15 - Artigo 298 - Producao de geleia

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15 - Artigo 298 - Producao de geleia
GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY (ISSN 1984 - 3801)
PRODUÇÃO DE GELEIA REAL EM ABELHAS AFRICANIZADAS
CONSIDERANDO DIFERENTES ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS E
FATORES AMBIENTAIS
Vagner de Alencar Arnaut de Toledo1*, Ana Isabel Pollettini de Mello1, Priscila Juliana Pinsetta
Sales1, Fabiana Martins Costa-Maia1, Maria Claudia Colla Ruvolo-Takasusuki1, Antonio Claudio
Furlan1, Patrícia Faquinello2
RESUMO: O objetivo foi avaliar a produção de geleia real em colônias de abelhas Apis mellifera
africanizadas suplementadas com diferentes fontes de óleo e a influência de fatores ambientais na
produção. No ensaio I, os tratamentos foram: suplemento com óleo de soja, com óleo de canola e
controle sem óleo. No ensaio II, os tratamentos foram: suplemento com óleo de soja, com óleo de
girassol e controle sem óleo. Os dados climáticos foram correlacionados e realizada a análise de
regressão múltipla com os parâmetros de produção. A aceitação de larvas por colônia foi maior para o
tratamento com óleo de soja (37,30%) e menor para o controle (29,64%), porém, a produção por
colônia não diferiu entre os tratamentos. A produção de geleia real e o total de larvas aceitas por
colônia foi superior para o tratamento com óleo de girassol (2,31±0,15g e 11,28±0,67) e a geleia real
depositada por cúpula para o tratamento sem óleo foi de 190,23±7,30mg, respectivamente. A
temperatura máxima e mínima, umidade relativa do ar pela manhã e a tarde e a precipitação
pluviométrica influenciaram negativamente a produção de geleia real. A suplementação com óleo de
girassol aumentou em 47,13% a produção de geleia real por colônia.
Palavras-chave: nutrição de abelhas, fontes de óleo, ração para abelhas.
ROYAL JELLY PRODUCTION IN AFRICANIZED HONEYBEES REGARDING VARIOUS
POLYUNSATURATED FATTY ACIDS AND ENVIRONMENTAL FACTORS
ABSTRACT: This research was carried out to evaluate the royal jelly production in Africanized
honeybee colonies supplemented with different sources of oil and the influence of environmental
factors on production. It was performed two assays, each one with three treatments and five
repetitions, totaling 15 hives (in overlapped nucs) per assay. In assay I, the treatments were
supplementation with soybean oil, canola oil, and control without oil, in assay II, the treatments were
supplementation with soybean oil, sunflower oil, and control without oil. The climatic data were
correlated and performed a multiple regression with the production parameters. Larvae acceptance per
colony was higher for treatment with soybean oil (37.30%) and lower for the control (29.64%), but
production per colony did not differ among treatments. The royal jelly production and total larvae
acceptance per colony was higher than treatment with sunflower oil (22.31±0.15g and 11.28±0.67) and
royal jelly deposited by cup for the treatment without oil was 190.23±7.30mg, respectively. The
maximum and minimum temperatures, relative humidity in the morning, in the afternoon and rainfall
affected negatively the royal jelly production. The supplementation with sunflower oil increased
47.13% the royal jelly produced by colony.
Keywords: honeybee nutrition, oil supply, honeybee diets.
___________________________________________________________________________
1
Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular e Genética. Av.
Colombo, 5790, Jardim Universitário, Maringá (PR). CEP: 87020-900. *E-mail: [email protected]. Autor para
correspondência.
2
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, Centro de Ciências Agrárias, Biológicas e Ambientais. Rua Rui
Barbosa, 710, Centro, Cruz das Almas (BA). CEP: 44380-000.
Recebido em: 16/07/2010.
Aprovado em: 24/07/2012.
Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p. 164 – 175, mai/ago. 2012.
Produção de geléia real...
