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RELATÓRIO TÉCNICO DO ENSAIO DE “PRODUÇÃO
INTEGRADA DE VERDES DE CORTE”
Documento elaborado por: Isabel Monteiro
Equipa técnica:
Isabel Monteiro
Margarida Costa
Nídia Ramos
Maria Mendes
Patacão, Dezembro de 2010
1
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS ............................................................................... 3
2. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 3
2.1. Local do ensaio .......................................................................................................... 4
2.2. Preparação do solo e fertilização de fundo ................................................................ 4
2.3. Plantação e desenho experimental ............................................................................. 5
2.4. Fertilização de cobertura ........................................................................................... 6
3. OBSERVAÇÕES E REGISTOS .................................................................................. 6
3.1. Colheita...................................................................................................................... 6
4. RESULTADOS ............................................................................................................ 6
4.1. Crescimento ............................................................................................................... 6
4.2. Produção .................................................................................................................... 8
4.3. Fitossanidade ........................................................................................................... 11
4.4. Análise ..................................................................................................................... 16
ANEXOS ........................................................................................................................ 17
2
1.
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS
O Algarve, dada a sua localização e diversidade geológica, possui uma flora
espontânea de variedade e riqueza únicas. O aproveitamento das espécies espontâneas
da flora algarvia poderá apresentar-se como uma opção válida, tanto pelas suas
características como pelos produtos que pode proporcionar, através da optimização das
suas potencialidades, até agora esquecidas ou ignoradas na quase totalidade,
relativamente aos quais o mercado não seja excedentário.
A utilização destas espécies como alternativa às exóticas tradicionalmente
utilizadas na construção de jardins e restauro de ecossistemas degradados reveste-se de
grande significado nos nossos dias, tendo como vantagens as suas reduzidas exigências
hídricas, a boa adaptabilidade às condições adversas do clima e do solo, à elevada
resistência a pragas e doenças e ao seu enquadramento na típica paisagem
mediterrânica. Além da utilização em jardinagem, algumas destas espécies têm interesse
como plantas envasadas (com ou sem flor, para interior e exterior), flores e folhagens
secas, verdes de acompanhamento em arranjos florais, etc.
O elevado consumo de algumas destas espécies e a colheita no seu habitat
natural sem regras, tem contribuído para a delapidação de um património genético que é
de todos, causando graves prejuízos ecológicos (degradação do coberto vegetal e
aumento da erosão). A preservação do meio ambiente é uma obrigação de todos nós,
temos por isso de tentar por todos os meios minimizar as agressões que lhe são feitas.
Na tentativa de diminuir o impacto da acção do homem sobre os ecossistemas,
surgiu a ideia de instalar um campo de produção/demonstração no C.E.H.F.P. –
DRAPALG,
com
algumas
das
espécies
mais
utilizadas
como
verdes
de
acompanhamento. Cremos que a produção de folhagem de corte de qualidade
desincentivará a colheita de material selvagem, com vantagem para o ambiente e para a
paisagem.
2. MATERIAL E MÉTODOS
3
2.1. LOCAL DO ENSAIO
O ensaio está instalado em duas parcelas com uma área aproximada de 600m2
(15mx40m) no ar livre, folha II e na sombra, estufa 3, folha III do Centro de
Experimentação Hortofrutícola do Patacão (CEHFP) da DRAPALG (fig. 1). Cada
parcela representa uma modalidade, ar livre e sombra (50%), onde foram instaladas as
cinco espécies em estudo: Arbutus unedo (Medronheiro), Myrtus communis (Murta),
Pistacia lentiscus (Aroeira), Laurus nobilis (Loureiro) e Viburnum tinus (Folhado).
Fig. 1- Localização do ensaio do Andalghort – componente ornamentais.
2.2. PREPARAÇÃO DO SOLO E FERTILIZAÇÃO DE FUNDO
4
Em Agosto de 2006 cobriu-se o solo com plástico transparente para a
solarização durante o Verão (Fig. 2 e 3) e instalou-se um sistema de rega para manter o
solo húmido durante o processo.
Em Janeiro de 2007 foi feita uma lavoura, uma fertilização de fundo, uma
frezagem e a armação do terreno em camalhões com 1m de largura e separados 0.5m.
