Educação Infantil - Escola Interativa
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Educação Infantil - Escola Interativa
[ editorial ] professor José Pacheco, que “[como] cada ser humano é único, não há dois ritmos de aprendizagem Ao lermos a entrevista com o Professor José Pacheco da Escola da Ponte de Portugal nos veio à lembrança o momento da implantação, aqui no Expoente, da proposta pedagógica construtivistainteracionista e, muito especialmente, quando iniciamos o novo processo de avaliação. Quanto questionamento! Quantas “broncas” dos pais! Isso mesmo, dos pais, pois iguais e por essa e outras razões, é inútil aplicar uma prova a todos, no mesmo momento, igual para todos.” Coincidentemente o tema abordado pelo professor Vasco Moretto, nessa edição, trata do mesmo assunto. Foi por isso e por tantos outros motivos que o Expoente, já na década de 1990, mudou a sua filosofia de educação, e o resultado aí está: cada dia mais o Expoente é uma instituição de referência em nossos alunos são os primeiros a se Educação no Brasil. jurídicas, que deveriam dar o Nesta edição, reforçamos também o exemplo de probidade, lisura e tema “valores” que, em 2008, será valores, não merece confiança. nossa base de trabalho com É na geração que estamos formando projetos. Esse mesmo tópico já foi que contamos com profundas utilizado no passado com muito mudanças, pois em grande parte sucesso e acreditamos que o daquela que aí está, o “câncer” já adequar ao novo, e nossos professores os seguem. Mas os pais, esses querem que a mesma educação que tiveram seja mantida. Quanta inconformidade! Quanta postura de ranço tradicionalista! Ainda bem que educadores enfatizar novamente nunca é tomou parte e a “metástase” se demais, principalmente nesse manifesta em todos os organismos momento crucial vivido pelo país, em nesse grande corpo que é a nação. É que a noção de valores por parte dos no jovem que devemos investir! políticos e até de nossas instituições Uma boa leitura para todos. conscientes sabem que cada aluno é “único” e, como bem reforça o [ expediente ] Direção-Geral: Armindo Vilson Angerer CEEE: Rosalina Soares Edição CEEE: Cristina Kerscher Castelan Pré-Impressão: Paulo César Niehues Arte e Diagramação: Augusto de Paiva Vidal Neto [ índice ] [ 04 ] Entrevista: José Pacheco fala sobre a Escola da Ponte [ 10 ] Valores são o tema do Material Didático Expoente em 2008 [ 12 ] Marketing começa com treinamento da equipe [ 20 ] Educação Infantil: Expoente oferece nova coleção para esse segmento [ 26] Nota 10: Expoente foi conhecer a melhor educação do mundo Marketing: Karina Lafraia Jornalista Responsável: Alessandra Potamianos (Mtb Armindo Angerer Diretor-Geral Grupo Educacional Expoente 4469/18/109) enas Foto da capa: Kraw PPenas Editora Gráfica Expoente: Antonio Both Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente Ltda. Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR CEP: 83324-000 – TTel.: el.: 41 3312 43 50 Fax: 41 3312 43 70 Tiragem: 20 000 exemplares. Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coordenadores e professores, sendo distribuída por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados. Todos os direitos reservados. impressão Pedagógica [ 3 ] [ entrevista ] Educação autônoma O nome do professor português José Pacheco é intimamente associado à Escola da Ponte, em Portugal, reconhecida internacionalmente por aplicar um projeto pedagógico inovador, baseado na autonomia dos alunos. Eles não são divididos por faixa etária e não têm um professor fixo. Crianças e adolescentes definem quais são suas áreas de interesse e, a partir daí, desenvolvem projetos em grupos de estudo. Pacheco visita o Brasil regularmente e, nos dias 28, 29 e 30 de outubro, participa do V Seminário de Educação do Rio de Janeiro. Nesta entrevista, especialmente concedida à Impressão Pedagógica, José Pacheco fala do trabalho cooperativo dos professores, das formas de avaliação, das mudanças nas práticas educacionais e do ensino da cidadania. “Em Portugal, como no Brasil, não devemos confundir o que está escrito nos projetos de papel com o que acontece na prática…” [ 4 ] impressão Pedagógica IP – No início de suas atividades, na década de 1970, a Escola da Ponte era como as demais escolas públicas portuguesas. A que se deveu a transformação que culminou com a Escola da Ponte que conhecemos hoje? José Pacheco – Em 1976, a Escola da Ponte defrontava-se com um complexo conjunto de problemas: o seu isolamento face à comunidade de contexto; o isolamento dos professores dentro da escola; sutis ou claras manifestações de exclusão escolar e social; indisciplina; ausência de um verdadeiro projeto e de uma reflexão crítica sobre as práticas; estava cativa da hegemonia de metodologias centradas no professor e as instalações eram decrépitas e insalubres. Todas as mudanças ocorridas nos últimos trinta anos (que foram apenas o início do projeto) resultaram de interrogações, do estudo e do trabalho cooperativo dos professores. Na Ponte, nenhum professor está sozinho, porque um projeto de escola é um ato coletivo. Isso possibilitou a criação de laços com outros agentes educativos, de vínculos afetivos (de “amor maduro”) entre professores e alunos, a reelaboração da cultura pessoal e profissional. Nessas condições, tudo mudou e tudo vai mudando… Creio que o segredo da longevidade do nosso projeto assenta-se em três pilares: o trabalho em equipe, o apoio dos pais (no contrato de autonomia assumido com o Ministério da Educação, os pais têm um papel central) e a integração da teoria com a prática. Por vezes, nem foi necessário recorrer à ciência para questionar a obsoleta escola que tínhamos: bastou o exercício do bom senso. sabendo o mesmo (ou até mais) apenas reagem a questionamentos do que o educando que dos alunos. Também manifestam freqüentou outra escola? proatividade sempre que, por Ambos estarão preparados exemplo, um aluno recém-chegado em igualdade, conforme as à Ponte (muitos vêm expulsos de exigências da nossa própria outras escolas) confunda liberdade sociedade? com licenciosidade ou enquanto JP – Nos períodos de tempo em não for capaz de assumir que a Ponte funciona em harmonia autonomia. com os princípios do seu projeto, A formação dos orientadores faz-se os alunos que forma são os que na escola, dentro de um modelo IP – As características mais obtêm melhores resultados nas isomórfico e mutualista. Vai muito marcantes da Escola da Ponte escolas para onde vão, para além da didática e acontece em são a ausência da sala de aula continuar os seus estudos. Mas, múltiplos domínios: pessoal, social, e de turmas segmentadas por mais do que o elevado nível de em função de um perfil pré- faixa etária. De que maneira desempenho cognitivo, esses existente. A formação que os essas características influem alunos realizam-se como pessoas e professores recebem na formação no aprendizado do aluno? cidadãos, sabem integrar-se em inicial quase de nada serve, porque JP – A ausência da sala de aula e diferentes contextos sociais e as faculdades, apesar dos de turmas segmentadas por faixa denotam elevado desenvolvimento excelentes professores que têm, etária são duas das diferenças mais emocional, maturidade continuam a insistir numa formação visíveis relativamente teoricista e ao modelo da escola dita “tradicional”. Mas não são as principais. Na Ponte, ocorreu uma profunda ruptura paradigmática, que alterou por completo a cultura da escola e “As mudanças não acontecem no papel. As mudanças acontecem pelo questionamento, pelo estudo, pelas aplicações e pelas avaliações permanentes.” descontextualizada. IP – A proposta pedagógica da Escola fundamenta-se em três grandes valores: a liberdade, a responsabilidade e a os modos de solidariedade. Esses aprender. Ao cabo de mesmos valores são trinta anos de projeto, os relatórios sócio-moral e equilíbrio afetivo. de avaliação externa (realizada por pesquisadores nomeados pelo Ministério da Educação) concluíram que os alunos da Ponte atingiam níveis de excelência acadêmica. Se pensarmos que, trinta anos antes, a Escola da Ponte tinha muitos alunos em situação de insucesso e que nem banheiro a escola tinha… IP – Com a proposta de ensino trabalhados na grande maioria das escolas, inclusive nas do IP – A atuação do professor na Escola da Ponte se aproxima da de um orientador; os professores só dão respostas se os alunos lhes fazem perguntas. Para atuar como um professor-tutor, o educador não precisa de uma preparação mais específica, que vá além da Brasil. Então, como a Escola da Ponte consegue trabalhar tais valores na