eleições para os corpos sociais - 2010 / 2012

Transcrição

eleições para os corpos sociais - 2010 / 2012
BOLETIM DE INFORMAÇÃO E LIGAÇÃO DA REDE ANIMAR
ANO III
DEZEMBRO 2009 Nº 11
A Rede Animar elegeu
os Corpos Sociais para o triénio
2010/2012
Realizou-se no dia 5 de Dezembro, em Peniche, a Assembleia Geral Eleitoral da Animar,
que elegeu novos Corpos Sociais. Conforme haviamos informado no número anterior
do InfoAnimar e divulgado na página electrónica da Animar e na DLR, nestas eleições
apresentaram-se duas listas, tendo vencido a Lista B - Para uma renovação da Animar,
encabeçada por Rogério Roque Amaro (Direcção), Rui d’Espiney (Mesa da Assembleia
Geral) e Jorge Wemans (Conselho Fiscal).
(Páginas Centrais)
2010-2012: renovação
e estratégia para a Animar
Documento de orientação estratégica dos novos Corpos Sociais, convidando a uma
reflexão serena sobre os caminhos do desenvolvimento local e das suas organizações,
numa conjuntura de transição civilizacional e crise económico-financeira (também
social, cultural, ambiental e política).
(Página 6)
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ACTIVIDADES DA REDE A N I M A R
Comissão paritária do acordo
IEFP-ANIMAR prepara 2010
No dia 26 de Novembro, Júlio Ricardo, Anabela Pereira
e Célia Lavado, da Animar, reuniram na sede do IEFP, em
Xabregas, com Conceição Moita e Nuno Antunes, do Departamento de Emprego do IEFP(DEM), para se inteirarem
do enquadramento e linhas de desenvolvimento do acordo
para 2010 – valores de referência elegíveis para as despesas;
critérios de gestão quanto às condições de elegibilidade e
uniformização das práticas.
O DEM considerou pertinente a estruturação do acordo a partir de três parâmetros essenciais: eficácia, eficiência
e economia. A Animar, que o acordo se centre na inovação
e divulgação de boas práticas e experiências que a Rede
tem desenvolvido. Considerou igualmente pertinente criar-se um grupo de trabalho para o empreendedorismo e a
criação do próprio emprego, o qual deveria dar origem a
uma comunidade de aprendizagem e referência. A realização
de foruns regionais de inovação social visando a socialização
de metodologias e estratégias de intervenção foi vista como
de grande utilidade, tal como o desenvolvimento crescente
do apoio prestado pelas associações mais estruturadas a
outras, com dificuldades de intervenção, reforçando-se
assim a solidariedade territorial.
A Animar propôs-se criar espaços de divulgação
de metodologias e produtos portadores de contributos
significativos para o trabalho de animação dos territórios.
Gestão de percursos sociais
A FAJUDIS - Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, foi a parceira local da Animar na promoção do Seminário Gestão de Percursos Sociais, realizado
no Auditório do Centro Distrital da Segurança Social de
Santarém, no dia 27 de Novembro.
Apoiado pelo Acordo IEFP/Animar, o seminário deu
a conhecer o produto Gestão de Percursos Sociais, que é
uma ferramenta para gerir ofertas de emprego e percursos
sociais. Foi desenvolvido no âmbito de uma IC Equal, e
pretende apoiar os/as agentes locais a potenciar a construção
e animação de uma metodologia integrada de inserção so-
boletim de informação e ligação da rede animar
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cioprofissional, centrada nos territórios e desenhada por
colectivos de parceiros. O produto utiliza uma ferramenta
tecnológica em suporte web (SPERO) que auxilia o seu funcionamento.
Na primeira parte do Seminário foi explanado o trabalho
realizado pelas Redes Sociais na articulação e concertação
de parcerias locais, tendo contado com as intervenções da
Presidente da Rede Social de Abrantes, Celeste Simão; da
Presidente da Rede Social de Constância, Júlia Amorim; da
Presidente da Rede Social de Rio Maior, Sara Fragoso, e da
Directora da Unidade de Desenvolvimento Social do Centro
Distrital de Santarém, Paula Morais.
