia da Conservação. Por se tratar de um grupo de ampla diversificação quanto
à exploração do ambiente, podemos encontrar espécies tanto resistentes quanto
sensíveis a perturbações ambientais de origem antrópica. Admite-se, de maneira
geral, que os marsupiais, com exceção das espécies de gambá (Didelphis sp.), são
habitat-sensíveis, só ocorrendo em áreas onde a perturbação não é intensa. Por outro
lado, muitas espécies de roedores são razoavelmente resistentes às modificações
ambientais. A presença ou não de certas espécies de pequenos mamíferos pode
indicar o nível de impacto causado pela ação humana no ambiente.
apresentados em congressos. Podemos citar
como exemplo para trabalhos que envolvam
a comunidade de mamíferos, estudos das
espécies de carnívoros de uma localidade
(Marques et al., 2001; Marques & Ramos,
2001;), pesquisas no Pantanal (Trolle & Kéry,
2003; Trolle, 2003; Soisalo & Cavalcanti,
2006), no Cerrado (Santos-Filho & Silva,
2001; Santos Filho & Silva, 2002; Vieira
et al., 2005) e na Mata Atlântica (Araújo &
Chiarello, 2005), além de um método alternativo para confecção de armadilhas-fotográficas em Santos e Santos Filho (2000).
O objetivo geral deste estudo é inventariar
a fauna de mamíferos na RPPN Mata Samuel
de Paula, no município de Nova Lima, estado
de Minas Gerais. De maneira mais específica,
pretende-se:
1. Identificar a fauna de mamíferos ameaçados de extinção presentes na área.
2. Fornecer a base de dados inicial para a
implementação de planos de monitoramento da fauna de mamíferos.
Metodologia
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Objetivo
Área de estudos
O município de Nova Lima a rigor encontra-se localizado no bioma da Mata Atlântica
(Figura 1). Segundo dados da Fundação SOS
Mata Atlântica, o município mantém ainda
cerca de 25% da vegetação nativa original, índice relativamente alto quando comparado com
o restante do bioma (SOS Mata Atlântica,
2006). Pelo Atlas de Remanescentes Florestais
da Mata Atlântica ainda restam no município
191
Já para o grupo de mamíferos de médio e
grande porte, o nível dos inventários biológicos
passou por um salto de qualidade nos últimos
anos com a aplicação do método conhecido
como armadilhas-fotográficas. A amostragem
da fauna por meio desse método apresenta
uma série de vantagens: é relativamente não
intrusivo, permite realizar o monitoramento
de grandes extensões de área, não sendo necessária uma constante vigilância do sítio de
estudo e não requer a captura dos animais,
livrando-os do stress de aprisionamento. É
também ideal para o registro efetivo da riqueza
de espécies, uma vez que a maioria dos animais
é arredia à presença humana. Entretanto, o
método apresenta algumas limitações para o
inventário da fauna silvestre em decorrência da
diferença de detecção entre os grupos (grandes
homeotérmicos e pequenos homeotérmicos) e
em virtude dos diferentes hábitos locomotores
entre as espécies (Wemmer et al., 1996). Atualmente as armadilhas-fotográficas podem ser
constituídas por câmeras digitais ou analógicas
35 mm e sensor ativo ou passivo. O equipamento por nós utilizado (sensor passivo) é
composto por uma única unidade, produtora e receptora de luz infravermelha (cone de
adaptação), que detecta movimento e/ou calor
a partir da interrupção da luz emitida. Esse
mecanismo, não seletivo, é caracterizado pela
emissão de um cone de luz infravermelho que
amplia sua superfície basal à medida que se
afasta de sua origem.
A utilização de armadilhas-fotográficas
em estudos no Brasil vem crescendo, principalmente após o desenvolvimento de equipamentos de qualidade produzidos pela indústria
nacional, porém a divulgação desses estudos
ainda é pouco representativa, estando a maior
parte das informações disponíveis em resumos
de Nova Lima pouco mais de 10 mil hectares de vegetação nativa em diversos
fragmentos, um dos quais é a RPPN Mata Samuel de Paula.
A RPPN Mata Samuel de Paula foi criada por meio do Decreto Estadual
8
nº 076 de 6 de outubro de 2000. A RPPN está localizada bem próxima do núcleo
dourbano
município,
a MataLima
do Jambreiro.
A RPPN
Mata Samuel
de Paula
possui cercanade
de Nova
(coordenadas
da RPPN:
43º52’28”
W e 20º0’10”S),
Bacia
do Rioe das
Velhas,
do Ribeirão
Cristais,
de outro importante
147
hectares
está
sob asub-bacia
responsabilidade
da dos
empresa
deemineração
AngloGold
fragmento florestal do município, a Mata do Jambreiro. A RPPN Mata Samuel
Ashanti,
que
construiu
e gerencia,
no einterior
RPPN, o Centrodade
Educação
de Paula
possui
cerca de
147 hectares
está sobdaa responsabilidade
empresa
de
mineração
AngloGold
Ashanti,
que construiu
e gerencia,
interior
RPPN,
o
Ambiental
Harry
Oppenheimer,
atendendo
à comunidade
deno
Nova
Limada
e da
região.
Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer, atendendo à comunidade de
Nova Lima e da região.
A vegetação característica da RPPN Mata Samuel de Paula é a floresta
A vegetação característica da RPPN Mata Samuel de Paula é a floresta estacioestacional
semidecidual,
com algumas
estado relativamente
bom de
nal semidecidual,
com algumas
áreas emáreas
estadoem
relativamente
bom de preservação
e muitas áreas em regeneração. Além das áreas de mata, a RPPN possui também
preservação e muitas áreas em regeneração. Além das áreas de mata, a RPPN
trechos com vegetação típica de campos rupestres em áreas mais elevadas, como na
regiãotambém
conhecida
comocom
Morro
do Elefante.
possui
trechos
vegetação
típica de campos rupestres em áreas mais
elevadas, como na região conhecida como Morro do Elefante.
192
FAUNA
Figura 1: Localização do município de Nova Lima no estado de Minas Gerais, com a indicação dos
biomas e principais rios do estado, bem como dos remanescentes de Mata Atlântica.
Figura 1 – Localização do município de Nova Lima no estado de Minas Gerais, com a indicação dos
biomas e principais rios do estado, bem como dos remanescentes de Mata Atlântica
Figura 2 – Localização da RPPN Mata Samuel de Paula no município de Nova Lima
Coletas de pequenos mamíferos
As campanhas de coleta foram realizadas bimestralmente entre outubro de 2005
até setembro de 2006, num total de seis coletas de campo (Tabela 1). A metodologia
de coleta de pequenos mamíferos seguiu aquela adotada para estudos com o grupo
(Paglia
al. 1995; Mares
& Ernest,
1995, Paglia
et al., 2000). Na
RPPN
foram
As etcampanhas
de coleta
foram realizadas
bimestralmente
entre
outubro
de
previamente escolhidas três áreas, uma de campo rupestre (Morro do Elefante),
2005 até setembro de 2006, num total de seis coletas de campo (Tabela 1). A
uma na borda de mata (Casa Samuel de Paula) e outra de interior de mata (Trilha
Ribeirão dosde
Cristais).
Em
cada áreamamíferos
foram estabelecidos
transectos
para
coletas
de
metodologia
coleta de
pequenos
seguiu aquela
adotada
para
estudos
pequenos mamíferos. Os transectos foram dispostos paralelamente a uma distância
com o grupo (Paglia et al. 1995; Mares & Ernest, 1995, Paglia et al., 2000). Na
de aproximadamente 50 metros um do outro. Em cada transecto foram montadas
RPPN
foram
previamente
escolhidas
três áreas,
uma estação
de campo
rupestre
(Morro
do
estações
de coleta
equidistantes
20 metros,
e em cada
foram
instaladas
duas
armadilhas do tipo gaiola com isca suspensa. Na Tabela 3 estão especificados os
Elefante), uma na borda de mata (Casa Samuel de Paula) e outra de interior de
locais de coleta e o esforço de captura empregado.
mata A
(Trilha
Ribeirão foi
dosbanana
Cristais).
cada áreae foram
estabelecidos
transectos
isca utilizada
comEm
canjiquinha
algodão
embebido em
óleo de
fígado de bacalhau (Emulsão Scott). As armadilhas foram vistoriadas pela manhã de
para coletas de pequenos mamíferos. Os transectos foram dispostos paralelamente
cada dia de coleta, por cinco dias consecutivos em cada campanha. Durante a coleta
aosuma
distância
aproximadamente
50 metros
um doPara
outro.
Em cada
animais
foramde
marcados
para uma eventual
recaptura.
marcação
foi transecto
utilizada
Coletas de pequenos mamíferos
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
9
193
Figura 2: Localização da RPPN Mata Samuel de Paula no município de Nova Lima.
anilha numerada presa à orelha, o que permite a individualização dos animais. Após
a captura e a marcação os animais foram soltos no local de coleta. Foram anotadas
informações como sexo, idade, peso e condição reprodutiva dos roedores, além de
medidas morfométricas (comprimentos do corpo, cauda, orelha e pata).
Os animais capturados foram classificados segundo a bibliografia atual (Fonseca
et al., 1996; Wilson & Reeder, 1993, 2005; Eisenberg & Redford, 1999). Foram
coletados alguns espécimes representantes dessa área para a formação de uma
Coleção Testemunho das espécies da área. Os exemplares foram taxidermizados e
estão em processo de tombamento na Coleção de Mamíferos do Laboratório de
Mastozoologia e Manejo de Fauna do Departamento de Zoologia da UFMG.
Tabela 1: Cronograma de atividades desenvolvidas durante as campanhas de coleta.
Campanhas
Coleta
Outubro - 2005
Atividades desenvolvidas
Reconhecimento das áreas
Novembro - 2005
1
Abertura dos transectos, instalação das armadilhas e coleta
Janeiro - 2006
2
Captura x marcação x recaptura
Março - 2006
3
Captura x marcação x recaptura
Maio - 2006
4
Captura x marcação x recaptura
Julho - 2006
5
Captura x marcação x recaptura
Agosto - 2006
6
Captura x marcação x recaptura
Tabela 2: Áreas amostradas, com o esforço amostral utilizado por área.
ÁREAS
TIPOLOGIA VEGETACIONAL
ESFORÇO AMOSTRAL
Morro do Elefante
Campo rupestre
20 armadilhas x 5 dias x 6 coletas
Casa Samuel de Paula
Mata estacional semidecidual
30 armadilhas x 5 dias x 6 coletas
Ribeirão dos Cristais
Mata estacional semidecidual
30 armadilhas x 5 dias x 6 coletas
194
FAUNA
Mamíferos de médio e grande porte – armadilhas-fotográficas
O período de amostragem das armadilhas-fotográficas foi de outubro de 2005
a setembro de 2006, com campanhas mensais para checagem do equipamento, troca
de pilhas e filmes e encaminhamento dos filmes para revelação.
Originalmente utilizamos quatro armadilhas fotográficas, sendo instaladas
nas três áreas de amostragem (Tabela 2), buscando-se amostrar os diferentes tipos
vegetacionais ali presentes. Duas armadilhas-fotográficas foram roubadas, uma
que estava instalada no Morro do Elefante e outra instalada próxima ao Centro de
Educação Ambiental (CEA).
O modelo de equipamento utilizado foi Tigrinus convencional (http://www.tigrinus.com.br). O modelo possui uma câmera fotográfica analógica automática 35 mm
e dois sensores passivos para detecção de ambiente, calor e/ou movimento. O conjunto é alimentado por pilhas e baterias e é preso a árvores por correntes e esticadores (Figuras 3 e 4). O sensor detecta a presença de organismos que se desloquem
Mamíferos de médio e grande porte –
rastros e vestígios
A busca de vestígios e rastros da mastofauna foi realizada por meio de caminhadas
em áreas de vegetação nativa e margens de
corpos d’água, bem como em estradas e acessos
existentes na RPPN Mata Samuel de Paula.
Durante o percurso foi realizada a procura ativa
por rastros, pegadas e fezes de mamíferos, bem
como outras evidências (carcaças, abrigos, etc.),
que indicassem a presença de espécies de mamíferos silvestres. As evidências duvidosas em
relação à identificação foram desconsideradas.
Objetivou-se também visualizar e/ou ouvir
vocalizações de espécimes que utilizassem tais
trechos ou áreas próximas a eles. Todo o material fotográfico está depositado no Laboratório de Mastozoologia do Departamento de
Zoologia – ICB/UFMG.
Resultados e discussão
Pequenos mamíferos
Durante as seis campanhas de coleta de
pequenos mamíferos foram realizadas 194
capturas de 85 indivíduos pertencentes a pelo
menos 13 espécies (Tabela 3). O esforço amostral geral foi de 2.400 armadilhas/noite, com
sucesso de captura total de 8,1%. Vale destacar que esse sucesso de capturas total é considerável em comparação com outros estudos
realizados na Mata Atlântica. Comparando o
total de capturas durante o inventário, pode-se
195
em frente ao equipamento, o que ocasiona a
interrupção do cone de luz infravermelha e/
ou a percepção do calor corporal, permitindo
o registro do animal no filme embutido na
câmera fotográfica. As armadilhas foram instaladas em árvores, e os pontos de amostragem
foram escolhidos com base em características
da vegetação, proximidade à água e por meio
de evidências sobre a presença de mamíferos.
O equipamento foi programado para disparos
em intervalos mínimos de 30 segundos entre
fotografias e funcionamento contínuo (24h).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Pegada de veado (Mazama sp.) próximo ao Ribeirão dos Cristais
Figura 3 - Equipamento utilizado na metodologia de armadilha fotográfica
Figura 4 - Equipamento instalado
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
197
notar uma variação ao longo do ano. O maior número de capturas de pequenos
mamíferos foi obtido nas campanhas de maio e julho de 2006 (sucesso de captura
de 11,2% e 11,7% respectivamente), enquanto que as campanhas de novembro de
2005 (sucesso de 4,7%) e janeiro de 2006 (sucesso de 4,5%) apresentaram o menor
número de indivíduos capturados (Figura 5).
Esse padrão é similar ao encontrado em outros estudos com pequenos mamíferos, com um maior sucesso de capturas nos períodos mais secos do ano, quando
possivelmente os animais se movimentam mais em busca de comida, que é mais
escassa, e por consequência caem mais nas armadilhas. Uma outra hipótese para
explicar essa variação seria a de que as populações de espécies de pequenos mamíferos
apresentam flutuações sazonais drásticas ao longo do tempo, associadas a épocas de
maior ou menor oferta de alimentos.
Considerando os dados totais, a comunidade de pequenos mamíferos da
RPPN Mata Samuel de Paula é formada por 13 espécies, sendo seis da ordem
Didelphimorphia (marsupiais) e sete da ordem Rodentia (roedores). As espécies
mais abundantes na comunidade são os roedores Akodon cursor, Necromys lasiurus e
Rhipidomys mastacalis e o marsupial Philander frenatus (Figura 6). O roedor silvestre
A. cursor representa mais de 21% do total de indivíduos capturados. Por outro lado,
cinco espécies foram mais raras na amostragem, com apenas pouco mais de 1% do
total de indivíduos capturados (Figura 6).
Comparando com outros estudos em áreas similares, podemos afirmar que
a fauna de pequenos mamíferos da RPPN é relativamente rica, porém com espécies já registradas em outros estudos na região (Câmara et al, 1999). Em estudo
realizado no Parque das Mangabeiras foram registradas seis espécies de pequenos mamíferos, porém o inventário foi realizado em um tempo mais reduzido
(Câmara & Lessa, 1994). Em estudo realizado na EPDA-PETI, Paglia et al.
(2005) registraram 18 espécies durante oito campanhas de campo em uma área
de 600 hectares. Portanto, a diversidade de pequenos mamíferos na RPPN Mata
Samuel de Paula é alta, principalmente considerando que foram realizadas apenas
seis coletas e que a área possui apenas 147 hectares de mata. Acreditamos que
uma intensificação do esforço amostral e a utilização de novas metodologias, tais
como as armadilhas de interceptação de queda (pitfalls), poderão indicar uma
riqueza ainda maior de pequenos mamíferos.
Vale destacar que testamos a metodologia de pitfalls durante algumas das
campanhas. O método consiste em enterrar baldes de 60 litros no solo e montar
cercas-guias com lona e estacas para direcionar os pequenos mamíferos terrestres
aos baldes. Porém essa metodologia foi altamente prejudicada porque um grande
número de baldes foi retirado por pessoas não autorizadas. A equipe do projeto
decidiu posteriormente remover os demais baldes instalados.
Dentre as espécies de pequenos mamíferos registradas na RPPN, destacamse os marsupiais Caluromys philander e Marmosops incanus, cujos registros são mais
raros, sendo que C. philander é geralmente utilizado como indicador de áreas com
boa qualidade ambiental e utiliza preferencialmente o dossel da mata, ambiente
pouco amostrado em estudos com pequenos mamíferos.
Tabela 3: Número de indivíduos e total de capturas de espécies de pequenos mamíferos de Novembro
de 2005 a Agosto de 2006.
ORDEM
ESPÉCIE
Didelphimorfia
Didelphis aurita
10
6
Didelphimorfia
Caluromys philander
1
1
Didelphimorfia
Gracilinanus agilis
1
1
Didelphimorfia
Marmosops incanus
5
3
Didelphimorfia
Monodelphis domestica
1
1
Didelphimorfia
Philander frenatus
41
14
Subtotal
59
26
Rodentia
Akodon cursor
39
18
Rodentia
Rhipidomys mastacalis
33
15
Rodentia
Oligoryzomys sp.
6
5
Rodentia
Necromys lasiurus
52
17
Rodentia
Nectomys squamipes
1
1
Rodentia
Oryzomys subflavus
3
2
Rodentia
Sciurus aestuans
1
1
Subtotal
135
59
13 espécies
194
85
TOTAL
Total de capturas
Nº de indivíduos
Figura 5: Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo na RPPN
Mata Samuel de Paula.
17
50
FAUNA
45
40
Número de Capturas
198
35
30
25
20
15
10
5
0
nov/05
janeiro
março
maio
julho
ago/06
Coletas
Gráfico 1 – Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo
na RPPN Mata Samuel de Paula.
Akodon cursor
21,2
5
0
nov/05
janeiro
março
maio
julho
ago/06
Coletas
Gráfico 1 – Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo
Figura 6: Abundância
relativa das espécies de pequenos mamíferos capturadas na RPPN Mata Sana RPPN Mata Samuel de Paula.
muel de Paula.
Akodon cursor
21,2
Necromys lasiurus
20,0
Rhipidomys mastacalis
17,6
Philander frenatus
16,5
Didelphis aurita
7,1
Oligorizomys sp.
5,9
Marmosops incanus
3,5
Oryzomys subflavus
2,4
Monodelphis domestica
1,2
Gracilinanus agilis
1,2
Caluromys philander
1,2
Sciurus aestuans
1,2
Nectomys squamipes
1,2
0
5
10
15
20
25
Abundância relativa (%)
Gráfico 2 – Abundância relativa das espécies de pequenos mamíferos capturadas na RPPN
Mata Samuel de Paula
Tabela 4: Espécies de mamíferos registrados através de armadilhas-fotográficas em cada uma das
quatro áreas na RPPN Mata Samuel de Paula.
Espécie
Nome comum
Morro do
Elefante
Cerdocyon thous
cachorro-do-mato
X
Eira barbara
irara
X
Nasua nasua
quati
Galictis sp.
furão
X
Tamandua tetradactyla
tamanduá-mirim
X
Sylvilagus brasiliensis
tapeti
X
Philander frenatus
cuica
X
Nascente
CEA
Ribeirão
dos Cristais
X
X
X
X
A seguir uma amostra do registro fotográfico das espécies de mamíferos
obtidos pela metodologia de armadilhas-fotográficas no período de novembro
de 2005 a outubro de 2006.
199
Foram obtidos registros efetivos por meio de armadilhas-fotográficas de sete
espécies de mamíferos de médio porte. Dessas, seis foram registradas na área do Morro
do Elefante. Duas espécies foram fotografadas na área do CEA e uma nas outras
duas áreas (Tabela 4). Não foi possível indicar a qual espécie pertence um indivíduo
fotografado no Morro do Elefante, pois a imagem não permite a identificação.
Algumas espécies de mamíferos registrados (tais como o cachorro-do-mato,
irara e o furão), mesmo não estando em alguma categoria de ameaça, sofrem constantemente com o declínio de suas populações, por supressão dos seus habitats
naturais. Espécies como o tapeti e o quati apresentam maior resiliência, sendo dessa
forma encontrados em populações mais elevadas.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Mamíferos de médio e grande porte – armadilhas-fotográficas
FAUNA
4
2
5
3
6
200
1
1. Irara (Eira barbara) no Morro do Elefante
2. Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) fotografado no final do dia no Morro do Elefante
3. Tamanduá-mirim (Tamanduá tetradactyla) no
Morro do Elefante
4. Furão (Galictis sp.) no Morro do Elefante
5. Cuíca (Philander frenatus), um pequeno marsupial
registrado no Morro do Elefante
6.Tapeti (Sylvilagus brasiliensis) no Morro do Elefante
19
É importante
ressaltar que o resultado da amostragem com armadilhas-fotoÉ importante ressaltar que o resultado da amostragem com armadilhasgráficas foi comprometido pelo roubo de dois equipamentos, principalmente no
fotográficas foi comprometido pelo roubo de dois equipamentos, principalmente no
Morro do Elefante, onde os principais registros e o maior número deles por meio
Morro do Elefante, onde os principais registros e o maior número deles por meio das
das armadilhas-fotográficas foram verificados (Figura 7).
armadilhas-fotográficas foram verificados (Gráfico 3).
Figura 7: Número de espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas por meio de
armadilhas-fotográficas em diferentes áreas da RPPN Mata Samuel de Paula.
