24 - Anicer
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24 - Anicer
2 NONONONONONNNOONO Dando continuidade ao nosso trabalho de conscientização do mercado acerca da iminente Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade necessidade de adequação às Normas Regulamentadoras, em especial,ambiental a NR 12, seguimos firmando importantes parcerias em eventos por todo o país para garantir a abordagem do tema e o conhecimento de todos os envolvidos sobre o assunto. A Norma em Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico questão, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, tem trazido das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia. bastante dor de cabeça nos últimos meses, tanto para os fabricantes de equipamentos quanto para os ceramistas. E qual o melhor ambiente para discuti-la que não em seminários e congressos, quando todo o setor se reúne disposto ao diálogo? Dois debates já Qualificação com foco no desenvolvimento foram realizados com sucesso de público: o primeiro em Itu (SP), no dia 14 de março, e o da indústria e na consolidação da avaliação da segundo durante a Convenção de Sindicatos do Nordeste, em Natal (RN), entre 18 e 20 de conformidade produtos de cerâmica vermelha abril. Para o mês de junho, realizaremos o nossodos terceiro seminário em Goiás, com apoio da FIEG e do Sindicer/GO. como método fundamental à qualificação de produtos e ampliação do mercado. Reforçando ainda mais a nossa parceria com a Associação Brasileira de Cerâmica – ABC, estivemos presentes em seu congresso, em Natal (RN), quando realizamos o lançamento com objetivo de maximizar o do Prêmio Jovem Ceramista 2013,Consultoria o que está se tornando uma tradição nos congressos rendimento no usonadas formas de energias da ABC. Iniciamos o período de inscrições de trabalhos ocasião e finalizaremos o pro(elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os cesso de premiação dos vencedores durante o Encontro da Anicer. pontos de desperdício de energia no processo. E por falar em Encontro Nacional, nos últimos meses vimos cumprindo uma extensa agenda de reuniões com autoridades de Pernambuco e nacionais para buscar apoio à realização do nosso evento e fechar parcerias. E neste sentido, estamos bastanteambiental felizes com o Desenvolvido para medir o impacto comprometimento e o empenho que temos visto de nossos anfitriões. E aqui vale destacar decorrente de toda a cadeia de produção de um o incansável trabalho de Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE e também 2º vice-pre- produto, sistema ou processo, com o objetivo sidente da Anicer, para que tudo aconteça da melhor maneira possível, e que possamos principal de minimizar os impactos ambientais. A oferecer ao público, a cada ano, um evento melhor para o ceramista. indústria cerâmica é o primeiro setor da construção civil brasileira a desenvolver Ciclo E assim seguimos com nossa missão de fortalecer, representar ae Avaliação dar voz aodo setor de cede Vidadede seus produtos. râmica vermelha, sempre com a certeza que estamos no caminho certo, mas que ainda há muito o que se fazer e que para isso precisaremos do trabalho e do empenho de toda a nossa cadeia produtiva. Saudações, Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um conjunto de ações para implantação da Gestão Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental. A execução do projeto fortalece a economia do setor e melhora a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431 ou e-mail: [email protected] Revista da Anicer | nº 83 www.fundacer.org.br DIRETORIA ANICER PRESIDENTE: Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves 1º VICE-PRESIDENTE: Ralph Luiz Perrupato Caros colegas, Nos últimos meses, realizamos mais dois seminários sobre a NR12, um em Porto Alegre (RS) e 2º VICE-PRESIDENTES: (todos os presidentes de entidades mantenedoras) outro em Cacoal (RO), com o objetivo de levar o conhecimento sobre o tema a todos do setor. 1º TESOUREIRO: Marcelo Augusto Lima 2º TESOUREIRO: Jamilton Nunes exigências. Outro assunto de igual importância, e que trazemos como matéria de capa desta 1º SECRETÁRIO: Fernando Ibiapina 2º SECRETÁRIO: Natel Henrique Farias de Moraes gor no mês passado. Sabemos que, em se tratando de desempenho, estamos bem à frente dos DIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL: Henrique Morg de Andrade Entendemos que este é nosso papel enquanto associação: promover melhorias através da capacitação de todos e alertar o mercado sobre a necessidade iminente de se adequar às novas edição, é a NBR 15.575, que trata de desempenho de edificações habitacionais e entrou em vinossos concorrentes. Nossos produtos são melhores, menos agressivos ao meio ambiente, aos canteiros de obra e ao bolso dos consumidores. Está aí a ACV das telhas e blocos cerâmicos para confirmar cientificamente tudo o que vimos defendendo há gerações. Contudo, vale lembrar DIRETOR DA ÁREA DE BLOCOS E TIJOLOS CERÂMICOS: Juan Roberto Germano a importância de se fabricar produtos dentro da conformidade. A Anicer e o Senai, entidades DIRETOR DA ÁREA DE PISOS CERÂMICOS: Luiz Cláudio Fornari intensificando as ações de combate a não conformidade intencional em todo o país. Precisamos DIRETOR DA ÁREA DE TELHAS CERÂMICAS: José Joaquim Gomes da Costa DIRETOR DA ÁREA DE TUBOS CERÂMICOS: Luciano C. Furtado DIRETOR DA ÁREA ECONÔMICA E FISCAL: Antônio Carlos C. Fortes mantenedora e gestora técnica do PSQ de telhas e blocos cerâmicos, respectivamente, estão zelar pelo setor e pela qualidade dos nossos produtos. Com este espírito, estamos lançando uma campanha de marketing para valorização do produto cerâmico junto a arquitetos, engenheiros, consumidor final e demais profissionais da construção civil. Com o slogan “Na casa da minha vida, só cerâmica”, a campanha será focada nas mídias digitais e nas redes sociais. DIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL: Benedito Betiol E por falar em marketing, em valorização do produto cerâmico, confor- DIRETOR DE MARKETING: Constantino F. Neto nosso Encontro Nacional, quando toda a cadeia produtiva da cerâ- DIRETOR DE NORMAS E QUALIDADE: Claudio Luis Kurth midade e normas de desempenho, faltam apenas dois meses para o mica vermelha se encontrará em Recife. Palestrantes de renome internacional já confirmaram presença nas clínicas e fóruns, mais DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Luis Carlos Barbosa Lima de 90% da área da Expoanicer já foi comercializada e as inscrições DIRETOR TÉCNICO: Carlos André F. Lanna acompanhar as novidades no hotsite do evento ou através de nos- CONSELHO CONSULTIVO MEMBROS NATOS 1° e 2° vice-presidentes 1° presidente da Anicer: Sylvio Alves de Barros Filho devem ultrapassar a marca de três mil participantes. Você pode sas publicações. Certo de que estamos no caminho certo, espero reencontrar a todos em outubro, no Recife! Saudações, MEMBROS ELETIVOS Eustáquio Machado, Evandro Simonassi, Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho, Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman CONSELHO FISCAL EFETIVOS Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Gonzales Menon, Manuel Ventin Ventin SUPLENTES Francisco Belfort , Jorge Romeu Ritter, Otiniel Gerôncio Barbosa Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves Presidente da Anicer Sumário 10 CAMPANHA 18 INOVAÇÃO Cerâmica vermelha em destaque Senai inicia atividades de institutos de inovação 20 10 MERCADO Aquecimento de mercado para Linha Amarela 24 CONHEÇA O SEU PRODUTO CSP destaca casos de sucesso no sudeste 30 PROJETOS INOVADORES Arte no Metrô 36 ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL Programação com palestrantes de peso 46 DELEGAÇÃO Batimat 2013 48 NBR 15.575 66 COMPETITIVIDADE Desempenho em xeque Conselho elege diretor-presidente da Embrapii 24 36 4 Revista da Anicer | nº 83 72 72 FEIRA 76 QUALIFICAÇÃO 03 ARTIGO DO PRESIDENTE 06 CARTAS 08 INTEGRADAS 14 METRO QUADRADO 22 TENDÊNCIA DE MERCADO 34 PERFIL – ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL 40 PONTO DE VISTA – ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL 44 MOMENTO INSPIRAÇÃO 58 ARTIGO TÉCNICO 68 CERÂMICA VERDE 70 MAROMBANDO 78 COLUNA DA QUALIDADE 81 MERCADO E INOVAÇÃO 82 SOCIAL 84 NOTÍCIAS DA ANICER 86 EVENTOS Minascon fortalece o setor De olho na Copa Editorial Se fizermos um balanço dos últimos anos, notaremos que o foco de nossas publicações está cada vez mais ligado à sustentabilidade e às melhorias e conquistas do setor. Institutos voltados para a inovação se espalham por todo o país. Eventos, congressos e seminários trazem o tema no cerne de suas programações. Projetos e consultorias chegam aos seus maiores níveis de contratação, casos de sucesso estão espalhados por todo o país e o mercado anda bastante aquecido. Contudo, é sempre bom lembrar que momentos de crescimento sempre vêm acompanhados de grandes responsabilidades. E, segundo a NBR 15.757, que trata de desempenho de edificações habitacionais, a responsabilidade é de todos. A Anicer convidou o engenheiro Guilherme Parsekian para responder aos questionamentos de alguns leitores. Saiba mais na página 43. Na coluna Ponto de Vista, Ricardo Voltolini, que irá palestrar no 42º Encontro Nacional, fala sobre a mudança no pensamento dos empresários ao longo da última década e da conscientização de que já passamos da hora de repensar nossos métodos e de agir sustentavelmente. Em Metro Quadrado, a arquiteta Renata Marangoni apresenta seu projeto da Casa Infantil, premiada em 2009 na Casa Cor Campinas. E na Polônia, o prédio de uma biblioteca acadêmica, que possui sua fachada coberta por placas cerâmicas, foi considerado o melhor edifício construído no país. Ponto para a cerâmica vermelha! E quem acredita que já viu de tudo, pode ainda se surpreender com as novidades que a Batimat apresentará ao público em novembro. A Anicer estará por lá, levando uma comitiva de empresários brasileiros. Saiba como fazer parte do grupo na página 32. Boa leitura! Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected] Editor: Carlos Cruz - [email protected] Repórter: Manuela Souza - [email protected] Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected] Design: Jan Athayde - [email protected] Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernanda Duarte, Gilmar Moraes, Patrícia Dantas, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - [email protected] Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected], Bruno Frasson – [email protected], Edvaldo Costa Maia - [email protected], Liliane Guimarães – [email protected] Max Piva - [email protected]., Natália dos Santos – [email protected], Osíris Júnior - [email protected], Vagner Oliveira - [email protected], Publicidade: Márcia Sales - [email protected] Fotolito e impressão: Imos Tiragem: 10.000 exemplares Veiculação: Agosto/2013 Associação Nacional da Indústria Cerâmica Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041 5 Cartas Estive presente na apresentação do estudo da Avaliação do Ciclo de Vida das Telhas Cerâmicas na última Construction Expo, no dia 07/06, e o palestrante informou que bastaria um contato com a Anicer para obtenção deste estudo. A ACV é um assunto de grande interesse à Engineering, empresa que, dentre outros serviços, é consultora para certificações ambientais de edifícios verdes. Existem alguns sistemas de certificação para green buildings que exigem a análise do ciclo de vida dos produtos utilizados no empreendimento, como é o caso do DGNB, sistema alemão. Por este motivo, gostaria de ter este estudo em mãos, não somente para estudo, como também para nosso arquivo. PEDRO OLIVEIRA (SP). Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Obrigado por seu contato e pelo interesse em conhecer o material. Enviaremos uma apresentação do estudo para seu e-mail com todos os números e indicativos. Acompanhe outras informações também em nosso site, além da agenda de eventos e seminários por todo o país. Estou concluindo o curso técnico em edificações e pretendo apresentar meu TCC sobre Alvenaria Estrutural. Gostaria de saber em quais fontes de pesquisa posso tirar alguns conhecimentos básicos para concluir meu trabalho. MARCELO ANTUNES (RS) Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Agradecemos o seu contato e o cumprimentamos pela iniciativa de buscar seu aperfeiçoamento sobre o tema em ascensão. Seguem algumas referências que poderão auxiliá-lo em seu trabalho: • Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural – Guilherme Parsekian, Ahmad Hamid e Robert Drysdale. • Alvenaria Estrutural em Blocos Cerâmicos – Guilherme Parsekian e Márcia Soares. • Recomendações para o Projeto e Execução de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Ronaldo Duarte. • Alvenaria estrutural: novas tendências técnicas e de mercado – Emil Sánchez. A biblioteca da Anicer com outros títulos também está à sua disposição para consulta. Trabalho há cinco anos num fabricante de equipamentos industriais para diversos setores e estamos investindo na produção de equipamentos para a indústria cerâmica. Eu, juntamente com mais dois diretores aqui da empresa, gostaríamos de participar da delegação que viajará para a Batimat em novembro, na França. Como devemos proceder? JACIRA RODRIGUES (RJ) Assessoria de Comunicação responde: Esta é a terceira vez que a Anicer organiza delegação para participar da feira, que este ano acontecerá entre os dias 4 e 8 de novembro no Paris Nord Villepinte. Além da feira, nossa delegação também fará um tour especial na Cidade Luz e contará com um dia livre para compras, um jantar de confraternização e uma visita técnica a uma cerâmica francesa com acompanhamento de um tradutor. Para participar, acesse o site da Anicer e preencha a ficha de inscrição. Aproveite o pacote especial com a programação personalizada ao grupo que a LT Travel preparou para os interessados 6 Revista da Anicer | nº 83 Para entrar e m contato c onosco, envie um e-m ail para : revista@an ic ou ligue para er.com.br +55 (21) 25 24-0128 Revista da Anicer | nº 83 7 INTEGRADAS CBIC e Caixa debatem melhorias no MCMV Representantes da CBIC e da Caixa Econômica Federal reuniram- Setor madeireiro busca ampliar produção se no dia 8 de julho na sede da entidade, em Brasília, para mais um encontro de uma série de diálogos que vêm sendo mantidos pelas duas organizações com o objetivo de aprimorar a gestão do programa Minha Casa, Minha Vida. Na ocasião, os representantes da Caixa, Clóvis Marcelo Bueno, Luiz Alberto Sugahara e a nova gerente de Engenharia, Ana Paula Cunha, trataram da nova sistemática de procedimentos da instituição, que integra o Programa De Olho na O setor madeireiro está costurando um pacto Qualidade. O novo acompanhamento seguirá diretrizes como: para ampliar a produção e o comércio de madeira simplicidade, objetividade e transparência e essencialidade. A tropical sustentável no país. A ideia é promover CBIC destacou uma série de distorções que estão ocorrendo, um novo modelo de governança que fortaleça a principalmente no que se refere ao prazo dado para as visitas, não economia florestal brasileira, hoje responsável coincidente com a determinação da instituição. por 5% do PIB. A inciativa foi organizada pela Rede Amigos da Amazônia (RAA), ligada ao Centro de Assembleia Legislativa debate medidas de apoio ao setor cerâmico no RS Estudos em Administração Pública e Governo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a WWF-Brasil e a rede Traffic, de monitoramento Com pouco mais da metade das unidades que existiam há 10 anos da vida selvagem. O primeiro encontro aconteceu ainda em operação, a indústria cerâmica gaúcha vive um período de em julho, na FGV, e reuniu 40 representantes de muitas dificuldades. As empresas reclamam do tratamento diferen- empresas produtoras e vendedoras, ONGs, co- ciado da carga tributária em relação a outros estados, em especial munidade, bancos e universidades. Rafael Murta, Santa Catarina. Outro problema é a falta de fiscalização no ingresso coordenador de relações institucionais da RAA, de produtos fora das especificações técnicas exigidas. Conforme o lembra que o setor tem muita regulamentação Sindicer/RS, falta uma política de incentivos fiscais no mesmo pa- mas pouca eficiência na prática, tributação alta tamar ao polo cerâmico de Santa Catarina. “Precisamos proteger a e fiscalização falha. Produtos de madeira sofrem competitividade das empresas gaúchas. No mínimo, precisamos ter a concorrência de similares de plástico e metal. igualdade de tratamento”, cobra o deputado Giovani Feltes (PMDB). “Os primeiros são tributados em 18% de ICMS, O setor representa atualmente cerca de 800 empresas no Estado, enquanto produtos de plástico, ferro ou pisos ce- quando há menos de 10 anos chegava a 1.450 indústrias. râmicos têm alíquota de 12%.” Faturamento da indústria cresceu 5,3% no primeiro semestre O faturamento da indústria brasileira aumentou 0,5% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção aumentaram 2,2%, o emprego e a utilização da capacidade instalada ficaram estáveis, informam os Indicadores Industriais divulgados no dia 8 de agosto, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme a pesquisa, a massa real de salários teve queda de 0,7% e o rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável em junho frente a maio, também na série de dados dessazonalizados. Com o desempenho de junho, o faturamento da indústria acumula alta de 5,3% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2012. A expectativa dos analistas é de que o segundo semestre seja “moderadamente” melhor do que o primeiro. 8 Revista da Anicer | nº 83 Inmetro certifica itens da Construção Civil Como iniciativa para aumentar a segurança dos usuários, o desempenho e a durabilidade dos materiais e proteger o mercado interno da construção civil contra produtos de baixa qualidade, o Inmetro está certi- Acervir e UFSCAR oferecem curso de alvenaria A Acervir, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), está promovendo um curso de ficando diversos produtos, entre eles, tijolos maciços alvenaria cerâmicos, blocos e telhas de cerâmica e de concreto, do para engenheiros civis e porcelanatos, torneiras, sifões e misturadores de água. arquitetos. Ministrado pelo “Já podem ser encontrados no mercado alguns pro- coordenador do Laborató- dutos com o selo do Inmetro, como por exemplo, blo- rio de Sistemas Estruturais cos cerâmicos para alvenaria, placas cerâmicas para da UFSCAR, Guilherme Par- revestimento e telhas cerâmicas”, comentou a técnica sekian, o curso é dividido da Divisão de Regulamentação Técnica e Programas em dois módulos que acon- de Avaliação da Conformidade, Roberta Chamusca. tecerão nos dias 20 e 21 de setembro (introdução; materiais e Dimensões, composição, absorção de água ou resis- componentes; noções sobre o comportamento da alvenaria; e tência são alguns dos requisitos técnicos que consta- distribuição das ações verticais em edifícios) e nos dias 4 e 5 de rão nos regulamentos desenvolvidos pelo órgão, se- outubro (resistência, flexão e cisalhamento; exemplo de dimen- jam eles compulsórios ou voluntários. sionamento completo de uma parede de edifício residencial; estrutural volta- projeto de alvenaria; e resolução do projeto conceitual). Para mais informações, acesse www.acervir.com.br. Novo Hamburgo realiza seminário de Inovação e Tecnologia A CBIC foi uma das apoiadoras do 1º Seminário de Encontro debaterá caminhos para a inovação Inovação e Tecnologia na Construção Civil, realizado O CTE promove, no dia 11 de setembro, das 8h às 18h, no Mile- no dia 1º de agosto em Novo Hamburgo, no Rio Gran- nium Centro de Convenções, em São Paulo, o encontro Agenda de do Sul. Na programação, destaque para os temas: Produtiva da Construção – Caminhos para a Inovação na Cons- BIM Building Information Modeling; Conceitos básicos, usos e benefícios do BIM; A utilização do BIM como apoio ao projeto e à gestão de obras; Desafios e oportunidades para o setor da construção civil com a vigência da NBR 15.575; Procedimentos para Comprovação trução e Implantação do BIM (Building Information Modeling). BIM, que em português significa Modelagem da Informação da Construção, é o processo de criação e gerenciamento de todas as informações de um projeto de um edifício durante o seu ciclo de Desempenho de Edificações e Sistemas Constru- de vida. O evento contará com debates sobre os desafios e ca- tivos Inovadores junto à Caixa, através da ABNT NBR minhos da inovação no Brasil, no setor da construção, para im- 15575:13 e SINAT/PBQP-H, e Apresentação do case plantação do BIM em incorporadoras e construtoras, nas áreas Normas de Desempenho: Sinduscon-NH. de projetos e materiais. Revista da Anicer | nº 83 9 CAMPANHA Cerâmica vermelha em destaque Anicer lança campanha para promover avaliação do ciclo de vida de telhas e blocos cerâmicos inédita no país Por Manuela Souza | Foto Divulgação E m parceria com Sindicatos, Associa- tantino F. Neto, a campanha tem como matéria-prima, passando pelas etapas de ções e Cooperativas filiadas de todo o uma das principais frentes divulgar o es- transporte, produção, distribuição e utili- Brasil, a Anicer deu início a uma campanha tudo inédito no setor da Construção Civil zação até seu descarte final. Para isso, a publicitária com ênfase nas mídias digitais sobre a Avaliação do Ciclo de Vida dos empresa canadense Quantis, responsável para valorização do produto cerâmico. A Produtos Cerâmicos e o comparativo com pelo estudo, avaliou elementos como uso iniciativa tem como público-alvo o consu- seus equivalentes em concreto. O objetivo de energia, emissões de poluentes no ar, da ACV é analisar e entender os impactos retirada de água, contaminação de solo e ambientais ocasionados no decorrer de águas, impacto nas mudanças climáticas todo o ciclo de vida de telhas e blocos ce- e na saúde humana para chegar ao resul- râmicos desde o momento da extração da tado já conhecido: os produtos cerâmicos midor final, além de arquitetos, engenheiros e profissionais da construção civil. Idealizada pelo diretor de marketing, Cons- 10 Revista da Anicer | nº 83 se mostraram significativamente supe- mais leves e fazerem menores distâncias riores aos seus concorrentes. de transporte, emitem 69% menos CO2 equivalente na atmosfera. Além disso, Para o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, o levantamento é uma forma de oferecer ao consumidor condições de escolher um produto por meio de critérios de consumo responsável. “O consumidor tem que deter esse tipo de informação para fazer uma escolha consciente. Além disso, é importante saber onde podemos melhorar, aperfeiçoar, no que podemos reduzir consumo na produção, transporte, uso e descarte, bem como conhecer a condição do nosso produto e seu grau de impacto”. De acordo com a série ISO 14.040, o flu- consomem 57% menos energia que o concorrente. Um dos principais motivos é que as telhas cerâmicas, embora requeiram 3 vezes mais energia em seu processo de fabricação, utilizam fontes de energia renováveis e biogênicas como cavaco de madeira e biomassas descartadas por outras indústrias, ajudando a limpar o meio ambiente com a redução das emissões de metano (gás 21 vezes mais prejudicial para o aquecimento global do que o CO2) que seria dispersado se estas biomassas ficassem se decompondo. RESULTADOS DO ESTUDO DE BLOCOS: xo de referência do estudo de telhas é a quantidade de peças necessárias para A avaliação mostrou que o m² de parede cobrir um metro quadrado de telhado, cerâmica requer 24% menos água do que com telhas cerâmicas ou de concreto, o m² de parede de blocos de concreto e ao longo de vinte anos. No caso do es- 7% menos que o m² da parede de con- tudo de blocos, o fluxo de referência é a creto moldada in loco, sendo que, no caso construção e a manutenção de um metro da parede cerâmica, o consumo de água quadrado de parede externa, sobre o solo, se deve exclusivamente à utilização de durante quarenta anos, no Brasil, cujas argamassa, e não aos blocos. Em relação funções sejam estruturais e de proteção ao esgotamento de recursos naturais do ambiente interno. A Quantis utilizou o não renováveis, as paredes de blocos ce- método “IMPACT 2002+”, que apresenta râmicos consomem 43% menos destes quatro categorias de impacto de ponto recursos que uma parede de blocos de final e um indicador de inventário, entre concreto e 63% menos que uma parede elas Mudanças Climáticas, Esgotamento de concreto moldada in loco. No quesito de Recursos e Retirada de água. Mudanças Climáticas, a emissão de gases de efeito estufa de uma parede de RESULTADOS DO ESTUDO DE TELHAS: blocos cerâmicos é 50% menor que a de O estudo mostrou que o m² de cobertura uma parede de blocos de concreto e 34% cerâmica requer 72% menos água do que menor que a de uma parede de concreto o m² de cobertura de concreto, e pelo fato moldada in loco. Isso acontece, principal- das telhas cerâmicas serem de 15 a 20% mente, pelo fato de a indústria de cerâmiRevista da Anicer | nº 83 11 CAMPANHA ca vermelha utilizar em seus fornos fontes de energia renováveis. A campanha vai abordar ainda a valorização do Uma casa nos padrões do Minha Casa, Minha Vida contém 36m2 produto cerâmico como um produto ao alcance de todos. Com o slogan “Na casa da minha vida, só cerâmica”, o trabalho vai ganhar destaque em ações nas mídias digitais e redes sociais. Acesse o material da campanha no blog http://acasadaminhavida.blog.br ou nas redes sociais www.facebook.com/acasadami- SISTEMA CONSTRUTIVO EMISSÃO DE CO2 Bloco de cerâmica 2 toneladas CONSUMO DE ÁGUA nhavidafanpage e www.youtube.com/user/ acasadaminhavida. 