O comércio de rua, que durante anos foi praticamente

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O comércio de rua, que durante anos foi praticamente
Junho 2011 – De volta à rua
Índice
O comércio de rua nas principais cidades europeias
Principais ruas e zonas de comércio de Lisboa
Lojas emblemáticas
Um olhar sobre...
Mapa Avenida da Liberdade
Mapa Rua Castilho
Mapa Rua Augusta
Mapa Chiado
Mapa Guerra Junqueiro
Principais ruas e zonas de comércio do Porto
Principais Aberturas 2010
Principais Tendências
Acerca da Jones Lang LaSalle
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O comércio de rua tem sido um tema
muito abordado, em especial nos
últimos dois anos. Encarado mais
do que nunca como uma alternativa
aos Centros Comerciais e uma
oportunidade de expansão para muitos
lojistas nacionais e internacionais, este
formato comercial tem demonstrado
um dinamismo cres­cente muito
interessante.
A oferta massificada e generalista dos
Centros Comerciais está a encontrar
um concorrente mais forte no comércio
de rua, com as marcas internacionais
a olharem para Portugal como um
destino de expansão para as suas
lojas. Concentrado nas principais
avenidas e centros urbanos, começa
agora a ser percepcionado quer por
lojistas quer por consumidores, como
o segmento comercial que oferece um
leque de oferta variado, de qualidade e,
em alguns casos, único. Neste relatório
pre­tendemos abordar o seu estado
actual nas principais ruas comerciais
de Lisboa e do Porto, assim como
traçar em linhas gerais um retrato
das principais cidades europeias.
As marcas presentes, os segmentos
de actividade em processo de
expansão, valores de renda praticados,
são alguns dos temas que serão
desenvolvidos neste relatório.
Patrícia Araújo,
Directora de Retail Leasing
Esperamos que este trabalho realizado
pelo Departamento de Research da
Jones Lang LaSalle ajude a compre­
ender a dinâmica deste formato comer­
cial que tem vindo a moldar-se de
forma surpreendente às necessidades
actuais dos consumidores através da
oferta de lojas com conceitos cada vez
mais apelativos.
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Junho 2011 – De volta à rua
Após o choque económico sentido por toda a Europa,
o mercado de retalho começa lentamente a demonstrar
sinais de reanimação.
É, sem dúvida, um dos sectores que mais
contribui para o crescimento económico,
emprego e criação de ambientes de
lazer dinâmicos para os consumidores.
Embora a diminuição da procura tenha
sido uma realidade em 2010, foram
várias as marcas que, por toda a Europa,
apostaram na abertura de novas flagship
stores.
O comércio de rua provou ser resistente
à crise instalada, com algumas cidades
europeias a registarem uma estabilidade
ou mesmo crescimento nos valores de
renda praticados.
Barcelona
Com um mercado de retalho muito
dinâmico nos últimos anos, Barcelona
assistiu a uma reorganização do perfil
de algumas das suas principais ruas
comerciais. A cidade está agora bem
equilibrada e oferece algumas das
melhores lojas de Espanha.
Porta de L´Angel é o principal ponto
de encontro para a moda internacional.
A sua localização próxima do El Corte
Inglés e da Catedral é propícia a um
footfall elevado, tanto de moradores como
de turistas.
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Pelayo e Portaferrissa são ruas mais
curtas que estão novamente na moda,
onde as marcas catalãs contam com uma
forte presença. A parte superior do Paseo
de Gracia, perto da Avenida Diagonal,
emergiu como localização chave para as
marcas de luxo desde 2007, deixando a
extremidade inferior (separada da Porta
de L´Angel pela Praça da Catalunha) livre
para o mercado de retalho dirigido às
massas.
A procura neste segmento comercial
enfraqueceu ao longo dos últimos
anos, espelhando a tendência que se
vive em toda a Espanha. Isto acontece
principalmente devido ao regresso
dos planos de expansão das marcas
nacionais direccionados para o formato
de Centros Comerciais.
Berlim
Centro cultural e político da Alemanha,
oferece uma multiplicidade de destinos
comerciais modernos e bem estruturados.
Embora exista um grande número
de Centros Comerciais periféricos, o
centro de Berlim ainda é dominante.
Para Ocidente, Kurfürstendamm é a
localização mais proeminente de retalho,
formando uma zona comercial junto com
Tauentzienstraße.
Estes são os locais mais procurados.
A Department Store mundialmente
conhecida KaDeWe encontra-se aqui
instalada, assim como marcas de moda
nacionais e internacionais. Para o Leste
da cidade, Friedrichstraße tem uma
elevada proporção de múltiplas mas
também luxuosas marcas, tendo-se
estabelecido neste segmento comercial.
Também o mercado Hackesche é
popular entre os turistas e tem um
ambiente comercial similar ao de Covent
Garden, em Londres ou do bairro Marais,
em Paris.
Londres
West End é o principal destino de retalho
no Reino Unido e um importante centro
mundial de retalho. A capital apoia-se
numa base de clientes internacionais
com uma proporção considerável de
vendas no retalho a ser impulsionada
pelo turismo. As suas três principais
ruas comerciais, Oxford Street, Bond
Street e Regent Street formam a maior
concentração de retalho na Europa.
Oxford Street é uma importante avenida
na área de Westminster. Com mais
de 300 lojas, é a rua comercial mais
movimentada de toda a Europa. Foco
do mercado de retalho de West End,
nesta avenida podemos encontrar uma
infinidade de Flagship Department
Stores, que são uma motivação para os
consumidores se dirigirem a esta rua.
Bond Street é o melhor dos pontos de
luxo na Central London e uma localização
obrigatória para a maioria das marcas de
luxo.
Marcas como Chanel, Christian Dior,
Dolce & Gabanna, Emporio Armani,
Ermenegildo Zegna estão aqui
presentes.
