Revista Babel - número 13 - Agrupamento de Escolas Gil Vicente

Transcrição

Revista Babel - número 13 - Agrupamento de Escolas Gil Vicente
BABEL
Número 13
maio de 2016
Revista de Línguas
Publicação Plurilingue
Departamento Curricular de
Línguas
escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente
EDITORIAL
Quem aprende uma nova língua
adquire uma nova alma.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt/
Juan Ramón Jiménez
DESTAQUE
 Vencedores do Concurso Literá-
Editorial
1
Textos em Português:
2
Narrativas curtas
Resumos e Opiniões
Texto expositivo
Notícia
Autorretrato
Autobiografia
Textos miméticos
Textos em Francês:
10
Voyage en francophonie
Contre la discrimination et le
harcèlement
Interview
Visite à Ilustrarte 2016
Rapports en famille et entre
amis
Horoscope 2016
Petites annonces
Textos em Inglês:
Vencedores do Concurso
Literário Fazedores de
Histórias
cartão, não de uma tal Chanel, nem de um
mento de línguas, Babel comemora catorze
Versace, mas corresponderam a um movi-
anos. E se os trabalhos nela divulgados são
mento de sobrevivência de um povo que
apenas uma pequena amostra dos muitos
precisava de sair...
realizados pelos alunos ao longo do ano
As vacanças, as pubelas, as fresas, etc, tão
letivo, os mesmos apresentam as compe-
alvo de chacota, não eram mais que a forte
tências adquiridas no âmbito da aprendiza-
capacidade de adaptação de um povo quase
gem das línguas, quer materna, quer es-
analfabeto a outras civilizações, através do
trangeiras.
elo mais forte – a língua! Quantos já esque-
vemos, aprender uma língua é muito mais
20
30
Nos anos 60, proliferaram as malas de
Publicação incontornável do departa-
Mas no mundo conturbado em que vi-
Migrations - Open doors, be
open-minded
» Break walls of prejudice and
discrimination against the
other
» Meet young immigrants
» Famous migrants around the
world
» Walk in other people’s
shoes…
» In a Foreign Land
» 10 PMW - 10 Palavras, 10
Mots, 10 Words
What is the meaning of success?
que tantas vezes foi forçado a aprender outras línguas para sobreviver.
Piano à quatre mains
rio Fazedores de Histórias
SUMÁRIO
consequentemente, o exemplo para um país
ceram esta situação e, agora, são os primeiros a fechar portas e erguer muros.
que adquirir um instrumento de comunica-
Os ditos mais zelosos da nossa língua são
ção. É aprender uma cultura, é abrir-se ao
os primeiros a ficar surpresos (em vez de sur-
multiculturalismo, é adquirir uma nova ma-
preendidos) e a chamar aos outros abusados
neira de ver as coisas e o mundo. A apren-
(em vez de abusadores) de uma forma casual
dizagem de uma língua estrangeira promo-
(em vez de informal) quando empregam um
ve a abertura a culturas e civilizações dife-
estrangeirismo. A única reação possível é
rentes, abre portas, derruba muros, permi-
LOL.
te partilhas e promove a igualdade de opor-
Ora, se acolher um estrangeirismo é a
tunidades entre cidadãos do mundo que,
manifestação espontânea da adaptação a um
por motivos superiores ao seu desejo, se
mundo em evolução, aprender uma língua é
veem na iminência de deixar o seu espaço
um desafio complexo que mobiliza o raciocí-
para recomeçar, algures, uma nova vida.
nio lógico e nos enriquece, nos dá “uma nova
Assim, temos uma Babel que existe, não
alma”. É um dos primeiros desafios daqueles
no sentido bíblico para que um não enten-
que, com diversas origens (uma selfie da nos-
da a língua do outro (Génesis 11:6,7), mas,
sa escola revelaria isso mesmo), procuram
pelo contrário, para que a reunião da diver-
hoje no nosso país uma nova vida. Mas sere-
sidade seja a mais-valia de uma escola e,
[Continua na página 2]
BABE L
Página 2
EDITORIAL - CONTINUAÇÃO
mos nós capazes de acolher também, não um estrangeiris-
Seja a revista Babel um espaço de encontro, intercâmbio
mo, mas um estrangeiro, de promover a plena integração
de culturas, as nossas vozes contra muros de preconceitos e
pela língua, garantindo em simultâneo a preservação da
indiferença.
Mª do Rosário Pinto
Inácia Pereira
Isabel Sequeira
Mª Teresa Neto
Maurício Bonito
língua e da identidade de cada um?
Será este o nosso grande desafio, transformar a integração do estrangeiro em enriquecimento mútuo e crescimento global baseado no respeito pelo outro e pela sua diversi-
Coordenadora e Delegados do Departamento Curricular de Línguas
dade.
NARRATIVAS CURTAS
A caverna misteriosa
Num dia de verão muito solarengo, eu e a minha família
decidimos ir passar o dia à praia. No caminho, para espanto
garmos a um lugar onde estava marcado um «X». Escavámos… escavámos…, até encontrarmos um quadro belíssimo
de Cleópatra muito valioso.
meu, encontrei uma amiga minha chamada Inês. Ela é baixa,
Quando olhámos para trás, a borboleta tinha desapareci-
elegante, morena e tem olhos azuis. Quando chegámos à
do! Entregámo-lo ao museu e aparecemos na televisão. Ga-
praia, eu e a Inês fomos brincar para o mar.
nhámos um grande prestígio social e isso deu-nos uma gran-
De súbito, uma borboleta pousou na minha mão, como
de alegria.
se nos quisesse dizer alguma coisa. Eu e a Inês seguimo-la
Foi um dia excecional!
até uma caverna assaz assustadora. Entrámos lá e continuá-
Mas, porque é que a borboleta terá desaparecido?...
mos a caminhar pelo trilho da gruta. Por fim, chegámos a
Joana Saraiva, 6º5 (2014/2015)
um lago com água cristalina, onde encontrámos um barqui-
Prova Final de 6º ano - 2015
(A aluna obteve 100% na Prova Final; Texto reproduzido
to.
a partir da folha de rascunho fornecida pela aluna)
Fomos para dentro da embarcação e seguimos até cheO tesouro
Certo dia, enquanto passeava pela praia de Carcavelos,
encontrei uma garrafa, provavelmente de rum, hermeticamente fechada e que parecia conter algo no interior. Eu
resolvi abri-la e reparei que estava lá dentro um papel com
um aspeto velho. No momento em que eu desdobrei o papel, pude observar que era um mapa que indicava o local
onde se encontrava um tesouro e, rapidamente, percebi
que o tesouro estava enterrado na Ilha Caveira, que se situa
a norte do Havai.
Após cerca de cinco minutos, encontrei um táxi que me
[Dr.ª Alexandra Caetano]
tendo demorado mais ou menos oito horas.
Já no Havai, fui às docas e perguntei a um senhor:
-Sabe dizer-me onde posso apanhar um barco para a
Ilha Caveira?
-Se quiser, pode vir connosco. -respondeu-me o homem.
Eu aceitei a boleia que, além de ter sido grátis, não demorou quase tempo nenhum.
Duas horas depois de eu ter escavado para encontrar o
tesouro, consegui sentir ferro, pelo que peguei no tesouro,
que era pequeno e leve (mas assaz valioso), e voltei para
Portugal, passando a não ter mais despesas.
transportou até ao Aeroporto de Lisboa.
Quando, finalmente, comprei o bilhete, segui viagem,
Nuno Jorge, 6º5ª (2014/2015)
[Supervisão: Dr.ª Alexandra Caetano]
BABE L
Página 3
NARRATIVAS CURTAS
Ulisses em Ogígia
No dia em que Ulisses chegou à ilha de Ogígia, depois de
ter acordado do desmaio, começou por procurar alguém.
Quando Ulisses ia a subir uma colina, encontrou, no cume, um homem barbudo, vestido de palha e apoiado num
pau, a observar o mar.
No momento em que o herói foi ter com o homem, este
pisou um ramo de uma árvore. Como podemos calcular, o
homem assustou-se e, pensando que Ulisses era um animal
selvagem, pegou numa espingarda que tinha às costas.
Quando o homem se apercebeu de que Ulisses era um humano, foi a correr na direção do herói e abraçou-o.
O homem chamava-se Robinson Crusoé. Quando Ulisses
e Robinson acabaram de travar conhecimento, Ulisses percebeu que Robinson o tinha abraçado anteriormente por-
que há já bastante
tempo que não encontrava
humanos
nem dialogava com
eles.
Tanto Ulisses como Robinson queriam escapar-se daquela ilha, por isso,
Fonte: google.imagens
quando já tinham ganho mais confiança um no outro, resolveram construir uma canoa para poderem voltar cada um à
sua pátria, Ulisses à Grécia e Robinson a Inglaterra.
Após um ano, a canoa ficou pronta, pelo que se lançaram
ao mar e, depois de Robinson, Ulisses regressou à pátria.
Nuno Jorge, 6º 5ª (2014/2015)
[Supervisão: Dr.ª Alexandra Caetano]
RESUMOS E OPINIÕES
Este livro conta-nos a história de Charlie, um menino
pobre que vive com os seus pais e os seus quatro avós, numa pequeníssima casa.
Charlie adorava chocolate, mas, como o dinheiro era
pouco, só no dia do seu aniversário podia comê-lo. Como se
isso não fosse suficiente, da sua casa via-se uma enorme
fábrica, a Fábrica Wonka, que fabricava o melhor chocolate
do mundo.
Alguns dias antes do seu aniversário, Charlie viu uma
notícia no jornal a anunciar a abertura das portas da Fábrica
Wonka a cinco crianças que encontrassem os bilhetes dourados escondidos nas tabletes de chocolate. Os premiados
Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll
Alice estava ao lado da irmã sem fazer nada. De repente,
viu um coelho branco a olhar para um relógio e decidiu segui-lo. O coelho entrou num buraco e Alice, ao debruçar- se nele, caiu.
A partir desse momento, começam as aventuras de Alice,
desde beber água e diminuir de tamanho, a comer um bolo
e crescer mais do que devia... Conhece pessoas adoráveis,
como o Chapeleiro, mas também conhece pessoas odiosas e
invejosas, como a Rainha de Copas. Para ela, este é, sem
dúvida, o País das Maravilhas...
poderiam visitar a fábrica na
companhia do Senhor Willy Wonka, desvendar os segredos escondidos e receber chocolates até ao
final das suas vidas.
Será que o chocolate de aniversário de Charlie é um dos premiados?
Fonte: google.imagens
Charlie e a fábrica de Chocolate
Roald Dahl
Na minha opinião, este livro
mostra-nos que, se acreditarmos,
podemos alcançar os nossos
objetivos.
Ângela Agostinho, nº 5, 7º 2ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Gostei muito do livro e com ele aprendi que, se nós quisermos, nada é impossível.
Ana Melo, nº 3, 7º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Fonte: google.imagens
BABE L
Página 4
RESUMOS E OPINIÕES
Robinson Crusoe
Daniel Defoe
Gostei do enredo da história e do facto de ser uma história
Um rapaz chamado Robinson Crusoe (que nome peculi-
de
ceu
Kapum! Slash! Boom! O barco naufraga e Robinson en-
ao
isto faz-nos pensar como serí-
por vezes, por terríveis canibais... Mas nem tudo é mau.
amos e como reagiríamos, se
Robinson também faz um amigo, chamado Sexta-Feira, e
estivéssemos no seu lugar.
juntos fazem todos os possíveis para sobreviver.
Um dia, Robinson consegue sair da ilha com o seu amigo
Maria Marques, nº 14, 7º 4ª
Sexta-Feira e os dois partem noutra viagem de barco até...
[Supervisão: Dr.ª Maria João
Fonte: google.imagens
casa.
I
N
longo
da história (mentalmente) e
contra-se desmaiado na praia de uma ilha, a qual é visitada,
P
suspen-
se. Penso que Robinson cres-
ar) embarca numa viagem emocionante de barco.
O
cheia
I
Queiroga]
Õ
E
S
Fonte: http://agrupamento.aegv.pt/
A propósito da representação da peça Auto da Barca do
Inferno, pela Associação Cultural Kids, no Auditório
Pedro Arrupe
Auto de Moralidade
Na peça Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente faz uma
crítica social, tentando transmitir um ensinamento moral.
António Feio, responsável pela encenação a que as turmas do 9º ano assistiram no dia 6 de janeiro, optou por colocar uma espécie de introdução, antes da peça começar,
100 Anos do Liceu Gil Vicente
Entendey minha verdade
que serviu para se explicarem elementos indispensáveis na
representação de um texto dramático. Os responsáveis recordaram também quem foi Gil Vicente, sempre de uma
Desde 1914, o Liceu Gil Vicente faz uma viagem no ensino e na aprendizagem.
forma divertida, o que atraiu a atenção do público.
A caracterização das personagens estava muito bem fei-
Alguns alunos vão para a escola como diabo na alma, o
ta, principalmente a de Gil Vicente, que parecia mesmo uma
que faz com que tenham um comportamento parvo e preju-
estátua. Ao colocarem o Anjo de patins, isso realçou a leve-
diquem os mais interessados nos estudos. Por vezes, um lá
za e simplicidade da personagem.
vai apregoando uma sátira ou outra, na forma de gozo ou de
desprezo para com alguém.
Em termos genéricos, o desempenho dos atores foi admirável, pois demonstraram muita presença de palco e bom
No fundo, as aulas acabam por ser uma barca, pois a
humor. A iluminação e a sonoplastia também resultaram na
matéria é tanta que dá a ideia de que se está viajar de maré
perfeição, na medida em que reforçavam as ações das per-
em maré. Alguns alunos estão na sala, como se estivessem
sonagens.
numa farsa assaz incomodativa.
Os atos que cometemos vão ter sempre um julgamento,
Entre os professores, lá há um ou outro mais cómico, o
que dá uma crítica ótima a cada uma dessas aulas.
Nestes 100 anos, o Liceu aguentou-se lindamente. Espero que continue assim!
e aqueles que fizeram o bem, procurando sempre uma conduta justa, não podem ter o mesmo fim do que aqueles que,
ao contrário, seguiram o caminho errado, procurando somente os seus interesses.
Nuno Jorge, 6º 5ª (2014/2015)
Camilla Martins, nº 5, 9º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Alexandra Caetano]
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
BABE L
Página 5
O
P
I
N
I
Õ
E
S
A propósito da representação da peça Auto da Barca do Inferno, pela Associação Cultural Kids, no Auditório Pedro Arrupe
Auto da Barca do Inferno no Auditório Pedro Arrupe
O Auto da Barca do Inferno é uma peça de teatro de Gil
Vicente que visa transmitir um ensinamento moral, através
de uma crítica à sociedade do tempo do dramaturgo português.
No espetáculo da Associação Cultural Kids a que as turmas do 9º ano da nossa escola assistiram, a peça, cheia de
música e história, apresenta a morte de dez personagens e
o caminho que cada uma tem de seguir: o Inferno ou o Paraíso.
O Diabo encaminha as personagens para o Inferno e,
por isso, esta personagem tinha de ser representada como
sendo maldita, rude, maldosa e impiedosa, coisa que a atriz
que representava este papel conseguiu transmitir com um
toque de comédia.
O Anjo é o arrais do Paraíso e, desse modo, era de esperar vê-lo cheio de graciosidade e com um aspeto celestial,
mas, infelizmente, a atriz que o representou, na minha opinião, não transmitiu essa ideia.
Entre as personagens, houve uma que me despertou a
atenção: o Sapateiro. A personagem foi representada com
humor, o que se notava na linguagem obscena e nos atos
praticados.
Fonte: google.imagens
ferentes. A música era animada, mas não percebi bem o
que simbolizava...
Gostei muito dos figurinos, adequados à época e a cada
personagem. Era o que acontecia, por exemplo, com Brizída
Vaz, com o seu vestido provocante e sedutor.
O texto era, no geral, cheio de comédia, ironia e com
recurso a uma linguagem que, por ser estranha ao público,
se tornava engraçada.