7
6
6
Espécies Registradas
5
4
3
2
2
1
1
1
0
Morro do Elefante
Nascente
CEA
Trilha R. do Cristais
Foram registradas outras três espécies para a RPPN Mata Samuel de Paula
por meio de rastros e vestígios (pegadas) próximos ao Ribeirão dos Cristais. São
A seguir uma amostra
do registro fotográfico
das espécies
de cancrivorus)
mamíferos
elas: capivara (Hidrochaerys
hidrochaerys),
mão-pelada
(Procyon
e veado
(Mazamaobtidos
sp.). Tais
registros de
confirmam
a utilização
de áreas
vizinhasdepela mastopela metodologia
armadilhas fotográficas
no período
de novembro
fauna local
dea outubro
médiodeporte.
2005
2006. Em razão do acesso de mamíferos domésticos (cavalo
e cachorro), algumas pegadas ficavam sobrepostas e ou duvidosas, e esses registros foram descartados. Espécies como a paca (Cuniculus paca), o sauá (Callicebus
nigrifrons) e o mico-estrela (Callithrix penicillata) foram registrados por zoofonia
(vocalização) e ou visualização.
Considerando, portanto, os resultados das diferentes metodologias aplicadas
durante o ano de realização do projeto, foram registradas para a RPPN Mata Samuel
de Paula um total de 24 espécies de mamíferos não voadores, pertencentes a sete
ordens e 12 famílias (Tabela 5). Dessas, apenas duas espécies consideradas como
ameaçadas de extinção foram registradas para a área.
Como mencionado anteriormente, a fauna de pequenos mamíferos na RPPN é
relativamente diversa, com 13 espécies registradas. Por outro lado, durante o período
de um ano do projeto, obtivemos o registro de apenas 11 espécies de mamíferos de
médio e grande porte. Acreditamos que um tempo maior de amostragem da fauna
de mamíferos de médio e grande porte podem evidenciar se a RPPN seria também
uma área de utilização de outras espécies de mamíferos como a cutia (Dasyprocta sp),
a preá (Cavia aperea), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o tatu (Dasypus sp), a
201
Gráfico 3 – Número de espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas por
Mamíferos
de médio e grande
porte
registros)
meio de armadilhas-fotográficas
em diferentes
áreas(outros
da RPPN Mata
Samuel de Paula
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Áreas
jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) e a
onça-parda (Puma concolor), cujas ocorrências para a área são conhecidas ou inferidas
pela distribuição geográfica.
Tabela 5: Lista das espécies de mamíferos não voadores registradas para a RPPN Mata Samuel de Paula.
Taxon
Nome comum
Tipo de Registro
Caluromys philander
Cuíca
Captura
Didelphis aurita
Gambá
Captura
Gracilinanus agilis
Catita, guaiquica
Captura
Marmosops incanus
Catita, guaiquica
Captura
Philander frenata
Cuíca-de-4-olhos
Captura
Monodelphis domestica
Cuíca
Captura
Tamanduá-mirim
Armadilha fotográfica
Mico-estrela
Vocalização e captura
Guigó, sauá
Zoofonia
Cachorro-do-mato; lobinho
Armadilha fotográfica e Entrevista
Procyon cancrivorous
Mão-pelada
Vestígios
Nasua nasua
Quati
Armadilha fotográfica
Eira barbara
Irara
Armadilha fotográfica
Galictis sp.
Furão
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
FAMÍLIA DIDELPHIDAE
ORDEM PILOSA
FAMÍLIA MYRMECOPHAGIDAE
Tamandua tetradactyla
ORDEM PRIMATES
FAMÍLIA CALLITHRICHIDAE
Callithrix penicillata
FAMÍLIA CEBIDAE
Callicebus nigrifrons
ORDEM CARNIVORA
FAMÍLIA CANIDAE
Cerdocyon thous
FAMÍLIA PROCYONIDAE
FAMÍLIA MUSTELIDAE
ORDEM ARTIODACTYLA
FAUNA
FAMÍLIA CERVIDAE
Mazama sp.
Veado-mateiro
Entrevista e vestígio
Caxinguelê, esquilo
Captura
Akodon cursor
Rato-do-mato
Captura
Necromys lasiurus
Rato-do-mato
Captura
Nectomys squamipes
Rato-d’água
Captura
Olygoryzomys sp.
Rato-do-mato
Captura
Oryzomys gr. subflavus
Rato-do-mato
Captura
Rhipidomys mastacalis
Rato-da-árvore
Captura
Paca
Visualização
Tapeti
Armadilha fotográfica e vestígio
ORDEM RODENTIA
FAMÍLIA SCIURIDADE
202
Sciurus aestuans
FAMÍLIA MURIDAE
FAMÍLIA AGOUTIDAE
Cuniculus paca
ORDEM LAGOMORPHA
FAMÍLIA LEPORIDAE
Sylvilagus brasiliensis
203
O município de Nova Lima vem passando por uma fase de intenso aumento
da pressão imobiliária, relacionada ao crescimento da demanda de condomínios na
região. Durante a fase de construção desses condomínios, alguns deles nas proximidades da RPPN Mata Samuel de Paula, nos locais afetados pelas obras haverá
um maior contingente humano, além de aumento da movimentação de máquinas
e veículos. O aumento do trânsito de pessoas, maquinário, além dos ruídos produzidos, irá gerar a fuga e o estresse da mastofauna silvestre, nas proximidades das
obras. Esses animais tenderão a ocupar habitats adjacentes mais preservados, um
dos quais provavelmente será a RPPN Mata Samuel de Paula.
Durante as obras, a maior presença humana nas áreas próximas a RPPN poderá
gerar riscos de coletas predatórias de animais de caça, como a paca, tapeti, veado, etc.,
ocasionando a redução nas populações dessas espécies. Caso ocorram, tais impactos
podem ser considerados negativos e de alta magnitude por haver, entre elas, espécies
ameaçadas. Entretanto, essas ações podem ser minimizadas pela conscientização
dos funcionários no período das obras.
A perda da vegetação florestal pela implantação dos condomínios nas áreas do
entorno ocasionará impactos diretos sobre a mastofauna. Essa ação leva à eliminação de habitats mais localizados de diferentes espécies, provocando a evasão de
indivíduos e/ou declínio populacional da mastofauna.
O impacto causado pela supressão de recursos essenciais para diversas populações de mamíferos, tais como locais para reprodução, abrigo e alimentação,
provocará mudanças a nível regional. Tal impacto torna-se maior se considerarmos
que a RPPN será uma das poucas áreas mais preservadas na região.
Com o intuito de avaliar as consequências dos impactos causados direta ou
indiretamente sobre a mastofauna em função das obras na área do entorno, ou até
mesmo na RPPN por pressão de caça, torna-se essencial a proposição do Programa
de Monitoramento da Mastofauna na RPPN Mata Samuel de Paula.
O Programa de Monitoramento é na verdade uma forma de acompanharmos
por um período determinado, a resposta dos pequenos mamíferos aos impactos
sofridos no entorno, bem como a diminuição das populações de outras espécies
de mamíferos (médio e grande porte), principalmente aqueles que dependem diretamente dos ambientes afetados. Ao mesmo tempo, é uma maneira de medir a
capacidade suporte da RPPN Mata Samuel de Paula, tratando-se de um dos poucos
remanescentes florestais para a região.
Concomitantemente ao Programa de Monitoramento, é importante implementar um eficiente Sistema de Proteção Ambiental e Mitigação de Impactos (denominado aqui provisoriamente por SIS-AMBI). Em linhas gerais, o que se pretende
com o referido sistema é aplicar medidas que reduzam a pressão antrópica exercida
pelas comunidades no entorno da RPPN sobre a fauna, como por exemplo:
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Recomendações e medidas de manejo
1. Mapeamento geográfico e diagnóstico das principais áreas de pressão antrópica:
2. Caracterização dos principais impactos antrópicos no interior da RPPN: entradas sem autorização, evidências de caça, corte de madeira, etc.
3. Compilação dos registros obtidos pela fiscalização, com a indicação do impacto,
data do registro, local (com coordenadas geográficas) e nome do funcionário
responsável pelo registro.
4. Tabulação em planilha eletrônica dos registros da fiscalização.
5. Espacialização dos registros em um sistema de informação geográfico (SIG).
6. Acompanhamento espacial (pelo SIG) e mensal dos registros
204
FAUNA
7. Otimização da fiscalização para reduzir a ação de caçadores:
Por meio das análises dos dados compilados no item anterior indicar qual o
efetivo de pessoal necessário para minimizar os impactos antrópicos no interior da
RPPN, como eles devem ser treinados, quais as principais ações que devem exercer
e quais são os locais e meses críticos dos impactos.
Direcionamento, de maneira proativa, das ações de educação ambiental para
a população do entorno:
Utilização do acervo fotográfico obtido neste projeto, em especial as fotos de
mamíferos obtidas nas armadilhas-fotográficas, para montar uma exposição sobre
“Os mamíferos da RPPN”.
Indicar para cada uma das espécies registradas uma peculiaridade ou curiosidade biológica que desperte o interesse do público-alvo (crianças das escolas do
município) desse programa de educação ambiental.
Associado à curiosidade biológica, apontar também quais as principais ameaças que cada uma dessas espécies está sofrendo regionalmente, mas principalmente em Nova Lima e na RPPN Mata Samuel de Paula, em virtude das ações
da população que vive no entorno da RPPN.
Acreditamos que esse contraponto entre a curiosidade biológica e a possibilidade de desaparecimento da espécie pode ser um forte instrumento de
convencimento não apenas da criança, mas também dos agentes causadores do
impacto ambiental, pois muitos deles são os pais, irmãos, parentes ou amigos
dessas crianças.
Parcerias com órgãos fiscalizadores como a Polícia Ambiental e com o Ministério Público visando a redução das ações ilegais.
Por fim, acreditamos que os dados produzidos pelos inventários faunísticos e
florísticos que vêm sendo realizados na RPPN, bem como as indicações de ações
futuras, como o Programa de Monitoramento, ou o Sistema de Proteção da Fauna,
devem fazer parte do plano de manejo da RPPN Mata Samuel de Paula.
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geographic reference. 3. ed., v. I & II. Johns Hopkins University Press, Baltimore.
Aracnídeos /Araneofauna
Coordenador:
Colaboradores:
Prof. Mário De Maria
Adalberto J. Santos
Alípio Resende Benedetti
Bárbara Teixeira Faleiro
Guilherme Henrique Fernandes de Azevedo
Ivan Luiz Fiorini de Magalhães
João Paulo Peixoto Pena Barbosa
Marcus Thadeu Teixeira Santos
Paula Figueiredo Vilela
Ubirajara de Oliveira
Lycosa sp predando um opilião
Phoneutria nigriventer
211
O conhecimento da biodiversidade é atualmente muito importante, principalmente quando se trata de conservação de áreas protegidas. As aranhas são um grupo
com grande potencial de pesquisa e conservação, pois são extremamente sensíveis a
pequenas mudanças na estrutura do habitat, incluindo complexidade da vegetação,
espessura da serapilheira e características microclimáticas (Uetz, 1991).
As mudanças ambientais globais que estão ocorrendo há décadas tornam
urgente a realização de inventários de áreas ainda não estudadas, principalmente
por sua fragilidade e possibilidade de desaparecimento. Há uma corrida para fazer
um mapeamento exato de toda a biodiversidade do planeta (Wilson, 2002). Por
este motivo, torna-se importante o estudo da araneofauna, principalmente por
este ser um grupo negligenciado em estudos de biodiversidade, mas não menos
importante em termos ecológicos.
Segundo New (1999), em contraste a muitos vertebrados, os invertebrados, em
especial as aranhas, possuem um grande potencial como grupo focal para conservação, pois são abundantes e diversos em muitos dos ecossistemas terrestres. São,
ainda, taxonomicamente ricos em espécies, gêneros e famílias, possuem uma considerável variedade de estilos de vida e especializações ecológicas e muitos podem
ser observados e amostrados facilmente.
Existem alguns trabalhos de levantamento da araneofauna do estado de Minas
Gerais, sendo um realizado por Machado (2003) nos campos rupestres da Serra do
Cipó, o primeiro do tipo em áreas abertas no Brasil. Outro trabalho foi realizado por
Álvares (2002) que amostrou as aranhas da Estação Ecológica da UFMG. Um terceiro trabalho foi realizado no Parque Estadual do Rio Doce por Rodrigues (2004).
De acordo com a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, oito
espécies de aranhas são consideradas vulneráveis. Por isso, é importante a realização de inventários em áreas como a Mata Samuel de Paula a fim de se ampliar
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
o conhecimento da distribuição de aranhas e possibilitar novas inferências sobre
a categoria de ameaça das espécies.
A fim de fazer avaliações precisas e recomendações sobre manejo da fauna estudada, é necessário saber quais espécies estão presentes, assim como sua amplitude
geográfica, propriedades biológicas e possível vulnerabilidade a mudanças ambientais
(Wilson, 1997). Porém, há poucos estudos sobre a araneofauna de Minas Gerais, e
não há nenhum levantamento desse tipo para a região de Nova Lima, particularmente
para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula.
Por isso, o estudo das espécies presentes nesta área é de suma importância a fim
de se criarem estratégias mais eficazes de conservação. A conservação apenas pode
ocorrer com o conhecimento dado por um levantamento faunístico, formalizando
a importância do ambiente terrestre do local.
Para a RPPN Samuel de Paula espera-se um número expressivo de espécies,
tanto comuns quanto endêmicas, principalmente por se tratar de uma área de mata,
favorável ao desenvolvimento dos aracnídeos pelo grande número de presas.
Material e métodos
Coleta dos espécimes
212
FAUNA
Para a coleta dos espécimes foram realizadas duas coletas distintas, uma na estação chuvosa e outra na seca. A primeira coleta foi realizada entre os dias 12 e 15 de
outubro de 2006 (estação chuvosa), com uma equipe composta de cinco integrantes.
A coleta foi autorizada pelo IBAMA com a licença para captura/ coleta/ transporte/
exposição e manutenção de animais silvestres n° 320/06 – NUFAS/MG.
A segunda etapa das coletas foi realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio
de 2007 (estação seca). Para essa coleta, a equipe foi formada por sete coletores.
Métodos de coleta
Armadilhas de queda (Pitfalls)
Utilizadas para a coleta de animais errantes. Consistem em copos de plástico
(9,5 cm de diâmetro, 9 cm de altura e 500 ml de capacidade) enterrados ao nível
de solo. Em seu interior foi depositada uma solução preservadora (álcool 70%),
além de detergente (1%) com a função de quebrar a tensão superficial. O conjunto
é coberto por uma tampa de plástico sustentada por três espetos de madeira, para
proteção. As armadilhas ficaram em campo por sete dias, quando então o material foi recolhido e acondicionado em recipientes de plástico para o transporte ao
laboratório, onde as aranhas foram separadas e identificadas.
No dia 12 de outubro de 2006 foram montadas 150 armadilhas de queda,
em três áreas distintas dentro da Mata Samuel de Paula, sendo que cada área
Transectos noturnos
No período noturno, áreas demarcadas
por linhas de 30 m de comprimento são vistoriadas visualmente, com o auxílio de lanternas
de cabeça. No transecto, é feito o caminho
de ida e volta, totalizando 60m de percurso,
Amostras casuais
Todos os dias, aracnídeos foram coletados
quando encontrados casualmente.
Resultados preliminares
O material coletado na primeira etapa das
coletas já está completamente triado e identificado. A segunda etapa ainda está em fase
de triagem e identificação, mas espera-se uma
quantidade semelhante de espécies apresentadas na primeira etapa. A única diferença significante será na quantidade de espécimes amostrados. A tabela 1 mostra a lista das espécies
identificadas na primeira etapa das coletas.
Famílias obtidas
Até o momento, foram encontradas 38
famílias de aranhas. Machado (2003) encontrou 22 famílias e 78 espécies na araneofauna
dos campos rupestres da Serra do Cipó. Em
um outro trabalho realizado na Estação Ecológica da UFMG por Álvares (2002), foram
coletadas 42 famílias e 318 espécies, sendo que
31 dessas constituíam espécies novas para a
ciência. Neste trabalho estima-se praticamente o mesmo número encontrado por Álvares
(2002), principalmente pela semelhança das
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Guarda-chuvas entomológicos
São estruturas de PVC em forma de cruz,
de 1m² de área, cobertas por um pano branco
de algodão. Para a realização das amostragens,
coloca-se essa armação sob os galhos de árvores e arbustos, golpeando-os com pedaços
de madeira. Dos invertebrados que caíam no
pano, apenas os aracnídeos foram coletados
e preservados em álcool 70% em pequenos
potes plásticos. Cada amostra corresponde a
20 arbustos ou ramos explorados.
Por meio desse método, foram obtidas na
primeira coleta 68 amostras, provenientes de
diversos locais da mata. As amostragens foram
realizadas no período da manhã, entre os dias
13 e 15 de outubro de 2006. Para a segunda
coleta, foram obtidas 58 amostras, provenientes
de outros locais da Mata, sendo realizadas nos
dias 30 de abril e 1º de maio de 2007.
com até 5 m de área lateral a ser explorada. O
tempo de amostragem é de uma hora e apenas
os aracnídeos são coletados, sejam de solo ou
vegetação. Os transectos noturnos são demarcados no período da tarde, logo após as coletas
com batedores entomológicos. As áreas são
escolhidas por serem de fácil acesso e de grande
comprimento.
Essas coletas ocorreram entre os dias 12
e 14 de outubro de 2006 e 29 e 30 de abril de
2007, resultando em 84 amostras.
213
continha 50 armadilhas. Os três locais escolhidos apresentavam vegetação preservada.
Essas armadilhas foram retiradas no dia 18
de outubro de 2006.
No dia 29 de abril de 2007 foram também
montadas 150 armadilhas de queda, seguindo
as mesmas três áreas escolhidas na primeira
coleta. Uma das áreas utilizadas na primeira
coleta estava indisponível na segunda coleta.
Para evitar uma amostragem falha e estatisticamente incorreta, foi escolhida uma área próxima que mantivesse as mesmas características
da área indisponível.
matas e pelo tamanho da área. Porém, a mata
Samuel de Paula apresenta-se em melhor estado de conservação que a Estação Ecológica
da UFMG na época da realização do trabalho.
Com isso, espera-se um número maior de espécies comuns entre as duas áreas. Espera-se
também encontrar mais espécies ainda não
descritas pela ciência.
Seguem abaixo informações sobre as famílias identificadas e o número de espécies
identificadas para cada uma.
1
Infraordem Mygalomorphae
Actinopodidae
São aranhas fossórias, que cavam tocas no
solo. Estas são protegidas por pequenas “portas”
construídas com a vegetação e o tipo de solo ao
redor da toca. (1 espécie).
Dipluridae
São caranguejeiras caçadoras cursoriais
noturnas, caçadoras de espreita ou tecedoras
noturnas. São caracterizadas por possuírem
fiandeiras laterais posteriores bem desenvolvidas, utilizadas na construção de teias que,
na maioria das espécies, possui forma de
funil, culminando em uma abertura no chão.
(1 espécie).
3
Idiopidae
Constroem tocas fechadas com portas
do tipo alçapão em barrancos ou troncos de
árvores. (1 espécie).
214
FAUNA
2
1. Araneidae
2. Theraphosidae
3. Thomisidae
Nemesiidae
Constitui um grupo heterogêneo, provavelmente parafilético, de aranhas fossórias
ou semifossórias, caçadoras terrestres de emboscada. Possui grande diversidade na região
sudeste do Brasil. (1 espécie).
Anyphaenidae
São caçadoras cursoriais noturnas que
possuem hábitos principalmente arborícolas.
Unem folhas utilizando seus fios de seda para
construir seus refúgios. A maioria possui espiráculo traqueal localizado medianamente no
ventre do abdome. (4 espécies).
Araneidae
Uma das maiores famílias de aranhas
são tecedoras de teias orbiculares aéreas. Possuem dimorfismo sexual de tamanho variável, sendo as fêmeas maiores que os machos.
(32 espécies).
Clubionidae
São caçadoras errantes de tamanho pequeno a médio (3,0-10,0mm). Podem ser encontradas em serapilheira, sob pedras e cascas
de árvores. (1 espécie)
Dictynidae
Inclui aranhas cribeladas e ecribeladas. A
maioria é arborícola, construindo suas teias irregulares em folhas, flores e galhos, mas algumas
também podem ser encontradas em serapilheira
e em dossel. Existe, ainda, um considerável
número de espécies troglóbias. (1 espécie).
Gnaphosidae
São caçadoras cursoriais terrestres noturnas. Suas fiandeiras laterais posteriores são
cilíndricas. (4 espécies).
Hahniidae
São aranhas pequenas (1,0-7,0 mm) que
podem ser encontradas mais comumente no
solo e em serapilheira. Algumas espécies são
errantes e outras constroem teias. (1 espécie)
Corinnidae
Inclui aranhas caçadoras cursoriais terrestres diurnas, e caçadoras cursoriais arborícolas
noturnas. (13 espécies).
Hersiliidae
Vivem em troncos de árvores, onde facilmente se camuflam sobre musgos e liquens.
Possuem as fiandeiras posteriores longas.
(1 espécie).
Ctenidae
Caçadoras noturnas de emboscada, são errantes. Encontram-se nesta família as aranhas
do gênero de importância médica Phoneutria,
conhecidas como “armadeiras”. (7 espécies).
Lycosidae
São aranhas caçadoras terrestres diurnas
ou noturnas. Algumas destas aranhas são tecedoras diurnas, construindo funis de seda em
cavidades em barrancos. (3 espécies).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Infraordem Araneomorphae
Deinopidae
São aranhas cribeladas tecedoras terrestres
noturnas, possuindo olhos médios posteriores
muito grandes em relação aos demais. Possuem
coloração críptica e se assemelham a gravetos.
Caçam penduradas de ponta-cabeça por um
fio de seda e com o auxílio de uma teia retangular segurada com os dois primeiros pares de
pernas, que é atirada sobre as presas, de modo
similar a uma rede de pesca. (1 espécie).
215
Theraphosidae
São as maiores caranguejeiras. Algumas
espécies chegam a medir cerca de 10 cm de
comprimento. Contrário à crença popular, seu
veneno não causa complicações graves a humanos, porém acidentes podem ser causados por
pêlos urticantes de seu abdômen. (2 espécies).