prática, a ponto de se distinguir das demais instituições de ensino? JP – Não pretendo ser injusto com qualquer escola ou professor, mas em Portugal, como no Brasil, não devemos confundir o que está didática, das técnicas de ensino–aprendizagem? escrito nos projetos de papel com da Escola da Ponte é possível garantir que o estudante sairá JP – Nem sempre os orientadores mudanças não acontecem no o que acontece na prática… As impressão Pedagógica [ 5 ] papel. As mudanças acontecem semelhante à da Escola da pelo questionamento, pelo estudo, Ponte? O que se faz necessário, pelas aplicações e pelas avaliações além de boa vontade? permanentes. A mudança é um ato JP – A boa vontade não basta. Nem coletivo fundamentado a adesão a modas pedagógicas. A teoricamente. Pelo que me é dado utopia de uma escola sem ver, desde há quase quarenta anos, insucesso, sem exclusão, é não é verdade que esses valores realizável. Mas é realizável de sejam trabalhados na maioria das muitos e variados modos. E está escolas. Se o fossem, há muito acontecendo, também, no Brasil. tempo já a organização da escola O Brasil tem tudo de que precisa. teria sofrido profundas alterações. Não carece de modelos Não é isso que eu vejo. Apesar “ajustáveis”. Apesar dos baixos desta minha convicção, conheço salários e de outros maus-tratos a algumas escolas que vão pondo em que são sujeitos, os professores prática esses valores. E haverá brasileiros têm nas suas mãos um IP – Há muitas escolas que outras que eu desconheço e que poder que não usam. As escolas dizem aplicar propostas gostaria de conhecer… que (infelizmente) ainda têm os pedagógicas que valorizam a excelentes professores que as descoberta do conhecimento da IP – Conhecida mundialmente habitam pouco conseguem ensinar criança. Entretanto, essas pela inovação na prática do currículo formal, mas transmitem mesmas escolas são reféns de pedagógica, a Escola da Ponte o que são (valores, crenças…), sem cronogramas a serem é referência para muitos se aperceberem de que o fazem. O cumpridos e de conteúdos a educadores. A que o senhor “ajustamento” a novas práticas (as serem vencidos. Isso é um atribui o fato de muitas escolas da Ponte ou outras) será viável se reflexo de que existe uma tentarem adotar o modelo da os professores que se dispõem a dissonância entre a teoria e a Escola da Ponte e não obterem mudar as suas escolas para melhor realidade da educação? sucesso? não forem impedidos de o fazer por JP – É evidente que sim. Aliás, em JP – Não conheço casos como o “dadores de aulas” afetados pela jeito de metáfora, eu tenho dito que que a pergunta apresenta. Mas direi síndrome do “pensamento único”. os livros de Pedagogia mais grupo de acolhimento e da Comissão de Ajuda, conseguem recuperar a auto-estima, recuperarse como pessoa e ver os outros como pessoas. Não é um processo fácil e passa por súbitas e intensas regressões. Porém, a cultura que se vive na Ponte permite que a quase totalidade desses alunos faça a sua reciclagem dos afetos, integre-se e aprenda. Os alunos que ingressam na Ponte são, na sua maioria, provindos de extratos sociais muito desfavorecidos. parecem literatura de ficção que um projeto não pode ser “clonado”. Se algumas escolas IP – Qual o perfil dos alunos que científica: pouco ou nada do que cometeram a besteira de instituir ingressam na Escola da Ponte? vemos nas práticas corresponde às uma réplica da Ponte e a aventura Que tipo de dificuldade eles teorias… Quando os professores acabou mal, a responsabilidade do sentem no início dos trabalhos ousarem interrogar-se e rever as insucesso é dessas escolas e não se e como se dá a adaptação total suas práticas, encontrarão nas pode pôr em causa o projeto da à Escola da Ponte? obras dos teóricos das ciências da Ponte, quando é caricatural a sua JP – Comparativamente com outras escolas, a Escola da Ponte acolhe muitos alunos ditos com “necessidades especiais”, tendo muitos deles passado por outras escolas antes de ingressar na Ponte. Esses jovens carecem de uma atenção redobrada. Com a ajuda do seu professor-tutor, do seu educação um manancial de cópia. IP – O senhor já visitou escolas brasileiras nas visitas que fez ao país. Com sua experiência, é possível afirmar que o modelo de educação do Brasil é ajustável a uma proposta [ 6 ] impressão Pedagógica propostas. Depois, será apenas uma questão de tempo, de instituir grandes metas e de dar pequenos passos. IP – Em uma instituição com o perfil da Escola da Ponte, a avaliação é realizada com base em quais critérios? Como é possível identificar se o aluno está sendo capaz de construir o seu próprio conhecimento? JP – O critério básico é o de o aluno ser avaliado quando quiser ser avaliado. Cada ser humano é único, não há dois ritmos de aprendizagem iguais e, por essa e outras razões, é inútil aplicar uma prova a todos, no mesmo não exceção? JP – Não quero viver tal época, se ela vier a acontecer. Cada escola é única. Não há dois projetos iguais. E nem a Ponte dessa (imaginada) época será igual à de hoje. Os projetos estão sempre em fase de instituição – “todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”, como diria Camões. momento, igual para todos. que cidadania pode ser imaginada para quem a irá exercer passados vinte anos? Não será preferível educar “na cidadania”, isto é, educar no exercício cotidiano de uma liberdade responsável? Se a resposta for afirmativa, será necessário questionar a racionalidade que predomina nas nossas escolas, será preciso alterar a organização das escolas, reconfigurar a Escola. Na Ponte, são os alunos que definem regras e as fazem cumprir. Trabalham (ludicamente) em espaços de liberdade responsável. Não são educados para a cidadania. São educados na cidadania. Quando a escola funciona de IP – A cidadania é cada vez acordo com os princípios do seu mais valorizada. De que maneira projeto, o portfólio é usado com as escolas podem incentivá-la rigor. Também se ensina os alunos a nos alunos e familiares? Como fazer prova. Apesar de inúteis, serão é, de fato, a educação para a muitas as provas que os alunos cidadania? terão de fazer durante a sua vida. JP – Expressões como “preparação Na Ponte, são utilizados dos alunos para o exercício da IP – Educar as crianças em uma instrumentos de avaliação variados, cidadania” são freqüentes nos sociedade tão mais exigente e cada vez mais voltada quer no domínio cognitivo, quer no atitudinal. Não são afixadas classificações, no final de cada período letivo, mas os alunos que precisem de transferência para outras escolas levam no seu processo à prática da cidadania “A utopia de uma escola sem insucesso, sem exclusão, é realizável. Mas é realizável de muitos e variados modos. E está acontecendo, também, no Brasil.” induz a alguma mudança na forma de ensinar que existia até então? Quais seriam essas mudanças? JP – Pressupõe mudança na forma de ensinar, mas também na forma de aprender. A individual as classificações. Paradoxalmente, os textos dos projetos políticos aprendizagem não deve estar alunos da Ponte (que não utilizam a pedagógicos. Direi que, quase centrada no professor, mas também prova como instrumento de sempre, expressões desse tipo não a imaginemos (ingênua e avaliação) foram os que atingiram somente têm servido para enfeitar espontaneamente) centrada no melhores resultados no primeiro projetos de papel. Nas práticas de aluno. Toda a aprendizagem ano em que o ministério decidiu muitas escolas, não tenho visto acontece centrada na relação – aplicar provas iguais em todas as coerência com o projeto escrito. E como diria o saudoso Paulo Freire – escolas do país… A avaliação é a de que serve educar “para a aprendemos uns com os outros “pedra de toque” de qualquer cidadania”? Que perfil de cidadão mediados pelo mundo. Essas projeto. teremos em mente? No tempo das (inevitáveis) mudanças não podem nanotecnologias, de profundas ser previstas. Hão de acontecer no IP – É possível vislumbrar uma alterações nas relações de trabalho, hic et nunc de cada escola e de época em que a proposta da de mudança do referencial do conhecimento numa só década, cada comunidade (ou fraternidade) Escola da Ponte será a regra e educativa. impressão Pedagógica [ 7 ] [ Artigo ] Educar para a autonomia também na educação inclusiva Nelson Luiz Bittencourt* Para Lev Vygotsky, experimentar a cultura é sumamente suas idéias. Em um ambiente como relevante para o desenvolvimento esse, o estudante com deficiência é humano. Em suas obras, Vygotsky tratado como um “diferente-igual”, também fala sobre a importância da ou seja, “diferente” por ter ação, da