Underxmag edição 10 - Sua revista de mergulho digital 100% gratuita

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Underxmag edição 10 - Sua revista de mergulho digital 100% gratuita
Maio / Junho 2011
Ano II
underxmag.com
10
UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
Thistlegorm
O naufrágio
Campeonato Brasileiro de Fotosub 2011
PADI Dive Festival
Comando Hubert
Mergulhadores de combate franceses
Portfolio
Alcides Falanghe
Malpelo e Gorgona - Colombia
Pedreira de Sorocaba
UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
UNDERWATER EXPEDITION
Por Kadu Pinheiro
Malpelo - Colombia
DSC03990.jpg
por jordi benitez
Flabellina affinis
por Rai Fernandez
Top 10 março / abril de
Muraena helena
por Rai Fernandez
Cravat ?
por babsstockwell
2011
Crab
por Rai Fernandez
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Top 10 março / abril de 2011
senza titolo-0277
por yann chris
Dusky Up
por MerMate
IMG_7904
por Pietro.Cremone
Pescador island
por Marcello Di Francesco
DSC_9945
por govs
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Underwater Expedition Magazine
Presidente e Editor: Ernani Paciornik
Vice-Presidente: Denise Godoy
[email protected]
Vice-Presidente executiva: Silvana Cassol
Redação
Diretor de Produto:
Alcides Falanghe
[email protected]
14.
Malpelo e Gorgona - Colômbia
50.
Thistlegorm - Mar Vermelho
66.
Comando Hubert
72.
Campeonato Brasileiro de Fotosub 2011
80.
Padi Dive Festival 2011
Editor de Arte: Kadu Pinheiro
[email protected]
88.
Novo naufrágio em Maragogi
Revisão: Daniela Maximo
92.
Pedreira Sorocaba
Editor-chefe: Kadu Pinheiro
[email protected]
Colaboraram nesta Edição: Kadu Pinheiro,
Daniela Maximo, Adriana Brandão, Reinaldo
Alberti, Alexandre Vasconcelos, Alcides
Falanghe, Armando de Luca, Marcelo Ribeiro.
104.
AIDA Deja Blue 2011 - Free Dive
108.
Portfolio Alcides Falanghe
Publicidade
gerente: Alcides Falanghe
[email protected]
128.
Equipamentos
136.
Sea Shepherd - Canal Aberto
Endereço
Av. Brigadeiro Faria Lima, 3064
10º andar - CEP 01451-000
São Paulo – SP – Tel.: (11) 2186-1000
138.
Foto Sub
144.
Humor - Chico Scuba
Atendimento ao leitor
Kadu Pinheiro - [email protected]
Underxmag é uma pu­bli­ca­ção on-line
bimestral e gratuita da GR Um Edi­to­ra Ltda.
Março / Abril de 2011. Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel:
De­ni­se Go­doy MTb 14037. Ar­ti­gos as­si­na­dos
não re­pre­sen­tam ne­ces­sa­ri­a­men­te a opi­ni­ão
da re­vis­ta.
e-mail [email protected]
Foto de capa:
Alcides Falanghe
Edição número - 10
Maio / Junho de 2011
Kadu Pinheiro por Reriton NAUITEC
Nesta edição,
Visitamos as ilhas de Malpelo e Gorgona na Colômbia, lugar
de incríveis belezas naturais. Nosso amigo e colaborador
Armando de Luca nos brinda com uma completa matéria
sobre o naufrágio do USS Thistlegorm no Mar Vermelho, um
dos naufrágios mais conhecidos do mundo e considerado
por muitos como o melhor. Ainda nesta edição novo naufrágio em Maragogi e a operação de reflutuamento de
um Ford Ka na pedreira de Sorocaba : conheça como foi a
operação e os malucos que a empreenderam. Nossa colunista de mergulho livre Carol Schrappe quebrou recordes,
ganhou o Deja Blue 2011 e ainda faturou o título em equipe
da F3F, uma competição de scooters em mergulho livre,
radical!
No Portfolio, uma homenagem especial ao nosso capitão
Alcides Falanghe que está a bordo de seu veleiro, dando
a volta ao mundo e realizando um antigo sonho. Confira
um apanhado das melhores imagens de um dos melhores
fotógrafos submarinos do Brasil, um cara que inspirou gerações e muitos dos talentos que hoje recheiam as páginas
da Underxmag e da revista Mergulho.
Valeu Alcides e boa viagem!
Tudo isso você confere nessa edição da Underxmag.
Contínuamos na luta pela preservação do meio ambiente
Águas claras e boa leitura.
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Kadu Pinheiro
Editor
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Malpelo e Gorgona
Pacífico Colombiano
Por Kadu Pinheiro
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Malpelo é um arquipélago rochoso formado pela ilha de Malpelo e onze penhascos isolados no Pacífico colombiano, considerado um santuário de fauna e
flora, localizado a 506 quilômetros ao oeste de Buenaventura. com suas encostas nuas e salpicadas de branco pelas colônias de ninhos do pássaro-piqueromascarado-azul, definem o aspecto da ilha, em cujas águas circundantes, a
abundância e diversidade de espécies marinhas são verdadeiramente espantosas.
Por tratar-se de uma ilha oceânica separada do continente, Malpelo é um laboratório vivo, ideal para as pesquisas científicas, e também para atividades
relacionadas ao turismo de aventura, tanto terrestre como submarino, entre as
que se destacam o mergulho, a observação de aves e a fotografia.
Partindo de São Paulo rumo a Bogotá, é necessário passar uma noite na capital
colombiana, e no dia seguinte embarcar em um voo doméstico até Guapi com
escala em Cali.
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Após algumas horas de voo,
aterrizamos em meio à selva,
na pequena cidade portuária
de Guapi. A população é bem
diferente do que vimos em Bogotá, em sua grande maioria
de etnia negra, o povo local
é animado e gentil, mas a pobreza é latente, nos sentimos
num filme vintage de expedições à selva amazônica. O
aeroporto controlado por militares é minúsculo e intimidador.
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Malpelo e Gorgona
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O calor e a umidade podem ser percebidos no instante do desembarque. Após as formalidades, fomos de taxi motocicleta, (uma espécie de
triciclo adaptado que pode levar até 3 passageiros e suas bagagens
amarradas na parte traseira), uma verdadeira aventura off-road por
meio às esburacadas ruas de Guapi, até o “escritório” da Aviatur, onde
aguardamos nosso barco para Gorgona. Tivémos algumas horas para
andar pela cidade e observar a cultura local e o modo de vida da população. De volta ao caís, uma lancha rápida fechada de fibra de vidro
nos aguardava. A navegação foi bem sofrida pois a lancha bate muito,
os bancos são de plástico e o capitão “desce o manete”, depois de 2
horas, e com as costas moídas chegamos em Gorgona.
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Malpelo e Gorgona
Gorgona
por Kadu Pinheiro
Um verdadeiro éden de biodiversidade, bem como um lugar de valor inestimável
para a pesquisa científica. Localizada no Oceano Pacífico, traz uma triste lembrança de seu passado recente por ter sido uma prisão de segurança máxima
na década de 70 até meados de 1982, um capítulo triste e cruel de sua história,
onde as lembranças e marcas do sofrimento dos que ali cumpriram pena está estampada nas ruínas do presídio e nos relatos assustadores dos guias. Em 1985 foi
declarada parque estadual, e hoje em dia a natureza se encarregou de quebrar
e purificar o clima desolador da ilha
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Malpelo e Gorgona
por Kadu Pinheiro
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Em Gorgona existem espécies típicas da selva tropical como macacos, serpentes
e lagartos que são abundantes por toda a ilha. A primeira recomendação é não
andar sozinho pelas trilhas, seguir sempre as marcações, usar botas de borracha
(fornecidas pelo pessoal do parque) e carregar uma lanterna para se locomover
dos alojamentos até o refeitório e as outras dependências durante a noite.
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A ilha possui uma estação de pesquisa permanente e um dive center bem equipado com instrutores e guias que conhecem muito a região. Não é permitido acampar devido a presença de cobras venenosas. O centro de visitantes Humantatay
tem capacidade para 83 pessoas e disponibilidade de 16 quartos. O conforto é
mínimo: camas rústicas, ventiladores de teto e aquecimento solar, mas tudo é muito
bem cuidado e limpo. O espírito é a aventura, um lugar para esquecer da civilização e ser esquecido. Telefones e internet somente na administração do parque e
em casos de emergência, pois todo acesso é feito via satélite e restrito ao pessoal
de pesquisa e operacional.