Linyphiidae
Aranhas tecedoras terrestres diurnas,
constituem uma das famílias com maior
riqueza de espécies do mundo. Algumas espécies são tecedoras de teia em lençol. São geralmente pequenas (3 a 4 mm de comprimento)
e possuem estrias estridulatórias na lateral de
suas quelíceras. (10 espécies).
da vegetação. Não constroem teias para captura
de presas. (1 espécie).
Mimetidae
São chamadas de aranhas-pirata pois
caçam e devoram outras aranhas, podendo
invadir as teias ou refúgios de suas vítimas.
(4 espécies).
Salticidae
Conhecidas como “papa-moscas”, constituem a maior família de aranhas. São caçadoras
cursoriais, com hábitos predominantemente
diurnos, utilizando sua ótima visão para a caça.
(25 espécies).
Miturgidae
Apresentam hábitos semelhantes aos de
Anyphaenidae. São aranhas de porte médio,
com oito olhos, pernas curtas, que se caracterizam por apresentar longas fiandeiras posteriores. (3 espécies).
216
FAUNA
Ochyroceratidae
São aranhas pequenas (1,0-2,0 mm) que
vivem, principalmente em serapilheira, onde
tecem teias irregulares. Algumas ainda são associadas a cavernas. (2 espécies)
Oonopidae
São caçadoras cursoriais terrestres, noturnas e de espreita. De porte pequeno, possuem
seis olhos, cujos formatos e disposição são característicos. (8 espécies).
Oxyopidae
Aranhas de pequeno a médio porte, que
caçam insetos ativamente sobre a folhagem da
vegetação arbustiva e arbórea. (1 espécie).
Philodromidae
Apresentam hábitos muito parecidos com
Thomisidae, vivendo em folhas ou ramos secos
Pholcidae
São noturnas, tecedoras de teias em lençol e sedentárias. Estas aranhas têm o hábito
de carregar suas ootecas presas às quelíceras.
(7 espécies).
Scytodidae
Aranhas pequenas que possuem seis olhos
agrupados aos pares e carapaça arqueada. São
conhecidas como “aranhas-cuspideiras”, em
razão do modo como caçam: possuem uma
substância adesiva associada às quelíceras, a
qual ejetam sobre a presa que é imobilizada. São
caçadoras cursoriais noturnas. (3 espécies)
Segestriidae
São caçadoras noturnas sedentárias.
Constroem abrigos tubulares em fendas com
fios de seda elaborados na entrada. Esses fios
servem para monitorar a passagem de presas
pelo abrigo. O terceiro par de pernas é anteriormente direcionado e, assim como as pernas
I e II, é utilizado na percepção de vibrações dos
fios de seda. (2 espécies).
Selenopidae
São aranhas facilmente reconhecidas por
apresentar corpo muito achatado e pela disposição dos olhos, sendo seis deles em uma fila
anterior. São comuns embaixo de cascas de árvores, pedras e fendas nas rochas. (1 espécie).
Sicariidae
São aranhas caçadoras noturnas de espreita e perseguição. Fazem teias características que se assemelham a algodão espalhado em uma superfície. São similares
a Scytodidae, porém apresentam a carapaça achatada. Nesta família encontram-se
as “aranhas-marrons” (gênero Loxosceles). (1 espécie).
Sparassidae
São comuns na vegetação e sob cascas de troncos, mas algumas podem invadir
casas. Em casas, abrigam-se em frestas, mas não são agressivas e não têm importância médica. (1 espécie).
Symphytognathidae
São pequenas aranhas (~0,5 mm) com apenas quatro olhos. Tecem teias orbiculares diminutas em microhabitats extremamente úmidos. As fêmeas não apresentam
palpo. Inclui as menores espécies de aranhas conhecidas. (1 espécie).
Tetragnathidae
São aranhas que fazem teias orbiculares, frequentemente inclinadas ou orientadas na horizontal, para a captura de presas. Muitas espécies possuem quelíceras
grandes e robustas. (8 espécies novas).
217
Senoculidae
Aranhas noturnas, encontradas em galhos e troncos das árvores e pequenos
arbustos. (1 espécie).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Enoploctenus sp.
Theridiidae
Apresenta aranhas que fazem teias desorganizadas, tridimensionais. É a família que
inclui as viúvas-negras (gênero Latrodectus).
Uma característica marcante desta família é a
presença de cerdas serrilhadas nos tarsos nas
pernas IV. (62 espécies).
Thomisidae
São aranhas caçadoras de espreita, que
utilizam da coloração para se camuflarem em
flores e outras partes florais, capturando insetos
que se alimentam de néctar. (6 espécies).
Tabela 1: Espécies de aranhas identificadas (em nível
de gênero ou espécie) a partir do material amostrado na
Mata Samuel de Paula
Família
Espécies
ACTINOPODIDAE
Actinopus sp.
ANYPHAENIDAE
Aysha sp.
Iguarima censoria
Umuara sp.
Anyphaenoides sp.
ARANEIDAE
Acacesia sp.
Aculepeira travassosi
Alpaida sp. 1
Alpaida sp. 2
Trechaleidae
São aranhas de porte grande que vivem, às
vezes, próximas a riachos e lagos. Apresentam
os tarsos de todas as pernas flexíveis, o que
permite a movimentação sobre a superfície da
água. (1 espécie).
Alpaida sp. 3
Alpaida sp. 4
Alpaida sp. 5
Alpaida alticeps
Alpaida moka
Alpaida scriba
Alpaida truncata
Alpaida xavantina
218
FAUNA
Uloboridae
Aranhas de pequeno porte, que produzem
teias orbiculares. As características principais
desta família são a presença de cribelo e a localização do calamistro em uma depressão dorsal
curva do metatarso IV. (2 espécies).
Araneus sp. 1
Araneus sp. 2
Araneus tijuca
Cyclosa caroli
Cyclosa sp.
Eustala sp. 1
Eustala sp. 2
Eustala sp. 3
Eustala sp. 4
Zoridae
Aranhas de pequeno porte, comuns no
solo de florestas, onde exista bastante serapilheira. São vistas frequentemente nas trilhas
durante os dias, se movimentando aos pulos.
(1 espécie).
Mangora caballero
Micrathena sp. 1
Micrathena sp. 2
Micrathena sp. 3
Parawixia sp. 1
Parawixia sp. 2
Parawixia monticola
Parawixia velutina
Pozonia sp. nova
Testudinaria lemniscata.
Wagneriana gavensis
Wagneriana janeiro
CTENIDAE
Ctenus ornatus
Enoploctenus sp. 1
Família
Espécies
CTENIDAE
Família
Espécies
OONOPIDAE
Enoploctenus sp. 2
Ischnothyreus peltifer
Isoctenus sp.
Oonops sp. 1
Nothroctenus sp.
Oonops sp. 2
Parabatinga brevipes
Orchestina sp.
Phoneutria nigriventer
OXYOPIDAE
CORINNIDAE
Oxyopes carvalhoi
Castianeira sp. 1
Castianeira sp. 2
PHOLCIDAE
Castianeira sp. 3
Mesabolivar sp.
Castianeira sp. 4
Mesabolivar aff. cavicelatus
Corinna aff. ducke
Mesabolivar cyaneomaculatus
Meriola sp.
Metagonia sp.
Paradiestus sp.
Tupigea aff. sicki
Simonestus sp.
Tupirinna sp. nova
SALTICIDAE
Arnoliseus aff. graciosa
Xeropigo sp. nova 1
Beata sp.
Xeropigo sp. nova 2
Chira sp.
DEINOPIDAE
Coryphasia sp.
Deinops sp.
Cotinusa sp.
DIPLURIDAE
Maeota dichrura
GNAPHOSIDAE
Noegus fuscimanus
Camillina pilar
Vectius niger
SCYTODIDAE
Scytodes globula
Zimiromus medius
Scytodes itapevi
Scytodes tyaiapyssanga
HERSILIIDAE
Ypypuera crucifera
SEGESTRIIDAE
IDIOPIDAE
Ariadna sp. 1
Idiops sp.
LYCOSIDAE
Aglaoctenus lagotis
Ariadna sp. 2
SELENOPIDAE
Selenops rapax
Lycosa sp.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Lyssomanes austerus
Masteria sp.
SENOCULIDAE
Senoculus sp.
Meioneta sp.
Pseudotyphistes cf. cristatus
SICARIIDAE
Sphecozone castanea
MIMETIDAE
Loxosceles similis
SYMPHYTOGNATHIDAE
Ero sp.
Gelanor sp.
OCHYROCERATIDAE
Ochyrocera sp.
Speocera sp.
Anapistula sp.
TETRAGNATHIDAE
Azilia sp.
Chrysometa sp. 1
Chrysometa sp. 2
OONOPIDAE
Decuana sp.
Gamasomorpha sp.
Chrysometa sp. 3
Chrysometa sp. 4
219
LINYPHIIDAE
Actinopus sp.
Aglaoctenus sp.
Família
Espécies
THERIDIIDAE
Avaliação do status de
conservação e recomendações
Ariamnes sp.
Chrosiothes sp.
Dipoena sp.
Dipoena sicki
Episinus cognatus
Faiditus sp.
Spintharus sp.
Spintharus gracilis
Theridion sp.
Theridion calcynatum
Thwaitesia affinis
TRECHALEIDAE
Trechaleoides biocellata
ULOBORIDAE
Miagrammopes sp. 1
Miagrammopes sp. 2
Aranhas de interesse médico
Durante os trabalhos realizados na RPPN
Samuel de Paula, foram encontrados dois dos
quatro principais gêneros de importância médica para o mundo, Loxosceles (aranhas-marrons) e Phoneutria (armadeiras). Esses registros,
principalmente o do gênero Loxosceles, são de
grande importância principalmente pela falta
de trabalhos sobre a distribuição desse gênero em Minas Gerais. Os espécimes coletados
foram identificados até espécie (Tabela 1) e
incluídos em um trabalho realizado no Laboratório de Aracnologia da UFMG, intitulado
“Ocorrências de aranhas do gênero Loxosceles
no estado de Minas Gerais, Brasil”, que visa
conhecer a distribuição dessas aranhas para o
estado de Minas Gerais.
O registro de Phoneutria para a Mata
Samuel de Paula já era esperado, já que o
gênero apresenta ampla distribuição para
todo o Brasil.
Projetos de conservação têm se apoiado
em espécies de vertebrados e de plantas superiores como grupos indicadores. No entanto,
os invertebrados respondem a diferenças mais
sutis tanto de habitat quanto de intensidade de
impacto (Oliver et al., 1998).
Apesar de as aranhas estarem amplamente distribuídas em quase todos os tipos
de ambientes terrestres, a distribuição das
espécies está relacionada à sua sensibilidade
a condições abióticas, principalmente climáticas (Comstock, 1971; Turnbull, 1973;
Foelix, 1996; Henschel & Lubin, 1997). Às
aranhas que são adaptadas exclusivamente a
um determinado tipo de habitat mais estável,
dá-se o nome de aranhas estenécias. Aquelas
que suportam grandes variações no ambiente denominam-se aranhas euriécias. Estas
últimas são capazes de sobreviver e reproduzir dentro de uma ampla faixa de condições
e, portanto, apresentam grande distribuição
(Foelix, 1996). Futuramente poderemos relacionar que tipos de aranhas (eustenécias e
euriécias) ocorrem nesta RPPN.
O estudo de aranhas como indicadoras de
qualidade ambiental muitas vezes é desfavorecido pelo fato de que elas, quando se encontram
em ambientes com escassez de alimento, canibalismo e alta densidade de indivíduos, podem
se dispersar por um processo conhecido como
balonismo. Esse processo envolve a produção
de emaranhados de seda que são liberados no
ar ainda presos ao abdome da aranha, e esta,
então, é carregada pelo vento, indo parar em
locais, muitas vezes, mais favoráveis para seu
desenvolvimento (Foelix, 1996).
Durante os períodos de coleta foram
realizadas observações da área estudada. Ao
221
Argyrodes sp.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Achaearanea sp.
FAUNA
222
final pudemos concluir que a área apresenta
um bom estado de conservação, mesmo se
tratando de uma mata secundária. A grande quantidade de árvores de diversos portes
associada à grande cobertura vegetal do solo
(serapilheira) favorece o desenvolvimento de
outros invertebrados que são usados como alimentos para as aranhas. Outros fatores favoráveis são a disponibilidade de água (presença
de rios e riachos), a umidade do ar (em torno
de 50%) e a temperatura (variando entre 20º
a 30ºC), que favorecem muito o desenvolvimento das aranhas, assim como de todos os
outros invertebrados.
Porém, há a necessidade de se manter
intacta essa área, principalmente pelo fato de
ocorrerem espécies novas. Como não há estudos que relacionam degradação ambiental
com a presença de determinadas espécies de
aranhas, não há como afirmar que as espécies
encontradas neste trabalho possam ser indicadoras de qualidade ambiental.
Durante as coletas, pudemos observar a
utilização de área próxima à RPPN Samuel de
Paula para a construção de um condomínio residencial. A construção de residências próximas
à mata gera regiões degradadas, mesmo que
estas não sejam utilizadas pelo homem. Nesses
casos formam-se regiões peridomiciliares degradadas, onde restos de material de construção
e entulhos são depositados, consumindo ainda
mais parte da mata. Outro fator negativo para a
construção de condomínios em torno da mata
é a introdução de espécies exóticas que, muitas
vezes, desequilibram o ambiente ao colocar
espécies mais generalistas.
Recomenda-se, então, que a construção
de condomínios ao redor da RPPN Samuel de
Paula respeite um limite de distância de, pelo
menos, 100 metros, para que a mata posso continuar com seu bom estado de conservação.
Sobre as espécies novas encontradas,
mostra-se que a área ainda está em processo
de estudo, ou seja, evidenciando a importância
de se realizar estudos com ênfase na fauna
aracnológica de áreas de proteção.
Discussão parcial
O grande número de famílias encontradas
já era esperado pela equipe. A localização e o
estado de conservação da área tornam propício
o desenvolvimento de espécies mais sensíveis
a alterações. Álvares (2002) amostrou aranhas
em uma área de mata semidecidual, similar à
RPPN Samuel de Paula (em meio à cidade,
com uma unidade de conservação ativa), o número de famílias encontradas por ele foi 42.
Outro trabalho realizado em Minas Gerais passível de comparações foi realizado por
Rodrigues (2004), onde houve um estudo da
araneofauna de serapilheira do Parque Estadual do Rio Doce, encontrando 28 famílias. Com
as análises estatísticas de diversidade e raridade,
será possível estabelecer uma comparação entre
todos os trabalhos realizados em Minas Gerais,
a fim de se detectar os ambientes mais ricos
em espécies de aranhas.
A grande diferença entre o número de
indivíduos em relação ao método de coleta se
vale pelo hábito do animal. Aranhas de hábito
terrestre são mais facilmente coletadas por
meio de armadilhas pitfall, tais como Ctenidae,
Salticidae e Lycosidae. O guarda-chuva entomológico se vale do hábito arbóreo das espécies, capturando, por exemplo, Thomisidae,
Scytodidae e Theridiidae. A coleta noturna
tem alta sobreposição com os dois métodos
mencionados acima, permitindo a captura
tanto de aranhas de solo como daquelas que
habitam arbustos.
Referências
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Horizonte, Brasil. Monografia de Bacharelado. Departamento de Zoologia, ICB/UFMG. Belo Horizonte,
Minas Gerais. 34p.
Colwell, R.K. 2005. Estimate S: Statistical estimation of species richness and shared species from samples.
Version 7.5. User’s Guide and application published at
http://purl.oclc.org/estimates
COMSTOCK, J. H. 1971. The spider book. London:
Cornell University Press.
FOELIX, R. F. 1996. Biology of spiders. Nova York:
Oxford University Press.
MACHADO, É. O. 2003. Caracterização preliminar
da araneofauna (Arachnida: Araneae) de solo em campo
rupestre do Parque Nacional da Serra do Cipó, MG, Brasil.
Monografia de Bacharelado, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Minas Gerais. 25p.
MACHADO, A. B. M. 2005. Lista da fauna brasileira
ameaçada de extinção: incluindo as espécies quase ameaçadas
e deficientes em dados. p. 85-89.
OLIVER, I.; BEATTIE, A & A. YORK. 1998. Spatial fidelity of plant, vertebrate, and invertebrate assemblanges in multiple use forest in eastern Australia.
Conservation Biology 12, p. 822-835.
New, T. R. 1999. Untangling the web: spiders and the
challenges of invertebrate conservation. Journal of Insect
Conservation 3, p. 251-256.
RODRIGUES, T. 2004. Araneofauna (Arachnida: Araneae) de serrapilheira do Parque Estadual do Rio Doce,
Minas Gerais. Monografia de Bacharelado, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Minas
Gerais, 57p.
TURNBULL, A. L. 1973. The ecology of true spiders
(Araneomorphae). Annual Review of Entomology 18,
p. 305-348.
Vetz, G. W. 1991. Habitat Structure and spider foraging. In: S. S. Bell, E. D. McCoy, H. R. Mushinsky.
Habitat structure: The Physical Arrangemente of Objects
in space, p. 325-348. London, Chapman and Hall.
VOLLRATH, F. 1988. Spider growth as an indicator of habitat quality. Bull. Br. Arachnol. Soc. 7(7), p.
217-219.
WILSON, E. O. 1997. A situação atual da diversidade
biológica. In: WILSON, E. O. (Org.) Biodiversidade.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 3-24.
WILSON, E. O. 2002. O futuro da vida: um estudo da
biosfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a
humana. Rio de Janeiro: Campus. 242p.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Para a conclusão da lista de aranhas coletadas, será realizada a identificação até nível de
espécie, quando possível, utilizando para isso
apenas os indivíduos adultos, pois estes apresentam órgãos sexuais desenvolvidos, que são
utilizados para a taxonomia. Para as espécies
novas que foram encontradas, serão produzidos
artigos para a sua descrição, a serem publicados
em revistas especializadas.
Ao final de toda identificação, tanto da
primeira coleta quanto da segunda, será realizada uma comparação entre as duas épocas
utilizadas para a coleta, a fim de avaliar diferenças sazonais na riqueza e composição em
espécies da área.
Será realizada também uma estimativa
de riqueza de espécies utilizando os índices
de Chao 1, Chao 2 (Ricklefs, 1996), usando
também o programa EstimateS.
Os resultados publicados serão importantes para futuros estudos de inventário de
invertebrados, principalmente pela facilidade
de replicação e a facilidade de realização.
HENSCHEL, J. R. & LUBIN, Y. D. 1997. A test of
habitat selection at two spatial scales in a sit-and-wait
predator: a web spider in the Namib Desert dunes.
Journal of Animal Ecology 66, p. 401-413.
223
Perspectivas
SOLOS
Solos
Coordenador:
Colaboradores:
Prof. Dr. Marcos Flávio
Godoy de Oliveira
Bruno Macedo Poli
Cid Leonardo Peixoto de Melo Rocha
Darly Geraldo de Sena Junior
Gércio Humberto Carlos Machel
Idelson Mendes C. Anselmo
Lafayete Gonçalves Campelo Martins
Pedro Renato Gontijo Barbosa
Stélio Jorge Castro Gadaga
Perfil 2: CXbj Cambissolo Háplico Tb perférrico, distrófico,
A moderado, textura argilo-siltosa, campo tropical, relevo
suave ondulado.
Perfil 3: CXvd Cambissolo Háplico distroférrico típico, A
moderado, textura argilosa, cerrado tropical subcaducifólio,
relevo ondulado.
Perfil 4: CXve Cambissolo Háplico Ta eutrófico típico, A
moderado, textura argila a argila siltosa, cerrado tropical
subcaducifólio, relevo forte ondulado.
226
SOLO
Perfil 1: CXvd Cambissolo Háplico Ta distrófico típico pedregoso, A moderado, textura franco argilosa a argilosa,
cascalhenta, fase muito pedregosa, floresta subtropical
perenifólia – Mata Atlântica, relevo forte ondulado.
227
Diversas empresas, assim como proprietários de áreas agrícolas, definem por
vontade própria criar dentro de suas propriedades áreas de preservação natural.
Muitas das vezes essas escolhas são apenas baseadas em gosto pessoal, não levando
em conta se de fato a área apresenta as condições necessárias para ser considerada
como área de preservação.
É fato que normalmente são escolhidas as áreas de melhor aspecto e com maior
diversidade de seres vivos.
Por outro lado a escolha de áreas de preservação pode ser baseada em características do solo, condições de relevo e de drenagem. Diversos ambientes naturais
apresentam graves limitações por relevo, disponibilidade de água, pedregosidade do
solo ou mesmo fertilidade tornando economicamente inviável o uso agrícola dessas
áreas, o que as torna claramente áreas de preservação ambiental.
Pode-se considerar que usar como reservas naturais áreas com graves limitações
de ordem física, química ou biológica, ou seja, deixar para reserva natural a área pior
não seja uma boa ideia. O raciocínio pode ser invertido se pensarmos que áreas com
limitações graves uma vez exploradas, poderão apresentar maiores processos de degradação e desgaste, podendo mesmo causar degradação nas regiões circunvizinhas
e aumentar ainda mais as áreas degradadas.
Assim, o uso consciente do solo exige o conhecimento prévio de suas propriedades. A classificação do solo considera as características morfológicas e edáficas do
ambiente organizando os diferentes tipos de solo em classes distintas e permitindo
a orientação correta para seu uso e manejo.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula
encontra-se dentro da área do Quadrilátero Ferrífero, originada predominantemente por hematita, sendo possível a identificação da mesma em praticamente toda a
área da RPPN. O solo apresenta, em muitos locais, profundidade efetiva menor que
um metro em razão do intenso processo erosivo resultante do relevo local.
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
Os perfis enumerados a seguir foram classificados de acordo com o Sistema Brasileiro
de Classificação de Solos (SiBCS, 2006).
Avaliação do perfil
228
SOLO
Considerações para o perfil 1
O primeiro perfil avaliado foi escolhido
após reconhecimento da área, representando
um dos tipos de perfil mais comum dentro da
RPPN. No perfil percebe-se que grande parte
do volume do solo é ocupada por fragmentos
de hematita de tamanho variável (2 a 5 cm),
que associado ao relevo acidentado inviabiliza
por completo o uso de maquinário agrícola
(Tabela 1, Figura 1).