23 metros cúbicos ANICER ALERTA PARA BAIXA QUALIDADE DA HABITAÇÃO NO MINHA CASA, MINHA VIDA Bloco de concreto 6 toneladas 71 metros cúbicos No mês de maio, o jornal Valor Econômico publicou uma matéria intitulada “Milenar, tijolo vai perdendo espaço”, onde explana a questão da Parede de concreto 12 toneladas 158 metros cúbicos adoção de soluções híbridas, que combinam pré-fabricados com elementos moldados in loco, ou de aço. A matéria pontua: “Nas paredes internas, aos poucos, o tijolo está sendo Agora multiplique esses números pelos substituído pelo drywall, por exemplo. Isso não 2 milhões de moradias construídas pelo Minha Casa, Minha Vida em todo o Brasil. * emissão de CO2 equivalente 4 MILHÕES* significa que o custo cai, mas a produtividade aumenta muito. Os fabricantes de tijolos ainda não se mostram intimidados com as novas tecnologias, como o uso do “light steel frame” e o 12 MILHÕES* 24 MILHÕES* próprio drywall, mas acreditam que, no futuro, podem perder espaço para a construção industrializada”. Em meio a discussões sobre métodos construtivos mais rápidos, vale o exercício de conscientização por parte das construtoras de que nem sempre o mais rápido é o melhor ou o Bloco de cerâmica Bloco de concreto Parede de concreto mais seguro. Atenta às questões da qualidade das habitações executadas no Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, a Anicer 12 Revista da Anicer | nº 83 vem desenvolvendo ações para chamar a sempenho. Além disso, é necessário consi- atenção do setor da Construção Civil para derar aspectos como manutenção ao lon- este aspecto. De olho no tempo, o MCMV go da vida útil da edificação e a garantia da abriu espaço para construções industria- qualidade dos serviços executados e dos lizadas com a entrega de imóveis de baixa qualidade para usuários que no futuro terão sérios problemas nos imóveis. Vale lembrar que este programa é direcionado à famílias de baixa renda que não poderão arcar com as despesas de uma obra para materiais empregados, para evitar desperdícios, retrabalhos e futuras patologias na construção. “Nesse momento, onde Consultoria Assessoria Projeto em e Queimada para Cerâmica O Projeto de Fornos tetoSecagem plano G-Cota tem a opção de fibra de Cerâmica ou de placa de Refratários. Elaboramos Projetos de Fornos, Secadores e Layout para Pequenas e Grandes Produções. nosso setor perde uma fatia de mercado importante, inacreditavelmente para siste- reparos. “A qualidade precisa ser uma meta mas construtivos e produtos inferiores na nas construções habitacionais, o Governo qualidade de vida do morador, é a hora das não pode negligenciar esse problema e pequenas empresas de cerâmica vermelha empurrar para indenizações futuras”, expli- e sua cadeia produtiva se unirem em torno ca o diretor de Relações Institucionais da da Associação Nacional e de nossos Sindi- Anicer, Luis Lima. catos, em prol da unidade do setor. O mo- Segundo Lima, é indispensável avaliar pro- Consultoria Assessoria Projeto em Secagem e queima para cerâmica mento é de marketing e ação política nos fundamente os reais diferenciais competi- Estados, afinal em 2014 teremos eleições e tivos desses sistemas construtivos, como além da qualidade das obras, perto de 300 redução de prazos e custos, garantia da mil empregos diretos dependem da cerâ- qualidade e atendimento à Norma de De- mica vermelha”, finaliza o diretor 12 Vantagens da alvenaria estrutural com blocos cerâmicos: 1) Racionalização: maior produtividade, qualidade e menor custo 2) Bom desempenho e segurança estrutural 3) Maior rapidez e facilidade de construção 4) Simplifica o detalhamento do projeto e materiais componentes 5) Canteiro de obra mais limpo e ecológico: sem entulhos e restos de madeira 6) Permite a utilização de componentes pré-moldados 7) Redução de cerca de 30% no custo da construção 8) Redução no uso de concreto e ferragem 9) Redução na mão de obra de carpintaria e ferreiro 10) Economia no uso de madeira para formas 11) Menor número de equipes ou de subcontratados de trabalho 12) Extrema facilidade de supervisão da obra Contato: [email protected] (48) 3248-8039 / 3091-0039 9941-8918 / 9951-8934 Visite nosso site Revista da Anicer | nº 83 13 www.gcota.com.br METRO QUADRADO Arquitetura sustentável Arquiteta Renata França Marangoni - Escritório: + Inspiração Arquitetura | Foto Divulgação realmente necessitamos para morar e viver bem. Você precisa realmente deste espaço? Isso coloca em discussão a importância e os valores, não monetários, mas quais serão meus dividendos com a mãe terra. Assim, devemos construir somando o conhecimento “científico” do presente às sabedorias antigas e “não tão científicas” herdadas do passado, ampliando os espectros de alternativas e soluções tecnológicas inovadoras. Em 2009, surgiu o convite para realizar um projeto na Casa Cor Campinas. O tema chamou a minha atenção. Encantou-me o Graduada em Arquitetura e Urbanismo “Ser sustentável é saber viver dentro da capacida- nome de Casa Infantil Sustentá- pela Pontifícia Universidade Católica de de suporte do nosso planeta e está diretamente vel. Com o desafio aceito, come- ligado ao consumo. A arquitetura está relacionada cei a pesquisar sobre arquitetura com a maneira que o homem constrói e modifica holística. O projeto pretendia criar o seu ambiente. Dessa forma, pensar uma arquite- espaços que promovessem as tura sustentável é pensar o homem integrado com sensações e percepções por meio a natureza, e não algo fora dela. Requer, como pre- da interação do edifício com ele- missa básica, modificar esse ambiente de manei- mentos terra, fogo, ar, água e éter. ra consciente, gerando o menor impacto possível criada por Renata, tinha formato de O ponto positivo de projetos sus- à natureza. Quando alguém me pergunta qual e o sapo e apresentou um conceito sus- tentáveis é a ideia de atitudes espaço mais importante na arquitetura sustentá- mais saudáveis que garantam às tentável. As plantas já existentes no vel, respondo que é aquele que não construo, pois futuras gerações condições para local foram integradas ao ambiente, para cada metro quadrado construído, extraímos que o planeta continue se desen- transformando o espaço em uma ver- bens preciosos da mãe terra. Sendo assim, a pri- volvendo em toda sua diversidade dadeira casa na árvore. meira pergunta a ser feita diz respeito àquilo que de vida. Já como ponto negativo, de Campinas e mestre em Engenharia Civil pela UNICAMP, Renata Marangoni é natural de Catanduva – SP e desenvolveu um projeto premiado na Casa Cor Campinas em 2009 como “melhor projeto sustentável”. A Casa Infantil, 14 Revista da Anicer | nº 83 temos que a transformação do ambiente natural mento de sensações de bem estar físico, emocional em ambiente construído consome entre 40% e 50% e espiritual. Pensar um edifício saudável é pensar na dos recursos extraídos do planeta pela civilização qualidade de vida do usuário e em suas consequên- e geram 50% dos resíduos sólidos urbanos produ- cias benéficas ao ambiente natural. zidos. Desta forma, a construção civil é uma das Ao intervir no ambiente natural, é de extrema im- grandes vilãs para o alto impacto ambiental. portância identificar o sentido do lugar. Algo espe- A Casa Sapo foi uma experimentação e um desa- cial em relação ao local, único, vivo e evolutivo e, fio. Eu nunca havia projetado algo especificamente ao mesmo tempo, envolver a população local. Usar sustentável, apesar de já utilizar muitas premissas com parcimônia os recursos energéticos, além de em meus projetos, sabia que deveria me debruçar gerar energia, considerando um excedente. Reduzir em pesquisas acadêmicas e de mercado para aliá- o uso, reusar e selecionar matérias menos impac- -las às minhas decisões projetuais. tantes ao ambiente, reduzir a escala e maximizar a Para pensar nos benefícios da construção sustentável é necessário pensar não somente na edificação em si mas em um novo modo de se habitar e construir, que abrange, no mínimo, 5 dimensões im- durabilidade das edificações. Enriquecer o ambiente construído sem prejuízo ao ambiente natural. Utilizar como premissas básicas os 3 erres: renovar, reciclar e reutilizar os recursos naturais. portantes: social, equidade na distribuição de bens O caráter interdisciplinar com o envolvimento de e rendas; econômica, em termos macrossocial e de equipes diversas também se faz necessário na ela- desenvolvimento da população; ecológica, no que boração de um projeto sustentável. A realização de se refere aos recursos naturais; geográfica, onde as configurações rural e urbana se tornem mais equili- Espaço para brincadeiras e atividades com decoração de elementos circenses. A arquiteta e engenheira civil Renata Marangoni oficinas e discussões participativas facilita o caráter holístico e sistêmico da arquitetura sustentável. bradas; e cultural, valorizando as especificidades lo- E é caro ser eco sustentável? Depende da matemá- cais e suas raízes. Contribui também no estabeleci- tica que se utilizar nessa conta. Só se a natureza Revista da Anicer | nº 83 15 METRO QUADRADO O espaço se conectou com a natureza da área externa da construção garantir a qualidade do produto com baixo impacto. Posso citar, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), AQUA e ACV (Avaliação do Ciclo de Vida). A ACV é uma ferramenta muito eficiente para auxiliar na avaliação da sustentabilidade do material empree o ser humano forem considerados uma conta barata. Mas se a conta for monetária, ela exige um pouco mais de investimento na área e de valorização social no ciclo, sendo recuperado no decorrer de alguns anos e tornado excedente após isso. Pensar de maneira sustentável é dar valor agregado a tudo. Quanto mais se investir em consecuções sustentáveis mais reduções teremos nos custos finais de uma obra. Existem vários instrumentos que incentivam a sustenta- produto são avaliados, desde a aquisição da matéria-prima, fabricação do produto, transporte, instalação, operação, manutenção, reciclagem até o gerenciamento de resíduos, colaboram com a análise da sustentabilidade do material. A cerâmica vermelha já suscita em nós a memória e está ligada à dimensão afetiva, recorda a infância e apresenta vários pontos positivos, conforme mostra a ACV. A argila é uma matéria-prima utilizada pelo homem desde a pré-história e traz consigo, além de suas transformações, uma sabedoria ancestral de vários povos. Sua plasticidade e diversidade no uso afirmam as características positivas do bilidade: o Estatuto da Cidade e a Agenda 21, que apre- produto gerado. A durabilidade do produto também deve ser levada em sentam pontos básicos e indicadores importantes para conta. Outro item favorável à utilização da cerâmica é o que diz respeito prevenir e combater a degradação ambiental. Entre eles, à sua logística, onde sua abrangência está bem abaixo do indicado para a redução de desperdício dos recursos naturais, financei- a Avaliação do Ciclo de Vida dos materiais, que permite até 800 km de ros e humanos, a redução do volume de lixo e seu trata- raio e a cerâmica abrange no máximo 250 km. mento, a melhoria na condição de moradia, saneamento e provisão de água, melhoria na saúde e educação, oportunidades de cultura, lazer, recreação e trabalho, acesso à informação e processos de tomada de decisão. 16 gado no projeto. Nessa metodologia, todos os estágios da vida de um Tenho visto alguns projetos onde a cerâmica é utilizada de maneiras inovadoras. Conforme Lyle, o edifício é mediador entre sol e terra. Portanto, projetar a edificação de forma a controlar o fluxo de energia (calor) para obter conforto térmico no interior da construção é uma estratégia Outra forma são as certificações verdes, que apresentam imprescindível nos projetos de arquitetura sustentável e a cerâmica é alguns instrumentos de avaliação ambiental que visam um ótimo aliado para revestir a obra Revista da Anicer | nº 83 jcb Revista da Anicer | nº 83 17 INOVAÇÃO Senai inicia atividades de institutos de inovação Até 2014, oito institutos apoiarão indústrias na área de pesquisa e desenvolvimento Por Carlos Cruz D 18 urante visita à Alemanha para par- A previsão é que 24 Institutos Senai de berão os institutos, Lucchesi discutiu com ticipar do WorldSkills Leipizig 2013, Inovação estejam funcionando até 2015. técnicos do Fraunhofer os detalhes para o maior torneio de educação profissional Neles, serão desenvolvidos projetos para o início das atividades. O modelo adota- do mundo, o diretor-geral do Serviço Na- todos os portes de empresas. Os institu- do pela Alemanha desde 1946, que inte- cional de Aprendizagem Industrial (Senai), tos facilitarão os processos de pesquisa gra instituições de pesquisa, empresas e Rafael Lucchesi, anunciou, na capital Ber- e desenvolvimento das grandes empre- governo, vai inspirar o funcionamento dos lim, o início das atividades de oito Institu- sas e ajudarão as pequenas e médias institutos no Brasil. tos Senai de Inovação. O primeiro deles, indústrias a inovar e formar parques tec- Conforme o diretor do Fraunhofer IPK, de eletroquímica, começará a funcionar nológicos. “A inovação é o principal fator Eckart Ulhmman, o Brasil está em um ainda este ano em Curitiba, no Paraná. Os de competitividade na indústria. Por isso, momento propício para promover a ino- outros sete devem começar as atividades queremos criar no Brasil uma rede que vação. “A indústria tem consciência de até dezembro de 2014. Implantados em opere de forma similar ao que ocorre na que só será mais competitiva se inovar”, cidades onde o Senai já oferece serviços Alemanha”, afirmou Lucchesi, durante destacou Ulhmman. Já o vice-presidente, de inovação, os institutos ajudarão a in- visita técnica a uma das 66 unidades do Alexander Kurz, ressaltou que o processo dústria brasileira a colocar no mercado Instituto Fraunhofer, em Berlim. Acompa- de inovação deve ocorrer, principalmente, produtos de maior valor agregado e ga- nhado pelos presidentes das 14 federa- entre as pequenas e médias empresas. nhar competitividade. ções de indústrias de estados que rece- “Sabemos que inovação é considerado Revista da Anicer | nº 83 um processo caro, mas aqui desenvolve- (MIT), dos Estados Unidos, o Instituto Po- Senai vai implementar 66 Institutos Senai mos projetos que custam cerca de 3 mil litécnico de Milão, além de organizações de Tecnologia (ISTs) em todo o país. Eles euros com impacto e retorno altos. O Bra- na China e em Israel, para fortalecer a ino- oferecerão serviços laboratoriais, consul- sil pode seguir o mesmo caminho com os vação no Brasil. institutos do Senai”, avaliou Kurz. torias técnicas especializadas e desenvol- O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, vimento de produtos e processos indus- Os investimentos previstos para a criação ressaltou que esta é uma excelente opor- triais. Os ISTs serão especializados em dos institutos de inovação fazem parte tunidade para os produtores de cerâmica das ações do Programa Senai de Apoio à vermelha de todo o país conseguirem os Competitividade da Indústria, que recebe- investimentos necessários ao crescimen- rá aproximadamente R$ 3 bilhões. Desse to e à expansão dos seus negócios. “Os total, R$ 1,5 bilhão vem de financiamento ceramistas deverão se unir e procurar o e bebidas, química, petroquímica, auto- do Banco Nacional de Desenvolvimento seu sindicato que irá propor a parceria mação e TI, entre outros. Econômico e Social (BNDES) e a outra com a federação de indústrias do estado. parte de recursos próprios do sistema in- Excelentes oportunidades estão surgindo dústria. Os oito institutos anunciados em e é preciso estar atento para aproveitá- Berlim foram os primeiros a prepararem o -las. Investir em inovação é o grande dife- plano de negócios para o BNDES, por isso rencial para alcançar uma maior competi- já podem ter acesso aos recursos. tividade”, declarou Gonçalves. necessidades da indústria. O Senai também já realizou parcerias com TECNOLOGIA - Ainda dentro do Programa Mais informações sobre os ISTs no o Massachussets Institute of Technology de Apoio à Competitividade da Indústria, o Portal da Indústria www.cni.org.br setores priorizados no Plano Brasil Maior, do governo federal, tais como: tecnologia da informação, construção civil, alimentos Os institutos de tecnologia também poderão ofertar cursos técnicos de alto nível e cursos de graduação para a formação de mão de obra qualificada para atender as Revista da Anicer | nº 83 19 MERCADO Aquecimento de mercado para Linha Amarela Guia Sobratema de Equipamentos demonstra boas perspectivas nas vendas de máquinas no Brasil Por Manuela Alves | Fotos: David Majella vendidas chegue a aproximadamente 29,7 mil. O estudo mostra ainda que as vendas de equipamentos para construção fabricados no Brasil serão elevadas de forma mais acelerada que os importados a partir do segundo semestre de 2013, devido à política de crédito especial para máquinas do Programa de Sustentação do Investimento – PSI, do BNDES, e pela desvalorização cambial do primeiro semestre. Esses dados projetam uma perspectiva que pode inclusive apresentar um número recorde de vendas e crescimento de 13%. Já as vendas de equipamentos de movimentação de terra no exterior apresentam uma média de 9%, o que mostra que o Brasil continua sendo um merca- U m estudo divulgado no final de 2012 sobre o mer- Pesquisa da Sobratema aponta crescimento médio anual de 10,42% até 2017. cado brasileiro de equipamentos para construção, elaborado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção – Sobratema e publicado no Guia Sobratema de Equipamentos 2012-2014, apresenta um cenário promissor para os próximos anos. do promissor, apesar do menor volume de equipamentos comercializados. O vice-presidente da Sobratema, Silvimar Fernandes Reis, explica como os fabricantes brasileiros de linha amarela podem se beneficiar com a demanda de obras e ações do governo federal. “O segmento tem se beneficiado bastante do bom momento vi- 20 Revista da Anicer | nº 83 De acordo com a pesquisa, o setor da chamada linha vido pelo país com a realização de obras de in- amarela, até 2014, terá uma taxa de evolução maior em fraestrutura e de equipamentos esportivos para decorrência da retomada das obras do PAC e das pos- a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. síveis concessões previstas nos modais rodoviário, fer- A tendência é continuar crescendo a venda de roviário, portuário e aeroportuário. Além disso, terá um equipamentos e máquinas, incluindo os da cha- crescimento médio anual de 10,6% até 2017. Para este mada linha amarela, principalmente em função ano, a expectativa é de que a quantidade de máquinas de anúncios recentes de novas concessões pú- blicas em rodovias, ferrovias e portos”. A pesquisa destaca que a confirmação das boas perspectivas também depende de fatores que envolvem outros indicadores, como a economia em geral, a política cambial, os juros e o andamento dos projetos de infraestrutura. A expectativa dos clientes. Temos uma meta de não termos ocorrência até a primeira revisão Guia Sobratema de