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ARTIGO TESTES PARA O JOGADOR DE VOLEIBOL Nelson Kautzner Marques Junior* RESUMO O objetivo desta revisão foi apresentar uma bateria de testes de baixo custo financeiro para o jogador de voleibol do pré-mirim ao profissional. Foram selecionados para o voleibolista os seguintes testes: questionário e os testes antropométricos, neuromusculares e metabólicos indiretos. Concluiu-se que os testes mencionados podem ser praticados em vários desportos coletivos terrestres. Palavras-chave: voleibol, atleta, testes. Introdução O voleibol é um desporto de alta intensidade, com repouso ativo ou passivo; nas açóes dos voleibolistas predomina o metabolismo creatinofosfato e, na fase de pausa, o sistema aeróbio (KUNSTLINGER et al., 1987). O jogo de voleibol é constituído de saque ou saque com salto, recepção, levantamento,cortada, bloqueio e deslocamento rápido para efetuar a defesa (BRINER JUNIOR e KACMAR, 1997). Os movimentos dos jogadores para realizar os fundamentos dependem da velocidade, da resistência muscular localizada, da força de potência e do raciocínio rápido (MAEHLER e ACHOUR JÚNIOR, 2001). Identificandoas capacidades físicas ocorridas no jogo de voleibol, pode-se prescrever o treinamento (CEI, 1991) e selecionar uma bateria de testes para o atleta de voleibol. Os testes são importantes para o desportista porque podem ser observados os resultados: a evolução ou involução física do competidor (BOHME e KISS, 1998). Também são úteis no ato de detectar um ou mais talentos desportivos (MASSA et. al. 1999). Pós-Graduado Lato Sensu em Fisiologia do Exercício e Avaliação Morfofuncional pela UGF do RJ. Pós-Graduado Lato Sensu em Musculaçáo e Treinamento de Força na UGF do RJ 130 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 Testes sofisticados podem predizer a performance do desportista através da taxa de cortisol (BONIFAZI et al., 2000), ou, por meio de uma simples conversa, podemos descobrir o nível de potência anaeróbia do atleta (boa ou ruim), uma vez que Souissi et al. (2003) afirmam que uma noite mal dormida pode prejudicar essa capacidade física. 0 s testes para avaliação do desportista oin para descobrir talentos podem ser caros ou baratos (BOHME, 1997). A escolha da bateria dos testes deve estar de acordo com as necessidadesfísicas, psicológicas, técnicas e táticas do desporto e conforme a condição econômica do clube (BOHME, 1997). Entretanto, não observamos na literatura uma seleção de testes de baixo custo financeiro recomendados para o atleta pre-mirim ao profissional do voleibol atual. Massa et al. (1999) prescrevem para o voleibolista os testes que identifiquem as variáveis antropométricas (estatura, composição corporal e somatótipo) e neuromotoras (salto vertical, salto horizontal e agilidade). Thissen-Milder e Mayhew (1991) indicam testes de flexibilidade para atletas de voleibol, porque jogadores vencedores possuem melhor flexibilidade nos orribros. Para TUBINO (1993), a potência aeróbia e a potência anaeróbia são capacidades físicas importantes para a prática do voleibol, merecendo, portanto, ser testadas. Os testes para avaliar ou detectar um talento são subdivididos em antropométricos, neuromusculares e metabólicos indiretos, podendo ser praticados a cada dois meses ou no máximo a cada seis meses (MARQUES JUNIOR, 2002); eles devem ser praticados sempre no mesmo horário. O objetivo desta revisão foi apresentar uma bateria de testes de baixo custo financeiro para o jogador de voleibol pré-mirim ao profissional. 1) Questionário Como primeira avaliação dos jogadores de voleibol recomendase o uso do questionário, com o intuito de a comissão técnica conhecer o atleta antes de iniciar o treinamento. Na segunda etapa do questionário recomenda-se que haja perguntas para se identificar o risco cardiovascular, podendo ser o PARQ (POMPEU, 2004). Realizando a primeira fase da anamnese, o ideal é que a maior parte das perguntas seja objetiva, para agilizar a entrevista do atleta, com questões sobre lesões ocorridas, cirurgias praticadas e outros (POLLOCK e WILMORE, 1993). A terceira etapa da anamnese é indicada para atletas de voleibol em crescimento, com o objetivo de detectar a idade biológica do desportista. Na quadra, as categorias são: pré-mirim, até 13 anos; mirim, até 14 anos; infantil, até 15 anos; infanto-juvenil, 16 e 17 anos; e juvenil, 18 a 20 anos. Já na areia elas são divididas em até 12 anos, até 14 anos e até 16 anos. O instrumento utilizado são os estágios de maturação sexual estabelecidos por Tanner (KISS, 2003), que determina cinco estágios de maturação sexual, realizados através de uma auto-avaliação do testado, o qual faz um risco na figura correspondente ao seu órgão sexual com seu respectivo pêlo púbico, se for menino; para meninas, o procedimento é o mesmo praticado em meninos, somado a identificação dos seios (COOPER, 1991). O ideal é que as últimas perguntas da anamnese sobre estresse pré-competitivo, perfil psicológico, Strelau e teste sociométrico sejam acompanhadas de um psicólogo desportivo. Para o estresse pré-competitivo causado no atleta de voleibol, pode-se utilizar o questionário de Rose Junior (1997,2001,2002,2003) com jovens atletas, possuindo uma anamnese com uma lista de perguntas relacionadas com os sintomas de estresse pré-competitivo, com classsificação de 1 a 5 de cada questão. Em recente pesquisa com voleibolistas profissionais, o estresse psíquico do atleta de voleibol foi estabelecido através de fotos, filmagem, anamnese e conforme a posição do desportista (NOCE e SAMULSKI, 2002). O mesmo foi feito por Gouvea et al. (2003) com uso da anamnese em atacantes, levantadores e Iíbero do voleibol masculino infantil. Também podemos acrescentar na anamnese o teste de perfil psicológico proposto por Brandão (1993), com 22 perguntas com graus de 1 a 5, objetivando determinar os pontos fracos e fortes para o psicólogo realizar a preparação mental no competidor ou identificar a modalidade mais adequada para o jovem atleta. Outro importante questionário que deve estar inserido na anamnese é o Questionário Strelau, que possibilita a identificação do temperamento do atleta de voleibol (PAIM, 2003). De acordo com o temperamento, o atleta pode estar apto ou não para a prática desta modalidade. 132 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Após algumas semanas de treinamento e em vários momentos da temporada, indicamos o teste sociométrico para conseguir observar o relacionamento dos atletas na equipe (MATSLIDO, 1998). 2) Avaliação postural A avaliação postural deve ser praticada num local tranqüilo, com parede branca e lisa, que sirva de fundo para o professor realizar o exame subjetivo (ROSADAS, 1991). O testado estará vestido de sunga ou biquíni comportado, afastado da parede; o avaliador deve estar a uma distância de 3 a 5 m do atleta, para obter uma visão global do observado (RODRIGUES, 1990; ROSADAS, 1991). A avaliação postural começa através da observação dos pés, depois os joelhos, em seguida a pelve, a coluna vertebral, a cintura escapular e, por último, o posicionamento da cabeça (RODRIGUES, 1990; ROSADAS, 1991). O professor deve observar a postura do atleta de frente, de lado (esquerda e direita), de costas, com flexão anterior da coluna vertebral (RODRIGUES, 1990; ROSADAS, 1991) e ao caminhar. Caso o atleta de voleibol tenha uma postura inadequada, o professor deve classificar se é funcional (maus hábitos posturais), podendo ser corrigido através de exercícios de reeducação postural, ou, se estrutural, a postura é irreversível,embora o exame mais preciso e objetivo seja através do raio X (ROSADAS, 1991). Identificar os problemas posturais é importante para prescrevermos os exercícios mais indicados para o atleta; podemos amenizar ou evitar futuros problemas de coluna, e outros, se estes forem diagnosticados o mais cedo possível. Rosadas (1991) afirma que o professor tem de ensinar como pegar um objeto, como se posicionar para dormir, carregar uma mochila e outros, para que o aluno goze de uma vida com poucos ou mínimos problemas posturais e sem queixa de dor. Rosadas (1991) ensina que a investigação Plantar consiste do avaliado praticar uma pressão do pé no papel que está fixado no pedógrafo com tinta, sendo registrada a abóbada plantar. Imediatamente, recorre-se a análise de Clarke para se estabelecer o tipo de pé. Esta análise e ensinada na Figura 1. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 133 2 - retropé 1O) Traçar a linha R, do primeiro osso metatarso até o calcâneo. 2" Traçar a linha B, do primeiro osso metatarso até a impressão interna do arco plantar. 