linguagem e dos necessidades especiais, mas ao processos interativos na construção mesmo tempo “igual”, pois das estruturas mentais superiores. interage, relaciona-se e até compete Os benefícios culturais oferecidos pela sociedade [ 8 ] impressão Pedagógica em seu meio. Quando diminuídas, essas influenciam de maneira determinante “diferenças” são vistas como as os processos de aprendizagem. Por peculiaridades típicas de todos os isso, o contato com esses recursos seres humanos. Esse estudante deve ser permitido a todos, sem pode, então, dar passos maiores exceção. Promover o acesso aos para eliminar a discriminação, benefícios culturais aos portadores conseqüência do respeito de necessidades especiais, por conquistado pela convivência, exemplo, é uma maneira concreta aumentando, assim, sua auto-estima. de neutralizar barreiras, inserindo- É sabido que as novas os, portanto, nos ambientes ricos Tecnologias da Informação e da para a aprendizagem. Comunicação (TIC) vêm se tornando Criar recursos de acesso é * Nelson Luiz Bittencourt é graduado em Pedagogia com especialização em Supervisão Escolar, pósgraduado em Psicopedagogia e consultor pedagógico do Grupo Educacional Expoente. interajam, aprendam e exponham importantes instrumentos de nossa também combater preconceitos. Se cultura; utilizá-las é um meio forem criadas adaptações para o concreto de inclusão e interação no conforto das pessoas portadoras de mundo. Isso é ainda mais evidente necessidades especiais, oferecem- quando nos referimos a pessoas se a todas elas condições para que com necessidades especiais. Nesse caso, as TIC podem ser utilizadas próprio conhecimento; quando de informações e não como como tecnologia assistiva. portadoras de deficiência, essa construtoras de seus próprios construção pode ser limitada pela conhecimentos. Tecnologia assistiva é toda ferramenta ou recurso utilizado com restrita interação que elas têm com a finalidade de proporcionar o seu ambiente, pois, como afirma dificuldades e atrasos que esses independência e autonomia à Papert, é nessa interação que, por alunos com necessidades pessoa portadora de deficiência. meio da ação física ou mental do especiais freqüentemente Seu objetivo é melhorar a qualidade indivíduo, criam-se as condições apresentam em seu de vida do portador de necessidade para a construção do conheci- desenvolvimento global, especial, para que haja inclusão mento. Quando essas crianças com é vital oferecer-lhes um ambiente Exatamente pelas social por meio de ampliação da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. As diferentes maneiras de utilização das TIC como tecnologia assistiva foram sistematizadas e classificadas das mais variadas formas, dependendo da ênfase dada pelo autor. Educar para a autonomia ofe Os re be de inf cido nefí ter lue s p cio mi nc el s c na ia a s ul tu n m o de te os de mcied rais ap pr a ad ren oc ne e diz ess ira ag os em . necessidades educacionais de aprendizagem que os ajude especiais ingressam em um sistema a abandonar essa postura tradicional de educação, seja passiva de receptores de criança portadora de deficiência – especial ou regular, freqüentemente conhecimento. Um ambiente física, mental ou sensorial – por são submetidas a experiências em que sejam valorizadas e suas próprias limitações motoras e/ que reforçam a postura de estimuladas sua criatividade ou sociais, agravadas por um passividade diante de sua e iniciativa, possibilitando-lhes tratamento paternalista não- realidade, de seu meio, a um interação com as pessoas e valorizador de suas potencialidades, paradigma educacional no qual com o meio, partindo não cresce pouco interagindo com o elas continuam a ser objeto e não de suas limitações e meio e a realidade que a cerca. Se sujeito de seus próprios processos. dificuldades, mas dando ênfase não for adequadamente estimulada, Paradigma esse que, em vez de ao potencial de desenvolvimento ela age passivamente diante da educar para a independência, para de cada um, confiando e realidade e para selecionar seus a autonomia, para a liberdade de apostando na sua capacidade, problemas diários. pensar e agir, reforça esquemas de aspirações mais profundas e dependência e submissão. São desejos de crescimento e vistas e tratadas como receptoras integração com a comunidade. Com muita freqüência, a Se, segundo Piaget, as crianças são construtoras do impressão Pedagógica [ 9 ] Valores Expoente dá destaque ao assunto no material didático de 2008 Todas as escolas incluem os valores humanos em seus discursos pedagógicos, tamanha a importância desses conceitos na formação dos alunos. Porém, diante das barbáries que ocorreram em nossa recente história, parece que a sociedade deixou os valores de lado, dificultando, assim, a boa relação humana. As guerras, os conflitos e a violência a que assistimos humanos, para (ou as quais que toda a protagonizamos) decorrem comunidade escolar dedique de variáveis que vão além ainda mais tempo para recuperar a da educação. Falta de recuperação dos valores. Por isso, devida importância de tais investimento na saúde, na infra- em 2008, o Sistema de Ensino conceitos. estrutura das cidades e a Expoente oferece novos subsídios “Em 2008 vamos intensificar a infelizmente tão conhecida para recuperar conceitos como incorporação dos valores humanos desigualdade social são exemplos igualdade, solidariedade, no processo educativo. Eles são de que os valores humanos compaixão e tantos outros, imprescindíveis para a compreensão declinaram na escala de fundamentais para a melhoria de do mundo e de nós mesmos, importância do mundo. nosso planeta. As capas dos servem de parâmetros pelos quais Mas as instituições de ensino não se materiais didáticos serão fazemos escolhas e orientamos abatem diante dessa realidade. Pelo estampadas com imagens e frases nossas ações. Com o suporte da contrário, são coadjuvantes na referentes a alguns valores assessoria pedagógica, nossas [ 10 ] impressão Pedagógica Dicas de leitura Valores Humanos na Educação Autor – Antonio A. Arantes Editora – Gente escolas conveniadas poderão é o caminho a que grandes contemplar os valores humanos em entidades internacionais atribuem a sua prática diária”, afirma Rosalina melhoria da nossa sociedade. A Soares, gerente do Centro de Organização das Nações Unidas Excelência em Educação Expoente (ONU) é uma das grandes (CEEE), responsável pelo referências internacionais no desenvolvimento do material assunto. A entidade é responsável didático e pela assessoria por várias ações e intervenções que pedagógica às escolas que utilizam garantem a soberania da paz. o Sistema de Ensino Expoente. O “Nascemos biologicamente objetivo das capas, segundo humanos, mas precisamos Rosalina, é resgatar, refletir, reforçar transformar essa natureza e e orientar as ações humanas. desenvolver saberes necessários O trabalho com o tema valores para o convívio em grupo. Assim, humanos, além de ser previsto na ao longo de nossas vidas, vamos Lei de Diretrizes e Bases da construindo nosso modo de ser, Educação Nacional (LDB) e no pensar, agir e se relacionar com os Plano Nacional de Educação (PNE), outros”, completa Rosalina. O livro detalha o programa de educação baseado em valores humanos idealizado pelo educador indiano Sathya Sai Baba. Ele fundamenta a educação e a formação do caráter em cinco qualidades que nos distinguem como seres humanos: verdade, ação correta, paz, amor e não-violência. O programa tem sido aplicado com sucesso em mais de 150 países, até mesmo no Brasil. Construindo Valores Humanos na Escola Autores – Maria Aparecida Cória-sabini e Valdir Kessamiquiemon de Oliveira Editora – Papirus Considerando que a verdadeira educação compreende o desenvolvimento de valores humanos, tais como solidariedade, autoestima e responsabilidade, os autores apresentam nesta obra uma metodologia que visa à plena formação dos alunos. Com grande número de sugestões de atividades e exercícios voltados ao trabalho com alunos do Ensino Fundamental e do Médio, Construindo Valores Humanos na Escola é dirigido aos professores e às escolas preocupados em resgatar os aspectos humanos na educação. Não-Violência na Educação Autor – Jean-Marie Muller Editora – Palas Athena O livro faz parte das ações para a Década Internacional para uma Cultura de Paz e NãoViolência para as Crianças no Mundo (2001– 2010) e foi primeiramente publicado pela Unesco. Nele, Jean-Marie Muller, filósofo francês autor de mais de trinta livros, fundador e diretor do Instituto de Pesquisas sobre a Resolução Não-Violenta de Conflitos, sugere uma abordagem muito