Estudios sobre Religión

Transcrição

Estudios sobre Religión
Estudios sobre Religión
No. 16
Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Diciembre de 2003
La intención de este newsletter es mejorar la comunicación entre los estudiosos de la religión en el Cono Sur,
así como entre ellos y sus pares de otras regiones, acercando noticias sobre publicaciones recientes, congresos y
cualquier otra información que sirva para fortalecer y dinamizar el campo de los estudios sobre el tema.
Quienes desean colaborar pueden enviar sus comentarios, noticias de eventos o publicaciones que consideren
interesantes. Sugerimos que todos los socios manden un listado de los artículos o libros que hayan publicado
últimamente.
También se puede contribuir con reflexiones sobre temas que consideren deben ser debatidos. Para incluir
varias contribuciones por número, los artículos deberían tener, como máximo, alrededor de 10.000 caracteres aunque pueden tener menos. Los temas deberían ser de interés para la mayor cantidad de miembros posible, o que
les parezcan de relevancia como para que los miembros de la Asociación los conozcan o debatan. Se pueden
enviar reflexiones teóricas; noticias de sucesos relacionados con grupos religiosos presentes en varios países en el
Cono Sur o ideas en general que quieran compartir con sus colegas. Sugerimos que no envíen etnografías de temas
muy locales –a menos que su análisis revele aspectos relevantes del fenómeno religioso en general. También
pueden hacer llegar comentarios de libros (de uno o reunir varios en una reseña) que les parezcan particularmente
importantes.
Forum
Repensando la “religiosidad popular”
El concepto de “religiosidad popular” es, probablemente, uno de los más utilizados y peor definidos en el
estudio de la religión desde las ciencias sociales. En este caso no se trata sólo de una ausencia de consenso
respecto de múltiples definiciones posibles, sino que -con algunas excepciones- es notable la falta, en los últimos
años, de debates y nuevos intentos de conceptualización del término -a pesar de los numerosos estudios de caso
que se continúan publicando.
En este número, Renata de Castro Menezes continua la discusión iniciada en el número anterior por Eloísa
Martín y Tânia Freitas.
A benção de Santo Antônio e a "religiosidade popular"
Renata de Castro Menezes (Pesquisadora do Iser/Assessoria)
A reflexão a respeito da religiosidade (ou religião) popular1, iniciada no último newsletter por Eloísa
Martín e Tânia Freitas2, revela-se bastante oportuna, já que vai ao encontro de uma espécie de "dilema
epistemológico" enfrentado por alguns cientistas sociais. Aqueles e aquelas que se dedicam ao estudo de temas
1
Sem entrar na discussão sobre as diferenças entre religiosidade e religião, utilizarei o termo religiosidade para fazer uma
ponte com as discussões do newsletter 15.
2
Cf. Martín (2003) y Freitas (2003)
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 2
como as promessas, as festas populares, as novenas, as peregrinações, os milagres, o culto aos santos, bem como
das representações sociais, ou cosmologias a eles associadas, costumam ver seus objetos de interesse comumente
enquadrados sob o conceito de religiosidade popular E, embora muitas vezes discordem desse enquadramento,
por considerarem o conceito problemático ou insuficiente, não conseguem dele se libertar totalmente, acabando
por adotá-lo para designar o campo dos fenômenos com os quais trabalham, à falta de um nome melhor para
qualifica-lo.
Desde fins dos anos 1970, há uma série de relativizações acumuladas sobre o conceito de religiosidade
popular, tanto quanto a seu alcance, como quanto à sua ambigüidade. Fernandes (1984), por exemplo, ao analisar
a bibliografia referente às "religiões populares" produzida no Brasil até os anos 80, demonstrou como nela
popular aparece com ao menos três sentidos diferentes. O termo pode significar “a maioria da população”, por
oposição à minoria; algo “pertencente a extratos inferiores da população”, por oposição a práticas da elite; ou
ainda “extra-oficial”, no sentido de estar fora do controle ou da regulamentação da autoridade instituída, por
oposição a uma religião “oficial”. Mas o autor também indicou que nas práticas religiosas concretas, é difícil
encontrar um conjunto religioso que se encaixe de fato em apenas um dos dois pólos dessas oposições. Reificar
esses antagonismos implicaria, portanto, em deixar de lado as relações que se estabelecem entre os termos que se
confrontam, tratando como isolados grupos que na verdade estão em contato constante (Fernandes, 1984: 5-6.
Ver uma síntese de discussões a respeito em Martín, 2003).
Possíveis alternativas ao dilema epistemológico do conceito de religiosidade popular foram ensaiadas em
alguns trabalhos. William Christian, por exemplo, falou em um artigo sobre folk religion da "religião como
vivida" (Christian, 1987), por oposição a uma religião normativa e de modelos ideais. O mesmo autor falou em
outra obra de uma "religião local", isto é, das formas assumidas concreta e localmente por uma religião, por
oposição às formas "universais" em que ela é formulada (Christian, 1981). Especificamente quanto ao
catolicismo, uma outra saída engenhosa foi a proposta por Heraldo Maués (Maués, 1987), de falar de uma
"tensão constitutiva" dessa religião, que seria aquela entre a hierarquia religiosa e os leigos. Mas nem os novos
termos, nem todas as relativizações foram capazes de tirar de cena o conceito de religiosidade popular. Portanto,
mesmo que o debate em torno desse conceito já tenha consumido muita tinta e papel e que para alguns o assunto
pareça estar esgotado (Schmitt, 2001), talvez seja importante indagar ainda uma vez as razões de sua
permanência.
Uma hipótese é a de que o conceito continua em operação pela incapacidade dos estudiosos de
encontrarem um novo termo que, simultaneamente, incorpore as críticas levantadas à idéia de religiosidade
popular, mas conserve seu enorme ganho analítico. Que, a meu ver, seria o de permitir condensar a idéia de que
aquilo que os grupos sociais consideram como religioso, e que vivem como religioso, não é apenas o que a
ortodoxia religiosa define como tal. Portanto, o conceito de religiosidade popular aponta para o fato de que há
várias maneiras possíveis de uma religião ser concretamente vivida.
Por outro lado, o conceito talvez permaneça porque abre a possibilidade de aproximação, ainda que de
forma ambígua e muitas vezes adesista, a hierarquias e classificações postas em operação pelos próprios agentes
religiosos. Há uma série de escalas de valores internas a uma religião (ou entre religiões...), operadas pelos
agentes, que distinguem formas mais eruditas e mais populares de manifestação, ou que consideram certas
práticas como mais ou menos legítimas, ou que tratam determinadas interpretações como mais ou menos
adequadas, ou pessoas como "mais religiosas" ou "mais sábias", ou com maiores conhecimentos do que outras.
Portanto, a idéia de uma religiosidade popular nos lembra que as religiões envolvem questões de legitimidade e
estão marcadas por disputas, configurando campo de tensões entre seus membros ou fiéis, questões que devem
ser incorporadas à análise. Isso significa não apenas reproduzi-las, num deslizamento ingênuo por sobre as
categorias nativas, mas tomá-las como um dos problemas a serem explicitados e explicados.
Enquanto um novo termo não surge, se é que algum dia ele virá, creio que o mais importante é discutir em
que medida é possível incorporar às pesquisas atuais as sugestões e observações surgidas ao longo do debate
sobre os contornos do objeto religiosidade popular. Foi o que procurei fazer na pesquisa A Dinâmica do
Sagrado, da qual resultou minha tese de doutorado (Menezes, 2004). A pesquisa foi realizada em um santuário
católico, opção essa que se justificou por uma estratégia metodológica. Um santuário é um espaço ritual
estratégico para observar determinadas práticas religiosas em operação, já que é capaz de concentrá-las, e a
perspectiva assumida na pesquisa foi a de acompanhar e participar em suas celebrações e em outras formas de
interação menos formalizadas, a fim de aproximar-me da religião como vivida concretamente por pessoas e
grupos, na articulação dialética entre crenças e práticas3.
