Biodiversidade
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Biodiversidade
Biodiversidade DA mata Samuel de Paula Copyright © 2008 AngloGold Ashanti Brasil Mineração Ltda. Todos os direitos reservados pela AngloGold Ashanti Brasil Mineração Ltda. Nenhuma parte dessa publicação poderá ser reproduzida sem a autorização prévia. ANGLOGOLD ASHANTI BRASIL MINERAÇÃO LTDA. Rua Enfermeiro José Caldeira . 07 . Centro 34000-000 . Nova Lima . Minas Gerais . Brasil projeto gráfico Diogo Droschi / Autêntica Editora LTDA. revisão Ana Carolina Brandão e Cecília Martins / Autêntica Editora LTDA. editoração eletrônica Christiane Costa / Autêntica Editora LTDA. impressão Formato Artes Gráficas Revisado conforme o Novo Acordo Ortográfico Ficha Catalográfica A589b AngloGold Ashanti Biodiversidade da Mata Samuel de Paula / AngloGold Ashanti . --- Belo Horizonte, 2009. 296 p. il. ISBN 978-85-62639-00-5 1.Meio Ambiente. 2.Reserva Particular de Preservação Ambiental. 3.Mata Samuel de Paula-Nova Lima(MG). I.Título. CDU 504.062.4 Elaborada por Rinaldo de Moura Faria - CRB-6 nº 1006 Sumário 11 13 19 25 Introdução Prefácio Centro de Educação Ambiental: uma história que convida à reflexão Localização e vias de acesso 25 Descrição de limites e confrontações – Georreferências 29 33 Metodologia Flora 35 Introdução 36 Objetivo 36 Área de estudos 37 Material e métodos 38 Resultados e discussão 131 Pontos de destaque preliminares 132 Referências 135 Fauna 135 Aves /Avifauna 137 Introdução 138 Material e métodos 142 Resultados 159 Discussão 162 Referências 165 Anfíbios e Répteis /Herpetofauna 167 Introdução 169 Objetivos 169 Área de estudos 169 Material e métodos 171 Resultados 185 Referências 187 Mamíferos /Mastofauna 189 Introdução 191 Objetivo 191 Metodologia 195 Resultados e discussão 203 Recomendações e medidas de manejo 205 Referências 209 Aracnídeos /Araneofauna 211 Introdução 212 Material e métodos 213 Resultados preliminares 222 Discussão parcial 223 Perspectivas 223 Referências 225 Solos 227 Introdução 228 Avaliação do perfil 235 Informações adicionais 237 Referências 239 Água: Qualidade com ênfase nos insetos aquáticos bioindicadores e algas perifíticas 241 Introdução 243 Área de estudos 245 Material e métodos 251 Resultados e discussão 276 Considerações finais 277 Referências 280 Anexos 289 Glossário 289 Siglas 290 Palavras 293 Créditos Por dentro da RPPN Mata Samuel de Paula B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a RPPN AngloGold-Cuiabá, localizada em Sabará, aos pés da Serra da Piedade (*) Valor voltado às questões ambientais, extraído do livreto Valores, da AngloGold Ashanti. 11 A AngloGold Ashanti tem entre seus valores(*) “o respeito ao meio ambiente e o compromisso de aprimorar continuamente seus processos, a fim de minimizar os impactos ambientais, a produção de resíduos, melhorar a eficiência do uso do carbono e conservar os recursos naturais”. Por outro lado, a empresa está determinada a desenvolver as comunidades onde atua, contribuindo para que se tornem melhores. Da concordância com esses valores, nasceu a iniciativa de fazer o livro Biodiversidade da Mata Samuel de Paula, ação que endossa o compromisso da empresa com as questões ambientais e sociais. Afinal, entendemos o meio ambiente como uma extensão das práticas humanas – ou também as práticas humanas como consequência direta da forma como cuidamos e valorizamos o meio ambiente. Além da RPPN Mata Samuel de Paula, de 147 hectares, em Nova Lima, a AngloGold Ashanti também é responsável pela RPPN AngloGold-Cuiabá, localizada aos pés da Serra da Piedade, em Sabará. São cerca de 726 hectares, criados primordialmente para a preservação da área em que se encontra a Mina Cuiabá, de onde sai a maior parte da produção da empresa nos dias atuais. Com sua matriz na África do Sul, a AngloGold Ashanti é a terceira maior produtora de ouro do mundo, presente em 10 países. No Brasil, o grupo conta com duas empresas localizadas nos estados de Minas Gerais e Goiás. Ao todo no País, produz, anualmente, 13 toneladas de ouro, representando 8% da produção mundial do grupo. Na AngloGold Ashanti, tem-se como foco desenvolver soluções inovadoras que minimizem os riscos ao meio ambiente e criem resultados melhores e mais favoráveis ao clima, desafio importante para o setor de mineração. Somente a prática constante do respeito ao meio ambiente pode assegurar uma mineração responsável, que prime pela qualidade de seu produto final em plena concordância com a integridade do homem e do meio ambiente. B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução p r efáci o 12 Mata Samuel de Paula Prefácio O que eu guardo no giro da memória é aquela madrugada dobrada inteira [...] bichos e árvores, o refinfim do orvalho, a estrela-dalva, os grilinhos do campo, o pisar dos cavalos e a canção de Siruiz. Algum significado isso tem? 13 Em meio a tanta preocupação e descrença no amanhã, que significado pode ter o lançamento, agora, pela AngloGold Ashanti, do livro Biodiversidade da Mata Samuel de Paula? Pensamos no melhor deles: o da Esperança. Ou seja, mesmo em meio à escuridão do amanhã, complicado pela ambição desmedida de muitos, ainda há espaço entre os humanos para empresas e empreendedores que, além do lucro, conseguem ver no intrincado mundo capitalista, um modo de construir para os que virão, depois de nós, desfrutar das benesses da Terra. É o que faz a AngloGold Ashanti ao preservar, bem ao lado desta bela capital de Minas Gerais, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que criou e mantém desde 2000. E mais, mandou estudar, buscou ajuda para compreender os fenômenos que ali ocorrem, com a intenção de reunir um rico material de consulta tanto para especialistas nos ecótonos de Mata Atlântica ou Cerrado quanto para estudantes de maneira geral. São 147 hectares de floresta semidecidual Montana, bem próxima ao núcleo urbano do bairro dos Cristais, no município de Nova Lima, protegendo a sub-bacia do Ribeirão dos Cristais, que vai compor a bacia maior do Rio das Velhas. Ali, na vertente sudeste da Serra do Curral, porção do Espinhaço Sul, na região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, a RPPN Mata Samuel de Paula estabelece com a Mata do Jambreiro – sua vizinha – um diálogo maior de proteção ambiental. Por tudo isso é que aceitamos, com prazer, o convite para prefaciar o livro Biodiversidade da Mata Samuel de Paula, que encerra o resultado fidedigno dos estudos ali realizados no período de 2004 a 2007 sobre água, fauna (mamíferos, anfíbios, B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a Guimarães Rosa répteis, aracnídeos e aves), flora e solos, coordenados pelos mestres e doutores Marcos Callisto, Francisco Antônio Barbosa, Adriano Paglia, Felipe Sá Leite, Mário De Maria, Marcos Rodrigues, Alexandre Salino e Marcos Flávio Godoy, cientistas que vêm dando ao nosso Estado contribuições importantes na área ambiental. Nesta publicação, estudiosos de todos os lugares vão encontrar um competente inventário e lista de espécies que ocorrem na área; informações sobre o período e as condições de reprodução dessas espécies; identificação das espécies ocorrentes ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas e bioindicadoras ou de significativa importância biogeográfica. Mas, além disso, os especialistas deixam à AngloGold Ashanti uma valiosa contribuição para assegurar a perpetuidade da reserva: recomendações detalhadas de manejo da área, bem como uma percuciente avaliação do estado de conservação da área, dos pontos físicos de destaque e indicações de procedimentos desejáveis para a sua integridade. Com essa iniciativa, a empresa se inscreve no rol precioso das mineradoras que, em Minas Gerais, deixaram para trás um passado de exploração predatória e descomprometido com o bem-estar comunitário, para integrar um conjunto de empresas voltadas para o cumprimento da exigência constitucional de função social dos empreendimentos econômicos e conscientes – de que proteger o ambiente é mais que uma estratégia de marketing moderno: é um compromisso com a Humanidade. José Carlos Carvalho Engenheiro florestal, ex-ministro de Estado do Meio Ambiente e 14 p r efáci o atual secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais 15 B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a Visitantes na Máquina dos Cristais (1903) Fundos do prédio Máquina dos Cristais Interior da Usina dos Cristais, hoje sede do Centro de Educação Ambiental (CEA) Centro de Educação Ambiental: 19 “ Não há nada mais fácil de obter em Morro Velho do que água”. A afirmação está presente no Relatório Anual da Saint John Del Rey Mining Company Limited, escrito em 1843. A água em abundância, aliada ao entusiasmo e à necessidade concreta de sua captação para uso nas operações minerárias, levou à construção de vários canais. Por volta de 1890, o canal do Rego Cristais, uma das fontes mais importantes de água para as minas da empresa, ficou pronto. Esse canal tinha como finalidade captar as águas procedentes do Ribeirão dos Cristais, usando a gravidade como princípio fundamental para a manutenção do fluxo de água que seguia até as instalações industriais da antiga área operacional da empresa (à época localizada no centro de Nova Lima). Pequenas comportas, túneis, pontes e o singular aqueduto “bicame”, hoje símbolo da cidade, também faziam parte desta estrutura. Ao longo desse canal, foi construída, em 1896, a usina elétrica do Retiro e, posteriormente, em 1899, já estavam em andamento as obras da futura usina dos Cristais, cuja operação foi iniciada em junho de 1900. O prédio dessa usina, com arquitetura característica inglesa, foi erguido imerso na paisagem de muito verde, na sonoridade das águas e dos animais locais. Desde sua construção, passou a exercer poderosa atração na comunidade local em razão de seu pitoresco conjunto. Naquele local, famílias se reuniam nos fins de semana para tradicionais piqueniques ao ar livre. As necessidades operacionais vividas na época fizeram com que George Chalmers, superintendente da Saint John Del Rey Mining Company, elaborasse um sistema de geração de energia muito maior do que o existente até então, iniciando assim, em 1904, o Sistema Hidrelétrico de Rio de Peixe. B i o di v e r si dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a uma história que convida à reflexão Vista do Bicame, símbolo da cidade de Nova Lima Ribeirão dos Cristais/área de captação de água para o Rego Grande Bi o di v e r s i dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a 21 Foram construídas, então, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), linhas de transmissão e casas para os empregados. A partir da década de 1930, o sistema ganhou novas PCHs e as barragens das lagoas Grande (ou dos Ingleses), do Miguelão e da Codorna, com o objetivo de armazenar grande volume de água para aumentar a geração de energia das usinas. A água das barragens é um dos principais combustíveis energéticos da empresa até hoje graças ao feito de Chalmers. Nesse contexto, a usina dos Cristais, também conhecida como Máquina dos Cristais, passou então a ter um papel secundário, sendo desativada tempos depois. O canal Rego dos Cristais, atualmente conhecido como Rego Grande, foi perdendo gradualmente função até não ser mais necessário, em 1995, com a desativação da planta metalúrgica da empresa no centro da cidade de Nova Lima. Em 2000, a AngloGold Ashanti decidiu construir um Centro de Educação Ambiental em Nova Lima e encontrou na área da Máquina dos Cristais um ambiente extremamente adequado, por sua história e beleza local. O Ribeirão dos Cristais, as nascentes e o prédio histórico da hidrelétrica foram preservados, unindo-se aos 147 hectares da Mata Samuel de Paula. Essa área passou a ser protegida e mantida pela AngloGold Ashanti como uma RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula. A mata tem áreas remanescentes de floresta atlântica, além de rica fauna e flora – conforme se pode verificar nos estudos apresentados neste livro –, condições físicas ideais para favorecer e estimular a aprendizagem e a mudança de comportamento em prol do meio ambiente. Assim, após a revitalização da antiga Máquina dos Cristais, foi inaugurado o Centro de Educação Ambiental da empresa em 31 de outubro de 2000, onde programas diversos, voltados para a educação ambiental, são desenvolvidos. Profissionais capacitados, espaços de lazer e recursos metodológicos fazem do Centro de Educação Ambiental um importante aliado para disseminação dos valores ambientais e sociais defendidos pela AngloGold Ashanti. A reserva Mata Samuel de Paula também é um espaço de aprendizagem aberto a entidades especializadas para trabalhos de campo. A antiga Máquina dos Cristais voltou a produzir energia. Uma energia que também ilumina – não os ambientes, e sim pessoas. Nessa área, a harmonia e a aprendizagem contribuem para que as gerações futuras também usufruam de um ambiente equilibrado e sustentável. Em 2008, o Centro de Educação Ambiental contabilizou a marca de mais de 100 mil visitantes. ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - ANGLOGOLD ASHANTI (mg) EMPREGADOS/ TERCEIROS COMUNIDADE ESCOLAR COMUNIDADE EM GERAL ANO VISITANTES (2) CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL HARRY OPPENHEIMER (CEAHO) EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM OUTROS ESPAÇOS FORA DO CEAHO (4) (6) TOTAL 2000 (1) 7.830 0 0 0 0 7.830 2001 14.606 853 5.755 0 0 21.214 2002 7.265 1,481 2.965 612 0 12.323 2003 (3) 4.618 5.642 3.101 483 370 14.214 2004 3.797 4.058 2.960 20 914 11.749 2005 4.124 2.812 2.490 620 1.670 11.716 2.589 2.818 2.589 227 858 9.081 2006 2.730 3.129 2.504 38 1.209 9.610 2008 2.073 4.354 2.250 73 754 9.504 Total 49.632 25.147 24.614 2.073 5.775 107.241 2007 (5) (1) Atividades no CEAHO se iniciaram em 1o de novembro. (2) Pessoas que visitam o CEAHO pela primeira vez e não participam de atividades específicas. (3) Na atividade para empregados/terceiros, 370 pessoas participaram da atividade na empresa, fora da estrutura física do CEAHO. 22 Ce nt ro de E duc a ç ã o Amb i e n ta l : Uma h i s tóri a q ue c on v i da à re f l e xã o (4) As atividades realizadas fora do CEAHO não tiveram registro específico de participação no período de 2000 a 2002. (5) 254 empregados participaram do curso de alfabetização ecológica, número computado na coluna Ed. Ambiental em outros espaços. (6) 233 estudantes participaram do programa Meu Planeta é Minha Casa na Mina Córrego do Sítio e 51 cantineiras do programa Escola Sustentável. Referências: Livro de visitantes, relatórios e folhas de presença. Rivene Guadalupe de Oliveira Coordenadora de Educação Ambiental e Memória Prédio do CEA atualmente 23 Bi o di v e r s i dade dA M ata S a m ue l de Pa ul a Morro do Elefante Descrição de limites e confrontações – Georreferências Partindo do ponto de amarração, o marco de concreto com chapa de bronze nº22, sistema UTM Cruzeiro do Sul, fica localizado no Morro do Elefante, na linha de divisa pela direita com a fazenda Samuel de Paula e José Rodrigues e Marcolino e pela esquerda com a Chácara dos Cristais. As coordenadas são N-7.788.734,37, E-618.365,71, com rumo para o vértice nº 01 de S64º15’29”E, distância de 24,59 metros e coordenadas N-7.788.523,69, E-618.387,86. Daí, segue em linhas quebradas indo até ao vértice no 16711 coordenadas N-7.788.702,45, E-619.175,08; desse vértice segue-se sentido sul em linhas quebradas indo até ao vértice nº 21, coordenadas N-7.787.960,42, E-619.322,54, este localizado na divisa com a Chácara Luiz Daniel abaixo do viaduto dos Cristais, rodovia MG-030, à margem do Ribeirão dos Cristais. 25 A área estudada está situada na região sudeste, no estado de Minas Gerais, no município de Nova Lima. A distância de Belo Horizonte, a capital do estado, é de aproximadamente 15 quilômetros. O acesso principal à RPPN Mata Samuel de Paula é pela rodovia MG-030. Existem serviços regulares de transporte coletivo intermunicipal de Belo Horizonte para Nova Lima. Além disso, como a reserva está localizada em área urbana, existem transportes coletivos municipais que trafegam no bairro dos Cristais (onde a reserva está localizada). Uma visão parcial da RPPN, pela MG-030, é o Morro do Elefante. Essa área tem esse nome pois o morro lembra, à distância, um elefante deitado (foto à esquerda). Com seus 1.150 metros de altitude, o morro tem parte da suas terras dentro da reserva da empresa. B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Localização e vias de acesso 26 l o ca l i za ç ã o e v i a s de a c e s s o Daí deve-se subi-lo, passando pela divisa da Fazenda Samuel de Paula, José Rodrigues e Marcolino com a Chácara dos Cristais, vértice nº 22, coordenadas N-7.787.643,97, E- 618.474,42, divisando pela esquerda com particular, indo até ao marco de divisa mmv.01, (vértice nº 23). Daí segue-se sentido norte em linhas quebradas, divisando pela esquerda com particular indo até ao marco mmv.02 (vértice nº 33), onde vira à direita em linha quebradas indo ao vértice nº 42, divisas das duas fazendas. Daí segue-se em linhas quebradas indo até ao vértice nº 01, onde se deu início este memorial, fechando a poligonal. Vista aérea da reserva O objetivo deste capítulo não é tratar especificamente sobre os métodos utilizados por cada pesquisador na execução de seus trabalhos, pois essas informações serão encontradas nos capítulos dos relatórios de cada especialidade. O que se pretende aqui é evidenciar como o desenvolvimento dos estudos que compõem este livro foram planejados e desenvolvidos. Outras informações presentes nos capítulos são as recomendações de manejo e as observações feitas pelos pesquisadores quanto à reserva, além de informações para uso na prática da educação ambiental. Em novembro de 2002, um ano após a RPPN Mata Samuel de Paula ter sido criada, foram solicitados estudos sobre a área para a Universidade Federal de Minas Gerais, enfocando a qualidade da água, da flora e da fauna (vespas, mamíferos, anfíbios, répteis, aracnídeos, abelhas, aves, insetos aquáticos). Durante 2003, várias reuniões de planejamento foram feitas, e no ano seguinte foram definidos quais estudos seriam realizados e o prazo para fazê-los, conforme descrito na tabela seguinte: Período 29 Estudo B i o di v e r si dade D a M ata S a m ue l de Pa ul a Metodologia FASE 1 Flora Maio de 2004 a dezembro de 2005 (1 ano e meio) Água – Qualidade da água com ênfase em insetos aquáticos Maio de 2004 a dezembro de 2005 (1 ano e meio) FASE 2 Fauna – Mamíferos Outubro de 2005 a setembro de 2006 (1 ano) Fauna – Aves Setembro de 2005 a agosto de 2006 (1 ano) FASE 3 Fauna – Anfíbios e Répteis Setembro de 2006 a agosto de 2007 (1 ano) Fauna – Aracnídeos Outubro de 2006 a setembro de 2007 (1 ano) Na sequência, também foram definidos os seguintes objetivos: 1. Promover o inventário e a lista das espécies; 2. Caracterizar seu período de reprodução; 3. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras ou de significativa importância biogeográfica ocorrentes na área; 4. Avaliar do estado de conservação da reserva em relação ao item de estudo; 5. Indicar os pontos físicos de destaque; 30 M ETODOLOGIA 6. Dar recomendações de manejo. Posteriormente, definiu-se que seria importante conhecer as características do solo da reserva, uma vez que se pretendia abrir trilhas na mata para o público. Então, em 2006, o estudo de solos na reserva também foi realizado. Todos os estudos foram feitos dentro dos 147,83 hectares da reserva e coordenados por mestres e/ou doutores nas diversas especialidades definidas. As equipes de trabalho de campo realizaram as coletas na área, sendo que as intensidades amostrais foram definidas de acordo com o planejamento, no qual a periodicidade definida para realização do estudo foi um ponto fundamental a ser considerado. Relatórios parciais mensais foram encaminhados à AngloGold Ashanti para acompanhamento da execução dos trabalhos. Todo o material-testemunho coletado foi depositado nas coleções da Universidade Federal de Minas Gerais (Água, Flora e Fauna – Mamíferos, Aves, Aracnídeos) e na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Fauna – Anfíbios e Répteis). Em 2008, todos os relatórios já haviam sido entregues pelos seus respectivos estudiosos e, então, foram encaminhados à biblioteca do Centro de Educação Ambiental AngloGold Ashanti e à Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM). Sendo assim, com esse rico material em mãos, foi conclusiva a importância científica da RPPN Mata Samuel de Paula, mantida pela empresa. Em função da relevância das informações desses estudos, a AngloGold Ashanti decidiu disponibilizá-las ao público de maneira geral. Assim, os capítulos deste livro procuram representar fielmente os relatórios de cada especialidade estudada. FLORA Flora/Florístico Coordenador: Colaboradores: Prof. Dr. Alexandre Salino Gustavo Heringer Lívia Echternacht Andrade Pablo Hendrigo Alves de Melo Thais Elias Almeida Bidens segetum Malpighiaceae 35 A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ricos em diversidade e endemismos de espécies vegetais e animais e, também, um dos mais ameaçados do planeta. Em virtude dessa riqueza biológica e níveis de ameaça, a Mata Atlântica foi indicada por especialistas como um dos 25 hotspots mundiais (Mittermeier et al., 1999, Myers et al., 2000), ou seja, uma das prioridades para a conservação de biodiversidade em todo o mundo. O Cerrado é o segundo maior bioma do País em área, apenas superado pela Floresta Amazônica, e ocupa mais de 2.000.000 km2, o que representa cerca de 23% do território brasileiro (Ribeiro & Walter, 1998). As áreas de Cerrado também foram consideradas prioritárias para a conservação da biodiversidade. A região Metropolitana de Belo Horizonte é considerada uma área de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. O primeiro está representado principalmente pelas Florestas Estacionais Semideciduais, e o segundo, principalmente por formações savânicas e campestres. Apesar de ser a região mais urbanizada do estado de Minas Gerais, ainda há áreas de Cerrado e Mata Atlântica que precisam de estudos florísticos. A área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula é uma dessas áreas que merecem estudos de levantamento florístico. O conhecimento da vegetação por meio de levantamentos florísticos e fitossociológicos será sempre um estudo básico para o conhecimento dos recursos naturais de uma região, bem como para subsidiar pesquisas em diversas outras áreas correlatas, uma vez que a vegetação é parte fundamental do habitat (Matteucci & Colma, 1982). A proposta de inventário da flora da RPPN Mata Samuel de Paula englobou dois grandes grupos taxonômicos: as angiospermas (plantas com flores), que já vêm sendo utilizadas em outros projetos de avaliação de biodiversidade, e as pteridófitas (samambaias e plantas afins), que têm demonstrado grande importância como ferramenta para avaliação do estado de conservação de comunidades florestais tropicais. Além disso, foram feitos os estudos fitossociológicos (quantitativos) do estrato arbóreo/arbustivo de vários trechos de floresta da Reserva, que deverão subsidiar a caracterização da cobertura vegetal da área. B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução Objetivo O objetivo geral deste projeto foi documentar e analisar a composição da flora de plantas vasculares da RPPN Mata Samuel de Paula e fornecer uma caracterização da cobertura vegetal da área da RPPN. Objetivos específicos 1. Promover o inventário da flora de plantas vasculares (pteridófitas e angiospermas). 2. Efetuar o estudo fitossociológico em trechos de floresta da área da RPPN. 3. Produzir uma listagem de espécies para os grupos supracitados registrados na RPPN. 4. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras ou de significativa importância biogeográfica ocorrentes na área. 5. Elaborar uma caracterização da cobertura vegetal da área da RPPN visando subsidiar o planejamento do uso, da conservação e manejo da área. 6. Oferecer informações relevantes da área e das espécies vegetais de interesse para o programa de Educação Ambiental. 36 F l or a Área de estudos Este projeto de pesquisa foi desenvolvido em toda a área da RPPN Mata Samuel de Paula, da Mineração AngloGold Ashanti. O clima regional é do tipo Cwb de Köppen, subtropical de altitude, ou seja, mesotérmico com verões amenos e estiagem de inverno. A temperatura média anual é de 22,6 ºC, e a precipitação medial anual, de 1670 mm. Os meses mais quentes (dezembro a março) têm médias em torno 24,5 ºC, e os meses mais frios (junho a agosto), em torno de 22,4 ºC. As precipitações médias mensais variam de 381,9 mm em dezembro a 10,9 mm em julho. As altitudes variam de 890 – 1000 metros. Na região predominam os solos dos tipos Cambissolos e Neossolos (CETEC, 1983). A maior parte da RPPN é coberta por Floresta Estadual Semidecidual secundária em estágios variados de regeneração. Há pequenos trechos cobertos por campos naturais ou pastagens. Na Figura 1 é apresentada uma carta imagem da região indicando os limites da RPPN e os pontos (10) da amostragem fitossociológica. Nessa imagem é possível reconhecer através das diferentes texturas a variação na cobertura vegetal da RPPN. Material e métodos Foram realizadas 28 campanhas de campo durante os 14 meses de trabalho. Coletaram-se todas as plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas, tanto vegetativas quanto reprodutivas. As amostras foram coletadas e herborizadas segundo as técnicas usuais em Botânica. O material testemunho (material botânico) está depositado na coleção do Herbário BHCB (Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG). Para o estudo fitossociológico foi usado o método de parcelas, sendo que cada parcela foi de 5 x 30 metros (150 m2). Foram amostradas 10 áreas diferentes ao longo da área da RPPN (Figura 1) perfazendo um total de 30 parcelas (4500 metros quadrados = 0,45 hectares). Foram amostrados todos os indivíduos com CAP (Circunferência na Altura do Peito) igual ou superior a 10 cm. De cada indivíduo foram registrados os seguintes dados: circunferência na altura do peito (CAP), a altura do fuste e a altura total. As árvores mortas em pé foram incluídas na amostragem e consideradas em apenas uma categoria (mortas). A avaliação dos parâmetros fitossociológicos foi feita com base em Muller-Dombois & Ellenberg (1974), e os cálculos do índice de diversidade de Shannon (H´) e da equabilidade ( J) foram de acordo com Pielou (1975). Para os cálculos dos parâmetros e dos índices foi utilizado o pacote de programas Fitopac de autoria do Dr. George Shepherd 37 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Figura 1: Carta imagem da RPPN Samuel de Paula - Nova Lima-MG. do Departamento de Botânica da UNICAMP (Shepherd, 1988). Para a análise de similaridade florística entre as áreas foi utilizado o índice de Jaccard. A identificação das espécies foi feita com auxílio de literatura especializada, de especialistas e por comparação com material já determinado existente no herbário BHCB. 1 Resultados e discussão Estudo florístico (Qualitativo) 3 38 Fl ora 2 1. Ruellia macrantha 2. Brunfelsia cf. brasiliensis 3. Justicia riparia Foram identificadas 510 espécies de plantas vasculares, sendo 75 espécies de pteridófitas (Tabela 1) e 435 de angiospermas (Tabela 2). Considerando a amostragem de apenas 14 meses e o tamanho da área (147 hectares), podemos considerar que o número de espécies levantadas é bastante significativo, principalmente se compararmos com alguns estudos realizados em outras áreas de Minas Gerais. Destaca-se aqui o levantamento realizado no Parque Estadual do Rio Doce, uma área de aproximadamente 36.000 hectares que foi alvo de coleta durante muitos anos e onde foram registradas apenas 535 espécies de angiospermas (Lombardi & Gonçalves, 2000). As 73 espécies de pteridófitas estão distribuídas em 17 famílias e 32 gêneros. As pteridófitas representam aproximadamente 14,39% das espécies de plantas vasculares encontradas na área. As famílias com maior número de espécies foram Schizaeaceae, Thelypteridaceae e Pteridaceae, com oito espécies cada, Blechnaceae e Dennstaedtiaceae, com seis espécies cada, e Cyatheaceae e Tectariaceae, com quatro espécies cada. Juntas, as sete famílias representam 60,27% do total de espécies. Com base nos poucos trabalhos florísticos de pteridófitas de áreas de floresta estacional Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Uma das duas espécies epífitas, Pleopeltis angusta, é geralmente encontrada em áreas bem iluminadas nas bordas de florestas, em áreas de Cerradão e até crescendo em árvores no ambiente urbano. As 435 espécies de angiospermas estão distribuídas em 85 famílias e 229 gêneros. As 10 famílias com maior número de espécies foram Fabaceae, com 34, Asteraceae, com 31, Myrtaceae, com 28, Melastomataceae, com 24, Rubiaceae, com 21, Lauraceae, com 20, Euphorbiaceae, com 16, Sapindaceae, com 12, Acanthaceae, com 10, e Bignoniaceae, com nove espécies (Tabela 2). Juntas, essas 10 famílias representam 47,23% das espécies de angiopermas registradas na área. A importância de Fabaceae como a família com maior número de espécies já vem sendo ressaltada por outros autores para áreas de Mata Atlântica, assim como Rubiaceae e Myrtaceae (Peixoto & Gentry, 1990; Lombardi & Gonçalves, 2000), além de Asteraceae e Bignoniaceae (Lombardi & Gonçalves, 2000). As cinco famílias mais representativas no Parque Estadual do Rio Doce e na Estação Biológica de Caratinga estão entre as 10 mais representativas na Mata Samuel de Paula. Alguns autores que estudaram florestas de galeria em Minas Gerais concluíram que as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae (Leguminosae), Myrtaceae e Rubiaceae aparecem, também, entre as 10 famílias com maiores números de espécies (Vilela et al. 1993, Oliveira Filho et al. 1994, Carvalho et al. 1995, Vilela et al. 1995). Rodrigues e Nave (2001) analisaram 43 trabalhos florísticos realizados em florestas ciliares brasileiras, porém extra-amazônicas, e constataram também que as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae (Leguminosae), Melastomataceae, Myrtaceae e Rubiaceae foram as mais representativas em 39 semidecidual de Minas Gerais considera-se que a riqueza de espécies de pteridófitas na Mata Samuel de Paula é baixa. Levantamentos florísticos de áreas da APA-Sul RMBH e Quadrilátero Ferríferro realizados por Figueiredo e Salino (2005) registraram a ocorrência de 145 espécies na RPPN Mata do Jambreiro, 139 na RPPN Capitão do Mato, 108 na RPPN Andaime e 94 na RPPN Tumba. Além disso, há dados para a Estação Biológica de Caratinga, onde foram registradas 102 espécies (Melo & Salino, 2002), e Parque Estadual do Rio Doce, 123 espécies (Melo & Salino, 2002). Das 75 espécies de pteridófitas, 22 ocorrem em ambientes mais iluminados, tais como borda de mata, trilhas na mata e área de campo-rupestre, sendo que as outras 53 são espécies mais típicas de ambientes sombreados no interior da mata. Três espécies são consideradas como introduzidas no Brasil, a saber, Pteris vittata, Macrothelypteris torresiana, Thelypteris dentata e Diplazium petersenii. Essas espécies são indicadoras de ambientes perturbados ou em regeneração inicial. Na Mata Samuel de Paula foram encontradas nas bordas de Mata e ao longo das edificações da área. Apesar de a altitude em que se encontra a mata ser propícia para a ocorrência de epífitas, foram encontradas apenas duas espécies com hábito epifítico, representando 2,73% do total de espécies de pteridófitas da área. Essa proporção é extremamente baixa se comparada com outras áreas de floresta estacional semidecidual estudadas em Minas Gerais, como Estação Biológica de Caratinga (8,42%), Parque Estadual (8,25%) e APA-Sul RMBH (13,7%). Essa baixa ocorrência de epífitas deve estar relacionada à situação de degradação por que passou a Mata Samuel de Paula, que apresenta estágios sucessionais iniciais e médios de regeneração da mata. número de espécies. Leitão-Filho (1992) também menciona que em vários estudos florísticos realizados em florestas estacionais semideciduais do estado de São Paulo, as famílias Euphorbiaceae, Lauraceae, Fabaceae (Leguminosae), Myrtaceae e Rubiaceae apresentam um considerável número de espécies e de indivíduos. Tabela 1: Listagem das espécies de pteridófitas ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula. O número que aparece em coleção refere-se ao número de coleta de Alexandre Salino. FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente coleção Blechnum asplenioides Sw. Samambaia Rupícola Mata 9632 Blechnum binervatum ssp. acutum (Desv.) R.M. Tryon & Stolze Samambaia Terrestre Mata Blechnum brasiliense Desv. Samambaia Terrestre Mata Blechnum cordatum (Desv.) Hieron. Samambaia Terrestre Borda de mata Blechnum glaziovii Christ Samambaia Rupícola Mata Blechnum gracile Kaulf. Samambaia Terrestre Mata 9868 Blechnum laevigatum Cav. Samambaia Terrestre Mata 0424 Blechnum occidentale L. Samambaia Terrestre Mata Alsophila sternbergii (Sternb.) Conant Samambaiaçu Terrestre Mata Cyathea delgadii Sternb. Samambaiaçu Terrestre Mata Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin Samambaiaçu Terrestre Mata Cyathea phalerata Mart. Samambaiaçu Terrestre Mata Cyathea rufa (Fée) Lellinger Samambaiaçu Terrestre Mata Dennstaedtia dissecta (Sw.) T. Moore Samambaia Terrestre Mata Dennstaedtia globulifera (Poir.) Hieron. Samambaia Terrestre Mata Hypolepis aquilinaris (Fée) Christ Samambaia Terrestre Borda de Mata Lindsaea quadrangularis Raddi Falsa-avenca Terrestre Mata Lindsaea stricta (Sw.) Dryand. Falsa-avenca Terrestre Borda de mata Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon Samambaia das taperas Terrestre Borda de Mata Didymochlaena truncatula (Sw.) J. Sm. Samambaia Terrestre Mata Polybotrya speciosa Schott Samambaia Hemiepífita Mata Sticherus bifidus (Willd.) Ching Samambaia Terrestre Borda de mata 9629 Sticherus gracilis (Mart.) Copel. Samambaia Terrestre Borda de mata 9623 Sticherus nigropaleaceus (J. W. Sturm) Prado & Lellinger Samambaia Terrestre Borda de mata 9628 Samambaia Rupícola Mata 10080 Trichomanes pinnatum Hedw. Samambaia Rupícola Borda de mata 9684 Trichomanes pilosum Raddi Samambaia Rupícola Borda de mata 9630 Trichomanes rigidum Sw. Samambaia Terrestre Mata 9869 BLECHNACEAE CYATHEACEAE 9871 40 Fl ora DENNSTAEDTIACEAE 0571 9638 DRYOPTERIDACEAE GLEICHENIACEAE GRAMMITIDACEAE Cochlidium serrulatum (Sw.) L.E. Bishop HYMENOPHYLLACEAE FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente coleção Samambaia Terrestre Borda de mata Samambaia Terrestre Borda de mata 9627 Terrestre Borda de mata 9636 LOMARIOPSIDACEAE Elaphoglossum tamandarei Brade LOPHOSORIACEAE Lophosoria quadripinnata (J.F. Gmel.) C.Chr. LYCOPODIACEAE Lycopodiella cernua (L.) Pic.Serm. POLYPODIACEAE Microgramma percussa (Cav.) de la Sota Samambaia Epífita Mata Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston Samambaia Epífita Mata Polypodium catharinae Langsd. & Fisch. Samambaia Epífita Borda de mata Polypodium latipes Langsd. & Fisch. Samambaia Terrestre Mata Adiantopsis radiata (L.) Fée Samambaia Rupícola Borda de mata 9635 Adiantum lorentzii Hieron. Avenca Rupícola Borda de mata 9640 Adiantum subcordatum Sw. Avenca Terrestre Mata 9639 Doryopteris ornithopus (Hook. & Baker) J. Sm. Samambaia Terrestre Borda de mata Pityrogramma calomelanos (L.) Link Samambaia Terrestre Borda de mata Pteris deflexa Link Samambaia Terrestre Mata Pteris splendens Kaulf. Samambaia Terrestre Mata Pteris vittata L. Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia ferruginea Humb. & Bonpl. ex Kuhn Samambaia Terrestre Mata Anemia oblongifolia (Cav.) Sw. Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia ouropretana Christ Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia phyllitidis (L.) Sw. Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia raddiana Link Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia tomentosa Sw. Samambaia Terrestre Borda de mata Anemia villosa Humb. & Bonpl. ex Willd. Samambaia Terrestre Borda de mata Lygodium venustum Sw. Samambaia Trepadeira Borda de mata Schizaea elegans (vahl) Sw. Samambaia Terrestre Mata 10570 Selaginella flexuosa Spring Rupícola Borda de mata 9633 Selaginella marginata (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Spring Rupícola Borda de mata 9631 Selaginella muscosa Spring Rupícola Borda de mata 9634 10448 PTERIDACEAE 9870 10079 9637 10350 SELAGINELLACEAE Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a SCHIZAEACEAE Ctenitis distans (Brack.) Ching Samambaia Terrestre Mata Ctenitis submarginalis (Langsd. & Fisch.) Ching Samambaia Terrestre Mata Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale Samambaia Terrestre Mata Tectaria incisa Cav. Samambaia Terrestre Mata Macrothelypteris torresiana (Gaudich.) Ching Samambaia Terrestre Borda de mata Thelypteris dentata (Forssk.) E.St. John Samambaia Terrestre Borda de mata Thelypteris patens (Sw.) Small Samambaia Terrestre Borda de mata Thelypteris hatschbachii A.R. Sm. Samambaia Terrestre Borda de mata Thelypteris lugubris (Mett.) R.M. Tryon & A.F. Tryon Samambaia Terrestre Mata THELYPTERIDACEAE 9881 41 TECTARIACEAE FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente coleção Thelypteris oligocarpa (Willd.) Ching Samambaia Terrestre Mata 9624 Thelypteris retusa (Sw.) C.F. Reed Samambaia Terrestre Mata 9626 Thelypteris rivularioides (Fée) Abbiatti Samambaia Terrestre Mata 9625 Diplazium expansum Willd. Samambaia Terrestre Mata 9880 Diplazium petersenii (Kunze) Christ Samambaia Terrestre Borda de mata THELYPTERIDACEAE WOODSIACEAE Tabela 2: Listagem das espécies de angiospermas ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula. FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Geissomeria sp. Herbáceo Mata 10378 Justicia carnea Lindl. Herbáceo Mata 9664 Justicia cf. laeta (Nees.) Lindau Herbáceo Mata 10381 Mendoncia coccinea Vell. Trep.- Herbácea Mata Ruellia brevifolia (Pohl) Ezcurra Herbáceo Mata 10390 Ruellia densa (Nees.) Hier. Herbáceo Mata 9647 Ruellia cf. macrantha Mart. ex Nees. Herbáceo Mata 10513 Ruellia puri (Nees.) Mart. ex Jackson Herbáceo Mata Ruellia villosa (Pohl ex Nees.) Lindau Herbáceo Mata 9651 Ruellia sp. 1 Herbáceo Mata 9866 Ruellia sp. 2 Herbáceo Mata Arbórea Mata Alternanthera brasiliana (L.) Kunth. Herbáceo Mata 10406 Alternanthera sp. Herbáceo Mata 10410 Hebanthe paniculata Mart. Herbáceo Mata ACANTHACEAE ACHARIACEAE Carpotroche brasiliensis (Raddi) A. Gray AMARANTHACEAE ANACARDIACEAE 42 Fl ora Astronium fraxinifolium Schott Arbórea Mata Astronium graveolens Jacq. Aroeira Arbórea Mata Lithraea molleoides Engl. Arbórea Mata 10582 Tapirira guianensis Aubl. Arbórea Mata 9851 Tapirira obtusa (Benth.) Mitchell Arbórea Mata Tapirira sp. Arbórea Mata ANNONACEAE Guatteria sellowiana Schltdt. Embira Arbórea Mata 10398 Guatteria villosissima A.St.Hil. Araticum-peludo Arbórea Mata 10592 Rollinia laurifolia Schlecht. Araticum Arbórea Mata Rollinia sylvatica (A.St.Hil.) Mart. Arbórea Mata Indeterminada Arbórea Mata Aspidosperma discolor A. DC. Arbórea Mata Aspidosperma parvifolium A. DC. Arbórea Mata Aspidosperma spruceanum Benth. Arbórea Mata Aspidosperma leucomelanum Müll.Arg. Arbórea Mata Aspidosperma olivaceum Müll.Arg. Arbórea Mata APOCYNACEAE 10581 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente Ditassa sp. Herbácea Borda de mata Himatanthus lanceifolius (Müll.Arg.) Woodson Arbórea Mata Mandevilla tenuifolia (Mikan) Woodson Herbáceo Mata Secondatia floribunda A.DC. Herbáceo Mata Temnadenia violácea (Vell.) Miers. Herbáceo Mata Ilex affinis Gardn. Arbórea Mata Ilex cerasiifolia Reiss. Arbórea Mata Ilex cf. grandis Reiss. Arbórea Mata Ilex cf. psammophila Reiss. Arbórea Mata Ilex sp. Arbórea Mata Ilex theezans Mart. Arbórea Mata Anthurium minarum Sakuragui & Mayo Herbáceo Mata Philodendron sp. Herbáceo Mata Dendropanax cuneatum Decne & Planch. Arbórea Mata Centella asiatica (L.) Urb. Herbáceo Borda de mata Schefflera lucumoides (Decne & Planch. ex Marchal) Frodin & Fraschi Arbórea Mata COLEÇÃO APOCYNACEAE 10607 AQUIFOLIACEAE ARACEAE 10512 ARALIACEAE Arbórea Mata Schefflera longipetiolata (Pohl) Frodin & Fiaschi Arbórea Mata Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl.) Frodin & Fiaschi Arbórea Mata Aristolochia galeata Mart. & Zucc. Trepadeira Borda de mata Aristolochia melastoma Manso ex Duch. Trepadeira Borda de mata Aristolochia smilacina Duch. Herbácea Borda de mata Achyrocline satureioides DC. Herbácea Borda de mata Ageratum miryadenium Hort. ex Sch.Bip. Herbácea Borda de mata Baccharis cf. serrulata Pers. Arbustiva Borda de mata Baccharis cf. trimera (Less.) DC. Arbustiva Borda de mata Baccharis dentata (Vell.) G.M.Barroso Herbácea Borda de mata Baccharis vernonioides DC. Arbustiva Borda de mata 9662 Bidens segetum Mart. ex Colla Herbácea Borda de mata 10376 Borda de mata 10627 10524 ARISTOLOCHIACEAE 10362 ASTERACEAE Crepis japonica Benth. 9663 Dasyphillum velutinum (Baker) Cabrera Arbustiva Borda de mata Dasyphyllum sp. Arbustiva Borda de mata Eremanthus cf. erythropappus (DC.) N.F.F.MacLeish Arbórea Mata/Campo 10585 Eremanthus cf. glomerulatus Less. Arbórea Mata/Campo 10583 Eupatorium adamantium Gardn. Herbácea Borda de mata 9660 Eupatorium inulaefolium H.B. &.K. Herbácea Borda de mata Eupatorium sp. 1 Herbácea Borda de mata 9665 Eupatorium sp. 2 Herbácea Borda de mata 9657 Gochnatia sp. Arbustiva Borda de mata Lepidaploa argyrotricha (Sch.Bip. ex Baker) H.Rob. Herbácea Borda de mata 10364 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Mandiocão 9659 43 Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi 10518 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Mikania sp. Trep.- Herbácea Borda de mata Mutisia coccinea A.St.-Hyl. Trep.- Herbácea Borda de mata Piptocarpha axillaris (Less.) Baker Arbórea Mata Piptocarpha macropoda Baker Arbórea Mata Piptocarpha sp. Arbustiva Mata Podocoma rivularis (Gardner) G.L.Nelsom Herbácea Borda de mata Praxelis sp. Herbácea Borda de mata Stevia sp. Herbácea Borda de mata Tagetes sp. Herbácea Borda de mata Tilesia baccata (L.) Pruski Herbácea Borda de mata Vernonanthura sp. Arbórea Borda de mata 10625 Vernonia brasiliana Druce Herbácea Borda de mata 9685 Vernonia scorpioides Pers. Herbácea Borda de mata Vernonia sp. Herbácea Borda de mata Indeterminada Arbórea Mata Begonia angularis Raddi Arbustiva Mata Begonia cucullata Willd. Arbustiva Mata Begonia rufa Thunb. Arbustiva Mata Adenocalymma bracteatum (Cham.) DC. Trep.- Herbácea Borda de mata Adenocalyma sp. Trep.- Herbácea Borda de mata Arrabidaea cf. patellifera (Schltdl.) Sandw. Trep.- Herbácea Borda de Mata Arrabidaea formosa (Bur.)Sandw. Trep.- Herbácea Borda de mata 10373 Arrabidaea pulchra (Cham.) Sandw. Trep.- Herbácea Borda de mata 10370 9667 ASTERACEAE 9678 10019 9650 BEGONIACEAE 10380 BIGNONIACEAE 9879 Pyrostegia venusta Miers. Cipó-de-São-João Trep.- Herbácea Borda de mata Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. Cinco-folhas Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata herbácea Borda de mata Bromélia Herbácea Mata Almecega Arbórea Mata Hippobroma longiflora (L.) G.Don. herbácea Borda de mata Lobelia fistulosa Vell. herbácea Borda de mata Syphocampylus nitidus Pohl. herbácea Borda de mata Arbórea Borda de mata Maytenus evonymoides Reissek in Mart. Arbórea Mata 9674 Maytenus gonoclada Mart. Arbórea Mata 9675 Tabebuia sp. Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex Dc.) Standl. Ipê-amarelocascudo Indeterminada Fl ora BORAGINACEAE Tournefortia villosa Salzn. 10399 BROMELIACEAE Aechmea sp. 44 BURSERACEAE Protium spruceanum (Benth.) Engl. CAMPANULACEAE 10387 9652 CANNABACEAE Celtis iguaneae (Jacq.) Sargent CELASTRACEAE FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Maytenus cf. robusta Reiss. Arbórea Mata Maytenus cf. salicifolia Reiss. Arbórea Mata Peritassa sp. Arbórea Mata Bacupari Arbórea Mata Carvalho Arbórea Mata 10075 Arbórea Borda de mata 9680 Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Arbórea Mata Kielmeyera altíssima Saddi Arbórea Mata Kielmeyera sp. Arbórea Mata Arbórea Mata Hirtella glandulosa Spreng. Arbórea Mata Licania sp. Arbórea Mata Licania hoehnei Pilg. Arbórea Mata Licania kunthiana Hook.f. Arbórea Mata Licania octandra Kuntze Arbórea Mata Arbórea Mata Herbácea Borda de mata 10392 Ipomoea tubata Nees. Trepadeira Borda de mata 10412 Ipomoea violacea L. Trepadeira Borda de mata Jacquemontia cf. martii Choisy Trepadeira Borda de mata Jacquemontia hirsuta Choisy Trepadeira Borda de mata 10414 Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O ‘Donell Trepadeira Borda de mata 10372 Odonellia eriocephala (Moric.) K.R. Robertson Trepadeira Borda de mata Cabeça-de-negro Trep.- Herbácea Borda de mata Salgueiro-do-mato Arbórea Borda de mata Cyperus luzulae (L.) Retz. Herbácea Borda de mata Eleocharis cf. maculosa (Vahl.) Roem & Schult Herbácea Borda de mata Eleocharis sp. Herbácea Borda de mata Fimbristylis cf. dichotoma (L.)Vahl. Herbácea Borda de mata Killinga pumila Michx. Herbácea Borda de mata Rynchospora cf. holoschoenoides (Rich.) Herter Herbácea Borda de mata 9643 Rynchospora sp. Herbácea Borda de mata 10397b Scleria sp. 1 Herbácea Borda de mata 10600 Scleria sp. 2 Herbácea Borda de mata 10397a CELASTRACEAE Salacia elliptica (Mart.) G.Don. CLETHRACEAE Clethra scabra Pers. CHLORANTHACEAE Hedyosmum brasiliense Miq. CLUSIACEAE Vismia brasiliensis Choisy Casca-de-barata CHRYSOBALANACEAE 10604 Terminalia glabrescens Mart. Mirindiba COMMELINACEAE Commelina obliqua Vahl. CONVOLVULACEAE CUCURBITACEAE Wildbrandia hibiscoides Manso Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a COMBRETACEAE Lamanonia ternata Vell. 45 CUNONIACEAE CYPERACEAE 10421 Ouratea castaneifolia Mutisia coccinea FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Trepadeira Borda de mata 10368 Diospyrus inconstans Jacq. Arbórea Mata Diospyros ketum B.Walln Arbórea Mata Sloanea cf. lasiocarpa Pittier Arbórea Mata Sloanea monosperma Vell. Arbórea Mata Arbustiva Borda de mata Erythroxylon sp. Arbusto Mata Erythroxylum cuneifolium (Mart.) O.E.Schulz in Engl. Arbórea Mata Erythroxylum pelleterianum A.St.Hil. Arbórea Mata DIOSCOREACEAE Dioscorea ovata Vell. EBENACEAE 9655 ELAEOCARPACEAE ERICACEAE Agarista coriifolia (Thunb.) Hook. ex Nied ERYTHROXYLACEAE 10567 EUPHORBIACEAE Arbórea Mata Alchonea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. Tapiá Arbórea Mata Aparisthmium cordatum (JUss.) Baill. Arbórea Mata Croton floribundus Spreng Arbórea Mata Croton glandulosus var. lundianus (F.Diedrichsen) L.B.Smith & R.J.Downs Arbustiva Borda de mata Croton lobatus Vell. Arbustiva Borda de mata Croton urucurana Baill. Arbórea Mata Croton sp. 1 Arbustiva Borda de mata Croton sp. 2 Arbustiva Borda de mata Dalechampia ficifolia Lam. Trep.-Herbácea Borda de mata Manihot sp. Arbustiva Borda de mata Maprounea guianensis Aubl. Arbórea Mata Pera glabrata Poepp. ex Baill. Arbórea Mata Sebastiania commersoniana (Baillon) L.B.Smith & R.J.Downs Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Bowdichia virgilioides Kunth Arbórea Mata Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. Arbórea Borda de mata Arbórea Borda de mata Arbórea Mata 10521 10422 10374 9874 FABACEAE Anadenanthera sp. Apuleia leiocarpa J.F. Macbr. Garapa Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier Copaifera langsdorffii Desf. Pau-de-óleo Dalbergia nigra (Vell.) Alemão Caviúna 10617 10618 47 Abarema obovata (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Arbórea Borda de mata Dalbergia sp. Arbórea Mata Desmodium uncinatum (Jacg.) DC. Herbácea Borda de mata 10389 Desmodium sp. Herbácea Borda de mata 10375 Arbórea Mata Erythrina speciosa Andr. Mulungu Hymenolobium janeirense Kuhlm. Arbórea Mata Inga cylindrica (Vell.) Mart. Ingá Arbórea Mata Inga edulis Mart. Ingá Arbórea Mata Inga sp. 1 Ingá Arbórea Borda de mata Inga sp. 2 Ingá Arbórea Mata Arbórea Mata Machaerium brasiliense Vogel B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 10580 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Machaerium cf. floridum (Mart.) Ducke Arbórea Mata Machaerium nictitans (Vell.) Benth. Arbórea Mata Arbórea Borda de mata Machaerium sp. 1 Arbórea Mata Machaerium sp. 2 Arbórea Mata Machaerium sp. 3 Arbórea Mata Arbórea Mata 10612 Arbórea Borda de mata 10357 Arbórea Borda de mata 10578 Pithecolobium incuriale Benth. Arbórea Mata Pseudopiptadenia warmingii Benth. Arbórea Mata Sclerolobium rugosum Mart. Arbórea Mata Arbórea Borda de mata Senna reniformis (G. Don.) H.S. Irwin & Barneby Arbustiva Borda de mata 10360 Senna sp. Arbustiva Borda de mata 10415 Swartzia myrtifolia J.E. Smith Arbórea Borda de mata Swartzia pilulifera Benth. Arbórea Borda de mata Anetanthus gracilis Hiern. Herbácea-Rupícola Borda de mata Paliavana sericiflora Benth. Herbácea Mata Siningia cf. pendulinum Lindl. Herbácea Mata Herbácea Borda de mata Arbórea Mata Herbácea Borda de mata Herbácea Borda de mata Eriope macrostachya Mart. Ex Benth Herbácea Borda de mata 10634 Hyptidendron asperrimum (Spreng.) Harley Arbórea Borda de mata 10566 Hyptis mutabilis (Rich.) Briq. Herbácea Mata 10401 Marsypianthes chamedrys (Vahl) Kuntze Herbácea Borda de mata Peltodon radicans Pohl. Herbácea Herbácea Vitex polygama Cham. Arbórea Mata Vitex sellowiana Cham. Arbórea Mata Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez. Arbórea Mata Cinnamomum tomentulosum Kosterm. Arbórea Mata Cryptocaria cf. saligna Mez Arbórea Mata Cryptocaria moschata Nees & Mart. Arbórea Mata Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. Arbórea Mata Licaria armeniaca (Nees) Kosterm. Arbórea Mata FABACEAE Machaerium villosum Vogel Melanoxylon brauna Schott Jacarandá Braúna Platycyamus regnellii Benth. Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. Senna macranthera (Collad.) H.S. Irwin & Barneby Jacaré, angico Manduirana Fabaceae sp. 1 Fabaceae sp. 2 GESNERIACEAE HYPOXIDACEAE Hypoxis sp. 10078 ICACINACEAE Emmotum nitens (Benth.) Miers IRIDACEAE Sisyrinchium cf. commutatum Klatt. JUNCACEAE 48 Fl ora Juncus effusus L. LAMIACEAE 10351 LAURACEAE 10576 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Arbórea Mata Nectandra oppositifolia Nees Arbórea Mata Ocotea corymbosa (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea daphiniifolia (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea dispersa (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea divaricata (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea laxa (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea aff. nitida (Meisn.) Rohwer Arbórea Mata Ocotea nitidula (Nees & Mart.) Mez Arbórea Mata Ocotea nutans (Nees) Mez Arbórea Mata Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer Arbórea Mata Ocotea percoriacea Kosterm Arbórea Mata Ocotea pomaderroides (Meisn.) Mez. Arbórea Mata Ocotea spixiana (Nees) Mez. Arbórea Mata Ocotea tenuiflora Mez Arbórea Mata Ocotea vaccimioides Mez Arbórea Mata Ocotea sp. Arbórea Mata 9669 Urbanodendron sp. Arbórea Mata 10589 Arbórea Mata Arbórea Mata Struthanthus concinnus (Mart.) Mart. Hemiparasita Borda de mata 9861 Struthanthus marginatus (Desr.) Blume Hemiparasita Borda de mata 9878 Cuphea ingrata Cham. & Schltdl. Herbácea Borda de mata Diplusodon virgatus Pohl. Herbácea Borda de mata Banisteriopsis sp. Trepadeira Borda de mata Byrsonima sericea DC. Arbórea Mata Byrsonima sp. Arbórea Mata Heteropterys byrsonimaefolia A.Juss. Árvore Mata Heteropterys sp. Trepadeira Borda de mata 9873 Peixotoa tomentosa A.Juss. Herbácea Mata 10418 Tetrapteris sp. Trepadeira Borda de mata 10613 Byttneria gayana A.St.Hil. Herbácea Borda de mata 10569 Byttneria sp. Herbácea Borda de mata 9683 Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns Arbórea Mata Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns Arbórea Mata Guazuma ulmifolia Wall. Arbórea Borda de mata 9852 Arbustiva Borda de mata 10568 Pavonia communis A.St.Hil. Herbácea Borda de mata Sida planicaulis Cav. Herbácea Borda de mata Sida sp. Herbácea Borda de mata Indeterminada Herbácea Borda de mata LAURACEAE LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Jequitibá-branco Strychnos sp. LORANTHACEAE LYTHRACEAE 10366 MALPIGHIACEAE 10345 Helicteres brevispira A.St. Hil. 49 MALVACEAE Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a LOGANIACEAE Sacarolha 10382 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Leandra aura Cogn. Arbustiva Mata 10633 Leandra cf. dasytricha (A.Gray) Cogn. Arbustiva Mata Leandra cf. erinacea Cogn. Arbustiva Mata 10015 Leandra cf. regnellii Cogn. Arbustiva Mata 10631 Leandra cf. scabra (Pers.) Wurdack Arbustiva Mata Miconia albicans (Sw.) Triana Arbustiva Borda de mata Miconia brunnea Mart. Arbórea Mata Miconia chartacea Triana Arbórea Mata Arbórea Mata Miconia discolor DC. Arbustiva Mata Miconia doriana Cogn. Arbustiva Mata Miconia eichlerii Cogn. Arbustiva Mata 10525 Miconia cf. fallax DC. Arbustiva Mata 10622 Miconia cf. hispida Cogn. Arbustiva Mata 9672 Miconia inconspicua Miq. Arbustiva Mata 9855 Miconia latecrenata (DC.) Naudin Arbustiva Mata 9666 Miconia pepericarpa (Mart.) DC. Arbustiva Mata 10014 Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. Arbustiva Mata Miconia stenostachya DC. Arbórea Mata Miconia theaezans (Bonpl.) Cogn. Arbustiva Mata Arbustiva Mata Arbórea Borda de mata Tibouchina sp. Arbórea Borda de mata 10623 Trembleya parviflora (Don.) Cogn. Arbustiva Borda de mata 10516 MELASTOMATACEAE Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Jacatirão-açu Ossaea marginata (Desv.) Triana Tibouchina granulosa Cogn. Quaresmeira 9865 10626 10016 MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Canjerana Arbórea Mata Trichilia pallida Sw. Catiguá Arbórea Mata Trepadeira Mata Arbustiva Mata Arbórea Mata Mollinedia schottiana Perkins Arbórea Mata Mollinedia sp. Arbórea Mata MENISPERMACEAE Cissampelos glaberrima A.St.Hil. MONIMIACEAE Siparuna brasiliensis A.DC. S. guianensis Aubl. Negamina 10517 10599 F lo ra MORACEAE Ficus sp.1 Gameleira Arbórea Borda de mata Ficus sp.2 Gameleira Arbórea Borda de mata Ficus gomelleira Kunth et Bouchet ex Kunth Gameleira Arbórea Borda de mata Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Campomanesia adamantium (Cambess.) O.Berg. Arbórea Mata Eugenia acutata Miq. Arbórea Mata Eugenia involucrata DC. Arbórea Mata Eugenia sonderiana O.Berg. Arbórea Mata Eugenia cf. eurisepala Kiaersk. Arbórea Mata 50 MYRSINACEAE Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine umbellata Mart. Pororoca-branca Myrsine sp. 9681 MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius Reitz. Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg Jaborandi 10609 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Marlierea clausseniana (O.Berg.) Kiaersk. Arbórea Mata 10594 Marlierea parviflora O. Berg. Arbórea Mata Marlierea obscura O.Berg. Arbórea Mata Myrcia amazonica DC. Arbórea Mata Myrcia detergens Miq. Arbórea Mata Myrcia guianensis DC. Arbórea Mata Myrcia hebepetala DC. Arbórea Mata Myrcia retorta Cambess. Arbórea Mata 10595 Myrcia rufipes DC. Arbórea Mata 9672 Myrcia subverticillaris Kiaersk. Arbórea Mata 10597 Myrcia tomentosa DC. Arbórea Mata Myrcia splendens (Sw.) DC. Arbórea Mata Myrcia venulosa DC. Arbórea Mata Myrcia sp. 1 Arbórea Mata Myrcia sp. 2 Arbórea Mata Myrciaria floribunda (M.West. ex Willd) O.Berg. Arbórea Mata 10611 Myrciaria glanduliflora (Kiaersk.) Mattos & D.Legrand Arbórea Mata 10586 Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum Arbórea Mata Psidium rufum DC. Arbórea Mata Psidium sp. Arbórea Mata Siphoneugena densiflora O.Berg. Arbórea Mata 10574 Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. Arbórea Borda de mata 10614 Salvagesia erecta L. Arbustiva Mata 10423 Arbórea Mata Acianthera limae (Porto & Brade) Pridgeon & M.W. Chase Herbácea Mata Epidendrum martianum Lindl. Herbácea Mata Habenaria petalodes Lindl. Herbácea Campo-Rupestre Oeceoclades maculata Lindl. Herbácea Mata Saccoila lanceolata (Aubl.) Garay Herbácea Mata 10602 Herbácea Borda de mata 10624 Trepadeira herbácea Borda de mata Piper aduncum L. Arbustiva Mata Piper umbellatum L. Arbustiva Mata Piper sp. 1 Arbustiva Mata Piper sp. 2 Arbustiva Mata Ottonia sp. 1 Arbustiva Mata Ottonia sp. 2 Arbustiva Mata MYRTACEAE 10596 10584 OCHNACEAE OPILIACEAE Agonandra cf. brasiliensis Benth. & Hook. F. ORCHIDACEAE 10348 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 10347 OROBANCHACEAE Sterhazya sp. Oxalis sp. 51 OXALIDACEAE PASSIFLORACEAE Passiflora sp. PIPERACEAE 10407 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Licurana Arbórea Mata Herbácea Borda de mata Petiveria alliacea L. Arbustiva Borda de mata Phytolacca thyrsiflora Fenzel. Ex Schmidt. Arbustiva Borda de mata 10522 Dichanthelium sciurotoides (Zuloaga & Morrone) Davidse Arbustiva Borda de mata 10394 Digitaria sp. Herbácea Borda de mata Ichnanthus pallens (Sw.) Benth. Arbustiva Borda de mata 10405 Lasiacis sp. Arbustiva Borda de mata 9869 Paspalum nutans Lam. Herbácea Borda de mata Indeterminada Herbácea Borda de mata Indeterminada Herbácea Borda de mata 10598 Polygala ligustroides A.St.Hil. Herbácea Borda de mata 9673 Polygala urbani Chodat Herbácea Borda de mata Polygala sp. 1 Herbácea Borda de mata 10616 Polygala sp. 2 Herbácea Borda de mata 10077 Euplassa legalis (Vell.) I.M. Johnst. Arbórea Mata Roupala ontana Benth. Arbórea Mata Roupala cf. ferruginea Kunh Arbórea Mata Prunus myrtifolia (L.) Urban Arbórea Mata Rubus rosaefolius Sm. Herbácea Borda de mata PHYLLANTHACEAE Hieronyma alchorneoides P. Franco Phyllanthus tenellus Roxb. 10629 PHYTOLACCACEAE POACEAE POLYGALACEAE PROTEACEAE ROSACEAE 10379 RUBIACEAE 52 F lo ra Amaioua guianensis Aublet. Arbórea Mata Bathysa australis (St. Hil.) Benth. & Hook.f. Marmelada Arbórea Mata Borreria capitata DC. Herbácea Borda de mata 9686 Borreria sp. Herbácea Borda de mata 10358 Chiococca sp. Arbustiva Mata Coccosyspselum sp. Herbácea Mata Cordiera sessilis Kuntze Arbórea Mata Faramea cyanea Müll.Arg. Arbórea Mata Galium hypocarpium (L.) Endl. ex Griseb. Trepadeira-herbácea Mata Ixora cf. venulosa Benth. Arbórea Mata Palicourea tetraphylla Cham. & Schltdl. Herbácea Mata Palicourea sp. 1 Herbácea Mata 9668 Palicourea sp. 2 Herbácea Mata 10531 Psychotria hastisepala Müll.Arg. Arbórea Mata Psychotria lupulina Benth. Arbustiva Mata Psychotria marcgravii Spreng. Arbustiva Mata Psychotria pleiocephala Müll.Arg. Arbustiva Mata Psychotria sessilis (Vell.) Müll.Arg. Arbustiva Mata Psychotria stachyoides Benth. Arbustiva Mata Psychotria vellosiana Benth. Arbórea Mata 10628 10606 9676 FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Psycotria sp. 1 Arbustiva Mata 10636 Psycotria sp. 2 Herbácea Mata 9671 Psycotria sp. 3 Herbácea Mata 9872 Psycotria sp. 4 Herbácea Mata 10361 Remijia ferruginea DC. Arbórea Mata 9646 Dictyoloma vandellianum A. Juss. Arbórea Mata 10393 Esembeckia febrifuga (A.St.Hil.) A.Juss. Arbórea Mata Galipea jasminiflora Engl. Arbórea Mata Arbórea Mata Casearia arborea (Rich.) Urb. Arbórea Mata Casearia decandra Jacq. Arbórea Mata Casearia sylvestris Sw. Arbórea Mata RUBIACEAE RUTACEAE Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-porca SALICACEAE SAPINDACEAE Arbórea Mata Cupania emarginata Camb. Arco-de-peneira Arbórea Mata 10355 Cupania oblongifolia Mart. Arbórea Mata Cupania sp. Arbórea Mata Matayba elaeagnoides Radlk. Arbórea Mata Matayba guianensis Aubl. Arbórea Mata Matayba marginata Radlk. Arbórea Mata Matayba mollis Radlk. Arbórea Mata Matayba sp. Arbórea Mata Serjania sp. Trepadeira Borda de mata Toulicia subsquamulata Radlk. Arbórea Mata Toulicia sp. Arbórea Mata Arbórea Mata Arbórea Mata Smilax sp. 1 Herbácea Mata Smilax sp. 2 Herbácea Mata Dyssochroma viridiflora Miers Arbustiva Mata Brunfelsia brasiliensis (Spreng.) L.B. Sm. & Downs Arbustiva Mata 10605 Herbácea Borda de mata 10572 10637 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Cupania vernalis Camb. SAPOTACEAE Pouteria torta (Mart.) Radlk. SIMAROUBACEAE Simarouba versicolor A.St.Hil. SMILACACEAE SOLANACEAE Solanum americanum Mill. Solanum cernuum Vell. Arbustiva Borda de mata Solanum cladotrichum (Vand.) Dunal Braço-de-preguiça Arbórea Mata Solanum didymum Dun. Arbustiva Borda de mata Solanum granulosoleprosum Dun. Arbórea Mata Solanum incarceratum Ruiz & Pav. Arbustiva Borda de mata Solanum leptostachys Dun. Arbórea Mata Solanum sp. Arbustiva Borda de mata 10632 10367 53 SOLANACEAE FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente COLEÇÃO Arbórea Mata Styrax cf. camporum Pohl Arbórea Mata Styrax pohlii A.DC. Arbórea Mata Arbórea Mata Daphnopsis fasciculata (Meisner) Nevl. Arbórea Mata Daphnopsis racemosa Griseb. Arbórea Mata Daphnopsis sp. Arbórea Mata Arbórea Mata 10371 Herbácea Borda de mata 10400 Herbácea Borda de Mata Canela-de-ema Arbustiva Campo-rupestre Pau-lixa SYMPLOCACEAE Symplocos celastrinea Mart. STYRACACEAE 10404 THEACEAE Laplacea tomentosa (Mart. & Zucc.) G. Don. THYMELAEACEAE TILIACEAE Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Açoita-cavalo Triunfetta sp. TURNERACEAE Piriqueta sp. VELLOZIACEAE Vellozia sp. VERBENACEAE Alouisia virgata (Ruiz. et Pav.) A.L.Juss. Arbustiva Borda de mata 9853 Lantana camara L. Herbácea Borda de mata 10527 Lantana lilacina Desf. Herbácea Borda de mata 9649 Lippia sidoides Cham. Herbácea Borda de mata Stachytarpheta sp. Herbácea Borda de mata Verbena rigida Spreng. Herbácea Borda de mata 10388 URTICACEAE Cecropia glaziovii Snethlage Arbórea Borda de mata Cecropia pachystachya Trécul Embaúba Arbórea Borda de mata 10409 Coussapoa microcarpa (Schott.) Rizzini Arbórea Borda de mata 9676 Phenax cf. organensis Glaziou Arbustiva Borda de mata 10353 Phoradendron crassifolium Nutt. Hemiparasita Borda de mata Phoradendron perottetii (DC.) Eichl Hemiparasita Borda de mata Phoradendron sp. Hemiparasita Borda de mata Callisthene major Mart. Arbórea Mata Qualea sp. Arbórea Borda de mata Arbórea Mata Arbórea Mata Indeterminada 1 Arbórea Mata Indeterminada 2 Arbórea Mata Indeterminada 3 Arbórea Mata Indeterminada 4 Arbórea Mata Indeterminada 5 Arbórea Mata Indeterminada 6 Arbórea Mata F lo ra VISCACEAE 10433 54 VOCHYSIACEAE Vochysia tucanorum Mart. Pau-de-tucano Vochysia sp. FAMÍLIAS E ESPÉCIES INDETERMINADAS 10591 10419 Anemia ouropretana FAMÍLIAS/ESPÉCIES nome popular hábito Ambiente Indeterminada 7 Arbórea Mata Indeterminada 8 Arbórea Mata Indeterminada 9 Arbórea Mata Indeterminada 10 Arbórea Mata Indeterminada 11 Arbórea Mata Indeterminada 12 Arbórea Mata Indeterminada 13 Arbórea Mata Indeterminada 14 Arbórea Mata Indeterminada 15 Arbórea Mata Indeterminada 16 Arbórea Mata Indeterminada 17 Arbórea Mata Indeterminada 18 Arbórea Mata Indeterminada 19 Arbórea Mata Indeterminada 20 Arbórea Mata Indeterminada 21 Arbórea Mata Indeterminada 22 Arbórea Mata Indeterminada 23 Arbórea Mata Indeterminada 24 Arbórea Mata Indeterminada 25 Arbórea Mata COLEÇÃO Espécies ameaçadas Das espécies identificadas, nove constam da Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais (COPAM, 1997) e são listadas na Tabela 3. 