CianMagentaAmareloPreto

Transcrição

CianMagentaAmareloPreto
Informativo do PROJETO BICHO DE RUA - Ano II - N ° 6 - Distribuição gratuita
www.bichoderua.org.br
PATROCÍNIO
Mais um ano chega ao seu final...
Para o Projeto Bicho de Rua, 2005 foi um ciclo de muito
trabalho e realizações. Nesta capa especial de final de ano,
tivemos espaço para mostrar apenas 19 animais com seus
novos amigos em seus novos lares. Mas com isso queremos
homenagear os quase 2.000 animais que nesse ano foram
anunciados para adoção em nosso site e, destes,
cerca de 1.350 adotados. Àqueles que
ainda não foram adotados, fica o
nosso compromisso de buscar
incessantemente esse lar
tão esperado.
Aproximadamente 800 animais foram esterilizados, muitos
tratados, alimentados e amparados. Nosso maior presente
ganhamos no dia-a-dia, a cada vez que sabemos que um
animal ganhou um lar, está saudável, saiu das ruas, está feliz!
Que o ano de 2006 seja próspero e generoso com as
pessoas e os animais, e que as boas energias
inundem os corações e almas de todos
aqueles que se preocupam com
o bem-estar de seus
semelhantes,
sejam eles homens ou
animais!
Fone (51) 3061.0364
Clínica Veterinária
Fone (51) 3268.6882
Medicamentos Manipulados
F: (51) 3061-1909
CianMagentaAmareloPreto
Clínica de Aves, Cães e Gatos
Estética e Pet Shop
Fone 3334.9909
Fone: (51) 3019-7740
Fone (51) 3311.8811
Fone: (51) 3388.7700
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Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Gato Beto
É o bicho! Especial
Quando o amor faz
Está terminando mais um ano. Mais um ano de conquistas, alegrias,
tristezas e frustrações, mas acima de tudo um ano de muito trabalho em
favor da melhoria de vida de pessoas e de animais.
Aproveitando o clima de fim de ano, nessa edição resolvemos roubar
quase toda a página 2 para falar de exemplos de sucesso e de muito
amor. Roubamos o espaço das cartas que nos são enviadas, roubamos o
espaço do “Não é o Bicho”, coluna já tradicional que mostra pessoas e
ações que não prezaram pelo bem-estar animal. Sabemos dos
comunicadores ou “formadores de opinião” que, por falta de
conhecimento, emitem opiniões parciais e muitas vezes mal
intencionadas, sabemos dos legisladores que criam leis no clamor de
uma tragédia com intuito meramente eleitoreiro e populista, sabemos
das entidades que por dever de honra e de direito deveriam proteger e
amparar os animais e não o fazem. Nada disso é novidade, mas nesta
edição nosso espaço é aberto para pessoas comuns que deixaram de
esperar pelo feito do outro e ousaram fazer. Fizeram, ajudaram animais,
e hoje, aqui, retratamos suas histórias de amor e respeito aos animais.
Barão e Plebeu
Barão era um cavalo de corridas,
explorado até à exaustão. Seus
antigos “donos” queriam resultados,
vitórias a qualquer preço em
competições e pouco se
preocuparam com o bem-estar do
animal. As articulações foram sendo
destruídas e, quando não pôde
mais correr, Barão foi descartado
sem respeito.
Eloísa, Luciano e os conselheiros do
PBR, João e Nazareth, se associaram
ao drama do animal e deram-lhe
guarida em seu sítio,
proporcionando enfim sua merecida aposentadoria entre
amigos.
Aliás, seu mais novo amigo é Plebeu, que não era cavalo
de corrida, mas de tração, e foi esgotado transportando
cargas que ultrapassavam sua força. Com alimentação e
descanso insuficientes, a magreza e a doença tomaram
conta de seu corpo. Até que foi arrematado em 16 de
dezembro, no leilão realizado pela EPTC, que apreende e
trata cavalos vítimas de maus-tratos. Os valores obtidos com
a venda desses animais se destinam à estadia e ao
tratamento de outros tantos que vão sendo recolhidos pelos
mesmos motivos. Muitas pessoas comparecem a esses
leilões e arrematam os animais justamente para garantir
que não voltem para mãos inescrupulosas. Foi o caso de
Gilson Esteves que comprou quatro éguas, de Aline Tempel
Costa que levou um cavalinho e de Zuleica Lorenzoni que
ficou com o casal de jumentos. Se voltassem para quem os
levou àquelas condições, retornariam à condição de
escravos, obrigados a trabalhar além de suas forças,
atrelados a carroças.
Desta vez, os cavalos e jumentos leiloados foram
comprados por pessoas amigas dos animais, garantindolhes assim uma velhice tranqüila quando puxarão apenas
carroças de vento. Aposentadoria como a de Barão e
Plebeu, que convivem hoje em harmonia com o ambiente
e com os humanos que agora eles podem chamar de
“amigos”! Harmonia, aliás, levada muito a sério como
podemos ver na foto.
.
Recebemos o pedido de ajuda a dois gatos
abandonados em uma casa desocupada
na Av. Assis Brasil. A responsável pelo animais
morreu e os dois ficaram sozinhos na casa.
Chegando ao local, verificamos que um dos
gatos (que chamamos de Arthur) estava
muito assustado em cima de uma árvore. Já
o outro (Gato Beto), estava no terreno, muito
machucado, provavelmente por cacos de
garrafas jogadas nele e brigas com outros
gatos.
Apanhar o Arthur foi muito fácil pois é um
gato dócil e estava faminto. Já o Beto exigiu
toda uma mobilização pois, além de
assustado, era brabo e arisco
(provavelmente pelos maus tratos sofridos
até então). Tivemos que chamar uma
pessoa com experiência em resgates deste
tipo, sendo necessária utilização de rede
para apanhá-lo.
Foi levado imediatamente para uma clínica
veterinária. Houve necessidade de sedá-lo
ainda na caixa de transporte. Tomou banho
também sedado, foi castrado e recebeu os
primeiros atendimentos para tratar dos
ferimentos.
Durante pelo menos dois meses de
internação na clínica, o Beto não aceitava
carinhos e atacava qualquer pessoa que
tentasse se aproximar. Até mesmo para
limpeza do local onde estava, era preciso
isolá-lo em um dos lados da gaiola. Para o
tratamento, a cada aplicação de
medicamento e limpeza, tinha de ser
sedado.
Estávamos perdendo as esperanças de
conseguir “domesticá-lo” e encaminhá-lo
para um novo lar, quando as coisas
começaram a mudar. Por informação da
veterinária responsável pela clínica, ficamos
Lobinha
Juliana Moreschi, protetora de Porto Alegre, encontrou a Lobinha perto de sua casa
de praia em Tramandaí. Ela chorava muito e uivava também. Seu estado era crítico.
A princípio, os vizinhos disseram que não adiantava fazer mais nada, apenas deixar a
cadelinha ali para esperar sua morte chegar. Afinal, ninguém acreditava que ela
pudesse se recuperar daquele estado e ninguém queria chegar muito perto dela.
“Tadinha!”, conta Juliana, “ela estava muito triste, deprimida, magricelinha e com
muita sarna. Eu não me perdoaria se, ao menos, não tentasse salvar aquela vida. Foi
então que eu e meu namorado fomos até a agropecuária e compramos remédios:
vermífugo, matacura e sabonete
sarnicida”. Nos três dias seguintes,
Juliana deu banhos com os
medicamentos e, claro, boa
alimentação e carinho. Uma semana
depois, Lobinha já apresentava sinais
de melhora e seu pêlo começou a
crescer e, finalmente, ela parou de
chorar: virou outra cadela, estava
feliz, faceira, pulava de alegria...
“E hoje ela está cada vez mais linda!”,
comenta Juliana. “ Fico muito feliz de
poder ajudar os animais dessa forma,
é uma atitude simples, que me
fortalece ainda mais como pessoa,
sem falar a alegria de ver a Lobinha
super bem e recuperada”.
Pobre Lobinha, como estaria se não
fosse ajudada? Esperamos que você
também faça a sua parte.
O bicho da vez
Homenageie seu animal de
estimação!
Envie uma foto digitalizada de
seu mascote no formato mínimo
de 640 X 480 pixels para o e-mail
[email protected]
ou uma foto convencional para a
Caixa Postal 15547 - Agência Vila
Jardim - Porto Alegre/RS CEP: 91.311-970, no período de
01/02/06 a 28/02/06. As dez
melhores fotos, selecionadas por
nossa comissão julgadora, serão
divulgadas no site
www.bichoderua.org.br no link Bicho da Vez (página inicial).
Você poderá votar no seu favorito no período de 05/03/06 a 20/03/06.
Conheça agora o Bicho da Vez desta edição: Markov, esse lindo gatão tem 11 meses, foi
encontrado e adotado por Suzana Coccaro na Praia do Rosa/SC. Foi alimentado com
mamadeira pois, ao ser resgatado, tinha aproximadamente um mês de vida. Hoje é um feliz
“cidadão felino gaúcho”!
O Markov, dentre os dez candidatos, num total de 940 votos, obteve 334 votos (35,53%).
Continue participando e eleja o Bicho da Vez para a sétima edição do jornal Bicho de Rua.