Já Regent Street beneficiou por ser
propriedade plena única da Crown
Estates, que implementou uma estratégia
de mix de lojas que tem atraído alguns
dos grandes retalhistas internacionais
para a rua.
West End é o principal
destino de retalho no
Reino Unido e um
importante centro mundial
de retalho.
Covent Garden é uma referência a
não perder. É uma área dominada por
estabelecimentos comerciais e um
local turístico, com um mix de retalho
rejuvenescido que agrada aos jovens
e aos apreciadores de moda. O forte
desempenho das vendas está a começar
a converter-se num aumento de rendas,
onde historicamente a falta de oferta tem
reprimido os valores das rendas.
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Junho 2011 – De volta à rua
Várias operações de benchmark
estão a mostrar o grande potencial
de crescimento do mercado londrino,
incluindo o recente arrendamento da
retalhista espanhola Desigual no 360
Oxford Street e o arrendamento do
joalheiro Piaget Swiss na New Bond
Street, por valores muito significativos.
Paris
Paris é uma das líderes mundiais em
destinos turísticos e também um dos
melhores locais de retalho, juntamente
com Londres e Nova York. Continua a
atrair as melhores marcas nacionais e
internacionais que, inevitavelmente, estão
atentas a esta cidade para abrir lojas
próprias.
Os parisienses preferem zonas como
a Champs Elysées, a Rue de Rivoli
ou a Ópera e Boulevard Huassmann,
enquanto aqueles que vivem nas áreas
periféricas preferem fazer as suas
compras em Centros Comercias como
Rosny 2 ou Velizy 2.
Retalho de luxo pode ser encontrado por
toda a cidade, com a maior concentração
de marcas na Avenue Montaigne e
Faubourg Saint-Honoré.
As difíceis condições económicas
exerceram pressão sobre a capacidade
de alguns lojistas em pagar as elevadas
rendas que eram praticadas ao longo
de 2010 e os lojistas iniciaram junto dos
proprietários renegociações dos seus
contratos de arrendamento.
A actividade de arrendamento está, no
entanto, a crescer de novo e as marcas
procuram reposicionar-se nos melhores
locais para recuperar quotas de mercado.
Neste contexto, a disponibilidade
permanece muito baixa no eixo principal.
Nas ruas secundárias, há também uma
forte procura, principalmente por parte de
lojas alimentares.
Os valores de arrendamento já estão
quase recuperados aos níveis pré-crise,
porém os proprietários estão mais
sensíveis à procura dos lojistas e mais
dispostos a aceitar rendas progressivas e
incentivos.
Madrid
Sendo a capital e a maior cidade de
Espanha, Madrid atrai um grande número
de consumidores, que estão entre os
mais ricos do país.
Champs Elyséé, Paris
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É também o ponto central da rede de
transportes e comunicações, o que
resulta em elevados volumes de tráfego
turístico e de negócios.
Preciados é a rua prime e a localização
de retalho mais famosa em Espanha.
Apela a um público amplo e muitas das
marcas de moda têm a sua Flagship
Store aqui.
Já a continuação da Ortega y Gasset,
entre Serrano e Velazquez, é a zona
prime de luxo, mas onde também
podemos encontrar marcas mais
acessíveis.
A zona da Gran Via é no antigo centro
da cidade, a Norte de Preciados, e tem
uma orientação média de mercado,
mas sem a agitação do seu vizinho.
Nos últimos 12 meses, a procura
abrandou devido ao clima económico,
mas ainda se verificaram alguns
arrendamentos-chave, como é o caso
da Abercrombie & Fitch, que vai abrir a
sua Flagship Store na Praça Marquês
de Salamanca, no Verão de 2011.
A disponibilidade de espaços prime
continua baixa, no entanto, as rendas
de mercado parecem ter atingido o seu
pico em € 220/m2/mês.
Milão
É a capital industrial, comercial e
financeira de Itália e um dos centros
mundiais de moda mais famosos,
com uma economia dominada pelo
sector dos serviços. Não há Centros
Comerciais nas áreas centrais da
cidade, em grande parte devido ao
carácter histórico das construções,
o que resulta em regulamentos
restritivos.
O centro da cidade é composto por
duas áreas distintas de compras,
mas muito ricas: a primeira, com uma
vertente de luxo muito acentuada
que está localizada em redor da Via
Montenapoleone e engloba mais três
ruas para o distrito “Quadrilatero
della Moda”. A segunda é a área mais
popular em torno da Piazza del Duomo
abrangendo a zona pedonal Corso
Vittorio Emanuele.
Em Milão não há Centros
Comerciais nas áreas
centrais da cidade, em
grande parte devido ao
carácter histórico das
construções.
Apesar do panorama económico
moderado, a rua continua a atrair os
consumidores e retalhistas, como Stella
McCartney que abriu a sua primeira
flagship store italiana na Via Santo
Spirito. A Abercrombie & Fitch também
entrou em Itália com a sua flagship
store no Corso Matteotti, em Outubro
de 2009.
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Junho 2011 – De volta à rua
A procura elevada dos retalhistas ajudou
a manter os níveis de renda estáveis,
embora o mercado continue com falta de
transparência e com a gama de unidades
classificadas como prime muito alta.
Moscovo
É o maior mercado consumidor da
Rússia, representando 17% do total das
vendas de retalho no país. A maioria
dos moscovitas fazem as suas compras
num dos 75 Centros Comerciais
implantados na região, embora existam
também algumas áreas proeminentes
do comércio de rua. O GUM e TSUM
são áreas que acolhem marcas de luxo,
predominantemente em Petrovka e
Stoleshnikov Lane.
