Revista 176 || Ecoeficiência

Transcrição

Revista 176 || Ecoeficiência
© Rubén Pérez Bescós
Os novos craques
da Weber vão
alinha r na
sua equipa
Conheça a seleção de colagem da Weber
A Weber reforça a sua gama de colagem com novas soluções ajustadas e adaptadas
às novas exigências do mercado. Alinha uma seleção capaz de fazer face a todas as
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novos craques a alinhar na sua equipa, vamos vencer no campeonato da colagem de
cerâmica!
* import amo-nos
Os melhores em cada posição para conquistar obras novas e de renovação. Seja qual for
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os jogadores sempre prontos a entrar em campo.
www.youtube.com/SGWeberPortugal
2016
Em parceria com
“Edifícios de Balanço Energético Quase Zero - Estamos preparados?”
Exponor
· Auditório
A3 · Concreta
Seminário Tektónica
I 05 de
Maio I Auditório
1, Pavilhão 09
1 · 23 Outubro
Programa
Programa
09h30 - Receção de participantes
11h15 - NZEB* - A Contribuição dos Produtos de
Elevado Desempenho Energético
Eng. Manuel Casquiço, ADENE
10h00 - Abertura
Eng. Afonso Caldeira,
Presidente da Direção da APCMC
11h35 - Implicações Práticas dos NZEBs*:
Desafios, Oportunidades, Obstáculos
Dra. Laura Aelenei, LNEG
10h15 - Contributos no Cluster Habitat para o Edifício
de Balanço Quase Zero
Prof. Victor Ferreira, Cluster Habitat Sustentável
11h55 - O Edifício do Futuro: Zero-energy, Zero-water,
Zero-nutrients
Prof. Armando Silva Afonso, ANQIP
10h35 - O Contributo de Produtos e Equipamentos
Certificados para uma Construção Eficiente
Eng. Marta Silva, CERTIF
12h15 - Roca - Soluções Sustentáveis
Eng. Valter Fernandes, Roca
11h00 - Coffee Break
12h35 - Debate
Patrocínio
12h45 - Encerramento
*Nearly Zero Energy Buildings
Media Partner
materiais e equipamentos de construção
Organização
Contactos
Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 PORTO
Tel.: 225 074 210 · Fax: 225 074 218/9
E-mail: [email protected]; Site: www.apcmc.pt
Sumário
02
Editorial
04
05
06
08
09
10
12
14
16
17
DIVULGAÇÃO
Barbot
Barros & Moreira
Cobert Telhas
Cosentino
Gyptec
Larus
Ovarmat
Roca
Technal
Saint-Gobain Weber
18
20
22
ENTREVISTAS
Coelho da Silva & Castelo
Inovaconcept
Roca
34
DOSSIER ECONÓMICO
Inquérito de Conjuntura APCMC
- 4º Trimestre de 2015
Análise de Conjuntura APCMC
- 4º Trimestre de 2015
Estatísticas - Confidencial Imobiliário
37
DOSSIER ECOEFICIÊNCIA
Artigo, Entrevistas
56
58
58
60
61
62
PRODUTOS
Ariston
Junkers
OLI
Miele
Sanindusa
Vulcano
64
66
70
72
ARQUITETURA
Casa da Boavista
Casa Sambade
Moradia em Moçambique
Refúgio na Montaria
74
DECORAÇÃO
Remodelação de Apartamento
76
FEIRA
Expocomfort - Milão
24
28
Technal
PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEIS
NA APP MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
FICHA TÉCNICA
PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL
APCMC
Associação Portuguesa dos Comerciantes de
Materiais de Construção
Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º
4200-313 Porto
Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9
E-mail: [email protected]
Site: www.apcmc.pt
NIPC: 500 969 221
2/
Diretor: Afonso Manuel Coutinho Caldeira
Diretor Adjunto: José de Matos
Colaboração: Vieira de Abreu
Imagem: Bruno Costa
Composição e Grafismo: Bruno Costa
Comunicação, Marketing e Publicidade:
Elsa Camelo; Alzira Correia
Assinaturas: Susana Mendes
Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]
PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃO
APC
Associação do Comércio de Produtos e
Equipamentos para a Construção
Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º
4200-313 Porto
Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218
EXECUÇÃO GRÁFICA
MULTITEMA
Rua do Cerco do Porto, 365/367
4300-119 Porto
Tel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698
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Registo no I.C.S. nº 111972
Depósito Legal nº 84434/94
Publicação Trimestral
Tiragem: 5.000 Exemplares
Preço: 3,75 Euros
A Direção da Revista é responsável apenas
pelos artigos publicados sem assinatura e também pela sua seleção.
Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
Estivemos, aliás, durante muito tempo sozinhos nesta “luta”,
enquanto muitos outros desdenhavam da importância da reabilitação e insistiam no crédito á habitação ou nos grandes projetos de
obras públicas.
Editorial
Hoje, verdade seja dita, já não haverá quem pense de outra maneira e até já veem na reabilitação o grande projeto de futuro para o
desenvolvimento do País. Às vezes não é fácil ter razão antes do
tempo
Concretamente e sobre as medidas que foram faladas ou anunciadas sentimos ser nossa obrigação e nosso interesse, não obstante
nos congratularmos com o espírito que presidiu à sua apresentação, deixar alguns comentários.
Antes de mais, estamos a falar de que medidas?
São quatro: o anúncio de publicação do Aviso de Concurso para
Gestão do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e
Revitalização Urbanas (IFRU); a divulgação do Programa
“Reabilitar para Arrendar”; a intenção de usar 1.400 milhões de
euros do Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social
para investimentos em reabilitação; o Programa Casa Eficiente,
que será uma candidatura ao Plano Juncker.
O primeiro é um fundo, com uma dotação de cerca de 250 milhões
de euros, para participar em fundos que, esses sim deverão operacionalizar o financiamento dos projetos de reabilitação. Já estava
previsto no âmbito do POSEUR. Está atrasado e só deverá estar
operacional lá para o fim do ano.
O segundo, “Reabilitar para Arrendar”, foi criado no final do primeiro
semestre do ano passado e tivemos a honra de que fosse apresentado, em primeira mão, pelo Presidente do IHRU, Arq. Victor Reis,
no nosso Congresso Nacional de 2015, realizado em Viana do
Castelo.
AFONSO CALDEIRA
(PRESIDENTE
DA APCMC)
NÃO
HÁ FOME QUE NÃO
DÊ EM FARTURA
Apesar do OE para 2016 ser o mais restritivo de sempre em termos
de investimento público e não prever quaisquer benefícios fiscais
na área da construção, foram recentemente apresentadas, durante
a Semana da Reabilitação Urbana, realizada em Lisboa, uma mão
cheia de medidas para incentivar a reabilitação, o mercado do
arrendamento e a eficiência energética.
Logo à partida são boas notícias para nós. Temo-nos batido, como
ninguém, por estes temas desde há muito, defendendo a necessidade de uma enquadramento legal e fiscal adequado, assim como
medidas específicas de apoio para aquelas situações onde o mercado não apresenta soluções viáveis.
Recordamos o nosso 2º Congresso Nacional, em 1999, no Vidago,
sob o tema “Renovação e Reabilitação Urbana - Novas
Oportunidades, Novos Desafios”, onde previmos a inevitabilidade
da mudança de paradigma e a passagem dum mercado de construção nova, para a prevalência de um mercado da reabilitação,
onde a decisão sobre os materiais passaria a ser da “D.ª Maria”.
Lembramos, também, mais recentemente, em 2007, o nosso
Congresso em Aveiro, que, especificamente foi dedicado a
“Preparar um Novo Ciclo de Crescimento”, assente no mercado da
reabilitação e na dinamização do arrendamento urbano, usando
como mote os projetos das SRU do Porto, de Lisboa e de Coimbra,
que na altura davam os seus primeiros passos.
A terceira medida é, de facto, completamente nova. Mas usar
dinheiro da Segurança Social para investimentos imobiliários em
reabilitação destinada a arrendamento a preços acessíveis é uma
ideia que não se sabe ainda como vai funcionar ou se poderá
mesmo vir a ser implementada, uma vez que há restrições legais à
sua utilização.
A última, a candidatura ao Plano Juncker para obter financiamento
bonificado para a melhoria energética dos imóveis de privados,
poderá ser um instrumento de grande importância, uma vez que, ao
contrário dos fundos públicos, não é especialmente dirigido à área
social. Mas ainda só está em fase muito embrionária de preparação, terá que contar com a participação de privados e que se submeter a um processo exigente e demorado de aprovação.
Em resumo, para já e tirando o Programa “Reabilitar para
Arrendar”, o resto só poderá começar a concretizar-se bem dentro
de 2017, na melhor das hipóteses.
É verdade que tudo ajuda num país em que os recursos financeiros
são tão limitados, mas, mantenhamos a esperança, já que não será
certamente só por causa destas medidas que o setor vai seguir em
frente! Primeiro porque o mercado imobiliário está dinâmico e a funcionar mesmo sem elas. Depois, porque os valores dos apoios que
estão em causa, atento o período a que se referem, e não sendo
nunca para deitar fora, não chegam, efetivamente, já com a componente dos privados, a representar sequer 3% do que se investe
anualmente em construção.
Importante, isso sim, é que não se ande sempre a mudar de estratégia e que se prossiga no caminho traçado, que é consensual,
sem cometer desvios que, embora justificados por algumas necessidades mais imediatas de compor as contas, podem minar a confiança e deitar tudo a perder.
/3
Divulgação
COM
Barbolux Acqua:
a chave para acabamentos perfeitos e duradouros
UM INVESTIMENTO CADA VEZ MAIOR NAS IMPOR-
TANTES ÁREAS DA REABILITAÇÃO E DA REQUALIFICAÇÃO, A
BARBOT LANÇOU O BARBOLUX ACQUA, DESTI-
NADO A ACABAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
SOBRE MADEIRA E METAL, QUER EM EXTERIORES, QUER
EM INTERIORES.
Com o objetivo de substituir os esmaltes alquidicos convencionais, o novo produto acrílico aquoso promete ser a resposta para
melhores acabamentos, com elevada capacidade de resistência
à passagem do tempo e aos fenómenos naturais, como a luz.
Para além disso, o Barbolux Acqua não amarelece, proporcionado assim efeitos duradouros visíveis tal como a boa retenção do
brilho e da cor. A todas estas qualidades, o novo esmalte da
Barbot junta a facilidade de aplicação, secagem rápida e boa lacagem.
O produto está disponível em latas de 0,375 ml, 0,75 ml e 4 l, e
em diversas cores, nomeadamente nos tons tendência para este
ano, tais como marfim, amarelo, cinza, vermelho, verde-garrafa e
azul, sem esquecer a possibilidade de um acabamento brilhante
ou mate.
4/
A Barbot está a apostar em soluções para reabilitação urbana,
que materializam não só a importância dada à proteção do património, como também a procura de fórmulas inovadoras e resistentes num setor cada vez mais exigente.
FONTE: YOUNGNETWORK PORTO
B&M associa-se à Ordem dos Arquitectos
e Lança Prémio de Torneiras CTESI 2016
Os participantes deverão apresentar uma proposta para
uma série (conjunto completo de torneiras misturadoras,
de banho, lavatório, bidé, banheira e duche), que possa
surpreender pela inovação do design, não descurada a
exequibilidade e economia de fabrico e produção.
O Júri do Torneiras CTESI Prémio 2016 será constituído
por dois arquitetos (Manuel Graça Dias e Nuno Mateus)
e por um representante da B&M. O Júri apreciará as
várias propostas tendo, por critérios principais, a inovação, em termos de design, e a exequibilidade da produção.
Mais do que um projeto de série fechado, procurará premiar, sobretudo, uma autoria à qual reconheça potencialidades de poder vir a trabalhar com os seus serviços de
concepção e desenvolvimento industrial, no sentido da
eventual necessidade de aperfeiçoamento e adaptação
da proposta às realidades de fabrico.
A B&M
ASSOCIOU-SE À
LANÇAR O PRÉMIO
ORDEM DOS ARQUITECTOS PARA
TORNEIRAS CTESI PRÉMIO 2016, QUE
TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO A CRIAÇÃO DE NOVAS
SÉRIES DE TORNEIRAS MISTURADORAS PARA A MARCA
SEDIADA EM
ÓBIDOS.
Com a promoção desta iniciativa, o Grupo B&M pretende promover
a criação de novas séries de torneiras misturadoras, de design contemporâneo e original para acrescentar ao seu já considerável portfolio de produção nacional muito vocacionado para competir nos
mercados internacionais.
O Júri atribuirá o Torneiras CTESI Prémio 2016 à série
que entender melhor atingir os critérios definidos, reservando-se o direito de não escolher nenhuma das propostas, caso venha a considerar que os mesmos critérios
não tenham chegado a ser cumpridos.
O Júri poderá, ainda, indicar outras propostas que considere merecedoras de Menção Honrosa, até um total de
três.
Para as propostas merecedoras da Menção Honrosa
Torneiras CTESI Prémio 2016, não está previsto nenhum
Prémio pecuniário; em todo o caso, se a B&M vier a entender que, uma ou mais das eventuais Menções apontadas
pelo Júri, possui potencialidades de vir a ser produzida e
comercializada será, posteriormente, negociada com os
respetivos Autores a aquisição desse direito.
Divulgação
Cobert
recebe Convidados Internacionais
A COBERT PORTUGAL
FOI ANFITRIÃ DE UM EVENTO QUE
REUNIU DEZENAS DE PROFISSIONAIS DO SECTOR DA CONS-
TRUÇÃO, ENTRE
1 E 4 DE MARÇO, NA FÁBRICA DO OUTEIRO
CABEÇA, PARA DAR A CONHECER OS PROCESSOS PRODUTIVOS DA EMPRESA. OS CONVIDADOS TIVERAM A OPORTUNIDADE DE VER EM FUNCIONAMENTO A MAIS ALTA TECNOLOGIA DA LINHA DE PRODUÇÃO DE TELHAS, ASSIM COMO
ASSISTIREM À MONTAGEM DE COMPONENTES DA MARCA.
DA
“Foram dias muito intensos mas o resultado foi, sem dúvida, positivo porque permitiu que todos ficassem a conhecer melhor os nossos produtos e a perceber o processo rigoroso e de alta qualidade
através do qual são feitos", destaca Julio Galan, diretor de
Exportação da Cobert Ibérica e responsável pelo evento. “Ficou
também muito claro o potencial do nosso portfólio de produtos que
inclui uma oferta muito completa para todo o tipo de mercados e
projetos, pela sua versatilidade, modernidade e resistência”.
Os profissionais convidados pela Cobert participaram em sessões
técnicas de montagem de telhados num workshop no Centro de
Formação da Cobert. O centro abriu portas o ano passado e oferece formação gratuita a profissionais da área. Na fábrica, os convidados ficaram ainda familiarizados com as várias fases da linha
produtiva da gama “Lógica”. Houve ainda tempo para um passeio
pela zona de Lisboa, num programa que permitiu algumas atividades de convívio.
FONTE: VF COMUNICAÇÃO
6/
Divulgação
Grupo Cosentino reúne clientes e amigos
Workshop de Cozinha com o Chef Chakall
O GRUPO COSENTINO,
COMPANHIA GLOBAL LÍDER NA
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE SUPERFÍCIES INOVADORAS
PARA O MUNDO DA ARQUITETURA E DO DESIGN, REUNIU
DIVERSAS LOJAS DE COZINHA EM
PORTUGAL
PARA UM
WORKSHOP DE COZINHA COM O MAIS PORTUGUÊS DOS
CHEFS ARGENTINOS,
CHAKALL.
O Workshop teve lugar no restaurante El Bulo Social Club, propriedade do chef Chakall, inaugurado recentemente em pleno coração
da cidade lisboeta. Situado em Marvila, o restaurante pretende ser
simultaneamente um social club e um espaço de lazer e divertimento, que marca o regresso a uma cozinha simples, genuína,
baseada em bons produtos, numa zona da cidade interessante e
renascida.
De turbante na cabeça, e cheios de boa disposição, os convidados
tiveram a oportunidade de cozinhar alguns dos pratos mais emblemáticos deste restaurante, disfrutando de todas as potencialidades
das bancadas das diferentes marcas do Grupo Cosentino.
O El Bulo Social Club é aliás o exemplo perfeito das múltiplas aplicações dos diferentes materiais do Grupo Cosentino. O balcão do
bar, situado à entrada do restaurante, é todo ele composto por
Dekton Doomos, cuja tonalidade sombria e elegante contrasta
com o tom colorido e festivo da fachada envolvente. Dekton® foi
também o material escolhido para a cozinha do restaurante, desta
vez na cor Makai.
Para as bancadas de ambas as casas de banho do restaurante foi
escolhido o Silestone®, nas cores Zirconio (Homens) e Love (Mulheres).
FONTE: ULLED
8/
Gyptec presente em Obra da Amorim Revestimentos
Centro de Inovação Colaborativa e Investigação Aplicada
A AMORIM REVESTIMENTOS INAUGUROU RECENTEMENTE UM
CENTRO DE INOVAÇÃO COLABORATIVA E INVESTIGAÇÃO
APLICADA, CONCEBIDO PELO GABINETE DE ARQUITETURA
BARBOSA & GUIMARÃES A PARTIR DE UM EDIFÍCIO INDUSTRIAL
PREVIAMENTE EXISTENTE NAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA.
NOVO
Com uma área coberta de 1000 m² e uma área total de 1200 m², o projeto consistiu na adaptação do edifício existente em espaço de eventos
corporativos, showroom, auditório e academia de formação da Amorim
Revestimentos.
As paredes interiores e tetos foram construídos com os sistemas de placas de gesso Gyptec, incorporando os isolamentos térmicos e acústicos
necessários.
Outra solução Gyptec aplicada no revestimento das paredes foi a placa Gypcork. Esta placa de alto desempenho
térmico e acústico alia as vantagens das placas de gesso
Gyptec com as propriedades do aglomerado de cortiça
expandida da Amorim Isolamentos num só produto pronto a
aplicar.
Este centro funcionará como um espaço de acolhimento de
stakeholders e potenciará uma interação direta com os produtos da Amorim Revestimentos.
Será ainda um importante veículo de comunicação da tecnologia Corktech, um elemento distintivo que demarca os
pavimentos da Amorim Revestimentos de todas as outras
soluções existentes no mercado, uma diferenciação que
resulta da incorporação de cortiça.
/9
Divulgação
Larus
Lança Quiosque URB
A LARUS, EMPRESA DE MOBILIÁRIO URBANO VENCEDORA DE
IMPORTANTES PRÉMIOS INTERNACIONAIS DE DESIGN, APRESENTA O NOVO QUIOSQUE URB, CONCEBIDO PELO DESIGNER, JORGE TRINDADE.
“O equipamento destaca-se pela elegância e sobriedade e teve
como principal preocupação a sua fácil inserção estética no espaço público, seja ele contemporâneo ou histórico”, explica o autor.
O quiosque apresenta linhas direitas, com volume vertical proporcionado em relação à base, é estruturado em perfil de ferro e pala
de sombreamento em fibra de vidro.
10 /
O corpo pode ser revestido em réguas de madeira salientes (FSC)
ou em pedra natural laminada e colada em fenólico, para locais
que pretendam valorizar a identidade cultural. Está equipado com
estores de segurança e disponível nas medidas standard 2x2 m e
3x3 m, podendo, no entanto, ser adaptado a outras medidas.
O URB integra o novo portfólio de 75 novas soluções de mobiliário
urbano que a Larus irá lançar ao longo de 2016. Sublinhe-se que
este catálogo é um investimento que pretende reforçar a competitividade da empresa portuguesa à escala global, reafirmando a
sua missão de humanizar o território, através da valorização da
identidade e da cultura de cada país.
FONTE: ADCOMMUNICATION
Divulgação
12 /
Ovarmat
Há 40 anos no mercado
COM SEDE EM VÁLEGA E 2 FILIAIS EM OVAR E LUANDA
(ANGOLA), A OVARMAT DEDICA-SE AO COMÉRCIO DE
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.
Dispõe de técnicos e mão-de-obra especializados que vão de
encontro às exigências e desafios dos clientes. Desde 2002,
além do aconselhamento técnico, a empresa dispõe da experiência de aplicação dos produtos em obra através da Tecniface,
empresa do grupo.
Na sua área é hoje uma das empresas mais completas em
Portugal, com mais de 60.000 referências, e atualmente
expõe e comercializa os seus produtos numa área com cerca
de 10.000 m².
A principal preocupação do grupo é a total satisfação do cliente.
Para isso, possuem um atendimento personalizado desde o cliente final até à grande obra, oferecendo sempre uma solução inteligente e económica para quem precisa de renovar e construir.
Divulgação
Inspira, a Nova Coleção da Roca
Jorge Vieira, Diretor Geral da Roca em Portugal, realçou os traços
mais inovadores desta coleção: “Inspira reúne o que de melhor se faz
no mundo. As múltiplas combinações possíveis garantem aos utilizadores a máxima versatilidade estética e funcional, conjugadas com a
mais avançada tecnologia em material cerâmico, o Fineceramic®,
obtendo desta coleção um resultado sempre harmonioso”.
A coleção é composta por três lavatórios com superfícies suaves e
paredes muito finas, para colocação sobre o móvel ou bancada, ou na
opção Unik (lavatório integrado no móvel).
Os sanitários, suspensos ou ao chão nas versões Square ou Round
(e na versão Round, também no modelo compacto) incorporam a
mais avançada inovação, graças ao empenho da Roca em manter-se
na vanguarda da tecnologia, com inovação também presente nos
tampos e assentos de sanita e bidé, graças ao material exclusivo com
que são fabricados.