CianMagentaAmareloPreto
sabendo que o Beto estava cedendo a
pequenos afagos na cabeça. Na mesma
época surgiu uma pessoa interessada em
adotá-lo. Seguiu-se pelo menos um mês de
negociações e estratégias para viabilizar a
adoção.
Quando tudo estava acertado, deparamo-nos
com mais um problema: como levar o Beto
para sua nova casa, sem que todo o estresse
da mudança fizesse com que ele voltasse a ser
o gato mal humorado e agressivo que era?
Decidimos pelo seguinte (que é o que dá um
ar sobrenatural a história deste gatinho):
ele seria levado sedado para a casa da
Gerusa (sua fada madrinha e nova guardiã).
Quando acordasse, pensaria que morreu e
estaria no Céu... então viraria um anjo!
Acreditem que foi exatamente isso que
aconteceu!! Apenas em dois dias depois da
transferência da clínica para casa, o Beto já
demonstrava sinais de felicidade em estar no
local. Aos poucos foi se chegando e hoje a
foto demonstra bem o que aconteceu.
Estão todos felizes com a convivência. O Beto
é o dono da casa e deita de barriguinha para
cima para receber carinhos (além de dormir
na cama da Gerusa).
Estamos só esperando que as asinhas de anjo
apareçam...
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O Jornal Bicho de Rua é um informativo da Ong
Projeto Bicho de Rua, publicado bimestralmente
pela Tomo Editorial, CNPJ: 00713226/0001-30.
Jornalista Responsável: Celso Schröder (RP MTB
5207)
Coordenação: Marcia Scarparo Simch
Projeto gráfico e arte: Ricardo Martins [email protected]
Colaboraram nesta edição:
Cláudia Batistella Scaf, João Carneiro,
Josette Prunes, Luciane Bossle, Mara Costantin,
Marcelo Baraldi Spera, Maria de Nazareth
Agra Hassen, Martin Steppe, Patrícia Hackmann,
Renato Flores, Hanellore Fucks, Luis Remy Schmidt,
Mario Ávila de Oliveira, Daniela da Rosa Moreira,
Fernanda Müller, Marcia Cordeiro, Rogério Britto,
Thaís Regina Silva Sangiovanni,
Valério Gonzáles Ouriques.
Atendimento comercial:
[email protected]
Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuição Gratuita
Impressão: Empresa Jornalística Pioneiro S/A
E-mail: [email protected]
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Caixa Postal: Caixa Postal 15547 Ag. Vila Jardim
- CEP 91311-970 Porto Alegre/RS - Brasil
O Jornal Bicho de Rua não veicula anúncios de
comercialização de animais ou que violem de
alguma forma os seus direitos.
Patrocínio: Unificado (www.unificado.com.br),
Tomo Editorial (www.tomoeditorial.com.br) e
wwwriters Sistemas (www.wwwriters.com.br )
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Quatro ações que
mudam destinos.
Quatro direções que
levam ao mesmo
objetivo. Quatro
oportunidades de
ajudar. Quatro chances
de sair da indiferença.
Ao longo do ano, o
Projeto Bicho de Rua
criou diversas
campanhas em favor
do bem estar animal.
- Estímulo à adoção
- Chamamento às
causas de
responsabilidade social
- Campanha de
Padrinhos Virtuais
- Loja da Marca Projeto
Bicho de Rua
Todas diferentes, mas
entrelaçadas. Se você
tem amor pelos
animais, adote. Se não
pode adotar, seja um
padrinho virtual.
Se você é empresário,
torne sua empresa
nossa parceira.
Se nenhuma dessas
opções o alcançou,
então você ainda pode
adquirir uma camiseta
e divulgar a causa.
Existem diversas
maneiras de ajudar e
diferentes graus de
envolvimento com a
luta pelo bem-estar
animal.
Lembre-se: nenhuma
ação ou iniciativa do
bem terá sucesso sem a
adesão da
comunidade. É tempo
de o Projeto Bicho de
Rua alçar vôos maiores.
Você, com o seu amor
é o nosso combustível!
CianMagentaAmareloPreto
Vamos conversar? Acesse o site www.bichoderua.org.br ou
mande uma mensagem para
[email protected] . Quer nos escrever? Caixa
Postal 15547 - Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS CEP: 91.311-970. Para ajudar financeiramente? Nosso CNPJ é
07.143.437/0001-97 e temos uma conta no Banco do Brasil,
agência: 3876-8, conta corrente: 7982-0.
Não tem erro, fale conosco!
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Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Presença é cura.
Conexão amorosa com seres
vivos, também.
Por aí se começa a entender
os misteriosos laços que unem
gente e animais.
Fundamentos
A idéia de animal curador está mergulhada na
humanidade há muito tempo.
Mitologicamente, o centauro Quíron foi o primeiro
curador, metade cavalo, metade homem, ensinou o
que sabia a Esculápio... e neste tempo já se falava em
cães, cobras, etc. como animais sagrados e
curadores.
Arqueologicamente, pinturas rupestres, figuras de
animais muito primitivas, datadas de 12 mil anos,
evidenciam seres humanos abraçados a cães. Da
mesma época, foi encontrado um instigante fóssil de
um menino abraçado a um cachorro.
Vida moderna
Por que o ser humano precisa de bicho?
Atualmente, a humanidade está mais carente do que
antes, homens e mulheres trabalham fora, e mesmo
para as crianças a mãe está ausente... aí o animal de
estimação completa o vácuo. Ele parece dizer: “eu
estou disponível para você 24 horas por dia”. O ser
humano não pode estar sempre disponível.
O pet é tido por todos os psicólogos como membro
da família, isto foi provado através de questionários
que vêm sendo feitos desde os anos 70, com exceção
da população residente em zona rural, onde os
animais fazem parte do meio econômico e são vistos
de modo utilitarista.
As pessoas têm mais facilidade em ter um animal
como um interlocutor quase que perfeito nas relações
familiares pois ele não responde ao ser humano e dá a
sensação de que concorda com tudo. É preciso
observar essa tendência de transformar animais em
muleta para nossas necessidades de afeto.
Nas relações domésticas, muitas vezes as pessoas
mandam recados subliminares aos familiares através
dos animais de estimação. Por exemplo, na conversa
casual a mãe diz para o filho: “o seu cachorro sujou,
olha, vai arrumar seu quarto que também está sujo”. A
mesma frase pode subir de tom, embutindo
agressividade, nesses casos o animal funciona como
pára-raio dentro do sistema familiar.
Animais nos hospitais
Por que gente
precisa de bicho?
Por que a humanidade domesticou alguns animais, já há tantos séculos? Por que na vida
moderna as cidades têm superpopulação de pets? Em uma longa conversa com o PBR, a
Dra. Hanellore Fucks dá muitas respostas.
Simpática, tranqüila, do alto de seus 78 anos de idade e muitos de experiência com animais,
Dra. Hanellore vai nos contando: se graduou em medicina veterinária em 1954, e fez
doutorado em 1987 no Instituto de Psicologia da USP, em São Paulo, porque é apaixonada por
psicologia animal e não havia essa cadeira na graduação. “Eu precisava entender o laço
que une os animais e os seres humanos, esse afeto, esse amor que muita gente fala”, conta
com paixão mas pausadamente. “Eu resolvi que era isso que ia pegar como assunto para
tese de doutoramento. Comecei em 1985, quando o cenário já estava montado na
Alemanha e nos EUA, fiz um levantamento bibliográfico e defendi a tese sobre os tipos de
relação de amor, afeto, ódio, morte...”
Essa busca redundou num belo trabalho de terapia mediada com animais em ambientes
hospitalares, onde hoje atua com o apoio de 18 voluntários. Esta modalidade terapêutica
existe há cerca de 40 anos nos EUA, sendo que o trabalho da Dra. Hanellore, envolvendo
mais de 8 mil pacientes em 8 anos, tem mostrado resultados impressionantes, sobretudo com
crianças.
Veja a seguir alguns dos trechos mais importantes de nossa conversa a respeito de
bichoterapia hospitalar e sobre relações domésticas entre animais e humanos. Confira
também, na página ao lado, artigo dos professores Renato Flores e Patrícia Hackmann sobre
os cuidados que se deve ter na hora de presentear alguém com um bicho de estimação.
CianMagentaAmareloPreto
Considerando a humanização do serviço hospitalar,
hoje em dia se reconhece que o indivíduo internado
perde liberdade e quase que também sua identidade.
Quando a criança, por exemplo, é desligada de seus
habituais amigos, precisa brincar mesmo estando no
hospital, precisa sair da doença e voltar a ser criança.
Aí entram os bichos como eficientes terapeutas:
ativam diretamente o lúdico e, ainda, apelam para a
parte sensitiva, de tocar o animal, de sentir prazer em
interagir.
Alguns animais puxam cadeira de rodas de pacientes
com paralisia cerebral e as crianças sentem prazer
com o passeio. Os pacientes sentem-se bem com
qualquer bicho e, geralmente, são usados animais
dóceis como mini-coelhos, chinchilas, etc. Os
terapeutas perguntam aos pacientes, adultos, idosos
ou crianças que tenham condições de se comunicar,
com que tipo de animais gostariam de trabalhar,
respeitando sua livre vontade.
