Educação Infantil - Escola Interativa

Transcrição

Educação Infantil - Escola Interativa
[ editorial ]
professor José Pacheco, que
“[como] cada ser humano é único,
não há dois ritmos de aprendizagem
Ao lermos a entrevista com o
Professor José Pacheco da Escola
da Ponte de Portugal nos veio à
lembrança o momento da
implantação, aqui no Expoente, da
proposta pedagógica construtivistainteracionista e, muito
especialmente, quando iniciamos o
novo processo de avaliação. Quanto
questionamento! Quantas “broncas”
dos pais! Isso mesmo, dos pais, pois
iguais e por essa e outras razões, é
inútil aplicar uma prova a todos, no
mesmo momento, igual para todos.”
Coincidentemente o tema abordado
pelo professor Vasco Moretto, nessa
edição, trata do mesmo assunto. Foi
por isso e por tantos outros motivos
que o Expoente, já na década de
1990, mudou a sua filosofia de
educação, e o resultado aí está:
cada dia mais o Expoente é uma
instituição de referência em
nossos alunos são os primeiros a se
Educação no Brasil.
jurídicas, que deveriam dar o
Nesta edição, reforçamos também o
exemplo de probidade, lisura e
tema “valores” que, em 2008, será
valores, não merece confiança.
nossa base de trabalho com
É na geração que estamos formando
projetos. Esse mesmo tópico já foi
que contamos com profundas
utilizado no passado com muito
mudanças, pois em grande parte
sucesso e acreditamos que o
daquela que aí está, o “câncer” já
adequar ao novo, e nossos
professores os seguem. Mas os
pais, esses querem que a mesma
educação que tiveram seja mantida.
Quanta inconformidade! Quanta
postura de ranço tradicionalista!
Ainda bem que educadores
enfatizar novamente nunca é
tomou parte e a “metástase” se
demais, principalmente nesse
manifesta em todos os organismos
momento crucial vivido pelo país, em
nesse grande corpo que é a nação. É
que a noção de valores por parte dos
no jovem que devemos investir!
políticos e até de nossas instituições
Uma boa leitura para todos.
conscientes sabem que cada aluno
é “único” e, como bem reforça o
[ expediente ]
Direção-Geral: Armindo Vilson Angerer
CEEE: Rosalina Soares
Edição CEEE: Cristina Kerscher Castelan
Pré-Impressão: Paulo César Niehues
Arte e Diagramação: Augusto de Paiva Vidal Neto
[ índice ]
[ 04 ]
Entrevista: José Pacheco fala sobre a
Escola da Ponte
[ 10 ]
Valores são o tema do Material Didático
Expoente em 2008
[ 12 ]
Marketing começa com treinamento
da equipe
[ 20 ]
Educação Infantil: Expoente oferece
nova coleção para esse segmento
[ 26]
Nota 10: Expoente foi conhecer a melhor
educação do mundo
Marketing: Karina Lafraia
Jornalista Responsável: Alessandra Potamianos
(Mtb
Armindo Angerer
Diretor-Geral
Grupo Educacional Expoente
4469/18/109)
enas
Foto da capa: Kraw PPenas
Editora Gráfica Expoente: Antonio Both
Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente
Ltda.
Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR
CEP: 83324-000 – TTel.:
el.: 41 3312 43 50
Fax: 41 3312 43 70
Tiragem: 20 000 exemplares.
Impressão Pedagógica é uma publicação semestral,
de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas,
coordenadores e professores, sendo distribuída por mailing
personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões
expressas nos artigos assinados.
Todos os direitos reservados.
impressão Pedagógica [ 3 ]
[ entrevista ]
Educação
autônoma
O nome do professor português José Pacheco é intimamente associado
à Escola da Ponte, em Portugal, reconhecida internacionalmente por aplicar
um projeto pedagógico inovador, baseado na autonomia dos alunos. Eles
não são divididos por faixa etária e não têm um professor fixo. Crianças e
adolescentes definem quais são suas áreas de interesse e, a partir daí,
desenvolvem projetos em grupos de estudo. Pacheco visita o Brasil
regularmente e, nos dias 28, 29 e 30 de outubro, participa do V Seminário de
Educação do Rio de Janeiro.
Nesta entrevista, especialmente concedida à Impressão Pedagógica,
José Pacheco fala do trabalho cooperativo dos professores, das formas de
avaliação, das mudanças nas práticas educacionais e do ensino da cidadania.
“Em Portugal, como no
Brasil, não devemos
confundir o que está escrito
nos projetos de papel com o
que acontece na prática…”
[ 4 ] impressão Pedagógica
IP – No início de suas
atividades, na década de 1970,
a Escola da Ponte era como as
demais escolas públicas
portuguesas. A que se deveu a
transformação que culminou
com a Escola da Ponte que
conhecemos hoje?
José Pacheco – Em 1976, a Escola
da Ponte defrontava-se com um
complexo conjunto de problemas: o
seu isolamento face à comunidade
de contexto; o isolamento dos
professores dentro da escola; sutis
ou claras manifestações de exclusão
escolar e social; indisciplina;
ausência de um verdadeiro projeto
e de uma reflexão crítica sobre as
práticas; estava cativa da
hegemonia de metodologias
centradas no professor e as
instalações eram decrépitas e
insalubres.
Todas as mudanças ocorridas nos
últimos trinta anos (que foram
apenas o início do projeto)
resultaram de interrogações, do
estudo e do trabalho cooperativo
dos professores. Na Ponte, nenhum
professor está sozinho, porque um
projeto de escola é um ato coletivo.
Isso possibilitou a criação de laços
com outros agentes educativos, de
vínculos afetivos (de “amor
maduro”) entre professores e
alunos, a reelaboração da cultura
pessoal e profissional. Nessas
condições, tudo mudou e tudo vai
mudando…
Creio que o segredo da
longevidade do nosso projeto
assenta-se em três pilares: o
trabalho em equipe, o apoio dos
pais (no contrato de autonomia
assumido com o Ministério da
Educação, os pais têm um papel
central) e a integração da teoria
com a prática. Por vezes, nem foi
necessário recorrer à ciência para
questionar a obsoleta escola que
tínhamos: bastou o exercício do
bom senso.
sabendo o mesmo (ou até mais)
apenas reagem a questionamentos
do que o educando que
dos alunos. Também manifestam
freqüentou outra escola?
proatividade sempre que, por
Ambos estarão preparados
exemplo, um aluno recém-chegado
em igualdade, conforme as
à Ponte (muitos vêm expulsos de
exigências da nossa própria
outras escolas) confunda liberdade
sociedade?
com licenciosidade ou enquanto
JP – Nos períodos de tempo em
não for capaz de assumir
que a Ponte funciona em harmonia
autonomia.
com os princípios do seu projeto,
A formação dos orientadores faz-se
os alunos que forma são os que
na escola, dentro de um modelo
IP – As características mais
obtêm melhores resultados nas
isomórfico e mutualista. Vai muito
marcantes da Escola da Ponte
escolas para onde vão, para
além da didática e acontece em
são a ausência da sala de aula
continuar os seus estudos. Mas,
múltiplos domínios: pessoal, social,
e de turmas segmentadas por
mais do que o elevado nível de
em função de um perfil pré-
faixa etária. De que maneira
desempenho cognitivo, esses
existente. A formação que os
essas características influem
alunos realizam-se como pessoas e
professores recebem na formação
no aprendizado do aluno?
cidadãos, sabem integrar-se em
inicial quase de nada serve, porque
JP – A ausência da sala de aula e
diferentes contextos sociais e
as faculdades, apesar dos
de turmas segmentadas por faixa
denotam elevado desenvolvimento
excelentes professores que têm,
etária são duas das diferenças mais
emocional, maturidade
continuam a insistir numa formação
visíveis relativamente
teoricista e
ao modelo da escola
dita “tradicional”. Mas
não são as principais.
Na Ponte, ocorreu
uma profunda ruptura
paradigmática, que
alterou por completo
a cultura da escola e
“As mudanças não acontecem
no papel. As mudanças
acontecem pelo
questionamento, pelo estudo,
pelas aplicações e pelas
avaliações permanentes.”
descontextualizada.
IP – A proposta
pedagógica da Escola
fundamenta-se em três
grandes valores: a
liberdade, a
responsabilidade e a
os modos de
solidariedade. Esses
aprender. Ao cabo de
mesmos valores são
trinta anos de projeto, os relatórios
sócio-moral e equilíbrio afetivo.
de avaliação externa (realizada por
pesquisadores nomeados pelo
Ministério da Educação) concluíram
que os alunos da Ponte atingiam
níveis de excelência acadêmica. Se
pensarmos que, trinta anos antes, a
Escola da Ponte tinha muitos alunos
em situação de insucesso e que
nem banheiro a escola tinha…
IP – Com a proposta de ensino
trabalhados na grande maioria
das escolas, inclusive nas do
IP – A atuação do professor na
Escola da Ponte se aproxima da
de um orientador; os
professores só dão respostas
se os alunos lhes fazem
perguntas. Para atuar como um
professor-tutor, o educador não
precisa de uma preparação
mais específica, que vá além da
Brasil. Então, como a Escola da
Ponte consegue trabalhar tais
valores na prática, a ponto de
se distinguir das demais
instituições de ensino?
