COLORIDO
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Shape Uma revista do Grupo Sapa • # 2 2009 › › › CONHEÇA BJØRN WIGGEN – O NOVO PRESIDENTE DO GRUPO SAPA A CVM TEM NO CENTRO AS NECESSIDADES DO CLIENTE NOVA AQUISIÇÃO FORTALECE A SAPA NA AMÉRICA DO NORTE › DESIGNITY – NOVO MÉTODO PARA SUPERFÍCIES PERFEITAS COLORIDO NA FRANÇA PATRICK PICARD DA SAPA CONVIDA-NOS A VER LACAGEM VERTICAL 18 › PÁGINA # 2 2009 SHAPE • 1 A Sapa continua CONTEÚDO #2 a crescer A estação de caminhos de ferro Guillemin na cidade belga de Liège é um edifício imponente – com o seu telhado de 32.000 metros quadrados de alumínio e vidro. Esta grande quantidade de perfis de alumínio foi fabricada pela Sapa. A Sapa tornou-se o maior fabricante de perfis do mundo em 2007. A Sapa adquiriu a Indalex no final de Julho de 2009, a segunda maior unidade de extrusão da América do Norte, o que resulta numa maior cobertura geográfica no Canadá e também nos Estados Unidos. Queremos dar as boas-vindas aos nossos clientes novos da Indalex. Tomámos o compromisso de que a transição deste negócio seja tão suave quanto possível, e iremos enveredar todos os esforços para fornecer os produtos de qualidade de que necessita, na altura certa. É nossa intenção, exceder expectativas nas áreas do serviço, qualidade e valorização do cliente em geral. Optimizar a vasta experiência de mercado e conhecimentos técnicos das duas empresas vai-nos permitir oferecer aos nossos clientes soluções inovadoras, que o beneficiam a si e também a indústria de extrusão de alumínio em geral. Temos uma longa história de sucesso na partilha de conhecimentos e experiência em todo o grupo Sapa. A nossa estratégia permanenece inalterada – desde Perfis e Lâminas até Soluções. Enfrentamos como nossa responsabilidade encontrar novas áreas de aplicação, desenvolver e afinar os designs actuais – em conjunto consigo, tendo como objectivo a rentabilidade comum. Designity, o novo método de tratamento de superfícies da Sapa oferece uma superfície atraente e regular em perfis de alumínio anodizado, há muito esperado pelo sector da construção civil. 11 CVM, Customer Value Management, é já uma longa tradição na Sapa e é uma das razões do sucesso e crescimento da empresa. A empresa Smoke Free Systems e a Polar Bear Company desvendam o que significa para eles CVM. Com a sua nova unidade de lacagem vertical, a Sapa Profilés na cidade francesa de Puget-sur-Argens pode agora satisfazer todas os desejos de cores possíveis. A Shape visitou esta unidade ultra moderna. Uma revista do Grupo Sapa • # 2 2009 › › › CONHEÇA BJØRN WIGGEN – O NOVO PRESIDENTE DO GRUPOSAPA A CVM TEM NO CENTRO AS NECESSIDADES DO CLIENTE NOVA AQUISIÇÃO FORTALECE A SAPA NA AMÉRICA DO NORTE › DESIGNITY – NOVO MÉTODO PARA SUPERFÍCIES PERFEITAS COLORIDO NA FRANÇA PATRICK PICARD DA SAPA CONVIDA-NOS A VER LACAGEM VERTICAL 18 › PÁGINA 2 SHAPE • # 2 2009 10 Em Abril deste ano Bjørn Wiggen tomou posse como novo CEO e Presidente do Grupo Sapa.Ele conta à Shape sobre a sua longa experiência em grandes empresas internacionais e como vê o futuro da Sapa. Shape Bjørn Wiggen, CEO e Presidente do Grupo 08 A Sapa é um grupo industrial internacional que desenvolve, fabrica e comercializa perfis de alumínio processados, componentes e sistemas à base de perfis e permutadores de calor. A Sapa tem um volume de negócios de cerca de 32,5 biliões de coroas suecas e aproximadamente 14.000 colaboradores espalhados por toda a Europa, bem como na América do Norte, na América Central e na China. Shape é a revista dos clientes do grupo Sapa, publicado em 14 idiomas, duas vezes por ano. O Shape está também disponível em www.sapagroup.com 14 18 Editora-Chefe: Eva Ekselius Editor: Carl Hjelm Artes gráficas: Karin Löwencrantz Produção: OTW Publishing Impressão: StrokirkLandströms, Lidköping Alteração de endereço: Em caso de alteração de endereço, queira por favor informar a direcção de Marketing e Vendas: tel. +351 21 925 26 00. Moldámos o futuro AMÉRICA DO NORTE A SAPA ADQUIRE A INDALEX Expansão da cobertura e de capacidades O maior produtor do mundo de perfis de alumínio, tornou-se recentemente ainda maior. A 31 de Julho, a Sapa finalizou a aquisição da empresa de extrusão de alumínio Indalex, sedeada no Illinois. Com esta aquisição, a Sapa adquire seis unidades nos EUA e cinco no Canadá. Vai também ter acesso a duas fundições e 29 prensas com uma capacidade total anual de cerca de 315.000 toneladas. ESTA AQUISIÇÃO VAI fortalecer a cobertura geográfica da Sapa na América do Norte e abrir uma porta para o Canadá, onde a Indalex é considerada o número um do sector de extrusão de alumínio. Vai também fortalecer a eficiência de logística, assim como alargar a gama de produtos e serviços da Sapa, pela melhoria de capacidade de pintura, anodização e fabrico. A Indalex traz consigo a sua capacidade e especialização em pintura em pó para a Sapa na América do Norte, proporcionando aos clientes uma solução mais ecológica e eficaz. “Temos uma posição forte no mercado, e é vital para a Sapa manter uma boa relação com os clientes, especialmente numa altura como esta. Podemos oferecer aos nossos clientes uma gama de produtos e serviços verdadeiramente única”, afirma o Presidente e ceo da Sapa, Bjørn Wiggen, depois de finalizado o acordo. “A Sapa vai ter capacidade para desenvolver ainda mais novas aplicações para o utilizador final na América do Norte, beneficiando os clientes e a indústrica de extrusão em geral. A Indalex tem uma profunda competência em produção, e activos bem cuidados. É uma empresa bem gerida. Combinar a Sapa e a Indalex vai proporcionar uma gama de produtos alargada e melhor cobertura geográfica. O nome da Indalex será progressivamente eliminado, conforme as duas entidades se vão unindo numa só empresa, e vai oferecer uma gama completa de soluções aos clientes. › # 2 2009 SHAPE • 3 AMÉRICA DO NORTE › Encaixe perfeito Depois de quase uma década com a Indalex, Tim Stubbs volta à Sapa como Business Area President para a Sapa Profiles North America. Ele falou com a Shape sobre esta aquisição recente e sobre a situação no mercado norte americano. A Sapa adquire onze unidades de produção na América do Norte com a aquisição da Indalex. Esta é a de Connersville. Tim Stubbs 4 SHAPE • # 2 2009 Qual é a reacção geral à aquisição da Indalex pela Sapa? “Como é o caso em qualquer mudança, há sempre algum nervosismo inicial entre os clientes e outros, mas está a desaparecer com a realização que temos agora uma casa segura, garantida por alguém que nos apoia. Penso que todos reconhecem que o facto da Orkla ter tido fé e confiança neste negócio no contexto económico actual, é o maior voto de confiança que poderíamos ter. Como é que a Sapa e a Indalex se complementam uma à outra? “Em termos de estratégia e filosofia de negócios, as duas empresas têm muito em comum. Ambas mantinham, e continuam a manter, o compromisso de fornecer soluções e de dedicação ao cliente. As nossas diferenças são também complementares, o que é bastante empolgante. A Indalex é forte no mercado da construção civil e no sector de acabamentos de pintura, enquanto que a Sapa tem a competência tecnológica e operacional para poder realmente adicionar valor ao negócio dos nossos clientes. Há diferenças igualmente complementares em geografia.A Indalex é número um no Canadá, onde a Sapa não tem uma presença em produção, e as duas empresas detém operações em zonas diferentes dos eua. As diferenças geográficas são positivas do ponto de vista prático, dado que agora podemos cobrir uma maior área. Assumimos o compromisso de usar as forças respectivas das duas empresas e melhorar a empresa, oferecendo uma gama inacreditável de produtos e soluções potenciais. Não podíamos ter pedido por uma combinação mais perfeita para servir todos o mercado de extrusão.” Como é que os clientes vão beneficiar desta aquisição? “Podemos agora oferecer uma caixa de ferramentas completa de soluções, alto nível de apoio técnico, soluções de pintura e uma presença geográfica melhorada, que resulta num tempo de resposta mais rápido e para os