Alcoólicos Anônimos em São Paulo 1

Transcrição

Alcoólicos Anônimos em São Paulo 1
“Esperamos que, algum dia, todo alcoólico que viajar possa encontrar a
Irmandade de Alcoólicos Anônimos em seu local de destino”.
No livro “Alcoólicos Anônimos”
Anônimos”, desde 1939.
1939.
Breve Apanhado da
História de 50 Anos
de A.A. em
São Paulo.
Sua Mensagem
e seus Depositários.
Este exemplar pertence a
Abril - 2015
Índice
Introdução ............................................................................................................................................ 3
O Início de A.A. em Akron, Ohio, EUA ............................................................................................... 4
O Início de A.A. no Brasil ..................................................................................................................... 8
A Primeira Mensagem de A.A. em São Paulo ..................................................................................... 10
Saindo das Brumas: O Primeiro Grupo de A.A. em São Paulo ........................................................... 13
Ao Grupo Sapiens Seguiram os Grupos... ........................................................................................... 15
A Literatura de A.A. que Existia no Brasil e a Tradução do Livro Azul............................................. 16
O CLAAB ............................................................................................................................................ 20
Os Conclaves ....................................................................................................................................... 21
Histórico da Central de Serviços de Alcoólicos Anônimos do Estado de S. Paulo – CENSAA-SP ... 22
Formação dos Distritos ........................................................................................................................ 24
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. no Litoral Sul
ISAA – Baixada Santista, SP ............................................................................................................... 25
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. em Campinas ISAA – Campinas, SP .......................... 27
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. de Piracicaba
ISAA – Piracicaba, SP e Região .......................................................................................................... 28
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. do Vale do Paraíba e Litoral Norte
ISAA – Vale do Paraíba e Litoral Norte, SP ....................................................................................... 29
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. de Franca
ISAA – Franca, SP ............................................................................................................................... 30
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. do Centro-Oeste Paulista
ISAA – Centro-Oeste Paulista, SP ....................................................................................................... 32
Histórico da Formação dos Setores...................................................................................................... 32
Início do Comitê de Área do Estado de São Paulo .............................................................................. 33
Os Encontros Estaduais........................................................................................................................ 36
Encontro do Cinquentenário - Programação ........................................................................................ 38
Simpósios ............................................................................................................................................. 39
Ciclos de Estudos ................................................................................................................................. 41
Comissão de Temáticos ....................................................................................................................... 41
Interdistritais ........................................................................................................................................ 42
Irmandades Congêneres de A.A. em São Paulo .................................................................................. 42
Reuniões e Grupos de A.A. de Interesses Especiais em São Paulo ..................................................... 46
Linha de Ajuda (Plantão Telefônico) ................................................................................................... 54
Reuniões de A.A. Bilíngues em São Paulo .......................................................................................... 55
APÊNDICE I ....................................................................................................................................... 58
Uma Resolução ............................................................................................................................. 58
Donald M. descreve – em carta, a formação do Grupo Sapiens ................................................... 59
Resenhas Biográficas dos cofundadores de A.A. no Rio de Janeiro e em São Paulo .................. 61
Transcrição das primeiras literaturas de A.A. no Brasil ............................................................... 63
Livro Branco ................................................................................................................................. 64
A Tradição de A.A........................................................................................................................ 69
Alcoolismo: A Doença que Todos Escondem .............................................................................. 74
APÊNDICE II: ..................................................................................................................................... 83
Áreas, Setores, Distritos e Grupos no Estado de São Paulo - em abril de 2015 ........................... 83
Escritórios de Serviços Locais de A.A. (ESLs), no Estado de São Paulo - em abril de 2015 ...... 98
Presença de A.A. em Municípios do Estado de São Paulo - em abril de 2015 ............................ 99
Bibliografia e Arquivos Eletrônicos .................................................................................................. 108
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Introdução
Muito importante: os textos contidos nesta
apostila não fazem parte da literatura de A.A. aprovada ou
autorizada pela Conferência de Serviços Gerais de A.A.,
nem pretende caráter oficial, mas sim subsidiar quem se
disponha a dar continuidade às pesquisas sobre esta história
fascinante. As transcrições foram feitas por um AA e são
destinadas unicamente a membros e amigos de A.A.
Esta pequena apostila foi criada para lembrar o 50º
aniversário de A.A. em São Paulo, no dia 9 de abril de
2015. Foi elaborada apenas com o material que este
transcritor foi recolhendo de fontes fidedignas e/ou oficiais,
verificando e organizando nos últimos tempos. Embora neste trabalho exista uma linha condutora, há
muitos espaços vazios que precisam ser preenchidos e para um indivíduo sozinho seria uma tarefa
difícil demais, além de que, em A.A., não ser recomendável empreender um projeto desta
envergadura sozinho devido “à racionalização alcoólica” que Bill citou ao escrever os Passos e
talvez os dados pudessem ser manipulados de acordo com conveniências oportunistas. Aliás, o
próprio Bill W. dizia que “... a nossa História é o nosso maior património”; se é assim, ela
pertence ao coletivo e deverá ser o coletivo, o responsável por zelar pela preservação desse
patrimônio através da criação de comissões específicas de pesquisa e investigação.
Neste ano, 2015, celebramos o Cinquentenário de A.A. em São Paulo. É uma ótima
oportunidade para demostrar nossa gratidão àqueles companheiros e companheiras - muitos ainda
vivos, que, de lugares distantes, nos anos 1960 e 1970 se dirigiam a Rua Caio Prado 102, em São
Paulo, depois à Baixada Santista, São José dos Campos, Piracicaba, Garça, Franca, Mogi das
Cruzes, Campinas, Grupo Jardim, Belém, Cristo Operário em Osasco, etc., onde aprenderam a
viver sem beber e nos disseram como fizeram. O movimento daqueles pioneiros em São Paulo
possibilitou que hoje, você e eu, possamos desfrutar de uma sobriedade serena e tendo de volta uma
vida feliz e produtiva, longe das angústias do alcoolismo.
Esta apostila está incompleta; atualizá-la é o desafio. Se faltar motivação, vejamos o que
essas pessoas acima faziam para manter seu propósito e a unidade na seção “Os Encontros
Estaduais” a partir da página 36. Lendo com cuidado, servem-nos de inspiração na atualidade.
O folheto “Guia dos Arquivos Históricos” do ESG de Nova York - agora adotado pelo
CAHist da Junaab, começa com uma frase de Carl A. Sandburg (1878-1967): “Quando uma
civilização ou uma sociedade desaparece, há sempre uma condição presente: seus membros
esqueceram-se de onde vieram”. A.A. está em São Paulo há apenas 50 anos; nem você nem eu
temos o direito de deixar que desapareça. Mesmo que seja somente pela simples questão da nossa
sobrevivência, precisamos resgatar e preservar sua história e divulgá-la. Todo membro de A.A. já
sabe de onde veio; para ficar, tem o direito de saber onde está e nós temos o dever de lhe contar.
Tudo de graça veio e de graça-grata está indo. Se o conteúdo lhe for proveitoso, passe adiante
nesse espírito. Obrigado.
[email protected]
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O Início de A.A. em Akron, Ohio, EUA
Alcoólicos Anônimos começou em Akron, Ohio, EUA, em
junho de 1935 como resultado do encontro de Bill W., um corretor
de valores que trabalhava na Bolsa de Nova York, e o Dr. Bob S.,
médico cirurgião em Akron. Os dois, na época, haviam sido
considerados alcoólicos irrecuperáveis.
Antes de se conhecerem, Bill W. e o Dr. Bob tiveram
contato com o Grupo de Oxford, uma sociedade evangélica
composta na sua maior parte por
pessoas não alcoólicas, que pregava a
aplicação de valores espirituais
universais na vida diária. Naquela
época, o Grupo de Oxford na América
era dirigido pelo renomado clérigo episcopal Dr. Samuel Shoemaker.
Sob esta influência espiritual, e com a ajuda
de seu velho amigo, Ebby T., Bill W. tinha
conseguido alcançar a sobriedade e estava
mantendo sua recuperação trabalhando com
Ebby T. Thacher
outros alcoólicos, embora nenhum de seus
candidatos tivesse alcançado a recuperação. Enquanto isso, o Grupo de
Oxford de Akron, não tinha proporcionado ao Dr. Bob ajuda suficiente
para conseguir a sobriedade.
Quando finalmente Bill W. e o Dr. Bob se conheceram, o encontro
produziu no Dr. Bob um efeito imediato. Desta vez ficou frente a frente
com um alcoólico como ele, que tinha conseguido parar de beber. Bill
Rev. Sam Shoemaker
destacou para o Dr. Bob que o alcoolismo era uma doença da mente, das
emoções e do corpo. Este fato tinha sido comunicado a ele pelo Dr. William D. Silkworth, diretor
clínico do Hospital Towns de Nova York, instituição onde Bill havia
ingressado quatro vezes como paciente entre
1933 e 1934. Embora formado em medicina,
o Dr. Bob desconhecia que o alcoolismo
fosse uma doença. A contundência das ideias
de Bill acabou por convencer o Dr. Bob que
logo alcançou a sobriedade e nunca mais
voltaria a beber.
Os dois começaram a trabalhar com
os alcoólicos internados no Hospital
Municipal de Akron. Como resultado dos
1ª Edição do
"Big Book"
seus esforços, logo um paciente, Bill D.,
Dr. Silkworth
alcançou a sobriedade. Embora ainda não
existisse o nome “Alcoólicos Anônimos”, estes três homens constituíram o núcleo do primeiro
Grupo de A.A. No outono de 1935, o segundo Grupo foi tomando forma em Nova York. Demorou
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mais de quatro anos para acolher cem alcoólicos sóbrios nos dois Grupos fundadores. O terceiro
Grupo iniciou-se em maio de 1939 em Cleveland, Ohio.
Em abril de 1939, a Irmandade publicou seu texto básico “Alcoólicos Anônimos” – ou Big
Book, conhecido no Brasil como “Livro Azul”. Neste livro estão expostos a filosofia e o programa de
recuperação de A.A., cuja essência encontra-se nos agora bem conhecidos “Doze Passos” para a
recuperação em A.A. O livro também continha a história de 28 membros recuperados, além das
histórias alcoólicas de Bill W. e do Dr. Bob. A partir deste momento na história, A.A. se
desenvolveu com rapidez.
Nesse interim, o Dr. Bob e Bill W. haviam estabelecido em Nova
York, em 1938, uma Junta de Custódios para cuidar da administração geral da
Irmandade recém criada. Alguns amigos de John D. Rockefeller, Jr., junto
com alguns membros de A.A., serviram como membros deste conselho. A esta
junta foi dado o nome de “Fundação do Alcoólico”. Porém, todas as
tentativas de arrecadar grandes quantidades de dinheiro fracassaram porque o
Sr. Rockefeller havia chegado à conclusão prudente de que grandes somas de
dinheiro poderiam estragar a nascente sociedade. Mesmo assim, a Fundação
conseguiu abrir um pequeno escritório em Nova York para responder os
pedidos de ajuda e informação e para distribuir o livro de A.A. – um
J. D. Rockefeller Jr.
empreendimento, dito seja a bem da verdade, financiado principalmente pelos
membros de A.A.
O livro e o escritório resultaram ser de grande utilidade. No outono de 1939, a revista Liberty
publicou um artigo a respeito de A.A. que resultou em mais de 800 pedidos de ajuda ao escritório.
Em 1940 o Sr. Rockefeller celebrou um jantar para dar publicidade a A.A. para o qual convidou
muitos de seus eminentes amigos dos mais diversos segmentos da alta sociedade americana. Este
acontecimento suscitou outra onda de pedidos de ajuda. Cada pedido era respondido com uma carta
pessoal e um folheto. Ademais, se mencionava o livro “Alcoólicos Anônimos”. Com a ajuda das
cartas enviadas de Nova York e de membros de A.A. viajantes provenientes de Grupos já
estabelecidos, foram nascendo outros Grupos. No final de 1940, havia por volta de 2.000 membros.
Em março de 1941, apareceu no semanário Saturday Evenig Post
um excelente artigo, escrito por Jack Alexander, a respeito de A.A. e a
reação foi imediata. No final daquele ano o número de membros chegava
a 8.000 e o número de Grupos aumentou proporcionalmente. A Irmandade
expandiu-se a grandes passos por vários lugares dos EUA e Canadá.
Em 1950 havia no mundo todo aproximadamente 100.000
alcoólicos recuperados através do programa de A.A. Por muito
impressionante que tenha sido o desenvolvimento, a década compreendida
entre 1940 e 1950 foi uma época de grandes incertezas. A questão crucial
era se todos aqueles alcoólicos volúveis poderiam viver e trabalhar juntos
Jack Alexander
em seus Grupos. Poderiam se manter unidos e funcionar eficazmente?
Essa pregunta ficava sem resposta.
Entretanto, lá pelo ano de 1946, já era possível extrair algumas conclusões no que se referia
às atitudes, costumes e funções que poderiam se ajustar melhor aos objetivos de A.A. Estes
princípios, que tinham surgido das árduas experiências dos Grupos, foram codificados por Bill
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naquilo que atualmente conhecemos pelo nome de “As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos”.
Em 1950, o caos dos tempos anteriores tinha quase desaparecido. Tinha-se conseguido enunciar e
colocar em prática, com sucesso, uma fórmula segura para a unidade e o funcionamento de A.A.
Durante essa década frenética, o Dr. Bob dedicava seus esforços ao assunto da hospitalização
de alcoólicos e à tarefa de lhes inculcar os princípios de A.A. Numerosos alcoólicos chegavam em
Akron em busca de cuidados médicos no hospital Saint Thomas, uma instituição administrada pela
igreja católica. O Dr. Bob integrou-se ao corpo médico do hospital e junto com a extraordinária Irmã
Inácia, também do pessoal do hospital, facilitaram atenção médica e divulgaram o programa de A.A.
a aproximadamente 5.000 alcoólicos. Depois da morte do Dr. Bob,
em 16 de novembro de 1950, a Irmã Inácia continuou trabalhando no
Hospital da Caridade de Cleveland e contando com a ajuda dos
Grupos locais, outros 10.000 alcoólicos encontraram A.A. pela
primeira vez. Este trabalho foi um claro exemplo da disposição de
A.A. cooperar com a religião e a medicina.
Em julho de 1950, A.A. celebrou em Cleveland a Primeira
Convenção Internacional. Nessa Convenção o Dr. Bob apresentou-se
pela última vez diante da Irmandade e na sua mensagem de
despedida, enfocou a necessidade de manter o programa de
Alcoólicos Anônimos simples. Junto com os participantes, viu os
Delegados adotar com entusiasmo as Doze Tradições de A.A. para o
Irmã Inácia
uso permanente de A.A. em todas as partes do mundo. O Dr. Bob
morreu no dia 16 de novembro desse ano.
No ano seguinte, 1951, aconteceu outro episódio significativo. As atividades do escritório de
Nova York tinham sido grandemente ampliadas e nessa época incluíam as relações públicas,
informações aos novos Grupos, serviços aos hospitais, aos presídios, aos Solitários e
Internacionalistas e a cooperação com várias instituições do campo do alcoolismo. A sede também
publicou livros e folhetos “uniformizando” a linguagem de A.A. e supervisionava a tradução dessa
literatura para outros idiomas. Nossa revista Internacional “A.A. Grapevine”, lançada em 1944, já
contava com elevada circulação. Estas atividades, e outras mais, chegaram a ser indispensáveis para
A.A. na sua totalidade.
Entretanto, estes serviços vitais, ainda estavam nas mãos de uma isolada Junta de Custódios,
cujo único vínculo com a Irmandade tinha sido Bill W. e o Dr. Bob. Como os cofundadores tinham
previsto anteriormente, chegou a ser imperativo vincular aos Custódios dos Serviços Mundiais de
A.A. (agora, Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos) à Irmandade à qual serviam. Para
isso foi convocada uma reunião de delegados de todos estados e províncias dos EUA e Canadá.
Assim constituído, este órgão de serviço mundial se reuniu pela primeira vez em 1951. Apesar de
certa apreensão suscitada pela proposta, a Assembleia obteve um grande sucesso. Pela primeira vez,
os Custódios, antes isolados, eram diretamente responsáveis perante A.A. na sua totalidade. Tinha
sido criada a Conferência de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos e, através dela, assegurava-se
o funcionamento de A.A. para o futuro.
A segunda Convenção Internacional foi realizada em St. Louis, Missouri, em 1955 motivada
pela comemoração do 20º aniversário da Irmandade. Naquele então, a Conferência já tinha
demonstrado sua grande valia. Nessa ocasião, em nome de todos os pioneiros de A.A., Bill W.
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transferiu à Conferência e aos seus Custódios a futura vigilância e proteção de A.A. Nesse momento,
a Irmandade tomou posse do que lhe pertencia; A.A. tinha alcançado a maioridade (1). Nesta
Convenção foi apresentado o símbolo da Irmandade (à direita), registrado como propriedade em
1957. Em 1993, por questões do uso inadequado por parte de empresários
e comerciantes, A.A.W.S. – Serviços Mundiais de A.A. renunciou aos
direitos de propriedade do símbolo e, desde então, não faz mais parte das
suas marcas protegidas (2), (3); mesmo assim, ele continua a ser usado
informalmente - de maneira não oficial, por membros e eventos de A.A.
ao redor do mundo como uma espécie de avaliador espiritual da unidade.
Não houvesse sido pela ajuda dos amigos de A.A. em seus
primeiros dias, é muito provável que Alcoólicos Anônimos não teria
existido. E, de não ter contado com a multidão de amigos que desde então contribuíram com seu
tempo e energia – especialmente nossos amigos da medicina, a religião e os meios de comunicação,
A.A. nunca poderia ter crescido e prosperado. A Irmandade expressa sua perene gratidão por esta
amigável ajuda.
Bill W. morreu no dia 24 de janeiro de 1971, em decorrência de enfisema pulmonar, em
Miami Beach, na Flórida – onde, sete meses antes, tinha pronunciado diante da Convenção
Internacional do 35º aniversario as últimas palavras a seus companheiros de A.A: “Deus abençoe
todos vocês e Alcoólicos Anônimos para sempre”.
Mesmo com a morte de seus cofundadores, a Irmandade expandiu-se pelo mundo todo,
mostrando que a maneira de viver de A.A. pode superar todas as barreiras étnicas, credos e línguas.
A Reunião de Serviço Mundial – R.S.M, celebrada pela primeira vez em 1969, tem sido realizadas a
cada dois anos desde 1972, alternando-se entre Nova York, EUA, e uma cidade de outro país que
tenha a estrutura de A.A. Assim os Delegados à R.S.M. já se reuniram em Londres, Inglaterra;
Helsinki, Finlândia; San Juan del Rio, México; Cidade de Guatemala, Guatemala; Munich,
Alemanha; Cartagena, Colômbia; Auckland, Nova Zelândia; Oviedo, España; Malahide, Irlanda;
Cidade do México, México e em Varsóvia, Polônia, em 2014.
N.T. (1): Ver “Uma Resolução” na página 58 do Apêndice I
N.T. (2): Ver “A exclusão do Circulo e do Triangulo como símbolo oficial de A.A.” em =>
http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept93.pdf
N.T. (3): São as seguintes as marcas registradas de comércio e serviço que simbolizam
Alcoólicos Anônimos, seu trabalho e seu propósito: A.A.; Alcoholics Anonymous;
The Big Book; Box 4-5-9; The Grapevine; A.A. Grapevine; GV; Box 1980 (nome
postal da revista Grapevine); La Viña.
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O Início de A.A. no Brasil
Em 1946, chegou ao Rio de Janeiro o publicitário
americano Herbert L. (Herb), com um contrato de três anos
para trabalhar como diretor artístico de uma multinacional do
ramo de publicidade. Alcoólico, tinha ingressado em um Grupo
de A.A. em Chicago (EUA) em 1943. Em 1945 casou-se com
Elizabeth Lee Treadwell, não alcoólica que se tornaria grande
amiga de A.A. Antes de viajar para o Brasil esteve na Fundação
do Alcoólico, em Nova York, para se informar se poderia
encontrar algum membro de A.A. por aqui. Deram-lhe o nome
de Lynn Goodale, a quem Bob Valentine – um amigo de Bill
W., teria abordado numa passagem pelo Rio em 1945 e
alcançado a sobriedade. Não encontrando Lynn, comunicou-se
com a Fundação, pediu outros nomes e colocou-se à disposição
para servir como contato no País.
Em julho de 1947, recebeu o endereço de um AA, e
Herbert D.
alguns libretos e folhetos em español. Numa carta recebida em
outubro, a Fundação, “... manifesta sua felicidade pelo início de um Grupo de A.A. no Brasil”.
Não havendo registro do acontecido entre os meses de julho e outubro de 1947, a JUNAAB
considera como oficial, para efeito de datação, uma ata escrita no livro de registros do “Grupo de
A.A. do Rio de Janeiro” onde consta:
“Data – aniversário.
Na reunião de hoje deliberamos comemorar o 3º (terceiro) aniversário da fundação do Gr. “A.A. do
Rio de Janeiro” no dia 5 (cinco) próximo.
A referida data ficará, por tradição, como a data oficial da fundação do Grupo.
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1950
“Fernando, secretário”.
Em função disto, convencionou-se que o dia cinco de setembro de 1947, seria a data oficial
da fundação do primeiro Grupo de A.A. no Brasil. A
correspondência era recebida através da Caixa Postal nº 254, cedida
pela Associação Cristã de Moços – ACM, e utilizada até o inicio
dos anos 1950, quando foi alugada uma própria, de nº 5218, muito
divulgada pelo Brasil todo.
Sabe-se que aquele Grupo também se chamou “A.A. Rio
Nucleus” e que os primeiros membros reuniam-se nas casas de
alguns deles. A partir de 1949, passaram a se reunir na sede da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Rua Araújo Porto
Alegre, 71, Castelo. Mais tarde se mudariam para a Rua Santa
Luzia.
No início de 1948, Herb conseguiu publicar o primeiro de
Harold W.
uma serie de artigos sobre o alcoolismo - primeiro no jornal “O
Globo” e depois no “Brazil Herald” em língua inglesa. Como resultado dessa publicidade, um
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morador de Ingá, em Niterói, Kenneth W., pediu ajuda para seu irmão arruinado pela bebida, o
contabilista e consultor de empresas Harold W., anglo-brasileiro, neto de ingleses, nascido em Santa
Teresa no Rio de Janeiro. Na manhã do dia 13 de março de 1948, Herb foi visitar Harold (ver suas
Resenhas Biográficas no Apêndice I) na casa de Kenneth onde morava de favor e lá o esperava com
a mão direita estendida, muito tremula, enquanto a mão esquerda segurava com força um copo de
cachaça.
Neste encontro foi feito um acordo segundo o
qual Harold tentaria parar de beber substituindo os
goles de cachaça que fosse tomando por água da bica
até que o copo conteve-se apenas água; conseguindo
isso, que traduzisse do inglês para o português um
livrete de A.A. que Herb lhe estava deixando. Então,
na próxima quarta feira, 17 de março, à tarde, Harold
iria a um novo encontro com Herb no salão de café
na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Na data marcada Harold bebeu de manhã o
Capa e contra capa e contracapa do “Livro que seria seu último
Branco” – considerada a primeira literatura
gole, e à tarde cumpriu
de A.A. produzida no Brasil - com a assinatura o prometido, embora
de Harold W., datada em 1948.
não tivesse traduzido o
folheto inteiro; este folheto, produzido por um Grupo dos EUA, seria
conhecido no Brasil como “Folheto Branco”, ou “Livro Branco” pela
cor da sua capa que continha a sigla “A.A.”, o título “Alcoólicos
Anônimos” e o endereço “Caixa Postal 254 – Rio de Janeiro, Brasil”.
Publicado em outubro de 1948, foi a primeira literatura de A.A. no
Brasil (1). Harold também traduziu nessa época as Doze Tradições de
A.A., escritas na forma longa e
que
ainda
iriam
ser
homologadas
na
Primeira
Convenção Internacional de Cleveland, em julho de 1950. O
formato deste folheto era exatamente igual ao anterior,
substituindo na capa, também branca, “Alcoólicos Anônimos”
por “Tradições” (à direita) (2).
Na segunda metade dos anos de 1950, foi traduzida –
sem permissão de A.A.W.S. (Serviços Mundiais de A.A.), a
parte correspondente aos Doze Passos conforme a
interpretação de Bill W. no livro “Os Doze Passos e as Doze
Tradições” publicado em 1953 nos EUA/Canadá. As páginas
dos primeiros livretos distribuídos eram datilografadas
(acima) e posteriormente foram impressos nas Oficinas
Gráficas da Penitenciária Professor Lemos Brito e publicados
pela “Primeira Central de Serviços de Alcoólicos Anônimos –
Caixa Postal 2511-ZC-00, Estado da Guanabara”; media
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22cm x 15,5cm e tem 62 páginas, fora as capas – também brancas (à esquerda).
N.T. (1): Ver o texto completo na página 64 do Apêndice I
N.T. (2): Este livreto não tem registro da data de publicação. Entretanto, a indicação da
“Caixa Postal 254” na capa (número cedido desde 1947 pela Associação Cristã de
Moços – ACM, e utilizada até o inicio dos anos 1950, quando foi alugada uma
própria, de nº 5218, muito divulgada pelo Brasil todo) sugere que foi publicado no
final dos anos 1940 e início dos anos 1950. Ver o texto parcial na página 69 do
Apêndice I
A Primeira Mensagem de A.A. em São Paulo
A primeira semente de A.A. foi trazida ao Estado de São Paulo no final de 1949, quando
chegou à capital Harold W., vindo do Rio de Janeiro a convite de Olindo G. e outras pessoas
interessadas em introduzir A.A. na Capital paulista.
Chegaram a se reunir durante alguns dias no apartamento de um hotel na Vila Mariana, onde
Harold se hospedava e inclusive divulgar a noticia da “chegada de A.A. em São Paulo” através do
jornal “Correio Paulistano”. Já de início, A.A. obteve a simpatia da imprensa paulistana na sua
quase totalidade e de personalidades influentes, como, por exemplo, na página 3 do Suplemento do
jornal “Folha da Manhã” do dia 15-1-1950, trazia um artigo chamado “Os Alcoólatras Anônimos”
assinado pela escritora Cecília Meireles (1901-1964) (http://acervo.folha.com.br/fdm/1950/01/15/1/).
Porém, o grupo ficou bastante enfraquecido devido ao retorno de Harold ao Rio de Janeiro, onde
tinha seus afazeres. Entretanto, Harold havia deixado com aquelas pessoas o material de que
dispunha, ou seja, os “folhetos brancos” que ele havia traduzido como parte de seu processo de
recuperação no Rio a pedido de Herbert D.
Todavia, três companheiros remanescentes instalaram-se numa sala cedida pela “Sociedade
Humanitária dos Empregados no Comércio” na Rua XV de Novembro, no centro da Capital. O
professor, jornalista e vereador Gumercindo Fleury registrava na sua coluna do dia 23-3-1950 no
jornal “A Gazeta”: “... Tão desenvolvido está o trabalho da ‘A.A.’ que lhe foi necessário conseguir
uma sede central. Assim, instalou-se à Rua 15 de Novembro, 166, onde o secretário poderá ser
encontrado às sextas feiras, entre 20,30 e 21,30 horas, atendendo pelo telefone 2-0914 e para onde
deve ser mandada a correspondência. Esta poderá ser encaminhada também para a Caixa Postal
2343-S. Paulo”.
Utilizando como texto básico o Livro Branco, (Ver a transcrição completa no Apêndice I
desta apostila). começaram a divulgar intensamente o movimento distribuindo gratuitamente o livrete
cujos dizeres na capa eram iguais aos da publicação no Grupo do Rio de Janeiro, mas mudando o
endereço para “Caixa Postal 2343 / São Paulo – Brasil”; virando a capa, página 2, está escrito. “A
‘Alcoólicos Anônimos’ não tem opinião sobre assunto controverso, nem está contra quem quer que
seja. A ‘Alcoólicos Anônimos’ só tem uma finalidade: Auxiliar o doente de alcoolismo a sarar, se ele
o quiser”. Na contracapa consta o logotipo representando o rosto de uma mulher derramando
lágrimas numa taça e o dístico “Em cada copo de álcool, há lágrimas de mães, esposas e filhos”; na
penúltima página – a 15, está escrito “A finalidade deste panfleto é mostrar como milhares de nós,
que éramos alcoólicos sem esperança, saramos dessa doença. Encontramos um meio de viver que
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não nos obriga mais a beber. A ‘Alcoólicos Anônimos’ é a grande realidade que destruiu a nossa
obsessão”.
Entretanto, este grupo foi-se deixando levar por interesses de personalidades muito
importantes, não alcoólicas, e muito influentes no âmbito municipal, estadual e até nacional, que não
tinham nada a ver com o propósito único de A.A., mas sim, usar seu programa para combater o uso
do álcool. A frágil estrutura desse grupo que, embora mantivesse contatos esporádicos trocando
algumas informações com o os Grupos de A.A. do Rio, não conseguiu implantar as Tradições nas
suas atividades como grupo e no seu relacionamento com a comunidade.
No mesmo local e com os mesmos membros daquele pretenso grupo de A.A. (pretenso,
porque não se abrigava nas Tradições), no dia 1 de março de 1950, foi criada formalmente a
Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo; sua primeira diretoria foi toda constituída por
pessoas proeminentes não alcoólicas assim como os principais colaboradores, com exceção de uma
única pessoa alcoólica. Pouco tempo depois a Associação se mudou para a Rua Senador Feijó, 181,
depois para a Avenida Nove de Julho, onde dividia o local com a Guarda Mirim (Casa do Pequeno
Trabalhador), por fim impedida de usar o local. Dali transferiu-se para a Rua Álvares Machado,
depois para a Rua Vergueiro.
Entretanto, numa relação obscura de compartilhamento, o nome Alcoólicos Anônimos, a sigla
A.A., e o Livro Branco (à direita) que era literatura de A.A. do Rio de Janeiro, foram usados
inescrupulosamente pela Associação, mesmo após ter criado seus estatutos, em seus cartões de
divulgação e nas suas relações com a imprensa e a comunidade. Conforme a conveniência, num
momento chamava-se Alcoólicos Anônimos - A.A., em outros Associação Antialcoólica – A.A.A.
Pedidos de contribuições foram feitos usando o nome de A.A., como comprova o jornal “O Tempo”,
de S. Paulo, no dia 2-9-1951: “... 58.000 curas foram efetuadas pela ‘Alcoólicos Anônimos’ que é
uma agremiação que se tem desenvolvido rapidamente passando da América do Norte para a
América do Sul e Europa...
... Em S. Paulo ‘A.A.’ funciona na Rua Senador
Feijó, 181, ocupando seis amplas salas de um prédio.
Temos conseguido curas, sem mesmo o paciente
vir às reuniões, verdadeiros casos de milagre... A sede
antigamente era na Rua 15 de Novembro na Sociedade
Humanitária dos Empregados do Comércio, mas fomos
obrigados a mudar para onde estamos atualmente em
vista do grande número de pessoas que vem às
reuniões.
... Esperamos para o futuro conseguir
donativos, bem como aumentar o número de
"Livro Branco", literatura de A.A. usada pela
mensalidades da ‘A.A.’ pois todos os trabalhos são
A.A.A.
feitos gratuitamente. Atualmente a ‘A.A.’ tem sob seus
cuidados cerca de 200 pacientes, razão por que necessitamos de maior auxilio. O que fizemos já
demonstra a eficiência do trabalho dessa entidade e serve de fiança para planos que temos em
vista”.
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No mesmo Jornal, O Tempo, do dia 16-1-1952, seu Vice-presidente, o Dr. Ajax Walter César
Silveira (1917-2011), registrava: “A Associação Antialcoólica foi fundada com o objetivo de
recuperar moral e materialmente pessoas dadas ao vício da embriaguez prestando toda sua
assistência gratuitamente. ... Foi fundada dentro do espirito dos Alcoólicos Anônimos existente nos
Estados Unidos e outros países estrangeiros e rege-se em linhas gerais pela Associação
Internacional de Combate ao Álcool adotando porém normas diversas para suas atividades.
...Um dos característicos da Associação Antialcoólica é o fato de admitir em seu seio não só
alcoólatras enfermos e desejosos de abandonar o vício, como também pessoas que não tenham o
vício, mas que desejem colaborar no seu combate.
Desse modo, A.A.A. não se limita à recuperação dos viciados. Procura impedir a sua
existência através de uma campanha educacional.
COMPROMISSO
Todo o alcoólatra que procura a organização, cuja sede está instalada à Rua Senador Feijó,
181, é recebido pelos funcionários, que procedem a uma ligeira investigação em torno da sua
pessoa e os motivos que o levaram a abraçar o vício. Dão-lhe, depois, conselhos e segundo o caso,
medicamentos. Uma vez por semana, o alcoólatra fica obrigado a comparecer à sede da associação
desde que não tenha ingerido álcool. Um mês depois é convidado a assinar um compromisso com a
sociedade cujos termos são os seguintes: ‘Ao ingressar na Sociedade Antialcoólica, prometo, com a
ajuda de Deus, fazer todos os esforços para me abster de beber qualquer bebida alcoólica,
reconhecendo ser ela a responsável pela ruína e miséria do meu ser, meu lar e minha pátria’”
Esses fatos, e para preservar o nome e as Tradições de Alcoólicos Anônimos, obrigaram os
companheiros de A.A. no Rio de Janeiro a registrar em Cartório os estatutos da Irmandade de A. A.
no Brasil e a sigla A.A., o que aconteceu no dia 8 de dezembro de 1952; também pediram a ajuda do
amigo Dr. Paulo Roberto para que, nos seus programas de rádio em S. Paulo, informasse ao povo
que A. A. não era contra quem pode beber álcool, mas, sim, a favor dos que não podiam.
Embora esse início um tanto confuso que não conseguia definir claramente se o objetivo
principal era a ajuda ao doente alcoólico o a profilaxia social – a A.A.A. chegou a flertar com a Liga
Brasileira de Higiene Mental (uma derivação do Movimento Eugênico Brasileiro) no Rio de Janeiro.
No final da década de 1950 definiu seu rumo e deixou mais claro seu objetivo e sua missão: “A
Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos e direcionada
exclusivamente para a reabilitação do alcoólatra e também para ampla difusão dos princípios
antialcoólicos. Não tendo vinculo político, religioso, e sem preconceito de raça, cor ou social, e
congrega pessoas de ambos os sexos, que tiveram problemas com a bebida alcoólica. O alcoolismo
pode ser classificado como: alcoolismo crônico, embriagues habitual, periódico ou ocasional. A
AAESP é reconhecida de utilidade Pública pelos três órgãos: Municipal, Estadual e Federal; não é
contra quem fabrica, vende ou ingere a bebida alcoólica, e sim a favor de quem queira deixar de
beber...
... Os membros da AAESP, seus recuperados, sócios e diretores, são todos ex-dependentes
alcoólicos que encontram na oportunidade de ajudar a pessoa que nos procura com este mesmo
problema, a maneira de manter-se sóbrio.
Somos pessoas que admitiram sua impotência frente ao álcool e se uniram a seus pares para
encontrar forças para vencê-lo. Estamos organizados em mais de 97 Núcleos na Capital, Grande
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São Paulo e Interior, núcleos que se reúnem uma ou mais vezes na semana, em reuniões abertas e
com entrada franca”.
Na verdade, Alcoólicos Anônimos não foi para a frente naquele momento em São Paulo por
vários outros fatores e vícios de origem, mas não porque a Associação Antialcoólica tenha sido
criada. O trabalho da Associação na procura da recuperação dos portadores do alcoolismo em nosso
Estado, até os dias de hoje, apresenta resultados inquestionáveis.
Se, num primeiro momento a Associação utilizou-se de parte do programa e do nome de
A.A., quando do reinício da Irmandade em São Paulo, em 1965, devolveu tudo com cresces ao ter
dado a oportunidade de colocar no caminho da sobriedade inúmeras pessoas que vieram a ingressar
na Irmandade através do primeiro grupo de A.A. em São Paulo, o Grupo Sapiens, que também não
tinha os rumos tão claramente definidos e a ajudaram a conduzi-lo. Foram elas que, ao conhecer a
essência do programa de A.A., e adotá-lo em suas vidas a partir da sua saída da Associação,
ajudaram a dar forma à cara da Irmandade de Alcoólicos Anônimos tal como a conhecemos hoje em
São Paulo.
Quanto á Associação Antialcoólica, assim como A.A., tem suas próprias características que,
em muitos aspectos diferem bastante uma da outra na forma, mas a finalidade das duas é a mesma: a
de tirar da miséria física, mental e espiritual o alcoólico que sofre e o deseja, e isso, as duas vêm
fazendo maravilhosamente bem em São Paulo. Às duas associações, os alcoólicos recuperados ou em
busca de recuperação, somos gratos por sua existência. Como diz o ditado: “Não importa a cor do
gato; importa que pegue o rato”.
Saindo das Brumas: O Primeiro Grupo de A.A. em São
Paulo
De acordo com o livro “As origens de A.A. no Brasil”, escrita por Luiz M. (1):
“Em 1954, o Comp. André L., de Catanduva - SP, inicia semanal correspondência comigo e, mais
tarde, junto com a M. Felícia, fundam um Grupo em Bauru – SP”.
“...Maria Felícia, junto com André L., inicia o trabalho do 12º Passo em Bauru (Casa de Saúde Dr.
Smith), Catanduva e Campinas. Lançaram uma boa semente, que deu seus frutos, em 26 de setembro
de 1957, fundando o Grupo Catanduva”.
Importante: Procurando maiores esclarecimentos a respeito destes acontecimentos, não foram
encontradas evidências que confirmem ou desmintam documentalmente esta história.
