Ata de Reunião da Comissão Intergestores Bipartite/ CIB
Transcrição
Ata de Reunião da Comissão Intergestores Bipartite/ CIB
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 ATA DE REUNIÃO DA COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE/CIB Em 15 de junho de 2009, às 14h00min, na ante-sala do auditório da SEDESE, localizado à Rua Martim de Carvalho, 94/13º andar, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte/MG, realizou-se a reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite/CIB, com a presença dos seguintes representantes: Representando o Colegiado dos Gestores Municipais da Assistência Social/COGEMAS: Célia Filomena Januário/Virginópolis, Anália Maria Ferreira/Campo Belo, Mary Cristina Xavier/Belo Horizonte, Denise de Cássia Cunha/Itabirito, Maria da Conceição Mendes Cordeiro Duarte/Florestal. Representando o Gestor Estadual/SEDESE: Maria Albanita Roberta de Lima, Maria Juanita G. Pimenta, Andréa Maria de Almeida Medrado, Alessandra Horta Ferreira Pinto, Fernanda Flaviana S. Martins e Ester Rodrigues Espechit. Representando a Secretaria Executiva da CIB: Edma Aparecida Marinho, Vânia Maria Mendes e Andréa do Socorro Luiz. Convidados dos Municípios: Suely da Silva Freitas/Matipó, Danielle Benini de Souza/Muriaé, Tâmara de P. Almeida/Muriaé, Hérika Rodrigues Dala Paula/Muriaé. Convidados da SEDESE: Maria de Fátima Gomes/DFSD, Juliana Campolina/DPSE, Pedro Pilotti/DIM, Cláudia Falabella/DCOF, Tatiane Antonia Oliveira Vieira/DPSB, Ivan Ferreira da Silva/CEPCAD, Simone Lima dos Santos, Mayra de Q. Camilo/Capacitação, Glaziane Aparecida Silva/Capacitação, Antonio José Lopes Reis/CEAS. A reunião teve como pauta: Informes da SEDESE: 1 – Apresentação do Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte; 2 – Reunião Ordinária da CIT/Março; 3 – Apresentação de minuta de resolução do SIM; 4 – Apresentação dos municípios prioritários para acompanhamento da SEDESE; 5 Apresentação da situação atual dos Planos de Serviços da SEDESE; 6 – Apresentação da situação atual do Levantamento Nacional das Crianças e Adolescentes em Abrigo pelo MDS; Plano de Ação e Demonstrativo Físico-financeiro/MDS; Demonstrativo Físicofinanceiro/SEDESE. Informes do COGEMAS e Pactuação: Habilitação de Municípios. A reunião teve início com a Sra Maria Albanita Roberta de Lima, dando as boas vindas a todos e a seguir repassando os informes da última reunião da Comissão Intergestores Tripartite/CIT: A publicação da Portaria nº171 de 26/05/2009, do MDS/Ministério do Desenvolvimento Social relativa ao Projovem Adolescente, que regulamenta a possibilidade de pagamento de pessoal (servidor público), pelo município que tiver contratado o responsável pelo Programa e este for servidor público, vinculado ao CRAS, através da troca da fonte de pagamento do recurso municipal para recurso do co-financiamento. Informou que os municípios receberam um Ofício Circular do MDS nº 04/2009, que trata da necessidade dos municípios fazerem o aceite até o dia 25/06/09 caso tenham feito a adesão, mas não concluído os núcleos. Informou também sobre a Resolução nº 03/2009 de 25/01/2008, que refere-se à adesão dos novos núcleos para 2009. Minas Gerais está aguardando o envio pelo MDS dos municípios que podem aderir ao Programa este ano. A Sra Roberta solicita a Sra Fernanda, da Coordenadoria Pró-Criança e Adolescente, para, em conjunto com a SUBAS, orientar os municípios elegíveis através do Boletim Informativo da DIM/Diretoria de Informação e Monitoramento além do encaminhamento de ofício. Esclarece que a Diretoria de Proteção Social Básica e a Coordenadoria Pró-Criança e Adolescente devem acompanhar quais municípios farão a adesão até a data de 25/06 referentes ao ano de 2008 e 2009. O segundo ponto da pauta foi referente à expansão do PAIF/Programa de Atenção Integral à Família. A Sra Roberta informou que o MDS publicou um informativo sobre o acompanhamento do Programa em 2008 e que o prazo final para entrega da proposta de expansão se encerra nesta data. Nos CRAS em que foram detectados em situação de insatisfatórios, estes terão que apresentar um Plano de Providências para serem acompanhados. A Sra. Roberta Solicitou a Sra Tatiana - Diretora de Proteção Social Básica, para acompanhar o processo junto aos municípios, e, solicitou também o apoio do COGEMAS na divulgação junto aos municípios. Quanto ao monitoramento da Inclusão Produtiva, Sra Roberta informou sobre os