COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida Getúlio

Transcrição

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida Getúlio
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
Avenida Getúlio Vargas, 847, Patrimônio Guarani – Mamborê – PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MAMBORÊ – 2007
1
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
Avenida Getúlio Vargas, 847, Patrimônio Guarani – Mamborê – PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto construído coletivamente
pela
Comunidade escolar a partir de
reflexões
E discussões dos problemas da
escola para
organização do trabalho pedagógico.
2
MAMBORÊ – 2007
SUMÁRIO
1 Identificação da Escola......................................................... 01
1.1 Identificação do Estabelecimento...................................... 01
1.1.1 Colégio Est. S.L. Gonzaga.............................................. 01
1.1.2 Município.........................................................................01
1.1.3
01
Dependência
Administrativa............................................
1.1.4 NRE................................................................................. 01
1.1.5 Entidade Mantenedora.................................................... 01
1.1.6 Ato de Autorização de funcionamento do Colégio.......... 01
1.1.7 Ato de Reconhecimento do Colégio................................ 01
1.1.8 Ato de Renovação de Reconhecimento.......................... 02
1.1.9 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento
Escolar............................................................................ 02
1.1.10 Distância do Colégio até o NRE.................................... 02
1.1.11 Localização da escola................................................... 02
1.2 Organização da entidade escolar....................................
02
1.2.1 Modalidade de ensino................................................... 02
1.2.2 Número de turmas........................................................ 02
1.2.3 Turno de funcionamento............................................... 03
1.2.4 Organização da Hora Atividade....................................
03
1.2.5 Formas de registro avaliativos........................................ 03
1.2.6 Periodicidade de registro da avaliação........................... 03
1.2.7 Regime de Progressão................................................... 03
1.2.8 Ambientes pedagógicos................................................. 04
1.2.9 Organização do tempo escolar..................................... 04
1.3 Dados Históricos da instituição......................................... 04
2. Objetivos.............................................................................. 05
2.1 Objetivo Geral................................................................... 05
2.2 Objetivos específicos........................................................ 05
3. Princípios Filosóficos do Trabalho Escolar.......................... 06
4. Princípios norteadores da educação................................... 08
3
5. Realidade Sócio-educativa e considerações
relevantes na educação....................................................... 10
5.1. Considerações Educacionais da realidade
brasileira........................................................................... 10
5.2. Considerações educacionais da realidade
do Paraná ........................................................................
11
5.3. Considerações do Patrimônio Guarani.............................. 12
5.4. O cotidiano do Colégio Estadual S. L. Gonzaga............... 13
5.5. Perfil de alunos e profissionais da educação.................... 14
5.6. Perfil das famílias ............................................................. 15
6. Concepções norteadoras da prática educativa................... 16
6.1. Concepção de sociedade, educação, homem
trabalho e cultura...............................................................16
6.2. Educação e conhecimento................................................ 18
6.3. Ciência e Tecnologia......................................................... 19
6.4 Concepção de Ensino-aprendizagem............................... 20
6.5 Cidadania.......................................................................... 22
6.6 Princípios de Concepção de Gestão Democrática...........
22
6.7 Trabalho coletivo e prática transformadora...................... 23
6.8
A
avaliação
enquanto
transformadora..............................................
prática
24
6.9
O
Currículo
enquanto
construção
social
conhecimento................................................................
do
26
7. Projetos de enriquecimento curricular................................... 27
7.1. Educação do Campo.......................................................... 27
7.2. Diversidade Cultural e Cultura
Afro-Brasileira e Africana 28
7.3. Inclusão.............................................................................. 28
7.4. Agenda 21.......................................................................... 29
7.5. Educação Fiscal ................................................................ 29
7.6. Tecnologia educacional ....................................................
31
8. Ações coletivas para uma prática transformadora................ 33
8.1. Compromisso político pedagógico com a práxis educativa. 33
8.2. Critérios para elaboração do calendário escolar................. 33
8.3. Critérios para organização de turmas e distribuição por
professor em razão das especificidades ................................... 34
4
8.4. Critérios para organização e utilização dos espaços educativos
................................................................................. 34
8.5. Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.... 35
8.5.1. Papel específico de cada segmento da comunidade
escolar.........................................................................................36
Conselho escolar.................................................................36
Direção................................................................................36
Professor pedagogo............................................................37
Corpo docente.....................................................................38
Conselho de classe.............................................................39
Da biblioteca........................................................................40
Da secretaria.......................................................................41
Serviços gerais....................................................................41
Grêmio estudantil................................................................42
APMF..................................................................................42
Corpo discente....................................................................43
9. Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico: o
envolvimento dos segmentos da escola......................................43
Ações previstas...................................................................44
10. Intenção de acompanhamento de egressos.........................58
10.1. Práticas avaliativas....................................................58
10.2. Recuperação paralela................................................59
10.3. Aos alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem..............................................................................60
10.4. Documentações legais...............................................60
11. Plano de ação da escola.......................................................61
12. Plano de ação do professor pedagogo.................................66
12.1. Caracterização...................................................................66
12.2. Nome da escola.................................................................66
12.3. Responsável......................................................................66
12.4. Justificativa........................................................................66
12.5. Eixos Norteadores do trabalho Pedagógica.......................67
12.6.
Objetivos
Específicos
do
trabalho
do
professor
pedagogo.....................................................................................67
12.7. Prática social......................................................................68
12.8. Instrumentalização.............................................................69
5
12.9. Cronograma........................................................................71
12.10. Parte da reflexão..............................................................73
12.11. Prática social final............................................................73
13. Diretrizes para acompanhamento e avaliação dos trabalhos
desenvolvidos na escola..............................................................74
14. Referências bibliográficas......................................................75
Anexos.........................................................................................85
Projetos........................................................................................86
1. Agenda
21
escolar. ................................................................................
.......88
2. Programa Segundo Tempo..........................................107
3. Projeto educação das relações étnico-raciais e cultura afrobrasileira...............................................................107
4. Vamos cuidar do Brasil................................................108
5. Programa Fica Comigo................................................108
6. Programa Palavra Escrita............................................109
7. Agrinho.........................................................................109
8. Olimpíada
brasileira
de
matemática
das
escolas
públicas........................................................................109
9. FERA............................................................................110
10.Feira Com Ciência.......................................................110
11.Feirão do Livro.............................................................110
12.
Feira da Bondade........................................................111
13.Campanha com a mídia pela paz................................111
Propostas
Pedagógicas..............................................................................112
Apresentação....................................................................113
Matriz Curricular................................................................116
Propostas Curriculares do Ensino Fundamental:
Proposta Curricular da disciplina de Artes........................121
Proposta Curricular da disciplina de Ciências..................134
Proposta Curricular da disciplina de Educação Física......166
Proposta Curricular da disciplina de Ensino Religioso.....175
Proposta Curricular da disciplina de Geografia.................186
Proposta Curricular da disciplina de História....................197
6
Proposta Curricular da disciplina de Língua Portuguesa.213
Proposta Curricular da disciplina de Matemática..............225
Proposta Curricular da disciplina de L.E.M. Inglês...........235
Propostas Curriculares do Ensino Médio:
Proposta Curricular da disciplina de Arte..........................244
Proposta Curricular da disciplina de Biologia....................254
Proposta Curricular da disciplina de Ed. Física.................264
Proposta Pedagógica da disciplina de Filosofia................271
Proposta Curricular da disciplina de Física.......................276
Proposta Curricular da disciplina de Geografia.................282
Proposta Curricular da disciplina de História.....................292
Proposta Curricular da disciplina de Língua Portuguesa..301
Proposta Curricular da disciplina de Matemática..............312
Proposta Curricular de Química........................................318
Proposta Curricular de Sociologia.....................................324
Proposta Curricular de L.E.M. – Inglês..............................330
Documentação
1- Resolução nº 4390/84 – Implantação Gradativa de 5ª a 8ª
séries do Ensino de 1º Grau
2- Resolução nº 3612/88 – Reconhecimento do Curso de 1º
Grau Regular
3- Resolução nº 3605/02 – Renovação de Reconhecimento do
Ensino Fundamental
4- Registro do Estatuto da APMF em Cartório
5- Ata de Aprovação do Estatuto da APMF
6- Resolução nº 133/04 – Autorizaçãp de Funcionamento do
Ensino Médio
7
7- Ato Administrativo nº 084/2005 – Homologação para
aprovação da proposta do Regimento Escolar
8- Parecer nº 084/2005 – Aprovação do Regimento Escolar
9- Ato Administrativo nº 307/2005 – Aprovação do Estatuto do
Conselho escolar
10-Resolução nº 2632/05 – Reconhecimento do Ensino Médio
11-Plano de Ação da Direção – Gestão 2006/2007
12-Comunidade Escolar envolvida na Elaboração do Projeto
Político Pedagógico
13-
Ata de aprovação do Projeto Político Pedagógico
14-Parecer Final do NRE
8
1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1.1. COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
CÓDIGO: 00098
CÓDIGO DO INEP: 41017765
ENDEREÇO: Avenida Getúlio Vargas, s/n, Fone (Fax) 44 3592- 1032.
BAIRRO: Guarani
1.1.2. MUNICÍPIO: Mamborê – CEP 87340-000
CÓDIGO: 1410
1.1.3. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estadual
1.1.4. NRE: Campo Mourão
CÓDIGO: 05
1.1.5. ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
9
1.1.6. ATO DE AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO COLÉGIO:
RESOLUÇÃO N.º 4390 – D.O.E. de 05/07/1984.
1.1.7. ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIO:
RESOLUÇÃO N.º 3612/88 – D.O.E de 18/11/1988
1.1.8. ATO DE RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO:
RESOLUÇÃO N.º 3605/02 – D.O.E de 07/10/2002
1.1.9. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR N.º
108/05 de 19/04/2005
1.1.10. DISTÂNCIA DO COLÉGIO ATÉ O NRE: 58 km (sendo que 22 km de
estrada de chão)
1.1.11. LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA: Do Campo
1.2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.2.1. MODALIDADE DE ENSINO
Ensino Fundamental – 5ª/8ª série
Ensino Médio
1.2.2. NÚMERO DE TURMAS
08 turmas de 5ª/8ª séries, distribuídas da seguinte forma:
MANHA
TARDE
10
5ª A – 23 alunos
5ª B – 25 alunos
6ª A – 21 alunos
6ª B – 15 alunos
7ª A – 17 alunos
7ª B – 16 alunos
8ª A – 23 alunos
8ª B – 14 alunos
03 turmas de Ensino Médio, distribuídas da seguinte forma:
NOITE
1º A – 33 alunos
2º A – 26 alunos
3º A – 23 alunos
Total de alunos do Ensino Fundamental (5ª/8ª série) e Ensino Médio: 236
alunos.
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio atende
alunos com dificuldades educativas especiais, tanto no Ensino Fundamental
como no Ensino Médio.
1.2.3. TURNO DE FUNCIONAMENTO
O Colégio funciona em três turnos: manhã, tarde e noite e possui em sua
demanda 18 professores, 01 diretora, 01 diretora auxiliar, 02 professoras
pedagogas, 01 auxiliar administrativo e 04 auxiliares de serviços gerais.
1.2.4.ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE NO HORARIO ESCOLAR
A hora atividade no horário escolar é organizada de modo que o professor
possa realizá-la individualmente, intercalando-a com as suas horas/aula no
mesmo turno de trabalho.
1.2.5. FORMA DE REGISTROS AVALIATIVOS
11
A forma de registro de avaliação na escola é realizada através de notas.
1.2.6. PERIODICIDADE DE REGISTRO AVALIATIVO
No Ensino Fundamental os registros das avaliações compreendem um
período bimestral e no Ensino Médio é realizado numa periodicidade
semestral.
1.2.7. REGIME DE PROGRESSÃO
Atualmente no Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, não há alunos com
dependência em alguma disciplina, apesar de haver a oferta do regime de
progressão parcial.
1.2.8. AMBIENTES PEDAGÓGICOS
O Colégio São Luiz Gonzaga possui em sua estrutura física 06 salas de aula,
01 sala dos professores e hora-atividade, 01 sala de direção, 01 Biblioteca,
01 Sala de vídeo.
1.2.9. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
O curso de 5ª/8ª série é de regime anual por série/bimestral.
O curso de Ensino Médio é de regime anual/semestral.
1.3. DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO
Em 1958 a Escola era assoalhada e as portas e janelas eram abertas,
possuindo nessa época, turmas multisseriadas de 1ª e 2ª séries, o nome da
escola era Escola Isolada do Guarani, em 1963 a escola já possuía um
número considerável de alunos, o meio de transporte era escasso.
Nesta época de 1963 em reunião com a comunidade escolar a escola
passou a chamar-se Escola São Luiz Gonzaga em homenagem a um
12
sacerdote São Luiz Gonzaga – Patrono dos estudantes. Não havia direção na
escola, os próprios professores que administravam com a ajuda da
comunidade.
Aproximadamente por volta de 1978, foi construído um pavilhão em
alvenaria, contendo 01 sala de aula e 02 almoxarifados. A partir de 1980
passou a chamar Escola Estadual São Luiz Gonzaga sendo mantida pelo
Governo do Estado do Paraná.
No ano de 1984, com recursos da Fundepar e através de convênio com a
Prefeitura Municipal de Mamborê foi construído um pavilhão em alvenaria.
Com a Resolução N.º 4390/84 foi autorizada a implantação de forma
gradativa de 5ª a 8ª série do Ensino de 1º Grau e o estabelecimento passou
a ser denominado Escola Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino de 1º Grau.
Com a Resolução N.º 3120/98 de 31/08/98 o referido estabelecimento
passou
a
denominar
Escola
Estadual
São
Luiz
Gonzaga
-
Ensino
Fundamental.
Através da Resolução N.º 3612/88 foi reconhecido o Estabelecimento e
Curso ofertado. A partir de 2004 foi implantado o Ensino Médio conforme
Resolução N.º 133/2004, publicada no Diário Oficial de 15/01/04 e o Colégio
em função disso passou a denominar-se Colégio Estadual São Luiz Gonzaga
– Ensino Fundamental e Médio.
2.
OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Mobilizar a comunidade escolar para diagnosticar a realidade do Colégio
Estadual São Luiz Gonzaga, a fim de propor alternativas para a sua
transformação, definindo princípios norteadores para a elaboração e
execução de ações relevantes à organização do trabalho pedagógico como
um todo.
13
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Instigar a comunidade escolar a:
- Exercer sua cidadania de modo ativo, consciente de seus direitos e
deveres políticos, civis e sociais, adotando atitudes de solidariedade,
cooperação, respeito ao outro e a si mesmo e repúdio ás injustiças.
- Posicionar-se de maneira crítica, responsável construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos, e de
tomar decisões coletivas.
- Instigar o aluno a perceber-se como integrante e sujeito transformador do
espaço em que vive, identificando seus elementos e as interações entre
eles, contribuindo ativamente para melhoria do ambiente físico e social.
- Conhecer a pluralidade do patrimônio sócio cultural brasileiro, bem como
os aspectos sócio-culturais de outros povos, garantindo o respeito às
diversidades étnico-raciais e ao multiculturalismo com intuito de promoção
da cidadania, resgatando essas diferentes identidades culturais.
- Despertar as potencialidades dos alunos, motivando-os à permanência na
escola, assegurando assim, seu saber global.
- Buscar uma forma de organização do trabalho que supere os conflitos,
eliminando as relações competitivas, corporativas e autoritárias, que
reforçam as diferenças e hierarquizam os poderes de decisão.
- Proporcionar momentos de reflexão e discussão dos problemas da escola,
com participação ativa de todos os seus segmentos, com a intenção de
avaliar e redimensionar a prática pedagógica, num processo participativo de
decisão, norteado pelo presente projeto.
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
14
No trabalho escolar não podemos aceitar que as atitudes exercidas neste
espaço educativo se façam de acordo com observações óbvias e evidentes,
faz-se necessário que haja uma atitude reflexiva e filosófica acerca de tais
observações, fatos e comportamentos sem que antes esses sejam
investigados e compreendidos nas suas raízes.
No trabalho escolar percebemos a necessidade de uma atitude reflexiva,
rigorosa e de conjunto acerca dos fatos observados no cotidiano que
permitam compreender suas raízes. Essa reflexão filosófica deve-se fazer de
maneira sistemática e metodológica não possibilitando que o fazer escolar
prime somente ao conceito de “senso comum”, não considerando somente
aquilo que nos aparece imediatamente útil.
Segundo Saviani, a reflexão filosófica deve ser radical, pois é preciso que se
vá até as raízes da questão, até seus fundamentos ou em outras palavras
exige-se que opere uma reflexão em profundidade procedendo-se com
rigor, ou seja, sistematicamente, colocando-se em questão as conclusões da
sabedoria popular e as generalizações da ciência. .
Assim, ao refletir sobre o trabalho escolar deve-se ter uma visão de
conjunto, onde todo o contexto familiar, político e religioso deva ser levado
em consideração para que se conquiste uma visão abrangente daquilo que
parece fragmentado em nossa experiência cotidiana, uma vez que é na
interação,
no
reconhecimento
da
dimensão
histórica
e
social
do
conhecimento que a escola está chamada a se situar. Dentro deste contexto
há que se considerar que o homem enquanto ser inacabado busca na
educação respostas à sua existência.
A educação é essencialmente um ato político, social e econômico, ligada à
atividade social e econômica, ao ato produtivo e assim se predispõe a ser
reduzida pela ideologia. É através da reflexão filosófica que a educação
possibilita ao sujeito a formação de uma consciência crítica indo além das
aparências
e
das
ilusões
emanadas
pelos
aparelhos
ideológicos,
constituindo-se numa verdadeira práxis.
Segundo Vygotsky (1989) na relação pessoa/meio social se dá a construção
do conhecimento através da interação e internalização de sua cultura, isto
15
é, o contexto sócio-cultural influencia significativamente no pensamento do
ser humano. As pessoas vivem em sociedade e seu desenvolvimento se
constitui na interação com as outras pessoas. Dessa forma, a cultura a que
pertencem molda ao longo dos anos, sua maneira de pensar, agir, sentir. A
sociedade, a cultura do homem e a sua história é que dão a origem das
mudanças que ocorrem ao longo de seu desenvolvimento. A relação
homem/meio é compreendida na base do materialismo histórico (processo
dialético – transforma a natureza e fazendo-a transforma a si mesmo e deve
ser colocada, de um lado, sob a influência permanente e primordial das
relações materiais entre natureza e sociedade humana e, do outro, no
contexto histórico das aquisições realizadas e das modificações que elas
impõem ao sujeito ser inacabado que busca na educação a resposta para
suas angústias.
Portanto, “o homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-se num
determinado momento, numa certa realidade; é um ser na busca constante
de ser mais e, como pode fazer esta auto-reflexão, pode descobrir-se como
um ser inacabado, que está em constante busca...” (Freire 1997, p.27).
É através da constatação crítica radical de sua condição humana que se
efetivará a práxis para uma ação consciente, política e transformadora do
constatar dessa sua condição reflexiva.
Ao intervir sobre a sociedade o homem transforma esse meio natural,
científico e técnico, em direção a uma sociedade mais humana.
Assim, “o ato pedagógico é uma ação do homem sobre o homem”
(GADOTTI, 1982, p.68).
Compreendemos
então,
que
a
educação
pode
contribuir
para
as
transformações das relações de classes e resultar num processo de
emancipação humana e humanização dos homens. Faz parte da pedagogia
progressista a tendência crítico-social dos conteúdos, tendo na escola seu
instrumento de apropriação do saber, a serviço das transformações das
relações de produção, que se manifestam através da socialização, para uma
participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
16
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Os princípios norteadores da educação estão baseados na Constituição
Federal, no capítulo que trata da Educação, da Cultura e do Desporto,
especificamente, no Artigo 206, e, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
– LDB 9394/96, no capítulo que trata dos Princípios e Fins da Educação
Nacional em seu Artigo 3º, que regem: O ensino será ministrado com base
nos seguintes princípios:
I – Igualdade de condições;
II – Liberdade;
III – Pluralismo;
IV – Gratuidade;
V – Valorização;
VI – Gestão Democrática;
VII – Garantia de qualidade.
Ao analisarmos e refletirmos sobre o texto de Ilma. Passos
“Projeto
Político
Pedagógico
da
Escola:
uma
construção
coletiva”
constatamos que a igualdade de condições para acesso e permanência na
escola, requer ampliação quantitativa do atendimento com simultânea
manutenção da qualidade, evitando, de todas as maneiras possíveis, a
repetência e a evasão, garantindo a meta qualitativa do desempenho
satisfatório de todos, possibilitando assim a permanência dos que nela
ingressarem.
Nesse intuito faz-se necessário um repensar das relações de
poder, onde este se torne um poder socializado propiciando uma prática de
participação coletiva, que atenue o individualismo, a exploração, a
opressão, a dependência de órgãos intermediários através de uma gestão
17
democrática
que
requer
essa
participação
dos
representantes
dos
diferentes segmentos da escola nas decisões administrativas pedagógicas
ali desenvolvidas.
Diante dessas ações a serem desenvolvidas democraticamente,
a escola tem uma autonomia relativa que nos remete para as regras e
orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem
imposições externas.
Entretanto, “a liberdade é algo que se experimenta em situação
e esta é uma articulação entre limites e possibilidades” Rios (in: VEIGA,
1995). Deve ser pensada pelos sujeitos que assumiram responsabilidades
(administradores, professores, funcionários e alunos) e na relação com o
contexto
social
mais
amplo,
numa
contínua
ampliação.
Deve
ser
considerada também, como liberdade para aprender, ensinar, pesquisar,
divulgar a arte e o saber com uma intencionalidade definida coletivamente.
E, finalmente, junto com a valorização dos profissionais do ensino,
vem o direito da formação continuada, a qual possibilita a progressão
funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos
profissionais, mas também propicia o seu desenvolvimento profissional
articulado com as escolas e seus projetos.
“A
importância
desses
princípios
está
em
garantir
sua
operacionalização nas estruturas escolares, pois uma coisa é estar no papel,
na legislação, na proposta, no currículo, e outra é estar ocorrendo na
dinâmica interna da escola, no real, no concreto”. (VEIGA, apud Veiga, 1995,
p.22).
5. REALIDADE SÓCIO-EDUCATIVA E CONSIDERAÇÕES RELEVANTES
NA EDUCAÇÃO
18
5.1 CONSIDERAÇÕES EDUCACIONAIS DA REALIDADE BRASILEIRA
O Brasil é um país economicamente constituído com uma produção agrícola
fabulosa, chamado de “celeiro do mundo”. Produz uma diversidade de
grãos, apresentando também grande produção pecuarista. Possui grande
parque industrial e abertura para o mercado internacional.
A sociedade brasileira, contraditoriamente, apresenta altos índices de
marginalização,
desemprego
e
exclusão
social,
justificada
pela
má
distribuição de renda no país.
Na sociedade educacional ocorre o espelhamento desta situação, altos
índices de analfabetismo, repetência, evasão. É urgente a necessidade de
mudança da realidade educacional do país.
De acordo com o Plano Estadual de Educação ao referir-se sobre a realidade
educacional brasileira observa-se que as políticas educacionais dos últimos
anos desenvolveram uma reforma educacional nos diferentes níveis de
ensino.
A reforma compreendeu mudanças na forma de gestão, na formação dos
professores, no estabelecimento de sistema de avaliação centralizada nos
resultados, programas de educação à distância e de distribuição de livro
didático, e, mudanças na forma de financiamento da educação.
Apesar dessas políticas educacionais adotadas não foram observadas
mudanças nos índices de escolaridade e analfabetismo, pois tais reformas
sofreram uma verticalização proveniente de interesses internacionais, com
a finalidade de adequar a educação ao mundo do trabalho.
19
5.2 CONSIDERAÇÕES EDUCACIONAIS DA REALIDADE DO PARANÁ – ENS.
FUNDAMENTAL E MÉDIO
O Paraná é um dos pioneiros na aplicação das reformas propostas pelo
Governo Federal.
De acordo com o Plano Estadual de Educação, com a municipalização do
ensino de 1ª a 4ª séries, ocorreu uma queda na qualidade do ensino pela
falta de infra-estrutura suficiente e nuclearização das escolas por medida de
economia, contribuindo para a migração da população do campo para a
cidade.
Como a reforma educacional priorizava a centralidade do currículo
utilizando-se dos Parâmetros Curriculares Nacionais (Pcn´s), esta não
atendeu as especificidades do Estado do Paraná. A formação continuada dos
professores também se baseou na centralidade curricular.
Com toda a reforma instituída na busca de qualidade de ensino, não foi
possível atingir os objetivos prioritários da escola, não se obteve qualidade
nas aprendizagens escolares e na formação geral, nem solução para
repetência, evasão, distorção idade-série; não supriu a necessidade e a
demanda da realidade escolar.
De acordo com o INEP/MEC/SEED, nos anos 90, a rede pública estadual
ampliou sua participação no total de matrículas do Ensino Médio devido à
extinção
progressiva
deste
nível
de
ensino
nos
estabelecimentos
municipais.
Através do Decreto 2208/97 houve uma reforma na Educação Profissional
no Brasil, que transformou parte das vagas do CEFET/PR, em cursos
profissionais pós-médio e, também da transformação no Estado do ensino
de 2º grau em Educação Geral, transformando os antigos cursos técnicos
em Ensino Médio e cursos de pós-médio, através do Programa Expansão e
melhoria no Ensino Médio – PROEM e em obediência a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB 9394/96.
20
Com toda a instituição de políticas adotadas, o Ensino Médio Apresenta
elevada taxa de repetência e evasão, decorrentes de sucessivas repetências
dos alunos na mesma série e pelo ingresso precoce dos jovens no mercado
de trabalho. A evasão e repetência contribuem para a defasagem idadesérie para o Ensino Médio.
Observa-se que o Estado do Paraná apresenta taxa de reprovação e
abandono superior à média brasileira. Quanto à aprendizagem dos alunos
da rede pública, verifica-se que a média dos alunos em Matemática e Língua
Portuguesa encontra-se equivalente à do Brasil.
5.3 CONSIDERAÇÕES DO PATRIMÔNIO GUARANI
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio
localizado no patrimônio Guarani situa-se distante da sede do Município de
Mamborê, cerca de vinte e dois km na zona rural.
O Município de Mamborê constitui-se numa economia essencialmente
agrícola com população equivalente a 15.000 habitantes, distante de
Campo Mourão 36 km. O patrimônio Guarani possui uma população de
aproximadamente 1.500 habitantes, conta com uma Sub-Prefeitura, Posto
de saúde, Centro de Educação Infantil, Escola Municipal, Colégio Estadual
Ensino Fundamental e Médio, Escola de Informática Municipal, Posto Policial,
Posto do Correio, Ginásio de Esportes Municipal, Pastoral da Criança.
Na realidade social do patrimônio Guarani as famílias dependem de
programas sociais como Bolsa Família, Bolsa Escola, Baixa Renda (energia
elétrica e água), Vale Gás, Programa Leite das Crianças e Projetos
Assistenciais Municipais.
Muitos de nossos educandos, provenientes dessa realidade, buscam na
escola suprimento alimentar a partir da Merenda Escolar e do Programa do
Leite entregue nas escolas.
Constitui-se numa sociedade carente, com baixa oferta de emprego,
inúmeros problemas associados à miséria, desigualdade social, drogas,
21
carentes de formação político-social, dependentes de atendimento em todas
as instâncias.
O
patrimônio
Guarani
é
local
de
difícil
acesso
aos
profissionais
especializados tais como: psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, entre
outros. A principal via de acesso caracteriza-se por estrada de chão
ocasionando transtornos no desenvolver das atividades escolares.
De acordo com pesquisa realizada com intuito de levantamento de dados
para o Projeto Político Pedagógico, apresenta percentual de famílias com
baixa renda onde se constitui num percentual de 50% de famílias com
rendimento mensal inferior a um salário mínimo e 30% das famílias com
rendimento mensal de até um salário mínimo e outros 20% possuem uma
aquisição financeira acima de um salário mínimo.
Nesse contexto, as famílias obtêm seus rendimentos quase que totalmente
do trabalho rural, ou seja, trabalho realizado no campo, em sua maioria com
regime de trabalho de diarista ou temporário.
O grau de escolaridade dos pais representa em sua maioria: analfabetismo
e 1º grau incompleto, contando com uma minoria de pessoas com o 1º e 2º
grau completo. Entretanto, conta com três pais de alunos com pósgraduação. Alguns pais estão buscando avanços na escolaridade cursando o
supletivo de 1º grau ofertado em Mamborê, e outros, freqüentando a 7ª e 8ª
séries do ensino fundamental no Colégio Estadual São Luiz Gonzaga.
5.4 – O COTIDIANO DO COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, até o ano de 2006 dividia suas
instalações físicas com o Ensino Fundamental municipal, cedendo para
estes, quatro salas de aula e partilhando as instalações sanitárias, sala de
vídeo, sala dos professores, biblioteca, cozinha, quadra esportiva e pátio.
Esta convivência influenciava no desenvolvimento dos trabalhos na escola,
uma vez que o recreio, ou intervalo, era dividido em duas etapas: um
horário era destinado ao município e outro ao estado, o que gerava
22
desconforto para alunos e professores que estavam em sala e sofriam
interferência
pelo
“barulho”
dos
alunos
que
estavam
no
intervalo.
Entretanto, esta ainda é a melhor forma de organização.
Interferia também no desenvolvimento dos trabalhos na escola pela
necessidade do espaço físico (sala de aula) para oferta de espaços
pedagógicos, como: laboratório de física, química, biologia, matemática,
informática, sala de recursos e atendimento individualizado, atividades
extra-classe e outros.
Apesar de no ano de 2007 não haver mais esta dualidade administrativa e
haver mais espaços pedagógicos, o Colégio necessita de urgente reforma,
pois o mesmo encontra-se com sérios problemas em suas instalações
elétricas, hidráulicas e funcionais.
5.5. PERFIL DE ALUNOS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Como o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio
situa-se num distrito, local de difícil acesso, apresenta em seu histórico
mudanças
constantes
no
quadro
de
professores,
pois
apenas
três
professores residem no patrimônio, o que tem dificultado o estabelecimento
de vínculos importantes para a continuidade de um trabalho de qualidade.
Com a rotatividade de profissionais da educação, estes não desenvolvem o
conhecimento integral da realidade de seus educandos e comprometendo
de certa forma o processo de ensino-aprendizagem.
Os professores fixados no Colégio, têm a preocupação de conhecer a
realidade do aluno, contribuindo assim na aprendizagem, uma vez que,
reconhecem ao longo da caminhada as potencialidades e possibilidades de
seus educandos, sinalizando a prática a ser desenvolvida.
Facilita o desenvolvimento de uma relação interpessoal de confiança,
amizade e companheirismo.
23
Na realidade escolar observam-se atitudes de indisciplina por parte de
alguns alunos, que não vêem à escola como um lugar de aprendizagem.
Geralmente são alunos que possuem uma visão distorcida da escola, pelo
fato de serem obrigados pelos pais a participar da escola para “não perder a
bolsa escola”, ou outro benefício. São alunos que não apresentam limites;
ou, desconhecem tais limites; apresentam falta de compromisso, interesse e
desrespeito pela sua própria aprendizagem.
Quanto aos fatores que contribuem na defasagem da aprendizagem escolar
dos educandos, algumas dificuldades são apontadas pelos professores, tais
como: a união precoce por gravidez, ou matrimônio precoce. E, pelos
educandos que em época de colheita (bóia-fria), ausentam-se de escola
para melhoria da renda familiar, e alguns não retornam à escola.
Os profissionais da educação do Colégio estão conscientes da necessidade
de uma avaliação diagnóstica e contínua, entretanto, as discussões
levantadas
para
realização
deste
projeto
em
muito
contribui
para
ressignificação da avaliação da aprendizagem e esclarecimento sobre a
mesma.
O mesmo se apresenta no tocante ao fazer educativo e pedagógico, que
através das discussões, revalida a participação de todos na busca de uma
educação de qualidade, que priorize a socialização e a formação consciente
e crítica, a inserção social conduzindo à prática social transformadora.
Os professores têm buscado uma formação contextualizada, vindo de
encontro com a realidade transformada, tais como: reflexão sob nova
concepção de avaliação, mudanças de posturas ou de paradigmas,
construção coletiva das diretrizes curriculares, abertura para o diálogo entre
professores e comunidade escolar; inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais; valorização dos alunos através de projetos e
atividades que aflorem suas potencialidades.
5.6. PERFIL DAS FAMÍLIAS
24
As famílias dos educandos demonstram grande interesse nas atividades
diferenciadas realizadas pela escola, como: Feira Cultural e Científica, Feiras
da Bondade, Festas Comemorativas, Gincanas, Torneio entre pais, Palestras,
etc., pois a comunidade local é carente de atividades sociais e culturais.
A família busca na escola uma formação educativa que a conduza à
aprendizagem, um lugar onde aprendam “coisas novas” para obtenção de
um futuro melhor.
Esperam da escola, não apenas a educação formal, mas também que a
escola eduque-os no sentido global, atribuindo à escola o papel de uma
segunda família.
Analisando os dados levantados pelos questionários e durante os encontros
para elaboração do Projeto Político Pedagógico as famílias acreditam ser
importante
a
participação
na
vida
escolar
de
seus
filhos
para
acompanhamento de seu desenvolvimento, pois, os pais são indispensáveis
na educação de seus filhos. Porém, os professores percebem e apontam a
falta de acompanhamento dessas famílias.
Fica claro nesta situação, que a família tem consciência da importância do
acompanhamento
escolar.
Nesse
contexto
observamos
então
uma
contradição a qual será explicitada posteriormente.
O encaminhamento educacional que se têm realizado na escola busca a
superação dos problemas encontrados no decorrer dos trabalhos, a partir do
que se apresenta no fazer educativo, pela oportunidade de reflexões como
as proporcionadas pelo Projeto Político Pedagógico, pelo acompanhamento
e parcerias com demais segmentos, sempre com intuito de melhoria do
ensino, da aprendizagem e da realidade e em conseqüência da realidade
escolar.
6. CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA PRÁTICA EDUCATIVA
6.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, HOMEM, TRABALHO E
CULTURA:
25
Vivemos numa sociedade diversificada e historicamente construída, das
contraditórias relações sociais que se estabeleceram em cada momento
histórico que engendraram o desenvolvimento social e econômico e em
conseqüência as desigualdades sociais.
Essa sociedade contraditória, dinâmica e em transformação acaba por
ocasionar fatores que interferem direta ou indiretamente na vida dos
cidadãos, como por exemplo, a má distribuição de renda, ocasionando a
marginalização e exclusão social.
Desta forma, acreditamos que somente através da Educação, o cidadão
obterá os meios necessários para atuar consciente e criticamente na
sociedade, uma vez que conforme Saviani (1991) “a Educação é sim,
determinada pela sociedade, mas que essa determinação é relativa e na
forma de ação recíproca o que significa que o determinado também reage
sobre o determinante. Consequentemente a Educação também interfere
sobre a sociedade, podendo contribuir para sua própria transformação”.
Assim, a educação visa a transformação da sociedade e não a sua
perpetuação.
Há a necessidade de ressignificar conceitos intrínsecos em nossa sociedade,
a fim de obtermos um novo olhar e fazer social, pois muitas vezes a cultura
do “ter” sobrepõe a cultura do “ser”.
Queremos uma sociedade justa, humanamente organizada e democrática
que proporciona a todos os cidadãos os direitos condizentes a uma vida
digna, uma sociedade que compreenda que é determinada por processos
históricos ocasionados através das múltiplas relações sociais postas ao
longo do tempo. Não será utópico sonhar com uma sociedade una se cada
sujeito que a compõe estiver ciente quanto ao seu verdadeiro papel e que é
através da união que há as grandes conquistas.
O homem que temos “um ser histórico e real” com potencialidades,
caracterizado pela necessidade de estar continuamente produzindo a sua
existência.
26
O “homem” ser tão sublime capaz de travar grandes conflitos e ao mesmo
tempo enobrecer sua existência buscando na natureza, alternativas para a
melhoria da qualidade de vila de outros homens.
Vivemos num planeta caracterizado pela diversidade e por grandes
transformações postas ao longo do tempo ocorridas pela necessidade de
adaptação e garantia de sobrevivência da humanidade. É a capacidade de
atuar e refletir, a fim de transformar a realidade de acordo com sua
necessidade que faz do homem um ser no mundo, pois como afirma Freire
(1996), não pode haver reflexão e ação fora da relação homem – realidade.
Queremos formar um homem que possua uma consciência de que sua ação
por mais simples que seja está ligada a todo um processo global, enquanto
ser histórico perceba que é através de sua inter-relação com o meio e do
seu compromisso com o mundo que pode tornar sua existência garantida
sem prejudicar o meio ambiente e visualizar alternativas para sua própria
sustentabilidade.
Segundo Freire (1979:18) “Compromisso com o mundo, que deve ser
humanizado para a humanidade dos homens, responsabilidade com estes,
com a história”.
Criando e recriando o homem responde aos desafios impostos a sua
existência e através do trabalho o homem age sobre a natureza, ajustandoa as suas necessidades.
6.2 EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO
Formamos o cidadão para a sociedade e através dos ciclos naturais
existentes recebemos desta mesma sociedade seus filhos que trazem
consigo certos tabus cabendo à escola trabalhar questões relacionadas ao
multiculturalismo e as relações étnico-raciais e cultura afro-brasileira
possibilitando aos sujeitos reflexão acerca das ações que geram o
individualismo, o conformismo e a exclusão social. Cabe a educação
trabalhar todas as questões polêmicas referente ao conhecimento que o
aluno vivência no seu cotidiano, permitindo ao cidadão uma nova forma de
27
refletir sobre a realidade, um novo modo de atuação na busca e obtenção
do conhecimento afim de que esse cidadão possa intervir na sua e em
outras realidades, garantindo assim a socialização do conhecimento.
Para Veiga (1995:27), o conhecimento escolar não uma mera simplificação
do conhecimento científico que se adequaria à faixa etária e ao interesse
dos alunos.
Assim,
o
conhecimento
escolar
é
resultado
de
fatos,
conceitos
e
generalizações sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Queremos ter clareza no que tange o conhecimento escolar como destaca
Severino (1988: 88), “educar contra e ideologicamente é utilizar com a
devida competência e criatividades, as ferramentas do conhecimento as
técnicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas
mediadoras de sua exist6encia real”. É dentro desse contexto que a
educação possibilitará ao cidadão um novo pensar/ agir em sociedade. O
despertar para uma consciência enquanto cidadão pensante possibilitará ao
homem/ cidadão inferir sobre o seu papel na e para a sociedade buscando
através do exercício pleno da cidadania a conquista de direitos primordiais a
existência humana.
Precisamos então estabelecer o que vem a ser o conhecimento, já que este
é o objetivo de trabalho do professor.
Ao longo de sua existência o homem, para produzir materialmente os bens
necessários a sua subsistência, necessita antecipar em idéias os objetivos
da ação.
Segundo Saviani (1994:12), “Essa representação inclui o aspecto de
conhecimento do mundo real (ciência), de valorização (ética) e de
simbolização (arte)”. Conhecer implica através da experiência, adquirir
consciência
e
capacidade
de
compreensão
da
realidade,
porém
o
conhecimento não se transforma sozinho a realidade necessitando a
conversão do conhecimento em ação.
O conhecimento não acontece individualmente é gerado através da
mudança interna e externa do cidadão e nas relações sociais, configurando-
28
se sempre como um ato internacional. Assim, o conhecimento pode
designar o ato de conhecer, enquanto relação que se estabelece entre a
consciência que conhece e o mundo conhecido.
Mas o conhecimento também se refere ao produto, ao resultado do
conteúdo desse ato, ou seja, ao saber adquirido e acumulado pelo homem.
No entanto, conhecimento não pode ser visto como algo pronto e acabado.
É preciso que ocorra o “caos”, criticando as verdades segmentadas,
desestruturando o já conhecido de modo a alcançar novas interpretações da
realidade, alcançando assim um novo conhecimento. Nesse sentido, o
conhecimento se processa de forma dinâmica e contínua.
6.3 CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A Ciência e tecnologia estão presentes e transformando muitos aspectos do
nosso cotidiano. Os avanços científicos e tecnológicos foram respostas que
os homens ao longo da história desenvolveram como meios, que pudessem
tornar cada vez menos complicada a existência.
Devemos estar ciente que a Ciência e a Tecnologia estão presentes para
proporcionar ao homem uma melhor qualidade de vida, porém sabemos que
o acesso à Ciência e à tecnologia não abrange a todos.
Ao analisarmos ao longo da história da humanidade mais precisamente Pós
Revolução Industrial o avanço tecnológico ao mesmo tempo em que
possibilitou a produção em grande escala resultou também na aceleração
do processo de marginalização, uma vez que com a automação das
máquinas muitos trabalhadores não estavam preparados para operá-la.
Dentro
desse
contexto,
temos
que
pensar
numa
educação
que
instrumentalize os cidadãos para que haja a inclusão tecnológica, social,
cultural, vindo de encontro aos preceitos do Plano Estadual de Educação, o
qual retrata que se faz necessário entender o processo das mudanças
científicas e tecnológicas para que esta venha a contribuir na formação de
29
crianças e adolescentes ligadas à luta contra a desigualdade social, uma vez
que “Ciências e Tecnologia” devem produzir e estar a serviço da sociedade,
especialmente para atender as camadas sociais menos favorecidas.
Durante os estudos com os professores sobre o Projeto Político Pedagógico,
relataram “cabe ao sistema Educacional proporcionar mecanismos para que
os indivíduos tenham o domínio do conhecimento científico e tecnológico
para que possam se adaptar ao mundo tecnológico”.
Assim devemos fazer da escola um espaço de pesquisa, construção e
reconstrução do conhecimento.
6.4. CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Ao redirecionarmos o trabalho escolar no contexto da Pedagogia históricocrítica, tendo em vista que a escola torne-se um lugar de aprendizagem
efetiva e de relacionamento humano, onde aprender significa além de
transmissão
de
conteúdos,
há
a
necessidade
de
se
contextualizar
historicamente o sujeito social no qual se encontra inserido.
A aprendizagem escolar é um processo de assimilação de determinados
conhecimentos, modos de ação física e mental, organizados e orientados no
processo de ensino. As atividades de ensino, enquanto processo coordenado
de ações docentes, objetiva a assimilação ativa por parte dos alunos, de
conhecimentos habilidades e hábitos e o desenvolvimento de suas
capacidades cognitivas.
Nesse sentido há uma relação recíproca e necessária entre as atividades do
professor (ensino) e atividade de estudos dos alunos (aprendizagem).
A atividade cognoscitiva do aluno é a base e o fundamento do ensino. Os
resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade
30
externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e
social.
Nesse sentido o professor planeja, dirige e controla o processo de ensino
tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria do aluno para a
aprendizagem.
As
inquietações
de
Vygotsky
(1989)
sobre
o
desenvolvimento
da
aprendizagem e a construção do conhecimento perpassaram pela produção
da cultura, como resultado das relações humanas.
Para Vygotsky, a aprendizagem é um processo contínuo e a educação é
caracterizada por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem a outro.
“A aprendizagem desperta processos internos de desenvolvimento que
somente podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras pessoas”.
(Oliveira, 1992:33). Daí, a importância das relações sociais e da cultura,
como produto dessas relações, no desenvolvimento intelectual da criança.
31
6.5. CIDADANIA
Não podemos designar ou entender cidadania somente através do conceito
restrito que diz respeito aos direitos civis e políticos. A cidadania deve ser
vista como um acréscimo à dimensão “ser pessoa”. Ninguém pode ser
pessoa, se não se lhe reconhecem os atributos próprios da dignidade
humana enquanto processo histórico social. É condição essencial da
cidadania, reconhecer que a emancipação depende exclusivamente do
cidadão cabendo a educação instrumentalizá-la na formação da cidadania
para concretização dos direitos que permitem sua inserção na sociedade.
Ao redimensionarmos o papel da escola tendo em vista uma educação
democrática, igualitária, participativa, formativa e crítica faz-se necessário
estabelecer uma concepção de cidadania ativa.
6.6 PRINCÍPIOS DE CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
O desafio de transformar a escola num espaço para vivenciar a democracia
impõe-se na construção de uma política pública, com a participação de
todos os professores, diretores, alunos, pais, funcionários, APMF, conselho,
lideranças políticas e comunidades na formulação e execução da gestão
democrática. É um trabalho feito com muita dedicação e paciência dentro
do Estabelecimento de Ensino.
Tendo uma estrutura gestora forte, podemos desenvolver os projetos,
proposto dentro da democracia. Tendo uma escola de compromisso com
qualidade buscando soluções para os problemas.
Os estudantes deverão ter participação estimulada dentro da escola, por
isso devemos fortalecer a iniciativa de organização do Grêmio Estudantil
como os representantes de alunos para colaboração do desenvolvimento
dos
projetos
pedagógicos
da
escola,
assim
eles
conhecimento da democracia dentro do ambiente escolar.
32
estarão
tomando
Segundo
Heloísa
Luck
(1998),
“a
ação
dos
diretores
são
líderes
pedagógicos, apoiando o estabelecimento de prioridades, avaliando os
programas
pedagógicos,
enfatizando
a
importância
dos
resultados
alcançados pelos alunos, como também a criação e manutenção de um
clima, escolar positivo e de solução de conflitos.
6.7. TRABALHO COLETIVO E PRÁTICA TRANSFORMADORA
O trabalho escolar é uma ação de caráter eminentemente coletivo, realizado
a partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os
segmentos da comunidade escolar.
A gestão escolar democrática, participativa, é aquela onde ocorre o
envolvimento de todos os que integram o processo educacional de forma
direta ou indireta quando se estabelecem objetivos, metas, na busca de
soluções ou nas tomadas de decisões, na proposição de sugestões ou
elaboração/ implementação de planos de ação, visando sucesso nos
resultados educacionais.
Portanto,
trabalho
coletivo
e
gestão
democrática
participativa
são
indissociáveis.
O empenho coletivo em torno de propósitos comuns é fundamental.
A vivência do dia a dia de escola mostra, com clareza, que os compromissos
assumidos no coletivo são cumpridos com êxito.
Os trabalhos de construção coletiva (Diretrizes Curriculares, capacitação,
grupo de estudos, avaliação institucional) propostos pelas instâncias como
NRE ou SEED, são aceitos com satisfação, pois primeiramente, no chão da
escola, acontece a reflexão, a discussão, pareceres, propostas, sugestões,
são acolhidos e divulgados como parte integrante do trabalho maior,
demonstrando respeito e credibilidade a todos os envolvidos.
O fato dos sujeitos participarem ativamente desses processos coletivos faz
com que os mesmos identifiquem-se como autores responsáveis pelos
resultados esperados e atingidos. Para tanto, é importante que as relações
interpessoais no ambiente escolar sejam embasados no entendimento e
33
união. Assim, constrói-se a autonomia do sujeito, do seu grupo, da escola.
Consequentemente estabelece-se o poder da competência, a força do grupo
que abraça novos desafios, supera as dificuldades e constrói coletivamente.
O compromisso coletivo fará com que se cumpra a função social da escola,
ou seja, promover-se-á a real aprendizagem. Não aquela voltada somente
para os conteúdos, mas também para a cidadania. A qualidade também
será marca evidente a ser alcançada, em todos os aspectos que dizem
respeito à realidade educacional da escola indo dos conteúdos didáticopedagógicos a um processo de gestão participativa que promoverá,
consequentemente, a equidade no cotidiano escolar.
6.8. A AVALIAÇÃO ENQUANTO PRÁTICA TRANSFORMADORA
Partindo do pressuposto de que a escola deseja e está adotando em seu
Projeto Político Pedagógico uma concepção pedagógica que leve a uma
prática transformadora a avaliação é compreendida como parte deste
processo.
Pretende-se adotar uma avaliação dentro das disposições orientadas como
regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio previstas na LDB 9394/96 e
na Deliberação Nº. 007/99.
A Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação, diz em seu Art. 1º,
que:
“A avaliação deve ser entendida como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e
interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valor”.
34
E, nos parágrafos 1º, 2ºe 3º diz que a avaliação:
“... deve dar condições para que seja possível ao
professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento
das situações de aprendizagem; deve proporcionar
dados que permitam promover a reformulação do
currículo com adequação dos conteúdos e métodos
de
ensino
e
ainda
devem
possibilitar
novas
alternativas para o planejamento do estabelecimento
de ensino”.
E, no Art.3º, a avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o
desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem e utilizar
técnicas e instrumentos diversificados.
Assim sendo, de acordo com a LDB 9394/96, a avaliação de
aprendizagem deverá ser feita principalmente com base em aspectos
qualitativos (desempenho em sala de aula), tendo os aspectos
quantitativos, um valor secundário. Observando os critérios expostos no Art.
24, inciso V:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do
período sobre as eventuais provas finais;
b) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
c) Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação
do aprendizado;
d) Aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
Conforme Luckesi (2002), avaliar significa atribuir um juízo de valor sobre
manifestações relevantes da realidade, deve contribuir para formação do
35
educando enquanto cidadão crítico e participativo, e, por isso, não pode ser
meramente classificatória, mas um instrumento que o professor utiliza para
perceber o quanto o aluno aprendeu, ou não, do conhecimento que deveria
ser assimilado, para possíveis retomadas.
Segundo Haydt, nosso conceito de avaliação está ligado a uma concepção
mais ampla de sociedade e educação, vejamos:
“O conceito de avaliação da aprendizagem está ligado a uma
concepção pedagógica mais ampla, isto é, a uma visão de
educação. Ele depende, portanto da postura filosófica adotada. Além
disso, a forma de encarar e realizar a avaliação reflete a atitude do
professor em sua interação com a classe, bem como suas relações
com o aluno. (...) um professor autoritário e inseguro poderá ver na
avaliação uma arma de tortura ou punição (...) (...) um profissional
série e responsável, seguro de sua prática docente (...) tenderá a
encarar a avaliação como uma forma de diagnóstico dos avanços e
dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento de
seu trabalho docente.”
A avaliação deve se configurar como instrumento de conhecimento da fase
do processo ensino-aprendizagem que o aluno se encontra, a fim de
prosseguir ou retomar os pontos frágeis verificados.
6.9. O CURRÍCULO ENQUANTO CONSTRUÇÃO SOCIAL DO CONHECIMENTO.
O Currículo deve ser pensado como um todo, repensando as disciplinas
como integrantes do mesmo Currículo, na busca de uma transformação
humanizada, crítica, que venha de encontro com as reais necessidades
sociais.
Observando que o Currículo obedece ao estabelecimento de prioridades de
acordo com as finalidades da educação escolar e ao público que se destina
36
trata-se do conjunto de experiências, organizadas pela escola e pelas quais
a escola se responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com objetivo que os
alunos aprendam algo. Seu eixo central diz respeito ao conhecimento
escolar.
Podemos dizer que o currículo é o instrumento sistematizador do processo
educativo escolar, possuindo intenções práticas tendo em vista em um
futuro imaginado onde os ideais políticos expressam-se em cada decisão
tomada. Revela-se em um conjunto de escolhas coletivas, onde cada
escolha
pressupõe
uma
série
de
justificativas,
de
acordo
com
os
entendimentos políticos, científicos e pedagógicos de cada época. Contribui
para
a
construção
das
identidades
deixando
marcas
de
maneira
diferenciada, mas que estão presentes. Dentro do contexto acima exposto
cabe ressaltar que como relata Veiga (1995:26 E 27) “Currículo é uma
construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos
meios
para
que
esta
construção
se
efetive;
a
transmissão
dos
conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los,
portanto, produção, transmissão e assimilação processos que compõem
uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja,
o
currículo
propriamente
dito.
