Underxmag.com - Revista Mergulho

Transcrição

Underxmag.com - Revista Mergulho
Março / Abril 2011
Ano II
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09
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Underwater Expedition Magazine
Papua Nova Guiné
Exótica e Intocada
Mergulho Militar
Navy Seals
Portfolio
Erin Quigley
Expedição Ilha Coiba - Panamá
Pernambuco - Desvendando os Naufrágios de Serrambi
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Underwater Expedition Magazine
UNDERWATER EXPEDITION
Por Fernando Clark
Tubarão-baleia - Recife Naufrágio Taurus
Chromodoris dianae
por liquidkingdom
Orange
por liquidkingdom
Dirty Dancing
por Marcello Di Francesco
Top 10 janeiro / fevereiro de 2011
Rollercoaster !!!
por Marcello Di Francesco
Lemon shark (B&W)
por AlKok
UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
IMG_6271
por P.Cremone
Manta Ray
por Antoni Emchowicz
Nudi Star
por oktay_calisir
Top 10 janeiro / fevereiro de 2011
Perspective
por Lopresti Davide
Pulmose anemone
por Aqua-photos.com
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Underwater Expedition Magazine
Presidente e Editor: Ernani Paciornik
Vice-Presidente: Denise Godoy
[email protected]
Vice-Presidente executiva: Silvana Cassol
Redação
Diretor de Produto:
Alcides Falanghe
[email protected]
Editor-chefe: Kadu Pinheiro
[email protected]
Editor de Arte: Kadu Pinheiro
[email protected]
Revisão: Daniela Maximo
Colaboraram nesta Edição: Kadu Pinheiro,
Daniela Maximo Breitbarg, Adriana Basques,
Cristian Dimitrius, Alexandre Vasconcelos, Erin
Quigley, Fernando Clarck.
Publicidade
gerente: Alcides Falanghe
[email protected]
14.
Papua Nova Guiné
54.
Expedição: Ilha Coiba - Panamá
86.
Novidades e Foto Sub
88.
Serrambi - Pernambuco
120.
Portfolio Erin Quigley
136.
Navy Seals
146.
Tubarão-baleia em Recife
156.
Equipamentos
164.
Sea Shepherd - Canal Aberto
168.
Humor - Chico Scuba
Endereço
Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064
10º andar - CEP 01451-000
São Paulo – SP – Tel.: (11) 2186-1000
Atendimento ao leitor
Kadu Pinheiro - [email protected]
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Março / Abril de 2011. Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel:
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não re­pre­sen­tam ne­ces­sa­ri­a­men­te a opi­ni­ão
da re­vis­ta.
e-mail [email protected]
Foto de capa:
Adriana Basques
Edição número - 09
Março / Abril de 2011
Kadu Pinheiro por Carolina Peçanha
Nessa edição, matéria fantástica de um destino pra lá de
selvagem: Papua Nova Guiné, por nossa nova colaboradora Adriana Basques, que mandou direto na terra dos Pigmeus e canibais fotos de tirar o folego.
Uma matéria completa feita a quatro mãos da Ilha Coiba
no pacífico panamenho, destino que promete. A primeira
expedição feita em 2009 na companiha de Eric Cheng e
outras celebridades do mergulho internacional registrando
em primeira mão as belezas dessa ilha perdida, e agora
numa segunda expedição, o cinegrafista Cristian Dimitrius
registrou em vídeo o que já tínhamos visto em fotos, veja
também no site da underxmag o vídeo da expedição.
Uma matéria sobre a região de Serrambi em Pernambuco
revela os segredos e mistérios de seus naufrágios
Um começo de ano com uma vitória contra a caça ilegal de baleias, os navios da Sea Shepherd colocaram os
baleieiros japoneses para correr das águas protegidas do
santuario antártico.
Nossos sentimentos pela perda de Agnes Mikowla famosa exploradora que perdeu sua vida em uma caverna da
Austrália.
Contínuamos na luta pela preservação do meio ambiente
Águas claras e boa leitura
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Kadu Pinheiro
Editor
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Papua Nova Guiné
Exótica e Intocada
Por Adriana Basques
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Papua Nova Guiné, PNG para os íntimos, é um desses lugares
que a gente custa a acreditar que ainda existe. Tem uma das
culturas mais primitivas do mundo, onde as guerras tribais ainda
acontecem e a vida mudou muito pouco nos últimos séculos.
Pouco conhecida pela maioria das pessoas, é um paraiso exótico e ainda intocado, tanto em terra quanto no mar.
Localizada na Oceania, ao Norte da Austrália, divide com Irian
Jaya (West Papua), a segunda maior ilha do planeta.
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Papua Nova Guiné
por Adriana Basques
Triângulo de Corais
PNG é banhada pelo Mar de Corais, Bismark e Salomão e
faz parte do que é conhecido como Triângulo de Corais,
que também inclui parte da Malasia, Leste da Indonésia,
Filipinas e Timor Leste.
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Papua Nova Guiné
por Adriana Basques
O Triângulo de Corais é considerado o centro da biodiversidade marinha tropical.
Segundo o Coral Triangle Center, organização que estuda e busca a proteção do
Triangulo de Corais, esta região cobre 5.7 milhoes Km2 e abriga pelo menos 600
espécies de corais, o que equivale a 75% de todas as espécies conhecidas pela
ciência, e mais de 3 000 espécies de peixes, que representa pelo menos duas vezes mais espécies que o Mar Vermelho e cinco vezes a diversidade do Caribe.
Em 2006, ONU declarou partes do Triângulo de Corais como os mais saudáveis mares do planeta.
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Água morna e mergulho para todo gosto
A temperatura da água pode variar de 260C em algumas partes do Mar de Corais a
310C no Mar de Bismark, mas a média é em torno de 30oC. Ótimo para os mergulhadores, mas preocupante para o meio ambiente, já que claramente a temperatura
vem subindo, como resultado do aquecimento global.
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por Adriana Basques
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As opções são diversas,
com todo tipo de recifes de
corais, muck dive, seagrass
e para os amantes de naufrágios, vale um capítulo a
parte!
Os corais são saudáveis e
de várias espécies.
Encontros com grandes pelágicos, criaturas bizarras e
miniaturas, como o cavalo
-marinho-pigmeu, são frequentes e abundantes.
Navios, submarinos, aviões,
tanques de guerra e até
motocicletas da 2a Guerra, somam-se a outros navios que foram afundados
intencionalmente e agora
são os novos lares dos seres
marinhos.
Embora ainda pouco explorado por mergulhadores, PNG oferece
uma quantidade razoável de resorts de mergulho e liveaboards.
Os principais destinos são:
Kimbe bay, com águas tranquilas e um maravilhoso cenário marinho.
Rabaul é onde a maioria dos naufrágios da 2a Guerra estão. Vários
foram cobertos por erupções vulcânicas e alguns estão a profundidades além do limite do mergulho recreacional, mas outros tantos são
acessíveis.
Em Kavieng, a corrente é quase que constante, o que traz grande
quantidade de pelágicos. Arraias, atuns, barracudas, tubarões-galhaprateada e grande quantidade de peixes.
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Tufi serviu como base americana durante a 2a Guerra e ainda é possivel mergulhar em dois naufrágios remanescentes.
Port Moresby tem pontos de mergulho bem próximos da cidade e facilmente acessíveis por vários barcos que fazem a operação.
Eastern Fields é apenas acessível por liveaboard durante dois a três
meses por ano. Uma quantidade enorme de peixes, cardumes de
atuns, jacks, barracudas, gigantescas garoupas-batata, tubarões-galha-branca, prateada e de recife. Muitas espécies diferentes de corais
duro e algums pontos com gorgônias incrivelmente grandes.
Milme bay tem corais espetaculares e também um incrível muck dive.
Várias espécies bizarras e raras são encontradas ali, como o hairy roboust ghost pipefish rosa e laranja. O raro pipehorse pigmeu, rinopias e
nudibrânquios endêmicos.
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Nuvem de vagalumes
Em um dos inúmeros naufrágios, o Pacific Gas, que foi afundado perto de Port Moresby, acontece um espetáculo bem
diferente.
O mergulho é noturno, pouco depois do pôr do sol. Descemos pela corda sem nenhuma luz. Escuro total! A corda nos
leva à proa do navio, a cerca de 18 metros de profundidade.
Os olhos aos poucos se ajustam à escuridão e é até possível
ver a sombra do cardume de “bat fish” que nos acompanha
curiosos.
No meio da escuridão, uma centena de pequenos pontos
de luz se acende a cada movimento. É a bioluminescência
potencializada pela falta de luz.
Depois de alguns minutos aguardando, chega enfim o momento tão esperado. Saindo de uma abertura na proa do
navio, uma enorme nuvem do que pareciam vagalumes gigantes com luzes verde-neon. Em um breve intervalo de cerca de cinco segundos, me aventurei a colocar a cabeça na
abertura, olhando dentro do naufrágio. Era uma festa! Várias luzes circulando de um lado para outro antes de começarem a nova procissão para a saída. O show durou apenas
15 min, mas foi o suficiente para arrancar várias interjeições
de espanto e encantamento. Os protagonistas são os flash
light fishes (Photoblepharon palpebratus), peixes de cerca
de 10 cm, que possuem um orgão luminoso em formato de
meia lua embaixo dos olhos. Na escuridão, os peixes ficam
invisíveis e só as luzes aparecem.