Esta encenação de António Feio é um grande espetáculo.
O cenário era um pouco confuso. Duas mesas enormes
Daniela Santos, nº 7, 9º 1ª
que eram mudadas de cada vez que se sucediam cenas di-
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Considero a encenação da peça Auto da Barca do Infer-
o público e dificulta a visão.
no, da responsabilidade de António Feio, um excelente es-
O Anjo aparece poucas vezes em cena, ao contrário do
petáculo: dá a conhecer ao público a sociedade do início do
Diabo, evidenciando pouco o conflito entre o Bem e o Mal,
século XVI, abordando também assuntos da atualidade.
como deveria acontecer numa peça dramática.
Nesta peça, personagens de diferentes classes sociais
Contudo, os responsáveis pelo espetáculo conseguiram
vão ter, depois de falecerem, a um cais, onde são julgadas
captar a atenção do público, sobretudo devido ao recurso
pelo Anjo e pelo Diabo, que decidem em qual das barcas
ao cómico e à explicação de alguns aspetos característicos
elas devem seguir. No espetáculo encenado por António
do teatro e da arte de representar.
Feio, optou-se por representar o cais através de duas mesas
de madeira. Na minha opinião, essa opção não funciona,
pois o público, se não tiver lido a obra, não sabe o que as
Madalena Pinto, nº 13, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
mesas representam.
O som e a iluminação apresentam soluções interessantes, como quando Gil Vicente se movimenta pelo palco e o
público nunca deixa de o ouvir ou de o ver. No entanto, a
tela colocada no fundo do palco, onde se projeta a imagem
da cena que está a decorrer, é perturbadora, pois confunde
Fonte: google.imagens
BABE L
Página 6
O
P
I
N
I
Õ
E
S
A propósito da representação da peça Auto da Barca do Inferno, pela Associação Cultural Kids, no Auditório Pedro Arrupe
A peça Auto da Barca do Inferno, encenada por António
Os figurinos demonstravam como as pessoas se vestiam
Feio e levada à cena pela Associação Cultural Kids, trans-
naquela época e os atores tiveram um bom desempenho,
portou-me para os séculos XV e XVI, o que me fez entender
destacando-se as atuações do Diabo e do Parvo, as melho-
melhor cada uma das personagens e gostar ainda mais do
res prestações, contrastando com a atuação do Anjo, que
texto de Gil Vicente.
ficou um pouco aquém, pois a atriz enganou-se múltiplas
A encenação do espetáculo concilia a transição entre a
vezes.
Idade Média e o Renascimento e a atualidade, dando à pe-
O conflito patente nesta obra estava muito evidente nas
ça um “toque” dos tempos modernos. A cenografia foi um
ações das várias personagens, visto que, dependendo do
ponto forte neste espetáculo. A tela de projeção no fundo
que tinham feito em vida, o seu futuro seria o Paraíso ou o
do palco permitiu a visualização da peça de diferentes pers-
Inferno.
petivas, o que a tornou mais interessante.
Esta obra tem um ensinamento moral, pois todas as
Em relação à sonoplastia, as músicas que separavam as
nossas ações, boas e más, têm peso no nosso futuro, fazem
diferentes cenas estavam de acordo com a peça e as falas
a diferença nas nossas vidas, tal como fizeram no futuro
das personagens ouviam-se bem. Quanto à iluminação, as
das personagens do texto vicentino.
servação das várias ações das personagens.
Da encenação do Auto da Barca do Inferno realizada por
António Feio, esperava algo magnífico e irónico, mas a melhor parte, na minha opinião, foi quando o espetáculo acabou.
O Auto da Barca do Inferno, escrito pelo pai do teatro
português, no século XVI, provoca grandes expectativas,
mas quando o texto é encenado de uma forma moderna
desnecessária, já não é bem a mesma coisa. O espetáculo
começa com uma breve introdução em vídeo, na qual nos
informam sobre a estrutura de um auto. Embora útil, a encenação e o uso de termos modernos fazem toda a situação
parecer um canal televisivo, onde o recurso à piada fácil é
constante.
Quando os atores entram em cena, usa-se uma linguagem alterada que, muitas vezes, não se associa à época.
Também parte do guarda-roupa não é fiel ao período quinhentista.
Para finalizar, certas cenas eram muito pouco claras,
como o momento em que o Frade, anteriormente acompanhado de uma mulher, vai para o Inferno sem se perceber
qual o destino dela, já para não falar nas adaptações musicais, pois tenho a certeza que, no século XVI, não se dançava a macarena.
Foi mais um daqueles espetáculos com más opções humorísticas. Muito sinceramente, preferia embarcar para o
Inferno do que assistir a esta versão novamente.
Salomé Gonçalves, nº 19, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Rita Moreira, nº 18, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Maria João Queiroga]
Fonte: google.imagens
luzes estavam bem posicionadas, o que possibilitou a ob-
BABE L
Página 7
TEXTO
EXPOSITIVO
Adamastor
consegue dobrar o Cabo das Tormentas que mais tarde se
O Gigante Adamastor é uma figura mitológica criada por
virá a chamar Cabo da Boa Esperança.
Luís Vaz de Camões para representar todos os perigos, tem-
Joana Saraiva, 6º 5ª (2014/2015)
pestades, naufrágios que os portugueses enfrentaram na
[Supervisão: Dr.ª Alexandra Caetano]
época dos Descobrimentos.
A aparição do Gigante é caraterizada pela utilização
abundante de adjetivos e pelo terror dos marinheiros, que
leva Adamastor a perguntar a Vasco da Gama, simplesmente, «Quem és tu?».
O Gigante tinha um ponto fraco, um amor não correspondido. A questão que Vasco da Gama colocou, levou Adamastor a principiar uma conversa sobre o seu amor falhado.
O Gigante era apaixonado pela bela Tétis que o rejeitou
pela «grandeza feia do seu gesto».
Fonte: google.imagens
Isso enfraqueceu Adamastor, e assim, Vasco da Gama
N
O
T
O casamento
O Padre Robô
No dia vinte e um de dezembro, domingo passado, celebrou-se um casamento em que o padre era um robô da mais
alta tecnologia. Este casamento realizou-se em Tokyo, no
Japão.
Os noivos quiseram utilizar um robô como padre, com o
objetivo de se tornarem famosos por todo o mundo.
Í
C
I
A
O robô chegou ao salão onde se celebrou o casamento
duas horas antes da cerimónia, e, ligaram-no na hora de
casar os noivos.
O aluguer deste padre especial custa à volta de três mil
euros em Portugal.
Esta inovação vai chegar ao nosso país na metade do ano
de dois mil e dezasseis.
Joana Saraiva, 6º 5ª (2014/2015)
[Supervisão: Dr.ª Alexandra Caetano]
A U T O R R E T R A T O
Não sou muito alta nem baixa e sou magra, diria que não
muito, mas o suficiente para dizer que o sou. Tenho um cabelo meio estranho, pois a cor castanha está um pouco misturada com outras tonalidades como se fosse uma tela cheia
de tons e cores misturadas.
Uso óculos e infelizmente os meus olhos não são nada de
especial, são daquele castanho claro, mas nada de surpreendente.
Tenho a pele, diria que branca, mas daquele branco
amarelado.
Na minha face veem-se umas bochechas que, com o frio,
ficam tão vermelhas como se eu estivesse envergonhada.
Os castanhos e os pretos até me ficam bem, mas tenho um
ar cansado como se tivesse feito muita coisa, no entanto, e
muito sinceramente, costuma ser apenas sono.
Sou pensativa e calma, embora de um modo geral goste
de falar. Não exagero, mas até me delicio se a conversa for
de jeito.
Dentro de mim vive uma grande calma mas pareço meio
nervosa. Não consigo parar quieta, como é que hei de dizer?
Tenho sempre de estar a mexer ou a fazer algo. Não é uma
sensação muito agradável, mas há coisas piores.
Para além de parecer cansada pareço um tanto indiferente. Contudo, não costumo estar sempre assim. Não, acho
que não, até sorrio em demasia. A minha mente é mais irrequieta do que eu, (embora não pareça, porque estou sempre a fazer algo), pois estou sempre a falar comigo mesma.
Acho interessante observar as pessoas a fazerem alguma
coisa, gosto só de ficar a ver e a pensar mas, para elas, deve
ser estranho estarem a ser observadas, assim.
Não me acho muito importante e não sou como as outras pessoas, a meu ver…
Matilde Salvador, nº 15, 8º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Manuela Nunes]
BABE L
Página 8
A U T O B I O G R A F I A
O meu casamento foi nas águas do Tejo
Todos os dias passeávamos em Santa Apolónia, perto da
estação dos comboios, recordo-me que ela adorava olhar
Tenho trinta e cinco anos e recordo os meus primeiros
anos de casamento.
Recordo momentos como as primeiras férias juntos, os
fins de semana na quinta dos meus pais e as idas à praia de
Carcavelos no verão.
Quando penso nos primeiros anos de casado é quando o
para o rio Tejo, ela dizia que, se morresse, queria que os
seus restos mortais lá fossem depositados. Não sei porquê,
mas ela amava aquele rio.
Passámos os primeiros anos de casados felicíssimos, só
não conseguimos ter um filho, o que é pena. Hoje estou
viúvo.
sentimento de nostalgia se apodera de mim, dizem que re-
Sim, parte de mim morreu, mas a sua vontade foi feita:
cordar é viver e eu concordo plenamente. Cada vez que me
as suas cinzas foram largadas pelas águas cristalinas do rio
lembro dos meus primeiros anos de casado é como se os
Tejo.
estivesse a viver uma segunda vez, não em corpo, mas em
pensamento.
No início do casamento, eu era feliz, acordava todos os
dias com um sorriso na cara devido ao facto de saber que ao
Cada vez que passo pelo rio Tejo, vêm-me as lágrimas
aos olhos por reviver os meus primeiros anos de casado.
Talvez eu também queira partir agora, talvez eu também
queira fazer parte desse rio…
meu lado estava a mulher que eu escolhi para ser a mãe dos
Denilson Almada, nº 6, 10º GI
meus filhos, a minha melhor amiga e a minha amante.
[Supervisão: Dr. Maurício Bonito]
TEXTOS MIMÉTICOS
À maneira de Padre António Vieira
Os alunos foram convidados a incluir novo peixe no Sermão de Santo António aos Peixes, escrito em 1654
[…] E continuando com os vossos elogios, não termino sem
espaços bem lustrosos pois estais sempre a limpar estes das
antes falar de vós, pequenos molly. Apesar de vós, machos,
algas que os conspurcam. As vossas fêmeas são maiores que
mostrardes comportamentos algo agressivos em certos mo-
vós e são diferentes de outros vossos irmãos peixes, pois (tal
mentos das vossas vidas, vós sois peixes pacíficos que vos
como nós, Humanos) transportam os vossos filhos no ven-
dais tranquilamente com outras espécies do vosso elemen-
tre. Também tendes uma sociedade hierarquizada, com os
to. Comeis de tudo um pouco, tendes apetite para tudo o
vossos clero, nobreza, povo, e aceitais, sem revolta, esta
que Deus Senhor Nosso vos providencia e não sois exigen-
ordem social.
tes. Gostais de plantas, tanto para vos alimentardes, como
Ana Patrícia Ferreira, Nº 2, 11º LH
para vos abrigardes. Gostais também de manter os vossos
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
E agora a vós me dirijo, tubarões, os mais temíveis de todos
ce que tal seja possí-
os peixes, embora os mais sociáveis com os seus iguais. Aliás
vel, pois é mais fácil
não posso deixar de vos acusar de um hábito ou divertimen-
perseguir aqueles que
to que tendes: a perseguição dos pequenos. E o vosso ali-
não possuem defesa
mento são esses mesmos, os pequenos! Sois semelhantes a
do que aqueles que
esses nobres que habitam a terra e não se cansam de abu-
podem retribuir a vos-
sar dos pequenos que trabalham incansavelmente para au-
sa maldade. Vós, como
mentar a riqueza de quem os não respeita. Vós sois parte
muitos outros gran-
desse grupo, desse pequeno grupo que são os grandes e
des, observais o sofrimento dos outros e nada fazeis, lavarí-
apenas perseguis os mais fracos, aqueles que não possuem
eis as mãos, se as tivésseis, como Pilatos, no dia da Paixão
meios para se defenderem da vossa magnificência e feroci-
de Cristo.
dade. Mas agora vos pergunto: teríeis a capacidade de perseguir os vossos iguais? Os grandes como vós? Não me pare-
Fonte: google.imagens
Cátia Magalhães, nº 6, 11° LH
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
BABE L
Página 9
TEXTOS MIMÉTICOS
À maneira de Padre António Vieira
Os alunos foram convidados a incluir novo peixe no Sermão de Santo António aos Peixes, escrito em 1654
E dirijo-me agora a vós, peixes-palhaço. Sois peixes com um
ar alegre, contudo essa alegria esconde a vossa enorme dependência. Vós, que viveis em grupo, estabeleceis relações
com as anémonas-do-mar e sois totalmente dependentes
delas, pois que as utilizais para vos esconderdes dos predadores e para guardar os vossos ovos. Estais-lhes demasiado
sujeitos, deveis ser mais livres e respeitar os amigos.
Ao longo dos tempos, a relação que com ela desenvolvestes
é tal que não sois envenenado pelos seus tentáculos que
conseguem matar todos os tipos de peixes, menos a vós.
Mas sois vós que muitas vezes traís a anémona, pois roubais
o seu alimento. Vós sois traidores, que não conheceis um
amigo que vos protege.
Rodrigo Pereira Carvalho, nº 18, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Fonte: google.imagens
Exercício poético: à maneira de Fernando Pessoa, com versos do próprio
Que é de mim?
A liberdade vem do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade vem devagar (devagar, porque não sei onde quero ir)
Como se tivesse demasiado tempo,
Como se soubesse que o tempo é vago e tem tempo para esperar.
Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
Sim, o mistério do tempo,
Sim, o não se saber nada,
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Nada nos falta porque nada somos.
Basta que a vida seja só a vida e que eu a viva,
- Súbito ausente e nulo do universal destino.
Mas tal como é gozemos o momento,
Tanto quanto vivemos, vive a hora em que vivemos.
Desenlacemos as mãos!
O que me dás, dás-mo. Tanto me baste.
Contenta-te com seres quem não podes deixar de ser,
E deixa a vida incerta ser quem seja.
E entre essas dádivas memoradas, como um rio passemos,
Na sentença gravada do destino.
Acima da verdade estão os deuses.
Nada mais nos é dado.
(Ricardo Reis)/Ana Maria Résio Mendes, nº 5, 12º LH
Que vida tem sido a minha!
Que náusea de vida!
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou
E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma…
Mas é impossível que esta vida dure,
Porque a alma é um abismo
E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
E a vida sempre me doeu, sempre me foi pouco, e eu infeliz,
E salvo este desejo de liberdade e de bem estar, que é de mim?
(Álvaro de Campos)/Gabriela Goes Maciel, nº 17, 12º LH
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
Fonte: google.imagens
Na minha vida,
Dêem-me a liberdade
A liberdade, sim, a liberdade!
Deixai-me viver sem saber nada, e morrer sem ir saber nada!
Se morrer, não falto, e ninguém diria.
BABEL
Página 10
TEXTOS MIMÉTICOS
Exercício poético: à maneira de Fernando Pessoa, com versos do próprio
Brilha a luz de uma janela.
Vive, dizes, no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade.
Sim: há uma diferença.
Sei isto porque os meus sentidos mo mostram.
Fonte: google.imagens
A tua beleza para mim está em existires.
Basta existir para se ser completo;
Vejo melhor os rios quando vou contigo,
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Não me arrependo do que fui outrora,
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
E não digo mais nada. Que mais há a dizer?
A luz apagou-se.
E eu admirei-me, porque não julgava
Morto o meu corpo,
Que mora nela.