3") Classificar o tipo de planta do pé conforme o ângulo formado pelas linhas R e B. Figura 1 - Ensinamento da análise de Clarke (ROSADAS, 1991). A planta do pé é classificada como (ROSADAS, 1991): pé equino (a impressão do antepé é mais visível), pé calcâneo (o retropé é mais visível), pé cavo (a curvatura plantar desaparece, e as impressões do antepé e do retropé ficam totalmente separadas), pé plano (possui um aspecto esparramado e a curvatura plantar é pouco visível - quanto menor o ângulo da curvatura, mais plano é o pé) e pé normal (possui pequena curvatura plantar, com ângulo entre 42 e 48". Na avaliação postura1 de frente, o professor deve observar se o testado possui pé abduto ou aduto (RODRIGUES, 1990), o que pode ser identificado na caminhada. Passando para os joelhos, ver se o avaliado tem valgo elou varo (ROSADAS, 1991). Caso o aluno tenha desnivelamento do quadril, deve-se solicitar um raio X para estabelecer o comprimento dos membros inferiores (RODRIGUES, 1990); se for assimétrico, o uso de uma palmilha no tênis acaba com essa maior sobrecarga na perna, que é menor e evita futuros problemas na coluna vertebral. No quadril, também podemos observar de frente uma báscula anterior ou posterior e a proeminência da pelve para esquerda ou direita. Rodrigues (1990) informa que podemos detectar na visão anterior a hipercifose torácica e a hiperlordose cervical. Já Rosadas (1991) afirma que na visão frontal pode-se identificar a escoliose. Chamamos a atenção dos professores para o fato de que na visão frontal nós 134 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 podemos identificar a hipercifose cervical, bem como a elevação e depressão dos ombros; isso ocorre porque, segundo Rosadas (1991), há uma hipertrofia mais significativa na região superior ou inferior do trapézio, corri hipotonia da porção contrária. Na visão lateral, recomenda-se observar se o joelho é flexo elou recurvado (RODRIGUES, 1990). No quadril, olhar se o voleibolista possui báscula anterior ou posterior. Esse autor estabelece que a hiperlordose lombar e a costa plana podem ser detectadas na ava.liação postural de lado, enquanto Rosadas (1991) afirma que na visão lateral podemos identificar uma antepulsão (associado com abdução das escápulas) ou retropulsão (associado com adução das escápulas) do(s) ombro(s). Rodrigues (1990) afirma que na visão posterior podemos detectar o pé varo ou valgo, o joelho valgo ou varo, a proeminência da pelve e a escoliose. Para Rasch e Burke (1977), observar o testado de costas facilita na identificação das escápulas abduzidas ou aduzidas. Também consideramos que na visão posterior do voleibolista o avaliador pode observar a báscula anterior ou posterior. A última posição para efetuarmos a avaliação postural é através da flexão anterior do ,tronco, com o testado em pé. Conseguimos identificar na vista anteroflexão a escoliose, a hipercifose cervical ou torácica, a hiperlordose cervical ou lombar e a costa plana (RODRIGUES, 1990). 3) Testes antropométricos Os testes antropométricos são divididos em lineares, circunferenciais e de massa (POMPEU, 2004), sendo apresentados a seguir. a) Medida linear vertical Para o atleta de voleibol saber sua estatura, recomendamos que faça uma inspiração máxima (POMPEU, 2004), com o intuito de compensar o achatamento interdiscal ocorrido durante o dia (MARINS e GIANhlICHI, 1998). Esse desportista deve encostar na parede, onde se encontra uma fita métrica; o avaliador, para ter precisão, encosta em cima da cabeça do voleibolista que se encontra no plano de Frankfurt um pedaço de madeira para estabelecer a altura do jogador. Nessa avaliação o atleta deve estar descalço (RODRIGUES, 1990), ou seja, pode ficar com a mesma roupa com que fez a avaliação postural. Para atletas em crescimento, Weineck (1991) recomenda um simples cálculo para o prognóstico da altura: A l t u r a p a r a meninos = l a l t u r a do p a i + a l t u r a da m ã e ) x 1.08 = ? cm (possível e s t a t u r a ) 2 A l t u r a p a r a meninas = ( a l t u r a do uai x 0 . 9 2 3 ) 2 + a l t u r a da mãe = ? cm ( p o s s í v e l e s t a t u r a ) São apresentadas nas Tabelas 1 a 6 as alturas para nortear a detecção de talentos ou para o técnico saber se a equipe que orienta se encontra dentro dos padrões mundiais: Tabela 1 - Altura média dos voleibolistas masculinos Amostra Seleção brasileira, medalha de prata na Olimpíada de 1984. com idade de 24,83 anos Seleçáo norte-americana, medalha de ouro na O l i m ~ í a d a de 1984, com idade de 26 anos Seleçáo norte-americana, campea mundial em 1986, com idade de 25,83 anos Seleção brasileira, medalha de ouro na O l i m ~ í a d ade 1992 Seleção italiana. Mundial em 1994 Selecão brasileira, campeã campeã Seleções que disputaram Mundial de 2002 o e 29 divisão do Jogadores da lP campeonato italiano Altura media em cm 182,5 (levantadorj 190,83(ponta) 197 (central) ReferBncia SUPLEMENTO DE ESPORTES DO JORNAL DO BRASIL (1984) 192.6r5.1 McGOWN et al. (1990) . . 191 (levantadorj 190,83 (ponta) 198,75 (central) 188 (levantador) 194.8 (ponta) 196,6 (centrai) 196. 7 186 (levantador) 194 (ponta) 200,25 (central) 184 (libero) 188,2 (levantador) 194,9 (ponta) 201 (oposto) 202 (ceniral) 188,3 (libero) 185,2+7,0 (levantador) 191,6?5,3 (ponta) 194,715,l (oposto) 196.6r5.1 lcenlrall SAQUE (1986) LANCELLOTTI (1995) FIGUEIRA JUNIOR (1994) GLOBO ESPORTE (2002) BELLENDIER (2003) GUAILDI-RUSSO ZACCAGNI (2001) e Nas referênciascoletadas na Tabela 1, podemos notar que a altura do levantador, ponta e central aumentou conforme os anos passaram, embora o levantador tenha continuado com pouco mais de 180 cm e os centrais passado para 200 cm. 136 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Tabela 2 - Altura média dos voleibolistas femininos Amostra Selecão brasileira. com idade de 21,8413,99 anos Seleção norte-americana do Pan-americano de 1975. com idade de 21,5511,62 anos Selecão brasileira, 5 V u ~ a r no Mundial de 1986. cóm idade de 22,1 anos Selecão brasileira de 1990 e 1991, com idade de 23,50+3,22 anos ~ Altura média em cm Referência ~ Seleção brasileira vicecampeã mundial em 1994 Seleção brasileira, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996 Jogadoras francesas de alto nível, com idade de 24,612,6 anos Jogadoras alemãs de alto nível. com idade de 21,313,8 anos 174,2913,91 V ~ V O L Oet ai. (1980) 183,7318,30 SPENCE et al. (1980) . 177 SAQUE (19861, 179.1816.32 FIGUEIRA JUNIOR et al. (1 996) 182,3 FIGUEIRA JUNIOR (1994) 180,90 GLOBO ESPORTE (1996) 179,8*5,5 182,914.9 FILAIRE et al. (1998) RITTWEGER et al. (2000) . . De 1980 a 2000, observaram-se as referências destacadas na Tabela 2, ocorrendo significativo aumento da estatura do voleibolista feminino, inclusive da brasileira. Tabela 3 - Altura média das duplas masculinas do voleibol na areia Amostra Altura m é d i a e m c m As quatro primeiras duplas do IQ191,75 (bloqueador) 186,25 (defensor) mundial de 1987 Referência S A Q U E (1987) Principais duplas brasileiras e m 1995 191,5 (bloqueador) 187,66 (defensor) V O L L E Y B A L L (1 995) Duplas campeã e O l i m p i a d a d e 2000 na 195,5 (bloqueador) 188,5 (defensor) GLOBO ESPORTE (2000) D u p l a s c a m p e ã e vice d o Circuito M u n d i a l d e 2 0 0 2 e 2003 198,5 (bloqueador) 191 (defensor) GLOBO ESPORTE (2003) vice A altura do bloqueador e do defensor aumentou significativamente do primeiro mundial para o ano de 2003, mas a maioria dos voleibolistas das duplas na areia é mais baixa do que os jogadores na quadra. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130- 174,2005 137 Tabela 4 - Altura média das duplas femininas do voleibol na areia Amostra P r i n c i ~ a i s duolas brasileiras em Altura média em c m 176.8 íbloaueador) Duplas campeã e vice na olimpíada de i 9 9 6 Duplas campeã e vice do Circuito Mundial de 2002 e 2003 1 7 7 5 (bloqueador) 174 (defensor) 185 (bloqueador) 178,5 (defensor) 183,33 (bloqueador) 174 (defensor) , As tres duplas favoritas ao ouro da Olimpíada de 2004 Referência VOLLEYBALL (1 995) > G L O B O ESPORTE ( i 996) GLOBO ESPORTE (2003) N O G U E I R A (2004) A estatura das bloqueadoras aumentou de 176,8 para 180 cm ou mais, enquanto as defensoras continuaram com altura próxima de 180 cm: entre 174 e 178,5 cm. Tabela 5 - Altura média das categorias de aprendizagem do voleibol Amostra Allura m e d i a e m c m ReterBncia .M.. I. R . .I. .M.. Jogadores do Pinheiros (SP) e do Banespa (SP) Jogadores argentinos de ponta de alto nivel Jogadores do Pinheiros (SP) e do Banespa (SP) Jogadores argenlinos de ponta de alio n i v e l Jogadores de S ã o Paulo Com idade d e 17.4t1.6 anos 179.5 BELLENDIET (2001) INFANTIL 186.2 B E L L E N D I E T (2001) INFANTO-JUVENIL 186.91 í 5 . 9 7 191.1+6,5 Jogadores do Pinheiros ( S P ) e do B a n e s p a ( S P ) Seleçao brasileira d e 1 9 9 5 194 araentinos de Jogadores norteamericanos c o m idade de 18.5í1.5 anos Jogadores do B a n e s p a ( S P ) 194.59í5.86 S O A R E S et al. ( 1 9 8 1 ) UGRINOWITSCH (2000) e1 al. Massa 2003) KISS. (1999 em R O C H A e t a i (1996) B E L L E N D I E T (2001) 194.6 JUVENIL 189í9 194,23 194.7 Jogadores do Pinheiros (SP) e do Banespa (SP) Jogadores brasileiros de alto n i v e l M a s s a (1 999 e m KISS. 2003) 191 Jogadores d e S ã o Paulo de alto n i v e l Joaadores altÕ n i v e l M a s s a (1999 e m K I S S . 