3
Numa definição instrumental, um santuário católico seria um lugar especial de devoção para os membros dessa religião,
considerado como capaz de oferecer um acesso privilegiado ao sagrado, e que portanto se torna foco de atração de
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 3
O santuário escolhido como locus de realização da pesquisa foi o Convento de Santo Antônio, situado no
Largo da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro.O convento é uma casa de religiosos masculinos,
pertencente à Ordem dos Frades Menores Franciscanos, datada do início do século XVII, cuja igreja, também
dedicada a Santo Antônio, é aberta ao atendimento do público. Uma vez por semana, às terças-feiras, o convento
recebe cerca de cinco mil pessoas, para tomar a bênção de Santo Antônio, e participar das demais atividades nele
oferecidas.
Na pesquisa, consegui identificar uma série de relações, tanto dos freqüentadores do convento entre si,
como entre os freqüentadores e os frades, e ainda entre os próprios frades, e entre todos eles e os santos, que são
detalhadamente analisadas na tese. Sem propor nenhum termo alternativo à religiosidade popular, preocupei-me
em incorporar à análise as várias maneiras pelas quais os fenômenos socialmente classificados de "religiosos"
podem ser vividos, as hierarquias e escalas de valores que os perpassam, as tensões que lhes são constitutivas.
Tomo neste artigo a análise da benção de Santo Antônio, uma prática passível de ser qualificada como "de
religiosidade popular", demonstrando como uma análise centrada na interação entre os diferentes agentes
permite perceber que, mais do que uma oposição radical entre oficial e extra-oficial, ou entre leigos e hierarquia,
há alternâncias de complementaridade e antagonismo, e um espectro de diferentes posições em jogo na
celebração dessa benção.
A etnografia da bênção
A bênção de Santo Antônio é o principal serviço religioso (trata-se do termo utilizado no local) oferecido
pelo Convento. Ela é ministrada às terças-feiras, dia associado ao culto do santo, ao longo de todo o dia, seja ao
final das missas (de 6 às 12 horas e de 17 a 18 horas a cada hora); seja nos intervalo de 13h às 16h30 (horários
em que não há missas), de meia em meia hora, ao final de uma paraliturgia, tendo ainda mais duas versões às 19h
e 19h30. No total, são cerca de dezoito celebrações por dia, pelas quais os padres do convento se revezam, de
acordo com um esquema previamente estabelecido.
A benção acontece da seguinte maneira: o frade celebrante lê ou fala do altar em voz alta o texto da
"Benção de Santo Antônio", fazendo o sinal da cruz em direção da audiência:
Celebrante: A nossa força está no nome do Senhor
Audiência: Que fez o céu e a terra
C: Rogai por nós glorioso Santo Antônio
A: Para que sejamos dignos da promessa de Cristo
C: Eis a cruz do Senhor. Afastem-se de vós todos os inimigos da salvação. Porque
venceu o Leão da tribo de Judá, descendente de Davi, Jesus Cristo Nosso Senhor4.
Depois disso, ele pega um balde de metal cheio de água benta, e caminha pelo meio da igreja, molhando os
presentes. A fim de que a água atinja a todos, o instrumento litúrgico tradicional para a aspersão, o asperges, é
substituído por uma brocha de pintor. O celebrante desce do altar e vai até a porta da igreja, por um dos lados da
passarela central, e retorna da porta ao altar pelo outro lado, buscando molhar todos os presentes. Por fim, retorna
ao altar, pronuncia umas palavras de encerramento e sai.
Do ponto de vista dos participantes, a benção aparece como um momento importantíssimo de sua visita ao
convento: a maior parte deles, principalmente os que consegui identificar como assíduos, se esforça para estar na
igreja para a benção, e para ser atingida pela água benta. Quando o padre começa a aspergir, produz-se um
deslocamento espacial para o centro da Igreja, em torno dele e do balde. Muitos dos presentes, seja por idéia
própria, seja estimulados por sugestões dos celebrantes, seguram objetos para serem molhados, isto é, bentos:
carteiras de dinheiro, carteiras de trabalho, chaves, "santinhos", terços, radiografias, e, mais freqüentemente,
fotos. Quanto às gotas que os molham, é comum usarem-nas para fazer o sinal da cruz sobre a fronte, ou espalhálas em torno da cabeça ou na nuca. Os objetos molhados são guardados cuidadosamente, como relíquias
"peregrinos" que vêm visitá-lo, num movimento que assume alguma regularidade. Portanto, entra em jogo na definição de
santuário um processo social de atribuição de sacralidade e excepcionalidade a determinados locais. A excepcionalidade é
atribuída seja por sua relação com um episódio da história dessa religião; seja por sua localização geográfica, reinterpretada
religiosamente; seja pela ação de um ou vários santos no local - por nele terem vivido, ou nele terem aparecido, ou por nele
repousarem seus restos mortais, ou porque aí está sua imagem milagrosa.
4
A benção pode ser encontrada no livro Orações de Santo Antônio, da Editora Vozes (2000). Há mais um trecho no livro,
mas que nem sempre era dito no convento: "C: Senhor Deus, nós vos bendizemos pelas vossas maravilhas, operadas em
Santo Antônio, vosso confessor e doutor, e vos pedimos que sua intercessão alegre a vossa Igreja, para que ela viva em paz e
unidade, caminhando incólume até as alegrias eternas junto de vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo". No mesmo livro há
bênçãos específicas para "Os lírios de Santo Antônio" e "O pão de Santo Antônio", que são realizadas no convento apenas
durante a trezena.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 4
preciosas, amuletos protetores, ou são ainda ofertados a outrem. Alguns deles são comprados na barraquinha do
convento, outros são trazidos de casa ou de outras lojas de artigo religiosos, e podem, mas não precisam estar
ligados a atributos de Santo Antônio.
Observando seguidas vezes a benção em seu contexto de enunciação (Peirano, 2002, Bloch, 1989;
Tambiah, 1985), pude perceber sua complexidade. Ela tem uma dimensão verbal, pelas palavras proferidas pelo
celebrante e pela audiência, ambas padronizadas (Tambiah, 1985). Esse conjunto de palavras é enunciado no
intuito de obter algo do santo: "sua benção", sua proteção. Disse um frade, ao benzer: "a benção dá proteção na
vida, saúde, alegria". Nesse sentido, ela nos lembra muito a prece, tal como tratada por Marcel Mauss: ela
combina a afirmação de crenças ao pedido de coisas que se quer alcançar 5 Ao analisarmos cada linha da parte
verbal da benção, entretanto, podemos perceber os detalhes dessa combinação específica.
A benção compreende uma alternância de falas entre o celebrante e a audiência. O celebrante, que está no
altar para dar a benção do santo, assume alternadamente diversos papéis diante do público. Primeiramente, ele é
um enunciador que provoca as respostas da audiência, criando uma espécie de unidade entre esta e o altar. A sua
primeira fala – "a nossa força está no nome do Senhor" - é a afirmação de uma crença, mas num certo sentido, ao
dizer "nossa", ele está convidando os presentes a assumirem que partilham dessa crença. E a resposta que se
segue – "que fez o céu e a terra” - ao complementar a fala anterior, parece servir como uma espécie de
demonstração ou de concordância de que essa crença é compartilhada, que todos estão falando do mesmo Senhor
que fez o céu e a terra, em nome do qual força lhes será conferida. Já a segunda fala do celebrante - rogai por nós
glorioso Santo Antônio - é a formulação de um pedido de intercessão ao santo, ao qual a resposta da audiência –
"para que sejamos dignos da promessa de Cristo", vem agregar-se, dando-lhe uma finalidade. Mas em sua
terceira fala, que não tem uma resposta verbal da audiência, o celebrante repete as palavras que seriam do próprio
Santo Antônio, "eis a cruz do Senhor. Afastem-se de vós todos os inimigos da salvação. Porque venceu o Leão
da tribo de Judá, descendente de Davi, Jesus Cristo Nosso Senhor" enquanto faz o sinal da cruz para abençoar os
presentes. Neste momento, portanto, ele representaria o próprio santo, e através dessa representação, se tornaria
capaz de conferir a sua benção aos presentes.