municípios de Uberlândia, Divinópolis e Santo Antônio do Monte e solicitou a Sra Andréa Medrado o envio de ofício para atualizar informações sobre os mesmos. Finalizou dizendo que encaminhará todas as informações aos membros da CIB representantes do COGEMAS, através de email, para que possam, juntamente com a SEDESE, acompanhar e orientar os municípios em suas ações. Prosseguindo a reunião a Sra Roberta iniciou a fala sobre o PBT/Piso GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 Básico de Transição. Relembrou que na reunião do mês anterior o Estado apresentou um painel com a situação dos municípios que recebiam o recurso para creche, transformado em Piso Variável em 2009 e que será regulamentado pelo MDS ainda este ano. A primeira opção é para que os municípios implantem o PAIF, desde que tenham garantido 70% do recurso; os outros 30% serão garantidos pelo MDS. Os municípios que possuem menos de 70% do recurso poderão optar por serviços para idosos ou para crianças de 00 a 06 anos. O MDS disponibilizará um sistema a ser preenchido pelos municípios informando como e com o que serão gastos os recursos. Quanto aos municípios habilitados em gestão inicial, e que possuem recursos para implantarem o Programa de Atendimento Integral a Família/PAIF, terão que alterar a gestão para básica ou plena até dezembro/09, sob pena de perder o recurso. A Sra Roberta informou que a equipe da DFSD/Diretoria de Fortalecimento do Sistema Descentralizado vem fazendo um trabalho com estes municípios desde maio/09 através de oficinas com grupos de mais ou menos 10 municípios, quando são analisados os documentos de cada um e feito um atendimento personalizado com os gestores e técnicos; são 76 municípios nesta situação e, caso eles não tenham interesse em utilizar o recurso conforme estabelecido, o mesmo retornará para o MDS. Diante das informações apontadas no sistema pelos municípios, o MDS elaborará sua peça orçamentária para o ano de 2010, sob a ótica do Piso Fixo Variável ou Piso Fixo Básico, que se refere ao PAIF. Quanto ao PAIF, será observado o número de famílias referenciadas em cada município. Informou ainda que no dia 26/06/09 o MDS transmitirá uma teleconferência sobre o assunto, reforçando a importância dos municípios solicitarem informações sobre o saldo em conta. A Sra Roberta colocou que outro desafio do Estado refere-se aos CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social e que a SUBAS, juntamente com a Coordenadoria Pró-Criança e Adolescente está planejando uma estratégia para atender os 53 municípios que possuem CREAS em situação irregular, segundo informações do Censo CREAS. A Sedese está enviando ofícios a estes municípios convidando-os para participar de uma oficina no 01/06/09, onde elaboração de um Plano de Providências com estabelecimento de prazos para sanar suas pendências sob monitoramento da Sedese. Num segundo momento, será feita uma visita aos municípios para verificação da situação. Explicou que alguns municípios encontram-se com os recursos bloqueados após ter sido detectado no Censo CREAS, estarem executando os serviços pertinentes ao CREAS através de ONG’s e, sendo o CREAS um equipamento público estatal, esta situação não foi aceita pelo MDS. Outras irregularidades detectadas foram: CREAS funcionando 24 horas (antigos Sentinela) e municípios informando ser uma entidade pública, mas que não se caracteriza como CREAS. A Sra Roberta solicitou a parceria do COGEMAS na divulgação da oficina num esforço conjunto para evitar que os municípios percam recursos. Dando continuidade à reunião, a Sra Roberta informou que o Demonstrativo Físico-financeiro do Governo Federal foi prorrogado até o dia 30/06/09 e, caso o município não o preencha, também terá seu recurso bloqueado. Informou também que o sistema SISCON encontra-se aberto e deve ser preenchido pelos municípios que receberão recursos de emenda parlamentar federal. Dando continuidade às informações, a Sra Roberta falou da oficina do sistema de monitoramento realizada em Brasília, com duração de 03 dias. O sistema iniciouse pautado nos equipamentos CRAS e CREAS, mas atualmente já existe um indicativo de incluir outros serviços, provavelmente o Projovem, que será acompanhado através de um aplicativo único que reunirá informações do SISJOVEM e SISPETI. Quanto ao CRAS, a oficina trabalhou a ficha de monitoramento que foi melhorada, bem como a do CREAS. A Sra Roberta informou