prática de como resolver os confrontos violentos nas escolas. “Em 2008 vamos intensificar a incorporação dos valores humanos no processo educativo.” impressão impressãoPedagógica Pedagógica [ [11 11] ] Quem não se comunica Além das ferramentas de marketing, escolas devem investir em treinamentos de funcionários Época de matrículas. Quem é pai se chegar. E essa é a diferença entre a publicidade”, comenta Karina vê em meio a um bombardeio de escola que aumenta o número de Lafraia, gerente de Marketing do informações sobre colégios e suas alunos e a que os perde. Utilizar as Grupo Educacional Expoente. Bom propostas pedagógicas e infra- ferramentas de marketing e ágil atendimento, sorriso no rosto estrutura. Quem é administrador prudentemente é o que garante o na porta de entrada do colégio, escolar busca propagar título de vencedor na corrida. espaço limpo e organizado são seus diferenciais algumas dicas preciosas. como forma de “Deixar a equipe assegurar os bem informada e atuais clientes preparada para e conquistar atender os novos. Na pais e alunos corrida ao é o primeiro e ouro, aqui importante representado passo. E esse pelas treinamento deve matrículas, as ser dado a todos escolas suam a os funcionários, camisa e criam não apenas maneiras criativas para aumentar o “Nos meses que antecedem o àqueles que atuam na linha de número de alunos. Oferecem período de matrículas, a escola frente, no atendimento direto. brindes, promovem eventos e precisa estar com sua estratégia de Depois entram os investimentos investem em publicidade. Muitas marketing muito bem definida. E em campanha publicitária, fazem marketing sem saber, outras isso requer um planejamento no brindes e outros recursos o fazem conscientemente, sabendo qual o treinamento da equipe para atrair a atenção do o que querem conquistar e onde antecede o investimento em público”, detalha. [ 12 ] impressão Pedagógica Outro importante detalhe a que as estratégicas. “A equipe de encaminhar material de divulgação instituições devem se ater é em atendimento deve estar orientada às residências dos pais e, assim, relação à captação de mailing. para captar informações como estreitar um canal de relacionamen- Segundo Karina, a aproximação nome completo, telefone e to com os clientes em potencial. entre escola e pais deve ser endereço dos visitantes. Com essas Esse é o processo que chamamos revertida em informações informações, a escola pode de criação de mailing”, justifica. Reforce o trabalho de marketing de sua escola com as dicas a seguir. Dicas para o treinamento dos funcionários • Meses antes do período de matrículas, reúna toda a sua equipe (pode ser em grupos pequenos) para explicar as diretrizes para o próximo ano letivo. Informe os colaboradores sobre o número de vagas para cada turma, que séries de ensino e quais atividades extracurriculares serão ofertadas, quais as políticas adotadas para os valores das mensalidades, as datas de início e horário das aulas, quais os diferenciais da escola, que proposta pedagógica ela adota, etc. Você pode reunir todas essas informações e montar uma cartilha para que os funcionários tenham sempre em mãos ou pode deixar as orientações nos murais das salas dos funcionários. • Nessa etapa é importante transmitir as informações valorizando o funcionário. Faça com que ele se sinta agente propagador da sua escola. Se ele estiver bem informado e motivado a divulgar a escola, sua instituição vai fidelizar clientes e ganhar novos. • Nos treinamentos, não se esqueça de incluir os inspetores e os zeladores. Eles também são fundamentais para o atendimento, pois os pais os procuram para obter informações gerais sobre a escola. Marketing cooperado Escolas conveniadas podem utilizar campanha criada pelo Expoente 2008, as instituições de ensino podem utilizar diversas ferramentas de comunicação . Todas estão alinhadas com o mote da campanha do Sistema de Ensino Expoente para 2008: confiança para trazer seu Depois dos treinamentos, a escola já está apta a aluno para um universo de novos conhecimentos. propagar o nome da instituição ao seu público por “Criamos uma campanha publicitária que valoriza o meio de uma campanha publicitária. E para que essa conhecimento adquirido na escola. O grande benefício comunicação seja bem-sucedida existem uma série de às nossas conveniadas é que elas podem incluir a ferramentas, como explica Karina Lafraia: “A maneira logomarca das suas escolas nesses materiais. Assim, a pela qual a instituição se relaciona com os pais pode comunicação fica mais forte e a instituição se beneficia ser muito diversificada. Mas existem ferramentas que com uma campanha previamente desenvolvida pelo funcionam como curingas, pois se aplicam em Expoente”, diz Karina. instituições com diferentes perfis. É o caso de fôlderes, outdoors e flyers” , diz. O Expoente mantém uma ação de marketing cooperado que possibilita às escolas conveniadas a Para mais detalhes sobre o marketing cooperado do Expoente, ligue para 0800 41 44 24 ou acesse o link de marketing no site www.escolainterativa.com.br e conheça a campanha completa de comunicação para 2008. utilização de peças publicitárias. Para as matrículas de impressão Pedagógica [ 13 ] Escola cria ONG para cuidar do meio ambiente uma Organização Não-Governamental (ONG). A Drummond Associação ao Meio Ambiente (Dama) começou seu trabalho de conscientização com os alunos do 2o. ano do Ensino Médio, que participaram do Com a ONG, colégio quer levar a conscientização ambiental para a comunidade. Concurso Ecológico Drummond. Os adolescentes produziram vídeos sobre recursos naturais e os impactos negativos da ação A tendência é que a Assuntos como erosão, água, humana sobre a natureza. O material produzido foi Educação Ambiental se consolide lixo, reciclagem e propostas que na maioria das escolas do país. O inibam o consumo desenfreado das distribuído às escolas municipais Colégio Drummond, de Fraiburgo sacolas de plástico, por exemplo, e estaduais de Fraiburgo, para (SC), já se antecipou e incluiu essa são constantes nos projetos de que os educadores da rede pública disciplina em sua grade curricular. Educação Ambiental do Colégio de ensino tenham ainda mais Há um ano, a instituição trabalha Drummond. Os estudantes de todos subsídios para enriquecer suas com a Educação Ambiental para os níveis de ensino, da Educação aulas e conscientizar um público estimular seus estudantes a analisar Infantil ao Pré-Vestibular, fazem ainda maior. O resultado foi e debater a situação problemática pesquisas de campo, surpreendente, como conta a do nosso meio ambiente. Baseada experiências e diretora Elizete Primon: em uma proposta pedagógica distribuem “Quando desafia-se participativa e permanente, a panfletos informa- o aluno a levar o escola pretende desenvolver nos tivos para conhecimento a outros alunos uma consciência crítica, conscientizar a educandos, a responsabili- além de fomentar o comunidade dade aumenta. Chegam a se desenvolvimento sustentável, que vizinha. O surpreender com a própria assegura o consumo responsável trabalho de capacidade criativa. Com os dos recursos do planeta, preser- valorização do nossos projetos de Educação vando, assim, os interesses das meio ambiente Ambiental, pretendemos formar gerações futuras ao mesmo tempo é tão forte que que atende às necessidades atuais. [ 14 ] impressão Pedagógica a escola criou sujeitos verdadeiramente Estudantes do Colégio Drummond, em Fraiburgo (SC), fazem desfile de roupas feitas a partir de materiais recicláveis. ecológicos”. [ conveniadas ] Alunos viajam para o espaço Depois da experiência de conhecer os encantos da Astronomia, muitos alunos do Centro Educacional Criativo (Cecri) de Divinópolis, município a 121 km de Belo Horizonte (MG), passaram a alimentar o sonho de um dia fazer uma viagem ao espaço. A instituição abriu as portas para o Planetário Móbile, um projeto que percorre o Brasil levando às escolas uma grande cúpula prateada em que é possível simular o trabalho de um astronauta. Durante um dia inteiro, os a possibilidade de aprender alunos da instituição – cerca de 420 Ciências, Geografia, Matemática e de aula. O Planetário mudou minha estudante da Educação Infantil ao outras disciplinas em uma atividade visão do que existe além do que Ensino Médio – tiveram uma aula tão prazerosa para eles”, comenta podemos ver”, afirma. especial sobre Astronomia, que Maria José Lacerda Rocha, diretora aliou os conteúdos da grade pedagógica do Cecri. Para Maria dentro do planetário, quando o céu curricular ao interesse natural das Amélia Andrade Sabião de