A adubação de fundo foi calculada com base na análise de terra (Anexo I) das amostras
colhidas após a solarização. Esta adubação foi realizada a 15 de Janeiro de 2007, tendose aplicado os seguintes fertilizantes em ambas as parcelas (sombra e ar livre): Sulfato
de Potássio 50% - 0,02kg/m2; Enxofre granulado 0,17kg/m2; Superfosfato 18% 0,1kg/m2; Sulfato Amónio 20% - 0,006kg/m2 e Sulfato de Magnésio 16% - 0,005kg/m2
Foi instalado um sistema de rega gota a gota.
Fig.2 – Solarização do ensaio na estufa 3
Fig.3 – Solarização do ensaio no ar livre.
sombreamento.
2.3. PLANTAÇÃO E DESENHO EXPERIMENTAL
A plantação iniciou-se a 23 de Janeiro de 2007, em linhas simples, com o
compasso de 1m (na linha) x 1,5m (na entre linha). Implantaram-se nas 2 modalidades,
quatro repetições, segundo um esquema de blocos casualizados, 10 plantas por bloco e
por espécie (croqui Anexo II).
5
2.4. FERTILIZAÇÃO DE COBERTURA
A fertilização de cobertura foi calculada com base nas recomendações de
fertilização para culturas ornamentais. Foi efectuada por fertirrega de Março a
Setembro, uma vez por semana, com aplicação, em ambas as situações (sombra e ar
livre), de 0,44g/m2 de Sulfato de Potássio 50%, 0,86g/m2 de Sulfato de Magnésio 16%,
0,002g/m2de Nitroamoniacal 26% e 0,0009g/m2 de Ácido Fosfórico.
3. OBSERVAÇÕES E REGISTOS
No 1º ano realizou-se observações mensais para avaliação do desenvolvimento
das plantas (altura das plantas, perímetro da copa, comprimento do rebento secundário,
nº de nós do rebento secundário e cor da folhagem), registo e identificação das pragas
presentes nas espécies em estudo. Nos anos seguintes avaliou-se a produção de hastes
(nº de hastes produzidas e comprimento), registo e identificação das pragas.
3.1. COLHEITA
O momento da colheita foi determinado pelo tamanho das hastes a colher e pela
sua consistência ou atempamento. As hastes têm que ter um endurecimento que lhe
garanta uma durabilidade em jarra, de pelo menos 1 semana. Dado que não existem
normas de comercialização específicas para as folhagens de acompanhamento, a equipa
de trabalho estabeleceu como tamanho mínimo de comercialização 50 cm, bem como as
diferentes classes (Extra, I e II), de acordo com as características das espécies em
estudo.
4. RESULTADOS
4.1. CRESCIMENTO
Laurus nobilis
Mostrou um elevado crescimento das plantas, quer na sombra quer ao ar livre,
atingindo as plantas na sombra, maiores valores para a altura, o que se justifica por um
maior estiolamento devido a uma menor intensidade luminosa. Por outro lado, as
plantas no ar livre apresentam um maior número de rebentos secundários, embora de
tamanho mais reduzido.
6
Pistacia lentiscus
As plantas apresentaram um desenvolvimento semelhante nas duas modalidades
(sombra e ar livre), sendo este reduzido comparativamente às outras espécies em estudo.
No entanto, podemos referir que as plantas no ar livre apresentaram um número de
rebentos superior ao das plantas na sombra, o que lhes confere um maior grau de
compactação.
Arbutus unedo
As plantas à sombra apresentam valores mais elevados na altura, perímetro e
comprimento do rebento secundário, comparativamente com as do ar livre. No entanto,
estas últimas têm maior número de rebentos secundários e consequentemente um maior
grau de compactação.
Viburnum tinus
As plantas à sombra apresentaram um desenvolvimento mais horizontal com
folíolos e hastes maiores, as do ar livre mostraram um desenvolvimento mais erecto
embora com valores menores para a altura. No entanto, estas últimas têm maior número
de rebentos e consequentemente um maior grau de compactação.
Fig.4 - Estufa de sombra.
Fig.5 - Ar livre.
Myrtus communis
7
Relativamente às outras espécies em estudo, a Myrtus communis teve um
crescimento mais horizontal apresentando valores elevados para o perímetro, para o
número de rebentos e para o comprimento dos rebentos secundários, conferindo-lhe
assim um aspecto bastante ramificado e compacto, em ambas as situações ambientais
(sendo superior nas plantas à sombra).