Só que a benção não é apenas um ato verbal. Ela engloba uma "dimensão física", fundamental em seu
desenrolar (como também pode ocorrer na prece analisada por Mauss), que se compõe de gestos e movimentos
executados pelo frade e pelo público. Os gestos são mais formais e padronizados durante a recitação das
palavras: neste momento, o padre realiza o sinal da cruz e a imposição de mãos na direção da audiência, que
responde se benzendo também com o sinal da cruz. Tornam-se, entretanto mais informais na hora da aspersão: o
padre borrifa a água benta, as pessoas movimentam-se em direção ao balde, estendem as mãos ou objetos para
serem molhados, espalham sobre estes ou sobre si mesmas a água que receberam. E como a benção só se conclui
com os atos de “molhar” e “ser molhado”, o contato com a água e o aproveitamento que dela é feito são
componentes essenciais da parte física (Parrinder, 1987; Ries, 1987).
Ser bem benzido envolve um saber particular: é preciso saber a posição ideal para ser atingido pela água
benta sem ser encharcado pela poderosa vassourinha brandida pelo padre, mas também é preciso garantir as gotas
consideradas suficientes para uma benção. Assim, deve-se evitar as pontas internas dos bancos, que estão mais
perto da passarela central, pois aí se corre o risco de se molhar demais. Deve-se também evitar as pontas externas
dos bancos, muito longe do centro emissor de bênçãos, que trazem o risco de não ser molhado em nada. A lógica
da benção não é a de que quanto mais água benta, melhor: há um certo equilíbrio entre molhar-se bem e molharse demais que os freqüentadores buscam alcançar.
Portanto, a benção é uma prática que combina palavra, gesto, água, balde, vassourinha, movimentos de
caminhada pela igreja, sinais da cruz, imposição de mãos, tudo isso na interação entre sacerdote e audiência.
Entretanto, há que se lembrar que, subjacente a essa combinação, está o santo, que de alguma maneira se faz
presente através desse ritual de consagração e abençoa seres e coisas, estendendo-lhes sua proteção (Brown,
1982, Fernandes, 1984).
Variações sobre o mesmo tema
A observação de várias bênçãos durante um semestre permitiu-me perceber que o modelo básico que
descrevi comporta uma série de variações. Ao longo do ano, devido às marcas do calendário católico, a benção
pode se associar a referências a outros santos e a outros eventos religiosos, sejam estes datas significativas para o
convento, sejam de comemoração obrigatória para toda a cristandade. Assim, às invocações a Santo Antônio
podem se agregar invocações à Maria, no mês de maio, a São Francisco, Santa Clara ou aos Santos Franciscanos
5
A prece, no sentido complexo que Mauss (1968) lhe atribui, é uma combinação de crença e rito, ou seja, é simultaneamente
a expressão de coisas em que se acredita – mesmo em formas fragmentárias - combinadas a coisas que se quer realizar.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 5
Mártires do Japão, quando de alguma festa franciscana, etc. Em tempos fortes do calendário litúrgico, como a
Quaresma, por exemplo, as bênçãos podem ficar submetidas a uma celebração maior, encaixadas em uma liturgia
especial, embora nem assim elas cessem de ser oferecidas. Quando terça-feira é um feriado civil, e o convento
permanece fechado, a benção costuma ser dada na quarta-feira, mesmo com um número bem menor de
participantes.
Há ainda uma inversão curiosa no calendário: embora os frades do convento costumem dizer que "o que o
povo quer mesmo, é benção", há nas terças-feiras uma combinação entre missas e bênçãos. Mas no dia 13 de
junho, o dia de Santo Antônio, as missas assumem um caráter explicitamente subordinado em relação à benção.
Nesse dia, quando a presença de fiéis salta da cifra semanal de cinco mil pessoas para uma cifra estimada em 50
a 100 mil visitantes, que vêm saudar o santo em sua festa, as missas são transferidas para um salão lateral, e são
oferecidas apenas em parte do dia, enquanto que a igreja é destinada exclusivamente para as bênçãos, de vinte em
vinte minutos, de cerca de cinco horas da manhã as dez da noite. Parece que nesse dia a hierarquia restringe seus
serviços a um mínimo de tipos de atividade, para poder atender à expectativa dos muitos visitantes que vêm
saudar o padroeiro do convento nesse grande dia6.
Mas além das variações ao longo do ano por marcos no calendário católico, a benção varia também de
acordo com o estilo pessoal de cada padre, que provoca distinções na entonação, no grau de teatralidade, em sua
duração. Os celebrantes desempenham sua função de diferentes formas, seja por capacidades pessoais (graças a
um certo physique du rôle, ao tempo de sacerdócio, à capacidade de cantar ou de proferir um sermão estimulante,
etc), seja por suas concepções teológicas, que podem atribuir determinadas ênfases e nuanças à celebração.
Assim, por exemplo, padres "de santuário", como fr. Marcílio e fr. Leandro, podem estimular que os devotos se
aproximem, ou peguem objetos que queiram ver benzidos, ou pedir brincando que não se preocupem, pois não
faltará água benta para ninguém. Já um padre de caráter mais "cético" e mais "crítico" a esse tipo de práticas,
como fr. Tobias, é capaz de produzir um meta-discurso dentro da benção, ao fazer questão de anunciá-la como "a
benção que provavelmente Santo Antônio dizia" [grifos meus]. Padres mais cuidadosos em enfatizar o caráter
mediador do santo como fr. Diogo, dizem que a benção é "de Deus sob a intercessão da Santo Antônio".7.
Nesse sentido, o acompanhamento da benção de Santo Antônio no convento foi uma excelente
oportunidade de ver em prática um caso concreto em que a repetição e a originalidade em práticas rituais entram
em jogo. Tratou-se de observar as variações que são possíveis em torno de uma estrutura litúrgica comum: tanto
as diacrônicas, como as performances individuais de cada celebrante - suas performances individuais (Schechner,
1995; Schieffelin, 1985; 1997), e as avaliações que o público faz dessas performances. Há uma série de
procedimentos das celebrações que são determinados pela liturgia e pelo calendário católicos – mas a cada
performance, a regra se atualiza, se concretiza, se singulariza dentro da margem de manobra deixada a cada
oficiante do ritual. Note-se, entretanto, que essas variações são limitadas pelo horário a ser cumprido (a
seqüência de atividades previstas para o dia, cuja programação deve ser mantida) e a estrutura prevista para a
celebração (a liturgia apropriada para o calendário religioso), sobre a qual a Igreja Católica legisla. Mas mesmo
assim permanece um espaço para a impressão de características pessoais a cada bênção, o que pode envolver
também um grau maior ou menor de simpatia ou adesão de cada sacerdote a uma prática como a da benção.
Por outro lado, as pessoas presentes não são apenas receptoras passivas da benção. Elas se apropriam dela,
agindo para conformá-la a seus interesses, deslocam-se em busca da quantidade de água benta considerada ideal,
molham a si e a seus objetos que querem com a água alcançada, demandam muitas vezes uma benção individual
após o "banho" coletivo. E fazem uma ponte entre a sacralidade do convento e seu cotidiano: buscam levar a
proteção do santo para suas casas, para suas vidas, ou trazem fotos e pedidos de parentes e amigos para serem
bentos, numa prática corrente de "pedir por" aqueles que precisam. Formam-se assim, na interação entre os
diferentes agentes que se dá através da benção, laços entre o santo, os frades, os freqüentadores e suas vidas.
Assim, mesmo que possamos considerar a benção como uma prática "popular" – principalmente no sentido de
atrair multidões - vemos que sua celebração compreende, mais do que apenas uma oposição, diversas formas de
articulação entre os representantes da hierarquia religiosa católica e os fiéis dessa religião.
Referências bibliográficas citadas
BLOCH, M. “Symbols, song, dance, and features of articulation”. In: _____. Rituals, History and power. Londres: Athlone
Press, 1989.