INTRODUÇÃO
Como todos os animais, as abelhas
devem consumir certos nutrientes essenciais
em sua dieta (Keller et al., 2005). A
deficiência de qualquer nutriente compromete
o desenvolvimento, manutenção e reprodução
das colônias reduzem a longevidade, favorece
o estresse e o aparecimento de doenças
(STANDIFER et al., 1977).
O pólen representa a principal fonte
de proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas
necessárias ao metabolismo das abelhas
(KELLER et al., 2005). A escassez do pólen
afeta a capacidade da colônia em cuidar das
crias mais jovens (SINGH e SINGH, 1996),
uma vez que as abelhas nutrizes consomem o
pólen estocado nos favos, e como resultado
produzem uma secreção conhecida como
geléia real, que distribuem como alimento
larval (NOGUEIRA-COUTO e COUTO,
2006; SUWANNAPONG et al., 2007;
WEGENER et al., 2009).
Os lipídeos representam o constituinte
básico mais encontrado no pólen coletado
pelas abelhas, sendo que a fração lipídica do
pólen varia nas diferentes espécies de plantas
(ROUSTON et al., 2000) em quantidade
entre 0,43 a 18,90% (STANDIFER, 1966;
HOPKINS et al., 1969), influenciando o valor
nutricional. Além de importante fonte de
energia, os lipídeos são usados para síntese
de reserva de gordura e glicogênio e
contribuem para o aumento de produção de
geléia real (KELLER et al., 2005), além do
que os ácidos graxos poliinsaturados são
essenciais na dieta das abelhas (CANAVOSO
et al., 2001).
Como a produção de geléia real é
afetada pela disponibilidade de néctar e pólen
no decorrer do ano, é necessária a
suplementação alimentar (MULI et al., 2005;
KELLER et al., 2005; SAHINLER et al.,
2005; CASTAGNINO et al., 2006;
KREITLOW e TARPY, 2006; MATTILA e
OTIS, 2006; PEREIRA et al., 2006;
COELHO et al., 2008). Desde então diversos
suplementos têm sido elaborados com intuito
de atender as exigências nutricionais das
abelhas submetidas à produção de geléia real
(Manning e Harvey, 2002; Avilez e Araneda,
2007).
165
Estudos realizados por Manning e
Harvey (2002) mostram que a adição de
ácidos graxos poliinsaturados em dietas
elaboradas com pólen e farinhas favorece
significativamente a aceitação das larvas
transferidas e a produção de geléia real.
Garcia et al. (1989) avaliaram o efeito
do fornecimento de farelo de trigo na
produção de geléia real e no desenvolvimento
da glândula hipofaringeana. Não foram
observadas
diferenças
estatísticas
na
porcentagem de aceitação e na produção de
geléia real por colônia para o tratamento
controle e suplementado (54,3% e
1,81g/colônia e 62,7% e 2,59g/colônia,
respectivamente), apesar dos resultados terem
sido superiores para o tratamento com
suplementação.
Existem vários fatores que interferem
na produção de geléia real, e para evitar
oscilações, faz-se necessário um substituto do
pólen em períodos de escassez do pasto
apícola e carência proteica (GARCIA et al.,
1989; HERBERT, 1997; CASTAGNINO et
al., 2006; PEREIRA et al., 2006; COELHO et
al., 2008), uma vez que a suplementação não
influencia adversamente a qualidade do
alimento larval produzido (HAYDAK, 1970).
A geléia real tem um apelo comercial
considerável e hoje é utilizada em muitos
setores,
que
vão
desde
indústrias
farmacêuticas, de alimentos e cosméticos
(ANTINELLI et al., 2003; MÜNSTED e
GEORGI, 2003; OKAMOTO et al., 2003;
SABATINI et al., 2009), com isso faz-se
necessário a pesquisa para viabilizar os
custos e aumentar a eficiência de produção,
bem como, verificar o efeitos do clima sobre
o desenvolvimento e produção das colônias.
