COLORIDO

Transcrição

COLORIDO
Shape
Uma revista do Grupo Sapa • # 2 2009
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CONHEÇA BJØRN WIGGEN –
O NOVO PRESIDENTE DO
GRUPO SAPA
A CVM TEM NO CENTRO AS
NECESSIDADES DO CLIENTE
NOVA AQUISIÇÃO FORTALECE A SAPA
NA AMÉRICA DO NORTE
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DESIGNITY – NOVO MÉTODO
PARA SUPERFÍCIES PERFEITAS
COLORIDO
NA FRANÇA
PATRICK PICARD DA SAPA CONVIDA-NOS
A VER LACAGEM VERTICAL
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PÁGINA
# 2 2009 SHAPE • 1
A Sapa continua CONTEÚDO #2
a crescer
A estação de caminhos de ferro
Guillemin na cidade belga de Liège
é um edifício imponente – com o seu
telhado de 32.000 metros quadrados de alumínio e vidro. Esta grande
quantidade de perfis de alumínio foi
fabricada pela Sapa.
A
Sapa tornou-se o maior fabricante de perfis do
mundo em 2007. A Sapa adquiriu a Indalex no final
de Julho de 2009, a segunda maior unidade de
extrusão da América do Norte, o que resulta numa maior
cobertura geográfica no Canadá e também nos Estados
Unidos.
Queremos dar as boas-vindas aos nossos clientes
novos da Indalex. Tomámos o compromisso de que a
transição deste negócio seja tão suave quanto possível,
e iremos enveredar todos os esforços para fornecer os
produtos de qualidade de que necessita, na altura certa.
É nossa intenção, exceder expectativas nas áreas do serviço, qualidade e valorização do cliente em geral.
Optimizar a vasta experiência de mercado e conhecimentos técnicos das duas empresas vai-nos permitir
oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras, que
o beneficiam a si e também a indústria de extrusão de
alumínio em geral.
Temos uma longa história de sucesso na partilha de
conhecimentos e experiência em todo o grupo Sapa.
A nossa estratégia permanenece inalterada – desde
Perfis e Lâminas até Soluções. Enfrentamos como nossa
responsabilidade encontrar novas áreas de aplicação,
desenvolver e afinar os designs actuais – em conjunto
consigo, tendo como objectivo a rentabilidade comum.
Designity, o novo método de tratamento
de superfícies da Sapa oferece uma
superfície atraente e regular em perfis
de alumínio anodizado, há muito esperado pelo sector da construção civil.
11
CVM, Customer Value Management, é
já uma longa tradição na Sapa e é uma
das razões do sucesso e crescimento
da empresa. A empresa Smoke Free
Systems e a Polar Bear Company desvendam o que significa para eles CVM.
Com a sua nova unidade de lacagem
vertical, a Sapa Profilés na cidade francesa de Puget-sur-Argens pode agora
satisfazer todas os desejos de cores
possíveis. A Shape visitou esta unidade
ultra moderna.
Uma revista do Grupo Sapa • # 2 2009
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CONHEÇA BJØRN WIGGEN
– O NOVO PRESIDENTE DO
GRUPOSAPA
A CVM TEM NO CENTRO AS
NECESSIDADES DO CLIENTE
NOVA AQUISIÇÃO FORTALECE A SAPA
NA AMÉRICA DO NORTE
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DESIGNITY – NOVO MÉTODO
PARA SUPERFÍCIES PERFEITAS
COLORIDO
NA FRANÇA
PATRICK PICARD DA SAPA CONVIDA-NOS
A VER LACAGEM VERTICAL
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PÁGINA
2 SHAPE • # 2 2009
10
Em Abril deste ano Bjørn Wiggen tomou
posse como novo CEO e Presidente do
Grupo Sapa.Ele conta à Shape sobre
a sua longa experiência em grandes
empresas internacionais e como vê
o futuro da Sapa.
Shape
Bjørn Wiggen,
CEO e Presidente do Grupo
08
A Sapa é um grupo industrial
internacional que desenvolve,
fabrica e comercializa perfis de
alumínio processados, componentes e sistemas à base de
perfis e permutadores de calor.
A Sapa tem um volume de
negócios de cerca de 32,5 biliões
de coroas suecas e aproximadamente 14.000 colaboradores
espalhados por toda a Europa,
bem como na América do Norte,
na América Central e na China.
Shape é a revista dos clientes
do grupo Sapa, publicado em
14 idiomas, duas vezes por ano.
O Shape está também disponível
em www.sapagroup.com
14
18
Editora-Chefe: Eva Ekselius
Editor: Carl Hjelm
Artes gráficas: Karin
Löwencrantz
Produção: OTW Publishing
Impressão: StrokirkLandströms, Lidköping
Alteração de endereço: Em
caso de alteração de endereço,
queira por favor informar a
direcção de Marketing e Vendas:
tel. +351 21 925 26 00.
Moldámos o futuro
AMÉRICA DO NORTE
A SAPA ADQUIRE A INDALEX
Expansão da
cobertura e de
capacidades
O maior produtor do mundo de perfis de alumínio, tornou-se recentemente ainda maior. A 31
de Julho, a Sapa finalizou a aquisição da empresa de extrusão de alumínio Indalex, sedeada
no Illinois. Com esta aquisição, a Sapa adquire
seis unidades nos EUA e cinco no Canadá.
Vai também ter acesso a duas fundições e 29
prensas com uma capacidade total anual de
cerca de 315.000 toneladas.
ESTA AQUISIÇÃO VAI fortalecer a cobertura geográfica da Sapa na América do
Norte e abrir uma porta para o Canadá, onde a Indalex é considerada o
número um do sector de extrusão de alumínio. Vai também fortalecer a eficiência de logística, assim como alargar a gama de produtos e serviços
da Sapa, pela melhoria de capacidade de pintura, anodização e fabrico.
A Indalex traz consigo a sua capacidade e especialização em pintura
em pó para a Sapa na América do Norte, proporcionando aos clientes uma solução mais ecológica e eficaz.
“Temos uma posição forte no mercado, e é vital para a Sapa manter
uma boa relação com os clientes, especialmente numa altura como esta.
Podemos oferecer aos nossos clientes uma gama de produtos e serviços
verdadeiramente única”, afirma o Presidente e ceo da Sapa, Bjørn Wiggen,
depois de finalizado o acordo. “A Sapa vai ter capacidade para desenvolver
ainda mais novas aplicações para o utilizador final na América do Norte,
beneficiando os clientes e a indústrica de extrusão em geral. A Indalex
tem uma profunda competência em produção, e activos bem cuidados. É uma empresa bem gerida. Combinar a Sapa e a Indalex
vai proporcionar uma gama de produtos alargada
e melhor cobertura geográfica.
O nome da Indalex será progressivamente eliminado, conforme as duas entidades se vão unindo numa só empresa, e
vai oferecer uma gama completa de soluções aos clientes.
›
# 2 2009 SHAPE • 3
AMÉRICA DO NORTE
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Encaixe perfeito
Depois de quase uma década com a Indalex, Tim Stubbs volta
à Sapa como Business Area President para a Sapa Profiles
North America. Ele falou com a Shape sobre esta aquisição
recente e sobre a situação no mercado norte americano.
A Sapa adquire onze unidades de
produção na América do Norte
com a aquisição da Indalex. Esta
é a de Connersville.
Tim Stubbs
4 SHAPE • # 2 2009
Qual é a reacção geral à aquisição da Indalex
pela Sapa?
“Como é o caso em qualquer mudança, há
sempre algum nervosismo inicial entre os clientes
e outros, mas está a desaparecer com a realização
que temos agora uma casa segura, garantida por
alguém que nos apoia. Penso que todos reconhecem que o facto da Orkla ter tido fé e confiança
neste negócio no contexto económico actual, é o
maior voto de confiança que poderíamos ter.
Como é que a Sapa e a Indalex se complementam uma à outra?
“Em termos de estratégia e filosofia de negócios, as duas empresas têm muito em comum.
Ambas mantinham, e continuam a manter, o
compromisso de fornecer soluções e de dedicação
ao cliente.
As nossas diferenças são também complementares, o que é bastante empolgante. A Indalex é
forte no mercado da construção civil e no sector
de acabamentos de pintura, enquanto que a Sapa
tem a competência tecnológica e operacional
para poder realmente adicionar valor ao negócio
dos nossos clientes. Há diferenças igualmente complementares em geografia.A Indalex é
número um no Canadá, onde a Sapa não tem
uma presença em produção, e as duas empresas
detém operações em zonas diferentes dos eua.
As diferenças geográficas são positivas do ponto
de vista prático, dado que agora podemos cobrir
uma maior área.