JP – Não pretendo ser injusto com
qualquer escola ou professor, mas
em Portugal, como no Brasil, não
devemos confundir o que está
didática, das técnicas de
ensino–aprendizagem?
escrito nos projetos de papel com
da Escola da Ponte é possível
garantir que o estudante sairá
JP – Nem sempre os orientadores
mudanças não acontecem no
o que acontece na prática… As
impressão Pedagógica [ 5 ]
papel. As mudanças acontecem
semelhante à da Escola da
pelo questionamento, pelo estudo,
Ponte? O que se faz necessário,
pelas aplicações e pelas avaliações
além de boa vontade?
permanentes. A mudança é um ato
JP – A boa vontade não basta. Nem
coletivo fundamentado
a adesão a modas pedagógicas. A
teoricamente. Pelo que me é dado
utopia de uma escola sem
ver, desde há quase quarenta anos,
insucesso, sem exclusão, é
não é verdade que esses valores
realizável. Mas é realizável de
sejam trabalhados na maioria das
muitos e variados modos. E está
escolas. Se o fossem, há muito
acontecendo, também, no Brasil.
tempo já a organização da escola
O Brasil tem tudo de que precisa.
teria sofrido profundas alterações.
Não carece de modelos
Não é isso que eu vejo. Apesar
“ajustáveis”. Apesar dos baixos
desta minha convicção, conheço
salários e de outros maus-tratos a
algumas escolas que vão pondo em
que são sujeitos, os professores
prática esses valores. E haverá
brasileiros têm nas suas mãos um
IP – Há muitas escolas que
outras que eu desconheço e que
poder que não usam. As escolas
dizem aplicar propostas
gostaria de conhecer…
que (infelizmente) ainda têm os
pedagógicas que valorizam a
excelentes professores que as
descoberta do conhecimento da
IP – Conhecida mundialmente
habitam pouco conseguem ensinar
criança. Entretanto, essas
pela inovação na prática
do currículo formal, mas transmitem
mesmas escolas são reféns de
pedagógica, a Escola da Ponte
o que são (valores, crenças…), sem
cronogramas a serem
é referência para muitos
se aperceberem de que o fazem. O
cumpridos e de conteúdos a
educadores. A que o senhor
“ajustamento” a novas práticas (as
serem vencidos. Isso é um
atribui o fato de muitas escolas
da Ponte ou outras) será viável se
reflexo de que existe uma
tentarem adotar o modelo da
os professores que se dispõem a
dissonância entre a teoria e a
Escola da Ponte e não obterem
mudar as suas escolas para melhor
realidade da educação?
sucesso?
não forem impedidos de o fazer por
JP – É evidente que sim. Aliás, em
JP – Não conheço casos como o
“dadores de aulas” afetados pela
jeito de metáfora, eu tenho dito que
que a pergunta apresenta. Mas direi
síndrome do “pensamento único”.
os livros de Pedagogia mais
grupo de acolhimento e da
Comissão de Ajuda, conseguem
recuperar a auto-estima, recuperarse como pessoa e ver os outros
como pessoas. Não é um processo
fácil e passa por súbitas e intensas
regressões. Porém, a cultura que se
vive na Ponte permite que a quase
totalidade desses alunos faça a sua
reciclagem dos afetos, integre-se e
aprenda. Os alunos que ingressam
na Ponte são, na sua maioria,
provindos de extratos sociais muito
desfavorecidos.
parecem literatura de ficção
que um projeto não pode ser
“clonado”. Se algumas escolas
IP – Qual o perfil dos alunos que
científica: pouco ou nada do que
cometeram a besteira de instituir
ingressam na Escola da Ponte?
vemos nas práticas corresponde às
uma réplica da Ponte e a aventura
Que tipo de dificuldade eles
teorias… Quando os professores
acabou mal, a responsabilidade do
sentem no início dos trabalhos
ousarem interrogar-se e rever as
insucesso é dessas escolas e não se
e como se dá a adaptação total
suas práticas, encontrarão nas
pode pôr em causa o projeto da
à Escola da Ponte?
obras dos teóricos das ciências da
Ponte, quando é caricatural a sua
JP – Comparativamente com outras
escolas, a Escola da Ponte acolhe
muitos alunos ditos com
“necessidades especiais”, tendo
muitos deles passado por outras
escolas antes de ingressar na Ponte.
Esses jovens carecem de uma
atenção redobrada. Com a ajuda
do seu professor-tutor, do seu
educação um manancial de
cópia.
IP – O senhor já visitou escolas
brasileiras nas visitas que fez
ao país. Com sua experiência, é
possível afirmar que o modelo
de educação do Brasil é
ajustável a uma proposta
[ 6 ] impressão Pedagógica
propostas. Depois, será apenas
uma questão de tempo, de instituir
grandes metas e de dar pequenos
passos.
IP – Em uma instituição com o
perfil da Escola da Ponte, a
avaliação é realizada com base
em quais critérios? Como é
possível identificar se o aluno
está sendo capaz de construir o
seu próprio conhecimento?
JP – O critério básico é o de o
aluno ser avaliado quando quiser
ser avaliado. Cada ser humano é
único, não há dois ritmos de
aprendizagem iguais e, por essa e
outras razões, é inútil aplicar uma
prova a todos, no mesmo
não exceção?
JP – Não quero viver tal época, se
ela vier a acontecer. Cada escola é
única. Não há dois projetos iguais.
E nem a Ponte dessa (imaginada)
época será igual à de hoje. Os
projetos estão sempre em fase de
instituição – “todo o mundo é
composto de mudança, tomando
sempre novas qualidades”, como
diria Camões.
momento, igual para todos.
que cidadania pode ser imaginada
para quem a irá exercer passados
vinte anos? Não será preferível
educar “na cidadania”, isto é,
educar no exercício cotidiano de
uma liberdade responsável? Se a
resposta for afirmativa, será
necessário questionar a
racionalidade que predomina nas
nossas escolas, será preciso alterar
a organização das escolas,
reconfigurar a Escola. Na Ponte, são
os alunos que definem regras e as
fazem cumprir. Trabalham
(ludicamente) em espaços de
liberdade responsável. Não são
educados para a cidadania. São
educados na cidadania.
Quando a escola funciona de
IP – A cidadania é cada vez
acordo com os princípios do seu
mais valorizada. De que maneira
projeto, o portfólio é usado com
as escolas podem incentivá-la
rigor. Também se ensina os alunos a
nos alunos e familiares? Como
fazer prova. Apesar de inúteis, serão
é, de fato, a educação para a
muitas as provas que os alunos
cidadania?
terão de fazer durante a sua vida.
JP – Expressões como “preparação
Na Ponte, são utilizados
dos alunos para o exercício da
IP – Educar as crianças em uma
instrumentos de avaliação variados,
cidadania” são freqüentes nos
sociedade tão mais exigente e
cada vez mais voltada
quer no domínio
cognitivo, quer no
atitudinal. Não são
afixadas classificações,
no final de cada
período letivo, mas os
alunos que precisem de
transferência para
outras escolas levam
no seu processo
à prática da cidadania
“A utopia de uma escola
sem insucesso, sem
exclusão, é realizável. Mas
é realizável de muitos e
variados modos. E está
acontecendo, também,
no Brasil.”
induz a alguma
mudança na forma de
ensinar que existia até
então? Quais seriam
essas mudanças?
JP – Pressupõe mudança
na forma de ensinar, mas
também na forma de
aprender. A
individual as
classificações. Paradoxalmente, os
textos dos projetos políticos
aprendizagem não deve estar
alunos da Ponte (que não utilizam a
pedagógicos. Direi que, quase
centrada no professor, mas também
prova como instrumento de
sempre, expressões desse tipo
não a imaginemos (ingênua e
avaliação) foram os que atingiram
somente têm servido para enfeitar
espontaneamente) centrada no
melhores resultados no primeiro
projetos de papel. Nas práticas de
aluno. Toda a aprendizagem
ano em que o ministério decidiu
muitas escolas, não tenho visto
acontece centrada na relação –
aplicar provas iguais em todas as
coerência com o projeto escrito. E
como diria o saudoso Paulo Freire –
escolas do país… A avaliação é a
de que serve educar “para a
aprendemos uns com os outros
“pedra de toque” de qualquer
cidadania”? Que perfil de cidadão
mediados pelo mundo. Essas
projeto.
teremos em mente? No tempo das
(inevitáveis) mudanças não podem
nanotecnologias, de profundas
ser previstas. Hão de acontecer no
IP – É possível vislumbrar uma
alterações nas relações de trabalho,
hic et nunc de cada escola e de
época em que a proposta da
de mudança do referencial do
conhecimento numa só década,
cada comunidade (ou fraternidade)
Escola da Ponte será a regra e
educativa.
impressão Pedagógica [ 7 ]
[ Artigo ]
Educar para a
autonomia também na
educação inclusiva
Nelson Luiz Bittencourt*
Para Lev Vygotsky,
experimentar a cultura é sumamente
suas idéias. Em um ambiente como
relevante para o desenvolvimento
esse, o estudante com deficiência é
humano. Em suas obras, Vygotsky
tratado como um “diferente-igual”,
também fala sobre a importância da
ou seja, “diferente” por ter
ação, da linguagem e dos
necessidades especiais, mas ao
processos interativos na construção
mesmo tempo “igual”, pois
das estruturas mentais superiores.
interage, relaciona-se e até compete
Os benefícios culturais
oferecidos pela sociedade
[ 8 ] impressão Pedagógica
em seu meio.