A melhor indicação para uso da área é o
de reserva natural seguido da possibilidade de
silvicultura.
Em virtude do relevo, são evidentes os
sinais de erosão associados à baixa profundidade do solo, o que permite um encharcamento
rápido por ação da água da chuva.
Considerando a área como refúgio natural
para as espécies nativas por apresentar uma
vegetação mais densa e disponibilidade de água
nos meses de seca, a melhor indicação para a
área é o uso como reserva natural.
Perfil 1 . Descrição geral
Data:
16/07/2005
Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico
Ta distrófico típico pedregoso, A moderado, textura franco argilosa a argilosa, cascalhenta, fase
muito pedregosa, floresta subtropical perenifólia
– Mata Atlântica, relevo forte ondulado.
Unidade de mapeamento: CXvd
Localização: E618628:N7787857
Situação, declive e cobertura vegetal sobre
o perfil:
Descrito e coletado em barranco de
corte de estrada na parte intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa.
Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico
(Uhlein & Oliveira, 2000).
Pedregosidade: Muito pedregosa.
Rochosidade: Não rochosa.
Relevo local: Forte ondulado.
Relevo regional: Forte ondulado.
Erosão: Moderada a forte.
Drenagem: Acentuadamente drenado.
Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio.
Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica).
Descrição morfológica do perfil 1
0-15 cm, bruno muito escuro (10YR
2/2, úmida); estrutura granular moderada pequena; dura, friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa, extremamente pedregosa.
AB: 15-35 cm, bruno escuro (10YR 3/3,
úmida); estrutura pequena, moderada granular;
dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente
pegajosa; extremamente pedregosa.
BA: 35-85 cm, bruno amarelo escuro (10YR
3/6 úmida); estrutura pequena fraca bloco subangulares; dura, friável, ligeiramente plástica
ligeiramente pegajosa; muito pedregosa.
B: 85 cm+, vermelho escuro acinzentado (10R
3/4, úmida); estrutura muito pequena, fraca; blocos
subangulares; dura, friável, ligeiramente plástica
ligeiramente pegajosa; muito pedregosa.
Raízes: Comuns finas nos horizontes A e
AB; poucas finas nos demais horizontes. Raras
raízes grossas.
Atração magnética: Bastante expressiva e
comum a todos os horizontes.
A:
Tabela 1: Análises químicas e físicas do perfil 1.
12
6
53
0,11
7
4
52
0,08
85 - 105
23
28
44
4
8,80
105 +
3
4
48
45
1,07
Porosidade
Valor T
(H+ +Al3+)
Valor S
Al3+
Mg2+
Ca
2+
KCl
Valor V
Complexo
Sortivo
B2
C
cmolc.kg-1
%
mg.kg-1
A
4,58
4,07
2,96
1,30
0,29
4,58
15,3
19,88
23,0
6,0
4,9
126
AB
4,68
ñ. determ.
0,12
0,31
0,39
0,60
7,2
7,80
7,7
39,4
1,6
66
4,89
4,18
0,00
0,32
0,19
0,48
8,3
8,78
5,5
28,4
0,6
63
4,97
ñ. determ.
0,00
0,19
0,10
0,28
4,9
5,18
5,4
26,3
0,5
36
C
5,48
5,51
0,00
0,10
0,00
0,11
0,8
0,91
12,1
0,0
0,4
5
Kr
Al2O3/Fe2O3
2,64
0,92
0,53
AB
6,03
9,96
9,22
25,33
0,38
1,83
0,66
0,57
BA
3,39
9,06
10,68
27,17
0,37
1,43
0,55
0,62
B
1,38
9,75
10,45
25,74
0,37
1,59
0,62
0,64
C
1,38
2,4
1,47
31,14
0,05
2,78
0,19
0,07
Fe2O3 livre
Ki
0,35
MnO
25,11
dag.kg-1
P2O5
8,55
TiO2
Al2O3
13,30
dag.kg-1
Fe2O3
SiO2
6,34
Rel C/N
M. Org.
A
N
Horizonte
Ataque Sulfúrico
Equivalente
CaCO3
BA
B
dag.kg-1
Considerações para o perfil 2
O solo do perfil 2 apresenta um maior grau de intemperismo além de uma
ação mais evidente dos ciclos de umedecimento e secagem do solo. Neste ambiente
são claros os sinais de desferrificação do meio devido à condição de redução
(Tabela 2, Figura 2).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
29
37
229
15 – 35
35 – 85
pH (1:2,5)
dm3.dm-3
K+
AB
Água
PART.
kg.m-3
0,76
B
Horizonte
SOLO
Relação Silte/Arg.
%
9
P assimilável
24
Grau de Floc.
38
Arg. Disp. Em H2O
AREIA FINA
29
dag.kg-1
0 – 15
Sat. por Al
Cm
Densidade
ARGILA
Composição
Granulométrica
da Terra Fina
AREIA GROSSA
TERRA FINA
CASC.
CALHAU
Frações da
Amostra
Total
SILTE
A
PROF.
SÍMB.
Horizonte
A consequência é a lixiviação de nutrientes do solo e a diminuição da fertilidade geral sendo denotada pela vegetação mais pobre e mais rala, tendendo ao
aparecimento de gramíneas mais resistentes à condição limitante.
A área é consideravelmente pequena (0,73%) em relação à área total do parque
e, apesar de apresentar um melhor relevo, apresenta uma fertilidade geral muito
baixa limitando o uso agrícola, tornando-se mais grave quando se aumenta a profundidade considerada.
A indicação da área é a de preservação, silvicultura ou pastagem, sendo baixa
a capacidade de suporte animal.
Perfil 2 . Descrição geral
Data:
17/07/2005
SOLO
Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico Tb perférrico, distrófico, A moderado,
textura argilo-siltosa, campo tropical, relevo suave ondulado.
Unidade de mapeamento: CXbj
Localização: E 619068: N 7788234
Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em trincheira na parte intermediária da elevação com aproximadamente 5% de declividade,
sob vegetação nativa campo sujo.
Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do
Proterozoico.
Pedregosidade: Não pedregosa.
Rochosidade: Não rochosa.
Relevo local: Suave ondulado.
Relevo regional: Forte ondulado.
Erosão: Fraca a moderada.
Drenagem: Moderadamente drenado.
Vegetação primária: Campo tropical.
Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Cerrado).
230
Descrição morfológica do perfil 2
0-17 cm, bruno escuro (7,5YR 3/2, úmida); estrutura fraca pequena bloco
subangular; dura, muito friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição
clara a difusa.
BW: 17-78 cm, bruno forte (7,5YR 5/6, úmida); estrutura grande, moderada
bloco subangular; dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa; .
C: 78 cm +, vermelho claro (2,5YR 7/6 úmida); estrutura maciça; ligeiramente
dura, firme, ligeiramente plástica não pegajosa.
Raízes: Comuns finas no horizonte A; ausentes nos demais horizontes.
Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes.
A:
B
17 – 78
2
4
57
37
1,54
C
78+
11
4
30
55
0,55
Casc.
Símb.
Densidade
P assimilável
Mg2+
Al3+
(H+ +Al3+)
Valor T
4,79
3,62
0,25
0,34
1,54
0,70
10,2
10,90
6,4
68,8
1,6
43
B
4,71
3,69
0,0
0,02
1,45
0,05
5,9
5,95
0,8
96,7
0,4
11
C
4,98
3,78
0,0
0,03
0,77
0,04
2,7
2,74
1,5
95,1
0,1
3
Kr
Al2O3/Fe2O3
MnO
Ki
dag.kg-1
P2O5
TiO2
Fe2O3
Al2O3
SiO2
Rel C/N
N
M. Org.
Horizonte
dag.kg-1
A
8,41
21,13
13,3
5,35
0,22
2,92
2,29
3,61
B
2,39
20,66
15,8
5,93
0,22
2,22
1,79
4,18
C
0,88
23,95
18,14
4,14
0,46
2,24
1,96
6,88
Equivalente CaCO3
mg.kg-1
Fe2O3 livre
Valor S
2+
pH (1:2,5)
Valor V
%
Ataque
Sulfúrico
cmolc.kg-1
K+
Sat. por Al
Ca
KCl
A
Complexo
Sortivo
Água
dm3.dm-3
Horizonte
kg.m-3
dag.kg-1
Considerações para o perfil 3
Neste perfil pode-se observar uma profundidade maior que 2 m do solo e um
horizonte B mais espesso e poroso, sendo ainda a fertilidade extremamente baixa
com um grau de intemperismo elevado (Tabela 3, Figura 3).
Nesta condição se observam as características típicas da área; relevo acidentado
e elevados riscos de erosão.
Mesmo sendo possíveis a atividade de silvicultura e o cultivo de pastagem, a
aptidão para a conservação da área é relevante, pois a maior profundidade efetiva garante um lençol freático maior e mais disponibilidade de água dentro da reserva.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
0,84
%
231
51
Porosidade
43
Part.
2
dag.kg-1
Solo
Relação Silte/Arg.
Grau de Floc.
Arg. Disp. Em H2O
4
cm
Areia
Fina
0 - 17
Terra
Fina
A
Prof.
Argila
Composição
Granulométrica
da Terra Fina
Silte
Frações da
Amostra
Total
Areia
Grossa
Horizonte
Calhau
Tabela 2: Análises químicas e físicas do perfil 2.
Perfil 3 . Descrição geral
Data:
18/07/2005
Cambissolo Háplico distroférrico típico, A moderado,
textura argilosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado.
Unidade de mapeamento: CXvd
Localização: E 618544: N 7788265
Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em
trincheira na parte intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa.
Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do
Proterozoico.
Pedregosidade: Não pedregosa
Rochosidade: Não rochosa
Relevo local: Ondulado
Relevo regional: Forte ondulado
Erosão: Moderada a forte
Drenagem: Acentuadamente drenado
Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio
Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata
Atlântica).
Classificação SiBCS:
Descrição morfológica do perfil 3
SOLO
A: 0-10 cm, vermelho amarelo (5YR 4/6, úmida); estrutura fraca pequena blocos
subangulares; fraca, friável, plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa.
B: 10-150+ cm, vermelho (10R 4/6, úmida); estrutura média blocos subangulares; dura muito friável ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa.
Raízes: Comuns finas no horizonte A; poucas finas no horizonte B; raras
raízes grossas.
Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes.
cm
dag.kg-1
%
kg.m-3
A
0 - 10
12
3
28
57
0,49
B
10+
7
6
42
45
0,93
Porosidade
Part.
Solo
Relação Silte/Arg.
Grau de Floc.
Arg. Disp. Em H2O
Densidade
Argila
Areia Fina
Silte
Composição
Granulométrica
da Terra Fina
Areia Grossa
Terra Fina
Casc.
Frações da
Amostra
Total
Calhau
Prof.
Horizonte
Símb.
232
Tabela 3: Análises químicas e físicas do perfil 3.
dm3.dm-3
P assimilável
KCl
Ca2+
Mg2+
Al3+
(H+ +Al3+)
Valor T
3,65
0,03
0,41
1,35
0,58
9,7
10,28
5,6
69,9
2,7
54
B
4,73
3,99
0,00
0,01
0,48
0,02
5,2
5,22
0,4
96,0
0,1
5
MnO
Ki
SiO2
Al2O3
Fe2O3
dag.kg-1
TiO2
P2O5
Kr
Al2O3/Fe2O3
dag.kg-1
Equivalente CaCO3
mg.kg-1
Fe2O3 livre
Valor S
Valor V
%
Ataque
Sulfúrico
Rel C/N
pH (1:2,5)
N
M. Org.
Horizonte
cmolc.kg-1
K+
Sat. por Al
Água
3,98
Complexo
Sortivo
Horizonte
A
dag.kg-1
A
6,91
24,45
19,42
21,40
1,47
2,14
1,26
1,42
B
1,51
31,57
18,14
22,23
1,38
2,96
1,66
1,28
Perfil 4 . Descrição geral
Data:
18/07/2005
Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico Ta eutrófico típico, A moderado, tex-
tura argila a argila siltosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo forte ondulado.
Unidade de mapeamento: CXve
Localização: E 617762: N 7787906
233
O último perfil é o único que apresenta uma fertilidade elevada na camada superficial de 0 a 8 cm e teores consideráveis de Ca e Mg em profundidade
(Tabela 4, Figura 4). Se fosse considerado para uso agrícola seria excelente para o
cultivo silvicultural e o cultivo de pastagens.
Nessa área fica evidente o elevado teor de matéria orgânica do solo. Mesmo com
a elevada fertilidade o relevo é forte ondulado, e a condição de preservação da área
para impedimento de desenvolvimento dos processos erosivos é muito importante
pois em poucos períodos de chuva pode haver a perda das camadas superficiais por
erosão e da fertilidade local.
Todas as áreas com vegetação abundante e de porte mais elevado apresentam
uma fertilidade e/ou uma maior disponibilidade de água durante o ano. Nessas
condições, o conceito de preservação é obrigatório para considerar-se a manutenção
dessa fertilidade acumulada na área.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Considerações para o perfil 4
Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em trincheira na parte
intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa.
Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico.
Pedregosidade: Não pedregosa.
Rochosidade: Não rochosa.
Relevo local: Forte ondulado.
Relevo regional: Forte ondulado.
Erosão: Moderada a forte.
Drenagem: Bem drenado.
Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio.
Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica).
Descrição morfológica do Perfil 4
A: 0-8 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/2, úmida); estrutura pequena moderada bloco
cm
dag.kg-1
%
kg.m-3
A
0-8
3
4
37
55
0,67
B
8 - 108
4
6
42
48
0,88
BC
108 - 126
19
11
43
27
1,59
C
126 - 136
43
16
30
11
2,73
Porosidade
Part.
Solo
Relação Silte/Arg.
Grau de Floc.
Arg. Disp. Em H2O
Argila
Silte
Areia Fina
Composição Granulométrica da Terra Fina
Areia
Grossa
Terra Fina
Frações da
Amostra
Total
Casc.
Prof.
Símb.
234
Horizonte
Densidade
Tabela 4: Análises químicas e físicas do perfil 4.
Calhau
SOLO
subangular; macio, muito friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara.
B: 8-108 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/3, úmida); pequena moderada bloco subangular; macio, friável, plástica pegajosa; transição difusa.
BC: 108-126 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/2 úmida); estrutura forte média bloco
subangulares; macia friável plástica pegajosa.
C: 126-133cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/3, úmida); estrutura maciça; macia,
friável, plástica muito pegajosa.
Raízes: Comuns finas nos horizontes A; poucas finas nos demais horizontes. Raras raízes
grossas.
Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes.
dm3.dm-3
P assimilável
6,94
2,83
0,10
9,87
4,6
14,47
68,2
1,0
7,3
38
B
5,51
4,26
2,69
1,11
0,10
3,81
6,5
10,31
37,0
2,6
0,6
4
Mg2+
Al3+
Valor S
(H+ +Al3+)
Valor T
%
cmolc.kg-1
mg.kg-1
6,08
4,77
3,60
4,22
0,00
7,82
4,5
12,32
63,5
0,0
0,4
1
6,03
5,31
0,95
1,01
0,00
1,96
1,4
3,36
58,3
0,0
0,4
1
Kr
Al2O3/Fe2O3
1,40
2,15
1,99
BC
2,76
29,73
13,34
7,38
1,06
3,79
2,80
2,84
C
0,88
15,78
6,5
19,0
0,67
4,13
1,44
0,54
Fe2O3 livre
Ki
1,71
3,24
dag.kg-1
MnO
2,94
0,90
P2O5
0,83
11,23
TiO2
14,74
14,25
dag.kg-1
Fe2O3
13,15
27,12
Al2O3
22,71
3,14
SiO2
7,78
B
Rel C/N
M. Org.
A
N
Horizonte
Ataque Sulfúrico
Equivalente
CaCO3
BC
C
dag.kg-1
Informações adicionais
235
A área apresenta uma camada de turfa em parte do terreno com aproximadamente 20 cm de espessura soterrada sob uma camada de solo sedimentado por
erosão com espessura aproximada de 1,5 m.
A área apresenta uma boa vegetação, ainda mais se comparada às áreas em
contorno, sendo indicada para preservação ambiental, pois representa refúgio
para a fauna.
O relevo acidentado e a pequena espessura do solo indicam área passível
de intenso processo erosivo, para o controle da erosão é preciso considerar-se a
manutenção da cobertura vegetal sendo obrigatória a manutenção da cobertura
vegetal minimizando os processos erosivos.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Ca2+
Valor V
pH (1:2,5)
KCl
K+
Sat. por Al
5,22
Complexo
Sortivo
5,63
Horizonte
A
Água
Considerações sobre o manejo de solos
e a abertura de trilhas dentro da RPPN
Baseado no mapa planialtimétrico da RPPN Mata Samuel de Paula estabeleceram-se quatro diferentes tipos de áreas presentes:
1. De zero a 20% de declividade é possível a abertura de trilhas buscando as
direções de menor declividade da área, a mecanização e o uso agrícola são
limitados e arriscados em razão da pedregosidade;
2. De 20 a 50% de declividade não sendo possível o uso agrícola com maquinário.
A abertura de trilhas deve ser acompanhada com muito cuidado, pois os riscos
de erosão são muito grandes. Para todas as trilhas abertas nessas condições, é
necessário o acompanhamento periódico para eliminação dos riscos de criações
de cortes de erosão;
3. De 50 a 100% de declividade não é aconselhável a abertura de trilhas ou qualquer uso agrícola. Qualquer trilha aberta deverá ser vistoriada após cada chuva
em busca de pontos de erosão e devem ser tomadas as providências necessárias
para a solução do problema;
4. Com mais de 100% de declividade é completamente desaconselhada a abertura
de trilhas, a não ser que a trilha seja marcada sobre a rocha de hematita pura
sem solo.
Em quaisquer casos de sinais de erosão, bolsões de água deverão ser abertos para
impedir a descida da água morro abaixo, assim como deve ser feito o levantamento
de curvas em nível ou em gradiente desviando a água para os bolsões.
Toda a área do entorno da RPPN Mata Samuel de Paula deverá ser vistoriada
periodicamente, objetivando impedir que enxurradas provenientes de áreas com
quotas superiores às da reserva corram para dentro da RPPN aumentando o risco
de erosão. As medidas de controle deverão ser o uso de bolsões e curvas de nível.
As posições dos bolsões e das curvas de nível deverão ser definidas a cada
novo sinal de erosão variando de profundidade ou extensão de acordo com a
necessidade.
236
SOLO
Figura 5: Divisão de área da RPPN Mata Samuel de Paula em diferentes classes de declividade:
0 – 20%; 20 – 50%; 50 – 100% e maior que 100%.
Referências
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual Técnico de Pedologia.
2. ed. IBGE: Rio de Janeiro, 2005. CD-ROM.
OLIVEIRA, R. O. Fotografia aérea da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata
Samuel de Paula [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 10 ago.
2005.
SENA JR., D. G. Fotografias aéreas da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata
Samuel de Paula. In: PLAMBEL–SECT–COPASA–CETEC–CEMIG. Fotografia aéreas, restituição fotogramétrica e desenho. Articulação das folhas. Belo Horizonte, Nova Lima, Rio Acima e São
Sebastião, n. 1, 2006. CD-ROM.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, EMBRAPA
Solos, 2006. 306p.
Fonte: SENA Jr, 2006.
237
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
UHLEIN, A; OLIVEIRA, H. A. 2000. História geológica do Quadrilátero Ferrífero. Ciência Hoje.
v. 27, n. 160. p. 68-71
238
Á G UAS
ÁGUAS
Água: Qualidade com ênfase nos
insetos aquáticos bioindicadores e
algas perifíticas
Coordenadores:
Colaboradores:
Prof. Dr. Marcos Callisto
Prof. Dr. MSc. Francisco Antônio
Rodrigues Barbosa
Augusto Mendes de Oliveira
Cristiane Freitas de Azevedo Barros
Joana D’Arc de Paula
Marina Silva Rocha
Pedro Maia Barbosa
241
A qualidade da água no século XXI é um dos principais problemas da humanidade em decorrência de atividades de mineração, lançamentos de esgotos
domésticos e industriais sem tratamento, utilização de agrotóxicos e pesticidas,
retirada de vegetação ripária e depósitos de lixo. Infelizmente, a existência de ecossistemas naturais é cada dia mais rara, sendo comum encontrarmos ecossistemas
impactados em todo o território brasileiro. Córregos, rios, lagos, lagunas e aqüíferos subterrâneos estão sujeitos a impactos variados em decorrência das atividades
humanas (Callisto et al., 2004).
As comunidades biológicas dos ecossistemas aquáticos brasileiros estão sujeitas
a alterações ambientais diversas em virtude de interferências humanas sendo, em
muitos casos, substancialmente reduzidas ou mesmo eliminadas. Essas alterações
resultam na queda da biodiversidade aquática, decorrente da desestruturação do
ambiente físico, químico e na dinâmica e na estrutura das comunidades biológicas.
Os rios e córregos recebem materiais, sedimentos e poluentes de toda a sua bacia de
drenagem, refletindo os usos e a ocupação nas áreas vizinhas. Assim, a degradação
de ecossistemas lóticos tem como resultados o assoreamento e a homogeneização
do leito, a diminuição na diversidade de habitats e eutrofização artificial (enriquecimento por aumento nas concentrações de nutrientes) (Callisto et al., 2005).
Entre as comunidades influenciadas pelas atividades antrópicas, a dos macroinvertebrados bentônicos, em sua maioria os insetos aquáticos, e a das algas perifíticas
constituem eficientes ferramentas na avaliação de qualidade ambiental de ecossistemas aquáticos. Os macroinvertebrados bentônicos habitam substratos de fundo
(sedimentos, pedaços de madeira, restos de troncos, pedras, macrófitas aquáticas,
algas filamentosas, etc.) em ecossistemas aquáticos continentais em parte ou durante
todo o seu ciclo de vida, enquanto as algas perifíticas desenvolvem-se colonizando
superfícies de pedras, folhas e outros substratos expostos à incidência de radiação
solar no leito de ambientes aquáticos (Rosenberg & Resh, 1993).