As principais ruas para clientes de classe
média são Tverskaya Street, Novy e
Stary Arbat, onde as marcas do mercado
local e internacional de massa podem ser
encontradas.
Em 2010, a procura aumentou em relação
ao ano anterior com os operadores
a olharem tanto para os Centros
Comerciais como para o comércio de rua
como canais de expansão para as suas
estratégias de crescimento.
Como resultado, a procura supera a
oferta para as unidades principais e as
taxas de crescimento das rendas deverão
aumentar.
Este crescimento será mais pronunciado
nas localizações prime de comércio
de rua, já que as rendas nos Centros
Comerciais estão limitadas pelo grande
volume de entrada de projectos no
mercado previsto para o ano 2011.
Munique
O gasto em retalho per capita de
Munique está entre os mais elevados da
Europa e um forte mercado de turismo
também ajuda bastante a economia
local. Em termos de procura e rendas,
a capital do estado da Baviera é o local
de topo de retalho na Alemanha e os
operadores concorrem para obter as
melhores unidades. Kaufingerstrasse e
Neuhauser Strasse e a área em torno
de Marienplatz, são as localizações
prime de rua com um footfall de mais
de 12.500 visitantes por hora. Uma vez
que os lojistas raramente desistem das
suas lojas aqui, as oportunidades para
operadores abrirem novas lojas são
limitadas.
O desenvolvimento de projectos fornece
as melhores oportunidades para
aquisição de espaços de retalho, como
Stoleshnokov, Moscovo
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em Neuhauser Strasse, onde o edifício
da Karstadt am Dom deve ser demolido e
substituído por um novo edifício comercial
em 2013. A procura por espaços
continua a ser elevada nas zonas de
luxo de Theatinerstraße, Weinstraße,
Residenzstraße e Dienerstrasse que
fornecem uma boa alternativa para a
zona tradicional de luxo Maximilianstraße,
onde também existe uma grave carência
de espaço.
A procura é muito saudável neste
momento, particularmente entre
retalhistas de moda em processo
de expansão. Mas, com a taxa de
desocupação baixa, as rendas mantêmse elevadas e a necessidade de key
money acentua-se cada vez mais. Os
negócios chave mais recentes incluem a
Ermenegildo Zegna, localizada na antiga
loja Rena Lange em Maximilianstraße,
Louis Vuitton, que irá abrir uma Flagship
Store de 1.300 m2 de malas e acessórios
na central Palais an der Oper e a G-Star,
que arrendou uma segunda Flagship
Store em Sendlinger Straße.
A procura é muito
saudável neste momento,
particularmente entre
retalhistas de moda em
processo de expansão.
Cidades Europeias
Rua Prime
Renda Prime
(€/m2/ano)
Bucareste
Calea Victoriei
840
Lisboa
Chiado
900
Birmingham
Bullring
1.258
Luxemburgo
Rue Philippe II/Grand Rue
1.320
Budapeste
Váci utca
1.440
Edimburgo
Princes Street
1.788
Bruxelas
Rue Neuve
1.800
Helsínquia
Aleksanterinkatu
1.800
Praga
Na Přikopě
1.800
Estocolmo
Biblioteksgatan
1.800
Varsóvia
Zlote Tarasy
1.800
Kiev
Kreschatik
1.836
Atenas
Ermou Street
1.860
S.Peterburgo
Nevskiy
1.900
Istambul
Abdi İpekçi
1.920
Oslo
Karl Johans Gate
1.944
Lion
Rue de la République
1.950
Amesterdão
Kalverstraat
2.300
Copenhanga
Strøget
2.350
Dublin
Grafton Street
2.475
Barcelona
Porta de L´Angel
2.544
Madrid
Preciados
2.640
Berlim
Tauentzienstraße
2.760
Hamburgo
Spitalerstraße
2.760
Dusseldorf
Königsallee
2.820
Frankfurt
Zeil
3.240
Munique
Kaufingerstraβe
3.720
Moscovo
Stoleshnikov
3.850
Roma
Via Condotti
6.500
Milão
Via Montenapoleone
6.800
Paris
Champs-Elysées
7.000
Londres
New Bond Street
8.000
Fonte: JLL European Research
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Junho 2011 – De volta à rua
Principais Ruas e Zonas
de Comércio de Lisboa
Conhecida como a cidade das sete colinas, Lisboa oferece aos
seus consumidores uma diversidade cultural e comercial cada vez
mais atractiva.
Das lojas dedicadas ao comércio
tradicional aos grandes Centros
Comerciais, das marcas nacionais às
grandes marcas de renome internacional,
Lisboa é um centro cosmopolita com
uma dinâmica e oferta de lazer em
crescimento.
O comércio de rua tem sido o parente
pobre do retalho em Portugal. No entanto,
nos últimos dois anos tem revelado
um nível de actividade em constante
crescimento, aproveitando o grau de
maturidade atingido pelos Centros
Comerciais e assumindo-se cada vez
mais como um canal de expansão para
operadores nacionais e internacionais.
O comércio de rua de Lisboa encontra-­se
concentrado na sua grande maioria entre
o eixo da Av. da Liberdade e a Baixa
Lisboeta. Com ofertas bastantes distintas
de produtos e marcas, dirigem-se também
a diversos perfis de consumidores.
A Av. da Liberdade apresenta uma montra
de luxo, com marcas internacionais no
cartaz. Desde a loja de referência Louis
Vuitton, passando pela Dolce & Gabanna
e pela abertura, no ano passado, da loja
Prada, o consumidor encontra à sua
disposição um leque de lojas de luxo
muito variado e maioritariamente dirigido
ao sector da Moda. Descendo para a
Baixa Lisboeta encontramos um comércio
de rua mais tradicional e único, onde é
possível visitar lojas centenárias com
um elevado cunho histórico. Os edifícios
que se mantêm fiéis ao seu período
arquitectónico, transportam-nos numa
viagem ao tempo de Lisboa antiga e são
habitados na sua grande maioria, ao nível
dos pisos térreos, por lojas dedicadas ao
sector da moda e restauração.