clientes, redução de stocks. Ter um ponto único de contacto para o serviço de clientes e vendas vai tornar as coisas mais fáceis e mais fluídas para os nossos clientes. Temos um posicionamento único, em que podemos servir clientes em locais que estão a milhares de quilómetros de distância. Eu gostaria também de realçar que assumimos o compromisso de lutar pelo direito de crescer a nossa posição junto dos clientes actuais e futuros. Não nos iremos permitir gozar automaticamente de uma certa posição junto dos clientes, só porque somos uma empresa de grande dimensão. Descreva-nos por favor o mercado de perfis de alumínio na América do Norte, o segundo maior mercado do mundo de extrusão. “O mercado dos eua está ainda a 60% do seu pico em 2006. O Canadá não foi tão fortemente afectado como os eua, mas como o eua é o maior parceiro comercial do Canadá, a pressão é sentida na mesma, e o volume de negócios decresceu cerca de 35% . Numa perspectiva norte americana, o mercado de extrusão nunca sofreu uma queda como esta, e o resultado são mudanças profundas, incluíndo consolidações. O ambiente é de desafio para os nossos clientes e para nós, mas há grandes oportunidades dado que os nossos clientes também nunca tiveram tanta ambição em querer fornecer soluções que possam levar a um crescimento lucrativo. O que os clientes querem do seu fornecedor de extrusão é uma maior flexibilidade e maior capacidade de resposta, dado que agora estão mais concentrados nos stocks. Houve uma mudança na atitude das Indalex a part of Sapa Profiles América do Norte pessoas e acredito que coisas como a exigência de resposta “just-in-time” vieram para ficar.” Há alguma diferença entre os mercados do Canadá e dos eua? “Há várias semelhanças em termos de expectativas de clientes e o que estes valorizam, mas é importante reconhecer que são dois países distintos, com culturas diferentes e no caso particular do Quebec, um idioma diferente. É importante que saibamos como negociar de forma a corresponder à respectiva cultura, da mesma forma que fazemos na Europa.” Que potencial vislumbra para a Sapa na América do Norte? “Há um potencial enorme, mesmo neste mercado difícil. Os clientes esperam que os seus fornecedores melhorem a assistência, como por exemplo o transporte comercial e em massa, para que se possam concentrar na sua actividade principal. Estão a voltar os camiões e reboques, o que historicamente é um bom sinal. Esta é uma oportunidade enorme, dado o foco global em poupança de combustível e maximização de peso total de reboques e carruagens. Antes da aquisição, a Indalex era o segundo maior produtor de artigos de extrusão de ligas leves e a única empresa com cobertura de costa a costa. A Indalex contribui com seis unidades de extrusão nos EUA e cinco no Canadá, com uma capacidade total de cerca de 315.000 toneladas por ano. A Indalex opera 29 prensas de extrusão, com círculos até 16 polegadas (41 cm), duas unidades de anodização, duas unidades de fundição de lingotes e seis linhas de produção de pintura electrostática, incluindo capacidade de revestimento a pó. A Indalex oferece várias soluções para clien- A extrusão e o alumínio oferecem uma solução perfeita como material não-corrosivo que se forma facilmente em qualquer forma individualizada. Estamos também atentos a oportunidades em infrastruturas, resultado das actividades de estímulo económico, e estamos actualmente a considerar aplicações para pontes e para barreiras de autoestradas.” Já está na Indalex desde 2000, mais recentemente como ceo e presidente da empresa. tes, desde a anodização e acabamentos especiais até ao apoio na aquisição de metais. Tem uma grande gama de produtos que incluem lingotes de alumínio, condutas de alumínio rígidas, formas standard, extrusão individualizada e componentes fabricados de qualidade certificada pelo ISO e QS/TS. Em semelhança à Sapa, a Indalex serve muitas indústrias, incluindo construção civil, transportes, automóveis, IT, bens de consumo duradouros assim como o sector de equipamentos e maquinaria. Tem 1.400 empregados. Também trabalhou para a Sapa no Reino Unido. Como se sente a trabalhar novamente para a Sapa e tê-los como novo proprietário? “É como voltar a casa. Tive uma experiência fantástica na Sapa em termos do esforço que fizeram no meu desenvolvimento pessoal e para lançar a minha carreira, por isso é bom voltar a casa e espero poder pagar de volta algum desse investimento!” A PRESENÇA DA SAPA NA AMÉRICA DO NORTE Calgary Vancouver Portland Spanish Fork Toronto City of Industry Montreal Mountaintop Cressona Yankton Parsons Delhi Magnolia Elkhart Burlington Connersville Catawba Gainesville # 2 2009 SHAPE • 5 CURTAS & BOAS Uma brilhante declaração galesa > “Não se tratava apenas de iluminação pública..., como diziam os projectistas do Blaenau Gwent County Council no Sul do País de Gales, tratava-se também de fazer uma afirmação. A ponte da cidade de Abertillery é uma animada ligação entre as duas metades desta pequena cidade. A nova iluminação pública faria a ponte sobressair e obter toda a atenção que merece ... .” Urbis Lightning, um dos principais fabricantes de lanternas no Reino Unido, uma empresa dedicada a melhorar as normas de iluminação usando menos energia e controlando a poluição luminosa, foi incumbida de projectar candeeiros esteticamente agradáveis em alumínio, de modo a reflectir a importância desta importante via de ligação. O contrato foi adjudicado à Sapa Pole Products, para o fabrico dos candeeiros “escada”, um desenho de Urbis Lightning. Para além da mera concepção, as colunas também colocaram os seus próprios desafios técnicos. Foi-lhes soldada uma placa na base, uma vez que tinham que ser montadas em flange e aparafusadas nos lados da ponte. Urbis Lightning estava muito satisfeito com a qualidade do trabalho e os conhecimentos técnicos disponibilizados. Mas, mais contente ainda, ficou a população de Abertillery. O resultado foi um esplêndido projecto de iluminação de rua e uma brilhante contribuição para a estética da zona, que irá ficar para as gerações vindouras. Sabia que … ... cerca de 8% da crosta terrestre é constituída por alumínio sob a forma de diversos minerais. Não se deixa deslumbrar pelo sucesso Um perfil seguro > > A Suécia foi um dos primeiros países a introduzir dados biométricos nos passaportes dos cidadãos, com equipamentos da Speed Identity. A Speed Identity é uma empresa sueca que adquiriu uma posição de liderança como fornecedora de soluções de segurança biométrica de alta tecnologia para autoridades e empresas. A série de produtos “Speed Capture” consiste em equipamentos móveis e estacionários para a identificação biométrica de impressões digitais e leitura da íris. O modelo Speed Capture Station 1000, uma estrutura vertical com altura regulável, que recolhe informação biométrica com câmaras, digitalizador de assinaturas e leitor de impressões digitais, está disponível em muitas esquadras de polícia em toda a Suécia e é hoje entregue a uma série de outros países, principalmente na UE. A Sapa fornece os perfis totalmente processados e acabados para a coluna principal da máquina, a qual contém paredes e compartimentos interiores que alojam a electrónica. A Speed Capture Station 1000 é um dos mais recentes produtos da empresa e este ano serão produzidas cerca de 500 unidades. Tendo em conta as crescentes exigências de identificação segura, a Speed Identity pode contar com um mercado crescente para os seus produtos. 