Equipamentos de 250 horas. Na aquisição da máquina nova, ofertamos a melhor condição de financiamento e recebemos a máquina usada do cliente”, finaliza Ribeiro. O Guia Sobratema de Equipamentos 2012-2014 reúne e organiza informações e especificações de 1.674 equipamentos nacionais e importados, PROJEÇÕES ATÉ 2017 de 108 fabricantes distintos. Dividido O Estudo Sobratema do Mercado Brasi- em 35 famílias – três a mais do que a leiro de Equipamentos para Construção versão anterior, quando ainda era de- também apresenta projeções para a nominado Anuário Brasileiro de Equi- venda de máquinas até 2017, cujo cres- pamentos para a Construção –, tem cimento médio anual será de 10,42%. o intuito de contribuir na tomada de Até 2014, a taxa de evolução será maior decisão de executivos e no trabalho em decorrência da retomada das obras de engenheiros e técnicos responsá- Para o diretor comercial da Conterrâ- do PAC e das possíveis concessões pre- veis pela operação e produtividade nea Máquinas – LiuGong, Igor Ribeiro, vistas. A partir de 2014, ano eleitoral, a das máquinas. o governo tem investido pouco no setor. estimativa de crescimento médio cai Ribeiro enumera as maiores dificulda- Uma das novidades desta edição é para 8% até 2017. a versão para tablets e smartpho- dade do governo de dar continuidade Abrangendo os principais equipamen- nes, com sistemas operacionais iOS às grandes obras de infraestrutura e a tos da chamada linha amarela (terraple- e Android. A novidade foi implantada programas habitacionais, a dificuldade nagem e compactação), além de gruas, objetivando levar mais mobilidade na de aprovação do crédito para as empre- guindastes, portáteis, tomada de decisão de executivos e sas com ausência de critérios claros e plataformas aéreas, manipuladores te- empresários do setor ao que se refe- os altos impostos sobre produtos es- lescópicos, tratores agrícolas e cami- re à comercialização, locação e utili- trangeiros, que aumentaram os preços nhões utilizados por construtoras, o es- zação de equipamentos. do produto nacional”. tudo é editado desde 2007. A versão para dispositivos móveis Para a maioria dos fabricantes, impor- A compilação e análise dos dados con- conta com as mesmas funcionalida- tadores e usuários de equipamentos ta com as consultorias econômicas do des do DVD que acompanha a edição ouvidos para a elaboração do estudo de jornalista britânico Brian Nicholson e do impressa, excetuando-se o progra- mercado, as expectativas em relação ao professor da PUC-SP, Rubens Sawaya. ma que permite realizar compara- próximo ano apontam para um cresci- O estudo de mercado permite o dimen- ções entre equipamentos de diversas mento entre 5% e 20% nas vendas da sionamento da importância econômica marcas e modelos. Para ter acesso linha amarela. “Temos investido em su- do setor e também das políticas que ao Guia no tablet e no smartphone, porte ao produto através da rápida dis- facilitam a aquisição de equipamentos basta fazer o download do aplicativo ponibilidade de assistência técnica, um modernos e eficientes, além de ser um nas lojas iTunes e Google Play. estoque de peças diversificado e trei- instrumento útil de planejamento para Fonte: Sobratema namento de nosso pessoal de campo e as empresas do setor positiva para o setor se deve, sobretudo, ao anúncio feito pelo governo federal de várias medidas para estimular a economia, entre as quais um programa de concessões para a iniciativa privada em rodovias, ferrovias e projetos de infraestrutura, com parcerias público-privadas. des de negócios no Brasil: “a incapaci- compressores Revista da Anicer | nº 83 21 TENDÊNCIA DE MERCADO Livros, luz e sombras Jogo de luz serve como principal conceito atrativo para biblioteca na Polônia Por Manuela Souza | Fotos: Jakub Certowicz, Tomasz Zakrzewski 22 Revista da Anicer | nº 83 P rojeto vencedor de um concurso lançado pela Universidade da Silésia, na Polônia, o Centro de Informação Científica e Bi- blioteca Acadêmica – CINiBA, foi considerado o melhor edifício construído na Polónia entre 2000-2012 na 7ª edição do “Life in Architecture”, prêmio organizado pela revista “Architektura Murator”. A biblioteca, que também ganhou na categoria prédios públicos, está localizada no cruzamento do eixo leste-oeste, que forma a espinha dorsal do campus. Sua fachada é revestida com placas cerâmicas em tamanhos diferentes e que foram posicionadas com espaços entre elas, o que permite a entrada de luz no interior do prédio, sem comprometer a integridade do acervo da biblioteca. À noite, as frestas de luz formam um mosaico no interior do prédio com a luz que vem de fora. A altura do prédio foi determinada pela altura média dos prédios ao redor do campus da universidade. A elevação norte, um pouco mais alta, enfatiza a posição e a função da construção, que está em diálogo com os altos edifícios existentes que fecham o eixo. O isolamento do mundo externo influencia a atmosfera do ambiente, como deve ser uma biblioteca e orienta um fluxo de tempo diferente do barulho do centro da cidade Revista da Anicer | nº 83 23 CONHEÇA O SEU PRODUTO CSP destaca casos de sucesso no sudeste Cerâmicas do interior de São Paulo contam suas experiências de sucesso após a execução do projeto Por Manuela Souza | Foto Divulgação A pós apresentar excelentes resultados nas regiões nordeste, norte, centro-oeste e sul do Brasil, chegou a vez das cerâmicas do sudeste comprovarem o sucesso do projeto Conheça o Seu Produto pela Avaliação da Conformidade. Resultado de uma parceria entre a Anicer e o Sebrae, o Conheça garante a realização de consultoria gratuita para melhorias e 24 boratoriais dos produtos. Ao promover a cultura dos ensaios, o Conheça tornou possível conscientizar os que avançaram em competitividade e na contribuição com a sustentabilidade. fabricantes sobre a importância de apri- Na Cerâmica São Pedro, situada no muni- morar a relação entre o seu produto e o cípio de Coronel Macedo, os consultores consumidor, e facilitou a qualificação das do projeto orientaram a construção e o empresas nos Programas Setoriais da equipamento de um laboratório de testes, Qualidade de telhas e blocos cerâmicos. onde os ensaios realizados proporciona- correções dos processos produtivos, e Entre as empresas aderidas ao projeto no custeia 70% dos valores dos ensaios la- estado de São Paulo, estão as cerâmicas Revista da Anicer | nº 83 São Pedro, João de Barro e Palma de Ouro, ram maior eficiência do secador e otimizaram as curvas de queima dos fornos, reduzindo o consumo de combustíveis. A mentos permitiu a fabricação de blocos mica foi o desenvolvimento de três novas cerâmica também implantou um controle, maiores, inclusive estruturais, com me- peças da família de blocos estruturais. através de formulários, com dados de pro- lhor uniformidade, resistência e menores Agora, a João de Barro também fabri- dução, qualidade, ocorrências, quantidades índices de quebras e retrabalhos. Com a ca o bloco 14x19x39 e o de amarração produzidas e descartadas. Esses dados ajuda da consultoria oferecida pelo pro- 14x19x34, além do bloco de vedação de são recolhidos e analisados diariamente e grama Conheça o Seu Produto, a João de 11,5 de largura e 9x19x39 com furos ver- hoje servem como fonte para reuniões com Barro também construiu e equipou um ticais. Esta iniciativa já rende novos pedi- o comitê da qualidade. A mudança serviu laboratório de testes, onde os ensaios re- dos e lucros para a fábrica. “O aumento para guiar o ajuste nas máquinas de produ- alizados possibilitam ajustes na compo- no nosso faturamento foi muito grande, ção e aumentou consideravelmente a efi- sição da massa, regulagem de boquilhas nós tínhamos uma venda de bloquinhos, ciência de todo o processo de fabricação. e alterações na curva de queima dos for- que trabalha com valores em torno de nos, garantindo a qualidade do produto 30% do valor do bloco estrutural, então final. “Com o conhecimento implantado essas novas peças incrementaram de pela consultoria da Anicer junto com o maneira positiva o meu faturamento”, Sebrae, nós conseguimos ver a retração explica o proprietário da Cerâmica João da nossa argila e a umidade com que de Barro, Pedro Braz Alves. Além disso, a São Pedro mudou o seu sistema de secagem, que gerava um manuseio excessivo e lentidão no processo. Agora, as ações de transporte e armazenamento são executadas com suporte de equipamento mecânico com vagonetas e empilhadeiras, o que trouxe como resultado a diminuição da remontagem do produto na área de secagem e o aumento da produtividade, com menor utilização de mão de obra. “Com a ajuda do laboratório, descobrimos que o nosso material precisava de uma secagem mais lenta, o que nos proporcionou menos trinca e mais rendimento. Com a implantação do controle de processos, observamos melhor os resultados e evitamos desperdício na produção. Já com o processo de au- estamos extrudando ela, para regular a boquilha e a maneira do corte, evitar perdas por trincas, empenamento e diferenças no tamanho do produto e ajustar também a curva de queima dos nossos fornos. Hoje, nós podemos fazer produtos com qualidade e afirmar que o nosso produto é bom o bastante para concorrer lá fora e trazer a satisfação do cliente”, comemora Antônio Augusto Alves, laboratorista da Cerâmica João de Barro Uma outra mudança realizada pela cerâ- a produtividade”, explicou Arlindo Soldera, proprietário da Cerâmica São Pedro. A cerâmica João de Barro, localizada na cidade de Taquarituba, investiu na compra de um novo conjunto de máquinas e agora trabalha com laminador, maromba e misturador de última geração. Essa mudança gerou aumento da produção e diminuição do tempo de trabalho, eliminando horas extras. Além disso, a qualidade dos equipa- produto, a Cerâmica Palma de Ouro, situada no município de Elias Fausto, criou e implantou listas de verificação para cada fase do processo de fabricação, onde funcionários treinados possuem um roteiro de checagem dos equipamentos antes do início da produção, o que previne acidentes e melhora a produção das peças. “O controle de extrusão nos trouxe um ganho muito importante no processo produtivo. Nós reduzimos hora de máquina trabalhando e a perda final do tomatização, diminuímos a mão de obra no deslocamento das peças e aumentamos Com a meta de elevar a qualidade do seu Os ensaios ainda estão disponíveis e a meta é atender a 400 cerâmicas de todo o Brasil, sendo 250 fabricantes de blocos e 150 de telhas. produto, melhoramos a qualidade, conseguimos um peso estável do produto e diminuímos as patologias no processo produtivo”, disse o proprietário da Cerâmica Palma de Ouro e atual presidente da Acervir, Sandro Roberto da Silveira. A orientação da consultoria do Conheça o Seu Produto, também permitiu que a cerâmica desenvolvesse controles no processo de extrusão, incluindo um relógio que registra o tempo efetivo de proRevista da Anicer | nº 83 25 CONHEÇA O SEU PRODUTO dução. Agora, o controle de qualidade pode modernos, econômicos e eficientes. A mu- tuita para melhorias e correções dos pro- medir a eficiência e identificar as principais dança gerou a redução do ciclo de queima, cessos produtivos, atendendo a 120 cerâ- causas de paradas não programadas, o do consumo de combustíveis e da varia- micas de todas as regiões. Já os ensaios que gerou um melhor aproveitamento dos ção de temperatura na carga do forno, o ainda estão disponíveis e tem como meta equipamentos. Silveira entende a importân- que proporcionou a produção de blocos atender a 400 cerâmicas de todo o Brasil, cia na conquista do selo do PSQ para a sua com características mais uniformes. “O sendo 250 fabricantes de blocos e 150 de cerâmica: “Nossa decisão em aderir ao PSQ forno metálico nos trouxe vários ganhos. telhas. As empresas que fazem parte do teve duas influências: a primeira, o nosso Ganhos em consumo de combustível, qua- Conheça podem conquistar o PSQ com desejo em melhorar a qualidade do nos- lidade da queima final dos produtos, núme- mais facilidade e a custos menores. Com so produto final; a segunda foi que alguns ro de colaboradores para fazer o mesmo os produtos já ensaiados, as não confor- clientes, algumas construtoras, requisita- trabalho e a possibilidade de mecanização midades detectadas e com maior garantia vam uma empresa qualificada e essa deci- do processo produtivo”, finaliza Silveira. de qualidade, o valor de mercado dos ma- são nos trouxe alguns processos que antes não tínhamos, tipo checklist, em que checa- Iniciado em janeiro de 2010, o Conheça o Seu Produto custeia 70% dos valores dos Empresas interessadas nos en- ensaios laboratoriais dos produtos e as saios do projeto devem entrar em Além disso, a Palma de Ouro substituiu os empresas aderidas ao programa pagam contato pelo telefone: (21) 2262- antigos fornos intermitentes, redondos e apenas 30% dos custos. O projeto também 0545 ou enviar e-mail para: Abóbada, por fornos móveis, que são mais garantiu a realização de consultoria gra- [email protected] mos cada etapa do processo produtivo”. bmc 26 teriais qualificados naturalmente é maior. Revista da Anicer | nº 83 Cases de sucesso em Pernambuco e no Paraná PERNAMBUCO Cerâmica Elsa - A Cerâmica Elsa tem 73 funcionários e produz, mensalmente, mais de um milhão de blocos. Após a adesão ao programa, instalou uma unidade de preparação de massa que melhorou o aproveitamento da argila e as propriedades da massa, gerando produtos de maior qualidade. Além disso, o número de paradas na produção para a troca do arame de corte passou a ser realizado em horários fixos, o que gerou um maior rendimento. “Com o trabalho da Anicer e do Sebrae na cerâmica, nós tivemos um ganho de produção com a diminuição de horas paradas da máquina e melhoria na qualidade da massa. Essa mudança acarretou o aumento na confecção de blocos, bem como o aumento no salário dos funcionários que recebem por produção”, explicou a sócia-gerente, Elsa de Oliveira. Cerâmica Kitambar - A Cerâmica Kitambar inovou com a utilização de resíduos como combustível, impulsionando uma produção mais sustentável e instalou um laboratório dentro da fábrica para controle de qualidade da produção. Agora, baseado na Norma 15310, o laboratório realiza ensaios dimensionais no produto além de absorção de água, impermeabilidade e resistência à compressão. “A queima de resíduos é a principal inovação da Cerâmica Kitambar. Nós antigamente queimávamos somente com lenha e hoje utilizamos a casca do coco e o pó de serra, o que nos trouxe benefícios tanto em relação à economia de queima e de combustível quanto na qualidade do material produzido”, esclarece o laboratorista Fábio Batista. Com 35 anos de existência, a Kitambar possui 3 unidades de produção, duas em Tacaimbó, que produz blocos, e a unidade de Caruaru, que produz telhas e recentemente conquistou o selo PSQ de telhas. “Contratamos uma consultoria permanente durante o período de um ano e montamos um centro de controle da qualidade, o que trouxe melhoria e uniformidade ao nosso produto. O resultado desse trabalho foi a conquista pela cerâmica do PSQ nacional de telhas”, avalia o diretor industrial, Antônio Tavares. Cerâmica Buenos Aires - Fundada em 1996, a Cerâmica Buenos Aires tem hoje 160 funcionários, produz uma média mensal de 4 milhões de blocos e com a organização da unidade produtiva, melhorou o aproveitamento dos espaços, numerou os galpões e tornou mais eficiente a secagem dos blocos. Além disso, implantou um sistema de paletização que facilitou o transporte e gerou resultados positivos ao diminuir perdas e tornar o produto mais apresentável. A mudança no layout das máquinas da produção também trouxe diversos benefícios à cerâmica, que já está implantando o novo formato. “A adesão ao programa foi importante e melhorou bastante a nossa produção. Antes o trabalho parava constantemente e não conseguíamos identificar os motivos. Hoje possuímos dados em que conseguimos identificar rápido o problema para solucionar o entrave”, constatou o gerente, José Vicente. PARANÁ Cerâmica São Luiz - Localizada no município de Pato Bragado, a Cerâmica São Luiz é uma empresa familiar que completa 49 anos de mercado e apresenta um quadro de 46 colaboradores. Sua produção é de 380 mil peças sendo 300 mil telhas Francesas e Marselhesas e 80 mil blocos 9x14x24. Foram estabelecidas metas pelo Conheça o Seu Produto pela Avaliação da Revista da Anicer | nº 83 27 CONHEÇA O SEU PRODUTO Conformidade que integram melhorias na produção e o cuidado com o meio ambiente. A redução do ciclo da queima e do consumo de serragem nos fornos proporciona menor impacto ambiental e diminui o custo operacional. Além disso, a troca no molde de bastão de rebarba reduziu a utilização da massa, evitando o desperdício do modelo antigo e aumentando sua capacidade – a produção passou de 600 para 950 telhas. A consultoria foi também aplicada na secagem, reduzindo o tempo e o combustível utilizado com o reaproveitamento do calor gerado. “Através do programa Conheça o Seu Produto, da Anicer e do Sebrae, a nossa empresa conseguiu trabalhar a diminuição da energia elétrica, do desgaste de nossos equipamentos e a redução do consumo de óleo desmoldante”, relata o sócio proprietário da Cerâmica São Luiz, Reinaldo Scherer. Cerâmica Pasquali - Situada no município de Missal, a Cerâmica Pasquali é uma empresa familiar em atividade desde 1973. Com o auxílio de 20 colaboradores, produz 450 mil peças por mês de blocos cerâmicos dos tipos 9x14x19, 9x14x24 e 11,5x14x24. Os operadores receberam treinamento para a regulagem de boquilhas, sob a supervisão do laboratorista da cerâmica. A ação reduziu o índice de quebra durante o processo de secagem e deformações na queima. “Antes da implementação do programa Conheça Seu Produto, da Anicer e do Sebrae, tínhamos uma produção que não estava conforme as normas exigem. Hoje, com a re- Automatismo de Carga gulagem e o acompanhamento, temos um produto uniforme e dentro das normas”, relata Leandro Friedrich, laboratorista da Pasquali. O controle de resíduos da argila e da massa também foi implantado, servindo de guia no ajuste das máquinas da produção e aumentou a eficiência na fabricação. Todo material descartado é separado para posterior incorporação na massa, diminuindo o impacto na extração da argila e o desperdício. Cerâmica Vista Alegre - Fundada em 1976, na cidade de São Miguel do Iguaçu, a Cerâmica Vista Alegre trabalha hoje com 20 colaboradores que auxiliam na produção de 1.500 a 1.800 toneladas de blocos cerâmicos por mês. A consultoria do Conheça o Seu Produto fez com que a Vista Alegre construísse um laboratório para análises, onde os resultados dos ensaios melhoraram a eficiência do secador e aperfeiçoaram a curva de queima dos fornos, reduzindo os custos de combustíveis. “O laboratório serve como uma ferramenta para que, quando o produto for analisado por outro laboratório, ele esteja dentro da norma e qualificado”, explica o proprietário da cerâmica, Elizandro Pasquali. O método de sazonamento da argila foi iniciado para melhorar a qualidade da massa e otimizar sua extrusão, Automatismo de Descarga facilitando a adaptação aos moldes e cortes. A consultoria também apontou a necessidade de ampliação da fábrica, que passou de 4.600 para 6.200 m², onde serão Visite nosso Site: 28 Revista da Anicer | nº 83 www.zuccoequipamentosceramicos.com.br construídos um novo secador e um forno mais moderno, econômico e eficiente. Integrantes comemoram os resultados positivos Com o objetivo de esclarecer aos ceramistas sobre a importância tamares de excelência na indústria cerâmica, visando à qualidade da realização dos ensaios laboratoriais e os benefícios que esta ini- e à contínua avaliação dos nossos produtos”. Fagner Rigonato de ciativa proporciona, o Conheça o Seu Produto aprimora a gestão e a Andrade, da Cerâmica Santa Maria - MG produção da fábrica de cerâmica. O produto que desde a sua concepção é qualificado não desperdiça mão de obra, matéria-prima e “Após a implantação do Conheça o Seu Produto, a Cerâmica Bom energia no processo, diminuindo seus custos. Satisfeitos com os Jesus vem conquistando uma maior fatia do competitivo mercado resultados do Conheça, representantes de cerâmicas do Brasil dão de cerâmica vermelha, pois produtos com garantia de qualidade o seu depoimento: têm uma maior aceitação por parte dos clientes. Estamos reduzin- “A nossa empresa sempre se preocupou com a qualidade, e há do consideravelmente as perdas e, consequentemente, poupando alguns anos, em parceria com a Anicer e o Sebrae, e através do os recursos naturais e contribuindo para o desenvolvimento sus- programa Conheça o Seu Produto, passamos a realizar ensaios tentável da indústria. Contudo, reduzimos custos e agregamos va- e a analisar os produtos periodicamente, nos qualificando para o PSQ BC. Com este projeto, e com o auxílio e incentivo dos técnicos da Anicer, conseguimos treinar e qualificar nossos funcionários e estamos investindo na fábrica e na construção de um forno Túnel, que irá colaborar com a qualidade do produto”. Romário Schaefer, diretor da Cerâmica Stein - PR lores ao nosso produto, buscando com isso uma maior rentabilidade”. Mário Henrique de Mattos e Silva, da Cerâmica Bom Jesus - PE “Para a Telha Vermelha, foi necessário um bom acompanhamento de todas as etapas do processo e o CSP trouxe a percepção de melhoria contínua e um pouco mais de conhecimento técnico. Fi- “A participação no Conheça propiciou a implantação de controles camos felizes em contribuir para o desenvolvimento do segmento de produção e qualidade, através dos quais identificamos a origem de cerâmica vermelha no Brasil e a parceria Anicer-Sebrae diminuiu dos problemas e melhoramos nossa produtividade. Passamos a realizar ensaios de nossas telhas nos laboratórios credenciados mais frequentemente e com a confirmação da qualidade aderimos os custos, nos incentivando a continuar investindo na qualidade”. Jackson Thiago Cavalcante, gerente geral da Telha Vermelha - PA ao PSQ de telhas cerâmicas. Os dados obtidos nos laboratórios e “O Conheça Seu Produto trouxe inúmeras melhorias para nossa nos controles diários da produção são analisados pela equipe da empresa, como a redução das perdas do processo produtivo, do qualidade e exibidos em um mural, como um estabelecimento de metas”. Maiara Cardoso, diretora da Cerâmica Bellatelha - SC “Esse programa nos trouxe inúmeras melhorias. Toda a parte técnica que antes nos faltava, hoje executamos com qualidade e eficiência. Através do conhecimento podemos manter um padrão de qualidade alto devido aos testes laboratoriais realizados diariamente. Além disso, hoje utilizamos esse material como proce- consumo de combustível da queima, melhoria na qualidade dos produtos, melhor utilização dos galpões de secagem e aumento da resistência da lajota. No mundo globalizado, ser competitivo é questão de sobrevivência e um projeto como esse tem a capacidade de alertar as empresas sobre a importância da otimização do uso dos recursos naturais, econômicos e humanos, e uma boa ges- dimento padrão em busca da qualidade contínua. Hoje é de vital tão desses recursos coloca as empresas em posição de vantagem importância a utilização da assessoria fornecida pela Anicer, a qual competitiva no mercado”. Márcio Penteado de Paula, administrador indica um caminho padronizado para que possamos alcançar pa- da Unidade Cerâmica (Grupo MBC) - MG Revista da Anicer | nº 83 29 PROJETOS INOVADORES Arte no Metrô Uma oportunidade para a cerâmica vermelha estar presente no Metrô de São Paulo Por Carlos Cruz espaço público do Metrô de São Paulo. De autoria do arquiteto e artista plástico Antonio Carlos Goper, o Mural Arrebalde é a mais nova obra a ser contemplada pelo projeto. Medindo 3,83 m de altura por 15,94 de comprimento, a peça é composta por tijolos cerâmicos maciços, Q uando a Estação Sé do Metrô de São Paulo foi inaugurada, há 34 anos, já com as primeiras obras de arte instaladas, sur- giu o momento de colocar em prática uma ideia que vinha sendo trabalhada desde a fundação da Companhia, em 1968: transformar as estações do sistema em galerias de arte subterrâneas e aproximar o cidadão dessas manifestações culturais. Eram esculturas, como as de Alfredo Ceschiatti e Marcelo Nitsche; e murais, como Perspectiva feita pelo artista Antonio Carlos Goper, arquiteto, artista plástico e assessor técnico do Sindicercon-SP os de Renina Katz, Cláudio Tozzi e Mário Gruber. Eles estão entre os primeiros artistas plásticos especializados em arte pública e esse pioneirismo despertou o interesse de pintores e escultores. Nascia, assim, o projeto “Arte no Metrô”, formalizado em 1988, que passou a estabelecer critérios e organizar o acervo de obras de arte contemporânea do Metrô de São Paulo. 