(Alberto Caeiro)/Rute Sofia Ribeiro, nº 25, 12º LH
[Supervisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
V O YA G E E N F R A N C O P H O N I E
Un voyage en Polynésie Française
Le 7 février, moi et mon ami Henrique, nous sommes allés
en Polynésie Française. Nous y sommes allés en avion.
Quand nous sommes arrivés à l’aéroport, nous avons pris
notre avion pour une petite île de l’archipel de Polynésie Fran Un voyage à Madagascar
Le 27 janvier, nous sommes allées à Madagascar. Nous y
sommes allées en avion. Quand nous sommes arrivées, d’abord
nous avons visité la plage de la Baie des Dunes et nous avons
bu du jus d’orange. Le soir nous nous sommes installées à l’hôtel Nosy Be. Il avait une belle vue sur la plage. Nous sommes
allées à la plage mais il a commencé à pleuvoir et nous sommes
allées à l’hôtel.
Le lendemain matin nous avons visité la région de Toliara. La
plage est belle et grande. Plus tard, nous avons visité le Parc
çaise, dont le nom est Bora
Bora.
Nous nous sommes installés dans l’Hôtel Sofitel Bora
Bora Motu. Bora Bora est une
petite île tropicale avec des
L’Hôtel Sofitel Bora Bora,
animaux exotiques. Il y a des
en Polynésie
plages de sable blanc et la mer
est très bleue. Cette région est
très relaxante et belle. Au restaurant, j’ai mangé des chevrettes
et j’ai bu du Mai Tai. Henrique a mangé de la langouste à la
vanille et il a bu de l’eau minérale. Les plats principaux étaient
très bons. Plus tard, nous avons vu une attraction - des acteurs
ont joué avec le feu.
Nous avons aimé ce voyage!!!
Elias Silva, nº 2, e Henrique Nichel, nº 4, 8º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
National Tsingy de Bemaraha.
Après un long tour,
nous avons mangé au restaurant La Marmite.
Nous avons aimé ce
voyage parce que Madagascar est une très belle île.
Le Parc National Tsingy
de Bemaraha, à Madagascar
Inês Manuel, nº 5, e Simone Antão, nº 18, 8º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 11
V O YA G E E N F R A N C O P H O N I E
Un voyage au Maroc
La semaine dernière, Laura et moi, nous avons fait un
voyage au Maroc.
Nous sommes sorties de l’avion et quand nous sommes
arrivées, nous nous sommes installées à l’hôtel Riad Kaiss.
Après, nous avons mangé du tajine, du poulet au citron,
du couscous aux prunes et des légumes variés. Comme boisson, nous avons bu du thé à la menthe, et comme dessert,
nous avons mangé un gâteau aux châtaignes.
Après le déjeuner, nous sommes allées au désert du Sahara et nous avons fait un tour en chameau et aussi en moto 4. C’était génial, parce que nous avons senti l’adrénaline
de faire de la moto 4 et aussi un voyage en chameau.
Plus tard, nous avons fait du kitesurf à la plage, mais
avant nous avons bu un jus parce qu’il faisait très chaud.
Voilà notre magnifique voyage qui, malheureusement,
est terminé.
Laís Borges, nº 8, e Laura Marcelino, nº 9, 8º 1ª
Un tour en chameau, au Maroc
[Supervisão: Drª. Inácia Pereira]
Un voyage au Québec, au Canada
Pendant les vacances de Nöel, Mafalda et moi, nous
sommes allées au Québec, au Canada, passer une semaine à
l’Hôtel de Glace. L’hôtel est dans la rue de la Faune. Quand
nous sommes allées à l’hôtel, nous avons passé le pont
Pierre Laporte. Le lendemain, nous sommes allées visiter le
mur de la Citadelle, dans la plus ancienne région du Québec.
L’après-midi, nous nous sommes promenées autour de la
ville. Le but était d’acheter des billets pour le concert d’Avril
Lavigne. Après, nous sommes allées manger au restaurant
Aux Anciens Canadiens, un restaurant de cinq étoiles. Le
concert a été fantastique!
Avant de revenir au Portugal, nous sommes allées visiter
le Vieux-Québec, le cœur
historique de la ville, reconnu par tout le monde en
raison de l’attraction touristique. Pendant le voyage à
l’aéroport, nous sommes
passées devant le Château L’Hôtel de Glace, au Québec
Frontenac. Nous avons pris
l’avion pour le Portugal à dix-huit heures et demie.
Nous avons passé, sans aucun doute, de grandes vacances.
Un voyage à Bruges, en Belgique
Cette année, j’ai voyagé à Bruges avec mon amie Anna.
Après un long voyage, nous sommes arrivées à l’Hôtel Relais &
Châteaux, à Bruges, puis nous sommes allées au restaurant.
Le matin après, nous nous sommes réveillées tôt, nous avons
pris le petit déjeuner et nous sommes allées à l’Église de NotreDame. Au déjeuner, nous avons mangé au restaurant typique
Bistro Kok au Vin. Après le déjeuner, nous sommes allées au
Quai Groenerei près de l’Église de Notre-Dame. Nous avons
diné à l’hôtel et nous sommes allées au Dijver.
Le dernier jour, nous avons mangé des waffles avec de la
fraise et du chocolat. Plus tard, nous
avons visité le Pont Boniface. Après, j’ai
mangé du Gratin Dauphinois et Anna a
mangé du stoemp. Pour le dessert, nous
avons partagé un pudding belge. Après,
nous avons visité les Maisons-Dieu de
Bruges.
On a acheté des chocolats typiques au L’église de Notre-Dame
de Bruges
"The Chocolate Line". Avec de beaux souvenirs, on est rentrées à Lisbonne.
Madalena Gomes, nº 12, e Mafalda Fonseca, nº 13, 8º 1ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Anna Muninhas, nº 2, e Débora Matos, nº 5, 8º 2ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Un voyage à Genève, en Suisse
Cette année, en septembre, je suis allé avec Fábio à Genève,
en Suisse, pour une semaine. Nous avons voyagé en avion,
c’était un voyage incroyable.
Nous sommes restés chez mon oncle et ma tante et nous
avons visité la ville à vélo. La ville est autour du lac, c’est le Lac
Léman, et elle a des champs tout autour. Le lac a un pont que
nous avons traversé à pied le mardi.
Les monuments sont magnifiques et l’architecture est belle.
Le mercredi, nous avons visité le bâtiment de l’ONU avec
tous ses drapeaux.
Jeudi après-midi, nous
avons fait un pique-nique sur
le bord du lac et un voyage en
bateau.
La gastronomie n’est pas
très différente de celle du
Portugal et les gens sont très
sympathiques avec
nous.
Genève est une belle ville.
Le siège de l’ONU, à Genève
Fábio Estêvão, nº 6, e Guilherme Castro, nº 8, 8º 2ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 12
CONTRE LA DISCRIMINATION ET LE HARCÈLEMENT
Je pense que le harcèlement est fait par des personnes
qui ont besoin de critiquer et agresser les autres pour se
sentir mieux.
À mon avis, les victimes de harcèlement ne devraient pas
avoir peur, elles devraient ignorer les insultes et les menaces et elles ne devraient pas se laisser faire.
Le harcèlement à l’école est cruel et inacceptable. Si
vous connaissez quelqu’un qui est victime de harcèlement,
essayez de l’aider. Il faut réagir et prévenir un adulte.
Madalena Pinto, nº 13, 9º 4ª
Vasco Bizarro, nº 20, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Dans le collège, il y a différentes situations de discrimination et de harcèlement, mais toutes sont également cruelles
et inacceptables. Je pense que c’est horrible parce que les
agressions physiques et psychologiques sont très fortes et
laissent des marques sur les victimes pour toute leur vie.
Normalement, les agresseurs ont été victimes de harcèlement ou ils ont des problèmes d’estime de soi et de confiance, alors ils se vengent sur les moins forts.
Une situation est le racisme, une forme de violence que
les jeunes exercent sur leurs copains qui ont une nationalité
différente. Les victimes du racisme réagissent mal, se renferment sur elles-mêmes, et ne parlent pas avec les autres.
C’est une situation terrible et on doit aider les victimes à
lutter contre les discriminations. On peut faire des activités
avec nos copains de différentes nationalités pour connaître
leurs origines et parler avec eux sur leurs problèmes.
Je pense que ce n'est pas correct d'agresser et de faire la
discrimination de quelqu'un qui a une différente couleur de
peau ou une différente origine.
Personnellement, pour moi, l'école devrait être multiculturelle et devrait aussi accepter les immigrés.
Pour ne pas se laisser faire, on peut ignorer les commen-
taires des autres, affirmer avec force ses origines, parler
avec un professeur et expliquer aux agresseurs que ce n’est
pas correct de se moquer de quelqu'un en raison de son
origine ou en raison de sa peau.
I
N
Interview
T
à
E
l’actrice
Rita Moreira, nº 18, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Vasco Bizarro, nº 20, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
R
et
V
I
chanteuse
E
Louane
W
Emera
Journaliste: Bonjour, Louane. Comment allez-vous?
Louane: Bien, merci, et vous?
Journaliste: Bien, merci. Louane n’est pas votre vrai nom. Quel est votre vrai nom?
Louane: Anne Peichert.
Journaliste: Vous êtes française, n'est-ce pas? Où êtes-vous née?
Louane: À Hénin-Beaumont, Pas de Calais.
Journaliste: Quand êtes-vous née?
Louane: Je suis née le 26 novembre 1996.
Journaliste: À quel âge avez-vous commencé à chanter?
Louane: J’ai commencé à chanter à l’âge de douze ans, dans le programme l’École des Stars.
Journaliste: Quel est le style musical que vous chantez?
Louane: Surtout pop, mais aussi rock alternatif et indie pop.
Journaliste: Vous avez lancé votre premier album cette année, c’est vrai? Comment s’appelle-t-il?
Louane: Oui, c’est vrai. L’album s’appelle Chambre 12.
Fonte: google.imagens
Journaliste: Quelles sont vos chansons préférées?
Louane: C’est la chanson Habits (Stay High), de Tove Lo, et les chansons du disque Settle, de Disclosure.
Journaliste: Qui sont vos artistes préférés?
Louane: John Travolta et Patrick Bruel.
Journaliste: Est-ce que vous avez reçu des prix?
Louane: Oui, mais seulement pour mon travail comme actrice, le Prix Lumière et le César du meilleur espoir féminin, pour mon rôle
dans le film La Famille Bélier.
Rita Moreira, nº 18, e Vasco Bizarro, nº 20, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 13
VISITE À ILUSTRARTE 2016
http://www.ilustrarte.net/PT/ilustrarte2016/ilustrarte16.htm
T
E X
T
E
S
D
E S
C
R
I
P
I
F
S
/
D’
O
P
I
N I
O
N
J’ai choisi cette illus-
tout le monde peut construire son caractère et choisir ses
tration de Serge Bloch,
caractéristiques. Avec un crayon, un homme dessine sa tête
parce
et exprime son état d’esprit.
que
je
trouve
qu’elle est simple et très
créative.
À mon avis, cette illustration critique la société de nos
jours et l’absence de différenciation. Je pense que la tech-
Cette illustration nous
montre que nous pou-
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
T
nique mixte utilisée met en évidence l’innovation et la créativité de Serge Bloch.
vons être les auteurs de
João Carita, nº 9, 9º 2ª
notre personnalité, que
[Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira]
Je vais vous
des gens qui réalisent différentes actions. À gauche, il y a un
petit lac, avec la statue d’un animal placée au centre.
présenter
l’illustration de
Violeta
Lópiz
qui se trouve
dans le livre
"Amigos
do
Peito".
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
L’illustratrice utilise des formes géométriques, surtout
des carrés et des rectangles. Les couleurs prédominantes
sont les couleurs pastel.
C’est une belle illustration, complexe, colorée, originale
et avec beaucoup de détails intéressants. Elle donne une
impression de mouvement et de joie!
Elle illustre
Mariana Galhanas, nº 11, 9º 2ª
la place d’une ville où il y a une grande variété de maisons et
[Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira]
J’ai choisi cette illus-
de leur amour produit des carrés de couleurs vives. Les cou-
tration de Serge Bloch
qui s’appelle "Paris sera
toujours Paris".
Cette illustration représente un homme et
C’est une belle illustration qui donne une impression de
liberté et de victoire de l’amour. Cette illustration est un
hommage aux Français qui ont été victimes d’un attentat
terroriste en 2015, en France.
une femme qui sont des
Raquel Ventura, nº 16, 9º 2ª
anges avec des ailes do-
[Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira]
rées et bleues. Ils sont
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
leurs éclatantes attirent notre attention.
amoureux et l’expression
BABE L
Página 14
VISITE À ILUSTRARTE 2016
T
E X
T
E
S
D
E S
C
R
I
P
T
I
F
S
/
D’
O
P
I
N I
O
N
Cette illustration de Serge Bloch représente une scène
familiale.
On peut voir un homme qui offre un bouquet de fleurs à
une femme. Les lignes sont simples, mais il y a un contraste
entre les personnages et les fleurs qui sont colorées. On
met en évidence les formes et les couleurs des fleurs, au
centre de l’illustration. Sur la main droite de l’homme, il
porte une batte de baseball. Il veut s’amuser, mais, avant, il
exprime son amour.
Je pense que cet homme adore cette femme, pourtant
elle n’est pas très enthousiasmée, elle n’est pas très satisfaite.
L’illustration donne une impression de calme et de générosité. Elle est simple, mais il y a des détails intéressants.
Rasmi Ranabhat, nº 17, 9º 2ª
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
[Supervisão: Dr.ª Maria da Paz Vieira]
L’illustration "Monsieur Fifo",
de Matteo Pagani, présente une
autruche, comme une personne,
en d’autres termes, une autruche
comme si c’était une personne. La
technique utilisée dans cette illustration est une technique mixte.
Les couleurs utilisées, comme le
noir, blanc, rose et la couleur or,
sont des couleurs froides, lumineuses et vives. Les formes sont
simples et légères.
Pour moi, cette illustration présente d’une forme caricaturale un animal avec des vêtements humains.
À mon avis, cette illustration démontre le côté sauvage
de l’être humain.
J’ai aimé cette illustration parce qu’elle est amusante et
j’admire les techniques utilisées et les formes simples.
Les illustrations "Capuchinho
Vermelho Operação I, II e III",
d’Emmanuelle Bastien, utilisent
la technique des tampons.
Une maison peut être une
partie d’un monstre, un panier
devient un casque. Cela montre
qu’une chose a plusieurs utilisations.
Il y a des couleurs simples :
bleu, noir et rouge. Et des
formes simples aussi, qui forFonte: google.imagens / catálogo
ment alors des objets plus comIlustrarte’16
plexes.
Je pense que cette illustration prouve qu’il n’est pas
nécessaire de dessiner quelque chose de compliqué pour
créer quelque chose de beau.
Ce sont des illustrations simples mais belles et l’idée est
géniale.
Filipa Cruz, nº 11, 9º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Sónia Dias]
Dans
l’illustration
“Bruaá” (“Amigos do Peito”),
Violeta Lópiz utilise des feutres.
On peut y voir un jardin avec
des personnes, un kiosque avec
une esplanade et il y a un palmier. Le sol du jardin est dessiné avec des lignes rectangulaires et obliques et le mur est
dessiné avec des rectangles.
Je pense que cette illustraFonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
tion est un belvédère parce que
les personnes sont à côté de la barrière et elles regardent
João Silva, nº 14, 9º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Sónia Dias]
l’extérieur.
À mon avis, l’illustration est
simple et réelle. Elle donne une
impression de calme.
J’aime bien cette illustration
car l’illustratrice a tout fait
avec des feutres et l’image
montre un sol et un mur avec
des formes géométriques et
cela m’impressionne.
Maria Bonito, nº 16, 9º 3ª
[Supervisão: Dr.ª Sónia Dias]
BABE L
Página 15
VISITE À ILUSTRARTE 2016
T
E X
T
E
S
D
E S
C
R
I
P
I
F
S
/
D’
Je
vais
I
N I
O
N
ron Rouge”.