6 SHAPE • # 2 2009 Quando recebeu um pedido de 5.000 estores de rolo da maior empresa de energia da Suécia, a Solar-Screen poderia ter apostado num futuro como fornecedora para a indústria da construção civil. Mas este ano a empresa de sucesso comemora 35 anos como produtora de cortinas de protecção solar para edifícios, veículos e máquinas. A primeira encomenda serviu de trampolim para a Solar-Screen, um dos mais antigos clientes da Sapa, poder especializar-se e adaptar o seu produto para segmentos de mercado onde não havia concorrência. As cortinas da Solar-Screen, de poliéster e alumínio depositado por vaporização, reflectem até 75% do calor irradiado pelo sol. “Durante todos estes anos, temos tido a Sapa como único fornecedor de perfis de alumínio para as cassetes e fasquias das cortinas. É um metal leve e biológico, e a Solar-Screen e a Sapa desenvolveram e aprofundaram a sua cooperação ao longo dos anos”, afirma Mats Ekman, gerente de compras da Solar-Screen. NA VANGUARDA Flores valles INOVAÇÃO E TRADIÇÃO Flores Valles é uma empresa espanhola com uma longa tradição industrial. Como criadora, fabricante e instaladora de equipamentos para cozinhas industriais e laboratórios de todo o mundo, é um brilhante exemplo de como o espírito inovador de um artesão pode viver até várias gerações mais tarde, numa empresa com presença global. Passaram QUASE 180 anos desde que um artesão em Madrid, chamado Manuel Valles, começou a ser conhecido como fabricante de fogões e salamandras. Actualmente ainda é um membro da família, José Luis Flores Valles, o sexto em sucessão, que dirige a empresa. A diferença é que os clientes da empresa encontram-se agora não só em Espanha, mas também, por exemplo, na China, Argentina e Arábia Saudita. A oficina foi substituída por uma fábrica moderna e os desenhos que antes eram feitos numa mesa de cozinha do século xix, são agora produzidos por um departamento inteiro de investigação e desenvolvimento. O negócio requer actualmente 200 empregados para manter as actividades em andamento. Flores Valles conquistou primeiro o mercado espanhol, com produtos estilizados, modernos e fáceis de cuidar, para cozinhas industriais. Em 1959 a empresa entrou noutro segmento, mobiliário técnico para laboratórios, outro sector com elevados padrões de higiene, funcionalidade e fiabilidade. “Justamente a funcionalidade, a solidez e a fiabilidade, foram o mote da empresa”, explica Raquel Gonzalez, responsável pelas comunicações na Flores Valles, agora um fornecedor importante em ambos os mercados. “Eu acredito que o segredo por detrás Raquel González A Flores Valles pode beneficiar de uma cooperação com um grande fornecedor de perfis de alumínio como a Sapa. ”Com fábricas próprias a Sapa pode garantir a qualidade do metal e entregas seguras”, diz Raquel González da Flores Valles. do nosso sucesso continua a ser o mesmo: temos o pessoal mais qualificado e experiente, e fabricam os nossos produtos com os melhores materiais ”, declara Raquel Gonzalez. Os materiais actuais não estavam previstos em 1830, quando a empresa foi fundada e fabricava fogões de ferro, a lenha. Agora os materiais escolhidos são o alumínio e o aço inoxidável. “Os metais resistentes ao calor, resistentes à água e impermeáveis, como o alumínio, tornaram-se hoje a escolha natural”, explica Raquel Gonzalez. “Com o alumínio, que é leve e flexível, pode- mos agora produzir e processar componentes geométricos avançados, a um preço razoável. Em ambiente de laboratório, o alumínio oferece boa resistência aos ácidos e diluentes e, quando tratado posteriormente com epoxipoliester, consegue-se aumentar-lhe a resistência a produtos alcalinos. E, independentemente de se tratar de cozinhas industriais ou equipamentos de laboratório, os produtos da Flores Valles distinguem-se pelo seu design avançado, pelas soluções de alta-tecnologia e ergonomia bem ponderada. TextO Erico Oller Westerberg # 2 2009 SHAPE • 7 TECTO CRIATIVO PARA ESTAÇÃO BELGA A julgar pela nova estação de Guillemins, pode afirmar-se que Liège é o maior entroncamento de vias férreas de alta velocidade entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental. Os 32.000 metros quadrados de cobertura exterior, com os seus painéis de alumínio e vidro apoiados por vigas de aço, apela especialmente à imaginação. 8 SHAPE • # 2 2009 ATENDENDO À IMPORTÂNCIA de Guillemins para a rede ferroviária de alta velocidade, o operador ferroviário nacional belga sncb / nmbs decidiu renovar completamente parte da estação. Isto implicou a demolição de parte da estação velha e a construção de uma nova ala adjacente ao actual edifício principal. Como resultado, uma estrutura majestosa mas elegante, embeleza agora o complexo da estação de Liège. A concepção foi confiada a Santiago Calatrava, um arquitecto espanhol com muitas obras notáveis a seu crédito. Os seus planos criativos formaram a base para um convite à apresentação de propostas em 2004. A Portal ganhou o contrato, não apenas pela sua excelente reputação como também pelos muitos anos de experiência na Europa. A COBERTURA FOI fabricada, armada e erigida pela empresa belga Portal. Para extrusão e pintura da grande quantidade de perfis de alumínio, a Portal recorreu à empresa sua parceira de longa data Sapa rc Profiles. A Portal já construiu a estrutura de DESIGN Para o projecto de construção da estação Guillemins em Liège, foram usados perfis de alumínio variando de 128 gramas a 8 kg por metro, totalizando 148 toneladas de alumínio. lante em aço ou alumínio e vidro, desde 1976. A Sapa esteve intimamente envolvida nestas actividades e tem agora um inigualável conhecimento dos requisitos técnicos. “É por isso que nós preferimos trabalhar com a Sapa”, diz o director de projectos Benoît Monfort. O know-how e a experiência da Sapa foram de particular importância para o projecto em Liége. “Após todas as verificações necessárias com as diversas partes envolvidas, a estrutura de apoio, as vigas de aço etc., os nossos engenheiros resolveram os detalhes técnicos para pôr em prática as ideias criativas do arquitecto. Eles calcularam os pesos, dimensões, tolerâncias e estabilidade dos perfis de alumínio, bem como a forma das matrizes”, afirma Benoît Monfort. “Graças aos seus conselhos e assistência, a Sapa provou ser inestimável como parceiro já nesta fase. Durante esta fase, que durou seis meses, houve constantes consultas entre as duas empresas, por telefone, e-mail ou em discussões face-a-face. Tanto a Portal como a Sapa nomearam um chefe de projecto”. telhado para a estação ferroviária Bruxelas Midi, as fachadas do edifício Mondrian em Waterloo, as cúpulas, buffet e galerias da Estação Central em Antuérpia, a cúpula do edifício da Comunidade Europeia em Bruxelas e a estrutura do telhado do museu Bois du Cazier em Marcinelle. A PORTAL é a sucessora da empresa baseada em Bruxelas, Metalport, formada em 1953. Tem vindo a conceber e desenvolver sistemas de telhado iso- Para a extrusão e pintura da grande quantidade de perfis de alumínio, a Portal recorreu ao seu parceiro de longa data, Sapa RC Profiles. “COMO RESULTADO DESTA colaboração fomos capazes de produzir os desenhos técnicos para traduzir os objectivos estéticos do arquitecto em realidade, o que não era tarefa fácil.” Isto foi seguido de vários testes realizados por empresas independentes de engenharia e pela empresa de arquitectura, para as quais a Portal fez maquetes dos principais elementos do telhado. Em 2005, começou a montagem dos perfis. “Uma vantagem importante da Sapa como parceira é que não só extrude, mas também pinta os perfis antes de os reunir; não temos de recorrer a mais ninguém. Além disso funciona optimamente porque a Sapa sabe exactamente como juntamos os perfis. Outra vantagem da Sapa é a sua capacidade fornecer perfis de dimensões muito diferentes”, afirma Benoît Monfort. Para o projecto em Liège, foram usados perfis de alumínio variando de 128 gramas a 8 kg por metro, perfazendo no total 148 toneladas de alumínio. A instalação propriamente dita dos elementos da cobertura seguiu o ritmo do construtor espanhol que juntou e ergueu as vigas de aço da cobertura. De cada vez que um dos arcos com a sua envergadura de 85 metros era completado, era a vez da Portal entrar em acção. A Sapa, por seu lado fornecia os perfis oferecidos ao mesmo ritmo. “A estrutura que construímos por cima das vigas conseguiu compensar qualquer irregularidade e desvio na forma das vigas propriamente ditas, de modo que obtivemos uma base plana ideal para o nosso sistema de abóbadas. Só montámos a camada superior de alumínio e vidro na parte final, após todo o esqueleto de abóbada e toda a nossa estrutura de suporte de carga