6
Diz um frade num aviso de missa, alertando para a organização da festa: "Nesse dia, faremos o mínimo possível de missas,
porque o que as pessoas querem é a benção de Santo Antônio. Não se pode fazer missa de uma hora de duração com tanta
gente esperando!"
7
A tipologia de distinção entre os padres é minha, e foi composta após observar suas missas e bênçãos, ouvindo inclusive
suas homilias. Mas nela também foram considerados os comentários feitos por freqüentadores.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 6
BROWN, P. The cult of the saints. Chicago: The Chicago University Press, 1982.
CHRISTIAN, W. Local religion in sixteen-century Spain. Princeton: Princeton University Press, 1981.
_____. "Folk religion: an overview" In: ELIADE, M. (ed.) Encyclopaedia of Religion. Nova York : Macmillan; Londres:
Collier Macmillan, v. 5, p. 370-374, 1987.
FERNANDES, R. C. Os cavaleiros do Bom Jesus. Uma introdução às religiões populares. São Paulo: Brasiliense, 1982.
_____. "Religiões populares: uma visão parcial da literatura recente". BIB (18): 3-26, 1984.
FREITAS, Tânia. “Mortes banais, mortos especiais: devoções populares no nordeste do Brasil”, In: Estudios sobre Religión.
Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur, 15: 9- 13. Buenos Aires, Junio 2003.
MARTÍN, Eloísa. “ ‘Religiosidad popular’: revisando un concepto problemático a partir de la bibliografía argentina”. In:
Estudios sobre Religión. Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur, 15: 1-9. Buenos
Aires, Junio 2003.
MAUÉS, R. H. A tensão constitutiva do catolicismo: catolicismo popular e controle eclesiástico. Rio de Janeiro:
PPGAS/Museu Nacional/UFRJ, 1987. Tese de doutorado (Antropologia Social).
MAUSS, M. "La prière". In:_____. Oeuvres. V. 1: Paris : Minuit, 1968. p. 357-477D
MENEZES, R. de C. A dinâmica do sagrado Um estudo antropológico de um santuário católico no Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: PPGAS/MN/UFRJ, 2004. tese (doutorado em Antropologia Social).
PARRINDER, G. "Touching". In: ELIADE, M. (ed.) Encyclopedia of religion , v. 14. Nova York: MacMillan; Londres:
Collier Macmillan, 1987. p. 578-583.
PEIRANO, M. (org.) O dito e o feito. Ensaios de antropologia dos rituais. Rio de Janeiro: Relume Dumará: NuAp, 2002.
RIES, J. "Blessing". In: ELIADE, M. (ed.) Encyclopaedia of Religion Nova York : Macmillan; Londres: Collier Macmillan,
v. 2, 1987. p. 247-253.
SANCHIS, P. "Desencanto e formas contemporâneas do religioso". Ciências Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião.
3 (3) : 27-43, outubro, 2001.
SCHECHNER, R. "Ritual and performance". In: INGOLD, T. (ed.) Companion Encyclopaedia of Anthropology. 2a. ed.
Londres, Nova York: Routledge, 1995[1994].
SCHIEFFELIN, E. L. "Performance and the cultural construction of reality". American Ethnologist, 12 (4): 707-724, 1985.
_____. "Problematizing performance". In: HUGHES-FREELAND, F. (ed.) Ritual, performance, media. Londres, Nova York:
Routledge, 1997. p. 196-207.
SCHMITT, J. C. Le corps, les rites, les rêves, le temps. Essais d'anthropologie médiévale. Paris: Gallimard, 2001.
TAMBIAH, S. Culture, thought and social action. Harvard, Harvard University Press, 1985.
VOZES (ed.) Orações de Santo Antônio. Petrópolis: Vozes, 2000
Bibliografía reciente sobre religión
Libros
Religião e Espaço Público. Patricia Birman (org.). São Paulo, Attar Editorial y CNPq/PRONEX, 2003.
“Esta coletânea reúne pesquisadores reconhecidos na área dos estudos sociológicos e antropológicos da
religião, com o intuito de colocar em discussão as formas pelas quais as religiões participam da vida pública,
adquirem expressão e contribuem para configurar o nosso universo social. Por meio deste viés, em que o espaço
público é tratado como uma arena em que fenômenos religiosos “acontecem”, é possível dar mais relevo a certos
aspectos importantes e ainda não suficientemente valorizados nas análises da nossa sociedade. Hoje, quando
ninguém mais duvida da importância dos fenômenos religiosos na sociedade brasileira, em função da visibilidade
crescente que adquiriram, é importante analisá-los em novos espaços de ocorrência. Podemos melhor perceber,
assim, entre outras coisas, de que modo sensibilidades religiosas configuram princípios identitários e nutrem
imaginários políticos. Um dos méritos deste livro é, sem dúvida, a importância que concede ao entrelaçamento
dos fenômenos religiosos com os muitos domínios da sociedade. A fragilidade das fronteiras que separam o
sagrado do profano e sobretudo as constantes redefinições pelas quais estas passam se encontram aqui
tematizadas. A riqueza desta coletânea deve-se, pois, ao fato de a geografia do sagrado ser aqui estudada para
além dos territórios que os sacerdotes defendem como seus. Os autores, entre os mais importantes nesta área de
estudos, apropriadamente valorizam o quanto princípios religiosos e laicos, em constante e recíproca fecundação,
alimentam os dramas sociais correntes.” (Otávio Velho)
Circuitos infinitos. Otávio Velho (org.) São Paulo, Attar Editorial y CNPq/PRONEX, 2003.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 7
“Circuitos infinitos da imaginação religiosa: eis o mote inspirador dos ensaios presentes nesta obra. O eixo de
questões enfocadas e o modo de apresentação etnográfica escolhido pelos autores procura expandir os horizontes
temáticos e conceituais mais comumente invocados em uma área acadêmica na qual a produção brasileira já
possui destaque internacional: os estudos sociológicos e antropológicos do fenômeno religioso. Temos aqui um
livro produzido inteiramente na universidade brasileira em que todos os ensaios têm como objetivo central
refletir sobre dimensões transnacionais das experiências religiosas de base ocidental, a partir de questões próprias
à diversidade exercitada em nosso país. Emerson Giumbelli e Clara Mafra fazem perguntas originais sobre um
dos mais controvertidos movimentos religiosos surgido nas últimas décadas no Brasil e que já se expandiu para
outros continentes: a Igreja Universal do Reino de Deus. Leila Amaral sintetiza um longo esforço de reflexão
sobre outro fenômeno significativo da cena espiritual contemporânea, também de proporções transcontinentais: a
religiosidade da Nova Era. Finalmente, o ensaio de Pablo Semán exibe a permeabilidade e a fluidez da própria
idéia de religiosidade ao indagar os meandros interiores e exteriores de um discurso literário sobre a busca
espiritual que circula pelos quatro cantos do mundo: os livros de Paulo Coelho. Por trás desses ensaios
inovadores e articulados entre si de modo a construir a unidade de uma obra coletiva, estão quatro antropólogos
egressos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional do Rio de Janeiro, todos
apoiados na orientação segura do Prof. Otávio Velho, sem dúvida um dos teóricos mais densos e criativos da
atual Antropologia brasileira e que assina a Introdução deste volume.” (José Jorge de Carvalho)
Vozes da Mãe do Silêncio. Tânia Mara Campos de Almeida. São Paulo, Attar Editorial y CNPq/PRONEX,
2003.