Neste
sentido,
currículo
refere-se
à
organização do conhecimento escolar.” Devemos considerar que currículo
não é um instrumento neutro cabendo a escola identificar e desvelar os
componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante
utiliza para a manutenção de privilégios.
O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é
historicamente situado e culturalmente determinado. Um outro propósito diz
respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve adotar que
estabeleça uma relação aberta em torno de uma idéia integradora, visando
reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinas curriculares. Nas
discussões e estudos realizados com o grupo de professores estes relataram
a “necessidade de pensar Currículo como um todo, repensando as
disciplinas como integrante do currículo, na busca de uma transformação
humanizadora, crítica, que venha de encontro com a demanda social”.
37
7. PROJETOS DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga tem a intenção de desenvolver
projetos que enriquecerão o currículo escolar. Os conteúdos de tais projetos
estarão
sendo
trabalhados
em
todas
as
disciplinas,
de
forma
contextualizada. Os projetos a serem desenvolvidos são os seguintes:
7.1. EDUCAÇÃO DO CAMPO
A escola do campo é aquela escola que está situada na zona
rural (escola de distrito), ou que atende a maioria de alunos provenientes da
zona rural, diante do exposto o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga
caracteriza-se como uma escola do campo. A Educação do Campo é um
projeto educativo compreendido a partir dos sujeitos que têm o campo
como seu espaço de vida. Não se pode perder de vista e devemos
considerar a escola rural como local de produção e socialização cultural, que
valoriza os saberes do campo e a cultura dos povos do campo, estimulando
a criação de novos saberes, visando o desenvolvimento do campo.
Deve corresponder a necessidade de formação integral dos
sujeitos do campo, não recaindo no equívoco de privilegiar a cultura da
cidade, desvalorizando a identidade desses alunos.
“O campo é lugar de vida, onde as pessoas podem morar,
trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a sua
identidade cultural. O campo não é só lugar da produção agropecuária e
agro-industrial, do latifúndio e da grilagem de terras. O campo é espaço e
território dos camponeses e dos quilombolas. É no campo que estão as
florestas, onde vivem as diversas nações indígenas. Por tudo isso, o campo
é lugar de vida e sobretudo educação.” (FERNANDES, 2002:92)
7.2.
DIVERSIDADE CULTURAL E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
38
Uma característica intrínseca do povo brasileiro é a mistura de vários povos
e várias culturas. O negro ainda sofre discriminações e em nossa sociedade,
assim como o indígena, os orientais, entre outros povos.
Tendo em vista a necessidade de a escola assumir-se como espaço social de
construção dos significados éticos necessários à dignidade do ser humano,
igualdade de direitos, recuso de toda forma de discriminação e a
importância de solidariedade e do respeito, deve proporcionar melhor
convívio dentro da escola e da comunidade.
Demonstrar a importância da pluralidade cultural para o enriquecimento do
relacionamento humano, rumo a uma prática que não cultive dogmas
petrificados onde idéias pré-estabelecidas não venham a destruir novos
horizontes.
A Cultura Afro-Brasileira está contemplada nos conteúdos das disciplinas
oferecidas no Ensino Fundamental e Médio e será realizado conjuntamente
com projetos específicos.
7.3. INCLUSÃO
Com a universalização do acesso à escola, esta oportunizou a todas as
camadas da população o ingresso dos seus filhos nas instituições
educativas, no entanto faz-se necessário zelar pela permanência e
desenvolvimento dos alunos ditos “inclusos”, ressaltando que o termo
empregado não deve ser entendido somente no que diz respeito aos alunos
com necessidades educacionais especiais, mas também o atendimento a
diversidade de qualquer natureza.
Durante os estudos realizados com o grupo de professores e funcionários,
estes relataram que é preciso valorizar o conhecimento prévio do educando
e a sua história, fazer diagnóstico, e assim elaborar mecanismos de apoio
que permitam ao educador observar os resultados alcançados por menores
que
estes
sejam,
procurando
desenvolver
nos
educandos
suas
potencialidades através do envolvimento em projetos, valorização de suas
atividades, avanços diários e nas disciplinas.
39
Assim entendemos que o processo de inclusão deve ser dinâmico e estar
em
constante
transformação
primando
pelo
absoluto
respeito
e
reconhecimento às diferenças individuais, sociais, étnicas, religiosas dos
alunos.
Este trabalho não deve ser responsabilidade única do professor, mas sim
encarado como compromisso ético de todos os envolvidos no fazer escolar e
para que todos possam abraçar coletivamente a inclusão banindo de vez os
mecanismos excludentes presentes no contexto escolar, faz-se necessário
refletir constantemente sobre as posturas de todos os envolvidos no
processo escolar - funcionários, pais, professores, alunos, direção, professor
pedagogo,
etc.
coletivamente
–
na
busca
visando a
de
alternativas
permanência
e
possíveis
a promoção
elaboradas
social destes
educandos.
7.4. AGENDA 21
A Agenda 21 é um plano de ação aprovado na conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente em Desenvolvimento, a Rio 92. Na agenda 21
estão definidos os compromissos assumidos que 179 países assinariam e
assumiriam de construir um novo modelo de desenvolvimento que resulte
melhor qualidade de vida para a humanidade e que seja econômica, social,
e ambientalmente sustentável.
7.5. EDUCAÇÃO FISCAL
Tendo em vista que uma das principais características desse início de século
são as mudanças ocorridas em todas as áreas seja ela econômica, social,
cultural, científica, tecnológica, institucional e do capital humano faz-se
necessário um repensar sobre a responsabilidade do ser humano.
Ao entendermos que a educação prima pelo desenvolvimento do sujeito em
todos os aspectos, percebemos a necessidade de despertar a consciência
cidadã, assim a discussão do tema Educação Fiscal, visa a conscientização
40
da sociedade quanto a função do estado de arrecadar impostos e o dever do
cidadão contribuinte de pagar impostos.
No entanto Educação Fiscal não é apenas isso é principalmente um desafio,
pois trata de um processo de inserção de valores na sociedade, entendendo
que o tributo pago assegura o desenvolvimento econômico e social, e com o
devido conhecimento de seu conceito, sua função e sua aplicação.
A verdadeira educação cidadã reflete diretamente sua vida, das pessoas e
da sociedade, pois leva ao conhecimento dos princípios que fundamentam
as práticas sociais e o respeito às práticas democráticas. Dentro desse
contexto cada disciplina conforme o desenvolvimento dos conteúdos
proporcionará na medida dos trabalhos e ou projetos que venham a
conscientizar nossos educandos.
A cidadania se concretiza na sociedade na medida em que os indivíduos
adquirem direitos e ampliam sua participação na criação do próprio estado.
Os direitos que constituem a cidadania são sempre conquistas, resultado de
um trabalho histórico no qual os indivíduos grupos e nações lutam para
adquiri-los e, fazê-los valer.
Faz-se necessário uma educação ativa permanente e sistemática, voltada
para o desenvolvimento de hábitos e atitudes, afim de que haja mudança de
comportamento na sociedade.
Percebemos assim, que a Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização
da sociedade para a função socioeconômica do tributo.
Ressaltamos a filosofia do programa Nacional de Educação Fiscal o qual tem
base nas seguintes idéias:
- é requisito da cidadania a participação individual na definição
da política fiscal e na elaboração das leis para sua execução;
- os serviços públicos somente poderão ser oferecidos à
população se o governo arrecadar tributos;
- os recursos públicos são geridos pelos representantes do povo,
cabendo ao cidadão votar responsavelmente, acompanhar as ações de seus
representantes e cobrar resultados;
41
- a sociedade tem limitada capacidade de pagar tributos,
portanto, os recursos públicos devem ser aplicados segundo prioridade
estabelecidas em orçamento e com controle de gastos;
- o pagamento voluntário de tributos faz parte do exercício da
cidadania.
O envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos
públicos,
estabelece-se
controle
social
sobre
o
desempenho
dos
administradores públicos e asseguram-se melhores resultados. Assim sendo
a cumplicidade do cidadão em relação às finanças públicas torna mais
harmônicas sua relação com o estado.
A Educação Fiscal já é um tema desenvolvido nas disciplinas, como História,
Filosofia, Sociologia, Matemática que visam sensibilizar o educando no
exercício da cidadania. Assim, deseja-se buscar condições apropriadas para
que o tema Educação Fiscal seja desenvolvido, trabalhado especificamente
de maneira mais específica não apenas nas disciplinas, mas com tema
gerador.
7.6. TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Conforme o item ciência e tecnologia já citados anteriormente, ambos
quando
conduzidos
adequadamente
proporcionam
transformações
significativas no mundo.
As tecnologias estão presentes no nosso cotidiano, pois se referem aos
equipamentos com os quais lidamos em nossas atividades rotineiras.
Pensadores contemporâneos e a mídia em geral estão sempre mencionando
que estamos em plena “sociedade tecnológica” assim a tecnologia deve ser
utilizada no contexto escolar, trazendo benefícios no processo ensinoaprendizagem.
Hoje, a escola dispõe-se de vários recursos tecnológicos tais como: TV,
vídeo, aparelho de som, retro projetor, máquina fotográfica, computador e
42
outros disponíveis para tornar o espaço escolar mais dinâmico, pois tais
recursos podem viabilizar a troca entre professor, informação e aluno.
De acordo com Almeida em seu texto “Tecnologias para a gestão
democrática”, ressalta:
“...
nessa
educacional
perspectiva,
assume
a
um
concepção
significado
de
gestão
abrangente,
democrático e transformador, que supera e relativisa o
conceito de administração escolar, embora não o
despreze, porque ele constitui uma das dimensões da
gestão escolar voltada à compreensão da escola como
espaço de conflitos de relações interpessoais, de
negociação
pessoais
entre
para
a
interesses
construção
coletivos
do
e
Projeto
projetos
Político
Pedagógico da escola ”.
Diante do exposto acima, cabe lembrar que os recursos tecnológicos não
anulam nem torna menos importante o papel do professor na, pelo contrário
este pode ser um facilitador da aprendizagem. Cabe a cada profissional da
educação superar este mito ousando conhecer e operacionalizar os recursos
tecnológicos
como
instrumento
de
trabalho,
visando
uma
prática
pedagógica mais eficiente.
A superação do mito implica em estratégias pedagógicas de aproximação
do professor a essas novas tecnologias que podem ser viabilizadas por meio
de grupos de estudos e oficinas práticas que auxiliarão paulatinamente na
melhoria das atividades escolares.
O Colégio dispõe de alguns dos recursos tecnológicos citados anteriormente
e encontra-se buscando alternativas para adquirir outros para que cada
professor em sua disciplina e na interdisciplinaridade possa enriquecer suas
aulas, e os professores utilizam juntamente com os alunos tais recursos
disponíveis mediante agendamento.
43
Entendo que tecnologia não trata somente do uso do computador, os
profissionais tem proporcionado trabalho e projetos com as tecnologias
existentes na escola e acessíveis aos alunos.
8. AÇÕES COLETIVAS PARA UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA
8.1. COMPROMISSO POLÍTICO PEDAGÓGICO COM A PRÁXIS EDUCATIVA
Diante
de
uma
caminhada
reflexiva
acerca
da
especificidade
dos
conhecimentos necessários à formulação do Projeto Político Pedagógico
onde buscamos nortear concepções, princípios e objetivos manifestada
através
de
uma
realização
coletiva,
onde
todos
os
envolvidos
compreenderam a relevância e contribuíram na elaboração e organização
do trabalho educativo escolar, a escola pretende seguir os princípios
filosófico educativos aqui levantados.
O diagnóstico dos problemas que se evidenciam em nossa realidade
escolar, do ponto de vista político-pedagógico nos conduzem a uma prática
transformadora
direcionada
a
uma
ação
conjunta
de
emancipação
cumprindo seus propósitos e sua intencionalidade.
8.2. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
Segue-se na elaboração do Calendário Escolar as instruções da SUED/SEED
que contêm a Resolução Secretarial Anual com as orientações pertinentes a
serem seguidas a cada ano letivo. As resoluções contemplam a legislação
vigente e a forma de aplicá-la.
44
A carga horária mínima do ano letivo será 800 horas anuais, distribuídas
por um mínimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar.
8.3. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR EM RAZÃO DAS ESPECIFICIDADES
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio possui
04 turmas de 5ª a 8ª série no período matutino e 04 turmas no período
vespertino.
As turmas são distribuídas primeiramente atendendo as necessidades de
locomoção dos alunos, uma vez que há transporte escolar somente no
período matutino, garantindo aos alunos provenientes de fazendas,
chácaras, sítios a matrícula no referido período.
As turmas do período vespertino são organizadas de forma a atender as
necessidades dos educandos moradores dentro do patrimônio.
No Ensino Médio, período noturno, não há problemas na organização e
distribuição das turmas, uma vez que há somente uma turma para cada
série.
A Hora Atividade garantida pelo Plano de Carreira, Cargos e Salários venho
a contribuir com o trabalho do professor e em conseqüência com toda
comunidade escolar.
Tendo noção de sua real importância os professores do Colégio Estadual São
Luiz Gonzaga – EFM, realizam-na no estabelecimento onde se organizam
individualmente
repensando
sua
45
prática,
planejando
atividades
diversificadas,
dialogando
com
pais,
comunidade,
diretor,
professor
pedagogo na busca e melhoria do ensino ofertado.
8.4.
CRITÉRIOS
PARA
ORGANIZAÇÃO
E
UTILIZAÇÃO
DOS
ESPAÇOS
EDUCATIVOS
A princípio “é preciso ficar claro que a escola é uma organização orientada
por finalidades,...” Veiga (1995), e diante de tais finalidades deve-se
considerar o contexto, os limites, os recursos disponíveis (humanos,
materiais e financeiros) e a realidade escolar. Diante desses pontos
específicos da estrutura organizacional citada anteriormente na realidade
sócio-educativa do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga.
Diante desses pontos específicos e da estrutura organizacional citada
anteriormente. Os critérios fundamentais para organização e utilização dos
espaços educativos devem privar sempre um ensino-aprendizagem que
visem os objetivos da escola e todas as condições relevantes descritos em
todo este projeto.
Neste intuito, a organização e utilização dos espaços educativos se fará uma
busca contínua de suprir as necessidades apresentadas no desenrolar das
atividades escolares, de acordo com as necessidades educativas exigidas
pela realidade escolar, bem como, por uma funcionalidade prática e
eficiente, ou seja, que as mudanças que se realizem ou que se façam
necessárias cumpram uma intenção de melhoria da prática educativa,
contemplando todo o ato educacional escolar.
Essas atitudes de mudança devem ser geridas de forma democrática, por
uma avaliação reflexiva pela coletividade de verificação da real necessidade
de mudança.
A utilização dos espaços educativos de forma abrangente, onde seja
explorada em sua forma didático-metodológica, que possibilite a melhoria
da
leitura,
escrita,
interpretação,
pensamento
lógico
e
relações
interpessoais de atendimento das reais necessidades dos educandos;
46
galgando o máximo de usurpação deste espaço, configuram as intenções
educativas.
8.5. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
São recursos disponibilizados na sua maioria pelo Governo Estadual e
Federal. O Colégio recebe mensalmente o Fundo Rotativo advindo de
recursos financeiros do orçamento do Estado destinado à manutenção e
outras despesas relacionadas com a atividade educacional, o valor do
repasse é de acordo com o número de alunos matriculados, sendo
gerenciado pelo diretor da escola.
O Colégio dispõe ainda de Cota Suplementar do Fundo Rotativo para
complementar a Merenda Escolar denominada Escola Cidadã ou mediante
solicitação direta a Fundepar para reparos e melhoria no prédio.
Outro recurso que o Colégio dispõe é o Programa Dinheiro Direto na Escola
que trata-se de um recurso do Governo Federal repassado às Associações
de Pais, Mestres e Funcionários uma vez ao ano, é calculado de acordo com
o número de alunos do Ensino Fundamental.
Quanto aos recursos próprios tem-se o apoio da APMF e Comunidade
Escolar os quais realizam eventos e promoções que visam além de
recreação recursos financeiros para complementar as despesas do Colégio.
8.5.1. PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.
- CONSELHO ESCOLAR
É um órgão colegiado representativo da comunidade escolar. De acordo
com o Estatuto do Conselho Escolar, título I das Disposições Preliminares no
Capítulo II da Natureza, dos Fins, o artigo 4º de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e realização do
trabalho escolar.
47
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a
eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
O Conselho escolar assim, assegura o desenvolvimento de todas as
questões pedagógicas administrativas e financeiras, que diretamente
contribui no fazer escolar, tendo em vista a garantia na qualidade do ensino.
- DIREÇÃO
A prática ou ação da direção escolar é uma ação social e política, uma
prática que une os componentes da instituição escolar. A ênfase que é dada
à direção escolar é o de canalização das potencialidades tanto dos
profissionais da escola, dos alunos quanto dos elementos da comunidade
externa.
Segundo Heloísa Luck (1998) a ação dos diretores são líderes
pedagógicos, apoiando o estabelecimento de prioridades, avaliando os
programas
pedagógicos,
enfatizando
a
importância
dos
resultados
alcançados pelos alunos, como também enfatizando e manutenção de um
clima escolar positivo e de solução de conflitos.
Podemos dizer que a direção escolar orienta, estimula, cria, conduz o
ensino-aprendizagem, dentro da instituição. Assim, deve ficar claro que a
direção, professores pedagógicos administrativos e de apoio alinham-se e
complementam-se em suas funções, com alunos, pais, comunidade e
professores. O educador quer seja dentro ou fora da sala de aula, depende
de todos os segmentos para executar o seu trabalho, independente de qual
área de atuação exerça dentro da escola. O que difere uma da outra é
exatamente (a função ou atuação), pois em todas deve haver uma relação
de união. Não há como atingir objetivos e realizar uma educação de
qualidade, sem a colaboração de todos.
- PROFESSOR PEDAGOGO
A atuação do professor Pedagogo é realizada visando o todo da escola sem
fragmentá-lo, como anos atrás que se dividia em orientação e supervisão
48
escolar. Constitui-se num trabalho que tem o compromisso de garantir a
qualidade do ensino da educação, da formação humana da qualidade do
processo de humanização do homem através da educação.
O perfil do pedagogo é o de que este seja um profissional “educadorpesquisador”, envolvido em todas as questões que dizem respeito à
educação sejam elas de ordem política social, econômica e outra, assim “a
identidade do pedagogo e ampliada, ultrapassando a meia função de
transmissor do conhecimento “(Veiga, 1997:98) onde o profissional aprenda
e compreenda o saber, o saber-fazer e o saber-ser (Libâneo: 1990).
Neste contexto, o papel específico do profissional pedagogo é o de uma
atuação global, visando o todo da escola, para Pimenta (1995), a escola
precisa de profissionais que tenham visão de sua especificidade numa
totalidade orgânica e segundo Luckesi (Candau, 1998) que desempenhe seu
papel,
especialmente,
no
desenvolvimento
de
uma
atitude
mais
dialeticamente crítica, sobre o mundo e sua prática educacional, a partir de
conhecimentos filosóficos, científicos, técnicos e afetivos, desempenho este,
que alimente princípios éticos de autonomia.
Deve ter uma conotação de pluralidade de objetivos, que envolva, além dos
aspectos políticos e sociais do cidadão (Grispun, 1996), que visem o
aprimoramento do ensino-aprendizagem relativas, docentes e não docentes
ao educando como (aos professores).
Que permita vincular a realidade do ensino às necessidades dos educandos,
construindo em seu agir, um projeto histórico de desenvolvimento do povo,
que se traduz e se executa em um projeto pedagógico, (Veiga, 1997:25).
O papel específico do pedagogo é voltado para a qualidade do trabalho
pedagógico e suas rigorosas formas de realização, mas também, e
sobremaneira comprometida com um novo conhecimento - o conhecimento
emancipatório.
Esse
é
o
maior
desafio
do
pedagogo,
conduzir
os
educandos
à
aprendizagem, de forma que, por meio dela formulem uma visão crítica e os
liberte das amarras que os prende, possibilitando, a transformação da
49
sociedade, através do pleno entendimento das relações que se manifestam
dentro da escola. Assim, o trabalho pedagógico é direcionado à prática
pedagógica, política e organizacional de todo o fazer pedagógico no interior
da escola pública.
Dessa forma a prática pedagógica deve enfatizar a dimensão humana social
da aprendizagem direcionando especial atenção a questão cultural do
sujeito, com a intenção de uma formação continuada, como processo
permanente. Apresentando uma comunicação, com o entorno externo da
escola com o estabelecimento de parcerias num trabalho cooperativo, de
gestão participativa e democrática, rumo à plena cidadania.
- CORPO DOCENTE
O caminho percorrido na construção do conhecimento é uma verdadeira
viagem em que o corpo docente e discente estão constantemente ligados
com o novo, o desconhecido, e em contato com os valores e atitudes
baseados na ética e no dever cívico que propiciam ao cidadão uma
formação e participação mais ativa e adequada do ponto de vista social. Se
esta construção acontecer paralela, certamente diminuirá a distância em
não aderir ao processo de civilização e aumentará o reconhecimento dos
direitos e deveres nas relações do cidadão com o seu meio social e político.
A atuação do próprio aluno e a construção do seu saber se operam na
interação constante entre o saber escolar e os demais saberes contínuos e
permanente de aquisição no qual interferem fatores políticos, sociais,
culturais e psicológicos.
A característica básica é ter como objetivos compartilhados de todo corpo
docente à construção final do processo em função de que não podemos
ignorar que a escola tem como responsabilidade e obrigação repassar
conceitos básicos imprescindíveis e necessários à vida em sociedade.
- CONSELHO DE CLASSE
50
Tendo em vista que o Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação
restrita a cada classe do estabelecimento, tem o objetivo de avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno, bem como
definir coletivamente os procedimentos adequados a cada caso.
Conforme dispõe no Regimento Escolar, haverá tantos Conselhos de Classe,
quantas forem as turmas do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar os dados da
aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do
processo ensino-aprendizagem dos alunos, além de analisar os resultados
da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a
organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico.
Os procedimentos utilizados pelo professor pedagogo, juntamente com
professores preconizam uma série de levantamentos provenientes das
intervenções
pedagógicas
realizadas
durante
o
bimestre
(Ensino
Fundamental) ou o semestre (Ensino Médio) busca-se a superação do
superficialismo didático permitindo a reflexão sistêmica sobre todo o
processo que envolve o desenvolvimento da aprendizagem.
Por se tratar do estabelecimento ter poucas turmas são realizados pelas
professoras pedagogas levantamentos junto aos professores na sua horaatividade enfocando o desempenho de cada aluno e oportunizando ao
professor refletir sobre sua prática pedagógica.
Após levantamento dos dados de todas as turmas com todos os professores
são elencados questionamentos acerca de todos os itens que envolvem o
processo
ensino-aprendizagem,
fatores
intrínsecos
e
extrínsecos
ao
processo, permitindo a todos os envolvidos redimensionar seu papel
enquanto sujeitos do processo.
A Equipe Pedagógica descreverá o perfil da turma com o resultado obtido
dos professore no Conselho de Classe no dia específico previsto em
calendário. Depois é feita a comunicação aos pais sobre o rendimento e a
freq”uência escolar de seus filhos.
51
Fica evidente a todos os professores da escola, através de estudo realizado,
que o Conselho de Classe tem contribuído muito com o redimensionamento
do trabalho pedagógico, pois as informações levantadas através da troca de
experiência proporcionam novos encaminhamentos didático-pedagógicos.
Uma das especificidades do Conselho de Classe é a mediação entre sala de
aula, professor e outras instâncias no que diz respeito à aprendizagem do
aluno e compromissos pedagógicos assumidos coletivamente.
- DA BIBLIOTECA
Como a biblioteca escolar constitui-se num espaço pedagógico, cujo acervo
está à disposição de toda Comunidade Escolar, durante o horário de
funcionamento da escola, o profissional que desempenha a função de
bibliotecário, deve ser qualificado e compreender que o seu papel no fazer
educativo – pedagógico é de vital importância, pois a biblioteca deve
garantir a aprendizagem, na medida em que contribui com esta através de
seus instrumentos (acervo...) permite interação com outros segmentos da
escola (alunos, professores, próprio bibliotecário).
O papel do bibliotecário no fazer pedagógico; além do especificamente
técnico; é dar suporte no processo de ensino-aprendizagem, tanto do
docente quanto do educando, pela mediação que sua função proporciona no
exercício dos trabalhos, é de contribuição com uma atenção especial ao
aluno, de promoção de uma atitude investigativa, de motivação, à
aprendizagem. A biblioteca tem que ser um espaço gostoso e agradável.
Não devemos esquecer que os livros são sempre um convite para se
conhecer
novos
horizontes,
lugares,
pessoas,
histórias,
ideais
e
conhecimentos.
Esta viagem através dos livros deve acontecer, portanto, em um lugar que o
leitor possa ficar com tranqüilidade. O importante é que os livros e a
biblioteca sejam utilizados pelos alunos, visando uma formação crítica,
contextualizada sobre sua realidade.
52
- DA SECRETARIA
O cargo de secretária é exercido por um profissional qualificado para a
referida função. É o setor que tem a seu encargo todo o serviço de
escrituração escolar e correspondência do estabelecimento.
Sua função abrange competências administrativas, técnicas citadas no
regimento escolar, e no cumprimento dessas, abrange também os aspectos
interpessoais que contribuem para a qualidade do trabalho realizado no
interior da escola.
Nesse sentido, o trabalho de secretário é de organização e encaminhamento
dentro do próprio setor e com os demais funcionários administrativos
(auxiliares) referentes à divisão do trabalho a ser executado, como também
com o corpo docente, privando pela melhor adequação tanto relacionada ao
professor quanto ao aluno.
No desenrolar do procedimento de seu trabalho é fundamental que haja
uma boa comunicação do secretário com os demais funcionários da escola;
com a direção, com o professor pedagogo, professores e outros segmentos.
Este procedimento é necessário para o bom desenvolvimento das atividades
escolares, contribuindo assim para não fragmentação do trabalho escolar.
- SERVIÇOS GERAIS
Os profissionais dos serviços gerais conforme regimento escolar Art. 48,
Parágrafo único é composto de: servente, vigia e inspetor de alunos.
Na nossa realidade escolar contamos apenas com as serventes, (não
possuindo vigia nem inspetor de alunos), que tem a seu encargo o serviço
de manutenção, preservação do estabelecimento de ensino.
Entretanto
esses
trabalhos,
desempenham
meio
que
indiretamente,
atingem a função de ensinar, considerando que a escola é uma instituição
voltada para o ensino, e enquanto parte desse processo também exerce
influência no fazer educativo. Contribuem como exemplo e como sujeitos no
processo de ensino no sentido de preservação, conservação do local de
53
trabalho e consequentemente na melhoria do ambiente interno, externo
escolar e na qualidade da aprendizagem.
Dentro dos Serviços Gerais possuímos a tarefa específica de merendeira
que tem a seu encargo, estoque, conservação e preparo dos alimentos a
serem servidos para os alunos. Tem como uma das responsabilidades
manter a cozinha e os utensílios utilizados em perfeita higienização. Seu
trabalho contribui para complementação alimentar de muitos alunos.
Proporcionando um cardápio Nutritivo, saboroso, atendendo assim as
necessidades alimentares dos educandos.
- GRÊMIO ESTUDANTIL
“O Grêmio é o órgão representativo do corpo discente de cada unidade
escolar e tem por finalidade favorecer o desenvolvimento da consciência
crítica, da prática democrática, da criatividade e da iniciativa”. (Paro in:
Bastos, 2001:74).
Como a escola é uma instituição educativa deve contribuir para manutenção
de autonomia, participação, valorização da cultura, nesse ínterim, a escola
deve promover o interesse de organização do grêmio na busca desse
objetivo
promovendo
a
gestão
democrática,
representatividade,
comunicação entre os membros da comunidade escolar no exercício do
trabalho coletivo.
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino
Fundamental e Médio encontra-se em estudos e conscientização do corpo
discente quanto a sua importância.
- APMF
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário, religioso,
54
racial e nem fins lucrativos, visa representar os reais interesses da
comunidade, promovendo o entrosamento entre pais, alunos, professores,
funcionários e de toda a comunidade escolar, contribuem, dessa forma para
a melhoria da qualidade de ensino, tendo em vista uma escola pública,
gratuita e universal.
No exercício das atividades atribuídas à APMF, esta vem dar suporte ao
trabalho de gestão escolar no sentido de sugerir, aprimorar, discutir,
proporcionar, promover, gerir e colaborar com sugestões para a melhoria da
qualidade do ensino e democratização do mesmo de acordo com o Projeto
Político Pedagógico.
- CORPO DISCENTE
O Corpo Discente do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino
Fundamental e Médio é representado por todos os alunos regularmente
matriculados no estabelecimento, tendo seus direitos, deveres, proibições e
sanções devidamente regimentados.
Nosso aluno, ser situado no tempo e espaço necessita da escola enquanto
mediadora do conhecimento, formadora de opinião, instrumentalizadora na
conquista da cidadania.
9. REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
O ENVOLVIMENTO DOS SEGMENTOS DA ESCOLA.
O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, conta com o trabalho da
comunidade escolar e das instâncias colegiadas para que se efetive o
processo de aprendizagem e para que o sujeito aprendente alcance uma
formação cidadã, crítica, consciente e emancipadora.
Para que se atinja esta interação, todos os sujeitos envolvidos
no ser-fazer educativo escolar e social, possuem papel específico e
55
contribuem com este intento, permeado por uma gestão democrática e
participativa.
56
AÇÕES PREVISTAS
SITUAÇÃO
EVIDENCIAD
A
METAS
AÇÕES CURTO
PRAZO
AÇÕES MÉDIO
PRAZO
AÇÕES LONGO
PRAZO
2 ANOS
2 ANOS OU +
1 ANO
Dar
a
conhecer a lei
- Lei 10.639 – 10.639
–
Cultura Afro- Cultura Afrobrasileira
e brasileira e a
africana.
africana
a
toda
comunidade
escolar.
-Reunião
por
áreas
para
estudar a lei e
definir
os
conteúdos
a
serem
trabalhados nas
disciplinas de Todas
as
disciplinas
estarão
envolvidas
na
discussão.
- Formar
grupo
capoeira
escola.
- Fazer reflexões
no
dia
da
Consciência
Negra (20/11).
- Semana da
Cultura
Afro
(maio).
-
Despir-se -
Na
prática
57
um
de
na
RESPONSÁVEIS
RECURSOS
HUMANOS E
FINANCEIROS
- Lei 10.639.
- Profissionais da
-Ministério
Educação.
Público.
-Órgãos
- APMF / Fundo
Colegiados.
Rotativo
- Sociedade Civil.
diária
fazer
valer o que
dos
preconiza a lei
preconceitos
e
integrar
éticos raciais
naturalmente
- Diversidade e
o respeito, a
Cultural.
promovendo
diversidade, a
reflexões
valorização do
dobre
o
outro
no
tema.
contexto
social.
Educação - Integrar
do campo.
culturas
homem
campo e
cidade.
as
do
do
da
- I Seminário
de Integração
CampoCidade.
Festa
da
Construir Colheita.
uma
nova imagem
do Envolvimento
homem
do de todas as
campo
disciplinas.
desmistifican
do a idéia do
caipira,
desengonçad
o,
inculto
valorizando
suas
tradições, sua
58
Comunidade
Escolar.
Sociedade
Civil.
- EMATER.
- Mídia
- Cooperativas.
Secretaria
Municipal
do
Meio Ambiente
e Educação.
Sindicato
Rural.
SENAR
SEBRAE.
–
identidade.
Prefeitura
municipal.
Professores,
Professores
Pedagogos.
- Mídia
- Aprofundar o
conhecimento
da realidade
do município
de Mamborê
sua vocação
- Reconhecer agrícola, em
os valores do cada um das
espaço rural disciplinas.
para
a
vivência
prazerosa
e
com
Adotar
uma
qualidade
postura
de
sustentável.
atenção
constante
à
integração
campo cidade.
59
- Associação de
moradores das
comunidades
rurais.
Parcerias
Sociedade Civil,
Prefeitura
Municipal, Fundo
Rotativo, APMF.
Gravidez
das
adolescentes
, prostituição
infantojuvenil,
“casamentos
”,
drogadição.
Conscientizar
alunos e pais
para
a
valorização e
promoção da
vida.
Projeto
sexualidade
para todas as
séries.
Colocar
frases
reflexivas
referentes
à
no
Pr leitura
pátio
e
muros
ojeto
valorizando a da escola.
vida.
- Despertar o
gosto
e
o Projeto:
- Dificuldades interesse pela
Palavra
na
leitura.
escrita,
aprendizage
m
(leitura,
Instaurar
interpretação
projeto
de
,
escrita,
apoio Língua
produção
Portuguesa e
textual,
Matemática –
cálculos
Protagonismo
matemáticos
Juvenil
básicos).
- Solicitar Sala
de Apoio.
- Manter os
diagnósticos
nos primeiros
dias letivos.
60
- Professores da
educação.
APMF,
Fundo
Centro
de Rotativo.
Saúde.
Sociedade
Civil.
Professores, - APMF, Fundo
professor
Rotativo.
pedagogo
e
bibliotecário.
Professor,
Professor
Pedagogo,
Alunos – Ensino
Médio.
- Professor de
apoio.
- Reestruturar,
no
coletivo,
produções dos
alunos
e
incentivar
a
reescrita
individual, em
as
- Estabelecer todas
parcerias com disciplinas.
as Instituições Dar
a
de
Ensino conhecer
o
Superior.
acervo
da
biblioteca
a
professores e
alunos.
Solicitar
parcerias com
as IES para
desenvolver
projetos
de
leitura, escrita
e
cálculos
básicos.
- Professores.
Criar
um
espaço físico
destinado
especialmente
à leitura, “sala
de leitura”.
61
- Direção
CIES,
FELCILCAM
–
CEFET,
Acadêmicos.
SEED
FUNDEPAR
/
Sala - Manter o
ambiente
ambiente
Artes
educativo
sala de Artes
e
equipá-lo
com
o
mínimo
necessário
para
o
desenvolvim
ento
do
trabalho.
- Fazer uso do
ambiente
educativos,
regularmente.
Evasão
Repetência.
- Projeto Fica.
/ - Reduzir os
índices
de
Baixo repetências
e
evasão
rendimento.
escolar
mantendo a
qualidade do
ensino.
- Professores de Fundo
Educação
Rotativo, APMF.
Artística.
Direção.
Manter
projeto
controle
da
evasão
e
repetência.
- Comunidade
Escolar,
Fundo Rotativo,
Conselho
APMF.
Tutelar,
Ministério
Público.
- Sociedade
Civil, NRE.
Envolver
mais os pais
nos
compromissos
62
escolares,
cumprindo
com
sua
função social.
- Capacitação Dar
continuada
continuidade
escolar.
à formação
continuada
prevista pela
escola, NRE,
SEED.
Aproveitar os
momentos de
hora
atividade,
reuniões
pedagógicas,
grupos
de
estudos,
conselho
de
classe
para
reflexão,
estudos, troca
de
experiências.
Prover
oficinas,
palestras para
todos
os
profissionais
63
Professores Fundo
pedagogos,
Rotativo, APMF.
professores,
direção,
funcionários,
NRE, SEED.
Fundo
Rotativo, APMF.
Professores
pedagogos,
professores,
direção,
funcionários,
NRE, SEED.
da educação.
- Bem Público. - Promover a
valorização
do
bem
público e do
ambiente
escolar
e
social.
- Campanhas
de
conscientizaçã
o em relação
à preservação
do
bem
público.
Professores
pedagogos,
professores,
direção,
funcionários,
NRE, SEED.
Realizar
mutirões.
Realizar
atividades
culturais.
- Inclusão.
- Promover a
inclusão
- Exclusão.
natural
evitando
Discriminação todas
as
.
formas
de
discriminaçã
Desigualdade o e exclusão.
s sociais.
- Criar a sala
de
recursos
para atender
os alunos com
necessidades
educativas
especiais.
64
A longo prazo.
Professor SEED.
especializado.
- NRE.
- SEED.
Professor
pedagogo,
professor.
SEED.
Capacitar os
docentes
de
todas
as
disciplinas
para atender
os inclusos.
- Fazer uso de
metodologias
diferenciadas
visando
atingir
a
individualidad
e.
Professor APMF.
especializado.
Fundo Rotativo.
- NRE.
PDDE.
- SEED.
Professor SEED.
pedagogo,
APMF.
professor.
Fundo Rotativo.
Professor PDDE.
especializado.
- NRE.
- SEED.
SEED.
-
Professor
pedagogo,
professor.
Promover
adequações
no
espaço
físico.
65
Professor
especializado.
APMF.
Fundo Rotativo.
PDDE.
SEED.
- NRE.
APMF.
- SEED.
Adquirir
material
didático para
auxiliar
o
processo
ensinoaprendizagem
.
Fundo Rotativo.
Professor PDDE.
pedagogo,
professor.
SEED.
APMF.
Professor
Fundo Rotativo.
especializado.
PDDE.
- NRE.
- SEED.
- Buscar a
integração e
valorização de
todos,
incentivando
sua
participação
nos projetos e
atividades
desenvolvidas
pela escola.
- Buscar a
inter-relação
entre
as
diferenças
66
Professor
pedagogo,
professor.
Professor
especializado.
NRE.
- SEED.
Professor
pedagogo,
professor.
que coabitam
o
universo
escolar
valorizando as
potencialidad
es de cada
um,
partilhando no
coletivo seus
dons.
-Conteúdos
fragmentados
/
contextualiza
dos.
- Diminuir as
barreiras
entre
as
diferentes
disciplinas,
estabelecend
o o diálogo
Currículos
orgânicos
/ entre elas de
forma
a
desafios.
desenvolver
uma postura
multi
e
interdisciplin
ar.
- Implementar
a partir de
2006
novas
Diretrizes
Curriculares
para o estado
do Paraná.
Participar dos
cursos
de
capacitação
continuada
que venham a
subsidiar
tal
implementaçã
o.
Aprimorar
a
67
Professor, SEED.
aluno, Professor APMF.
pedagogo.
Fundo Rotativo.
- Família.
PDDE
prática
docente fazer
acontecer
a
contextualizaç
ão.
Falta
de
perspectiva e
o
descompromi
sso com o
saber.
Desenvolver
autonomia
para
a
tomada
de
decisões.
Parcerias Buscar
com
o recursos junto
SEBRAE.
ao
governo
Estadual
e
- Incentivar a
Federal
para
participação
manter
os
nas atividades
extra- classe projetos extrapais e alunos. classe.
Violência, - Aprender a - Grupo de
indisciplina e gerenciar
estudo (pais e
desrespeito.
conflitos
professores).
(professor,
- Formação da
aluno
e escola
de
família).
pais.
- Requerer a
Patrulha
Escolar.
- Palestras de
promoção
e
prevenção da
vida.
Buscar
parceria
através
do
Conselho
de
Direito
da
Criança e do
adolescente
com
o
município e a
SEED para ter
acesso
a
profissionais
especializados.
68
Professores, SEED, APMF.
APMF.
- Professores.
- SEED.
- APMF.
- APMF.
- SEED.
- Conselho de
da
- Conselho de Direito
Direito
da Criança e do
Criança e do Adolescente.
Adolescente.
- Mídia.
Campanha
promovendo a
paz.
Falta
de Buscar
recursos para recursos dos
viabilizar
os órgãos
projetos.
governament
Falta
de ais e nãoequipamentos governament
tecnológicos. ais.
- Implementar
os recursos na
execução dos
projetos.
- Aquisição de
equipamentos
tecnológicos.
- Aquisição de
recursos
didáticos
e
paradidáticos.
Projetos
solicitação
de recursos
através
de
bolsas.
69
Direção,
NRE, SEED,
APMF,
SEED,
APMF, Conselho
Conselho
Escolar.
Escolar
10. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS
A realidade escolar tem apresentado transferências de alunos para outras
escolas, como também recebimento de alunos provenientes de outras
escolas; alunos que se evadem da escola; alunos ausentes por atestado
médico, alunos com licença maternidade.
Quanto ao recebimento de alunos transferidos para a escola, inicialmente
procura-se
conhecê-lo,
o
motivo
da
transferência,
conhecer
o
desenvolvimento de sua aprendizagem, ou seja, realizar uma avaliação inicial,
e, propiciar os mecanismos necessários para sua integração na escola.
Ao aluno que registra ausência significativa ou seqüencial, será convocada a
família
para
oportunizada
comparecimento
atividades, com
e
esclarecimentos
o intuito
de
e
orientação,
será
readequação ao conteúdo
programático e promoção de sua aprendizagem contemplando também os
egressos, geralmente este trabalho é realizado em contra-turno com
acompanhamento pelos professores no período da hora atividade, ou
professores pedagogo. Quanto aos alunos com atestado médico, que
apresentam poucos dias de ausência, é proporcionado a realização de
atividades em forma de trabalho, e revisão em sala. Os alunos com atestados
médicos longo, serão encaminhadas atividades na residência assim como para
as alunas que apresentam licença maternidade, ou seja, ensino à distância
utilizada
como
complementação
da
aprendizagem
menos
situações
emergenciais, Art. 32 §4º.
10.1. PRÁTICAS AVALIATIVAS
O fazer educativo tem sido motivo de reflexão a partir da realização deste
Projeto Político Pedagógico. Assim, na execução desta reflexão acerca das
práticas
avaliativas
listamos
as
práticas
58
avaliativas
utilizadas
pelos
professores até este momento, prova escrita; atividades em sala de aula;
trabalho individual e em grupo; pesquisa individual e em grupo; desempenho
no conteúdo em participação oral, (contribuições, questionamentos, outros);
estruturação, produção e real reestruturação de textos, confecção de
desenhos – leitura e releitura.
Em seguida, colocamos as práticas avaliativas que estarão sendo realizadas
para a verificação da aprendizagem dos alunos, após análise sobre as formas
de avaliação presentes na escola. Assim confrontando com a prática docente,
foi consenso como prática avaliativa a ser executada na escola as seguintes:
estruturação, produção e reestruturação de textos priorização da expressão
oral,
exposição
oral (apresentação de
trabalho,
leitura, interpretação,
raciocínio lógico), avaliação escrita, relatórios, pesquisa, desenhos (leitura e
releitura); participação nas atividades da escola (no coletivo); debates,
seminários, entrevistas (no coletivo); tarefas em classe e extra classe.
Observamos que as atividades podem ser realizadas em grupo, individual, em
dupla, de acordo com a dinâmica a que se almeja. Foram ampliada as formas
de avaliação para considerar a aprendizagem do educando no todo, para levar
em conta as potencialidades dos alunos de maneira global, procurando
romper com práticas excludentes e manipuladoras. Continuamos com a
prática de algumas formas de avaliação por entender que estas são
necessárias
no
diagnóstico,
no
redimensionamento
de
novas
práticas
avaliativas e no trabalho pedagógico a ser desenvolvido. Na prática avaliativa
os professores estarão considerando as tentativas do aluno na realização das
atividades: as dúvidas levantadas e manifestadas; a interação com o grupo
(colegas e professores), a autonomia do aluno ou os passes em direção a ela);
o
progresso
em
relação
à
condição
anteriores
de
aprendizagem.
E
considerando também que a avaliação de atividades desenvolvidas por alunos
com necessidades educativos especiais deve ser realizada a partir de um novo
“olhar”...
10.2. RECUPERAÇÃO PARALELA
59
Pimenta (1995) nos fundamenta: quando da chegada do aluno, pode-se fazer
uma avaliação que procure conhecer suas condições reais, para que a partir
destas se defina os procedimentos a adotar, a partir do que ensinar, como
ensinar, pensada em conjunto com os professores e pedagogos.
É importante discutir porque é importante esta avaliação, para que vai servir,
como vai ser feita, que instrumento usar, quem constrói os instrumentos,
quem aplica e interpreta. A Recuperação Paralela será oportunizada aos
alunos que não atingiram os 100%, após dada a verificação de aprendizagem
de conteúdo, conforme prevê o Regimento Escolar.
10.3. AOS ALUNOS QUE APRESENTAM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
O passo inicial de atendimento ao aluno com dificuldades de aprendizagem
escolar é a restauração do “clima” de sucesso e de participação positiva no
trabalho escolar. O fundamental é resgatar a auto-estima destes alunos,
encorajando-os e dando –lhes estímulos para que possam recuperar a vontade
de aprender, que é a mola de todo progresso individual e coletivo.
Valorizando o que ele sabe será mais significativo o desenvolvimento da
aprendizagem do que fazê-lo aprender o que ainda não sabe?
Na continuidade dos trabalhos surge a relevância de atividades lúdicas e
prazerosas não só no âmbito deste trabalho pedagógico, mas também na
contribuição de desenvolvimento do espírito de equipe (socialização) e
desenvolvimento integral de potencialidades individuais e sociais. Como o
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ens. Fundamental e Médio não possui
sala de apoio os alunos são atendidos pelos professores através de
acompanhamento em sala de aula, procurando intensificar a aprendizagem.
Em alguns casos de maior dificuldade, é realizada uma investigação das
dificuldades mais significativas para orientações didático-pedagógicas em
acompanhamento individualizado pelo professor na hora atividade ou no final
do período ou pelo Professor Pedagogo.
10.4. DOCUMENTAÇÕES LEGAIS
60
Documentos
Legais
que
regulamentam
o
processo
escolar
do
estabelecimento, são eles: Regimento Escolar, Estatuto do Conselho Escolar e
Estatuto da Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
61
62
11. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
EIXO
GESTÃO
DEMOCRÁTICA
OBJETIVOS
- Oportunizar
momentos no
decorrer do 1º
semestre onde a
comunidade
escolar tenha
conhecimento do
plano de ação da
Gestão
Democrática onde
esteja flexível a
possíveis
alterações no que
se refere ao
conselho de
classe do 1º e 2º
bimestre.
DETALHAMENTO
Uma
ampla
reunião
coletiva
para
exposição
com
todos
os
segmentos e em
posteriores
momentos
com
grupos
menores
para
reavaliação
de critérios.
- Conselho
escolar;
- Conselho
de
classe;
- Representante
de turma;
- Grêmio
estudantil;
- Conselho
- APMF.
Escolar;
- Participação
- APMF;
dos pais;
- Pais;
Reuniões
- Grêmio.
coletivas.
Compartilhar com
a equipe e a
comunidade
os
sonhos
as
CONDIÇÕES
- Transparência
s;
- Cartazes;
- Textos;
- Comunidade
Escolar;
- Atuando nas
ações
da
comunidade
escolar,
em
parcerias com
o
conselho
tutelar
e
promotoria;
- Propor
medidas que
melhorem
o
aproveitamen
to escolar;
- Porta-voz da
turma;
- Reivindicar e
defender
os
interesses
estudantis;
- Entre outras,
CRONOGRAMA
Início de cada
semestre.
Todo o processo
será desenvolvido
no período de
janeiro de 2006 a
dezembro
de
2007.
RESPONSÁVEL
- Diretor
e
equipe
pedagógica.
- Toda
a
Comunidade
escolar
e
Família.
63
esperanças,
as
dúvidas
e
os
anseios, surgidos
na
busca
de
mudança
para
construir
uma
nova realidade.
-
-
planejar,
acompanhar,
aplicar
e
gerênciar os
recursos
financeiros;
Exercer
um
papel
importante
dentro
da
escola, como
instância
de
formação
primária,
Troca
de
experiência e
toda
comunidade
escolar.
64
EIXO
OBJETIVOS
-
PROPOSTA
PEDAGÓGICA
-
Identificar
o
aluno
como
foco
do
processo
educativo;
Trabalhar para
o
fortalecimento
da unidade do
trabalho
escolar, onde
todos possam,
juntos,
planejar
e
executar ações
para que a
escola cumpra
a sua função,
que
foi
discutida
no
Projeto
Político.
DETALHAMENTO
CONDIÇÕES
Adequação das
Diretrizes
Curriculares junto
ao P.P. Reuniões
com todos os
segmentos da
Comunidade
Escolar para:
-
Estabelecer
contatos,
discutir regras,
direitos
e
deveres.
- Discutir
a
função
da
escola
entre
outros.
Identificação dos
problemas
de
aprendizagem
para
encaminhamento
s metodológicos.
Estabelecer
discussões com a
-
-
Reuniões com
toda
a
comunidade
escolar;
Atendimento
aos
pais
e
alunos
individualment
e;
Conselho
de
Classe e PréConselho;
Sala de Apoio;
Alunos
monitores;
Recuperação
de
estudos
através
de
voluntários
(Estagiários);
Equipe
pedagógica
para apoio.
CRONOGRAMA
RESPONSÁVEL
-
Inicio
fevereiro;
em 1. Direção
-
Bimestralment Equipe
e;
Pedagógica;
-
Bimestralment Professores;
e;
Alunos.
-
Início
em
Março/Abril.
65
comunidade
escolar
sobre
como ocorre o
processo
de
Ensino
Aprendizagem.
EIXO
FORMAÇÃO
CONTINUADA
OBJETIVOS
DETALHAMENTO
OportunizarCapacitação
formação,
Geral:
capacitação
a Palestras,
professores,
Reuniões,
funcionários, pais Seminários,
e alunos.
Fóruns, Gincana.
CONDIÇÕES
1. Recursos
Humanos
da
própria escola,
2. Parceria
com
município
e
sociedade civil,
3.
Parcerias com
Professores:
as IES e NRE.
Grupo de Estudos,
1.
APMF,
Hora
Atividade,
2. Conselho
Reuniões,
Escolar
Oficinas,
Conselho
de
CRONOGRAMA
RESPONSÁVEL
Bimestral,
1. Conselho
Semestral e de
Escolar;
acordo com as 2. APMF,
necessidades.
3. SEED/NRE,
4. Equipe
Pedagógica.
66
Classe.
Funcionários:
Palestras, Grupo
de Estudos,
Reuniões
Setoriais, Cursos,
Encontros para
troca de
experiências.
1. Equipe
Pedagógica.
Pais:
Palestras,
Reuniões.
Alunos:
Conferenciais,
Palestras,
reuniões e
Fóruns.
OBJETIVOS
DETALHAMENTO
CONDIÇÕES
CRONOGRAMA
RESPONSÁVEL
E
I
X
O
QUALIFICAÇÃO
DOS ESPAÇOS E
EQUIPAMENTOS
1.Estabelecer
normas para
utilização,
2. Prover
unidade
ensino
1. Construir
1. Capacitação e 1.
Datas
novos espaços
treinamento
comemorativas,
educativos
do
corpo 2.
Semana
para
atender
a
docente
e
pedagógica
ou
a
proposta
funcionários
quando
julgar
de
pedagógica:
para
operar
necessário
cada
com
1. Direção,
2. Instâncias
colegiadas,
3. FUNDEPAR/
4. APMF,
5. Grêmio
67
novos espaços
educativos,
3. Promover
a
aprendizagem
do educando,
4. Viabilizar
readequação
dos
espaços
existentes na
escola
para
melhor
aproveitament
o pedagógico.
biblioteca
equipamentos
(melhorar),
.
laboratórios,
2. Disponibilizar
sala de apoio,
recursos:
quadra
de
APMF, Estado,
esporte
Munícipio,
(melhorar),
ONGs
e
sala para hora
Projetos.
atividade,
(melhorar),
oficinas
e
refeitório.
ano
construir
um espaço de
acordo
com
a
prioridade.
Estudantil.