ter sido concluída. Em seguida, foi muito gratificante ver o modo como os 32.000 metros quadrados de tecto abobadado foram gradualmente cobertos com vidro”. A estação Guillemins de Liège é o novo naviobandeira do projecto da Portal e da Sapa rc Profiles. A Portal já recebeu uma grande injecção de capital para desenvolver ainda mais os seus projectos nacionais e internacionais e para actualizar o seu escritório valão em Lessines. TEXTo Dorine Vanhoutteghem FOTO ©www.alainjanssens.be Calatrava – engenheiro, arquitecto e artista Santiago Calatrava é um dos mais importantes arquitectos do mundo e também engenheiro e artista. Com projectos recentes, como os estádios para as Olimpíadas de 2004 em Atenas ou a nova estação ferroviária em Liège, na Bélgica, conquistou uma excelente reputação na Europa. Nenhum outro arquitecto teve jamais o seu trabalho exposto em ambos os Museu de Arte Moderna e o Museu Metropolitano de Arte em Nova York, e está actualmente a trabalhar sobre o principal núcleo de transportes de Ground Zero em Manhattan, bem como no edifício mais alto dos Estados Unidos: a Chicago Spire Tower de 160 andares. Vencedor da Medalha de Ouro de 2005 do Instituto Americano de Arquitectura, bem como de numerosos prémios prestigiados, Calatrava é um dos maiores e mais inovadores arquitectos vivos. # 2 2009 SHAPE • 9 TÉCNICA ACTUAL Designity TEM SEMPRE BOM ASPECTO A Sapa lançou Designity, um novo tratamento superficial concebido para produtos que requerem um tipo específico de alto acabamento. A lcançar um nível elevado e constante de qualidade de superfície, livre de quaisquer imperfeições e linhas de extrusão era antigamente quase impossível. Quando a Sapa lançou Designity, isso mudou. Designity é perfeitamente adequado para aplicações interiores e exteriores em que os perfis de alumínio requerem um acabamento superficial de qualidade excepcionalmente alta, tais como móveis, armários, janelas, iluminação, duche, solários, sistemas de visualização, etc. O novo tratamento da superfície é aplicado antes da fase de anodização e elimina todas as imperfeições superficiais e diferenças de cor visíveis em perfis anodizados. “A máquina que usamos para produzir a qualidade Designity, produz sempre uma superfície perfeita”, afirma o director de produtos Rinus Van Meer. Designity foi apresentado pela primeira vez na Exposição Internacional de Construção Civil realizada nos Países Baixos, em Fevereiro, e foi calorosamente acolhido pelo mercado da construção, Rinus van Meer 10 SHAPE • # 2 2009 que procurava este tipo de perfis de alumínio anodizado, com superfície uniforme e atraente. A ANODIZAÇÃO É um dos tratamentos superficiais mais comuns e é perfeitamente satisfatória para a maioria das aplicações. Com Designity vieram mais vantagens. Uma das mais importantes é a qualidade constante de Designity, que permita à Sapa entregar cada pedido com a mesma superfície, diz Van Meer. Além disso, a Sapa pode tratar do processo internamente, o que também é vantajoso. “Graças a isso, o tempo de produção é quase tão rápido como com perfis anodizados normais e nós controlamos a produção”, acrescenta Van Meer. Van Meer acentua também que o processo Designity é geralmente mais barato do que outros processos de acabamento superficial de alta qualidade, como polimento, decapagem e por rolamento em tambor. Demorou alguns anos para investigar este processo único e obter aprovação para o mesmo. Durante esse tempo a Sapa visitou vários clientes, incluindo empresas de iluminação e empresas de construção civil, a fim de definir as necessidades do mercado. ”Empresas fabricantes de portas, um fornecedor de solários, e um produtor de stands de exposição também estiveram envolvidos na fase de desenvolvimento”, diz Van Meer. “Designity é perfeito para os perfis aplicadas como partes visíveis. É alta qualidade que ascende os perfis anodizados a um nível ainda mais elevado.” TextO Cari Simmonss BJØRN WIGGEN Em Abril, a Sapa deu as boas-vindas ao novo presidente e CEO da empresa. Bjørn Wiggen foi nomeado CEO da Pripps Brewery aos 36 anos de idade, então o mais novo CEO da empresa. Ele afirma que há semelhanças entre gerir uma empresa cervejeira e uma de alumínio. › # 2 2009 SHAPE • 11 PERFIL N o ano anterior à sua nomeação na Sapa, Bjørn Wiggen esteve envolvido com o Conselho de Administração da Sapa, uma tarefa que o ajudou a familiarizar-se com a empresa. Trabalhou para a empresamãe da Sapa, Orkla, durante 25 anos, ultimamente como ceo da Elkem asa. Dirigiu a Orkla Media e a Mecom Europe, e foi anteriormente responsável pela gestão da Carlsberg Breweries na Europa Central e Oriental. Aos 36 de idade, Wiggen tornou-se o mais jovem ceo da Pripps Brewery. “Dizem que atireime para o abismo! Era uma grande oportunidade e uma experiência positiva em que eu tinha de apresentar resultados e gerir uma empresa, e isso ajudou-me realmente a crescer”, diz. Treze anos mais tarde, o novo presidente e ceo da Sapa aventurou-se a um novo emprego – no meio de uma recessão mundial. Numa altura em que a procura de bens e serviços tem diminuído, Wiggen já está bem embrenhado nos desafios de seu novo emprego. Apesar das extrusões de alumínio serem novas para ele, Wiggen diz que existem semelhanças entre dirigir uma empresa de alumínio e uma empresa de cerveja – semelhanças não são apenas partilhadas pelo alumínio das latas de cerveja. “A Sapa e a Carlsberg são ambas empresas internacionais, que operam em diversos países e, trabalhar para estas empresas, significa que é necessário saber compreender e trabalhar com diferentes culturas e pessoas”, salienta Wiggen. Trabalhar para empresas orientadas ao consumidor, como a Pripps e a Carlsberg, deu-lhe uma compreensão mais ampla do mercado, algo que acredita ser importante para a Sapa e os seus clientes. “Tenho muita experiência de consumidores de marcas preferidas e, apesar da Sapa ter principalmente clientes b2b, é importante vermos o negócio também do ponto de vista do consumidor.” WIGGEN tem a reputação de saber trabalhar com situações problemáticas e alcançar resultados claros – uma qualidade que vem a calhar no difícil clima financeiro actual. “Em comparação ao ano passado, os nossos volumes diminuíram mais de 40 % no primeiro trimestre e, apesar de termos feito um bom trabalho na redução de custos, a nossa rentabilidade é fraca. Temos de continuar a concentrarnos no cash-flow”, diz, acrescentando que prevê que o ano 2009 todo continuará a ser fraco. “A curto prazo os nossos concorrentes também estão 12 SHAPE • # 2 2009 a enfrentar uma situação difícil no mercado, mas temos uma base financeira mais sólida com a Orkla como nossa proprietária e, quando o mercado se recompuser, vamos estar numa posição mais forte. Haverá muitas oportunidades para aumentar a nossa quota de mercado organicamente e através de aquisições.” Conheça o novo homem da Sapa COM O SEU PASSADO de trabalho para grandes empre- sas internacionais, Wiggen está bem consciente do que é necessário para obter resultados e gerir um negócio bem sucedido, e acentua a importância de respeitar as diferenças culturais e de confiar numa gestão mais próxima do mercado, com responsabilidade. “Não podemos começar a aplicar um modelo a uma empresa descentralizada como a Sapa, mas, ao mesmo tempo, é importante usar a força que nos confere o facto de ser um grande grupo e trabalhar em conjunto em áreas como compras e serviços partilhados.” Trabalhar a longo prazo e estrategicamente, numa equipa, condiz bem com Wiggen, que se descreve a si próprio como analítico, acrescentando que não se deixa enganar quando se trata de números. Agora vai-se dedicar a analisar diferentes partes da empresa e identificar as áreas que podem ser mais fortes. A Sapa continuará a produzir e vender extrusões, e a trabalhar em estreita colaboração com os clientes para encontrar novas soluções. “Vamos investir mais na formação de competência e aumentar o suporte técnico e de vendas para favorecer estes esforços,” acrescenta Wiggen. “Eu prevejo que em dois ou três anos teremos dominado a actual situação do mercado