30 Revista da Anicer | nº 83 piso cerâmico vermelho, preto e amarelo, litocerâmica, madeira reciclada, piso cimentício e pintura sobre parede. A instalação será montada na Estação Adolfo Pinheiro, situada na região de Santo Amaro, tradicional bairro de São Paulo. O lugar era um arrabalde, palavra em desuso, resgatada pelo artista para nomear o mural. Goper utilizou, como referência para o trabalho, sua memória afetiva dos arrabal- A intensa procura fez com que o Metrô instituísse, em 1990, a Co- des, hoje ditos subúrbios ou missão Consultiva de Arte, formada por representantes da Pinaco- periferias. Segundo ele, todos teca do Estado, do MASP, do MAM, do Instituto dos Arquitetos do os materiais usados estão li- Brasil - IAB, da Associação Paulista de Belas Artes - ABPA e por gados a esta memória, assim representantes das áreas de marketing e arquitetura do Metrô pau- como o desenho desenvolvi- listano. A função desta comissão é a de assegurar um processo de do. “Quando eu era criança, seleção criterioso e consistente para a escolha de projetos de arte uma das atividades na minha contemporânea, bem como sua adequação para ser instalada em casa era desenharmos com meu pai à noite. Eu ficava fascinado como as coisas iam surgindo no papel, tinha em mim um imenso desejo de poder fazer aquilo. Havia algo de mágico ali que eu queria descobrir e fazer. Ver uma linha percorrer o papel e ir aos poucos se transformando em algo é uma visão realmente mágica. Ainda tenho esse sentimento até hoje”, explica o artista. sente”, declarou. trô, se encontra em fase Mas o que poucos sabem, é que Antônio Carlos Go- de acabamento. Quando pronta, a expectativa é de per, o artista, é também que Antonio Pereira 46 mil pessoas passem Gomes, assessor técnico por ali todos os dias. Para do Sindicato da Indústria Goper, este é o momento da Cerâmica para Cons- ideal para a construção trução do Estado de São do mural, porém o projeto, Paulo Carlos (Sindicercon-SP). “Sempre me interessei por arte, particularmente pelo desenho e pintura, mas decisões pragmáticas que aproximadamente estimado em 80 mil reais, esbarra na dificuldade de conseguir patrocínio. O artista defende que a obra significará uma importante Para ele, a melhor condi- a vida exige me levaram a ção para a arte é que ela cursar arquitetura, onde vitrine para o setor de ce- seja pública. “Para mim, o desenho é instrumento râmica vermelha, que po- criar esse mural é um mo- básico e essencial. Essa derá explorá-la como fator mento excepcional. Poder decisão foi fundamental de marketing e associar a criar nessa condição, tor- em minha vida. Sempre imagem do mural ao seu nar sua obra uma obra pú- trabalhei com arquitetura, produto. blica, que milhares de pes- principalmente na área de soas entrarão em contato diariamente e que possivelmente serão tocados naquilo que se quis ofertar, que lhes dará outros significados e que esses novos significados escaparão do seu controle é algo fantástico. Ela não será somente minha, será de todos, será pública, e provavelmente me trará respostas e indagações que só uma obra com essa característica projeto, mas como pano Os maiores colaboradores de fundo sempre perma- receberão uma gravura nu- neceu um grande inte- merada e assinada pelo ar- resse pela arte. Em 1993, tista e terão, como contra- depois de um período de partida, o uso da imagem trabalho em Brasília, re- em peças de marketing e tornei a São Paulo com o registro de sua partici- uma decisão: ou dedicaria um tempo ao artista ou desistiria dessa ideia definitivamente. Como se pação em uma placa de identificação na estação, próxima ao mural. vê, o artista ganhou essa Os contatos poderão ser parada e esse espaço”, realizados com o próprio relembra Goper. artista pelo email antonio- pode propiciar ao artista. Atualmente, Estação [email protected] ou pe- Para mim, é um enorme Adolfo Pinheiros, que in- los telefones (11) 99114- desafio e um enorme pre- tegra a Linha Lilás do Me- 8433 e (11) 3284-4955 a Revista Rev Re R ev evist is stta da s da A Anicer nic n iic ce err | n nºº 8 83 3 31 32 Revista da Anicer | nº 83 Não deixe a qualidade fora da sua empresa! C onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer, entidade mantenedora dos programas, que está mudando o padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Você sabia? Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes e comerciantes devem fornecer produtos de acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei! Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo! Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128 Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites: www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h [email protected] Revista da Anicer | nº 83 14 15 16 6 17 7 18 8 19 9 20 0 21 1 22 2 23 3 24 4 33 25 5 PERFIL - ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL Cerâmica Bom Jesus Empresa será uma das visitadas pelos participantes do 42º Encontro Nacional em Pernambuco. Por Carlos Cruz A Cerâmica Bom Jesus está localizada no Engenho Belém, na zona rural do município de Paudalho/PE, e há mais de 11 anos atua na fabricação de blocos cerâmicos (vedação, estrutural e lajes). Em 1998, a empresa foi adquirida pelo ceramista Mário José da Silva, que no ano seguinte passou o comando para seu filho, Mário Henrique Mattos e Silva. O novo proprietário, então, tratou de montar uma equipe que primasse pela competência, o que agregou ainda mais qualidade à produção e levou a CBJ a ser uma das três cerâmicas do estado contempladas com o selo do Programa Setorial da Qualidade (PSQ), vinculado ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades. Seu parque fabril é composto por dois fornos Hoffmann e um forno Túnel totalmente mecanizado, com sistema de carregamento automático, secador artificial e picador de lenha. Ao todo, 120 funcionários se revezam em turnos para manter a produção que abastece todo o estado de Pernambuco. Como combustível para seus fornos, a CBJ usa, além de lenha de reflorestamento, óleo vegetal e pó de serra, proveniente das serrarias da região. A lenha vem de uma floresta de eucaliptos própria, com 50 hectares. Os investimentos em energia limpa possibilitaram que a cerâmica, em abril de 2009, começasse a Vista aérea do parque fabril da Cerâmica Bom Jesus que será visitada em outubro comercializar créditos de carbono. Na área social, a CBJ desenvolve parcerias com o Sesi para oferecimento de cursos à comunidade de Engenho Belém. Essa e outras iniciativas levaram a empresa a receber, pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio Sustentabilidade da Fiepe. A empresa é uma das duas cerâmicas que serão visitadas pelos congressistas do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que este ano será realizado entre os dias 25 e 28 de outubro, em Recife/PE 34 Revista da Anicer | nº 83 Revista da Anicer | nº 83 35 ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL Programação com palestrantes de peso Edificações sustentáveis, sustentabilidade ambiental e vendas serão temas de Clínicas e Fóruns Por Manuela Souza | Fotos David Majella e Carlos Cruz H á dois meses do maior evento do setor de ce- Em sua 16ª edição, a Expoanicer terá expositores da Itália, Portugal, Alemanha, EUA e Rússia, que expõem pela primeira vez na Feira. râmica vermelha da América Latina e terceiro no ranking mundial, a organização do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha está a Alguns dos nomes mais respeitados nas áreas em que atuam serão responsáveis por palestras nambuco destinada à realização da 16ª Exposição nas Clínicas Tecnológicas e Fóruns Empresariais de Máquinas, Equipamentos, Produtos, Serviços e do 42º Encontro Nacional. Ricardo Voltolini falará Insumos para a Indústria Cerâmica – Expoanicer, já sobre sustentabilidade no Fórum do dia 26 de ou- apresenta mais de 90% de sua área ocupada. tubro. Voltolini é diretor-presidente da consultoria do ano passado, e a expectativa da diretora comercial da Expoanicer, Márcia Sales, é que mais de 3 mil pessoas percorram os corredores da feira e que os expositores movimentem mais de 43 milhões de reais em negócios. “Estamos na reta final do Evento e a procura pelos espaços da feira demonstra que Revista da Anicer | nº 83 CLÍNICAS E FÓRUNS todo vapor. A área do Centro de Convenções de Per- A 42ª edição do Encontro deve superar os números 36 mentos, tecnologias e serviços”. Ideia Sustentável e publisher da revista homônima. Considerado referência nacional no tema da sustentabilidade corporativa, realiza consultorias e ministra cursos, palestras, aulas e conferências no Brasil e no exterior. Ele conversará com os ceramistas sobre “A Sustentabilidade como ferramenta de negócio para a pequena empresa”. os expositores querem surpreender cada vez mais O paulista Alfredo Rocha abordará o tema “Um na Expoanicer, e que irão apresentar novos equipa- Novo Tempo de Vendas e Atendimento”, no Fórum do domingo, 27. Quase 3 milhões de pessoas já o lizados e o Ministério do Trabalho exige a garantia assistiram ao vivo e se surpreenderam ao conhe- da segurança dos trabalhadores nos equipamentos. cer de perto as ideias apresentadas por Rocha, que Levamos o tema a todas as regiões para sensibilizar como constante estudioso dos temas da atualidade os nossos ceramistas”, avalia o presidente da Anicer, como liderança, qualidade, inovação, mudanças e Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves. vendas além de outros, consegue unir conhecimento teórico e prático com forte conteúdo, bom humor e resultados nas pequenas empresas. Já o dinamarquês Tommy Bisgaard, da Associação PROMOÇÕES O Presidente do Sindicer/ RS, Jorge Ritter, entrega passaporte do Encontro Nacional para ganhador. O Diretor de Relações Institucionais da Anicer, Luis Lima, parabeniza ganhador de Rondônia. Anicer sorteia passaportes para o 42º Encontro Nacional Dinamarquesa de Cerâmica Vermelha, dará infor- A Anicer lançou uma campanha em comemoração mações sobre desenvolvimento sustentável na Eu- ao Dia do Amigo, 20 de julho, na página do Facebook ropa, especificamente para o setor de edificações e da Associação. Para participar, basta responder a construção civil europeu, tanto no nível de produtos pergunta: “Por que em outubro o ceramista não pode quanto de edificações. A apresentação fará parte da faltar ao 42º Encontro Nacional, em Recife?”, com a programação das Clínicas Tecnológicas e fornecerá hashtag #ANICEROFICIAL ao final. O criador da fra- a definição sobre os novos padrões e ferramentas se que receber mais curtidas dos amigos ganha um de construção sustentável desenvolvidos durante os passaporte para o Encontro 42, que dará direito a últimos anos pela Comissão Europeia. Bisgaard fala- participar da 16ª Expoanicer, Clínicas, Fóruns e Festa rá os ceramistas brasileiros sobre o grande potencial de Encerramento. O resultado será divulgado no dia do setor no mercado, principalmente pela qualidade 20 de setembro e as melhores frases serão publica- de vida e de saúde humana dos imóveis em cerâmi- das na Revista da Anicer. Curta agora a fan page e ca vermelha. participe da promoção: facebook.com/Aniceroficial Hildeberto Nobre, do Ministério do Trabalho e Em- Durante sua palestra na Expocer, no dia 28 de junho, prego e Clovis Veloso, da CNI, também são presen- sobre os “Desafios e oportunidades para a indústria ças confirmadas nas Clínicas. Os dois serão os res- de cerâmica vermelha”, o assessor técnico e da qua- ponsáveis pelo painel “NR 12: como atender a norma lidade da Anicer, Antônio Carlos Pimenta, realizou de segurança no trabalho em máquinas e equipa- o sorteio de uma participação gratuita nas clínicas mentos”. A norma vem trazendo grandes desafios tecnológicas que serão apresentadas no 42º Encon- para as cerâmicas em todas as regiões. “Nossas tro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O fábricas precisam se adequar, estamos sendo fisca- ganhador foi Sérgio Clever Wosniak, da Tijolajes. Revista da Anicer | nº 83 37 ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL No 1º Seminário Técnico sobre Segurança do Trabalho – Máquinas e Equipamentos na Indústria de Cerâmica Vermelha, realizado pela Anicer em parceria com os Sindicatos, Associações e Cooperativas da Região Sul e Norte os ganhadores do passaporte para o Encontro Nacional foram: José Valmir Maccari, da Reframa (SC) e Edson Teixeira, da Cerâmica Rio Machado (RO). Já no treinamento realizado pelo Sebrae, em Pernambuco, o Sindicer/PE também sorteou uma Clínica, onde o ganhador foi o representante da Porto Seguro Produtos Cerâmicos, de Paudalho, Ricardo Morais. Neste mesmo evento, Roberto Bezerra, da Cerâmica Natália – Palmares e Rosemberg Vasconcelos, da Cerâmica Maguari – Nazaré da Mata, também foram sorteados e levaram um guarda-sol do 42º Encontro biente, conservar a biodiversidade, proteger os recursos hídricos Nacional de presente do evento. e combater o aquecimento global, além de desenvolver ações ENCONTRO NACIONAL ZERA de educação e mobilização ambiental e geração de renda. EMISSÕES DE CO2 O plantio das mudas de árvores nativas será realizado no próxi- Já consagrado como um evento sustentável, mo ciclo de chuvas e as árvores plantadas se juntarão à Floresta o 42º Encontro Nacional coloca em prática, Anicer, iniciada no Encontro passado. A Associação recebeu o segundo certificado de mais uma vez, o Programa Plante Árvore, do Empresa Amiga da Floresta. Instituto Brasileiro de Florestas, em que foi realizado um inventário considerando todo o material gráfico de divulgação, a quantidade de pessoas envolvidas no evento, transporte aéreo e terrestre, consumo de energia elétrica, entre outros itens, para a Anicer realizar as medidas ambientais compensatórias e neu- O período de inscrições com preços promocionais para o 42º Encontro Nacional vai até o dia 20 de setembro. Aproveite, garanta sua participação no maior evento do setor e concorra a passeios em Porto de Galinhas com direito a acompanhante. Inscreva-se já! Acesse: www.anicer.com.br/encontro42 ou ligue para (21)2524-0128. tralizar as emissões da realização do evento. O 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha acontece de 25 a 28 de A ação irá promover o plantio de árvores na- outubro, em Recife, Pernambuco. Acesse o hotsite do evento e fique por dentro de tivas voltadas ao restauro florestal e conser- todas as novidades do 42º Encontro Nacional > http://www.anicer.com.br/encontro42. vação do meio ambiente, atrelados ao Programa Plante Árvore, que tem como missão contribuir com a preservação do meio am- 38 20 DE SETEMBRO É O PRAZO MÁXIMO PARA INSCRIÇÕES PROMOCIONAIS Revista da Anicer | nº 83 Siga o Encontro no Twitter: @EncontroAnicer e curta a fan page da Anicer no Facebook: http://www.facebook.com/aniceroficial Revista da Anicer | nº 83 39 PONTO DE VISTA - ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL Da visão de risco para a de oportunidade Por Ricardo Voltolini - *Artigo original publicado no portal Ideia Sustentável. A o receber a incumbência de compreende – embora nem sem- escrever este artigo, asso- pre consiga medir precisamente – mou, viva e clara, a imagem de boa parte dos ganhos decorrentes uma das minhas primeiras inter- da sustentabilidade. O que mudou venções como consultor de sus- em pouco mais de uma década? tentabilidade. Já se vão 12 anos. Cresceu a consciência de que o À época, o termo utilizado para designar a atividade era responsabilidade social. E os líderes de empresas não faziam nenhuma questão de esconder que achavam o tema um assunto menor e sem qualquer conexão com os negócios. Ricardo Voltolini será palestrante do 42º Encontro Nacional. Diretor-presidente da Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade (www. ideiasustentavel.com.br), é também idealizador da Plataforma Liderança Sustentável e autor do livro “Conversas com Líderes Sustentáveis” (editora SENAC-2011). global afeta a perenidade dos negócios. Mas mudou também, ainda que de modo não uniforme, a noção que tratava sustentabilidade como um pedágio contra riscos – em seu lugar emergiu uma outra, baseada na ideia de que, bem poração multinacional, interrom- cuidado, o conceito representa um peu uma palestra que eu ministra- vetor de oportunidades. va para a alta diretoria e me propôs, um tanto irritado, o que ele definiu como um desafio: “Convença-me de que isso faz bem para o meu guir a conversa!” Revista da Anicer | nº 83 sos naturais e de aquecimento Um deles, presidente de uma cor- negócio ou não temos por que se- 40 quadro de esgotamento de recur- Pesquisa divulgada em fevereiro último pelo Boston Consulting Group, junto com a MIT Sloan Management Review, confirma essa nova mentalidade. Cerca de 40% dos 2,6 mil executivos entrevis- No início dos anos 2000, ainda se tados admitem que a sustenta- gastava muita energia para expli- bilidade melhora a reputação da car os “porquês”. Líderes precisa- marca e 29% que ela influencia a vam ser convencidos. Hoje, vive- inovação de produtos. Ainda se- -se a era dos “comos”. A maioria gundo o estudo, denominado The das empresas realmente sérias já Innovation Bottom Line, para 26% dos gestores o conceito favorece a percepção de boa gestão; os ganhos chegam a até 68%. Pode-se contestar um ou outro para 22% reduz custos de energia; e também para 22% aumenta ponto, conforme o enfoque da análise, mas até os mais céticos a competitividade. Informação relevante para o que pretende tendem a concordar com as conclusões de Willard. discutir este artigo: metade das empresas mudou o seu modelo de negócios em resposta a oportunidades socioambientais, 20% a mais do que na edição do mesmo estudo em 2012. São cada Afinal, os relatórios de sustentabilidade estão aí para ratificar o que há muito já se sabe. Itens como redução do uso de ener- vez mais claras, portanto, as evidências de que sustentabilidade gia, insumos e materiais apresentam resultados tangíveis para gera dividendos econômico-financeiros. o caixa. E embora não se disponha de estudos conclusivos Um dos primeiros autores a tratar dos ganhos da sustentabilidade foi Bob Willard, no livro The Sustainability Advantage (New Society Publishers, 2002). Socorri-me dele, algumas vezes, para persuadir os resistentes. Em entrevista à Ideia Sustentável, em 2008, Willard deu números à tal “vantagem.” Em sua opinião, uma grande empresa que investe em sustentabilidade pode ob- sobre reputação, atração e retenção de talentos, profissionais de Comunicação e Recursos Humanos não têm dúvidas de que empresas preocupadas com sustentabilidade são melhor vistas pela sociedade, pelos jovens profissionais e pelos colaboradores, entre outras razões porque são percebidas como mais conectivas, sólidas e prósperas. Claro é que a mudança ter 33% de ganhos financeiros no curto e médio prazos a partir na direção de um modelo mais sustentável implica, para alguns do aumento da produtividade, das facilidades de financiamento, segmentos, custos iniciais com equipamentos e novas tecno- das receitas e do valor de mercado, da atração e retenção de logias. Serão mais competitivas, no entanto, as empresas que talentos e da redução de custos de produção, de despesas em tratarem esses custos como investimento em inovação e não sites comerciais e de riscos. Para pequenas e médias empresas, despesas operacionais Revista da Anicer | nº 83 41 NONONONONONNNOONO 42 Revista da Anicer | nº 83 Revista da Anicer | nº 83 43 MOMENTO INSPIRAÇÃO Vermelho entre o céu e o chão Tijolos, vidros e estruturas de aço compõem condomínio de luxo em antiga zona portuária da Bulgária Por Manuela Souza | Foto: Cortesia Aedes Estúdio L ocalizado em Sofia, na Bulgária, o Red Apple Imóvel foi criado a partir de uma fábrica abandonada e hoje é considerado um dos pontos de luxo mais desejados do bairro. O projeto foi desenvolvido como uma ponte entre passado e futuro. A ideia era revitalizar a velha área portuária, dando um ar moderno ao edifício. O tijolo entra como elemento principal da construção, uma vez que o próprio material já remete ao conceito de clássico, antigo e seguro, e que dá credibilidade à cerâmica ao longo dos séculos. Construído com uma estrutura de tijolos dispostos de maneira nada convencional, a fachada tem pontos irregulares formando ângulos agudos, o que aumenta a perspectiva do prédio e cria a ilusão de ótica de que é apenas uma faixa de blocos vermelhos. Além disso, possui aberturas em áreas aleatórias, em tamanhos diferentes, substituídas por janelas de vidro com estruturas de metal, instaladas em profundidades diversas ao longo da fachada, destacando varandas suspensas e proporcionando efeitos de iluminação no interior da construção. Os ângulos pontiagudos da construção transformam o local em uma obra de arte. Quando observado de longe e em determinados pontos, o prédio parece flutuar em meio ao firmamento, criando uma integração total com o espaço em que está inserido 44 Revista da Anicer | nº 83 Paris Nord Villepinte de 4 a 8 de novembro de 2013 ‒ Paris/FR DELEGAÇÃO BATIMAT 2013 A Anicer leva os ceramistas do Brasil à Paris! Visitas à feira, à cerâmica, passeios e muito mais. Faça parte da delegação de empresários brasileiros que visitará a maior e mais importante feira mundial da construção civil. Inscreva-se no site da Anicer www.anicer.com.br Reservas LT Travel (11) 3125.2911 ¦ [email protected] Anicer - Patrícia Dantas (21) 2524.0128 ¦ [email protected] DELEGAÇÃO Batimat 2013 Ceramistas de todo o país se preparam para a delegação rumo à maior feira mundial da construção civil Por Carlos Cruz mento forte em categorias-chave de visitantes como tomadores de decisão e especificadores, fornecedores e comerciantes. Os visitantes estrangeiros responderam por 19% do total, um aumento de 10% em relação à edição de 2009. Em parceria com a Ceric Technologies e com a LT Travel, a Anicer desenvolveu uma programação especial que engloba visitas à feira e a uma cerâmica francesa, sempre com acompanhamento de um tradutor e equipamento completo de tradução simultânea. 