A segunda foi dinamizada pelas técnicas do ISU - Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária, Ana
Adega e Mafalda Sarmento. Nela deram-se a conhecer as
fases de construção do processo e prestaram-se esclarecimentos sobre a metodologia de implementação de uma
Rede Integrada para a Empregabilidade, tendo em vista
rentabilizar os recursos humanos existentes nas entidades
parceiras.
Participaram neste acto técnicos e dirigentes de organizações públicas e privadas que trabalham com públicos que
procuram orientação para questões ligadas com empregabilidade e o empreendedorismo.
O seminário foi apoiado pelo Centro Distrital da Segurança Social como forma de estimular a inovação das respostas sociais, principalmente no âmbito das Redes Sociais
e da Plataforma Supraconcelhia, e o IJP - Instituto Português
da Juventude, na logística que permitiu a sua realização.
Este seminário foi um encontro de debate, reflexão e
introdução de ferramentas de inovação na articulação e concertação de recursos na promoção e optimização dos processos de inclusão social.
Tânia Pissarra - FAJUDIS
Rua Antero de Quental / Edifício Ninho de Empresas / Bairro Olival de Fora
2625-640 VIALONGA
Telef./Fax: 21 952 60 12 / 21 952 13 22
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ACTIVIDADES DA REDE A N I M A R
Empreendedorismo feminino
No âmbito do acordo Animar/IEFP, decorreu no dia
26 de Novembro, no Auditório da Casa da Cultura de Paredes, a oficina Apoio ao Empreendedorismo de Mulhees
Desempregadas – Igualdade do Género, promovido pela
ADER-SOUSA.
Um dos objectivos da sessão foi abordar temas como
o desemprego feminino no Vale do Sousa e questões de
Igualdade de Género.
Depois da sessão de abertura, que contou com a presença
do Presidente da ADER-SOUSA e da Direcção da Animar,
a iniciativa teve início com o tema A situação de Igualdade de
Género em Portugal, abordado pela representante da Comissão
para a Cidadania e Igualdade do Género – Rosa Oliveira.
Seguidamente tratou-se o tema Instrumentos de trabalho dos
CLAS do Vale do Sousa, falando-se Das Problemáticas Diagnosticadas às Acções, Iniciativas e Propostas dos PDS e Planos de
Acção”. A intervenção esteve a cargo da Presidente do CLAS
de Lousada - Cristina Moreira.
Às 15 horas retomaram-se os trabalhos. O Apoio e
Incentivos Financeiros para a Criação de Emprego foi o tema
analisado por Marta Mucha, da Associação Nacional de
Direito ao Crédito, e pelo Director do Centro de Emprego
de Penafiel.
A última intervenção, Casos de Sucesso de Empreendedorismo
no Vale do Sousa, deu a conhecer casos de criação de
empresas, uma ligada à animação turística no Vale do Sousa,
outra à criação de uma pequena unidade de restauração,
dois casos empreendidos por duas mulheres.
A encerrar os trabalhos efectuou-se uma breve
apresentação do SP3 do ProDeR, programa gerido pela
Ader-Sousa.
Pontes para a Inclusão
Realizou-se no dia 6 de Novembro, no Auditório da
Fundação António Cupertino de Miranda, no Porto, o seminário nacional Criando Pontes entre o Emprego e a Inclusão Social: experiências e recomendações, promovido pela Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (REAPN)
no âmbito do projecto transnacional Bridges for Inclusion, co-financiado pelo Programa Comunitário de Emprego e da
Solidariedade Social - PROGRESS.
Este projecto, desenvolvido por uma parceria de 6 países
(Espanha, Portugal, França, Bélgica, Bulgária e Roménia),
teve como objectivo tornar mais clara a relação entre o
emprego, a protecção social e a inclusão, fomentando estratégias e práticas em contextos onde esta relação foi positiva,
nomeadamente a proveniente do empreendedorismo social,
economia social e desenvolvimento local. Ao longo do dia
foram apresentadas experiências de inclusão por via do emprego e da economia social nos países da parceria, apresentadas as mais-valias da participação no projecto e enunciadas
algumas recomendações e conclusões do projecto.