68
12. PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO
O trabalho a ser realizado pelo Professor Pedagogo deve seguir os objetivos
do Plano de Ação aqui apresentados contemplando os Princípios Filosóficos
do trabalho escolar, os princípios norteadores da educação estarem de
acordo com suas concepções e com o plano de ação da Escola e as leis que
regem a educação, visando a situação da realidade onde a escola está
inserida.
Deve contemplar o que é descrito no Projeto Político Pedagógico e através
de análise e avaliação freqüente configurar à realidade descrita, ou seja,
durante o caminhar e o desenvolver do trabalho escolar, o trabalho
pedagógico deve se voltar a um trabalho que cumpra a função de
averiguação do real, do existente nas escolas públicas e da articulação com
o desejável, com o necessário na democratização do ensino.
A partir da realidade de nossa escola o professor pedagogo desenvolverá ao
longo dos anos seus trabalhos buscando condições para a efetivação das
propostas do Projeto Político Pedagógico aproveitando dos recursos físicos,
humanos e financeiros disponíveis na escola. A partir do apoio das
instituições municipais, da comunidade e do NRE.
12.1. CARACTERIZAÇÃO: Ensino Fundamental 5º a 8ª series e Ensino Médio
12.2. NOME DA ESCOLA: Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ens.
Fundamental e Médio
12.3. RESPONSÁVEL: Professores Pedagogos
12.4. JUSTIFICATIVA: Tendo em vista que a escola pública tem apresentado
rotatividade dos profissionais da educação, o presente plano de ação se
justifica na necessidade de atender a curto, médio e longo prazo os
objetivos políticos-pedagógicos e organizacionais do fazer educativo. Nessa
68
69
intenção, abrange uma continuidade no trabalho pedagógico uma vez que
circunda todas as instâncias envolvidas nesse processo quer seja do
docente, do discente, da equipe pedagógica, do não-docente em educação
ou instâncias colegiadas.
“Se justifica devido a essa articulação que terá como
consequência
a
valorização
pedagógico
da
efetivar
transmissão/apropriação
a
escola,
do
enquanto
especificamente
instrumento
dos
para
conteúdos”
PIMENTA, 1995, p. 147.
12.5. EIXOS NORTEADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Entendendo a escola como instância fundamental para a emancipação das
camadas populares, compete ao professor pedagogo conhecer, articular e
instrumentalizar o professor e o aluno, no sentido de que estes possam reelaborar conhecimentos articulados aos interesses das camadas menos
favorecidas.
A dimensão pedagógica do trabalho do professor pedagogo parte do
entendimento que a busca pelo conhecimento deve ser uma constante , ou
seja, o ato de ensinar conteúdos, metodologia e avaliação requer
conhecimentos
da
relação
professor/aluno
e
todas
as
implicações
decorrentes desse ato.
Na dimensão política do ato de ensinar, o professor pedagogo, deve
entender o papel da escola enquanto agente de transformação da
sociedade visando a emancipação das camadas populares.
Na dimensão organizacional do ato de ensinar o professor pedagogo deve
estar ciente que a articulação dos meios necessários para que haja a
socialização dos conhecimentos deve primar pelo caráter de estar
articulando os dados obtidos afim de que estes venham a alimentar
eficazmente o trabalho escolar.
69
70
Devemos entender que essas três dimensões citadas acima, não devem ser
vistas e entendidas fragmentadas e sim que uma dimensão depende da
outra para acontecer e que a atuação do pedagogo na organização do
trabalho
escolar
deve
romper
com
as
amarras
do
individualismo,
desconfianças e com o medo, questionando posturas uma vez que a escola
reflete a compreensão dos saberes, na construção dos valores humanos
necessários.
12.6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO TRABALHO DO PROFESSOR PEDAGOGO
TENDO EM VISTA A EFETIVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
-
Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto
político pedagógico e do plano de ação da escola;
-
Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da
escola a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes
Curriculares Nacionais do CNE;
-
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e
para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
-
Participar e intervir junto à direção, da organização do trabalho
pedagógico escolar;
-
Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola;
-
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na
escola;
-
Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do calendário
letivo, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e
disciplinas do “recreio”, da hora atividade e de outras atividades que
interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;
-
Coordenar junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas a partir de critérios legais, pedagógicos-didático desenvolvido
na escola pelo coletivo dos profissionais.
70
71
-
Prestar assistência pedagógico-didática aos professores para se chegar a
uma situação ideal de qualidade e ensino (considerando o ideal e o
possível), auxiliando-os a conceber, construir e administrar situações de
aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos;
12.7. PRÁTICA SOCIAL
Constatados os índices de seletividade e evasão que persistem na educação
brasileira, percebeu-se que é necessário a transformação dos mecanismos
internos que a tornam seletiva, repensando a escola, sua organização e
funcionamento,
para
que
torne-se
efetivamente
socializadora
dos
conhecimentos.
Percebendo que a escola enquanto uma prática social, tem sido utilizada
para
a
transmissão
de
valores
conservadores
da
sociedade
como
mecanismo de dominação social.
Dessa forma os profissionais da educação atuando juntos na escola pública
podem fazer com que esta desempenhe um papel de transformação social.
O fundamental compromisso da escola se fundamenta no ato de ensinar e
aprender, assim pode-se perceber que a “ênfase está na transmissão, na
apropriação
ou
assimilação
dos
conhecimentos
e
na
conseqüente
reelaboração desses conhecimentos, articulado ao interesse dos educandos,
ou, dos docentes e não-docentes pelo fato de que ensinar e aprender é um
ato político-pedagógico que requer conhecimento e participação coletiva.”
Assim, o professor pedagogo vem desempenhar a mediação entre a
organização escolar e o trabalho docente, garantindo condições favoráveis
ao alcance dos objetivos político – pedagógicos da educação escolar.
12.8. INSTRUMENTALIZAÇÃO
Dentro das atividades a serem desenvolvidas pelo professor pedagogo,
atribuímos a necessidade de desenvolver acompanhamento e orientação
71
72
aos professores com intenção de melhoria da qualidade do ensinoaprendizagem, bem como, melhoria dos vínculos entre professor-aluno.
Para isso utilizaremos dos espaços de: hora-atividade, Conselho de Classe e
oportunidades diante do calendário escolar para grupo de estudos,
formação continuada e fornecimento de material de apoio didáticopedagógico, com ênfase nas necessidades apresentadas.
Acompanhamento
necessidades
e
e
orientação
dificuldades
de
aos
educandos,
aprendizagem,
a
partir
como
de
também,
suas
de
motivação, incentivo e feed-back de seu desenvolvimento educativo e
exploração de seu potencial artístico, criativo e estético.
Acompanhamento e orientação de todos os profissionais da escola e
instâncias colegiadas buscando sempre a compreensão de que o fazer
escolar é proporcionado pela integração de todos os segmentos da escola e
de que todos têm papel fundamental enquanto sujeito transformador da
sociedade.
Esse procedimento se efetuará quotidianamente, e em eventuais momentos
de reflexões coletivas, como na avaliação semestral do Projeto Político
Pedagógico ou em palestras dirigidas a cada instância, como também nas
reuniões do Conselho Escolar, A.P.M.F e outros.
72
12.9. CRONOGRAMA
FEV
MAR ABR MAI
O
-
Reunião Pedagógica,
X
-
Palestra alunos,
X
-
Reunião Funcionários,
-
Reunião Pais ,
-
Recepção e Diagnóstico para alunos
oriundos de outras escolas
X
-
Reunião APMF,
X
-
Conselho Escolar,
-
Levantamento e encaminhamento alunos
com dificuldades,
X
-
Acompanhamento Hora Atividade,
X
-
Organização e catalogação de material
apoio para desenvolvimento de projetos,
JUN
JUL
OUT NOV DEZ
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Organização de grupos de dança e de
teatro,
X
X
X
-
Elaboração do regimento da Biblioteca,
X
X
X
-
Conselho de classe, Reunião pais entrega
-
AGO SET
E
X
X
X
X
X
X
73
74
12.10. PARTE DA REFLEXÃO
Pelo acompanhamento, análise e registro das atividades proporcionadas, bem
como dos resultados apresentados durante o bimestre. Realizar-se-á a
avaliação do plano de ação da equipe pedagógica, onde será proporcionado
principalmente pelo momento do conselho de classe os dados relevantes
acerca da aprendizagem dos alunos bem como, da metodologia de ensino
utilizada pelos professores, as dificuldades e conflitos que se evidenciaram na
realização das atividades escolares e nos relacionamentos interpessoais
fundamentais no processo ensino-aprendizagem em sala de aula.
Nesse ínterim, realizar-se-á reunião bimestral com a equipe administrativa e
profissionais da escola, pois é um segmento fundamental para se constatar de
que em todo o contexto escolar o ensino-aprendizagem têm-se efetivado.
12.11. PRÁTICA SOCIAL FINAL
A prática social final ficará evidenciada através do pessoal envolvido no fazer
– educativo, todas as pessoas que interagem e se socializam durante o
processo e pela apresentação de mudanças na realidade apresentada, ou
seja, através de um clima otimizador, um clima agradável de aprendizado e
trabalho, um bem estar coletivo, onde o espírito da comunidade escolar, social
tem caminhado e alcançado os objetivos e visões compartilhadas, visando a
maximização do tempo de aprendizagem é que entenderemos os resultados
efetivos.
75
13. DIRETRIZES PARA ACOMPANHAMENTO
TRABALHOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA.
E
AVALIAÇÃO
DOS
Tendo em vista que a ação reflexiva das atividades realizadas no cotidiano da
escola deve –se efetivar buscando o direcionamento enfocado no Projeto
Político Pedagógico, esta ação deverá privar a democratização na tomada de
decisões num processo contínuo de ação – reflexão – ação; com um tempo
mínimo necessário para consolidação da sua proposta.
Baseado nos dados concretos oriundo do Projeto Político Pedagógico, a escola
se organiza para colocá-los em ação – tendo em vista um caráter auto critico;
não como algo estanque, nem como compromisso de eficiência e eficácia,
mas como resultado da própria organização do trabalho pedagógico e de
extensão do ato educativo.
O processo de acompanhamento se realizará durante todos os momentos de
manifestação dos trabalhos, do desempenho do pessoal docente e nãodocente, do currículo, das atividades extra – curriculares e do projeto político
pedagógico, através da observação e avaliação diagnóstico e preventiva.
A curto prazo, entendemos o acompanhamento e avaliação no dia-a-dia da
escola, na semana ou, até do mês equiparados ao desenvolver das partes, ou
seja, equivalentes as atividades que serão realizadas no decorrer do período,
e que, deve ser observada para modificá-las, se necessário.
Durante o processo, todas as instâncias envolvidas no fazer educativo estarão
acompanhando e avaliando, pois todos têm o compromisso registrado
enquanto parte fundamental na democratização e emancipação educativa.
O processo de avaliação, tendo em vista, discussão, reflexão, registro e
redimensionamento será realizado numa periodicidade semestral, pois, a
efetivação das finalidades apresentados no Projeto Político Pedagógico se
fazem ao longo do tempo.
76
Para que o acompanhamento e a avaliação se façam com qualidade nas
decisões e promova uma reflexão, será realizada avaliação permanente, para
perceber se as ações planejadas estão modificando a realidade apresentada,
se está chegando aos resultados propostos, pois, a avaliação é ponto de
partida e ponto de chegada.
Estes resultados devem garantir a prática do projeto que a coletividade se
propôs a realizar.
Pensamos
numa
avaliação
global,
fundamentada
no
Projeto
Político
Pedagógico, nesse sentido, a avaliação se fará na análise dos grandes
problemas enfrentados e nos grandes avanços alcançados e quais os desafios
para o próximo semestre.
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87
ANEXOS
88
PROJETOS
1. AGENDA 21 ESCOLAR
Atendendo as propostas dos resultados do estudo da Agenda 21 Global,
Brasileira, Estadual, Municipal, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EF e EM
e
comunidade
escolar
tendo
consciência
da
necessidade
de
estar
desenvolvendo ações que viabilizem o uso sustentável dos recursos naturais
primando pela igualdade no acesso e condições necessárias a melhoria da
qualidade de vida, vem através deste incorporar à sua prática a Agenda 21
Escolar.
A escola não se limita somente ao interior do muro escolar, ela está inserida
dentro de um contexto histórico e real, a efetivação do trabalho escolar
realizado influencia a formação integral do ser humano, enquanto sujeito
social ciente de seus direitos e deveres na sociedade.
Todos os envolvidos no trabalho escolar ao assumirem-se enquanto sujeitos
sociais percebendo que a responsabilidade pela preservação do planeta e em
conseqüência de todas as espécies é compromisso de cada cidadão.
Os profissionais do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga participaram do Fórum
para a construção da Agenda 21 Escolar, onde através dos encaminhamentos
propostos no referido Fórum obtiveram os conhecimentos necessários para o
trabalho na escola.
Professores, Funcionários, pais, alunos e Conselho escolar, assumem a postura
do trabalho coletivo e evidenciaram os principais problemas encontrados na
escola e na comunidade bem como as ações necessárias para superação dos
mesmos, onde está em construção o Projeto da Agenda 21 Escolar e ao
mesmo tempo sendo colocado em prática.
89
Percebe-se que muitos profissionais têm oportunizado dentro da prática
escolar, textos, filmes e discussões que permitem aos educandos analisar os
problemas encontrados pela comunidade escolar no cotidiano bem como
possíveis soluções.
No entanto, faz-se necessário um trabalho mais amplo, como meios para
efetivar a conscientização necessária, assim através de reunião realizada pela
comissão será oportunizado:
- Palestras com toda a comunidade escolar, família, Conselho Escolar e com
outros segmentos da sociedade;
- Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados levantados a
serem encaminhados às autoridades locais e ou regionais, conforme caso e
aos possíveis parceiros;
- Mobilização de toda escola e comunidade para realização de Seminário;
- Confecção de frases, faixas, cartazes, slogans, etc;
Espera-se que com os trabalhos a serem desenvolvidos no Projeto Agenda 21
Escolar, este venha a sensibilizar e mobilizar todos os segmentos que fazem
parte de nossa comunidade e que as ações a serem concretizadas venham a
contribuir para a preservação de nosso planeta.
90
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Agenda 21
Escolar
91
Mamborê, dezembro de 2005.
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1Nome da Escola: Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino
Fundamental e Médio.
1.2Endereço: Av Getúlio Vargas, s/n. CEP 87.340-000.
1.3Telefone: (44) 3569 1032.
1.4Município: Patrimônio Guarani – Mamborê – Paraná.
1.5Núcleo de Jurisdição: Campo Mourão – Paraná.
1.6Endereço Eletrônico:
1.7Coordenadora Técnica da Agenda 21 Escolar: Sueli Martins Cordeiro
Litron.
2. PARTICIPAÇÃO NA AGENDA 21 ESCOLAR
Quantidade
Comunidade escolar
de Pessoas
por grupo
Participando da Construção
da Agenda
92
- Agma L. R. Pinto
- Zélia A. N. Trento
- Fábio M. de Oliveira
- Edna Scharlau
Professores
09
- Lucia K. Lemes
- Ireni F. Costa
- Inêz Litron
- Ivanilde F. Costa
- Sueli M. C. Litron
-
Jaqueline de Moura
-
Taíze S. de Mello
-
Josieli Brandão de Lima
-
Mauricio A. C. Massano
-
Alessandra dos Reis de
Souza
Alunos Representantes
Equipe técnica Pedagógica
Equipe Administrativa
12
02
02
-
Maria Beatriz M. Tostes
-
Fabiana de Oliveira Silva
-
Sidivana de França
-
Andréia de França Sirino
-
Dauana P. Machado
-
Janisléia C. dos Santos
-
Diones dos Santos Correia
-
Eliane Garcia Castro
-
Lindamir A. A. Sobanski
-
Simone de Paula Lang
-
Angelita Tamiossi
-
Marina R. da Mata
93
-
Marli Ribas Sphair
-
Doralice V. de Oliveira
Maria Ivone Bartiniski
Serviços Gerais
02
APMF
01
-
-
-
00
-
01
-
Grêmio Estudantil
Comunidade Civil
Organizada
Conselho Escolar
Adriana Maria Ghiraldi
3. REUNIÕES
LOCAL
Colégio Estadual São Luiz
Gonzaga
Colégio Estadual São Luiz
Gonzaga
Colégio Estadual São Luiz
Gonzaga
Colégio Estadual São Luiz
Gonzaga
Colégio Estadual São Luiz
Gonzaga
1
DATA
NÚMERO DE
PARTICIPANTES1
26/09/2005
12
05/10/2005
50
05/11/2005
27
15/11/2005
12
07/12/2005
12
A relação de presença se encontra no Anexo de acordo com lista de presença ou ata própria
94
4.
RECONHECIMENTO:
ANÁLISE DA
RELATO DAS OBSERVAÇÕES
COMUNIDADE
Apresenta clima sub-tropical úmido
mesotérmico. Quanto à temperatura, a média nos
meses quentes fica acima dos 22º C e nos meses
frios, em torno de 14 ou 15ºC.
A atitude é 750 metros, em relação ao nível do
mar. Apresenta relevo suave ondulado. A
4.1. Recursos Naturais. declividade varia de 1 a 45%.
Os solos são divididos da seguinte maneira:
latossolo roxo, latossolo vermelho escuro, terra
roxa estruturada, podzólico vermelho-amarelo e
outros. Calcário e fertilizante passaram a ser
aplicados com bastante intensidade, devido ao mau
uso do solo.
O município de Mamborê possui uma população
de 15.156 habitantes e 10.732 de eleitores.
Opatrimônio do Guarani apresenta população
equivalente a 1.500 habitantes.
O percentual de famílias que vivem abaixo da
linha da pobreza é de 41%, Segundo o referencial
da ONU, aquelas que sobrevivem com renda
4.2.População
equivalente ou menor a U$ 1,00 por dia, em
relação ao total de famílias do município. Isto se dá
devido ao modelo de economia adotado desde os
anos de 1970 com a mecanização e monocultura, e
também porque o município possui comércio e
indústria incipientes o que proporciona pouca
geração de emprego e renda e poucas perspectivas
de vida para a maioria da população de menor
95
poder aquisitivo.
Mamborê, especificamente no patrimônio
Guarani, caracteriza-se por uma economia
basicamente agrícola com altos índices de
produtividade e que gera uma boa arrecadação de
impostos para o porte do município.
Porém a distribuição de rendas está bem longe
ser de eqüitativa como demonstra os indicadores
levantados pelo SEBRAE para desenvolvimento da
Agenda 21 Local: o município produz 5.915.000
litros de leite por ano, possui um rebanho de
4.3. Recursos
20.332 de bovinos, 181.200 suínos, produz 7.058
Econômicos
quilos/ano de casulos do bicho-da-seda, 157.180
toneladas de soja/ano, 44.100 toneladas de
trigo/ano, 64.000 toneladas de milho/ano.4
O patrimônio do Guarani, situado a 22 Km. da
sede de Mamborê,
possui
índice de pobreza
bastante elevado, pois não
possui comércio
desenvolvido, a maioria da população busca sua
subsistência nas grandes fazendas que circundam
o
patrimônio,
no
entreposto
da
Coamo,
em
contratos temporários.
O patrimônio do Guarani obtém como segurança
Pública o subsdestacamento da Polícia Militar.
Como ação preventiva as escolas convidam o
4.4. Segurança Pública
serviço de segurança pública para a realização de
palestras na escola, como a realização do programa
PROERD com os alunos da 4ª série e palestra para
os alunos de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio.
4
Fonte: Prefeitura, citada pelos indicadores do SEBRAE, 2004.
96
O patrimônio do Guarani, não possui rede de
esgoto, são usadas fossas sépticas, devido a tal
realidade
apresentada
acarretam
vários
problemas. Não possui coleta seletiva de resíduos
sólidos urbano, como também de resíduos solos
enviado
para
reciclagem,
O
coeficiente
de
mortalidade infantil até um ano é de 14.49%, no
índice do município, o patrimônio do Guarani
contribui com significativa porcentagem neste
índice. Pode-se dizer que o índice é alto, já que A
Organização
Mundial
da
Saúde,
considera
o
indicador como bom quando o coeficiente é menor
4.5. Saúde
que 10 óbitos por 1000 nascidas vivos. Para o
SEBRAE
este
índice
reflete
os
cuidados
da
sociedade com o recém-nascido e é um indicativo
da qualidade genérica do ambiente a que está
exposto.
Salienta
que
a
mortalidade
infantil
diminui com a educação e com simples cuidados
relativos à higiene e ao saneamento básico.
7
O percentual de gravidez na adolescência é de
36% no município, o patrimônio do Guarani
encontra-se dentro deste índice.
O Fundo Municipal de Saúde mantém atividades
tais como: curso de gestante, encontros para
hipertensos, diabéticos, e palestras.
Segundo dados do IBGE em 2004 Mamborê
4.6.Recursos da
constava no Ensino fundamental - 2004 com 2.429
Educação
matrículas, e 123 docentes, já Ensino Médio com
742 e 39 docentes.
7
Fonte de dados do Fundo Municipal de Saúde, citados pelos indicadores do SEBRAE, 2004.
97
O município tem um percentual de evasão
escolar no Ensino Fundamental de 2,45% e no
Ensino Médio de 11,63%.
O município conta com 02 escolas de Educação
Infantil, destas uma é da rede particular.
Tem três Centros de Educação Infantil, sendo
um filantrópico.
Consta com oito escolas municipais que atende
Educação Infantil – nível III e Ensino Fundamental
de 1ª a 4ª séries. Sendo quatro da zona rural.
Possui três escolas que atende alunos do Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries. Duas da rede
Estadual e a outra da rede particular.
Tem duas escolas Estaduais que atende alunos
do Ensino médio, sendo que uma delas fica no
patrimônio do Guarani.
Todas as escolas conta com uma biblioteca.
O patrimônio do Guarani possui um Centro Comutário,
uma quadra poliesportiva, um campo de futebol suíço.
O patrimônio conta com um projeto extensivo
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
4.7.Prestação de
Serviços
Adolescente, direcionados ao ensino de
informática, projeto estadual Segundo Tempo
(esportivo). Conta também com o Posto de Saúde,
a Pastoral da Criança. O patrimônio conta com
Centro de Atendimento Infantil.
Necessita de maior acompanhamento às
4.8. Demanda
famílias disfuncionais e baixa renda familiar e
Socioeducativa
também programas educativos para crianças até
14 anos e para os jovens.
98
A Escola recebe diferentes influências
apresentando como problemas que interfere no dia
a dia da escola: Drogadição e Prostituição,
constituindo a maior causa de reprovação e evasão
4.9. Problemas do
Entorno da Escola
escolar.
Também temos como problema o uso dos
agrotóxicos nas lavouras, que afetam o solo, a
água e o ar, causando diferentes tipos de doenças,
principalmente alergias. outro problema
apresentado são as queimadas residuais das
residências.
5. DIAGNÓSTICO
Resultado da Análise
das Observações
Diante
levantados
dos
trabalhos
problemas
realizados
ambientais
foram
escolares
baseados nos seguintes eixos: Preservação do
Patrimônio
Público;
Saúde;
Lixo,
Água
e
Saneamento Básico.
Referente ao eixo Preservação do Patrimônio
Público foram levantados os seguintes problemas:
danificação das carteiras; lixos no chão de salas e
pátio, estragos nos banheiros, desperdício de
água
na
escola,
danificação
de
materiais
literários e pedagógicos, sujeira no muro devido
fugas para gazear aulas. Sendo assim, percebe-se
que a degradação do patrimônio público e escolar
é constante, por falta de cooperação e higiene
por parte dos alunos, professores e funcionários,
e
comunidade
local,
dificultando
o
trabalho
realizado pelos responsáveis na manutenção dos
99
recursos disponíveis.
Referente ao eixo Saúde foram levantados os
seguintes problemas: gravidez na adolescência,
drogas lícita e ilícitas,
a falta de higiene e de
qualidade na alimentação, saneamento básico.
Referente ao eixo lixo foram levantados os
seguintes problemas: falta recipientes específicos
para depósito dos lixos orgânico e reciclável,
desperdício de alimentos e papéis, pátio sujo,
falta de coleta seletiva
Referente ao eixo água e saneamento básico
foram
levantados
os
seguintes
problemas:
desperdício coletivo em torneiras, chuveiros,
descargas e mangueiras, falta de conscientização
de que a água é um recurso finito.
100
Muitas vezes não nos damos conta dos
problemas que existem a nossa volta. O cotidiano
e a tendência a se acomodar impedem que
percebamos fatos e situações que afetam o meio
ambiente e a escola não está isenta de problemas
ambientais. Isso implica a necessidade de
reflexão constante sobre nossas práticas.
A Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999 reproduz
concepções básicas da educação ambiental.
Sabemos que uma lei tem muitas funções e a
principal delas pe garantir direitos e deveres dos
Posicionamento dos
cidadãos, da sociedade, do poder público. Mas ela
Participantes
só garante de fato se houver participação efetiva
dos cidadãos. Queremos dizer que a Educação
Ambiental não deve se constituir numa
obrigatoriedade ao cidadão, mas que este se
compreende como parte integrante do meio
ambiente. Cuidar do meio ambiente é um
verdadeiro desafio para nós cidadãos. Faz-se
necessário um equilíbrio nas relações de
consumo, pois há os que destroem pelo excesso
de consumo, como por aqueles que não possuem
o mínimo acesso necessário ao consumo, pois
ambos afetam consideravelmente o ambiente.
A maior dificuldade está na falta de consciência
dos agricultores, que não utilizam os recursos da
natureza com princípios éticos, ou seja, uso
Causas/Motivos
indevido da terra gerando a poluição do ar, do
solo e da água.
Outro fator é a sociedade consumista que gera
enormes pressões sobre o meio ambiente, e por
aqueles que agridem pelo subconsumo.
101
Portanto desejamos a partir dos problemas levantados desenvolver Estratégias
Pedagógicas que levem os educandos a preservar o meio ambiente. Nas discussões
realizadas, o grupo tomou como decisão desenvolver as atividades abaixo relacionadas:
•
Conscientização pelos professores, pedagogos e funcionários
sobre a preservação do patrimônio público por meio de palestras
e conversas diárias;
•
Constar no Regimento Escolar medidas disciplinares para
autores e co-autores de degradações do patrimônio público
escolar;
•
O aluno e responsáveis, (caso seja menor), deverão repor ou
restaurar o que foi danificado;
•
Conscientizar com base na prática dos 5 Rs (repensar, reduzir,
reutilizar, reciclar, recusar).
•
Palestras com médicos e profissionais da área de saúde para
alunos e família, que possam fornecer informações claras e
objetivas sobre saúde e prevenção, hábitos saudáveis de
alimentação e qualidade de vida, drogas lícitas e ilícitas,
desenvolvimento da criança e do adolescente, gravidez na
adolescência.
•
Conscientização por meio de teatro, músicas, paródias; gincanas,
nas atitudes diárias.
•
Promover campeonatos e eventos de lazer nos finais de semana;
•
Organização de gincanas com temáticas ligadas aos 4 eixos;
•
Divulgação através de cartazes e filmes;
•
Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados
levantados a serem encaminhados às autoridades locais e ou
regionais, conforme caso eaos possíveis parceiros
•
Mobilização de toda escola ecomunidade para realização de
Seminários
•
Organização e distribuição das tarefas diárias com relação a
limpeza da escola.
102
•
Pesquisas bibliográficas e de campo;
•
Visitas a mananciais, estações de tratamento de água.
•
Solicitar parcerias com empresas públicas e privadas para
implementação
de
um
aterro
sanitário
no
patrimônio,
e,
instauração de saneamento básico.
•
Pesquisa junto às famílias para levantamento de dados a fim de
realizar-se trabalho estatístico a serem
encaminhados às
autoridades locais e regionais.
•
Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados
levantados a serem encaminhados às autoridades locais e ou
regionais, conforme caso e aos possíveis parceiros;
•
Mobilização de toda escola e comunidade para realização de
Seminário;
6. TÍTULO DA AGENDA 21 ESCOLAR
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio.
7. INTRODUÇÃO
Atendendo as propostas dos resultados do estudo da Agenda 21 Global,
Brasileira, Estadual, Municipal, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EF e
EM e comunidade escolar, tendo consciência da necessidade de se
desenvolver ações que viabilizem o uso sustentável dos recursos naturais
103
primando pela igualdade no acesso e condições necessárias a melhoria da
qualidade de vida, vem através deste incorporar à sua prática a Agenda 21
Escolar.
A escola não se limita somente ao interior do muro escolar, ela está inserida
dentro de um contexto histórico e real, a efetivação do trabalho escolar
realizado influencia a formação integral do ser humano, enquanto sujeito
social, ciente de seus direitos e deveres na sociedade.
Todos os envolvidos no trabalho escolar ao assumirem-se enquanto sujeitos
sociais percebem que a responsabilidade pela preservação do planeta e em
conseqüência de todas as espécies é compromisso de cada cidadão.
Os profissionais do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga participaram do Fórum
para a construção da Agenda 21 Escolar, onde através dos encaminhamentos
propostos no referido Fórum obtiveram os conhecimentos necessários para o
trabalho na escola.
Professores, Funcionários, pais, alunos e Conselho Escolar, assumiram a
postura do trabalho coletivo e evidenciaram os principais problemas
encontrados na escola e na comunidade, bem como, as ações necessárias
para superação dos mesmos
Percebe-se que muitos profissionais têm oportunizado dentro da prática
escolar, textos, filmes e discussões que permitem aos educandos analisar os
problemas encontrados pela comunidade escolar no cotidiano, bem como,
possíveis soluções.
No entanto, faz-se necessário um trabalho mais amplo, como proposto no
presente projeto.
- Palestras com toda a comunidade escolar, família, Conselho Escolar e com
104
outros segmentos da sociedade;
- Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados levantados a
serem encaminhados às autoridades locais e ou regionais, conforme caso e
aos possíveis parceiros;
- Mobilização de toda escola e comunidade para realização de Seminário;
- Confecção de frases, faixas, cartazes, slogans, etc;
Espera-se que com os trabalhos a serem desenvolvidos no Projeto Agenda 21
Escolar, este venha a sensibilizar e mobilizar todos os segmentos que fazem
parte de nossa comunidade e que as ações a serem concretizadas venham a
contribuir para a preservação de nosso planeta.
8. OBJETIVOS.
105
8.1. Objetivo Geral
•
8.2. Objetivos Específicos
•
Presenvar o futuro do
Promover
análise
e
participação
na
planeta, respeitando o
resolução dos problemas ambientais e
meio ambiente,
nas ações para os mesmos
promovendo ações
•
Promover em todos os segmentos da
ambientais com a
escola
comunidade escolar
individual
o
senso
em
de
responsabilidade
relação
ao
uso
dos
recursos naturais.
•
Organizar processos de participação para
a elaboração de acões e tomada de
decisões
sobre
problemas
ambientais
locais.
•
Buscar
continuamente
a
redução
do
consumo dos recursos naturais através
de uso sustentável
•
Sensibilizar
e
conscientizar
todos
os
segmentos da escola e comunidade local
para melhoraria da saúde ambiental.
9. PLANO DE TRABALHO
Atividades
Conscientização
Estratégias
•
Palestras
•
Cartazes
•
Teatro, poesias.
•
Músicas, paródias.
Cronograma
Ano todo
106
Eventos
Campeonatos
Último sábado de cada
•
Gincanas
•
Integração escola e
trimestre
comunidade
•
Semestral
Visitas a mananciais,
Pesquisas Bibliográficas
estações de tratamento Primeiro e segundo
e de Campo;
de água;
•
Mutirão
•
semestre
Pesquisar os eixos
Organizar equipe de
monitoramento
•
Ano todo
Fazer um adendo
Constando medidas
disciplinares para
Regimento Escolar
autores e co-autores de Inicio de ano
degradações do
patrimônio público
escolar
Horta Escolar
• Organizar equipes de
manutenção
Ano todo
10. ORÇAMENTO
Investimento
•
Instalar bebedouros
•
Organizar um local para
Custos
R$600,00
R$ 450,00
compostagem de resíduos orgânicos.
107
10. ORÇAMENTO
•
Construir reservatórios para
•
aproveitamento da água da chuva;
Providenciar recipientes adequados
R$ 800,00
R$300,00
para depósito de lixo
•
Total
R$2150,00
11. POTENCIAIS PARCERIAS
•
Prefeitura Municipal
•
Secretaria Municipal de Saúde e Bem Estar Social
•
Secretaria Municipal de Educação
•
NRE (Núcleo Regional de Educação – Campo Mourão – Pr)
•
ADM (Associação de Desenvolvimento de Mamborê)
•
Empresas Privadas.
12. PROJEÇÃO PARA O FUTURO
Boff (2003 p.119) apresenta que os princípios da carta da terra nos diz:
“Necessitamos com urgência de uma visão de valores básicos para
proporcionar um fundamento ético à emergente comunidade mundial.
Portanto, juntos na esperança afirmamos os seguintes princípios, todos
interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como critério
comum, por meio dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações,
108
empresas de negócios, governos e instituições transnacionais será guiada e
avaliada” com intuito de um mundo mais consciente.
13. AVALIAÇÃO
Envolvidos
Cabe a todos acompanhar a realização das
atividades.
Inserir na suas disciplinas conteúdos que
Professores
desenvolva a conscientização da importância da
preservação do meio ambiente e acompanhar os
projetos realizados
Participar dos projetos desenvolvidos e cumprir as
Alunos
determinações previstas no regimento escolar
Pais
Participar dos eventos oferecidos pela escola
Funcionários da Escola
Acompanhar e participar dos projetos
Comunidade Escolar
Acompanhar e participar dos projetos
14. Como será a inserção da Agenda 21 Escolar no Projeto Político
Pedagógico da escola?
Será contemplado em todas as disciplinas e dando abrangência em
Capitulo a parte.
15. O plano contribuirá para melhorar a relação humana, Homem x
Homem e Homem e Natureza?
A sustentabilidade do planeta convoca urgentemente a todos a co109
responsabilidade por nossa existência como espécie e como planeta, teremos
que tomar decisões coletivas que permitam à evolução garantir um meio
ambiente saudável. Para isso é necessário criar laços de solidariedade e de
cooperação. (Boff, 2003)
Nesta perspectiva o plano irá contribuir, pois contempla um conjunto
de valores e de princípios que orientarão as relações humanas para com a
natureza e consigo mesmo.
16. O conteúdo abordado contempla as DCEs?
No momento em que buscam a compreensão do mundo e suas
transformações, situando o homem como indivíduo participativo e integrante
do Universo, numa visão critica, contribui significativamente para o
desenvolvimento intelectual e ético do educando. Conseqüentemente
gerando uma visão mais clara do compromisso de todos.
17. O plano irá contribuir para melhorar a mudança de hábito,
postura da comunidade escolar? Como?
A partir do momento que o educando perceber-se e conscientizar-se
do seu papel e da sua relação com o mundo em que vive e da sua coresponsabilidade com o mesmo, agirá de forma ética, refletindo na
comunidade.
18. O plano irá contribuir para melhorar o relacionamento e
estimular parcerias da escola com a comunidade? De que maneira
isso irá acontecer?
Acreditamos que todas as atividades levarão a comunidade a ter
mais compromisso com o meio ambiente, como também refletir no seu dia a
110
dia. Acontecerá no desenrolar de todas atividades, na participação de todos.
19. Quais são os atuantes da comunidade escolar que estão
presentes na Construção da Agenda 21 Escolar?
(X) Setor Público (X) Setor Privado (X) ONGs (X) Outros
Qual a sua atuação?
Todos estarão envolvidos diretamente na realização da Agenda 21,
somos todos co-responsáveis na construção de um meio ambiente saudável.
Atuarão de formas diversas como:
•
Palestras
•
Na colaboração de recursos financeiros.
•
No acompanhamento e realização das atividades
•
Outros.
20. REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA
1. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
http://www.ibge.gov.br/, acessado em 02/12/2005.
2. BOFF, Leonardo. Ethos Mundial: Um Consenso mínimo entre os
Humanos. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
3. BRASIL – Ministério da Educação. Programa Parâmetros em Ação,
Meio Ambiente na Escola: guia do Formador. Secretaria de
Educação Fundamental. Brasília: MEC; SEF, 2001.
4. Ambiente Brasil. Integração 21, construção da Agenda 21
temática. http://www.ambientebrasil.com.br. Acessado em
01/12/2005.
111
2. PROGRAMA SEGUNDO TEMPO
O Segundo Tempo é um Programa do Ministério do Esporte em parceria com o
Ministério da educação e possibilita o acesso à prática esportiva aos alunos
matriculados nos níveis de ensino fundamental e médio do sistema de
educação pública do Paraná.
Através de atividades esportivas no contra-turno escolar, o programa colabora
com
a
inclusão
social,
bem-estar
físico,
promoção
da
saúde
e
desenvolvimento intelectual de crianças e adolescentes que se encontram em
situação de vulnerabilidade social.
A ação deste programa caracteriza-se pelo acesso a diferentes modalidades
esportivas, através de atividades individuais e coletivas desenvolvidas sob a
forma de projetos educacionais em espaços físicos escolares.
3. PROJETO EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS
E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA
De acordo com a Lei nº 10639/03 – MEC que institui a obrigatoriedade do
ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino
fundamental e médio, vem contribuir com o histórico da contribuição dos
negros na construção e formação da sociedade brasileira.
112
Nesse sentido, a escola através da educação escolar tem o compromisso de
resgatar a dignidade da pessoa humana, rumo a uma postura não marcado
por posturas subjetivas e objetivas de preconceito, racismo e discriminação
aos afro-descendentes. Comprometida com a promoção do ser humano na sua
integralidade, estimulação a formação de valores, hábitos e comportamentos
que respeitem as diferenças e as características próprias dos grupos.
4. VAMOS CUIDAR DO BRASIL – CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE
Com a união do Ministério da educação e do Meio ambiente para realização da
II Conferência nacional Infanto-Juvenil pelo meio Ambiente, no ano de 2005
com o tema Vivendo a Diversidade na escola e I Conferência Infanto Juvenil
pelo Meio Ambiente realizada em 2003.
Em 2005 os temas escolhidos partem de questões mundiais, presentes em
acordos tratados e convenções internacionais assinados pelo Brasil e chegam
a cada localidade, a cada sala de aula, Mudanças Climáticas, Biodiversidade,
Segurança Alimentar e Nutricional, Diversidade Étnico Racial.
Tem o intuito de divulgar acordos Internacionais assinados pelo nosso país
com compromissos que influenciam o dia-a-dia das comunidades. Para
fortalecer espaços de debate na escola sobre as questões sociais e ambientais
da comunidade e perceber como eles se relacionam com o mundo,
incentivando a nova geração para transformações sociais e ambientais para o
reconhecimento da diversidade étnico-racial.
5. PROGRAMA FICA COMIGO
O Programa Mobilização para a Inclusão escolar e a Valorização da vida foi
concebido pela Secretaria de Estado da Educação – SEED com parceria com o
Ministério Público. Seu objetivo maior é garantir que nenhuma criança fique
fora da escola, impedindo que os números de evasão escolar, motivado por
vários fatores históricos, sociais ou mesmo educacionais continuem a crescer
no Paraná em proporções alarmantes.
113
Com este programa, a Secretaria busca confirmar a concepção democrática
de escola como direito de todos. Com a implantação do documento
denominado FICA, a escola participa de uma rede de enfrentamento à evasão,
promovendo a inserção no sistema educacional, das crianças e adolescentes
que tenham sido excluídos.
6. PROJETO PALAVRA ESCRITA – Protagonismo Juvenil
É um projeto de valorização da leitura para o desenvolvimento do gosto pela
leitura, para que a mesma cumpra sua função social psicológica emocional,
cognitiva e cultural relacionando todos os aspectos referentes aos alunos.
Buscando a melhoria da qualidade de ensino à aprendizagem, oportunizando
progressos na expressão oral e escrita, conhecimento de novos gêneros
literários, tornando a consciência crítica dos alunos. Tem a intenção de
estimular a pesquisa histórica e a utilização da biblioteca. E também visa a
produção escrita dos alunos para realização de painéis – murais referentes a
textos informativos de autoria dos alunos. Este projeto tem a participação dos
alunos do ensino-médio.
7. AGRINHO
É um concurso promovido pelo Serviço nacional de Aprendizagem Rural –
SENAR – sobre experiências pedagógicas desenvolvidas no município, nas
Escolas de Educação Especial, Educação-Infantil e Ensino Fundamental do
estado do Paraná.
O programa Agrinho tem por referencial áreas de: Meio Ambiente, Saúde,
Cidadania, Trabalho e Consumo, conforme o tema escolhido pelo município.
O concurso visa promover o envolvimento do Núcleo Regional de Educação no
referido
programa
no
sentido
de
promover,
incentivar
e
articular
a
participação de todos os municípios pertencentes à sua regional, buscando
estimular a discussão dos temas relacionados.
114
8. OLÍMPIADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS
É um projeto que abrange as escolas públicas em nível nacional, disputando
entre si, um campeonato de Matemático, seguido de treinamento para os
alunos e os professores premiados.
Através da competição, visa a premiação de medalhas a certificação e bolsas
de iniciação científica Junior, do CNPq, onde os professores, escolas e
municípios recebem premiação de acordo com o desenvolvimento de seus
alunos.
Visa também o retorno do conhecimento para os estabelecimentos de ensino,
e principalmente aos alunos, uma vez que através da motivação e
participação a aprendizagem é significativa.
9. FERA
O festival de Arte da Rede Estadual (FERA) é uma realização da secretaria de
Estado de Educação do Paraná SEED – PR que visa proporcionar o acesso e
promover o aprofundamento do conhecimento artístico e cultural dos alunos,
professor e demais segmentos da comunidade escolar. Tem por objetivo
estimular experi6encias nos diversas modalidades e linguagens artísticas,
desenvolvendo a interdisciplinariedade, trabalhando o conhecimento, a arte, a
cultura, contribuindo para a reflexão sobre arte e educação e ainda, prover o
intercâmbio inter-regiões para enriquecer o tempo e o espaço escolar.
10. FEIRA DA COM CIÊNCIA
O Projeto Educação Com Ciência é um encontro anual que envolve trabalhos
de estudantes do Ensino Fundamental e Médio das escolas da Rede Pública
Estadual do Paraná e instituições públicas e particulares que estejam
desenvolvendo projetos e trabalhos de relevância em pesquisa e tecnologia.
Esse evento é regido pelas normas e reposições contidas neste regulamento.
115
Favorecer a democratização do conhecimento, valorizando as atividades
pedagógicas
desenvolvidas por professores e alunos da Rede Pública
Estadual, propiciando o envolvimento deste coletivo com a apresentação de
trabalhos, visitação, participação em palestras e oficinas e demais atividades
que compõem o evento.
11. FEIRÃO DO LIVRO
Iniciativa do Núcleo regional de educação que tem como objetivo desenvolver
o hábito pela leitura e troca e venda de livros. É realizado duas vezes ao ano,
data estabelecida pelo NRE.
12. FEIRA DA BONDADE
Uma realização da APMF, envolvendo a comunidade escola em geral, na
coleta de roupas, utensílios domésticos, calçados e demais objetos os quais
são revendidos por um preço simbólico, visando além da arrecadação
financeira o espírito
de solidariedade, bem como, um exercício de
desprendimento de bens materiais.
13. CAMPANHA COM A MÍDIA PELA PAZ
Justifica-se em atender a Lei estadual n.º 14357/2004, que fixa a primeira
semana da primavera como data comemorativa à semana da Paz em todo o
Estado
do
Paraná
-
SEED
–
Assessoria
de
Relações
Externas
e
Interinstitucionais – Programa Segurança com a Paz nas Escolas. Tem como
objetivo proporcionar aos professores e alunos das Escolas Públicas do Estado
do Paraná, um momento para difundir os trabalhos que resultem na melhoria
da qualidade de ensino, cidadania plena, diversidade cultural, dentro do tema
de Educação para a Paz.
116
PROPOSTA
PEDAGÓGICA
CURRICULAR
117
APRESENTAÇÃO
O termo currículo provém da palavra latina currere, que se refere
a carreira, a um percurso que deve ser realizado.
O Projeto Político Pedagógico da escola traça rumos a serem
seguidos e construídos coletivamente.
Percursos, rumos a seguir. Este é o início da relação entre o
Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular. Ampliam-se e
aprofundam-se estas relações na medida em que se passa a compreender que
é por meio do currículo basicamente que se realizam as funções sociais da
escola em dado momento histórico e social. Ele age como ponte entre a
sociedade a escola.
Ao expressar as relações entre educação e a sociedade o currículo,
pelo seu valor de mediador cultural, refletirá as concepções de homem,
sociedade, cultura, educação preconizadas no Projeto Político Pedagógico ou
seja: formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel transformador no
meio social, capazes de construir uma nova ordem social. Uma das funções do
currículo é pensar sobre a realidade social, demonstrando que o conhecimento
e os fatos sociais são produtos históricos e que poderiam ter sido diferentes e,
o mais importante, que ainda podem sê-lo.
118
Numa sociedade complexa a diversidade cultural é um fato. Há
diferentes visões sobre o mundo, grande variedade de crenças e ideais, de
formas de expressão, de gostos estéticos, de interesses. Isso tudo demonstra
a dificuldade de selecionar uma cultura escolar determinada que seja
representativa dessa riqueza de possibilidades como expressa Sacristán
(2000).
Todas essas diferenças representam opções culturais legítimas,
dignas de fazer parte da cultura curricular uma vez que uma sociedade
multicultural deve educar um ser humano multicultural, capaz de ouvir, de
prestar atenção ao diferente, de respeitá-lo.
Para Sacristán (2000), ao planejar os elementos culturais comuns
para todos, bem como ao desenvolvê-los no ensino não se podem selecionar
componentes que não respeitem a riqueza da diversidade cultural existente
pois é fundamental que tal diversidade faça parte da cultura comum e que se
fomente a necessidade do diálogo intercultural e o respeito entre as culturas.
Cabe ressaltar que a opção da escola em ser inclusiva garante a
concretização do currículo inclusivo pois é uma escola para todos; reconhece e
atende às diferenças individuais, respeitando quaisquer necessidades dos
alunos.
A Proposta Pedagógica Curricular atendendo aos princípios das
Diretrizes Curriculares, torna-se um instrumento poderoso que contribuirá
para que se efetive a transformação social através da socialização e
resignificação do conhecimento historicamente construído para promover o
exercício pleno da cidadania.
Sacristán (2000), entende o currículo como um projeto global e
integral de cultura e de educação, onde, além de observarem-se objetivos
relacionados com conteúdos de matérias escolares observam-se outros, que
são comuns a todas elas e ou que até ficam à margem das mesmas.
O conteúdo é a condição lógica do ensino. Sua organização deve
considerar os diferentes âmbitos da ciência, das humanidades, das ciências
sociais, das artes, da tecnologia, etc.
Ao definir os conteúdos foram consideradas as disciplinas como
integrantes do mesmo currículo ordenando-os em grupos relacionados aos
119
interesses dos alunos ou com problemas emergenciais, chamativos, que
propiciam concentrar em torno deles conteúdos diversos de uma ou mais
áreas bem como que respondam a interesses sociais relevantes.
Cada uma das disciplinas da matriz curricular aborda, nos
princípios das Diretrizes Curriculares, pontos de convergência a serem
considerados no processo ensino aprendizagem levando o aluno a:
-
compreender-se como sujeito histórico capaz de procurar entender a
sociedade e sua relação com a natureza nos aspectos culturais, políticos,
sociais e econômicos;
-
agir com autonomia nas suas relações sociais;
-
promover a sua interação consigo mesmo e com os outros;
-
conscientizar-se das relações sócio-espaciais do seu tempo;
-
estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência) o mundo
construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade);
-
fazer
uso
da
prática
social
como
ponto
de
partida
para
as
problematizações;
-
compreender as interfaces da cultura e da constituição da vida em
sociedade;
-
compreender sua realidade e seu papel como participante da sociedade.
O desafio maior é desenvolver a Proposta Pedagógica Curricular pois tratase de uma prática complexa uma vez que implica num trabalho coletivo e
organizado e que exige o comprometimento de toda a comunidade escolar.
Avanços, erros e retrocessos ocorrerão. Há que se abrir espaço para a
autonomia e a flexibilidade para que se garanta o cumprimento dos
objetivos nela propostos.
BIBLIOGRAFIA
SACRISTÁN, Gimeno J. O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. 3ª ed.
Artmed Editora. Porto Alegre, 2000.
120
SACRISTÁN, Gimeno J. GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o
ensino. 4ª ed. Artmed Editora. Porto Alegre, 2000.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 1410 – MAMBORÊ
ESTABELECIMENTO: – SÃO LUIZ GONZAGA, C. E – E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
TURNO: MANHÃ
MÓDULO: 40 SEMANAS
121
B
A
S ARTES
E CIÊNCIAS
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
DISCIPLINAS/SÉRIE
5
7
8
2
2
2
2
3
3
4
3
3
3
3
3
1
1
GEOGRAFIA
3
3
3
3
HISTÓRIA
3
3
3
4
LÍNGUA PORTUGUESA
4
4
4
4
MATEMÁTICA
4
4
4
4
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
*
22 22 23 23
SUB-TOTAL
P
D
6
L.E.M. – INGLÊS
**
SUB-TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96.
* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O
ALUNO.
** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
DATA DE EMISSÃO: 17 DE OUTUBRO DE 2006.
____________________________________
ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÂO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 1410 – MAMBORÊ
ESTABELECIMENTO: – SÃO LUIZ GONZAGA, C E – E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
TURNO: TARDE
MÓDULO: 40 SEMANAS
122
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
DISCIPLINAS/SÉRIE
6
7
8
ARTES
2
2
2
2
CIÊNCIAS
3
3
4
3
EDUCAÇÃO FÍSICA
3
3
3
3
1
1
GEOGRAFIA
3
3
3
3
HISTÓRIA
3
3
3
4
LÍNGUA PORTUGUESA
4
4
4
4
MATEMÁTICA
4
4
4
4
ENSINO RELIGIOSO
*
22 22 23 23
SUB-TOTAL
P
D
5
L.E.M. – INGLÊS
**
SUB-TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96.
* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O
ALUNO.
** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
DATA DE EMISSÃO: 17 DE OUTUBRO DE 2006.
____________________________________
ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
123
ESTADO
DO
PARANÁ
SECRETA
RIA DE
ESTADO DA
EDUCAÇÃO
NRE: 05 - CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 1410 MAMBORÊ
ESTABELECIMENTO:
SÃO LUIZ GONZAGA, C E E. FUND. E MÉDIO
ENT MANTENEDORA:
GOVERNO ESTADO DO PARANÁ
CURSO:
0009 ENSINO
MÉDIO
ANO IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTÂNEA
TURNO: NOITE
MÓDULO:
40
SEMANAS
124
SÉRIES
DISCIPLINAS
1ª
2ª
3ª
125
ARTE
2
2
BIOLOGIA
2
2
3
EDUCAÇÃO FISICA
2
2
2
2
BA
SE
NA
CI
ON
AL
CO
M
U
M
FILOSOFIA
2
FÍSICA
2
2
2
GEOGRAFIA
2
2
2
HISTÓRIA
2
2
2
LINGUA PORTUGUESA
4
4
4
MATEMÁTICA
3
3
4
QUIMICA
2
2
2
SOCIOLOGIA
2
126
SUB - TOTAL
23
23
23
L.E.M. - INGLÊS *
2
2
2
SUB - TOTAL
2
2
2
25
25
25
P
D
TOTAL GERAL
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº
9.394/96
* Idioma será definido pelo
Estabelecimento de Ensino.
Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e
02 aulas de 45 minutos.
Data de emissão: 06 de Dezembro de 2006
127
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE ARTES
Proposta
Pedagógica
Curricular da Disciplina de Artes
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTES
O ensino da Arte na escola possibilita a produção de um “auto-retrato”
das múltiplas faces e funções desta área de conhecimento, envolvendo as
manifestações culturais locais e globais, revelando as formas de ser e habitar a
contemporaneidade.
Em Arte, a prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança,
a Música e o Teatro, tendo uma organização semelhante entre os níveis e
modalidades da educação básica, adotando como referência as relações
estabelecidas entre a arte e a sociedade. No ensino de Arte é possível resgatar
o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de
criar, ampliando e enriquecendo a realidade já humanizada pelo trabalho, por
meio de suas próprias criações artísticas.
A partir do pressuposto da Arte como produção cultural e de Arte
como linguagem, busca-se a ressignificação deste componente curricular para
alunos
e
professores
do
Ensino
Fundamental,
cidadão
do
séc.
XXI,
compromissados consigo próprio, com o próximo e com o ambiente.
A Arte tem de ser entendida e absorvida em sua total integridade e é
por meio dela que podemos estabelecer um diálogo sensitivo entre o homem e
o mundo atual, que o cerca, podendo tornar-se um ser muito mais crítico e
eficiente em suas decisões e postura. Quando dizemos que Arte é Cultura,
afirmamos que ela é o Conhecimento de que todos nós necessitamos.
O Ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações. Para o Ensino
Fundamental, as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas
numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da Arte com a Cultura e da
Arte com as Linguagens.
129
OBJETIVOS GERAIS
•
Propiciar aos alunos situações de aprendizagem que visem
o entendimento da diversidade cultural e a importância
dos bens culturais historicamente construídos para que
possam elaborar uma análise crítica através de um
conjunto de saberes que colaboram para que os mesmos,
além de fruidores de arte, se entendam como parte de um
sistema
formador/transformador
da
cultura
e
da
sociedade.
•
Possibilitar ao aluno por meio de materiais, instrumentos e
procedimentos artísticos diversos em Arte (Artes Visuais,
Dança, Música, Teatro), a integração de conteúdos de
modo
que
estes
contextualizando-os
utilizem
nos
trabalhos
culturalmente,
pessoais,
estabelecendo
finalidades de promover a formação artística do aprendiz e
sua participação ativa na sociedade.
•
Promover através da prática docente, os elementos
necessários para o desenvolvimento tratado em cada uma
das
linguagens
artísticas,
respeitando
a
diversidade
presente em cada contexto, a fim de que o educando
possa identificar, relacionar e compreender as diferentes
funções da arte, do trabalho e da produção dos artistas.
130
ARTES – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Elementos básicos das Linguagens
Artes Visuais
Artísticas
a) Forma:
- suporte: tamanho, espaço,
materiais;
- espacialidade: leitura de
imagens bidimensionais e
tridimensionais,
semelhanças e contrastes,
ponto, linhas, figura e
fundo, simetria;
História da Cultura Afro-brasileira e
- texturas: tátil e gráfica;
africana
- movimento:
ritmo
e
equilíbrio.
b) luz:
- sombra: intensidade;
- cor: pigmento;
- percepção da cor: tons e
matizes;
- decomposição
da
luz
branca.
Dança:
a) espaço:
pessoal,
nível,
planos tensões, projeções e
progressões;
b) ações:
saltar,
deslocar,
encolher, expandir, girar,
inclinar, cair, gesticular;
c) ritmo (dinâmica): espaço,
tempo, fluência;
d) Relacionamentos: relações
de
proximidade
e
afastamento, superposição.
Música:
- Melodia;
- Ritmo;
- Harmonia;
- Qualidade do som:
- intensidade:
sonoros;
- duração: ritmo;
- altura;
- timbre;
- Estruturas musicais.
planos
Teatro:
a) Personagem:
expressão
corporal, gestual, facial e
vocal.
- caracterização e expressão;
b) Espaço Cênico: cenografia,
iluminação, sonoplastia;
c) Ação
Cênica:
enredo,
roteiro, texto dramático.
Produções/Manifestações
Artísticas
-
-
Artes Visuais
Imagens
bidimensionais:
desenho, pintura, gravura,
fotografia e propaganda
visual;
Imagens
tridimensionais:
132
-
-
esculturas,
instalações,
construções arquitetônicas;
Imagens virtuais: cinema e
televisão,
computação
gráfica e vídeo-arte;
A Cultura Africana e Afrobrasileira
e
as
artes
plásticas:
máscaras,
esculturas, pintura corporal,
ornamento,
entre
ornamentos;
Influência da Arte africana
nas obras dos artistas
contemporâneos.
Dança:
- Improvisações
coreográficas;
- Composições coreográficas;
- Presença de elementos e
rituais das culturas de
matriz
africana
nas
manifestações
populares
brasileiras:
danças
de
natureza
religiosa
(candomblé);
guerreira
(congada);
dramática
(maracatu);
- Dança de natureza lúdica:
brincadeira de natureza
lúdica,
brincadeiras
de
roda.
133
Música:
- Improvisações
musicais:
livre, dirigida, instrumental,
registrada;
- Composições musicais;
- Interpretações musicais;
- Contribuição artística da
cultura afro na formação da
música popular brasileira:
samba, lundu, origem do
batuque, etc.
- Elementos Contextualizadores
Teatro:
- Representação
teatral
direta
(atores/personagens),
indireta
(bonecos
ou
objetos que representam os
personagens);
- Dramatização;
- Improvisação cênica.
- Contextualização histórica;
- Autores/Artistas;
- Gêneros;
- Estilos;
- Técnicas.
134
FUNDAMENTOS TEÓRICO- METODOLÓGICOS
As
diferentes
formas
de
pensar
o
Ensino
de
Arte
são
conseqüências do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas
relações sócio-culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o
conceito da arte é também influenciado por essas relações sendo
fundamental que seja problematizado para a organização de uma
proposta.
Nessa introdução dos fundamentos teórico-metodológicos serão
abordadas as formas de como a arte é compreendida no cotidiano dos
estabelecimentos de ensino e como as pessoas se defrontam com o
problema de conceituar arte. Os conceitos que serão tratados relacionamse com os estudos dos conhecimentos da arte e da estética, ou seja, a
busca da compreensão dos assuntos do cotidiano.
As concepções presentes no senso comum, identificam-se no
campo de estudos da estética no mundo ocidental, com as teorias
essencialistas de arte: a mímesis e a representação; a arte como
expressão e o formalismo.
A teoria da mímesis, desenvolvida na Grécia Antiga, tem por
definição que a arte é imitação. Essa teoria parte das idéias do filósofo
grego Platão, que afirmava que o mundo das idéias era o único mundo
verdadeiro, o mundo sensível só existia enquanto participava do mundo
das idéias, do qual era apenas sombra ou cópia. Segundo Bosi “a mímesis
da arte é uma ficção tão consumada que dá a impressão (‘falsa’, adverte a
moral platônica) de realidade.”
Para o filósofo grego Aristóteles, discípulo de Platão, a verdade do
conhecimento humano, reside não num mundo real transcendente,
separado das coisas da existência, mas nas formas que as coisas contêm
e que constituem o correlato real das idéias da mente humana.
Na concepção de Aristóteles, a representação é uma outra forma
de mímesis, é a apresentação intencional de um objeto de natureza
sensorial e/ou intelectual, resultando numa apreensão da forma mediante
a fixação de modelos.
Na arte essas concepções vêm desde a Antigüidade Clássica,
passando pelo Renascimento, vindo até o século XIX, no início da segunda
fase da Revolução Industrial. São a mímesis e a representação, as mais
antigas teorias da arte e foram ocultas pelos próprios artistas, por muito
tempo.
Ainda hoje, a teoria da representação é referência no cotidiano
das escolas, essa idéia da arte como representação, enfatiza o fazer
técnico e científico de conteúdos reprodutivistas, com o uso de modelos e
cópias do natural.
A arte sob a perspectiva da teoria expressionista iniciou-se com
filósofos e artistas românticos do final do século XVIII. Essa concepção
defendia que a arte deveria libertar-se das limitações das teorias
anteriores, e ao mesmo tempo em que deslocava para o artista, ou
criador, a chave da compreensão da arte.
A
concepção
expressionista
dividiu-se
em
dois
momentos
distintos: A arte como expressão e a arte como forma significante ou
formalismo.
Na arte como expressão, destacaram-se artistas e filósofos como
Kant, Tolstoy, Van Gogh, Edward Munch entre outros. O artista é
considerado como um gênio em seu processo de criação, deixa
transparecer em suas obras as impressões dos sentidos, projeções e
visões subjetivas do real, que se caracterizam, nessa teoria, de dentro
para fora. A arte nesse movimento, é considerada como expressão
dramática, visível, que exprime sentimentos e emoções.
No movimento formalista, valoriza-se a forma significante, ou
seja, a forma é reconhecida e é apreciada pela própria forma. Destacamse nesse movimento entre os artistas e filósofos como: Duchamp,
Kandinsky, Malevitch, Mondrian que no decorrer do século XX, imprimiram
essas características em algumas de suas obras.
136
Essas idéias de arte como expressão e formalismo também
encontram-se presentes na educação, a partir das tendências da escola
nova e da escola tecnicista.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do
aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,
aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações.
Nessa proposta pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamentos, aprender e expandir suas potencialidades
criativas.
A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas,
estas diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem
para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina:
-
o conhecimento estético;
-
o conhecimento artístico;
-
o conhecimento contextualizado.
A
articulação
dos
conhecimentos
estético,
artístico
e
contextualizado, aliados à praxis no ensino de arte, possibilita a apreensão
dos conteúdos específicos da disciplina e das possíveis relações entre seus
elementos
constitutivos,
balizando-se
para
isso
nos
conteúdos
estruturantes propostos para esta disciplina. Esses conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica, com base num projeto de
sociedade que visa a superação das desigualdades e injustiças, vindo a
constituir-se em uma abordagem fundamental para a compreensão desta
disciplina.
Em arte, a prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, a
Dança, a Música e o Teatro; tendo uma organização semelhante entre os
níveis e modalidades da educação básica adotada como referência as
relações estabelecidas entre a arte e a sociedade.
O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos
que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a
sociedade com maior ou menor ênfase.
137
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como
um espaço, no qual se reflete e se discute a realidade, sendo a prática
social o ponto de partida para as problematizações. Deve ainda, propiciar
aos alunos, leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para
se discutir de que forma a indústria cultural interfere e censura as
produções culturais com as quais os sujeitos identificam-se.
É papel da escola, como espaço socializador do conhecimento
possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas.
Portanto, cabe ao professor a partir dos conteúdos instigar a memória, a
percepção e as possíveis associações com a realidade/cotidiano do aluno.
Nesta disciplina, o professor deverá explicitar, através das
manifestações, produções artísticas, elementos que identificam nas
determinadas sociedades, a cultura afro-brasileira e africana, educação no
campo, educação ambiental e de que forma se dará artisticamente a
estilização de seus pensamentos e ações.
Esta materialização do pensamento artístico de diferentes
culturas
coloca-se
como
um
referencial
(signos)
que
poderá
ser
interpretado pelos alunos por meio do conhecimento dos códigos
presentes nas linguagens artísticas: artes visuais, dança, música e teatro.
Estas têm um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na
escola
em
momentos
diferentes, no
entanto, possuem
a
mesma
importância como instrumentos educativos, quando se pretende ampliar
as possibilidades de apropriação dos conteúdos em Arte durante o
processo de escolarização. Admitem a abertura e a democratização dos
saberes, numa perspectiva integradora, rompem as fronteiras entre o
conhecimento erudito e popular e assumem a possibilidade de que todos
os alunos, independente de sua idade, classe social, credo, condições
138
físicas ou psicológicas, podem conhecer, fruir e perceber a Arte,
promovendo assim a inclusão.
O encaminhamento metodológico orienta o tratamento a ser
dado a cada uma das linguagens artísticas, constituindo-se no referencial
para o planejamento dos conteúdos, a ser elaborado pelo professor.
Contemplará
as
manifestações
e
produções
artísticas
através
de
elementos básicos, contidos em cada linguagem artística, priorizando e
valorizando o conhecimento nas aulas de Arte.
Nas Artes Visuais, o professor explorará as visualidades em
formato bidimensional, tridimensional e virtual, podendo trabalhar as
características específicas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies,
nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
Em Dança, o principal elemento básico a ser estudado é o
movimento. A partir do seu desenvolvimento no tempo, espaço, o
professor poderá explorar as possibilidades de improvisação e composição
com os alunos.
Na Linguagem Musical, há que se priorizar o tratamento escolar
dessa linguagem, a escuta consciente dos sons percebidos, bem como a
identificação das suas propriedades, variações e as maneiras intencionais
de como esses sons são distribuídos numa estrutura musical. Essa escuta
propiciará o reconhecimento da organização desses elementos nos
repertórios pessoais e culturais propostos durante as aulas.
Na Linguagem Teatral, poderão ser explorados como conteúdo,
assim como na Dança, as possibilidades de improvisação e composição no
trabalho com as personagens, com o espaço da cena e com o
desenvolvimento de temáticas, que partam tanto de textos literários ou
dramáticos, clássicos, quanto de
narrativas
orais
e cotidianas. O
desenvolvimento da linguagem do teatro na escola também estará se
ocupando de tratar da montagem do espetáculo, a reflexão sobre cada um
dos seus elementos formadores, pelo conjunto de signos presentes nessa
linguagem, como construídos de forma a proporcionar ao aluno, em seu
139
processo de aprendizagem, o conhecimento por meio do ato de
dramatizar.
Os saberes específicos em artes objetivam viabilizar a integração
destes às manifestações e produções artístico-culturais, entendendo os
alunos como sujeitos que constroem e são construídos historicamente.
Conceber a Arte na escola pública como disciplina escolar,
possuidora de conhecimentos específicos, propicia aos alunos situações de
aprendizagem que visam ao entendimento da diversidade cultural e a
importância dos bens culturais como um conjunto de saberes. Colabora
ainda para que os mesmos, além de fruidores de artes, se entendam como
parte de um sistema formador/transformador da Cultura e da Sociedade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A
disciplina
de
Educação
Artística
apresenta-se
como
componente curricular responsável por viabilizar ao aluno o acesso
sistematizado aos conhecimentos em Arte, por meio das diferentes
linguagens artísticas. Dessa forma, o objetivo da Arte no Ensino
Fundamental é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes
nos bens culturais; por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhes
permitam
utilizar-se
desses
conhecimentos
na
compreensão
das
realidades e amplie o seu modo de vê-las.
A avaliação em arte deverá levar em conta as relações
estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e sua realidade,
evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva,
desenvolvidas a partir desses saberes. Sabe-se que a avaliação é parte do
processo de ensino-aprendizagem, portanto é imprescindível que essa
seja contínua e priorize o seu empenho em relação às atividades. Nessa
perspectiva a avaliação formativa deverá ser diagnóstica e contínua,
considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, assim, possibilite uma intervenção pedagógica ao longo de
todo processo pedagógico.
140
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro
dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando
os
avanços
e
dificuldades
percebidas
em
suas
criações/produções. O professor observará como o aluno soluciona as
problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas
discussões e conversas de grupo.
A disciplina de Artes deve possibilitar oportunidades para o aluno
socializar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas, sem perder de
vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos
conteúdos das linguagens artísticas.
BIBLIOGRAFIA
AMARAL, Aracy A. Arte para quê? 3 ed., São Paulo, 2003.
AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São
Paulo: melhoramentos, editora da USP, 1971.
BARRETO, Débora. Dança. 2 ed. Autores Associados.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991.
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução
à história da África Atlântica. Rio de Janeiro: ELZEVIER, 2004. p. 12-30.
Diretrizes Curriculares de Artes para o Ensino Fundamental. SEED, julho,
2006.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9 ed.
http://casa de cultura mulher negra. Org. br
http://www. Mundo negro.com.br
JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do Ensino de Teatro. 4 ed., 2005
LUCKESI, Cipeiano C. Avaliação da aprendizagem Escolar. 17 ed. Cortez
MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 2 ed., Cortez
OSTROWER, Fayya. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis:
Vozes, 1987. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campos, 1987.
VIGOTSKI, Lev. S. Psicologia da Arte. 2 ed. Editora Martins Fontes, São
Paulo, 2001
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
141
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Proposta
Pedagógicacurricular da
Disciplina de Ciências
(Ensino Fundamental)
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
142
A ciência como construção humana teve seu início nos primórdios
da humanidade e foi acompanhando o processo evolutivo e histórico do
homem
que
precisava
aprender
a
superar
desafios
para
sua
sobrevivência.
Como explica Edgar Morin a antropologia pré-histórica mostranos como a hominização é uma aventura de milhões de anos ao mesmo
tempo descontínua, surgem novas espécies: habilis, erectus, neanderthal,
sapiens e desaparecem as precedentes, aparece a linguagem e a cultura e
continua, no sentido de que prossegue um processo de bipedização,
manualização, erguimento do corpo, cerebralização, complexificação
social, processo durante o qual aparece a linguagem propriamente
humana, ao mesmo tempo se constitui a cultura, capital de saberes, de
fazeres, de crenças e mitos transmitidos de geração em geração,
propiciando através desse processo a explicação dos fenômenos da
natureza. Á medida em que acontece esse processo de hominização a
ciência fazia-se presente na vida do homem mesmo que de forma
assistemática. Ao transmitir os conhecimentos adquiridos, ao aperfeiçoar
suas técnicas, fabricar novos instrumentos, formular teorias, passa-se a
construir a ciência racional. A partir daí surge uma nova visão e a ciência
passa a ser determinante na busca de melhores condições de vida para a
humanidade em decorrência do domínio do conhecimento científico e de
sua aplicação. Nesse contexto, a ciência é uma construção humana,
falível,
dinâmica,
evolutiva,
intencional
que
utiliza-se
de
métodos
buscando por explicações de fenômenos naturais: físicos, químicos,
biológicos, geológicos, outros. Ela é também considerada a partir da
influência de fatores sociais, econômicos e políticos e está vinculada às
relações de poder existentes na sociedade. Bem como outras áreas do
conhecimento,
promovendo
a
interdisciplinaridade
e
a
multidisciplinaridade.
143
É essa ciência que não é neutra nem dogmática que deve ser
preconizada pela disciplina de ciências.
A abordagem crítica e histórica dos conteúdos da disciplina de
ciências deve priorizar a articulação entre os conhecimentos científicos
físicos, químicos e biológicos para os estudos dos fenômenos naturais sem
deixar de considerar as implicações de relação entre a ciência, a
tecnologia e a sociedade. Estabelecendo relações entre os conteúdos e a
forma e entre a teoria e a prática, a partir dos desdobramentos dos
conteúdos estruturantes em específicos a disciplina de ciências contribuirá
na formação social e da necessidade de atuar em benefício de sua
transformação.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
Oferecer um currículo articulado onde conteúdos estruturantes e
seus desdobramentos (conteúdos específicos e ou complementares)
sejam abordados numa perspectiva crítica e histórica levando em
conta a prática social do aluno e as implicações e limitações das
relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, visando tornar
o processo ensino-aprendizagem significativo para o sujeito de
forma a garantir sua apropriação;
•
Através
da
prática
docente
articuladora
entre
conteúdos
estruturantes específicos e complementares, levar o aluno a
compreender a ciência como construção humana falível, dinâmica,
evolutiva, intencional, diretamente relacionada com o avanço da
tecnologia e com as relações sociais voltadas a reverter benefícios
para a humanidade;
144
•
Tratar de questões sociais envolvendo conteúdos específicos e
conceitos
científicos
permitindo
aos
alunos
analisar,
refletir,
questionar e posicionar-se criticamente diante de fatos ocorridos;
•
Considerar nos conteúdos trabalhados na disciplina de Ciências os
elementos do Movimento CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade),
aspectos sociais, políticos, econômicos e éticos, abordados por meio
da
historicidade,
da
intencionalidade,
da
provisoriedade,
da
aplicabilidade e das relações e inter-relações ocorridas entre eles
proporcionando ao aluno uma visão global, não fragmentada do
conhecimento;
•
Permitir,
através
da
disciplina
de
Ciências,
que
os
alunos
estabeleçam relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência),
o mundo construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano
(sociedade) aplicando os conhecimentos adquiridos e melhorando
sua compreensão da realidade podendo nela intervir e modificá-la;
•
Conduzir o aluno a identificar os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos em suas atitudes do cotidiano para que ele possa
relacioná-los aos conceitos científicos, estabelecer relações com as
questões sociais, refletir, analisar e então selecionar subsídios para
partir para ações concretas na sua prática social;
•
Fazer cumprir a função social da disciplina de Ciências que é
orientar uma tomada de consciência por parte dos alunos para que
esta influencie
na tomada de decisões
desses sujeitos que
conseqüentemente passarão a agir como agentes transformadores
da sociedade.
145
146
CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA
CONTEÚDO ESPECÍFICO: ASTRONOMIA E ASTRONAÚTICA
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Sol, fonte de luz e calor; Sistema
Sol composição química; Sistema
Planeta Terra: Biosfera, Sol;:
solar: posição da Terra e dos
solar: composição da Terra;
produção de vitamina D;
demais planetas;
Diagnóstico, tratamento e
Radiação.
prevenção dos efeitos das
radiações do sol sob o corpo
humano: queimaduras, insolação
e câncer de pele;
Estrelas: constelações e
147
*orientação; Instrumentos
construídos para estudar os
astros: lunetas, *astrolábio,
telescópio, satélites, foguetes,
estação especial;
Telecomunicações: satélites,
internet, *ondas, *GPS; Utilização
dos satélites na meteorologia;
Investigação do Espaço Sideral
por meio de foguetes, sondas
espaciais e estação espacial.
PLANETA TERRA:
Movimento da Terra e suas
Movimento de rotação;
conseqüências – ritmos biológicos;
Movimento de translação;
A lua como satélite natural da
Inclinação do eixo da terra; Força
Terra: influência sobre a biosfera,
gravitacional; *Medidas de tempo:
marés; O ser humano no espaço;
148
relógio do sol, ampulhetas,
Estrutura da Terra – atmosfera,
relógios analógicos e digital,
litosfera e hidrosfera.
calendário.
Desenvolvimento da Astronáutica
e suas aplicações;
•
Astronautas;
•
*Relação
de
adaptação
do
homem às viagens espaciais.
Telecomunicações: satélites,
internet, ondas, fibra ótica, dentre
outros;
Exploração aerofotogramétrica
(monitoramento por imagens de
satélites);
Utilização dos satélites na
meteorologia;
Investigação do espaço sideral por
meio de foguetes, sondas
149
espaciais, ônibus espacial e
estação espacial.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: INTER-RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE
CONHECIMENTOS FÍSICOS
CONHECIMENTOS QUÍMICOS
CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS
População: densidade
Comunidade: transferência de
Seres vivos – seres vivos;
demográfica e fatores que
matéria e energia, (teias e
Seres vivos – ambiente;
influenciam.
cadeias alimentares);
Biosfera – Ecossistema –
Fotossíntese importância do
Comunidade – População –
processo de produção e
Indivíduo;
armazenamento de energia
Habitat e nicho ecológico;
química (glicose);
Divisões da Biosfera: biociclos
terrestre, marinho e de dulcícola;
Teias e cadeias alimentares:
produtores, consumidores e
150
decompositores;
CONTEÚDO ESPECÍFICO: O SOLO NO ECOSSISTEMA
CONHECIMENTOS FÍSICOS
CONHECIMENTOS QUÍMICOS
CONHECIMENTOS BIOLÓGICOS
Tecnologia utilizada para preparar
- Composição do solo;
- Combate à erosão: tipos de
o solo para cultivo.
- Tipos de solo: arenoso, argiloso,
erosão;
calcário e humus;
- Mata Ciliar;
- Agentes de transformação do
- Contaminação do solo: doenças –
solo: água, ar, seres vivos;
prevenção e tratamento;
- Utilidade do solo;
- Condições para manter a
- Adubação: orgânica e inorgânica
fertilidade do solo: curvas de
(compostagem e fertilizantes).
nível, faixas de retenção,
*Correção do PH dos solos;
terraceamento, rotação de
culturas, culturas associadas.
- Processos que contribuem para o
151
empobrecimento do solo:
queimadas, desmatamento e
população, dentre outros;
CONTEÚDO ESPECÍFICO: ÁGUA NO ECOSSISTEMA
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Estados físicos da água; *Forças
Composição da água; *Potencial
Ciclo da água; disponibilidade da
de atração e repulsão entre as
de Hidrogênio (Ph); Salinidade;
água na natureza; Água e os seres
partículas da água; Mudanças de
Água como solvente universal;
vivos; Hábitat aquático;
estado físico da água: ciclo da
*Pureza.
Contaminação da água: doenças –
água; Pressão e temperatura;
preservação e tratamento;
*Densidade; *Pressão exercida
Equilíbrio ecológico;
pelos líquidos; *Empuxo; *Água
como recurso energético.
152
CONTEÚDO ESPECÍFICO: AR NO ECOSSISTEMA
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Existência do ar; Ausência do ar:
Composição do ar; Oxigênio (O2) e
O ar e os seres vivos; *Pressão
vácuo; *Aplicação do vácuo;
Gás Carbônico (CO2) –
atmosférica e a audição;
Atmosfera: camadas;
fotossíntese, respiração e
contaminação do ar: doenças
Propriedades: compressibilidade,
combustão; Outros elementos
causadas por bactérias e vírus –
expansão, exercer pressão;
presentes no ar.
prevenção e tratamento; Poluição
Movimentos do ar: formação dos
do ar: agentes causadores;
ventos tipos de vento, brisa
Causas e conseqüências: efeitos
terrestre e marítima; Velocidade e
nocivos resultantes do contato
direção dos ventos; *Resistência
com esses agentes; Medidas para
do ar; Pressão atmosférica;
diminuir a poluição do ar.
*Aparelhos que medem a pressão
do ar; *Pressão atmosférica e
153
umidade; *Meteorologia e
previsão do tempo.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA, DO AR E DO SOLO
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Poluição térmica; Medidas contra
Noções sobre gases tóxicos,
Equilíbrio e conservação da
a poluição – fontes alternativas de
resíduos industriais, metais
natureza: fauna, flora, ar, água e
energia: energia eólica,
pesados, chuva ácida, elementos
solo; Agentes causadores e
hidrelétrica, solar entre outras;
radioativos, dentre outros; Causa
transmissores de doenças;
Fenômenos: superaquecimento do
e conseqüências da poluição e
Prevenção e tratamento das
planeta, efeito estufa, buraco na
contaminação da água, do ar e do
doenças relacionadas à poluição e
camada de ozônio (alterações de
solo: efeitos nocivos nos seres
contaminação do ar, da água e do
temperatura e mudanças de
vivos e no ambiente; Prevenção e
solo; Saneamento básico:
estado físico da matéria).
tratamento dos efeitos nocivos
estações de tratamento da água
resultantes do contato com
(ETA), de esgoto (ETE) e do lixo
agentes químicos; Fenômenos:
(aterros sanitários,
superaquecimento do planeta,
reaproveitamento e reciclagem do
154
efeito estufa, buraco na camada
lixo); Doenças relacionadas à falta
de ozônio e poluentes
de saneamento básico e
responsáveis.
prevenção; *Biodigestor;
Fenômeno: superaquecimento do
planeta, efeito estufa, buraco na
camada de ozônio e seus efeitos
nocivos aos seres vivos e ao
ambiente.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: BIODIVERSIDADE – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS SERES
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
155
Temperatura; *Calor; diferenças
Metabolismo – Transformação da
Características básicas que
entre os conceitos de calor e
matéria e da energia:
diferenciam os seres vivos dos
temperatura; Equilíbrio térmico;
fotossíntese; respiração;
não-vivos; Relações de
*Transferência de calor;
fermentação; decomposição;
interpendência: seres vivos –
*Transmissão de calor;
combustão.
seres vivos; seres vivos –
*Isolamento Térmico; Movimento
ambiente; Adaptações e controle
e Locomoção.
da temperatura corporal nos
organismos; Interações da pele
com o meio: proteção do
organismo, regulação de água e
temperatura.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: BIODIVERSIDADE – CLASSIFICAÇÃO E ADAPTAÇÕES MORFOFISIOLÓGICAS
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
*Capilaridade; *Fototropismo;
*Osmose; Absorção; Fotossíntese;
Modos de agrupar os seres vivos;
*Geotropismo; *Movimento e
Respiração; Transpiração:
Critérios de classificação; Cinco
locomoção: referencial, impulso,
Gutação; Fermentação;
reinos dos seres vivos; Biosfera:
velocidade, aceleração.
Decomposição; *Hibridação.
adaptações dos seres vivos;
156
Biosfera: adaptações dos seres
vivos (animais e vegetais) nos
ambientes terrestres e aquáticos;
*Biotecnologia da utilização
industrial de microrganismos e
vegetais: indústria farmacêutica,
química e alimentícia (organismos
geneticamente modificados)
dentre outras; Vegetais:
reprodução e hereditariedade –
polinização, fecundação, formação
do fruto e semente, disseminação;
Animais: digestão (alimentação),
respiração, circulação, excreção,
locomoção, coordenação, relação
com o ambiente, reprodução e
157
*hereditariedade.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: DOENÇAS INFECÇÕES, INTOXICAÇÕES E DEFESAS DO ORGANISMO
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
*Diagnósticos: exames clínicos
Imunização artificial: soros e
Doenças causadas por animais:
por imagens; *Tratamento:
vacina, *medicamentos;
parasitores, zoonoses e
radioterapia; *Intoxicações por
*diagnósticos: *exames clínicos;
verminoses; Doenças causadas
agentes físicos: elementos
*Tratamento: quimioterapia.
por microorganismos: parasitoses,
radioativos, pilhas, baterias,
infecções bacterianas, viroses,
dentre outros.
protozooses e micoses;
Intoxicações causadas por plantas
tóxicas; *Prevenção e tratamento:
alopatia, homeopatia, fitoterapia,
etc. *Efeitos de intoxicações
causadas por agentes físicos e
químicos no organismo; Sistema
imunológico – reações do
158
organismo – produção de
anticorpos.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS – ORGANIZAÇÃO CELULAR
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
*Unidades de medida;
*Unidades de medida; Conceitos
Aspectos morfo-fisiológicos
*Equipamentos para observação e
básicos: colóides, osmose,
básicos das células; Células
descrição de células; microscópios
difusão, substâncias orgânicas e
animais e vegetais (membrana,
e lupas;
inorgânicas;
parede celular, citoplasma e
núcleo); Divisão celular: mitose
(células somáticas) – *câncer;
divisão celular: meiose
(gametogênese) – *anomalias
cromossômicas; Aspectos morfofisiológicos básicos dos tecidos
animais e vegetais; Conceitos
básicos: *biosfera – *ecossistema
159
– *comunidade – *população –
indivíduo – sistemas – órgãos –
tecidos – células – organelas –
moléculas – átomos;
CONTEÚDO ESPECÍFICO: CORPO HUMANO COMO UM TODO INTEGRADO
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Conservação dos alimentos:
Conservação dos alimentos:
Os alimentos; Tipos e funções dos
*embalagens; fenômenos
aditivos químicos; Nutrição,
alimentos, nutrientes;
mecânicos da digestão:
necessidades nutricionais;
Alimentação e saúde;Efeitos dos
mastigação, deglutição,
*alimentos diet e light; fenômenos
aditivos químicos no organismo;
movimentos peristálticos;
químicos da digestão;
Sistema digestório (digestão);
Fenômenos físicos da respiração;
transformação dos alimentos;
Alimentação saudável;
Trocas gasosas; Tecnologias
Aproveitamento dos nutrientes;
*Disfunções do sistema digestório:
envolvidas no diagnóstico e
Reações químicas –
prevenção; *Aspectos preventivos
tratamento das doenças
Transformações:
da obesidade, anorexia, bulimia,
Emulsificação das gorduras
etc. Sistema respiratório;
cardiovasculares; *Tecnologia
envolvida na doação de sangue e
-
(sabões)
*Disfunções do Sistema
160
de órgãos; *Tecnologia de
reprodução in vitro, *inseminação
artificial; *Tecnologias associadas
ao diagnóstico e tratamento das
DSTs – AIDS; Tecnologias
envolvidas na manipulação
genética; *Clonagem e células
tronco; *Tecnologias associadas
ao aconselhamento genético
como forma de prevenção e má
formação gênica; *Objetos e
aparelhos fabricados pra corrigir
deficiências dos órgãos dos
sentidos; *Tecnologias utilizadas
-
Enzimas e suas ações
Fenômenos químicos da
respiração; O oxigênio e a
respiração; Trocas gasosas;
Coagulação sangüínea;
Composição do sangue;
Eliminação de resíduos –
*Hemodiálise; Sabor, texturas e
odores; *Composição química do
álcool; *Teor alcoólico das
bebidas: reações que ocorrem no
sistema nervoso e no organismo
com a liberação de neurormônios,
como por exemplo a adrenalina.
respiratório: prevenção; *Aspectos
preventivos do enfisema
pulmonar, da asma, da bronquite
dentre outros; Sistema
cardiovascular; Disfunções do
sistema cardiovascular:
prevenção; *Aspectos preventivos
do Acidente Vascular Cerebral
(AVC), do enfarte, da hipertensão
e de arteriosclerose, dentre
outros; Sistema urinário;
*Disfunções do sistema urinário:
prevenção; *Aspectos preventivos
da nefrite, cistite, etc; Sistema
para diagnosticar problemas
genital feminino; Disfunções do
relacionados aos sistemas
Sistema Genital Feminino:
161
sensorial, nervoso, endócrino,
prevenção; Sistema Genital
locomotor, genital, digestório,
Masculino; Disfunção do Sistema
respiratório, cardiovascular e
Genital Masculino: prevenção;
urinário; *Próteses que substituem
Métodos anticoncepcionais – tipos
parte e funções de alguns órgãos
– ação no organismo – eficácia,
do corpo; *Aparelhos e
acesso, causas e conseqüências
instrumentos que o homem
do uso; *Reprodução invitro;
constrói para corrigir algumas
inseminação artificial;
deficiências físicas; *Correções de
*Manipulação genética: Células
lesões ósseas e musculares:
tronco e clonagem;
traumatismos, fraturas e lesões;
Aconselhamento genético –
reprodução - hereditariedade ;
Causas e conseqüências de
gravidez; Precoce – prevenção;
Doenças sexualmente
transmissíveis, AIDS, prevenção;
162
Sistema sensorial; Portadores de
Necessidades Educacionais
Especiais: deficiência congênita e
adquirida (causas, conseqüências,
prevenção); Sistema nervoso;
Disfunções do Sistema Nervoso;
prevenção; Efeitos das drogas
(lícitas e ilícitas) no sistema
nervoso: prevenção ao uso de
drogas; Sistema Endócrino;
Disfunções do Sistema Endócrino;
Sistema Esquelético; Disfunções
do sistema esquelético:
prevenção; Sistema Muscular;
Disfunções do sistema muscular:
prevenção.
163
CONTEÚDO ESPECÍFICO: INTRODUÇÃO À QUÍMICA
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
*Valores nutricionais;
A Química no cotidiano:
*Efeitos dos aditivos no
Embalagens; Rótulos; Tecnologia
•
de produção; Tecnologia de
aplicação.
química nos alimentos;
adubos e inseticidas;
*Intoxicações; *Doenças
substância químicas em casa;
provocadas pelos inseticidas e
•
•
organismo; *Efeitos no organismo;
•
substâncias químicas e a
medicina;
outros produtos químicos.
* a química e o funcionamento do
corpo;
* as substâncias que ingerimos.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA E DA ENERGIA
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Ponto de fusão; Ponto de ebulição;
Matéria; Propriedades gerais da
*Sistema sensorial; *Respiração
164
Solidificação; Liquefação; *Estado
matéria; Combustão; *Hidrólise;
celular; *Fisiologia celular;
físico plasma; Condutibilidade;
Substâncias e Misturas: Elementos
*Matéria viva e matéria bruta;
Magnetismo; Solubilidade –
Químicos; Substâncias: Simples e
*Organização dos seres vivos;
dureza e calor específico;
Compostas; Misturas;
*Níveis de organização dos seres
Fracionamento das misturas;
Átomo:
vivos; *Sais minerais; *Carências
Partículas elementares do átomo;
-
Número atômico; Número de
massa; Representação do átomo;
Isoátomos; Energia atômica;
*Poluição térmica; *Tecnologias
Classificação dos elementos
químicos;
-
Ligações químicas;
-
Reações químicas;
-
Funções químicas;
-
Equações químicas.
nutricionais; Elementos químicos
naturais; *Prevenção e tratamento
das doenças relacionadas aos
efeitos de radiação; *Tratamento
do câncer *ação dos elementos
que causam danos ao sistema
*Fenômenos: superaquecimento
radioativos no corpo humano;
nervoso central: radiação, metais
do planeta, efeito estufa, buraco
*Fenômenos: superaquecimento
pesados, drogas, automedicação;
na camada de ozônio e poluentes
do planeta, efeito estufa, buraco
*Fenômenos: superaquecimento
responsáveis.
na camada de ozônio e seus
do planeta, efeito estufa, buraco
efeitos nocivos aos seres vivos e
na camada de ozônio;
ao ambiente; Sistema sensorial.
165
A luz e a visão; Propagação
retilínea da luz e a formação de
sombras: Reflexão da luz e as
cores dos objetos; olho humano
como instrumento óptico; Modelo
físico do processo de visão;
Espelhos, lentes e refração;
Poluição visual; Fibras ópticas;
Propagação do som no ar;
Velocidade do som; O som e a
audição; *A qualidade do som;
Reflexos sonoros: eco, *poluição
sonora.
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Sol: composição química;
*Planeta Terra: Biosfera; *Sol:
*Sistema solar: composição da
produção de vitamina D;
166
Terra.
*Movimento da terra e suas
conseqüências – ritmos biológicos;
*A lua como satélite natural da
Terra: influências sobre a biosfera,
marés; *Diagnóstico, tratamento e
prevenção dos efeitos das
radiações do sol sob o corpo
humano: queimaduras, insolação
e câncer de pele; *O ser humano
no espaço: astronautas; *Relação
de adaptação do homem às
viagens espaciais; *Sol: fonte de
luz e energia: Fotossíntese:
processo e armazenamento de
energia; *Estrutura da Terra –
atmosfera, litosfera e hidrosfera.
167
CONTEÚDO ESPECÍFICO: SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Conhecimentos Físicos
Conhecimentos Químicos
Conhecimentos Biológicos
Movimento, deslocamento,
Teor alcoólico das bebidas e suas
Acidentes de trânsito relacionados
trajetória e referencial;
conseqüências no trânsito;
ao uso de drogas (álcool) – causas
Velocidade, velocidade média e
e conseqüências; Tempo de
aceleração; Distância; Tempo;
reação e reflexo comparado entre
Inércia; Resistência do ar; Força
um organismo que não ingeriu
de atrito, Aerodinâmica,
drogas (álcool) e um embriagado;
Equipamentos de segurança nos
Efeitos do álcool e outras drogas
meios de transporte; A relação
no organismo; Prevenção de
entre forço, massa e aceleração;
acidentes;
Máquinas simples; Deslocamento
de veículos automotores;
Velocidade; Segurança no
trânsito: Prevenção de acidentes;
168
* CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Será acrescentada a cultura Afro-brasileira e Africana e a Educação
do Campo em todas as séries do Ensino Fundamental, onde os mesmos serão trabalhados de forma
complementar, articulados com os conteúdos específicos da disciplina, sempre que possível.
169
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
À luz das diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental do Estado do
Paraná há que se retomar os conteúdos que historicamente compõem o currículo
da disciplina de ciências a partir da
concepção de ciência como processo de
construção humana, provisória, falível e intencional. Este utiliza-se de métodos
numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais.
Os conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,
considerando as relações entre a ciência a tecnologia e a sociedade. Através
deste enfoque pedagógico o currículo de Ciências propiciará condições para que
os sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem
na compreensão do seu papel frente às questões relacionadas à saúde, educação
ambiental, cultura afro brasileira e africana, educação do campo, inclusão à
serem incorporadas aos conteúdos específicos, imprescindíveis à disciplina de
Ciências passando a expressar a realidade.
Estes conteúdos específicos precisam ser analisados, compreendidos em
meio a um dinamismo social, deixando de ser compreendidos como elementos
fragmentados, neutros, a-históricos.
O conjunto de conhecimentos científicos que constitui a disciplina de
Ciências são necessários à explicação e compreensão dos fenômenos da
natureza e suas interferências no mundo. Há que se estabelecer relações entre
os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos a vida do sujeito com
suas diversidades: cultural, social, econômica, étnica, religiosa, sua realidade de
homem do campo ou da cidade, suas necessidades educacionais especiais, enfim
seus problemas reais.
Numa abordagem pedagógica crítica e histórica para definição do
Currículo de Ciências no Ensino Fundamental, a “corrente teórica” Movimento
Ciência, Tecnologia e Sociedade – CTS contribui com os conhecimentos físicos,
químicos e biológicos, como um instrumental que favorece a reflexão,
170
contextualização, articulação dos conteúdos específicos e propicia análise crítica
entre a ciência, a tecnologia e a sociedade (elementos do movimento CTS).
Como conteúdos estruturantes na disciplina de Ciências temos: CORPO
HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA. É
importante estabelecer relações entre os conteúdos estruturantes e desdobra-los
em conteúdos específicos evitando assim, a fragmentação dos mesmos e
garantindo uma abordagem articulada e inter-relacionada com a prática social do
sujeito.
Além
disso,
necessariamente
a
abordagem
contemplar
a
pedagógica
historicidade,
dos
a
conteúdos
deverá
intencionalidade,
a
provisoriedade, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e
inter-relações entre os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, o objeto
de estudo da disciplina, o conhecimento e a prática social.
Nessa perspectiva, o currículo de Ciências permitirá aos alunos
estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência), o mundo
construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade), fortalecendo a
função social da disciplina e orientando os alunos de forma a fazê-los conscientes
de seu papel de sujeito transformador da sociedade. Isto ampliará seu referencial
de análise crítica da realidade ao considerar os elementos do movimento CTS.
Assim sendo, a própria escola passará a ser um espaço democrático de
debate e estudo dos conteúdos específicos referente aos problemas da realidade
social a serem analisados, refletidos e sistematizados pelos alunos.
Cabe ao professor contextualizar os conteúdos estabelecendo relações
entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos em cada série e entre elas
considerando seus aspectos conceituais, científicos, históricos, econômicos,
políticos e sociais de forma mais abrangente, indo além do livro didático, pois
compreender o processo de construção do pensamento biológico através da
história da Ciência e da Filosofia é reconhecer que ao longo do tempo
171
convivemos com outros modelos ou sistemas explicativos para determinados
fatos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Partindo da concepção de ciência como construção humana, do objeto
de estudo da disciplina de Ciências, dos elementos do Movimento CTS, da
descrição dos conteúdos estruturantes e de seus desdobramentos, os conteúdos
específicos devem ser encaminhados metodologicamente numa abordagem
articulada, numa perspectiva crítica e histórica considerando as relações entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Assim sendo, o encaminhamento metodológico ao orientar-se por uma
abordagem crítica terá que considerar a prática social do sujeito histórico,
aproximando-se
dela,
relevando
na
escola
os
conteúdos
historicamente
constituídos.
O professor ao estabelecer as relações entre os diversos conteúdos
específicos reconhecerá que certos conhecimentos físicos, químicos e biológicos
são basilares e precisam ser abordados em cada uma das séries finais do Ensino
Fundamental integrando-os e adotando linguagem condizente e coerente com a
faixa etária, dosando adequadamente o aprofundamento da abordagem desses
conteúdos.
No processo de desenvolvimento dos conhecimentos científicos e de
suas inter-relações é importante relacionar a historicidade e intencionalidade de
produção dos conhecimentos tratados, em que contextos foram produzidos quais
os interesses sociais, políticos e econômicos a eles associados, bem como
identificar a aplicabilidade desses conhecimentos e sua utilidade para a
sociedade. Há que se considerar também o caráter de provisoriedade e
172
dinamicidade da ciência posto que a todo momento surgem novas pesquisas que
determinam o aparecimento de novas teorias e tecnologias.
Ao se estabelecer relações com outras disciplinas, com os elementos do
Movimento CTS, além dos diálogos entre os conteúdos específicos e destes com
os estruturantes amplia-se a compreensão dos fenômenos naturais.
Faz-se necessário a prática de uma metodologia que problematize a
prática social do aluno tratando de problemas de interesse do coletivo, além de
propiciar o crescimento intelectual significativo levando o sujeito a compreensão
científica mais elaborada, determinando nele também um novo posicionamento
perante sua prática social inicial, levando a apresentar soluções alternativas para
os problemas estudados estabelecendo nele propósitos de comprometimento em
ações efetivas. Essas propostas precisam ser acompanhadas e orientadas pelo
professor.
Também os conteúdos específicos podem ser tratados por meio de
atividades e aulas práticas assim consideradas, desde que os alunos nelas se
envolvam diretamente, em diversos ambientes, na escola ou fora dela
envolvendo os alunos em atividades pedagógicas que fazem uso da leitura e
interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, tabelas, esquemas,
resolução
de
problemas,
elaboração
de
modelos,
entrevistas,
pesquisas
bibliográficas, etc.
O encaminhamento metodológico para a disciplina de ciências não pode
restringir-se a um único método possibilitando: a observação, trabalho de campo,
jogos, visitas, projetos individuais e em grupos, redação de cartas para
autoridades,
palestras,
fóruns,
debates,
seminários,
conversação
dirigida,
utilização de notícias veiculadas pela mídia, bem como leitura crítica de textos
científicos.
Também são variados os recursos pedagógicos a serem utilizados:
Vídeos, DVD’s, Slides, CD’s, etc.
173
Os registros dos alunos durante as aulas, as suas produções poderão ser
socializadas promovendo a interação entre os colegas e destes com a produção
científica.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo e sistemático que oferece ao
professor dados significativos sobre a situação de aprendizagem dos alunos e
sobre sua prática docente. É o diagnóstico ideal que sinaliza as dificuldades e
os avanços na individualidade e no coletivo das séries trabalhadas.
O professor deverá estabelecer critérios avaliativos que considerem
aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados
conteúdos,
a
prática
social
dos
mesmos,
o
confronto
entre
esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, bem como as relações e interações
estabelecidas por eles no processo ensino-aprendizagem.
O planejamento docente deverá ser coerente com o encaminhamento
metodológico e com o processo avaliativo.
A avaliação não poderá ser uniforme estabelecendo mesmos critérios
para todas as séries. Há que se considerar a fixa etária, o nível cognitivo dos
alunos, respeitando as necessidades educacionais especiais, as diversas
formas
de
apropriação
dos
conteúdos
específicos
e
as
intervenções
pedagógicas realizadas.
Alguns critérios avaliativos que poderão ser considerados pelo
professor:
-
o quanto o aluno e/ou a turma compreende a necessária relação entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos para a explicação dos
fenômenos naturais envolvidos nos determinados conteúdos específicos;
174
-
o quanto e de que forma o aluno se apropriou dos conhecimentos
científicos avaliados;
-
quanto o aluno, e/ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais,
políticos, econômicos, éticos e históricos com a relação ciência, tecnologia
e sociedade;
-
em que medida o aluno, e/ou a turma compreende o quanto os
conhecimentos científicos abordados no determinado conteúdo se aplicam
à sua prática social, o quanto eles se relacionam com outros conteúdos e
até mesmo com conhecimentos de outras disciplinas;
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os instrumentos avaliativos a serem aplicados ao longo do processo
de ensino-aprendizagem, deverão ser diversificados e oferecer oportunidades
aos alunos de interpretar, produzir discutir, relacionar, refletir, analisar,
justificar, posicionar-se e argumentar defendendo o seu próprio ponto de vista.
Através de debates, resolução de problemas, elaboração de painéis, desenhos,
informativos, gráficos, pesquisas, experiências, relatórios, avaliação escrita, na
oralidade, análise crítica de filmes, documentários, etc. o professor terá
subsídios suficientes para promover a avaliação real do progresso cognitivo
dos alunos.
Ao analisar os dedos obtidos ao aplicar os diversos instrumentos de
avaliação, o professor deverá considerar as concepções de ciência, tecnologia,
sociedade, educação, aluno, processo de ensino e de aprendizagem, escola e
do currículo de ciência preconizadas no Projeto Político Pedagógico da escola e
nas Diretrizes para o Ensino Fundamental do Governo do Estado do Paraná.
175
Vale destacar ainda com relevância a participação dos alunos em
projetos institucionais como o Com Ciência, Fera e outros propostos pela
escola, comunidade, concursos, maratonas, olimpíadas, passeios culturais.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, versão
preliminar, SEED, julho, 2006.
MORIN, Edgar, Os sete saberes necessários a educação do futuro. 3ª ed.
São Paulo: Cortez, Brasília, Unesco 2001.
PARANÁ, Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná.
Secretaria do Paraná. Secretária do Estado da Educação. Curitiba, 1990.
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MAMBORÊ – PARANÁ
176
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física do Ensino
Fundamental
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física como disciplina escolar transitou em diversas perspectivas
teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas. É considerada um
processo que relaciona as atividades corporais aos hábitos cotidianos da vida,
dando um novo sentido as suas práticas, ou seja, pelo entendimento do corpo
177
como um todo, explorando sua expressão de forma ampla com o meio sóciocultural do aluno, associado a reflexão da prática no dia-a-dia.
No âmbito geral, temos várias definições para caracterizar a disciplina, tais
como: “ A Educação Física é a educação por meio das atividades corporais”, “
Educação Física é educação pelo movimento”, “ Educação Física é esporte de
rendimento”, “ Educação Física é educação do movimento”, “Educação Física é
educação sobre o movimento.”
Contudo, como disciplina escolar, define-se como uma prática pedagógica, que
no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como:
jogo, esporte, dança, ginástica, etc, formas estas que configuram uma área de
conhecimento que podemos chamar de cultura corporal (COLETIVO DE
AUTORES, 1992, p.50).
A Educação Física escolar, é uma parte integrante da Educação Física Geral,
porém com objetivos diferentes, pois não se busca o rendimento esportivo, a
competição exarcebada, mas a participação, reflexão, o interrelacionamento, a
autonomia, etc.
Desta forma, ela deve ser tratada com atenção especial levando o aluno a
analisar criticamente sua realidade, percebendo-se como sujeito participativo
da sociedade em que está inserido.
Percebe-se assim a importância da Educação Física no contexto escolar, no
que diz respeito a como se trabalha a formação integral e a melhoria das
habilidades físicas sociais e mentais, promovendo a participação do aluno
dentro de um cronograma pré-estabelecido.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
178
-
Transpor para a prática docente, o conhecimento da Educação
Física historicamente, para possibilitar ao estudante ser um
conhecedor destes conhecimentos e que passe a compreender e
utilizar
conceitos
aplicáveis
ao
seu
cotidiano
e
analisar
criticamente a realidade;
-
Oferecer um currículo articulado, onde os conteúdos estruturantes
e
seus
desdobramentos
(conteúdos
específicos
e
ou
complementares), sejam abordados numa perspectiva crítica e
histórica, levando em conta a prática social do aluno e as
implicações e limitações das relações entre a Educação Física, a
tecnologia e a sociedade;
-
Participar
de
atividades
corporais,
estabelecendo
relações
equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e
respeitando as características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais ou sociais.