351 mil visitantes de todas as partes do mundo visitaram a última edição do evento. A expectativa é que, este ano, o número chegue a 400 mil. 46 Revista da Anicer | nº 83 A Anicer está preparando mais uma delegação de empresá- No dia 6 de junho, a diretoria da Anicer re- rios brasileiros para visitar a Batimat 2013, que este ano cebeu em sua sede a visita de Nino Pereira, será realizada de 4 a 8 de novembro no Paris Nord Villepinte, representante da Ceric, uma das principais em Paris, França. Considerada a maior e mais importante feira fornecedoras de equipamentos para indús- mundial da construção civil, com expectativa de 3.500 expo- trias francesas de cerâmica vermelha. O sitores e 400 mil visitantes de todo o mundo, o evento este objetivo da reunião foi definir qual empresa ano terá foco em temas como “o espaço urbano de amanhã” e daquele país receberia a visita da delegação “como tornar a cidade mais agradável para viver em harmonia brasileira. A escolhida foi a Bouyer Leroux, com o meio ambiente”. Segundo seus organizadores, a inten- localizada em Saint Martin des Fontaines. ção é colocar a construção civil no centro de discussões sobre O grupo sairá de São Paulo no dia 2 de no- eficiência energética e baixo consumo, além de acessibilidade vembro, chegando à Paris no dia seguin- e facilidade de utilização dos edifícios. te, quando um jantar de boas-vindas será Esta é a terceira vez que a Anicer organiza uma delegação para oferecido aos participantes. A segunda e a participar da feira. Em 2011, na última edição da Batimat, o terça-feira serão dedicadas a visitas à Bati- grupo foi formado por 45 integrantes de todas as regiões do mat. Na quarta, 6, o grupo visitará a fábrica Brasil, que tiveram o privilégio de conhecer, em primeira mão, da Bouyer Leroux. A quinta está reservada as tendências e as novas tecnologias do mercado mundial de para um tour especial. No dia 8, sexta-feira, cerâmica vermelha. Em nota à imprensa, a organização do o grupo volta à Batimat para conhecer o evento divulgou que em 2011 a exposição obteve um cresci- restante da feira. Os integrantes poderão aproveitar o sábado, 9, para passear livremente e fazer compras. O retorno ao Brasil acontece entre os dias 10 e 11. A BOUYER LEROUX Considerada a número 1 em produção de blocos cerâmicos na França, a Bouyer O pacote da LT Travel, desenvolvido espe- Leroux possui um efetivo total de 370 co- cialmente para o ceramista, inclui passa- laboradores para a produção de 600 mil gem aérea São Paulo / Paris / São Paulo toneladas por ano e um faturamento em pela TAM em classe econômica, mais sete noites em hotel categoria três estrelas com constante crescimento que hoje ultrapassa os 80 milhões de euros. para o percurso aeroporto / hotel / aero- de valorização de resíduos (produção de biogás pelo aterro sanitário permitindo a alimentação parcial de dois fornos de sua fábrica de blocos cerâmicos situada em Lá Séguinière). A empresa produz, hoje, os blocos de 20 e 25 cm, e os blocos “Monomur” de 37,5 cm, os mais isolantes do mercado. Segundo café da manhã e taxas inclusas, seguro internacional de viagem, transfer em Paris neziana para habitações e uma empresa Começando como uma pequena empresa familiar em 1955 e transformada em uma seus dirigentes, a inovação na empresa não é somente para os produtos, mas porto, um dia de visita técnica com trans- cooperativa de produção em 1980, a em- também para os equipamentos de pro- fer e tradutor, três dias de visita à Batimat presa não parou mais de crescer nos anos dução através de parceiros como a Ceric. sendo um dia com tradutor, um dia de city seguintes através de fusões e aquisições. Na produção, pesquisas são realizadas tour com transfer e guia, kit LT Travel, jan- Em 2012, foram investidos 27 milhões de permanentemente para reduzir os consu- tar de boas-vindas com taxas e bebidas euros na transformação de uma linha de mos energéticos das fábricas e aumentar inclusas e acompanhamento da agência fabricação de blocos para divisórias em a proporção das energias de substituição. oficial. Para consultar valores e formas de Saint Martin des Fontaines. Atualmente, Os fornos usam as mais modernas tecno- pagamento, e para realizar a sua inscrição, as atividades do grupo estão divididas em logias para ter o melhor isolamento e ve- acesse o site da anicer www.anicer.com.br três frentes: fabricação de blocos e telhas dação possível, limitando os consumos ao e converse com a LT Travel. cerâmicas, fabricação de caixas de ve- mínimo necessário Revista da Anicer | nº 83 47 NBR 15.575 Desempenho em xeque Norma cobra responsabilidade de projetistas, fornecedores de materiais, construtores, incorporadores e usuários Por Manuela Souza canismos de gestão da qualidade de projetos e execução, além de maior rigor nas compras. Seguindo o modelo de normalização internacional, a NBR 15.575 é dividida em seis partes: Requisitos para os sistemas estruturais, para os sistemas de pisos, para os sistemas de vedações verticais internas e externas, para os sistemas de coberturas, para os sistemas hidrossanitários e requisitos gerais. Cada item descreve uma sequência de exigências: desempenho mecânico, segurança contra incêndio no uso e operação; habitabilidade: estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil; e sustentabilidade: durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental. Levando em consideração que os antigos imóveis eram P ublicada em 19 de fevereiro de 2013, a nova o Brasil e suas oito zonas bioclimáticas descritas na NBR 15.220-3 versão da ABNT NBR 15.575 - Desem- penho de Edificações Habitacionais, popularmente conhecida por Norma de Desempenho, estabelece a importância do conforto, vida útil, 48 Revista da Anicer | nº 83 construídos com blocos e tijolos cerâmicos, e a qualidade em termos de desempenho térmico e acústico eram notadamente superiores aos alternativos materiais utilizados hoje em construções, supõe-se que a Norma proporciona a garantia de imóveis mais seguros e melhores. garantia, segurança, estabilidade, desempenho DESEMPENHO TÉRMICO acústico e térmico das construções. Os critérios para o desempenho térmico não se referem Os requisitos apresentados nesta norma passa- a condições artificiais, de calefação ou refrigeração, mas ram a ser exigíveis desde o dia 19 de julho, ou sim nas condições naturais do ambiente, como sol, to- seja, 150 dias após a data de sua publicação. pografia, umidade do ar, direção do vento etc. Além dis- Sendo assim, os projetos protocolados nos ór- so, é preciso verificar os materiais que serão utilizados gãos públicos a partir desta data devem atender na obra. No Brasil, há 8 zonas bioclimáticas descritas na às exigências para os critérios de desempenho NBR 15.220-3, onde uma lista com 330 cidades brasilei- contidos na Norma, que é um marco na constru- ras e suas respectivas zonas. A zona tem o objetivo de ção, mas que o entendimento necessita de me- determinar as melhores estratégias que um projeto de edificação deve seguir para obter conforto datória”, estava por deteriorar a qualidade aos usuários. acústica nos edifícios ao “fundo do poço”, Cada região do Brasil possui sua própria como por exemplo construindo edifícios zona bioclimática, que é resultado do cru- com lajes de piso zero de 8 cm, paredes zamento de três dados: zonas de conforto térmico humano, dados climáticos de uma região e estratégias de projeto. Fonte: ABNT NBR 15.220-3 DESEMPENHO ACÚSTICO O salto alto da vizinha do andar de cima, a música alta do vizinho ao lado, as conversas e risadas de uma festa que acon- geminadas de dormitórios de unidades que tanto a indústria cerâmica como as de produtiva das necessárias informações”. Por isso, a melhoria da questão do Desempenho Acústico é de grande relevância na Vale lembrar que o sistema de alvena- NBR 15.575, que estipula métodos para ria estrutural com blocos cerâmicos já é minimizar ruídos. uma realidade nos canteiros de obras de A partir de agora, as avaliações de desem- empreendimentos com recursos do Pro- penho deverão ser medidas com a realiza- grama Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), utilização do sistema de Alvenaria Estrutural Racionalizada com Blocos Cerâmicos, rência para verificação dos elementos do está a redução do tempo de construção e sistema construtivo. de até 30% no valor da obra. Além disso, Para o presidente da Associação Brasileira o sistema apresenta enormes vantagens tico do imóvel. “Até então, diferentemente dos outros temas tratados pela norma, não havia nenhum critério objetivo que regulamentasse o desempenho acústico nos edifícios habitacionais. Já estava mais Danos auditivos em crianças (nível máximo de ruído) 85 Danos auditivos em adultos (ruído durante 1h) 70 Danos auditivos em adultos (ruído diário durante 24h) do governo federal. Entre as vantagens da em laboratório, através de valores de refe- sos benefícios para o desempenho acús- 120 tido de explorarem o campo de ensaios de muitas construções espalhadas pelo país. David Akkerman, a Norma apresenta diver- Danos auditivos em adultos (nível máximo de ruído) construtivos devam mobilizar-se no sen- de maneira a suprir o mercado da cadeia para a Qualidade Acústica – PróAcústica, 140 outros produtos aplicados nos sistemas desses problemas são corriqueiros em consta na Norma a realização de ensaios db e esquadrias de péssima vedação. Creio desempenho acústico de seus produtos, desenvolvimento do projeto. Além disso, Fonte: Organização Mundial de Saúde distintas com 9 cm, coberturas sem lajes tece dois andares abaixo do seu. Alguns ção de ensaios de campo, para nortear o Efeitos críticos causados por barulho para o morador, pois os blocos cerâmi- 55 Doença grave (exterior) 35 cos proporcionam maior conforto térmico 30 Dificuldade para comunicação e acústico, o que permite economia nos custos de energia. A NBR 15.575 não se aplica a obras já con- Alteração do sono cluídas, em andamento, protocoladas até do que na hora, pois o mercado da cons- a data de entrada em vigor da Norma, re- trução civil no Brasil, de competição “pre- formas, retrofit e edificações provisórias. 0 Revista da Anicer | nº 83 49 NBR 15.575 Incumbência das partes relacionadas à Norma de Desempenho INCORPORADOR – Identificação dos riscos previsíveis no projeto. Providenciar estudos técnicos requeridos e prover os diferentes projetistas de informações necessárias. Além de definir níveis de desempenho mínimo, intermediário ou superior para os diferentes elementos da construção. CONSTRUTOR – Elaboração de Manuais de Uso, Operação e Manutenção, além de proposta de um modelo de gestão da manutenção, atendendo às normas 14.037 e 5.674. Esse material deverá ser entregue ao usuário da construção e ao condomínio e deve conter os prazos de Vida Útil de Projeto e garantia oferecida pelo construtor, quando for o caso. FORNECEDOR – Caracterizar o desempenho do componente e fornecer o prazo de vida útil previsto para o produto, cuidados na operação e na manutenção. PROJETISTA – Estabelecer e indicar nos memoriais e desenhos de Vida Útil do Projeto de cada sistema da obra, especificando materiais, produtos e processos. Em caso de não fornecimento do desempenho pelo fabricante do produto, cabe ao projetista solicitar a informação. USUÁRIO – Utilizar corretamente a construção, sem realizar alterações na estrutura sem prévia autorização da construtora e do poder público. Além disso, o usuário deve realizar as devidas manutenções preventivas e corretivas, com registro de documentos das manutenções, seguindo a ABNT NBR 5674. * Fonte: Desempenho de Edificações Habitacionais – Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR 15.575/2013 - CBIC 50 Revista da Anicer | nº 83 Anicer entrevista o Doutor em Engenharia Civil, Guilherme Parsekian, e esclarece algumas dúvidas sobre a Norma de Desempenho: bom isolamento acústico. E essa res- Qual a sua opinião sobre a NBR 15.575? posta depende dos revestimentos a se- A norma NBR 15.575 é o resultado de rem aplicados, do tamanho do cômodo um processo lento que ocorre no Brasil e outros parâmetros. Mesmo o arquite- há vários anos, onde finalmente foi pos- to atualmente, muitas vezes, não estava sível, através de um trabalho valoroso preocupado com o desempenho acústi- de um grupo de profissionais dedicados, co e apesar de conhecer, desde sua gra- colocar em um texto único os requisitos duação, como determinar o sistema de mínimos para o desempenho de edifi- piso (lajes + revestimentos), ele poucas cações. Não é um resultado definitivo. vezes aplicava esse conhecimento. Vai Apesar de ser um sucesso a publicação, precisar relembrá-lo. os requisitos de desempenho devem É muito provável que manuais de espe- ainda ser continuamente discutidos e tanto as prescrições como as formas de análise serem aprimoradas ao longo do tempo. Mas é um marco na construção civil nacional. Quais as principais responsabilidades da Norma de Desempenho? Com a publicação da norma, as construtoras/incorporadoras em primeiro plano e os projetistas engenheiros e arquitetos ficam com a responsabilidade de entregar ao usuário um produto com critérios de desempenho estabelecidos. Qual o objetivo da Norma? O objetivo é reunir em um único texto requisitos mínimos de desempenho de edificações incluindo aspectos como sibilidade e outros. cificações, como o recentemente publicado pela CBIC, sejam cada vez mais Quais os impactos na contratação de produzidos. Por exemplo, a construto- engenheiros e arquitetos? ra padroniza em seu manual que a laje Creio que todo o setor de construção deve ter sempre no mínimo 10 cm de civil é afetado. Na contratação de enge- espessura se for maciça e o arquiteto nheiros e arquitetos, alguns conceitos prevê nas especificações de seu proje- que, embora provavelmente o profis- to como devem ser os revestimentos da sional tenha tido contato durante sua laje específica de determinado cômodo formação, estavam “esquecidos” pas- para atender a todos os requisitos. Cur- sarão a ser cobrados, como questões sos de atualização devem ser frequen- sobre conforto, previsão de durabilidade tes. Talvez inicialmente é provável que e incêndio. É um grande desafio para as pouca coisa mude na contratação dos universidades e para o meio produtivo engenheiros e arquitetos, pois ainda formar e reciclar profissionais de ma- não temos esses conceitos dissemina- neira que vários conceitos passem a ser dos e assimilados por grande parte dos também considerados no projeto. profissionais. Mas é provável que quem não se recicle e incorpore os critérios de segurança Não adianta o projetista de estruturas contra incêndio, segurança no uso e definir uma espessura de laje apenas operação, estanqueidade, desempenho em função de seu desempenho estru- térmico, acústico e lumínico, durabilida- tural. Em conjunto com o arquiteto, ele de e manutenibilidade, saúde, higiene e deverá saber se a espessura por ele de- Do ponto de vista do consumidor, quais qualidade do ar, funcionalidade e aces- terminada poderá prover também um os benefícios que a Norma estabelece? desempenho estrutural, desempenho no seu rol de conhecimento fique fora do setor de edificações, ou seja, menos valorizado. Revista da Anicer | nº 83 51 O consumidor tem em um único texto requisitos organizados e estabelecidos sobre o mínimo desempenho da edificação que compra. www.resdilrefratarios.com.br ele vende. Não adianta vender um piso construção estão reagindo à Norma? te não for, pois agora tem norma. Os fa- As grandes construtoras estão tentando bricantes de blocos estão procurando se adiantar e responder a uma séria de dú- referências e ensaios para dizer às cons- vidas, se determinado sistema usualmente trutoras o que essas precisam fazer para utilizado por elas na construção tem o de- atender a uma série de requisitos. Não sempenho adequado. Muitas estão fazen- adianta dizer que parede de determinada do ensaios para determinar o nível de de- espessura com determinado bloco cerâ- sempenho, estão criando procedimentos mico tem bom desempenho térmico. Ape- e especificações padrão, selecionando e sar de não entregar a parede pronta, o for- cobrando seus fornecedores para que es- necedor de blocos será questionado sobre tes entreguem o desempenho adequado. isso. De novo, é possível ver que o nível de Os profissionais atuantes no mercado es- conhecimento e das informações forneci- tão procurando literatura e cursos para se das deve aumentar. atualizar. Meus colegas profissionais do- Como a Norma de Desempenho vai ajudar centes de universidades estão procurando na evolução da construção civil brasileira? formação dos engenheiros e arquitetos. Vai ajudar na melhoria de nossos profissionais que passarão a valorizar uma série de conhecimentos que antes não davam Com a nova Norma de Desempenho, os importância. Ajudará as boas construto- custos da construção irão aumentar? ras a “vender” um melhor desempenho. A Essa é uma pergunta que merece ser longo prazo, o custo financeiro e ambiental avaliada com cuidado, pois a questão de das nossas edificações deverá ser menor. custo depende de várias situações. Mas O usuário terá mais conforto. Entre outros. de maneira geral, entendo que o custo inicial da construção deva aumentar, mas o custo total incluindo a manutenção e necessidade de reparos nas edificações deva diminuir. Cabe às construtoras e ao meio email: [email protected] Rua Hamilton Bernardes, s/nº Cx. Postal 522 CEP 13920-990 Anicer | nº 83 52 Revista da Pedreira - SP duto que entrega tem o desempenho que como antiderrapante se esse realmen- reforçar vários conceitos no currículo de TELEFAX: (19) 3893-2888 O fabricante terá que certificar que o pro- Como as construtoras e profissionais da estabelecer diretrizes para incorporar ou FÁBRICA E VENDAS riais de construção? Em sua opinião, acha que algum ponto importante ficou de fora da Norma? Entendo que a norma cumpre o objetivo de estabelecer requisitos mínimos. técnico fazer o consumidor enxergar isso: Como serão realizadas as avaliações de a longo prazo (incluindo o tempo de uso), o desempenho? custo de nossas edificações será menor e com maior sustentabilidade. O que muda para os fabricantes de mate- A maior parte das avaliações deve ser feita de maneira analítica pelos profissionais engenheiros e arquitetos atuantes Alguns critérios da Norma requisitos básicos previstos na Norma de Desempenho das Edificações NBR 15.575 VENTO Requisitos de ventilação SOL Controle de radiação térmica SOM Controle de ruídos internos e externos TERMÔMETRO Controle da temperatura interna do ambiente no setor de edificações. Por exemplo, de atuação, em estruturas e construção Acredito que a questão tenha sido incor- os vários critérios estruturais, incluindo civil. Muitas vezes, visito instituições porada, mas acho que a discussão sobre incêndio, serão feitos pelo projetista de no exterior. É marcante observar que desempenhos mínimos é anterior. estruturas. As avaliações de conforto universidades norte-americanas con- térmico e acústico pelo arquiteto. E as- sideradas com ranking acima de 100 sim por diante em vários outros pontos. naquele país, têm laboratórios muitas A caracterização de produtos e compo- vezes melhores que as nossas melhores nentes nos quais ainda restem dúvidas universidades. Outro exemplo, mesmo do em Engenharia de Estruturas pela deverão ser feitas através de ensaios na região em que vivemos, não existem Universidade de São Paulo, doutorado específicos. O mesmo vale para novos laboratórios suficientes para prestar em Engenharia Civil pela Universidade produtos. serviço de qualidade para controle de de São Paulo, pós-doutorado pela UFS- Quem fará essa avaliação? obras. É necessário que se crie infraes- Car e pela University of Calgary - Ca- A maior parte por engenheiros e arquitetos atuantes no mercado. Caracterização de aspectos não disponíveis na literatura técnica e novos produtos e componentes, por instituições como laboratórios e universidades. Nesse úl- trutura básica de prestação de serviço de laboratórios por empresas idôneas e capacitadas em todo o país. É necessário criar laboratórios com equipamentos básicos para pesquisa nas diversas universidades brasileiras onde existam Guilherme A. Parsekian possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de São Carlos, mestra- nadá. Atualmente é professor-adjunto da Universidade Federal de São Carlos e do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil e coordenador do Laboratório de Sistemas Es- pessoas interessadas em fazer estudos. truturais. Tem atuação também como Em algumas localidades, os laborató- professor de cursos de especialização rios devem ser de excelência. e de atualização. É membro do corpo universidades como em empresas pres- Acredita que a questão da sustentabi- editorial e revisor de revistas nacionais tadoras de serviços. Apenas para ficar lidade em alta colaborou para a formu- e internacionais e autor de vários livros em um exemplo, dentro de minha área lação da norma? na área de engenharia timo ponto, gostaria de manifestar que nosso país precisa melhorar muito sua infraestrutura laboratorial, tanto nas Revista da Anicer | nº 83 53 NONONONONONNNOONO 54 UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS CE Acopiara Cerâmica Rufino (88) 3565-0240 / 3565-0873 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção - Grupo Tavares (85) 3377-1212 www.grupotavares.ind.br Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Aquiraz Ceará Cerâmica - Grupo Tavares (85) 3348-0492 www.grupotavares.ind.br Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Cerampedras (85) 3276-2009 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Assunção - Grupo Tavares (85) 3377-1262 www.grupotavares.ind.br Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Aracati Cerâmica Armando Praça (88) 3421-1121 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Beberibe Cerâmica Brasília (85) 3301-1200 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Cascavel Cerâmica Cajazeiras (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39 CE Cascavel Cerâmica Luma (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Crato Cecrato Cerâmica Crato (88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Crato Cemonte Cerâmica Monte Alegre (88) 3521-1096 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Jaguaruana Jacerama Jaguaruana Cerâmica (88) 3418-1300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Milagres Cerâmica Artrical Argila do Triângulo Caririense (88) 3531-1231 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Russas Cerâmicas Kappa Indústria (88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br Vedação 9x19x19 9x14x24 CE São Gonçalo do Amarante Cerâmica Santa Rita - Grupo Tavares (85) 3421-5214 www.grupotavares.ind.br Vedação 9x19x19 CE Sobral Cerâmica Torres (88) 3614-3311 [email protected] Vedação 9x19x19 9x14x19 ES João Neiva Cerâmica Acioli (27) 3278-1101 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 ES João Neiva Cerâmica Argil (27) 3258-2386 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29 ES Nova Venécia Cerâmica Adélio Lubiana (27) 3752-2236 [email protected] Vedação 9x19x19 GO Ouvidor Cerâmica Paraíso (64) 3478-1139 [email protected] Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24 MA Balsas Cerâmica Balsas (99) 3541-9668 [email protected] Vedação 9x14x19 MG Belo Horizonte Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas (31) 3499-7801 www.braunas.