Gorgona não é somente um paraíso
para os cientistas que chegam para
estuda-lá, na ilha muitas das espécies
são únicas no mundo. Os aventureiros
e amantes da natureza encontram
em Gorgona uma grande variedade de atividades como caminhadas
guiadas para estudos ecológicos –
sua flora e fauna são exuberantes,
praias desertas e paradisíacas, visitas
aos sítios arqueológicos com pinturas rupestres, ruínas históricas, e além
é claro, do snorkeling e do mergulho
autônomo.
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É uma ilha oceânica, com uma área de
24 quilômetros quadrados, é um importante ecossistema marinho e insular, rica
em correntes de água doce. Ao sudoeste está a lagoa Tunapuri, com cerca de
5 mil metros quadrados de superfície. É
uma reserva que conta com 49.200 hectares, inclui a Ilha de Gorgona, três ilhotas e o setor marinho circundante.
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Os meses de maior precipitação são setembro e outubro.
A menor se apresenta em fevereiro e março.
Não se pode considerar nenhuma época seca.
A umidade relativa é de 90%.
A temperatura média é de 27º C.
A ilha está 85% coberta por selva tropical espessa.
Foram identificadas quarenta famílias botânicas.
Destacam-se árvores como o carvalho, o loureiro e o coqueiro.
A fauna é rica em répteis de grande variedade, como tartarugas marinhas.
Grande diversidade de espécies marinhas: golfinhos, tubarões, baleias-cachalote e jubartes.
Os corais são a base da riqueza biológica marinha.
Descoberta por Diego de Almagro para 1527.
Francisco Pizarro lhe deu o nome de Gorgona pela grande quantidade de serpentes venenosas que abrigava.
A Colômbia em 1959 adquiriu direitos sobre a ilha e estabeleceu uma colônia
penal que funcionou até 1982, quando se decidiu proteger a ilha.
Declarada Parque Nacional em 1985.
Acesso: a partir de Guapi em lanchas da Aviatur com capacidade para dez
passageiros.
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Lugares e caminhos para visitar
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• Museu do Antigo Penal: aí se conservam os elementos que foram empregados
pelos prisioneiros durante o tempo em que a ilha foi ocupada com esse propósito. Encontra-se localizado próximo aos alojamentos.
• Caminhada à Praia Palmeiras: percurso de aproximadamente duas horas entre as praias Sulforadas, Piedra Redonda e Palmeiras.
• Centro interativo e de Interpretação ambiental.
• Caminho de El Pan: percurso que conduz do povoado ao Centro Interativo e
ao Museu Arqueológico.
• Yundigua: é um aquário natural onde se pode praticar snorkeling ou mergulho.
• El Planchón, El Viudo, Las Montañitas I e II, El horno e La Tiburonera são os principais pontos para praticar mergulho autônomo.
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Os mergulhos em Gorgona:
Com a tarde livre na ilha aproveitamos para mergulhar em um ponto chamado La Tiburonera, um lugar repleto de tubarões-galha-branca-de-recife, durante todo o mergulho escutamos o canto das baleias-jubarte, chegando a sentir suas vibrações em
baixo da água. As baleias podem ser avistadas em grande quantidade durante os
meses de agosto e setembro. Grandes cardumes e uma vida bem ativa, a visibilidade não é das melhores, a água é meio esverdeada mas chega aos 10 metros, fortes
correntes são constantes nesse ponto.
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Um lugar se destaca, batizado de Carl’s Ultimate, um ponto especial com corais bem próximos da superfície, onde
milhares de anthias coloridas circulam. As paredes de corais descem a lugares bem mais profundos, onde o tamanho dos peixes também aumenta.
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Você pode chegar a Cebu via Hong Kong, Singapura ou Manila. Em Panagsama
você pode encontrar muitos centros de mergulho, restaurantes e bares.
Para quem não mergulha ou deseja diversificar as atividades subaquáticas, pode
ainda desfrutar da região visitando Kawasan Falls, fazer caminhadas na selva,
canyoning, mountain bike, e muito mais! Uma viagem inesquecível!
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Após uma merecida noite de sono, usamos a manhã livre
para explorar a ilha. Visitamos as ruínas do presídio e percorremos uma trilha em meio a selva procurando criaturas interessantes para fotografar. Após o almoço nossa carona rumo
a Malpelo aportou em Gorgona para nos pegar e abastecer
o estoque de água doce. Conhecemos nossos companheiros
de viagem: quatro colombianos, uma húngara e um holandês, além da tripulação do Nemo um catamarã de 82 pés de
comprimento com 32 pés de largura (boca).A embarcação
possui:
• Lounge
• Sala de jantar
• 8 cabines duplas (duas de casal) com banheiro privativo e
água quente
• 110 e 220 volts
• Piloto automático, rádio, GPS e radar
• CD, rádio e toca fitas
• Total de mergulhadores embarcados: 12
• 2 Zodiacs e 2 caiaques
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Após 26 horas de navegação, comendo e dormindo ao balanço do mar, avistamos Malpelo, uma rocha no meio do oceano – que lembra o rosto de um
indígena deitado sobre o mar – com uma nuvem acima da ilha e raios de sol iluminando sua encosta; a visão foi mágica e especial. Nos equipamos, pois ainda
restavam algumas horas de luz de sol e pelo menos um mergulho teríamos de
fazer para tirar a “zica da navegação”. Zodiac pronto, galera equipada, câmeras em punho e água!
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Malpelo e Gorgona
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“El Arrecife”: cardumes de barracudas, garoupas-marmorada e martelos passando ao longe, para um primeiro mergulho de fim de tarde estava ótimo. Dia
seguinte marcado por grandes encontros; tubarões-baleia, silkys, martelos, cardumes e cardumes. Correnteza moderada e água bem clara. Mergulhos imperdíveis em Malpelo são: “La Catedral”, Porta del Cielo, “Parede del Fantasma”, El
Freezer”, “Vagamares”, “Parede del Naufrago”, e se estiver disposto a correr um
pouco de risco e seu grupo for de mergulhadores experientes, “Bajo del Monstro”
a 60 metros de profundidade onde pode-se mergulhar com o tubarão monstro
de Malpelo, ou tubarão de 6 guelras, que costuma frequentar águas muito mais
profundas, mas nesse ponto pode ser encontrado em águas mais “rasas”.
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Características de Malpelo
O Santuário é formado pela ilha
principal e por mais onze penhascos que afloram ao redor.
Devido à sua biodiversidade
marinha, a UNESCO declarou a
área como Patrimônio Natural
da Humanidade em 2006, considerado entre os 5 melhores
lugares do mundo para mergulhar.
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Acesso
As embarcações, tanto nacionais como estrangeiras, devem solicitar permissão à direção dos
parques marinhos em Bogotá, para ir a Malpelo. A
partir de Gorgona, o tempo aproximado de navegação é de 25 horas.
Por seu isolamento do continente, Malpelo apresenta espécies endêmicas como o caranguejoterrestre e o geko. Igualmente, Malpelo é a maior
colônia de aves da espécie piquero-mascarado
ou alcatraz-de-Malpelo. A fauna de peixes é especialmente rica e diversa, destacando-se a
abundância de tubarões-martelo, tubarões-silky,
o tubarão-baleia – que pode chegar a 15 metros
de comprimento – arraias-jamantas, xitas e narizde-vaca são comuns também. Cardumes de extraordinária dimensão de pargos, meros, chernes,
atuns e barracudas são vistos em quase todos os
mergulhos.
Malpelo e Gorgona
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Na ilha existe um posto
avançado da marinha
colombiana, o desembarque em terra não é
possível normalmente,
fizemos um giro rápido
de zodiac no entorno
da ilha e pudemos verificar a quantidade
enorme de aves que
usam a ilha para fazer
seus ninhos. Pequenas
cavernas são outra
atração e exigem habilidade do barqueiro
para entrar e sair sem
grandes problemas.
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Retornando a Bogotá,
Além de ser uma cidade muito bonita, com uma gastronomia variada, não
deixe de conhecer o quarteirão rosa, local com diversos restaurantes, bares e
Pubs, onde o agito vai até altas horas todos os dias da semana.