-
Compreender a corporalidade como concepção orientadora da
Educação Física possibilitando o diálogo com as diferentes
culturas, entendendo a corporalidade como expressão criativa e
consciente
do
conjunto
das
manifestações
corporais
historicamente produzidas, levando o aluno à reflexão e ação
conscientes na sua realidade;
-
Identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporalidade, para que o aluno tenha noção da diversidade de
possibilidades das práticas corporais, dentro da sua vida escolar e
cotidiana, como forma de atuação na sua vida futura, adotando
179
hábitos saudáveis de alimentação e prática de atividades físicas
direcionada a saúde.
-
Conhecer e valorizar a identidade da cultura afro-brasileira e
africana.
180
CONTEÚDOS:
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
181
A
EXPRESSIVIDA
DE CORPORAL
1. Manifestações Esportivas:
- origem dos diferentes esportes e
suas mudanças na história: Futsal,
Voley, Handebol, Basquete,
Atletismo, Futebol;
- o esporte;
- princípios básicos dos esportes;
- elementos básicos dos esportes;
- práticas esportivas.
2. Manifestações Ginásticas:
- origem da ginástica e sua
mudança no tempo;
- diferentes tipos de ginástica;
- qualidade de vida voltada para a
saúde.
- práticas ginásticas;
- cultura de rua;
- cultura do circo: acrobacias
malabares.
3. Brincadeiras, brinquedos e
jogos:
- construção coletiva de jogos e
brincadeiras;
- oficina de construção de
brinquedos;
- brincadeiras tradicionais: peteca,
amarelinha, pipa;
- brinquedos cantados;
- tipos de jogos: queima, betz,
xadrez, dama, tênis de mesa e
campo, malha e bocha.
4. Manifestações Estéticocorporais na dança e no teatro:
- a dança e o teatro como
manifestação corporal;
- tipos de danças: folclóricas
- manifestações lúdicas;
- desenvolvimento corporal e construção
da saúde;
- o corpo no mundo do trabalho;
- participação do Brasil em competições
internacionais;
- saúde, higiene, alimentação.
- diferentes manifestações culturais.
- história das danças típicas de nossa
região.
182
FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS
A Educação Física busca uma nova identidade, no sentido da valorização dos
profissionais da área e de outras disciplinas, fazendo com que ela deixe de ser
coadjuvante no processo educacional, para ser parte integrante e colocá-la em
seu verdadeiro espaço, o da área de conhecimento.
Desta forma, tendo a necessidade de articular os conhecimentos culturais e os
científicos, a Educação Física deve contemplar em seus conteúdos básicos
temas como as múltiplas relações étnicas de gênero, os espaços geográficos
dos quais provêm os alunos, sem ferir as práticas e experiências de todos os
envolvidos no processo de formação, uma vez que nossa escola trabalha com
uma clientela do período matutino proveniente do espaço rural.
Diante da realidade de inclusão de alunos com necessidades especiais (visual,
auditivo, físico, mental ou múltiplas deficiências), cabe à Educação Física
aproveitar as características e experiências que os alunos possuem para
enriquecê-los e estimulá-los no sentido de desenvolver a auto-estima, respeito,
socialização e capacidades físicas, de acordo com os conteúdos propostos.
Assim a escola deve estar preparada para receber uma clientela heterogênea,
não nos esquecendo dos alunos em privação da liberdade e aqueles, com
necessidades educacionais especiais ou não, visando a preservação da
dignidade e ao respeito aos sujeitos das diferentes culturas étnicas e sócioeconômicas. É importante ressaltar que a inclusão social se pratica de forma
efetiva quando desprezamos os preconceitos quanto as classes sociais e
oportunizamos uma escola que seja acessível à todos, independentemente de
suas crenças, origens, condições sociais e culturais sendo justas quanto aos
seus propósitos, de liberdade, igualdade, fraternidade, entre outros.
Portanto, a Educação Física deverá manter com isso um permanente diálogo
com a mídia, trazendo para a escola um novo dado relacionado com a cultura
183
corporal
de
movimento
e
no
desenvolvimento
intelectual
do
aluno,
mobilizando práticas que afirmem valores e evitem formas de discriminação,
segregação e competição exacerbada.
É necessário adaptar os conteúdos propostos pela nova política pedagógica à
realidade do aluno, para que possa perceber a relação existente entre a escola
e os eu dia-a-dia, levando-os assim a consecução dos mesmos, estimulando o
diálogo com as outras áreas de conhecimento para o entendimento das
manifestações corporais.
Integrar, na composição dos conteúdos, assuntos voltados para o meio
ambiente, enfatizando o relacionamento do homem e do meio social e cultural
para uma conscientização e uma melhoria da qualidade de vida particular e
comunitária.
Para Pinto e Teuber (1986), “os currículos escolares deverão ter seus
conteúdos compatíveis com as experiências do aluno, servindo como ponto de
partida para a aquisição de novos conhecimentos”.
A sistematização destes conteúdos que são representados por esportes, jogos,
dança, ginástica, lutas, brincadeiras, brinquedos, devem considerar ainda as
características de maturação, diferenças individuais, desenvolvendo um
ambiente lúdico, onde a liberdade de expressão, a oportunidade de reflexão e
discussão, os trabalhos em equipe, e o que o aluno possa, através do
movimento, se relacionar com o próprio corpo e com o outro, possibilitando
assim, o exercício da inclusão de alunos que apresentarem necessidades
especiais de aprendizagem educacional.
Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física, a
organização
das
aulas
poderá
ser
efetuada
em
três
momentos:
problematização, desenvolvimento das atividades e a reflexão sobre a prática.
184
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na tentativa de alcançar os objetivos propostos, na realização dos conteúdos
de Educação Física como as manifestações esportivas, ginástica, jogos,
brincadeiras, brinquedos e danças, pode-se dizer que esta se dará da seguinte
forma:
No primeiro momento o conteúdo da aula será apresentado ao
aluno e problematizado, buscando melhores formas para execução das
atividades a serem desenvolvidas;
Na segunda fase do desenvolvimento das atividades e refere-se a
apreensão do conhecimento. Cabe ao professor observar as atividades, bem
como as diferentes manifestações advindas da prática corporal. Assim o
professor poderá realizar intervenções pedagógicas, esses momentos podem
ser significativos para a formação humana dos alunos.
Por último propõe-se uma reflexão aos alunos sobre a realização
das atividades, facilidades, dificuldades, formas como se realizou ou não se
realizou as atividades, enfim fazer um repensar de tudo que ocorreu no
decorrer da atividade, na intenção de uma sistematização do conhecimento.
Partindo do exposto, pode-se concluir que uma aula de Educação Física
compõem-se de: proposição do que vai ser estudado, execução do que foi
proposto e a reflexão sobre o que foi executado.
Os conteúdos serão desenvolvidos de 5ª a 8ª série. O tratamento de uma série
para outra é que deverá ter uma maior amplitude, complexibilidade e
aprofundamento.
Para a realização das aulas de Educação Física, dispomos de quadras
poliesportivas, apresentando ainda espaços livres para a realização das
185
atividades diferenciadas, sala de jogos (tênis de mesa, sala de vídeo), jogos
educativos, bolas e materiais alternativos.
186
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Será um processo contínuo, permanente, diagnóstico e cumulativo, onde o
professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas de ginástica do esporte, dos
jogos, da dança, das lutas e na expressão corporal possibilitando assim que os
alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma
suporta relação com o mundo.
BIBLIOGRAFIA
Brasil,
Secretaria
de
Educação
Fundamental,
Parâmetros
Curriculares
Nacionais: Educação Física, Brasília: MEC, 1998.
Coletivo de autores. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1993.
Diretrizes Curriculares da Educação Física para o Ensino Fundamental – versão
preliminar, julho, 2006.
Educação Física na sala de Aula. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1995.
Ginástica Localizada, 1000 exercícios. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1998.
Textos de Educação Física para sala de aula. Cascavel: Assoeste, 1994.
Educação Física/ Vários autores. Livro público didático. Curitiba/ SEED, 2006.
232p.
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
Proposta Curricular da disciplina de Ensino Religioso
188
2007
189
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
A Disciplina de Ensino Religioso tem por base a diversidade que se apresenta
nas diferentes expressões religiosas, tendo como foco o Sagrado em suas
manifestações.
Entende-se que o processo de inclusão da Disciplina de Ensino religioso no
Ensino Fundamental é histórico e vem se estruturando a cada momento,
conforme as necessidades emergentes. Assim, a referida disciplina é fruto da
reflexão sobre a necessidade de se respeitar a diversidade cultural de cada
povo.
Durante o processo de escolarização esta disciplina deverá contribuir para a
compreensão
dos
movimentos
religiosos
específicos
de
cada
cultura,
colaborando com a formação da pessoa. O Ensino Religioso contribui para
superação
da
desigualdade
étnico-religiosa
e
para
garantir
o
direito
Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme art. 5º, inciso VI,
da Constituição Brasileira.
Tal disciplina visa propiciar ao educando a identificação de entendimentos, de
conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações
religiosas presentes na sociedade.
Conforme Castella, o Ensino Religioso ”(...) não pode prescindir da sua vocação
de
realidade
institucional
aberta
ao
universo
da
cultura,
ao
integral
acontecimento de pensamento e da ação do homem: a experiência religiosa faz
parte desse acontecimento, com os fatos e sinais que a expressam. O fato
religioso, como todos os fatos humanos, pertence ao universo da cultura e,
190
portanto, tem uma relevância cultural, tem uma relevância sede cognitiva”
(2004, p. 104).
Neste sentido, o Ensino Religioso possibilitará ao educando refletir e entender
como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com
o sagrado.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
Promover aos alunos a oportunidade de entender os
movimentos religiosos específicos de cada cultura,
levando-o a possuir o substrato religioso, de modo a
colaborar com a formação da pessoa.
•
Contribuir para o conhecimento e respeito às diferentes
expressões religiosas advindas da elaboração cultural
dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes
fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
•
Propiciar aos sujeitos a oportunidade de identificação, de
conhecimento,
diferentes
de
aprendizagem
manifestações
em
religiosas
relação
às
presentes
na
sociedade, de forma que tenham a consciência da
amplitude da própria cultura em que estão inseridos.
•
Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em
suas relações éticas e sociais diante da sociedade,
fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer
forma
de
preconceito
e
discriminação
e
o
reconhecimento de que todos nós somos portadores de
singularidades.
FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS
191
A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas
catequéticas não correspondem ao sentido desta disciplina na escola.
Para entender melhor o novo enfoque dado à disciplina de Ensino Religioso fazse necessária a compreensão da pluralidade social, que garante a liberdade
religiosa, o respeito a maneira de aprender o conhecimento, o qual se processa
rapidamente dentro do campo da educação e da comunicação.
Há que se considerar a profunda reviravolta nas concepções estabelecidas em
especial no século XIX, conduzindo a repulsa dos valores absolutos ditados pela
sociedade européia.
Portanto, faz-se necessária a superação dos modelos lineares e fragmentados
de compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam
uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como
desafio para a escola e mais especificamente, para o Ensino Religioso.
Portanto, o processo ensino-aprendizagem visa à Construção/produção do
conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza pela promoção do
debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de
idéias, de informações discordantes e também da exposição competente dos
conteúdos formalizados.
Com as demandas sociais contemporâneas que exigem compreensão ampla da
diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e de
forma mais restrita no interior de diferentes comunidades é de fundamental
importância valorizar o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos.
192
Em relação aos desafios para a referida disciplina na atualidade, ressalta-se a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de
conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus
ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais,
sociais, políticas e econômicas.
Todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino
Religioso, pois o sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do
modelo
de
organização
de
diferentes
sociedades.
Desta
forma,
os
conhecimentos relativos ao Sagrado e as suas manifestações são significativas
para todos os alunos durante o processo de escolarização, por propiciarem
subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da
constituição da vida em sociedade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As diretrizes curriculares para o Ensino Religioso definem como objeto de
estudo o sagrado como foco do Fenômeno Religioso, por contemplar algo que
está presente em todas as manifestações religiosas.
O sagrado é uma das formas de expressão empregadas para se explicar os
fenômenos que não obedecem às leis da natureza e compõem o universo
cultural de diferentes grupos numéricos.
193
Sendo o Sagrado a base a partir da qual serão tratados todos os
conteúdos
do
Ensino
Religioso
tal
disciplina
não
desconsidera
a
sua
aproximação com outras áreas do conhecimento.
Afim de que a Disciplina de Ensino Religioso contribua efetivamente
com o processo de formação dos educandos, os conteúdos estruturantes dizem
respeito a paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados. Dessa forma a
abordagem dos mesmos explicita a intenção de trabalhar as manifestações
religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos
alunos as quais são tratadas de forma a inserir e contextualizar as
manifestações
religiosas
que
já
fazem
parte
do
universo
cultural
da
comunidade.
Todo conteúdo a ser trabalhado nas aulas de Ensino Religioso deverá contribuir
para a superação, do preconceito à ausência ou a presença de qualquer crença
religiosa; de forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer
expressão do sagrado.
Os conteúdos a serem ministrados não têm o compromisso de legitimar uma
manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é
espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos,
campanhas e celebrações.
Os conteúdos contemplam as diversas manifestações do sagrado,
entendidas como integrantes do patrimônio cultural e deverão contribuir para a
construção,
a
reflexão
e
a
socialização
do
conhecimento
religioso
194
proporcionando assim conhecimentos que favoreçam a formação integral dos
educandos, o respeito e o convívio com o diferente.
195
CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
-
Paisagem religiosa
Símbolo
Textos Sagrados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
I – Respeito à diversidade Religiosa
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
-
-
-
II – Lugares Sagrados
-
- Caracterização dos lugares e
templos sagrados: lugares de
peregrinação, de reverência, de culto,
de identidade, principais praticas de
expressão do sagrado nestes locais.
-
III – Textos Orais e Escritos
-
- Ensinamentos sagrados transmitidos
de forma oral e escrito pelas
diferentes culturas religiosas
Declaração Universal dos Direitos
Humanos e Constituição
Brasileira: respeito à liberdade
religiosa
Direito a professar a fé e
liberdade de opinião, expressão
bem como participação em
associações pacificas
Direitos humanos e sua
vinculação com o Sagrado
Lugares na natureza, rios, lagos,
montanhas, grutas, cachoeiras,
etc.
Lugares construídos: templos,
cidades sagradas, etc.
Literatura oral e escrita (cantos,
narrativas, poemas, orações,
etc.)
Exemplo:
-
Vedas – Hinduismo,
Escritura Baha’is
Fé Bahá I
Tradições orais Africanas, Afrobrasileiras, Alcorão, Islamismo,
etc.
IV – Organização Religiosa
- As organizações religiosas compõem
os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratados
como conteúdos, destacando-se as
suas principais características de
organização, estrutura e dinâmica
social dos sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de
compreensão e de relações com o
sagrado
- Textos Sagrados
- Símbolo
- Paisagem Religiosa
VI - O Universo Simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos
gestos, sons, formas, cores e textos
-
Fundadores e/ou Líderes
Religiosos
Estruturas Hierárquicas
Exemplos de Organizações
Mundiais e Regionais
Budismo (Sidarta, Gautama),
Confucionismo (Confúcio)
Espiritismo (Alan Kardec)
Laoísmo (Lao Tse)
Organização
religiosa
Grandes
Civilizações
transcorrer da história
das
no
- nos ritos
- nos mitos
- no cotidiano
Ex.: Arquitetura Religiosa, Mantras,
Parâmetros, Objetos, etc.
VII – Ritos
- Ritos de passagem
São práticas celebrativas das
tradições/manifestações religiosas
formadas por um conjunto de
rituais.
- Mortuários
- Ritos de passagem
Exemplos:
dança
(xire),
Candomblé,
Kiki
(Kaingangue,
ritual fúnebre, Via Sacra, Festejo
indígena de Colheita, etc.)
- Propiciatórios
- Outros
197
VIII – Festas Religiosas
- São os eventos realizados pelos
diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos.
- Peregrinações, festas familiares,
festas nos templos
Ex.: Festa do Dente Sagrado
(Budismo), Ramadã (Islâmica),
Kuarup (Indígena), Festa de
Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach
(Judaísmo), etc.
IX – Vida e Morte
As respostas elaboradas para vida
além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e
sua relação com o Sagrado
- O sentido da vida nas tradições/
manifestações religiosas
- Reencarnação
- Ressurreição – ação de voltar à
vida
- Além morte
- Ancestralidade
- Outras interpretações
198
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os procedimentos avaliativos adotados na disciplina de Ensino Religioso não
tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a
atribuição de notas e ou conceitos. No entanto a avaliação não deixa de ser
um dos elementos integrantes do processo educativo, onde esta deve ser
pautada com a implementação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela
classe tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para verificação da apropriação ou não do conteúdo pelo aluno, o professor
utilizará observações feitas através de registros diários e contínuos, assim o
processo avaliativo visa identificar em que medida os conteúdos passam a ser
referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
Será observado nas ações expressas no cotidiano se há relações respeitosas
entre os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua,
reconhecendo que o fenômeno religioso se expressa nas diferentes culturas, e
também se os educandos empregam conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do sagrado.
Diante das constatações acima o professor terá os elementos necessários para
planejar as intervenções no processo ensino e aprendizagem retomando as
lacunas
identificadas
no
processo
de
apropriação
dos
conteúdos,
oportunizando desta forma o redirecionamento da prática pedagógica
subsidiando assim, meios para o autodesenolvimento do educando.
199
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Caderno Temático n.º 1. Ensino Religioso, Fórum Nacional Permanente do
Ensino Religioso.
COSTELLA,
Domenico.
O
Fundamento
Epistemológico
do
Ensino
Religioso. In: Junqueira, Sergio; Wagner, Raul (Orgs). O ensino religioso no
Brasil. Curitiba, Champagnat, 2004.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental, SEED.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo,
Martins Fontes, 1002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições/Cipriano Carlos Luckesi – 17 ed. – São Paulo: Cortes, 2005.
200
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Proposta Curricular da Disciplina
de Geografia do Ensino
Fundamental
201
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
A disciplina de geografia tem como principal interesse despertar nos
alunos uma visão crítica que busque construir um mundo capaz de abrigar a
todos sem diferenças sociais, econômicas e territoriais.
Esta disciplina ajuda o aluno a pensar sobre o mundo hoje, pois como
este está sempre em transformação, possibilita que o conceito de geografia seja
sempre revisto, compreendendo a complexa realidade com que todos se
deparam cotidianamente.
A partir da análise do espaço geográfico, a geografia pode contribuir
para a construção do conhecimento, pois sabemos que o espaço é fruto do
trabalho humano. Desde os primórdios da humanidade, as pessoas buscam
suprir suas necessidades, utilizando-se dos recursos do meio da melhor forma
possível.
Vivendo em sociedade, os seres humanos vêm modificando o meio e
criando objetos artificiais que ajudam amenizar as dificuldades que são impostas
pela natureza.
É importante também propor uma geografia que forme um cidadão
capaz de trabalhar a informação disponível, pois na construção da cidadania é
fundamental saber expressar-se diante de diversas situações.
OBJETIVOS
•
Propiciar ao aluno o desenvolvimento de uma consciência crítica, para que o
mesmo possa ter uma leitura de mundo mais próxima da realidade atual,
visando diminuir as mais diversas formas de alienação e manipulação
impostas pela sociedade dominante, e assim passar a analisar e compreender
à produção e reprodução do Espaço Geográfico e sua participação e formação
como agente transformador da sociedade na qual está inserida.
202
•
Estabelecer uma relação de interação entre professor e aluno, mediados pelo
conhecimento, para que assim o processo de ensino-aprendizagem seja
contemplado em todos os âmbitos previstos
•
Possibilitar ao aluno uma maior compreensão do objeto de estudo da
geografia, para que este estabeleça relações entre o conteúdo trabalhado e
seu cotidiano.
•
Oferecer um currículo articulado onde os conteúdos estruturantes e seus
desdobramentos,
sejam
abordados
numa
perspectiva
crítica
e
contextualizada, levando em conta a prática social do aluno, suas implicações
e limitações de compreensão de mundo.
203
CONTEÚDOS:
204
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS
ESTRUTURANT
ES
-
A dimensão
geopolítica
-
Estado, Nação, Território;
Recursos Energéticos;
Divisão Política Mundial;
Divisão Política Nacional;
Localização do Estado do Paraná;
Localização do Brasil no espaço
mundial;
Industrialização e urbanização;
Movimentos sociais;
Meio
ambiente
e
desenvolvimento;
Divisões Regionais Brasileiras;
Problemas no campo e reforma
agrária;
Desigualdade social;
A população paranaense;
Guerra Fria;
Globalização;
Neoliberalismo;
Narcotráfico;
Biopirataria;
Desigualdade dos Países: Norte X
Sul;
Políticas ambientais;
Blocos econômicos;
Ordem
mundial
Bipolar
e
Multipolar;
Continente Americano;
Regiões polares;
A nova ordem mundial;
Terrorismo;
Conflitos mundiais
-
Transporte e riquezas agrícolas
-
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
-
Degradação
ambiental;
Violência;
Impactos ambientais;
Poluição;
do Paraná;
-
Europa Centro-ocidental;
Europa Central;
Europa Meridional;
Europa Setentrional;
Europa Oriental;
Oriente Médio e Ásia Central;
Subcontinente Indiano;
Sudeste asiático;
Extremo Oriente;
Bipolaridade e multipolaridade
205
Dimensão
Sócioambiental
-
Os movimentos da Terra e
suas conseqüências;
As eras geológicas;
Rochas e minerais;
Classificação,
fenômenos
atmosféricos
e
mudanças
climáticas;
O elevo, os rios, as águas e
bacias hidrográficas;
Clima;
Pecuária do Paraná;
Vegetação;
Movimentos sócio-ambientais;
A hidrografia paranaense
As formas de relevo;
O relevo paranaense;
Riquezas minerais do Paraná;
Ambiente rural e urbano;
Estações do ano e fusoshorário;
Placas tectônicas;
Evolução do Planeta Terra;
Recursos minerais;
Aproveitamento energético;
Europa, Ásia e África
Sistemas de energia;
Ocupação
de
áreas
irregulares;
Atividades econômicas;
Setores econômicos;
Tipos étnicos do Paraná;
População
economicamente
ativa;
Desmatamento;
Chuva ácida;
Buraco na Camada de Ozônio;
Efeito Estufa;
Desigualdade
social
e
problemas ambientais
Ciclos econômicos do Paraná;
Desenvolvimento econômico;
Vias econômicas e caminhos
paranaenses;
Industrialização.
-
-
Poluição;
Transporte fluvial;
Sustentabilidade;
Fontes alternativas
de energia;
Desmatamento,
poluição
e
degradação
ambiental;
Trabalho e renda;
Agenda 21;
Circulação
e
poluição
atmosférica;
Mecanização
agrícola;
Urbanização
e
favelização.
206
Dinâmica
Cultural e
Demográfica
-
Êxodo rural;
Consumo e consumismo;
Meios de comunicação;
Mecanização agrícola;
Urbanização e favelização;
Industrialização;
A população em movimento;
Imigração e colonização no
Paraná;
Estrutura etária;
Taxa
de
natalidade
e
mortalidade;
Desenvolvimento
e
subdesenvolvimento;
Migrações populacionais;
Capitalismo;
Distribuição
geográfica
da
população;
Fatores e tipos de migração e
imigração e suas influências
no espaço geográfico;
Formação e conflitos étnicos,
religiosos e raciais;
País populoso e país povoado;
População absoluta e relativa;
Densidade demográfica;
Relevo;
Europa, Ásia e África
-
Propaganda;
Degradação
ambiental;
Mudança de hábitos
e estilos de vida;
Cultura
Afrobrasileira;
Educação Fiscal;
Movimentos sociais;
Trabalho e consumo;
História
das
migrações mundiais;
Xenofobia;
Terrorismo.
207
A Dimensão
econômica da
produção do/
no Espaço
-
Os setores de economia;
Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais
e informações;
Economia
e
desigualdade
social;
Agroindústria;
Meios de comunicação;
Meios de transporte;
A vegetação paranaense;
Agricultura;
Pecuária;
Indústria;
Extrativismo;
População;
Dependência tecnológica;
Globalização;
Sistemas
de
produção
industrial;
Acordos e Blocos Econômicos;
Desenvolvimento;
Subdesenvolvimento;
Capitalismo;
Europa, Ásia e África;
O turismo paranaense;
Indústria
e
comércio
do
Paraná.
Educação Fiscal;
Problemas
sociais
urbano;
Impactos
ambientais.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia deve levar em consideração o uso de uma
linguagem próxima do cotidiano do aluno, rompendo com o formalismo, o
academismo e o enciclopedismo que tão bem caracterizam o ensino de geografia
no século passado.
Na geografia o objeto de estudo é o Espaço Geográfico, sua
composição e mudanças causadas ao longo do tempo pela atuação da sociedade
humana.
Pretende-se uma formação consciente por parte de nosso aluno nas
relações
sócio-espaciais
de
seu
tempo,
considerando
os
conflitos
e
as
208
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que constituem o Espaço
Geográfico.
Vivemos num mundo globalizado que para muitos esta realidade
tende a eliminar as diferenças regionais do planeta, homogeneizando os espaços,
mas neste contexto as trocas são intensas e constantes, sendo que a forma e o
conteúdo das regiões mudam rapidamente agravando ainda mais os problemas
sócio-ambientais, políticos, econômicos e culturais.
As relações do Espaço Geográfico devem ser trabalhadas de forma a
relacionar esses diferentes aspectos nas diversas escalas geográficas, do local ao
global, retornando ao local, unindo os objetos geográficos e as ações humanas.
A relevância dessa disciplina está no fato de que todos os
acontecimentos do mundo tem uma dimensão espacial, onde o espaço e a
materialização dos tempos da vida social; fornecendo ao aluno conhecimentos
específicos, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço sem
deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
abordagens.
Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa,
recusando uma visão receptiva e reprodutiva de mundo em conjunto com seus
alunos tendo em vista sua função enquanto agente transformador do ensino e da
escola e em decorrência disso da própria sociedade.
O professor deve empreender uma educação que considere a
heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo
atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, do
capital e informações é uma realidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
209
Sabemos que a nossa realidade sofre influências de outras, até das
mais distantes, pois sabemos que as informações hoje circulam e renovam-se
com grande rapidez, já que vivemos em um mundo globalizado. Cabe a disciplina
de Geografia selecionar conteúdos que estejam próximos de nossos alunos.
Propor que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, utilizando a cartografia
como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar nas diferentes escalas
espaciais, do local ao global e vice-versa ampliando assim suas noções espaciais.
Compreender o espaço geográfico como resultado da integração entre
dinâmica físico/natural e dinâmico humano/social podendo articular os diferentes
níveis de escalas seja local, regional, nacional e global ou o oposto.
A disciplina de geografia deve propiciar a busca da justiça social e o
respeito às culturas existentes, tais como: cultura africana e afro-brasileira, a
contribuição do negro na construção da nação brasileira, o movimento do povo
africano no tempo e no espaço, a colonização da África pelos europeus e as
diferentes etnias que participaram da construção e formação no espaço
geográfico brasileiro.
Deve-se
também
considerar
durante
o
processo
ensino-
aprendizagem, os alunos que apresentam algumas dificuldades, adequando o
conteúdo conforme sua necessidade, valorizando e respeitando as diversidades
culturais existentes, suas diferenças e limitações, promovendo a integração do
aluno, possibilitando a inclusão com qualidade.
Dentro das possibilidades, quando possível o professor promoverá
aulas de campo, primeiramente nos arredores da escola para depois outras de
maior distância; não se limitando apenas à visita do local desejado mas buscando
sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno
garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
Também através da disciplina despertar no aluno o interesse pela
Educação Ambiental e Fiscal, e pela valorização da cultura do campo.
210
Ao desenvolver a metodologia, fazer uso dos recursos tecnológicos
disponíveis no desenvolvimento da prática docente para enriquecer o trabalho
didático. Podemos destacar os seguintes recursos:
- Quadro de giz;
- DVD´s e vídeo;
- CD´s;
- Retro-projetor;
- Atlas;
- Globo;
- Maquetes;
- Revistas, jornais e textos complementares;
- Jogos educativos;
- Livros didáticos;
- Fotos;
- Postais, etc.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
A avaliação do Ensino da geografia está inserida dentro do processo
ensino-aprendizagem, e deve ser entendida como uma das formas utilizadas
pelos professores para avaliar sua metodologia e o nível de compreensão dos
conteúdos tratados durante um determinado período.
Diante disso, as avaliações deverão contemplar mais de uma forma
de comunicação dos alunos, pois estes encontrarão esse tipo de situação no seu
dia a dia, já que vivemos numa sociedade capitalista.
211
Assim, o processo de avaliação deverá ser articulado com os
conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as
categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de
poder, contemplando a escala local e global e vice-versa. Que essa avaliação seja
diagnóstica e continuada, e que contemplem diferentes práticas pedagógicas.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja,
que saibam como serão avaliados em cada atividade proposta.
Cabe ressaltar que
os
alunos
com
necessidades
educacionais
especiais no processo de ensino-aprendizagem serão avaliados considerando-se
seu desenvolvimento ao longo do período de sua integração com o grupo,
utilizando se necessário da flexibilização curricular.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Sendo
a
avaliação
diagnóstica
e
contínua
deverá
levar
em
consideração o pré-conhecimento dos educandos para que demonstrem de forma
espontânea
o
conhecimento
trazido
do
senso
comum,
sistematizando-o
cientificamente, visando respeitar o tempo de aprendizagem de cada aluno.
Para isto é necessário a aplicação de diferentes práticas pedagógicas
para avaliação, tais como: leitura, interpretação de fotos, imagens, mapas e
produção de textos, pesquisas bibliográficas, aula de campo entre outros, cuja
uma das finalidades seja a apresentação de seminários, construção de maquetes,
produção de mapas, também DVD, CD Room, vídeos, entre outros, avaliação
pontual, auto-avaliação, atuação do educando nas atividades extra-classe.
BIBLIOGRAFIA
212
Agenda 21
CAMARGO, João Borba de. Geografia Física, Humana e Econômica do
Paraná, 4 ed., 2001.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos.
Ed. Papirus, 1998, Campinas – S.P.
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná (versão preliminar 2005).
GARCIA, Garavelho Coleção de Geografia – Ensino Fundamental 5ª a 8ª série.
MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial,
2002.
MORAES, A.C.R. de. Pequena História Crítica da Geografia. São Paulo:
Hucitec, 1987.
Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino da Geografia.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Currículo Básico da Escola Pública do
Paraná. Curitiba, 1990.
RUA, João. Para ensinar geografia. Copyright, Rio de Janeiro, 2005
SANTOS, M. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética – libertadora do
processo de avaliação escolar, 16ª ed. São Paulo, 2006.
WLACH, V.R.F. O ensino da geografia no Brasil: uma perspectiva histórica.
In: Vesentini, J. W. (org). O ensino de geografia no século XXI. Campinas-S.P.
Papirus, 2004.
213
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História
2007
214
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história se expressa no processo de produção do conhecimento
humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a
interpretação dos sentidos, do pensar histórico dos seres humanos, por meio
da compreensão deste conhecimento. Através da investigação histórica é
possível compreender/interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas
ações.
O ensino de história ao longo do tempo passou por mudanças e
estas, não ocorrem de forma imediata. Na década de 1970, o ensino de
história era predominantemente tradicional, seja pela valorização de alguns
personagens como sujeitos da história e de sua atuação em fatos políticos,
seja pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear. As
discussões sobre o assunto eram elaboradas sob a influência da Escola
Metódica e do Positivismo, caracterizadas em linhas gerais, pela história
política, orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito de documentos
oficiais escritos como fonte e verdade histórica e, por fim, pela valorização dos
heróis.
No modelo conservador de sociedade da época, o currículo oficial
de história tinha como objetivo contribuir para a legitimação dos valores
aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes, excluía
possibilidades das pessoas comuns de serem entendidas como sujeitos
históricos. Dessa forma, o Estado objetivava exercer um maior controle
ideológico, ao tentar retirar o instrumental intelectual politizador do professor
de história, e também centrar a formação numa prática pedagógica, pautada
na transmissão de conteúdos escolares, selecionados e sedimentados pelos
livros e manuais didáticos. O ensino da história tinha como prioridade ajustar
o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos, privilegiando noções e
215
conceitos básicos para a adaptação à realidade. Nesse contexto, o ensino da
história distanciou-se da produção historiográfica acadêmica.
Percebe-se a necessidade da valorização dos sujeitos
históricos não somente como objetos de análise historiográfica, mas como
agentes que buscam a construção do conhecimento através da reflexão
teórica e, portanto, da produção conceitual de sua prática vivencial e
investigativa no universo escolar. Talvez este desejo dos professores seja um
caminho para a formação de uma consciência histórica no aluno e no
professor ao pensarem a própria experiência educativa ao se pensarem como
seres sociais e cidadãos construtores de um espaço público realmente
democrático produzido pela ação social.
As estruturas sócio-históricas podem ser descobertas, interpretadas e
analisadas a partir de metodologias que se confrontam com dados empíricos
tais como as fontes históricas. Este confronto pode modificar as metodologias
e mesmo verificar a sua validade em relação aos fatos históricos expressos
nas fontes utilizadas ao abordar o objeto de estudo. Nesta concepção, as
teorias e as metodologias não são somente formas discursivas, pois elas se
constituem a partir da realidade sócio-histórica do objeto de estudo enquanto
elemento relativamente autônomo em relação à realidade complexa e total. É
neste espaço, que ocorre a tematização dos conteúdos numa relação dialética
e seletiva entre o aspecto empírico e o aspecto teórico-conceitual do
conhecimento histórico.
Nesse contexto o ensino de história pode estimular a formação
crítica ao fornecer instrumentos que auxiliem na interpretação da realidade,
mostrando que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como
resultado de processos históricos que envolveram vários e diferentes grupos
sociais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
216
-
Propiciar ao educando a construção da consciência histórica, situando-o
no contexto histórico em que os fatos ocorreram e situando-os como
sujeitos capazes de compreender e construir a própria história, criando e
vivendo os fatos de forma a mudar a realidade do mundo, no seu
processo de produção do conhecimento humano, considerando a
consciência histórica dos sujeitos;
-
Estimular a formação crítica capaz de dar ao sujeito os instrumentos que
o auxiliem na interpretação da atual realidade, levando-o a perceber
que este processo foi construído ao longo do tempo, como resultado de
processos históricos que envolveram vários e diferentes grupos sociais e
suas inter-relações;
-
Compreender a história voltada para a interpretação do pensar histórico,
compreensão/interpretação dos sentidos que os sujeitos atribuem às
suas ações e às relações humanas por estas produzidas;
-
Promover, através do ensino da história, a valorização das diferentes
culturas e o diálogo intercultural, estimulando o sujeito a respeitar a
diversidade existente em seu meio social;
-
Compreender a inter-relação entre o campo e a cidade, ou seja, a cidade
não vive sem o campo e o campo não vive sem a cidade.
-
Ressaltar a contribuição dos afro-descendentes na construção da nação
brasileira;
-
Compreender a importância da sustentabilidade do planeta, envolvendo
o homem e o meio ambiente;
217
CONTEÚDOS:
DIMENSÕES: POLÍTICA, ECONÔMICO – SOCIAL E CULTURAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
218
CONTEÚ
DO
ESTRUTU
RANTE
Das
origens
Produção do conhecimento histórico:
A Humanidade e a História
• O
historiador
e
a
produção
do - De onde viemos, quem somos, como sabemos?
conhecimento;
• Tempo e temporalidade;
• Fontes, documentos;
• Patrimônio material e imaterial;
• Pesquisa;
Articulação da História com outras áreas
do conhecimento.
do
homem
ao século
XVI
–
Diferente
s
trajetória
s
e
- Arqueologia, antropologia, paleontologia,
geografia, geologia, sociologia, etnologia e
outras.
Arqueologia no Brasil
Surgimento desenvolvimento da humanidade
e grandes migrações
• Lagoa Santa Luzia (MG)
• Teoria do surgimento do homem na América
• Serra da Capivara (PI)
• Mitos e lendas da origem do homem
• Sambaquis (PR)
• Desconstrução do conceito de Pré-história
• Povos ágrafos, memória e história oral
diferente
s
culturas
219
Povos indígenas no Brasil e no Paraná
•
•
•
Ameríndios do território brasileiro
Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng
Educação do Campo
As Primeiras civilizações na América
•
•
Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Mais, Jucas e
Astecas.
Ameríndios da América do Norte
As primeiras civilizações na África, Europa e
Ásia
•
•
A chegada dos europeus na América
- (des) encontros entre culturas
- resistência e dominação
- escravização
- catequização
Egito, Núbia, Gooza e Mali
Hebreus, Gregos e Romanos
Península Ibérica nos séculos XIV e
cultura, sociedade e política
- reconquista do território
- religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo
Comércio (África, Ásia, América e Europa)
XV:
Formação da sociedade brasileira e americana
Os reinos e sociedades africanas e os contatos
com a Europa
- América portuguesa
Songai,
Benin,
Ifé,
Congo,
Monomotapa
- América espanhola
(zimbabwe) e outros
- América franco-inglesa
- Comércio
- Organização político-administrativa (capitanias hereditárias,
- Organização política-administrativa
sesmarias)
- Manifestações culturais
- Manifestações culturais (sagrada e profana)
- Organização social
- Organização social (família patriarcal e escravismo)
- Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a
- Escravização de indígenas e africanos
batea, construção civil...
- Economia (pau-brasil. Cana-de-açúcar e minérios)
Diáspora Africana
220
CONTEÚ
DO
ESTRUTU
RANTE
DAS
CONTEST
AÇÕES A
ORDEM
COLONIA
L AO
PROCESS
O DE
INDEPEN
DÊNCIA
DO
BRASIL –
SÉCULO
XVII AO
XIX
Expansão e consolidação do território:
•
•
•
Missões
Bandeiras
Invasões estrangeiras
Consolidação
dos
estados
nacionais
europeus e reforma pombalina:
•
Reforma e contra-reforma
Colonização do território paranaense:
•
•
•
Economia
Organização social
Manifestações culturais
• Organização político-administrativa
Movimentos de contestação:
•
•
Quilombos (BRC PR)
Irmandades: manifestações religiosas –
sincretismo;
• Revoltas nativistas e nacionalistas:
 Inconfidência mineira
 Conjuração baiana
 Revolta da cachaça
 Revolta do maneta
 Guerra dos mascates
Chegada da Família Real do Brasil:
•
•
•
•
•
•
De colônia ao Reino Unido
Missões Artístico – científicas
Biblioteca nacional
Banco do Brasil
Urbanização na capital
Imprensa régia
Independências
das
Treze
Inglesas da América do Norte:
Colônias
Diáspora africana
Revolução francesa
• Comuna de Paris
Invasão napoleônica na Península Ibérica
221
Pensando a nacionalidade do século XIX ao XX – A Constituição do Ideário de Nação no Brasil
O processo de independência do Brasil:
•
•
•
•
•
•
•
•
Governo de D. Pedro I
Constituição outorgada de 1824
Unidade territorial
Manutenção da estrutura social
Confederação do Equador
Província cisplatina
Haitianismo
Revoltas regenciais:
 Malês, sabinada, balaiada,
farroupilha.
A construção da nação:
•
•
•
•
•
•
Processo de Independência das Américas:
•
•
Haiti
Colônias Espanholas
cabanagem,
Governo de D. Pedro II
Criação do IHGB
Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850
Início da imigração européia
Definição do território
Movimento abolicionista e emancipacionista
Revolução Industrial e relações de trabalho
(XIX e XX):
•
•
•
Ludismo
Socialismos
Anarquismo
Relacionar, Tayloismo, Fordismo, Toyotismo
Emancipação Política do Paraná (1853)
•
•
•
•
•
•
Economia
Organização social
Manifestações culturais
Organização política-administrativa
Migrações: internas (escravizados, libertos e
homus livres pobres) e externas (europeus)
Os povos indígenas e a política de terras.
222
A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice
Aliança
O processo de abolição da escravidão:
•
•
•
•
•
Legislação
Resistência e negociação
Discursos
Abolição
Imigração – senador Vergueiro Braqueamento e
miscigenação
• Oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da
Cunha, Silvio) Romero, no Brasil, Sarmiento na
Argentina.
Os primeiros anos de República:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Idéias positivistas
Imigração asiática
Oligarquia, coronelismo e clientelismo
Movimentos de contestação: campo e cidade
Movimentos messiânicos
Revolta da vacina e urbanização do Rio de
Janeiro
Movimento operário: anarquismo e comunismo
Paraná
Guerra do contestado
Greve de 1917 – Curitiba
Paranismo: movimento regionalista – Romário
Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João
Turim
Colonização da África e da Ásia
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense
Carnaval na América
murga e candomblé
Latina:
entrudo,
Questões Agrárias na América Latina
•
Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
223
224
CONTEÚ
DO
ESTRUTU
RANTE
Repensa
ndo a
nacionali
dade
brasileira
: do
século
XX ao
XXI –
Elemento
s
Constitut
ivos da
A
semana
de
nacionalidade:
22
e
o
repensar
da Crise de 1929
• Economia
• Organização social
• Organização político-administrativa
• Manifestações culturais
• Coluna Prestes
A “Revolução” de 30 e o Período Vargas 1930 Ascensão
a 1945
Europa
• Leis trabalhistas
• Voto feminino
• Ordem e disciplina no trabalho
• Mídia e divulgação do regime
• Criação do SPHAN, IBGE
• Futebol e carnaval
• Contestações à ordem
• Integralismo
• Participação do Brasil na II Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina:
•
•
•
dos
regimes
totalitários
na
Movimentos populares na América Latina
Segunda Guerra Mundial
Independência das Colônias afro-asiáticas
Cárdenas – México
Perón – Argentina
Guerra Fria
Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart –
Brasil
Contemp
oraneida
de
225
226
Construção do Paraná Moderno:
Guerra Fria
•
Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion,
Bento Munhoz da Rocha Netto e Ney Braga
• Frentes de colonização do Estado, criação da
estrutura administrativa
• Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...
• Movimentos culturais
• Movimentos sociais no campo de na cidade:
Ex.: Revolta dos colonos década de 50 no
sudoeste
• Os xetá
O Regime Militar no Paraná e no Brasil:
•
•
•
•
•
Repressão e censura, uso ideológico dos meios
de comunicação
O uso ideológico do futebol na década de 70: o
tricampeonato mundial, a criação da liga
nacional (campeonato brasileiro)
Cinema novo
Teatro
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra
Movimentos de contestação no Brasil
•
•
•
•
•
Resistência armada
Tropicalismo
Jovem Guarda
Novo sindicalismo
Movimento estudantil
Guerra Fria e os Regimes militares na
América Latina:
•
•
•
Política de boa vizinhança
Revolução Cubana
11 de setembro no Chile e a deposição de
Salvador Allende
• Censura aos meios de comunicação
• O uso ideológico do futebol na década de
70
• A copa da Argentina – 1978
Movimentos de contestação no mundo:
•
•
•
•
•
•
•
Maio de 68 – França
Movimento Negro
Movimento Hippie
Movimento Homossexual
Movimento Feminista
Movimento Punk
Movimento Ambiental
227
Paraná no contexto atual
Redemocratização
Fim da bipolarização mundial:
•
•
Constituição de 1988
• Desintegração do bloco socialista
Movimentos populares rurais e urbanos: MST
• Neoliberalismo
(movimento dos sem terra), MNLM (Movimento
• Globalização
Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central
• 11 de setembro nos E.U.A.
Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos
Palmares, etc.
África e América Latina no contexto atual
• Mercosul
• Alca
O Brasil no contexto atual
•
A comemoração dos “500 anos do Brasil”:
análise e reflexão
228
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
As diretrizes curriculares que estabelecem as orientações comuns a
serem observadas, recusam uma concepção de história como verdade pronta
e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano,
sem diálogo com outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de
história seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado,
recusam-se também as produções historiográficas que afirmam não existir
objetividade possível em história, sendo portanto, todas as afirmativas
igualmente válidas.
A história tem como objeto de estudo os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas
ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser
definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de
pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de
se
relacionar social, cultural e
politicamente,
respeitando
sempre
as
semelhanças e as diferenças entre os elementos formadores dessa sociedade.
As relações condicionam os limites e as possibilidades das ações dos
sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente
as estruturas sócio-históricas. Deve-se considerar também como objeto de
estudo, as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como
as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época
local, os quais também se conformam a partir das ações humanas.
Segundo o historiador Christopher Lloyd (1995), os processos
históricos
estão
articulados
em
determinadas
relações
causais.
Os
acontecimentos históricos construídos pelas ações e sentidos humanos em
determinado local e tempo, produzem as relações humanas, estas permitem
um espaço de atividade em relação aos acontecimentos históricos, isso
acontece de modo não linear, ou seja: as ações humanas produzem relações e
são as novas relações produzidas que constroem novas ações humanas.
Sendo assim, os processos históricos são marcados pela complexidade causal,
229
isto é, vários acontecimentos distintos produzem uma nova relação enquanto
diversas relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.
Assim, a produção do conhecimento histórico, ao confrontar ou comparar
documentos entre si e com o contexto social e teórico de sua produção abre
perspectivas para validar, refutar ou complementar a produção historiográfica
existente.
A finalidade da história é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É
voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos,
por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta
provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que, além de existirem
várias explicações e/ou interpretações para um determinado fato, algumas
delas são mais válidas historiograficamente do que outras. O conhecimento
histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação,
construída a partir das experiências dos seus sujeitos.
A proposta curricular delineada propõe-se a estabelecer articulações
entre abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as diferenças
e até a oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível
para o ensino de história, uma vez que possibilita aos alunos compreender as
experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas. Para que esta
articulação esteja presente na abordagem curricular, elegem como síntese
dessa proposição, a idéia de consciência histórica. Entende-se que a
consciência histórica é uma condição da existência do pensamento humano,
pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações
sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a
consciência histórica é inerente à condição humana em toda a sua
diversidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
230
Para que o ensino de história contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que se retome constantemente com os
alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como
objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e as relações
humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram
às mesmas de forma consciente ou não.
A produção do conhecimento histórico para a compreensão do
passado pode ser complementada com novas pesquisas podendo ser refutada
ou validada pelo trabalho de investigação, que possibilita contribuir para que
os alunos valorizem e contribuam para a preservação de documentos dos
lugares de memórias como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos
de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre outros, seja pelo
uso adequado dos
locais de
memória, pelo
manuseio cuidadoso de
documentos que podem se constituir em fontes de pesquisas, seja pelo
reconhecimento do trabalho realizado pelos pesquisadores.
Os conteúdos deverão ser problematizados a partir da produção do
conhecimento histórico considerando que a apropriação deste conceito pelos
alunos é processual e deste modo, exigirá que seja constantemente retomado
através de visitas, montagem de painéis, projetos, observações, recursos
pedagógicos (filme, programas de TV, DVD), interação e socialização dos
alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As práticas avaliativas que integram o processo ensino aprendizagem
não devem priorizar o caráter classificatório, e sim estarem colocadas a
serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeiem o
conjunto de ações pedagógicas e não como um elemento externo a este.
A avaliação deve ser contínua e diagnóstica, sempre respeitando as
diferenças existentes entre os alunos, procurando enfatizar os avanços e que
231
esta não seja somente em relação ao aluno, mas que sirva também para o
professor refletir sobre sua prática pedagógica e identificar lacunas no
processo de ensino aprendizagem bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. Estas
dificuldades deverão ser discutidas no coletivo, assim o aprendizado e a
avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que
se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise
crítica
das
práticas
que
podem
ser
constantemente
retomados
e
reorganizadas.
Quanto aos alunos com dificuldades o processo avaliativo se dará de
forma contínua, onde serão considerados os seus avanços pessoais e a sua
integração/interação com o grupo.
Para tanto, deve-se utilizar diferentes atividades como:
-
Verificação da participação nas atividades coletivas, na exploração dos
temas através da conversação, nos debates, entrevistas, visitas
palestras;
-
Auto avaliação;
-
Aula de campo (relatório);
-
Observação direta do professor em sala de aula e durante atividades
extra-classe;
-
Leitura e interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
-
Pesquisas bibliográficas;
-
Provas objetivas e subjetivas.
BIBLIOGRAFIA
CAMARGO, João Borba de. História do Paraná Maringá. Bertoni Editora,
2004.
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental – versão
preliminar, julho, 2006.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 33 ed. São Paulo:
Companhia Editorial Nacional, 2004.
232
LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes e muita história.
Francisco Beltrão, 2003.
PANAZZO, Silvia. Navegando pela história. São Paulo: Quinteto Editorial,
2002.
PARANÁ. Almanaque Paraná, 2002.
PRADO JR., Caio. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense,
2004.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. Curitiba: Letraviva, 1996.
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
233
Proposta Pedagógica Curricular
da Disciplina
de Língua Portuguesa
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar
os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX
depois de há muito organizado o sistema de ensino. Contudo a preocupação
com a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30
do século XX.
Levando-se em conta o tempo decorrido desde a chegada, aqui, dos
primeiros conquistadores europeus, pode se considerar os cento e poucos
anos da disciplina e os quase oitenta de preocupação com a formação dos
professores como fato recente. Acrescente-se a isso que a formação da nação
brasileira deve-se à língua muito da sua identidade. Nesse aspecto,
tensionando o uso da língua, emergem, no nível popular e coloquial, práticas
de língua que definem muitos aspectos da tradição.
234
Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de
ensino moldavam-se ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a
uma escolarização mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o
ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da
Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas
gramática, retórica e poética, abrangendo esta última, a literatura. Somente
no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de português,
em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de professor de
português.
O ensino da Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista
até meados do século XX, quando iniciou no Brasil, a partir de 1967, “um
processo de democratização do ensino”. Como conseqüência desse processo,
a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as
necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.
O ensino de Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia
prescindir de propostas pedagógicas que levassem em conta as novas
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, ou seja, a
presença de registros e padrões culturais diferentes dos até então admitidos
na escola.
A disciplina de português, com a Lei 5692/71, passa a denominar-se,
no primeiro grau: comunicação em Língua Portuguesa. Com isso, a gramática
deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da
comunicação torna-se o referencial.
Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua
materna chegaram ao
Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer
frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional do ensino da língua
cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais,
valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas
235
idéias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as
contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Círculo de Backtin
onde a língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se
constituem através dessa interação.
Neste mesmo período, os estudos lingüísticos mobilizaram os
professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e
para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula.
A Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental visa uma prática
pedagógica que considere o processo dinâmico e histórico dos agentes na
interação verbal, tanto na constituição social da linguagem quanto dos
sujeitos que por meio dela interagem.
Nesta perspectiva as práticas adotadas levam o aluno a compreender
e produzir textos não apenas orais e escritos, mas colocar-se em relação as
diversas modalidades de linguagem para delas tirai sentido.
O ponto principal do ensino da língua materna vai se constituir no
trabalho com o texto, visando o desenvolvimento das habilidades em relação
a oralidade, leitura, escrita e análise lingüística do educando, ampliando sua
competência textual adequada às diferentes interlocuções que ocorrem no
cotidiano, assim como entender os diversos textos que circulam no dia-a-dia.
Vale lembrar que nessa proposta de ensino da Língua Portuguesa, a
análise lingüística será feita na perspectiva do uso da funcionalidade dos
elementos gramaticais, optando-se por ensinar a ler e interpretar.
Também empregar a língua oral em diferentes situações, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão
implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos.