Os lavatórios e móveis Inspira foram criados em conjunto para garantir uma perfeita sintonia e proporcionar múltiplas combinações possíveis.
A Roca apresentou recentemente no Roca Lisboa Gallery a
coleção Inspira, a nova e versátil coleção de louça sanitária e
mobiliário para espaços de banho que permitem ao utilizador
criar o seu espaço independentemente do seu estilo pessoal.
Através de um conceito baseado em três linhas de design Round, Soft (com ângulos suaves) e Square -, perfeitamente
compatíveis entre si, é sempre possível encontrar na coleção
Inspira a combinação que permitirá ao utilizador criar o seu
espaço de banho ideal.
14 /
Os modelos de móveis, disponíveis em três dimensões - 60 cm, 80
cm e 1 m - e os três tipos de acabamento - Branco Brilho, Carvalho
Escuro Citadino e Carvalho Escuro Citadino com Vidro Escurecido podem ser complementados com módulos de coluna, que ampliam a
arrumação e oferecem outras funcionalidades adicionais (iluminação
interior, prateleiras de vidro ajustáveis e espelho de corpo inteiro),
combináveis na perfeição. Graças ao sifão incorporado e às gavetas
que se extraem na sua totalidade, facilitando o acesso, os móveis da
coleção Inspira apresentam uma grande capacidade de arrumação.
As gavetas dispõem de caixas organizadoras e compartimentos para
melhor organização. Para maior conforto, o mobiliário incorpora um
sistema de guias que permite um fecho suave e silencioso, assegurando uma maior resistência à utilização (vinte mil ciclos de fecho e
abertura garantidos).
FINECERAMIC®
A Roca criou esta coleção com os materiais mais inovadores. Os lavatórios são fabricados em Fineceramic®, um novo material cerâmico de
elevada qualidade, altamente resistente e exclusivo que, além de ser
40% mais leve e 30% mais resistente do que os produtos convencionais, permite ter contornos muito finos e paredes bem definidas.
Sónia Felgueiras, responsável de Marketing da Roca em
Portugal, enalteceu o que de mais importante esta nova coleção traz ao mercado: “Inspira rompe com os estereótipos convencionais do espaço de banho atual e garante a adaptabilidade a qualquer ambiente, estilo e design. As peças Inspira
Square e Round oferecem uma grande variedade de opções
para que cada utilizador possa desfrutar de um espaço de
banho personalizado e adaptado ao seu carácter”.
SUPRALIT®
Os assentos e tampos das sanitas e dos bidés da coleção Inspira também fornecem um toque extra de inovação. São fabricados com
Supralit®, uma nova e exclusiva resina registada pela Roca, o que os
torna mais duráveis (mais resistentes aos agentes químicos e ao amarelecimento), mais higiénicos (devido ao material quatro vezes menos
poroso do que o convencional) e mais fáceis de limpar (superfície com
ângulos suaves e arredondados). Os tampos também apresentam um
sistema de queda amortecida, que garante um fecho suave e silencioso, e são removíveis na totalidade para facilitar a limpeza.
RIMLESS
A versão suspensa das sanitas apresenta um design interior sem
rebordo que resulta numa parede uniforme, sem ângulos ou recantos
onde a sujidade se acumule, tornando a limpeza mais fácil e melhorando o nível de higiene, ao mesmo tempo que garante uma distribuição uniforme da água em todo o interior da sanita. Esteticamente, as
Divulgação
Technal amplia gama Soleal
Janela de Batente Soleal 75
A LINHA SOLEAL DA TECHNAL INCORPORA ATUALMENTE UMA VERSÃO COM UMA ESTRUTURA DE 75 MM DE
PROFUNDIDADE. UTILIZA DUAS SOLUÇÕES DE FOLHA
COM AS QUAIS É POSSÍVEL OBTER TRÊS ASPETOS EXTERIORES DIFERENTES: VERSÃO VISTA, VERSÃO MÍNIMA E
VERSÃO OCULTA.
Outras características
CAPACIDADE MÁXIMA DE VIDRO
• Capacidade adicional de enchimento com possibilidade de aplicar
vidro triplo em todas as versões.
VERSÃO VISTA
A folha vista possui perfis tubulares multicâmara de 85 mm com
ruptura térmica. A ruptura térmica central é obtida através da inclusão de duas barretes de 40 mm em poliamida 6,6 e com uma carga
de 25% de fibra de vidro.
A folha Mínima e Oculta, por outro lado, possui perfis tubulares
multicâmara de 83,5 mm com ruptura térmica. A ruptura térmica
central é obtida através de uma barrete que é utilizada igualmente
para clipar o bite exterior. A versão Oculta dispõe de um perfil de
bite exterior termo plástico isolante visível na sua parte exterior, em
forma biselada. Por seu turno, a versão Mínima incorpora um perfil
de remate de alumínio em forma de U que resulta numa visualização mínima da folha do lado exterior.
16 /
• O enchimento do aro e da folha são idênticos.
• Princípio de bites clipáveis de alumínio sobre alumínio.
• Enchimento: espessura de vidro de 21 a 62 mm.
VERSÕES MÍNIMA E OCULTA
• Duas opções de folha com ângulo reto para vidros de 28 a 52
mm.
PRESTAÇÕES TÉRMICAS
• Eficiência térmica obtida através de apenas uma solução técnica
Uf = 1.65 W/m2.K.
Saint-Gobain Weber Portugal
Renova a sua Gama de Colas
A SAINT-GOBAIN WEBER PORTUGAL, LÍDER NA ATIVIDADE DE COLAGEM DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS,
PEDRAS NATURAIS E MOSAICOS HIDRÁULICOS, ACOMPANHA DE PERTO AS MUDANÇAS QUE OCORREM NO MERCADO E POR ISSO REFORÇA AGORA A SUA GAMA DE COLAGEM COM NOVAS SOLUÇÕES AJUSTADAS E ADAPTADAS ÀS
NOVAS EXIGÊNCIAS.
Em concreto, nesta atividade, as alterações estão relacionadas com
o incremento do segmento de renovação, trazendo novos suportes
no sector da construção. Também os revestimentos evoluem, tanto
para acompanhar as necessidades técnicas requeridas em obra,
como para acompanhar as preferências estéticas do cliente final.
Neste sentido, e aproveitando o facto de estar sediado em Portugal
o centro de competências de desenvolvimento de produtos de colagem da Weber, foram desenvolvidos nos últimos dois anos mais de
300 novas fórmulas de produto testadas tecnicamente em laboratório e avaliadas nas suas características de uso e aplicação por um
conjunto de 54 ladrilhadores de norte a sul de Portugal.
Desta avaliação resultou um conjunto de novas soluções
das quais a Saint-Gobain Weber destaca uma gama essencial, composta para 5 colas capazes de fazer face à maior
parte das situações mais frequentes de colagem. São elas:
weber.col renovation, especial para renovação, adaptada
para vários suportes e que pela sua leveza garante uma
colagem com menor fadiga para o utilizador.
O weber.col flex M, um cimento cola para exteriores com a
fórmula melhorada. weber.col ferma para colagem sobre
rebocos e betonilhas e o weber.col ferma multi, cimento cola
multi suporte e multi utilização. Por último, um produto pronto a usar que é líder no mercado neste segmento, o
weber.fix premium.
Destaca-se ainda, nesta nova gama, o weber.col azulejo.
Uma nova argamassa de recolocação de azulejos antigos e
assentamento de azulejos tradicionais pelo método antigo
que vem de encontro ao ressurgimento e reabilitação dos
revestimentos tradicionais Portugueses.
/ 17
Entrevista
Roberto Di Vincenzo
Administrador, Coelho da Silva & Castelo
“Castelo não é só uma pessoa, é uma equipa que fala a uma só voz.”
PRESENTE NO MERCADO HÁ MUITOS ANOS, COMO TEM SIDO A EVOLUÇÃO DA
COELHO DA SILVA & CASTELO E COMO SE TEM PROCURADO DIFERENCIAR
NUM MERCADO CADA VEZ MAIS EXÍGUO E DIFÍCIL?
A alternativa e o caminho por que optámos visam a necessidade
constante de ampliar a nossa gama de produtos de modo a satisfazer os nossos clientes.
A empresa CSCastelo encontra-se no mercado dos materiais de
construção há precisamente 40 anos. Ao longo destes anos de existência, a empresa tem pautado o seu desenvolvimento sustentado
na contínua procura dos melhores produtos e fornecedores, de
forma a proporcionar aos seus clientes o que de melhor o mercado
oferece.
Este objetivo de ampliar a nossa gama de oferta levou-nos a uma
parceria com a empresa Picoven de São João da Madeira, com os
mesmos objetivos e exigências. Foi assim possível que cada uma
das empresas visse ampliada com sucesso a sua gama de oferta
e, por conseguinte, obtivesse um melhor aproveitamento das oportunidades que vão surgindo.
Tem sido sempre preocupação permanente da empresa ao longo
destes anos privilegiar o atendimento e satisfação dos seus clientes.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA COELHO DA SILVA &
CASTELO?
COMO
As áreas de negócio da empresa neste momento são materiais de
construção e de decoração, indústria, auto e bricolage.
ANOS?
CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOS
COMO QUALIFICA O SECTOR ONDE ESTÁ INSERIDO?
A nossa empresa tem tentado ser competitiva e eficiente num mercado que é altamente exigente. O mercado tradicional tem sido
cada vez mais exíguo.
18 /
COMO
SE COMPÕE A VOSSA GAMA DE PRODUTOS?
QUAIS
SÃO AS
SOLUÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS VOSSOS CLIENTES ATUALMENTE ?
“Novas instalações com nova gama de produtos.”
É CADA VEZ MAIS EVIDENTE A NECESSIDADE DAS EMPRESAS SE INTER-
A gama de produtos comercializados pela CSCastelo triplicou no
último ano face à união com a empresa Picoven, que proporcionou
a disponibilidade de novas gamas de produtos, salientando-se as
ferramentas profissionais, alargamento do sector de pintura e
pichelaria, tanto habitacional como industrial, área de bricolage e
sector de material grosso para construção. Este alargamento da
gama, aliado à já forte presença no sector de pavimentos, revestimentos e decoração, coloca a empresa CSCastelo como uma
referência na zona do Porto.
Naturalmente que a internacionalização da empresa tem sido
uma preocupação e, neste momento, temos desenvolvido parcerias em França e no Continente Africano, nomeadamente em
Moçambique, Angola e Costa do Marfim.
QUAIS
QUAIS
OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE
AOS SEUS CONCORRENTES?
O fator diferenciador da empresa tem sido ao longo dos anos a
constante preocupação no atendimento personalizado dos clientes.
Com o alargamento da gama de produtos, a empresa está hoje
mais do que nunca preparada para oferecer aos nossos muitos e
bons clientes um leque completo de soluções.
NACIONALIZAREM, PROCURANDO NOVOS MERCADOS E NOVOS PÚBLICOS-ALVO.
SO?
A COELHO DA SILVA & CASTELO JÁ INICIOU ESSE PROCESQUAIS OS MERCADOS ESTRATÉGICOS?
OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRESA?
Os desafios a curto prazo para a empresa são a solidificação e
desenvolvimento das novas gamas de produto, assim como a
execução de um novo showroom, já em desenvolvimento, que
pretende ser um espaço distinto e único na área em que estamos inseridos. Acima de tudo pretendemos ser mais que uma
grande loja, a escolha certa.
/ 19
Entrevista
Rui Mina
Administrador, Inovconcept
COMO
ANOS?
CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTIMOS
A Inovconcept tem seis anos. Em 2010 iniciamos a nossa atividade
no mercado da reabilitação e recuperação, em 2012 abrimos a concept store Cement Design, marca internacional de revestimentos
contínuos decorativos, e em 2015 o showroom Boffi Studio Porto,
representando a famosa marca italiana de cozinhas, banho e sistemas de arrumação.
A empresa sempre se tem caracterizado pela procura da inovação,
a excelência dos materiais representados e a qualidade no serviço
prestado, quer a clientes finais, quer a arquitetos e decoradores.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA INOVCONCEPT?
A Inovconcept tem, neste momento, como base duas grandes
representações - a Cement Design e a Boffi.
EM LINHAS GERAIS, QUAL É O CONCEITO DA CEMENT DESIGN?
A Cement Design é uma marca internacional, de origem espanhola
que produz revestimentos contínuos decorativos.
Desenvolvem produtos com um amplo espetro de aplicação e que
revestem de funcionalidade e estética qualquer tipo de espaço,
sendo um material com capacidades técnicas extraordinárias.
EM QUE CONSISTE A SUA GAMA DE PRODUTOS?
Os nossos produtos são revestimentos contínuos para pessoas
com uma sensibilidade especial, que gostem de arquitetura,
decoração e arquitetura de interiores, que procurem exclusividade, estética, características naturais e respeitadoras do meio
ambiente para os seus projetos. A nossa gama de produtos, pela
sua composição nanotecnológica, têm uma resistência extraordinária, o que permite realizar grandes superfícies contínuas e sem
juntas.
COMO PODEMOS AGRUPAR, EM TERMOS GENÉRICOS, A GAMA DE REVESSERÁ QUE PODEMOS REFERIR QUE EXISTEM OS REVESTIMENTOS CONTÍNUOS DE BASE CIMENTÍCIA, OS REVESTIMENTOS CONTÍNUOS DE BASE METÁLICA E OS REVESTIMENTOS CONTÍNUOS EM TÊXTIL, MADEIRA E PEDRA?
TIMENTOS COMERCIALIZADA?
Sim, a nossa gama de produtos pode dividir-se em 6 coleções,
diferenciando os vários materiais com que trabalhamos:
Ecocement, Acrylic, Nature, Textil, Metallic e Glass. Dentro destas gamas existem, ainda, subdivisões estéticas e/ou funcionais.
Dou-lhe um exemplo: a Coleção Ecocement apresenta quatro
texturas diferentes: Classic (granulometria muito fina, um dos
mais procurados para habitação), Concret, Transit (granulometria
média, muito procurado para espaços comerciais) e Rustic.
QUAIS
AS PRINCIPAIS VANTAGENS/CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DOS
PRODUTOS DA
A marca está presente em mais de 30 países, diferenciando-se pela
inovação e originalidade. Somos, neste momento, uma “lovemark”
no território da alta decoração, sinónimos de exclusividade.
20 /
CEMENT DESIGN?
Os revestimentos Cement Design revolucionaram a forma como
concebemos as superfícies, respondendo a todas as exigências
da arquitetura atual, quer pela sua versatilidade e originalidade, quer
pela facilidade na aplicação - por exemplo, numa remodelação, poderá
não ser necessário retirar o suporte existente.
DE QUE FORMA A PREOCUPAÇÃO COM QUESTÕES AMBIENTAIS ESTÁ PRESENTE
CEMENT DESIGN?
NA FILOSOFIA DA
A gama de produtos da CD carece de impacto ambiental graças ao seu
sistema de aplicação, especialmente no caso das remodelações, sem
necessidade de retirar o existente, diminuindo assim os desperdícios e
a produção de lixo. Ao serem produtos cuja aplicação é totalmente
manual, não sendo necessário o uso de máquinas, permitem menores
gastos de energia e transportes, reduzindo, assim, as emissões de
CO2.
Estamos muito orgulhosos de projetos com que já colaboramos, como o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, a
Casa de Selho de Riba Prémio de Reabilitação Urbana 2014,
ou o Hotel Six Senses Douro Valley.
NO ANO PASSADO ABRIRAM A BOFFI STUDIO. PODE-NOS FALAR UM
POUCO DESTA TÃO CONCEITUADA MARCA DE LUXO?
A Boffi é mundialmente reconhecida como sinónimo de vanguarda no design de cozinhas e banho, por isso é com muito
orgulho que abrimos a Boffi Studio Porto, único showroom da
marca em Portugal.
Na Boffi Studio Porto, podem encontrar um espaço moderno e
acolhedor que espelha o espirito inovador da marca.
QUANTAS LOJAS CEMENT DESIGN EXISTEM EM PORTUGAL?
Como representantes e distribuidores da CD em Portugal, abrimos o
showroom Cement Design Porto e está para breve a abertura do
Showroom em Lisboa. Para além disso, gostaríamos de ter distribuidores de zona - ou seja, pontos de venda de materiais de construção e/ou
decoração que, embora não tendo toda a gama, podem comercializar
os nossos produtos.
Temos uma área dedicada ao banho, outra à cozinha e ainda
uma zona destinada ao desenvolvimento de projetos, atendimento personalizado dos clientes e parceiros.
Desenvolvemos uma atenciosa equipa de colaboradores que
estão aptos a apresentar soluções, a dar apoio técnico e a
garantir o acompanhamento de todas as fases do processo,
desde a conceção à instalação.
QUANTAS TONALIDADES DA CEMENT DESIGN EXISTEM DISPONÍVEIS NO MERCA-
DO?
Na coleção Ecocement existem 120 cores possíveis, no caso dos
metálicos as tonalidades são as do próprio material, uma vez que o
revestimento é feito com as partículas de cobre, bronze, zinco, alumínio, latão e ferro envolvidas em resinas específicas para este tipo de
produtos.
PELO QUE ENTENDI, OS REVESTIMENTOS DA CEMENT DESIGN SÃO APLICÁVEIS
EM TODO O TIPO DE SUPERFÍCIES/MATERIAIS, EXCEPTO EM SOALHO. PODERÁ
ENUMERAR ALGUNS EXEMPLOS DAS INFINITAS APLICAÇÕES DA CEMENT
DESIGN?
Os revestimentos Cement Design podem ser aplicados tanto em projetos de raíz como em obras de reabilitação ou remodelação - a sua
espessura de 1 a 4 mm permite a aplicação sobre gesso cartonado,
betonilhas, rebocos, mármore, granito, cerâmicos e até vidro! A única
exceção são, de facto, os soalhos ou parquets.
O
Fundada em 1934 por Piero Boffi, a marca caracteriza-se por
combinar sofisticados métodos industriais de produção com a
tradição artesanal, onde tem as suas raízes, procurando a colaboração regular com designers e arquitetos de renome internacional como Luigi Massoni, Norbert Wangen, Marcel Wanders,
Piero Lissoni, Naoto Fukasawa e Patricia Urquiola. O resultado
são coleções que prestam homenagem à criatividade, ao design, à funcionalidade e à excelência dos materiais.
QUAIS
OS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O FUTURO DA EMPRESA?
Nós pretendemos continuar a desenvolver as representações,
dando a conhecer a marca Boffi no nosso país e iniciando uma
forte expansão da marca Cement Design.
O futuro da Inovconcept passará sempre pela constante procura de produtos e soluções com mais-valia para os projetistas
portugueses.
PROCESSO DA APLICAÇÃO É TODO FEITO MANUALMENTE, O QUE SIGNIFICA
QUE UMA OBRA NUNCA SERÁ IGUAL A OUTRA.
ASPETO?
OS
CLIENTES VALORIZAM ESTE
Sem dúvida! Essa é a grande mais valia de quem procura este tipo de
revestimento: algo que não é pré-fabricado. Podem existir obras com
as mesmas cores ou texturas, mas nunca são iguais.
E O QUE PROCURAM SOBRETUDO QUANDO OPTAM PELA CEMENT DESIGN?
Procuram produtos versáteis e pensados para quem gosta de arquitetura, design e decoração.
Procuram revestimentos contínuos que tem por base uma sensibilidade especial, exclusividade e estética. A Cement Design pode desenvolver produtos exclusivos e únicos, e prestar um serviço de aplicação
quase artesanal, de grande rigor.
/ 21
Entrevista
Roca
Jorge Vieira, Diretor Geral da Roca em Portugal
QUE BALANÇO FAZEM DA VOSSA ATIVIDADE RELATIVAMENTE A 2015?
O balanço é francamente positivo. Em 2014 o mercado começou
finalmente a deixar de encolher, e 2015 foi claramente um ano de
recuperação a todos os níveis. Tivemos sinais de recuperação em
todos os indicadores, e isso refletiu-se não apenas no nosso
desempenho, mas também no dos nossos clientes e distribuidores, o que obviamente nos deixa bastante satisfeitos.
Esta recuperação resultou não apenas da melhoria da confiança
por parte dos consumidores (o que obviamente tem impacto direto
nos resultados das empresas), mas também de um grande esforço
por parte do nosso departamento comercial, que consegue identificar rapidamente as necessidades atuais do mercado, e providenciar uma resposta rápida e de qualidade.
A ROCA INICIOU O ANO COM A APRESENTAÇÃO DO NOVO CENTRO LOGÍSTILEIRIA. QUAIS AS PRINCIPAIS VALÊNCIAS DESTE INVESTIMENTO?
CO EM
O novo centro de distribuição possui agora o dobro da área coberta
(16.000 m2), duplicando as capacidades de receção e de expedição diárias de produtos, o que vai beneficiar todos os nossos processos de distribuição. Este novo centro de distribuição permitirá a
movimentação diária de mais de 40 camiões, um aumento significativo face ao passado e uma capacidade de armazenamento interior de 17.000 paletes. Destacaria também os 18 mil metros lineares de estante disponíveis atualmente, que duplicam a capacidade
existente anteriormente.
Este forte investimento de mais de 2 milhões de euros permite-nos
melhorar significativamente a capacidade de um armazém que foi
22 /
criado em 2000, e que hoje em dia nos permite alimentar os diferentes mercados de exportação, com mais rapidez, mais agilidade
e sobretudo maior eficiência.
QUAL O
CIO?