Entretanto, dada a credibilidade de Luiz M., já falecido, seria de bom proceder dar
continuidade às pesquisas, mesmo que seja para encontrar algum relato testemunhal
que possa confirmar ou conduzir a alguma pista sobre a veracidade desses fatos.
N.T. (1): Luiz M. (1929-1992), foi membro do Grupo Central do Brasil, no Rio de
Janeiro, onde ingressou em 4 de agosto de 1953. Este Grupo fica na Rua
Prof. Clementino Fraga Filho, nº 22, Igreja de Santana, Caixa Postal:
16.070 - CEP: 20.221 – Rio de Janeiro – RJ, e lá poderão ser obtidas
maiores informações a respeito desse valioso trabalho histórico.
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A história que segue é a transcrição adaptada de uma carta escrita por Donald M. Lazo, aos
companheiros e seus amigos Ércio B., e Eloy T., datada em 22 de março de 1993 (1), na qual
descreve os acontecimentos que culminaram na fundação do Grupo Sapiens, e que esta, sim, na falta
de outra comprovação avaliada, é considerada por muitos como sendo a história do início de A.A. –
em língua portuguesa, no Estado de São Paulo.
N.T. (1): Veja a transcrição ipsis litteris desta carta no Apêndice I, página 55.
“Na segunda semana de março de 1965 veio a São Paulo a
empresária residente e estabelecida no Rio de Janeiro e AA Dorothy
(Dolly) N. (1914-1990), brasileira filha de ingleses, para visita de
rotina à filial de sua agência de empregos na capital paulista. À época
tinha 51 anos e, grande divulgadora de A.A., onde tinha ingressado em
1962, mantinha em sua agenda uma extensa lista de amigos religiosos,
médicos, e pessoas interessadas no problema do alcoolismo, a quem
avisava de sua chegada, e serviam-lhe de contato para levar a
mensagem da Irmandade.
A pedido de um desses amigos, o padre Richard Sullivan,
Dorothy foi visitar o publicitário americano Donald M. (1928-2001),
internado no Hospital Samaritano no dia 18 desse mês de março, em
Dorothy N.
consequência de mais uma série de bebedeiras e lá ficou por cinco
dias. Nesse tempo começou a ler o ‘Big Book’ (original, em inglês), que o padre Sullivan tinha-lhe
emprestado – nunca devolvido, e mais tarde traduzido por ele próprio para o português.
Três dias após sair do hospital, assistiu à primeira reunião
de divulgação de A.A., organizada por Dorothy na capela dos
Redentoristas, à Alameda Franca, 889.
Houve uma segunda reunião no bairro de Santa Cecília
para a qual Dorothy convidou Harold, então morando na Capital e
que viria ser o padrinho de Donald. Após estas experiências e as
conversas
com
Dorothy, Donald
aceitou a sugestão
de abrirem um
Grupo de A.A. na
cidade.
Ela
apresentou-o
à
Donald. M.
madre Cristina, diretora do Instituto “Sedes
Sapientiae” (atualmente -2015, um departamento da
PUC), situado na Rua Caio Prado, 102, na
Consolação, que lhes cedeu uma sala dentro do
prédio e nela deu inicio no dia 9 de abril de 1965,
nos moldes de A.A. do Rio, o Grupo Sapiens
cofundado por Donald – então com 21 dias de Localização da Rua Caio Prado, 102, em São
Paulo-Capital
abstinência contando os cinco de hospitalização - e
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Dorothy (ver suas Resenhas Biográficas no Apêndice I), considerado oficialmente o primeiro Grupo
de A.A. em língua portuguesa no Estado de São Paulo.
Na última semana de sua visita à cidade, Dorothy levou Donald às dependências do ‘Diário
de S. Paulo’, onde convenceu a redação a elaborar um artigo sobre alcoolismo. A direção indicou
um jornalista a quem Dorothy contou sua história. No fim do artigo, publicado vários dias depois,
constava o fato de ‘estar-se realizando reuniões de Alcoólicos Anônimos em São Paulo, à Rua Caio
Prado, 102, todos os domingos das 10:00 horas às 12:00 horas’.
Nos próximos meses passaram poucas pessoas pela sala; uma delas, Leila, veio a ser a
segunda pessoa de São Paulo a afiliar-se à Irmandade (a primeira foi Donald). Num dia do mês de
julho, quatro meses após a fundação do Grupo chegou à sala Melinho, membro da Associação
Antialcoólica desde janeiro de 1957. Fazia tempo que tinha ouvido falar de A.A. e interessou-se por
conhecer a Irmandade e fez uma visita à sala da Rua Caio Prado. Convidado por Donald ingressou
em A.A. e, a partir daquele dia passou a fazer suas conhecidas abordagens, não só para a
Associação Antialcoólica - à qual ainda continuou afiliado por aproximadamente mais dois anos mas também para Alcoólicos Anônimos, trazendo inclusive companheiros da Associação para a
Irmandade”.
Sempre trabalhando, fazendo abordagens e trocando correspondências com os membros do
Rio de Janeiro, o Grupo foi aos poucos atraindo novos companheiros como Stevenson, o Cel. César,
Fernando P., Vasco Dias, Nascimento, Eloy, João de Deus, Lafaiete M., Orlando C., G. Brasil,
Joaquim, Angelino P., e vários outros que a estes se juntaram posteriormente.
Devido à experiência com divulgação desses novos membros – especialmente daqueles
provenientes da Associação Antialcoólica, A.A. começou a andar a passos largos em São Paulo,
embora sua estrutura fosse ainda muito precária e a informação a respeito da Irmandade dependesse
de poucos folhetos mimeografados e dos “folhetos brancos”, livretos traduzidos e impressos que
vinham do Rio de Janeiro.
Ao Grupo Sapiens Seguiram os Grupos...
1. Em nove de abril de 1965 realizou-se a primeira reunião de A.A. – em língua portuguesa - no
Estado de São Paulo, no Gr. Sapiens, na Rua Caio Prado, 102, Capital, cofundado por
Dorothy Nowill e Donald M. Lazo
2. Em 27 de maio de 1967, por iniciativa da Irmã Odília da Santa Casa de Misericórdia de São
José dos Campos, foi formado o Gr. São José dando início às atividades de A.A. no Vale do
Paraíba.
3. Em sete de junho de 1968, Lafaiete M. e Orlando C., AAs do Gr. Sapiens realizaram a
primeira reunião de A.A. na Baixada Santista na Sociedade Espírita “Anjo da Guarda” à Rua
Conselheiro Nébias, mudando depois para São Vicente com o nome de Gr. Conselheiro.
4. Em setembro de 1968, a assistente social do Centro de Obras Sociais de Piracicaba, pediu
para Donald e Mellinho realizar algumas palestras informativas, e no dia 26 de outubro desse
ano formou-se o Gr. Piracicaba.
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5. Em 15 de novembro de 1969, Donald inicia o Grupo Jardim Paulistano em sua residência; no
começo de 1970 o Grupo se transfere para as dependências da igreja do Perpétuo Socorro à
Rua Sampaio Vidal em Pinheiros com o nome de Grupo Jardim.
6. Em 23 de novembro de 1969, iniciam-se as atividades do Gr. Garça, em Garça.
7. Em dezembro de 1969, por intermédio da irmã Carrijo - que lhes consegue uma sala na Rua
Cajurú - os AAs do Gr. Sapiens Carvalho e João Belém, fundaram o Gr. Belém – que durante
algum tempo chamou-se Gr. Carvalho, e a partir dele formaram-se muitos outros nas zonas
Leste e Sul da capital paulista: Vila Rica, Jerusalém, Gomes Cardim, São Paulo, Bibi (atual
Tabapuã), Vila Nova Conceição. O companheiro Jeferson saiu do Grupo Belém e abriu, na
Rua do Orfanato, o Grupo Vila Prudente de onde se originaram outros Grupos.
8. No dia quatro de janeiro de 1970, G. Brasil, que havia ingressado em 1968 no Gr. Sapiens
funda em Osasco, na Região Oeste da Grande São Paulo, um grupo que algum tempo mais
tarde se chamaria Gr. Cristo Operário. Até essa data G. Brasil reunia e ajudava alcoólicos em
sua casa; a esse agrupamento ele chamava informalmente de Grupo Permanente.
9. Ainda em 17 de maio de 1970, fundou-se o Gr. Hei de Vencer em Mogi das Cruzes.
10. Em 28 de maio de 1971, apresentados por Donald, André D. e Otávio abrem o Gr. Albatroz
em Campinas.
11. Dois médicos psiquiatras de Franca, Dr. Elesbão Barbosa de Paula e Dr. Jacinto Conrado,
interessaram-se por Alcoólicos Anônimos ao conhecer a Irmandade em Casa Branca, e
incentivaram pacientes seus que se mantinham sóbrios a formar um Grupo de A.A. No dia 17
de outubro de 1975, fundou-se o Gr. Francano.
A Literatura de A.A. que Existia no Brasil e a Tradução do
Livro Azul
Os tempos pioneiros de A.A. em São Paulo eram difíceis, não havia literatura traduzida, além
do Livro Branco (ver acima); os membros buscavam sua recuperação em reuniões e algum material
traduzido, que em folhas datilografadas era trocado entre eles e estavam ao alcance de bem poucos.
Era mantida alguma correspondência com os pioneiros de A.A. no Rio de Janeiro e de vez em
quando iam fazer alguma visita. No texto a seguir está contada a introdução e a evolução da literatura
de A.A. no Brasil e consequentemente em São Paulo.
Texto extraído na íntegra da Revista Vivência N° 46, Especial 50 anos – mar./abr. de 1997
Início da transcrição => Desde o início de A.A. no Rio de Janeiro, vários companheiros
passaram a traduzir a literatura original de AA.
Alguns destes livretos constam dos arquivos do ESG: Apadrinhamento, Os Doze Passos, As
Doze Tradições, Abordagem. Eram trechos extraídos do livro Alcoólicos Anônimos.
A partir do início dos anos sessenta, Alcoólicos Anônimos, com aproximadamente vinte
Grupos espalhados por vários Estados do Brasil, inicia uma fase nova. Era o começo da estrutura de
serviços.
Em 1964 os estatutos foram modificados, adequando-se às Tradições e criando um Conselho
Administrativo e logo em seguida encaminhado aos Grupos para aprovação por carta. A partir do ano
seguinte as atenções dos AAs brasileiros voltaram-se à tradução e publicação da literatura oficial no
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Brasil, com o aval do G.S.O. (General Service Office), órgão que substituiu a Fundação do Alcoólico
em 1954. Mas isso ainda não foi possível. As traduções dos textos aprovados pela Conferência eram
encaminhadas ao G.S.O para análise, impressão e retorno para uso nos Grupos. Foi o caso de Eis AA,
Você Deve Procurar AA?, 44 Perguntas e Respostas, A Opinião de um Médico, Carta a uma Mulher
Alcoólica, Conceitos Básicos Sobre AA e As Doze Tradições. Assim que a impressão ficava pronta,
certa quantidade era enviada para o Brasil. Nos anos seguintes, contávamos com várias traduções
impressas, dentre elas A.A. é Para Mim?, A Doença do Alcoolismo e Apadrinhamento.
Numa das cartas recebidas do G.S.O na época, a então funcionária da Sede, Waneta New,
encarregada da correspondência com membros de língua espanhola, solicita aos companheiros o
orçamento para a impressão de mil unidades do Livro Grande em português, aqui no Brasil,
informando que talvez o Comitê Internacional poderia custeá-lo, o que não prosperou (1).
Quando se fala sobre o início das publicações de A.A. no Brasil, não poderíamos deixar de dar
atenção especial à publicação do livro Alcoólicos Anônimos em português.
Um companheiro de São Paulo chamado Donald L. que se dispôs a traduzir o livro Alcoólicos
Anônimos, comunicou-se com o G.S.O. O Comitê Internacional respondeu sua carta em outubro de
1966 sugerindo-lhe a tradução dos onze primeiros capítulos, após a formação de um comitê de
tradução, e informando-lhe que a impressão deveria ser feita, após análise, em Nova
Iorque. O G.S.O. não permitiu a impressão no Brasil.
Ao que parece a concessão só veio em fins de 1968, quando Gilberto, um AA brasileiro
residente nos Estados Unidos, voltou à São Paulo, conheceu Donald L. e conseguiu intermediar as
relações entre ele e A.A. World Services Inc., órgão responsável pela literatura oficial de A.A. (2).
Tal concessão e o financiamento de dois mil dólares só foram dados mediante o compromisso de
atingir algumas metas estabelecidas. Organizar um Centro de Distribuição de Literatura de A.A para
o Brasil com um comitê responsável por um modesto escritório; publicar a primeira metade do livro
(os onze primeiros capítulos, sem os depoimentos americanos) contendo uma clara advertência
acerca da propriedade dos direitos autorais; distribuí-lo ao preço equivalente a dois dólares e
devolver o empréstimo concedido, sendo oitenta e dois centavos de dólar por unidade,
trimestralmente, destinando o restante do lucro para a publicação dos outros itens da literatura foram
algumas das condições estipuladas pelo A.A.W.S. Durante os cinco próximos anos a concessão seria
válida.
No início de 1971, o Centro de Distribuição de Literatura de A.A. para o Brasil (CLAAB)
havia vendido os dois mil exemplares da primeira edição e o lucro verificado, deduzidas as despesas
da sede, foi transformado nos folhetos A.A. em Sua Comunidade, Você Deve Procurar o AA? e 44
Perguntas e Respostas, editados no ano anterior. Por essa razão, liquidado o primeiro empréstimo,
um segundo (N.T.: de três mil dólares), foi feito para possibilitar a segunda edição, agora sem
quaisquer regras que regessem o pagamento, cuja liquidação final se deu em 1979.
A publicação do livro Alcoólicos Anônimos abriu caminho para a comunicação oficial entre os
Grupos existentes na época. O verdadeiro cadastro de grupos iniciou-se com a anotação dos
endereços dos Grupos que solicitavam o livro. Aos poucos os Grupos foram se comunicando com o
CLAAB, que anotava os endereços, dias e horários das reuniões, fornecendo os livros aos
interessados.
A REB - Revista Eclesiástica Brasileira, órgão oficial de comunicação entre a prelazia
brasileira e as paróquias, publicou uma elogiosa crítica ao livro, recomendando-o como instrumento
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útil na recuperação de alcoólicos. Nesta mesma época, graças a amigos de A.A. tivemos acesso ao
saguão da PUC, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde se realizava o IV Congresso
Latino-Americano de Psiquiatria. Foi montado um stand com a pouca literatura de que dispúnhamos
e os companheiros falaram diretamente com dois mil médicos, explicando-lhes o conteúdo do livro e
oferecendo, gratuitamente, exemplares dos folhetos disponíveis. Registrou-se um recorde: duzentos e
vinte exemplares vendidos em quatro dias (até aquela data nossa venda não havia passado os vinte
exemplares por mês). <= Fim da transcrição.
N.T. (1): O primeiro pedido para publicar do livro
Alcoólicos Anônimos em português para o Brasil
está registrado num artigo postado na primeira
página do boletim Box 4-5-9, edição de novembro
de 1956 com o título: Bazilian Seek Translation
Help, ou algo como, “Brasileiros Pedem Ajuda
Para Tradução”, cujo texto diz: “Luiz M.,
secretário do Grupo Central do Brasil do Rio de
Janeiro sugere que a tradução do Livro Grande
(Livro Azul) para o português seria muito útil para
os membros brasileiros e suas famílias. Enquanto a
Junta de Serviços Gerais não autoriza uma edição
standard do livro, é possível que se possa fazer
uma edição mimeografada para ser distribuída dentro de A.A. no Brasil”. (N.T.:
Isto nunca se concretizou)
http://www.aa.org/newsletters/en_US/en_box459_nov56.pdf
N.T. (2): Este episódio foi relatado por Eloy T., companheiro de A.A. e amigo de Donald M.citado na matéria, em um artigo de sua autoria, “O Livro Azul no Brasil”, da
seguinte maneira:
“... Gilberto, um brasileiro funcionário da ONU em Nova Iorque que vinha em
férias para o Rio, passou pelo GSO para saber se havia algo para Grupos do
Brasil, sendo então solicitado a investigar as razões dos pedidos de diferentes
Grupos com relação ao texto base de A.A. (N.T.: estes Grupos eram o Grupo
Central do Brasil e o Grupo Senador Dantas, os dois do Rio de Janeiro - RJ.).
De volta a Nova Iorque, Gilberto, informou ao pessoal do GSO que aqueles grupos
vinham, fazia tempo, guerreando por razões de somenos importância, informando
mais, que naquele momento não havia unidade no A.A. do Rio a recomendar tarefa
de tamanha importância.
Todavia, acrescentou Gilberto, a companheira Dorothy (Dorothy N., a
cofundadora do Grupo Sapiens) lhe informara que, em São Paulo, um norteamericano, chamado Donald já tinha parte do livro traduzido para uso no seu
Grupo e que o considerava em condições de empreender essa missão.
O Gerente do GSO, então, escreveu a Donald perguntando-lhe se aceitava o
encargo de traduzir e publicar o livro. Se aceitasse, deveria formar um Comitê
para gerir essa atividade, um LDC (Literature Distribution Center). Donald
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respondeu que aceitava a responsabilidade que lhe ofereciam, porém que os
Grupos do Brasil não tinham recursos financeiros para a publicação. O GSO
resolveu financiar o empreendimento...”.
O livro “Alcoólicos Anônimos” foi publicado no Brasil em novembro de 1969, encadernado
em brochura na cor azul da mesma tonalidade da capa da segunda edição (1956), do livro original em
inglês que nos EUA/Canadá é conhecido como “Big Book”, ou, “Livro Grande”. Pela característica
da cor da capa, passou a ser conhecido no Brasil – assim como em vários outros países onde A.A.
está presente, como “Livro Azul” (à direita).
O acordo para a publicação do livro previa a tradução dos Prefácios à
primeira e segunda edição, “A opinião do Médico”, os onze capítulos do
texto básico, “O pesadelo do Dr. Bob” e o texto integral das Doze
Tradições. Este conteúdo equivale a aproximadamente 30% do livro
original. Os outros 70% são histórias e relatos das experiências vivenciadas
pelos primeiros membros da Irmandade – algumas mantidas e outras
substituídas nas sucessivas edições. Uma coletânea destas histórias
publicadas na quarta edição do livro, em 2001, foi autorizada para ser
reproduzida no Brasil e recolhida no livro “Das trevas para a luz” – Junaab,
código 122. A Conferência de Serviços Gerais de 2008 recomendou, e o
Comitê de Literatura da Junaab está realizando, a tradução do livro
“Experiência, Força e Esperança” (Experience, Strength & Hope), que contem as histórias pessoais
das primeiras três edições do Big Book – 1939, 1956 e 1976.
O cumprimento correto do acordo para a publicação do Livro Azul no Brasil por parte do
órgão criado em 1969 especificamente para responsabilizar por isso, o Centro de Distribuição de
Literatura de A.A. - CLAAB, possibilitou que outros acordos de licenças para tradução e publicação
da literatura de A.A. fossem feitos com A.A.W.S. – Serviços Mundiais de A.A. em Nova York.
Assim, entre outros e até completar o acervo que a Junaab disponibiliza atualmente, podemse destacar as primeiras edições de:
1969: Alcoólicos Anônimos, ou, Livro Azul – Junaab, código 102
1971: Os Doze Passos – em brochura na cor vermelha (substituído pelo código 105).
1973: As Doze Tradições – em brochura na cor verde (substituído pelo código 105).
1976: O Grupo de A.A. ...– Junaab, código 205
1977: Viver Sóbrio – conhecido como o livro de capa amarela – Junaab, código 103
1983: Doze Conceitos para o Serviço Mundial – Junaab, código 107
Manual de Serviço de A.A. – Junaab, código 108
A.A. Atinge a Maioridade – Junaab, código 101
1985: Revista Vivência (por subscrição ou compra direta)
1988: Na opinião de Bill – Junaab, código 112
1992: Reflexões Diárias – Junaab, código 111
1995: Os Doze Passos e As Doze Tradições– Junaab, código 105
Para ver o Catálogo digital das publicações da Junaab, acesse:
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/publicacoes/literatura/catalogo-digital.html
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Nos anos de 1980, a Central de Serviços de A.A. de São Paulo –
CENSAA-SP publicou em conjunto com as Intergrupais (ISAAs) de
Campinas, Santos e Sorocaba, um livreto de bolso – 12 cm x 8 cm, com 32
páginas, fora as capas (brancas), que muito ajudou os membros daquela época
(para este escrevinhador, seu conteúdo foi definitivo para o reconhecimento da
doença). O livreto era a transcrição traduzida de um artigo - “How To Know An
Alcoholic” (ou, algo como: Como Saber Se É Alcoólico) publicado pelo
National Council on Alcoholism (Conselho Nacional de Alcoolismo), 2 Park
Avenue, New York, NY, com a permissão de Marty Mann. Aqui se chamou
“Alcoolismo: A Doença que Todos Escondem” (capa à direita) (1).
N.T. (1): Ver a transcrição completa do livreto na página 74 do Apêndice I
O CLAAB
Em 29 de setembro de 1969, em São
Paulo, foi fundado o Centro de Distribuição
de Literatura de A.A. para o Brasil –
CLAAB, Sociedade Civil de natureza
literária, cuja primeira diretoria foi formada por Donald, Nascimento, César, Vasco Dias, Melinho,
Fernando P. e José Ferreira, consultor jurídico e contábil. Provisoriamente sua sede foi instalada no
apartamento de Donald na Rua Sampaio Vidal, no bairro de Pinheiros, em São Paulo; com muito
sacrifício, luta e dedicação, no fim de novembro desse ano, foi publicada a primeira edição do livro
“Alcoólicos Anônimos” – também conhecido como “Livro Azul” -, no Brasil. Em 1970, Fernando P.
sai da diretoria e entram Eloy, Cecília (do Rio) e Ana Maria – primeira servidora não alcoólica. São
traduzidos e revisados os folhetos “A.A. na comunidade” e “Você deve procurar A.A.?”, os quais
são publicados, seguindo-se os folhetos sobre “Abordagens” e “Apadrinhamento”, traduzidos por
Dorothy N., os quais foram revisados e publicados pelo Escritório de Serviços Gerais – ESG, de
Nova York, que os fornecia diretamente aos Grupos; em 1971 o CLAAB publica “44 Perguntas e
Respostas” e “Eis A.A.”. Em 1972 foi publicada a 2ª edição do Livro Azul.
No início da década de 1970, a Irmandade de Alcoólicos Anônimos já estava presente em
muitos Estados, mas a diretoria do CLAAB era composta quase que exclusivamente por AAs de São
Paulo exceção feita a um ou outro companheiro de outro Estado. O ESG de Nova York sugeriu a
necessidade de mudar essa situação; assim, em 1974, foi realizada a 1ª Reunião de Delegados de
A.A. do Brasil para a formação do Conselho Nacional do CLAAB; desta primeira reunião
participaram oito Delegados e contou com presença de Mary Ellen Welsh, representando o ESG da
estrutura sênior, EUA/Canadá, que veio verificar a representatividade da Irmandade no Brasil e
assistir à formação e constituição do nosso primeiro órgão de serviços nacional.
Fonte: Livreto do VIII Encontro Estadual – Abril/1993
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Os Conclaves
1974 - I Conclave Nacional, São Paulo, SP.
Realização do Primeiro Conclave Nacional nos
baixos do Viaduto Pedroso, em São Paulo,
durante o carnaval, entre os dias 22 e 25 de
fevereiro de 1974, quando o CLAAB passou a
exercer as funções de Escritório de Serviços
Gerais, após o ENSAA do Rio de Janeiro
encerrar suas atividades. A diretoria do CLAAB
passou a ser constituída pelos Delegados das 9
Áreas (Estados) que compareceram:
1. Santa Catarina - Álvaro K.
2. São Paulo - Arlindo B.
3. Rio de Janeiro - Dolores M.
4. Alagoas - Geraldo L.
5. Paraná - Chico R. (Sigolf R.)
6. Pernambuco - Luiz A.
7. Pará – Magalhães
8. Ceará - Mário H.
9. Mato Grosso - Eloy T.
Do Conselho Fiscal do CLAAB fizeram parte dois Conselheiros não alcoólicos: Dr. José
Ferraz Salles (SP) e Reverendo José Ribola (SP).
Estavam presentes, além de diversos companheiros, Ana Maria T. e Sônia Lazo,
representantes de Al-Anon e o GSO de Nova York nos enviou, como assessora, Mary Ellen
Wesh.
NOTA: Os nove Delegados passaram a constituir o Conselho Nacional do CLAAB (Centro
de Distribuição de Literatura de A.A. para o Brasil) ficando a presidência desse
Conselho com Chico R., de Curitiba-PR, tendo como Secretário Álvaro K. de
Florianópolis-SC. Esse Conselho, então elegeu a Diretoria Executiva do CLAAB,
tendo à frente Donald L. A grande novidade foi a apresentação do primeiro padre
membro de A.A. do Brasil, o saudoso Pe. João. 28 companheiros assinaram a lista
de presença). Dentre os 28 citados não se tem notícias de alguma recaída.
1975 - II Conclave Nacional, São Paulo-SP.
Também realizado nos baixos do Viaduto Pedroso, em São Paulo. Eleva-se de 9 para 15 o
número de Delegados . Esses eventos serviram de ponto de partida para o extraordinário
crescimento da Irmandade; nesse ano existiam no Brasil mais de 500 Grupos. Paralelamente
à Convenção havia uma reunião de Serviços, ou seja, uma reunião preparatória às futuras
Conferências.
1976 - III Conclave Nacional, São Paulo-SP.
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Em 29 de fevereiro de 1976, durante o Terceiro Conclave Nacional, nos baixos do Viaduto
Pedroso, em São Paulo, reuniram-se os membros do Conselho Diretor do CLAAB e 29
Delegados representando 16 estados, e criaram a Junta Nacional de Alcoólicos Anônimos do
Brasil – JUNAAB. O Estatuto dispunha que seriam Órgãos da JUNAAB, uma Assembleia
Geral, uma Diretoria e o CLAAB. Assim, A.A. no Brasil credenciava-se a enviar dois
Delegados para a 4ª Reunião Mundial de Serviços, em Nova York, em outubro desse ano;
foram eles, Donald M. (SP) e Joaquim Inácio (RS).
Também foi decidido que a I Conferência de Serviços Gerais seria realizada em 1977, em
Recife-PE, juntamente com o IV Conclave de Carnaval.
1977 - IV Conclave Nacional, Recife-PE.
Nos dias 5, 6 e 7 de abril de 1977, realizou-se em Recife (PE) a Primeira Conferência de
Serviços Gerais – CSG. Entre os dias 07 e 10 foi realizado na mesma Cidade o Quarto
Conclave Nacional de A.A.
Pela primeira vez foram apresentadas temáticas escritas com cópias distribuídas aos
companheiros. Foram palestrantes: Roy P. - Os Doze Passos, Eloy T. - As Doze Tradições e
Donald M. Lazo respondendo perguntas e tirando dúvidas. Durante a Conferência, agora já
com o seu corpo de Delegados em número de 40 representando 20 Áreas, ficou decidido que
o V Conclave teria lugar em Belo Horizonte MG, juntamente com a II Conferência de
Serviços Gerais e, em virtude do trânsito nas estradas na ocasião do Carnaval, a data foi
transferida para a Semana Santa. A reprodução dos trabalhos apresentados foi feita por
companheiros de Cuiabá-MT, sem ônus para a Convenção.
1978 - V Conclave, Belo Horizonte MG.
Contamos com a presença de Dr. Jack Norris, então presidente da Junta de Serviços Gerais
dos EUA/Canadá e sua esposa (ambos falecidos). Mato Grosso, em vésperas de ser dividido,
levou um Delegado do Norte (Eloy T.) e outro do Sul (Mário), sob a mesma bandeira do
Mato Grosso uno. Durante a Segunda Conferência de Serviços Gerais, Eloy T., Delegado do
MT, foi eleito como substituto de Donald M. como Delegado à Reunião de Serviço Mundial
(RSM). Decidiu-se mudar o nome de Conclave para Convenção Nacional de A.A., e que as
Convenções seriam realizadas a cada dois anos, em anos pares, sendo a próxima, a Sexta, em
1980 em Porto Alegre, e as Conferências seriam anuais - nos anos impares seriam realizadas
em São Paulo e nos anos pares na Cidade escolhida para a Convenção.
Histórico da Central de Serviços de Alcoólicos Anônimos do
Estado de São Paulo – CENSAA - SP
Fundado em 07 de agosto de 1973, com o nome de Intergrupos Paulista S/C Ltda.
(designação legal), por um grupo de AAs liderados pelo companheiro Jefferson, nosso primeiro
órgão de serviços inicialmente enfrentou dificuldades naturais decorrentes, sobretudo, da
inexperiência e do noviciado neste tipo de trabalho.
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É sabido por todos que as Centrais de Serviços (assim
como as Intergrupais), são formadas a partir do interesse
comum demonstrado pelos Grupos, complementando o
trabalho dos mesmos. Suas funções são essenciais para o
desenvolvimento harmônico de Alcoólicos Anônimos na
comunidade, ajudando os Grupos em seu propósito comum
de levar a mensagem de A.A. ao alcoólico que ainda sofre.
Sua sede foi instalada em um edifício misto de
residências e escritórios comerciais à Avenida Casper
Líbero, 36, ocupando o conjunto 511. Com o intuito de se
conseguir a adesão e o apoio de todos os Grupos da região,
foram feitos convites aos companheiros para que visitassem
o Escritório e tomar um cafezinho quando passarem pelas
imediações. Passou-se para os Grupos e companheiros que o
escritório seria a “Casa do Alcoólatra”, e que suas
dependências poderiam ser utilizadas da forma que melhor
lhes aprouvesse.
A Intergrupos Paulista havia sido criada, e isso constava de seus Estatutos, para atender aos
Grupos do Estado de São Paulo e esta meta foi finalmente alcançada após um período de
reorganização e redirecionamento de suas atividades.
Em 1975, já contando com a participação efetiva de grande número de Grupos de nosso
Estado, os Estatutos da Intergrupos Paulista foram reformulados e enquadrados dentro das normas
legais de funcionamento exigidas pelas leis do País, bem como dentro dos ditames e princípios de
Alcoólicos Anônimos. Aproveitou-se o ensejo para mudar sua denominação para Escritório Central
Paulista de Alcoólicos Anônimos – ECPAA.
Nessa ocasião foi convocado, reunindo-se pela primeira vez, o Conselho de Representantes
Intergrupais – CRI, formado por representantes dos diversos Grupos interessados nas atividades do
Escritório. Desde então o CRI, como ficou mais conhecido, reunia-se mensal e ininterruptamente no
cumprimento de suas atribuições básicas.
No decorrer dos anos e com a participação cada vez maior dos Grupos de nosso Estado, muita
coisa mudou para melhor. Em 1984, o ECPAA passou a se chamar Central de Serviços de
Alcoólicos Anônimos do Estado de São Paulo – CENSAA-SP respeitando uma recomendação que a
Conferência de Serviços Gerais fez com o intuito de padronizar em todo o País a sigla utilizada pelos
órgãos estaduais de serviços – os CENSAAs. Em 1985, as instalações então extremamente acanhadas
da Av. Casper Líbero foram trocadas por outras um pouco mais amplas na Av. Senador Queirós,
101, às quais foram acrescentadas progressivamente novas salas a ocupação de 670 m².
Mas não foi apenas no sentido físico que a CENSAA-SP cresceu significativamente.
Capacitou-se também para exercer atividades cada vez mais complexas na divulgação de mensagem
de A.A., levando-a a segmentos da comunidade que pareciam aos pioneiros da época de sua
implantação sonhos inatingíveis, verdadeiros delírios megalomaníacos. No entanto, são fatos reais e
a CESNSAA-SP ingressou na última década do século vinte com um plantão telefônico que funciona
24 horas por dia, de segunda a segunda, e que atendeu, somente entre janeiro e setembro de 1992,
mais de 22.000 pedidos de ajuda.
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Fonte: Livreto do VIII Encontro Estadual – Abril/1993
Formação dos Distritos (os primeiros)
PRIMEIRO DISTRITO
O 1º Distrito foi formado em 31-08-1980 durante uma reunião realizada no Grupo Vila
Gomes Cardim, com a presença de representantes dos Grupos Belém, Parí, Itaquera, Jerusalém,
Aricanduva, Santa Adélia e Vila Gomes Cardim. Após explanação pelo companheiro Luiz B. sobre a
estrutura de nossa Irmandade segundo o “Pequeno Manual de Serviços”, procedeu-se à eleição do
Coordenador do Comitê de Distrito. Foi eleito através de votação secreta o companheiro João de
Deus e o companheiro José Itaquera como seu suplente.
Devido ao rápido crescimento, o 1º Distrito precisou ser desmembrado, surgindo o 8º
Distrito, que da mesma maneira gerou o 28º Distrito e deste saiu o 33° Distrito.
SEGUNDO DISTRITO
O 2º Distrito foi formado em 07-09-1980
TERCEIRO DISTRITO – Zona Norte
O 3º Distrito foi formado em 08-01-1984
QUARTO DISTRITO – Zona Oeste
O 4º Distrito surgiu do consenso de alguns Grupos formados na Região Oeste da Capital e
Grande São Paulo. Foram estes Grupos: Lapa, Ceasa, Barra Funda, Cruz das Almas, Perús,
Itaberaba e Pompéia, da Capital, Campo Limpo Paulista, desse Município, Cristo Operário de
Osasco e União de Carapicuíba. A constituição do Distrito aconteceu numa reunião coordenada por
Luiz B., coordenador da Área de São Paulo e convocada para esse fim, no dia 20 de maio de 1984 na
sala de reuniões do Gr. Cristo Operário, na Av. Imaculada Conceição, 114, Osasco – SP. Nesta
reunião foi formado o Comitê do Distrito como segue: Coordenador, Denis do Gr. Lapa; Adjunto,
Claudir do Gr. Lapa; Secretário, Ruy do Gr. Campo Limpo Paulista: Adjunto, Avelino do Gr. Cristo
Operário; para a Tesouraria não houve candidatos. Foi definida como sede do Distrito a sala do Gr.
Lapa à Rua Roma, 446, Lapa – Capital, e a data da primeira Assembleia do novo Distrito que
aconteceu no dia 16 de junho de 1984.
Aos poucos foram aderindo outros Grupos da Região na medida em que iam se formando:
Caieiras de Caieiras; Amor e Paz, Mangalot, Marselha, Perdizes, Portal das Laranjeiras, Vida
Nova, Vila Ida e 22 de Junho da Capital; Aliança, Jardim Ana Estela (atual Reviver) e Universo de
Carapicuíba; Portão e Recanto de Cotia; Franco da Rocha de Franco da Rocha; Itapevi de Itapevi;
Jundiaí e Rio Branco de Jundiaí; Luz da Pira, São Paulo da Cruz e Valor da Vida de Osasco e
Bandeirantes de Santana do Parnaíba.
Devido ao grande numero de Grupos congregados, 24 ao todo, em 25 de agosto de 1996, foi
realizada uma reunião extraordinária no Grupo Mangalot para tratar de seu desmembramento,
aprovado por unanimidade, e consequente criação de um novo Distrito, o 44º Distrito, cuja primeira
Assembleia aconteceu no dia 6 de outubro de 1996, com 12 Grupos: Aliança, Reviver, União e
Universo de Carapicuíba, Portão e Recanto de Cotia, Itapevi de Itapevi, Cristo Operário, Luz da
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Pira, São Paulo da Cruz e Valor da Vida de Osasco e Bandeirantes de Santana do Parnaíba. Fixou
sua sede na sala do Grupo União, à Rua Inocêncio Seráfico, 600, Carapicuíba, SP. O primeiro
Comitê de Serviços foi composto por: MCD Milton, do Gr. Cristo Operário - eleito após se desligar
do mesmo encargo no 4º Distrito, Secretário Eloy do Gr. Recanto e adjunto Rodrigues do Gr.
Reviver e Tesoureiro Roberto T. do Gr. Itapevi. No 4º Distrito ficaram os outros 12 Grupos: Amor e
Paz, Cruz das Almas, Franco da Rocha, Lapa, Mangalot, Marselha, Perdizes, Perús, Portal das
Laranjeiras, Vida Nova e 22 de Junho.
O 44º Distrito expandiu-se muito rapidamente chegando a 18 Grupos, quando a Assembleia
do dia 10 de dezembro do ano 2000, homologou o primeiro desmembramento aprovando por
consenso a saída de 7 Grupos: Alphavida, Amor e Paz, Cristo Operário, Luz da Pira, São Paulo da
Cruz, Valor da Vida e Viver de Novo, para formar o 51º Distrito que fixou sua sede na sala do Grupo
Cristo Operário em Osasco. Seu primeiro MCD foi Cleuto.
No 44º Distrito ficaram os outros 11 Grupos: Aliança, Reviver, União e Universo de
Carapicuíba, Portão e Recanto de Cotia, Esperança, Itapevi e Seguir em Frente de Itapevi, Nova
Vida de Jandira e Corações Unidos de São Roque. No dia dois de abril de 2008, contando com 11
Grupos, os Grupos de Ibiúna e São Roque com o único propósito de amenizar a distância que os
separava da sede do 44º Distrito em Carapicuíba, propuseram á Assembleia a mudança da sede para
um local mais centralizado sugerindo como nova sede a sala do Grupo Portão na Rua Jorge Caixe,
108, em Cotia, SP. Contando com o apoio dos Grupos de Araçariguama, Cotia, Itapevi e Jandira, a
proposta foi aprovada por maioria de dois terços e, no dia 03 de junho desse ano realizou-se a
primeira Assembleia no novo endereço.