Assumimos o compromisso de usar as forças respectivas das duas empresas e melhorar a
empresa, oferecendo uma gama inacreditável de
produtos e soluções potenciais. Não podíamos
ter pedido por uma combinação mais perfeita
para servir todos o mercado de extrusão.”
Como é que os clientes vão beneficiar desta
aquisição?
“Podemos agora oferecer uma caixa de ferramentas completa de soluções, alto nível de apoio
técnico, soluções de pintura e uma presença
geográfica melhorada, que resulta num tempo de
resposta mais rápido e para os clientes, redução
de stocks. Ter um ponto único de contacto para
o serviço de clientes e vendas vai tornar as coisas
mais fáceis e mais fluídas para os nossos clientes.
Temos um posicionamento único, em que podemos servir clientes em locais que estão a milhares
de quilómetros de distância.
Eu gostaria também de realçar que assumimos
o compromisso de lutar pelo direito de crescer a
nossa posição junto dos clientes actuais e futuros.
Não nos iremos permitir gozar automaticamente
de uma certa posição junto dos clientes, só porque somos uma empresa de grande dimensão.
Descreva-nos por favor o mercado de perfis
de alumínio na América do Norte, o segundo
maior mercado do mundo de extrusão.
“O mercado dos eua está ainda a 60% do seu
pico em 2006. O Canadá não foi tão fortemente afectado como os eua, mas como o eua é o
maior parceiro comercial do Canadá, a pressão
é sentida na mesma, e o volume de negócios
decresceu cerca de 35% . Numa perspectiva
norte americana, o mercado de extrusão nunca
sofreu uma queda como esta, e o resultado são
mudanças profundas, incluíndo consolidações.
O ambiente é de desafio para os nossos clientes
e para nós, mas há grandes oportunidades dado
que os nossos clientes também nunca tiveram
tanta ambição em querer fornecer soluções que
possam levar a um crescimento lucrativo. O que
os clientes querem do seu fornecedor de extrusão
é uma maior flexibilidade e maior capacidade de
resposta, dado que agora estão mais concentrados
nos stocks. Houve uma mudança na atitude das
Indalex a part of Sapa Profiles América do Norte
pessoas e acredito que coisas como a exigência
de resposta “just-in-time” vieram para ficar.”
Há alguma diferença entre os mercados
do Canadá e dos eua?
“Há várias semelhanças em termos de
expectativas de clientes e o que estes valorizam, mas é importante reconhecer que são
dois países distintos, com culturas diferentes
e no caso particular do Quebec, um idioma
diferente. É importante que saibamos como
negociar de forma a corresponder à respectiva
cultura, da mesma forma que fazemos na
Europa.”
Que potencial vislumbra para a Sapa
na América do Norte?
“Há um potencial enorme, mesmo neste
mercado difícil. Os clientes esperam que os seus
fornecedores melhorem a assistência, como por
exemplo o transporte comercial e em massa,
para que se possam concentrar na sua actividade
principal. Estão a voltar os camiões e reboques,
o que historicamente é um bom sinal. Esta é
uma oportunidade enorme, dado o foco global
em poupança de combustível e maximização de
peso total de reboques e carruagens.
Antes da aquisição, a Indalex era o segundo maior
produtor de artigos de extrusão de ligas leves e a
única empresa com cobertura de costa a costa.
A Indalex contribui com seis unidades de extrusão
nos EUA e cinco no Canadá, com uma capacidade
total de cerca de 315.000 toneladas por ano. A
Indalex opera 29 prensas de extrusão, com círculos
até 16 polegadas (41 cm), duas unidades de anodização, duas unidades de fundição de lingotes e
seis linhas de produção de pintura electrostática,
incluindo capacidade de revestimento a pó.
A Indalex oferece várias soluções para clien-
A extrusão e o alumínio oferecem uma
solução perfeita como material não-corrosivo
que se forma facilmente em qualquer forma
individualizada. Estamos também atentos a
oportunidades em infrastruturas, resultado
das actividades de estímulo económico, e estamos actualmente a considerar aplicações para
pontes e para barreiras de autoestradas.”
Já está na Indalex desde 2000, mais recentemente como ceo e presidente da empresa.
tes, desde a anodização e acabamentos especiais até ao apoio na aquisição de metais. Tem
uma grande gama de produtos que incluem
lingotes de alumínio, condutas de alumínio rígidas, formas standard, extrusão individualizada e
componentes fabricados de qualidade certificada pelo ISO e QS/TS.
Em semelhança à Sapa, a Indalex serve muitas indústrias, incluindo construção civil, transportes, automóveis, IT, bens de consumo duradouros assim como o sector de equipamentos
e maquinaria. Tem 1.400 empregados.
Também trabalhou para a Sapa no Reino
Unido. Como se sente a trabalhar novamente
para a Sapa e tê-los como novo proprietário?
“É como voltar a casa. Tive uma experiência
fantástica na Sapa em termos do esforço que
fizeram no meu desenvolvimento pessoal e
para lançar a minha carreira, por isso é bom
voltar a casa e espero poder pagar de volta
algum desse investimento!”
A PRESENÇA DA SAPA NA AMÉRICA DO NORTE
Calgary
Vancouver
Portland
Spanish Fork
Toronto
City of Industry
Montreal
Mountaintop
Cressona
Yankton
Parsons
Delhi
Magnolia
Elkhart
Burlington
Connersville
Catawba
Gainesville
# 2 2009 SHAPE • 5
CURTAS & BOAS
Uma brilhante declaração galesa
>
“Não se tratava apenas de iluminação pública..., como diziam os projectistas do
Blaenau Gwent County Council no Sul do País de Gales, tratava-se também de fazer
uma afirmação. A ponte da cidade de Abertillery é uma animada ligação entre as duas metades desta pequena cidade. A nova iluminação pública faria a ponte sobressair e obter toda a
atenção que merece ... .”
Urbis Lightning, um dos principais fabricantes de lanternas no Reino Unido, uma empresa
dedicada a melhorar as normas de iluminação usando menos energia e controlando a poluição luminosa, foi incumbida de projectar candeeiros esteticamente agradáveis em alumínio,
de modo a reflectir a importância desta importante via de ligação. O contrato foi adjudicado à
Sapa Pole Products, para o fabrico dos candeeiros “escada”, um desenho de Urbis Lightning.
Para além da mera concepção, as colunas também colocaram os seus próprios desafios técnicos. Foi-lhes soldada uma placa na base, uma vez que tinham que ser montadas em flange e
aparafusadas nos lados da ponte.
Urbis Lightning estava muito satisfeito com a qualidade do trabalho e os conhecimentos
técnicos disponibilizados. Mas, mais contente ainda, ficou a população de Abertillery. O resultado foi um esplêndido projecto de iluminação de rua e uma brilhante contribuição para
a estética da zona, que irá ficar para as gerações vindouras.
Sabia que …
... cerca de 8% da crosta terrestre é constituída
por alumínio sob a forma de diversos minerais.
Não se deixa deslumbrar
pelo sucesso
Um perfil seguro
>
>
A Suécia foi um dos primeiros países a introduzir dados
biométricos nos passaportes dos cidadãos, com
equipamentos da Speed Identity. A Speed Identity é uma
empresa sueca que adquiriu uma posição de liderança como
fornecedora de soluções de segurança biométrica de alta
tecnologia para autoridades e empresas.
A série de produtos “Speed Capture” consiste em
equipamentos móveis e estacionários para a identificação
biométrica de impressões digitais e leitura da íris. O modelo
Speed Capture Station 1000, uma estrutura vertical com altura
regulável, que recolhe informação biométrica com câmaras,
digitalizador de assinaturas e leitor de impressões digitais, está
disponível em muitas esquadras de polícia em toda a Suécia e é
hoje entregue a uma série de outros países, principalmente na UE.
A Sapa fornece os perfis totalmente processados e acabados
para a coluna principal da máquina, a qual contém paredes e
compartimentos interiores que alojam a electrónica. A Speed
Capture Station 1000 é um dos mais recentes produtos da
empresa e este ano serão produzidas cerca de 500 unidades.
Tendo em conta as crescentes exigências de identificação segura,
a Speed Identity pode contar com um mercado crescente para os
seus produtos.
6 SHAPE • # 2 2009
Quando recebeu um pedido de 5.000
estores de rolo da maior empresa de energia
da Suécia, a Solar-Screen poderia ter apostado
num futuro como fornecedora para a indústria
da construção civil. Mas este ano a empresa de
sucesso comemora 35 anos como produtora de
cortinas de protecção solar para edifícios, veículos
e máquinas. A primeira encomenda serviu de
trampolim para a Solar-Screen, um dos mais antigos
clientes da Sapa, poder especializar-se e adaptar o
seu produto para segmentos de mercado onde não
havia concorrência.