PESO DA INTERNACIONALIZAÇÃO/EXPORTAÇÃO NO VOSSO NEGÓ-
A Roca é uma marca global, com uma rede comercial que se
estende por mais de 135 países abastecidos pelas suas 77 fábricas em quatro continentes e mais de 20.000 colaboradores em
todo o mundo. Somos líderes mundiais no setor dos espaços de
banho; na Europa, América Latina, Índia e Rússia a Roca é incontestavelmente líder de mercado e possui uma forte presença na
China, Médio Oriente, Austrália e Ásia. Em Portugal somos maioritariamente exportadores para a União Europeia, mantendo uma
atividade comercial relevante nos PALOP.
A ROCA
É CONHECIDA PELA SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA DOS SEUS
PRODUTOS.
ESSA APOSTA É PARA CONTINUAR?
Claro, basta analisar aquele que tem sido o nosso percurso ao
longo destes quase cem anos. A Roca está sempre a inovar no
design e a apostar nas novas tecnologias para que os seus produtos continuem a ser uma referência mundial na experiência do
banho.
Foi isso que fizemos quando lançámos para o mercado um produto tão revolucionário como o W+W, um novo conceito que soma de
poupança de água e otimização do espaço, equipado com um inovador sistema que filtra a água do lavatório para reutilizá-la na sanita, e é isso que temos vindo a fazer em todos as nossas soluções.
A Roca distingue-se através de benefícios claros dos seus produtos para o cliente final. Um dos mais evidentes é a redução do
consumo de água, oferecendo uma poupança no consumo geral
do edifício e contribuindo para um ambiente mais eficiente e sustentável, podendo obter-se diminuições no consumo de água
nas torneiras até 77%, mediante as opções de monocomando,
controlo eletrónico e temporizadas, com limitadores de caudal
incorporados e poupança de energia através de um limitador de
caudal até 50% nas torneiras termostáticas.
VÃO LANÇAR NOVIDADES ESTES ANO?
Lançámos este ano no mercado diversas novidades Roca nos
diferentes segmentos. Destaque para a mais recente coleção de
louça sanitária e mobiliário da Roca, a série Inspira, que define
um novo conceito de espaço de banho. Com base na simplicidade e na versatilidade, graças às suas formas base Round (linhas
redondas), Soft (de ângulos suaves) e Square (quadrada), a
coleção Inspira oferece múltiplas combinações possíveis e por
isso, a possibilidade de adaptação a qualquer espaço, qualquer
que seja a decoração.
A coleção Inspira foi concebida com os materiais mais inovadores. Os lavatórios foram fabricados em FINECERAMIC®, um
material cerâmico de elevada qualidade exclusivo Roca, 40%
mais leve que os lavatórios convencionais e 30% mais resistentes que os lavatórios de grés. Os assentos e tampas Inspira
foram também alvo de destaque, por serem fabricados com uma
resina exclusiva registada pela Roca, com a designação
SUPRALIT®, que aumenta consideravelmente a durabilidade
dos produtos (12% mais resistente que a ureia), permite uma
maior higiene (quatro vezes menos poroso e, por isso, mais
resistente aos fluidos e detergentes), e garante uma elevada
resistência aos raios UV (não amarelece com o passar do
tempo).
A coleção é completada pela gama de móveis Inspira, disponível
em três tamanhos - 600, 800 e 1000 mm - e que apresenta três
acabamentos inovadores e distintos - branco brilho, carvalho
escuro citadino e carvalho escuro citadino com vidro escurecido
- e podem ser complementados com diferentes módulos auxiliares de coluna que garantem um espaço de arrumação extra ao
utilizador.
Lançámos também um conjunto de produtos inovadores, que
reforçam consideravelmente a nossa gama de soluções para
espaços de banho, entre eles a nova série de torneiras Atlas, as
séries de acessórios Ice e Rubik, a coluna de duche Deck-T, o
chuveiro Raindream, a base de duche Helios e os lava-loiças
Berlin / Berlin Plus.
QUE ESTRATÉGIA E QUE PERSPETIVAS TÊM PARA 2016?
A nossa estratégia passa essencialmente por consolidar a nossa
posição de fabricantes e de líder no mercado em Portugal.
Dentro do grupo Roca, e enquanto fornecedor, estamos na linha
da frente, sendo solicitados para os principais projetos produtivos para os mercados mais relevantes.
Continuaremos a trabalhar na melhoria constante das nossas
soluções, atentos às novas tendências, tendo como principal
objetivo a satisfação das necessidades dos nossos clientes.
/ 23
Economia
Inquérito de Conjuntura
4º Trimestre de 2015
- O número de empresas que aumentou as vendas manteve tendência positiva, mas à custa sector de retalho
- Balanço do “nível de atividade” foi menos positivo que no trimestre anterior
- As previsões para o 1º trimestre de 2016 continuam a apontar para ligeiro crescimento do número de empresas que espera o aumento das vendas
APRECIAÇÃO
4º TRIMESTRE DE 2015
GLOBAL
O acréscimo das respostas que registaram aumentos de vendas no 4º trimestre do ano ficou um pouco acima das expetativas extraídas do estudo anterior, as quais apontavam para uma
clara redução da intensidade do crescimento dos negócios,
cujo processo de recuperação foi iniciado na segunda metade
de 2014.
Indicadores
Na verdade, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador “vendas” cifrou-se em +10,8% (que compara com +5,3% no
trimestre anterior), com a percentagem das empresas que afirmou o respetivo aumento face ao período anterior a aumentar
de 19,3% para 27,5%, embora a das que referiram a sua diminuição também tenha subido de 14,0% para 16,7%.
A apreciação relativa ao “nível de atividade”, voltou a ressentir-se,
apresentando um SRE nulo, contra +25%% no 3º trimestre de
2015. A percentagem dos inquiridos que classificaram a atividade como Boa diminuiu de 32,1% para 28%, enquanto a percentagem que considerou a respetiva atividade com Deficiente
subiu de 7,1% para 28%.
Saldo das respostas extremas (%)
Sector
Armazenistas
Retalhistas
Vendas
+ 10,8
- 4,5
+ 19,8
Existências
- 5,8
- 9,1
- 4,0
Preços
- 5,0
- 13,6
0,0
Atividade
0,0
- 6,3
+ 11,1
Vendas homólogas
+ 36,0
+ 43,8
+ 22,2
A evolução das vendas face ao período homólogo voltou, todavia,
a mostrar-se muito favorável em ambos os subsectores, até porque, recordamos, o 4º trimestre de 2014 não foi propriamente
famoso e, entretanto, o sector experimentou uma recuperação
clara ao longo de todo o ano de 2015.
VOLUME DE VENDAS COMPARADO
COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
(SRE - saldo das respostas extremas)
VENDAS E STOCKS - 4º TRIMESTRE 2015
(SRE - saldo das respostas extremas)
O subsector armazenista, que tinha vindo a apresentar o melhor
desempenho ao longo dos períodos anteriores, terá sentido mais
intensamente o abrandamento dos investimentos público e privado
que se fez sentir na parte final do ano.
O facto de ter havido mais empresas a registar aumentos das vendas do que ambos os subsectores previam terá determinado uma
redução mais alargado dos stocks. Constata-se, com satisfação,
que o número de empresas que afirmaram o aumento das existências (6,7%) foi inferior ao das que aumentaram as vendas
(27,5%), pelo que, de uma forma geral, o nível de existências deverá ter sofrido um ajustamento favorável.
24 /
O melhor comportamento das vendas homólogas, um pouco surpreendentemente, se atendermos à evolução trimestral sucessiva,
registou-se no subsector armazenista. De facto, no subsector
armazenista o SRE foi +43,8% (contra +36,9% no trimestre anterior), com outras tantas 43,8% das respostas a referirem o aumento, enquanto o subsector retalhista registou no indicador “vendas
homólogas” um SRE de +22,2% (contra +33,3% no trimestre anterior) a que correspondeu uma percentagem de 33,3% de respostas que afirmaram o aumento das vendas face ao 4º trimestre de
2014.
Relativamente aos preços de venda, a evolução dos dois subsectores foi muito diferente. Enquanto a tendência registada no subsector retalhista foi de estabilidade, no subsector armazenista
assistiu-se a uma maioria de empresas a afirmarem a redução de
preços, abrangendo seis grupos/famílias de produtos. Eventualmente, a redução continuada das matérias-primas, em especial
do preço do petróleo, terá tido alguma influência nas fileiras onde
o consumo de energia tem maior peso.
O segmento retalhista demora sempre algum tempo a refletir estas
reduções de preços, além do que é natural que tenha aproveitado
uma conjuntura que lhe foi mais favorável para melhorar as respetivas margens, que têm estado sujeitas a uma maior pressão concorrencial.
O dado mais significativo deste período foi na verdade, a confirmação do processo de recuperação do sector, apesar de ser
evidente alguma deceção, medida pelo nível de atividade, com
a evolução destes últimos meses, sobretudo ao nível do comércio grossista.
As respostas no sentido do aumento dos preços de venda circunscreveram-se aos seguintes grupos de produtos: “perfis, caixilharias e acessórios” e “aquecimento e refrigeração de água ou
ambiente”.
Eventualmente, a evolução negativa das exportações para
Angola poderá ter tido uma certa influência, não só porque
representam uma parcela importante dos negócios das empresas do sector, mas também porque é sabido que muitas destas
operações são feitas com agentes que têm a sua base em território nacional.
As respostas no sentido de descida incidiram, sobretudo, nos
“materiais básicos (cimento, cal, gesso, areia, pedra e brita)”, às
“telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho e grés”, “azulejos, ladrilhos e mosaicos”, “artefactos de cimento”, “louça sanitária,
banheiras, torneiras e acessórios par casa de banho” e “isolamentos térmicos e acústicos”.
4º TRIMESTRE DE 2015
(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas
- face ao trimestre anterior)
Variação do saldo das respostas
Indicadores
extremas em pontos percentuais
Sector
Armazenistas
Retalhistas
Vendas
+ 5,5
- 12,0
+ 15,8
Existências
- 7,6
- 14,1
- 4,0
Preços
+ 0,2
+ 8,9
- 4,0
Atividade
- 25,0
- 37,6
0,0
Vendas homólogas
+ 0,3
+ 6,9
- 11,1
As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatores que consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, resumiram-se à “falta de encomendas” e às “dificuldades de tesouraria”, com 100% e 28,6% das respostas, respetivamente.
O recurso ao crédito bancário voltou a aumentar ligeiramente,
(32%, contra 28,6% das respostas no trimestre anterior), verificando-se, mais uma vez, a prevalência das empresas armazenistas (37,5% das respostas), enquanto no segmento retalhista
a utilização do crédito bancário foi referida por apenas 22,2%.
O crédito foi utilizado, exclusivamente, para financiamento da
atividade corrente.
As previsões para o 1º Trimestre de 2016 mostram a continuação de uma tendência positiva, embora de forma bastante mais
mitigada, o que não deixa de ser natural já que o primeiro trimestre do ano costuma ser o mais afetado pelos fatores negativos de carater climatérico.
1º TRIMESTRE DE 2016
Perspetivas
(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)
A evolução trimestral dos diversos indicadores do sector apresentou, genericamente, um comportamento favorável (com exceção
dos preços de venda e do nível de atividade), mas com menor
intensidade que no período anterior. Recordamos todavia, que no
que diz respeito às “existências” o sinal negativo significa uma diminuição relativa do “investimento” em stocks que, ainda por cima, foi
acompanhado por um aumento das vendas), o que pode ser considerado como uma situação bastante favorável para a rentabilidade da operação comercial.
VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTAS
EXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR
Indicadores
Saldo das respostas extremas (%)
Sector
Armazenistas
Retalhistas
Cart. Encomendas
+ 10,8
+ 14,3
+ 9,2
Vendas
+ 5,8
+ 15,9
0,0
Enc. Forneced.
- 2,5
+ 2,3
- 5,3
Existências
+ 0,9
- 4,6
+ 4,0
Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas das
empresas do subsector armazenista sugerem, à semelhança do
que se observou nos estudos anteriores, uma elevada confiança
no aumento das vendas, não obstante a evolução algo dececionante do trimestre anterior.
Na verdade e não obstante alguma incerteza sobre a evolução do
quadro macroeconómico, permanecem os sinais positivos oriundos do sector imobiliário e, também, da atividade da construção de
edifícios, onde se continuam a registar crescimentos significativos
quer nos trabalhos de renovação e reabilitação, quer na construção nova de habitação.
De salientar, igualmente, o aumento substancial que se continua a
registar no crédito à habitação, apesar da situação difícil da banca
e da restrição no domínio do financiamento das empresas.
/ 25
Economia
Alguns dos indicadores relativos ao licenciamento de obras continuam a apresentar uma evolução positiva, especialmente na
construção nova de edifícios de habitação. De facto, no 4º trimestre do ano verificou-se um aumento homólogo das obras licenciadas para construções novas de habitação de 10,1% e de 23,9%
no número de fogos licenciados em construções novas para habitação.
VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS
(saldo das respostas extremas)
De igual modo, o consumo de cimento no território nacional registou um aumento homólogo de 6,4% no último trimestre de 2015,
confirmando a inversão do ciclo de quase sete anos de quebra de
vendas deste produto e que só foi interrompida no primeiro trimestre deste ano.
Em sentido negativo, para além da insignificância do investimento público, ainda mais reduzido no Orçamento de Estado para
2016, continua a registar-se o atraso generalizado na aplicação
dos fundos do Portugal 2020, nomeadamente os que se destinam à regeneração urbana e à eficiência energética, cujos instrumentos financeiros só deverão estar no terreno no final do ano.
A quebra de investimento que se tem vindo a registar, tem vindo
a influenciar, também, de forma muito negativa, a evolução
recente do licenciamento de obras no segmento não residencial
que foi, também, durante 2015, um dos grandes motores da atividade.
Não obstante, é lícito esperar que o sector do turismo, cujo crescimento em 2016 deverá bater recordes, constitua, cada vez
mais, uma alavanca importante para o sector da construção, colmatando o menor dinamismo de outras atividades e do sector
público.
Economia
Análise de Conjuntura
4º trimestre 2015
O número total de fogos licenciados em construções novas para
habitação no ano terminado em dezembro de 2015 atingiu os
8 153, bem acima dos 6 777 licenciados em 2014.
APRECIAÇÃO GLOBAL
No 4º trimestre de 2015 os diversos indicadores do sector da construção apresentaram um comportamento maioritariamente positivo, reforçando a ideia geral de que, não obstante algumas flutuações e comportamentos diferenciados entre os vários segmentos,
persiste uma tendência para a recuperação da atividade.
A redução do índice de produção da construção e obras públicas
aumentou ligeiramente de intensidade, tendo apresentado no
quarto trimestre de 2015 uma variação, face ao trimestre anterior,
de -2,32%. Desta vez foi a redução no segmento da construção de
edifícios que teve algum significado (-3,84%), enquanto o índice de
produção do segmento de obras de engenharia até aumentou
0,31%.
Aliás, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mercado
interno é um claro indicador da maior dinâmica que o mercado da
construção está a viver e foi claramente positiva, apresentando um
crescimento homólogo de 6,4%, que se segue a variações homólogas, também elas positivas, nos três trimestres anteriores.
Os dados deste quarto trimestre, não sendo excecionais, permitem
alimentar, com base na evolução do licenciamento, uma perspetiva
mais favorável para a atividade da construção em 2016.
Não obstante, o licenciamento de obras regressou a terreno positivo e, particularmente, o número de licenças para construção de
novos edifícios para habitação e em especial o número de fogos
licenciados em construções novas consolidaram um crescimento
expressivo.
Apesar das expetativas de abrandamento do crescimento económico, as baixas taxas de juro, a falta de alternativas seguras e rentáveis ao investimento imobiliário, a maior disponibilidade da banca
para conceder empréstimos para aquisição de habitação e o interesse continuado dos investidores estrangeiros no imobiliário
nacional, são tudo fatores favoráveis à manutenção da dinâmica
da procura no mercado imobiliário nacional e ao crescimento da
atividade de construção.
Os números apurados parecem sugerir que será o sector não residencial que continua a perder dinâmica, eventualmente devido a
terem terminado os apoios comunitários para construção de equipamentos sociais e no sector da educação, bem como ao atraso
do Portugal 2020, com naturais reflexos nos planos de investimento do sector empresarial.
A dinâmica da reabilitação urbana em Lisboa e Porto, muito sustentada no turismo, a par com a necessidade óbvia de manutenção
do elevado número de edifícios construídos nas décadas de 80 e
90 do século passado e a maior capacidade das famílias para
renovarem as respetivas habitações, representam um enorme
potencial que deverá continuar a puxar pelo mercado.
Assim, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral das
obras licenciadas foi positiva em 3,4%, com a variação homóloga trimestral a registar, ainda e devido à evolução do 2º e 3º trimestre do
ano, uma diminuição de 4% (contra -6,9% no trimestre anterior). A
variação média anual no número de edifícios licenciados foi menos
negativa e situou-se, no quarto trimestre de 2015, em -4,3%.
Do lado negativo estão, repetimos, a redução do investimento
público prevista no OE para 2016, a redução das verbas comunitárias para construção de infraestruturas, a redução anunciada do
comércio mundial, particularmente a recessão que afeta as economias emergentes dependentes das exportações de matérias-primas, em especial Angola, e o atraso na disponibilização dos instrumentos financeiros do Portugal 2020 para apoiar a reabilitação
urbana e a eficiência energética que só chegarão, se chegarem, no
final de 2016.
Como referimos, o sector residencial, apresentou uma evolução
mais favorável, com o número total de fogos licenciados em construções novas para habitação a aumentar 5,2%. A variação homóloga foi também positiva (+10,1%) e a variação média anual atingiu, entretanto, uma expressão claramente positiva que confirma a
recuperação operada neste segmento (+13,9%).
28 /
O número de licenças de obras de reabilitação subiu pelo segundo
trimestre consecutivo (+4,1%), confirmando a inversão da evolução negativa que se manteve ao longo de cinco trimestres consecutivos. Sublinhamos, no entanto, que este indicador não expressa
cabalmente a evolução daquilo que vulgarmente se designa por
“sector da reabilitação” e que engloba, também, as obras de renovação e de simples manutenção. A discrepância entre os números
do licenciamento e o movimento que parece observar-se no mercado da reabilitação, expresso, nomeadamente, na evolução positiva das vendas de materiais de construção, estará, porventura,
relacionado com o facto de muitas das intervenções não serem
sujeitas à exigência de licenciamento camarário e, como tal, não
terem reporte estatístico.
Acrescem as novas preocupações com o sistema bancário nacional que poderão causar, num futuro próximo, novos e ainda maiores dificuldades de financiamento às empresas.
OBRAS LICENCIADAS
No quarto trimestre de 2015, o número de edifícios licenciados aumentou 3,4% relativamente ao trimestre anterior, regressando a uma tendência de crescimento após dois trimestres consecutivos de variações de sentido negativo. Não obstante, em termos homólogos, o número
de edifícios licenciados diminuiu 4% face ao último trimestre de 2014.
Edifícios Licenciados
(Valores Trimestrais nº)
O ritmo da redução média anual no número de edifícios licenciados diminui ligeiramente de intensidade neste quarto trimestre de 2015, situando-se
em -4,3%, contra -4,5% no período anterior. Apesar do pequeno crescimento verificado no licenciamento, este ainda não foi suficiente para retomar a
tendência positiva que se tinha observado entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre deste ano de 2015.
Edifícios Licenciados
(Variação Média Anual)
O comportamento do licenciamento relativo às construções novas para habitação familiar apresenta um sinal bem mais animador. Não só a variação
entre o terceiro e o quarto trimestre do ano, ao contrário do período anterior, voltou a ter um comportamento positivo (+5,2%), como também, quer a
variação homóloga (+10,1%), quer a variação média anual (+13,9%), permitem continuar a acalentar uma expetativa muito favorável deste segmento
para a recuperação do sector.
/ 29
Economia
Licenciamento de Obras
(Valores Trimestrais nº)
Em especial, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar foi novamente positiva (11%),
e mais intensa que a observada no trimestre anterior (2,2%), contando agora 8 trimestres consecutivos sempre a crescer. A variação homóloga foi,
também, claramente positiva, na ordem dos 23,2%, sendo que a variação média anual confirma a tendência, situando-se nos 20,3%.
Fogos em Construções
Novas para Habitação
No que diz respeito à evolução trimestral do número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se, novamente, uma melhoria (+4,1%), depois da
enorme redução registada nos dois primeiros trimestres do ano. Este acréscimo é ainda insuficiente para inverter a tendência negativa observada ao
longo do ano que é expressa, quer em termos de variação homóloga (-16,2%), quer em termos de variação média anual (-20,5%).
30 /
Licenças para Obras de Reabilitação
(Valores Trimestrais nº)
PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS
O índice de produção no sector da construção e obras públicas voltou a cair face ao trimestre anterior, desta vez com maior intensidade (-2,32%, contra -0,55% no terceiro trimestre). A evolução foi negativamente influenciada sobretudo pelo segmento de construção de edifícios que apresentou uma
quebra de 3,84%, enquanto o segmento de obras de engenharia cresceu 0,31%.
Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 4,25% no índice total da produção na construção e obras públicas, que correspondeu a uma
diminuição de 4,64% na construção de edifícios e de 3,62% nas obras de engenharia.
De certa forma, esta evolução corresponde ao abrandamento registado ao longo de todo o ano, quer ao nível do investimento público, quer ao nível
do licenciamento de obras no segmento não habitacional, mas que, como já tínhamos salientado no estudo anterior, não encontra correspondência
no comportamento das vendas de cimento, nem na evolução da FBCF no sector da construção.