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Terra de gigantes
Em alguns lugares, como Eastern Fields, o encontro com
tubarões acontece em praticamente todo mergulho.
Se PNG é pouco conhecida, Eastern Fields é ainda menos. De acordo com o capitão Craig, único que navega nestas águas e quem indentificou e deu nome a todos os pontos de mergulho, não mais de 1 000 pessoas
já mergulharam por lá.
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Eastern Fields é um atol que fica ao norte do mar de corais, isolado
de todos os outros recifes. Uma abundância impressionante de corais
com um grande congestionamento de peixes, peixinhos e peixões.
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Um lugar se destaca, batizado de Carl’s Ultimate, um ponto especial com corais bem próximos da superfície, onde
milhares de anthias coloridas circulam. As paredes de corais descem a lugares bem mais profundos, onde o tamanho dos peixes também aumenta.
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Você pode chegar a Cebu via Hong Kong, Singapura ou Manila. Em Panagsama
você pode encontrar muitos centros de mergulho, restaurantes e bares.
Para quem não mergulha ou deseja diversificar as atividades subaquáticas, pode
ainda desfrutar da região visitando Kawasan Falls, fazer caminhadas na selva,
canyoning, mountain bike, e muito mais! Uma viagem inesquecível!
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A cerca de 28 metros de profundidade, numa pequena carvena
decorada com corais moles e gorgônias, vivem três garoupas-batata
muito bem alimentadas!
A maior delas, uma fêmea, normalmente expulsa as outras duas para
brincar sozinha com os mergulhadores. Sim, ela brinca! Na maioria
das vezes, ela estava tão perto da
câmera que era dificil fotografá-la
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Cidade das crinóides
Na língua Tawala, uma das mais de 800 faladas em PNG, Tawali significa recife.
Não podia ser mais apropriado.
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Chegar lá é difícil. Depois de um voo de Port Moresby a Alotau, mais uma hora e
meia de ônibus pelas estradas de terra passando por pequenas vilas, entramos
num barco para mais 30 minutos até o hotel.
Vale a pena!
São vários pontos de mergulho e uma semana não é o
bastante para conhecer nem
os principais.
O muck dive de Milme Bay
está ficando famoso e não
sem razão, pois várias espécies raras e exóticas podem
ser vistas por lá.
Se quiser manter a lente macro na câmera, não faltará
assunto.
Cavalos-marinhos
-pigmeus, pequenos camarões, pipehorse pigmeu, peixes-mandadim se acasalando todas as noites no recife
bem a frente do hotel, num
mergulho que pode ser feito
diretamente do pier.
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Se grande angular é sua
praia, ótimo! Corais espetaculares e gigantescas gorgônias dão fotos belissimas.
Chama atenção a quantidade e variedade dos crinóides.
Tanto que um dos pontos de
mergulho recebeu o nome
de Cidade dos Crinóides.
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De volta ao hotel, do balcão
que debruça sobre o mar, não
é raro assitir móbulas saltando, e durante a noite, flashlight fishes iluminam a baía.
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George, a barracuda
Umas das vantagens de fazer um liveaboard é a possibilidade de mergulhar em lugares mais remotos.
Em Kimbe Bay, no ponto de mergulho chamado Recife
de Leslie, George está sempre pronto para assustar os
mergulhadores desavisados.
O susto é apenas pela aparência e tamanho dessa
grande barracuda. Ele está tão acostumado com os
mergulhadores que se aproxima sem nenhuma timidez,
disposto a fazer novos amigos.
Ele divide a área com milhares de fusiliers e é frequentemente visitado por tubarões-galha-prateada e dogthooth atuns.
Se preferir ficar em terra, uma boa opção é o Walindi,
que também é a base de saída para o liveaboard FeBrina (em 2011, o Star Dancer que também operava em
Kimbe Bay, vai operar apenas em Milme Bay).
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Sing sing e as aves do paraiso
As atrações em terra são igualmente impressionantes. Apenas 18%
da população de cerca de cinco milhões de habitantes vive em
áreas consideradas urbanas. O que vemos da janela do avião
quando sobrevoamos o país, são florestas intermináveis. Eventualmente uma casinha aqui e outra ali.
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As tribos mais remotas ainda cultivam suas tradições de dança
(sing sing), iniciações e artes. Estas tradições também podem
ser vistas nos vários festivais ao
longo do ano. Entre agosto e setembro, acontecem nas montanhas (os famosos highlands de
PNG), alguns dos principais festivais de cultura da Papua, como
os de Monte Hagen e Goroka.
Observação de pássaros é outra
das grandes atrações de PNG.
Com mais de 700 espécies de
aves, a ave do paraíso é sem
dúvida a maior estrela. Existem
vários passeios para observar
os pássaros em diversas localidades do país. Alguns deles são
trekings longos para pessoas experientes.
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Canibais
No dia antes de iniciarmos os voos de volta, fizémos um passeio pelas proximidades
do resort em Milme Bay. Depois de um banho de cachoeira, caminhamos pelas pequenas trilhas onde as pontiagudas pedras
calcárias não intimidavam nosso guia, que
caminhou o tempo todo descalso, como fazem os locais.
Chegamos na primeira caverna onde impressionantes formações de estalactites cobrem o teto. No centro da carvena, uma
pilha de crânios humanos, alguns já cobertos pela água e calcário que gotejam sobre
elas há tantos anos. Cerca de 100 deles na
primeira caverna e mais outras centenas na
segunda caverna que visitamos, um pouco
acima da primeira.
Quando perguntei sobre o que faziam com
resto do corpo, Henry respondeu com naturalidade: eles comiam!
Na verdade, existem duas teorias: a primeira, mais dramática, é que os crânios eram
guardados como troféus das guerras tribais.
Como o canibalismo era (dizem que ainda
é em tribos muito remotas) uma prática comum, os corpos eram possivelmente comidos e os ossos colocados em outro lugar.
Outra versao é que são crânios de pessoas
importantes da tribo. Quando estas pessoas
morriam, elas eram enterradas em pé com
um pote de cerâmica na cabeça. Quando
o crânio se separava do resto do esqueleto,
era levado para a caverna.
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Mudanças a vista
Deste 2009, com a descoberta de grandes reservas de gás natural, PNG e principalmente Port Moresby, vêm passando por
transformações significativas. Port Moresby tem recebido uma
quantidade enorme de investimentos e a cidade toda é agora
um canteiro de obras. A população parece animada com a
chegada dos estrangeiros e do dinheiro.
Desenvolvimento é bem vindo, mas gera sempre uma dúvida
sobre sua sustentabilidade e principalmente o potencial impacto a cultura e ao meio ambiente.
Agora é esperar para ver, e torcer para que eles consigam seguir no caminho certo.
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Uma visita a PNG é mais que uma viagem, é uma verdadeira experiência
cultural e um passeio ao passado.
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Expedição Ilha Coiba - Panamá
por Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
Esta matéria foi feita a quatro mãos, unindo
duas expedições feitas por mim em 2009 e pelo
amigo e cinegrafista submarino Cristian Dimitrius no final de 2010, unindo as duas opções
existentes para explorar este magnífico lugar.
Pode-se explorar a ilha a partir da base dos
Rangers mergulhando ao seu redor ou navegando para os pontos mais distantes como Isla
Montuosa e Hannibal Banks a bordo de um liveaboard.
Um dos mais dinâmicos e preservados ecossistemas marinhos do nosso planeta. A qualquer
momento, em qualquer mergulho, é possível
encontrar abundância e diversidade de vida
marinha, de tubarões-baleia ao exótico e camuflado frog fish.
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O Parque Nacional Coiba foi tombado
como Património Mundial da UNESCO em
2000. As ilhas vizinhas do Golfo de Chiriquí,
Ilhas Secas, Montuosa e Isla Ladrones, oferecem algumas das melhores opções de
aventuras e explorações de mergulho no
mundo, uma região com um vasto potencial ainda inexplorado.
Nesta região da costa do Pacífico do Panamá, a plataforma continental é estreita
e bem delimitada. A ilha está muito perto
de um abismo oceânico, o que propicia
condições de mergulho de mar aberto,
com ocorrência de grandes pelágicos e
cardumes de peixes de diversas espécies.
É influenciada por cinco grandes correntes
oceânicas e localizada em um dos pontos
do planeta mais ricos em nutrientes, o Pacífico Oriental”.
O corredor do Pacífico Oriental inclui as
ilhas do Parque Nacional Coiba, Panamá,
Ilha Coco na Costa Rica, Malpelo na Colômbia e as Ilhas Galápagos do Equador.
Estas ilhas são os cumes de uma extensa
cadeia montanhosa submersa, que forma uma rodovia entre as ilhas do Pacífico
Oriental.
