young people in today`s world - Agrupamento de Escolas Gil Vicente

Transcrição

young people in today`s world - Agrupamento de Escolas Gil Vicente
BABEL
Número 10
maio de 2013
Revista de Línguas
Publicação Plurilingue
Departamento Curricular
de Línguas
escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente
EDITORIAL
Graecum est, non legitur
(expressão medieval)
John Borowicz
Falar, escrever e entender mais do que
DESTAQUE
 Textos vencedores do Con-
uma língua é construir possibilidade, co-
curso Literário Fazedores de
Histórias
nhecer melhor os mecanismos da compe-
SUMÁRIO
tência linguística, descobrir com mais aptidões o mundo. Se soubermos bem a nos-
Editorial
1
sa língua – conhecermos usos, textos lite-
Textos em Português:
2
rários, filosóficos e científicos – prestamos
Cassandra e a irmã malvada
Quem sou eu?
Carta natalícia
O meu país
Biblioteca de turma
Reconto e resumo
Impressão
Amor de Perdição —150 anos
Textos miméticos I e II
Conto curto
Textos em Francês:
à nossa identidade a atenção que lhe é
devida.
Se formos capazes do mesmo noutra
língua, elevaremos exponencialmente a
nossa perceção de nós próprios, dos outros e do universo. E uma terceira língua
proporcionará ainda mais conhecimento,
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Moi, c’ est…
La mode et moi
Mon argent de poche
Je suis… J’ aime… (En guise d’
acrostiche)
Moi, Adolescente
Mon amie idéale
Relations familiales
Inclusion / Exclusion
Petites annonces
Textos em Inglês:
acrescenta. Ou seja, quanto mais línguas
e mais distintas se falar mais fácil será
falar outras ou entendê-las e ver o mundo
com mais clareza.
Assistimos atualmente à vitória do mais
estranho dos conceitos sobre este assunto:
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defende-se em Portugal, não por palavras, mas por medidas que a tal conduzem, a ideia de que dominar apenas o
Inglês é condição necessária e suficiente
para nos aproximar do mundo: chegamos
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à diversidade pela unicidade. Pior: vê-se
no Inglês não a grande língua de cultura
de Histórias
Conto coletivo
tornando paradoxalmente mais acessível à
medida que o interesse pelas línguas se
Young people in today’s world
- Teens’ life
- Teens? Main worries
- Dreams and ambitions
Textos vencedores do Concurso Literário Fazedores
numa expansão geométrica que se vai
Supl.
que é, mas a língua prática que nos faz
todos parecidos, aquela em que se encontra apenas um mínimo denominador comum para a humanidade. Sacrificam-se as
outras línguas e reduz-se o Inglês a contas
de merceeiro. Pouco faltará para que, tal
como na Idade Média se desconhecia o
Grego e as obras produzidas nessa língua,
se diga «É Francês, É Alemão, (É Português?), não se consegue ler!»
No ano em que o nosso Agrupamento
celebra a diversidade, só podemos fazê-lo
com honestidade se celebrarmos também o
conhecimento de várias línguas. A Babel
representa não a confusão, mas a versatilidade. Os textos aqui contidos continuam
como podem essa ideia. E se nos virmos
reduzidos à nossa língua e a uma outra
apenas, teremos de encontrar formas de
manter vivo, e junto daqueles com quem
trabalhamos, o interesse pelos outros e pelas criações linguísticas do mundo inteiro.
Em tempos difíceis conhecem-se melhor
os carateres, e quem, numa situação em
que tudo aponta para a autodefesa, ousar
mais verá certamente mais longe e assegurará o futuro.
As produções escritas dos nossos alunos
aqui publicadas e todas as outras que por
motivos vários aqui não têm lugar são ainda uma esperança para a diversidade necessária à igualdade que celebramos.
Nuno Verdial Soares
Coordenador do
Departamento Curricular de Línguas
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ERA
UMA
C A SS AN DR A
E
A
Era uma vez, há muito tempo atrás, num reino distante, um rei
e uma rainha.
Eles tinham uma filha corajosa, que se chamava Cassandra e
ela tinha irmãos pequenos.
Um dia, quando foram jantar, o rei e rainha disseram à filha:
-Querida filha, já tens 24 anos, achamos que é tempo de casares.
-O quê? Casar?! Mas, pai, eu ainda não encontrei o meu
amor.
VEZ...
IRMÃ
M ALVA DA
com 10 cavaleiros, o seu cão fiel e sua a amiga da infância.
Ela tinha um cavalo dourado, que era o cavalo mais rápido do
mundo inteiro e com ele foi atrás da irmã rapidamente.
Chegaram a uma floresta e perderam a irmã, mas havia lá um
bruxo, que os ajudou a encontrá-la.
O bruxo mostrou o caminho usando a sua magia, e resolveu ir
com a princesa.
Andaram, andaram, andaram e chegaram a um castelo.
Quando entraram, não havia soldados nem nada. Estava tudo
-Está bem filha, se não queres não vais casar.
silencioso. A princesa foi a primeira reagir e começou a cami-
Foram dormir, e o dia seguinte não foi nada feliz: os guardas
nhar.
do palácio encontraram duas pessoas mortas na floresta.
Mas a princesa não sabia disso, a princesa estava a brincar
com o seu cão, ela gostava tanto dele!...
Quando a princesa subiu para o quarto, ouviu os pais a discutirem:
-Os meus guardas encontraram duas pessoas mortas na floresta-disse o pai.
-Talvez seja a irmã malvada e invejosa da Cassandra?... disse a mãe.
A princesa, preocupada, subiu com o seu cão para o quarto e
dormiu.
No dia seguinte, o rei, a rainha e os irmãos estavam mortos.
Quanto logo a princesa soube, chorou muito a família e nela
cresceu um desejo de vingança, só que não sabia bem quem os
matara.
Passado algum tempo, os soldados encontraram a irmã malvada.
Quando os soldados chegaram ao castelo, levaram a irmã
malvada para ao pé da princesa.
Quando trouxeram a irmã, Cassandra perguntou-lhe:
-Foste tu que mataste o rei, a rainha e os meus irmãos pequenos?
-Sim, fui eu que os matei! Ah! Ah! Ah! -respondeu ela às gargalhadas.
-Levem-na para a prisão! -ordenou a princesa.
Nessa noite a irmã malvada fugiu da prisão, com ajuda do seu
dragão.
A princesa deixou-os ir, mas logo se preparou para os seguir-
A sua amiga deu com uma armadilha, na qual a princesa
estava quase a cair. Para a salvar, a amiga correu para a empurrar para trás, mas não conseguiu equilibrar-se e caiu. A princesa ficou a salvo, mas a amiga morreu. A princesa ficou muito
triste e começou a chorar. Quando parou de chorara, não teve
outro remédio senão prosseguir caminho.
Chegaram a um portão que não podiam abrir, mas o bruxo
abriu-o com magia.
Entraram e estava lá a irmã e o dragão. O bruxo matou o
dragão e a princesa matou a irmã malvada. Depois regressaram
ao castelo, felizes.
Ramizjon Hudoyorov, nº 21, 5º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Margarida Frazão]
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ERA
QUEM
UMA
SOU
EU?
Era uma vez há muito, muito tempo uma criança que se chamava Cassandra, tinha 5 anos e foi adotada por uma bruxa má
que só comia sopa de moscas. Mas a princesa comia uma sopa
feita pela bruxa, que a fazia adormecer.
Um dia a princesa ouviu um cão ladrar e foi ver o que era,
porque afinal o som vinha da porta. Então ela abriu a porta e
era uma menina e um cão. A menina chamava-se Leonor e o
cão chamava-se “Aranhinha”.
A Leonor perguntou a Cassandra se queria ficar com o cão e,
sem mais hesitações, ela respondeu:
- Sim, claro que sim!
Passados 10 dias, ela contou o grande segredo á amiga: ela
tinha sido adotada. A amiga ficou em choque, e perguntou:
- Nunca tiveste curiosidade em conhecer a tua família verdadeira?
-Sim, mas nunca me passou por a cabeça, senão aquela
bruxa matava-me – dizia a princesa.
Certa noite, em vez da princesa comer a sopa que a bruxa
fez, a princesa fez a sopa e a bruxa comeu-a. Assim que teve
oportunidade, enquanto cozinhava a sopa, a princesa juntou a
poção de dormir à sopa e pô-la na mesa. A bruxa logo estranhou e disse, muito indignada:
-Então primeiro provas tu! – e atitou com a colher para o
chão.
-Esta bem – retorquiu a princesa
Então, fingindo que apanhava a colher, a princesa tinha outra colher com furos dentro da meia.. Levou a colher à tigela e,
como é obvio, a sopa ia caindo enquanto a fingia comer, mas a
bruxa não deu por nada.
A princesa levou a colher vazia à boca, fazendo assim com
que a bruxa comesse a sopa. Então passado uns minutos, a bruxa adormeceu e Cassandra aproveitou e escreveu rapidamente
uma carta a Leonor, dizendo:
- “Hoje vamos á procura da minha família verdadeira: vem
ter comigo a minha casa”.
Então Leonor, como resposta disse:
-Está bem, vou já a caminho.
Leonor encontrava-se já na casa da princesa, e assim partiram as duas para a grande aventura que as esperava.
Perto de um muro, encontraram um cavalo dourado que era
meigo ao qual puseram o nome de “Pastilha”. Este andou, andou e andou até chegar onde estava o início da sua aventura,
ao reino do “Nunca Tem Fim”. Nesse reino havia uma tenda
onde estava um bruxo que lia o futuro das pessoas e que sabia
ver a vida que estas tinham. Para entrarem na tenda tiveram que
pagar duas moedas de ouro e assim o fizeram para conseguirem
saber mais sobre a vida da princesa. O bruxo disse à princesa:
-Vejo que você é princesa, uma princesa guerreira.
-A sério? – perguntou
-Sim. E mais: também vejo que não é de cá, todo o reino
anda à sua procura. Vá ter ao palácio real se quiser encontrar a
sua família verdadeira. – disse o bruxo.
-Sim, claro que quero. Mas onde é?
- Dou-lhe um conselho: vá sempre por o lado onde tem mais
sol, nunca vá pelo reino escuro – acrescentou o bruxo.
VEZ...
- Está bem. Obrigada – despediu-se a
princesa
Elas saíram e foram à procura do que
as esperava. Mal
chegaram, encontraram o rei Martim, que
lhes disse:
- Não pode ser!!!
Como te chamas,
minha jovem?
- Eu sou a Cassandra e fui adotada
por uma bruxa má e sou sua filha.
- Ó Daniela, vem cá! É a Cassandra! – exclamou o rei, emocionado.
- Cassandra, minha filha! Pensei que nunca mais te fosse ver!
- Nem eu a ti, mãe – acrescentou a princesa, muito comovida.
-Vamos! Vou mostrar-te os teus irmãos. São estes; ela é a
Matilde, ele é o Tiago, ela é a Madalena, ele é o João, ela é a
Mafalda e ele é o Fábio.
- Olá! – disseram todos em couro.
- Olá – disse a princesa, muito feliz.
Nisto, ouviu-se uma voz, cheia de aflição:
- Atenção! Roubaram os diamantes do palácio real!!!
A princesa foi à procura na rua e perguntou a um mendigo,
que disse que não tinha visto ninguém estranho; perguntou ao
padeiro e ele disse o mesmo; perguntou a um anão, a uma senhora que ali passava e todos afirmaram que nada tinham estranhado.
A princesa disse:
- Nunca havemos de encontrar os diamantes.
- Olhem! Ali no topo daquela torre! – exclamou a sua amiga
Leonor.
- Deve ser a bruxa Sara… – dizia o rei
-Só pode… – dizia a rainha. E virando-se para a filha, explicou:
-Sara é uma filha de um primeiro casamento do teu pai. Toda a vida quis que fosse feliz junto de nós, mas a sua rebeldia
impediu uma relação de carinho.
- Pois sou eu mesma, a Sara. E não vos vou dar os diamantes
e vou levar o vosso dragão- disse a rapariga, do alto da torre.
- Nós temos um dragão? – perguntou a princesa
-Sim, temos – diziam os seus pais
Antes que Sara pudesse escapar, os diamantes e o dragão
foram salvos pelas tropas do rei e no meio de tanta confusão e
algazarra, o rei e a sua família ficaram a saber uma grande verdade escondida durante antes: Sara confessou que tinha sido ela
que se fez passar por bruxa durante todo aquele tempo em que
a sua irmã se encontrava presa e distante da sua família.
Voaram todos no dragão, sendo o dia marcado por o regresso da filha dos reis que há muitos anos tinha sido raptada.
Agora sim, o reino encontrava-se completo!
FIM!
Ana Beatriz Pereira, nº 2, 5º 7ª
[Supervisão: Dr.ª Margarida Frazão]
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CA R TA N ATA L ÍC IA
Como é tradição, à meia-noite, abrimos os presentes e pare-
Mãe,
ce-me que todos ficaram satisfeitos. Havia tantos doces que me
A noite de natal foi especial. E sabes porquê?
Porque estive com a minha avó, pai, mano, primo, tios e
mais família.
apetecia comê-los todos, mas não o fiz…portei-me muito bem!