Portanto, o objetivo deste experimento
foi avaliar a produção de geléia real em
colônias de abelhas africanizadas recebendo
suplementação protéica, com diferentes
fontes de óleo e a influência de fatores
ambientais sobre a produção.
MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi desenvolvido em
dois ensaios experimentais no Setor de
Apicultura da Universidade Estadual de
Maringá - UEM, Maringá, PR.
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V. A. A. Toledo et al.
Foram realizados dois ensaios
experimentais. Cada ensaio consistiu de três
tratamentos e cinco repetições, totalizando 15
colônias de abelhas Apis mellifera
africanizadas em sistema de minirecrias/ensaio.
O ensaio I foi realizado de outubro de
2001 a maio de 2002. Foram avaliados três
tratamentos:
colônias
que
receberam
suplemento com óleo de canola (alta
concentração
de
ácidos
graxos
poliinsaturados), suplemento com óleo de
166
soja (baixa concentração de ácidos graxos
poliinsaturados) e colônias controle que
receberam dieta sem óleo (Tabela 1). O
ensaio II foi realizado de agosto de 2002 a
julho de 2003, no qual foram avaliados três
tratamentos:
colônias
que
receberam
suplemento com óleo de girassol (alta
concentração
de
ácidos
graxos
poliinsaturados), com óleo de soja (baixa
concentração
de
ácidos
graxos
poliinsaturados)
e
o
controle
com
suplementação sem óleo (Tabela 1).
Tabela 1 - Composição percentual, química e valor energético dos suplementos experimentais
formulados com base na ração inicial para frangos de corte (%) fornecidos às
colônias de abelhas africanizadas submetidas à produção de geléia real nos ensaios
I e II
Suplementos
Ingredientes
Ensaio I
Com óleo Sem óleo
Farelo de Trigo
Farelo de Soja
Farelo de Milho
Óleo Vegetal (Canola, Soja ou Girassol)
Calcário
Sal
Fosfato Bicálcico
Mineral
Vitamina
Samprosoy 90
Açúcar
BHT
Total
30,00
27,20
33,44
5,00
1,32
0,50
1,54
0,50
0,50
0,00
0,00
0,010
100,00
Cálcio (%)
Energia Metabolizável Aves (EM kcal/kg)
Fibra (%)
Fósforo Total (%)
Fosfato Disponível (%)
Lisina (%)
Metionina+Cistina (%)
Metionina (%)
Proteína (%)
Sódio (%)
Ensaio II
Com óleo Sem óleo
30,00
25,00
25,00
0,00
0,00
27,20
33,44
26,36
31,36
0,00
5,00
0,00
1,32
2,17
2,17
0,50
0,50
0,50
1,54
0,26
0,26
0,50
0,10
0,10
0,50
0,10
0,10
0,00
25,20
25,20
0,00
15,00
15,00
0,010
0,01
0,010
100,00
100,00
100,00
Composição calculada (%)*
1,00
1,00 1,00
1,00
2,73
2,73 2,97
2,72
5,03
5,03 2,74
2,84
0,79
0,79 0,49
0,50
0,45
0,45 0,19
0,20
1,038
1,038 1,73
1,74
0,65
0,65 1,03
1,05
0,30
0,30 0,30
0,31
20,00
20,00 29,65
30,08
0,24
0,24 0,22
0,22
* Com base nos valores de composição química das matérias-primas das rações.
** Todos os suplementos foram isoproteicos e baseadas em rações para aves, por não se ter tabelas de exigências para
abelhas.
O método utilizado para produção de composto por dois núcleos sobrepostos,
geléia real foi o sistema de mini-recrias sendo separados por uma tela excluidora de
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Produção de geléia real...
rainha. O núcleo inferior possuía cinco
quadros e o superior quatro quadros mais o
caixilho porta-cúpula contendo 30 cúpulas de
acrílico, sendo 15 no sarrafo superior e 15 no
inferior.