55 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a FAMÍLIAS E ESPÉCIES INDETERMINADAS Sete espécies são consideradas como presumivelmente ameaçadas (Mendonça & Lins 2000), em virtude da carência de informação acerca da situação das populações dessas espécies, a saber: Rollinia laurifolia, Baccharis dentata, Baccharis serrulata, Baccharis vernonioides, Eremanthus erythropappus, Eremanthus glomerulatus e Paliavana sericiflora. Tabela 3 : Lista de espécies ameaçadas de extinção ocorrentes na RPPN Mata Samuel de Paula. ESPÉCIE NOME VULGAR CATEGORIA DE AMEAÇA Ocotea odorifera Canela-sassáfras Em perigo Ocotea percoriacea Canela Em perigo Jacaraná-da-Bahia Vulnerável Vulnerável Cinnamomum tomentulosum Dalbergia nigra Guatteria sellowiana Embira Vulnerável Guatteria vilosissima Araticum-peludo Vulnerável Melanoxylon brauna Braúna Vulnerável Caqui-bravo Vulnerável Vulnerável Anetanthus gracilis Diospirus inconstans Estudos fitossociológicos (Quantitativos) São apresentados aqui os resultados da fitossociologia considerando duas situações: 1. Os resultados por área de amostragem dentro da RPPN Mata Samuel de Paula. Nesse caso foram 10 áreas com três parcelas de 30 m x 5 m em cada área, totalizando 0,045 hectares por área (450 m2). 2. Os resultados de toda a amostragem feita na RPPN Mata Samuel de Paula, isto é, do conjunto das 30 parcelas de 30 m x 5 m que totalizou 0,45 hectares (4500 m2). 56 F lo ra Fitossociologia das 10 áreas estudadas Os dados brutos das análises fitossociológicas das 10 áreas e alguns comentários de riqueza de espécies e famílias, espécies e famílias mais importantes e índices de diversidade são apresentados na sequência. Na Tabela 4 são apresentados dados de características estruturais para cada uma das áreas estudadas na RPPN e de todas as áreas juntas. Área 1 Na amostragem quantitativa foram amostrados 192 indivíduos vivos e 17 mortos. Dentre as árvores vivas, foram registradas 71 espécies distribuídas em 29 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia detergens, Ocotea odorifera, Inga cylindrica, Laplacea tomentosa, Syphoneugena densiflora, Matayba marginata, Cryptocaria cf. saligna, Sclerolobium rugosum e Astronium graveolens (Tabela 5). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae, Na amostragem quantitativa foram amostrados 127 indivíduos vivos e cinco mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 53 espécies distribuídas em 21 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Amaioua guianensis, Callisthene major, Pseudopiptadenia warmingii Myrcia guianensis, Aspidosperma parvifolium, Maytenus gonoclada, Cupania sp., Ocotea odorifera e Eugenia acutata (tabela 10). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Fabaceae, Rubiacae, Sapindaceae, Vochysiaceae, Apocynaceae, Lauraceae, Celastraceae e Annonaceae (tabela 14). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1 a 22 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 63,64 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 10, 11 e 12, e os das famílias, nas Tabelas 13 e 14. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,56 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). Área 3 Na amostragem quantitativa foram amostrados 114 indivíduos vivos e cinco mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 43 espécies distribuídas em 20 famílias. As espécies Área 4 Na amostragem quantitativa foram amostrados 104 indivíduos vivos e 8 mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 50 espécies distribuídas em 17 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Amaioua guianensis, Myrcia hebepetala, Croton urucurana, Nectandra oppositifolia, Eugenia sonderiana, Cupania emarginata, Myrcia rufipes, Cinnamomum tomentulosum e Tibouchina sp. (Tabela 20). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Sapindaceae, Melastomataceae e Chrysobalanaceae (Tabela 24). O estrato arbustivo-arbóreo variou de dois a 24 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 31,61 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 20, 21 e 22, e os das famílias, nas Tabelas 23 e 24. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3.39 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Área 2 mais importantes (maior IVI) foram Ocotea odorifera, Casearia arborea, Inga sp. 2, Inga cylindrica, Inga sp. 1, Faramea cyanea, Myrcia rufipes, Amaioua guianensis e Myrcia amazonica (Tabela 15). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Lauraceae, Fabaceae, Flacourtiaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lamiaceae, Sapindaceae, Monimiaceae e Euphorbiaceae (Tabela 19). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 2 a 22 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,02 a 56,29 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 15, 16 e 17, e os das famílias, nas Tabelas 18 e 19. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3.35 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). 57 Sapindaceae, Rubiaceae, Theaceae, Asteraceae, Celastraceae e Anacardiaceae (Tabela 7). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 2 a 16 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,02 a 37,56 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 5, 6 e 7, e os das famílias, nas Tabelas 8 e 9. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3.82 nats.indivíduo-1 (valor alto considerando a amostragem). Área 5 Na amostragem quantitativa foram amostrados 137 indivíduos vivos e oito mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 58 espécies distribuídas em 25 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Ocotea odorifera, Myrcia amazonica, Tapirira obtusa, Syphoneugena densiflora, Laplacea tomentosa, Copaifera langsdoff ii, Amaioua guianensis, Ocotea laxa e Inga cylindrica (tabela 25). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Lauraceae, Myrtaceae, Fabaceae, Anacardiaceae, Rubiaceae, Theaceae, Monimiaceae e Rosaceae (Tabela 29). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1,5 a 25 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 38,13 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 25, 26 e 27, e os das famílias, nas Tabelas 28 e 29. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3.61 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). 1 2 3 58 F lo ra Área 6 1. Dicranopteris flexuosa 2. Maytenus sp. 3. Alsophila sternbergii Na amostragem quantitativa foram amostrados 141 indivíduos vivos e seis mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 41 espécies distribuídas em 22 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Ocotea odorifera, Laplacea tomentosa, Inga cylindrica, Aspidosperma parvifolium, Alchornea glandulosa, Croton urucurana, Syphoneugena densiflora, Myrcia amazonica e Cryptocaria moschata (Tabela 30). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrsinaceae, Ebenaceae, Apocynaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae, Myrtaceae, Monimiaceae, Asteraceae e Bignoniaceae (Tabela 34). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 2 a 22 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 37,88 cm. Os valores Na amostragem quantitativa foram amostrados 150 indivíduos vivos e 15 mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 54 espécies distribuídas em 23 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Inga cylindrica, Psycotria vellosiana, Alchornea glandulosa, Amaioua guianensis, Machaerium sp. 3, Ocotea odorifera, Cryptocaria moschata, Copaifera langsdorffii e Aparisthimium cordatum (Tabela 35). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrsinaceae, Ebenaceae, Apocynaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae, Myrtaceae, Monimiaceae, Asteraceae e Bignoniaceae (tabela 39). O estrato arbustivoarbóreo variou de 1,5 a 27 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 40,74 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas tabelas 35, 36 e 37, e os das famílias nas tabelas 38 e 39. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,52 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). Área 8 Na amostragem quantitativa foram amostrados 256 indivíduos vivos e oito mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 47 espécies distribuídas em 20 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia amazonica, Myrsine coriacea, Maytenus gonoclada, Amaioua guianensis, Bowdichia Área 9 Na amostragem quantitativa foram amostrados 83 indivíduos vivos e 41 mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 35 espécies distribuídas em 20 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia amazonica, Hyptidendrom asperrimum, Copaifera langsdorffii, Faramea cyanea, Siphoneugena densiflora, Astronium graveolens, Amaioua guianensis, Licaria armeniaca e Guatteria sellowiana (Tabela 45). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Fabaceae, Rubiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Sapindaceae, Anacardiaceae, Annonaceae e Flacourtiaceae (Tabela 49). O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1,4 a 17 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 29,60 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 45, 46 e 47, e os das famílias, nas Tabelas 48 e 49. O índice de diversidade de ShannonWeaver (H’) para espécies foi de 2,77 nats. indivíduo-1 (valor mais baixo da Mata). B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Área 7 virgillioides, Copaifera langsdorffii, Siphoneugena densiflora, Roupala montana, Guatteria sellowiana e Matayba marginata (Tabela 40). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Fabaceae, Myrsinaceae, Rubiaceae, Celastraceae, Annonaceae, Sapindaceae, Proteaceae e Vochysiaceae (Tabela 44). O estrato arbustivoarbóreo variou de 2 a 17 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 18,14 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 40, 41 e 42, e os das famílias, nas Tabelas 43 e 44. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,08 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). 59 dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 30, 31 e 32, e os das famílias, nas Tabelas 33 e 34. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,35 nats.indivíduo-1 (valor médio, considerando a amostragem). Área 10 Na amostragem quantitativa foram amostrados 186 indivíduos vivos e 16 mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 47 espécies distribuídas em 24 famílias. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Myrcia amazonica, Cinnamomum tomentulosum, Amaioua guianensis, Siphoneugena densiflora, Myrsine coriacea, Licania octandra, Copaifera langsdorffii, Clethra scabra e Maytenus gonoclada (Tabela 50). As famílias mais importantes (maior IVI) foram Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae, Rubiaceae, Myrsinaceae, Celastraceaea, Chrysobalanaceae, Sapindaceae e Vochysiaceae (Tabela 54). O estrato arbustivo-arbóreo variou de dois a 22 metros de altura. O diâmetro na altura do peito variou de 3,18 a 27,23 cm. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 50, 51 e 52, e os das famílias, nas Tabelas 53 e 54. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) para espécies foi de 3,33 nats.indivíduo-1 (valor médio consierando a amostragem). 60 F lo ra Comparação entre as áreas A área 1 foi a que apresentou o maior número de espécies (72) e de famílias (30). O número de espécies entre as áreas não diferiu muito, exceto a área 1 que apresentou o dobro de espécies da área 9 (36), que foi a área que apresentou o menor número de espécies. O menor número de espécies na área 9 é facilmente explicado, pois a área tinha sofrido queimada e cortes de árvores recentes. No caso da área 1, o maior número de espécies deve estar relacionado à heterogeneidade ambiental e ao estágio mais avançado de regeneração da área. Essa área encontra-se na encosta do morro, voltada para o vale do Ribeirão dos Cristais. A análise de similaridade floristica entre as áreas usando índice de Jaccard revelou baixas similaridades em geral (Tabela 55), com valores variando de 13 a 31,9%. Nessa análise foram consideradas as 207 espécies registradas em toda a amostragem fitossociológica. Versieux (2003) estudando três áreas dentro da RPPN do Jambreiro, também em Nova Lima, registrou baixas similaridades entre as áreas, variando de 12,6 a 32,5%. De um modo geral, as áreas apresentaram porte baixo, com predominância de indivíduos com altura média entre 7,5 e 10 metros e diâmetros médios entre 6,5 e 11,5 centímetros. Em muitas áreas, a diferenciação de estratos não é muito clara, sendo comum encontrar árvores variando de 7 a 15 metros. Árvores emergentes apareceram em quase todas as áreas, com indivíduos atingindo até 27 metros. A fisionomia da Mata Samuel de Paula é bastante heterogênea, indicando que ela foi alvo de alterações diversas no passado. Em alguns trechos da mata há dominância de gramíneas no sub-bosque. Quase todas as áreas apresentaram diversas árvores com perfilhamento (rebrota de diversos troncos), que é um indicativo de que essas árvores foram alvo de corte para uso da madeira. Resultados de toda a amostragem Foram amostrados 1.488 indivíduos vivos e 129 mortos. Dentre as árvores vivas foram registradas 206 espécies distribuídas em 44 famílias, numa densidade total estimada de 3593 ind.ha-1. A área basal foi estimada em 142,28 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a m2.ha-1. O índice de diversidade de ShannonWeaver (H’) foi de 4,27 nats.indivíduo-1, e a equabilidade ( J), igual a 0,80. Esse valor de H’ pode ser considerado alto se comparado ao de outras áreas de floresta estacional estudadas no sudeste do Brasil. O número de indivíduos registrados (1617) foi extremamente alto e extrapola os valores por hectare já registrados na literatura para outras áreas de floresta no Brasil. Isso pode estar relacionado às condições secundárias variadas em que se encontra a mata. O número de espécies (206) é bem superior aos registrados em estudos fitossociológicos realizados em áreas próximas a RPPN Mata Samuel de Paula, como o de Versieux (2003), que registrou 110 espécies na Mata do Jambreiro em Nova Lima, e o de Meyer et al. (2004), que registrou 97 espécies em 0,36 hectare de Mata de Galeria na Área de Proteção Especial do Barreiro, em Belo Horizonte. O estrato arbustivo-arbóreo variou de 1,5 a 27 metros de altura, porém a média ficou em 8,45 m. O diâmetro na altura do peito variou de 3,02 a 199,93 cm, porém com valor médio de 26,80. Os valores dos principais parâmetros fitossociológicos das espécies são apresentados nas Tabelas 58, 59 e 60, e os das famílias, nas Tabelas 61 e 62. As famílias com maior número de indivíduos foram Myrtaceae (347), Rubiaceae (202), Lauraceae (177), Fabaceae (125), Myrsinaceae (64), Sapindaceae (62), Euphorbiaceae (55), Celastraceae (49), Apocynaceae (34) e Flacourtiaceae (33). Juntas, elas totalizaram 70,99% dos indivíduos amostrados. As árvores mortas que foram agrupadas em uma categoria totalizaram 129 indivíduos, o que representa 7,97% dos indivíduos amostrados. As famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae e Fabaceae com 26 espécies cada; Lauraceae com 20; Sapindaceae com 11; 61 Com base nos resultados da amostragem fitossociológica pode-se considerar o estrato arbóreo da Mata Samuel como florística e estruturalmente variado. As diferenças na florística e na estrutura entre as áreas devem ser em razão das diferentes alterações sofridas por cada área (histórico de intervenções humanas) e atualmente pelos diferentes estágios sucessionais. Além disso, é provável que as diferenças estejam relacionadas a diferentes tipos de solos. Comparando-se as 10 espécies com maior IVI em cada uma das áreas, constatouse que a similaridade florística também foi baixa entre as áreas (Tabela 56), com valores variando de 11 a 38,5%. Nessa análise foram consideradas 47 espécies (Tabela 57) que apareceram entre as 10 com maiores IVIs nas 10 áreas estudadas. Na Tabela 57 estão indicadas as posições de cada uma das 47 espécies que apareceram nas 10 áreas. Com relação ao número de indivíduos, houve uma diferença razoável entre algumas áreas, pois as áreas 1, 8 e 10 apresentaram números bem superiores às demais áreas. Essas áreas apresentaram riqueza específica de 72, 48 e 48 espécies, respectivamente. A área 3 foi a que apresentou o maior diâmetro médio e a segunda maior altura média, porém o segundo menor número de indivíduos. Isso pode indicar que essa área apresenta o estágio mais avançado de regeneração dentre as áreas estudadas. 1 3 62 F lo ra 2 1. Neomarica sp. 2. Bauhinia sp. 3. Miconia sp. Melastomataceae com nove; Rubiaceae e Aquifoliaceae com seis espécies cada e Apocynaceae, com cinco. Dentre as outras 36 famílias, 18 foram representadas por apenas uma espécie cada, cinco famílias por duas espécies cada, 10 famílias por três espécies cada, e uma família por quatro espécies. As morfoespécies que não foram identificadas nem em nível de família estão agrupadas em Indeterminadas e representam 25 morfoespécies. Quanto ao IVI (índice de valor de importância) destacaram-se as famílias Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae, Rubiaceae, Sapindaceae, Euphorbiaceae e árvores mortas, que juntas totalizaram 54,21% do IVI total. As espécies com maiores valores de importância (IVI) foram Ocotea odorifera, Myrcia amazonica, Amaioua guianensis, Inga cylindrica, Siphoneugena densiflora, Copaifera langsdorfii, Casearia arborea, Laplacea tomentosa e Myrsine coriacea (Tabela 58). A maior importância atribuída a Ocotea odorifera foi dada pela sua elevada área basal e grande dominância relativa. Essa espécie representou 5,1% das árvores amostradas. Ocotea odorifera é considerada ameaçada de extinção na flora de Minas Gerais. A classe das árvores mortas ocupou a segunda posição em IVI. Essa classe incluiu árvores mortas em pé de todas as espécies, que representaram 7,97% das árvores amostradas e foram registradas em 29 das 30 parcelas estudadas. Segundo Martins (1991), não se dispõe de dados sobre a fitomassa morta em florestas brasileiras, havendo apenas algumas informações para florestas amazônicas de terra firme, onde as estimativas de fitomassa morta foram da ordem de 2,7% a 10% da fitomassa viva. Na grande maioria dos estudos fitossociológicos em áreas florestais da região sudeste do Brasil, as árvores mortas aparecerem entre as primeiras em valores de IVI. De acordo com Martins (1991), parece ser normal a ocorrência de muitas árvores mortas nas florestas, por decorrência de morte natural, como em consequência de acidentes (ventos, tempestades, etc), de parasitismo, ou em decorrência de perturbações introduzidas pelo homem em um passado recente. No caso da Mata Samuel de Paula é notável em algumas áreas a ação de fogo aparentemente criminoso. O maior número de árvores mortas em algumas áreas pode estar também relacionado à presença de um maior número de clareiras. Segundo Tabarelli e Mantovani (1999), as clareiras funcionam como um mecanismo de manutenção da diversidade de árvores e arbustos nas florestas tropicais. 209 72 30 3,82 0,89 32,78 4644,44 7,97 2 8,26 21 132 54 22 3,56 0,89 41,86 2933,33 9,75 1,3 7,69 22 3 119 44 21 3,35 0,88 47,12 2644,44 11,15 2 9,65 22 4 112 51 18 3,39 0,86 26,42 2488,89 9,54 2 8,75 24 5 145 59 26 3,61 0,88 34,21 3222,22 9,53 1,5 9,92 25 6 147 42 23 3,35 0,89 30,49 3266,67 8,89 2 8,83 22 7 165 55 24 3,52 0,87 29,46 3666,67 8,31 1,5 8,61 27 8 264 48 21 3,08 0,79 23,24 5866,67 6,40 2 7,72 17 9 122 36 21 2,77 0,77 24,85 2711,11 9,18 1,4 7,97 17 10 202 48 25 3,33 0,86 29,86 4488,89 7,81 2 8,09 22 1-10 1617 207 44 4,27 0,80 316,18 3593,33 26,80 1,3 8,45 27 Tabela 5: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Myrcia detergens 13 3 6.22 7.15 2.88 16.25 Ocotea odorifera 14 3 6.70 5.97 2.88 15.56 Morta 17 3 8.13 4.22 2.88 15.24 Inga cylindrica 4 3 1.91 9.26 2.88 14.06 Laplacea tomentosa 8 3 3.83 6.25 2.88 12.96 Siphoneugena densiflora 9 3 4.31 5.26 2.88 12.45 Matayba marginata 12 2 5.74 4.05 1.92 11.71 Cryptocaria cf. saligna 5 2 2.39 7.39 1.92 11.71 Sclerolobium rugosum 1 1 0.48 7.51 0.96 8.95 Astronium graveolens 8 2 3.83 2.10 1.92 7.85 Faramea cyanea 7 2 3.35 2.17 1.92 7.44 Maytenus gonoclada 4 3 1.91 2.00 2.88 6.80 Diospyros ketum 6 2 2.87 1.40 1.92 6.19 Roupala montana 3 2 1.44 2.48 1.92 5.84 Marlierea clausseniana 5 3 2.39 0.54 2.88 5.82 Amaioua guianensis 6 2 2.87 0.89 1.92 5.69 Piptocarpha macropoda 2 2 0.96 2.74 1.92 5.62 Cabralea canjerana 4 3 1.91 0.45 2.88 5.25 63 1 2 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Altura Máxima (m) Altura Média (m) Altura Mínima (m) Diâmetro médio (cm) Densidade Total (ha-1 ) Área basal (m2/ha -1 ) J H’ famílias No de espécies No de No de indivíduos Área Tabela 4: Dados fitossociológicos das 10 áreas consideradas separadamente e em conjunto (1-10). H’= índice de diversidade de Shannon-Weaver, J= Equabilidade de Pielou. F lo ra 64 Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Callisthene major 1 1 0.48 3.81 0.96 5.25 Ilex affinis 2 1 0.96 3.15 0.96 5.07 Eugenia acutata 5 1 2.39 1.21 0.96 4.56 Swartzia myrtifolia 4 2 1.91 0.53 1.92 4.36 Sparattosperma leucanthum 2 2 0.96 1.41 1.92 4.29 Matayba sp. 2 2 0.96 0.83 1.92 3.71 Ocotea percoriacea 2 2 0.96 0.63 1.92 3.51 Ocotea laxa 2 2 0.96 0.45 1.92 3.33 Eugenia sonderiana 2 2 0.96 0.41 1.92 3.29 Casearia arborea 3 1 1.44 0.84 0.96 3.24 Bowdichia virgilioides 1 1 0.48 1.24 0.96 2.68 Licania octandra 3 1 1.44 0.20 0.96 2.60 Myrcia subverticilaris 2 1 0.96 0.60 0.96 2.52 Inga sp. 1 2 1 0.96 0.52 0.96 2.44 Copaifera langsdorfii 2 1 0.96 0.51 0.96 2.43 Schefflera calva 1 1 0.48 0.97 0.96 2.41 Clethra scabra 1 1 0.48 0.86 0.96 2.30 Sloanea cf. lasiocoma 1 1 0.48 0.74 0.96 2.18 Vismia brasiliensis 2 1 0.96 0.25 0.96 2.17 Piptocarpha axillaris 1 1 0.48 0.72 0.96 2.16 Kielmeyera altissima 2 1 0.96 0.22 0.96 2.14 Leandra cf. dasytricha 1 1 0.48 0.68 0.96 2.12 Lauraceae sp. 1 2 1 0.96 0.20 0.96 2.12 Swartzia pilulifera 2 1 0.96 0.18 0.96 2.10 Ocotea sp. 1 2 1 0.96 0.16 0.96 2.07 Sloanea monosperma 2 1 0.96 0.14 0.96 2.06 Ilex cf. grandis 1 1 0.48 0.62 0.96 2.06 Psychotria pleiocephala 2 1 0.96 0.12 0.96 2.04 Aspidosperma olivaceum 1 1 0.48 0.59 0.96 2.03 Myrcia rufipes 1 1 0.48 0.55 0.96 1.99 Cordiera sessilis 1 1 0.48 0.39 0.96 1.83 Matayba mollis 1 1 0.48 0.38 0.96 1.82 Maytenus sp. 1 1 1 0.48 0.36 0.96 1.80 Eriotheca gracilipes 1 1 0.48 0.31 0.96 1.75 Ocotea sp. 2 1 1 0.48 0.30 0.96 1.74 Daphnopsis fasciculata 1 1 0.48 0.25 0.96 1.69 Vochysia tucanorum 1 1 0.48 0.24 0.96 1.68 Urbanodendron sp. 1 1 0.48 0.24 0.96 1.68 Ixora cf. venulosa 1 1 0.48 0.23 0.96 1.67 Ocotea cf. nutans 1 1 0.48 0.23 0.96 1.67 Myrcia splendens 1 1 0.48 0.19 0.96 1.63 Hieronyma alchorneoides 1 1 0.48 0.19 0.96 1.63 Salacia elliptica 1 1 0.48 0.18 0.96 1.62 Cinnamomum tomentulosum 1 1 0.48 0.17 0.96 1.61 Matayba elaeagnoides 1 1 0.48 0.16 0.96 1.60 Myrciaria glanduliflora 1 1 0.48 0.16 0.96 1.60 Ilex cerasiifolia 1 1 0.48 0.15 0.96 1.59 Aparisthmium cordatum 1 1 0.48 0.12 0.96 1.56 Cassia ferruginea 1 1 0.48 0.12 0.96 1.56 Myrsine coriacea 1 1 0.48 0.11 0.96 1.55 Myrcia amazonica 1 1 0.48 0.09 0.96 1.53 Eugenia involucrata 1 1 0.48 0.08 0.96 1.52 Miconia doriana 1 1 0.48 0.08 0.96 1.52 Guatteria villosissima 1 1 0.48 0.07 0.96 1.51 IVC Freq.Ab Dens.Ab Dom.Med. Alt.Mi Alt.Ma Myrcia detergens 13.37 100.00 288.9 0.0081 6.5 13.0 Ocotea odorifera 12.67 100.00 311.1 0.0063 5.0 15.0 Morta 12.36 100.00 377.8 0.0037 2.0 8.0 Inga cylindrica 11.18 100.00 88.9 0.0342 8.0 12.0 Laplacea tomentosa 10.08 100.00 177.8 0.0115 4.0 15.0 Siphoneugena densiflora 9.57 100.00 200.0 0.0086 4.5 13.0 Matayba marginata 9.79 66.67 266.7 0.0050 7.0 15.0 Cryptocaria cf. saligna 9.79 66.67 111.1 0.0218 6.0 16.0 Sclerolobium rugosum 7.99 33.33 22.2 0.1108 15.0 15.0 Astronium graveolens 5.92 66.67 177.8 0.0039 2.5 12.0 9.0 Faramea cyanea 5.52 66.67 155.6 0.0046 4.0 Maytenus gonoclada 3.91 100.00 88.9 0.0074 4.5 12.0 Diospyros ketum 4.27 66.67 133.3 0.0034 6.5 9.0 Roupala montana 3.92 66.67 66.7 0.0122 6.0 11.0 Marlierea clausseniana 2.93 100.00 111.1 0.0016 4.0 5.0 Amaioua guianensis 3.76 66.67 133.3 0.0022 4.0 6.0 Piptocarpha macropoda 3.69 66.67 44.4 0.0202 12.0 14.0 7.0 Cabralea canjerana 2.37 100.00 88.9 0.0017 5.5 Callisthene major 4.28 33.33 22.2 0.0562 10.0 10.0 Ilex affinis 4.11 33.33 44.4 0.0233 5.5 12.0 Eugenia acutata 3.60 33.33 111.1 0.0036 3.5 8.0 Swartzia myrtifolia 2.44 66.67 88.9 0.0019 5.5 7.0 Sparattosperma leucanthum 2.37 66.67 44.4 0.0104 12.0 121.0 Matayba sp. 1.78 66.67 44.4 0.0061 4.0 15.0 10.0 Ocotea percoriacea 1.59 66.67 44.4 0.0047 8.0 Ocotea laxa 1.41 66.67 44.4 0.0033 5.0 11.5 Eugenia sonderiana 1.37 66.67 44.4 0.0030 7.0 7.5 Casearia arborea 2.28 33.33 66.7 0.0041 4.0 13.5 Bowdichia virgilioides 1.72 33.33 22.2 0.0183 12.0 12.0 Licania octandra 1.64 33.33 66.7 0.0010 4.0 4.5 6.0 Myrcia subverticilaris 1.56 33.33 44.4 0.0045 3.5 Inga sp. 1 1.48 33.33 44.4 0.0038 10.0 14.0 Copaifera langsdorfii 1.47 33.33 44.4 0.0038 4.5 6.0 10.0 Schefflera calva 1.45 33.33 22.2 0.0144 10.0 Clethra scabra 1.34 33.33 22.2 0.0127 14.0 14.0 Sloanea cf. lasiocoma 1.22 33.33 22.2 0.0109 14.0 14.0 Vismia brasiliensis 1.20 33.33 44.4 0.0018 4.0 5.5 Piptocarpha axillaris 1.20 33.33 22.2 0.0106 12.0 12.0 Kielmeyera altissima 1.18 33.33 44.4 0.0017 5.0 7.0 Leandra cf. dasytricha 1.16 33.33 22.2 0.0100 10.0 10.0 5.5 Lauraceae sp. 1 1.16 33.33 44.4 0.0015 4.0 Swartzia pilulifera 1.14 33.33 44.4 0.0014 5.0 6.5 Ocotea sp. 1 1.11 33.33 44.4 0.0012 5.0 7.0 Sloanea monosperma 1.10 33.33 44.4 0.0011 3.5 4.5 Ilex cf. grandis 1.10 33.33 22.2 0.0092 7.5 7.5 Psychotria pleiocephala 1.08 33.33 44.4 0.0009 4.0 4.0 Aspidosperma olivaceum 1.07 33.33 22.2 0.0087 12.0 12.0 Myrcia rufipes 1.03 33.33 22.2 0.0082 13.0 13.0 65 Espécie B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 6: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1. Espécie IVC Freq.Ab Dens.Ab Dom.Med. Alt.Mi Alt.Ma Cordiera sessilis 0.87 33.33 22.2 0.0058 10.0 10.0 Matayba mollis 0.86 33.33 22.2 0.0056 6.5 6.5 Maytenus sp. 1 0.84 33.33 22.2 0.0054 7.5 7.5 Eriotheca gracilipes 0.79 33.33 22.2 0.0045 5.0 5.0 Ocotea sp. 2 0.78 33.33 22.2 0.0044 7.5 7.5 Daphnopsis fasciculata 0.73 33.33 22.2 0.0037 8.0 8.0 Vochysia tucanorum 0.72 33.33 22.2 0.0035 4.0 4.0 Urbanodendron sp. 0.72 33.33 22.2 0.0035 8.0 8.0 Ixora cf. venulosa 0.71 33.33 22.2 0.0033 5.5 5.5 Ocotea cf. nutans 0.71 33.33 22.2 0.0033 8.0 8.0 Myrcia splendens 0.67 33.33 22.2 0.0029 8.0 8.0 Hieronyma alchorneoides 0.67 33.33 22.2 0.0029 6.0 6.0 Salacia elliptica 0.66 33.33 22.2 0.0027 6.5 6.5 Cinnamomum tomentulosum 0.65 33.33 22.2 0.0026 4.0 4.0 Matayba elaeagnoides 0.63 33.33 22.2 0.0023 5.0 5.0 Myrciaria glanduliflora 0.63 33.33 22.2 0.0023 7.5 7.5 6.5 Ilex cerasiifolia 0.63 33.33 22.2 0.0022 6.5 Aparisthmium cordatum 0.60 33.33 22.2 0.0018 5.0 5.0 Cassia ferruginea 0.60 33.33 22.2 0.0018 4.5 4.5 Myrsine coriacea 0.58 33.33 22.2 0.0016 7.0 7.0 Myrcia amazonica 0.57 33.33 22.2 0.0013 6.5 6.5 Eugenia involucrata 0.56 33.33 22.2 0.0012 7.0 7.0 Miconia doriana 0.56 33.33 22.2 0.0011 4.0 4.0 Guatteria villosissima 0.55 33.33 22.2 0.0011 7.0 7.0 66 F l o ra Tabela 7: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 1. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Myrcia detergens 9.5 3.7 20.8 9.0 0.1055 1.1941 Ocotea odorifera 9.3 3.2 15.0 8.1 0.0881 1.0559 Morta 4.7 3.2 12.4 6.3 0.0623 0.3120 Inga cylindrica 10.3 6.4 29.6 18.5 0.1367 1.4210 Laplacea tomentosa 10.8 4.6 16.1 11.5 0.0922 1.1360 Siphoneugena densiflora 9.1 4.6 23.3 8.9 0.0777 0.8539 Matayba marginata 9.9 4.5 10.0 7.8 0.0597 0.6415 Cryptocaria cf. saligna 10.3 3.2 29.4 13.9 0.1091 1.5226 Sclerolobium rugosum 15.0 37.6 37.6 37.6 0.1108 1.6620 Astronium graveolens 8.6 3.8 11.1 6.6 0.0309 0.3154 Faramea cyanea 5.3 5.1 10.3 7.4 0.0320 0.1816 Maytenus gonoclada 8.4 4.6 11.9 9.3 0.0295 0.2752 Diospyros ketum 7.3 4.6 9.2 6.4 0.0206 0.1588 Roupala montana 8.3 5.7 18.4 11.3 0.0367 0.3678 Marlierea clausseniana 4.3 3.3 5.2 4.5 0.0080 0.0348 Amaioua guianensis 4.6 3.5 7.3 5.1 0.0132 0.0586 Piptocarpha macropoda 13.0 14.0 17.8 15.9 0.0404 0.5345 Cabralea canjerana 6.0 3.0 6.7 4.4 0.0067 0.0397 Callisthene major 10.0 26.7 26.7 26.7 0.0562 0.5616 Ilex affinis 8.8 3.7 24.1 13.9 0.0465 0.5514 Eugenia acutata 5.6 4.1 9.6 6.4 0.0179 0.1046 Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume 6.3 4.1 5.7 4.9 0.0077 0.0482 Sparattosperma leucanthum 66.5 9.7 13.1 11.4 0.0208 1.7073 Matayba sp. 9.5 5.6 11.1 8.4 0.0122 0.1559 Ocotea percoriacea 9.0 6.1 9.1 7.6 0.0094 0.0879 Ocotea laxa 8.3 4.0 8.3 6.1 0.0066 0.0681 Eugenia sonderiana 7.3 4.3 7.7 6.0 0.0061 0.0450 Casearia arborea 8.2 4.9 10.0 6.9 0.0124 0.1324 Bowdichia virgilioides 12.0 15.3 15.3 15.3 0.0183 0.2200 Licania octandra 4.3 3.5 3.7 3.6 0.0030 0.0129 Myrcia subverticilaris 4.8 4.4 9.7 7.1 0.0089 0.0497 Inga sp. 1 12.0 7.0 7.0 7.0 0.0077 0.0924 Copaifera langsdorfii 5.3 4.5 8.7 6.6 0.0075 0.0427 Schefflera calva 10.0 13.5 13.5 13.5 0.0144 0.1438 Clethra scabra 14.0 12.7 12.7 12.7 0.0127 0.1782 Sloanea cf. lasiocoma 14.0 11.8 11.8 11.8 0.0109 0.1526 Vismia brasiliensis 4.8 4.1 5.4 4.8 0.0036 0.0166 Piptocarpha axillaris 12.0 11.6 11.6 11.6 0.0106 0.1273 Kielmeyera altissima 6.0 3.8 5.3 4.5 0.0033 0.0209 Leandra cf. dasytricha 10.0 11.3 11.3 11.3 0.0100 0.1003 Lauraceae sp. 1 4.8 3.8 4.8 4.3 0.0029 0.0135 Swartzia pilulifera 5.8 3.8 4.5 4.1 0.0027 0.0159 Ocotea sp. 1 6.0 3.5 4.1 3.8 0.0023 0.0142 Sloanea monosperma 4.0 3.3 4.0 3.7 0.0021 0.0087 Ilex cf. grandis 7.5 10.8 10.8 10.8 0.0092 0.0688 Psychotria pleiocephala 4.0 3.2 3.5 3.3 0.0018 0.0070 Aspidosperma olivaceum 12.0 10.5 10.5 10.5 0.0087 0.1039 Myrcia rufipes 13.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.1060 Cordiera sessilis 10.0 8.6 8.6 8.6 0.0058 0.0580 Matayba mollis 6.5 8.5 8.5 8.5 0.0056 0.0367 Maytenus sp. 1 7.5 8.3 8.3 8.3 0.0054 0.0404 Eriotheca gracilipes 5.0 7.6 7.6 7.6 0.0045 0.0227 Ocotea sp. 2 7.5 7.5 7.5 7.5 0.0044 0.0330 Daphnopsis fasciculata 8.0 6.8 6.8 6.8 0.0037 0.0294 Vochysia tucanorum 4.0 6.7 6.7 6.7 0.0035 0.0140 Urbanodendron sp. 8.0 6.7 6.7 6.7 0.0035 0.0280 Ixora cf. venulosa 5.5 6.5 6.5 6.5 0.0033 0.0184 Ocotea cf. nutans 8.0 6.5 6.5 6.5 0.0033 0.0268 Myrcia splendens 8.0 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0230 Hieronyma alchorneoides 6.0 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0172 Salacia elliptica 6.5 5.9 5.9 5.9 0.0027 0.0177 Cinnamomum tomentulosum 4.0 5.7 5.7 5.7 0.0026 0.0103 Matayba elaeagnoides 5.0 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0115 Myrciaria glanduliflora 7.5 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0172 Ilex cerasiifolia 6.5 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0141 Aparisthmium cordatum 5.0 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0089 Cassia ferruginea 4.5 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0080 Myrsine coriacea 7.0 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0109 Myrcia amazonica 6.5 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0087 Eugenia involucrata 7.0 4.0 4.0 4.0 0.0012 0.0087 Miconia doriana 4.0 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0046 Guatteria villosissima 7.0 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0074 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Alt. Me Swartzia myrtifolia 67 Espécie 68 F lo ra Tabela 8: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 1. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Myrtaceae 41 11 15.28 911.1 0.0059 100.00 19.62 Lauraceae 31 10 13.89 688.9 0.0075 100.00 14.83 Fabaceae 17 8 11.11 377.8 0.0173 100.00 8.13 Sapindaceae 16 4 5.56 355.6 0.0050 100.00 7.66 Morta 17 1 1.39 377.8 0.0037 100.00 8.13 Rubiaceae 17 5 6.94 377.8 0.0033 100.00 8.13 Theaceae 8 1 1.39 177.8 0.0115 100.00 3.83 Asteraceae 3 2 2.78 66.7 0.0170 100.00 1.44 Celastraceae 5 2 2.78 111.1 0.0070 100.00 2.39 Anacardiaceae 8 1 1.39 177.8 0.0039 66.67 3.83 Aquifoliaceae 4 3 4.17 88.9 0.0145 66.67 1.91 Ebenaceae 6 1 1.39 133.3 0.0034 66.67 2.87 Meliaceae 4 1 1.39 88.9 0.0017 100.00 1.91 Proteaceae 3 1 1.39 66.7 0.0122 66.67 1.44 Vochysiaceae 2 2 2.78 44.4 0.0298 33.33 0.96 Clusiaceae 4 2 2.78 88.9 0.0017 66.67 1.91 Bignoniaceae 2 1 1.39 44.4 0.0104 66.67 0.96 Elaeocarpaceae 3 2 2.78 66.7 0.0043 66.67 1.44 Melastomataceae 2 2 2.78 44.4 0.0056 66.67 0.96 Euphorbiaceae 2 2 2.78 44.4 0.0023 66.67 0.96 Flacourtiaceae 3 1 1.39 66.7 0.0041 33.33 1.44 Chrysobalanaceae 3 1 1.39 66.7 0.0010 33.33 1.44 Araliaceae 1 1 1.39 22.2 0.0144 33.33 0.48 Clethraceae 1 1 1.39 22.2 0.0127 33.33 0.48 Apocynaceae 1 1 1.39 22.2 0.0087 33.33 0.48 Bombacaceae 1 1 1.39 22.2 0.0045 33.33 0.48 Thymelaeaceae 1 1 1.39 22.2 0.0037 33.33 0.48 Hippocrateaceae 1 1 1.39 22.2 0.0027 33.33 0.48 Myrsinaceae 1 1 1.39 22.2 0.0016 33.33 0.48 Annonaceae 1 1 1.39 22.2 0.0011 33.33 0.48 Tabela 9: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 1. Família Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Myrtaceae 16.26 5.08 40.96 13.65 35.88 17.94 0.2399 Lauraceae 15.74 5.08 35.66 11.89 30.58 15.29 0.2323 Fabaceae 19.88 5.08 33.10 11.03 28.01 14.01 0.2933 Sapindaceae 5.41 5.08 18.15 6.05 13.07 6.53 0.0799 Morta 4.22 5.08 17.44 5.81 12.36 6.18 0.0623 Rubiaceae 3.80 5.08 17.02 5.67 11.93 5.97 0.0560 Theaceae 6.25 5.08 15.16 5.05 10.08 5.04 0.0922 Asteraceae 3.46 5.08 9.98 3.33 4.89 2.45 0.0510 Celastraceae 2.36 5.08 9.84 3.28 4.76 2.38 0.0349 Anacardiaceae 2.10 3.39 9.31 3.10 5.92 2.96 0.0309 Aquifoliaceae 3.92 3.39 9.23 3.08 5.84 2.92 0.0579 Ebenaceae 1.40 3.39 7.66 2.55 4.27 2.13 0.0206 Meliaceae 0.45 5.08 7.45 2.48 2.37 1.18 0.0067 Proteaceae 2.48 3.39 7.31 2.44 3.92 1.96 0.0367 Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Vochysiaceae 4.04 1.69 6.70 2.23 5.00 2.50 0.0597 Clusiaceae 0.47 3.39 5.78 1.93 2.39 1.19 0.0070 Bignoniaceae 1.41 3.39 5.76 1.92 2.37 1.18 0.0208 Elaeocarpaceae 0.88 3.39 5.71 1.90 2.32 1.16 0.0130 Melastomataceae 0.76 3.39 5.10 1.70 1.71 0.86 0.0112 Euphorbiaceae 0.32 3.39 4.66 1.55 1.27 0.64 0.0047 Flacourtiaceae 0.84 1.69 3.97 1.32 2.28 1.14 0.0124 Chrysobalanaceae 0.20 1.69 3.33 1.11 1.64 0.82 0.0030 Araliaceae 0.97 1.69 3.15 1.05 1.45 0.73 0.0144 Clethraceae 0.86 1.69 3.04 1.01 1.34 0.67 0.0127 Apocynaceae 0.59 1.69 2.76 0.92 1.07 0.53 0.0087 Bombacaceae 0.31 1.69 2.48 0.83 0.79 0.39 0.0045 Thymelaeaceae 0.25 1.69 2.42 0.81 0.73 0.36 0.0037 Hippocrateaceae 0.18 1.69 2.36 0.79 0.66 0.33 0.0027 Myrsinaceae 0.11 1.69 2.28 0.76 0.58 0.29 0.0016 Annonaceae 0.07 1.69 2.24 0.75 0.55 0.27 0.0011 69 Família B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Cabralea canjerana Tabela 10: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Amaioua guianensis 21 3 15.91 2.28 3.90 22.09 Callisthene major 2 1 1.52 17.19 1.30 20.00 Pseudopiptadenia warmingii 1 1 0.76 11.92 1.30 13.98 Myrcia guianensis 11 3 8.33 1.65 3.90 13.88 Morta 5 3 3.79 5.30 3.90 12.99 Aspidosperma parvifolium 7 2 5.30 4.65 2.60 12.55 F lo ra 70 Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Maytenus gonoclada 4 2 3.03 3.38 2.60 9.01 Cupania sp. 2 2 1.52 4.44 2.60 8.55 Ocotea odorifera 2 2 1.52 3.98 2.60 8.09 Eugenia acutata 3 3 2.27 .02 3.90 7.19 Myrcia splendens 3 2 2.27 2.31 2.60 7.18 Machaerium brasiliense 2 2 1.52 2.88 2.60 7.00 Myrcia rufipes 3 2 2.27 1.40 2.60 6.27 Faramea cyanea 4 2 3.03 0.52 2.60 6.15 Fabaceae sp. 2 1 1 0.76 3.89 1.30 5.95 Annonaceae sp. 2 1 1.52 3.02 1.30 5.83 Ocotea laxa 5 1 3.79 0.44 1.30 5.52 Astronium graveolens 2 1 1.52 2.64 1.30 5.46 Roupala montana 1 1 0.76 3.10 1.30 5.16 Psidium rufum 3 2 2.27 0.25 2.60 5.12 Siphoneugena densiflora 2 2 1.52 1.00 2.60 5.12 Guatteria sellowiana 3 2 2.27 0.14 2.60 5.01 Maytenus sp. 1 2 1 1.52 2.11 1.30 4.92 Clethra scabra 2 1 1.52 1.87 1.30 4.69 Psychotria vellosiana 4 1 3.03 0.26 1.30 4.59 Swartzia pilulifera 2 2 1.52 0.34 2.60 4.45 Hyptidendron asperrimum 1 1 0.76 2.38 1.30 4.43 Sloanea monosperma 2 2 1.52 0.27 2.60 4.38 Cupania oblongifolia 3 1 2.27 0.78 1.30 4.35 Schefflera longipetiolata 1 1 0.76 2.22 1.30 4.28 Marlierea clausseniana 2 2 1.52 0.15 2.60 4.26 Licania octandra 2 2 1.52 0.11 2.60 4.22 Byrsonima sericea 1 1 0.76 2.16 1.30 4.22 Inga sp. 2 1 1 0.76 1.93 1.30 3.98 Schefflera calva 1 1 0.76 1.68 1.30 3.73 Inga cylindrica 1 1 0.76 1.50 1.30 3.55 Eugenia sonderiana 1 1 0.76 0.91 1.30 2.97 Marlierea obscura 1 1 0.76 0.59 1.30 2.65 Sparattosperma leucanthum 1 1 0.76 0.44 1.30 2.49 Matayba guianensis 1 1 0.76 0.43 1.30 2.49 Matayba sp. 1 1 0.76 0.36 1.30 2.41 Himatanthus lancifolius 1 1 0.76 0.33 1.30 2.39 Pithecolobium incuriale 1 1 0.76 0.26 1.30 2.32 Casearia arborea 1 1 0.76 0.25 1.30 2.31 Vitex cf. polygama 1 1 0.76 0.22 1.30 2.28 Myrcia subverticilaris 1 1 0.76 0.22 1.30 2.28 Myrcia detergens 1 1 0.76 0.18 1.30 2.24 Toulicia subsquamulata 1 1 0.76 0.13 1.30 2.19 Nectandra oppositifolia 1 1 0.76 0.11 1.30 2.17 Cupania vernalis 1 1 0.76 0.11 1.30 2.16 Bowdichia virgilioides 1 1 0.76 0.09 1.30 2.15 Toulicia sp. 1 1 0.76 0.08 1.30 2.13 Miconia chartacea 1 1 0.76 0.06 1.30 2.12 Matayba elaeagnoides 1 1 0.76 0.05 1.30 2.11 IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Amaioua guianensis 18.19 100.00 466.7 0.0020 1.5 8.0 Callisthene major 18.71 33.33 44.4 0.1619 10.0 20.0 Pseudopiptadenia warmingii 12.68 33.33 22.2 0.2246 22.0 22.0 Myrcia guianensis 9.99 100.00 244.4 0.0028 4.0 8.5 Morta 9.09 100.00 111.1 0.0200 3.0 11.0 Aspidosperma parvifolium 9.96 66.67 155.6 0.0125 4.0 16.0 Maytenus gonoclada 6.41 66.67 88.9 0.0159 5.5 14.0 Cupania sp. 5.96 66.67 44.4 0.0418 3.5 17.0 Ocotea odorifera 5.50 66.67 44.4 0.0375 1.0 18.0 Eugenia acutata 3.29 100.00 66.7 0.0064 4.0 9.0 Myrcia splendens 4.58 66.67 66.7 0.0145 6.5 22.0 Machaerium brasiliense 4.40 66.67 44.4 0.0272 15.0 17.0 Myrcia rufipes 3.67 66.67 66.7 0.0088 5.0 8.5 Faramea cyanea 3.55 66.67 88.9 0.0025 4.0 7.5 Fabaceae sp. 2 4.65 33.33 22.2 0.0733 18.0 18.0 Annonaceae sp. 4.53 33.33 44.4 0.0284 14.0 15.0 Ocotea laxa 4.22 33.33 111.1 0.0016 4.5 8.5 Astronium graveolens 4.16 33.33 44.4 0.0249 8.0 17.0 Roupala montana 3.86 33.33 22.2 0.0585 13.0 13.0 Psidium rufum 2.52 66.67 66.7 0.0016 2.5 5.0 Siphoneugena densiflora 2.52 66.67 44.4 0.0095 6.0 10.0 Guatteria sellowiana 2.41 66.67 66.7 0.0009 4.5 7.0 Maytenus sp.1 3.62 33.33 44.4 0.0198 8.0 9.0 Clethra scabra 3.39 33.33 44.4 0.0176 12.0 12.0 Psychotria vellosiana 3.29 33.33 88.9 0.0012 3.5 4.0 Swartzia pilulifera 1.86 66.67 44.4 0.0032 5.5 5.5 Hyptidendron asperrimum 3.13 33.33 22.2 0.0448 14.0 14.0 Sloanea monosperma 1.78 66.67 44.4 0.0025 4.0 7.5 Cupania oblongifolia 3.05 33.33 66.7 0.0049 4.0 12.0 Schefflera longipetiolata 2.98 33.33 22.2 0.0418 14.0 14.0 Marlierea clausseniana 1.66 66.67 44.4 0.0014 4.5 6.0 Licania octandra 1.63 66.67 44.4 0.0011 4.0 4.5 Byrsonima sericea 2.92 33.33 22.2 0.0407 16.0 16.0 Inga sp. 2 2.68 33.33 22.2 0.0363 15.0 15.0 Schefflera calva 2.43 33.33 22.2 0.0316 12.0 12.0 Inga cylindrica 2.25 33.33 22.2 0.0282 16.0 16.0 Eugenia sonderiana 1.67 33.33 22.2 0.0172 13.0 13.0 Marlierea obscura 1.35 33.33 22.2 0.0112 5.0 5.0 Sparattosperma leucanthum 1.19 33.33 22.2 0.0082 7.0 7.0 Matayba guianensis 1.19 33.33 22.2 0.0082 9.0 9.0 Matayba sp. 1.11 33.33 22.2 0.0067 13.0 13.0 Himatanthus lancifolius 1.09 33.33 22.2 0.0062 7.5 7.5 Pithecolobium incuriale 1.02 33.33 22.2 0.0050 7.0 7.0 Casearia arborea 1.01 33.33 22.2 0.0048 11.0 11.0 Vitex cf. polygama 0.98 33.33 22.2 0.0042 13.0 13.0 71 Espécie B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 11: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Myrcia subverticilaris 0.98 33.33 22.2 0.0042 4.5 4.5 Myrcia detergens 0.94 33.33 22.2 0.0034 6.5 6.5 Toulicia subsquamulata 0.89 33.33 22.2 0.0024 5.0 5.0 Nectandra oppositifolia 0.87 33.33 22.2 0.0022 10.0 10.0 Cupania vernalis 0.87 33.33 22.2 0.0020 7.0 7.0 Bowdichia virgilioides 0.85 33.33 22.2 0.0018 3.0 3.0 Toulicia sp. 0.83 33.33 22.2 0.0015 6.0 6.0 Miconia chartacea 0.82 33.33 22.2 0.0011 4.0 4.0 Matayba elaeagnoides 0.81 33.33 22.2 0.0010 7.0 7.0 72 F l o ra Tabela 12: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 2. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Amaioua guianensis 4.6 3.5 8.9 4.9 0.0430 0.2124 Callisthene major 15.0 8.6 63.6 36.1 0.3239 6.4198 Pseudopiptadenia warmingii 22.0 53.5 53.5 53.5 0.2246 4.9419 Myrcia guianensis 5.5 3.3 11.8 5.5 0.0312 0.1981 Morta 6.3 3.3 27.7 12.3 0.0999 1.0308 Aspidosperma parvifolium 8.5 3.8 25.2 10.1 0.0876 1.1613 Maytenus gonoclada 9.9 3.2 19.6 12.9 0.0637 0.7509 Cupania sp. 10.3 3.3 32.5 17.9 0.0837 1.4107 Ocotea odorifera 9.5 4.1 30.6 17.4 0.0750 1.3268 Eugenia acutata 6.7 4.1 11.1 8.5 0.0192 0.1469 Myrcia splendens 11.8 4.0 22.0 11.1 0.0435 0.8705 Machaerium brasiliense 16.0 17.0 20.0 18.5 0.0544 0.8784 Myrcia rufipes 6.8 6.5 15.3 9.8 0.0264 0.1846 Faramea cyanea 5.3 3.3 7.3 5.3 0.0098 0.0580 Fabaceae sp. 2 18.0 30.6 30.6 30.6 0.0733 1.3203 Annonaceae sp. 14.5 18.9 19.1 19.0 0.0568 0.8242 Ocotea laxa 6.2 3.3 6.4 4.4 0.0082 0.0573 Astronium graveolens 12.5 8.9 23.5 16.2 0.0498 0.7904 Roupala montana 13.0 27.3 27.3 27.3 0.0585 0.7604 Psidium rufum 3.8 3.5 5.8 4.4 0.0047 0.0199 Siphoneugena densiflora 8.0 6.4 14.2 10.3 0.0189 0.1766 Guatteria sellowiana 5.8 3.2 3.5 3.3 0.0026 0.0151 Maytenus sp. 1 8.5 10.0 20.1 15.1 0.0397 0.3492 Clethra scabra 12.0 14.2 15.8 15.0 0.0353 0.4231 Psychotria vellosiana 3.9 3.2 4.9 3.9 0.0049 0.0191 Swartzia pilulifera 5.5 5.7 7.0 6.4 0.0064 0.0353 Hyptidendron asperrimum 14.0 23.9 23.9 23.9 0.0448 0.6265 Sloanea monosperma 5.8 5.6 5.7 5.6 0.0050 0.0290 Cupania oblongifolia 7.0 3.3 10.2 7.3 0.0147 0.1295 Schefflera longipetiolata 14.0 23.1 23.1 23.1 0.0418 0.5857 Marlierea clausseniana 5.3 4.1 4.3 4.2 0.0028 0.0146 Licania octandra 4.3 3.5 3.8 3.7 0.0021 0.0090 Byrsonima sericea 16.0 22.8 22.8 22.8 0.0407 0.6510 Inga sp. 2 15.0 21.5 21.5 21.5 0.0363 0.5441 Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume 20.0 20.0 20.0 0.0316 0.3789 Inga cylindrica 16.0 18.9 18.9 18.9 0.0282 0.4508 Eugenia sonderiana 13.0 14.8 14.8 14.8 0.0172 0.2236 Marlierea obscura 5.0 11.9 11.9 11.9 0.0112 0.0560 Sparattosperma leucanthum 7.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.0576 Matayba guianensis 9.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.0734 Matayba sp. 13.0 9.2 9.2 9.2 0.0067 0.0870 Himatanthus lancifolius 7.5 8.9 8.9 8.9 0.0062 0.0468 Pithecolobium incuriale 7.0 8.0 8.0 8.0 0.0050 0.0348 Casearia arborea 11.0 7.8 7.8 7.8 0.0048 0.0526 Vitex cf. polygama 13.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0547 Myrcia subverticilaris 4.5 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0189 Myrcia detergens 6.5 6.5 6.5 6.5 0.0034 0.0219 Toulicia subsquamulata 5.0 5.6 5.6 5.6 0.0024 0.0122 Nectandra oppositifolia 10.0 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0216 Cupania vernalis 7.0 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0142 Bowdichia virgilioides 3.0 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0054 Toulicia sp. 6.0 4.3 4.3 4.3 0.0015 0.0087 Miconia chartacea 4.0 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0046 Matayba elaeagnoides 7.0 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0067 Tabela 13: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 2. Família No Ind No. Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Myrtaceae 31 11 20.37 688.9 0.0059 100.00 23.48 7.58 Fabaceae 10 8 14.81 222.2 0.0430 100.00 Rubiaceae 29 3 5.56 644.4 0.0020 100.00 21.97 Sapindaceae 11 8 14.81 244.4 0.0109 100.00 8.33 Vochysiaceae 2 1 1.85 44.4 0.1619 33.33 1.52 Morta 5 1 1.85 111.1 0.0200 100.00 3.79 Apocynaceae 8 2 3.70 177.8 0.0117 66.67 6.06 Lauraceae 8 3 5.56 177.8 0.0107 66.67 6.06 Celastraceae 6 2 3.70 133.3 0.0172 66.67 4.55 Annonaceae 5 2 3.70 111.1 0.0119 66.67 3.79 1.52 Araliaceae 2 2 3.70 44.4 0.0367 66.67 Elaeocarpaceae 2 1 1.85 44.4 0.0025 66.67 1.52 Chrysobalanaceae 2 1 1.85 44.4 0.0011 66.67 1.52 Anacardiaceae 2 1 1.85 44.4 0.0249 33.33 1.52 0.76 Proteaceae 1 1 1.85 22.2 0.0585 33.33 Clethraceae 2 1 1.85 44.4 0.0176 33.33 1.52 Lamiaceae 1 1 1.85 22.2 0.0448 33.33 0.76 Malpighiaceae 1 1 1.85 22.2 0.0407 33.33 0.76 Bignoniaceae 1 1 1.85 22.2 0.0082 33.33 0.76 Flacourtiaceae 1 1 1.85 22.2 0.0048 33.33 0.76 Verbenaceae 1 1 1.85 22.2 0.0042 33.33 0.76 Melastomataceae 1 1 1.85 22.2 0.0011 33.33 0.76 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Alt. Me 12.0 73 Espécie Schefflera calva Ludwigia sp. Ossaea sp. Dom.Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Myrtaceae 9.70 7.69 40.87 13.62 33.18 16.59 0.1827 Fabaceae 22.82 7.69 38.09 12.70 30.40 15.20 0.4300 Rubiaceae 3.06 7.69 32.72 10.91 25.03 12.52 0.0577 Sapindaceae 6.37 7.69 22.40 7.47 14.71 7.35 0.1201 Vochysiaceae 17.19 2.56 21.27 7.09 18.71 9.35 0.3239 Morta 5.30 7.69 16.78 5.59 9.09 4.54 0.0999 Apocynaceae 4.98 5.13 16.17 5.39 11.04 5.52 0.0939 Lauraceae 4.53 5.13 15.72 5.24 10.59 5.30 0.0853 Celastraceae 5.49 5.13 15.16 5.05 10.03 5.02 0.1034 Annonaceae 3.15 5.13 12.07 4.02 6.94 3.47 0.0594 Araliaceae 3.90 5.13 10.54 3.51 5.41 2.71 0.0734 Elaeocarpaceae 0.27 5.13 6.91 2.30 1.78 0.89 0.0050 Chrysobalanaceae. 0.11 5.13 6.76 2.25 1.63 0.81 0.0021 Anacardiaceae 2.64 2.56 6.72 2.24 4.16 2.08 0.0498 Proteaceae 3.10 2.56 6.43 2.14 3.86 1.93 0.0585 Clethraceae 1.87 2.56 5.95 1.98 3.39 1.69 0.0353 Lamiaceae 2.38 2.56 5.70 1.90 3.13 1.57 0.0448 Malpighiaceae 2.16 2.56 5.48 1.83 2.92 1.46 0.0407 Bignoniaceae 0.44 2.56 3.76 1.25 1.19 0.60 0.0082 Flacourtiaceae 0.25 2.56 3.58 1.19 1.01 0.51 0.0048 Verbenaceae 0.22 2.56 3.55 1.18 0.98 0.49 0.0042 Melastomataceae 0.06 2.56 3.38 1.13 0.82 0.41 0.0011 Tabela 15: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Ocotea odorifera 22 3 18.49 42.73 4.35 65.56 Casearia arborea 11 3 9.24 15.94 4.35 29.53 Inga sp. 2 3 2 2.52 5.37 2.90 10.79 Inga cylindrica 4 1 3.36 5.41 1.45 10.22 Morta 5 2 4.20 2.95 2.90 10.05 Inga sp.1 3 1 2.52 5.69 1.45 9.66 Faramea cyanea 3 3 2.52 2.43 4.35 9.30 Myrcia rufipes 3 2 2.52 3.53 2.90 8.95 Amaioua guianensis 5 3 4.20 0.38 4.35 8.93 Myrcia amazonica 4 3 3.36 0.79 4.35 8.50 Myrcia guianensis 4 3 3.36 0.70 4.35 8.41 Hyptidendron asperrimum 2 2 1.68 3.42 2.90 8.00 Eugenia sonderiana 4 2 3.36 0.54 2.90 6.80 Casearia decandra 2 1 1.68 3.54 1.45 6.67 Machaerium sp. 2 3 2 2.52 0.40 2.90 5.82 Machaerium villosum 3 2 2.52 0.32 2.90 5.74 Siparuna guianensis 3 2 2.52 0.19 2.90 5.61 Croton sp. 2 2 1.68 0.88 2.90 5.46 Luehea grandiflora 2 2 1.68 0.35 2.90 4.93 Marlierea obscura 2 2 1.68 0.22 2.90 4.80 Matayba guianensis 2 2 1.68 0.19 2.90 4.77 Myrcia splendens 2 2 1.68 0.09 2.90 4.67 75 Família B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 14: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 2. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Himatanthus lancifolius 3 1 2.52 0.24 1.45 4.21 Psychotria vellosiana 2 1 1.68 0.09 1.45 3.22 Cabralea canjerana 1 1 0.84 0.71 1.45 3.00 Pimenta pseudocaryophyllus 1 1 0.84 0.68 1.45 2.97 Licania kunthiana 1 1 0.84 0.36 1.45 2.65 Vitex cf. polygama 1 1 0.84 0.26 1.45 2.55 Emmotum nitens 1 1 0.84 0.24 1.45 2.53 Clethra scabra 1 1 0.84 0.23 1.45 2.52 Matayba mollis 1 1 0.84 0.20 1.45 2.49 Schefflera calva 1 1 0.84 0.20 1.45 2.49 Nectandra oppositifolia 1 1 0.84 0.13 1.45 2.42 Sclerolobium paniculatum 1 1 0.84 0.08 1.45 2.37 Indeterminada sp. 1 1 1 0.84 0.07 1.45 2.36 Miconia cinnamomifolia 1 1 0.84 0.06 1.45 2.35 Cupania vernalis 1 1 0.84 0.06 1.45 2.35 Ocotea tenuiflora 1 1 0.84 0.05 1.45 2.34 Maytenus gonoclada 1 1 0.84 0.05 1.45 2.33 Myrciaria floribunda 1 1 0.84 0.05 1.45 2.33 Aspidosperma parvifolium 1 1 0.84 0.05 1.45 2.33 Indeterminada sp. 2 1 1 0.84 0.05 1.45 2.33 Endlicheria paniculata 1 1 0.84 0.04 1.45 2.33 Psidium rufum 1 1 0.84 0.04 1.45 2.33 76 F l o ra Tabela 16: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Ocotea odorifera 61.22 100.00 488.9 0.0412 2.0 22.0 Casearia arborea 25.18 100.00 244.4 0.0307 6.0 18.0 Inga sp. 2 7.89 66.67 66.7 0.0380 16.0 20.0 Inga cylindrica 8.77 33.33 88.9 0.0287 17.0 19.0 Morta 7.15 66.67 111.1 0.0125 2.0 16.0 Inga sp. 1 8.21 33.33 66.7 0.0402 9.0 20.0 Faramea cyanea 4.95 100.00 66.7 0.0172 5.5 9.0 Myrcia rufipes 6.05 66.67 66.7 0.0249 8.5 17.0 Amaioua guianensis 4.58 100.00 111.1 0.0016 2.0 7.0 Myrcia amazonica 4.15 100.00 88.9 0.0042 5.5 16.0 Myrcia guianensis 4.06 100.00 88.9 0.0037 4.0 9.0 Hyptidendron asperrimum 5.10 66.67 44.4 0.0363 14.0 18.0 Eugenia sonderiana 3.90 66.67 88.9 0.0029 5.0 9.0 Casearia decandra 5.22 33.33 44.4 0.0376 8.0 18.0 Machaerium sp. 2 2.92 66.67 66.7 0.0028 2.5 11.0 Machaerium villosum 2.84 66.67 66.7 0.0023 4.0 7.0 Siparuna guianensis 2.72 66.67 66.7 0.0014 4.0 6.0 Croton sp. 2.56 66.67 44.4 0.0093 11.0 14.0 Luehea grandiflora 2.03 66.67 44.4 0.0037 5.5 8.5 Marlierea obscura 1.90 66.67 44.4 0.0023 6.5 7.5 Matayba guianensis 1.87 66.67 44.4 0.0020 8.0 8.0 Myrcia splendens 1.77 66.67 44.4 0.0009 2.5 3.0 Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma 2.76 33.33 66.7 0.0017 5.0 8.0 Psychotria vellosiana 1.77 33.33 44.4 0.0010 3.5 4.0 Cabralea canjerana 1.55 33.33 22.2 0.0151 9.0 9.0 Pimenta pseudocaryophyllus 1.52 33.33 22.2 0.0144 13.0 13.0 Licania kunthiana 1.20 33.33 22.2 0.0077 12.0 12.0 Vitex cf. polygama 1.10 33.33 22.2 0.0056 7.5 7.5 Emmotum nitens 1.08 33.33 22.2 0.0051 10.5 10.5 Clethra scabra 1.07 33.33 22.2 0.0050 11.0 11.0 Matayba mollis 1.04 33.33 22.2 0.0042 8.0 8.0 Schefflera calva 1.04 33.33 22.2 0.0042 13.0 13.0 Nectandra oppositifolia 0.97 33.33 22.2 0.0027 8.0 8.0 Sclerolobium paniculatum 0.92 33.33 22.2 0.0017 7.0 7.0 Indeterminada sp. 1 0.91 33.33 22.2 0.0015 4.0 4.0 Miconia cinnamomifolia 0.90 33.33 22.2 0.0012 5.5 5.5 Cupania vernalis 0.90 33.33 22.2 0.0012 6.0 6.0 Ocotea tenuiflora 0.89 33.33 22.2 0.0011 4.5 4.5 Maytenus gonoclada 0.89 33.33 22.2 0.0010 4.5 4.5 Myrciaria floribunda 0.89 33.33 22.2 0.0010 5.5 5.5 Aspidosperma parvifolium 0.89 33.33 22.2 0.0010 2.0 2.0 Indeterminada sp. 2 0.89 33.33 22.2 0.0010 6.5 6.5 Endlicheria paniculata 0.88 33.33 22.2 0.0009 4.0 4.0 Psidium rufum 0.88 33.33 22.2 0.0008 3.5 3.5 Tabela 17: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 3. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Ocotea odorifera 13.7 3.2 44.9 19.0 0.9062 16.9761 Casearia arborea 9.7 0.8 56.3 12.6 0.3379 3.0281 Inga sp. 2 18.0 9.9 26.1 20.6 0.1140 2.1430 Inga cylindrica 18.0 14.0 22.6 18.8 0.1148 2.0699 Morta 8.2 4.1 17.5 11.4 0.0625 0.6504 Inga sp. 1 16.3 8.4 28.0 20.9 0.1207 2.3528 Faramea cyanea 6.8 4.8 23.5 12.5 0.0516 0.4357 Myrcia rufipes 11.3 4.9 24.1 15.9 0.0748 0.8672 Amaioua guianensis 5.1 3.3 5.6 4.4 0.0080 0.0443 Myrcia amazonica 9.4 3.3 10.5 6.8 0.0168 0.2042 Myrcia guianensis 6.6 3.7 10.4 6.3 0.0149 0.1202 Hyptidendron asperrimum 16.0 15.6 26.1 20.9 0.0726 1.2306 Eugenia sonderiana 7.0 3.8 9.4 5.6 0.0115 0.0927 Casearia decandra 13.0 5.7 30.4 18.1 0.0752 1.3271 Machaerium sp. 2 5.5 4.1 6.8 5.9 0.0085 0.0542 Machaerium villosum 5.5 4.5 6.4 5.3 0.0068 0.0390 Siparuna guianensis 4.8 3.3 4.6 4.1 0.0041 0.0204 Croton sp. 12.5 9.6 12.1 10.8 0.0187 0.2398 Luehea grandiflora 7.0 5.4 8.1 6.8 0.0075 0.0567 Marlierea obscura 7.0 5.1 5.7 5.4 0.0046 0.0320 Matayba guianensis 8.0 4.8 5.4 5.1 0.0041 0.0327 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a IVC Himatanthus lancifolius 77 Espécie Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Myrcia splendens 2.8 3.3 3.5 3.4 0.0018 0.0050 Himatanthus lancifolius 6.7 4.0 5.6 4.6 0.0050 0.0349 Psychotria vellosiana 3.8 3.3 3.7 3.5 0.0019 0.0073 Cabralea canjerana 9.0 13.9 13.9 13.9 0.0151 0.1358 Pimenta pseudocaryophyllus 13.0 13.6 13.6 13.6 0.0144 0.1877 Licania kunthiana 12.0 9.9 9.9 9.9 0.0077 0.0918 Vitex cf. polygama 7.5 8.4 8.4 8.4 0.0056 0.0420 Emmotum nitens 10.5 8.1 8.1 8.1 0.0051 0.0534 Clethra scabra 11.0 8.0 8.0 8.0 0.0050 0.0547 Matayba mollis 8.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0337 Schefflera calva 13.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0547 Nectandra oppositifolia 8.0 5.9 5.9 5.9 0.0027 0.0218 Sclerolobium paniculatum 7.0 4.6 4.6 4.6 0.0017 0.0117 Indeterminada sp. 1 4.0 4.3 4.3 4.3 0.0015 0.0058 Miconia cinnamomifolia 5.5 4.0 4.0 4.0 0.0012 0.0068 Cupania vernalis 6.0 4.0 4.0 4.0 0.0012 0.0075 Ocotea tenuiflora 4.5 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0047 Maytenus gonoclada 4.5 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0043 Myrciaria floribunda 5.5 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0053 Aspidosperma parvifolium 2.0 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0019 Indeterminada sp. 2 6.5 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0063 Endlicheria paniculata 4.0 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0035 Psidium rufum 3.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0028 78 F lo ra Tabela 18: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 3. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens.Re Lauraceae 25 4 9.09 555.6 0.0364 100.00 21.01 Fabaceae 17 6 13.64 377.8 0.0216 100.00 14.29 Flacourtiaceae 13 2 4.55 288.9 0.0318 100.00 10.92 Myrtaceae 22 9 20.45 488.9 0.0064 100.00 18.49 Rubiaceae 10 3 6.82 222.2 0.0062 100.00 8.40 Morta 5 1 2.27 111.1 0.0125 66.67 4.20 Lamiaceae 2 1 2.27 44.4 0.0363 66.67 1.68 Sapindaceae 4 3 6.82 88.9 0.0024 66.67 3.36 Monimiaceae 3 1 2.27 66.7 0.0014 66.67 2.52 Euphorbiaceae 2 1 2.27 44.4 0.0093 66.67 1.68 Tiliaceae 2 1 2.27 44.4 0.0037 66.67 1.68 Apocynaceae 4 2 4.55 88.9 0.0015 33.33 3.36 Indeterminada 2 2 4.55 44.4 0.0012 33.33 1.68 Meliaceae 1 1 2.27 22.2 0.0151 33.33 0.84 Chrysobalanaceae 1 1 2.27 22.2 0.0077 33.33 0.84 Verbenaceae 1 1 2.27 22.2 0.0056 33.33 0.84 Icacinaceae 1 1 2.27 22.2 0.0051 33.33 0.84 Clethraceae 1 1 2.27 22.2 0.0050 33.33 0.84 Araliaceae 1 1 2.27 22.2 0.0042 33.33 0.84 Melastomataceae 1 1 2.27 22.2 0.0012 33.33 0.84 Celastraceae 1 1 2.27 22.2 0.0010 33.33 0.84 Família Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Lauraceae 42.95 8.11 72.07 24.02 63.96 31.98 0.9108 Fabaceae 17.28 8.11 39.67 13.22 31.56 15.78 0.3664 Flacourtiaceae 19.48 8.11 38.51 12.84 30.40 15.20 0.4131 Myrtaceae 6.63 8.11 33.23 11.08 25.12 12.56 0.1407 Rubiaceae 2.90 8.11 19.41 6.47 11.31 5.65 0.0615 Morta 2.95 5.41 12.56 4.19 7.15 3.58 0.0625 Lamiaceae 3.42 5.41 10.51 3.50 5.10 2.55 0.0726 Sapindaceae 0.45 5.41 9.22 3.07 3.81 1.91 0.0095 Monimiaceae 0.19 5.41 8.12 2.71 2.72 1.36 0.0041 Euphorbiaceae 0.88 5.41 7.97 2.66 2.56 1.28 0.0187 Tiliaceae 0.35 5.41 7.44 2.48 2.03 1.02 0.0075 Apocynaceae 0.28 2.70 6.35 2.12 3.64 1.82 0.0060 Indeterminada 0.11 2.70 4.50 1.50 1.79 0.90 0.0024 Meliaceae 0.71 2.70 4.25 1.42 1.55 0.78 0.0151 Chrysobalanaceae 0.36 2.70 3.90 1.30 1.20 0.60 0.0077 Verbenaceae 0.26 2.70 3.81 1.27 1.10 0.55 0.0056 Icacinaceae 0.24 2.70 3.78 1.26 1.08 0.54 0.0051 Clethraceae 0.23 2.70 3.78 1.26 1.07 0.54 0.0050 Araliaceae 0.20 2.70 3.74 1.25 1.04 0.52 0.0042 Melastomataceae 0.06 2.70 3.60 1.20 0.90 0.45 0.0012 Celastraceae 0.05 2.70 3.59 1.20 0.89 0.44 0.0010 79 Tabela 19: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 3. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Acrocomia aculeata 80 F lo ra Tabela 20: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Amaioua guianensis 24 3 21.43 8.24 4.23 33.89 Morta 8 3 7.14 6.44 4.23 17.81 Myrcia hebepetala 6 3 5.36 4.75 4.23 14.33 Croton urucurana 2 2 1.79 8.85 2.82 13.45 Nectandra oppositifolia 2 1 1.79 9.97 1.41 13.17 Eugenia sonderiana 6 3 5.36 3.00 4.23 12.58 Cupania emarginata 2 2 1.79 5.92 2.82 10.52 Myrcia rufipes 5 2 4.46 3.02 2.82 10.30 Cinnamomum tomentulosum 3 3 2.68 3.20 4.23 10.11 Tibouchina sp. 1 1 0.89 6.44 1.41 8.74 Myrcia amazonica 3 2 2.68 2.83 2.82 8.33 Hieronyma alchorneoides 2 2 1.79 3.38 2.82 7.98 Leandra cf. dasytricha 1 1 0.89 5.48 1.41 7.78 Marlierea clausseniana 3 2 2.68 1.71 2.82 7.21 Ocotea laxa 2 2 1.79 2.59 2.82 7.20 Licania octandra 3 2 2.68 0.38 2.82 5.87 Tapirira guianensis 1 1 0.89 3.08 1.41 5.38 Faramea cyanea 2 2 1.79 0.58 2.82 5.19 Indeterminada sp. 5 1 1 0.89 2.66 1.41 4.96 Myrcia venulosa 2 2 1.79 0.32 2.82 4.93 Inga cylindrica 1 1 0.89 2.40 1.41 4.71 Matayba sp. 1 1 0.89 2.10 1.41 4.40 Indeterminada sp. 3 1 1 0.89 1.92 1.41 4.22 Myrciaria glanduliflora 2 1 1.79 0.77 1.41 3.97 Inga sp. 1 1 1 0.89 1.35 1.41 3.66 Casearia arborea 1 1 0.89 1.27 1.41 3.57 Psychotria vellosiana 2 1 1.79 0.22 1.41 3.41 Ocotea sp. 4 1 1 0.89 0.94 1.41 3.24 Indeterminada sp. 9 1 1 0.89 0.83 1.41 3.13 Indeterminada sp. 6 1 1 0.89 0.80 1.41 3.10 Copaifera langsdorfii 1 1 0.89 0.73 1.41 3.03 Machaerium villosum 1 1 0.89 0.68 1.41 2.98 Indeterminada sp. 4 1 1 0.89 0.51 1.41 2.81 Calyptranthes clusiaefolia 1 1 0.89 0.31 1.41 2.61 Dalbergia nigra 1 1 0.89 0.28 1.41 2.58 Vochysia tucanorum 1 1 0.89 0.27 1.41 2.57 Myrcia guianensis 1 1 0.89 0.24 1.41 2.54 Indeterminada sp. 7 1 1 0.89 0.18 1.41 2.48 Luehea grandiflora 1 1 0.89 0.17 1.41 2.47 Marlierea obscura 1 1 0.89 0.17 1.41 2.47 Clethra scabra 1 1 0.89 0.15 1.41 2.45 Abarema obovata 1 1 0.89 0.13 1.41 2.43 Roupala sp. 1 1 0.89 0.11 1.41 2.41 Euplassa legalis 1 1 0.89 0.10 1.41 2.41 Apuleia leiocarpa 1 1 0.89 0.09 1.41 2.39 Siparuna guianensis 1 1 0.89 0.08 1.41 2.38 Matayba elaeagnoides 1 1 0.89 0.07 1.41 2.37 Cabralea canjerana 1 1 0.89 0.07 1.41 2.37 Licania cf. hoehnei 1 1 0.89 0.07 1.41 2.37 Eugenia cf. eurisepala 1 1 0.89 0.07 1.41 2.37 Indeterminada sp. 8 1 1 0.89 0.07 1.41 2.37 IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt.Mi Alt. Ma Amaioua guianensis 29.66 100.00 533.3 0.0041 4.5 12.0 Morta 13.59 100.00 177.8 0.0096 2.0 10.0 Myrcia hebepetala 10.11 100.00 133.3 0.0094 4.0 9.5 Croton urucurana 10.63 66.67 44.4 0.0526 22.0 23.0 Nectandra oppositifolia 11.76 33.33 44.4 0.0593 19.0 22.0 Eugenia sonderiana 8.35 100.00 133.3 0.0059 7.0 11.0 Cupania emarginata 7.70 66.67 44.4 0.0352 7.0 18.0 Myrcia rufipes 7.48 66.67 111.1 0.0072 6.0 11.0 Cinnamomum tomentulosum 5.88 100.00 66.7 0.0127 7.0 15.0 Tibouchina sp. 7.33 33.33 22.2 0.0766 16.0 16.0 Myrcia amazonica 5.51 66.67 66.7 0.0112 5.0 12.0 Hieronyma alchorneoides 5.16 66.67 44.4 0.0201 8.5 15.0 Leandra cf. dasytricha 6.38 33.33 22.2 0.0652 18.0 18.0 Marlierea clausseniana 4.39 66.67 66.7 0.0068 6.0 13.0 Ocotea laxa 4.38 66.67 44.4 0.0154 13.0 17.0 Licania octandra 3.06 66.67 66.7 0.0015 4.5 8.0 Tapirira guianensis 3.97 33.33 22.2 0.0366 15.0 15.0 Faramea cyanea 2.37 66.67 44.4 0.0035 3.0 7.0 Indeterminada sp. 5 3.55 33.33 22.2 0.0316 24.0 24.0 Myrcia venulosa 2.11 66.67 44.4 0.0019 2.5 9.0 Inga cylindrica 3.30 33.33 22.2 0.0286 11.0 11.0 Matayba sp. 2.99 33.33 22.2 0.0250 13.0 13.0 Indeterminada sp. 3 2.81 33.33 22.2 0.0228 12.0 12.0 Myrciaria glanduliflora 2.56 33.33 44.4 0.0046 4.0 8.0 Inga sp. 1 2.25 33.33 22.2 0.0161 17.0 17.0 Casearia arborea 2.16 33.33 22.2 0.0151 15.0 15.0 Psychotria vellosiana 2.00 33.33 44.4 0.0013 3.0 5.5 Ocotea sp. 4 1.83 33.33 22.2 0.0112 19.0 19.0 Indeterminada sp. 9 1.72 33.33 22.2 0.0098 7.5 7.5 Indeterminada sp. 6 1.69 33.33 22.2 0.0095 15.0 15.0 Copaifera langsdorfii 1.62 33.33 22.2 0.0087 12.0 12.0 Machaerium villosum 1.57 33.33 22.2 0.0081 8.5 8.5 Indeterminada sp. 4 1.40 33.33 22.2 0.0060 9.0 9.0 Calyptranthes clusiaefolia 1.21 33.33 22.2 0.0037 7.0 7.0 Dalbergia nigra 1.17 33.33 22.2 0.0033 8.0 8.0 Vochysia tucanorum 1.16 33.33 22.2 0.0032 9.5 9.5 Myrcia guianensis 1.13 33.33 22.2 0.0029 8.5 8.5 Indeterminada sp. 7 1.07 33.33 22.2 0.0022 7.5 7.5 Luehea grandiflora 1.06 33.33 22.2 0.0020 4.5 4.5 Marlierea obscura 1.06 33.33 22.2 0.0020 5.5 5.5 Clethra scabra 1.04 33.33 22.2 0.0018 6.0 6.0 Abarema obovata 1.02 33.33 22.2 0.0016 5.5 5.5 Roupala sp. 1.01 33.33 22.2 0.0013 4.5 4.5 Euplassa legalis 1.00 33.33 22.2 0.0012 4.5 4.5 Apuleia leiocarpa 0.98 33.33 22.2 0.0011 5.5 5.5 Siparuna guianensis 0.97 33.33 22.2 0.0010 6.0 6.0 Matayba elaeagnoides 0.97 33.33 22.2 0.0009 5.5 5.5 Cabralea canjerana 0.97 33.33 22.2 0.0009 3.0 3.0 Licania cf. hoehnei 0.96 33.33 22.2 0.0008 4.5 4.5 Eugenia cf. eurisepala 0.96 33.33 22.2 0.0008 5.5 5.5 Indeterminada sp. 8 0.96 33.33 22.2 0.0008 5.0 5.0 81 Espécie B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 21: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4. 82 F l o ra Tabela 22: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 4. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Amaioua guianensis 6.9 3.8 12.4 6.7 0.0979 0.7967 Morta 5.7 4.0 21.5 9.5 0.0766 0.6201 Myrcia hebepetala 6.8 3.8 17.8 9.5 0.0565 0.4702 Croton urucurana 22.5 23.5 28.0 25.8 0.1052 2.3755 Nectandra oppositifolia 20.5 22.6 31.6 27.1 0.1186 2.4887 Eugenia sonderiana 9.3 5.3 13.6 8.1 0.0356 0.3313 Cupania emarginata 12.5 3.8 29.7 16.7 0.0703 1.2534 Myrcia rufipes 8.9 4.8 13.8 8.9 0.0359 0.3482 Cinnamomum tomentulosum 10.7 11.4 14.0 12.7 0.0381 0.3965 Tibouchina sp. 16.0 31.2 31.2 31.2 0.0766 1.2248 Myrcia amazonica 9.3 4.8 18.8 10.3 0.0337 0.3876 Hieronyma alchorneoides 11.8 15.5 16.4 16.0 0.0402 0.4646 Leandra cf. dasytricha 18.0 28.8 28.8 28.8 0.0652 1.1734 Marlierea clausseniana 8.7 6.8 11.8 9.1 0.0204 0.2043 Ocotea laxa 15.0 13.5 14.5 14.0 0.0308 0.4669 Licania octandra 6.2 3.3 5.3 4.3 0.0045 0.0285 Tapirira guianensis 15.0 21.6 21.6 21.6 0.0366 0.5491 Faramea cyanea 5.0 4.1 8.4 6.3 0.0069 0.0432 Indeterminada sp. 5 24.0 20.0 20.0 20.0 0.0316 0.7578 Myrcia venulosa 5.8 3.5 6.1 4.8 0.0038 0.0283 Inga cylindrica 11.0 19.1 19.1 19.1 0.0286 0.3145 Matayba sp. 13.0 17.8 17.8 17.8 0.0250 0.3246 Indeterminada sp. 3 12.0 17.0 17.0 17.0 0.0228 0.2733 Myrciaria glanduliflora 6.0 4.5 9.9 7.2 0.0092 0.0675 Inga sp. 1 17.0 14.3 14.3 14.3 0.0161 0.2738 Casearia arborea 15.0 13.9 13.9 13.9 0.0151 0.2260 Psychotria vellosiana 4.3 3.2 4.8 4.0 0.0026 0.0122 Ocotea sp. 4 19.0 11.9 11.9 11.9 0.0112 0.2127 Indeterminada sp. 9 7.5 11.2 11.2 11.2 0.0098 0.0736 Indeterminada sp. 6 15.0 11.0 11.0 11.0 0.0095 0.1420 Copaifera langsdorfii 12.0 10.5 10.5 10.5 0.0087 0.1039 Machaerium villosum 8.5 10.1 10.1 10.1 0.0081 0.0688 Indeterminada sp. 4 9.0 8.8 8.8 8.8 0.0060 0.0541 Calyptranthes clusiaefolia 7.0 6.9 6.9 6.9 0.0037 0.0261 Dalbergia nigra 8.0 6.5 6.5 6.5 0.0033 0.0268 Vochysia tucanorum 9.5 6.4 6.4 6.4 0.0032 0.0303 Myrcia guianensis 8.5 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0244 Indeterminada sp. 7 7.5 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0162 Luehea grandiflora 4.5 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0092 Marlierea obscura 5.5 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0112 Clethra scabra 6.0 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0107 Abarema obovata 5.5 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0086 Roupala sp. 4.5 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0061 Euplassa legalis 4.5 4.0 4.0 4.0 0.0012 0.0056 Apuleia leiocarpa 5.5 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0058 Siparuna guianensis 6.0 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0058 Matayba elaeagnoides 5.5 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0048 Cabralea canjerana 3.0 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0026 Licania cf. hoehnei 4.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0036 Eugenia cf. eurisepala 5.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0044 Indeterminada sp. 8 5.0 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0040 Tabela 23: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 4. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Myrtaceae 31 11 21.57 688.9 0.0066 100.00 27.68 Rubiaceae 28 3 5.88 622.2 0.0038 100.00 25.00 Lauraceae 8 4 7.84 177.8 0.0248 100.00 7.14 Euphorbiaceae 4 2 3.92 88.9 0.0363 100.00 3.57 Morta 8 1 1.96 177.8 0.0096 100.00 7.14 Indeterminada 7 7 13.73 155.6 0.0118 100.00 6.25 Fabaceae 7 7 13.73 155.6 0.0096 100.00 6.25 Sapindaceae 4 3 5.88 88.9 0.0240 100.00 3.57 Melastomataceae 2 2 3.92 44.4 0.0709 66.67 1.79 Chrysobalanaceae 4 2 3.92 88.9 0.0013 66.67 3.57 Proteaceae 2 2 3.92 44.4 0.0013 66.67 1.79 Anacardiaceae 1 1 1.96 22.2 0.0366 33.33 0.89 Flacourtiaceae 1 1 1.96 22.2 0.0151 33.33 0.89 Vochysiaceae 1 1 1.96 22.2 0.0032 33.33 0.89 Tiliaceae 1 1 1.96 22.2 0.0020 33.33 0.89 Clethraceae 1 1 1.96 22.2 0.0018 33.33 0.89 Monimiaceae 1 1 1.96 22.2 0.0010 33.33 0.89 Meliaceae 1 1 1.96 22.2 0.0009 33.33 0.89 Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Myrtaceae 17.20 8.11 52.99 17.66 44.88 22.44 0.2045 Rubiaceae 9.04 8.11 42.15 14.05 34.04 17.02 0.1075 Lauraceae 16.71 8.11 31.96 10.65 23.85 11.93 0.1987 Euphorbiaceae 12.22 8.11 23.90 7.97 15.80 7.90 0.1453 Morta 6.44 8.11 21.70 7.23 13.59 6.79 0.0766 Indeterminada 6.95 8.11 21.31 7.10 13.20 6.60 0.0826 Fabaceae 5.67 8.11 20.03 6.68 11.92 5.96 0.0674 Sapindaceae 8.09 8.11 19.77 6.59 11.66 5.83 0.0962 Melastomataceae 11.92 5.41 19.11 6.37 13.71 6.85 0.1417 Chrysobalanaceae 0.44 5.41 9.42 3.14 4.02 2.01 0.0053 Proteaceae 0.22 5.41 7.41 2.47 2.00 1.00 0.0026 Anacardiaceae 3.08 2.70 6.67 2.22 3.97 1.99 0.0366 Flacourtiaceae 1.27 2.70 4.86 1.62 2.16 1.08 0.0151 Vochysiaceae 0.27 2.70 3.86 1.29 1.16 0.58 0.0032 Tiliaceae 0.17 2.70 3.77 1.26 1.06 0.53 0.0020 Clethraceae 0.15 2.70 3.75 1.25 1.04 0.52 0.0018 Monimiaceae 0.08 2.70 3.68 1.23 0.97 0.49 0.0010 Meliaceae 0.07 2.70 3.67 1.22 0.97 0.48 0.0009 Tabela 25: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Ocotea odorifera 17 3 11.72 14.74 3.45 29.91 Myrcia amazonica 16 3 11.03 10.53 3.45 25.01 Tapirira obtusa 2 2 1.38 9.07 2.30 12.75 Siphoneugena densiflora 10 3 6.90 2.22 3.45 12.57 83 Família B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 24: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 4. F l o ra 84 Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Laplacea tomentosa 3 2 2.07 8.11 2.30 12.48 Morta 8 3 5.52 3.38 3.45 12.34 Copaifera langsdorfii 5 3 3.45 3.27 3.45 10.16 Amaioua guianensis 4 3 2.76 1.99 3.45 8.20 Ocotea laxa 3 2 2.07 3.73 2.30 8.09 Inga cylindrica 2 2 1.38 4.40 2.30 8.08 Prunus myrtifolia 4 3 2.76 1.67 3.45 7.88 Cryptocaria moschata 1 1 0.69 5.57 1.15 7.41 Eugenia sonderiana 4 3 2.76 0.92 3.45 7.12 Ocotea sp. 2 4 2 2.76 1.79 2.30 6.85 Myrcia venulosa 2 1 1.38 2.98 1.15 5.51 Eugenia cf. eurisepala 3 2 2.07 1.13 2.30 5.49 Psychotria vellosiana 2 1 1.38 2.34 1.15 4.87 Indeterminada sp. 12 1 1 0.69 3.03 1.15 4.86 Mollinedia cf. triflora 2 2 1.38 0.92 2.30 4.59 Casearia arborea 3 2 2.07 0.19 2.30 4.56 Cinnamomum tomentulosum 2 1 1.38 1.99 1.15 4.52 Euplassa legalis 2 2 1.38 0.49 2.30 4.17 Miconia sp. 1 1 1 0.69 2.25 1.15 4.09 Hyptidendron asperrimum 2 2 1.38 0.41 2.30 4.08 Sloanea monosperma 2 2 1.38 0.29 2.30 3.97 Siparuna guianensis 2 2 1.38 0.20 2.30 3.88 Myrcia rufipes 3 1 2.07 0.47 1.15 3.68 Clethra scabra 1 1 0.69 1.57 1.15 3.41 Mollinedia sp. 2 1 1.38 0.56 1.15 3.09 Cryptocaria cf. saligna 1 1 0.69 1.24 1.15 3.08 Simarouba versicolor 1 1 0.69 1.20 1.15 3.03 Faramea cyanea 2 1 1.38 0.35 1.15 2.88 Matayba marginata 1 1 0.69 1.02 1.15 2.86 Licania octandra 2 1 1.38 0.31 1.15 2.84 Indeterminada sp. 13 1 1 0.69 0.80 1.15 2.64 Croton urucurana 1 1 0.69 0.75 1.15 2.59 Bowdichia virgilioides 1 1 0.69 0.62 1.15 2.45 Marlierea parviflora 1 1 0.69 0.44 1.15 2.28 Tapirira guianensis 1 1 0.69 0.38 1.15 2.22 Astronium graveolens 1 1 0.69 0.31 1.15 2.15 Maprounea brasiliensis 1 1 0.69 0.30 1.15 2.14 Eugenia sp. 1 1 0.69 0.29 1.15 2.12 Aspidosperma parvifolium 1 1 0.69 0.20 1.15 2.04 Indeterminada sp. 10 1 1 0.69 0.19 1.15 2.03 Protium heptaphyllum 1 1 0.69 0.17 1.15 2.01 Diospyros ketum 1 1 0.69 0.16 1.15 2.00 Nectandra megapotamica 1 1 0.69 0.15 1.15 1.99 Myrciaria glanduliflora 1 1 0.69 0.15 1.15 1.99 Swartzia myrtifolia 1 1 0.69 0.13 1.15 1.97 Cabralea canjerana 1 1 0.69 0.09 1.15 1.93 Ocotea sp. 3 1 1 0.69 0.08 1.15 1.92 Machaerium sp. 2 1 1 0.69 0.07 1.15 1.91 Swartzia pilulifera 1 1 0.69 0.07 1.15 1.91 Indeterminada sp. 11 1 1 0.69 0.07 1.15 1.91 Indeterminada sp. 14 1 1 0.69 0.07 1.15 1.91 Ilex cf. grandis 1 1 0.69 0.07 1.15 1.91 Marlierea obscura 1 1 0.69 0.06 1.15 1.90 Guatteria sellowiana 1 1 0.69 0.06 1.15 1.90 Miconia chartacea 1 1 0.69 0.05 1.15 1.89 IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Ocotea odorifera 26.46 100.00 377.8 0.0133 5.0 18.0 Myrcia amazonica 21.56 100.00 355.6 0.0101 6.5 18.0 Tapirira obtusa 10.45 66.67 44.4 0.0698 16.0 21.0 Siphoneugena densiflora 9.12 100.00 222.2 0.0034 6.0 12.0 Laplacea tomentosa 10.18 66.67 66.7 0.0416 7.5 22.0 Morta 8.89 100.00 177.8 0.0065 2.0 11.0 Copaifera langsdorfii 6.71 100.00 111.1 0.0101 6.0 16.0 Amaioua guianensis 4.75 100.00 88.9 0.0077 6.0 11.0 Ocotea laxa 5.80 66.67 66.7 0.0191 9.0 22.0 Inga cylindrica 5.78 66.67 44.4 0.0339 17.0 23.0 Prunus myrtifolia 4.43 100.00 88.9 0.0064 9.0 10.0 Cryptocaria moschata 6.26 33.33 22.2 0.0857 18.0 18.0 Eugenia sonderiana 3.67 100.00 88.9 0.0035 6.0 12.0 Ocotea sp. 2 4.55 66.67 88.9 0.0069 7.0 12.0 Myrcia venulosa 4.36 33.33 44.4 0.0229 8.5 12.0 Eugenia cf. eurisepala 3.20 66.67 66.7 0.0058 4.0 10.0 Psychotria vellosiana 3.72 33.33 44.4 0.0180 4.0 17.0 Indeterminada sp. 12 3.71 33.33 22.2 0.0466 25.0 25.0 Mollinedia cf. triflora 2.30 66.67 44.4 0.0071 9.0 14.0 Casearia arborea 2.26 66.67 66.7 0.0010 6.0 7.0 Cinnamomum tomentulosum 3.37 33.33 44.4 0.0153 9.0 19.0 Euplassa legalis 1.87 66.67 44.4 0.0038 5.5 11.0 Miconia sp. 1 2.94 33.33 22.2 0.0347 17.0 17.0 Hyptidendron asperrimum 1.79 66.67 44.4 0.0031 8.0 8.0 Sloanea monosperma 1.67 66.67 44.4 0.0022 5.0 6.5 Siparuna guianensis 1.58 66.67 44.4 0.0015 4.5 5.0 Myrcia rufipes 2.53 33.33 66.7 0.0024 7.5 11.0 Clethra scabra 2.26 33.33 22.2 0.0241 13.0 13.0 Mollinedia sp. 1.94 33.33 44.4 0.0043 10.0 10.0 Cryptocaria cf. saligna 1.93 33.33 22.2 0.0191 16.0 16.0 Simarouba versicolor 1.89 33.33 22.2 0.0184 8.5 8.5 Faramea cyanea 1.73 33.33 44.4 0.0027 6.0 6.0 Matayba marginata 1.71 33.33 22.2 0.0157 13.0 13.0 Licania octandra 1.69 33.33 44.4 0.0024 4.0 7.0 Indeterminada sp. 13 1.49 33.33 22.2 0.0124 13.0 13.0 Croton urucurana 1.44 33.33 22.2 0.0115 13.0 13.0 Bowdichia virgilioides 1.30 33.33 22.2 0.0095 10.0 10.0 Marlierea parviflora 1.13 33.33 22.2 0.0068 15.0 15.0 Tapirira guianensis 1.07 33.33 22.2 0.0058 8.5 8.5 Astronium graveolens 1.00 33.33 22.2 0.0048 7.5 7.5 Maprounea brasiliensis 0.99 33.33 22.2 0.0046 8.0 8.0 Eugenia sp. 0.98 33.33 22.2 0.0044 9.0 9.0 Aspidosperma parvifolium 0.89 33.33 22.2 0.0030 3.0 3.0 Indeterminada sp. 10 0.88 33.33 22.2 0.0029 7.5 7.5 Protium heptaphyllum 0.86 33.33 22.2 0.0026 7.0 7.0 Diospyros ketum 0.85 33.33 22.2 0.0024 9.0 9.0 Nectandra megapotamica 0.84 33.33 22.2 0.0023 9.0 9.0 Myrciaria glanduliflora 0.84 33.33 22.2 0.0023 8.0 8.0 85 Espécie B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 26: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5. Solanum cernum Hedyosmum brasiliensis Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Swartzia myrtifolia 0.82 33.33 22.2 0.0020 7.0 7.0 Cabralea canjerana 0.78 33.33 22.2 0.0013 1.5 1.5 Ocotea sp. 3 0.77 33.33 22.2 0.0012 5.0 5.0 Machaerium sp. 2 0.76 33.33 22.2 0.0011 4.5 4.5 Swartzia pilulifera 0.76 33.33 22.2 0.0011 7.0 7.0 Indeterminada sp. 11 0.76 33.33 22.2 0.0011 4.0 4.0 Indeterminada sp. 14 0.76 33.33 22.2 0.0011 5.0 5.0 Ilex cf. grandis 0.76 33.33 22.2 0.0011 9.0 9.0 Marlierea obscura 0.75 33.33 22.2 0.0010 5.5 5.5 Guatteria sellowiana 0.75 33.33 22.2 0.0009 6.5 6.5 Miconia chartacea 0.74 33.33 22.2 0.0008 6.5 6.5 Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume 11.4 3.3 24.8 11.5 0.2269 3.1817 Myrcia amazonica 11.6 3.5 20.3 9.8 0.1621 2.2425 Tapirira obtusa 18.5 18.0 38.1 28.1 0.1396 2.8042 Siphoneugena densiflora 9.1 3.5 10.0 6.2 0.0342 0.3460 Laplacea tomentosa 14.2 5.3 37.1 18.6 0.1248 2.5853 Morta 5.3 4.0 13.9 8.5 0.0520 0.3283 Copaifera langsdorfii 11.2 3.2 18.7 9.7 0.0503 0.6825 Amaioua guianensis 8.1 3.5 16.4 8.6 0.0306 0.3037 Ocotea laxa 15.7 4.9 20.5 14.1 0.0574 0.7728 Inga cylindrica 20.0 16.9 24.0 20.5 0.0677 1.4240 Prunus myrtifolia 9.6 4.9 14.6 8.2 0.0257 0.2518 Cryptocaria moschata 18.0 33.0 33.0 33.0 0.0857 1.5433 Eugenia sonderiana 8.0 3.3 11.2 5.9 0.0141 0.1467 Ocotea sp. 2 10.8 4.3 12.7 8.9 0.0276 0.3239 Myrcia venulosa 10.3 16.8 17.4 17.1 0.0459 0.4674 Eugenia cf. eurisepala 8.0 3.5 11.9 7.9 0.0173 0.1676 Psychotria vellosiana 10.5 3.2 21.2 12.2 0.0361 0.6033 Indeterminada sp. 12 25.0 24.3 24.3 24.3 0.0466 1.1642 Mollinedia cf. triflora 11.5 8.1 10.7 9.4 0.0141 0.1716 Casearia arborea 6.5 3.3 3.7 3.5 0.0029 0.0188 Cinnamomum tomentulosum 14.0 6.5 18.6 12.6 0.0306 0.5475 Euplassa legalis 8.3 3.7 9.1 6.4 0.0075 0.0769 Miconia sp. 1 17.0 21.0 21.0 21.0 0.0347 0.5894 Hyptidendron asperrimum 8.0 4.6 7.6 6.1 0.0063 0.0501 Sloanea monosperma 5.8 5.3 5.4 5.3 0.0045 0.0256 Siparuna guianensis 4.8 3.2 5.4 4.3 0.0031 0.0151 Myrcia rufipes 8.8 4.0 6.5 5.4 0.0072 0.0661 Clethra scabra 13.0 17.5 17.5 17.5 0.0241 0.3134 Mollinedia sp. 10.0 7.0 7.8 7.4 0.0086 0.0863 Cryptocaria cf. saligna 16.0 15.6 15.6 15.6 0.0191 0.3058 Simarouba versicolor 8.5 15.3 15.3 15.3 0.0184 0.1565 Faramea cyanea 6.0 4.6 6.8 5.7 0.0054 0.0321 Matayba marginata 13.0 14.2 14.2 14.2 0.0157 0.2047 Licania octandra 5.5 4.4 6.4 5.4 0.0047 0.0284 Indeterminada sp. 13 13.0 12.5 12.5 12.5 0.0124 0.1606 Croton urucurana 13.0 12.1 12.1 12.1 0.0115 0.1500 Bowdichia virgilioides 10.0 11.0 11.0 11.0 0.0095 0.0947 Marlierea parviflora 15.0 9.3 9.3 9.3 0.0068 0.1023 87 Espécie Ocotea odorifera B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 27: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 5. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Tapirira guianensis 8.5 8.6 8.6 8.6 0.0058 0.0493 Astronium graveolens 7.5 7.8 7.8 7.8 0.0048 0.0358 Maprounea brasiliensis 8.0 7.6 7.6 7.6 0.0046 0.0367 Eugenia sp. 9.0 7.5 7.5 7.5 0.0044 0.0395 Aspidosperma parvifolium 3.0 6.2 6.2 6.2 0.0030 0.0091 Indeterminada sp. 10 7.5 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0216 Protium heptaphyllum 7.0 5.7 5.7 5.7 0.0026 0.0181 Diospyros ketum 9.0 5.6 5.6 5.6 0.0024 0.0219 Nectandra megapotamica 9.0 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0207 Myrciaria glanduliflora 8.0 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0184 Swartzia myrtifolia 7.0 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0142 Cabralea canjerana 1.5 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0020 Ocotea sp. 3 5.0 4.0 4.0 4.0 0.0012 0.0062 Machaerium sp. 2 4.5 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0052 Swartzia pilulifera 7.0 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0080 Indeterminada sp. 11 4.0 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0046 Indeterminada sp. 14 5.0 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0053 Ilex cf. grandis 9.0 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0095 Marlierea obscura 5.5 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0053 Guatteria sellowiana 6.5 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0057 Miconia chartacea 6.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0052 88 F lo ra Tabela 28: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 5. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Lauraceae 30 8 13.56 666.7 0.0150 100.00 20.69 Myrtaceae 42 10 16.95 933.3 0.0070 100.00 28.97 Fabaceae 11 6 10.17 244.4 0.0120 100.00 7.59 Anacardiaceae 4 3 5.08 88.9 0.0375 100.00 2.76 Rubiaceae 8 3 5.08 177.8 0.0090 100.00 5.52 Morta 8 1 1.69 177.8 0.0065 100.00 5.52 Theaceae 3 1 1.69 66.7 0.0416 66.67 2.07 Indeterminada 5 5 8.47 111.1 0.0128 100.00 3.45 Monimiaceae 6 3 5.08 133.3 0.0043 100.00 4.14 Rosaceae 4 1 1.69 88.9 0.0064 100.00 2.76 Euphorbiaceae 2 2 3.39 44.4 0.0081 66.67 1.38 Flacourtiaceae 3 1 1.69 66.7 0.0010 66.67 2.07 Proteaceae 2 1 1.69 44.4 0.0038 66.67 1.38 Lamiaceae 2 1 1.69 44.4 0.0031 66.67 1.38 Melastomataceae 2 2 3.39 44.4 0.0177 33.33 1.38 Elaeocarpaceae 2 1 1.69 44.4 0.0022 66.67 1.38 Clethraceae 1 1 1.69 22.2 0.0241 33.33 0.69 Simaroubaceae 1 1 1.69 22.2 0.0184 33.33 0.69 Sapindaceae 1 1 1.69 22.2 0.0157 33.33 0.69 Chrysobalanaceae 2 1 1.69 44.4 0.0024 33.33 1.38 Apocynaceae 1 1 1.69 22.2 0.0030 33.33 0.69 Burseraceae 1 1 1.69 22.2 0.0026 33.33 0.69 Ebenaceae 1 1 1.69 22.2 0.0024 33.33 0.69 Meliaceae 1 1 1.69 22.2 0.0013 33.33 0.69 Aquifoliaceae 1 1 1.69 22.2 0.0011 33.33 0.69 Annonaceae 1 1 1.69 22.2 0.0009 33.33 0.69 Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar.Bas. Lauraceae 29.28 6.00 55.97 18.66 49.97 24.99 0.4508 Myrtaceae 19.18 6.00 54.15 18.05 48.15 24.07 0.2953 Fabaceae 8.56 6.00 22.15 7.38 16.15 8.07 0.1318 Anacardiaceae 9.75 6.00 18.51 6.17 12.51 6.26 0.1502 Rubiaceae 4.68 6.00 16.20 5.40 10.20 5.10 0.0721 Morta 3.38 6.00 14.89 4.96 8.89 4.45 0.0520 Theaceae 8.11 4.00 14.18 4.73 10.18 5.09 0.1248 Indeterminada 4.16 6.00 13.61 4.54 7.61 3.80 0.0640 Monimiaceae 1.68 6.00 11.82 3.94 5.82 2.91 0.0258 Rosaceae 1.67 6.00 10.43 3.48 4.43 2.21 0.0257 Euphorbiaceae 1.05 4.00 6.43 2.14 2.43 1.21 0.0161 Flacourtiaceae 0.19 4.00 6.26 2.09 2.26 1.13 0.0029 Proteaceae 0.49 4.00 5.87 1.96 1.87 0.93 0.0075 Lamiaceae 0.41 4.00 5.79 1.93 1.79 0.89 0.0063 Melastomataceae 2.30 2.00 5.68 1.89 3.68 1.84 0.0355 Elaeocarpaceae 0.29 4.00 5.67 1.89 1.67 0.83 0.0045 Clethraceae 1.57 2.00 4.26 1.42 2.26 1.13 0.0241 Simaroubaceae 1.20 2.00 3.89 1.30 1.89 0.94 0.0184 Sapindaceae 1.02 2.00 3.71 1.24 1.71 0.86 0.0157 Chrysobalanaceae 0.31 2.00 3.69 1.23 1.69 0.84 0.0047 Apocynaceae 0.20 2.00 2.89 0.96 0.89 0.44 0.0030 Burseraceae 0.17 2.00 2.86 0.95 0.86 0.43 0.0026 Ebenaceae 0.16 2.00 2.85 0.95 0.85 0.42 0.0024 Meliaceae 0.09 2.00 2.78 0.93 0.78 0.39 0.0013 Aquifoliaceae 0.07 2.00 2.76 0.92 0.76 0.38 0.0011 Annonaceae 0.06 2.00 2.75 0.92 0.75 0.37 0.0009 Tabela 30: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Ocotea odorifera 17 3 11.56 6.58 4.29 22.43 Laplacea tomentosa 4 3 2.72 14.11 4.29 21.12 Inga cylindrica 3 2 2.04 14.14 2.86 19.04 Aspidosperma parvifolium 7 2 4.76 11.35 2.86 18.97 Alchornea glandulosa 13 3 8.84 3.63 4.29 16.76 Croton urucurana 9 3 6.12 5.33 4.29 15.74 Siphoneugena densiflora 6 3 4.08 5.08 4.29 13.45 Myrcia amazonica 7 3 4.76 3.29 4.29 12.33 Cryptocaria moschata 8 2 5.44 3.99 2.86 12.29 Morta 6 3 4.08 3.19 4.29 11.56 Amaioua guianensis 7 2 4.76 1.94 2.86 9.56 Psychotria vellosiana 7 2 4.76 1.16 2.86 8.78 Eugenia sonderiana 4 2 2.72 2.51 2.86 8.09 Asteraceae sp. 5 2 3.40 0.54 2.86 6.80 Eugenia acutata 3 2 2.04 1.49 2.86 6.38 Miconia sp. 2 1 1 0.68 4.19 1.43 6.30 Sparattosperma leucanthum 3 2 2.04 1.12 2.86 6.02 89 Família B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 29: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 5. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Faramea cyanea 2 2 1.36 1.65 2.86 5.87 Himatanthus lancifolius 3 2 2.04 0.63 2.86 5.53 Tabebuia sp. 3 1 2.04 1.79 1.43 5.26 Piptocarpha macropoda 2 2 1.36 0.83 2.86 5.05 Aparisthmium cordatum 2 2 1.36 0.59 2.86 4.81 Astronium graveolens 2 2 1.36 0.23 2.86 4.44 Myrsine coriacea 3 1 2.04 0.93 1.43 4.40 Clethra scabra 1 1 0.68 2.05 1.43 4.16 Blepharocalyx salicifolius 1 1 0.68 2.02 1.43 4.13 Copaifera langsdorfii 1 1 0.68 1.54 1.43 3.65 Diospyros ketum 2 1 1.36 0.53 1.43 3.31 Ocotea sp. 5 2 1 1.36 0.27 1.43 3.06 Cecropia glazioui 1 1 0.68 0.54 1.43 2.65 Miconia cinnamomifolia 1 1 0.68 0.52 1.43 2.63 Eriotheca gracilipes 1 1 0.68 0.52 1.43 2.63 Ocotea laxa 1 1 0.68 0.52 1.43 2.63 Indeterminada sp. 16 1 1 0.68 0.27 1.43 2.38 Casearia arborea 1 1 0.68 0.26 1.43 2.36 Matayba elaeagnoides 1 1 0.68 0.17 1.43 2.28 Miconia inconspicua 1 1 0.68 0.11 1.43 2.22 Indeterminada sp. 15 1 1 0.68 0.11 1.43 2.21 Guatteria sellowiana 1 1 0.68 0.10 1.43 2.21 Ocotea tenuiflora 1 1 0.68 0.07 1.43 2.18 Schefflera vinosa 1 1 0.68 0.06 1.43 2.17 Siparuna guianensis 1 1 0.68 0.06 1.43 2.17 90 F lo ra Tabela 31: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Ocotea odorifera 18.14 100.00 377.8 0.0053 3.5 12.0 Laplacea tomentosa 16.83 100.00 88.9 0.0484 12.0 17.0 Inga cylindrica 16.18 66.67 66.7 0.0647 15.0 22.0 Aspidosperma parvifolium 16.11 66.67 155.6 0.0223 5.0 22.0 Alchornea glandulosa 12.48 100.00 288.9 0.0038 5.0 15.0 Croton urucurana 11.45 100.00 200.0 0.0081 6.5 18.0 Siphoneugena densiflora 9.16 100.00 133.3 0.0116 9.0 15.0 Myrcia amazonica 8.05 100.00 155.6 0.0064 5.0 17.0 Cryptocaria moschata 9.43 66.67 177.8 0.0068 4.0 13.0 Morta 7.27 100.00 133.3 0.0073 2.0 8.0 Amaioua guianensis 6.70 66.67 155.6 0.0038 3.0 7.0 Psychotria vellosiana 5.93 66.67 155.6 0.0023 4.0 9.5 Eugenia sonderiana 5.23 66.67 88.9 0.0086 6.0 12.0 Asteraceae sp. 3.94 66.67 111.1 0.0015 5.0 8.0 Eugenia acutata 3.53 66.67 66.7 0.0068 7.0 10.0 Miconia sp. 2 4.87 33.33 22.2 0.0575 17.0 17.0 Sparattosperma leucanthum 3.16 66.67 66.7 0.0051 8.5 12.0 Faramea cyanea 3.01 66.67 44.4 0.0113 6.0 8.0 IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Himatanthus lancifolius 2.67 66.67 66.7 0.0029 4.0 9.0 Tabebuia sp. 3.84 33.33 66.7 0.0082 6.0 16.0 Piptocarpha macropoda 2.19 66.67 44.4 0.0057 12.0 13.0 Aparisthmium cordatum 1.95 66.67 44.4 0.0041 9.0 11.0 Astronium graveolens 1.59 66.67 44.4 0.0016 4.0 9.0 Myrsine coriacea 2.97 33.33 66.7 0.0042 5.0 7.0 Clethra scabra 2.73 33.33 22.2 0.0282 13.0 13.0 Blepharocalyx salicifolius 2.70 33.33 22.2 0.0277 9.0 9.0 Copaifera langsdorfii 2.22 33.33 22.2 0.0211 18.0 18.0 Diospyros ketum 1.89 33.33 44.4 0.0036 5.5 8.0 Ocotea sp. 5 1.63 33.33 44.4 0.0018 5.5 6.0 Cecropia glazioui 1.22 33.33 22.2 0.0074 12.0 12.0 Miconia cinnamomifolia 1.20 33.33 22.2 0.0072 12.0 12.0 Eriotheca gracilipes 1.20 33.33 22.2 0.0072 8.0 8.0 Ocotea laxa 1.20 33.33 22.2 0.0072 12.0 12.0 Indeterminada sp. 16 0.95 33.33 22.2 0.0037 9.0 9.0 Casearia arborea 0.94 33.33 22.2 0.0035 9.0 9.0 Matayba elaeagnoides 0.85 33.33 22.2 0.0023 8.5 8.5 Miconia inconspicua 0.79 33.33 22.2 0.0016 5.5 5.5 Indeterminada sp. 15 0.79 33.33 22.2 0.0015 7.0 7.0 Guatteria sellowiana 0.78 33.33 22.2 0.0013 5.5 5.5 Ocotea tenuiflora 0.75 33.33 22.2 0.0010 5.0 5.0 Schefflera vinosa 0.74 33.33 22.2 0.0009 4.0 4.0 Siparuna guianensis 0.74 33.33 22.2 0.0008 5.5 5.5 91 Espécie B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Dennstaedtia dissecta 92 F l o ra Tabela 32: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 6. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Ocotea odorifera 6.9 3.5 19.6 7.2 0.0903 0.8246 Laplacea tomentosa 15.3 11.2 31.1 23.5 0.1937 3.1018 Inga cylindrica 18.3 18.1 37.9 27.5 0.1940 3.8658 Aspidosperma parvifolium 8.6 3.5 34.8 12.9 0.1558 2.4950 Alchornea glandulosa 8.6 3.3 12.1 6.4 0.0499 0.5146 Croton urucurana 13.8 5.1 17.2 9.4 0.0731 1.1573 Siphoneugena densiflora 11.8 10.0 15.3 12.0 0.0697 0.8485 Myrcia amazonica 10.4 3.5 15.0 8.2 0.0451 0.5972 Cryptocaria moschata 8.5 4.0 17.8 8.2 0.0547 0.5751 Morta 4.3 3.3 18.8 8.3 0.0438 0.2763 Amaioua guianensis 5.3 3.2 12.7 6.2 0.0266 0.1537 Psychotria vellosiana 5.4 3.2 7.6 5.2 0.0160 0.0978 Eugenia sonderiana 9.3 5.4 12.6 10.1 0.0345 0.3481 Asteraceae sp. 6.3 3.3 6.1 4.2 0.0074 0.0491 Eugenia acutata 8.7 8.1 10.1 9.3 0.0204 0.1726 Miconia sp. 2 17.0 27.1 27.1 27.1 0.0575 0.9777 Sparattosperma leucanthum 10.5 4.5 11.5 7.5 0.0154 0.1756 Faramea cyanea 7.0 10.9 13.1 12.0 0.0226 0.1626 Himatanthus lancifolius 6.8 3.2 8.4 5.7 0.0087 0.0708 Tabebuia sp. 11.3 6.5 13.1 9.9 0.0246 0.3070 Piptocarpha macropoda 12.5 8.1 8.9 8.5 0.0114 0.1432 Aparisthmium cordatum 10.0 6.5 7.8 7.2 0.0081 0.0798 Astronium graveolens 6.5 3.3 5.3 4.3 0.0031 0.0237 Myrsine coriacea 5.8 3.5 11.4 6.5 0.0127 0.0844 Clethra scabra 13.0 18.9 18.9 18.9 0.0282 0.3663 Blepharocalyx salicifolius 9.0 18.8 18.8 18.8 0.0277 0.2496 Copaifera langsdorfii 18.0 16.4 16.4 16.4 0.0211 0.3798 Diospyros ketum 6.8 4.5 8.5 6.5 0.0072 0.0538 Ocotea sp. 5 5.8 3.3 6.0 4.7 0.0037 0.0216 Cecropia glazioui 12.0 9.7 9.7 9.7 0.0074 0.0889 Miconia cinnamomifolia 12.0 9.6 9.6 9.6 0.0072 0.0860 Eriotheca gracilipes 8.0 9.6 9.6 9.6 0.0072 0.0573 Ocotea laxa 12.0 9.6 9.6 9.6 0.0072 0.0860 Indeterminada sp. 16 9.0 6.8 6.8 6.8 0.0037 0.0331 Casearia arborea 9.0 6.7 6.7 6.7 0.0035 0.0315 Matayba elaeagnoides 8.5 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0195 Miconia inconspicua 5.5 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0086 Indeterminada sp. 15 7.0 4.3 4.3 4.3 0.0015 0.0102 Guatteria sellowiana 5.5 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0074 Ocotea tenuiflora 5.0 3.5 3.5 3.5 0.0010 0.0048 Schefflera vinosa 4.0 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0035 Siparuna guianensis 5.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0044 No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Indeterminada 29 5 11.90 644.4 0.0054 100.00 19.73 Myrsinaceae 21 5 11.90 466.7 0.0094 100.00 14.29 Ebenaceae 24 3 7.14 533.3 0.0055 100.00 16.33 Apocynaceae 10 2 4.76 222.2 0.0164 100.00 6.80 Euphorbiaceae 4 2 4.76 88.9 0.0538 100.00 2.72 Sapindaceae 4 1 2.38 88.9 0.0484 100.00 2.72 Myrtaceae 16 3 7.14 355.6 0.0041 100.00 10.88 Monimiaceae 6 1 2.38 133.3 0.0073 100.00 4.08 Asteraceae 7 2 4.76 155.6 0.0027 100.00 4.76 Bignoniaceae 6 2 4.76 133.3 0.0067 66.67 4.08 Lauraceae 3 3 7.14 66.7 0.0221 66.67 2.04 Anacardiaceae 2 1 2.38 44.4 0.0016 66.67 1.36 Morta 3 1 2.38 66.7 0.0042 33.33 2.04 Chrysobalanaceae 1 1 2.38 22.2 0.0282 33.33 0.68 Clethraceae 2 1 2.38 44.4 0.0036 33.33 1.36 Flacourtiaceae 2 2 4.76 44.4 0.0026 33.33 1.36 Cecropiaceae 1 1 2.38 22.2 0.0074 33.33 0.68 Bombacaceae 1 1 2.38 22.2 0.0072 33.33 0.68 Fabaceae 1 1 2.38 22.2 0.0035 33.33 0.68 Rubiaceae 1 1 2.38 22.2 0.0023 33.33 0.68 Annonaceae 1 1 2.38 22.2 0.0013 33.33 0.68 Araliaceae 1 1 2.38 22.2 0.0009 33.33 0.68 Melastomataceae 1 1 2.38 22.2 0.0008 33.33 0.68 Tabela 34: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 6. Família Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. Indeterminada 11.42 6.82 37.97 12.66 31.15 15.58 0.1568 Myrsinaceae 14.38 6.82 35.49 11.83 28.67 14.33 0.1974 Ebenaceae 9.55 6.82 32.70 10.90 25.88 12.94 0.1311 Apocynaceae 11.99 6.82 25.61 8.54 18.79 9.39 0.1645 Euphorbiaceae 15.67 6.82 25.21 8.40 18.40 9.20 0.2151 Sapindaceae 14.11 6.82 23.65 7.88 16.83 8.42 0.1937 Myrtaceae 4.75 6.82 22.45 7.48 15.64 7.82 0.0652 Monimiaceae 3.19 6.82 14.09 4.70 7.27 3.64 0.0438 Asteraceae 1.37 6.82 12.95 4.32 6.13 3.07 0.0188 Bignoniaceae 2.92 4.55 11.54 3.85 7.00 3.50 0.0400 Lauraceae 4.83 4.55 11.41 3.80 6.87 3.43 0.0662 Anacardiaceae 0.23 4.55 6.13 2.04 1.59 0.79 0.0031 Morta 0.93 2.27 5.24 1.75 2.97 1.48 0.0127 Chrysobalanaceae 2.05 2.27 5.01 1.67 2.73 1.37 0.0282 Clethraceae 0.53 2.27 4.16 1.39 1.89 0.94 0.0072 Flacourtiaceae 0.37 2.27 4.01 1.34 1.73 0.87 0.0051 Cecropiaceae 0.54 2.27 3.49 1.16 1.22 0.61 0.0074 Bombacaceae 0.52 2.27 3.47 1.16 1.20 0.60 0.0072 Fabaceae 0.26 2.27 3.21 1.07 0.94 0.47 0.0035 Rubiaceae 0.17 2.27 3.12 1.04 0.85 0.42 0.0023 Annonaceae 0.10 2.27 3.05 1.02 0.78 0.39 0.0013 Araliaceae 0.06 2.27 3.02 1.01 0.74 0.37 0.0009 Melastomataceae 0.06 2.27 3.01 1.00 0.74 0.37 0.0008 93 Família B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 33: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 6. Polygala sp. Psycotrya sp. No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Inga cylindrica 6 3 3.64 18.73 3.49 25.86 Psychotria vellosiana 18 3 10.91 4.64 3.49 19.04 Alchornea glandulosa 13 3 7.88 4.79 3.49 16.15 Morta 15 3 9.09 3.35 3.49 15.93 Amaioua guianensis 11 3 6.67 4.57 3.49 14.72 Machaerium sp. 3 1 1 0.61 9.83 1.16 11.60 Ocotea odorifera 6 3 3.64 3.83 3.49 10.96 Cryptocaria moschata 6 3 3.64 3.23 3.49 10.36 Copaifera langsdorfii 5 3 3.03 2.71 3.49 9.23 Aparisthmium cordatum 7 2 4.24 1.66 2.33 8.23 Astronium graveolens 4 2 2.42 3.25 2.33 8.00 Nectandra oppositifolia 4 2 2.42 3.13 2.33 7.88 Marlierea obscura 6 2 3.64 1.39 2.33 7.35 Miconia inconspicua 5 2 3.03 1.76 2.33 7.11 Laplacea tomentosa 2 1 1.21 4.05 1.16 6.42 Cinnamomum tomentulosum 3 2 1.82 1.31 2.33 5.45 Ocotea sp. 5 3 2 1.82 1.13 2.33 5.28 Cupania oblongifolia 2 2 1.21 1.35 2.33 4.89 Tapirira obtusa 1 1 0.61 3.11 1.16 4.88 Prunus myrtifolia 2 2 1.21 1.25 2.33 4.79 Himatanthus lancifolius 2 2 1.21 1.10 2.33 4.63 Ocotea laxa 2 1 1.21 2.05 1.16 4.42 Eugenia sonderiana 3 2 1.82 0.27 2.33 4.41 Emmotum nitens 1 1 0.61 2.61 1.16 4.38 Myrcia guianensis 2 2 1.21 0.72 2.33 4.26 Terminalia glabrescens 1 1 0.61 2.42 1.16 4.19 Ilex affinis 2 2 1.21 0.45 2.33 3.98 Blepharocalyx salicifolius 2 2 1.21 0.41 2.33 3.94 Miconia chartacea 2 2 1.21 0.34 2.33 3.87 Luehea grandiflora 1 1 0.61 1.56 1.16 3.33 Indeterminada sp. 21 1 1 0.61 1.44 1.16 3.21 Aspidosperma parvifolium 1 1 0.61 1.01 1.16 2.78 Sparattosperma leucanthum 1 1 0.61 0.98 1.16 2.75 Psycotria sp. 2 1 1.21 0.34 1.16 2.72 Hymenolobium janeirense 2 1 1.21 0.18 1.16 2.56 Matayba elaeagnoides 1 1 0.61 0.69 1.16 2.46 Indeterminada sp. 19 1 1 0.61 0.62 1.16 2.38 Indeterminada sp. 17 1 1 0.61 0.52 1.16 2.29 Miconia sp. 3 1 1 0.61 0.37 1.16 2.14 Indeterminada sp. 20 1 1 0.61 0.33 1.16 2.10 Myrsine coriacea 1 1 0.61 0.32 1.16 2.09 Matayba mollis 1 1 0.61 0.30 1.16 2.07 Clethra scabra 1 1 0.61 0.29 1.16 2.06 Myrcia amazonica 1 1 0.61 0.26 1.16 2.03 Roupala cf. ferruginea 1 1 0.61 0.22 1.16 1.99 Tabebuia sp. 1 1 0.61 0.15 1.16 1.92 95 Espécie B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 35: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Eugenia acutata 1 1 0.61 0.13 1.16 1.90 Marlierea clausseniana 1 1 0.61 0.13 1.16 1.90 Indeterminada sp. 18 1 1 0.61 0.13 1.16 1.90 Ocotea sp. 2 1 1 0.61 0.12 1.16 1.89 Ilex cf. psammophila 1 1 0.61 0.12 1.16 1.89 Cabralea canjerana 1 1 0.61 0.11 1.16 1.88 Carpotroche brasiliensis 1 1 0.61 0.10 1.16 1.87 Psidium rufum 1 1 0.61 0.08 1.16 1.85 Licania octandra 1 1 0.61 0.06 1.16 1.83 96 F l o ra Tabela 36: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Inga cylindrica 22.37 100.00 133.3 0.0414 8.0 24.0 Psychotria vellosiana 15.55 100.00 400.0 0.0034 3.5 10.0 Alchornea glandulosa 12.67 100.00 288.9 0.0049 4.0 12.0 Morta 12.44 100.00 333.3 0.0030 1.5 12.0 Amaioua guianensis 11.24 100.00 244.4 0.0055 1.5 8.0 Machaerium sp. 3 10.44 33.33 22.2 0.1304 22.0 22.0 Ocotea odorifera 7.47 100.00 133.3 0.0085 6.0 16.0 Cryptocaria moschata 6.87 100.00 133.3 0.0071 3.0 16.0 Copaifera langsdorfii 5.74 100.00 111.1 0.0072 4.0 14.0 Aparisthmium cordatum 5.90 66.67 155.6 0.0031 4.0 11.0 Astronium graveolens 5.67 66.67 88.9 0.0108 6.5 27.0 Nectandra oppositifolia 5.55 66.67 88.9 0.0104 8.5 17.0 Marlierea obscura 5.02 66.67 133.3 0.0031 5.5 12.0 Miconia inconspicua 4.79 66.67 111.1 0.0047 5.5 7.5 Laplacea tomentosa 5.26 33.33 44.4 0.0268 14.0 16.0 Cinnamomum tomentulosum 3.12 66.67 66.7 0.0058 7.0 10.0 Ocotea sp. 5 2.95 66.67 66.7 0.0050 5.5 7.0 Cupania oblongifolia 2.57 66.67 44.4 0.0090 13.0 13.0 Tapirira obtusa 3.72 33.33 22.2 0.0413 23.0 23.0 Prunus myrtifolia 2.47 66.67 44.4 0.0083 9.0 12.0 Himatanthus lancifolius 2.31 66.67 44.4 0.0073 9.0 12.0 Ocotea laxa 3.26 33.33 44.4 0.0136 4.5 23.0 Eugenia sonderiana 2.09 66.67 66.7 0.0012 4.5 8.0 Emmotum nitens 3.22 33.33 22.2 0.0347 20.0 20.0 Myrcia guianensis 1.93 66.67 44.4 0.0048 5.5 8.0 Terminalia glabrescens 3.03 33.33 22.2 0.0321 21.0 21.0 Ilex affinis 1.66 66.67 44.4 0.0030 5.0 7.0 Blepharocalyx salicifolius 1.62 66.67 44.4 0.0027 4.0 11.0 Miconia chartacea 1.55 66.67 44.4 0.0022 5.5 11.0 Luehea grandiflora 2.17 33.33 22.2 0.0207 13.0 13.0 Indeterminada sp. 21 2.05 33.33 22.2 0.0191 27.0 27.0 Aspidosperma parvifolium 1.61 33.33 22.2 0.0134 4.5 4.5 Sparattosperma leucanthum 1.59 33.33 22.2 0.0130 15.0 15.0 Psycotria sp. 1.56 33.33 44.4 0.0023 6.0 8.0 Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma 1.39 33.33 44.4 0.0012 4.5 5.0 Matayba elaeagnoides 1.30 33.33 22.2 0.0092 11.0 11.0 Indeterminada sp. 19 1.22 33.33 22.2 0.0082 12.0 12.0 Indeterminada sp. 17 1.13 33.33 22.2 0.0069 9.0 9.0 Miconia sp. 3 0.97 33.33 22.2 0.0049 7.0 7.0 Indeterminada sp. 20 0.94 33.33 22.2 0.0044 13.0 13.0 Myrsine coriacea 0.92 33.33 22.2 0.0042 9.0 9.0 Matayba mollis 0.91 33.33 22.2 0.0040 14.0 14.0 Clethra scabra 0.90 33.33 22.2 0.0038 10.0 10.0 Myrcia amazonica 0.87 33.33 22.2 0.0035 4.0 4.0 Roupala cf. ferruginea 0.82 33.33 22.2 0.0029 5.0 5.0 Tabebuia sp. 0.76 33.33 22.2 0.0020 4.0 4.0 Eugenia acutata 0.74 33.33 22.2 0.0018 5.5 5.5 Marlierea clausseniana 0.73 33.33 22.2 0.0017 7.0 7.0 Indeterminada sp. 18 0.73 33.33 22.2 0.0017 3.5 3.5 Ocotea sp. 2 0.72 33.33 22.2 0.0016 7.5 7.5 Ilex cf. psammophila 0.72 33.33 22.2 0.0016 7.0 7.0 Cabralea canjerana 0.72 33.33 22.2 0.0015 6.5 6.5 Carpotroche brasiliensis 0.71 33.33 22.2 0.0013 4.0 4.0 Psidium rufum 0.69 33.33 22.2 0.0011 6.0 6.0 Licania octandra 0.67 33.33 22.2 0.0008 5.5 5.5 Tabela 37: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 7. Espécie Alt. Me Diam. Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Inga cylindrica 17.3 7.6 31.0 21.3 0.2484 5.2933 Psychotria vellosiana 6.3 4.1 11.5 6.3 0.0616 0.4182 Alchornea glandulosa 7.2 3.5 19.7 6.5 0.0635 0.6408 Morta 4.2 3.2 13.4 5.6 0.0444 0.2873 Amaioua guianensis 6.7 4.3 16.0 7.8 0.0606 0.4253 Machaerium sp. 3 22.0 40.7 40.7 40.7 0.1304 2.8678 Ocotea odorifera 10.4 4.6 17.5 9.4 0.0508 0.6500 Cryptocaria moschata 10.3 3.5 15.9 8.6 0.0428 0.5613 Copaifera langsdorfii 8.9 3.5 14.0 8.8 0.0360 0.3528 Aparisthmium cordatum 6.4 3.5 13.8 5.3 0.0220 0.2041 Astronium graveolens 15.9 4.6 17.7 10.5 0.0431 0.9541 Nectandra oppositifolia 13.5 6.5 16.4 10.7 0.0415 0.6558 Marlierea obscura 7.8 3.7 10.5 5.8 0.0184 0.1772 Miconia inconspicua 6.3 4.1 9.3 7.5 0.0233 0.1471 Laplacea tomentosa 15.0 14.6 21.6 18.1 0.0536 0.8247 Cinnamomum tomentulosum 8.0 6.7 10.2 8.4 0.0173 0.1459 Ocotea sp. 5 6.3 4.3 9.6 7.6 0.0150 0.0999 Cupania oblongifolia 13.0 9.1 12.1 10.6 0.0180 0.2335 Tapirira obtusa 23.0 22.9 22.9 22.9 0.0413 0.9490 Prunus myrtifolia 10.5 4.9 13.7 9.3 0.0166 0.1554 Himatanthus lancifolius 10.5 6.5 11.9 9.2 0.0145 0.1645 Ocotea laxa 13.8 3.3 18.3 10.8 0.0272 0.6089 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a IVC Hymenolobium janeirense 97 Espécie F l o ra Espécie Alt. Me Diam. Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Eugenia sonderiana 6.0 3.5 4.1 3.9 0.0036 0.0217 Emmotum nitens 20.0 21.0 21.0 21.0 0.0347 0.6934 Myrcia guianensis 6.8 5.7 9.4 7.6 0.0095 0.0697 Terminalia glabrescens 21.0 20.2 20.2 20.2 0.0321 0.6737 Ilex affinis 6.0 4.1 7.6 5.9 0.0059 0.0388 Blepharocalyx salicifolius 7.5 3.2 7.6 5.4 0.0054 0.0536 Miconia chartacea 8.3 3.5 6.7 5.1 0.0045 0.0438 Luehea grandiflora 13.0 16.2 16.2 16.2 0.0207 0.2689 Indeterminada sp. 21 27.0 15.6 15.6 15.6 0.0191 0.5161 Aspidosperma parvifolium 4.5 13.1 13.1 13.1 0.0134 0.0602 Sparattosperma leucanthum 15.0 12.9 12.9 12.9 0.0130 0.1957 Psycotria sp. 7.0 4.6 6.1 5.3 0.0046 0.0331 Hymenolobium janeirense 4.8 3.8 4.0 3.9 0.0024 0.0113 Matayba elaeagnoides 11.0 10.8 10.8 10.8 0.0092 0.1011 Indeterminada sp. 19 12.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.0979 Indeterminada sp. 17 9.0 9.4 9.4 9.4 0.0069 0.0623 Miconia sp. 3 7.0 7.9 7.9 7.9 0.0049 0.0341 Indeterminada sp. 20 13.0 7.5 7.5 7.5 0.0044 0.0571 Myrsine coriacea 9.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0379 Matayba mollis 14.0 7.2 7.2 7.2 0.0040 0.0564 Clethra scabra 10.0 7.0 7.0 7.0 0.0038 0.0385 Myrcia amazonica 4.0 6.7 6.7 6.7 0.0035 0.0140 Roupala cf. ferruginea 5.0 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0144 Tabebuia sp 4.0 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0081 Eugenia acutata 5.5 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0098 Marlierea clausseniana 7.0 4.6 4.6 4.6 0.0017 0.0117 Indeterminada sp. 18 3.5 4.6 4.6 4.6 0.0017 0.0059 Ocotea sp. 2 7.5 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0117 Ilex cf. psammophila 7.0 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0109 Cabralea canjerana 6.5 4.3 4.3 4.3 0.0015 0.0094 Carpotroche brasiliensis 4.0 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0054 Psidium rufum 6.0 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0063 Licania octandra 5.5 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0044 98 Tabela 38: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 7. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Fabaceae 14 4 7.27 311.1 0.0298 100.00 8.48 Lauraceae 25 7 12.73 555.6 0.0078 100.00 15.15 Rubiaceae 31 3 5.45 688.9 0.0041 100.00 18.79 Euphorbiaceae 20 2 3.64 444.4 0.0043 100.00 12.12 Myrtaceae 17 8 14.55 377.8 0.0026 100.00 10.30 Morta 15 1 1.82 333.3 0.0030 100.00 9.09 Anacardiaceae 5 2 3.64 111.1 0.0169 100.00 3.03 Melastomataceae 8 3 5.45 177.8 0.0041 100.00 4.85 Indeterminada 5 5 9.09 111.1 0.0081 100.00 3.03 Sapindaceae 4 3 5.45 88.9 0.0078 66.67 2.42 Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Apocynaceae 3 2 3.64 66.7 0.0093 66.67 1.82 Theaceae 2 1 1.82 44.4 0.0268 33.33 1.21 Rosaceae 2 1 1.82 44.4 0.0083 66.67 1.21 Aquifoliaceae 3 2 3.64 66.7 0.0025 66.67 1.82 Icacinaceae 1 1 1.82 22.2 0.0347 33.33 0.61 Combretaceae 1 1 1.82 22.2 0.0321 33.33 0.61 Bignoniaceae 2 2 3.64 44.4 0.0075 33.33 1.21 Tiliaceae 1 1 1.82 22.2 0.0207 33.33 0.61 Myrsinaceae 1 1 1.82 22.2 0.0042 33.33 0.61 Clethraceae 1 1 1.82 22.2 0.0038 33.33 0.61 Proteaceae 1 1 1.82 22.2 0.0029 33.33 0.61 Meliaceae 1 1 1.82 22.2 0.0015 33.33 0.61 Flacourtiaceae 1 1 1.82 22.2 0.0013 33.33 0.61 Chrysobalanaceae 1 1 1.82 22.2 0.0008 33.33 0.61 Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. 31.46 6.52 46.46 15.49 39.94 19.97 0.4171 Lauraceae 14.80 6.52 36.47 12.16 29.95 14.98 0.1962 Rubiaceae 9.56 6.52 34.87 11.62 28.34 14.17 0.1267 Euphorbiaceae 6.45 6.52 25.09 8.36 18.57 9.28 0.0855 Myrtaceae 3.38 6.52 20.21 6.74 13.69 6.84 0.0449 Morta 3.35 6.52 18.96 6.32 12.44 6.22 0.0444 Anacardiaceae 6.36 6.52 15.91 5.30 9.39 4.70 0.0844 Melastomataceae 2.46 6.52 13.83 4.61 7.31 3.65 0.0326 Indeterminada 3.04 6.52 12.59 4.20 6.07 3.03 0.0403 Sapindaceae 2.35 4.35 9.12 3.04 4.78 2.39 0.0312 Apocynaceae 2.11 4.35 8.27 2.76 3.92 1.96 0.0279 Theaceae 4.05 2.17 7.43 2.48 5.26 2.63 0.0536 Rosaceae 1.25 4.35 6.81 2.27 2.47 1.23 0.0166 Aquifoliaceae 0.57 4.35 6.73 2.24 2.38 1.19 0.0075 Icacinaceae 2.61 2.17 5.39 1.80 3.22 1.61 0.0347 Combretaceae 2.42 2.17 5.20 1.73 3.03 1.51 0.0321 Bignoniaceae 1.14 2.17 4.52 1.51 2.35 1.17 0.0151 Tiliaceae 1.56 2.17 4.34 1.45 2.17 1.08 0.0207 Myrsinaceae 0.32 2.17 3.10 1.03 0.92 0.46 0.0042 Clethraceae 0.29 2.17 3.07 1.02 0.90 0.45 0.0038 Proteaceae 0.22 2.17 3.00 1.00 0.82 0.41 0.0029 Meliaceae 0.11 2.17 2.89 0.96 0.72 0.36 0.0015 Flacourtiaceae 0.10 2.17 2.88 0.96 0.71 0.35 0.0013 Chrysobalanaceae 0.06 2.17 2.84 0.95 0.67 0.33 0.0008 99 Família Fabaceae B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 39: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 7. 100 F l o ra Tabela 40: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Myrcia amazonica 50 3 18.94 21.07 3.61 43.62 Myrsine coriacea 36 3 13.64 7.34 3.61 24.59 Maytenus gonoclada 26 3 9.85 4.55 3.61 18.02 Amaioua guianensis 22 3 8.33 3.75 3.61 15.70 Bowdichia virgilioides 8 3 3.03 8.10 3.61 14.75 Copaifera langsdorfii 7 3 2.65 8.37 3.61 14.64 Siphoneugena densiflora 6 3 2.27 4.54 3.61 10.43 Roupala montana 9 2 3.41 4.32 2.41 10.14 Guatteria sellowiana 4 3 1.52 4.19 3.61 9.32 Matayba marginata 7 3 2.65 2.97 3.61 9.23 Morta 8 3 3.03 1.81 3.61 8.46 Myrcia subverticilaris 8 3 3.03 1.62 3.61 8.26 Guatteria villosissima 7 3 2.65 1.28 3.61 7.54 Vochysia tucanorum 3 3 1.14 2.25 3.61 7.00 Myrcia retorta 4 2 1.52 3.03 2.41 6.95 Faramea cyanea 5 3 1.89 1.13 3.61 6.64 Licania octandra 5 2 1.89 0.86 2.41 5.16 Hyptidendron asperrimum 3 2 1.14 1.58 2.41 5.13 Tapirira guianensis 1 1 0.38 2.43 1.20 4.01 Vitex sellowiana 3 2 1.14 0.38 2.41 3.92 Ilex theezans 4 1 1.52 1.10 1.20 3.82 Myrsine sp. 2 2 0.76 0.46 2.41 3.62 Casearia arborea 4 1 1.52 0.88 1.20 3.60 Ilex affinis 2 2 0.76 0.38 2.41 3.55 Machaerium brasiliense 1 1 0.38 1.83 1.20 3.41 Daphnopsis cf. racemosa 3 1 1.14 0.90 1.20 3.24 Aspidosperma discolor 2 1 0.76 1.07 1.20 3.03 Machaerium cf. floridum 1 1 0.38 1.34 1.20 2.93 Marlierea clausseniana 2 1 0.76 0.49 1.20 2.46 Urbanodendron sp. 1 1 0.38 0.81 1.20 2.39 Cinnamomum tomentulosum 2 1 0.76 0.41 1.20 2.38 Indeterminada sp. 28 1 1 0.38 0.71 1.20 2.29 Abarema obovata 2 1 0.76 0.31 1.20 2.27 Myrcia guianensis 1 1 0.38 0.60 1.20 2.19 Byrsonima sp. 1 1 0.38 0.60 1.20 2.18 Blepharocalyx salicifolius 1 1 0.38 0.40 1.20 1.99 Indeterminada sp. 23 1 1 0.38 0.27 1.20 1.86 Heteropterys byrsonimaefolia 1 1 0.38 0.25 1.20 1.83 Indeterminada sp. 25 1 1 0.38 0.23 1.20 1.82 Indeterminada sp. 24 1 1 0.38 0.23 1.20 1.82 Cabralea canjerana 1 1 0.38 0.22 1.20 1.80 Eugenia sonderiana 1 1 0.38 0.22 1.20 1.80 Marlierea obscura 1 1 0.38 0.19 1.20 1.78 Myrcia sp. 1 1 1 0.38 0.13 1.20 1.71 Indeterminada sp. 22 1 1 0.38 0.13 1.20 1.71 Cassia ferruginea 1 1 0.38 0.10 1.20 1.68 Psycotria sp. 1 1 0.38 0.08 1.20 1.66 Aspidosperma leucomelanum 1 1 0.38 0.08 1.20 1.66 IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Myrcia amazonica 40.01 100.00 1111.1 0.0044 4.5 14.0 Myrsine coriacea 20.98 100.00 800.0 0.0021 3.0 13.0 Maytenus gonoclada 14.40 100.00 577.8 0.0018 3.0 12.0 Amaioua guianensis 12.08 100.00 488.9 0.0018 3.5 8.0 Bowdichia virgilioides 11.13 100.00 177.8 0.0106 9.0 14.0 Copaifera langsdorfii 11.03 100.00 155.6 0.0125 9.0 17.0 Siphoneugena densiflora 6.81 100.00 133.3 0.0079 5.0 10.0 Roupala montana 7.73 66.67 200.0 0.0050 3.5 12.0 Guatteria sellowiana 5.71 100.00 88.9 0.0110 7.5 15.0 Matayba marginata 5.62 100.00 155.6 0.0044 4.5 15.0 Morta 4.84 100.00 177.8 0.0024 2.0 6.5 Myrcia subverticilaris 4.65 100.00 177.8 0.0021 3.0 6.5 Guatteria villosissima 3.93 100.00 155.6 0.0019 4.5 10.0 Vochysia tucanorum 3.38 100.00 66.7 0.0078 5.0 10.0 Myrcia retorta 4.54 66.67 88.9 0.0079 4.5 11.0 Faramea cyanea 3.03 100.00 111.1 0.0024 2.5 6.0 Licania octandra 2.75 66.67 111.1 0.0018 4.5 7.5 Hyptidendron asperrimum 2.72 66.67 66.7 0.0055 5.0 13.0 Tapirira guianensis 2.81 33.33 22.2 0.0254 15.0 15.0 Vitex sellowiana 1.51 66.67 66.7 0.0013 6.0 9.0 Ilex theezans 2.62 33.33 88.9 0.0029 9.0 10.0 Myrsine sp. 1.21 66.67 44.4 0.0024 6.5 9.0 Casearia arborea 2.40 33.33 88.9 0.0023 5.0 8.0 Ilex affinis 1.14 66.67 44.4 0.0020 5.0 7.5 Machaerium brasiliense 2.21 33.33 22.2 0.0191 14.0 14.0 Daphnopsis cf. racemosa 2.04 33.33 66.7 0.0031 6.5 10.5 Aspidosperma discolor 1.83 33.33 44.4 0.0056 7.0 8.0 Machaerium cf. floridum 1.72 33.33 22.2 0.0140 17.0 17.0 Marlierea clausseniana 1.25 33.33 44.4 0.0026 4.0 5.5 Urbanodendron sp. 1.19 33.33 22.2 0.0085 9.0 9.0 Cinnamomum tomentulosum 1.17 33.33 44.4 0.0022 2.0 9.5 Indeterminada sp. 28 1.09 33.33 22.2 0.0074 14.0 14.0 Abarema obovata 1.07 33.33 44.4 0.0016 4.0 7.5 Myrcia guianensis 0.98 33.33 22.2 0.0063 10.0 10.0 Byrsonima sp. 0.97 33.33 22.2 0.0062 15.0 15.0 Blepharocalyx salicifolius 0.78 33.33 22.2 0.0042 14.0 14.0 Indeterminada sp. 23 0.65 33.33 22.2 0.0029 8.0 8.0 Heteropterys byrsonimaefolia 0.63 33.33 22.2 0.0026 10.0 10.0 Indeterminada sp. 25 0.61 33.33 22.2 0.0024 9.0 9.0 Indeterminada sp. 24 0.61 33.33 22.2 0.0024 8.0 8.0 Cabralea canjerana 0.60 33.33 22.2 0.0023 7.0 7.0 Eugenia sonderiana 0.60 33.33 22.2 0.0023 7.0 7.0 Marlierea obscura 0.57 33.33 22.2 0.0020 7.0 7.0 Myrcia sp. 1 0.51 33.33 22.2 0.0013 4.5 4.5 Indeterminada sp. 22 0.51 33.33 22.2 0.0013 8.0 8.0 Cassia ferruginea 0.48 33.33 22.2 0.0011 5.5 5.5 Psycotria sp. 0.45 33.33 22.2 0.0008 5.0 5.0 Aspidosperma leucomelanum 0.45 33.33 22.2 0.0008 4.0 4.0 101 Espécie B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 41: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8. Syphocampylus cf. nítidus Syphoneugena densiflora Tabela 42: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 8. Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. 9.8 3.7 13.8 7.2 0.2203 Volume 2.3705 Myrsine coriacea 6.6 3.2 12.3 4.8 0.0768 0.6403 Maytenus gonoclada 6.3 3.2 9.9 4.6 0.0476 0.3750 Amaioua guianensis 5.6 3.2 6.9 4.7 0.0392 0.2263 Bowdichia virgilioides 10.8 6.1 18.1 11.1 0.0848 0.9870 Copaifera langsdorfii 12.7 5.1 16.6 12.0 0.0876 1.1548 0.4340 Siphoneugena densiflora 7.9 4.0 16.3 9.2 0.0475 Roupala montana 6.7 3.7 14.5 7.3 0.0452 0.3962 Guatteria sellowiana 11.4 3.3 15.7 10.9 0.0439 0.5666 Matayba marginata 10.0 4.6 12.3 7.1 0.0310 0.3694 0.0742 Morta 3.9 3.7 8.1 5.3 0.0190 Myrcia subverticilaris 4.3 3.5 7.3 5.0 0.0169 0.0819 Guatteria villosissima 7.1 3.3 6.4 4.8 0.0134 0.1008 0.2003 Vochysia tucanorum 7.8 6.8 11.8 9.8 0.0235 Myrcia retorta 6.4 4.3 13.7 9.4 0.0317 0.2489 Faramea cyanea 4.4 3.2 9.9 4.9 0.0118 0.0625 Licania octandra 6.2 3.2 5.7 4.7 0.0090 0.0593 Hyptidendron asperrimum 9.7 6.8 10.0 8.3 0.0166 0.1700 Tapirira guianensis 15.0 18.0 18.0 18.0 0.0254 0.3809 Vitex sellowiana 7.8 3.3 4.9 4.0 0.0039 0.0322 Ilex theezans 9.3 4.9 7.2 6.0 0.0115 0.1069 Myrsine sp. 7.8 4.9 6.1 5.5 0.0048 0.0383 0.0604 Casearia arborea 6.0 3.3 7.2 5.3 0.0092 Ilex affinis 6.3 4.4 5.6 5.0 0.0040 0.0259 Machaerium brasiliense 14.0 15.6 15.6 15.6 0.0191 0.2676 Daphnopsis cf. racemosa 8.0 4.8 7.6 6.2 0.0094 0.0810 0.0855 Aspidosperma discolor 7.5 7.2 9.6 8.4 0.0112 Machaerium cf. floridum 17.0 13.4 13.4 13.4 0.0140 0.2387 Marlierea clausseniana 4.8 4.1 7.0 5.6 0.0052 0.0264 Urbanodendron sp. 9.0 10.4 10.4 10.4 0.0085 0.0763 Cinnamomum tomentulosum 5.8 3.8 6.4 5.1 0.0043 0.0326 Indeterminada sp. 28 14.0 9.7 9.7 9.7 0.0074 0.1037 Abarema obovata 5.8 3.7 5.3 4.5 0.0032 0.0204 0.0629 Myrcia guianensis 10.0 8.9 8.9 8.9 0.0063 Byrsonima sp. 15.0 8.9 8.9 8.9 0.0062 0.0935 Blepharocalyx salicifolius 14.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0589 Indeterminada sp. 23 8.0 6.1 6.1 6.1 0.0029 0.0230 Heteropterys byrsonimaefolia 10.0 5.7 5.7 5.7 0.0026 0.0258 Indeterminada sp. 25 9.0 5.6 5.6 5.6 0.0024 0.0219 Indeterminada sp. 24 8.0 5.6 5.6 5.6 0.0024 0.0195 0.0161 Cabralea canjerana 7.0 5.4 5.4 5.4 0.0023 Eugenia sonderiana 7.0 5.4 5.4 5.4 0.0023 0.0161 Marlierea obscura 7.0 5.1 5.1 5.1 0.0020 0.0142 Myrcia sp. 1 4.5 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0061 Indeterminada sp. 22 8.0 4.1 4.1 4.1 0.0013 0.0108 0.0058 Cassia ferruginea 5.5 3.7 3.7 3.7 0.0011 Psycotria sp. 5.0 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0040 Aspidosperma leucomelanum 4.0 3.2 3.2 3.2 0.0008 0.0032 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Alt. Me Myrcia amazonica 103 Espécie Tabela 43: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 8. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Myrtaceae 75 10 20.83 1666.7 0.0045 100.00 28.41 Fabaceae 20 6 12.50 444.4 0.0105 100.00 7.58 Myrsinaceae 38 2 4.17 844.4 0.0021 100.00 14.39 Rubiaceae 28 3 6.25 622.2 0.0019 100.00 10.61 Celastraceae 26 1 2.08 577.8 0.0018 100.00 9.85 Annonaceae 11 2 4.17 244.4 0.0052 100.00 4.17 Sapindaceae 7 1 2.08 155.6 0.0044 100.00 2.65 Proteaceae 9 1 2.08 200.0 0.0050 66.67 3.41 Morta 8 1 2.08 177.8 0.0024 100.00 3.03 Vochysiaceae 3 1 2.08 66.7 0.0078 100.00 1.14 Indeterminada 7 7 14.58 155.6 0.0036 66.67 2.65 Aquifoliaceae 6 2 4.17 133.3 0.0026 66.67 2.27 Chrysobalanaceae 5 1 2.08 111.1 0.0018 66.67 1.89 Lamiaceae 3 1 2.08 66.7 0.0055 66.67 1.14 Verbenaceae 3 1 2.08 66.7 0.0013 66.67 1.14 Anacardiaceae 1 1 2.08 22.2 0.0254 33.33 0.38 Flacourtiaceae 4 1 2.08 88.9 0.0023 33.33 1.52 Lauraceae 3 2 4.17 66.7 0.0043 33.33 1.14 Apocynaceae 3 2 4.17 66.7 0.0040 33.33 1.14 Thymelaeaceae 3 1 2.08 66.7 0.0031 33.33 1.14 Meliaceae 1 1 2.08 22.2 0.0023 33.33 0.38 104 F l or a Tabela 44: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 8. Família Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar.Bas. Myrtaceae 32.29 6.67 67.37 22.46 60.70 30.35 0.3377 Fabaceae 20.06 6.67 34.30 11.43 27.63 13.82 0.2098 Myrsinaceae 7.80 6.67 28.86 9.62 22.19 11.10 0.0816 Rubiaceae 4.96 6.67 22.23 7.41 15.56 7.78 0.0518 Celastraceae 4.55 6.67 21.07 7.02 14.40 7.20 0.0476 Annonaceae 5.47 6.67 16.30 5.43 9.64 4.82 0.0572 Sapindaceae 2.97 6.67 12.29 4.10 5.62 2.81 0.0310 Proteaceae 4.32 4.44 12.18 4.06 7.73 3.87 0.0452 Morta 1.81 6.67 11.51 3.84 4.84 2.42 0.0190 Vochysiaceae 2.25 6.67 10.05 3.35 3.38 1.69 0.0235 Indeterminada 2.42 4.44 9.52 3.17 5.07 2.54 0.0253 0.0155 Aquifoliaceae 1.48 4.44 8.20 2.73 3.75 1.88 Chrysobalanaceae 0.86 4.44 7.20 2.40 2.75 1.38 0.0090 Lamiaceae 1.58 4.44 7.16 2.39 2.72 1.36 0.0166 Verbenaceae 0.38 4.44 5.96 1.99 1.51 0.76 0.0039 Anacardiaceae 2.43 2.22 5.03 1.68 2.81 1.40 0.0254 Flacourtiaceae 0.88 2.22 4.62 1.54 2.40 1.20 0.0092 Lauraceae 1.22 2.22 4.58 1.53 2.36 1.18 0.0128 Apocynaceae 1.15 2.22 4.50 1.50 2.28 1.14 0.0120 Thymelaeaceae 0.90 2.22 4.26 1.42 2.04 1.02 0.0094 Meliaceae 0.22 2.22 2.82 0.94 0.60 0.30 0.0023 No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Morta 41 3 33.61 19.14 6.12 58.87 Myrcia amazonica 9 3 7.38 7.19 6.12 20.69 Hyptidendron asperrimum 6 2 4.92 9.08 4.08 18.08 Copaifera langsdorfii 5 2 4.10 8.48 4.08 16.66 Faramea cyanea 8 3 6.56 1.95 6.12 14.63 Siphoneugena densiflora 6 2 4.92 3.46 4.08 12.46 Astronium graveolens 3 2 2.46 3.28 4.08 9.83 Amaioua guianensis 6 1 4.92 2.80 2.04 9.76 Licaria armeniaca 1 1 0.82 6.15 2.04 9.01 Guatteria sellowiana 1 1 0.82 5.50 2.04 8.37 Casearia arborea 3 2 2.46 1.58 4.08 8.12 Myrcia venulosa 2 2 1.64 2.12 4.08 7.84 Terminalia glabrescens 2 1 1.64 3.05 2.04 6.73 Anadenanthera sp. 1 1 0.82 3.84 2.04 6.71 Aspidosperma parvifolium 2 1 1.64 2.9 2.04 6.58 Matayba sp. 2 2 1.64 0.43 4.08 6.15 Byrsonima sp. 1 1 0.82 3.24 2.04 6.10 Myrsine coriacea 4 1 3.28 0.50 2.04 5.82 Myrcia retorta 1 1 0.82 2.15 2.04 5.01 Indeterminada sp. 29 1 1 0.82 1.96 2.04 4.82 Roupala sp. 1 1 0.82 1.74 2.04 4.60 Psidium rufum 2 1 1.64 0.57 2.04 4.25 Cupania vernalis 1 1 0.82 1.17 2.04 4.03 Symplocos sp. 1 1 0.82 1.16 2.04 4.03 Ocotea laxa 1 1 0.82 1.14 2.04 4.00 Eugenia sonderiana 1 1 0.82 0.73 2.04 3.59 Schefflera vinosa 1 1 0.82 0.73 2.04 3.59 Guatteria villosissima 1 1 0.82 0.68 2.04 3.54 Cupania emarginata 1 1 0.82 0.66 2.04 3.52 Daphnopsis sp. 1 1 0.82 0.50 2.04 3.36 Ocotea nitidula 1 1 0.82 0.46 2.04 3.32 Vochysia tucanorum 1 1 0.82 0.43 2.04 3.29 Myrcia subverticilaris 1 1 0.82 0.39 2.04 3.25 Matayba elaeagnoides 1 1 0.82 0.38 2.04 3.24 Inga cylindrica 1 1 0.82 0.34 2.04 3.20 Siparuna guianensis 1 1 0.82 0.08 2.04 2.94 105 Espécie Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 45: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9. Tabela 46: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Morta 52.75 100.00 911.1 0.0052 1.4 15.0 Myrcia amazonica 14.57 100.00 200.0 0.0089 3.0 13.5 Hyptidendron asperrimum 14.00 66.67 133.3 0.0169 6.5 12.0 Copaifera langsdorfii 12.58 66.67 111.1 0.0190 11.0 15.0 Faramea cyanea 8.51 100.00 177.8 0.0027 4.0 6.0 Siphoneugena densiflora 8.38 66.67 133.3 0.0065 6.5 11.5 Astronium graveolens 5.74 66.67 66.7 0.0122 11.0 12.0 Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Amaioua guianensis 7.72 33.33 133.3 0.0052 5.0 8.0 Licaria armeniaca 6.97 33.33 22.2 0.0688 14.0 14.0 Guatteria sellowiana 6.32 33.33 22.2 0.0616 16.0 16.0 Casearia arborea 4.03 66.67 66.7 0.0059 7.0 11.0 Myrcia venulosa 3.76 66.67 44.4 0.0118 9.0 11.0 Terminalia glabrescens 4.69 33.33 44.4 0.0171 8.0 13.0 Anadenanthera sp. 4.66 33.33 22.2 0.0430 17.0 17.0 Aspidosperma parvifolium 4.54 33.33 44.4 0.0162 4.5 13.0 Matayba sp. 2.07 66.67 44.4 0.0024 6.5 12.0 Byrsonima sp. 4.06 33.33 22.2 0.0363 16.0 16.0 Myrsine coriacea 3.78 33.33 88.9 0.0014 4.5 7.0 Myrcia retorta 2.97 33.33 22.2 0.0241 8.0 8.0 Indeterminada sp. 29 2.78 33.33 22.2 0.0219 15.0 15.0 8.0 Roupala sp. 2.56 33.33 22.2 0.0195 8.0 Psidium rufum 2.21 33.33 44.4 0.0032 4.5 10.0 Cupania vernalis 1.99 33.33 22.2 0.0130 12.0 12.0 Symplocos sp. 1.98 33.33 22.2 0.0130 11.0 11.0 Ocotea laxa 1.96 33.33 22.2 0.0127 13.0 13.0 Eugenia sonderiana 1.55 33.33 22.2 0.0082 9.0 9.0 Schefflera vinosa 1.55 33.33 22.2 0.0082 10.0 10.0 Guatteria villosissima 1.50 33.33 22.2 0.0077 13.0 13.0 Cupania emarginata 1.48 33.33 22.2 0.0074 10.0 10.0 Daphnopsis sp. 1.32 33.33 22.2 0.0056 12.0 12.0 Ocotea nitidula 1.28 33.33 22.2 0.0052 9.0 9.0 Vochysia tucanorum 1.25 33.33 22.2 0.0048 3.5 3.5 Myrcia subverticilaris 1.21 33.33 22.2 0.0044 8.0 8.0 Matayba elaeagnoides 1.20 33.33 22.2 0.0042 6.0 6.0 Inga cylindrica 1.16 33.33 22.2 0.0038 8.0 8.0 Siparuna guianensis 0.90 33.33 22.2 0.0009 6.0 6.0 106 F l or a Tabela 47: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 9. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Morta 5.9 3.2 24.5 6.7 0.2141 1.8042 Myrcia amazonica 9.2 5.9 16.2 10.1 0.0804 0.8617 Hyptidendron asperrimum 8.3 8.4 28.3 12.9 0.1016 1.0585 Copaifera langsdorfii 13.2 8.9 21.6 14.6 0.0949 1.3140 Faramea cyanea 4.8 4.1 8.6 5.7 0.0218 0.1091 Siphoneugena densiflora 8.7 4.1 15.7 8.3 0.0387 0.3258 Astronium graveolens 11.5 9.2 15.1 12.3 0.0367 0.4196 Amaioua guianensis 6.9 3.5 11.0 7.6 0.0314 0.2306 Licaria armeniaca 14.0 29.6 29.6 29.6 0.0688 0.9634 Guatteria sellowiana 16.0 28.0 28.0 28.0 0.0616 0.9852 Casearia arborea 9.0 7.0 11.1 8.4 0.0176 0.1582 Myrcia venulosa 10.0 11.6 12.9 12.3 0.0237 0.2392 Terminalia glabrescens 10.5 10.8 17.8 14.3 0.0342 0.3981 Anadenanthera sp. 17.0 23.4 23.4 23.4 0.0430 0.7311 Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume 8.8 8.9 18.3 13.6 0.0324 0.3693 Matayba sp. 9.3 4.3 6.5 5.4 0.0048 0.0496 Byrsonima sp. 16.0 21.5 21.5 21.5 0.0363 0.5803 Myrsine coriacea 5.6 3.5 5.7 4.1 0.0056 0.0339 Myrcia retorta 8.0 17.5 17.5 17.5 0.0241 0.1926 Indeterminada sp. 29 15.0 16.7 16.7 16.7 0.0219 0.3290 Roupala sp. 8.0 15.8 15.8 15.8 0.0195 0.1561 Psidium rufum 7.3 3.5 8.3 5.9 0.0063 0.0582 Cupania vernalis 12.0 12.9 12.9 12.9 0.0130 0.1566 Symplocos sp. 11.0 12.9 12.9 12.9 0.0130 0.1433 Ocotea laxa 13.0 12.7 12.7 12.7 0.0127 0.1655 Eugenia sonderiana 9.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.0734 Schefflera vinosa 10.0 10.2 10.2 10.2 0.0082 0.0816 Guatteria villosissima 13.0 9.9 9.9 9.9 0.0077 0.0995 Cupania emarginata 10.0 9.7 9.7 9.7 0.0074 0.0741 Daphnopsis sp. 12.0 8.4 8.4 8.4 0.0056 0.0671 Ocotea nitidula 9.0 8.1 8.1 8.1 0.0052 0.0466 Vochysia tucanorum 3.5 7.8 7.8 7.8 0.0048 0.0167 Myrcia subverticilaris 8.0 7.5 7.5 7.5 0.0044 0.0352 Matayba elaeagnoides 6.0 7.3 7.3 7.3 0.0042 0.0253 Inga cylindrica 8.0 7.0 7.0 7.0 0.0038 0.0308 Siparuna guianensis 6.0 3.3 3.3 3.3 0.0009 0.0053 Tabela 48: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 9. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Morta 41 1 2.78 911.1 0.0052 100.00 33.61 Myrtaceae 22 7 19.44 488.9 0.0084 100.00 18.03 5.74 Fabaceae 7 3 8.33 155.6 0.0202 100.00 Rubiaceae 14 2 5.56 311.1 0.0038 100.00 11.48 Lamiaceae 6 1 2.78 133.3 0.0169 66.67 4.92 Lauraceae 3 3 8.33 66.7 0.0289 66.67 2.46 Sapindaceae 5 4 11.11 111.1 0.0059 100.00 4.10 Anacardiaceae 3 1 2.78 66.7 0.0122 66.67 2.46 Annonaceae 2 2 5.56 44.4 0.0346 33.33 1.64 Flacourtiaceae 3 1 2.78 66.7 0.0059 66.67 2.46 Combretaceae 2 1 2.78 44.4 0.0171 33.33 1.64 Apocynaceae 2 1 2.78 44.4 0.0162 33.33 1.64 Malpighiaceae 1 1 2.78 22.2 0.0363 33.33 0.82 Myrsinaceae 4 1 2.78 88.9 0.0014 33.33 3.28 0.82 Indeterminada 1 1 2.78 22.2 0.0219 33.33 Proteaceae 1 1 2.78 22.2 0.0195 33.33 0.82 Symplocaceae 1 1 2.78 22.2 0.0130 33.33 0.82 Araliaceae 1 1 2.78 22.2 0.0082 33.33 0.82 Thymelaeaceae 1 1 2.78 22.2 0.0056 33.33 0.82 Vochysiaceae 1 1 2.78 22.2 0.0048 33.33 0.82 Monimiaceae 1 1 2.78 22.2 0.0009 33.33 0.82 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Alt. Me Aspidosperma parvifolium 107 Espécie Hirtella glandulosa Mandevilla sp. Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. 19.14 8.57 61.32 20.44 52.75 26.37 0.2141 Myrtaceae 16.61 8.57 43.22 14.41 34.64 17.32 0.1858 Fabaceae 12.67 8.57 26.98 8.99 18.41 9.20 0.1417 Rubiaceae 4.75 8.57 24.80 8.27 16.23 8.11 0.0531 Lamiaceae 9.08 5.71 19.72 6.57 14.00 7.00 0.1016 Lauraceae 7.75 5.71 15.93 5.31 10.21 5.11 0.0867 Sapindaceae 2.63 8.57 15.30 5.10 6.73 3.37 0.0295 Anacardiaceae 3.28 5.71 11.46 3.82 5.74 2.87 0.0367 Annonaceae 6.19 2.86 10.69 3.56 7.83 3.91 0.0692 Flacourtiaceae 1.58 5.71 9.75 3.25 4.03 2.02 0.0176 Combretaceae 3.05 2.86 7.55 2.52 4.69 2.35 0.0342 Apocynaceae 2.90 2.86 7.40 2.47 4.54 2.27 0.0324 Malpighiaceae 3.24 2.86 6.92 2.31 4.06 2.03 0.0363 Myrsinaceae 0.50 2.86 6.64 2.21 3.78 1.89 0.0056 Indeterminada 1.96 2.86 5.64 1.88 2.78 1.39 0.0219 Proteaceae 1.74 2.86 5.42 1.81 2.56 1.28 0.0195 Symplocaceae 1.16 2.86 4.84 1.61 1.98 0.99 0.0130 Araliaceae 0.73 2.86 4.41 1.47 1.55 0.77 0.0082 Thymelaeaceae 0.50 2.86 4.18 1.39 1.32 0.66 0.0056 Vochysiaceae 0.43 2.86 4.10 1.37 1.25 0.62 0.0048 Monimiaceae 0.08 2.86 3.76 1.25 0.90 0.45 0.0009 Tabela 50: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Myrcia amazonica 20 3 9.90 16.11 3.80 29.80 Cinnamomum tomentulosum 10 2 4.95 14.98 2.53 22.47 Amaioua guianensis 20 3 9.90 5.96 3.80 19.66 Siphoneugena densiflora 12 2 5.94 8.53 2.53 17.00 Myrsine coriacea 15 3 7.43 4.23 3.80 15.46 Morta 16 3 7.92 2.19 3.80 13.91 Licania octandra 13 2 6.44 2.37 2.53 11.34 Copaifera langsdorfii 7 3 3.47 3.31 3.80 10.57 Clethra scabra 5 2 2.48 5.21 2.53 10.22 Maytenus gonoclada 8 3 3.96 2.44 3.80 10.20 Vochysia tucanorum 5 2 2.48 4.05 2.53 9.06 Guatteria sellowiana 4 2 1.98 3.69 2.53 8.20 Sloanea monosperma 7 3 3.47 0.84 3.80 8.10 Ocotea odorifera 5 2 2.48 2.83 2.53 7.83 Myrcia rufipes 5 2 2.48 1.39 2.53 6.40 Matayba marginata 3 2 1.49 2.07 2.53 6.08 Maytenus sp. 1 3 2 1.49 1.06 2.53 5.08 Myrcia sp. 2 2 2 0.99 1.54 2.53 5.06 Abarema obovata 3 2 1.49 0.73 2.53 4.75 Laplacea tomentosa 1 1 0.50 2.76 1.27 4.52 Fabaceae sp. 1 1 1 0.50 2.66 1.27 4.42 109 Família Morta Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 49: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 9. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Matayba sp. 2 2 0.99 0.86 2.53 4.38 Myrsine umbellata 2 2 0.99 0.70 2.53 4.22 Daphnopsis cf. racemosa 2 2 0.99 0.52 2.53 4.04 Machaerium sp. 1 2 2 0.99 0.49 2.53 4.01 Casearia arborea 2 2 0.99 0.19 2.53 3.71 Astronium graveolens 1 1 0.50 1.43 1.27 3.19 Styrax pohlii 1 1 0.50 1.36 1.27 3.13 Hyptidendron asperrimum 1 1 0.50 1.20 1.27 2.96 Roupala montana 2 1 0.99 0.45 1.27 2.71 Aspidosperma parvifolium 2 1 0.99 0.27 1.27 2.52 Machaerium brasiliense 1 1 0.50 0.75 1.27 2.51 Lauraceae sp. 1 2 1 0.99 0.20 1.27 2.46 Swartzia pilulifera 2 1 0.99 0.20 1.27 2.45 Machaerium sp. 2 2 1 0.99 0.18 1.27 2.43 Psidium rufum 1 1 0.50 0.33 1.27 2.10 Marlierea clausseniana 1 1 0.50 0.32 1.27 2.08 Indeterminada sp. 28 1 1 0.50 0.26 1.27 2.02 Indeterminada sp. 29 1 1 0.50 0.18 1.27 1.94 Cabralea canjerana 1 1 0.50 0.16 1.27 1.92 Myrcia splendens 1 1 0.50 0.16 1.27 1.92 Guatteria villosissima 1 1 0.50 0.16 1.27 1.92 Ilex sp. 1 1 0.50 0.14 1.27 1.90 Eugenia sonderiana 1 1 0.50 0.13 1.27 1.89 Dalbergia sp. 1 1 0.50 0.13 1.27 1.89 Garcinia gardneriana 1 1 0.50 0.12 1.27 1.88 Matayba mollis 1 1 0.50 0.09 1.27 1.85 Euplassa legalis 1 1 0.50 0.08 1.27 1.84 110 F l o ra Tabela 51: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Myrcia amazonica 26.01 100.00 444.4 0.0108 4.0 20.0 Cinnamomum tomentulosum 19.93 66.67 222.2 0.0201 4.5 21.0 Amaioua guianensis 15.86 100.00 444.4 0.0040 4.0 22.0 Siphoneugena densiflora 14.47 66.67 266.7 0.0095 8.5 14.0 Myrsine coriacea 11.66 100.00 333.3 0.0038 5.0 13.0 Morta 10.11 100.00 355.6 0.0018 2.0 5.5 Licania octandra 8.80 66.67 288.9 0.0024 4.5 9.0 Copaifera langsdorfii 6.77 100.00 155.6 0.0064 7.5 16.0 Clethra scabra 7.69 66.67 111.1 0.0140 5.0 14.0 Maytenus gonoclada 6.40 100.00 177.8 0.0041 5.0 12.0 Vochysia tucanorum 6.53 66.67 111.1 0.0109 3.5 15.0 Guatteria sellowiana 5.67 66.67 88.9 0.0124 7.5 14.0 Sloanea monosperma 4.30 100.00 155.6 0.0016 3.5 5.0 Ocotea odorifera 5.30 66.67 111.1 0.0076 6.5 13.0 Myrcia rufipes 3.87 66.67 111.1 0.0037 6.0 8.0 Matayba marginata 3.55 66.67 66.7 0.0093 4.5 19.0 Maytenus sp. 1 2.55 66.67 66.7 0.0047 6.0 14.0 Myrcia sp. 2 2.53 66.67 44.4 0.0103 5.5 7.5 Abarema obovata 2.21 66.67 66.7 0.0033 6.5 8.0 Laplacea tomentosa 3.25 33.33 22.2 0.0371 14.0 14.0 Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Fabaceae sp. 1 3.15 33.33 22.2 0.0357 11.0 11.0 Matayba sp. 1.85 66.67 44.4 0.0058 6.5 13.0 Myrsine umbellata 1.69 66.67 44.4 0.0047 7.0 7.5 Daphnopsis cf. racemosa 1.51 66.67 44.4 0.0035 5.0 11.0 Machaerium sp. 1 1.48 66.67 44.4 0.0033 4.5 7.5 Casearia arborea 1.18 66.67 44.4 0.0013 6.5 6.5 Astronium graveolens 1.92 33.33 22.2 0.0192 14.0 14.0 Styrax pohlii 1.86 33.33 22.2 0.0183 17.0 17.0 Hyptidendron asperrimum 1.69 33.33 22.2 0.0161 12.0 12.0 Roupala montana 1.44 33.33 44.4 0.0030 6.5 9.0 Aspidosperma parvifolium 1.26 33.33 44.4 0.0018 3.5 4.0 Machaerium brasiliense 1.24 33.33 22.2 0.0100 14.0 14.0 Lauraceae sp. 1 1.19 33.33 44.4 0.0014 3.5 8.0 Swartzia pilulifera 1.19 33.33 44.4 0.0013 5.5 7.0 Machaerium sp. 2 1.17 33.33 44.4 0.0012 3.5 6.5 Psidium rufum 0.83 33.33 22.2 0.0045 4.5 4.5 Marlierea clausseniana 0.81 33.33 22.2 0.0043 7.0 7.0 Indeterminada sp. 28 0.76 33.33 22.2 0.0035 7.0 7.0 Indeterminada sp. 29 0.68 33.33 22.2 0.0024 13.0 13.0 Cabralea canjerana 0.66 33.33 22.2 0.0022 5.0 5.0 Myrcia splendens 0.66 33.33 22.2 0.0022 4.5 4.5 Guatteria villosissima 0.66 33.33 22.2 0.0022 9.5 9.5 Ilex sp. 0.64 33.33 22.2 0.0019 6.5 6.5 Eugenia sonderiana 0.63 33.33 22.2 0.0018 7.0 7.0 Dalbergia sp. 0.63 33.33 22.2 0.0018 5.0 5.0 Garcinia gardneriana 0.61 33.33 22.2 0.0016 7.0 7.0 Matayba mollis 0.58 33.33 22.2 0.0011 6.5 6.5 Euplassa legalis 0.57 33.33 22.2 0.0011 11.5 11.5 Tabela 52: Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área 10. Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Myrcia amazonica 10.8 3.8 19.4 10.8 0.2164 2.8336 Cinnamomum tomentulosum 11.3 0.3 27.2 13.1 0.2014 3.1971 Amaioua guianensis 7.1 1.4 18.9 6.2 0.0801 0.5779 Siphoneugena densiflora 10.7 6.1 17.7 10.6 0.1146 1.2735 Myrsine coriacea 8.4 3.2 14.2 6.2 0.0569 0.5147 Morta 3.5 3.3 7.3 4.7 0.0295 0.0958 Licania octandra 6.9 3.5 8.8 5.3 0.0318 0.2369 Copaifera langsdorfii 10.1 4.6 18.1 7.9 0.0445 0.5838 Clethra scabra 9.5 5.7 20.9 12.4 0.0700 0.7668 Maytenus gonoclada 7.9 3.5 10.8 6.8 0.0328 0.2833 Vochysia tucanorum 6.6 4.1 22.4 9.8 0.0545 0.6637 Guatteria sellowiana 10.0 4.9 22.1 10.6 0.0496 0.6393 Sloanea monosperma 4.2 3.5 5.8 4.5 0.0113 0.0469 Ocotea odorifera 9.4 5.7 13.9 9.3 0.0380 0.3973 Myrcia rufipes 6.6 3.5 10.2 6.6 0.0187 0.1317 Matayba marginata 10.0 4.1 17.8 8.8 0.0278 0.4899 Maytenus sp. 1 9.3 3.7 11.9 6.9 0.0142 0.1780 Myrcia sp. 2 6.5 8.9 13.6 11.2 0.0207 0.1263 Abarema obovata 7.3 5.9 7.3 6.4 0.0098 0.0729 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a IVC 111 Espécie Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Laplacea tomentosa 14.0 21.7 21.7 21.7 0.0371 0.5187 Fabaceae sp. 1 11.0 21.3 21.3 21.3 0.0357 0.3931 Matayba sp. 9.8 3.5 11.6 7.6 0.0116 0.1441 Myrsine umbellata 7.3 7.2 8.3 7.7 0.0094 0.0679 Daphnopsis cf. racemosa 8.0 4.8 8.1 6.4 0.0069 0.0655 Machaerium sp. 1 6.0 6.1 6.8 6.4 0.0065 0.0405 Casearia arborea 6.5 4.0 4.1 4.1 0.0026 0.0168 Astronium graveolens 14.0 15.6 15.6 15.6 0.0192 0.2690 Styrax pohlii 17.0 15.3 15.3 15.3 0.0183 0.3117 Hyptidendron asperrimum 12.0 14.3 14.3 14.3 0.0161 0.1933 Roupala montana 7.8 4.6 7.5 6.1 0.0061 0.0504 Aspidosperma parvifolium 3.8 3.8 5.6 4.7 0.0036 0.0138 Machaerium brasiliense 14.0 11.3 11.3 11.3 0.0100 0.1404 Lauraceae sp. 1 5.8 3.2 4.9 4.1 0.0027 0.0181 Swartzia pilulifera 6.3 3.3 4.8 4.1 0.0027 0.0173 Machaerium sp. 2 5.0 3.2 4.5 3.8 0.0024 0.0129 Psidium rufum 4.5 7.6 7.6 7.6 0.0045 0.0203 Marlierea clausseniana 7.0 7.4 7.4 7.4 0.0043 0.0299 Indeterminada sp. 28 7.0 6.7 6.7 6.7 0.0035 0.0245 Indeterminada sp. 29 13.0 5.6 5.6 5.6 0.0024 0.0317 Cabralea canjerana 5.0 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0108 Myrcia splendens 4.5 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0097 Guatteria villosissima 9.5 5.3 5.3 5.3 0.0022 0.0206 Ilex sp. 6.5 4.9 4.9 4.9 0.0019 0.0124 Eugenia sonderiana 7.0 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0125 Dalbergia sp. 5.0 4.8 4.8 4.8 0.0018 0.0089 Garcinia gardneriana 7.0 4.5 4.5 4.5 0.0016 0.0109 Matayba mollis 6.5 3.8 3.8 3.8 0.0011 0.0074 Euplassa legalis 11.5 3.7 3.7 3.7 0.0011 0.0121 112 F l or a Tabela 53: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 10. Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Myrtaceae 43 8 16.67 955.6 0.0089 100.00 21.29 Lauraceae 15 2 4.17 333.3 0.0160 100.00 7.43 Fabaceae 19 8 16.67 422.2 0.0060 100.00 9.41 9.90 Rubiaceae 20 1 2.08 444.4 0.0040 100.00 Myrsinaceae 17 2 4.17 377.8 0.0039 100.00 8.42 Morta 16 1 2.08 355.6 0.0018 100.00 7.92 Celastraceae 11 2 4.17 244.4 0.0043 100.00 5.45 Chrysobalanaceae 13 1 2.08 288.9 0.0024 66.67 6.44 Sapindaceae 6 3 6.25 133.3 0.0067 100.00 2.97 Vochysiaceae 7 2 4.17 155.6 0.0082 66.67 3.47 2.48 Clethraceae 5 1 2.08 111.1 0.0140 66.67 Annonaceae 5 2 4.17 111.1 0.0103 66.67 2.48 Elaeocarpaceae 7 1 2.08 155.6 0.0016 100.00 3.47 Thymelaeaceae 2 1 2.08 44.4 0.0035 66.67 0.99 Indeterminada 2 2 4.17 44.4 0.0030 66.67 0.99 Theaceae 1 1 2.08 22.2 0.0371 33.33 0.50 Flacourtiaceae 2 1 2.08 44.4 0.0013 66.67 0.99 Proteaceae 3 2 4.17 66.7 0.0024 33.33 1.49 Anacardiaceae 1 1 2.08 22.2 0.0192 33.33 0.50 Styracaceae 1 1 2.08 22.2 0.0183 33.33 0.50 Lamiaceae 1 1 2.08 22.2 0.0161 33.33 0.50 Apocynaceae 2 1 2.08 44.4 0.0018 33.33 0.99 0.50 Meliaceae 1 1 2.08 22.2 0.0022 33.33 Aquifoliaceae 1 1 2.08 22.2 0.0019 33.33 0.50 Clusiaceae 1 1 2.08 22.2 0.0016 33.33 0.50 Dom. Rel Freq. Re IVI % IVI IVC % IVC Ar. Bas. 28.51 6.00 55.80 18.60 49.80 24.90 0.3832 Lauraceae 17.81 6.00 31.24 10.41 25.24 12.62 0.2393 Fabaceae 8.44 6.00 23.84 7.95 17.84 8.92 0.1134 Rubiaceae 5.96 6.00 21.86 7.29 15.86 7.93 0.0801 Myrsinaceae 4.93 6.00 19.35 6.45 13.35 6.67 0.0663 Morta 2.19 6.00 16.11 5.37 10.11 5.06 0.0295 Celastraceae 3.50 6.00 14.95 4.98 8.95 4.47 0.0470 Chrysobalanaceae 2.37 4.00 12.80 4.27 8.80 4.40 0.0318 Sapindaceae 3.01 6.00 11.98 3.99 5.98 2.99 0.0405 Vochysiaceae 4.25 4.00 11.72 3.91 7.72 3.86 0.0572 Clethraceae 5.21 4.00 11.69 3.90 7.69 3.84 0.0700 Annonaceae 3.85 4.00 10.33 3.44 6.33 3.16 0.0517 Elaeocarpaceae 0.84 6.00 10.30 3.43 4.30 2.15 0.0113 Thymelaeaceae 0.52 4.00 5.51 1.84 1.51 0.75 0.0069 Indeterminada 0.44 4.00 5.43 1.81 1.43 0.72 0.0059 Theaceae 2.76 2.00 5.25 1.75 3.25 1.63 0.0371 Flacourtiaceae 0.19 4.00 5.18 1.73 1.18 0.59 0.0026 Proteaceae 0.53 2.00 4.02 1.34 2.02 1.01 0.0071 Anacardiaceae 1.43 2.00 3.92 1.31 1.92 0.96 0.0192 Styracaceae 1.36 2.00 3.86 1.29 1.86 0.93 0.0183 Lamiaceae 1.20 2.00 3.69 1.23 1.69 0.85 0.0161 Apocynaceae 0.27 2.00 3.26 1.09 1.26 0.63 0.0036 Meliaceae 0.16 2.00 2.66 0.89 0.66 0.33 0.0022 Aquifoliaceae 0.14 2.00 2.64 0.88 0.64 0.32 0.0019 Clusiaceae 0.12 2.00 2.61 0.87 0.61 0.31 0.0016 Tabela 55: Matriz de similaridade florística entre as 10 áreas estudadas, calculada através do coeficiente de Jaccard. Os maiores e os menores valores estão assinalados em negrito. A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A2 0.299 A3 0.163 A4 0.220 0.195 0.211 A5 0.233 0.225 0.198 0.250 A6 0.228 0.218 0.221 0.167 0.247 A7 0.212 0.227 0.215 0.195 0.239 0.319 A8 0.245 0.207 0.130 0.203 0.190 0.147 0.179 A9 0.169 0.211 0.156 0.188 0.192 0.237 0.147 0.242 A10 0.319 0.291 0.216 0.195 0.256 0.171 0.200 0.310 A9 0.297 0.250 113 Família Myrtaceae Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 54: Parâmetros fitossociológicos das famílias encontradas na área 10. Tabela 56: Matriz de similaridade florística entre as 10 áreas estudadas considerando apenas as 10 espécies com maior IVI de cada área, calculada por meio do coeficiente de Jaccard. Os maiores e os menores valores estão assinalados em negrito. A1 A2 A2 0.111 A3 0.187 0.187 A4 0.053 0.111 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 0.187 A5 0.357 0.187 0.286 0.118 A6 0.267 0.267 0.200 0.187 0.385 A7 0.187 0.187 0.286 0.118 0.385 0.286 A8 0.125 0.125 0.062 0.059 0.133 0.133 0.062 A9 0.200 0.125 0.133 0.125 0.308 0.214 0.214 0.231 A10 0.118 0.187 0.125 0.187 0.286 0.200 0.200 0.308 0.308 114 F l or a Tabela 57: Listas das espécies que ficaram entre as 10 primeiras com maior IVI nas 10 áreas estudadas. Os números de 1 a 10 indicam as posições das espécies em cada área. A1 A2 A3 Ocotea odorifera 1 2 9 1 Morta 2 1 5 5 Myrcia amazonica 3 Amaioua guianensis 4 1 Inga cylindrica 5 3 6 5 Copaifera langsdorffii 7 Casearia arborea 8 Laplacea tomentosa 9 10 2 10 Siphoneugena densiflora Myrsine coriacea A4 9 1 4 A5 A6 1 1 7 6 10 4 2 8 8 3 10 4 A7 5 A8 A9 A10 1 6 1 2 1 4 8 3 7 5 4 6 4 8 1 7 7 9 2 4 5 2 2 Myrcia detergens 1 Matayba marginata 7 Cryptocaria cf. saligna 8 Sclerolobium rugosum 9 Astronium graveolens 10 6 10 7 Callisthene major 2 Pseudopiptadenia warmingii 3 Myrcia guianensis 4 Aspidosperma parvifolium 6 Maytenus gonoclada 7 Cupania sp. 8 Eugenia acutata 10 4 3 Inga sp. 2 3 Inga sp. 1 6 Faramea cyanea 7 Myrcia rufipes 8 8 Myrcia hebepetala 3 Croton urucurana 4 Nectandra oppositifolia 5 Eugenia sonderiana 6 Cupania emarginata 7 6 10 A2 A3 A4 9 Tibouchina sp. 10 A5 A6 A7 A8 A9 A10 2 Ocotea laxa 9 Tapirira obtusa 3 Alchornea glandulosa 5 3 Cryptocaria moschata 9 8 Psycotria vellosiana 2 Machaerium sp. 3 6 Aparisthimium cordatum 10 Bowdichia virgillioides 5 Roupala Montana 8 Guatteria sellowiana 9 10 Hyptidendrom asperrimum 3 Licaria armeniaca 9 Licania octandra 7 Clethra scabra 9 Tabela 58: Parâmetros fitossociológicos das espécies da área 1. Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Ocotea odorifera 83 19 5.13 10.23 2.46 17.82 Morta 129 29 7.98 4.88 3.75 16.61 Myrcia amazonica 110 22 6.80 5.37 2.85 15.02 Amaioua guianensis 128 26 7.92 3.01 3.36 14.29 115 A1 Cinnamomum tomentulosum Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Piper umbellatum F l or a 116 Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Inga cylindrica 23 14 1.42 5.71 1.81 8.95 Siphoneugena densiflora 51 18 3.15 2.78 2.33 8.27 Copaifera langsdorfii 32 17 1.98 2.42 2.20 6.60 Casearia arborea 29 14 1.79 2.82 1.81 6.42 Laplacea tomentosa 19 10 1.18 3.95 1.29 6.42 Myrsine coriacea 60 10 3.71 1.09 1.29 6.10 Eugenia sonderiana 32 20 1.98 1.02 2.59 5.59 Faramea cyanea 33 18 2.04 1.12 2.33 5.49 Maytenus gonoclada 43 12 2.66 1.21 1.55 5.42 Aspidosperma parvifolium 21 9 1.30 2.61 1.16 5.08 Cinnamomum tomentulosum 21 10 1.30 2.04 1.29 4.63 Psychotria vellosiana 35 9 2.16 0.85 1.16 4.18 Astronium graveolens 21 11 1.30 1.30 1.42 4.02 Hyptidendron asperrimum 15 10 0.93 1.79 1.29 4.01 Myrcia rufipes 20 10 1.24 1.19 1.29 3.72 Licania octandra 29 11 1.79 0.39 1.42 3.60 Matayba marginata 23 8 1.42 0.93 1.03 3.39 Ocotea laxa 16 10 0.99 1.04 1.29 3.32 Guatteria sellowiana 14 10 0.87 1.11 1.29 3.27 Clethra scabra 13 9 0.80 1.26 1.16 3.22 Alchornea glandulosa 26 6 1.61 0.79 0.78 3.17 Callisthene major 3 2 0.19 2.64 0.26 3.08 Croton urucurana 13 6 0.80 1.35 0.78 2.93 Cryptocaria moschata 14 6 0.87 1.26 0.78 2.91 Roupala montana 15 6 0.93 1.02 0.78 2.72 Myrcia guianensis 17 10 1.05 0.36 1.29 2.71 Marlierea clausseniana 14 10 0.87 0.29 1.29 2.45 Eugenia acutata 13 8 0.80 0.51 1.03 2.35 Vochysia tucanorum 11 8 0.68 0.62 1.03 2.34 Nectandra oppositifolia 8 5 0.49 1.14 0.65 2.29 Bowdichia virgilioides 11 6 0.68 0.79 0.78 2.25 Myrcia detergens 14 4 0.87 0.76 0.52 2.14 Marlierea obscura 12 8 0.74 0.27 1.03 2.05 Cabralea canjerana 10 9 0.62 0.21 1.16 1.99 Matayba sp. 8 8 0.49 0.42 1.03 1.95 Tapirira obtusa 3 3 0.19 1.25 0.39 1.83 Sloanea monosperma 12 7 0.74 0.14 0.91 1.79 Inga sp. 1 6 3 0.37 1.00 0.39 1.76 Myrcia subverticilaris 12 6 0.74 0.24 0.78 1.76 Pseudopiptadenia warmingii 1 1 0.06 1.56 0.13 1.75 Inga sp. 2. 4 3 0.25 1.04 0.39 1.68 Sparattosperma leucanthum 7 6 0.43 0.40 0.78 1.61 Himatanthus lancifolius 9 6 0.56 0.24 0.78 1.57 Guatteria villosissima 10 6 0.62 0.17 0.78 1.56 Myrcia venulosa 6 5 0.37 0.51 0.65 1.53 Aparisthmium cordatum 10 5 0.62 0.22 0.65 1.49 Siparuna guianensis 8 7 0.49 0.07 0.91 1.47 Ilex affinis 6 5 0.37 0.39 0.65 1.41 Psidium rufum 8 6 0.49 0.12 0.78 1.39 Myrcia splendens 6 5 0.37 0.34 0.65 1.36 Machaerium brasiliense 4 4 0.25 0.58 0.52 1.34 No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Maytenus sp. 1 6 4 0.37 0.41 0.52 1.30 Matayba elaeagnoides 6 6 0.37 0.14 0.78 1.28 Diospyros ketum 9 4 0.56 0.21 0.52 1.28 Cupania oblongifolia 8 3 0.49 0.34 0.39 1.22 Swartzia pilulifera 7 5 0.43 0.09 0.65 1.17 Myrcia hebepetala 6 3 0.37 0.39 0.39 1.15 Piptocarpha macropoda 4 4 0.25 0.36 0.52 1.12 Ocotea sp. 2 6 4 0.37 0.23 0.52 1.12 Cryptocaria cf. saligna 5 3 0.31 0.42 0.39 1.12 Cupania emarginata 3 3 0.19 0.54 0.39 1.11 Machaerium sp. 3 1 1 0.06 0.90 0.13 1.10 Myrcia retorta 5 3 0.31 0.39 0.39 1.08 Tapirira guianensis 3 3 0.19 0.47 0.39 1.04 Blepharocalyx salicifolius 4 4 0.25 0.26 0.52 1.02 Casearia decandra 3 2 0.19 0.55 0.26 0.99 Abarema obovata 6 4 0.37 0.10 0.52 0.99 Luehea grandiflora 4 4 0.25 0.21 0.52 0.97 Sclerolobium rugosum 1 1 0.06 0.77 0.13 0.96 Miconia inconspicua 6 3 0.37 0.17 0.39 0.93 Schefflera calva 3 3 0.19 0.35 0.39 0.92 Leandra cf. dasytricha 2 2 0.12 0.52 0.26 0.90 Terminalia glabrescens 3 2 0.19 0.46 0.26 0.90 Cupania vernalis 4 4 0.25 0.12 0.52 0.89 Machaerium sp. 2 5 4 0.31 0.06 0.52 0.88 Hieronyma alchorneoides 3 3 0.19 0.30 0.39 0.87 Matayba mollis 4 4 0.25 0.10 0.52 0.87 Euplassa legalis 4 4 0.25 0.07 0.52 0.83 Ocotea sp. 5 5 3 0.31 0.13 0.39 0.83 Daphnopsis cf. racemosa 5 3 0.31 0.11 0.39 0.81 Swartzia myrtifolia 5 3 0.31 0.07 0.39 0.77 Eugenia cf. eurisepala 4 3 0.25 0.13 0.39 0.76 Machaerium villosum 4 3 0.25 0.10 0.39 0.74 Myrciaria glanduliflora 4 3 0.25 0.10 0.39 0.73 Tibouchina sp. 1 1 0.06 0.53 0.13 0.72 Fabaceae sp. 2 1 1 0.06 0.51 0.13 0.70 Tabebuia sp. 4 2 0.25 0.18 0.26 0.69 Indeterminada sp. 27 2 2 0.12 0.29 0.26 0.68 Licaria armeniaca 1 1 0.06 0.48 0.13 0.67 Matayba guianensis 3 3 0.19 0.08 0.39 0.66 Emmotum nitens 2 2 0.12 0.28 0.26 0.66 Annonaceae sp. 2 1 0.12 0.39 0.13 0.65 Asteraceae sp. 5 2 0.31 0.05 0.26 0.62 Miconia chartacea 3 3 0.19 0.02 0.39 0.59 Miconia sp. 2 1 1 0.06 0.40 0.13 0.59 Indeterminada sp. 29 2 2 0.12 0.17 0.26 0.55 Lauraceae sp. 1 4 2 0.25 0.04 0.26 0.55 Roupala sp. 2 2 0.12 0.14 0.26 0.53 Myrcia sp. 2 2 2 0.12 0.14 0.26 0.53 Indeterminada sp. 12 1 1 0.06 0.32 0.13 0.51 Prunus myrtifolia 2 2 0.12 0.13 0.26 0.51 Croton sp. 2 2 0.12 0.13 0.26 0.51 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a No Ind 117 Espécie F l or a 118 Espécie No Ind No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Anadenanthera sp. 1 1 0.06 0.30 0.13 0.49 Schefflera longipetiolata 1 1 0.06 0.29 0.13 0.48 Mollinedia cf. triflora 2 2 0.12 0.10 0.26 0.48 Byrsonima sericea 1 1 0.06 0.28 0.13 0.47 Vitex sellowiana 3 2 0.19 0.03 0.26 0.47 Urbanodendron sp. 2 2 0.12 0.08 0.26 0.47 Eriotheca gracilipes 2 2 0.12 0.08 0.26 0.46 Indeterminada sp. 28 2 2 0.12 0.08 0.26 0.46 Ilex theezans 4 1 0.25 0.08 0.13 0.46 Ilex cf. grandis 2 2 0.12 0.07 0.26 0.45 Vitex cf. polygama 2 2 0.12 0.07 0.26 0.45 Ocotea percoriacea 2 2 0.12 0.07 0.26 0.45 Myrsine umbellata 2 2 0.12 0.07 0.26 0.45 Schefflera vinosa 2 2 0.12 0.06 0.26 0.45 Miconia cinnamomifolia 2 2 0.12 0.06 0.26 0.44 Fabaceae sp. 1 1 1 0.06 0.25 0.13 0.44 Miconia sp. 1 1 1 0.06 0.24 0.13 0.43 Machaerium sp. 1 2 2 0.12 0.05 0.26 0.43 Myrsine sp. 2 2 0.12 0.03 0.26 0.42 Indeterminada sp. 5 1 1 0.06 0.22 0.13 0.41 Psycotria sp. 2 2 0.12 0.03 0.26 0.41 Cassia ferruginea 2 2 0.12 0.02 0.26 0.40 Ocotea tenuiflora 2 2 0.12 0.01 0.26 0.40 Indeterminada sp. 3 1 1 0.06 0.16 0.13 0.35 Aspidosperma discolor 2 1 0.12 0.08 0.13 0.33 Indeterminada sp. 21 1 1 0.06 0.13 0.13 0.32 Simarouba versicolor 1 1 0.06 0.13 0.13 0.32 Styrax pohlii 1 1 0.06 0.13 0.13 0.32 Mollinedia sp. 2 1 0.12 0.06 0.13 0.31 Pimenta pseudocaryophyllus 1 1 0.06 0.10 0.13 0.29 Machaerium cf. floridum 1 1 0.06 0.10 0.13 0.29 Symplocos sp. 1 1 0.06 0.09 0.13 0.28 Vismia brasiliensis 2 1 0.12 0.03 0.13 0.28 Indeterminada sp. 13 1 1 0.06 0.09 0.13 0.28 Kielmeyera altissima 2 1 0.12 0.02 0.13 0.28 Hymenolobium janeirense 2 1 0.12 0.02 0.13 0.27 Ocotea sp. 1 2 1 0.12 0.02 0.13 0.27 Ocotea sp. 4 1 1 0.06 0.08 0.13 0.27 Sloanea cf. lasiocoma 1 1 0.06 0.08 0.13 0.27 Psychotria pleiocephala 2 1 0.12 0.01 0.13 0.27 Piptocarpha axillaris 1 1 0.06 0.07 0.13 0.26 Indeterminada sp. 9 1 1 0.06 0.07 0.13 0.26 Indeterminada sp. 6 1 1 0.06 0.07 0.13 0.26 Aspidosperma olivaceum 1 1 0.06 0.06 0.13 0.25 Indeterminada sp. 19 1 1 0.06 0.06 0.13 0.25 Licania kunthiana 1 1 0.06 0.05 0.13 0.24 Cecropia glazioui 1 1 0.06 0.05 0.13 0.24 Indeterminada sp. 17 1 1 0.06 0.05 0.13 0.24 Marlierea parviflora 1 1 0.06 0.05 0.13 0.24 Indeterminada sp. 4 1 1 0.06 0.04 0.13 0.23 Cordiera sessilis 1 1 0.06 0.04 0.13 0.23 No Amo Dens. Re Dom. Rel Freq. Re IVI Daphnopsis sp. 1 1 0.06 0.04 0.13 0.23 Ocotea nitidula 1 1 0.06 0.04 0.13 0.23 Pithecolobium incuriale 1 1 0.06 0.03 0.13 0.23 Miconia sp. 3 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Maprounea brasiliensis 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Eugenia sp. 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Indeterminada sp. 20 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Calyptranthes clusiaefolia 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Daphnopsis fasciculata 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Indeterminada sp. 16 1 1 0.06 0.03 0.13 0.22 Ixora cf. venulosa 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Ocotea cf. nutans 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Dalbergia nigra 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Roupala cf. ferruginea 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 23 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 10 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Salacia elliptica 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 26 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Protium heptaphyllum 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Toulicia subsquamulata 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 25 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 24 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Nectandra megapotamica 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Ilex cerasiifolia 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Indeterminada sp. 7 1 1 0.06 0.02 0.13 0.21 Ilex sp. 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Dalbergia sp. 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Sclerolobium paniculatum 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 18 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Garcinia gardneriana 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Ilex cf. psammophila 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Toulicia sp. 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 15 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 1 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 22 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Carpotroche brasiliensis 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Myrcia sp. 1 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Eugenia involucrata 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Ocotea sp. 3 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 11 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Miconia doriana 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Apuleia leiocarpa 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 14 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Myrciaria floribunda 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 2 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Endlicheria paniculata 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Cupania sp. 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Licania cf. hoehnei 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Aspidosperma leucomelanum 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Indeterminada sp. 8 1 1 0.06 0.01 0.13 0.20 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a No Ind 119 Espécie 120 F l o ra Tabela 59: Parâmetros fitossociológicos das espécies. Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Ocotea odorifera 15.37 63.33 184.4 0.1754 1.0 Alt. Ma 22.0 Morta 12.86 96.67 286.7 0.0539 1.4 16.0 Myrcia amazonica 12.17 73.33 244.4 0.0695 3.0 20.0 Amaioua guianensis 10.93 86.67 284.4 0.0335 1.5 22.0 Inga cylindrica 7.14 46.67 51.1 0.3535 4.5 24.0 Siphoneugena densiflora 5.94 60.00 113.3 0.0777 4.5 15.0 Copaifera langsdorfii 4.40 56.67 71.1 0.1076 4.0 18.0 Casearia arborea 4.61 46.67 64.4 0.1382 4.0 18.0 Laplacea tomentosa 5.12 33.33 42.2 0.2957 4.0 22.0 Myrsine coriacea 4.80 33.33 133.3 0.0259 3.0 13.0 13.0 Eugenia sonderiana 3.00 66.67 71.1 0.0456 4.0 Faramea cyanea 3.17 60.00 73.3 0.0485 2.5 9.0 Maytenus gonoclada 3.87 40.00 95.6 0.0401 3.0 14.0 Aspidosperma parvifolium 3.91 30.00 46.7 0.1771 2.0 22.0 Cinnamomum tomentulosum 3.34 33.33 46.7 0.1383 2.0 21.0 Psychotria vellosiana 3.02 30.00 77.8 0.0347 3.0 17.0 Astronium graveolens 2.60 36.67 46.7 0.0882 2.5 27.0 Hyptidendron asperrimum 2.72 33.33 33.3 0.1697 5.0 18.0 Myrcia rufipes 2.42 33.33 44.4 0.0844 5.0 17.0 Licania octandra 2.18 36.67 64.4 0.0190 4.0 9.0 Matayba marginata 2.35 26.67 51.1 0.0576 4.5 19.0 Ocotea laxa 2.03 33.33 35.6 0.0926 4.5 23.0 Guatteria sellowiana 1.97 33.33 31.1 0.1127 4.5 16.0 Clethra scabra 2.06 30.00 28.9 0.1374 5.0 14.0 Alchornea glandulosa 2.39 20.00 57.8 0.0430 4.0 15.0 Callisthene major 2.82 6.67 6.7 1.2503 10.0 20.0 23.0 Croton urucurana 2.16 20.00 28.9 0.1482 6.5 Cryptocaria moschata 2.13 20.00 31.1 0.1285 4.0 18.0 Roupala montana 1.94 20.00 33.3 0.0964 3.5 13.0 Myrcia guianensis 1.41 33.33 37.8 0.0304 4.0 10.0 Marlierea clausseniana 1.16 33.33 31.1 0.0298 4.0 13.0 Eugenia acutata 1.32 26.67 28.9 0.0562 3.5 10.0 Vochysia tucanorum 1.30 26.67 24.4 0.0802 3.5 15.0 Nectandra oppositifolia 1.64 16.67 17.8 0.2035 8.0 22.0 Bowdichia virgilioides 1.47 20.00 24.4 0.1026 3.0 14.0 13.0 Myrcia detergens 1.62 13.33 31.1 0.0770 6.5 Marlierea obscura 1.01 26.67 26.7 0.0323 5.0 12.0 Cabralea canjerana 0.83 30.00 22.2 0.0295 1.5 9.0 Matayba sp. 0.91 26.67 17.8 0.0743 4.0 15.0 Tapirira obtusa 1.44 10.00 6.7 0.5950 16.0 23.0 Sloanea monosperma 0.88 23.33 26.7 0.0168 3.5 7.5 Inga sp. 1 1.37 10.00 13.3 0.2378 9.0 20.0 Myrcia subverticilaris 0.98 20.00 26.7 0.0283 3.0 8.0 Pseudopiptadenia warmingii 1.62 3.33 2.2 2.2167 22.0 22.0 Inga sp. 2 1.29 10.00 8.9 0.3707 15.0 20.0 Sparattosperma leucanthum 0.83 20.00 15.6 0.0810 7.0 121.0 Himatanthus lancifolius 0.80 20.00 20.0 0.0378 4.0 12.0 Guatteria villosissima 0.79 20.00 22.2 0.0239 4.5 13.0 Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi 0.88 16.67 13.3 0.1207 2.5 Alt. Ma 12.0 Aparisthmium cordatum 0.84 16.67 22.2 0.0315 4.0 11.0 Siparuna guianensis 0.56 23.33 17.8 0.0121 4.0 6.0 Ilex affinis 0.76 16.67 13.3 0.0928 5.0 12.0 Psidium rufum 0.62 20.00 17.8 0.0215 2.5 10.0 Myrcia splendens 0.71 16.67 13.3 0.0809 2.5 22.0 Machaerium brasiliense 0.83 13.33 8.9 0.2060 14.0 17.0 Maytenus sp. 1 0.78 13.33 13.3 0.0975 6.0 14.0 Matayba elaeagnoides 0.51 20.00 13.3 0.0326 5.0 11.0 Diospyros ketum 0.77 13.33 20.0 0.0332 5.5 9.0 Cupania oblongifolia 0.83 10.00 17.8 0.0599 4.0 13.0 Swartzia pilulifera 0.52 16.67 15.6 0.0183 5.0 7.0 Myrcia hebepetala 0.76 10.00 13.3 0.0929 4.0 9.5 Piptocarpha macropoda 0.61 13.33 8.9 0.1277 12.0 14.0 Ocotea sp. 2 0.60 13.33 13.3 0.0552 7.0 12.0 Cryptocaria cf. saligna 0.73 10.00 11.1 0.1190 6.0 16.0 Cupania emarginata 0.72 10.00 6.7 0.2557 7.0 18.0 Machaerium sp. 3 0.97 3.33 2.2 1.2868 22.0 22.0 Myrcia retorta 0.70 10.00 11.1 0.1100 4.5 11.0 Tapirira guianensis 0.66 10.00 6.7 0.2230 8.5 15.0 Blepharocalyx salicifolius 0.51 13.33 8.9 0.0921 4.0 14.0 Casearia decandra 0.73 6.67 6.7 0.2594 8.0 18.0 Abarema obovata 0.47 13.33 13.3 0.0240 4.0 8.0 Luehea grandiflora 0.46 13.33 8.9 0.0745 4.5 13.0 Sclerolobium rugosum 0.83 3.33 2.2 1.0936 15.0 15.0 Miconia inconspicua 0.54 10.00 13.3 0.0409 5.5 7.5 13.0 Schefflera calva 0.53 10.00 6.7 0.1650 10.0 Leandra cf. dasytricha 0.65 6.67 4.4 0.3711 10.0 18.0 Terminalia glabrescens 0.65 6.67 6.7 0.2179 8.0 21.0 Cupania vernalis 0.37 13.33 8.9 0.0434 6.0 12.0 Machaerium sp. 2 0.37 13.33 11.1 0.0164 2.5 6.5 Hieronyma alchorneoides 0.48 10.00 6.7 0.1417 6.0 15.0 Matayba mollis 0.35 13.33 8.9 0.0371 6.5 14.0 Euplassa legalis 0.32 13.33 8.9 0.0242 4.5 11.5 Ocotea sp. 5 0.44 10.00 11.1 0.0369 5.5 7.0 Daphnopsis cf. racemosa 0.42 10.00 11.1 0.0322 5.0 11.0 Swartzia myrtifolia 0.38 10.00 11.1 0.0193 5.5 7.0 Eugenia cf. eurisepala 0.37 10.00 8.9 0.0447 4.0 10.0 Machaerium villosum 0.35 10.00 8.9 0.0367 4.0 8.5 Myrciaria glanduliflora 0.34 10.00 8.9 0.0341 4.0 8.0 Tibouchina sp. 0.59 3.33 2.2 0.7555 16.0 16.0 Fabaceae sp. 2 0.57 3.33 2.2 0.7238 18.0 18.0 16.0 Tabebuia sp. 0.43 6.67 8.9 0.0658 4.0 Indeterminada sp. 27 0.42 6.67 4.4 0.2097 15.0 16.0 Licaria armeniaca 0.54 3.33 2.2 0.6793 14.0 14.0 Matayba guianensis 0.27 10.00 6.7 0.0403 8.0 9.0 Emmotum nitens 0.40 6.67 4.4 0.1962 10.5 20.0 Annonaceae sp. 0.52 3.33 4.4 0.2804 14.0 15.0 Asteraceae sp. 0.36 6.67 11.1 0.0146 5.0 8.0 Miconia chartacea 0.21 10.00 6.7 0.0096 4.0 6.5 Miconia sp. 2 0.46 3.33 2.2 0.5675 17.0 17.0 B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a IVC Myrcia venulosa 121 Espécie Faramea cyanea Eremanthus sp. Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma 0.29 6.67 4.4 0.1203 13.0 15.0 Lauraceae sp. 1 0.29 6.67 8.9 0.0139 3.5 8.0 Roupala sp. 0.27 6.67 4.4 0.1029 4.5 8.0 7.5 Myrcia sp. 2 0.27 6.67 4.4 0.1021 5.5 Indeterminada sp. 12 0.38 3.33 2.2 0.4596 25.0 25.0 Prunus myrtifolia 0.25 6.67 4.4 0.0925 10.0 12.0 Croton sp. 0.25 6.67 4.4 0.0920 11.0 14.0 Anadenanthera sp. 0.36 3.33 2.2 0.4243 17.0 17.0 Schefflera longipetiolata 0.35 3.33 2.2 0.4128 14.0 14.0 Mollinedia cf. triflora 0.22 6.67 4.4 0.0696 9.0 14.0 Byrsonima sericea 0.34 3.33 2.2 0.4015 16.0 16.0 Vitex sellowiana 0.21 6.67 6.7 0.0129 6.0 9.0 Urbanodendron sp. 0.21 6.67 4.4 0.0592 8.0 9.0 Eriotheca gracilipes 0.20 6.67 4.4 0.0578 5.0 8.0 Indeterminada sp. 28 0.20 6.67 4.4 0.0538 7.0 14.0 Ilex theezans 0.33 3.33 8.9 0.0285 9.0 10.0 Ilex cf. grandis 0.19 6.67 4.4 0.0505 7.5 9.0 Vitex cf. polygama 0.19 6.67 4.4 0.0484 7.5 13.0 Ocotea percoriacea 0.19 6.67 4.4 0.0472 8.0 10.0 Myrsine umbellata 0.19 6.67 4.4 0.0464 7.0 7.5 Schefflera vinosa 0.19 6.67 4.4 0.0445 4.0 10.0 Miconia cinnamomifolia 0.18 6.67 4.4 0.0415 5.5 12.0 Fabaceae sp. 1 0.31 3.33 2.2 0.3526 11.0 11.0 Miconia sp. 1 0.30 3.33 2.2 0.3421 17.0 17.0 Machaerium sp. 1 0.17 6.67 4.4 0.0323 4.5 7.5 Myrsine sp. 0.16 6.67 4.4 0.0236 6.5 9.0 Indeterminada sp. 5 0.28 3.33 2.2 0.3117 24.0 24.0 Psycotria sp. 0.15 6.67 4.4 0.0181 5.0 8.0 Cassia ferruginea 0.14 6.67 4.4 0.0140 4.5 5.5 Ocotea tenuiflora 0.14 6.67 4.4 0.0099 4.5 5.0 Indeterminada sp. 3 0.22 3.33 2.2 0.2248 12.0 12.0 Aspidosperma discolor 0.20 3.33 4.4 0.0552 7.0 8.0 Indeterminada sp. 21 0.19 3.33 2.2 0.1886 27.0 27.0 Simarouba versicolor 0.19 3.33 2.2 0.1817 8.5 8.5 Styrax pohlii 0.19 3.33 2.2 0.1810 17.0 17.0 10.0 Mollinedia sp. 0.18 3.33 4.4 0.0426 10.0 Pimenta pseudocaryophyllus 0.16 3.33 2.2 0.1426 13.0 13.0 Machaerium cf. floridum 0.16 3.33 2.2 0.1385 17.0 17.0 Symplocos sp. 0.15 3.33 2.2 0.1286 11.0 11.0 Vismia brasiliensis 0.15 3.33 4.4 0.0180 4.0 5.5 Indeterminada sp. 13 0.15 3.33 2.2 0.1219 13.0 13.0 Kielmeyera altissima 0.15 3.33 4.4 0.0163 5.0 7.0 Hymenolobium janeirense 0.14 3.33 4.4 0.0118 4.5 5.0 Ocotea sp. 1 0.14 3.33 4.4 0.0114 5.0 7.0 Ocotea sp. 4 0.14 3.33 2.2 0.1104 19.0 19.0 Sloanea cf. lasiocoma 0.14 3.33 2.2 0.1075 14.0 14.0 Psychotria pleiocephala 0.14 3.33 4.4 0.0087 4.0 4.0 Piptocarpha axillaris 0.14 3.33 2.2 0.1046 12.0 12.0 Indeterminada sp. 9 0.13 3.33 2.2 0.0969 7.0 7.0 Indeterminada sp. 6 0.13 3.33 2.2 0.0935 15.0 15.0 Aspidosperma olivaceum 0.12 3.33 2.2 0.0855 12.0 12.0 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a IVC Indeterminada sp. 29 123 Espécie 124 F l or a Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Indeterminada sp. 19 0.12 3.33 2.2 0.0804 12.0 12.0 Licania kunthiana 0.11 3.33 2.2 0.0755 12.0 12.0 Cecropia glazioui 0.11 3.33 2.2 0.0731 12.0 12.0 Indeterminada sp. 17 0.11 3.33 2.2 0.0683 9.0 9.0 Marlierea parviflora 0.11 3.33 2.2 0.0673 15.0 15.0 Indeterminada sp. 4 0.10 3.33 2.2 0.0594 9.0 9.0 Cordiera sessilis 0.10 3.33 2.2 0.0573 10.0 10.0 Daphnopsis sp. 0.10 3.33 2.2 0.0552 12.0 12.0 Ocotea nitidula 0.10 3.33 2.2 0.0511 9.0 9.0 Pithecolobium incuriale 0.10 3.33 2.2 0.0491 7.0 7.0 7.0 Miconia sp. 3 0.10 3.33 2.2 0.0481 7.0 Maprounea brasiliensis 0.09 3.33 2.2 0.0452 8.0 8.0 Eugenia sp. 0.09 3.33 2.2 0.0434 9.0 9.0 Indeterminada sp. 20 0.09 3.33 2.2 0.0434 13.0 13.0 Calyptranthes clusiaefolia 0.09 3.33 2.2 0.0367 7.0 7.0 Daphnopsis fasciculata 0.09 3.33 2.2 0.0363 8.0 8.0 Indeterminada sp. 16 0.09 3.33 2.2 0.0363 9.0 9.0 Ixora cf. venulosa 0.09 3.33 2.2 0.0330 5.5 5.5 Ocotea cf. nutans 0.09 3.33 2.2 0.0330 8.0 8.0 Dalbergia nigra 0.09 3.33 2.2 0.0330 8.0 8.0 Roupala cf. ferruginea 0.08 3.33 2.2 0.0284 5.0 5.0 Indeterminada sp. 23 0.08 3.33 2.2 0.0284 8.0 8.0 Indeterminada sp. 10 0.08 3.33 2.2 0.0284 7.5 7.5 Salacia elliptica 0.08 3.33 2.2 0.0269 6.5 6.5 Indeterminada sp. 26 0.08 3.33 2.2 0.0254 10.0 10.0 Protium heptaphyllum 0.08 3.33 2.2 0.0254 7.0 7.0 Toulicia subsquamulata 0.08 3.33 2.2 0.0241 5.0 5.0 Indeterminada sp. 25 0.08 3.33 2.2 0.0241 9.0 9.0 Indeterminada sp. 24 0.08 3.33 2.2 0.0241 8.0 8.0 Nectandra megapotamica 0.08 3.33 2.2 0.0227 9.0 9.0 Ilex cerasiifolia 0.08 3.33 2.2 0.0214 6.5 6.5 Indeterminada sp. 7 0.08 3.33 2.2 0.0214 7.5 7.5 Ilex sp. 0.08 3.33 2.2 0.0189 6.5 6.5 Dalbergia sp. 0.07 3.33 2.2 0.0177 5.0 5.0 Sclerolobium paniculatum 0.07 3.33 2.2 0.0165 7.0 7.0 Indeterminada sp. 18 0.07 3.33 2.2 0.0165 3.5 3.5 Garcinia gardneriana 0.07 3.33 2.2 0.0154 7.0 7.0 Ilex cf. psammophila 0.07 3.33 2.2 0.0154 7.0 7.0 Toulicia sp. 0.07 3.33 2.2 0.0143 6.0 6.0 Indeterminada sp. 15 0.07 3.33 2.2 0.0143 7.0 7.0 Indeterminada sp. 1 0.07 3.33 2.2 0.0143 4.0 4.0 Indeterminada sp. 22 0.07 3.33 2.2 0.0133 8.0 8.0 4.0 Carpotroche brasiliensis 0.07 3.33 2.2 0.0133 4.0 Myrcia sp. 1 0.07 3.33 2.2 0.0133 4.5 4.5 Eugenia involucrata 0.07 3.33 2.2 0.0123 7.0 7.0 Ocotea sp. 3 0.07 3.33 2.2 0.0123 5.0 5.0 Indeterminada sp. 11 0.07 3.33 2.2 0.0113 4.0 4.0 Miconia doriana 0.07 3.33 2.2 0.0113 4.0 4.0 Apuleia leiocarpa 0.07 3.3 2.2 0.0104 5.5 5.5 Indeterminada sp. 14 0.07 3.33 2.2 0.0104 5.0 5.0 Espécie IVC Freq. Ab Dens. Ab Dom. Med. Alt. Mi Alt. Ma Myrciaria floribunda 0.07 3.33 2.2 0.0095 5.5 5.5 Indeterminada sp. 2 0.07 3.33 2.2 0.0095 6.5 6.5 Endlicheria paniculata 0.07 3.33 2.2 0.0087 4.0 4.0 Cupania sp. 0.07 3.33 2.2 0.0087 3.5 3.5 Licania cf. hoehnei 0.07 3.33 2.2 0.0079 4.5 4.5 Aspidosperma leucomelanum 0.07 3.33 2.2 0.0079 4.0 4.0 Indeterminada sp. 8 0.07 3.33 2.2 0.0079 5.0 5.0 Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Ocotea odorifera 10.5 10.0 141.1 37.4 14.5605 240.9531 Morta 5.1 10.0 87.0 21.8 6.9484 54.0739 Myrcia amazonica 10.1 10.5 63.6 26.8 7.6418 93.4676 Amaioua guianensis 6.0 4.5 59.3 18.7 4.2858 30.0516 Inga cylindrica 15.3 14.0 119.0 61.5 8.1302 146.8207 Siphoneugena densiflora 9.5 11.0 73.1 28.8 3.9613 41.7566 Copaifera langsdorfii 11.3 10.0 68.0 33.5 3.4433 45.4767 Casearia arborea 8.6 2.5 176.8 27.4 4.0076 36.7640 Laplacea tomentosa 13.2 14.5 116.7 54.5 5.6187 91.3271 Myrsine coriacea 7.0 10.0 44.6 16.5 1.5566 13.0279 Eugenia sonderiana 8.1 10.5 46.5 21.8 1.4581 13.9579 Faramea cyanea 5.3 10.0 73.7 21.8 1.6002 10.7182 Maytenus gonoclada 7.1 10.0 61.5 19.4 1.7238 16.6674 Aspidosperma parvifolium 8.0 11.0 109.4 37.0 3.7200 55.1246 Cinnamomum tomentulosum 10.1 1.0 85.5 35.2 2.9039 42.7324 Psychotria vellosiana 5.8 10.0 66.6 18.4 1.2145 11.4274 Astronium graveolens 10.8 10.5 74.0 29.3 1.8525 27.7173 Hyptidendron asperrimum 10.2 14.5 89.0 40.7 2.5452 32.8559 Myrcia rufipes 8.6 11.0 75.8 28.4 1.6887 16.8178 Licania octandra 6.1 10.0 27.5 14.9 0.5521 3.7461 Matayba marginata 10.1 13.0 56.0 25.0 1.3251 16.8297 Ocotea laxa 11.1 10.5 64.5 29.2 1.4817 21.9717 Guatteria sellowiana 9.4 10.0 88.0 29.5 1.5772 21.9056 Clethra scabra 10.7 15.0 65.5 38.9 1.7859 21.2393 Alchornea glandulosa 7.9 10.5 62.0 20.4 1.1187 11.4031 Callisthene major 13.3 27.0 199.9 103.6 3.7508 68.9022 Croton urucurana 14.7 16.0 88.0 37.9 1.9271 36.8301 Cryptocaria moschata 10.3 12.5 103.8 32.8 1.7994 26.4193 Roupala montana 7.6 11.5 85.7 29.1 1.4454 15.5447 Myrcia guianensis 6.1 10.5 32.5 18.4 0.5164 3.6999 Marlierea clausseniana 5.8 10.5 37.0 18.2 0.4168 3.1753 Eugenia acutata 6.8 12.9 43.0 25.0 0.7303 5.5814 Vochysia tucanorum 6.7 13.0 70.5 28.3 0.8827 9.1294 Nectandra oppositifolia 14.1 16.5 99.3 42.5 1.6283 31.4629 Bowdichia virgilioides 10.1 15.0 57.0 34.1 1.1288 12.9029 Myrcia detergens 9.3 11.5 65.7 27.9 1.0783 12.0523 Marlierea obscura 7.0 11.0 37.5 18.6 0.3874 2.9223 Cabralea canjerana 5.6 9.5 43.5 16.9 0.2954 2.1380 125 Espécie Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 60: Parâmetros fitossociológicos das espécies. F l or a 126 Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Matayba sp. 10.4 11.0 56.0 27.4 0.5941 7.5111 Tapirira obtusa 20.0 56.5 119.8 82.8 1.7849 37.0434 Sloanea monosperma 4.7 10.5 18.2 14.4 0.2019 0.9920 Inga sp. 1 15.0 22.0 88.0 47.6 1.4265 26.8387 Myrcia subverticilaris 4.7 11.0 30.5 18.0 0.3396 1.8323 Pseudopiptadenia warmingii 22.0 168.0 168.0 168.0 2.2167 48.7676 Inga sp. 2 17.3 31.0 82.0 65.5 1.4827 26.5207 Sparattosperma leucanthum 26.6 14.0 41.0 30.7 0.5671 21.0868 Himatanthus lancifolius 7.7 10.0 37.5 20.3 0.3403 3.1270 Guatteria villosissima 8.0 10.5 31.0 16.5 0.2391 2.2514 Myrcia venulosa 8.7 11.0 54.7 35.7 0.7244 7.2522 Aparisthmium cordatum 6.9 11.0 43.3 17.6 0.3148 2.8888 Siparuna guianensis 5.2 10.0 17.0 12.2 0.0971 0.5023 Ilex affinis 7.0 11.5 75.6 25.9 0.5569 6.0823 Psidium rufum 5.0 10.0 26.0 15.4 0.1721 1.0598 Myrcia splendens 7.7 10.5 69.0 24.9 0.4852 8.8811 Machaerium brasiliense 15.0 35.5 63.0 50.3 0.8241 12.6971 Maytenus sp. 1 8.8 11.5 63.3 31.0 0.5851 5.6007 Matayba elaeagnoides 7.2 10.5 34.0 18.8 0.1959 1.6686 Diospyros ketum 7.3 14.0 29.0 19.9 0.2987 2.3152 Cupania oblongifolia 9.3 10.5 38.0 25.9 0.4793 4.9529 Swartzia pilulifera 6.0 10.5 22.0 14.8 0.1278 0.7561 Myrcia hebepetala 6.8 12.0 56.0 29.7 0.5575 4.6423 Piptocarpha macropoda 12.8 25.5 56.0 38.4 0.5110 6.6862 Ocotea sp. 2 9.7 13.5 40.0 24.8 0.3312 3.6384 Cryptocaria cf. saligna 10.3 10.0 51.0 35.0 0.5950 7.3193 Cupania emarginata 11.7 12.0 93.2 45.2 0.7672 13.1002 Machaerium sp. 3 22.0 128.0 128.0 128.0 1.2868 28.3095 Myrcia retorta 6.7 13.5 55.0 34.5 0.5500 4.3561 Tapirira guianensis 12.8 27.0 67.8 50.4 0.6691 9.6646 Blepharocalyx salicifolius 9.5 10.0 59.0 29.0 0.3684 3.5746 Casearia decandra 12.3 18.0 95.5 45.0 0.7781 13.4964 Abarema obovata 6.5 11.5 23.0 17.1 0.1439 1.0063 Luehea grandiflora 7.9 16.0 51.0 27.4 0.2982 3.3051 Sclerolobium rugosum 15.0 118.0 118.0 118.0 1.0936 16.4038 Miconia inconspicua 6.2 13.0 29.2 21.9 0.2453 1.5366 Schefflera calva 11.7 23.0 63.0 42.8 0.4951 5.6994 Leandra cf. dasytricha 14.0 35.5 90.5 63.0 0.7422 12.5685 Terminalia glabrescens 14.0 34.0 63.5 51.2 0.6538 10.5788 Cupania vernalis 8.0 12.5 40.5 20.4 0.1735 1.8462 Machaerium sp. 2 4.0 10.0 20.9 14.0 0.0821 0.3144 Hieronyma alchorneoides 9.8 19.0 51.7 39.8 0.4250 4.7573 Matayba mollis 8.8 12.0 26.6 21.0 0.1483 1.3246 Euplassa legalis 8.1 11.5 28.5 16.0 0.0968 0.9335 Ocotea sp. 5 6.1 10.5 30.0 20.2 0.1846 1.1987 Daphnopsis cf. racemosa 8.0 15.0 25.4 19.8 0.1611 1.4447 Swartzia myrtifolia 6.4 13.0 18.0 15.6 0.0966 0.6169 Eugenia cf. eurisepala 7.4 10.0 37.5 21.0 0.1789 1.6964 Machaerium villosum 6.3 14.0 31.9 20.5 0.1468 1.0639 Myrciaria glanduliflora 6.9 14.0 31.0 19.8 0.1363 1.0172 Tibouchina sp. 16.0 98.1 98.1 98.1 0.7555 12.0885 Fabaceae sp. 2 18.0 96.0 96.0 96.0 0.7238 13.0288 Tabebuia sp. 9.5 16.0 41.0 27.3 0.2631 3.1097 Indeterminada sp. 27 15.5 28.0 67.5 47.8 0.4194 6.6492 Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Licaria armeniaca 14.0 93.0 93.0 93.0 0.6793 9.5101 Matayba guianensis 8.3 15.0 32.0 21.3 0.1208 1.0468 Emmotum nitens 15.3 25.3 66.0 45.6 0.3924 7.3703 Annonaceae sp. 14.5 59.5 60.0 59.8 0.5608 8.1339 Asteraceae sp. 5.7 10.5 19.0 13.3 0.0732 0.4588 Miconia chartacea 5.3 10.0 12.0 11.0 0.0287 0.1486 Miconia sp. 2 17.0 85.0 85.0 85.0 0.5675 9.6467 Indeterminada sp. 29 14.0 17.5 52.5 35.0 0.2405 3.5598 Lauraceae sp. 1 5.3 10.0 15.5 13.1 0.0557 0.3113 Roupala sp. 6.3 13.0 49.5 31.3 0.2059 1.6005 Myrcia sp. 2 6.5 28.0 42.6 35.3 0.2042 1.2465 Indeterminada sp. 12 25.0 76.5 76.5 76.5 0.4596 11.4909 Prunus myrtifolia 11.0 15.5 46.0 30.8 0.1851 1.8883 Croton sp. 12.5 30.0 38.0 34.0 0.1841 2.3653 Anadenanthera sp. 17.0 73.5 73.5 73.5 0.4243 7.2130 Schefflera longipetiolata 14.0 72.5 72.5 72.5 0.4128 5.7795 Mollinedia cf. triflora 11.5 25.5 33.5 29.5 0.1392 1.6936 Byrsonima sericea 16.0 71.5 71.5 71.5 0.4015 6.4242 Vitex sellowiana 7.8 10.5 15.5 12.7 0.0388 0.3179 Urbanodendron sp. 8.5 21.0 32.7 26.8 0.1184 1.0306 Eriotheca gracilipes 6.5 23.9 30.0 27.0 0.1155 0.7898 Indeterminada sp. 28 10.5 21.0 30.5 25.8 0.1077 1.2653 Ilex theezans 9.3 15.5 22.5 18.9 0.1139 1.0553 Ilex cf. grandis 8.3 11.5 34.0 22.7 0.1010 0.7732 Vitex cf. polygama 10.3 23.0 26.5 24.8 0.0967 0.9538 Ocotea percoriacea 9.0 19.0 29.0 24.0 0.0944 0.8869 Myrsine umbellata 7.3 22.5 26.0 24.3 0.0929 0.6699 127 Espécie Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Dyssochroma viridiflora F l or a 128 Espécie Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Schefflera vinosa 7.0 10.5 32.0 21.3 0.0891 0.8389 Miconia cinnamomifolia 8.8 12.5 30.0 21.3 0.0830 0.9157 Fabaceae sp. 1 11.0 67.0 67.0 67.0 0.3526 3.8782 Miconia sp. 1 17.0 66.0 66.0 66.0 0.3421 5.8160 Machaerium sp. 1 6.0 19.0 21.5 20.3 0.0647 0.3999 Myrsine sp. 7.8 15.5 19.0 17.3 0.0472 0.3778 Indeterminada sp. 5 24.0 63.0 63.0 63.0 0.3117 7.4814 Psycotria sp. 6.5 10.0 19.0 14.5 0.0362 0.2661 Cassia ferruginea 5.0 11.5 15.0 13.3 0.0281 0.1366 Ocotea tenuiflora 4.8 11.0 11.5 11.3 0.0199 0.0943 Indeterminada sp. 3 12.0 53.5 53.5 53.5 0.2248 2.6976 Aspidosperma discolor 7.5 22.5 30.0 26.2 0.1104 0.8438 Indeterminada sp. 21 27.0 49.0 49.0 49.0 0.1886 5.0915 Simarouba versicolor 8.5 48.1 48.1 48.1 0.1817 1.5445 Styrax pohlii 17.0 48.0 48.0 48.0 0.1810 3.0762 Mollinedia sp. 10.0 22.0 24.5 23.3 0.0852 0.8516 Pimenta pseudocaryophyllus 13.0 42.6 42.6 42.6 0.1426 1.8538 Machaerium cf. floridum 17.0 42.0 42.0 42.0 0.1385 2.3553 Symplocos sp. 11.0 40.5 40.5 40.5 0.1286 1.4143 Vismia brasiliensis 4.8 13.0 17.0 15.0 0.0360 0.1638 Indeterminada sp. 13 13.0 39.4 39.4 39.4 0.1219 1.5842 Kielmeyera altissima 6.0 12.0 16.5 14.3 0.0327 0.2062 Hymenolobium janeirense 4.8 12.0 12.5 12.3 0.0236 0.1118 Ocotea sp. 1 6.0 11.0 13.0 12.0 0.0228 0.1404 Ocotea sp. 4 19.0 37.5 37.5 37.5 0.1104 2.0985 Sloanea cf. lasiocoma 14.0 37.0 37.0 37.0 0.1075 1.5053 Psychotria pleiocephala 4.0 10.0 11.0 10.5 0.0174 0.0694 Piptocarpha axillaris 12.0 36.5 36.5 36.5 0.1046 1.2556 Indeterminada sp. 9 7.0 35.1 35.1 35.1 0.0969 0.6785 Indeterminada sp. 6 15.0 34.5 34.5 34.5 0.0935 1.4022 Aspidosperma olivaceum 12.0 33.0 33.0 33.0 0.0855 1.0264 Indeterminada sp. 19 12.0 32.0 32.0 32.0 0.0804 0.9651 Licania kunthiana 12.0 31.0 31.0 31.0 0.0755 0.9057 Cecropia glazioui 12.0 30.5 30.5 30.5 0.0731 0.8767 Indeterminada sp. 17 9.0 29.5 29.5 29.5 0.0683 0.6151 Marlierea parviflora 15.0 29.3 29.3 29.3 0.0673 1.0093 Indeterminada sp. 4 9.0 27.5 27.5 27.5 0.0594 0.5346 Cordiera sessilis 10.0 27.0 27.0 27.0 0.0573 0.5726 Daphnopsis sp. 12.0 26.5 26.5 26.5 0.0552 0.6619 Ocotea nitidula 9.0 25.5 25.5 25.5 0.0511 0.4596 Pithecolobium incuriale 7.0 25.0 25.0 25.0 0.0491 0.3436 Miconia sp. 3 7.0 24.7 24.7 24.7 0.0481 0.3365 Maprounea brasiliensis 8.0 24.0 24.0 24.0 0.0452 0.3619 Eugenia sp. 9.0 23.5 23.5 23.5 0.0434 0.3904 Indeterminada sp. 20 13.0 23.5 23.5 23.5 0.0434 0.5639 Calyptranthes clusiaefolia 7.0 21.6 21.6 21.6 0.0367 0.2572 Daphnopsis fasciculata 8.0 21.5 21.5 21.5 0.0363 0.2904 Indeterminada sp. 16 9.0 21.5 21.5 21.5 0.0363 0.3267 Ixora cf. venulosa 5.5 20.5 20.5 20.5 0.0330 0.1815 Ocotea cf. nutans 8.0 20.5 20.5 20.5 0.0330 0.2641 Dalbergia nigra 8.0 20.5 20.5 20.5 0.0330 0.2641 Roupala cf. ferruginea 5.0 19.0 19.0 19.0 0.0284 0.1418 Indeterminada sp. 23 8.0 19.0 19.0 19.0 0.0284 0.2268 Alt. Me Diam. M Diam. M Diam. M Ar. Bas. Volume Indeterminada sp. 10 7.5 19.0 19.0 19.0 0.0284 0.2126 Salacia elliptica 6.5 18.5 18.5 18.5 0.0269 0.1747 Indeterminada sp. 26 10.0 18.0 18.0 18.0 0.0254 0.2545 Protium heptaphyllum 7.0 18.0 18.0 18.0 0.0254 0.1781 Toulicia subsquamulata 5.0 17.5 17.5 17.5 0.0241 0.1203 Indeterminada sp. 25 9.0 17.5 17.5 17.5 0.0241 0.2165 Indeterminada sp. 24 8.0 17.5 17.5 17.5 0.0241 0.1924 Nectandra megapotamica 9.0 17.0 17.0 17.0 0.0227 0.2043 Ilex cerasiifolia 6.5 16.5 16.5 16.5 0.0214 0.1390 Indeterminada sp. 7 7.5 16.5 16.5 16.5 0.0214 0.1604 Ilex sp. 6.5 15.5 15.5 15.5 0.0189 0.1226 Dalbergia sp. 5.0 15.0 15.0 15.0 0.0177 0.0884 Sclerolobium paniculatum 7.0 14.5 14.5 14.5 0.0165 0.1156 Indeterminada sp. 18 3.5 14.5 14.5 14.5 0.0165 0.0578 Garcinia gardneriana 7.0 14.0 14.0 14.0 0.0154 0.1078 Ilex cf. psammophila 7.0 14.0 14.0 14.0 0.0154 0.1078 Toulicia sp. 6.0 13.5 13.5 13.5 0.0143 0.0859 Indeterminada sp. 15 7.0 13.5 13.5 13.5 0.0143 0.1002 Indeterminada sp. 1 4.0 13.5 13.5 13.5 0.0143 0.0573 Indeterminada sp. 22 8.0 13.0 13.0 13.0 0.0133 0.1062 Carpotroche brasiliensis 4.0 13.0 13.0 13.0 0.0133 0.0531 Myrcia sp. 1 4.5 13.0 13.0 13.0 0.0133 0.0597 Eugenia involucrata 7.0 12.5 12.5 12.5 0.0123 0.0859 Ocotea sp. 3 5.0 12.5 12.5 12.5 0.0123 0.0614 Indeterminada sp. 11 4.0 12.0 12.0 12.0 0.0113 0.0452 Miconia doriana 4.0 12.0 12.0 12.0 0.0113 0.0452 Apuleia leiocarpa 5.5 11.5 11.5 11.5 0.0104 0.0571 Indeterminada sp. 14 5.0 11.5 11.5 11.5 0.0104 0.0519 Myrciaria floribunda 5.5 11.0 11.0 11.0 0.0095 0.0523 Indeterminada sp. 2 6.5 11.0 11.0 11.0 0.0095 0.0618 Endlicheria paniculata 4.0 10.5 10.5 10.5 0.0087 0.0346 Cupania sp. 3.5 10.5 10.5 10.5 0.0087 0.0303 Licania cf. hoehnei 4.5 10.0 10.0 10.0 0.0079 0.0353 Aspidosperma leucomelanum 4.0 10.0 10.0 10.0 0.0079 0.0314 Indeterminada sp. 8 5.0 10.0 10.0 10.0 0.0079 0.0393 Tabela 61: Parâmetros fitossociológicos das famílias. No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Myrtaceae 347 26 12.56 771.1 0.0632 100.00 Dens. Re 21.46 Lauraceae 177 20 9.66 393.3 0.1396 86.67 10.95 Fabaceae 125 26 12.56 277.8 0.1881 100.00 7.73 Rubiaceae 202 7 3.38 448.9 0.0359 100.00 12.49 Morta 129 1 0.48 286.7 0.0539 96.67 7.98 Sapindaceae 62 11 5.31 137.8 0.0621 80.00 3.83 Euphorbiaceae 55 6 2.90 122.2 0.0730 50.00 3.40 Flacourtiaceae 33 3 1.45 73.3 0.1454 50.00 2.04 Anacardiaceae 27 3 1.45 60.0 0.1595 53.33 1.67 Apocynaceae 34 5 2.42 75.6 0.1254 43.33 2.10 Indeterminada 32 29 14.01 71.1 0.0876 56.67 1.98 Myrsinaceae 64 3 1.45 142.2 0.0265 33.33 3.96 Theaceae 19 1 0.48 42.2 0.2957 33.33 1.18 Celastraceae 49 2 0.97 108.9 0.0471 40.00 3.03 129 Família Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Espécie Família No Ind No Spp % Spp Dens. Ab Dom. Med. Freq. Ab Dens. Re Vochysiaceae 14 2 0.97 31.1 0.3310 30.00 0.87 Melastomataceae 18 9 4.35 40.0 0.1569 40.00 1.11 Annonaceae 26 3 1.45 57.8 0.0914 36.67 1.61 Proteaceae 22 4 1.93 48.9 0.0807 40.00 1.36 Chrysobalanaceae 31 3 1.45 68.9 0.0205 40.00 1.92 Lamiaceae 15 1 0.48 33.3 0.1697 33.33 0.93 Clethraceae 13 1 0.48 28.9 0.1374 30.00 0.80 Aquifoliaceae 15 6 2.90 33.3 0.0552 26.67 0.93 Meliaceae 10 1 0.48 22.2 0.0295 30.00 0.62 Elaeocarpaceae 13 2 0.97 28.9 0.0238 26.67 0.80 Monimiaceae 12 3 1.45 26.7 0.0268 26.67 0.74 Bignoniaceae 11 2 0.97 24.4 0.0755 20.00 0.68 Asteraceae 10 3 1.45 22.2 0.0689 20.00 0.62 Araliaceae 6 3 1.45 13.3 0.1662 20.00 0.37 Thymelaeaceae 7 3 1.45 15.6 0.0361 16.67 0.43 Ebenaceae 9 1 0.48 20.0 0.0332 13.33 0.56 Tiliaceae 4 1 0.48 8.9 0.0745 13.33 0.25 Verbenaceae 5 2 0.97 11.1 0.0271 13.33 0.31 Combretaceae 3 1 0.48 6.7 0.2179 6.67 0.19 Clusiaceae 5 3 1.45 11.1 0.0168 10.00 0.31 Icacinaceae 2 1 0.48 4.4 0.1962 6.67 0.12 Rosaceae 2 1 0.48 4.4 0.0925 6.67 0.12 Bombacaceae 2 1 0.48 4.4 0.0578 6.67 0.12 Malpighiaceae 1 1 0.48 2.2 0.4015 3.33 0.06 Simaroubaceae 1 1 0.48 2.2 0.1817 3.33 0.06 Styracaceae 1 1 0.48 2.2 0.1810 3.33 0.06 Symplocaceae 1 1 0.48 2.2 0.1286 3.33 0.06 Cecropiaceae 1 1 0.48 2.2 0.0731 3.33 0.06 Hippocrateaceae 1 1 0.48 2.2 0.0269 3.33 0.06 Burseraceae 1 1 0.48 2.2 0.0254 3.33 0.06 130 F l o ra Tabela 62: Parâmetros fitossociológicos das famílias. Família Dom. Rel Freq. Re IVI %IVI IVC %IVC Ar.Bas. Myrtaceae 15.41 6.85 43.72 14.57 36.87 18.43 21.9209 Lauraceae 17.37 5.94 34.25 11.42 28.32 14.16 24.7131 Fabaceae 16.53 6.85 31.10 10.37 24.26 12.13 23.5122 Rubiaceae 5.09 6.85 24.43 8.14 17.58 8.79 7.2443 Morta 4.88 6.62 19.48 6.49 12.86 6.43 6.9484 Sapindaceae 2.71 5.48 12.02 4.01 6.54 3.27 3.8512 Euphorbiaceae 2.82 3.42 9.65 3.22 6.22 3.11 4.0150 Flacourtiaceae 3.37 3.42 8.84 2.95 5.41 2.71 4.7990 Anacardiaceae 3.03 3.65 8.35 2.78 4.70 2.35 4.3065 Apocynaceae 3.00 2.97 8.07 2.69 5.10 2.55 4.2642 Indeterminada 1.97 3.88 7.83 2.61 3.95 1.97 2.8016 Myrsinaceae 1.19 2.28 7.43 2.48 5.15 2.58 1.6967 Theaceae 3.95 2.28 7.41 2.47 5.12 2.56 5.6187 Celastraceae 1.62 2.74 7.39 2.46 4.65 2.33 2.3089 Vochysiaceae 3.26 2.05 6.18 2.06 4.12 2.06 4.6335 Melastomataceae 1.98 2.74 5.84 1.95 3.10 1.55 2.8237 Annonaceae 1.67 2.51 5.79 1.93 3.28 1.64 2.3770 Proteaceae 1.25 2.74 5.35 1.78 2.61 1.30 1.7765 Chrysobalanaceae 0.45 2.74 5.10 1.70 2.36 1.18 0.6354 Lamiaceae 1.79 2.28 5.00 1.67 2.72 1.36 2.5452 Freq. Re IVI %IVI IVC %IVC Ar.Bas. Clethraceae 1.26 2.05 4.11 1.37 2.06 1.03 1.7859 Aquifoliaceae 0.58 1.83 3.34 1.11 1.51 0.75 0.8275 Meliaceae 0.21 2.05 2.88 0.96 0.83 0.41 0.2954 Elaeocarpaceae 0.22 1.83 2.85 0.95 1.02 0.51 0.3094 Monimiaceae 0.23 1.83 2.79 0.93 0.97 0.48 0.3215 Bignoniaceae 0.58 1.37 2.63 0.88 1.26 0.63 0.8301 Asteraceae 0.48 1.37 2.47 0.82 1.10 0.55 0.6889 Araliaceae 0.70 1.37 2.44 0.81 1.07 0.54 0.9970 Thymelaeaceae 0.18 1.14 1.75 0.58 0.61 0.31 0.2526 Ebenaceae 0.21 0.91 1.68 0.56 0.77 0.38 0.2987 Tiliaceae 0.21 0.91 1.37 0.46 0.46 0.23 0.2982 Verbenaceae 0.10 0.91 1.32 0.44 0.40 0.20 0.1355 Combretaceae 0.46 0.46 1.10 0.37 0.65 0.32 0.6538 Clusiaceae 0.06 0.68 1.05 0.35 0.37 0.18 0.0841 Icacinaceae 0.28 0.46 0.86 0.29 0.40 0.20 0.3924 Rosaceae 0.13 0.46 0.71 0.24 0.25 0.13 0.1851 Bombacaceae 0.08 0.46 0.66 0.22 0.20 0.10 0.1155 Malpighiaceae 0.28 0.23 0.57 0.19 0.34 0.17 0.4015 Simaroubaceae 0.13 0.23 0.42 0.14 0.19 0.09 0.1817 Styracaceae 0.13 0.23 0.42 0.14 0.19 0.09 0.1286 Symplocaceae 0.09 0.23 0.38 0.13 0.15 0.08 0.1286 Cecropiaceae 0.05 0.23 0.34 0.11 0.11 0.06 0.0731 Hippocrateaceae 0.02 0.23 0.31 0.10 0.08 0.04 0.0269 Burseraceae 0.02 0.23 0.31 0.10 0.08 0.04 0.0254 Pontos de destaque preliminares 1. A RPPN Mata Samuel de Paula apresenta uma flora de plantas vasculares (samambaias e plantas com flor) bastante rica. O número de espécies (508) foi elevado considerando o tamanho da área e o tempo de amostragem. A alta riqueza de espécies invasoras ficou destacada, pois a maior parte da área é de origem secundária. 2. Apesar de a área ter sido bastante degradada, a RPPN abriga nove espécies oficialmente consideradas como ameaçadas na flora de Minas Gerais. 3. O número de espécies arbóreas e de indivíduos registrados na amostragem quantitativa (fitossociologia) foi extremamente superior ao geralmente registrado em florestas estacionais semideciduais. Isso deve estar acontecendo porque muitos trechos da Mata estão em estágios mais iniciais de regeneração. 4. A Mata Samuel de Paula é uma importante área de preservação, contribuindo significativamente para a conservação de espécies arbóreas típicas da Floresta Estacional Semidecidual (incluindo algumas ameaçadas de extinção). 5. A maior parte da área da RPPN é ocupada por floresta estacional semidecidual montana, que, apesar de apresentar diversas características de matas secundárias, constitui uma importante reserva florestal junto à área da APA-Sul RMBH. B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Dom. Rel 131 Família Referências CARVALHO, D. A.; OLIVEIRA-FILHO, A. T.; VILELA, E. A. & GAVILLANES, M. L. 1995. Flora arbustivo-arbórea de uma floresta ripária no Alto Rio Grande em Bonsucesso/MG. Acta Botânica Brasílica 9(2), p. 231-245. COPAM. 1997. Deliberação COPAM n. 85, 30 de outubro de 1997. Conselho Estadual de Política Ambiental, Belo Horizonte, cad. 1, p. 10-12. FIGUEIREDO, J. B. & SALINO, A. 2005. Pteridófita de quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural ao Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 6, p. 83-94. LEITÃO FILHO, H. F. 1992. A flora da Serra do Japi. p. 98-110. In: MORELLATO, L. P. C. (Ed.). 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Estudo fitossociológico do estrato arbóreo de três diferentes áreas dentro da RPPN Mata do Jambreiro, Nova Lima-MG. Monografia de Bacharelado em Botânica. Instituto de Ciências Biológicas – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 133 VILELA, E. A.; OLIVEIRA-FILHO, A. T.; CARVALHO, D. A. & GAVILLANES, M. L. 1995. Flora arbustivo-arbórea de um fragmento de mata ciliar no Alto Rio Grande, Itutinga, Minas Gerais. Acta Botânica Brasílica 9(1), p. 87-100. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a VILELA, E. A.; OLIVEIRA-FILHO, A. T.; GAVILLANES, M. L.. & CARVALHO, D. A. 1993. Espécies de Matas Ciliares com potencial para estudos de revegetação no Alto Rio Grande, sul de Minas. Revista Árvore 17 (2), p. 117-128. 134 FAUNA FAUNA Aves/Avifauna Coordenador: Colaboradoras: Prof. Dr. Marcos Rodrigues Jordana Demichelli Ferreira Lílian Mariana Costa Synallaxis ruficapilla (Pichoré) Mackenziana leachii (Borralhara-assobiadora) 137 A Mata Atlântica e o Cerrado são considerados áreas prioritárias para a conservação por apresentarem altas taxas de endemismo e perda de habitat (Myers et al. 2000), e consequentemente são os biomas brasileiros que possuem os maiores números de espécies endêmicas em perigo de extinção (54 espécies na Mata Atlântica e 14 no Cerrado) (Marini & Garcia, 2005). A região da Mata Atlântica concentra os maiores centros urbanos do País (MMA, 2002) e sofre grande pressão antrópica. Sua área atual se resume a 7,6% da área original (MMA, 1999) e encontra-se extremamente fragmentada. A situação do Cerrado não é menos preocupante, pois conserva apenas 20% de sua área original, possui somente 2,2% sob proteção legal e sofre rápido declínio (Klink & Machado, 2005). A Mata Atlântica e o Cerrado estão severamente sujeitos à maior ameaça que atinge a diversidade biológica: a destruição de habitat. A criação de Unidades de Conservação representa um importante ponto de partida para a preservação desses e de outros ambientes (Primack & Rodrigues, 2005, Rodrigues et al., 2005). Entretanto, para que áreas propícias e importantes possam ser escolhidas para preservação ambiental, o levantamento das espécies é o procedimento fundamental e inicial. Os dados produzidos pelos levantamentos formam a base de informações para o estabelecimento de qualquer plano de manejo que possa ser implantado nessas unidades de conservação (Wilson, 1997). O levantamento de aves é uma das ferramentas mais utilizadas para se estimar a biodiversidade de uma determinada área (Rodrigues et al. 2000, Stotz et al., 1996). Esses levantamentos podem mostrar, por exemplo, se uma área está bem preservada ou não, se possui espécies ameaçadas de extinção e se vale a pena sua inclusão como Unidade de Conservação (UC). Sabe-se, por exemplo, que a simples presença ou ausência de determinadas espécies de aves numa região já podem indicar o seu estado de conservação (Stotz et al., 1996). B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução Entretanto, são raros os levantamentos de aves feitos na região mineira da Mata Atlântica e do Cerrado, sendo que, dos realizados, pouquíssimos foram publicados. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula é um fragmento florestal de propriedade da AngloGold Ashanti que foi criada em 2000. A área possui um Centro de Educação Ambiental (CEA Harrry Oppenheimer) onde são desenvolvidas atividades com a participação de escolas e onde é permitida a visitação por turistas e pela comunidade local em geral. Desde a criação da RPPN, os locais abertos ao público foram visitados por mais de 80 mil pessoas; no entanto, a região florestal e de cerrado não está aberta à visitação. Nessa área, são desenvolvidas atividades de pesquisa, como levantamentos da flora e fauna. O presente estudo é um levantamento de espécies da avifauna local e procura, assim, fornecer uma base de dados para futuros estudos e planos de manejo da RPPN Mata Samuel de Paula. Apresenta-se neste trabalho uma lista inédita de aves presentes nessa Unidade de Conservação, incluindo a situação de conservação, hábito e dieta alimentar, situação reprodutiva e frequência das espécies levantadas. 1 3 Material e métodos Área de estudo 138 FAUNA 2 1. Foto aérea da cidade de Nova Lima e localização da Mata Samuel de Paula (MSP) 2. Área florestal da reserva e do condomínio em seu entorno 3. Vista para a área florestal a partir dos Campos Ferruginosos da Mata Samuel de Paula A área de estudo é uma RPPN de 147,83 hectares, denominada Mata Samuel de Paula (MSP). Essa Unidade de Conservação se encontra entre a latitude Sul de 20°00’’ e a longitude Oeste de 43°53’’, no município de Nova Lima, Minas Gerais (Figura 1). A Mata Samuel de Paula está inserida na porção Norte do Quadrilátero Ferrífero, Esforço amostral O levantamento de aves teve início em setembro de 2005 e se estendeu até setembro de 2006. Durante esse ano foram realizadas, quase mensalmente, 13 campanhas à reserva, que totalizaram 33 dias de levantamento e 236 horas de campo (Tabela 1). Os trabalhos se concentraram diariamente entre cinco e 11 horas e entre 15 e 19 horas. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 139 região que guarda um dos maiores depósitos de ferro e ouro do mundo (Hartmann et al. 2006). Por isso, grande parte dos remanescentes de mata da região, assim como a MSP, pertence a empresas mineradoras. Essas empresas, ao adquirirem terras, acabaram por preservar locais onde não haverá ou onde ainda não houve extração de minério (Figueredo et al., 2005). No entanto, muitas propriedades pertencentes às mineradoras que não se mostraram interessantes para a extração de minério e que estavam, por isso, preservadas, apresentam hoje uma fonte de investimento no setor imobiliário. Várias dessas áreas estão sendo transformadas em condomínios residenciais para atender principalmente à expansão urbana de Belo Horizonte (Santana, 2002), como é o caso da maior parte do entorno da RPPN estudada (Figura 2). A Mata Samuel de Paula se encontra na vertente sudeste da Serra do Curral, porção Sul da Serra do Espinhaço, na região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. As altitudes estão entre 810 e 1.200 metros, e a vegetação se constitui, em sua maior parte, de um fragmento secundário em diversos estágios sucessionais de Floresta Estacional Semidecidual (Figura 3). As áreas de Cerrado apresentam fisionomias campestres como campo sujo e campo cerrado, além de cerrado sensu stricto (Figura 4). A reserva possui ainda, nas maiores altitudes, Campos Ferruginosos (Figueredo & Salino, 2005). Além dessas fitofisionomias, existem áreas de vegetação fortemente alteradas pelo homem (antigas pastagens e plantações) em que a floresta não mais se encontra. A reserva está situada a menos de dois km da Mata do Jambreiro, RPPN que possui 902 hectares; no entanto, há uma estrada (MG-030) entre os fragmentos. O Ribeirão dos Cristais determina um dos limites da MSP e desemboca no Rio das Velhas, afluente do Rio São Francisco (Figura 5). No final do século XVII, um grupo de bandeirantes chegou ao Ribeirão dos Cristais em busca de ouro e deu início ao garimpo na região que inclui áreas da reserva em estudo. Posteriormente, em meados do século XIX, houve o investimento inglês na mineração, e foi construída, dentro dos limites da MSP, uma usina hidrelétrica que gerava energia para a mineradora, onde hoje funciona a sede administrativa da RPPN. No interior da reserva foi também construído o Canal Rego Grande, braço do Ribeirão dos Cristais que cruza ainda hoje a cidade de Nova Lima, para que a água fosse utilizada no tratamento do minério. 