e sairemos mais fortes, com uma maior quota de mercado, melhor rentabilidade, e com várias soluções inovadoras para os clientes.” Vive actualmente: Em Estocolmo e Oslo. “Domicílios passados”: Viveu algum tempo em Izmir, na Turquia, quando trabalhava para a Tuborg. Estilo de chefia: Segue uma política de não interferência, baseada em lucidez e estratégia. Gosta de trabalhar com as pessoas. Interesses: Manter-se em forma, caminhar por montanhas e bosques, viajar, ver futebol. Equipes de futebol favoritas: Equipa Rosenborg da Noruega e Queens Park Rangers da Inglaterra. Educação: Licenciatura na Norwegian School of Economics and Business Administration (NHH). Qualidade que admira: Energia e coerência. Detesta: A deslealdade. TEXTo Cari Simmons FOTOGRAFIA magnus glans “Eu prevejo que em dois ou três anos teremos dominado a actual situação do mercado e sairemos mais fortes, com uma maior quota de mercado, melhor rentabilidade, e com várias soluções inovadoras para os clientes” # 2 2009 SHAPE • 13 EM FOCO: CVM O VALOR DE COMPREENDER AS NECESSIDADES DO CLIENTE Na verdade, o CVM (Customer Value Management), existe na Sapa desde a sua fundação. O foco nas necessidades do cliente é uma das razões do sucesso e crescimento da empresa. Mas nos últimos anos a sensibilização e sistematização no objectivo de criar valor acrescentado desenvolveu-se fortemente. D esde a década de 60 os fundadores da Sapa tomaram consciência do valor de compreender as necessidades do cliente. De juntamente com o cliente desenvolver soluções completas que tornem as actividades do cliente mais simples e mais baratas. Nas reuniões e conferências de vendas o director de marketing Gunnar Burman utiliza como metáfora um vendedor de salsichas. Poucos clientes escolhem um vendedor de cachorros quentes que só vende salsichas. Em vez disso, os clientes escolhem os que oferecem pão, ketchup, mostarda, salada de pepino, salada de camarão e bebidas. “Trata-se de oferecer algo de tal forma que o cliente esteja disposto a pagar mais por isso. Uma solução total ou ‘oferta one-stop’ é bom para o cliente logística e administrativamente. Mas devemos, naturalmente, cobrar por isso também”, diz Lars Gustafsson, Director de Vendas da Sapa Profiler. DURANTE MUITO TEMPO foram utilizados conceitos como valor adicional, valor do cliente ou valor acrescentado. O conceito funcionava bem. Todos os envolvidos entendiam o seu significado, de alguma forma assim o acreditaram, até há poucos anos. Então, dois estudantes da Universidade de Växjö, na Suécia, escreveram uma tese e entrevistaram todos os vendedores e funcionários do departamento financeiro da Sapa Profiler em Vetlanda. “Obtivemos mais ou menos tantas respostas quanto o número de vendedores. E alguém sugeriu que se tratava de ”fazer o cliente feliz”, diz Lars Gustafsson. Daí resultou que a Sapa Profiler produziu um documento que descreve a oferta da empresa: desde perfis extrudidos, passando por diferentes tipos de tratamento e desenvolvimento de produtos, até às soluções logísticas. Mais ou menos ao mesmo tempo surgiu o conceito de Customer Value Management (cvm) 14 SHAPE • # 2 2009 na Suécia e a Sapa Profiler instruiu a sua equipa de vendas neste conceito. Segundo Lars Gustafsson, a base para uma boa cvm está no conhecimento da oferta e na capacidade de apresentá-la, e divide o caminho para uma relação comercial bem sucedida em quatro etapas. A primeira é sempre analisar e compreender as necessidades do cliente, uma necessidade que, obviamente, varia de acordo com o ramo. O passo seguinte é, de acordo com as necessidades detectadas, desenvolver uma solução que dê ao cliente algo mais do que aquilo que tem actualmente. Por exemplo, a Sapa pode processar os perfis de alumínio de diferentes formas: flexão, pintura, anodização, hidroformação, formação gasosa, ou alguma forma de soldadura; operações que, caso contrário, o cliente terá de fazer ele próprio ou contratar fornecedores adicionais para o fazer. As vantagens para o cliente incluem, entre outras coisas, menos transportes, menos contactos com fornecedores, logística mais simples e facturação mais simples. E não menos importante é que o cliente recebe ajuda qualificada para desenvolver a sua utilização de perfis de alumínio. O trabalho conjunto conduz frequentemente a produtos totalmente novos, em que o cliente, juntamente com a Sapa, investe em ferramentas que a Sapa usa para o fabrico. O terceiro passo consiste em avaliar e quantificar a solução. Quanto vale, por exemplo, uma solução técnica que poupa três parafusos por produto? Sabemos o que cada parafuso custa, incluindo a montagem. Mas qual é o valor para o cliente? Na última etapa o vendedor documenta a solução elaborada e apresenta-a ao cliente. ”Nesse momento trata-se de superar as expectativas do cliente. Cobrar demasiado não é bom. Mais cedo ou mais tarde o cliente compara o fornecedor com outro e então fica-se numa posição “O objectivo comum é o de racionalizar a cadeia de valor através das nossas fábricas e das fábricas dos clientes.” desconfortável. O risco é que nos seja pedido para devolver o dinheiro retroactivamente e se perca um cliente ”, afirma Lars Gustafsson. A Sapa Heat Transfer fabrica cinta e tubos de permutação térmica utilizados em vários tipos de permutadores de calor em veículos e aplicações estacionárias. O trabalho de cvm da empresa, com o foco em soluções completas e na criação de valor na relação com o cliente, tem muitas semelhanças com o da Sapa Profiler. Na Sapa Heat Transfer, a cvm começa logo nos próprios processos. Processos estáveis e eficazes resultam numa qualidade consistente e uniforme dos materiais exigidos pelos clientes. “Menos variações de qualidade nos nossos produtos significam uma melhor utilização das máquinas do cliente. Uma qualidade alta e estável do produto resulta em menos cortes na produção, produção mais rápida, menos desperdício e menos eliminação de produtos acabados. E no fim, naturalmente, um menor custo total ”, afirma Kennet Persson, chefe do desenvolvimento comercial na Sapa Heat Transfer. Para atingir este objectivo é necessário ter um considerável conhecimento dos processos do cliente, e da forma como usam os produtos Sapa. Por isso, a Sapa Heat Transfer trabalha afincadamente para ampliar e aprofundar as relações com os clientes. Através de reuniões, debates e seminários centrados na tecnologia e produção, pretende-se excluir a relação monodimensional entre compradores e vendedores. “O objectivo comum é o de racionalizar a cadeia de valor através das nossas fábricas e das fábricas dos clientes. Às vezes é até mesmo possível eliminar etapas desnecessárias no processo”, explica Kennet Persson. Uma compreensão profunda das necessidades do cliente também significa uma melhor oportunidade de oferecer a melhor solução para o cliente, independentemente de já existir ou precisar de ser desenvolvida. “Frequentemente, os nossos clientes desenvolvem os seus produtos por um longo período antes de os lançarem. Quanto mais cedo iniciarmos um diálogo com o cliente acerca do que é necessário, tanto mais possibilidades teremos de adaptar os nossos produtos e processos para criar valor em conjunto com o cliente. Muitos clientes compreendem a vantagem de ter um fornecedor qualificado, e que se envolve activamente na cadeia de valor. “As aptidões que podemos oferecer são em muitos aspectos únicas, e foram desenvolvidas durante muito tempo. Até agora a nossa centragem no mercado tem sido bem sucedida, e não há nada que pretendamos mudar”, afirma Kennet Persson. Além disso a Sapa Heat Transfer é o único outro actor no mercado mundial com uma carteira completa de produtos e que pode fornecer tanto tubos extrudidos e tubos soldados como material rígido. ”O que realmente oferecemos são soluções sistémicas optimizadas, testadas e avaliadas segundo as necessidades específicas do cliente.” As avaliações feitas pela Sapa Profiler demonstram, entre outras coisas, que a Sapa está no caminho certo no que diz respeito ao cvm. A quota de vendas referente a valor acrescentado, ou seja, tudo, excepto