As cortinas da Solar-Screen, de poliéster e
alumínio depositado por vaporização, reflectem até
75% do calor irradiado pelo sol.
“Durante todos estes anos, temos tido a Sapa
como único fornecedor de perfis de alumínio para as
cassetes e fasquias das cortinas. É um metal leve e
biológico, e a Solar-Screen e a Sapa desenvolveram
e aprofundaram a sua cooperação ao longo dos
anos”, afirma Mats Ekman, gerente de compras da
Solar-Screen.
NA VANGUARDA
Flores valles
INOVAÇÃO E TRADIÇÃO
Flores Valles é uma empresa
espanhola com uma longa tradição industrial. Como criadora,
fabricante e instaladora de
equipamentos para cozinhas
industriais e laboratórios de todo
o mundo, é um brilhante exemplo
de como o espírito inovador de um
artesão pode viver até várias gerações mais tarde, numa empresa
com presença global.
Passaram QUASE 180 anos desde que um artesão
em Madrid, chamado Manuel Valles, começou
a ser conhecido como fabricante de fogões e
salamandras. Actualmente ainda é um membro
da família, José Luis Flores Valles, o sexto em
sucessão, que dirige a empresa.
A diferença é que os clientes da empresa
encontram-se agora não só em Espanha, mas
também, por exemplo, na China, Argentina e
Arábia Saudita. A oficina foi substituída por
uma fábrica moderna e os desenhos que antes
eram feitos numa mesa de cozinha do século
xix, são agora produzidos por um departamento inteiro de investigação e desenvolvimento.
O negócio requer actualmente 200 empregados
para manter as actividades em andamento.
Flores Valles conquistou primeiro o mercado
espanhol, com produtos estilizados, modernos
e fáceis de cuidar, para cozinhas industriais.
Em 1959 a empresa entrou noutro segmento,
mobiliário técnico para laboratórios, outro
sector com elevados padrões de higiene, funcionalidade e fiabilidade.
“Justamente a funcionalidade, a solidez e a
fiabilidade, foram o mote da empresa”, explica
Raquel Gonzalez,
responsável pelas
comunicações na
Flores Valles, agora
um fornecedor
importante em
ambos os mercados.
“Eu acredito que
o
segredo
por detrás
Raquel González
A Flores Valles pode beneficiar de uma cooperação com um grande fornecedor de perfis de alumínio como
a Sapa. ”Com fábricas próprias a Sapa pode garantir a qualidade do metal e entregas seguras”, diz Raquel
González da Flores Valles.
do nosso sucesso continua a ser o mesmo:
temos o pessoal mais qualificado e experiente,
e fabricam os nossos produtos com os melhores
materiais ”, declara Raquel Gonzalez.
Os materiais actuais não estavam previstos
em 1830, quando a empresa foi fundada e
fabricava fogões de ferro, a lenha. Agora os
materiais escolhidos são o alumínio e o aço
inoxidável.
“Os metais resistentes ao calor, resistentes à
água e impermeáveis, como o alumínio, tornaram-se hoje a escolha natural”, explica Raquel
Gonzalez.
“Com o alumínio, que é leve e flexível, pode-
mos agora produzir e processar componentes
geométricos avançados, a um preço razoável.
Em ambiente de laboratório, o alumínio
oferece boa resistência aos ácidos e diluentes
e, quando tratado posteriormente com epoxipoliester, consegue-se aumentar-lhe a resistência a produtos alcalinos.
E, independentemente de se tratar de cozinhas industriais ou equipamentos de laboratório, os produtos da Flores Valles distinguem-se
pelo seu design avançado, pelas soluções de
alta-tecnologia e ergonomia bem ponderada.
TextO Erico Oller Westerberg
# 2 2009 SHAPE • 7
TECTO
CRIATIVO
PARA ESTAÇÃO BELGA
A julgar pela nova estação de Guillemins, pode afirmar-se
que Liège é o maior entroncamento de vias férreas de alta
velocidade entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental. Os
32.000 metros quadrados de cobertura exterior, com os seus
painéis de alumínio e vidro apoiados por vigas de aço,
apela especialmente à imaginação.
8 SHAPE • # 2 2009
ATENDENDO À IMPORTÂNCIA de Guillemins para a rede
ferroviária de alta velocidade, o operador ferroviário nacional belga sncb / nmbs decidiu renovar
completamente parte da estação. Isto implicou a
demolição de parte da estação velha e a construção de uma nova ala adjacente ao actual edifício
principal. Como resultado, uma estrutura majestosa mas elegante, embeleza agora o complexo
da estação de Liège. A concepção foi confiada a
Santiago Calatrava, um arquitecto espanhol com
muitas obras notáveis a seu crédito. Os seus planos
criativos formaram a base para um convite à apresentação de propostas em 2004. A Portal ganhou o
contrato, não apenas pela sua excelente reputação
como também pelos muitos anos de experiência
na Europa.
A COBERTURA FOI fabricada, armada e erigida pela
empresa belga Portal. Para extrusão e pintura da
grande quantidade de perfis de alumínio, a Portal
recorreu à empresa sua parceira de longa data Sapa
rc Profiles. A Portal já construiu a estrutura de
DESIGN
Para o projecto de construção da estação
Guillemins em Liège, foram usados perfis de
alumínio variando de 128 gramas a 8 kg por
metro, totalizando 148 toneladas de alumínio.
lante em aço ou alumínio e vidro, desde 1976.
A Sapa esteve intimamente envolvida nestas actividades e tem agora um inigualável conhecimento
dos requisitos técnicos.
“É por isso que nós preferimos trabalhar com a
Sapa”, diz o director de projectos Benoît Monfort.
O know-how e a experiência da Sapa foram de
particular importância para o projecto em Liége.
“Após todas as verificações necessárias com as
diversas partes envolvidas, a estrutura de apoio, as
vigas de aço etc., os nossos engenheiros resolveram
os detalhes técnicos para pôr em prática as ideias
criativas do arquitecto. Eles calcularam os pesos,
dimensões, tolerâncias e estabilidade dos perfis de
alumínio, bem como a forma das matrizes”, afirma
Benoît Monfort.
“Graças aos seus conselhos e assistência, a Sapa
provou ser inestimável como parceiro já nesta fase.
Durante esta fase, que durou seis meses, houve
constantes consultas entre as duas empresas, por
telefone, e-mail ou em discussões face-a-face. Tanto
a Portal como a Sapa nomearam um chefe de
projecto”.
telhado para a estação ferroviária Bruxelas Midi,
as fachadas do edifício Mondrian em Waterloo, as
cúpulas, buffet e galerias da Estação Central em
Antuérpia, a cúpula do edifício da Comunidade
Europeia em Bruxelas e a estrutura do telhado do
museu Bois du Cazier em Marcinelle.
A PORTAL é a sucessora da empresa baseada em
Bruxelas, Metalport, formada em 1953. Tem vindo
a conceber e desenvolver sistemas de telhado iso-
Para a extrusão e pintura da grande quantidade de
perfis de alumínio, a Portal recorreu ao seu parceiro
de longa data, Sapa RC Profiles.
“COMO RESULTADO DESTA colaboração fomos capazes
de produzir os desenhos técnicos para traduzir os
objectivos estéticos do arquitecto em realidade, o
que não era tarefa fácil.”
Isto foi seguido de vários testes realizados por
empresas independentes de engenharia e pela
empresa de arquitectura, para as quais a Portal fez
maquetes dos principais elementos do telhado. Em
2005, começou a montagem dos perfis.
“Uma vantagem importante da Sapa como
parceira é que não só extrude, mas também pinta
os perfis antes de os reunir; não temos de recorrer a
mais ninguém. Além disso funciona optimamente
porque a Sapa sabe exactamente como juntamos os
perfis. Outra vantagem da Sapa é a sua capacidade
fornecer perfis de dimensões muito diferentes”,
afirma Benoît Monfort.
Para o projecto em Liège, foram usados perfis de
alumínio variando de 128 gramas a 8 kg por metro,
perfazendo no total 148 toneladas de alumínio.
A instalação propriamente dita dos elementos da
cobertura seguiu o ritmo do construtor espanhol
que juntou e ergueu as vigas de aço da cobertura.
De cada vez que um dos arcos com a sua envergadura de 85 metros era completado, era a vez da
Portal entrar em acção. A Sapa, por seu lado fornecia os perfis oferecidos ao mesmo ritmo.