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmica Jacarandá (31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth (31) 3499-7801 www.braunas.com.br Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29 MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br Vedação 9x19x24 11,5x19x24 MG Sete Lagoas Cerâmica Setelagoana (31) 3773-0600 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29 Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 MS Terenos Cerâmica Volpiso (67) 3246-7360 [email protected] MS Terenos Volpini Indústria Cerâmica (67) 3246-7166 [email protected] Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 MT Várzea Grande Argiblocos Indústria Cerâmica (65) 3686-4300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19 PA Inhangapi Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Santa Isabel do Pará Tijotelha Industrial (91) 3744-1287 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Uruará Cerâmica Santa Terezinha (93) 3532-1238 [email protected] PB Caldas Brandão Cerâmica Santa Cândida (83) 3226-1566 [email protected] PB Santa Rita Cia Industrial de Cerâmica - Cincera (83) 3015-1450 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PB Rio Tinto Cerâmica DRM (83)3246-7102 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Ferreiros Cerâmica Araçá (81) 3631-1398 [email protected] Vedação 9x19x19 Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 Vedação 9x19x19 Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Paudalho Cerâmica Bom Jesus (81) 3636-1554 / 3636-1200 [email protected] / www.cbjceramica.com.br PE Paudalho Cerâmica Porto Seguro (81) 3636-4171 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 PE Paudalho Cerâmica São José (81) 3636-1258 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PE Paudalho Cabel (81) 3636-1198 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Ribeirão Cerâmica Elsa (81)3671-1378 [email protected] Vedação 09x19x19 PE Tacaimbó Indústria de Cerâmica Kitambar (81) 3726-1668 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PI Miguel Alves Cerâmica Santa Vitória Ltda (86) 3244-1303 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x24 PI Teresina Blocomar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 Revista da Anicer | nº 83 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS PI Teresina Cerâmica Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhamar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhas Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Unimar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PR Arapoti Cerâmica Irmãos Almeida (43) 3557-1121 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Curitiba Cerâmica São Pedro (41) 3265-6921 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Entre Rios do Oeste Cerâmica Stein (45) 3257-1168 [email protected] Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24 PR Prudentópolis Cerâmica São Gerônimo (42) 3446-1622 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Missal Cerâmica Pasquali e CIA Ltda (45)3244-1498 [email protected] Vedação 9x14x24 RJ Campos dos Goytacazes A C Cerâmica Indústria e Comércio (22) 2722-2205 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Barra do Piraí Olaria São Sebastião (24) 3346-6544 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Abud Vagner (22) 2734-0363 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio (22) 2728-2800 [email protected] Vedação 9x19x19 9X19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica São Sebastião de Campos (22) 2721-7105 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes F.P.R. Indústria Cerâmica (22) 2723-5590 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Wagner Linhares Indústria Cerâmica (22) 2721-8111 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Itaboraí Cerâmica Colonial (21) 2635-9333 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x44 Vedação 9x19x19 9x19x29 Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19 14x19x29 Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 19x19x39 RJ Itaboraí Cerâmica Santa Izabel (21) 2635-7089 [email protected] RJ Paraíba do Sul Cerâmica GGP (24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br RJ Três Rios Cerâmica Argibem (24) 2258-2127 www.argibem.com.br RJ Vassouras Cerâmica Porto Velho (24) 2258-3110 [email protected] [email protected] RO Ji Paraná Cerâmica Belém Indústria e Comércio (69) 3421-1419 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Bom Princípio Cerâmica Construrohr (51) 3635-8085 [email protected] Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RS Candelária Cerâmica Candelária (51) 3743-1202 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 RS Faxinal do Sotur Cerâmica Veber (55) 3263-1379 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Nova Santa Rita Cerâmica Flores (51) 3479-5080 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Sapucaia do Sul Pauluzzi Produtos Cerâmicos (51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br Estrutural 14x19x29 RS Venâncio Aires Cerâmica Eckert (51) 3741-1509 [email protected] Vedação 9x14x19 Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24 14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44 Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 SC Pouso Redondo Cerâmica Constrular (47) 3545-1249 www.ceramicaconstrular.com.br SC Rio do Sul Cerâmica Princesa Indústria e Comércio (47) 3525-1540 www.princesa.ind.br Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24 Estrutural 14x19x29 SC Cocal do Sul Cerâmica Galatto Ltda (48) 3447-6259 [email protected] Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 SC Ituporanga Bela Vista Tijolos Ltda (47) 3533-9090 [email protected] Bloco de Vedação 11,5x19x24 SC Pouso Redondo Cerâmica Lorenzetti Ltda (47) 3545-0049 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x24 SP Cesário Lange Cerâmica City (15) 3246-1133 www.ceramicacity.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Itu Selecta Estrutural Blocos e Telhas (11) 2118-2001 www.selectablocos.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39 SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio (19) 3567-1533 [email protected] Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29 SP Sorocaba Indústria Cerâmica Matieli (15) 3222-8336 www.ceramicamatieli.com.br Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29 14x19x39 Revista da Anicer | nº 83 55 NONONONONONNNOONO 56 UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas (75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br Telha Extrudada BA Alagoinhas Telhas Simonassi (75) 3182-5000 [email protected] Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea BA Candiba Cerâmica Alves Neves (77) 3661-2070 [email protected] Colonial ES Colatina Cerâmica Cinco (27) 3722-7400 [email protected] Romana /Portuguesa GO São Simão Cerâmica Dolar (64) 3658-4001 [email protected] Americana /Romana /Portuguesa GO Mara Rosa Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo Antônio (62) 3366-1382 [email protected] Plan /Portuguesa /Romana MG Abadia dos Dourados CBS Indústria Cerâmica (34) 3847-1309 [email protected] Americana /Plan CBS /Colonial MG Capinópolis Cerâmica Drummond (34) 3263-1340 [email protected] Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Depaula (34) 3268-8319 [email protected] Romana MG Ituiutaba Cerâmica Maracá (34) 3268-8596 www.ceramicamaraca.com.br Romana /Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Santorini (34) 3268-5400 www.santorini.com.br Portuguesa /Americana / Romana MG Ituiutaba Cerâmica Monte Azul (34) 3268-5177 [email protected] Americana/Portuguesa /Romana MG Ituiutaba Cerâmica União Ituiutaba (34) 3262-0592 ceramicauniaoituiutaba.com.br Americana/Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Azteca Indústria Cerâmica (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Plan /Colonial MG Monte Carmelo Cerâmica Azteca (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Americana MG Monte Carmelo Cerâmica Carmelitana (34) 3842-2424 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Cruzado (34) 3842-1524 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Mineira (34) 3842-2688 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Colonial Capa e Canal MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 /3841-1087 www.ceramicauniao.com.br Plan /Colonial /Paulista /Planzinha / Portuguesa /Americana MS Três Lagoas Cerâmica MS (67) 3521-1221 www.ceramicams.com.br Romana /Portuguesa /Americana MS Rio Verde Ceramitelha (67) 3292-1769 [email protected] Romana /Portuguesa PE Caruaru Cerâmica kitambar (81) 3722-7777 www.kitambar.com.br Telha Extrudada Revista da Anicer | nº 83 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS RJ Campos de Goytacazes Cerâmica São José (22) 2721-1403 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Itaboraí Cerâmica Sul América - Cerâmica R. J. Nunes (21) 2635-2581 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Tanguá Cerâmica Marajó (21) 2747-1207 [email protected] Romana /Portuguesa RO Cacoal Cerâmica Rio Machado (69) 3441-5210 [email protected] Romana RO Cacoal Cerâmica Cena (69) 3441-6079 [email protected] Romana RO Pimenta Bueno Cerâmica Romana (69) 3451-2631 / 3451-8560 [email protected] Romana /Portuguesa RS Bom Princípio Cerâmica João Vogel (51) 3634-2602 [email protected] Portuguesa /Americana SC Agrolândia Telhas Hobus Esmaltados (47) 3534-4037 [email protected] Portuguesa SC Rio do Sul Telhas Rainha Unicerâmica Indústria e Comércio (47) 3411-5000 www.telhasrainha.com.br Portuguesa SC Sombrio Bella Telha (48) 3533-9001 [email protected] Portuguesa SC Taió Cerâmica Taió Ltda (47) 3562-0507 [email protected] Telha Germânica SC Mafra Cerâmica Vila Rica Ltda (47) 3643-0040 [email protected] Portuguesa SC Sangão Terracotagres Cerâmica LTDA (48) 3656-3600 [email protected] Telha Americana/ Terracota SP Conchas Cerâmica Lopes (14) 3845-8000 www.ceramicalopes.com.br Americana / Portuguesa /Romana SP Conchas Cerâmica Argiforte (14) 3845-1212 [email protected] Romana /Portuguesa SP Leme Top Telha - Maristela Telhas (19) 3573-7777 www.toptelha.com.br Mediterrânea /M14 SP Panorama Cerâmica Modelo Ltda-EPP (18) 3871-1116 [email protected] Romana SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio (19) 3567-1533 www.ceramicabarrobello.com.br Americana /Portuguesa /Romana / Italiana SP Tambaú Morandin Produtos Cerâmicos (19) 3673-3190 [email protected] Romana /Portuguesa SP Itu Intercil Indústria e Comércio de Cerâmica LTDA (11) 2118-8800 [email protected] Portuguesa /Duplanatex Ecologic Revista da Anicer | nº 83 57 ARTIGO TÉCNICO Métodos de teste para matérias primas de cerâmica rústica – parte 1: composição da matéria-prima (propriedades primárias) Dr.-Ing. Anja Tatarin1, Dipl.-Ing. Regina Vogt1 RESUMO 2. CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL (PROPRIEDADES Como um dos fornecedores líderes de equipamentos altamente PRIMÁRIAS) desenvolvidos e know-how na engenharia mecânica e de proces- Uma análise detalhada e confiável da argila pode somente ser as- sos para materiais cerâmicos na construção civil, sempre condu- segurada por uma combinação de vários métodos diferentes. Isto zimos testes abrangentes de matérias-primas antes de qualquer se deve porque cada método tem determinadas forças e fraque- layout do forno e secador. Esta é a base para produtos de alta qua- zas, as quais levam à avaliação imprecisa da matéria-prima se ela lidade de nossos clientes. O presente artigo aponta os testes de for exclusivamente utilizada. Referindo-se ao estado científico do laboratório necessários, do nosso ponto de vista, bem como testes conhecimento e considerando-se que dentro de, possivelmente, complementares. A Parte 1 do artigo trata das análises de mate- pouco tempo, quantidades grandes de amostra têm que ser ana- riais das matérias-primas (propriedades primárias). A Parte 2 (As- lisadas, focamos na determinação da mineralogia, composição sociação Nacional da Indústria Cerâmica - ANICER 84/2013) intro- química (incluindo teor de COT) e distribuição do tamanho da par- duz testes de comportamento cerâmico-tecnológico, por exemplo, tícula para uma análise confiável e abrangente da matéria-prima o comportamento da secagem e queima (propriedades secundá- [6-9]. A determinação complementar de sais dissolvidos na água rias), bem como os possíveis testes em escala de planta piloto. no processo de mistura e constituintes corrosivos é essencial para 1. INTRODUÇÃO os produtos finais e para o layout do sistema de exaustão, res- A argila é a base de qualquer produto cerâmico de silicato. Para entender o comportamento cerâmico-tecnológico de argilas puras ou misturas e, conseqüentemente, para um layout confiável pectivamente. Dando seguimento, os métodos utilizados, portanto, suas vantagens e desvantagens, bem como o conteúdo da informação de resultados obtidos são discutidas. de uma planta com boa eficiência energética, testes de matérias- 2.1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA E MINERALÓGICA -primas são essenciais para o layout da planta. Após a análise de A argila tem uma mineralogia complexa consistindo de materiais material das matérias-primas (propriedades primárias, tais como argilosos e não-argilosos. Estes são principalmente: composição mineralógica e química, bem como distribuição do tamanho da partícula), as misturas otimizadas e os níveis de tolerância de diversas matérias-primas podem ser determinados com relação a determinados produtos. Posteriormente, estas misturas são utilizadas para testar as propriedades cerâmico-tecnológicas, principalmente comportamento na secagem e na queima (propriedades secundárias) em escala de laboratório. Seguindo este pro- Minerais argilosos: caulinita, refratária e caulinita desordenada respectivamente (1:1 tipo camada) mica (muscovita, biotítico, sericita) não expansível 2:1 tipos camada ilita e camada mista ilita não expansível 2:1 tipos camada esmectita e camada mista esmectita expansível 2:1 tipos camada cloreto (2:1 tipos camada com folha intermediária de hidroxila) cedimento, os parâmetros principais necessários para o layout da planta e para os produtos posteriores são ganhos de uma forma relativamente rápida. O presente artigo aponta os testes de laboratório necessários, do nosso ponto de vista. 58 Revista da Anicer | nº 83 Minerais não-argilosos: quartzo, feldspatos, carbonatos, constituintes orgânicos, minerais ferrosos (por exemplo: pirita, hematita, goethita), sulfatos (gesso) É comumente aceito que, dependendo de determinada mineralogia, propriedades cerâmico-tecnológicas completamente Tabela 1: Influência dos minerais argilosos e não-argilosos no processo de produção dos produtos cerâmicos [6, 10, 11] diferentes podem surgir (2, 3-17]. A partir da mineralogia resulta determinada composição química. No entanto, para um tipo de camada química varia dependendo das condições de formação geológica (cátions dominantes nas folhas tetraédricas e octaédricas, resultando em carga de camada e íons atraídos para nivelação de carga). Deste modo, por exemplo, MINERAL IMPACTO caulinita / caulinita desordenada redução, diminuição da demanda de água e da resistência à flexão seca, brancura, aumento de refração, corpo muito denso após queimas em altas temperaturas, amplo intervalo de sinterização Esmectitas plástico, aumento da demanda de água, sensibilidade à secagem, resistência à flexão seca, retração à secagem e adsorção da mistura Ilita plástico, aumento da sensibilidade de secagem e resistência à flexão seca, agente de fluxo devido ao conteúdo elevado de K2O sinterização a temperaturas relativamente baixas Mica redução, formação de texturas, diminuição de demanda de água, sensibilidade à secagem e resistência à flexão seca; agente sintetizador a questão de que tipo de esmectita está presente não pode ser respondida sem a determinação da composição química. Vice- versa, no entanto, somente a composição química nos diz pouco sobre quais minerais estão presentes junto à argila. As argilas com composições químicas similares podem ter diferentes composições mineralógicas e, com isto, comportarem-se de uma maneira diferente durante o processamento. Consequentemente, para uma interpretação confiável das propriedades de ambos os materiais, são necessárias composição química e mineralógica. A LINGL aplica os seguintes métodos de teste: 2.1.1 DIFRAÇÃO DE RAIOS X (DRX) Para determinar as quantidades de minerais argilosos e não- Clorita Vermiculita -argilosos, a DRX tem se tornado amplamente aceita. As vantagens da DRX estão principalmente no tempo relativamente curto, um grande grau de confiança e informações interpre- Quartzo táveis que podem ser verificadas. Os principais grupos de minerais argilosos e frequentemente as determinadas espécies minerais dentro destes grupos podem ser identificadas quantitativas ou pelo menos semi-quantitativas, mesmo em misturas complexas como são as argilas [1, 5]. Porém, o método mostra alguma fraqueza inerente, a qual deveria ser obrigatoriamente considerada, a fim de evitar artigo “Métodos de teste para matérias-primas de cerâmica Agente de sinterização, principalmente na atmosfera de redução; aumento da retração de aquecimento e resistência após queima, avermelhado na atmosfera de oxidação, possível dilatação a altas temperaturas Pirita / marcasita Na escala macroscópica, é possível pontos de fusão pirita preto-acastanhado; aumento de resistência à queima; risco de corrosão devido ao sulfeto enxofre Componentes Orgânicos Superaquecimento com zona de calor possível devido à queima exotérmica; aumento da porosidade do corpo des primárias)” (ZI 4 / 2013, pp. 20-34). presentes na argila ou lotes, informações iniciais referentes ao comportamento cerâmico tecnológico podem ser obtidas. >>A Tabela 1 mostra os minerais mais importantes e seu impacto no processo cerâmico-tecnológico. redução, diminuição da demanda de água, retração à secagem, resistência à flexão e sensibilidade de secagem, aumento da sensibilidade ao aquecimento e resfriamento (inversão do quartzo), reforços a altas temperaturas de queima (refração), diminuição da retração de aquecimento Óxidos ferrosos (hematita, magnetita, goethita) rústica – Parte 1: composição da matéria-prima (propriedaDependendo dos tipos de materiais argilosos e não-argilosos redução, diminuição de resistência à flexão redução, diminuição da sensibilidade de secagem, retração da secagem e resistência à flexão seca, formação de micro-poros, clareamento da cor do Carbonatos (calcita, dolomita, corpo, diminuição da retração de queima, cal fragsiderita, ankerita) mentada quando presente como grãos rústicos, aumento no tempo de aquecimento para decomposição necessária do carbonato. medidas errôneas. Estas fraquezas, bem como métodos de preparação e análise estão descritas em detalhes no nosso redução, diminuição da resistência à flexão seca e força do corpo de queima, sem impacto significante Revista da Anicer | nº 83 59 ARTIGO TÉCNICO 2.1.2 ANÁLISE TÉRMICA SIMULTÂNEA (ATS) Gráfico 1: Curvas ATS, medidas com Netzsch ATS 409, atmosfera: ar, Al2O3 cadinho, referência: Al2O3, taxa de aquecimento: 10 K/min) A Análise Térmica Simultânea é amplamente aplicada como uma DRX complementar, onde a Análise Térmica Diferencial (ADT) e a termogravimetria (TG) são conduzidas simultaneamente em uma amostra. Considerando que, com ADT, as reações endotérmicas e exotérmicas ocorrem dependendo da temperatura e do tempo que são coletadas, a curva TG reflete a perda de massa da amostra também dependendo da temperatura e do tempo (gráfico 1). As seguintes informações são dadas pelas medidas ATS (>>Tabela 2): 2.1.3 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA A identificação da composição química (óxidos) pode ser conduzida tanto por ICP-OES (Espectrometria de Tabela 2: Temperatura dependendo das reações em matérias-primas siliciosas [6, 10, 11] TEMPERATURA ENTALPIA emissão óptica com plasma indutivamente acoplado) 80…225 °C endotérmica ou XRF (análise por fluorescência de raios X) 220…450 °C exotérmica 225…450 °C endotérmica 450…700 °C exotérmica Comparada à DRX, as principais vantagens de uma análise química são que também previamente impu- 380…420 °C exotérmica rezas insuspeitas, bem como elementos tanto de fa- 400…850 °C endotérmica ses cristalinas quanto não cristalinas podem ser iden- 650…850 °C endotérmica 573 °C endotérmica 850…1000 °C exotérmica tificados. A principal desvantagem é que o método por si só é de baixo valor diagnóstico, porque na maioria dos casos a composição mineralógica não pode ser derivada do mesmo. [5]. A informação seguinte com relação ao comportamento cerâmico-tecnológico das matérias-primas é dada pela análise química. >>Table 3). 