Ciceroneados por nosso amigo e guia em Malpelo, o Instrutor Jorge Herreras,
ainda visitamos a “Fundación Malpelo Y Otros Ecosistemas Marinhos” e conversamos com Stanislas Teillaud, um francês que é o atual coordenador de
projetos da Fundação, uma entidade não governamental de caracter ambiental criada em 1999 com o intuito de preservar e pesquisar os ambientes
marinhos da Colômbia. Possuem diversos projetos de pesquisa e monitoramento de tubarões em conjunto com os governos do Panamá, Equador e Costa Rica, fazendo um estudo sobre migração entre as ilhas Galápagos, Coiba, Malpelo, Gorgona
e Cocos, estabelecendo um importante estudo com tageamento de espécies e estudos mais aprofundados, sendo
apenas um dentre tantos outros projetos em parceria com
diversos orgãos mundiais na luta pela preservação do ambiente marinho e repressão à pesca ilegal de barbatanas
de tubarão.
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Malpelo e Gorgona
por Kadu Pinheiro
Para maiores informações sobre o trabalho da Fundação consulte:
www.fundacionmalpelo.org
Quem leva: Adventure Travel, Diving College, Amigos do Joe
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SS Thistlegorm
Uma flor no fundo do Mar Vermelho
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A fama desse naufrágio corre o mundo e habita a lista de desejos de mergulhadores dos mais variados recantos do planeta. Não era diferente comigo.
Em maio/junho de 2010 sobrou um tempo entre dois live aboards no Mar Vermelho (Egito e Arábia Saudita) e, aproveitando a oportunidade, segui para
Sharm El Sheikh. O tempo era curto, então a opção foi fazer um bate-volta
com dois mergulhos no velho navio.
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Thistlegorm
por Armando de Luca
Durante a navegação, aproveitei para ouvir a história do astro do dia acompanhada por ricas ilustrações. A sua construção, no estaleiro inglês Joseph
Thompson & Sons foi concluída em abril de 1940 em Sunderland. A escolha
de seu nome, que em gaélico significa cardo azul, referia-se a plantas que
ocorrem na costa ocidental mediterrânea e norte da África, utilizadas na alimentação e que produzem belas flores.
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O navio de cerca de 130 metros de comprimento e boca de 18 metros, era
destinado ao transporte de material bélico. Para sua segurança, foi munido
com um canhão de 4,7 polegadas, uma metralhadora anti-aérea montada
sobre uma torre e outra móvel. Seu potente motor de três cilindros, mais de
1800 cavalos de força e um hélice de quatro pás, garantiam uma navegação de cruzeiro superior a 10 nós.
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Thistlegorm
por Armando de Luca
O Thistlegorm executou três missões completas, passando pelos Estados Unidos, Índias Orientais e Argentina. Entre várias histórias que se conta sobre sua
quarta e última missão, a mais verossímil diz que ele prestava apoio a uma
operação ofensiva aliada que enviaria a Oitava Armada contra o famoso
comandante alemão Rommel.
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Após circunavegar a África navegando em comboio, seguiu pelo Mar Vermelho rumo ao Canal de Suez. Na madrugada do dia 6 de outubro de 1941,
o navio foi atacado de forma fulminante por aviões alemães, que escolheram aleatoriamente um dos navios dos quase vinte comboiados, imaginando
estar atacando tropas transportadas via marítima. Na realidade, a carga era
composta por duas locomotivas e materiais associados destinados às Egyptian Railways e caminhões, jipes, carros armados, motocicletas, armas, munições, rifles, pneus, botas e partes de aviões, destinados às Forças Aliadas no
Egito.
A forte explosão iluminou a noite enluarada e 9 dos 49 tripulantes foram mortos.
O bombardeamento afetou explosivos estivados no compartimento de popa,
que sofreu outra explosão e se destacou provocando o rápido afundamento do
Thistlegorm. A tragédia ocorreu no Estreito de Gubal, próximo a um recife conhecido por Sha’Ab Ali e não muito distante (cerca de 20 milhas) do famoso Parque
Marinho de Ras Mohammad. Seu rápido afundamento o levou ao fundo arenoso
em uma profundidade de 30 metros, onde permanece em posição de navegação orientado no sentido noroeste-sudeste. Passaram quinze anos para que o
naufrágio fosse identificado pela equipe do Calypso, de Jacques Cousteau no
início de 1956, após receber informações de um pescador, dizendo que haveria
algum navio naquela posição.
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Entre outros objetos, foram coletados uma
motocicleta e o sino do navio (este foi mostrado “in loco” na edição de fevereiro de 1956
da National Geographic). A história do mergulho no naufrágio do Thistlegorm fez parte
do livro The Living Sea, de Cousteau.
O mergulho nesse naufrágio apresenta um
grau médio de dificuldade e é recomendável contar com o apoio de um bom guia, especialmente se houver penetração em seus
porões. A profundidade oscila dos 18 aos 30
metros e é alta a possibilidade de existência
de correntes (principalmente vindas do norte), deixando a água com visibilidade um
pouco comprometida.
O ideal é fazer um planejamento para que
em um dos mergulhos a exploração seja externa e no outro interna. Cada pedaço e detalhe merece ser explorado, pois apesar das
explosões, do tempo no fundo e da corrosão
natural, o estado de preservação da carga
ainda é fantástico, fora o fato desse ser um
dos naufrágios que menos ação de saques
sofreu em todo o mundo. Eu fui presenteado pela companhia de um ótimo guia, água
com boa visibilidade e corrente muito suave.
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Thistlegorm
por Armando de Luca
Durante a descida, a imagem sombreada do navio foi se tornando
nítida e suas formas crescendo diante de nossos olhos extasiados, até
que ele fosse visto como um todo. Seguimos direto para a popa, onde
a área que sofreu as explosões é facilmente identificável e também
já se avista no fundo sobre a areia uma locomotiva que foi lançada a
uma distância de uns 25 a 30 metros. Caixas com munições são facilmente encontradas.
Avista-se também o imenso hélice repousando coberto por incrustações biológicas. Os alojamentos dos tripulantes também podem ser
identificados e na parte superior uma metralhadora e o canhão antiaéreo são vistos ornamentados por corais moles (alcionários). Seguir
até a proa, passando pelo convés, observando a diversidade de vida
que habita o local e encontrando os guinchos com correntes que trabalhavam para baixar e içar as âncoras, também foi garantia de belas paisagens.
E finalmente a imagem da proa com as correntes das âncoras mergulhando rumo ao azul profundo e infinito, onde vale a pena afastar-se
um pouco para obter uma visão magnífica, pois dependendo da visibilidade e luminosidade, a impressão sentida é a de que o Thistlegorm
segue seu rumo a meia água, sem contato com o fundo, como se fosse um navio fantasma rompendo a bruma em sua infindável viagem.
Assim foi encerrado o primeiro mergulho, vivo na memória até agora e
para sempre com certeza.
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O intervalo de superfície transcorreu animado entre conversas sobre o que foi observado e planejamentos para o segundo mergulho. Este aconteceu através dos porões 1 a 3 (o
porão 4 foi explodido e era onde estava boa parte das munições). Durante o trajeto, na parte mais profunda do porão
1, muitas caixas de medicamentos, fuzis, borracha e pneus.
Motocicletas BSA e automóveis Morris são vistos nos compartimentos superiores dos porões 1 e 2. Ainda no segundo porão, caminhões Bedford. Nadando sentido popa, se atinge o
acesso à cabine de comando, onde é possível entrar até no
banheiro onde se encontram o vaso sanitário e a banheira.
Salas de comando eram revestidas por placas de concreto
para evitar a penetração de projéteis durante combates e
estas se descolaram e jazem no chão desses compartimentos. No terceiro porão destacam-se as muitas caixas de munições e granadas de mão.
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Thistlegorm
por Armando de Luca
Além de oferecer todo esse
material para ser explorado, os cerca de 70 anos de
permanência no fundo garantem a quem lá mergulha,
ótimos encontros com vida
marinha. Desde os coloridos
corais-moles, nudibrânquios e
peixes recifais, até pelágicos
como barracudas, xaréus e
ciobas. Pode-se afirmar seguramente que é um dos mergulhos mais completos e que
justificam toda fama que o SS
Thistlegorm possui, constituída
pelo forte apelo cênico, histórico, cultural e biológico. Tudo
isso nas agradáveis e mornas
águas do Mar Vermelho, que
nas palavras de Cousteau, “é
um verdadeiro corredor de
maravilhas”.
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COMANDO HUBERT
Os
Mergulhadores
de
Combate
Franceses
Por: Alexandre Vasconcelos - Fotos Guillaume Rueda / www.netmarine.net
Conhecidos também como os Nauger de Combat, ou em bom português, Nadadores de Combate, o Comando Hubert (Commando d’Action Sous-Marine
Hubert) é atualmente uma das armas mais eficientes à disposição do serviço
de inteligência da França.