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Coiba - Panamá
Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
As ilhas vulcânicas de Coíba, do Parque Nacional e do Golfo
de Chiriquí são pedras angulares para a reprodução de muitas espécies marinhas, suas águas são muito ricas em nutrientes. As frequentes mudanças na visibilidade, salinidade e alterações constantes na temperatura superficial do mar, tornam
este lugar um dos ambientes marinhos mais hostis do planeta.
Coíba possui o segundo maior recife de coral do Pacífico
Oriental, onde correntes nas áreas expostas são comuns. A
visibilidade lateral fica na média de 20 metros dependendo
da localização. A temperatura na superfície da água do mar
é amena o ano todo, mas a termoclina que ocorre nas maiores profundidades varia ao longo do ano e pode reduzir a
temperatura da água em vários graus. Essa configuração é
responsável por trazer vários pelágicos, grandes cardumes e
uma vasta biodiversidade para suas águas.
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Possui um ambiente marinho extremamente dinâmico composto por mais de 760 espécies de peixes, 33 espécies de tubarões, incluindo o galha-branca-de-recife, tubarão-martelo,
tubarão-de-galápagos, cabeça-chata, tubarão-tigre, tubarão-baleia, o diferente tubarão-guitarra e grande variedade
de arraias como mantas, móbulas e devil rays. Algumas espécies formam cardumes gigantes como a spotted eagle ray e
golden rays. Existem áreas protegidas para a reprodução de
quatro espécies de tartarugas marinhas, incluindo a tartaruga-gigante-do-Pacífico.
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Uma grande variedade de mamíferos marinhos, incluindo várias espécies de
golfinhos, baleias-piloto, orcas, fin, brydes e sperm whales. Baleias-jubarte podem ser vistas na área durante o ano todo. Melhores meses para avistamento
vai de maio a outubro. Seu canto pode ser ouvido enquanto mergulhamos ao
redor do parque.
Grandes cardumes de predadores como barracudas, valetes e snappers podem ser observados, juntamente com uma grande variedade de peixes recifais.
As paisagens vulcânicas submarinas são adornadas com uma abundância de
corais duros e moles e esponjas, criando um habitat para uma incrível variedade de vida, incluindo lagostas, caranguejos, polvos, diversos tipos de moreias,
estrelas-do-mar, blenios, stargazers, cavalos-marinhos, nudibrânquios, pipefish, e
algumas criaturas exóticas como o camarão arlequim e o frog fish.
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Coiba - Panamá
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Os dive sites variam de costões e praias calmas e rasas protegidos por belas
enseadas, a mergulhos no azul ao sabor da corrente, pináculos a mais de 40
metros de profundidade, vulcões submersos, estações de limpeza com grande
concentração de cardumes e predadores, enfim, mergulhos para todos os gostos e de todos os níveis.
Novos pontos de mergulho são frequentemente encontrados proporcionando
a oportunidade de explorar e descobrir lugares intocados. Na expedição de
2009 foram descobertos cinco novos pontos, próximos da ilha Montuosa.
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Coiba - Panamá
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Expedição
Dia 1 - Partimos da cidade do panamá rumo
a Ilha Coíba, foram três horas e meia de estradas esburacadas, ao longo da costa sul do Panamá, até Puerto Mutis, uma pequena vila de
pesca, onde duas pangas (botes) do Yemaya
II esperavam por nós. O canal é muito raso nessa região impossibilitando a entrada de barcos
maiores, especialmente na maré baixa.
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O M/V Yemaya II, é uma embarcação recém reformada totalmente preparada para operações de mergulho, com capacidade para 16 mergulhadores,
todas as instalações do barco são novas e bem equipadas, cabines com ar
condicionado central, ampla praça de equipagem, mesa de trabalho para
montagem de câmeras fotográficas e afins, diversos pontos de tomadas para
recarregar baterias e pilhas dos equipos, compressor de nitrox a bordo, dois botes de apoio com capacidade para 10 mergulhadores cada, um Zodiac e dois
caiaques oceânicos para uso nas enseadas e mangues.
Ao subirmos a bordo fomos brindados com uma recepção calorosa da tripulação, com direito a coquetel, quitutes e uma escolta de golfinhos que nos
acompanharam por quase meia hora rumo a ilha de Coiba. Durante as quatro
horas de navegação rumo a Coíba pudemos nos preparar com calma, saboreamos um delicioso almoço preparado pelo chefe Cubano Juan Carlos, montamos os equipos, câmeras, ajustes, tudo pronto para nosso check dive em “The
Church”, um lugar calmo e protegido, sem correntezas e pouca profundidade. Logo nos primeiros minutos de mergulho avistamos alguns tubarões-galhabranca-de- recife patrulhando o costão, além de móbulas, cardumes diversos,
barracudas, baiacus das mais variadas cores; pintados, amarelos e azulados:
um bom começo!
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Coiba - Panamá
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Jantar magnífico com direito a lagostas e muita animação em nossa primeira
noite, onde tivemos a oportunidade de conhecer melhor nossa equipe internacional composta de três americanos: James Moskito (especialista em tubarões), Heidi Connal e Eric Cheng (Wetpixel magazine), dois brasileiros: Marcelo
(Squallo) e Kadu Pinheiro, cinco franceses: Frederick (fotógrafo e colaborador
de diversas revistas francesas), Louis Michel (uma fiel cópia de Jacques Cousteau), Laetitia Scuiller (jornalista e fotógrafa da Plonge Magazine), Maëlle (videomaker e representante de uma operadora de turismo Francesa), e Pierre
(fotógrafo). Jesus (diretor da Abando travel, uma das maiores operadoras de
turismo subaquático da espanha), o vídeomaker Andrea, também proprietário
de uma grande operadora Italiana e Jono fotógrafo australiano, que mora nos
Estados Unidos e é proprietário de uma operadora de mergulho, e por fim, nosso anfitrião Otmar Hanser, um alemão casado com uma cubana, proprietário
da Coíba Expedition. Uma equipe composta de mergulhadores experientes e
bem equipados para registrar nossa aventura de todos os ângulos possíveis.
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Os Mergulhos:
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O melhor mergulho do dia foi em um
dive site chamado La Viuda (A Viúva),
um pináculo com forte correnteza e
uma sopa turva de nutrientes, abaixo
dos 15 metros a água é esverdeada,
sinistra e “bem convidativa”. No topo
do pináculo, a uma profundidade de
mais ou menos 37 metros uma congregação de moreias de diversas espécies nos aguardavam ansiosas e bem
ativas; verdes gigantes, pintadas e de
chifre, todas fora das tocas e passeando pelo topo da formação de forma
bem natural, não parecendo se importar com nossa presença, além de vários
cardumes de jacks. Um clima bem misterioso; sombras de grandes cardumes
se deslocavam ao redor do platô, e a
todo instante siluetas recortavam nosso campo de visão. Alguns integrantes
de nosso grupo avistaram um tubarãotigre na cortina de suspensão ao redor
do pináculo.
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Após o almoço decidimos fazer uma exploração na ilha. O capitão solicitou uma autorização aos guardas do presídio para que
pudéssemos desembarcar e visitar as antigas
instalações da colônia penal, hoje desativada. A ilha permaneceu desabitada ao longo
de séculos, até que, em 1919 a Colônia Penal foi criada.
Com capacidade para 2 000 prisioneiros
que dedicavam seu tempo à agricultura e
pecuária, produzindo carne, arroz, frutas e
legumes em mais de 150 hectares de terra
preparadas para essa finalidade. Esta produção alimentava todos os presos do Panamá e também muitas crianças carentes
de escolas da região, Coiba era um presídio modelo naquela época.
Coiba - Panamá
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O período em que esteve ativo
guardava uma série de histórias macabras. As fugas eram
impossíveis, pois mar ao redor
da ilha era infestado de tubarões e crocodilos de água salgada. Muitas são “os causos“
de presos que tentaram fugir a
nado para outras ilhas vizinhas
e foram devorados em suas
primeiras braçadas rumo ao
oceano. Os guardas não faziam questão de impedir essas
tentativas sempre frustradas.
Por volta dos anos 70, a pesca
predatória dizimou boa parte
da população de tubarões ao
redor da ilha, somente dando
sinais de recuperação a alguns
anos. A prisão foi fechada em
junho de 2 000, e desde então
abriga apenas uma estação
de Rangers, que ainda cuidam
de três presos enviados para
lá por bom comportamento e
que hoje atuam como guias
de turismo no local. A ilha ainda possui um pequeno cemitério de presos, ruínas das celas
e das solitárias e uma pequena
capela da qual restam apenas
as paredes externas e seu crucifixo sobre a entrada.
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O clima é pesado nessas instalações, mas a natureza aos poucos vai tomando e
limpando a penumbra que repousa sobre esse pedaço de história da ilha. Esperamos que o restante dessa história possa ser escrita com a preservação da riqueza
e da beleza que a natureza oferece a seus atuais visitantes.
Retornando ao barco fomos para mais um mergulho noturno antes do jantar; mergulho cheio de intensa atividade. Levei vários sustos com alguns tubarões-galhasbrancas caçando no recife enquanto eu tentava fazer algumas fotos de suas possíveis refeições.