Mas também adorei ter passado o dia de natal contigo e
com a tia.
Obrigado pelos presentes fantásticos que me ofereceram.
Gostei de brincar com a minha tia porque ela estava muito
divertida mas ainda assim continua a ser uma “chata” apesar de
sempre muito querida. E tu, mãe, continuas a ser vaidosa e a
dormir pouco?!
Eu continuo o mesmo brincalhão, desastrado e tagarela de
sempre!
Continua a fazer bolo de iogurte pois eu gosto muito. Mas o
momento destas férias mais esperado por mim foi o momento
em que abriste o meu presente e eu vi como tu ficaste feliz!
Mãe, o resto das férias já sabes que foram passadas a estudar, treinar futebol, jogar Play Station 2 e a brincar com a minha
prima.
Até para o ano!
Beijinhos,
Eduardo
Eduardo Santos, 5º 2ª
[Supervisão: Dr.ª Ana Cristina Tavares]
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M E U
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Í S
O meu país é a Índia, fica no continente Ásia, tem 1,21 biliões de habitantes e a sua capital chama-se Nova Deli. A sua
aromáticas e assados em forno de barro) e os “Kababs” que são
especialidades do norte.
moeda é rúpia e o regime de governo é uma República. O presidente chama-se Pranab Mukerjee. Uma figura importante foi
Mahatma Gandhi.
Gurpreet Singh, 6º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Ana Cristina Tavares]
O clima é temperado. A paisagem tem: jardins, montanhas,
floresta e terras cultivadas. Um monumento importante é o Taj
Mahal que fica em Agra e é feito de pedras, cimento e mármore.
Esse monumento foi feito entre 1630 e 1652 com a força de
cerca de 20 mil homens.
No meu país fala-se hindi, inglês e mais 21 línguas nacionais.
Alguns animais e plantas frequentes são: o pavão-indiano, o
tigre-de-bengala (centro) e a flor-de-lótus.
O artesanato é feito geralmente de vidro, pedras, bambu,
cobre, madeira, metal, argila e papel e pode ser roupas, pulseiras, etc.
Uma festa importante é Diwali. Diwali é comemorado no
primeiro dia do mês lunar “Kartika”, que ocorre no mês de outubro ou novembro.
Quanto à gastronomia o prato/bebida típicos são: o sempre
popular Tanduri (frango, carne ou peixe temperados com ervas
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BIBLIOTECA DE TURMA
AS AVENTURAS DE TOM SAWYER
Alice está muito aborrecida,
ao lado da irmã, sem nada
Tom vive nas margens do rio Mississipi.
para fazer. De repente, passa
um coelho branco de colete e
Alice, curiosa, vai atrás dele. Vê
É um rapaz sonhador,
muito esperto e malandro. Apesar de não
o coelho a entrar numa toca e,
ao espreitar lá para dentro, cai.
Começa assim a maior aventu-
querer saber da escola,
é espertíssimo, conse-
ra de Alice. No País das Maravilhas, ela vai-se deparando
gue enganar as pessoas para fazerem o tra-
com as mais excêntricas personagens, como o chapeleiro, a
lebre de março, a duquesa, a
balho que lhe compete
a ele. Mark Twain conta-nos
as
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
lagarta, a falsa tartaruga e,
claro, a rainha de copas. São
muitas as aventuras pelas quais Alice passa. Participa numa ma-
peripécias
que Tom vai passar
com os seus amigos
ratona eleitoral, bebe um líquido que a faz crescer, come um
bolo que a faz diminuir de tamanho e participa num tribunal
em busca da liberdade.
Gostei muito deste livro, apesar de já ter visto vários filmes
sobre as aventuras de Tom Sawyer. O autor mostra-nos as peripécias com muitos pormenores. Nunca me irei cansar de ler esta
história: tem muita ação, muito mistério e muitas aventuras.
Atribuo a esta obra 7 pontos (de 1 a 10).
muito invulgar. Alice fica muito espantada com o mundo que
encontra. Mas quando a irmã a acorda, Alice percebe que esteve a viver um sonho deveras estranho.
Gostei bastante deste livro, porque me interessa muito a história de Alice, as suas aventuras tresloucadas e a forma como
Lewis Carroll encara as coisas.
Atribuo a esta obra 10 pontos (de 1 a 10).
Beatriz Cunha, nº 6, 7º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Adriana Aguilera, nº 1, 7º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
UM CRIME NO EXPRESSO DO ORIENTE
VENTO, AREIA E AMORAS BRAVAS
O famoso detective Poirot tenta
Esta é a história de Lourença e
desvendar um assassinato a bordo
da vida da casa onde morava, das
do expresso do Oriente, a pedido
coisas que a surpreendiam, das via-
do dono da companhia de comboi-
gens que fazia à praia e aos Barba-
os. Os criminosos são, na verdade,
dinhos. Lourença adorava escrever,
todos os passageiros, à exceção do
mas a mãe contrariava esse gosto,
próprio Poirot e do Sr. Bouc.
pois achava que o dever da filha era
Gostei muito deste livro, pois é
um policial de grande qualidade e
porque Poirot é surpreendente.
Atribuo a esta obra 9 pontos (de 1 a 10).
Maria Inês Frazão, nº 15, 7º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
casar e ter filhos...
Gostei bastante deste livro, pois,
de uma maneira simples, faz-nos pensar sobre o comportamento
das pessoas e sobre os seus hábitos.
Atribuo a esta obra 9 pontos (de 1 a 10).
Maria Inês Frazão, nº 15, 7º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
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PALAVRA
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C
O
N
T
O
Silvestre era um homem pacato que gostava de ajudar os
MÁGICA
palavra adquiriu uma significado ainda mais ofensivo e devastador, pois além de difamar considerava a pessoa como um malfeitor.
mais pobres e defendia as pessoas que trabalhavam no campo.
Certo dia, foi dado um possível significado da palavra inó-
Dizia abertamente o que sentia e às vezes era mal entendido
cuo: era um termo que se utilizava para adjectivar todas as qua-
como dizia as coisas e transmitia os seus sentimentos.
lidades negativas, feias, más e menos nobres das pessoas. Até
Certo dia, numa discussão com um conterrâneo, foi intitula-
mesmo os rapazes na escola se ofendiam utilizando esse termo.
do de inócuo.
Certo dia, um caso foi levado a tribunal, por injúria, e depois
Para espanto de todos, esta palavra surgiu como um mistério,
uma incógnita, pois ninguém sabia o significado daquele termo.
A partir daí, a palavra começou a ter vários significados, que
se ajustavam a cada pessoa conforme as situações.
de ter sido presente ao juiz o vocábulo “inócuo”, este concluiu
que o verdadeiro significado da palavra traduzia valores positivos e nobres às pessoas, ou seja, valores contrários ao que até
aí se vinha afirmando; inócuo queria dizer inofensivo, sem mal-
Certo dia, apareceu na aldeia um homem que vendia produtos caseiros para curar as doenças, mas que afinal de contas
dades, afinal uma palavra que elogiava e enaltecia os valores
das pessoas.
não serviam para nada, pois não curavam doença nenhuma.
Todos se sentiram enganados e o apelidaram de inócuo.
Cada vez mais esta palavra foi crescendo no vocabulário dos
Foi difícil as pessoas perceberem que, afinal, a palavra tinha
um significado completamente diferente do que até aí se pensava.
aldeões, aumentando o seu significado. Todas as situações que
Com o passar dos tempos foi mudando o significado da pa-
originavam conflito ou discórdia entre as pessoas, dava origem à
lavra no entender das pessoas, deixando de ser uma palavra de
expressão inócuo, tornando-se numa palavra maldita e que se
ofensa e mal dizer, para uma palavra de louvor e simplicidade.
pronunciava nos momentos mais pessimistas e de discórdia.
Tito Campos, nº 26, 8º 1ª
[Supervisão: Dr. Nuno Soares]
Certo dia, por um episódio passado entre dois homens, esta
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Silvestre era um homem pacato e humilde e nunca tinha
problemas com ninguém.
Mas um dia discutiu com o Ramos da Loja devido à forma
como era pago um homem da enxada.
caneco, este chamou ao caldeireiro inoque, passando esta palavra, neste caso, a querer dizer parricida.
Um outro dia, o filho do Gomes foi insultado por um colega
de inoque. Foi ver ao dicionário o significado desta palavra, mas
não o encontrou.
Já num outro dia, o Bernardino da Fábrica moveu um pro-
O Ramos chamou ao Silvestre inócuo, mas Silvestre percebeu
cesso ao guarda-livros pela injúria de “inócuo” e foi nessa altura
que o Ramos tinha dito inoque e não sabiam o que a palavra
que o juiz percebeu que inoque ou no que queria dizer inócuo,
queria dizer e acharam que era algo de muito mau.
cujo significado era inofensivo.
Certo dia, Paulino entrou em casa com uma grande bebedeira e a sua mulher chamou-lhe inoque, passando esta palavra a
querer dizer bêbado.
De uma outra vez, um sujeito apareceu na aldeia a vender
drogas para curar males, mas elas não serviam para nada e
Apesar desta situação, muitas pessoas continuaram a utilizar
a palavra inoque ou inócuo.
Apesar de o filho do Gomes saber do significado deste vocábulo, ao ser insultado por um colega com esta palavra, tentou
arranjar maneira de se vingar do seu colega.
muitas das pessoas chamaram ao sujeito inoque, passando a
palavra a querer dizer intrujão.
Uma certa vez, quando o Rainha deu um tiro ao homem da
amante, todos lhe chamaram inoque, passando esta palavra a
querer dizer assassino.
Ora um dia, numa discussão entre o caldeireiro e o dono do
Tito Campos, nº 26, 8º 1ª
[Supervisão: Dr. Nuno Soares]
INÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUO
INÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUO
INÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUOINÓCUO
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I
M
P
R
E
S
S
Ã
O
Já o tinha visto milhares de vezes. Por coincidência, espreitava da janela no exacto momento da sua passagem. Quase que
- Até me faz confusão, nem responde a um simples “bom
dia” – retorquiu a Francisca.
desfilava, com aquele andar misterioso. Parecia fugir da própria
sombra, que o perseguia.
Trazia sempre o mesmo par de sapatos de couro gasto e
- É verdade! Sempre perdido nas suas ideias estranhas que
ninguém compreende – exclamou a vizinha.
- Talvez seja tímido, ou então é mudo – estranhou o Zé.
corroído. O casaco preto e a camisa azul não lhe tiravam o
brilho de um homem elegante. De olhar vazio e alma preenchida levava debaixo do braço, de capa verde escura, um livro.
Vim mais tarde a saber que se chamava António, mas que
tinha muitos outros nomes e muitas outras personalidades. Descobri que as palavras eram o seu único conforto. E que nunca
Parecia bastante usado e a mão que o segurava era firme. Na
verdade nunca me perguntara a razão pela qual ele caminhava
lhe tinham ensinado outra forma de viver sem ser com a poesia.
Tendo certezas ou não, ser poeta era a única justificação para o
assim ou até mesmo o que o levara a seguir aquele destino.
Apenas sei que, mesmo não o conhecendo, me despertava atenção observar os seus passos. Certo dia ouvi comentar na rua:
mistério do seu andar.
Ana Mendes, nº 3, 9º 3ª
[Supervisão: Dr. Nuno Soares]
A PROPÓSITO DOS 150 ANOS DO AMOR DE PERDIÇÃO
N o â mb it o d a c o m e m or aç ã o d os ce nt o e c i nqu e nta a no s d a pu bl ic aç ã o d e A m o r d e P e r di çã o , de
C a m i l o Cast e l o B ra nc o, o CCB e o CLEPUL/FLUL desenvolveram uma atividade que solicitava aos alunos que, após
a leitura da obra, escrevessem cartas, devidamente contextualizadas, que pudessem ter aparecido na obra.
Os alunos do 10º C participaram e representaram a escola nesta efeméride.
[Durante a viagem para o degredo, logo após a morte de Si-
cometer, pois já só me resta sacrificar a minha vida e partir tam-
mão]
bém para o Além, onde o sofrimento e a dor não têm lugar,
Caríssima Irmã Constança
Despeço-me de vós, Irmã, com o coração apertado. Sei que
sempre acarinhou o amor do Senhor Simão e da Senhora D.
Teresa e acompanhou a sua sorte. Eis pois como terminou a sua
triste história.
Como sabe, quis Deus que a Senhora D. Teresa deixasse este
mundo, adiando assim, para a eternidade, o encontro daquelas
almas apaixonadas.
A tristeza que nos invadiu após a morte dessa infeliz e a febre
que assolou o Senhor Simão, o tipo de febre que só o verdadeiro
sofrimento por amor pode causar, e para o qual não há cura a
não ser a morte, destroçam o meu coração. Passaram nove dias
desde o início desta viagem para a Índia, e só dor e sofrimento
carregaram as nossas almas.
O Senhor Simão acaba de morrer apertando a minha mão
na sua, num último suspiro.
Não sei do que me serve continuar a viver, o meu coração
bate no meu peito mas a minha alma já partiu junto com a dele.