140 FAUNA Tabela 1: Datas de visitas à Mata Samuel de Paula e horas de campo. Data da campanha Hora (início) Hora (fim) Hora de campo 14/09/2005 15:15 18:00 02:45 13/10/2005 17:20 18:55 01:35 14/10/2005 05:10 11:00 05:50 14/10/2005 14:50 19:00 04:10 15/10/2005 05:20 11:20 06:00 11/11/2005 06:15 11:10 04:55 11/11/2005 15:45 19:30 03:45 12/11/2005 06:10 11:00 04:50 14/12/2005 05:30 11:00 04:30 14/12/2005 15:40 19:30 03:50 15/12/2005 05:20 10:55 05:35 15/12/2005 15:50 19:30 03:40 16/12/2005 05:20 11:00 04:40 24/01/2006 15:10 19:30 04:20 25/01/2006 05:20 11:20 06:00 25/01/2006 16:30 20:30 04:00 26/01/2006 05:30 11:20 05:50 26/01/2006 17:00 20:30 03:30 27/01/2006 06:10 12:30 06:20 13/02/2006 05:40 11:00 05:20 13/02/2006 15:40 20:00 04:20 14/02/2006 06:00 11:00 05:00 14/02/2006 15:50 20:00 04:10 15/02/2006 05:40 11:00 05:20 01/04/2006 05:30 11:00 05:30 01/04/2006 15:30 19:00 03:30 02/04/2006 05:30 11:00 05:30 02/04/2006 15:30 18:30 03:00 20/04/2006 13:50 18:40 04:50 21/04/2006 05:50 12:30 06:40 21/04/2006 14:50 18:30 03:40 22/04/2006 05:40 12:00 06:20 20/05/2006 05:50 18:00 12:10 21/05/2006 06:10 11:00 04:50 19/07/2006 15:40 16:40 01:00 20/07/2006 06:00 11:30 05:30 20/07/2006 15:30 18:30 03:00 21/07/2006 05:40 11:30 05:50 14/08/2006 05:30 11:30 06:00 14/08/2006 15:10 19:00 03:50 15/08/2006 05:50 12:00 06:10 15/08/2006 15:40 19:00 03:20 16/09/2005 14:50 19:00 04:10 17/09/2005 05:40 11:30 05:50 18/09/2005 05:30 11:30 06:00 28/09/2005 05:20 11:30 06:10 28/09/2005 15:00 18:40 03:40 29/09/2005 05:10 11:30 06:20 29/09/2005 14:20 18:00 03:40 Total de horas de campo: 336 horas 5 6 4. Uma área de Cerrado da Mata Samuel de Paula 5. Ribeirão dos Cristais 6. Rede de neblina em trilha disponível na MSP 141 4 As áreas foram amostradas por meio de dois métodos básicos: observação audiovisual e captura em redes de neblina. O método audiovisual foi realizado utilizando trilhas e estradas preexistentes, onde se caminhou anotando as espécies de aves observadas e ouvidas, com o auxílio de binóculos (Nikon 8X40, 8.2°). Eventualmente foram feitas incursões na mata onde não há trilhas. Quando necessário, guias de identificação de espécies eram utilizados (Grantsau, 1988; Souza, 2002). Espécies crípticas e não identificadas em campo tiveram suas vocalizações registradas por gravador (Sony TCM-5000EV ou HI-MD MZ-RH910) acoplado a microfone unidirecional (Sennheiser ME-66). Posteriormente, acervos de vocalizações de aves foram consultados para a confirmação da identidade dessas espécies (Gonzaga & Castiglioni; Vielliard 1995, 2002). Algumas gravações foram utilizadas para fazer playback, método que consiste em reproduzir o canto na direção da ave para que ela se aproxime, possibilitando sua identificação. As capturas foram realizadas por intermédio de redes de neblina (de 12 x 2,5 m, com malha de 36 mm) armadas em trilhas disponíveis (Figura 6). Cada indivíduo capturado tinha seus dados morfológicos e biológicos coletados conforme protocolos padronizados na literatura científica (IBAMA, 1994; Rodrigues et al., 2000, 2005). Foram medidos comprimento total, tarso, asa, bico, occiput e peso. Além disso, foram avaliadas as condições da plumagem (se em muda ou não), a idade (jovem ou adulto), o sexo (macho, fêmea, indeterminado) e a presença de placa incubatória, nível de gordura acumulada e parasitas. As aves eram então soltas no local de captura, depois de terem sido Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Inventário das espécies fotografadas com câmara digital (Sony DSC-S40), e marcadas com anilhas numeradas cedidas pelo Centro de Pesquisa e Conservação de Aves do IBAMA (CEMAVE). O esforço de captura totalizou 429 horas/rede. Lista das espécies A lista de espécies foi realizada seguindo a classificação e a nomenclatura de Sick (1997), com as alterações sugeridas pelo CBRO (2006). A avaliação da situação de endemismo foi feita com base em Stotz et al. (1996) e Silva e Bates (2002), e a de conservação segundo BirdLife International (2000) e Machado et al. (1998). A dieta das espécies foi determinada segundo Sick (1997), que classifica os indivíduos como onívoros, piscívoros, insetívoros, necrófagos, planctívoros, carnívoros, frugívoros, granívoros e nectorívoros. Além disso, foi avaliado o hábito alimentar e de forrageamento das espécies de acordo com Módena (2005). Os ambientes em que as espécies ocorrem na reserva foram discriminados como Área aberta (A), Mata (M) e Cerrado/Campos Ferruginosos (C). A frequência de uma espécie foi definida, segundo Rodrigues et al. (2005), como abundante quando registrada em 75 a 100% das visitas; comum quando registrada em 50 a 74% das visitas e escassa quando verificada em 25 a 49% das visitas. A espécie foi considerada rara quando registrada em menos de 24% das visitas à área, sendo que foi considerada ocasional se observada apenas uma vez. As espécies foram, ainda, classificadas quanto ao seu status migratório como residentes ou migratórias, segundo Ridgely e Turder. (1989 e 1994), Sick (1997) e Stotz et al. (1996). Ao longo das campanhas, algumas observações evidenciaram espécies que se reproduzem na Mata Samuel de Paula. 142 FAUNA Resultados As campanhas realizadas permitiram registrar 159 espécies de aves pertencentes a 41 famílias (Tabela 2). Ocorrem 17 famílias de aves não passeriformes e 24 de passeriformes (Gráficos 1 e 2), sendo que Tyrannidae (37 espécies), Furnariidae (12 espécies) e Thraupidae (11 espécies) possuem o maior número de representantes (Figura 8). Algumas espécies que pertencem às famílias com maior número de representantes estão ilustradas pelas fotos a seguir (Figuras 7, 8 e 9). Frequência Registro Migração Ambiente Endemismo/ Conservação Nome popular Famílias e espécies Tabela 2: Lista de espécies de aves registradas na RPPN Mata Samuel de Paula-MG, situações de endemismo e conservação, ambientes(s), meio(s) de registro, situação migratória e frequência de ocorrência. Conservação: (gq) quase-ameaçado, (gp) em perigo e (gv) vulnerável à extinção no mundo (BirdLife International, 2008); (rp) em perigo e (rv) vulnerável à extinção em Minas Gerais (Machado et al., 1998). Endemismo: (ATL) endêmica da Mata Atlântica, segundo Stotz et al. (1996); (TM) endêmica dos topos de montanha do Sudeste do Brasil e (CE) endêmica do Cerrado, segundo Silva (2002) e Vasconcelos et al. (2003a). Ambiente de registro: (D) área aberta degradada, (M) mata, (C) cerrado, (F) campos ferruginosos. Registro: (G) gravado, (F) fotografado. Situação migratória: (a) migrante austral, segundo Chesser (1994); (n) migrante neártica, (np) migrante neártica parcial e (mr) migrante regional, segundo Stotz et al. (1996). Frequência: (A) abundante, (C) comum, (E) escassa, (R) rara e (O) ocasional. Classificação taxonômica segundo CBRO (2008). M G E M G R Tinamidae Gray, 1840 (23) Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu Cathartidae Lafresnaye, 1839 Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeçavermelha C/D a/np R Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta M/C/D Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó M/C Buteo albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco F Buteo albonotatus (Kaup, 1847) gavião-de-rabo-barrado F O Caracara plancus (Miller, 1777) caracara C R Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro C G E Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) Acauã C G R Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio C G R E Accipitridae Vigors, 1824 G R a R Falconidae Leach, 1820 Falco sp. C O Rallidae Rafinesque, 1815 Aramides saracura (Spix, 1825) saracura-do-mato ATL M G R seriema C G R quero-quero D Cariamidae Bonaparte, 1850 Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Charadriidae Leach, 1820 Vanellus chilensis (Molina, 1782) a R 143 Penelope sp. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Cracidae Rafinesque, 1815 7. Tachuri-campainha, representante de Tyrannidae 8. João-porca, representante de Furnariidae Frequência Migração Registro Ambiente Endemismo/ Conservação Nome popular Famílias e espécies Columbidae Leach, 1820 (23) Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa D E Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou C R Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão C G R Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa M G E Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) juriti-pupu M G E Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira M F R Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã M R Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim C R Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontroamarelo C G O Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde M G R Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato M Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) anu-preto C G O Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci C G O corujinha-do-mato M Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) bacurau M G/F Caprimulgus longirostris (Bonaparte, 1825) bacurau-da-telha C G/F a R a O E Strigidae (Leach, 1820) Megascops choliba (Vieillot, 1817) O Caprimulgidae Vigors, 1825 E Apodidae Olphe-Galliard, 1887 Chaetura meridionalis (Hellmayr, 1907) andorinhão-do-temporal F G Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleirabranca M G O Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro M G/F E Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado M G/F C Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura D F O Trochilidae Vigors, 1825 (82) Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) beija-flor-de-orelhavioleta ATL M C G a Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bicovemelho C/D F R E a R 145 Cuculidae Leach, 1820 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Psittacidae Rafinesque, 1815 FAUNA 12 10 13 11 14 146 9 9. Saíra-douradinha, representante de Thraupidae 12. Rabo-branco-rubro, um nectarívoro 10. Abre-asa-de-cabeça-cinza, um insetívoro 13. Juriti-gemedeira, um granívoro 11. Sabiá-laranjeira, um onívoro 14. Tangarazinho, um frugívoro Amazilia lactea (Lesson, 1832) M F R beija-flor-de-bandabranca M F R beija-flor-de-peito-azul D G E M G R Frequência ATL Migração Registro Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Ambiente beija-flor-de-frontevioleta Endemismo/ Conservação Nome popular Famílias e espécies Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Trochilidae Vigors, 1825 (82) Trogonidae Lesson, 1828 Trogon surrucura (Vieillot, 1817) surucuá-variado ATL Ramphastidae Vigors, 1825 tucanuçu M Picumnus cirratus (Temminck, 1825) pica-pau-anão-barrado M G A Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo C G O Campephilus robustus (Lichtenstein, 1818) pica-pau-rei M G O Ramphastos toco (Statius Muller, 1776) O Melanopareiidae Irestedt, Fjeldså, Johansson & Ericson, 2002 Melanopareia torquata (Wied, 1831) tapaculo-de-colarinho CE F G E ATL M G/F E Thamnophilidae Swainson, 1824 (163) Mackenziaena leachii (Such, 1825) borralhara-assobiadora Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816) choca-da-mata M G/F A Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) choquinha-lisa M G E Herpsilochmus atricapillus (Pelzeln, 1868) chorozinho-de-chapéupreto M G/F A Formicivora serrana (Hellmayr, 1929) formigueiro-da-serra ATL M G/F R Drymophila ferruginea (Temminck, 1822) trovoada ATL M G R Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) papa-taoca-do-sul ATL M G/F A ATL M G/F E ATL, gq M G R Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873 Conopophaga lineata (Wied, 1831) chupa-dente Rhinocryptidae Wetmore, 1930 Scytalopus indigoticus (Wied, 1831) macuquinho Dendrocolaptidae Gray, 1840 Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde M G/F A Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) arapaçu-de-gargantabranca M G R Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado M G R ATL 147 ATL, rp Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Picidae Leach, 1820 Frequência Migração Registro Ambiente Endemismo/ Conservação Nome popular Famílias e espécies Furnariidae Gray, 1840 (102) Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro Synallaxis ruficapilla (Vieillot, 1819) pichororé Synallaxis cinerascens (Temminck, 1823) pi-puí D ATL R M G/F C M G R Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859) petrim M G Synallaxis spixi Sclater, 1856 joão-teneném D G A Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) joão-de-pau C G R Syndactyla rufosuperciliata (Lafresnaye, 1832) trepador-quiete M G/F R Philydor rufum (Vieillot, 1818) limpa-folha-de-testabaia M G/F R Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) barranqueiro-de-olhobranco M G E Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) joão-porca M G/F A Xenops rutilans (Temminck, 1821) bico-virado-carijó M G/F R M G E ATL a R 148 FAUNA Tyrannidae Vigors, 1825 Mionectes rufiventris (Cabanis, 1846) abre-asa-de-cabeçacinza ATL Leptopogon amaurocephalus (Tschudi, 1846) cabeçudo M G/F E Corythopis delalandi (Lesson, 1830) estalador M G R Hemitriccus nidipendulus (Wied, 1831) tachuri-campainha ATL M F R ATL M G/F E M G/F A M G/F E G Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) miudinho Poecilotriccus plumbeiceps (Lafresnaye, 1846) tororó Todirostrum poliocephalum (Wied, 1831) teque-teque Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho M Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta M Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-cristaalaranjada M Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barrigaamarela Elaenia cristata (Pelzeln, 1868) ATL a E a R G a O D G a C guaracava-de-topeteuniforme C/D G R Elaenia obscura (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) tucão M/C G/F R Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha M/C/D G a C Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) alegrinho M G/F a R a O Phaeomyias murina (Spix, 1825) bagageiro M F Phylloscartes ventralis (Temminck, 1824) borboletinha-do-mato M G R Frequência Registro Migração Ambiente Endemismo/ Conservação Nome popular Famílias e espécies Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelhapreta M G/F A Platyrinchus mystaceus (Vieillot, 1818) patinho M G/F C Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe M G Tyrannidae Vigors, 1825 R M G Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro C G a R O Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado M G/F a E Knipolegus lophotes (Boie, 1828) maria-preta-de-penacho Knipolegus nigerrimus (Vieillot, 1818) maria-preta-de-garganta-vermelha Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) C E C O lavadeira-mascarada D R Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha M Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro M Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata M Myiozetetes similis (Spix, 1825) bem-te-vizinho-depenacho-vermelho D Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi D G a E Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado M G a R Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei M G a C Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) suiriri D G np/a E ATL G G R a O np/a R E Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador M G a R Myiarchus swainsoni (Cabanis & Heine, 1859) irré M/D G a R Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira M/D/C G C Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão M G/F R Ilicura militaris (Shaw & Nodder, 1809) tangarazinho ATL M G/F A Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) tangará ATL M G/F A flautim ATL M G E M G C B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Myiobius sp. a Tityridae Gray, 1840 Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) Vireonidae Swainson, 1837 (16) Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara M G/F Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) vite-vite-de-olho-cinza M G/F n/a E C 149 Pipridae Rafinesque, 1815 Ambiente Registro C G Frequência Endemismo/ Conservação CE Migração Nome popular Famílias e espécies gralha-do-campo Corvidae Leach, 1820 Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) R Hirundinidae Rafinesque, 1815 (16) Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequenade-casa M/D/C Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora Progne tapera (Vieillot, 1817) Progne chalybea (Gmelin, 1789) G a C D a O andorinha-do-campo D a R andorinha-domésticagrande D n/a O Troglodytidae Swainson, 1831 (18) Troglodytes musculus (Naumann, 1823) corruíra D G C Turdidae Rafinesque, 1815 (17) Turdus subalaris (Seebohm, 1887) sabiá-ferreiro M a O a R Turdus rufiventris (Vieillot, 1818) sabiá-laranjeira M/D G/F Turdus amaurochalinus (Cabanis, 1850) sabiá-poca M/D G A Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) sabiá-barranco M/D G A sabiá-do-campo D/C G R cambacica M/D/C G/F A Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) tiê-de-topete M G/F E Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) tiê-preto Mimidae Bonaparte, 1853 Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Coerebidae d’Orbigny & Lafresnaye, 1838 Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) 150 FAUNA Thraupidae Cabanis, 1847 (85) Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento Thraupis ornata (Sparrman, 1789) sanhaçu-de-encontroamarelo Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) saíra-viúva Tangara cyanoventris (Vieillot, 1819) saíra-douradinha Tangara cayana (Linnaeus, 1766) Tersina viridis (Illiger, 1811) D np/a O ATL M G/F M/D G ATL M O C R ATL M/D G/F saíra-amarela C/D G/F saí-andorinha M Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul M/D Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) saíra-ferrugem ATL E a C A E a R E M/D G/F A C G a E M G mr O Emberizidae Vigors, 1825 (74) Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico Haplospiza unicolor (Cabanis, 1851) cigarra-bambu ATL canário-rasteiro Embernagra longicauda (Strickland, 1844) rabo-mole-da-serra Frequência Sicalis citrina (Pelzeln, 1870) Migração CE, gv, rv Registro Endemismo/ Conservação capacetinho-do-ocodo-pau Ambiente Nome popular Famílias e espécies Poospiza cinerea (Bonaparte, 1850) Emberizidae Vigors, 1825 (74) TM, gq C O F G E F G A Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu D G/F Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano D G/F a R Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho D Arremon flavirostris (Swainson, 1838) tico-tico-de-bicoamarelo M G/F R Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) tico-tico-rei-cinza M/C/F G/F R trinca-ferro-verdadeiro C G E R a O Cardinalidae Ridgway, 1901 Saltator similis (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra C G Basileuterus hypoleucus (Bonaparte, 1830) pula-pula-de-barrigabranca M G/F A Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato M G/F C Basileuterus leucoblepharus (Vieillot, 1817) pula-pula-assobiador M G R G O ATL a R Icteridae Vigors, 1825 Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu M Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna D Carduelis magellanica (Vieillot, 1805) pintassilgo C G O finfim M/D G C bico-de-lacre D R pardal D O O Fringillidae Leach, 1820 Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947 (22) Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) Passeridae Rafinesque, 1815 Passer domesticus (Linnaeus, 1758) 151 Estrildidae (Bonaparte, 1850) Passeriformes (Gráficos 1 e 2), sendo que Tyrannidae (37 espécies), Furnariidae (12 espécies) e Thraupidae (11 espécies) possuem o maior número de representantes (Figura 8). Algumas espécies que pertencem às famílias com maior número de representantes estão ilustradas pelas fotos seguir (Figuras 7,de 8 eaves 9). não passeriformes na MSP. Gráfico 1: Número deaespécies por família Tinamidae Cracidae Cathartidae Accipitridae Falconidae Rallidae Famílias Cariamidae Charadriidae Columbidae Psittacidae Cuculidae Strigidae Caprimulgidae Apodidae Trochilidae Trogonidae Picidae 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Número de espécies Gráfico 1. Número de espécies por família de aves Não-Passeriformes na MSP. Número de espécies por família de aves passeriformes na RPPN Mata Samuel de Paula. Gráfico 2: Universidade Federal de Minas Gerais Melanopareiidae Thamnophilidae Conopophagidae Rhinocryptidae Dendrocolaptidae Furnariidae Tyrannidae Pipridae Tityridae Famílias FAUNA Vireonidae Corvidae Hirundinidae 10 LevantamentoTroglodytidae de Aves Turdidae 152 Mimidae Coerebidae Thraupidae Emberizidae Cardinalidae Parulidae Icteridae Fringillidae Estrildidae Passeridae 0 . 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 Número de espécies Gráfico 2. Número de espécies por família de aves Passeriformes na RPPN Mata Samuel de Paula. Figura 9. Saíra-douradinha, representante de Thraupidae. A curva do coletor, que ilustra a acumulação de espécies que são registradas a cadaAcampanha, não que atingiu assíntotade(Gráfico 3). são Dezesseis espécies curva do coletor, ilustrasua a acumulação espécies que registradas a cada foram consideradas abundantes, 15 comuns, rarasforam e 32 consideradas ocasionais. Foram campanha, não atingiu sua assíntota (Gráfico 32 3). escassas, Dezesseis 64 espécies reconhecidos nove tipos de dietas, sendo que insetívoros (77), onívoros (17), graabundantes, 15 comuns, 32 escassas, 64 raras e 32 ocasionais. Foram reconhecidos nove nívoros (14), nectarívoros (11) e frugívoros (10) foram os que tiveram a maior tipos de dietas, sendo que insetívoros (77), onívoros (17), granívoros (14), nectarívoros (11) representação em número de espécies. As espécies nas figuras 10 a 14 (página 146) e frugívoros (10) foram os que tiveram a maior representação em número de espécies. As exemplificam algumas das dietas registradas. espécies nas fotografias a seguir exemplificam algumas das dietas registradas (Figuras 10 a 14). G ráfico 3: Curva do coletor: acúmulo de espécies novas observadas ao longo das amostragens. 180 160 140 nº de espécies 120 100 80 60 40 Amostras Gráfico 3. Curva do coletor: acúmulo de espécies novas observadas ao longo das amostragens. Quanto ao hábito alimentar, as aves foram agrupadas em 17 guildas. As cinco 12 mais representativas foram pequenos insetívoros de folhagens de sub-bosque, reLevantamento de Aves presentados por 19 espécies; pequenos insetívoros de folhagens de copa, com 11 espécies; pequenos insetívoros de copa e frugívoros de folhagens de sub-bosque, ambos representados por cinco espécies. A seguir estão representadas algumas espécies que exemplificam as guildas registradas (Figuras 15 e 16). De acordo com a classificação adotada foram registradas 75 espécies na mata, 30 na área aberta e 15 no cerrado/campos ferruginosos. Outras 38 espécies foram encontradas em mais de um habitat discriminado. Ao longo do estudo, foram verificadas evidências (ninhos, filhotes, display, lek) de que 28 espécies se reproduzem na RPPN Mata Samuel de Paula (Tabela 3). As figuras 17 a 18.2 exemplificam essas evidências. Espécies endêmicas da Mata Atlântica Foram observadas 27 espécies endêmicas da Mata Atlântica, o que equivale a 13,6% das 199 espécies exclusivas desse bioma (Stotz et al., 1996) (Tabela 2). O macuquinho (Scytalopus indigoticus), representante das espécies endêmicas desse bioma, encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção da BirdLife International (2000). 153 14 /9 /2 00 13 5 -1 5/ 10 / 05 11 -1 2/ 11 /0 14 5 -1 6/ 12 /0 5 24 -2 7/ 1/ 0 13 6 -1 5/ 02 /0 6 12/ 04 /0 20 6 -2 2/ 04 / 06 20 -2 1/ 05 /0 19 6 -2 1/ 07 /0 14 6 -1 5/ 08 / 06 16 -1 8/ 09 /0 28 6 -2 9/ 09 /0 6 0 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 20 FAUNA 17 15.2 18.1 16 18.2 154 15.1 15.1. Patinho, um pequeno insetívoro de folhagens de sub-bosque 17. Ovos e filhotes de bacurau-da-telha 15.2. Juruviara, pequeno insetívoro de folhagens de copa 18.1. Ninho de cabeçudo 16. Tangará (macho jovem), frugívoro de folhagens de sub-bosque 18.2. Fenda de árvore utilizada como ninho de arapaçu-verde Evidências Milvago chimachima Ninho Caprimulgus longirostris Ninhos/Filhotes Chlorostilbon lucidus Ninho Thamnophilus caerulescens Ninho em construção Sittasomus griseicapillus Ninho Furnarius rufus Ninho Phacellodomus rufifrons Ninho Lochmias nematura Ninho em construção Tolmomyias sulphurescens Ninho Colonia colonus Ninho Ilicura militaris Exibição de corte Chiroxiphia caudata Exibição de corte / Jovem Pygochelidon cyanoleuca Filhote sendo alimentado Leptopogon amaurocephalus Ninho Turdus rufiventris Filhote sendo alimentado Coereba flaveola Ninho em construção Hylophilus amaurocephalus Filhote sendo alimentado Tachyphonus coronatus Ninho em construção/Jovem Thraupis sayaca Ninho em construção Tangara cayana Ninho em construção Tersina viridis Ninho em construção Dacnis cayana Ninho em construção Hemithraupis ruficapilla Filhote sendo alimentado Basileuterus hypoleucus Exibição de corte Estrilda astrild Ninho em construção Sicalis citrina Exibição de corte Florisuga fusca Jovem Fluvicola nengeta Ninho Espécies endêmicas do Cerrado Registraram-se na RPPN quatro espécies endêmicas do Cerrado, Melanopareia torquata (tapaculo-de-colarinho), Cyanocorax cristatelus (gralha-do-campo), Poospiza cinerea (capacetinho-do-oco-do-pau) e Embernagra longicauda (rabo-moleda-serra), sendo que E. longicauda foi também considerado endêmico da Cadeia do Espinhaço (Silva, 1997). No entanto, essa espécie foi encontrada em pontos exteriores dos domínios do Espinhaço e teve sua distribuição ampliada (Vasconcelos et al., 2003). As espécies tapaculo-de-colarinho e rabo-mole-da-serra são frequentemente observadas nas áreas de Campos Ferruginosos da MSP e tiveram suas vocalizações gravadas. A vocalização da gralha-do-campo foi escutada e gravada várias vezes na mata durante o estudo. Já o capacetinho-do-oco-do-pau foi observado apenas uma 155 Espécies que se reproduzem na RPPN B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 3: Espécies que se reproduzem na RPPN Mata Samuel de Paula e as evidências que permitiram essa conclusão. vez (na manhã do dia 22 de abril de 2006) na área de encosta, onde se desenvolvem fisionomias campestres do Cerrado, nos limites da RPPN e do condomínio Quintas do Sol. Registros importantes Foram observadas durante o estudo quatro espécies de interesse conservacionista segundo BirdLife International (2000) e Machado et al. (1998). As informações sobre essas espécies foram selecionadas de Ridgely e Tudor (1989 e 1994), Sick (1997) e Machado et al. (1998). 156 FAUNA Embernagra longicauda (rabo-mole-da-serra) Pertencente à família Emberezidae, o rabo-mole-da serra é uma espécie campestre grande (21,5 cm), que possui cauda longa, anel amarelado em torno do olho e linha da mesma cor acima do loro anegrado. A coloração da garganta é branco-amarelada enquanto que a do dorso é verde. E. longicauda é considerada globalmente quase-ameaçada de extinção (BirdLife International, 2000), por sofrer grande perda de habitat. A pressão antrópica é a principal causa da destruição de seu hábitat, provocada por atividades como a mineração e a criação de pastos. As vocalizações do rabo-mole-da-serra podem ser ouvidas frequentemente nas encostas dos morros da reserva. Essa espécie é residente dos Campos Ferruginosos presentes na MSP, nas maiores altitudes da reserva, onde é comum. Scytalopus indigoticus (macuqinho) O macuquinho é um tapaculo, grupo relativamente pequeno de pássaros neotropicais que formam a família Rhinocryptidae. Os integrantes dessa família, como seu próprio nome diz, possuem narinas recobertas por membranas. A carena de Scytalopus é muito reduzida e sua clavícula é solta, condição ancestral entre os Passerifomes. Essas características, suas asas redondas e sua reduzida musculatura peitoral indicam sua baixíssima capacidade de voo. O macuquinho tem 11 cm de comprimento, apresenta pernas altas e fortes e possui, como todas as outras espécies do gênero, olhos bastante avantajados. O tamanho grande de seus olhos talvez seja uma adaptação para a permanência em ambientes sombrios. O macuquinho é considerado globalmente quase-ameaçado de extinção, já que seu habitat sofre acelerado desmatamento e fragmentação (BirdLife International, 2000). Essa ave é de difícil observação, terrícola e provavelmente sedentária. Endêmica da Mata Atlântica, habita bordas de floresta e mata secundária densas. Na MSP, essa espécie foi registrada em três locais diferentes do interior da mata por meio de sua vocalização, que foi gravada (uma vez no dia 14 de dezembro de 2005 e duas vezes no dia 18 de setembro de 2006). Poospiza cinerea (capacetinho-do-oco-do-pau) O capacetinho-do-oco-do-pau é um Passeriforme de 13,3 cm, pertencente à família Emberezidae. Essa espécie possui loro e região auricular anegrados, píleo acinzentado, peito ligeiramente amarelado, íris vermelha e bico negro. P. cinerea é pouco conhecida e endêmica do Cerrado de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Norte de São Paulo. Além disso, é considerada vulnerável em nível global (BirdLife International, 2000) e em Minas Gerais, por apresentar pequenas populações e comportamento nomádico (Machado et al., 1998). No entanto, estudos de um casal de P. cinerea na Serra do Cipó, realizados por Costa e Rodrigues (2006) não Campephilus robustus (pica-pau-rei) C. robustus, ave da família Picidae, o maior pica-pau do Brasil (36 cm), habita florestas úmidas e florestas de araucária e só ocorre em áreas perturbadas quando ali ainda existem árvores grandes. Possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme e existe nos machos uma pequena mancha auricular preta e branca. O picapau-rei é considerado em perigo de extinção em Minas Gerais (Machado et al., 1998), pela acelerada destruição de seu habitat e por possuir populações isoladas. C. robustus foi visto numa árvore alta da MSP e teve sua vocalização gravada no dia 14 de fevereiro de 2006. Capturas O esforço de 429 horas/rede permitiu a captura de 141 indivíduos. Desse modo, amostraram-se 45 espécies que compõem 17 famílias. Foram, então, feitas fotografias das aves capturadas para uso futuro na preparação de materiais de divulgação. As espécies que tiveram o maior número de indivíduos capturados foram Pyriglena leucoptera (papa-taoca-do-sul) (Figura 19), Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca), Conopophaga lineata (chupa-dente) e 157 encontraram indícios de que essa espécie seja nômade, o que sugere que a constatação de nomadismo foi feita sem que existam estudos e informações suficientes de sua bióloga básica. Entretanto, com esse estudo, foi verificada a raridade e as baixas densidades populacionais da espécie, características que a torna vulnerável. O capacetinho-do-oco-do-pau foi observado apenas uma vez numa região de Cerrado da reserva que faz limite com o condomínio Quintas do Sol. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 19. Papa-taoca-do-sul Coereba flaveola (Cambacica) Hylophilus amaurocephalus (vite-vite-de-olho-cinza) Tricothraupis melanops (tiê-de-topete). Foram capturados 12 indivíduos de P. leucoptera, 11 de B. hypoleucus e 10 de C. lineata e de T. melanops. Observou-se nas capturas o predomínio de poucas espécies abundantes. As quatro famílias que tiveram o maior número de espécies capturadas foram Tamnophilidae, Tyrannidae, Thraupidae e Parulidae (Gráfico 4). Gráfico 4: Número de indivíduos capturados das quatro famílias mais representativas na MSP. 22 20 Número de indivíduos capturados 18 16 14 12 10 8 6 4 2 Tyrannidae Thraupidae Parulidae Famílias Discussão Foi encontrada uma riqueza significativa de espécies na RPPN MSP (159). Isso equivale a 70% do número de espécies registradas por um levantamento feito em EPDA Peti, área com ambientes semelhantes aos encontrados na MSP, mas que é bem mais extensa (602 ha) (Faria et al., 2007). A curva do coletor não atingiu equilíbrio, o que indica que outras espécies ainda podem ser registradas na RPPN Mata Samuel de Paula. Isso se deve, talvez, ao tempo limitado do levantamento (32 dias). Vasconcelos (2006) fornece um exemplo de uma curva de acumulação de espécies em uma região de Campos Rupestres que se estabiliza somente ao atingir mais de 80 dias de levantamento. Os Campos Rupestres possuem menor biodiversidade se comparados a um ambiente florestal, o que sugere que em uma região mais rica, como as florestas inseridas nos domínios da Mata Atlântica, o inventário de avifauna deve ser feito em ainda mais tempo de campo. A curva do coletor, como mostrada neste estudo, é uma ferramenta indispensável para que se possa saber o número de espécies aproximado que ocorre numa determinada área. A curva não ter atingido o equilíbrio não invalida o trabalho, apenas mostra que outras espécies ainda poderão ser registradas. Entretanto, a maioria dessas espécies é de ocorrência rara ou ocasional. 159 Thamnophilidae B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 0 FAUNA 160 A grande quantidade de espécies endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado presente na MSP sugere a importância dessa Unidade de Conservação na preservação da desses dois biomas ameaçados. O registro de quatro espécies que constam em listas de ameaçadas de extinção (Embernagra longicauda, o rabo-moleda-serra; Scytalopus indigoticus, o macuquinho; Poospiza cinerea, o capacetinho-do-oco-do-pau e Campephilus robustus, o pica-pau-rei) indica que a MSP faz parte da área de vida dessas espécies, sendo útil para o esforço de suas conservação. No entanto, são necessários estudos demográficos e de densidade populacional das espécies para se estar seguro de que as populações são realmente viáveis e irão persistir por longo tempo no local. Isso porque a MSP é uma área fragmentada e pequena, que talvez não suporte populações grandes o suficiente para perpetuarem no futuro. Populações pequenas estão sujeitas à perda de variabilidade genética, variações demográficas e aleatoriedade ambiental, fatores que podem acabar por extingui-las (Primack & Rodrigues, 2005). Durante o estudo, uma área adjacente à MSP começou a sofrer um processo de urbanização para que se transforme em condomínio residencial, o que aumenta o isolamento da reserva. Apesar disso, a MSP está bem próxima a uma outra RPPN maior e mais preservada (Mata do Jambreiro), situação muito vantajosa, pois provavelmente ocorrem intercâmbios de várias espécies, o que reduz os efeitos da fragmentação sobre as populações. Mesmo com todo o histórico de fragmentação das matas da região e o isolamento da MSP, pode-se dizer que a MSP ainda abriga uma porção significativa e importante da avifauna da Mata Atlântica, pois nesse local foi registrado um grande número de espécies. Esse número é proporcionalmente semelhante ao de outros remanescentes da região, levando-se em conta o tamanho da área. Por exemplo, Faria et al. (2007) encontraram 282 espécies de aves na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti, Fragmento florestal de 602 ha que, assim como a MSP, está localizado no Quadrilátero Ferrífero. Na Serra do Caraça, que inclui uma RPPN de 11.233 ha e também esta situada no Quadrilátero Ferrífero, foram registradas 276 espécies (Vasconcelos & Mello Jr 2001; Vasconcelos et al., 2003a). Essas diferenças se devem a pelo menos três fatores, tais como o tamanho, o gradiente altitudinal e estado de conservação das áreas. São poucos os levantamentos de aves consistentes na Mata Atlântica de Minas Gerais, por isso há a dificuldade de comparação. Manejo A consolidação de uma Unidade de Conservação ocorre somente quando as medidas necessárias para que ela exerça seu papel na preservação do ambiente são efetuadas. Não basta decretar Unidades de Conservação se isso não cessar as pressões que estão ameaçando as espécies (Olmos, 2005). A super exploração das espécies de fauna e flora para uso humano, que inclui a caça e a extração de madeira, está entre as maiores ameaças à diversidade biológica (Primack & Rodrigues, 2001). Durante o estudo realizado na Mata Samuel de Paula, foram detectadas atividades de extração de madeira e caça ilegais nos domínios da reserva. Sugere-se então o fortalecimento da fiscalização das fronteiras da reserva para evitar essas atividades, que prejudicam o desenvolvimento da vegetação e a sobrevivência da fauna. Além disso, essas práticas são proibidas indigoticus, o macuquinho; Poospiza cinerea, o capacetinho-do-oco-do-pau e Campephilus robustus, o pica-pau-rei) a execução de projetos de pesquisa que aumentem o conhecimento sobre elas e que evidenciem a real situação dessas espécies na RPPN. Estudos populacionais, por exemplo, poderão explicitar se as populações estão em declínio, estáveis, ou em ascensão. A partir desses estudos poderão ser planejadas estratégias que visem à conservação dessas espécies na MSP. A destruição da mata de galeria do ribeirão dos Cristais na área vizinha a reserva, causará erosão e assoreamento do mesmo, e isso poderá afetar espécies que dependem desses habitats, como, por exemplo, o Turdus Subalaris e o João-porca (Lochmias nematura). O ideal seria que a mata de galeria desse ribeirão fosse incorporada à reserva. A presente lista de espécies é de fundamental importância para futuros planos de manejo dentro da RPPN Mata Samuel de Paula e deverá servir também como material para educação ambiental. 161 em áreas que possuem status de RPPN, nas quais são permitidas somente atividades de pesquisa e visitação (Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, 2004). Uma melhor fiscalização evitaria também o aprisionamento de aves para servirem como animais de estimação. Essa é uma prática ilegal que também ocorre na reserva e que pode ser reduzida pela conscientização da população local com educação ambiental. Sabe-se que para o pica-pau-rei C. robustus, espécie ameaçada observada na reserva, árvores grandes são essenciais à sua nidificação e forrageamento, sendo importante que sejam preservadas. Para a conservação dessa espécie é frequentemente sugerida a construção de ninhos artificiais de madeira nas arvores grandes e a plantação de palmeiras grandes nas bordas de mata para servirem, em longo prazo, de locais de nidificação para o pica-pau-rei (Machado et al., 1998). Sugere-se para as espécies que são ameaçadas e ocorrem na MSP (Embernagra longicauda, o rabo-mole-da-serra; Scytalopus B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Thalurania furcata (Beija-Flor tesoura verde) Referências BIRDLIFE INTERNATIONAL. 2000. Threatened Birds of the World. Cambridge. Bird Life International. 852p. COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2006. Listas das aves do Brasil. Disponível em: http://www.cbro.org.br. Acesso em: 21 set. 2006. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA. 2004. Reservas particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica. Caderno 28. São Paulo: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. COSTA, L. 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Felipe Sá Fortes Leite Mariella Butti de Freitas Guilherme Sibynomorphus mikanni Bokemannohyla sp. (aff. circumdata) 167 A herpetofauna constitui um grupo artificial criado para designar de modo geral as espécies de répteis e anfíbios que constituem os grupos Amphibia, Squamata, Crocodylia e Testudines. No Brasil são conhecidas 847 espécies de anfíbios e 701 de répteis (SBH, 2008a; 2008b). Segundo estimativa preliminar, o estado de Minas Gerais abriga cerca de 200 espécies de anfíbios (Drummond et al., 2005), o que representa 24% desse total. Ainda não existe um número ou estimativa da riqueza de répteis no estado. Anfíbios vêm sendo foco de crescente interesse e preocupação em razão da detecção de inúmeros eventos de declínios populacionais em várias partes do mundo (Beebee, 1996; Young et al., 2004), tendo como causas fatores como alterações climáticas, contaminação por poluentes, destruição / alteração de ambientes naturais, doenças, entre outros, havendo ainda muitos casos cujas causas permanecem desconhecidas (Collins, 2003). Anfíbios são especialmente suscetíveis a alterações ambientais e devem, portanto, receber atenção especial em iniciativas de conservação. Sua pele permeável é muito vulnerável a poluentes químicos e à radiação, e seu complexo ciclo de vida os expõe a distúrbios tanto no meio aquático (fase larval) quanto no meio terrestre (fase adulta) na maioria das espécies (Beebee, 1996). Répteis, por outro lado, apresentam o corpo protegido por uma pele mais resistente e espessa, coberta por escamas e placas ósseas, o que os torna menos suscetíveis à desidratação e à contaminação por produtos químicos (Zug et al., 2001). No entanto, declínios de populações de répteis já foram registrados (e.g. Webb et al., 2002, Wilson e McCranie, 2004), e acredita-se que estejam relacionados principalmente à degradação ambiental (Zug et al., 2001). Os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado apresentam elevada riqueza e endemismos de espécies vegetais e animais, além de apresentarem mais de 70% de sua cobertura original descaracterizada. Em virtude dessa riqueza biológica e dos B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução níveis de ameaça, esses biomas brasileiros integram a lista dos biomas prioritários para a conservação da biodiversidade mundial (Myers et al., 2000). A região Metropolitana de Belo Horizonte é considerada uma área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado e por isso é uma área estratégica para a conservação desses ecossistemas. A porção sul da Serra do Espinhaço foi classificada como uma área de interesse especial para a conservação de anfíbios e répteis no estado de Minas Gerais em razão de seu considerável número de espécies endêmicas, sua alta diversidade e seu elevado grau de ameaça (Drummond et al., 2005) (Figura 1). Apesar da proximidade com Belo Horizonte, poucas localidades situadas nas imediações da região do Quadrilátero Ferrífero apresentam inventários herpetofaunísticos. Estudos de inventário faunístico são de extrema importância para que estratégias de conservação e manejo possam ser eficientemente elaboradas e executadas. A herpetofauna da RPPN Mata Samuel de Paula não é inventariada e certamente merece estudos que venham suprir tal necessidade. Este relatório apresenta os resultados obtidos no projeto Levantamento da Herpetofauna da RPPN Mata Samuel de Paula no período de setembro de 2006 a agosto de 2007. 168 FAUNA Figura 1: Mapa de Minas Gerais indicando áreas prioritárias para a conservação de anfíbios e répteis. A região indicada pelo número 16, denominada de Espinhaço Sul, corresponde ao Quadrilátero Ferrífero, onde está inserida a RPPN Mata Samuel de Paula. Fonte: Drummond et al. (2005). Objetivos específicos 1. Promover o inventário das espécies de anfíbios e répteis da RPPN; 2. Produzir uma listagem de espécies para os grupos acima citados registrados na RPPN; 3. Caracterizar o período de reprodução das espécies de anfíbios anuros encontrados na RPPN; 4. Destacar as espécies ameaçadas de extinção, vulneráveis, endêmicas, bioindicadoras de qualidade ambiental ou de significativa importância biogeográfica; 5. Elaborar um diagnóstico ambiental da área baseado na composição da herpetofauna registrada, visando subsidiar o planejamento do uso, conservação e manejo da área; 6. Criar um arquivo (audiovisual) provido de informações relevantes das espécies de anfíbios e répteis de interesse para o programa de Educação Ambiental. Área de estudos Este projeto de pesquisa foi desenvolvido na área da RPPN Mata Samuel de Paula, propriedade da Mineração AngloGold Ashanti. Material e métodos Foram realizadas campanhas de campo mensais com duração de 2-3 noites, durante o Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a O objetivo deste projeto foi documentar e inventariar a herpetofauna da RPPN Mata Samuel de Paula. período de setembro de 2006 a agosto de 2007. Campanhas adicionais foram executadas em setembro de 2007 com o intuito de obter gravações da vocalização de Scinax luizotavioi. Os pontos de amostragem foram selecionados de forma a representar os principais ambientes úmidos encontrados na área. Suas breves descrições são apresentadas na Tabela 1. Procurou-se escolher ambientes que apresentassem um conjunto de características ideais e necessárias para sustentar uma comunidade de anfíbios e répteis. Tal associação das espécies da herpetofauna aos respectivos ambientes é feita por meio da análise de parâmetros conhecidamente importantes (tipo e estrutura da vegetação, características do corpo de água, disponibilidade de abrigos, etc.). O registro de anfíbios foi feito em excursões noturnas a campo, sendo a ocorrência dos animais obtida por meio de procura ativa, zoofonia (identificação das espécies por meio das vocalizações emitidas pelos machos), visualizações ocasionais e captura manual de exemplares. Visitas diurnas visaram a visualização e coleta de girinos, desovas e adultos abrigados ou que apresentassem atividade diurna. O registro mensal de machos vocalizando, casais em amplexo, desova e girinos foram utilizados para caracterizar a atividade reprodutiva das espécies de anfíbios. Em relação aos répteis, os esforços foram concentrados em lagartos e serpentes (Squamata). A grande maioria das espécies de Squamata procura refúgio sob pedras e frestas em afloramentos rochosos, tocos caídos, serrapilheira, tocas de outros animais e demais esconderijos. Assim sendo, cada um desses ambientes diagnosticados como potenciais para a ocorrência de serpentes ou lagartos foram investigados, concomitantemente aos esforços de busca de anfíbios. 169 Objetivos Armadilhas de interceptação e queda (tipo pitfall) não foram especificamente instaladas para este estudo. Porém, a equipe de mastozoologia da UFMG gentilmente cedeu os dados de captura de répteis e anfíbios por essas armadilhas. Para a formação do arquivo audiovisual que poderá ser utilizado no programa de Educação Ambiental, sempre que possível foram feitas fotografias, gravações de áudio e/ou pequenos vídeos das espécies da herpetofauna local. Os espécimes coletados e fixados segundo as técnicas usuais em herpetologia foram depositados (material testemunho) na coleção de herpetologia do Departamento de Zoologia da UFMG (CHUFMG). A identificação em laboratório foi feita com auxílio de literatura especializada, comparação com material já determinado existente em coleções e, caso necessário, envio de espécimes para especialistas. A classificação taxonômica utilizada segue as propostas apresentadas por Faivovich et al. (2005), Frost et al. (2006), Grant et al. (2006), Ghaparro et al. (2007), Heinicke et al. (2007) e Hedges et al. (2008). Para répteis seguiu-se a lista de espécies brasileiras disponível no site da Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH, 2008b). Ponto Descrição Característica do corpo de água P1 Riacho em meio à mata, situado atrás do laguinho artificial do CEA. Ao lado dos sanitários. Lótico P2 Área de campo nos arredores do CEA. P3 Pequena drenagem permanente com pequenos remansos. Logo após a cerca de arame do portão. Mata ciliar rala. P4 Área descampada. Na subida da trilha que sucede o portão da cerca. P5 Pequena drenagem permanente em meio à mata. Situada amontante do local onde a própria cruza a trilha. Lótico P6 Pequena drenagem permanente, em meio à mata, porém, faz divisa com a área aberta do P4, onde forma ambiente brejoso. Situada ajusante de P5. Lótico P7 Pequena barragem circundada por mata. Provavelmente antiga captação de água. Vegetação marginal de samambaias e capim navalha. Lêntico P8 Pequena drenagem permanente em meio à mata. Cruza a trilha, porém é situado após o P6 no sentido CEA - interior da RPPN. Lótico P9 Drenagem permanente e brejos associados em meio à mata. Próxima a uma cerca de arame. Cruza a trilha que se inicia na portaria do condomínio Quintas do Sol e vai até o Ribeirão dos Cristais. Lótico P10 Cachoeira situada ajusante de P9. Lótico P11 Mata ripária do Ribeirão dos Cristais. Corpo de água lótico de médio porte, correnteza forte e leito pedregoso. Lótico P12 Riacho permanente, com brejos associados, em meio à área descampada. Próximo às antigas casas da fazenda. Lótico/lêntico 170 FAUNA Tabela 1: Localização e caracterização dos pontos amostrais na área da RPPN Mata Samuel de Paula de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG. Lótico Hyalinobatrachium uranoscopum Resultados Na área da RPPN Mata Samuel de Paula foram registradas 14 espécies de anfíbios anuros, pertencentes a cinco famílias. A família Hylidae apresentou o maior número de espécies, com oito espécies. Brachycephalidae apresentou duas espécies. Bufonidae, Centrolenidae, Craugastoridae e Cycloramphidae foram representadas por uma espécie cada. As espécies registradas, bem como os locais de amostragem onde o registro foi efetuado, podem ser observadas na Tabela 2. Nenhuma espécie pertencente à ordem Gymnophiona (cecílias) foi encontrada, provavelmente em razão de seu hábito fossorial o que dificulta o seu registro. Tabela 2: Espécies de anfíbios registradas de setembro de 2006 a agosto de 2007 na área da RPPN Mata Samuel de Paula de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Anfíbios Espécie Hábito Ambiente Registro Locais de amostragem Nome popular Bokermannohyla sp. (aff. circumdata) arborícola RP A, G, V P3, P5, P6, P8 Perereca Dendropsophus sp. (gr. parviceps) arborícola LP A, V P7 Perereca Hypsiboas faber arborícola/terrestre - V P6, P7 Sapo-ferreiro Hypsiboas lundii arborícola RP V P1 Perereca Hypsiboas polytaenius arborícola RP A, G, V P1, P3, P5, P6, P7, P8 Perereca Scinax fuscovarius arborícola RP V P10 Perereca-de-banheiro Famíla Hylidae 171 Classe Amphibia . Ordem Anura Hypsiboas polytaenius Proceratophrys boiei Espécie Hábito Ambiente Registro Locais de amostragem Nome popular Scinax luizotavioi arborícola LP V, A, G P7, P12 Perereca Scinax sp. (clado ruber) arborícola/terrestre LP A, V, G P7 Perereca Famíla Hylidae Família Brachycephalidae Ischnocnema izecksohni terrestre/arborícola FL A, V P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12 Rãzinha-da-mata Ischnocnema juipoca terrestre FL A, V P2, P4, P12 Rãzinha terrestre FL V P12 Sapo-cururu RP A P11 Perereca-de-vidro FL A, V P2, P12 Rãzinha-da-mata RP A, G, V P9, P12 Sapo-de-chifres Família Bufonidae Rhinella pombali Família Centrolenidae Hyalinobatrachium uranoscopum arborícola Família Craugastoridae Haddadus binotatus terrestre/arborícola Família Cycloramphidae Proceratophrys boiei terrestre Ambientes RP= drenagem permanente; LP= Lagoa ou brejo permanente; FL= folhiço/solo da mata. Registro A= auditivo; V= visual; G= girino; C= casal em amplexo; D= desova. Locais de amostragem P1-P12 (ver metodologia). 173 Dentre as espécies de anuros registradas na RPPN algumas são importantes do ponto de vista conservacionista e por isso devem ser destacadas individualmente. Ressalta-se o registro de Dendropsophus sp. (gr. parviceps) que merece destaque por tratar-se de uma espécie com chances de ser nova, ainda não descrita pela ciência, pertencente ao grupo de Dendropsophus parviceps. No leste brasileiro, em áreas de Mata Atlântica, são conhecidas apenas duas espécies desse grupo: D. microps e D. giesleri. Até então Dendropsophus sp. (gr. parviceps) só era conhecida para a Estação Ecológica de Fechos, Nova Lima-MG, local onde foi recentemente encontrada por Pacheco & Leite (2005). Scinax sp. (clado ruber) é uma espécie comum e já há muito conhecida para a região do Quadrilátero Ferrífero; contudo, sobre sua identidade taxonômica ainda permanece uma dúvida entre pesquisadores que estão trabalhando com a espécie. De qualquer forma, é uma espécie comumente encontrada na região. Porém, até que o seu status taxonômico seja definido, pouco poderá ser afirmado a respeito de sua real distribuição geográfica. I. izecksohni e Scinax luizotavioi apresentam distribuição geográfica restritas ao estado de Minas Gerais. E. izecksohni, que foi descrito baseado em indivíduos coletados no Parque das Mangabeiras no município de Belo Horizonte (Caramaschi & Kisteumacher, 1988), é considerado endêmico do Quadrilátero Ferrífero, ou seja, só existe nessa região (Leite et al., no prelo). Scinax luizotavioi é ainda considerada um espécie endêmica do Quadrilátero Ferrífero (Nascimento et al. 2005), Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Distribuição geográfica das espécies 1 3 174 FAUNA 2 1. Hypsiboas faber 2. Scinax sp. (clado ruber) 3. Hypsiboas lundii porém esse status parece ser derivado da falta de publicação de novos registros dessa espécie que ocorre em outras áreas de Minas Gerais (obs. pessoal). Algumas espécies, apesar de apresentarem distribuição geográfica relativamente ampla no bioma da Mata Atlântica, são também relevantes por serem dependentes e exclusivas de ambientes florestais. São elas: Bokermannohyla circumdata, Haddadus binotatus, Proceratophrys boiei, Hyalinobatrachium uranoscopum.. As demais espécies registradas são comuns, possuem distribuição geográfica relativamente ampla, toleram considerável grau de perturbação ambiental e frequentemente estão associadas a ambientes ecologicamente pouco relevantes (i.e. Hypsiboas faber, Hypsiboas lundii, Hypsiboas polytaenius, Scinax fuscovarius, Ischnocnema juipoca, Rhinella pombali). A RPPN encontra-se inserida em uma região de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado. Contudo, sua área é composta principalmente por ambientes florestais e transicionais, com exceção de algumas clareiras artificiais e dos topos de montanha onde ocorre algum tipo de vegetação campestre. Não obstante, a maioria da anurofauna registrada é constituída por espécies de ambientes florestais/transicionais e que apresentam a maior porção das suas áreas de distribuição geográficas inseridas no domínio da Mata Atlântica. Apenas Hypsiboas lundii e Ischnocnema juipoca são espécies que possuem a maior parte de sua distribuição geográficas inseridas no Cerrado. Apesar de não apresentar um elevado número de espécies, a comunidade de anfíbios registrada na RPPN Mata Samuel de Paula, possui uma herpetofauna característica dos fragmentos florestais situados no sul da Serra do Espinhaço, abrigando espécies importantes Comparação com outras áreas Apesar de ser uma das áreas melhor amostradas do Espinhaço, o Quadrilátero Ferrífero conta com poucos inventários anurofaunísticos. Porém, a bacia do Ribeirão dos Cristais, no Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Distribuição na área de estudo Quatro principais tipos de ambientes utilizados por anfíbios para a reprodução foram encontrados e amostrados na área da RPPN. São eles: (1) riachos permanentes em meio à vegetação florestal; (2) ambientes brejosos, associados a drenagens permanentes em ambientes de transição (borda de mata, capoeira); (3) solo/serrapilheira de mata e (4) solo/serrapilheira em área de clareira (campo/pasto). O tipo de ambiente muitas vezes pode ser considerado um dos fatores que mais influenciam a distribuição das espécies numa escala espacial local. Para anfíbios, os ambientes utilizáveis para a reprodução podem ser limitantes de sua distribuição numa dada área, à medida que influenciam não só a distribuição dos adultos, mas também das larvas. Dessa forma, ambientes aquáticos lênticos ou lóticos, temporários ou permanentes, tendem a abrigar diferentes comunidades de anfíbios à proporção que segregam espécies em função de suas diferentes aptidões. O ponto P7 é o único corpo de água totalmente lêntico amostrado na RPPN. É formado por uma pequena barragem artificial, em meio à mata, e possui margem tomada principalmente por capim navalha (Scleria sp.) e samambaias (Blachnum brasiliensis). As espécies Dendropsophus sp. (gr. parviceps) e Scinax sp. (clado ruber) reproduzem preferencialmente, se não estritamente, em ambientes lênticos e por isso foram encontradas apenas nesse ponto. O ponto P12 apresenta uma área alagada também de característica lêntica e, por isso, assim como P7, abriga populações de Scinax luizotavioi (Tabela 2). Por outro lado, os pontos (P1, 4, 5, 6, 8, 9, 10 e 11) são caracterizados por riachos de correnteza circundados por matas de galeria típicas da região. Nesses riachos, a espécie mais comum parece ser Bokermannohyla sp. (aff. circumdata), que teve seus girinos encontrados em boa parte dessas drenagens (Tabela 2). Hyalinobatrachium uranoscopum, espécie estritamente de ambiente lótico, foi encontrada apenas em P10 provavelmente devido as suas exigências ambientais, tanto da fase terrestre quanto aquática. (Tabela 2). A espécie melhor distribuída ao longo da área da RPPN foi Ischnocnema izecksohni. Por não necessitar de ambiente aquático para a reprodução, visto que se reproduz diretamente no folhiço da mata, essa espécie encontra-se em quase toda a área da RPPN que apresenta solo com serrapilheira abundante (Tabela 2). Haddadus binotatus, espécie também independente de ambiente aquático para a reprodução, deve ser, assim como I. izecksohni, bem distribuída pela área da RPPN, apesar de ter sido registrada em apenas dois pontos amostrais (P2 e 12). Os ambientes lóticos (P1, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e parte de P12) foram responsáveis por cerca de 86% do número total (riqueza) de espécies registradas, os lênticos (P7 e parte de P12) abrigaram 71% da riqueza de espécies registradas, sendo que apenas H. polytaenius e P. boiei foram comuns aos dois tipos de ambientes. Já os ambientes não aquáticos de serrapilheira (P2) abrigaram cerca de 14% das espécies. 175 do ponto de vista conservacionista, como a ainda não descrita Dendropsophus sp. (gr. parviceps). Por esse motivo deve ser considerada uma importante área para a preservação de anfíbios da porção sul do Espinhaço. município de Nova Lima-MG, incluindo a bacia do Mutuca e de Fechos, pode ser considerada bem amostrada. São conhecidos três inventários de anuros para essa região. Os trabalhos nos quais se encontram tais listagens de espécies são Nascimento et al. (1998), Silvano et al. (2005) e Leite (2006). Nascimento et al. (1998) estudaram a ocupação temporal e espacial da comunidade de anfíbios presente na Reserva Ambiental do Mutuca. Nesse trabalho foi registrada a presença de oito espécies de anfíbios, sendo que dessas, sete também foram registradas na RPPN Mata Samuel de Paula. Silvano et al. (2005), trabalhando em uma área situada nas adjacências do Ribeirão dos Cristais, registram 26 espécies de anuros. Todas as espécies registradas na RPPN ocorrem também nessa região de cabeceira do Ribeirão dos Cristais, com exceção de Scinax luizotavioi. Na Estação Ecológica de Fechos foram registradas 15 espécies de anfíbios (Leite, 2006). Hypsiboas faber, Hypsiboas lundii e Scinax fuscovarius não ocorrem na Estação Ecológica de Fechos, entretanto foram registradas na RPPN. A maior parte da reserva de Fechos é coberta por vegetação florestal, e, assim como na RPPN Mata Samuel de Paula, a maioria das espécies que lá ocorrem são típicas de ambiente de mata. Na Tabela 3 compara-se a constituição da comunidade de anuros da RPPN Mata Samuel de Paula com a das demais áreas supracitadas. Alto Vale dos Cristais Estação Ecológica de Fechos Reserva Ambiental do Mutuca Nome Vulgar Ischnocnema izecsonhi X X X X Rãzinha-da-mata Ischnocnema juipoca X X X Taxa RPPN Mata Samuel de Paula Tabela 3: Constituição de espécies das comunidades de anfíbios anuros registradas em áreas situadas na bacia do Ribeirão dos Cristais, Município de Nova Lima-MG, incluindo os dados levantados na RPPN Mata Samuel de Paula, de setembro de 2006 a agosto de 2007. FAUNA Brachycephalidae Rãzinha Bufonidae X 176 Rhinella rubescens Rhinella pombali Sapo-cururu X X X X Sapo-cururu X X X X Perereca-de-vidro X X X Centrolenidae Hyalinobatrachium uranoscopum Craugastoridae Haddadus binotatus Rãzinha-da-mata Cycloramphidae X Odontophrynus cultripes Proceratophrys boiei X X X X Sapo X X Sapo-de-chifres Hylidae X Aplastodicus arildae Bokermannohyla sp. (aff. circumdata) X Perereca-verde X Perereca Nome Vulgar Reserva Ambiental do Mutuca Estação Ecológica de Fechos Alto Vale dos Cristais RPPN Mata Samuel de Paula Taxa Hylidae X Dendropsophus minutus Dendropsophus sp. (gr. parviceps) X X Perereca X Perereca X Hypsiboas albopunctatus Perereca Hypsiboas faber X X Hypsiboas lundii X X Hypsiboas polytaenius X X Scinax fuscovarius X X Scinax sp. (clado ruber) X X X X Perereca-amarela X X X Perereca-do-riacho Scinax longilineus Scinax luizotavioi X X Perereca X Perereca- listrada Perereca-de-banheiro X Perereca-dourada X Phasmahyla jandaia Sapo-ferreiro Perereca-verde Phyllomedusa burmeister X Perereca-verde Phyllomedusa itacolomi X Perereca X Rã-cachorro Leiuperidae Physalaemus cuvieri Hylodidae X Hylodes uai Rã-do-riacho X Rã-assobiadora Leptodactylus ocellatus X Rã-manteiga Leptodactylus mystacinus X Rã Leptodactylus cunicularius X Rã X Rã Microhylidae Elachistocleis ovalis Total 14 26 15 8 Observa-se que a riqueza encontrada na RPPN Mata Samuel de Paula é maior que a encontrada na Reserva do Mutuca e similar à encontrada na Estação Ecológica de Fechos. A riqueza de espécies é um dos parâmetros utilizados para se avaliar a importância de uma área para a conservação. A composição de espécies é outro parâmetro utilizado. A similaridade da anurofauna entre essas áreas é grande. Dessa forma, a RPPN Mata Samuel de Paula se destaca nesse cenário local, se firmando com uma área de relevância para a conservação da anurofauna da região. A região de cabeceira do vale do Ribeirão dos Cristais apresenta uma riqueza de espécies consideravelmente maior que a da Mata Samuel de Paula. Tal riqueza se deve à maior diversidade de ambientes aquáticos disponíveis na área de cabeceira do Ribeirão dos Cristais. Nessa área, além de ambientes aquáticos florestais, são também encontrados ambientes lênticos e lóticos em meio a áreas abertas. A ausência de ambientes úmidos em áreas abertas e/ou campestres na RPPN, certamente limita a ocorrência de diversas espécies de anfíbios. Outro fator que se deve considerar é que a região de cabeceira do Ribeirão dos Cristais vem sendo amostrada por quatro anos ininterruptos, o que também contribui para que a sua riqueza de espécies seja ainda maior. 