2.1.4 DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE CARBONO ORGÂNICO TOTAL (COT) E Tabela 3: Influença dos óxidos presentes dentro das argilas no processo de produção dos produtos cerâmicos [6, 10, 11] ÓXIDOS IMPACTO SiO2 Conclusões sobre o teor de quartzo e, portanto, refração, sensibilidade ao calor e resfriamento possíveis Al2O3 Conclusões sobre o teor de caulinita e, por conseguinte, refração possível, amplitude do intervalo de sinterização, cor de queima clara com baixo teor de Fe2O3 Fe2O3 Cor avermelhada, agente sinterizador K2O, Na2O Agente sinterizador, redução de intervalo de sinterização des, ilita- e/ou teor de feldspato; reagente para carbonatos CaO, MgO Conclusões sobre carbonato ou teor de feldspato e, portanto, sobre cor de aquecimento e densidade de massa do corpo possível MnO agente sinterizador, coloração marrom escura TiO2 Aumento do impacto de coloração de minerais de ferro pela formação de FeTiO3 (cor avermelhada, baixa transparência) CARBONO INORGÂNICO TOTAL (CIT) As quantidades de carbono orgânico total (COT) e carbono inorgânico total (CIT) são identificadas por espectroscopia de infravermelho. Desse modo, a amostra é aquecida a 495 °C (COT) e 1050 °C (total de carbono – TC) em uma atmosfera rica em oxigênio. Em seguida, o dióxido de carbono resultante é medido usando um detector de infravermelho até que simulta- 60 Revista da Anicer | nº 83 Tabela 4: Avaliação dos componentes responsáveis pela eflorescência e corrosão [19, 20] Revista da Anicer | nº 83 61 ARTIGO TÉCNICO neamente não haja perda de peso devido à detecção do dióxido uniforme é atualmente trabalhado pelo comitê de especialistas de carbono. Após isto, o teor de CIT é calculado subtraindo-se em matérias-primas da DKG, proporcionando maior reproduti- o teor de TOC a partir do teor de TC. bilidade e comparabilidade dos resultados. Do nosso ponto de O teor COT permite conclusões sobre o comportamento de vista, para a determinação da indústria de argila pesada de Na+, queima das argilas e lotes (superqueimados durante aqueci- K+, Mg2+ and Ca2+ , bem como possíveis reagentes, tais como mento, porosidade do corpo, núcleos de redução). Da compo- SO32- and Cl- são necessários. Em alguns casos, é necessária sição mineralógica e o teor COT, pode ser calculada a entalpia a análise do total de V2O5 com caulinitas, a fim de avaliar o po- de matéria-prima de uma argila ou mistura, que é vital para o tencial da eflorescência para compostos de vanádio. equilíbrio energético do forno túnel. Além disso, os fluoretos, cloretos e enxofre durante a queima e Por aplicação paralela de DRX, análise química (incluindo teor desgaseificação podem levar a corrosão de estruturas metáli- de COT) e ATS as composições mineralógicas e químicas das cas do forno. Ao determinar os componentes responsáveis para matérias-primas para a indústria de argila pesada podem ser eflorescência e corrosão, as seguintes informações são dadas suficientemente analisadas com precisão. Métodos adicionais, (>>Table 4): tais como Espectroscopia Infravermelha e Escaneamento ou Microscopia de Transmissão de Elétrons revelam informações 2.2 GRANULAÇÃO (TAMANHO DAS PARTÍCULAS DE sobre microestruturas e morfologia dos minerais argilosos. No DISTRIBUIÇÃO) entanto, eles não são imperativos para determinação da pro- Equivalente à composição mineralógica e química, a distribuição priedade de matérias-primas de argila pesada. do tamanho do grão de uma argila ou mistura é essencial para o processo cerâmico-tecnológico. É determinado tanto pela pe- 2.1.5 COMPONENTES RESPONSÁVEIS PELA neiração e análise de sedimentação ou difração de laser. EFLORESCÊNCIA E CORROSÃO No laboratório da LINGL, a distribuição do tamanho de particu- Para determinação de sais solúveis em água, um procedimento lar é determinada por peneiração a seco para o tamanho dos Tabela 5: Impacto das diferentes frações de tamanho de grãos no comportamento cerâmico-tecnológico das misturas de argila pesada [6, 10, 11] FRAÇÃO DE TAMANHOS DE GRÃOS IMPACTO / INFORMAÇÕES Teor de mineral argiloso (esmectita, ilita, parcialmente refratário), aumen- < 2 μm to da plasticidade, aumento na demanda de água, bem como a sensibilidade de secagem e tempo de secagem, aumento na dilatação/ formação de núcleos de redução 2…20 μm Quantidades de caulinita, refratário, clorita, mica > 20 μm Minerais argilosos sólidos e quantidades de minerais não-argilosos Ao analisar as indicações de microscopia de luz para componentes orgâni- > 250 μm cos, carbonatos, pirita e morfologia dos grãos; superfície áspera do produto final, indicações para preparação 62 Revista da Anicer | nº 83 grãos de 2 mm a 32 μm e pela análise de sedi- Gráfico 2: Resultados das análises de sedimentação e peneiração mentação usando um sedígrafo para gamas de tamanhos de partícula de 0.2…32 μm. Os dados obtidos são apresentados como diagrama de Winkler, curva cumulativa e histograma de fração de grão (>>2) e permite as seguintes informações (>>Tabela 5). 2.3 ANÁLISE DE COMBUSTÃO E DETERMINAÇÃO DO VALOR DE AQUECIMENTO DOS ADITIVOS POROSOS A fim de avaliar os aditivos porosos como papel reciclado, serradura ou a análise de combustão de poliestireno é aplicada. Assim, os principais elementos das substâncias orgânicas (quantidades de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio) são analisadas pela combustão da amostra nada matéria-prima. Fora disso, as tendências em relação ao comportamento de secagem e queima podem ser derivadas a partir de, por exemplo: em uma atmosfera rica em oxigênio a 950…1050 °C e detectando os produtos de reação por um • Tempo curto ou longo de secagem/queima • Amplo ou estreito intervalo de sinterização também o valor do aquecimento, bem como as • Alta ou baixa temperatura de queima quantidades de cinza, H2O, enxofre e cloro são • Alta ou baixa resistência, densidade, absorção de água, etc. e, portanto, a ade- detector de condutividade térmica. Além disso, ao analisar aditivos para lotes de cerâmica, essenciais Os dois últimos valores são necessários para o layout do equipamento de tratamento de gás de exaustão. O enxofre e o cloro dentro quação do produto • Cor clara ou levemente avermelhada • componentes prejudicias (florescência, emissões durante a queima) do gás de exaustão atuam como um acidificante e, portanto, levam ao risco do sistema de corrosão. Além disso, o conhecimento do teor COT é Basicamente, a caracterização de materiais permite avaliar se uma material-prima essencial para qualquer otimização de mistura, é adequada ou não para um determinado produto, por exemplo, telhas, e que ou- a fim de evitar temperaturas excessivas devido à tros componentes de misturas são necessários para uma composição de mistura combustão de carbono na zona de aquecimento ótima. No entanto, os valores numéricos das propriedades cerâmico-tecnológicas do forno. O valor do aquecimento é considerado e a temperatura de queima necessária não podem derivar da caracterização de um no cálculo da entalpia da matéria-prima. material. Por isto, os testes cerâmico-tecnológicos são necessários. No entanto, 2.4 RESULTADOS E INFORMAÇÕES DE CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL A caracterização do material fornece informações sobre os minerais presentes, óxidos e tamanhos de partículas dentro de uma determi- uma caracterização de material é a base para qualquer teste cerâmico-tecnológico para que o verde resultante e as propriedades de corpo de queima como força de queima e secagem, densidade, porosidade e absorção de água ou cor de queima possam ser interpretadas e sistematicamente modificadas pela adição de argilas adicionais, agentes de redução, agentes de sinterização ou aditivos Revista da Anicer | nº 83 63 ARTIGO TÉCNICO 64 Revista da Anicer | nº 83 Revista da Anicer | nº 83 65 COMPETITIVIDADE Conselho elege diretorpresidente da Embrapii Ex diretor-presidente do IPT foi confirmado para o cargo. Qualificação da organização está no Ministério do Planejamento Fonte: CNI proporcionar agilidade na aplicação de recursos”, disse Oliveira. No modelo a ser adotado, existirá um compartilhamento de riscos técnico e econômico. Assim, um terço do recurso será investido pela empresa que irá desenvolver o projeto de inovação, um terço virá da Embrapii e um terço será das instituições de pesquisa em forma de estrutura, recursos humanos, máquinas e equipamentos. Para a CNI, a criação do órgão marca o início de políticas de investimentos públicos no período pré-competitivo das atividades de pesquisa Conselho de Administração da Embrapii reunido no escritório da CNI, em São Paulo 66 Revista da Anicer | nº 83 A e desenvolvimento, momento considerado primeira reunião do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) elegeu o engenheiro João Fer- arriscado, sem garantias. Investimento em competitividade nando Gomes de Oliveira como diretor-presidente O presidente da CNI, Robson Braga de An- da entidade. Oliveira é doutor na área de Engenharia drade, comemorou mais uma etapa da Mecânica e tem pós-doutorado pela Universidade da criação da instituição. “A Embrapii vai pos- Califórnia. Ele foi o diretor-presidente do Instituto de sibilitar que as empresas desenvolvam pro- Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). jetos inovadores e com isso, participem de O anúncio foi feito na sexta-feira, 2 de agosto, no es- um mercado mais exigente, tanto no Brasil, critório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), quanto no exterior. Será um investimento em em São Paulo. competitividade”, destacou Andrade. “A Embrapii será um catalisador da inovação ao esti- O diretor presidente do Conselho, Pedro mular os setores de ciência e tecnologia e aproximá- Wongtschowski, falou sobre a importância -los das empresas. A função da Embrapii será fomen- dessa nova fase da Embrapii. “Nossa expec- tar essa integração. O diferencial é o modelo que vai tativa é que em setembro possamos come- çar a apoiar projetos inova- sociação Privada sem Fins dores via Embrapii”, afirmou Lucrativos. Porém, para co- o empresário. meçar a receber recursos do Próximos passos governo federal, precisa ser A Embrapii surgiu de discussões provocadas pela Mo- qualificada como Organização Social (OS). Os integrantes do Conselho da Embrapii Pedro Wongtschowski – Presidente do Conselho e CEO do Grupo Ultra Robson Braga de Andrade – Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Rafael Lucchesi – Diretor de Educação e Tecnologia da CNI bilização Empresarial pela O requerimento de qualifica- Inovação (MEI) - grupo de ção já passou pelo Ministé- empresários liderados pela rio da Ciência, Tecnologia e CNI que se reúne periodica- Inovação (MCTI e pelo Mi- mente para discutir políticas nistério de Educação (MEC)). públicas de estímulo à ino- Esse processo está agora no vação - com a participação Ministério do Planejamento do governo federal e de re- e, depois passa, pela Casa presentantes da academia. Civil. Depois disso, será ne- Em 10 de maio deste ano, cessário um decreto pre- Marco Antonio Oliveira - Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC). foi dado o primeiro passo sidencial para a Embrapii Pedro Passos – Presidente da Natura para a criação da Embrapii, poder financiar projetos na ao ser constituída como As- área de inovação Álvaro Toubes Prata – Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Cláudio Leal – Superintendente da Área de Planejamento do BNDES Glauco Arbix – Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) Nelson Fujimoto – Secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Horácio Piva – Presidente da Klabin Revista da Anicer | nº 83 67 CERÂMICA VERDE IPT estuda produzir biomassa alternativa Governo de SP investe em projeto para obter energia a partir do capim-elefante Por Carlos Cruz | Fotos: Divulgação U 68 m projeto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) dade, com a vantagem de manter em equilíbrio o balanço das para geração de energia a partir do capim-elefante irá emissões de gases do chamado efeito estufa. Hoje já existem beneficiar quase uma centena de pequenas e médias empre- outros países emergentes, como a China, por exemplo, que sas cerâmicas do município paulista de Panorama, localizado começam a apostar neste energético de alto rendimento", ex- a quase 700 quilômetros da capital. plica Mazzarella. Segundo Vicente Mazzarella, coordenador do projeto e pes- Ainda em fase de implantação, o projeto prevê o plantio ex- quisador do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e perimental de 63 lotes, chegando a uma área total de 80 mil Pequena Empresa do IPT, o capim-elefante é uma fonte ener- m² próxima às cerâmicas. Em cada lote, três tipos diferentes gética sustentável e de alto potencial para suprir as necessi- da gramínea serão testados, com cortes em épocas alterna- dades dos ceramistas em toda a região de Panorama. “Existe das, com ou sem irrigação, seguindo diretivas que busquem uma demanda firme por energia na geração de calor para a maximização de resultados, via combinação de variáveis, de queima dos produtos cerâmicos. O capim-elefante mostra-se interesse para a microrregião. Os resultados também serão como alternativa de alta eficiência energética para esta finali- comparados aos obtidos nos testes com cana-de-açúcar. Revista da Anicer | nº 83 Uma das principais vantagens do capim-elefante, segundo o coordenador do projeto, é a alta produtividade num curto ciclo. “O problema CHINA é que o teor de umidade é muito alto. Vamos ainda estudar algumas Uma comitiva chinesa da Bei- alternativas para secagem, para enfim chegar à alimentação dos for- jing Academy of Agriculture and nos”. Uma outra opção é a briquetagem do material. “A abordagem Forestry Sciences que congrega 14 é única e deverá interessar progressivamente, além das cerâmicas, institutos de P&D&I na área agrícola, ener- a outros usuários como os setores industriais, grandes consumido- gia limpa, biomassas e meio ambiente visi- res de calor, de vapor, termoeletricidade ou, ainda, matérias-primas tou o IPT no último mês de março, quando abundantes para etanol celulósico, pré-carvão de alto poder calorífi- firmou um memorando de entendimento co e outros", afirmou Mazzarella. para cooperação nos desenvolvimentos de plantio e uso do capim-elefante para apli- O projeto ainda precisa ser assinado no âmbito do Programa de cações industriais. Segundo Mazzarella, a Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), entre a Cooperativa das instituição chinesa aprovou recentemente a Indústrias de Cerâmica do Oeste Paulista – Incoesp, a Secretaria realização de um projeto piloto similar ao do de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de IPT e isto possibilitará uma comparação de São Paulo e a Prefeitura Municipal de Panorama. O valor total, que metas e resultados. inclui a contrapartida dos beneficiários, é da ordem de R$ 767 mil Revista da Anicer | nº 83 69 MAROMBANDO Thomas Junqueira Ayres Ulbrich Diretor Executivo da VDMA no Brasil, fala sobre os desafios da indústria europeia de máquinas através da associação Por Manuela Souza | Foto: Divulgação Federação Alemã de Engenharia – VDMA de 1989 a 2000, junto Tendo trabalhado como advogado da Fe Thomas Ulbrich é hoje o responsável pela Federação a empresas europeias de engenharia mecânica, me no Brasil, localizada na cidade de São Paulo e que atua em diversas frentes de ações, como MercaFiscal, Pesquisa, Tecnologia e Energética e Ambiental. do de Trabalho, Política, Educação, Fis comerciais, a VDMA atua em vários setores da indústria de Representada por 39 associações co negócios dentro e fora da União Europeia, que inclui toda a engenharia e nos seus interesses de n cadeia produtiva da indústria de bens de capital - a partir de componentes para sistema, fornecedor de sistemas e integradores para provedores de serviços. A instituição possui representação Índia e China). nos países do Bric (Brasil, Rússia, Ín Atualmente, cerca de um quarto das exportações da Alemanha são bens de capital. O país é o segun segundo fornecedor mais importante de máquinas e equipamenmercado brasileiro, perdendo apenas para os EUA. tos para o m Como funciona fun a VDMA e quantas empresas ela representa? A VDMA representa r mais de 3.100 empresas de pequeno e médio porte no setor de maquinário e engenharia. É uma das maiores e associações na Europa, com vendas de 207 mais importantes im bilhões de Euros (2012) e 970.000 funcionários (2012). Cerca de dois terços da produção dos membros da VDMA são exportate dos para pa fora da Alemanha. membros da VDMA abrangem a cadeia inteira de processos Os me - tudo de componentes e fabricações na planta, fornecedores sistemas até prestadores de serviços. A VDMA proporciode si uma voz potente para os pontos de vista de seus memna u bros, nos níveis tanto nacional quanto internacional. Assim sendo, possui escritórios no mundo inteiro, ou seja, no Japão, send 70 7 0 Revista Re Rev R evist ev is sta d st da aA Anicer niiic nic n ce cer err | n nºº 8 83 3 Rússia, China, Índia e Brasil. O escritório combater a concorrência. Esta concor- do Brasil foi aberto este ano na cidade de rência muitas vezes é mais centralizada, São Paulo. sendo dominada por alguns grandes par- Qual é o trabalho da VDMA na defesa dos produtos de cerâmica no mercado europeu? A VDMA criou uma plataforma para os produtores europeus de maquinário para o setor de cerâmica vermelha. Ela é chamada European Ceramic Technology Suppliers (Fornecedores Europeus de Tecno- ticipantes no setor de cimento. A infinidade de vantagens de se construir com cerâmica vermelha (maior durabilidade, menor consumo de energia em ar-condi- cionado e aquecimento) representa um fator que tem de ser enfatizado tanto pe- ! ! los ceramistas quanto pelos fabricantes "# # de máquinas. #$%& !#' ECTS produziram um vídeo que informa as vantagens de se usar cerâmica. Este ser feitas para reduzir o impacto am- vídeo foi traduzido para o português (do biental na fabricação de produtos cerâ- Brasil) para a Anicer e pode ser encontra- micos e o que você já está fazendo? O setor que a VDMA está representando Quais são os principais desafios e obje- nesta área possui um nicho minúsculo tivos da VDMA? comparado à quantidade de emissões res de decisão e especialistas de mais de 3.000 empresas-membro e 400 especialistas trabalhando para a VDMA abrange um amplo espectro e é voltada às necessidades das empresas-membro. Os Em sua opinião, que mudanças podem Uma rede com mais de 20.000 tomado- melhor clima interno, aspectos estéticos, logia Cerâmica - ECTS). Os membros do do no canal da Associação no YouTube. ( )* ! + %& # 6 /0(012343540 /0(012343540 liberadas pelas fábricas de cimento. As normas ambientais que as fábricas em operação dentro dos EUA precisam satisfazer já são rigorosas, principalmente com relação a emissões. A tecnologia de filtros e os controles de combustão fabricados # ) + ! "!, objetivos principais são: mercado, esta- na Europa são líderes no mundo todo. tísticas e economia, negócios com o ex- Como você vê o Brasil no contexto da ###- terior e exportações, legislação, impostos produção de cerâmica vermelha? !*' "# e salários, pesquisa e códigos técnicos, #.!!# instrução e recrutamento, além de tecno- O recente trabalho realizado pela Anicer logia e meio ambiente. sobre as normas para cerâmicas estru- Como você avalia as possibilidades de parcerias com o ceramista e suas associações? !- ' ( turais representa um importante passo para uma melhor compreensão da ca- pacidade desse material de construção. Os ceramistas no Brasil podem se sentir Ceramistas e fornecedores de máquinas orgulhosos em ter uma associação em- partilham o mesmo mercado: eles têm de penhada em aperfeiçoar seus padrões Revista da Anicer | nº 83 71 FEIRA Minascon fortalece o setor Evento promove a qualificação profissional e movimenta R$ 120 milhões Por Carlos Cruz ticipante por meio dos debates altamente especializados. A feira ocupou um espaço de mais de sete mil m2 no Expominas e contou com a participação de 350 expositores, que apresentaram lançamentos e inovações tecnológicas para o segmento. Para o diretor de negócios do evento, Victor Montenegro, o Minascon/Construir Minas vem se fortalecendo a cada edição, contribuindo para o aquecimento do setor no estado. “A feira ocupa um lugar de destaque no calendário econômico mineiro. Grandes negócios foram fechados durante o encontro e tivemos a presença de um público muito qualificado. Este cenário, sem dúvida, pode ser atribuído ao conteúdo do Minascon, que reuniu lojistas, Casa cerâmica é construída durante a feira para demonstrar as principais vantagens do sistema construtivo. 