Três meses após a mudança de endereço, os três Grupos de Carapicuíba – Aliança, Reviver e
União, consideraram a conveniência de se agrupar em outro Distrito; comunicaram à Assembleia do
44º Distrito seu desligamento e constituíram o 61º Distrito, que seria homologado na Assembleia de
Área realizada em Osasco, SP, em 18/10/2009. A primeira Assembleia do novo Distrito realizou-se
no dia 04 de outubro de 2008 na sua sede, que se manteve na sala do Grupo União à Rua Inocêncio
Seráfico, 600, Carapicuíba, SP. Seu primeiro MCD foi Toninho do Gr. União.
Em 2015, estes quatro Distritos fazem parte da Área 32 – Região Sul e Oeste da Capital e
Grande São Paulo, homologada pela CSG de 2013, e suas denominações foram substituídas
respectivamente por Distrito 1, Distrito 6, Distrito 7 e Distrito 9.
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. no Litoral Sul
ISAA – Baixada Santista, SP
A história de A.A. na Baixada Santista tem seu marco inicial com o ingresso do companheiro
Lafaiete M. no Grupo Sapiens em 1968. Consoante afirmações deste companheiro, tudo se deve,
entretanto, à abnegação, ao denodo dos companheiros do citado Grupo, durante mais de um ano.
Após a estada durante alguns dias na residência do companheiro Donald e sua esposa Sonia –
como soia acontecer a muitos na época -, Lafaiete M., já restabelecido e para dar continuidade ao seu
tratamento, foi convidado a fazer uma abordagem em Santos, tendo como alvo Orlando C. e não com
parco espanto, no bornal veio também Angelino P. – estava formado o tripé para a semeadura de
A.A. em Santos. Em terreno aparentemente árido, surge desta dupla abordagem a necessidade de se
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dividir o que de graça se recebeu, ou seja, a fundação de um Grupo de A.A. Mas, nessa época não se
dispunha, como atualmente, da fartura de material concernente a Passos, Tradições e à estrutura de
Grupo. Todavia, graças à interseção de Dona Ceres junto à Associação Espirita Beneficiente “Anjo
da Guarda”, conseguiu-se, a 7 de junho de 1968, realizar a primeira reunião de A.A. na baixada
Santista, na sede dessa entidade.
Estava fundido o alicerce de A.A. na Baixada; porém, dado o número de ingressantes que
crescia e, para a preservação do anonimato, houve a necessidade premente de se mudar da sala
cedida inicialmente pela Associação Espírita. Contudo, por meio de George S., estabeleceu-se a nova
sala em São Vicente, na antiga sede do Seminário São José, pertencente à Diocese Católica de
Santos, com o nome de Grupo Conselheiro, isso por volta de 1969.
Foi, entrementes, esta primeira fase repleta de solidariedade entre os membros. Como
objetivo comum e precípuo, tinha-se aquele que sofria da doença do alcoolismo.
No entanto, o equilíbrio, o bem estar que se sentiu até então, de 1970 a 1977, desconfigurouse, pois se de um lado este período fora fértil em surgimento de Grupos – Redenção, 1970; Itapema,
1971; Vila Santa Rosa, 1973; Doze Passos, 1974; Jardim Casqueiro, 1975; Redentor, 1976; Vicente
de Carvalho, 1976; Caminho da Fé, 1977. Por outro lado, fora um período difícil nhoque se refere à
aceitação de princípios básicos como os da 7ª e 12ª Tradições. Visto que houve quebra de
anonimatos; as festas de aniversário passaram a ser datas de engrandecimentos individuais, com
entregas de fichas não pertencentes à Irmandade. Tudo isto visto sob uma ótica de narcisismo e
onipotência do alcoólico. Sintomas claríssimos das “dores do crescimento”. Tais episódios, contudo,
foram de grande valia para os Grupos da Baixada e para A.A. na sua totalidade, uma vez que
suscitou uma reavaliação dos trabalhos; Suscitou por parte dos membros e Grupos mais iluminados
uma ordenação, mais organização e melhor estruturação para os Grupos de A.A. da Baixada.
Partindo de desencontros deste jaez, patenteou-se a necessidade de um “poder moderador”
que pudesse elucidar e nortear os Grupos que estavam se individualizando e criando líderes
individuais; a bem da verdade estava ocorrendo um verdadeiro cisma na Irmandade, na Baixada.
Destarte, em 23 de janeiro de 1977, no Grupo Redentor, realizou-se uma reunião de serviços, a
pedido dos companheiros, congregando membros do Escritório Central Paulista de A.A. – ECPAA e
dos Grupos da Baixada. Em seguida, realizaram-se duas reuniões Intergrupais e em breve fundava-se
o “Comitê Orientador de A.A. na Baixada Santista”; Elegeu-se neste mesmo dia, 22-02-1977, a
primeira Diretoria. Em outubro deste mesmo ano, em virtude da iniciativa do companheiro Antonio
C., a sala do Comitê foi instalada junto à Associação Beneficiente dos Empregados da Companhia
Docas, à qual era filiado. Desta forma os problemas de sede, mobiliário, aluguel, de pronto foram
resolvidos graças a colaboração desprendida de companheiros.
Após alguns desencontros, aliás já mencionados, o Comitê conseguiu atingir os objetivos
propostos, os de conhecer as ideias, os pensamentos dos companheiros sobre A.A. e seu programa,
ampliando desta forma os horizontes individuais levando-os a uma perspectiva mais condizente com
o objetivo, programa, filosofia, estrutura, princípios e espírito de A.A.
Grandes eventos ocorreram em 1978, como a primeira Reunião em Instituições – Hospital
Guilherme Álvaro; divulgação radiofônica pela Radio Club de Santos em seu programa “Turismo em
marcha”. Não obstantes a atais eventos, fato de suma importância foi a ressonância da palavra
“Unidade” que até então existia apenas na literatura e em algumas cabeças. A palavra “Unidade”
passou desta feita a ser significativa para os membros e os Grupos. Em consequência desta
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conscientização, aventou-se a ideia de um encontro de AAs da Baixada; seguiu-se que 1978 fosse
considerado “Ano da Unidade”.
E, A.A. na Baixada avançou contornando, superando obstáculos e já se sentia a necessidade
de um órgão incorporado à estrutura de A.A. como um todo que representasse efetiva e legalmente
os Grupos e seus anseios. Dentro deste panorama, os Grupos reunidos em assembleia no Colégio
Docas, aprovaram a criação do Escritório Regional de A.A. na Baixada Santista (Intergrupal), cuja
primeira diretoria foi eleita e tomou posse em 26 de setembro de 1978.
Consolidou-se destarte A.A. na Baixada Santista. Não foram em vão as intempéries e não o
serão, visto que foram experiências acumuladas em seu bojo que permitiram tal solidez. As
experiências são o maior instrumento para o nosso tratamento. A troca das mesmas nos devolve à
sociedade. Em sendo assim, nada aconteceu por acaso. Para a nossa recuperação tudo é valido, pois
somos e continuaremos a ser a Irmandade que tem por objetivo precípuo o “Ser Humano”, na sua
integérrima acepção da palavra.
Fonte: Livreto do VIII Encontro Estadual – Abril/1993
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. em Campinas
ISAA – Campinas, SP
Após ter participado de várias reuniões de A.A. em São Paulo, no ano de 1971, juntamente
com sua esposa, o companheiro André D. (já falecido), sentiu necessidade de formar um Grupo de
A.A. em Campinas e pediu orientação a Donald L., membro com muita experiência de A.A. Ficou
sabendo que em Campinas já havia outro companheiro, Otávio, que já conhecia o programa e tinha a
mesma intenção. André e Otávio se encontraram e após uma troca de experiências encontraram uma
sala para o funcionamento do Grupo. Assim, em 28 de maio de 1981 foi fundado o Grupo Albatroz
de A.A. e graças ao trabalho dos companheiros que foram chegando, em pouco tempo, fundaram
mais cinco Grupos em Campinas: Grupo Treze de Maio, Grupo Costa e Silva, Grupo Nova Europa,
Grupo Castelo Branco e o Grupo Fénix. No ano de 1975, para suprir as diversas necessidades dos
Grupos, foi fundado o Escritório Central de Campinas, para facilitar e centralizar os serviços de
A.A. Através desse órgão, a Irmandade teve um crescimento muito grande nessa região. Em 1977,
passou a ser denominado Escritório Regional de A.A. de Campinas, e foi com muito trabalho,
muitas dificuldades, com mudanças de endereços para vários locais, que em 1983, conseguiu-se
instalar uma linha telefônica, a de nº 8 80 88, e graças a um Poder Superior, tudo foi dando certo, e
acatando uma Recomendação da Conferência, passou a ser denominado Intergrupal de Serviços de
A.A. de Campinas – ISAA-Campinas e Região. Atualmente (1993), a Intergrupal funciona muito
bem, com reuniões do CRI todos os meses, com média de 35 Grupos participantes, funcionando
também como plantonista, telefone, secretária eletrônica, e tudo mais que os Grupos da região
necessitam.
Eis alguns informes do crescimento próspero da nossa Intergrupal de Serviços de A.A. de
Campinas e Região. Os encontros já se tornaram tradicionais, sendo que em 1992 foi realizado o X
Encontro em Indaiatuba. Em todos encontros são feitas vendas de literatura pela Intergrupal,
divulgando assim a obra de A.A. para a comunidade que participa do encontro na cidade escolhida
como sede. A intergrupal está funcionando muito bem, fazendo-se representar nas reuniões do
Colegiado, Encontros Nacionais de CENSAA / ISAA e outros.
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Fonte: Livreto do VIII Encontro Estadual – Abril/1993
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. de Piracicaba
ISAA – Piracicaba, SP e Região
Em 1968, os problemas de alcoolismo eram claramente evidentes na cidade. O centro de
Obras Sociais de Piracicaba, o qual congregava 42 obras assistenciais, encontrava-se impotente para
enfrentar tal situação. Então, tomaram conhecimento da existência em São Paulo, Capital, de um
grupo de pessoas com o mesmo problema de alcoolismo que se reuniam sob o nome de Alcoólicos
Anônimos e tinham sucesso na sua recuperação.
Dirigiu-se então para São Paulo a Assistente Social responsável pelo Centro, com a finalidade
de contatar os responsáveis por aquele citado Grupo. Orientada, encontrou o Grupo Sapiens, fundado
em abril de 1965 e funcionando a “todo vapor”, onde foi recebida pelos membros Donald e
Melinho. Eles explicaram-lhe o funcionamento de A.A. e de que maneira poderiam praticar o
“propósito primordial”, ou seja, levar a mensagem de A.A. para Piracicaba.
Combinou-se a ide de membros de A.A. para Piracicaba, com a finalidade de realizar
palestras informativas sobre o Programa de Recuperação de A.A. Isso se deu no final do mês de
setembro de 1968 e foram realizadas três palestras até o final de outubro do mesmo ano, quando em
26 desse mês e no mesmo ano deu-se o ingresso de um companheiro local, convencionando-se ai a
fundação de um Grupo de A.A. em Piracicaba – SP.
Este grupo viria a ser chamado de Grupo Piracicaba de A.A. e sobrevive, felizmente até os
dias atuais (1999). Os primeiros membros de A.A. que se dirigiram para Piracicaba com a finalidade
de realizar palestras e, embutido, o desejo de formar um Grupo de A.A., foram: Cezar e Lídia, Edith
e Donald, Vasco, Ramos, Fernando, Nascimento, Melinho, João de Deus, Januário, Carmo, Maria
Cecília e Valdomiro, sendo que Melinho e Nascimento foram os que levaram a bandeira, toalha,
emblemas e literaturas (as que existiam) de A.A. para Piracicaba pela primeira vez.
Dentre as atividades do Grupo recém-formado, incluíam-se visitas aos internados em duas
instituições terapêuticas existentes na cidade, pois, já no segundo ano de existência, portanto em
1969, muitas pessoas com problemas com o álcool já haviam ingressado naquele Grupo, muitas
vindas destas instituições. Nessas instituições havia também internadas muitas pessoas das cidades
vizinhas que, ao se interessarem pelo programa, ensejavam a oportunidade de levar às suas cidades
de origem a possibilidade de criação de novos Grupos de A.A., fato que se deu com a ajuda e amparo
dos membros do Grupo Piracicaba, sucessivamente em Americana, Limeira, Capivari, Brotas, porém
depois de 1973, pois, até esse ano, o Grupo incipiente “capengou” em diversas oportunidades.
Foi a partir de 1974, com publicações sobre o alcoolismo e sobre A.A. inseridas no “Jornal
de Piracicaba” que abriu espaço ao recém-ingressado companheiro Silvio, que efetivamente A.A.
sedimentou suas raízes na cidade, tornando-se o Grupo menos secreto e, portanto, mais conhecido na
cidade.
Em 30 de agosto de 1975, membros do Grupo Piracicaba, dirigiram-se a Limeira com a
finalidade de realizar uma Reunião Pública Informativa e participar da criação do Grupo Oasis de
A.A., dessa cidade, fato que se deu somente no ano seguinte, em 1976, sendo que esse Grupo deu
origem aos que hoje (1999) lá existem. Anteriormente, em 1974, mais precisamente no dia 23 de
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fevereiro havia sido fundado em Piracicaba um grupo de familiares de alcoólicos, Al-Anon, por
Cristina, esposa de Nelson, oriundos da Capital, o qual posteriormente viria fundar o Grupo
Araraquara, naquela cidade.
Em janeiro de 1977, viria a ser fundado o segundo Grupo de A.A. em Piracicaba, o Grupo
Rezende. Em Tietê, com a colaboração dos membros do Grupo Piracicaba, já estava funcionando um
Grupo de A.A., do qual se originaram os Grupos hoje (1999) existentes em Laranjal Paulista,
Conchas, Cerquilho, Tatuí, Etc. Em Capivari, também com a colaboração dos membros de
Piracicaba, funcionava o Grupo Capivari.
Em 1981, criava-se o terceiro Grupo de A.A. em Piracicaba – o Grupo São Dimas. Em 1993,
formava-se, também em Piracicaba, o Grupo União. E, assim sucessivamente muitos outros Grupos
foram sendo formados atendendo dessa forma o nosso “propósito primordial”. Em 1986, atendendo
as necessidades dos Grupos, já então em grande número na Região, foi criado um Distrito de A.A.,
hoje (1999) denominado 17º Distrito, que congregou em sua primeira reunião no dia 6 de setembro
de 1986, os seguintes Grupos fundadores: Gr. Americana, Gr. Capivari, Gr. Santa Bárbara - de Santa
Bárbara D´Oeste, Gr. Tietê, Gr. Dom Pedro – de Americana, Gr. São Dimas, Gr. Piracicaba e Gr.
Saúde (já extinto).
Muitos outros Grupos foram-se formando na cidade e na Região, dando origem em setembro
de1988 à formação e criação da Intergrupal de Serviços de Alcoólicos Anônimos de Piracicaba – SP.
Outros dois Distritos foram criados, o de Limeira – 31º, e o de Tatuí – 40º, os quais, juntamente com
o 17º Distrito, de Piracicaba, mais o 15º Distrito, de Itapeva, e o 36º Distrito de Sorocaba,
custodiados pela ISAA-Piracicaba, formam a Comissão Especial da Área, a “F”, da qual fizeram
parte 51 Grupos, sendo 14 da cidade de Piracicaba.
Fonte: Livreto do VIII Encontro Estadual – Abril/1993
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. do Vale do
Paraíba e Litoral Norte
ISAA – Vale do Paraíba e Litoral Norte, SP
Ás 9:00hs do dia 5 de maio de 1991, nas dependências do prédio da Rodoviária Velha de
Taubaté, reuniram-se em Assembleia Geral de Constituição e Fundação, os senhores membros
fundadores da ISAA – Intergrupal de Serviços de Alcoólicos Anônimos do Vale do Paraíba e Litoral
Norte.
Após a Oração da Serenidade, foi lida a Ordem do Dia pela qual foi convocada a Assembleia
e que tinha o seguinte teor:
a) Discussão e aprovação do projeto dos Estatutos Sociais;
b) Constituição e fundação definitiva da ISAA;
c) Eleição da Diretoria e Conselho Fiscal;
d) Outros assuntos relacionados com a constituição e fundação da ISAA.
Ao final da leitura do projeto dos Estatutos Sociais, cujas cópias já haviam sido distribuídas
previamente aos presentes, foi submetido artigo por artigo, à apreciação e discussão e em seguida à
sua votação, Tendo o mesmo sido aprovado por unanimidade e sem emendas ou modificações.
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A seguir, o Presidente da Assembleia e os demais presentes declararam definitivamente fundada a
Intergrupal de Serviços de Alcoólicos Anônimos (ISAA) do Vale do Paraíba e Litoral Norte, tendo a
denominação sido aprovada por unanimidade, procedendo-se e então, à eleição da Diretoria, do
Conselho Fiscal e MCR (Representante da Intergrupal), para o primeiro período de gestão, na forma
estatutária, ou seja, por um ano – de 5 de maio de 1991 a 4 de maio de 1992, tendo sido eleitos por
unanimidade dos presentes.
Desde a sua fundação a ISAA, vem apoiando os eventos realizados na Região do Vale e
Litoral (Ciclos de Passos, Tradições, Conceitos e Simpósios). Através de seu CTO local, vem
incentivando a formação desses CTOs de cidade em cidades onde existe mais de um Grupo de A.A.
e CTOs de Grupos.
No ano de 1996, realizou seu Primeiro Seminário para Profissionais e em 1998 o terceiro.
Contém em seus arquivos, um cadastro com 510 profissionais, com os quais faz contatos periódicos.
Nas dependências da ISAA, tem uma sala de leitura, abordagem e vídeo destinada para uso
de membros de A.A., profissionais, estudantes e visitantes.
A ISAA funciona também como um centro de distribuição e venda de literaturas de A.A..
Realiza reuniões mensais do CRI, do 10º Distrito, reuniões bimestrais da Comissão Especial “C” e
do Colegiado Local.
Em 1996, a ISAA participou do Simpósio de CTO – Sudeste, realizado em Belo Horizonte MG e em 1997, esteve no Simpósio de CTO – Sudeste realizado em Vila Velha – ES.
Taubaté, 13 de janeiro de 1999
Fonte: Livreto do X Encontro Estadual – Abril/1999
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. de Franca
ISAA – Franca, SP
Corriam os dias do já distante ano de 1975. Os primeiros meses já haviam passado e
estávamos em meados de maio. Dois médicos psiquiatras francanos, Dr. Elesbão Barbosa de Paula e
Dr. Rubens Jacinto Conrado estavam preocupados com o grau de alcoolismo de vários pacientes,
Durante a realização de um “Encontro de Casais com Cristo” manifestaram sua preocupação e
trocaram experiências sobre o fato com outros participantes. Haviam, os dois ilustres médicos,
ouvido falar do movimento “Alcoólicos Anônimos” que existia na cidade de Casa Branca - SP.
Resolveram então concitar estes seus pacientes para juntamente com eles, se dirigirem àquela cidade
e se inteirarem do que seria Alcoólicos Anônimos. Assim o fizeram, se dirigindo às reuniões que
eram realizadas no Grupo de A.A. Lá obtiveram novos conhecimentos sobre o alcoolismo e a
maneira singular com que consideravam e tratavam a doença. A maioria dos convidados dos médicos
prontamente aceitou o Programa de Recuperação de A.A. integrando-se à Irmandade e tornando-se
membros iniciando uma nova caminhada em busca de uma nova vida sem a bebida. Encontraram a
sobriedade e concomitantemente começaram a realizar reuniões na cidade de Franca. Corria o mês
de maio de 1975 e A.A. se instalava em Franca. Era uma benção do Poder Superior para todos os que
tinham problemas com o alcoolismo, e que não conheciam ou encontravam um caminho para a
recuperação. Juntamente com os membros de A.A., suas esposas começaram a frequentar as reuniões
de Al-Anon (Irmandade que reúne familiares, amigos e pessoas interessadas na própria recuperação e
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no conhecimento sobre os problemas causados pelo alcoolismo no meio familiar e social).
Igualmente a A.A., estas pessoas instalaram o Al-Anon em nosso meio.
No dia 17 de julho de 1975, no Salão Nobre do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, foi
realizada a primeira apresentação pública dos Grupos de A.A. e de Al-Anon com a presença de
Autoridades constituídas, de representantes de todas as religiões e membros da sociedade em geral.
A partir daí, Alcoólicos Anônimos floresceu e vários Grupos foram abertos em toda a região. Caso
específico dos Grupos: Francano (Unidos), Santa Luzia (Esperança), Capelinha (Paulista),
Liberdade, União, Roselândia, Alegria der Viver, Mão Amiga, Central, Santo Antonio e Solução da
Paz.
A mensagem de Alcoólicos Anônimos foi levada a São Tomás de Aquino, Itirapuã,
Patrocínio Paulista, Pratápolis, Passos (Grupo Pelicano), Itaú de Minas (Grupo Unidos na
Sobriedade), Claraval, Pedregulho (Grupo Pedregulhense), Cristais Paulista (Grupo Caminho da
Felicidade), Jeriquara (Grupo Jeriquarense), Ribeirão Corrente (Grupo Vida Nova), Ribeirão Preto,
Batatais (Grupos Batataense e Vila Maria), Orlândia (Grupo Orlandino), Sales Oliveira, Avaré, São
Sebastião do Paraíso (Grupos Paraisense e Ponto de Apoio), Santo Antonio da Alegria, Capetinga,
Santa Rita de Cassia (Grupo Cassiense), São José da Bela Vista, São Joaquim da Barra, Ibiraci e
Altinópolis (Grupo Altinopolense) e vários outros centros populacionais.
Com o crescimento da Irmandade em Franca e região e para assegurar a Unidade e cuidar da
estrutura dos Grupos, foi criado em 15 de março de 1983, o 12º Distrito de Alcoólicos Anônimos de
Franca e Região.
O Distrito é composto por um Comitê de serviços formado por um Coordenador, um
Secretário, um Tesoureiro e os Representantes de Serviços Gerais – RSGs, de cada Grupo da região.
Com as dificuldades existentes de levar a mensagem e a necessidade de uma aproximação
com os Profissionais das Áreas da Saúde, Justiça, Trabalho e outros, foi marcada uma reunião com o
Comitê Estadual do 12º Passo no dia 2 de junho de 1991 no Grupo Liberdade, onde foi formado o 1º
Comitê Coordenador de CTO (Comitê Trabalhando com os Outros) constituído de um Comitê de
Cooperação com a Comunidade Profissional (CCCP), Comitê de Informação Pública (CIP) e Comitê
de Instituições (CI).
Os companheiros presentes nesta reunião decidiram que as reuniões do CTO, seriam feitas no
1º domingo de cada mês, sendo que foi realizada a 1ª Reunião Extraordinária no dia 16 de junho de
1991, no Grupo Liberdade. Com a recém-criação dos órgãos de serviços as reuniões do Distrito
passaram a ser itinerantes, ou seja, cada mês era realizada em um Grupo diferente. Os órgãos de
serviços do 12º Distrito e o CTO precisavam de um local e um telefone para atender os pedidos de
ajuda. Assim, foi alugada uma sala na Rua Estevão Leão Bourroul, contratado um plantonista
(membro de A.A.) e com a ajuda dos companheiros e os Grupos foi feita uma campanha para
comprar a linha telefônica nº (016) 724 2445. Começava então o caminho para um dia ser criada a
Intergrupal de Serviços de Alcoólicos Anônimos – ISAA, um órgão de informação dos Grupos de
A.A.
Em 29 de janeiro de 1994 foi realizada a 1ª Assembleia entre o Distrito e o CTO, com
Representantes dos Grupos – Ris, para a criação da mais nova Intergrupal de Serviços de Alcoólicos
Anônimos do Estado de São Paulo e neste ato foi aprovado o Estatuto e eleita a Diretoria. Em 19 de
fevereiro de 1994, com a presença de representantes da Área e da Central de Serviços – CENSAA,
deu-se por aprovada e inaugurada a nova Intergrupal de Serviços, dando início à tramitação junto aos
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órgãos públicos, para a constituição dessa nova empresa de serviços de A.A. Uma empresa sem fins
lucrativos, que visa exclusivamente levar a mensagem de Alcoólicos Anônimos. Dentro da Unidade
de A.A., a ISAA de Franca e Região faz parte da Comissão Especial Região “D” (em 1999),
prestando serviços para aproximadamente 50 Grupos; abrange as cidades de: Franca, Ribeirão Preto,
São Carlos, Pirassununga e São João da Boa Vista.
Fonte: Livreto do X Encontro Estadual – Abril/1999
Histórico da Intergrupal de Serviços de A.A. do CentroOeste Paulista
ISAA – Centro-Oeste Paulista, SP
A ISAA era um sonho antigo dos companheiros da Região Centro-Oeste Paulista. Na década
de 1980 havia sido feita uma tentativa de instalá-la na cidade de Bauru, o que infelizmente não foi
concretizado.
Alguns companheiros idealistas iniciaram um movimento a que denominaram “Comitê de
Formação da Intergrupal – CFI”, cujo objetivo era angariar fundos para que pudesse ser comprada
uma linha telefônica, considerada por todos como indispensável para o funcionamento da ISAA. Não
havia sido escolhida a cidade que iria sediar o escritório. Tal escolha recaiu, por consenso entre
Bauru e Jaú.
Não havendo unanimidade, a decisão acabou sendo tomada por sorteio, tendo sido escolhida
a cidade de Jaú.
A partir de então, os companheiros da CFI e outros interessados, já dispondo de recursos
financeiros, continuaram o trabalho, adquirindo o telefone – o que foi feito em nome da CENSAASP, já que a ISAA ainda não possuía personalidade jurídica.
Todo esse trabalho de preparação levou cerca de 5 anos para ser desenvolvido.
Finalmente, em 26 de março de 1995, foi realizada a Assembleia da Fundação, com a
aprovação dos Estatutos e a eleição da 1ª Diretoria.
Após passar por dois salões comerciais, a ISAA acha-se atualmente (1999) instalada na Rua
Sete de Setembro, 941, CEP 17-202-110, em Jaú – SP com telefone (014) 622 6974, onde conta com
o apoio de 8 Distritos – 19º, 20º, 22º, 23º, 30º, 37º, 41º e 43º, que compõem a ISAA do Centro-oeste
Paulista.
Fonte: Livreto do X Encontro Estadual – Abril/1999
Histórico da Formação dos Setores
Os Setores, como hoje são conhecidos e adotados pela estrutura de A.A., (CSG - Conferência
de Serviços Gerais) desde o ano 2000, tiveram seus embriões nas Comissões Especiais Regionais
criadas em 1995, na até então Área do Estado de São Paulo. Em 1996 havia 6 (seis) destas
Comissões, a saber: Comissão Especial Região “A”, cujo escritório era a CENSAA (Central de
Serviços de A.A.) na capital paulista; Comissão Especial Região “B” e seu escritório era a ISAA
(Intergrupal de Serviços de A.A.) de Campinas; Comissão Especial Região “C” sendo as ISAA’s de
Taubaté e Baixada Santista, seus escritórios, Comissão Especial Região “D”, cujo escritório era a
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ISAA de Franca que posteriormente, em1998, passou a funcionar em Pirassununga; Comissão
Especial Região “E” tendo como escritório a ISSA de Jaú e por último a Comissão Especial Região
“F” com escritório em Piracicaba onde se criou uma nova Intergrupal. Em virtude da grande
extensão territorial da Região C, a mesma foi desmembrada em 1997, criando-se a Comissão
Especial Região “G” que atendia aos Grupos e Distritos da Baixada Santista e Vale do Ribeira,
ficando a Região “C” com o Vale do Paraíba e litoral Norte. Em 1998 viu-se a necessidade de um
desmembramento na Região “A”, pois contava com um número de Distritos, equivalente a um terço
de todos os Distritos da Área do Estado de São Paulo e tal fato veio ocorrer em 2000, criando-se a
Comissão Especial Região “H”. Em 1998 e 1999 estas comissões ganharam autonomia e
começaram a realizar suas próprias reuniões Interdistritais e a Área do Estado de São Paulo
começou a realizar as Intersetoriais que se chamaram na época “Conferências Simuladas da Área
do Estado de São Paulo”.
Uma observação deve ser feita, pois por falta de servidores e também pela falta de um
escritório para a Região “H”, o ESL da capital atendia os dois setores, houve a
reunificação desta com o, já, Setor A, desmembrando-se novamente, somente no final
de 2010, com sede em Osasco.
Em 2000 estas Comissões passaram a se denominar Setores (representando a parte
tradicional) e seus escritórios passaram a se denominar Escritórios de Serviços Locais - ESLs
(representando a parte legal) ao invés de CENSAA e ISAAs, em conformidade com o Manual de
Serviços vigente. Criaram-se posteriormente o Setor “I” como desmembramento da região de
Pirassununga com seu ESL em Franca; o Setor “J” como desmembramento do Setor “E” com sede
em Araçatuba e por fim, como desmembramento do Setor “B”, criou-se o Setor “L” com seu ESL
em Tatuí.
Em outubro de 2011 foi homologado o Setor “H”, um desmembramento do Setor “A”. Neste
desmembramento, o Setor “A”, que era composto pelos Grupos da Capital e sua região
metropolitana, foi dividido em dois setores geográficos: as zonas Norte e Leste ficaram como Setor
“A”, e as zonas Oeste e Sul passaram a compor o Setor “H”, cuja sede ficava em Osasco.
Início do Comitê de Área do Estado de São Paulo
Em 1979, o companheiro RSG do Grupo Vila Prudente, sentindo que não havia comunicação
entre os Grupos de A.A. e a Conferência de Serviços Gerais, criando-se assim um vácuo cujas
consequências recaiam sobre os Grupos que ficavam desinformados a respeito dos acontecimentos
de A.A. na sua totalidade, passou a procurar alguma literatura que esclarecesse como eliminar essa
falta de informação. Por obra do Poder Superior, chegou às mãos deste companheiro um exemplar do
“Pequeno Manual de Serviços”, enviado pelo Delegado Estadual de Alagoas, ao qual muito lhe
agradecemos. Em 13-01-1980, após convocação de todos os Grupos do Estado de São Paulo, em
reunião realizada no Grupo Vila Prudente, na Capital, foi formado o que inicialmente se chamou
“Comitê de Serviços Gerais”, que corresponde ao atual Comitê de Área. Essa data passou a ser um
marco em A.A. de São Paulo.
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Em 1983, com o lançamento do “Manual de Serviços de A.A.” e “Doze Conceitos para o
Serviço Mundial” pelo CLAAB, na Conferência de Serviços Gerais, os trabalhos do Comitê de Área
foram intensificados, mas antes já funcionavam os seguintes Comitês de Distritos:
• I Distrito – formado em agosto de 1980
• II Distrito – formado em 07-09-1980
• Distrito da Baixada Santista – formado em 06-06-1982
• Distrito do Vale do Paraíba – formado em 15-08-1982
Em 1986, devido ao crescimento da Área com a formação de novos Distritos, houve a
necessidade de dividi-la para facilitar os trabalhos. E assim, em Assembleia Extraordinária realizada
no dia 27-07-1986 na Cidade de São Paulo, foi formado o Comitê de Área I composto por onze
Comitês de Distritos, tendo como sede a Capital, e o Comitê de Área II, composto oito Comitês de
Distritos, com sede na Cidade de Bauru e posteriormente transferido para a Capital.
À época, a Área era definida como o espaço geográfico correspondente a um Estado ou
Território da República Federativa do Brasil, dentro do qual se localiza um número adequado de
Comitês de Distrito. O Comitê de Área era composto pelos membros do Comitê de Distrito, dos
servidores do Comitê e dos Delegados - dois – dessa Área e respectivos suplentes. Em novembro de
1990, a Assembleia de Área aprovou juntar novamente as duas Áreas. Naquela ocasião, a Área já
contava com 25 Distritos.
Apesar do número de Distritos ser bem maior do que quando a Área foi dividida, as reuniões
tornaram-se bem mais proveitosas devido à racionalização dos trabalhos. O que possibilito a
realização de reuniões em menor tempo.
Em 1993 (ano base deste relatório), o Comitê de Área era composto de 30 Distritos, sendo 13
na Grande São Paulo e 17 no Interior e conta com aproximadamente 400 Grupos trabalhando em
perfeita harmonia com vários órgãos de serviços existentes na Área com destaque para a Central de
Serviços – CENSAA e as Intergrupais: ISAA de Campinas, ISAA de Piracicaba, ISAA Vale da
Paraíba e ISAA Baixada Santista, além do Comitê Trabalhando com os Outros – CTO e o Comitê do
Encontro Estadual.
Fonte: Livreto do X Encontro Estadual – Abril/1999
Já sob a normativa do novo conceito de Área estabelecido pela Conferência em 2010:
“Uma Área é o espaço geográfico onde se localiza um número adequado de Distritos adequado em termos de habilidade do membro do Comitê de manter-se em contato frequente com
eles, para conhecer os seus problemas e a forma de contribuir para o seu crescimento e bem-estar.
Uma Área com grande número de Distritos e/ou grande extensão territorial poderá desmembrar-se
em espaços geográficos menores, formando Setores.
A formação do quantitativo e abrangência geográfica dos Setores será definida de acordo
com a autonomia e necessidade de cada Área. Após um período experimental, de no mínimo um ano,
obtendo-se um resultado positivo no funcionamento, esses Setores poderão se transformar em novas
Áreas” (MS 2012).
Através de sorteio, foram identificadas as Áreas então existentes – as unidades federativas,
com números a partir do número 1 (um) que, por consenso, foi atribuído a Área do Estado do Rio de
Janeiro. Desde então, a denominação das Áreas ficou assim:
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Rio de Janeiro
22. Amazonas
Minas Gerais
23. Rondônia
Paraíba
24. Tocantins
São Paulo
25. Acre
Mato Grosso
26. Bahia
Pernambuco
27. Ceará
Rio G. do Sul
28. Santarém / Pará (1)
Roraima
29. Campinas / São Paulo (1)
Goiás
30. Taubaté / São Paulo (1)
Sergipe
31. Pirassununga / São Paulo (1)
Amapá
32. Região Sul e Oeste da Capital e
Mato Grosso do Sul
Grande São Paulo / São Paulo (2)
Rio G. do Norte
33. Juiz de Fora / Minas Gerais (2)
Santa Catarina
34. Ipatinga / Minas Gerais (2)
Piauí
35. Campina Grande / Paraíba (2)
Maranhão
36. Jaú / São Paulo (3)
Paraná
37. Curitiba / Paraná (3)
Distrito Federal
38. Sobral / Ceará (3)
Alagoas
39. Volta Redonda / Rio de Janeiro (4)
Pará
Espirito Santo
(1) Áreas homologadas na CSG de 2012
(2) Áreas homologadas na CSG de 2013
(3) Áreas homologadas na CSG de 2014
(4) Área homologada na CSG de 2015
Nesta readequação, a partir da Conferência de 2013 realizada em Serra Negra –
SP, entre os dias 25 e 29 de março, cada Área passou a ser representada por um
Delegado eleito a cada dois anos na Assembleia de Área correspondente para um
mandato de dois anos. O início do exercício dos Delegados é o dia 01 de Janeiro
do ano seguinte à sua eleição. As Áreas identificadas com número impar elegem
seus Delegados em anos pares para iniciar seu exercício em ano ímpar; as Áreas
identificadas com número par elegem seus Delegados em anos ímpares para
iniciar seu exercício em ano par.
Ver: “Manual de Serviço de A.A.”, Capítulo III - Junaab, código 108.
Assim, nesta nova nomenclatura, a Área de São Paulo ficou identificada como Área 4
A Conferência de Serviços Gerais de 2012 homologou como novas Áreas os Setores:
• (B, F e L – Campinas, Piracicaba e Tatuí) – com o ESL- Sede em Campinas, como
Área 29
• (C) – Taubaté, como Área 30
• (D– Pirassununga e uma parcela do Setor I – Franca), como Área 31
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A Conferência de Serviços Gerais de 2013 homologou como nova Área, a 32, o Setor H, que
atualmente tem seu ESL-Sede no bairro da Lapa, São Paulo.
Em 2014, a CSG homologou o Setor E, Jaú e uma parcela do Setor I–Franca, como Área 36.
Assim, em 2015, o Estado de São Paulo comporta seis Áreas (4, 29, 30, 31, 32 e 36), sendo
que a Área 4 ficou composta pelos Setores: (A), Capital – que também comporta o ESL-Sede; (G),
Baixada Santista; e, (J), Araçatuba.
Ver a situação das Áreas, Setores, Distritos e Grupos de todo o Estado de São Paulo em
2015 no Apêndice II, na página 78.
Os Encontros Estaduais
Assimilando lições de inúmeros erros e acertos, os
Encontros Estaduais tiveram início em 1974, quando
aconteceu nas dependências do Ambulatório de
Recuperação de Alcoólatras da Prefeitura Municipal de São
Paulo, o I Conclave Nacional de Alcoólicos Anônimos,
embora tratasse de problemas relativos à situação da
Irmandade em todo o país, foi o primeiro contato dos AAs
paulistas com esse tipo de evento, e assim como o II e III
Conclaves, nos anos 1975 e 1976, no mesmo local,
representam o embrião organizacional dos futuros encontros
estaduais.
Em 1977, por recomendação da Conferência de
Serviços Gerais, os Conclaves passariam a ser realizados a
cada dois anos, em anos pares, em rodízio, contemplando
cidades indicadas pelas Áreas, e passariam a se chamar
Convenção Nacional de Alcoólicos Anônimos, em face
disso, os AAs da Área de São Paulo deliberaram e criaram
para os anos ímpares um evento de nível estadual possibilitando um completo intercâmbio de
experiências, congraçamento e unidade e com isso levar a todo o Estado “Nossa Solução para o
Problema do Alcoolismo”.