2003) 189 H A S C E L I K e t al. (1989) M a s s a e B o h m e (1997 e m KISS. 2003) M a s s a (1999 e m K I S S . 2003) 1 9 4 . 5 t 6.0 G O M E S et al. (2002) 195.7í 5 , l Jogadores de s ã o p a u l 0 S e l e ç ã o brasileira d e 1 9 9 5 Seleção brasileira d e 2 0 0 0 UGRINOWITSCH (2000) 197.60í7.07 198.3í6.8 197.1t6.5 Seleção brasileira d e 2 0 0 3 S e l e ç a o brasileira de 2 0 0 0 Seleção brasileira d e 2003 138 JUVENIL 1 9 1 . 3 í 4 . 1 (levanlador) 1 8 8 . 0 í l .7 (libero) 1 9 8 . 6 í 5 . 2 (ponta) 202.2*3.2 (central) JUVENIL 1 8 5 . 5 ~ 0 . 7(levantador) 1 9 2 . 0 í 2 . 8 (libero) 199.3t4.0 Innnla) et al R O C H A et al. ( 1 9 9 6 ) Salém ( 2 0 0 0 e m D U T R A e t ai., 2 0 0 4 ) D U T R A e t al. (2004) Salem (2000 e m D U T R A e1 a l 2 0 0 4 ) . D U T R A e l al. (2004) R.Min. Educ. Fís., Viçosa, V. 13, n. I, p. 130-174,2005 IVas categorias de aprendizagem do voleibol masculino na quadra, a estatura aumenta significativamente: quanto mais recente a referência, a altura do voleibolista é mais elevada. Tabela 6 - Altura média das categorias de aprendizagem do voleibol feminino Amoslra Altura media em c m MIRIM * Referéncia Jogadoras norte-americanas 167.1 6,7 INFANTIL THISSEN-MILDER e M A Y H E W (1991) Jogadoras norte-americanas 167,0*7.4 THISSEN-MILDER e t a l . (1991) Jogadoras da cidade de Belo Horizonle ( M G ) c o m idade de 15.2t1.6 anos 173.4t6.4 LIMA e AMORIM (2002) INFANTO-JUVENIL Jogadoras de Sao Paulo com idade de 16,4*1.7 anos 171.95t4.20 S O A R E S e1 ai. (1981) THISSEN-MILDER et al. (1991) Jogadoras norte-americanas 168.7t7.8 G A R G A N T A et a1.(1993) S e l e ~ ã oportuguesa de 1991 Jogadoras do Fluminense (RJ) e do Botafogo (RJ) com idade de 16+3.55 anos 169,7+4,71 ALMEIDA e SOARES (2003) 17410,06 JUVENIL Jogadoras da seleGáo paulista com idade de 17,38+16.73 anos Jogadoras com idade de 19.9 anos 171.88 1 72.2 CALDEIRA et a1 (1979) Kovaleski (1988 WILMORE. 1993) em POLLOCK e M A R E Y e t a l . (1991) Jogadoras norte-americanas com idade de 19.7t1.3 anos 170,215.3 KISS (2003) S e l e ~ á obrasileira de 1991 1793 Encontramos poucas referências no voleibol feminino de aprendizagem, podendo-se supor que as atletas chegam ou estão próximos ou acima de 180 cm. Kiss (2003) afirma que valores antropométricos, neuromusculares e metabólicos na literatura nacional sobre o voleibol são escassos, recomendando que o controle dos resultados dos testes dos jogadores seja praticado por escore bruto ou percentil. Outro interessante cálculo para utilizar na avaliação funcional é o delta percentual, indicado por Bohme e Kiss (1998). R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130- 174,2005 b) Medida de massa Aproveitando que o voleibolista está com pouca roupa, faz-se a mensuração da massa corporal total. O professor calibra a balança, o atleta sobe na plataforma, são destravadas as gramas e é deslocado ao ponto de equilíbrio; imediatamente trava-se a balança, sendo realizada a leitura (MARINS e GIANNICHI, 1998; POMPEU, 2004; RODRIGUES, 1990). c) Circunferências Terminada a pesagem, o professor realiza a mensuração das circunferências, com intuito de conhecer o nível de hipertrofia dos atletas e em qual perímetro o voleibolista atinge o ápice da forma atlética e outros. Os pontos anatômicos das circunferências são estabelecidos por Farinatti e Monteiro (1992), Marins e Giannichi (1998), Pollock e Wilmore (1 993), Pompeu (2004) e Rodrigues (1990): Tórax meso-esternal: Utilizado no sexo masculino, a fita deve passar em cima dos mamilos e abaixo das axilas. Tórax xifoidal: Mais utilizado no sexo feminino, porém pode ser praticado em ambos os sexos. A fita deve passar no processo xifóide e no nível das axilas. Braço: Com o cotovelo flexionado em 90" e o antebraço em supinação, mede-se a área de maior circunferência muscular. Antebraço: Com o cotovelo estendido e o antebraço em supinação, mede-se a região de maior circunferência muscular. Abdômen: Passe a fita no nível da cicatriz umbilical. Quadril: Com os joelhos estendidos e as pernas unidas, passe a fita métrica em torno do quadril, em nível do trocânter. Coxa: Os pés devem ficar um pouco afastados, para o avaliador passar a fita métrica no ponto de maior circunferência muscular do quadríceps. Perna: Passe a fita métrica no ponto de maior circunferência do gastrocnêmio. 140 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130- 174,2005 d) Medida de massa Na relação índice cintura e quadril, basta o avaliador dividir o valor da circunferência da cintura (é a mesma circunferência do abdômen) pelo quadril, com intuito de identificar o risco de problema coronariano para homens e mulheres (POMPEU, 2004). Este teste possui uma alta correlação (r) para mulheres, 0,80, e uma r de 0,95 para homens, classificada como excelente (POMPEU, 2004). Os resultados do teste também podem indicar diabetes tipo II, hipertensão,câncer endometrial e colesterol elevado (POMPEU, 2004). Heyward e Stolarczyk (2000) nos oferecem os padrões para o valor do cálculo da divisão da circunferência da cintura e do quadril na Tabela 7. Tabela 7 - Padrões da relação cintura e quadril para o sexo masculino Idade 20-29 ( Baixo < 0,83 I 1 Moderado 0,83 - 0,88 ( 1 Alto 0,89 - 0,94 I ( Muito Alto > 0,94 Tabela 8 - Padrões da relação cintura e quadril para o sexo ferriinino Idade 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 Baixo 0,71 C 0,72 C 0,73 C 0,74 C 0.76 C Moderado 0,71 - 0.77 0,72 - 0,78 0,73 - 0,79 0,74 - 0,81 0,76 - 0,83 Alto 0,78 - 0,82 0,79 - 0,84 0,80 - 0,87 0,82 - 0,88 0,84 - 0,90 Muito Alto > 0.82 > 0,84 > 0,87 > 0,88 > 0,90 A composição corporal é amplamente estudada nos dias atuais. Na mesa-redondaentre Wilmore, Buskirk, Digirolamo e Lohman (1986) foi estabelecido que atletas masculinos devem possuir um percentual de gordura (%G) entre 5 e 13 (%), enquanto as desportistas merecem ter um %G de 12 a 22%. Segundo Glaner (1999), o atleta masculino de voleibol, para conseguir um melhor desempenho, geralmente atinge um %G inferior a 12%. A medida de massa mais utilizada para identificar o %G é por dobras cutâneas, mas alguns procedimentos são importantes nessa técnica de medida: a) Todas as medidas são no lado direito (FARINATTI e MONTEIRO, 1992). R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1,p. 130-174,2005 141 b) A dobra cutânea deve ser destacada com o polegar e o indicador, ambos da mão esquerda (FARINATTI e MONTEIRO, 1992). c) O compasso entra perpendicular a dobra, e espera-se dois segundos para fazer a leitura (FARINATTI e MONTEIRO, 1992). d) Uma mesma dobra deve ser medida de duas a três vezes, para que se encontre o valor da região corporal através da média. Contudo, se ocorrer, em uma das medidas, um valor 5% superior ou inferior ao da(s) outra(s) dobra(s), o professor deverá realizar nova série de medidas (FARINATTI e MONTEIRO, 1992). e) As medidas das dobras cutâneas devem ser realizadas em ordem rotativa, em vez de consecutivas leituras num mesmo ponto (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000). f) A prática das medidas das dobras cutâneas exige que o testado esteja com a pele seca ou sem creme (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000). Os pontos anatômicos das dobras cutâneas são os mesmos usados por Jackson e Pollock (1978,1980) quando criaram a equação de densidade corporal (DC) para uma população generalizada de homens e mulheres (POLLOCK e WILMORE, 1993). Esses pontos anatômicos foram medidos pelo compasso Lange (JACKSON e POLLOCK, 1978; JACKSON et al. 1980). Pollock e Wilmore (1993) recomendam o mesmo cornpasso em que foi elaborada a equação, porque acontecem diferenças nos resultados da leitura quando o instrumento de medida da dobra cutânea não é o Lange. As regiões anatômicas indicadas para leitura nos homens são (POLLOCK e WILMORE, 1993): a) Peitoral: dobra diagonal localizada entre a linha axilar anterior e o mamilo. b) Axilar média: dobra vertical localizada na linha imaginária axilar média, na altura do apêndice xifóide. c) Tríceps: dobra vertical localizada entre o acrômio e o olecrânio, ou seja, na região central. O cotovelo deve estar relaxado e em extensão. d) Subescapular: dobra diagonal localizada 1 a 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. 