Oliveira, começa a escurecer e as estrelas, a A viagem ao cosmo inicia crianças e adolescentes. aluna da 6. série do Ensino brilhar. Os participantes passam, “Realizamos a atividade baseada na Fundamental, a visita ajudou então, a visitar os planetas do proposta da pluralidade cultural e bastante no aprofundamento dos Sistema Solar, vêem a simulação de de maneira multidisciplinar. Os estudos. “Pude ver de maneira um eclipse e atravessam uma chuva alunos ficaram muito animados com diferente o que já tinha visto em sala de asteróides. Segundo a diretora a Maria, a iniciativa de levar o a atividade “Realizamos a pluralidade na proposta d uma maneira cultural e de ar”. multidisciplin ra pedagógica do rda Rocha, direto Maria José Lace Planetário Móbile também agradou aos pais. Muitos expressaram satisfação ao saber que a escola está enriquecendo o dia-a-dia dos filhos. Cecri. impressão Pedagógica [ 15 ] [ conveniadas ] Escola incentiva a perpetuação histórica de município idéia de escrever um livro sobre a O Instituto de Educação Nossa Senhora da Abadia história do município surgiu (Iensa) deu uma importante quando os professores do Iensa contribuição ao município de solicitavam trabalhos de Boquira (BA), localizado a 649 pesquisa sobre a cidade e os km de Salvador. O diretor da alunos traziam poucas instituição, professor Aroldo informações por causa da Rodrigues, é o autor do livro escassez de conteúdo sobre a Memórias – de Macacos a Boquira, que conta a recente Professor Aroldo Rodrigues autografa livro que conta a história de Boquira (BA). história de Boquira. Isso também influenciou os trabalhos de história do município, pesquisa do professor. “Como reconhecido como pólo de havia pouco material impresso extração de pedras preciosas e sobre a história do nosso semipreciosas. A cidade município, o levantamento de completou 45 anos de informações foi feito por relatos emancipação política em abril orais dos moradores mais de 2007 e o fato incentivou o antigos. A partir da organização desses relatos é que pude professor a pesquisar e a dividir a trajetória histórica de Boquira, que existe há 200 anos, com a Professoras Dalva Rodrigues e Nina de Doxa. Esta última prestou informações que, em muito, contribuíram na produção do livro. população. “O livro retrata o Agora que o livro está com uma linguagem clara e pronto, Rodrigues pode acessível. É uma obra que pode estimular os estudantes do Iensa ser utilizada nas escolas a pesquisar e a criar projetos públicas e particulares e baseados na história do consultada por toda a [ 16 ] impressão Pedagógica civilização, a influência religiosa explica o diretor. histórico, geográfico e social, Segundo Rodrigues, a contar sobre o processo de de Boquira e outros assuntos”, nosso município nos aspectos população”, comenta o autor. escrever a história da cidade, município, sempre de maneira Professora Maria Carlos de Almeida Santos e seu marido. multidisciplinar. [ conveniadas ] Exemplo de concientização ambiental O meio ambiente é a nossa Identificamos que, a casa. Pensando assim, os alunos do partir do interesse e Colégio Christus, em Fortaleza (CE), da curiosidade dos participam de atividades alunos, poderíamos pedagógicas que visam à desenvolver um preservação e à sustentabilidade do grande projeto”, diz. planeta. A proposta contempla Durante todo o alunos de todas as faixas etárias. Os primeiro semestre, alunos da Educação Infantil são professores e alunos incentivados, primeiro, a observar a se engajaram em natureza que os cerca para, então, iniciativas de valorizá-la, não jogando lixo no conscientização chão, cuidando das plantas e dos ambiental, apresentadas durante a e viram que é possível se divertir ao animais. A coordenadora - geral do VIII Mostra de Projetos do colégio. mesmo tempo que garantem a Christus Sul, Ivina Marley Sá Para simbolizar a esperança em relação ao meio ambiente, alunos do Colégio Christus plantam uma muda de pau-brasil. Com as crianças da sustentabilidade do planeta Terra. Bustamante, explica que a Educação Infantil, o trabalho foi instituição já adotava práticas de desenvolvido valorizando a de se trabalhar com a preservação ambiental na ludicidade. “Os professores conscientização ambiental não administração escolar e que a idéia organizaram com as crianças terminou com o encerramento do foi para as salas de aula quando as apresentações teatrais, utilizaram a semestre. A intenção é que o crianças se mostraram muito música e falaram sobre como é cuidado com a natureza seja preocupadas com o futuro do importante cuidar da natureza”, permanente e que os alunos do planeta. “Já tínhamos adotado essa comenta Marley que, com Christus continuem incentivando a responsabilidade nas escolas e Emmanuela Uchôa, coordenadora preservação do meio ambiente. trabalhávamos com a coleta seletiva de Educação Infantil do Christus “Também quisemos explorar a do lixo. No começo do Sul, viu a sementinha da esperança, porque os nossos ano, os alunos nos conscientização ambiental florescer alunos podem mudar essa perguntavam se o e crescer no cotidiano das crianças. realidade, principalmente porque planeta ia acabar, se Com papéis, latas, garrafas de são os futuros habitantes ficaríamos sem água plástico e outros materiais responsáveis pelo meio ambiente”, e comentavam que o lixo estava tomando conta do planeta. recicláveis, arrecadados por meio de uma grande campanha envolvendo os familiares, as crianças criaram brinquedos Segundo Marley, a proposta justifica. No parque do colégio, as crianças plantaram uma semente de pau-brasil para simbolizar o rico aprendizado e a conscientização. impressão Pedagógica [ 17 ] [ conveniadas ] Muito barulho incomoda muita gente Estudantes do colégio Jesus Maria José, de Água Boa (MT), representaram o município na I Mostra Estadual de Ciências, Tecnologia e Inovação, promovida pelo governo do Mato Grosso. Os alunos da 6a. série do Ensino Fundamental foram selecionados para a competição estadual depois que desenvolveram um projeto de ciências com o tema Poluição Sonora na Sala de Aula. As crianças optaram pelo assunto quando identificaram que o excesso de barulho pode prejudicar o rendimento nos estudos. A partir dessa problemática, elas criaram hipóteses e apresentaram soluções. Os efeitos da poluição sonora e as saídas encontradas para diminuí-la integraram a programação da feira de produção científica do colégio. A coordenadora Mônica Andrea Amaral Correa explica que os estudantes fizeram pesquisa, elaboraram e aplicaram um questionário aos professores e aos alunos para identificar os efeitos Ciência ao alcance de todos As demais turmas do colégio Jesus Maria José também desenvolvem projetos criativos na feira de iniciação científica. “As crianças de Educação Infantil a 4a. série trabalham com a ciência do dia-a-dia, aquela que vivenciam em casa. Os alunos de 5a. e 6ª séries trabalham com a ciência no meio ambiente e na sociedade. Os de 7a. e 8a. séries, com ciência e corpo humano. Por fim, os estudantes do Ensino Médio focam nos estudos e na pesquisa a ciência que eles mesmos produzem”, detalha a coordenadora. do excesso de barulho em sala de aula, levantaram quais são os sintomas físicos e tentaram identificar o que leva os alunos a fazerem tanto barulho. “Com base nisso tudo, os estudantes produziram gráficos que ilustram os dados colhidos durante a aplicação da pesquisa e também criaram um sinalizador, que o professor usa quando a conversa e o barulho na sala de aula estiverem passando do limite. É uma forma de conscientização porque, quando o barulho chega ao limite, começam a aparecer as conseqüências: alunos passam a sentir dor de cabeça, a aprender menos e a ficar mais irritados. A reação do professor também é diferente quando o barulho em sala aumenta”, afirma. Os visitantes da feira de iniciação científica do Jesus Maria José receberam uma cédula para votar nos projetos que acharam mais interessantes. Os mais votados passaram pela comissão julgadora, formada pelos professores, que elegeu o Poluição Sonora na Sala de Aula para representar a escola na Mostra Municipal e depois na Mostra Estadual. [ 18 ] impressão Pedagógica Depois de concluir o projeto, os estudantes levam às outras séries o que aprenderam para disseminar as informações. Os alunos de 6a. série, por exemplo, estão propagando em todas as salas do colégio as conseqüências que o excesso de barulho acarreta no ambiente escolar. Prova não é acerto de contas Modelo tradicional de avaliação precisa de um novo significado Muitas instituições já entendem que o modelo de avaliação tradicional