o próprio perfil de alumínio, tem vindo a aumentar. Também as curvas de diferentes parâmetros de kpi (Key Performance Indicators), tais como a fidelidade dos clientes, csi (Customer Satisfaction Index) e da rentabilidade de valor adicionado, aponta para cima há vários anos. “Tudo resulta de termos aprendido a compreender as necessidades dos clientes e a desenvolver respostas para isso, e aí se encontra uma grande parte da explicação do sucesso da Sapa”, afirma Lars Gustafsson. Colaboração histórica Desde o primeiro dia houve uma boa química entre a Sapa e a Smoke Free Systems, um fabricante de estações de fumo para interiores. A colaboração de benefício mútuo foi-se intensificando e agora as empresas juntas fazem história. › TextO Thomas Östberg # 2 2009 SHAPE • 15 EM FOCO: CVM “O QUE é bom para nós, é bom para a Sapa.” Assim resume Bo Dolk Pettersson, chefe do Fornecimento e Desenvolvimento de produtos da Smoke Free Systems, a colaboração com a Sapa. A Smoke Free Systems fabrica “zonas de fumo”, que permitem as pessoas fumarem em interiores sem incomodar as pessoas ao redor. É uma solução única que capta, filtra e depura o fumo. Em 2004 a empresa pôs-se em contacto com a Sapa através de uma empresa de design que estava a desenvolver uma nova série de modelos com componentes de alumínio. “Foi logo na primeira reunião que os conhecimentos da Sapa e a sua capacidade de adaptação ao cliente me impressionaram.” Quando dois anos mais tarde a legislação francesa exigiu “zonas de fumo” com portas, a relação entre a Smoke Free Systems e a Sapa intensificouse. Para cumprir com os requisitos legais foi 16 SHAPE • # 2 2009 necessário desenvolver o novo modelo sf6000 em poucos meses. “O prazo de entrega era muito apertado e as dificuldades técnicas consideravelmente maiores. Além disso, se nos atrasássemos podíamos perder contra os concorrentes em França. Tínhamos uma quantidade enorme de dúvidas e problemas, e não sabíamos como resolvê-los. Mas graças ao profissionalismo da Sapa e à minha ingenuidade como força motriz, continuámos e conseguimos cumprir o prazo”. a colaboração estreita, em linha com o Customer Value Management da Sapa, gerou uma situação de beneficio mútuo, o que para Bo Dolk Pettersson tem várias vantagens. “A Sapa capta o cliente com os seus conhecimentos e converte-se então automaticamente em fornecedor. Por sua vez, isso significa que a Sapa pode influenciar a produção desde o princípio para optimizar o seu próprio processo.” Patrick Massana, vendedor da Sapa Profiler, explica que, por outro lado a Sapa também depende da Smoke Free Systems e dos seus sucessos. “A SAPA NÃO TEM produtos próprios, depende do que a Smoke Free Systems consiga vender. Tal como eles, procuramos uma colaboração a longo prazo, por isso é importante que a nossa contribuição conduza a uma óptima situação de mercado para o cliente. Isso é bom para a Smoke Free Systems e para nós próprios”, afirma Patrick Massana. “Os conhecimentos que acumulamos em conjunto ser-nos-ão úteis no futuro, criamos historia juntos”, diz Bo Dolk Pettersson. Além do modelo sf6000 temos agora o sf4000, e as duas empresas juntas estão actualmente a desenvolver mais modelos para esta série. Pistas de gelo mais ecológicas após cooperação com a Sapa A empresa Polar Bear procurava serpentinas de arrefecimento mais leves para as suas pistas móveis de patinagem no gelo, mas sem sucesso. O contacto com a empresa da Sapa, Remi Claeys Aluminium, não deu só instalações mais leves. A solução, que também incluía refrigeração melhor e mais eficaz, resultou mais barata e mais ecológica do que a velha. Em 2004 a Smoke Free Systems entrou em contacto com a Sapa através de uma empresa de design externa. Desde aí, as duas empresas trabalham em estreita colaboração no desenvolvimento de novos produtos. “A nossa empresa cresceu rapidamente durante os últimos anos e a Sapa acompanhou-nos o tempo todo. Actualmente estamos a investir fora da Europa, e nessa perspectiva também, vejo a Sapa como fornecedor evidente”, diz Bo Dolk Pettersson da Smoke Free Systems. “A nossa empresa cresceu rapidamente durante os últimos anos e a Sapa acompanhou-nos o tempo todo. Actualmente estamos a investir fora da Europa, e nessa perspectiva também, vejo a Sapa como fornecedor evidente. Estamos a investir no Japão e a criar uma estrutura na Ásia e tranquiliza-nos saber que a Sapa está presente no mundo inteiro. Apesar de termos grandes planos fora da Suécia, são as relações pessoais que formam a base da nossa cooperação”, explica Bo Dolk Pettersson. A química pessoal é o mais importante. “A equipa dos serviços técnicos e de vendas não são vendedores na acepção comum. São verdadeiros criadores de relações”, acrescenta. TEXTO HENRIK EMILSON FOTOGRAFIA Kjell Israelsson OS RINGUES DE patinagem são uma parte importante das tradições de Natal na Bélgica. Em cada cidade grande existem durante a época de Natal pistas congeladas artificiais ao ar livre. A Polar Bear Company, uma empresa de pistas de gelo, começou a pensar há alguns anos se não seria possível reduzir o peso dos grandes “tapetes” de tubos que desenrolam todos os anos. Por isso, a empresa procurou uma solução nova para os tubos que transportam o agente refrigerante. Mas a Polar Bear não encontrou nenhuma alternativa boa no mercado. Um vendedor da empresa Remi Claeys Aluminium da Sapa, ouviu falar do problema e sugeriu uma solução totalmente nova: tubos de alumínio soldados. A solução disponibilizada pela Sapa em conjunto com o cliente implicava que a espessura da parede do tubo, que tinha 20 mm de diâmetro, podia ser reduzida de um milímetro e meio para um milímetro, reduzindo assim a quantidade de material utilizado, o que era bom tanto para o meio ambiente como para a economia. “Mas o mais importante foi a planta ter ficado mais leve. Têm seis metros de comprimento e são difíceis de manejar”, diz Stefan van Loocke, proprietário da Polar Bears. Outras vantagens para a empresa são o facto de a produção com técnica de soldadura ser mais rápida e, portanto, mais barata. Este método faz com que o material fique mais homogéneo, o que juntamente com a redução de espessura resulta numa refrigeração melhor e mais barata. Além disso a redução de peso tornou os transportes mais baratos e melhores para o meio ambiente. “A solução que arranjámos é melhor em todos os sentidos. As instalações pesam menos, são mais baratas e mais fáceis de manusear. Estou muito satisfeito, afirma Stefan van Loocke. Hubbe Vanneste, director de vendas da Sapa, acha que o projecto é um bom exemplo de cvm. Tudo se baseia na comunicação com o cliente. Desde identificar as necessidades e o processo todo, até às soluções técnicas e os produtos acabados. “O cvm (Customer Value Management) foi sempre importante para nós, e não se trata apenas de encontrar o preço mais baixo. O cliente tem que acompanhar-nos o tempo todo, desde a escolha do perfil e do método de processamento até ao processo de produção e, em certos casos, também a concepção de um novo produto. É a melhor forma de criar relações de longo prazo com os clientes” conclui. TEXTO Thomas Östberg Na Bélgica, os ringues de patinagem fazem parte da tradição do Natal. A empresa Polar Bear Company fornece ringues de patinagem móveis. # 2 2009 SHAPE • 17 EM FOCO: FRANÇA UM BOLO DE ANIVERSÁRIO com 430 velas Este ano assinala-se o 30 º aniversário da Sapa Profilés em Puget-sur-Argens, no sul da França. E com a nova linha de pintura vertical, a festa de aniversário é mais colorida que o normal. 