177 Leptodactylus fuscus Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Leptodactylidae Atividade reprodutiva das espécies de anfíbios 4 6 178 FAUNA 5 4. Dendropsophus sp. (gr. parviceps) 5. Rhinella pombali 6. Haddadus binotatus Na região neotropical a atividade reprodutiva da maioria das espécies de anfíbios é fortemente influenciada pela temperatura e precipitação pluviométrica. Dessa forma, é previsto que a maioria das espécies apresente algum tipo de indício de reprodução durante os meses de primavera e verão (out-jan). A atividade de vocalização, a presença de casais em amplexo e a desova e girinos em estágios iniciais de desenvolvimento podem ser utilizadas como indícios da atividade reprodutiva de anfíbios anuros. Segundo Wells (1977), o comportamento reprodutivo dos anfíbios anuros pode ser convenientemente dividido em dois grupos básicos, intermediados por um contínuo de padrões: reprodução prolongada e reprodução explosiva. Em geral reproduções prolongadas duram mais de um mês, enquanto reproduções explosivas cobrem períodos de poucos dias a poucas semanas. De forma a tornar os dados mais didáticos, as espécies foram classificadas de acordo com o número de meses em que apresentaram indícios de atividade reprodutiva. Espécies que apresentaram indícios de reprodução em dois ou menos meses foram consideradas de reprodução explosiva. Espécies que apresentaram indícios de atividade reprodutiva em três a cinco meses foram consideradas de período reprodutivo intermediário. Espécies que apresentaram indícios de reprodução em mais de cinco meses foram consideradas de reprodução prolongada. Dessa forma, 36% das espécies (cinco espécies) apresentaram reprodução explosiva (Bokermannohyla sp. [aff. circumdata], Dendropsophus sp. [gr. parviceps], Haddadus binotatus, Proceratophrys boiei e Rhinella pombali) (Gráfico 1, Tabela 4). Outros 36% apresentaram Tabela 4: Indícios mensais de atividade reprodutiva e tipo de reprodução das espécies de anfíbios da RPPN Mata Samuel de Paula, da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG, de setembro de 2006 a agosto de 2007. Espécie Set 2006 Out 2006 Nov 2006 Dez 2006 Jan 2007 Fev2007 Mar 2007 Bokermannohyla sp. (aff. circumdata) G A, G G G G G G Dendropsophus sp. (gr. parviceps) - A - - - - - Hypsiboas faber - - - - - - - Hypsiboas lundii - - - - - - - Hypsiboas polytaenius A, G A, G A, G A, G A, G A A Scinax fuscovarius - - - - - - - Scinax luizotavioi - - G A, D A, G, D - - Scinax sp. (clado ruber) A A A - A, G A, G A, G Famíla Hylidae B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a reprodução prolongada (Scinax sp. [clado ruber], Scinax luizotavioi, Hypsiboas polytaenius, Ischnocnema izecksohni e Ischnocnema juipoca) (Gráfico 1, Tabela 4). Apenas Hyalinobatrachium uranoscopum apresentou atividade de vocalização com duração de três meses e por isso foi considerada de reprodução intermediária. Para Hypsiboas faber, Hypsiboas lundii e Scinax fuscovarius não foram registrados indícios de reprodução dentro dos limites da RPPN. Hypsiboas faber e Scinax fuscovarius se reproduzem preferencialmente em ambientes lóticos em meio à área aberta. Como a maioria dos ambientes aquáticos da RPPN é florestado, é possível que essas espécies se reproduzam apenas em lagoas e poças situadas em suas adjacências. Apesar de não possibilitar a reprodução dessas espécies, os dados sugerem que a RPPN esteja funcionando como abrigo ou corredor para essas espécies. Foi possível observar que a época de maior atividade reprodutiva da comunidade de anfíbios da RPPN se deu entre os meses de outubro e janeiro, assim como esperado. A atividade reprodutiva das espécies diminuiu gradualmente com a diminuição da temperatura e principalmente da pluviosidade. Entretanto, algumas espécies, tais qual Scinax luizotavioi, apresentaram preferência por meses de inverno para a reprodução (Tabela 4). Ischnocnema izecksohni A A A A A A - Ischnocnema juipoca A A A A A A A - - G - - - - - A A A - - - A - - - - - A, G G G G G Família Bufonidae Chaunus pombali Família Centrolenidae Hyalinobatrachium uranoscopum - Família Craugastoridae Haddadus binotatus - Família Cycloramphidae Proceratophrys boiei - 179 Família Brachycephalidae Abr 2007 Mai 2007 Jun 2007 Jul 2007 Ago2007 Tipo de comportamento reprodutivo G G - G G explosivo Dendropsophus sp. (gr. parviceps) - - - - - explosivo Hypsiboas faber - - - - - Não reproduz na área Hypsiboas lundii - - - - - Não reproduz na área Hypsiboas polytaenius A A - A A prolongado Scinax fuscovarius - - - - - Não reproduz na área Scinax luizotavioi - A, G A, G A A prolongado Scinax sp. (clado ruber) A, G - - - A, G prolongado Eleutherodactylus izecksohni - - - - - prolongado Eleutherodactylus juipoca - - - - - prolongado - - - - - explosivo - - - - - intermediário - - - - - explosivo - - - - - explosivo Espécie Bokermannohyla sp. (aff. circumdata) Famíla Hylidae Família Brachycephalidae Família Bufonidae Rhinella pombali Família Centrolenidae Hyalinobatrachium uranoscopum Família Craugastoridae Haddadus binotatus Família Cycloramphidae Proceratophrys boiei Forma de registro: G=Girino; A=atividade de vocalização; C= casal em amplexo; - ausência de atividade reprodutiva; D= Desova. FAUNA Gráfico 1: Tipo de comportamento reprodutivo das espécies de anfíbios anuros registradas no período entre setembro de 2006 e agosto de 2007. 6 Nº de espécies 180 5 4 3 2 1 0 explosivo intermediário prolongado não reproduz na área tipo de comportamento reprodutivo Gráfico 1 – Tipo de comportamento reprodutivo das espécies de anfíbios anuros registradas no período entre setembro de 2006 e agosto de 2007. Atractus pantostictus Foram registradas cinco espécies de répteis, pertencentes a cinco famílias. Desse total, três são lagartos e três são serpentes. As espécies registradas, bem como os locais de amostragem onde o registro foi efetuado, podem ser observadas na Tabela 5. Tabela 5: Espécies de répteis registradas de setembro de 2006 a agosto de 2007 na área da RPPN Mata Samuel de Paula de propriedade da Mineração AngloGold Ashanti, município de Nova Lima-MG. Classe Reptilia . Ordem Squamata Taxa Registro Locais de amostragem Nome popular F P2 Lagarto V P4 Lagarto preguiça V P2 Lagarto verde Atractus pantostictus V P12 Cobrinha Oxyrophus rhombifer V P12 Coral falsa Sibynomorphus mikanii V P12 Dormideira V P2 Jararaca Família Gymnophthalmidae Gymnophthalmidae sp. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Répteis Polychrus acutirostris Família Teiidae Ameiva ameiva Família Colubridae Família Viperidae Bothrops jararaca Registro V= visual; F= fotográfico. Locais de amostragem P1-P12 (ver metodologia). 181 Família Polychrotidae Distribuição geográfica A maior parte das espécies registradas é comum, de ampla distribuição geográfica e frequentemente associada a ambientes ecologicamente pouco relevantes (Polychrus acutirostris, Ameiva ameiva, Atractus pantostictus, Oxyrophus Rhombifer, Sibynomorphus mikanii e Bothrops jararaca). A exceção se faz por uma espécie de lagarto pertencente à família Gymnophthalmidae. Esse réptil foi registrado de forma indireta por meio de uma fotografia cedida pela AngloGold. A espécie fotografada assemelhava-se à Ecpleopus gaudichaudii. E. gaudichaudii apresenta registro para o município de Belo Horizonte; portanto, sua ocorrência em Nova Lima é bastante plausível. Contudo, para se determinar com segurança a identidade taxonômica da espécie seria necessário que o indivíduo fotografado tivesse sido coletado para ser, então, analisado e identificado. Adotando-se uma postura conservadora, a espécie permanecerá indeterminada; logo, espera-se que novos indivíduos possam ser coletados para que possam ser identificados. De qualquer forma, o lagarto fotografado é uma espécie certamente florestal e que deve habitar o folhiço do solo. Não há registros de outros gymnophthalmídeos para a região de Nova Lima. Portanto, apesar de incompleto, esse registro adiciona bastante ao conhecimento da herpetofauna da região. 7 9 182 FAUNA 8 Distribuição na área estudo 7. Polychrus acutirostris 8. Ameiva ameiva 9. Botrops jararaca Em razão da dificuldade inerente à captura e registro de répteis em curtos períodos de amostragem, a discussão a respeito da distribuição desse grupo na área da RPPN será baseada no conhecimento sobre o hábito e o comportamento das espécies registradas. Exceto pelo lagarto gymnophthalmídeo ainda não identificado, as espécies registradas A primeira lista oficial de espécies ameaçadas de extinção a contemplar espécies de anfíbios e répteis de Minas Gerais foi a primeira versão da lista Lista Vermelha da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado de Minas Gerais, homologada em 1995 (Machado et al., 1998). Nessa lista foram citadas 11 espécies de anfíbios e 10 de répteis em categorias de ameaça. Nenhuma dessas espécies ocorre na RPPN Mata Samuel de Paula. Apesar de ainda não ter Diagnóstico ambiental Algumas espécies registradas na RPPN Mata Samuel de Paula apresentam necessidades ambientais especiais, o que faz delas táxons indicadores de boa qualidade ambiental. Essas espécies podem ser tratadas por espécies bioindicadoras da qualidade ambiental. Por serem dependentes de ambientes florestais, as espécies que podem ser consideradas as melhores bioindicadoras da qualidade ambiental da RPPN são Hyalinobatrachium uranoscopum, Dendropsophus sp. (gr. parviceps), Scinax luizotavioi e Eleutherodactylus izecksohni. H. uranoscopum reproduz apenas em riachos encachoeirados circundados por mata de galeria, onde deposita seus ovos sob B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Status de conservação das espécies sido homologada, tal lista foi revisada em 2006 (Biodiversitas, 2006). Na nova lista também não há espécies em categoria de ameaça que ocorram na RPPN. Naturalmente esse fato se repete no que diz respeito à ultima versão da lista oficial nacional (Ibama, 2003). A escassez de dados sobre a ocorrência e a distribuição de espécies de anfíbios, agravada pela falta de resolução taxonômica, dificulta tentativas de determinação de seus status de conservação (Leite et al., no prelo). Por esse motivo, espécies com o status taxonômico incerto não podem ter o seu status de conservação avaliados. Esse é o caso das espécies de anfíbios Dendropsophus sp. (gr. parviceps) e Scinax sp. (clado ruber) que foram registradas na RPPN. É seguro dizer que não há informação taxonômica, de ocorrência e distribuição geográfica suficiente para se determinar os seus status de conservação. As demais espécies de anfíbios e répteis registradas na RPPN Mata Samuel de Paula não se encontram ameaçadas de extinção. 183 não possuem necessidades ambientais especiais no que diz respeito ao uso de habitats e recursos. O lagarto-verde Ameiva ameiva, a cobrinha Atractus pantostictus, a coral-falsa Oxyrophus Rhombifer, a dormideira Sibynomorphus mikanii e a jararaca Bothrops jararaca são espécies generalistas quanto a ocupação de hábitats e sendo encontradas desde áreas abertas a ambientes florestados, incluindo ambientes transicionais como capoeiras e bordas de mata. Dessa forma essas espécies devem estar bem distribuídas por toda a RPPN. Polychrus acutirostris, popularmente conhecido como lagarto preguiça, habita principalmente áreas campestres e de vegetação mais rala, tal como a capoeira e o pasto do ponto P4. Apesar de ser uma espécie comum, seu hábito discreto o torna uma espécie de difícil registro. Contudo, a sua ocorrência nas áreas mais elevadas e com vegetação de Cerrado da RPPN é bem provável. O lagarto gymnophthalmídeo, apesar de não ter tido a sua identidade taxonômica determinada, é certamente uma espécie que vive associada ao folhiço do solo de áreas florestadas da RPPN. A sua distribuição na área pode estar associada principalmente às áreas de florestas em estados de regeneração mais avançados. FAUNA 184 folhas pendentes. Seus girinos são fossoriais, abrigando-se entre as folhas e o solo do leito do riacho, o que os torna particularmente sensíveis à deposição de sólidos junto ao leito dos corpos de água. Scinax luizotavioi, assim como Ischnocnema izecksohni, foi classificado em Pedralli et al. (2002) como espécie indicadora de qualidade ambiental por se reproduzir apenas em ambientes florestados em estados avançados de regeneração e como serrapilheira (folhiço) abundante. I. izecksohni não depende diretamente de cursos de água, já que apresenta desenvolvimento direto, ou seja, não apresenta girino. Seus imagos eclodem diretamente do ovo que é depositado no solo úmido da mata. Dessa forma, essa espécie é afetada principalmente por modificações na qualidade da serrapilheira que está diretamente relacionada ao estado de conservação das matas. Apesar de ocorrerem em ambientes muitas vezes já alterados, Bokermannohyla sp. (aff. circumdata) e Proceratophrys boiei são espécies que apresentam alguma dependência a ambientes florestados e/ou transicionais, e por isso podem também ser indicativas de razoável qualidade ambiental. As demais espécies de anfíbios e répteis são comuns e estão frequentemente associadas a ambientes ecologicamente pouco relevantes. Entretanto, essas espécies também ocorrem naturalmente em ambientes preservados, não sendo necessariamente indicadoras de má qualidade ambiental. Dessa forma, baseado na ocorrência e distribuição das espécies bioindicadoras da herpetofauna na área da RPPN, pode-se chamar a atenção para a importância dos ambientes de lóticos circundados por mata de galeria e do ambiente lêntico do ponto P7. Na mata de galeria do Ribeirão dos Cristais, no ponto P11, foi registrada a perereca-de-vidro. Além de abrigar a única população desse centrolenídeo, a mata de galeria do Ribeirão dos Cristais funciona como corredor ecológico não só para a herpetofauna, mas para a fauna de forma geral. Ao assegurar a conectividade entre as matas de galeria dos riachos da RPPN, a mata do Ribeirão dos Cristais possibilita a movimentação de indivíduos e consequentemente permite que o fluxo gênico se dê de forma natural entre as populações das diferentes espécies da herpetofauna. Destaque também deve ser dado ao ambiente aquático do P7, visto que é o único ambiente integralmente lêntico da RPPN; não obstante, apenas nele foi registrada a espécie de perereca Dendropsophus sp. (gr. parviceps). Nas imediações desse ambiente, nos pontos P4, 5 e 6 são encontradas também praticamente todas as demais espécies de anfíbios da RPPN, mostrando assim a importância desse local para a manutenção da riqueza de anfíbios da área. Os fragmentos florestais da RPPN se mostraram de forma geral similares em seus estados de regeneração. Porém, visto que há preferência dos anfíbios por ambientes aquáticos, as áreas de mata de galeria que circundam os corpos d’água são ambientes-chave para manutenção da diversidade da herpetofauna da RPPN. A RPPN Mata Samuel de Paula pode ser considerada uma importante unidade de conservação da porção sul do Espinhaço. Por abrigar espécies de status taxonômico incerto, com posibilidade de serem novas para a ciência, endêmicas do Quadrilátero Ferrífero e ainda típicas de ambientes florestais e campestres, essa unidade de conservação assume grande importância no cenário de preservação de áreas verdes em meio a aglomerados urbanos. Proceratophrys boiei BIODIVERSITAS. 2006. Workshop de Revisão da Lista da Fauna Ameaçada de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte, Brasil. CARAMASCHI, U. & KISTEUMACHER, G. 1988. 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Diniz Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) Quati (Nasua nasua) 189 A região Neotropical, mesmo apresentando imensas lacunas relativas ao conhecimento de sua mastofauna, possui um grande número de ecossistemas ameaçados em sua biodiversidade (Turner & Corlett, 1996). A ameaça eminente que deriva desse quadro não é homogênea em todas as partes do mundo: o processo de desmatamento é mais intenso na região tropical, em função da fragilidade de seus ecossistemas. Podemos citar como exemplo a Floresta Atlântica, que originalmente se estendia ao longo da área que hoje concentra a maior parte da população brasileira (CI-Brasil et al., 2000). Restam hoje aproximadamente apenas 7% de sua cobertura original (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2002) e provavelmente menos de 1% de sua extensão é representada por áreas não perturbadas (Câmara, 2003; Mittermeier et al., 2004). Tal fato demonstra a importância de se delimitar áreas com uma grande variedade de atributos físicos, biológicos e sociais, no sentido de se preservar a biodiversidade local. Ecossistemas florestais sujeitos a altos níveis de fragmentação e de isolamento dos remanescentes, particularmente aqueles originalmente ricos em espécies, estão especialmente susceptíveis a um processo severo de erosão de biodiversidade. Os altos níveis de endemismo frequentemente registrados nesse bioma agravam a situação, dado que espécies raras ou de distribuição restrita tendem a ser eliminadas com maior facilidade como consequência da redução do habitat disponível. A fauna de mamíferos do Brasil é extremamente rica. A compilação das espécies brasileiras realizada em 1996 indicava para o País aproximadamente 524 espécies (Fonseca et al., 1996), porém, estudos recentes, revisões taxonômicas e descrição de novas espécies elevaram esse número para mais de 650 espécies (Reis et al., 2006), podendo esse número chegar próximo de 680 (Fonseca et al., em prep). Minas Gerais abriga aproximadamente 236 espécies de mamíferos (cerca de 35% das espécies do País), distribuídas entre os principais biomas do estado: Mata B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução FAUNA 190 Atlântica, Caatinga Campos Rupestres e de Altitude e Cerrado. A recente revisão da lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais aponta um total de 45 espécies sob risco de extinção, cerca de 19% do total de espécies do estado (Drummond et al., 2008). Longe de ser um caso isolado, esse número é um reflexo do nível de ameaça da fauna de mamíferos no Brasil como um todo e se deve principalmente à destruição dos principais biomas brasileiros, notadamente a Mata Atlântica e o Cerrado. Minas Gerais é um estado onde a diversidade de tipos de ambiente, as diferenças climáticas, a grande variação altitudinal e as variadas tipologias vegetacionais propiciam a ocorrência de áreas com elevados índices de diversidade e endemismo. Os dois biomas brasileiros considerados como hotspots mundiais, regiões com elevada diversidade e endemismo e sob alto grau de ameaça, estão presentes em Minas Gerais: o Cerrado e a Mata Atlântica (Myers et al., 2000; Mittermeier et al., 2004). Além deles, temos também no estado áreas de Caatinga, uma das grandes regiões naturais do planeta (Mittermeier et al., 2003). A fauna conhecida de vertebrados na Mata Atlântica é estimada em aproximadamente 2.000 espécies, das quais cerca de 600 são endêmicas (Fonseca et al. 2004a). Existem perto de 270 espécies de mamíferos (89 endêmicos) (CI-Brasil et al., 2000). O Cerrado apresenta uma diversidade e endemismo de vertebrados menor que a Mata Atlântica, mas a diversidade é ainda bem elevada (CI-Brasil & MMA, 1999), com mais de 1.300 espécies, das quais 195 são mamíferos (18 endêmicos) (Fonseca et al., 2004b). Zonas de transição entre biomas, as chamadas Zonas de Tensão Ecológica, ou ainda Ecótonos, geralmente apresentam faunas características de ambos os biomas, e esse é o caso da região Metropolitana de Belo Horizonte, pois está localizada na região de transição de dois biomas, a Mata Atlântica e o Cerrado. Dentre os mamíferos, os roedores e os marsupiais, grupo conhecido como pequenos mamíferos, têm sido utilizados em estudos de monitoramento em áreas protegidas e de fragmentação florestal, tanto na Mata Atlântica (Stallings, 1989; Bonvicino et al., 1997; Stevens & Husband, 1998; Pires et al., 2002 e Pardini, 2004) quanto no Cerrado (Alho, 1981; Fonseca & Redford, 1984; Bonvicino et al., 1997; Silveira et al., 1999 e Bonvicino et al., 2002). O grupo dos pequenos mamíferos é um bom instrumento de estudos para a Biologia da Conservação. Por se tratar de um grupo de ampla diversificação quanto à exploração do ambiente, podemos encontrar espécies tanto resistentes quanto sensíveis a perturbações ambientais de origem antrópica. Admite-se, de maneira geral, que os marsupiais, com exceção das espécies de gambá (Didelphis sp.), são habitat-sensíveis, só ocorrendo em áreas onde a perturbação não é intensa. Por outro lado, muitas espécies de roedores são razoavelmente resistentes às modificações ambientais. A presença ou não de certas espécies de pequenos mamíferos pode indicar o nível de impacto causado pela ação humana no ambiente. apresentados em congressos. Podemos citar como exemplo para trabalhos que envolvam a comunidade de mamíferos, estudos das espécies de carnívoros de uma localidade (Marques et al., 2001; Marques & Ramos, 2001;), pesquisas no Pantanal (Trolle & Kéry, 2003; Trolle, 2003; Soisalo & Cavalcanti, 2006), no Cerrado (Santos-Filho & Silva, 2001; Santos Filho & Silva, 2002; Vieira et al., 2005) e na Mata Atlântica (Araújo & Chiarello, 2005), além de um método alternativo para confecção de armadilhas-fotográficas em Santos e Santos Filho (2000). O objetivo geral deste estudo é inventariar a fauna de mamíferos na RPPN Mata Samuel de Paula, no município de Nova Lima, estado de Minas Gerais. De maneira mais específica, pretende-se: 1. Identificar a fauna de mamíferos ameaçados de extinção presentes na área. 2. Fornecer a base de dados inicial para a implementação de planos de monitoramento da fauna de mamíferos. Metodologia Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Objetivo Área de estudos O município de Nova Lima a rigor encontra-se localizado no bioma da Mata Atlântica (Figura 1). Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, o município mantém ainda cerca de 25% da vegetação nativa original, índice relativamente alto quando comparado com o restante do bioma (SOS Mata Atlântica, 2006). Pelo Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica ainda restam no município 191 Já para o grupo de mamíferos de médio e grande porte, o nível dos inventários biológicos passou por um salto de qualidade nos últimos anos com a aplicação do método conhecido como armadilhas-fotográficas. A amostragem da fauna por meio desse método apresenta uma série de vantagens: é relativamente não intrusivo, permite realizar o monitoramento de grandes extensões de área, não sendo necessária uma constante vigilância do sítio de estudo e não requer a captura dos animais, livrando-os do stress de aprisionamento. É também ideal para o registro efetivo da riqueza de espécies, uma vez que a maioria dos animais é arredia à presença humana. Entretanto, o método apresenta algumas limitações para o inventário da fauna silvestre em decorrência da diferença de detecção entre os grupos (grandes homeotérmicos e pequenos homeotérmicos) e em virtude dos diferentes hábitos locomotores entre as espécies (Wemmer et al., 1996). Atualmente as armadilhas-fotográficas podem ser constituídas por câmeras digitais ou analógicas 35 mm e sensor ativo ou passivo. O equipamento por nós utilizado (sensor passivo) é composto por uma única unidade, produtora e receptora de luz infravermelha (cone de adaptação), que detecta movimento e/ou calor a partir da interrupção da luz emitida. Esse mecanismo, não seletivo, é caracterizado pela emissão de um cone de luz infravermelho que amplia sua superfície basal à medida que se afasta de sua origem. A utilização de armadilhas-fotográficas em estudos no Brasil vem crescendo, principalmente após o desenvolvimento de equipamentos de qualidade produzidos pela indústria nacional, porém a divulgação desses estudos ainda é pouco representativa, estando a maior parte das informações disponíveis em resumos de Nova Lima pouco mais de 10 mil hectares de vegetação nativa em diversos fragmentos, um dos quais é a RPPN Mata Samuel de Paula. A RPPN Mata Samuel de Paula foi criada por meio do Decreto Estadual 8 nº 076 de 6 de outubro de 2000. A RPPN está localizada bem próxima do núcleo dourbano município, a MataLima do Jambreiro. A RPPN Mata Samuel de Paula possui cercanade de Nova (coordenadas da RPPN: 43º52’28” W e 20º0’10”S), Bacia do Rioe das Velhas, do Ribeirão Cristais, de outro importante 147 hectares está sob asub-bacia responsabilidade da dos empresa deemineração AngloGold fragmento florestal do município, a Mata do Jambreiro. A RPPN Mata Samuel Ashanti, que construiu e gerencia, no einterior RPPN, o Centrodade Educação de Paula possui cerca de 147 hectares está sobdaa responsabilidade empresa de mineração AngloGold Ashanti, que construiu e gerencia, interior RPPN, o Ambiental Harry Oppenheimer, atendendo à comunidade deno Nova Limada e da região. Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer, atendendo à comunidade de Nova Lima e da região. A vegetação característica da RPPN Mata Samuel de Paula é a floresta A vegetação característica da RPPN Mata Samuel de Paula é a floresta estacioestacional semidecidual, com algumas estado relativamente bom de nal semidecidual, com algumas áreas emáreas estadoem relativamente bom de preservação e muitas áreas em regeneração. Além das áreas de mata, a RPPN possui também preservação e muitas áreas em regeneração. Além das áreas de mata, a RPPN trechos com vegetação típica de campos rupestres em áreas mais elevadas, como na regiãotambém conhecida comocom Morro do Elefante. possui trechos vegetação típica de campos rupestres em áreas mais elevadas, como na região conhecida como Morro do Elefante. 192 FAUNA Figura 1: Localização do município de Nova Lima no estado de Minas Gerais, com a indicação dos biomas e principais rios do estado, bem como dos remanescentes de Mata Atlântica. Figura 1 – Localização do município de Nova Lima no estado de Minas Gerais, com a indicação dos biomas e principais rios do estado, bem como dos remanescentes de Mata Atlântica Figura 2 – Localização da RPPN Mata Samuel de Paula no município de Nova Lima Coletas de pequenos mamíferos As campanhas de coleta foram realizadas bimestralmente entre outubro de 2005 até setembro de 2006, num total de seis coletas de campo (Tabela 1). A metodologia de coleta de pequenos mamíferos seguiu aquela adotada para estudos com o grupo (Paglia al. 1995; Mares & Ernest, 1995, Paglia et al., 2000). Na RPPN foram As etcampanhas de coleta foram realizadas bimestralmente entre outubro de previamente escolhidas três áreas, uma de campo rupestre (Morro do Elefante), 2005 até setembro de 2006, num total de seis coletas de campo (Tabela 1). A uma na borda de mata (Casa Samuel de Paula) e outra de interior de mata (Trilha Ribeirão dosde Cristais). Em cada áreamamíferos foram estabelecidos transectos para coletas de metodologia coleta de pequenos seguiu aquela adotada para estudos pequenos mamíferos. Os transectos foram dispostos paralelamente a uma distância com o grupo (Paglia et al. 1995; Mares & Ernest, 1995, Paglia et al., 2000). Na de aproximadamente 50 metros um do outro. Em cada transecto foram montadas RPPN foram previamente escolhidas três áreas, uma estação de campo rupestre (Morro do estações de coleta equidistantes 20 metros, e em cada foram instaladas duas armadilhas do tipo gaiola com isca suspensa. Na Tabela 3 estão especificados os Elefante), uma na borda de mata (Casa Samuel de Paula) e outra de interior de locais de coleta e o esforço de captura empregado. mata A (Trilha Ribeirão foi dosbanana Cristais). cada áreae foram estabelecidos transectos isca utilizada comEm canjiquinha algodão embebido em óleo de fígado de bacalhau (Emulsão Scott). As armadilhas foram vistoriadas pela manhã de para coletas de pequenos mamíferos. Os transectos foram dispostos paralelamente cada dia de coleta, por cinco dias consecutivos em cada campanha. Durante a coleta aosuma distância aproximadamente 50 metros um doPara outro. Em cada animais foramde marcados para uma eventual recaptura. marcação foi transecto utilizada Coletas de pequenos mamíferos Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 9 193 Figura 2: Localização da RPPN Mata Samuel de Paula no município de Nova Lima. anilha numerada presa à orelha, o que permite a individualização dos animais. Após a captura e a marcação os animais foram soltos no local de coleta. Foram anotadas informações como sexo, idade, peso e condição reprodutiva dos roedores, além de medidas morfométricas (comprimentos do corpo, cauda, orelha e pata). Os animais capturados foram classificados segundo a bibliografia atual (Fonseca et al., 1996; Wilson & Reeder, 1993, 2005; Eisenberg & Redford, 1999). Foram coletados alguns espécimes representantes dessa área para a formação de uma Coleção Testemunho das espécies da área. Os exemplares foram taxidermizados e estão em processo de tombamento na Coleção de Mamíferos do Laboratório de Mastozoologia e Manejo de Fauna do Departamento de Zoologia da UFMG. Tabela 1: Cronograma de atividades desenvolvidas durante as campanhas de coleta. Campanhas Coleta Outubro - 2005 Atividades desenvolvidas Reconhecimento das áreas Novembro - 2005 1 Abertura dos transectos, instalação das armadilhas e coleta Janeiro - 2006 2 Captura x marcação x recaptura Março - 2006 3 Captura x marcação x recaptura Maio - 2006 4 Captura x marcação x recaptura Julho - 2006 5 Captura x marcação x recaptura Agosto - 2006 6 Captura x marcação x recaptura Tabela 2: Áreas amostradas, com o esforço amostral utilizado por área. ÁREAS TIPOLOGIA VEGETACIONAL ESFORÇO AMOSTRAL Morro do Elefante Campo rupestre 20 armadilhas x 5 dias x 6 coletas Casa Samuel de Paula Mata estacional semidecidual 30 armadilhas x 5 dias x 6 coletas Ribeirão dos Cristais Mata estacional semidecidual 30 armadilhas x 5 dias x 6 coletas 194 FAUNA Mamíferos de médio e grande porte – armadilhas-fotográficas O período de amostragem das armadilhas-fotográficas foi de outubro de 2005 a setembro de 2006, com campanhas mensais para checagem do equipamento, troca de pilhas e filmes e encaminhamento dos filmes para revelação. Originalmente utilizamos quatro armadilhas fotográficas, sendo instaladas nas três áreas de amostragem (Tabela 2), buscando-se amostrar os diferentes tipos vegetacionais ali presentes. Duas armadilhas-fotográficas foram roubadas, uma que estava instalada no Morro do Elefante e outra instalada próxima ao Centro de Educação Ambiental (CEA). O modelo de equipamento utilizado foi Tigrinus convencional (http://www.tigrinus.com.br). O modelo possui uma câmera fotográfica analógica automática 35 mm e dois sensores passivos para detecção de ambiente, calor e/ou movimento. O conjunto é alimentado por pilhas e baterias e é preso a árvores por correntes e esticadores (Figuras 3 e 4). O sensor detecta a presença de organismos que se desloquem Mamíferos de médio e grande porte – rastros e vestígios A busca de vestígios e rastros da mastofauna foi realizada por meio de caminhadas em áreas de vegetação nativa e margens de corpos d’água, bem como em estradas e acessos existentes na RPPN Mata Samuel de Paula. Durante o percurso foi realizada a procura ativa por rastros, pegadas e fezes de mamíferos, bem como outras evidências (carcaças, abrigos, etc.), que indicassem a presença de espécies de mamíferos silvestres. As evidências duvidosas em relação à identificação foram desconsideradas. Objetivou-se também visualizar e/ou ouvir vocalizações de espécimes que utilizassem tais trechos ou áreas próximas a eles. Todo o material fotográfico está depositado no Laboratório de Mastozoologia do Departamento de Zoologia – ICB/UFMG. Resultados e discussão Pequenos mamíferos Durante as seis campanhas de coleta de pequenos mamíferos foram realizadas 194 capturas de 85 indivíduos pertencentes a pelo menos 13 espécies (Tabela 3). O esforço amostral geral foi de 2.400 armadilhas/noite, com sucesso de captura total de 8,1%. Vale destacar que esse sucesso de capturas total é considerável em comparação com outros estudos realizados na Mata Atlântica. Comparando o total de capturas durante o inventário, pode-se 195 em frente ao equipamento, o que ocasiona a interrupção do cone de luz infravermelha e/ ou a percepção do calor corporal, permitindo o registro do animal no filme embutido na câmera fotográfica. As armadilhas foram instaladas em árvores, e os pontos de amostragem foram escolhidos com base em características da vegetação, proximidade à água e por meio de evidências sobre a presença de mamíferos. O equipamento foi programado para disparos em intervalos mínimos de 30 segundos entre fotografias e funcionamento contínuo (24h). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Pegada de veado (Mazama sp.) próximo ao Ribeirão dos Cristais Figura 3 - Equipamento utilizado na metodologia de armadilha fotográfica Figura 4 - Equipamento instalado Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 197 notar uma variação ao longo do ano. O maior número de capturas de pequenos mamíferos foi obtido nas campanhas de maio e julho de 2006 (sucesso de captura de 11,2% e 11,7% respectivamente), enquanto que as campanhas de novembro de 2005 (sucesso de 4,7%) e janeiro de 2006 (sucesso de 4,5%) apresentaram o menor número de indivíduos capturados (Figura 5). Esse padrão é similar ao encontrado em outros estudos com pequenos mamíferos, com um maior sucesso de capturas nos períodos mais secos do ano, quando possivelmente os animais se movimentam mais em busca de comida, que é mais escassa, e por consequência caem mais nas armadilhas. Uma outra hipótese para explicar essa variação seria a de que as populações de espécies de pequenos mamíferos apresentam flutuações sazonais drásticas ao longo do tempo, associadas a épocas de maior ou menor oferta de alimentos. Considerando os dados totais, a comunidade de pequenos mamíferos da RPPN Mata Samuel de Paula é formada por 13 espécies, sendo seis da ordem Didelphimorphia (marsupiais) e sete da ordem Rodentia (roedores). As espécies mais abundantes na comunidade são os roedores Akodon cursor, Necromys lasiurus e Rhipidomys mastacalis e o marsupial Philander frenatus (Figura 6). O roedor silvestre A. cursor representa mais de 21% do total de indivíduos capturados. Por outro lado, cinco espécies foram mais raras na amostragem, com apenas pouco mais de 1% do total de indivíduos capturados (Figura 6). Comparando com outros estudos em áreas similares, podemos afirmar que a fauna de pequenos mamíferos da RPPN é relativamente rica, porém com espécies já registradas em outros estudos na região (Câmara et al, 1999). Em estudo realizado no Parque das Mangabeiras foram registradas seis espécies de pequenos mamíferos, porém o inventário foi realizado em um tempo mais reduzido (Câmara & Lessa, 1994). Em estudo realizado na EPDA-PETI, Paglia et al. (2005) registraram 18 espécies durante oito campanhas de campo em uma área de 600 hectares. Portanto, a diversidade de pequenos mamíferos na RPPN Mata Samuel de Paula é alta, principalmente considerando que foram realizadas apenas seis coletas e que a área possui apenas 147 hectares de mata. Acreditamos que uma intensificação do esforço amostral e a utilização de novas metodologias, tais como as armadilhas de interceptação de queda (pitfalls), poderão indicar uma riqueza ainda maior de pequenos mamíferos. Vale destacar que testamos a metodologia de pitfalls durante algumas das campanhas. O método consiste em enterrar baldes de 60 litros no solo e montar cercas-guias com lona e estacas para direcionar os pequenos mamíferos terrestres aos baldes. Porém essa metodologia foi altamente prejudicada porque um grande número de baldes foi retirado por pessoas não autorizadas. A equipe do projeto decidiu posteriormente remover os demais baldes instalados. Dentre as espécies de pequenos mamíferos registradas na RPPN, destacamse os marsupiais Caluromys philander e Marmosops incanus, cujos registros são mais raros, sendo que C. philander é geralmente utilizado como indicador de áreas com boa qualidade ambiental e utiliza preferencialmente o dossel da mata, ambiente pouco amostrado em estudos com pequenos mamíferos. Tabela 3: Número de indivíduos e total de capturas de espécies de pequenos mamíferos de Novembro de 2005 a Agosto de 2006. ORDEM ESPÉCIE Didelphimorfia Didelphis aurita 10 6 Didelphimorfia Caluromys philander 1 1 Didelphimorfia Gracilinanus agilis 1 1 Didelphimorfia Marmosops incanus 5 3 Didelphimorfia Monodelphis domestica 1 1 Didelphimorfia Philander frenatus 41 14 Subtotal 59 26 Rodentia Akodon cursor 39 18 Rodentia Rhipidomys mastacalis 33 15 Rodentia Oligoryzomys sp. 6 5 Rodentia Necromys lasiurus 52 17 Rodentia Nectomys squamipes 1 1 Rodentia Oryzomys subflavus 3 2 Rodentia Sciurus aestuans 1 1 Subtotal 135 59 13 espécies 194 85 TOTAL Total de capturas Nº de indivíduos Figura 5: Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo na RPPN Mata Samuel de Paula. 17 50 FAUNA 45 40 Número de Capturas 198 35 30 25 20 15 10 5 0 nov/05 janeiro março maio julho ago/06 Coletas Gráfico 1 – Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo na RPPN Mata Samuel de Paula. Akodon cursor 21,2 5 0 nov/05 janeiro março maio julho ago/06 Coletas Gráfico 1 – Total de capturas de pequenos mamíferos ao longo das campanhas de campo Figura 6: Abundância relativa das espécies de pequenos mamíferos capturadas na RPPN Mata Sana RPPN Mata Samuel de Paula. muel de Paula. Akodon cursor 21,2 Necromys lasiurus 20,0 Rhipidomys mastacalis 17,6 Philander frenatus 16,5 Didelphis aurita 7,1 Oligorizomys sp. 5,9 Marmosops incanus 3,5 Oryzomys subflavus 2,4 Monodelphis domestica 1,2 Gracilinanus agilis 1,2 Caluromys philander 1,2 Sciurus aestuans 1,2 Nectomys squamipes 1,2 0 5 10 15 20 25 Abundância relativa (%) Gráfico 2 – Abundância relativa das espécies de pequenos mamíferos capturadas na RPPN Mata Samuel de Paula Tabela 4: Espécies de mamíferos registrados através de armadilhas-fotográficas em cada uma das quatro áreas na RPPN Mata Samuel de Paula. Espécie Nome comum Morro do Elefante Cerdocyon thous cachorro-do-mato X Eira barbara irara X Nasua nasua quati Galictis sp. furão X Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim X Sylvilagus brasiliensis tapeti X Philander frenatus cuica X Nascente CEA Ribeirão dos Cristais X X X X A seguir uma amostra do registro fotográfico das espécies de mamíferos obtidos pela metodologia de armadilhas-fotográficas no período de novembro de 2005 a outubro de 2006. 199 Foram obtidos registros efetivos por meio de armadilhas-fotográficas de sete espécies de mamíferos de médio porte. Dessas, seis foram registradas na área do Morro do Elefante. Duas espécies foram fotografadas na área do CEA e uma nas outras duas áreas (Tabela 4). Não foi possível indicar a qual espécie pertence um indivíduo fotografado no Morro do Elefante, pois a imagem não permite a identificação. Algumas espécies de mamíferos registrados (tais como o cachorro-do-mato, irara e o furão), mesmo não estando em alguma categoria de ameaça, sofrem constantemente com o declínio de suas populações, por supressão dos seus habitats naturais. Espécies como o tapeti e o quati apresentam maior resiliência, sendo dessa forma encontrados em populações mais elevadas. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Mamíferos de médio e grande porte – armadilhas-fotográficas FAUNA 4 2 5 3 6 200 1 1. Irara (Eira barbara) no Morro do Elefante 2. Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) fotografado no final do dia no Morro do Elefante 3. Tamanduá-mirim (Tamanduá tetradactyla) no Morro do Elefante 4. Furão (Galictis sp.) no Morro do Elefante 5. Cuíca (Philander frenatus), um pequeno marsupial registrado no Morro do Elefante 6.Tapeti (Sylvilagus brasiliensis) no Morro do Elefante 19 É importante ressaltar que o resultado da amostragem com armadilhas-fotoÉ importante ressaltar que o resultado da amostragem com armadilhasgráficas foi comprometido pelo roubo de dois equipamentos, principalmente no fotográficas foi comprometido pelo roubo de dois equipamentos, principalmente no Morro do Elefante, onde os principais registros e o maior número deles por meio Morro do Elefante, onde os principais registros e o maior número deles por meio das das armadilhas-fotográficas foram verificados (Figura 7). armadilhas-fotográficas foram verificados (Gráfico 3). Figura 7: Número de espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas por meio de armadilhas-fotográficas em diferentes áreas da RPPN Mata Samuel de Paula. 7 6 6 Espécies Registradas 5 4 3 2 2 1 1 1 0 Morro do Elefante Nascente CEA Trilha R. do Cristais Foram registradas outras três espécies para a RPPN Mata Samuel de Paula por meio de rastros e vestígios (pegadas) próximos ao Ribeirão dos Cristais. São A seguir uma amostra do registro fotográfico das espécies de cancrivorus) mamíferos elas: capivara (Hidrochaerys hidrochaerys), mão-pelada (Procyon e veado (Mazamaobtidos sp.). Tais registros de confirmam a utilização de áreas vizinhasdepela mastopela metodologia armadilhas fotográficas no período de novembro fauna local dea outubro médiodeporte. 2005 2006. Em razão do acesso de mamíferos domésticos (cavalo e cachorro), algumas pegadas ficavam sobrepostas e ou duvidosas, e esses registros foram descartados. Espécies como a paca (Cuniculus paca), o sauá (Callicebus nigrifrons) e o mico-estrela (Callithrix penicillata) foram registrados por zoofonia (vocalização) e ou visualização. Considerando, portanto, os resultados das diferentes metodologias aplicadas durante o ano de realização do projeto, foram registradas para a RPPN Mata Samuel de Paula um total de 24 espécies de mamíferos não voadores, pertencentes a sete ordens e 12 famílias (Tabela 5). Dessas, apenas duas espécies consideradas como ameaçadas de extinção foram registradas para a área. Como mencionado anteriormente, a fauna de pequenos mamíferos na RPPN é relativamente diversa, com 13 espécies registradas. Por outro lado, durante o período de um ano do projeto, obtivemos o registro de apenas 11 espécies de mamíferos de médio e grande porte. Acreditamos que um tempo maior de amostragem da fauna de mamíferos de médio e grande porte podem evidenciar se a RPPN seria também uma área de utilização de outras espécies de mamíferos como a cutia (Dasyprocta sp), a preá (Cavia aperea), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o tatu (Dasypus sp), a 201 Gráfico 3 – Número de espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas por Mamíferos de médio e grande porte registros) meio de armadilhas-fotográficas em diferentes áreas(outros da RPPN Mata Samuel de Paula B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Áreas jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) e a onça-parda (Puma concolor), cujas ocorrências para a área são conhecidas ou inferidas pela distribuição geográfica. Tabela 5: Lista das espécies de mamíferos não voadores registradas para a RPPN Mata Samuel de Paula. Taxon Nome comum Tipo de Registro Caluromys philander Cuíca Captura Didelphis aurita Gambá Captura Gracilinanus agilis Catita, guaiquica Captura Marmosops incanus Catita, guaiquica Captura Philander frenata Cuíca-de-4-olhos Captura Monodelphis domestica Cuíca Captura Tamanduá-mirim Armadilha fotográfica Mico-estrela Vocalização e captura Guigó, sauá Zoofonia Cachorro-do-mato; lobinho Armadilha fotográfica e Entrevista Procyon cancrivorous Mão-pelada Vestígios Nasua nasua Quati Armadilha fotográfica Eira barbara Irara Armadilha fotográfica Galictis sp. Furão ORDEM DIDELPHIMORPHIA FAMÍLIA DIDELPHIDAE ORDEM PILOSA FAMÍLIA MYRMECOPHAGIDAE Tamandua tetradactyla ORDEM PRIMATES FAMÍLIA CALLITHRICHIDAE Callithrix penicillata FAMÍLIA CEBIDAE Callicebus nigrifrons ORDEM CARNIVORA FAMÍLIA CANIDAE Cerdocyon thous FAMÍLIA PROCYONIDAE FAMÍLIA MUSTELIDAE ORDEM ARTIODACTYLA FAUNA FAMÍLIA CERVIDAE Mazama sp. Veado-mateiro Entrevista e vestígio Caxinguelê, esquilo Captura Akodon cursor Rato-do-mato Captura Necromys lasiurus Rato-do-mato Captura Nectomys squamipes Rato-d’água Captura Olygoryzomys sp. Rato-do-mato Captura Oryzomys gr. subflavus Rato-do-mato Captura Rhipidomys mastacalis Rato-da-árvore Captura Paca Visualização Tapeti Armadilha fotográfica e vestígio ORDEM RODENTIA FAMÍLIA SCIURIDADE 202 Sciurus aestuans FAMÍLIA MURIDAE FAMÍLIA AGOUTIDAE Cuniculus paca ORDEM LAGOMORPHA FAMÍLIA LEPORIDAE Sylvilagus brasiliensis 203 O município de Nova Lima vem passando por uma fase de intenso aumento da pressão imobiliária, relacionada ao crescimento da demanda de condomínios na região. Durante a fase de construção desses condomínios, alguns deles nas proximidades da RPPN Mata Samuel de Paula, nos locais afetados pelas obras haverá um maior contingente humano, além de aumento da movimentação de máquinas e veículos. O aumento do trânsito de pessoas, maquinário, além dos ruídos produzidos, irá gerar a fuga e o estresse da mastofauna silvestre, nas proximidades das obras. Esses animais tenderão a ocupar habitats adjacentes mais preservados, um dos quais provavelmente será a RPPN Mata Samuel de Paula. Durante as obras, a maior presença humana nas áreas próximas a RPPN poderá gerar riscos de coletas predatórias de animais de caça, como a paca, tapeti, veado, etc., ocasionando a redução nas populações dessas espécies. Caso ocorram, tais impactos podem ser considerados negativos e de alta magnitude por haver, entre elas, espécies ameaçadas. Entretanto, essas ações podem ser minimizadas pela conscientização dos funcionários no período das obras. A perda da vegetação florestal pela implantação dos condomínios nas áreas do entorno ocasionará impactos diretos sobre a mastofauna. Essa ação leva à eliminação de habitats mais localizados de diferentes espécies, provocando a evasão de indivíduos e/ou declínio populacional da mastofauna. O impacto causado pela supressão de recursos essenciais para diversas populações de mamíferos, tais como locais para reprodução, abrigo e alimentação, provocará mudanças a nível regional. Tal impacto torna-se maior se considerarmos que a RPPN será uma das poucas áreas mais preservadas na região. Com o intuito de avaliar as consequências dos impactos causados direta ou indiretamente sobre a mastofauna em função das obras na área do entorno, ou até mesmo na RPPN por pressão de caça, torna-se essencial a proposição do Programa de Monitoramento da Mastofauna na RPPN Mata Samuel de Paula. O Programa de Monitoramento é na verdade uma forma de acompanharmos por um período determinado, a resposta dos pequenos mamíferos aos impactos sofridos no entorno, bem como a diminuição das populações de outras espécies de mamíferos (médio e grande porte), principalmente aqueles que dependem diretamente dos ambientes afetados. Ao mesmo tempo, é uma maneira de medir a capacidade suporte da RPPN Mata Samuel de Paula, tratando-se de um dos poucos remanescentes florestais para a região. Concomitantemente ao Programa de Monitoramento, é importante implementar um eficiente Sistema de Proteção Ambiental e Mitigação de Impactos (denominado aqui provisoriamente por SIS-AMBI). Em linhas gerais, o que se pretende com o referido sistema é aplicar medidas que reduzam a pressão antrópica exercida pelas comunidades no entorno da RPPN sobre a fauna, como por exemplo: Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Recomendações e medidas de manejo 1. Mapeamento geográfico e diagnóstico das principais áreas de pressão antrópica: 2. Caracterização dos principais impactos antrópicos no interior da RPPN: entradas sem autorização, evidências de caça, corte de madeira, etc. 3. Compilação dos registros obtidos pela fiscalização, com a indicação do impacto, data do registro, local (com coordenadas geográficas) e nome do funcionário responsável pelo registro. 4. Tabulação em planilha eletrônica dos registros da fiscalização. 5. Espacialização dos registros em um sistema de informação geográfico (SIG). 6. Acompanhamento espacial (pelo SIG) e mensal dos registros 204 FAUNA 7. Otimização da fiscalização para reduzir a ação de caçadores: Por meio das análises dos dados compilados no item anterior indicar qual o efetivo de pessoal necessário para minimizar os impactos antrópicos no interior da RPPN, como eles devem ser treinados, quais as principais ações que devem exercer e quais são os locais e meses críticos dos impactos. Direcionamento, de maneira proativa, das ações de educação ambiental para a população do entorno: Utilização do acervo fotográfico obtido neste projeto, em especial as fotos de mamíferos obtidas nas armadilhas-fotográficas, para montar uma exposição sobre “Os mamíferos da RPPN”. Indicar para cada uma das espécies registradas uma peculiaridade ou curiosidade biológica que desperte o interesse do público-alvo (crianças das escolas do município) desse programa de educação ambiental. Associado à curiosidade biológica, apontar também quais as principais ameaças que cada uma dessas espécies está sofrendo regionalmente, mas principalmente em Nova Lima e na RPPN Mata Samuel de Paula, em virtude das ações da população que vive no entorno da RPPN. Acreditamos que esse contraponto entre a curiosidade biológica e a possibilidade de desaparecimento da espécie pode ser um forte instrumento de convencimento não apenas da criança, mas também dos agentes causadores do impacto ambiental, pois muitos deles são os pais, irmãos, parentes ou amigos dessas crianças. Parcerias com órgãos fiscalizadores como a Polícia Ambiental e com o Ministério Público visando a redução das ações ilegais. Por fim, acreditamos que os dados produzidos pelos inventários faunísticos e florísticos que vêm sendo realizados na RPPN, bem como as indicações de ações futuras, como o Programa de Monitoramento, ou o Sistema de Proteção da Fauna, devem fazer parte do plano de manejo da RPPN Mata Samuel de Paula. ALHO, C. J. R. 1981. Small mammal populations of Brazilian Cerrado: The dependence of abundance and diversity on habitat complexity. Revista Brasileira de Biologia 41(1), p. 223-230. ARAUJO, A. C. S.; CHIARELLO, A. G. 2005. 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WILSON, D.E. & REEDER, D. M. (Eds). 2005. Mammals species of the world: taxonomic and geographic reference. 3. ed., v. I & II. Johns Hopkins University Press, Baltimore. Aracnídeos /Araneofauna Coordenador: Colaboradores: Prof. Mário De Maria Adalberto J. Santos Alípio Resende Benedetti Bárbara Teixeira Faleiro Guilherme Henrique Fernandes de Azevedo Ivan Luiz Fiorini de Magalhães João Paulo Peixoto Pena Barbosa Marcus Thadeu Teixeira Santos Paula Figueiredo Vilela Ubirajara de Oliveira Lycosa sp predando um opilião Phoneutria nigriventer 211 O conhecimento da biodiversidade é atualmente muito importante, principalmente quando se trata de conservação de áreas protegidas. As aranhas são um grupo com grande potencial de pesquisa e conservação, pois são extremamente sensíveis a pequenas mudanças na estrutura do habitat, incluindo complexidade da vegetação, espessura da serapilheira e características microclimáticas (Uetz, 1991). As mudanças ambientais globais que estão ocorrendo há décadas tornam urgente a realização de inventários de áreas ainda não estudadas, principalmente por sua fragilidade e possibilidade de desaparecimento. Há uma corrida para fazer um mapeamento exato de toda a biodiversidade do planeta (Wilson, 2002). Por este motivo, torna-se importante o estudo da araneofauna, principalmente por este ser um grupo negligenciado em estudos de biodiversidade, mas não menos importante em termos ecológicos. Segundo New (1999), em contraste a muitos vertebrados, os invertebrados, em especial as aranhas, possuem um grande potencial como grupo focal para conservação, pois são abundantes e diversos em muitos dos ecossistemas terrestres. São, ainda, taxonomicamente ricos em espécies, gêneros e famílias, possuem uma considerável variedade de estilos de vida e especializações ecológicas e muitos podem ser observados e amostrados facilmente. Existem alguns trabalhos de levantamento da araneofauna do estado de Minas Gerais, sendo um realizado por Machado (2003) nos campos rupestres da Serra do Cipó, o primeiro do tipo em áreas abertas no Brasil. Outro trabalho foi realizado por Álvares (2002) que amostrou as aranhas da Estação Ecológica da UFMG. Um terceiro trabalho foi realizado no Parque Estadual do Rio Doce por Rodrigues (2004). De acordo com a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, oito espécies de aranhas são consideradas vulneráveis. Por isso, é importante a realização de inventários em áreas como a Mata Samuel de Paula a fim de se ampliar B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução o conhecimento da distribuição de aranhas e possibilitar novas inferências sobre a categoria de ameaça das espécies. A fim de fazer avaliações precisas e recomendações sobre manejo da fauna estudada, é necessário saber quais espécies estão presentes, assim como sua amplitude geográfica, propriedades biológicas e possível vulnerabilidade a mudanças ambientais (Wilson, 1997). Porém, há poucos estudos sobre a araneofauna de Minas Gerais, e não há nenhum levantamento desse tipo para a região de Nova Lima, particularmente para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula. Por isso, o estudo das espécies presentes nesta área é de suma importância a fim de se criarem estratégias mais eficazes de conservação. A conservação apenas pode ocorrer com o conhecimento dado por um levantamento faunístico, formalizando a importância do ambiente terrestre do local. Para a RPPN Samuel de Paula espera-se um número expressivo de espécies, tanto comuns quanto endêmicas, principalmente por se tratar de uma área de mata, favorável ao desenvolvimento dos aracnídeos pelo grande número de presas. Material e métodos Coleta dos espécimes 212 FAUNA Para a coleta dos espécimes foram realizadas duas coletas distintas, uma na estação chuvosa e outra na seca. A primeira coleta foi realizada entre os dias 12 e 15 de outubro de 2006 (estação chuvosa), com uma equipe composta de cinco integrantes. A coleta foi autorizada pelo IBAMA com a licença para captura/ coleta/ transporte/ exposição e manutenção de animais silvestres n° 320/06 – NUFAS/MG. A segunda etapa das coletas foi realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio de 2007 (estação seca). Para essa coleta, a equipe foi formada por sete coletores. Métodos de coleta Armadilhas de queda (Pitfalls) Utilizadas para a coleta de animais errantes. Consistem em copos de plástico (9,5 cm de diâmetro, 9 cm de altura e 500 ml de capacidade) enterrados ao nível de solo. Em seu interior foi depositada uma solução preservadora (álcool 70%), além de detergente (1%) com a função de quebrar a tensão superficial. O conjunto é coberto por uma tampa de plástico sustentada por três espetos de madeira, para proteção. As armadilhas ficaram em campo por sete dias, quando então o material foi recolhido e acondicionado em recipientes de plástico para o transporte ao laboratório, onde as aranhas foram separadas e identificadas. No dia 12 de outubro de 2006 foram montadas 150 armadilhas de queda, em três áreas distintas dentro da Mata Samuel de Paula, sendo que cada área Transectos noturnos No período noturno, áreas demarcadas por linhas de 30 m de comprimento são vistoriadas visualmente, com o auxílio de lanternas de cabeça. No transecto, é feito o caminho de ida e volta, totalizando 60m de percurso, Amostras casuais Todos os dias, aracnídeos foram coletados quando encontrados casualmente. Resultados preliminares O material coletado na primeira etapa das coletas já está completamente triado e identificado. A segunda etapa ainda está em fase de triagem e identificação, mas espera-se uma quantidade semelhante de espécies apresentadas na primeira etapa. A única diferença significante será na quantidade de espécimes amostrados. A tabela 1 mostra a lista das espécies identificadas na primeira etapa das coletas. Famílias obtidas Até o momento, foram encontradas 38 famílias de aranhas. Machado (2003) encontrou 22 famílias e 78 espécies na araneofauna dos campos rupestres da Serra do Cipó. Em um outro trabalho realizado na Estação Ecológica da UFMG por Álvares (2002), foram coletadas 42 famílias e 318 espécies, sendo que 31 dessas constituíam espécies novas para a ciência. Neste trabalho estima-se praticamente o mesmo número encontrado por Álvares (2002), principalmente pela semelhança das Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Guarda-chuvas entomológicos São estruturas de PVC em forma de cruz, de 1m² de área, cobertas por um pano branco de algodão. Para a realização das amostragens, coloca-se essa armação sob os galhos de árvores e arbustos, golpeando-os com pedaços de madeira. Dos invertebrados que caíam no pano, apenas os aracnídeos foram coletados e preservados em álcool 70% em pequenos potes plásticos. Cada amostra corresponde a 20 arbustos ou ramos explorados. Por meio desse método, foram obtidas na primeira coleta 68 amostras, provenientes de diversos locais da mata. As amostragens foram realizadas no período da manhã, entre os dias 13 e 15 de outubro de 2006. Para a segunda coleta, foram obtidas 58 amostras, provenientes de outros locais da Mata, sendo realizadas nos dias 30 de abril e 1º de maio de 2007. com até 5 m de área lateral a ser explorada. O tempo de amostragem é de uma hora e apenas os aracnídeos são coletados, sejam de solo ou vegetação. Os transectos noturnos são demarcados no período da tarde, logo após as coletas com batedores entomológicos. As áreas são escolhidas por serem de fácil acesso e de grande comprimento. Essas coletas ocorreram entre os dias 12 e 14 de outubro de 2006 e 29 e 30 de abril de 2007, resultando em 84 amostras. 213 continha 50 armadilhas. Os três locais escolhidos apresentavam vegetação preservada. Essas armadilhas foram retiradas no dia 18 de outubro de 2006. No dia 29 de abril de 2007 foram também montadas 150 armadilhas de queda, seguindo as mesmas três áreas escolhidas na primeira coleta. Uma das áreas utilizadas na primeira coleta estava indisponível na segunda coleta. Para evitar uma amostragem falha e estatisticamente incorreta, foi escolhida uma área próxima que mantivesse as mesmas características da área indisponível. matas e pelo tamanho da área. Porém, a mata Samuel de Paula apresenta-se em melhor estado de conservação que a Estação Ecológica da UFMG na época da realização do trabalho. Com isso, espera-se um número maior de espécies comuns entre as duas áreas. Espera-se também encontrar mais espécies ainda não descritas pela ciência. Seguem abaixo informações sobre as famílias identificadas e o número de espécies identificadas para cada uma. 1 Infraordem Mygalomorphae Actinopodidae São aranhas fossórias, que cavam tocas no solo. Estas são protegidas por pequenas “portas” construídas com a vegetação e o tipo de solo ao redor da toca. (1 espécie). Dipluridae São caranguejeiras caçadoras cursoriais noturnas, caçadoras de espreita ou tecedoras noturnas. São caracterizadas por possuírem fiandeiras laterais posteriores bem desenvolvidas, utilizadas na construção de teias que, na maioria das espécies, possui forma de funil, culminando em uma abertura no chão. (1 espécie). 3 Idiopidae Constroem tocas fechadas com portas do tipo alçapão em barrancos ou troncos de árvores. (1 espécie). 