Foi assim que, no dia oito de abril de 1979, o setor de Convenções do Hilton Hotel abrigou o
I Conclave Estadual de A.A., (considerado o I Encontro Estadual) ao qual compareceram cerca de
1.400 pessoas entre AAs, Al-Anons, Alateens e membros das Irmandades Toxicômanos Anônimos TA e Neuróticos Anônimos - N/A, além de muitos convidados. Resumido a um único dia de
atividades, o acontecimento teve ampla cobertura da imprensa.
Esta primeira experiência ainda estava viva na memória de todos quando os esforços para
assegurar sua continuidade começaram a ser delineados. Já em 29 de julho de 1979, vários
companheiros elegeram a Comissão responsável pela organização do II Encontro Estadual de A.A.
e Al-Anon/Alateen, que veio a acontecer nos dias 16, 17 e 18 de abril de 1981, no Ginásio
Poliesportivo do Ibirapuera. Pela primeira vez contou com a participação da Irmandade de Alateen,
estreando a programação de três dias e reunindo por volta de 2.500 participantes de todo Estado de
São Paulo.
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A experiência conseguida na organização do I e II Encontros Estaduais foi fundamental na
preparação do III Encontro Estadual de A.A. e Al-Anon/Alateen realizado nos dias 31 de março e
01 e 02 de abril de 1983, nas dependências da Faculdade São Judas Tadeu, no bairro da Mooca.
2.098 pessoas estiveram presentes.
O IV Encontro Estadual de A.A. aconteceu entre os dias 4 e 6 de abril de 1985 nas
dependências do Colégio João XXIII, à Rua José Zappi, 165, no bairro da Vila Prudente. Ao todo,
cerca de 2.200 pessoas estiveram participando das diversas atividades.
O V Encontro Estadual de A.A. aconteceu nas dependências da E.E.P.S.G. Presidente
Roosevelt, na Rua São Joaquim, 320, no bairro da Liberdade, nos dias 16, 17 e 18 de abril de 1987,
com a participação de 3.051 pessoas, sendo 1.716 AAs, 737 Al-Anons, 246 Alateens e 352
convidados.
O VI Encontro Estadual de A.A. e Al-Anon e Alateen aconteceu entre os dias 23 e 25 de
março de 1989 nas dependências da E.E.P.S.G. Presidente Roosevelt, na Rua São Joaquim, 320, no
bairro da Liberdade.
O VII Encontro Estadual de A.A. aconteceu entre os dias 28 e 30 de março de 1991 nas
dependências do Colégio Arquidiocesano Rua Domingos de Morais, 2565 - Vila Afonso Celso.
O VIII Encontro Estadual de A.A. do Estado de São Paulo aconteceu no Colégio Cristo Rei,
sito à Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 658, no bairro da Vila Mariana (próximo à estação Ana
Rosa do Metrô) entre os dias 8 e 10 de abril de 1993. Foram três dias de atividades, onde os
membros da Irmandade de todo Estado de São Paulo e circunvizinhos – Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Mato Grosso, Paraná -, tiveram a oportunidade de conviver com companheiros que de outra
forma seria difícil, senão impossível. Nessa ocasião, a comunidade teve a oportunidade de
acompanhar nossos passos, ou no mínimo, ser apresentada a um programa que funciona, tirando
conclusões e conhecendo “Nossa Solução Para o Problema do Alcoolismo”, tendo sido essa uma
ocasião para concretizar amigos.
Para que isso tivesse sido possível, uma equipe numerosa trabalhou intensamente durante
bastantes meses, praticamente desde o encerramento do VII Encontro em abril de 1991. Equipe esta
que foi constituída de muitos grupos de trabalho: Comissão de Programa – Temáticas, Estudos de
Literatura, Jovens, Novos, Desfiles de Bandeiras, Museu Histórico -, Relações Internas, Relações
Externas, Som e Imagem; Abordagem; Transporte e Alojamento; Local e Adequação; Higiene e
Limpeza; Shows e Atividades Artísticas; Atividades Infantis – para crianças; Secretaria, Tesouraria,
etc., contando anda com a colaboração de todos os companheiros que adquiriram a pasta exclusiva
específica e tornaram possível a realização do evento maior de A.A. no Estado.
Durante os três dias do Encontro, das 9:00 às 22:00 horas, os presentes tiveram à sua
disposição reuniões variadas: Estudo de Literatura, de Jovens, de Novos, Centrais/Intergrupais e
Temáticas de Auditório, de acordo com o programa já preestabelecido. A participação dos Grupos
foi assegurada pela coordenação de reuniões, os Municípios garantiram sua presença no Desfile de
Bandeiras nas reuniões de Abertura e Encerramento, os visitantes com problemas de alcoolismo
foram assistidos pela Comissão de Abordagem.
Nos intervalos da programação, os companheiros com pendores e dotes artísticos,
proporcionaram números artísticos e shows variados, bem como foi apresentado a todos no Museu
Histórico um pouco de nossa história em estandes montados pelo Escritório de Serviços Gerais –
ESG, CLAAB, Central de Serviços – CENSAA, Intergrupais – ISAAs, Museu Histórico e Grupos de
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A.A. É necessário lembrar que muito trabalho, dedicação, amor, paciência, tolerância e persistência
foram necessários para, nos dias de hoje (1993) alcançarmos cerca de 400 Grupos em nossa Área.
O IX Encontro Estadual de A.A. do Estado de São Paulo com a participação de Al-Anon e
Alateen aconteceu no Colégio Cristo Rei, sito à Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 658, no bairro da
Vila Mariana (próximo à estação Ana Rosa do Metrô) entre os dias 13 e 15 de abril de 1995.
O X Encontro Estadual de A.A. do Estado de São Paulo com a participação de Al-Anon e
Alateen aconteceu no Colégio Caetano de Campos, sito à Rua Pires da Mota, 99, no bairro da
Aclimação entre os dias 01 e 03 de abril de 1999.
Encontro do Cinquentenário
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ENCONTRO ESTADUAL
50 ANOS DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
TRANSMITINDO A MENSAGEM
Foto
LOCAL: MOSTEIRO DE SÃO BENTO - ESTAÇÃO SÃO BENTO DO METRÔ
23 e 24 de Maio de 2015
23 de Maio - Sábado
08:00 às 09:00
RECEPÇÃO
09:00 às 09:30
AUDITÓRIO
09:35 às 10:20
AUDITÓRIO
10:25 às 11:05
AUDITÓRIO
C.T.O.
LITERATURA
11:15 às 12:30
SALAS
JOVENS E
NOVOS EM
FEMININA
MEMÓRIA
HISTÓRICA
AL-ANON
12:30 às 14:00
14:00 às 14:45
14:50 às 15:35
15:40 às 16:25
16:30 às 17:30
SALAS
Abertura, Hino Nacional, Desfile de Bandeiras e Oração da Serenidade
PALESTRA:
TEMÁTICA: Membro de A.A.
A história de A.A. em São Paulo e os 80 anos de A.A. no mundo
PALESTRA:
Dr. Mário Sérgio Sobrinho - Procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo
TEMA: Justiça Terapêutica
O Trabalho de cooperação com a Comunidade Profissional
O Trabalho de cooperação com os Segmentos da Mídia
O livro Alcoólicos Anônimos
O livro Os Doze Passos e As Doze Tradições
O Alcoólico Jovem (experiência pessoal)
O Apadrinhamento aos Jovens Ingressantes
A mulher em A.A. (experiência pessoal)
O Apadrinhamento à Mulher Alcoólica
A história de A.A. em São Paulo
A história de A.A. no Brasil - Arquivos históricos
Dinâmica - Membros dos Grupos Familiares Al-Anon
ALMOÇO
PALESTRA:
Dra. Jaira Freixiela Adamczyk - Presidente da JUNAAB (Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil)
TEMA: A.A é inclusão e não exclusão
PALESTRA:
Alexandre de S. e Castro Araújo - Filósofo - Consultor em Dependência Química
AUDITÓRIO
Presidente da Associação Intervir
TEMA: A importância do 12º Passo na consolidação do processo de recuperaçao de A.A.
PALESTRA: Nilce Totino - Secretária Geral dos Grupo Familiares Al-Anon
AUDITÓRIO
TEMA: Al- Anon - 50 anos Transformando Vidas
AL-ANON Dinâmica - Membros dos Grupos Familiares Al-Anon
Projeto Revitalizar - Finalidade e Ação
C.T.O.
O Trabalho de Cooperação com as Unidades de Saúde
A Importância da Literatura na recuperação do Alcoólico
LITERATURA
A Revista Vivência - Periódico de Alcoólicos Anônimos
JOVENS E
O Ingressante com Dupla Dependência - Como recebê-lo
NOVOS EM
As Reuniões de Propósito para Jovens - Necessidade
A.A.
O Alcoolismo Feminino e a Família
FEMININA
Reuniões de Propósito Feminino - Necessidade
AUDITÓRIO
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ENCONTRO ESTADUAL
50 ANOS DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
TRANSMITINDO A MENSAGEM
Foto
LOCAL: MOSTEIRO DE SÃO BENTO - ESTAÇÃO SÃO BENTO DO METRÔ
23 e 24 de Maio de 2015
23 de Maio - Domingo
08:00 às 09:00
RECEPÇÃO
09:00 às 09:30
AUDITÓRIO Abertura e Boas vindas
09:35 às 10:15
AUDITÓRIO
10:20 às 11:05
PALESTRA: Dra.Maria dos Anjos Mesquita - Neonatologista
TEMA:O efeito do Álcool no Feto e no recém-nascido
PALESTRA: Dr. Ronaldo Laranjeira - Prof. Titular do Departamento de psiquiatria da UNIFESP
AUDITÓRIO Phd em Psiquiatria pela Univesidade de Londres ênfase em Álcool e Drogas
TEMA: A Importância da Recuperação na Qualidade de Vida do Alcoólico
C.T.O.
11:15 às 12:30
SALAS
12:30 às 14:00
14:00 às 14:45
14:50 às 15:35
15:40 às 16:25
O Trabalho de Cooperação com as Entidades Religiosas
A História da Chegada da Literatura de A.A. no Brasil
LITERATURA
Histórico da Literatura nos E.U.A. e no mundo
JOVENS E Os Novos na Transmissão da Mensagem de A.A.
NOVOS EM
A Importância do Anonimato para os novos
A.A.
A Dificuldade da Mulher Alcoólica em frequentar reuniões
FEMININA
A Mulher Alcoólica na Transmissão da Mensagem
ALMOÇO
AUDITÓRIO
17:15 às 17:45
PALESTRA: Dr. Olney Fontes - Médico - Diretor da JUNAAB (Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil)
TEMA: As consequências Clínicas do Alcoolismo e o Programa de Recuperação de A.A.
TEMATICA : Membros de A.A.(Delegados de Área)
AUDITÓRIO
TEMA: O Serviço na Estrutura de A.A.
AUDITÓRIO
C.T.O.
16:30 às 17:15
SALAS
O Trabalho de Cooperação com as Empresas
PALESTRA: Dr. Eduardo Brasolin - Psiquiatra
TEMA: Disposições Psicológicas para as drogas e adicção
Reflexão: Estamos Transmitindo a Mensagem de A.A.?
LITERATURA Reflexão: Como divulgar a literatura de A.A.
JOVENS E
NOVOS EM Reflexão: O novo continua sendo importante?
A.A.
Reflexão: A Mulher Alcoólica está tendo a mesma chance de Recuperação
FEMININA
que o Homen em A.A.?
ENCERRAMENTO
AUDITÓRIO
Palavra do Coordenador do Evento
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Simpósios
Desde a sua criação, a área (atual Área 4) passou a realizar “Simpósios de Serviços” nos
Distritos incentivando assim o interesse dos companheiros pelos serviços.
Ciclos de Estudos
A partir de 1993, começaram a ser realizados os “Ciclos de Estudos de Literatura”. Aos
poucos os Simpósios foram sendo substituídos por esses “Ciclos” que continuam sendo realizados
atualmente.
Comissão de Temáticos
Além de dar apoio aos Simpósios e posteriormente aos Ciclos de Estudos, e também à
realização de Reuniões Temáticas nos Grupos, o Comitê de Área formou a Comissão de Temáticos
visando a troca de experiências entre os companheiros tematistas em suas reuniões mensais, a fim de
que todos pudessem falar em suas temáticas uma mesma linguagem, não havendo assim desencontro
de informações e evitando que que os companheiros começassem a falar sobre temas que nada
tinham a ver com o programa de A.A. Essa experiência também esta sendo praticada pelas ISAAs
(atuais ESLs) que aos poucos estão formando suas Comissões de Temáticos.
ORIGEM DAS TEMÁTICAS FALADAS E ESCRITAS
Conta Eloy T. a este transcritor:
“Tudo começou no Grupo Belém, em 1970. Adotamos um procedimento que passou a ser
regra naquele Grupo; a primeira hora da reunião era dedicada a depoimentos. Na segunda parte,
algum companheiro previamente designado falava sobre um tema escolhido, geralmente Passos,
Tradições. Usava a palavra por apenas 20 minutos e o restante do tempo era dedicado a perguntas e
respostas. Quando tínhamos a oportunidade de contar com um companheiro de fora ou de outro
Grupo, a temática ocupava toda a primeira hora e a segunda era de perguntas e respostas. Quando
fomos para Cuiabá, ao iniciarmos o A.A. ali, foi adotado o sistema de mini temáticas, como no
Belém, procedimento de que estendeu aos novos grupos de Mato Grosso, a ponto de, no Grupo
Central, de Campinas, adotarem-na como reunião Cuiabana. Na verdade iniciou-se no Grupo
Belém, de São Paulo. Aos poucos outros grupos começaram a fazer reuniões temáticas e eu
concluía, lá na Convenção, dizendo que as temáticas se alastraram, fazendo com que o
conhecimento do programa chegasse a todos, mesmo porque o hábito de leitura não é um hábito
brasileiro. Nosso povo aprende a ler e escrever, mas não lê nem escreve. Não sei quando se instituiu
os Comitês de tematistas, mas me lembro que por volta de 1987 já os havia em São Paulo e hoje,
penso, em todos os Setores. Aqui no setor G, por exemplo já existe desde quando eu cheguei, em
1987, seguindo o exemplo da Capital. O que eu enfatizo é que os grupos tinham o hábito de tolerar
apenas os depoimentos sobre a bebida e o programa não era divulgado. Quando o Belém iniciou,
diversos ou quase todos os grupos o acompanharam, penso que o Brasil o acompanhou e assim o
programa passou ao domínio de todos os membros. Use como quiser as minhas palavras e adicione
a elas aquelas oriundas de sua própria experiência. Para o futuro livro, verei se tenho no arquivo
uma temática que fiz para a comemoração dos 40 anos de AA. de Juiz de fora ‘Marcos históricos do
crescimento de AA no Brasil’”.
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Interdistritais
Em 1987, durante a realização do 5º Encontro Estadual, foi realizada a 1ª Interdistrital de São
Paulo. A partir dessa data, foram realizadas todos os anos as Interdistritais, sempre reunindo um
número maior de representantes.
Irmandades Congêneres de A.A. em São Paulo
As quatro Irmandades a seguir foram quase uma simbiose de A.A. em São Paulo no seu
início, quando existiu uma colaboração e interligação entre elas extremamente benéfica para todas as
partes.
O tempo e o esquecimento das origens fizeram com que os caminhos se tornassem matagais
e as pontes se transformassem em muralhas. Pior para todos. Entretanto, pelas próprias leis da Física,
nada impede que os próprios materiais das muralhas voltem a se transformar em pontes. No mínimo,
seria evitado discutir o sexo dos anjos ou procurar pelo em ovo: cada uma delas teria muito claro
qual é seu propósito primordial, e todas se ajudariam a se ajudar. Não foram as Irmandades que
deturparam seus princípios e seus propósitos, mas sim, seus membros. Afinal, nossas histórias não
são tão diferentes assim. Ei-las:
AL-ANON/ALATEEN
Al-Anon (1951) => Os grupos constituídos por familiares e amigos de
alcoólicos são tão antigos quanto Alcoólicos Anônimos. De 1935 a 1945, anos
pioneiros de A.A., parentes próximos e amigos de alcoólicos em recuperação
chegaram à conclusão que, para resolver seus próprios problemas, precisavam
aplicar os mesmos princípios que ajudavam os alcoólicos em sua recuperação.
Quando os membros de A.A. e suas esposas visitavam os grupos de
A.A. de todo o país (Estados Unidos e Canadá), as esposas falavam aos cônjuges dos novos AAs
sobre a ajuda pessoal recebidos, quando elas mesmas procuravam viver de acordo com os Doze
Passos de A.A., e como isso ajudava a melhorar o relacionamento familiar que
muitas vezes continuava difícil, mesmo depois do alcoólico ter encontrado
sobriedade. Dessa forma, os cônjuges e parentes dos membros de A.A.
começaram a se reunir em grupos sob os mais diversos nomes: Ajudantes de
A.A., Auxiliares de A.A., Tríplice A, Não-A.A., Associados de A.A., etc. para
discutir problemas que tinham em comum. Todas estas denominações foram
unificadas sob o nome de Grupos Familiares Al-Anon por Lois Wilson
(1891-1988), casada com Bill W., em maio de 1951, quando ela já tinha 60
anos de idade, junto com sua amiga e vizinha Anne B., mulher do membro de
Lois Wilson
A,A., Devoe B. (este casal mantinha um grupo de meditação e em sua casa na
pequena aldeia de Chappaqua onde Bill e Lois se inicializaram em suas experiências psíquicas, ou
mediúnicas, freqüentando reuniões às sextas feiras).
Acreditando que o alcoolismo é uma doença que atinge a família e que uma mudança em suas
atitudes pode ajudar na recuperação, a Irmandade se define como uma associação de parentes e
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amigos de alcoólicos que compartilham sua experiência, força e esperança a fim de solucionar os
problemas que têm em comum.
O primeiro Grupo iniciou-se na casa de Lois (Stepping Stones), em Bedford Hills, no
condado de Westchester, NY, após uma serie de consultas e reuniões com as mulheres dos
Delegados à Primeira Conferência de Serviços Gerais, ocorrida em 25 de abril daquele ano na
Cidade de Nova York, e as mulheres dos AAs dos Grupos locais.
Existem mais de 24.000 grupos de Al-Anon e 2.300 grupos de Alateen em mais de 115
países.
http://www.al-anon.org/
Al-Anon no Brasil. Em 1965, no Rio de Janeiro, o Grupo Vigilante de A.A. em suas
reuniões abertas aos domingos abria espaço para palestras destinadas aos familiares que ali
compareciam e incentivando assim o começo dos Grupos Familiares Al-Anon naquele Estado, o que
veio a dar-se em 18 de dezembro de 1965, com a fundação do 1º Grupo Al-Anon no Brasil. Segundo
consta, o primeiro grupo foi formado com a presença de 11 familiares de alcoólicos, sendo suas
fundadoras Sandra P. e Bernadete A. Entretanto, em julho de 1966 deixava de funcionar.
Em 17 de agosto de 1966, em São Paulo-SP, Sônia Mª (mulher de Donald M. Lazo
cofundador do Grupo Sapiens em São Paulo) e Lygia formaram o primeiro grupo de Al-Anon em
São Paulo que também foi o primeiro Grupo Al-Anon do Brasil a ser registrado no ESM - Escritório
de Serviços Mundiais em 03 de novembro de 1966, sendo, por este fato, considerado o pioneiro dos
Grupos Familiares Al-Anon no Brasil. As duas costumavam aguardar seus maridos Donald e
Stevenson debaixo da escada que dava acesso à sala do Grupo Sapiens onde se reuniam seus maridos
– Donald e Stevenson, para tratar de sua recuperação. Certa noite muito fria, a diretora do Instituto
Sapientiae, a Irmã Cristina, convidou-as a se abrigar em uma sala ao lado. Assim, aguardando o
término da reunião do andar de cima elas começaram a desenvolver suas próprias reuniões, que mais
tarde se consolidaram com a formação do primeiro Grupo Familiar Al-Anon em São Paulo.
TOXICÔMANOS ANÔNIMOS / NARCÓTICOS ANÔNIMOS – TA/NA
Narcóticos Anônimos (NA) (1953) => Em 1947, o novayorquino
Daniel Carlson retornou pela sétima vez à Prisão Federal de Lexington,
Kentucky, para refazer o tratamento para narcodependência que aquela
instituição oferecia (ver: Adictos Anônimos). Desta vez ingressou no Grupo
de Adictos Anônimos ali criado em janeiro desse mesmo ano, onde ele
percebeu que poderia haver uma saída através da prática dos Doze Passos
de A.A., seguida por aquele grupo. Após uma estadia de seis meses
retornou a Nova York e procurou uma sua conhecida, a Major Dorothy
Primeiro símbolo de NA.
Barry do Exército da Salvação, comprometida em ajudar as pessoas
Foi criado por seu
cofundador Jimmy K.
pobres, moradores de rua e adictos em particular. Em 1948, Daniel,
Dorothy e uma mulher de nome Era López, iniciaram um Grupo nos
moldes da Prisão de Lexington na Prisão Federal de Nova York com o nome de NA-12, sendo NA de
Narcóticos Anônimos e 12 de Doze Passos. Este Grupo durou pouco tempo. Entretanto, o “Modelo
Lexington” baseado nos Doze Passos, foi sendo adotado pelo Sistema Prisional Federal em vários
Estados e obteve a adesão e grande divulgação por parte do Exército da Salvação e da YMCA
(Young Men's Christian Association ou, associação Cristã de Moços). Assim, de 1950 a 1953, houve
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vários grupos surgindo em diferentes partes do país. Em Nova York e Chicago, orientados pelo
Exército da Salvação. Nas prisões federais de Nova York, Kingston, Texas, Virgínia, etc. Estes
grupos tiveram de várias denominações: Adictos Anônimos, Narcóticos Anônimos, grupo Narc,
NARCO, Lorton, Notrol, DFH (Drugs Forming Habit - algo como dependentes de Drogas
Formadoras de Hábito), etc.
Em 2 de fevereiro de 1950, ingressou num Grupo de A.A. de Los Angeles o imigrante escocês James
Patrick Kinnon, “Jimmy K.” (1911-1985), que além de alcoólico era dependente de outras drogas
(ele é o criador do símbolo colorido ao lado). Nesse grupo encontrou-se com outros dependentes e o
procedimento para se manterem em recuperação era participar das reuniões de A.A. como alcoólicos
e ao final reunirem-se separadamente para falar sobre suas outras adicções, uma vez que não podiam
falar delas em reuniões fechadas. Começaram a assistir às reuniões do grupo independente mais bem
sucedido para a dependência de drogas, seguia a orientação dos Doze Passos e ficava em Vista, na
região de Los Angeles. Tinha sido criado por Betty Thom, que mantinha correspondência com Bill
W. e atendia pela sigla DFH. Entretanto não se deram bem e acabaram abandonando as reuniões do
DFH.
A partir daí, Jimmy K. junto com mais cinco membros do Grupo de
A.A., Frank Carnahan, Doris Carnahan, Guilda Krause, Paul Rosenbluth e
Steve Ryan, no Vale de São Fernando, na região de Los Angeles, todos
adictos a outras substâncias além de alcoólicos, começaram uma série de
reuniões para criar um grupo específico para adictos independente de
Alcoólicos Anônimos, porém que mantivesse seu programa de recuperação.
Surgiu assim, em 17 de agosto de 1953, o Grupo Valle de San
Fernando de Alcoólicos Anônimos / Narcóticos Anônimos, um misto de
associação que eles chamaram de AANA ou NAAA.
Em 14 de setembro de 1953 receberam um comunicado do Escritório de Serviços Gerais de
A.A. (GSO) em Nova York, dizendo que poderiam usar os Doze Passos de A.A. e as Tradições de
A.A., mas não seu nome; substituiriam, então, as palavras alcoólico por adicto, alcoolismo por
adicção e beber por uso ou usar. O Grupo passou, então, a denominar-se Grupo Valle de San
Fernando de Narcóticos Anônimos e sua primeira reunião documentada ocorreu, no dia 5 de
outubro de 1953, com a presença de 17 pessoas.
NA tem autores e literatura própria; a primeira edição de Narcóticos Anônimos, seu texto
básico, foi publicada em 1983.
Em 2007, a Irmandade de NA contava com mais de 25 mil grupos espalhados por 127 países.
www.na.org/
Narcóticos Anônimos no Brasil => Em janeiro de 1971, Sonia Mª, mulher de Donald,
cofundador de A.A. em São Paulo, iniciou com duas pessoas um Grupo de Toxicômanos Anônimos
(TA), que se reunia às terças-feiras numa sala do primeiro andar da Igreja da Consolação, na Capital;
logo se formaram mais grupos na cidade e se estendeu a outras cidades. O primeiro Grupo com a
denominação de Narcóticos Anônimos (NA), no Brasil estabeleceu-se em 1985, no Rio de Janeiro.
Existiam, porém, grupos com diferentes nomes e o mesmo propósito baseados no programa dos
Doze Passos de A.A. Em 1990, estes grupos uniram-se à irmandade mundial de NA.
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NEURÓTICOS ANÔNIMOS
Neuróticos Anônimos – N/A (1964) => É uma Irmandade formada por homens e mulheres
que compartilham suas experiências, fortaleza e esperança para resolverem seus problemas
emocionais comuns e dessa forma se reabilitarem da doença mental e emocional.
Em uma carta dirigida a uma pessoa de nome Ollie, na California em 4 de janeiro de 1956,
Bill manifestou seu desejo de apoiar alguém que pretendesse criar uma Irmandade para tratar de
problemas emocionais com o formato de A.A., após ler o livro “Neuroses e Desenvolvimento
Humano” escrito em 1950 pela psicanalista e psiquiatra alemã, de Hamburgo, radicada nos EUA,
Karen Horney (1885 – 1952).
A Irmandade foi criada oito anos mais tarde, em três de fevereiro de 1964,
em Washington, DC, EUA, pelo psicólogo Grover Boydston (1924 – 1996).
Grover tinha tentado o suicídio cinco vezes antes dos 21 anos e, como Bill W. era
neurótico e alcoólico. Ingressou em A.A. em 1956, e descobriu que a pratica dos
Doze Passos também lhe estava ajudando a tratar a neurose. Para comprovar a
experiência, ele incentivou uma cliente de seu consultório, não alcoólica, a praticar
os Doze Passos e o resultado foi satisfatório. Então escreveu para A.A.W.S.
pedindo permissão para usar os Doze Passos substituindo a palavra “álcool” do
Primeiro Passo, por “nossas emoções”. A permissão foi concedida e ele colocou um anúncio em um
jornal de Washington DC, a respeito dos Neuróticos Anônimos. Organizou a primeira reunião com
as pessoas que responderam ao anuncio, o grupo de N/A cresceu modestamente até que foi publicado
um artigo sobre ele na Parade (Desfile) Magazine, a revista fundada em 1941 e de maior circulação
aos domingos nos EUA; posteriormente a Associated Press e a United Press Internacional
republicaram a história, e começaram a se formar grupos de N/A internacionalmente.
http://neuroticosanonimos.us/neurotics.html
Neuróticos Anônimos no Brasil => A Irmandade foi introduzida por Sonia Mª, mulher de
Donald M. Lazo, cofundador de A.A. em São Paulo. O primeiro Grupo de N/A no Brasil foi fundado
no presídio do Carandiru, em abril de 1969 onde Sonia contou com a colaboração de Donald e Edita.
Esse grupo funcionou durante quatro anos mais ou menos. Uns seis meses após o seu início, e
já não contando mais com a participação de Edita, Sonia e Donald abriram outro grupo no colégio
religioso Sedes Sapientiae, na Rua Caio Prado, 102, onde funcionava o primeiro Grupo de A.A. e
onde receberam apoio e colaboração da Madre Cristina (Célia Sodré Doria) da Congregação
Cônegas de Santo Agostinho, há muitos anos dedicada ao estudo de medicina e psicologia. Passados
mais seis meses aproximadamente, esse grupo se transferiu para a Paróquia Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, na Rua Sampaio Vidal, onde ainda continua realizando suas reuniões. Nesse novo
local, revelou-se valiosa a colaboração prestada pelo Padre João Clímaco Cabral, que não somente
cedeu a sala para as reuniões como também se interessou pelo Programa de recuperação de N/A,
passando a recomendá-lo às pessoas que o procuravam, com problemas mentais e emocionais.
Na atualidade funcionam no Brasil mais de 380 grupos de N/A que auxiliam, através da
prática de seu programa, milhares de pessoas a vencerem suas emoções descontroladas e terem vidas
normais e serenas.
www.neuroticosanonimos.org.br/
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Reuniões e Grupos de A.A. de Interesses Especiais em São
Paulo
O GSO (Escritório de Serviços Gerais) através do seu boletim oficial Box 4-5-9 de Fev./ Mar.
2008 - http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_febmar08.pdf na página 9 respondeu a
seguinte pergunta:
Pergunta: Fazem parte de A.A. os Grupos especiais para mulheres, negros, jovens,
homossexuais, médicos, advogados, nativos, etc.?
Resposta: Os Grupos de composição especial, com tanto que não tenham outra afiliação ou
propósito, fazem parte de A.A. e têm uma longa história na Irmandade. Existem reuniões especiais
para membros com determinadas profissões, tais como médicos, advogados, agentes da ordem
pública ou profissionais da indústria aeronáutica que não aparecem nas listas publicadas pelos
órgãos de serviço, uma vez que não se destinam aos membros de forma geral nem para o público.
Com tanto que não tenham outra afiliação ou propósito, são consideradas reuniões de A.A. De
acordo com nossa experiência, estas reuniões especiais podem ser úteis aos iniciantes que no
começo podem sentir-se incomodados nas reuniões normais de A.A. O GSO (Escritório de Serviços
Gerais, em Nova York), inclui estes Grupos especiais nas suas listas deixando claro que não será
negada a entrada a qualquer alcoólico que chegue a um Grupo desse tipo por não ter o recurso
imediato de participar de uma reunião normal de A.A. Por exemplo, um Grupo de mulheres pode
abrir sua reunião para acolher um homem numa reunião se não há disponível outra reunião de A.A.
num lugar próximo.
Terceira Tradição (forma longa) => “Devem fazer parte de nosso quadro de membros todos
que sofrerem de alcoolismo. Não podemos, portanto, recusar pessoa alguma que deseje recuperarse. Tampouco o ingresso em A.A. deve jamais depender de dinheiro ou formalidade. Um grupo
qualquer, formado por dois ou três alcoólicos, pode chamar-se um Grupo de Alcoólicos Anônimos,
conquanto que, em conjunto não estejam filiados a outra entidade".
Os Grupos e Reuniões de Interesses Especiais são reconhecidos e aceitos na estrutura da
Irmandade desde a 27ª Conferência de Serviços Gerais EUA/Canadá, em 1977. Conheça os Grupos e
Reuniões principais e os eventos programados para 2015 por alguns deles:
• Mulheres em A.A. Primeiro Grupo formado em Cleveland, em junho de 1941.
51ª Conferencia Internacional de Mulheres em A.A. entre os dias 5 e 8 de fevereiro de
2015, em Palm Springs, Califórnia. http://www.internationalwomensconference.org/
• Negros em A.A. Primeiro Grupo formado na Carolina do Norte, em 1945.
http://www.barefootsworld.net/aaspecialgroups.html
• Jovens em A.A. Primeiro Grupo formado na Filadélfia, em junho de 1946.
57ª ICYPAA (Conferência Internacional de Jovens em A.A.) entre os dias 3 e 6 de
setembro de 2015, em Miami, Florida. http://57th.icypaa.org/
• Nativos Americanos em A.A. Primeiro Grupo formado no Wisconsin, em 1953.
http://www.nai-aa.com/
• Gays e Lésbicas em A.A. Primeiro Grupo formado em San Francisco, em 1967.
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•
•
•
•
http://gal-aa.org/
Agnósticos e Ateus em A.A. Primeiro Grupo formado em Chicago, em janeiro de 1975.
http://aatorontoagnostics.org/2011/09/27/a-history-of-agnostic-groups-in-aa/
Idosos em A.A. Primeiro Grupo formado em North Hollywood, em 1978.
http://www.seniorsinsobriety.org/index.htm
A Oitava Conferência Internacional de Idosos Sóbrios, foi realizada entre os dias 5 e 8
de setembro de 2013, em San Diego, California.
Médicos em A.A. Primeira reunião realizada em Nova York, em 1947.
A 66ª Reunião Anual será realizada entre os dias 5 e 9 de agosto de 2015, em Norfolk,
Virginia. https://www.idaa.org/2015/
Advogados em A.A. Primeira reunião realizada em Ontário, em 1975. http://www.ilaa.org/
MULHERES EM A.A. EM SÃO PAULO
Na página 10 do libreto do X Encontro Estadual realizado em abril de 1999, consta;
16/11/1980: Reunião para eleição de Delegado. Local: Viaduto Pedroso. Eleito o Comp. Jefferson
como Delegado Estadual. Foram eleitos também dois Suplentes. Um com vigência de 1 ano (Valdir/
Jacareí) e outro com vigência de 2 anos (Joaquim /Capital).
Obs. Presença do Grupo (FEMININO) Rosa branca, de Jacareí.
Conforme dados documentais passados a este transcritor por uma companheira do Grupo
Jabaquara. Em 1996, um grupo de companheiras
frequentadoras do Grupo Jabaquara, em São Paulo, Capital,
se reuniu para considerar a possibilidade de formar um
Grupo Feminino ou estabelecer Reuniões restritas
unicamente a mulheres. A ideia do Grupo foi abandonada
porque sua consciência coletiva entendeu, que com isso
estariam ferindo algumas Tradições. Assim, levaram a
questão das reuniões Propósito Especial Feminino, ou PEF
(sic), à apreciação do Comitê de Serviços do Grupo
Jabaquara o qual de pronto apoiou a ideia e cedeu-lhes
espaço na sala para realizarem suas reuniões sempre aos
domingos das 15:00 às 17:00h. No inicio destas Reuniões
foram amadrinhadas pelas mulheres do Grupo Santana que
já realizavam este tipo de reunião havia alguns anos (durante
todos os sábados de maio de 2015, será realizada no Grupo
Santana uma maratona de reuniões comemorativas dos 26
anos da realização da primeira Reunião Feminina naquele
Vivência nº 54, Jul./Ago./ 1998,
dedicada ao alcoolismo feminino.
Grupo).
As companheiras justificam este tipo de reuniões porque há muitas coisas, em sua história de
alcoolismo feminino e também em seu dia-a-dia na recuperação, as quais não se sentem à vontade
para compartilhar em reuniões mistas (temas íntimos, ligados à nossa sexualidade e à vida afetiva) e
também há assuntos nos quais só encontram identificação entre mulheres (gravidez, menstruação,
TPM, menopausa, assuntos de saúde etc.). Decidiram também que seria uma reunião fechada e de
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preferência sem ingressos (ou seja, possíveis companheiras deveriam ser encaminhadas
primeiramente para uma reunião "normal" do grupo, para só depois começarem a participar do PEF,
caso quisessem). Deixaram claro também, que suas reuniões não se destinavam a defender qualquer
causa, incluindo a “causa feminina”.
O exemplo deste Grupo Feminino, que se tinha espelhado no Grupo Santana, foi seguido por
muitos outros Grupos de São Paulo, como os Grupos Tuparoquera, Belém, Consolação, Lapa, etc.,
etc. Sua influência alcançou outras regiões do País como, por exemplo, companheiras de Brasília
pedindo amadrinhamento para iniciar suas próprias reuniões os órgãos de Serviço; assim, o Setor A
da Área do Estado de São Paulo – atual área 4, começou a organizar Encontros Femininos anuais, e o
Setor H, criado em 2011, na mesma Área e ao qual pertence o Grupo Jabaquara, programou seu I
Encontro Feminino do Setor H para o dia 16 de setembro de 2012.
O exemplar nº 54 da revista Vivência – acima, foi dedicado quase exclusivamente ao tema do
alcoolismo feminino e a Mulher em A.A. e em seu Editorial diz: “Alcoolismo feminino e a mulher
em AA são temas que despertam vivo interesse entre nós: a Vivência n° 39, a eles dedicada, esgotou
rapidamente em 1996, e recebemos muitos artigos para a presente edição. Por isso dedicamos quase
todo o espaço desta revista para dar voz a companheiras (que falam como mulheres, mães, esposas
etc) e também a companheiros, que fizeram questão de se manifestar.
As matérias cobrem muitos aspectos da vida da mulher alcoólica: já a primeira coloca por
terra a ilusão de que o alcoolismo “pouparia” mais as mulheres: a ingestão do álcool vai fundo e o
poço feminino vai ao fundo do ser - e a seção Re-vivência o confirma. Outros artigos põem o dedo
nas feridas da sexualidade: gravidez, risco de aborto, estupro, preconceito. E outros contam sobre a
mulher em AA: dificuldades encontradas e frutos a colher para quem fica na Irmandade. Dois
relatos sobre reuniões de Propósito Especial Feminino dão notícias animadoras a este respeito.
Histórias como a da esposa que achou uma saída junto com o filho, de uma família inteira que
comunga a recuperação, além do interessante caso de um companheiro que foi "padrinho
provisório" de uma novata, formam um panorama do que o programa espiritual de AA pode operar
em vidas tão dilaceradas”.