142 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 e) Abdômen: dobra vertical localizada ao lado da cicatriz umbilical, com distância de 2 cm. f) Supra-ilíaca: dobra diagonal localizada acima da crista ilíaca, no ponto que coincide com a linha axilar anterior imaginária. g) Coxa: dobra vertical localizada entre a prega inguinal e a patela, ou seja, na região central. Para mulheres, são (POLLOCK e WILMORE, 1993): a) Tríceps: dobra vertical localizada entre o acrômio e o olecrânio, ou seja, na região central. O cotovelo deve estar relaxado e em extensão. b) Abdômen: dobra vertical localizada ao lado da cicatriz umbilical, com distância de 2 cm. c) Supra-ilíaca: dobra diagonal localizada acima da crista ilíaca, no ponto que coincide com a linha axilar anterior imaginária. d) Coxa: dobra vertical localizada entre a prega inguinal e a patela, ou seja, na região central. Após a leitura das dobras cutâneas, somam-se todas e aplica-se o resultado numa equação de DC. Marques Junior (2002) chama atenção para o fato de que não existem cálculos de DC para atletas de voleibol. A solução é usar as equações gerais de Jackson e Pollock (1978) e Jackson et al. (1 980), porque ambos os cálculos para estabelecer a DC foram validados em populações atléticas (POWERS e HOWLEY, 2000). Para Heyward e Stolarczyk (2000), a equação mais indicada para desportistas é a de Jackson e Pollock (1978) e Jackson et al. (1980). A equação de DC para atletas do sexo masculino é (HEYWARD e STOLARCZY K, 2000): DC = 1,112 - 0,00043499 ( X l ) + 0.00000055 (X1)2- 0,00028826 (idade) X1 peitoral + axilar média + tríceps + subeçcapular + abdômen + supra-ilíaca+ coxa Compasso Lange E, para o sexo feminino, tem-se (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000): DC = 1,0960950 - 0,0006952 ( X l ) + 0,000001 1 (X1)2- 0,0000714 (idade) X1 tríceps + supra-ilíaca + abdômen + coxa Compasso Lange - R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 - 143 Após o cálculo da DC, use a fórmula de %G de Siri (1966) (POLLOCK e WILMORE, 1993): Caso o professor não tenha tempo de calcular o percentil de sua equipe de voleibol ou resolver o delta percentual, recomendamos que identifique os padrões do %G pelas Tabelas 9 e 10, de acordo com Marins e Giannichi (1998). Entretanto, lembramos que essa não é a melhor maneira, porque esta tabela não foi criada para uma população de voleibolistas. Tabela 9 - Padrões do %G para o sexo masculino Aceitável menos de 30 30 - 39 40 - 49 50 - 59 mais de 60 19,O 20,5 20,5 15,O 16,5 16,5 Tabela 10 - Padrões do %G para o sexo feminino Aceitável menos de 30 30 - 39 40 - 49 50 - 59 mais de 60 23,5 26,5 27,5 21,5 22,5 As Tabelas 11 a 14 apresentam o %G de atletas de voleibol com o objetivo de orientar os valores da equipe treinada, ou seja, bom ou ruim. Tabela 11 - Média do %G do atleta de voleibol masculino Amostra Seleções norte-americanas. com idade de 26,1+3,5 Seleção soviética. medalha de ouro n a Olimpíada de 1980, c o m idade de 25,512.5 anos Seleção norle-americana, medalha d e ouro na O l i m ~ i a d ade 1984. com idade Seleção brasileira, 4 * lugar n o Mundial d e 1990, c o m idade de 2 1 1 2 a n o s Seleção brasileira de 1991 Selecão canadense. com idade de 24,8;2,2 anos Jogadores de voleibol, c o m idade de 24,09+2,88 anos Joaadores d e duolas n a areia.' c o m ida"de de 27.0+3,42 anos Jogadores de voleibol 144 Média do % G 12,0+2,5 Referência P U H L et al. (1982) 13,712,s Viitasalo (1 982 em B A R B A N TI, 1986) 7.910.9 M c G O W N e1 al. 11990) 11,5+1,0 9,9 6.311 .8 P O M P E U e G O M E S (1998) KISS (2003) S M I T H et al 11992) . . 10,013,O F A Y H e l al. (2003) 8.4814.02 . , F A Y H et al. 120031 , , 7a15 WILMORE e COSTILL (2001) R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 Podemos constatar na Tabela 11 que o Ol0G esteve entre 6 e 13%, com o menor para a equipe canadense (6,3%). Os jogadores de voleibol na areia não tiveram uma diferença considerável no %G quando comparados com os de quadra. Tabela 12 - Média do Ol0G das atletas de voleibol feminino Amostra Seleção norte-americana do Mundial Universitário, c o m i d a d e d e 21,6 +0,8 S e l e c ã o brasileira d e 1990 e 1991. c o m i d a d e d e 23,5013,22a n o s S e l e ç ã o b r a s i l e i r a d e 1996 J o g a d o r a s f r a n c e s a s d e a l t o nível. c o m i d a d e d e 24,612.6 a n o s Jogadoras de voleibol Jogadoras de voleibol Media do % G 17,913,6 12.23 12,2 20,1+2,2 16 a 25 10 a 18 Referência P U H L e t al. (1980) FIGUEIRA JUNIOR et (1996) K I S S (2003) F I L A I R E e t al. (1998) al. HEYWARD e STOLARCZYK (2000) W I L M O R E e C O S T I L L (2001) O %G das jogadoras do voleibol feminino se encontra mais elevado do que o do sexo masculino, com menores resultados para as atletas das seleções brasileiras. Tabela 13 - Média do %G das categorias de aprendizagem do voleibol Amostra Jogadores nivel argentinos de alto Jogadores argentinos de alto nivel Jogadores de São Paulo de alto nivel Jogadores argentinos d e alio n ivel Jogadores de Sáo Paulo d e alio n ivel Jogadores norte-americanos com idade d e 18,511.5 anos Jogadores brasileiros c o m idade d e 18.611.26 Jogadores do Banespa (SP) Jogadores brasileiros de alto nivel. c o m idade d e 18t0.7 anos Jogadores de São Paulo d e alio nível Seleção brasileira d e 2000 Seleção brasileira d e 2003 Media do % G MIRIM 23.67 INFANTIL 24,52 1 1.2+2,0 INFANTO-JUVENIL 22 12,213,2 JUVENIL 10,5 Referencia B E L L E N D I E T (2001) BELLENDIET (2001) UGRINOWITSCH et at. (2000) BELLENDIET (2001) UGRINOWITSCH e1 al. (2000) H A S C E L I K et a l (1989) 1 1.38+2,48 TRICOLI et al. (1994) 11,96 M a s s a e B o h m e (1997 em KISS, 2003) G O M E S et al. (2002) 12k2.7 197,6017.07 8.1*2,5 6.5r1.5 UGRINOWITSCH el al. (2000) Salém (200 em DUTRA et a l , 2004) D U T R A e1 al. (2004) Conforme vai se elevando a categoria, o %G não se modificou muito, exceto o das seleções brasileiras juvenis de 2000 e 2003, que ficou bem abaixo de todos os estudos. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130- 174,2005 145 Tabela 14 - Média do O/OGdas categorias de aprendizagem do voleibol Amostra Altura media em cm MIRIM 18.1*2,6 INFANTIL 19,613,4 Jogadoras norte-americanas Jogadoras norte-americanas Jogadoras norte-americanas Jogadoras do Fluminense (RJ) e do Botafogo (RJ) com idade de 16*3,55 anos INFANTO-JUVENIL 17,2*3,8 20,51 Jogadoras com idade de 19,9 anos JUVENIL 21,3 Seleçáo brasileira de 1991 10,315,7 Referência THISSEN-MILDER et al. (1991) THISSEN-MILDER et ai. (1991) THISSEN-MILDER et al. (1991) ALMEIDA e SOARES (2003) Kovaleski (1988 em POLLOCK e WILMORE, 1993) KISS (2003) Apesar das poucas referências coletadas, o %G da seleção brasileirajuvenil de 1991 ficou abaixo de todas as categorias do voleibol feminino. Nesta data o voleibol adulto começou ter destaque internacional. Depois de identificarmos o %G dos atletas de voleibol, calculamos as seguintes equações (MARQUES JUNIOR, 2002): Massa de Gordura (MG) = massa corporal total (MCT) x %G = ? kg 1O0 Massa Corporal Magra (MCM) = MCT - MG = ? kg Peso Ideal Mínimo = Peso Ideal Máximo = MCM x 100=?kg 100 - (%G ideal mínimo) MCM x 100=?kg 100 - (%G ideal máximo) No ultimo teste das medidas de massa, recomendamos a identificação do somatótipo do atleta de voleibol. Esse somatótipo pode ser endomorfo, mesomorfo e ectomorfo. Marins e Giannichi (1998) afirmam que no somatótipo endomorfo predomina a obesidade, no mesomorfo, a musculatura, e no ectomorfo, a magreza. O somatótipo tem escala de 1 a 7, após o cálculo (KISS, 2003). Os cálculos para identificar o somatótipo do desportista são (MARINS e GIAIVNICHI, 1998; RODRIGUES, 1990): 146 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1. p. 130-174,2005 i Endomorfo (E): E = ltríceps + subescapular + supra-ilíaca x 170, 18) Altura em cm Agora aplica-se o resultado de E na fórmula a seguir: End. = - 0,7182 + 0,1451 (E) - 0,00068 (E)2+ 0,000001 4 (E)3= ? Mesomorfo: PcB = perímetro do braço dominante - (dobra cutânea do tríceps: 10) PcP = perímetro da perna dominante - (dobra cutânea da perna: 10) Perna: dobra vertical localizada na região medialdo gastrocnêmio, de maior volume muscular. O testado deverá estar com o joelho flexionado a 90". Agora aplicam-se os resultados de PcB e PcP na fórmula a seguir: M = 0,858 (U) + 0,601 (F) + 0,188 (PcB) + 0,161 (PcP) - 0,131 (H) + 4,50 U (diâmetro biepicondilianodo úmero, em cm): medir o epicôndilo lateral e medial com o paquímetro. O testado deverá estar com o cotovelo flexionado a 90". Faça a medida no lado dominante do testado. F (diâmetro bicondiliano do fêmur, em cm): medir o côndilo lateral e medial com o paquímetro. O testado deverá estar com o joelho flexionado, formando um ângulo de 90". Faça a medida no lado dominante do aluno. H: altura, em cm Ectomorfo: IP = Altura em cm Peso (kg) 1Y > 40,75 E = (IP x 0,732) - 28,58 IP = ou c 40,75 E = (IP x 0,463) - 17,63 Depois dos cálculos, determinamos o somatótipo do atleta (MARINS e GIANNICHI, 1998; RODRIGUES, 1990): R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 147 Endomorfo: predomina o endomorfo, e os outros dois componentes são iguais. Mesomorfo: predomina o mesomorfo, e os outros dois componentes são iguais. Ectomorío: predomina o ectomorfo, e os outros dois componentes são iguais. Endomorfo-ectomorfo:predomina o endomorfo, seguido do ectomorfo e com menor quantidade do mesomorfo. Endomorfo-mesomorfo: predomina o