B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Introdução
Á GUAS
242
Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença,
quantidade e distribuição indicam a magnitude
de impactos ambientais em um ecossistema
aquático e sua bacia de drenagem (Callisto
& Gonçalves, 2002; Soldner et al., 2004).
A utilização de insetos aquáticos como bioindicadores de qualidade de água tem recebido
ampla aceitação na sociedade científica e em
órgãos de controle ambiental. Esses organismos representam o conjunto de variáveis mais
utilizadas na avaliação de impactos ambientais
causados pela construção de represas, atividade
industrial e mineradora, entre outros, que de
alguma forma afetam os ecossistemas aquáticos continentais (Pérez, 1988; Rosenberg &
Resh, 1993). As avaliações de qualidade de
água com a utilização dos macroinvertebrados
bentônicos baseiam-se na premissa de que a tolerância à poluição varia entre os diversos taxa
de organismos (Resh et al., 1996). Portanto, a
estrutura das comunidades bentônicas em um
ecossistema aquático representa um reflexo de
suas condições ecológicas (Hynes, 1974).
Ecossistemas preservados apresentam
comunidades com elevada incidência de organismos indicadores de águas de boa qualidade, grupos sensíveis a modificações, e em
ambientes impactados encontram-se apenas
aqueles taxa capazes de resistir às modificações,
indicando sua contaminação (Callisto et al.,
2001a). A qualidade da água pode ser avaliada
por meio de variações na estrutura e composição das comunidades biológicas, diversidade
de habitats e condições físicas e químicas da
coluna d’água e do sedimento (Ladson et al.,
1996). Em programas de biomonitoramento,
a utilização de índices bióticos caracteriza-se
como uma das maneiras de avaliação utilizadas (Resh et al., 1996). O conhecimento das
comunidades de macroinvertebrados permite
a aplicação de índices de qualidade ambiental
como o BMWP (Biomonitoring Working Party)
(Armitage et al., 1983; Cota et al., 2002) e
ASPT (Average Score Per Taxa) ( Johnson et
al., 1993) atribuindo escores aos taxa presentes
em um ecossistema e, assim, aos ecossistemas
onde foram encontrados.
Outra importante maneira de avaliar as
condições ecológicas de ecossistemas aquáticos
é por intermédio da categorização funcional
das comunidades de macroinvertebrados bentônicos. Essa classificação consiste no agrupamento dos macroinvertebrados em guildas
tróficas, definidas pela estratégia de alimentação de cada taxa. Foram definidos cinco grupos
tróficos funcionais: fragmentadores, coletores,
filtradores, raspadores e predadores. Os fragmentadores alimentam-se de orgânica particulada grossa (>1,0 mm), como folhas que caem
no leito do rio. Os coletores alimentam-se de
matéria orgânica particulada fina e ultrafina
(fina: 50µm-1mm, ultrafina: 0,5-50 µm) que se
deposita sobre o leito e se acumula em fendas.
Como os fragmentadores, os coletores também
dependem da biomassa microbiana associada
com partículas de alimento (primariamente
na superfície) e produtos oriundos do metabolismo microbiano para a sua nutrição. Os
raspadores são adaptados primariamente para
alimentarem-se de algas aderidas a superfícies
e, portanto, sua dominância é diretamente associada à produção primária fitobentônica. Os
predadores alimentam-se de outros organismos
bentônicos ou nectônicos, procurando ativamente suas presas ou aguardando que elas se
aproximem (Merrit & Cummins, 1996).
O termo perifíton foi definido por Wetzel
(1983) como “uma complexa comunidade microbiótica formada por bactérias, fungos, algas,
protozoários e animais juntamente com detritos orgânicos e inorgânico, que estão aderidos a
um substrato natural ou artificial, vivo ou morto”. O fato de estarem aderidos a um
substrato faz com que estejam entre os primeiros a serem afetados pelos impactos
que atingem os corpos d’água. Nesse sentido, essa comunidade, especialmente as
algas nela contidas (algas perifíticas), vem tendo seu papel como indicadora de
qualidade de água cada vez mais reconhecido (Watanabe, 1990; Giorgi & Malacalza, 2001; Mendes, 2003), podendo ser utilizada até mesmo na determinação
do estado trófico (Hofmann, 1996, Dell’Uomo, 1996).
O objetivo deste projeto foi realizar um inventário taxonômico de macroinvertebrados bentônicos e algas perifíticas nos corpos d’água da RPPN Mata Samuel
de Paula e avaliar as condições físicas, químicas da coluna d’água e ambientais
desses ecossistemas.
Neste capítulo são apresentados os resultados do levantamento das comunidades perifítica e de macroinvertebrados bentônicos nos ecossistemas aquáticos
da RPPN Mata Samuel de Paula, bem como sua interpretação e sugestões para a
conservação e utilização desses corpos d’água no desenvolvimento de atividades de
educação ambiental.
Figura 1: Mapa hidrográfico da região de estudo, demonstrando a área da RPPN Mata Samuel de
Paula e as estações de amostragem.
243
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula da
Mineração Anglogold Ashanti localiza-se no município de Nova Lima, consistindo
em um fragmento localizado em área remanescente de Mata Atlântica, em uma
região de transição para o Cerrado. Foram estabelecidas cinco estações amostrais,
sendo três em nascentes no interior da RPPN, um córrego externo à RPPN e outra
no Ribeirão dos Cristais (Tabela 1 e Figura 1). Nas figuras 2 e 3 é apresentada
uma caracterização rápida de cada estação amostral, de acordo com a aplicação do
protocolo de Callisto et al. (2002).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Área de estudos
Figura 2: Caracterização das estações de amostragem
na RPPN Mata Samuel de Paula, Nova Lima (MG).
AG 01: Nascente com vegetação ciliar densa e bem desenvolvida e
com uma pequena barragem e trecho sem vegetação a jusante da
barragem. Esta estação de amostragem apresenta pouca erosão e
intensa deposição de folhiço no leito. Suas águas são cristalinas e
sem sinais de deposição de lixo ou esgotos.
AG 01
AG 02: Vegetação ciliar bem desenvolvida, com alguma intervenção
humana como a retirada de água. O leito é constituído principalmente
por lama com uma fina lâmina d’água. Poucos sinais de erosão podem
ser observados nas margens, assim como evidências de lançamento
de lixo em alguns pontos.
AG 03: Ribeirão dos Cristais com densa mata ciliar. O leito é constituído
principalmente por rochas, seixos e cascalho, formando trechos de
corredeiras. Em alguns pontos das margens podem ser observados
bancos de areia.
AG 02
AG 04: Nascente localizada fora da RPPN e que deságua no Ribeirão
dos Cristais. Apresenta vegetação ciliar densa, com elevada diversidade de habitats. Além disso, apresenta muitos trechos com deposições
de folhiço, pequenas corredeiras, quedas d’água e troncos e galhos
caídos. O sedimento é predominantemente lamoso sem sinais de
assoreamento e de atividades humanas.)
AG 05: Córrego localizado no condomínio Villa Del Rey, apresentando
diversos sinais de influências antrópicas, destacando-se o lançamento
de lixo e esgoto. O loteamento da região causou diversos problemas a
este ecossistema, como o aumento da turbidez da água e intensificação
do processo de erosão das margens.
ÁG UAS
AG 03
244
AG 04
AG 05
Tabela 1: Localização das estações de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula.
Estações de Amostragem
Localização
Nascente (AG 01)
19º59’53.6”S
43º51’43.9’’W
Nascente (AG 02)
19º59’52.0”S
43º52’19.3”W
Ribeirão dos Cristais (AG 03)
19º59’51.8”S
43º52’19.3”W
Córrego à jusante da RPPN (AG 04)
19º59’57.3”S
43º52’37.1”W
Nascente (AG 05)
20º00’36.4”S
43º56’25.4”W
Material e métodos
Características físicas e químicas da água
Para avaliação das condições ambientais dos ambientes aquáticos na RPPN e seu
entorno foi aplicado um Protocolo de Avaliação Rápida das Condições Ecológicas e da
Diversidade de Habitats em Trechos de Bacias, que busca avaliar o ambiente aquático,
o uso e a ocupação do solo na região de entorno do trecho da bacia de drenagem dos
ecossistemas em estudo, proposto por Callisto et al. (2002). O protocolo avaliou um
conjunto de parâmetros em categorias descritas e pontuadas de 0 a 4 (Quadro 2) e
de 0 a 5 (Quadro 3), (Anexo). O valor final do protocolo de avaliação foi obtido com
base no somatório dos valores atribuídos a cada parâmetro independentemente. As
pontuações finais refletiram o nível de preservação das condições ecológicas dos trechos
de bacias estudados, como segue: 0 a 40 pontos representam trechos impactados; 41
a 60 pontos, trechos alterados; e acima de 61 pontos, trechos naturais.
Quadro 1: Classificação geral dos ecossistemas estudados segundo a aplicação do protocolo de
avaliação rápida das condições ecológicas na RPPN Mata Samuel de Paula.
Parâmetros
Ag 01
Ag 02
Ag 03
Ag 04
Ag 05
1
Tipo de ocupação
das margens do
corpo d’água
(principal atividade)
Vegetação
natural
Vegetação
natural
Vegetação
natural
Vegetação
natural
Vegetação
natural
2
Erosão próxima
e/ou nas margens do
rio e assoreamento
em seu leito
Ausente
Ausente
Moderada
Ausente
Moderada
245
Características ecológicas de trechos de bacia
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Com uma multissonda Horiba modelo U-22 (Figura 3) foram medidos, in situ,
temperatura (ºC), pH, condutividade elétrica (µS/cm) e turbidez (NTU) da água. A
concentração de oxigênio dissolvido (mg/L) foi determinada pelo método de Winkler.
As concentrações de fósforo total (P-total), nitrogênio total (N-total), fósforo solúvel
reativo (PO4-P), nitrato (NO3-), nitrito (NO2-), amônio (NH4+) e silicato (SiO2) foram
determinadas em laboratório, segundo metodologias propostas por Golterman & Climo
(1967) e Mackereth et al. (1978). A concentração de clorofila-a foi estimada de acordo
com Lorenzen (1967) e a alcalinidade total, segundo Mackereth et al. (1978).
Figura 3: (A) Coleta limnológica; (B) medição das variáveis abióticas utilizando
multissonda Horiba; (C) amostra de água
para determinação da concentração de
oxigênio dissolvido.
Figura 4: Coleta de amostras de sedimento:
(A) acomodação do Surber e (B) coleta de
amostra de sedimento.
A
A
B
246
ÁG UAS
B
C
Ag 02
Ag 03
Ag 04
Ag 05
Alterações de
origem industrial/ urbana
(barramento de
concreto).
Alterações
de origem
industrial/ urbana
(barramento de
concreto).
Alterações de
origem doméstica
(esgoto, lixo)
Alterações
de origem
doméstica
(plantação de
bananeira)
Alterações
de origem
doméstica
(esgoto,lixo)
4
Cobertura
vegetal no leito
Total
Parcial
Ausente
total
Parcial
5
Odor da água
Nenhum
Nenhum
Nenhum
Nenhum
Nenhum
6
Oleosidade
da água
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
7
Transparência
da água
Transparente
Transparente
Turva/cor de
chá-forte
Transparente
Transparente
8
Odor do
sedimento (fundo)
Nenhum
Nenhum
Nenhum
Nenhum
Nenhum
9
Oleosidade
do fundo
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
10
Tipo de fundo
Pedras/cascalho
Lama/areia
Pedras/cascalho
Pedras/cascalho
Pedras/cascalho
11
Tipos de fundo
30 a 50% de
habitats diversificados; habitats
adequados para
a manutenção
das populações
de organismos
aquáticos.
30 a 50%
de habitats
diversificados; habitats
adequados para
a manutenção
das populações
de organismos
aquáticos.
30 a 50%
de habitats
diversificados; habitats
adequados para
a manutenção
das populações
de organismos
aquáticos.
30 a 50%
de habitats
diversificados;
habitats
adequados
para a manutenção das
populações
de organismos
aquáticos.
30 a 50%
de habitats
diversificados;
habitats adequados para
a manutenção das populações de
organismos
aquáticos.
12
Extensão
de rápidos
Rápidos ou
corredeiras
inexistentes.
Trechos rápidos
podem estar ausentes; rápidos
não tão largos
quanto o rio e
seu comprimento menor que o
dobro da largura
do rio
Rápidos com a
largura igual à
do rio, mas com
comprimento
menor que o
dobro da largura
do rio
Rápidos com
a largura igual
à do rio, mas
com comprimento menor
que o dobro da
largura do rio
Rápidos com
a largura igual
à do rio, mas
com comprimento menor
que o dobro
da largura
do rio
13
Frequência
de rápidos
Geralmente
com lâmina
d’água “lisa” ou
com rápidos
rasos; pobreza
de habitats;
distância entre
rápidos dividida
pela largura do
rio maior que 25.
Rápidos ou
corredeiras ocasionais; habitats
formados pelos
contornos do
fundo; distância
entre rápidos
dividida pela
largura do rio
entre 15 e 25.
Rápidos não
frequentes;
distância entre
rápidos dividida
pela largura do
rio entre 7 e 15.
Rápidos
relativamente
frequentes;
distância
entre rápidos
dividida pela
largura do rio
entre 5 e 7.
Rápidos não
frequentes;
distância
entre rápidos
dividida pela
largura do rio
entre 7 e 15.
14
Tipos de
substrato
Fundo pedregoso; seixos ou
lamoso.
Fundo pedregoso; seixos ou
lamoso
Seixos abundantes; cascalho comum.
Seixos
abundantes
(prevalecendo
em nascentes).
Fundo formado predominantemente
por cascalho;
alguns seixos
presentes
15
Deposição
de lama
Entre 0 e 25%
do fundo coberto por lama.
Entre 50 e 75%
do fundo coberto
por lama.
Entre 25 e 50%
do fundo coberto por lama.
Entre 25 e
50% do fundo
coberto por
lama.
Entre 25
e 50% do
fundo coberto
por lama.
16
Depósitos
sedimentares
Menos de 5%
do fundo com
deposição de
lama; ausência
de deposição
nos remansos.
Grandes
depósitos de
lama, maior
desenvolvimento das
margens; mais
de 50% do
fundo modificado; remansos
ausentes devido
à significativa
deposição de
sedimentos.
Alguma evidência de modificação no fundo,
principalmente
como aumento
de cascalho,
areia ou lama; 5
a 30% do fundo
afetado; suave
deposição nos
remansos.
Menos de 5%
do fundo com
deposição de
lama; ausência
de deposição
nos remansos.
Alguma
evidência de
modificação
no fundo,
principalmente como
aumento de
cascalho,
areia ou lama;
5 a 30% do
fundo afetado; suave deposição nos
remansos.
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Ag 01
Alterações antrópicas
247
Parâmetros
3
Ag 01
Ag 02
Ag 03
Ag 04
Ag 05
Alterações
no canal do rio
Margens modificadas; acima
de 80% do rio
modificado.
Alguma canalização presente,
normalmente
próximo à construção de pontes; evidência
de modificações
há mais de 20
anos.
Canalização
(retificação)
ou dragagem
ausente ou
mínima; rio com
padrão normal.
Canalização
(retificação)
ou dragagem
ausente ou
mínima; rio
com padrão
normal.
Alguma
canalização
presente,
normalmente
próxima à
construção
de pontes;
evidência de
modificações
há mais de 20
18
Características
do fluxo das águas
Lâmina d’água
escassa e
presente apenas
nos remansos.
Lâmina d’água
acima de 75%
do canal do rio;
ou menos de
25% do substrato exposto.
Lâmina d’água
acima de 75%
do canal do rio;
ou menos de
25% do substrato exposto.
Fluxo relativamente igual em
toda a largura
do rio; mínima
quantidade
de substrato
exposta.
Lâmina
d’água acima
de 75% do
canal do rio;
ou menos
de 25% do
substrato
exposto.
19
Presença
de mata ciliar
Acima de 90%
com vegetação
ripária nativa,
incluindo árvores, arbustos ou
macrófitas; mínima evidência de
deflorestamento;
todas as plantas
atingindo a altura “normal”.
Acima de 90%
com vegetação
ripária nativa,
incluindo árvores, arbustos ou
macrófitas; mínima evidência de
deflorestamento;
todas as plantas
atingindo a altura
“normal”.
Entre 70 e 90%
com vegetação
ripária nativa;
deflorestamento
evidente mas
não afetando o
desenvolvimento
da vegetação;
maioria das
plantas atingindo a altura
“normal”.
Acima de 90%
com vegetação
ripária nativa,
incluindo árvores, arbustos
ou macrófitas; mínima
evidência de
deflorestamento; todas as
plantas atingindo a altura
“normal”.
Entre 70 e
90% com
vegetação
ripária nativa;
deflorestamento
evidente mas
não afetando
o desenvolvimento da
vegetação;
maioria das
plantas atingindo a altura
“normal”.
20
Estabilidade
das margens
Moderadamente
estáveis; pequenas áreas de
erosão frequentes. Entre 5 e
30% da margem
com erosão.
Moderadamente
estáveis; pequenas áreas de
erosão frequentes. Entre 5 e
30% da margem
com erosão.
Moderadamente
instável; entre
30 e 60% da
margem com
erosão. Risco
elevado de
erosão durante
enchentes.
Margens
estáveis;
evidência de
erosão mínima
ou ausente;
pequeno
potencial para
problemas
futuros. Menos
de 5% da margem afetada.
Moderadamente
estáveis; pequenas áreas
de erosão
frequentes.
Entre 5 e
30% da
margem com
erosão.
21
Extensão
de mata ciliar
Largura da vegetação ripária
maior que 18 m;
sem influência
de atividades
antrópicas
(agropecuária,
estradas, etc.).
Largura da
vegetação ripária
maior que 18 m;
sem influência
de atividades
antrópicas
(agropecuária,
estradas, etc.).
Largura da vegetação ripária
entre 12 e 18 m;
mínima influência antrópica.
Largura da
vegetação
ripária maior
que 18 m;
sem influência
de atividades
antrópicas
(agropecuária,
estradas, etc.).
Largura da
vegetação ripária entre 12
e 18 m; mínima influência
antrópica.
22
Presença de plantas
aquáticas
Ausência de
vegetação
aquática no
leito do rio ou
grandes bancos
macrófitas
Ausência de vegetação aquática
no leito do rio ou
grandes bancos
macrófitas
Algas filamentosas ou
macrófitas em
poucas pedras
ou alguns
remansos, perifíton abundante e
biofilme.
Ausência de
vegetação
aquática no
leito do rio ou
grandes bancos macrófitas
Ausência de
vegetação
aquática no
leito do rio
ou grandes
bancos
macrófitas.
60 (Alterado)
62 (Natural)
66 (Natural)
85 (Natural)
68 (Natural)
248
ÁG UAS
Parâmetros
17
Pontuação
(Classificação)
Coletas do sedimento
Figura 5: Processamento das amostras
(A,B) – lavagem das amostras utilizando
peneiras de 1,00 e 0,50 mm de malha, e
(C) – triagem dos macroinvertebrados.
O sedimento foi recolhido com coletor
do tipo “Surber” (área de 1.024 cm2). Em
cada estação de amostragem foram retiradas
quatro amostras (Figura 4) de sedimento,
sendo três para análise das comunidades de
macroinvertebrados bentônicos e uma para a
determinação dos teores de matéria orgânica
e composição granulométrica.
B
Composição granulométrica e teores
de matéria orgânica no sedimento
C
A composição granulométrica dos sedimentos foi determinada pela metodologia de
Suguio (1973). Após secagem do sedimento por
48 horas, em estufa, à temperatura constante de
249
A
As amostras de sedimento foram lavadas
sobre peneiras de 1,00 e 0,50 mm, triadas em
microscópio estereoscópico, e os macroinvertebrados identificados segundo Pérez (1988),
Epler (1995), Cranston (1996), Pescador (1997),
Merritt & Cummins (1996) e Olifiers et al.
(2004) e depositados na Coleção de Referência
de Macroinvertebrados Bentônicos do Instituto
de Ciências Biológicas da UFMG (Figura 5).
As comunidades de macroinvertebrados bentônicos coletadas foram avaliadas com base nos
valores de riqueza taxonômica (n° de taxa), densidade (Indivíduos. m-2), índices de diversidade
(H’) de Shannon-Wiener e equitabilidade ( J’)
de Pielou segundo Magurran (1991). Foi feita
uma classificação em grupos tróficos funcionais
segundo Merritt & Cummins (1996) com o
objetivo de se identificar a estrutura trófica das
comunidades avaliadas. A qualidade das águas
foi classificada por meio da aplicação do índice
BMWP (Tabelas 2 e 3).
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Processamento das amostras
em laboratório
60 ºC, e macerada para separação dos aglomerados foram retiradas porções de 100g.
Essas porções foram submetidas a uma série de peneiras de 16,00, 4,00, 2,00, 1,00,
0,50, 0,250, 0,063 e < 0,063 mm (gravimetria) por 30 minutos, e as frações retidas em
cada peneira, pesadas individualmente para a determinação das proporções de cada tipo
de sedimento nas amostras: seixo (16,00 mm), cascalho (4,00 mm), areia muito grossa
(2,00 mm), areia grossa (1,00 mm), areia média (0,50 mm), areia fina (0,250 mm),
areia muito fina (0,063 mm) e silte + argila (menor que 0,063 mm) (Figura 6).
Foram retiradas duas alíquotas de 0,3 g do sedimento em cada estação amostral,
maceradas e queimadas em mufla por 4 horas a 550 oC (Figura 8). As frações de
sedimento foram levadas à mufla em cadinhos de porcelana previamente queimados
a 550 oC durante 1 hora. O teor de matéria orgânica foi calculado como a diferença
entre o peso inicial da amostra e o peso após a incineração (Callisto, 1998), a
partir da seguinte fórmula:
%PPC = P1 - P3 x 100
P2
Onde:
%PPC – Porcentagem de Perda por Calcinação
P1 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra
P2 – Peso da Amostra
P3 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra Calcinada
250
ÁG UAS
Tabela 2: Pontuação do índice BMWP utilizado nas estações amostrais.