Dediquei a minha vida a servi-lo, admirando e invejando no
mais íntimo do meu ser o seu amor pela Senhora D. Teresa. Ele
via em mim uma irmã e eu não lhe desejava se não bem. Sacrificaria a minha vida, apesar do amor que em segredo sempre
senti, para os ver felizes, mas tal bem foi-me negado.
Não chore por mim, Irmã, e perdoe o ato de loucura que vou
assim Deus tenha piedade de mim e me perdoe também este ato
de desespero.
Lerá, Irmã, esta carta quando eu já estiver no céu. Sei que
rezará por mim.
Que Deus nosso Senhor a abençoe Irmã.
Até sempre,
Mariana
Patrícia Afonso, nº 3, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
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A PROPÓSITO DOS 150 ANOS DO AMOR DE PERDIÇÃO
[Carta escrita quando Simão sai para o convento de Viseu, para
se encontrar com Teresa. Antes de matar Baltasar Coutinho.]
Senhor Simão,
Escrevo-lhe nos meus breves momentos sozinha. O meu
coração reza por si, pois a sua alma, sinto, vai encontrar-se com
Deus muito em breve. Não sei se alguma vez esta carta lhe chegará às mãos, neste pedaço de papel está o meu coração. A
Menina Teresa tem sorte em tê-lo, um senhor bem formado, belo
e de livre espírito para cometer todas as loucuras por amor, sem
temer o Criador ou a própria morte. Em si tenho um irmão, mas
com muito pesar meu, pois cada momento que passo consigo e
cada conversa faz-me sentir feliz como se tivesse cumprido o
meu destino escrito por Deus. Adoro ser sua irmã, mas gostava
que os seus sentimentos por mim fossem como os que tem pela
Menina Teresa. Mas não sendo isso possível, tento ajudá-lo na
Em mim e no meu pai encontrará sempre ajuda para as
suas loucuras como lhe chamam os grandes senhores, mas que
eu chamo de amor de perdição. Nesta carta tenho de ser breve,
não quero que meu pai descubra os meus sentimentos pelo senhor, que não são próprios para mim, pois eu conheço o meu
lugar.
Adeus senhor Simão, meu irmão e meu secreto amado.
Boa sorte para o senhor, para a Menina Teresa, com a sua
vida.
Não ponha a sua alma em perigo, não a faça arder eternamente no inferno, tal como temo. Espero que o meu coração,
desta vez esteja errado e que a sua vida seja feliz.
Adeus Sr. Simão, meu irmão.
Da sua eterna,
Mariana
sua jornada por amor, a cumprir os seus e o meu próprio destino, como sua irmã e como amiga.
[Na noite antes de Simão Botelho partir ao encontro de Teresa,
no dia do aniversário desta]
Senhor Simão,
Há muito que lhe queria confessar um pesar que tem a minha alma.
Durante todo este tempo, tenho-lhe ganho um afeto muito
especial. Eu sei que me olha como sendo uma sua irmã querida,
e que ama a menina Teresa loucamente, tão loucamente que
estaria disposto a dar a vida por ela, a desgraçar a sua vida por
ela.
Só Deus sabe o que a mim me doí essa sua atitude. O amor
que lhe tenho é tão profundo e tão grande que a sua decisão de
partir para um futuro tão incerto e negro quase me enlouquece.
Todas as noites peço a Deus que o salve do mal, porque senhor
Simão, sinto dentro de mim que quando nascer a alvorada já
estará perdido.
Gostaria de lhe pedir para que não partisse, mas sei que
seria um esforço desnecessário, condenado ao fracasso desde o
início.
Queria ainda que soubesse, como forma de acabar esta
carta, que embora me atreva a dizer que o amo mais do que
qualquer pessoa, até mesmo que a menina Teresa, sempre fiz
tudo o que pude para o ajudar com a menina, e ao seu amor
por ela.
Estaria disposta a dar a vida para que fossem felizes, pois
Ana Rita Julião, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
para o ver novamente cometeria a maior das loucuras.
Faria também tudo para o poupar de se ir desgraçar ou provavelmente morrer, pois sem si a minha vida não tem sentido,
seria apenas um corpo sem alma a caminhar pelo mundo.
Assim me despeço de si, meu amor proibido, orando a Deus
e aos anjos que o protejam.
Com amor,
Mariana
Marta Sofia Silva, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
BABE L
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A PROPÓSITO DOS 150 ANOS DO AMOR DE PERDIÇÃO
[Após a noite em que Mariana falou com Simão antes de este ir
ver Teresa]
seria se me amasse de igual maneira.
Se calhar, se fosse uma mulher diferente, se fosse como ela,
gostaria vossa senhoria de mim? É algo que não saberei, pois
Senhor Simão,
não sou nem nunca conseguirei ser igual a ela.
Não espero que venha a ler esta carta, eu não tenho cora-
Logo que o vi pela primeira vez e depois, quando chegou à
minha casa, percebi que era o homem por quem me viria a
apaixonar. Foi isso que aconteceu.
Olhei-o de longe, mesmo que a minha vontade fosse diferen-
gem de lha enviar. Que vergonha se Vossa Senhoria soubesse
dos meus sentimentos. Nunca mais poderia olhá-lo.
Quando o senhor veio para a minha casa, tive ainda mais a
certeza de que nunca iria tê-lo…Falei consigo breves instantes e
te. Admirava-o, mas sabia que amava outra, pois sempre que
senti um arrepio no corpo. Depois falou com o meu pai e perce-
recebia uma carta ficava com um sorriso nos lábios e um brilho
bi que iria ter com o seu amor de perdição. Toda a minha mais
no olhar.
pequena esperança caiu por terra e desapareceu por inteiro. Eu
Mesmo sabendo que seria impossível tê-lo a meu lado, nunca quis deixar de pensar em si, vossa senhoria fazia-me sonhar,
sei que nunca serei para si como eu tanto desejava
Hoje e sem qualquer rodeio, percebi o quanto o meu amor
mas ao mesmo tempo sofria por saber que não poderia ser meu.
era impossível…
Confesso que sempre tive alguma esperança de que pudesse
Choro por si,
apaixonar –se por mim, mas eu também sabia que éramos muito
Mariana.
diferentes.
Marta Violante Dias, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Quando o via apaixonado pela sua amada, pensava como
[Quando Simão Botelho se restabelecia em casa do ferrador
João da Cruz, depois de ter sido ferido à traição pelos homens
de Baltasar Coutinho]
Senhor Simão,
Há muito que sinto por si o que nunca pensei vir a sentir por
alguém.
Eu, apaixonar-me por Vossa Senhoria, tão diferente de mim.
Sei bem que o seu coração pertence a outra e que sofre por não
poder estar com a sua amada. Como sua amiga não o quero
ver infeliz e desejo que um dia vossa senhoria tenha a sorte de
ficar junto com a Sra. D. Teresa, que bem o merece.
Mas eu também sofro, sofro porque nunca saberei como é
amá-lo a sério, como é ser amada por si.
O senhor Simão nunca lerá esta carta, não espero que o
faça. E é por saber que não a irá ler que a escrevo, e também
porque temo que fiquemos mais afastados. Diz-mo o coração,
não sei como explicar-lhe este medo que sinto. Lembra-se de lhe
ter contado dos meus sonhos? Vossa senhoria troçou de mim.
Pois continuo a tê-los e cada vez mais sinto medo por si.
Nunca lhe podia ter contado deste meu amor por respeito a
meu pai e por respeito a si, mas também por não querer perder
a sua amizade e confiança.
Guardo este amor em segredo,
Mariana
Joana Raquel Sobreiro e Liliana Beatriz Alves, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
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TEXTOS MIMÉTICOS I
Tendo como modelo o poema de Nuno Júdice, Receita para fazer azul, os alunos do 10º C fizeram, também, algumas
receitas.
RECEITA PARA FAZER VERDE
RECEITA PARA FAZER VERMELHO
Se quiseres fazer verde, pega numa mão cheia de relva do prado
E coloca-a numa frigideira. Reserva.
Junta uma pitada de água do mar que não se confunda
Se quiseres fazer vermelho, acende o fogo.
À panela luzidia junta as memórias dos dias quentes de verão
E deixa aquecer para que se acenda a paixão.
Com o azul do céu e, em seguida, passa tudo para
Um caldeirão, polvilhando com um pouco de branco
Paladar de amora silvestre, do prado de papoulas, rosas e cravos
Colhe os aromas. Junta-os no recipiente já fervente.
Para aclarar a cor. Mistura um pouco de sol e,
Por fim, deita a mistura num pote. Despeja-a no parque
Para que a cor possa criar a primavera!
Junta pôr do sol e, para finalizar,
Apanha a fresca cereja e o morango doce,
Para lhe dar a cor e a frescura que perdura.
Esta é a receita para fazer verde,
Uma receita para todos os que querem ver as flores nascer.
Diogo Carreira, João Garcia, Margarida Ricardo, Patrícia Raquel, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
André Pereira, Daniela Dias, David Elias, Sara Simões, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
RECEITA PARA FAZER BRANCO
Se quiseres fazer branco, pega num pouco de pureza
E coloca-a numa panela em lume brando.
Separa o claro do escuro de um dia e mistura-os com açúcar
[queimado.
Quando acabares envolve com espuma das ondas e ¼ de lua.
Despeja tudo numa forma untada com neve e leva ao forno.
Para saberes quando está pronta, compara-a a uma paisagem
[que te faça sentir tranquila.
Enfeita com uma pitada de diamantes.
Por fim, transforma-te num palhaço e faz sorrir uma criança
[inocente.
Recebe esse belo sorriso que dará vida à tua receita.
Cláudia Moreira, Joana Sobreiro, Liliana Alves, Marta Dias, 10º C
RECEITA PARA FAZER CASTANHO
Se quiseres fazer castanho,
Começa por misturar num caldeirão a inocência de uns serenos
Olhos escuros, com as cores negras de África.
Envolve os tons até que estes se misturem e fiquem com
aroma a avelã e a textura do mel.
Para que a cor brilhe, queima o açúcar até que este fique
Dourado como o caramelo
Depois, vai ao mundo da imaginação, e da possante cascata que
Lá encontrarás, retira uma caneca de chocolate.
Quando concluíres esta difícil tarefa, começa
Por moer os aromáticos grãos de café oriundos das profundezas
[da Colômbia.
Para que fique perfeito, e como toque final, tempera com lascas
[da arca de Nóe.
Cria-se assim esta cor única.
Carlota Cardoso, Márcia Veiga, Marta Silva, Miguel Albuquerque, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
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TEXTOS MIMÉTICOS II
Após o estudo da poesia de Álvaro de Campos, os alunos do 12º AS foram convidados a fazer eles próprios poemas com
versos do poeta.
Sigo sem atenção as minhas sensações sem nexo,
E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma…
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
Isto de sensações só vale a pena
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!
Relia[…] à luz de uma vela subitamente antiquíssima,
E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?
Só eu velo, sonolentamente escutando,
Esperando.
Andreia Felizberto, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
Tenho o cansaço antecipado do que não acharei.
E a saudade que sinto não é nem no passado nem no futuro,
Estou fatigado de estar pensando em sentir outra coisa.
Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
Que é da minha realidade, que só tenho a vida?
Que é de mim, que sou só quem existo?
Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne.
Há sem dúvida quem ame o infinito.
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Sem saber onde estou,
Sem saber o que fui,
Sou isso, enfim …
Jessika Alves, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Não durmo, nem espero dormir.
Nem a morte espero dormir.
Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Sinto uma simpatia por essa gente toda
Não me macem, por Amor de Deus.
Deixem-me em paz! Não tardo que eu nunca tardo.
Sobretudo quando não merece simpatia.
Se em certo momento
O que falhei deveras não tem sperança nenhuma
Que correspond[a] à verdade,
Não há sossego,
Confusão das coisas com as suas causas e os seus efeitos
Tudo quanto sugere, ou exprime o que não exprime
Se calhar é o Universo.
Tudo o que diz o que não diz
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
Graças a Deus que estou doido!
Falem pouco, devagar.
O que pensei? Tenho a boca seca, abstrata.
Por amor de Deus, parem com isso dentro da minha cabeça
O que falhei deveras não tem esperança nenhuma,)
Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca,
O que vivi? Era tão bom dormir.
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de
[água.
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Fabrícia Alves, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu.
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há.
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos…
O que é que os taipais do mundo escondem nas montras de
[Deus?
João Camarate, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Sara Santos, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
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TEXTOS MIMÉTICOS II
Não: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Encostei-me para trás na cadeira d[o] convés e fechei os
[olhos.
Para, meu coração!
Não Penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ali não havia eletricidade.
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Fico sozinho com o universo inteiro.
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Eu adoro todas as coisas
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
Há sem dúvida quem deseje o impossível.
Minha dor é velha
Como um frasco de essência cheio de pó.
Meu Deus, que fiz eu da vida?
Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Minha dor é inútil
Como uma gaiola numa terra onde não há aves,
E minha dor é silenciosa e triste
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Como a parte da praia onde o mar não chega.
Chego às janelas
Dos palácios arruinados
E cismo de dentro para fora
Para me consolar do presente.
Bruno Leitão, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Quando olho para mim não me percebo.
Ricardo Alves, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!