Índice de Produção na Construção
e Obras Públicas
Índice Corrigido de Sazonalidade
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Economia
VENDAS DE CIMENTO
No quarto trimestre de 2015 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno continuaram a recuperar, apresentando um crescimento, em termos homólogos, de 6,4%, confirmando o aumento sustentado da atividade de construção. Este indicador acompanha, aliás, a evolução
recente do Valor Bruto da Produção e da FBCF da construção, cujas taxas de variação anual atingiram, respetivamente, 3,0% e 4,1%. De acordo com
os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construção baixou ligeiramente neste quarto trimestre, situando-se
agora nos -40,8 pontos (contra -37,6 no último trimestre e -42,9 pontos no período homólogo do ano anterior).
Vendas de Cimento e Indicador
de Confiança na Construção
(Indicador no Trimestre em Referência)
EMPREGO
No quarto trimestre do ano de 2015, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -4,2% e uma
taxa de variação trimestral -2%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro de 2015 foi de -3,43%, indiciando que, embora em
ritmo mais reduzido, o sector continua a perder emprego.
REMUNERAÇÕES
No quarto trimestre de 2015, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -5,5% e uma variação trimestral de 2,2%
(este trimestre incluiu subsídios de Natal). A variação média nos últimos 12 meses terminados em março foi de -4,4%.
TAXAS DE JURO
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação reduziu a tendência de queda face ao trimestre anterior e fixou-se, em dezembro
de 2015, nos 1,215%, que corresponde uma redução de 0,019 pontos percentuais face à registada no mês de setembro. Nos contratos para “Aquisição
de Habitação”, a taxa de juro observada em dezembro de 2015 foi de 1,223%, tendo-se reduzido em 0,015 p.p. em relação à taxa observada no mês
de setembro do mesmo ano.
Taxa de Juro do Regime Geral
FONTES: BANCO DE PORTUGAL,
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA
32 /
Economia
Estatísticas
Confidencial Imobiliário
PREÇOS DAS CASAS CAEM 4,6% NO GRANDE PORTO
No Grande Porto, a evolução dos preços habitacionais tem
seguido, desde meados de 2014, um comportamento oposto
ao verificado ao nível nacional. Nesta região, o Índice de
Preços Residenciais registou, no 3º trimestre de 2015, uma
desvalorização homóloga de -4,6%. Em linha com esta tendência, nos principais mercados do segmento de compra e venda
da Área Metropolitana do Porto (AM Porto), desde o 2º trimestre de 2014 que os preços das casas têm vindo a cair, registando-se, entre esse período e o 3º trimestre de 2015, perdas de
7,0% em Matosinhos, 5,7% no Porto e 3,7% em Vila Nova de
Gaia.
Comparando o preço médio de venda com o valor médio da
oferta presente no mercado obtém-se o price gap. Ao longo do
último ano o desencontro entre a oferta e a procura desagravou-se apenas na cidade do Porto, passando de -30%, no 4º trimestre de 2014, para -26% no 3º trimestre de 2015. Em
Matosinhos, o price gap acentuou-se 4 pontos percentuais (p.p.)
entre o 4º trimestre de 2014 e o 2º trimestre de 2015, voltando
aos -26% no 3º trimestre de 2015. Já em Vila Nova de Gaia o
hiato entre a oferta e procura intensificou-se 3 p.p. nos 12 meses
em análise, fixando-se em -28% no 3º trimestre de 2015.
Relativamente aos descontos efetuados nos três concelhos em
estudo, ao longo dos últimos 12 meses têm seguido a evolução
descendente dos preços aí observada. Assim, no 3º trimestre
de 2015, a taxa de desconto atingiu -8,0% no Porto e em Vila
Nova de Gaia, tendo recuperado 1 p.p. no primeiro caso e 2
p.p. no segundo. Em Matosinhos, a taxa de desconto desagravou-se de -10,0%, no 4º trimestre de 2014, para -9,0% no 3º trimestre de 2015.
Apesar da descida dos preços verificada no último ano, o tempo
médio de absorção agravou-se ligeiramente nos concelhos do
Porto e Matosinhos, mantendo-se estável em Vila Nova de Gaia.
MERCADOS MAIS CAROS COM MAIOR PRESSÃO SOBRE AS RENDAS
O mercado de arrendamento residencial da Área Metropolitana
de Lisboa (AM Lisboa) apresenta como principais mercados os
concelhos mais centrais da região. Assim, dos 5.751 contratos
de arrendamento reportados ao SIR - Sistema de Informação
Residencial - no último ano (entre o 4º trimestre de 2014 e o 3º
trimestre de 2015), 40% localizavam-se em Lisboa. Seguiram-se os concelhos de Sintra, Oeiras, Loures e Cascais, com
quotas entre os 7% e os 10%.
Confrontando a renda média contratada com a renda média
pedida obtém-se o rent gap que traduz o desajustamento entre
a oferta e a procura no mercado de arrendamento. Em Lisboa
este indicador atingiu, no 3º trimestre de 2015, -7,7%. Em
Oeiras o rent gap alcançou os -7,6%, sendo que em Cascais
se apresentou menos acentuado, situando-se nos -5%. Em
média, na Margem Norte e na Margem Sul, o desencontro
entre a oferta e a procura rondou os -4%. Verifica-se, assim,
uma tendência para as zonas centrais e mais caras apresentarem um rent gap mais elevado. O mesmo se confirma na gama
alta do mercado, traduzida pelo percentil 95 das rendas contratadas, onde o desnível entre a oferta e a procura se mostrou
mais acentuado que na gama média.
Em termos de rendibilidades, os concelhos fora de Lisboa são
os que apresentam melhores resultados. Enquanto em Lisboa
a yield se fixou, no 3º trimestre de 2015, em 5,5%, em Cascais
e Oeiras atingiu 5,6% e 6,4%, respetivamente.
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No conjunto dos concelhos da Margem Norte e da Margem Sul,
mercados de menor valorização face ao núcleo central da AM
Lisboa (Lisboa, Cascais e Oeiras), a yield média situou-se, no trimestre em análise, entre os 6,7% e os 7,0%. Observa-se, assim,
que a rendibilidade de um imóvel tende a ser superior nas zonas
menos valorizadas.
Economia
ZONAS
LISBOA
MAIS
CARAS
DE
CONCENTRAM NOVOS
PROJETOS IMOBILIÁRIOS
Os dados relativos à emissão de licenças de obras
fornecidos pela Câmara
Municipal de Lisboa (CM
Lisboa) indicam que em
2015 foram alvo de licenciamento 343 projetos de
obras neste município. Cerca de 90% dos projetos para os quais
foram emitidos alvarás em 2015 eram relativos a obras de reabilitação, englobando 259 projetos de obras em edificado e 48 projetos de obras de escassa relevância, isto é, obras em edificado
cujo alvará possui uma validade até 3 meses.
No que respeita ao volume de fogos em processo de licenciamento, na cidade de Lisboa ascendeu a 1.326 unidades em
2015. Destas, 65% estavam incluídas em 134 projetos de obra
em edificado e as restantes em 87 projetos de construção
nova.
Esta informação é relativa à emissão de pré-certificados energéticos realizada pela ADENE, documentos
emitidos em fase de projeto de uma obra, antes do início da construção ou de uma grande intervenção.
As freguesias de Sta. Maria Maior e Misericórdia concentraram quase um quarto do total dos projetos com
licença emitida em 2015 no município de Lisboa, albergando 43 e 41 unidades cada. São também de destacar as freguesias de St. António e Estrela, com 30 e 29
projetos de obras licenciados em 2015, respetivamente.
Agregando os alvarás emitidos em Lisboa desde 2012,
nas freguesias de Misericórdia e Sta. Maria Maior
foram licenciados quase 200 projetos de obras, sendo
que nas freguesias de St. António e Estrela os alvarás
emitidos ascenderam perto das 150 unidades. Estas
freguesias apresentaram-se também como as mais
valorizadas de Lisboa em 2015, com um preço médio
de venda, de acordo com o SIR - Sistema de
Informação Residencial, entre os 2.200 €/m² e os
2.800 €/ m². Verifica-se, assim, uma tendência para os
mercados mais caros concentrarem mais intenções de
investimento.
Focando no mercado de compra e venda, em
Dezembro não houve evolução no ritmo de consultas por potenciais clientes, o primeiro mês desde o
final de 2013 no qual a procura não recuperou.
Adicionalmente, o volume das vendas manteve-se
inalterado, trazendo o respetivo indicador de sentimento para o mesmo patamar de janeiro de 2014.
CONTINUAM POSITIVAS
Entretanto, os preços continuam a recuperar ao
nível nacional, embora a um menor ritmo relativamente ao início do ano. Olhando para o futuro, os
respondentes esperam que os preços das casas
subam cerca de 2% ao longo dos próximos 12
meses. Ao nível regional, o Algarve deverá registar
um crescimento de cerca de 3%, enquanto as projeções se situam em 2% e 1% para Lisboa e para o
Porto, respetivamente.
Os resultados do RICS/Ci PHMS de Dezembro de 2015
mostram que a atividade no mercado de compra e venda
estagnou ao longo do mês. Contudo, os respondentes
esperam que esta seja uma tendência temporária, com os
indicadores relativos a perspetivas futuras a apontar para
que as vendas retomem sua trajetória ascendente num futuro próximo.
A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista especializada na produção de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entre
outros conteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando
os dados do licenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas principais autarquias metropolitanas.
ATIVIDADE ESTAGNA EM DEZEMBRO, MAS PERSPETIVAS DE VENDAS
No sector de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários continuou a reforçar-se, levando à aceleração do
acréscimo das rendas.
Mais informação sobre a CI disponível em www.confidencialimobiliario.com.
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ECOEFICIÊNCIA
artigo
entrevistas
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Ecoeficiência
Materiais Reciclados por Ativação Alcalina
JOÃO CASTRO-GOMES
C-MADE - CENTRE OF MATERIALS AND BUILDING TECHNOLOGIES
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR, COVILHÃ, PORTUGAL
Materiais reciclados por ativação alcalina,
de lamas residuais de minas de volfrâmio,
para uma economia circular inovadora
RESUMO
As alterações climáticas associadas às emissões de carbono (um dos gases causadores de efeito de estufa) são
uma das preocupações ambientais mais prementes da
Comunidade Europeia e Internacional. A gestão de resíduos urbanos e industriais também constitui um tema
atual na agenda ambiental europeia. As indústrias extrativas europeias (em particular na europa ocidental), entre
outras, produzem grandes quantidades de resíduos,
geralmente depositados em escombreiras, constituindo
um potencial de contaminação do solo e da água.
No entanto, a União Europeia definiu metas, vinculativas, de
longo prazo, para uma melhor gestão das emissões de carbono e redução das emissões de gases de efeito de estufa,
em menos de 40% e de 80% abaixo dos níveis de 1990, até
2030 e 2050, respetivamente [2].
A gestão de resíduos urbanos e industriais também continua
a ser um problema na Europa (figura 1). A indústria europeia
de aço produz grandes quantidades de resíduos, muitas
vezes depositados em aterros sanitários, resultando em
potencial de contaminação do solo e da água. Resíduos provenientes da queima do carvão, de centrais termoelétricas,
também representam um grande risco para o meio ambiente. De igual modo, as atividades extrativas podem causar
impactos ambientais, económicos e sociais significativos.
Os resíduos de minas e pedreiras, ou seja, das industrias
extrativas, representam cerca de 29% do total de resíduos
gerados a partir de processos industriais na EU[3].
A Comissão Europeia adotou, recentemente, um novo e
ambicioso Programa de Economia Circular para financiar
a criação de novas empresas e mobilizar os consumidores europeus para uma economia verde, circular, onde os
recursos são utilizados de uma forma mais sustentável.
As lamas residuais provenientes da extração mineira
podem ser reutilizadas diretamente em aplicações e produtos inovadores de alto valor industrial.São resíduos,
mas podem tornar-se em novas matérias-primas para
produção de materiais reciclados por ativação alcalina,
entre outros, como tem vindo a ser reconhecido universalmente pela Comunidade Científica. Em particular, em
Portugal, há potencial de reutilização de lamas residuais
de minas de volfrâmio, da Panasqueira, como novos
materiais de ativação alcalina, para uma economia circular inovadora.
Figura 1: Produção de resíduos por atividades económicas e agregados familiares,
UE-28, 2012 [3]
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - EMISSÕES DE CO2 E RESÍDUOS INDUSTRIAIS NA EUROPA
As emissões de CO2 e a produção de resíduos, provenientes
de um largo espectro de processos industriais, representam
impactos negativos na saúde do Homem e no ambiente. As
alterações climáticas associadas às emissões de carbono (um
dos gases causadores de efeito de estufa) são uma das preocupações ambientais mais prementes da Comunidade
Europeia e Internacional. Em 2013, foram contabilizadas na
União Europeia (UE) mais de 4,6 mil milhões de toneladas de
emissões de gases de efeito de estufa, em termos equivalentes da quantidade de CO2, provenientes do setor habitacional
e da indústria [1].
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1.2 - PROGRAMA DE AÇÃO DA UE EM MATÉRIA DE AMBIENTE
O Programa Geral de Ação da União Europeia para 2020, em
matéria de ambiente, tem a seguinte visão estratégica: “Em
2050, vivemos bem, dentro dos limites ecológicos do planeta.
A nossa prosperidade e a sanidade do nosso ambiente resultam de uma economia circular inovadora em que nada se desperdiça e em que os recursos naturais são geridos de forma
sustentável e a biodiversidade é protegida, valorizada e recuperada de modo a reforçar a resiliência da nossa sociedade.
O nosso crescimento hipocarbónico foi há́ muito dissociado da
utilização dos recursos, marcando o ritmo para uma sociedade
global segura e sustentável” [4]. Ou seja, a proteção da natureza e o reforço da resiliência ecológica, um maior crescimento hipocarbónico e maior consciencialização na utilização dos
recursos naturais, e a redução às ameaças à saúde e ao bemestar humanos relacionadas com a poluição, as substâncias químicas e os impactos das alterações climáticas, são as três principais prioridades deste Programa. Por outro lado, é dada uma
atenção especial no sentido de tornar os resíduos num recurso
(matéria-prima), com mais prevenção, reutilização e reciclagem, e
eliminando de uma forma faseada práticas destrutivas e prejudiciais, como a deposição em aterros.
A Comissão Europeia adotou, recentemente, um novo e ambicioso Programa de Economia Circular para financiar a criação de
novas empresas e mobilizar os consumidores europeus para uma
economia verde, circular, onde os recursos são utilizados de uma
forma mais sustentável. As ações propostas pretendem contribuir
para "fechar o ciclo" de ciclos de vida dos produtos através de
uma maior reciclagem e reutilização, e trazer benefícios tanto
para o meio ambiente como para a economia. O Programa pretende que se obtenha o máximo valor e utilização de todas as
matérias-primas, produtos e resíduos, promovendo a economia
de energia e redução das emissões de gases de efeito de estufa
[5].
i) materiais de ativação alcalina
A ativação alcalina de matérias-primas constituídas essencialmente por alumino-silicatos (designadas por materiais percursores) é um processo químico que consiste em transformar
estruturas vítreas (parcialmente ou totalmente amorfas e/ou
metaestáveis) em ligantes e compósitos muito compactos [19].
Para a ativação alcalina ocorrer é necessário que os materiais
percursores se encontrem num meio alcalino que permita a dissolução de uma determinada quantidade de sílica e alumínio e
a hidrolisação das superfícies das matérias-primas. Este meio
alcalino pode ser criado utilizando soluções alcalinas (designados por ativadores), nomeadamente NaOH, KOH, Na2SiO3,
Ca(OH)2, entre outros, individualmente ou em combinação.
Atualmente, os materiais/ligantes obtidos por ativação alcalina
podem ser classificados como a terceira geração de cimentos,
uma vez que são alternativos ao cimento Portland, devido à
suas superiores propriedades, elevada resistência e durabilidade, baixa retração, baixas emissões de CO2, elevada resistência aos sulfatos e aos ácidos, capacidade de encapsulamento
de resíduos perigosos e excelente desempenho ambiental. [20]
[21].
1.3 - POTENCIAL DE REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE MINAS
A maioria dos resíduos industriais provenientes da indústria extrativa tem potencial para ser reutilizado diretamente, sem qualquer
transformação, nomeadamente em obras de terraplanagem e
construção de estradas, em particular, as partículas grossas,
como por exemplo, em pavimentos betuminosos e de betão [6][7].
Particularmente, podem ser utilizados na produção de misturas
com emulsões betuminosas, como uma solução adequada em
pavimentos de baixo volume de tráfego, em estradas municipais e
rurais [8].
Em particular, em Portugal, há um grande potencial de reutilização de lamas residuais de minas de volfrâmio, da Panasqueira,
como novos materiais de ativação alcalina.
2 - MATERIAIS
RECICLADOS POR ATIVAÇÃO ALCALINA, DE LAMAS
RESIDUAIS DAS MINAS DA PANASQUEIRA
2.1 - BREVE DESCRIÇÃO DA PANASQUEIRA E DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS
Podem também tornar-se matérias-primas para aplicações industriais onde o alto valor do produto não limita a sua reutilização
devido aos custos de transporte e/ou de produção/transformação:
- por exemplo, o processamento de carbonato de cálcio para a
produção de cimento, no caso específico da indústria de mármore
[9] ou a incorporação em argamassas de poliéster [10]. Por outro
lado, os resíduos envelhecidos, com diferentes cores e texturas,
podem tornar-se também matéria-prima para o desenvolvimento
de novos produtos de base polimérica (compósitos poliméricos)
com aspeto estético e técnico-artístico de valor acrescentado, particularmente como mosaicos para pavimentos exteriores e mobiliário urbano, cumprindo requisitos de marcação CE e no desenvolvimento de outros produtos obtidos pela interceção entre o
conceito tecnológico e o artístico [11].
A Panasqueira é uma das minas subterrâneas mais antigas de
Portugal. A mina tem estado ativa há mais de 125 anos e contém um dos maiores depósitos de volfrâmio do mundo, com viabilidade económica. Sendo o volfrâmio o principal produto da
exploração mineira da Panasqueira são também extraídas cassiterite e calcopirite. Tais minerais são tratados para fazer concentrados de tungsténio, estanho e cobre, respetivamente. O
processo do tratamento do minério começa com separação por
meio pesado para as frações grosseiras do material. Este processo permite a remoção de cerca de 80% do minério que não
tem nenhum teor de tungsténio. Em seguida, este material préconcentrado é submetido a um método de concentração convencional por gravidade, seguido da remoção do sulfureto (presente no minério) utilizando flutuação e separação magnética
final a seco [22].
A reutilização de partículas finas, nomeadamente de lamas residuais, como materiais precursores para a obtenção de ligantes e
materiais de ativação alcalinai), é uma tecnologia promissora, do
ponto de vista técnico, ambiental e económico [12][13][14][15][16].
Além disso, a ativação alcalina de outros subprodutos ou resíduos
industriais cuja composição química são essencialmente óxidos
de alumínio e de silício (alumino-silicatos), como escórias de alto
forno e cinzas volantes das centrais termoelétricas, já é amplamente conhecida como tecnologia inovadora, para obtenção de
ligantes (cimentos), cujas propriedades, são comparáveis ou
mesmo superiores às propriedades e durabilidade dos materiais
produzidos com cimento Portland [17][18].
Figura 2. Escombreiras: Instalação do Rio (esquerda), Instalação da Barroca Grande
(direita).
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Ecoeficiência
Durante os primeiros 50 anos de exploração mais de 27 milhões de
toneladas de rocha foram extraídas, dos quais corresponde aproximadamente a 92,8, 4,8 e 28,6 mil toneladas de concentrado de
tungstênio, estanho e cobre, respetivamente [23]. Atualmente, a
capacidade de produção é variável na gama de 85,000 a 95,000 unidades de tonelada métrica (mtu, na sigla em Inglês) de concentrado
de tungsténio (WO3) por ano. A instalação produz um concentrado
de tungsténio de alta qualidade com 74% a 75% de WO3, com um
dos maiores graus de concentração disponíveis no mercado [22]. A
extração mineral e processamento produziu, ao longo dos anos, dois
tipos principais de resíduos de rocha, de acordo com o seu tamanho:
resíduos grossos (material estéril, escombros) e resíduos finos (resíduos esmagados e moídos, lamas residuais) [24]. Na década de
1980 a exploração produzia cerca de 300 toneladas de resíduos
grossos por dia. Nos últimos 5 anos (2011-2015), a exploração produziu em média, diariamente, cerca de 2 mil toneladas de resíduos
grossos e de 130 toneladas de lamas residuais.
Os resultados preliminares indicam que o ligante revela uma boa
ligação com as superfícies de betão, quando o betão se encontra
em idades jovens, e que o seu comportamento de aderência não
é afetado pela baixa rugosidade da superfície a aplicar. Por outro
lado, a comparação de custos com outros materiais de reparação,
existentes no mercado, evidencia que esta solução de reparação é
rentável do ponto de vista económico [25]. Em relação ao desempenho ambiental, os resultados de lixiviação mostram que todos os
parâmetros estão abaixo dos limites estabelecidos, para materiais
inertes, indicando que estes ligantes obtidos por ativação alcalina
têm capacidade para imobilizar sulfuretos e metais pesados [26].
Até 1996, os pré-concentrados eram transportados para a instalação
do Rio (Fundão). Atualmente, os procedimentos finais de separação
são realizados exclusivamente na instalação da Barroca Grande
(Covilhã) (ver Figuras 2 e 3), tendo-se formado enormes escombreiras de resíduos grossos e duas barragens de lamas residuais nestes
locais [24].