Os animais terapeutas devem ter boas condições de
saúde e comportamento. Devem ser obedientes e
saber lidar com estranhos, ruídos, cheiros, toques,
precisam ser centrados e gostar daquilo que fazem.
Nos treinamentos, os animais são testados por duas ou
três pessoas que simulam situações, e o condutor vai
primeiro sem o animal para se ambientar. Ele tem que
aprender a lidar, o que fazer, e depois observa os
outros voluntários que estão trabalhando com animais.
Resultados na prática
Dra. Hanellore Fucks não trabalha com indivíduos, mas
em hospitais comuns, públicos e privados, em asilos
ligados às religiões judaicas, católicas e evangélicas,
na pediatria da Santa Casa de Misericórdia, Instituto de
Tratamento de Câncer Infantil (ITACI), e seus pacientes
são crianças (algumas com paralisia cerebral), adultos
e idosos.
O trabalho apresenta resultados qualitativos e
quantitativos, com mais de 8 mil pacientes atendidos
em 8 anos. Em termos quantitativos, através de
pequenos questionários, pode-se avaliar a aceitação
de 100% das crianças visitadas pelos animais
terapeutas. Crianças com câncer apresentam melhora
na disposição, diminui a depressão e melhora o tônus
muscular (a criança se endireita, fica alerta).
A terapia também tem ação educativa, a criança
aprende através do animal sobre alimentação,
locomoção, lugar de origem, sexo, reprodução, cores
(cão preto, cão branco) fonação, jogo com idade
“quem é o animal mais velho?”, etc.
Há também trabalhos de psicomotricidade de
ocupação com os idosos.
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BICHO-PRESENTE
Uma questão delicadíssima
Considerar a possibilidade de dar
você me aceita nela e cuida de mim.
animais, cães e gatos, como presente,
Esta é a diferença entre um brinquedo e
não é tão simples como ofertar algo
uma planta. Você não trai a confiança
não vivo, ou até uma planta. Não há
de um brinquedo se o deixar quebrar,
conseqüências maiores, exceto
mas você, ao abandonar um animal
financeiras, se uma criança estragar seu
que levou para sua casa, vai contra
carrinho de bombeiros novinho, no dia
tudo o que ele imagina sobre o mundo.
25 de dezembro, por enfiar uma chave
de fenda nele. Não ocorrerão críticas se
Bons efeitos à saúde e educação você, ao sair de férias, esquecer a
Feitas estas ponderações e apelos ao
begônia que sua tia lhe presenteou e
bom senso, a presença de animais na
deixá-la morrer de falta de água e luz.
sua casa e na sua vida tem
Por outro lado, se seu filho cientista mirim conseqüências que não podem ser
resolver operar o cão, para ver como
desprezadas. As revistas científicas
funciona, ou se você esquecer o gato
especializadas, por exemplo, estão
trancado em casa e só
voltar um mês depois,
não será a mesma coisa.
Mas, como assim?
Imagine alguém que
procure a autoridade
judiciária para adotar
uma criança. Ela leva a
criança feliz e sorridente
para casa e, alguns
meses depois, procura o
juiz e a devolve com a
alegação de que vai
tirar férias e não pode
levá-la, ou que deseja
devolvê-la, porque dá
mais trabalho do que o
esperado. Algo assim
seria considerado cruel,
desumano e totalmente
reprovável, pois a criança tinha uma
repletas de estudos e pesquisas sobre os
expectativa ao ir para esta casa,
benefícios à saúde humana. Conviver
esperava uma família e uma relação
com animais de estimação, além do
recíproca de afeição. É isso que a
seu prazer intrínseco, melhora a saúde
diferencia de um boneco: pensar e
física e mental. Quem adquire um bicho
fazer planos, conhecer os sentimentos e
tem menores gastos com despesas
as emoções.
médicas, e pessoas infartadas têm uma
É claro, animais não são crianças mas
sobrevida maior após o ataque se
também não são bonecos...
convivem com algum animal de
Se formos examinar o funcionamento
estimação. As simples caminhadas com
mental dos animais,
seu cão podem afastar os
vamos descobrir que, à
riscos de uma vida
o benefício trazido
medida em que eles se
sedentária e ampliar suas
pelos animais não é
tornam mais complexos,
relações sociais.
mágico e não ocorre
ficam também mais
Mas não é só na saúde
pela simples presença que os bichos emprestam
inteligentes (e, por
de um animal. O
extensão, com emoções
seu potencial benéfico a
efeito está na
e sentimentos mais
favor das pessoas: na
dependência de uma educação, o contato
elaborados). Vertebrados
relação entre o bicho com animais também
são mais inteligentes do
e a pessoa. É a
pode melhorar o
que invertebrados.
convivência que
desempenho escolar das
Répteis são mais
permite a troca de
crianças, especialmente
inteligentes do que
experiências, o
peixes.
aprendizado mútuo e daquelas que têm
dificuldades de
Os cientistas ainda não
o suporte afetivo.
aprendizagem ou algum
testaram todas as
transtorno de
espécies mas parece ser
desenvolvimento.
possível afirmar que todas as aves e
Crianças com estas dificuldades muitas
todos os mamíferos têm algum tipo de
vezes enfrentam problemas de baixa
consciência. Sem dúvida, cães e gatos
auto-estima, distração e frustração, por
apresentam um tipo de consciência já
não conseguirem realizar as tarefas
bem desenvolvido, que difere da nossa
escolares, desisitindo de aprender.
pela dificuldade deles em prever o
Frente a esses comportamentos, as
passar do tempo e em usar símbolos.
pesquisas sugerem que o contato com
E o animal como presente o que tem a
bichos aumenta o interesse e motivação
ver com isso? A questão é que o animal,
das crianças com baixo desempenho
ao ir para sua casa, tem uma
escolar, fazendo com que realizem as
expectativa do que vai ocorrer lá. Ele
atividades com mais empenho e
fará o melhor de suas possibilidades
entusiasmo, e se igualem ao resto das
para que você o aceite na matilha ou
outras crianças em termos de
bando. Às vezes, pode fazer coisas
participação.
erradas como roer o retrato de sua mãe
A preocupação com a cidadania e
ou fazer xixi no tapete, mas estas coisas
com uma educação que contemple o
são símbolos e ele não entende a
respeito pelos animais fez com que, em
importância que pode ter para nós. Se
Florianópolis, a UFSC e a Secretaria
os animais entendessem isso,
Municipal de Educação criassem um
certamente não o fariam, pois violariam
projeto educativo, chamado Amigo
o acordo que pensam que fizeram
Animal, da 1ª à 4ª série, nas 37 escolas
conosco. O acordo é esse: eu farei o
da rede municipal de ensino, voltado à
melhor de mim para ser da sua família e
CianMagentaAmareloPreto
relação seres humanos-animais. Da
mesma forma, o projeto Animais Nossos
Parceiros, da Secretaria Estadual de
Educação do Rio Grande do Sul,
confirma a idéia de que algumas
autoridades educacionais já estão mais
bem informadas sobre as vantagens de
trazer para as salas de aula o tema da
valorização e do respeito aos animais.
Enfim, seja nas escolas ou nas clínicas, o
benefício trazido pelos animais não é
mágico e não ocorre pela simples
presença de um animal. O efeito está
na dependência de uma relação entre
o bicho e a pessoa. É a convivência
que permite a troca de
experiências, o aprendizado
mútuo e o suporte afetivo.
O futuro dos estudos científicos
sobre as relações humanosanimais é bastante promissor e
permite prever um melhor
entendimento mútuo com
benefícios para ambos.
Atualmente, há dois modelos
teóricos em disputa sobre a
origem dos vínculos com os
animais. Um deles, batizado de
“biofilia”, diz que gostamos dos
animais pois evoluímos no
ambiente no qual eles estavam
presentes e gostamos deles
porque a natureza é a nossa
casa original. Do mesmo modo
que jardins e florestas são mais
agradáveis do que um mar de edifícios
ou uma planície na Antártida, um
ambiente com animais estaria mais de
acordo com nossa natureza.
O modelo concorrente é o dos “vínculos
sociais”. Ele se baseia na hipótese de
que animais são benéficos pelos
vínculos sociais que propiciam. Como
somos uma espécie gregária, que vive
em grupos, temos uma tendência inata
a vínculos. Cães e gatos, também.
Com base nesta idéia, podemos
explicar por que idosos acompanhados
de animais viveriam mais. Seria pelos
mesmos motivos que idosos casados
vivem mais, devido a um vínculo afetivo
e social. Por isso, incluímos animais de
estimação como membros da família.
Pois é, como se pode ver, adquirir um
bicho não é como comprar um
brinquedo ou um livro. Faça, agora, os
nossos testes e verifique se você está
apto para dar ou receber um animal na
sua vida.
Renato Z. Flores, professor do departamento de
Genética da UFRGS e membro da Associação
Bichoterapia
Patrícia H. Hackmann, professora da rede
municipal de ensino de Porto Alegre e
conselheira do Projeto Bicho de Rua
PARA PRESENTEAR COM UM ANIMAL
Verifique se você pode pensar em dar um animal como
presente. Você deve responder sim para todas as perguntas.
Caso responda não em pelo menos uma delas, considere a
possibilidade de dar uma camiseta do Bicho de Rua ou um
livro.