Taxa
Pontuação
Helicopsychidae, Odontoceridae, Hydroscaphidae, Gripopterygidae, Leptophlebiidae
10
Calopterygidae, Psephenidae, Libellulidae, Leptohyphidae, Perlidae
8
Leptoceridae, Polycentropodidae, Hydrobiosidae, Coenagrionidae,
Glossosomatidae, Hydroptilidae, Philopotamidae
7
Nepidae, Hydropsychidae
6
Naucoridae, Simuliidae, Gomphidae, Gerridae, Elmidae,
Hydrophilidae, Baetidae, Corixidae, Tipulidae, Pyralidae
5
Caenidae, Hidracarina, Dytiscidae, Corydalidae, Empididae, Ceratopogonidae, Microcrustacea
4
Thiaridae, Tabanidae
3
Chironomidae, Psychodidae, Veliidae, Nematoda
2
Oligochaeta, Culicidae
1
Tabela 3: Classificação da qualidade da água segundo a pontuação do BMWP.
Classes de água
Pontuação do BMWP
Qualidade de água
I
> 86
Ótima
II
64 – 85
Boa
III
37 – 63
Satisfatória
IV
17 – 36
Ruim
V
< 16
Péssima
Figura 6: Determinação da composição
granulométrica dos sedimentos, (A) maceração da amostra, (B) série de peneiras
granulométricas.
P2
Figura 7: Determinação dos teores de
matéria orgânica no sedimento. (A) e (B)
Queima das amostras em forno mufla.
Onde:
%PPC – Porcentagem de Perda por Calcinação
P1 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra
P2 – Peso da Amostra
P3 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra Calcinada
A
(B)
(A)
B
B
Figura 7: Determinação dos teores de matéria orgânica no sedimento. (A) e (B) Queima das
amostras em forno mufla.
Coleta, identificação e contagem do perifíton
251
Para avaliação das algas perifíticas foi amostrada a maior diversidade de substratos possível (pedras, gravetos, folhas) em cada estação de amostragem (Figura 8).
O material coletado foi fixado com solução de formol a 4% e, em laboratório,
raspado com o auxílio de pincel e escova de cerdas finas. As amostras qualitativas
foram analisadas em microscópio óptico, e as algas identificadas até o menor nível
taxonômico (gênero, para a maioria). Para análise quantitativa mediu-se a área raspada e realizou-se contagem dos organismos em microscópio invertido, segundo a
técnica de sedimentação de Utermöhl.
Resultados e discussão
Protocolo de caracterização de condições ecológicas
Os ecossistemas estudados apresentaram-se em boas condições de preservação,
observando-se extensas áreas de mata ciliar nas margens das nascentes, caracterizando
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
A
13
Figura 8: (A) coleta de perifíton em substrato natural e (B,C) incubação de substrato artificial para fixação de perifíton.
B
252
Á GUAS
A
C
áreas protegidas. Nas estações AG 01, AG 02 e
AG 05 foi observada a existência de uma antiga
barragem (AG 01), antigo ponto de captação
de água (AG 02), intensa erosão nas margens
em virtude de sua localização no interior do
condomínio Villa Del Rey e instalação de um
canteiro de obras próximo ao rio (AG 05).
No trecho da estação AG 01, apesar da
classificação final como alterado, foi observada
uma vegetação ciliar bem desenvolvida, o que
ameniza os efeitos da intervenção, reduzindo a
erosão nas margens e consequente contribuição
de material para o ecossistema aquático.
No Ribeirão dos Cristais (AG 03) foram
observados impactos como deposição de areia
nas margens e retirada de parte da vegetação
ciliar. Por outro lado, essa estação apresentou
uma densa vegetação em uma das margens,
com o leito parcialmente sombreado, o que
favorece o desenvolvimento de produtores
primários autóctones e o aporte de matéria
orgânica alóctone.
Na estação AG 04 a presença de vegetação
ciliar densa e bem preservada, associada a uma
elevada diversidade de habitats e substratos no
leito favoreceu sua classificação como ambiente
natural (Quadro 1).
O córrego AG 05 foi classificado como
natural por apresentar águas limpas, vegetação
bem preservada e alta diversidade de habitats
aquáticos. Porém nessa estação foram observados importantes aspectos negativos causados
por sua localização em um condomínio residencial, como a intensificação dos processos
erosivos e a formação de trilhas causada pela
prática de esportes (por exemplo, mountain
bike e motocross). O loteamento no entorno do
córrego constitui outro aspecto negativo, já que
houve retirada de parte da vegetação, erosão
das margens e conseqüente intensificação do
assoreamento do seu leito.
Parâmetros físicos e químicos da coluna d’água
Os dados coletados das variáveis físicas e químicas no período agosto de 2004
a dezembro de 2005 podem ser observados na Tabela 4. A temperatura da água
não apresentou grandes variações entre os pontos de coleta. A maior diferença foi
registrada no ponto AG 03, que apresentou o menor e o maior valores de temperatura registrados entre os pontos, 16,7°C (maio de 2005) e 21,8°C (novembro
de 2004). No ponto AG 01 a temperatura variou entre 19,0°C e 21,1°C, sendo o
menor valor registrado em agosto de 2004, e o maior, em agosto de 2005. O ponto
AG 02 foi o ponto que apresentou a menor variação de temperatura durante os
meses de coleta, sendo que o menor valor foi registrado no mês de maio de 2005
(19,5°C), e o maior (20,6°C), no mês de fevereiro de 2005. No ponto AG 04, os
valores de temperatura variaram entre 18,9°C no mês de agosto de 2005 e 20,6°C
em novembro do mesmo ano. A temperatura no ponto AG 05 variou entre 18,0 e
20,3°C, sendo que o menor valor foi registrado em maio de 2005, e o maior valor,
em novembro de 2004 (Figura 9).
Figura 9: Média e variação da temperatura da água nos pontos de amostragem nas coletas realizadas
entre agosto de 2004 e novembro de 2005.
21
Temperatura (oC)
20
19
18
17
16
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
Os pontos de coleta apresentam águas que variam de neutras a ácidas, sendo
que a maioria dos pontos pode ser considerada como de águas levemente ácidas. O
pH variou entre 4,4 e 7,8, sendo o menor valor registrado no ponto AG 01, durante
o mês de novembro 2004, e o maior valor registrado no ponto AG 03, durante o
mês de agosto de 2004. O ponto AG 01 apresentou pH em torno de 5,0 sendo que
o menor valor foi registrado em fevereiro de 2005, e o maior valor, em agosto de
2004. No ponto AG 02 o menor valor foi registrado em novembro de 2004 (4,78),
e o maior valor foi registrado em maio de 2005 (5,94).
253
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
22
Os valores de condutividade elétrica (Figura 10) variaram entre 15 µs/cm
(ponto AG 01, nov/04) e 74µs/cm (ponto AG 03, ago/04). O ponto AG 03 apresentou maior condutividade com média de 68,8 µs/cm ao longo do período de
amostragem. Os menores valores médios foram observados nos pontos AG 01
(22,2 µs/cm) e AG 04 (26,3 µs/cm).
Figura 10: Média e variação da condutividade elétrica da água nos pontos de amostragem nas coletas
realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005.
80
70
Condutividade elétrica (uS/cm)
60
50
40
30
20
10
0
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
O ponto AG 05 apresentou grande oscilação nos valores de alcalinidade,
que foram de 0,02 (novembro de 2005) a 6,9 mEq CO2/l (novembro de 2004),
e média de 1,3 mEq CO2/l. Nos demais pontos a alcalinidade mostrou pequena
variação (Figura 11).
Figura 11: Média e variação da alcalinidade total nos pontos de amostragem nas coletas realizadas
entre agosto de 2004 e novembro de 2005.
ÁG UAS
8
7
6
Alcalinidade (meq/l)
254
5
4
3
2
1
0
-1
-2
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
Figura 12: Média e variação da concentração de oxigênio dissolvido nos pontos de amostragem nas
coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005.
16
14
10
8
255
Oxigênio Dissolvido (mg/l)
12
6
4
2
0
Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
A concentração de oxigênio dissolvido apresentou considerável variação entre
os pontos e entre as amostragens. Sua concentração média variou entre 2,36 mg/l
no ponto AG 02 (novembro de 2004) e 13,72 mg/l no ponto AG 05 (fevereiro de
2005). O ponto AG 03 – Ribeirão dos Cristais e AG 04 – nascente do Ribeirão dos
Cristais foram os mais bem oxigenados, com concentração média de oxigênio de
10,47 e 10,23 mg/l, respectivamente. A melhor oxigenação desses pontos pode estar
associada ao fato de os locais de coleta estarem próximos a corredeiras. A menor
concentração média encontrada para as seis amostragens, 4,48 mg/l, foi registrada
no ponto AG 02 (Figura 12).
A concentração de clorofila-a variou entre 3,74 e 48,92 µg/l, sendo o menor
valor registrado em agosto de 2004 (AG 05), e o maior, em novembro de 2004
(AG 01). O ponto AG 02 apresentou valores entre 4,99 µg/l, em agosto de 2004,
e 12,83 µg/l, em novembro do mesmo ano. No ponto AG 04 sua variação foi alta,
sendo o menor valor 6,24 µg/l, registrado em agosto de 2005, e o maior, 19,78 µg/l
registrado em novembro de 2004. No ponto AG 03, a variação foi menor, de 5,35
µg/l, em novembro de 2004, a 9,09 µg/l, em fevereiro de 2005. Quanto aos valores
médios, observou-se o máximo de 15,1, na estação AG 01, e o mínimo de 7,5, na
estação AG 03 (Figura 13).
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
Figura 13: Média e variação da concentração de clorofila-a nos pontos de amostragem nas coletas
realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005.
35
30
25
Clorofila -a (ug/l)
20
15
10
5
0
-5
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
Em relação aos nutrientes, o ponto AG 03 foi o que apresentou as maiores
concentrações médias de nitrito (12,9 µg/l), nitrato (205,6 µg/l) e nitrogênio total
(509,2 µg/l). A maior concentração de amônia foi registrada no ponto AG 04
(59,91 µg/l) em agosto de 2004, e a menor, no ponto AG 02 (3,07 µg/l) em maio
de 2005 (Figura 14).
Figura 14: Média e variação das concentração de NO3-, NO2-, NH4 + e N-total nos pontos de amostragem no período agosto de 2004 a novembro de 2005.
400
20
NO 3-
350
NO 2-
18
16
300
14
12
200
NO 2 (ug/l)
NO 3- (ug/l)
250
150
8
6
100
Á GUAS
10
4
50
2
0
256
-50
0
AG1
AG2
AG3
AG4
-2
AG5
NH 4+
60
AG3
AG4
AG5
40
800
N-Total (ug/l)
1000
30
600
20
400
10
200
0
0
-200
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
N- total
1200
50
-10
AG2
1400
70
NH 4+ (ug/l)
AG1
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
Figura 15: Média e variação da concentração do PO4-3 e (P-total nos pontos de amostragem entre
agosto de 2004 e novembro de 2005.
16
200
180
14
160
12
140
120
P-total (ug/l)
Ortofosfato (ug/l)
10
8
6
100
80
60
40
4
20
2
0
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
-20
AG1
AG2
AG3
AG4
AG5
257
0
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
As concentrações de fósforo solúvel reativo variaram entre 2,17 µg/l no ponto
AG 01, durante o mês de maio de 2005, e 14,0 µg/l no ponto AG 05, em novembro de 2005. O ponto AG 02 apresentou a maior média durante o período de
amostragem (9,92 µg/l), sendo os valores máximo e mínimo 16,4 µg/l e 4,73 µg/l,
respectivamente. As concentrações desse nutriente para o ponto AG 03 variaram
entre 3,21 µg/l (novembro de 2004) e 13,5 µg/l (agosto de 2005). Considerando a
média entre as coletas, o maior valor foi registrado no ponto AG 02 (9,9 µg/l), e o
menor, no ponto AG 01 (4,7 µg/l). A variação das concentrações de fósforo total
entre os pontos de amostragem foi considerável, ficando entre 5,3 µg/l, no ponto
AG 01, e 184,45 µg/l, no ponto AG 04. Esse ponto também apresentou a maior
concentração média durante o período de amostragem (56,07 µg/l), e a menor
concentração média foi registrada no ponto AG 01 (19,78 µg/l). O ponto AG 03
apresentou concentrações entre 16,75 µg/l no mês de fevereiro de 2005 e 111,5
µg/l em novembro de 2005 (Figura 15).
As concentrações de sílica solúvel reativa (silicato) variaram entre 0,08 mg/l no
ponto AG 01 e 7,15 mg/l no ponto AG 02. A maior concentração média durante
o período de amostragem foi registrada no ponto AG 04 (4,01 mg/l), enquanto a
menor (1,40 mg/l) foi registrado no ponto AG 01.
Algas perifíticas
Foram registrados 59 taxa de algas perifíticas distribuídos em oito classes
taxonômicas (Tabela 1). Bacillariophyceae foi a classe mais bem representada,
com 19 taxa (33%), seguida de Cyanophyceae (15 taxa, 25%) e Chlorophyceae
(11 taxa, 19%). As classes Ulothricophyceae, Oedogoniophyceae e Dinophyceae
tiveram apenas dois taxa nas amostras analisadas, cada uma contribuindo com 3%
da riqueza total (Gráfico 1).
258
Á GUAS
Gráfico 1: Contribuição das diferentes classes taxonômicas para a riqueza total de algas perifíticas
observada na RPPN Mata Samuel de Paula no período de agosto de 2004 a dezembro de 2005.
Conforme também pode ser observado na Tabela 5, do total de taxa encontrados, 15 foram comuns aos cinco pontos amostrais (9 Diatomáceas, 3 Cianofíceas, 2
Oedogoniofíceas e 1 Ulotricofícea), enquanto outros 13 ocorreram exclusivamente
em um dos pontos. O maior número de algas exclusivas (8 taxa) foi observado no
ponto AG 01, que se diferencia dos demais por apresentar condições de ambientes
lênticos pela presença de uma pequena barragem. Além de possibilitar a ocorrência
de organismos característicos de ambientes lênticos (ex. a dinofícea Peridinium pusillum), o barramento nesse ponto de coleta favorece o acúmulo de folhas e outros
materiais orgânicos, o que explica a ocorrência de gêneros associados a ambientes com
elevada concentração de matéria orgânica, como Chlamydomonas (Chlorophyceae),
Phacus e Scytomonas (Euglenophyceae).
Pela curva de riqueza acumulada (Gráfico 2), percebe-se uma tendência à
estabilização do número de novas espécies acrescidas a cada amostragem na maioria
dos pontos, indicando que as campanhas realizadas possibilitaram o conhecimento
da maioria dos taxa existentes, permitindo com isso uma avaliação representativa
da diversidade de algas perifíticas nesses locais. A exceção se refere ao ponto AG
04, onde ainda se observou um acréscimo de quatro novos taxa na última coleta,
realizada em novembro de 2005.
Gráfico 2: Riqueza de taxa acumulada ao longo das seis campanhas de amostragem na RPPN Mata
Samuel de Paula no período agosto de 2004 a dezembro de 2005.
Gráfico 3: Riqueza média e desvio padrão dos taxa de algas perifíticas encontrados nos cinco pontos
de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula no período agosto de 2004 a dezembro de 2005.
23
259
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
A maior riqueza média foi observada na estação AG 01 (22 taxa), seguida de
AG 03 (18 taxa). No entanto, é preciso destacar a queda da riqueza observada nessa
estação em novembro de 2005, quando foram registrados apenas 3 taxa. O menor
valor médio (10 taxa) foi registrado na estação AG 04 (Gráfico 3).
Gráfico 4: Contribuição das diferentes classes taxonômicas para a riqueza total de algas perifíticas
nas seis campanhas realizadas em cada ponto de amostragem.
260
Á GUAS
A classe Bacillariophyceae (diatomáceas) foi a que mais contribuiu para a
riqueza de algas perifíticas na maioria dos períodos e estações de amostragem
(Gráfico 4). Na estação AG 01, esse grupo contribuiu em média com 50% da
riqueza ao longo das amostragens, sendo a outra metade das algas encontradas
distribuídas entre as demais 7 ordens. Na estação AG 02, cinco classes de algas se
alternaram ao longo das amostragens, com predomínio de diatomáceas, cianofíceas
e clorofíceas na maioria das amostragens e o registro de representantes da classe
Ulothricophyceae nas três últimas campanhas. Na estação AG 03 só não foram
encontrados representantes da classe Dinophyceae. Deve-se ressaltar que o predomínio absoluto de diatomáceas nessa estação em novembro de 2005 (6ª campanha)
está associado a uma redução drástica na riqueza de taxa, tendo sido encontrados
apenas 10 indivíduos na amostra qualitativa. Na estação AG 04, também foram
encontrados representantes dos oito grupos de algas e registrou-se um aumento de
cianobactérias nas duas últimas campanhas. A contribuição de Bacilariophyceae
na estação AG 05 ficou em torno de 60%.
A densidade de algas perifíticas foi avaliada em uma amostragem do período de seca (agosto de 2004) e uma do período de chuvas (fevereiro de 2005). O
ponto AG 03 destacou-se dos demais pelos valores discrepantes: a densidade de
algas nesse local alcançou cerca de 35.000org./cm2, aproximadamente o triplo do
máximo observado no AG 01, segundo ponto com maior densidade (c. 1600 org./
cm2 registrados em fevereiro de 2005). Provavelmente, a elevada densidade de organismos no ponto AG 03 (Ribeirão dos Cristais) se deve à elevada disponibilidade
de nutrientes, conforme apontam os dados de condutividade elétrica nesse corpo
de água, com destaque para as formas nitrogenadas. Os pontos AG 01 e AG 04
chamaram a atenção pela grande variação sazonal apresentada, com um crescimento
da densidade na estação seca. Nos demais pontos, a variação sazonal mostrou-se
pouco expressiva (Gráfico 4).
AG01
AG02
100%
100%
80%
80%
60%
60%
40%
40%
20%
20%
0%
0%
1
2
3
4
5
1
6
80%
3
4
Amostragens
Amostragens
100%
2
AG03
100%
80%
AG04
5
6
20%
20%
0%
0%
1
2
3
4
5
1
6
2
4
5
6
5
6
Amostragens
Amostragens
AG03
100%
3
AG04
100%
80%
80%
60%
60%
40%
40%
20%
20%
0%
0%
1
2
3
4
5
6
1
2
Amostragens
3
4
Amostragens
AG05
Zygnemaphyceae
100%
Ulotricophyceae
80%
Oedogoniophyceae
60%
Euglenophyceae
40%
Dinonophyceae
20%
Cyanophyceae
0%
1
2
3
4
Amostragens
5
6
Chlorophyceae
Bacillariophyceae
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Bacillariophyceae também se destacou como classe dominante em termos de
densidade na maioria das amostras quantificadas, exceto nos pontos AG 02 e AG 05,
nas coletas realizadas em fevereiro de 2005 (chuva), e no ponto AG 04, na amostragem de agosto de 2004 (seca), quando se evidenciou o predomínio de cianobactérias
(Gráfico 6). Vale ressaltar que os momentos caracterizados pela dominância das algas
azuis (cianobactérias) foram marcados por baixas densidades de algas, sugerindo que
o aumento da participação do grupo não caracterizou a formação de florações.
Gráfico 5: Densidade total de algas perifíticas observada em cada ponto nas amostragens realizadas
em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva).
Perifíton- Densidade total
40000
Densidade (org/cm2)
261
Seca
35000
Chuva
30000
25000
26
20000
15000
10000
5000
0
AG01
AG02
AG03
Pontos
AG04
AG05
Á GUAS
Gráfico 6: Contribuição dos diferentes grupos taxonômicos para a densidade total de algas perifíticas
em cada ponto nas amostragens realizadas em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva).
Observou-se uma variação sazonal na diversidade de algas perifíticas em todos
os pontos, com os valores mais elevados do Índice de Shannon (H’) obtidos na
estação seca (Gráfico 7). A exceção se refere ao ponto AG 04, onde foi verificado
um aumento da diversidade na estação chuvosa. A estação AG 01 apresentou a
maior diversidade nas duas estações, alcançando valores de 2,04 na seca e 1,72 na
chuva. Provavelmente, essa elevada diversidade foi favorecida pelas características
de transição entre ambiente lótico e lêntico observada no local, que possibilita o
estabelecimento de organismos associados aos dois tipos de ambiente. As estações
AG 02 e AG 03 também apresentaram diversidades relativamente altas na estação
seca, com valores para o Índice de Shannon iguais à 1,96 e 1,92, respectivamente. A
redução da diversidade de algas na estação AG 03 no período de chuvas, a despeito
da elevada densidade verificada (Gráfico 5), deve-se ao crescimento massivo de uma
única espécie de diatomácea não identificada, pertencente à ordem Pennales, que
contribuiu com 83% (c. 30.000 cels./cm2) dos organismos contados.
Gráfico 7: Diversidade de algas perifíticas, calculada conforme o Índice de Shannon (H’), encontrada
para cada ponto nas amostragens realizadas em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva).
262
Perifiton- Diversidade
Diversidade (H')
2,5
Seca
2,0
Chuva
1,5
1,0
0,5
0,0
AG01
AG02
AG03
AG04
AG05
263
Ao longo das seis campanhas de amostragem foram coletados 17.469 organismos distribuídos em 82 taxa (Tabelas 6 e 7). Na estação AG 01 (Figura 16) Chironomidae foi o taxon predominante em todas as campanhas, representando 60%
dos macroinvertebrados em agosto e 46% em novembro de 2004. No ano de 2005
os Chironomidae constituíram 50% em fevereiro, 95% em maio, 88% em agosto e
77% dos organismos coletados em novembro.