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Idealizada durante a Segunda Guerra Mundial, por Philippe Kieffer como parte
dos Comandos Navais franceses, em 1953 a unidade foi convertida para sua atual função de mergulhadores de combate. Naquela época a unidade estava
localizada na Argélia, conduzindo operações de combate contra rebeldes que
lutavam pela independência da França. A unidade transferiu sua base de operações da Argélia, para sua atual sede em Toulon durante o final dos anos 50.
Desde o fim da guerra fria, a França aumentou significativamente as operações
de manutenção da paz e de proteção aos direitos internacionais, nos diversos
cantos do mundo.
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COMANDO HUBERT
Por: Alexandre Vasconcelos
O Comando Hubert é formado
por militares da Marinha, que
são submetidos a formação
de mergulhadores da Marinha
francesa e sua escola fica localizada em Saint-Mandrier,
perto de Toulon. A escola possui aproximadamente 17 cursos distintos para o pessoal das
forças armadas e os membros
do Comando Hubert realizam
o curso de mergulho de combate.
A primeira fase do curso corresponde a formação de mergulhadores autônomos e é
semelhante a formação de
qualquer mergulhador esportivo, tendo como disciplinas
principais, matérias como: física do mergulho, fisiologia do
mergulho, equipamentos, tabelas, primeiros socorros e a
parte de procedimentos de
mergulho. Logo qualquer mergulhador recreacional que
teve uma formação de qualidade durante seu curso básico, pode se orgulhar de ter seu
currículo similar ao dos mergulhadores militares franceses.
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A segunda fase, porém é subdividida em mais três
etapas, nessa fase os mergulhadores aprendem técnicas de mergulho com rebreathers, navegação,
manuseio de equipamentos e armamentos específicos, além de outras técnicas empregadas nas atividades que irão desempenhar quando formados.
Uma das principais características do Comando Hubert é o relativo anonimato. Diferente do que é feito
em outros países, a França opta por manter o maior
sigilo possível sobre essa tropa de operações especiais, que na maior parte das vezes opera em ações
ultra secretas.
Desde o final da Segunda
Guerra Mundial, qualquer
sociedade industrial moderna é altamente dependente do mar como forma
de transporte de matéria
prima ou aquisição e venda de material industrializado.
O que viabiliza a ação de
UNDERXMAG
.com torna
infiltração,
se
Underwaterque
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acessível a partir do mar,
tendo um nível de eficiência de cerca de 94% em
suas missões.
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69
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Underwater Expedition Magazine
O reconhecimento
desses mergulhadores embora discreto é tão notório, que no Brasil, militares da Marinha, foram
mandados para a França com a finalidade de realizarem
o curso de “Nauger de Combat”.
Esses militares depois de formados,
passaram a ser nossos primeiros Mergulhadores de Combate, que mais
tarde foram enviados para os Estados
Unidos, onde também se formaram no
curso de “Seals”. Dessa formação surgiu o que nós hoje conhecemos como
os Mergulhadores de Combate Brasileiros.
Entre as operações realizadas pelo
Comando Hubert, podemos citar algumas como LÍBANO em 1982, GOLFO
em 1987, SOMÁLIA em 1993, RUANDA
EM 1994 quando evacuaram de lá cidadãos estrangeiros e recentemente
em 2001, o AFEGANISTÃO.
70
underxmag.com
COMANDO HUBERT
Por: Alexandre Vasconcelos
Para se tornar um Nauger de Combat,
o sujeito necessita ser do sexo masculino, ter entre 21 e 27 anos, ter servido a
Marinha Francesa por quatro anos, dos
quais pelo menos 6 meses em uma unidade em operação, além de ser indicado por seu comandante.
Se por um lado parece difícil cumprir os
requisitos para se tornar um Nauger de
Combat, por outro fique feliz em saber
que caso você seja mergulhador certificado, você já tem metade da formação e dependendo da frequência
com que mergulha, talvez tenha o dobro da experiência embaixo d’agua.
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CB 2011 Talento à toda prova
UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
Por Roberta Decnop
Grande
Angular
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1O Luis Fernando Cassino
2O João Paulo Cauduro
3O Ivan Cavas
3O
Os Mergulhos:
Olhando
para estas fotos, você diria que o mar estava com
refluxo
e péssima
Coiba
- Panamá
visibilidade? Foram essas condições que os participantesCristian
do Campeonato
Brasileiro
Dimitrius e Kadu
Pinheiro
de Fotosub, em Guarapari - ES, enfrentaram depois da passagem de um ciclone
extratropical pela região. Mesmo assim, os resultados foram surpreendentes
1O
Grande Angular
com Modelo
1O Fernando Clark
2O Marcelo Krause
3O Ivan Cavas
2O
3O
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UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
Macro
Livre
1O
1O Luis Fernando Cassino
2O Fábio Freitas
3O Rodrigo Melo
2O
Heptacampeão Brasileiro: o carioca Luiz Fernando Cassino venceu mais
uma vez o Campeonato Brasileiro de
Fotografia Submarina, agora realizado nas ilhas de Guarapari, no Espírito
Santo. O vice-campeão foi o capixaba Ivan Cavas e na terceira colocação
geral ficou Sávio Araújo (SP). Ao todo,
17 fotógrafos pré-selecionados por
concurso estiveram em Guarapari, em
busca das melhores imagens para as
seis categorias do concurso: paisagem
com e sem modelo; peixe inteiro e em
detalhe; macro livre; e macro temática.
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3O
A temática desse ano foi uma pequena
alga bastante comum na região, como
nos relata Laércio Horta, presidente do
júri: “A ideia da temática é fazer com
que todos fotografem uma mesma coisa, para avaliar a capacidade criativa
e técnica de cada fotógrafo”. O júri
desse ano foi composto por nove fotógrafos muito experientes, que votaram
simultaneamente de lugares como Brasil, Noruega, Dubai, Austrália, Portugal
e EUA.
Apesar de realizado no final do mês de
março, época boa para mergulhos em
Guarapari, um ciclone extratropical que
passou pela região uma semana antes
deixou o mar em condições bastante adversas. As ondas passavam por cima das
ilhas Rasas e nem mesmo na ilha Escalvada havia abrigo para as embarcações
das operadoras Atlantes e Cia. do Mergulho, que deram excelente apoio ao
evento, mas foram unânimes em afirmar
que naquelas condições, qualquer operação de mergulho turístico teria sido
cancelada. Os competidores relataram
muito refluxo e visibilidade péssima, variando de me
Campeonato Brasileiro de FotoSub 2011
Por Roberta Decnop
Macro
Temática
1O
2O
1O Sávio Araújo
2O João Paulo Cauduro
3O Álvaro Velloso
3O
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Peixe
Inteiro
1O Ivan Cavas
2O Álvaro Velloso
3O Luis Fernando Cassino
1O
2O
3O
nos de um metro na Escalvada até três
metros nas ilhas Rasas. Por esse motivo,
as fotos de paisagem ficaram muito comprometidas, mas a enorme diversidade
marinha de Guarapari garantiu belos
resultados nas fotografias macros e de
peixes, como podemos observar nessas
páginas. O Campeonato teve apoio do
hotel Porto do Sol e da Fun Dive.
Em maio, nossa equipe estará no Campeonato Mundial em Bodrum, na Turquia, junto com outros 46 fotógrafos de
27 países, infelizmente sem poder contar
com nenhum apoio oficial. Cassino inclu-
76
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sive abdicou da vaga por absoluta falta
de apoio, mesmo após ter obtido medalha de prata no último mundial. João
Paulo Cauduro Filho, campeão brasileiro
em 2010, não poderá competir devido
a um súbito problema de saúde. Cauduro já está se recuperando, para em
breve voltar a nos encantar com suas
maravilhosas imagens... Estamos na torcida! A equipe brasileira na Turquia será
formada por Ivan Cavas (ES) e Álvaro
Velloso (RJ). Segundo Cassino, com Ivan
e Álvaro estaremos muito bem representados. “Hoje a decisão de um campeo-
nato brasileiro se dá por poucos pontos
entre os cinco primeiros colocados, todos
no mesmo padrão dos competidores estrangeiros”, disse ele. Ainda na avaliação de Cassino, o que define muitas vezes o campeão mundial é o apoio, que
aqui não temos. “As equipes de maior
tradição chegam com antecedência, fazem o reconhecimento de todas as possíveis áreas de prova e recebem todo um
apoio externo, para que só precisem se
preocupar em fotografar.”