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De olhos postos agora no Chiado, temos
acesso a uma oferta comercial caracterizada
pelo glamour, por uma variedade de
produtos muito interessante e uma oferta
específica que dificilmente se encontra
noutro lugar. Sinónimo de moda, movimento
e charme é uma zona que tem verificado
uma forte procura, concorrendo agora com
a Av. da Liberdade pela designação de zona
prime.
Semelhante ao comércio de rua de Lisboa,
temos o mercado do Porto. Altamente
concentrado em três zonas principais, Rua
de Santa Catarina, Av. da Boavista e Rua Sá
da Bandeira, o comércio de rua da Cidade
Invicta apresenta uma forte predominância
do sector da moda e restauração. Um
comércio muito tradicional convive
paralelamente com a presença de retalhistas
internacionais, que oferecem um produto
com mais qualidade e detêm uma estratégia
comercial apelativa ao consumidor. Em
comum, o comércio de rua de Lisboa e do
Porto têm o facto de tomarem lugar nos
centros históricos.
Centros históricos com uma oferta disponível
muito limitada, face a uma procura cada
vez mais maior. Procura a que o mercado
não consegue responder de forma eficaz
devido em grande parte à necessidade
urgente de reabilitação urbana e a uma lei
de arrendamento que ainda é desfavorável
para os operadores de comércio de rua.
Não obstante estes factos, é sem dúvida
um segmento que, pela evolução natural
do mercado, apresenta um potencial de
crescimento muito positivo. Tradição e
modernidade unidas num conceito global
de comércio que necessita de adoptar
estratégias de acção fortes que tragam
novamente o consumidor de volta à rua.
Lojas emblemáticas
Sobrevivem ao passar do tempo com
tradição e elegância. Quem por lá passa
fica fascinado com a história inscrita em
cada canto e leva na memória histórias de
uma Lisboa antiga.
Estas são algumas das lojas mais
emblemáticas da cidade de Lisboa que
convivem com as modernas que se vão
instalando em seu redor. Fiéis às suas
tradições são pontos de visita e consumo
a não perder.
Junho 2011 – De volta à rua
Um olhar sobre...
Av. da Liberdade
Rua Castilho
Rua Augusta
Rua da Prata
Rua dos Fanqueiros
Rua Garrett
Rua do Carmo
Rua Nova do Almada
Príncipe Real
Av. Guerra Junqueiro
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Av. da Liberdade
A Avenida que hoje se pode ver foi
construída em 1879-82 no estilo dos
Campos Elísios, em Paris. Esta é a mais
importante e emblemática avenida de
Lisboa e é também a zona prime do
mercado de escritórios, por onde circulam
milhares de trabalhadores todos os dias.
Nesta Avenida podemos ainda encontrar
antigas lojas de alfaiates, lado a lado com
marcas internacionalmente conhecidas
como Louis Vuitton, Prada, Dolce &
Gabbana, Armani, Todd’s, Burberry, entre
muitas outras.
Rua Castilho
Rua Augusta
Com uma vertente de lojas de luxo muito
forte e semelhante à oferta presente
na Av. Liberdade, a Rua Castilho é
uma artéria comercial muito dinâmica e
cosmopolita. Exemplo para outras zonas
comerciais, tem promovido através de
acções conjuntas entre os seus lojistas,
vários eventos de moda com bastante
sucesso.
Fechada ao trânsito, é a mais conhecida
rua da baixa de Lisboa, que liga a Praça
do Comércio à Praça do Rossio. É uma
das artérias principais da reconstrução
Pombalina após o terramoto de 1755,
com a maioria dos seus edifícios ainda
intactos e bem preservados.
O Projecto Castilho Fashion Street é
prova disso. Lojas abertas até mais tarde,
iniciativas culturais que se misturam com
moda, oferta de brindes e animação de
rua são algumas das acções.
Com um elevado tráfego de
consumidores portugueses e turistas,
a Rua Augusta é uma das ruas mais
movimentadas de toda a Baixa Lisboeta.
Com uma elevada concentração de
comércio, toda a rua é ocupada por
diversas lojas, muitas delas de grandes
Iniciativas culturais que
se misturam com moda,
oferta de brindes e ani­
mação são algumas das
acções que pretendem
dinamizar o comércio.
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Junho 2011 – De volta à rua
cadeias de moda internacionais. Na
Rua Augusta contamos com a presença
de marcas como a Zara, H&M, Berska,
Stradivarius, Mango, Benetton, Lanidor,
Parfois, Intimissimi e Seaside.
Com esplanadas que se prolongam em
toda a sua extensão, a Rua Augusta é
o cartão de visita da baixa pombalina
comercial, onde as lojas de moda e os
restaurantes se misturam muitas vezes
com animação de rua.
Rua da Prata
A Rua da Prata é um dos principais
arruamentos da Baixa Pombalina e que
liga a Praça do Comércio à Praça da
Figueira. Foi construída após o terramoto
de 1755, por ocasião da reconstrução da
cidade e dado o nome de Rua Bela da
Rainha.
Na distribuição dos ofícios feita pelas
ruas da Baixa, à Rua Bela da Rainha,
foram atribuídos os ourives da prata e,
nas lojas que sobrassem, os livreiros que
antes viviam na sua vizinhança. Após a
revolução republicana de 1910, o seu
nome foi mudado para Rua da Prata.
Actualmente, a Rua da Prata vive
do comércio tradicional dedicado
maioritariamente a lojas de acessórios,
calçado, moda de senhora e artigos para
casa.