Somam-se-me dias.
Por que escrevi isto?
O que há é mim é sobretudo cansaço,
Não durmo, nem espero dormir.
Onde fui buscar isto?
A minha alma partiu-se como um vaso vazio,
Tenho vontade de chorar.
Renego mais do que tudo.
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo…
Há tanta coisa mais interessante…
Renego tudo.
Asneira? Impossível? Sei lá!
De que estou cansado, não sei:
Eu não sou nada,
Sou eu.
De nada me serviria sabê-lo,
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Tiago Gomes, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
C O N T O
O Sol e a Lua
Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez,
apaixonaram-se perdidamente e, a partir daí, começaram a viver
um grande amor durante muito tempo. Prometeram um ao outro
que aquele amor duraria para sempre.
Acontece que o mundo ainda não existia e, no dia em que
Deus decidiu criá-lo, deu-lhes então o toque final: o brilho.
Ficou decidido também que o Sol iluminaria o dia e que a noite
seria iluminada pela Lua. Sendo assim, seriam obrigados a viverem separados. Abateu-se sobre eles uma enorme tristeza quan-
Isto de sensações só vale a pena
Tiago Gomes, 12º AS
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
C U R T O
do descobriram que nunca
mais se encontrariam.
A Lua foi-se tornando solitária e, mesmo com o brilho
que Deus lhe havia dado, foise perdendo na escuridão da
tristeza. O Sol, por sua vez,
havia ganho um título de nobreza: astro rei, mas isso também não o fazia feliz.
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C O N T O
C U R T O
Então, Deus chamou-os e explicou-lhes:
- Não devem ficar tristes. Ambos agora possuem brilho próprio. Quanto a ti, Sol, sustentarás a terra durante o dia, fornecerás calor aos humanos e a tua simples presença fará as pessoas
mais felizes. Quanto a ti, Lua, iluminarás a noite e o teu brilho
chegará ao coração das pessoas.
A Lua entristeceu-se muito com o seu destino e chorou dias a
fio. O Sol, ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não se podia deixar
abater, pois teria de aceitar a ordem de Deus. No entanto, a sua
preocupação para com a Lua era tanta, que decidiu fazer um
pedido a Deus.
- Senhor, ajuda a Lua, que ela é mais fraca do que eu. Não
suportará a solidão e a tristeza. Peço-te por favor…
E Deus, com a sua imensa bondade, criou as estrelas para
fazerem companhia à Lua. A Lua, sempre que está triste, recorre
às estrelas que, apesar de tudo, nada conseguem fazer para a
animar. As estrelas cantam, brilham, fazem formas no céu, mas
nada. A Lua continua a chorar.
Hoje eles vivem assim… separados. O Sol finge que é feliz, a
Lua não consegue esconder que é triste.
O sol sofre de paixão pela Lua e esta ainda vive na escuridão
da saudade.
Dizem que a ordem de Deus era que a Lua deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não o consegue, porque a Lua
está apaixonada, e por isso tem fases. Quando está feliz, consegue ser cheia e o seu brilho invade a noite, mas quando está
triste, nem sequer é possível ver o seu brilho. A Lua e o Sol seguem o seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada
pelas estrelas mas fraca. E assim permanecerão para o resto das
suas vidas pois é esse o destino que lhes foi atribuído.
Mas… Deus não suportava ver tanta tristeza e por isso decidiu dar-lhes a oportunidade de, por vezes, se encontrarem, criando assim o eclipse.
M
O
I,
Daniela Dias, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
C’
E
S
T…
Salut !
Je m’appelle Catarina Reimão, j’ai 12 ans. Je suis née le
2 mars 2000 à Lisbonne. Je suis portugaise. Je suis un peu
grosse et de taille moyenne. J’ai les cheveux longs, lisses et
marron, j’ai les yeux marron. Je suis amusante, sociable,
sympathique et bavarde. Je porte un jean, un t-shirt et des
tennis. Je préfère porter les couleurs orange, noir et vert.
J’adore le français, l’éducation physique et les sciences
parce que c’est intéressant. Je déteste les maths parce que
c’est compliqué. J’adore faire du skate parce que c’est amusant, mais je déteste faire du roller parce que c’est difficile.
Catarina Reimão, nº 4, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Je m’appelle Maria Ferreira et j’ai 13 ans. Je suis née le neuf
février 2000.Je suis portugaise et j’habite à Lisbonne.
J’ai les cheveux marron, lisses et longs et les yeux marron. Je
suis amusante, bavarde, extrovertie et un peu paresseuse. Je porte
un pantalon noir, un sweat-shirt blanc, des tennis noirs et un blouson bleu.
J’aime l’éducation physique parce que c’est amusant. Je
n’aime pas l’histoire parce que c’est fatigant.
Je m’appelle Nuno Carvalho. J’ai 12 ans. Je suis portugais. Je
suis né le 15 juillet 2000. J’habite à Lisbonne.
J’ai les cheveux marron, courts et lisses. Je suis un peu gros et
grand. J’ai les yeux marron. Je suis amusant, intelligent, orgueilleux et timide, mais un peu bavard. Je porte une chemise blanche
et un jean.
J’aime les sciences et la physique-chimie parce que c’est inté-
J’aime sortir avec mes amis et écouter de la musique parce que
ressant et amusant. Je n’aime pas le portugais parce que c’est
c’est amusant, mais je n’aime pas jouer au tennis parce que c’est
fatigant. J’adore lire et regarder la télé, mais je n’aime pas chan-
difficile.
ter et je déteste danser.
Maria Ferreira, nº 14, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Nuno Carvalho, nº 19, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
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I,
C’
Je m’appelle Patrícia Sequeira. J’ai 13 ans et mon anniversaire est le vingt-neuf janvier. Je suis portugaise et j’habite au
Portugal, à Lisbonne.
Je suis grande et mince et j’ai les cheveux blonds, longs et
E
S
T…
Je m’appelle Tânia Morgado. J’habite au Portugal, à Lisbonne. Je suis portugaise. J’ai 12 ans. Je suis née le dix-sept mars
2000. Je suis de taille moyenne et mince. J’ai les cheveux marron,
lisses. J’ai les yeux marron. Je suis sympathique et amusante, mais
je suis un peu têtue.
Je porte un sweat-shirt bleu, un pantalon gris et des tennis
longs et ondulés. J’ai les yeux marron. Je suis organisée, timide et
blancs.
J’adore chanter et écouter de la musique!
J’adore le français, parce que c’est amusant, mais je déteste
que c’est amusant. Je n’aime pas l’anglais et les mathématiques,
l’anglais parce que c’est difficile.
stressée. J’adore le rose, le bleu et le violet. J’adore les pulls, les
jeans et les polos. J’aime le français et les arts plastiques, parce
parce que c’est difficile. J’adore chanter, danser, écouter de la
musique et sortir avec mes amis parce que c’est amusant.
Tânia Morgado, nº 23, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Patrícia Sequeira, nº 20, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Je m’appelle Tiago Garcia. J’ai 12 ans. Je suis né le 11 octobre 2000 à Lisbonne. Je suis portugais. Je suis un peu gros et de taille
moyenne. J’ai les cheveux courts, lisses et noirs et j’ai les yeux marron. Je porte des lunettes. Je porte un jean bleu, noir ou vert et un tshirt vert, bleu, noir, rouge, gris ou orange. Je porte des tennis bleu et gris. J’adore les maths, le français et les sciences parce que c’est
intéressant et amusant. Je déteste l’anglais parce que c’est difficile.
J’aime surfer sur Internet et jouer à des jeux vidéo. Je n’aime pas me promener et faire du roller.
Tiago Garcia, nº 24, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
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Moi, j’aime avoir un look normal, mais aussi élégant.
En hiver, je porte des vêtements comme des jeans, des sweat-shirts ou un
pull et je porte des bottes ou des tennis. Quand il fait très froid, je porte
rarement des gants et des écharpes.
En été, je porte des mini-jupes, des tee-shirts et souvent des robes avec
des accessoires comme des bracelets et des colliers.
J’aime porter des vêtements de bonne qualité et des marques qui sont pour
les jeunes.
Pour moi, la mode n’est pas très importante, mais j’adore regarder les
magazines et les tendances des saisons de l’année. L’unique chose imporJ’ai un style confortable et pratique, mais aussi
féminin. J’adore porter des tee-shirts, des sweatshirts, des jeans et des tennis ou des bottes. J’aime
aussi les accessoires, comme les boucles d’oreilles
ou les bagues.
La mode est très importante. Je pense que,
pour les jeunes, c’est une manière de s’exprimer.
Évidemment, j’aime donner une bonne impression
aux gens. Mais le look n’est pas le fondamental, la
personnalité est plus importante.
Mara Boyce, nº 1, 8º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
tante pour moi est me sentir bien et confortable avec mes vêtements.
Beatriz Wahnon, nº 4, 8º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
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Salut, je m’appelle Marina et j’ai 14 ans.
La mode? Je n’aime pas la mode. Toutes les personnes avec
les mêmes vêtements…Je préfère choisir mes propres vêtements!
Normalement, je porte un pantalon, un tee-shirt, un blouson,
et aussi des accessoires, comme une écharpe, une ceinture, des
gants… et aussi des chaussures! Parfois, je porte des bijoux,
comme un collier, une bague, des bracelets, etc... Je porte tous
les jours ma couleur préférée, qui est le rose.
En plus, j’ai un style unique!
Marina Oliveira, nº 17, 8º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Moi, j’aime bien la mode, c’est très important. J’ai un look un
peu classique. J’adore porter un chemisier, quelquefois un pull, et
j’aime aussi porter un jean avec un blouson marron. Je suis folle
de la couleur marron.
Les filles de mon âge adorent la mode, c’est très joli, alors,
nous ne pouvons pas porter des vêtements qui sont démodés,
nous portons des vêtements élégants, chics.
J’adore aussi les accessoires: des gants, un sac à main et un
bonnet, et j’aime bien les bijoux: un collier, des bracelets, une
bague et des boucles d’oreilles… C’EST GÉNIAL !!!
La mode, c’est formidable, n’est-ce pas ?
Jéssica Cordeiro, nº 12, 8º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Salut! Je m’appelle Joana et j’aime porter des vêtements confortables et simples, mais aussi jolis, évidemment! Je n’aime pas
les jupes ni les robes, je me sens mal à l’aise parce que je ne peux
pas être tranquille.
La mode n’est pas très importante pour moi, je pense que nous
devons nous habiller comme nous voulons, je pense que c’est
nous qui faisons la mode. Je ne veux pas connaître l’opinion des
autres sur mon style. Je porte généralement un jean et un pull ou
un tee-shirt, avec une écharpe, car j’aime les porter. Je porte toujours des boucles d’oreilles et aussi mes bracelets et mon collier.
Quant aux chaussures, je porte des tennis. Comme je ne m’intéresse pas à la mode, je ne suis pas attentive aux tendances, je
pense que certaines personnes tombent malades à cause de la
mode et ce n’est pas bien. Pour terminer, je pense que la mode
est une forme d’expression des personnes.
Joana Soares, nº 8, 8º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Pour moi, la mode, ce n’est pas intéressant. Certains copains
et copines de ma classe sont toujours attentifs aux nouvelles tendances de la mode, parce que les gens nous jugent sur notre
look. Je suppose que c’est vrai, mais j’ai un style personnel.
J’aime bien porter un sweat-shirt avec un blouson, un jean et
des tennis. Je porte aussi régulièrement une écharpe. Mes couleurs préférées sont le noir, le bleu et le blanc. Je porte rarement
des vêtements d’autres couleurs.
Je préfère des vêtements longs. Quand j’ai de l’argent,
j’achète souvent un jean ou un sweat-shirt, car j’adore avoir de
nouveaux vêtements.
Miguel Graça, nº 15, 8º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
MON ARGENT DE POCHE
Je reçois de l’argent de poche. Je reçois 15€ par mois. Pour
moi, c’est important de recevoir de l’argent, parce que j’aime
L’argent de poche, c’est fondamental pour tout. Moi, je reçois
parfois 1€ ou 2/3€, que mes parents me donnent quand je veux.
acheter des vêtements et j’achète toujours des jeux vidéo. J’utilise
l’argent de poche pour mes loisirs. J’aime aller au stade de foot et
Avec l’argent, j’achète parfois des bijouteries et des cadeaux pour
ma famille, quand c’est possible. J’utilise l’argent pour sortir avec
j’ai besoin de l’argent pour acheter les billets. J’aime bien sortir
avec mes amis, parce qu’ils sont très importants pour moi. C’est
spécial !
mes amis et aller au centre commercial. Même quand je n’ai pas
d’argent, nous sortons. J’aimerais recevoir plus d’argent, mais ce
n’est pas possible.