“A estrutura que construímos por cima das vigas
conseguiu compensar qualquer irregularidade e
desvio na forma das vigas propriamente ditas, de
modo que obtivemos uma base plana ideal para o
nosso sistema de abóbadas. Só montámos a camada superior de alumínio e vidro na parte final, após
todo o esqueleto de abóbada e toda a nossa estrutura de suporte de carga ter sido concluída. Em
seguida, foi muito gratificante ver o modo como
os 32.000 metros quadrados de tecto abobadado
foram gradualmente cobertos com vidro”.
A estação Guillemins de Liège é o novo naviobandeira do projecto da Portal e da Sapa rc
Profiles. A Portal já recebeu uma grande injecção
de capital para desenvolver ainda mais os seus projectos nacionais e internacionais e para actualizar o
seu escritório valão em Lessines.
TEXTo Dorine Vanhoutteghem
FOTO ©www.alainjanssens.be
Calatrava – engenheiro, arquitecto e artista
Santiago Calatrava é um dos mais importantes
arquitectos do mundo e também engenheiro e
artista. Com projectos recentes, como os estádios para as Olimpíadas de 2004 em Atenas ou
a nova estação ferroviária em Liège, na Bélgica,
conquistou uma excelente reputação na Europa.
Nenhum outro arquitecto teve jamais o seu
trabalho exposto em ambos os Museu de Arte
Moderna e o Museu Metropolitano de Arte em
Nova York, e está actualmente a trabalhar sobre o
principal núcleo de transportes de Ground Zero
em Manhattan, bem como no edifício mais alto
dos Estados Unidos: a Chicago Spire Tower de
160 andares. Vencedor da Medalha de Ouro de
2005 do Instituto Americano de Arquitectura,
bem como de numerosos prémios prestigiados,
Calatrava é um dos maiores e mais inovadores
arquitectos vivos.
# 2 2009 SHAPE • 9
TÉCNICA ACTUAL
Designity
TEM SEMPRE BOM ASPECTO
A Sapa lançou Designity, um novo
tratamento superficial concebido
para produtos que requerem um
tipo específico de alto acabamento.
A
lcançar um nível elevado e constante de qualidade de superfície, livre de quaisquer imperfeições
e linhas de extrusão era antigamente quase
impossível. Quando a Sapa lançou Designity, isso
mudou.
Designity é perfeitamente adequado para aplicações
interiores e exteriores em que os perfis de alumínio
requerem um acabamento superficial de qualidade
excepcionalmente alta, tais como móveis, armários,
janelas, iluminação, duche, solários, sistemas de visualização, etc.
O novo tratamento da superfície é aplicado antes
da fase de anodização e elimina todas as imperfeições
superficiais e diferenças de cor visíveis em perfis anodizados. “A máquina que usamos para produzir a qualidade Designity, produz sempre
uma superfície perfeita”, afirma o
director de produtos Rinus Van
Meer.
Designity foi apresentado
pela primeira vez na Exposição
Internacional de Construção Civil
realizada nos Países Baixos, em
Fevereiro, e foi calorosamente acolhido pelo mercado da construção,
Rinus van Meer
10 SHAPE • # 2 2009
que procurava este tipo de perfis de alumínio anodizado, com superfície uniforme e atraente.
A ANODIZAÇÃO É um dos tratamentos superficiais mais
comuns e é perfeitamente satisfatória para a maioria
das aplicações. Com Designity vieram mais vantagens.
Uma das mais importantes é a qualidade constante de
Designity, que permita à Sapa entregar cada pedido
com a mesma superfície, diz Van Meer.
Além disso, a Sapa pode tratar do processo internamente, o que também é vantajoso. “Graças a isso, o
tempo de produção é quase tão rápido como com perfis anodizados normais e nós controlamos a produção”,
acrescenta Van Meer. Van Meer acentua também que
o processo Designity é geralmente mais barato do que
outros processos de acabamento superficial de alta qualidade, como polimento, decapagem e por rolamento
em tambor.
Demorou alguns anos para investigar este processo único
e obter aprovação para o mesmo. Durante esse tempo a
Sapa visitou vários clientes, incluindo empresas de iluminação e empresas de construção civil, a fim de definir as necessidades do mercado. ”Empresas fabricantes
de portas, um fornecedor de solários, e um produtor de
stands de exposição também estiveram envolvidos na
fase de desenvolvimento”, diz Van Meer.
“Designity é perfeito para os perfis aplicadas como
partes visíveis. É alta qualidade que ascende os perfis
anodizados a um nível ainda mais elevado.”
TextO Cari Simmonss
BJØRN
WIGGEN
Em Abril, a Sapa deu as boas-vindas ao novo presidente
e CEO da empresa. Bjørn Wiggen foi nomeado CEO da
Pripps Brewery aos 36 anos de idade, então o mais novo
CEO da empresa. Ele afirma que há semelhanças entre
gerir uma empresa cervejeira e uma de alumínio.
›
# 2 2009 SHAPE • 11
PERFIL
N
o ano anterior à sua nomeação
na Sapa, Bjørn Wiggen esteve
envolvido com o Conselho
de Administração da Sapa,
uma tarefa que o ajudou a
familiarizar-se com a empresa.
Trabalhou para a empresamãe da Sapa, Orkla, durante
25 anos, ultimamente como ceo da Elkem asa.
Dirigiu a Orkla Media e a Mecom Europe, e foi
anteriormente responsável pela gestão da Carlsberg
Breweries na Europa Central e Oriental.
Aos 36 de idade, Wiggen tornou-se o mais
jovem ceo da Pripps Brewery. “Dizem que atireime para o abismo! Era uma grande oportunidade
e uma experiência positiva em que eu tinha de
apresentar resultados e gerir uma empresa, e isso
ajudou-me realmente a crescer”, diz.
Treze anos mais tarde, o novo presidente e ceo
da Sapa aventurou-se a um novo emprego – no
meio de uma recessão mundial. Numa altura em
que a procura de bens e serviços tem diminuído,
Wiggen já está bem embrenhado nos desafios de
seu novo emprego.
Apesar das extrusões de alumínio serem novas para
ele, Wiggen diz que existem semelhanças entre
dirigir uma empresa de alumínio e uma empresa de
cerveja – semelhanças não são apenas partilhadas
pelo alumínio das latas de cerveja.
“A Sapa e a Carlsberg são ambas empresas
internacionais, que operam em diversos países e,
trabalhar para estas empresas, significa que é necessário saber compreender e trabalhar com diferentes
culturas e pessoas”, salienta Wiggen.
Trabalhar para empresas orientadas ao consumidor, como a Pripps e a Carlsberg, deu-lhe uma
compreensão mais ampla do mercado, algo que
acredita ser importante para a Sapa e os seus clientes. “Tenho muita experiência de consumidores de
marcas preferidas e, apesar da Sapa ter principalmente clientes b2b, é importante vermos o negócio
também do ponto de vista do consumidor.”
WIGGEN tem a reputação de saber trabalhar com
situações problemáticas e alcançar resultados claros
– uma qualidade que vem a calhar no difícil clima
financeiro actual. “Em comparação ao ano passado, os nossos volumes diminuíram mais de 40 %
no primeiro trimestre e, apesar de termos feito um
bom trabalho na redução de custos, a nossa rentabilidade é fraca. Temos de continuar a concentrarnos no cash-flow”, diz, acrescentando que prevê
que o ano 2009 todo continuará a ser fraco. “A
curto prazo os nossos concorrentes também estão
12 SHAPE • # 2 2009
a enfrentar uma situação difícil no mercado, mas
temos uma base financeira mais sólida com a Orkla
como nossa proprietária e, quando o mercado se
recompuser, vamos estar numa posição mais forte.
Haverá muitas oportunidades para aumentar a
nossa quota de mercado organicamente e através
de aquisições.”
Conheça o novo homem da Sapa
COM O SEU PASSADO de trabalho para grandes empre-
sas internacionais, Wiggen está bem consciente do
que é necessário para obter resultados e gerir um
negócio bem sucedido, e acentua a importância de
respeitar as diferenças culturais e de confiar numa
gestão mais próxima do mercado, com responsabilidade.
“Não podemos começar a aplicar um modelo a
uma empresa descentralizada como a Sapa, mas, ao
mesmo tempo, é importante usar a força que nos
confere o facto de ser um grande grupo e trabalhar
em conjunto em áreas como compras e serviços
partilhados.”
Trabalhar a longo prazo e estrategicamente,
numa equipa, condiz bem com Wiggen, que se
descreve a si próprio como analítico, acrescentando que não se deixa enganar quando se trata de
números. Agora vai-se dedicar a analisar diferentes
partes da empresa e identificar as áreas que podem
ser mais fortes.