18 SHAPE • # 2 2009 › # 2 2009 SHAPE • 19 EM FOCO: FRANÇA Não só é a maior empresa de extrusão de alumínio em França, é também a maior instalação de anodização, e a partir de 2008 – uma das maiores linhas verticais de pintura. A nova instalação de ponta permite à Sapa desenvolver quaisquer cores que um arquitecto possa requerer, salienta Patrick Picard, director executivo da Sapa Profilés Puget sa. “Nós temos a melhor tecnologia e uma das mais modernas linhas verticais existentes. Acreditamos que o nível de qualidade, a flexibilidade da linha de embalagem, os controlos de custos e a qualidade serão muito atraentes para os potenciais clientes. Nós incluímos capacidade de armazenamento adicional para armazenar os trabalhos sub contratados, de modo a podermos entregar perfis no momento exacto aos nossos clientes externos ”, afirma. O acabamento da superfície está a crescer em Puget. Devido a alguns dos concorrentes da Sapa terem encerrado as suas instalações em França, Puget conseguiu negócios deles. As fábricas Sapa em Espanha e na Itália não têm instalações de pintura próprias, por isso serão forçadas a enviar os seus perfis para serem pintados em França, para os seus clientes franceses. Picard prevê negócios adicionais provenientes de outros utilizadores de perfis de alumínio que os sub-contratarão com os seus volumes para pintura na nova instalação de pintura vertical, atraídos pela sua alta qualidade e eficiência de custos. A decisão de investir na linha vertical veio em 2006, quando a procura por perfis pintados começou a ultrapassar a capacidade existente. A instalação foi concluída em Setembro de 2008, e a produção começou em Dezembro do mesmo ano. O investimento de nove milhões de euros foi o maior feito pelo Grupo Sapa em 2008. horizontal podia lidar com 225 cores normalizadas e tinha dois milhões de metros quadrados de capacidade de pintura. Requeria muito trabalho; tinha de ser carregada manualmente e exigia um posicionamento preciso. As pistolas de pintura eram difíceis de configurar e tinham de ser reposicionados de cada vez que se mudava um conjunto de formas. Cada mudança de tinta implicava uma considerável perda de tempo. Pelo contrário, a nova linha vertical processa A ANTERIOR LINHA (1) O PROCESSO DE PINTURA VERTICAL A linha de pintura vertical funciona numa estrutura construída para o efeito, com luz natural e uma sensação arejada. O processo é suave e contínuo do começo ao fim, como o gerente de produção José Arenas o descreve: • Os perfis de alumínio chegam e são colocadas numa correia transportadora por operadores, que adicionam um furo a cada perfil. (1) • E m seguida são levantadas por gancho para posição vertical. (2) • O s perfis são submetidos a tratamento químico num túnel de aplicação por escorrimento. Este tratamento não tem cromados, ressalta gerente de produção José Arenas, por isso é muito ecológico. •Em seguida, passam por um túnel de secagem por 15 minutos. • Os perfis de alumínio prosseguem para uma de duas cabines de pintura para serem pintados. As pistolas de pulverização movem-se para cima e para baixo 11 metros á medida que aplicam a tinta em pó. Os perfis são então rodados e as pistolas pulverizam novamente, para assegurar que todas as superfícies são revestidas uniformemente, independentemente da forma do perfil. (3) • O s perfis deslocam-se então ao longo de painéis infravermelhos para fixar a tinta em pó. • O s perfis entram em fornos de aproximadamente 200 °C para fixar definitivamente a cor e curar a tinta. • A seguir são abaixados para posição horizontal e deslocados para uma área contígua de preparativos para embarque. Os operadores organizam os perfis acabados, para embalar segundo os pedidos do cliente (por exemplo, envolvendo os perfis em película protectora), e colocamnos em grades ou caixas de cartão de acordo com especificações do cliente. A área de embarque encontra-se perto de dois portões, pelos quais os camiões entram para recolher os pedidos para transporte imediato. Antigamente a embalagem era um processo totalmente separado numa área reduzida, de modo que o fluxo de trabalho era interrompido. “Era mais lento, mais trabalhoso e intrinsecamente instável”, explica Arenas. “Agora, o processo todo, desde a carga à embalagem, pode ser feito em quatro horas, com um total de 17 operadores por turno.” (4) 20 SHAPE • # 2 2009 (2) Patrick Picard, Director Geral da Sapa Profilés, França. (3) (4) mais de 430 cores, com uma eventual capacidade máxima de cinco milhões de metros quadrados. Uma mudança de cor pode ser tratada em dez a quinze minutos e Picard prevê que seja reduzida para seis minutos dentro de poucos meses. Outras vantagens oferecidas pela pintura vertical incluem o aumento de qualidade, melhor relação custo-eficiência, e é mais ecológica. As instalações de pintura em Puget alojam também um laboratório de testes de controlo da qualidade, e um sistema de controlo da água quase instantâneo, onde a água é purificada para satisfazer as normas da ue antes de ser devolvida à rede local de distribuição de água. Uma pequena linha horizontal com até 300.000 metros quadrados de capacidade de pintura, permanece operacional para projectos especiais personalizados, de pequena envergadura. Apesar da actual crise económica, Picard está entusiasmado com o potencial a longo prazo dos perfis de alumínio - pintado ou anodizado – dentro e fora do mercado francês. 60% do volume total de negócios de Puget é proveniente de materiais de construção, e o gerente geral cita estudos do governo que sugerem que, só em França, são necessários meio milhão de novas unidades habitacionais por ano, devido às alterações demográficas na sociedade francesa. Além disso, as casas mais velhas têm de ser adaptadas para satisfazer novos requisitos de certificação da eu para eficiência energética. “Em condições económicas normais, esperaríamos amortizar o custo deste investimento em poucos anos”, observa Picard. “As actuais condições estão longe de ser normais, mas mesmo assim estou optimista.” Texto Claudia B. Flisi “Nós temos a melhor tecnologia e uma das mais modernas linhas verticais existentes. Acreditamos que o nível de qualidade, a flexibilidade da linha de embalagem, os controlos de custos e a qualidade serão muito atraentes para os potenciais clientes” # 2 2009 SHAPE • 21 CURTAS & BOAS Sabia que … ... A Sapa é o maior produtor do mundo de perfis processados. Solução inteligente para o escritório > A ideia nasceu depois de uma visita a uma grande empresa que no ano anterior tinha encomendado 3.000 suportes para computador. A Götessons, uma empresa sueca que desenvolve e fabrica produtos para escritório e salas de conferência, compreendeu que faltava um suporte que pudesse cobrir todas as necessidades. Assim nasceu o XrossIT um suporte universal patenteado para computadores, rotativo e ajustável em altura, para computadores horizontais, verticais e portáteis. A Götessons já tinha uma boa relação de trabalho com a Sapa. “Os técnicos da Sapa ajudaram-nos realmente muito com a sua experiência de perfis e as suas soluções para certos detalhes de desenho”, declara Tomas Svensson, responsável pelo desenvolvimento de produtos, produção e compras da Götessons. “Quando o XrossIT é usado para computadores verticais, o apoio lateral é um perfil largo. Para computadores colocados horizontalmente, o mesmo perfil serve de base de apoio para o computador. O perfil grande é largo (360 mm) e complexo, mas a Sapa consegue extrudi-lo e satisfaz todos os altos requisitos de acabamento.” ILUMINANDO O CAMINHO A luz no fim do túnel não substitui as luzes num túnel, especialmente as luzes desenvolvidas por Ameli SpA, com base na Toscana, para a rede de auto-estradas italianas. > Ameli tem vindo a produzir letreiros e sinais para os transportes públicos há meio século. À medida que o mercado global de electrónica para os transportes evoluiu, Ameli acertou o passo - trabalhando com elementos LED desde 1994, por exemplo. Então, quando o diretor executivo Massimo Ameli ouviu em 2007 que a Autostrade d’Italia, empresa que controla uma parte da rede rodoviária do país, se preparava para mudar a iluminação nos seus túneis, apressou-se a propor uma solução com LEDs. Ele sabia que uma solução LED era superior por vários motivos: A luz produzida é branca, não amarela. Os LEDs consomem 30% menos de energia. E a vida útil da unidade é mais longa – de dois anos com a iluminação tradicional a de cinco a 10 anos com LED. A potencial desvantagem era o calor produzido pelos LED. Quanto mais quente é um elemento, mais curta é a sua vida útil. Então Ameli conferenciou com a Sapa