endomorfo, seguido do mesomorfo e com menor quantidade do ectomorfo. Mesomorfo-endomorfo:predomina o mesomorfo, seguido do endomorío e com menor quantidade do ectomorfo. Mesomorfo-ectomorfo: predomina o mesomorío, seguido do ectomorfo e com menor quantidade do endomorío. Ectomorfo-endomorfo:predomina o ectomorfo, seguido do endomorfo e com menor quantidade do mesomorfo. Ectomorío-mesomorío: predorriina o ectomorfo, seguido do mesomorfo e com menor quantidade do endomorfo. Mesoendomorfo: predomina o mesomorfo e o endomorfo, com menor quantidade do ectomorfo. Endoectomorfo: predomina o endomorfo e o ectomorfo, com menor quantidade do mesomorfo. Mesoectomorfo: predomina o mesomorfo e o ectomorfo, com menor quantidade do endomorfo. Central: predomina o endomorfo, o mesomorfo e o ectomorfo. As Tabelas 15 e 16 mostram o somatótipo de voleibolistas para se obter um parâmetro na nossa avaliação: 148 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Tabela 15 - Somatótipo de voleibolistas masculinos Amostra 5 6 adolescentes d o centro olimpico d e treinamento e pesquisa de São Paulo Seleçao 1995 brasileira inlanto-juvenil de Somatotipo E n d o 2.36 M e s o 3.49 Ecto 3.59 Ectomorto-endomorto Ponta E n d o 2.27 Meso 2.90 Relerencia C A L D E I R A et a i 1 9 8 1 ) R O C H A e t al. (1996) Central E n d o 2.36 Meso 2.79 Ecto 4.36 oposto E n d o 2.57 M e s o 3.59 Ecto 3.79 Levantador E n d o 3.48 M e s o 4.96 E c t o 2.37 Mesornorfo-endornorfo Ponta E n d o 3.21 M e s o 3.55 E c i o 3.83 Eclomorfo-mesomorfo Seleção brasileira juvenil de 1 9 9 5 R O C H A et al. ( 1 9 9 6 ) Central E n d o 2.88 M e s o 3.02 E ~ l o 4.39 Ectomorlo-mesomorlo oposto E n d o 3.36 Meso 3.24 E c l o 4.07 Ectornorfo-endomorto Seleções do M u n d i a l d e 2 0 0 2 Jogadores d a 1 ' e 2. dvits@o i c a m p e o n a t o italiano do Levantador E n d o 3.83 M e s o 3.61 EC10 3.14 Endomorfo-mesomorlo Ectornorlo-mesomorfo Ponta E n d o 2.2 M e s o 4.3 Ecto 3.0 Mesomorfo-ectomorlo RELLENDIER (2003) GUALDI-RUSSO e ZACCAGNI (2001) Central E n d o 2.0 M e s o 4.0 E c t o 3.5 Mesamorto-ectomorío oposto E n d o 2.2 M e s o 4.3 Ecto 3.1 Mesornoifo-eclornorfo Jogadores nlgerianos universitários Levantador ~ n d 2:o 4 Meso 4 5 E c i o 2.8 Mesomorfo-eclornorlo E n d o 3.05 M e s o 5.55 Ect0 4.40 Mesornorfo-eclomorlo R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 TORIOLA et al ( 1 9 8 7 ) 149 Tabela 16 - Somatótipo de voleibolistas femininos Amostra 56 adolescentes do centro olimpico de treinamento e pesquisa de São Paulo Sornatotipo Referencia Endo 4,06 CALDEIRA et al. (1981) Meço 2,53 Ecto 3.22 Endomorío-ectomorío GARGANTA et al. (1993) Endo 3,17 Jogadoras da seleção portuguesa infantojuvenil de 1991 Meço 3,45 Ecto 2.74 Mesornorío-endomorfo Endo 3.72 CALDEIRA et al. (1979) Jogadoras da seleção paulista juvenil, Meço 2,95 com idade de 17.38*16,73 anos Ecto 3.36 ~ndornorfo-bctomorfo Selecão brasileira com idade de Endo 4,08 CALDEIRA et al. (1979) Meso 3.36 21.84*3.99 anos Ecto 2.86 Endornorfornesornorío Seleçào japonesa com idade de Endo 3,41 VIVOLO et al. (1980) 22,9312.02 anos Meço 3,70 Ecto 2,91 Mesornorío-endornorfo Jogadoras da 1" 2' divisão do Levantador GUALDI-RUSSO e ZACCAGNI campeonato italiano Endo 3.1 (2001) Meso 3,6 Ecto 2,5 Mesomorfo-endornorío Central Endo 2.8 Meso 3,l Ecto 3,l Mesoendomorío Ponta Endo 3,O Meso 3.5 Ecto 2,8 Mesornorío-endomorío Oposto Endo 3,O Meso 3,2 Ecto 3.0 Endoectomorío 4) Testes neuromusculares Iniciamos os testes neuromusculares com o flexiteste adaptado, consisitindo de oito movimentos com graus de O a 4, sendo concluída a avaliação através da soma dos resultados (FARINAUI e MONTEIRO, 1992), tendo o flexi-índice como padrão, para determinar se o teste foi excelente a deficiente. 150 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1,p. 130-174,2005 O teste seguinte é o de força de resistência muscular localizada (FRML), que pode ser praticado por flexão e abdominal. O testado deverá realizar o maior número de flexões, e só serão considerados os números de renovações da atividade quando o praticante tocar o tórax no solo. Homens e mulheres iniciam o exercício com os cotovelos estendidos e as mãos apoiadas no solo (FARINATTI e MONTEIRO, 1992; POLLOCK e WILMORE, 1993). Os membros inferiores dos homens ficam acima do solo, com os pés apoiados neste; já as mulheres apóiam um pouco das coxas, pernas e dorso do pé no solo (pequena modificação das duas referências: FARINATTI e MONTEIRO, 1992; POLLOCK e WILMORE, 1993). Observamos os padrões do teste de flexão nas Tabelas 17 e 18 (FARINATTI e MONTEIRO, 1992; POLLOCK e WILMORE, 1993): Tabela 17 - Padrões para o sexo masculino no teste de FRML de flexão Tabela 18 - Padrões para o sexo feminino no teste de FRML de flexão O teste de FRML de abdominal é feito após o término da flexão. O testado inicia a atividade com as mãos entrelaçadas na cabeça e em deciíbito dorsal sobre um colchão. As pernas devem estar flexionadas, pés unidos, e afastadas 30 a 46 cm dos glúteos. Quando o atleta flexionar o tronco, deverá tocar os joelhos com os cotovelos e imediatamente voltar a posição. O teste tem duração de um minuto, e o professor deverá contar as repetições do atleta em voz alta (FARINATTI e MONTEIRO, 1992; POLLOCK e MONTEIRO, 1993). R. Min.Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 151 Tabela 19 - Padrões para o sexo masculino no teste de FRML de abdominal Idade 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 Excelente 44 45 37 32 29 25 Bom 39-43 40-44 32-36 26-31 23-28 19-24 Regular 34-38 35-39 27-31 21-25 17-22 13-18 Fraco 29-33 30-34 22-26 17-20 12-16 9-12 Deficiente 0-28 0-29 0-21 0-16 0-1 1 0-8 Tabela 20 - Padrões para o sexo feminino no teste FRML de abdominal Segundo Moskatova (1998), a etapa mais adequada para se diagnosticar a força de potência, a velocidade e o salto horizontal e vertical é nas idades de 10 a 14 anos. Geralmente nesta faixa etária ocorre a iniciação ao voleibol. O próximo teste selecionado é o de salto vertical (SV). Matsudo (1998) recomenda três saltos verticais para se determinar a altura do salto de acordo com a média. Marins e Giannichi (1998) explicam que na altura do salto vertical (hSV) também podemos incluir o salto oblíquo (possui trajetória curvilínea e ocorre na cortada dos 3 metros ou no saque em suspensão): é a subtração da distância máxima, em que os dedos tocam na fita métrica metálica ao se fazer a flexão do ombro (h máxima de alcance dos dedos), com a altura máxima que os dedos tocam na fita métrica ao realizar o salto (h máxima do SV - Obs.: Os dedos devem estar sujos de giz). E representado pelo cálculo a seguir: hSV = h máxima SV - h máxima de alcance dos dedos = resultado da impulsão Rocha et al. (1999) e Shalmanov (1998) ensinam as maneiras de se avaliar o SV no quadro a seguir: 152 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Quadro 1 - Tipos de testes de SV SALTO VERTICAL Fiexão dos ombros e cotovelos estendidos, uma das mãos suja de giz e próxima da parede. e com os m e m b r o s Inferiores f l e x i o n a d o s e m 90". Após o posicionamento adequado. o testado faz extensão do quadril e do joelho, vindo pioporcionar o salto vertical Flexão dos ombros e cotovelos estendidos, uma das mãos suia de giz e proxima da parede. e com os m e m b r o s inferiores e s t e n d i d o s . Apos o posicionamento adequado, o atleta faz f l e x á o d o q u a d r i l e d o j o e l h o e imediatamente realiza e x t e n s ã o de ambos. proporcionando o salto vertical. Membros superiores no prolongamento do corpo, u m a das maos suja de giz e proxima da parede. e com os m e m b r o s inferiores f l e x i o n a d o s em 90" Apos o posicionamento adequado. o desporlista realiza um b a l a n c e a m e n t o d o s membros superiores e os membros inferiores lazem extensão do quadril e do joelho. o que proporciona o salto vertical. Membros superiores no prolongamento do corpo, uma das maos suja de giz e próxima d a parede. e com os m e m b r o s Inferlores e s t e n d i d o s . Após o posicionamento adequado, o atleta faz f l e x ã o d o q u a d r i l e d o joelho e simultaneamente com o a l a n c e l o d o s m e m b r o s superiores. vindo ocorrer ,exlensão do quadril e do joelho. resultando no salto vertical AVALIAR Força ( F ) EXERCICIO INDICADO Musculação Componente Elástico (CE) Salto em Prolundidade Coordenação CE i I movimenios especilicos do desuorto l e x : movimentação completa do salto na cabeçada) . Musc:iaqã* ' Fazer movimentos específicos do desporto e Salto em Profundidade i Oliveira e Silva (2001) acrescentam mais dois exercícios para o teste de SV: as ações de bloquear e cortar. Em ambas as ações, o atleta deverá tocar a mão suja de giz numa fita métrica fixada na parede. Este teste também pode ser realizado com ajuda da tabela de basquete, fixando a fita métrica na tabela (obs.: a fita deve ser rígida). Nesses últimos testes de SV (bloqueio e cortada) elou oblíquo (cortada), recomenda-seque o professor determine a altura de elevação do centro de gravidade e o alcance das mãos em cada um desses fundamentos, a fim de saber se o jogador se encontra dentro dos parâmetros mundiais. Podemos estabelecer as seguintes regras para o teste de SV: 1) O resultado do teste de SV de menor índice (F ou CE) deve ser enfatizado na preparação física da sessão (musculação ou salto em profundidade). 