carece de mudanças significativas que valorizem o conhecimento que o estudante está construindo na escola. Mas algum critério o professor tem de adotar para avaliar seus alunos. E é por isso que a extinção da prova ainda soa muito utópica para os educadores. “A prova não precisa ser eliminada, precisa, sim, ser ressignificada. Ela não pode ser um elemento de controle como acontece em muitas escolas. O conceito tradicional da prova é medir conhecimento, mas ela não mede nada”, sugere o professor Vasco Moretto, autor de vários livros, entre eles Prova, um Momento Privilegiado de Estudo, não um Acerto de Contas. Moretto questiona o padrão de prova aplicado em que o professor não valoriza os pilares de uma educação construtivista. “O professor faz a pergunta: o que é uma ilha? E o aluno responde que ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados. Mas essa é uma tremenda mentira. Essa definição vale para o peixe e não para uma ilha, que não tem água nem do lado de cima, nem do lado de baixo”, argumenta. Os pilares que precisam sustentar a avaliação do professor são cinco, segundo Moretto. Primeiramente, o professor precisa Moretto profess sugere que o mais cu res tenham id li n g u a g ado com a em. investir em sua formação e estudar continuamente; assim, estará preparado para as situações complexas. Também é preciso que o professor desenvolva a capacidade de transmitir ao aluno as informações pertinentes para que ele construa seu conhecimento. O terceiro pilar é a linguagem: Moretto mesmo explica que “cada situação exige uma linguagem específica. O professor pergunta: como é a organização das abelhas em uma colméia? A palavra de comando foi como. Sabe o que o aluno respondeu? É jóia”, diz Moretto, citando um dos casos levantados em uma vasta pesquisa realizada em escolas espalhadas por todo o Brasil. “Nesse caso, o professor deveria ter maior cuidado na sua linguagem e perguntado pela definição de colmeia”, explica. Os outros dois pilares que ressignificam a prova são os valores culturais e a administração do emocional. “O professor elimina a idéia de ‘quem não cola não sai da escola’ autorizando a cola, fazendo uma prova com consulta e com questões inteligentes, que valorizem o raciocínio e não a decoreba”, defende. Formar pensadores e não acumuladores de dados é o que propõe Moretto. “A função social da escola é ajudar a formar gerentes de informação e não acumuladores de dados. Quem acumula dados é computador”, encerra. impressão Pedagógica [ 19 ] [ 20 ] impressão Pedagógica Respeito à Educação Infantil Expoente lança novo material didático para o segmento Brincar com fantoches, aprendizado a partir das múltiplas atividade sobre o reconhecimento cantar, dançar, ouvir histórias... se situações que são criadas”, explica do próprio corpo, o professor utiliza divertir. Essas atividades são Flávia Rubick, coordenadora de a música, o desenho e o toque, prontamente relacionadas às aulas Educação Infantil do Expoente. Ela promovendo uma associação de de Educação Infantil. O lúdico para e Márcia Comandulli – também diferentes sentidos e contemplando as crianças de 2 a 5 anos é tão coordenadora de Educação Infantil diferentes perfis comportamentais. constante que quem não é na instituição – falam em uníssono Enfim, o educador precisa de uma pedagogo pode entender a EI sobre o perfil de quem atua na EI. competência polivalente. como passatempo e não como Para elas, o professor precisa ter em Compreender, conhecer e aprendizado. Mas a Educação mente que seu papel é o de reconhecer a maneira como cada Infantil não está para brincadeira. É incentivar os pequenos a fazerem criança aprende, entende e se a primeira etapa da Educação perguntas e levantarem hipóteses comporta no mundo é um desafio Básica que, segundo o MEC, tem sobre o mundo que os cerca. Além que torna a profissão do educador como princípio o desenvolvimento de palavras é necessário possibilitar ainda mais especial. integral da criança, nos aspectos ações. “Na Educação Infantil, é físico, psicológico, intelectual e preciso conviver com a criança Paulo (SP), conveniada ao Sistema social. É uma responsabilidade e sabendo que ela é um ser capaz e de Ensino Expoente, trabalha tanto. “O professor que trabalha único. Cada uma responde de uma somente com Educação Infantil há com a Educação Infantil precisa ter forma diferente aos estímulos e 20 anos. O know how da instituição conhecimento a respeito do atividades propostas pelo é conseqüência de uma evolução desenvolvimento da criança para professor”, diz Márcia. “E é por contínua das metodologias poder mediar sua aprendizagem. causa dessas diferenças que o didáticas para esse nível de ensino. Em cada etapa há um professor precisa trabalhar sempre “Investimos na formação dos comportamento com com variações para um mesmo professores e optamos por um especificidades. O educador deve objetivo pedagógico. Ele deve material didático de qualidade para estar atento ao desenvolver avaliar as muitas formas de desenvolver os conteúdos atividades próprias à idade da aprendizagem”, complementa pedagógicos, focando a criança que se somem ao Flávia. Assim, ao desenvolver uma interdisciplinaridade. Além disso, A escola VagaLume, em São impressão Pedagógica [ 21 ] nossos professores entendem que de horário das atividades para que Formação Pessoal e Social e as crianças são um ser pensante, a criança adquira hábitos e noção Conhecimento de Mundo. Para os realizador e com sentimentos de percepção do espaço-temporal. educadores, o referencial é um guia próprios”, explica a diretora Sandra. Aos professores, damos apoio com orientações didáticas que atendem à premissa de uma As aulas na VagaLume são formação integral da elaboradas sempre com criança. Com base critérios que visem às habilidades motoras, nesse documento, sensoriais, educar, cuidar, perceptivas, brincar e interagir afetivas e tornam-se verbos cognitivas pois, presentes no diálogo segundo do profissional da Sandra, essas Educação Infantil responsabilidades com pais e são desenvolvidas sociedade. Inclusive, durante a a família é parceira Educação Infantil e, de forma nesse processo de muito significativa, constituem-se desenvolvimento. “Nos momentos de reunião e num alicerce na vida das crianças. pedagógico e psicológico para que encontro com os pais, os do Rio Branco, em Erechim (RS), a as atividades sejam desenvolvidas professores da Educação Infantil Educação Infantil é trabalhada de com o maior estímulo pedagógico devem se socializar e refletir sobre forma a não ser confundida com possível”, garante Andrea Regina de as propostas e os passatempo. O esforço, bem Almeida Mesquista, coordenadora encaminhamentos desenvolvidos. sucedido, é complementado com de Educação Infantil da instituição. Dessa forma o trabalho na No Instituto Anglicano Barão orientações e suporte ao educador As instituições de ensino Educação Infantil será ainda mais da EI. “Desenvolvemos atividades pautam suas atividades no reconhecido como significativo e diversificadas, como aulas de Referencial Curricular Nacional para essencial para a formação e o inglês, de informática, na a Educação Infantil. São três desenvolvimento de nossos alunos”, brinquetoca, e mantemos a rotina volumes divididos em Introdução, defende Márcia. Novo Material Didático Expoente Um sistema de ensino novos subsídios para atividades das diferenças, trabalha com a perfeitamente alinhado com os pedagógicas. E é por isso que o criatividade, a ludicidade, a objetivos anunciados no Referencial Expoente desenvolveu uma nova identidade, insere a música como é o que buscam as instituições de coleção de material didático para parte da atividade e não como ensino que trabalham com a esse segmento de ensino. “O novo complemento e propõe outras Educação Infantil. Mas o material didático contempla uma maneiras entre as quais o professor alinhamento pode ser ainda mais série de solicitações e inovações pode optar ao desenvolver uma consistente, podendo ampliar a para os profissionais da Educação atividade pedagógica com a atuação do educador, dando a ele Infantil. Ele incentiva a valorização criança da Educação Infantil”, diz [ 22 ] impressão Pedagógica Rosalina Soares, gerente do Centro vantagens do novo MD. “Nossos educadores foram as Orientações de Excelência em Educação professores ficaram satisfeitos com ao Professor (OPs). Inseridas no Expoente (CEEE), responsável pelo a novidade. O trabalho deles com material do professor, as OPs não desenvolvimento e produção do as crianças durante esse período de são comandos e sim informações e material