que as informações colhidas pelo Estado servem de base para o MDS tomar decisões, inclusive de bloqueio de recursos. Algumas situações detectadas foram consideradas inadmissíveis, como CREAS funcionando como ONG’s, CRAS indequados, etc. Sra Roberta participou do grupo de monitoramento que discutiu estratégias de acompanhamento dos CREAS e ficou decidido que haverá um encontro a ser marcado posteriormente com a finalidade de discutir os CREAS regionais, devido à existência de um estrangulamento muito forte em todo o País. Ficou definido que o Estado precisa urgentemente investir na gestão dos CREAS. Finalizando, a Sra Roberta informou que foi publicada a versão preliminar da Tipificação Nacional de Serviços Sócio- assistenciais. A Sedese irá discutir este documento numa oficina interna, antes do dia 30/06/09, e convidou os membros da CIB para participarem. Após a oficina, a Sedese fará sua contribuição ao GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 documento. Espera-se que na reunião da CIB de julho/09 este documento já esteja pactuado. Os membros da CIB chamaram a atenção para a fragilidade das redes dos municípios e a Sra Roberta ponderou que a Assistência Social criou equipamentos estatais (CRAS e CREAS), mas ainda não enfocou o fortalecimento da rede e é necessário pensar qual serviço deve ser compartilhado, na forma de compartilhamento de responsabilidades, orçamento e regulação, pois as entidades encontram-se sucateadas, sem recursos e sem RH adequados. Prosseguindo a reunião, a Sra Roberta falou sobre o Protocolo de Gestão Integrada dos Serviços, o qual teve consulta pública, foi lido na reunião da CIT, mas não discutido, pois apresenta algumas questões duvidosas. A Sra. Roberta manifestou preocupação com a necessidade de fortalecer as bases do SUAS – Conselho, Plano e Fundo – que encontram-se bastante frágeis. Sobre esta situação, ficou definido pela Câmara Técnica da CIT que no segundo semestre será trabalhado um processo de pactuação com os municípios, em lugar do processo de habilitação. Haverá um cardápio básico a pactuar, de acordo com o Artigo 30 da LOAS. Está previsto também para o segundo semestre um encontro com todos os representantes das CIB’s onde será apresentada a primeira versão do documento para posterior deliberação do CNAS. Consequentemente a NOB/SUAS sofrerá alterações no capítulo referente à habilitação e desabilitação, supondo que se o Conselho, Plano e Fundo estiverem fortes, o SUAS será solidificado. Voltando ao Protocolo de Gestão Integrada dos Serviços, a Sra Roberta colocou que o mesmo possui algumas questões de âmbito estadual a serem discutidas, enfatizando a importância dos membros do COGEMAS na CIB estenderem a discussão com os municípios. Enfatizou que, caso a CIB considere importante discutir o documento e propor contribuições à CIT, está disponível para fazê-lo. Em seguida, o Sr. Pedro Palotti, servidor público à disposição da Subsecretaria de Assistência Social, realizou uma exposição da Pesquisa Diagnóstica da Proteção Social Básica em Minas Gerais. Esta pesquisa foi encomendada pela SEDESE à Fundação João Pinheiro, tendo sido coordenada por Carla Bronzo Ladeira Carneiro, pesquisadora e professora da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro. Participaram também da pesquisa consultores externos e a Consultoria Júnior, empresa dirigida pelos alunos de Administração Pública da Escola de Governo. A pesquisa pretendeu diagnosticar o desenvolvimento recente da política de assistência social no estado de Minas Gerais, enfocando aspectos institucionais, políticos e administrativos da gestão da assistência social nos municípios mineiros e características de processos, estrutura física e de pessoal e dos serviços oferecidos pelos equipamentos de proteção social básica. A metodologia de pesquisa foi de origem quantitativa, por meio de pesquisa survey com os gestores da política de assistência social dos municípios e com os coordenadores dos CRAS. Os questionários foram distribuídos no II Encontro dos CRAS, realizado pela SUBAS-SEDESE, em novembro de 2008. Adotou-se a estratégia de questionários auto-aplicáveis, que posteriormente foram enviados pelo correio ou por meio digital para os municípios ou equipamentos que não participaram do evento. A apresentação centrou-se nas características de insumos, processos e atividades desenvolvidas nos equipamentos mineiros de proteção social