Miguel São João, nº 22, 8º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Jéssica Cordeiro, nº 12, 8º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
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MON ARGENT DE POCHE
Moi, je ne reçois pas d’argent de poche, mais mes parents
m’aident parfois si je veux acheter quelque chose de cher. Je
gagne mon argent. Saviez-vous qu’un petit bal musette à l’accordéon peut être payé jusqu’à cent euros ? Pour moi, l’argent de
poche est important pour pouvoir faire des loisirs payants
(concerts, spectacles…). Par exemple, moi, je vais au cinéma avec
des amis, parfois. Mon loisir préféré, c’est le cirque, mais je n’utilise pas mon argent de poche pour ça. Avec mes amis, j’aime
aller à des concerts, des spectacles, au cinéma…
Maïmouna Taillandier, nº 18, 8º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Je ne reçois pas d’argent de poche, je préfère demander à mes parents quand j’en ai besoin. L’argent est important parce que je
suis très gaspilleur. Quand je vois quelque chose que j’aime bien, j’achète dans une seconde. J’achète souvent des vêtements et des
jeux vidéo, parfois j’achète des sucreries et des magazines. J’utilise aussi mon argent pour sortir avec mes amis. J’aime ça ! Nous allons
au cinéma ou au centre commercial.
José João Batista, nº 10, 8º 5ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Z en
H eureuse
I ntellectuelle
R êveuse
G ourmande
A mbitieuse
L ibre
A imable
M alheureusement,
je ne sais p A s quoi faire
de ce fort d I fficile acrostiche.
M ais pourquoi pas n’importe quoi
tant qu’ O n y est…
J’ adore le hamburger,
m A is je préfère les légumes.
Les ra I sins et
les po M mes sont
sup E r.
On so U ffle, la moitié est déjà dépassée !
J’e N suis donc à l’avant-dernière
ou à l A dernière, non?
Maïmouna Taillandier, nº 18, 8º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
J ’aime
le sp O rt, mais je n’aime pas
f A ire du vélo.
J’adore lax N atation et j’aime
le b A sket.
J’aime aus S i faire
du j O gging
oux A ller au cinéma.
Ce qui est impo R tant, c’est m’amuser
av E c mes amis,
mais je fais toujour S les devoirs !
Je suis fou dex L 'orange,
et les p A mplemousses sont formidables.
Je déteste lesx C oncombres,
mais les cho U x,
Joana Soares, nº 8, 8º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
D écontractée
Dzhirgala Ombadykova, nº 12, 8º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
JE SUIS… J’AIME… (EN GUISE D’ACROSTICHE)
c’est gén I al!
Mai S mes
fru I ts préférés
so N t les
pêch E s…
Pedro Fonseca, nº 24, 8º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABEL
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JE SUIS… J’AIME… (EN GUISE D’ACROSTICHE)
Bonjour, je m’appellex A na et
Je m’appellex B eatriz,
j’ai treize a N s.
Je suisx E légante et
J’ A dore le shopping.
trèsx A Musante,
sympa T hique,
un peu gou R mande,
J’aime la pla G e, mais je n’aime pas
la poll U tion et
Mon prénom finit avec unx Z .
la vill E .
Mes passe-temps p R éférés sont
regarde R
I ntelligente, et…
la télévision et
Mon nom commence avecx W ,
jou E r à l’ordinateur.
J’a I me les animaux et
Je suisx A ttentive.
Ma sœur s’appellex H elena,
elle est mag N ifique
la natu R e.
et ad O rable, et…
Au rev O ir.
Ana Lúcia Guerreiro, nº 1, 8º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
MOI, ADOLESCENTE
elle a les cheveuxx N oirs, comme moi et toute ma famille.
Beatriz Wahnon, nº 4, 8º 4ª [Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
L’AMIE IDÉALE
Je suis une adolescente timide. Ma mère dit que je change
rapidement d’humeur et c’est vrai. L’adolescence est un peu
Pour moi, une bonne amie, c’est une personne qui est tolérante, qui est toujours disponible, sincère, même quand la vérité
difficile parce que c’est très facile de céder à la tristesse. Je suis
gaie et heureuse, et puis je suis triste et je veux me réfugier dans
est dure, qui dit tout avec la franchise et la froideur nécessaires,
sans hypocrisie. Une personne à qui nous pouvons faire con-
mon monde. La liberté est un problème aussi. Mes parents disent que je ne peux rien faire pendant la semaine scolaire. Ils
disent que je dois étudier et ne pas regarder la télé très tard. Je
fiance pour tout, qui nous donne la raison aussi, qui est toujours
là si nous en avons besoin, qui a des intérêts semblables… avec
qui on partage la complicité de se sentir bien ensemble dans
comprends, mais c’est difficile de le reconnaître et de ne pas
répondre.
L’adolescence est difficile !
toutes les situations, qui partage avec nous les bons et les mauvais moments, qui n’est pas arrogante et impatiente, donc qui
est vraie et toujours loyale.
Magda Vaz, nº 15, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Cláudia Rodrigues, assistente 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
R E L AT I O N S F A M I L I A L E S
Chère tante,
velle année"… enfin… tu étais très différente quand j’étais
Quand j’étais petite, tu étais très proche de moi, et
petite.
maintenant ? Maintenant tu ne te souviens pas de moi. Tu
Je sens que, pour toi, je n’existe pas. Pourquoi est-ce
te rappelles quand j’avais 3 ans et tu étais beaucoup avec
que tu ne me traites pas comme quand j’étais petite ?
moi, tu allais souvent nous rendre visite, et nous te ren-
Affectueusement,
dions visite ? Et maintenant ? Tout cela est terminé.
C’est très difficile de penser que notre tante ne s’inté-
Ta nièce,
Beatriz
resse pas à nous. Tu ne me félicites pas quand c’est mon
Beatriz Mouzinho, nº 2, 10º LH
anniversaire, ou pour me dire "bon Noël", ou "bonne nou-
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
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R E L AT I O N S F A M I L I A L E S
J’ai un frère et une sœur. Mon rapport avec eux n’est pas
toujours la même chose.
sont d’âges très différents. Ma sœur a vingt ans et mon frère a
treize ans. Ma sœur ne supporte pas ses jeux et certaines de ses
Parfois, ma sœur et moi, nous nous disputons car nous partageons nos vêtements. C’est toujours la même chose ! Elle veut
une chemise et moi aussi, le même jour, à la même heure !
attitudes. Elle aide mon frère dans ses études et lui fait des reproches quand il a de mauvais résultats. Elle l’engueule tout le
temps.
C’est ennuyeux !
Avec mon frère, les choses sont différentes. Il est un garçon
formidable et très patient avec moi. Je lui dis souvent "Carlos,
Ma sœur et moi, nous sommes d’accord quand nous allons
en boîte et quand nous allons acheter des vêtements, et je lui
prête tout et elle me prête tout…
apporte-moi mon portable" et il y va…Parfois, il s’énerve avec
moi. Il dit que je lui demande tout le temps des choses. Il a rai-
Une chose est certaine, nous pouvons nous chamailler, nous
pouvons nous disputer tout le temps, mais nous nous adorons et
son, c’est vrai !
Mais il n’est pas toujours gentil avec ma sœur. Parfois, il est
méchant avec elle. Ils ont beaucoup de disputes parce qu’ils
nous nous aidons toujours.
Cláudia Rodrigues, assistente 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
I N C L U S I O N / E XC L U S I O N
Comme dans toutes les écoles, dans la mienne il y a des jeunes qui
souffrent d’exclusion à cause de leur origine. Beaucoup sont exclus
parce qu’ils ne parlent pas notre langue, ce qui complique notre communication avec eux. C’est le cas, par exemple, des indiens ou des
russes… Contrairement, les brésiliens ont plus de facilité de communication avec nous, parce que c’est la même langue. Je pense que, pour
faciliter leur inclusion, nous devons essayer de parler avec eux et de les
aider quand ils en ont besoin.
Ana Xambre, nº 5, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
PETITES
ANNONCES
Jeune femme, 17 ans, belle, insensible, avare et un peu intelligente, cherche jeune homme beau, millionnaire, sympathique et
doux pour mari.
Beatriz Mouzinho, nº 2, 10º LH
Jeune femme, 25 ans, mariée, stupide, froide, déséquilibrée et
insensible, cherche jeune homme sensible, généreux, célibataire,
doux et très équilibré pour vie à trois.
Márcia Alexandre, nº 16, 10º LH
Jeune femme, 53 ans, une belle peau, 12 chiens et 3 enfants,
impatiente, nécessiteuse d’affection, ne fait pas la cuisine, ne
nettoie pas la maison, cherche jeune garçon, 18 à 24 ans, charmant, sans enfant, intelligent et sensible, pour vie à 17.
Mariana Freire, nº 17, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
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YOUNG PEOPLE IN TODAY’S WORLD
TEENS’LIFE
TEENS’MAIN WORRIES
DREAMS AND AMBITIONS
W H O
I
A M
My name is Ana Rita, but my friends call me Rita. I'm 14 years
old. In my free times I watch TV, listen to music and read books or
hang out with friends. My favorite books are Ken Follett’sbooks
(thrillers and historical novels); he and Philippa Gregory are my
favorite authors. I love and I'm good at history and math. It's a
weird combination, but a really useful one.
I like to play war games, especially when I'm bored, angry or
sad. That or listen to rock or metal music.
I
'm kind and nice, but shy and a bit of annoying. I'm optimistic
and I always see good in everything and everyone. But sometimes
10C - collage
Diogo Carreira, nº12, Margarida Ricardo, nº22, Patrícia Afonso, nº28,
10ºC
I'm very realist too.
Ana Rita Julião, nº1, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
My name is Carlota, and I’m a 15 year-old Portuguese girl.
My personality mixes my absent mindedness, my shyness, lazi-
have equal fun watching a movie, playing or doing anything in my
ness, stubbornness with my optimism, my will to talk all the time
computer or reading a novel, as I have when I’m outdoors, camp-
and my attempt tocheer people up with my sense of humour. I
ing, hiking or travelling, knowing the unknown. And last, but obvi-
am kind to my friends and to the ladies I help to cross the street.
ously, not least, my friends. My friends may not be many, but they
About my skills, the one I master the most is the language
sure are the best in the world and outskirts. They are the main
skill, but I’m also at ease with both computer and math skills. My
reason why school is my second home, and I know they wouldn’t
likes and hobbies are a big menu of varieties, because I can
do anything to hurt me, as I wouldn’t do anything to hurt them!
My name is Cristian. I’m 15 years old. I was born in Romania, but at the moment I l’m living in Lisbon, Portugal. I usually
do what most teenagers do: I watch movies, I listen to music and
hang out with my friends. But I also like to do something that
many young people at my age don’t: I like reading, especially
fantasy books. At the moment I’m reading the book series “A
Song of Ice and Fire”. It’s amazing!! I usually compare it with
Tolkien’s “The Lord of the Rings” trilogy (which I also love) because they are very similar books, but at the same time so different. But the main thing that I do in my free time is playing PS3
games, especially action-adventure games. I also read manga
(Japanese comic books) and I watch anime (Japanese cartoons).
I’m very good at languages and science stuff.
As a person, I’m a very shy one but I can also be a very crazy
one (in a good way), very lazy and a little bit nerdy. I like to think
that my strong points are being smart, a very good friend, a kind
person and a romantic one too. As for friends, I don’t have too
many because I think that it’s better to have 10 or 15 very good
friends than 30 or 40 not very good ones.
I am João and I am fifteen years old. I usually like reading
I am Marta and I am fifteen years old. I live in Lisbon, Portugal. I live with my father Luís, my mother Cristina and my sister
Mariana. She is the best sister that I can have in the world.
I have many friends and the best family. I have a boyfriend
and I love him.
I hate stupid people.
I like books and music. My hobbies are reading books, listening to music, dancing, singing and meeting people.
I am friendly, a nice person, funny, responsible, educated and
smart but I am also lazy, too talkative, grumpy and stubborn.
I love people around and myself.
I like school and I study for it.
I am happy with my life.
and listening to music. I also like writing and studying. Who
knows me, says I am a very careful person, calm and perfectionist. Many know me as “the intelligent one”, but I really don’t
think so, I am just hard-working and I truly like to go further and
further in my learning. I’m a fair person and, to the ones I like,
friendly and kind, too. Sometimes, I may be stubborn and a little
bit proud, but my friends still say I am a nice person!
João Garcia, nº 17, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Cristian Sandu, nº 8, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Marta Dias, nº 24, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
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YOUNG PEOPLE IN TODAY’S WORLD
BEING
A
TEENAGER
IS
NOT
EASY…
S T R E S S
We live in the 21st century. The world that we see today is not
the same as it was 30 or 40 years ago. It is a modernized world
on a global scale. But it is not different only in terms of modernization; it’s also different for all teens. It is very hard to be a teenager in the 21st century. All teens around the world are confronted with new expectations and challenges every day. All these obstacles that teens have to overcome are the main source of what
we refer to as “teen stress”.
Teen Stress -Collage
Ângela Correia, nº4 Cristian Sandu, nº 8, 10º C
S T R E S S
C O N S E Q U E N CE S
Stress can affect teenagers in many ways. In general the main
effects of stress on teens are the following:
- Loss of sleep
- Poor performance in school
- Increased blood pressure
- Aggressive reactions
In total all these can lead to further emotional and physical
problems such as depression or health concerns, and unfortunately stress can sometimes lead to drug addictions and in
extreme situations even suicide.
Life of a teenager is hard. That is a fact.
Only in five seconds, we adolescents may feel more than a
hundred thousand emotions. It´s a whirlwind of emotions, desires, fears that nobody gives too much importance. But they
should.