Quando diminuídas, essas
influenciam de maneira determinante
“diferenças” são vistas como as
os processos de aprendizagem. Por
peculiaridades típicas de todos os
isso, o contato com esses recursos
seres humanos. Esse estudante
deve ser permitido a todos, sem
pode, então, dar passos maiores
exceção. Promover o acesso aos
para eliminar a discriminação,
benefícios culturais aos portadores
conseqüência do respeito
de necessidades especiais, por
conquistado pela convivência,
exemplo, é uma maneira concreta
aumentando, assim, sua auto-estima.
de neutralizar barreiras, inserindo-
É sabido que as novas
os, portanto, nos ambientes ricos
Tecnologias da Informação e da
para a aprendizagem.
Comunicação (TIC) vêm se tornando
Criar recursos de acesso é
* Nelson Luiz Bittencourt é graduado em Pedagogia
com especialização em Supervisão Escolar, pósgraduado em Psicopedagogia e consultor pedagógico
do Grupo Educacional Expoente.
interajam, aprendam e exponham
importantes instrumentos de nossa
também combater preconceitos. Se
cultura; utilizá-las é um meio
forem criadas adaptações para o
concreto de inclusão e interação no
conforto das pessoas portadoras de
mundo. Isso é ainda mais evidente
necessidades especiais, oferecem-
quando nos referimos a pessoas
se a todas elas condições para que
com necessidades especiais. Nesse
caso, as TIC podem ser utilizadas
próprio conhecimento; quando
de informações e não como
como tecnologia assistiva.
portadoras de deficiência, essa
construtoras de seus próprios
construção pode ser limitada pela
conhecimentos.
Tecnologia assistiva é toda
ferramenta ou recurso utilizado com
restrita interação que elas têm com
a finalidade de proporcionar
o seu ambiente, pois, como afirma
dificuldades e atrasos que esses
independência e autonomia à
Papert, é nessa interação que, por
alunos com necessidades
pessoa portadora de deficiência.
meio da ação física ou mental do
especiais freqüentemente
Seu objetivo é melhorar a qualidade
indivíduo, criam-se as condições
apresentam em seu
de vida do portador de necessidade
para a construção do conheci-
desenvolvimento global,
especial, para que haja inclusão
mento. Quando essas crianças com
é vital oferecer-lhes um ambiente
Exatamente pelas
social por meio de
ampliação da comunicação,
mobilidade, controle do seu
ambiente, competição,
trabalho e integração com a
família, amigos e sociedade.
As diferentes maneiras de
utilização das TIC como
tecnologia assistiva foram
sistematizadas e
classificadas das mais
variadas formas,
dependendo da ênfase
dada pelo autor.
Educar para
a autonomia
ofe Os
re be
de inf cido nefí
ter lue s p cio
mi nc el s c
na ia a s ul
tu
n m
o
de te os de mcied rais
ap pr a ad
ren oc ne e
diz ess ira
ag os
em
.
necessidades educacionais
de aprendizagem que os ajude
especiais ingressam em um sistema
a abandonar essa postura
tradicional de educação, seja
passiva de receptores de
criança portadora de deficiência –
especial ou regular, freqüentemente
conhecimento. Um ambiente
física, mental ou sensorial – por
são submetidas a experiências
em que sejam valorizadas e
suas próprias limitações motoras e/
que reforçam a postura de
estimuladas sua criatividade
ou sociais, agravadas por um
passividade diante de sua
e iniciativa, possibilitando-lhes
tratamento paternalista não-
realidade, de seu meio, a um
interação com as pessoas e
valorizador de suas potencialidades,
paradigma educacional no qual
com o meio, partindo não
cresce pouco interagindo com o
elas continuam a ser objeto e não
de suas limitações e
meio e a realidade que a cerca. Se
sujeito de seus próprios processos.
dificuldades, mas dando ênfase
não for adequadamente estimulada,
Paradigma esse que, em vez de
ao potencial de desenvolvimento
ela age passivamente diante da
educar para a independência, para
de cada um, confiando e
realidade e para selecionar seus
a autonomia, para a liberdade de
apostando na sua capacidade,
problemas diários.
pensar e agir, reforça esquemas de
aspirações mais profundas e
dependência e submissão. São
desejos de crescimento e
vistas e tratadas como receptoras
integração com a comunidade.
Com muita freqüência, a
Se, segundo Piaget, as
crianças são construtoras do
impressão Pedagógica [ 9 ]
Valores
Expoente dá destaque ao assunto
no material didático de 2008
Todas as escolas incluem os
valores humanos em seus
discursos pedagógicos,
tamanha a importância
desses conceitos na
formação dos alunos.
Porém, diante das
barbáries que ocorreram
em nossa recente história,
parece que a sociedade
deixou os valores de lado,
dificultando, assim, a boa
relação humana.
As guerras, os conflitos e a
violência a que assistimos
humanos, para
(ou as quais
que toda a
protagonizamos) decorrem
comunidade escolar dedique
de variáveis que vão além
ainda mais tempo para recuperar a
da educação. Falta de
recuperação dos valores. Por isso,
devida importância de tais
investimento na saúde, na infra-
em 2008, o Sistema de Ensino
conceitos.
estrutura das cidades e a
Expoente oferece novos subsídios
“Em 2008 vamos intensificar a
infelizmente tão conhecida
para recuperar conceitos como
incorporação dos valores humanos
desigualdade social são exemplos
igualdade, solidariedade,
no processo educativo. Eles são
de que os valores humanos
compaixão e tantos outros,
imprescindíveis para a compreensão
declinaram na escala de
fundamentais para a melhoria de
do mundo e de nós mesmos,
importância do mundo.
nosso planeta. As capas dos
servem de parâmetros pelos quais
Mas as instituições de ensino não se
materiais didáticos serão
fazemos escolhas e orientamos
abatem diante dessa realidade. Pelo
estampadas com imagens e frases
nossas ações. Com o suporte da
contrário, são coadjuvantes na
referentes a alguns valores
assessoria pedagógica, nossas
[ 10 ] impressão Pedagógica
Dicas de leitura
Valores Humanos na
Educação
Autor – Antonio A. Arantes
Editora – Gente
escolas conveniadas poderão
é o caminho a que grandes
contemplar os valores humanos em
entidades internacionais atribuem a
sua prática diária”, afirma Rosalina
melhoria da nossa sociedade. A
Soares, gerente do Centro de
Organização das Nações Unidas
Excelência em Educação Expoente
(ONU) é uma das grandes
(CEEE), responsável pelo
referências internacionais no
desenvolvimento do material
assunto. A entidade é responsável
didático e pela assessoria
por várias ações e intervenções que
pedagógica às escolas que utilizam
garantem a soberania da paz.
o Sistema de Ensino Expoente. O
“Nascemos biologicamente
objetivo das capas, segundo
humanos, mas precisamos
Rosalina, é resgatar, refletir, reforçar
transformar essa natureza e
e orientar as ações humanas.
desenvolver saberes necessários
O trabalho com o tema valores
para o convívio em grupo. Assim,
humanos, além de ser previsto na
ao longo de nossas vidas, vamos
Lei de Diretrizes e Bases da
construindo nosso modo de ser,
Educação Nacional (LDB) e no
pensar, agir e se relacionar com os
Plano Nacional de Educação (PNE),
outros”, completa Rosalina.
O livro detalha o programa de educação
baseado em valores humanos idealizado pelo
educador indiano Sathya Sai Baba. Ele
fundamenta a educação e a formação do
caráter em cinco qualidades que nos distinguem como seres humanos: verdade, ação
correta, paz, amor e não-violência. O programa tem sido aplicado com sucesso em
mais de 150 países, até mesmo no Brasil.
Construindo Valores
Humanos na Escola
Autores – Maria Aparecida
Cória-sabini e Valdir
Kessamiquiemon de Oliveira
Editora – Papirus
Considerando que a verdadeira educação
compreende o desenvolvimento de valores
humanos, tais como solidariedade, autoestima e responsabilidade, os autores apresentam nesta obra uma metodologia que
visa à plena formação dos alunos. Com
grande número de sugestões de atividades
e exercícios voltados ao trabalho com alunos
do Ensino Fundamental e do Médio, Construindo Valores Humanos na Escola é dirigido aos professores e às escolas preocupados em resgatar os aspectos humanos
na educação.