4.2. PRODUÇÃO
Na primeira colheita, a Myrtus communis (Fig.6) apresentou-se como a espécie
mais produtiva, originando à sombra, hastes maioritariamente de I Categoria e no ar
livre hastes de II Categoria. Na sombra verificou-se a ocorrência de um ataque de
cochonilha, o que originou um elevado número de hastes incomercializáveis. No ar livre
as hastes incomercializáveis ficaram a dever-se ao seu reduzido tamanho (L<50cm). Na
2ª colheita (Fig.7) continuou a mostrar-se como a espécie mais produtiva, apresentando
à sombra maior número de hastes de Categoria Extra (L > 1m) e no ar livre apenas
hastes de I Categoria e de Categoria Extra (L > 1m) embora em menor quantidade.
Fig.6. – Produção obtida na 1ª colheita
8
Por outro lado, as espécies Pistacia lentiscus e Arbutus unedo, foram as menos
produtivas na 1ª colheita (Fig.6), devido ao seu desenvolvimento mais lento. Na 2ª
colheita (Fig.7) o Arbutus unedo teve um comportamento semelhante ao Laurus nobilis,
apresentando um número de hastes de Categoria Extra (L > 1m) semelhante em ambas
as modalidades.
Na sombra verificou-se a ocorrência de um ataque de traça-do-craveiro, que
originou um elevado número de hastes incomercializáveis no Arbutus unedo assim
como no Laurus nobilis.
O Viburnum tinus apresentou uma produção média na 1ª colheita (Fig.6),
comparativamente às espécies anteriores, sendo as hastes maioritariamente de II
Categoria (0.50 < L < 0.75cm), cerca do dobro das de I Categoria (0.75 < L < 1m),
existindo apenas uma pequena quantidade de hastes de Categoria Extra (L > 1m).
Fig.7. – Produção obtida na 2ª colheita
Na 2ª colheita (Fig.7) a produção melhorou muito em quantidade e qualidade na
modalidade sombra, com hastes maioritariamente de Categoria Extra (L > 1m) e de I
Categoria (0.75 < L < 1m), contudo a ocorrência de um ataque de traça, originou
também um elevado número de hastes incomercializáveis.
9
Na 1ª colheita a espécie Pistacia lentiscus apresentou um desenvolvimento
muito lento, originando poucas hastes comercializáveis, mas ligeiramente melhor no ar
livre. No 2º ano esta espécie mostrou-se muito sensível ao ataque de ácaros que
inviabilizou o seu desenvolvimento e emissão de hastes, daí não se apresentarem dados
referentes às hastes colhidas.
Na 3ª colheita (Fig.8) houve um incremento do nº de hastes colhidas,
especialmente na modalidade de ar livre, assim como da qualidade apresentada,
havendo mais hastes nas categorias Extra e I. Na produção, destacam-se as espécies
Myrtus communis, com grande nº de hastes produzidas (226) pertencentes à Cat. Extra,
e a espécie Viburnum tinus com 99 hastes produzidas da Cat. Extra mais 54 hastes
pertencentes à Cat. I.
Fig.8. – Produção obtida na 3ª colheita
No 4º ano os problemas fitossanitários, na sombra, tornaram-se difíceis de
controlar, obrigando a tratamentos fitossanitários regulares, com resultados nem sempre
eficazes, pois muitas vezes não se conseguiam evitar os danos causados na extremidade
da haste, comprometendo o seu posterior desenvolvimento, especialmente com a praga
Cacoecimorpha pronubana. Motivo pelo qual se optou pela exclusão da modalidade de
sombra do ensaio.
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Fig.9. – Produção obtida na 4ª colheita
Relativamente à modalidade de ar livre (Fig.9) verifica-se que a produção da 3ª
para a 4ª colheita se manteve mais ou menos constante para as espécies Arbutus unedo e
Pistacia lentiscus. Nas restantes espécies houve um aumento do nº de hastes produzidas,
embora com perda de qualidade, isto é, verificou-se uma redução do nº de hastes da Cat.
Extra para o Viburnum tinus e para a Myrtus communis. De referir ainda, que o Myrtus
communis originou muitas hastes pequenas (L < 50cm), daí o elevado nº de hastes
incomercializáveis.
