Contra Reforma Capitulo XXVIII
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Contra Reforma Capitulo XXVIII
Contra Reforma Capitulo XXVIII I)Características: 1º) Em um movimento religioso e cultural que nasce no seio da Igreja Católica para dar resposta a infidelidade e às suas desordens internas; 2º) Protagonistas: Bernardino de Sena; Girolano Savarola; Os fundadores das novas Ordens Religiosas: Matteo De Bascio (Capichinhos); Inácio de Loyola (Jesuítas); Caetano de Tiene (Teatianos); Antônio M. Zacaria (Barnabitas); Jerônimo Emiliano (Somascos);Teresa de Ávila e São João da Cruz (Carmelitas); Felipe Néri (Padres Do Oratório). 3º) Eventos importantes da Contra-Reforma: a) Concílio de Trento: Em vinte anos de estudos e debates (atrapalhados pelos reis e príncipes), conseguiu declarar: Os pontos doutrinários fundamentais da doutrina católica; Necessidade e valor dos sacramentos; Hierarquia da Igreja; Valor das boas obras; Importância e caminhos da Revelação; Criação do “Index Librorum Proibytorum”. b) Fundação de Congregações e seminários. 4º) Contribuição da Filosofia: a) Defesa da capacidade da razão humana de atingir o transcendente ( contra os protestantes que a negaram para evidenciar a grandeza de Deus); b) Defesa da Liberdade humana (contra “De Servo Arbítrio” e contra a predestinação de Calvino); c) Defesa da dignidade humana, reconhecendo, no homem, a capacidade de conhecer a verdade e praticar o bem; d) Formação de princípios na Ética e na Política. II)Expoentes no Campo da Filosofia: Caetano ( Tomás de Vio) 1468-1553 Vida: (I) Nasce em Gaieta (Caieta, daí Caetano); (II) Dominicano Geral da Ordem; (III) Estudou em Nápoles, Bolonha e em Pádua; (IV) Catedrático da Metafísica Tomista em Pádua; (V) Legado do Papa Leão XIII para dialogar com Lutero; (VI) Escritor de 157 obras de Filosofia,Teologia e Exegese; (VII) Grande comentador de Santo Tomás e Aristóteles. Obra: “De Nominum Analogia” (Sobre a analogia dos nomes divinos). Doutrina: I)Não podendo falar de Deus nem totalmente diferente, nem totalmente idêntico ao modo que falamos das Criaturas: a) Se afirmamos a diferença radical, caímos no Agnosticismo;Se afirmamos a identidade radical, caímos no Panteísmo. II)A analogia nos permite falar de Deus e das criaturas de um modo intermediário: O nosso modo de falar de Deus corresponde parcialmente, mas corresponde, ao modo de falar das criaturas. Existe uma correspondência: a) Seja enquanto ao conteúdo (Perfeição Predicada); b) Seja enquanto a dessemelhança (Modo de Predicar). I) Existe vários modos de predicação analógica e o mais apropriado para falar de Deus é o da Analogia de Proporcionalidade. Por exemplo, “pessoa” predica-se de Deus e do homem, convém aos dois, mas em Deus predica-se em proporção infinita. Francisco de Vitória (1483-1546) Vida: Espanhol Dominicano; Professor em Paris e em Salamanca; Considerado o fundador do Direito Internacional. Obra: “Reletionis Theologiae” (Releitura da Teologia): Teses defendidas em público (aula magna). Doutrina: I) O Estado é: a)De origem natural, porque o homem tem necessidade dos outros para sua perfeição; b) Sociedade Perfeita (“Perfecta Communitas”), isto é: Plenamente auto-suficiente; Com um fim próprio; Com meios adequados para chegar a esse fim: leis, estruturas políticas, jurídicas, penais... c)Promotor das virtudes dos cidadãos. A maior virtude é o amor a Deus e ao próximo. d) O Estado se realiza quando apóia a religião. Defensor dos direitos de cada cidadão (contra o absolutismo do Estado). II) As nações: a) São auto-suficientes, independentes e soberanas; b) Regem-se por deveres mútuos, que são: Seja do Direito Natural; Seja de convenções especiais. Têm como primeiro e fundamental direito a conservação da própria existência (Por isso, se os povos da América tivessem uma estrutura tal que pudessem ser considerados verdadeiras nações, não poderiam ser conquistados pelos europeus; Têm outros direitos como: livre circulação de pessoas entre as nações, liberdade de comércio e navegação; Formam juntas a “Sociedade Internacional” à qual é imanente uma verdadeira e própria