Não-Violência na
Educação
Autor – Jean-Marie Muller
Editora – Palas Athena
O livro faz parte das ações para a Década
Internacional para uma Cultura de Paz e NãoViolência para as Crianças no Mundo (2001–
2010) e foi primeiramente publicado pela
Unesco. Nele, Jean-Marie Muller, filósofo
francês autor de mais de trinta livros, fundador
e diretor do Instituto de Pesquisas sobre a
Resolução Não-Violenta de Conflitos, sugere
uma abordagem muito prática de como
resolver os confrontos violentos nas escolas.
“Em 2008 vamos intensificar a incorporação dos valores
humanos no processo educativo.”
impressão
impressãoPedagógica
Pedagógica [ [11
11] ]
Quem não se
comunica
Além das ferramentas de
marketing, escolas devem investir em
treinamentos de funcionários
Época de matrículas. Quem é pai se
chegar. E essa é a diferença entre a
publicidade”, comenta Karina
vê em meio a um bombardeio de
escola que aumenta o número de
Lafraia, gerente de Marketing do
informações sobre colégios e suas
alunos e a que os perde. Utilizar as
Grupo Educacional Expoente. Bom
propostas pedagógicas e infra-
ferramentas de marketing
e ágil atendimento, sorriso no rosto
estrutura. Quem é administrador
prudentemente é o que garante o
na porta de entrada do colégio,
escolar busca propagar
título de vencedor na corrida.
espaço limpo e organizado são
seus diferenciais
algumas dicas preciosas.
como forma de
“Deixar a equipe
assegurar os
bem informada e
atuais clientes
preparada para
e conquistar
atender os
novos. Na
pais e alunos
corrida ao
é o primeiro e
ouro, aqui
importante
representado
passo. E esse
pelas
treinamento deve
matrículas, as
ser dado a todos
escolas suam a
os funcionários,
camisa e criam
não apenas
maneiras criativas para aumentar o
“Nos meses que antecedem o
àqueles que atuam na linha de
número de alunos. Oferecem
período de matrículas, a escola
frente, no atendimento direto.
brindes, promovem eventos e
precisa estar com sua estratégia de
Depois entram os investimentos
investem em publicidade. Muitas
marketing muito bem definida. E
em campanha publicitária,
fazem marketing sem saber, outras
isso requer um planejamento no
brindes e outros recursos
o fazem conscientemente, sabendo
qual o treinamento da equipe
para atrair a atenção do
o que querem conquistar e onde
antecede o investimento em
público”, detalha.
[ 12 ] impressão Pedagógica
Outro importante detalhe a que as
estratégicas. “A equipe de
encaminhar material de divulgação
instituições devem se ater é em
atendimento deve estar orientada
às residências dos pais e, assim,
relação à captação de mailing.
para captar informações como
estreitar um canal de relacionamen-
Segundo Karina, a aproximação
nome completo, telefone e
to com os clientes em potencial.
entre escola e pais deve ser
endereço dos visitantes. Com essas
Esse é o processo que chamamos
revertida em informações
informações, a escola pode
de criação de mailing”, justifica.
Reforce o trabalho de marketing de sua escola
com as dicas a seguir.
Dicas para o treinamento dos funcionários
• Meses antes do período de matrículas, reúna toda a sua equipe (pode ser em grupos pequenos) para
explicar as diretrizes para o próximo ano letivo. Informe os colaboradores sobre o número de vagas para cada
turma, que séries de ensino e quais atividades extracurriculares serão ofertadas, quais as políticas adotadas
para os valores das mensalidades, as datas de início e horário das aulas, quais os diferenciais da escola, que
proposta pedagógica ela adota, etc. Você pode reunir todas essas informações e montar uma cartilha para
que os funcionários tenham sempre em mãos ou pode deixar as orientações nos murais das salas dos
funcionários.
• Nessa etapa é importante transmitir as informações valorizando o funcionário. Faça com que ele se sinta
agente propagador da sua escola. Se ele estiver bem informado e motivado a divulgar a escola, sua instituição
vai fidelizar clientes e ganhar novos.
• Nos treinamentos, não se esqueça de incluir os inspetores e os zeladores. Eles também são fundamentais
para o atendimento, pois os pais os procuram para obter informações gerais sobre a escola.
Marketing cooperado
Escolas conveniadas podem utilizar
campanha criada pelo Expoente
2008, as instituições de ensino podem utilizar
diversas ferramentas de comunicação . Todas estão
alinhadas com o mote da campanha do Sistema de
Ensino Expoente para 2008: confiança para trazer seu
Depois dos treinamentos, a escola já está apta a
aluno para um universo de novos conhecimentos.
propagar o nome da instituição ao seu público por
“Criamos uma campanha publicitária que valoriza o
meio de uma campanha publicitária. E para que essa
conhecimento adquirido na escola. O grande benefício
comunicação seja bem-sucedida existem uma série de
às nossas conveniadas é que elas podem incluir a
ferramentas, como explica Karina Lafraia: “A maneira
logomarca das suas escolas nesses materiais. Assim, a
pela qual a instituição se relaciona com os pais pode
comunicação fica mais forte e a instituição se beneficia
ser muito diversificada. Mas existem ferramentas que
com uma campanha previamente desenvolvida pelo
funcionam como curingas, pois se aplicam em
Expoente”, diz Karina.
instituições com diferentes perfis. É o caso de fôlderes,
outdoors e flyers” , diz.
O Expoente mantém uma ação de marketing
cooperado que possibilita às escolas conveniadas a
Para mais detalhes sobre o marketing cooperado do
Expoente, ligue para 0800 41 44 24 ou acesse o link de
marketing no site www.escolainterativa.com.br e conheça a
campanha completa de comunicação para 2008.
utilização de peças publicitárias. Para as matrículas de
impressão Pedagógica [ 13 ]
Escola cria ONG
para cuidar do meio ambiente
uma Organização Não-Governamental (ONG). A Drummond Associação
ao Meio Ambiente (Dama) começou
seu trabalho de conscientização
com os alunos do 2o. ano do
Ensino Médio, que participaram do
Com a ONG, colégio quer
levar a conscientização
ambiental para a
comunidade.
Concurso Ecológico Drummond. Os
adolescentes produziram vídeos
sobre recursos naturais e os
impactos negativos da ação
A tendência é que a
Assuntos como erosão, água,
humana sobre a natureza.
O material produzido foi
Educação Ambiental se consolide
lixo, reciclagem e propostas que
na maioria das escolas do país. O
inibam o consumo desenfreado das
distribuído às escolas municipais
Colégio Drummond, de Fraiburgo
sacolas de plástico, por exemplo,
e estaduais de Fraiburgo, para
(SC), já se antecipou e incluiu essa
são constantes nos projetos de
que os educadores da rede pública
disciplina em sua grade curricular.
Educação Ambiental do Colégio
de ensino tenham ainda mais
Há um ano, a instituição trabalha
Drummond. Os estudantes de todos
subsídios para enriquecer suas
com a Educação Ambiental para
os níveis de ensino, da Educação
aulas e conscientizar um público
estimular seus estudantes a analisar
Infantil ao Pré-Vestibular, fazem
ainda maior. O resultado foi
e debater a situação problemática
pesquisas de campo,
surpreendente, como conta a
do nosso meio ambiente. Baseada
experiências e
diretora Elizete Primon:
em uma proposta pedagógica
distribuem
“Quando desafia-se
participativa e permanente, a
panfletos informa-
o aluno a levar o
escola pretende desenvolver nos
tivos para
conhecimento a outros
alunos uma consciência crítica,
conscientizar a
educandos, a responsabili-
além de fomentar o
comunidade
dade aumenta. Chegam a se
desenvolvimento sustentável, que
vizinha. O
surpreender com a própria
assegura o consumo responsável
trabalho de
capacidade criativa. Com os
dos recursos do planeta, preser-
valorização do
nossos projetos de Educação
vando, assim, os interesses das
meio ambiente
Ambiental, pretendemos formar
gerações futuras ao mesmo tempo
é tão forte que
que atende às necessidades atuais.
[ 14 ] impressão Pedagógica
a escola criou
sujeitos verdadeiramente
Estudantes do Colégio
Drummond, em Fraiburgo
(SC), fazem desfile de roupas
feitas a partir de materiais
recicláveis.
ecológicos”.
[ conveniadas ]
Alunos viajam
para o espaço
Depois da experiência de
conhecer os encantos da Astronomia, muitos alunos do Centro
Educacional Criativo (Cecri) de
Divinópolis, município a 121 km de
Belo Horizonte (MG), passaram a
alimentar o sonho de um dia fazer
uma viagem ao espaço. A
instituição abriu as portas para o
Planetário Móbile, um projeto que
percorre o Brasil levando às escolas
uma grande cúpula prateada em
que é possível simular o trabalho de
um astronauta.