Uma experiência muito interessante surgiu em São Paulo em 2012, quando uma companheira
do Grupo Amor e Paz foi convidada pela segunda vez a proferir uma temática versando sobre a
Mulher em A.A. Ela pensou sobre o que falaria nesta segunda temática sobre o mesmo tema. Poderia
falar por mais de uma hora sobre si mesma, sobre o que via, ouvia e sentia sobre as mulheres em
A.A., ou poderia convidar outras mulheres para fazer sobre sua recuperação, seus sentimentos, suas
experiências e expectativas. Então seriam um painel colorido – como uma colcha de retalhos, de
presenças femininas, ideias e vozes diferentes. Um documentário ao vivo, um microfone aberto para
que elas próprias pudessem falar sobre a mulher em A.A. Não importava o número de mulheres, mas
resolveu convidar 10 mulheres, para que se sentassem uma ao lado da outra em forma de semicírculo
de frente para o restante da sala e que fossem falando uma após outra.
A primeira experiência daquilo que as companheiras decidiram chamar de “Colcha de
Retalhos” foi em 25/03/2012 no Grupo Valor da Vida de Osasco e foi muito emocionante para as
mulheres que participaram e também para a audiência mista.
No dia 15/07/2012, durante a realização do XVI PEF, evento feminino realizado anualmente
no Grupo Jabaquara, enquanto partilhavam e compartilhavam suas experiências através dos
depoimentos numa roda muito amorosa, as companheiras costuraram uma verdadeira colcha de
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retalhos - imagem acima. No final do evento a colcha foi sorteada entre os presentes e a
companheira agraciada presenteou-a a esse movimento em forma de temática que vai
compartilhando suas experiências forças e esperanças em qualquer canto de São Paulo onde for
solicitado. Desde então, como se um estandarte fosse, a colcha acompanha estas companheiras,
sempre diferentes e em número de dez a doze, onde quer que sejam chamadas. Esta experiência não
tem registro de propriedade intelectual nem operacional e tampouco contraindicações; poderá ser
seguida por qualquer grupo de mulheres que pretenda leva-la adiante por este Brasil afora ou onde
A.A. estiver presente, criando uma imensa variedade de preciosas colchas multicoloridas e de
texturas as mais diversas, físicas ou virtuais.
Em 2013 foi elaborado o folheto “Colcha de
Retalhos” Junaab, código 253, dedicado à mulher em
A.A. que tomou o nome emprestado do movimento
relatado acima, e veio para substituir o folheto
“Carta
a
Uma
Mulher
Alcoólica”.
O
Folheto “Colcha de Retalhos”, com depoimentos de
mulheres do A.A. do Brasil, foi um dos itens do
acervo de literatura de A.A. mais vendidos durante o
ano de 2015.
A dinâmica em que as mulheres costuram
retalhos formando colchas enquanto trocam
experiências - depoimentos ou intervenções lúdicas tem se repetido em vários pontos do país e, em
setembro de 2012 foi apresentada na XVIII
Convenção Nacional, em Cuiabá-MT, e aquela
primeira colcha ficou exposta, junto com um banner
explicativo, no saguão do Centro de Eventos do
Pantanal despertando enorme interesse nos
participantes (à esquerda). Essa boa aceitação,
"Colcha de Retalhos" - uma dinâmica
animou várias companheiras a apresentar a
da Mulher em A.A. (no saguão do
Centro de Eventos do Pantanal durante experiência na Convenção Internacional, entre os
dias 2 e 5 de julho de 2015, em Atlanta, Geórgia,
a XVIII Convenção Nacional em
EUA, em comemoração aos 80 anos do A.A. no
Cuiabá-MT em setembro de 2012)
mundo, cujo lema é “80 Anos – Felizes, alegres e livres”. Duas das colchas produzidas por mulheres
AAs brasileiras serão expostas no saguão do Centro Mundial de Congressos de Geórgia – espaço já
reservado, e apresentadas por painéis impressos - tipo banner - em inglês e espanhol onde será
mostrado um pouco do que há em A.A. do Brasil.
Também, em 2015, terão sequência os tradicionais encontros femininos regionais; entre
outros em várias partes do Estado, o Setor “A” da Área 4, celebra em novembro seu 16º Encontro
Feminino e, mantendo este legado, a Área 32 – um desmembramento deste Setor, irá realizar seu 3º
Encontro Feminino no mês de setembro.
Com absoluta certeza há outros exemplos de Reuniões Femininas, possivelmente até alguns
Grupos Femininos estabelecidos e ligados à estrutura de A.A. no Brasil e muitos outros eventos
relacionados com a mulher em A.A. de âmbito regional e/ou nacional a cujas informações não
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chegaram a este transcritor; entretanto, chegando a seu conhecimento serão incluídas nas revisões
futuras. Espera-se, para o bem estar das Mulheres em A.A. e para engrandecimento da Irmandade em
seu conjunto que estes exemplos se multipliquem, e que muito em breve possamos assistir à
Primeira Conferencia das Mulheres em A.A. no Brasil, para cuja organização algumas
companheiras já começaram a se mobilizar.
GAYS E LÉSBICAS EM SÃO PAULO
Consta que, ao ingressar em A.A. em 1987 no Grupo
Guarani de São Paulo – Capital, um companheiro, procurou
como padrinho Waldir H., à época diretor do CLAAB, e lhe
participou suas dificuldades de relacionamento com o Grupo em
função de sua condição de homossexual. O padrinho lhe disse
que se poderia juntar a alguns outros homossexuais e realizarem
reuniões especificas para sua condição. Waldir lembrou que esse
tipo de reuniões já tinham sido realizadas no ESL- Capital nos anos de 1970, e que não contrariavam
nem as Tradições nem a estrutura, uma vez que estavam previstas tanto no folheto “Você Pensa Que
É Diferente?”, quanto no livreto “O Grupo... Onde Tudo Começa”, pág. 17, na edição da época.
Conversaram a esse respeito com Dario, Diretor do ESL e este levou o assunto à consideração da
Diretoria e posteriormente ao Conselho de Representantes que deram autorização para realizar
reuniões especificas para membros de A.A. homossexuais em alguma sala do âmbito do ESL e
também no Grupo Consolação. Estas reuniões aconteceram uma vez por semana no curto período de
um ano, entre 1988 e 1989.
Este companheiro teve uma recaída e ao voltar dez anos mais tarde escolheu o Grupo
Jabaquara, onde, após uma reunião, foi procurado por uma companheira, também homossexual, a
qual propôs reiniciar as reuniões para homossexuais. Amadureceram essa ideia e foram conversar no
ESL a esse respeito tendo como base o precedente de reuniões anteriores. A ideia foi bem acolhida
pela Diretoria e pelo CR e assim deram início, no ano de 2000, as Reuniões Especiais para
Homossexuais, aos sábados, no salão do ESL. Tendo por servidores de confiança os companheiros
em unidade vindos de vários Grupos regulares cerca de três anos após o início desta reunião, foi
fundado o Grupo de A.A. GLS em 20/01/2003. Acolhido pelo 27º Distrito (Jabaquara), foi aprovado
pelo CR como parte integrante do Setor A da Área de São Paulo.
2005 foi um ano de impulsos no Grupo. Com a aprovação da Diretoria e do Conselho de
Representantes, o Grupo alugou uma sala nas dependências do ESL, pela qual pagava a parte
proporcional ao espaço ocupado. O fato de estar nas dependências do Escritório, a cada renovação
das lideranças dos RSG´s e dos MCD´s causou muitas controvérsias no futuro, havendo sempre
algum Distrito que pedia a saída do Grupo daquele espaço. Embora minoritários, os representantes
desses Distritos, conseguiram através de sua persistência criar um clima de pressão sobre um Grupo
que já, de por si, convivia com outras pressões internas, como por exemplo, os resultados de um
denso processo de inventario de Grupo, o afastamento dos fundadores para outros serviços na
Irmandade e em outros Grupos aliado à saída das novas lideranças, por discordâncias no processo e
modo de cumprir a Quinta Tradição resultou no total esvaziamento do Grupo. Saiu do ESL por volta
de setembro de 2008. Antes de iniciar sua diáspora e fechar definitivamente, o Grupo ainda tentou
reuniões de homossexuais no Grupo Consolação, sob a coordenação de uma persistente
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companheira. Sozinha, não conseguiu muito fôlego e realizou sua última reunião em dezembro de
2010.
Entretanto, este Grupo foi modelar no respeito às Tradições, sempre recebendo sem qualquer
questionamento todo/a alcoólico/a que adentrasse às suas reuniões normais. O propósito primordial
da Quinta Tradição, eles cumpriram levando a mensagem de A.A. desde eventos públicos
multitudinários, coma a Parada Gay, aos redutos mais recônditos da comunidade homossexual onde
Grupos de A.A. regulares não poderiam – ou recusariam - entrar. A contribuição deste Grupo com o
quadro de servidores da Irmandade foi impar e abrangeu desde comunicadores para os trabalhos de
CTO até servidores a nível nacional proporcionando um Custódio de Serviços Gerais. Será muito
bom para a Irmandade que as sementes espalhadas por este Grupo comecem a germinar.
No entanto, aquela semente logo tratou de apontar novos brotos e em maio de 2013,
reencontraram-se num cafezinho do Grupo Jabaquara dois daqueles membros de A.A. (ele gay, ela
lésbica) e se perguntaram se não era hora de resgatar o propósito. Animados pelos preceitos
espirituais que recomendam não poupar esforços na transmissão da mensagem e envolvidos pelo
amor que um serviço como estes demanda, organizaram-se, contataram outros companheiros e
companheiras e em julho daquele mesmo ano realizarem a primeira reunião da nova fase nas
dependências do Grupo Jabaquara, sempre atento aos meios de que a Irmandade dispõe para o
alcoólico que sofre, muitas vezes, dentro da sala seja por inadequação ou preconceito. Certos de que
os erros do passado poderiam ser evitados, consultaram padrinhos, outros companheiros
simpatizantes às minorias e os vários e varias homossexuais espalhados pelos grupos de A.A. em São
Paulo decidindo juntos os desígnios de um plano futuro.
Participaram daquela reunião mais de 35 companheiros que, consultados ao final disseram
sim à utilidade do propósito e sua continuidade, sim a uma agenda permanente e mensal de reuniões,
sim, reuniões abertas, com fala preferencial para os membros da diversidade e sim, como parte da
estratégia de fortalecer a unidade interna, estas seriam itinerantes. Os mesmos homens e mulheres
reunidos naquela manhã de domingo consideraram precipitado decidir sobre organização formal.
Devíamos, disse a consciência coletiva que se formou naquela reunião, ainda amadurecer com o
tempo a decisão de formar um Grupo ou fazer reuniões com o caráter de Reuniões de Composição
Especial.
Em março de 2014 em nova reunião decidiram-se por mudar o intervalo entre as reuniões.
Passariam de mensais para quinzenais. Além disto, os companheiros estão em fase de montagem de
um plano de CTO dirigido a estas populações. Como o futuro vai reagir a isto não parece ser a
grande questão. O que tem permeado estes AAs e suas decisões são os propósitos mencionados na
Quinta Tradição.
O ano de 2015 caracteriza-se pelos intensos desafios para esta minoria. Primeiro, por decisão
estratégica, tratou-se de um período de intensificação dos movimentos em direção à Unidade interna,
perdida pela desarticulação dos anos anteriores. Além disso, com a percepção do pouco empenho de
alguns órgãos de serviço da estrutura em permitir que seus meios de comunicação naturais fossem
usados para a divulgação das reuniões, as minorias sexuais reunidas decidiram enviar por correio
para cada grupo do Estado de São Paulo um exemplar do cartaz com agenda anual das reuniões mensais e itinerantes. Estas reuniões estão sendo acolhidas por Grupos do Setor “A” da Área 4 e da
Área 32; são eles: Tucuruvi, Perdizes, Bonfiglioli, e São Judas – na Capital e, Mauá, em Mauá e Vila
Barros, em Guarulhos. Em dezembro de 2015, irão celebrar seu III Encontro.
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Uma das conquistas importantes a mencionar é que, na busca por
divulgação, ao comunicar-se com a estrutura sênior - EUA/Canadá
receberam a noticia de que as atividades da Diversidade Sexual em A.A.
em São Paulo passariam a ser divulgadas pelo Diretório Internacional do
GSO – Escritório de Serviços Gerais em Nova York e acessadas pelo
website oficial de A.A. www.aa.org, com o mesmo destaque dos Grupos
e Reuniões Especiais e Regulares nos EUA, Canadá e qualquer parte do
mundo de A.A. que procure esse serviço.
Da mesma maneira que as Reuniões Femininas ou Grupos para
mulheres, com absoluta certeza há outros exemplos de Reuniões
compostas por homossexuais e possivelmente até algum Grupo para
homossexuais a cujas informações este transcritor não teve acesso;
entretanto, chegando a seu conhecimento serão incluídos nas revisões futuras.
JOVENS EM A.A. EM SÃO PAULO
N.T.: Estes dados foram pesquisados apenas em São Paulo, Capital, e relatados por uma
companheira que faz parte do movimento Propósito Jovem em A.A.
O Propósito Jovem em A.A. foi uma iniciativa dos membros com baixa idade que estavam
ingressando cada vez em maior quantidade em Alcóolicos Anônimos.
A recuperação destes membros, muito embora fosse carreada em igual intensidade de sofrimento,
bem como acompanhada de semelhantes características psicológicas e emocionais, continham em
suas peculiaridades questões de difícil identificação com os membros mais antigos, chamados de
“cabeças brancas” ou “dinossauros de A.A.”.
A problemática apontada se referia muito mais ao cotidiano e momento da vida do que a
linguagem do coração em si.
Desta forma, havia uma realidade em Alcoólicos Anônimos que se traduzia da seguinte
maneira:
De um lado existia a identificação mental e psicológica que abrangia a sensibilidade,
infantilidade, mania de grandeza e egocentrismo que eram comuns entre todos os membros.
Por outro lado, havia diferenças inegáveis com relação ao momento e experiências da vida
entre os companheiros jovens e os companheiros mais antigos, as quais envolviam rotinas de
baladas, relacionamentos amorosos, diretrizes profissionais e demais questões práticas as quais os
mais antigos já haviam superado.
Perguntas como as seguintes eram frequentes na recuperação dos companheiros mais jovens:
1) Será que nunca mais poderei ir a uma balada?
2) É certo parar de beber e ficar com várias garotas?
3) Devo mudar minhas diretrizes profissionais e seguir num ramo de trabalho que me dê
prazer em detrimento dos ganhos financeiros?
4) Com quais amigos seria saudável ter momentos de lazer? Etc., etc., etc...
Desta maneira, nasceu o Propósito jovem em A.A., o qual visava a aproximação destes
membros mais novos em idade, os quais ainda eram a minoria na irmandade, para que fortalecessem
sua recuperação.
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Então surgiram uma série de reuniões e encontros com propósito de aproximar os jovens de
todas as regiões geográficas de São Paulo.
O propósito jovem nunca teve particular preocupação com questões burocráticas que
envolviam Área, Distrito, Comitê etc. Seu real propósito é o de criar laços fortes de amizade e
companheirismo para que juntos pudessem aumentar suas possibilidades de permanecerem sóbrios.
Eles têm um lema: “Recuperação dentro e fora de sala”.
Porém, com o passar do tempo, a estrutura formal que haviam planejado para o comitê
começou a perder forma e ganhar mais flexibilidade.
Não tinham previsto, mais o que aconteceu na realidade foi o seguinte:
Inicialmente foi formado um comitê com servidores e reuniões mensais onde eram discutidas
questões de 12º passo, C.T.O. e tesouraria.
Não havia uma área de atuação específica.
A estrutura não era organizada geograficamente, mas sim em função de estruturas pessoais
(companheiros que se dispunham a servir).
Também foram implantadas reuniões do Propósito Jovem em A.A. nos Grupos Cristo
Operário e Campos Elísios; o grupo Jabaquara os acolheu para realizar reuniões do comitê.
Com o passar do tempo, a experiência foi mostrando que todos os AAs, independente da
idade constante na certidão de nascimento, eram jovens em seus corações.
Desta maneira, o propósito começou a se direcionar para todos aqueles que queriam
compartilhar os sonhos e esperanças do jovem que ainda morava no coração de cada companheiro.
A experiência mostrou que o coração de um A.A. jamais envelhecia, independente da idade.
Sendo assim, em nome da adaptação a esta realidade, a situação atual é a seguinte:
• as reuniões de jovens no grupo Cristo Operário ainda continuam aos domingos as 10:00h;
• foi implantada mais uma reunião no Grupo Cristo Operário as sextas feiras das 22 as
00:00, e foi chamada de Corujão;
• as reuniões do Grupo Campos Elíseos, que ocorriam aos sábados as 17:00 mudaram para
as 22:00 horas e passaram a se chamar: “Corujão”, uma vez que a experiência mostrou
que era importante para os jovens ter reuniões em horários como estes;
• o comitê não realiza mais reuniões mensais de serviço, porém, sem burocracia os jovens
permanecem unidos, realizando o 12º Passo e saindo juntos, viajando e se encontrando
com bastante frequência.
Assim, foi percebido que, muito embora o comitê não tenha se desenvolvido enquanto
unidade estruturada de serviço acabou por cumprir sua finalidade primordial, qual seja: aproximar os
jovens de A.A. transformando companheiros em amigos e aproximando os jovens ingressantes.
Posso falar apenas de mim, portanto, com base em minha experiência posso afirmar: foi no
propósito jovem que encontrei meus verdadeiros amigos, os quais amo verdadeiramente e me sinto
conectada por laços espirituais regados a amor fraternal e solidário que só aquele que sofreu as dores
e privações que a doença nos proporciona pode entender.
A compaixão e empatia para mim nasceu do compartilhar da dor do crescimento na
caminhada com meus companheiros físicos, mentais e espirituais de A.A., os eternos jovens de
coração.
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Linha de Ajuda (Plantão Telefônico)
Transcorria o ano de 1986, quando alguns companheiros (as) sentiram a necessidade de criar
um serviço interno e ao mesmo tempo externo, que possibilitasse àqueles que desejarem obter
informações e pudessem ter suas dúvidas esclarecidas e poderem-se tornar multiplicadores da
existência desse serviço voluntário que a Central de Serviços de Alcoólicos Anônimos de São Paulo
– CENSAA – SP, estava começando a prestar aos AAs não só da Grande São Paulo , mas também a
todo o Interior e Litoral do nosso Estado, abrangendo assim toda a Área do Estado de São Paulo. Aos
poucos foi crescendo o número de voluntários para este serviço que passou a se chamar “Plantão
Telefônico”, e foi criado um Comitê que assumisse as responsabilidades de, em conformidade com
os nossos princípios, manter um serviço responsável e eficiente, sempre com o único propósito de
servir bem aqueles que procurassem este serviço.
A princípio, foi estabelecido o Horário comercial para a realização deste serviço. De segundafeira à sexta-feira, o Plantão estaria sendo atendido por um membro remunerado desde as 7 até as 18
horas. Os voluntários se revezariam no atendimento entre as 18 e as 22 horas. Como o bom é inimigo
do melhor, apareceu a sugestão de uma companheiro, que alertou ao então coordenados da
necessidade de estender o atendimento entre as 22 e as 7 horas do dia seguinte. A tarefa para o
recrutamento de companheiros e companheiras voluntários caberia aos voluntários que já estavam
servindo. Com afinco e disposição, a sugestão do companheiro foi aceita, posta em prática e, dessa
maneira, está funcionando até hoje.
Com o decorrer do tempo e com o surgimento de alguns problemas, o Comitê do Plantão
Telefônico, elaborou um regimento interno contendo as seguintes Normas e Procedimentos:
Plantão Telefônico – Linha de Ajuda:
Você sabia que o Plantão telefônico é uma das maneiras de conduzir nossa recuperação?
Fazemos isso praticando o Décimo Segundo Passo e levando a mensagem e o apoio a outras
pessoas ou aos alcoólicos que ainda sofrem. Se você quiser fazer parte deste serviço, junte-se
a nós!
Conheça a seguir os Requisitos e Procedimentos para a nossa Linha de Ajuda,
(11) 3315 9333.
Requisitos para ser Plantonista:
• Ter no mínimo seis meses de sobriedade contínua e assistir com assiduidade as reuniões
de seu Grupo base de Alcoólicos Anônimos.
• Ter disposição, desprendimento e tempo suficiente para, se necessário for, estar apto a
poder cumprir qualquer necessidade por falta de um voluntário num determinado horário.
• Estar familiarizado com os procedimentos de acolhida ao recém-chegado.
• Conhecer a literatura de A.A. para transmitir a mensagem certa.
• Fazer treinamento com os plantonistas no Escritório de Serviços Locais – ESL, do Setor
“A”.
• Voluntariar-se para assumir um plantão entre Segunda e Sexta-feira: das 17 horas às
21,30 horas ou das 21,30 horas às 7 horas do dia seguinte; Sábados, Domingos e
Feriados: das 7 às 13 horas, das 13 às 19 horas ou das 19 às 7 horas do dia seguinte.
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• Preparar-se espiritualmente para os plantões.
Procedimentos Sugeridos:
• Ao atender as chamadas comece dizendo: Alcoólicos Anônimos, bom dia (boa tarde, boa
noite), meu nome é .(diga apenas o nome pelo qual é conhecido/a habitualmente), e sou
membro de Alcoólicos Anônimos; em que posso ajudar?
• Atender ao recém-chegado o companheiro (a) com muito boa vontade, cortesia,
motivação e espiritualidade. Caso a pessoa que está pedindo ajuda se estenda muito na
descrição do seu problema, interrompa-a com sutileza oferecendo ajuda (sei das suas
dificuldades ..., Percebo a sua necessidade, porque já passei por situação parecida, etc.) Os
Grupos de Alcoólicos Anônimos podem ajudar.
• Procurar não se envolver emocionalmente, para não comprometer o atendimento.
• Perguntar onde a pessoa mora e indicar um Grupo próximo à sua residência (caso a
chamada venha de outra Cidade ou Estado, indicar o telefone do Escritório de Serviços
correspondente que se encontra nas páginas finais da Revista Vivência).
• Não indicar clinica ou médicos. Apenas que se encontram na pasta, sem entrar em
detalhes.
• Manter a sala e a mesa limpas, bem como zelar pelos bens que se encontram na sala do
Plantão.
• Obedecer ao horário de entrada no seu plantão, procurando chegar com 15 minutos de
antecedência para não prejudicar o voluntário que irá render. Comparecer às Reuniões
de Serviço do Plantão, demonstrando interesse e participação nas discussões.
• Quando receba chamadas de profissionais da mídia – Jornais, Revistas, Radio, Televisão
ou estudantes, fora do horário comercial, pedir que voltem a ligar nesse horário, isto é,
das 8 às 17 horas.
• Informe-se sobre quem poderá ou não, abrir e fechar a porta do prédio, quando o
plantonista ficar sozinho das dependências do ESL.
• Preencher corretamente o Relatório de Atendimento do Plantão Telefônico.
Reuniões de A.A. Bilíngues em São Paulo
REUNIÕES EM INGLÊS - English meetings
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/aonde-estamos/informacao-ao-publico/english-meeting.html
Grupo Avenidas
R. Carlos Sampaio 107
Bela Vista
01333-021 São Paulo - SP
Terças-feiras às 20:30
Avenidas Group
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Address:
107 Rua (street) Carlos Sampaio. Paraiso neighborhood (bairro in Portuguese) - Bela Vista
neighborhood on google
Address for Taxi:
Bairro Paraiso. Rua Carlos Sampaio 107
Location:
In the Fellowship Community Church. Although the meeting is held at a church, we, as an
AA group are not allied with any sect, denomination, politics, organization, or institution.
Look for an open gate to the left of the church where cars are parked. Enter here and say to
the people you see AA (ah, ah in Portuguese) and they will show you where to go. The
people you see probably work at the church or are attending the meeting. You will enter the
building as you walk past some of the cars and go to the top floor. Closest metro stop is
Brigadeiro Station.
Tuesday:
8:30pm -10:00pm
Open Meeting
Contact Brian [email protected]
55 11 97348 1603 (cell)
Grupo Brooklin
Av. Morumbi 8473 Sala 05
Itaim Bibi
04703-004 São Paulo - SP
Quinta feira as 11:30 e Sábado as 14:00 Reunião em Inglês.
Brooklin Group
Contacts
To find out more about our meetings, or just for general info, contact:
Michael
[email protected]
55 11 2539 6278
Richard
[email protected]
55 11 5686 3972
55 11 98318 9421 (cell)
Brian
[email protected]
55 11 97348 1603 (cell)
Stefano
[email protected]
55 11 97186 2008 (cell)
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Grupo Campos Elíseos
Largo Santa Cecília S/N
Santa Cecília
01225-010 São Paulo - SP
Reuniões bilíngues Inglês/Português. Aos sábados às 17:00
O modelo das reuniões consiste numa reunião aberta para depoimentos de 6 minutos cada,
onde o coordenador (a) da reunião ou outro membro que fala os dois idiomas (português e
inglês) traduz simultaneamente a o depoimento do companheiro(a) que estiver na cadeira, ou
seja, quem der seu depoimento em português terá sua tradução feita para o inglês, e quem
der seu depoimento em inglês, terá a tradução realizada para o português.
Campos Elíseos Group
Address:
Largo Santa Cecília S/N , CEP: 01225-010 São Paulo - SP Santa Cecília neighborhood
Address for taxi:
Largo Santa Cecilia (Santa Cecilia Station of Subway)
Location:
It's located in underground Santa Cecilia's church in front of Santa Cecilia Station of Subway.
In this meeting we translate the shares so both felowships (nation and foreing) can understand
what everyone are saying.
Saturday:
17:00pm – 19:00pm
Nick, Sheila or David
55 11 94658-5437 OI (David)
55 11 3338-2589 (David Home)
55 11 95816-0545 TIM (Nick)
55 11 98627-4744 TIM (Sheila)
55 11 94221-6546 VIVO (Sheila)
REUNIÕES EM ESPANHOL – Reuniones en español (*)
Grupo Hispanoamérica
Av. Nossa Senhora do Sabará 3212
Campo Grande
04447-010 São Paulo - SP
Ponto de referência: entrada pela Rua Daniel Defoe
(*) Informações a respeito dos dias e horários destas reuniões podem ser obtidas pelos
telefones (11) 3315 0040 – Horário comercial ESL da Área 32 e (11) 3315 9333,
Plantão 24 Horas.
(*) Informaciones a respecto de los días y horarios de estas reuniones pueden ser obtenidas
llamando a los teléfonos (11) 3315 0040 – Horario comercial ESL del Área32 y (11)
3315 933, Atendimiento 24 Horas
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APÊNDICE I
Uma Resolução
(vem da página 7)
Apresentada por Bill W. e aprovada na Convenção do Vigésimo Aniversário em 1955.
(Esta Resolução autoriza a Conferência de Serviços Gerais a atuar em nome de Alcoólicos
Anônimos e coverter-se na sucessora dos seus cofundadores) (1):
Nós, os membros da Convenção do Vigésimo Aniversário de Alcoólicos Anônimos, reunidos
em Saint Louis, em julho do ano 1955, consideramos que a nossa Irmandade alcançou sua
maioridade e está capacitada para tomar posse completa e permanente dos Três Legados do nosso
patrimônio de Alcoólicos Anônimos – os Três Legados de Recuperação, Unidade e Serviço.
Acreditamos que a Conferência de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos, criada em 1951 por
nossos cofundadores, Dr. Bob e Bill W. e autorizada pelos Custódios da Fundação do Alcoólico, está
agora capacitada para assumir por inteiro a proteção das Doze Tradições de A.A. e para assumir em
sua totalidade a direção e o controle do serviço mundial da nossa Sociedade, tal como estipulado no
‘Manual de Serviço Mundial do Terceiro Legado’ (2), recentemente revisado pelo nosso cofundador
Bill W. e a Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos.
Também ouvimos e aceitamos a proposta de Bill W. que a Conferência de Serviços Gerais deve-se
converter em sucessora permanente dos fundadores de A.A. herdando deles todos os deveres
anteriores e responsabilidades especiais, evitando assim no futuro toda possibilidade de
comprometimento em prestigio individual ou autoridade pessoal, e proporcionando à nossa
sociedade os meios para funcionar de forma permanente.
PORTANTO, RESOLVEMOS: Que a Conferência de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos seja
convertida, a partir desta data, 3 de julho de 1955, na protetora das Tradições de Alcoólicos
Anônimos, perpetuadora dos Serviços Mundiais da nossa Sociedade, a voz da consciência de Grupo
da nossa Irmandade como um todo e a única sucessora dos cofundadores, o Dr. Bob e Bill W.
E ENTENDE-SE: Que nem as Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos, nem as garantias
expressadas no Artigo XII da Carta de Constituição da Conferência poderão ser mudadas ou
corrigidas pela Conferência de Serviços Gerais, sem antes pedir o consentimento prévio de todos os
Grupos de A.A. no mundo todo.(Isto deverá incluir todos os Grupos de A.A. conhecidos pelos
Escritórios de Serviços Gerais ao redor do mundo) (3). Os Grupos deverão ser devidamente
notificados a respeito de qualquer projeto e lhes será concedido um tempo não inferior a seis meses
para sua consideração. E antes que a Conferência execute qualquer ação a respeito, deverá ser
recebido por escrito dentro do tempo estipulado o consentimento de pelo menos três quartas partes
de todos os Grupos registrados que respondam à proposta correspondente.
ENTENDEMOS TAMBÉM: Que, como estipulado no Artigo XII da Ata de Constituição da
Conferência, esta se compromete com a Sociedade de Alcoólicos Anônimos pelos seguintes meios:
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Que em todos seus procedimentos, a Conferência de Serviços Gerais observará o espírito das
Tradições de A.A., tomando muito cuidado para que a Conferência nunca se torne sede de riqueza ou
poder perigosos. Que suficientes fundos para as operações mais uma ampla reserva, sejam o seu
prudente princípio financeiro. Que nenhum dos membros da Conferência nunca seja colocado em
posição de autoridade absoluta sobre qualquer um dos outros. Que todas as decisões importantes
sejam tomada através de discussão, votação e, sempre que possível, por substancial unanimidade.
Que nenhuma ação da Conferência seja jamais pessoalmente punitiva ou uma incitação à
controvérsia pública. Que, embora a Conferência preste serviço a Alcoólicos Anônimos, ela nunca
desempenhe qualquer ato de governo e que, da mesma forma que a Irmandade de Alcoólicos
Anônimos a que serve, a Conferência permaneça sempre democrática em pensamento e ação.
St. Louis, Missouri, 03 de julho de 1955
Esta resolução foi aprovada pela Convenção por aclamação, e na Conferência (que
acontecia em paralelo à Convenção, em St. Louis – a única Conferência realizada fora de
Nova York), por determinação legal, através de votação.
N.T. (1): Um texto equivalente a esta “Resolução”, denominado “Acordo”, foi aprovado
pelos Delegados à Conferência de Serviços Gerais realizada em São Paulo em
17 de abril de 1987. Veja seu conteúdo na página 12 do Manual de Serviço de
A.A. (Junaab, código 108).
N.T. (2): Atualmente, “Manual de Serviço de A.A.”.
N.T. (3): A Conferência de Serviços Gerais de 1976 adotou a seguinte resolução: “...entre
os instrumentos que requerem três quartas partes dos Grupos que respondem à
solicitação para fazer mudanças ou emendas, sejam incluídos os Doze Passos
de A.A., se alguma vez forem propostas mudanças ou emendas. Isto se aplica
ao texto original em inglês, não às traduções”.
Lê-se nas páginas S102 e S103 de =>http://www.aa.org/assets/es_ES/sp_bm-31.pdf
Donald M. descreve – em carta, a formação do Grupo
Sapiens
(vem da página 7)
Transcrição integral ipsis litteris (tal como escrito) da carta escrita e enviada por
Donald L. a Ércio B. e Eloy T. descrevendo a formação do Grupo Sapiens - o primeiro
Grupo de A.A. em língua portuguesa (até onde o transcritor alcançou), documentado
no Estado de São Paulo.
Início da transcrição:
São Paulo, 22 de março de 1993.
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Amigos Ércio e Eloy:
Já que foi escolhida uma data que não me permite participar da comemoração da fundação de A.A.
em São Paulo, quero pedir-lhes o favor de, pelo menos, ler este breve relato do evento. O que me
leva a fazer o relato é o folheto que recebi ontem no Grupo Ipiranga, onde consta na capa “VIII
ENCONTRO DE A.A. DO EST. DE SÃO PAULO”. O folheto contém umas distorções graves, a
ver:
1. Dá a entender que os “ANTECEDENTES DO AA PAULISTA” se encontram na Associação
Antialcoólica da época que, na realidade, absolutamente nada teve a ver com o início de AA
nesta cidade.
2. Consta no folheto que “Nesta época, o Dr. João pede a Mellinho que visite um paciente (no
caso seria eu) internado no Hospital Samaritano”, quando, na realidade eu vim conhecer o
Mellinho 4 meses depois de sair do hospital.
3. Consta no folheto que “o 1º Grupo de AA de São Paulo tem sua fundação oficial em abril de
1965, com os cofundadores Donald e Mellinho”. Em vista do fato que Mello só veio a
conhecer o AA quase 4 meses após sua fundação, e só passou definitivamente da Associação
Antialcoólica para Alcoólicos Anônimos uns dois anos depois, tenho certeza que Mellinho
seria o primeiro a querer corrigir tão lamentável distorção dos fatos, não somente porque ele
nada teve a ver com a fundação de AA em São Paulo mas porque esta versão desonra a
memória de Dorothy Nowill, hoje falecida, que era a verdadeira cofundadora de AA em São
Paulo.
Na realidade, os “antecedentes do AA paulista” não se encontram na Associação Antialcoólica de
São Paulo e sim no AA do Rio de Janeiro, frequentado pela Dorothy. Dorothy era dona de uma
agencia de empregos no Rio que mantinha um escritório e uma funcionária em São Paulo. Por esse
motivo, Dorothy visitava São Paulo todo ano por 2 semanas, e minha sorte foi que durante uma
dessas visitas eu me encontrava internado. Na visita de Dorothy iniciada na segunda semana de
março de 1965, ela chegou na nossa cidade e imediatamente avisou vários padres e médicos amigos
que se encontrava aqui, pronta para abordar qualquer alcoólatra que encontrassem nesse período.
Acontece que o Padre Richard Sullivan encontrou um (eu) que havia se internado no Hospital
Samaritano na manhã do dia 18 de março, bêbado e desesperado. Dorothy veio me ver no terceiro
dos cinco dias que fiquei internado e, aconselhando-me a tentar ajudar outros alcoólatras prometeu
mostrar-me como criar um grupo de AA.
Três dias após eu sair do Samaritano, Dorothy organizou a primeira reunião de AA de sua visita, na
capela da Igreja dos Redentoristas na Alameda Franca, 889. Além de Dorothy estavam eu e uma
outra senhora, Rose P., dona de uma boate na cidade que, por coincidência, eu havia frequentado
bastante.
Dorothy organizou uma segunda reunião no bairro Sta. Cecília na semana seguinte, à qual ela
convidou Harold W. para conhecer-me e servir como meu padrinho, já que Harold havia frequentado
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o AA no Rio uns 17 anos antes e conhecia bem mais do que eu a respeito do AA. Duas outras
pessoas, encontradas por Dorothy, estavam presentes nessa segunda reunião mas não voltaram mais.
Dorothy também me levou a conhecer a maravilhosa Madre Cristina, diretora da Escola Sedes
Sapientiae, que imediatamente nos cedeu uma de suas salas na Rua Caio Prado, para realizar futuras
reuniões.
Durante sua última semana da visita a São Paulo, (uma palavra ilegível) Dorothy me levou às
dependências dos Diários de São Paulo para pedir à redação que fizessem um artigo sobre o
alcoolismo. Os Diários cederam um jornalista, a quem Dorothy contou sua história. No fim do artigo,
que saiu publicado vários dias depois, constava o fato de “estar se realizando reuniões de Alcoólicos
Anônimos em São Paulo, à Rua Caio Prado, 102, todos os domingos das 10:00 às 12:00 horas”.
Antes de voltar ao Rio, Dorothy também cedeu sua caixa postal local para que pudesse ser usada
para receber cartas dirigidas ao AA.
Nos próximos meses passaram poucas pessoas pela sala do AA, mas uma delas (Leila) veio ser a
segunda pessoa de São Paulo a filiar-se ao AA e alcançar a sobriedade.
Em julho, quase quatro meses após a fundação de AA em São Paulo, Mello entrou em contato
comigo por telefone dizendo que soube que (uma palavra ilegível) estava realizando reuniões de AA
em São Paulo e que queria conhecer as reuniões. Convidei-o a assistir uma, e foi assim que vim
conhecer o incansável companheiro Mello que, a partir desse momento, passou a fazer suas famosas
abordagens não só par a Associação Antialcoólica, à qual continuou afiliado por aproximadamente
dois anos mais, mas para Alcoólicos Anônimos também.
Agradeço a oportunidade de esclarecer estes fatos e desejo a todos uma bela festa. Com um abração
(uma palavra ilegível) para vocês dois. <= Fim da transcrição.
Resenhas Biográficas dos cofundadores de A.A. no Rio de
Janeiro e em São Paulo
(vem das páginas 9 e 14)
Herbert (“Herb”) Leroy Daugherty, nasceu na
cidade de Findlay, Ohio, EUA, em 22 de janeiro de 1904.
Formou-se no Instituto de Tecnologia “Carnegie”, e
completou o curso de artes no Instituto de Arte de
Chicago. Durante muitos anos exerceu a profissão de
Desenhista de Publicidade.
Entre novembro de 1942, e novembro de 1944 serviu o Exército dos EUA, apesar das
condições físicas sofríveis: sofria de pressão alta e tinha tendências para a obesidade e o alcoolismo.
