58 - ABCD Real

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58 - ABCD Real
AGOSTO DE 2013- EDIÇÃO 58 - ANO VII - EDITORA ALESSI
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São Bernardo - 460 Anos
Corrida pela cidade
Prefeito Luiz Marinho completou percurso de 5 Km e deu a
largada aos festejos de aniversário de São Bernardo
Mais de seis mil pessoas participaram
da 11ª Meia Maratona de São Bernardo, na
manhã de 4 de agosto. Já tradicional no calendário esportivo da cidade, o evento faz
parte das comemorações pelos 460 anos
do município, festejado em 20 de agosto. A
prova teve mais de 5,2 mil inscritos.
Os participantes puderam disputar a
corrida de 21 quilômetros, ou participar da
caminhada de cinco quilômetros. Após dar
a largada oficial, o prefeito Luiz Marinho
(PT), acompanhado dos secretários de Esportes e Lazer, José Alexandre, e de Cultura,
Osvaldo de Oliveira Neto, caminhou pelo
circuito de cinco quilômetros.
“Esse evento abre os festejos em comemoração ao aniversário da nossa cidade,
que vão até o início de setembro. Desejo a
todos uma boa prova e que no próximo ano
mais participantes venham correr a meia
maratona ou andar os cinco quilômetros”,
ressaltou Marinho ao final da caminhada.
Para o secretário de Esporte e Lazer,
José Alexandre, a Meia Maratona já se consolidou como grande competição na cidade e motiva as pessoas a praticarem esporte. “É muito importante que São Bernardo
seja colocado, para quem gosta de esporte, como uma opção organizada de corrida. Somos, inclusive, referência nacional”.
Assessor especial Raimundo Silva, secretário de
Esportes e Lazer, José Alexandre Pena Devesa,
e prefeito Luiz Marinho na prova
Após as provas, todos os atletas receberam medalha e foram recepcionados com
um kit com água, fruta e lanche.
Participante mais velho da prova, com
89 anos, Fernando de Almeida Prado, que
começou a correr há seis anos, lembrou
que nunca é tarde para começar a praticar
esporte. Segundo ele, o importante é estar
sempre em movimento. “Comecei por incentivo de meu filho e hoje me sinto muito
melhor. Recomendo para todos”, declarou.
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saúde
Medicina ABC cria centro pioneiro para
‘Terapia de Alta Complexidade’
Com destaque ao acolhimento, local será especializado na infusão de medicamentos
biológicos contra doença de Crohn e retocolite ulcerativa
A disciplina de Gastroenterologia da
Faculdade de Medicina do ABC inaugura
neste agosto o Centro de Excelência em
Terapia de Alta Complexidade - braço do
Núcleo de Doenças Inflamatórias Intestinais, destinado ao tratamento e acolhimento de pacientes que necessitam de
terapia biológica no combate à doença
de Crohn ou retocolite ulcerativa. O lançamento do espaço ocorre durante evento
multiprofissional inserido na programação científica do 38º Congresso Médico
Universitário do ABC (Comuabc).
A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são inflamações intestinais crônicas relativamente frequentes e de difícil
diagnóstico. Segundo o professor titular
de Gastroenterologia da FMABC, Dr. Wilson Roberto Catapani, em uma região de
aproximadamente 3 milhões de habitantes - como a do ABCD - podem existir
milhares de portadores. “São doenças
complexas, que demandam tratamentos
especializados e acompanhamento por
equipe multidisciplinar com gastroenterologistas e proctologistas, enfermeiros,
nutricionistas e psicólogos, entre outros
profissionais”, acrescenta.
Pensando no atendimento integral
aos pacientes, a Medicina ABC implantou
em 2012 o Núcleo de Doenças Inflamatórias Intestinais - iniciativa pioneira, que
busca justamente disponibilizar via Sistema Único de Saúde atendimento abrangente aos doentes. Com o novo Centro de
Excelência em Terapia de Alta Complexidade, a estrutura terapêutica estará completa. “Muitos pacientes necessitam de terapia biológica, cujas medicações são de
alto custo, mas fornecidas gratuitamente
pelo governo. O problema é que a administração dessas drogas requer acompanhamento diferenciado e infusão por via
intravenosa. É nesse ponto que entra o
Centro de Excelência, onde pretendemos
não apenas fazer a infusão dos medica-
Enfermeira Patrícia Vaz cuida de paciente no Centro
mentos, mas acolher os pacientes”, garante Dr. Wilson Catapani.
O local conta com supervisão da
enfermeira Patrícia Thesotto Vaz, especializada em doenças inflamatórias
intestinais, responsável pelos cuidados
pré-aplicação e durante a infusão dos
medicamentos. Entre os diferenciais do
espaço está a humanização do atendimento, com exibição de filmes, empréstimo de livros e revistas, além de parceria
com a ONG Sorrir é Viver, cujos palhaços
e contadores de histórias farão visitas regulares aos pacientes.
“Não buscamos tratar somente o lado
físico. Queremos acolher os pacientes e
fazer com que se sintam à vontade no
Centro de Terapia, para que o tratamento seja mais agradável e o tempo passe
mais rápido”, explica a coloproctologista
e professora da Faculdade de Medicina
do ABC, Dra. Sandra Di Felice Boratto, que
completa: “Estamos investindo na humanização do atendimento e esperamos que
os pacientes participem com propostas e
ideias, para que possamos aprimorar dia
a dia o serviço. Queremos um centro de
excelência para tratar, mas que também
seja excelente para acolher”.
Pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeita de doença inflamatória
intestinal podem obter mais informações
sobre o Centro de Excelência em Terapia
de Alta Complexidade da FMABC pelo telefone (11) 4993-5416.
Complexidade terapêutica
Tanto a doença de Crohn como a retocolite não têm cura, e necessitam de
supervisão médica constante. A maior incidência normalmente ocorre em jovens
de 18 a 28 anos. Os principais sintomas
na retocolite são dores abdominais e diarreia com sangramento. A doença de Crohn pode ter diagnóstico mais difícil por
apresentar maior variedade de sintomas,
geralmente associados ao emagrecimento e à dor abdominal. A principal diferença entre as patologias é que a retocolite
atinge apenas a região do intestino grosso. Já Crohn aparece em qualquer setor do
aparelho digestivo, podendo causar em
alguns casos obstrução intestinal.
As duas doenças decorrem de alteração no sistema imunológico do intestino,
que tem como consequência a inflamação. As origens são desconhecidas, mas
pesquisas apontam que fatores hereditários potencializam o desenvolvimento.
“Há algum tempo pensava-se que problemas psicológicos e estresse eram fatores
diretamente causadores das doenças inflamatórias intestinais, mas hoje sabemos
que são apenas exacerbadores dos sintomas”, esclarece Dr. Wilson Catapani, que
explica as medidas terapêuticas: “A opção
entre o tratamento clínico e o cirúrgico
depende da análise individual do paciente, pois nem sempre a mesma doença tem
a mesma gravidade”.
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Saúde e Educação
Pediatria homenageia 40 anos de
Luiz Alberto da Silva na Medicina ABC
O Departamento de Pediatria da Faculdade e Medicina do ABC organizou em
1º de agosto homenagem ao Dr. Luiz Alberto da Silva, que neste 2013 completa
50 anos de Medicina e 40 anos como professor da Faculdade de Medicina do ABC.
Aos 75 anos, o médico pediatra acaba
de se aposentar da carreira docente, deixando centenas de amigos e discípulos
que defendem a puericultura, a atenção
diferenciada à criança, o aleitamento
materno, a orientação aos pais, entre
outros cuidados que vão além do diagnóstico e tratamento de doenças.
Nascido em São Sepé, no Rio Grande
do Sul, Luiz Alberto da Silva mudou-se
com a família para Santa Maria, onde
cursou medicina na Universidade Federal local. A residência médica em Pediatria foi em São Paulo, no Hospital Infantil
Darcy Vargas.
O médico mudou-se definitivamente do Sul em 1969, quando foi admitido
pela Dra. Maria Aparecida Sampaio
Zacchi na antiga FAISA - Fundação de Assistência à
Infância de Santo André. Posteriormente,
a mesma Dra. Zacchi
se tornaria a primeira professora
titular de Pediatria
da Faculdade de
Medicina do ABC,
convidando
Dr.
Luiz Alberto em
1973 a lecionar
na instituição.
No agradecimento pela homenagem, o professor
lembrou
momentos marcantes das quatro
décadas de dedicação à FMABC. “Assim que
formamos a primeira turma de
medicina, formatamos o curso
de residência médica em Pe-
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diatria. Porém, não teríamos como colocar a especialização em prática por falta
de verba para as bolsas dos residentes”,
recorda Dr. Luiz Alberto da Silva, que não
cruzou os braços frente à situação. “Trabalhei nos bastidores junto à Secretaria
de Finanças de Santo André e conseguimos 8 bolsas de estudos, viabilizando
a primeira residência em Pediatria do
Grande ABC”.
Em 1970, Luiz Alberto da Silva marcou
história ao se tornar um dos sócio-fundadores da Sociedade de Pediatria de São
Paulo, entidade que presidiu entre 1978 e
1979. Ao longo da carreira, o médico sempre se dedicou à humanização. Hoje faz
parte de instituições benemerentes como
a Associação para Valorização de Pessoas
com Deficiência (AVAPE), o Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância
(CRAMI) e a Federação das Entidades Assistenciais de Santo André (FEASA).
Conhecido pela capacidade
profissional, sensibilidade com
os pacientes e franqueza, professor
completa 50 anos de Medicina
gastronomia
O Brasa Bar é o único bar parrilha
do ABCD. Na decoração foi usada
madeira de demolição aliada a uma
concepção moderna e contemporânea. No maravilhoso jardim é possível saborear o chopp tirado com
categoria. A parrilha é atração à parte:
uma churrasqueira argentina projetada
com os conceitos mais atuais para que
o sabor da carne e o cuidado com o
alimento estejam sempre em harmonia.
A adega apresenta também vinhos de
qualidade a um ótimo custo-benefício.
Tudo isso você encontra no Brasa. Um
bar diferente que surpreende a cada dia!