Durante um dia inteiro, os
a possibilidade de aprender
alunos da instituição – cerca de 420
Ciências, Geografia, Matemática e
de aula. O Planetário mudou minha
estudante da Educação Infantil ao
outras disciplinas em uma atividade
visão do que existe além do que
Ensino Médio – tiveram uma aula
tão prazerosa para eles”, comenta
podemos ver”, afirma.
especial sobre Astronomia, que
Maria José Lacerda Rocha, diretora
aliou os conteúdos da grade
pedagógica do Cecri. Para Maria
dentro do planetário, quando o céu
curricular ao interesse natural das
Amélia Andrade Sabião de Oliveira,
começa a escurecer e as estrelas, a
A viagem ao cosmo inicia
crianças e adolescentes.
aluna da 6. série do Ensino
brilhar. Os participantes passam,
“Realizamos a atividade baseada na
Fundamental, a visita ajudou
então, a visitar os planetas do
proposta da pluralidade cultural e
bastante no aprofundamento dos
Sistema Solar, vêem a simulação de
de maneira multidisciplinar. Os
estudos. “Pude ver de maneira
um eclipse e atravessam uma chuva
alunos ficaram muito animados com
diferente o que já tinha visto em sala
de asteróides. Segundo a diretora
a
Maria, a iniciativa de levar o
a atividade
“Realizamos
a pluralidade
na proposta d
uma maneira
cultural e de
ar”.
multidisciplin
ra pedagógica do
rda Rocha, direto
Maria José Lace
Planetário Móbile também agradou
aos pais. Muitos expressaram
satisfação ao saber que a escola
está enriquecendo o dia-a-dia dos
filhos.
Cecri.
impressão Pedagógica [ 15 ]
[ conveniadas ]
Escola incentiva a
perpetuação
histórica de município
idéia de escrever um livro sobre a
O Instituto de Educação
Nossa Senhora da Abadia
história do município surgiu
(Iensa) deu uma importante
quando os professores do Iensa
contribuição ao município de
solicitavam trabalhos de
Boquira (BA), localizado a 649
pesquisa sobre a cidade e os
km de Salvador. O diretor da
alunos traziam poucas
instituição, professor Aroldo
informações por causa da
Rodrigues, é o autor do livro
escassez de conteúdo sobre a
Memórias – de Macacos a
Boquira, que conta a recente
Professor Aroldo Rodrigues autografa livro que conta a
história de Boquira (BA).
história de Boquira. Isso também
influenciou os trabalhos de
história do município,
pesquisa do professor. “Como
reconhecido como pólo de
havia pouco material impresso
extração de pedras preciosas e
sobre a história do nosso
semipreciosas. A cidade
município, o levantamento de
completou 45 anos de
informações foi feito por relatos
emancipação política em abril
orais dos moradores mais
de 2007 e o fato incentivou o
antigos. A partir da organização
desses relatos é que pude
professor a pesquisar e a dividir
a trajetória histórica de Boquira,
que existe há 200 anos, com a
Professoras Dalva Rodrigues e Nina de Doxa. Esta última
prestou informações que, em muito, contribuíram na produção
do livro.
população. “O livro retrata o
Agora que o livro está
com uma linguagem clara e
pronto, Rodrigues pode
acessível. É uma obra que pode
estimular os estudantes do Iensa
ser utilizada nas escolas
a pesquisar e a criar projetos
públicas e particulares e
baseados na história do
consultada por toda a
[ 16 ] impressão Pedagógica
civilização, a influência religiosa
explica o diretor.
histórico, geográfico e social,
Segundo Rodrigues, a
contar sobre o processo de
de Boquira e outros assuntos”,
nosso município nos aspectos
população”, comenta o autor.
escrever a história da cidade,
município, sempre de maneira
Professora Maria Carlos de Almeida Santos e seu marido.
multidisciplinar.
[ conveniadas ]
Exemplo
de concientização ambiental
O meio ambiente é a nossa
Identificamos que, a
casa. Pensando assim, os alunos do
partir do interesse e
Colégio Christus, em Fortaleza (CE),
da curiosidade dos
participam de atividades
alunos, poderíamos
pedagógicas que visam à
desenvolver um
preservação e à sustentabilidade do
grande projeto”, diz.
planeta. A proposta contempla
Durante todo o
alunos de todas as faixas etárias. Os
primeiro semestre,
alunos da Educação Infantil são
professores e alunos
incentivados, primeiro, a observar a
se engajaram em
natureza que os cerca para, então,
iniciativas de
valorizá-la, não jogando lixo no
conscientização
chão, cuidando das plantas e dos
ambiental, apresentadas durante a
e viram que é possível se divertir ao
animais. A coordenadora - geral do
VIII Mostra de Projetos do colégio.
mesmo tempo que garantem a
Christus Sul, Ivina Marley Sá
Para simbolizar a esperança em relação ao meio
ambiente, alunos do Colégio Christus plantam
uma muda de pau-brasil.
Com as crianças da
sustentabilidade do planeta Terra.
Bustamante, explica que a
Educação Infantil, o trabalho foi
instituição já adotava práticas de
desenvolvido valorizando a
de se trabalhar com a
preservação ambiental na
ludicidade. “Os professores
conscientização ambiental não
administração escolar e que a idéia
organizaram com as crianças
terminou com o encerramento do
foi para as salas de aula quando as
apresentações teatrais, utilizaram a
semestre. A intenção é que o
crianças se mostraram muito
música e falaram sobre como é
cuidado com a natureza seja
preocupadas com o futuro do
importante cuidar da natureza”,
permanente e que os alunos do
planeta. “Já tínhamos adotado essa
comenta Marley que, com
Christus continuem incentivando a
responsabilidade nas escolas e
Emmanuela Uchôa, coordenadora
preservação do meio ambiente.
trabalhávamos com a coleta seletiva
de Educação Infantil do Christus
“Também quisemos explorar a
do lixo. No começo do
Sul, viu a sementinha da
esperança, porque os nossos
ano, os alunos nos
conscientização ambiental florescer
alunos podem mudar essa
perguntavam se o
e crescer no cotidiano das crianças.
realidade, principalmente porque
planeta ia acabar, se
Com papéis, latas, garrafas de
são os futuros habitantes
ficaríamos sem água
plástico e outros materiais
responsáveis pelo meio ambiente”,
e comentavam
que o lixo estava
tomando conta
do planeta.
recicláveis, arrecadados por meio
de uma grande campanha
envolvendo os familiares, as
crianças criaram brinquedos
Segundo Marley, a proposta
justifica. No parque do colégio, as
crianças plantaram uma semente de
pau-brasil para simbolizar o rico
aprendizado e a conscientização.
impressão Pedagógica [ 17 ]
[ conveniadas ]
Muito barulho
incomoda muita gente
Estudantes do colégio Jesus Maria José, de Água Boa (MT),
representaram o município na I Mostra Estadual de Ciências,
Tecnologia e Inovação, promovida pelo governo do Mato Grosso.
Os alunos da 6a. série do Ensino Fundamental foram selecionados
para a competição estadual depois que desenvolveram um projeto
de ciências com o tema Poluição Sonora na Sala de Aula. As crianças
optaram pelo assunto quando identificaram que o excesso de
barulho pode prejudicar o rendimento nos estudos. A partir dessa
problemática, elas criaram hipóteses e apresentaram soluções. Os
efeitos da poluição sonora e as saídas encontradas para diminuí-la
integraram a programação da feira de produção científica do colégio.
A coordenadora Mônica Andrea Amaral Correa explica que
os estudantes fizeram pesquisa, elaboraram e aplicaram um
questionário aos professores e aos alunos para identificar os efeitos
Ciência ao
alcance de todos
As demais turmas do colégio
Jesus Maria José também desenvolvem
projetos criativos na feira de iniciação
científica. “As crianças de Educação
Infantil a 4a. série trabalham com a
ciência do dia-a-dia, aquela que
vivenciam em casa. Os alunos de 5a. e
6ª séries trabalham com a ciência no
meio ambiente e na sociedade. Os de
7a. e 8a. séries, com ciência e corpo
humano. Por fim, os estudantes do
Ensino Médio focam nos estudos e na
pesquisa a ciência que eles mesmos
produzem”, detalha a coordenadora.
do excesso de barulho em sala de aula, levantaram quais são os
sintomas físicos e tentaram identificar o que leva os alunos a fazerem
tanto barulho. “Com base nisso tudo, os estudantes produziram
gráficos que ilustram os dados colhidos durante a aplicação da
pesquisa e também criaram um sinalizador, que o professor usa
quando a conversa e o barulho na sala de aula estiverem passando
do limite. É uma forma de conscientização porque, quando o barulho
chega ao limite, começam a aparecer as conseqüências: alunos
passam a sentir dor de cabeça, a aprender menos e a ficar mais
irritados. A reação do professor também é diferente quando o barulho
em sala aumenta”, afirma.
Os visitantes da feira de iniciação científica do Jesus Maria
José receberam uma cédula para votar nos projetos que acharam
mais interessantes. Os mais votados passaram pela comissão
julgadora, formada pelos professores, que elegeu o Poluição Sonora
na Sala de Aula para representar a escola na Mostra Municipal e
depois na Mostra Estadual.