1. A pessoa a ser presenteada quer um animal de estimação?
2. Ela tem conhecimento detalhado de todas implicações e
responsabilidades de manter um animal sob sua guarda?
3. O indivíduo que receberá o animal tem recursos financeiros
para mantê-lo, sem um impacto em suas finanças?
4. A casa do presenteado tem um local adequado para o
animal de estimação?
5. A pessoa tem o tempo necessário para dedicar-se e para
treinar o bichinho?
PARA GANHAR UM ANIMAL
Temos, também, um teste para você verificar se pode receber
um animalzinho, preenchendo os critérios para uma guarda
responsável. Nenhum dos itens é opcional!
1. Você está preparado para cuidar do animal por todo o
tempo de sua existência?
2. O animal será ou foi castrado, para evitar que você seja
responsável pela existência de mais uma ninhada para a qual
não há casas suficientes que os recebam?
3. Você tem tempo para alimentá-lo, exercitá-lo (cães), penteálo, acariciá-lo e, especialmente, para conviver com ele?
4. Você tem dinheiro para sustentá-lo?
5. Sua família ou as pessoas que freqüentam sua casa foram
informadas de seus planos e estão de acordo com a chegada
do animal?
................................................................................................................
As imagens que ilustram estas páginas são de animais adotados
em 2005 através do Projeto Bicho de Rua
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Ciano Amarelo Magenta Preto
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PATROCÍNIO
O ato de adotar um animal exige amor e consciência. É o momento
mágico, onde o coração e a mente, a sensibilidade e a compaixão se
transformam em ação. E a nossa vida, juntamente com a desses seres,
é definitivamente alterada... para melhor!
Doação urgente
Doa-se lindos gatinhos de diversas idades e pelagens. Serão entregues
desverminados e com castração gratuita. Contatos pelo fone
(51) 3384.4639 (noite) ou pelo e-mail [email protected]
Para adoção
Sofia é uma
cadelinha de
aproximadamente
2 anos que foi
utilizada nas
aulas de
cirurgia da
UFRGS.
Com o término
das aulas,
precisa ser
doada pois a
universidade
não manterá
animais durante
as férias.
Contatos para
adoção com
Daniela, fone
(51) 9148.3882 ou pelo e-mail
[email protected]
Para esses animais, a felicidade não custa nada. Não compre, adote! E seja muito feliz com eles...
Bilú
Alf e Fred
Kusko
Raposinho
Oi, eu sou o Raposinho!
Apareci na casa da minha
dinda num domingo. Nesse
dia decidi que não ficaria
mais na rua e pedi para
ela me ajudar. Ela
prontamente me levou no
veterinário, tomei banho,
fui desverminado e
castrado. Estou lindão,
pareço um príncipe. Sou
bem novinho, educado e
mimoso. Acho que não
tenho 1 ano de idade e
meu porte é pequeno/
médio. Gostaria muito de
festejar o meu primeiro
aniversário com você e o
meu melhor presente será o
seu amor que eu aceitarei
e retribuirei em dobro!
Contatos para adoção pelo fone (51) 3332.1138 em horário
comercial ou pelo e-mail [email protected]
Lindo cãozinho, bem jovem, porte
médio/pequeno, foi encontrado
coberto de carrapatos e com mais
de 40 bichos-de-pé. Estava tão
debilitado que mal conseguia ficar
de pé. Foi tratado e agora aguarda
por adoção. Adora andar de carro e
na guia. Já castrado, vacinado e
vermifugado. Contatos com Tiane
pelos fones (51) 3061.3459 e
9957.7720 ou pelo e-mail
[email protected]
Herói
Este é o cão cujo resgate em uma estrada foi
motivo de reportagem na Zero Hora. Hoje ele está
hospedado no canil da Aprocan em Canoas. É um
cão de porte grande, muito amistoso com pessoas
e excelente para guarda. Contatos com Eliane
pelo fone (51) 8422.3899 ou pelo e-mail
[email protected]
Fomos encontrados desnutridos, com sarna, pulgas e
carrapatos. Mais um pouquinho e teríamos morrido. Nossa
dinda nos resgatou e passamos por um longo tratamento:
vacinas, ração especial, banhos medicinais, muitos remédios
e fortificantes. Agora estamos assim, bem bonitos e faceiros.
Teremos porte médio. Temos aproximadamente 6 meses e
somos bem carinhosos e obedientes. A cirurgia de castração
é garantida e gratuita. A nossa veterinária já nos liberou do
tratamento, agora precisamos de um lar. Venha nos
conhecer e se encantar conosco! Contatos para adoção
pelo fone (51) 3231.1142 em horário comercial ou pelo e-mail
[email protected]
Rosinha
Me chamo Rosinha pois quando fui recolhida das ruas eu estava rosa
de tanta sarna. Hoje estou curada, mas fazem 10 meses que eu moro
numa gaiola em uma clínica. Venha me visitar! Quem sabe vou com
você embora para uma nova casa para poder correr e brincar. Já fui
desverminada e vacinada e logo serei castrada.
Contatos pelo fone (51) 3332.1138 (hor coml) ou pelo e-mail
[email protected]
Sou um jovem cãozinho, com
aproximadamente 7 meses. Estava
deitado em uma calçada quando
alguém fez um carinho na minha
cabeça. Levei um susto pois achei
que iam me bater e me “botar
pra correr” da graminha fofinha
onde havia me aconchegado, mas
era só um carinho. Gente! Era um
carinho! Como foi bom aquilo! Tão
bom que resolvi ir atrás daquele
humano. Ele só percebeu que
havia sido seguido quando abriu o
portão da sua casa. Me deu
água, comida e me fez mais um
carinho. Tudo do lado de fora do
portão. Ele disse que não podia
me colocar pra dentro porque não
tinha lugar, então fiz plantão na
frente da casa até vencê-lo no
cansaço! Ganhei um nome, um cantinho e ganho, todos os dias,
água, comida e muuuuuuuito carinho! Agora preciso que alguém
me adote porque esse humano já tem outros cãezinhos como eu,
esperando por um lar. Contato pelos fones (51) 3061.3459 e
9957.7720 ou pelo e-mail [email protected]
Albina
Linda cadela de porte grande, já
castrada, vacinada e vermifugada.
Apesar do tamanho, Albina é uma doçura
só. Será ótima companhia e, pelo porte,
impõe respeito como guarda. Contatos
para adoção pelo fone (51) 3232.1142
(hor.coml) ou pelo e-mail
[email protected]
Minie
Princesa
Me deram o nome de Princesa de Bourbon, pois passei um dia inteiro na
frente do Bourbon da Ipiranga, e ninguém fazia nada por mim. Apenas tive
forças para sair do sol forte, mas não queria comer nada... e ainda por
cima eu estava no cio. Uma madrinha me resgatou, e me levaram de
carrinho de supermercado pela
Ipiranga, até uma clínica veterinária,
para que minha saúde fosse avaliada.
Eu estava bem, apesar de estar me
coçando demais por causa da sarna.
Essa minha madrinha já cuida de
muitos animais de rua, tendo gastos
enormes. Sou uma cachorrinha
extremamente dócil, calma e quieta.
Não incomodo, sou carinhosa. Minha
idade foi estimada em 1 ano. Sou
linda, malhada de branco com
marrom tigrado, rabinho curtinho, pêlo
curto. Tenho porte pequeno-médio.
Como ração, e estou desverminada.
Serei entregue castrada e vacinada.
Contatos com Cláudia pelo
fone (51) 9802.0004 ou pelo e-mail
[email protected]
Sou uma gatinha de sorte pois me tiraram das ruas antes de ganhar meus bebês, que
nasceram no dia 6 de outubro. Ganhei 6 filhotes mas 2 morreram. Como sou uma gata de
sorte, perdi 2 filhos mas ganhei outros 3 pois amamentei, junto com os meus 4 filhos que
viveram, 3 gatinhos que perderam a mãezinha atropelada. Gostaria de aproveitar e fazer
um pedido para o Papai Noel: para que eu continue sendo sortuda, preciso arranjar um lar
para mim e para meus 7 filhotes. Este é o meu sonho de mãe! Este é o meu sonho de Natal!
Contato pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected]
Ágata
Doa-se linda e doce gatinha
de pelagem negra. Foi
retirada de dentro de um
bueiro onde vivia. Será
entregue castrada, vacinada
e vermifugada. Contatos pelo
fone (51) 3231.1142 (hor coml)
e 8445.0724, ou pelo e-mail
[email protected]
Cachorrinha com aproximadamente 1 mês e meio, provável porte
médio. É muito alegre apesar de ter sido abandonada, tendo como
companhia somente suas pulguinhas e carrapatos. Já tomou banho
e ganhou vermífugo. Terá vacina e castração a baixo custo.