A Sapa continuará a produzir e vender extrusões,
e a trabalhar em estreita colaboração com os clientes para encontrar novas soluções. “Vamos investir
mais na formação de competência e aumentar o
suporte técnico e de vendas para favorecer estes
esforços,” acrescenta Wiggen.
“Eu prevejo que em dois ou três anos teremos
dominado a actual situação do mercado e sairemos
mais fortes, com uma maior quota de mercado,
melhor rentabilidade, e com várias soluções inovadoras para os clientes.”
Vive actualmente: Em Estocolmo e Oslo.
“Domicílios passados”: Viveu algum tempo
em Izmir, na Turquia, quando trabalhava para
a Tuborg.
Estilo de chefia: Segue uma política
de não interferência, baseada em lucidez
e estratégia. Gosta de trabalhar com as
pessoas.
Interesses: Manter-se em forma, caminhar
por montanhas e bosques, viajar, ver futebol.
Equipes de futebol favoritas: Equipa
Rosenborg da Noruega e Queens Park
Rangers da Inglaterra.
Educação: Licenciatura na Norwegian
School of Economics and Business
Administration (NHH).
Qualidade que admira: Energia
e coerência.
Detesta: A deslealdade.
TEXTo Cari Simmons
FOTOGRAFIA magnus glans
“Eu prevejo que em dois ou três anos teremos
dominado a actual situação do mercado e
sairemos mais fortes, com uma maior quota
de mercado, melhor rentabilidade, e com várias
soluções inovadoras para os clientes”
# 2 2009 SHAPE • 13
EM FOCO: CVM
O VALOR DE COMPREENDER
AS NECESSIDADES DO CLIENTE
Na verdade, o CVM (Customer Value Management), existe na Sapa desde a sua fundação.
O foco nas necessidades do cliente é uma das razões do sucesso e crescimento da empresa.
Mas nos últimos anos a sensibilização e sistematização no objectivo de criar valor acrescentado
desenvolveu-se fortemente.
D
esde a década de 60 os fundadores da Sapa
tomaram consciência do valor de compreender as necessidades do cliente. De
juntamente com o cliente desenvolver soluções
completas que tornem as actividades do cliente
mais simples e mais baratas.
Nas reuniões e conferências de vendas o director
de marketing Gunnar Burman utiliza como metáfora um vendedor de salsichas. Poucos clientes
escolhem um vendedor de cachorros quentes que
só vende salsichas. Em vez disso, os clientes escolhem os que oferecem pão, ketchup, mostarda,
salada de pepino, salada de camarão e bebidas.
“Trata-se de oferecer algo de tal forma que o
cliente esteja disposto a pagar mais por isso. Uma
solução total ou ‘oferta one-stop’ é bom para
o cliente logística e administrativamente. Mas
devemos, naturalmente, cobrar por isso também”,
diz Lars Gustafsson, Director de Vendas da Sapa
Profiler.
DURANTE MUITO TEMPO foram utilizados conceitos
como valor adicional, valor do cliente ou valor
acrescentado. O conceito funcionava bem. Todos
os envolvidos entendiam o seu significado, de
alguma forma assim o acreditaram, até há poucos
anos. Então, dois estudantes da Universidade de
Växjö, na Suécia, escreveram uma tese e entrevistaram todos os vendedores e funcionários do departamento financeiro da Sapa Profiler em Vetlanda.
“Obtivemos mais ou menos tantas respostas
quanto o número de vendedores. E alguém sugeriu que se tratava de ”fazer o cliente feliz”, diz Lars
Gustafsson.
Daí resultou que a Sapa Profiler produziu um
documento que descreve a oferta da empresa:
desde perfis extrudidos, passando por diferentes
tipos de tratamento e desenvolvimento de produtos, até às soluções logísticas.
Mais ou menos ao mesmo tempo surgiu o
conceito de Customer Value Management (cvm)
14 SHAPE • # 2 2009
na Suécia e a Sapa Profiler instruiu a sua equipa de
vendas neste conceito.
Segundo Lars Gustafsson, a base para uma boa cvm
está no conhecimento da oferta e na capacidade de
apresentá-la, e divide o caminho para uma relação
comercial bem sucedida em quatro etapas.
A primeira é sempre analisar e compreender
as necessidades do cliente, uma necessidade que,
obviamente, varia de acordo com o ramo.
O passo seguinte é, de acordo com as necessidades detectadas, desenvolver uma solução que
dê ao cliente algo mais do que aquilo que tem
actualmente. Por exemplo, a Sapa pode processar
os perfis de alumínio de diferentes formas: flexão,
pintura, anodização, hidroformação, formação
gasosa, ou alguma forma de soldadura; operações
que, caso contrário, o cliente terá de fazer ele próprio ou contratar fornecedores adicionais para o
fazer.
As vantagens para o cliente incluem, entre
outras coisas, menos transportes, menos contactos
com fornecedores, logística mais simples e facturação mais simples.
E não menos importante é que o cliente recebe
ajuda qualificada para desenvolver a sua utilização
de perfis de alumínio. O trabalho conjunto conduz frequentemente a produtos totalmente novos,
em que o cliente, juntamente com a Sapa, investe
em ferramentas que a Sapa usa para o fabrico.
O terceiro passo consiste em avaliar e quantificar a solução. Quanto vale, por exemplo, uma
solução técnica que poupa três parafusos por produto? Sabemos o que cada parafuso custa, incluindo a montagem. Mas qual é o valor para o cliente?
Na última etapa o vendedor documenta a solução elaborada e apresenta-a ao cliente.
”Nesse momento trata-se de superar as expectativas do cliente. Cobrar demasiado não é bom.
Mais cedo ou mais tarde o cliente compara o fornecedor com outro e então fica-se numa posição
“O objectivo comum é o
de racionalizar a cadeia
de valor através das
nossas fábricas e das
fábricas dos clientes.”
desconfortável. O risco é que nos seja pedido para
devolver o dinheiro retroactivamente e se perca
um cliente ”, afirma Lars Gustafsson.
A Sapa Heat Transfer fabrica cinta e tubos de
permutação térmica utilizados em vários tipos de
permutadores de calor em veículos e aplicações
estacionárias. O trabalho de cvm da empresa, com
o foco em soluções completas e na criação de valor
na relação com o cliente, tem muitas semelhanças
com o da Sapa Profiler.
Na Sapa Heat Transfer, a cvm começa logo nos
próprios processos. Processos estáveis e eficazes
resultam numa qualidade consistente e uniforme
dos materiais exigidos pelos clientes.
“Menos variações de qualidade nos nossos
produtos significam uma melhor utilização das
máquinas do cliente. Uma qualidade alta e estável
do produto resulta em menos cortes na produção,
produção mais rápida, menos desperdício e menos
eliminação de produtos acabados. E no fim, naturalmente, um menor custo total ”, afirma Kennet
Persson, chefe do desenvolvimento comercial na
Sapa Heat Transfer.
Para atingir este objectivo é necessário ter um
considerável conhecimento dos processos do
cliente, e da forma como usam os produtos Sapa.
Por isso, a Sapa Heat Transfer trabalha afincadamente para ampliar e aprofundar as relações com
os clientes.
Através de reuniões, debates e seminários
centrados na tecnologia e produção, pretende-se
excluir a relação monodimensional entre compradores e vendedores.
“O objectivo comum é o de racionalizar a
cadeia de valor através das nossas fábricas e das
fábricas dos clientes. Às vezes é até mesmo possível
eliminar etapas desnecessárias no processo”, explica Kennet Persson.
Uma compreensão profunda das necessidades do
cliente também significa uma melhor oportunidade de oferecer a melhor solução para o cliente, independentemente de já existir ou precisar
de ser desenvolvida.
“Frequentemente, os nossos clientes desenvolvem os seus produtos por um longo período
antes de os lançarem. Quanto mais cedo iniciarmos um diálogo com o cliente acerca do que é
necessário, tanto mais possibilidades teremos
de adaptar os nossos produtos e processos para
criar valor em conjunto com o cliente.
Muitos clientes compreendem a vantagem de
ter um fornecedor qualificado, e que se envolve
activamente na cadeia de valor.
“As aptidões que podemos oferecer são em
muitos aspectos únicas, e foram desenvolvidas
durante muito tempo. Até agora a nossa centragem no mercado tem sido bem sucedida, e
não há nada que pretendamos mudar”, afirma
Kennet Persson.
Além disso a Sapa Heat Transfer é o único
outro actor no mercado mundial com uma carteira completa de produtos e que pode fornecer
tanto tubos extrudidos e tubos soldados como
material rígido.