Rua dos Fanqueiros
A Rua dos Fanqueiros é um arruamento da
Baixa Pombalina que se prolonga da Rua
da Alfândega até à Praça da Figueira. Após
a reconstrução de Lisboa, estabeleceramse nesta rua os mercadores de fancaria,
destinando-se os espaços que sobrassem
aos mercadores de quinquilharia.
Após a revolução republicana de 1910,
o nome da rua foi alterado para Rua dos
Fanqueiros.
Os edifícios de traça antiga e a passagem
do eléctrico conferem uma mística a esta
rua, onde contamos com a presença de
várias lojas de moda masculina e lojas
dedicadas ao comércio de têxteis.
Rua Augusta
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Preparativos para o embarque das tropas que vão combater na 1ª Guerra Mundial, Rua Augusta, Ano 1916
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Junho 2011 – De volta à rua
Florista Jardim do Chiado, Rua do Carmo, início do século XX
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O Chiado
É uma das zonas mais emblemáticas
da cidade de Lisboa. Com o surgimento
dos Centros Comerciais nos anos 80,
o Chiado ressentiu-se e tornou-se
num bairro sem vida. O ano de 1988
marcará para sempre a história deste
bairro com o incêndio que deflagrou
no Edifício Grandela e se alastrou por
mais dezassete edifícios e destruiu por
completo o Chiado.
Após uma década em reconstrução,
o Chiado voltou a ser um importante
centro de comércio de Lisboa, sendo
uma das zonas mais cosmopolitas e
movimentadas da Capital Portuguesa.
A Rua Garrett é o centro do Chiado e
onde podemos encontrar uma grande
parte da história intelectual da cidade
de Lisboa. É a casa da primeira Livraria
Bertrand, fundada em 1732, do Grémio
Literário do Chiado e do centenário
Café A Brasileira.
A marca Nespresso elegeu esta
localização para implantar a sua
primeira loja em Portugal.
Zara, Pull&Bear, Bershka, Gardénia
e Boss são algumas das principais
marcas aqui presentes e que se
misturam com lojas de comércio mais
tradicional.
Rua do Carmo, Chiado
Com um elevado movimento pedonal,
culmina no conhecido Centro Comercial
Armazéns do Chiado, que tem um
papel importantíssimo nas afluências
de consumidores ao Chiado devido à
presença da loja FNAC.
A Rua do Carmo é uma rua
relativamente pequena mas com um
peso comercial significativo. Depois do
Incêndio do Chiado, a rua passou por um
período de decadência, mas tem vindo
A Rua Garrett é o centro
do Chiado e onde
podemos encontrar uma
grande parte da história
intelectual da cidade de
Lisboa.
Rua Garrett, Chiado
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Junho 2011 – De volta à rua
a revitalizar-se desde a reabertura dos
antigos Armazéns do Chiado sob a forma
de um moderno Centro Comercial, e hoje
é uma das principais ruas comerciais de
Lisboa.
Conta com lojas de marcas internacionais
e nacionais como a H&M, Stradivarius,
Women Secret, Loja do Gato Preto,
Perfumes & Companhia, Aerosoles, Ana
Salazar e Multiópticas.
A Rua Nova do Almada usufrui do
movimento pedonal proveniente da Rua
do Carmo e da Rua Garrett. De tipologia
íngreme e com passeios estreitos,
podemos encontrar várias lojas de moda
de marcas internacionais e direccionadas
para um segmento médio-alto. É o caso
da Levi´s, Pepe Jeans e Trucco.
Príncipe Real
Localizado no coração de Lisboa, é um
dos novos destinos de comércio de rua
de Lisboa. Com o Jardim Botânico como
pano de fundo, tem recebido no último
ano uma oferta de retalho interessante
e considerável. De lojas de moda, a
restaurantes e esplanadas, o Príncipe
Real está a revelar-se um local trendy e
urbano.
Um forte impulsionador desta zona foi,
sem dúvida, a empresa norte-americana
Eastbanc, que detém aproximadamente
20 edifícios nesta área e que como
forma de rentabilização do investimento
efectuado, tem arrendado os rés-do-chão
para lojas.
Av. Guerra Junqueiro
Zona de comércio de rua por excelência e
de fácil acesso, oferece um leque de lojas
muito diversificado.
Lojas de moda, sapatarias, ourivesarias,
lojas de decoração e esplanadas
agradáveis que convidam ao lazer são o
cartão de visita desta artéria comercial.
A Av. Guerra Junqueira conta com a
presença de marcas muito conhecidas,
como é o caso da Zara, Cortefiel, C&A,
Massimo Dutti, Pull&Bear, Springfield,
Stefanel, Mango, Calzedónia, Chicco,
entre outras.