Every day, my mom says to me “these are the best days of
your life” but is it true?
Every day we have to deal with the pressure that people
make on us, or because we are not dressed according to the
standards of society or just because we are a little different.
Every day many teens are victims of bullying and nobody
cares.
Many teens commit suicide because society excludes them.
The life of a teen is not easy or perfect. Sometimes we don´t
know who we are, what we are. It is scary.
It would be nice to think about a world without preconceptions or maybe just accept the difference. We cannot be perfect! Each of us is different but equal anyway!
Márcia Sotelino Silva, nº 21, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Teen Worries - Collage-HugoLeal, nº 15, Marta
Silva, nº 23, Márcia Sotelino, nº 21,10º C
T E E N
Ângela Correia, nº4,Cristian Sandu, nº 8, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
I think all teenagers are a little bit selfish. What matters is to
be accepted by our friends, be popular, wear trendy clothes and
accessories, be concerned with our looks…
Teenagers are also very dreamy: we want to be famous
singers, famous scientists, famous football or basketball players,
have a lot of friends; we want to be recognized in the future. But
if someone asks us what we want to be right now, most of us
will say that still don’t know.
There are teenagers who want to grow up too fast and try
new things like sex, drugs and tobacco, alcoholic drinks, clubs,
etc. But these things can be very dangerous if teens are not
careful and prepared for this. Bad things can happen: unwanted
pregnancies, drunkenness, accidents, get hooked on drugs,
poor school results, traumatic experiences, etc… We must be
responsible.
Patrícia Afonso, nº 28, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
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YOUNG PEOPLE IN TODAY’S WORLD
T E E N
A
TEENAGER
S T R E S S
They can do things such as exercising regularly, learning
relaxation exercises and how to cope with overwork. But in
order to achieve this, teens must also be helped by their
parents.
Parents should monitor if stress is affecting their teens’
health, behavior, thoughts or feelings.
They should listen to teens carefully, watch them and
they should also involve themselves more in their teens’ life.
Ângela Correia, nº 4, Cristian Sandu, nº 8, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
D I A R Y
NOT
EASY…
C O N S E Q U E N CE S
Teens can keep stress under control in different manners.
T H E
IS
Misfit - collage-HugoLeal, nº 15, Marta Silva, nº
23, Márcia Sotelino, 10º C
BEING
O F
A
T E E N A G E R
Write a page of a teen diary. It could be yours…Or not! Use your imagination.
Monday, February 18th
Today I feel tired, it was a long day! I went to school and I
had a test (I had studied so much for that test). After school I had
cello lessons till 8 p.m.
Sometimes I feel depressed because I have so many things to
do and I don’t have time for all.
A teenage life is very difficult, we want to do so much to be
perfect, to plan our future but sometimes our family, our friends
and other people don’t understand us and criticize us. They
make things even more difficult…
Relationships - Collage
Liliana Alves, nº19,Marta Dias, nº24, 10º C
Ângela Correia, nº 4, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Friday, March 8th
Today it was an ordinary day. I went to school and had my
normal classes. To me, it feels like this routine will never end…
The only good thing and not usual was that he looked at me
and smiled. We were in the math class (my favourite subject that
with him is even better) and I was doing the exercises and looking for a bit of inspiration too. I looked at him and he was looking at me. It was awesome. Today it happened twice in math
and in biology. That look he gave to me was magical and made
me feel loved and believing that unicorns are real. I just hope
that tomorrow and the days next to tomorrow he will do the
same and talk to me and hug me. I just want to be his friend…
I dream about being his girlfriend and finishing high school
with good grades.
Monday, March 11th
That was another day! I went to school, I spent my time with
my friends. They are cool, most of them. However, I’d like that
some people of my class were friendlier because I know that they
are good people but they don’t do anything to be accepted.
I’m getting tired because I have to study so much at home
and it’s so hard. I want to keep going along this road. I want to
be a scientist but it’s so difficult. Once again, my friends gave
me the strength, the courage. I wouldn’t be who I am if I didn’t
have them with me. I’m calm and I think that the life of a teenager can be fun but it’s hard because I have a lot of troubles and I
see a lot of troubles. We, teenagers, hurt each other. But it’s so
good when everything goes right.
Ana Rita Julião, nº1, 10ºC
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Diogo Lourenço, nº 11, 10ºC
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
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YOUNG PEOPLE IN TODAY’S WORLD
BEING
T H E
A
TEENAGER
D I A R Y
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IS
A
NOT
EASY…
T E E N A G E R
What’s the problem forgetting the school one minute and think
about boys?
Susan, my sister, is very lazy, much lazier than me but my
mom doesn’t tell her anything. It’s not fair!
Today I saw Edwin, the boy I like. He is so cute…and he said
‘hello’ to me.
One day, I will have the courage to tell him about my feelings. One day… I will open my heart.
Tuesday, March 6th
Dear Diary:
Today I feel exhausted. I woke up at seven o´clock and I ran
to school.
It was the English test and I had forgotten so I picked the
book and started to read it very fast, but it turned out to be a
disaster.
At lunch time, I went to a shop and bought two hamburgers.
Tomorrow I need to start my diet.
My mom is always saying I am irresponsible and lazy.
Daniela Dias, nº 9, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Friday, March 1st
This is going to be a hard week, a lot of tests… and I want to hang
up with my friends, but I need to study… I also practise volleyball. I play
in the school team.
Firstly and the most important, the tests. I need to get ready. I will
have a math test, it will be hard. But I don’t want to lose all my time
studying.
Secondly, I need to have some fun. I have been closed at home studying for a month, it´s time to do something different.
And finally, I need to practise volleyball because my teacher says that
we will compete this year because we finally have a team to do it, and
that’s great.
This is going to be a long week; I will have no time for anything else!
Relationships - Collage
Marta Dias, nº 24, Liliana Alves, nº 19, 10º C
Hugo Soares, nº14, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Thursday, March 7th
they want to be engineers, scientists… They have an idea, except
me.
What a tough day! I had biology, chemistry and math and
I’m tired. Sometimes I ask myself if I’m on the right place, I
don´t even know what I want. The classes aren’t easy and
Now I am in the 10th grade, it’s different. The teachers are
more demanding.
I have to think better about it and with a talk with my parents
sometimes I am tempted to give up.I try to have time to study
but it’s so difficult because I have other activities like gymnastics
and volleyball…maybe I have to give up the things that I like.
and my teacher I will make a decision.
Patrícia Afonso, nº 28, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I ask my friends they have already made up their minds;
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After listening to “The Story” by Brandi Carlile imagine the story she could have told to her friend...
“All of these lines across my face…” I don’t even know
where to start my story…
It happened five years ago, when I was living in the
city. I lived in an old building in a poor neighbourhood of
the city. I was working in a fast food restaurant. My job
was to fry the chips, so I always smelled like tired oil. It
was awful. I was only 20 years old, but I was working to
pay my law school, the bills, because my mother had
kicked me out of her house when she got fed up with taking care of me. I had classes every morning, I had to work
all afternoon, and at night, instead of sleeping after a long
day, I would study during most of the night, and sleep only
for 3 or 4 hours. I was a mess…
And then I met him. He worked with me in the restaurant, as the “hamburger guy”.
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One night, during our break, we were standing outside of
the restaurant, when he grabbed a cigarette and asked me “do
you want one? It’s a really good stress reliever” Those last two
words caught my attention, so, shyly, I accepted the cigarette.
And it was the cigarette that was about to change my life.
From that moment on, I started smoking every work break, then
after every class, and, without realizing, I was smoking a pack a
day. But it just wasn’t enough… So he introduced me to the
world of drugs.
I became an addicted, for real. I stopped sleeping and eating and started missing classes and work shifts to consume. My
grades started becoming lower and lower and I was fired.
One day, my body just couldn’t handle what I was doing to
it anymore, so it cracked. I passed out in the middle of the
street, in front of a 4th grade excursion to the museum. All of
them panicked, and it was their teacher who took control of the
situation. She called an ambulance and took me to the hospital, while her assistant was taking the class back to school.
When we got to the hospital, the doctors examined me. My left
arm was broken and I had several deep cuts in my face, due to
my fall. And to top it all off, I was in a coma.
I woke up two days after my accident. When I opened my
eyes, the 4th grade teacher was there. At first I was very confused. I didn’t know who she was, or where I was. Then, she
explained it all to me. And I started remembering everything.
When she finished the story, I felt very ashamed.
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O
B
L
E
M
S
I left the hospital one week later. The teacher visited me every
day, and we became great friends. She invited me to live with her
until I had my life settled down, she signed me up in rehab, she
got me a job as her assistant so I could pay my bills and go back
to law school. She basically saved my life.
It’s been 5 years since my accident, and I’m happier than I’ve
ever been. I finished law school, and became an environmental
lawyer, which was my dream. I left my friend’s house, and
bought my own. I got in touch with my mom and told her my
story. She was very touched and felt guilty for everything that had
happened to me. I accepted her apologies and asked her to
move in with me, as my roommate. Every time I look in a mirror,
I still see the lines on my face which were left by the accident I
had. I think of them as my war marks of a terrible place I had
been, and never want to return.
Today it’s my 25th birthday. We are all having lunch in the
restaurant where I used to work. My colleagues are all very surprised to see me alive. They are all telling me what happened to
“the hamburger guy”. “He died 3 years ago” says my boss “And
we all thought the same had happened to you…” The 4th grade
teacher is looking at me with a look that says “I wouldn’t let it
happen”. I smile at her and someone asks “Hey! What’s with all
those lines on your face?” I sigh and answer “All of these lines
across my face…” I don’t even know where to start my story…”
Carlota Branco Cardoso, nº 6, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
W H AT A B O U T OT H E R T E E N S A R O U N D T H E W O R L D ?
Malala Yousafzai is a 15-year-old Pakistani girl who was
shot in her head on the way home from school by the Taliban.
Her only crime was criticizing the Taliban’s strict rules against
female education and standing up for her right to go to school.
She has been recovering in the UK.
Malala has recently been nominated for the 2013 Nobel
Peace Prize, the youngest person in history to receive the honour.
This courageous girl has inspired millions of young people
around the world. She speaks out about her fundamental right
to an education and for all girls to have the right to go to
school.
http://www.youtube.com/watch?v=9F5yeW6XFZk
This is the e-mail we sent to her.
Dear Malala,
We are Portuguese students and we are a mixed class, 13
in our school, almost no one is grateful for being at school. We
take it for granted.
boys and 16girls. We attend the 10thform and we are 15/16year -old students.
Our school, Gil Vicente Secondary School, is in Lisbon,
We think you are very courageous and brave.
We hope, in a near future every girl can attend the school and
have the right to learn.
which is the capital of Portugal. We read your story in an English
lesson; we were all impressed by your strength and courage.
In our country, there are a lot of students who don’t care
about school, and for us, it is awkward to think that somewhere
in the world, a girl is fighting for the right to go to school. Here,
With love,
10º C
Rita, André, Andreia, Ângela, Beatriz, Carlota, Cláudia, Cristian, Daniela,
David, Diogo Lourenço, Diogo Carreira, Fasih, Hugo Soares, Hugo Leal,
Joana, João Garcia, João Mota, Liliana, Márcia, Margarida, Marta Silva,
Marta Dias, Miguel, Nilton, Nuno, Patrícia, Sara, Syfa
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
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CONCURSO LITERÁRIO
FAZEDORES DE HISTÓRIAS
ESCALÃO
A
- MODALIDADE
A ALFACE E O NABO
Nascemos em Lisboa, eu e o meu irmão David. Moramos no
bairro típico da Costa de Castelo com uma vista magnífica sobre
a Baixa Lisboeta e o rio Tejo. Gostamos da nossa casa, dos vizinhos, dos amigos que temos e da nossa escola.
A minha vida é simples e perfeitamente normal: mãe e o pai
trabalham, nós vamos todos os dias à escola e, duas vezes por
semana, eu e o meu irmão temos aulas de música e aulas de
karaté numa associação do nosso bairro.
Todos os anos, nas férias de verão, vamos para casa da avó
Bete, (a mãe da minha mãe) que mora numa aldeia, na BeiraBaixa.
Gostamos muito de estar lá. A casa é grande, tem quintal e o
melhor de tudo é o Patusco. O nosso cão rafeiro que foi abandonado em bebé à porta da avó. A avó diz que ele é “estonteado” e
que lhe dá cabo de tudo. Mas, não é verdade! É apenas um cão
feliz e muito enérgico. O Patusco é o nosso fiel companheiro e vai
connosco para todo o lado: ao padeiro, ao minimercado, ao
campo da bola, por onde quer que estejamos, ele está connosco.
Foi graças ao Patusco que conhecemos o Marco e o Zezito.
Dois rapazes da aldeia, com doze e treze anos, que moram ao
fundo da rua da avó. O Patusco, que é muito rigoroso e exigente
com as amizades que faz (regra geral ninguém pode passar na
rua da avó, sem ter o patusco a morder-lhe nas canelas), gostou
deles. Nós é que não…
O Marco e o Zezito eram um tanto ou quanto irritantes. Sempre que passávamos por eles, chamavam-nos de “alfaces”.