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São Bernardo - 460 Anos
Cidade muito mais seletiva caminha a
passos largos rumo à sustentabilidade
Equipamentos modernos incorporados ao serviço
Joaquim Alessi
No comando da Secretaria de Serviços
Urbanos de São Bernardo, sob orientação
e determinação do prefeito Luiz Marinho
(PT), Tarcísio Secoli tem se valido dos anos
de experiência com atuação nos bastidores do sindicalismo e da política para executar um dos projetos mais ambiciosos - e
por isso mesmo complicados - de qualquer
administração pública: avançar no tratamento dos resíduos sólidos (antes chamados de lixo), implantar uma coleta seletiva
de primeiro mundo, que chegue a 10% de
tudo o que é produzido na cidade, e colocar em funcionamento, nos próximos dois
ou três anos, uma usina verde capaz de
transformar resíduos orgânicos em energia
limpa, suficiente para atender às necessi-
dades de uma cidade com 100 mil moradias e consumo médio de 100 kW/mês.
Tarefa de Titã, mas Tarcísio está acostumado aos grandes desafios. Afinal, como
costuma destacar o prefeito Luiz Marinho,
“meta tem de ser ousada mesmo”.
Com o sucesso da coleta seletiva porta
a porta, implantado em 5 de junho de forma experimental no Rudge Ramos, o serviço já foi expandido para mais dois bairros
de São Bernardo. Na manhã de 17 de julho,
o prefeito Luiz Marinho anunciou que Paulicéia e Jordanópolis vão receber o serviço
a partir de 3 de setembro.
Nos dois novos bairros, os coletores
ambientais vão passar as terças, quintas e
sábados para recolher papel, plástico, metal e vidro. Este último, inclusive, deve ser
colocado em um recipiente separado por
ABCD Real é uma publicação da Editora Alessi Comunicação - Empresa com responsabilidade socioambiental
Publisher e diretor de redação: Joaquim Alessi
DIRETORA ADMINISTRATIVA: ROSANA FRANCO DE OLIVEIRA ALESSI
Editor de arte: fernando valini - Tiragem: 10.000 EXEMPLARES
TIRAGEM AUDITADA PELA GUEDES CONSULTORIA
Sede própria: Avenida Pereira Barreto, 1.395, sala 11 Torre Norte
Telefone: 4319-1116 - www.abcdreal.com.br - E-mail: [email protected]
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motivos de segurança. O lixo orgânico continuará sendo recolhido à noite.
“Em 45 dias vamos fazer um trabalho
de conscientização junto aos moradores
da Paulicéia e do Jordanópolis. A coleta seletiva porta a porta é um instrumento importante para que o lixo seja corretamente
aproveitado”, disse Luiz Marinho.
Naquele dia, pela manhã, o prefeito
acompanhou o serviço de coleta na Vila
Vivaldi. O chefe do Executivo destacou que
foram arrecadados 44.220 quilos de materiais recicláveis apenas no primeiro mês
de serviço no Rudge Ramos. Antes da coleta seletiva porta a porta, o bairro coletava
apenas 560 quilos de lixo reciclável diariamente. Agora, a média saltou para 1.474,
um aumento de 163%.
Tarcísio Secoli destacou que, com o início da coleta no Rudge Ramos, o porcentual de lixo reciclado na cidade passou de
0,87% para 1,21%. A meta é passar a reciclar, até 2017, 10% dos resíduos.
A aceitação e a participação da população do Rudge Ramos no porta a porta
Secretário Tarcísio Secoli e o prefeito Luiz Marinho conferem o trabalho executado com o caminhão de coleta
também revelaram-se significativas: foram
5.280 quilos na primeira semana, 7.470 na
seguinte, 9.720 na terceira e 10.140 quilos
na última semana de junho.
Rudge Ramos
Nessa fase ainda experimental, as
equipes ambientais passam uma vez por
semana em cada rua do Rudge Ramos, que
tem 7.407 casas no total. Às segundas-feiras, o serviço atende as ruas da Vila América, Vila Império, Vila Helena, Vila Angelina
e Jardim Fada. A região da Vila Vivaldi é
atendida toda quarta, e nas sextas os coletores passam nas vias do Parque São Pedro,
Vila Mussolini e Vila Caminho do Mar. O material reciclado é enviado para centrais de
triagem da cidade.
Panificação e hotelaria
O secretário Tarcíscio Secoli decidiu
também ampliar ainda mais o alcance da
coleta seletiva, com o objetivo de avançar
ainda mais a passos largos rumo à uma cidade sustentável, com qualidade de vida.
Em encontro realizado no Salão Nobre
do Paço, para o anúncio do 3º Festival Rotas dos Sabores, ele apresentou “o sucesso
da coleta seletiva porta a porta”, aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Panificação
e de Hotéis, Bares, Restaurantes e Afins.
Além de Secoli, participou o secretário
de Desenvolvimento Econômico, Trabalho
e Turismo, Jefferson José da Conceição.
Ao apresentar o novo Sistema de Coleta
de Resíduos e Reciclagem aos setores produtivos presentes no encontro, o secretário
de Serviços Urbanos ressaltou mais uma
vez que, para 2017, a meta da Administração de São Bernardo é que 10% de todo
o lixo coletado na cidade seja reciclado
- a média nacional não ultrapassa 3%, enquanto a internacional chega aos 10%.