“ O livro de Tânia Mara Campos de Almeida tem tudo para satisfazer os leitores que se interessam pela
riqueza e vitalidade da religiosidade brasileira, quando vista pela ótica antropológica. Nesta obra, a autora
articulou várias dimensões de descrição e análise que se complementam, ao mesmo tempo que mantêm seus
respectivos focos de interesse. Em um primeiro plano narrativo, o fenômeno coletivo e social das aparições da
Virgem Maria, na cidade mineira de Piedade dos Gerais, é etnografado com densidade e precisão. Em um
segundo plano, ao primeiro justaposto e dele independente, somos apresentados à personalidade ímpar e
cativante da jovem Marilda, a visionária que fez eclodir o movimento e que ainda é a principal responsável pela
sua continuidade e expansão. Finalmente, perpassando o plano individual e coletivo desse imaginário tornado
realidade, que é o fenômeno de Piedade, estão os textos cheios de poesia e ternura, ditados pela própria Virgem
aos videntes que a vêem, que são transcritos e discutidos exaustivamente pela autora. Grata polifonia nos é
ofertada na leitura destas páginas, em que a voz da antropóloga dá passagem à voz da comunidade, que dá
passagem à voz da vidente Marilda, que dá passagem, através do milagre da aparição, à voz da Senhora do
Silêncio.” (José Jorge de Carvalho)
Guia de la Diversidad Religiosa de Buenos Aires Un relevamiento desde la perspectiva sociológica de los
grupos religiosos de la ciudad de Buenos Aires. Floreal Forni, Fortunato Mallimaci y Luis A. Cárdenas,
orgs. Buenos Aires: Biblos. 2003.
En esta Guía de la Diversidad Religiosa de la Ciudad de Buenos Aires se desarrolla una exhaustiva
descripción analítica de diversos grupos del campo religioso de la Ciudad seleccionados a partir de diversos
criterios de representatividad de los sectores que componen dicho campo, utilizando el conocimiento como
herramienta para la valoración de la diversidad y las diferencias. El recorte metodológico incluye once categorías
de análisis (tipos de religión) subdividida cada una de ellas en sus componentes más representativos; ya sea por
la cantidad de sus miembros, su especificidad étnica, o su relevancia como actor institucional. Para la
investigación se utilizaron fuentes secundarias, pero fundamentalmente entrevistas en profundidad y
observaciones no participantes. La totalidad de los grupos fueron analizados bajo las mismas categorías de
análisis y bajo los mismos criterios; por lo cual resultan ampliamente comparables. Estas categorías son: historia
tanto del sistema religioso como del grupo, templos (cantidad, ubicación), estructura jerárquica y organizativa,
número de creyentes y composición social, sistema de creencias y concepciones religiosas, prácticas religiosas y
sociales, vida cotidiana, formas de expansión.
La libertad religiosa en la Argentina. Aportes para una legislación. Roberto Bosca (org.). Buenos Aires:
CALIR/Fundación Konrad Adenauer, 2003.
Se trata de una iniciativa que es fruto de la labor del Consejo durante los últimos años y consiste en una obra
colectiva que estudia una temática casi inédita en el país. El libro recoge trabajos especialmente elaborados por
reconocidos especialistas en la materia y figuras representativas de diferentes confesiones religiosas
pertenecientes a la institución. La nueva publicación reúne contribuciones de Roberto Bosca, Ángel Miguel
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 8
Centeno, Ricardo Docampo, Susana El Kadri de Hallar, Pedro Frías, Jorge Gentile, Juan Navarro Floria,
Norberto Padilla, Mario Ringler, Raúl Scialabba e Hilario Wynarczyk. La obra contiene además un apéndice con
el texto del proyecto de ley de libertad religiosa elaborado en la Secretaría de Culto durante los años 2000-2001,
y otros documentos internacionales. Esta publicación constituye un aporte a la discusión democrática acerca de
una futura ley de libertad religiosa en la Argentina.
Religions in Transition: Mobility, merging and Globalization in the Emergence of Contemporary Religious
Adhesions. Rita Laura Segato y Jan-Åke Alvarsson (orgs). Uppsala: Uppsala Studies in Cultural
Anthropology No. 37. 2003.
El libro, dividido en dos partes (“Introduction” y “Case Ethnographies”), contiene los siguientes capítulos:
“Religions in Transition: Changing Religious Adhesions in a Merging World” (Rita Laura Segato); “Conversion
in a Theoretical Perspective” (Jan-Åke Alvarsson); “Popular Religious Expressions in the Cochabamba Valley,
Bolivia” (Xavier Albó); “Brazilian Pentecostal Identity - A Few Characteristics” (Anders Ruuth); “Explorations
of Pentecostal Identity in Chile” (Emil Erdtman); “"I've Got the Promise of An Eternal Life": Religion and
Personal Identity among Pentecostal Ex-Alcoholics in Sweden”(Christian Richette); “Religious Change and deethnification: The Evangelical Expansion in the Central Andes of Argentina” (Rita Laura Segato);
“Westernization, Christian Missionary Work and Identity Among the Tupi-Cocama of the Peruvian Amazon”
(Oscar Agüero); “True Pentecostals Or True Amerindians - Or Both? A Study Of A Religious 'Revival' Among
The 'Weenhayek Indians Of Southern Bolivia.” (Jan-Åke Alvarsson); “Toba Religiosity: Code-Switching,
Creolization or Continuum?” (Pablo Wright); “Candomble and Catholicism: Coexistence and discrepancy of two
religious repertoires” (Rita Laura Segato).
La nación laica: religión civil y mito-praxis en el Uruguay. L. Nicolás Guigou. Edición electrónica.
www.antropologiasocial.org.uy
El proyecto uruguayo de nación se vinculó desde sus inicios, a un radical proceso de privatización de la
diversidad religiosa y cultural produciendo a cambio, a partir del Estado, una religión civil que marcó su
construcción identitaria. La mencionada religión civil, conformada desde mediados y finales del siglo XIX hasta
aproximadamente la década de los ´30 del siglo XX, se basó en mitos y representaciones emblemáticas, cuya
actualización puede en gran parte ser detectada hasta nuestros días.
Supersticiones del Rio de la Plata: reseña historico-descriptiva de antiguas y modernas supersticiones
del Rio de la Plata. Daniel Granada. 2003. (486 paginas, incluye ilustraciones). Edición electrónica.
www.todo.com.uy/pameneiros
Revistas Latinoamericanas de Religión
* Sociedad y Religión 22/23. 2001. Buenos Aires
- "En un país tan necesitado de santos...". Lourdes Celina Vázquez Parada
- Aportes para la interpretación de la diversidad episcopal: un análisis a partir de los orígenes, la formación y
las trayectorias de los obispos en la Arentina. Juan Cruz Esquivel
- Tradicão e modernidade conservadoras no catolicismo brasileiro: o apostolado da oracão e a renovacão
carismática católica Raymundo Heraldo Maués
- Un legado sin herederos: el colectivismo jesuita y la actualidad sudamericana. Daniel J. Santamaría
- Tradición y campo católico en América Latina. Abelardo Jorge Soneira
- Aportes de la teología de la liberación a la democracia en América Latina: repensando algunos supuestos
básicos de la teoría de la secularización. Romina Miorelli
* Rever Ano 3, No. 2. (Revista electrónica online. PUC/SP, Brasil) 2003. www.pucsp.br/rever
- As Influências da Lógica Mercadológica sobre as Recentes Transformações na Igreja Católica. Lemuel Guerra
- A História da Igreja como Comunhão de Comunidades Locais: O caso da Diocese de Balsas. Sérgio Ricardo
Coutinho
- Católicas e Femininas: Identidade Religiosa e Sexualidade de Mulheres Católicas Modernas. Cátia S. Lima
Rodrigues
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 9
- Macroecumenismo e diálogo inter-religioso como perspectiva de renovação católica. Edênio Valle
- As Religiões no Brasil Segundo o Censo de 2000. Alberto Antoniazzi
* Rever Ano 3, No. 3. (Revista electrónica online. PUC/SP, Brasil) 2003. www.pucsp.br/rever
- Imagens e Devoções no Catolicismo Brasileiro. Fundamentos Metodológicos e Perspectivas de Investigações.