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Dia 02 – Às 6:00hs o Yemaya II
levantou âncora e rumamos
para a Isla Ranchero no Canal da Rancheria, onde fundeamos em uma enseada
pacífica entre Isla Jicaron e
Isla Jicarita.
Havia um catamarã ancorado e acho que acabamos
com seu sossego e tranquilidade pois em menos de uma
hora levantou âncora e rumou para outra direção.
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Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
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Fizemos imersões em mais um
ponto de forte corrente com
grandes cardumes de peixes de passagem. O segundo mergulho foi mais raso e
tranquilo em um divesite famoso pela ocorrência de tubarões-cabeça-chata, mas
só avistamos galhas-brancasde- recife e um galha-preta
de passagem, além de enormes cardumes, um pequeno
tubarão-guitarra e enormes
arraiais-prego
repousando
no fundo arenoso.
Dia 03 - Mais uma etapa em
nossa expedição. Levantamos âncora de madrugada
rumo a “lsla Contreras”.
Fundeamos o barco em outra enseada abrigada ao amanhecer, e iniciamos o processo de
montagem dos equipos para os mergulhos do
dia, dois mergulhos fantásticos pela manhã,
com a observação de um galha-preta. Após o
almoço fizemos uma reunião para decidirmos os
próximos passos da expedição que agora seguiria para Isla Montuosa, mais distante e isolada
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Coiba - Panamá
Dia 04 - Ilha Montusa
Apos uma navegação de
reconhecimento com os
botes do Yemaya II, escolhemos nosso primeiro
alvo do dia, uma pequena formação rochosa que
aflorava na superfície, e
segundo o sonar do barco estava bem abastecida de “pescados”. Dividimos a equipe de forma
a cobrir os dois lados da
formação. O planejado
era fazer um drift e ao final do mergulho soltar um
sinalizador de superfície,
para sermos recolhidos
pelo nosso bote. A ideia
era percorrer a maior distancia possível e esquadrinhar o fundo em busca
de formações promissoras. Logo ao cair na água
e iniciar minha descida fui
rodeado por um enorme
cardume de barracudas
que praticamente tampou o sol por alguns instantes: bom sinal! Seguimos a diante até a base
da formação a uns 20
metros de profundidade,
onde pequenos cânions
e tocas davam abrigo a
dezenas de galhas-brancas-de-recife. Belas formações de gorgônias e
Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
corais completavam a paisagem. Nosso mergulho seguinte teve um perfil bem semelhante – cardumes e peixes de
passagem em quantidade – uma explosão de vida e diversidade. Mesmo nos trechos de areião havia enormes
cardumes de passagem, que obstruíam a luz solar por breves instantes.
Kadu Pinheiro - Eric Cheng - Marcelo Rossi
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Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
Na parte da tarde fizemos um desembarque na ilha e encontramos um acampamento de pescadores bem próximo da praia.
Fomos recebidos com uma certa curiosidade e apreensão por
parte de nossos “companheiros” de mar. Ficamos na ilha até o
pôr do sol, um dos mais belos que já presenciei na minha vida.
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Dia 05 - Hannibal Banks
Durante a madrugada zarpamos
para Hannibal Banks, um mergulho
no azul numa das mais famosas zonas de pesca esportiva do Pacífico,
teoricamente o ponto alto da viagem. A expectativa era avistarmos
grande atividade de cardumes e
predadores na região. O mergulho
acontece sob a cratera de um vulcão submerso que forma um platô a
mais de 50 metros de profundidade
e que despenca centenas de metros em suas bordas.
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Foto: Cristian Dimitrius
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Todo um planejamento e preparação foram executados nesse mergulho: cabos de
segurança seriam fixados sobre o platô e faríamos um mergulho conectados por joinlines a esse cabo em dois diferentes pontos, distribuindo os mergulhadores em intervalos
pequenos para evitar enroscos no cabo. Ficaríamos ali a mais ou menos 30 metros de
profundidade ao sabor da correnteza e vendo a “vida” passar bem diante dos nossos
olhos, mas a “vida” é cheia de surpresas e o mar não respeita nossos petulantes planejamentos, tudo ocorreu como planejado: logística perfeita, equipe sincronizada e safa,
mas ... fizemos 50 minutos de apreciação do azul, sem termoclinas e sem correntes, o
que seria o agente catalizador da vida, ... apenas um azul profundo e silencioso. Após
o mergulho conversamos por rádio com alguns barcos de pesca que estavam próximos
e fomos informados de que a calmaria deveria perdurar por mais alguns dias, frustrante, mas acabamos decidindo não perder mais tempo e rumamos ainda a tarde para
as ilhas de Jicarita e Jicaron, onde teríamos mais chances de obter sucesso em nossas
imersões. Mais dois mergulhos ao entardecer e um noturno bem animado, cheio de
cardumes, polvos, galhas-brancas, moreias, lagostas, peixes-papagaio e uma explosão
de cor e atividade no recife.
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Foto: Cristian Dimitrius
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Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
Último dia
Mais três imersões com muita correnteza e muita vida. Os sempre presentes galhasbranca-de-recife, que apesar de serem facilmente avistados são ariscos e não permitem a aproximação de mergulhadores por mais de alguns instantes. Encontramos
um tubarão morto no fundo do recife e logo imaginamos que estaria sem suas barbatanas dorsais, o que felizmente não se confirmou, nada conclusivo mas nos deixou
pensativos. As ações dos guarda parques são ostensivas e frequentes mas os mesmos
possuem apenas botes lentos e de pouca autonomia para patrullhar uma vastidão.
Talvez o desenvolvimento do turismo sub na região traga mais investimento do governo para a manutenção e fiscalização do parque.
Fechamos o dia com mais um noturno. Abrimos a noite com um belo jantar de despedida, uma paeja espanhola com tempero cubano regada a vinho branco, muita
animação e descontração, um jantar de uma grande família em nossa última noite.
Realmente conquistamos bons amigos nesses dias!
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Foto: Cristian Dimitrius
De volta ao Panamá, fizemos um passeio para ver as comportas funcionando,
um tour pelo centro histórico e compras. No dia seguinte, um safári pelos lagos
do canal na região de Gamboa, onde a vida também pulsa nas suas margens;
jacarés, macacos, tartarugas, e uma infinidade de aves são um prato cheio para
belas fotos. Não esqueçam a teleobjetiva, uma 300mm quebra um tremendo
galho nessas horas.
Nas Ilhas e praias desertas, é possível desembarcar de caiaque ou pedir para o
zodiac te deixar na ilha e voltar pra te buscar mais tarde. Leve rede, lanche e
máquina fotográfica e brinque de náufrago; a sensação de paz é maravilhosa!
Centenas de caranguejos-ermitão povoam as praias, escondendo-se em suas
cascas ao menor sinal de aproximação. Pássaros, pequenos roedores, e toda
sorte de insetos habitam as ilhotas. Cuidado com incursões pela mata, existem
espécies de serpentes muito venenosas, além de aranhas e outras criaturas com
potencial perigo nas áreas mais densas da mata.
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Assista ao video no site da underxmag
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Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
Foto: Cristian Dimitrius
Cristian Dimitrius
Para realizar a expedição de 2010, Cristian contou com o apoio de Infinity
Sports, Adventure Travel e Scuba Coiba.
A expedição de 2009 foi feita com o
apoio da Squallo Dive Expedition e Coiba Dive Expeditions.
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Foto: Cristian Dimitrius
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Foto: Cristian Dimitrius
Clima e um pouco de história
Clima tropical úmido, temperatura média de 250C. Março é o mês mais quente,
com uma temperatura média de 32,50C, outubro é o melhor mês, com uma temperatura média de 220C.
Há duas estações distintas: a estação seca, de dezembro a meados de maio e a
úmida de junho a dezembro.
As ilhas na região são recobertas por uma extensa floresta tropical úmida e repleta de vida com espécies endêmicas, crocodilos americanos, jacarés, águias,
pássaros raros e cobras venenosas. Pesquisas revelam mais de 2 000 espécies de
plantas na região.
Diversos artefatos e objetos de antigas tribos foram encontradas perto dos rios e
grutas em Coiba. Haviam quatro tribos rivais de índios: Chiriquís, Varelas, Buricas e
Osas. Conhecidos como ferozes guerreiros e marinheiros, muitas são as lendas e
histórias dessas tribos.
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Coiba - Panamá
Cristian Dimitrius e Kadu Pinheiro
Bartolome Hurtado, o primeiro espanhol a visitar estas ilhas em 1516, descreveu os
índios como “de grande estatura e carregavam pesadas Ianças feitas com dentes de tubarão.
Em 1550 os índios foram praticamente exterminados pelos invasores espanhóis.
Ficando em terra:
Você também pode optar por fazer saídas diárias e fechar um pacote de três
noites com pernoites na estação dos guarda parques. A operadora Scuba Coiba realiza esta saída a partir de Santa Catalina. Ficando na ilha é possível relaxar
depois dos mergulhos em uma bela praia, emprestar caiaques ou fazer uma trilha
pela mata. A ilha é coberta por uma extensa floresta tropical, habitada por macacos, iguanas, diversas espécies de passáros, alguns endêmicas, e mais de 2 000
espécies de plantas. É possível até encontrar crocodilos americanos descansando em algumas praias da ilha. Cuidado!