“A coleta seletiva porta a porta contribui para termos uma cidade melhor, mais
limpa e mais saudável para se viver. Reciclar não é importante apenas para a preservação da natureza, mas também pelos
materiais que jogamos no lixo e podemos
reaproveitar”, disse Tarcísio Secoli.
Representante do Gijo’s Restaurante
Chuleta Paulista, Juno Rodrigues Silva, o Gijo,
elogiou a iniciativa da Prefeitura e enfatizou
a importância do envolvimento dos empresários no processo. “Todos vamos ganhar
com a coleta seletiva na cidade. Tenho certeza de que, além de mim, vários colegas também vão aprovar essa iniciativa”, destacou.
Rotas dos Sabores
Na ocasião, o secretário Jefferson José da
Conceição apresentou aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Panificação e de Hotéis,
Bares, Restaurantes e Afins o regulamento
do 3º Festival Rotas dos Sabores de São Bernardo do Campo. O evento, realizado de 4 a
27 de outubro, abrangerá as rotas do Peixe,
do Frango com Polenta, dos Petiscos e Aperitivos, do Prato Executivo e da Comida Típica.
Segundo o titular da Pasta, o objetivo
é criar novas oportunidades de negócios
para os estabelecimentos gastronômicos
do município, como os bares, restaurantes,
lanchonetes, panificadoras, pizzarias, fast
foods, entre outros.
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Opinião real
“Minha Casa, Minha Vida”
em crescimento, analisa Milton Bigucci
*Milton Bigucci
Nos últimos anos os imóveis em geral têm valorizado bem no Grande ABC, a
exemplo do país, e continuamos sempre
em busca de receber novos empreendimentos vinculados ao programa “Minha
Casa, Minha Vida”.
A procura por imóveis do programa é
grande. No entanto, muitas pessoas ultrapassam os limites estipulados de renda
familiar e valor do imóvel e acabam não
conseguindo a casa própria. Hoje, o valor
máximo dos imóveis que podem ser financiados pelo “Minha Casa, Minha Vida” é de
R$ 190 mil.
A disponibilidade de casas/apartamentos para a faixa 1 do programa (até R$
1.600,00 de renda familiar) ainda é muito
pequena na Região do Grande ABC, em função do preço dos terrenos. As pessoas que
têm renda um pouco maior para o acesso
à casa própria devem continuar a receber
financiamentos do programa, uma vez que
o empréstimo é feito com subsídio menor,
isto é, permitindo o giro de financiamento
e o acesso de mais pessoas ao programa
federal. É inclusive a faixa 2, com renda até
R$ 3.100,00, que tem o maior volume de
contratos assinados.
No ABC, as cidades com maior potencial
para receber construções vinculadas ao
programa com as regras atuais são: Diadema e Mauá, seguidas por Santo André e São
Bernardo. Já em São Caetano, onde os terrenos são muito valorizados, acredito que
seja muito difícil ter empreendimentos
com o perfil do “Minha Casa, Minha Vida”,
para acabar com os cortiços.
Para alcançar sucesso nas regiões metropolitanas, onde os terrenos são caros,
deve haver subsídios por parte dos Estados
e das prefeituras, como já acontece em São
Paulo com o CDHU. A soma do financiamento mais esses subsídios alcançam valores que viabilizam a construção popular
nas áreas metropolitanas.
É claro que o programa é meritório,
pois já beneficiou milhares de famílias de
baixa renda com a realização do sonho da
casa própria. De acordo com a ministra do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, em apresentação no Secovi,
o total de unidades contratadas nas fases
1 e 2 do “Minha Casa, Minha Vida” soma
2.783.275 habitações, que respondem
Hoje, o valor máximo dos
imóveis que podem ser
financiados pelo “Minha Casa,
Minha Vida” é de R$ 190 mil.
por um investimento de R$ 177,5 bilhões.
“Destas, mais de 1 milhão e 700 mil unidades correspondem à segunda fase”, sustentou a ministra. Do montante total, 45%
já foram entregues (1,2 milhão).
Dados atuais mostram que ainda temos
no Brasil um déficit habitacional em torno
de 5 milhões de moradias. Mais de 80%
referem-se às regiões urbanas e a maioria
está na faixa popular, onde atua o programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV).
Como se pode ver, o motivo é justo e temos que continuar batalhando para zerar
o déficit habitacional do Brasil.
*MILTON BIGUCCI, presidente da construtora MBigucci, presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, membro
do Conselho Consultivo Nato e diretor
Regional do Secovi para o ABC, membro
do Conselho Industrial do CIESP, conselheiro vitalício da ACSP e do Clube Atlético Ypiranga. Autor dos livros “Caminhos
para o Desenvolvimento”, “Somos Todos
Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente”, “Construindo uma Sociedade mais
Justa” e “Em Busca da Justiça Social”, e
membro da Academia de
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educação
Homenagens marcam os 45 anos da
Universidade Municipal de São Caetano
Cerca de 300 pessoas entre professores,
funcionários e autoridades, participaram, na
noite de 1º de agosto da comemoração pelos 45 anos da Universidade Municipal de São
Caetano do Sul (USCS), no Campus Barcelona.