Au premier plan, nous
Fonte: google.imagens / catálogoIlustrarte’16
pouvons voir un grand loup
qui se cache derrière un
arbre et observe une fille,
qui fuit l’image.
À l’arrière-plan, on voit
une maison avec la porte
entrouverte, indiquant que
la petite fille l’avait quittée,
et on peut voir aussi de
grands arbres. Les lignes
sont simples et tout le des-
sin est sombre, avec des ombres. Seulement le manteau
rouge de la fille contraste.
La technique est mixte et l’artiste utilise le crayon graphite avec le collage. À mon avis, ce dessin est simple, différent et très original. Je l’aime bien.
Madalena Pinto, nº 13, 9º4ª
Salomé Gonçalves, nº 19, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
L’illustration “Ils
d’une illustration du
peuvent rêver les
livre DEMAIN dont
yeux grands ou-
l’auteure est Louise
verts", de Miguel
Mézel. Pour
faire
Tanco, représente
image,
une scène à l’inté-
l’auteure a utilisé
rieur
une
chambre.
technique
mixte.
d’une
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
Au premier plan, nous pouvons voir un homme qui fait la
Dans
l’illustra-
peinture d’un petit garçon sur un cheval à bâton. L’homme
tion, il y a des
formes
P
une scène dans la forêt, basée sur l’histoire “Le Petit Chape-
parler
cette
O
L’illustration “Curiosa I”, de Sandra Rilova, représente
Fonte: google.imagens / catálogoIlustrarte’16
L’illustration “Curiosa II” de Sandra Rilova, qui utilise la
technique mixte, représente une scène à la forêt.
Au premier plan, nous pouvons voir un enfant, il ressemble à une fille. Cette
fille est très petite, elle
porte un manteau rouge
avec un capuchon. À côté
de la fille, il y a une ombre
géante. À l’arrière-plan, on
voit un énorme loup noir
avec des dents pointues. À
côté de ce loup, il y a beaucoup d’ombres ; ces
ombres ont différentes
tailles, mais toutes semblent des loups.
Les lignes sont simples, mais il y a un contraste entre la
fille et le reste de l’illustration, parce que la fille est le seul
élément qui a une couleur différente. À mon avis, cette illustration est très belle et originale, mais elle est aussi un peu
sinistre.
T
abstraites,
peint le garçon comme s’il était monté sur un cheval réel. À
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
mais simples et des couleurs lumineuses. L’image représente le paysage d’un jardin et une personne qui observe les
belles fleurs et qui se promène entre les plantes. L’illustration donne une impression de calme, de joie.
À mon avis, le trait est libre, l’image a un jeu de couleurs
original et transmet du mouvement. J’aime beaucoup cette
illustration.
l’arrière-plan, on voit l’enfant qui joue avec son cheval à
bâton.
Les lignes sont très nettes et il y a peu de couleur, l’illustration est essentiellement noire, blanche et jaune.
La peinture de l’homme nous donne une sensation de
fantaisie. Toute l’illustration transmet une impression amusante.
À mon avis, c’est une belle illustration qui explique la
Rita Moreira, nº 18, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
possibilité d’imaginer.
Vasco Bizarro, nº 20, 9º 4ª
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 16
VISITE À ILUSTRARTE 2016
T
E X
T
E
S
D
E S
C
R
I
P
T
I
F
S
/
D’
O
P
I
N I
O
N
L’auteur de cette illustration s’apL’auteur de la peinture est Violeta
pelle Violeta Lópiz et elle a gagné le preLópiz et la technique utilisée dans cette
mier prix au concours d’illustration
Ilustrarte 16, avec le livre Amigos do
illustration est le feutre.
Peito.
Dans l’image on voit au premier plan,
Violeta a passé une saison au Portugal et elle a trouvé l’inspiration dans les
à droite, quelques immeubles avec des
rues de Lisbonne pour faire cette illusformes géométriques comme le rectration. Elle a seulement utilisé des
crayons de couleur et elle a tracé des
tangle, le carré et le triangle, et à gauche
lignes. Elle a aussi utilisé des couleurs
Fonte: google.imagens / catálogo Ilustrarte’16
on voit des personnes qui montent et
vives comme le bleu clair et le rouge.
Dans cette image je vois des formes rectangulaires et je
descendent les escaliers.
vois aussi des personnes en hâte et des personnes tranQuand nous regardons cette image superficiellement il
quilles dans leurs maisons. Je pense que cette illustration
représente la vie de tous les jours : une dame secoue le tanous semble voir seulement des maisons mais quand on
pis, quelques personnes montent l’escalier et dans l’iml’observe mieux on voit qu’il s’agit d’une ville où chaque
meuble bleu une personne fait de l’exercice physique. En
général, cette illustration donne une impression de mouvepersonne a une activité.
ment.
C’est une image intéressante et originale qui m’apporte
J’ai choisi cette illustration parce qu’elle est très belle et
différente.
de la joie et du calme et une impression de liberté.
Luana Fernandes, nº 16, 9º 5ª
Rúben Grenho, nº 20, 9º 5ª
[Supervisão: Dr.ª Célia Alves]
[Supervisão: Dr.ª Célia Alves]
T
E
X
T
E
S
N
La première aventure
Il était une fois une fille calme, indépendante et qui aimait cuisiner. Son nom était Marie.
Marie vivait avec ses parents dans une petite ville dans le
sud de la France et son rêve était d’ouvrir un restaurant.
Après avoir terminé ses études, un matin, elle a décidé
de quitter la ville où elle vivait, à la recherche d’une vie meilleure.
Avec l’argent qu’elle avait économisé, elle a loué un petit
appartement. Mais au fil du temps, les difficultés ont commencé à surgir. Marie ne trouvait pas un emploi et n’arriverait même pas à gérer sa propre affaire. Gênée de rentrer
A
R
R
A
T
I
F
S
dé de vivre dans une résidence étudiante car c’était moins
cher. Elle y a fait plusieurs amis. Comme Marie aimait cuisiner, elle passait les journées à faire des gâteaux pour ses
amis.
Un jour, après avoir été longtemps à la recherche d’un
emploi, elle l’a obtenu.
Marie a commencé à travailler dans un bar près du parc,
où elle vendait les gâteaux et les biscuits qu’elle faisait. Elle
avait beaucoup de clients.
Marie a compris que c’était trop tôt pour ouvrir son
propre restaurant. Du moins, elle faisait ce qu’elle aimait.
Autrement dit, elle n’a pas abandonné son rêve.
chez ses parents ou de leur demander de l’aide, elle a déci-
Illustrations de Verena Hochleitner (Autriche), dans Der verliebte koch (Le cuisinier amoureux)
Cláudia Esteves, nº 8, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 17
VISITE À ILUSTRARTE 2016
E
X
T
E
S
N
L’étoile de Paris
A
R
R
A
T
I
F
S
fois Fou était préparé et avec
Illustration d’Ingrid Godon (Belgique), dans Je
pense
T
un seul "clic" il a immobilisé
Chloé était une fille normale, elle allait à l’école, elle ai-
Étoile. Tout semblait perdu,
mait sortir avec ses amis. Elle était belle et très intelligente,
mais dans une histoire comme
mais elle gardait un secret : en plus d’être Chloé, elle était
celle-ci, l’héroïne ne peut pas
aussi Étoile, une super-héroïne qui protégeait la ville de Pa-
perdre.
ris.
Avec un peu de magie, des
Tous les jours, Chloé faisait son chemin jusqu’à l’école,
mots qui transmettent de la
mais ce jour-là quelque chose d’étrange est arrivé. Un grand
force et un peu de notre Étoile
nuage noir a couvert le ciel et ce n’était pas un nuage de
agressive, elle a dérouté Fou et
pluie, c’était plus que cela.
a éliminé le nuage noir. Elle a fait tout ça en moins de cinq
Rapidement, Chloé s’est cachée derrière un arbre et est
devenue Étoile, et puis elle est allée voir le nuage. Elle de-
minutes. Après s’être transformée en Chloé, elle est allée à
l’école, mais… elle était en retard.
vait faire cela rapidement car les cours commenceraient
Bien, vu que Chloé (ou Étoile) a de nouveau sauvé Paris
dans dix minutes. En d’autres termes, Étoile avait dix mi-
en temps record, elle peut faire tout ce qu’elle aime sans
nutes pour sauver Paris.
avoir affaire à Fou pour la distraire. On attend qu’elle arrive
Quand elle est arrivée au nuage, elle a rencontré Fou, un
tôt à l’école demain.
homme méchant qui était toujours désagréable avec Étoile.
Dullier Correia, nº 11, 10º LH
Cet homme n’était pas un rival pour Étoile, cependant, cette
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
La fille qui n’avait pas d’amis
histoires typiques autour du feu. Après tout ça, ils se sont
Il était une fois une fille qui s’appelait Marie, elle avait 16
endormis. Au milieu de la nuit, Marie a été réveillée par un
ans, c’était une lycéenne très, très timide. Dû à sa personna-
bruit étrange, elle a regardé et personne n’était là. Marie
lité, Marie n’a jamais eu beaucoup d’amis et ceux qu’elle
était super effrayée et elle ne savait pas où ses amis étaient.
avait étaient seulement avec elle parce qu’elle était une très
Les bruits étaient de plus en plus forts et n’arrêtaient pas,
bonne élève, et ainsi elle faisait leurs devoirs ou les laissait
d’aucune manière. La fille a crié jusqu’à ce qu’elle com-
copier pendant les contrôles écrits. Marie en avait assez de
mence à écouter des rires. C’étaient ses amis, tout ça était
ça, elle voulait trouver des amis qui l’aimaient pour ce
une tromperie, les soi-disant amis voulaient seulement se
qu’elle était, même avec sa personnalité timide.
moquer d’elle. Immédiatement, elle est sortie de là, en pleu-
pensé "Qu’est-ce qu’ils veulent ?", elle croyait qu’ils
n’avaient pas d’importance et qu’ils voulaient seulement
être populaires. À ce moment-là, pendant qu’elle réfléchissait et dès qu’ils ont commencé à lui parler, Marie a rapidement changé son opinion. Ils ont été super sympathiques,
Marie était surprise et elle a pensé que, finalement, elle
avait découvert de vrais amis.
Deux jours plus tard, le groupe a invité Marie à faire un
campement ce week-end, Marie a immédiatement dit "oui".
Elle rayonnait de bonheur, finalement, elle avait une amitié
qui ne voulait rien en retour. Le jour du campement est arrivé, le groupe et Marie sont arrivés et ils ont commencé à
monter la tente, après, ils ont mangé et ils ont raconté les
Bref, Marie continue toute seule, mais elle espère un
jour trouver de vrais amis.
Sara Alves, nº 26, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
gua de Lava (Langue de lave)
groupe était "les populaires" de l’école. Marie a seulement
rant, avec des millions de pensées.
Illustration de Carmen Segovia (Espagne), dans Len-
Un jour, un groupe d’élèves est allé parler avec elle, ce
BABE L
Página 18
RAPPORTS EN FAMILLE ET ENTRE AMIS
E
n
f
a
m
i
l
l
e
Ma famille est recomposée. Ma mère est mariée avec
Ma famille est
une
famille
très
amusante,
nous
plaisantons
tous
les
nous
jours,
mangeons au resFonte: google.imagens
taurant
tous
les
jeudis et nous choi-
mon père, mais ma sœur, Joana, n’est pas la fille de mon
père. Nous sommes une famille qui se respecte, même
quand il y a des disputes. Ma sœur et moi, nous nous disputons beaucoup, car je suis jalouse quand ma mère lui donne
toute l’attention ou quand elle fait quelque chose que je
déteste, mais je l’adore. Elle est travailleuse et amusante.
J’adore toute ma famille, même avec toutes les disputes, et pour moi, la meilleure famille est la mienne.
sissons un restaurant différent, mais nous avons aussi des
Maria Ferreira, nº 17, 10º LH
disputes. Nous discutons sur des sujets stupides.
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
J’aime ma famille, c’est ma famille idéale, je ne choisirais pas d’autre famille. Nous nous entendons très bien.
Mon frère a six ans, il aime le sport et il aime jouer avec
moi. Il est intelligent, aventurier et généreux. J’aime mon
frère parce qu’il me fait rire. Je l’aide avec ses problèmes et
Ma famille est petite, il y a cinq personnes, ma mère,
mes grands-parents, mon oncle et moi! Comme nous
sommes une petite famille, nous sommes proches et nous
nous faisons confiance. Mais comme toutes les familles,
nous avons nos disputes et conflits.
je prends soin de lui.
Inês Francisco, nº 13, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Ma famille et moi, nous sommes très proches et je peux
dire que j’ai de bons rapports avec tous.
J’habite avec ma mère, mon père et mon frère. Ma relation avec mes parents est comme dans une famille normale, nous nous disputons et mes parents me raisonnent
quand il le faut. Je comprends parce qu’ils veulent faire de
moi une meilleure personne.
Avec mon frère, c’est différent. Il s’appelle Ricardo, il a
22 ans et même avec notre différence d’âge, il est mon
meilleur ami, je sens que je peux lui parler de tout, il donne
les meilleurs conseils. Évidemment, parfois nous nous disputons, mais je pense que tous les frères et sœurs le font. Il
est très important pour moi et je ne pouvais pas demander
mieux.
Sara Alves, nº 26, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Quand je suis avec un groupe d'amis, je cherche à
m'intégrer, je tente de parler des mêmes sujets dont ils
parlent et j'ai remarqué que je suis fréquemment la personne qui parle le plus dans le groupe. Je cherche toujours
à trouver de nouveaux sujets pour discuter et à faire rire les
personnes; je ne suis pas la personne la plus calme dans le
groupe.
Je pense que dans un sens, je suis une personne comme
les personnes de mon groupe (une copie des autres) parce
que nous avons des personnalités similaires et les mêmes
goûts, ce qui explique pourquoi nous sommes un groupe.
Mais je suis différente des autres, nous sommes tous différents, ce qui est bon parce que chaque personne a un rôle
différent dans le groupe.
À mon avis, pour me sentir bien dans le groupe, je dois
être moi-même, car un groupe n’est un groupe que si les
Ma grand-mère s’appelle Gordana et elle est un bon
exemple de la confiance qui existe dans ma famille. Je la
choisis parce que sa personnalité est intéressante pour moi,
elle est aventureuse et hyperactive, elle est incapable de
rester assise. Je la respecte beaucoup, non seulement
comme ma grand-mère mais comme une personne.
En conclusion, nous sommes proches et même si de
temps en temps il y a un conflit ou deux, il n’y a pas de famille parfaite.
Tara Mejia, nº 28, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
E
n
t
r
e
a
m
i
s
Pour moi, un vrai ami
est celui qui me donne
des conseils et même
me fait des reproches,
m’écoute et m’aide en
cas
de
besoin,
par
exemple, quand j’ai un
Fonte: google.imagens
problème. C’est quelqu’un qui est honnête et est toujours
présent. Il est aussi une personne avec qui je passe de bons
moments et qui m’accepte comme je suis.
Cláudia Esteves, nº 8, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
membres vous acceptent comme vous êtes.
Un groupe d’amis fidèles est comme une deuxième famille.
Tara Mejia, nº 28, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 19
H O R O S C O P E
2 0 1 6
Lion (du 23 juillet au 22 août)
En 2016, vous aurez des moments difficiles, mais vos amis
vous donneront de bons conseils.
Cette année, vous dépenserez beaucoup d’argent, donc
vous serez tous les jours préoccupé, vous ne pourrez pas
acheter tout ce que vous voudrez.
Pourtant, cette situation ira changer. Vous changerez de
métier et les problèmes économiques iront disparaître. À
partir de ce moment, l’année 2016 sera merveilleuse. Vous
Fonte: google.imagens
n’aurez pas de moments de tristesse.