[ 18 ] impressão Pedagógica
Depois de concluir o projeto, os
estudantes levam às outras séries o que
aprenderam para disseminar as
informações. Os alunos de 6a. série, por
exemplo, estão propagando em todas
as salas do colégio as conseqüências
que o excesso de barulho acarreta no
ambiente escolar.
Prova não é acerto
de contas
Modelo tradicional de avaliação
precisa de um novo significado
Muitas instituições já
entendem que o modelo de
avaliação tradicional carece de
mudanças significativas que
valorizem o conhecimento que o
estudante está construindo na
escola. Mas algum critério o
professor tem de adotar para avaliar
seus alunos.
E é por isso que a extinção
da prova ainda soa muito utópica
para os educadores. “A prova não
precisa ser eliminada, precisa, sim,
ser ressignificada. Ela não pode ser
um elemento de controle como
acontece em muitas escolas. O
conceito tradicional da prova é
medir conhecimento, mas ela não
mede nada”, sugere o professor
Vasco Moretto, autor de vários
livros, entre eles Prova, um Momento
Privilegiado de Estudo, não um
Acerto de Contas. Moretto questiona
o padrão de prova aplicado em que
o professor não valoriza os pilares
de uma educação construtivista. “O
professor faz a pergunta: o que é
uma ilha? E o aluno responde que
ilha é uma porção de terra cercada
de água por todos os lados. Mas
essa é uma tremenda mentira. Essa
definição vale para o peixe e não
para uma ilha, que não tem água
nem do lado de cima, nem do lado
de baixo”, argumenta.
Os pilares que precisam
sustentar a avaliação do professor
são cinco, segundo Moretto.
Primeiramente, o professor precisa
Moretto
profess sugere que
o
mais cu res tenham
id
li n g u a g ado com a
em.
investir em sua formação e estudar
continuamente; assim, estará
preparado para as situações
complexas. Também é preciso que
o professor desenvolva a
capacidade de transmitir ao aluno
as informações pertinentes para que
ele construa seu conhecimento. O
terceiro pilar é a linguagem: Moretto
mesmo explica que “cada situação
exige uma linguagem específica. O
professor pergunta: como é a
organização das abelhas em uma
colméia? A palavra de comando foi
como. Sabe o que o aluno
respondeu? É jóia”, diz Moretto,
citando um dos casos levantados
em uma vasta pesquisa realizada
em escolas espalhadas por
todo o Brasil. “Nesse caso,
o professor deveria ter maior
cuidado na sua linguagem e
perguntado pela definição de
colmeia”, explica.
Os outros dois pilares
que ressignificam a prova são
os valores culturais e a
administração do emocional.
“O professor elimina a idéia de
‘quem não cola não sai da
escola’ autorizando a cola,
fazendo uma prova com consulta
e com questões inteligentes, que
valorizem o raciocínio e não a
decoreba”, defende. Formar pensadores e não acumuladores de dados é o que propõe Moretto. “A função social da escola é ajudar a formar gerentes de informação e não
acumuladores de dados. Quem acumula dados é computador”, encerra.
impressão Pedagógica [ 19 ]
[ 20 ] impressão Pedagógica
Respeito
à Educação Infantil
Expoente lança novo material didático
para o segmento
Brincar com fantoches,
aprendizado a partir das múltiplas
atividade sobre o reconhecimento
cantar, dançar, ouvir histórias... se
situações que são criadas”, explica
do próprio corpo, o professor utiliza
divertir. Essas atividades são
Flávia Rubick, coordenadora de
a música, o desenho e o toque,
prontamente relacionadas às aulas
Educação Infantil do Expoente. Ela
promovendo uma associação de
de Educação Infantil. O lúdico para
e Márcia Comandulli – também
diferentes sentidos e contemplando
as crianças de 2 a 5 anos é tão
coordenadora de Educação Infantil
diferentes perfis comportamentais.
constante que quem não é
na instituição – falam em uníssono
Enfim, o educador precisa de uma
pedagogo pode entender a EI
sobre o perfil de quem atua na EI.
competência polivalente.
como passatempo e não como
Para elas, o professor precisa ter em
Compreender, conhecer e
aprendizado. Mas a Educação
mente que seu papel é o de
reconhecer a maneira como cada
Infantil não está para brincadeira. É
incentivar os pequenos a fazerem
criança aprende, entende e se
a primeira etapa da Educação
perguntas e levantarem hipóteses
comporta no mundo é um desafio
Básica que, segundo o MEC, tem
sobre o mundo que os cerca. Além
que torna a profissão do educador
como princípio o desenvolvimento
de palavras é necessário possibilitar
ainda mais especial.
integral da criança, nos aspectos
ações. “Na Educação Infantil, é
físico, psicológico, intelectual e
preciso conviver com a criança
Paulo (SP), conveniada ao Sistema
social. É uma responsabilidade e
sabendo que ela é um ser capaz e
de Ensino Expoente, trabalha
tanto. “O professor que trabalha
único. Cada uma responde de uma
somente com Educação Infantil há
com a Educação Infantil precisa ter
forma diferente aos estímulos e
20 anos. O know how da instituição
conhecimento a respeito do
atividades propostas pelo
é conseqüência de uma evolução
desenvolvimento da criança para
professor”, diz Márcia. “E é por
contínua das metodologias
poder mediar sua aprendizagem.
causa dessas diferenças que o
didáticas para esse nível de ensino.
Em cada etapa há um
professor precisa trabalhar sempre
“Investimos na formação dos
comportamento com
com variações para um mesmo
professores e optamos por um
especificidades. O educador deve
objetivo pedagógico. Ele deve
material didático de qualidade para
estar atento ao desenvolver
avaliar as muitas formas de
desenvolver os conteúdos
atividades próprias à idade da
aprendizagem”, complementa
pedagógicos, focando a
criança que se somem ao
Flávia. Assim, ao desenvolver uma
interdisciplinaridade. Além disso,
A escola VagaLume, em São
impressão Pedagógica [ 21 ]
nossos professores entendem que
de horário das atividades para que
Formação Pessoal e Social e
as crianças são um ser pensante,
a criança adquira hábitos e noção
Conhecimento de Mundo. Para os
realizador e com sentimentos
de percepção do espaço-temporal.
educadores, o referencial é um guia
próprios”, explica a diretora Sandra.
Aos professores, damos apoio
com orientações didáticas que
atendem à premissa de uma
As aulas na VagaLume são
formação integral da
elaboradas sempre com
criança. Com base
critérios que visem às
habilidades motoras,
nesse documento,
sensoriais,
educar, cuidar,
perceptivas,
brincar e interagir
afetivas e
tornam-se verbos
cognitivas pois,
presentes no diálogo
segundo
do profissional da
Sandra, essas
Educação Infantil
responsabilidades
com pais e
são desenvolvidas
sociedade. Inclusive,
durante a
a família é parceira
Educação Infantil e, de forma
nesse processo de
muito significativa, constituem-se
desenvolvimento.
“Nos momentos de reunião e
num alicerce na vida das crianças.
pedagógico e psicológico para que
encontro com os pais, os
do Rio Branco, em Erechim (RS), a
as atividades sejam desenvolvidas
professores da Educação Infantil
Educação Infantil é trabalhada de
com o maior estímulo pedagógico
devem se socializar e refletir sobre
forma a não ser confundida com
possível”, garante Andrea Regina de
as propostas e os
passatempo. O esforço, bem
Almeida Mesquista, coordenadora
encaminhamentos desenvolvidos.
sucedido, é complementado com
de Educação Infantil da instituição.
Dessa forma o trabalho na
No Instituto Anglicano Barão
orientações e suporte ao educador
As instituições de ensino
Educação Infantil será ainda mais
da EI. “Desenvolvemos atividades
pautam suas atividades no
reconhecido como significativo e
diversificadas, como aulas de
Referencial Curricular Nacional para
essencial para a formação e o
inglês, de informática, na
a Educação Infantil. São três
desenvolvimento de nossos alunos”,
brinquetoca, e mantemos a rotina
volumes divididos em Introdução,
defende Márcia.
Novo Material Didático Expoente
Um sistema de ensino
novos subsídios para atividades
das diferenças, trabalha com a
perfeitamente alinhado com os
pedagógicas. E é por isso que o
criatividade, a ludicidade, a
objetivos anunciados no Referencial
Expoente desenvolveu uma nova
identidade, insere a música como
é o que buscam as instituições de
coleção de material didático para
parte da atividade e não como
ensino que trabalham com a
esse segmento de ensino. “O novo
complemento e propõe outras
Educação Infantil. Mas o
material didático contempla uma
maneiras entre as quais o professor
alinhamento pode ser ainda mais
série de solicitações e inovações
pode optar ao desenvolver uma
consistente, podendo ampliar a
para os profissionais da Educação
atividade pedagógica com a
atuação do educador, dando a ele
Infantil. Ele incentiva a valorização
criança da Educação Infantil”, diz
[ 22 ] impressão Pedagógica
Rosalina Soares, gerente do Centro
vantagens do novo MD. “Nossos
educadores foram as Orientações
de Excelência em Educação
professores ficaram satisfeitos com
ao Professor (OPs). Inseridas no
Expoente (CEEE), responsável pelo
a novidade. O trabalho deles com
material do professor, as OPs não
desenvolvimento e produção do
as crianças durante esse período de
são comandos e sim informações e
material didático.
experiência foi fantástico. O material
sugestões que ampliam o leque de
traz diversas opções para se
atuação do educador. “Além das
e ser disponibilizado às escolas
abordar uma atividade e o professor
orientações para aplicar a atividade,
conveniadas, o novo Material
pode compartilhar essas opções
as OPs têm um outro diferencial.