O Reitor da Universidade Municipal de
São Caetano do Sul (USCS), Marcos Sidnei
Bassi, em seu discurso destacou a importância histórica da universidade e o empenho de seus funcionários em construir uma
instituição séria. “Comemorar 45 anos de
existência significa, sobretudo, olhar para
o passado, rever nossas memórias e reverenciar aqueles que tiveram papel crucial e
determinante em nosso sucesso”.
A comemoração contou também com a
participação do prefeito de São Caetano do
Sul, Dr. Paulo Pinheiro e do presidente da
Câmara Municipal de São Caetano do Sul,
Sidnei Bezerra da Silva.
Homenagens – O teatro da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Campus Barcelona, recebeu, durante a solenidade, o nome “Teatro Claudio Musumeci”.
Nascido em São Caetano do Sul, o professor emérito, Claudio Musumeci, foi idealizador da, então, Faculdade de Ciências
Econômicas, Políticas e Sociais. Outra ação
que marcou os 45 anos foi o descerramento da foto do professor Laércio Baptista da
Silva, primeiro Reitor da USCS, na galeria
de Dirigentes do Centro de Documentação
e Memória da Universidade.
Portal de Memória e Exposição - Entre as
atividades programadas para as comemorações dos 45 anos da USCS, encontram-se
projetos que buscam relembrar a história
da instituição. É o caso, por exemplo, de um
portal na Internet, o “Memória USCS”, (www.
uscs.edu.br/memoria), que traz depoimentos de pessoas ligadas à instituição. Também
merece destaque uma exposição fotográfica, que acontece no Pátio do prédio B, no
Campus Barcelona, de 5 a 30 de agosto. São
imagens que apresentam ao público a trajetória percorrida pela instituição desde a sua
fundação. A mesma exposição será exposta
no Campus Centro (Rua Santo Antônio, 50,
Centro), de 4 a 13 de setembro.
Prof. Dr. Marcos Sidnei Bassi,
reitor da USCS, discursa
Exposição de fotos marca a trajetória de 45 anos da USCS
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artigo médico
Concussão cerebral no Esporte
Rudá Alessi
Qualquer tipo de esporte, mesmo
recreativo, oferece risco de traumatismo crânio-encefálico (TCE). Os traumatismos podem originar o aparecimento
de diversos tipos de lesões cerebrais,
classicamente divididas em focais e
difusas, e com a possibilidade de desenvolvimento de diversos quadros
clínicos, de diferentes intensidades e
prognósticos.
Classicamente está relacionada a
esportes de contato, e mais agressivos,
como o boxe e o futebol americano, porém o consenso da Academia Americana
de Neurologia, de 2013, sobre concussão cerebral, coloca o futebol (soccer)
ao lado do rugby e dos esportes previamente citados, além de um provável aumento no número de traumas relacionados ao aumento da popularidade do
MMA e outras artes marciais.
A concussão cerebral é uma forma
de TCE breve, e que produz um processo
fisiopatológico complexo e com possíveis consequências.
A concussão pode ser provocada
por um trauma direto na cabeça ou por
uma força que se transmite ao cérebro
por impacto à face ou a qualquer outro
segmento do corpo. A manifestação
inicial é uma perturbação súbita e transitória (ou seja, de início rápido, e não
duradoura), com recuperação espontânea. A perda de consciência (o indivíduo ficar incapaz de interagir com o
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meio) não é obrigatória, e os exames
de imagem (tomografia, ressonância)
não costumam evidenciar alterações.
Pode se suspeitar de uma concussão quando o atleta, mesmo não tendo
ficado inconsciente, apresentar dores
de cabeça, tonturas, confusão mental,
amnésia (não se lembra do que aconteceu, ou não consegue criar novas
memórias por algum tempo), desequilíbrio ou sinais de alteração do comportamento usual. Indivíduos com suspeita de concussão cerebral devem ser
encaminhados para um hospital, para a
investigação de lesões cervicais e nível
neurológico.
A informação mais importante é
a de que, pessoas que sofreram uma
concussão cerebral devem ser retiradas imediatamente da atividade física,
independente da idade e da atividade
esportiva envolvida (seja ela amadora ou profissional). Um dos principais
fatores de risco de um atleta sofrer
concussão cerebral é o acontecimento de outro TCE nos últimos 10 dias, o
que pode indicar tanto um perfil mais
agressivo de jogo quanto um comprometimento do trauma na capacidade
de julgar ações e consequências logo
após uma concussão.
Orienta-se que a atividade física só
poderia ser reiniciada após a liberação
por um médico, em momento posterior
a esses 10 dias, e se não estiver fazendo
uso de nenhuma medicação sintomática.
Sabe-se que a repetição de concussões pode levar a alterações cerebrais
severas e irreversíveis. Portanto, todos os
que praticam atividades físicas, ou as supervisionam, deveriam observar a possibilidade de concussão e as medidas necessárias para evitar o risco de sequelas.
Rudá Alessi
CRM – 127.118
Médico Neurologista
E-mail: [email protected]
Professor Afiliado da Disciplina
de Neurologia da FMABC
Responsável pelo Ambulatório
de Epilepsia da FMABC
Médico pesquisador colaborador
do Laboratório de
Neurofisiologia Clínica do HC FMUSP.