”O que realmente oferecemos são soluções
sistémicas optimizadas, testadas e avaliadas
segundo as necessidades específicas do cliente.”
As avaliações feitas pela Sapa Profiler
demonstram, entre outras coisas, que a Sapa
está no caminho certo no que diz respeito ao
cvm. A quota de vendas referente a valor acrescentado, ou seja, tudo, excepto o próprio perfil
de alumínio, tem vindo a aumentar.
Também as curvas de diferentes parâmetros de kpi (Key Performance Indicators), tais
como a fidelidade dos clientes, csi (Customer
Satisfaction Index) e da rentabilidade de valor
adicionado, aponta para cima há vários anos.
“Tudo resulta de termos aprendido a compreender as necessidades dos clientes e a desenvolver respostas para isso, e aí se encontra uma
grande parte da explicação do sucesso da Sapa”,
afirma Lars Gustafsson.
Colaboração
histórica
Desde o primeiro dia houve uma boa química entre
a Sapa e a Smoke Free Systems, um fabricante de
estações de fumo para interiores. A colaboração de
benefício mútuo foi-se intensificando e agora as
empresas juntas fazem história.
›
TextO Thomas Östberg
# 2 2009 SHAPE • 15
EM FOCO: CVM
“O QUE é bom para nós, é bom para a Sapa.”
Assim resume Bo Dolk Pettersson, chefe do
Fornecimento e Desenvolvimento de produtos da
Smoke Free Systems, a colaboração com a Sapa.
A Smoke Free Systems fabrica “zonas de fumo”,
que permitem as pessoas fumarem em interiores
sem incomodar as pessoas ao redor. É uma solução
única que capta, filtra e depura o fumo. Em 2004
a empresa pôs-se em contacto com a Sapa através
de uma empresa de design que estava a desenvolver uma nova série de modelos com componentes
de alumínio.
“Foi logo na primeira reunião que os conhecimentos da Sapa e a sua capacidade de adaptação
ao cliente me impressionaram.”
Quando dois anos mais tarde a legislação francesa exigiu “zonas de fumo” com portas, a relação
entre a Smoke Free Systems e a Sapa intensificouse. Para cumprir com os requisitos legais foi
16 SHAPE • # 2 2009
necessário desenvolver o novo modelo sf6000 em
poucos meses.
“O prazo de entrega era muito apertado e as
dificuldades técnicas consideravelmente maiores.
Além disso, se nos atrasássemos podíamos perder
contra os concorrentes em França. Tínhamos
uma quantidade enorme de dúvidas e problemas,
e não sabíamos como resolvê-los. Mas graças ao
profissionalismo da Sapa e à minha ingenuidade
como força motriz, continuámos e conseguimos
cumprir o prazo”.
a colaboração estreita, em linha com o Customer
Value Management da Sapa, gerou uma situação de beneficio mútuo, o que para Bo Dolk
Pettersson tem várias vantagens.
“A Sapa capta o cliente com os seus conhecimentos e converte-se então automaticamente em
fornecedor. Por sua vez, isso significa que a Sapa
pode influenciar a produção desde o princípio
para optimizar o seu próprio processo.”
Patrick Massana, vendedor da Sapa Profiler,
explica que, por outro lado a Sapa também depende da Smoke Free Systems e dos seus sucessos.
“A SAPA NÃO TEM produtos próprios, depende do que
a Smoke Free Systems consiga vender. Tal como
eles, procuramos uma colaboração a longo prazo,
por isso é importante que a nossa contribuição
conduza a uma óptima situação de mercado para
o cliente. Isso é bom para a Smoke Free Systems e
para nós próprios”, afirma Patrick Massana.
“Os conhecimentos que acumulamos em conjunto ser-nos-ão úteis no futuro, criamos historia
juntos”, diz Bo Dolk Pettersson.
Além do modelo sf6000 temos agora o sf4000,
e as duas empresas juntas estão actualmente a
desenvolver mais modelos para esta série.
Pistas de gelo mais ecológicas
após cooperação com a Sapa
A empresa Polar Bear procurava serpentinas de
arrefecimento mais leves para as suas pistas móveis de
patinagem no gelo, mas sem sucesso. O contacto com a empresa
da Sapa, Remi Claeys Aluminium, não deu só instalações mais leves.
A solução, que também incluía refrigeração melhor e mais eficaz,
resultou mais barata e mais ecológica do que a velha.
Em 2004 a Smoke Free Systems entrou em contacto
com a Sapa através de uma empresa de design externa. Desde aí, as duas empresas trabalham em estreita
colaboração no desenvolvimento de novos produtos.
“A nossa empresa cresceu rapidamente durante os
últimos anos e a Sapa acompanhou-nos o tempo todo.
Actualmente estamos a investir fora da Europa, e nessa
perspectiva também, vejo a Sapa como fornecedor evidente”, diz Bo Dolk Pettersson da Smoke Free Systems.
“A nossa empresa cresceu rapidamente durante
os últimos anos e a Sapa acompanhou-nos o
tempo todo.
Actualmente estamos a investir fora da
Europa, e nessa perspectiva também, vejo a
Sapa como fornecedor evidente. Estamos a
investir no Japão e a criar uma estrutura na Ásia
e tranquiliza-nos saber que a Sapa está presente
no mundo inteiro. Apesar de termos grandes
planos fora da Suécia, são as relações pessoais
que formam a base da nossa cooperação”, explica
Bo Dolk Pettersson. A química pessoal é o mais
importante.
“A equipa dos serviços técnicos e de vendas não
são vendedores na acepção comum. São verdadeiros criadores de relações”, acrescenta.
TEXTO HENRIK EMILSON
FOTOGRAFIA Kjell Israelsson
OS RINGUES DE patinagem são uma parte importante
das tradições de Natal na Bélgica. Em cada cidade
grande existem durante a época de Natal pistas
congeladas artificiais ao ar livre.
A Polar Bear Company, uma empresa de pistas
de gelo, começou a pensar há alguns anos se não
seria possível reduzir o peso dos grandes “tapetes”
de tubos que desenrolam todos os anos.
Por isso, a empresa procurou uma solução nova
para os tubos que transportam o agente refrigerante. Mas a Polar Bear não encontrou nenhuma
alternativa boa no mercado.
Um vendedor da empresa Remi Claeys
Aluminium da Sapa, ouviu falar do problema e
sugeriu uma solução totalmente nova: tubos de
alumínio soldados.
A solução disponibilizada pela Sapa em conjunto com o cliente implicava que a espessura da
parede do tubo, que tinha 20 mm de diâmetro,
podia ser reduzida de um milímetro e meio para
um milímetro, reduzindo assim a quantidade de
material utilizado, o que era bom tanto para o
meio ambiente como para a economia.
“Mas o mais importante foi a planta ter ficado
mais leve. Têm seis metros de comprimento e são
difíceis de manejar”, diz Stefan van Loocke, proprietário da Polar Bears.
Outras vantagens para a empresa são o facto
de a produção com técnica de soldadura ser mais
rápida e, portanto, mais barata. Este método faz
com que o material fique mais homogéneo, o que
juntamente com a redução de espessura resulta
numa refrigeração melhor e mais barata.
Além disso a redução de peso tornou os transportes
mais baratos e melhores para o meio ambiente.
“A solução que arranjámos é melhor em todos
os sentidos. As instalações pesam menos, são mais
baratas e mais fáceis de manusear. Estou muito
satisfeito, afirma Stefan van Loocke.
Hubbe Vanneste, director de vendas da Sapa,
acha que o projecto é um bom exemplo de cvm.
Tudo se baseia na comunicação com o cliente.
Desde identificar as necessidades e o processo
todo, até às soluções técnicas e os produtos acabados.
“O cvm (Customer Value Management) foi
sempre importante para nós, e não se trata apenas
de encontrar o preço mais baixo. O cliente tem
que acompanhar-nos o tempo todo, desde a escolha do perfil e do método de processamento até ao
processo de produção e, em certos casos, também
a concepção de um novo produto. É a melhor
forma de criar relações de longo prazo com os
clientes” conclui.
TEXTO Thomas Östberg
Na Bélgica, os ringues de patinagem
fazem parte da tradição do Natal.
A empresa Polar Bear Company
fornece ringues de patinagem móveis.
# 2 2009 SHAPE • 17
EM FOCO: FRANÇA
UM BOLO
DE ANIVERSÁRIO
com 430 velas
Este ano assinala-se o 30 º aniversário da Sapa Profilés
em Puget-sur-Argens, no sul da França.
E com a nova linha de pintura vertical, a festa
de aniversário é mais colorida que o normal.