para estudar um perfil 22 SHAPE • # 2 2009 de alumínio que absorvesse o excesso de calor, garantindo ao mesmo tempo que o metal não aquecesse a mais do que 35 ºC. Gastaram cerca de quatro meses a analisar o problema, que envolveu um compromisso entre peso e a dissipação de calor. A solução era modificar a forma e a espessura do alumínio. “A concepção que desenvolvemos é algo como um radiador, que tem também de dissipar o calor”, refere o Sr. Ameli. “Não foi fácil, porque estas luzes não são apenas LEDs e caixas, são luzes inteligentes com todos os tipos de tecnologia integrada. A Sapa compreendeu as nossas necessidades e apreciámos o seu profissionalismo e competência técnica ao longo de todo este projecto.” Ameli tornou-se um dos primeiros fornecedores em Itália a utilizar LEDs para a iluminação de túneis, e a instalação terá início em Setembro de 2009. TextO Claudia B. Flisi Collbaix elimina os riscos > Em meados da década de 90, a empresa espanhola Collbaix tomou a dianteira como fabricante de portões de correr e persianas de segurança em alumínio. Actualmente, os produtos da empresa existem em lojas e escritórios bancários em todas as grandes cidades espanholas, em aeroportos e em muitos outros países europeus. A chave do sucesso foi, após muitos anos de trabalho de desenvolvimento, um portão de correr de alumínio de desenho próprio, que revolucionou o mercado. Actualmente a empresa fabrica e instala soluções à prova de bala e impactos para clientes com necessidades especiais de segurança ou de portões que abram para todos os lados possíveis, inclusivamente que desaparecem no solo. “O alumínio permite desenhos exclusivos e os perfis são mais avançados, mais fáceis de trabalhar e têm um melhor acabamento do que o ferro. E permite construir portões maiores”, explica Joan Didac, director executivo da empresa. Actualmente, a Sapa é o principal fornecedor da Collbaix. NO TRILHO CERTO PARA O FUTURO Prevê-se um futuro brilhante para os transportes de mercadorias por via férrea na Europa. A Kockums industrier responde à procura prevista de vagões de caminho de ferro desenvolvendo um vagão de caminho de ferro em estreita colaboração com a Sapa. Sabia que … …o alumínio pode ser reutilizado repetidamente para a mesma aplicação? Ao contrário de muitos outros materiais, o alumínio não perde as suas características excepcionais. Além disso, para a sua reciclagem são necessários apenas 5% da energia consumida originalmente para a sua produção. carga. Graças às soluções de extrusão que são montadas por meio de encaixe, a Kockums evita a soldadura na produção. Björn Widell considera que as extrusões de alumínio têm um grande potencial. “Continuamos a colaborar no desenvolvimento de conceitos novos que possam substituir as construções com 30 anos de idade A Kockums Industrier prevê uma grande procura de vagões de existentes hoje. mercadorias nos próximos anos. Björn Widell descreve a colaboração O futuro dos transportes de mercadorias com a Sapa como muito estreita e a longo prazo. por via férrea na Europa é muito prometedor. “Trabalhamos como uma só empresa na fase de Segundo um estudo realizado pela União desenvolvimento. A vantagem é que é muito mais Europeia, os transportes por via férrea triplicarão rápido do que numa relação convencional entre foraté 2020 em comparação com hoje. Além disso, necedor e cliente. Também é mais eficaz em custos a média de idade dos vagões de mercadorias da do que ter vários fornecedores diferentes. Europa é alta; 29 anos. A Kockums Industrier terá Sven Lundin, director de vendas da Sapa Mass muito trabalho nos anos vindouros para satisfazer a Transportation, explica que outra vantagem de procura quando a conjuntura económica recuperar. trabalhar em associação a longo prazo é que as “A longo prazo temos o objectivo de crescer soluções então criadas não se vendem a outros 50%”, declara o director executivo Björn Widell. clientes. O primeiro passo é o desenvolvimento de um “Uma vez que trabalhamos juntos a longo prazo, vagão de mercadorias coberto para transporte de a Kockums sabe que estamos dispostos a dar-lhes automóveis, resultado de uma estreita colaboraprioridade no caso de terem falta de capacidade ção de desenvolvimento com a Sapa. O vagão de nas fábricas e que podem utilizar os nossos recurmercadorias consta de “dois vagões em um”, pode sos de desenvolvimento”, declara. Texto Henrik Emilson transportar automóveis em dois andares e o andar alto pode ser rebaixado para criar um só espaço de > Rapidez e fiabilidade nos testes de drogas > Através da análise espectral fluorescente, um método mais óptico do que químico, a NarTest International AS está a revolucionar a ciência de teste legal de drogas. Esta pequena empresa da Estónia está a oferecer uma pequena unidade de teste portátil, que pode ser usada no local por leigos treinados, e produz provas conclusivas da presença de drogas. Usando luz de excitação e a fluorescência emitida, o sistema gera um perfil espectral em 3D, que pode ser comparado com a conhecida assinatura de drogas. Em poucos minutos, os membros dos serviços judi- ciais ou das forças de segurança podem agora obter resultados de teste, rápidos e de confiança, que podem ser utilizados como prova, no que diz respeito às drogas sintéticas ou vegetais mais comuns. O espectrómetro da unidade, o componente-chave que mede as propriedades da luz a partir da amostra, é montado numa caixa extrudada á medida em alumínio, fornecida pelo Sapa. # 2 2009 SHAPE • 23 ALCANÇANDO O FUTURO Temos visto veículos eléctricos em filmes de ficção científica e como protótipos futuristas. Agora, o fabricante de motas Brammo alcançou o futuro com a sua mota eléctrica Enertia. O ruído de corrida de motas pode ouvir-se a vários quilómetros. Quando nos aproximamos sentimos o cheiro dos gases de escape e junto à pista é preciso usar tampões auditivos. As pessoas que estiveram na Ilha de Man no dia 12 de Junho não tiveram de preocupar-se com o óxido de carbono nem com o tinido. Por ocasião da corrida de tt clássica realizou-se a ttxgp, a primeira corrida mundial de motas sem gases de escape. 24 SHAPE • # 2 2009 O fabricante de motas americano Brammo participou na corrida com o modelo Enertia. “Nós cremos que a corrida convencerá o público de que os veículos eléctricos são uma solução sustentável e com bom rendimento. A corrida também serve para apresentarmos a empresa e a nossa mota”, declara Aaron Bland, director técnico da Brammo em Ashland, no estado do Oregon. início em 2002, a empresa tem tido como filosofia mudar a forma de pensar das pessoas no que diz respeito ao consumo de energia e ao meio ambiente. A Brammo dedicou-se aos veículos eléctricos desde o princípio. Após terem efectuado vários estudos, constataram que a mota é o veículo que melhor características tem para propulsão eléctrica. “Desenhámos um conceito que despertou tanto interesse entre as pessoas e os investidores, que não tivemos outro remédio senão introduzi-lo no mercado. Em todos os veículos eléctricos, a bateria é o DESDE O SEU principal problema porque se deseja uma bateria o mais pequena possível e com a maior potência possível. O desenvolvimento fez grandes progressos e agora existem baterias potentes e pequenas no mercado. A Sapa fabricou para a Brammo o quadro de alumínio que tem uma função central porque também envolve a bateria. O quadro ocupa a maior parte do volume da mota. Esta função era difícil de conseguir com um quadro de aço e mantendo ao mesmo tempo o baixo peso da Enertia. Foi dada muita importância ao desenho da Inertia com o objectivo de conjugar um estilo tradicional com um estilo moderno. “Muitos veículos eléctricos são relacionados com máquinas com aspecto espacial construídas em garagens e em que poucas pessoas quereriam viajar. Nós queremos demonstrar que é possível criar um veículo excepcional e atractivo, de grande rendimento. E ao mesmo tempo esperamos poder inspirar as pessoas com a nossa empresa, a Inertia e veículos eléctricos futuros.” Texto Henrik Emilson
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