Informações em www.bridgesforinclusion.reapn.org
Animar proporciona estágio
Quero agradecer a oportunidade que a Animar me deu
para realizar o meu estágio e a forma afável e profissional
com que tenho sido recebido por todos os membros desta
associação.
Este estágio curricular representa, para mim, a oportunidade de observar e compreender o “mundo do trabalho”
no âmbito do desenvolvimento local. Frequento o 3º ano
da Licenciatura em Ciências da Educação, e procuro adquirir
novos conhecimentos e experiências que vão ao encontro
do verdadeiro sentido de ser do meu curso: as ciências que
têm por objecto a inteligibilidade das práticas educativas
em qualquer período ou lugar em que elas se desenrolem.
Escolhi desenvolver o meu Estágio na Animar porque é
uma associação que se adequa aos meus interesses e desenvol-
ve um trabalho bastante profissional a nível local no que
respeita á promoção da igualdade de oportunidades, no
acesso ao desenvolvimento da qualidade de vida e na redução
de assimetrias. O seu funcionamento em rede é uma vantagem para a evolução do meu ser profissional enquanto técnico de educação, pois posso estabelecer contacto com diversas instituições e perceber de que forma funciona este trabalho colaborativo: quais são as metodologias, que tipo de
projectos desenvolvem, etc.
Pretendo integrar-me da melhor forma e colaborar
naquilo que poder ajudar, sempre de forma pertinente e
profissional. Obrigado.
António Vicente
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ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS - 2010 / 2012
Na Assembleia Geral Eleitoral a par
No dia 5 de Dezembro de 2009, com a presença de
48 pessoas, representando associados colectivos e individuais, realizou-se no Salão da Câmara Municipal de
Peniche a Assembleia Geral Eleitoral dos Órgãos Sociais da Animar para o triénio de 2009/2012.
Dado não haver quórum, a Assembleia iniciou-se,
como determinam os Estatutos, meia hora mais tarde,
às 16,30 h., com os presentes.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rui
d’Espiney, começou por, verificada a ausência do VicePresidente e do Secretário, solicitar que um associado,
alheio a qualquer das listas, se voluntariasse para secretariar a reunião e com ele constituir a Mesa da Assembleia Geral. Apelo que foi correspondido pelo sócio
singular José Carlos Albino, com a anuência dos presentes.
Constituída a Mesa, iniciou-se a Assembleia Geral,
que teve como ponto único da Ordem de Trabalhos a
Eleição dos Órgãos Sociais da Animar para o Triéio
2010/2012. O Presidente da Mesa saudou os presentes
e propôs:
- que cada lista dispusesse de um total de 25 minutos
para apresentar e defender o respectivo Programa, podendo dividi-los por várias intervenções e intervenientes;
- que a Assembleia dispusesse de 20 minutos de intervenção (permitindo a participação de não integrantes
das listas concorrentes), possibilitando a conclusão
dos trabalhos pelas 18 horas.
Ninguém contestou o método proposto, pelo que o
Presidente deu a palavra aos representantes das Listas
A e B.
A primeira intervenção coube à Lista A, que através
do seu porta-voz David Marques (delegado e Presidente da ESDIME) valorizou o facto de haver duas listas
concorrentes e a mobilização que isso provocou. Depois afirmou que é essencial que a Animar alargue e
amplie o Movimento de Desenvolvimento Local, e que
a questão-chave passa por colocar em prática uma gestão actualizada, de acordo com os tempos actuais e
vindouros. Para David Marques, isso implica a criação
da função de Director Executivo, um cargo profissionalizado, mas voluntário, com atribuições de representa4
ção e negociação, sob a liderança estratégica da Direcção. Terminou, chamando atenção para a composição
da Lista A, integrando pessoas que acreditam na
Animar, no que defendem e com espírito de equipa.