18 SHAPE • # 2 2009
›
# 2 2009 SHAPE • 19
EM FOCO: FRANÇA
Não só é a maior empresa de extrusão de alumínio em França, é também a maior instalação de
anodização, e a partir de 2008 – uma das maiores linhas verticais de pintura.
A nova instalação de ponta permite à Sapa
desenvolver quaisquer cores que um arquitecto
possa requerer, salienta Patrick Picard, director
executivo da Sapa Profilés Puget sa.
“Nós temos a melhor tecnologia e uma
das mais modernas linhas verticais existentes.
Acreditamos que o nível de qualidade, a flexibilidade da linha de embalagem, os controlos de
custos e a qualidade serão muito atraentes para
os potenciais clientes. Nós incluímos capacidade de armazenamento adicional para armazenar
os trabalhos sub contratados, de modo a podermos entregar perfis no momento exacto aos
nossos clientes externos ”, afirma.
O acabamento da superfície está a crescer
em Puget. Devido a alguns dos concorrentes
da Sapa terem encerrado as suas instalações
em França, Puget conseguiu negócios deles. As
fábricas Sapa em Espanha e na Itália não têm
instalações de pintura próprias, por isso serão
forçadas a enviar os seus perfis para serem pintados em França, para os seus clientes franceses.
Picard prevê negócios adicionais provenientes
de outros utilizadores de perfis de alumínio que
os sub-contratarão com os seus volumes para
pintura na nova instalação de pintura vertical,
atraídos pela sua alta qualidade e eficiência de
custos.
A decisão de investir na linha vertical veio
em 2006, quando a procura por perfis pintados
começou a ultrapassar a capacidade existente.
A instalação foi concluída em Setembro de
2008, e a produção começou em Dezembro do
mesmo ano. O investimento de nove milhões
de euros foi o maior feito pelo Grupo Sapa em
2008.
horizontal podia lidar com
225 cores normalizadas e tinha dois milhões
de metros quadrados de capacidade de pintura.
Requeria muito trabalho; tinha de ser carregada manualmente e exigia um posicionamento
preciso. As pistolas de pintura eram difíceis
de configurar e tinham de ser reposicionados
de cada vez que se mudava um conjunto de
formas. Cada mudança de tinta implicava uma
considerável perda de tempo.
Pelo contrário, a nova linha vertical processa
A ANTERIOR LINHA
(1)
O PROCESSO DE
PINTURA VERTICAL
A linha de pintura vertical funciona numa
estrutura construída para o efeito, com luz
natural e uma sensação arejada. O processo é suave e contínuo do começo ao fim,
como o gerente de produção José Arenas
o descreve:
• Os perfis de alumínio chegam e são colocadas
numa correia transportadora por operadores,
que adicionam um furo a cada perfil. (1)
• E
m seguida são levantadas por gancho para
posição vertical. (2)
• O
s perfis são submetidos a tratamento químico
num túnel de aplicação por escorrimento. Este
tratamento não tem cromados, ressalta gerente
de produção José Arenas, por isso é muito
ecológico.
•Em seguida, passam por um túnel de secagem
por 15 minutos.
• Os perfis de alumínio prosseguem para uma de
duas cabines de pintura para serem pintados.
As pistolas de pulverização movem-se para
cima e para baixo 11 metros á medida que aplicam a tinta em pó. Os perfis são então rodados
e as pistolas pulverizam novamente, para assegurar que todas as superfícies são revestidas
uniformemente, independentemente da forma
do perfil. (3)
• O
s perfis deslocam-se então ao longo de painéis infravermelhos para fixar a tinta em pó.
• O
s perfis entram em fornos de aproximadamente 200 °C para fixar definitivamente a cor
e curar a tinta.
• A
seguir são abaixados para posição horizontal
e deslocados para uma área contígua de preparativos para embarque. Os operadores organizam os perfis acabados, para embalar segundo
os pedidos do cliente (por exemplo, envolvendo
os perfis em película protectora), e colocamnos em grades ou caixas de cartão de acordo
com especificações do cliente. A área de
embarque encontra-se perto de dois portões,
pelos quais os camiões entram para recolher os
pedidos para transporte imediato.
Antigamente a embalagem era um processo
totalmente separado numa área reduzida, de
modo que o fluxo de trabalho era interrompido.
“Era mais lento, mais trabalhoso e intrinsecamente instável”, explica Arenas. “Agora, o processo todo, desde a carga à embalagem, pode
ser feito em quatro horas, com um total de 17
operadores por turno.” (4)
20 SHAPE • # 2 2009
(2)
Patrick Picard, Director Geral da Sapa
Profilés, França.
(3)
(4)
mais de 430 cores, com uma eventual capacidade máxima de cinco milhões de metros
quadrados. Uma mudança de cor pode ser
tratada em dez a quinze minutos e Picard prevê
que seja reduzida para seis minutos dentro de
poucos meses. Outras vantagens oferecidas pela
pintura vertical incluem o aumento de qualidade, melhor relação custo-eficiência, e é mais
ecológica.
As instalações de pintura em Puget alojam
também um laboratório de testes de controlo
da qualidade, e um sistema de controlo da água
quase instantâneo, onde a água é purificada
para satisfazer as normas da ue antes de ser
devolvida à rede local de distribuição de água.
Uma pequena linha horizontal com até
300.000 metros quadrados de capacidade de
pintura, permanece operacional para projectos
especiais personalizados, de pequena envergadura.
Apesar da actual crise económica, Picard está
entusiasmado com o potencial a longo prazo
dos perfis de alumínio - pintado ou anodizado
– dentro e fora do mercado francês. 60% do
volume total de negócios de Puget é proveniente de materiais de construção, e o gerente
geral cita estudos do governo que sugerem que,
só em França, são necessários meio milhão de
novas unidades habitacionais por ano, devido
às alterações demográficas na sociedade francesa. Além disso, as casas mais velhas têm de ser
adaptadas para satisfazer novos requisitos de
certificação da eu para eficiência energética.
“Em condições económicas normais, esperaríamos amortizar o custo deste investimento em
poucos anos”, observa Picard. “As actuais condições estão longe de ser normais, mas mesmo
assim estou optimista.”
Texto Claudia B. Flisi
“Nós temos a melhor tecnologia e uma das mais
modernas linhas verticais existentes. Acreditamos
que o nível de qualidade, a flexibilidade da linha de
embalagem, os controlos de custos e a qualidade
serão muito atraentes para os potenciais clientes”
# 2 2009 SHAPE • 21
CURTAS & BOAS
Sabia que …
... A Sapa é
o maior produtor
do mundo de perfis
processados.
Solução inteligente para o escritório
>
A ideia nasceu depois de uma visita a uma
grande empresa que no ano anterior tinha
encomendado 3.000 suportes para computador. A
Götessons, uma empresa sueca que desenvolve e
fabrica produtos para escritório e salas de conferência, compreendeu que faltava um suporte que
pudesse cobrir todas as necessidades.
Assim nasceu o XrossIT um suporte universal
patenteado para computadores, rotativo e ajustável
em altura, para computadores horizontais, verticais
e portáteis.
A Götessons já tinha uma boa relação de trabalho
com a Sapa.
“Os técnicos da Sapa ajudaram-nos realmente
muito com a sua experiência de perfis e as suas
soluções para certos detalhes de desenho”,
declara Tomas Svensson, responsável pelo desenvolvimento
de produtos, produção e
compras da Götessons.
“Quando o XrossIT é usado
para computadores verticais,
o apoio lateral é um perfil largo.
Para computadores colocados
horizontalmente, o mesmo perfil
serve de base de apoio para o
computador. O perfil grande é largo
(360 mm) e complexo, mas a Sapa consegue
extrudi-lo e satisfaz todos os altos requisitos de
acabamento.”
ILUMINANDO O CAMINHO
A luz no fim do túnel não substitui as luzes num túnel,
especialmente as luzes desenvolvidas por Ameli SpA, com
base na Toscana, para a rede de auto-estradas italianas.
>
Ameli tem vindo a produzir letreiros e sinais
para os transportes públicos há meio
século. À medida que o mercado global de
electrónica para os transportes evoluiu, Ameli
acertou o passo - trabalhando com elementos
LED desde 1994, por exemplo. Então, quando o
diretor executivo Massimo Ameli ouviu em 2007
que a Autostrade d’Italia, empresa que controla
uma parte da rede rodoviária do país, se preparava para mudar a iluminação nos seus túneis,
apressou-se a propor uma solução com LEDs.
Ele sabia que uma solução LED era superior por
vários motivos: A luz produzida é branca, não
amarela. Os LEDs consomem 30% menos de
energia. E a vida útil da unidade é mais longa –
de dois anos com a iluminação tradicional a de
cinco a 10 anos com LED.