Este assunto começou a preocupá-lo antes de seu ingresso no Exercito, após o suicídio de um colega
Órgão oficial de divulgação do Comitê de
Área "Vila da Sobriedade de A.A." - Niterói, RJ
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de escritório que se atirou por uma janela do edifício em que trabalhavam; naquela ocasião, outro
colega comentou: “A.A. poderia tê-lo ajudado. Herb acho que é de A.A. que você também precisa”.
Ainda no Exército, em 1943, ingressou no Grupo de A.A. de Chicago amadrinhado por Grace
Cultuic, e manteve-se sóbrio pelo resto da vida. Em julho de 1945, casou-se com Elizabeth (“Libita”)
Lee Treadwell.
Em 1946 assinou um contrato de trabalho de três anos com uma empresa multinacional do
ramo de Publicidade para ocupar o cargo de Diretor Artístico de sua filial no Rio de Janeiro.
Durante sua permanência na cidade do Rio de Janeiro, entre junho de 1946 e maio de 1949,
Herb deu sua maior contribuição para o desenvolvimento mundial da Irmandade de Alcoólicos
Anônimos, cuja filosofia trousse consigo de sua terra natal.
Ao término do contrato, maio de 1949, Herb retornou aos EUA e criou sua própria agência de
Publicidade em Nova York, e de lá mantinha contato constante com os Grupos do Rio.
Devido a problemas respiratórios contraídos por Libita, o casal Daugherty mudou-se para o
sul e fixou residência em Fort Lauderdale, na Flórida. Em 1970, Herb começou a ter complicações
cardíacas, e após várias internações e tratamento especializado em Miami, veio a falecer em 13 de
fevereiro de 1973.
Conforme seu desejo, seus restos mortais foram cremados e suas cinzas espalhadas sobre as
águas do Oceano Atlântico, as mesmas águas que beijam o Rio de Janeiro e toda a costa do Brasil.
Harold Ryne Waddell nasceu no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, em 20 de julho de
1905. Filho de pais ingleses, Thomas Waddell e Lilian Caroline Waddell, fez seus primeiros estudos
em Niterói, e fez o curso Comercial no “Aldridge College” e o curso de Contador no Instituto
Brasileiro de Contabilidade, onde se diplomou em 1931.
Realizou-se profissionalmente trabalhando como auditor de grandes empresas, e também
como profissional liberal. Publicou vários trabalhos a respeito de contabilidade.
Participou da Segunda Guerra Mundial ao lado das tropas inglesas como Sargento da arma de
Infantaria.
Um dia, porém, viu-se tomado pela doença do alcoolismo. Conheceu derrotas, perdeu
empregos, seu casamento foi diluído pelo álcool, até que chegou aquele sábado 13 de março de 1948,
quando Herbert chegou à casa de seu irmão Kenneth.
Donald Minshall Lazo nasceu em Nova Jersey, EUA, em 22 de julho de 1928, membro de
uma tradicional e rica família, formou-se em Sociologia pela universidade de Yale e em Engenharia
Industrial pelo Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) em 1955. Duas vezes divorciado, viajou
por vários países das Américas até aportar no Brasil onde teve duas internações por alcoolismo.
Além de cofundar o primeiro Grupo de A.A. em São Paulo, foi um dos introdutores do modelo
Minessota para o tratamento do alcoolismo e a dependência química. Fundou a Clinica “Reindal”
Casado com Sonia Maria, com quem teve duas filhas, foi ela que deu continuidade ao
empreendimento depois de sua separação em 1999. Mudou o nome para “Bethany”; localiza-se em
Santo Amaro na zona Sul da cidade de São Paulo.
Sonia Mª foi a Introdutora dos Grupos Familiares de Al–Anon no Brasil, e representou-os na
Convenção Internacional de Denver, EUA, em 1975. Iniciou também os Grupos de Neuróticos
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Anônimos (N/A), dos Toxicômanos Anônimos (TA) – hoje Narcóticos Anônimos (NA), Nar-Anon,
além de outras coirmandades.
De volta aos EUA, Donald morreu em Brighton, Michigan, em 22 de dezembro de 2001.
Cremados seus restos, metade das cinzas foi espalhada nas águas do lago Erle, que divide EUA e
Canadá, e a outra metade depositada no cemitério Parque dos Colibris, em São Paulo, SP.
Dorothy Elizabeth Nowill. O patriarca da família, Hubert Jessop Nowill e sua esposa Marie
Martha Nowill vieram para o Brasil em 1914 provenientes da Cidade de Sheffield, no condado de
South Yorkshire, norte da Inglaterra. Ele veio como vice-presidente da companhia canadense Light
and Power Company.
O casal teve três filhos: Alexander (falecido em 2013) - nasceu no Rio de Janeiro, Dorothy
Elizabeth – nasceu em Belém do Pará no dia 13 de julho de 1914, e Hubert, que nasceu em
Pernambuco. Todos estudaram em bons colégios. Em função do trabalho de Hubert, a família viajava
muito e costumava ir duas vezes por ano ao País de Gales. O patriarca Hubert morreu jovem.
Dorothy estudou no Colégio Sion, no Cosme Velho – Rio de Janeiro e precisou deixar o colégio após
a morte do pai. Formou-se em Administração e logo após sua formatura fundou uma Agencia de
Empregos nessa cidade, a ACES e, com o passar do tempo, instalou uma filial na cidade de São
Paulo. Casou-se e divorciou-se duas vezes: primeiro com um sueco e depois com um português;
posteriormente teve outros relacionamentos, mas não teve filhos.
Ela começou a beber na adolescência e logo se tornou dependente do álcool o que causava
muitas desavenças e dissabores entre ela e a mãe e os irmãos, principalmente com Alexander, a quem
era muito chegada, marido de Dorina de Gouvêia Nowill (1919-2010), criadora da Fundação
Dorina Nowill para Cegos; Dorina e Dorothy, além de cunhadas vieram se tornar grandes amigas e
em seu livro “... E Eu Venci Assim Mesmo” - Editora Totalidade, 1996, 290 páginas, dedica um
capítulo a Alcoólicos Anônimos onde trata a Irmandade com muito carinho e gratidão pelo que fez,
não somente por Dorothy, mas pelas pessoas envolvidas na malha do alcoolismo e que venham
procurá-la e deixa uma mensagem de respeito pela Irmandade a seus netos e a todas as pessoas que
lerem seu livro.
Dorothy ingressou no Grupo IV Centenário de A.A., no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro,
em 27 de novembro de 1962. Fumante inveterada morreu naquela Cidade em 06/01/1990, em
decorrência de enfisema pulmonar.
Transcrição das primeiras literaturas de A.A. no Brasil
Muito importante: A literatura transcrita abaixo (o Livro Branco e A Tradição de A.A.)
não faz parte da “Literatura Aprovada pela Conferência de A.A. no Brasil”, até porque, à
época de sua publicação ainda não existia a Conferência nem na estrutura sênior (a
primeira Conferência experimental foi em 1951, em Nova York e a Constitucional efetiva em
1955, em Saint Louis, Missouri), nem na estrutura de A.A. do Brasil (a primeira Conferência
foi instalada em 1977). Entretanto, foram esses textos que apresentaram a filosofia, os
princípios e o programa de A.A. aos alcoólicos do Brasil entrando pelo Rio de Janeiro em
1947 e os mesmos que havia quando da formação do Grupo Sapiens em São Paulo, em abril
de 1965.
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Quanto ao livreto “Alcoolismo – A Doença que todos escondem”, foi uma publicação da
CENSAA-SP e as ISAAs de Campinas, Santos e Sorocaba, durante os anos de 1980, sob a
prerrogativa da autonomia dos órgão de serviço para a criação de matérias de interesse de
seus associados (os Grupos de A.A. registrados nos seus Estatutos).
O registro desses materiais nesta apostila atende unicamente ao propósito de trazer ao
conhecimento dos membros de A.A., em 2015, os textos que, embora não sejam mais
publicados e os exemplares existentes sejam raríssimos, foram úteis a todos aqueles que
ajudaram a você e a mim a conhecer e aceder ao programa de recuperação de A.A. e ficar
na Irmandade.
Livro Branco
(vem da página 9)
Transcrição integral ipsis litteris (tal como escrito – exceto a acentuação) do “Livro
Branco”, a primeira literatura de A.A. produzida no Brasil, datada em 1948.
(Início da transcrição)
QUE É ALCOÓLICOS ANÔNIMOS?
Em grupos e às vezes a sós, os “A.A.”
almejam ajudar seus colegas ébrios inveterados a
recobrar a saúde. Não somos reformadores de almas
ou de hábitos, e por isso só oferecemos nosso
auxilio e experiência àqueles que os queiram. Não
há contribuições, “Alcoólicos Anônimos” é uma
obra de altruísmo. Cada “A.A.” salda a sua dívida
de gratidão auxiliando outros alcoólicos a se
refazerem. Deste modo mantém ele sua própria
sobriedade.
O primeiro agremiado se refez em 1934, e Capa e contra capa e contracapa do “Livro
desde este ano até hoje a “A.A.” se tem Branco” – considerada a primeira literatura
de A.A. produzida no Brasil - com a assinatura
desenvolvido rapidamente, passando da América do
de Harold W., datada em 1948.
Norte para a América do Sul e para a Europa.
Acreditamos que, pelo menos, dois terços de nós, que não retrogradamos, a despeito de termos sido
dado como incuráveis, estabelecemos os alicerces para uma sobriedade permanente.
A nossa luta para tirar outros das garras do alcoolismo é baseada (a) em nossa própria
experiência como alcoólicos, (b) no que nos ensinaram a medicina e a psiquiatria, e (c) nos
princípios espirituais comuns a todos os credos. Arregimentando todos estes recursos, conseguimos
aumentar de muito o número de refeitos entre os alcoólicos que de fato querem parar de beber.
Consideramos o alcoolismo como uma doença esmagadora, física, mental e espiritual. É uma
obsessão mental conjugada a uma “alergia” física. Como se ver livre da obsessão que o compele a
beber contra sua própria vontade? – eis o problema de todo alcoólico. Há somente uma exigência
para o ingresso na agremiação “A.A.” – A VONTADE SINCERA DE PARAR DE BEBER!
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Para nós da “A.A.”, o ponto de vista religioso, se existe, é assunto privado de cada qual. Se
bem que existem entre nós todos os padrões político-sociais, não nos colocamos englobadamente
com este ou aquele partido em questões e controvérsias. Não impomos nenhum ponto de vista a
quem quer que seja. Nosso único objetivo é MOSTRAR AO ALCOÓLICO ENFERMO, QUE QUER
REERGUER-SE, COMO PODE CONSEGUIR SEU “DESIDERATUM” (N.T.: Aquilo que é objeto
de desejo; aspiração ou desiderato) À LUZ DO NOSSO SUCESSO. Dezenas de milhares de
desesperados, tanto homens como mulheres, que foram apresentados a “A.A.”, podem agora viver
em paz consigo mesmo e com aqueles com quem estão em contato.
SOU ALCOÓLICO?
Esta é a pergunta tétrica, mas real que cada indivíduo com tendências para beber
descontroladamente faz a si mesmo. Que significa “beber descontroladamente”? Ora, suponhamos,
por exemplo, que tendes um encontro da máxima importância, antes do qual até um trago daria muito
má impressão. Resolveis não beber nada, mas por mais estranho que pareça, tomais somente
“unzinho”, porque achais, na última hora, que dele precisais! Segue-se o desastre! Mas isto não vos
serve de lição definitiva, e passado algum tempo, a “debacle” é repetida. Desta vez é muito pior. Em
vosso prejuízo e para consternação geral, ficais muito embriagado. Vamos presumir que continuais a
fazer a mesma coisa – tomando aquele primeiro “drink”, quando existem razões de sobra para não
toma-lo, ficando desastradamente bêbado quando tendes pleno conhecimento de que absolutamente
não deveis ficar. É evidente que estais bebendo a despeito de vossa própria vontade, em oposição
direta aos vossos melhores interesses. Algo aconteceu. Vós não podeis “TOMAR OU DEIXAR A
BEBIDA” – mesmo compreendendo muito bem que um traguinho é desastroso!
Agora vamos supor que vos embriagueis por estardes magoado, zangado ou preocupado. Ou
somente por estardes aborrecido. E que frequentemente ficais muito mais embriagado do que
planejáveis. “Nunca mais” – dizeis – no sentir os efeitos, no dia seguinte. Mas cedo esqueceis o
castigo e repetis o ato.
COMO AGE A “A.A.”?
São estes alguns dos sintomas do mau presságio, que separam o alcoólico dos seus colegas,
os bebedores controlados. As pessoas normais bebem por “farra” e podem parar ou moderar-se
quando seja necessário. Mas o alcoólico continua a beber, como que impelido por uma força interna
estranha que o domina. Os agremiados de “Alcoólicos Anônimos” sabem que tal falta de controle e a
misteriosa falta de força de vontade neste particular, são o prelúdio de uma obsessão alcoólica fatal.
Quase todos nós lutamos desesperadamente, quando nos sentimos muito descontrolados, mas
não podemos parar de beber. Cheios de ilusão de que podíamos beber como faziam os nossos
amigos, procuramos reiteradamente “TOMAR OU DEIXAR”, mas não conseguimos nem uma nem
outra coisa! Sempre adveio a recaída para uma fase de embriaguez consecutiva e infeliz. Nossas
famílias, nossos amigos e nossos empregadores levantaram as mãos, impotentemente, magoados e
consternados!
Querendo, acima de tudo, parar de beber, fugir ao tirano que nos aniquilava – compreendendo
que toda razão dada para justificar a bebida era somente uma desculpa maluca – nós também
estávamos desnorteados. Alguns de nós nos submetemos a tratamentos especiais, outros foram
hospitalizados ou internados em sanatórios. Na maioria dos casos, porém, a cura foi somente
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temporária. Estudamos as nossas personalidades alcoólicas, procurando as causas básicas de nossas
estranhas obsessões. Julgávamo-nos convencidos de que conhecíamos as razões que nos obrigavam a
beber e ainda assim não conseguíamos deixar de beber. Esta havia ultrapassado de muito a fase de
hábito ou de paliativo para os aborrecimentos, e nós tínhamos ingressado naquele estranho mundo
chamado “Alcoolismo”, onde durante séculos os homens se têm destruído contra sua própria
vontade. Estávamos desesperadamente doentes, física, emotiva e espiritualmente! Alguns
apreciadores de bebida dirão – “Eu não sou alcoólico, porque, se bem que beba em demasia, e esteja
um tanto trémulo na manhã seguinte, não tomo o ‘traguinho’ matinal, não perdi minha esposa nem o
emprego. Nunca fui hospitalizado ou internado por causa de bebida”. Sem dúvida, podem estar
certos, e folgamos que assim seja, mas todos nós na “A.A.” podemos agora compreender claramente
que já estávamos descontrolados muitos meses, e mesmo anos, antes de o admitirmos para conosco
mesmo. Esperamos, pois, sinceramente que verificareis cuidadosa e serenamente o vosso controle
sobre o álcool. Sabemos que isto não é tão fácil como parece, pois, por experiência própria,
conhecemos a pouca vontade que um alcoólico potencial tem de enfrentar o fato de que talvez nunca
mais possa beber. No entanto, nós na “A.A.” nos sentimos muito felizes em notar que tantos
apreciadores da bebida estão bem cedo reconhecendo em si os primeiros sintomas que são, quase
sempre, o prelúdio do Alcoolismo. Entram para “A.A.” e compreendem que escaparam de passar
muitos anos de misérias incontáveis, tão bem conhecidas da maioria dos “A.A.”!
Tanto a religião como a psiquiatria contém princípios essenciais para a reabilitação do
alcoólico. Na maioria dos casos, porém, o alcoólico não permite nem à religião nem à medicina
construir aquela sólida ponte de compreensão e confiança mútua que um alcoólico, conversando com
outro, baseado na experiência comum aos dois, pode, muitas vezes, estabelecer. Esta ponte é o meio
eficiente para a transmissão dos princípios recomendados pela medicina e pela religião, os quais, do
ponto de vista da “A.A.”, parecem estar surpreendentemente de acordo. Na “A.A.” o homem
regenerado pode, se quiser, seguir tanto uma como outra. Nós damos valor aos do ponto de vista
espiritual simplesmente porque a nossa experiência na “A.A.”, em toda parte, é que não nos
conseguimos recuperar sem a ajuda de um poder mais forte do que o nosso. Este muito procurado
auxilio de uma força superior nos chega por meio da “Alcoólicos Anônimos”, onde cada homem
regenerado, não importa quão baixo haja descido, cedo pode trazer a esperança e a felicidade para
outros alcoólicos que já tenham desesperado de as encontrar.
Por isso todo alcoólico deverá ser francamente informado quão pequena possibilidade tem de
se recuperar sozinho. A ilusão de que poderá algum dia vir a beber normalmente, deverá ser
terminantemente destruída. Como aquele que sofre de câncer, ele terá que se apoiar somente naquilo
que lhe trará salvação. ASSIM EXISTEM HOJE NO MUNDO MAIS DE 58.000 EX-BÊBADOS
INVETERADOS, QUE FORAM RECONDUZIDOS À SAÚDE E À FELICIDADE, POR MEIO DE
DOZE PASSOS QUE CONSTITUEM O PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO SUGERIDOS PELA
“ALCOÓLICOS ANÔNIMOS”.
“OS DOZE PASSOS”
São estes os passos que demos e que são sugeridos como um PROGRAMA DE
REERGUIMENTO:
1) Reconhecemos sermos impotentes contra o Álcool – e que não podíamos mais conduzir
nossas vidas.
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2) Chegamos á conclusão de que um poder mais forte do que nós poderia restaurar nossa
sanidade metal.
3) Tomamos a decisão de entregar nossa vontade e a nossa vida aos cuidados de DEUS,
como cada um de nós o concebia.
4) Fizemos um inventário moral minucioso e desassombrado de nós mesmos.
5) Reconhecemos perante DEUS, perante nós e perante uma terceira pessoa a natureza
exata de nossos erros.
6) Estávamos inteiramente prontos a permitir que DEUS removesse estes defeitos de caráter.
7) Rogamos humildemente a DEUS para remover nossas falhas.
8) Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem causamos mal, e nos prontificamos a
fazer tudo para retificarmos o mal feito a todos.
9) Retificamos imediatamente o mal feito a tais pessoas, quando isto era possível,
excetuando somente os casos em que isto causaria transtornos a nós mesmos ou a
terceiros.
10) Mantivemos o regime de tomada de um inventário pessoal, e quando verificávamos estar
errados reconhecíamos imediatamente a nossa culpa.
11) Procuramos por intermédio de orações e de meditação melhorar o contato com DEUS,
como cada um o concebia, rogando somente conhecimento de SUA vontade para
conosco, e de força bastante para cumprir esta vontade.
12) Tendo passado por uma experiência espiritual em resultado do cumprimento destes
PASSOS, procuramos transmitir estes preceitos a outros alcoólicos, e praticá-los em
todos nossos atos.
Após a leitura dos DOZE PASSOS acima, muitos de nós dissemos – “Quanta coisa! Nunca
poderei cumprir tantas clausulas!”. Não desespera! Nenhum de nós aderiu estritamente a estes
princípios. Não somos Santos! O importante é querermos progredir espiritualmente. O programa dos
Doze Passos é uma diretriz para o progresso.
Procuramos difundir a ideia do Progresso Espiritual em vez da Perfeição Espiritual! Alguns
leitores têm a impressão de que a mudança de personalidade, ou experiência espiritual (ou que outro
nome se lhe dê) toma a forma de uma revolução repentina e espetacular. Devemos dizer, no entanto,
que maioria de nós, esta experiência espiritual foi o que o psicólogo William James chama de
natureza “educativa”, devido a se ter desenvolvido lentamente durante um período variável de
tempo. O homem regenerado gradativamente compreende que se operou uma profunda alteração na
sua compreensão da vida e que é pouco provável tal alteração pudesse ser conseguida por ele
sozinho.
Com muito poucas exceções, nossos agremiados descobrem que encontraram um recurso
interno cuja existência ignoravam, o qual em tempo, identificam com a sua própria concepção de um
PODER muito mais forte do que eles próprios. Desejamos asseverar categoricamente que todo
alcoólico capaz de honestamente enfrentar os seus problemas à luz de nossa experiência, poderá
recuperar-se, uma vez que não negue guarida em sua mente às concepções espirituais. Somente será
derrotado se assumir uma postura de intolerância ou de negação.
Temos sempre constatado que a parte espiritual do programa rarissimamente apresenta
dificuldade para quem quer que seja. A BOA VONTADE, A HONESTIDADE E UMA
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MENTALIDADE SEM PREVENÇÕES, são essenciais para a recuperação. E são os únicos predicados
indispensáveis. Estes e, DESDE O INÍCIO, A VONTADE HONESTA DO ALCOÓLICO QUERER
PARAR DE BEBER.
AOS AMIGOS DOS ALCOÓLICOS
O alcoólico traz, invariavelmente, sofrimento para muitas outra pessoas que o cercam. A seus
Pais, a sua Esposa (ou a seu Esposo, porque tudo que dizemos se aplica a um como a outro sexo), a
sua Família, a seus Empregadores ou Empregados, e a seus Amigos.
Ora, nós em “A.A.” nos certificamos plenamente, em resultado de nossa própria experiência,
assim como da experiência dos 58.000 alcoólicos recuperados que atualmente constituem a família
“A.A.” que o alcoolismo é uma doença esmagadora, física, mental e emocional. Uma vez que este
ponto muito importante nos foi esclarecido, compreendemos a razão porque a nossa vontade própria,
quase sempre forte quando enfrentamos outras situações que reclamam decisões e atitudes firmes de
nossa parte, torna-se completamente ineficaz perante o alcoolismo. Não conhecemos caso algum de
um canceroso, um tuberculoso ou um diabético se curar somente com a repetição para si, ou ouvir da
boca daqueles que o cercam, frases como: “Onde esta sua força de vontade?” – “Seja forte e você se
curará!” – “Não vê que sofrimento a sua fraqueza está causando em torno de si?” – “Lute contra
esta maldita praga, para seu próprio bem e para a paz de espirito daqueles que lhe são caros” –
“Você que é tão prendado, tem oportunidades excelentes e um futuro brilhante vai desprezar tudo
isso por falta de vontade de lutar contra este mal?”. E assim as demais frases e “clichés” que o
alcoólico sabe de cor!
Ninguém mais do que o alcoólico compreende como a sua atitude vacilante e fraca é
desprezível, egoísta e auto aniquilante. As tremendas lutas que são travadas em seu íntimo são tão
exaustivas quanto ineficazes para livrá-lo da doença do alcoolismo! Tendo plena consciência do mal
que está fazendo a si próprio como a infelicidade que está causando a todos que lhe são mais caros e
mais íntimos, ainda assim nada consegue fazer de positivo para seguir o caminho e os conselhos
teoricamente acertados que lhe são apontados.
A constante consciência de sua fraqueza, e da situação de inferioridade em que a mesma o
coloca perante a Sociedade, dia adia mais o desmoraliza, tornando-o mais e mais introspectivo,
ressentido e irritável. E, por cúmulo da ironia, estes sentimentos explodem justamente contra aqueles
que mais o procuram ajudar, quando estes, nunca tendo sentido o terrível flagelo que é o alcoolismo,
mas só tendo em mente a salvação do ente amigo ou querido que se desgraça perante os seus olhos,
usam das frases e atitudes que acima chamamos de “clichés”!
Assim sendo, sugerimos aos Pais, à Esposa (ou Esposo), à Família, aos Empregadores ou
Empregados e aos Amigos, que têm entre si uma pessoa que mostra indicio de ser um alcoólico
inveterado, a leitura deste panfleto, pois baseados em nossa própria experiência, estamos certos de
que dentro de suas páginas se encontra o verdadeiro caminho para a regeneração da infeliz pessoa
atacada pelo terrível flagelo conhecido por ALCOOLISMO!
E, aos Pais, à Esposa (ou Esposo), à Família, aos Empregadores ou Empregados e aos
Amigos, aconselhamos muita paciência e muita fé. Procurem não criticar nem diminuir, e sim por
meio de conversas construtivas e cheias de otimismo honesto e amizade real, levantar o moral do
paciente. Mostre-lhe por todos os meios ao seu alcance, que não está falando a ele de cima de um
pedestal de probidade. Dê-lhe todo o apoio moral, espiritual e material possível. Sua recompensa,
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quando o alcoólico se regenerar, transcenderá todos os esforços e sacrifícios feitos durante o período
de regeneração.
QUE DEUS NOS CONCEDA A SERENIDADE
NECESSÁRIA PARA ACEITAR AS COISAS
QUE NÃO PODEMOS MODIFICAR,
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS
QUE PUDERMOS E SABEDORIA BASTANTE
PARA DISTINGUIR ENTRE AQUELA E ESTAS.
SOU UM ALCOÓLICO?
Ninguém na ‘A.A.’ tentará dizer-lhe se você é ou não alcoólico. Aqui está parte de um teste
sobre alcoolismo usado pelo hospital John Hopkins. A título de verificação responda a estas
perguntas e seja seu próprio juiz:
1) Falta ao serviço devido à bebida ou seus efeitos?
2) Necessita de um ‘trago’ na manhã seguinte?
3) Sua vida no lar está se tornando infeliz devido à bebida?
4) Sua reputação está sendo afetada pela bebida?
5) Sua iniciativa e sua ambição têm diminuído em consequência da bebida?
6) Procura companheiros de ambiente inferior ao seu para beber?
7) Sua saúde está sendo abalada pela bebida?
8) A bebida está afetando sua paz de espírito?
9) Está a bebida atrapalhando seu trabalho ou seus negócios?
10) Suas finanças estão embaraçadas por causa da bebida?
11) Procura a bebida para esquecer seus aborrecimentos e desgostos?
12) Tem um desejo imperioso de beber em determinadas horas do dia?
13) Tem lhe acontecido perder completamente a memória do que se passou durante a
embriaguez?
14) Sente remorsos após uma ‘bebedeira’?
15) Já sentiu alguma vez a necessidade de discutir estas questões com um médico, um padre
ou outra pessoa amiga?
Na contracapa lê-se: A finalidade deste panfleto é mostrar como milhares de nós, que
éramos alcoólicos sem esperança, saramos desta doença. Encontramos
um modo de viver que não nos obriga mais a beber. A “Alcoólicos
Anônimos” é a grande realidade que destruiu a nossa obsessão.
(Fim da Transcrição)
A Tradição de A.A.
(vem da página 9)
Transcrição parcial ipsis litteris (tal como escrito - exceto a acentuação) do livreto “A
Tradição de A.A.”, a segunda literatura de A.A.
produzida no Brasil entre 1949 e 1950.
(Início da transcrição das nove primeiras páginas de um total de 36)
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Verso da capa:
A "Alcoólicos Anônimos" não tem opinião sobre assunto controverso, nem está contra quem
quer que seja. A "Alcoólicos Anônimos" só tem uma finalidade: Ajudar o doente de alcoolismo a
sarar, se ele quiser.
Página 2:
A finalidade deste panfleto é mostrar como milhares de nós, que éramos alcoólicos, sem
esperança, saramos dessa doença. Encontramos um meio de viver que não nos obriga mais a beber.
A "Alcoólicos Anônimos" é a grande realidade que destruiu nossa obsessão.
Prefácio:
Qual a melhor maneira de nós, os Alcoólicos
Anônimos, preservarmos nossa unidade? Este é o
objetivo destas tradições.
A unidade é tão vital para nós os A.A., que
não podemos nos expor a atitudes e atos que
,algumas vezes, corromperam outras formas de
sociedades humana. Nós, ao contrário, temos sido
bem sucedidos, porque temos sido diferentes. Oxalá
continuemos assim.
Contudo, a unidade dos A.A. não pode
preservar-se a si própria. Com a recuperação
pessoal, teremos, sempre, que trabalhar para mantêla. Aqui, também, necessitamos de honestidade, humildade, franqueza, desinteresse e, acima de tudo
- vigilância. Gostaríamos que cada A.A. se certificasse das suas tendências, que poderiam vir a nos
comprometer como um todo, caso ele tenha ciência dos defeitos pessoais que ameaçam sua
sobrevivência e sua paz de espírito. Naturalmente, não pretendemos que cada A.A. torne-se um
"examinador alarmado para o bem do movimento", ou que nos lancemos à obtenção de uma
confissão dos pecados do nosso irmão A.A.
Porém, cada um de nós pode sondar sua consciência, para ver se ele está fazendo algo que
possa prejudicar nossa solidariedade essencial. Se cada um de nós procedermos honestamente, a
consciência coletiva do nosso movimento será verdadeira.
Os "12 Pontos da Tradição dos A.A", aqui reproduzidos, são a nossa primeira tentativa para
firmar os princípios são da conduta do grupo e das relações públicas.
Muitos dos A.A. já sentem que estas “12 tradições são o suficiente para se tornarem o guia
básico e a proteção para os A.A.; que devemos aplica-las tão seriamente à nossa vida em comum,
como o fazemos a nós, individualmente, com as 12 Etapas de Recuperação”.
Enquanto isto será aconselhável que cada A.A., como um subsídio ao seu próprio
pensamento, leia estes fragmentos, dando especial atenção aos trechos sobre anonimato (revisados
recentemente), conduta pessoal, o uso do dinheiro entre os A.A. e nossas relações denominadas
“empreendimentos exteriores”, porque, no momento, os problemas do nosso grupo se concentram,
na maior parte, nessas edições vitais (1).
BILL
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N.T. (1): Os “trechos” relacionados neste último parágrafo não foram transcritos para esta
apostila.
TRADIÇÃO DOS “ALCOÓLICOS ANÔNIMOS”
DOZE PONTOS PARA ASSEGURAR NOSSO FUTURO
Ninguém inventou os A.A. Desenvolveram-se espontaneamente. Sofrimentos e erros geraram
uma vasta experiência. Pouco a pouco, fomos adotando as lições dessa experiência: a princípio como
norma, depois como tradição. Este processo continua e esperamos que nunca pare.
Poderíamos enganar-nos com regras insignificantes e proibições; poderíamos pensar ter dito a
última palavra. Poderíamos, mesmo, exigir a aceitação, pelos alcoólicos, das nossas ideias severas
ou, então, que permanecessem afastados de nós. Que jamais retardemos o processo desta maneira!
Até aqui as lições de nossa experiência são de grande valia. Tivemos anos de grande contato
com o problema de viver e trabalhar em conjunto. Se conseguirmos ser bem sucedidos nessa
aventura – e assim nos conservarmos – então, e só então, nosso futuro estará garantido.
Desde que a calamidade pessoal não mais nos prende à escravidão, nosso objetivo principal é
o futuro dos A.A.
Sabemos que os A.A. devem continuar a viver. Senão, salvo algumas exceções, nós e nosso
irmão alcoólico, através do mundo, recomeçaremos a jornada, sem esperança, para o esquecimento.
Terrivelmente relevante é o problema de nossa estrutura básica e nossa atitude para com
aqueles que sempre levantam questões sobre direção, fundos e autoridade. O futuro pode muito bem
depender de como encaramos e agimos em face dos pontos de vista opostos, e de como
considerarmos nossas relações públicas.
Agora surge o ponto crucial de nossa discussão. Ei-lo: Será que já adquirimos experiência
suficiente para estabelecer normas firmes sobre estes, que são os nossos interesses principais?
Podemos, agora, firmar os princípios gerais que se tornarão tradições vitais, tradições estas
arraigadas no coração de cada A.A., por profunda convicção própria e pela aquiescência comum dos
seus companheiros?
Em face da persistência de velhos amigos dos A.A. e certos de que um acordo e uma
aquiescência, entre os nossos membros, tornou-se agora possível, tentarei expressar, com palavras,
estas sugestões para uma “Tradição de Relações dos Alcoólicos Anônimos” - Doze Pontos para
Assegurar nosso Futuro.
Nossa experiência nos ensinou que:
1) Cada membro dos A.A. é apenas uma partícula de um grande todo. Os A.A. devem
continuar a existir ou, então, a maior parte de nós perecerá. Por isso, nosso bem-estar
vem em primeiro lugar e o bem-estar individual, em seguida.
2) Para a finalidade do nosso grupo há somente uma autoridade fundamental – um Deus
benigno como a Ele nos referimos no nosso Grupo.
3) Nossa sociedade deve abranger todas as vitimas do alcoolismo. Assim, não podemos
recusar ninguém que queira recuperar-se.
Não deve a sociedade, jamais, depender de dinheiro para sua harmonia. Dois ou três
alcoólicos reunidos visando à recuperação denominam-se um grupo de A.A.,
conquanto que, como um grupo, não tem eles nenhuma outra relação.
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4) Com relação aos seus próprios negócios, cada grupo A.A. subordina-se à sua
consciência. Porém, quando os planos do grupo afetam o bem-estar de grupos
vizinhos, esses devem ser consultados. E nenhum grupo, comitê regional ou
individual deve, jamais, tomar qualquer iniciativa que possa afetar, em grande parte os
A.A., sem conferenciar com os Conselhos Fiscais da Fundação Alcoólica. Em tais
decisões o nosso bem-estar comum é preponderante.
5) Cada grupo de A.A. deve ser uma entidade espiritual, tendo apenas uma finalidade – a
de levar a sua mensagem ao alcoólico que ainda sofre.
6) Problemas de dinheiro, propriedade e autoridade podem, facilmente, desviar-nos do
nosso objetivo espiritual fundamental. Pensamos, portanto, que qualquer propriedade
de uso genuíno dos A.A. deve ser incorporada e dirigida livremente separando, deste
modo, o material do espiritual. Um grupo A.A., como tal, não deve, nunca, imiscuirse em negócios. Auxílios secundários para os A.A., assim como clubes ou hospitais,
que exigem propriedade ou administração devem ser incorporados e postos à parte, a
fim de possam ser, livremente rejeitados pelos grupos. Assim, tais facilidades não
devem utilizar o nome dos A.A. sua administração deve caber unicamente às pessoas
que os mantém financeiramente. Para Clubes, prefere-se aqueles que dirigem os A.A.
Porém, hospitais, como também outros lugares destinados à recuperação, devem estar
fora do alcance dos A.A. e sob supervisão médica. Conquanto um grupo dos A;.A.
possa cooperar com quem quer que seja, tal cooperação nunca deve ir ao ponto de
incorporação ou endosso, atual ou futuro. Um grupo de A.A. não deve ligar-se a
ninguém.
7) Os Grupos A.A. devem ser mantidos, inteiramente, pelas contribuições de seus
próprios membros. Achamos que cada grupo deve atingir, com a maior rapidez, este
ideal: que qualquer pedido de fundos públicos, usando o nome dos A.A., é altamente
perigoso, quer seja pelos Grupos, Clubes, Hospitais ou outras Agências externas; que
a aceitação de grandes donativos de qualquer origem ou de contribuições que
envolvam qualquer obrigação, não é aconselhável. Também, observamos com grande
interesse o erário dos A.A. que existe em caixa, além das reservas para acumular
fundos, para finalidades não declaradas. A experiência, muitas vezes, nos tornou
patente que nada pode destruir, tão facilmente, a nossa herança espiritual, como as
disputas sobre dinheiro, propriedade e autoridade.
8) Os A.A. devem permanecer, para sempre, não profissionais. Definimos
profissionalismo como a ocupação de aconselhar os alcoólicos por dinheiro. Porém,
podemos empregar alcoólicos que possam executar os serviços, para os quais
geralmente, teríamos que empregar não alcoólicos. Tais serviços especiais podem ser
bem recompensados. Entretanto, o trabalho da “12ª Etapa” não deve, jamais ser pago.
9) Cada Grupo A.A. necessita um mínimo de organização possível. A mudança
constante da administração é aconselhável. O pequeno grupo pode escolher seu
Secretário, o grande grupo, seu Comitê de Revezamento e os grupos de uma grande
metrópole seu Comitê Central. Eles são os guardas da nossa Tradição A.A. e os
recebedores das contribuições voluntárias dos A.A., por meio das quais mantemos o
Escritório Central dos A.A. em New York. Eles são autorizados, pelos grupos, a
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dirigir as nossas relações públicas e garantem a integridade do nosso principal jornal
“The A.A. Grapevine”. Todos estes representantes devem ser orientados no espírito
do serviço, porque os verdadeiros líderes dos A.A. são servidores experimentados e de
confiança. Dos seus títulos não emana autoridade real; eles não governam. O respeito
universal é a chave do seu sucesso.
10) Nenhum grupo ou membro A.A. deverá jamais (para não comprometer os A.A.)
expressar qualquer opinião, em discussões externas, particularmente sobre política,
reforma alcoólica ou religião. Os grupos dos A.A. não se opõem a ninguém. Sobre tais
assuntos eles não podem expressar quaisquer pontos de vista.
11) Nossas relações com o público em geral devem ser caracterizadas pelo anonimato.
Achamos que os A.A. devem evitar propaganda sensacionalista. Nossos nomes e
retratos, como membros dos A.A. não devem ser irradiados, filmados ou impressos
publicamente. Nossas relações públicas devem ser dirigidas de preferência pelo
princípio de atração e não de promoção. Não é necessário, jamais, glorificar-nos.
Preferimos que nossos amigos nos recomendem.
12) E, finalmente, nós, os A.A., acreditamos que o princípio do Anonimato tem uma
grande significação espiritual. Ele nos lembra que devemos colocar os princípios
acima das personalidades; que devemos, de fato, praticar uma verdadeira humildade.
Isto para que nossos grandes benefícios não nos desvirtuem jamais; que nós vivamos,
para sempre, uma contemplação agradecida a Ele que guia a todos nós.