-Olha, duas alfaces fresquinhas! Acabadinhas de chegar.
Quem quer alfaces?
Eu e o meu irmão olhávamos para eles por cima do ombro,
fingindo indiferença. Mas a vontade era de os esganar. Certo dia,
o meu irmão, mais impaciente do que eu, não aguentou e respondeu-lhes:
- Vocês querem conversa, é?!! Se isso das alfaces é para nós,
fiquem sabendo que vocês não passam de uns nabos! De uns
nabos com olhos, ouviram?!
O Marco, moreno e entroncado, ficou em silêncio, cerrou os
punhos e com ar de poucos amigos avançou sobre o meu irmão:
-Cuidado alface, aqui estás no meu território! E, se não estás
bem na minha terra, muda-te!
O meu irmão, um pouco mais alto do que o Marco e com
toda a sua confiança de praticante de karaté, respondeu-lhe, seguro de si:
-Eu estou na terra da minha avó, moro cá, moro em Lisboa,
moro onde me apetecer e parece-me que tu é que vais ter problemas…
-Parem já com isso! Gritou o Zezito.
Era a primeira vez que o ouvíamos falar. Zezito era africano,
de cor, “preto” como era habitual chamar-se. Franzidinho e de
óculos, exclamou:
-Nunca ouviram dizer que a igualdade é irmã gémea da diferença?!
Ficámos todos boquiabertos, a ouvi-lo. Marco, reagiu de imediato:
-Oh, Zezito, o sol de África torrou-te a cabeça! Que estás para
aí a dizer? Defendes as alfaces, é?
1
-Eu defendo a igualdade, a amizade e a paz. Também estou
farto de aqui na aldeia me chamarem “o pretinho de África”.
Estes dois irmãos sempre me deram os bons dias, sem me conhecer de lado nenhum, provavelmente a cidade até é bem melhor
do que aqui, este fim de mundo, cheio de velhos, rodeados de
pinheiros e granito! Não sei… mas, porque não tentamos ser
todos amigos? Bora lá jogar à bola para o adro. Afinal, há aqui
tão poucos miúdos! Vá lá Marco, tu até gostas do Patusco, o cão
deles.
Marco simplesmente virou costas e desapareceu. Eu e o meu
irmão entreolhámo-nos e estendemos a mão ao Zezito:
-Eu sou o Daniel, aquele é o meu irmão David. Vivemos naquela casa. Desculpa se discutiste com o teu amigo por nossa
causa.
-Aquilo passa-lhe! Ele é boa pessoa mas um pouco gozão.
Daqui a pouco, está na minha casa, vão ver! Ele é fixe.
Ficámos o resto da tarde com o Zezito. Levou-nos a sítios onde
nunca tínhamos ido e revelou-se um amigo calmo, conversador
e hospitaleiro. O Patusco tinha razão, o Zezito era porreiro, agora o Marco ainda permanecia uma incógnita.
Na manhã seguinte, a campainha tocou na casa da avó Bete,
pouco antes do almoço. Fui abrir a porta e, para meu espanto,
estavam o Marco e o Zezito, com uma bola debaixo do braço.
-Queremos saber se querem ir ao campo connosco, a seguir
ao almoço. Podemos fazer equipas, o que vos parece? Convidou
o Zezito.
Aceitámos de bom grado e, a partir desse dia, nós os quatro
tornámo-nos inseparáveis.
O Marco quebrou o silêncio, pois era uma verdadeira gralha!
Sempre bem-disposto, falava pelos cotovelos e tinha a mania de
tocar às campainhas e fugir. Muito a custo, lá lhe fizemos ver
que isso não tinha piada, pois, muitas vezes, eram pessoas idosas, com dificuldade em andar.
-Eu faço-lhes companhia… Vocês são uns chatos! Não sei
como é que vocês na cidade se divertem! Dizia ele.
Os dias foram passando e as atividades multiplicavam-se:
almoçávamos na casa uns dos outros, íamos à piscina, à serra,
ao campo, à cidade mais próxima, às festas e romarias das aldeias vizinhas e, quando alguém de fora nos chamava de
“alfaces”, o Marco era o primeiro a dizer: “Tás aqui tás a levar
uma tapona na tromba!”.
O final das férias aproximava-se a passos largos e, muitas
vezes, ao serão, sentados nas escadas de granito da avó Bete, o
Marco dizia:
-Daqui a pouco vocês já se vão embora! Vou ficar sozinho
com o Zezito. Não tem piada!
-Nunca foste a Lisboa? Perguntei-lhe.
-Não. Conheço das novelas. Dizem que há muitos assaltos e
raptam as crianças. É verdade?
-Não! A nós, nunca nos aconteceu nada. Nem sentimos medo. Evitamos as zonas que não conhecemos, não falamos com
estranhos e nunca aceitamos boleia ou comida de outros. Num
próximo fim-de-semana, vais ter connosco. Pede à tua mãe!
-A sério?? Isso seria estupendo!.
-Sim, tu e o Zezito, em Lisboa! Vamos à Expo, ao Oceanário,
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ESCALÃO
A
- MODALIDADE
à Torre de Belém e aos Jerónimos, a todos os sítios que vêm nos
manuais de história. Lisboa é uma cidade linda!
-Puxa, quem me dera! Raramente saio daqui. Só para estudar
ou ir ao médico. O que me vale é o computador e a internet.
A despedida foi difícil para todos. Até o Patusco ficou a ganir
ao ver o carro desaparecer pela ladeira acima, rumo à capital.
1
-Então, alface, fizeste boa viagem?
-Oh, nabo, correu tudo bem!”
-Bom, lá estás tu! Vê lá se levas…
-Uma tapona, já sei, já sei !!! Então vem cá dar-ma!
-Olha que eu vou…
Dinis Grilo, 5º
5ª
Mal cheguei a casa, liguei o computador e o skype. O Marco já
estava on-line:
ESCALÃO
A
- MODALIDADE
A AMIZADE NÃO TEM COR
Havia dois meninos novos numa escola, o André e o Tiago.
Eram irmãos, oriundos de Cabo Verde e tinham vindo para Portugal porque queriam descobrir um país novo. O André adorava
fazer amigos e brincar; o Tiago gostava de falar com os outros e
de conhecer novas pessoas. Os meninos da escola gozavam com
eles, porque tinham uma cor diferente, de resto eram iguais aos
outros colegas, embora estes não entendessem a razão por que a
sua cor de pele era diferente.
Um dia, estavam todos no recreio e os rapazes jogavam à
bola. Os dois meninos pediram para entrar no jogo, mas Henrique, o rapaz que todos temiam, respondeu, com um ar simultaneamente trocista e ameaçador:
- Ahaha! Vocês, jogarem à bola?! Vocês nem sabem o que é
uma bola!
- Sabemos, sim, queres ver? - Disse o Tiago.
Entretanto, ouviu-se o toque de entrada, e a D. Rita, auxiliar
da escola, gritou bem alto para que todos ouvissem:
- Venham todos cá para dentro! Já tocou, não ouviram?
Então, todos foram para as aulas, exceto o André e o Tiago,
que decidiram ir jogar à bola, para provar que sabiam, embora,
na realidade, nunca o tivessem feito antes! Fosse como fosse, iam
tentar.
Quando terminaram as aulas, lá foram eles dar o seu melhor
e, movidos pelo desejo de causar boa impressão nos colegas,
acabaram por ganhar a partida. O Henrique ficou furioso e ao
mesmo admirado, pois, na sua cabeça, as pessoas de cor diferente não sabiam jogar futebol e, segundo ele, nem deviam sequer
existir. Era mesmo racista!
De regresso a casa, os rapazes encontraram duas meninas a
saltar à corda num jardim. Perguntaram-lhes se podiam participar
na brincadeira, e elas, amavelmente, responderam que sim. Então, apresentaram-se aos dois meninos.
- Olá, eu sou Joana, e a minha amiga é a Teresa. E, vocês,
são novos por cá? Como se chamam?
- Olá, nos viemos de Cabo Verde, e eu sou o André, disse um
dos rapazes, com indisfarçável simpatia.
- E eu, o Tiago – acrescentou o companheiro, felicíssimo por
ter feito novas amigas.
Ficaram a brincar a tarde toda e, quando chegou a hora de
jantar, entristeceram por ter de se despedir. Todavia, como já
estavam cansados, foram para casa contar as novidades à famí-
2
lia, que ficou radiante, não só porque tinham conseguido fazer amigos, mas também porque tinham
sido os vencedores do jogo de futebol.
No dia seguinte, encontraram a
Joana e a Teresa, e foram juntos
para a escola. O Henrique, ao observar o entusiasmo do grupo,
ficara cheio de ciúmes porque os seus “inimigos” já conseguiam
arranjar amigos.
Nas aulas, o André e o Tiago portavam-se muito bem, tentavam ajudar quem não percebia as matérias, e a professora elogiava-os regularmente, por serem muito inteligentes e tão bons
colegas.
No intervalo do almoço, a turma reunia-se. Todos riam e
brincavam alegremente, embora alguns ainda fizessem comentários sub-reptícios sobre os dois meninos.
Quando as aulas terminaram, o Tiago convidou as duas amigas para irem a sua casa lanchar, e assim foi: divertiram-se muitíssimo!
Quando, ao final da tarde, saíram para dar um passeio, depararam-se, não obstante, com um facto inesperado: ao fundo
da rua, Henrique, o temível, estava caído no chão, cheio de
dores e a chorar copiosamente. Os dois amigos acorreram de
súbito e, com elevada compaixão, ajudaram-no a levantar-se.
André, visivelmente preocupado, perguntou-lhe:
- O que aconteceu, Henrique? Estás bem?
Este, quando se acalmou, explicou que tinha caído ao andar
de patins, e que não se conseguia levantar. Agradeceu aos amigos o auxílio prestado e, naquele momento, percebeu que as
pessoas de pele diferente eram afinal tão sensíveis, generosas e
solidárias como quaisquer outras. Todos eram iguais, porque
eram humanos. O que mudava era um detalhe apenas, a tonalidade da coloração epidérmica.
Nos dias seguintes, a turma aceitava os irmãos como eram e
já não se preocupava em determinar se este era feio ou bonito e
se aquele era escuro ou claro.
Todos, e o Henrique especialmente, ficaram a saber que a
amizade não tem cor.
A escola é um lugar de múltiplas lições, e esta foi, talvez, a
mais importante das suas vidas.
Luana Fernandes , 6º 3º
[Revisão de texto: Dr.ª Alexandra Caetano]
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ESCALÃO
B
- MODALIDADE
AS MULHERES SÃO DE VÉNUS E OS HOMENS SÃO DE MARTE
(Onde é que eu já li isto??)
Quando eu era pequenino, o meu avô Daniel costumava contar-me histórias para adormecer. Dono de uma imaginação prodigiosa, contava-me histórias de Júlio Verne, de Monstros e Sereias,
de Deuses e Extraterrestres. Enfim, um mundo muito próprio, em
que eu acreditava, e eu deixava-me levar pelo som profundo e
forte da sua voz.
Mas, a história preferida do avô era a história dos dois Mundos. Um Mundo chamado Marte, onde só habitavam Homens e
um Mundo chamado Vénus, onde apenas existiam Mulheres. Os
dois mundos não se conheciam, mas eram vizinhos. Miravam-se
ao longe, em noites de lua cheia, que deixava transparecer luzes e
silhuetas. Marte tinha tons de azul e Vénus era rosa. Os habitantes
de ambos mundos viviam intrigados sobre como seria a vida no
planeta vizinho.
A vida em Vénus era muito organizada, abundavam os jardins
com rosas e orquídeas, as mulheres deslocavam-se em pequenas
naves espaciais, pintadas de branco e rosa e reuniam-se todas as
sextas-feiras à tarde para planificar as atividades da semana seguinte. As mulheres de Vénus gostam de conviver, de promover
concursos de moda e de design, inovar a arquitectura das casas,
de modo a torná-las vivas e interativas. Na realidade, as casas de
Vénus falavam e contavam às suas donas tudo o que se tinha
passado na sua ausência. As árvores tinham sensores que mediam
os índices de poluição e mudavam de tons à medida que a luz do
dia ia passando. À noite, as árvores ficavam totalmente transparentes e brilhantes.
Em Vénus, dedicavam muito tempo à investigação científica na
procura do elixir da juventude e da imortalidade, procuravam a
perfeição nos pequenos detalhes. Diariamente, as mulheres praticavam yoga matinal, eram muito boas praticantes de artes marciais, pois consideravam a mente e o corpo a base de todo o equilíbrio.
A vida em Marte era bastante diferente. Os homens habitavam
em bunkers subterrâneos, com receios de ataques exteriores. Circulava por entre eles a história de que um planeta chamado Terra
tinha sido totalmente destruído por uma Terceira Guerra Mundial,
promovida por Homens contra Homens. “Como tal seria possível?