Contatos com Tiane pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo
e-mail [email protected]
Maia
Quest
Jade
A Jade é uma cadela de aproximadamente 2 anos,
de porte médio, muito carinhosa, brincalhona e
atenta. É uma ótima companheira como também é
uma ótima
guarda. Foi
recolhida da
rua quando
estava
prenha. Teve
seus filhotinhos
no dia 30/08,
já doados
todos, e agora
ela aguarda
também a
chance de ir
para um lugar
definitivo onde
receba muito
amor e
carinho. Sua
castração já
está
agendada e já está vacinada. Interessados entrar em
contato com Cristiane pelo fone (51) 8118.8906 ou
pelo e-mail [email protected]
Unicat
Valentina
Ramona
Linda cadela de 1 ano de idade, precisa
urgente de um lar pois corre risco de ser
recolhida ao CCZ por denúncia de vizinhos. É
tímida com desconhecidos mas logo se
acostuma. Castração a baixo custo
garantida para quem adotá-la. Contatos
com Luciane pelos fones (51) 3358.7237 (hor.
coml), 3384.4639 (à noite), cel. 9259.7550 ou
pelo e-mail [email protected]
Oi, meu nome é Minie! Sou uma
linda cachorrinha que estava
abandonada. Fui resgatada da
rua com sarna, pulgas e
carrapatos. Agora estou limpinha,
desverminada e castrada.
Aguardo a hora de ganhar um
lar definitivo. Tenho porte médio,
aproximadamente 1 ano e sou
muito carinhosa e brincalhona.
Venha me conhecer!
Contatos para adoção pelo fone
(51) 3332.1138 em horário
comercial ou pelo e-mail
[email protected]
Bela
Bela é uma espoleta. Também é doce,
alegre e muito, mas muito carinhosa.
Deve ter 1 ano no máximo, porte
pequeno e, como toda filhotona, tem
muita energia. Por isso, precisa de um
dono que goste de passear e brincar
com ela. Já está castrada,
vermifugada e prontinha para amar
muito você. Contato com Sônia pelo
fone (51) 3024.6384 (à noite) ou
pelo e-mail [email protected]
Meu nome é Quest.
Jota Quest! Fui
abandonado numa
caixinha na saída do
show da banda Jota
Quest (que
coincidência!?).
Quando vi aquele
povo saindo, fiquei
com muito medo,
estava com fome e aí
comecei a chorar.
Uma moça ouviu o
meu chorinho e veio
ver o que estava acontecendo... Ao me ver não
aguentou, como deixar um bebezinho tão
querido como eu na rua? Me levou para casa
dela, e agora estou bem alimentado,
desverminado e aguardo adoção. Tenho pêlo
curto, serei porte pequeno/médio, sou muito
dengoso e brincalhão. Como ração, e sou bem
educadinho. Minha dinda está à procura de
um lar bem legal para eu morar. Castração
garantida e gratuita. Contatos para adoção
pelo fone (51) 9928.6430 ou pelo e-mail
[email protected]
Chico
Chico é um adorável cocker, e provavelmente
tenha sido cruelmente abandonado. É
extremamente manso, obediente e quieto. Sua
madrinha não pode ficar com ele, e ele é manso
demais para voltar para a rua... Já está vacinado
e passou com avaliação veterinária completa.
Aguarda por um lar definitivo, para receber muito
amor. Para adoção, contatos pelos fones
(51) 9699.9420 e 3442.1582 ou pelo e-mail
[email protected]
AGRADECEMOS A COOPERAÇÃO DIVULGANDO NOSSAS MENSAGENS, INDICANDO O SITE E AJUDANDO MUITOS ANIMAIS A ENCONTRAR UM LAR. CONHEÇA OUTROS AMICÃES E AMIGATOS PARA ADOÇÃO EM NOSSO SITE.
Maia foi resgatada
com seu pequeno bebê
recém nascido e está
na segurança de um
lar temporário. Como
na casa já vivem dois
cãezinhos (também
resgatados das ruas),
eles não poderão ficar
vivendo lá
definitivamente. Assim
que o bebê estiver
alimentando-se sozinho,
os dois serão doados. A
mãezinha será entregue castrada (ela
é muito doce e carinhosa). Contatos
com Lilian pelos fones (51) 3361.1230 e
9167.0175 ou pelo e-mail
[email protected]
Gigi
Linda gatinha com
aproximadamente 6 meses,
muito doce e carinhosa, foi
abandonada e tudo o que
precisa é de um lar cheio de
carinho. Será entregue
castrada, vacinada e
desverminada. Contatos pelo
fone (51) 8445.0724 ou
pelo e-mail
[email protected]
8
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Cuidados básicos
durante o verão
Aves como animais
de estimação
A displasia coxofemural é uma das
doenças articulares mais prevalentes nos
cães. Ela pode surgir em qualquer raça,
mas é freqüentemente encontrada em
cães grandes ou gigantes, como
Rottweiler, Pastor, Fila, Labrador, São
Bernardo e Dogue Alemão.
A displasia coxofemural raramente
acomete cães com peso inferior a 12
kg quando adultos, embora já tenha
sido relatada em cães de raças “toy” e
gatos. A doença se caracteriza por uma
alteração da articulação coxofemural
(bacia), geralmente bilateral. Ocorre o
distanciamento entre a cabeça do
fêmur e o acetábulo, com isto inicia-se
uma série de alterações de
malformação óssea na região articular.
Por ser hereditária, os cães que
apresentam displasia não devem ser
utilizados para a reprodução. Se ambos
os pais apresentarem displasia, apenas
7% dos filhotes serão normais. Esta é
uma doença que apresenta alta
herdabilidade. De cada 100 cães
portadores de displasia, somente 40%
apresentam algum sintoma, por isso os
cães que serão utilizados para
reprodução devem fazer radiografia
antes do acasalamento.
Os sinais clínicos variam de acordo com
a idade do animal e, quanto mais cedo
eles aparecem, mais grave é a doença
e o prognóstico desfavorável. Estes
pacientes podem apresentar dor nos
membros posteriores, claudicação
(mancar), dificuldade em se levantar,
preferem manter-se sentados e podem
ficar agressivos devido à dor.
O diagnóstico desta doença é feito
através do histórico, do exame físico e
confirmado com o RX das articulações
coxofemurais. O tratamento visa reduzir
a dor e devolver o bem estar ao animal,
podendo ser clínico ou cirúrgico, de
acordo com cada caso.
Ao adquirir um filhote de raça de
grande porte, é indicado buscar um
criador que realize controle de displasia
na sua criação, desta forma a
probabilidade de transmissão genética
diminui significativamente.
Quando Samuel Hahnemann
desenvolveu a homeopatia, não
imaginaria que sua técnica pudesse
ajudar tantas espécies de animais,
inclusive as aves. A Filosofia
Homeopática tem, como princípio
básico, o mais alto ideal de cura do
Médico que é o estabelecimento
rápido, suave e duradouro da saúde ou
remoção e destruição integral da
doença pelo caminho mais curto, mais
seguro e menos prejudicial (Organon).
Neste conceito, as aves se beneficiam
muito com o tratamento Homeopático,
pois seu metabolismo bioquímico é
muito mais rápido do que de um
mamífero, que também se beneficia
com a terapêutica.
Os medicamentos homeopáticos são
absorvidos instantaneamente por via oral
(na água de beber, na fruta ou na ração
que mais gosta), e são distribuídos
através de terminações nervosas da
boca. Os medicamentos alopáticos,
mesmo utilizada a via endovenosa, que
é a mais rápida, levará alguns minutos e
dependerá de proteínas no sangue
para serem transportados até o órgão
que se quer tratar (as aves doentes
normalmente têm pouca proteína
sangüínea, o que demorará mais ainda
para a droga fazer efeito).
Além da rapidez da absorção dos
medicamentos homeopáticos, a
administração é sem estresse. Juntando
a experiência na Clínica de Aves,
estudos sistemáticos, trocas de
experiências com os grandes Mestres da
Homeopatia Veterinária do Brasil e
utilizando a terapêutica por 5 anos com
nossos pacientes e plantel de nossa
criação, associada à técnica da
manipulação, seriedade e
competência da Farmácia Vida Animal,
desenvolvemos a linha HOMEOBIRD’S,
medicamentos homeopáticos
associados a complexos vitamínicos,
minerais e aminoácidos exclusivos, na
dose certa, para aves de estimação e
produção orgânica. Todos
medicamentos foram testados e
aprovados por clientes criadores e
donos de aves “desenganadas” por
causa de suas doenças. Lembrem-se:
sempre tenha a orientação de um
Veterinário. Segundo Dioscores, onde há
doença, há cura.
Durante os meses de calor é necessário
que tomemos algumas precauções em
relação à saúde dos nossos bichinhos.
Muitas pessoas não sabem que a
temperatura corporal normal de cães e
gatos é maior que a dos seres humanos
e, assim, não se dão conta de tomar
alguns cuidados importantes. Um quadro
muito freqüente em clínicas veterinárias
é a “intermação” (elevação da
temperatura corporal após exposição
prolongada ao sol ou calor intenso, ou
ainda por exercícios muito
prolongados). Animais idosos, ou com
algum tipo de enfermidade cardíaca ou
pulmonar, e também aqueles com
pelagem abundante devem receber
muita atenção nesta época do ano.
Os gatos, geralmente, são animais muito
independentes e bastante tolerantes ao
calor, mesmo assim, nunca os deixe em
ambientes totalmente fechados ou sem
circulação de ar. Se houver a
necessidade de transportar o gato, o
faça em horários menos quentes (início
da manhã ou final de tarde). Observe a
necessidade de usar bloqueador solar
em cães e gatos de pelagem branca e
pele clara para evitar a incidência do
carcinoma epidermóide (inclusive nos
dias de sol em outras épocas que não o
verão).