básica. O mapeamento da distribuição dos CRAS no estado demonstrou que em 2008 o estado possuía ao todo 651 CRAS, com um crescimento de 31,51% em relação ao ano anterior. Em termos de municípios atendidos com pelo menos um equipamento, em 2008 o número total era de 521 municípios, um crescimento da ordem de 32,57% em relação ao ano anterior. A grande maioria dos equipamentos está na área urbana e o ano com o maior número de implantações de CRAS foi 2006. Quanto ao espaço físico, a maioria dos CRAS possui de 1 a 3 salas com capacidade inferior a 15 pessoas (77%), de 1 a 3 salas com capacidade de 15 a 30 pessoas (69,3%), de 1 a 3 salas exclusivas de coordenação, equipe técnica ou administração (82,3%) e de 1 a 3 banheiros (89,6%). A quase totalidade possui recepção e cozinha, na faixa de 96,3% e 94,8% dos CRAS, respectivamente. Estes dados demonstram um desempenho satisfatório da maioria dos equipamentos quanto ao espaço físico. No que se refere à composição mínima da equipe de acordo com as normativas, por uma leitura agregada dos dados, percebe-se que, com exceção da função técnica de nível superior para os municípios do Pequeno Porte I, todas as funções estão aquém do número mínimo de funcionários previsto na NOB-RH/SUAS. Chama a atenção o descompasso entre o número de técnicos de nível superior existentes muito abaixo do requerido pelas normativas, para os GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 municípios dos Portes Médio, Grande e Metrópole. Há ainda uma quantidade significativa de CRAS sem a figura do coordenador, algo em torno de 25% dos equipamentos. Na perspectiva de identificar os tipos de oficinas e atividades coletivas realizadas, a pesquisa buscou mapear o conteúdo de cada oficina, o público ao qual elas se dirigem, a periodicidade com que são realizadas e o número médio de participantes, tendo como referência os últimos 6 meses. As atividades de reflexão, discussão e palestras foram às atividades mais citadas dentre os grupos e oficinas realizadas pelos CRAS, com mais de 31% das respostas. Em seguida, com 18,2%, têm-se as atividades voltadas para produção de artesanato (pintura em tecido, bordado, crochê, bijuterias e outros). Na seqüência das principais oficinas e grupos realizados pelos CRAS, tem-se as atividades lúdicopedagógicas, de recreação e lazer, com 10%; e atividades de qualificação profissional e de geração de renda, com 9,5%. Com cerca de 8% para cada opção, tem-se os grupos voltados para atividades físicas; e os grupos e oficinas voltadas para arte, como dança, música, teatro. Um agregado das respostas indica que 61,6% dos grupos e oficinas realizadas apresentam natureza sócio-assistencial, o que indica, além da multiplicidade metodológica dos trabalhos realizados dentro dos CRAS, uma adequação significativa da finalidade das atividades aos objetivos traçados pela nova Política Nacional de Assistência Social. Na seqüência, foi analisado o desempenho dos equipamentos mineiros de proteção social básica quanto ao território e à articulação da rede sócio-assistencial. Mais de um terço (32%) dos coordenadores não sabem informar o número de famílias residentes no território de atuação do CRAS, proporção semelhante aos que não sabiam dizer o número aproximado de famílias vulneráveis do território. Quanto às famílias cadastradas, 92% sabiam dizer o número aproximado de famílias registradas, uma informação mais dentro do controle dos técnicos dos equipamentos. Por último, perguntou-se o número de famílias cadastradas que freqüentou ao menos uma atividade no CRAS, informação disponibilizada por 83% dos respondentes. Destaque-se que há uma diminuição significativa do número de famílias residentes e vulneráveis em relação ao total de famílias atendidas. Quanto a avaliação da rede de serviços existente no território, tem-se uma grande demanda por serviços sócio assistenciais para todas as faixas etárias. Para crianças de 0 a 6 anos a rede, embora existente, é insuficiente em mais de 52% dos casos e inexistente em mais de 15% das respostas. Essa tendência se mantém mais ou menos constante para a rede de serviços sócio assistenciais para crianças e jovens de 6 a 14. Nesse caso, a rede foi considerada insuficiente em mais de 55% das respostas e inexistente para 12%. Para a faixa de 15 a 17 anos, a rede foi considerada insuficiente em 50,7% e inexistente em 15,5%. As redes de serviços para essas três faixas de idade foi