4.3. FITOSSANIDADE
No decorrer do ensaio observou-se a ocorrência de diversas pragas, procedendose ao seu registo, identificação e aplicação das medidas de luta mais adequadas ao seu
combate (Quadros 1 e 2).
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Quadro 1 – Ocorrência de pragas no ensaio de verdes de corte.
ESPÉCIE
Arbutus unedo
Viburnum tinus
Pistacia lentiscus
MODALIDADE
Ar Livre/ Sombra
PRAGA/DOENÇA
Afídeos (Macrosipum euphorbiae)
Ar Livre/ Sombra
Caracóis
Sombra
Lagarta (Spodoptera littoralis)
Sombra
Traça (Cacoecimorpha pronubana)
Ar Livre/ Sombra
Afídeos (Aphis spiraecola)
Ar Livre/ Sombra
Caracóis
Sombra
Lagarta (Spodoptera littoralis)
Sombra
Traça (Cacoecimorpha pronubana)
Ar Livre /Sombra
Ácaros
(Polyphagotarsonemus
latus
e
Tetranychus sp.)
Sombra
Myrtus communis Ar Livre/ Sombra
Laurus nobilis
Traça (Cacoecimorpha pronubana)
Caracóis
Sombra
Cochonilha (Saissetia coffeae)
Sombra
Traça (Cacoecimorpha pronubana)
Sombra
Lagarta (Spodoptera littoralis)
Sombra
Traça (Cacoecimorpha pronubana)
Ar Livre/ Sombra
Psila (Trioza alacris)
A praga que mais estragos causou foi a traça-do-craveiro (Cacoecimorpha
pronubana), espécie extremamente polífaga (Fig. 10), tendo atacado todas as espécies
em estudo na modalidade sombra.
Fig. 10 – Traça-do-craveiro (Cacoecimorpha pronubana) em Arbutus unedo.
12
Esta lagarta vive abrigada nos órgãos de que se alimenta (folhas jovens) tecendo
abundantes fios de seda com os quais une as folhas, entre as quais se oculta e alimenta,
provocando danos nas extremidades das hastes, o que as torna incomercializáveis.
Os afídeos (Macrosipum euphorbiae)
e (Aphis spiraecola) afídeo-verdedos-citrinos provocaram deformações
nas
folhas,
essencialmente
nas
espécies Arbutus unedo e Viburnum
tinus (Fig. 11) em ambas as situações
(ar livre e sombra). No entanto, os
danos na sombra foram mais graves,
pois potenciaram o aparecimento de
fumagina, que se caracteriza pela
presença de uma película negra que
cobre, total ou parcialmente, a zona
dorsal das folhas.
Fig.11 – Afídeo-verde-dos-citrinos em Viburnum tinus.
A
presença
dos
(Polyphagotarsonemus
ácaros
latus
e
Tetranychus sp.) fez-se sentir na
Pistacia lentiscus (Fig.12) em ambas
as situações (ar livre e sombra). Estes
ácaros
instalaram-se
na
página
inferior das folhas jovens e ao
alimentarem-se, provocaram o seu
enrolamento, o que tornou as hastes
incomercializáveis.
Fig.12 – Ácaro-branco em Pistacia lentiscus.
13
A cochonilha-hemisférica (Saissetia coffeae) provocou danos essencialmente em
Myrtus communis (Fig. 11) no sombreamento, acompanhados pelo ataque de fumagina.
Fig.13 – Planta de Myrtus communis atacada pela cochonilha-hemisférica (Saissetia
coffeae) e por fumagina.
Outra praga que causou bastantes
estragos nas espécies: Arbutus unedo,
Laurus nobilis e Viburnum tinus, na
modalidade sombra foi a lagarta
Spodoptera littoralis (Fig.14). Esta
espécie, é polífaga, ataca roendo os
folíolos, o que tornou algumas hastes
incomercializáveis.
Fig.14 – Lagarta da Spodoptera littoralis.
Os caracóis provocaram danos em Arbutus unedo, Myrtus communis e Viburnum
tinus em ambas as situações, sombra e ar livre.
14
Fig.15- Folhas de Laurus nobilis com um ataque de Psila (Trioza alacris)
A Psila (Trioza alacris) apenas afectou a espécie Laurus nobilis, mas nesta
espécie produziu ataques repetidos, o que provocou elevados danos (Fig.15). Esta
provoca
enrolamento
e
deformação
dos
folíolos,
o
que
torna
as
hastes
incomercializáveis. Esta praga não é difícil de combater, pois ataca em épocas
específicas, podendo ser eliminada com tratamentos preventivos.