Quanto aos cães, é necessário tomar
muito cuidado com os passeios.
Percursos longos durante dias quentes e
úmidos devem ser evitados. Nunca
deixe seu animalzinho preso dentro do
carro em estacionamentos, mesmo que
o vidro fique aberto. Fique atento aos
sinais clínicos que o seu animal pode
apresentar num quadro de intermação:
apatia, taquicardia ou taquipnéia
(batimentos cardíacos ou movimentos
respiratórios acelerados), salivação
excessiva, mucosas azuladas,
convulsões, sangramento em fezes ou
urina, diarréia, vômitos, desidratação,
manchas roxas ou avermelhadas na
pele.
E lembre-se: dependendo do grau das
lesões causadas pelo calor e do tempo
decorrido até o atendimento do
médico veterinário, o quadro poderá ser
irreversível e fatal.
Aves como animais de estimação
exigem cuidados especiais. Quando em
cativeiro, o espaço da gaiola deve
permitir que a ave abra completamente
as asas sem encostar cabeça, cauda e
asas nas paredes. A porta da gaiola
deve ser grande o suficiente para
remover a ave facilmente do interior.
Adquira gaiolas que possuam grade no
piso, mantendo assim o pássaro longe
das próprias fezes. Os poleiros devem ser
de madeira e compatíveis com o
tamanho dos pés da ave.
A comida e água devem ser colocadas
em recipientes próprios e suspensos na
gaiola. As aves devem receber frutas
variadas, cortadas em pedaços com
casca e sementes. Também incluir na
dieta de forma regular as verduras,
legumes e tubérculos. Não estimule a
ingesta de alimentos que a ave não
possa achar na natureza.
Ao escolher a localização da gaiola ou
viveiro, saiba que as aves precisam
receber sol direto para permitir que o
cálcio seja fixado nos ossos, assim como
devem ser protegidas do vento, do frio
ou calor excessivos. Pássaros são muito
sensíveis a intoxicações, deve-se ter
cuidado com aquecedores de água a
gás, pinturas no prédio, venenos para
insetos e plantas ornamentais.
Cuidados com a higiene também são
importantes, o banho deve ser
oferecido diariamente.
Aves feridas ou doentes devem ser
manipuladas o mínimo possível pois o
estresse do manuseio pode determinar
a piora do quadro clínico. Nessas
situações não forneça alimentos, água
ou remédio, observe se há sangramento
ou alguma fratura visível e, neste caso,
envolva o corpo da ave com um pano
ou faixa para evitar que ela se debata
durante o transporte. Acomode-a em
uma caixa ou gaiola de tamanho
apropriado e leve-a até o médico
veterinário ou órgão público
competente para aves silvestres.
A saúde e bem-estar de seu animal
dependem de você.
Dr. Valério
Gonzales Ouriques
CRMV-RS 6535
AUTORA:
Dra. Angélika Sharom
Médica Veterinária
Homeopata
Especializada em Aves
Daniela da Rosa
Moreira
Farmacêutica
Responsável
CRF/RS 4504
Dra. Marcia
Cordeiro
CRMV-RS 5856
A camiseta "Pêlos" ganhou Prêmio Ouro
no Salão Gráfico Promocional,
da Semana da Propaganda.
Criação: Agência Martins+Andrade
CianMagentaAmareloPreto
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Homeopatia
para aves
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Displasia
coxofemural
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INFORME PUBLICITÁRIO TÉCNICO
amicão, amigato&outros amigos
Dra. Thais Regina
Silva Sangiovanni
CRMV-RS 5089
9
www.bichoderua.org.br
Jornal Bicho de Rua
Adotados
Estes são alguns dos
animais que
encontraram um lar
através da divulgação
e intermediação do
Projeto Bicho de Rua.
A Traqueobronquite Infecciosa é uma
patologia que acomete o trato respiratório
dos cães tendo, como principal
manifestação, crises de tosse. É também
chamada Complexo da Tosse dos Canis, por
se tratar de uma coleção de doenças com
um ou mais agentes etiológicos, podendo
ser viral (Parainfluenza e Adenovírus tipo 2),
bacteriana (Bordetella bronchiseptica) e/ou
fúngica. A bacteriana pode ser transmitida
ao homem, porém geralmente o faz quando
há depressão do sistema imune deste.
É altamente contagiosa entre os cães
através do contato direto. Os animais mais
suscetíveis são aqueles com déficits
imunológicos, tais como filhotes, idosos ou
aqueles submetidos a estresse ou debilitados
por outras doenças. A transmissão se dá por
aerossóis, tornando-se freqüente em locais
onde há muitos cães, como exposições,
lojas, hospitais, hotéis, abrigos. Os agentes
também podem ser transmitidos por gaiolas,
potes de comida e água e pelos
funcionários que lidam com os animais
infectados. O período de incubação varia
de 3 a 10 dias. É importante ressaltar que
mesmo os cães que não saem de casa
podem contrair a doença via outros cães
que venham “passear” na frente dos portões
do pátio. Irritação das narinas causada por
alergias a pólen, ácaros ou odores fortes,
por exemplo, ou friagens podem predispor o
animal à patologia.
O cão pode apresentar sinais que se
assemelham à gripe humana, podendo
haver espirros, febre, secreção nasal
mucosa ou purulenta, e falta de apetite. O
sintoma clássico, a tosse grave, curta e
repetida, geralmente acompanhada de
esforço de vômito, é percebida
subitamente, e intensificada por exercícios,
excitação ou pressão da coleira no
pescoço. Quando há mais de um agente
envolvido na traqueobronquite (o que
caracteriza uma infecção mista), o quadro
se torna mais grave, podendo haver
desenvolvimento de uma pneumonia.
A prevenção é realizada com vacinas
intranasais específicas, que estimulam a
produção de anticorpos locais. Deve-se
manter isolados os animais doentes, e
recorrer a tratamento veterinário sempre que
possível.
O organismo animal precisa receber,
através da alimentação, diversos elementos
nutricionais necessários para o seu
desenvolvimento saudável. Entre os
elementos constituitivos do corpo animal,
Cálcio e Fósforo entram em porcentagem
extremamente alta, sendo este percentual
aumentado no caso das fêmeas, quer no
período de gestação, quer no período de
lactação. Na infância do animal, tais
elementos devem estar presentes em maior
percentual, por serem altamente
requisitados para a construção arcabouço
ósseo.
O cálcio e o fósforo ingeridos através da
alimentação necessitam da presença da
Vitamina D para serem incorporados ao
esqueleto animal, servindo como elemento
catalisador acessório, sob pena de sua falta
causar doenças nutricionais graves que
atingem diferentes etapas do
desenvolvimento animal: o Raquitismo na
infância, a Osteomalácia na idade adulta e
a Osteoporose no animal idoso. Essas
doenças geram grande fragilidade do
esqueleto que, ao exame de raio-X,
comprova a sua pouca ou nenhuma
impregnação por sais de Cálcio.
Raquitismo - os ossos do esqueleto na fase
de crescimento apresentam sérias
possibilidades de fraturas espontâneas e têm
seu desenvolvimento alterado, ocasionando
defeitos posturais. A estrutura dentária
também fica comprometida sofrendo maior
desgaste, cáries e levando à perda precoce
dos dentes.
Osteomalácia - também conhecida por
Doença dos Ossos Moles, ocorre no
organismo já adulto. Manifesta-se com as
mesmas características ósseas já citadas
devido à ausência de doses suficientes para
a manutenção das necessidades normais do
organismo.
Osteoporose - doença observável na fase
da velhice. Os ossos vão se tornando porosos
e fraturas espontâneas são muito freqüentes
e comuns.
O tratamento para todos esses casos é uma
dieta rica em cálcio, fósforo, além da
própria vitamina D, ou mesmo através de
uma suplementação por meio de
complexos compostos por estas substâncias.
Consulte o médico veterinário e manipule na
Alquimia Farmácia de
Manipulação o
suplemento vitamínico
necessário para a
prevenção e combate
a estas e outras
doenças prejudiciais à
saúde de seu mascote.
Atualmente sabe-se que a qualidade de
vida de um animal de estimação tem tido
cada vez mais importância, não só para
seus proprietários, como também para
indústrias de rações e medicamentos que
proporcionam uma maior expectativa de
vida para estes animais.
A Medicina Veterinária evoluiu muito nos
últimos anos e, com isso, nos trouxe as
especialidades veterinárias. Uma delas é a
Odontologia Veterinária, que já é uma
realidade nos EUA e na Europa há mais de
25 anos.
Muito mais que “extrair dentes”, ou
“limpeza de tártaro”, a Odontologia
Veterinária desempenha importante
função na prevenção de doenças da
cavidade oral, como a doença
periodontal que afeta a maioria de cães e
gatos com mais de três anos de idade,
podendo ser considerada uma epidemia.
Embora a doença periodontal represente
cerca de 80% da casuística em
odontologia veterinária, outras alterações
podem ser observadas, como:
traumatismos e fraturas dentárias, necrose
pulpar e abscessos dentários, fístulas,
tumores orais, gengivite-estomatitefaringite felina, cárie, entre outras. Além de
trazer prejuízos para a saúde oral do
animal, essas alterações podem causar
danos sistêmicos, colocando em risco a
vida do animal.