Para os mais fissurados, o snorkeling também vale a pena. Facilmente encontramse tartarugas, tubarões-lixa e até raias-chita.
Independente da forma escolhida para explorá-lo, o parque provoca emoções
de contemplação, alegria e paz. Muito diferente da imagem de medo que perdurou por quase um século. Hoje o mundo está redescobrindo Coiba. Só que
agora é a vida e a liberdade proporcionada pelo contato com a natureza que
faz de Coiba o melhor destino de mergulho do Panamá e com certeza um dos
mais preservados ecossistemas do mundo.
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Novidades
Novo Pegasus thruster
Veiculo leve de propulsão submarina compacto que pode ser montado em cima
do cilindro de mergulho, funciona com uma bateria recarregável de 12 volts que
permite uma autonomia de 45 minutos de uso continuo.
Pesa 16 kg e sua velocidade chega a 52 metros por minuto.
É um veiculo portátil e bem interessante para fotógrafos e cinegrafistas submarinos.
Mais informações em: http://pegasusthruster.com
Preço: a partir de U$ 1695,00
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FotoSub
SeaLife Mini II
O supermen das câmeras. Indestrutível e resistente a quase tudo . A
SeaLife Mini II é uma câmera digital
para qualquer momento, seja embaixo d’água ou “embaixo das rodas de
um carro”. A super-câmera tira fotos
com resolução de até 9 megapixels
e é resitente a quedas (dois metros)
e impactos. Pode mergulhar até 40
metros de profundidade. A câmera
pode até ser atropelada por um carro
que ainda funcionará como se nada
tivese acontecido.
Em conjunto com a lente grande angular da Sea Life e o flash formam
um conjunto compacto e com muita
qualidade.
Boa companhia para as aventuras
mais extremas...
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Serrambi - Pernambuco
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Serrambi fica vizinha
a Maracaípe bem
pertinho da famosa
e badalada Vila de
Porto de Galinhas em
Pernambuco. A praia
ponta de Serrambi é
um pontal que avança sobre o mar, por um
lado totalmente protegido por recifes de
corais formando irresistíveis piscinas naturais de águas límpidas
e mornas e, por outro
lado, uma tranquila
enseada, ideal para
a prática de todos os
esportes náuticos a
qualquer hora do dia.
Situada a 70 km de Recife e 10 km de Porto
de Galinhas, em Pernambuco, o local é
servido por duas opções de rodovias de
boa qualidade.
Um destino para todos os tipos de mergulhador, um lugar para
levar a família, um lu-
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Serrambi - Pernambuco
por Kadu Pinheiro
Lugar para explorar naufrágios ainda pouco visitados do nosso litoral, um
lugar com a mágica e a
beleza do nosso Nordeste,
um lugar para apresentar
o fundo do mar para nossos filhos; são tantos adjetivos e qualidades para
descrever esse local que
fica difícil apenas nessas
poucas linhas transcrever
tudo de bom que pode
ser feito por aqui.
O Hotel Serrambi Resort
que foi recentemente reformado e voltou a ser administrado pelos antigos
donos, retomou o atendimento familiar diferenciado. É um paraíso localizado bem na ponta de
Serrambi, com praias dos
dois lados. A maioria dos
apartamentos e chalés
têm vista para o mar.
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A praia de Serrambi não tem o mesmo agito que a sua vizinha Porto de Galinhas. É
um lugar para descansar, relaxar e curtir a natureza. Ótima para uma caminhada
no final da tarde, ou para um delicioso banho nas piscinas naturais formadas por
belos recifes de corais, que dão charme a essa praia. As piscinas daqui ainda são
bem preservadas e não tem a “muvuca” das piscinas naturais de Porto de Galinhas.
O pontal de Maracaípe fica ao lado, onde o Rio Maracaípe encontra com o mar.
Você também pode fazer uma visitinha de jetski à Ilha de Santo Aleixo, que fica
bem na frente do hotel.
Para quem gosta de pegar ondas, aqui também é o lugar, mas é preciso um pouco de experiência, por causa das bancadas de corais, responsáveis pelas formações das ondas. Ótima para relaxar com a família ou simplesmente com alguém
que você goste, Serrambi não vai decepcioná-lo. Realmente vale a pena.
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O Galeão
Conversando com os moradores locais fiquei sabendo de
uma passagem interessante
e elucidativa. No período colonial, a praia era chamada
de Porto Rico, e já no fim da
escravidão no Brasil, este porto era o principal ponto de
comércio de escravos ilegais
no nordeste brasileiro. Muitas
vezes eles chegavam escondidos embaixo de engradados
de galinhas d’angola.
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A chegada dos escravos ilegais ao porto costumava ser anunciada com a
frase: “tem galinha nova no porto!”. A região ficou conhecida como Porto
das “Galinhas”, fato que deu origem ao atual nome da praia, mas o que
isso tem de interessante para o mergulho? Podem imaginar o grande tráfego
de embarcações na área? Naufrágios eram constantes nessa região e um
desses naufrágios conhecido apenas como galeão dos 35 pode ser visitado. Os destroços foram localizados acidentalmente pela equipe do Hotel
Intermares de Serambi. Acreditou-se durante um tempo que poderia ser o
naufrágio do Galeão Santa Rosa, um dos galeões mais valiosos ainda não
encontrados. Ainda restam muitas dúvidas com relação a identidade deste
galeão. O mergulho é fantástico, as enormes âncoras almirantado e a estrutura de madeira do navio são bem visíveis. Peças, cravos de bronze e partes
do cavername e do costado de madeira ainda podem ser vistas. Será esse
o Santa Rosa? Nossa equipe resolveu investigar mais a fundo esse misterioso
naufrágio. Aguardem uma matéria completa sobre ele nas próximas edições
da Underxmag.
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O naufrágio encontra-se bem
desmantelado, são visíveis
apenas algumas partes da estrutura de madeira e duas antigas âncoras. Imagina-se que
o naufrágio data de 1700, está
a 35 metros de profundidade
a 18 milhas da costa. Possui
aproximadamente 80 metros
de comprimento, e uma abundante fauna marinha o rodeia.
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Foto: Marcelo Gesteira
REBOCADOR MARTE
Considerado o primeiro naufrágio artificial de Recife, esse rebocador nos oferece
um mergulho extraordinário, com seus 32 metros de comprimento, sua estrutura é
bem maior que a dos outros rebocadores encontrados na região, oferecendo uma
penetração mais extensa e interessante. Foi afundado em 13 de abril de 1998, a
12km da costa. Sua profundidade – de 16 a 33 metros – propiciana um perfil de
mergulho multinivel. A vida também é abundante no Marte; cardumes e mais cardumes além de dois meros de tamanho respeitável, que fizeram do naufrágio sua
residência, prova de que manter os caçadores longe desses naufrágios garante a
recuperação do ecossistema e da vida ao redor dos recifes artificiais formados pelos destroços.
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O Marte encontra-se em posição
de navegação no fundo arenoso. O casario possui três andares.
Seguindo rumo a popa encontramos duas grandes aberturas
que nos dão acesso ao interior
da embarcação. Passamos pela
sala de máquinas e descemos
até o porão de proa.
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Serrambi - Pernambuco
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O naufrágio encontra-se vazio e possibilita várias penetrações.
Muito cuidado nos porões mais fundos, pois o acúmulo de suspensão no fundo pode causar problemas caso manobras afoitas
ou batidas de pernas erradas forem executadas. A penetração
é recomendada apenas para quem possui treinamento, mas a
parte externa também oferece um belo espetáculo com enormes cardumes rodeando o naufrágio.
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Foto: H. E. Freeman PhM/1c, LSM-116
Foto: Marcelo Gesteira
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Foto: USS LSM / LSMR Association
GONÇALO COELHO (Originalmente LSM 119)
A embarcação americana era originalmente um navio de desembarque de carros de combate LSM (LSM-1 Class Landing Ship Medium:),
tendo participado da operação de ocupação e tomada de Okinawa Gunto, em abril de 1945.
Após a 2ª Guerra Mundial foi descomissionada em 1946 e mantida na
reserva até 1958 quando foi vendida para o Brasil e preparada para
operar na marinha civil. O Gonçalo Coelho prestou serviços de transporte de carga entre Recife e Fernando de Noronha durante vários
anos antes de ser comprado para fazer parte do programa de naufrágios artificiais da região do qual também faz parte o Rebocador
Marte. Depois de limpo e preparado com diversas aberturas no casco, o Gonçalo foi rebocado para Tamandaré e naufragou a 8 milhas
da costa, na altura da praia de Serrambi em 29 de dezembro de 1999.