didático. experiência foi fantástico. O material sugestões que ampliam o leque de traz diversas opções para se atuação do educador. “Além das e ser disponibilizado às escolas abordar uma atividade e o professor orientações para aplicar a atividade, conveniadas, o novo Material pode compartilhar essas opções as OPs têm um outro diferencial. Didático Expoente para a Educação com as crianças para que elas Elas trazem um embasamento Infantil foi utilizado durante um ano assumam uma postura autônoma, teórico e contextualizado que nas unidades de ensino que a troquem idéias, reflitam, interajam contribui para que o professor instituição mantém em Curitiba (PR). umas com as outras. Isso tudo é aumente o seu conhecimento, O objetivo, segundo Rosalina, foi muito saudável para o ampliando seu potencial de avaliar na prática o impacto das desenvolvimento delas”, diz Flávia. informação”, afirma Rosalina. São novas atividades propostas e Segundo ela, o novo material do textos, citações e curiosidades que identificar se o planejamento do Expoente incentiva o professor a funcionam como atualização professor sofreria alguma mudança assumir a postura de mediador. profissional. com a utilização de um MD menos “Não é ele quem dá as respostas extenso. “Quisemos experimentar prontas aos alunos. Ele faz as se destaca na adequação do em nossas unidades para garantir a perguntas para que as próprias material à realidade da educação. aplicabilidade desse novo material e crianças levantem hipóteses e sejam “O material didático não pode ser confirmar que ele está 100% desafiadas”. utilizado apenas para o registro da Antes de chegar ao mercado alinhado e integrado ao que a Além de vivenciar a Com a novidade, o Expoente atividade que o professor possibilidade de cumprir o promoveu. O MD é o que subsidia o planejamento anual com um educador para o antes, o durante e, coordenado pelas pedagogas material menos extenso, porém daí sim, para o registro da ação Flávia e Márcia foi quem mais rico em possibilidades, outra pedagógica desenvolvida”, finaliza experimentou e vivenciou as característica que muito agradou os Rosalina. Educação Infantil precisa”, explica. O corpo docente impressão Pedagógica [ 23 ] Características do novo Material Didático Expoente para a Educação Infantil No Nível 2 (para crianças de 2 anos) e no Nível 3 (para crianças de 3 anos), os volumes vêm com CD de músicas, que complementam as atividades do material. Muitas canções são inéditas e produzidas especialmente para o material. Tamanho e peso adequados para cada nível de ensino. • Orientações ao professor (OPs) inseridas em todas as páginas e com embasamento teórico que contribui para a postura do educador como disseminador de informação. • Número de páginas compatível com a faixa etária da criança. O professor tem liberdade para gerenciar o tempo dedicado às atividades. • Para contemplar um objetivo, o professor pode trabalhar com propostas variadas de abordagem, valendo-se do visual, auditivo e sinestésico. • Os volumes contemplam todos os eixos do Referencial Curricular Nacional para a Educação. • Respeito à diversidade cultural brasileira. • Orientações metodológicas com sugestões de atividades e encaminhamentos, abrindo o leque de planejamento do professor. • Linha pedagógica pautada pelo sócio-interacionismo. • Todas as atividades estão embasadas nos pilares da educação: aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conviver. • Projeto gráfico moderno, que permite o registro espontâneo das atividades. Inclusão de ícones que favorecem a leitura espontânea das crianças e orienta os professores. Material de apoio encartado, como adesivos, cartazetes, números destacáveis e alfabeto móvel. [ 24 ] impressão Pedagógica Lançamento da nova coleção foi em São Paulo Um encontro para cerca de 500 educadores marcou o lançamento oficial da nova coleção de Educação Infantil do Sistema de Ensino Expoente. O evento, ocorrido na Câmara Americana do Comércio (Amcham), teve a participação de Guiomar Namo Mello, pós-doutora em Educação Comparada pela Universidade de Londres. Valorizando o sistema de ensino e mencionando a nova coleção do Expoente, Guiomar citou alguns fatores necessários para o aprendizado da criança. “Para crescer e aprender, ela precisa estar inserida em uma prática pedagógica que contempla o tempo, o espaço, a comunicação, as práticas culturais, as imagens, a fantasia, a curiosidade e a experimentação”, elencou. O lançamento da nova coleção de Educação Infantil do Expoente para as demais cidades brasileiras acontecerá durante os Encontros Temáticos programados para o final de 2007 e início de 2008. Confira as fotos do lançamento no www.escolainterativa.com.br. Afine a gestão escolar Expoente realiza encontro que relaciona a administração da escola à organização das orquestras funcionamento de uma orquestra produzem diferentes texturas orquestra ouvimos sons que, sinfônica. A sensibilização será sonoras. “Os instrumentos de sobrepostos uns aos outros, acrescida de informações sobre madeira, por exemplo, são muito transformam a sala de música em música, orquestra, instrumentos e ágeis e desempenham um papel uma grande mistura musical. Mas regência”, dizem. Segundo as colaborador muito forte dentro da quando todos os instrumentos autoras do livro Formação de orquestra”, comenta Clarice, estão em harmonia e a orquestra Platéia em Música, a música referindo-se a instrumentos como inicia seus trabalhos sob a batuta colabora de forma efetiva para o flauta, clarinete e fogotes. “Há do regente, o som não é mais o refinamentos das habilidades funcionários com esse perfil nas mesmo. É como se cada humanas, desenvolvendo, também, escolas também”, compara Liana. instrumento engrenasse numa paciência, disciplina e concentra- Assim como na administração grande máquina musical e, juntos, ção, qualidades essenciais para o escolar, os instrumentos musicais de soassem como se inseparáveis. pleno desempenho profissional. Durante a afinação de uma Para as Quem compara a orquestra à uma orquestra atuam conforme uma liderança. Entre os gestão escolar são as autoras e musicistas, cada musicistas Clarice Miranda e Liana profissional Justus, convidadas especiais do I envolvido na gestão madeiras é o oboé e Encontro de Diretores, a ser escolar age entre as cordas é o realizado pelo Expoente entre os diferentemente e pode violino. Traçando um dias 27 e 29 de setembro em ser comparados a paralelo com a Curitiba (PR), evento voltado aos instrumentos musicais de mais de 500 administradores uma orquestra. Dividida escolares que utilizam o Sistema de em quatro naipes Ensino Expoente. Para elas, a (corda, madeira, gestão escolar e a orquestra percussão e sinfônica têm mais pontos em metais), comum do que imaginamos. a orquestra “Vamos sensibilizar os participantes trabalha com para a harmonia do trabalho em instrumentos equipe, tendo como modelo o que metais, o líder é o trombone, entre as administração escolar, são os gerentes e funcionários. E o grande regente é o administrador, o convidado especial do I Encontro de Diretores Expoente. Para saber mais sobre o I Encontro de Diretores Expoente ligue para (41) 3312 40 90. impressão Pedagógica [ 25 ] Educação nota 10 Expoente vai a países escandinavos conhecer a melhor educação do mundo gratuita até o 9o. ano do Ensino Fundamental e, ainda, os alunos passariam a aprender duas línguas: o sueco e o finlandês”, acrescenta Armindo Angerer, diretor-geral do Grupo Educacional Expoente, que esteve na Finlândia, Suécia e outros países escandinavos visitando as principais instituições de ensino reconhecidas como modelo para o restante do mundo. O diretor administrativo das unidades de ensino Expoente, José Luiz Amálio Quem trabalha com e escrever. Mas a imposição educação sabe: a Finlândia é o país religiosa deu lugar à valorização com a melhor qualidade de ensino, natural da educação na sociedade. comprovada pela liderança que É muito arraigada na população assume no Programa Internacional finlandesa a idéia de que, para fazer de Avaliação de Alunos (Pisa). O valer seus direitos de cidadão, é índice de analfabetismo do país é necessário saber ler e escrever. Por praticamente zero. Todas as isso, é raro que estudantes abram crianças a partir dos seis anos estão mão da vida escolar trocando-a matriculadas em instituições de pelo mercado de trabalho. ensino que, em sua grande maioria, são públicas. O interesse para que todos “Em 1970 houve uma revolução na educação finlandesa. No sistema antigo, somente a os finlandeses tenham acesso à educação primária era gratuita. Os