As colônias foram submetidas à
transferência de larvas duas vezes por semana
para produção de geléia real. A cada
transferência, as colônias, dentro de seu
respectivo tratamento, foram suplementadas
com 10g do suplemento protéico e 600mL de
suplemento energético (xarope água + açúcar
2:1). As larvas destinadas à transferência
foram
retiradas
de
colônias
irmãs
fornecedoras de larvas, compostas por ninho
com dez favos cada.
Periodicamente foram realizados
manejos nas colônias, a fim de detectar
algum fator que afetasse negativamente a
produtividade das abelhas e corrigido quando
encontrado. A cada dez dias as mini-recrias
foram manejadas, trocando-se dois favos de
cria da parte inferior para a superior, por dois
favos vazios que passaram para a parte
inferior. Este rodízio de favos foi realizado
para manter a maior quantidade de operárias
nutrizes em contato com as larvas
transferidas e garantir espaço para a postura
da rainha.
A geléia real foi coletada entre 66 e
72 horas após cada transferência e
armazenada em potes plásticos em
temperatura de -18ºC.
As variáveis de produção analisadas
foram o aceite de larvas no sarrafo de cima e
de baixo, total de larvas aceitas por colônia,
porcentagem de aceitação de larvas
transferidas (%), total de geléia real
produzida por colônia (g) e geléia real
167
depositada por cúpula (mg). A análise
estatística dos dados para verificar a
influência dos tratamentos sobre os
parâmetros de produção de geléia real foi
realizada
utilizando-se
o
programa
computacional SAS - Statistical Analysis
System (2007).
Para verificar a influência das
condições climáticas sobre a produção de
geléia real no ensaio II foram obtidos dados
climáticos das temperaturas médias máxima e
mínima (ºC), umidade relativa do ar pela
manhã e à tarde (%) e o somatório da
precipitação pluvial (mm) fornecidos pela
Estação Meteorológica da Universidade
Estadual de Maringá - UEM, Maringá, PR.
A análise dos dados consistiu em uma
análise de correlação parcial e regressão
múltipla dos dados climáticos com os
parâmetros de produção de geléia real: aceite
de larvas, porcentagem de cúpulas aceitas
(%), produção por colônia (g) e por cúpula
(mg), utilizando o pacote estatístico SAS Statistical Analysis System (2007).
RESULTADO E DISCUSSÃO
Os valores médios e seus erros padrão
para as características de produção de geléia
real obtidas no ensaio I para os tratamentos
com óleo de canola, soja e controle foram: de
33,60% ± 1,88; 37,30% ± 1,84; 29,64% ±
2,01 para aceitação de larvas transferidas, de
2,18 g ± 0,14; 2,42 g ± 0,14; 2,20 g ± 0,15
para geléia produzida por colônia, de 259,47
mg ± 8,93; 231,57 mg ± 8,74; 269,06 mg ±
9,52 para geléia por cúpula, respectivamente
(Tabela 2).
Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p.164 – 175, mai/ago. 2012.
V. A. A. Toledo et al.
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Tabela 2 - Valores de F com suas respectivas probabilidades (P), coeficientes de variação
(CV%), médias e respectivos erros padrão do aceite de larvas dos sarrafos de
cima e baixo, total de larvas aceitas por colônia, aceitação de larvas transferidas
(%), total de geléia real produzida por colônia (g) e quantidade de geléia real
depositada por cúpula (mg) em colônias de Apis mellifera africanizadas
recebendo suplementação alimentar para o ensaio I
Fonte de
Variação
Aceite
no
sarrafo
de cima
Aceite
Larvas
no
aceitas
sarrafo /colônia
de baixo
Porcentage
m de
aceitação
Geléia
real/colôni
a (g)
Geléia
real/cúpula
(mg)
4,28
P=0,014
3,95 P=0,019 0,90
P=0,405
4,68
P=0,009
66,25
0,6 ± 0,02 ab
(33,60±1,88)
*
71,81
2,2 ± 0,14
a
41,84
259,47±8,9
3 ab
0,64 ± 0,02 a
(37,30 ±
1,84)
2,4 ± 0,14 a
231,57 ±
8,74 b
0,55 ± 0,02 b
(29,64 ±
2,01)
2,2 ± 0,15
a
269,06 ±
9,52 a
ENSAIO I
Tratamento
CV%
Óleo de
Canola
Óleo de
Soja
Controle
2,11
P=0,12
3
85,53
4,6±0,3
a*
[142]
3,95
P=0,019
68,23
4,8±0,3
ab
66,25
3,0±0,1
ab1
(9,41±0,5
3)*
5,2 ±
5,2 ± 0,3 3,19 ±
0,3 a
a
0,08 a
[147]
(10,44 ±
0,52)
4,2 ±
4,1 ± 0,3 2,79 ±
0,4 a
b
0,08 b
[124]**
(8,30 ±
0,56)
¹ Médias seguidas por letras iguais, na mesma coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05).