EDUCAÇÃO
Auro del Giglio, Adilson Casemiro Pires, Jurandir Teixeira das Neves, Maurício Mindrisz, Gustavo Borges, João Corrêa, Mário Faro e David Everson Uip, na abertura do 38º Comuabc
Gustavo Borges fala de atitude na abertura
do 38º Congresso Médico-Universitário
Joaquim Alessi
“Atitude de campeão” foi a palestra
proferida pelo medalhista olímpico e um
dos maiores nomes da natação mundial,
Gustavo Borges, na abertura do 38º Congresso Médico-Universitário da Faculdade
de Medicina da Fundação do ABC.
Organizado pelos alunos da MED ABC
e próximo de completar 40 anos de realização, o Comuabc é considerado hoje o
maior do gênero no país.
O evento tem como objetivo complementar a formação acadêmica e desenvolver a pesquisa científica na graduação.
Nesses 38 anos, recebeu mais de 20 mil
participantes e profissionais da saúde
como palestrantes ou membros de comissões julgadoras.
A solenidade de abertura em 12 de
agosto reuniu autoridades regionais em
coquetel no Anfiteatro David Uip, no prédio CEPES do campus universitário.
Livro
A noite de abertura também teve sessão de autógrafos do Dr. Auro del Giglio
pelo livro recém-lançado “Sofrimento
como Síntese”. Professor titular de Onco-
logia e Hematologia da FMABC, o autor
apresenta sistemática para abordagem
humanizada do paciente pelo médico,
reforçando a importância do aconselhamento e do uso do efeito placebo da relação médico-paciente em benefício do
próprio doente.
A edição 2013 do Comuabc tem como
“Professor Homenageado” Dr. Auro del
Giglio e como “Presidente de Honra” Dr.
David Everson Uip, professor titular da disciplina de Medicina de Urgência.
Auro Del Giglio e David Uip, novo secretário de Saúde do Estado, professores homenageados
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JAZZ, BIG BANDS & CIA.
Big bands on the road
Ronaldo Benvenga
Para atender cada vez mais os compromissos em teatros, cassinos, hotéis, salões de baile e night clubs, as orquestras
de dança americanas eram obrigadas a
cumprir uma agenda de viagens com deslocamentos que chegavam a mais de 600
quilômetros.
No início dos anos 1920, as orquestras
realizavam essas viagens em automóveis ou
ônibus, sem o conforto de hoje. Poucos chefes de orquestra optavam pelo trem. O avião
ainda era um meio de transporte pouco confiável. Ambos, porém, muito caros.
Naquela época, as rodovias eram precárias, sinuosas e esburacadas, aumentando a duração das viagens e os riscos de
acidentes. As apresentações em cidades
distantes eram chamadas de “uma noites” (one night stand), cansativas para os
músicos, com deslocamentos de até 12
horas. Ao chegar exaustos, tinham de se
preparar para o espetáculo, geralmente
em instalações improvisadas, ou em hotéis sofríveis, tocando até a madrugada
e retornando imediatamente ao lugar de
origem, ou partindo para outro compromisso. Uma rotina que se repetia até 100
vezes ao ano, no mínimo duas apresentações semanais.
A black band de Jimmie Lunceford
chegou a fazer 200 “uma noites” em um
único ano. Enorme desgaste se considerarmos também apresentações em programas de rádio e gravações em estúdio.
Uma maratona maluca, um calendário
sem racionalidade.
Os iniciadores dessas viagens regulares pelo país foram os band leaders Joe
Kayser, Jan Garber e Ted Fiorito, viajando em automóveis ou ônibus fretados,
enquanto instrumentos e uniformes se-
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guiam em caminhões. Fred Waring e Paul
Witeman só se apresentavam em grandes
cidades, se serviam exclusivamente das
ferrovias e só viajavam nos vagões de
luxo (pullman).
Com todas as dificuldades que enfrentavam, os acidentes e as quebras eram previsíveis. Os itinerários percorridos durante o
inverno aumentavam ainda mais os riscos.
Alguns pagaram com a vida, como o
band leader Al Kemp e o guitarrista Bus
Etri. Para as big bands em geral, essas
apresentações significavam aumento de
popularidade, trabalho para os músicos e,
principalmente, dinheiro.
Poucas orquestras se apresentavam
em um lugar fixo, várias vezes por semana. Em busca de trabalho, “botavam mesmo o pé na estrada”.
Tommy Dorsey e seu irmão Jimmy,
Benny Goodman, Harry James e Artie Shaw,
chegavam a cobrar 4.000 dólares, livres de
despesas, por uma única apresentação.
Isso, no final dos anos 1930 e início dos 40,
significava uma soma elevada.
As orquestras de Ruddy Vallee e Paul
Whiteman não aceitavam menos que
6.500 dólares. Em face dos riscos que corriam seus filiados, a poderosa União dos
Músicos baixou normas limitando os deslocamentos das orquestras em 400 quilômetros por dia, a fim de torná-los mais
seguros e menos cansativos.
Durante a segunda guerra mundial
(1939-1945), esse limite caiu para 300
quilômetros por dia, devido ao racionamento de gasolina, no esforço de guerra.
No final dos anos 1950 e início dos 60, a
orquestra do pianista Stan Kenton era uma
das mais solicitadas para apresentações.