O naufrágio está inteiro e repousa entre 16 e 34 metros de profundidade, tem 63 metros de comprimento e está vazio. Não é um mergulho
fácil, pois a região está sujeita a correntes e o uso de uma mistura de
nitrox é fortemente recomendada para estender o tempo de fundo e
aumentar a segurança do mergulho. Um curso de naufrágio também
possibilita a penetração segura no interior do navio, apesar de ser preparado e não haver nenhum obstáculo ou restrição significativa que
dificulte a penetração, ainda assim é um tipo de mergulho que requer
experiência e treinamento especifico.
Fonte de pesquisas e mais informações : http://www.navsource.org
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Logo após seu afundamento, a posição do Gonçalo
Coelho foi mantida em segredo, com a justificativa de
proteger o local da ação de caçadores submarinos,
fato esse que pudemos presenciar em uma outra oportunidade há dois anos, em um dos dias em que saímos,
durante a navegação percebemos uma pequena lancha nos seguindo de perto. Nosso capitão nos informou que se tratava de uma lancha com caçadores
que tentavam nos acompanhar com o intuito de obter
a posição do Gonçalo.
Imediatamente alteramos o curso e decidimos iniciar
nosso primeiro mergulho no Marte, outro naufrágio da
região que ja é conhecido de todos, o que fez o pequeno barco desistir de seu intento. No segundo mergulho após constatar que não havia nenhum barco
suspeito na área seguimos para o Gonçalo que não
se encontra a mais de 10 minutos de navegação do
Rebocador Marte.
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O naufrágio encontra-se
em posição de navegação sob o fundo arenoso. A primeira impressão
é fantástica e logo avistamos o mastro principal da
embarcação apontando
em nossa direção. O casario encontra-se tombado a 45 graus formando
uma passagem repleta
de pequenos cardumes
sob o convés. É necessário muita atenção pois
a estrutura já corre sério
risco de desabamento.
Seguindo rumo a proa,
encontramos as duas portas frontais abertas sob a
rampa de desembarque,
que está deitada no fundo como se aguardasse a
saída de um grande cardume de enxadas que
nos recepcionou executando um maravilhoso
balé subaquático.
As roldanas que seguravam a rampa, e o guincho que executava a
manobra de abertura das
portas, ainda podem ser
observados intactos na
proa da embarcação.
Na proa ainda existem
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duas pequenas aberturas que levam a dois compartimentos laterais.
Seguindo pelo meio da embarcação em direção à meia-nau, encontramos as duas
primeiras aberturas que dão acesso aos porões.
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A partir da meia-nau, o costado de
bombordo está pendurado do convés ao fundo de areia. Logo a frente
está o casario, inclinado a 45º, possui uma porta frontal que dá acesso
a escadaria da sala de comando
e ao porão. A sala de comando é
pequena e está vazia. Na parte de
trás dessa sala está fixado o mastro
da embarcação.
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Logo atrás da ponte de comando
estão duas grandes aberturas que
possibilitam fácil acesso aos porões.
Ainda existem as escotilhas originais
de acesso ao porão.
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A fauna é abundante no Gonçalo
Coelho, com diversos cardumes, tartarugas, moreias e peixes coloridos
dos mais variados, além de dois gigantescos meros que tomaram seus
destroços como residência já a algum tempo.
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O interior do Gonçalo Coelho oferece uma grande
diversão; todas as passagens são bem iluminadas e
de fácil penetração: um prato cheio para os amantes
desse tipo de mergulho.
Depois de toda essa aventura nos naufrágios, aproveite a praia em frente ao hotel. Confira os horários das
marés e leve a família para um snorkeling nas piscinas
naturais e quem sabe arriscar um discovery dive para
quem ainda não mergulha. Garanto que vários novos
mergulhadores se descobrem nas águas quentes e
límpidas de Serrambi.
Pessoal do Serrambi Resort e Aqualung
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Serrambi - Pernambuco
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Recomendo a operação de
mergulho do Serrambi Resort,
uma das únicas operadoras da
região preparadas para realizar os mergulhos nos naufrágios,
que em breve vai contar com
recarga de nitrox. Possui lanchas
rápidas com capacidade para
até cinco mergulhadores, e está
adquirindo uma embarcação
para atender a grupos de até 12
mergulhadores.
O programa ideal para quem
está de férias com a família.
Você pode agendar seu mergulho bem cedo, e às 10:00hs já
está de volta para usufruir o resto
do dia com seus filhos.
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PISCINAS NATURAIS
As operações de batismos e mergulho nas piscinas naturais são feitas
pelo pessoal do Hotel
com embarcação apropriada e acompanhamento de instrutores especializados; um ótimo
lugar para conhecer o
fundo do mar.
O batismo é um tipo de
mergulho onde uma
pessoa que não tem nenhuma experiência ou
curso de mergulho pode
realizar um passeio guiado por um instrutor ou
divemaster e desfrutar
das belezas submarinas
numa profundidade de
no máximo oito metros.
A região das piscinas é
perfeita para esse tipo
de mergulho e também
para check-outs de curso básico. Um detalhe importante: cuidado com
operadores de mergulho
despreparados que proliferam na região de Porto de Galinhas. A região
tem uma vasta oferta de
operadores que muitas vezes
não estão habilitados para conduzir esse tipo de atividade. Procure obter informações antes
de realizar qualquer passeio ou
curso.
Serrambi Resort:
Praia de Serrambi, S/N
Ipojuca - PE / Brasil.
CEP: 55.590-000
PABX de Reservas: 81- 3466-0655
Atendimento: 81-3551-8800
http://www.serrambiresort.com
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Erin Quigley
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Erin Quigley
Underxmag: Erin, como e quando começou
a mergulhar e fotografar?
Erin: No final dos anos 90, eu estava trabalhando como figurinista em um popular seriado americano chamado “Roseanne”. O
trabalho era muito estressante, e eu precisava de uma fuga. O mergulho foi a solução
perfeita. Sem pagers (na época), sem telefonemas frenéticos - eu poderia, literalmente, ficar fora do ar e descontrair.
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Erin Quigley
Como eu vivo no sul da Califórnia, há uma abundância de bons mergulhos
pela vizinhança, e não demorou muito para que eu adicionasse uma câmera em meu setup de mergulho. Minha primeira câmera foi uma Nikonos
RS, que ainda tenho. Essa fantástica câmera é agora um peso de papel
em cima da minha mesa.
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Erin Quigley
No Caribe, em Cozumel, Bahamas, Cayman, Belize, Bonaire, San Andres, Antígua e Guadelupe.
Na Indonésia, em Raja Ampat, North Sulawesi,
Lembeh e Bali, além de Austrália, Mar Vermelho,
Espanha e Sipadan, na Malásia.
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Portfolio
Erin Quigley
Sempre fui adepta de novas
tecnologias e câmeras digitais
dispertaram meu interesse imediato. Sou uma heavy user de
Photoshop no meu trabalho de
design há anos, então a transição para usá-lo como ferramenta para edição de fotos foi
natural.
Como a transição do filme para
a fotografia digital tornou-se
cada vez mais implacável, comecei a dar algumas aulas particulares para clientes ajudando em seu fluxo de trabalho e
processo de edição.
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Portfolio
Erin Quigley
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Comecei a fazer apresentações em clubes de
mergulho, e desenvolvi
o Go Ask Erin, uma empresa que oferece aulas
personalizadas e tutoriais
em vídeo especialmente
para os fotógrafos subaquáticos.
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Espero ter online o site
GoAskErin.com até julho
de 2011, além disso uso
cada minuto livre para
fazer minhas próprias
imagens subaquáticas.
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Portfolio
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Foto: Senior Chief Petty Officer Andrew McKaskle, U.S. Navy
Criada em 1962 pelo então presidente John Fitzgerald Kennedy para ser uma pequena unidade militar que pudesse conduzir a guerra de maneira não convencional. Uma unidade que embora pequena pudesse ser de grande impacto em
combate, empregando contra os inimigos, ataques rápidos, inesperados e eficazes, utilizando para tal todo tipo de meio de infiltração em território inimigo, daí o
nome “Seals” (Sea, Air and Land), devido a sua capacidade de operar tanto no
ar, quanto no mar e em terra, os Seals da Marinha Norte Americana são hoje a
equipe de operações anfíbias mais respeitada no mundo.
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Dentre as missões empregadas pelos Seals,
destacam-se o resgate de reféns, ações
diretas, combate ao
terrorismo e ações de
reconhecimento, tudo
isso é claro, utilizando
o mergulho como principal técnica.
Navy Seals
Por Alexandre Vasconcelos
Os Navy Seals são uma
parte importante das
forças armadas americanas, além de integrantes do USSOCOM
(Comando de Operações Especiais dos
Estados Unidos) que
é encarregado de supervisionar os diversos
comandos de Operações especiais existentes nos EUA e faz parte
do departamento de
defesa americano.
Trocando em miúdos,
são o “Bope” debaixo
d’água.