*Valores entre parênteses indicam as médias sem transformação e o erro-padrão da média.
**colchetes indicam o número de observações.
No ensaio II os valores médios e os
respectivos
erros
padrão
para
as
características de produção para os
tratamentos com óleo de soja, girassol e
controle foram: de 25,48% ± 2,05; 37,61% ±
2,03; 29,28% ± 2,04 para aceitação de larvas
transferidas, de 1,37 g ± 0,13; 2,31 g ± 0,12;
1,77 g ± 0,13 para geléia produzida por
colônia, de 141,65 mg ± 8,03; 180,67 mg ±
7,93; 190,23 mg ± 7,98 para geléia
depositada por cúpula, respectivamente
(Tabela 3).
Van Toor e Littlejohn (1994), Garcia
e Nogueira-Couto (2005) e Toledo e Mouro
(2005) utilizando colônias de abelhas Apis
mellifera recebendo suplementos com outras
fontes de óleos e proteínas, obtiveram
resultados médios de 33,15 a 43,40% para
porcentagem de aceitação; 1,68 a 4,70g para
produção de geléia real por colônia e 119,90
a 234mg de geléia real por cúpula. Segundo
Garcia et al. (1989), a suplementação das
colônias submetidas à produção de geléia real
contribui para aumentar a aceitação de larvas
transferidas.
Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p. 164 – 175, mai/ago. 2012.
Produção de geléia real...
169
Tabela 3 - Valores de F com suas respectivas probabilidades (P), coeficientes de variação
(CV%), médias e respectivos erros padrão do aceite de larvas dos sarrafos de
cima e baixo, total de larvas aceitas por colônia, aceitação de larvas transferidas
(%), total de geléia real produzida por colônia (g) e quantidade de geléia real
depositada por cúpula (mg) em colônias de Apis mellifera africanizadas
recebendo suplementação para o ensaio II
ENSAIO II
Tratament 5,54
o
P=0,004
11,54
P=0,000
1
92,66
3,5 ± 0,3
B
Óleo de
Soja
89,60
4,2±0,3
B*
[166]
Óleo de
Girassol
5,7 ± 0,3
A
[169]
5,6 ± 0,3
A
4,6±0,3
AB
[167]**
4,2 ± 0,3
B
CV%
Controle
8,84
P=0,0002
9,00
P=0,0001
51,35
2,44 ± 0,11
B1
(7,64 ± 0,62)*
67,94
0,4 ± 0,03
B
(25,48±2,0
5)*
3,09 ± 0,11 A
0,6 ± 0,03
(11,28 ± 0,61) A
(37,61±
2,03)
2,77 ± 0,10 AB 0,5 ± 0,02
(8,78 ± 0,61)
AB
(29,28 ±
2,04)
14,26
P=0,00
01
89,21
1,4
±0,1 B
10,33
P=0,0001
60,32
141,65±8,0
3B
2,3±0,1
A
180,67±7,9
3A
1,8±0,1
B
190,23±7,9
8A
¹ Médias seguidas por letras iguais, na mesma coluna, não diferem estatisticamente entre si (P>0,05).
*Valores entre parênteses indicam as médias sem transformação e o erro-padrão da média.