Rua Nova do Almada
Principais Ruas Comerciais
Renda Prime/m2/ano
Av. da Liberdade
840€
Chiado
900€
Rua Castilho
renda/m /ano para lojas >100 m
2
18
720€
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Fonte: JLL Research
Maio 2011 – De volta à rua
Principais Lojas
Trussardi
Dolce & Gabbana
Fly London
Villebrequin
Emporio Armani
Prada
Rosa & Teixeira
Burberry
Timberland
Tod’s
Furla
Longchamp
Louis Vuitton
Adolfo Dominguez
Carolina Herrera
Purificacion Garcia
Mango
Massimo Dutti
Gant
Marrionnaud
Hard Rock Café
David Rosas
Pronovias
Mont Blanc
LA Caffé
Globe
Boss
Ermenegildo Zegna
Lanidor
Equipamentos Comerciais
e Hóteis
Centro Comercial Tivoli Forum
Hotel Marquês de Pombal
Hotel Tivoli
Hotel Sofitel
Hotel Herritage
Transportes Públicos
Marquês de Pombal Linha Azul e Linha Amarela
Avenida - Linha Azul
Avenida - 36, 44, 709, 711, 732, 745
Parques de Estacionamento
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Junho 2011 – De volta à rua
Principais lojas
La Perla
Karen Miller
Stivali
Gerard Darel
Scorza
Veste Couture
Hoss Intropia
Max & Co
Weill
20
Equipamentos Comerciais
e Hóteis
Galeria Comercial Castilho
Hotel Flamingo
Hotel Diplomático
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Transportes Públicos
Marquês de Pombal
Linha Azul
Avenida - 74, 711, 713, 732, 748, 753, 758
Parques de Estacionamento
Principais lojas
Benetton
Dimoda
Solaris
Zara
Foreva
H&M
Stradivarius
Friday’s Project
Zara
Mango
21
Transportes Públicos
Springfield
Parfois
Intimissimi
Calzedónia
Marionnaud
Bijou Brigitte
Lanidor
Seaside
Companhia das Sandes
Rossio - Linha Verde
Cais do Sodré - Linha Verde
Rossio/ Pç. Figueira - 714, 737, 12E, 15E, 36, 44, 709,
711, 732, 740, 745, 759, 760, 790
Parques de Estacionamento
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Chiado
Principais lojas
Luvaria Ulisses
Ana Salazar
Muji
A Loja do Gato Preto
Foot Locker
Galerias Pombalinas
Santini
Nespresso
Pull & Bear
Apple
Bershka
Gardénia
Hugo Boss
Du Pareil au Même
Sisley
Pastelaria Brasileira
Havaneza
Vista Alegre
Leitão & Irmão
Fornarina
Hermés
Benetton
Paris - Lisboa
Livraria Bertrand
Lanidor
Villeroy & Boch
Blanco
Massimo Dutti
Zara
Levi’s
Ruly’s
Miss Sixty
Custo Barcelona
Sacoor
Wesc
Teresa Alecrim
Trucco
Voa
Pepe Jeans
Springfield
Women Secret
Perfumes & Companhia
H&M
Stradivarius
Accessorize
Multiópticas
Equipamentos Comerciais
e Hóteis
Armazéns do Chiado
Transportes Públicos
Baixa/Chiado
Linha Azul e Linha Verde
Chiado - 92, 758, 790, 28E
Parques de Estacionamento
Principais lojas
Fun & Basics
Marionnaud
Pull & Bear
R&R
Giovanni Galli
Stefanel
Perfumes & Companhia
Springfield
Transportes Públicos
Mango
Chicco
Calzedónia
Benetton
Cortefiel
C&A
Zara
Alameda
Linha Verde e Linha Vermelha
22, 740, 767
22, 720, 740, 767
10, 717, 720
Parques de Estacionamento
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Junho 2011 – De volta à rua
Principais Ruas e Zonas
de Comércio do Porto
Cidade de novas tendências, o Porto tem revelado uma
personalidade comercial em constante mudança. Aberto a
conceitos inovadores, começa a ser preenchido não só pelo sector
da moda, mas também por lojas de design, mobiliário, moda
retro, sectores expostos em espaços originais e multifuncionais
que já atraem uma massa crítica de consumidores significativa.
Eleita pelo Financial Times como um
excelente destino para uma viagem
de pouco dias, a cidade do Porto tem
assistido ao rápido desenvolvimento
nos últimos tempos de algumas zonas
comerciais mais vanguardistas, como é
o caso da Rua Miguel Bombarda, Rua
do Rosário, Rua Galeria de Paris, Rua
Cândido dos Reis, Rua Passos Manuel e
Rua Ferreira Borges.
Rua de Santa Catarina
Apesar do surgimento deste novo
comércio de rua que promete
marcar a diferença, o Porto é ainda
maioritariamente caracterizado pela
presença de lojistas independentes com
uma qualidade de oferta mais reduzida
face a operadores internacionais.
Também a implantação da Media Markt
nesta rua permitiu um aumento de
afluência de consumidores.
Na generalidade, o comércio de rua na
cidade do Porto é fortemente dominado
pelos sectores de moda, artigos para o lar
e restauração.
As principais zonas de comércio são a
Baixa do Porto, onde estão localizadas
a Rua de Santa Catarina e a Rua Sá da
Bandeira, a Av. da Boavista, que apesar
de não ter uma oferta comercial muito
extensa, tem um prestígio associado à
sua localização e algumas marcas aí
presentes.
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A Rua de Santa Catarina é dominada
por lojas de moda, artigos para o lar,
restauração, bens e serviços, contando
também com a presença de dois Centros
Comerciais, o Centro Comercial Via
Catarina e o Porto Gran Plaza, que
funcionam como atractivos comerciais
desta zona da cidade.
Da Livraria Latina, à antiga Ourivesaria
Reis & Filhos, passando pelas Galerias
Palladium, onde está presente a Fnac
e parando no Café Majestic, a Rua de
Santa Catarina é a morada de autênticas
instituições do Porto.
Foi na Rua de Santa Catarina que em
1988, abriu a primeira loja da Zara fora
de Espanha.
Av. da Boavista
A mais longa avenida do Porto concentra
edifícios de escritórios, hotéis, zonas
de habitação e uma zona comercial
considerada de luxo e equiparada à Av.
Liberdade em Lisboa.
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Tabacaria Africana na Rua de Santo António, Porto
Com a Casa da Música como cartão de
visita, é na Av. da Boavista que se localiza
o Centro Comercial Aviz. Devido à sua
tipologia e ocupação, este cluster comercial
com 1250 m2 aproxima-se mais da
classificação de comércio de rua do que de
Centro Comercial.
Entre a sua oferta cosmopolita e de luxo,
conta com a presença de marcas como
a Homeless, MaxMara, Wesley, Fashion
Clinic, Rosa&Teixeira, Purificacíon Garcia,
Hugo Boss e Ermenegildo Zegna.