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Durante a Segunda Guerra Mundial, com a
necessidade de um grupo que pudesse fazer o reconhecimento de praias para o desembarque de tropas e a desobstrução de
obstáculos, foi criada em 1942 uma escola
em conjunto com a Marinha os Fuzileiros e
o exército, que pudesse qualificar militares
a desempenhar atividades de Combate
Naval de Demolição (NCDU), que foi utilizado pela primeira vez durante a invasão do
Norte da África em 1942. Esta unidade tornou-se o primeiro grupo especializado em
invasões anfíbias e táticas da Marinha dos
Estados Unidos. Utilizando como principal
recurso a natação de superficie. Em 1943 o
programa expandiu incluindo em seu programa a Demolição Submarina, após um
acidente em novembro de1943, quando
durante uma operação os recifes de corais
e a arrebentação de praia, resultaram em
um grande número de soldados afogados.
Desse treinamento nasce o UDT (Underwater
Demolition Teams), ou Equipe de Demolição
Submarina que passou a utilizar o mergulho
e em1962 finalmente é formada a unidade
conhecida como Navy Seals ou Seals da
Marinha Americana, correspondente no
Brasil aos Mergulhadores de Combate, pois
empregam suas técnicas de mergulho nas
atividades de operações especiais, tendo
como principal meio de dissuasão o mar.
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Navy Seals
Por: Alexandre Vasconcelos
Foto: U.S. Navy by Chief Photographer’s Mate Andrew McKaskle
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Com o objetivo de atuar em operações de infiltração em território inimigo, sabotagem de navios no
porto entre desembarque de aeronaves a grandes altitudes com o pouso na água e consequente mergulho. As equipes Seals se viram obrigadas a
fazerem mergulhos rápidos em que pudessem ter
o mínimo tempo de descompressão, mas ao mesmo tempo levando em consideração que suas
atividades demandariam grande esforço físico, o
que acarretaria em uma maior probabilidade de
manifestar DD. Para que eles desempenhassem
suas atividades com maior eficiência, segurança
e rapidez foram desenvolvidos modelos matemáticos de tabela de mergulho que os dessem o menor tempo de descompressão. Para tal utilizaram
então a tabela RGBM, que tem como principal
característica a redução das bolhas o quanto antes de maneira que não cheguem a se aglutinar
ou criar êmbolos.
U.S. Navy foto: Photographer’s Mate 2nd Class Eric S. Logsdon
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Navy Seals
Por: Alexandre Vasconcelos
Os Seals necessitavam de um equipamento de mergulho que otimizasse
a mistura respiratória lhes dando maior autonomia de ar, além de não
soltar bolhas, que poderiam ser identificadas por inimigos, entregando
sua posição. Para isso utilizaram aparelhos de Reabreathers, que hoje
são largamente empregados como meio de infiltração por mergulhadores militares no mundo inteiro.
Foto: U.S. Navy by Chief Photographer’s Mate Andrew McKaskle
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Foto: U.S. Navy by Chief Photographer’s Mate Andrew McKaskle
Os Seals são hoje compostos por dez equipes distintas denominadas teams,
agindo cada uma em um ponto estratégico especifico. Mesmo com a evolução de armamentos e técnicas militares, os especialistas em estratégia militar
se vêem obrigados a terem à disposição uma tropa que possa operar sob o
manto do mar. Um soldado que saiba utilizar adequadamente um equipamento de mergulha, não só leva vantagem em relação a grandes embarcações de guerra ou grandes estruturas bélicas, como no simples cotidiano o
mergulhador se mostra mais preparado físico, mental e emocionalmente mais
apto a lidar com o estresse do dia a dia do que o restante das pessoas.
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Navy Seals
Por: Alexandre Vasconcelos
De maneira geral a
evolução do mergulho
não mais vem do campo de batalha para o
mergulhador comum,
mas dos aficionados
por mergulho para o
meio militar.
Foto: US DoD
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O melhor mergulho de nossas vidas !!!
Um relato do encontro de um tubarão baleia no naufrágio do Rebocador Tauros em Recife
Por Fernando Clark – fotografo e instrutor de mergulho
O dia 2 de fevereiro de 2011, era
uma quarta-feira como outra
qualquer de trabalho. Acordei
às 6:30h da manhã, tomei café
e preparei todo equipamento
fotográfico para mais um dia
sem imaginar a bela surpresa
que me aguardava. Eu não sabia, mas era dia de Iemanjá, e
ela sem dúvida tinha algo de
muito especial reservado para
aqueles que decidiram mergulhar naquele dia.
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Cheguei na base de operações da
Aquáticos às 8:30hs da manhã, e como
de costume fui verificar a ficha de operações. Eram seis check-outs de básico,
dois batismos e um credenciado. Confesso que pensei em não embarcar, pois
eram nove clientes ao todo, e o Lucio
Borges, fotógrafo sub que trabalha comigo em Recife, estava presente e daria facilmente conta do serviço. Como
eu, o “Gaba” (Gabriel Katter, um dos
sócios da Aquáticos) pensou em não
embarcar, pois precisava acompanhar
a manutenção de alguns reguladores,
mas diferente da minha decisão ele resolveu por ficar em terra.
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Saímos
do píer
da Aquáticos a
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bordo do Catamarã Galileo em
direção ao naufrágio Taurus, um
rebocador que faz parte do PNAPE – Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco, afundado
em 2006 e que está nos 24 metros
de profundidade.
Pernambuco concentra hoje o
maior número de naufrágios artificiais no Brasil, com um total de 10
embarcações afundadas, sendo
sua maior concentração no litoral
do Recife (oito) e dois outros em
Serrambi - Porto de Galinhas. Isso
graças à ação conjunta de empresas de mergulho, da AEMPE –
Associação de Empresas de Mergulho de Pernambuco, da equipe
de pesquisadores da UFRPE e da
Wilson Sons que doou boa parte
dos rebocadores.
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Nossa chegada estava prevista para 10:15hs. Pouco depois da saída do porto vislumbramos a água azul tão característica dos mergulhos no Recife. Como de costume Rafael Mineiro, um dos instrutores de nossa equipe pulou na água para amarrar
o cabo guia com as boias. O Mineiro como é conhecido, costuma brincar e falar
para todos que tem três tubarões,
duas tartarugas e três raias-manteiga e que se todos forem para água
rápido, eles estarão lá no fundo,
mas como já virou piada ninguém
acredita mais nele. Imagine se nossa surpresa tivesse aparecido logo
no início do mergulho.
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Fomos todos para a água e começamos a descer pelo cabo guia. Aos cinco metros
de profundidade já dava para ver o Taurus em toda sua beleza. No fundo tinha pelo
menos 30 metros de visibilidade na horizontal.
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Após 25 minutos de fundo de um belo mergulho, os clientes começaram aos
poucos a subir retornando para o Catamarã e nosso trabalho vinha chegando
ao fim. Eu já pensava no Naufrágio Pirapama que seria nosso segundo mergulho do dia. Marcel, instrutor da Aquáticos e o responsável por soltar o cabo do
naufrágio e fechar o mergulho fez o de sempre. Junto com ele estavam Lucio e
George, fotógrafo e cinegrafista da Dolphin Eye. Eu queria uma última foto de
um Budiano rufus em simbiose com uma xira e fiquei até o ultimo segundo. Só saí
do Taurus porque Marcel me deu “xauzinho” como sempre faz quando a nossa
equipe esta demorando para subir. Foram os segundos que faltavam para aquele mergulho se tornar o melhor de nossas vidas.
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Eu, Lucio, Marcel e George estávamos retornando com o cabo em direção ao
Galileo quando aparece uma sombra gigante em nossa direção. Olhei de relance e vi apenas uma cauda malhada, confesso que no primeiro minuto pensei ser um tubarão-tigre. Rezei um pouco e me postei atrás da minha câmera
fotográfica. Sempre confiei que atrás dela não seria atacado por um tubarão,
mas era um tubarão-tigre, quando pensei: e agora? Olhei pelo visor da máquina e tive uma mistura de alívio e emoção, pois era a coisa mais improvável
do mundo o que eu estava vendo. Gritei como uma criança. Jamais pensei
ver aquela cena no Recife em um simples dia de trabalho. Lá estava ele na
nossa frente: um tubarão-baleia. Na verdade era uma fêmea. Não dava para
acreditar, mas era real. Nos primeiros segundos a euforia era tanta que eu só
queria uma única foto. Ajustar a câmera que já estava desligada foi instinto e
nem me lembro como fiz. Qualquer foto estaria bom e o que valia era a emoção. Bati meia dúzia de fotos e no outro lado do tubarão, Lucio fazia o mesmo.
Marcel queria fotos com o gigante e ficava fazendo pose. O próximo minuto
seria da emoção e não da razão. Estávamos tão próximos do bicho que ele se
assustou e como num passe de mágica bateu a cauda e partiu rapidamente
em direção ao fundo. Em desespero, batemos pernas para tentar alcançá-lo
e Marcel abandonou o cabo. Ninguém iria conseguir chegar mais no tubarão.
Foi nesse momento que ele resolveu chegar até nós, e em um magnífico passeio pelo Taurus nos brindou com mais um show. Ao todo foram 15 minutos com
o tubarão no fundo, sem cabo, sem barco, agindo com a emoção, quando
o ar estava acabando infelizmente para desespero geral. Só nos restava retornar à superfície e esperar o Galileo se aproximar para subirmos a bordo. Para
surpresa maior ainda, o tubarão-baleia não queria nos deixar a sós no vasto
Oceano Atlântico e lá estava novamente aquele animal gigante na superfície
querendo dar um último adeus.