Ana Paula Dias (da Associação Juvenil de Deão)
fez a defesa da Lista B. Iniciou a sua intervenção dizendo-se portadora de uma mensagem de Rogério Roque Amaro, candidato a Presidente da Direcção, pela
Lista B, que não poder estar presente. A sua intervenção centrou-se no que separa a sua lista da adversária:
uma direcção voluntária e com maior disponibilidade;
uma equipa profissionalizada e sem chefes, dirigida
colegialmente pela Direcção; a renovação das pessoas
e métodos. Terminou lendo a mensagem de Rogério
Roque Amaro.
Feita a apresentação e a defesa das listas, interveio
o sócio singular António Castela que referiu estar-se
perante duas vias alternativas para o Desenvolvimento
Local (DL), perante estratégias divergentes. Defendeu
a necessidade de outro tipo de intervenção, que privilegie o DL de baixo para cima, e indignou-se com a
possibilidade de vir a haver directores remunerados e
profissionalizados que, por esse facto, deixariam de ser
independentes e que não sabemos o que representam.
Para Rui d’Espiney, as estratégias defendidas pelas
duas listas contém grandes semelhanças. As divergências situam-se na forma como cada uma delas entende a gestão, principalmente no que se refere à liderança e à profissionalização. A ambas as listas criticou
a ausência de explicitação clara sobre a sua postura
em relação aos poderes e ao Estado.
David Marques clarificou que, no entender da Lista
A, o Director Executivo não faria parte da Direcção;
que essa solução já havia sido experimentada com sucesso, durante dois anos; que os Directores não seriam
remunerados, apenas compensados pelas despesas.
Sobre o relacionamento com o Poder, afirmou que
a Animar quer ser parceira, mas com autonomia e responsabilidade. E que seria mais cooperante ou conflituante conforme as situações concretas. Deu como
exemplo de cooperação o caso da Régie Cooperativa
António Sérgio da Economia Social e, como eventualmente conflituante, o do PRODER.
ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS - 2010 / 2012
rticipação foi um valor
O sócio singular Américo Mendes (Lista A), defendeu a exigência de sermos melhor tratados pelo Estado
(pagamentos regulares e contratualização), tanto pelos
serviços de bem público que as Organizações e Iniciativas de DL prestam, como por estas serem uma escola
de democracia.
Carlos Ribeiro, da ANOP (Lista B), disse que temos
que ser mais fortes, para dentro e para fora, o que passa
por uma estratégia de mediatização e marketing das
“figuras” da Animar.
O sócio singular João Rodrigues (Lista B), afirmou
que o principal estava em organizar os territórios, de
baixo para cima, criando uma coordenação nacional
que nos permitisse dialogar numa posição mais forte e
favorável com o poder central. Defendeu que só o Gabinete Técnico deveria ser profissionalizado, cabendo-lhe executar as decisões da Direcção.
Segundo Maria do Carmo Bica, da ADR Lafões (Lista B), as listas colocam-nos perante dois caminhos muito diferentes, nos métodos e nas estratégias. Chamou
a atenção para a defesa que a Lista B faz da necessidade
da Direcção da Animar ser independente de partidos,
religiões e ordenados, de ter um pensamento político
próprio, ser a “voz de todos” e ter uma prática de permanente diálogo. Uma voz forte e sem medo do
Estado.
José Carlos Albino, sócio singular, lembrou que havia sido candidato na primeira e única vez em que, até
então, concorreram duas listas. Considerava que agora
a situação era completamente diferente, porque nenhuma das candidaturas punha em causa a existência da
Animar, tal como foi idealizada: há uma grande convergência quanto aos princípios e objectivos das duas listas. As diferenças são quanto aos métodos de gestão e
sobre o grau de profissionalização da Animar. Em seu
entender a disponibilidade e o profissionalismo são fundamentais para colocar a Animar num patamar mais alto.
Defendeu a ideia de que os membros das duas listas
deveriam jurar perante a Assembleia que se comprometiam a levar por diante os programas a sufragar.
Manuel Saraiva, da Raia do Chança, estranhou que,
com tanta referência à igualdade de género, as mulheres
estivessem tão mal representadas nas duas listas, particularmente na Lista A, que melhor conhecia.