UNDERXMAG
.com
Underwater Expedition Magazine
Peixe
Detalhe
2O
1O
3O
1O Ivan Cavas
2O Rodrigo Melo
3O Álvaro Velloso
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77
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para um tubarão,
não existe segunda chance.
Todos os anos, 150 milhões de
tubarões são mutilados e morrem.
Assine a petição em facebook.com/diversforsharks
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Padi Dive Festival 2011 - Por: Daniela Maximo - Fotos Kadu Pinheiro
Muitas novidades em equipamentos e viagens, ótimas palestras e um clima
descontraído marcaram a 10a edição do maior evento de mergulho da
América Latina
Daniel Botelho e Peter Hugs
Palestra Projeto Mantas - Guilherme Kodja
Vista geral do evento
Equipe Fun Dive
Divers for Sharks
Estande Revista Mergulho
Palestra Gabriel Ganme - Tubarões-baleia
Equipe Sea Shepherd
Oficiais da Marinha do Brasil prestigiam evento
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Equipe Aqualung
PADI DIVE FESTIVAL 2011
Estande de Curaçao
Pessoal do CTB de Curaçao
A 10a edição do PADI Dive Festival
realizada nos dias 8, 9 e 10 de abril,
no SENAC de Santo Amaro, em São
Paulo, foi um sucesso.
O evento promoveu a realização de
nove clínicas e workshops, 28 palestras,
teste-drive de equipamentos e 120
discovery na piscina.
Durante três dias, cerca de três mil
pessoas passaram pelos 41 estandes
e puderam conferir as novidades
em equipamentos, viagens, cursos
e também conhecer as propostas
das ONGs ligadas ao segmento do
mergulho recreativo.
“Apesar dos pequenos contratempos
que ocorrem em qualquer evento
desta proporção, a feira foi um
sucesso”, afirmou Sandro César,
organizador do PADI Dive Festival.
82
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Mesa Redonda da Sea Shepherd
Guilherme Kodja
e Daniela Maximo
(revista Mergulho)
Patrick, Flávio e Reinaldo no
estande Arribatur
Paula Loque (Aqualung)
Equipe Diving College Deep Blue
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Erick Wilson
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Luiz Fernando Cassino e Daniel Botelho
Estande da Subaquatica de Sorocaba
Estande da Amigos do JOE
Marcelo Krause, Daniel Botelho e Gabriel
Ganme
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Equipe
da Vectra
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Estande da Squallo e Avalon
Equipe Hollis
Filho de peixe...
Palestras
Na abertura, os participantes assistiram
a um vídeo com a mensagem de boasvindas de Drew Richardson, presidente
da PADI World Wide.
James Morgan, vice-presidente da entidade, Kristin Valente, vice-presidente
de marketing, e Dan Stwart, vice-presidente de operações, ministraram palestras e conversaram com muitos profissionais e visitantes.
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Estande da Sea Sub
Estande da Pomacanthus, de
Ary Amarante
“Este foi o melhor
encontro de
mergulhadores neste
formato desde a primeira
edição, considerando
público, contatos e
volume de negócios.”
“Sem dúvidas, o maior
evento de mergulho do País,
com possibilidade de crescer
ainda mais. Um grande
encontro de profissionais de
todas as áreas do mergulho
recreativo. Que 2012 seja
ainda melhor”
“É a primeira vez
que participamos do
PADI Dive Festival e,
com certeza, superou
em muito nossas
expectativas em
termos de retorno.”
“Esse ano a divulgação
do evento foi melhor,
um público selecionado
compareceu e a
visibilidade foi boa. Tenho
a dizer que o evento tem
melhorado a cada ano
e o espaço está ficando
pequeno. Mas isso é um
belo desafio.”
“Foi muito importante
receber as pessoas em
nosso estande e apresentar
novidades e lançamentos.
O evento tem crescido a
cada ano e recebemos aqui
clientes e lojistas que estão
longe. Isso é prestígio.” “Valeu a pena ser
expositor. Realizado em
uma data favorável, o
mercado está começando
a entender que este
evento tem foco.”
Ricardo Meurer, diretor da Scuba Point
Walter Nunes, gerente de vendas da Aque Lung
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Estande da Scafo
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André Valentim, Seasub
Pablo Varella, sócio-proprietário da Seasub
Suzi Maria dos Santos, diretora de pesquisas
da Editora Cultura Sub
Rodrigo Guimarães, diretor da Vectra Viagens
Algumas personalidades do
mergulho como Daniel Botelho,
Lawrence Wahba, Karol Meyer,
Guilherme Kodja, Gabriel Ganme e Adair Ribeiro também
apresentaram palestras sobre
diversos temas relacionados ao
mergulho.
Marcelo Rossi (meio) ganhador do sorteio da
Arribatur de uma viagem a galápagos
Rodrigo Carioca e Carolina Peçanha
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Tem naufrágio
novo em Maragogi
Por Kadu Pinheiro
PESCADOR
Durante minha permanência em
Serrambi para realizar uma matéria
sobre os naufrágios da região, tive
a feliz oportunidade de conhecer
uma novidade quase que em
primeira mão. Dariu instrutor de
mergulho do Serrambi Resort, que
conhece como poucos a região,
me contou da existência de um
pequeno pesqueiro naufragado
em
Maragogi
que
poucos
conheciam.
Após algums conversas com o
pessoal da Maragogi Divers, combinamos uma rápida incursão no
dia seguinte para mergulhar nesse
ponto novo.
Um pequeno barco pesqueiro
afundado a poucas milhas de
distância da costa de Maragogi,
afundado propositalmente por um
caçador local e que teve sua marca escondida por vários anos, sendo descoberto acidentalmente
pelo pessoal da operadora local
de mergulho Maragogi Divers.
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Assista ao video no site da underxmag
O Naufrágio está em posição
de navegaão em um fundo
de areia a mais ou menos
30 metros de profundidade,
a visibilidade não costuma
ser das melhores devido a
sua próximidade da costa,
mas a abundância de vida
compensa: cardumes e cardumes de xiras e cocorocas
com direito a 2 meros residentes, que saudam os mergulhadores na entrada da
cabine de comando.
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Underwater Expedition Magazine
Mais uma excelente
opção de mergulho
na região que é conhecida pelos batismos e mergulhos nas
piscinas naturais.
Um agradecimento
especial a toda equipe da Maragogi Divers, que nos convidou para mergulhar
nesse pequeno Oasis
de vida.
Barco do Pescador
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Naufrágio do pescador
Por: Kadu Pinheiro
Marcelo Gesteria
Equipe Maragogi Divers
Fernando Clark
Dariu (Serrambi Resort)
Kadu Pinheiro
Quem Leva:
Maragogi Divers
(82) 8808-3138 / 8874-2362
www.maragogidivers.com.br
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Pedreira - Sorocaba
MISSÃO IMPOSSÍVEL
Por Kadu Pinheiro
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www
Pedreira Salto de Pirapora
Sorocaba - São Paulo
Atividade: “reflutuamento”
de um Ford Ka dos 45 metros de profundidade, para
a rampa nos 25 metros com a
finalidade de criar atrativos para mergulhadores recreativos em profundidades
mais rasas.
A Pedreira, como é conhecida entre os mergulhadores locais, surgiu com o
alagamento de uma área de
mineração de calcáreo. As
máquinas de extração atingiram há alguns anos um
lençol freático, que foi
desviado para fora da área
de exploração através de
bombas hidráulicas. Após a
desativação da mina, a água
alagou o espaço, criando
dois lagos, um com 36 metros de profundidade (pouco visitado) a principal,
com profundidade girando
em torno dos 74m.
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www
Pedreira - Sorocaba
por Kadu Pinheiro
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O local, está a 100 km de São
Paulo, tornou-se uma alternativa para várias escolas e
operadoras da capital e do
interior do Estado. A proximidade torna possível ir até
as Pedreiras e voltar no mesmo dia, sem a necessidade de
pernoite. Além da facilidade de transporte, os mergulhos são realizados sem barco. Para cair na água, basta
usar a rampa de acesso e a
estrutura do Raul, personagem carismático que montou
uma estrutura para receber e
auxiliar os mergulhadores com
direito a sombra, vestiário e
guarda carros (tudo muito rústico mas funcional, além de
ajudar no transporte das duplas e equipos até a beira do
lago)
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Pedreira - Sorocaba
por Kadu Pinheiro
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A visibilidade nas Pedreiras
gira em torno de 6 metros, podendo chegar aos 12 metros em
determinadas épocas do ano,
mas é suficiente para um bom
mergulho. Para os entusiastas
do local, o inusitado da viagem se torna um motivo a mais
para visitar Salto de Pirapora. As condições do mergulho
na Pedreira são muito boas.