A potencial desvantagem era o calor produzido pelos LED. Quanto mais quente é um elemento, mais curta é a sua vida útil. Então Ameli
conferenciou com a Sapa para estudar um perfil
22 SHAPE • # 2 2009
de alumínio que absorvesse o excesso de calor,
garantindo ao mesmo tempo que o metal não
aquecesse a mais do que 35 ºC. Gastaram
cerca de quatro meses a analisar o problema,
que envolveu um compromisso entre peso e a
dissipação de calor. A solução era modificar a
forma e a espessura do alumínio.
“A concepção que desenvolvemos é algo
como um radiador, que tem também de dissipar
o calor”, refere o Sr. Ameli. “Não foi fácil, porque
estas luzes não são apenas LEDs e caixas,
são luzes inteligentes com todos os tipos de
tecnologia integrada. A Sapa compreendeu as
nossas necessidades e apreciámos o seu profissionalismo e competência técnica ao longo
de todo este projecto.”
Ameli tornou-se um dos primeiros fornecedores em Itália a utilizar LEDs para a iluminação de
túneis, e a instalação terá início em Setembro
de 2009.
TextO Claudia B. Flisi
Collbaix elimina
os riscos
>
Em meados da década de 90, a empresa
espanhola Collbaix tomou a dianteira como
fabricante de portões de correr e persianas de segurança em alumínio. Actualmente, os produtos da
empresa existem em lojas e escritórios bancários em
todas as grandes cidades espanholas, em aeroportos
e em muitos outros países europeus.
A chave do sucesso foi, após muitos anos de
trabalho de desenvolvimento, um portão de correr
de alumínio de desenho próprio, que revolucionou o
mercado. Actualmente a empresa fabrica e instala
soluções à prova de bala e impactos para clientes
com necessidades especiais de segurança ou de
portões que abram para todos os lados possíveis,
inclusivamente que desaparecem no solo.
“O alumínio permite desenhos exclusivos e os
perfis são mais avançados, mais fáceis de trabalhar e
têm um melhor acabamento do que o ferro. E permite
construir portões maiores”, explica Joan Didac, director
executivo da empresa.
Actualmente, a Sapa é o principal fornecedor da
Collbaix.
NO TRILHO CERTO
PARA O FUTURO
Prevê-se um futuro brilhante para os transportes de mercadorias
por via férrea na Europa. A Kockums industrier responde à procura
prevista de vagões de caminho de ferro desenvolvendo um vagão
de caminho de ferro em estreita colaboração com a Sapa.
Sabia que …
…o alumínio pode ser
reutilizado repetidamente
para a mesma aplicação?
Ao contrário de muitos
outros materiais, o
alumínio não perde as suas
características excepcionais.
Além disso, para a sua
reciclagem são necessários
apenas 5% da energia
consumida originalmente
para a sua produção.
carga. Graças às soluções de extrusão que são montadas por meio de
encaixe, a Kockums evita a soldadura na produção. Björn Widell considera que as extrusões de alumínio
têm um grande potencial.
“Continuamos a colaborar no
desenvolvimento de conceitos
novos que possam substituir as
construções com 30 anos de idade
A Kockums Industrier prevê uma grande procura de vagões de
existentes hoje.
mercadorias nos próximos anos.
Björn Widell descreve a colaboração
O futuro dos transportes de mercadorias
com a Sapa como muito estreita e a longo prazo.
por via férrea na Europa é muito prometedor.
“Trabalhamos como uma só empresa na fase de
Segundo um estudo realizado pela União
desenvolvimento. A vantagem é que é muito mais
Europeia, os transportes por via férrea triplicarão
rápido do que numa relação convencional entre foraté 2020 em comparação com hoje. Além disso,
necedor e cliente. Também é mais eficaz em custos
a média de idade dos vagões de mercadorias da
do que ter vários fornecedores diferentes.
Europa é alta; 29 anos. A Kockums Industrier terá
Sven Lundin, director de vendas da Sapa Mass
muito trabalho nos anos vindouros para satisfazer a
Transportation, explica que outra vantagem de
procura quando a conjuntura económica recuperar.
trabalhar em associação a longo prazo é que as
“A longo prazo temos o objectivo de crescer
soluções então criadas não se vendem a outros
50%”, declara o director executivo Björn Widell.
clientes.
O primeiro passo é o desenvolvimento de um
“Uma vez que trabalhamos juntos a longo prazo,
vagão de mercadorias coberto para transporte de
a Kockums sabe que estamos dispostos a dar-lhes
automóveis, resultado de uma estreita colaboraprioridade no caso de terem falta de capacidade
ção de desenvolvimento com a Sapa. O vagão de
nas fábricas e que podem utilizar os nossos recurmercadorias consta de “dois vagões em um”, pode
sos de desenvolvimento”, declara.
Texto Henrik Emilson
transportar automóveis em dois andares e o andar
alto pode ser rebaixado para criar um só espaço de
>
Rapidez e fiabilidade nos testes de drogas
>
Através da análise espectral fluorescente, um método mais óptico
do que químico, a NarTest International AS está a revolucionar a
ciência de teste legal de drogas. Esta pequena empresa da Estónia está
a oferecer uma pequena unidade de teste portátil, que pode ser usada
no local por leigos treinados, e produz provas conclusivas da presença
de drogas.
Usando luz de excitação e a fluorescência emitida, o sistema gera um
perfil espectral em 3D, que pode ser comparado com a conhecida assinatura de drogas. Em poucos minutos, os membros dos serviços judi-
ciais ou das forças de segurança podem
agora obter resultados de teste, rápidos
e de confiança, que podem ser utilizados
como prova, no que diz respeito às drogas sintéticas ou vegetais mais comuns.
O espectrómetro da unidade, o componente-chave que mede as propriedades da luz a partir
da amostra, é montado numa caixa extrudada á medida em alumínio,
fornecida pelo Sapa.
# 2 2009 SHAPE • 23
ALCANÇANDO
O FUTURO
Temos visto veículos eléctricos
em filmes de ficção científica e
como protótipos futuristas.
Agora, o fabricante de motas
Brammo alcançou o futuro com
a sua mota eléctrica Enertia.
O
ruído de corrida de motas pode ouvir-se a
vários quilómetros. Quando nos aproximamos sentimos o cheiro dos gases de escape
e junto à pista é preciso usar tampões auditivos. As
pessoas que estiveram na Ilha de Man no dia 12 de
Junho não tiveram de preocupar-se com o óxido de
carbono nem com o tinido.
Por ocasião da corrida de
tt clássica realizou-se a
ttxgp, a primeira corrida
mundial de motas sem
gases de escape.
24 SHAPE • # 2 2009
O fabricante de motas americano Brammo participou na corrida com o modelo Enertia.
“Nós cremos que a corrida convencerá o público de que os veículos eléctricos são uma solução
sustentável e com bom rendimento. A corrida também serve para apresentarmos a empresa e a nossa
mota”, declara Aaron Bland, director técnico da
Brammo em Ashland, no estado do Oregon.
início em 2002, a empresa tem tido
como filosofia mudar a forma de pensar das pessoas no que diz respeito ao consumo de energia e ao
meio ambiente. A Brammo dedicou-se aos veículos
eléctricos desde o princípio. Após terem efectuado
vários estudos, constataram que a mota é o veículo
que melhor características tem para propulsão
eléctrica.
“Desenhámos um conceito que despertou tanto
interesse entre as pessoas e os investidores, que
não tivemos outro remédio senão introduzi-lo no
mercado.
Em todos os veículos eléctricos, a bateria é o
DESDE O SEU
principal problema porque se deseja uma bateria o
mais pequena possível e com a maior potência possível. O desenvolvimento fez grandes progressos e
agora existem baterias potentes e pequenas no mercado. A Sapa fabricou para a Brammo o quadro de
alumínio que tem uma função central porque também envolve a bateria. O quadro ocupa a maior
parte do volume da mota. Esta função era difícil de
conseguir com um quadro de aço e mantendo ao
mesmo tempo o baixo peso da Enertia.
Foi dada muita importância ao desenho da
Inertia com o objectivo de conjugar um estilo tradicional com um estilo moderno.
“Muitos veículos eléctricos são relacionados
com máquinas com aspecto espacial construídas
em garagens e em que poucas pessoas quereriam
viajar. Nós queremos demonstrar que é possível
criar um veículo excepcional e atractivo, de grande
rendimento. E ao mesmo tempo esperamos poder
inspirar as pessoas com a nossa empresa, a Inertia e
veículos eléctricos futuros.”
Texto Henrik Emilson

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