Agora podiam viajar em estradas modernas
e seguras, em ônibus confortáveis, poltronas estofadas e ar-condicionado. O desgaste era bem menor, chegando ao destino em
perfeitas condições para trabalhar.
As “uma noites” sempre foram consideradas como uma atividade vital para as
orquestras. E realmente eram uma fonte
de renda segura. As big bands se exibiam
em locais os mais variados. Desde espeluncas minúsculas, até grandes e luxuosos
salões que chegavam a abrigar um público de mais de 4.000 pessoas, ávidas por
divertimento. Hollywood Palladium, em
Hollywood, bairro de Los Angeles, Glen
Island Casino, na cidade de New Rochele
no estado de Nova York , Aragon Ballroom
em Chicago, Steel Pier, em Atlantic City, e
o Savoy Balroom, no bairro negro do Harlem, em Nova York, eram alguns dos mais
famosos salões de baile onde as “uma
noites” atraiam milhares de dançarinos à
procura de entretenimento.
Programa Quinta Avenida aos
sábados a partir das 19 horas
Programa Quinta Avenida
Especial aos domingos a partir da 9 h
Produção e apresentação:
Ronaldo Benvenga
Rádio Trianon AM - 740 khz
São Paulo
Rádio Universal AM - 810 khz Santos
Pela Internet
www.trianonam.com.br
www.quintaavenida.us.br
Ônibus utilizado pela Big Band de Stan Kenton
sindicalismo
Cidão do Sindicato comenta sobre
os danos provocados pela terceirização
Ao abordar os recentes protestos
contra o projeto de lei 4330, que amplia
a terceirização no País (e que teve sua
votação adiada para setembro na Câmara Federal), o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
e vereador pelo PDT, Aparecido Inácio
da Silva, o Cidão do Sindicato, lembrou
que sindicalistas representando todos as
centrais bloquearam em 6 de agosto os
dois lados da avenida Paulista. Durante o
bloqueio um grupo de atores encenou “A
morte do emprego com carteira assinada
e o enterro da CLT”. A manifestação reuniu três mil trabalhadores de diferentes
categorias e ligados às centrais sindicais.
Eles portavam bandeiras e gritvam palavras de ordem.
A apresentação marcou o encerramento da manifestação contra a terceirização que aconteceu em frente a Fiesp
(Federação da Indústria do Estado de São
Paulo) e em capitais de diferentes Estados. “A terceirização prejudica os trabalhadores que, em muitos casos, não têm
convenções coletivas, PLRs (Participação
nos Lucros ou Resultados) e benefícios
sociais iguais aos de seus companheiros
que trabalham nas empresas preponderantes”, disse Cidão.
O sindicalista destacou que a unidade
das centrais sindicais é importante para
negociar com o governo e os empresários. Os trabalhadores querem o fim da
terceirização na atividade fim; que o salário do terceirizado seja igual ao do trabalhador da empresa preponderante, assim
como os direitos previdenciários e trabalhistas; que o sindicato seja avisado da
terceirização e que sejam enviadas às entidades sindicais informações sobre quais
atividades serão terceirizadas na companhia, quantos trabalhadores serão envolvidos no processo e por quanto tempo.
Os dirigentes querem ainda a responsabilidade solidária, ou seja, que a
empresa preponderante seja responsabilizada se a terceirizada não arcar
com o pagamento dos direitos dos trabalhadores.
Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato
Para Cidão, as manifestações mostram
a unidade das centrais e que o projeto
4330 representa um retrocesso para os
trabalhadores. “Marcamos a paralisação
nacional para 30 de agosto para dar chance ao governo de negociar com os trabalhadores”, destacou.
Cidão também lembrou que em 13 de
agosto foram promovidos atos em frente
às agências do INSS em todo o Brasil pelo
fim do fator previdenciário; que no dia 20
haverá ato em frente as empresas pela redução da jornada de trabalho para 40 horas e no dia 30, paralisação nacional se o
governo não negociar a pauta trabalhista.
A Força Sindical quer incluir na pauta
trabalhista o seguro-desemprego, pois
para conceder o benefício o governo quer
ampliar de seis para 18 meses o tempo
mínimo de trabalho.
17
sindicalismo
MONUMENTAL
Joaquim Alessi
A presença dos trabalhadores metalúrgicos na história de Santo André e
Mauá é simplesmente monumental.
Monumental no sentido exato do tamanho de sua contribuição para a formação, o
desenvolvimento, o progresso econômico,
político e social das cidades, do ABCD como
um todo, de São Paulo e do Brasil.
Isso, ninguém há de negar.
Desde 23 de setembro de 1933 organizados em torno de sua entidade, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá,
os operários das duas e demais cidades da
região já contribuíam muito antes para o
crescimento desse gigantesco viveiro industrial com sua dedicação, dia a dia, nas
fábricas, com suor, empenho, em jornadas
grande parte das vezes desumanas, mas
sem esmorecer em momento algum.
No entanto, as homenagens, os reconhecimentos, os méritos sempre ficaram
para os capitães de indústrias, os empresários e empreendedores, relegando-se a
um segundo plano os detentores da força
de trabalho.