Didático Expoente para a Educação
com as crianças para que elas
Elas trazem um embasamento
Infantil foi utilizado durante um ano
assumam uma postura autônoma,
teórico e contextualizado que
nas unidades de ensino que a
troquem idéias, reflitam, interajam
contribui para que o professor
instituição mantém em Curitiba (PR).
umas com as outras. Isso tudo é
aumente o seu conhecimento,
O objetivo, segundo Rosalina, foi
muito saudável para o
ampliando seu potencial de
avaliar na prática o impacto das
desenvolvimento delas”, diz Flávia.
informação”, afirma Rosalina. São
novas atividades propostas e
Segundo ela, o novo material do
textos, citações e curiosidades que
identificar se o planejamento do
Expoente incentiva o professor a
funcionam como atualização
professor sofreria alguma mudança
assumir a postura de mediador.
profissional.
com a utilização de um MD menos
“Não é ele quem dá as respostas
extenso. “Quisemos experimentar
prontas aos alunos. Ele faz as
se destaca na adequação do
em nossas unidades para garantir a
perguntas para que as próprias
material à realidade da educação.
aplicabilidade desse novo material e
crianças levantem hipóteses e sejam
“O material didático não pode ser
confirmar que ele está 100%
desafiadas”.
utilizado apenas para o registro da
Antes de chegar ao mercado
alinhado e integrado ao que a
Além de vivenciar a
Com a novidade, o Expoente
atividade que o professor
possibilidade de cumprir o
promoveu. O MD é o que subsidia o
planejamento anual com um
educador para o antes, o durante e,
coordenado pelas pedagogas
material menos extenso, porém
daí sim, para o registro da ação
Flávia e Márcia foi quem
mais rico em possibilidades, outra
pedagógica desenvolvida”, finaliza
experimentou e vivenciou as
característica que muito agradou os
Rosalina.
Educação Infantil precisa”, explica.
O corpo docente
impressão Pedagógica [ 23 ]
Características do novo Material Didático
Expoente para a Educação Infantil
No Nível 2 (para crianças de 2 anos) e no Nível 3 (para
crianças de 3 anos), os volumes vêm com CD de músicas,
que complementam as atividades do material. Muitas canções
são inéditas e produzidas especialmente para o material.
Tamanho e peso
adequados para cada nível
de ensino.
• Orientações ao professor (OPs) inseridas em todas as páginas e com
embasamento teórico que contribui para a postura do educador como
disseminador de informação.
• Número de páginas compatível com a faixa etária da criança. O
professor tem liberdade para gerenciar o tempo dedicado às atividades.
• Para contemplar um objetivo, o professor pode trabalhar com
propostas variadas de abordagem, valendo-se do visual, auditivo e
sinestésico.
• Os volumes contemplam todos os eixos do Referencial Curricular
Nacional para a Educação.
• Respeito à diversidade cultural brasileira.
• Orientações metodológicas com sugestões de atividades e
encaminhamentos, abrindo o leque de planejamento do professor.
• Linha pedagógica pautada pelo sócio-interacionismo.
• Todas as atividades estão embasadas nos pilares da educação:
aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a
conviver.
• Projeto gráfico moderno, que permite o registro espontâneo das
atividades.
Inclusão de ícones que favorecem a
leitura espontânea das crianças e
orienta os professores.
Material de apoio encartado, como
adesivos, cartazetes, números
destacáveis e alfabeto móvel.
[ 24 ] impressão Pedagógica
Lançamento
da nova
coleção foi em
São Paulo
Um encontro para cerca de 500
educadores marcou o lançamento
oficial da nova coleção de
Educação Infantil do Sistema de
Ensino Expoente. O evento, ocorrido na Câmara Americana do
Comércio (Amcham), teve a participação de Guiomar Namo Mello,
pós-doutora em Educação Comparada pela Universidade de Londres.
Valorizando o sistema de ensino e
mencionando a nova coleção do
Expoente, Guiomar citou alguns
fatores necessários para o aprendizado da criança. “Para crescer e
aprender, ela precisa estar inserida
em uma prática pedagógica que
contempla o tempo, o espaço, a
comunicação, as práticas culturais,
as imagens, a fantasia, a curiosidade e a experimentação”, elencou.
O lançamento da nova coleção de
Educação Infantil do Expoente para
as demais cidades brasileiras
acontecerá durante os Encontros
Temáticos programados para o final
de 2007 e início de 2008.
Confira as fotos do lançamento no
www.escolainterativa.com.br.
Afine a gestão escolar
Expoente realiza encontro que
relaciona a administração da escola
à organização das orquestras
funcionamento de uma orquestra
produzem diferentes texturas
orquestra ouvimos sons que,
sinfônica. A sensibilização será
sonoras. “Os instrumentos de
sobrepostos uns aos outros,
acrescida de informações sobre
madeira, por exemplo, são muito
transformam a sala de música em
música, orquestra, instrumentos e
ágeis e desempenham um papel
uma grande mistura musical. Mas
regência”, dizem. Segundo as
colaborador muito forte dentro da
quando todos os instrumentos
autoras do livro Formação de
orquestra”, comenta Clarice,
estão em harmonia e a orquestra
Platéia em Música, a música
referindo-se a instrumentos como
inicia seus trabalhos sob a batuta
colabora de forma efetiva para o
flauta, clarinete e fogotes. “Há
do regente, o som não é mais o
refinamentos das habilidades
funcionários com esse perfil nas
mesmo. É como se cada
humanas, desenvolvendo, também,
escolas também”, compara Liana.
instrumento engrenasse numa
paciência, disciplina e concentra-
Assim como na administração
grande máquina musical e, juntos,
ção, qualidades essenciais para o
escolar, os instrumentos musicais de
soassem como se inseparáveis.
pleno desempenho profissional.
Durante a afinação de uma
Para as
Quem compara a orquestra à
uma orquestra atuam conforme
uma liderança. Entre os
gestão escolar são as autoras e
musicistas, cada
musicistas Clarice Miranda e Liana
profissional
Justus, convidadas especiais do I
envolvido na gestão
madeiras é o oboé e
Encontro de Diretores, a ser
escolar age
entre as cordas é o
realizado pelo Expoente entre os
diferentemente e pode
violino. Traçando um
dias 27 e 29 de setembro em
ser comparados a
paralelo com a
Curitiba (PR), evento voltado aos
instrumentos musicais de
mais de 500 administradores
uma orquestra. Dividida
escolares que utilizam o Sistema de
em quatro naipes
Ensino Expoente. Para elas, a
(corda, madeira,
gestão escolar e a orquestra
percussão e
sinfônica têm mais pontos em
metais),
comum do que imaginamos.
a orquestra
“Vamos sensibilizar os participantes
trabalha com
para a harmonia do trabalho em
instrumentos
equipe, tendo como modelo o
que
metais, o líder é o
trombone, entre as
administração escolar,
são os gerentes e
funcionários. E o grande
regente é o administrador, o
convidado especial do I
Encontro de Diretores Expoente.
Para saber mais sobre o
I Encontro de Diretores Expoente
ligue para (41) 3312 40 90.
impressão Pedagógica [ 25 ]
Educação nota 10
Expoente vai a países escandinavos conhecer a
melhor educação do mundo
gratuita até o 9o. ano do Ensino
Fundamental e, ainda, os alunos
passariam a aprender duas línguas:
o sueco e o finlandês”, acrescenta
Armindo Angerer, diretor-geral do
Grupo Educacional Expoente, que
esteve na Finlândia, Suécia e outros
países escandinavos visitando as
principais instituições de ensino
reconhecidas como modelo para o
restante do mundo. O diretor
administrativo das unidades de
ensino Expoente, José Luiz Amálio
Quem trabalha com
e escrever. Mas a imposição
educação sabe: a Finlândia é o país
religiosa deu lugar à valorização
com a melhor qualidade de ensino,
natural da educação na sociedade.
comprovada pela liderança que
É muito arraigada na população
assume no Programa Internacional
finlandesa a idéia de que, para fazer
de Avaliação de Alunos (Pisa). O
valer seus direitos de cidadão, é
índice de analfabetismo do país é
necessário saber ler e escrever. Por
praticamente zero. Todas as
isso, é raro que estudantes abram
crianças a partir dos seis anos estão
mão da vida escolar trocando-a
matriculadas em instituições de
pelo mercado de trabalho.
ensino que, em sua grande maioria,
são públicas.