**colchetes indicam o número de observações.
Mouro e Toledo (2004) obtiveram no
período de setembro de 1996 a março de
1998 uma aceitação de larvas superior de
45,38% do que o encontrado neste trabalho.
As diferenças encontradas podem ser
explicadas por eventuais falhas no manejo ou
pelo fato de que as abelhas utilizadas pelos
autores foram selecionadas para produção,
enquanto que neste trabalho os enxames
tiveram origens diferentes, porém todos de
abelhas africanizadas.
Mais recentemente Toledo et al.
(2010) avaliaram a produção de geléia real
em colônias de abelhas africanizadas
considerando
diferentes
suplementos
protéicos também não encontraram diferença
entre os tratamentos. Os valores médios
obtidos foram: 29,20% para aceitação de
larvas transferidas, 1,83g para geléia real
produzida por colônia e 213,58mg para geléia
real depositada por cúpula.
Para a variável aceitação de larvas no
sarrafo de cima e total de geléia real por
colônia, não houve diferenças significativas
(Tabelas 2 e 3).
Segundo Van Toor e Littlejohn (1994)
e Jianke (2000) a produção de geléia real por
colônia possui uma correlação positiva com o
número de cúpulas aceitas (r=0,95), mas a
quantidade de geléia real por cúpula
apresenta relação inversa ao número de
cúpulas aceitas, pouca variação entre as
colônias e relação direta com o número de
cúpulas aceitas. Quando a aceitação total de
cúpulas é pequena o número de cúpulas
aceitas pode decrescer, porém pode ocorrer
um aumento significante na produção de
geléia real total da colônia.
Para a variável aceitação de larvas no
sarrafo de baixo (P=0,0145) o tratamento
com óleo de soja foi superior ao tratamento
controle, sendo que o tratamento com óleo de
canola foi semelhante ao com óleo de soja e o
controle. O total de larvas aceitas por colônia
e a aceitação de larvas transferidas
(P=0,0199) foi superior para o tratamento
com óleo de soja, porém, o tratamento com
Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p.164 – 175, mai/ago. 2012.
V. A. A. Toledo et al.
óleo de canola foi estatisticamente igual aos
demais. A média de geléia real depositada
por cúpula (mg) foi superior (P=0,0098) para
o tratamento controle, entretanto, o óleo de
canola foi semelhante ao controle e ao com
óleo de soja.
No ensaio II houve diferenças
significativas entre os tratamentos para todas
as variáveis de produção de geléia real
avaliadas (Tabela 3). Para a variável aceite de
larvas no sarrafo de cima (P=0,0042), o
tratamento com óleo de girassol foi superior
ao com óleo de soja, entretanto, o tratamento
controle foi igual ao com óleo de girassol e
ao com óleo de soja. O aceite de larvas no
sarrafo de baixo (P=0,0001) apresentou
superioridade para o tratamento com óleo de
girassol, já os com óleo de soja e sem óleo
não apresentaram diferenças estatísticas entre
os tratamentos.
A variável porcentagem de aceite de
larvas transferidas (%) foi superior no
tratamento com óleo de girassol com relação
ao óleo de soja, mas o tratamento sem óleo
foi igual a estes dois. A geléia real depositada
por cúpula (P=0,0001) foi superior nos
tratamentos controle e com óleo de girassol.
Para o total de geléia real produzida por
colônia o tratamento com óleo de girassol foi
170
superior (P=0,0001) ao demais, porém, os
tratamentos com óleo de soja e controle não
foram diferentes.
Segundo Canavoso et al. (2001), os
ácidos
graxos
poliinsaturados
são
componentes essenciais para dieta das
abelhas. Assim, os resultados encontrados
corroboram com os obtidos por Manning e
Harvey (2002) em que a adição de ácidos
graxos poliinsaturados em dietas elaboradas
com
pólen
e
farinhas
favorece
significativamente a aceitação e a produção
de geléia real. Outros ácidos graxos como
palmítico, oleico e α-linolênico proporcionam
às abelhas um metabolismo normal com
várias consequências positivas, entre elas,
incrementa a produção de geléia real
(Szczêsna, 2006).