Por isso é que, no ano em que o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André
completa oito décadas de existência, de
atuação combatente, muitas vezes alvo
de visões ditatorias absurdas e criminosas, sua atual diretoria, presidida por Cícero Firmino da Silva, o Martinha, decidiu
homenagear a todos os trabalhadores
com um símbolo que ficará para história:
o Monumento do Trabalhador.
Em entrevista à ABCD Real, Martinha
destacou: “A obra, criada sob encomenda
à centenária artista plástica Tomie Ohtake
(completará 100 anos em 21 de novembro), foi concebida com o
símbolo do infinito, como
que a caracterizar a infinitudade da presença do
trabalhador em cada
avanço das cidades e
da região, e que também, dependendo
do ângulo em que é
18
observada, lembra o número oito, dos 80
anos da entidade.”
Ela será instalada no Paço Municipal de Santo André, como um presente
da categoria metalúrgica ao município,
que mais uma vez tem como prefeito um
operário com história na entidade: Carlos
Grana (PT). “Será o primeiro monumento
em homenagem ao trabalhador em todo
o ABCD. Em Santo André, temos mais de 20
monumentos em homenagem a
vários setores da sociedade,
e a gente descobriu que
não havia nenhum monumento em homenagem ao trabalhador. E em todas as
situações, em todas
as construções, em
tudo que existe há
a mão do trabalhador, razão pela qual
decidimos promover
esta homenagem, junto com a Secretaria da
Cultura de Santo André”,
disse Martinha.
A inauguração está prevista para 29 de setembro,
seis dias depois de o
Sindicato completar 80 anos de
existência.
Réplicas em miniatura serão providenciadas para homenagear vários dirigentes que passaram pela entidade
nessas oito décadas. “Tenho uma preocupação muito grande com quem constrói
a história, e passaram por aqui vários dirigentes, para os quais mandamos providenciar um pequeno símbolo para cada
um, para que marque, e guardem para
sua vida, para sua família, um pedacinho
em reconhecimento pelos que eles fizeram pela categoria metalúrgica de
Santo André”, disse Martinha.
Com toda certeza, depois
da inauguração, Santo
André vai ficar mais
bonita com essa obra
monumental!
Monumento único pode
ser visto como oito, como
zero, além de infinitas
possibilidades
sindicalismo
José Brás da Silva, o Fofão, discursa, ao lado de Grana e de sindicalistas como Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro; Adilson Torres dos Santos, o Sapão; e Osmar
7º Congresso Nacional da Força Sindical, em Praia Grande
Cícero Martinha destaca a conquista da
Juventude em congresso da Força Sindical
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e líder do PDT no
primeiro município, Cícero Firmino da Silva,
o Martinha, participou ativamente do 7º
Congresso Nacional da Força Sindical, em
Praia Grande, e destacou entre as medidas
aprovadas a determinação para que todas
as diretorias de sindicatos filiados à Central
tenham jovens em sua composição.
“O que era para ser apenas uma sugestão para os sindicatos, de ter pelos menos
10% dos jovens, de 18 a 35 anos de idade,
em suas diretorias, na plenária final foi
aprovado como determinação do congresso, de que a partir daqui os sindicatos,
quando forem formar suas diretorias, precisam ter pelo menos 10% de jovens no comando”, comemorou o sindicalista.
Também foi cumprida, pela primeira
vez na história, a cota de 30% das mulheres
na direção. Mas Martinha destacou: “Temos
de estar atentos aos jovens, mas também
aos aposentados, como bem frisou o Papa
Francisco em sua visita ao Brasil”.
Nesse ponto, já houve até uma manifestação em frente à agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Santo André, que abriu um canal importante
para a discussão de pautas regionais com
os sindicatos do ABCD, segundo relatou o
coordenador regional da Força Sindical e
vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, José Braz da
Silva, o Fofão.
A entidade, ao lado de representantes
de outros sindicatos e associações de aposentados, hotelaria, empregadas domésticas e funcionários de edifícios, protestou
em frente à agência, na Rua Adolfo Bastos.
Foi entregue uma pauta de reivindicação
contra o fator previdenciário e pela valorização do benefício e do poder de compra
dos segurados da Previdência Social.
“A gerente executiva da agência, Fátima Conceição Gomes, nos recebeu, ouviu
as reivindicações, apresentou planos do
instituto e protocolou a pauta, deixando
claro que enviaria ao Ministério da Previ-
dência Social, em Brasília, que tem a competência para analisar os pedidos, mas
ficamos impressionados com a postura da
gerente. Para nós, foi muito mais do que
positivo o resultado. Ela nos recebeu, conversou, e pediu para que agendássemos
reuniões mensais para discutir problemas
pontuais do ABCD (relacionados aos aposentados e pensionistas)”, comentou Fofão
logo depois do encontro.
Ele afirmou ainda que Fátima assegurou que trabalha para conseguir, com o
governo federal, a abertura de agência do
INSS em Rio Grande da Serra, única cidade
da região que não possui um posto do instituto. “E também contou que há um trabalho em grupo para controlar um pouco
o crédito consignado (para evitar que aposentados se compliquem financeiramente
para ajudar familiares)”, completou.
Os metalúrgicos também preparam
grandes manifestações para 30 de agosto,
com uma pauta mais ampliada de reivindicações junto ao governo federal.
19
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