Taureau (du 21 avril au 21 mai)
Dullier Correia, nº 11, e Maria Ferreira, nº 17, 10º LH
Pour commencer l’année 2016, vous vous sentirez nerveux
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
parce que 2015 a laissé des traces. Vous aurez des moments de tristesse à cause de problèmes sentimentaux.
Mais, au mois d’avril, vous aurez de bons résultats, vous
recevrez un prix de beauté et vous ferez de nouvelles amitiés. Après avril, l’année 2016 sera une bonne année. En
août, vous ferez un bon voyage et vous tomberez amoureux d’une personne qui vous aimera aussi.
Beatriz Cunha, nº 5, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Fonte: google.imagens
Balance (du 24 septembre au 23 août)
Sagittaire (du 23 novembre au 21 décembre)
Cette année, tu auras plus de situations positives que néga-
Cette année, tu gagneras la loterie, mais tu ne devras pas
tives.
dépenser tout l’argent.
En 2016, tu auras la chance de rencontrer un grand amour
Tu auras une surprise très agréable avec l’amour !Tu feras
dans ta vie. Ne sois pas timide et prends des risques !Tu
de nouvelles amitiés, mais tu devras faire attention parce
auras l’opportunité de voyager pour la première fois dans
que tous ne seront pas tes amis.
un pays exotique avec ton nouveau compagnon.
Tu voyageras à l’étranger pour sentir de nouvelles expé-
Mais il y aura aussi des moments difficiles : tu auras
riences.
quelques disputes avec ta famille et tes amis.
Tu auras une proposition de travail et à partir de ce mo-
N’abandonne pas tes rêves. Cette année tu iras changer
ment tu seras plus actif.
beaucoup!
Adriana Aguilera, nº 1, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
PETITES
Ana Carolina Casaca, nº 2, e Cláudia Esteves, nº 8, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
ANNONCES
Jeune femme, 15 ans, généreuse, dynamique, honnête et
Jeune fille, 15 ans, américaine, heureuse, sincère et amu-
très jolie, cherche jeune homme malhonnête, arrogant,
sante, cherche jeune homme, de préférence célibataire,
infidèle, très laid, et avec une petite amie, pour un deu-
intelligent, fidèle et actif pour être compagnon pour la vie.
xième rapport à deux.
Adriana Aguilera, nº 1, 10º LH
Beatriz Cunha, nº 5, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
BABE L
Página 20
PETITES
ANNONCES
Femme âgée, 75 ans, embêtante, irritante et insensible,
Jeune femme, 25 ans, très occupée, équilibrée, un peu
cherche jeune homme paresseux, stupide, râleur et riche
égoïste et parfois froide, cherche jeune homme fort, beau
pour une vie harmonieuse à deux.
et sensible, comme compagnon pour vie à deux, en été, en
Cláudia Esteves, nº 8, 10º LH
hiver et à la Saint-Valentin.
Dullier Correia, nº 11, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
Jeune fille, 21 ans, belle, mariée, infidèle, gentille et extro-
Jeune femme, 21 ans, déséquilibrée, infidèle, menteuse,
vertie, cherche vieil homme célibataire, fidèle, stupide et
mais très honnête, cherche jeune homme célibataire ou
riche pour les week-ends.
marié, équilibré, riche et fameux pour avoir un rapport
calme.
Maria Ferreira, nº 17, 10º LH
Sarah Maciel, nº 27, 10º LH
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
[Supervisão: Dr.ª Inácia Pereira]
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
Break walls of prejudice and discrimination against the other
In recent years, the immigrant population, especially from
Asia, Africa and Brazil, has been growing significantly in the
surrounding neighborhoods of our school, contributing to a
great social change and a cultural and linguistic diversity.
Gil Vicente School is an example of the growing multiculturalism in Lisbon.
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Most students who attend Gil Vicente School have Portuguese nationality, but about 20% come from foreign
countries. Having a foreign nationality does not necessarily
mean that these students don’t speak Portuguese. However, it is very significant the learning and integration difficulties they have to overcome. Although many students come
from the PALOP (countries whose official language is Portuguese), the great part of students have serious difficulties in
the domain of the Portuguese language, written and spoken.
And that's why many of these students end up feeling
not well integrated and have a negative attitude towards
the Portuguese school.
We think the following measures are very important:
All students who don’t speak Portuguese as their first
language should have the necessary support to their linguistic integration; not only extracurricular classes but also
support by Portuguese students who could monitor groups
of foreign colleagues by providing them a better integration
into school life and study support;
We should learn more about traditions and cultures of
all countries and nationalities present among the students
of our school.
We should spread our culture and invite our colleagues
from different cultures to share our customs and exchange
views on life.
Being a foreigner in a school is not easy; there is a new
culture, language and learning to discover. We still have a
lot to do and discover about integrating foreign students.
We all have an important role in the inclusion of new students and it is our duty to make the school a better place
every day.
All of us, students, teachers and all the school community should contribute to the inclusion of foreign students
and help them feel a sense of belonging at school and help
them to overcome the obstacles they face in succeeding at
school and building a new life.
Marta Alves, nº 14, e Rodrigo Carvalho, nº 18, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 21
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
Fonte: google.imagens
Break walls of prejudice and discrimination against the other
Fonte: google.imagens
M e et
“…the share of disadvantaged students who perform
among the top quarter of all students who participated in
PISA is larger among immigrant students than among nonimmigrant students. These highly motivated students, who
managed to overcome the double disadvantage of poverty
and an immigrant background, have the potential to make
exceptional contributions to their host countries.”
http://www.oecd.org/education/Helping-immigrant-students-tosucceed-at-school-and-beyond
NAME: Ayusha
AGE: 16
GRADE: 10º
CURRENT HOME: Lisbon
PLACE OF ORIGIN: Nepal
Hi friends! My name is Ayusha. I am 16 years old and I
was born in Nepal, the country of Himalaya and the birthplace of Gautama Buddha. We all moved to Portugal Lisbon
three months ago. My mother, father, brother and I flew
y ou n g
i mmi gr ants
We study at Gil Vicente School, Lisbon. Our class is
10GI.We are twenty eight students from 14 to 18 years old.
Some of us are not Portuguese and come from different
continents, different countries: India, Bangladesh, Nepal,
Cape Vert, Philippines, Brazil and Ukraine. Some can’t speak
Portuguese yet but are trying hard. We all expect to learn a
lot with each other and about different cultures. We are a
multicultural class! We want to share our experiences with
one another!
We are studying computer programming basically but
we also have other subjects: English, Portuguese, Physical
Education, Math and Chemistry.
This is a short presentation. Now let’s get to know
better some of us!
10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
here on plane .When we landed at Portugal airport I was
like wow it’s so big and I was really happy. I also felt scared
and excited, all at the same time!
My brother Dipson is 10 year old and we both go to
public school. I love to go to school because I have many
friends at school. I am in tenth grade now. I like the English
subject very much.
BABE L
Página 22
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
e
e
t
y
o
u
n
g
Our house at
Nepal was different. We had
three bedrooms
and a kitchen but
here we have
Fonte: google.imagens
only one bedroom and a kitchen. Also the roads are different; here roads
are so smooth but in Nepal they are sometimes made of
stones. Nepal’s roads used to be crowded by people but
here they are crowded with cars instead. We used to draw
mandap outside the gate at our home in Tihar, which is one
NAME: Kristi AGE: 16 GRADE: 10º
CURRENT HOME: Lisbon PLACE OF ORIGIN: Nepal
My name is Kristi. I am 16 years old and I was born in
Nepal where the highest point on Earth, Mount Everest, is
located. I lived all my life in Nepal. I moved to Lisbon, Portugal two years ago because my parents work and live in Portugal.
In Portugal, I was worried, excited and happy at the
same time. Leaving motherland and moving to Portugal was
the hardest decision. I still miss my family, cousin, school
friends, teachers and grandparents. I still keep in touch with
them through social media.
The culture, traditions, food and houses of Portugal are
totally different from Nepal. It was so hard my first day of
school because everything was in Portuguese and I didn’t
know what they were talking about. Learning the Portuguese language was the hardest thing for me. Although it
NAME: Darwin Gualberto
AGE: 17
GRADE: 10º
CURRENT HOME: Lisbon PLACE OF
ORIGIN: Phillippines
My friend Darwin is from Philippines. He
is seventeen years old and he has got a big
family: his parents and three brothers.
Six years ago he came to Portugal in
order to study and have a better life. He
likes the monuments and going for long
walks. He likes to explore Monsanto. He
also loves playing computer games and
playing basketball. He hates talking too
much and he prefers to be alone than in the middle of
many people.
He likes living here but he also feels homesick. He says “I
miss my culture, gastronomy and the way we treat people”.
Eduardo Grilo, nº 8, 10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
I
m
m
I
g
r
a
n
t
s
of the most celebrated festivals in Nepal. Mandap is the art
of drawing designs on the ground using brightly colored rice
powder and we used to fill different colors in design. It is
the sign that we are welcoming Laxmi, the goddess of
wealth, fortune and prosperity, in our home.
Even though we live in Portugal, we still eat Nepali food.
My favorite Nepali food is momo and, you know friends, I
also have my favourite food here in Portugal and its name is
pastel de nata!
https://www.google.pt/search?q=tihar+festival+nepall
Ayusha Shrestha, nº 31, 10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
was hard, I enjoyed. I go to school and I
am at 10th grade. My Portuguese friends
and teachers help me a lot. The people
here are friendly and I have a lot of Nepali friends in my school.
In Nepal we used to celebrate
Dashain, Tihar but here people use to
celebrate Halloween and Carnival.
Things are different in Nepal and Portugal. The holidays are different. Even
though we live in Portugal we still eat
Nepali food.
Although everything is different from
Nepal, I enjoy living in Portugal. But I
hope for the day when I can visit Nepal.
Fonte: google.imagens
M
Kristi Thapa, nº 19, 10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
NAME: Sonia Akter (16)
Sharmin Akter (18)
GRADE: 10º
CURRENT HOME: Lisbon PLACE OF
ORIGIN: Bangladesh
Sonia Akter, 16, and Sharmin Akter, 18,
are sisters. They are from Bangladesh, Dhaka.
They came to Portugal in search of a
better life; their father came first and works
in a restaurant in Bairro Alto.
They love the sea and the weather in
Portugal. They don´t speak Portuguese yet
but are l learning. They are making a great effort to overcome the language barrier.
Sonia and Sharmin feel very happy.
Mauro Amado, nº 23, e Paulo Abrantes, nº 26, 10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 23
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
M
e
e
t
y
o
u
n
g
I
m
m
I
g
r
a
n
t
s
NAME: Yehor
AGE: 16
GRADE: 10º
CURRENT HOME: Lisbon
PLACE OF ORIGIN: Ukraine
I am Yehor from Ukraine. I am sixteen years old.
I love playing computer games and playing the guitar. I also
like to go to the gym. I don’t like noisy people and the problems they bring.
I came to Portugal in 2014 because of the war on the
east of my country.
Sometimes I miss my home, friends and our traditional
celebrations. According to the Orthodox Church, we celebrate Christmas on 7th January. We eat a 12-dish supper. At
Christmas children and young people go to different houses
and sing Christmas songs. It’s the most important celebration of the year. There isn’t anywhere such an amazing celebration as the Ukrainian Christmas, and we are very proud
of it!
NAME: Alexandra Craivanu
CURRENT HOME: Lisbon
AGE: 15
GRADE: 10º
PLACE OF ORIGIN: Romania
I came to Portugal when I was seven years old. At the
beginning it was a little bit difficult to adapt myself because
I didn't know how to speak Portuguese. But as I was just a
little girl it was easier for me to learn the language. I think
that maybe the friends I made were very important for my
integration here because they have always supported me,
NAME: Giovanna Monte
AGE: 15
GRADE: 11º
CURRENT HOME: Lisbon PLACE OF ORIGIN: Recife, Brazil
I am Giovanna Monte. I moved from Recife, Brazil to
Lisbon, Portugal. I came with my parents and my brothers. I
arrived three months ago. It was winter and very cold; in
Brazil it was very hot. When we landed at Lisbon airport I
felt very happy.
Now I attend a Portuguese school. I don´t like school
Fonte: google.imagens
I like Portugal because it’s a beautiful country, the food
is very good and the Portuguese people are friendly and
helpful, they have a great enthusiasm and always a smile. I
do respect this country.
https://en.wikipedia.org/wiki/
Twelvedish_Christmas_Eve_supper
Yehor Zakharov, nº 30, 10º GI
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
just like my family. Now I'm sixteen years old and I'm glad
to say that I still talk with some people that I met when I
was seven. I really think that knowing people was a big step
for me because made me talk more and more.
And look at me now. Most of people think that I was
born here, in Portugal. I have great friends, I live with my
parents and I couldn’t be happier.
Alexandra Craivanu, nº 1, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
very much because I don’t have many friends yet. The Portuguese are more introverted and the Brazilian are very
extroverted. I’m 15 years old and I really miss my friends in
Brazil, my family and my dog.
I hope to make a lot of friends here because I want to be
very happy in Portugal.
Giovanna Monte, nº 11ºLH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Fonte: google.imagens
BABE L
Página 24
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
F a m o u s
m i g r a n t s
Charlize Theron was born on 7 August 1975 in Benoni
(South Africa). She became a U.S. citizen in 2007, although
she remains with her South African nationality.
She first started her career with dancing (mostly ballet),
then modelling. At the age of 16she won a modelling contract and moved to Milan (Italy). After that she moved New
York City (USA) to attend the Joffrey Ballet School. Unfortunately, after a knee injury her dancing career ended.
At the age of 19, she moved to Los Angeles to work in
the film industry. After several months in the city, she
made her opening film with a non-speaking role in a horror.
A year later she made her first speaking role in Two Days in
The Valley.
Her first long role was The Devil’s Advocate (a huge success).
Since she first started in the filming industry, she has
done more than 38 movies (Aeon Fluz, Hancock, The Italian
Job and Snow White and the Hunstman, etc.)
She is also very passionate about activism. She created
in 2007 The Charlize Theron Africa Outreach Project
(CTAOP), which is a project that supports African youth in
the fight against HIV/AIDS. She was named a United Nations Messenger of Peace, in 2008. She also defends animals’ rights and is an active member of PETA. Apart from
all of this, she also supports same-sex marriage and is involved in women’s rights organizations.
Charlize has two children, both adopted (Jackson and
August).
In total, she has won 42 awards (including 54 nominations).
Beatriz Cardoso, nº 7, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Born on 6th May 1856, Sigmund Freud was an Austrian
neurologist, more known as the father of psychoanalysis
(psychological theories). His early life was spent in the Austro-Hungarian Empire, where he and his family were living
in a moderate state of poverty. In 1865, Sigmund entered a
high school in Vienna, where he proved to be an outstanding pupil. He entered the University of Vienna in 1873 and
graduated from it with a Medical Degree in 1881.
He started developing psychoanalysis when he invited a
woman to talk about her symptoms while under hypnosis.
While she was talking in this state, her symptoms decreased in severity. That led him to the conclusion that consistent and effective symptom relief could be achieved by
encouraging patients to talk freely, without censoring
them. He also realized that patients’ dreams could be analyzed to reveal the complex structuring of unconscious
mind.
In 1902 Freud became a university professor. Because of
this he gained prestige and followers that would later expand the psychoanalytic movement throughout the world.
In 1930 he received the Goethe Prize, an award given to
him thanks to his contributions to psychology and German
a r o u n d
t h e
w o r l d
Arnold Schwarzenegger was born in Austria in 1947. In
his 20s, after winning the bodybuilding title Mr. Universe,
he moved to the USA. He then graduated from the University of Wisconsin. When he decided to end his bodybuilding
career, he became a movie star and started in movies such
as “The Terminator” trilogy and “Conan the Barbarian”.
He’s today considered a famous personality not just
because of this bodybuilding career but also because of his
political life. He was elected the 38th governor of California
in 2003 and was reelected in 2006.
This man is an amazing inspiration of what hard work
and dedication do for us. If he didn’t work hard for his
dreams and didn’t make sacrifices to achieve them, he
wouldn’t be as successful as he is today.