Em relação ao impacto ambiental, a Panasqueira está localizada
perto de uma das montanhas mais altas em Portugal, dentro de um
parque natural, perto da Serra do Açor, uma das áreas protegidas no
País. Localiza-se também perto do rio Zêzere, que é o segundo
maior rio em Portugal e a principal fonte de água para a cidade de
Lisboa. A acumulação de resíduos em enormes depósitos de escombreiras apresenta hoje um risco potencial de poluição ambiental e
provocam graves impactos na paisagem, portanto, também afetam
a qualidade de vida das populações locais. Por outro lado, parte destas escombreiras podem conter altas concentrações de sulfuretos
(As) e de metais pesados (Cu, Pb, Zn e Cd), em particular as barragens de lamas residuais mais antigas.
A tabela 1 apresenta a composição típica de lamas residuais, consistindo principalmente de sílica e alumina, com menor percentagem
de ferro e potássio.
Figura 3: Lagoa de lamas residuais
O desenvolvimento de agregados artificiais como material de substrato em processos de tratamento de águas residuais (reatores de
biofilme), a partir de argamassas obtidas por ativação alcalina de
lamas residuais, tendo em conta as suas propriedades, é outra
área promissora de aplicação, com resultados já comprovados. Os
agregados artificiais (ver figura 4), obtidos por este processo, apresentam resistência adequada ao ataque ácido e podem ser utilizados como substrato para reatores biológicos de película fixa em
tratamentos ácidos de águas residuais, entre outras aplicações.
Além disso, a porosidade característica dos agregados artificiais
torna-os adequados para proporcionar uma boa adesão e desenvolvimento de biofilme, essencial para a remoção de poluentes.
Como tal, o desenvolvimento de agregados artificiais através da
ativação alcalina para o tratamento de águas residuais por filtração, apresenta-se como uma solução técnica viável para competir
com outros materiais correntemente adotados para este fim, como
por exemplo, britas naturais ou argila expandida [13].
Tabela 1. Composição química (% mássica) de lamas residuais das minas da
Panasqueira, por análise FRX.
2.2 - ATIVAÇÃO ALCALINA DE LAMAS RESIDUAIS DA PANASQUEIRA
Têm vindo a ser desenvolvidos vários estudos sobre a reutilização
de lamas residuais das minas da Panasqueira, como materiais precursores para a obtenção de ligantes obtidos por ativação alcalina,
sendo considerados muito promissores do ponto de vista técnico,
ambiental e económico. As lamas residuais apresentam muito boa
reatividade com ativadores alcalinos, depois de um tratamento térmico de 2 horas a 850 ºC, para a obtenção e desenvolvimento de
novos ligantes (cimentos). O potencial de desenvolvimento deste
tipo de ligante, como material de reparação de estruturas de betão
armado, tendo em conta o seu comportamento mecânico é muito
promissor.
40 /
Figura 4: Agregados artificiais esféricos, obtidos por ativação alcalina.
O sistema GEOGREEN destinado à construção de superfícies
ajardinadas - 1º prémio Inovação Tektónica em 2013, também
incorpora materiais reciclados por ativação alcalina de lamas residuais das minas da Panasqueira. Trata-se de um sistema modular
para superfícies ajardinadas, constituído por painéis pré-fabricados
e pré-plantados com vegetação, adequado para edifícios novos e
readaptação/reabilitação de edifícios existentes. Esta solução
baseia-se no desenvolvimento de um painel de revestimento,
incorporando vegetação natural, pré-fabricado, como parte de um
sistema modular, adaptado à construção nova e à modernização
de edifícios e, como tal, de fácil alteração e manutenção.
grande variedade de aplicações, como por exemplo, em sistemas
de arrefecimento superficial em edifícios, em novos produtos de
construção, como painéis pré-fabricados para paredes divisórias e
coberturas (telhas), a pavimentos de estradas com baixo risco de
ocorrência de gelo-degelo. As suas propriedades físicas, como
resistência ao fogo e resistência mecânica, são determinadas pelo
revestimento incapsulante dos materiais de ativação alcalina. Em
geral, verificou-se que os compósitos produzidos têm uma capacidade de armazenamento de energia térmica semelhante a outros
produtos comercializados [28].
O sistema pretende contribuir para o arrefecimento passivo de edifícios e associa os benefícios da vegetação adaptada com as
características térmicas, acústicas e ambientais dos materiais utilizados. Cada módulo do sistema consiste numa placa base de
material obtido por ativação alcalina e uma placa superior de aglomerado negro de cortiça expandida, como se apresenta na figura
5. O material foi desenvolvido a partir de uma mistura de resíduos
industriais, de lamas residuais e de resíduos de vidro moído, contendo ainda aglomerado negro de cortiça, combinando propriedades de absorção e retenção de água, baixa densidade e boa resistência mecânica [27].
Figura 6: Agregados (AL+PCM) para serem encapsulados em materiais de ativação
alcalina
3 - CONCLUSÕES
As minas da Panasqueira, localizadas na região da Beira Interior
tem estado em laboração há mais de 125 anos. O volfrâmio é o
principal minério extraído e a atividade mineira depende do seu
valor comercial mundial. A mina também produz enormes quantidades de resíduos, diariamente, que são depositados em escombreiras e lagoas.
Figura 5: Módulos GEOGREEN, com lamas residuais e aglomerado negro de cortiça.
Foram também desenvolvidos compósitos com capacidade de
armazenamento de energia térmica, constituídos por agregados
leves (LA) impregnados com materiais de mudança de fase (PCM),
macro-encapsulados num ligante de ativação alcalina, obtido, por
sua vez, a partir de uma mistura de lamas das minas da
Panasqueira e vidro moído (ver figura 6). Tal como no sistema
GEOGREEN este ligante foi produzido com lamas residuais, sem
qualquer tratamento térmico, misturadas com 20% de resíduos de
vidro moído, para aumentar o seu teor em sílica amorfa. Os agregados leves com capacidade de armazenamento de energia térmica foram obtidos por impregnação da argila expandida com ceras
parafínicas que, por sua vez, foram revestidos e impermeabilizados superficialmente com o ligante de ativação alcalina. Estes
novos tipos de materiais artificiais compósitos, com capacidade de
armazenamento de energia térmica, abrem perspetivas para uma
Os resíduos grossos podem ser matérias-primas para a industria
da construção da Beira Interior, reutilizados diretamente, sem qualquer transformação, em obras de terraplanagem e construção de
estradas municipais e rurais.
Os resíduos grossos envelhecidos, com diferentes cores e texturas, são outro tipo de matéria-prima para o desenvolvimento de
novos produtos; compósitos poliméricos, com aspeto estético e
técnico-artístico de valor acrescentado.
As lamas residuais são também, por sua vez, nova matéria-prima,
para produção de materiais reciclados por ativação alcalina, neste
caso com potencial para aplicações industriais onde o valor do produto não limita a sua reutilização devido aos custos de transporte
e/ou de produção/transformação. A variedade de novos materiais
e produtos de ativação alcalina, tendo como em variáveis principais, o tipo de precursores e ativadores, bem como as suas proporções e condições de cura, potenciam uma vasta área de desenvolvimento e aplicações futuras.
/ 41
Ecoeficiência
A quantidade e qualidade dos resíduos (lamas e grossos)
oferece uma ampla alternativa (e/ou complemento), durável
e economicamente viável de novos tipos de produção, para
a mina. A partir desta nova perspetiva, uma conversão da
produção das minas da Panasqueira, ou complemento da
sua produção, em materiais reciclados obtidos por ativação
alcalina poderá ser uma solução viável, no quadro de financiamento do Programa de Economia Circular da EU, assegurando que o seu desempenho ambiental seja devidamente avaliado.
Estes e outros aspetos estão a ser desenvolvidos no projeto
REMINE (H2020 RISE-Marie Curie), em curso até 2018, que
tem como objetivo a investigação sobre a reutilização de resíduos de minas em materiais inovadores obtidos por ativação
alcalina, como painéis estruturais, produtos pré-fabricados,
misturas prontas e aplicações insitu.
FINANCIAMENTO
Parte dos resultados de investigação apresentados neste trabalho foram parcialmente financiados pelo Programa-Quadro
Comunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 da
Comissão Europeia, através da ação MARIE SkłodowskaCURIE - Research and Innovation Staff Exchange, com o projeto número 645696, coordenado pela Universidade da Beira
Interior (projeto REMINE: https://reminemsca.wordpress.com).
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optimisation of phase change material-impregnated lightweight
aggregates for geopolymer composites made from aluminosilicate
rich mud and milled glass powder, Constr. Build. Mater. 110 (2016)
201–210.
www.materialon.com
A Plataforma Material ON é uma Plataforma Digital Bilingue,
gratuita, que inclui um diretório de produtos e empresas, organizado de forma a favorecer a consulta dos arquitetos e projetistas, promovendo os produtos portugueses em todo o mundo.
Esta plataforma estará disponível para todos os intervenientes
do setor da construção, nomeadamente projetistas, construtores, fabricantes, equipas de fiscalização, comerciantes, consumidor final, entre outros ou nacionais ou estrangeiros.
O acesso à plataforma poderá ser realizado
através do site da APCMC ou diretamente
através do link: www.materialon.com. O re gisto é um processo obrigatório que permite
que os gestores da plataforma possam recolher informação sobre os utilizadores, podendo assim dinamizar os conteúdos, de
acordo com as respetivas necessidades.
Entrevista
Marina Rodrigues
Construction Sales Manager, Amorim Cork Composites
Underlay Acouticork para diferentes tipos de pavimento
COMO
CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-
MOS ANOS?
Inovação, tecnologia, sustentabilidade são características que distinguem a Amorim Cork Composites (ACC). Tirando partido das
propriedades únicas da cortiça que a tornam numa matéria-prima
versátil, adequada aos mais diversos tipos de indústrias, desde a
aeronáutica, aeroespacial, a várias áreas da construção, sobretudo
para isolamento térmico, acústico e controlo de vibrações, a ACC
tem sabido reinventar-se, acrescentando valor técnico, tecnológico
e conceptual ao produto final dos seus clientes provenientes das
indústrias mais exigentes do mundo, e que encontram na cortiça e
nos materiais da ACC o melhor caminho para alcançar os seus
objetivos.
São várias as empresas que, um pouco por todo o mundo, confiam
nas nossas soluções para integrar o seu produto.
Na área da construção, a ACC apresenta ao mercado a marca
Acousticork. A estrutura alveolar da cortiça permite renomeá-la de
“espuma natural” e o facto de ser composta por células fechadas
com uma densidade de cerca de 40 milhões de células por centímetro cúbico permite encontrar neste material natural e sustentável
características difíceis de reproduzir até em materiais artificiais,
como é o caso de borrachas. A marca Acousticork explora exatamente essas propriedades únicas como o reduzido coeficiente de
44 /
Poison, a elevada capacidade de recuperação de espessura após
compressão e a alta resiliência e apresenta ao mercado soluções de
compromisso entre cortiça e outros materiais para o controlo acústico
e de vibrações.
Na área da indústria, mais concretamente dos transportes, por exemplo, estamos atualmente a desenvolver o piso para o Alfa Pendular de
nova geração. Neste projeto, o piso AluCORK® da ACC foi selecionado pelas suas características que permitem uma redução do peso,
elevada durabilidade e performance térmica e acústica incomparável,
significando elevados ganhos no consumo energético. Esta solução
foi também aplicada no metro de Varsóvia e está, desde 2015, a ser
implementada no piso do metro de Riyadh, num projeto que se prolonga até 2017. Com características de design diferentes e adaptadas
a cada projeto, as vantagens técnicas AluCORK® são transversais a
todas as aplicações.
No âmbito da indústria aeroespacial, são de destacar os projetos que
continuamos a desenvolver com a NASA e a Agência Espacial
Europeia. A NASA interessou-se pela cortiça nos anos 60, pelo seu
notável e único desempenho em manter a sua estrutura celular
mesmo após combustão. Por isso, utiliza cortiça na proteção térmica
dos space shuttles e mísseis. Junto da Agência Espacial Europeia,
com o objetivo de simplificar a reentrada das cápsulas espaciais na
Terra, continuamos a trabalhar no desenvolvimento de um sistema de
proteção inovador, com funções estruturais e térmicas.
Numa maior proximidade ao consumidor final, aproveitando a
estética e texturas originais da cortiça, desenvolvemos projetos
junto de designers que têm vindo a criar peças para as nossas
marcas que colocam a cortiça no dia a dia de cada um através
de objetos diferenciadores que reúnem harmoniosamente estética e funcionalidade, como é o caso das peças das marcas
Alma Gémea e Materia.
Muito recente e, transportando a cortiça para o mundo do surf,
a ACC participou no projeto da prancha de surf desenvolvida
para o recordista atleta de surf Garret McNamara e a Mercedes.
Estes são apenas alguns exemplos bastante recentes que colocam a cortiça e as nossas soluções nas mais diversas áreas de
negócio, em diferentes pontos do mundo, reveladores das
potencialidades e eficácia desta matéria-prima que provém da
natureza e que a ACC já levou até ao espaço.
QUAL
A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E
SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE?
SER IMPLEMENTADA?
DE
QUE FORMA TEM VINDO A
A Amorim Cork Composites tem uma grande preocupação com
a sustentabilidade, como revelam os seus produtos e aplicações. A sustentabilidade está na sua génese. Este é aliás um
valor transversal a toda a Corticeira Amorim e que é a base de
tudo o que desenvolvemos. Tudo começa com a própria matéria-prima, a cortiça, um material completamente natural.
Retirada do sobreiro a cada nove anos, após a árvore atingir a
sua maturidade aos 25 anos, a cortiça é 100% natural, reutilizável e reciclável.
O nosso compromisso com o ambiente é uma realidade diária
da empresa, visando sempre que da nossa atividade decorra o
menor impacte ambiental possível. Para controlar e orientar o
nosso caminho da sustentabilidade somos certificados pela ISO
14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e privilegiamos a cortiça
proveniente de florestas bem geridas, certificadas através do
sistema de certificação florestal do Forest Stewardship Council
(FSC) e/ou Programme for the Endorsement of Forest
Certification Schemes (PEFC), pelo que os nossos produtos
detêm esta certificação.
A ACC foi a primeira empresa do mundo a ser classificada com
marcação CE, através dos underlays (subpavimentos) à base
de cortiça da marca Acousticork.
Também o capital humano de toda a Corticeira Amorim organiza e participa em iniciativas de plantação de sobreiros como
objetivo de prevenir a escassez destas árvores tão importantes
para a retenção de dióxido de carbono o que contribui para a
redução dos gases com efeito de estufa responsáveis pelas
alterações climáticas. 14 milhões de toneladas de CO² é o valor
estimado de dióxido de carbono retido por estas florestas.
Importa também referir o programa de reciclagem de rolhas que
o grupo promove em colaboração com a Quercus e que consiste na recolha de rolhas por todo o país que depois são recicladas na ACC, dando origem a diferentes tipos de granulado de
cortiça aproveitado para aplicação em diversas das nossas
soluções. A sustentabilidade é por isso para a ACC uma forma
de ser, de estar e de pensar o futuro.
QUAIS
SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA?
CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?
QUE
CARACTERÍSTI-
Os produtos com maior procura na gama de ofertas da ACC para
o segmento construção são as mantas resilientes de desacoplamento - soluções acústicas. Estas mantas podem ter dois posicionamentos diferentes no sistema construtivo adotando, por
isso, designações diferentes: underlays, posicionadas entre o
pavimento final e a betonilha, e underscreeds, posicionadas
entre a betonilha e a laje.
As soluções que a ACC apresenta para este tipo de aplicação
reúnem características como: elevada performance a ruídos de
percussão com espessuras reduzidas, reduzida perda de espessura ao longo do tempo de utilização - durabilidade, alta capacidade de recuperação de espessura, compatibilização com cargas elevadas e cargas pontuais, capacidade de absorção de irregularidades das bases onde são aplicadas, utilização de matérias-primas naturais e sustentáveis - cortiça - e reutilização de
matérias-primas recicláveis - como borracha proveniente de
pneus automóveis ou poliuretano proveniente de volantes automóveis.
Nos últimos anos, o mercado nacional tem ainda revelado interesse num jovem produto da ACC - o Corkwall. O Corkwall é uma
emulsão que junta granulados de cortiça com resinas aquosas,
aditivos e fibras minerais e que pode ser aplicada por projeção
mecânica em fachadas e telhados. Sendo uma solução estanque
à água líquida (quando na vertical), mas permeável ao vapor de
água, é uma excelente solução para mitigar condensações presentes na maioria das habitações nacionais. Corkwall é, ainda,
um produto excelente para a reparação e mitigação de micro fissuras pois trata-se de um produto muito elástico e que adere perfeitamente a qualquer tipo de substrato.
DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELE QUE ELEGE
QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS?
COMO SENDO O MAIS ECOEFICIENTE?
É sempre difícil selecionar um produto como sendo o mais ecoeficiente uma vez que este é um pressuposto das nossas soluções, já que todas têm origem no mesmo tipo de matéria-prima
(natural, sustentável e reutilizável - cortiça - ou pelo menos reciclada - outros materiais já mencionados).
Em todo o caso, apontaria o Corkwall, não só pela matéria-prima
utilizada, como também pelo impacto na estabilização da temperatura interior e, por isso, na redução de custos associados a
energia para aquecimento ou arrefecimento.
Para o desempenho energético-ambiental do edifício ser otimizado, é importante que a inércia térmica seja adaptada e integrada com estratégias de otimização do desempenho complementares. Assim deve conjugar-se a inércia térmica com o isolamento térmico, assente de forma contínua e pelo exterior como é o caso do Corkwall, que corresponde à forma como
melhor é alcançado o contributo positivo do armazenamento
das temperaturas médias do clima que favorecem o conforto no
ambiente interior, além de proteger as fachadas do risco de fissurarem - cuja característica o Corkwall vê maximizada pela flexibilidade que possui.
/ 45
Entrevista
Corkwall Aplicado na atual Bilheteira
da Livraria Lello no Porto
O
MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCEN-
TE NOS ÚLTIMOS ANOS.
HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOEFICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?
Sem dúvida. A ecoeficiência integra cada vez mais as exigências
que estão no topo da lista de qualquer projeto de reabilitação.
Ecoeficiência e sustentabilidade são valores indissociáveis e as
empresas que não seguem este caminho estão com certeza a perder
terreno. A nossa gama Acousticork tem sido muito requisitada para
projetos de reabilitação por conseguir aliar, precisamente, uma alta
performance proporcionada pelas características únicas da cortiça capacidade natural de impermeabilização a líquidos e gases, elasticidade, compressão, elevada resistência, leveza, flutuação, isolamento térmico e acústico entre outros - ao facto de se tratar de uma
matéria-prima sustentável com um processo de produção com rigorosos procedimentos que minimizam ao máximo os impactos
ambientais. Ao tornar os edifícios mais ecoeficientes e sustentáveis,
estamos a evitar custos futuros decorrentes de consumos energéticos excessivos. Associado à ecoeficiência e à sustentabilidade, é
também cada vez mais fundamental a inovação nos produtos e
materiais utilizados que signifiquem construções de qualidade e de
futuro.
POSSUEM
ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DA
REABILITAÇÃO?
Os produtos anteriormente enumerados como mais requisitados são
precisamente os mais orientados para o mercado da reabilitação que
representa uma levada percentagem das obras nacionais a decorrer.
A utilização dos diferentes materiais tem razões diferentes. A aplicação de mantas resilientes entre o pavimento final e a betonilha (ou
pavimento existente) deriva da necessidade de dotar as construções
antigas de algum conforto acústico, bem como pela ausência da possibilidade de trabalhos que obriguem a perdas de cotas para intervenções mais profundas. A capacidade de absorver irregularidade da
base (como por exemplo juntas de pavimentos existentes) e a compatibilização destes produtos com diferentes tipos de pavimento final
são, igualmente, razões para que o mercado da reabilitação encontre
no portefólio da ACC excelentes soluções com reduzida espessura.
46 /
A utilização do Corkwall como revestimento de fachadas e telhados é motivada pela utilização de alguns revestimentos no passado e cuja qualidade não se verificou durável e/ou compatível com
os requisitos atuais. Assim, o Corkwall adere perfeitamente aos
revestimentos cerâmicos das fachadas e evita a queda dos mesmos. Pode ser aplicado para o encapsulamento de telhas de
amianto e também sobre sistemas ETIC’s para mitigar a sua
microfissuração.
EXISTE ALGUMA OBRA RECENTE
TASSE DE MENCIONAR?
COM A VOSSA INTERVENÇÃO, QUE GOS-
São inúmeras as obras internacionais onde podemos encontrar
presentes, em sistemas construtivos, não só as duas marcas
mencionadas anteriormente - Acousticork e Corkwall - como também a ExpandaCork - para juntas de expansão - ou Sports Floor
- para pavimentos desportivos. Registo apenas alguns exemplos:
Marina de Casablanca, Aeroporto de Bangkok, Estádio Green
Point, em Cape Town, o North Gate Mall, no Qatar ou o Disney
Grand Floridian Resort & Hotel (Orlando - Florida, EUA) onde a
velha carpete de 880 quartos foi substituída por LVT e cujo underlay escolhido tem a marca Acousticork.