Não há correnteza e a visibilidade é constante. Mesmo se
na superfície a água estiver
turva, alguns metros abaixo já
se encontra água limpa
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Pedreira - Sorocaba
por Kadu Pinheiro
www
No fundo do lago, as atrações
são as bombas hidráulicas
abandonadas, e alguns veículos que foram literalmente
jogados ou abandonados. Atualmente são encontrados mais
de 50 carros como: Vectra,
Meriva,
Ecoesporte,
S10,
Ford KA, Santana, Courrier e
um caminhão.
Um desses veículos, o Ford
Ka, foi o eleito para ser
“reflutuado” e reposicionado
para proporcionar mais atrativos ao mergulhador recreativo que visita a pedreira.
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Pedreira - Sorocaba
por Kadu Pinheiro
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A operação foi minuciosamente planejada e ensaiada
antes de ser executada, a
coordenação da equipe ficou a cargo do Jonnhy da
Hollis e do Janovitch da
Subaquática de Sorocaba,
que também forneceu os
cilindros e as misturas
para os mergulhos. A operação foi feita usando-se
4 galões de plástico com
ar para flutuar o veículo.
Tudo transcorreu de forma
perfeita e sincronizada,
sem nenhum contratempo e
nenhum imprevisto. Agora
vamos nos preparar para
um desafio maior, outros
carros estão esperando no
fundo para serem melhor
posicionados.
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Pedreira - Sorocaba
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por Kadu Pinheiro
Raul e seu filho os guardiões da pedreira com a equipe
A fauna sub não é muito rica, porém, durante os mergulhos, são vistos
alguns cascudos e tilápias nadando pelos paredões rochosos. Árvores
submersas também compõem a paisagem subaquática da Pedreira
Tirando a parte séria e profissional, foi pura diversão !!!
temperatura da água (17 / 18º C).
Equipe Hollis Subaquática:
01 Rodrigo Bittencourt
02 Lewis Dean Harvey
03 João Paulo Pavani Franco - Hollis (Jonnhy)
04 Reriton Gomes - NAUI TEC
05 Carlos Kiva Janovitch - Subaquática
Kadu Pinheiro - Revista Mergulho / Underxmag.com
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01
05
03
04
02
Quem Leva: Subaquática Esportes
Radicais - Endereço: Av. Mário
Campolim, 699 - Campolim
Tel: (15) 3234-3583
www.subaquatica.com.br
[email protected]
Agradecimento especial: Hollis
http://www.infinitysports.com.br
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Carolina Schrappe campeã
do AIDA DejaBlue 2011 !!
Texto: Reinaldo Alberti
Fotos: Adriana Brandão
A curitibana CAROLINA SCHRAPPE
terminou hoje sua participação no
Campeonato Internacional AIDA
PFI DejaBlue 2011, como CAMPEÃ
desta edição do evento !
Carol conseguiu quebrar seu próprio recorde sulamericano na disciplina LASTRO
CONSTANTE COM NADADEIRAS, a mais clássica e respeitada modalidade de mergulho livre, com (-) 74 metros de profundidade. E excelentes resultados nas demais
modalidades desportivas que pontuavam na competição (Lastro Constante Sem
Nadadeiras – da qual Carol é a recordista sulamericana – Imersão Livre, Apnéia
Dinâmica com Nadadeiras e Apnéia Estática), tendo sido a atleta mais regular da
competição, e assim deixando para trás as recordistas americana, canadense e
japonesa, num universo de 12 atletas mulheres de diversos países !
Além disso, a aluna da Carol, também curitibana ADRIANA BRANDÃO, médica,
que iniciou há pouquíssimo tempo no esporte, conseguiu excelentes resultados na
primeira vez que participou de um campeonato de mergulho livre, com marcas
como 6’03” em Apnéia Estática e (-) 45 m em Lastro Constante.
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O tempo dela na disciplina Estática foi o
melhor tempo feminino da Competição,
tornando-se uma das maiores promessas do mergulho livre feminino brasileiro ! No
final, Adriana trouxe também o 40 lugar para o Brasil.
Agradecimento especial aos que ajudaram a Carol a conquistar mais este sonho:
a Arribatur, a Fun Dive, a Xanadú e a Cabral Natação & Fitness, e todos os amigos
que participaram das ações com as havaianas e jantar no Zapata. Sem vocês teria
sido muito difícil, se não improvável, estas realizações !
Carol também venceu a competição
de scooters – o Formula 3 Freediving
Grand Cayman Grand Prix
Uma grande brincadeira, com os melhores atletas que estiveram em Cayman para o Campeonato AIDA PFI
DejaBlue.
Foram 3 dias de competição, com
provas de velocidade e habilidade
usando scooters em mergulho livre.
A equipe Silver Hell’s Angelfish (Carol,
Ted e Erin) ficou em segundo lugar no
primeiro dia, e primeiro lugar no segundo e terceiro dias, ficando com a
maior pontuação e levando o campeonato !
Assista a todos os videos da competição aqui:
http://www.vimeo.com/user1739832/
videos/
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103
Portfolio
Alcides Falanghe
Alcides Falanghe é um dos mais
premiados fotógrafos subaquáticos do Brasil. São mais de 30 anos
dedicados a capturar imagens
sob as águas do planeta. Diretor
da revista Mergulho, publicada
pela Gr1 Editora, em março de
2011 deu início ao Projeto Oceano Vivo, em parceria com sua
esposa, a cinegrafista sub e especialista em tecnologia educacional Tatiana Zanardi.
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Trata-se de uma volta ao mundo em um catamarã a vela para
documentar as transformações
que vêm ocorrendo em nossos
oceanos causadas pela ação
humana irresponsável.
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De onde surgiu o seu gosto por fotografia?
Começei a fotografar para registrar as viagens que fazia com meus pais
nas férias de julho. Desde cedo, encarrei a fotografia mais como uma forma de registrar minhas aventuras do que de expressão artística.
Portfolio
Alcides Falanghe
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111
Portfolio
Alcides Falanghe
1-) De onde surgiu o seu gosto por fotografia?
Minhas primeiras fotos foram de uma viagem de Motor Home que fiz com minha família. Eu tinha
14 anos depara
idade.
Cruzamos
os Estados
de Las
Vegas
Começei
a fotografar
registrar
as viagens
que Unidos
fazia com
meus
paisaté
nasNova
fériasYork
de
em
45
dias,
passando
por
vários
parques
nacionais
e
pelo
Canadá.
Depois
fiz
um
curso
julho. Desde cedo, encarrei a fotografia mais como uma forma de registrar minhas
de fotografia
na escola
Câmera,
mas meu grande mestre foi Jorge Albuquerque, um
aventuras
do que
de expressão
artística.
português pioneiro da fotografia submarina, que me adotou como pupilo. Todo ano
vinha ao Brasil e passava alguns dias em minha casa. Sua estadia era um verdadeiro
curso intensivo de fotografia. Em 1989, ele me convidou para participar de um campeonato de fotosub na ilha de Ústica, na Itália.
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Portfolio
Alcides Falanghe
Depois que ele faleceu, continuei participando do circuito mundial de fotosub, representando o Brasil nos campeonatos mundiais de Cuba em 1992, Coréia do Sul em 1994,
quando fui medalha de bronze na categoria criativa e no Egito em 1995. Nestas competições aprimorei muito a minha técnica, mas o meu estilo tem uma forte influência do
Jorge.
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E sua paixão por mergulho? De onde veio?
Acho que é uma coisa nata. Quando criança
eu era fã de carterinha da série “As Aventuras
Submarinas do Mike Nelson” protagonizado pelo
ator Lloyd Bridges. Só quem está na faixa dos 50
anos de idade vai se lembrar dele. Na minha
adolescência sonhava em fazer parte da equipe do Jacques Cousteau. Meu primeiro mergulho no mar foi só de máscara, snorkel e nadadeiras com meu pai, que na época praticava caça
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Portfolio
Alcides Falanghe
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115
submarina, ao longo da costeira da Península da Enseada
no Guarujá. Debaixo do pier do Clube Samambaia tinha um
lindo cardume de corcorocas e aquela imagem nunca mais
saiu da minha cabeça. Isto foi no final da década de 60,
acho que tinha nove ou dez anos de idade. Em 1975, viajei
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com minha familia para o Tahiti. Foi aí que me apaxonei de
vez pelo fundo mar. Quando voltei desta viagem me inscrevi
no curso de mergulho autônomo da Escola Bandeirantes do
Mar. Dois anos depois, já era monitor de mergulho desta escola e não parei mais de trabalhar com mergulho.