He moved to the U.S to make his dreams come true and
he did it.
Daniel Fonseca, nº 8, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
literature. But in 1938 he had to flee from the Nazis threat
that was rising and that burned Freud’s works and books.
He died in 1939, while exiled in England.
Diogo Pereira, nº 13, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
António Damásio is a Portuguese neuroscientist that
studies the brain and human emotions.
He is a graduate of the University of Lisbon Medical
School.
Now he is a Professor of Neuroscience at the University
of Southern California (USA).
He studies the neurobiology of human behavior and
investigates the brain areas responsible for decision-making
and conduct. After observing behavior of hundreds of patients with lesions in the prefrontal cortex, he concluded
that while the intellectual capacity remained intact, these
patients had constant change of social behavior and inability to respect the social rules. His studies are based in the
area called cognitive science, they are very important for
the comprehension of brain bases of memory and language.
BABE L
Página 25
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
F a m o u s
m i g r a n t s
a r o u n d
He published his first book in 1995; its name is O Erro de
Descartes” (Descartes’ Error). Since then he has published
several books where he describes his discoveries. His books
are translated in many languages and taught in universities
worldwide.
Luís Carvalho, nº 18, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
David Ho was born in Taiwan on 3 November 1952, but
now he lives in United States of America. David Ho studied
in Taiwan until the sixth year, then he went to the United
States of America with his mother and his brother, they
came to reunite with his father that already lived there for
a few years.
He graduated from California Institute of Technology
and Harvard-MIT. He is a famous scientist, the first to try to
understand the disease of HIV / AIDS and to try to get a
drug for this disease. He is the scientific and executive di W a l k
i n
o t h e r
t h e
rector of the Aaron Diamond AIDS Research Center and the
Irene Diamond Professor at Rockefeller University in New
York.
David has been working in the research of HIV/AIDS for
thirty years and he has already published over 400 articles,
all awarded by the scientific community.
He is the leader of a group of organization in China and
in the USA, which aims to combat the disease of HIV / AIDS.
Now they are working on the vaccine against the HIV /AIDS.
Throughout Ho’s career he has received numerous honors and awards; he took 12 doctorates including Columbia
University and the University of Tsinghua.
Sara Cruz, nº 27, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
“Remember, remember always, that all of us, and you and
I especially, are descended from immigrants and
revolutionists.”
p e o p l e ’ s
IF you had to leave your home, …
 Who / what would you take with you ?
 What would you leave behind?
 What would you like to find in a new place?
eTwinning project In a Foreign Land
If I had to leave
my home and were
forced to go to another place, I would
probably take with
me my diary and all
my photo albums
Fonte: google.imagens
because I have so
many
memories
related to them. I would also take my favourite books because they are very important to me.
Music is my life so I wouldn’t leave my violin behind.
In a new place my hope would be to find a better life so
I could start all over again without having my old life
haunting me.
Alexandra Craivanu, nº 1, 10º C
If I had to leave my home because of war, I would take
with me my family, my dog and my cats although I think
cats would have more chances to survive alone. I would
also take my MP3 because music helps me to relax and
would distract me from the sadness of leaving my home. I
would also take clothes, some money, food, medicines and
water.
In a new country, I would like to find justice, equality,
good opportunities, nice people, a good environment and a
nice home.
André Silva, nº 4, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
w o r l d
s h o e s …
If I was forced to leave my home, I would take my family
with me because they are very important in my life and I
can’t live without them. Of course that I would also take
food and money.
In a new place I hope to find the value of inclusion because I would like to be accepted and respected. I would
love to find people that could help me and teach me their
language, their customs and values that I would respect...
Andreia Ventura, nº 6, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Whether you love your life or not, if something happened and ruined your routine, you would miss it. In my
case, at first, I would feel lost, without a path. But I would
have to struggle and try to solve that problem.
If I had to take something material with me, it would be
my computer. I know it sounds materialistic but my computer has all my life, all the pictures I took, it contains all my
happy memories.
I would feel very thankful if I found a place to stay.
Daniel Fonseca, nº 8, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I was forced to leave my country, I would take with
me useful and practical stuff, not valuable things. I would
take food and a lighter so that I could make a fire to warm
myself or to give light or cook something. The last thing
would be my survival kit and a map. I would put everything
in my backpack and let’s go!
When I arrived at a new place, I would take care of myself, get a job, start working and get a home.
Daniel Marçal, nº 9, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 26
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
W a l k
i n
o t h e r
p e o p l e ’ s
If I had to leave my house by force, I would probably
take some clothes, my computer and my mobile phone.
Why my computer and my phone? Because my life is there.
I store everything in them. In my phone I have my friends,
my family, pictures from the last five years. And my computer because I´m addicted to it, I can’t spend one day
without turning it on, even if I don’t do anything with it,
sometimes I just turn it on and listen to music for some
hours.
Márcia Silva, nº 19, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I had to leave my home, I would take my mom, my
sister and my cats with me and I would leave behind my
furniture and my old toys. I would also take with me my old
photos and my cell phone.
I would bring my family because they mean the world to
me and my cats because they need protection and they are
like family members. My old photos show old memories
and my cell phone can help me make important phone
calls.
I would leave behind my furniture because it’s heavy
and huge and my old toys because I don’t need them anymore.
My hope would be to find a new place, with good people around and good services (school, hospitals). But the
best for me would be having my old home back.
s h o e s …
If I were forced to leave my home, I would bring my dog,
clothes, food and money. I’d leave behind all my electronic
devices. I´d like to find a peaceful place to stay with my
family.
Pedro Pereira, nº 15, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I were forced to leave my home, I wouldn’t care much
about material things. Of course it would be difficult to
leave all my personal objects behind, but in situations like
these it is necessary to define priorities. I’d bring my family,
my pet Simba, the money I’d have in my piggy-bank at the
moment and some clothes to keep us warm.
My only hope would be the one of finding a safe place
to stay. That’s all I ask for.
Sara Gomes, nº 19, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Sofia Salvador, nº 28, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I was forced to leave my house, I would take my mobile phone and with sadness I would leave my books behind. If I was forced to leave my house, I would like to find a
new place to call home.
Andreia Silva, nº 3, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
If I was forced to leave my home, I would take my cello,
some clothes and money. But first of all, I would take my
family and friends with me.
I would leave behind my beautiful house and the place
which saw me grow.
In a new place, I’d like to find open doors to let me in
and help me to find a new life with my family and friends.
Cátia Magalhães, nº 6, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
In an extreme situation I´d take some food, clothes to
keep me warm and my family, of course. I´d leave behind
material things, my house…
In a new place and with the ones I love more, I’d like to
find peaceful people, generosity and understanding.
Jessica Cordeiro, nº 10, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
http://www.independent.co.uk/news/world/europe/i-love-my-dog-i
BABE L
Página 27
MIGRATIONS - OPEN DOORS, BE OPEN-MINDED
I n
a
F o r e i g n
L a n d
Students from 10th and 11th grades have joined the
eTwinning project In a Foreign Land whose topic is about
migrations.
In a short video Ana Patrícia Ferreira, nº1, 11ºLH and
Sara Sousa Gomes, nº 19, 11ºLH expressed their views on
this topic - Immigration. Watch it!
https://twinspace.etwinning.net/10942/pages/page/84274
https://www.google.pt/search?q=Where+are+you+from-
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
10PMW–10PALAVRAS,10MOTS,10WORDS
refugee, journey, challenge, borders,
identity, hope, integration, roots,
w a l l s , doors
All around the world there are a lot of refugees, every
single one with different roots or with different habits, languages, a great diversity.
But there is one thing that is common to each one of them:
the challenge that they had or have to face, the journey
that they had or have to make to pass the border.
Some of these refugees lose a bit of their own identity
because of this experience, but they have to make this
effort to pass the huge wall of democracy that separates
the country where they were born from a better life. So
they have to make some sacrifices so that new doors can
open and with them new opportunities can appear.
Besides this they also have to integrate in the new community, in the society that may have different habits, laws,
language, etc.
But they do all of this with the huge hope that one day
they can help their families and friend with the same pro
blems.
Since the summer of 2015 the numbers of refugees
attempting to get into European countries has increased
significantly. In the last 7 years the European Union was not
prepared for this huge refugee crisis, and has along the
years invested in defences, walls and borders but not too
much in plans for the integration of the refugees and in
facilities where they could stay temporarily until they are
accepted in a new country.
These refugees leave their "home", some travel across
the sea in little boats with too many people and with no
security and others walk hundreds of miles, carrying with
them old people and children. In the end of this horrible
journey that they have to make for a better life, they see
their journey being “rewarded “with big walls that stop
their journey, and not a very warm welcome by the citizens
of their new country.
Refugees arrive with no identity, with nothing that represents who they are and what they do, but even with that
they hope to find open doors that can lead to a nice and
stable life in their new country. It's a big challenge in their
life and we should help and support them because one day
we can be like them asking for their help, and I think that
we wouldn't like to be treated as we are treated them now.
More than 19 million people have been forced to escape
their countries, a consequence of war, political reasons and
a never-ending quest for a better place to live. A lot of refugees tend to go to Europe resulting in a “Refugee crisis”.
These people lose their roots, transgress borders to pursue
a dangerous and uncertain journey for a better life in Europe. A lot of refugees die during their journey to Europe.
If they reach the end of the journey, they will have to
face a challenging process of integration in their new
“home”, which (for most refugees) is more of a prison because there are always doors/walls that they need to trespass, like getting a job.
I believe that in the heart of every refugee there’s still
hope for the journey, back to their roots.
André Silva, nº 4, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Andreia Ventura, nº 6, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Beatriz Cardoso, nº 7, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 28
10PMW–10PALAVRAS,10MOTS,10WORDS
r e f u g e e , j o u r n e y , c h a l l e n g e , b o r d e r s , i d e n t i t y , h o p e , i n t e g r a t i o n , r o o t s , w a l l s , doors
In the autumn of 2023, half of the world was in war. The
European Union had collapsed and all countries of Europe
were completely independent. Some countries remade
former empires, like the Austro-Hungarian Empire. Portugal
still remained allies with England and both founded the
European Empire, with Wales, Scotland, Northern Ireland,
France, Denmark, Germany and Iceland as members. Meanwhile, Russia and North America had entered in another
“Cold War” like situation and the European countries supported either Russia (like Spain) or North America (like Italy). North Korea had conquered South Korea and now they
were at war with China. There was little hope for peace in
the world.
There was mass immigration all over the Northern Hemisphere. People fleeing from their home countries and
cutting their roots to move to countries isolated from the
war, like New Zealand or Australia. This proved to be a
great challenge for everyone: the refugees had a tough
journey of crossing borders and travelling through danger-
ous regions that were in a situation of war; the countries
that received the refugees from the war had a huge problem accepting everyone and trying to support them, both
financially and culturally. There were simply not enough
walls and doors for everyone.
To the refugees that successfully entered an isolated
country; they had trouble with integration and starting a
new life with their new identities. Many were accustomed
to different types of weathers and different types of food.
Many of them had families with them.
After a decade of war, all of Europe was in peace and
North Korea and South Korea were now a new country
called New Korea, in which reigned peace and kindness.
North America and Russia signed a peace treaty and all
countries from around the globe agreed in dismantling all
weaponry and starting a new organization, the OME
(Organization for Mankind and Earth). It was the beginning
of a new era.
Luís Carvalho, nº 18, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
The world needs to come together and be united as an
active front but instead of that it is falling apart. We need
to think what we want to be remembered for, as cowards
who build walls and hide behind them and let the
“stranger” die or as generous and respectful people who
open our doors to save human beings.
This is a great challenge for the western world. By receiving the migrants in our countries and integrating them
we all have a lot to gain.
More and more refugees make a big journey, to escape
war in their origin countries.
At the same time, there is a great a challenge to the
European countries, which should help the integration of
these people, who come with the hope of better days and a
better life. They deserve respect for their roots and identi-
ty.
The causes of immigration are always the same, the lack
of conditions for the human beings to live in a country, so
they leave their country and start a new journey.
This journey is not always easy; refugees have to overcome countless challenges, ending in despair, many of
them unable to cross the border to leave their country. But
when they overcome all the difficulties of the big journey
and arrive at the country which they had always thought it
would be a wonderful place, where they would find a better
life, they are confronted with the reality, a place where
people do not respect their identity and treat them as if
they were scapegoats for all the evils. Then migrants lose
all hope they had to find a better life.
For this reason, I think we should help these people to
integrate in our country, respect their cultures and their
roots, open doors to a better life and break down the walls
that separate them from happiness.
Refugees are the people who have to leave their
hometown, their country because of war or religious or
political reasons and seek better life conditions.
They have to make a journey to an unknown country
normally without any conditions at all, like going in a small
boat with more people than what is supposed to. Sometimes they need to walk miles and miles until they search
the ocean and finally get on board. Even knowing that the
trip can go bad they can’t help but keep the hope and go
ahead. They just wish to find some support and some walls
to protect them from the cold.
When they arrive at their destination they need to wait
at the border of the country (without much food and sleeping in tents) and sometimes they are forced to go back to
their country because they are illegal immigrants. It’s like
humanity closes the door to the only opportunity to save
their lives.
If they can actually enter the new country and live there
Márcia Silva, nº 19, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
mEurope should open the borders and allow the entry
of these people. But the refugees shouldn´t “break walls”,
they must “knock doors” in an organized way.
Miguel Gomes, nº 23, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Sara Cruz, nº 27, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 29
10PMW–10PALAVRAS,10MOTS,10WORDS
r e f u g e e , j o u r n e y , c h a l l e n g e , b o r d e r s , i d e n t i t y , h o p e , i n t e g r a t i o n , r o o t s , w a l l s , doors
they need to start all over again. A hard life is waiting and
the integration is not very easy for them because of the
cultural differences. The majority of the refugees are treated badly, in an unfair way by the native country because
they think that ‘they are here to steal our jobs’ or ‘they
want to ruin our country’. They just want to be treated
equally and that the local people respect their identity
(their religion, their nationality). It is a great challenge leaving their roots, their friends, and the house where they always have lived in, spending days and nights walking or
crossing the sea in a small boat, not knowing what can happen when they finally reach their destination…
Sofia Salvador, nº 28, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Last Easter holidays I went to France. My journey took
two weeks.
In France, I visited some monuments like Le Louvre; The
Eiffel Tower; L´Arc du Triumph and Les Champs Elysées. I
had an amazing time.
On my way home I met Mike, a refugee from Syria. His
country was at war and he had to run away to feel safe and
had to face a new challenge. He hoped he would feel inte-
grated in a new society.
He crossed the border to have new doors open to a nice
future.
In France, he hopes to keep his identity and his roots
and he also hopes not to find any walls because he just
wants to live a quiet and peaceful life.
Nowadays there is a problem that is affecting the human race worldwide - terrorism.
Humanity has faced many threats throughout different
periods of time. It has happened because of many different
reasons like money, power, racism and other types of discrimination. In the world we live today, religious extremism
is the main cause.
People are using religion as an excuse to make wars and
therefore killing innocent people and destroying their
homes. These people have no choice than to leave their
homes, their countries and their roots to embark on a jour-
ney in hope to find a better place, free from destruction and
killings.
These refugees cross borders and break down walls. But
as they get closer to their goals, new obstacles and hardships are brought about.
Worldwide Nations should rethink their choices and be
united in order to find a solution to this tragedy. We were
once migrants; we still are one migrant people. If it was our
country, we would like some acceptance and kindness, too.
Refugees, migrations, terrorism, wars…These words are
mixed and something that we are used to listening to these
days. After hearing these words non-stop, maybe we
should give them more importance and think about making
the difference.
Break down the walls and open our doors: it is a chal-
lenge that we must accept because the migrants need help.
They started their journey with hope and you can make a
difference destroying the borders and helping them to integrate.
Cross the border without disorder.
Lara Costa, nº 13, 11º LH
Keep hope and cross Europe.