Produzir textos objetivando a compreensão dos fatos lingüísticos e não
propriamente a nomenclatura e classificação de tais elementos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
236
Objetiva-se para a disciplina de Língua Portuguesa para o Ensino
Fundamental:
•
Desenvolver durante o ensino fundamental habilidades de uso da
língua escrita em situações discursivas e realizadas por meio de
práticas
sociais,
considerando-se
os
interlocutores,
os
seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros, suportes textuais e o
contexto de produção e leitura para promover no aluno melhor
compreensão da realidade e o seu papel como participante da
sociedade.
•
Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de
pensamento
crítico
e
a
sensibilidade
estética
dos
alunos,
propiciando através da leitura, a constituição do espaço dialógico
que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da
oralidade, da leitura e da escrita e por essa habilidade levar o aluno
a valorizar e conhecer a cultura afro-brasileira como colaboradora
da cultura nacional.
•
Aplicar as tecnologias da comunicação em contextos relevantes
para aluno com os recursos tecnológicos que a escola dispõe,
possibilitando o acesso ao conhecimento do mundo globalizado.
•
Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir e
analisar os textos que lêem, escrevem, falam, ouvem, e também
sobre os múltiplos códigos que permeiam seu cotidiano, intuindo de
forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização para integrar, entender e aplicar as diversas práticas
de linguagens nas várias situações de uso.
•
Desenvolver uma conscientização metalingüística que seja útil na
avaliação crítica não só da fala e da escrita do próprio sujeito, como
das competências lingüísticas, pragmática, temática, textual e da
237
inter e multidisciplinariedade, permitindo e estabelecendo relações
entre conteúdos essenciais e secundários.
238
239
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
“DISCURSO”
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
-
Prática da Leitura;
Variedades lingüísticas;
Prática de escritas;
Análise do discurso;
Intertextualidade;
Diversidades culturais;
O discurso: práticas sociais
- Oralidade: Fala
- Variante lingüística;
- Aspecto argumentativo do discurso:
Dissertação – texto argumentativo e
expositivo
- Diferentes construções da língua – discurso
oral e escrito
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
-
Cultura afro-brasileira
Educação do Campo
Meio ambiente
Educação Fiscal
Agenda 21
Saúde e cidadania
Ética
Folclore
Copa do mundo
- Leitura:
- Leitura e interpretação de gêneros textuais:
científicos,
literários
(linguagem
figurada),
intertextualidade,
informativos
(notícias),
dissertativos
(argumentação,
estrutura,
tema),
publicitários, ficcionais.
- Escrita:
- Estruturação: produção e reestruturação de
textos
- Modalidades textuais: narração (elementos da
narrativa), descrição e dissertação (estrutura,
argumentação, coesão e coerência)
- Produção: revisão, reestruturação
240
- Pontuação
- Acentuação
241
FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS
O
ensino
da
Língua
Portuguesa
e
Literatura
numa
visão
contemporânea, precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na
escrita, com o processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar
relacionada a situações reais de comunicação.
As rápidas mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações
de poder presentes nas teorias discursivas que atravessam o campo social
requerem do professor uma mudança de posicionamento no que se refere a
sua própria ação pedagógica. Este precisa tomar como ponto de partida a
prática social, já que é essa que orientará a ação pedagógica com a língua,
privilegiando o contato real do estudante com a multiplicidade de textos que
são produzidos e circulam socialmente.
Considerando que todo texto é articulação de discursos e deve ser
visto como lugar onde os participantes da interação dialógica se constróem e
são construídos, refletir com e sobre a língua, só tem sentido se considerar
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem presente em
atividades que possibilitem aos alunos e professores experiências reais de uso
da língua materna.
Assumindo-se a linguagem como uma ação que permite ao sujeito se
reconhecer como homem capaz de interagir e de trocar experiências e
compreender a realidade em que está inserido e o seu papel como
participante da sociedade pode-se entender que as práticas da linguagem
enquanto fenômeno de interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir
humano, potencializando na escola, a perspectiva interdisciplinar e a
diversificação da metodologia proporcionando a ampliação progressiva dos
conhecimentos a todos os educandos principalmente aos com necessidades
educacionais especiais.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
242
A ação pedagógica referente à língua deve pautar-se na interlocução
em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a
expressão oral ou escrita, mas também refletir sobre o uso que faz da
linguagem nos diferentes contextos e situações. O conteúdo estruturante da
Língua Portuguesa é o discurso enquanto prática social, desdobrado em três
práticas: leitura, escrita e oralidade. Essas práticas deverão ser desenvolvidas,
observando sempre as diferenças individuais e escolares, proporcionando
diferentes atividades de forma que todos possam participar das mesmas e
assim estaremos promovendo a inclusão.
- Prática da oralidade:
Relatos de histórias vivenciadas pelos alunos – histórias de famílias, de
comunidade, filmes, livros;
Depoimentos
de
situações
significativas,
vivenciadas
pelos
alunos,
mantendo a unidade temática;
Analisar documentários de TV, entrevistas;
Uso do discursos oral para emitir opiniões, dar recados, avisos, colher e dar
informações, fazer e dar entrevistas.
- Na prática da leitura:
Ler todo e qualquer tipo de texto (literários, publicitários e científicos), em
especial os temas relacionados com a Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Cultura Afro-brasileira e Africana, Educação do Campo e outros.
Ler textos de jornais, revistas, livros, cartazes, propagandas, avisos e
outros.
Comentar obras lidas pelo professor ao aluno e vice-versa.
Leitura coletiva de peças de teatro da história e dramatizações sobre textos
lidos;
Organização de clubes do livro para a realização de leitura;
Momentos
oportunos
para
os
alunos
exporem
idéias,
opiniões
e
experiências de leitura.
243
- Na prática da escrita:
Revisão, reestruturação, reescrita de textos.
Socialização de produção textual do aluno por meio de mural.
Relatos de histórias ouvidas, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas,
contos, crônicas, notícias, editoriais, cartas de leitor, entrevistas, relatórios,
resumos de artigos e verbetes de enciclopédia, textos de divulgação
científica.
Contato dos alunos com diferentes tipos e gêneros textuais, facilitando a
assimilação do aluno às regularidades que determinam o uso da norma
padrão.
- Na prática da análise lingüística:
Conhecimento sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema
lingüístico relevantes, tendo como ponto de partida o texto.
Adequação de determinados registros em diferentes situações de uso nas
modalidades oral e escrita.
Aplicação dos conhecimentos relativos a variação lingüística e diferenças
entre oralidade e escrita.
Utilização da língua oral e escrita reconhecendo os valores sociais e,
consequentemente, o preconceito contra as formas populares em oposição
às formas dos grupos socialmente favorecidos.
Dessa forma, propomos atividades que forneçam as habilidades de falar,
ouvir, ler, interpretar, produzir, analisar lingüisticamente a reflexão,
contemplando os conteúdos estabelecidos por série e ano.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
244
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade
e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao logo do
ano letivo. A lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBEN), dá destaque à chamada avaliação adequada ao dia-a-dia da sala de
aula.
A
avaliação
formativa
é
o
melhor
caminho
para
garantir
a
aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera que
os alunos possuam ritmos e processos de aprendizagem diferentes, e por ser
contínua
e
diagnóstica,
aponta
as
dificuldades,
possibilitando
que
a
intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
A avaliação precisa se analisada sob novos parâmetros, precisa
dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para
se apropriar efetivamente das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita.
A oralidade será avaliada considerando-se dos alunos a clareza
que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu
desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de
vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura deve-se considerar atividades que lhes permitam
avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a
compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos dos alunos como uma
fase do processo da produção, nunca como um ponto final. É preciso haver
clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se
vai avaliar devem estar bem definidos para o professor e aluno.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos, discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos
lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em
uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a eles a compreensão
desses elementos no interior do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem
utilizá-los em outras operações lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive).
245
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo
avaliados continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a
linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua que
os alunos, gradativamente chegam à almejada proficiência em leitura e
escrita, ao letramento.
A avaliação deve ser articulada através de objetivos específicos e
conteúdos na escola respeitando as diferenças individuais e escolares,
proporcionando várias formas de avaliação com o objetivo de oferecer
diferentes oportunidades para que todos os alunos sintam-se incluídos e
possam apresentar progresso e ter o seu esforço reconhecido e valorizado.
Dessa
forma,
haverá
um
retorno
do
seu
desempenho
e
gradualmente ele irá perceber que o “erro” faz parte da aprendizagem e não
se sentirá diferenciado. Juntos, professor e aluno, à medida que forem
avançando nas atividades e encontrando dificuldades, planejamento novos
caminhos para que haja a superação das mesmas.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação serão diversificados na Língua
Portuguesa, como:
-
Debates;
-
Discussões;
-
Diálogos;
-
Relatos;
-
Pesquisas;
-
Seminários;
-
Produção oral e escrita;
-
Compreensão textual;
-
Trabalhos em grupos;
-
Exposição de trabalhos;
-
Leitura;
-
Maquetes;
246
-
Teatro;
-
Painéis;
-
Cartazes.
BIBLIOGRAFIA
FARACO, Carlos Emílio. Linguagem Nova. São Paulo: Ática, 2006
Diretrizes Curriculares para a Língua Portuguesa – versão preliminar”.
Curitiba, Julho de 2006
SACCONI, Luis Antônio. Nossa Gramática, teoria e prática. São Paulo:
Atual, 1999
TELLES, Vinicius. Curso Prático de Redação e Gramática Aplicada.
Curitiba: BNL, 1997
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
247
Proposta
Pedagógica
Curricular da
Disciplina de
Matemática
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
O ensino da Matemática percorreu vários caminhos e ao longo da
história moldou-se para satisfazer as necessidades de cada época, de acordo
com a necessidade humana.
Os povos das antigas civilizações já desenvolviam conhecimentos
matemáticos que se encontram incorporados na matemática de hoje. Em
2000 a.C. os babilônios tinham registros hoje considerados com álgebra
elementar.
Nos séculos VI e V a.C. a educação grega começou a valorizar o
ensino da leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A
matemática foi inserida um século depois no contexto educacional grego,
quando se abordava uma matemática abstrata.
248
No século XVII d.C. aconteceu a sistematização das matemáticas
estáticas, ou seja, se desenvolveram a aritmética, a geometria, a álgebra e a
trigonometria. No século XVI, a matemática viria a ser introduzida como
disciplina nos currículos da escola brasileira.
No século V a.C. com os sofistas houve a popularização do ensino
da matemática, era ensinada baseada nos conhecimentos de aritmética,
geometria, música e astronomia.
Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças
significativas com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de
ensino.
Após o século XV, com o avanço das navegações e atividades
comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na matemática. O
ensino foi influenciado pelas escolas voltadas para atividades práticas.
No século XVI, a geometria analítica e a geometria projetiva, o
cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria das equações
diferenciais, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um
novo período de sistematização. Ribnikov (1987) denominou esse período de
matemática de grandezas variáveis.
O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial.
No Brasil, ministrava-se um ensino de matemática de caráter técnico com o
objetivo de preparar os estudantes para as academias militares, influenciados
pelos acontecimentos políticos que ocorriam na Europa.
Fiorentini
influenciaram
o
(1995),
ensino
da
destacou
matemática;
as
seguintes
formalista
tendências
que
clássica, formalista
moderna, tecnicista, construtivista, sócio étnico cultura, histórico-crítica.
Na década de 1980 e início de 1990, o Estado do Paraná fez um
movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular
para sua rede pública de ensino fundamental. Nesta proposta aprender
matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x
nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes
mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de
conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível.
249
A partir de 1998, o Ministério da Educação iniciou a distribuição
dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). O texto do mesmo era baseado
em competências e habilidades mas não contribuiu significativamente com o
ensino da matemática.
A partir de 2003, a SEED propõe a elaboração do documento de
Diretrizes Curriculares num processo de discussão coletiva com os professores
da Rede Pública Estadual que lecionam nos diferentes níveis e modalidades de
ensino, resgatando importantes considerações a respeito de abordagens sobre
o ensino e a aprendizagem de matemática na escola pública do Paraná.
Desta forma, o ensino da matemática tratará da construção do
conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os
conceitos
foram apresentados, discutidos, construídos
e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua
existência por meio de idéias e das tecnologias.
Portanto, a matemática é uma ciência que investiga por meio do
raciocínio dedutivo as relações entre as entidades abstratas como as
grandezas, formas e relações numéricas.
A educação matemática enseja um ensino que aponte para
concepções, que possibilitem aos estudantes realizar análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.
Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela
consistência de suas teorias, mas também para que, a partir dela, o homem
amplie
seu
conhecimento
e,
por
conseguinte,
contribua
para
o
desenvolvimento da sociedade, tornando-o apto a criticar questões sociais,
políticas, econômicas e históricas, para transformar a realidade e aplicar no
seu
cotidiano,
resolvendo
questões
práticas,
valorizando
sempre
o
conhecimento científico e o contexto interno da disciplina.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído
historicamente para possibilitar ao estudante ser um conhecedor e
250
utilizar conceitos aplicáveis ao seu cotidiano e a analisar criticamente a
realidade.
•
Despertar no aluno a visão de que a matemática é um bem cultural
construído nas relações do homem com o mundo em que vive,
relacionando linguagens gráficas, informações, para compreender e
transformar a realidade social.
•
Estabelecer conexões entre os eixos da matemática ampliando a
oportunidade
de
compreensão
e
utilização
de
conceitos,
que
possibilitem o raciocínio lógico coerente e crítico do educando para que
este passe a ser paz de realizar atividades contextualizadas através da
exploração do conhecimento cientificamente elaborado.
•
Ensinar a matemática como uma atividade humana que se encontra em
construção, numa visão histórica, de forma a que o aluno se aproprie
dos conceitos matemáticos e que construa por seu intermédio valores,
atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do cidadão.
251
CONTEÚDOS
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES
Números, Operações e
Álgebra
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Sistema de numeração
decimal e não-decimal;
Números naturais e
suas representações;
Conjuntos numéricos
(naturais, racionais,
inteiros, reais,
irracionais);
As seis operações e
suas inversas (adição,
subtração,
multiplicação, divisão,
potenciação e
radiciação);
Adição, subtração,
multiplicação e divisão
de frações por meio de
equivalência;
Expressões numéricas.
Juros e porcentagens
nos seus diferentes
processos de cálculo
(razão, proporção,
frações e decimais);
As noções de variável
e incógnita e a
possibilidade de
cálculo a partir da
substituição de letras
por valores numéricos;
Grandezas
diretamente e
inversamente
proporcionais;
Equações, inequações
e sistemas de
equações de 1º grau e
2º grau;
Transformação de
números fracionais (na
forma de
razão/quociente) em
números decimais;
Noções de
proporcionalidade:
fração, razão,
proporção,
semelhança e
diferença;
Equação e sistema de
equações de 1º grau;
Polinômios e os casos
notáveis;
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES
- História da
matemática;
- A noção de número;
- A origem da palavra
algarismo;
- A necessidade de
contar;
- O homem vive
cercado por números;
- Consumo doméstico.
- Economia e consumo
- Números
- Área
- Polígonos
- Referencial
cartesiano
- Os números reais
- Equações
252
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Discussões
entre
educadores
matemáticos
surgiram
devido
a
necessidade de se compreender como acontecia o ensino da matemática, ou seja,
a postura que possibilitasse aos educandos realizar análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de déias.
A partir desse momento a educação matemática configurou-se como
campo de estudos de modo que os professores encontraram fundamentação
teórica e metodológica para direcionar sua prática docente.
A educação matemática tem como finalidade que o estudante
compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um conjunto
de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, fazendo com que o estudante
construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente,
do cidadão. Oferecendo condições para apropriação dos aspectos que vão além
daqueles observados pela aparência da realidade e interprete fenômenos ligados
à matemática.
Desta forma, o ensino da matemática tratará a construção do
conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos
foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
253
formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das
idéias e das tecnologias.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Ao ensinarmos a matemática estamos vinculando as reflexões
realizadas por educadores matemáticos, para o exercício da prática docente nas
tendências temáticas e metodológicas da educação matemática.
O educador deverá fazer uso de recursos tecnológicos, jogos,
atividades práticas, pesquisas, entrevistas, gráficos (coleta de dados), leitura de
textos, envolvendo situações problemas reais, voltadas para a realidade social da
comunidade, proporcionando o inter-relacionamento e articulações entre os
conceitos de cada conteúdo específico, evitando assim a fragmentação dos
mesmos, usando práticas contextualizadas.
Ao se trabalhar os eixos que contemplam a matemática deve-se dar
ênfase ao trabalho individual, levando em consideração os valores étnicosculturais, morais e humanos, reconhecendo e respeitando as raízes do indivíduo e
sua cultura.
E, na medida do possível, trabalhando a Educação Ambiental, Cultural
Afro-brasileira, Educação do Campo e Fiscal.
Devido a flexibilização curricular é possível proporcionar atividades
diversificadas para todos os alunos, respeitando a individualidade e observando
as dificuldades específicas, suas limitações, ritmos, estilos de aprendizagem.
Cabe então ao professor interagir no desenvolvimento cognitivo,
contribuindo para a formação de consciência crítica dos alunos com perspectivas
de possibilitar a transformação social.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
254
A avaliação deve ser diagnóstica e contínua tendo por objetivo auxiliar
o educando no seu desenvolvimento pessoal, através do processo de ensinoaprendizagem, devendo responder à sociedade pela qualidade do trabalho
educativo realizado. Deverá possibilitar ao educando a integração e apropriação
dos conteúdos (conhecimento).
Além disso, uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisase de encaminhamento metodológico que perpassem uma aula, que abram
espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e
a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o
diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas questões relativas
aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes
retomadas avaliativas, pois o aluno refletirá sobre suas dificuldades e através da
mediação do professor aproprie-se de conhecimentos necessários à sua
formação.
A avaliação deve ser proposta de forma a incluir os alunos com
necessidades especiais de educação a partir da flexibilização curricular que
facilitará a integração dos mesmos.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção a revisão de
noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos como:
exercícios, trabalhos, avaliações escritas, atividades práticas (valorizando o
raciocínio lógico), participação oral, demonstrações, registros e socialização, bem
como, o uso de materiais manipuláveis computador, calculadora, vídeo, DVD,
Data Show e outros.
255
BIBLIOGRAFIA
BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,
2000.
BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin
Vissoto. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1991.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora
Gradiva.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática.
Editora Ática.
DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental
GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista
da Matemática. São Paulo: Editora FTD, 2002.
LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que pratica na escola? In:
Avaliação de aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. São Paulo:
Cortez, 2003, pág. 85 a 101.
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MAMBORÊ – PARANÁ
256
DISCIPLINA DE LÍNGUA INGLESA
Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Língua Inglesa
2007
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde que a Língua Inglesa foi incorporada como uma das línguas a serem
ensinadas na escola, seu status vem se alterando progressivamente, pois a
mesma desempenha diferentes papéis de acordo com os momentos históricos.
Se antes a víamos com a língua do imperialismo (britânico ou americano), hoje
a tendência é desatrela-la de nações e considera-la como a língua franca do
planeta. Isto significa que ela exerce o papel de mediadora das relações entre
257
pessoas
de
diferentes
línguas
maternas,
constituindo
um
espaço
de
comunicação intercultural.
Através do tempo pretendeu-se problematizar as questões que envolvem o
ensino da Língua Inglesa, de modo a desnaturalizar os aspectos que têm
marcado seu ensino, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e
educacionais. Algumas lingüísticas têm desenvolvido estudos e pesquisas
acerca de novos referenciais teóricos que atendam as demandas da sociedade
brasileira e que contribuam para conscientização crítica da linguagem na
Língua Inglesa e do papel que ela exerce na sociedade, de forma significativa
para a redução das desigualdades sociais, por meio do desafio da relação do
poder dominante e das ideologias que a apóiam.
O ensino da Língua Inglesa no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofrem
constantes interferências da organização social no decorrer da história. As
formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigados a atender às
expectativas
e
a
garantir
às
novas
gerações
a
aprendizagem
dos
conhecimentos historicamente produzidos. É através da dimensão histórica da
Língua Inglesa, que podemos atender às demandas da atualidade. O ensino da
mesma está profundamente marcado por questões político-econômicas e
ideológicas, que resultam muitas vezes do imperialismo da Língua Inglesa. Tais
questões
marginalizam
razões
históricas
e/ou
étnicas
que
podem
ser
valorizadas, levando-se em conta a história da comunidade atendida por ela.
Destaca-se ainda, que o comprometimento com o plurilingüismo como política
educacional é uma das possibilidades de valorização e respeito à diversidade
cultural. Portanto a abordagem deve valorizar a escola como espaço social,
responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e de atuação crítica e
democrática para a transformação da realidade.
A Língua Inglesa apresenta-se como um espaço para ampliar o contato com
outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos da
constante transformação. Não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do
código lingüístico, é heterogênea e ideológica. A mesma organiza e determina
258
as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos
possíveis.
Apresenta-se como espaço de construção de sentidos indissociáveis dos
contextos em que ela adquire sua maternidade, inseparável das comunidades
interpretativas que a constroem e são construídas por ela. A mesma, deixa de
lado suas supostas neutralidades e transparência para adquirir uma carga
ideológica intensa e passa a ser vista como um fenômeno carregado de
significados culturalmente marcados. Através dela percebe-se as diferentes
ideologias, condições sociais e hierarquias da vida social, possibilitando o
confronto de valores.
Sendo propiciadora da construção das identidades dos sujeitos ao oportunizar o
desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela Língua Estrangeira
na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações
entre a comunidade local e planetária.
Portanto os significados são sociais e historicamente construídos e passíveis de
transformação na prática social.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
Propiciar ao aluno a possibilidade de atingir um nível de
competência
lingüística
capaz
de
permitir-lhe
acesso
a
informações, desenvolvendo uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade, bem como contribuindo para sua
formação enquanto cidadão.
•
Contribuir para a construção das sociedades dos alunos – sujeitos,
como agentes críticos e transformadores, possibilitando ver o
mundo e avaliar os paradigmas já existentes e as novas maneiras
de construir sentidos.
259
•
Reconhecer a diversidade cultural e lingüística através do estudo
da
língua
inglesa
destacando
seus
benefícios
para
o
desenvolvimento cultural do educando e consequentemente do
país.
•
Levar os educandos a serem capazes de usar a lingua inglesa em
situações de comunicação oral e escrita, inserindo-os na sociedade
como participantes ativos, capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
•
Comparar os procedimentos de construção de significados na
língua materna e na língua inglesa, alargando horizontes e
expandindo suas capacidades interpretativas e cognitivas.
•
Possibilitar
ao
educando,
através
de
uma
prática
docente
articuladora, estabelecer relações entre teoria e prática de forma a
motivá-los a participar de ações individuais e coletivas que
promovam a comunicação entre os sujeitos compreendendo
melhor o mundo.
•
Promover uma educação sem complexos, enriquecida de um senso
antropológico, contribuindo para criação de uma sociedade em que
todos tenham direitos e possam gozar das mesmas oportunidades.
260
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
DISCURSO – PRÁTICA SOCIAL: LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Conhecimentos Lingüísticos
-
Vocabulário
Fonética
Regras gramaticais
Conhecimentos Discursivos
-
Textos informativos
Música
Diálogos
Bilhetes
Estruturas utilizadas em informações e
questionamentos
Conhecimentos Culturais
-
- Harmonia Policromática
- Frutas e animais da região
- Etnias
- Folclore
- Paisagem
- Esportes
- Agenda 21 – Escolar (Meio Ambiente)
- Educação do Campo
- Inclusão
- Educação Fiscal
- História e Cultura Afro-brasileira e Africana
- Datas comemorativas
- Copa do mundo
- Olimpíadas
-
Hábitos alimentares
Abordagem de aspectos das diferentes
culturais
Costumes
Estrutura familiar
Valores: - solidariedade, ética, amizade
Questões ambientais
Conhecimentos sócio-pragmáticos
-
Valores ideológicos presentes em textos
diversos
Variações lingüísticas dos elementos sociais
envolvidos no contexto
261
2. FUNDAMENTOS TEÓRICO – METODOLÓGICOS
Diante do papel das línguas nas sociedades como possibilidades de
conhecer, expressar a transformar modos de entender o mundo e de
construir significados, o trabalho com a Língua Inglesa em sala de aula
precisa partir do entendimento do papel das línguas na sociedade como
mais que meros instrumentos de acesso à informação. A ênfase maior
estará na produção de significados, incentivando o educando a pensar e
interagir na língua alvo, de modo que ele aprenda e sistematize
conscientemente os aspectos escolhidos na nova língua.
Para tanto é necessário o uso adequado de conteúdos estruturantes,
apresentando ao educando uma variedade de textos que o estimule entrar
no “mundo” da língua estrangeira e interagir com “ele”.
Os textos de diferentes tipologias devem abranger temas referentes a
questões sociais emergentes (Educação Ambiental, Cultura Afro – brasileira
e Africana, Educação do Campo e Inclusão) e assuntos relevantes presentes
na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial.
Com essa diversidade textual teremos um espaço para o conhecimento de
temáticas fundamentais para o desenvolvimento intelectual, bem como o
entendimento dos princípios geradores de unidades e de desenvolvimento
das práticas lingüísticas – discursivas.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com a Língua Inglesa, fundamenta-se numa diversidade de tipos
textuais, buscando a compreensão dos diversos usos da linguagem.
Com esta diversidade textual propõe-se:
-
discussão oral;
-
compreensão escrita;
-
produção de textos orais, escritos e/ou visuais a partir destes;
262
-
compreensão do conteúdo, levando-o a construção de sentidos,
relacionando a informação nova ao conhecimento adquirido;
-
pesquisa de novas palavras, para perceberem os possíveis
sentidos apresentados para tais;
-
seleção de itens gramaticais que indiquem a estruturação da
língua;
-
observação de aspectos culturais;
-
análise da estrutura fonética, sintática e morfológica da Língua
Inglesa com a língua materna;
-
exploração
de
pressupostos,
formulando
hipóteses
e
estabelecendo situações que possam subsidiá-lo a posicionarse em relação aos sentidos dos textos e desenvolver os seus
próprios.
Os conteúdos serão desenvolvidos através de pesquisa, leitura, trabalho em
grupo, produções individuais e coletivas, debates, exposições de trabalhos,
interpretação textual, compreensão auditiva, bem como várias tarefas
diversificadas
de
forma
multidisciplinar
onde
o
educando
terá
a
oportunidade de participar ativamente e conseqüentemente ocorrerá a
efetivação do conhecimento.
Serão utilizados alguns recursos pedagógicos tais como: livros didáticos,
jogos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CDs,
revistas, jornais, registros dos alunos e outros materiais disponíveis, bem
como recursos visuais para que os educandos portadores de necessidades
especiais possam ter acesso ao conhecimento.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante e intrínseca ao processo educacional. Sua
função é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não apenas
constar um certo nível do aluno. Está implícito também que não se avalia só
os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e os atitudinais.
É, portanto, um meio de se compreender o que alcança e por quê, dando
retorno ao professor sobre como melhorar o ensino, possibilitando
263
correções
no
percurso,
e
retorno
ao
aluno
sobre
seu
próprio
desenvolvimento.
Portanto, a avaliação deve ser diagnóstica, somativa e formativa, fazendo
da observação instrumento principal e nela diretamente envolvendo o
aluno, levando mais em conta as interações sociais do que a correção,
oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento. Deve ser feita
sempre
de
forma
contextualizada,
considerando
sua
relevância
na
construção do aluno como ser discursivo na Língua Inglesa, havendo
sempre coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do
mesmo processo.
A mesma avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e
conteúdos definidos na escola, respeitando as diferenças individuais e
escolares, havendo a diversidade nos formatos de avaliação, de modo a
oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu
progresso e tenha seu esforço reconhecido por meio de ações tais como: o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do
“erro” como parte integrante da aprendizagem.
Dessa forma tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o
percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das
dificuldades constatadas.
INTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
-
Debates;
-
Produção oral, escrita;
-
Interpretação textual;
-
Pesquisas;
-
Trabalhos em grupos;
-
Exposição de trabalhos;
-
Compreensão auditiva;
-
Leitura.
264
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental.
Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Versão
preliminar. Julho, 2006.
FILHO, José Carlos P. de Almeida. O Professor de Língua Estrangeira em
Formação. Pontes, 2.ª ed., 2005.
LEFFA, V. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional.
Contextual, APLIES, Nº 4, p. 13-24, 1999.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Ensino de Língua Inglesa –
Reflexões e Experiências, 3.ª ed. Pontes, 2005.
PARANÁ, Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Secretaria de Estado
da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau – Curitiba, 1990.
Lei nº 10.639/03 “História e Cultura Afro-brasileira e Africana
265
Governo do Estado
Secretaria de Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Arte – Ensino Médio
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são conseqüências
do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações
socioculturais, econômicas e políticas. Observamos esta forte influência no
desenvolvimento histórico de nosso país, no período colonial, incluindo hoje o
Estado do Paraná, percebe-se esta forte influência jesuítica na manifestação
cultural popular paranaense. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao
ensino é também influenciado por essas relações.
Com a chegada da industrialização o ensino da arte na escola passa a
ser ensinado no senso de repetição da forma a partir de um modelo préestabelecido. Ainda hoje, essa idéia da arte como representação está muito
presente nas escolas, que enfatiza o fazer técnico e científico de conteúdos
266
reprodutivistas, com uso de modelos e cópias, limitando o aluno na sua
capacidade criadora.
Portanto compreender o papel da arte não é concebê-la como uma
definição, mas sim como uma referência para o pensar a arte e o seu ensino,
que gera conhecimento articulando saberes cognitivos, sensíveis e sóciohistóricos.
Para tanto, é necessário que no processo de ensino a aprendizagem, o
ensino de arte, tenha como pretensão possibilitar aos alunos atividades para
que eles possam criar formas singulares de pensamento, aprender e expandir
suas potencialidades criativas, tendo acesso a diversas formas de Arte, tanto
por meio de obras consagradas como manifestações artísticas do cotidiano,
percebendo essa infinidade de opções ao se fazer Arte como reflexo da
cultura na qual está inserida, compreendendo os códigos e habilidades
específicas de cada linguagem e exercitando seu fazer artístico, o aluno terá
condições de interferir na sua realidade, exercer sua cidadania, exercitar sua
imaginação e manifestar-se de forma autônoma e criadora no mundo em que
vive.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
Assegurar ao aluno o desenvolvimento da imaginação e autonomia
na realização do mesmo acontece a partir das atividades de
expressão artística tentando procurar um desenvolvimento frente a
uma sociedade
construída historicamente
transformações e levá-lo assim
e em constante
a ser agente de mudança e de
criação cultural, posicionando-se de maneira crítica e construtiva;
•
Possibilitar ao aluno por meio de materiais, instrumentos e
procedimentos artísticos diversos em Arte: Artes Visuais, Dança,
Música, Teatro, de modo que estes utilizem nos trabalhos pessoais,
contextualizando-os culturalmente estabelecendo finalidade de
promover a formação artística do aprendiz e sua participação ativa
na sociedade;
267
•
Esclarecer que há intencionalidades explícitas e implícitas na
produção artísticas, e que o aluno ao apropriar-se dos elementos
básicos ou formais da cultura em suas diversas produções e
manifestações artísticas torna-se capaz de refletir, de interpretar e
de se posicionar diante do objeto do estudo.
•
Proporcionar ao aluno uma compreensão da arte na sua totalidade,
numa perspectiva de abranger o conhecimento em arte produzido
pela humanidade;
•
Possibilitar aos alunos acesso às obras artísticas de música, teatro,
dança e artes visuais, para que possam familiarizar-se com as
diversas formas de produção da arte;
•
Levar o educando a refletir sobre as diferentes formas do pensar
sobre a arte, contemplando
os conteúdos estruturantes: os
elementos formais; composição; os movimentos e períodos, e o
conteúdo
tempo e espaço é um elemento articulador entre os
mesmos, devendo ser trabalhados simultaneamente e articulados
entre si, compreendendo que estes são conseqüência do momento
histórico no qual se desenvolveu, com suas relações socioculturais,
econômicas e políticas.
268
3.CONTEÚDOS
Á CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
R
E ELEMENTOS FORMAIS – COMPOSIÇÃO – MOVIMENTOS E PERÍODOS
A ESPAÇO E TEMPO
S
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
COMPLEMENTAR
269
ArtesVi
s
u
Música
T e
at
r
o -
D a n ç
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço cênico
-
Movimento corporal Tempo
Espaço
-
Fugurativa
Arte pré-histórica
Abstrata
- Arte no Egito Antigo
Figura/fundo
Bidimensional/tri- Arte Greco-Romana
dimensional
- Arte préSemelhanças
colombiana
Contrastes
Arte nas Américas
Ritmo visual
- Arte Oriental
Gêneros
- Arte Africana
Técnicas
- Arte Medieval
Ritmo
- Renascimento
Melodia
- Barroco
Harmonia
- Neoclassicismo
Intervalo melódico
- Romantismo
Intervalo harmônico
- Realismo
Tonal
- - Impressionismo
Modal
- Expressionismo
Gêneros
- Fauvismo
Técnicas
- Cubismo
Improvisação
- Abstracionismo
Representação
Sonoplastia/ilu-minação/ - Dadaísmo
cenografia/figurino/carac - Surrealismo
terização/maquiagem/ad - Pop-art
- Teatro pobre/
ereços
oprimido
Jogos teatrais
- Música Eletrônica
Roteiro
- Rap, Funk, Tecno
Enredo
- Música minimalista
Gêneros
- Hip Hop
Técnicas
- Dança Moderna
Ponto de apoio
- Vanguardas
Salto e queda
- Artísticas
Rotação
- Arte brasileira /Pr
Formação
- Indústria Cultural
-
Cultura Afro-Brasileira
270
4. METODOLOGIA
Numa perspectiva dialógica, o processo de ensino e de aprendizagem
dos conhecimentos específicos da área se dá por meio da experienciação
estética, que irá mobilizar no sujeito, uma percepção da arte em suas
múltiplas dimensões cognitivas de modo a permitir a apreensão plena da
realidade.
A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado,
possibilita a apreensão dos conteúdos e das possíveis relações entre seus
elementos constitutivos, sendo que estes devem ser analisados a partir da
história usando a superação das desigualdades e injustiças.
A prática pedagógica deverá contemplar as artes visuais, a dança, a
música e o teatro adotando como referências as relações estabelecidas entre
a arte e a sociedade, pois, ao considerar a arte como fruto da percepção, da
necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana,
ela converte-se numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em
que a arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu fazer, os
limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos
da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo da
humanização.
Dessa forma o aluno deverá ter acesso ao conhecimento presente nas
diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a
proximidade da mesma com o seu universo.
Portanto, deve-se dar um enfoque nas relações de arte e sociedade com
ênfase na arte e ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho
criador, tendo como referência o fato de serem os três principais concepções
no campo das teorias críticas de arte, sendo importante explicitar como o ser
humano transformou o mundo e a sí próprio pelo trabalho, constituindo desta
forma a arte, a linguagem e a cultura.
Portanto, precisa-se estar atentos para o método a ser aplicado: para
quem, como, por que e o quê.
271
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser
humano tem com a arte: sua relação é de produzir
trabalho artístico ou de sentir
e perceber
arte, desenvolver um
as obras artísticas. No espaço
escolar o objeto de trabalho é o conhecimento , desta forma
contemplar na
metodologia do ensino de arte,
seja, uma ligação entre o
perceber,
que
estas três dimensões, ou
trabalho artístico, que é o fazer,
são as forma de
leitura
devemos
e
o sentir
e
o conhecimento, que
funciona e condiciona o aluno a sentir / perceber superando o senso comum
do conhecimento empírico.
Sentir e perceber possibilita aos alunos o acesso ás obras artísticas
para que haja uma intimidade com as diversas formas de produção da arte.
Envolve também a leitura dos objetos da natureza e da cultura das obras
artísticas em uma dimensão estética, transcendendo para além disto, como,
por exemplo, sua ligação ao meio ambiente e ao campo.
4.1 SENTIR E PERCEBER
A leitura das obras artísticas se dá inicialmente pelos sentidos, a
percepção e fruição serão superficiais ou mais aprofundadas , desacordo
com
a experiências e
conhecimentos estéticos que o aluno
tiver em sua
vida.
Nossa função, portanto é o de possibilitar o acesso e medir esta leitura
com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras
de arte e a realidade transcendendo as aparências , apreendendo através da
arte parte da totalidade da realidade humano social.
A livre apreciação dos objetos se dá pela humanização mediada pelo
conhecimento estético sistematizado.
4.2 CONHECIMENTO EM ARTE
Neste momento a racionalidade opera para aprender o conhecimento
historicamente
produzido
sobre
arte.
Sendo
a
arte
um
campo
de
272
conhecimento humano, que tem como base um saber, tem, portanto uma
origem, cada conteúdo tem sua história, que deve ser conhecida para
melhorar a compreensão por parte do aluno.
Só o tempo mudará esses conhecimentos em função dos modos de
produção social, o que implica para o aluno que conhecer como se organiza as
várias maneiras de produzir arte, é conhecer também como a sociedade
estruturar-se historicamente.
4.3 TRABALHO ARTÍSTICO
É a livre expressão do aluno onde ele usa a sua imaginação com
criação própria. Em arte é de fundamental importância estabelecer uma
relação entre esses três eixos metodológicos planejando as aulas usando os
recursos disponíveis para cada um desses momentos.
Já um trabalho com teatro desenvolvido na escola poderá iniciar com
exercícios de personagem (expressão vocal gestual, corporal e facial), jogos
teatrais, aquecimento e
relaxamento, transposição de texto literário para
texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros
exercícios cênicos.
Este trabalho é iniciado pelo trabalho artístico, entretanto não
isoladamente, retomar em todos os momentos o conhecimento estético é
fundamental e faz com que o aluno se introduza nesse trabalho sem perceber
construindo junto com o professor.
A televisão e o cinema são meios indispensáveis como formas de
expressão dos personagens, (cenografia e sonoplastia). Com isso tudo dentro
das possibilidades pelo menos uma vez por ano, somando-se a esses
conhecimentos já adquiridos assistir a uma peça teatral o enriquecerá
imensamente. Antes, porém solicitar um trabalho de análise da peça
analisando a descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local,
atores, período histórico da apresentação: análise estrutural e organização da
peça, tipo de cenário e cenografia, expressões utilizadas com mais
273
entusiasmo; análise da peça sobre o ponto de vista do próprio aluno. Assim
percebemos os três eixos presentes nesse trabalho.
Para iniciar o trabalho de artes plásticas, o professor poderá pedir um
trabalho de desenho de linhas para juntos observarem a expressividade, o
peso, o movimento que cada linha ocupa nesse espaço (conhecimento). Após
esse trabalho desenvolver as etapas de composição com os alunos para sentir
efeito e movimento nesses trabalhos.
5.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte proposta nesta diretriz curricular é
diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a
para o planejamento das aulas
referência
do
professor
e de avaliação dos alunos, processual por
pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a
avaliação do professor , da classe sobre o desenvolvimento das aulas
também a auto-avaliação dos alunos.
O importante neste processo termos em vista que os alunos do
ensino médio tem um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno
diferentemente
apreende
em
outros
espaços
sociais,
família,
grupos,
associações, religião e outros, e um percurso escolar também distinto entre
os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico (música, artes,
visuais, teatro e
dança) e as condições humanas
e materiais na escola
inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas
públicas.
Neste sentido
é fundamental que nos primeiros dias de aula seja
realizado um levantamento das formas artísticas que os alunos á tem algum
conhecimento e habilidade, como tocar um instrumento musical , dançar,
desenhar ou representar . Também durante o ano letivo poderemos observar
tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais dimensões da arte.
Estes diagnósticos são a base para o planejamento das aulas, pois
mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados, a forma
274
e a profundidade de
sua abordagem
possuem. Essa é outra dimensão
da
do conhecimento que os alunos
avaliação, a zona de desenvolvimento
proximal, conceito desenvolvido por Lev S.Vigotsky e tratada no livro de
Cipriano Luckesi (que compõe a Biblioteca do Professor).
À distância entre o
nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um
problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado
através de resolução de um problema
sob a orientação de um adulto ou
em colaboração com outro colega é denominado de zona de desenvolvimento
proximal.
Portanto o conhecimento que o aluno possui deve ser socializado
entre os colegas de sala e ao mesmo
tempo é a referência para o professor
propor abordagens diferenciadas. Por exemplo, o conteúdo a ser trabalhado
com o aluno que possui um conhecimento, técnica ou habilidade deve servir
para que ele possa ampliá-lo e principalmente sistematiza-lo, já o aluno que
não
conhece esse conteúdo
deve ser iniciado na sua aprendizagem,
respeitando suas diferenças.
Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é preciso utilizar
vários
instrumentos
como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final
do aluno e do grupo, trabalhos artísticos,
pesquisas, provas teóricas e
práticas, entre outras, e com isso tudo verificar o crescimento individual de
cada um, respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.
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Governo do Estado Secretária de Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Biologia – Ensino
Médio
277
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua
volta e aprender com eles, a ciência se fez presente, mesmo não existindo
nesta época a sistematização desse conhecimento. Ao longo da história da
humanidade os conhecimentos biológicos em alguns de seus domínios dentro
do contexto histórico e filosófico de cada época
têm estado presente em
nossa vida devido ao avanço e a abrangência dessa ciência.
Hoje, é impossível tratar de Biologia sem estar em sintonia com as novas
descobertas
conhecimento
científicas
e
tecnológicas
humano.
“
Isso
significa
transformação, cujo caráter provisório
acrescentadas
pensar
em
diariamente
uma
do conhecimento
ciência
garante
ao
em
uma
reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar e uma mudança
constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico e
social” (SEED-2006). Neste sentido, o ensino de Biologia deve levar o
educando à compreensão do mundo que o cerca, enfocando não somente
fatos e princípios científicos, como também oferecer condições para que ele
possa analisar esses fatos e posicionar-se em relação às implicações sociais,
políticas, econômicas, ambientais e históricas. Reconhecendo também que o
conhecimento científico é fruto da modificação humana, portanto, dinâmico,
evolutivo, intencional e falível.
Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, a ética na
relação entre os seres humanos e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico
e a sua relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo,
pondo em discussão valores envolvidos na produção e aplicação do
conhecimento científico e tecnológico. Debater sobre esses fatos em sala de
aula pode fazer do aluno um sujeito investigativo, interessado, que busca
conhecer e compreender a realidade, permitindo ampliar o conhecimento
sobre o mundo vivo e contribuir para que seja percebida a singularidade da
vida humana relativamente aos demais seres vivos em função de sua
incomparável capacidade de intervenção com meio, estabelecendo assim
relações entre o mundo natural ( natureza), o mundo construído pelo homem
(tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).
278
É preciso, dentro do ensino de Biologia, que os estudantes sintam-se
sujeitos integrados neste meio e que sua sobrevivência, enquanto espécie,
depende do equilíbrio e respeito mútuo a todas as formas de vida que fazem
parte do planeta. Considerando a época em que o conhecimento é difundido
em muitos espaços de formação, a educação escolar precisa dar um sentido
ao conhecimento numa perspectiva emancipadora e igualitária.
2- OBJETIVOS
Pretende-se que a disciplina de Biologia gere oportunidades sistemáticas
para que o aluno ao final do ensino médio, tenha adquirido um conjunto de
conceitos, procedimentos e atitudes que operem como instrumentos para a
interpretação do mundo científico e tecnológico em que vivemos,
capacitando-o nas escolhas que faz como individuo e como cidadão. Desse
modo o ensino de Biologia deverá se organizar de forma que o aluno possa
desenvolver as seguintes capacidades:
- Oferecer um currículo articulado onde os conteúdos estruturantes e seus
desdobramentos sejam abordados numa perspectiva crítica e histórica
levando em conta a prática social do aluno e as implicações e limitações das
relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, visando tornar o processo
de ensino aprendizagem significativo para o sujeito de forma a garantir a sua
apropriação;
- Permitir a compreensão da natureza viva e dos limites dos diferentes
sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a compreensão de
que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, tendo a possibilidade
de ser questionada e de se transformar.
- Compreender as ciências como construções humanas, como elas se
desenvolvem por acumulação, dando continuidade ou ruptura de paradigmas,
relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade;
- Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável;
279
- Relacionar o desenvolvimento das ciências naturais ao desenvolvimento
tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se
propuseram e propõem solucionar, bem como entender o impacto das
tecnologias
na
sua
vida
pessoal,
nos
processos
de
produção,
no
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
- Buscar, através de uma discussão crítica, a visão do Homem como
organismo componente e modificador da Biosfera, partindo de sua
contextualização como ser originalmente integrado no seu equilíbrio,
avaliando suas mutações sociais e tecnológicas e identificando os efeitos
dessas transformações no equilíbrio dos ecossistemas e nas formas de
gerenciamento dos recursos naturais.
- Fazer cumprir a função da escola e da disciplina através de ações inter e
multidisciplinares dentro do universo multicultural em que a escola está
inserida.
3- CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes devem partir de uma prática social,
problematização, instrumentalização, catarse e retorno à pratica social.
Nesta perspectiva, o desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula
ocorrerão de forma integrada, envolvendo todos os Conteúdos Estruturantes.
Na proporção que forem discutidos determinados temas, bem como os
aspectos físicos, químicos e biológicos do processo, auxiliarão o professor a
formar em seus alunos uma mentalidade crítica viva e construtiva sintonizada
ao tempo presente.
280
281
4. CONTEÚDOS:
Conteúdos
Específicos
Complementares
282
E
-
S
Organizaç -
T
ão dos
R
seres
U
vivos
Origem da vida;
-
Teoria da Abiogênese e Biogênese,
Outras Teorias sobre como a vida surgiu no
planeta Terra;
coacervados;
-
Origem e evolução das espécies;
-
Os seres vivos e o meio ambiente;
-
Problemas ambientais na atmosfera;
-
Níveis de organização, Transferência de
-
Importância dos predadores no equilíbrio dos
T
Matéria e Energia,
ecossistemas;
U
-
Características dos seres vivos;
-
História da ciência;
R
-
Critérios para classificação dos
-
Organização celular;
-
Espécies em extinção e extintas;
A
seres vivos;
N
-
Classificação dos seres vivos;
-
Abordagem evolutiva e ecológica;
T
-
Divisão celular;
-
Ácidos nucléicos;
E
-
A Meiose e a formação de gametas;
-
Exames de DNA;
S
-
Células-tronco
-
Genoma humano;
-
Terapia gênica;
Composição química dos seres vivos;
-
Alimentação saudável;
Organização celular;
-
Colesterol e gorduras TRANS;
Tipos e estruturas celulares;
-
Imunologia (soros e vacinas);
Divisão celular;
-
Câncer;
Tecidos animais e vegetais;
-
Enxertos de tecidos;
Mecanism os
-
biológicos -
Anatomia e fisiologia comparada (animal e -
Microscopia, técnicas e aparelhos;
vegetal) ( digestão, respiração, circulação,
-
História da ciência;
excreção, locomoção, coordenação,
-
Transplante de órgãos;
reprodução);
-
Disfunções dos sistemas e prováveis
283
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Biologia deve ser sistematizado de modo a não incidir
sobre o educando um caráter essencialmente informativo de mero repasse de
fatos
e princípios
científicos
fragmentados
ou compartimentalizados. O
educador deve porem oportunizar e vivenciar a metodologia em aulas práticas,
que não só explorem a demonstração ilustrativa, mas também exercitem o
processo investigativo de forma geral e unificada, permitindo a compreensão
dos fenômenos físicos, químicos e biológicos.
A aplicação dos conteúdos de Biologia, será feita a partir dos
elementos
vivenciais,
do
mundo
conhecido
dos
alunos,
através
de
levantamentos temáticos ou outras formas de diálogo que permitam articular
os saberes trazidos pelo aluno e o conteúdo científico. Isso contribuirá
também para a valorização da diversidade cultural para a promoção do
diálogo intercultural, bem como auxiliará os alunos que apresentarem
dificuldades de aprendizagem, sejam elas quais forem.
Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de
biologia permita ao educando lidar com as informações, capaz de compreendêlas, elaborá-las, ou refutá-las quando for o caso.
O encaminhamento metodológico dessa disciplina deverá acontecer
através de uma linguagem acessível e objetiva baseada na comunicação direta
acrescentando mais força ao conteúdo com:
- Estudo dirigido; Leitura de Textos; Discussões e debates ; Realização de
atividades em grupo; Aulas expositivas dialogadas; Realização de experiências
que busquem explicar fenômenos observados; Realização de debates onde dois
ou mais pontos de vista sejam discutidos e tenham seus pontos positivos e
negativos expostos e analisados; Feiras de ciências; Atividades em sala
elaboradas pelos próprios alunos ou do livro didático;Leituras de textos
adicionais (revistas, jornais, livros, etc.); Sínteses; Notícias veiculadas pela
mídia Campanhas variadas com utilização de cartazes, Panfletos e divulgação
284
pelos
próprios alunos; Jogos didáticos de simulação; Recursos pedagógicos:
fitas, CD, CR-ROM, DVD, transparências, Power-point, etc.;
5- AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo e sistêmico, oferecendo ao
professor dados significativos sobre o processo ensino aprendizagem e sobre a
sua prática docente. Esta característica diagnóstica de avaliação oportunizará
verificar as dificuldades e os avanços tanto individuais como coletivos
direcionando a tomada de decisões que garanta a qualidade dos resultados.
Considerando os alunos como sujeitos históricos de seu processo de
ensino e aprendizagem a avaliação se dará ao longo do processo, portanto esta
não poderá estar centralizada em uma única atividade ou método avaliativo.
O grau de valorização de cada uma das atividades desenvolvidas será
equilibrada de modo que ao final do processo o aluno possa ser avaliado
integralmente. Serão respeitadas as diferenças individuais, oferecendo diversas
e diferentes oportunidades para que ele demonstre o seu progresso.
Considerar-se-ão os caminhos que ele percorre para solucionar os problemas,
as estratégias a forma como ele socializa seus conhecimentos, levando em
conta os tempos (ritmos) da aprendizagem de cada um.
Pois “ é preciso
valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o contexto
interativo.”
Hoffmann comenta que (...)” Avaliação é, portanto uma ação ampla que
abrange o cotidiano do fazer pedagógico e cuja energia faz pulsar o
planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre todos os elementos da
ação educativa.”
Dessa forma serão utilizados como instrumento de avaliação:
-
Valorização do conhecimento pelo aluno;
-
Desempenho nos trabalhos individuais em grupos e coletivos
-
Apresentação de seminários,
-
Feira de ciências,
-
Apresentação de relatórios;
-
Debates;
285
-
Trabalhos de Pesquisa;
Resolução de situação problemas e atividades de sala de aula;
Avaliações escritas formuladas com questões dissertativas e, de
múltipla escolha que exijam raciocínio e habilidade para a elaboração
de respostas;
6- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cidadania. São Paulo: Cortez, 3ª ed., 2005.
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HOFFMANN, Jussara. Apud
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286
Governo do Estado – Secretaria do Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física permite o entendimento do corpo e sua complexidade,
assumindo compromisso com a escola, sempre em favor da formação humana
e propiciando uma Educação voltada para uma consciência crítica e inovadora,
contemplando
riquezas
corporais,
sociológicas,
antropológicas
política,
psicológicas e filosóficas. Propiciar uma Educação voltada para uma consciência
crítica, onde o trabalho que é um processo de que participam o homem e a
natureza é um dos princípios fundantes das reflexões acerca da Disciplina de
Educação Física, processo em que o ser humano, com sua própria ação,
impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza.