José Rogério Lopes
- Devoções Populares no BRASIL: Contextualizando Algumas Obras das Ciências Sociais. André Luiz da Silva
- Análise de uma Devoção: Repensando os Elementos Interpretativos.Adilson da Silva Mello
- A Linguagem do Corpo na Devoção Popular do Catolicismo. José Carlos Pereira
- O Símbolo e o Ex-Voto em Canindé. Marcelo João Soares de Oliveira
- O mosteiro da Ressurreição na representação de um monge: a história de um mosteiro beneditino na leitura
um de seus fundadores. Andréa Mazurok Schactae
* Rever Ano 3, No. 4. (Revista electrónica online. PUC/SP, Brasil) 2003. www.pucsp.br/rever
- O Estatuto da Linguagem e das Formas Simbólicas na Experiência Mística a partir da Noção de Imaginal de
Ibn Arabi. Mônica Udler Cromberg
- RÛMÎ: A Paixão pela Unidade. Faustino Teixeira
- A Oração como Experiência Mística em Abraham J. Heschel.Alexandre Leone
- Condições de Significado na Linguagem Mística. Rafael Shoji
- Elementos para uma Teoria da Consciência Apofática. Luiz Felipe Pondé
* Revista eletrônica Memoria e Caminhada.
Especializada em Comunidades Eclesiais de Base. Solicitar gratuitamente a: [email protected]
Revistas Latinoamericanas de Antropología y Sociología
* Revista ANTHROPOLÖGICAS, número 13(1), ano 6, Recife: PPGA/UFPE. 2002.
Religião e Gênero
- Gênero, família e pertencimento religioso na redefinição de ethos masculinos e femininos. Márcia Thereza
C. Couto
- Cadenas de género: dos casos de transmisión devocional en la fiesta de la virgen de Itati (Corrientes,
Argentina). Eloísa Martín
- “São metade macho, metade fêmea”: sobre a identidade de gênero dos homens católicos. Marjo de Theije
- As novas tecnologias reprodutivas e o Estatuto do Embrião: um discurso do magistério da igreja católica
sobre natureza. Naara Luna
Religião e Saúde
- Quando busca da saúde e religião se entrecruzam: um estudo de caso. Bartolomeu Tito Figueirôa de
Medeiros
- Cura espiritual em três movimentos orientalistas. Marcos Silva da Silveira
- Os leigos no altar: catolicismo carismático e controle eclesiástico. Maurício Rodrigues de Souza
- Em busca da cura: ministros e “doentes” na Renovação Carismática Católica. Raymundo Heraldo Maués,
Kátia Bárbara Santos, Maricéia Carvalho dos Santos
* Cuadernos del Instituto Nacional de Antropología y Pensamiento Latinoamericano número 19, Buenos
Aires 2000/2002.
- De la destrucción del mundo al cuidado de nuestro cuerpo: la reconfiguración utópica en la iglesia Adventista
del Séptimo Día. César Ceriani Cernadas
- Rey mago Baltazar y San Baltazar. Dos devociones en la tradición religiosa afroargentina. Norberto Pablo
Cirio
- Etnografía, habitus y forma de vida: una experiencia de campo en comunidades religiosas de clausura.
Gustavo Andrés Ludueña
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 10
* Cadernos de Antropologia e Imagem 13 (2): 2001. Rio de Janeiro.
- Milagres do Povo. John Ryle
- Religião televisionada: os ‘televangelistas’ e João Paulo II. Jaques Gutwirth
* Interseções – Revista de Estudos Interdisciplinários. Ano 5, n. 2. Rio de Janeiro, UERJ. 2003.
- Festejos religiosos e a reorganização do espaço em comunidades ribeirinhas da Amazônia. Adriano Lopes
Saraiva & Josue da Costa Silva.
* Enfoques online. Revista eletrônica dos alunos do PPGSA (IFCS/UFRJ) http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br
- O Diabo e o Riso na Cultura Popular Luciana Gonçalves de Carvalho
- A sinagoga ortodoxa: Novo espaço de sociabilidade para jovens judeus não-religiosos. Marcelo Gruman
Tesis y disertaciones referidas a religión
Société, religion, identités: les recompositions du catholicisme dans la société urbaine en Argentine.
Verónica Giménez Béliveau. Tesis de doctorado en Sociología en cotutela entre la Ecole Des Hautes Etudes En
Sciences Sociales y la Universidad de Buenos Aires, en el Centre d’Études Interdisciplinaires des Faits
Religieux- CEIFR-EHESS. Paris, 2004.
La presente tesis aborda la problemática de la construcción del lazo social en las comunidades católicas en
Argentina entre 1996 y 2001. Las comunidades católicas nacidas en los márgenes de la institución buscan
construir espacios propios al interior del catolicismo, al mismo tiempo que intentan preservar su pertenencia a la
Iglesia. El análisis de la dinámica de construcción de una identidad diferenciada al interior del catolicismo se
centra en los recorridos de los creyentes, trabajando sus trayectorias de inserción en los grupos, las estructuras de
formación que éstos organizan y los valores que promueven ; en la construcción de la comunidad, a través del
análisis de las formas de sociabilidad y de las estructuras de autoridad y de gobierno comunitario; y en la
elaboración de un relato de memoria que se desarrolla a partir de la construcción de una representación del hecho
fundador del cristianismo, de la reconstrucción de los años 70, de la elaboración de figuras de testigos que
garanticen la reactualización en el presente de esa memoria mítica, y de la creación de un relato utópico que
proyecta la comunidad hacia el futuro. Los grupos analizados, nacidos entre los años ’60 y ’70 en Argentina, son
la Renovación Carismática Católica, los Seminarios de Formación Teológica, la Fraternidad de Agrupaciones
Santo Tomás de Aquino-FASTA y el Instituto del Verbo Encarnado.
A Dinâmica do Sagrado: um estudo antropológico de um "santuário" católico no Rio de Janeiro. Renata
de Castro Menezes. Tese de Doutorado em Antropologia Social apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Antropologia Social Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro sob orientação do Prof. Dr. Moacir
Gracindo Soares Palmeira. Rio de Janeiro, 2004
A tese é um estudo do cotidiano e das formas de sociabilidade em um "santuário católico", o Convento de
Santo Antônio, localizado no Largo da Carioca, Rio de Janeiro, composto a partir de material coletado em
trabalho de campo realizado no ano de 2001. Nesse convento comparecem todas as terças-feiras cerca de cinco
mil pessoas, para receber a Benção de Santo Antônio, e participar das demais atividades nele oferecidas. O foco
da tese é colocado nas interações estabelecidas entre os diversos agentes que se cruzam nesse espaço ritual,
privilegiando as situações de encontro entre eles, e deles com os santos, tanto nas celebrações como em situações
menos formais. Torna-se possível perceber que a frequência regular é capaz de engendrar formas de
sociabilidade, criar grupos e articular pessoas. Assim, em torno das relações das pessoas com os santos se
estabelecem uma série de relações entre as próprias pessoas. Por outro lado, os dados levantados sobre a relação
de devoção, permitem recuperar a sua especificidade, e perceber o lugar que os santos podem ocupar na vida das
pessoas. Trata-se assim, de apresentar uma análise antropológica de um lugar socialmente considerado como
sagrado, isto é, de encontro com Deus e com os santos.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 11
Our Fatherland is Heaven: Struggles of Old Colony Mennonites in Bolivia and Argentina. Lorenzo Cañás
Bottos. PhD Thesis. Faculty of Social Sciences and Law, the University of Manchester. 2003, Director Dr Maia
Green.
This thesis deals with the Old Colony Mennonites’ historical transformations arising as the result of their
interaction with different nation-states, together with the dilemma of applying in practice their Christian ideals of
building a community of believers in the world, while remaining separate from it. This study goes against the
predominant representations of Mennonites, which portray them as perfect examples of community, where their
selective appropriation of technology and their rejection of modernity, makes them the repositories of morality,
cohesion, isolation, immutability and solidarity in the face of the evils of the modern world: anomie, social
disintegration, individualism, and accelerated change. I propose the notion of “imagination of the future” as a
framework that incorporates the ideals of how life ought to be lived, which constitutes the Mennonites’ basic
orientations in their reproduction over time. I focus on how this imagination is maintained and transformed
through processes of internal enforcement and contestation, appropriation, external impositions, and from the
application of abstract ideals into practice. I apply this framework to link historical macro level processes
together with meso-level processes of articulation and border management, together with a biographical approach
to conversion narratives, the religious experience and conflict. The material analysed is the result of historical
research based on secondary sources and eighteen months of intensive fieldwork in Mennonite colonies in
Argentina and Bolivia. This research shows the transformations in both their social organisation and in the
meaning and social relevance of the religious symbols used by the Mennonites to define themselves against the
rest of humanity. Furthermore, I argue that the basis of membership has changed from one based on voluntary
faith, to a compulsory and common descent based one that is actually in practice. The analysis of their migrations
shows regularities that evidence that in their relationships with nation-states, the Mennonites contributed to their
territorial consolidation and economic development, accepting citizenship while simultaneously rejecting
nationality through the building of a transnational community.