A suplementação das colônias é
custosa, porém é importante que os
apicultores considerem o estresse nutricional
que acompanham colônias manejadas
comercialmente, como é o caso da produção
de geléia real (MATTILA e OTIS, 2006).
As correlações parciais e regressão
múltipla entre parâmetros relacionados à
produção de geléia real estão descritas na
Tabela 4.
Tabela 4 - Coeficiente de correlação de Pearson (r²) com suas respectivas probabilidades (P)
entre as variáveis independentes temperatura máxima (Tmáx) e mínima (Tmín),
umidade relativa do ar pela manhã (Umanhã) e à tarde (Utarde), precipitação
pluviométrica (Precipitação) e as variáveis dependentes número de cúpulas
aceitas (Aceite), porcentagem de cúpulas aceitas (% Aceitação), produção de
geléia por colônia (Gelcol), produção de geléia por cúpula (Gelcup) em abelhas
africanizadas
Variáveis
Aceite
%Aceite
Gelcol
Gelcup
Tmax
r²=0,05163
P=0,0255
r²=0,04503
P=0,0514
r²=0,03192
P=0,1678
r²=0,03393
P=0,1427
Tmin
r²=0,00375
P=0,8713
r²=-0,00119
P=0,9588
r²=-0,02153
P=0,3524
r²=-0,01978
P=0,3929
Umanhã
r²=-0,13323
P=0,0001
r²=-0,12801
P=0,0001
r²=-0,12382
P=0,0001
r²=-0,04953
P=0,0323
Utarde
r²=-0,17586
P=0,0001
r²=-0,17132
P=0,0001
r²=-0,14989
P=0,0001
r²=-0,06614
P=0,0042
Precipitação
r²=-0,05372
P=0,0201
r²=-0,05010
P=0,0302
r²=-0,06845
P=0,0031
r²=-0,07001
P=0,0025
Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p. 164 – 175, mai/ago. 2012.
Produção de geléia real...
A temperatura externa mínima não
demonstrou efeito (P>0,05), ao contrário da
umidade relativa do ar pela manhã, à tarde e a
precipitação pluviométrica que apresentaram
efeito (P<0,05) para todos os parâmetros
analisados. Segundo Jianke et al. (2003) a
umidade relativa afeta a disponibilidade dos
nutrientes contidos no néctar e em clima seco
ficam em menor concentração no néctar. Já a
temperatura externa máxima demonstrou
efeito (P<0,05) apenas para a variável
número de cúpulas aceitas (Tabela 4).
Segundo Costa et al. (2007) as abelhas
diminuem sua população com temperaturas
externas baixas e também com excesso de
umidade relativa do ar. Já Herbert (1997) cita
que as glândulas hipofaringeanas que
garantem enzimas para secreção do alimento
larval têm sua atividade favorecida pela
ocorrência de maior insolação e radiação
solar (Lengler, 1979). Este fato pode ter
beneficiado o número de cúpulas aceitas
durante o período experimental.
Estes resultados concordam com os
obtidos por Mouro e Toledo (2004) que
também encontraram efeito da precipitação
171
pluviométrica sobre a produção de geléia
real. A explicação pode ser baseada no fato
de que as atividades forrageiras das abelhas
diminuem no período de chuva, o que
influencia a produção de geléia real.
Brandeburgo e Gonçalves (1989)
avaliaram o desenvolvimento de colônias de
abelhas africanizadas considerando variáveis
climáticas. Os autores verificaram que as
variáveis ambientais temperatura ambiente,
precipitação, luminosidade e insolação
apresentam efeitos específicos e diretos sobre
a produção de néctar e esta, por sua vez,
influindo na produção de mel e
desenvolvimento da colônia.