2) Quando o teste de SV for igual ou com resultados próximos (F e CE), devem-se enfatizar os exercícios de musculação e o salto em profundidade. 3) Quando o teste de SV for igual ou com resultados próximos (F e coordenação), devem-se enfatizar na sessão os exercícios que melhorem o balanceio dos membros superiores. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 4) Quando o teste de SV for igual ou com resultados próximos (CE e coordenação), devem-se enfatizar na sessão os exercícios que melhorem o balanceio dos membros superiores. 5) Teoricamente, os resultados dos três saltos devem ser crescentes: SV para avaliar a F c SV para avaliar o CE c SV para avaliar a coordenação e a F c SV para avaliar a coordenação e o CE Badillo e Ayestarán (2001) indicam o percentual (%) do CE através do cálculo a seguir: %CE = [(SV que avalia o CE - SV que avalia a F)/ SV que avalia a F] x 100 Após o cálculo, observamos a classificação do % de CE na Tabela 21 (BADILLO e AYESTARÁN,2001). Tabela 21 - Classificacão do %CE assi si fica cão %CE Nas Tabelas 22 a 25 são apresentados os valores do teste de SV em voleibolistas. Tabela 22 - Resultados do teste de SV em voleibolistas masculinos Amaslia Jogadores espanhois com idade d e 20.3r1.5 anos Seleção sovielica Seleção iialiana Jogadores d e Sao Paulo de alto nível Amostra Seieçáo brasileira. 4' lugar no Mundial d e 1986 Jogadores espanhois com idade de 20.3*1.5 anos Jogadores bem treinados com idade d e 2 3 * 4 anos Seleção soviética, medalha de ouro na Olimpiada de 1980, com idade de 25.5t2.5 anos Scleção iialiana Amostra S e i e ~ ã obrasileira, 4' lugar no Mun dia1 de 1986 Seleçòes do Feslival Olimpieo do .. 1'486 ..Seleção sovidtica. medalha d e ouro na Olimpiada de 1980. com idade d e 154 SV Sem Conlramovimenlo, em cm (saindo d a p o s i ç i i o d e meio agachamento) 46.5 Referència P A L A 0 el a l ( 2 0 0 1 ) 43.3 42 41.7k3.7 SV c o m c o n t r a m o v i m e n t o , em c m 57,1715.31 (ponla) 55.00*1 .41 (levaniador) 50,25*6.70 (cenlrai) 55.4 BADILLO e AYESTARAN (2001) BADILLO e AYESTARAN (20011 UGRINOWITSCH e1 a 1 (2000) ReRrencia SILVA e RIVET (1 988) 54*0,06 VAN SOEST e1 ai (1985) 49.4t4.3 45.4 SV c o m balanceio d o s b r a ç o s e c o m contramovimentotem cm 70.67*4.55 (ponta) 66,5014.95 (levanlador) 62.75*4,92 (central) 69.3 55.8*3,8 P A L A 0 et al. (2001) Viilasalo (1982 em BARBANTI. 1986 BADILLO e A Y E S T A R A N (2001) Refeiéncia SILVA e RIVET (1988) LEE e1 al. (1989) Viilasaio (1982 em BARBANTI. 19861 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Continuação... 1 Amoslra Selerdo norle.americana medalha de 93.63t6.1 McGOWN e l a ( ' 9 9 0 ) ou10 na Olimpiada de 1984. com i dade de 26 anos Seleçdo chinesa Seleçdo cubana Seleção brasileira medaiha de ouro no Pan-americano de 1983 Amostra Recorde mundial Seleção canadense. com idade de 24.8f2.2 anos Seleçao chinesa da Copa do Mundo de 1981 Seieçdo norte-americana. com idade de 26.1r3.5 anos Seleçdo sovi6lica medalha de ouro na Olimpiada de 1980, com idade de 25.5t2.5 anos Seleçbes do Mundial de 2002 OUADRA e l a 1 (1'381) QUADRA e t a l (1981) ROCHA (1983) A l c a n c e d a m a 0 n a c o r t a d a em cm 376 343*0.06 Referhncia JIAMING (1983) SMITH e1 a1 (1992) 350 JIAMING (1983) 317.lt14.1 PUHL e l a l . (1982) 307.0t6.0 Viilasalo (1982 em BARBANTI. 19861 352 (central) 349 (OPOSI0) 344 leonlal Seleido cubana 4 91.lt8.16 91.1*5.57 89 , Amostra Seieçdes do Mundhal de 2002 9 Seleçaa canadense. com idade de 24.8r2.2 anos Seleçdo sovi6lica. medalha de ouro na Olimpiada de 1980. com tdade de 25.522.5 a n o s BELLENDIER (2003) . 76.5r9.01 3 Alcance dar m i o r no bloqueio. e m c m 331 (central) 329 ( ~ ~ o s l o ) 324 (ponta) 315 (levantador) 327*0,06 284.0t9.0 - - ~~- O U A D R A ela1 i 1 9 0 0 i QUADRA e l a 1 i l 9 8 0 j Referência BELLENDIER (2003) SMITH ela1 (1992) Viilasalo (1982 e m BARBANTI. 1986) Tabela 23 - Teste de SV das voleibolistas femininas SV sem c o n l r a m o v l m e n t a e m cm (saindo da pariçda de m e i o Relerencia agachamento) Jogadoras flniandesas de alto nivei 31.6t1.3 HAKKINEN (1993) Amostra SV c o m contramovimento, e m crt Relerència Jogadoras aroenlinas da 1' diu,sao 38.3 a 48.7 (ponta1 ESPER (2002) 38.2 a 45.9 (cenlrai) 39.3 a 45 l o o o r l o l 43.4 (leviniador) Seleçdo da Noruega 45 ESPER (2002) Seleção braslieira do Mundial d 42.1 7i6.26 FIGUEIRA JUNIOR e MATSUOO (1993 Ioon .Seleçdo brasileira de 1990 e 199 40.77.6.26 FIGUEIRA JUNIOR e1 al. (1996) com idade de 23.50a3.22 anos Selecoes brasileiras. com tdade d 40.35r8.36 HIGAJO. ANDRADE e PEREIRA 21 a:nos (1991) Si' c o m balanceio d a s b r a ç a s e Amaslia c o m contramovlmenta, e m c m Relerencla Seieçbes do Feslival Olimpico d 52.8 LEE e1 ai (1989) 1986 SelecAo norte-americana do Pan 52.49t5.99 SPENCE e1 ai (1980) americano de 1975. com idade d 21.55t1.62 anos Seleção brasileira d a Mundial d 50.92t7.32 FIGUEIRA JUNIOR e MATSUOO(1993) 1990 49,616.0 GLADOEN e COLACINO (1978) Jogadoras norte-americanas. col idadede 21.9t4.4 anas Selecao brasileira. com idade de 2 49.29t7.85 HIGAJO e1 a1 11991) , . anas Seleção brasileira de 1990 e 199 48.40t6.16 FIGUEIRA JUNIOR ei a 1 (1996) com Idade de 23.50t3.22 anos mostra S V na cortada. e m cm Referència Recorde mundial 91 JIAMING (1983) Jogadoras cubanas de ai10 nivei 70 crn ou + JIAMiNG (1983) Seleçdes do Fesiival Olimpico d 61.2 LEE e1 a l (1989) 1986 Amostra Alcance da m l o n a cartada. e m c r Relersncia Jooadoras norte-americanas 317 a 330 JIAMING (19831 chiesas Seleção noiie-americana do Mundi. 277,367 P U H L e1 al (1982) Universildrio, com idade de 21.6t0.8 Jogadoras norle-americanas, cor 271.0r9.2 GLADDEN e COLACINO (1978) idade de 21.9r4.4 anos Amostra - - -- - - - - - - - - - - R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Verifica-se nas Tabelas 22 e 23 que os homens saltam mais do que as mulheres, mas pode-se observar a impulsão ferriiriina de 91 cm, com valor igual ou similar ao dos jogadores masculinos. Tabela 24 - Teste de SV das categorias de aprendizagem do voleibol masculino Amostra SV sem contramovimento. em c n ReterBncia (walndo d a postçáo d e meio aqachamenlo) PRE-MIRIM 42 ou + (excelente) FILIN e VOLKOV (1998) Jogadoresde t t anos 35 a 41 (bom) 29 a 34 (Regular) MIRIM Jogadores argentinos de ponta d 35 BELLENDIET (2001) a110 nivei INFANTIL 37 164.7 Jogadores de S.30 Paulo de alto nivt UGRINOWITSCH et ai (2000) Jogadores argentinos de ponta d 37 BELLENDIET (2001) alto nivel INFANTO-JUVENIL Jogadores de S8.o Paulo de alto ntvs 40.9i3.9 UGRINOWITSCH et ai (2000) 39 BELLENDIET 120011 Joaadores araenlinos de oonla d . . aito ntvei JUVENIL Jogadores de S8.o Paulo de alto ni41.7r3.7 UGRINOWITSCH et a1 (2000) vel Amostra SV c o m contramovimento, em c n Referência MIRIM Jogadores argentinos de ponta d 39 BELLENDIET (2001) -alto .. nivoi .. INFANTIL 41 BELLENDIET (2001) Jogadores argentinos de ponta d alto nivel INFANTO-JUVENIL 49,4816.34 SOARES e1 a1 ( 1 9 s l i Joaadores de Sao Pauio com idad de-17,411.6 anos Jogadores argentinos de ponta d 43 BELLENDIET (2001) alto nivel JUVENIL Jogadores do Banespa (SP) 56 Massa e Bohme (1997 em KISS. 2003) 52.62i7.57 TRICOLI et ai. (19941 Jogadores brasileiros com idade de 1 8 6 t t t . 2 6 anos SV c o m balanceio d o s braços e Amostra c o m contramovimento em c m Referência - - - ,",-.... UIPIU Jogadores do Pinheiros (SP) e d Banespa (SP) Jogadores do Pinheiros (SP) e d Banespa (SP) Jogadores de S.30 Paulo com idad de 17.4r1.6 anos Jogadores do Pinheiros (SP) e d Banespa (SP) Jogadores do Banespa (SP) Jogadores do Pinheiros (SP) e d Banespa (SP) 51.2 Massa (1999 em KISS, 2003) INFANTIL 59.9 Massa (1999 em KISS, 2003) INFANTO-JUVENIL 59.56t7.30 55.5 JUVENIL 76 60.8 SOARES e1 a1 (19811 Massa (1999 em KISS. 2003) Massa e Bahme (1 997 em KISS. innw -""", Massa (1999 em KISS, 20031 Alcance d a m ã o no teste d e SV c o m balanceio d o r braços e com Amostrn contramovimento em em Rekrincia MIRIM Jogadores do Pinheiros (SP) e d 289.1 Massa (1 999 em KISS. 2003) Banespa (SP) INFANTIL Jogadores do Pinheiros (SP) e d 303 2 Massa (1999 em KISS. 2003) Banespa (SP) INFANTO-JUVENIL 312.2 Massa (1999 em KISS 2003) Jogadores do Pinheiros (SP) e d Banespa (SP) JUVENIL Jogadores do Pinheiros (SP) e d 317.6 Massa (1999 em KISS 2003) Banespa (SP) 156 R.Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130- 174,2005 O SV de todos os testes aumenta significativamente conforme "aumenta" a categoria. O alcance da mão é altamente dependente das características antropométricas e da qualidade do SV (KISS, 2003). É por esse motivo que o alcance da mão aumenta de categoria para categoria. Tabela 25 -Teste de SV das categorias de aprendizagem do voleibol feminino Amostra Jogadoras da portuguesa de 1991 Amostra SV sem c o n t r a m o v i m e n t o . em cm Relerencia (saindo d a p o s i ç ã o d e m e i o a i a c h a m e n t o INFANTO-JUVENIL GARGANTA et al. (1991) seleça 32.21i 5,25 SV c o m c o n t r a m o v i m e n t o e m c m .. .... Referência MIRIM ... . Jogadoras norte-americanas 37.8i7.1 Jagadoras norte-americanas INFANTIL 31,6i2,3 Jogadoras d e Sao Paulo. cai idade d e t 6 , 4 i 1 , 7 anos Jogadoras norle-americanas Jogadoras da portuguesa de 1991 seleça Jogadoras norte-amertcana: com idade d e 19,7?1,3 anos Amostra Jogadoras d e São Paulo, coi idade de16.4*1,7 anos Amostra Jogadora cubana (M Gonzále! de 16 anas INFANTO-JUVENIL 49.48i6.34 41.9i1.8 33,46i6,15 JUVENIL 48,6i8.1 THISSEN-MILDER et al. (1991) THISSEN.MILDER e l a 1 (1991) SOARES e l al (1 981) THiSSEN-MILDER e l a l . (1 991 ) GARGANTA et al. (1991) MAREY et al. (1991) SV c o m balanceio d o s b r a ç o s e c o m c o n t r a m o v i m e n t o , em c m 59,5617.30 Referència Alcance da m ã o na cortada, em c m INFANTO-JUVENIL 327 Referência SOARES e1 al (1981) JIAMING (1983) Terminado o teste de SV, o jogador de voleibol descansa um pouco e inicia a avaliação do salto horizontal (SH). O objetivo desse teste é avaliar a força de potência dos membros inferiores no SH (MARINS e GIANNICHI, 1998). O testado deverá ficar atrás de uma linha com os pés paralelos e com pequeno afastamento lateral, com o intuito de saltar ao máximo para frente com auxilio do balanceio dos membros superiores (MARIIVS e GIANNICHI, 1998). O resultado em centímetros é a partir do local que o calcanhar tenha aterrissado no solo até a linha de partida. O avaliado deverá praticar três tentativas, computando-se a média dos três resultados obtidos. Caso o testado caia para trás, o valor do SH será a região do corpo mais próxima da linha de partida (MARINS e GIANNICHI, 1998). R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 157 Nas Tabelas 26 e 27 são mostrados resultados de atletas de voleibol no teste de SH. Tabela 26 - Teste de SH dos voleibolistas masculinos Distancia do S H e m c m PRE-MIRIM 165 a 1 8 0 (excelente) 150 a 164 (bom) 140 a i 4 9 (iegular) t de 230 (muito b o m ) t de 2 1 0 (bom) MIRIM + de 240 (muito b o m ) + de 21 5 ( b o m ) INFANTIL + de 2 5 0 (muito b o m ) + de 230 (bom) INFANTO-JUVENIL 276.12t21.88 Amostra Voleibolistas de 11 a n o s Jogadores argenlinos de alto n l v e c o m i 3 anos Jogadores argentinos de alto nlve com 14 anos Jogadores argentinos de alto nive com 15 a n o s Jogadoies d e S a o P a u l o c o m idade d 17.411.6 anos Jogadoies argentinos de alto nlve com 16 a n o s Seleção masculina 4'lugar de 1986 n o Mundi; + de 2 6 0 (muito b o m ) ReferBncia FILIN e V O L K O V (1998) B E L L E N D I E T (2001) B E L L E N D I E T (2001) B E L L E N D I E T (2001) S O A R E S e1 ai. (1988) B E L L E N D I E T (2001) + de 235 (bom) ADULTO 31 l . O t 9 . 3 0 (ponta) 286.0*26.00 (levantadoi) 285.5*25.1 7 (central) SILVA e R I V E T (1988) Tabela 27 - Teste de SH das voleibolistas femininas Amostra Distancia do S H em c m Referincia INFANTO-JUVENIL Jogadoras de S ã o Paulo com idad de 16,411,7 anos 219,32*18,54 Seleção brasileira do Mundial d 1990 Seleção brasileira de 1990 e 1991 com idade de 23,50$3,22 anos 241,50*14,41 S O A R E S e t a l . (1981) ADULTO 231,00*11,32 FIGUEIRA JUNIOR M A T S U D O (19931 F I G U E I R A JUNIOR (i996) Outro teste selecionado para avaliar os atletas de voleibol é o de agilidade vai-e-vem. O avaliado deverá estar atrás da linha de partida; soada a voz de comando, o testado deverá correr em direção ao primeiro bloco de madeira (as dimensões do bloco são: 5 x 5 x 10 cm) e, nesse momento, o cronômetro é acionado (MATSUDO, 1998). Com velocidade elevada, o avaliado pega o primeiro bloco, retorna a região de salda e coloca o objeto na região marcada no solo, 10 cm de distância da linha de partida, com 30 cm de distância do outro bloco que será pego (MATSUDO, 1998). Imediatamente, o testado retorna em busca do segundo bloco e faz o mesmo procedimento praticado com o primeiro bloco. 158 R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 O cronômetro é interrompido quando o executante coloca o bloco no solo e passa um dos membros inferiores da linha final (MATSUDO, 1998). Sempre que houver falha na prática do teste - por exemplo, jogar o bloco de madeira no solo, escorregar e outros -o executante deverá repetir a avaliação (MATSUDO, 1998). Recomenda-se que o teste de corrida de agilidade vai-e-vem seja realizado duas vezes; o melhor tempo será considerado, e em cada intervalo o metabolismoATP-CP deve ser recuperado no período de 2 minutos (MATSUDO, 1998), cerca de 80°h, segundo Marques Junior (2001). Caso os estoques dos fosfagênios sejam restaurados por completo, recomenda-se que a pausa tenha no mínimo de 4 a 5 minutos (MARQUES JUNIOR, 2001). O teste vai-e-vem tem a distância de 9,14 metros (m), os blocos ficam (linha de chegada) e são colocados (linha de saída) a 10 cm de distância das faixas que marcam o comprimento do teste; ambos os blocos ficam afastados por 30 cm. Recomenda-se que a marca do cronômetro seja anotada na planilha de coleta dos dados (MATSLIDO, 1998). Na Tabela 28 são indicados alguns resultados no teste de agilidade vai-e-vem de voleibolistas. Tabela 28 - Resultados do teste de agilidade vai-e-vem em voleibolistas Amostra R e s u l l a d o . e m segundos Releri>ncla PRE-MIRIM 9 ' 50 (muilo b o m ) BELLENDIET (2001) J o g a d o r e s a r g e n t i n o s d e alto n i u c l ~ o g a d o r e sa r g e n t i n o s d e a l i o n i v e l Jogadores do Plnheiroe (SP) 9 e d J o g a d o r e s a r g e n t i n o s d e alto n i u e l Jogadores do Banespa (SP) Pinheiros (SP) 9 e d J o g a d o r e s a r g e n l i n o s d e alto n i v s l do Pinheiros (SP) e d Jogadores Banespa (SP) Jogadores d e Sdo Paulo c o m idade d 17.4t1.6 ano9 J o ~ õ d 0 1 a 5d a S d o P a u l o c o m I d a d e d 16,411.7 a n o s Jopsdorai do Pinheiros (SP) Se1ep.o b r a s i l e i r a m a s c u l i n a . 4= ~ u n d i a dl e 1 9 6 6 Jogadores do Banespa (SPI Plnhelros (SP) e d lugar n e d Selepiio brasileira feminina d o Mundial d 1990 S e i e q g o b r a s i l e i r a feminina d e 1 9 9 0 1991. com idade d e 23,50t3.22 anos ' MIRIM 35 ( m u i l o b o m ) 9 6 5 (Dom1 1 0 41 INFANTIL 0 5 (mucio b o m ) 9 40 (bom1 9 48 INFANTO-JUVENIL 6 95 (muito b o m ) 9" 30 ( b o m ) 9 ' 59 BELLENDIET (2001) M a s s a ( I 9 9 9 em K I S S . 2 0 0 3 ) BELLENDIET (2001) Massa (1999 em K I S S . 2 0 0 3 ) BELLENDIET (2001) Massa (1999 em KISS. 2003) 9.64+0.57 S O A R E S e i ai (8981) 10.94+1.06 S O A R E S ela1 ( 1 9 6 1 ) JUVENIL 8 39 ADULTO 6.75+0.45 (ponia) 8.91+0.29 (leuanladar) 8.53+0.62 (central) 9 25 M a s s a (1999 em KISS. 2003) SILVA e RIVET (1988) Massa (1999 em KISS. 2003) 10,10+4.2 FIGUEIRA JUNIOR e M A T S U D O (1993) 10.07+0.30 F I G U E I R A J U N I O R e1 a1 ( 1 9 9 6 ) R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 159 5) Testes Metabó\icos Indiretos O teste de corrida de 50 metros (rn)(teste máximo) é realizado em superfície plana e com o avaliado percorrendo a distância no menor tempo possível. O objetivo do teste é a avaliação da velocidade de movimento e, indiretamente, a potência anaeróbia aláctica (DANTAS, 1995). Observamos alguns valores de voleibolistas no teste de 50 m na Tabela 29. Tabela 29 - Resultados do teste de 50 m em voleibolistas Amostra Jogadores de São Paulo com idade de 17,4i1,6 anos Jogadoras de São Paulo com idade de 1 6 , 4 ~ 1 , 7anos Jogadores com idade de 19,2 anos Seleção brasileira masculina, 4"ugar no Mundial de 1986 Seleção brasileira feminina do Mundial de 1990 Resultados em segundos Referencia INFANTO-JUVENIL 7,29t0,57 SOARES et al. (1981) 8,52i0,63 SOARES et al. (1981) JUVENIL 7" 21 SESSA e MATSUDO (1976) ADULTO 6,6110,26 (ponta) 6,78*0,16 (levanlador) 7,0010,25 (central) 8,11+0,44 SILVA e RIVET (1 988) FIGUEIRA JUNIOR MATSUDO i1993) e O avaliador deverá dar o sinal de partida e acionar o cronômetro, enquanto o testado correrá em máxima velocidade durante 40 segundos. O resultado do teste será a distância corrida em metros, sendo medida a metragem corrida a partir do último pé que esteve no solo (MARINS e GIANNICHI, 1998). Esse teste necessita de uma pista em linha reta com 400 metros, demarcada de 10 em 10 m, um relógio (obs.: deverá ser anotada a marca do relógio na planilha de avaliação funcional) e uma trena, para saber a medida exata percorrida (pequena alteração de MARINS e GIANNICHI, 1998). O teste de potência anaeróbia Iáctica de 40 segundos é indicado para desportos coletivos (MARINS e GIANNICHI, 1998). Os valores de voleibolistas no teste de 40 segundos são apresentados na Tabela 30. 