Relativamente a exemplos nacionais, gostaria de destacar a presença de marca Acousticork num dos hotéis mais tradicionais da
nossa capital, o Hotel ALIF, e aquela que é agora a bilheteira da
Livraria Lello e que é uma peça de arte da criadora Gabriela
Gomes, parte do projeto “Shelter byGG” e na qual encontramos o
Corkwall como revestimento exterior. O projeto “Shelter byGG”
consistiu na criação de objetos escultórios que pudessem ser utilizados como habitação e colocados em espaços públicos, maximizando o design, o uso de materiais reciclados e não poluentes
e a eficiência energética.
O Shelter foi distinguido em 2012 na seleção E-Architect e é com
muito orgulho que vemos esta peça de arte ser reciclada e associada àquela que já foi inúmeras vezes considerada uma das livrarias mais bonitas do mundo. Os muitos visitantes desta livraria
convivem com a nossa tão nacional e particular matéria-prima - a
cortiça - sem que se aperceberem disso. A cortiça e as suas aplicações reinventam-se todos os dias!
Entrevista
Jorge Ramos
Diretor Geral Comercial, Imperalum
COMO CARACTERIZA
ANOS?
A EMPRESA E QUAL O PERCURSO NOS ÚLTIMOS
A Imperalum, fundada em 1968, foi a primeira empresa nacional
e das primeiras a nível ibérico a produzir membranas betuminosas de impermeabilização para edifícios, tendo sido precursora a
nível mundial na modificação de betumes asfálticos no sentido de
adequar esta matéria-prima às mais exigentes necessidades do
mercado.
O lançamento em 2015 das novas gamas de membranas betuminosas APP Avance, New e Ultra espelham bem o esforço e a
dedicação que a empresa dedica à inovação na fabricação de
novos produtos e soluções, estratégia que permite à Imperalum
liderar o mercado nacional das impermeabilizações e isolamentos - térmicos e acústicos - tendo elegido como missão contribuir
para a qualidade de vida dos edifícios de uma forma duradoura e
sustentável.
De referir que foi a Imperalum a primeira empresa em Portugal a
homologar sistemas de impermeabilização de coberturas de edifícios através do LNEC, tendo integrado por protocolo com o IPQ,
o Organismo de Normalização do Sector, cujo objetivo se centrou
48 /
no acompanhamento da normalização europeia, e teve como
resultante a obtenção da Marcação CE para as membranas betuminosas de impermeabilização, estando neste momento em
curso e no âmbito da Comissão Técnica - CT 96 - trabalhos conducentes à publicação num futuro próximo de um conjunto de
regras técnicas para sistemas de impermeabilização em coberturas de edifícios, os quais têm por objetivo incrementar os níveis
de qualidade neste importante sector de atividade em Portugal.
Também o acompanhamento do projeto de impermeabilização é
uma atividade muito importante dentro da empresa, tendo a
Imperalum desenvolvido uma plataforma técnica disponível na
página web da empresa, que permite aos projetistas encarar o
projeto de impermeabilização como se de um projeto de especialidade se tratasse e aportando assim níveis de fiabilidade e segurança a esta área tão importante da construção.
QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER
IMPLEMENTADA.
Eu dividiria a resposta em três dimensões distintas mas contudo
complementares;
EM PRIMEIRO LUGAR NA DIMENSÃO INDUSTRIAL:
EM
A Imperalum foi pioneira a nível europeu quando certificou a
empresa, em 2005, ao abrigo da ISO 14001, dando assim corpo à
sua estratégia de sustentabilidade, que passa por introduzir nas
suas práticas industriais processos que minimizem o impacte
ambiental. Posso dar como exemplo a incorporação de plásticos
de embalagem na produção de membranas betuminosas, no controle rigoroso de efluentes gasosos para a atmosfera, na política de
separação de resíduos e na sua reutilização, na utilização racional
da água de arrefecimento, na racionalização dos consumos de
energia na empresa, etc, etc.
A Imperalum integra um vasto programa europeu de LCA Life Cycle Assessment - promovido pela European
Waterproofing Association, da qual somos membros e cuja
resultante foi a publicação de uma Declaração Ambiental de
Produto para o sector Europeu da indústria da impermeabilização.
EM SEGUNDO LUGAR NA DIMENSÃO COMERCIAL:
A Imperalum produz e comercializa produtos que se destinam a
promover a qualidade de vida nas edificações, através da isenção
de humidades resultantes de infiltrações assim como da promoção
de isolamentos térmicos e acústicos. Desta melhoria de qualidade
resulta também uma maior conservação de energia, tendo como
consequência poupanças de energia quer no Verão quer no
Inverno, contribuindo dessa forma para a eficiência energética dos
edifícios.
TERCEIRO LUGAR NA DIMENSÃO DA INVESTIGAÇÃO:
Ambicionando o aprofundamento da temática da sustentabilidade, em Setembro de 2015 a Imperalum assinou com o LNEG
um protocolo de participação num projeto europeu, o LCIP - Life
Cycle in Pratice, o qual se destina a apoiar PME em sectores
predefinidos, utilizando abordagens e ferramentas de ciclo de
vida com o objetivo de melhorar a eficiência dos recursos e
reduzir as emissões e resíduos que ocorrem ao longo da vida
dos seus produtos e serviços.
DENTRO
DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL É AQUELE QUE
ELEGE COMO SENDO O MAIS ECOEFICIENTE?
RÍSTICAS?
QUAIS AS SUAS CARACTE-
Destacaria não um produto mas sim três sistemas.
/ 49
Entrevista
O sistema das coberturas ajardinadas, que permite transportar
para as coberturas dos edifícios os espaços verdes inexistentes
nas urbanizações, com inúmeras vantagens ambientais das
quais destacaria o amortecimento de caudais e o evitar das
cheias localizadas, o aumentar níveis de oxigénio nas cidades
por contrapartida de diminuição de níveis de CO2, assim como do
contributo para o abaixamento das temperaturas nas cidades e
diminuição do efeito de estufa.
estanquicidade com garantia de longa duração, sem raspar,
escovar, furar ou partir o fibrocimento, ou seja, sem riscos de
libertação de partículas de amianto, mesmo durante os trabalhos
de reabilitação.
O MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRESCEN-
TE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A ECOEFICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO IMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?
O sistema de impermeabilização com membranas revestidas a
granulado de ardósia branca, que permitem um incremento da
reflexão da luz solar, permitindo dessa forma diminuir o impacto
na temperatura dos edifícios, contribuindo desta forma para a
poupança energética. Um excelente exemplo é o da Autoeuropa
em Palmela, onde este nosso conceito e sistema foi aplicado
com sucesso.
Por último o sistema de reabilitação de coberturas em fibrocimento contendo amianto, permitindo, sem efetuar a sua remoção,
encapsular estes materiais recorrendo a um sistema inovador,
integrando um isolamento térmico em poliisocianurato e um sistema de impermeabilização com membranas betuminosas APP
Avance e permitindo a reabilitação da cobertura com reforço
estrutural e melhoria de características térmicas, acústicas e de
50 /
A recuperação do mercado não passa de facto pela construção
nova. A reabilitação é uma inevitabilidade pelo que a adaptação
dos processos construtivos e dos materiais coloca desafios enormes à indústria.
Dou como exemplo o simples facto de adaptar uma construção
antiga aos novos requisitos do RCCTE. Veja o impacto da melhoria da eficiência térmica e higrométrica das coberturas, a substituição das caixilharias, dos vidros, etc. Quando falamos em reabilitação/renovação estamos a falar da reativação da fileira da
construção em Portugal.
Da agenda energética da estratégia Europa 2020, nomeadamente no respeitante à contribuição do funcionamento dos edifícios
para a redução de 20% nas emissões de gases com efeito de
estufa, a Diretiva Europeia 2010/31/UE vem lançar um desafio ao
definir que a partir de 2018 todos os novos edifícios pertencentes
a entidades públicas (e a partir de 2020 todos os restantes), terão
que ser edifícios com necessidades quase nulas de energia (os
chamados edifícios nZEB - nearly Zero-Energy Buildings).
Sendo que esta diretiva também estipula que importantes obras
de renovação em edifícios públicos demonstrem um papel exemplar no contexto desta diretiva, colocando a ecoeficiência na primeira linha das atenções dos novos projetos de reabilitação/renovação.
Este, como muitos outros sistemas construtivos que constituem
soluções de reabilitação, é constituído por produtos utilizados
não exclusivamente em reabilitação mas onde o criativo desenho
da solução e a seleção adequada de materiais permitem uma
reabilitação eficiente, resiliente, duradoura e sustentável.
Deste modo gostaria de destacar não apenas um produto mas
todo um conjunto de soluções de reabilitação com sistemas construtivos desenvolvidos pela Imperalum e reunidos no programa
“Reablitz, reabilitação eficiente e sustentável”.
EXISTE ALGUMA OBRA RECENTE
TASSE DE MENCIONAR.
Na persecução de prestar apoio permanente a projetistas, construtores e promotores, os técnicos da Imperalum têm vindo a
receber os conhecimentos específicos de engenharia e arquitetura focados em estratégias nZEB requeridos nos futuros projetos de construção nova e de reabilitação.
POSSUEM
COM A VOSSA INTERVENÇÃO QUE GOS-
Trata-se de uma obra que vai marcar a cidade de Lisboa e que
integra o conceito da arquitetura orgânica. Estamos a falar do
Centro das Artes, obra promovida pela Fundação EDP, da autoria
da arquiteta inglesa Amanda Levete e localizado na zona ribeirinha, junto ao Museu da Eletricidade.
ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DA
REABILITAÇÃO?
Já em resposta anterior referi algumas das virtudes do sistema de reabilitação de coberturas de fibrocimento.
As soluções de impermeabilização da Imperalum foram as selecionadas pela projetista e integram a gama de membranas betuminosas APP Avance, das quais destacamos o Polyplas 30,
Polyster 40, Polyxis R40 e Polyxis R50 Garden.
/ 51
Entrevista
Gonçalo Carvalho
Diretor de Marketing, Sika Portugal
“O POSICIONAMENTO SIKA
É UMA AMPLA OFERTA DE VALOR,
DA CAVE À COBERTURA”
Para a construção, assim como para as aplicações industriais, a Sika
tem visado aumentar a durabilidade e melhorar a eficiência energética dos seus processos, assim como dos materiais que disponibiliza.
Graças à estratégia corporativa - Mais Valor Menos Impacto - o grupo
empreende todos os esforços para contribuir para a redução do consumo de recursos, tanto dentro das suas empresas, como para com
os parceiros que confiam nos nossos produtos. Inclusive, as iniciativas e os progressos da Sika são regulados pelos relatórios de sustentabilidade do Relatório Global Reporting Initiative (G4).
A Sika esforça-se para conduzir os seus negócios sem prejudicar as
oportunidades económicas, sociais e ambientais das gerações futuras. Como membro de organizações internacionais, nacionais e
locais, a empresa promove o desenvolvimento sustentável onde atua.
Criando e entregando valor, reduzindo impactos - este é o objetivo e
percurso nos últimos anos.
COMO
CARACTERIZA A EMPRESA E QUAL O SEU PERCURSO NOS ÚLTI-
MOS ANOS?
A Sika está presente em 94 países e, sendo líder mundial no fornecimento de produtos químicos de colagem e selagem, impermeabilização, amortecimento acústico automóvel, proteção e
reforço estrutural, reflete em todos os seus produtos e serviços,
os seus valores e princípios de gestão: cliente em primeiro lugar,
coragem para inovar, sustentabilidade e integridade, autonomia
e respeito, e gestão por resultados.
52 /
QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? DE QUE FORMA TEM VINDO A SER IMPLEMENTADA?
A estratégia da Sika - Mais Valor Menos Impacto - integra totalmente
a sustentabilidade em todos os seus processos de negócio.
Internamente, a empresa promove a sustentabilidade através dos
seus programas de eficiência e segurança para a promoção económica, social e ambiental.
Como por exemplo, na redução da pegada de carbono. A Sika
melhora a sua pegada ambiental e de segurança, reduzindo o
consumo de energia, água e materiais por unidade de produto,
e funciona sem prejuízos a esse nível. A empresa estabelece
metas para a segurança e eficiência, fixando linhas de gestão
responsáveis para a sua concretização.
Existe também a preocupação da sustentabilidade das novas
soluções e o respetivo impacto ambiental no desenvolvimento
de novos produtos. Assumimos a responsabilidade de fornecer
soluções sustentáveis, a fim de melhorar os materiais e eficiência energética na área da construção e na indústria automóvel.
QUAIS
SÃO OS PRODUTOS COM MAIOR PROCURA? QUE CARACTERÍSTI-
CAS E QUE APLICAÇÕES POSSUEM?
As soluções sustentáveis mais procuradas pelo mercado são
para impermeabilização de coberturas e de selagem da envolvente exterior dos edifícios.
Salientam-se as membranas para a impermeabilização de
coberturas, líquidas ou sintéticas, com elevada refletância solar
e de elevada durabilidade.
Por exemplo, no grupo das membranas líquidas destaca-se o
sistema SikaRoof MTC (Moisture Triggered Chemistry).
Este sistema incorpora uma tecnologia única que permite que o
produto Sika utilize a humidade atmosférica para ativar o processo de cura. Uma solução de impermeabilização que alia a eficácia
à sustentabilidade no longo prazo.
Outra solução recente e com grande procura é uma membrana
impermeável de base aquosa, destinada ao consumidor final e
que foi desenvolvida na Sika Portugal - o Sikagard 570W Pele
Elástica + Fibras. Esta é uma solução de aplicação simples a um
preço muito atrativo, direcionadas a áreas de coberturas ocasionalmente visitáveis, como telhados e suas zonas de remates,
como varandas, pequenos terraços e coberturas com pendente,
impermeabilização de infiltrações pontuais em uniões de diferentes elementos nas coberturas.
DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUI, QUAL AQUELE QUE ELEGE
COMO SENDO O MAIS ECO-EFICIENTE? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS?
Uma das soluções mais eco-eficientes são as membranas sintéticas em TPO (poliolefinas) - Sarnafil® - com elevada refletância
solar. São produtos com horizonte de vida bastante longo (25 a 30
anos), produzem o mínimo de resíduos, melhoram a construção
em termos de conforto, de segurança, eficiência energética, e permite ainda a possibilidade de criar uma cobertura verde, solução
que é cada vez mais uma opção dos arquitetos.
/ 53
Entrevista
Relativamente à eficiência energética, reforçamos que essas
membranas têm uma refletância solar cerca de 95%.
Permite-se assim uma poupança de energia nos meses
quentes do ano, devido a menores necessidades de arrefecimento do interior dos edifícios. Por outro lado, protege-se a
cobertura das agressões provocadas pelo calor e das grandes variações térmicas. Este sistema é também resistente a
raízes, fungos e microrganismos, e proporciona uma excelente opção para a possibilidade de coberturas ajardinadas.
Outra gama de produtos eco-eficiente são os sistemas de
selagem Sika para reduzir o consumo de energia no aquecimento/arrefecimento dos edifícios e ao nível da fachada. Aí
os sistemas de selagem SikaHyflex ®, Sikaflex ® e
SikaMembran® tornam os envólucros construtivos herméticos.
As soluções de selagem Sika minimizam o consumo de energia dos edifícios e reduzem a sua pegada de carbono.
Soluções para a qualidade do ar e os produtos baseados na
tecnologia Sika i-Cure tem emissões muito baixas e asseguram uma boa qualidade do ar interior. Aqui a tecnologia i-Cure
cumpre com as mais rigorosas normas relativas ao controlo
das emissões de COV (Compostos Orgânicos Voláteis).
54 /
O
MERCADO DA REABILITAÇÃO TEM GANHO UMA IMPORTÂNCIA CRES-
CENTE NOS ÚLTIMOS ANOS. HAVENDO UMA ESTREITA LIGAÇÃO ENTRE A
ECOEFICIÊNCIA E A SUSTENTABILIDADE, SERÁ ESTE UM CONTRIBUTO
IMPORTANTE PARA A RECUPERAÇÃO DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO?
Atualmente, todas soluções Sika dão enfase à sustentabilidade,
assentando na eficiência proporcionada pelo reduzido investimento/custo para o cliente final, na óptica do período de vida da
solução aplicada e na poupança energética que as mesmas proporcionam.
A Sika aposta na oferta de cada vez melhores e mais diversas
soluções para a reabilitação residencial. O foco de desenvolvimento estratégico da Sika ao nível de produtos, assenta num
aumento do leque de soluções disponibilizadas para o consumidor final, onde a empresa identifica francas oportunidades de
crescimento e de entrega de valor nos seus 7 mercados-alvo.
POSSUEM
ALGUM TIPO DE PRODUTO ORIENTADO PARA O MERCADO DA
REABILITAÇÃO?
A Sika está presente em praticamente todas as soluções de
Reabilitação Urbana, uma vez que o posicionamento Sika é uma
ampla oferta de valor, da cave à cobertura.
A gama recente de microcimentos, em 38 cores - a gama
SikaDecor® Nature - destina-se ao revestimento de pavimentos,
paredes e tetos de divisões interiores e exteriores. A sua elevada
resistência, impermeabilidade e alta aderência permitem que o
material possa ser colocado na maioria dos revestimentos existentes, minimizando, assim, os inconvenientes produzidos pela produção de detritos na renovação interior de um edifício. A redução dos
tempos de execução e de finalização da obra, permitem que, após
algumas horas, se caminhe sobre as suas superfícies.
Destacamos porém várias outras novidades e inovações neste
ano. Temos em fase final de desenvolvimento, um pavimento em
epoxi com cortiça (Decorativo e sustentável com propriedades
acústicas). Introduzimos também no mercado, um autonivelante
cimentício com acabamento, mais simples e mais rápido de aplicar,
disponível também em 38 cores. Desenvolvemos um pavimento
acústico em poliuretano, para absorção de ruídos de impacto (para
o setor residencial). Nestes pavimentos sublinhamos o seu papel
sustentável graças aos reduzidos planos de manutenção.
A nível de fachadas destacamos uma inovação já disponibilizada
ao mercado - o SikaTack® Panel-50, uma cola de elevado desempenho para solução de fachadas ventiladas - mais rápido de aplicar, mais simples e mais duradouro.
Acrescentámos também o lançamento de uma nova gama de
argamassas de reparação - SikaRep® - e outras argamassas
que permitem maiores espessuras e melhores acabamentos,
como são o Sika® MonoTop-418 S e o Sika® MonoTop-432 ES.
Lançamos ainda em 2016 as argamassas bastardas à base de
cal SikaRep®-815 e SikaRep®-817 (coloridas e que também funcionam no interior).
Acrescem as novas pinturas à base de silicatos para edifícios
históricos - o SikaColor-460 W - e também uma cola impermeável e elástica cimentícia - o SikaCeram®-500 Ceralastic - muito
económica para aplicação de cerâmicos, em zonas húmidas
como terraços, varandas, WCs, cozinhas e piscinas.
Lançamos também uma nova argamassa de impermeabilização
- SikaTop®-209 ES - altamente flexível, muito adequada a piscinas.
Outra significativa inovação para zonas enterradas ou fundações é o sistema de impermeabilização SikaProof® A que consiste numa membrana de poliolefina de elevada flexibilidade, lamelada com uma malha especial de selante e um véu não tecido
reforçado, que adere facilmente ao betão criando uma eficaz
ancoragem.
/ 55
Produtos
Genus Premium Evo 35 A+ I Ariston
A MELHOR CLASSE ENERGÉTICA ALIADA AO DESIGN EXCLUSIVO
Ariston apresenta Genus Premium Evo 35 A+, uma solução completa para aquecimento e produção de àgua quente sanitaria.
Genus Premium Evo, tal como toda a gama de caldeiras de condensação Ariston, dispõem de uma bomba de alta eficiência (EEI *
<0,23), com modulação continua de baixo consumo elétrico e
silenciosa que otimiza o desempenho da caldeira.
Graças ao kit termorregulação A+ a caldera consegue uma modulação da temperatura ambiente ainda mais precisa para obter a
máxima poupança energetica e passar da classe A a classe A+ em
aquecimento (aumenta o rendimento do sistema +5%).
O kit com a Centralina de termorregulação Sensys, com design
moderno e intuitivo que interliga todos os equipamentos e energias
que compõem o sistema, e assim melhora a eficiência e conforto
do utilizador.
Tem um display LCD retro iluminado para facilitar a visualização da
temperatura, fontes ativas, relatórios, etc. A programação horaria e
de gestão de zonas é feita de forma fácil e intuitiva através de um
único comando fácil de usar.
56 /
Por outro lado, tem um perfil de consumo XXL por isso é capaz de produzir
água quente sanitária acima das outras
caldeiras da sua categoria para atender
as necessidades dos mais exigentes
em termos de conforto.
Além disso, Genus Premium Evo 35 A+,
graças à função Auto, aumenta o conforto térmico com máxima economia de
energia. Graças a esta função, a caldeira seleciona o melhor regime de funcionamento com base nas condições
ambientais, eliminando os ciclos on-off
e reduzindo ao maximo o desgaste dos
componentes.
Produtos
Placa com assinatura de Souto de Moura I OLI
Eduardo Souto de Moura, arquiteto vencedor do Prémio Pritzker
2011, desenhou para OLI uma
placa de comando para autoclismos interiores, inspirada no tradicional azulejo português.
Chama-se SM15 e o seu acabamento em vidro temperado
branco de 5 mm permite uma
aplicação harmoniosa em paredes revestidas com azulejo. A
placa de comando apresenta
dois botões redondos, em acabamento cromado, de acionamento da dupla descarga.
Esta proposta de Souto de Moura
pode ser encontrada nos espaços de banho da Pousada da
Covilhã, um projeto de reabilitação do antigo sanatório da Serra
da Estrela.