Rua Sá da Bandeira
Com uma predominância do sector da
moda e restauração, a Rua Sá da Bandeira
é uma das mais importantes ruas da Baixa
Portuense.
Nela podemos encontrar o emblemático
Mercado do Bolhão, que tem sido objecto
de grande discussão perante o projecto
previsto de reabilitação, que pretende trazer
uma nova vida e dinâmica a este espaço
histórico e símbolo da cidade do Porto.
Rua de Santa Catarina, Porto
À semelhança da oferta comercial
presente noutras ruas do Porto, a Rua Sá
da Bandeira é fortemente dominada por
lojistas locais, de comércio tradicional em
detrimento de lojistas internacionais que
representam uma fatia muito residual da
oferta comercial.
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Junho 2011 – De volta à rua
Principais Aberturas 2010
Miss Sixty
Custo Barcelona, Rua Nova
do Almada nº 75
A baixa lisboeta foi o local escolhido
para a abertura da primeira loja Custo
Barcelona em Portugal.
A loja com 94 m2 encontra-se dividida
em dois pisos, com um showroom no
piso superior onde são apresentadas as
famosas e criativas colecções de Custo
Dalmau.
Miss Sixty, Rua Nova do Almada nº 86
Em Julho do ano passado, a Sixty
Portugal inaugurou a primeira Flagship
Store no Chiado.
O espaço promete tornar-se uma
referência no mundo real de lifestyle,
reflectindo a atitude cosmopolita da Miss
Sixty e Energie.
A criatividade, aliando moda a design, é
um factor distintivo desta loja, destinandose a um público muito exigente, que
aprecia qualidade e estilo. Criada em
1989, representa actualmente uma fusão
de estilos, pela atitude experimental e
original das colecções.
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Apple M Store, Rua Garret nº 20
Abriu no Chiado um novo espaço
de produtos Apple, que oferece ao
consumidor um piso dedicado ao serviço
de aconselhamento e demonstrações de
produtos Apple.
Nespresso, Rua Garret nº 8
Uma experiência única – é isso que
oferece a loja Nespresso. Desde um
serviço personalizado de boas-vindas,
a um eficiente sistema de notificação do
atendimento por sms, passando por uma
inovadora área de iniciação que permite
descobrir o universo Nespresso, tudo foi
pensado ao pormenor. A nova Boutique
oferece também um espaço dirigido à
Nespresso Business Solutions.
Koni Store, Rua da Trindade nº 28
A cadeia de restaurantes Koni Store que
conta já com vários espaços abertos
no Brasil trouxe a moda dos Konis para
Lisboa. Num cenário cool e urbano com
um atendimento personalizado, a moda
do sushi tem tido sucesso.
Filthy Rich, Rua António Maria
Cardoso nº 39 B
Filthy Rich™ Portugal é um conceito
de origem norte americana, inovador e
original em Portugal que pretende tornar
acessível ao seu público-alvo a aquisição
de réplicas licenciadas de jóias históricas
e reconhecidas internacionalmente,
desenhadas por conceituados designers
para celebridades mundiais.
FLY London, Av. da Liberdade
nº 230
Muji, nº 63-75 Rua do Carmo
É a abreviatura de Mujirushi Ryohin, que
significa ‘produtos de qualidade sem
marca’. A primeira loja Muji em Portugal
tem cerca de 300 m2, distribuídos por dois
pisos.
Objectos e acessórios para a casa,
escritório e lazer, mobiliário, produtos
de beleza, artigos de viagem, roupa
e acessórios compõem a oferta da
marca que começou com 40 produtos
e que actualmente conta mais de 8 mil
referências.
Sob o lema “sempre progressiva, nunca
convencional” a Fly London abriu uma
original loja na Av. da Liberdade. O
ex-libris deste espaço é uma tecnologia
inovadora através da qual um cliente
que experimente um artigo Fly, vê a sua
imagem projectada em tempo real num
ecrã que o coloca num cenário interactivo
das Ruas de Londres, Tóquio ou Nova
Iorque.
Filthy Rich
Prada, Av. da Liberdade
nº 206-210
Voa, Rua Nova do Almada nº 96
Foi das inaugurações com mais destaque
que ocorreram no ano 2010. A marca de
luxo que veste pelo mundo fora pessoas
num estilo contemporâneo e chique,
implantou-se finalmente em Lisboa.
A “Voa” escolheu o Chiado para abrir a
sua segunda loja. A Voa oferece, entre
muitas outras coisas, produtos têxteis,
louças, velas, sabonetes, livros, flores e
produtos gourmet.
Um espaço imponente, com mais de
650 m2 de loja, divididos em dois pisos,
que oferecem a colecção de senhora,
homem, acessórios e perfumaria.
Para além da vasta gama de produtos,
coloca à disposição dos seus clientes um
espaço para degustação de cafés e chás,
onde cada cliente poderá parar para
descansar e relaxar.
Voa
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Junho 2011 – De volta à rua
Principais Tendências
O comércio de rua está de volta e está na moda. Apesar da
assumida dificuldade em se afirmar face ao Centros Comerciais,
novas tendências de consumo estão a surgir, uma nova
consciência e geração de consumidores procuram agora no
comércio de rua uma lufada de ar fresco.
A massificação de marcas e produtos dos
Centros Comerciais Vs a exclusividade
e originalidade de algumas marcas
presentes em lojas de comércio de rua
começa a ganhar terreno e a marcar a
diferença.
Lojas de moda de luxo, grandes cadeias
internacionais, lojas vintage, lojas
gourmet, lojas especializadas, espaços
multifuncionais, galerias de arte e lojas
de design são alguns dos segmentos de
actividade que podemos encontrar na
oferta de comércio de rua.