214 FAUNA 2 1. Araneidae 2. Theraphosidae 3. Thomisidae Nemesiidae Constitui um grupo heterogêneo, provavelmente parafilético, de aranhas fossórias ou semifossórias, caçadoras terrestres de emboscada. Possui grande diversidade na região sudeste do Brasil. (1 espécie). Anyphaenidae São caçadoras cursoriais noturnas que possuem hábitos principalmente arborícolas. Unem folhas utilizando seus fios de seda para construir seus refúgios. A maioria possui espiráculo traqueal localizado medianamente no ventre do abdome. (4 espécies). Araneidae Uma das maiores famílias de aranhas são tecedoras de teias orbiculares aéreas. Possuem dimorfismo sexual de tamanho variável, sendo as fêmeas maiores que os machos. (32 espécies). Clubionidae São caçadoras errantes de tamanho pequeno a médio (3,0-10,0mm). Podem ser encontradas em serapilheira, sob pedras e cascas de árvores. (1 espécie) Dictynidae Inclui aranhas cribeladas e ecribeladas. A maioria é arborícola, construindo suas teias irregulares em folhas, flores e galhos, mas algumas também podem ser encontradas em serapilheira e em dossel. Existe, ainda, um considerável número de espécies troglóbias. (1 espécie). Gnaphosidae São caçadoras cursoriais terrestres noturnas. Suas fiandeiras laterais posteriores são cilíndricas. (4 espécies). Hahniidae São aranhas pequenas (1,0-7,0 mm) que podem ser encontradas mais comumente no solo e em serapilheira. Algumas espécies são errantes e outras constroem teias. (1 espécie) Corinnidae Inclui aranhas caçadoras cursoriais terrestres diurnas, e caçadoras cursoriais arborícolas noturnas. (13 espécies). Hersiliidae Vivem em troncos de árvores, onde facilmente se camuflam sobre musgos e liquens. Possuem as fiandeiras posteriores longas. (1 espécie). Ctenidae Caçadoras noturnas de emboscada, são errantes. Encontram-se nesta família as aranhas do gênero de importância médica Phoneutria, conhecidas como “armadeiras”. (7 espécies). Lycosidae São aranhas caçadoras terrestres diurnas ou noturnas. Algumas destas aranhas são tecedoras diurnas, construindo funis de seda em cavidades em barrancos. (3 espécies). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Infraordem Araneomorphae Deinopidae São aranhas cribeladas tecedoras terrestres noturnas, possuindo olhos médios posteriores muito grandes em relação aos demais. Possuem coloração críptica e se assemelham a gravetos. Caçam penduradas de ponta-cabeça por um fio de seda e com o auxílio de uma teia retangular segurada com os dois primeiros pares de pernas, que é atirada sobre as presas, de modo similar a uma rede de pesca. (1 espécie). 215 Theraphosidae São as maiores caranguejeiras. Algumas espécies chegam a medir cerca de 10 cm de comprimento. Contrário à crença popular, seu veneno não causa complicações graves a humanos, porém acidentes podem ser causados por pêlos urticantes de seu abdômen. (2 espécies). Linyphiidae Aranhas tecedoras terrestres diurnas, constituem uma das famílias com maior riqueza de espécies do mundo. Algumas espécies são tecedoras de teia em lençol. São geralmente pequenas (3 a 4 mm de comprimento) e possuem estrias estridulatórias na lateral de suas quelíceras. (10 espécies). da vegetação. Não constroem teias para captura de presas. (1 espécie). Mimetidae São chamadas de aranhas-pirata pois caçam e devoram outras aranhas, podendo invadir as teias ou refúgios de suas vítimas. (4 espécies). Salticidae Conhecidas como “papa-moscas”, constituem a maior família de aranhas. São caçadoras cursoriais, com hábitos predominantemente diurnos, utilizando sua ótima visão para a caça. (25 espécies). Miturgidae Apresentam hábitos semelhantes aos de Anyphaenidae. São aranhas de porte médio, com oito olhos, pernas curtas, que se caracterizam por apresentar longas fiandeiras posteriores. (3 espécies). 216 FAUNA Ochyroceratidae São aranhas pequenas (1,0-2,0 mm) que vivem, principalmente em serapilheira, onde tecem teias irregulares. Algumas ainda são associadas a cavernas. (2 espécies) Oonopidae São caçadoras cursoriais terrestres, noturnas e de espreita. De porte pequeno, possuem seis olhos, cujos formatos e disposição são característicos. (8 espécies). Oxyopidae Aranhas de pequeno a médio porte, que caçam insetos ativamente sobre a folhagem da vegetação arbustiva e arbórea. (1 espécie). Philodromidae Apresentam hábitos muito parecidos com Thomisidae, vivendo em folhas ou ramos secos Pholcidae São noturnas, tecedoras de teias em lençol e sedentárias. Estas aranhas têm o hábito de carregar suas ootecas presas às quelíceras. (7 espécies). Scytodidae Aranhas pequenas que possuem seis olhos agrupados aos pares e carapaça arqueada. São conhecidas como “aranhas-cuspideiras”, em razão do modo como caçam: possuem uma substância adesiva associada às quelíceras, a qual ejetam sobre a presa que é imobilizada. São caçadoras cursoriais noturnas. (3 espécies) Segestriidae São caçadoras noturnas sedentárias. Constroem abrigos tubulares em fendas com fios de seda elaborados na entrada. Esses fios servem para monitorar a passagem de presas pelo abrigo. O terceiro par de pernas é anteriormente direcionado e, assim como as pernas I e II, é utilizado na percepção de vibrações dos fios de seda. (2 espécies). Selenopidae São aranhas facilmente reconhecidas por apresentar corpo muito achatado e pela disposição dos olhos, sendo seis deles em uma fila anterior. São comuns embaixo de cascas de árvores, pedras e fendas nas rochas. (1 espécie). Sicariidae São aranhas caçadoras noturnas de espreita e perseguição. Fazem teias características que se assemelham a algodão espalhado em uma superfície. São similares a Scytodidae, porém apresentam a carapaça achatada. Nesta família encontram-se as “aranhas-marrons” (gênero Loxosceles). (1 espécie). Sparassidae São comuns na vegetação e sob cascas de troncos, mas algumas podem invadir casas. Em casas, abrigam-se em frestas, mas não são agressivas e não têm importância médica. (1 espécie). Symphytognathidae São pequenas aranhas (~0,5 mm) com apenas quatro olhos. Tecem teias orbiculares diminutas em microhabitats extremamente úmidos. As fêmeas não apresentam palpo. Inclui as menores espécies de aranhas conhecidas. (1 espécie). Tetragnathidae São aranhas que fazem teias orbiculares, frequentemente inclinadas ou orientadas na horizontal, para a captura de presas. Muitas espécies possuem quelíceras grandes e robustas. (8 espécies novas). 217 Senoculidae Aranhas noturnas, encontradas em galhos e troncos das árvores e pequenos arbustos. (1 espécie). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Enoploctenus sp. Theridiidae Apresenta aranhas que fazem teias desorganizadas, tridimensionais. É a família que inclui as viúvas-negras (gênero Latrodectus). Uma característica marcante desta família é a presença de cerdas serrilhadas nos tarsos nas pernas IV. (62 espécies). Thomisidae São aranhas caçadoras de espreita, que utilizam da coloração para se camuflarem em flores e outras partes florais, capturando insetos que se alimentam de néctar. (6 espécies). Tabela 1: Espécies de aranhas identificadas (em nível de gênero ou espécie) a partir do material amostrado na Mata Samuel de Paula Família Espécies ACTINOPODIDAE Actinopus sp. ANYPHAENIDAE Aysha sp. Iguarima censoria Umuara sp. Anyphaenoides sp. ARANEIDAE Acacesia sp. Aculepeira travassosi Alpaida sp. 1 Alpaida sp. 2 Trechaleidae São aranhas de porte grande que vivem, às vezes, próximas a riachos e lagos. Apresentam os tarsos de todas as pernas flexíveis, o que permite a movimentação sobre a superfície da água. (1 espécie). Alpaida sp. 3 Alpaida sp. 4 Alpaida sp. 5 Alpaida alticeps Alpaida moka Alpaida scriba Alpaida truncata Alpaida xavantina 218 FAUNA Uloboridae Aranhas de pequeno porte, que produzem teias orbiculares. As características principais desta família são a presença de cribelo e a localização do calamistro em uma depressão dorsal curva do metatarso IV. (2 espécies). Araneus sp. 1 Araneus sp. 2 Araneus tijuca Cyclosa caroli Cyclosa sp. Eustala sp. 1 Eustala sp. 2 Eustala sp. 3 Eustala sp. 4 Zoridae Aranhas de pequeno porte, comuns no solo de florestas, onde exista bastante serapilheira. São vistas frequentemente nas trilhas durante os dias, se movimentando aos pulos. (1 espécie). Mangora caballero Micrathena sp. 1 Micrathena sp. 2 Micrathena sp. 3 Parawixia sp. 1 Parawixia sp. 2 Parawixia monticola Parawixia velutina Pozonia sp. nova Testudinaria lemniscata. Wagneriana gavensis Wagneriana janeiro CTENIDAE Ctenus ornatus Enoploctenus sp. 1 Família Espécies CTENIDAE Família Espécies OONOPIDAE Enoploctenus sp. 2 Ischnothyreus peltifer Isoctenus sp. Oonops sp. 1 Nothroctenus sp. Oonops sp. 2 Parabatinga brevipes Orchestina sp. Phoneutria nigriventer OXYOPIDAE CORINNIDAE Oxyopes carvalhoi Castianeira sp. 1 Castianeira sp. 2 PHOLCIDAE Castianeira sp. 3 Mesabolivar sp. Castianeira sp. 4 Mesabolivar aff. cavicelatus Corinna aff. ducke Mesabolivar cyaneomaculatus Meriola sp. Metagonia sp. Paradiestus sp. Tupigea aff. sicki Simonestus sp. Tupirinna sp. nova SALTICIDAE Arnoliseus aff. graciosa Xeropigo sp. nova 1 Beata sp. Xeropigo sp. nova 2 Chira sp. DEINOPIDAE Coryphasia sp. Deinops sp. Cotinusa sp. DIPLURIDAE Maeota dichrura GNAPHOSIDAE Noegus fuscimanus Camillina pilar Vectius niger SCYTODIDAE Scytodes globula Zimiromus medius Scytodes itapevi Scytodes tyaiapyssanga HERSILIIDAE Ypypuera crucifera SEGESTRIIDAE IDIOPIDAE Ariadna sp. 1 Idiops sp. LYCOSIDAE Aglaoctenus lagotis Ariadna sp. 2 SELENOPIDAE Selenops rapax Lycosa sp. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Lyssomanes austerus Masteria sp. SENOCULIDAE Senoculus sp. Meioneta sp. Pseudotyphistes cf. cristatus SICARIIDAE Sphecozone castanea MIMETIDAE Loxosceles similis SYMPHYTOGNATHIDAE Ero sp. Gelanor sp. OCHYROCERATIDAE Ochyrocera sp. Speocera sp. Anapistula sp. TETRAGNATHIDAE Azilia sp. Chrysometa sp. 1 Chrysometa sp. 2 OONOPIDAE Decuana sp. Gamasomorpha sp. Chrysometa sp. 3 Chrysometa sp. 4 219 LINYPHIIDAE Actinopus sp. Aglaoctenus sp. Família Espécies THERIDIIDAE Avaliação do status de conservação e recomendações Ariamnes sp. Chrosiothes sp. Dipoena sp. Dipoena sicki Episinus cognatus Faiditus sp. Spintharus sp. Spintharus gracilis Theridion sp. Theridion calcynatum Thwaitesia affinis TRECHALEIDAE Trechaleoides biocellata ULOBORIDAE Miagrammopes sp. 1 Miagrammopes sp. 2 Aranhas de interesse médico Durante os trabalhos realizados na RPPN Samuel de Paula, foram encontrados dois dos quatro principais gêneros de importância médica para o mundo, Loxosceles (aranhas-marrons) e Phoneutria (armadeiras). Esses registros, principalmente o do gênero Loxosceles, são de grande importância principalmente pela falta de trabalhos sobre a distribuição desse gênero em Minas Gerais. Os espécimes coletados foram identificados até espécie (Tabela 1) e incluídos em um trabalho realizado no Laboratório de Aracnologia da UFMG, intitulado “Ocorrências de aranhas do gênero Loxosceles no estado de Minas Gerais, Brasil”, que visa conhecer a distribuição dessas aranhas para o estado de Minas Gerais. O registro de Phoneutria para a Mata Samuel de Paula já era esperado, já que o gênero apresenta ampla distribuição para todo o Brasil. Projetos de conservação têm se apoiado em espécies de vertebrados e de plantas superiores como grupos indicadores. No entanto, os invertebrados respondem a diferenças mais sutis tanto de habitat quanto de intensidade de impacto (Oliver et al., 1998). Apesar de as aranhas estarem amplamente distribuídas em quase todos os tipos de ambientes terrestres, a distribuição das espécies está relacionada à sua sensibilidade a condições abióticas, principalmente climáticas (Comstock, 1971; Turnbull, 1973; Foelix, 1996; Henschel & Lubin, 1997). Às aranhas que são adaptadas exclusivamente a um determinado tipo de habitat mais estável, dá-se o nome de aranhas estenécias. Aquelas que suportam grandes variações no ambiente denominam-se aranhas euriécias. Estas últimas são capazes de sobreviver e reproduzir dentro de uma ampla faixa de condições e, portanto, apresentam grande distribuição (Foelix, 1996). Futuramente poderemos relacionar que tipos de aranhas (eustenécias e euriécias) ocorrem nesta RPPN. O estudo de aranhas como indicadoras de qualidade ambiental muitas vezes é desfavorecido pelo fato de que elas, quando se encontram em ambientes com escassez de alimento, canibalismo e alta densidade de indivíduos, podem se dispersar por um processo conhecido como balonismo. Esse processo envolve a produção de emaranhados de seda que são liberados no ar ainda presos ao abdome da aranha, e esta, então, é carregada pelo vento, indo parar em locais, muitas vezes, mais favoráveis para seu desenvolvimento (Foelix, 1996). Durante os períodos de coleta foram realizadas observações da área estudada. Ao 221 Argyrodes sp. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Achaearanea sp. FAUNA 222 final pudemos concluir que a área apresenta um bom estado de conservação, mesmo se tratando de uma mata secundária. A grande quantidade de árvores de diversos portes associada à grande cobertura vegetal do solo (serapilheira) favorece o desenvolvimento de outros invertebrados que são usados como alimentos para as aranhas. Outros fatores favoráveis são a disponibilidade de água (presença de rios e riachos), a umidade do ar (em torno de 50%) e a temperatura (variando entre 20º a 30ºC), que favorecem muito o desenvolvimento das aranhas, assim como de todos os outros invertebrados. Porém, há a necessidade de se manter intacta essa área, principalmente pelo fato de ocorrerem espécies novas. Como não há estudos que relacionam degradação ambiental com a presença de determinadas espécies de aranhas, não há como afirmar que as espécies encontradas neste trabalho possam ser indicadoras de qualidade ambiental. Durante as coletas, pudemos observar a utilização de área próxima à RPPN Samuel de Paula para a construção de um condomínio residencial. A construção de residências próximas à mata gera regiões degradadas, mesmo que estas não sejam utilizadas pelo homem. Nesses casos formam-se regiões peridomiciliares degradadas, onde restos de material de construção e entulhos são depositados, consumindo ainda mais parte da mata. Outro fator negativo para a construção de condomínios em torno da mata é a introdução de espécies exóticas que, muitas vezes, desequilibram o ambiente ao colocar espécies mais generalistas. Recomenda-se, então, que a construção de condomínios ao redor da RPPN Samuel de Paula respeite um limite de distância de, pelo menos, 100 metros, para que a mata posso continuar com seu bom estado de conservação. Sobre as espécies novas encontradas, mostra-se que a área ainda está em processo de estudo, ou seja, evidenciando a importância de se realizar estudos com ênfase na fauna aracnológica de áreas de proteção. Discussão parcial O grande número de famílias encontradas já era esperado pela equipe. A localização e o estado de conservação da área tornam propício o desenvolvimento de espécies mais sensíveis a alterações. Álvares (2002) amostrou aranhas em uma área de mata semidecidual, similar à RPPN Samuel de Paula (em meio à cidade, com uma unidade de conservação ativa), o número de famílias encontradas por ele foi 42. Outro trabalho realizado em Minas Gerais passível de comparações foi realizado por Rodrigues (2004), onde houve um estudo da araneofauna de serapilheira do Parque Estadual do Rio Doce, encontrando 28 famílias. Com as análises estatísticas de diversidade e raridade, será possível estabelecer uma comparação entre todos os trabalhos realizados em Minas Gerais, a fim de se detectar os ambientes mais ricos em espécies de aranhas. A grande diferença entre o número de indivíduos em relação ao método de coleta se vale pelo hábito do animal. Aranhas de hábito terrestre são mais facilmente coletadas por meio de armadilhas pitfall, tais como Ctenidae, Salticidae e Lycosidae. O guarda-chuva entomológico se vale do hábito arbóreo das espécies, capturando, por exemplo, Thomisidae, Scytodidae e Theridiidae. A coleta noturna tem alta sobreposição com os dois métodos mencionados acima, permitindo a captura tanto de aranhas de solo como daquelas que habitam arbustos. Referências ÁLVARES, E. S. S. 2002. Araneofauna da Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil. Monografia de Bacharelado. Departamento de Zoologia, ICB/UFMG. Belo Horizonte, Minas Gerais. 34p. Colwell, R.K. 2005. Estimate S: Statistical estimation of species richness and shared species from samples. Version 7.5. User’s Guide and application published at http://purl.oclc.org/estimates COMSTOCK, J. H. 1971. The spider book. London: Cornell University Press. FOELIX, R. F. 1996. Biology of spiders. Nova York: Oxford University Press. MACHADO, É. O. 2003. Caracterização preliminar da araneofauna (Arachnida: Araneae) de solo em campo rupestre do Parque Nacional da Serra do Cipó, MG, Brasil. Monografia de Bacharelado, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Minas Gerais. 25p. MACHADO, A. B. M. 2005. Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção: incluindo as espécies quase ameaçadas e deficientes em dados. p. 85-89. OLIVER, I.; BEATTIE, A & A. YORK. 1998. Spatial fidelity of plant, vertebrate, and invertebrate assemblanges in multiple use forest in eastern Australia. Conservation Biology 12, p. 822-835. New, T. R. 1999. Untangling the web: spiders and the challenges of invertebrate conservation. Journal of Insect Conservation 3, p. 251-256. RODRIGUES, T. 2004. Araneofauna (Arachnida: Araneae) de serrapilheira do Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais. Monografia de Bacharelado, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Minas Gerais, 57p. TURNBULL, A. L. 1973. The ecology of true spiders (Araneomorphae). Annual Review of Entomology 18, p. 305-348. Vetz, G. W. 1991. Habitat Structure and spider foraging. In: S. S. Bell, E. D. McCoy, H. R. Mushinsky. Habitat structure: The Physical Arrangemente of Objects in space, p. 325-348. London, Chapman and Hall. VOLLRATH, F. 1988. Spider growth as an indicator of habitat quality. Bull. Br. Arachnol. Soc. 7(7), p. 217-219. WILSON, E. O. 1997. A situação atual da diversidade biológica. In: WILSON, E. O. (Org.) Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 3-24. WILSON, E. O. 2002. O futuro da vida: um estudo da biosfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a humana. Rio de Janeiro: Campus. 242p. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Para a conclusão da lista de aranhas coletadas, será realizada a identificação até nível de espécie, quando possível, utilizando para isso apenas os indivíduos adultos, pois estes apresentam órgãos sexuais desenvolvidos, que são utilizados para a taxonomia. Para as espécies novas que foram encontradas, serão produzidos artigos para a sua descrição, a serem publicados em revistas especializadas. Ao final de toda identificação, tanto da primeira coleta quanto da segunda, será realizada uma comparação entre as duas épocas utilizadas para a coleta, a fim de avaliar diferenças sazonais na riqueza e composição em espécies da área. Será realizada também uma estimativa de riqueza de espécies utilizando os índices de Chao 1, Chao 2 (Ricklefs, 1996), usando também o programa EstimateS. Os resultados publicados serão importantes para futuros estudos de inventário de invertebrados, principalmente pela facilidade de replicação e a facilidade de realização. HENSCHEL, J. R. & LUBIN, Y. D. 1997. A test of habitat selection at two spatial scales in a sit-and-wait predator: a web spider in the Namib Desert dunes. Journal of Animal Ecology 66, p. 401-413. 223 Perspectivas SOLOS Solos Coordenador: Colaboradores: Prof. Dr. Marcos Flávio Godoy de Oliveira Bruno Macedo Poli Cid Leonardo Peixoto de Melo Rocha Darly Geraldo de Sena Junior Gércio Humberto Carlos Machel Idelson Mendes C. Anselmo Lafayete Gonçalves Campelo Martins Pedro Renato Gontijo Barbosa Stélio Jorge Castro Gadaga Perfil 2: CXbj Cambissolo Háplico Tb perférrico, distrófico, A moderado, textura argilo-siltosa, campo tropical, relevo suave ondulado. Perfil 3: CXvd Cambissolo Háplico distroférrico típico, A moderado, textura argilosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado. Perfil 4: CXve Cambissolo Háplico Ta eutrófico típico, A moderado, textura argila a argila siltosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo forte ondulado. 226 SOLO Perfil 1: CXvd Cambissolo Háplico Ta distrófico típico pedregoso, A moderado, textura franco argilosa a argilosa, cascalhenta, fase muito pedregosa, floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica, relevo forte ondulado. 227 Diversas empresas, assim como proprietários de áreas agrícolas, definem por vontade própria criar dentro de suas propriedades áreas de preservação natural. Muitas das vezes essas escolhas são apenas baseadas em gosto pessoal, não levando em conta se de fato a área apresenta as condições necessárias para ser considerada como área de preservação. É fato que normalmente são escolhidas as áreas de melhor aspecto e com maior diversidade de seres vivos. Por outro lado a escolha de áreas de preservação pode ser baseada em características do solo, condições de relevo e de drenagem. Diversos ambientes naturais apresentam graves limitações por relevo, disponibilidade de água, pedregosidade do solo ou mesmo fertilidade tornando economicamente inviável o uso agrícola dessas áreas, o que as torna claramente áreas de preservação ambiental. Pode-se considerar que usar como reservas naturais áreas com graves limitações de ordem física, química ou biológica, ou seja, deixar para reserva natural a área pior não seja uma boa ideia. O raciocínio pode ser invertido se pensarmos que áreas com limitações graves uma vez exploradas, poderão apresentar maiores processos de degradação e desgaste, podendo mesmo causar degradação nas regiões circunvizinhas e aumentar ainda mais as áreas degradadas. Assim, o uso consciente do solo exige o conhecimento prévio de suas propriedades. A classificação do solo considera as características morfológicas e edáficas do ambiente organizando os diferentes tipos de solo em classes distintas e permitindo a orientação correta para seu uso e manejo. A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula encontra-se dentro da área do Quadrilátero Ferrífero, originada predominantemente por hematita, sendo possível a identificação da mesma em praticamente toda a área da RPPN. O solo apresenta, em muitos locais, profundidade efetiva menor que um metro em razão do intenso processo erosivo resultante do relevo local. B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução Os perfis enumerados a seguir foram classificados de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS, 2006). Avaliação do perfil 228 SOLO Considerações para o perfil 1 O primeiro perfil avaliado foi escolhido após reconhecimento da área, representando um dos tipos de perfil mais comum dentro da RPPN. No perfil percebe-se que grande parte do volume do solo é ocupada por fragmentos de hematita de tamanho variável (2 a 5 cm), que associado ao relevo acidentado inviabiliza por completo o uso de maquinário agrícola (Tabela 1, Figura 1). A melhor indicação para uso da área é o de reserva natural seguido da possibilidade de silvicultura. Em virtude do relevo, são evidentes os sinais de erosão associados à baixa profundidade do solo, o que permite um encharcamento rápido por ação da água da chuva. Considerando a área como refúgio natural para as espécies nativas por apresentar uma vegetação mais densa e disponibilidade de água nos meses de seca, a melhor indicação para a área é o uso como reserva natural. Perfil 1 . Descrição geral Data: 16/07/2005 Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico Ta distrófico típico pedregoso, A moderado, textura franco argilosa a argilosa, cascalhenta, fase muito pedregosa, floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica, relevo forte ondulado. Unidade de mapeamento: CXvd Localização: E618628:N7787857 Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em barranco de corte de estrada na parte intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa. Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico (Uhlein & Oliveira, 2000). Pedregosidade: Muito pedregosa. Rochosidade: Não rochosa. Relevo local: Forte ondulado. Relevo regional: Forte ondulado. Erosão: Moderada a forte. Drenagem: Acentuadamente drenado. Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio. Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica). Descrição morfológica do perfil 1 0-15 cm, bruno muito escuro (10YR 2/2, úmida); estrutura granular moderada pequena; dura, friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa, extremamente pedregosa. AB: 15-35 cm, bruno escuro (10YR 3/3, úmida); estrutura pequena, moderada granular; dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa; extremamente pedregosa. BA: 35-85 cm, bruno amarelo escuro (10YR 3/6 úmida); estrutura pequena fraca bloco subangulares; dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa; muito pedregosa. B: 85 cm+, vermelho escuro acinzentado (10R 3/4, úmida); estrutura muito pequena, fraca; blocos subangulares; dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa; muito pedregosa. Raízes: Comuns finas nos horizontes A e AB; poucas finas nos demais horizontes. Raras raízes grossas. Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes. A: Tabela 1: Análises químicas e físicas do perfil 1. 12 6 53 0,11 7 4 52 0,08 85 - 105 23 28 44 4 8,80 105 + 3 4 48 45 1,07 Porosidade Valor T (H+ +Al3+) Valor S Al3+ Mg2+ Ca 2+ KCl Valor V Complexo Sortivo B2 C cmolc.kg-1 % mg.kg-1 A 4,58 4,07 2,96 1,30 0,29 4,58 15,3 19,88 23,0 6,0 4,9 126 AB 4,68 ñ. determ. 0,12 0,31 0,39 0,60 7,2 7,80 7,7 39,4 1,6 66 4,89 4,18 0,00 0,32 0,19 0,48 8,3 8,78 5,5 28,4 0,6 63 4,97 ñ. determ. 0,00 0,19 0,10 0,28 4,9 5,18 5,4 26,3 0,5 36 C 5,48 5,51 0,00 0,10 0,00 0,11 0,8 0,91 12,1 0,0 0,4 5 Kr Al2O3/Fe2O3 2,64 0,92 0,53 AB 6,03 9,96 9,22 25,33 0,38 1,83 0,66 0,57 BA 3,39 9,06 10,68 27,17 0,37 1,43 0,55 0,62 B 1,38 9,75 10,45 25,74 0,37 1,59 0,62 0,64 C 1,38 2,4 1,47 31,14 0,05 2,78 0,19 0,07 Fe2O3 livre Ki 0,35 MnO 25,11 dag.kg-1 P2O5 8,55 TiO2 Al2O3 13,30 dag.kg-1 Fe2O3 SiO2 6,34 Rel C/N M. Org. A N Horizonte Ataque Sulfúrico Equivalente CaCO3 BA B dag.kg-1 Considerações para o perfil 2 O solo do perfil 2 apresenta um maior grau de intemperismo além de uma ação mais evidente dos ciclos de umedecimento e secagem do solo. Neste ambiente são claros os sinais de desferrificação do meio devido à condição de redução (Tabela 2, Figura 2). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 29 37 229 15 – 35 35 – 85 pH (1:2,5) dm3.dm-3 K+ AB Água PART. kg.m-3 0,76 B Horizonte SOLO Relação Silte/Arg. % 9 P assimilável 24 Grau de Floc. 38 Arg. Disp. Em H2O AREIA FINA 29 dag.kg-1 0 – 15 Sat. por Al Cm Densidade ARGILA Composição Granulométrica da Terra Fina AREIA GROSSA TERRA FINA CASC. CALHAU Frações da Amostra Total SILTE A PROF. SÍMB. Horizonte A consequência é a lixiviação de nutrientes do solo e a diminuição da fertilidade geral sendo denotada pela vegetação mais pobre e mais rala, tendendo ao aparecimento de gramíneas mais resistentes à condição limitante. A área é consideravelmente pequena (0,73%) em relação à área total do parque e, apesar de apresentar um melhor relevo, apresenta uma fertilidade geral muito baixa limitando o uso agrícola, tornando-se mais grave quando se aumenta a profundidade considerada. A indicação da área é a de preservação, silvicultura ou pastagem, sendo baixa a capacidade de suporte animal. Perfil 2 . Descrição geral Data: 17/07/2005 SOLO Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico Tb perférrico, distrófico, A moderado, textura argilo-siltosa, campo tropical, relevo suave ondulado. Unidade de mapeamento: CXbj Localização: E 619068: N 7788234 Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em trincheira na parte intermediária da elevação com aproximadamente 5% de declividade, sob vegetação nativa campo sujo. Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico. Pedregosidade: Não pedregosa. Rochosidade: Não rochosa. Relevo local: Suave ondulado. Relevo regional: Forte ondulado. Erosão: Fraca a moderada. Drenagem: Moderadamente drenado. Vegetação primária: Campo tropical. Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Cerrado). 230 Descrição morfológica do perfil 2 0-17 cm, bruno escuro (7,5YR 3/2, úmida); estrutura fraca pequena bloco subangular; dura, muito friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara a difusa. BW: 17-78 cm, bruno forte (7,5YR 5/6, úmida); estrutura grande, moderada bloco subangular; dura, friável, ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa; . C: 78 cm +, vermelho claro (2,5YR 7/6 úmida); estrutura maciça; ligeiramente dura, firme, ligeiramente plástica não pegajosa. Raízes: Comuns finas no horizonte A; ausentes nos demais horizontes. Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes. A: B 17 – 78 2 4 57 37 1,54 C 78+ 11 4 30 55 0,55 Casc. Símb. Densidade P assimilável Mg2+ Al3+ (H+ +Al3+) Valor T 4,79 3,62 0,25 0,34 1,54 0,70 10,2 10,90 6,4 68,8 1,6 43 B 4,71 3,69 0,0 0,02 1,45 0,05 5,9 5,95 0,8 96,7 0,4 11 C 4,98 3,78 0,0 0,03 0,77 0,04 2,7 2,74 1,5 95,1 0,1 3 Kr Al2O3/Fe2O3 MnO Ki dag.kg-1 P2O5 TiO2 Fe2O3 Al2O3 SiO2 Rel C/N N M. Org. Horizonte dag.kg-1 A 8,41 21,13 13,3 5,35 0,22 2,92 2,29 3,61 B 2,39 20,66 15,8 5,93 0,22 2,22 1,79 4,18 C 0,88 23,95 18,14 4,14 0,46 2,24 1,96 6,88 Equivalente CaCO3 mg.kg-1 Fe2O3 livre Valor S 2+ pH (1:2,5) Valor V % Ataque Sulfúrico cmolc.kg-1 K+ Sat. por Al Ca KCl A Complexo Sortivo Água dm3.dm-3 Horizonte kg.m-3 dag.kg-1 Considerações para o perfil 3 Neste perfil pode-se observar uma profundidade maior que 2 m do solo e um horizonte B mais espesso e poroso, sendo ainda a fertilidade extremamente baixa com um grau de intemperismo elevado (Tabela 3, Figura 3). Nesta condição se observam as características típicas da área; relevo acidentado e elevados riscos de erosão. Mesmo sendo possíveis a atividade de silvicultura e o cultivo de pastagem, a aptidão para a conservação da área é relevante, pois a maior profundidade efetiva garante um lençol freático maior e mais disponibilidade de água dentro da reserva. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 0,84 % 231 51 Porosidade 43 Part. 2 dag.kg-1 Solo Relação Silte/Arg. Grau de Floc. Arg. Disp. Em H2O 4 cm Areia Fina 0 - 17 Terra Fina A Prof. Argila Composição Granulométrica da Terra Fina Silte Frações da Amostra Total Areia Grossa Horizonte Calhau Tabela 2: Análises químicas e físicas do perfil 2. Perfil 3 . Descrição geral Data: 18/07/2005 Cambissolo Háplico distroférrico típico, A moderado, textura argilosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado. Unidade de mapeamento: CXvd Localização: E 618544: N 7788265 Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em trincheira na parte intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa. Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico. Pedregosidade: Não pedregosa Rochosidade: Não rochosa Relevo local: Ondulado Relevo regional: Forte ondulado Erosão: Moderada a forte Drenagem: Acentuadamente drenado Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica). Classificação SiBCS: Descrição morfológica do perfil 3 SOLO A: 0-10 cm, vermelho amarelo (5YR 4/6, úmida); estrutura fraca pequena blocos subangulares; fraca, friável, plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa. B: 10-150+ cm, vermelho (10R 4/6, úmida); estrutura média blocos subangulares; dura muito friável ligeiramente plástica ligeiramente pegajosa. Raízes: Comuns finas no horizonte A; poucas finas no horizonte B; raras raízes grossas. Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes. cm dag.kg-1 % kg.m-3 A 0 - 10 12 3 28 57 0,49 B 10+ 7 6 42 45 0,93 Porosidade Part. Solo Relação Silte/Arg. Grau de Floc. Arg. Disp. Em H2O Densidade Argila Areia Fina Silte Composição Granulométrica da Terra Fina Areia Grossa Terra Fina Casc. Frações da Amostra Total Calhau Prof. Horizonte Símb. 232 Tabela 3: Análises químicas e físicas do perfil 3. dm3.dm-3 P assimilável KCl Ca2+ Mg2+ Al3+ (H+ +Al3+) Valor T 3,65 0,03 0,41 1,35 0,58 9,7 10,28 5,6 69,9 2,7 54 B 4,73 3,99 0,00 0,01 0,48 0,02 5,2 5,22 0,4 96,0 0,1 5 MnO Ki SiO2 Al2O3 Fe2O3 dag.kg-1 TiO2 P2O5 Kr Al2O3/Fe2O3 dag.kg-1 Equivalente CaCO3 mg.kg-1 Fe2O3 livre Valor S Valor V % Ataque Sulfúrico Rel C/N pH (1:2,5) N M. Org. Horizonte cmolc.kg-1 K+ Sat. por Al Água 3,98 Complexo Sortivo Horizonte A dag.kg-1 A 6,91 24,45 19,42 21,40 1,47 2,14 1,26 1,42 B 1,51 31,57 18,14 22,23 1,38 2,96 1,66 1,28 Perfil 4 . Descrição geral Data: 18/07/2005 Classificação SiBCS: Cambissolo Háplico Ta eutrófico típico, A moderado, tex- tura argila a argila siltosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo forte ondulado. Unidade de mapeamento: CXve Localização: E 617762: N 7787906 233 O último perfil é o único que apresenta uma fertilidade elevada na camada superficial de 0 a 8 cm e teores consideráveis de Ca e Mg em profundidade (Tabela 4, Figura 4). Se fosse considerado para uso agrícola seria excelente para o cultivo silvicultural e o cultivo de pastagens. Nessa área fica evidente o elevado teor de matéria orgânica do solo. Mesmo com a elevada fertilidade o relevo é forte ondulado, e a condição de preservação da área para impedimento de desenvolvimento dos processos erosivos é muito importante pois em poucos períodos de chuva pode haver a perda das camadas superficiais por erosão e da fertilidade local. Todas as áreas com vegetação abundante e de porte mais elevado apresentam uma fertilidade e/ou uma maior disponibilidade de água durante o ano. Nessas condições, o conceito de preservação é obrigatório para considerar-se a manutenção dessa fertilidade acumulada na área. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Considerações para o perfil 4 Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil: Descrito e coletado em trincheira na parte intermediária da elevação com aproximadamente 20% de declividade, sob vegetação nativa. Material originário: Materiais metapelíticos, ferrífero e metapsamítico do Proterozoico. Pedregosidade: Não pedregosa. Rochosidade: Não rochosa. Relevo local: Forte ondulado. Relevo regional: Forte ondulado. Erosão: Moderada a forte. Drenagem: Bem drenado. Vegetação primária: Cerrado tropical subcaducifólio. Uso atual: Reserva de vegetação nativa (Floresta subtropical perenifólia – Mata Atlântica). Descrição morfológica do Perfil 4 A: 0-8 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/2, úmida); estrutura pequena moderada bloco cm dag.kg-1 % kg.m-3 A 0-8 3 4 37 55 0,67 B 8 - 108 4 6 42 48 0,88 BC 108 - 126 19 11 43 27 1,59 C 126 - 136 43 16 30 11 2,73 Porosidade Part. Solo Relação Silte/Arg. Grau de Floc. Arg. Disp. Em H2O Argila Silte Areia Fina Composição Granulométrica da Terra Fina Areia Grossa Terra Fina Frações da Amostra Total Casc. Prof. Símb. 234 Horizonte Densidade Tabela 4: Análises químicas e físicas do perfil 4. Calhau SOLO subangular; macio, muito friável, pouco plástica e ligeiramente pegajosa; transição clara. B: 8-108 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/3, úmida); pequena moderada bloco subangular; macio, friável, plástica pegajosa; transição difusa. BC: 108-126 cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/2 úmida); estrutura forte média bloco subangulares; macia friável plástica pegajosa. C: 126-133cm, bruno avermelhado escuro (5YR 3/3, úmida); estrutura maciça; macia, friável, plástica muito pegajosa. Raízes: Comuns finas nos horizontes A; poucas finas nos demais horizontes. Raras raízes grossas. Atração magnética: Bastante expressiva e comum a todos os horizontes. dm3.dm-3 P assimilável 6,94 2,83 0,10 9,87 4,6 14,47 68,2 1,0 7,3 38 B 5,51 4,26 2,69 1,11 0,10 3,81 6,5 10,31 37,0 2,6 0,6 4 Mg2+ Al3+ Valor S (H+ +Al3+) Valor T % cmolc.kg-1 mg.kg-1 6,08 4,77 3,60 4,22 0,00 7,82 4,5 12,32 63,5 0,0 0,4 1 6,03 5,31 0,95 1,01 0,00 1,96 1,4 3,36 58,3 0,0 0,4 1 Kr Al2O3/Fe2O3 1,40 2,15 1,99 BC 2,76 29,73 13,34 7,38 1,06 3,79 2,80 2,84 C 0,88 15,78 6,5 19,0 0,67 4,13 1,44 0,54 Fe2O3 livre Ki 1,71 3,24 dag.kg-1 MnO 2,94 0,90 P2O5 0,83 11,23 TiO2 14,74 14,25 dag.kg-1 Fe2O3 13,15 27,12 Al2O3 22,71 3,14 SiO2 7,78 B Rel C/N M. Org. A N Horizonte Ataque Sulfúrico Equivalente CaCO3 BC C dag.kg-1 Informações adicionais 235 A área apresenta uma camada de turfa em parte do terreno com aproximadamente 20 cm de espessura soterrada sob uma camada de solo sedimentado por erosão com espessura aproximada de 1,5 m. A área apresenta uma boa vegetação, ainda mais se comparada às áreas em contorno, sendo indicada para preservação ambiental, pois representa refúgio para a fauna. O relevo acidentado e a pequena espessura do solo indicam área passível de intenso processo erosivo, para o controle da erosão é preciso considerar-se a manutenção da cobertura vegetal sendo obrigatória a manutenção da cobertura vegetal minimizando os processos erosivos. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Ca2+ Valor V pH (1:2,5) KCl K+ Sat. por Al 5,22 Complexo Sortivo 5,63 Horizonte A Água Considerações sobre o manejo de solos e a abertura de trilhas dentro da RPPN Baseado no mapa planialtimétrico da RPPN Mata Samuel de Paula estabeleceram-se quatro diferentes tipos de áreas presentes: 1. De zero a 20% de declividade é possível a abertura de trilhas buscando as direções de menor declividade da área, a mecanização e o uso agrícola são limitados e arriscados em razão da pedregosidade; 2. De 20 a 50% de declividade não sendo possível o uso agrícola com maquinário. A abertura de trilhas deve ser acompanhada com muito cuidado, pois os riscos de erosão são muito grandes. Para todas as trilhas abertas nessas condições, é necessário o acompanhamento periódico para eliminação dos riscos de criações de cortes de erosão; 3. De 50 a 100% de declividade não é aconselhável a abertura de trilhas ou qualquer uso agrícola. Qualquer trilha aberta deverá ser vistoriada após cada chuva em busca de pontos de erosão e devem ser tomadas as providências necessárias para a solução do problema; 4. Com mais de 100% de declividade é completamente desaconselhada a abertura de trilhas, a não ser que a trilha seja marcada sobre a rocha de hematita pura sem solo. Em quaisquer casos de sinais de erosão, bolsões de água deverão ser abertos para impedir a descida da água morro abaixo, assim como deve ser feito o levantamento de curvas em nível ou em gradiente desviando a água para os bolsões. Toda a área do entorno da RPPN Mata Samuel de Paula deverá ser vistoriada periodicamente, objetivando impedir que enxurradas provenientes de áreas com quotas superiores às da reserva corram para dentro da RPPN aumentando o risco de erosão. As medidas de controle deverão ser o uso de bolsões e curvas de nível. As posições dos bolsões e das curvas de nível deverão ser definidas a cada novo sinal de erosão variando de profundidade ou extensão de acordo com a necessidade. 236 SOLO Figura 5: Divisão de área da RPPN Mata Samuel de Paula em diferentes classes de declividade: 0 – 20%; 20 – 50%; 50 – 100% e maior que 100%. Referências INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual Técnico de Pedologia. 2. ed. IBGE: Rio de Janeiro, 2005. CD-ROM. OLIVEIRA, R. O. Fotografia aérea da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 10 ago. 2005. SENA JR., D. G. Fotografias aéreas da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula. In: PLAMBEL–SECT–COPASA–CETEC–CEMIG. Fotografia aéreas, restituição fotogramétrica e desenho. Articulação das folhas. Belo Horizonte, Nova Lima, Rio Acima e São Sebastião, n. 1, 2006. CD-ROM. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, EMBRAPA Solos, 2006. 306p. Fonte: SENA Jr, 2006. 237 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a UHLEIN, A; OLIVEIRA, H. A. 2000. História geológica do Quadrilátero Ferrífero. Ciência Hoje. v. 27, n. 160. p. 68-71 238 Á G UAS ÁGUAS Água: Qualidade com ênfase nos insetos aquáticos bioindicadores e algas perifíticas Coordenadores: Colaboradores: Prof. Dr. Marcos Callisto Prof. Dr. MSc. Francisco Antônio Rodrigues Barbosa Augusto Mendes de Oliveira Cristiane Freitas de Azevedo Barros Joana D’Arc de Paula Marina Silva Rocha Pedro Maia Barbosa 241 A qualidade da água no século XXI é um dos principais problemas da humanidade em decorrência de atividades de mineração, lançamentos de esgotos domésticos e industriais sem tratamento, utilização de agrotóxicos e pesticidas, retirada de vegetação ripária e depósitos de lixo. Infelizmente, a existência de ecossistemas naturais é cada dia mais rara, sendo comum encontrarmos ecossistemas impactados em todo o território brasileiro. Córregos, rios, lagos, lagunas e aqüíferos subterrâneos estão sujeitos a impactos variados em decorrência das atividades humanas (Callisto et al., 2004). As comunidades biológicas dos ecossistemas aquáticos brasileiros estão sujeitas a alterações ambientais diversas em virtude de interferências humanas sendo, em muitos casos, substancialmente reduzidas ou mesmo eliminadas. Essas alterações resultam na queda da biodiversidade aquática, decorrente da desestruturação do ambiente físico, químico e na dinâmica e na estrutura das comunidades biológicas. Os rios e córregos recebem materiais, sedimentos e poluentes de toda a sua bacia de drenagem, refletindo os usos e a ocupação nas áreas vizinhas. Assim, a degradação de ecossistemas lóticos tem como resultados o assoreamento e a homogeneização do leito, a diminuição na diversidade de habitats e eutrofização artificial (enriquecimento por aumento nas concentrações de nutrientes) (Callisto et al., 2005). Entre as comunidades influenciadas pelas atividades antrópicas, a dos macroinvertebrados bentônicos, em sua maioria os insetos aquáticos, e a das algas perifíticas constituem eficientes ferramentas na avaliação de qualidade ambiental de ecossistemas aquáticos. Os macroinvertebrados bentônicos habitam substratos de fundo (sedimentos, pedaços de madeira, restos de troncos, pedras, macrófitas aquáticas, algas filamentosas, etc.) em ecossistemas aquáticos continentais em parte ou durante todo o seu ciclo de vida, enquanto as algas perifíticas desenvolvem-se colonizando superfícies de pedras, folhas e outros substratos expostos à incidência de radiação solar no leito de ambientes aquáticos (Rosenberg & Resh, 1993). B i o di v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Introdução Á GUAS 242 Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, quantidade e distribuição indicam a magnitude de impactos ambientais em um ecossistema aquático e sua bacia de drenagem (Callisto & Gonçalves, 2002; Soldner et al., 2004). A utilização de insetos aquáticos como bioindicadores de qualidade de água tem recebido ampla aceitação na sociedade científica e em órgãos de controle ambiental. Esses organismos representam o conjunto de variáveis mais utilizadas na avaliação de impactos ambientais causados pela construção de represas, atividade industrial e mineradora, entre outros, que de alguma forma afetam os ecossistemas aquáticos continentais (Pérez, 1988; Rosenberg & Resh, 1993). As avaliações de qualidade de água com a utilização dos macroinvertebrados bentônicos baseiam-se na premissa de que a tolerância à poluição varia entre os diversos taxa de organismos (Resh et al., 1996). Portanto, a estrutura das comunidades bentônicas em um ecossistema aquático representa um reflexo de suas condições ecológicas (Hynes, 1974). Ecossistemas preservados apresentam comunidades com elevada incidência de organismos indicadores de águas de boa qualidade, grupos sensíveis a modificações, e em ambientes impactados encontram-se apenas aqueles taxa capazes de resistir às modificações, indicando sua contaminação (Callisto et al., 2001a). A qualidade da água pode ser avaliada por meio de variações na estrutura e composição das comunidades biológicas, diversidade de habitats e condições físicas e químicas da coluna d’água e do sedimento (Ladson et al., 1996). Em programas de biomonitoramento, a utilização de índices bióticos caracteriza-se como uma das maneiras de avaliação utilizadas (Resh et al., 1996). O conhecimento das comunidades de macroinvertebrados permite a aplicação de índices de qualidade ambiental como o BMWP (Biomonitoring Working Party) (Armitage et al., 1983; Cota et al., 2002) e ASPT (Average Score Per Taxa) ( Johnson et al., 1993) atribuindo escores aos taxa presentes em um ecossistema e, assim, aos ecossistemas onde foram encontrados. Outra importante maneira de avaliar as condições ecológicas de ecossistemas aquáticos é por intermédio da categorização funcional das comunidades de macroinvertebrados bentônicos. Essa classificação consiste no agrupamento dos macroinvertebrados em guildas tróficas, definidas pela estratégia de alimentação de cada taxa. Foram definidos cinco grupos tróficos funcionais: fragmentadores, coletores, filtradores, raspadores e predadores. Os fragmentadores alimentam-se de orgânica particulada grossa (>1,0 mm), como folhas que caem no leito do rio. Os coletores alimentam-se de matéria orgânica particulada fina e ultrafina (fina: 50µm-1mm, ultrafina: 0,5-50 µm) que se deposita sobre o leito e se acumula em fendas. Como os fragmentadores, os coletores também dependem da biomassa microbiana associada com partículas de alimento (primariamente na superfície) e produtos oriundos do metabolismo microbiano para a sua nutrição. Os raspadores são adaptados primariamente para alimentarem-se de algas aderidas a superfícies e, portanto, sua dominância é diretamente associada à produção primária fitobentônica. Os predadores alimentam-se de outros organismos bentônicos ou nectônicos, procurando ativamente suas presas ou aguardando que elas se aproximem (Merrit & Cummins, 1996). O termo perifíton foi definido por Wetzel (1983) como “uma complexa comunidade microbiótica formada por bactérias, fungos, algas, protozoários e animais juntamente com detritos orgânicos e inorgânico, que estão aderidos a um substrato natural ou artificial, vivo ou morto”. O fato de estarem aderidos a um substrato faz com que estejam entre os primeiros a serem afetados pelos impactos que atingem os corpos d’água. Nesse sentido, essa comunidade, especialmente as algas nela contidas (algas perifíticas), vem tendo seu papel como indicadora de qualidade de água cada vez mais reconhecido (Watanabe, 1990; Giorgi & Malacalza, 2001; Mendes, 2003), podendo ser utilizada até mesmo na determinação do estado trófico (Hofmann, 1996, Dell’Uomo, 1996). O objetivo deste projeto foi realizar um inventário taxonômico de macroinvertebrados bentônicos e algas perifíticas nos corpos d’água da RPPN Mata Samuel de Paula e avaliar as condições físicas, químicas da coluna d’água e ambientais desses ecossistemas. Neste capítulo são apresentados os resultados do levantamento das comunidades perifítica e de macroinvertebrados bentônicos nos ecossistemas aquáticos da RPPN Mata Samuel de Paula, bem como sua interpretação e sugestões para a conservação e utilização desses corpos d’água no desenvolvimento de atividades de educação ambiental. Figura 1: Mapa hidrográfico da região de estudo, demonstrando a área da RPPN Mata Samuel de Paula e as estações de amostragem. 243 A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata Samuel de Paula da Mineração Anglogold Ashanti localiza-se no município de Nova Lima, consistindo em um fragmento localizado em área remanescente de Mata Atlântica, em uma região de transição para o Cerrado. Foram estabelecidas cinco estações amostrais, sendo três em nascentes no interior da RPPN, um córrego externo à RPPN e outra no Ribeirão dos Cristais (Tabela 1 e Figura 1). Nas figuras 2 e 3 é apresentada uma caracterização rápida de cada estação amostral, de acordo com a aplicação do protocolo de Callisto et al. (2002). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Área de estudos Figura 2: Caracterização das estações de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula, Nova Lima (MG). AG 01: Nascente com vegetação ciliar densa e bem desenvolvida e com uma pequena barragem e trecho sem vegetação a jusante da barragem. Esta estação de amostragem apresenta pouca erosão e intensa deposição de folhiço no leito. Suas águas são cristalinas e sem sinais de deposição de lixo ou esgotos. AG 01 AG 02: Vegetação ciliar bem desenvolvida, com alguma intervenção humana como a retirada de água. O leito é constituído principalmente por lama com uma fina lâmina d’água. Poucos sinais de erosão podem ser observados nas margens, assim como evidências de lançamento de lixo em alguns pontos. AG 03: Ribeirão dos Cristais com densa mata ciliar. O leito é constituído principalmente por rochas, seixos e cascalho, formando trechos de corredeiras. Em alguns pontos das margens podem ser observados bancos de areia. AG 02 AG 04: Nascente localizada fora da RPPN e que deságua no Ribeirão dos Cristais. Apresenta vegetação ciliar densa, com elevada diversidade de habitats. Além disso, apresenta muitos trechos com deposições de folhiço, pequenas corredeiras, quedas d’água e troncos e galhos caídos. O sedimento é predominantemente lamoso sem sinais de assoreamento e de atividades humanas.) AG 05: Córrego localizado no condomínio Villa Del Rey, apresentando diversos sinais de influências antrópicas, destacando-se o lançamento de lixo e esgoto. O loteamento da região causou diversos problemas a este ecossistema, como o aumento da turbidez da água e intensificação do processo de erosão das margens. ÁG UAS AG 03 244 AG 04 AG 05 Tabela 1: Localização das estações de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula. Estações de Amostragem Localização Nascente (AG 01) 19º59’53.6”S 43º51’43.9’’W Nascente (AG 02) 19º59’52.0”S 43º52’19.3”W Ribeirão dos Cristais (AG 03) 19º59’51.8”S 43º52’19.3”W Córrego à jusante da RPPN (AG 04) 19º59’57.3”S 43º52’37.1”W Nascente (AG 05) 20º00’36.4”S 43º56’25.4”W Material e métodos Características físicas e químicas da água Para avaliação das condições ambientais dos ambientes aquáticos na RPPN e seu entorno foi aplicado um Protocolo de Avaliação Rápida das Condições Ecológicas e da Diversidade de Habitats em Trechos de Bacias, que busca avaliar o ambiente aquático, o uso e a ocupação do solo na região de entorno do trecho da bacia de drenagem dos ecossistemas em estudo, proposto por Callisto et al. (2002). O protocolo avaliou um conjunto de parâmetros em categorias descritas e pontuadas de 0 a 4 (Quadro 2) e de 0 a 5 (Quadro 3), (Anexo). O valor final do protocolo de avaliação foi obtido com base no somatório dos valores atribuídos a cada parâmetro independentemente. As pontuações finais refletiram o nível de preservação das condições ecológicas dos trechos de bacias estudados, como segue: 0 a 40 pontos representam trechos impactados; 41 a 60 pontos, trechos alterados; e acima de 61 pontos, trechos naturais. Quadro 1: Classificação geral dos ecossistemas estudados segundo a aplicação do protocolo de avaliação rápida das condições ecológicas na RPPN Mata Samuel de Paula. Parâmetros Ag 01 Ag 02 Ag 03 Ag 04 Ag 05 1 Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade) Vegetação natural Vegetação natural Vegetação natural Vegetação natural Vegetação natural 2 Erosão próxima e/ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito Ausente Ausente Moderada Ausente Moderada 245 Características ecológicas de trechos de bacia Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Com uma multissonda Horiba modelo U-22 (Figura 3) foram medidos, in situ, temperatura (ºC), pH, condutividade elétrica (µS/cm) e turbidez (NTU) da água. A concentração de oxigênio dissolvido (mg/L) foi determinada pelo método de Winkler. As concentrações de fósforo total (P-total), nitrogênio total (N-total), fósforo solúvel reativo (PO4-P), nitrato (NO3-), nitrito (NO2-), amônio (NH4+) e silicato (SiO2) foram determinadas em laboratório, segundo metodologias propostas por Golterman & Climo (1967) e Mackereth et al. (1978). A concentração de clorofila-a foi estimada de acordo com Lorenzen (1967) e a alcalinidade total, segundo Mackereth et al. (1978). Figura 3: (A) Coleta limnológica; (B) medição das variáveis abióticas utilizando multissonda Horiba; (C) amostra de água para determinação da concentração de oxigênio dissolvido. Figura 4: Coleta de amostras de sedimento: (A) acomodação do Surber e (B) coleta de amostra de sedimento. A A B 246 ÁG UAS B C Ag 02 Ag 03 Ag 04 Ag 05 Alterações de origem industrial/ urbana (barramento de concreto). Alterações de origem industrial/ urbana (barramento de concreto). Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) Alterações de origem doméstica (plantação de bananeira) Alterações de origem doméstica (esgoto,lixo) 4 Cobertura vegetal no leito Total Parcial Ausente total Parcial 5 Odor da água Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum 6 Oleosidade da água Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente 7 Transparência da água Transparente Transparente Turva/cor de chá-forte Transparente Transparente 8 Odor do sedimento (fundo) Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum 9 Oleosidade do fundo Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente 10 Tipo de fundo Pedras/cascalho Lama/areia Pedras/cascalho Pedras/cascalho Pedras/cascalho 11 Tipos de fundo 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 12 Extensão de rápidos Rápidos ou corredeiras inexistentes. Trechos rápidos podem estar ausentes; rápidos não tão largos quanto o rio e seu comprimento menor que o dobro da largura do rio Rápidos com a largura igual à do rio, mas com comprimento menor que o dobro da largura do rio Rápidos com a largura igual à do rio, mas com comprimento menor que o dobro da largura do rio Rápidos com a largura igual à do rio, mas com comprimento menor que o dobro da largura do rio 13 Frequência de rápidos Geralmente com lâmina d’água “lisa” ou com rápidos rasos; pobreza de habitats; distância entre rápidos dividida pela largura do rio maior que 25. Rápidos ou corredeiras ocasionais; habitats formados pelos contornos do fundo; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 15 e 25. Rápidos não frequentes; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 7 e 15. Rápidos relativamente frequentes; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 5 e 7. Rápidos não frequentes; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 7 e 15. 14 Tipos de substrato Fundo pedregoso; seixos ou lamoso. Fundo pedregoso; seixos ou lamoso Seixos abundantes; cascalho comum. Seixos abundantes (prevalecendo em nascentes). Fundo formado predominantemente por cascalho; alguns seixos presentes 15 Deposição de lama Entre 0 e 25% do fundo coberto por lama. Entre 50 e 75% do fundo coberto por lama. Entre 25 e 50% do fundo coberto por lama. Entre 25 e 50% do fundo coberto por lama. Entre 25 e 50% do fundo coberto por lama. 16 Depósitos sedimentares Menos de 5% do fundo com deposição de lama; ausência de deposição nos remansos. Grandes depósitos de lama, maior desenvolvimento das margens; mais de 50% do fundo modificado; remansos ausentes devido à significativa deposição de sedimentos. Alguma evidência de modificação no fundo, principalmente como aumento de cascalho, areia ou lama; 5 a 30% do fundo afetado; suave deposição nos remansos. Menos de 5% do fundo com deposição de lama; ausência de deposição nos remansos. Alguma evidência de modificação no fundo, principalmente como aumento de cascalho, areia ou lama; 5 a 30% do fundo afetado; suave deposição nos remansos. Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Ag 01 Alterações antrópicas 247 Parâmetros 3 Ag 01 Ag 02 Ag 03 Ag 04 Ag 05 Alterações no canal do rio Margens modificadas; acima de 80% do rio modificado. Alguma canalização presente, normalmente próximo à construção de pontes; evidência de modificações há mais de 20 anos. Canalização (retificação) ou dragagem ausente ou mínima; rio com padrão normal. Canalização (retificação) ou dragagem ausente ou mínima; rio com padrão normal. Alguma canalização presente, normalmente próxima à construção de pontes; evidência de modificações há mais de 20 18 Características do fluxo das águas Lâmina d’água escassa e presente apenas nos remansos. Lâmina d’água acima de 75% do canal do rio; ou menos de 25% do substrato exposto. Lâmina d’água acima de 75% do canal do rio; ou menos de 25% do substrato exposto. Fluxo relativamente igual em toda a largura do rio; mínima quantidade de substrato exposta. Lâmina d’água acima de 75% do canal do rio; ou menos de 25% do substrato exposto. 19 Presença de mata ciliar Acima de 90% com vegetação ripária nativa, incluindo árvores, arbustos ou macrófitas; mínima evidência de deflorestamento; todas as plantas atingindo a altura “normal”. Acima de 90% com vegetação ripária nativa, incluindo árvores, arbustos ou macrófitas; mínima evidência de deflorestamento; todas as plantas atingindo a altura “normal”. Entre 70 e 90% com vegetação ripária nativa; deflorestamento evidente mas não afetando o desenvolvimento da vegetação; maioria das plantas atingindo a altura “normal”. Acima de 90% com vegetação ripária nativa, incluindo árvores, arbustos ou macrófitas; mínima evidência de deflorestamento; todas as plantas atingindo a altura “normal”. Entre 70 e 90% com vegetação ripária nativa; deflorestamento evidente mas não afetando o desenvolvimento da vegetação; maioria das plantas atingindo a altura “normal”. 20 Estabilidade das margens Moderadamente estáveis; pequenas áreas de erosão frequentes. Entre 5 e 30% da margem com erosão. Moderadamente estáveis; pequenas áreas de erosão frequentes. Entre 5 e 30% da margem com erosão. Moderadamente instável; entre 30 e 60% da margem com erosão. Risco elevado de erosão durante enchentes. Margens estáveis; evidência de erosão mínima ou ausente; pequeno potencial para problemas futuros. Menos de 5% da margem afetada. Moderadamente estáveis; pequenas áreas de erosão frequentes. Entre 5 e 30% da margem com erosão. 21 Extensão de mata ciliar Largura da vegetação ripária maior que 18 m; sem influência de atividades antrópicas (agropecuária, estradas, etc.). Largura da vegetação ripária maior que 18 m; sem influência de atividades antrópicas (agropecuária, estradas, etc.). Largura da vegetação ripária entre 12 e 18 m; mínima influência antrópica. Largura da vegetação ripária maior que 18 m; sem influência de atividades antrópicas (agropecuária, estradas, etc.). Largura da vegetação ripária entre 12 e 18 m; mínima influência antrópica. 22 Presença de plantas aquáticas Ausência de vegetação aquática no leito do rio ou grandes bancos macrófitas Ausência de vegetação aquática no leito do rio ou grandes bancos macrófitas Algas filamentosas ou macrófitas em poucas pedras ou alguns remansos, perifíton abundante e biofilme. Ausência de vegetação aquática no leito do rio ou grandes bancos macrófitas Ausência de vegetação aquática no leito do rio ou grandes bancos macrófitas. 60 (Alterado) 62 (Natural) 66 (Natural) 85 (Natural) 68 (Natural) 248 ÁG UAS Parâmetros 17 Pontuação (Classificação) Coletas do sedimento Figura 5: Processamento das amostras (A,B) – lavagem das amostras utilizando peneiras de 1,00 e 0,50 mm de malha, e (C) – triagem dos macroinvertebrados. O sedimento foi recolhido com coletor do tipo “Surber” (área de 1.024 cm2). Em cada estação de amostragem foram retiradas quatro amostras (Figura 4) de sedimento, sendo três para análise das comunidades de macroinvertebrados bentônicos e uma para a determinação dos teores de matéria orgânica e composição granulométrica. B Composição granulométrica e teores de matéria orgânica no sedimento C A composição granulométrica dos sedimentos foi determinada pela metodologia de Suguio (1973). Após secagem do sedimento por 48 horas, em estufa, à temperatura constante de 249 A As amostras de sedimento foram lavadas sobre peneiras de 1,00 e 0,50 mm, triadas em microscópio estereoscópico, e os macroinvertebrados identificados segundo Pérez (1988), Epler (1995), Cranston (1996), Pescador (1997), Merritt & Cummins (1996) e Olifiers et al. (2004) e depositados na Coleção de Referência de Macroinvertebrados Bentônicos do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Figura 5). As comunidades de macroinvertebrados bentônicos coletadas foram avaliadas com base nos valores de riqueza taxonômica (n° de taxa), densidade (Indivíduos. m-2), índices de diversidade (H’) de Shannon-Wiener e equitabilidade ( J’) de Pielou segundo Magurran (1991). Foi feita uma classificação em grupos tróficos funcionais segundo Merritt & Cummins (1996) com o objetivo de se identificar a estrutura trófica das comunidades avaliadas. A qualidade das águas foi classificada por meio da aplicação do índice BMWP (Tabelas 2 e 3). Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Processamento das amostras em laboratório 60 ºC, e macerada para separação dos aglomerados foram retiradas porções de 100g. Essas porções foram submetidas a uma série de peneiras de 16,00, 4,00, 2,00, 1,00, 0,50, 0,250, 0,063 e < 0,063 mm (gravimetria) por 30 minutos, e as frações retidas em cada peneira, pesadas individualmente para a determinação das proporções de cada tipo de sedimento nas amostras: seixo (16,00 mm), cascalho (4,00 mm), areia muito grossa (2,00 mm), areia grossa (1,00 mm), areia média (0,50 mm), areia fina (0,250 mm), areia muito fina (0,063 mm) e silte + argila (menor que 0,063 mm) (Figura 6). Foram retiradas duas alíquotas de 0,3 g do sedimento em cada estação amostral, maceradas e queimadas em mufla por 4 horas a 550 oC (Figura 8). As frações de sedimento foram levadas à mufla em cadinhos de porcelana previamente queimados a 550 oC durante 1 hora. O teor de matéria orgânica foi calculado como a diferença entre o peso inicial da amostra e o peso após a incineração (Callisto, 1998), a partir da seguinte fórmula: %PPC = P1 - P3 x 100 P2 Onde: %PPC – Porcentagem de Perda por Calcinação P1 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra P2 – Peso da Amostra P3 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra Calcinada 250 ÁG UAS Tabela 2: Pontuação do índice BMWP utilizado nas estações amostrais. Taxa Pontuação Helicopsychidae, Odontoceridae, Hydroscaphidae, Gripopterygidae, Leptophlebiidae 10 Calopterygidae, Psephenidae, Libellulidae, Leptohyphidae, Perlidae 8 Leptoceridae, Polycentropodidae, Hydrobiosidae, Coenagrionidae, Glossosomatidae, Hydroptilidae, Philopotamidae 7 Nepidae, Hydropsychidae 6 Naucoridae, Simuliidae, Gomphidae, Gerridae, Elmidae, Hydrophilidae, Baetidae, Corixidae, Tipulidae, Pyralidae 5 Caenidae, Hidracarina, Dytiscidae, Corydalidae, Empididae, Ceratopogonidae, Microcrustacea 4 Thiaridae, Tabanidae 3 Chironomidae, Psychodidae, Veliidae, Nematoda 2 Oligochaeta, Culicidae 1 Tabela 3: Classificação da qualidade da água segundo a pontuação do BMWP. Classes de água Pontuação do BMWP Qualidade de água I > 86 Ótima II 64 – 85 Boa III 37 – 63 Satisfatória IV 17 – 36 Ruim V < 16 Péssima Figura 6: Determinação da composição granulométrica dos sedimentos, (A) maceração da amostra, (B) série de peneiras granulométricas. P2 Figura 7: Determinação dos teores de matéria orgânica no sedimento. (A) e (B) Queima das amostras em forno mufla. Onde: %PPC – Porcentagem de Perda por Calcinação P1 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra P2 – Peso da Amostra P3 – Peso do Cadinho + Peso da Amostra Calcinada A (B) (A) B B Figura 7: Determinação dos teores de matéria orgânica no sedimento. (A) e (B) Queima das amostras em forno mufla. Coleta, identificação e contagem do perifíton 251 Para avaliação das algas perifíticas foi amostrada a maior diversidade de substratos possível (pedras, gravetos, folhas) em cada estação de amostragem (Figura 8). O material coletado foi fixado com solução de formol a 4% e, em laboratório, raspado com o auxílio de pincel e escova de cerdas finas. As amostras qualitativas foram analisadas em microscópio óptico, e as algas identificadas até o menor nível taxonômico (gênero, para a maioria). Para análise quantitativa mediu-se a área raspada e realizou-se contagem dos organismos em microscópio invertido, segundo a técnica de sedimentação de Utermöhl. Resultados e discussão Protocolo de caracterização de condições ecológicas Os ecossistemas estudados apresentaram-se em boas condições de preservação, observando-se extensas áreas de mata ciliar nas margens das nascentes, caracterizando Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a A 13 Figura 8: (A) coleta de perifíton em substrato natural e (B,C) incubação de substrato artificial para fixação de perifíton. B 252 Á GUAS A C áreas protegidas. Nas estações AG 01, AG 02 e AG 05 foi observada a existência de uma antiga barragem (AG 01), antigo ponto de captação de água (AG 02), intensa erosão nas margens em virtude de sua localização no interior do condomínio Villa Del Rey e instalação de um canteiro de obras próximo ao rio (AG 05). No trecho da estação AG 01, apesar da classificação final como alterado, foi observada uma vegetação ciliar bem desenvolvida, o que ameniza os efeitos da intervenção, reduzindo a erosão nas margens e consequente contribuição de material para o ecossistema aquático. No Ribeirão dos Cristais (AG 03) foram observados impactos como deposição de areia nas margens e retirada de parte da vegetação ciliar. Por outro lado, essa estação apresentou uma densa vegetação em uma das margens, com o leito parcialmente sombreado, o que favorece o desenvolvimento de produtores primários autóctones e o aporte de matéria orgânica alóctone. Na estação AG 04 a presença de vegetação ciliar densa e bem preservada, associada a uma elevada diversidade de habitats e substratos no leito favoreceu sua classificação como ambiente natural (Quadro 1). O córrego AG 05 foi classificado como natural por apresentar águas limpas, vegetação bem preservada e alta diversidade de habitats aquáticos. Porém nessa estação foram observados importantes aspectos negativos causados por sua localização em um condomínio residencial, como a intensificação dos processos erosivos e a formação de trilhas causada pela prática de esportes (por exemplo, mountain bike e motocross). O loteamento no entorno do córrego constitui outro aspecto negativo, já que houve retirada de parte da vegetação, erosão das margens e conseqüente intensificação do assoreamento do seu leito. Parâmetros físicos e químicos da coluna d’água Os dados coletados das variáveis físicas e químicas no período agosto de 2004 a dezembro de 2005 podem ser observados na Tabela 4. A temperatura da água não apresentou grandes variações entre os pontos de coleta. A maior diferença foi registrada no ponto AG 03, que apresentou o menor e o maior valores de temperatura registrados entre os pontos, 16,7°C (maio de 2005) e 21,8°C (novembro de 2004). No ponto AG 01 a temperatura variou entre 19,0°C e 21,1°C, sendo o menor valor registrado em agosto de 2004, e o maior, em agosto de 2005. O ponto AG 02 foi o ponto que apresentou a menor variação de temperatura durante os meses de coleta, sendo que o menor valor foi registrado no mês de maio de 2005 (19,5°C), e o maior (20,6°C), no mês de fevereiro de 2005. No ponto AG 04, os valores de temperatura variaram entre 18,9°C no mês de agosto de 2005 e 20,6°C em novembro do mesmo ano. A temperatura no ponto AG 05 variou entre 18,0 e 20,3°C, sendo que o menor valor foi registrado em maio de 2005, e o maior valor, em novembro de 2004 (Figura 9). Figura 9: Média e variação da temperatura da água nos pontos de amostragem nas coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005. 21 Temperatura (oC) 20 19 18 17 16 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 Os pontos de coleta apresentam águas que variam de neutras a ácidas, sendo que a maioria dos pontos pode ser considerada como de águas levemente ácidas. O pH variou entre 4,4 e 7,8, sendo o menor valor registrado no ponto AG 01, durante o mês de novembro 2004, e o maior valor registrado no ponto AG 03, durante o mês de agosto de 2004. O ponto AG 01 apresentou pH em torno de 5,0 sendo que o menor valor foi registrado em fevereiro de 2005, e o maior valor, em agosto de 2004. No ponto AG 02 o menor valor foi registrado em novembro de 2004 (4,78), e o maior valor foi registrado em maio de 2005 (5,94). 253 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a 22 Os valores de condutividade elétrica (Figura 10) variaram entre 15 µs/cm (ponto AG 01, nov/04) e 74µs/cm (ponto AG 03, ago/04). O ponto AG 03 apresentou maior condutividade com média de 68,8 µs/cm ao longo do período de amostragem. Os menores valores médios foram observados nos pontos AG 01 (22,2 µs/cm) e AG 04 (26,3 µs/cm). Figura 10: Média e variação da condutividade elétrica da água nos pontos de amostragem nas coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005. 80 70 Condutividade elétrica (uS/cm) 60 50 40 30 20 10 0 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 O ponto AG 05 apresentou grande oscilação nos valores de alcalinidade, que foram de 0,02 (novembro de 2005) a 6,9 mEq CO2/l (novembro de 2004), e média de 1,3 mEq CO2/l. Nos demais pontos a alcalinidade mostrou pequena variação (Figura 11). Figura 11: Média e variação da alcalinidade total nos pontos de amostragem nas coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005. ÁG UAS 8 7 6 Alcalinidade (meq/l) 254 5 4 3 2 1 0 -1 -2 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 Figura 12: Média e variação da concentração de oxigênio dissolvido nos pontos de amostragem nas coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005. 16 14 10 8 255 Oxigênio Dissolvido (mg/l) 12 6 4 2 0 Bi o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a A concentração de oxigênio dissolvido apresentou considerável variação entre os pontos e entre as amostragens. Sua concentração média variou entre 2,36 mg/l no ponto AG 02 (novembro de 2004) e 13,72 mg/l no ponto AG 05 (fevereiro de 2005). O ponto AG 03 – Ribeirão dos Cristais e AG 04 – nascente do Ribeirão dos Cristais foram os mais bem oxigenados, com concentração média de oxigênio de 10,47 e 10,23 mg/l, respectivamente. A melhor oxigenação desses pontos pode estar associada ao fato de os locais de coleta estarem próximos a corredeiras. A menor concentração média encontrada para as seis amostragens, 4,48 mg/l, foi registrada no ponto AG 02 (Figura 12). A concentração de clorofila-a variou entre 3,74 e 48,92 µg/l, sendo o menor valor registrado em agosto de 2004 (AG 05), e o maior, em novembro de 2004 (AG 01). O ponto AG 02 apresentou valores entre 4,99 µg/l, em agosto de 2004, e 12,83 µg/l, em novembro do mesmo ano. No ponto AG 04 sua variação foi alta, sendo o menor valor 6,24 µg/l, registrado em agosto de 2005, e o maior, 19,78 µg/l registrado em novembro de 2004. No ponto AG 03, a variação foi menor, de 5,35 µg/l, em novembro de 2004, a 9,09 µg/l, em fevereiro de 2005. Quanto aos valores médios, observou-se o máximo de 15,1, na estação AG 01, e o mínimo de 7,5, na estação AG 03 (Figura 13). AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 Figura 13: Média e variação da concentração de clorofila-a nos pontos de amostragem nas coletas realizadas entre agosto de 2004 e novembro de 2005. 35 30 25 Clorofila -a (ug/l) 20 15 10 5 0 -5 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 Em relação aos nutrientes, o ponto AG 03 foi o que apresentou as maiores concentrações médias de nitrito (12,9 µg/l), nitrato (205,6 µg/l) e nitrogênio total (509,2 µg/l). A maior concentração de amônia foi registrada no ponto AG 04 (59,91 µg/l) em agosto de 2004, e a menor, no ponto AG 02 (3,07 µg/l) em maio de 2005 (Figura 14). Figura 14: Média e variação das concentração de NO3-, NO2-, NH4 + e N-total nos pontos de amostragem no período agosto de 2004 a novembro de 2005. 400 20 NO 3- 350 NO 2- 18 16 300 14 12 200 NO 2 (ug/l) NO 3- (ug/l) 250 150 8 6 100 Á GUAS 10 4 50 2 0 256 -50 0 AG1 AG2 AG3 AG4 -2 AG5 NH 4+ 60 AG3 AG4 AG5 40 800 N-Total (ug/l) 1000 30 600 20 400 10 200 0 0 -200 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 N- total 1200 50 -10 AG2 1400 70 NH 4+ (ug/l) AG1 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 Figura 15: Média e variação da concentração do PO4-3 e (P-total nos pontos de amostragem entre agosto de 2004 e novembro de 2005. 16 200 180 14 160 12 140 120 P-total (ug/l) Ortofosfato (ug/l) 10 8 6 100 80 60 40 4 20 2 0 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 -20 AG1 AG2 AG3 AG4 AG5 257 0 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a As concentrações de fósforo solúvel reativo variaram entre 2,17 µg/l no ponto AG 01, durante o mês de maio de 2005, e 14,0 µg/l no ponto AG 05, em novembro de 2005. O ponto AG 02 apresentou a maior média durante o período de amostragem (9,92 µg/l), sendo os valores máximo e mínimo 16,4 µg/l e 4,73 µg/l, respectivamente. As concentrações desse nutriente para o ponto AG 03 variaram entre 3,21 µg/l (novembro de 2004) e 13,5 µg/l (agosto de 2005). Considerando a média entre as coletas, o maior valor foi registrado no ponto AG 02 (9,9 µg/l), e o menor, no ponto AG 01 (4,7 µg/l). A variação das concentrações de fósforo total entre os pontos de amostragem foi considerável, ficando entre 5,3 µg/l, no ponto AG 01, e 184,45 µg/l, no ponto AG 04. Esse ponto também apresentou a maior concentração média durante o período de amostragem (56,07 µg/l), e a menor concentração média foi registrada no ponto AG 01 (19,78 µg/l). O ponto AG 03 apresentou concentrações entre 16,75 µg/l no mês de fevereiro de 2005 e 111,5 µg/l em novembro de 2005 (Figura 15). As concentrações de sílica solúvel reativa (silicato) variaram entre 0,08 mg/l no ponto AG 01 e 7,15 mg/l no ponto AG 02. A maior concentração média durante o período de amostragem foi registrada no ponto AG 04 (4,01 mg/l), enquanto a menor (1,40 mg/l) foi registrado no ponto AG 01. Algas perifíticas Foram registrados 59 taxa de algas perifíticas distribuídos em oito classes taxonômicas (Tabela 1). Bacillariophyceae foi a classe mais bem representada, com 19 taxa (33%), seguida de Cyanophyceae (15 taxa, 25%) e Chlorophyceae (11 taxa, 19%). As classes Ulothricophyceae, Oedogoniophyceae e Dinophyceae tiveram apenas dois taxa nas amostras analisadas, cada uma contribuindo com 3% da riqueza total (Gráfico 1). 258 Á GUAS Gráfico 1: Contribuição das diferentes classes taxonômicas para a riqueza total de algas perifíticas observada na RPPN Mata Samuel de Paula no período de agosto de 2004 a dezembro de 2005. Conforme também pode ser observado na Tabela 5, do total de taxa encontrados, 15 foram comuns aos cinco pontos amostrais (9 Diatomáceas, 3 Cianofíceas, 2 Oedogoniofíceas e 1 Ulotricofícea), enquanto outros 13 ocorreram exclusivamente em um dos pontos. O maior número de algas exclusivas (8 taxa) foi observado no ponto AG 01, que se diferencia dos demais por apresentar condições de ambientes lênticos pela presença de uma pequena barragem. Além de possibilitar a ocorrência de organismos característicos de ambientes lênticos (ex. a dinofícea Peridinium pusillum), o barramento nesse ponto de coleta favorece o acúmulo de folhas e outros materiais orgânicos, o que explica a ocorrência de gêneros associados a ambientes com elevada concentração de matéria orgânica, como Chlamydomonas (Chlorophyceae), Phacus e Scytomonas (Euglenophyceae). Pela curva de riqueza acumulada (Gráfico 2), percebe-se uma tendência à estabilização do número de novas espécies acrescidas a cada amostragem na maioria dos pontos, indicando que as campanhas realizadas possibilitaram o conhecimento da maioria dos taxa existentes, permitindo com isso uma avaliação representativa da diversidade de algas perifíticas nesses locais. A exceção se refere ao ponto AG 04, onde ainda se observou um acréscimo de quatro novos taxa na última coleta, realizada em novembro de 2005. Gráfico 2: Riqueza de taxa acumulada ao longo das seis campanhas de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula no período agosto de 2004 a dezembro de 2005. Gráfico 3: Riqueza média e desvio padrão dos taxa de algas perifíticas encontrados nos cinco pontos de amostragem na RPPN Mata Samuel de Paula no período agosto de 2004 a dezembro de 2005. 23 259 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a A maior riqueza média foi observada na estação AG 01 (22 taxa), seguida de AG 03 (18 taxa). No entanto, é preciso destacar a queda da riqueza observada nessa estação em novembro de 2005, quando foram registrados apenas 3 taxa. O menor valor médio (10 taxa) foi registrado na estação AG 04 (Gráfico 3). Gráfico 4: Contribuição das diferentes classes taxonômicas para a riqueza total de algas perifíticas nas seis campanhas realizadas em cada ponto de amostragem. 260 Á GUAS A classe Bacillariophyceae (diatomáceas) foi a que mais contribuiu para a riqueza de algas perifíticas na maioria dos períodos e estações de amostragem (Gráfico 4). Na estação AG 01, esse grupo contribuiu em média com 50% da riqueza ao longo das amostragens, sendo a outra metade das algas encontradas distribuídas entre as demais 7 ordens. Na estação AG 02, cinco classes de algas se alternaram ao longo das amostragens, com predomínio de diatomáceas, cianofíceas e clorofíceas na maioria das amostragens e o registro de representantes da classe Ulothricophyceae nas três últimas campanhas. Na estação AG 03 só não foram encontrados representantes da classe Dinophyceae. Deve-se ressaltar que o predomínio absoluto de diatomáceas nessa estação em novembro de 2005 (6ª campanha) está associado a uma redução drástica na riqueza de taxa, tendo sido encontrados apenas 10 indivíduos na amostra qualitativa. Na estação AG 04, também foram encontrados representantes dos oito grupos de algas e registrou-se um aumento de cianobactérias nas duas últimas campanhas. A contribuição de Bacilariophyceae na estação AG 05 ficou em torno de 60%. A densidade de algas perifíticas foi avaliada em uma amostragem do período de seca (agosto de 2004) e uma do período de chuvas (fevereiro de 2005). O ponto AG 03 destacou-se dos demais pelos valores discrepantes: a densidade de algas nesse local alcançou cerca de 35.000org./cm2, aproximadamente o triplo do máximo observado no AG 01, segundo ponto com maior densidade (c. 1600 org./ cm2 registrados em fevereiro de 2005). Provavelmente, a elevada densidade de organismos no ponto AG 03 (Ribeirão dos Cristais) se deve à elevada disponibilidade de nutrientes, conforme apontam os dados de condutividade elétrica nesse corpo de água, com destaque para as formas nitrogenadas. Os pontos AG 01 e AG 04 chamaram a atenção pela grande variação sazonal apresentada, com um crescimento da densidade na estação seca. Nos demais pontos, a variação sazonal mostrou-se pouco expressiva (Gráfico 4). AG01 AG02 100% 100% 80% 80% 60% 60% 40% 40% 20% 20% 0% 0% 1 2 3 4 5 1 6 80% 3 4 Amostragens Amostragens 100% 2 AG03 100% 80% AG04 5 6 20% 20% 0% 0% 1 2 3 4 5 1 6 2 4 5 6 5 6 Amostragens Amostragens AG03 100% 3 AG04 100% 80% 80% 60% 60% 40% 40% 20% 20% 0% 0% 1 2 3 4 5 6 1 2 Amostragens 3 4 Amostragens AG05 Zygnemaphyceae 100% Ulotricophyceae 80% Oedogoniophyceae 60% Euglenophyceae 40% Dinonophyceae 20% Cyanophyceae 0% 1 2 3 4 Amostragens 5 6 Chlorophyceae Bacillariophyceae B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Bacillariophyceae também se destacou como classe dominante em termos de densidade na maioria das amostras quantificadas, exceto nos pontos AG 02 e AG 05, nas coletas realizadas em fevereiro de 2005 (chuva), e no ponto AG 04, na amostragem de agosto de 2004 (seca), quando se evidenciou o predomínio de cianobactérias (Gráfico 6). Vale ressaltar que os momentos caracterizados pela dominância das algas azuis (cianobactérias) foram marcados por baixas densidades de algas, sugerindo que o aumento da participação do grupo não caracterizou a formação de florações. Gráfico 5: Densidade total de algas perifíticas observada em cada ponto nas amostragens realizadas em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva). Perifíton- Densidade total 40000 Densidade (org/cm2) 261 Seca 35000 Chuva 30000 25000 26 20000 15000 10000 5000 0 AG01 AG02 AG03 Pontos AG04 AG05 Á GUAS Gráfico 6: Contribuição dos diferentes grupos taxonômicos para a densidade total de algas perifíticas em cada ponto nas amostragens realizadas em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva). Observou-se uma variação sazonal na diversidade de algas perifíticas em todos os pontos, com os valores mais elevados do Índice de Shannon (H’) obtidos na estação seca (Gráfico 7). A exceção se refere ao ponto AG 04, onde foi verificado um aumento da diversidade na estação chuvosa. A estação AG 01 apresentou a maior diversidade nas duas estações, alcançando valores de 2,04 na seca e 1,72 na chuva. Provavelmente, essa elevada diversidade foi favorecida pelas características de transição entre ambiente lótico e lêntico observada no local, que possibilita o estabelecimento de organismos associados aos dois tipos de ambiente. As estações AG 02 e AG 03 também apresentaram diversidades relativamente altas na estação seca, com valores para o Índice de Shannon iguais à 1,96 e 1,92, respectivamente. A redução da diversidade de algas na estação AG 03 no período de chuvas, a despeito da elevada densidade verificada (Gráfico 5), deve-se ao crescimento massivo de uma única espécie de diatomácea não identificada, pertencente à ordem Pennales, que contribuiu com 83% (c. 30.000 cels./cm2) dos organismos contados. Gráfico 7: Diversidade de algas perifíticas, calculada conforme o Índice de Shannon (H’), encontrada para cada ponto nas amostragens realizadas em agosto de 2004 (seca) e fevereiro de 2005 (chuva). 262 Perifiton- Diversidade Diversidade (H') 2,5 Seca 2,0 Chuva 1,5 1,0 0,5 0,0 AG01 AG02 AG03 AG04 AG05 263 Ao longo das seis campanhas de amostragem foram coletados 17.469 organismos distribuídos em 82 taxa (Tabelas 6 e 7). Na estação AG 01 (Figura 16) Chironomidae foi o taxon predominante em todas as campanhas, representando 60% dos macroinvertebrados em agosto e 46% em novembro de 2004. No ano de 2005 os Chironomidae constituíram 50% em fevereiro, 95% em maio, 88% em agosto e 77% dos organismos coletados em novembro. Outros taxa foram representativos, como Oligochaeta (24% em agosto e 46% em novembro de 2004) e Bivalvia (28% em fevereiro de 2005) (Figura 17). Os valores mais elevados do índice de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou nessa estação foram observados em agosto de 2004, e os menores em maio de 2005. O Índice BMWP mostrou uma queda na qualidade das águas da nascente AG 01 no período de novembro de 2004 a maio de 2005, quando suas águas foram classificadas como em condições de satisfatória a péssima. Porém o ecossistema apresentou uma recuperação na sua qualidade em agosto e novembro de 2005, quando foi classificado como de ótima qualidade (Tabela 8). A classificação dos macroinvertebrados bentônicos em grupos tróficos funcionais permite que sejam feitas inferências sobre a estrutura trófica e o estado de preservação dos ecossistemas em que vivem esses organismos. Em AG 01 foi observado o predomínio de macroinvertebrados coletores em todas as campanhas, com um aumento na proporção de filtradores em fevereiro de 2005 e a proporção de predadores entre 10 e 15% em todo o período estudado (Gráfico 19). A riqueza taxonômica foi mais elevada em AG 01 nos meses de agosto e novembro de 2005, (ANOVA, p<0,001) não sendo observada influência das chuvas sobre o número de taxa encontrado (Gráfico 8), o que também ocorreu para os valores de densidade total de macroinvertebrados (Gráfico 9). Em AG 02 (Figura 18), houve predomínio de Chironomidae apenas em agosto e novembro de 2004 e agosto de 2005. Nos demais períodos de amostragem pode-se observar um aumento nas proporções de Polycentropodidae (Trichoptera) e Bivalvia, a partir de fevereiro de 2005 (Figura 19). Em novembro de 2005 foi encontrado o maior índice de diversidade de Shannon-Wiener nessa estação (H’ = 2,04) e equitabilidade de Pielou ( J’ = 0,736). As águas dessa nascente foram classificadas como de ótima qualidade pela aplicação do índice BMWP, recebendo pontuação de 75 a 134 (Tabela 9). Nos meses de agosto e novembro de 2004 pode-se observar o predomínio de organismos coletores, principalmente em razão das altas proporções de Chironomidae. Pode-se notar um aumento na proporção de fragmentadores, principalmente Decapoda, e filtradores Polycentropodidae (Trichoptera) e Bivalvia. Ocorreu uma redução de cerca de 10% na proporção de predadores e uma forte redução de coletores B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Macroinvertebrados bentônicos Á GUAS 264 presentes nas comunidades de macroinvertebrados bentônicos entre agosto de 2004 e novembro de 2005 (Gráfico 20). O número de taxa encontrado em AG 02 teve pequena variação entre agosto de 2004 e maio de 2005. Porém esses valores aumentaram significativamente em agosto e novembro de 2005 (ANOVA, p <0,001) (Gráfico 10). Em agosto de 2004 foi observada elevada densidade total de macroinvertebrados (c. 7.000 indv.m-2) em relação aos demais períodos amostrais quando variaram entre 1.000 e 3.000 indv.m-2 (Gráfico 11). No Ribeirão dos Cristais (AG 03, Figura 20) as larvas de Chironomidae predominaram em agosto e novembro de 2004, ao passo que Baetidae (Ephemeroptera) ocorreu em altas densidades em fevereiro e novembro de 2005. As larvas de Simuliidae (Diptera) ocorreram em densidades muito elevadas em agosto de 2005, representando a grande maioria dos organismos coletados nesse mês (Figura 21). O valor mais elevado do índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’ = 2,346) e equitabilidade de Pielou ( J’ = 0,866) no Ribeirão dos Cristais ocorreram em maio de 2005. Nesse mês foi observado também o mais elevado valor do BMWP, sendo as água classificadas como de ótima qualidade. Porém, nos demais meses, a classificação ficou entre águas de qualidade péssima a satisfatória (Tabela 10). Os macroinvertebrados coletores predominaram nos meses de agosto e novembro de 2004, principalmente Chironomidae. Em fevereiro de 2005 houve grande proporção de coletores em virtude do predomínio de Baetidae e Oligochaeta. Nos meses de maio e agosto de 2005, o grupo trófico dominante foi o dos filtradores (Gráfico 21), em razão das elevadas densidades de Simuliidae. Os valores mais elevados de riqueza taxonômica observados no Ribeirão dos Cristais ocorreram nos meses de maio e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico 12), enquanto a densidade total foi superior a 2.000 indiv.m-2 apenas em agosto de 2005, quando ocorreram altas densidades de Simuliidae (Gráfico 13). A nascente AG 04 apresentou vários organismos indicadores de ótima qualidade de água, como, por exemplo, Leptophlebiidae, Coenagrionidae e Perlidae (Figura 22). A composição taxonômica da comunidade de macroinvertebrados apresentou grande variação ao longo do tempo sendo Chironomidae o grupo predominante em agosto de 2004 e maio de 2005 e Decapoda em novembro de 2004. No mês de agosto de 2005 o grupo mais abundante foi Bivalvia (Figura 23). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi mais elevado em agosto de 2004 (H’ = 2,464), com índice de equitabilidade de Pielou correspondente ( J’ = 0,853). As águas dessa nascente foram classificadas segundo o índice BMWP como de qualidade satisfatória a ótima, recebendo pontuação entre 40 (satisfatória) e 148 (ótima) (Tabela 11). Nessa nascente, observou-se grande densidade de organismos fragmentadores (Decapoda) em novembro de 2004 e elevada proporção de predadores em fevereiro de 2005. Em agosto de 2005, os Bivalvia representaram a grande proporção de filtradores observados nesse ecossistema (Gráfico 22). A riqueza taxonômica Bivalvia Oligochaeta Chironomidae Ceratopogonidae Gomphidae Polycentropodidae Hydroptilidae Libellulidae 265 Figura 16: Exemplos de macroinvertebrados coletados na barragem AG 01 entre agosto de 2004 e novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a apresentou valores mais elevados nos meses de agosto 2004 e novembro de 2005 (ANOVA, p <0,001) (Gráfico 14) e a densidade total encontrada foi mais elevada em novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico 15). No córrego AG 05 ocorreram diversos organismos indicadores de boa qualidade de água como Leptophlebiidae, Leptohyphidae, Perlidae e Philopotamidae (Figura 24), com predomínio de Chironomidae em agosto e novembro de 2004 e em agosto de 2005. Nos meses de fevereiro, maio e novembro de 2005, o taxa que ocorreu em maior abundância foi Perlidae (Plecoptera) (Figura 25). O índice de Shannon-Wiener foi mais elevado no mês de agosto de 2005 (H’ = 1,817) com equitabilidade correspondente ( J’ = 0,189). A qualidade das águas foi classificada entre péssima (BMWP = 16) e ótima (BMWP = 122) (Tabela 12). Em agosto e novembro de 2004 o grupo dos coletores foi o predominante (Chironomidae, Elmidae, Oligochaeta). Os predadores (Perlidae, Libellulidae, Coenagrionidae) ocorreram em elevadas proporções entre fevereiro e novembro de 2005, sendo que os filtradores (Hydropsychidae) representaram 15 a 30 % dos macroinvertebrados entre os meses de fevereiro e maio (Gráfico 23). A riqueza taxonômica foi mais elevada nos meses de agosto de 2004 e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001) (Gráfico 16), assim como a densidade total (Gráfico 17). Figura 17: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 01. Agosto 2004 Novembro 2004 Fevereiro 2005 Maio 2005 Agosto 2005 Novembro 2005 Bivalvia Gomphidae Ceratopogonidae Oligochaeta Chironomidae Polycentropodidae Outros 266 Á GUAS Gráfico 8: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 01. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001). Bivalvia Oligochaeta Chironomidae Ceratopogonidae Elmidae Polycentropodidae Coenagrionidae Calamoceratidae Leptophlebiidae 267 Figura 18: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 02 entre agosto de 2004 e novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 9: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 01. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001). Figura 19: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 02. Agosto 2004 Maio 2005 Novembro 2004 Agosto 2005 Fevereiro 2005 Novembro 2005 Bivalvia Oligochaeta Chironomidae Elmidae Ceratopogonidae Decapoda Calamoceratidae Polycentropodidae Outros 268 Á GUAS Gráfico 10: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 02. Os valores mais elevados foram observados em agosto e novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001). Bivalvia Oligochaeta Chironomidae Simullidae Corydalidae Elmidae Baetidae Hydropsychidae Libellulidae Perlidae 269 Figura 20: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 03 entre agosto de 2004 e novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 11: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 02. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001). Figura 21: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 03. Agosto 2004 Novembro 2004 Fevereiro 2005 Maio 2005 Agosto 2005 Novembro 2005 Hydropsychidae Corydalidae Oligochaeta Baetidae Simuliidae Bivalvia Elmidae Chironomidae Outros Libellulidae Perlidae 270 Á GUAS Gráfico 12: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 03. Os valores mais elevados foram observados em maio e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001). Bivalvia Oligochaeta Chironomidae Corydalidae Ceratopogonidae Elmidae Ptilodactylidae Baetidae Hydropsychidae Calamoceratidae Odontoceridade Perlidae 271 Figura 22: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 04 entre agosto de 2004 e novembro de 2005 na RPPN Mata Samuel de Paula. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 13: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 03. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001). Figura 23: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 04. Agosto 2004 Maio 2005 Novembro 2004 Fevereiro 2005 Agosto 2005 Novembro 2005 Perlidae Ceratopogonidae Chironomidae Elmidae Baetidae Decapoda Odontoceridae Oligochaeta Ptilodactylidae Corydalidae Hydropsychidae Outros Calamoceratidae Bivalvia 272 Á G UAS Gráfico 14: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 04. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004, fevereiro e novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001). Oligochaeta Chironomidae Elmidae Hydropsychidae Leptohyphidae Perlidae Gripopterygidae Coenagrionidae Libellulidae 273 Figura 24: Exemplos de macroinvertebrados coletados na nascente AG 05 entre agosto de 2004 e novembro de 2005 no Condomínio Villa Del Rey. B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 15: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 04. O valor mais elevado foi observado em novembro de 2005 (ANOVA, p<0,001). Figura 25: Principais grupos de macroinvertebrados em cada campanha de campo em AG 05. Agosto 2004 Maio 2005 Novembro 2004 Fevereiro 2005 Agosto 2005 Novembro 2005 Coenagrionidae Leptohyphidae Chironomidae Gripopterygidae Hydropsychidae Oligochaeta Perlidae Elmidae Libellulidae Outros 274 Á GUAS Gráfico 16: Valores de média e desvio padrão de riqueza taxonômica de macroinvertebrados bentônicos em AG 05. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004 e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001). Gráfico 18: Granulometria e matéria orgânica (%PS) do sedimento nos ecossistemas estudados. Onde AMG: areia muito grossa; AG: areia grossa; AM: areia média, AF: areia fina, AMF: areia muito fina e S + Arg- silte + argila. 275 Granulometria e matéria orgânica B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 17: Valores de média e desvio padrão da densidade total de macroinvertebrados bentônicos em AG 05. Os valores mais elevados foram observados em agosto de 2004 e agosto de 2005 (ANOVA, p<0,001). 276 Á GUAS Considerações finais Os resultados obtidos neste projeto indicam, em linhas gerais, uma boa qualidade de água nos ambientes estudados, salientando a importância da RPPN para a garantia da qualidade ambiental da área. As nascentes AG 01, AG 02 e AG 04 apresentaram águas de boa qualidade durante este estudo, indicando um bom estado de preservação de seu entorno. A vegetação apresentou-se densa e bem preservada com intenso sombreamento do leito e formação de grandes bancos de folhiço. Em razão da facilidade de acesso e pequena distância da sede da RPPN, sugere-se que a estação amostragem AG 01 seja utilizada em atividades de educação ambiental, com a adaptação da trilha para a visitação e ilustração da biodiversidade aquática, com especial ênfase nos organismos bioindicadores de qualidade de água. Anexo a esse relatório são sugeridos alguns pôsteres que poderão ser úteis às atividades de educação ambiental na RPPN Mata Samuel de Paula. Na estação AG 03 (Ribeirão dos Cristais) as águas foram classificadas como de qualidade péssima a ótima, ao longo das coletas e períodos sazonais de estudo neste projeto de pesquisa. Essa variação provavelmente deveu-se ao fato de que este ecossistema recebe efluentes a montante da RPPN, oriundos de outras atividades antrópicas na sua bacia de drenagem. Esse ribeirão apresenta leito rochoso com formação de inúmeras corredeiras e seqüência de trechos de rápidos e remansos. Essa variabilidade física em seu leito provavelmente contribui para a autodepuração de cargas orgânicas que favorece a recuperação da qualidade de suas águas e a manutenção de organismos aquáticos. Destaca-se o papel exercido pela RPPN Mata Samuel de Paula, trecho possuidor de vegetação ciliar preservada e livre do lançamento de rejeitos e que contribui, portanto, para a redução do aporte de sedimentos para o leito do Ribeirão dos Cristais. Dessa forma, a existência da RPPN Mata Samuel de Paula contribui positivamente para a melhoria da qualidade das águas do Ribeirão ARMITAGE, P. D.; MOSS, D.; WRIGHT, J. F & FURSE, M. T. 1983. The Performance of a New biological Water Quality Score System Based on Macroinvertebrates Over a Wide Range of Unpolluted Running-Water Sites. Water Res. 17, p. 333-347. CALLISTO, M. & GONÇALVES, J. F. 2005. Bioindicadores bentônicos. In: ROLANDO, F.; CESAR, D. & MARINHO, M. (Ed.). Lições de Limnologia. p. 371-379. CALLISTO, M. & ESTEVES, F. A. 1998. Categorização funcional dos macroinvertebrados bentônicos em quatro ecossistemas lóticos sob influência das atividades de uma mineração de bauxita na Amazônia Central (Brasil). In: NESSIMIAN, J. 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Durante este estudo foi observado o crescimento do loteamento em seu entorno. Os resultados alcançados neste estudo permitem propor as seguintes recomendações consideradas de fundamental importância para o manejo dos ecossistemas estudados, visando sua proteção e conservação: Treinamento de guias (monitores ambientais) para atuarem como agentes multiplicadores das informações geradas neste estudo acerca da qualidade das águas e biodiversidade aquática nos ecossistemas aquáticos estudados. Criação de um banco de dados/biblioteca digital contendo informações físicas, químicas e biológicas, com fotografias e dados sobre sua ecologia e importância como bioindicadores de qualidade de água e dos ambientes estudados. Utilização de algumas das estações de coleta (p.ex. AG 01 e AG 02) para a realização de trilhas interativas, onde crianças e jovens possam conhecer os organismos aquáticos, seu papel ecológico e informações quanto à qualidade das águas, destacando a importância da conservação de recursos hídricos e sua bacia de drenagem. Implementação de um programa de informação sobre qualidade de água, biodiversidade aquática e conservação de recursos hídricos para os funcionários que trabalham no loteamento do condomínio Villa Del Rey, visando sua conscientização no sentido de minimizar os impactos das obras sobre os ambientes aquáticos na região. CALLISTO, M.; FERREIRA, W.; MORENO, P.; GOULART, M. D. C.; PETRUCIO, M. 2002. Aplicação de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e pesquisa (MG-RJ). Acta Limnologica Brasiliensia, v. 13. p. 91-98. CALLISTO, M., GONÇALVES, J. F. & MORENO, P. 2005. Invertebrados aquáticos como bioindicadores. In: GOULART, E. M. A. (Ed.). 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Riverine landscapes: Biodiversity patterns, disturbance regimes, and aquatic conservation. Biological Conservation 83(3), p.269-278. WIEDERHOLM, T. (Ed.). 1983. Chironomidae of the Holartic region. keys and diagnoses. Part 1. Larvae. Entomologica Scandinavica 19. 457p. 279 SUGUIO, K. 1973. Introdução à sedimentologia. BLUCHER, E. (Ed.). São Paulo: EDUSP, 317p. Anexos Quadro 2: Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas, modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio (EUA) (EPA, 1987). (Obs.: 4 pontos (situação natural), 2 e 0 pontos (situações leve ou severamente alteradas). Descrição do Ambiente Localização: Data da Coleta: ___ /___/___ Hora da Coleta: __________ Tempo (situação do dia): Modo de coleta (coletor): Tipo de ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Largura média: Profundidade média: Temperatura da água: 280 Á G UAS PARÂMETROS PONTUAÇÃO 4 pontos 2 pontos 0 ponto 1 Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade) Vegetação natural Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento Residencial/ Comercial/ Industrial 2 Erosão próxima e/ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito Ausente Moderada Acentuada 3 Alterações antrópicas Ausente Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilinização do curso do rio) 4 Cobertura vegetal no leito Parcial Total Ausente 5 Odor da água Nenhum Esgoto (ovo podre) Óleo/industrial 6 Oleosidade da água Ausente Moderada Abundante 7 Transparência da água Transparente Turva/cor de chá forte Opaca ou colorida 8 Odor do sedimento (fundo) Nenhum Esgoto (ovo podre) Óleo/industrial 9 Oleosidade do fundo Ausente Moderado Abundante 10 Tipo de fundo Pedras/cascalho Lama/areia Cimento/canalizado Quadro 3: Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas, modificado do protocolo de Hannaford et al. (1997). [Obs.: 5 pontos (situação natural), 3, 2 e 0 pontos (situações leve ou severamente alteradas]. PARÂMETROS PONTUAÇÃO 5 pontos 3 pontos 2 pontos 0 ponto 11 Tipos de fundo Mais de 50% com habitats diversificados; pedaços de troncos submersos; cascalho ou outros habitats estáveis. 30 a 50% de habitats diversificados; habitats adequados para a manutenção das populações de organismos aquáticos. 10 a 30% de habitats diversificados; disponibilidade de habitats insuficiente; substratos freqüentemente modificados. Menos que 10% de habitats diversificados; ausência de habitats óbvia; substrato rochoso instável para fixação dos organismos. 12 Extensão de rápidos Rápidos e corredeiras bem desenvolvidas; rápidos tão largos quanto o rio e com o comprimento igual ao dobro da largura do rio. Rápidos com a largura igual à do rio, mas com comprimento menor que o dobro da largura do rio. Trechos rápidos podem estar ausentes; rápidos não tão largos quanto o rio e seu comprimento menor que o dobro da largura do rio. Rápidos ou corredeiras inexistentes. 5 pontos 3 pontos 2 pontos 0 ponto 13 Frequência de rápidos Rápidos relativamente frequentes; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 5 e 7. Rápidos não frequentes; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 7 e 15. Rápidos ou corredeiras ocasionais; habitats formados pelos contornos do fundo; distância entre rápidos dividida pela largura do rio entre 15 e 25. Geralmente com lâmina d’água “lisa” ou com rápidos rasos; pobreza de habitats; distância entre rápidos dividida pela largura do rio maior que 25. 14 Tipos de substrato Seixos abundantes (prevalecendo em nascentes). Seixos abundantes; cascalho comum. Fundo formado predominantemente por cascalho; alguns seixos presentes. Fundo pedregoso; seixos ou lamoso. 15 Deposição de lama Entre 0 e 25% do fundo coberto por lama. Entre 25 e 50% do fundo coberto por lama. Entre 50 e 75% do fundo coberto por lama. Mais de 75% do fundo coberto por lama. 16 Depósitos sedimentares Menos de 5% do fundo com deposição de lama; ausência de deposição nos remansos. Alguma evidência de modificação no fundo, principalmente como aumento de cascalho, areia ou lama; 5 a 30% do fundo afetado; suave deposição nos remansos. Deposição moderada de cascalho novo, areia ou lama nas margens; entre 30 a 50% do fundo afetado; deposição moderada nos remansos. Grandes depósitos de lama, maior desenvolvimento das margens; mais de 50% do fundo modificado; remansos ausentes devido à significativa deposição de sedimentos. 17 Alterações no canal do rio Canalização (retificação) ou dragagem ausente ou mínima; rio com padrão normal. Alguma canalização presente, normalmente próximo à construção de pontes; evidência de modificações há mais de 20 anos. Alguma modificação presente nas duas margens; 40 a 80% do rio modificado. Margens modificadas; acima de 80% do rio modificado. 18 Características do fluxo das águas Fluxo relativamente igual em toda a largura do rio; mínima quantidade de substrato exposta. Lâmina d’água acima de 75% do canal do rio; ou menos de 25% do substrato exposto. Lâmina d’água entre 25 e 75% do canal do rio, e/ou maior parte do substrato nos “rápidos” exposto. Lâmina d’água escassa e presente apenas nos remansos. 19 Presença de mata ciliar Acima de 90% com vegetação ripária nativa, incluindo árvores, arbustos ou macrófitas; mínima evidência de deflorestamento; todas as plantas atingindo a altura “normal”. Entre 70 e 90% com vegetação ripária nativa; deflorestamento evidente, mas não afetando o desenvolvimento da vegetação; maioria das plantas atingindo a altura “normal”. Entre 50 e 70% com vegetação ripária nativa; deflorestamento óbvio; trechos com solo exposto ou vegetação eliminada; menos da metade das plantas atingindo a altura “normal”. Menos de 50% da mata ciliar nativa; deflorestamento muito acentuado. 20 Estabilidade das margens Margens estáveis; evidência de erosão mínima ou ausente; pequeno potencial para problemas futuros. Menos de 5% da margem afetada. Moderadamente estáveis; pequenas áreas de erosão frequentes. Entre 5 e 30% da margem com erosão. Moderadamente instável; entre 30 e 60% da margem com erosão. Risco elevado de erosão durante enchentes. Instável; muitas áreas com erosão; frequentes áreas descobertas nas curvas do rio; erosão óbvia entre 60 e 100% da margem. 21 Extensão de mata ciliar Largura da vegetação ripária maior que 18 m; sem influência de atividades antrópicas (agropecuária, estradas, etc.). Largura da vegetação ripária entre 12 e 18 m; mínima influência antrópica. Largura da vegetação ripária entre 6 e 12 m; influência antrópica intensa. Largura da vegetação ripária menor que 6 m; vegetação restrita ou ausente devido à atividade antrópica. 22 Presença de plantas aquáticas Pequenas macrófitas aquáticas e/ou musgos distribuídos pelo leito. Macrófitas aquáticas ou algas filamentosas ou musgos distribuídas no rio, substrato com perifíton. Algas filamentosas ou macrófitas em poucas pedras ou alguns remansos, perifíton abundante e biofilme. Ausência de vegetação aquática no leito do rio ou grandes bancos macrófitas (p.ex. aguapé). B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a PONTUAÇÃO 281 PARÂMETROS AG 05 AG 04 AG 03 AG 02 18,1 19,8 ago/05 nov/05 7,3 7,2 4,7 5,3 19,6 18,0 fev/05 mai/05 4,1 20,3 7,2 nov/04 20,6 nov/05 7,3 5,7 18,9 ago/05 7,1 19,5 19,7 mai/05 5,0 4,1 5,1 7,1 7,7 5,0 5,3 4,6 7,8 5,9 5,9 5,9 5,3 4,8 6,2 5,5 5,5 5,7 4,4 4,4 5,8 pH ago/04 20,1 fev/05 20,2 nov/05 20,4 19,9 ago/05 nov/04 16,7 mai/05 19,5 20,5 fev/05 ago/04 21,8 20,5 nov/05 nov/04 20,3 ago/05 19,3 19,5 mai/05 ago/04 20,6 fev/05 20,9 nov/05 20,5 19,0 ago/05 nov/04 19,5 mai/05 20,5 20,9 fev/05 ago/04 21,1 21,0 nov/04 AG 01 ago/04 Coleta Ponto Temperatura (ºC) 282 27 30 26 28 26 21 52 58 48 52 60 45 72 72 64 64 67 74 53 75 58 57 62 54 16 27 15 16 15 44 Condutividade (ms/cm) Á G UAS 10,2 7,7 9,1 13,7 11,4 9,3 6,3 8,2 9,0 8,2 13,7 6,9 11,3 9,6 11,1 10,6 11,4 8,9 4,5 4,2 5,6 4,4 5,9 2,4 5,8 4,9 7,8 6,0 6,2 4,1 O.D (mg/l) 0,02 0,044 0,34 0,24 6,90 0,18 0,047 0,443 0,41 0,50 0,45 0,06 0,046 0,442 0,47 0,48 0,43 0,036 0,046 0,432 0,38 0,46 0,45 0,01 0,011 0,088 0,07 0,07 0,14 Alcalinidade (meq/l) 4,81 4,01 20,31 7,22 10,16 3,74 8,55 6,24 11,49 9,09 19,78 8,55 7,68 8,29 8,29 9,09 5,35 6,24 9,09 9,09 10,96 12,03 12,83 4,99 13,37 6,15 6,95 9,09 48,92 6,24 Clorofila (mg/l) 18,8 13,4 19,9 12,5 91,9 40,9 16,9 21,0 22,3 13,1 184,5 78,7 111,5 32,0 30,5 16,8 78,2 39,4 26,5 29,2 37,9 25,1 97,3 47,6 5,3 20,3 10,0 15,4 42,2 25,4 P -total (mg/l) 14,0 6,4 3,4 3,8 4,6 4,3 9,3 3,9 3,3 4,1 4,1 5,4 4,4 13,5 8,4 3,6 3,2 7,3 8,0 16,4 12,6 7,3 4,7 10,5 4,8 4,9 2,2 7,5 5,1 3,9 PO4 (mg/l) 43,3 148,0 274,8 301,4 175,1 1252,0 47,4 150,0 342,9 65,3 382,0 156,1 356,6 475,5 1025,7 295,3 140,1 761,8 106,7 155,9 379,9 163,7 374,3 98,4 87,2 144,6 486,3 105,3 176,1 659,2 N-total (mg/l) 4,7 16,3 19,8 20,0 7,8 20,2 5,7 40,6 34,1 23,6 13,7 35,8 25,3 440,4 325,8 108,2 122,3 211,8 1,7 36,5 23,2 27,1 13,2 28,5 3,5 54,6 43,0 13,1 22,0 43,4 NO3 (mg/l) 1,8 1,5 1,5 1,7 6,4 2,6 2,1 1,1 2,5 0,7 5,9 3,0 13,7 18,5 20,6 3,4 9,1 12,4 2,3 0,8 3,2 0,5 2,0 4,7 2,5 1,4 2,4 1,3 3,0 5,6 NO2 (mg/l) 32,0 5,5 6,9 16,7 13,4 25,4 21,0 26,3 5,4 23,2 35,3 59,9 65,3 16,7 11,7 33,5 11,8 21,3 4,0 36,1 3,1 13,5 6,7 19,1 23,2 60,0 16,9 11,9 8,2 46,8 NH4 (mg/l) 3,9 4,7 0,7 4,2 1,4 4,5 4,9 5,6 0,7 5,8 1,6 5,4 3,9 4,4 0,8 4,9 3,5 3,9 2,5 3,1 0,7 7,1 0,6 3,2 3,8 0,4 0,7 0,9 0,1 2,5 SiO4 (mg/l) Tabela 4: Variáveis físicas e químicas medidas ao longo do período estudado em cada estação de amostragem. Tabela 6: Relação taxonômica, classificação em grupos tróficos funcionais (Merritt & Cummins, 1996; Cummins et al., 2005) e valores de média e desvio padrão da densidade (ind/m2) de macroinvertebrados bentônicos nos ecossistemas estudados. Taxa GTF AG 01 AG 02 AG 03 AG 04 AG 05 Filtrador 78,2+145,1 422,1+708,9 25,5+64,6 79,2+153,1 0,5+2,3 Oligochaeta Coletor 194,9+347,4 132,9+139,5 47,2+88,3 29,8+48,2 11,4+25,9 Hirudinea Predador 0,5+2,3 - - - - Hidracarina Predador - 1,1+3,2 0,5+2,3 7,1+11,5 0,5+2,3 Coletor 1,1+3,2 0,5+2,3 0,5+2,3 2,1+4,2 - 1,7+5,0 Mollusca Bivalvia Annelida Artropoda Insecta Collembola Coleoptera 2,2+5,4 - - 1,1+4,6 - - 0,5+2,3 - Hydrophilidae 1,6+5,0 17,9+29,6 0,5+2,3 Staphylinidae - - - 2,7+8,1 - Elmidae Col/Rasp 0,5+2,3 5,9+19,3 16,3+20,1 64,0+114,9 Psephenidae Raspador - - - - 0,5+2,3 Curculionidae Fragmentador 8,7+32,1 - - - - Ptilodactylidae Scirtidae 18,9+24,3 0,5+2,3 0,5+2,3 6,5+14,2 - Rasp/Col/Frag 2,2+7,1 1,6+3,7 - 10,9+21,9 - 1,1+3,2 Diptera Ceratopogonidae Predador 39,5+ 64,4 80,3+77,0 6,5+10,6 12,5+18,9 Chaoboridae 13,2+26,8 - - - - Tabanidae - 12,5+25,9 - 0,5+2,3 - Tipulidae 11,9+27,5 26,0+34,2 4,9+12,6 5,9+7,6 4,3+6,9 Empididae - 5,9+12,6 6,5+9,5 5,9+147 4,3+9,0 Chironomidae Col/Pred 3106,4+4650,2 1122,5+1311,0 589,7+1095,0 375,4+536,3 204,5+433,8 Culicidae Coletor 42,3+90,1 - - - - Dixidae - 1,1+4,6 - 2,2+5,4 1,1+3,2 Psychodidae - 1,2+3,2 - - - Simuliidae Filtrador - 3,8+12,1 933,2+2798,3 33,6+50,0 4,3+12,2 Baetidae Coletor 3,8+13,9 0,5+2,3 20,6+26,6 25,5+46,4 5,4+9,6 Leptohyphidae - - - 3,3+5,8 2,7+7,3 Leptophlebiidae Coletor/Rasp 1,1+3,2 1,1+3,2 4,9+18,4 23,3+63,8 0,5+2,3 - Ephemeroptera Heteroptera Belostomatidae Predador - 0,5+2,3 - - Gerridae 2,2+7,1 - - - - Naucoridae - - - 0,5+2,3 - Nepidae - 1,1+3,2 - - - Notonectidae 4,5+9,3 2,2+4,2 - - 0,5+2,3 Veliidae 17,9+41,1 4,9+10,2 - 1,6+5,0 1,6+5,0 Noctuidae Fragmentador 0,5+2,3 - 0,5+2,3 - Megaloptera Predador - 10,9+13,4 8,1+13,9 - Lepidoptera Corydalidae Corydalus - - B i od i v e r si dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Predador Gyrinidae 283 Dytiscidae Taxa GTF AG 01 AG 02 AG 03 AG 04 5,6+10,9 0,5+2,3 - - - 0,5+2,3 3,8+8,3 - AG 05 Odonata Aeshnidae Calopterygidae Coenagrionidae 8,1+15,1 20,6+32,3 0,5+2,3 3,8+7,6 8,1+29,8 Gomphidae 68,5+157,3 19,5+18,0 0,5+2,3 4,3+8,4 0,5+2,3 Libellulidae 31,1+47,7 44,5+44,9 7,6+20,5 2,7+7,3 21,7+37,8 Megapodagrionidae - - - - 1,6+3,7 Plecoptera Perlidae Predador - - 6,5+14,9 19,5+36,5 41,8+57,8 Gripopterygidae Fragmentador - - - - 11,9+39,3 Trichoptera Calamoceratidae Phylloicus Fragmentador Odontoceridae Helicopsychidae Raspador Hydropsychidae Filtrador Philopotamidae 0,5+2,3 - 41,8+81,9 4,9+12,2 88,9+124,3 8,7+32,3 - 5,9+13,5 3,3+9,5 9,8+18,6 - - - - 1,6+5,0 - 13,6+28,6 72,7+120,1 51,4+132,2 35,3+75,6 0,5+2,3 0,5+2,3 7,1+29,9 68,8+115,7 231,7+250,7 2,7+11,5 - Hydroptilidae Rasp/Col 19,43+33,0 1,1+4,6 13,0+31,6 1,1+4,6 - Leptoceridae Col/Frag/Pred 20,6+40,5 13,0+13,4 1,1+4,6 23,9+36,6 1,6+5,0 Decapoda Fragmentador - 297,9+625,5 4,9+12,6 182,8+349,3 - Predador - - - 8,7+28,0 0,5+2,3 Polycentropodidae 1,1+3,2 Turbellaria Planaridae Tabela 7: Composição taxonômica e ocorrência dos gêneros de Chironomidae (Diptera) encontrados nos ecossistemas estudados. AG 01 AG 02 AG 03 AG 04 AG 05 Beardius + + - + + Chironomus + + - - - Cryptochironomus - + + + + Dicrotendipes - - + - - Endotribelos + - - - - Goeldichironomus + + + - + Harnischia - + + + + Nilothauma - + - - - Parachironomus + - + + - Phaenopsectra + + - - + Polypedilum + + + + + Stenochironomus + + - - + Tanytarsus + + + + + Tribelos + - + + + Corynoneura + + + + + Cricotopus + + + + + Nanocladius - - + + - 284 Á GUAS Chironominae Orthocladiinae AG 01 AG 02 AG 03 AG 04 AG 05 Orthocladius + - + + + Thienemanniella - - + + + Ablabesmyia + + + + + Clinotanypus + - - - - Coelotanypus + - - - - Djalmabatista + + + - + Labrundinia + + + + - Larsia + + + + + Macropelopia + - - - + Procladius + - - - - Tanypus + + + + - Zavrelimyia - - + - - Orthocladiinae Tanypodinae J’ BMWP ASPT Classificação 1,542 0,86 74 4,93 Boa Nov/04 0,944 0,681 15 3,75 Péssima Fev/05 1,24 0,637 41 5,13 Satisfatória Mai/05 0,329 0,237 20 4,00 Ruim Ago/05 0,837 0,327 85 4,72 Boa Nov/05 1,074 0,419 93 5,47 Ótima Gráfico 19: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 01. 285 H’ Ago/04 B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Tabela 8: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 01 nos diferentes períodos amostrais. Tabela 9: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 02 nos diferentes períodos amostrais. H’ J’ BMWP ASPT Classificação Ago/04 1,346 0,525 75 5,77 Boa Nov/04 1,366 0,504 88 5,50 Ótima Fev/05 2,265 0,836 89 5,24 Ótima Mai/05 1,692 0,641 86 6,14 Ótima Ago/05 1,749 0,617 134 5,58 Ótima Nov/05 2,04 0,736 102 5,67 Ótima Gráfico 20: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 02. Tabela 10: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 03 nos diferentes períodos amostrais. 286 Á GUAS Ago/04 H’ J’ BMWP ASPT Classificação 1,285 0,618 56 5,09 Satisfatória Nov/04 1,076 0,776 33 4,13 Ruim Fev/05 2,092 0,952 38 4,22 Satisfatória Mai/05 2,346 0,866 114 6,33 Ótima Ago/05 1,355 0,588 48 4,36 Satisfatória Nov/05 1,143 0,825 16 3,20 Péssima Gráfico 21: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 03 Tabela 11: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 04 nos diferentes períodos amostrais. Ago/04 H’ J’ BMWP ASPT Classificação 2,464 0,853 143 5,50 Ótima Nov/04 1,469 0,755 60 5,00 Satisfatória Fev/05 2,347 0,915 108 6,00 Ótima Mai/05 1,328 0,605 40 4,44 Satisfatória Ago/05 2,198 0,711 122 5,55 Ótima Nov/05 2,282 0,749 148 6,17 Ótima Ago/04 H’ J’ BMWP ASPT Classificação 1,639 0,915 85 5,31 Boa Nov/04 1,099 1 16 4,00 Péssima Fev/05 1,807 0,851 57 5,70 Satisfatória Mai/05 1,772 0,911 46 5,11 Satisfatória Ago/05 1,817 0,789 122 5,55 Ótima Nov/05 0,652 0,918 19 6,33 Ruim Gráfico 23: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 05. 287 Tabela 12: Valores dos índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J’), valores de BMWP e classificação da qualidade das águas em AG 05 nos diferentes períodos amostrais. B i o di v e r s i dade DA M ata S a m ue l de Pa ul a Gráfico 22: Proporções dos grupos tróficos funcionais dos macroinvertebrados bentônicos em AG 04. Glossário APA – Área de proteção ambiental ICB – Instituto de Ciências Biológicas ASPT – Average Score Per taxa MCNAM – Museu de Ciências Naturais BHCB – Herbário de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais BMWP – Biomonitoring Working Party MSP – Mata Samuel de Paula CAP – Circunferência na altura do peito NUFAS – Núcleo de Fauna Silvestre CBRO – Comitê Brasileiro de Registros PCH – Pequenas Centrais Hidrelétrica Ornitológicos PUC – Pontifícia Universidade Católica CEA – Centro de Educação Ambiental RMBH – Região Metropolitana de Belo CEAHO – Centro de Educação Ambiental Horizonte CEMAVE – Centro de Pesquisa e Conservação de Aves CHUFMG – Coleção de Herpetologia da Universidade Federal de Minas Gerais COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental EPDA Peti – Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti FEAM – Fundação Estadual do RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural SBH – Sociedade Brasileira de Herpetologia SIBCS – Sistema Brasileiro de Classificação de Solos SIG – Sistema de Informação Geográfica SIS-AMBI – Sistema de Proteção Ambiental e Mitigação de Impactos UC – Unidade de Conservação Meio Ambiente UFMG – Universidade Federal de IBAMA – Instituto Brasileiro de Minas Gerais Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas 289 Harry Oppenheimer B i o di v e r si dade M ata S a m ue l de Pa ul a Siglas Palavras Angiospermas – Grupo de plantas Habitat – Conjunto de características especí- com flores. ficas do lugar onde vive um organismo. Antrópico – Relativo a ação humana sobre o Homeotérmico – É uma característica de meio ambiente. Anura – Constituem uma ordem de animais pertencentes à classe Amphibia, que inclui sapos, rãs e pererecas. Arborícola – Termo que serve para se descrever animais cuja vida se dá principalmente nas árvores. Assíntota – Condição atingida por uma curva quando o ponto de tangência tende ao infinito. Assoreamento – É a obstrução, por sedi- Lótico – Ambiente relativo a águas conti- nentais moventes. Neotropical – É a região biogeográfica que compreende a América Central, incluindo a parte sul do México e da península da Baixa Califórnia, o sul da Flórida, todas as ilhas do Caribe e a América do Sul. Occiput – Medida da base do osso do crâ- nio, occiptal, à ponta do bico. Bentônico – Conjunto de organismos ani- Plantas vasculares – São as plantas com mais e vegetais que vivem no fundo de um corpo d’água (mar, rio ou lago). tecidos especializados, para o transporte de água e seiva que alimentam as suas células. Distrófico – Tipo de solos ácidos, de média Pteridófitas – Grupo de vegetais vasculares Epítitas – São, por etimologia, plantas sobre G LOSSÁ RIO Lêntico – Ambiente de água parada. mentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal. ou baixa fertilidade. 290 alguns animais que lhes permite manter sua temperatura corporal relativamente constante. plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas. sem sementes. Incluem as samambaias e plantas afins. Resiliência – Termo para designar a capaci- excesso de nutrientes. dade que um sistema tem de suportar pertubarções ambientais, mesmo quando forem alteradas as condições originais de equilíbrio. Fitossociológico – Estudo das associações Ripária – Vegetação próxima a corpos e interrelações entre comunidades vegetais e sua relação com o meio, na botânica. Taxidermia – Termo grego que siginifica Guilda – Grupos de espécies que exploram os mesmos recursos. “dar forma à pele”, é a arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo. Eutrofização – Fenômeno causado pelo d’água. Créditos Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata Samuel de Paula Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer AngloGold Ashanti Brasil Mineração Esta é uma publicação da Gerência Geral de Sustentabilidade Rua Enfermeiro José Caldeira, 7 – Centro – Nova Lima-MG – Brasil www.anglogoldashanti.com – telefone: 0800 72 71500 Organização dos textos Daniela Soares – Analista de Comunicação Rivene Guadalupe de Oliveira – Coordenadora de Educação Ambiental e Memória Acervo da AngloGold Ashanti Eugênio Paccelli (foto única na página 10) Haroldo Palo Jr. (foto única na página 188) Ronnie Von da Costa Pesquisadores de cada especialidade Projeto gráfico, arte final e produção Autêntica Editora www.autenticaeditora.com.br Bi o di v e r s i dade M ata S a m ue l de Pa ul a Fotografia Formato Artes Gráficas Tiragem 1.000 exemplares Maio de 2009 Todos os direitos de conteúdo e imagens desta publicação são reservados à AngloGold Ashanti, aos pesquisadores e aos fotógrafos. É vedada, nos termos da lei, a reprodução total ou parcial deste livro. 293 Gráfica Entidades participantes nos estudos Classe Construções e Meio Ambiente FEAD – Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais Profissionais participantes nos estudos Adalberto J. Santos – Araneofauna Júlio Antônio Lombardi – Flora Alexandre Salino – Flora Lídia Ferreira Miranda – Solos Adriano Pereira Paglia – Mastofauna Alípio Resende Benedetti – Araneofauna Aquiles Araújo – Flora Aristônio Magalhães Teles – Flora Augusto Mendes de Oliveira – Água Bárbara Teixeira Faleiro – Araneofauna Bruno Macedo Poli – Solos Cid Humberto Carlos Machel – Solos Cristiane Freitas de Azevedo Barros – Água Darly Geraldo de Sena Junior – Solos Felipe Sá Fortes Leite – Herpetofauna Francisco Antônio Rodrigues Barbosa – Água Gércio Humberto Carlos Maciel – Solos Guilherme Henrique de Azevedo – Araneofauna 294 GLOSSÁ RIO Gustavo Henriger – Flora Lafayete Gonçalves Campelo Martins – Solos Lílian Mariana Costa – Avifauna Lívia Echternacht Andrade – Flora Marcos Calixto – Água Marcos Flávio Godoy de Oliveira – Solos Marcos Rodrigues – Avifauna Marcos Sobral – Flora Marcus Thadeu Teixeira Santos – Araneofauna Mariella Butti de Freitas Guilherme – Herpetofauna Marina Silva Rocha – Água Mário De Maria – Araneofauna Pablo Hendrigo Alves de Melo – Flora Paula Figueiredo Vilela – Araneofauna Pedro Lage Viana – Flora Heitor Morais Cunha – Mastofauna Pedro Maia Barbosa – Água Ivan Luiz Fiorini de Magalhães – Araneofauna Raphael Francisco V. Diniz – Mastofauna João Paulo Peixoto – Araneofauna Stélio Jorge Castro Gadaga – Solos Jordana Demichelli Ferreira – Avifauna Ubirajara de Oliveira – Araneofauna Idelson Mendes C. Anselmo – Solos Pedro Renato Gontijo Barbosa – Solos Joana D’Arc de Paula – Água Rubens Custódio da Mota – Flora João Renato Stehmann – Flora Thais Elias Almeida – Flora