Conquanto estes princípios tenham sido expostos numa linguagem positiva, eles são apenas
sugestões para o nosso futuro. Nós, os A.A., nunca respondemos entusiasticamente a qualquer
suposição de autoridade pessoal. Talvez seja bom, para os A.A., que isto seja real. Assim, ofereço
estes princípios, não como uma máxima, nem tampouco como uma crenças de qualquer espécie, mas
como uma primeira tentativa de ilustrar o Ideal deste grupo, para o qual fomos levados por uma
Força Superior, e onde permanecemos durante este quinze anos.
BILL
No lado interno da contracapa estão impressos os Doze Passos, assim:
OS 12 PASSOS
São estes os passos que demos e que são sugeridos como um PROGRAMA DE
REERGUIMENTO:
1) Reconhecemos sermos impotentes contra o Álcool – e que não podíamos mais
conduzir nossas vidas.
2) Chegamos á conclusão de que um poder mais forte do que nós poderia restaurar nossa
sanidade metal.
3) Tomamos a decisão de entregar nossa vontade e a nossa vida aos cuidados de DEUS,
como cada um de nós o concebia.
4) Fizemos um inventário moral minucioso e desassombrado de nós mesmos.
5) Reconhecemos perante DEUS, perante nós e perante uma terceira pessoa a natureza
exata de nossos erros.
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6) Estávamos inteiramente prontos a permitir que DEUS removesse estes defeitos de
caráter.
7) Rogamos humildemente a DEUS para remover nossas falhas.
8) Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem causamos mal, e nos prontificamos a
fazer tudo para retificarmos o mal feito a todos.
9) Retificamos imediatamente o mal feito a tais pessoas, quando isto era possível,
excetuando somente os casos em que isto causaria transtornos a nós mesmos ou a
terceiros.
10) Mantivemos o regime de tomada de um inventário pessoal, e quando verificávamos
estar errados reconhecíamos imediatamente a nossa culpa.
11) Procuramos por intermédio de orações e de meditação melhorar o contato com DEUS,
como cada um o concebia, rogando somente conhecimento de SUA vontade para
conosco, e de força bastante para cumprir esta vontade.
12) Tendo passado por uma experiência espiritual em resultado do cumprimento destes
PASSOS, procuramos transmitir estes preceitos a outros alcoólicos, e praticá-los em
todos nossos atos.
(Fim da Transcrição)
Alcoolismo: A Doença que Todos Escondem
(vem da página 20)
Transcrição integral ipsis litteris (tal como escrito) do livreto
“Alcoolismo: A Doença que Todos Escondem”,
traduzido e publicado pela CENSAA-SP na década de 1980
(Início da transcrição)
Subtítulo: “Esqueça tudo que você pensa saber sobre os que bebem exageradamente e
comece a aprender de novo, agora!”.
UMA EMERGÊNCIA
NACIONAL
Suponhamos que uma nova doença subitamente se alastrasse aqui no Brasil – uma doença
cuja causa fosse desconhecida, porém que tivesse um tal efeito sobre o sistema nervoso que 10
milhões de pessoas se tornassem loucas por períodos variáveis de algumas horas até semanas e
meses, períodos estes que se repetissem, cada vez com maior frequência, durante 15 a 30 anos.
Suponhamos, ainda, que durante esses períodos de loucura, se cometessem atos tão
autodestrutivos que as vidas, material e espiritual, de 50.000.000 de brasileiros fossem cruelmente
afetadas, e o trabalho, no mundo dos negócios, da indústria, das profissões e das fábricas, fosse
sabotado ou deixasse de ser realizado a um custo incalculável para a Nação. Finalmente, suponhamos
que esta doença tivesse a capacidade peculiar de poder alterar o juízo de suas vítimas de tal maneira
que se tornassem incapazes de se reconhecerem doentes, chegando a querer, a todo transe, tornaremse cada vez mais doentes.
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Uma tal emergência seria classificada como uma catástrofe das
mais sérias, e bilhões de cruzados seriam gastos para que milhares de
cientistas pudessem procurar as causas do mal, tratar de suas vítimas e
evitar que a doença se propagasse.
A terrível emergência, figurada acima, já está conosco. Tal
doença é o alcoolismo. Ataca uma em cada 13 pessoas que bebem.
Não é por ser nova que se tem feito tão pouco para combater esta
doença no Brasil. Permanece sem solução porque não queremos
encará-la.
Esperamos que este folheto ajude a desencadear, no nosso país,
um interesse crescente por esta doença, a qual a Organização Mundial
de Saúde classifica como a TERCEIRA doença que mais seres
humanos mata, no mundo.
A capa do livreto
TODOS TEMOS UM CONHECIDO
OU PARENTE ALCOÓLATRA
Estima-se que há mais de 1.000.000 de alcoólatras somente na cidade de São Paulo. Isto
significa que 5.000.000 de pessoas, que convivem ou trabalham com eles (ou elas), são afetadas pelo
comportamento dos mesmos. A maioria sofre desesperadamente, pois pouco ou nada conhece da
doença do alcoolismo. No entanto, poderia fazer muita coisa se tivesse os conhecimentos
necessários. E esses conhecimentos existem. Falta unicamente serem divulgados... e postos em
prática.
Foi dado um passo na direção certa com a publicação, pela primeira vez em português, do
livro ALCOÓLICOS ANÔNOMOS (Copyright – 1965 – A.A. World Services, Inc.). Este livro,
escrito por alcoólatras recuperados, é dirigido não somente às pessoas que estão encontrando
dificuldades em abandonar a bebida, mas também a seus parentes e amigos não-alcoólatras. Ele
explica como através do programa de vida dos 12 Passos sugeridos por Alcoólicos Anônimos – mais
de 2.000.000 de sofredores no mundo todo conseguiram sair das trevas desta doença. O livro se
consegue através do C.L.A.A.B. (Centro de Distribuição de Literatura de A.A. para o Brasil), Caixa
Postal 3180, São Paulo, Capital.
Nas páginas seguintes do folheto que você tem em mãos se oferece, por outro lado, uma
explicação compreensiva de vários aspectos da doença, com a finalidade de orientar os que queiram
ajudar um alcoólatra, os que se suspeitam ou se saibam alcoólatras, e os que gostariam de conhecer
mais sobre o assunto.
QUE É O ALCOOLISMO?
O alcoolismo é uma doença que se manifesta principalmente na maneira incontrolada de
beber da vítima, a quem se dá o nome de alcoólatra. É uma doença progressiva que, se não for
tratada, torna-se com o passar do tempo mais violenta, afastando suas vítimas do mundo normal e
deixando-as cada vez mais baixo num abismo que só tem duas saídas: a loucura ou a morte
prematura. Além do mais, é uma doença incurável. Uma vez que uma pessoa se torne alcoólatra,
sempre o será. Nem mesmo depois de muitos anos de abstenção poderá voltar a beber normalmente.
Logo estará bebendo mais do que nunca.
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No entanto, igual a várias outras doenças incuráveis, o alcoolismo pode ser detido em sua
marcha.
Requer abstenção total do alcoólatra, e para que não volte a beber, parece também requerer
uma mudança na personalidade do doente.
Cabe dizer que não há necessidade de ter medo da bebida em si. A ciência médica já eliminou
a bebida como a “causa” do alcoolismo. O mundo sabe, porque pode ver com seus próprios olhos,
que os que bebem moderadamente não desequilibram as suas vidas. Já a bebida exagerada não deve
ser tratada com a mesma indiferença. Mas, de qualquer maneira, a doença do alcoolismo não está na
garrafa. Está no homem.
QUEM É ALCOÓLATRA?
Qualquer um poderá ser alcoólatra. Todo tipo de pessoa pode cair vitima desta doença que
ataca, indistintamente, uma em cada 13 pessoas que bebem: ricos e pobres, analfabetos e intelectuais,
brancos e negros, descrentes e religiosos, jovens e velhos, gente “boa” e gente “ruim”.
Este fato parece sempre surpreender a muita gente. Constantemente se ouvem frases como
estas: “Ele não pode ser alcoólatra. Veja só quanto dinheiro ganha!”. Ou então: “Ela simplesmente
não se enquadra. Não lhe faltava nada em criança. Casou-se bem. Tem três filhos. Não é possível”.
Ou, ao outro extremo: “Ele bebe por sem-vergonhice. Não parou várias vezes já? Bebe porque não
tem força de vontade e não quer parar”.
Todas estas frases vêm de suposições erradas e hoje desmentidas, embora sejam mantidas,
consciente ou inconscientemente, pela grande maioria da população. Baseiam-se na ideia totalmente
falsa de que o alcoólatra é aquele que está caído na sarjeta e que ali não estaria se tivesse “força de
vontade”. Estas ficções morrem devagar. As pessoas encontram dificuldades em aceitar que podem
ser alcoólatras: a esposa do presidente do banco, o padre da paróquia, um famoso político ou o
próprio psiquiatra que tratou de seu amigo. O fato é que a doença ataca seres humanos, e não a certos
grupos ou classes da sociedade.
O alcoólatra é notavelmente sensível. Mas, para ele, esta sensibilidade não é uma
característica saudável e construtiva. Em vez de ampliar seus horizontes e aumentar sua capacidade
criativa, como a sensibilidade faz em pessoas saudáveis, ela limita os horizontes do alcoólatra,
virando-o para dentro, onde escapa do mundo que não o compreende.
Como poderá este mundo ajuda-lo? Em primeiro lugar, reconhecendo que é portador de uma
doença que se define simplesmente:
O ALCOÓLATRA É UMA PESSOA CUJA MANEIRA DE BEBER CAUSA UM
CONTÍNUO E CRESCENTE CONFLITO EM QUALQUER ASPECTO DA SUA VIDA.
A lógica por detrás desta definição é tão simples como a própria definição. Se o beber levasse
a problemas na vida de uma pessoa normal, ou ela procuraria beber menos, ou desistiria totalmente
da bebida. Para o bebedor normal, isso não apresentaria dificuldade alguma.
Porém, se o bebedor for alcoólatra, poderá reconhecer essa solução óbvia e, inclusive, estar
convencido de que irá diminuir ou desistir. Porém, jamais o fará por muito tempo, porque não o
poderá fazer. A própria doença lhe tira a capacidade de controlar-se. Desistirá totalmente da bebida
com frequência, e pensará que isso prova que não é alcoólatra. Mas, acabará sempre voltando a
beber, provando justamente o contrário. O problema para o alcoólatra não é parar de beber... é não
voltar a beber.
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Ameaçar um alcoólatra, apelar para o seu bom senso, implorar-lhe a usar sua “força de
vontade” é ridículo, como seria ridículo dizer a u8m epiléptico que deva usar sua força de vontade
para evitar futuros ataques.
COMO SABER SE VOCÊ É
OU NÃO É ALCOÓLATRA
Como alerta, este folheto deverá ser útil. Porém, sugere-se muita cautela e paciência. Pois é
extremamente difícil diagnosticar o alcoolismo. Diz-se que é a única doença em que somente o
paciente pode estar certo do diagnóstico. Os próprios membros de Alcoólicos Anônimos sempre
aguardam que o alcoólatra se defina. Especialmente porque não adianta tentar convencer um
alcoólatra a largar a bebida até que ele mesmo reconheça a sua incapacidade perante o álcool.
Se desconfiar que você mesmo possa ser um alcoólatra, existe uma maneira quase infalível de
se testar. Não tente parar de beber por certa temporada, pois isto não provará nada. Como já foi
mencionado, até os alcoólatras mais avançados conseguem se abster da bebida, às vezes por períodos
consideráveis.
O teste é o seguinte: Durante pelo menos os próximos três meses, tente beber diariamente um
número fixo de bebidas alcoólicas que não varie de um dia para outro e que não seja mais de três. É
preciso beber o mesmo número de bebidas todos os dias durante todo o período do teste – digamos
duas bebidas por dia. Não deverá exceder esta quantidade em hipótese alguma, e isto inclui
casamentos, funerais, heranças inesperadas, mortes súbitas na família, promoções no emprego,
encontros com velhos amigos, etc. Se se permitir uma só exceção, falhou o teste.
O teste é tão fácil para o não alcoólatra como seria para o alcoólatra fazê-lo com Guaraná.
Porém, serão pouquíssimos os alcoólatras que conseguirão fazer, ainda que a bebida escolhida fosse
cerveja.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS
DO ALCOOLISMO?
FASE INICIAL
(Que dura aproximadamente 10 a 15 anos)
Começa bebendo socialmente. Mais tarde bebe habitualmente, e faz muitas promessas aos
outros e a si mesmo: “Da próxima vez me controlarei”. Engana-se constantemente com as palavras:
“Bebo quando quero e paro quando quero”. Começa a mentir, minimizando o número de tragos que
ingeriu. Bebe antes de ir para uma festa na qual sabe que haverá bebida. Começa a sentir necessidade
de beber em horários determinados: antes das refeições, após o trabalho, durante um evento
qualquer, seja um jogo de futebol, uma boda ou um velório. Bebe para aliviar o cansaço: “Foi um
dia de morte no escritório”. Bebe para superar seu nervosismo: “Preciso tomar um pouco de
coragem”. Bebe para acabar com sua depressão: “Vamos levantar o espirito”. São muitas as
desculpas. Experimenta os primeiros “apagamentos”, momentos de amnésia em que não lembra das
coisas que fez a noite anterior.
FASE INTERMEDIÁRIA
(Que dura aproximadamente 5 anos)
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Continuam, em forma agravada, os sintomas iniciais. Mente a toda hora: para esconder o fato
de que sua maneira de beber é exagerada, para evitar as críticas, para tentar convencer-se que domina
o álcool, para salvar seu valor em seu emprego. Precisa beber onde não o conhecem para que
ninguém o fiscalize. Perde a fome e come irregularmente. Costuma chegar em casa “alto”, ou tarde,
ou ambos.... Bebe por qualquer motivo: num dia de chuva, para esquentar; num dia de calor, para
refrescar; por perder um grande negócio; por ganhar um grande negócio; para esquecer, ou para
celebrar. Anda sempre nervoso, agitado ou deprimido, e sempre culpando os outros pelo seu estado.
Bebe justamente quando não devia como, por exemplo, antes de uma entrevista importante. E
começam as paradas, desistindo completamente da bebida por períodos de semanas, meses e até
anos. Porém, ao melhorar a situação, acaba sempre voltando à bebida. E, em breve, está bebendo
mais do que nunca.
FASE FINAL
(Que termina na loucura, na morte,
ou no desejo sincero de se recuperar)
Sua vida se tornou intolerável com a bebida, e impossível sem ela. Bebe para viver e vive
para beber. Geralmente não se lembra do que aconteceu na noite anterior. As bebedeiras aumentam
em frequência, intensidade e duração. Começam as internações em hospitais e sanatórios “para tratar
dos nervos”. Ao sair desintoxicado, entra no primeiro botequim para tomar uma só, e na mesma noite
chega em casa totalmente bêbado. Perde o emprego e não consegue outro. Passa a depender
totalmente da família que, por ignorância, tenta encobrir o caso, evitando que o alcoólatra sofra as
consequências das suas bebedeiras. Com o resultado de que, não tendo motivos para parar, ele segue
bebendo. Os amigos o abandonam. Torna-se rebelde e agressivo, sobretudo com as pessoas das quais
mais depende. Perde totalmente o sentido de responsabilidade. Em casa, chora facilmente. Mas, no
botequim, sob o efeito do álcool, torna-se um verdadeiro professor de todas as disciplinas, e amigo
íntimo das maiores autoridades da cidade, do país e do mundo.
AS FASES PROGRESSIVAS
DA DOENÇA
POR QUE O
ALCOÓLATRA BEBE?
Primeira Fase
Durante os primeiros anos, a maioria dos alcoólatras (toda regra tem suas exceções) mostra
uma capacidade crescente de beber. Apesar das quantidades que ingere, não gagueja, não perde o
equilíbrio, não fica tonto e não tem ressacas. Porém, os “apagamentos” podem começar nessa fase.
Os outros não notam, pois o comportamento do alcoólatra é normal. Contudo, no dia seguinte ele
reconhece que certos acontecimentos da noite anterior desapareceram inteiramente da sua
consciência, a partir de alguma hora.
Depende do álcool para fazer por ele o que as pessoas normais fazem por si mesmas. Existe
uma tendência para beber em vez de enfrentar a situação. O alcoólatra frequentemente reconhece que
não deve beber numa hora ou num lugar determinado. Porém, não consegue superar a compulsão de
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tomar “uma só”. E, depois dessa, não tem mais controle. A bebedeira que segue lhe traz sentimentos
de incapacidade, de inferioridade, de “não prestar”.
Segunda Fase
Bebe mais rápido e em maiores quantidades que os outros, muitas vezes escondido. Começa a
sofrer ressacas dolorosas que se distinguem das ressacas dos não alcoólatras por serem
acompanhadas do remorso mental, o nojo de si mesmo, e fortes ataque de tremedeiras. Os
“apagamentos” agora são frequentes. Agora acorda de manhã tremendo, e precisa de álcool (ou
qualquer outra sedativo) para acalmá-lo. Se tomar calmantes enquanto seguir bebendo, colocará sua
vida em perigo, pois esta combinação é, frequentemente, fatal.
O alcoólatra acha que não funciona bem sem uns golezinhos. A vergonha que sente faz com
que não queira, contudo, que ninguém toque no assunto das bebidas dele. Quanto mais inferior se
sentir, mais se utiliza das armas da arrogância, grandiosidade e agressividade. Sentindo-se isolado,
procura o convívio de pessoas que bebem com ele. Pensa que são as únicas pessoas que o
compreendem, e não está longe da verdade. Aliás, esta é uma das chaves do êxito de Alcoólicos
Anônimos.
Terceira Fase
Agora existe a necessidade imperiosa de conseguir e manter certa quantidade de álcool no
corpo o tempo todo. As ressacas, que ocorrem cada vez que o alcoólatra acorda, são sempre
apagadas por mais bebida. O doente começa a ver coisas e ouvir sons inexistentes. O colapso físico
está se aproximando. Suas tremedeiras são violentas, não lhe permitindo levantar o primeiro copo do
dia à boca com uma mão só. Quase não se alimenta mais, nem se banha. Uma mudança brusca na
quantidade de álcool pode causar o delirium tremens – um estado físico muito perigoso que requer
a atenção médica imediata.
Convencido de que ele não tem mais condições de controlar-se, se entrega à bebida como
coisa inevitável. São extremos seus sentimentos de vergonha, degradação, isolamento e autopiedade.
Pensa constantemente no suicídio, mas gostaria de morrer bêbado ou inconsciente, sem passar por
dor. É difícil convencê-lo de que poderá voltar a uma vida feliz, pois há muito tempo que não sentiu
a felicidade nos seus períodos de sobriedade.
COMO AJUDAR
UM ALCOÓLATRA
Se você for parente ou amigo
O “Tratamento do Lar” é o nome dado com ironia por estudiosos do alcoolismo aos métodos
geralmente usados por familiares desesperados. Quase tudo que a família faz para fazer o alcoólatra
parar, só serve como motivo para que siga bebendo. Os conselhos, os apelos e as ameaças são
contraproducentes. O alcoólatra interpreta tudo aquilo como interferência dos outros num assunto
que não compreendem, o que o leva a beber mais ainda.
Um alerta especial: NUNCA se devem pôr remédios (como Abstenil, Antabuse e Antietanol)
na sopa ou comida de um alcoólatra sem ele saber, sobretudo se ele sofre do coração! Esses remédios
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ajudam unicamente quando o próprio alcoólatra os tome conscientemente, para fortalecer sua decisão
de parar de beber.
Se puder, entre em contato com um dos Grupos Familiares Al-Anon. Estes grupos são
compostos de esposas, maridos, pais, filhos e amigos de alcoólatra – pessoas com experiências iguais
às suas. Eles se reúnem com duas finalidades: para trocar experiências e conhecimentos a respeito do
alcoolismo, e (praticando o mesmo programa de vida espiritual que recupera os AAs) para tornaremse pessoas serenas e equilibradas. Reconhecem que o alcoólatra torna neuróticas todas as pessoas que
convivem com ele durante muitos anos. E pessoas neuróticas, ou pessoas que sejam apenas nervosas,
simplesmente não reúnem as condições mínimas para ajudar um doente alcoólatra. O alcoolismo
pode ser considerado uma doença da família toda. São todos afetados, e se não se recuperarem todos,
é possível que não se recupere o alcoólatra.
As experiências dos Grupos Familiares Al-Anon sugerem o seguinte: jamais se deve tratar
mal um alcoólatra. É preciso reconhecer que é uma pessoa doente, e que seu comportamento, por
irracional que seja, é parte da doença. Por outro lado, DEVEM PERMITIR QUE ELE SE TRATE
MAL. Assim, não devem tirá-lo dos seus apertos. Não devem, por exemplo, cobrir seus cheques sem
fundo. Sua esposa não deve telefonar ao seu chefe para dizer que o marido “está gripado”. Não deve
nem evitar que ele perca seu emprego por causa de suas bebedeiras. Não deve evitar que seja preso.
Deve começar imediatamente aprender a viver sem os ganhos dele, porque amanhã, fatalmente, ele
não estará ganhando mais. E não devem permitir que ele viva à custa dos outros. Se não seguirem
estes conselhos, estarão adiando o dia em que ele procurará solucionar seu caso. Tudo isto porque ele
só vai querer parar de beber quando ele sentir na alma as consequências de suas bebedeiras.
Em São Paulo, os Grupos Familiares Al-Anon mantém um Serviço de Informação (1) na:
Rua Capitão Salomão, 40 – 8º andar, Sala 803.
Fone: 228-7425; Cx. Postal 2304
CEP 01051 – São Paulo-SP
Se você for o empregador
Tão logo note os sinais do alcoolismo (ausências frequentes nas segundas feiras: o
nervosismo e a irritabilidade; o cheiro de álcool quando estiver por perto; as “fugidinhas” do
escritório “para sair a comprar cigarros”, a toda hora, etc.), tome logo uma medida. Trate-o como
trataria qualquer outro empregado doente, julgando-o pelo seu trabalho e não pelo aspecto “moral”
do problema. Conte-lhe o que aprendeu a respeito da doença, ou entregue-lhe um exemplar deste
folheto. Mande-o fazer um exame médico e encaminhe-o a um grupo de Alcoólicos Anônimos. Se
notar que se está esforçando sinceramente para deixar a bebida (nem que recaia nela uma ou duas
vezes) siga incentivando-o. Porém, se se mostrar desinteressado em procurar a ajuda dos outros, e se
seguir, por consequência, negando suas responsabilidades no emprego, demita-o. A crise que passará
poderá salvar sua vida.
Se você for o alcoólatra
Fatalmente chegará, se seguir bebendo, ao ponto de precisar de um tratamento físico para a
desintoxicação do seu organismo. Na maioria dos casos, o tratamento médico reconstitui o corpo do
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alcoólatra em menos de uma semana, embora os casos mais graves possam requer uma internação
mais prolongada num sanatório.
Estes tratamentos, de forma alguma, poderão ser considerados “curas”. Porém, podem ser de
grande valor na preparação física e mental do alcoólatra, para que ele compreenda e dote um
programa de recuperação como o de Alcoólicos Anônimos.
Tratamento da Aversão
Este tratamento geralmente consiste em dar ao paciente uma droga que produz uma náusea
violenta em conjunto com qualquer bebida alcoólica. Pode produzir uma aversão forte ao cheiro, ao
sabor e até à vista da bebida, especialmente aquela usada no tratamento. Sendo perigoso, o
tratamento só deve ser feito sob os cuidados de um médico.
Infelizmente, porém, a aversão não perdura e, eventualmente, esvanece por completo. Varia
de pessoa para pessoa, e – a não ser que ela já tenha procurado, neste interim, uma solução definitiva
– acabará voltando à bebida.
Tratamento Psiquiátrico
O diagnóstico psiquiátrico é valioso em qualquer caso suspeito de alcoolismo. Muitas vezes o
psiquiatra pode distinguir entre o alcoolismo e alguma outra desordem emocional que requeira um
tratamento diferente. No caso de ser diagnosticado o alcoolismo, o tratamento psiquiátrico poderá
ajudar o paciente a reconhecer a necessidade de solucionar o problema, e a decidir qual o caminho de
recuperação mais adequado.
Alcoólicos Anônimos
No Congresso Internacional de Alcoolismo, realizado em setembro de 1968 em Washington,
D.C. (EUA), e assistido por médicos do mundo inteiro, o Presidente da Associação Médica
Americana, Dr. Dwight L. Wilbur, que presidiu a conferência, se dirigiu aos colegas de sua profissão
com estas palavras:
“De todas as organizações, profissionais e não profissionais, que lidam com a
doença do alcoolismo, nenhuma tem mostrado o êxito de Alcoólicos Anônimos”
Pessoas de todas as idades, desde 17 até 50 anos, dos mais pobres aos mais aristocratas, de
todas as profissões e ocupações e de ambos os sexos, se recuperaram do alcoolismo e voltaram a uma
vida feliz e produtiva com a ajuda desta Irmandade mundialmente conhecida.
Alcoólicos Anônimos tem um só propósito do qual não se desvia e ao qual são dirigidos
todos os esforços dos membros. É uma Irmandade de alcoólatras, e somente de alcoólatras, unidos
voluntariamente a fim de se ajudarem mutuamente, e de ajudar a outros a conseguir e manter uma
sobriedade serena.
O único requisito para pertencer a A.A. é ter o sincero desejo de abandonar a bebida. Não
cobram nada, pois consideram seus esforços em benefício dos outros, necessários para conseguir
suas próprias recuperações. Os membros não pagam mensalidades, e A.A. não aceita a ajuda
financeira de fora. A Irmandade sem mantém com as contribuições voluntárias dos próprios
membros.
Nas reuniões informais de A.A., os participantes contam experiências próprias às vezes
dramáticas, às vezes tristes e humilhantes e às vezes engraçadíssimas. Não existe Diretoria em
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Alcoólicos Anônimos. Ninguém manda nesses grupos, pois reconhecem que o alcoólatra, no início
de sua recuperação, não tem a maturidade para aceitar imposições.
Alcoólicos Anônimos não está ligada a religião, partido político ou organização alguma. Não
deseja apoiar e nem combater qualquer causa. Nem mesmo combate o álcool, reconhecendo que para
a maioria das pessoas, ele não faz mal. Não é uma associação antialcoólica.
Os membros de A.A. se dispõem a responder a qualquer convite da parte de médicos,
religiosos, assistentes sociais, diretores de pessoal da indústria, ou pessoas de outras entidades, para
discutir individualmente, ou proferir palestras em reuniões, sobre suas vidas como alcoólatras ativos,
e a solução que encontraram e que possa servir de auxilio aos que precisem. Visitam – a qualquer
hora e em qualquer lugar – a qualquer alcoólatra que deseja a ajuda deles, sempre que o próprio
alcoólatra solicite tal ajuda.
Para entrar em contato com Alcoólicos Anônimos em São Paulo (2), basta escrever para
Alcoólicos Anônimos, Caixa Postal 9008, São Paulo Capital. Ou, então, telefonar para 227-5601 ou
228-3804.
(Fim da Transcrição)
N.T. (1): O endereço atual (2015) é:
Rua Antônio de Godoi, 20 – 5º andar,
Caixa Postal 658, CEP 01031-970
Fone: (11) 3331 8799
São Paulo-SP
N.T. (2): Em 2015, a maneira mais rápida e imediata para obter informação, é ligando para
(0xx11) 3315 9333, uma Linha de Ajuda (Plantão Telefônico) com atendimento
24 horas por dia, todos os dias do ano. É um serviço criado pelo Setor “A” da Área
4 – SP, realizado por membros de A.A. voluntários.
No Apêndice II desta apostila (página 78), você poderá ver os endereços das Áreas
e Setores do Estado de São Paulo.
Também pode acessar http://www.alcoolicosanonimos.org.br/ e entrar e “Fale
Conosco” http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/fale-conosco/assuntosdiversos um serviço do Escritório de Serviços Gerais de Alcoólicos anônimos do
Brasil - ESG, cujo endereço é:
Alcoólicos Anônimos do Brasil
Av. Senador Queiroz, 101
2º Andar – Cj. 205
São Paulo - SP - CEP 01026-001
Caixa Postal 580 - CEP 01031-970
Tel.: 55 11 3229 3611/3313/3395
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APÊNDICE II
Áreas, Setores, Distritos e Grupos no Estado de São Paulo em abril de 2015
Totais no Brasil: 39 Áreas, 82 ESLs, 86 Setores, 567 Distritos, 4978 Grupos.
Totais em São Paulo: 6 Áreas, 9 ESLs, 3 Setores, 60 Distritos, 489 Grupos.
Para se informar sobre endereços e horários de Reuniões dos Grupos, ligue para a Linha de Ajuda
(Plantão Telefônico) (0xx11)
3315 9333 (24 horas), ou acesse:
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/localizar-grupo-por-estado-cidade
Área 4 (Assim renomeada pela 34ª CSG-2010, a partir da antiga Área do Estado
de São Paulo)
Formada pelos Setores “A” - Região Norte e Leste da Capital e Grande São
Paulo, “G” – Baixada Santista, e “J” – Araçatuba e Região.
ESL-Sede: Av. Paes de Barros, 3466, Mooca, CEP 03149-000, São Paulo-SP.
Tel.: (11) 3315 8424; 3315 9333 – Atendimento 24 horas.
[email protected] www.aaspsp.org.br
Situação em Abril/2015: 3 ESLs, 3 Setores, 22 Distritos, 187 Grupos.
Setor “A”
Região Norte e Leste da Capital e Grande São Paulo
ESL-Sede: Av. Paes de Barros, 3466, Mooca, CEP 03149-000, São Paulo-SP
Tel.: (11) 3313 2240; 3315 9333 – Atendimento 24 horas.
[email protected] [email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 14 Distritos, 126 Grupos.
Distrito A1
Cidade/Região
Grupo
Cidade/Região
Pari
Belém
Brás
Grupo
São Paulo (Leste)
Vila Gomes Cardim
São Paulo (Leste)
Gasômetro
Vila Rica
Mooca
Distrito A2
São Paulo (Centro)
Cambuci
Jardim Maria Estela
São Paulo (Sul)
São Paulo (Sul)
Aclimação
Noel
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Heliópolis
Santa Cruz
São Paulo (Sul)
São Paulo (Sul)
Ipiranga
Vila Liviero
Distrito A3
São Paulo (Norte)
Dez de Junho
São Paulo (Norte)
Jaçanã
Salete
Tucuruvi
Mandaqui
Vila Gustavo
São Paulo (Norte)
São Paulo (Norte)
Parada Inglesa
Vila Maria
Parque Novo Mundo
Vila Medeiros
Distrito A4
Diadema
Quinta Tradição
Diadema
Piraporinha
São Bernardo do C.
Farina
São Bernardo do C.
Rudge Ramos
São Bernardo
Ferrazópolis
Nova Gerty
São Caetano do Sul
Primeira Tradição
São Caetano
Distrito A5
Barro Branco
Primeiro de Maio
Guaianazes
São Paulo (Leste)
Tiradentes
São Paulo (Leste)
Itaquera
XV de Fevereiro
Prestes Maia
Distrito A6
Alto Alegre
Nova Visão
Anchieta
Vila Flávia
São Paulo (Leste)
São Paulo (Leste)
Aricanduva
Vila Formosa
Jardim Iguatemi
IV Centenário
Jardim Pedra Branca
Distrito A7
Aceitação
Guarulhos
Ponte Grande
Guarulhos
Brilhante
Renascer dos Pimentas
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Cumbica
Sereno
Gopoúva
Guarulhos
Vila Barros
Guarulhos
Oito de Dezembro
São João
Paraíso
Distrito A8
A Caminho da Luz
Engenheiro Goulart
Buenos Aires
Jardim Penha
São Paulo (Leste)
São Paulo (Leste)
Cangaíba
Jardim Verônia
Cidade Patriarca
Rosário
Distrito A9
F. de Vasconcelos
Ferraz
Itaquaquecetuba
Itaquá
Poá
Vinte e Um de Abril
Rainha da Paz
Suzano
Hei de Vencer
Mogi das Cruzes
Jardim Universo
Seis de Abril
Santa Isabel
Cruzeiro
Unidos para Vencer
Distrito A10
Avante
Reviver
Esperança
São Lucas
Fazenda da Juta
Sapopemba
I.V.G.
Solidário
São Paulo (Leste)
São Paulo (Leste)
Jardim Santo André
Vencedores
Nascente
Vida Nova
Pq. Santa Madalena
Vila Diva
Renascer
Vila Prudente
Distrito A11
Maracanã
Santana
São Paulo (Norte)
São Paulo (Norte)
Nossa S. de Fátima
Vila Brasilândia
Distrito A12
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Campos Elíseos
São Paulo (Centro)
São Paulo (Centro)
Central
Consolação
Girassol
São Paulo (Oeste)
São Paulo
Recomeçar
Distrito A13
Mauá
Mauá
Parque das Nações
Boa Vontade
Santo André
Ribeirão Pires
Ribeirão Pires
Santo André
Terceira Tradição
Rio Grande da Serra
Rio Grande da Serra
Vila Linda
Santo André
Dez de Março
Vila Luzita
Distrito A14
Itaim Paulista
Parque Guarani
Lageado
Paz
São Paulo (Leste)
São Paulo (Leste)
Luz
São Miguel Paulista
Monte Santo
Setor “G”
Região da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira
ESL: Praça José Bonifácio, 59, S/N 3º Andar, Salas 12 e 13 - Centro
CEP 11013-190 Santos-SP
Fones: (13) 3235 5301 / 9133 2543
[email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 4 Distritos, 39 Grupos.
Distrito G1
Cidade
Grupo
Cidade
Grupo
Cubatão
Marapé
São Francisco de Assis
Poder Superior
Cubatão
Aparecida
Primavera
Santos
Comunitário
Redenção
Doze Passos
São Jorge
Fraternidade
Terceira Tradição
Santos
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Distrito G2
Bertioga
Senhor dos Passos
Indaiá
Boa Esperança
Vicente de Carvalho
Guarujá
Ilha de Santo Amaro
Vila Santa Rosa
Itapema
Vila Zilda
Guarujá
Quero Viver
Distrito G3
Conselheiro
Primeiro Passo
Força de Viver
Redentor
São Vicente
São Vicente
Humaitá
Salvador
Mensageiro
Quarentenário
Distrito G4
Ilha Comprida
Ilha Comprida
Mongaguá
Prosperidade
Mongaguá
Levar Adiante
Itanhaém
Peruíbe
Serenidade
Peruíbe
Distrito G5
Curva do “S”
Ocian
Praia Grande
Praia Grande
Doze Tradições
Praia Grande
Setor “J”
Região de Araçatuba
ESL: R. Joaquim Nabuco, 180 - Centro
CEP 16010-020 Araçatuba - SP
Fones: 18 -3621 5399
[email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 4 Distritos, 22 Grupos.
Distrito 19
Cidade
Dracena
Grupo
Cidade
Unidos
Grupo
Alegria, Amizade e Ação
Tupi Paulista
Presidente Prudente
Maristela
Tupi Paulista
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Distrito 20
Araçatuba
Quero viver
Auriflama
Esperança
Bem Estar
Dracena
Dracena
Viver Sóbrio
Birigui
Arabiris
De Bem com a Vida
Glicério
Nova Esperança
Ezequiel Barbosa
Ilha Solteira
Ilha Solteira
Araçatuba
Distrito 43
Catanduva
Fraternidade
Fernandópolis
Encontro da Paz
S. José do Rio Preto
Rio Preto
Distrito 50
Lins
Penápolis
Penapolense
Vida Nova
Promissão
Promissor
Lins
Penápolis
Ouro Verde
Área 29
Homologada pela 36ª CSG-2012
Formada pelos antigos Setores “B” – Campinas, “F” – Piracicaba e “L” –
Tatuí, da Área do Estado de São Paulo.
ESL-Sede: Rua Doutor Osvaldo Anhert, 537 Vila Manoel Ferreira
CEP13034-195, Campinas-SP
Fones: (19) 3234-8088 / 3203-0883
[email protected] [email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 11 Distritos, 88 Grupos.
1º Distrito
Cidade
Cosmópolis
Grupo
Santa Fé
Cidade
Valinhos
Gratidão
Grupo
Renascença
Salva Vida
Hortolândia
Jardim Amanda
Paulínia
Vinhedo
Menfis
Paulínia
2º Distrito
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Indaiatuba
Itu
Indaiá
Ituano
Cidade Nova
Jardim Das Nações
Salto
Itu
Nova Vida
Unidos Saltense
Rancho Grande
3º Distrito
Apiaí
Boa Vontade
Buri
Boa Vontade
Itapeva
Itapeva
4º Distrito
Capivari
Capivari
Piracicamirim
Piracicaba
Independência
Jaraguá
Santa Terezinha
Universitário
Piracicaba
São Pedro
Jupiá
São Pedro
Piracicaba
5º Distrito
Campo Limpo
Paulista
Campo Limpo
Itatiba
Para Todos
Jundiaí
Aliança
Jundiaí
Jundiaí
Progresso
Várzea Paulista
Várzea Paulista
6º Distrito
Amparo
Gaivota
Mogi Guaçu
Renascer
Esp. Santo do Pinhal
Reencontro
Mogi Mirim
Queremos Viver
Itapira
Viva a Vida
Poços de Caldas
Mão Amiga
Jaguariúna
O Caminho
St. Antônio de Posse
Fonte de Vida
Mão Amiga
Serra Negra
Serra Negra
Mogi Guaçu
Quero Viver
8º Distrito
Atibaia
Mairiporã
Mairiporã
Bragança Paulista
Nazaré Paulista
Nazaré Paulista
Atibaia
Página 89 de 108
Caetetuba
Piracaia
Piracaia
Esperança
Extrema
Recuperação
Jarinu
Jarinu
Vargem
Vargem
Joanópolis
Joanópolis
Bragança Paulista
9º Distrito
Além Linha
Central Sorocabano
Sorocaba
Bom Jesus
Santa Rita
Sorocaba
Central do Éden
Votorantim
Votorantim
Central Parque
10º Distrito
Boituva
Boituvense
Porto Feliz
Renascer
Capela do Alto
Capela do Alto
Tatuí
Tatuí
Cerquilho
Unidos Venceremos
Tietê
Tietê
Itapetininga
Atenas do Sul
11º Distrito
Americana
Nova Odessa
Salva Vidas
Mão Amiga
Santa Bárbara do
Oeste
Santa Barbara
Paz e Amor
Sumaré
Sumaré
Americana
Sta. Bárbara do Oeste Renascer
12º Distrito
Campinas
Andorinha
Futuro Feliz
Beija-Flor
Lumem
Campinas
Luz do Meio Dia
Campo Grande
Campinas
Nova Europa
Cantão
Nova Vida
Central
Salva Vidas
Condor
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Área 30
Homologada pela 36ª CSG-2012
Formada pelo antigo Setor “C” – Taubaté e Região, da Área do Estado de
São Paulo.