Quadro 2 – Tratamentos efectuados
PRAGA/DOENÇA
Afídeos (Macrosipum euphorbiae)
TRATAMENTO (s.a.)
Imidaclopride
Lagarta (Spodoptera littoralis)
Abamectina
Caracóis
Isco (farelo + açúcar + metiocarbe)
Afídeos (Aphis spriraecola)
Imidaclopride + Óleo de Verão
Traça (Cacoecimcimorpha pronubana)
Imidaclopride + Óleo de Verão
Ácaros (Polyphagotarsonemus latus e Òleo de Verão
Tetranychus sp.)
Abamectina
Psila (Trioza alacris)
Òleo de Verão
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4.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As espécies em estudo mostraram-se adaptadas às condições de produção, tendo
em ambas as situações ambientais (sombra e ar livre) aumentado a produção de hastes,
em cada ano de cultivo. Comportamento já esperado, dado que se trata de espécies
arbustivas de desenvolvimento relativamente lento, que ao longo do tempo, estimuladas
pelos cortes, emitiram maior número de rebentos e, consequentemente, maior número
de hastes vegetativas.
As colheitas deverão ser efectuadas de forma escalonada ao longo do ciclo
vegetativo, colhendo apenas as hastes, quando apresentem tamanho suficiente (neste
ensaio considerou-se superior a 50cm) e um estádio de endurecimento adequado. Desta
forma, assegura-se que as hastes têm uma maior longevidade em jarra e um maior valor
comercial, o que se irá repercutir na sua cotação comercial e no rendimento do
empresário agrícola.
A modalidade sombra produziu em todas as espécies, hastes e folhas de maior
tamanho mas com menor endurecimento, apresentando muitos problemas relacionados
com o ataque de pragas, exigindo muitos tratamentos fitossanitários, o que em termos
económicos a torna menos rentável. Por outro lado, a modalidade de ar livre apresentou
hastes de menor dimensão, mas tem-se mostrado mais resistente ao aparecimento de
pragas, tornando-a a longo prazo, mais produtiva (maior número de hastes
comercializáveis). Esta modalidade apresenta plantas com maior rebentação,
produzindo maior nº de hastes e mais endurecidas, melhorando a sua qualidade e o seu
período de vida pós-colheita.
16
ANEXOS
17
ANEXO I – ANÁLISES DE TERRA
18
19
ANEXO II – CROQUI DO ENSAIO
20
ANEXO III – FICHAS DE REGISTO
DATA DE OBSERVAÇÃO: ___________________________________
ESPÉCIE: ___________________________________________________________________________________________________________
SITUAÇÃO
REPET.
ALTURA
PERIMETRO
Nº REB.
COMPRIM.
Nº NÓS
COMPACT
(cm)
(L X E)
SEC.
REB. SEC.
REB.SEC.
(REDUZIDO;
COR
MEDIO; ALTO)
SOMBRA
1
2
3
4
AR LIVRE
1
2
3
4
21
TABELA DE CORES
1
5
9
13
2
3
4
6
7
8
10
11
14
15
12
16
22
ANEXO IV – FICHAS DE COLHEITA
ESPÉCIE : Myrtus communis e Pistacia lentiscus ___________________________________________________________________________
DATA DE COLHEITA ________________________________________________________________________________________________
SITUAÇÃO
AR LIVRE
REPETIÇÃO
1
2
3
4
TOTAL
SOMBRA
1
2
3
4
TOTAL
INCOMERCIALIZAVEL
CAT. II
CAT. I
CAT. EXTRA
L < 50 CM
0.50 < L < 0. 60 m
0.60 < L < 0.75m
L > 0.75m
ESPÉCIES: Arbutus unedo, Viburnum tinus e Laurus nobilis___________________________________________________________________
DATA DE COLHEITA ________________________________________________________________________________________________
SITUAÇÃO
AR LIVRE
REPETIÇÃO
1
2
3
4
TOTAL
SOMBRA
1
2
3
4
TOTAL
INCOMERCIALIZAVEL
CAT. II
CAT. I
CAT. EXTRA
L < 50 CM
0.50 < L < 0. 75 m
0.75 < L < 1m
L > 1m

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