Entretanto, Toledo et al. (2010) não
encontraram
efeito
da
precipitação
pluviométrica, temperatura externa máxima e
umidade relativa máxima e mínima do ar
sobre os parâmetros analisados. Todavia, a
temperatura externa mínima correlacionou
negativamente com a variável porcentagem
de aceitação de larvas.
A Tabela 5 descreve o modelo final
selecionado para as variáveis ambientais e as
características de produção de geléia real.
Tabela 5 - Análise de regressão pelo método “Step Wise”, com os modelos selecionados,
com dados do número de cúpulas aceitas (Aceite), porcentagem de cúpulas
aceitas (% Aceitação), produção de geléia por colônia (Gelcol), produção de
geléia por cúpula (Gelcup) em abelhas Apis mellifera africanizadas
Modelo final selecionado*
Valor de F
Prob.
R2
Aceite= 5,345 - 0,038Tmin - 0,009Umanhã - 0,016Utarde
%Aceitação= 0,929 - 0,002Umanhã - 0,004Utarde
Gelcol= 5,077 - 0,064Tmin - 0,012Umanhã - 0,012Utarde
Gelcup= 199,734 – 0,414Utarde – 0,61Precipitação
24,18
23,04
19,77
7,04
0,0001
0,0001
0,0001
0,0009
0,0375
0,0358
0,0308
0,0075
*Tmin = Temperatura mínima (ºC), Umanhã = Umidade relativa do ar pela manhã (%), Utarde = Umidade relativa do ar a tarde
(%), Precipitação= Precipitação pluviométrica.
A análise de regressão múltipla
mostrou que a variável precipitação
pluviométrica influenciou apenas a produção
de geléia real por cúpula. A temperatura
média mínima teve ação sobre as variáveis
dependentes aceite de larvas e produção de
geléia por colônia. O aceite de larvas, a
porcentagem de cúpulas aceitas e a produção
de geléia real por colônia foram influenciados
pela umidade relativa do ar pela manhã. A
umidade relativa do ar a tarde influenciou
todas as variáveis dependentes (Tabela 5).
Estes resultados concordam com os
obtidos por Jianke et al. (2003) em que, para
produção de geléia real é necessário o
suprimento de pólen e mel, e a densidade de
nutrientes da alimentação depende das
mudanças de néctar no ambiente e da
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V. A. A. Toledo et al.
umidade do ar, e em um clima seco a
densidade é um pouco menor.
A umidade relativa do ar teve relação
direta com a chuva caída (r=0,88). O estado
geral do tempo possui correlação negativa
(r=-0,88) com a amplitude de variação da
temperatura e com as horas de insolação
(r=0,80). Corbela (1983) trabalhou com
sistema de recrias e condições climáticas na
produção de rainhas e observou uma relação
inversa entre a temperatura e a aceitação,
sendo a chuva o fator climático que atua com
maior clareza sobre a aceitação das larvas
transferidas.
Mouro e Toledo (2004) encontraram
influência positiva da temperatura máxima e
umidade relativa sobre a produção de geléia
real. O calor influencia significativamente a
atividade global das abelhas, indicado pelo
aumento dessa atividade no verão. Entretanto,
deve-se ressaltar que as variáveis ambientais
atuam como um conjunto intimamente
relacionado, dificultando a individualização
dos efeitos particulares e que, qualquer
conclusão terá um valor local e temporário,
segundo Corbella (1983).
CONCLUSÕES
A suplementação contendo baixa
concentração
de
ácidos
graxos
poliinsaturados obtida pelo óleo de soja
proporcionou uma maior aceitação de larvas,
porém não o suficiente para aumentar a
produção de geléia.
Observou-se
que
as
variáveis
temperatura máxima e mínima, umidade
relativa do ar pela manhã e a tarde e a
precipitação pluviométrica influenciaram
negativamente a produção de geléia real.
O fornecimento de suplemento com
óleo de girassol aumentou o total de geléia
real produzida por colônia em 47,13%.
AGRADECIMENTO
Ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pelo auxílio financeiro processo
número 303345/2008-0.
172
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