Artículos en revistas europeas (2002-2003)
Archives de Sciences Sociales des Religions
Marion Aubrée, Erwan Dianteill: “Misères et splendeurs de l’afro-américanisme. Une introduction”
Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Peter F. Cohen: “Orisha Journeys: the Role of Travel in the Birth of Yorùbá-AtlanticReligions”
Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Anthony M. Stevens-Arroyo: “The Contribution of Catholic Orthodoxy to CaribbeanSyncretism: The
Case of la Virgen de la Caridad dell Cobre in Cuba”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002.
(CATOLICISMO; RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Erwan Dianteill: “Kongo à Cuba. Transformations d’une religion africaine”. Archives de Sciences
Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Marion Aubrée: “Le “ Cercle Dieu et vérité ”. Un mouvement panthéiste entre les populations d’origine
africaine de Recife”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES
AFROAMERICANAS)
Mundicarmo Ferretti: “Tradition et changement dans les religions afro-brésiliennes au Maranhão”.
Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Roberto Motta: “L’Expansion et la réinvention des religions afro-brésiliennes: réenchantement et
décomposition”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES
AFROAMERICANAS)
Alejandro Frigerio: “La expansión de religiones afrobrasileñas en Argentina: representaciones
conflictivas de cultura, raza y nación en un contexto de integración regional”. Archives de Sciences Sociales des
Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Georges Brandon: “Hierarchy Without a Head: Observations on Changes in the Social Organization of
Some Afroamerican Religious in the United States,1959-1999 With Special Reference to Santeria”. Archives de
Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (SANTERIA; RELIGIONES AFROAMERICANAS)
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 12
Aminah Mohammad-Arif: “Ilyas et Mawdud au pays des Yankees: la Tabl ghJama–‘at et la Jama–‘at-i
Isla–m aux États-Unis”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (117): 2002. (RELIGIONES
AFROAMERICANAS)
Erwan Dianteill: “Pierre Bourdieu et la religion. Synthèse critique d'une synthèse critique”. Archives de
Sciences Sociales des Religions 47 (118): 2002 (TEORIA)
Baptiste Coulmont: “"Politique de l'alliance", les créations d'un rite des fiançailles catholiques” Archives
de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002. (CATOLICISMO)
Jean-Emile Charlier Frédéric: “Moens Métamorphose d'un sacrement. La communion, de la pratique
socialisée à la participation sensible” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002.
Frédéric Gugelot: “Le temps des convertis, signe et trace de la modernité religieuse au début du XX siècle”
Hélène Buisson-Fenet: “Comment l'autorité s'exerce. Les clercs catholiques homosexuels et la contrainte
institutionnelle” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002. (CATOLICISMO)
Galia Valtchinova: “Orthodoxie et communisme dans les Balkans: réflexions sur le cas bulgare” Archives
de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002.
Brigitte Sebastia: “Inculturation ou ethnicisation. Les pratiques religieuses des Pondichériens catholiques
en Ile de France” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002. (CATOLICISMO;
INCULTURACIÓN)
Bernard Formoso: “Le Prince-serpent, ou l'impossible métamorphose: malemort, royauté et autochtonie
chez les Lao et les Tai Lü” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002.
Patrick Saurin: “Atamalcualiztli ou à la recherche du Tamoanchan perdu. Essai d'interprétation d'une fête
religieuse des anciens Mexicains”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (119): 2002. (FIESTA)
Guillaume Rozenberg: “Végétarisme et sainteté dans le bouddhisme du Thjeravada. Pour une relecture des
sources anciennes à la lumière de la réalité contemporaine” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (120):
2002. (BUDISMO)
Roland Campiche: “La Régulation de la religion par l'État et la production du lien social”. Archives de
Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Pauline Côté: “Autorité publique, pluralisation et sectorisation religieuse en modernité tardive” Archives
de Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
William Ossipow: “La Double logique des relations Eglise” Archives de Sciences Sociales des Religions
48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
James Beckford: “Sans l'État pas de transmission de la religion ? Le cas de l'Angleterre” Archives de
Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Mondher Kilani: “Équivoques de la religion et politiques de la laïcité en Europe. Réflexions à partir de
l'islam” Archives de Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
François Bellanger: “Le Statut des minorités religieuses en Suisse” Archives de Sciences Sociales des
Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Martina Spahi: “The Organization of Public Schools Along Religious Lines and the End of the Swiss
Confessional States” Archives de Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Enzo Pace: “Politique de l'identité, religion et enjeu scolaire” Archives de Sciences Sociales des Religions
48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Gilbert Vincent: “Civisme et civilité. Les dimensions morales et religieuses du lien social en démocratie”
Archives de Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Patrice Rolland: “La Loi du 12 juin 2001 contre les mouvements sectaires portant atteinte aux Droits de
l'Homme. Anatomie d'un débat législatif”. Archives de Sciences Sociales des Religions 48 (121): 2003.
(ESTADO Y RELIGIÓN)
Fabienne Randaxhe: “De “ L’exception religieuse ” états-unienne. Retour sur un débat” Archives de
Sciences Sociales des Religions 48 (122): 2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Marc Andrault: “Vers un nouveau concordat?” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (123):
2003. (ESTADO Y RELIGIÓN)
Jean Nizet: “Les ordres religieux du Moyen Age: des organisations fermées? Le cas de Cluny” Archives de
Sciences Sociales des Religions 47 (123): 2003.
Vanessa Rousseau: “Lylith: une androgynie oublié” Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (123):
2003. (GÉNERO)
Kimmy Capplan: “The internal popular discourse of Israeli Haredi Women”. Archives de Sciences Sociales
des Religions 47 (123): 2003. (GÉNERO)
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 13
Emma Aubin Boltanski: “La reinvention du mawsim de Nabi Salih. Les territoires palestiniens (19972000)”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (123): 2003.
Kamel Filali: “Guerres de sepultures des saints e luttes pour une sacralisation des territoires au Magreb”.
Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (123): 2003.
Pierre Hayat: “Ferdinand Buisson et l’individualisme” Archives de Sciences Sociales des Religions 47
(124): 2003.
Nicolas de Bremond D’ars: “Les Conversions au catholicisme en France: un religieux en mutation?”
Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (124): 2003. (CATOLICISMO; CONVERSIÓN)
Yves Lambert: “Histoires d’héritages”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (124): 2003.
André Mary: “L’Invention chrétienne de l’identité Yoruba. Les racines missionnaires d’une nation
africaine”. Archives de Sciences Sociales des Religions 47 (124): 2003. (RELIGIONES AFRO)
Social Compass
Dossier sobre Dimensiones contemporáneas de la Religión entre Pueblos Indígenas en Latinoamérica
Cristián Parker Gumucio: “Introduction”. Social Compass 49 (1): 2002.
Susana Andrade: “Le réveil politique des Indiens protestants de l'Equateur”. Social Compass 49 (1): 2002.
Carlos Garma: “Religious Affiliation and Conflict in the Indian Municipalities of Chiapas”. Social
Compass 49 (1): 2002
Pablo G. Wright: “L'Evangelio'” Social Compass 49 (1): 2002.
Cristián Parker Gumucio: “Religion and the Awakening of Indigenous People in Latin America” . Social
Compass 49 (1): 2002.
Otros artículos
Diana Gregory: “Welsh Clergy Speak! A Social Construction of the Parish” Social Compass 49 (1): 2002.
Arnaldo Nesti: “What Do Believers Believe? A Survey in Poggibonsi (Italy)” Social Compass 49 (1):
2002.