Marta Alves, nº 14, 11º LH
Start your migration and we will help you in your integration.
Rodrigo Carvalho, nº 18, 11º LH
Migration opens doors to new frontiers. Do not lose hope,
fight with perseverance.
Giovanna Monte, nº 22, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Solange Coelho, nº 29, 10º C
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Ana Patrícia Ferreira, nº 2, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
Cátia Magalhães, nº 6, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
BABE L
Página 30
WHAT IS THE MEANING OF SUCCESS?
“ F a l l
d o w n
s e v e n
t i m e s ,
What do we think about when we think about success?
Many define the success one achieves following the "fame
criteria". A singer is only successful if it sells tons of records,
for example. Then, a person can only achieve success if
their name does never fall unknown on the ears of others.
However, I do not share that point of view. The way I
see it, success does not equal fame. Success relies on our
ability to fight and to jump over the puddles that stand in
our path. We may fall down or get our boots wet more than
just a couple of times, but as a wise man once said: "Fall
down seven times, stand up eight.” Failing does not mean
we must give in without a fight!
Success isn't about the number of Twitter followers, or
the number of digits on your bank account. Success is nailing that one exam you worked so hard for. Success is the
“ L
o
v
e
w
h
a
A lot of people believe that making a lot of money is the
only way to be successful but some other people believe
that there's more important things than money.
In my opinion money is not that important because if
you don't like your job then it does not matter if you're the
richest person in the world, you still won't be happy.
In other way, having a lot of money can be helpful, for
example, if you make a lot of money it will be easier to sup-
s t a n d
u p
e i g h t ”
feeling that it was all worth it, even though you've spent
countless hours on many self-doubt and frustration crisis,
and yet still didn't give up.
Is success really about money? One does not need to be
a billionaire or a celebrity to have success in life. You can be
successful to your friends and family, even if your name is
not on every magazine's cover. My grandmother still cries
at the end of all my concerts and my grandfather still thinks
I'm a "star", even if the conductor of the Berliner Phillarmoniker has no idea I exist.
Success is about achieving personal goals and especially
about happiness, and happiness, as we already know, is
never about numbers.
Sara Gomes, nº 19, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
t
y
o
u
d
o ”
port your family and put your kids to college plus you can
travel around the world, try to solve the world's problems
and achieve your goals.
In conclusion, money can help you a lot but if you hate
your job, work a lot and never have time for yourself, then
it's not worth it.
Andreia Silva, nº 3, 11º LH
[Supervisão: Dr.ª Teresa Neto]
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
TEXTO VENCEDOR | ESCALÃO B - MODALIDADE 1
Uma Linguagem Universal
É uma manhã como todas as outras na cidade de Lisboa.
Bernardo e João, amigos de longa data, acabam de se encontrar à saída do metro. Como não se viam há mais de um ano,
desde a estreia da peça de teatro, o “Auto da Feira” de Gil
Vicente em que os dois participaram enquanto atores protagonistas, fazem uma grande festa e abraçam-se alegremente.
Estão felizes por se reencontrarem. Logo ali decidem ir tomar
um café, querem colocar a conversa em dia. Só passou um
ano, embora para ambos pareça que passou já um século,
uma vida inteira. Sentem que muita coisa mudou desde o
tempo em que faziam teatro.
Bernardo é agora funcionário de uma agência de viagens,
a Travel Trout. Trabalha muito, de manhã à noite, quase sem
parar. Ganha o suficiente para levar a vida. No entanto, não é
o emprego dos seus sonhos. Bom seria, diz ele, poder fazer
umas quantas viagens, talvez dar a volta ao mundo, ir até aos
maravilhosos destinos que apenas conhece a partir do ecrã
colorido do seu computador. Isso sim, seria uma vida, declara Bernardo.
– E tu? O que andas a fazer, como gastas o teu tempo,
conheces o mundo? – pergunta ao amigo João – Não me
digas que passas os dias sentado numa cadeira ao computador, tal como eu, logo tu, que eras um aventureiro...
– Aventureiro? Para dizer a verdade, nunca tive sede de
aventura1. Ó amigo Bernardo, se tu soubesses... – diz o João
– A minha vida em terras distantes1 é complicada, longe dos
meus pais, dos meus amigos, alguns dos quais nunca mais
tornei a ver.
João é hoje emigrante no Canadá. Apesar do êxito enquanto ator de teatro, nunca mais arranjou emprego, nem
no teatro, nem noutra qualquer profissão. Não que não tenha tentado. Se não é aventureiro, sempre foi trabalhador.
Na Escola Superior de Atores trabalhou com afinco e desenvolveu a sua arte, participando em inúmeras peças de sucesso. Tudo parecia correr bem. Mas o futuro acabou por ser
diferente, nunca é como o idealizamos. João via-se for-
BABE L
Página 31
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
TEXTO VENCEDOR | ESCALÃO B - MODALIDADE 1
çado a saltitar de emprego em emprego, pensava em si como
um passarinho sem poiso, acabando por voar para muito
longe. Foi obrigado a emigrar, já que o dinheiro que ganhava
não dava para pagar as suas contas e nem mesmo os estudos. Não dava para continuar o seu sonho de ser ator. Aos
vinte e cinco anos partiu pois para Maple Mountain, uma
cidade canadiana numa região com mais alces do que pessoas. Aí, trabalha agora como lenhador, uma atividade física
esgotante que o leva a desenvolver os músculos e, surpreendentemente, a mente também. Durante o dia, João fala para
as árvores. Diz ele que são boas ouvintes, os melhores espetadores que alguma vez teve.
– Sabes, Bernardo, as árvores ouvem-nos sem perguntar
nada, ouvem sem questionar, sem criticar, não fazem barulho
nenhum. São seres vivos generosos.
– Perdão? – interrogou-o Bernardo que ouvia o amigo
espantado.
– Sim, corto-lhes os troncos e os ramos e com eles faço
abrigos e muitas coisas mais: mesas, cadeiras, estantes, barcos, de que nós na cidade, em todas as cidades, tanto precisamos. São generosas ou não?
– Bom, sim, acho que sim – diz Bernardo um pouco acanhado, sem perceber exatamente o que o amigo queria dizer
com aquela conversa sobre árvores e floresta, mesas, estantes e barcos.
O que quereria João dizer? Aos vinte e cinco anos vivia
longe da sua família e amigos, numa terra distante, com cos-
tumes e hábitos diferentes dos seus. Pensava ser ator e era
lenhador. Queria declamar na língua de Camões (ou de Gil
Vicente), mas falava com as árvores num inglês meio atabalhoado.
– Pareço-te aventureiro? Bom, não desisto dos meus
sonhos. Por isso, amigo Bernardo, com as folhas das árvores
faço ainda coroas e imagino ser o rei da floresta.
Lá longe, João procura melhores condições de trabalho,
uma vida digna, aquilo que não encontrou aqui perto, no
seu próprio país. Foi, por isso, a vida que o fez viajante1. O
que seria dele se não tivesse a generosidade daquelas árvores? O mesmo é dizer, se não tivesse encontrado naquela
terra distante pessoas solidárias, que nele confiaram e lhe
deram um trabalho, amizade, enfim, uma vida em que o
sonho ainda é possível? A solidariedade não pertence a nenhuma nação, a nenhum povo. Pertence a toda a gente.
Pertence até a todos os seres vivos: se regarmos uma planta, há de nos dar uma flor. Se a árvore for grande, há de nos
dar sombra, abrigo, alimento. A solidariedade daquilo que
respira vida é o que nos permite crescer e prosperar. É o
que nos liga: seres humanos, animais e plantas. A solidariedade não fala português, inglês, ou francês. Derruba muros,
porque é uma linguagem universal.
1
Versos de Manuel Alegre (adaptados)
David Wahnon Peeters, nº 7, 7º 1ª
[Revisão: Dr.ª Maria João Vaz]
MENÇÃO HONROSA | ESCALÃO B - MODALIDADE 2
Muros
Eu vi. Eu vi aquilo que não queria ver: sangue a escorrer
pelos corpos, pessoas a gritarem pelas suas vidas ou por
aqueles que deixaram de viver. Eu vi aquilo que ninguém desejava que acontecesse: guerra.
Como é possível aguentar tanto sofrimento? Não suportava mais o que estava a ver, queria ir-me embora dali. Fugi,
como os restantes, para o porto, mas era tarde demais: o
porto já tinha sido bombardeado. Não tínhamos outra opção
senão a de caminhar pelo deserto.
Sem comida e a quilómetros da água, uns morriam de
fome ou de sede e outros suicidaram-se durante a caminhada, pois já tinham perdido a esperança.
Após três semanas, vimos, de repente, uma fonte no meio
do nada. Fomos a correr até lá para beber; era um alívio para
todos nós. Ficámos junto da fonte a noite toda. De manhã,
partimos com a confiança renovada de encontrarmos um
lugar onde ficar.
Três dias depois, avistámos, não muito longe, a fronteira
de um pequeno país, junto à qual se via muita gente aglomerada. Quando lá chegámos, percebemos que um muro
impedia a passagem. As pessoas que o rodeavam empunhavam cartazes a pedir refúgio e outras manifestavam-se contra a indiferença dos guardas da fronteira.
Todos tentaram o que estava ao seu alcance para entrar,
mas sem sucesso. Algumas pessoas ficaram ali o dia todo,
mas eu não. Continuei o meu caminho até chegar a um porto. Entrei num barco e notei muitas caras marcadas pelos
sofrimentos vividos. Todos tinham o mesmo objetivo: ter
uma vida melhor. O barco estava cheio de pessoas como eu.
Não era a única embarcação: atrás e à frente, havia outros
BABE L
Página 32
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
MENÇÃO HONROSA | ESCALÃO B - MODALIDADE 2
Eu não queria passar pelo mesmo: «Mas porque tem isto de
barcos com pessoas que fugiam do seu país.
Mal me apercebi, a frota já estava em alto mar. Era uma
ser assim? Não fomos nós que transformámos a nossa terra
noite de tempestade e os barcos estavam muito instáveis
num campo de batalha! Nós também somos gente, quere-
devido à quantidade de pessoas que carregavam. Quando um
mos viver em segurança!»
raio atingiu o barco atrás do nosso, aconteceu o desastre:
De repente, apercebi-me de que a manifestação era do
afundaram-se muitas pessoas. Poucas se salvaram. Eu conta-
lado de lá da fronteira, com cartazes de gente que nos com-
va-me entre estas. Passámos por muito durante aquela noite,
preendia e queria ajudar. Naquele momento, a minha espe-
mas não havia nada a fazer.
rança voltou.
Já só éramos cinco no bote de salvamento, quando avistá-
Ana Kavka Araújo, nº 4, 7º 2ª
mos a costa de um país. Mal desembarcámos, vi, mais uma
[Revisão : Dr.ª Maria João Queiroga]
vez, um muro com arame farpado, cartazes e manifestações.
TEXTO VENCEDOR | ESCALÃO D - MODALIDADE 1
O frio chegou mais cedo
vales. Estávamos sós e seguros, ainda estamos.
– O mar é azul e gigante, não há como voltar atrás... Sa-
Quando suspiraste o derradeiro -Vamos parar aqui, ficamos mais abrigados do frio- ambos sabíamos que já tinhas
em ti o frio, algures nos pés gretados, perdido nos sapatos
bes nadar?
– Sei, o meu irmão ensinou-me, quando éramos miúdos.
húmidos. Que trazias contigo o gelar, esvaindo-se por entre
O teu irmão ficou para trás para morrer na sua terra. Ele
os dois sobretudos roubados, até ao peito que já nem sempre
era um homem urbano que vivia no presente, com o sem-
ardia.
blante severo de quem ama imenso. Acordava pelos três
No dia em que partimos, reviste mil vezes a rota como se
filhos, trabalhava pela mulher. Tinha os olhos azuis e limpos,
fosse importante, afagaste afetuoso o tal destino no mapa
como dois berlindes da cor cristalina do céu. Eles ficaram
que encontraste abandonado, num daqueles armários gigan-
todos, e nós levamos no coração o seu amanhã.
tes da universidade. Foi o professor que riscou o caminho
com
um
sorriso
pesado
no
rosto.
Encostei-te a um tronco. Nevava por entre a serra, mas
Disseste-
depois o tormento parou. Abri a velha tenda da nossa infân-
-lhe que ainda eras ingénuo e tinhas medo de perder a possi-
cia o melhor que consegui, porque tu já não podias, e por-
bilidade de um amanhã, que isso te enchia de coragem. E os
que eu tinha as mãos vivas das luvas de lã que o teu pai
Balcãs iam ser verdes, e as mulheres seriam decerto belas,
trouxe de Cabul. Porque é que mas deste?
felizes na sua língua caricata e brancas como a frágil flor das
amendoeiras.
O céu estava roto com estrelas, e, entre o pano rasgado
do parco abrigo que trouxe, a lua era a nossa jóia pessoal de
Passámos o Mediterrâneo num barco de cartão à chuva,
osso, ouro e marfim. Aninhámo-nos o mais possível para
perdidos entre outros desafortunados, como um cardume
reter o calor, mas ainda tremias de vez em quando, num
enclausurado numa lata de conserva. O mar rugia uma praga
sôfrego reflexo.
febril ao vento. Tu tinhas a esperança estóica dos que nascem
Começaste a contar a mesma história de sempre, o teu
sós, e o sangue pulsava vermelho pelos teus braços morenos.
pequeno hino. Fiz o melhor para não compreenderes os
A Europa estava nua aos nossos pés, a fronteira era apenas
meus olhos turvos. Então, olhei para ti e vi um mundo. Vi a
um mito de homens loucos, um muro lascando os seus grãos
casa urbana que nos roubaram, os filhos que não tiveste. Vi
para afastar a fatiga dessa terra de ninguém. Mesmo assim,
os desejos que não consumaste. Não seria tão mais doce
seguimos os montes e as aldeias, as florestas e os vazios dos
que a vida, a tua história? Um admirável mundo novo.
BABE L
Página 33
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
TEXTO VENCEDOR | ESCALÃO D - MODALIDADE 1
– O que é que se passa? – e lembro-me como cada sílaba
gos. Num sobressalto, o seu suspiro doce mudou. O vento
se esforçava para gatinhar para fora da tua boca. Lembro-me
soltou das suas entranhas o latir demente de um cão encur-
da dor, rasgando os teus lábios num silvo indecifrável.
ralado, e levantou as árvores mais esguias, a neve, um pou-
– Nada, é isso. Não se passa nada.
co do mundo virgem com ele. A tenda escarlate dos nossos
– Será muito tarde para voltar para trás?
velhos dias voou, desapareceu num segundo, e nós ficamos
Mas nós não temos lugar algum para onde voltar, nenhum
descobertos com o céu luzio de Novembro por companhei-
canto do mundo é nosso. Não temos a casa de família que
ro. Havia uma estrela que foi queimando. Primeiro um ver-
herdei e que tu invejavas, o campo moreno, seco dos verões
melho dúbio, depois um laranja crescente, depois o amarelo
quentes, a mesa de contraplacado onde escrevias os teus
nostálgico das manhãs quentes, cada vez mais forte. O céu
pequenos versos. Não temos nada.
parecia beber da sua luz.
A noite desfez-se num uivar distante. Uma nuvem levou
Pediste-me um cigarro, o nosso último cigarro da sorte,
consigo a lua, as estrelas, e o breu abateu-se como um dilúvio
de um maço que compraste sozinho quando fugimos para
sobre tudo, roubando os verdes eternos dos pinheiros bra-
lugar nenhum. Precisaste de cinco fósforos para acendê-lo
vos, diluindo a sombra que os troncos robustos largavam
porque a noite estava muito húmida. O aroma forte do taba-
sobre a neve. Ao longe, a luz dúbia de uma aldeia preparava o
co lutou com todos os cheiros da noite, o fumo escondeu-se
crepúsculo.
para sempre no perfume sombrio da escuridão.