Outros taxa foram representativos, como Oligochaeta (24% em agosto e 46%
em novembro de 2004) e Bivalvia (28% em fevereiro de 2005) (Figura 17). Os valores mais elevados do índice de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade
de Pielou nessa estação foram observados em agosto de 2004, e os menores em
maio de 2005. O Índice BMWP mostrou uma queda na qualidade das águas da
nascente AG 01 no período de novembro de 2004 a maio de 2005, quando suas
águas foram classificadas como em condições de satisfatória a péssima. Porém o
ecossistema apresentou uma recuperação na sua qualidade em agosto e novembro
de 2005, quando foi classificado como de ótima qualidade (Tabela 8).
A classificação dos macroinvertebrados bentônicos em grupos tróficos funcionais permite que sejam feitas inferências sobre a estrutura trófica e o estado
de preservação dos ecossistemas em que vivem esses organismos. Em AG 01 foi
observado o predomínio de macroinvertebrados coletores em todas as campanhas,
com um aumento na proporção de filtradores em fevereiro de 2005 e a proporção
de predadores entre 10 e 15% em todo o período estudado (Gráfico 19). A riqueza
taxonômica foi mais elevada em AG 01 nos meses de agosto e novembro de 2005,
(ANOVA, p<0,001) não sendo observada influência das chuvas sobre o número de
taxa encontrado (Gráfico 8), o que também ocorreu para os valores de densidade
total de macroinvertebrados (Gráfico 9).
Em AG 02 (Figura 18), houve predomínio de Chironomidae apenas em
agosto e novembro de 2004 e agosto de 2005. Nos demais períodos de amostragem pode-se observar um aumento nas proporções de Polycentropodidae
(Trichoptera) e Bivalvia, a partir de fevereiro de 2005 (Figura 19). Em novembro de 2005 foi encontrado o maior índice de diversidade de Shannon-Wiener
nessa estação (H’ = 2,04) e equitabilidade de Pielou ( J’ = 0,736). As águas dessa
nascente foram classificadas como de ótima qualidade pela aplicação do índice
BMWP, recebendo pontuação de 75 a 134 (Tabela 9). Nos meses de agosto e
novembro de 2004 pode-se observar o predomínio de organismos coletores,
principalmente em razão das altas proporções de Chironomidae. Pode-se notar
um aumento na proporção de fragmentadores, principalmente Decapoda, e
filtradores Polycentropodidae (Trichoptera) e Bivalvia. Ocorreu uma redução
de cerca de 10% na proporção de predadores e uma forte redução de coletores
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Macroinvertebrados bentônicos
Á GUAS
264
presentes nas comunidades de macroinvertebrados bentônicos entre agosto de
2004 e novembro de 2005 (Gráfico 20). O número de taxa encontrado em AG
02 teve pequena variação entre agosto de 2004 e maio de 2005. Porém esses valores aumentaram significativamente em agosto e novembro de 2005 (ANOVA,
p <0,001) (Gráfico 10). Em agosto de 2004 foi observada elevada densidade
total de macroinvertebrados (c. 7.000 indv.m-2) em relação aos demais períodos
amostrais quando variaram entre 1.000 e 3.000 indv.m-2 (Gráfico 11).
No Ribeirão dos Cristais (AG 03, Figura 20) as larvas de Chironomidae predominaram em agosto e novembro de 2004, ao passo que Baetidae (Ephemeroptera) ocorreu em altas densidades em fevereiro e novembro de 2005. As larvas de
Simuliidae (Diptera) ocorreram em densidades muito elevadas em agosto de 2005,
representando a grande maioria dos organismos coletados nesse mês (Figura 21).
O valor mais elevado do índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’ = 2,346)
e equitabilidade de Pielou ( J’ = 0,866) no Ribeirão dos Cristais ocorreram em
maio de 2005. Nesse mês foi observado também o mais elevado valor do BMWP,
sendo as água classificadas como de ótima qualidade. Porém, nos demais meses, a
classificação ficou entre águas de qualidade péssima a satisfatória (Tabela 10). Os
macroinvertebrados coletores predominaram nos meses de agosto e novembro de
2004, principalmente Chironomidae. Em fevereiro de 2005 houve grande proporção de coletores em virtude do predomínio de Baetidae e Oligochaeta. Nos meses
de maio e agosto de 2005, o grupo trófico dominante foi o dos filtradores (Gráfico
21), em razão das elevadas densidades de Simuliidae. Os valores mais elevados de
riqueza taxonômica observados no Ribeirão dos Cristais ocorreram nos meses de
maio e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico 12), enquanto a densidade
total foi superior a 2.000 indiv.m-2 apenas em agosto de 2005, quando ocorreram
altas densidades de Simuliidae (Gráfico 13).
A nascente AG 04 apresentou vários organismos indicadores de ótima qualidade
de água, como, por exemplo, Leptophlebiidae, Coenagrionidae e Perlidae (Figura
22). A composição taxonômica da comunidade de macroinvertebrados apresentou
grande variação ao longo do tempo sendo Chironomidae o grupo predominante
em agosto de 2004 e maio de 2005 e Decapoda em novembro de 2004. No mês
de agosto de 2005 o grupo mais abundante foi Bivalvia (Figura 23). O índice de
diversidade de Shannon-Wiener foi mais elevado em agosto de 2004 (H’ = 2,464),
com índice de equitabilidade de Pielou correspondente ( J’ = 0,853). As águas dessa
nascente foram classificadas segundo o índice BMWP como de qualidade satisfatória a ótima, recebendo pontuação entre 40 (satisfatória) e 148 (ótima) (Tabela
11). Nessa nascente, observou-se grande densidade de organismos fragmentadores
(Decapoda) em novembro de 2004 e elevada proporção de predadores em fevereiro de 2005. Em agosto de 2005, os Bivalvia representaram a grande proporção
de filtradores observados nesse ecossistema (Gráfico 22). A riqueza taxonômica
Bivalvia
Oligochaeta
Chironomidae
Ceratopogonidae
Gomphidae
Polycentropodidae
Hydroptilidae
Libellulidae
265
Figura 16: Exemplos de macroinvertebrados coletados na barragem AG 01 entre agosto de 2004 e
novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
apresentou valores mais elevados nos meses de agosto 2004 e novembro de 2005
(ANOVA, p <0,001) (Gráfico 14) e a densidade total encontrada foi mais elevada
em novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico 15).
No córrego AG 05 ocorreram diversos organismos indicadores de boa qualidade de água como Leptophlebiidae, Leptohyphidae, Perlidae e Philopotamidae
(Figura 24), com predomínio de Chironomidae em agosto e novembro de 2004 e
em agosto de 2005. Nos meses de fevereiro, maio e novembro de 2005, o taxa que
ocorreu em maior abundância foi Perlidae (Plecoptera) (Figura 25). O índice de
Shannon-Wiener foi mais elevado no mês de agosto de 2005 (H’ = 1,817) com
equitabilidade correspondente ( J’ = 0,189). A qualidade das águas foi classificada
entre péssima (BMWP = 16) e ótima (BMWP = 122) (Tabela 12). Em agosto
e novembro de 2004 o grupo dos coletores foi o predominante (Chironomidae,
Elmidae, Oligochaeta). Os predadores (Perlidae, Libellulidae, Coenagrionidae)
ocorreram em elevadas proporções entre fevereiro e novembro de 2005, sendo que
os filtradores (Hydropsychidae) representaram 15 a 30 % dos macroinvertebrados
entre os meses de fevereiro e maio (Gráfico 23). A riqueza taxonômica foi mais
elevada nos meses de agosto de 2004 e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico
16), assim como a densidade total (Gráfico 17).
Figura 17: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 01.
Agosto 2004
Novembro 2004
Fevereiro 2005
Maio 2005
Agosto 2005
Novembro 2005
Bivalvia
Gomphidae
Ceratopogonidae
Oligochaeta
Chironomidae
Polycentropodidae
Outros
266
Á GUAS
Gráfico 8: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 01. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005
(ANOVA, p<0,001).
Bivalvia
Oligochaeta
Chironomidae
Ceratopogonidae
Elmidae
Polycentropodidae
Coenagrionidae
Calamoceratidae
Leptophlebiidae
267
Figura 18: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 02 entre agosto de 2004 e
novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 9: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 01. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005
(ANOVA, p<0,001).
Figura 19: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 02.
Agosto 2004
Maio 2005
Novembro 2004
Agosto 2005
Fevereiro 2005
Novembro 2005
Bivalvia
Oligochaeta
Chironomidae
Elmidae
Ceratopogonidae
Decapoda
Calamoceratidae
Polycentropodidae
Outros
268
Á GUAS
Gráfico 10: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 02. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005 (ANOVA,
p<0,001).
Bivalvia
Oligochaeta
Chironomidae
Simullidae
Corydalidae
Elmidae
Baetidae
Hydropsychidae
Libellulidae
Perlidae
269
Figura 20: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 03 entre agosto de 2004 e
novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 11: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos
em AG 02. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001).
Figura 21: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 03.
Agosto 2004
Novembro 2004
Fevereiro 2005
Maio 2005
Agosto 2005
Novembro 2005
Hydropsychidae
Corydalidae
Oligochaeta
Baetidae
Simuliidae
Bivalvia
Elmidae
Chironomidae
Outros
Libellulidae
Perlidae
270
Á GUAS
Gráfico 12: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 03. Os valores mais elevados foram observados em maio e agosto de 2005 (ANOVA,
p<0,001).
Bivalvia
Oligochaeta
Chironomidae
Corydalidae
Ceratopogonidae
Elmidae
Ptilodactylidae
Baetidae
Hydropsychidae
Calamoceratidae
Odontoceridade
Perlidae
271
Figura 22: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 04 entre agosto de 2004 e
novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 13: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos
em AG 03. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001).
Figura 23: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 04.
Agosto 2004
Maio 2005
Novembro 2004
Fevereiro 2005
Agosto 2005
Novembro 2005
Perlidae
Ceratopogonidae
Chironomidae
Elmidae
Baetidae
Decapoda
Odontoceridae
Oligochaeta
Ptilodactylidae
Corydalidae
Hydropsychidae
Outros
Calamoceratidae
Bivalvia
272
Á G UAS
Gráfico 14: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 04. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004, fevereiro e novembro
de 2005 (ANOVA, p<0,001).
Oligochaeta
Chironomidae
Elmidae
Hydropsychidae
Leptohyphidae
Perlidae
Gripopterygidae
Coenagrionidae
Libellulidae
273
Figura 24: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 05 entre agosto de 2004 e
novembro de 2005 no Condomínio Villa Del Rey.
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 15: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em
AG 04. O valor mais elevado foi observado em novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001).
Figura 25: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 05.
Agosto 2004
Maio 2005
Novembro 2004
Fevereiro 2005
Agosto 2005
Novembro 2005
Coenagrionidae
Leptohyphidae
Chironomidae
Gripopterygidae
Hydropsychidae
Oligochaeta
Perlidae
Elmidae
Libellulidae
Outros
274
Á GUAS
Gráfico 16: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 05. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004 e agosto de 2005
(ANOVA, p<0,001).
Gráfico 18: Granulometria e matéria orgânica (%PS) do sedimento nos ecossistemas estudados.
Onde AMG: areia muito grossa; AG: areia grossa; AM: areia média, AF: areia fina, AMF: areia muito
fina e S + Arg- silte + argila.
275
Granulometria e matéria orgânica
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 17: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 05. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004 e agosto de 2005
(ANOVA, p<0,001).
276
Á GUAS
Considerações finais
Os resultados obtidos neste projeto indicam, em linhas gerais, uma boa qualidade de água nos ambientes estudados, salientando a importância da RPPN para
a garantia da qualidade ambiental da área. As nascentes AG 01, AG 02 e AG 04
apresentaram águas de boa qualidade durante este estudo, indicando um bom estado
de preservação de seu entorno. A vegetação apresentou-se densa e bem preservada
com intenso sombreamento do leito e formação de grandes bancos de folhiço.
Em razão da facilidade de acesso e pequena distância da sede da RPPN,
sugere-se que a estação amostragem AG 01 seja utilizada em atividades de educação
ambiental, com a adaptação da trilha para a visitação e ilustração da biodiversidade
aquática, com especial ênfase nos organismos bioindicadores de qualidade de água.
Anexo a esse relatório são sugeridos alguns pôsteres que poderão ser úteis às atividades de educação ambiental na RPPN Mata Samuel de Paula.
Na estação AG 03 (Ribeirão dos Cristais) as águas foram classificadas como
de qualidade péssima a ótima, ao longo das coletas e períodos sazonais de estudo
neste projeto de pesquisa. Essa variação provavelmente deveu-se ao fato de que este
ecossistema recebe efluentes a montante da RPPN, oriundos de outras atividades
antrópicas na sua bacia de drenagem. Esse ribeirão apresenta leito rochoso com formação de inúmeras corredeiras e seqüência de trechos de rápidos e remansos. Essa
variabilidade física em seu leito provavelmente contribui para a autodepuração de
cargas orgânicas que favorece a recuperação da qualidade de suas águas e a manutenção de organismos aquáticos. Destaca-se o papel exercido pela RPPN Mata Samuel
de Paula, trecho possuidor de vegetação ciliar preservada e livre do lançamento de
rejeitos e que contribui, portanto, para a redução do aporte de sedimentos para o
leito do Ribeirão dos Cristais. Dessa forma, a existência da RPPN Mata Samuel de
Paula contribui positivamente para a melhoria da qualidade das águas do Ribeirão
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B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Referências
277
dos Cristais e para a preservação das espécies aquáticas das comunidades perifíticas
e bentônicas, destacando-se como área de maior qualidade ambiental.
A estação AG 05 localiza-se em um córrego no condomínio Villa Del Rey,
em Nova Lima, a jusante da RPPN Mata Samuel de Paula. Esse córrego apresenta
leito diversificado, porém caracteriza-se como um local sob grande risco por estar
próximo de inúmeras casas, canteiro de obras e transporte de materiais. Durante
este estudo foi observado o crescimento do loteamento em seu entorno.
Os resultados alcançados neste estudo permitem propor as seguintes recomendações consideradas de fundamental importância para o manejo dos ecossistemas
estudados, visando sua proteção e conservação:
Treinamento de guias (monitores ambientais) para atuarem como agentes
multiplicadores das informações geradas neste estudo acerca da qualidade das águas
e biodiversidade aquática nos ecossistemas aquáticos estudados.
Criação de um banco de dados/biblioteca digital contendo informações físicas,
químicas e biológicas, com fotografias e dados sobre sua ecologia e importância
como bioindicadores de qualidade de água e dos ambientes estudados.
Utilização de algumas das estações de coleta (p.ex. AG 01 e AG 02) para a realização de trilhas interativas, onde crianças e jovens possam conhecer os organismos
aquáticos, seu papel ecológico e informações quanto à qualidade das águas, destacando
a importância da conservação de recursos hídricos e sua bacia de drenagem.
Implementação de um programa de informação sobre qualidade de água, biodiversidade aquática e conservação de recursos hídricos para os funcionários que trabalham
no loteamento do condomínio Villa Del Rey, visando sua conscientização no sentido
de minimizar os impactos das obras sobre os ambientes aquáticos na região.
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Anexos
Quadro 2: Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas, modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio (EUA) (EPA, 1987). (Obs.: 4
pontos (situação natural), 2 e 0 pontos (situações leve ou severamente alteradas).
Descrição do Ambiente
Localização:
Data da Coleta: ___ /___/___ Hora da Coleta: __________
Tempo (situação do dia):
Modo de coleta (coletor):
Tipo de ambiente: Córrego ( ) Rio ( )
Largura média:
Profundidade média:
Temperatura da água:
280
Á G UAS
PARÂMETROS
PONTUAÇÃO
4 pontos
2 pontos
0 ponto
1
Tipo de ocupação das margens do
corpo d’água (principal atividade)
Vegetação natural
Campo de pastagem/
Agricultura/ Monocultura/
Reflorestamento
Residencial/ Comercial/
Industrial
2
Erosão próxima e/ou nas margens
do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada
Acentuada
3
Alterações antrópicas
Ausente
Alterações de origem
doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem
industrial/ urbana (fábricas,
siderurgias, canalização,
retilinização do curso do rio)
4
Cobertura
vegetal no leito
Parcial
Total
Ausente
5
Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre)
Óleo/industrial
6
Oleosidade da água
Ausente
Moderada
Abundante
7
Transparência da água
Transparente
Turva/cor de chá forte
Opaca ou colorida
8
Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre)
Óleo/industrial
9
Oleosidade do fundo
Ausente
Moderado
Abundante
10
Tipo de fundo
Pedras/cascalho
Lama/areia
Cimento/canalizado
Quadro 3: Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas, modificado do protocolo de Hannaford et al. (1997). [Obs.: 5 pontos (situação natural), 3, 2 e 0
pontos (situações leve ou severamente alteradas].
PARÂMETROS
PONTUAÇÃO
5 pontos
3 pontos
2 pontos
0 ponto
11
Tipos de fundo
Mais de 50% com
habitats diversificados; pedaços de
troncos submersos;
cascalho ou outros
habitats estáveis.
30 a 50% de habitats
diversificados; habitats
adequados para a
manutenção das
populações de organismos aquáticos.
10 a 30% de habitats
diversificados; disponibilidade de habitats
insuficiente; substratos
freqüentemente modificados.
Menos que 10% de
habitats diversificados; ausência
de habitats óbvia;
substrato rochoso
instável para fixação
dos organismos.
12
Extensão
de rápidos
Rápidos e corredeiras bem desenvolvidas; rápidos tão
largos quanto o rio e
com o comprimento
igual ao dobro da
largura do rio.
Rápidos com a largura
igual à do rio, mas
com comprimento
menor que o dobro da
largura do rio.
Trechos rápidos podem estar ausentes;
rápidos não tão largos
quanto o rio e seu
comprimento menor
que o dobro da largura do rio.
Rápidos ou corredeiras inexistentes.
5 pontos
3 pontos
2 pontos
0 ponto
13
Frequência
de rápidos
Rápidos relativamente frequentes;
distância entre
rápidos dividida pela
largura do rio entre
5 e 7.
Rápidos não frequentes; distância entre
rápidos dividida pela
largura do rio entre
7 e 15.
Rápidos ou corredeiras ocasionais; habitats formados pelos
contornos do fundo;
distância entre rápidos
dividida pela largura
do rio entre 15 e 25.
Geralmente com
lâmina d’água “lisa”
ou com rápidos rasos;
pobreza de habitats;
distância entre rápidos
dividida pela largura do
rio maior que 25.
14
Tipos de
substrato
Seixos abundantes
(prevalecendo em
nascentes).
Seixos abundantes;
cascalho comum.
Fundo formado
predominantemente
por cascalho; alguns
seixos presentes.
Fundo pedregoso;
seixos ou lamoso.
15
Deposição
de lama
Entre 0 e 25% do
fundo coberto por
lama.
Entre 25 e 50% do
fundo coberto por
lama.
Entre 50 e 75% do
fundo coberto por
lama.
Mais de 75% do fundo
coberto por lama.
16
Depósitos
sedimentares
Menos de 5% do
fundo com deposição de lama; ausência de deposição
nos remansos.
Alguma evidência de
modificação no fundo,
principalmente como
aumento de cascalho,
areia ou lama; 5 a
30% do fundo afetado; suave deposição
nos remansos.
Deposição moderada
de cascalho novo,
areia ou lama nas margens; entre 30 a 50%
do fundo afetado;
deposição moderada
nos remansos.
Grandes depósitos de
lama, maior desenvolvimento das margens;
mais de 50% do fundo
modificado; remansos
ausentes devido à
significativa deposição
de sedimentos.
17
Alterações no
canal do rio
Canalização (retificação) ou dragagem
ausente ou mínima;
rio com padrão
normal.
Alguma canalização
presente, normalmente próximo
à construção de
pontes; evidência de
modificações há mais
de 20 anos.
Alguma modificação
presente nas duas
margens; 40 a 80%
do rio modificado.
Margens modificadas;
acima de 80% do rio
modificado.
18
Características
do fluxo das
águas
Fluxo relativamente
igual em toda a
largura do rio; mínima quantidade de
substrato exposta.
Lâmina d’água acima
de 75% do canal do
rio; ou menos de 25%
do substrato exposto.
Lâmina d’água entre
25 e 75% do canal
do rio, e/ou maior
parte do substrato nos
“rápidos” exposto.
Lâmina d’água escassa e presente apenas
nos remansos.
19
Presença
de mata ciliar
Acima de 90% com
vegetação ripária
nativa, incluindo
árvores, arbustos ou
macrófitas; mínima
evidência de deflorestamento; todas
as plantas atingindo
a altura “normal”.
Entre 70 e 90% com
vegetação ripária
nativa; deflorestamento evidente, mas não
afetando o desenvolvimento da vegetação;
maioria das plantas
atingindo a altura
“normal”.
Entre 50 e 70% com
vegetação ripária
nativa; deflorestamento óbvio; trechos
com solo exposto ou
vegetação eliminada;
menos da metade das
plantas atingindo a
altura “normal”.
Menos de 50% da
mata ciliar nativa;
deflorestamento muito
acentuado.
20
Estabilidade
das margens
Margens estáveis;
evidência de erosão
mínima ou ausente;
pequeno potencial
para problemas
futuros. Menos de
5% da margem
afetada.
Moderadamente estáveis; pequenas áreas
de erosão frequentes.
Entre 5 e 30% da
margem com erosão.
Moderadamente
instável; entre 30 e
60% da margem com
erosão. Risco elevado
de erosão durante
enchentes.
Instável; muitas áreas
com erosão; frequentes áreas descobertas
nas curvas do rio;
erosão óbvia entre 60
e 100% da margem.
21
Extensão
de mata ciliar
Largura da
vegetação ripária
maior que 18 m;
sem influência de
atividades antrópicas (agropecuária,
estradas, etc.).
Largura da vegetação
ripária entre 12 e
18 m; mínima influência antrópica.
Largura da vegetação
ripária entre 6 e 12 m;
influência antrópica
intensa.
Largura da vegetação
ripária menor que
6 m; vegetação restrita
ou ausente devido à
atividade antrópica.
22
Presença de
plantas aquáticas
Pequenas macrófitas aquáticas e/ou
musgos distribuídos
pelo leito.
Macrófitas aquáticas
ou algas filamentosas
ou musgos distribuídas no rio, substrato
com perifíton.