Por ser o trabalho um ato humano, social e histórico, assumiu diferentes papéis
ao longo de sua existência. Na sociedade capitalista tornou-se alienante,
desumanizador e dependente de um corpo estereotipado, disciplinado. Essas
características do corpo (do trabalhador) passaram a ser fundamentais para
atender aos interesses do modo de produção capitalista. Propõe-se que a
disciplina de Educação Física esteja voltada do trabalho como a categoria
287
fundante da relação homem-natureza e da constituição da materialidade
corporal humana. O papel da Educação Física de transcender aquilo que se
apresenta como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e
equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações
corporais.
Desse
modo
deve
priorizar
a
construção
do
conhecimento
sistematizado como oportunidade ímpar, intensifiquem a compreensão do aluno
sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e suas
implicações para a vida, apresentando discussões sobre a diversidade cultural
em termos corporais, onde os educandos possam respeitar as diferenças
identificadas.
Desta forma percebe-se a importância da Educação Física no contexto escolar
no que diz respeito como trabalhar a formação integral e a
melhoria das
habilidades físicas, sociais e mentais, promovendo a participação do aluno
dentro de um cronograma pré-estabelecido.
2. OBJETIVOS GERAIS
•
Proporcionar uma Educação voltada para uma consciência crítica, onde o
trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza,
conhecimentos esses que dêem significados na vida do educando;
•
Apresentar a diversidade cultural em termos corporais, com o intuito de que
os alunos possam respeitar as diferenças, compreendendo a gama de
conhecimentos produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida,
possibilitando discussão de questões sociais;
•
Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido, tornando-se um cidadão crítico e capaz de tomar decisões;
•
Promover o desenvolvimento de relações teóricas e práticas em benefício da
qualidade de vida, propiciando práticas pedagógicas em benefício de lazer e
cultura;
•
Reconhecer e valorizar a identidade histórica e cultural afro-brasileira.
288
3. CONTEÚDOS
E
S
T
R
U
T
U
R
A
N
T
E
S
E
s
p
o
r
J
o
g
o
s
L
u
t
a
s
D
a
n
ç
a
G
i
n
á
s
t
Específicos
Complementares
- Futsal, voleibol, handebol ,
futebol,
basquetebol
e
atletismo
-
Xadrez, Damas, Tênis de
mesa, Peteca, Bets, Malha,
Bocha, Queima e Jogos de
rua e populares.
-
Capoeira,
Cultura
Afrobrasileira e descendentes
Ocidentais (Judô).
-
De
salão,
Afro-brasileira,
Danças
populares
e
contemporâneas, Expressão
corporal.
-
Geral, Localizada, Aeróbica,
Artística,
Relaxamento,
Condicionamento.
-
A Desportivação;
A Mídia;
A Saúde;
O Corpo;
O Lazer;
A Diversidade
A Tática
Técnica
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA.
Os pressupostos do materialismo histórico-dialético configuram a cultura
corporal, objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento
humano, historicamente constituído em todas as suas formas de manifestações
culturais, políticas, econômicas e sociais, permitindo ao educando ampliar sua
visão do mundo por meio da cultura corporal, superando o tecnicismo e na
esportivização das práticas corporais.
Relacionar o movimento humano, historicamente constituído ao cotidiano
escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas,
289
econômicas e sociais. Entendendo a Educação Física como possibilidade de se
alcançar
transformações
sociais,
devendo
considerar
a
espiralidade
do
conhecimento, sendo que os conteúdos são tratados simultaneamente,
constituindo referências que vão se ampliando no pensamento dos alunos nas
diferentes séries, aprofundando o pensamento sobre eles, levando em
consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicação
desse conhecimento, possibilitando ao professor desenvolver um trabalho
pedagógico mais adequado, a fim de que os educandos, nas fases posteriores
do processo, apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas;
O trabalho na escola deve-se pautar no princípio da igualdade entre os seres
humanos, na possibilidade de se alcançar transformações sociais, portanto esta
metodologia exige-se as seguintes estratégias de ensino: prática social,
problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social, ou
seja, relacionar-se dialéticamente.
A Prática Social é uma primeira leitura da realidade, o contato inicial com o
tema e ser estudado.
A Problematização é a criação de uma necessidade para que o educando, por
meio de sua ação, busque o conhecimento, ou seja, é o momento em que a
prática social é questionada.
A Instrumentalização é o momento em que o conteúdo é posto a disposição dos
alunos para que o assimilem e o recriem, transformando em instrumento de
construção pessoal e profissional.
A Catarse é a fase em que o educando sistematiza a manifesta o que assimilou
ou seja, um novo entendimento da prática social.
O Retorno à prática social representa a transposição do teórico para o prático
dos objetivos, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.
O ensino de Educação Física deve ser instrumentalizado e sistematizado de
modo a contextualizar nos diferentes conteúdos, dando ao aluno o contato com
290
vivências
metodológicas
demonstrações
ilustrativas
com
e
aulas
práticas
investigativas
de
e
teóricas,
forma
geral.
explorando
Aplicando
conteúdos estruturantes que possibilitem relacionar os diversos problemas da
vida social, sejam de ordem econômica, social ou cultural;
O esporte deve proporcionar aos alunos uma leitura do fenômeno esportivo
com vistas a compreensão de sua complexidade social, histórica e política, por
meio de um diálogo-problematizador que permita uma compreensão crítica das
manifestações esportivas.
As lutas estão constantemente permeadas pelas questões culturais. As lutas
são determinadas pelas necessidades sociais enfrentadas pelos seres humanos,
em função de uma dado contexto histórico específico, influenciados por fatores
econômicos, políticos e culturais.
A ginástica deve permitir diversas possibilidades de movimentos corporais nas
aulas, sejam elas: Ginástica Olímpica ou artística, ginástica rítmica desportiva,
ginástica geral, ginástica localizada, hidroginástica, antiginástica, ginástica
aeróbica e suas infinitas variantes.
A dança deve possibilitar o entendimento dos valores culturais, sociais e
pessoais situados historicamente. Neste sentido, o conteúdo da dança não
poderá reproduzir as estruturas predominantes da sociedade mas sim,
ressignificar os valores, os sentidos, os códigos como por exemplo: elegendo
também das danças de matrizes Africanas.
Os jogos devem ser abordados considerando a realidade regional e cultural do
aluno, por meio das expressões e manifestações características desses
elementos a partir do levantamento de dados, apresentações e exposições.
Todo jogo comporta regras, autonomia em sua determinação, torna-se
importante que os alunos auxiliem na construção das regras, podendo ser
questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios.
291
Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física, como:
esporte, ginástica, jogos, brincadeiras e brinquedos, dança, sugere-se que as
aulas tenham três momentos:
•
Primeiro momento: o conteúdo da aula é apresentado aos alunos e
problematizado, buscando as melhores formas de organização para
execução das atividades. Conversa- se com os alunos sobre as práticas
corporais a fim de identificar as possibilidades e os limites de cada um;
•
Segundo momento: desenvolvem-se as atividades relativas à apreensão
do conhecimento. O professor observa as atividades realizadas pelos
alunos e suas diferentes manifestações. É notável o número de situações
que
podem
emergir
durante
o
movimento
corporal,
sejam
elas
estimuladas ou então geradas pelos próprios alunos. Dentre elas,
destacam-se a importância do contato corporal e o respeito mútuo. O
professor poderá fazer registros para uma posterior orientação e/ou
interromper para uma intervenção pedagógica, se houver reações
desfavoráveis dos alunos ou ainda se ocorrer uma recusa em participar
da aula;
•
Terceiro momento: reflete-se sobre a prática, num diálogo que propicie a
cada aluno a avaliar a qualidade de sua participação nas aulas. O
tratamento singular permite que o professor conheça melhor cada aluno e
que eles interajam e troquem experiências culturais.
5. AVALIAÇÃO
Por ser contínua leva em consideração o progresso do aluno durante A
avaliação no ensino de Educação Física tem como objetivo favorecer a busca da
coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar
a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
292
conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este
processo.
Deverá esta ser formativa, que é contínua e diagnóstica durante o ano letivo, e
prevê a diminuição das desigualdades sociais e por uma sociedade justa e
humana.
A avaliação diagnóstica oportuniza revisitar o processo desenvolvido, identificar
as lacunas no processo ensino aprendizagem, bem como planejar e propor
outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
Por ser um processo contínuo, permanente e cumulativo o professor deverá
organizar e reorganizar seu trabalho tendo em vista as diversas manifestações
corporais evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança
e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente
com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
Nesta concepção o professor deverá utilizar diferentes instrumentos, tais como:
-
Levar em conta nos conteúdos suas raízes, histórias, concepções e evolução;
-
Respeitar a diversidade e tempo de cada aluno;
-
Apresentações e exposições;
-
Atividades em grupos;
-
Debates, seminários;
-
Feira Cultural e Científica;
-
Leitura e produção de textos onde o aluno possa formular conceitos
próprios, associados a outras áreas do conhecimento;
-
Integração, socialização.
6. REFERÊNCIAS
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conta. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1991.
293
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Ed. Unijuí, 2003.
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intervenção e conhecimento. Florianópolis: Colégio Brasileiro de Ciências do
Esporte, 1999.
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ROCHA,Paulo Eduardo Carnaval Pereira da. Medidas e Avaliação em Ciências do
Esporte. Rio de Janeiro: Ed. Sprint, 1995.
Governo do Estado – Secretaria do Estado da Educação
294
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Filosofia
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da Filosofia é a própria história da autoconsciência da humanidade.
Por isso o ensinar Filosofia não se separa do ato de filosofar e nem é possível
filosofar sem estudar Filosofia. Esta se apresenta por sua vez, como conteúdo
filosófico
a
partir
do
momento
em
que
propicia
ao
educando
o
desenvolvimento de seu estilo de pensamento, é o espaço para a criação de
conceitos, pois um conceito é uma forma de encontrar a solução de um
problema, manifestando o vivenciado. O autor Silvio Gallo descreve muito
bem a atividade filosófica dentro da escola quando diz que:
“...ensinar filosofia é um exercício de apelo à diversidade, ao perspectivismo;
é um exercício de acesso a questões fundamentais para a existência humana;
é um exercício de abertura ao risco, de busca da criatividade, de um exercício
da pergunta e da desconfiança da resposta fácil”.
A atividade filosófica, ou seja, o seu ensino perpassa por todas as áreas, não
se fecha em si, entretanto conserva sua especificidade quando trata da
criação de conceitos que surgem através de problemas, assim conserva sua
característica: a transversalidade. Nesse sentido é importante levar em
consideração as questões atuais políticas, econômicas, culturais, históricas e
sociais na qual esse sujeito / educando está inserido.
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de Filosofia deve propiciar um espaço para a problematização
através do diálogo investigativo, possibilitando um pensar lógico, coerente e
295
crítico, desvelando assim a realidade, tornando o educando capaz de
perceber o que está por trás das idéias e como ela se tornam ideologias,
facultando a autonomia do pensamento.
•
Compreender a apreensão da realidade pela sensibilidade, percebendo que
o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual, mas
também da imaginação, da intuição e da função, que contribuem para a
constituição de sujeitos críticos e criativos;
•
Refletir criticamente o conhecimento científico, para conhecer e analisar
todo o processo de construção da ciência do ponto de vista lógico,
lingüístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico,
possibilitando o contato com o modo como os cientistas trabalham e
pensam;
•
Analisar criticamente as atribuições de valores, no sentido de que esses
podem ser ao mesmo tempo possibilitar o desenvolvimento de valores mas
também podem ser um espaço da transgressão quando os valores impostos
pela sociedade se configuram como instrumento de repressão, violência e
injustiça;
•
Compreender que a ciência ao deparar-se com o elemento mitógica
esconde interesses políticos e econômicos;
•
Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,
justiça, igualdade e liberdade, dentre outros, discutindo as relações de
poder e compreendendo os mecanismos que estruturam e legitimam os
diversos sistemas políticos.
CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
296
EST
RUT
UR
ANT
ES
FILOSO
FIA
E M ITO
TEORIA
DO
CONHE
CIMENT
O
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
ÉTICA
FILOSO
FIA DA
CIÊNCI
A
•
•
•
•
•
•
•
•
•
O nascimento da Filosofia;
O pensamento mítico e a
Filosofia ;
Conceitos e pré-conceitos;
Filosofia
um
pensamento
sistemático.
Atitudes filosóficas;
Mitos
O que é o conhecimento;
Ferramentas
do
conhecimento;
Tipos
de
conhecimento:
empírico,
lógico,
conhecimento de fé.
Perspectiva do conhecimento;
Filosofia e Método;
•
•
O Homem um ser social ;
Influências sociais;
Alienação.
Política;
Relações de poder: Estado e
forma d governo;
Ideologia.
•
Arte e Filosofia;
Arte e sociedade.
Feio ou bonito;
Arte como expressão
subjetividade
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
da
Ética e moral;
Liberdade;
Amizade.
Concepções éticas;
Amor;
A ciência e o senso comum.
Ciência e tecnologia.
Métodos científicos;
Limites e possibilidades da
ciência;
297
•
Diversas Filosofias;
Períodos da história da
Filosofia;
Filosofar no contexto
atual.
Mitos Gregos
Conhecer para quê? ;
Conhecendo as idéias
de Renée Descartes
Teoria
do
conhecimento
na
Antiguidade.
Conhecendo as idéias
de Renée Descartes
Meios
de
comunicação;
Desigualdades sociais
e culturais.
A ideal política;
Ética e política
O que arte?
Funções da arte.
Arte de elite,
popular,
arte
massa;
arte
de
•
•
•
•
•
•
•
•
•
A
liberdade
em
Sartre.;
Violência.
Afetividade.
Sexualidade
A ciência e a História
da Filosofia;
A vida humana;
Aborto;
Bioética
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Filosofia apresenta-se como ferramenta que possibilita ao educando
problematizar, investigar e criar conceitos desenvolvendo um estilo próprio
de pensamento, sendo assim uma experiência do pensar, e por organizá-la e
desenvolvê-la é necessário exercitar o domínio de certas habilidades na
investigação do tema.
Segundo
Severino,
podemos
ensinar
Filosofia
seguindo
as
formas:
sistemática, histórica, temática e textual. Por intermédio dos conteúdos
estruturantes com base em temas atuais relacionados à problemática
cotidiana do educando. O que remete ao ensino interdisciplinar, propiciando
a compreensão, respeito das diversidades cognitivas, culturais e ambientais
existentes na sociedade.
Ao cobrarmos no ensino de Filosofia sua metodologia deve estar na
perspectiva de quem dialoga com a vida. Deste modo partindo de situações
do dia-a-dia, paralelamente com textos clássicos, inter-relacionando com as
ciências é o modo que o encaminhamento metodológico da aula de Filosofia
poderá assegurar o especifico da disciplina. O método de trabalho através da
problematização, leituras filosóficas e análises de textos diversos, debates,
pesquisas, dissertações e sistematizações concretizarão o trabalho em
direção à criação de conceitos.
AVALIAÇÃO
No ensino de Filosofia a avaliação se dá com flexibilidade, tendo o educando
como o sujeito de transformação da sociedade.
Avaliar constantemente o desempenho de cada aluno na realização de todas
as atividades, possibilitando o despertar, o interesse em torno das aulas e
assim contribuir para a efetiva aprendizagem.
298
Nesse sentido considerar-se-á a potencialidade de cada aluno, partindo da
sensibilização, pré-conceito, para se chegar ao conceito. O respeito para com a
capacidade e o tempo do aluno em construir e tomar posições, de detectar os
princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
A avaliação contínua, diagnóstica e cumulativa, levar-se-á em conta toda a
produção do educando, e como é um processo, acontece no decorrer das aulas.
É preciso também possibilitar a capacidade de auto-avaliação, pois é
fundamental para o desenvolvimento da capacidade cognitiva de análise, além
de propiciar ao aluno a oportunidade de avaliar o todo.
Os instrumentos para a avaliação decorreram através de provas com questões
dissertativas, trabalhos de pesquisa, produções textuais, seminários, debates,
análise de textos, leituras, apresentações de pesquisas (oral / escrita),
registros diários, entre outros.
No trabalho com a Filosofia, como afirma Aranha e Martins, não é a
concordância dos argumentos do aluno com o professor, mas sim o adequado
atendimento ao tema proposto, clareza, coerência, riqueza na argumentação e
a fundamentação teórica dos conceitos trabalhados.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Martins, Maria Helena Pires. Suplemento
por manual do professor. Temas de Filosofia. 2 ed. São Paulo:
Moderna , 1998
CAHAUI, M. Convite a Filosofia.São Paulo. Ática. 2003
Diretriz Curricular de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba. 2006
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Brasília. 2005.
FAVARETTO, CELSO. In A Filosofia e seu ensino / Paulo Arantes... et all;
Salma T. Murchalilm ( ORG.) Petrópolis: Vozes, 1996.
299
GALLO, S. ; KOHAN,W.O. (orgs). Filosofia no Ensino. Petrópolis: Vozes,
2000.
GALLO, S. In Filosofia e ensino em debate / org. Américo Piovesam... et al.
– Ijui: Ed. Unijuí. 2002.
SEVERINO, A . Joaquim, Apud. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Martins, Maria
Helena Pires. Suplemeto por manual do professor. Temas de Filosofia.
2 ed. São Paulo: Moderna , 1998
Governo do Estado – Secretaria do Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Física
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o universo, em toda sua complexidade,
propondo o estudo da natureza no sentido da realidade material sensível.
300
No interesse dos Gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus,
nasce o estudo dos movimentos, por isso a astronomia possa ser a mais antiga
das ciências e muitas foram as descobertas até o Renascimento, porém, no
período da Idade Média, a ciência fica submetida as verdades do Cristianismo,
afastando os estudos das questões relativas aos fenômenos naturais.
Com a ampliação da sociedade comercial tornou-se favorável para que
surgissem mudanças econômicas, políticas e culturais abrindo espaço para o
desenvolvimento da ciência.
Nessa perspectiva a ciência surge na tentativa humana em decifrar o universo
físico, determinada pela necessidade humana de resolver problemas práticos e
necessidades materiais em determinada época ao longo de toda a história
constituindo-se em visão de mundo ou seja, toda pesquisa é determinada por
um contexto econômico, político, social e cultural. Por isso, torna-se importante
a abordagem histórica, pois entender ciência significa considerá-la na
sociedade onde ele é produzida, as instituições de pesquisas que apoia e
sustenta, os avanços técnicos e científicos.
Portanto a questão emergente na investigação dos pesquisadores está
relacionado à busca por um real significado para o estudo dessa ciência no
Ensino Médio.
A ciência não está pronta e acabada, é um processo lento. É fundamental
conhecer os processos e os caminhos que levaram a disciplina a ser inserida
nos currículos escolares e suas implicações políticas, sócio-econômicas e
ideológicas, buscando uma visão totalitária do contexto social brasileiro.
A Física na sua totalidade depende de interpretar problemas e solucioná-los não só matematicamente
mas, entender o fenômeno (experimentos). O conhecimento científico é uma construção humana com
significado histórico e social, e não é absoluta. A ciência Física deve educar para a cidadania contribuindo
para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “... capaz de compreender o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de compreender a cultura científica e tecnológica de seu
tempo.” (CHAVES & SHELLARD, 2005, p.233).
301
OBJETIVOS GERAIS
•
Propiciar ao educando a construção da consciência histórica da evolução da
ciência para situá-lo no contexto histórico da física em que os fatos
ocorreram e também como sujeitos capazes de compreender que podem
construir a própria ciência. Transformando e
observando os fenômenos,
investigando, fazendo experimentos e criando novas teorias mudando ou
ampliando as teorias já existentes e aceitas.
•
Proporciona ao educando conhecer a evolução da ciência para que passe a
compreender e utilizar conceitos aplicáveis ao seu cotidiano e a analisar
criticamente a realidade, percebendo que o conhecimento é fruto de
construção coletiva.
•
Oferecer um currículo articulado onde os conteúdos estruturantes e seus
desdobramentos sejam abordados numa perspectiva crítica e histórica
levando em conta a prática social do aluno.
•
Desenvolver um trabalho que possibilite ao educando a observação, a
percepção
através
da
experimentação,
levando-as
a
contrapor
concepções para que possa construir um conceito científico.
CONTEÚDOS
Específicos
Complementares
302
as
Estática:
-
Definição e conceito. Centro de gravidade.
Momentos Teorema de Varignon. Equilíbrio de
um corpo.
E
s
t
r
u
t
u
r
a
n
t
e
s
- Hidrostática:
Fundamentos. Pressão Atmosférica. Experiência
de Torricelli. Aplicação do Princípio Fundamental.
Prensa hidràulica. Empuxo. Teorema de
Arquimedes.
Óptica:
M Conceitos fundamentais. Velocidade da luz.
O Princípio da óptica geométrica. Propagação da
V luz. Reflexão da luz.. Leis da refração da luz
Índice de refração da luz. Lâminas e prismas.
I
M Espelhos esféricos
E - Acústica:
N Produção de som. Sons fundamentais. Natureza
T do som.
O
.- Movimento vibratório:
Movimento periódico, amplitude, freqüência
período. Movimento harmônico simples, fase,
período e freqüência. Pêndulo simples. Ondas
transversais e longitudinais.
- Eletrização e magnetismo
.Conceito de Eletrização. Carga do elétron. Lei de
Coulomb. Força elétrica. Campo elétrico. Linhas
de força. Trabalho e potencial elétrico. Noção de
potencial eletrostático
303
-
-
Noções
sobre
medida Física;
Impuxo
–
embarcações,
submarinos.
Regra de três
simples;
Fibra óptica;
Lentes
de
contato
–
deficiência
visual
Operações com
potência
de
base dez;
Carga elétrica;
Cerca elétrica;
Tipos
de
eletrização.
Noções sobre Cálculo Vetorial:
Grandezas escalares e vetoriais. Soma e
subtração de vetores. Sistemas referenciais.
E
s
t
r
u
t
u
r
a
n
t
e
s
Dinâmica:
Leis fundamentais da Dinâmica. Gravitação
Universal. Atrito. Forças no movimento circular.
Trabalho e potência. Energia. Impulso e
T quantidade de movimento. Lei de Hooke.
e Termologia:
r Equilíbrio térmico e temperatura. Escalas
m termométricas usuais. Dilatação de sólidos e
o líquidos. o. Mudança de fase. Leis gerais. Estudo
d dos gases. Equação de Clapeyron. Equação Geral
dos Gases Perfeitos.
i
n Óptica:
â Lentes esféricas. Lentes delgadas. Dispersão da
m luz Morfologia estrutural do globo ocular
Formação de imagem. Fórmula dos fabricantes
i
lentes.
Fenômeno
de
interferência.
c de
a Experiência de Young. Polarização da luz.
Tipos de correntes elétricas. Efeitos. Eletrólise.
Pilhas
associação em série e paralelo. Conceitos de
Gerador elétrico e Receptor elétrico.
- Capacitância eletrostática..Capacitores
Corrente elétrica. Resistores.
Associação de resistores.
304
E
s
t
r
u
t
u
r
a
n
t
e
s
Cinemática
Definição e conceito. Trajetória. Movimento
Uniforme. Movimento Uniformemente Variado.
Quedas dos corpos. Estudo gráfico dos
E movimentos
l
Acústica
e Velocidade do som. Noções sobre altura ,
t intensidade e timbre.
r Eletricidade e magnetismo. Conceito de
o Eletrização. Carga do elétron. Lei de Coulomb.
m Força elétrica. Campo elétrico. Linhas de força.
a Trabalho e potencial elétrico. Noção de potencial
g eletrostático.
n Capacitância
e
eletrostática.
Capacitores.
e Definição e associação.
t Corrente elétrica. Resistores. Associação de
i
resistores.
s Medidores elétricos.
m Circuitos elétricos. Leis de Ohm. Leis de Kirchhoff.
o Medida de resistências. Ponte de Wheatstone.
Campo Magnético produzido por uma corrente
elétrica. Indução eletromagnética. Lei de Lenz.
Fluxo magnético e indução.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As idéias são produzidas pelo resultado de um contexto econômico, político e
cultural, por isso as idéias tendem a manter sua dominância e seus interesses
de acordo com o contexto que se esta inserido, ou seja, entender a ciência
significa considerá-la na sociedade onde ela é produzida. Salienta-se que a
história nas aulas de Física não pode estar centrada na genialidade de grandes
físicos, mas na construção e inspiração que resultou a pesquisa realizada, na
evolução das idéias e conceitos em Física, numa produção interdependente dos
sistemas produtivos em seus aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais
dessa ciência.
Portanto o conhecimento é socialmente produzido uma vez que ele, o cientista
não o constrói sozinho. Entender a ciência significa considerá-la na sociedade
onde ela é produzida, as instituições de pesquisas que a apoia e sustenta, os
avanços técnicos e científicos, por isso muda em função da sociedade.Diante
disso a Física deve contribuir para a formação dos sujeitos na compreensão do
305
universo, na sua evolução, nas suas transformações e nas interações que nele
se apresentam, considerando como uma produção cultural construído e
produzido nas relações sociais.
Portanto o processo ensino-aprendizagem deve partir do conhecimento prévio
dos estudantes, ou seja, suas experiências de vida em seu contexto social e na
experimentação que faz a ligação entre a teoria e prática.
O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos, um teórico e
o
outro
experimental.
No
teórico
é
feito
um
conjunto
de
hipóteses,
acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações
devem permitir que se façam previsões, podendo, as vezes, receber o apoio de
experimentos, onde se confronta os dados coletados com os previstos pela
teoria.
Devendo-se considerar que os conteúdos sejam apresentados num contexto
social, econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço,
considerando a cultura científica como um instrumento indispensável para agir
e participar na sociedade atual.
Ao se pensar uma metodologia de ensino para Física é preciso ter em vista o
que os estudantes já conhecem. A finalidade da ciência é chegar a um
entendimento exato e abrangente da ordem da natureza. Dessa forma, serão
ministradas aulas expositivas e dialogadas, utilização da sala de informática no
auxílio
didático, vídeos com fins pedagógicos. Utilização de ambientes
diversificados com finalidade educativa, trabalhos em grupos. Construção de
“brinquedos” , experimentos práticos.
Pretende-se priorizar um ensino que valoriza a história dos estudantes,
respeitando suas raízes, sua raça e suas diferenças ( física, religiosa, cultural,
social, etc.). Para efetivar a Lei nº. 10.639/03 serão propostos projetos
interdisciplinares valorizando a cultura afro-brasileira e africana. Também
desenvolver atividades que venha valorizar e fortalecer a cultura do campo.
AVALIAÇÃO
306
Avaliação só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no
processo de aprendizagem dos estudantes, é parte do processo ensinoaprendizagem dos alunos.
Nessa perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada
dando ênfase ao aprender possibilitando assim que a intervenção pedagógica
aconteça ao todo o tempo.
Deve-se
considerar
que
os
alunos
possuem
ritmos
e
processos
de
aprendizagem diferentes, portanto, a avaliação deve ser diagnóstica e contínua
para que o professor possa perceber o conhecimento que o educando traz
consigo da vivência de mundo.
Dessa forma, a avaliação deve ter caráter diversificado, considerando os
aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, capacidade de análise de um
texto, elaboração de relatórios sobre experimentos.
A avaliação tem que ser contínua e o aluno vai construindo seu conhecimento
através de conceitos (elaborados por ele), experimentos práticos, atividades
diárias (em grupo e individual), respeitando as diferenças individuais tempo
(ritmos) de aprendizagem e suas raízes.
REFERÊNCIAS
ANJOS, Ivan Gonçalves dos. Coleção Horizontes. IBEP
BONJORNO, Clinton . Volume único completo e volumes separados
porséries. FTD
CARRON, Wilson & GUIMARÃES, Osvaldo . Volume único. coleção Base.
CHAVES, A. SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: O desenvolvimento da Física e
sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo; SBF, 2005, p. 233
Física – Paraná – Editora Ática.
Livro Didático Público. Física. Vários Autores. Curitiba: SEED – PR, 2006
TORRES, T. & PENTEADO, Nicolau . Física ciência e tecnologia - volume
único. Editora Moderna
307
UENO, Paulo. Física- novo ensino médio – volume único. Editora Ática
VALADARES, C. Eduardo - Física mais que divertida. Editora UFMG.
Governo do Estado
Secretária de Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Geografia – Ensino
Médio
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A geografia enquanto disciplina escolar é uma importante forma de
compreender o mundo em vivemos. Por meio do seu estudo, podemos entender
melhor tanto o local em que moramos quanto o global. O campo de
preocupação da geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivemos e,
ao
mesmo
tempo,
produzimos
modificações
que
(re)
constroem
permanentemente o espaço geográfico.
As modificações que a sociedade que a sociedade humana produz em
seu espaço são hoje mais intensas que no passado.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas
de organização, e esses conhecimentos acumulados ao longo do tempo
permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em
benefício próprio.
Na Antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes
geográficos, assim ampliando os conhecimentos sobre as relações sociedadenatureza,
extensão
e
características
físicas
e
humanas
dos
territórios
conquistados contribuindo para melhor dominá-los.
Durante a Idade Média, período em que os conhecimentos bíblicos
priorizaram, alguns conhecimentos geográficos constituídos anteriormente
308
foram abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a visão de mundo
imposta pelo poder então estabelecido.
Na Idade Moderna os saberes geográficos passaram a ser evidenciados
nas discussões filosóficas, econômicas, e políticas que buscavam explicar
questões referentes ao espaço e à sociedade.
No Imperialismo do século XIX foram criadas diversas sociedades
geográficas que tinham apoio dos Estados colonizadores e os conhecimentos
geográficos desse período acabou servindo aos interesses das classes
dominantes. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das
escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente a alemã com
destaque para Ratzel (1844-1904) como fundador da geografia sistematizada,
institucionalizada e considerada científica e a francesa que por sua vez teve
como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918). A produção
teórica destas duas marca a dicotomia sociedade natureza e o determinismo
geográfico que justificou o avanço neo-colonista dos impérios europeus.
No final do século XIX na Europa a geográfica já se encontrava
sistematizada e presente nas universidades, no Brasil as idéias geográficas
foram inseridas no currículo escolar brasileiro de forma indireta nas escolas de
primeiras letras que previa como um dos conteúdos contemplados, os
chamados princípios da geografia que tinha como objetivo enfatizar a descrição
do território, sua dimensão e suas belezas naturais.
A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto se consolidou
apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas
buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo
de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo
econômico. Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuouse por boa patê do século XIX, caracterizando-se na escola, pelo caráter
decorativo, enciclopedista.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após
a Segunda Guerra Mundial trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e
culturais na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico no
309
pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações ocorreram
cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do Século XX e
originaram novos enfoques para a análise do espaço geográfico.
Com
a
interligação
entre
todas
as
partes
do
globo,
com
o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações, passa a existir um
mundo cada vez mais unitário. Pode-se dizer que, em nosso planeta, há uma
única sociedade humana, embora seja uma sociedade plena de desigualdades e
diversidades.
Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a este mundo
globalizado temos de conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente
e
critica,
devemos
estudar
os
seus
fundamentos,
desvendar
os
seus
mecanismos. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de tudo estar
integrado
criticamente
transformações.
Para
na
isso,
sociedade,
devemos
participando
refletir
ativamente
sobre
o
nosso
de
suas
mundo,
compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e planetário. E a
geografia é um instrumento indispensável para empreendermos essa reflexão,
reflexão que deve ser a base de nossa atuação no mundo.
2- OBJETIVOS
A geografia deve desenvolver a capacidade de observar, interpretar,
analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreende-la e
identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas
contradições, possibilitando uma compreensão da lógica e dos princípios
técnicos - científicos que marcam o atual período histórico e afetam as relações
sociais de trabalho.
– Conceituar os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais
e políticas que constituem o espaço geográfico para a formação de um aluno
consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo.
– Discutir o conceito de sociedade a partir das relações que se
estabelecem entre sua composição local, em suas relações com sociedades
310
distantes e com os migrantes que tem fontes ligações com seu espaço de
origem e que ao se movimentarem levam influências do mesmo.
– Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço,
negando a naturalidade dos fenômenos que imprimem uma certa passividade
aos indivíduos.
– Subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes
para que sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que
o cerca.
– Ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a
diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
– Empreender uma educação que contemple a heterogeneidade, a
diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual em que a
velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e
capitais é uma realidade.
– Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, a
partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os
territórios institucionais, bem como entre os territórios que a eles se sobrepõem
como campos de forças sociais e políticas.
– Compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte
de processos relativos a problemática ambiental contemporânea – sociedade
como componente e como sujeito dessa problemática tendo a tecnologia como
potencial capaz de resolver os problemas ambientais gerados pelo modo de
produção capitalista.
– Estimular reflexões sobre a necessidade de abordagens pedagógicas
contextualizadas, não isoladas nem lineares, buscando uma visão crítica da
totalidade.
311
3- CONTEÚDOS
Conteúdo
Específicos
312
Complementares
E
S
T
R
U
T
U
R
A
N
T
E
S
Geopolítica
Dimensão
Sócio-ambiental
- A nova ordem mundial no início do séc. XXI: o fim dos três
mundos e a atual oposição norte-sul;
- Fim do Estado de bem-estar social e o neoliberalismo;
- Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e
território;
- Regionalização do espaço mundial;
- Os novos papéis das organizações internacionais;
- Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais
como: étnicos, culturais, políticos, econômicos, entre
outros;
- Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
- Conflitos rurais e estrutura fundiária;
- Questões territoriais indígenas;
- Territórios urbano-marginais: narcotráfico, prostituição,
sem-teto, entre outros.
- Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
- O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do
planeta;
- Atividades humanas e transformação da paisagem natural
nas diversas escalas geográficas;
- Recursos naturais, conservacionismo (uso sustentável de
bens naturais) e preservacionismo (áreas protegidas);
- Patrimônios culturais e ecológicos;
- Crise ambiental: conflitos políticos e interesses
econômicos;
- Produção do espaço geográfico e impactos ambientais
sobre a água, o solo, o ar, o clima;
- Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
- Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
- Biotecnologia e impactos ambientais.
313
-
Educação Fiscal
Infra-estrutura
Cultura Afro-brasileira
Violência
Legislação ambiental
Ética
Bioética
Situação jurídica das
terras indígenas
- Influência cultural
estrangeira
- Terrorismo
- Tribos urbanas
4- METODOLOGIA DE ENSINO
É importante considerar a realidade do aluno no encaminhamento
metodológico, mas é preciso evitar a redução desta metodologia a uma analise
exageradamente subjetiva e circunscrita do espaço geográfico em estudo.
Portanto, faz-se necessário que o professor desenvolva:
Uma postura pedagógica emancipatória que remeta o aluno à pesquisa,
individual e coletiva e ao questionamento (atitude filosófica).
Uma
pratica
de
ensino
que
diversifique
os
encaminhamentos
metodológicos, criando diferentes situações para desenvolver o trabalho com
os conteúdos.
Uma preocupação com a abordagem significativa dos conteúdos,
contemplando sua importância no presente, sem deixar de contextualizá-lo
historicamente, como é o caso da cultura afro-brasileira e africana, a educação
no campo e a educação ambiental.
É preciso superar praticas pedagógicas nas quais o professor preocupase excessivamente em vencer o conteúdo. Geralmente esta postura leva-o a
lançar mão de tarefas em que os alunos apenas resumem textos relacionados
ao tema em estudo, ou realizam “pesquisas” em grupos, num encaminhamento
que reduz o conceito de pesquisa à mera coleta fragmentada de textos diversos
sobre o tema. Isso entra em conflito com a perspectiva emancipatória da
educação pretendida por esta orientação curricular.
Para um ensino critico da Geografia é preciso outra postura pedagógica.
Quando no planejamento, o professor contemplar a realidade do seu aluno, será
preciso conhecer esse aluno do ponto de vista social, cultural e econômico, ou
seja, conhece-lo como sujeito. Ainda, apenas “partir da realidade do aluno” não
é bastante para tornar o conteúdo significativo e interessante. É preciso colocar
esta realidade em relações mais amplas, com o próximo e o distante, no tempo
e no espaço, abordar o conteúdo de um ponto de vista histórico e relacional,
considerando também as diferenças individuais.
314
Oportunizar ao aluno uma leitura critica da realidade significa, também,
diversificar os encaminhamentos metodológicos dos conteúdos, com atividades
que exijam pesquisa, leitura, interpretação, analise investigação (em campo,
sempre que possível), além de uma abordagem contemporânea dos conteúdos,
relacionando-os com problemáticas do presente, o que os tornara ainda mais
significativos para os alunos.
Ao desenvolver os conteúdos propostos far-se-á o uso dos seguintes
recursos pedagógicos:
- quadro de giz
- DVD´s e vídeos (documentário, filme, imagem)
- TV
- Retro-projetor
- Atlas
- Mapas
- Globo
- Confecção de mapas e painéis
- Análise de gráficos, mapas e textos
- Revistas e jornais
- Textos complementares (Cultura Afro-brasileira e africana, educação do
campo e Agenda 21)
- Seminários
- Trabalho de pesquisa
- Trabalho em grupo
- Livro didático
- Internet (com a implantação do Paraná Digital)
5- CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO
315
As práticas avaliativas que integram o processo ensino aprendizagem
não devem priorizar o caráter classificatório, e sim estarem colocadas a serviço
da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeiem o conjunto de
ações pedagógicas e não como um elemento externo a este.
A avaliação deve ser contínua e diagnóstica, sempre respeitando as
diferenças existentes entre os alunos, procurando enfatizar os avanços e que
esta não seja somente em relação ao aluno, mas que sirva também
para o
professor refletir sobre sua prática pedagógica e identificar lacunas no processo
de ensino aprendizagem. Bem como planejar e propor outros encaminhamentos
que visem a superação das dificuldades constatadas. Estas dificuldades
deverão ser discutidas no coletivo, assim o aprendizado e a avaliação poderão
ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo
contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas
que podem ser constantemente retomados e reorganizados.
Quanto aos alunos com dificuldades o processo avaliativo se dará de
forma contínua, onde serão considerados os seus avanços pessoais e a sua
integração,
interação
com
o
grupo.
Observando,
então
se
os
alunos
compreenderam e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaçotempo e sociedade-natureza para a compreensão do espaço nas diversas
escalas geográficas.
A avaliação far-se-á de maneira que não contemple apenas formas de
saber e produção do aluno, mas como também avalie o trabalho pedagógico do
professor, e que esta seja contínua e prioriza a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno e seus avanços ao longo do
período
letivo,
considerando
os
casos
que
apresentam
limitações
de
aprendizagem.
- Avaliação será formal, processual, continuada e diagnostica.
- Verificação da participação nas atividades coletivas, na exploração
dos temas através da conversação, nos debates, entrevistas,
visitas, palestras.
- Auto avaliação.
- Aula de campo (relatório).
316
- Observação direta da professora em sala de aula e durante
atividades extra-classe.
- Leitura e interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.
- Pesquisas bibliográficas.
- Provas objetivas e subjetivas.
- Seminários
- Feira Cultural e Científica.
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318
Governo do Estado – Secretaria do Estado da Educação
Departamento de Ensino Médio
Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – E.F.M.
Mamborê – Paraná
Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Segundo Nereide Saviani (SAVIANI, 2000) percorrer a história de uma
determinada disciplina, é entender melhor a História da própria educação. Pois
os conteúdos, métodos, avaliação, ou seja, a estrutura curricular em si,
desvelam a concepção teórica e metodológica da disciplina e da educação
como um todo, como também suas implicações políticas, sócio-econômicas e
ideológicas.
319
Portanto,
num
momento
importantíssimo
como
este,
de
construção
democrática das Orientações Curriculares para o Ensino Médio do Paraná,
torna-se fundamental historicizar o ensino de História do Brasil, para que
possamos discutir com segurança e criticidade os novos caminhos que deverão
ser traçados coletivamente para o ensino de História.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, especificamente o
de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e
paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram
o mérito de incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à
Nova História Cultural e à Nova Esquerda Inglesa, valorizando, assim,
problemáticas referentes ao cotidiano, à memória, à cultura voltada para as
práticas culturais e identidades coletivas e individuais.
O ensino de História como formação de uma democracia radical por meio da
construção do conhecimento histórico caracterizado a partir do domínio da
especificidade da disciplina por parte do professor, aplicando-a de forma
adequada ao Ensino Médio. Viabilizando a prática em sala de aula da produção
do conhecimento através da pesquisa continuada, tendo como construtores do
saber histórico, os alunos e professores, identificando-os como sujeitos
históricos.
Percebe-se a necessidade da valorização dos sujeitos históricos não somente
como objetos de análise historiográfica, mas como agentes que buscam a
construção do conhecimento através da reflexão teórica e, portanto, da
produção conceitual de sua prática vivencial e investigativa no universo escolar.
Talvez este desejo dos professores seja um caminho para a formação de uma
consciência histórica no aluno e no professor ao pensarem a própria experiência
educativa ao se pensarem como seres sociais e cidadãos construtores de um
espaço público realmente democrático produzido pela ação social.
Para isso acontecer, torna-se relevante a defesa de referenciais teóricos de
caráter realista e globalizante, que levem em consideração, entre outros
aspectos sócio-históricos, as práticas dos alunos e professores inseridos no
cotidiano do universo escolar. Estes referenciais devem permitir a seleção das
320
informações advindas do mundo extra-escolar através de uma conceitualização
teórica rigorosa, considerando, assim, a forma com que estes sujeitos sóciohistóricos abordam e constroem a narrativa histórica nesta disciplina. Esta rigor
se
refere
a
um
critério
de
verdade
estruturado
na
historicidade
do
conhecimento científico.
As
estruturas
sócio-históricas
podem
ser
descobertas,
interpretadas
e
analisadas a partir de metodologias que se confrontam com dados empíricos
tais como as fontes históricas. Este confronto, pode modificar as metodologias e
mesmo verificar a sua validade em relação aos fatos históricos expressos nas
fontes utilizadas ao abordar o objeto de estudo. Nesta concepção, as teorias e
as metodologias não são somente formas discursivas, pois elas se constituem a
partir da realidade sócio-histórica do objeto de estudo enquanto elemento
relativamente autônomo em relação à realidade complexa e total. É neste
espaço, que ocorre a tematização dos conteúdos numa relação dialética e
seletiva
entre
o
aspecto
empírico
e
o
aspecto
teórico-conceitual
do
conhecimento histórico.
Deve-se levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são
historicamente construídos, e têm uma relação intrínseca com o processo de
surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são
instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre sua prática,
construindo assim a percepção da formação da consciência histórica nestes
sujeitos.
A História, como todas as disciplinas do campo das Humanidades, não possui o
benefício do consenso político na sociedade acerca do seu avanço e de
facilidades para investigação. Ao contrário de algumas concepções sobre as
ciências naturais e exatas, a História sempre haverá de encontrar resistência de
grupos e indivíduos que não têm interesse em seu avanço, devendo privilegiar
as relações culturais, de trabalho e poder, interligadas entre si e permitem a
busca do entendimento das totalidade das ações humanas estruturando o
campo de investigação do conhecimento histórico nas dimensões política,
econômico-social e cultural.
321
OBJETIVO GERAL
•
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas
e econômicas, propiciando o conhecimento dos princípios que regulam a
convivência em sociedade, dos direitos e deveres, da cidadania, justiça e das
condições para ter uma participação mais atuante na construção de um
Brasil
em
que
todos
possam
satisfazer
suas
necessidades
básicas,
independente da classe social, econômica, credo ou nação.
•
Contribuir para formação do sujeito crítico, onde o estudante poderá
expressar suas experiências, levando-os a reflexão e a superação de uma
visão unilateral dos fatos históricos favorecendo a compreensão da vida
social em toda a sua complexidade;
•
Compreender
que
o
estudo
do
passado
se
realiza
a
partir
de
questionamentos feitos no presente por meio de análise de diferentes
documentos históricos, considerando os conflitos inerentes às relações do
trabalho.
CONTEUDOS
ESTRUTURANTES
PODER – CULTURA – TRABALHO – TEMPO e ESPAÇO
Específicos
Complementares
322
-
Contexto social;
Territorialidade – Brasil –
Paraná.
Mundo do trabalho;
Experiências Culturais;
Relações de trabalho e
produção;
Classes sociais;
Migrações;
Organizações
e
lutas
trabalhistas;
-
Novas
descobertas
de
sítios
arqueológicos;
Relações de comparação entre o ontem
e o hoje;
Nova tecnologia para o estudo do
antigo.
Revolução
nas
classes
sociais,
modificando a visão de sociedade;
Nova visão do mundo do trabalho,
conhecendo as mudanças operadas
pela tecnologia;
A mulher emerge no mundo do
trabalho;
A ação do homem no meio ambiente.
323
-
Economia,
Ciência
e
Tecnologia;
Ideologia do trabalho;
Trabalho e Gênero;
Trabalho e natureza;
Globalização.
Experiência Cultural;
Formação da identidade
e da alteridade;
Gênero;
Etnia;
Religiosidade;
Indústria Cultural;
Arte, Ciência, Tecnologia
e idéias;
Ideologia;
Mentalidade e cotidiano;
Movimentos
contestatórios;
Invenção das tradições;
Memória coletiva.
Cultura Política;
Espaço público;
Relações de poder;
Cidadania ao longo da
História;
Regimes Políticos;
Estado, Governo, Nação
e Nacionalismo;
Guerras e Revoluções;
Colonialismo
e
neocolonialismo;
Partidos e organizações
sociais;
Imaginário político;
Poder e ideologia.
-
-
-
Novos métodos de pesquisa usando a
tecnologia;
O modo de vida representado expresso
na arte.
O poder político estruturado nas
relações sociais e surgimentos de
grupos organizados como o MST;
O poder da Igreja nas relações
políticas.
As diferentes formas de mercantilismo
praticado no mundo.
Troca de experiências entre as diversas
nações
em
termos
políticos,
econômicos e culturais;
As formas de relações do trabalho.
Reforma e Contra Reforma;
Renascimento Cultural Urbano;
Formação dos
Estados Modernos
Nacionais;
A influência do negro na formação do
povo brasileiro.
A ideologia política como forma de
dominação
da
raça
branca
em
detrimento das outras;
O crescimento dos conflitos urbanos e
rurais.
A sociedade contemporânea vivendo as
mudanças no século XXI.
O Capitalismo selvagem que explora o
trabalho
assalariado
através
das
diferentes classes sociais, levando o
indivíduo
a
especializar-se
em
diferentes tipos de conhecimentos e
tecnologias
para
garantir
sua
sobrevivência;
O aumento do trabalhador informal. As
diversas
etapas
da
Revolução
Industrial, mudando a mentalidade da
população, na participação de projetos
culturais, religiosos e científicos;
Movimentos contestadores sobre a
proteção ao meio ambiente – ONGS.
O fortalecimento das relações de poder
do explorador X explorado, em todas
as instituições tanto políticas como
sociais e culturais
-
324
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Através do Ensino da História, mais importante que conhecer fatos históricos, é
aprender a pensar historicamente. O ensino deverá estar voltado para a
reflexão crítica, para a auto-conscientização do ser que conquista direitos de
cidadania para estimular nele o crescimento da autonomia do pensamento. Os
conteúdos
estruturantes,
os
quais
deverão
estar
articulados
com
a
fundamentação teórica e os temas selecionados, devem estar assegurado no
Projeto Político Pedagógico da escola.
Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se
quer representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar,
delimitar o tema histórico em um período bem definido demarcando referências
temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu início e seu final. Por
fim, alunos e professores definem um espaço ou território de observação do
conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a
historiografia específica escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além
dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um sentido à seleção
temática realizada, o qual é dado pela problematização.
É importante construir uma narrativa histórica através de: narração, descrição,
argumentação, explicação, problematização. Estes documentos permitem a
criação de conceitos sobre o passado e o questionamento dos conceitos já
construídos.
É relevante a utilização do trabalho com diferentes documentos como imagens,
livros, jornais, história em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras museus,
filmes, músicas, na constituição do conhecimento histórico, sendo importante
verificar sobre a existência em si do documento; sobre o significado do
documento como sujeito. Estes documentos permitem a criação de conceitos
sobre o passado e o questionamento dos conceitos já construídos.
325
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações de
interdisciplinaridades, enfocando a cultura afro-brasileira e africana, a educação
no campo e a educação ambiental, considerando que é na disciplina de História
que ocorre a articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas
do conhecimento.
A História é fundamentalmente realizada pelo homem comum, por seu trabalho,
sua criação, seus sonhos e lutas. A construção da cidadania incorpora a noção
de que cada indivíduo deve ser sujeito ativo e consciente das transformações
da sociedade em que vive.
AVALIAÇÃO
No ensino de História a avaliação deverá ser formal, processual, contínua e
diagnóstica, observando-se o desempenho dos alunos no processo ensinoaprendizagem que se realizará através de diferentes atividades como: leitura,
interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos
históricos;
produção
de
narrativas
históricas,
pesquisas
bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, autoavaliação.
É preciso, no entanto, saber contemplar a avaliação na adequação aos alunos
com dificuldades de aprendizagem, oferecendo oportunidades de realizações de
acordo com a capacidade e o tempo de cada indivíduo.
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328
GOVERNO DO ESTADO
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa no Ensino Médio tem como um dos
fundamentos que norteiam a construção da atual Proposta Curricular os
postulados construídos a partir das contribuições de Bahtkin: “A língua
configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através
desta interação”.
Portanto, não há uma única forma de conceber a Língua Portuguesa
como explicitavam correntes tradicionais que reduziam a linguagem a:
- Um conjunto de regras gramaticais;
- Um conjunto de expressões ditas corretas;
329
- Mero instrumento de comunicação e expressão utilizadas pelos
falantes em situações específicas.
Em suma a língua se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos
que interagem. Isto significa compreender a língua como “um conjunto aberto e
múltiplo de práticas sócio-interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por
sujeitos historicamente situados. Pensar a língua desse modo é perceber que
ela não existe em si, mas existe efetivamente no contexto das relações e nelas
se constitui continuamente” (FARACO, 2003).
Assim ensinar Língua Portuguesa é fundamentalmente oferecer ao
alunado a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que ele já tem das
praticas de linguagem. Já a Literatura potencializa essa prática diferenciada
com os conteúdos, estruturados e se constitui num forte influxo capaz de fazer
e aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber, permitindo a constituição
de um corpo de interação em torno do objeto estético, abrindo-se assim um
espaço imenso da linguagem (Garcia, 2005).
Nesta perspectiva, as práticas adotadas levam o aluno a compreender
e pruduzir textos não apenas orais e escritos, mas colocar-se em relação às
diversas modalidades de linguagem para delas tirar sentido.
Cabe a escola, no entanto, criar condições para que esse domínio dê
um salto dê qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo. A prática da
leitura, da escrita e da fala em situações formais, leva os alunos à compreensão
da própria realidade, assegurando-lhe o exercício pleno da cidadania.