O teu corpo seco da jornada não tem sede de aventura,
1
A Estrela elevou o céu do falso outono a um êxtase lumi-
nem quis a terra distante. A vida o fez viajante , mas ninguém
noso, como se fosse apenas nessa hora tangível, domável.
o fez igual aos iguais. Não tens a tez Pálida dos que vivem,
Exalaste o teu último viver por entre o sorriso branco, a ni-
nem um ideal complexo feito de remendos de outras eras. Tu
cotina e a solidão. Eu fiquei só.
eras tu. Abdicaste da voz, da decisão e da propriedade, do
corpo e da coragem, da parca dignidade que restava para
estares aqui.
1
Versos de Manuel Alegre
José Gustavo Duarte Ferreira, nº 11, 12º C
A brisa acariciava as nossas faces com os seus dedos lon-
[Revisão: Dr. Nuno Soares]
MENÇÃO HONROSA | ESCALÃO D - MODALIDADE 1
Adelanté, Joaquim!
Dá-se pelo nome de Joaquim Nascimento, mas não se dá a
qualquer um.
Deu-se à sua mulher Esmeralda que não lhe deu hipótese,
com aquela saia verde rodada na noite do baile. Até parecia
que nunca a tinha visto vestida! “Vira que vira e torna a virar!”. Estimada rapariga, não fossem os pais doentes seria
bailarina, aquele relâmpago fugaz! Olha as outras todas ali ao
pé dela, Joaquim! A da frente arrumada num vestido em tons
de azul e a prima com um até aos joelhos!
Nem os corrupios todos o deixavam tão zonzo como Esmeralda deixava.
Desgraçado Joaquim, como aquela pedra preciosa te deixou…!
Ajeita o encosto da poltrona encardida e tenta adormecer
de novo. Para novo é que já não vai…nem as “gordas” do
noticiário consegue ver em condições. E o quanto Joaquim
gosta de saber de notícias, não de gordas. Mas isso pouco
importa agora. Faz hoje 3 anos... E tanta falta lhe faz, o cheiro vindo da cozinha, o trautear da canção, o bate pé do malhão e o beijo do até já.
Olha para o relógio da sala, impaciente. Ainda não são
horas dos medicamentos. Ainda não são horas do telefonema dos netos favoritos, que são todos. A filha “Natalie” costuma falar em último lugar, depois das gargalhadas e das
novidades da escola. Vá lá ela saber que ontem Joaquim se
esqueceu de jantar. Mas isso ele sabe omitir, não é a barriga
que fala ao telefone. São horas de quê, Joaquim?!
A televisão olha para ele. O comando está longe do acento. Ainda sente a energia inquieta sempre a passar em frente ao ecrã em dia de jogo, a varrer a casa imaculada e a lim-
BABE L
Página 34
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
MENÇÃO HONROSA | ESCALÃO D - MODALIDADE 1
limpar o pó que não existia. Que nervos, que saudade! - recordar dói um bocadinho mais quando se tenta desviar o assunto, e Joaquim tenta muito.
Tanta preguiça e tantas contas para pagar. Na pátria bem
se governou sem luz, sem gás e sem modernices, entre três
paredes e meia. Era Joaquim e mais quatro, ele o mais velho,
e seus amados pais. Heranças que ficam, tempos que vão…
Olha as horas, Joaquim!
Tem mesmo de ser.
Levanta-se devagar com pouco ruído. Ai as cruzes! Em pé,
caminha e arrasta os chinelos como quem arrasta o corpo
todo e o que dentro dele ainda sobra. É só um corredor pequeno até ao quarto de Joaquim.
Pequeno como quem diz. O corredor é grande o suficiente
para pensar demais.
Lembra-se Joaquim quando “deu o salto” para uma vida
prometida. O caminho também era grande o suficiente mas
não se podia pensar muito.
Foi o beijo do até já e a oração aos santos todos que o
encaminharam. Também uns contos de reis à igreja, não fosse S. Pedro trazer tempestade maior! Trabalho esse que coube a Esmeralda, coitada. Lá ficou a portuguesa com o coração
apertado e a filha nos braços. Fez lembrar a partida para a
guerra colonial que nunca aconteceu, o sentimento era semelhante e a batalha também. Tanta injustiça e tão pouca alternativa.
Lá foi ele, Joaquim unipessoal, que dividido pelo amor
passou a ser Joaquim marido e Joaquim pai. Tanto sentimento e tão pouca humanidade.
Partiu. Que corredor! Que fronteira!
Deixou-se ir…
Era noite serrada e o saco não pesava, eram poucos os
haveres. Trazia no corpo a camisa favorita que o fazia pesar
menos que o saco, tal se enchia de conforto e de esperança,
não o saco, a alma. Foi do simbolismo que roubou as forças
para não olhar para trás.
Joaquim e mais 5, todos filhos da terra que os criou. A
candeia alumiava o caminho e os olhos apontavam para o
chão. - pouco importam os filhos da terra quando não se pode conversar - Tanto que Joaquim tinha para dizer. Cabeça
baixa e sempre em frente como na tropa, só faltou a continência. Incontinência é que não dava jeito.
Repousou apenas uma vez antes da fronteira com Espanha. Escassos minutos de olhos abertos e de coração apertado. Parecia Esmeralda… mas os apertos eram diferentes.
Ao passar a fronteira não lhe passou o desassossego porque estes vizinhos nunca foram de fiar, como os ventos!
“Sigamonos adilante, prósigue Joaquim!” - nada melhor que
ser português e entender as línguas de todo o mundo. Nem
que seja entendê-las mal.
“Nuestros hermanos” tinham a sua vida em mãos. Só
faltava mais de metade da peregrinação, desta vez trocando
Fátima por uma outra com a mesma inicial. Chamavam-lhe
França!
Perdoai-o Senhor, mas ele sabe o que faz! Está quase
Joaquim!
Já sentia o frio vindo da cordilheira. Quando voltasse a
Portugal e o corpo não lhe pesasse mais, descansado, poderia dizer que passou por ali, que viu e sentiu. Pirenéu monstruoso não quis facilitar. Olha para ti Joaquim, homem do
norte com medo da neve!
Não se podia parar de andar nem de confiar. Pareciam
“coelhos” brancos a saltar na neve guiados por Deus. Acreditou Joaquim, redimindo-se na fé.
Passou o monte que era montanha – e que o era de verdade – e olhou a nova terra. Suspirou e provavelmente sorriu - é reconfortante porque é nova, mas é triste porque não
é Terra, a nossa Terra. – Restou-lhe entrar com o pé direito.
Chega ao fim do corredor e entra no quarto. Joaquim
tem direito a desconto, memória de velho demora a processar e o corredor é grande. As tábuas do chão do quarto rangeram, mas nada de catastrófico ou escandaloso. Nem a
vida é assim com Joaquim porque ele não deixa. “Não tem
sede de aventura, nem quis a terra distante. A vida o fez
viajante”1 e ele aceitou. Assim como aceita o relógio, os 3
anos, os medicamentos, os 3 anos, a televisão, os 3 anos e
aceitará o resto da vida.
Veste-se aperaltado e aperta a camisa até ao fim. A favorita faz anos que não lhe serve porque a idade não perdoa e
a vida já não corre como antes. Apressa-se em direção à
sala, como quem corre para o baile, apanhando a foto que
está em cima da mesa junto à poltrona. Ai as cruzes! Guarda
-a no bolso interior junto ao peito. Só Joaquim saberá qual a
foto e qual o interior onde quer guardá-la. O bolso está furado mas Joaquim não sabe. Se soubesse pensaria –“Tanta
falta me faz a agulha sempre pronta a acarinhar o meu tecido velho.”
Abre a porta de casa como quem derruba um muro e põe
o pé de fora. O direito.
Patrick, um dos netos favoritos, já o esperava de mão
dada com a sua “Natalie”.
Os outros, ansiosos, esperavam-no já dentro do carro.
1
Versos de Manuel Alegre
Ana Maria Résio, nº 5, 12º LH
[Revisão: Dr.ª Maria do Rosário Pinto]
BABE L
Página 35
CONCURSO LITERÁRIO
FA Z E D O R E S D E H I S T Ó R I A S
MENÇÃO HONROSA | ESCALÃO D - MODALIDADE 2
O Mundo Cinzento
Numa certa tarde nublada, estava deitado no meu quarto,
a olhar pensativo para o teto. Estava a pensar no quão caóticas as minhas emoções estavam nesse dia – fúria, frustração,
felicidade, calma, unidas numa mistura inseparável. Então,
propus-me um exercício bastante peculiar. Fechei os olhos.
Tentei imaginar, por breves minutos, um mundo onde esta
amálgama de sentimentos não existisse. Por outras palavras,
um mundo sem esperança.
Um mundo com ideais extremamente corrompidos. Igualdade substituída por discrepâncias fortes dentro da sociedade; altruísmo por um egocentrismo perturbador; liberdade de
expressão por mutismo em relação a tópicos controversos;
amor por dores complexas no coração que se tentavam evitar; raiva e frustração por um pacifismo e uma passividade
demasiado opressiva; e liberdade por um muro intransponível e verdadeiro que circundava a sociedade e afastava os
selvagens do lado de fora.
Há outro aspeto muito importante: concebi este mundo
sem cor.
Imagino uma rapariga de dezasseis anos – vou chamar-lhe
Marta – a passear nas ruas da cidade onde vive. Vai de cabeça baixa, sozinha, sem falar, a pensar em si e em mais nada.
Apesar de aceitar sem relutância este mundo corrompido, ela
tem uma pequena faísca dentro de si que brilha intensamente e que pode alterar tudo. Quando uma faísca se transforma
num fogo que não pode ser parado, tudo muda.
É por isso que, no dia em que concebi este mundo, a Marta compra algo inusitado: uma mera semente de pinheiro. A
princípio, ela não sabe onde poderá plantar esta semente. Ela
arrisca uma hipótese, e dirige-se às fronteiras da sua cidade,
ao muro de cinco metros que esconde o que existe do outro
lado. A Marta encontra solo fértil perto do muro que serve
para a sua sementinha. Ela enterra-a com amor, e pela primeira vez em meses, a Marta faz um sorriso genuíno.
Inicialmente, acho este gesto um pouco estranho – apesar
de ter sido eu a conceber este mundo. Mas a Marta tem um
lema importante. Uma semente pode ser apenas isso no início, mas um dia ela crescerá, e modificará para sempre o que
existe à sua volta. Naquela semente de pinheiro, a Marta deposita a sua faísca de rebelião, esperando que não se apague.
Todos os dias, a Marta passa pelo muro para cuidar da
semente. Decido fazer o tempo passar mais rápido na minha
cabeça, para que neste mundo cinzento passem dias, meses,
anos. Paro de avançar no tempo e agora vejo a Marta com
dezanove anos a visitar o pinheiro que brotou da sua semente. Ninguém reparou na árvore – todos os membros da comunidade estavam demasiado absortos nas suas vidas para
reparar no ambiente que as rodeia. O pinheiro tinha crescido bastante – estava muito mais alto que o muro.
E então a Marta vê algo extraordinário a acontecer. Ela
vê a sua faísca a mudar o mundo, pois no exato momento
em que está a observar o seu pinheiro, uma parte do muro
que tudo separava, rachada pelas raízes da planta, quebra e
colapsa. A Marta recua, enquanto os tijolos do muro caem.
Há pessoas que param, espantadas pela primeira vez na vida
por algo que não é o seu ego. A Marta tinha quebrado o
muro.
Concebo agora na minha mente um último pormenor.
Com a queda do muro, começo a ver as cores: o verde do
pinheiro; o casaco azul da Marta; os olhos perplexos das
pessoas. A Marta sorri. O que haveria do lado de fora?
Quem encontrariam? E como poderiam melhorar o mundo
que acabara de redescobrir as suas cores, de forma a erradicar os ideais corrompidos que imaginei?
Quero descobrir a resposta, mas nesse momento abro os
olhos. E num instante, esse mundo desaparece, porque não
passava apenas de uma divagação da minha mente. Mas
mesmo tendo sido imaginado, talvez este mundo não seja
tão diferente do meu.
Talvez – um talvez quase certo – este mundo imaginado
tenha muitas semelhanças ao meu. E daí retiro
várias conclusões: que
todos temos muros nas
nossas vidas, sejam eles
literais ou metafóricos;
mas também concluo
que não nos devemos
esconder atrás deles,
como cobardes passivos
incapazes de atuar. E que para mudar as injustiças deste
mundo, temos de ter a iniciativa.
É a nossa ação que atua como motor da mudança em
prol de um mundo mais justo.
Miguel Graça, nº 19, 11º C
[Revisão: Dr. Nuno Soares]
BABE L
Página 36
http://greensavers.sapo.pt/2014/09/04/uma-torre-de-babel-em-areia-construida-com-tecnologia-3d-com-fotos/
A correção linguística e a revisão dos textos produzidos pelos alunos são da inteira responsabilidade dos respetivos professores.
BABEL - Publicação Plurilingue do Departamento Curricular de Línguas - Número 13
FICHA TÉCNICA
CONCEÇÃO | EDIÇÃO | ARRANJO GRÁFICO: Maria João Queiroga
SELEÇÃO DE IMAGENS: Professores e alunos que colaboraram neste número
COLABORARAM NESTE NÚMERO:
PROFESSORES - Alexandra Caetano, Célia Alves, Inácia Pereira, Isabel Pires, Manuela Nunes, Maria da Paz Vieira, Maria do Rosário Pinto, Maria João Queiroga,
Maria João Vaz, Maurício Bonito, Nuno Soares, Sónia Dias, Teresa Neto
ALUNOS - Adriana Aguilera, Alexandra Craivanu, Ana Carolina Casaca, Ana Kavka Araújo, Ana Maria Mendes, Ana Maria Résio, Ana Patrícia Ferreira, André
Silva, Andreia Silva, Andreia Ventura, Anna Muninhas, Ayusha Shrestha, Beatriz Cardoso, Beatriz Cunha, Camilla Martins, Cátia Magalhães, Cláudia Esteves,
Daniel Fonseca, Daniel Marçal, Daniela Santos, David Wahnon Peeters, Débora Matos, Denilson Almada, Diogo Pereira, Dullier Correia, Eduardo Grilo, Elias
Silva, Fábio Estêvão, Filipa Cruz, Gabriela Goes Maciel, Giovanni Monte, Guilherme Castro, Henrique Nichel, Inês Francisco, Inês Manuel, Joana Saraiva, João
Carita, João Silva, José Gustavo Duarte Ferreira, Kristi Thapa, Laís Borges, Lara Costa, Laura Marcelino, Luana Fernandes, Luís Carvalho, Madalena Gomes, Madalena Pinto, Mafalda Fonseca, Márcia Silva, Maria Bonito, Maria Ferreira, Mariana Galhanas, Marta Alves, Matilde Salvador, Mauro Amado, Miguel Graça,
Miguel Gomes, Nuno Jorge, Raquel Ventura, Rasmi Ranabhat, Rita Moreira, Rodrigo Pereira Carvalho, Rúben Grenho, Rute Sofia Ribeiro, Salomé Gonçalves,
Sara Alves, Sara Cruz, Sara Gomes, Sarah Maciel, Simone Antão, Sofia Salvador, Solange Coelho, Tara Mejia, Vasco Bizarro, Yehor Zakharov, 10º GI
TIRAGEM A PRETO E BRANCO (FOTOCÓPIA): 20 exemplares PREÇO: 1 € TIRAGEM A CORES: 12 exemplares PREÇO: 5 €
PROPRIEDADE: Escola Gil Vicente | Agrupamento de Escolas Gil Vicente
Rua da Verónica, 37 - 1170-384 LISBOA
Tel. 21 886 00 41

Documentos relacionados

escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente

escola gil vicente | agrupamento de escolas gil vicente alimentar a gata que se espreguiça, preguiçosa e roliça, na alcatifa da sala? Ou será aquela mulher, desgrenhada e stressada, que entra no metro aos encontrões e solavancos, trazendo consigo os tam...

Leia mais