educação é muito antigo. Séculos políticos, em 1970, tiveram a atrás, a Igreja local tornou iniciativa de revolucionar a obrigatório que qualquer pessoa educação e aprovaram a proposta que quisesse casar deveria saber ler de que a escola passaria a ser [ 26 ] impressão Pedagógica de Souza, viajou junto a Angerer. A gestão escolar nos países escandinavos também é muito diferente da administração brasileira. A principal distinção é o gerenciamento dos recursos financeiros. Na Finlândia, o diretor da escola recebe o dinheiro diretamente do município, ou da comunidade, e administra a escola financeira e pedagogicamente. “Na elaboração do projeto de 1970, ficou determinado que os políticos não devem se intrometer na educação. Portanto, há liberdade na escolha de autores e cada professor um dos pontos cruciais na ou escola adota o que considera educação tanto da Finlândia como melhor. Como os professores têm da Suécia. Na Finlândia, os extrapolam os citados nos livros alto nível, eles têm liberdade para educadores elaboram um didáticos. As aulas, com 45 escolher e discutir os melhores documento para informar a minutos, contemplam noções de métodos”, contextualiza Angerer. E comunidade sobre como trabalham, economia doméstica, música, artes a variedade de métodos nas classes aproximando-se, assim, da família. visuais, religião, ética, valores huma- de alfabetização, por exemplo, não Eles têm alto prestígio na sociedade nos, etc. “A integração das gera polêmica como gera aqui no e um alto nível de conhecimento e disciplinas com a realidade do Brasil. “A Finlândia aplica quatro ou formação. Todos têm, no mínimo, aluno é muito importante para os cinco métodos de alfabetização, curso superior de licenciatura e finlandeses. Na 7a. série, por entre fonético e silábico. O ainda contam com outros exemplo, há três aulas semanais de professor orienta os alunos segundo profissionais, que os auxiliam no economia doméstica. Os alunos o método que ele considera o dia-a-dia das aulas. Além desses com idade pré-escolar desenvolvem melhor. A liberdade é do professor e ajudantes, as escolas também projetos que envolvem o teatro, e a família pode e participa desse contratam outros profissionais para as aulas podem terminar às 13h30 processo”, conta o diretor. permanecerem na escola, como ou às 15h, dependendo da grade psicólogos escolares, assistentes curricular da turma”, diz Angerer. A valorização do professor é sociais e enfermeiras. Os conteúdos das aulas Visita à rainha Durante a visita feita à Suécia, os dois diretores do Expoente foram recebidos pela Rainha Silvia, uma das personalidades mais conhecidas da Europa. Em seu reinado, o sistema educacional é estruturado em um plano nacional coordenado por governo, municípios e reitores (diretores das escolas). O parlamento define os objetivos nacionais. Aos municípios cabe a responsabilidade de arrecadar e distribuir os recursos e os reitores são responsáveis por atingir as metas do país. Esse sistema funciona de maneira sempre transparente. “A qualidade do ensino sueco é avaliada de diversas maneiras. Existem pesquisas para mensurar a qualidade da educação na própria escola, entre as escolas, com pais e alunos e por meio de indicadores nacionais”, complementa Angerer. Armindo Angerer, diretor-geral do Grupo Educacional Expoente conversa com a rainha Silvia. impressão Pedagógica [ 27 ] Co-responsáveis Escolas contam com representantes da sociedade civil para melhorar a qualidade de ensino no país Os melhores exemplos de que a educação com qualidade é possível são dados quando instituição e sociedade tornam-se aliadas e assumem um compromisso permanente. Essa parceria envolve os governos federal, estadual e municipal e a sociedade civil. Não importa se a escola é particular ou pública; o dois mais dois sejam cinco. Caso contrário, essa soma será sempre a mesma e não sairemos da situação de desigualdades em que nos encontramos hoje”, garante Mozart Neves Ramos, diretor executivo do Todos pela Educação, movimento apartidário que tem como missão contribuir para a efetivação do direito de todas as crianças e jovens “Na Educação, algumas empresas fazem seu papel investindo em projetos sociais. Outras acompanham e opinam para melhorar o desempenho da escola. Isso é co-responsabilidade.”” Mozart Neves importante é que as macropolíticas educacionais sejam aplicáveis em cada instituição, que cidadãos comuns cobrem e interfiram na adoção dessas políticas e que iniciativas de sucesso em pequenas comunidades sirvam de exemplo para outras tantas espalhadas pelo Brasil. “A única forma de dois mais dois ser cinco na área social, e em especial na Educação, é a preocupação de todos com o bem comum. Esse esforço cooperativo é que levará a um resultado em que [ 28 ] impressão Pedagógica à educação básica de qualidade até 2022. Diversas entidades, como Instituto Gerdau, Instituto Ayrton Senna, Instituto Faça Parte, Instituto Pão de Açúcar, Fundação Bradesco e Fundação Itaú Social, assumiram um compromisso público para mobilizar setores da sociedade em prol da melhoria da qualidade da educação no Brasil. Essas entidades e também os cidadãos atuam como agentes na cobrança de políticas estimulantes à melhoria da educação. “Na Educação, algumas empresas fazem seu papel investindo em projetos sociais. Outras acompanham e opinam para melhorar o desempenho da escola. Isso é co-responsabilidade”, define. Mozart é um dos convidados dos Seminários de Educação que a Aprender a Fazer Produções Educacionais realizará em São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta última cidade, o evento vai acontecer nos dias 28, 29 e 30 de outubro. O tema do encontro é Responsabilidade Social para a Educação e Cidadania. O diretor-executivo do Todos pela Educação fala justamente sobre a coresponsabilidade social na educação. Mozart dá sugestões para que educadores, professores e diretores de escola reforcem o movimento em favor da qualidade da educação brasileira. Algumas dessas sugestões estão no Portal Escola Interativa, no link Impressão Pedagógica. Acesse www. escolainterativa.com.br e confira! Saiba mais sobre o V Seminário de Educação do Rio de Janeiro acessando o site www.aprenderafazer.com.br. Aulas virtuais Atendimento As escolas particulares conveniadas ao Sistema de Ensino Expoente têm mais uma vantagem. Elas podem incrementar as aulas de prévestibular (Terceirão e Extensivo) com as Aulas Virtuais que o Expoente disponibiliza no Portal Escola Interativa. Toda semana tem uma nova aula no www.escolainterativa.com.br. Os alunos podem assistir às aulas em sala ou em casa, usando a senha de acesso ao Portal. O Expoente é o primeiro sistema de ensino a oferecer videoaulas do Terceirão, Extensivo e Semi-Extensivo na web. on-line Todas as dúvidas sobre a utilização do Material Didático Expoente podem ser esclarecidas também pelo Portal Escola Interativa. No link Atendimento Online, a escola conveniada entra em Afrodescendência contato com a assessoria pedagógica em tempo real. O atendimento funciona de segunda O material complementar intitulado Afrodescendência insere no plano à sexta-feira, das 8h às 12h e das pedagógico escolar a história da África, a luta dos negros pelos seus direitos 13h15 às 18h. Outras opções de no Brasil e a cultura negra na formação da sociedade brasileira. Rico em atendimento às conveniadas são conteúdo e ilustrações, o material atende à necessidade de as instituições de pelo telefone (41) 3312 42 50 ou ensino de contemplar a história e a cultura afro-brasileiras, como orienta a Lei pelo e-mail de Diretrizes e Bases da Educação, e é um referencial importante para edu- [email protected]. cadores, funcionando, ainda, como instrumento de formação continuada. Coletânea de Educação Física As aulas de Educação Física não são apenas lazer. Se bem trabalhadas, o professor contribui, e muito, para a formação do aluno. As atividades esportivas, sejam em equipes ou individuais, reforçam o aprendizado de valores como justiça e respeito, e desenvolvem habilidades como concentração, comunicação e espírito de equipe. A coletânea de Educação Física traz dicas e orientações específicas para mais de trinta modalidades esportivas. Todos os professores da escola podem utilizá-la como material de consulta para planejar suas aulas. E tem mais: no Portal Escola Interativa, o aluno e o professor têm à sua disposição o canal de Educação Física com dicas e atualizações sobre o assunto. impressão Pedagógica [ 29 ] [ notas ] Novidades de 2008 [ 30 ] impressão Pedagógica
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