Aula 12
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Metais de Transição Samantha Cipriano Contexto histórico 2 Contexto histórico • Forte impacto na sociedade, devido às suas aplicações. • Ligas metálicas; • Alguns medicamentos; • Pigmentação. 3 Exemplos de aplicação 4 O conceito de metal de transição • Capacidade transitar • entre diferentes estados de oxidação, com estabilidade significativa. • Possuem orbitais d, incompletos. Confere a estes elementos, a capacidade de formarem ligações coordenadas, clusters metálicos, complexos com diferentes cores e estados físicos... PROPRIEDADES ATÔMICAS 5 O conceito de metal de transição 6 Diferentes estados de oxidação 7 Metais do bloco d 8 Metais do bloco d • Os lobos dos orbitais d ocupam regiões diferentes no espaço. Assim, os elétrons nestes orbitais repelem-se fracamente. • A densidade eletrônica próxima ao núcleo é baixa. Como os elétrons em orbitais d estão longe do núcleo, não oferecem uma blindagem muito significativa aos elétrons mais externos 9 Metais do bloco d 10 Propriedades atômicas: raio • Como a carga nuclear cresce da esquerda para a direita e a repulsão entre os elétrons é fraca, ocorre uma contração (o núcleo “puxa” os elétrons para “dentro”), o que torna os átomos menores. 11 Propriedades atômicas: raio • A partir do meio do grupo: o raio atômico permanece praticamente constante. Porquê? • Aumenta a quantidade de elétrons nos orbitais d, o que aumenta a repulsão e balanceia as forças de atração e repulsão. 12 Propriedades atômicas: raio • E porque para o Mn e Zn o raio atômico aumenta? • O orbital d está semipreenchido ou totalmente preenchido, o que aumenta a repulsão 13 Propriedades atômicas: raio • Os dos • Esse efeito é devido a presença de uma maior elementos da segunda série carga nuclear e uma de transição são maiores pequena habilidade de que os raios dos elementos blindagem dos elétrons do orbital interno f da primeira série. (também responsável • Entretanto, os elementos pela contração da terceira série tem lantanídica). tamanhos similares ao da raios atômicos segunda série (menores que o esperado). 14 Contração lantanídea • Série 5d começa depois dos lantanídeos • Orbitais f preenchidos antes dos d • Orbitais f muito ruins na blindagem de carga nuclear 15 Contração lantanídea • Raios atômicos na série 5d são menores que o esperados • Aumento na blindagem acoplado a pequena capacidade de blindagem dos orbitais f 16 Estabilidade dos estados de oxidação • Diagrama de Frost: diagrama de estados de oxidação; • Leva em consideração a espontaneidade de um elemento, de estar em determinados estados de oxidação (∆G). • Prevê estabilidade termodinâmica; • Permite inferir bons agentes oxidantes e/ou redutores. 17 Estabilidade dos estados de oxidação Os compostos químicos são considerados estáveis se: - existirem ambiente a temperatura - não forem oxidados pelo ar - não forem umidade hidrolisados pela - não sofrem decomposição em temperaturas normais. 18 Propriedades atômicas: energia de ionização • Os metais de transição são menos eletropositivos que os metais do grupo 1 e 2 • Compostos de transição em estados de oxidação baixo são iônicos e estados de oxidação mais altos são covalentes 19 Propriedades atômicas: energia de ionização • Aumenta com o aumento na carga nuclear efetiva • 3ª EI? Porquê? 20 Propriedades atômicas: energia de ionização • Repulsão elétron-elétron é maior entre elétrons emparelhados do que elétrons em orbitais diferentes • Ionização tem impacto maior em reduzir repulsão elétron-elétron do Fe2+ em relação ao Mn2+ 21 Propriedades: pontos de fusão e ebulição • Geralmente são muito elevados: • Re funde a 3180 oC, W 3410 oC • Exceção: Zn funde a 420 oC, Cd 321 oC e Hg -38 oC (elétrons d não participam da ligação metálica) 22 Propriedades: reatividade • Muitos deles são suficientemente eletropositivos para reagirem com ácidos inorgânicos, liberando H2 • A contração é responsável pela baixa reatividade do Ag, Au e Pt, já que seus elétrons estão próximos ao núcleo, estando fortemente ligados e pouco disponíveis para ligações. 23 Condução de eletricidade 24 Ligação metal-metal e condução 25 Ligação metal-metal e clusters 26 Ligação metal-metal e clusters 27 Capacidade de formar ligações coordenadas Ligações coordenadas, são ligações do tipo metal-ligante, onde elétrons não ligantes, ocupam total ou parcialmente os orbitais d incompletos do metal. Observe que no exemplo apresentado, não houve mudança de estado de oxidação!! 