Com esta parceria, a OLI reforça a sua ligação à arquitetura mundial de referência e afirma-se como
um “player” que compete à escala global, através de soluções de banho inovadoras que incorporam
design e tecnologia. A empresa sediada em Aveiro exporta 80% da produção para 70 países dos cinco
continentes.
Junkers traz o esquentador para fora do armário I Junkers
A Junkers acaba de lançar no mercado um novo modelo de
esquentador termostático, o HydroCompact 6000i que pode ser
controlado através do seu smartphone ou tablet, onde quer que
esteja, desde que tenha instalada a aplicação Junkers Water.
Escolher a temperatura de saída da água e alterá-la sempre que
quiser, ter informação precisa e detalhada do consumo de água e
gás de cada banho, são apenas algumas das funcionalidades a
que tem acesso com este esquentador.
Para além destas características, este é um esquentador com:
• Design exclusivo com frente em vidro;
• Display digital com controlo tátil e a cores;
• Esquentador ventilado/estanque termostático;
• Controlo da temperatura grau a grau;
• Compatível com solar;
• Poupança até 35% em gás e 1,5 litros de água de
cada vez que abre a torneira.
O HydroCompact 6000i é um dos produtos desenvolvidos e produzidos na fábrica da Bosch Termotecnologia de Aveiro, que é o centro de competência mundial da Bosch para soluções de água
quente.
A Junkers, marca da divisão da Bosch Termotecnologia, líder a
nível mundial de sistemas de aquecimento e água quente, acaba
de lançar no mercado o primeiro esquentador com um design
único que inclui uma frente em vidro branca de tamanho compacto
para instalar e tornar a cozinha mais moderna.
58 /
Mantendo a tradição Bosch de liderança em tecnologia e inovação,
este centro de investigação, contribui ativamente, para o conceito
de casas inteligentes, mantendo sempre uma preocupação
ambiental no desenvolvimento dos seus produtos, cumprindo com
a nova diretiva ErP ao alcançar o patamar mais elevado da classe
energética.
Produtos
Eletrodomésticos que combinam vácuo e vapor I Miele
A preparação de alimentos em vácuo tem sido um método experimentado e testado para prolongar a frescura da comida e para
aprimorar os pratos nos restaurantes de luxo. Com a nova gaveta
de selagem de vácuo e um forno a vapor da Miele, todos os consumidores têm agora acesso a uma vasta variedade de aplicações
convenientes para as suas casas - e podem contar com a confeção de pratos de primeira qualidade nas suas cozinhas.
A gaveta de selagem de vácuo foi desenhada conforme o design
da Generation 6000 da Miele, e a câmara de vácuo apenas se
torna visível quando a gaveta é aberta. Com 14 cm de altura, este
produto combina na perfeição com várias unidades compactas
para encher um clássico nicho de 60 cm. Nos controlos, o utilizador pode definir o nível de vácuo e a duração da selagem, sendo
que o modo mais alto consegue um vácuo quase completo e atende às necessidades profissionais.
Por outro lado, todos os fornos a vapor da Miele permitem cozinhar
em “Sous-vide”, uma vez que todos os modelos atingem temperaturas entre os 45 e os 90 ºC e conseguem manter temperaturas
precisas. E a maior parte dos modelos, lançados desde o início de
2015, têm o seu próprio modo “Sous-vide” operacional, permitindo
tempos lentos de cozedura, até 10 horas.
Cozinhar em "Sous-vide", vácuo em francês, é o termo dado ao
método da preparação de comida em que esta é embalada em
vácuo, em sacos de plástico, e cozinhada lentamente. Ideal para
carne e peixe, este método permite que ervas, temperos e marinadas desenvolvam o seu aroma, sem se evaporarem - o efeito do
marinado é aprimorado. Para este método, a gaveta de vácuo e o
forno a vapor unem-se para formar uma equipa fantástica.
60 /
Sensor Connect: um dia todos os esquentadores serão assim I Vulcano
A Vulcano, marca portuguesa líder em soluções de água quente e solar térmico,
marcou a diferença no mercado com o lançamento do Sensor Connect, o primeiro
esquentador termostático compacto com tecnologia de conectividade via Smart
Bluetooth.
Através de uma aplicação gratuita e compatível com smartphones e tablets, o
consumidor pode, entre outras funcionalidades, controlar remotamente o esquentador, estabelecer padrões de conforto, definir a temperatura desejada e consultar
gráficos dos últimos consumos de água e gás. Com o Sensor Connect é ainda
possível a selecionar grau a grau a temperatura, dos 35º C aos 60º C, e continuar
a disfrutar do melhor nível de desempenho, sempre estável ao longo da utilização.
Disponível nos modelos de 12 e 15 litros, o mais avançado esquentador do mercado é de fácil instalação, incentivando a ambientes modernos. Com um design
exclusivo e inovador, alia a robustez à elegância de uma frente em vidro negro e
um ecrã touch. O Sensor Connect permite ainda poupar até 35% no consumo de
gás e cerca de 60 litros de água por dia, com o maior rendimento de um esquentador estanque do segmento doméstico: até 94%.
Vencedor da edição de 2015 do "Prémio Produto Inovação COTEC-Unicer", destinado a distinguir os produtos mais inovadores desenvolvidos em Portugal, o
Sensor Connect inaugura uma nova era no mercado de esquentadores, sendo
que nunca a tecnologia da Vulcano tinha ido tão longe em termos de inovação, respeito pelo ambiente, pela economia, pelo conforto e pela segurança das famílias.
Produtos
Linha Sanibold I Sanindusa
A Sanibold surgiu para conquistar ambientes
que apelam à sensualidade e fluidez formal.
Esta linha é composta por sanita e bidé suspensos, dois lavatórios de pousar e um móvel.
As peças suspensas são ideais para facilitar a
limpeza e ganhar espaço na casa de banho, ao
mesmo tempo que aportam a sensação de
maior amplitude a áreas pequenas e garantem
grande comodidade e conforto na utilização.
Os lavatórios, para além das suas formas equilibradas, têm como particularidade a fina
espessura da aba. Estão disponíveis em duas
dimensões, 48x40 cm e 60x40 cm, e podem
ser aplicados sobre móvel ou bancada.
O móvel tem arrumação e toalheiro, sem barreiras de acesso. A sua combinação com o
lavatório resulta num conjunto original e harmonioso, de caráter essencial, simples e elegante.
62 /
Arquitetura
LOCALIZADA
Casa da Boavista
NA EXTREMIDADE POENTE DA
AVENIDA
DA
BOAVISTA,
EM
FRENTE AO PARQUE DA CIDADE, A NOVA CASA INTEGRA-SE NA FRENTE
URBANA DE HABITAÇÃO UNIFAMILIAR EXISTENTE.
O projeto obedece ao loteamento existente, encostando a nova
construção, à empena cega da habitação a poente, replicando a sua
volumetria, num rigoroso prolongamento de alinhamentos, cérceas
e pendentes dos planos inclinados das coberturas.
O programa organiza-se na nova volumetria, um processo de subtração de massa, permitindo que os espaços interiores ganhem luz
natural e vistas para o jardim e parque da cidade.
A casa organiza-se em três pisos. A partir da Avenida da Boavista,
um terreiro de saibro permite o acesso pedonal e automóvel.
64 /
Tirando partido do desnível do terreno, o automóvel arrumase neste piso parcialmente enterrado, permitindo que o jardim, voltado a sul, se eleve, juntamente com os espaços
sociais e cozinha. No piso superior três quartos e dois quartos de banho completam o programa.
Distribuição de pisos
PISO 0
• Acesso Automóvel
• Acesso Pedonal
• Pátio
• Garagem
• Canil
• Lavandaria
• Despensa
PISO 1
• Hall
• Sala de Estar
• Escritório
• Sala de Jantar
• Cozinha
• Lavabo
• Jardim
PISO 2
• Quarto Suite
• Sanitário Suite
• Quarto 1
• Quarto 2
• Sanitário
• Arrumo
• Varanda
Principais materiais utilizados
• Aglomerado negro de cortiça
• Cola impermeabilizante
• Presilha em chapa de zinco
• Caleira em chapa lacada
• Isolamento em poliestireno extrudido
• Chapa de ferro galvanizada e lacada
• Estore de rolo
• MDF esmaltado com espessura 1 mm
• Chapa de ferro lacada espessura 10 mm
• Tubular de ferro 50x70x3 mm
• Caixilho em alumínio lacado
• Vidro
• ETICS
• Argamassa cerzitada
• Lajeta de betão branco pré-fabricada espessura 40 mm
• Telas Betuminosas de grão mineral
• Isolamento térmico PIR espessura 40 mm
• Barreira de vapor
• Camada de regularização e forma
• Soalho colado espessura 14 mm
• Cama de cortiça
• Camada de regularização
• Camada de enchimento
• Betão
• Reboco
• Tubular de ferro 45x20x3 mm
• Perfil U em ferro espessura 3 mm
• MDF esmaltado espessura 20 mm
• Lambrim em quartzo espessura 12 mm
• Isolamento térmico PIR
Ficha técnica
• Local Avenida da Boavista, Porto
• Programa habitação unifamiliar
• Área lote 520 m²
• Área de construção 377 m²
• Projeto 2014
• Obra 2015
• Arquitectura barbosa & Guimarães - Arquitetos
• Especialidades pórtico
• Empresa construtora criat
• Director de obra Paulo Dias
/ 65
Arquitetura
Casa Sambade
Penafiel
A
PRESENTE MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE
ARQUITETURA AO PROJETO QUE VISOU A CONSTRUÇÃO DE
UMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR, NUMA PARCELA DE TERRENO
NO L UGAR DE S AMBADE , “Q UINTA DO
C ARREIRO ”, F REGUESIA DE U RRÔ , C ONCELHO DE
PENAFIEL. UM LOCAL SERENO, SOBRE O QUAL A NATUREZA
SE AFIRMA.
LOCALIZADO
Com base na genética do lugar, a intervenção tem como principal objetivo criar um espaço contemporâneo sem que este
interfira na paz da área rural.
HALL DE DISTRIBUIÇÃO
Este espaço estabelece uma relação direta com a garagem, que por consequência estabelece relação com a
lavandaria, o salão e o vão de escadas que dá acesso ao
nível 2.
Um volume puro, com base retangular, acondiciona-se ao terreno, abrindo-se para a paisagem verde envolvente. A pureza
volumétrica desejada pelo cliente dá o mote para o projeto, e o
novo habitante do local é, hoje, mais um dos socalcos do terreno perfeitamente equilibrado.
LAVANDARIA
Apoio das atividades domésticas, como sendo o tratamento
de roupa e arrumos, tendo um acesso independente.
O ato de habitar desenrola-se, assim, em todo o volume de
betão, puro, cru, pousado no terreno, à espera de envelhecer
com o passar dos dias...refletindo a vida do campo.
As suas paredes são integramente revestidas a material
lavável do tipo pintura epoxy, e todo o espaço é devidamente ventilado com recurso a vãos existentes na fachada e
ainda um reforço de ventilação, por intermédio de ventilação
mecânica.
Nível 1
ARRUMOS | GARAGEM
Este espaço, com relação direta com a garagem, serve de
apoio para arrumação, ao presente nível da habitação bem
como ao exterior desta.
66 /
GARAGEM
A garagem, com um espaço destinado ao estacionamento
de 4 carros, encontra-se à cota baixa da habitação, e estabelece uma relação direta com o exterior através de um portão de fole e, por consequência, com acesso à via pública.
A ventilação deste espaço é efetuada com suporte a estruturas mecânicas.
ARRUMOS | LAVANDARIA
Este espaço serve de apoio à lavandaria. As suas paredes
são integramente revestidas a material lavável do tipo pintura epoxy, e todo o espaço é devidamente ventilado por intermédio a ventilação mecânica.
TANQUE DE COMPENSAÇÃO
Este espaço é uma área técnica da piscina, destinado à recolha de
águas.
Nível 2
PÁTIO DE ENTRADA
Um espaço de transição entre exterior e interior - é o primeiro
momento de entrada na habitação, um espaço amplo, permitindo a
inscrição de uma zona de manobra. O desnível entre a cota de soleira de referência (cota do interior da habitação) e a cota do exterior é
de 0,70 cm, sendo este desnível vencido através de um rampa em
corten com uma inclinação de 5%, cumprindo desta forma o regulamento de acessibilidade.
O acesso ao interior da habitação é realizado através de um vão
livre com 1 m de abertura e um espaço livre de manobra.
SALA DE ESTAR
Este espaço apresenta-se como o primeiro momento de entrada na
habitação, caracterizando-se por um amplo espaço de estar e contemplação da paisagem, que estabelece uma relação direta com o
exterior, para a varanda, através de vãos na fachada sul, com a altura total do pé-direito livre, permitindo desta forma uma correta iluminação e ventilação natural de toda a área social da habitação.
SALA DE JANTAR
A zona de jantar caracteriza-se como um espaço amplo, ventilado e
iluminado naturalmente, com recurso a fenestrações verticais com a
altura total do pé-direito livre de 2.50 m.
ARRUMOS | ARQUIVO
Este espaço destina-se a albergar os arrumos gerais da habitação e um pequeno arquivo morto, devido à necessidade profissional dos utilizadores da habitação, sendo no entanto um
espaço amplo, passível de ser compartimentado com umas
estantes, e ventilado e iluminado naturalmente, com recurso a
fenestrações verticais com a altura total do pé-direito livre de
2.50 m.
INSTALAÇÃO SANITÁRIA
A instalação sanitária de serviço apoia toda a área social do
nível 1 da casa. Este espaço tem uma sanita suspensa e um
lavatório, sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável do
tipo Cinacryl, de cor clara. A ventilação deste espaço é feita de
forma mecânica.
ARRUMO | JARDINAGEM
Armazenamento de produtos de apoio à jardinagem, com ventilação mecânica.
CORREDOR DE DISTRIBUIÇÃO
Este espaço estabelece uma relação entre o salão, a zona de
banho, a casa de máquinas e o exterior. O desnível entre a cota
de soleira de referência (cota do interior da habitação) e a cota
do exterior é de 2 cm.
CASA DAS MÁQUINAS
Área técnica, dotada de todas as maquinarias necessárias à
manutenção da piscina.
Este espaço comunica de forma direta com a cozinha e com a zona
de estar, partilhando inclusive com este último a lareira, que será de
dupla face.
COZINHA
A cozinha funciona como um espaço integrado, sendo devidamente
compartimentado por um sistema de portadas de correr, que permitem encerrar completamente este espaço. A cozinha foi pintada com
tinta acrílica lavável, do tipo Cinacryl, garantindo desta forma a correta higienização do espaço de confeção de alimentos.
Este espaço é ventilado e iluminado naturalmente, com recurso a
fenestrações verticais com a altura total do pé-direito livre. A extração de gases ou odores é garantida por meio de ventilação forçada
mecanicamente, com recurso à colocação de uma campânula extratora a integrar no mobiliário.
INSTALAÇÃO SANITÁRIA DE SERVIÇO
A instalação sanitária de serviço apoia toda a área social da casa.
Este espaço é dotado de uma sanita suspensa e um lavatório,
sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de
cor clara. A ventilação deste espaço é assegurada de forma mecânica.
ESCRITÓRIO | BIBLIOTECA
Este espaço está relacionado diretamente com a área social da
habitação e o pátio de entrada. Estabelece ainda uma relação direta
com um w.c. privado, e com o exterior através de vãos verticais com
a altura total do pé-direito, permitindo desta forma uma correta iluminação e ventilação natural de todo este espaço.
/ 67
Arquitetura
INSTALAÇÃO SANITÁRIA
Esta instalação sanitária serve de apoio ao escritório. Este espaço é
dotado de uma sanita suspensa, um lavatório e uma base de duche,
sendo todas as paredes pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de
cor clara. A ventilação é assegurada de forma mecânica.
CORREDOR DE DISTRIBUIÇÃO
A zona de distribuição estabelece relação entre a área social e os
quartos. A iluminação deste espaço e a sua ventilação é realizada
através dos vãos do pátio de entrada, com a altura total do pé-direito livre de 2.50 m.
QUARTOS
Os quartos 1 e 2 surgem como quartos secundários da casa. A iluminação e ventilação natural dos quartos é assegurada pelos vãos
abertos na fachada sul.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
As instalações sanitárias estabelecem uma relação direta de apoio
aos quartos 1 e 2. Estes espaços estão dotados de uma sanita suspensa, um lavatório e uma base de duche, sendo todas as paredes
pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de cor clara. A iluminação
e ventilação é assegurada de forma natural, através de vãos colocados na fachada sul da habitação.
CLOSET
Estes espaços, que estabelecem uma relação direta com as instalações sanitárias dos quartos, respetivamente, apresentam-se
como um espaço de arrumo de vestuário, sendo a sua ventilação
efetuada através de meios mecânicos.
SUITE
A suite é o quarto principal da casa, devido à sua área ser superior
a todos os outros e à sua proximidade com o w.c. acessível. A iluminação e ventilação deste espaço é efetuada de formal natural
através de vãos da fachada sul.
68 /
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
O w.c. de apoio ao quarto principal é considerado como o w.c.
acessível, cumprindo desta forma a exigência de instalação das
peças sanitárias a seguir descritas: um lavatório montado sobre
bancada suspensa, um bidé suspenso e uma bacia de retrete
igualmente suspensa, com mecanismo de descarga encastrado
na parede do tipo fluxometro. A zona de banho é constituída por
uma base de duche, com dimensões que permitem a colocação
de uma banheira.
As paredes são pintadas a tinta lavável do tipo Cinacryl, de cor
clara. A iluminação e ventilação destes espaços é assegurada de
forma natural, através de vãos colocados na fachada oeste da
habitação.
CLOSET
Este espaço estabelece uma articulação ente a suite, a zona de
banho e o w.c. Este espaço apresenta-se fundamentalmente
como um espaço de arrumo de vestuário, sendo a sua ventilação
efetuada através de meios mecânicos.
ZONA DE BANHO
Este espaço apresenta-se como sendo um espaço de contemplação da paisagem, de relaxe, possibilitando o uso de uma banheira
com dimensões consideráveis. A iluminação e ventilação deste
espaço é efetuada através do vão a sul.
VARANDA
Este espaço apresenta-se como plataforma de estar que se
estende entre a fachada sul e este da habitação, uma plataforma
contínua em deck que possibilita desfrutar de uma relação direta
com a natureza que envolve toda a construção.
PISCINA
Uma piscina de transbordo remata a construção a este, e apresenta-se como um espaço de lazer e relaxe.
As zonas de água e instalações sanitárias são revestidas a
material lavável, como por exemplo tintas epoxy e material
cerâmico.
A climatização do espaço é efetuado com recurso a ar-condicionado ou pavimento radiante hidráulico, alimentados
por bomba de calor de alta eficiência, o que ajudará a reduzir as necessidades energéticas na climatização total do
espaço. A totalidade dos vãos são executados em alumínio
com rotura térmica, e dotados de vidros duplos com fator
solar.
ARRANJOS EXTERIORES
No que aos arranjos exteriores diz respeito, a proposta procura uma relação forte com a natureza, preservando para
o efeito as árvores de grande porte existentes no local, bem
como as árvores de fruto existentes e as sebes que antecedem os muros que confrontam com a via pública. É pretensão que todo o espaço livre apresente uma forte permeabilidade à água, pelo que as zonas verdes serão compostas por relva natural, e as zonas que definem os percursos de veículos serão em grelhas de enrelvamento, repondo assim a dinâmica natural do terreno.
ESCADAS
A ligação entre os diferentes níveis da habitação é assegurada por uma
escada de dois lanços, com degraus na proporção 18x28 cm, tendo cada
um dos lanços uma largura mínima de 1.20 m sendo protegido por corrimão
guarda-corpos em vidro.
Os degraus não apresentam qualquer elemento saliente ou reentrante, e
são totalmente revestidos a madeira de Riga nova.
MATERIAIS, SUSTENTABILIDADE E MANUTENÇÃO
Pensando na manutenção e na sustentabilidade económica da habitação,
a intervenção assumiu algumas preocupações do ponto de vista energético
de forma a poder reduzir os seus gastos ao longo da sua vida útil.
Genericamente, os alçados exteriores da habitação assumem dois materiais, betão aparente com cofragem em madeira e vidro, sendo ambos os
materiais de escassa manutenção.
A cobertura é em tela PVC do tipo Sarnafil da Sika, à cor de betão, procurando manter a imagem de um bloco de betão, sendo o seu isolamento térmico efetuado por baixo da tela, com recurso a lã de rocha de 10 cm.
O aquecimento de água quente sanitária é efetuado com recurso a painéis
solares, que poderão produzir toda a água quente necessária ao dia a dia
da habitação, podendo ainda estes painéis serem em maior número e
(caso se verifique viável) serem microgeradores de energia para consumo
próprio ou cedência à rede.
As paredes interiores são na sua maioria executadas em gesso cartonado,
com placa dupla fixa à contrafiada, com isolamento acústico de lã de rocha
de 40 kg/m³ no seu interior.
Os tetos são corrigidos acusticamente com recurso à colocação de lã de
rocha sobre o gesso cartonado, aumentando desta forma a massa do conjunto, permitindo uma maior absorção sonora dos ruídos causados pela
reverberação.
VEDAÇÕES, GUARDAS E TRABALHOS EM FERRO
Todas as escadas estão devidamente protegidas por guarda-corpos e corrimãos, respeitando todas a proporção
18x28 cm.