Terminadas as intervenções procedeu-se à eleição,
com a verificação dos votos delegados e de correspondência, e a chamada dos associados presentes. Da contagem dos votos, que foi acompanhada por um delegado da cada lista, verificou-se o seguinte resultado:
Lista A – 59 votos (14 individuais e 45 colectivos)
Lista B – 62 votos (11 individuais e 51 colectivos)
Votos em branco – 2 votos
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ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS - 2010 / 2012
O Presidente da Mesa anunciou a vitória da Lista B
e desejou-lhe felicidades. A Assembleia aplaudiu.
O Presidente da Direcção cessante, Miguel Torres
(ACERT), emocionado, referiu a honra e prazer de ter
sido Presidente da Animar, e a aprendizagem que, para
ele, isso constituiu. Declarou-se disponível para a
intervenção na Animar e na sua rede e desejou boa
sorte aos Órgãos Sociais eleitos.
2010-2012:
renovação
e estratégia
para a Animar
Uma reflexão serena sobre os caminhos do desenvolvimento local e das organizações que o corporizam,
em intersecção com as encruzilhadas de transição civilizacional em que nos encontramos, (no Mundo e em
Portugal), acentuadas pela crise económico-financeira
(também social, cultural, ambiental e política), implicam uma reconfiguração da Animar, com uma renovação das linhas de orientação que a têm enformado
nos últimos anos.
Constatamos que, nos últimos anos, na Animar:
- se secundarizou e fragilizou o trabalho em REDE e
de animação da REDE (excepção dos processos de
parceria promovidos no âmbito de alguns projectos
EQUAL e POPH), mas que não foram alargados
como estratégia permanente e assumida;
- se perderam oportunidades de participação e inovação
nos debates públicos, inclusive no quadro dos três
actos eleitorais de 2009;
- se perdeu capacidade de reflexão e de orientação
estratégica na Animar, conduzindo ao predomínio de
uma lógica de “intervenção sem pensamento estratégico” e de condução irregular e, por vezes, aleatória;
- se enveredou por uma lógica de gestão de projectos/
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preparação de candidaturas, como resposta às necessidades de financiamento da estrutura, parecendo
converter-se num factor determinante da estratégia e
identidade da ANIMAR.
Para o triénio 2010-2012, os órgãos sociais apresentam um conjunto de propostas de natureza estratégica, que se pretendem efectivamente alternativas:
1. Mobilização de quatro matrizes de referência para
a acção da ANIMAR (cf. MANIFESTA 09):
a. Desenvolvimento Local
b. Economia Solidária
c. Democracia Participativa
d. Igualdade de Oportunidades (e Igualdade de
Género).
2. Prioridade ao trabalho de animação da REDE,
através de uma intensa relação entre as associadas, promovendo uma atitude de escuta dos problemas e expectativas, a multiplicação de iniciativas e projectos conjuntos, e dando atenção às organizações mais fragilizadas (reforço da comunicação, da lógica colaborativa e
da capacitação solidária).
3. Visibilidade às respostas concretas e inovadoras
ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS - 2010 / 2012
das associadas à crise actual, traduzidas no apoio social,
na criação de emprego e de micro-empresas, na adopção de novos comportamentos ambientais, no diálogo
intercultural e na valorização do património e das culturas locais.
4. Inventariação e socialização das práticas e experiências da REDE ANIMAR nos quatro domínios referidos em 1, sistematizando a inovação e o conhecimento, contribuindo para a sua discussão teórica, privilegiando a via indutiva (a partir dos actores), levando
ainda mais longe a ousadia e a inovação de respostas à
crise.
5. Contributo para a clarificação, afirmação e prática
do conceito de Sustentabilidade Integrada e, dentro
dele, o de Viabilidade Económica das organizações
associadas.
6. Assunção da REDE ANIMAR (também) como
rede da Economia Solidária, dado que muitas associadas já trilham esse caminho, como um projecto de economia que implica compatibilizá-lo com mais sete desafios/projectos: social, ambiental, cultural, territorial,
conhecimento, gestão e político.