ESL-Sede: Rua José Vicente de Barros, 336 - Vila N. S. das Graças
CEP 12061-000 Taubaté-SP
Fones: (12) 3621-3611
[email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 5 Distritos, 40Grupos.
1º Distrito
Cidade
Grupo
Cidade
Menino Jesus
Caçapava
Grupo
Vivência
Taubaté
Primeiro Passo
São Francisco de Assis
Nova Esperança
Ubatuba
Aeroporto
Inativo
Reviver de Ubatuba
Taubaté
Crisol
2º Distrito
Cachoeira Paulista
A Solução
Guaratinguetá
Nova Vida
Fraternidade
Aparecida
Padroeira
Renascer
Lorena
Um Por Todos
Cruzeiro
Guaratinguetá
Labor
3º Distrito
Libertação
São Judas Tadeu
São José dos Campos
Paraíso
Satélite
Jacareí
Salvador
Unidos Do Parque
Santa Branca
Santa Cecília
São José dos Campos
Boa Vontade
Consciência Coletiva
4º Distrito
Caraguá
Caraguatatuba
Santana
São José dos Campos
Sobriedade
São José
Página 91 de 108
Paraibuna
Nova Vida
Tesouro
São José dos Campos
Luz Divina
Vila Nova Conceição
São José dos Campos
Novo Horizonte
5º Distrito
Liberdade
Serra da Mantiqueira
Pindamonhangaba
Pindamonhangaba
Luz do Araretama
Sétimo Passo
Novos Amigos
Área 31
Homologada pela 36ª CSG-2012
Formada pelo antigo Setor “D” – Pirassununga e Região e uma parcela do
antigo Setor “I” – Franca e Região, da Área do Estado de São Paulo.
ESL-Sede: R. Sete de Setembro, 297 - Centro
CEP 13631-068 - Pirassununga-SP
Fones: (19) 3561-3625 (19) 9.9973-9677
[email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 7 Distritos, 49 Grupos.
1º Distrito - Pirassununga
Cidade
Grupo
Cidade
Grupo
Ararense
Pirassununga
Padre Gusmão
Pirapora
Porto Ferreira
Vida Nova
Araras
Descalvado
Liberdade
Renascer
Tambaú
Leme
Lemense
Tambaú
2º Distrito – Araraquara e Região
Américo Brasiliense
Americano
Central
Araraquara
Cidade Alta
São Sebastião
São Carlos
Vila Prado
Viva Vida
Santana
3º Distrito – São João da Boa Vista e Região
Página 92 de 108
Águas da Prata
Prata
Casa Branca
Casa Branca
Poços de Caldas
Ponto de Apoio
Alvorada
S. João da Boa Vista
Crepúsculo
Novo Horizonte
Vargem Grande do
Sul
Vargem Grande
4º Distrito – Mococa e Região
Mococa
Mococa
S. José do Rio Pardo
São José
Esperança
Vargem Grande do
Sul
Unidos Venceremos
S. José do Rio Pardo
Progresso
5º Distrito – Guaxupé e Região
Cabo Verde - MG
Esperança
Guaxupé -MG
Guaxupé
Nova Rezende - MG
Vinte e Três de Agosto
Unidos Venceremos
Muzambinho - MG
Monte Belo - MG
Viva Feliz
Lar Feliz
6º Distrito – Franca e Região
Esperança
Paulista
Francano
Franca
Renascer
Franca
Liberdade
Roselândia
Mensageiro
União
7º Distrito – Limeira e Região
Artur Nogueira
São Cristóvão
Esperança Em Viver
Limeira
Viva a Vida
Boa Vista
Limeira
Central
Rio Claro
Boa Vontade
Quero Viver
Santa Gertrudes
União
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Área 32
Homologada pela 37ª CSG-2013
Formada pelo antigo Setor “H” - Região Sul e Oeste da Capital e Grande
São Paulo, da Área do Estado de São Paulo.
ESL-Sede: Rua Albion, 230, Lapa, CEP 05077-130, São Paulo-SP
Tel.: (11) 3315 0040, 3315 0216, 3607 2716.
[email protected]
Situação em Abril/2015: 1 ESL, 9 Distritos, 73 Grupos.
Distrito 1
Cidade
Francisco Morato
Grupo
Cidade
Grupo
Francisco Morato
Lapa
Franco da Rocha
Mangalot
Franco da Rocha
Pardinha
Mente Aberta
São Paulo (Oeste)
Barra Funda
Nova Lapa
Convivência
Perdizes
Cruz das Almas
Recanto do Paraíso
São Paulo (Oeste)
Itaberaba
Distrito 2
Avenidas
Jardim
Bonfiglioli
São Paulo (Oeste)
Morumbi
São Paulo (Sudoeste)
Brooklin
São Luiz
Caxingui
Distrito 3
Itapecerica da Serra
Santo Amaro
Itapecerica da Serra
Venceremos
São Paulo (Sul)
Amor e Esperança
Tuparoquera
Viver Sóbrio
São Paulo (Sul)
De Bem com a Vida
Embu Guaçu
Taboão da Serra
Taboão da Serra
Nova Vida
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Distrito 4
Jabaquara
São Paulo (Sul)
Liberdade
Sagrada Família
São Paulo (Sul)
Moema
São Judas
Vila Santa Catarina
Distrito 5
Cocaia
São Paulo (Sul)
Interlagos
Jardim São Bernardo
São Paulo (Sul)
Jardim Iporã
Parelheiros
Veleiros
Distrito 6
Araçariguama
Luz do Vale
Esperança
Itapevi
Portão
Itapevi
Cotia
Recanto
Ibiúna
Mairinque
Ibiúna
Mairinque
Corações Unidos
São Roque
Junqueira
Distrito 7
São Paulo (Oeste)
Amor e Paz
São Paulo da Cruz
Osasco
Cristo Operário
Valor da Vida
Osasco
Luz da Pira
Distrito 8
São Paulo (Sul)
Campo Grande
São Paulo (Sul)
Cupecê
Nova Esperança
Hispanoamérica
São Paulo (Sul)
Jardim Pedreira
Sabará
São Paulo (Sul)
Ilha Bela
Vila Joaniza
Jardim Miriam
Vila Missionária
Distrito 9
Barueri
Só Por Hoje
Jandira
Nova Vida
Carapicuíba
Aliança
Santana do Parnaíba
Luz e Vida
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Reviver
Santana do Parnaíba
Serenidade
Carapicuíba
União
Área 36
Homologada pela 38ª CSG-2014
Formada pelo antigo Setor “E” - Região de Jaú e uma parcela do antigo
Setor “I” – Franca e Região, da Área do Estado de São Paulo.
ESL-Sede:
Rua Visconde do Rio Branco, 1300, Centro
CEP17201-080, Jaú-SP
Tel.: (14) 3626-7303
[email protected]
ESL Ribeirão Preto:
R. Sete de Setembro, 251 Centro - Setor Central
CEP 14010-180 Ribeirão Preto - SP
Te.: (16) 3010-7161
[email protected]
Situação em Abril/2015: 2 ESLs, 6 Distritos, 52 Grupos.
Distrito 1
Cidade
Barra Bonita
Grupo
Cidade
Itapuí
Barra Bonita
Caminhos da Vida
Grupo
Itapuí
Jaú
Bauru
Jaú
Cruzeiro do Sul
Botucatu
Renascer
Ibitinga
Vida
Igaraçu do Tietê
Igaraçu do Tietê
Nova Vida
Unidos de Jaú
Pederneiras
Pederneiras
Distrito 2
Águas de Santa
Barbara
Águas de Sta. Barbara
Manduri
Manduri
Avaré
Avaré
Ourinhos
Paranapanema
Bernardino de
Campos
Vida Nova
Ribeirão Claro-PR
Liberdade
Cerqueira César
Novos Caminhos
Santa Cruz do Rio
Pardo
Santa Cruz
Página 96 de 108
Chavantes
Chavantes
Ipaussu
Ipaussu
São Pedro do Turvo
Nova Vida
Distrito 3
Garça
Garça
Guadalupe
Marília
Esperança
Marília
Fênix
Marília
Vida Nova
Flor De Liz
Distrito 4
Arandu
Arandu
Piraju
Piraju
Avaré
Boa Esperança
Itaí
Reviver
Distrito 5
Dois Córregos
Amizade
Santa Maria da Serra
Esperança
Brotas
Unidos de Brotas
Torrinha
Viver Feliz
Itirapina
Renascer
Distrito 6
Batatais
Batataense
Batatais
Vida Nova
Brodowski
Passo a Passo
12 de Julho
Ribeirão Preto
24 Horas
Tradições
Ribeirão Preto
União
Unidos Venceremos
São Joaquim da
Barra
São Sebastião do
Paraíso
Orlandino
Paraisense
Esperança
São Simão
São Simão
Reviver
Sertãozinho
Alternativa de vida
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Escritórios de Serviços Locais de A.A. (ESLs), no Estado de
São Paulo - em abril de 2015
• Para ver a localização geográfica dos Escritórios ascese:
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/escritorios-de-a-a-esl
ESL - CAMPINAS
Rua Doutor Osvaldo Anhert, 537,
Vila Manoel Ferreira
13034-195 Campinas - SP
Ponto de referência:
Atrás do prédio da Claro
Telefone: (19) 3234-8088
[email protected]
ESL - PIRASSUNUNGA
R. Sete de Setembro, 297, Centro
13631-068 Pirassununga - SP
Ponto de referência: Próximo ao
Supermercado Covabra
Local de funcionamento:
Junto ao Grupo Padre Gusmão
Telefone: (19) 3561-3625
[email protected]
ESL - CAPITAL
Av. Paes de Barros, 3466, 2º andar,
Mooca
03149-000 São Paulo - SP
Ponto de referência: próximo a
Estação
Vila Prudente do Metrô
Telefone: (11) 3315-9333 3315-8424
[email protected]
ESL - RIBEIRÃO PRETO
R. Sete de Setembro, 251, Centro,
Setor Central
14010-180 Ribeirão Preto - SP
Telefone: (16) 3010-7161
[email protected]
ESL - REGIÃO SUL E OESTE DA
CAPITAL E GRANDE SÃO PAULO
Rua Albion, 230, Lapa
05077-130 São Paulo - SP
Telefone: (11) 3315-0216 3315-0040
[email protected]
ESL - TAUBATÉ
R. José Vicente de Barros, 336,
Vila N. S. das Graças
12061-000 Taubaté - SP
Telefone: (12) 3621-3611
[email protected]
ESL - JAÚ
Rua Visconde do Rio Branco, 1300,
Centro
17201-080 Jaú - SP
Telefone: (14) 3626-7303
[email protected]
ESL - BAIXADA SANTISTA
Praça José Bonifácio, 59 S/N, 3º andar,
Salas 12 e 13, Centro
11013-190 Santos - SP
Tel.: (13) 3235 5301 – 9133 2543
[email protected]
ESL - ARAÇATUBA
R. Joaquim Nabuco, 180, Centro
16010-020 Araçatuba - SP
Telefone: (18) 3621 5399
[email protected]
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Presença de A.A. em Municípios do Estado de São Paulo em abril de 2015
Total de Municípios no Estado de São Paulo em abril de 2015: 645
• A.A. está presente em 172 Municípios do Estado de São Paulo (abaixo, entre parênteses, o
número de Grupos presentes em cada um destes Municípios).
• O 5º Distrito da Área 31 – Pirassununga e Região - é composto por Grupos dos Municípios
de Cabo Verde, Guaxupé, Monte Belo, Nova Rezende e Muzambinho – todos eles no Estado
de Minas Gerais e não aparecem na relação abaixo.
• O Grupo Liberdade do Distrito 2 da Área 36, fica no Município de Ribeirão Claro no Estado
do Paraná e não aparece na relação abaixo.
• Para ver a localização geográfica e saber os horários de reunião dos Grupos destes
Municípios, ascese:
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/localizar-grupo-por-estado-cidade
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Águas da Prata (1)
• Prata – D3, A31
Águas de Santa Bárbara (1)
• Águas de Santa Barbara – D2, A36
Americana (2)
• Americana – D11, A29
• Mão Amiga – D11, A29
Américo Brasiliense (1)
• Americano – D2, A31
Amparo (1)
• Gaivota – D6, A29
Aparecida (1)
• Padroeira – D2, A30
Apiaí (1)
• Boa Vontade – D3, A29
Araçariguama (1)
• Luz do Vale – D6, A32
Araçatuba (5)
• Quero Viver – Setor J, D20, A4
• Bem Estar – Setor J, D20, A4
• De Bem Com a Vida – Setor J, D20,
A4
• Ezequiel Barbosa – Setor J, D20,
A4
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
• Viver Sóbrio – Setor J, D20, A4
Arandu (1)
• Arandu – D4, A36
Araraquara (3)
• Central – D2, A31
• Cidade Alta – D2, A31
• Santana– D2, A31
Araras (2)
• Ararense – D1, A31
• Pirapora – D1, A31
Artur Nogueira (1)
• Esperança em Viver – D7, A31
Atibaia (2)
• Atibaia – D8, A29
• Caetetuba – D8, A29
Auriflama (1)
• Esperança– Setor J, D20, A4
Avaré (2)
• Avaré – D2, A36
• Boa Esperança – D4, A36
Barra Bonita (1)
• Barra Bonita – D1, A36
Barueri (1)
• Só Por Hoje – D9, A32
Página 99 de 108
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
Batatais (2)
• Batataense – D6, A36
• Vida Nova – D6, A36
Bauru (2)
• Caminhos da Vida – D1, A36
• Cruzeiro do Sul – D1, A36
Bernardino de Campos (1)
• Vida Nova – D2, A36
Bertioga (1)
• Indaiá – Str. G, G2, A4
Birigui (1)
• Arabiris – Setor J, D20, A4
Boituva (1)
• Boituvense – D10, A29
Botucatu (1)
• Renascer – D1, A36
Bragança Paulista (2)
• Bragança Paulista – D8, A29
• Esperança – D8, A29
Brodowski (1)
• Passo a Passo – D6, A36
Brotas (1)
• Unidos de Brotas – D5, A36
Buri (1)
• Boa Vontade – D3, A29
Caçapava (3)
• Primeiro Passo – D1, A36
• Menino Jesus – D1, A36
• S. Francisco de Assis – D1, A36
Cachoeira Paulista (1)
• Solução – D2, A30
Campinas (13)
• Andorinha – D12, A29
• Beija-Flor – D12, A29
• Campinas– D12, A29
• Campo Grande – D12, A29
• Cantão – D12, A29
• Central – D12, A29
• Condor – D12, A29
• Futuro Feliz – D12, A29
• Lúmen – D12, A29
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
• Luz do Meio Dia – D12, A29
• Nova Europa – D12, A29
• Nova Vida – D12, A29
• Salva Vidas – D12, A29
Campo Limpo Paulista (1)
• Campo Limpo – D5, A29
Capela do Alto (1)
• Capela do Alto – D10, A29
Capivari (1)
• Capivari – D4, A29
Caraguatatuba (2)
• Caraguá – D4, A30
• Sobriedade – D4, A30
Carapicuíba (3)
• Aliança – D9, A32
• Reviver – D9, A32
• União – D9, A32
Casa Branca (1)
• Casa Branca – D3, A31
Catanduva (1)
• Fraternidade – Setor J, D43, A4
Cerqueira César (1)
• Novos Caminhos – D2, A36
Cerquilho (1)
• Unidos Venceremos – D10, A29
Chavantes (1)
• Chavantes – D2, A36
Cosmópolis (1)
• Santa Fé – D1, A29
Cotia (2)
• Portão – D6, A32
• Recanto – D6, A32
Cruzeiro (2)
• Fraternidade – D2, A30
• Renascer – D2, A30
Cubatão (2)
• Cubatão – Setor G, G1, A4
• São Francisco de Assis – Setor G,
G1, A4
Descalvado (1)
• Liberdade – D1, A31
Página 100 de 108
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
Diadema (2)
• Diadema – Setor A, A4, A4
• Piraporinha – Setor A, A4, A4
Dois Córregos (1)
• Amizade – D5, A36
Dracena (2)
• Dracena – Setor J, D20, A4
• Unidos – Setor J, D19, A4
Embu-Guaçu (1)
• Nova Vida – D3, A32
Espírito Santo do Pinhal (1)
• Reencontro – D6, A29
Extrema (1)
• Recuperação D6, A29
Fernandópolis (1)
• Encontro da Paz – Setor J, D43, A4
Ferraz de Vasconcelos (1)
• Ferraz – Setor A, A9, A4
Franca (8)
• Esperança – D6, A31
• Francano – D6, A31
• Liberdade – D6, A31
• Mensageiro – D6, A31
• Paulista – D6, A31
• Renascer – D6, A31
• Roselândia – D6, A31
• União – D6, A31
Francisco Morato (1)
• Francisco Morato – D1, A32
Franco da Rocha (2)
• Franco da Rocha – D1, A32
• Paradinha – D1, A32
Garça (1)
• Garça – D3, A36
Glicério (1)
• Nova Esperança – Setor J, D20, A4
Guaratinguetá (2)
• Labor – D2, A30
• Nova Vida – D2, A30
Guarujá (8)
• Boa Esperança – Setor G, G2, A4
• Ilha de Santo Amaro – Setor G, G2,
A4
• Itapema – Setor G, G2, A4
• Quero Viver – Setor G, G2, A4
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
• Senhor dos Passos – Setor G, G2,
A4
• Vicente de Carvalho – Setor G, G2,
A4
• Vila Santa Rosa – Setor G, G2, A4
• Vila Zilda Natel – Setor G, G2, A4
Guarulhos (11)
• Aceitação – Setor A, A7, A4
• Brilhante – Setor A, A7, A4
• Cumbica – Setor A, A7, A4
• Gopoúva – Setor A, A7, A4
• Jardim São João – Setor A, A7, A4
• Oito de Dezembro – Setor A, A7,
A4
• Paraíso – Setor A, A7, A4
• Ponte Grande – Setor A, A7, A4
• Renascer dos Pimentas – Setor A,
A7, A4
• Sereno – Setor A, A7, A4
• Vila Barros – Setor A, DA7, A4
Hortolândia (2)
• Gratidão D1, A29
• Jardim Amanda D1, A29
Ibitinga (1)
• Vida – D1, A36
Ibiúna (1)
• Ibiúna – D6, A32
Igaraçu do Tietê (1)
• Igaraçu do Tietê – D1, A36
Ilha Solteira (1)
• Ilha Solteira – Setor J, D20, A4
Indaiatuba (1)
• Indaiá – D2, A4
Ipaussu (1)
• Ipaussu – D2, A36
Itaí (1)
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72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
• Reviver – D4, A36
Itanhaém (2)
• Prosperidade – Setor G, G4, A4
• Serenidade – Setor G, G4, A4
Itapecerica da Serra (2)
• Itapecerica da Serra – D3, A32
• Venceremos – D3, A32
Itapetininga (1)
• Atenas do Sul – D10, A29
Itapeva (1)
• Itapeva – D3, A29
Itapevi (2)
• Esperança – D6, A32
• Itapevi – D6, A32
Itapira (1)
• Viva a Vida – D6, A29
Itapuí (1)
• Itapuí – D1, A36
Itaquaquecetuba (1)
• Itaquá – Setor A, DA9, A4
Itatiba (1)
• Para Todos – D5, A29
Itirapina (1)
• Renascer – D5, A36
Itu (4)
• Cidade Nova – D2, A29
• Ituano – D2, A29
• Nova Vida – D2, A29
• Rancho Grande – D2, A29
Jacareí (4)
• Libertação – D3, A30
• Paraíso – D3, A30
• Salvador – D3, A30
• Santa Cecília – D3, A30
Jaguariúna (1)
• O Caminho – D6A29
Jandira (1)
• Nova Vida – D9, A32
Jarinu (1)
• Jarinu – D8, A29
87.
88.
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96.
97.
98.
99.
Jaú (3)
• Jaú – D1, A36
• Nova Vida – D1, A36
• Unidos de Jaú – D1, A36
Joanópolis (1)
• Joanópolis – D8, A29
Jundiaí (3)
• Aliança – D5, A29
• Jundiaí – D5, A29
• Progresso – D5, A29
Leme (1)
• Lemense – D1, A31
Limeira (5)
• Boa Vista – D7, A31
• Central – D7, A31
• Quero Viver – D7, A31
• São Cristóvão – D7, A31
• Viva a Vida – D7, A31
Lins (2)
• Lins – Setor J, D50, A4
• Vida Nova – Setor J, D50, A4
Lorena (1)
• Um Por Todos – D2, A30
Mairinque (1)
• Mairinque – D6, A32
Mairiporã (1)29
• Mairiporã – D8, A29
Manduri (1)
• Manduri – D2, A36
Marília (6)
• Esperança – D3, A36
• Fénix – D3, A36
• Flor de Lis – D3, A36
• Guadalupe – D3, A36
• Marília – D3, A36
• Vida Nova – D3, A36
Mauá (1)
• Mauá – Setor A, DA13, A4
Mococa (1)
• Mococa – D4, A31
Página 102 de 108
100. Mogi
das Cruzes (3)
• Hei de Vencer – Setor A, DA9, A4
• Jardim Universo – Setor A, DA9,
A4
• Unidos para Vencer – Setor A,
DA9, A4
101. Mogi Guaçu (3)
• Mão Amiga – D6, A29
• Quero Viver – D6, A29
• Renascer – D6, A29
102. Mogi Mirim (1) 29
• Queremos Viver – D6, A29
103. Mongaguá (2)
• Independência - Setor G, G4, A4
• Mongaguá - Setor G, G4, A4
104. Nazaré Paulista (1)
• Nazaré Paulista – D8, A29
105. Nova Odessa (1)
• Paz e Amor – D11, A29
106. Orlândia (1)
• Orlandino – D6, A36
107. Osasco (4)
• Cristo Operário – D7, A32
• Luz da Oira – D7, A32
• São Paulo da Cruz – D7, A32
• Valor da Vida– D7, A32
108. Ourinhos (1)
• Paranapanema D2, A36
109. Paraibuna (1)
• Nova Vida – D4, A30
110. Paulínia (1)
• Paulínia – D1, A29
111. Pederneiras (1)
• Pederneiras – D1, A36
112. Penápolis (2)
• Ouro Verde – Setor J, D50, A4
• Penapolense – Setor J, D50, A4
113. Peruíbe (2)
• Levar Adiante – Setor G, G4, A4
• Peruíbe – Setor G, G4, A4
114. Pindamonhangaba
(6)
• Liberdade – D5, A30
• Luz do Araretama – D5, A30
• Novos Amigos– D5, A30
• Princesa do Norte – D5, A30
• Serra da Mantiqueira – D5, A30
• Sétimo Passo – D5, A30
115. Piracaia (1)
• Piracaia – D8, A29
116. Piracicaba (7)
• Independência – D4, A29
• Jaraguá – D4, A29
• Jupiá – D4, A29
• Piracicaba – D4, A29
• Piracicamirim – D4, A29
• Santa Terezinha – D4, A29
• Universitário – D4, A29
117. Piraju (1)
• Piraju – D4, A36
118. Pirassununga (1)
• Padre Gusmão – D1, A31
119. Poá (1)
• 21 de Abril – Setor A, DA9, A4
120. Poços de Caldas (2)
• Mão Amiga - D6, A29
• Ponto de Apoio – D3, A31
121. Porto Feliz (1)
• Renascer – D10, A29
122. Porto Ferreira (1)
• Vida Nova – D1, A31
123. Praia Grande (4)
• Curva do “S” – Setor G, G4, A4
• Doze Tradições – Setor G, G4, A4
• Ocian – Setor G, G4, A4
• Praia Grande – Setor G, G4, A4
124. Presidente Prudente (1)
• Maristela – Setor J, D19, A4
125. Promissão (1)
• Promissor – Setor J, D50, A4
126. Ribeirão Pires (1)
• Ribeirão Pires – Setor A, DA13, A4
Página 103 de 108
127. Ribeirão
Preto (7)
• Esperança – D6, A36
• 12 de Julho – D6, A36
• Reviver– D6, A36
• Tradições – D6, A36
• União – D6, A36
• Unidos Venceremos – D6, A36
• 24 Horas – D6, A36
128. Rio Claro (1)
• Boa Vontade – D7, A31
129. Salto (2)
• Jardim das Nações – D2, A29
• Unidos Saltense – D2, A29
130. Santa Bárbara D'Oeste (3)
• Renascer – D11, A29
• Salva Vidas – D11, A29
• Santa Bárbara – D11, A29
131. Santa Branca (1)
• Boa Vontade – D3, A30
132. Santa Cruz do Rio Pardo (1)
• Santa Cruz – D2, A36
133. Santa Gertrudes (1)
• União – D7, A31
134. Santa Isabel (1)
• Cruzeiro – Setor A, DA9, A4
135. Santa Maria da Serra (1)
• Esperança – D5, A36
136. Santana de Parnaíba (2)
• Luz e Vida – D9, A32
• Serenidade – D9, A32
137. Santo André (6)
• 10 de Março – Setor A, DA13, A4
• Parque das Nações– Setor A, DA13,
A4
• Santo André – Setor A, DA13, A4
• Terceira Tradição – Setor A, DA13,
A4
• Vila Linda – Setor A, DA13, A4
• Vila Luzita – Setor A, DA13, A4
138. Santo Antônio de Posse (1)
• Fonte de Vida – D6, A29
139. Santos
(10)
• Aparecida – Setor G, G1, A4
• Comunitário – Setor G, G1, A4
• Fraternidade - Setor G, G1, A4
• Doze Passos – Setor G, G1, A4
• Marapé – Setor G, G1, A4
• Poder Superior – Setor G, G1, A4
• Primavera – Setor G, G1, A4
• Redenção – Setor G, G1, A4
• São Jorge – Setor G, G1, A4
• Terceira Tradição – Setor G, G1, A4
140. São Bernardo do Campo (6)
• Farina – Setor A, DA4, A4
• Ferrazópolis – Setor A, DA4, A4
• Primeira Tradição – Setor A, DA4,
A4
• Quinta Tradição – Setor A, DA4,
A4
• Rudge Ramos – Setor A, DA4, A4
• São Bernardo – Setor A, DA4, A4
141. São Caetano do Sul (2)
• Nova Gerty – Setor A, DA4, A4
• São Caetano – Setor A, DA4, A4
142. São Carlos (3)
• São Sebastião – D2, A31
• Vila Prado – D2, A31
• Viva Vida – D2, A31
143. São João da Boa Vista (3)
• Alvorada – D3, A31
• Crepúsculo – D3, A31
• Novo Horizonte – D3, A31
144. São José do Rio Pardo (3)
• Esperança – D4, A31
• Progresso – D4, A31
• São José – D4, A31
145. São José do Rio Preto (1)
• Rio Preto – Setor J, D43, A4
146. São José dos Campos (10)
• Consciência Coletiva – D4, A30
• Luz Divina – D4, A30
• Novo Horizonte – D4, A30
Página 104 de 108
• Santana – D4, A30
• São José – D4, A30
• S. Judas Tadeu – D3, A30
• Satélite – D3, A30
• Tesouro – D4, A30
• Unidos do Parque – D3, A30
• V. Nova Conceição – D4, A30
147. São Paulo (Capital) (133)
Grande Centro (11)
• Avenidas – D2, A32
• Barra Funda – D1, A32
• Cambuci – Setor A, DA2, A4
• Campos Elíseos – Setor A, DA12,
A4
• Central – Setor A, DA12, A4
• Consolação– Setor A, DA12, A4
• Jardim – D2, A32
• Liberdade – D4, A32
• São Luiz – D2, A32
• São Paulo - Setor A, DA12, A4
• Vila Monumento – Setor A, DA2,
A4
Zona Norte (18)
• 10 de Junho– Setor A, DA3, A4
• Cruz das Almas – D1, A32
• Itaberaba – D1, A32
• Jaçanã – Setor A, DA3, A4
• Mandaqui – Setor A, DA3, A4
• Maracanã – Setor A, DA11, A4
• Mente Aberta – D1, A32
• Nossa Senhora de Fátima – Setor A,
DA11, A4
• Parada Inglesa – Setor A, DA3, A4
• Parque Novo Mundo – Setor A,
DA3, A4
• Salette – Setor A, DA3, A4
• Tucuruvi – Setor A, DA11, A4
• Vila Brasilândia – Setor A, DA11,
A4
• Vila Gustavo – Setor A, DA3, A4
• Vila Maria – Setor A, DA3, A4
• Vila Medeiros – Setor A, DA3, A4
Zona Leste I (35)
• A Caminho da Luz – Setor A, DA8,
A4
• Anchieta– Setor A, DA6, A4
• Aricanduva – Setor A, DA6, A4
• Avante – Setor A, DA10, A4
• Belém – Setor A, DA1, A4
• Brás – Setor A, DA1, A4
• Buenos Aires – Setor A, DA8, A4
• Cangaíba – Setor A, DA8, A4
• Cidade Patriarca – Setor A, DA8, A4
• Engenheiro Goulart – Setor A, DA8,
A4
• Esperança – Setor A, DA10, A4
• Fazenda da Juta – Setor A, DA10,
A4
• Gasômetro – Setor A, DA1, A4
• I.V.G. – Setor A, DA10, A4
• IV Centenário – Setor A, DA6, A4
• Jardim Penha – Setor A, DA8, A4
• Jardim Verônia – Setor A, DA8, A4
• Mooca – Setor A, DA1, A4
• Nascente – Setor A, DA6, A4
• Nova Visão – Setor A, DA6, A4
• Pari – Setor A, DA1, A4
• Parque Santa Madalena – Setor A,
DA10, A4
• Renascer – Setor A, DA10, A4
• Reviver – Setor A, DA10, A4
• Rosário – Setor A, DA8, A4
• São Lucas – Setor A, DA10, A4
• Sapopemba – Setor A, DA10, A4
• Vencedores – Setor A, DA10, A4
• Vida Nova – Setor A, DA10, A4
• Vila Diva – Setor A, DA10, A4
• Vila Formosa – Setor A, DA6, A4
• Vila Gomes Cardim – Setor A, DA1,
A4
• Vila Prudente – Setor A, DA10, A4
• Vila Rica – Setor A, DA1, A4
Página 105 de 108
Zona Leste II (19)
• Alto Alegre – Setor A, DA6, A4
• Barro Branco – Setor A, DA5, A4
• Guaianazes – Setor A, DA5, A4
• Itaim Paulista – Setor A, DA14, A4
• Itaquera – Setor A, DA5, A4
• Jardim Iguatemi – Setor A, DA6, A4
• Jardim Santo André – Setor A,
DA10, A4
• Lageado – Setor A, DA14, A4
• Luz – Setor A, DA14, A4
• Monte Santo – Setor A, DA14, A4
• Parque Guarani – Setor A, DA14,
A4
• Paz – Setor A, DA14, A4
• Prestes Maia – Setor A, DA5, A4
• Primeiro de Maio – Setor A, DA5,
A4
• São Miguel Paulista – Setor A,
DA14, A4
• Solidário – Setor A, DA10, A4
• Tiradentes – Setor A, DA5, A4
• XV de Fevereiro – Setor A, DA5,
A4
• Jardim Pedra Branca – Setor A,
DA6, A4
Zona Sul (34)
• Aclimação – Setor A, DA2, A4
• Amor e Esperança – D3, A32
• Brooklin – D2, A32
• Campo Grande – D8, A32
• Chácara do Conde – D5, A32
• Cocaia – D5, A32
• Cupecê – D8, A32
• Heliópolis – Setor A, DA2, A4
• Hispanoamérica – D8, A32
• Ilha Bela – D8, A32
• Interlagos – D5, A32
• Ipiranga – Setor A, DA2, A4
• Jabaquara – D4, A32
• Jardim Iporã – D5, A32
• Jardim Maria Estela – Setor A, DA2,
A4
• Jardim Miriam – D8, A32
• Jardim Pedreira – D8, A32
• Jardim São Bernardo – D5, A32
• Moema – D4, A32
• Nova Esperança – D8, A32
• Parelheiros – D5, A32
• Sabará – D8, A32
• Sagrada Família – D4, A32
• Santa Cruz – Setor A, DA2, A4
• Santo Amaro – D3, A32
• São Judas – D4, A32
• Tabapuã – D2, A32
• Tuparoquera – D3, A32
• Veleiros – D5, A32
• Vila Joaniza – D8, A32
• Vila Liviero – Setor A, DA2, A4
• Vila Missionária – D8, A32
• Vila Santa Catarina – D4, A32
Zona Oeste (14)
• Amor e Paz – D7, A32
• Bonfiglioli – D2, A32
• Caxingui – D2, A32
• Convivência – D1, A32
• De Bem Com a Vida – D3, A32
• Girassol – Setor A, DA12, A4
• Lapa – D1, A32
• Mangalot – D1, A32
• Morumbi – D2, A32
• Nova Lapa – D1, A32
• Perdizes – D1, A32
• Recanto do Paraíso – D1, A32
• Reconstrutores de Vida – D3, A32
• Viver Sóbrio – D3, A32
148. São Pedro (1)
• São Pedro – D4, A29
149. São Pedro do Turvo (1)
• Nova Vida – D2, A36
150. São Roque (2)
• Corações Unidos – D6, A32
Página 106 de 108
• Junqueira – D6, A32
151. São Sebastião do Paraíso (1)
• Paraisense – D6, A36
152. São Simão (1)36
• São Simão – D6, A36
153. São Vicente (8)
• Conselheiro – Setor G, G3, A4
• Força de Viver – Setor G, G3, A4
• Humaitá – Setor G, G3, A4
• Mensageiro – Setor G, G3, A4
• Primeiro Passo – Setor G, G3, A4
• Quarentenário – Setor G, G3, A4
• Redentor – Setor G, G3, A4
• Salvador – Setor G, G3, A4
154. Serra Negra (1)
• Serra Negra – D6, A29
155. Sertãozinho (1)
• Alternativa de Vida – D6, A36
156. Sorocaba (6)
• Além Linha – D9, A29
• Bom Jesus – D9, A29
• Central do Éden – D9, A29
• Central Parque – D9, A29
• Central Sorocabano – D9, A29
• Santa Rita – D9, A29
157. Sumaré (1)
• Sumaré – D11, A29
158. Suzano (2)
• Rainha da Paz – Setor A, DA9, A4
• 6 de Abril – Setor A, DA9, A4
159. Taboão da Serra (1)
• Taboão da Serra – D3, A32
160. Tambaú
(2)
• Renascer – D1, A31
• Tambaú – D1, A31
161. Tatuí (1)
• Tatuí – D10, A29
162. Taubaté (5)
• Aeroporto – D1, A30
• Crisol – D1, A30
• Inativo – D1, A30
• Nova Esperança – D1, A30
• Vivência – D1, A30
163. Tietê (1)
• Tietê - D10, A29
164. Torrinha (1)
• Viver Feliz – D5, A36
165. Tupi Paulista (2)
• Alegria, Amizade e Ação – Setor J,
D19, A4
• Tupi Paulista – Setor J, D19, A4
166. Ubatuba (1)
• Reviver – D1, A30
167. Valinhos (2)
• Renascença – D1, A29
168. Vargem (1)
• Vargem – D8, A29
169. Vargem Grande do Sul (2)
• Unidos Venceremos – D3, A31
• Vargem Grande – D3, A31
170. Várzea Paulista (1)
• Várzea Paulista – D5, A29
171. Vinhedo (1)
• Menfis – D1, A29
172. Votorantim (1)
• Votorantim – D9, A29
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Bibliografia e Arquivos Eletrônicos
• O Dr. Bob e os Bons Veteranos, A.A. Atinge a Maioridade, Livro Azul, Doze
Passos e Doze Tradições.
• Apostila, “As origens de A.A. no Brasil”, escrita por Luiz M. (1929-1992),
membro do Grupo Central do Brasil, no rio de Janeiro. Este Grupo fica na Rua
Prof. Clementino Fraga Filho, nº 22, Igreja de Santana, Caixa Postal : 16.070 CEP : 20.221 – Rio de Janeiro – RJ, e lá poderão ser obtidas maiores
informações a respeito desse valioso trabalho histórico.
• Material dos arquivos pessoais de Sonia Mª, e Donald M.
• Hemeroteca dos Arquivos Históricos da Junaab
• Livreto do VIII Encontro de A.A. do Estado de São Paulo – 1993
• Livreto do X Encontro de A.A. do Estado de São Paulo – 1999
• Arquivos pessoais do transcritor
• Entre mais de uma centena na internet:
http://www.aa.org/lang/sp/subpage.cfm?page=288
www.aa.org / www.aa-areasp.org.br / aa-photos / www.ourspecial.net.
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/index.php/grupos
www.aa.org/pages/es_ES/historical-data-the-birth-of...
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