O barco chegou e o gigante malhado ainda estava por lá, e é lógico que não
subimos. Todos que estavam a bordo pularam na água para compartilhar daquele momento único em nossas vidas. A alegria era geral ao lado daquele
animal manso, dócil.
Imagine você fazer seu primeiro mergulho na vida e dar de cara com um tubarão-baleia, coisa que muitos mergulhadores com mais de 10 anos jamais
viram. Os clientes de batismo e check-out não tinham noção do que estavam
participando, muitos só foram entender melhor depois que explicamos.
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Passado um pouco a euforia e com o Galileo navegando
para o Pirapama, liguei para o Edisio Rocha, outro sócio da
Aquáticos, avisando do tubarão-baleia e ele ficou alguns
segundos sem acreditar no que ouvia. Aliás quem esperava
que um dia isso poderia acontecer? Posso estar enganado,
mas não me recordo de nenhum outro relato de mergulho
desses em saídas regulares. É mais comum de ver nos Penedos de São Pedro e São Paulo.
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Jamais nos esqueceremos desse dia único e ficaremos eternamente
na esperança de um dia repetirmos a dose.
Tentei relatar aqui a emoção vivida por todos que estavam presentes
nesse dia e compartilho com vocês as belas imagens produzidas por
mim e por Lucio Borges.
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Colete Oceanic BioLite
Com apenas 5,5 quilos, design aerodinâmico
e sistema integrado de pesos, o novo colete
Oceanic BioLite é a solução perfeita para suas
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cinco canais Powerflow que melhoram a hidrodinâmica e
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22224560 e Casa do Mergulhador (61) 32746994
Quanto custa? R$ 3.650,00
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Equipamentos
por Redação
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DIA da VITÓRIA para as baleias
no Oceano Antártico
É oficial – A frota baleeira japonesa está deixando o Oceano Antártico. Pelo menos por esta temporada. Se eles retornarem na próxima temporada, a Sea Shepherd Conservation Society estará pronta para retomar os nossos esforços para
obstruir e desativar as operações baleeiras japonesas.
“O Nisshin Maru fez uma mudança de rumo significativa imediatamente após o
governo japonês tornar oficial que a frota baleeira foi chamada de volta”, disse o
Capitão do Bob Barker, Alex Cornelissen. “Parece que eles estão indo para casa!”
O navio da Sea Shepherd, Bob Barker, estava perseguindo o navio-fábrica japonês Nisshin Maru desde 09 de fevereiro, o que torna impossível para os baleeiros
continuarem suas operações de caça.
“Tenho uma equipe de 88 pessoas muito felizes, de 23 nações diferentes, incluindo o Japão, e eles estão absolutamente encantados que os baleeiros estão indo
para casa, e o Santuário de Baleias do Oceano Austral é agora, de fato, um santuário real”, disse o Capitão Paul Watson.
Os navios da Sea Shepherd, Steve Irwin, Bob Barker e Gojira, permanecerão no
Oceano Antártico para escoltar os navios japoneses para o norte. “Nós não vamos deixar o santuário de baleias até o último navio baleeiro partir”, disse o capitão do Gojira, Locky MacLean.
“Esta é uma grande vitória para as baleias”, disse o Capitão Paul Watson. “Mas
nós não fizemos isso sozinhos. Sem o apoio do povo da Austrália e da Nova Zelândia, não teríamos sido capazes
de organizar estas viagens por sete
temporadas, dos portos da Austrália
e da Nova Zelândia. Somos gratos
ao senador Bob Brown e ao Partido
Verde australiano.
Somos muito gratos ao senhor Bob
Barker, por nos dar o navio que forçou a frota japonesa a deixar essas águas. Somos gratos a todos os
voluntários e nossos membros de
apoio. Somos gratos à Marinha do
Chile e ao governo da França por
seu apoio.
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Capitão Paul Watson e Malcolm Holland atendem ligações após
o anúncio ser feito (Foto: Barbara Veiga)
É um dia muito feliz para todos os povos que amam as baleias e os oceanos”.
É oficial – a matança de baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico
acabou por esta temporada, e os baleeiros não atingiram nem 10% da sua
quota. A Sea Shepherd estima que mais de 900 baleias foram salvas este ano.
“É um grande dia para as baleias”, afirmou a Chefe de Cozinha da Sea Shepherd no Steve Irwin, Laura Dakin, de Canberra, na Austrália. “E é um grande
dia para a humanidade!”.
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do ISSB.
O piloto Chris Aultman e o voluntário Mark
Cullivan em um abraço emocionado
(Foto: Barbara Veiga)
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CHICO SCUBA está de volta em: Siga a seta!
O dia estava ensolarado quando o barco da Scuba Holics encostou perto da Praia
Mansa que, apesar do nome, tinha algumas ondas “nervosas”. Era mais um dia do check-out de Mergulho Avançado e a habilidade do dia era navegação subaquática.
Mestre Charuto optou por fazer o exercício de navegação na praia, que ficava a cinco
minutos de navegação da pousada, enquanto o barco seguia para outro ponto de
mergulho. E assim, Chico Scuba e seus companheiros de check-out se prepararam para
desembarcar.
Para facilitar a operação, Mestre Charuto determinou que os alunos pulassem do barco
já equipados e fossem nadando até a praia, liberando o barco para seguir com o resto
do grupo.
“Atenção!”, avisou. “Nós vamos nadar até a praia e, assim que der pé, cada um deve
tirar as nadadeiras e seguir até a areia. Não tentem seguir com as nadadeiras, pois
vocês vão acabar sendo derrubados pelas ondas. Até chegar na areia, mantenham
o regulador na boca. Se por acaso alguém cair, não tente levantar! É mais fácil e mais
seguro seguir até a praia de quatro.”
Falar é fácil. Com o nervosismo típico de um check-out, mais a confusão na hora de pular do barco, alguns alunos não registraram 100 % do briefing do instrutor. E quem levou
a pior foi a Solange Ladda.
Até a hora de tirar as nadadeiras, a Solange fez tudo direitinho. Bastante cansada, em
função do excesso de lastro, necessário para compensar a grossa roupa de 7 mm (a
Solange morria de frio!), nossa amiga acabou tirando o regulador da boca para tomar
fôlego. Nessa hora, veio um onda mais forte e ... plash!! ... derrubou a Solange para o
fundo, quase enterrando a máscara na areia. Esquecendo completamente as orientações do instrutor, a coitada tentou levantar e .... wósh!!
... foi varrida por uma segunda onda, que a mandou rolando para baixo. Para piorar, seguiu-se uma sucessão
de ondas que fez com que a pobre da Solange fosse sucessivamente sacudida, rolando submersa para um lado
e para o outro, como o gato que entra por engano na
máquina de lavar roupas. Por sorte, o divemaster Juarez
Cravo estava atento e resgatou a mergulhadora, que
quase se afogou em 1,20 m de água, completamente
equipada.
Passado o susto, chegou a hora do check-out. O primeiro exercício era navegação natural. Os alunos deveriam
nadar de praia em direção a uma boia de marcação
e voltar para o mesmo ponto de onde saíram, usando
como orientação apenas os marcos naturais.
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Humor - Chico Scuba
Por Marcelo C. Ribeiro
Parecia fácil, mas na hora de fazer meia-volta, a maioria dos alunos se enrolava e acabava
voltando para a praia num ponto diferente de onde havia saído. Pior foi a Gladys Zastrada,
que em vez de fazer meia volta fez uma volta completa e continuou nadando em direção
ao fundo. De novo, sobrou para o Juarez, que teve que sair nadando atrás da mergulhadora fugitiva para trazê-la de volta antes que ela chegasse na costa da África.
Mestre Charuto, exigente, mandava repetir o exercício até que cada um retornasse, ao
menos, próximo ao ponto de saída. E disparou:
“Nós só vamos sair daqui na hora que um de vocês voltar exatamente ao ponto de saída”
E por mais que os alunos se esforçassem, o máximo que conseguiam era chegar a dois metros do ponto de saída, o que era mais que suficiente para efeito do check-out, mas era
pouco para o desafio lançado pelo instrutor.
Até que, muitas idas e voltas depois, o Wilson Mahla conseguiu a façanha e voltou exatamente para o ponto de saída. Festejado pelos colegas, que não aguentavam mais aquele
ir e vir, o Mahla não cabia em si de tão orgulhoso.
Foi quando Mestre Charuto veio cumprimentá-lo e perguntou: “Como você conseguiu?”
“Até que foi fácil. Na hora de fazer a volta, eu tirei a faca e coloquei na areia, exatamente
paralela à direção que eu estava. Depois, foi só virar e seguir a seta!”
“Legal! E a faca? O que você fez com ela?”
“Ih!?! Deixei lá!”
E nesse dia, a coleção de Netuno ganhou mais uma faca!
A cada edição uma nova aventura:
Marcelo C. Ribeiro
Mergulhador consultor e escritor nas horas vagas
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