autoridade de governo (Autoridade Internacional). III) A Guerra: a) Nasce das violações dos “Direitos Internacionais”; b) Deve ser uma “ Extrema Ratio”: A última coisa a se fazer depois de evitar todos os esforços ponderados, consultas; c) A única/última guerra justa é a legítima defesa; d) Nem tudo é permitido nela, mas só o que repara a ofensa e assegura a paz: Não se pode matar inocentes nem reféns; não se pode saquear nem roubar; e) O direito à represália, embora teoricamente admissível, é perigosíssimo na prática; f) Só é permitido ocupar o território inimigos e substituir seus governantes quando não há outros meios para assegurar a paz. Francisco Soares (1546 – 1617) A) Vida: Jesuíta espanhol e estudou em Salamanca. B) Obra: “Desputationes Metaphisicas” (Primeiro Tratado sistemático de Metafísica independente da Teologia. As suas fontes são Aristóteles e Santo Tomás. Cria a Metafísica na sua especificidade e totalidade. C) Doutrina:Trata de conciliar o tomismo com o pensamento posterior. I) Não existe a espécie expressa, o que existe é uma intuição do Universal; II) O Ser não é a perfeição absoluta, mas é algo abstrato que não é físico nem metafísico. È um aglomerado ( um mosaico sem unidade ontológica); III) Não existe uma intuição real entre essência e existência, pois a essência em ato seria indistinguível do Ser; IV) Matéria e Forma não são simples princípios, existem por si mesmos e unem-se por um “Vínculo” ou “Modo Unificador”; V) A substância e o acidente também são “Entificados” e unidos de “Modo Novo”. VI) As coisas já existentes, de modo que o acidente não é individuado pela substância, mas por si mesmo. E, no Vir-a-ser” passa de uma substância para outra; VII) Qualquer entidade, por si mesma, é princípio de individuação. O ato não necessita ser limitado pela potência ( Soares também estuda o Direito Natural, o Direito Civil o Direito das Gentes – Política.). Crítica: a) Faz um reducionismo da Filosofia; b) E cai no Nominalismo. Filosofia Moderna – Séculos XVI a XVIII Capítulo XXIX - Introdução à Filosofia Moderna – A) Características Culturais: I) Independência e crítica dos filósofos em relação à Tradição Científica (Descartes ); II) Livre- exame e autonomia em matéria religiosa; III) Pluralismo Filosófico; IV) Criação de novos sistemas filosóficos; V) Preocupa-se da metodologia e psicologia, dos problemas sociais e dos critérios científicos (Kant); VI) Abandono progressivo da Metafísica e do Latim; VII) Multiplicam-se os centros culturais na França, Alemanha e Inglaterra; B) Características Históricas: I) Afirmação das potências nacionais Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Portugal..., com a queda do poder absoluto e a introdução dos governos constitucionais; II) Colonização da América; III) Desenvolvimento industrial e financeiro; IV) Descobertas Científicas: a) Imprensa, Telescópio, Microscópio, eletricidade, Máquina a vapor, Máquina Têxtil, Célula; V) Mudanças sociais: contestação da separação de classes: primazia da burguesia sobre a Nobreza e o Clero; VI) Consolidação do sistema religioso do Ocidente e secularização da Cultura e da Sociedade. C) Protagonistas no Pensamento: Nas ciências, Galileu, Bacon, Pascal, Leibinz, Newton... Na Política, Maquiavel, Campanella, Hobbes, Espinoza, Lock, Rosseau, Kant... No Direito, Francisco de Vitória, Vico, Suares, Grotios... Na Pedagogia, Descartes, Rousseau, Kant... D) Correntes Filosóficas Modernas I) No Século XVI: Filosofia Naturalista (Teresio, Bruno)... Filosofia Político-social: Maquiavel e Erasmo de Roterdã; Especulação Religiosa: Lutero, Calvino, Caetano e Suares No século XVII: Racionalismo_ Descartes, Spinoza, Malebranche, Lebriz _ Espiritualismo _ Locke, Bertz, Hume. No século XVIII: Iluminismo _ Voltaire, Rousseau. Filosofia História _ Vicco. Filosofia _ Kant. E) Precursores no Campo das Ciências: Magos e Alquimistas/ Paracenso (1493 – 1543) Joannes Kepler (1571): Astônomo alemão/ Discípulo e sucessor de Brahe no Observatório de Praga/ Sistematizou matematicamente a teoria de Copérnico/ Descobre as órbitas elípticas ao redor do Sol.