2- OBJETIVOS
1- Desenvolver o educando, assegurando-lhe formação indispensável
para o exercício da cidadania, fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho
e na sociedade em que está inserido (Art. 22 LDB);
2- Dotar o aluno com a capacidade de compreender e usar a Língua
Portuguesa como fonte geradora de significação e integradora de organização
do mundo e da própria identidade;
330
3- Priorizar a formação do leitor, habituando os alunos a ler, escrever e
interpretar destacando a pratica social considerando-se os interlocutores e seus
objetivos, o assunto, os gêneros e suportes textuais, a leitura e o contexto de
produção;
4- Compreender o sentido dos textos orais e escritos, desenvolvendo a
capacidade
de
reconhecer
a
intencionalidade
implícita
e
conteúdos
discriminatórios ou persuasivos, ressaltando o caráter social da linguagem, de
compreender a realidade em que está inserido e o seu
papel como
participante da sociedade
5-
Através
pensamento
crítico,
propiciando
assim,
do
contato
com
a sensibilidade
uma
prática
os
textos
literários,
estética, desenvolver
prazerosa
através
aprimorar
os
da
o
costumes,
Literatura
complementando-se na oralidade, leitura e escrita;
6-
Privilegiar
os
textos
em
sua
diversidade,
enfocando
sua
especificidade, função, marcas lingüísticas, sua organização, levando-se em
conta a presença do interlocutor no uso efetivo da língua;
7- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão
implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
8- Desenvolver
o uso da língua escrita em situações discursivas
realizdas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os
seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto
de produção/leitura;
9- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização;
10- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através
da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
11- Aplicar as tecnologias da comunicação em contextos relevantes
para o aluno com recursos tecnológicos que a escola dispõe, possibilitando o
acesso ao conhecimento do mundo globalizado.
331
332
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
E
S
T
R
U
Discurso,
Prática Social:
Leitura,
Escrita,
Oralidade e
Literatura
T
Específicos
Prática de leitura;
Variação Lingüística;
Gêneros textuais;
Análise do discurso;
Prática de escritas;
O discurso – práticas sociais;
Intertextualidade;
Diversidade textual.
Complementares
Cultura Afro-brasileira;
Educação Fiscal;
Agenda 21;
Fesarte;
Varal de Poesias;
Projeto Ação e Comunicação;
Educação do Campo
Cidadania e Saúde
Meio ambiente
U
R
A
Oralidade
N
T
E
S
333
4 – METODOLOGIA
Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar
também nas contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro
complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas
no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder
presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social,
constituindo-o e recebendo, concomitantemente seus influxos.
Considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes
na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem,
quanto sujeitos que por meio dela interagem.
A linguagem deve ser vista como ação entre sujeitos
histórica e socialmente situados que se constituem uns aos outros em
suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e
a constituição humanas, ela pode sert considerada como trabalho e
produto do trabalho. Como afirma GERALDI (1991 p.6) “a linguagem
não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e
de outros e é para os outros e com os outros que ela se constituí”.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e
troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o
seu papel como participante da sociedade. Deve-se considerar a
dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que
possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da
língua materna. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem
a linguagem escrita, mas sim abrangem textos escritos e falados, a
integração da linguagem verbal com outras linguagens, as práticas da
linguagem, enquanto fenômeno de uma interlocução viva, perpassam
todas as áreas do agir humano, potencializando a perspectiva
interdisciplinar.
Trabalhar os conteúdos de forma a favorecer a reflexão
crítica do aluno utilizando a linguagem a partir da diversidade de
textos que circulam socialmente: textos poéticos, informativos,
334
científicos, argumentativos, narrativos, etc, orientando para o uso da
gramática como fonte de pesquisa para superar as dúvidas sobre o
uso da língua padrão. É fundamental privilegiar a leitura de bons
textos, para a formação do leitor e escritor. Devemos tratar a língua
como algo com vida e textos como conjunto de regras a serem
apreendidos, tendo como ponto de partida o que o aluno já conhece,
proporcionando o trabalho com diferentes textos e facilitando a
condução ativa e diversificada dos trabalhos e conteúdos relativos a
literatura brasileira, portuguesa e africana, através de pesquisas,
debates, análise e produção.
A oralidade tem suas características próprias, realiza
operações lingüísticas complexão utilizando-se de diversos meios.
O trabalho com a oralidade é muito rico: debates,
discussões,
transmissão
de
informações,
troca
de
opiniões,
argumentação, contação de história, declamação de poemas, teatro,
relatos de experiências e entrevistas, bem como a análise da
linguagem do cotidiano: programas televisivos e radiofônicos, jornais,
novelas, propagandas, discursos de poder público e privado.
Priorizar estratégias que levem o aluno a expressar suas
idéias com fluência e segurança nos diferentes contextos sociais
praticando e aprendendo a convivência democrática tanto pelo livre
direito a expressão quanto pelo reconhecimento do mesmo direito ao
outro.
A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla
variedade de textos: discursos produzidos numa ampla variedade de
praticas sociais. O desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura
deverá levar o aluno a perceber o sujeito presente nos textos. O ato
de ler é identificado com o de familiarizar-se com diferentes textos
produzidos em diversas práticas sociais: notíciais, crônicas, piadas,
poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas,
informações, charges, romances, contos, etc, percebendo em cada
texto a presença de um contexto histórico, de uma intenção.
335
No processo de leitura não podemos deixar de lado a
leitura das imagens (fotos, outdoors, propagandas, imagens digitais e
virtuais,
figuras)
que
povoam
o
nosso
universo
cotidiano,
contemplando assim o multiletramento.
As atividades de leitura devem considerar a formação do
leitor, contemplando o dialogo dos estudantes com o texto e não
sobre o texto.
Segundo Yunes (1995), a formação dos leitores contará
com atividades de:
- Memória: o ato de ler convoca o leitor ao ato de pensar;
- Intersubjetividade: interação do leitor com o texto, bem
como as vozes presentes nele;
- Interpretação: a leitura não acontece no vazio. Buscamos
desvendar o mistério do texto, esquecendo-nos do mistério do leitor.
- Fruição: a fruição do ato de ler envolve respostas a
muitos textos, em diferentes linguagens e recriações: palavras, sons,
cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos, vozes, etc.
Destaca-se assim que com estas atividades, o aluno
perceba a imcomplitude dos textos que deve ser preenchidas pelo
leitor.
A escrita segundo Lajolo (1982), é antes de tudo a ação e
experiência entre o uso e o aprendizado da língua, pois aprende-se
lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. Em toda produção
escrita, o estudante deve posicionar-se como sujeito do texto e do
discurso, fazendo do mesmo uma interação entre ele e seus possíveis
leitores evidenciando a intenção que gerou essa produção.
O trabalho com a escrita é um processo e não algo
acabado. Fazem-se necessárias atividades que permitam ao aluno
refletir sobre seu texto e reelaborá-lo. O refazer textual pode ser de
forma individual ou em grupo, considerando sempre a intenção e as
circunstâncias da produção. A reescrita deve valorizar o esforço
daquele que escreve, desconfia, rasga e reescreve, até que o texto
lhe pareça bom para entender a intenção que o levou a produção.
336
Literatura
O ensino realizado com a literatura no Ensino Médio tem
deixado de lado a formação do leitor ao não valorizar a experiência
real de leitura, de intenção do estudante com o texto literário.
O método rizomático sugere um trabalho com a literatura
que leva a libertação do pensamento em relação a linha do tempo.
O professor de literatura para operar na perspectiva
rizomático, será um continuo leitor, capaz ele mesmo de selecionar os
textos que trabalhará com seus alunos, estimulará as conexões a
serem realizadas e as relações dos textos escolhidos com o contexto
presente. Terá sempre em vista o presente da leitura, pois há quem
diga que ler um texto é escrevê-lo e que a escritura de um texto só se
concretiza no instante da leitura. Deverá ser realizado um trabalho
literário existente por trás dos textos, sendo assim uma experiência
que desvelará ao aluno as especificidades desse texto na sua criação
de mundos nos recursos de linguagens presentes em cada obra.
As aulas de literatura deverão estar abertas a mudanças,
atendendo as relações do alunado, incorporando suas idéias e as
relações textuais por ele estabelecidas. É necessário que o professore
reserve, toda semana um tempo para a leitura, em suas aulas,
permitindo assim a constituição de um campo de interação com o
objeto estético.
O trabalho com a literatura potencializa uma prática
diferenciada com os conteúdos estruturantes e se constitui num forte
refluxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao
saber.
O professor de Língua Portuguesa e Literatura serão
capazes de se valer de todos os meios de que dispõe para que os
alunos façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que a
vida colocar na sua frente, educando para a criatividade e liberdade.
Análise lingüística
337
A análise lingüística (inclui-se o trabalho gramatical) deve
estar presente no ensino de línguas como ferramenta perpassando as
atividades de leitura, oralidade e escrita,
Segundo Rojo (2004) a fala, leitura e escrita são atos de
interação que constroem a vida social envolvendo a construção de
significados, de conhecimentos, de identidade dos sujeitos.
A reflexão sobre a linguagem abre espaço para os alunos
serem operadores textuais. Ela vai abordar as variações lingüísticas
que
caracterizam
a
linguagem
dos
diferentes
grupos
sociais
possibilitando também aos alunos a reflexão sobre a organização
estrutural.
Nesta perspectiva o aluno ampliará suas capacidades de
uso da língua a partir das quais o professor vai explorar os aspectos
textuais e as exigências específicas da linguagem.
O professor nesta concepção de linguagem precisa dar um
tratamento diferenciado ao erro. O erro deve ser visto enquanto
tentativa de acerto dos alunos e que através dele, verificam hipóteses
tudo resultantes das atividades dos alunos na interação viva
propiciada pelo sistema lingüístico que permitirão ao professor
selecionar seus conteúdos em sala de aula.
A partir da constatação das falhas que a língua torna-se
objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas, levando
alunos e professores a realizarem auto-avaliação e dentro de uma
dinâmica de tentativas, acertos, erros, interferências, comparações,
deduções, construir o aprendizado do fato lingüístico que lhe dará
reais desenvolturas enquanto sujeito dentro e fora da escola.
5 - AVALIAÇÃO
A
concebemos
avaliação
a
deve
linguagem
ser
e
vinculada
como
338
com
definimos
o
modo
seus
como
objetivos,
metodologia e construção. A mesma deve servir de suporte e reflexão
para subsidiar o professor com relação a sua pratica pedagógica para
proceder com eventuais ajustes quando necessário, como também,
oferecer oportunidades ao aluno para que este se posicione como
avaliador do processo de construção do seu conhecimento com
autonomia.
Assim, com ponto de partida, faz-se necessário realizar uma
sondagem diagnóstica do estágio do conhecimento de cada aluno,
priorizando as habilidades de: ler, falar, escrever e interpretar.
A avaliação da leitura e de interpretação devem conduzir os
objetivos bastante claros para o alunado, como a compreensão, a
construção do sentido, a reflexão e resposta ao texto lido. Ao aluno
deve ser oportunizado o acesso à diversidade textual para que o
mesmo possa avaliar e compreender o seu crescimento enquanto
leitor.
As atividades de avaliação de ensino de Língua Portuguesa e
Literatura visam uma oportunidade de reflexão sobre o processo de
ensino e aprendizagem do professor e aluno. As mesmas têm de ser
vistas como continua transformação das praticas pedagógicas do
professor, respeitando o tempo de aprendizagem de cada individuo,
oportunizando a estas formas peculiares de avaliação, sujeitas a
adaptações que garantam um avanço significativo no domínio do
conhecimento.
A produção oral do aluno deve considerar a adequadação do
discurso produzido em diferentes situações e com determinados
interlocutores. Neste processo avaliativo os recursos utilizados serão
os
seminários,
debates,
entrevistas,
contação
de
estórias
e
experiências. Também ao aluno será oportunizada a posição de
avaliar de seu próprio texto oral como daqueles produzidos por outros
meios e interlocutores.
Na escrita, oportunizam diferentes recursos para a produção
textual, pois os resultados dessa ação são as circunstâncias de
produção. Neste processo de avaliação considera os aspectos
339
textuais e gramaticais, como também a argumentação e a clareza na
organização das idéias, pois o aluno deve ter em mente que o outro,
o leitor, necessita ter acesso fácil as nossas palavras escritas e
compreendê-las.
Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes, a avaliação formativa que é diagnóstica e
continuada permite que os sujeitos do processo (professor e alunos)
percebam juntos as dificuldades e juntos reflitam sobre soluções que
enfatizam o aprender.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDRÉ, Hildebrando A, de. Gramática Ilustrada. 5º ed. Moderna,
São Paulo, 1997.
APOSTILAS NOBEL. Produção Textual. Ensino Médio.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em Preto e Branco –
Discutindo as Relações Raciais. 3º ed. São Paulo, Ática, 2005.
FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura, Ensino
Médio. 3º série. Base. Curitiba, 2005.
FREIRE, Paulo. A importância do Ato de ler: em três artigos que
se completam. 46º ed. São Paulo. Cortez, 2005
GERALDI, João W. Parto. Pontos de Passagem. São Paulo: Martins
Fontes, 1991 p.6
LAJOLO, Marisa, O que é Literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MEDEIROS, João Bosco. Técnicas de Redação. 4º ed. São Paulo,
Atlas, 1991.
REVISTA MUNDO JOVEM.
REVISTA VEJA E OUTRAS.
SARMENTO, Leila Lauar. Redação: Oficina de Textos. Moderna, São
Paulo, 1997.
340
TERRA, Ernani. Jose de. Gramática, Literatura e Produção de
Textos para Ensino Médio. 2º ed. São Paulo, 2002.
SEED, Orientações curriculares. Língua Portuguesa e
Literatura. Fevereiro/ 2006.
SEED, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o
Ensino Médio. Versão Preliminar. Julho/ 2006.
GOVERNO DO ESTADO
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática é uma ciência essencial e indispensável à vida. Não se
pode ter uma visão de mundo sem a Matemática, porque ela está
inserida dentro da realidade do homem desde que ele existe. Afinal
de contas ela foi criada pelo homem justamente para suprir suas
necessidades.
Analisando-se o desenvolvimento da Matemática ao longo de sua
história, percebe-se que após um período de sistematização,
apresentando grandes avanços científicos até a primeira metade do
século XIX.
No final do século XX, surge a tendência histórico-crítica que norteou
a concepção da Matemática como um saber vivo, dinâmico,
construído historicamente para atender as necessidades sociais e
341
teóricas, influenciando as tendências atuais. Sendo assim, neste
contexto histórico a SEED iniciou, em 1987, discussões com os
professores da Rede Pública Estadual para elaboração e
reestruturação do ensino de segundo grau, concluída em 1988.
Neste contexto, o ensino da Matemática para o segundo grau é vista
como instrumento para compreensão, a investigação, a inter-relação
com o ambiente, em seu papel de agente de modificações do
indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento
técnico, o progresso do discernimento político.
Perante várias discussões, propostas e tendências é preciso ter claro
que construímos nosso ideário pedagógico a partir da reflexão e
discussão da nossa prática e que estamos envolvidos em um
processo dialético e em permanente mutação. Dessa forma, a
Matemática enquanto disciplina, assim como outras da grade
curricular escolar assumem valor educativo a partir do momento que
prepara e fornece subsídio ao educando para exercer sua função de
cidadão, para que possa atuar de forma consciente e transformadora
na sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
•
Desenvolver um trabalho que possa levar o aluno a explorar os
problemas, tentar estratégias de soluções, criar perguntas
visando à compreensão dos mesmos, formando atitudes que
criem neles espírito crítico e inovador, despertando-os para a
beleza da Matemática e sua utilização na prática cada vez mais
indispensável no mundo atual.
•
Aproveitar as idéias dos alunos nas situações problemas, para
que eles compreendam todo o raciocínio desenvolvido até chegar
342
às soluções adequadas, construindo assim, por intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza
diversa, visando à formação integral do ser humano do cidadão.
CONTEÚDOS
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
CONTEÚDO
S
343
E
S
T
R
U
T
U
R
A
N
T
E
S
NÚM
EROS
E
ÁLGE
BRA
FUN
ÇÕE
S
GEO
METR
IAS
Trata
ment
o da
Infor
maçã
o
-
Conjunto
dos
Números
Reais.
Matrizes;
Determinantes;
Sistema Lineares;
Números Complexos;
Polinômios;
Números Complexos.
-
Função afim;
Função quadrática;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Função modular;
Função trigonométrica;
Progressões Aritméticas;
Progressões Geométricas.
-
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica.
-
Estatística;
Análise Combinatória;
Probabilidade;
Binômio de Newton;
Porcentagem;
Juros simples e compostos;
Matemática financeira.
-
Tangram;
Origami;
Educação Fiscal.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Matemática vive hoje um paradoxo. Ao mesmo tempo em
que a sociedade pleiteia e justifica sua presença de uma forma
marcante nos currículos escolares, percebe-se que a maioria dos
344
conteúdos
ensinada
nos
bancos
escolares
é
considerada,
desinteressante e inútil, por não estar vinculada à realidade social.
Acreditamos que parte deste problema se deva ao fato de que
tradicionalmente, o ensino da Matemática na escola básica tem-se
caracterizado como um discurso preocupado excessivamente com o
desenvolvimento precoce de uma linguagem simbólica destituída de
significação e sem relação com o seu conhecimento anterior.
Uma tentativa de rompimento com esse modo de conceber a pratica
pedagógica em Matemática, implica na proposição de metodologias
através de um trabalho que vise romper com abordagem
fragmentada dos conteúdos, que possibilitem ao aluno a
compreensão de conceitos significativos, o estabelecimento de
relações com experiência anteriores vivenciadas. Promover a
organização de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em
articulação entre os conteúdos específicos pertencentes a conteúdos
estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam
reforçadas, refinadas e intercomunicadas partindo do enriquecimento
e das construções de novas relações. Construindo portanto, seus
conhecimentos como soluções de problemas significativos,
respondendo às exigências do contexto em que está inserido e não
apenas às expectativas do professor.
Trata-se de repensar as bases teórico-metodológicas sobre as quais
se sustentará à implementação de um processo de ensino voltado
para a formação dos conceitos em Matemática, contribuindo para a
superação de uma concepção imposta aos alunos, onde o conteúdo
que lhes é ensinado não tem relação alguma com os acontecimentos
cotidianos, quer sejam externos ou internos à escola. Pretende-se
priorizar um ensino que valoriza a história dos estudantes, incluindo
no currículo escolar a Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei
10639/03) e a Educação do Campo, realizando um trabalho de forma
inter e multidisciplinar.
345
Dessa forma, o ensino da Matemática, exige pensar na formação de
um professor-investigador da prática docente. Estabelece ainda uma
postura teórico-metodológica que requer do professor uma atitude de
questionamento
frente
a
certas
concepções
pedagógicas
historicamente difundidas, bem como a própria concepção que se
tem do ato de conhecer. Incrementar o processo pedagógico passa
pela formação continua de professores que implique na inovação e no
ensaio de novas formas de trabalho pedagógico. Logo, a necessidade
de se pensar na formação de um professor-investigador da prática
pedagógica, capaz de compreender o elo indissociável entre a prática
e a reflexão sobre essa prática, reconstruindo o seu conhecimento
sobre o ensinar e o aprender e sobre o papel que a escola
desempenha no processo social. É nesse sentido que defendemos a
participação do professor que atua diretamente na sala de aula, na
medida em que exerce papel preponderante no exercício de análise
crítica, visto que; de contrário, nada se efetiva em termos de
reorganização curricular na escola.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um papel de mediação no processo de ensino e
aprendizagem, ou seja, aprendizagem e avaliação devem ser
integradas na prática docente. Cabe ao professor buscar diversos
métodos avaliativos: formas escritas, orais e de demonstração
(construção de gráficos, tabelas, confecção de poliedros), incluindo o
uso de materiais manipuláveis, computador e/ou calculadora. Como
prática pressupõe discussões dos processos de ensino e da
aprendizagem caracterizadas pela reflexão sobre a formação do
aluno enquanto cidadão atuante numa sociedade que agrega
problemas complexos.
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de
informação que o aluno domina não é coerente com a proposta da
346
Educação Matemática. É preciso que haja interação entre o aluno e o
conhecimento para que se possa verificar em que medida o mesmo
aprendeu o conteúdo proposto e consegue materializá-lo em
situações que exigem raciocínio matemático, levando em conta suas
diferenças, tempos (ritmos) de aprendizagem e suas raízes.
Para tanto o tipo de avaliação adotada pelo professor deve abrir
espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo
trabalhado e a compreensão por parte do aluno. Sendo assim, é
fundamental o dialogo entre professores e alunos na tomada de
decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se
avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas
avaliativas, se necessário.
Respeitar as necessidades de qualquer dos alunos, atendendo às
diferenças individuais (física, religiosa, cultural, social, econômica,
etc).
Portanto, a avaliação deve ser diagnóstica, contínua, onde o aluno
torna-se sujeito do processo de aprendizagem, aprende a enfrentar
limitações e a aperfeiçoar potencialidade.
REFERÊNCIAS
Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e
Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.
Brasília: Ministério da Educação, 1999.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de
Currículos Inclusivos. Documento preliminar.
Diretrizes Curriculares Nacionais – Matemática/fev2006.
Educação Matemática em Revista – Sociedade Brasileira de Educação
Matemática. ROCHA, Iara Cristina Bazan da. In: Ensino de
Matemática: Formação para Exclusão ou para Cidadania? Ano:
8, nº 9/10, Abril/2001.
347
Escola: A revista do professor. GENTILE, Paola & ANDRADE, Cristiana.
In: Avaliação nota 10. Ano XVI, nº 147, Novembro/2001.
Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação –
Departamento de Ensino Médio. Orientações Curriculares:
Matemática. Semana Pedagógica. Julho/2005.
Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação –
Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de
Matemática para o Ensino Médio. Versão preliminar, Julho/2006.
Linguagem. Questões de Matemática? UNIOESTE/DME, Cascavel – Pr,
1995.
www.diaadiaeducacao.com.br
348
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SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A palavra “química “ é hoje lugar-comum. É
citada nos meios de comunicação de massa a todo
instante e frequentemente até de forma
contraditória: enaltecem-se os “progressos da
Química” e combate-se a “poluição química” ;
boas vindas são dadas ao novo “produto químico”
que vai minorar o sofrimento das pessoas doentes
ao mesmo tempo em que se apregoa que tal
cosmético ou alimento é isento de “produtos
químicos”. Por que esse desencontro? Há alguma
razão para tal ou isso é apenas desinformação?
Afinal, o que vem a ser então a Química?
(CHAGAS – 2001 pág 13).
Química é a ciência que estuda os materiais que constituem a
natureza, sua composição e preparação, as transformações que
sofrem as energias envolvidas nesses processos e a redução de
novos materiais. A química está presente em todas as atividades da
humanidade.
É impossível imaginarmos um mundo privado de combustíveis,
medicamentos,
fertilizantes,
pigmentos,
alimentos,
plásticos
e
produtos fabricados em indústrias químicas.
Os problemas que podem surgir, dependem da forma de produção e
aplicação desses produtos e o homem como articulador, deve estar
consciente de seus atos.
349
O Ensino de Química, deve estar centrado na inter-relação de dois
componentes básicos: a informação química e o contexto social, para
que o educando possa participar da sociedade precisa não só
compreender a química, mas entender a sociedade em que está
inserido.
OBJETIVOS GERAIS
•
Proporcionar aos alunos do Ensino Médio conhecimentos em
Química relacionando com o cotidiano, preparando-o para a vida,
para tomar decisões autonomamente como indivíduo e cidadão.
•
Compreender melhor as idéias fundamentais da química nos vários
aspectos, o que ocorre na natureza e os benefícios que ela
concede ao homem, mostrando a necessidade de respeitar o
equilíbrio do planeta, com um agir responsável no meio ambiente
e consigo mesmo.
•
Desenvolver a capacidade de investigação e o senso crítico frente
aos
problemas
discutindo
os
oriundos
aspectos
do
desenvolvimento
sócio-científicos,
ou
desta
seja,
ciência,
questões
ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais
relativos à ciência e tecnologia.
•
•
CONTEÚDOS
350
Conteúdo Específicos
Complementares
s
E
S
T
R
U
T
U
R
A
N
T
E
S
Estrutura da matéria
Substâncias
Misturas
Métodos de separação
Fenômenos físicos e químicos
Estrutura atômica
Distribuição eletrônica
Ligações químicas
Soluções
Dispersões
Elementos radioativos
Radioatividade
Emissões radioativas
Características do Carbono.
Estrutura do universo
Substâncias artificiais e naturais
Soluções,
emulsões,
loções,
dispersões etc.
Combustão.
Quarks, príons e outras partículas
Eletricidade estática, e fontes de
energia.
Tensão superficial
Misturas
Tabela periódica
Ligações químicas
Radioisótopos e medicina
Ligações químicas
Substâncias – Petróleo
Cadeias Carbônicas.
Polímeros naturais.
Isomeria
Óxidos
Sais
Bases ou Hidróxidos
Ácidos
Termoquímica
Cinética química
Equilíbrio químico
Petróleo – Fracionamento
Combustão parcial e total.
Propriedades da matéria
Tabela periódica
Estrutura molecular e atômica.
Radicais livres
Indicadores ácido-base
Combustão.
Reações de neutralização
(ácidos-bases)
Bioquímica
Hemodinâmica
Propriedades da matéria
Ciclos do Carbono, da água e do
nitrogênio.
Cadeias carbônicas
Ligações químicas
Propriedades da matéria
Métodos de separação
Óxidos.
Maté
ria e
sua
Natu
reza
Maté
ria e
sua
Natu
reza
Bioge
oquím
ica
Quí
mica
Sint
ética
Substâncias nocivas à saúde.
Reações químicas
Fertilizantes
Polímeros artificiais
Funções oxigenadas e
Funções nitrogenadas
Reações orgânicas.
351
Agrotóxicos.
Reações
endotérmicas
e
exotérmicas.
Velocidade das reações químicas
Tipos de solo – composição
elementar
Tabela periódica
Tipos de adubação natural ou
sintética
Tabela periódica
Ligações químicas
Propriedades da matéria
Lei da conservação das massas
Simbologia química
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A prática docente no ensino de química deverá contemplar os
conhecimentos pré adquiridos pelo educando em suas relações
sociais e estabelecer critérios de importância aos conteúdos
ministrados, de forma a efetuar um ensino contextualizado e
direcionado aos aspectos interdisciplinares, como educação do
campo, educação ambiental, levando o educando à compreender
fenômenos, aplicar conceitos, alterar seu meio e transformar de
alguma forma sua dinâmica social.
As aulas devem destacar problematizações e reflexões sobre temas
cotidianos inseridos nos conteúdos da química. O professor dever ser
mediador do conhecimento e deixar claro que, na ciência não existe
verdade absoluta e imutável.
Deve-se estabelecer uma linguagem clara e acessível aos alunos,
para não criar-se resistência ao ato de aprender.
Quanto ao uso de laboratório para aulas “práticas” de Química
entendemos que é uma condição necessária mas não suficiente, não
podemos estabelecer uma dicotomia entre teoria e prática e sim
mostrar que o fenomenológico é fundamentado em conceitos
teóricos, e que coexistem no processo ensino-aprendizagem, portanto
a aula dita como prática não deve ser pautada em abordagem
extremamente técnica, e sim que possa explicitar os conceitos
adquiridos nas ditas aulas teóricas.
A
abordagem
partindo
da
visão
macroscópica
para
a
visão
microscópica do conhecimento Químico sempre será nosso norte. A
abstração deve partir da observação do concreto, mas não podemos
ficar somente focado no fenomenológico, pois se isso ocorrer, o aluno
de fato não aprenderá química, será mero observador de fenômenos.
352
O desafio e fazer com que o aluno entenda os fenômenos nos seus
aspectos mais intímos e microscopicamente, ou seja, consiga
entender
as
interações
moleculares,
o
comportamento
dos
elementos, a afinidade química, as forças inter e intra-moleculares, as
mudanças de estado da matéria e sua interferência nas reações etc.
É muito difícil ensinar qualquer coisa sem usar uma linguagem! Como
é que vou ensinar se não tenho uma palavra, uma representação...
mas, como vamos formar essa linguagem básica... a idéia antiga de
educação era mais ou menos assim: eu vou ensinar uma linguagem
básica começando pelo elemento. A alfabetização começava pelas
letras, vogais, consoantes; a matemática começava pelos numerais; a
química começava pelos átomos. Na alfabetização se imaginava que
a junção da letras, formando sílabas e estas formando palavras...
seria uma boa forma de ensinar às crianças... hoje ninguém mais
pensa assim porque os estudiosos da alfabetização mostraram que há
formas muito mais eficientes... A criança lia as palavras, soletrava...,
mas não fazia a leitura, não lia o contexto!
A mesma coisa em química... os alunos podiam até saber ligações,
fazer as fórmulas químicas... mas isto não significa nada! E o que a
gente quer é que o aluno aprenda química. E que tudo que ele vai
falar signifique algo! Então, eu vou Ter que romper com esta idéia de
que é começando com o estruturalmente mais simples, unindo estas
estruturas e formando fórmulas químicas de substâncias, depois
equações químicas... eu vou ensinar, de fato, a química. Esta é uma
ruptura que temos que fazer. Em outros campos isto já foi feito.
(MALDANER – 2003 pág. 183).
É gritante a necessidade de uma nova forma de ensinar ciências em
geral, neste sentido nos propomos a adotar um novo perfil no ensino
de Química. O aluno deve terminar seu ensino médio sabendo
compreender como acontece os mais elementares fenômenos para
poder interagir com um pensar químico sobre o mundo.
353
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica e contínua, de forma a proporcionar
reflexão quanto a mudanças na avaliação. Avaliar o trabalho
realizado, parte da comunhão de idéias dos educandos a respeito da
química e cabe ao professor obter os resultas do educando e
identificar a melhor forma de avaliá-lo.
Proporcionar atividade diversificadas, na forma de prova escrita,
objetiva, trabalhos em sala de aula, pesquisa, debates, relatórios de
aulas práticas, interpretação de textos relacionados à química e ao
cotidiano, atividades em equipes, oportunizando assim a integração
de todos os alunos onde os mesmos possam compartilhar seus
conhecimentos atingindo assim seus objetivos como educando, sem
diferenciar as capacidades intelectuais de turmas heterogêneas.
Propor uma mudança na avaliação tradicional da aprendizagem em
química significa “desrotinizar” um exercício profissional do professor
que é o de “dar notas” para os seus alunos a cada bimestre ou
semestre, ou mesmo a cada mês. Para a mudança do ensino de
Química, dizia, é necessário analisar a produção do aluno e a forma
do pensamento com a qual ele o faz. Com isso iremos propor uma
avaliação de todo o processo de ensino e aprendizagem em
desenvolvimento, tendo em vista a sua melhoria e não a execução de
uma rotina que só serve para controle e dominação do aluno no
contexto escolar. Incentivar a produção do aluno por meio de
relatórios de aula que não se pautem em regras rígidas de
elaboração, mas que sejam leves a manifestarem o prazer da
comunicação de um aprendizado novo. As questões de devem
permitir a produção do aluno e não mera repetição dos conteúdos
realizados nas aulas. Essas produções permitirão sempre uma
gradação positiva, além de informar, ao professor e ao próprio aluno,
354
a forma de pensamento já desenvolvida sobre determinado assunto.
(MALDANER – 2003 pág 254).
Com esta visão diferenciada de avaliação, entendemos que
poderemos contemplar efetivamente os alunos com deficiências de
aprendizagem no contexto de avaliação, pois todos podem evoluir
dentro de parâmetros pré-estabelecidos individualmente.
REFERÊNCIAS
CHAGAS, A, P. Como se faz Química. Uma reflexão sobre a
Química e a atividade do químico. Campinas SP. Editora Unicamp,
2001
Diretrizes Curriculares de Química. SEED Julho 2006.
FELTRE, R. Fundamentos da Química. São Paulo: Moderna, 1993.
FONSECA, M.R.M. Química Geral. São Paulo: FTD, 1992.
.MALDANER, O, A . A formação inicial e continuada de
professores de Química. Professores Pesquisadores. Ijuí RS.
Editora UNIJUÍ, 2003.
QUÍMICA/ VÁRIOS AUTORES – Curitiba: SEED-PR, 2006.
SARDELLA, A. Química. Serio Novo Ensino. São Paulo: Ática, 2003.
UTIMURA, T. Y. et all. Química Fundamental. São Paulo, FTD, 1998.
355
GOVERNO DO ESTADO
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As inquietações que mobilizaram o pensamento dos primeiros
sociólogos no final do século XIX, após a Revolução Industrial, em
muitos aspectos podem ser aproximadas das preocupações dos
sociólogos contemporâneos de compreender as modificações nas
relações sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas pela
formação de um modo de produção econômica. Hoje o estudo da
sociedade não cessa sua dinâmica, isso implica em novas formas de
olhar, de compreender e atuar socialmente.
Portanto a Sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a
explicação da sociedade através da compreensão das diversas
formas pelas quais os seres humanos organizaram-se e passaram a
viver em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre
esses
diferentes
grupos,
bem
como
a
compreensão
das
conseqüências das relações para indivíduos e coletividades. É tarefa
inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de
uma nova ética e de novas práticas sociais que apontem para a
possibilidade de construção de novas relações sociais, ou seja, diante
356
da realidade contemporânea não há mais espaço para discussões
neutras, onde o seu papel histórico vai muito além de explicações
teóricas da sociedade, mas sim a desconstrução e a desnaturalização
do social no sentido de sua transformação, que exigem indivíduos
capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição social e
planetária.
Dentro dessa perspectiva e para assegurar o entendimento dessas as
relações torna-se necessário recorrer a alguns pensadores clássicos,
entre eles: Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber, Augusto Conte,
Antonio Gramsci, Florestan Fernandes, que alcançam e fundamentam
as concepções sociológicas contemporâneas.
O conhecimento dessas (e outras) concepções é de importância
central
para
a
construção
do
conhecimento
sociológico,
especialmente no contexto escolar, por que não só possibilita ao
professor refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, mas
como também, levar o educando a reformular seu conceito de mundo
e de sociedade a partir de tais teorias.
Portanto é fundamental evidenciar através desse processo as
desigualdades e os antagonismos que caracterizam a realidade
brasileira e sua inserção no mundo contemporâneo.
Este suporte conceitual, também permitirá reflexões sustentadas
teoricamente, possibilitando ao aluno desvendar as complexidades da
sociedade, do modo de produção capitalista, oportunizando sua
interferência e transformação da realidade.
OBJETIVOS GERAIS
•
Contribuir para a ampliação do conhecimento dos homens sobre
sua própria vida e fundamental para a análise das sociedades, ao
357
compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado em
teorias e pesquisas que esclareçam muitos dos problemas da vida
social;
•
Proporcionar ao educando reflexões necessárias para compreender
a estrutura social e a vida em sociedade, estimulando-os a atuar
no meio social em que vivem exercendo com responsabilidade
seus direitos e deveres de cidadãos;
•
Destacar os teóricos clássicos não só suas concepções de
sociedade,
mas
suas
concepções
de
educação,
orientando
mutuamente campos de ação política e consequentemente de
ação educacional;
•
Levar o educando a refletir sobre a necessidade de entender e
explicar a dialética dos fenômenos sociais, numa perspectiva do
conhecimento científico, sem desvalorizar o senso comum, tendo a
preocupação de estar continuamente em diálogo com a totalidade
a qual se refere, assim como em diálogo com as transformações
sociais, culturais, econômicas e políticas emergentes no mundo
contemporâneo.
CONTEÚDOS
Conteúdo Específicos
Complementares
s
358
E
S
O
-
proce
-
sso
T
de
R
Socia
U
lizaçã
o
e
T
as
U
Instit
R
N
is
S
Cultura e sociedade;
Identidade Cultural;
Componentes
da
cultura;
Aculturação: contato e
mudança social;
Cultura erudita;
Cultura popular;
Indústria cultural;
Cultura Africana e Afrobrasileira;
A Cultura do campo e
suas influências.
Apartheid;
O trabalho da mulher no
campo;
A violência rural e urbana;
Gênero e minorias.
s
socia
E
As Ciências sociais;
A sociologia como ciência;
Os primeiros sociólogos, e os
contemporâneos brasileiros.
O papel da mulher na
sociedade atual;
Violência doméstica;
Ritual religiosos;
Religiões no mundo e as
religiões de ordem africana.
uiçõe
A
T
-
Conceitos básicos para a vida em sociedade;
Sociabilidade
e Socialização;
Contatos Sociais;
Interação Social;
Problemas Sociais;
Instituição familiar;
Instituição escolar;
Instituição religiosa.
Cult
ura
-
e
-
Ind
ústr
ia
Cult
ural
Tra
-
-
bal
-
ho,
-
pro
duç
-
ão e
clas
-
ses
soci
-
-
As bases econômica da - Miséria e desigualdades sociais.
sociedade;
O
processo
de
produção;
Instrumento
de
produção;
Modos de produção:
história
da
transformação
da
sociedade;
Classes
sociais
e
estatização;
Mobilidade social.
ais
Poder
-
,
polític
a
e
Ideolo
-
O modo de produção
capitalista;
Socialismo: um novo
modo de produção;
Alienação e Ideologia.
359
-
Trabalho,
qualificação
desemprego;
Karl Marx;
Max Weber.
Antonio Gramsci
e
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A construção do conhecimento sociológico deverá ocorrer de forma
pautado e baseado fundamentalmente, nas teorias originais de
diferentes tradições sociológicas, cada uma delas com seu potencial
explicativo, podendo ser mobilizada para a conservação ou para
transformação da sociedade.
O conhecimento sociológico deve ir muito além da definição,
classificação,
descrição
e
estabelecimento
de
correlação
de
fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento
sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e
contextualizadas e pré-conceitos, que quase sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas
direcionadas à transformação social, dando subsídios para que o
aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar
novos conceitos sobre o indivíduo e a sociedade.
Nesse sentido, a Sociologia como disciplina escolar, deverá utilizar
múltiplos recursos pedagógicos adequados aos objetivos pretendidos,
seja ‘a exposição, à leitura e esclarecimento do significado dos
conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a
análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica, a
socialização das produções dos alunos, interação entre colegas de
turma, análise de documentário, vídeos, DVDs, CD ROM, slides e
outros.
É importante ressaltar que a pesquisa de campo e o uso de recursos
audio-visuais são práticas pedagógicas próprias do conhecimento
sociológico. Sendo que a pesquisa de campo deve ser iniciada a partir
da discussão com o grupo, em seguida elaborar um projeto de
pesquisa, a elaboração de um roteiro de observação, entrevistas,
360
levantamento de dados e análise dos mesmos articulando com a
teoria.
Já na leitura de imagem deve se propor uma reflexão inserida em um
determinado contexto.
Os conteúdos devem ser apresentados de forma contextualizada,
respeitando a diversidade cultural devendo abordar conteúdos que
responda as peculiaridades em que a escola está inserida, tais como:
a formação da sociedade brasileira, a cultura-afro, questões a
educação e os costumes do homem do campo etc.
A sociologia deve assegurar a inserção; construção; transmissão de
valores, normas e regras capazes de desenvolver a vida do indivíduo
em sociedade e de forma contextualizada, garantindo a inserção de
todos os temas pertinentes as minorias.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo no âmbito do ensino da Sociologia dar-se-à
através de um tratamento metódico e sistemático. Será pensando e
elaborado de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios
devem se debatidos, criticados e acompanhados por todos os
envolvidos, evidenciando a clareza e coerência do educando na
exposição das idéias, seja no texto oral ou escrito.
A avaliação deverá levar em consideração o aluno enquanto sujeitohistórico de transformação da sociedade, o mesmo deverá ser
avaliado na sua prática diária considerando seu contexto social, sua
evolução para o conhecimento e acima de tudo o seu poder de
transformação própria e do meio em que vive. Cabe ressaltar que
alunos com dificuldades de aprendizagem, a forma de avaliação se
dará por meio de acompanhamento permanente de ações e
361
evoluções, respeitando seu tempo e sua capacidade de interagir com
o grupo.
A avaliação deverá ser de forma contínua cumulativa e diagnóstica
através dos instrumentos de Pesquisa, debates, Seminários, leitura,
interpretação, reflexão, produção de textos, Encaminhamento para
resolução dos problemas abordados e auto-avaliação.
REFERÊNCIAS
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SOCIOLOGIA, Vários autores. Livro Didático Público. Curitiba: SEED,
2006.
362
GOVERNO DO ESTADO
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – E.F.M.
MAMBORÊ – PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
L.E.M. - INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde que a Língua Inglesa foi incorporada como uma das línguas a
serem
ensinadas
na
escola,
seu
status
vem
se
alterando
progressivamente, pois a mesma desempenha diferentes papéis de
acordo com os momentos históricos. Se antes a víamos como uma
língua do imperialismo (britânico ou americano), hoje a tendência é
desatrelá-la de nações e considere-la como a língua franca do
planeta.
Isto significa que ela exerce o papel de mediadora das
relações entre pessoas de diferentes línguas maternas, constituindo
um espaço de comunicação intercultural.
Através do tempo pretendeu-se problematizar as questões que
envolvem o ensino da Língua Inglesa, de modo a desnaturalizar os
aspectos que tem marcado seu ensino, sejam eles políticos,
econômicos, sociais, culturais e educacionais.
Algumas lingüísticas têm desenvolvido estudos e pesquisas acerca de
novos referenciais teóricos que atendam as demandas da sociedade
brasileira e que contribuam para conscientização critica da linguagem
na Língua Inglesa e do papel que ela exerce na sociedade, de forma
significativa para a redução das desigualdades sociais, por meio do
desafio da relação do poder dominante e das ideologias que a
apóiam.
363
O ensino da Língua Inglesa no Brasil e a estrutura do currículo escolar
sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da
história.
As formas de ensinar e no currículo são cotidianamente instigados a
atender
às
expectativas
aprendizagem
dos
e
a
garantir
conhecimentos
às
novas
historicamente
gerações
a
produzidos.É
através da dimensão histórica da Língua Inglesa, que podemos
atender às demandas da atualidade.
O ensino da mesma está profundamente marcado
por questões
político- econômicas e ideológicas, que resultam muitas vezes do
imperialismo da Língua Inglesa.
Tais questões marginalizam razoes
históricas e/ou étnicas que podem ser valorizadas, levando-se em
conta a história da comunidade atendida por ela.
Destaca-se
ainda, que o comprometimento com o plurilingüismo como política
educacional é uma das possibilidades de valorizar a escola como
espaço social, responsável pela apropriação critica e histórica do
conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da realidade
social e da atuação critica e democrática para a transformação da
realidade.
A Língua Inglesa apresenta-se como um espaço para ampliar o
contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos
interpretativos da constante transformação.
Não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código lingüístico, é heterogênea e
ideológica.
A mesma organiza e determina as possibilidades de percepção do
mundo e estabelece entendimentos possíveis.
Apresenta-se como espaço de construção de sentido indissociáveis
dos contextos em que ela adquire sua maternidade, inseparável das
comunidades interpretativas que constroem e são construídas por
ela.A
mesma,
deixa
de
lado
suas
364
supostas
neutralidades
e
transparência para adquirir uma carga ideológica intensa e passa a
ser vista como fenômeno carregado de significados culturalmente
marcados.
Através
dela
percebe-se
as
diferentes
ideologias,
condições sociais e hierarquias da vida social, possibilitando o
confronto de valores.
Sendo propiciadora da construção de identidades dos sujeitos ao
oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido
pela Língua Estrangeira na sociedade brasileira e no panorama
internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e
planetária.
Portanto os significados são sociais e historicamente construídos e
passiveis de transformação na prática social.
OBJETIVOS GERAIS:
Propiciar ao aluno a possibilidade de atingir um nível de competência
lingüística
capas
de
permitir-lhe
acesso
a
informações,
desenvolvendo uma consciência critica a respeito do papel das
línguas na sociedade, bem como contribuindo para sua formação
enquanto cidadão.
Contribuir para a construção das sociedades dos alunos – sujeitos,
como agentes críticos e transformadores, possibilitando ver o
mundo e avaliar os paradigmas já existentes e as novas
maneiras de construírem sentidos.
Reconhecer a diversidade cultural e lingüística através do estudo da
Língua
Inglesa
destacando
seus
benefícios
para
o
desenvolvimento cultural do educando e conseqüentemente do
país.
365
Levar os educandos a serem capazes de usar a Língua Inglesa em
situação
de
comunicação
oral
e
escrita,
inserindo-os
na
sociedade como participantes ativos, capazes de se relacionar
com outras comunidades e outros conhecimentos.
Comparar os procedimentos de construção de significados na língua
materna e na Língua Inglesa, alargando horizontes e expandindo
suas capacidades interpretativas e cognitivas.
Possibilitar
ao
educando,
através
de
uma
pratica
docente
articuladora, estabelecer relações entre teoria e prática de forma
a motivá-los.
Promover uma educação sem complexos, enriquecida de um senso
antropológico, contribuindo para a criação de uma sociedade em
que todos tenham direitos e possam gozar das mesmas
oportunidades.
CONTEÚDOS
A variedade de textos orais, escritos e visuais estimula o aluno a
inserir-se no universo da Língua Estrangeira e a interagir com ele.
Portanto os vários gêneros do discurso constituirão o eixo central
para o ensino de inglês, possibilitando as práticas de leitura, escrita,
oralidade, fala e compreensão auditiva.
Os conteúdos estruturantes a seguir, discursivo + prática social:
leitura, escrita e oralidade nortearão o ensino/aprendizagem de inglês
nas três séries do ensino médio, sendo que as variações em termos
de dosagem acontecerão de acordo com o grau de dificuldade
apresentada em cada série. Dessa forma os textos escolhidos
definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos (gramática).
366
Estruturantes
DISCU RSO –
PRÁTI
CA
SOCIA
L:
Leitur
a,
escrita
e
oralida
de
Específicos
Conhecimentos Lingüísticos:
-
Vocabulário ;
Fonética;
Regras gramaticais.
Complementares
-
Conhecimentos Discursivos;
-
Textos informativos, literários e
científicos;
- Música;
- Publicidade e propaganda;
- Resenhas;
- Bilhetes;
- Cartas formais e informais;
- Estruturas
utilizadas
em
informações
e
questionamentos;
- Diálogos
- Conhecimentos Culturais:
-
Abordagem de aspectos das
diferentes culturas;
- Hábitos alimentares;
- Costumes;
- Lendas;
- Contos;
- Vestimentas;
- Estrutura familiar;
- Valores: – solidariedade; ética;
amizade;
- Questões
religiosas
e
ambientais;
-Conhecimentos sóciopragmáticos:
-
Valores ideológicos presentes
em textos diversos e músicas;
Contexto
sócio-cultural
de
cartoons,
charges
e
quadrinhos;
Contexto sócio histórico;
Variações
lingüísticas
dos
elementos sociais envolvidos
no contexto;
367
-
-
Datas comemorativas;
Desenvolvimento
de
projetos em parceria com a
escola: Projeto Ação e
Comunicação;
Semana
Literária; Fesarte; Agenda
21(Meio ambiente);
Educação do Campo;
Educação Fiscal ;
Inclusão;
Atividades
complementares:
dramatizações,
dança,
música e teatro.
Pluralidade cultural (Cultura
Afro-Brasileira e Africana);
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino da Língua Estrangeira deve adotar uma concepção de
entende a linguagem como algo mais que um conjunto de normas e
formas, precisa ser entendida como uma produção construída nas
interações sociais, marcadamente dialogísticas, um espaço de
construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas
que as constróem e que são por ela construídas, numa teoria sociointeracionista.
Portanto LEM tem hoje o papel de abordar questões lingüísticas,
sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do
uso da língua – leitura, escrita e oralidade, os quais serão
desenvolvidos
através
de
textos
que
possibilitarão
uma
problematização em relação a um tema, ou seja, que a busca pela
solução do problema levantado desperte o interesse dos alunos
e
este desenvolva uma concepção reflexiva e crítica, de modo ampliar
seus conhecimentos lingüísticos percebendo as implicações sociais,
históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
Os
conhecimentos
lingüísticos
na
língua
estrangeira
são
fundamentais, pois são eles que dão suporte para que o aluno possa
interagir com os textos. Diante deste contexto de interação, é
necessário que o aluno esteja familiarizado com o conhecimento
sócio-pragmático, assim como com questões político-ideológicas,
visto que a medida que o aluno se aproxima da diversidade cultural,
tanto mais compreenderá a língua
como algo que se constrói e é
construído por diferentes comunidades. Dessa forma, o aluno ao
construir o conhecimento, tomará consciência da própria identidade,
percebendo-se como sujeito histórico e socialmente constituído.
368
Dentro desta perspectiva deve-se usar uma abordagem mais
comunicativa, que incentive o aluno a pensar e interagir em LEM , o
professor deve optar
por materiais e métodos que possam ser
condizentes com a prática adotada tais como: trabalhos em pares,
pequenos grupos trabalhando ao mesmo tempo em sala de aula,
enfim, técnicas interativas.
Ao professor cabe a tarefa de oportunizar ao aluno diversidade de
textos, entre os quais, literários, publicitários e jornalísticos, filmes,
clipes, etc. para que os mesmos possam desenvolver a capacidade de
percepção de elementos contextualizados, compreendendo desta
forma a intenção contida em cada texto.
Ao desenvolver a habilidade da escrita, o aluno deverá realizá-lo de
forma significativa observando a coerência e a coesão, adequando-se
ao
gênero
para
que
use
a
variedade
lingüística
apropriada,
constituindo-se em um sujeito crítico e criativo.
Para que ocorra a compreensão oral e auditiva é necessário que haja
por parte do professor a criação de situações significativas,
possibilitando ao aluno a prática da sua oralidade e a compreensão
de significados, levando-o a interagir na LEM, pois ele ao mesmo
tempo desenvolverá a sua capacidade de ler, falar, escrever e
compreender enunciados orais, permeando os conhecimentos
discursivos, sócio-lingüísticos gramaticais e estratégicos, uma vez
que estes funcionam como elementos integradores do discurso
significativo.
E o desenvolvimento da leitura dar-se-á através dos diversos gêneros
textuais que levem os alunos a perceberem as diferentes práticas
sociais.
Mediante tais considerações, o professor precisa necessariamente ter
um bom conhecimento de seus alunos para que possa direcionar o
trabalho com os mesmos, a fim de perceber os equívocos e
369
efetivamente corrigir as falhas. Definir o grau de conhecimento de
língua que o aluno possui e a competência lingüística deste é
essencial, pois é através desse conhecimento, que o professor
conduzirá seu trabalho para a formação de um sujeito crítico, capaz
de transformar o meio em que vive e adaptar-se a novas mudanças,
que o levará à percepção de elementos contextualizados de forma
multidisciplinar, onde o educando terá a oportunidade de participar
ativamente
e
conseqüentemente
dar-se-á
a
efetivação
do
conhecimento.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo de ensino aprendizagem, por isso é
fundamental que não a consideremos como apenas um meio de
definir nota, mas como um mecanismo que assuma um caráter
formativo, ou seja, a avaliação deverá ser diagnóstica e contínua,
considerando, sobretudo que cada aluno possui ritmos e processos de
aprendizagem diferenciados.
A continuidade no processo possibilita que o aluno seja avaliado
constantemente, pois permite que as intervenções pedagógicas
aconteçam durante todo o tempo, utilizando diferentes instrumentos
de avaliação que contemplem as mais variadas formas de expressão
dos alunos.
A avaliação em língua inglesa, mais especificamente, consiste em
observar
o
crescimento
do
aluno,
quanto
aos
aspectos
da
compreensão oral, escrita e leitura. Sendo assim, ela ocorrerá de
forma contínua e diagnóstica, levando em consideração toda e
qualquer
participação
em
atividades
em
pares,
grupos
e
individualmente, enfatizando textos diversos (informativos, literários,
publicitários, imagens, etc.) com o objetivo de abordar os aspectos da
370
leitura, escrita, compreensão oral, interpretação bem como, novas
produções de texto.
Ao que concerne às estruturas gramaticais, estas serão apreendidas
de maneira contextualizada, isto é, inseridas nos textos.
REFEFÊNCIAS
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371
372

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