Algas filamentosas ou
macrófitas em poucas
pedras ou alguns
remansos, perifíton
abundante e biofilme.
Ausência de vegetação aquática no
leito do rio ou grandes
bancos macrófitas
(p.ex. aguapé).
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
PONTUAÇÃO
281
PARÂMETROS
AG 05
AG 04
AG 03
AG 02
18,1
19,8
ago/05
nov/05
7,3
7,2
4,7
5,3
19,6
18,0
fev/05
mai/05
4,1
20,3
7,2
nov/04
20,6
nov/05
7,3
5,7
18,9
ago/05
7,1
19,5
19,7
mai/05
5,0
4,1
5,1
7,1
7,7
5,0
5,3
4,6
7,8
5,9
5,9
5,9
5,3
4,8
6,2
5,5
5,5
5,7
4,4
4,4
5,8
pH
ago/04
20,1
fev/05
20,2
nov/05
20,4
19,9
ago/05
nov/04
16,7
mai/05
19,5
20,5
fev/05
ago/04
21,8
20,5
nov/05
nov/04
20,3
ago/05
19,3
19,5
mai/05
ago/04
20,6
fev/05
20,9
nov/05
20,5
19,0
ago/05
nov/04
19,5
mai/05
20,5
20,9
fev/05
ago/04
21,1
21,0
nov/04
AG 01
ago/04
Coleta
Ponto
Temperatura
(ºC)
282
27
30
26
28
26
21
52
58
48
52
60
45
72
72
64
64
67
74
53
75
58
57
62
54
16
27
15
16
15
44
Condutividade
(ms/cm)
Á G UAS
10,2
7,7
9,1
13,7
11,4
9,3
6,3
8,2
9,0
8,2
13,7
6,9
11,3
9,6
11,1
10,6
11,4
8,9
4,5
4,2
5,6
4,4
5,9
2,4
5,8
4,9
7,8
6,0
6,2
4,1
O.D
(mg/l)
0,02
0,044
0,34
0,24
6,90
0,18
0,047
0,443
0,41
0,50
0,45
0,06
0,046
0,442
0,47
0,48
0,43
0,036
0,046
0,432
0,38
0,46
0,45
0,01
0,011
0,088
0,07
0,07
0,14
Alcalinidade
(meq/l)
4,81
4,01
20,31
7,22
10,16
3,74
8,55
6,24
11,49
9,09
19,78
8,55
7,68
8,29
8,29
9,09
5,35
6,24
9,09
9,09
10,96
12,03
12,83
4,99
13,37
6,15
6,95
9,09
48,92
6,24
Clorofila
(mg/l)
18,8
13,4
19,9
12,5
91,9
40,9
16,9
21,0
22,3
13,1
184,5
78,7
111,5
32,0
30,5
16,8
78,2
39,4
26,5
29,2
37,9
25,1
97,3
47,6
5,3
20,3
10,0
15,4
42,2
25,4
P -total
(mg/l)
14,0
6,4
3,4
3,8
4,6
4,3
9,3
3,9
3,3
4,1
4,1
5,4
4,4
13,5
8,4
3,6
3,2
7,3
8,0
16,4
12,6
7,3
4,7
10,5
4,8
4,9
2,2
7,5
5,1
3,9
PO4
(mg/l)
43,3
148,0
274,8
301,4
175,1
1252,0
47,4
150,0
342,9
65,3
382,0
156,1
356,6
475,5
1025,7
295,3
140,1
761,8
106,7
155,9
379,9
163,7
374,3
98,4
87,2
144,6
486,3
105,3
176,1
659,2
N-total
(mg/l)
4,7
16,3
19,8
20,0
7,8
20,2
5,7
40,6
34,1
23,6
13,7
35,8
25,3
440,4
325,8
108,2
122,3
211,8
1,7
36,5
23,2
27,1
13,2
28,5
3,5
54,6
43,0
13,1
22,0
43,4
NO3
(mg/l)
1,8
1,5
1,5
1,7
6,4
2,6
2,1
1,1
2,5
0,7
5,9
3,0
13,7
18,5
20,6
3,4
9,1
12,4
2,3
0,8
3,2
0,5
2,0
4,7
2,5
1,4
2,4
1,3
3,0
5,6
NO2
(mg/l)
32,0
5,5
6,9
16,7
13,4
25,4
21,0
26,3
5,4
23,2
35,3
59,9
65,3
16,7
11,7
33,5
11,8
21,3
4,0
36,1
3,1
13,5
6,7
19,1
23,2
60,0
16,9
11,9
8,2
46,8
NH4
(mg/l)
3,9
4,7
0,7
4,2
1,4
4,5
4,9
5,6
0,7
5,8
1,6
5,4
3,9
4,4
0,8
4,9
3,5
3,9
2,5
3,1
0,7
7,1
0,6
3,2
3,8
0,4
0,7
0,9
0,1
2,5
SiO4
(mg/l)
Tabela 4: Variáveis físicas e químicas medidas ao longo do período estudado em cada estação de
amostragem.
Tabela 6: Relação taxonômica, classificação em grupos tróficos funcionais (Merritt & Cummins, 1996;
Cummins et al., 2005) e valores de média e desvio padrão da densidade (ind/m2) de macroinvertebrados bentônicos nos ecossistemas estudados.
Taxa
GTF
AG 01
AG 02
AG 03
AG 04
AG 05
Filtrador
78,2+145,1
422,1+708,9
25,5+64,6
79,2+153,1
0,5+2,3
Oligochaeta
Coletor
194,9+347,4
132,9+139,5
47,2+88,3
29,8+48,2
11,4+25,9
Hirudinea
Predador
0,5+2,3
-
-
-
-
Hidracarina
Predador
-
1,1+3,2
0,5+2,3
7,1+11,5
0,5+2,3
Coletor
1,1+3,2
0,5+2,3
0,5+2,3
2,1+4,2
-
1,7+5,0
Mollusca
Bivalvia
Annelida
Artropoda
Insecta
Collembola
Coleoptera
2,2+5,4
-
-
1,1+4,6
-
-
0,5+2,3
-
Hydrophilidae
1,6+5,0
17,9+29,6
0,5+2,3
Staphylinidae
-
-
-
2,7+8,1
-
Elmidae
Col/Rasp
0,5+2,3
5,9+19,3
16,3+20,1
64,0+114,9
Psephenidae
Raspador
-
-
-
-
0,5+2,3
Curculionidae
Fragmentador
8,7+32,1
-
-
-
-
Ptilodactylidae
Scirtidae
18,9+24,3
0,5+2,3
0,5+2,3
6,5+14,2
-
Rasp/Col/Frag 2,2+7,1
1,6+3,7
-
10,9+21,9
-
1,1+3,2
Diptera
Ceratopogonidae
Predador
39,5+ 64,4
80,3+77,0
6,5+10,6
12,5+18,9
Chaoboridae
13,2+26,8
-
-
-
-
Tabanidae
-
12,5+25,9
-
0,5+2,3
-
Tipulidae
11,9+27,5
26,0+34,2
4,9+12,6
5,9+7,6
4,3+6,9
Empididae
-
5,9+12,6
6,5+9,5
5,9+147
4,3+9,0
Chironomidae
Col/Pred
3106,4+4650,2
1122,5+1311,0
589,7+1095,0
375,4+536,3
204,5+433,8
Culicidae
Coletor
42,3+90,1
-
-
-
-
Dixidae
-
1,1+4,6
-
2,2+5,4
1,1+3,2
Psychodidae
-
1,2+3,2
-
-
-
Simuliidae
Filtrador
-
3,8+12,1
933,2+2798,3
33,6+50,0
4,3+12,2
Baetidae
Coletor
3,8+13,9
0,5+2,3
20,6+26,6
25,5+46,4
5,4+9,6
Leptohyphidae
-
-
-
3,3+5,8
2,7+7,3
Leptophlebiidae
Coletor/Rasp
1,1+3,2
1,1+3,2
4,9+18,4
23,3+63,8
0,5+2,3
-
Ephemeroptera
Heteroptera
Belostomatidae
Predador
-
0,5+2,3
-
-
Gerridae
2,2+7,1
-
-
-
-
Naucoridae
-
-
-
0,5+2,3
-
Nepidae
-
1,1+3,2
-
-
-
Notonectidae
4,5+9,3
2,2+4,2
-
-
0,5+2,3
Veliidae
17,9+41,1
4,9+10,2
-
1,6+5,0
1,6+5,0
Noctuidae
Fragmentador
0,5+2,3
-
0,5+2,3
-
Megaloptera
Predador
-
10,9+13,4
8,1+13,9
-
Lepidoptera
Corydalidae
Corydalus
-
-
B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Predador
Gyrinidae
283
Dytiscidae
Taxa
GTF
AG 01
AG 02
AG 03
AG 04
5,6+10,9
0,5+2,3
-
-
-
0,5+2,3
3,8+8,3
-
AG 05
Odonata
Aeshnidae
Calopterygidae
Coenagrionidae
8,1+15,1
20,6+32,3
0,5+2,3
3,8+7,6
8,1+29,8
Gomphidae
68,5+157,3
19,5+18,0
0,5+2,3
4,3+8,4
0,5+2,3
Libellulidae
31,1+47,7
44,5+44,9
7,6+20,5
2,7+7,3
21,7+37,8
Megapodagrionidae
-
-
-
-
1,6+3,7
Plecoptera
Perlidae
Predador
-
-
6,5+14,9
19,5+36,5
41,8+57,8
Gripopterygidae
Fragmentador
-
-
-
-
11,9+39,3
Trichoptera
Calamoceratidae
Phylloicus
Fragmentador
Odontoceridae
Helicopsychidae
Raspador
Hydropsychidae
Filtrador
Philopotamidae
0,5+2,3
-
41,8+81,9
4,9+12,2
88,9+124,3
8,7+32,3
-
5,9+13,5
3,3+9,5
9,8+18,6
-
-
-
-
1,6+5,0
-
13,6+28,6
72,7+120,1
51,4+132,2
35,3+75,6
0,5+2,3
0,5+2,3
7,1+29,9
68,8+115,7
231,7+250,7
2,7+11,5
-
Hydroptilidae
Rasp/Col
19,43+33,0
1,1+4,6
13,0+31,6
1,1+4,6
-
Leptoceridae
Col/Frag/Pred
20,6+40,5
13,0+13,4
1,1+4,6
23,9+36,6
1,6+5,0
Decapoda
Fragmentador
-
297,9+625,5
4,9+12,6
182,8+349,3
-
Predador
-
-
-
8,7+28,0
0,5+2,3
Polycentropodidae
1,1+3,2
Turbellaria
Planaridae
Tabela 7: Composição taxonômica e ocorrência dos gêneros de Chironomidae (Diptera) encontrados
nos ecossistemas estudados.
AG 01
AG 02
AG 03
AG 04
AG 05
Beardius
+
+
-
+
+
Chironomus
+
+
-
-
-
Cryptochironomus
-
+
+
+
+
Dicrotendipes
-
-
+
-
-
Endotribelos
+
-
-
-
-
Goeldichironomus
+
+
+
-
+
Harnischia
-
+
+
+
+
Nilothauma
-
+
-
-
-
Parachironomus
+
-
+
+
-
Phaenopsectra
+
+
-
-
+
Polypedilum
+
+
+
+
+
Stenochironomus
+
+
-
-
+
Tanytarsus
+
+
+
+
+
Tribelos
+
-
+
+
+
Corynoneura
+
+
+
+
+
Cricotopus
+
+
+
+
+
Nanocladius
-
-
+
+
-
284
Á GUAS
Chironominae
Orthocladiinae
AG 01
AG 02
AG 03
AG 04
AG 05
Orthocladius
+
-
+
+
+
Thienemanniella
-
-
+
+
+
Ablabesmyia
+
+
+
+
+
Clinotanypus
+
-
-
-
-
Coelotanypus
+
-
-
-
-
Djalmabatista
+
+
+
-
+
Labrundinia
+
+
+
+
-
Larsia
+
+
+
+
+
Macropelopia
+
-
-
-
+
Procladius
+
-
-
-
-
Tanypus
+
+
+
+
-
Zavrelimyia
-
-
+
-
-
Orthocladiinae
Tanypodinae
J’
BMWP
ASPT
Classificação
1,542
0,86
74
4,93
Boa
Nov/04
0,944
0,681
15
3,75
Péssima
Fev/05
1,24
0,637
41
5,13
Satisfatória
Mai/05
0,329
0,237
20
4,00
Ruim
Ago/05
0,837
0,327
85
4,72
Boa
Nov/05
1,074
0,419
93
5,47
Ótima
Gráfico 19: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 01.
285
H’
Ago/04
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Tabela 8: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 01 nos diferentes períodos amostrais.
Tabela 9: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 02 nos diferentes períodos amostrais.
H’
J’
BMWP
ASPT
Classificação
Ago/04
1,346
0,525
75
5,77
Boa
Nov/04
1,366
0,504
88
5,50
Ótima
Fev/05
2,265
0,836
89
5,24
Ótima
Mai/05
1,692
0,641
86
6,14
Ótima
Ago/05
1,749
0,617
134
5,58
Ótima
Nov/05
2,04
0,736
102
5,67
Ótima
Gráfico 20: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 02.
Tabela 10: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 03 nos diferentes períodos amostrais.
286
Á GUAS
Ago/04
H’
J’
BMWP
ASPT
Classificação
1,285
0,618
56
5,09
Satisfatória
Nov/04
1,076
0,776
33
4,13
Ruim
Fev/05
2,092
0,952
38
4,22
Satisfatória
Mai/05
2,346
0,866
114
6,33
Ótima
Ago/05
1,355
0,588
48
4,36
Satisfatória
Nov/05
1,143
0,825
16
3,20
Péssima
Gráfico 21: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 03
Tabela 11: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 04 nos diferentes períodos amostrais.
Ago/04
H’
J’
BMWP
ASPT
Classificação
2,464
0,853
143
5,50
Ótima
Nov/04
1,469
0,755
60
5,00
Satisfatória
Fev/05
2,347
0,915
108
6,00
Ótima
Mai/05
1,328
0,605
40
4,44
Satisfatória
Ago/05
2,198
0,711
122
5,55
Ótima
Nov/05
2,282
0,749
148
6,17
Ótima
Ago/04
H’
J’
BMWP
ASPT
Classificação
1,639
0,915
85
5,31
Boa
Nov/04
1,099
1
16
4,00
Péssima
Fev/05
1,807
0,851
57
5,70
Satisfatória
Mai/05
1,772
0,911
46
5,11
Satisfatória
Ago/05
1,817
0,789
122
5,55
Ótima
Nov/05
0,652
0,918
19
6,33
Ruim
Gráfico 23: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 05.
287
Tabela 12: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 05 nos diferentes períodos amostrais.
B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a
Gráfico 22: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 04.
Glossário
APA – Área de proteção ambiental
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
ASPT – Average Score Per taxa
MCNAM – Museu de Ciências Naturais
BHCB – Herbário de Botânica do
Instituto de Ciências Biológicas da UFMG
da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais
BMWP – Biomonitoring Working Party
MSP – Mata Samuel de Paula
CAP – Circunferência na altura do peito
NUFAS – Núcleo de Fauna Silvestre
CBRO – Comitê Brasileiro de Registros
PCH – Pequenas Centrais Hidrelétrica
Ornitológicos
PUC – Pontifícia Universidade Católica
CEA – Centro de Educação Ambiental
RMBH – Região Metropolitana de Belo
CEAHO – Centro de Educação Ambiental
Horizonte
CEMAVE – Centro de Pesquisa e
Conservação de Aves
CHUFMG – Coleção de Herpetologia da
Universidade Federal de Minas Gerais
COPAM – Conselho Estadual de
Política Ambiental
EPDA Peti – Estação de Pesquisa
e Desenvolvimento Ambiental de Peti
FEAM – Fundação Estadual do
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio
Natural
SBH – Sociedade Brasileira de Herpetologia
SIBCS – Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SIS-AMBI – Sistema de Proteção Ambiental
e Mitigação de Impactos
UC – Unidade de Conservação
Meio Ambiente
UFMG – Universidade Federal de
IBAMA – Instituto Brasileiro de
Minas Gerais
Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis
UNICAMP – Universidade Estadual
de Campinas
289
Harry Oppenheimer
B i o di v e r si dade M ata S a m ue l de Pa ul a
Siglas
Palavras
Angiospermas – Grupo de plantas
Habitat – Conjunto de características especí-
com flores.
ficas do lugar onde vive um organismo.
Antrópico – Relativo a ação humana sobre o
Homeotérmico – É uma característica de
meio ambiente.
Anura – Constituem uma ordem de animais
pertencentes à classe Amphibia, que inclui
sapos, rãs e pererecas.
Arborícola – Termo que serve para se
descrever animais cuja vida se dá principalmente nas árvores.
Assíntota – Condição atingida por uma
curva quando o ponto de tangência tende
ao infinito.
Assoreamento – É a obstrução, por sedi-
Lótico – Ambiente relativo a águas conti-
nentais moventes.
Neotropical – É a região biogeográfica que
compreende a América Central, incluindo a
parte sul do México e da península da Baixa
Califórnia, o sul da Flórida, todas as ilhas do
Caribe e a América do Sul.
Occiput – Medida da base do osso do crâ-
nio, occiptal, à ponta do bico.
Bentônico – Conjunto de organismos ani-
Plantas vasculares – São as plantas com
mais e vegetais que vivem no fundo de um
corpo d’água (mar, rio ou lago).
tecidos especializados, para o transporte de
água e seiva que alimentam as suas células.
Distrófico – Tipo de solos ácidos, de média
Pteridófitas – Grupo de vegetais vasculares
Epítitas – São, por etimologia, plantas sobre
G LOSSÁ RIO
Lêntico – Ambiente de água parada.
mentos, areia ou detritos quaisquer, de um
estuário, rio, ou canal.
ou baixa fertilidade.
290
alguns animais que lhes permite manter sua
temperatura corporal relativamente constante.
plantas, ou seja, plantas que vivem sobre
outras plantas.
sem sementes. Incluem as samambaias e
plantas afins.
Resiliência – Termo para designar a capaci-
excesso de nutrientes.
dade que um sistema tem de suportar pertubarções ambientais, mesmo quando forem
alteradas as condições originais de equilíbrio.
Fitossociológico – Estudo das associações
Ripária – Vegetação próxima a corpos
e interrelações entre comunidades vegetais e
sua relação com o meio, na botânica.
Taxidermia – Termo grego que siginifica
Guilda – Grupos de espécies que exploram
os mesmos recursos.
“dar forma à pele”, é a arte de montar ou
reproduzir animais para exibição ou estudo.
Eutrofização – Fenômeno causado pelo
d’água.
Créditos
Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula
Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer
AngloGold Ashanti Brasil Mineração
Esta é uma publicação da Gerência Geral de Sustentabilidade
Rua Enfermeiro José Caldeira, 7 – Centro – Nova Lima-MG – Brasil
www.anglogoldashanti.com – telefone: 0800 72 71500
Organização dos textos
Daniela Soares – Analista de Comunicação
Rivene Guadalupe de Oliveira – Coordenadora de Educação Ambiental e Memória
Acervo da AngloGold Ashanti
Eugênio Paccelli (foto única na página 10)
Haroldo Palo Jr. (foto única na página 188)
Ronnie Von da Costa
Pesquisadores de cada especialidade
Projeto gráfico, arte final e produção
Autêntica Editora
www.autenticaeditora.com.br
Bi o di v e r s i dade M ata S a m ue l de Pa ul a
Fotografia
Formato Artes Gráficas
Tiragem
1.000 exemplares
Maio de 2009
Todos os direitos de conteúdo e imagens desta publicação são reservados à AngloGold Ashanti, aos
pesquisadores e aos fotógrafos. É vedada, nos termos da lei, a reprodução total ou parcial deste livro.
293
Gráfica
Entidades participantes nos estudos
Classe Construções e Meio Ambiente
FEAD – Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
Profissionais participantes nos estudos
Adalberto J. Santos – Araneofauna
Júlio Antônio Lombardi – Flora
Alexandre Salino – Flora
Lídia Ferreira Miranda – Solos
Adriano Pereira Paglia – Mastofauna
Alípio Resende Benedetti – Araneofauna
Aquiles Araújo – Flora
Aristônio Magalhães Teles – Flora
Augusto Mendes de Oliveira – Água
Bárbara Teixeira Faleiro – Araneofauna
Bruno Macedo Poli – Solos
Cid Humberto Carlos Machel – Solos
Cristiane Freitas de Azevedo Barros – Água
Darly Geraldo de Sena Junior – Solos
Felipe Sá Fortes Leite – Herpetofauna
Francisco Antônio Rodrigues Barbosa – Água
Gércio Humberto Carlos Maciel – Solos
Guilherme Henrique de Azevedo – Araneofauna
294
GLOSSÁ RIO
Gustavo Henriger – Flora
Lafayete Gonçalves Campelo Martins – Solos
Lílian Mariana Costa – Avifauna
Lívia Echternacht Andrade – Flora
Marcos Calixto – Água
Marcos Flávio Godoy de Oliveira – Solos
Marcos Rodrigues – Avifauna
Marcos Sobral – Flora
Marcus Thadeu Teixeira Santos – Araneofauna
Mariella Butti de Freitas Guilherme – Herpetofauna
Marina Silva Rocha – Água
Mário De Maria – Araneofauna
Pablo Hendrigo Alves de Melo – Flora
Paula Figueiredo Vilela – Araneofauna
Pedro Lage Viana – Flora
Heitor Morais Cunha – Mastofauna
Pedro Maia Barbosa – Água
Ivan Luiz Fiorini de Magalhães – Araneofauna
Raphael Francisco V. Diniz – Mastofauna
João Paulo Peixoto – Araneofauna
Stélio Jorge Castro Gadaga – Solos
Jordana Demichelli Ferreira – Avifauna
Ubirajara de Oliveira – Araneofauna
Idelson Mendes C. Anselmo – Solos
Pedro Renato Gontijo Barbosa – Solos
Joana D’Arc de Paula – Água
Rubens Custódio da Mota – Flora
João Renato Stehmann – Flora
Thais Elias Almeida – Flora

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