7. Reactivação do Conselho Consultivo como órgão
estratégico e de reflexão, implicando a participação dos
anteriores Presidentes da Direcção, bem como de personalidades que são significativas na história e na vida
da Animar.
8. Focalização em metodologias de animação territorial, nomeadamente em territórios desfavorecidos ou
com forte incidência de situações de pobreza e exclusão
social.
9. Valorização, promoção e explicitação de formas
de Economia da Dádiva e da Reciprocidade não equivalente (não mercantil), como traço identitário da Economia Solidária.
10. Mobilização de lógicas de inovação (económica,
social, cultural, ambiental e política), como nossa contribuição fundamental para a abertura de novos caminhos para o século XXI.
11. Envolvimento activo nos debates e nas iniciativas políticas centradas nos quatro domínios estratégicos
referidos no ponto 1, assim como em temáticas directa
ou indirectamente associadas (regionalização, sistemas
de financiamento alternativo, sustentabilidade das
organizações), como contributo para as colocar e manter nas agendas da discussão pública e, consequentemente, desencadear iniciativas legislativas, o que implica tomadas de posição, comunicados, presença nos
órgãos de comunicação social e persistência de contactos junto do Governo, dos partidos e de outros movimentos e plataformas políticas.
12. Assunção de um papel de referência na sociedade
portuguesa (enfoque nos quatro domínios), com a apresentação de propostas concretas para a resolução dos
problemas, nomeadamente os que estão associados à
crise económico-financeira. Também a nossa participação nos organismos e plataformas de concertação social, territorial, ambiental e económica, como por exemplo, as Redes Sociais, as Agendas XXI Locais, a Régie
Cooperativa António Sérgio, o Conselho Económico
e Social e o (futuro) Conselho Nacional para a Economia Social.
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ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS - 2010 / 2012
1. Uma base de referência (Desenvolvimento Local)
para a animação territorial e para a participação nos
processos de governança local, implicando, primeiro,
as suas associadas.
2. Uma proposta alternativa e inovadora de Economia (a Economia Solidária).
3. Um testemunho militante e esclarecido dos caminhos da Democracia Participativa, promovidos, ou a
promover pelas suas associadas, como contributo para
13. Participação activa no processo de construção a Cidadania do século XXI.
4. Uma prática efectiva de Igualdade de Oportunido Congresso sobre “Associativismo e Democracia
dades (género, territórios, grupos sociais, níveis etários,
Participativa”.
14. Parcerias com universidades e outras entidades gerações, diversidade da vida, etc.)
de ensino superior e investigação, visando uma dinâUmbilicalmente, ligado a estes valores, a REDE
mica contínua de investigação-acção, favorecendo o
Animar irá dar prioridade a processos de:
diálogo entre as vias dedutiva e indutiva do conheci- animação territorial
mento (com a participação eventual em ensino pós- envolvimento na governança local
-graduado e projectos de investigação científica).
- dinamização do debate público
15. Dinamização de contactos e iniciativas conjuntas
- interlocução política
que contribuam para a organização de redes com as- mobilização da participação e da visibilidade das
sociações e redes dos PALOP (uma Animar para o
suas associadas
espaço lusófono).
- descentralização associativa
16. Definição participada de um modelo de
- gestão democrática
MANIFesta que equacione os desafios e as respostas a
- renovação dos actores, das concepções e das
construir no Desenvolvimento Local, na Economia
metodologias
Solidária, na Democracia Participativa e na Igualdade
Estrategicamente, nos órgãos sociais da Animar em
de Oportunidades.
17. Reorganização e revitalização da estrutura 18 membros, 11 nunca pertenceram aos órgãos sociais.
técnica da Aniar, alicerçada na matriz estratégica enun- A sua composição também reforça a ligação ao mundo
académico, através da integração de docentes e investiciada no ponto 1.
gadores com trabalho nos domínios referidos, o que
Para a operacionalização destas propostas, a acontece com cinco universidades (U. do Minho, U. da
Beira Interior; ISCTE-IUL, U. de Lisboa e U. de Évora).
REDE Animar deve ter:
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