28 Teoria do campo cristalino • Abordagem eletrostática: metal ou íon central (+) e ligante (-) • Teoria considera que as interações entre os ligantes (-) e os orbitais d do metal, afetam a energia dos orbitais d • Essa “perturbação”: explica levaria à quebra de degenerescência dos orbitais d • Estes orbitais seriam “rearranjados” no espaço, juntamente com os ligantes • Principais geometrias: octaédrica, tetraédrica e quadrado-planar 29 Teoria do campo cristalino: octaédrico 30 Teoria do campo cristalino: octaédrico • Orbitais d posicionados ao longo dos eixos x, y e z: são mais perturbados pelo campo, sua energia aumenta • Orbitais d posicionados entre os eixos x, y e z: são menos perturbados pelo campo, sua energia diminui • Diferença de energia entre dois conjuntos de orbitais: energia de estabilização do campo cristalino (EECC ou CFSE) 31 Teoria do campo cristalino: tetraédrico 32 Teoria do campo cristalino: tetraédrico • Orbitais d posicionados ao longo dos eixos x, y e z: são menos perturbados pelo campo, sua energia diminui • Orbitais d posicionados entre os eixos x, y e z: são mais perturbados pelo campo, sua energia diminui 33 Teoria do campo cristalino: quadrado planar • Orbitais com lóbulos apontando para z: são estabilizados • Orbitais com lóbulos apontando para xy: são desestabilizados 34 Energia de estabilização do campo cristalino • Δo depende de vários fatores • Natureza do átomo metálico ou íon central, seu estado de oxidação, natureza dos ligantes, geometria.... • EECC (CFSE) pode dar “dicas” a respeito da existência de uma ou outra geometria. • Campo fraco ou campo forte: Depende da alocação dos elétrons do ligante nos orbitais do metal, após a quebra de degenerescência. 35 Energia de estabilização do campo cristalino • Complexo de spin baixo ou campo forte: Leva em consideração o máximo de emparelhamento possível dos elétrons, e considera, para o cálculo da EECC, a energia gasta para o emparelhamento. • • Complexo de spin alto ou campo fraco: não “força” emparelhamento. Decisão então, depende do ∆o. 36 Consequência das propriedades: bioquímica 37 Consequência das propriedades: cor 38 Consequência das propriedades: cor Observação importante: A COR OBSERVADA É RESULTADO DA LUZ TRANSMITIDA! 39 Consequência das propriedades: cor Observação importante: A COR OBSERVADA É RESULTADO DA LUZ TRANSMITIDA! [Ti(OH2)6]3+ : cor purpura 40 Consequência das propriedades: magnetismo • Devido a elétrons desemparelhados • Muitos compostos de metais de transição são paramagnéticos por causa dos spins dos elétrons desemparelhados existentes nos átomos. • O momento magnético fornece informações sobre o número de elétrons desemparelhados existentes num átomo, quais orbitais estão ocupados, podendo até dar informações sobre a estrutura da molécula do composto. 41 Consequência das propriedades: catálise A possibilidade de adquirir diferentes estados de oxidação os torna capazes de formar compostos intermediários com várias substâncias, catalisando assim a reação. 42 Características gerais • São sólidos lustrosos com elevados pontos de fusão e ebulição (com exceção do Hg que é líquido) • Exibem vários estados oxidação em compostos de • Forma compostos coloridos • São geralmente encontrados na natureza como óxidos, sulfetos e oxiânions. • São geralmente obtidos, através de processos envolvendo altas temperaturas ou voltagem • Ti: leve e forte • Fe, Cr, Mn, Mo: componentes do aço • Cu: altamente condutor elétrico • Au e Pt: maleáveis • Propriedades: resultados da ligação metálica nessas espécies • São maleáveis e dúcteis • Bons condutores de calor e eletricidade • Formam ligas com outros metais 43 Principais metais por área • Materiais: Fe, Cu, Au, Ag • Catálise: Pt, Pd, Fe, Cu • Bioquímica: Cu, Fe, Zn, Mn, Co, Cr • Indústria de cosméticos: Óxidos de Zn, Pb • Medicina: Fármacos de combate ao câncer • Agricultura: Fertilizantes contendo Fe, Mn, Cu, Zn quelados • Meio ambiente: geralmente são nocivos, mas podem ser alvos específicos para biorremediação. • Condutores, semi condutores... 44 Obrigada!! 45
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