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Portfolio
Alcides Falanghe
De todos os lugares para os quais você foi viajar, de todos os mergulhos que você já realizou, qual foi o mais marcante? Por quê?
É difícil dizer, mas acho que o que mais me marcou foi um encontro
com uma baleia-franca na Península de Valdez na Argentina. Estava
fotografando seu filhote, que me rodeava e parecia querer brincar
comigo. Ele tinha mais de 5 metros de comprimento e pesava algumas toneladas. Qualquer esbarrão poderia me machucar seriamente. De repente apareceu a mãe, com mais de 15 metros e com
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Portfolio
Alcides Falanghe
muitas toneladas de peso. Parou
na minha frente a cerca de um
metro de distância e ficou me
encarando, como se estive perguntando quais eram minhas intenções com seu filho. Fiquei paralisado, não sei se por medo ou
emoção, olhando fixamente em
seu olho enorme.
Depois de alguns segundos, saiu
nadando suavemente e levou o
filhote embora. Outros grandes
encontros com as raias-mantas,
nas Ilhas Revillagigedo no México, com tubarões-baleia e leõesmarinhos nas Ilhas Galápagos e
com tubarões-tigre na África do
Sul vão ficar para sempre em minha memória.
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O que exatamente atrai o seu olhar fotográfico?
Prefiro fotos panorâmicas que registram o ambiente marinho
como um todo, mostrando mergulhadores inseridos no contexto. Procuro mostrar que é possível uma convivência harmoniosa entre a espécie humana e a natureza.
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Portfolio
Alcides Falanghe
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E a foto mais especial? Qual é?
A que eu mais gosto é a foto da capa de meu livro “Ilha em Evolução” que mostra minha mulher e modelo-sub, Tatiana Zanardi, acariciando o ventre de uma
gigantesca raia-manta. A foto foi tirada em um ponto de mergulho chamado
Boiler na Ilha de San Benedicto no México, que é estação de limpeza desta espécie, onde pequenos peixes limpam os parasitas incrustados na pele das mantas. A raia parou sobre sua cabeça e tremia toda quando sentia as bolhas de ar
tocaram sua pele. Ela ficou parada posando para fotos durante vários minutos.
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Não adianta ter os melhores equipamentos disponíveis no mercado, saber
tudo sobre técnicas de
fotografia e ser criativo ao
compor imagens se você
não tiver o que fotografar.
Nossos mares estão em situação caótica.
A verdade é que nossos oceanos estão doentes devido às inúmeras
agressões que sofrem diariamente em função do
modo de produção linear
que rege nossa sociedade, cuja fase final é a produção de lixo ou emissão
de carbono.
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A maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos não têm
noção do que está acontecendo. Só percebem que há alguma
coisa errada quando sua cidade é alagada ou sua casa desmorona devido a uma enxurada.
Portfolio
Alcides Falanghe
Apenas uma pequena parcela da população é consciente de
que todo produto consumido demanda recursos naturais muitas
vezes não renováveis e que o destino final normalmente acaba
sendo o mar.
Mais do que fazer fotos bonitas, temos que usá-las em prol da preservação do ambiente marinho. Os mergulhadores são os olhos
dos oceanos. Por isso batizamos nosso barco de Ocean Eyes. Ele
será nossa casa, escritório e sede do Projeto Oceano Vivo.
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123
Qual o objetivo do Projeto Oceano Vivo?
A proposta é documentar as transformações que nossos oceanos vêm sofrendo ao longo das últimas décadas. Nossa ideia é utilizar tecnologia de
última geração para mostrar em tempo real os benefícios da exploração
dos recursos de forma sustentável e da educação ambiental, e mostrar os
prejuízos da falta deles. Queremos mobilizar pessoas do mundo todo conectando-as com um objetivo comum: salvar os oceanos e consequentemente
a espécie humana.
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A questão ecológica não se trata apenas de salvar uma ou outra espécie
simpática, como golfinhos e baleias. Para que elas sobrevivam, assim como a
nossa espécie, é necessário que os oceanos possam continuar a sustentar a
vida em nosso planeta.
Por isto é importante mostrar o que está dando certo em termos de conservação, para que esta ação possa ser multiplicada, e denunciar as agressões
que nossos mares vêm sofrendo, sempre propondo soluções considerando o
homem inserido no contexto. Afinal somos parte da natureza.
Em qual lugar se iniciará o Projeto Oceano Vivo?
Passaremos o primeiro ano percorrendo todo o leste do Caribe. Partiremos
das Ilhas Virgens Britânicas em março de 2011, passando por todas as ilhas
das Antilhas até a ilha de Bonaire, ao largo da costa da Venezuela, onde pretendemos chegar em meados de julho. Ficaremos por lá até o final da época dos
furacões e depois seguiremos para o Canal do Panamá.
Como o projeto será divulgado?
Nosso foco será a produção de material transmídia (fotos, vídeos e podcasts
para diversos meios) com conteúdo educacional. Também promoveremos interação e participação através da internet e da experiência vivencial. Já contamos com apoio de mídia impressa, digital, rádio e TV.
Acontece
Primeiro Simpósio de Mergulho na
Bahia acontece em junho
O evento será entre os dias 3 e 5 de junho
no Yatch Club da Bahia, direcionado a
mergulhadores e amantes do ambiente
marinho. O objetivo do simpósio é divulgar o mergulho oferecendo cursos e palestras. A iniciativa partiu das operadoras
Bahia Scuba e Dive Bahia de Salvador.
Alguns palestrantes como o fotógrafo Ary
Amarante, o especialista em naufrágios
Maurício Carvalho e o autor do livro Rebreather - Simplificando a técnica, Laszlo
Mocsári, já estão confirmados.
Participe!
Para mais informações, envie um e-mail
para [email protected]
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pressão (7/16) e 4 de média pressão(3/8).
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desempenho
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de inalação. Na posição “Mini”, o esforço de inalação aumenta, sendo ideal
para evitar o fluxo livre de ar. Já na posição “Maxi”, o esforço de inalação é
reduzido, diminuindo o esforço respiratório.
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Nenhum auxílio para os
baleeiros este ano?
A indústria baleeira japonesa, também conhecida como Instituto de Pesquisa de
Cetáceos, perdeu sua caridade este ano.
Os assassinos de baleias auxiliados pelo governo provavelmente não poderão
voltar ao Oceano Antártico em dezembro de 2011. O governo japonês anunciou
na semana de 26 de abril de 2011 cortes massivos no orçamento, no intuito de
aplicar o dinheiro na recontrução necessária para reparar os danos do terremoto
e tsunami e para ajudar a população evacuada da zona de exclusão ao redor
de Fukushima. Ainda mais, a atual crise para manter os reatores nucleares resfriados está drenando centenas de milhões de dólares do tesouro japonês.
Isso resultou em cortes em todas as áreas, incluindo pensões para idosos e crianças, reparos a infraestrutura e manutenção.
No entanto, os burocratas do governo japonês ainda são movidos pelo orgulho,
raiva e vingança. Por isso, o Japão recentemente enviou uma delegação a Palau
para pressionar a República de Palau a não trabalhar com a Sea Shepherd Conservation Society. O Japão ofereceu, mas ainda não confirmou, fornecer a Palau
um barco para patrulhar e fundos para operá-lo se Palau rejeitar o acordo feito
com a Sea Shepherd.
A Sea Shepherd ficará bastante satisfeita se Palau conseguir o apoio do Japão
para o barco de patrulha e os fundos. Isso nos permitirá ir a outras nações em
ilhas do Pacífico para fazer ofertas similares, o que com sorte irá motivar o Japão
a responder com contra ofertas. Nós talvez consigamos manipular o Japão a prover barcos de patrulha a atividade
pesqueira para toda a região do Pacífico Sul.
Ainda há uma pequena possibilidade do governo japonês arriscar uma
revolta pública no Japão ao subsidiar mais uma vez a frota baleeira
japonesa. Se isso acontecer, a Sea
Shepherd irá mais uma vez retornar
ao Santuário de Baleias do Oceano
Antártico para dar continuidade às
intervenções contra as atividades
ilegais japonesas de pesca comercial de baleias.
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Alguns críticos nos têm aconselhado a parar de
criticar o Japão por causa dos recentes desastres. A questão é que as intervenções da Sea
Shepherd não são direcionadas ao povo japonês. Nós estamos lidando com as atividades ilegais – caçadores de baleias em um área longe
do Japão, o Santuário de Baleias do Oceano
Antártico, onde supostamente baleias são protegidas por lei.