160 R. Min. Educ. Fís.,Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 Tabela 30 - Valores do teste de 40 segundos em atletas de voleibol Amostra Jogadores de S a o Paulo com idade de 17,4+1,6 anos Jogadoras de Sao Paulo com idade de 16.4+1.7 anos Seleçao paulista feminina com idade de 14 a 1 6 anos Seleçao brasileira masculina. 4' lugar n o Mundial de 1986 Seleçao brasileira Mundial de 1990 feminina Seleçao brasdeira feminina do Resultados em melros INFANTO-JUVENIL 267.10.14.22 SOARES e t ai. (1981) 227.21r17.44 SOARES et al. (1981) 199.23 a 250,lO ADULTO 296.0t21.21 (levantador) 290.2+6.38 (ponta) 288.0t6.68 (central) 243.25t10.00 240.67 (ponta) 240,O (central) 235 (levantador) Referéncia M A T S U D O e PEREZ (1978) SILVA e RIVET (1988) FIGUEIRA JUNIOR M A T S U D O (1993) e Figueira Junioi e Matsudo (1996 em FIGUEIRA JUNIOR. 2002) Matsudo (1998) chama a atenção dos professores para o fato de que, se o teste de 40 segundos for praticado com o vento superior a 5 metros por segundo na direção frontal ou dorsal do avaliado, o resultado do teste não será fidedigno; pode-se indicar as mesmas recomendações para o teste de SH, o de agilidade, o de 50 m e o de potência aeróbia. Sabemos que o envelhecimento proporciona piora da potência muscular e da força; ocorre aumento da gordura intramuscular (FLECK e KRAEMER, 1999); a flexibilidade declina (SIMÃO, 2003), no sistema nervoso central acontece uma redução no número de axônios medulares, que acarreta declínio na velocidade de condução nervosa (McARDLE et al., 1998); a massa óssea diminui (NIEMAN, 1999); e outros. As modificações fisiológicas provocadas pelo envelhecimento podem piorar alguns resultados dos testes dos voleibolistas. A potência aeróbia máxima (VO,m,x) reduz aos poucos com a idade: cerca de 0,5 ml/kg/min por anos a partir dos 20 anos (MOREIRA, 1996). Entretanto, Wilmore e Costill (2001) afirmam que pessoas mais velhas com sessões de volume e intensidade idênticos aos dos jovens atletas podem apresentar um declínio mínimo da VOZ,, próximo de 1 a 2%. Pompeu (2004) acrescenta que o ápice da VOZmax é com 20 anos, podendo ser mantido com valores iguais ou próximos até 40 anos. Kiss (2003) considera a V02m,xuma capacidade física relevante para os desportos coletivos. Por esse motivo, devemos avaliá-la em desportistas do voleibol. Em 2000, Pellegrinotti e Souza criaram o teste W 20 m para identificar as ações dos voleibolistas. Atualmente, Pellegrinotti (2003) vem fazendo estudos financiados pela FAPESP com intuito de predizer a V02m,xdos atletas de voleibol pelo teste W 20 m. Como seus estudos ainda estão em andamento, não pudemos utilizar este teste. R. Min. Educ. Fís.,Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 161 O teste de potência aeróbia máxima que vem sendo indicado para modalidades coletivas é o vai-e-vem de 20 m, por caracterizar nos seus deslocamentos a aceleração e a desaceleração ocorrida em jogos de equipes com bola (KISS, 2000,2003). Duarte e Duarte (2001) afirmam que o teste de vai-e-vem de 20 m pode ser praticado por 6 a 10 pessoas ao mesmo tempo, num pequeno espaço e dependendo apenas de uma fita e um gravador, que emite um bip para determinar o ritmo de idas e voltas de cada estágio. Quando o estágio termina, a fita emite 2 bips. Portanto, é um teste barato e de fácil aplicação. O teste aeróbio de corrida de vai-e-vem de 20 m foi criado pelos pesquisadores Léger e Lambert (1982) com a finalidade de avaliar O teste é progressivo: começa com uma indiretamente o VO,x. velocidade de 8,5 krri/h até chegar a 18,5 km/h, perfazendo um total de 21 minutos (DUARTE e DUARTE, 2001). O avaliado, no teste de 20 m, deve ir e voltar conforme os bips emitidos pelo gravador; caso o testado não esteja acompanhando o ritmo da fita ou não aguente continuar, deverá parar (DUARTE e DUARTE, 2001). Conhecendo o estágio (ver Tabela 31) em que o avaliado se encontra, é que definiremos qual das equações a seguir escolher (DUARTE e DUARTE, 2001): VO,máxpara pessoas com 6 a 18 anos = 31,025 + 3,238 x velocidade em km/h no estágio atingido - 3,248 x idade + 0,1536 x veloc. km/h no estágio atingido x idade = ? ml/kg/rriin VO,máxpara pessoas com 18 anos ou mais = - 24,4 + 6,O x velocidade em km/h no estágio atingido = ? ml/kg/min Na Tabela 31 é mostrada a duração dos estágios com suas respectivas velocidades, tempo do bip e o número de idas e voltas do teste de vai-e-vem (DUARTE e DUARTE, 2001). 162 R. Min. Educ. Fís., Viçosa. v. 13, n. 1,p. 130-174,2005 Tabela 31 - Variáveis do teste de vai-e-vem de 20 m Duracão dos estágios Velocidade (krnlh) . . Tempo entre os bips p o r segundo N V e idas e voltas em cada e s t á g i o 1 2 3 8.5 9,O 9,5 9,000 8,000 7,579 7 8 8 4 ~n n 7 7nn R Nas Tabelas 32 e 33 são apresentados valores de V02máx de jogadores de voleibol, com intuito de conhecermos o condicionamento físico do nosso atleta. Tabela 32 - VO,m,x de voleibolistas masculinos Amosira Jogadores d e São Paulo com idade d e 17.4i1.6 anos Jogadores norle-americanos c o m idade d e 18.5*1,5 anos Jogadores brasileiros d e alio nivel, c o m idade de 18t0.7 anos VO?,, (m Ilkglm in) INFANTO-JUVENIL 60.44e8.49 Relerencia S O A R E S e1 al. (1981) JUVENIL 40.55 HASCELIK e1 a1 (1 989) 48.9t3.3 G O M E S e1 a l (2002) ADULTO Cherribiliu e Szogy (1976 em OVELLET, 1985) Oueliei e S a m s o n (1975 e m O U E L L E T . 1985) Seleção alemã orienlal Seleçáo canadense Seleção brasileira. 4' Mundial d e 1986 lugar no Seleção canadense com idade d e 24.8k2.2 anos Seleção norle-americana c o m idade de 26.1 t3.5 anos Seleqão argentina d e 1999 Seleção argemina d e 1997 Seleção norte-americana, medalha d e ouro na Olimplada d e 1984. com idade d e 26 anos Jogadores do OlympikusíTelesp ( S P ) c o m idade d e 2 5 t 4 anos Jogadores de elite Jogadores d e duplas n a areia 60.50*9.33 (levanlador) 59.68t8.71 (cenlral) 57.90t9.29 (ponta) 56.7t4.5 S M I T H e1 al. (1 992) P V H L ei a 1 (1982) E S P E R (2001) E S P E R (2001) M c G O W N e1 a1 (1990) 51.023 ADULTO 55 a 60 61.24 N V N E S e1 a l (20001 N E V M A N N (1988) L u n a (2001 e m FIGUEIRA R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. I, p. 130-174,2005 163 Tabela 33 - VOx, de voleibolistas femininas Jogadoras de São Paulo com idade de 16.4+1.7 anos Seleção argentina de 2001 Seleção brasileira Seleção norte-americana do Mundial Universitário. com idade de 21,6&.8 anos Seleção brasileira do Mundial de 1990 Jogadoras francesas de alto nível, com idade de 24.6+2,6 anos Seleção japonesa Jogadoras argentinas do Clube de Ginástica e Esanma de Prata de = 2001 Jogadoras argentinas do Clube Náutico Hacoaj de 2001 Seleçáo noite-amencana do Panamericano de 1975. com idade de SOARES et al. (1981) 48.6 ADULTO 65.37 (ponta) 63,43 (central) 59.55 (levantador) 50.6t5.7 ESPER (2001) Figueira Junior e Matsudo (1996 em FIGUEIRA JUNIOR. 2002) PUHL et al. (1982) FIGUEIRA JUNIOR MATSUDO (1993) FILAIRE et al. (1998) e 45,6 Matsudaira. Toyoda e Sato (1974 em OUELLET. 1985) ESPER (2001) 43.7 ESPER (2001) ~ Jogadoras de elite Jogadoras com idade media de 20 anos Jogadoras de duplas na areia 41.713.6 ADULTO 48 a 52 40 a 56 61.24 SPENCE et al. (1980) NEUMANN (1988) WILMORE e COSTILL (2001) Luna (2001 em FIGUEIRA JUNIOR. 2002) Conclusão Os questionários e os testes antropométricos, neuromusculares e metabólicos indiretos são de baixo custo financeiro e fáceis de serem utilizados pelo professor responsável pela equipe de voleibol. Esses testes também podem ser praticados em outros desportos coletivos terrestres. Através deste artigo o técnico de voleibol poderá avaliar sua equipe. Recomendamos que a comissão técnica tente publicar os resultados da avaliação em algum periódico, para obtermos parâmetros dos testes em atletas brasileiros. Atualmente essas informações são escassas na literatura nacional. ABSTRACT TESTS FOR VOLLEYBALL PLAYERS The objective of this review was to present a set of low-cost tests for volleyball players, from beginners to high level. The tests for - - - R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 1, p. 130-174,2005 voiieyDail players consist of questionary, anthropometry, neuromuscular and indirect metabolics. In conclusion, the tests of this study are indicated for many team sports. Keywords: volleyball, athletes, tests. Referências ALMEIDA, T. A.; SOARES, E. A. Nutritional and anthropometric profile of adolescent volleyball athletes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 9, n. 4, p. 1-13, 2003. Disponível em: <www.rbme.org.br/> Acesso em: 08112/03. BADILLO, J. J. G.; AYESTARÁN,E. G. Fundamentos do treinamento de força. 2. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2001. p. 254-257. BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. São Paulo: CLR Balieiro, 1986. p. 92-105. BELLENDIET, J. El biótipo em el voleibol masculino. 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