considerada suficiente para cerca de 25% dos casos, com pequenas variações. A situação muda radicalmente para serviços na faixa de 18 a 29 anos. Para essa faixa, a rede foi considerada inexistente em mais de 54% dos casos e em apenas 6,8% foi considerada suficiente. Para quase um terço (27%), a rede, embora existente, é insuficiente para atender à demanda. Percebe-se uma incidência maior dos serviços de convivência para idosos. Para cerca de 34%, esta oferta foi considerada suficiente; Para 18% dos casos, foi considerada inexistente. No que se refere aos serviços de inclusão produtiva, em quase 28% foi apontado como inexistente e em mais de 50%, embora existente, a oferta desse tipo de serviço foi considerada insuficiente. Por fim, no que se refere à dimensão do planejamento e gestão da informação, observou-se que somente em 412 equipamentos (63,3%) há diagnóstico do território de abrangência. Quanto aos registros dos serviços e ações do CRAS, 76% dos municípios elaboram relatório mensal do quantitativo de atendimento e a quase totalidade mantém arquivos de prontuários, a sua maioria em meio digital e semelhante ao modelo padronizado. A maior parte dos equipamentos (61,6%), contudo, não possui sistema informatizado de registro de informações. Outro fator relevante, limitador da atuação do equipamento, é a ausência da listagem das famílias em descumprimento das condicionalidades da educação e da saúde em 25,7% e 31,6% dos equipamentos, respectivamente. Esse é um ponto importante, que se refere à uma fragilidade na articulação entre o Bolsa Família e os serviços sócio assistenciais desenvolvidos nos CRAS. Terminada a exposição, seguiram-se discussões sobre os principais achados da pesquisa. Após a apresentação do Sr. Pedro, a Sra Roberta ressaltou que neste ano de 2009 o quadro deve estar diferente, não se sabe se para melhor ou pior, devido à mudança de muitos gestores, o que influi na fotografia do serviço. Quanto GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 à pesquisa, em 2008 foi realizada com dados perceptivos e hoje seria mais adequado uma pesquisa in loco. Sra Roberta relata que atualmente existe uma compreensão do SUAS, considerar as dificuldades dos municípios de porte I e II, revendo o que já foi escrito e avaliando o que deve ser revisto e readequado. A seguir foram iniciadas as pactuações, sendo a primeira referente ao Demonstrativo físico-financeiro do Estado. A Sra Andréa Medrado informou que apenas os municípios de Comercinho e Nepomuceno encontramse pendentes, mas que o Demonstrativo ainda está no site, aberto para preenchimento. Foi pactuada a prorrogação do prazo para o preenchimento do Demonstrativo até a data limite de 22/06/09. Caso os municípios não o façam neste tempo, serão notificados e terão os recursos bloqueados. Os que já preencheram estão sob análise e, caso haja alguma inconformidade, serão comunicados para acertar as pendências e, caso não ocorram os acertos, a finalização será na forma de prestação de contas normal. O próximo ponto de pauta referiu-se à habilitação dos municípios. A Sra Roberta anunciou que Minas Gerais estará em breve com 100% dos municípios habilitados, enfatizou que a qualidade das adesões deixa a desejar, mas reafirma o compromisso de monitorar e capacitar estes gestores. Ponderou sobre a importância das adesões para transformar a política de assistência social em uma política realmente federativa, através da cooperação efetiva entre a União, Estado e os Municípios. Foram apresentados pela Secretaria Executiva da CIB os municípios de Japonvar, Matipó, Patrocínio, Riachinho, Rio Espera e Virgínia que solicitaram alterar o nível de Gestão Inicial para Básica bem como os municípios de Fama e Reduto, que pleiteavam alterar a condição de Não Habilitados para Gestão Inicial. Após análise, as solicitações foram deferidas. Nada mais havendo a tratar, a Sra Roberta encerrou a reunião, agradecendo a presença de todos MARIA ALBANITA ROBERTA DE LIMA Coordenadora da Comissão Intergestores Bipartite 256 257 258 259 MARY CRISTINA XAVIER Represente Suplente do COGEMAS na CIB em condição de Titular
Documentos relacionados
Ata de Reuniao da Comissão Intergestores Bipartite/ CIB
localizado à Rua Martim de Carvalho, 94/13º andar, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte/MG, realizou-se a reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite/CIB, com a presença dos seguinte...
Leia mais