Com o objetivo de prevenir e tratar as
afecções orais, foi inaugurada em outubro
de 2003, a Pet Odonto, primeira clínica
veterinária com serviço exclusivo em
odontologia veterinária, contando com
equipamentos especializados para a
realização dos tratamentos orais. Sob a
coordenação das médicas veterinárias
Cintia Marquardt e Fernanda Müller, ambas
pós-graduadas na área pela Anclivepa-SP/
USP e membras da ABOV (Associação
Brasileira de Odontologia Veterinária).
Dra. Claudia
Batistella Scaf
CRMV-RS 7664
CianMagentaAmareloPreto
Rogério A. Brito
Farmacêutico
Responsável
CRF 4343/RS
Fernanda Müller
Médica Veterinária
Pós-Graduada em
Odontologia
Veterinária
CRMV-RS 7417
Barbosa
Bebê
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Odontologia
Veterinária
..............................................................................................................................................................
Deficiências de
cálcio e fósforo
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Tosse
canina
Beladona
Dinha
Floribella
Kelly Kee
Pampa
Serena
10
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
A visita do PBR
à Escola
Crescer incluiu
projeção de
filme, conversas
e a presença
do gato Cacau
QUANDO A EDUCAÇÃO AJUDA A AJUDAR
Amor e respeito aos animais
também é coisa de criança!
A visita do Projeto
Bicho de Rua à
Escola Crescer
(abaixo) ficou
registrada no livro
de fim de ano (à
direita)
Em todas as edições do Jornal Bicho de Rua deste
ano, mostramos na coluna “Ajudando a Ajudar”
iniciativas exemplares de pessoas, empresários,
voluntários, em favor do bem-estar animal.
Nessa última edição do ano, reservamos o exemplo
de ajuda que mais nos toca e motiva. Crianças
aprendendo e ensinando a amar e respeitar os
animais. Esse vínculo criado entre crianças e animais é
repleto de sensibilidade, de significado e garantirá a
tão falada “humanidade” que devemos ter com todos
os seres vivos e às vezes tão
pouco exercida por nós,
adultos.
O Projeto Bicho de Rua na
Escola é uma realidade e será
cada vez mais incentivado. Se
sua escola quer fazer parte
desse programa educativo,
entre em contato conosco pelo
e-mail
[email protected]
Parabéns à Escola Crescer, seus
diretores, professores e alunos.
Aí vai uma mostra de ensino
comprometido com bem-estar
social e ambiental.
Livro escrito
pelos próprios
alunos traz
informações
científicas e
histórias com
animais
..............................................................................................................................................................
classibicho
GUIA DE PROFISSIONAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS
· Clínica Veterinária · Farmácia
· Pet Shop · Banho e Tosa
Valério Gonzales Ouriques
Médico Veterinário
CRMV-RS 6535
Av. Wenceslau Escobar, 2053 - Tristeza - Porto Alegre/RS
Fone (51) 3268.6882
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1ª Farmácia
Veterinária de
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Rua Xavier
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(Esq. 24 de
outubro)
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Rações nacionais e importadas
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Consultório veterinário
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orelhas de cães e gatos
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Plantão 24h - Atendimento Clínico/
Cirúrgico - Raio-X - Laboratório - ECG GTA - Telebusca - Estética - Pet Shop
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Jornal Bicho de Rua
Sugestões
de livros
A COLUNA PET DICAS É UMA GENTILEZA DE ADESTRACÃO
Dicas de verão
Fim das aulas das crianças, férias, festas de final de ano,
muito calor... A Equipe do Projeto Bicho de Rua,
preocupada com o seu lazer e o bem-estar de seu animal,
conversando com a dra. Thais Sangiovanni e seu Luís
Schmidt, resolveu enumerar uma série de dicas que farão
do verão e das suas férias um período de descanso
merecido e sem culpas.
Não é novidade que a época do ano que agora se inicia é
a campeã em abandono de animais. Todos aqueles que
ignoram os conceitos de guarda responsável de um animal
ou mesmo aqueles que, embora conscientes, preferem
“lavar as mãos” e agir no impulso, sacrificando a beleza e
importância de uma relação de amizade com seu animal
por um final de semana numa praia, devem ter em mente
que nada disso precisa acontecer e que as férias da família
e do animal podem ser boas, ainda que separados.
Se você não vai viajar, e o seu animal passará as férias com
você, aí vão algumas orientações básicas:
Começando pela temperatura. No verão os termômetros
nos surpreendem. Como pode fazer tanto calor já desde
manhãzinha??! E olhem que nós temos um belo chuveiro
para nos refrescar, roupas leves e adequadas para nos
vestirmos, e alimentos próprios da estação, sem falar na
água que podemos beber à hora que bem quisermos. O seu
animal também sente calor, e saiba: tanto quanto você. O
ser humano tem toda a superfície corpórea capaz de
transpirar, o que equilibra a temperatura interna do corpo
com a externa. Os animais perdem calor basicamente pela
respiração, assim em dias quentes e abafados lembre
sempre de deixar seu amicão ou amigato em local
abrigado dos raios solares, com boa ventilação, e água
limpa, fresca e abundante sempre disponível. Se o seu
animal no período de verão começar a cavar buracos na
terra para se deitar, isso pode significar que está lhe faltando
conforto ambiental e, com essa ação, está buscando um
local mais fresco e agradável para permanecer nos horários
de calor intenso. Não descuide desse quesito, muitos animais
sofrem intermação e podem até morrer.
Caso o animal apresente inapetência, a alimentação
poderá ser alterada, ofereça as refeições em horários de
temperatura mais amena, tente dar 1/3 da ração diária pela
manhã e os 2/3 restantes ao entardecer. Dessa forma, o
animal comerá com vontade. Não deixe a ração no
ambiente, com o calor todo o alimento inicia rapidamente o
processo de fermentação e pode causar mal-estar e
problemas digestivos no seu mascote.
Os passeios deverão ser feitos em
horários de menor calor, nas primeiras
horas da manhã ou no início da noite.
Não esqueça que você usa sapatos
ou tênis para proteger seus pés, os
animais, não. As pedras ou o asfalto
quente podem causar severas
queimaduras nas patas do seu amigo.
Animais com mucosas
despigmentadas normalmente
precisam usar protetores solares para
áreas sensíveis ao sol, como focinhos
e orelhas, sob pena de sofrerem
queimaduras solares ou até mesmo
virem a desenvolver câncer de pele.
Animais de pelagem escura absorvem
mais os raios solares e sofrem muito
com as altas temperaturas dos meses
de verão.
Manter o animal limpo, banhado e
escovado também é cuidado
desejável, pois com o calor
aumentam as infestações de pulgas,
carrapatos e moscas nos animais e
nos ambientes não higienizados
regularmente.
Certo, nosso mascote está bem
cuidado mas com as festas vêm os
fogos de artifício... Uma verdadeira
cilada pois, quando mal
armazenados, podem causar
explosões e incêndios, quando
comercializados ilegalmente
contribuem para um mercado
marginal e criminoso, quando em
mãos inábeis de humanos ferem e
mutilam essas e outras pessoas, e
ainda aterrorizam nossos animais.
A capacidade auditiva de um cão é
maior que a humana, entenda que o
barulho ouvido pelo animal o
desorienta mais pelo medo que ele
possa sentir do que por um sofrimento
físico doloroso causado pelo som. Por
isso, a sua presença transmitindo ao
CianMagentaAmareloPreto
animal segurança, tranqüilidade e liderança, dentro de um
ambiente conhecido e aconchegante, são fatores decisivos
para seu manejo e controle.
Sem a abordagem correta e responsável da situação, os
fogos da virada de ano tornam-se causadores de acidentes
dos mais variados: mutilações em grades e portões,
enforcamentos com as próprias coleiras, afogamentos em
piscinas, quedas de andares e alturas superiores,
aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil
acesso, além de convulsões e paradas cardiorespiratórias que
podem levar o animal a óbito.
Muitas reações inesperadas e incontroláveis podem dominar o
animal assustado e, nessas circunstâncias, são comuns
ataques contra os próprios donos ou outras pessoas e brigas
com outros animais.
Esta é a época do ano em que mais encontramos animais
perdidos e desorientados pelas ruas, no desespero de se
proteger dos fogos (luzes e barulho) é grande o número de
fugas e desaparecimento de animais, assim como
conseqüentemente o aumento de atropelamentos e mortes
de animais no trânsito.
Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão
nos ouvidos, que podem ser colocados minutos antes e tirados
logo após os fogos, assim como calmantes naturais que
apresentam resultado bastante eficiente para os animais que
historicamente apresentam o estresse. Em casos de extrema
excitação, poderão ser usados sedativos mais fortes, sempre a
critério e supervisão do médico veterinário.
Até aqui tudo sob controle, mas e a viagem? Se você vai viajar
e não pode levar seu mascote, procure opções que de forma
confortável e responsável resolvam a questão. Deixe-o em
casa sob a supervisão de um familiar ou
funcionário, hospede-o numa clínica
veterinária de sua confiança, ou dê-lhe
de presente a estadia num “spa” onde,
além da hospedagem, ele poderá ter
aulas de agility, adestramento básico,
passeios regulares, alimentação saudável
e tratamento carinhoso.