São espaços com um estilo muito próprio,
estudados ao pormenor, de forma a
atraír com sucesso um consumidor
muito habituado ao formato de Centros
Comerciais, onde num só local, muito
comodamente, consegue encontrar tudo o
que procura.
A presença de grandes marcas tem
revelado o potencial deste formato que
constitui, sem dúvida, uma oportunidade
de expansão para o mercado de retalho
nacional.
Um passeio pela Baixa-Lisboeta leva-nos
a um universo com um peso histórico e
cultural muito importante. O painel de
lojas presentes neste cenário é uma
mistura entre o antigo e o moderno. Do
lojista, proprietário de uma loja e marca
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centenária conhecida quase como
marco turístico a visitar e a constar nos
roteiros da cidade de Lisboa, passamos
para espaços modernos, com design,
onde marcas internacionais marcam a
sua presença no mercado português de
retalho. De conceitos originais às cadeias
de moda mais conhecidas e massificadas,
o comércio de rua de Lisboa é uma
mistura interessante que proporciona uma
experiência de compra cada vez mais
agradável.
Mas é necessário reinventar este formato
comercial. Aproveitando o dinamismo
demonstrado ao longo do ano 2010
e que superou o desempenho dos
Centros Comerciais, o comércio de rua
tem revelado um enorme potencial. A
maturidade alcançada pelos Centros
Comerciais abre as portas para este
formato e coloca-o na mira de operadores,
especialmente internacionais, que tentam
exportar para Portugal o sucesso das suas
marcas noutras capitais europeias.
Para tal, a reabilitação da cidade, em
especial dos seus centros históricos, é um
dos factores mais críticos e urgentes. No
entanto, este é um tema que revela uma
necessidade de agilização inevitável.
Em prol do interesse demonstrado
por parte de investidores, lojistas
e consumidores, os processos de
licenciamento deverão ser menos morosos
de forma a viabilizar os montantes de
investimentos aplicados.
Neste momento e apesar de alguns
esforços efectuados neste sentido,
continuamos a assistir a processos
que se desenrolam por tempo ilimitado,
caracterizados em muitos casos por um
leque de restrições que conduzem em
última análise ao abandono dos projectos
por parte dos investidores.
Também dentro desta temática,
deparamo-nos com a nova Lei do
Arrendamento Urbano que, apesar de não
ter vindo provocar alterações significativas
no mercado, poderá, a longo prazo, trazer
uma nova dinâmica ao mercado.
Uma das mudanças verificadas diz
respeito à figura do trespasse. De acordo
com a nova lei, caso ocorra um trespasse
é direito do proprietário actualizar a renda
de imediato, assim como, poderá proceder
à denúncia do contrato efectuada com um
pré-aviso de 5 anos.
Perante este cenário, acrescem mais
alguns factores que devem ser analisados
e altamente melhorados. Para que este
formato comercial continue a atrair o
interesse dos vários agentes de mercado,
é necessário que as autarquias ofereçam
condições de segurança, estacionamento,
tornem os passeios transitáveis e, como
foi dito anteriormente, apostem na
reabilitação.
Mas o desafio não está só nas mãos
das entidades governativas. Também
os lojistas, não tendo uma entidade que
faça uma gestão integrada e garanta o
bom funcionamento do comércio, como
é o caso dos Centros Comerciais, terão
de ser mais proactivos e empenhados
na dinamização das zonas onde estão
instalados, profissionalizando-se,
colaborando em acções de marketing
conjunto e mantendo as lojas abertas
quando os consumidores estão disponíveis
para comprar.
O tempo é de oportunidade para um
segmento que continua a lutar arduamente
pela sua afirmação. Aproveitar a onda
de procura que se tem verificado e criar
Rua Augusta
condições de mercado para que a oferta
possa responder eficazmente ao nível de
procura, é fundamental e urgente.
O comércio de rua é um elemento
dinamizador da vida de uma cidade.
Pelo desejo natural de experienciarem
momentos de lazer, os consumidores
estão cada vez mais disponíveis para
efectuarem as suas compras em lojas de
comércio de rua.
Para tal, a adopção de novas ideias
dinamizadoras deve ser o caminho a
seguir. Olhar para os exemplos europeus
e perceber o que tem de ser feito para
gerar um sentido comercial colectivo entre
lojistas.
que pode ser feito para dinamizar este
segmento. Tratam-se de acções de
combate à desertificação e que pretendem
criar novas vivências nos consumidores.
Associações de comerciantes unem-se
em prol de uma causa comum: promover
os seus espaços através da realização de
vários eventos: música ao vivo, exposições
de arte e design, desfiles de moda, entre
outros.
São iniciativas como estas que devem
ser promovidas com mais frequência,
incentivando e mudando hábitos de
consumo que contribuem em última
análise para o sucesso deste formato
comercial.
É crucial manter a continuidade das
marcas neste segmento, como também
atrair outras que funcionem como
complemento à oferta já existente.
No entanto, há que ter consciência que o
comércio de rua ainda não é um fenómeno
de massas e dirige-se ainda muito a quem
tenta fugir aos Centros Comercias.
Várias iniciativas têm sido levadas a cabo
com o objectivo de atrair os consumidores
à rua depois do seu dia de trabalho. Mudar
mentalidades e introduzir novos costumes,
que por toda a Europa já são dados
adquiridos, mas em Portugal ainda têm
que ser implantados.
Projectos como o “Chiado after Work”
ou “Noites Claras” dão o exemplo do
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Junho 2011 – De volta à rua
Quiosque de vendas de refrescos e outras bebidas, Praça do Príncipe Real, Ano 1908
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de negócios e está cotada entre as 400
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experiência nas áreas de Centros
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