Seria a luta contra o tráfico de drogas interrompida caso a Colômbia tivesse um terremoto?
Nós deixaríamos de nos opor à prática de finning por chineses na costa da América Latina
caso a China sofresse um terremoto? A resposta é “NÃO”. Desastres naturais não
podem ser usados como uma justificativa para atividades ilegais, incluindo violações de leis internacionais de conservação.
A Sea Shepherd Conservation Society se dedica a acabar com toda a pesca ilegal de baleias por qualquer pessoa, em qualquer lugar, por qualquer motivo. Não
pode haver discriminação. Pesca predatória é pesca predatória e não só é eticamente errado – é um crime!
Traduzido por Marcelo C. R. Melo, voluntário do ISSB.
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Concurso de imagens subaquáticas promovido pela
Universidade de Miami divulga fotos vencedoras
Há 6 anos, a Universidade de Miami (EUA)
promove o concurso Underwater Photography Contest para fotógrafos sub.
A iniciativa parte do departamento Escola
Rosenstiel de Ciência Marinha e Atmosférica, que começou como um modesto laboratório de ciência em 1943 e hoje é um
centro de pesquisa oceanográfica.
Neste ano, a foto vencedora é do alemão
Tobias Friedrich, que fotografou dois peixes
da espécie Bryaninops natans.
O concurso é realizado todos os anos e
participantes do mundo todo podem se
inscrever.
Saiba mais acessando o link:
Macro 1st Place
Michael Gallagher, United Kingdom
Pygmy seahorse, Hippocampus bargibanti
http://www.rsmas.miami.edu/outreach/
underwater-photography/2011-winners/
Best Overall
Tobias Friedrich, Germany
Two gobies ( Bryaninops natans)
MarsaAlam, Egypt
Macro 2nd Place
Jordi Benitez, Spain
Nudibranch, Cratena peregrina
Tarragona, Catalunya, Spain
Macro 3rd Place
Erika Antoniazzo, Malaysia
Nudibranchand mantis shrimp
Serayabeach, Bali, Indonesia
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.com
Underwater Expedition Magazine
Wide-angle 1st Place
Luc Rooman, Belgium
Mating cuttlefish — Oosterschelde, Holland
Wide-angle 2nd Place
David Barrio Colongues, Spain
Sting ray and cardinal fish
Mogan, Gran Canaria, Spain
Wide-angle 1st Place
Luc Rooman, Belgium
Mating cuttlefish — Oosterschelde, Holland
UNDERXMAG
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Underwater Expedition Magazine
Fish or Marine Animal Portrait 1st Place
Steven Kovacs, Florida Jellyfish
Lake Worth Lagoon, Riviera Beach, Florida
Fish or Marine Animal Portrait
3rd Place
Luc Rooman, Belgium
Frog at the surface of a lake — Belgium
Fish or Marine Animal Portrait
2nd Place - Susan Mears, Florida
Web Burrfish, Chilomycterus antillarum
Lake Worth Lagoon, Riviera Beach, FL
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Foto Sub
por Redação
Best Student Entry
Laura Rock, Florida
Orange spotted filefish,
Oxymonacanthus longirostris
YasawasIslands, Fiji
Student 2nd Place
Laura Rock, Florida
Whale shark, Rhincodon typus
Ningaloo Reef, Western Australia
Student 3rd Place
Laura Rock, Florida
Blue striped cleaner wrasse cleaning an Emperor
Angelfish, Pomacanthus imperator
Yasawas Islands, Fiji
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Edição 178 já nas bancas
Dois perdidos numa água suja
Chico Scuba começou a suar frio!
Era check-out de avançado e o próximo exercício seria a navegação com bússola.
Mais do que o exercício de ir e voltar, a prova de navegação incluía fazer o percurso de
um quadrado e depois de um triângulo.
No papel, tudo era muito simples. Para fazer o quadrado, bastava fazer curvas de 90
graus, sempre na mesma direção. Já para o triângulo, as curvas deveriam ser de 120
graus. O que assustava o Chico não eram as curvas, mas as contas.
“Para virar à esquerda, vocês devem diminuir o ângulo da curva da leitura da bússola.
Para virar à direita, vocês devem somar”- ensinou Mestre Charuto, para desespero do
Chico, que ainda não havia se recuperado do check-out de profundo.
Preocupado em não passar vexame, nosso herói tentava antecipar mentalmente as
contas.
“Aqui a saída é nos 190 graus. Menos 120, dá 70. Até aí, está fácil. Depois, vira de novo
... tira mais 120 ... 70 menos 120 dá menos 50. Ops! A bússola não dá leitura negativa.
Tem que subtrair de 360. Então, 360 menos 70 dá ... Chii! Tem o maldito ‘vai um’... Péraí
... Calma, Chico! ... 360 menos 70 dá 290. Legal!! ... Epa! Ta errado! Era para diminuir 50
e não 70 ... Isso não vai dar certo! ...”
Enquanto Chico se torturava mentalmente, os mergulhadores começavam o exercício,
que seria feito em duplas.
O dupla do Chico era o Pedro Gambiarra que, percebendo o desespero do amigo,
tentou tranquilizá-lo:
- Calma, cara! Vai dar tudo certo!
- Meu medo é errar na hora de fazer as contas.
- Desencana – tranquilizou o Pedro. Para o exercício do quadrado vou usar o “método
da loira”, que a Rita me ensinou.
O “método da loira” consistia em fazer o quadrado seguindo como parâmetros os pontos cardeais. Ou seja: bastava começar no rumo Norte,
depois virar para Oeste e novamente para Sul e Leste,
sucessivamente. Embora questionável, o método ensinado pela Rita Bella (que, diga-se, era loira) funcionava. E
os dois amigos passaram sem problemas pelo exercício
do quadrado.
Veio a hora do triângulo e a situação se complicou. As
duplas se seguiam e nada do triângulo dar certo. Saiu
de tudo: círculo, trapézio, losango e até octógono, mas
triângulo que é bom, nada! Quem chegou mais perto foi
a dupla formada pelo Jaime Irgullo e pelo Michel Labás,
que fez o circuito no formato de um campo de beisebol.
“Ah, é um triângulo com um lado curvo”, defendeu o
Michel, sem sucesso.
As confusões das duplas anteriores só fizeram aumentar
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Humor - Chico Scuba
Por Marcelo C. Ribeiro
o desespero do Chico. Para evitar um desastre, Chico Scuba combinou que o Pedro ficaria
responsável pela bússola, enquanto ele contaria as batidas de perna. Já era fim de tarde
quando chegou a vez dos dois amigos.
Acontece que o Pedro, embora fosse muito habilidoso com as mãos, era ainda mais confuso do que o Chico na hora de fazer contas. Para piorar, na hora de fazer a curva, o Pedro
virou para o lado errado. Para complicar ainda mais, o Pedro percebeu o erro no meio do
caminho e tentou corrigir. Resultado: depois de fazer um traçado que parecia um caminho
de rato bêbado, os dois acabaram virando a ponta da enseada e indo parar na praia vizinha. E sem perceber, pois a água estava muito suja e não havia corrente.
Quando, finalmente, Chico e Pedro se convenceram de que estavam perdidos e resolveram voltar à superfície, deram de cara com um praia deserta!!
Por alguns minutos, os dois amigos ficaram completamente desorientados, até serem resgatados pelo (sempre ele!) Juarez Cravo, que foi buscá-los com o bote inflável.
Mestre Charuto fez os dois repetirem o exercício que, por fim, saiu correto. Desta vez com o
Chico operando a bússola.
Ao fim do dia, todos jantaram e foram dormir cedo, exaustos das aventuras do dia. Até que,
lá pela meia-noite ...
Brrumm!!
Todos levantaram correndo para ver o que tinha acontecido. Deram de cara com o Pedro
esparramado no chão e uma bússola aos pedaços. Traumatizado com a experiência do
dia, o Gambiarra resolveu treinar a orientação em terra firme, com a bússola. Estava quase
conseguindo completar o triângulo, concentrado na bússola e não viu a escada. Resultado: rolou todos os degraus até o andar de baixo e caiu em cima do instrumento que representava o seu sofrimento. Por sorte, não se machucou.
Mas teve que comprar uma bússola nova.
A cada edição uma nova aventura:
Marcelo C. Ribeiro
Mergulhador consultor e escritor nas horas vagas
[email protected]
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