O interesse para que todos
“Em 1970 houve uma
revolução na educação finlandesa.
No sistema antigo, somente a
os finlandeses tenham acesso à
educação primária era gratuita. Os
educação é muito antigo. Séculos
políticos, em 1970, tiveram a
atrás, a Igreja local tornou
iniciativa de revolucionar a
obrigatório que qualquer pessoa
educação e aprovaram a proposta
que quisesse casar deveria saber ler
de que a escola passaria a ser
[ 26 ] impressão Pedagógica
de Souza, viajou junto a Angerer.
A gestão escolar nos países
escandinavos também é muito
diferente da administração
brasileira. A principal distinção é o
gerenciamento dos recursos
financeiros. Na Finlândia, o diretor
da escola recebe o dinheiro
diretamente do município, ou da
comunidade, e administra a escola
financeira e pedagogicamente. “Na
elaboração do projeto de 1970,
ficou determinado que os políticos
não devem se intrometer na educação. Portanto, há liberdade na
escolha de autores e cada professor
um dos pontos cruciais na
ou escola adota o que considera
educação tanto da Finlândia como
melhor. Como os professores têm
da Suécia. Na Finlândia, os
extrapolam os citados nos livros
alto nível, eles têm liberdade para
educadores elaboram um
didáticos. As aulas, com 45
escolher e discutir os melhores
documento para informar a
minutos, contemplam noções de
métodos”, contextualiza Angerer. E
comunidade sobre como trabalham,
economia doméstica, música, artes
a variedade de métodos nas classes
aproximando-se, assim, da família.
visuais, religião, ética, valores huma-
de alfabetização, por exemplo, não
Eles têm alto prestígio na sociedade
nos, etc. “A integração das
gera polêmica como gera aqui no
e um alto nível de conhecimento e
disciplinas com a realidade do
Brasil. “A Finlândia aplica quatro ou
formação. Todos têm, no mínimo,
aluno é muito importante para os
cinco métodos de alfabetização,
curso superior de licenciatura e
finlandeses. Na 7a. série, por
entre fonético e silábico. O
ainda contam com outros
exemplo, há três aulas semanais de
professor orienta os alunos segundo
profissionais, que os auxiliam no
economia doméstica. Os alunos
o método que ele considera o
dia-a-dia das aulas. Além desses
com idade pré-escolar desenvolvem
melhor. A liberdade é do professor e
ajudantes, as escolas também
projetos que envolvem o teatro, e
a família pode e participa desse
contratam outros profissionais para
as aulas podem terminar às 13h30
processo”, conta o diretor.
permanecerem na escola, como
ou às 15h, dependendo da grade
psicólogos escolares, assistentes
curricular da turma”, diz Angerer.
A valorização do professor é
sociais e enfermeiras.
Os conteúdos das aulas
Visita à rainha
Durante a visita feita à Suécia, os dois diretores do Expoente foram
recebidos pela Rainha Silvia, uma das personalidades mais conhecidas da Europa.
Em seu reinado, o sistema educacional é estruturado em um plano nacional
coordenado por governo, municípios e reitores (diretores das escolas). O
parlamento define os objetivos nacionais. Aos municípios cabe a responsabilidade
de arrecadar e distribuir os recursos e os reitores são responsáveis por atingir as
metas do país. Esse sistema funciona de maneira sempre transparente. “A
qualidade do ensino sueco é avaliada de diversas maneiras. Existem pesquisas
para mensurar a qualidade da educação na própria escola, entre as escolas,
com pais e alunos e por meio de indicadores nacionais”, complementa Angerer.
Armindo Angerer,
diretor-geral do Grupo
Educacional Expoente
conversa com a
rainha Silvia.
impressão Pedagógica [ 27 ]
Co-responsáveis
Escolas contam com representantes da sociedade
civil para melhorar a qualidade de ensino no país
Os melhores exemplos de
que a educação com qualidade é
possível são dados quando
instituição e sociedade tornam-se
aliadas e assumem um
compromisso permanente. Essa
parceria envolve os governos
federal, estadual e municipal e a
sociedade civil. Não importa se a
escola é particular ou pública; o
dois mais dois sejam cinco. Caso
contrário, essa soma será sempre a
mesma e não sairemos da situação
de desigualdades em que nos
encontramos hoje”, garante Mozart
Neves Ramos, diretor executivo do
Todos pela Educação, movimento
apartidário que tem como missão
contribuir para a efetivação do
direito de todas as crianças e jovens
“Na Educação, algumas
empresas fazem seu papel
investindo em projetos
sociais. Outras acompanham
e opinam para melhorar o
desempenho da escola. Isso é
co-responsabilidade.””
Mozart Neves
importante é que as macropolíticas
educacionais sejam aplicáveis em
cada instituição, que cidadãos comuns cobrem e interfiram na adoção dessas políticas e que iniciativas de sucesso em pequenas
comunidades sirvam de exemplo
para outras tantas espalhadas pelo
Brasil. “A única forma de dois mais
dois ser cinco na área social, e em
especial na Educação, é a
preocupação de todos com o bem
comum. Esse esforço cooperativo é
que levará a um resultado em que
[ 28 ] impressão Pedagógica
à educação básica de qualidade até
2022.
Diversas entidades, como
Instituto Gerdau, Instituto Ayrton
Senna, Instituto Faça Parte, Instituto
Pão de Açúcar, Fundação Bradesco
e Fundação Itaú Social, assumiram
um compromisso público para
mobilizar setores da sociedade em
prol da melhoria da qualidade da
educação no Brasil. Essas
entidades e também os cidadãos
atuam como agentes na cobrança
de políticas estimulantes à melhoria
da educação. “Na Educação,
algumas empresas fazem seu papel
investindo em projetos sociais.
Outras acompanham e opinam para
melhorar o desempenho da escola.
Isso é co-responsabilidade”, define.
Mozart é um dos convidados
dos Seminários de Educação que a
Aprender a Fazer Produções
Educacionais realizará em São
Paulo e Rio de Janeiro. Nesta última
cidade, o evento vai acontecer nos
dias 28, 29 e 30 de outubro. O tema
do encontro é Responsabilidade
Social para a Educação e
Cidadania. O diretor-executivo do
Todos pela Educação fala
justamente sobre a coresponsabilidade social na educação. Mozart
dá sugestões para que educadores,
professores e diretores de escola
reforcem o movimento em favor da
qualidade da educação brasileira.
Algumas dessas sugestões estão no
Portal Escola Interativa, no link
Impressão Pedagógica. Acesse
www. escolainterativa.com.br e
confira!
Saiba mais sobre o
V Seminário de
Educação do Rio de Janeiro
acessando o site
www.aprenderafazer.com.br.
Aulas virtuais
Atendimento
As escolas particulares
conveniadas ao Sistema de
Ensino Expoente têm mais uma
vantagem. Elas podem
incrementar as aulas de prévestibular (Terceirão e Extensivo)
com as Aulas Virtuais que o
Expoente disponibiliza no Portal
Escola Interativa. Toda semana
tem uma nova aula no www.escolainterativa.com.br. Os alunos podem
assistir às aulas em sala ou em casa, usando a senha de acesso ao Portal.
O Expoente é o primeiro sistema de ensino a oferecer videoaulas do
Terceirão, Extensivo e Semi-Extensivo na web.
on-line
Todas as dúvidas sobre a
utilização do Material Didático
Expoente podem ser esclarecidas
também pelo Portal Escola
Interativa. No link Atendimento Online, a escola conveniada entra em
Afrodescendência
contato com a assessoria
pedagógica em tempo real. O
atendimento funciona de segunda
O material complementar intitulado Afrodescendência insere no plano
à sexta-feira, das 8h às 12h e das
pedagógico escolar a história da África, a luta dos negros pelos seus direitos
13h15 às 18h. Outras opções de
no Brasil e a cultura negra na formação da sociedade brasileira. Rico em
atendimento às conveniadas são
conteúdo e ilustrações, o material atende à necessidade de as instituições de
pelo telefone (41) 3312 42 50 ou
ensino de contemplar a história e a cultura afro-brasileiras, como orienta a Lei
pelo e-mail
de Diretrizes e Bases da Educação, e é um referencial importante para edu-
[email protected].
cadores, funcionando, ainda, como instrumento de formação continuada.
Coletânea de Educação Física
As aulas de Educação Física não são apenas lazer. Se bem trabalhadas, o professor
contribui, e muito, para a formação do aluno. As atividades esportivas,
sejam em equipes ou individuais, reforçam o aprendizado de
valores como justiça e respeito, e desenvolvem habilidades
como concentração, comunicação e espírito de equipe.
A coletânea de Educação Física traz dicas e orientações
específicas para mais de trinta modalidades esportivas. Todos
os professores da escola podem utilizá-la como material de
consulta para planejar suas aulas. E tem mais: no Portal Escola
Interativa, o aluno e o professor têm à sua disposição o canal de
Educação Física com dicas e atualizações sobre o assunto.
impressão Pedagógica [ 29 ]
[ notas ]
Novidades de 2008
[ 30 ] impressão Pedagógica

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