Iguais entre iguais, a matarem-se uns aos outros, a ponto de destruir todo o planeta?” mas, pelo sim, pelo não, os Homens de
Marte eram desconfiados, atentos e vigilantes a tudo o que os
rodeava. Também eles circulavam em naves especiais particulares
movidas a cerveja e em grandes naves movidas a álcool. Ao contrário das mulheres, o dia de sexta-feira era para convívio e festa,
tudo menos falar de trabalho. Com o seu pensamento, os homens
criavam cenários e podiam vivê-los como se fossem reais. Um dia,
Ptolomeu disse ao seu amigo Génisis “- e que tal se nos metêssemos na nave mãe e fôssemos conhecer o planeta Rosa? (Vénus
era assim conhecido em Marte), ver como é aquilo!”Génisis abanou a cabeça e disse-lhe “Não compres guerras, meu amigo!
Deixa-te estar sossegadinho. Nunca ouviste dizer que a curiosidade matou o gato? É por isso que eu nunca vi nenhum gato.” Ptolomeu ficou a magicar nas palavras do amigo, «se calhar tinha
razão…»
Helena acordou com um clarão, pareceu-lhe ver algo estranho
no seu pátio. As estrelas estavam mais belas do que nunca e as
árvores iluminadas ondulavam ao sabor do vento. Nada parecia
perturbá-las. Mas, o sexto sentido de Helena alertava-a para algo
diferente. A cidade inteira dormia, deviam ser umas quatro horas
1
da manhã. Helena levava o sensor de alarme geral na mão,
bastava um pequeno toque e todas as casas de Vénus seriam
acordadas. Ficou imóvel. Assim permaneceu durante uns cinco
minutos, até que ouviu um gemido proveniente do campo de
treino. Pé ante pé, aproximou-se e viu uma silhueta: tinha duas
pernas como as mulheres, dois braços e uma cabeça, mas em
nada mais se parecia com elas. Helena pestanejou, e esfregou
os olhos: “Que raio era aquilo? Uma mulher mais alta e gorda,
vinda de outra cidade? O corpo era semelhante, mas estranho,
tinha o queixo quadrado, uns pêlos por cima da boca. Pobre
criatura desleixada, tinha que a levar a um tratamento laser e de
total hidratação”. Já sem receio, Helena aproximou-se e disselhe “Mulher, de que cidade é que tu vens? Daqui não és, certamente!”.
Ptolomeu não queria acreditar no que estava à sua frente. Era
uma fada, pensava que não existissem. Criatura esbelta e iluminada com cabelos dourados envolta num pano branco transparente. Ptolomeu estava boquiaberto e não sabia o que dizer.
Helena insistia com perguntas “Como vieste até aqui? Esta é a
tua nave? Tão grande e escura? Tem um cheiro estranho! A tua
roupa também é estranha. Não frequentaste o nosso fashion
show? Que diabo, mulher, não tens língua?” Ptolomeu sentou-se
de pernas cruzadas e respondeu: “Mulher, eu?! Que ideia mais
disparatada. Eu sou um Homem.”
Helena não se deixou intimidar com a afirmação: “Homem?!
A que subespécie das mulheres pertences? Nunca ouvi falar, o
teu ADN está no arquivo?” Ptolomeu então constatou que mulheres bonitas nem sempre eram sinónimo de inteligentes. Que conversa
tola era aquela, como é que ele sendo Homem, a fada continuava a
perguntar-lhe por mulheres. O que eram as mulheres afinal?. “Eu sou um
Homem. Não sei o que são Mulheres. Eu vim do planeta Marte.” Apontou ele para o planeta azul.
Foi então que Helena premiu o botão do sensor e todas as casas
abriram as portas, em simultâneo, gritando. “Alerta, intruso, alerta intruso”. Em questão de segundos, um batalhão de mulheres rodeou Ptolomeu. “
“É um Homem, diz que veio do planeta vizinho, Marte”. As
mulheres não sabiam se deviam ficar furiosas ou curiosas, por
isso decidiram deixá-lo falar.
Ptolomeu comentou que sempre sentiu curiosidade em visitar
o planeta Rosa e que veio na nave mãe até lá. Não iria fazer mal
a ninguém.Apenas gostava de saber como era a vida fora do seu
planeta.
As mulheres estranharam o ser peludo e alto que tinham à
sua frente, mas até simpatizaram com ele. Durante uns dias,
Ptolomeu foi o centro das atenções e o tema de conversa. Para
ele, tudo parecia um verdadeiro conto de fadas. As mulheres
eram conversadoras e curiosas, faziam muitas perguntas, mas
nunca permitiam que Ptolomeu as auxiliasse nas suas tarefas.
“Isto são coisas de mulheres, dar-nos-ia muito trabalho ter de o
instruir”.
Certa noite, Ptolomeu disse a Helena que estava na hora de
regressar, os outros já deveriam estar muito preocupados.
“Queres vir comigo, Helena? Conhecer o meu Mundo?” Helena,
que começava a sentir uns sentimentos estranhos por Ptolomeu,
respondeu: ”Quero! Mas, depois posso voltar, não é?” Ptolomeu
respondeu-lhe com um largo sorriso: “Claro que sim. Agora já
sei o caminho.”
No dia seguinte, de manhã, as mulheres juntaram-se para se
despedir de Ptolomeu e desejar boa viagem a Helena. A viagem
não foi muito longa. À velocidade da luz, chegaram a Marte,
passadas duas horas.
Os homens reconheceram a nave mãe, mas, ao verem um
ser estranho e luminoso dentro dela, cercaram-na com armas.
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ESCALÃO
B
- MODALIDADE
“Mãos ao ar, saiam devagar”. Helena ficou aterrorizada. Que
planeta escuro, empoeirado, cheio de homens com olhar feroz era
aquele? Onde estavam os amigos de Ptolomeu, que de tantas
aventuras e simpatia ele falava?”.
Ptolomeu reagiu: ”Calma, pessoal, sou eu! Esta é a minha
amiga Helena, é uma mulher do planeta Vénus. Ela veio conhecer
-vos”. Mesmo assim, a desconfiança era maior que a amizade e
Génisis gritou. “Amarrem-na! Elas deram-lhe alguma coisa a beber ou fizeram uma limpeza ao cérebro de Ptolomeu. Decerto, é
uma espiã. Temos de nos proteger!”
Ptolomeu protegeu Helena com o seu corpo e enfrentou os
restantes homens furiosos. “Tolos! Elas são apenas diferentes de
nós, mas trataram-me muito bem e gostei de viver no meio delas.
Elas não têm bunkers, nem armas, têm um sofisticado sistema de
segurança, e vivem umas para as outras. Acho que devemos
aprender alguma coisa com elas”.
Agora é que o batalhão masculino estava furioso. “Deram-lhe
alguma coisa. Este não é o nosso Ptolomeu. Viver sem bunkers e
armas? Ele está louco?! O melhor é acorrentá-la e metê-la dentro
do poço, onde não possa falar nem ver ninguém!”
ESCALÃO
C
1
Helena saiu detrás de Ptolomeu e disse: “Vocês têm medo da
diferença mas a igualdade é irmã gémea da diferença. Somos
todos diferentes, mas todos iguais. Afinal, somos planetas vizinhos, Ptolomeu gostou de nos conhecer, porque não me dão
uma hipótese de eu vos conhecer? Ou melhor ainda, porque
não arranjamos um grupo e vamos juntos ao meu Mundo. O
medo só se perde quando o enfrentamos. O que acham?”
A beleza de Helena e a sua voz melodiosa desarmou muitos
homens. “Ó Ptolomeu, há mais mulheres giras como esta por
lá?”, Ptolomeu acenou com a cabeça: “há um mundo inteiro
cheio de mulheres interessantes e bonitas, mas como a Helena,
só mesmo ela.”
Com Helena e Ptolomeu nasceu uma nova era. Uma onda de
descobrimentos entre seres humanos distintos e interplanetários,
em que a diferença permitiu a descoberta de novos valores. Tornou realidade um Mundo onde Homens e Mulheres habitavam
em paz.
Eduardo Grilo, nº13, 8º 3ª
[Revisão de texto: Dr. Nuno Soares]
- MODALIDADE
1
OS SÓSIAS
Ele era uma pessoa reservada, não falava com muita gente.
do. A tristeza e a solidão que sentia eram cada vez menores, até
Era alto e parecia que estava sempre a sonhar. Mesmo quando
vez mais seguro de si e da cumplicidade que tinha com Filipe,
estava a falar com alguém, dizia coisas estranhas como por exem-
Pedro perguntou-lhe:
plo:
– Se os prédios voassem, onde é que as pessoas iriam viver?
se dissiparem no que parecia um nevoeiro de felicidade. Cada
– Filipe, o que achas de te juntares ao meu ramo de arquitetura e seres meu sócio?
E isso tornava-o o melhor no que ele fazia… deixem-me dizer-vos
– Pedro! Não sejas parvo, eu não sei nada sobre arquitetura
o nome dele: chama-se Pedro e é arquiteto, é bom no que faz
e muito menos sobre comércio! - disse Filipe, com uma voz de
porque tem uma grande imaginação: faz os melhores prédios
gozo.
imagináveis, prédios altos que tocam o céu, prédios baixos para
– Filipe, Quando estás a subir um monte e não sabes o que
as pessoas com vertigens todos diferentes, no entanto todos
está para o outro lado do topo, o que fazes? Continuas a subir
iguais. O Pedro ganhava muito dinheiro, pois toda a gente queria
ou desistes? Estou a dar-te a oportunidade de saltares até ao
um prédio que fosse criação da sua mente brilhante, mas, apesar
topo da colina e juntares-te a mim.
de todos o admirarem, ele sentia-se só, como se ninguém estivesse lá, e isso fazia-o sentir-se triste. E os dias seguiam-se um depois
do outro, até que num deles, quando ia inaugurar outro dos seus
prédios, encontrou uma pessoa igualzinha a ele.
– Um sósia! – murmurou para si mesmo – Ou talvez mais uma
partida da sua fértil imaginação.- pensou ainda com maior rapidez.
Filipe ficou em silêncio a ponderar sobre o que fazer e, passado alguns minutos, disse:
– Está bem. Mas nós temos ideias tão diferentes, como achas
que vamos trabalhar juntos?
– Filipe, a igualdade é irmã gémea da diferença.- e, com um
ar confiante, disse - Eu tenho uma ideia perfeita.
E assim, Filipe tornou-se sócio do Pedro e ambos se concen-
Hesitante, continuou a andar quase em passo de corrida na
traram a fazer dois arranha-céus que eram totalmente iguais por
sua direção. Quanto mais andava, menores eram as suas dúvi-
fora, mas por dentro muito diferentes. Estes prédios foram o seu
das. Tinha um sósia! Pedro foi a correr ter com ele e perguntou-
maior êxito, eram iguais, no entanto diferentes, como o Pedro e
lhe muito contente como se chamava. O sósia disse que se cha-
o Filipe: sósias.
mava Filipe.
Pedro ficou amigo de Filipe e com ele conversavam sobre tu-
António Ferreira, nº 4, 9º 2ª
[Revisão de texto: Dr. Nuno Soares]
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John Borowicz, Torre de Babel
A correção linguística e a revisão dos textos produzidos pelos alunos são da inteira responsabilidade dos respetivos professo res.
BABEL - Publicação Plurilingue do Departamento Curricular de Línguas - Número 10
FICHA TÉCNICA
CONCEÇÃO | EDIÇÃO | ARRANJO GRÁFICO: Maria João Queiroga
SELEÇÃO DE IMAGENS: Professores que colaboraram neste número, Maria João Queiroga
COLABORARAM NESTE NÚMERO:
PROFESSORES - Alexandra Caetano, Ana Cristina Tavares, Inácia Pereira, Margarida Frazão, Maria do Rosário Pinto, Maria João
Queiroga, Nuno Soares, Teresa Neto
ALUNOS - Adriana Aguilera, Ana Lúcia Guerreiro, Ana Rita Julião, Ana Mendes, Ana Pereira, Ana Xambre, André Pereira, Andreia
Felizberto, Ângela Correia, António Duarte Ferreira, Beatriz Cunha, Beatriz Mouzinho, Beatriz Wahnon, Bruno Leitão, Carlota Cardoso,
Catarina Reimão, Cláudia Moreira, Cláudia Rodrigues, Cristian Sandu, Daniela Dias, David Elias, Diogo Carreira, Diogo Lourenço,
Dzhirgala Ombadykova, Dinis Grilo, Eduardo Grilo, Eduardo Santos, Fabrícia Alves, Gurpreet Singh, Hugo Leal, Hugo Soares, Jessika
Alves, Jéssica Cordeiro, Joana Soares, Joana Sobreiro, João Camarate, João Garcia, José João Batista, Liliana Alves, Luana Fernandes,
Magda Vaz, Maïmouna Taillandier, Mara Boyce, Márcia Alexandre, Márcia Sotelino, Márcia Veiga, Margarida Ricardo, Maria Inês Frazão, Maria Ferreira, Mariana Freire, Marina Oliveira, Marta Dias, Marta Silva, Miguel Albuquerque, Miguel Graça, Miguel São João,
Nuno Carvalho, Patrícia Afonso, Patrícia Sequeira, Pedro Fonseca, Ramizjon Hudoyorov, Ricardo Alves, Sara Santos, Sara Simões, Tânia
Morgado, Tiago Garcia, Tiago Gomes, Tito Campos; Alunos do 10º C
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