Faça do verão, férias e final de ano,
motivos de integração e alegria entre
você e seu animal. Seja feliz!
Em dias quentes e abafados, lembre
sempre de deixar seu amicão ou amigato
em local abrigado dos raios solares, com
boa ventilação
Um gato
chamado Gatinho
Ferreira Gullar
Ilustração Ângela lago
Editora Salamandra
Mais um livro infantil sobre
gatos? Sim e não.
Porque este é um livro
sobre o Gatinho, escrito
por um gatófilo muito
especial: Ferreira Gullar.
Um gato chamado gatinho
é uma homenagem do
poeta ao seu amigo de
longa data, um verdadeiro
cúmplice. Você acha que
Gullar é dono de
Gatinho? Nada
disso, quando se
trata de amizade
a idéia de posse é
completamente
ausente, não é
mesmo? E,
quando se é
amigo, é preciso
ser verdadeiro, ser
companheiro, ser
cúmplice. É
preciso ser amoroso! Ah, se
gatinho pudesse escrever
sobre Ferreira Gullar...
Jaulas Vazias
Tom Regan
Editora Lugano
Lançamento em
5/janeiro/2006
Tom Regan é reconhecido
mundialmente por sua
reflexão original sobre os
direitos animais. Jaulas
Vazias – seu primeiro livro
publicado no Brasil – é sua
mais recente, completa,
original e iluminadora
defesa dos direitos animais.
Com calma e lucidez,
como em uma conversa
franca e direta com o
leitor, Tom Regan
argumenta que
devemos
reconhecer que os
animais também
têm direito à vida, à
integridade física e
à satisfação de
necessidades
biológicas,
individuais e sociais.
Em todo o livro,
seguimos o autor
nas difíceis
indagações que o
inquietaram
pessoalmente –
desde uma
juventude de completa
inconsciência das
horrorosas realidades
vividas pelos animais
explorados para diferentes
benefícios humanos – e
que o transformaram em
ativista dos direitos animais.
Escrito de forma
elegantemente simples, o
livro cobre um amplo
leque de tópicos de forma
acessível e envolvente.
Um Amor de
Cãozinho I: Floquinho
Clarice Pacheco
Editora AGE
Clarice decidiu contar a
história de Floquinho, seu
cãozinho de estimação,
em uma atividade literária
realizada na escola, em
1998. A estudante, então
na 4ªsérie, narra o dia-adia com um bichinho de
estimação e mostra como
é divertido
conviver com
este
companheiro.
11
12
Jornal Bicho de Rua
PATROCÍNIO
Foto: Mário Ávila de Oliveira
Reflexão e ação
Impossível não se sensibilizar com esta foto publicada originalmente no
Jornal do Comércio (coluna de Fernando Albrecht). Uma carroça que
tomba por excesso de carga sobre o cavalo que a tentava puxar.
Carroça conduzida por
adolescentes. Carroça em
horário comercial. Rua central
da cidade. Cavalo prensado
contra a rua por incontáveis
sacos de lixo. O Projeto Bicho
de Rua, através de seu jornal,
tem chamado a atenção das
autoridades municipais e da
população para a gravidade
dos maus tratos aplicados aos
cavalos, que, ironicamente,
constituem o símbolo do
orgulho gaúcho.
Agora o PBR quer mais, pois
entende que há a necessidade de uma atitude mais rigorosa contra as
carroças! O ideal seria a imediata proibição da circulação de carroças
em nosso município, como acontece na cidade de São Paulo, por
exemplo, onde a lei vigora desde 1995. No Rio de Janeiro, a permissão
legal da circulação das carroças está condicionada a uma série de
medidas que garantam a qualidade de vida do animal. Devemos nos
lembrar também que esta cidade possui uma Secretaria Municipal de
Promoção do Bem Estar Animal, que representa um avanço importante
na defesa dos animais.
Agora voltemos a Porto Alegre, cidade onde não só a circulação é
tolerada como inexiste uma Secretaria de Bem Estar Animal. Você já
tentou reclamar sobre os maus tratos aos animais e encontrou um órgão
público que o atendesse? Obteve sucesso? Não? A justificativa mais
ouvida do poder público é que as carroças estão aí porque infelizmente
muitas pessoas vivem do lixo, do frete e do comércio irregular. E por trás
dos carroceiros existem, ainda, aqueles que lucram com o aluguel de
cavalos e carroças.
E aí? O cavalo é responsável pela miséria humana, pela falta de
planejamento familiar, pela falta de educação e escrúpulos da
população, pela incompetência em gerar empregos, pela escassez de
escolas técnicas e profissionalizantes que possibilitem a inserção do
cidadão ao mercado de trabalho? O problema é social e não do
animal. O que significa inclusão social, emplacar carroças? Você
realmente acredita que o condutor das carroças tem condições dignas
de vida? Permitir a circulação resolveu o problema para ele? Se
houvesse uma oportunidade real de trabalho ele continuaria sendo
carroceiro? Provavelmente não, e “provavelmente” porque ele se
encontra em uma situação humana tão limitada que sequer tem
condições de enxergar um futuro melhor.
E a solução? A população pode ajudar e muito, através de
reclamações, denúncias e exigências aos órgãos responsáveis do
poder executivo de Porto Alegre: a EPTC (porque carroça não é meio de
transporte apropriado para o trânsito desta capital) e DMLU (porque
legalmente a responsabilidade de coleta seletiva e domiciliar é
exclusiva deste departamento e a taxa de lixo que pagamos no IPTU é
muito alta). Você pode fazer ainda mais: separar o lixo reciclável do lixo
orgânico e entregar o lixo seletivo somente ao DMLU. Os vereadores
também devem ser cobrados para elaborar leis que garantam
dignidade e bem estar dos animais racionais e irracionais, porque o ser
humano não vive sozinho no planeta. Faça tudo isso por você, pela
nossa cidade, por uma vida digna aos cavalos e aos carroceiros, por
um mundo melhor, mais consciente, um mundo que respeita os
animais.
Soltando os bichos!!
Opinião em defesa animal
Todos estes e tantos outros
Mais um ano despontando! O Natal está aí, trazendo toda a alegria e
confraternizações tão características dessa época do ano.
Especialmente em minha casa, o Natal sempre foi motivo de muita
festa pois, além de ser a data máxima do cristianismo, é também a
data do meu nascimento. Sempre ganhei dois presentes mas, a cada
ano que passa, o número de presentes tem aumentado. Por quê?
Porque há anos venho trabalhando em favor dos animais e cada
animal adotado, alimentado ou tratado são para mim presentes
valiosos. Também fui presenteada com o cargo de diretora de
marketing do Projeto Bicho de Rua. Essa atividade me possibilita
chegar mais pertinho de todos aqueles que amam os animais e
potencializar as ações em favor dessas criaturas maravilhosas.
Nesse ano, a ONG fez um trabalho gigantesco dadas as condições
financeiras e o número de pessoas realmente envolvidas e engajadas
na causa. Nosso site abrigou mais de 2.000 animais que em nossa
“vitrine” tiveram a chance de serem
conhecidos e adotados.
Esterilizamos mais de 800 animais,
tratamos e alimentamos outros
tantos, e ajudamos pessoas a
ajudarem animais. Visitamos
escolas, fizemos novas parcerias
com empresas, nossos veterinários
parceiros foram incansáveis e
competentes, nosso jornal chegou
às mãos de mais de 120.000
pessoas e levou informação e
divulgação de anunciantes
comprometidos com a causa
social, ajudamos políticos na
criação de novas leis que
beneficiem os animais,
acompanhamos os trabalhos das administrações estadual e municipal
quanto ao bem-estar animal, estivemos em vilas e fizemos campanhas
educativas e assistenciais “in loco”. Nossos eventos são um capítulo à
parte, sempre prestigiados pela comunidade e mídia, foram um
sucesso e garantiram o amparo de muitos animais.
Agradeço as colegas de diretoria e a todos os voluntários que com sua
competência e amor driblaram a falta de recursos e multiplicaram as
ações através de idéias criativas. Comemoro a credibilidade que
cada um de vocês deposita no nosso esforço para ajudar os animais.
Mas, ainda assim, dentre todos esses motivos de satisfação, meu
coração se aperta... Lembro das pessoas que ainda não conseguimos
sensibilizar, lembro dos animais que ainda não conseguimos amparar,
daqueles que nesse momento estão sendo usados para experimentos,
daqueles que estão sendo descartados como “coisas”, daqueles que
sofrem em silêncio e nem eu, nem você, sabemos quem são ou onde
estão, dos cavalos-escravos que ainda não conseguimos libertar...
Na noite de Natal e na entrada do Novo Ano, todos estes e tantos
outros, os que mais precisam e para os quais eu ainda não consegui
estender a mão e alcançar a solução, estarão todos presentes, no
lugar mais quentinho do meu coração e serão os alvos dos meus
maiores e melhores desejos!
Marcia Scarparo Simch
Cirurgiã-Dentista
Diretora de Marketing do Projeto Bicho de Rua
Não somos uma agência de modelos mas temos um “book” completíssimo
com o animal certo para você.
Não compre: adote!
www.bichoderua.org.br
CianMagentaAmareloPreto

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