72 Revista da Anicer | nº 83 A realização de mais uma edição do Minascon/Construir Minas, promovida entre os construtoras, atacadistas, engenheiros e outros profissionais da área”, afirmou. dias 19 e 22 de junho, em Belo Horizonte/MG, A opinião é reforçada pelo presidente da deu mostras do fortalecimento do setor no es- Câmara da Indústria da Construção, Teo- tado. Balanço divulgado no encerramento do domiro Diniz Camargos. Para ele, o evento evento revelou que o volume de negócios gera- se destacou acima de tudo por sua pro- dos na feira atingiu a ordem de R$ 120 milhões, gramação técnica altamente diversificada o que representa um crescimento de 26,3% em e discussões relevantes para os profissio- relação à edição 2012, quando foram registra- nais que integram a cadeia da construção dos R$ 95 milhões. Além de novos contratos, o civil. “Além das palestras e debates da pro- evento contribuiu para a qualificação dos par- gramação técnica, a feira apresentou solu- ções em praticamente todas as áreas e arquitetura. Como a indústria cerâ- do Sindicer/MG, o assessor Técnico da construção e recebeu um público mica não tem participado individual- e da Qualidade da Anicer Max Piva, bem qualificado durante quatro dias mente, levando a sua marca para os durante todo o evento, pôde tirar dú- de intensa troca de conhecimento e eventos, cabe ao sindicato divulgar as vidas do público sobre o novo projeto experiências”, disse. excelentes qualidades dos produtos da Anicer em parceria com o Sebrae. cerâmicos para esse seleto público”, Intitulado “Cerâmica Sustentável é afirmou Perrupato. Segundo ele, o + Vida”, o projeto promove a susten- objetivo foi apresentar as novidades tabilidade nas indústrias cerâmicas do setor, as principais tendências, os através da prestação de consultorias produtos e as mais modernas solu- em importantes áreas como eficiên- ções, além de promover a capacita- cia energética, inovação tecnológica, ção profissional a partir de palestras. ambiental, tratamento de resíduos O tema foi abordado na quarta-feira, sólidos, incorporação de biomassa e 19, pelo engenheiro civil Guilherme qualificação no PSQ. A participação Parsekian, que apresentou a palestra do setor também foi consolidada pela “Alvenaria Estrutural com Blocos Ce- construção de uma casa cerâmica râmicos” a uma plateia formada por feita com blocos estruturais, telhas O setor de cerâmica vermelha esteve fortemente representado na ocasião por representantes do setor. Para o presidente do Sindicer/MG e vice-presidente da Anicer, Ralph Perrupato, a participação do setor é de extrema importância e faz parte de um conjunto de ações que vêm sendo desenvolvidas desde o início do ano para comemorar os 80 anos do Sindicer/MG. “É o único evento no Brasil que congrega feira e congresso, envolvendo toda cadeia da construção, CREA, CAU, escolas, universidades, institutos e associações ligadas à engenharia civil engenheiros, calculistas, arquitetos e demais interessados. Contando com um espaço no estande cerâmicas, esgoto coletado com tubo cerâmico e paver cerâmico no piso interno e externo, para demonstrar van- Revista da Anicer | nº 83 73 FEIRA tagens como conforto termo acústico, redução no tempo de obra, no custo e na geração de resíduos. Um dos momentos mais importantes do evento foi o lançamento do estudo inédito “A contribuição econômica e social da cadeia produtiva da construção em Minas Gerais”, encomendado pela Fiemg à Fundação Getulio Vargas (FGV). A apresentação do material aconteceu na quinta-feira, 20 de junho, e contou com a participação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. Entre outros dados, o documento mostrou que a cadeia produtiva da construção Ralph Perrupato e Guilherme Parsekian durante palestra sobre alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. mineira é responsável por 1,393 milhão de ocupações, entre empregados, trabalhadores autônomos e dirigentes, correspondendo a 10,8% do total de empregos da cadeia produtiva da construção do país 74 Revista da Anicer | nº 83 Revista da Anicer | nº 83 75 QUALIFICAÇÃO De olho na Copa Fundacer e Sebrae/MT fecham parceria para atendimento tecnológico a cerâmicas do Mato Grosso Por Carlos Cruz da construção civil como cerâmica vermelha, móveis e construtoras para o desenvolvimento de projetos em prol do setor. Segundo os responsáveis pelo projeto no Sebrae/MT, José Valdir Santiago Junior e Ari Vasconcelos, o objetivo principal é atender às exigências do mercado, reduzindo custos e aumentando a produtividade. “O primeiro passo é adotar uma filosofia de padronização e atendimento de qualidade ao consumidor que permita reduzir perdas na produção, agregando valor ao produto. Isso só é possível através da capacitação da mão de obra, aperfeiçoando o processo produtivo”, afirmou Vasconcelos. Para os consultores da Fundacer, Edvaldo Maia e Vagner Oliveira, responsáveis pela realização das visitas técnicas, os resultados esperados são a qualificação da mão de obra, a redução das não conformidades e dos desperdícios (recursos humanos, matéria-prima e in- E 76 m parceria com o Sebrae/MT, a Fundação Nacional da Cerâmica – sumos), o aumento da competitividade, otimização dos Fundacer, desenvolveu um projeto para atender às necessidades de processos produtivos, além da qualificação no PSQ. fabricantes de blocos e telhas cerâmicas das regiões de Cuiabá e Várzea Para Oliveira, o sucesso do projeto só será possível se Grande, no estado de Mato Grosso. Ao todo, cinco empresas já estão sen- houver um verdadeiro comprometimento e envolvimen- do atendidas recebendo a visita dos assessores técnicos e da qualidade da to por parte dos gestores das empresas participantes. Fundacer para a realização de treinamentos com funcionários e dirigentes “Nosso trabalho será sugerir mudanças, indicando me- das cerâmicas, meios considerados sistemáticos pela Fundação para a lhorias que possam ser feitas nas cerâmicas. Em con- implantação de um sistema de Gestão da Qualidade – SGQ visando ao trapartida, o Sebrae/MT disponibilizará os recursos ne- aumento e à melhoria da produtividade e à adequação às normas e por- cessários, como, por exemplo, ceder espaço físico para tarias vigentes, além de apoiar a qualificação nos Programas Setoriais da a realização de treinamentos de mão de obra. Mas se o Qualidade. empresário não estiver disposto a mudar, nosso traba- A iniciativa partiu do Sebrae/MT que, ao identificar a necessidade de qua- lho será em vão”, advertiu o assessor. lificar as empresas do estado para atender às demandas que estão sur- Diante do aumento do poder de consumo das classes gindo com a Copa do Mundo de 2014, reuniu as associações da cadeia de baixa renda, das facilidades de acesso ao crédito e Revista da Anicer | nº 83 de programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida 2 (MCMV2), o setor da construção civil vem atravessando nos últimos anos um momento de muito otimismo por parte de empresários e consumidores, conforme mostram os indicadores do governo. “Segundo a Caixa Econômica Federal, o programa Minha Casa Minha Vida 2 pretende construir 2 milhões de casas e apartamentos até 2014. Por isso, precisamos aumentar o número de cerâmicas qualificadas nos Programas Setoriais da Qualidade, do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat, do Governo Federal, para atendermos à demanda e nos tornarmos mais competitivos”, lembrou Maia. As empresas que participam do projeto são as cerâmicas Rainha da Paz, Monte Carmelo, Santa Terezinha, São Bento de Cuiabá e Ouro Preto. Juntas, elas passarão por um plano de ações dividido em fases de diagnóstico, emissão de relatório, instalação de laboratório interno de controle de produtos, planejamento e treinamento de mão de obra e gestores. Maia explica que o número reduzido de empresas atendidas se deve ao fato do projeto abraçar também outros segmentos e suas respectivas empresas. Ao todo, cada cerâmica receberá 64 horas de consultoria, divididas em oito visitas mais a emissão do relatório. As atividades estão previstas para terminar em novembro deste ano Ari Vasconcelos, da Unidade de Desenvolvimento Setorial – Indústria, do Sebrae/MT Revista da Anicer | nº 83 77 COLUNA DA QUALIDADE Novo selo sustentável por três palestras: Normas de Desempenho da Construção Civil e o projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, apresentada pelo assessor Técnico e da Qualidade da Anicer, Antônio Carlos Pimenta; Características do Bloco Cerâmico conforme a Norma 15270, apresentada pelo engenheiro civil do Senai, Francisco Raimundo A Anicer recebeu no dia 18 de julho a vi- do Nascimento; e o Cenário da Constru- sita de representantes da Fundação Van- ção Civil e Formas de Financiamentos, zolini para conhecer o novo selo de iden- apresentada pelo gerente da Caixa Eco- tidade ambiental da Fundação, o RGMAT. nômica Federal, Antônio Souza de Deus. As cerâmicas Pauluzzi, Kaspary, João Vogel e Construhoor, localizadas no município de Bom Princípio (RS), receberam, no dia 26 de julho, a visita do assessor Técnico e da Qualidade da Anicer, Max Piva. Segundo o assessor, o objetivo foi conhecer os sistemas produtivos e as novas tecnologias empregadas nessas empresas, além de apresentar o “Cerâmica Sustentável é + Vida”, que oferece consultorias nas áreas de inovação Desenvolvido para caracterizar materiais sustentáveis, o selo visa demonstrar o Um bom princípio no RS Café tecnológico em MS desempenho ambiental dos materiais de tecnológica, eficiência energética, ambiental, tratamento de resíduos sólidos, geração de créditos de carbono e qualifi- construção, por meio da declaração am- cação nos PSQs. biental do produto, baseado na ACV, que inclui o consumo de recursos naturais, Reunião de trabalho em GO energia, água, emissão de gases, resíduos sólidos e líquidos ou substâncias tóxicas, e abrange desde a extração mineral, produção, transporte, montagem, utilização, manutenção e desconstrução até a reutilização ou a reciclagem. O assessor Técnico e da Qualidade da Anicer, Vagner Oliveira, participou, no dia 11 de julho, de um café da manhã promovido pela Anicer, em parceria com o Oportunidades em Jacobina/BA Sebrae e o Sindicer/MS, para apresentar, aos ceramistas do estado, projetos da Associação como os PSQs de Blocos e Telhas Cerâmicas, o Anicer na Sua Empresa (ANSE), o Conheça o Seu Produto pela Avaliação da Conformidade (CSP) e 78 A Associação dos Ceramistas do Norte de Goiás (Asceno – GO) realizou, no dia 23 de julho, uma reunião extraordinária de trabalho para instalação dos laboratórios fixo e móvel e aplicação do curso de for- o “Cerâmica Sustentável é + Vida”, novo mação e qualificação profissional. O as- projeto desenvolvido em parceria com o sessor Técnico e da Qualidade da Anicer, Sebrae. Representando o presidente do Edvaldo Maia, participou do evento apre- O seminário Oportunidades e Desafios Sindicer/MS, o diretor da Área de Pisos sentando o “Cerâmica Sustentável é + para a Construção Civil foi realizado no Cerâmicos da Anicer, Luiz Cláudio For- Vida”, novo projeto da Anicer em parceria dia 24 de julho, na cidade de Jacobina, nari, falou sobre o papel importante da com o Sebrae que promove a sustenta- na Bahia, com apoio da Anicer e do Sin- Associação Nacional e das conquistas bilidade nas micro e pequenas empresas dicer/BA. A programação foi composta realizadas para as cerâmicas no Brasil. do setor através de consultorias Revista da Anicer | nº 83 Revista da Anicer | nº 83 79 80 Revista da Anicer | nº 83 Mercado e inovação Cobogós do Cerrado O projeto, premiado pelo Sebrae/MG, apresenta uma linha de novos padrões para cobogós e busca resgatar uma técnica arquitetônica amplamente utilizada no Brasil nas décadas de 50 e 60 e também valorizar, através da retratação de seus elementos formais, o segundo maior bioma brasileiro: o Cerrado. As peças foram destinadas à produção em cerâmica vermelha do Arranjo Produtivo Local de Ituiutaba. Birdhouses Ideia desenvolvida pelo designer holandês Klaas Kuiken, a casa é uma telha modelada em cerâmica com encaixes para ser fixada nos telhados das casas e contém um cesto removível para ajudar na manutenção após a época de acasalamento. Cube & Line Brick Patterns Criado por Ben Oostrum & Rob Bonneur (da VVLFB Architects) e produzido pela empresa Wienerberger, o “Tijolo Cube” e “Tijolo em linha Horizontal”, estimula o desenvolvimento técnico e artístico da fabricação e aplicação de tijolos como material de construção. O tijolo Horizontal Line possui uma articulação horizontal extra ao longo do comprimento total. Durante a aplicação, a imagem é criada de um tijolo plano, enquanto não difere da pedra de tamanho padrão. Já o tijolo cubo tem uma forma de base hexagonal, com articulações que acentuam os contornos do cubo Revista da Anicer | nº 83 81 Social 4 1 5 2 6 01, 02 e 03 – Ceramista recebe aula de frevo nos preparativos do Encontro Nacional em Recife. 04 – Rosangela Silva, Maximo Bernini, Flavio Bonato e Ronni Caleffi, das empresas Bernini e Sacmi, posam com a bailarina pernambucana, divulgadora do Encontro, Josy Caxiado. 05 – Carol Camargo (Verdés), Thiago Santos (Kromaq), Nelson Faria (Brasenic), Moara Spindola (Novacer), Antonio Pimenta (Anicer), Juliana Nunes (Novacer) e Josy Caxiado. 82 06 – José Luiz Botti e Shederson, da RF Isolamentos, durante a Expocer 2013, em Curitiba. Revista da Anicer | nº 82 3 8 7 7 9 10 07 – Dançarina de frevo Josy Caxiado posa para foto com filhos de ceramistas. 08 – Encontro de ex-presidentes: durante seminário sobre a NR 12, em Porto Alegre/RS, Luis Lima posa para foto com Nelson Ely Filho, que presidiu a Associação entre 1996 e 2001. 09– Francisco Xavier (Cerâmica Salema), Eduardo Mário Melro (Cerâmica Camaragibe) e Stella Toledo Cabral (Cerâmica do Agreste). 11 10 – Antônio Pimenta (Anicer), Juan Roberto Germano (Cerâmica Pauluzzi) e Daniel Wosniak (Sindicer/PR), durante a Expocer 2013, em Curitiba/PR. 11 – Ao centro, Tulio Almeida (Cerâmica Rio Machado) e Osvaldo Rosalino (Cerâmica Rosalino), posam com colaboradores durante seminário da NR12 em Cacoal/RO. 12 – Representantes da Cerâmica Portuguesa, durante seminário sobre a NR12 em Cacoal/RO. Revista da Anicer | nº 82 12 83 NOTÍCIAS DA ANICER Entidades do PSQ de blocos e telhas cerâmicas se reúnem no Rio As entidades Gestora Técnica (Senai) e Mantenedora (Anicer) do PSQ de blocos e telhas cerâmicas se reuniram no dia 8 de agosto no Rio de Janeiro para analisar resultados e aprimorar constantemente o trabalho. Segundo Sandra Após reunião no mês de maio na sede da Anicer entre membros da Associação, do INT e da WayCarbon, o grupo voltou a se reunir no dia 8 de julho, no Rio de Janeiro, agora com a presença do Banco do Nordeste, para ana- de Carvalho, coordenadora da Anicer, houve uma alta adesão de empresas lisar possíveis soluções para os entraves enfrentados interessadas em se qualificar no PSQ nos últimos meses, o que aumentou pelos ceramistas na gestão de seus negócios. O objeti- o volume de trabalho e trouxe a necessidade da abertura de novos postos, vo do grupo é montar um escritório de apoio técnico às inclusive para a intensificação das ações de combate a não conformidade indústrias cerâmicas, tendo como piloto inicialmente as intencional. Também participaram da reunião o presidente da Anicer, Cesar regiões: Nordeste, Norte de Minas Gerais e Estado do Es- Gonçalves, e o gerente Técnico Bruno Frasson; a gerente Executiva do Senai pírito Santo. A ação conta com o apoio do Fundo Clima, Daniele Pereira, a gerente de Operações Regional Ana Cristina Carvalho e o fruto de parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e analista de Serviços Tecnológicos Silvério Kopke. do Banco Mundial. Inmetro responde NR 12: de norte a sul Uma reunião entre representantes da Anicer e do In- A Anicer realizou, nos meses de julho e agosto, mais dois seminários sobre a metro definiu uma parceria entre as duas entidades NR 12, que dispõe sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. para a realização de uma importante ação durante Com o apoio dos sindicatos do setor de cerâmica vermelha dos estados per- o 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmi- tencentes às regiões Norte e Sul do país, do Ministério do Trabalho e Emprego ca Vermelha. Segundo informações da diretoria da (MTE) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os seminários aconte- Anicer, o Inmetro terá um estande na 16ª Expoanicer para tirar dúvidas dos participantes sobre os mais diversos temas, além de realizar workshops sobre as portarias nº 5, que trata de telhas; nº 16, que trata de componentes cerâmicos e que será substituída pela nº 132; e nº 658, que trata de certificação. Participa- 84 Anicer, INT, WayCarbon e BNB voltam a se reunir no Rio ceram no dia 25 de julho em Porto Alegre (RS) e no dia 2 de agosto em Cacoal (RO), reunindo ceramistas e representantes de empresas fabricantes de máquinas e equipamentos. A iniciativa é parte de um projeto da Anicer para a realização de eventos em todas as regiões do país com o objetivo de apresentar as alterações no texto da Norma Regulamentadora nº 12 a toda a cadeira pro- ram da reunião o diretor executivo de comunicação dutiva da cerâmica vermelha. O assunto também será abordado em uma das da Anicer, Ricardo Kelsch; Pedro Henrique Pereira clínicas do 42º Encontro Nacional. Com o título “NR 12: como atender à norma Costa e Roberta de Freitas Chamusca, do Inmetro; e de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos”, a clínica será apre- o gerente Técnico Bruno Frasson, da Anicer. sentada pelos especialistas Hildeberto Nobre, do MTE, e Clovis Veloso, da CNI. Revista da Anicer | nº 83 Novos associados Cerâmica Sustentável é + Vida Nos meses de julho e agosto, seis novas empresas se junta- A Anicer e o Sebrae se reuniram ram ao grupo de associados à Anicer, enriquecendo a maior no dia 2 de agosto, no Rio de Ja- comunidade cerâmica do Brasil. São elas: neiro, para alinhar procedimentos Cerâmica Longa (PI) Lara Indústria e Comércio de Materiais (SP) Cerâmica Camaragibe (AL) Cerâmica Santo Antônio (GO) Cerâmica Luciano (RN) Cerâmica Jenipapo (PI) na execução do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida. Entre os pontos propostos, ficou decidido que o grupo realizará um balanço dos trabalhos a cada dois meses. A estruturação do projeto no SIGEOR (Sistema de Informação da Gestão Estratégica Orientada para Resultados) também foi assunto em Nota de pesar pauta. Renato Perlingueiro, da carteira de Cerâmica Vermelha do É com grande pesar que a diretoria e os colaboradores da Também participaram da reunião o diretor executivo da Anicer, Ri- Anicer vêm prestar seus sentimentos aos familiares, amigos cardo Kelsch; a coordenadora, Sandra Carvalho; a gerente de Meio e companheiros de trabalho de Gerson Bertan, da Natreb. Nossa cordial solidariedade a este grande empresário Sebrae, é o gestor do projeto no Serviço e conduziu o encontro. Ambiente, Fernanda Duarte; o gerente técnico, Bruno Frasson; e a gestora do Financeiro, Elaine Araújo. Revista da Anicer | nº 83 85 Eventos FEICON BATIMAT NORDESTE 85º ENIC Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Recife/PE Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza/CE Data: 26/09 a 28/09 Data: 02/10 a 04/10 Data: 05/11 a 07/11 Com 21 anos de existência, a Feicon Ba- Está é a terceira vez que a capital cearense O encontro tem como objetivo oferecer su- timat é o evento mais completo no setor, sedia o evento, único que une toda a cadeia porte técnico e gerencial, apoiar e fomentar pois reúne todos os grandes líderes do do segmento para discutir e interagir os as boas práticas ambientais, sociais e eco- segmento em uma exclusiva exposição caminhos do setor. Com o lema “O futuro nômicas dos produtores minerais organiza- de produtos e serviços para todos os que vamos construir juntos”, a iniciativa deve dos em APLs, disseminar os conhecimentos reunir os principais players da Construção tecnológicos, o Plano de Desenvolvimento Civil, somando mais de 1.500 participantes. da Rede, as competências e os trabalhos Na ocasião, serão abordados temas ligados em andamento de cada grupo de discussão às comissões de relações trabalhistas, e setorial, tendo os participantes a oportuni- imobiliária, obras públicas, privatizações e dade de apresentar sugestões, propostas e concessões, materiais, tecnologia, qualidade planos para o desenvolvimento de Arranjos e produtividade, meio ambiente, ação social Produtivos Locais de Base Mineral e da cresce mais a cada ano. e cidadania. RedeAPLmineral. www.feiconne.com.br www.montebelloeventos.com.br/expocer/ www.redeaplmineral.org.br setores do ramo. Agora, esse grande evento chega ao Nordeste, um dos maiores centros nacionais de progresso e oportunidades. São inúmeras possibilidades de negócios e inovações reunidas num só espaço, na região brasileira que 86 Revista da Anicer | nº 83 X SEMINÁRIO DE APL DE BASE MINERAL Local: Vitória/ES 25 a 28 d de outubro t b d de 2013 EM OUTUBRO O MAIOR EVENTO DO SETOR ESPERA POR VOCÊ! Clínicas Tecnológicas 16ª Expoanicer Fóruns Visitas Técnicas Prêmio João-de-Barro Faça até 20/09 a sua inscrição e concorra a passeios em Porto de Galinhas com acompanhante. EVENTO CLÍNICAS*** EXPOANICER CATEGORIAS Até 20/09**** (R$) Após 20/09 (R$) Sócios Anicer e Sindicer/PE* 400,00 600,00 Não-sócios/Geral** 550,00 700,00 Sócios Anicer e Sindicer/PE* Isento Isento Não-sócios/Geral** 150,00 200,00 * O valor para sócios da Anicer e do Sindicer/PE está disponível apenas para empresas em dia com suas contribuições sociais. ** Estudantes pagam 50% dos valores para não-sócios mediante comprovante de matrícula do período do evento. *** A inscrição nas Clínicas dá direito à visitação na Expoanicer e a 01 (um) convite para a Festa de Encerramento (28/10). Cada 5 inscrições de integrantes da mesma empresa efetuadas, a 6ª é cortesia. **** Valor válido para pagamentos efetuados até esta data. www.anicer.com.br/encontro42 Twitter: @encontroanicer E-mail: [email protected] Encontro: +55 (21) 2262-0532 Anicer: +55 (21) 2524-0128 NONONONONONNNOONO Os blocos cerâmicos ajudam a proteger o planeta do aquecimento global Os gases emitidos pelos produtos que consumimos podem provocar, a longo prazo, o aquecimento do planeta. Assista ao vídeo e descubra como os produtos cerâmicos reduzem em mais da metade a emissão de CO2, em comparação aos produtos de concreto. Assista aos vídeos sobre esse e outros temas em nosso blog: www.acasadaminhavida.blog.br 88 Revista da Anicer | nº 83