VENTILAÇÕES
Todos os espaços estão ventilados com recurso a meios
naturais, através dos vãos praticados nas fachadas, sendo
que nos casos em que este não foi possível recorreu-se a
meios de ventilação mecânicos, tais como unidades de tratamento de ar, ventiloconvectores e extratores de ar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os materiais são de resistência ao fogo e os acabamentos dos espaços de águas são efetuados por materiais
impermeáveis e laváveis a toda a altura das paredes. As
tintas e vernizes utilizados cumprem as normativas comunitárias de segurança, sendo não tóxicos, anti fungos e,
sempre que possível, laváveis.
O projeto cumpre os requisitos para ser acessível por pessoas com mobilidade reduzida, tal como o percurso exterior
é efetuado de forma natural com pendentes inferiores a 6%.
FICHA TÉCNICA
Ano: 2011 - 2014
Tamanho: 1 177 m²
Autor: spaceworkers®
Engenheiro
• Lino Correia Engenharia
Equipa Principal Arquitetos
• Henrique Marques
• Rui Dinis
Arquitetos
• Rui Rodrigues
• Sérgio Rocha
• Rui Miguel
• Vasco Giesta
• Pedro Silva
Diretor Financeiro
• Carla Duarte - cfo
/ 69
Arquitetura
Moradia em Moçambique
A PRESENTE MEMÓRIA DESCRITIVA, DO GABINETE DE ARQUITETURA E
ENGENHARIA GIMA PROJECTOS, DE JANEIRO DE 2016, DIZ RESPEITO
AO PROJETO DE ARQUITETURA, NA FASE DE ESTUDO PRÉVIO, DE UMA
MORADIA DE TIPOLOGIA T4 A IMPLANTAR NUM TERRENO COM 1.200 M².
A presente proposta estima uma área de implantação de 204,00 m²
e uma área bruta de construção de 354,50 m², sendo que o edifício
se desenvolve em dois pisos.
Volumetricamente, o edifício materializa no exterior volumes distintos para os diferentes compartimentos, reproduzindo saliências em
consola, que assinalam na fachada os espaços interiores.
No piso térreo encontram-se as áreas sociais e de serviço da habitação, nomeadamente:
70 /
COMPARTIMENTO
Garagem (2 lugares)
Hall de entrada
Área de circulação (com escadaria)
I.S. de serviço
Sala Comum
Cozinha
Despensa
Copa/Zona de lavagem
Lavandaria
ÁREA
39,65
3,65
38,15
4,50
32,30
22,80
3,20
3,80
5,00
m²
m²
m²
m²
m²
m²
m²
m²
m²
COMPARTIMENTO
Os espaços do piso térreo poderão funcionar como um openspace ao ter-se optado pelo uso de portas de correr (painéis
deslizantes) que podem ou não encerrar os espaços, ou tornar
a circulação sempre fluída nestas zonas sociais.
A sala de jantar e a cozinha dão acesso a uma área exterior
coberta, possibilitando uma área de lazer e reunião abrigada e
voltada para o jardim.
Existem ainda dois acessos de serviço, pela garagem ou pela
lavandaria, permitindo um uso distinto e separado do resto da
habitação.
No piso 1 estarão os compartimentos de carácter privado,
nomeadamente:
Master Suite + Closet + I.S
Quarto Suite 1 + I.S
Quarto Suite 2 + I.S
Quarto Suite 3 + I.S
Sala de Jogos
ÁREA
41,90
19,30 m²
19,30 m²
20,40 m²
22,20 m²
Todos os quartos têm instalação sanitária própria e roupeiros
encastrados, permitindo ainda a ocupação do quarto com uma
cama (de casal ou individual) e ainda um sofá ou secretária. Todos
os espaços do piso 1 são iluminados por grandes vãos que dão
acesso a terraços.
/ 71
Arquitetura
Refúgio na Montaria
A CASA REFÚGIO NA MONTARIA LOCALIZA-SE NUM TERRENO ÍNGREME, NO
LIMITE DA ALDEIA, COM UMA VISTA PRIVILEGIADA SOBRE A SERRA D’ARGA.
A CONSTRUÇÃO OCUPA O ESPAÇO DA RUÍNA EXISTENTE NO TERRENO.
O programa é composto por uma sala/cozinha, um quarto e
uma casa de banho, que se organizam em torno de um pátio
interior que assegura a iluminação e ventilação dos espaços.
Materiais: Betão e Vidro.
Há imagens incontornáveis das aldeias e propriedades rurais que retemos desde sempre. A primeira imagem que associamos ao terreno e ao
lugar é a dos tanques de água: comunitários ou privados, serviam para
lavar, para abastecer água ou até para as brincadeiras de criança mais
ou menos ilícitas. Acima de tudo funcionavam como um importante
ponto de encontro, de trabalho e de vida em comunidade.
A habitação é composta por um volume em betão que alberga a piscina e que se eleva do solo, permitindo agregar o programa na parte
inferior, reforçando a ideia de abrigo. A piscina assume especial relevância no desenho, procurando na sua relação com o terreno a imagem dos antigos tanques.
72 /
FICHA TÉCNICA
Arquitetura: Carvalho Araújo, Arquitectura e Design
Equipa: José Manuel Carvalho Araújo, Joel Moniz, Francisco
Vacas, Ana Vilar, Tiago Curado Almeida, Leandro Silva, João
Santos
Nome de projeto: Refúgio na Montaria
Data: 2010 - 2015
Localização: Viana do Castelo
ESPECIALIDADES
Arquitetura paisagista: JBJC - João Bicho e Joana Carneiro,
Arquitetura Paisagista, Lda
Estruturas: Pedro Alves
Instalações hidráulicas: Pedro Alves
Instalações elétricas: Inovolt
Comunicação: Inovolt
Segurança integrada: Pedro Alves
Segurança contra incêndios: Pedro Alves
Segurança e saúde: Marta Moniz
Acústica: Diogo Mateus (Vagaeng)
Iluminação: Alfilux (interior) / José Castro (exterior)
Mobiliário: Sirvent
Constructor: José Castro & Filhos, SA
Fotografia: ©Hugo Carvalho Araújo
/ 73
Decoração
Projeto de Arquitetura de Interiores
Remodelação de Apartamento
TENDO
PRESENTE PREMISSAS FUNDAMENTAIS E ADICIO-
ALVES
MOSTRA NESTE PROJETO COMO É POSSÍVEL
TRANSFORMAR ESPAÇOS DE REDUZIDA DIMENSÃO EM
A filosofia da transformação teve em especial atenção o aproveitamento
máximo da luz exterior e a eliminação de uma lareira. Alguns móveis foram
restaurados e lacados com acabamento brilhante, integrando-se com o
mobiliário novo. A fusão perfeita para receber peças de valor familiar de
origem africana. A sala de estar, aberta às refeições e vocacionada para o
convívio, com sofá contemporâneo, ganhou personalidade, área de circulação e uma agradável sensação de amplitude.
Em pleno coração de Leça da Palmeira, este apartamento
foi remodelado e, essencialmente, reorganizado, privilegiando uma planta simples e a transição natural entre o hall
de entrada e os espaços comuns.
A composição vale-se de um contraste e encontro de estilos, entre dois
países, Portugal e Angola. A mistura das texturas (veludos, linhos, algodão, couro) e dos materiais escolhidos, do pau-santo e dos lacados aos
espelhos, à iluminação pontual tornam o espaço mais convidativo.
NANDO ALGUNS TRUQUES SIMPLES, A ARQUITETA
SUZANA
AMBIENTES CONFORTÁVEIS DE MAIOR AMPLITUDE.
74 /
Os espelhos são elementos simples, mas contribuíram decisivamente para o efeito de ampliação do
ambiente.
Colocados estrategicamente foram impulsionadores
de uma dinâmica de profundidade espacial e foram
também responsáveis pela promoção de uma nova
fonte de luz natural. Um reflexo é uma realidade!
Os cortinados brancos deixam entrar a luz que inunda a sala de estar e sala de jantar, sem criarem filtros de cor.
Conforto, equilíbrio de peças, iluminação, são vetores pelos quais a
arquiteta se rege, por isso, espelhos, candeeiros, peças de família e
objetos com brilho são elementos sempre presentes e este projeto é
exemplo disso.
Apesar da predominância de brancos e tons neutros, pincelados com
detalhes de cor, a qualquer alteração de humor, estação ou tendência, podem ser trocados vários objetos deixando a porta aberta à
mudança.
A utilização de papel de parede reforça a atmosfera atual e acolhedora do projeto.
/ 75
Feiras
Expocomfort | Milão
15 a 18 de Março
REALIZOU-SE NO PASSADO MÊS DE MARÇO ENTRE OS DIAS 15 E 18 A
MOSTRA CONVENÇÃO EXPOCOMFORT DE MILÃO.
A MCE É O LOCAL DE ENCONTRO IDEAL PARA TODA A CADEIA DE VALOR
DAS SOLUÇÕES PARA O CONFORTO HABITACIONAL. À DISPOSIÇÃO DE UM
PÚBLICO DIVERSIFICADO E ALTAMENTE ESPECIALIZADO, PROVENIENTE DE
TODO O MUNDO, A VITRINA DE EXCELÊNCIA DE TODAS AS TECNOLOGIAS
MAIS INOVADORAS NOS SECTORES DE HIDRO-SANITÁRIO TÉRMICO, DOS
SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO E DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS. O PRESTÍGIO
E A FUNCIONALIDADE DA
FEIRA DE MILÃO, A PAR DA QUALIDADE ASSEMCE UM EVENTO MUNDIAL
GURADA PELA ORGANIZAÇÃO, FAZEM DA
ÚNICO, PONTO DE ENCONTRO PARA OS PROFISSIONAIS DO SECTOR QUE
BUSCAM INOVAÇÃO E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO.
O EVENTO FOI ENCERRADO COM RESULTADOS QUE CONFIRMAM A LIDERANÇA MUNDIAL NOS SECTORES DE ENGENHARIA DA PLANTA, AR CONDICIONADO E ENERGIAS RENOVÁVEIS. MAIS DE 2.100 EXPOSITORES,
DOS QUAIS 40% ESTRANGEIROS, PARA MAIS DE 155.000 VISITANTES DE
TODO O MUNDO, COM UMA TENDÊNCIA POSITIVA PARA OS FLUXOS
ESTRANGEIROS (+ 5,5%), CONFIRMANDO QUE MCE FALA TODAS AS
LÍNGUAS DO MUNDO.
SEGUE
O TESTEMUNHO DE EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES NA
FEIRA
PEXTUBE
“A Pextube apresentou na Feira de Milão MCE 2016
os novos produtos estrela, Tubo Multicapa Perfilkapa e
tubo de PPR com Fibra de Vidro, Perfilfiber.
Presente já em 64 países, a Pextube recebeu clientes de 45 nacionalidades, importantes para o
desenvolvimento do seu projeto de exportação.”
ENERGIE
“A Energie, empresa nacional fabricante de sistemas solares termodinâmicos e bombas de calor, esteve presente em mais uma edição da maior feira mundial de climatização, a Mostra Convegno, que se realizou em Milão no passado mês de março.
Com novos produtos, um novo design e um stand de maiores dimensões que nas
edições anteriores, albergou um número recorde de visitas, que rondou as 2000.
A aposta na consolidação na notoriedade da marca em Itália, mas também nos países limítrofes, tem sido a estratégia da empresa nos últimos anos, e o enorme
sucesso obtido nesta feira veio ajudar a realizar esse objetivo.
A presença na feira permitiu também estabelecer importantes contactos com distribuidores de outros países, que se mostraram bastante interessados pela tecnologia
e pelos produtos. O departamento internacional está a fechar contratos de distribuição para mais 4 novos países, que somam aos 45 onde a Energie já tem sistemas
instalados. O resultado da participação é assim bastante positivo.
De salientar que a Energie segue em crescimento nos mercados internacionais,
levando a tecnologia e a indústria portuguesa além-fronteiras, reforçando também a
marca Portugal da qual se orgulha.”
76 /
BARROS & MOREIRA
“O Grupo B&M apresentou-se na MCE 2016
com a sua marca Ctesi, com uma gama de torneiras e acessórios de banho, oferecendo uma
perfeita combinação entre o design contemporâneo e uma excelente funcionalidade, e também com a sua marca BMK, apresentando
uma ampla gama de artigos plásticos sanitários, dos quais se destacam os autoclismos e
respetivos mecanismos.
A Feira constituiu um sucesso pelo carácter
profissional e global dos contactos que a B&M
estabeleceu e pelo reforço da notoriedade e
reconhecimento no mercado internacional,
dado que esta feira reúne um conjunto de visitantes profissionais de uma enorme diversidade
geográfica, constituindo por isso um certame
de extrema importância para o sector.”
PLIMAT
“A feira Mostra Convegno em
Milão é uma feira muito importante para a Plimat. Além de conseguirmos recolher bastantes contactos novos, é uma maneira de
rever alguns clientes e amigos
que estão situados do outro lado
do planeta. Esta edição não foi
exceção, expusemos alguns produtos novos e recebemos bastantes pessoas vindas de vários países espalhados pelo mundo.”
SOPORMETAL
“A Sopormetal, pela segunda
edição consecutiva, marcou presença na MCE - Mostra Con vegno Expocomfort, aumentando o investimento feito de forma
a consolidar a sua exposição
nos mercados expansionistas da
Europa de Leste, Norte de Africa
e Médio Oriente.
A aposta nestes mercados é,
aliás, parte integrante da estratégia comercial da empresa nos
últimos anos.”
/ 77
Moradas
AGÊNCIAS
AD Communication
Rua São Nicolau, 2, Sala 205
4520-248 Santa Maria da Feira
Tel.: 256 391 998
Fax: 256 282 509
E-mail: [email protected]
Site: www.adcommunication.pt
Ulled
Av. Duque Loulé, 123, Studio 4.6
1069-152 Lisboa
Tel.: 213 502 490
Fax: 213 559 287
E-mail: [email protected]
Site: www.ulled.com
VF Comunicação
Av. Fontes Pereira de Melo, 31, 4C
1050-117 Lisboa
Tel.: 213 570 436
E-mail:
[email protected]
Site: www.vfcomunicacao.com
YoungNetwork
Rua Fernando Vaz, 12 A
1750-108 Lisboa
Tel.: 217 506 050
Fax: 217 506 051
E-mail: [email protected]
Site: www.youngnetwork.net
ARQUITETURA
GIMA Projectos - Arquitectura e
Engenharia, Lda
Rua Almirante Sarmento Rodrigues
Lote 7 - Olaias
1900-882 Lisboa
Tel.: 210 107 848
E-mail: [email protected]
Site: www.gima-projectos.pt
spaceworkers
R. Central do Bairro, 792
4580-591 Mouriz Paredes
Tel.: 255 781 150
E-mail: [email protected]
Site: www.spaceworkers.pt
Superfícies de Estilo
Av. Menéres, 534
4450-189 Matosinhos
Tlm.: 916 106 048
E-mail: [email protected]
Site:
www.facebook.com/SuperficiesDeEstilo
DIVULGAÇÃO
Barros & Moreira, SA
Rua Industrial, 8
Zona Industrial da Ponte Seca
2510-752 Gaeiras - Óbidos
Te.: 262 837 230
Fax: 262 837 231
E-mail: [email protected]
Site: www.barros-moreira.pt
Barbosa & Guimarães, Arquitectos
Rua de Brito Capelo, 1023
4450-077 Matosinhos
Tel.: 229 363 022
E-mail:
[email protected]
Site: www.barbosa-guimaraes.com
Grupo Preceram
Travasso - Apartado 31
3101-901 Pombal
Tel.: 236 210 160
Fax: 236 210 169
E-mail: [email protected]
Site:
www.SolucoesParaConstrucao.com /
www.preceram.pt
Carvalho Araújo - Arquitectura e Design
Rua Eça de Queirós, 98
4700-315 Braga
Tel.: 253 283 580
Fax: 253 283 582
E-mail: [email protected]
Site: www.carvalhoaraujo.com
Ovarmat - Mat. de Construção, Lda
Rua do Seixo, 45 (EN 109)
3880-557 Válega - Ovar
Tel.: 234 884 486
Fax: 234 884 987
E-mail: [email protected]
Site: www.ovarmat.pt
78 /
Technal
Rua Guiné
2689-513 Prior Velho
Tel.: 219 405 700; Fax: 219 405 790
E-mail: [email protected]
Site: www.technal.com
Saint-Gobain Weber Portugal, SA
Zona Industrial de Taboeira
3800-055 Aveiro
Tel: 234 301 130; Fax: 234 301 144
Sie: www.weber.com.pt
DOSSIER
ECOEFICIÊNCIA
Amorim Cork Composites
Rua de Meladas, 260
4535-186 Mozelos
Tel.: 227 475 300; Fax: 227 475 301
Site: www.amorimcorkcomposites.com
Imperalum, SA
Zona Industrial - Pau Queimado
2870-100 Montijo
Tel.: 212 327 100; Fax: 212 327 101
E-mail: [email protected]
Site: www.imperalum.com
Sika Portugal - Produtos Construção e
Indústria, SA
Rua de Santarém, 113
4400-292 Vila Nova de Gaia
Tel.: 223 776 900; Fax: 223 702 012
Site: prt.sika.com
Universidade da Beira Interior
Rua Marquês D'Ávila e Bolama
6201-001 Covilhã
Tel.: 275 319 700; Fax: 275 329 183
E-mail: [email protected]
Site: www.ubi.pt
ECONOMIA
Banco de Portugal
Rua do Comércio, 148
1100-150 Lisboa
E-mail: [email protected]
Site: www.bportugal.pt
CI - Confidencial Imobiliário
Rua Gonçalo Cristóvão, 185, 6º
4049-012 Porto
Tel.: 222 085 009
Fax: 222 085 010
E-mail:
[email protected]
Site: www.confidencialimobiliario.com
Instituto Nacional de Estatistica
Av. de António José de Almeida
1000-043 Lisboa
Tel.: 218 426 100
Fax: 218 454 083
E-mail: [email protected]
Site: www.ine.pt
ENTREVISTA
Coelho da Silva & Castelo, SA
Rua Dom Afonso Henriques, 638
4435-006 Rio Tinto
Tel.: 229 789 001
Fax: 229 732 429
E-mail: [email protected]
Site: www.cscastelo.com
Inovconcept, Lda
Rua Adolfo Casais Monteiro, 83
4050-014 Porto
Tel.: 220 114 044
E-mail: [email protected]
Site: www.inovconcept.com
Roca, SA
Ponte da Madalena
2416-905 Leiria
Tel.: 244 720 000
Fax: 244 722 373
Site: www.roca.com
FEIRAS
MCE - Mostra Convegno Expocomfort
Via Marostica, 1
20146 Milano
Tel.: 02 435 170.1
Fax: 02 331 434 8
E-mail: [email protected]
Site: www.mcexpocomfort.it
ARQUITETOS u ENGENHEIROS u PROJETISTAS
EMPRESAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Os mesmos desafios na gestão?
NÓS TEMOS A SOLUÇÃO.
…}…}}…uJJJF4:8CGu4CB<B4B6?<8AG8F4:8CG
#sageapoiaagestao
Moradas
PRODUTOS
Ariston Thermo Portugal, Lda
Zona Industrial da Abrunheira
Centro Empresarial Sintra Business
Park
Edificio 1 - Escritório K
2710-089 Sintra
Tel.: 219 605 300
Fax: 219 616 127
E-mai:
[email protected]
Site: www.aristonthermo.com.pt
Junkers
Bosch Termotecnologia, SA
Av. Infante D. Henrique, Lotes 2E-3E
1800-220 Lisboa
Tel.: 218 500 000
Fax: 218 500 161
E-mail: [email protected]
Site: www.junkers.pt
PRÓXIMA EDIÇÃO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Miele Portuguesa, Lda
Av. do Forte, 5
2790-073 Carnaxide
Tel.: 214 248 100
Fax: 214 248 109
E-mail: [email protected]
Site: www.miele.pt
Oliveira & Irmão, SA
Travessa de Milão, Esgueira
3800-314 Aveiro
Tel.: 234 300 200
Fax: 234 300 210
E-mail: [email protected]
Site: www.oli-world.com
Sanindusa, SA
Zona Industrial Aveiro Sul, P.O.Box 43
3811-901 Aveiro
Tel.: 234 940 250
Fax: 234 940 266
E-mail: [email protected]
Site: www.sanindusa.pt
Vulcano
Av. Infante D. Henrique, Lotes 2E e 3E
1800-220 Lisboa
Tel.: 218 500 300
Fax: 218 500 301
E-mail: [email protected]
Site: www.vulcano.pt
80 /
RESERVE
JÁ!
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PLACA DE GESSO
COM ALTA RESISTÊNCIA
À HUMIDADE E AO FOGO
na
Visite-nos
2
PAVILHÃO
Máxima Proteção
A Gyptec Protect é revestida com uma tela especial em fibra de vidro em
vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à
humidade e classificação de reação ao fogo A1.
A placa Gyptec Protect assegura a máxima proteção às zonas sensíveis
que necessitem de cuidados redobrados e específicos e em que não é
aconselhada a utilização das placas de gesso cartonado tradicionais,
nomeadamente, as zonas que precisem de alta resistência ao fogo, e as
zonas mais húmidas e de exposição ocasional à água.
[email protected] • Figueira da Foz, Portugal • T (+351) 233 403 050
Revestimentos e divisórias interiores
Balneários, piscinas, spa, casas de banho, cozinhas, vestiários e zonas com
alta exigência de resistência à humidade e ao fogo.
Revestimentos exteriores
Varandas, alpendres, zonas mais húmidas e de exposição ocasional à água.

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