Seyed Hossein Serajzadeh: “Croyants non pratiquants: la religiosité de la jeunesse iranienne et ses
implications pour la théorie de la sécularisation” Social Compass 49 (1): 2002.
David Moberg: “Religion and Spirituality” Social Compass 49 (1): 2002.
Roberto Miguelez: “La philosophie des religions et la sociologie des religions”. Social Compass 49 (2):
2002. (TEORÍA)
Cristián Parker Gumucio: “Les nouvelles formes de religion dans la société globalisée”. Social Compass
49 (2): 2002. (TEORÍA)
John Fulton: “Religion and Enmity in Ireland”. Social Compass 49 (2): 2002. (VIOLENCIA)
Jean Meyer: “De la violence à la religion”. Social Compass 49 (2): 2002. (VIOLENCIA)
Massimo Introvigne: “'There Is No Place for Us to Go but Up'” Social Compass 49 (2): 2002.
(VIOLENCIA)
James V. Spickard: “Human Rights through a Religious Lens”. Social Compass 49 (2): 2002.
(DERECHOS HUMANOS)
Irena Borowik: “The Roman Catholic Church in the Process of Democratic Transformation”. Social
Compass 49 (2): 2002. (IGLESIA CATÓLICA)
Judit Bokser-Liwerant: “Globalization and Collective Identities”. Social Compass 49 (2): 2002.
(GLOBALIZACIÓN)
Pauline Côté: “Religion, politique et liberté”. Social Compass 49 (2): 2002. (POLÍTICA)
Milagros Peña: “Devising a Study on Religion and the Latina Experience”. Social Compass 49 (2): 2002.
Manuel J. Mejido: “The Illusion of Neutrality”. Social Compass 49 (2): 2002. (TEORÍA)
Jean Remy: “A Sociology of Religion”. Social Compass 49 (2): 2002. (TEORÍA)
Dossier sobre el paradigma místico posmoderno
Arnaldo Nesti: “Introduction”. Social Compass 49 (3): 2002.
Karl-Fritz Daiber: “Mysticism”. Social Compass 49 (3): 2002.
Federico Squarcini: “'Power of Mysticism' and 'Mysticism of Power'”. Social Compass 49 (3): 2002.
Alfredo Jacopozzi: “Rationalité et connaissance face à une mystique grandissante”. Social Compass 49 (3):
2002.
Arnaldo Nesti: “The Mystical Option in a Postmodern Setting”. Social Compass 49 (3): 2002.
Otros artículos
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 14
Xabier Itçaina: “Catholicisme, économie identitaire et affinités électives”. Social Compass 49 (3): 2002.
(CATOLICISMO)
Dossier sobre la restauración religiosa en Europa del este
Miklós Tomka: “Introduction”. Social Compass 49 (4): 2002.
Irena Borowik: “Between Orthodoxy and Eclecticism”. Social Compass 49 (4): 2002.
Sinisa Zrinscak: “Rôles, attentes et conflits”. Social Compass 49 (4): 2002.
Ivan Ivekovic: “Nationalism and the Political Use and Abuse of Religion”. Social Compass 49 (4): 2002.
Miklós Tomka: “Tendances de la religiosité et de l'orientation vers les Eglises en Europe de l'Est” Social
Compass 49 (4): 2002.
Tadeusz Doktór: “Factors Influencing Hostility Towards Controversial Religious Groups”. Social
Compass 49 (4): 2002.
Otros artículos
Rupe Simms: “'Islam Is Our Politics'”. Social Compass 49 (4): 2002.
Bandeja Yamba: “Problèmes étatiques, piété religieuse et mémoire au Congo-Zaïre”. Social Compass 49
(4): 2002.
Otto Maduro: “Implications politico-théoriques d'une définition de "la religion" solidus”. Social Compass
49 (4): 2002. (TEORÍA)
Dossier sobre las mujeres musulmanas como actores religiosos
Tuula Sakaranaho and Gerdien Jonker: “Introduction”. Social Compass 50 (1): 2003. (GÉNERO; ISLAM)
Abdessamad Dialmy: “Les antinomies de la raison islamo-féministe”. Social Compass 50 (1): 2003.
(GÉNERO; ISLAM)
Catharina Raudvere: “Knowledge in Trust”. Social Compass 50 (1): 2003. (GÉNERO; ISLAM)
Gerdien Jonker: “Islamic Knowledge through a Woman's Lens”. Social Compass 50 (1): 2003. (GÉNERO;
ISLAM)
Anne Sofie Roald: “Polygamy on the Air”. Social Compass 50 (1): 2003. (GÉNERO; ISLAM)
Marja Tilikainen: “Somali Women and Daily Islam in the Diaspora”. Social Compass 50 (1): 2003.
(GÉNERO; ISLAM)
Tuula Sakaranaho: “Les rhétoriques de la continuité: les femmes, l'islam et l'héritage catholique en
Irlande”. Social Compass 50 (1): 2003. (GÉNERO; ISLAM)
Valérie Amiraux: “Discours voilés sur les musulmanes en Europe”. Social Compass 50 (1): 2003.
(GÉNERO; ISLAM)
Otros artículos
Fran Markowitz: “(Still) Sacrificing for Salvation”. Social Compass 50 (1): 2003. (SACRIFICIO)
Luc Reginensi: “Apprendre à formuler des intentions de prières”. Social Compass 50 (1): 2003.
Peter Beyer: “Conceptions of Religion”. Social Compass 50 (2): 2003. (TEORÍA)
Pål Repstad: “The Powerlessness of Religious Power in a Pluralist Society”. Social Compass 50 (2): 2003.
Valérie Rocchi: “Des nouvelles formes du religieux? Entre quête de bien-être et logique protestataire”.
Social Compass 50 (2): 2003.
Inger Furseth: “Secularization and the Role of Religion in State Institutions”. Social Compass 50 (2):
2003. (SECULARIZACIÓN)
Claude Rivière: “Réalité et leurre du sacrifice”. Social Compass 50 (2): 2003. (SACRIFICIO)
Roberto Motta: “Le sacrifice Xangô à Recife”. Social Compass 50 (2): 2003. (SACRIFICIO)
Sen McGlinn: “A Difficult Case”. Social Compass 50 (2): 2003.
Dossier sobre “religión invisible” en Europa
Hubert Knoblauch: “Europe and Invisible Religion”. Social Compass 50 (3): 2003.
Thomas Luckmann: “Transformations of Religion and Morality in Modern Europe”. Social Compass 50
(3): 2003.
Danièle Hervieu-Léger: “Pour une sociologie des 'modernités religieuses multiples'”. Social Compass 50
(3): 2003.
Roland J. Campiche: “L'individualisation constitue-t-elle encore le paradigme de la religion en modernité
tardive?”. Social Compass 50 (3): 2003.
Roberto Cipriani: “Invisible Religion or Diffused Religion in Italy?”. Social Compass 50 (3): 2003.
Detlef Pollack: “Religiousness Inside and Outside the Church in Selected Post-Communist Countries of
Central and Eastern Europe”. Social Compass 50 (3): 2003.
Jean-Pierre Hiernaux and Olivier Servais: “La 'religion invisible' en Belgique”. Social Compass 50 (3):
2003.
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 15
Otros artículos
Nurit Zaidman: “Commercialization of Religious Objects”. Social Compass 50 (3): 2003.
Albert Piette: “Le fait religieux comme activitie ordinaire”. Social Compass 50 (3): 2003.
Dossier sobre Religiones en China contemporánea
Karl-Fritz Daiber: “Introduction”. Social Compass 50 (4): 2003.
Vincent Goossaert: “Le destin de la religion chinoise au 20ème siècle”. Social Compass 50 (4): 2003.
Xinping Zhuo: “Research on Religions in the People's Republic of China”. Social Compass 50 (4): 2003.
Fan Lizhu: “Popular Religion in Contemporary China”. Social Compass 50 (4): 2003.
Chi-Tim Lai: “Hong Kong Daoism”. Social Compass 50 (4): 2003.
David A. Palmer: “Le qigong et la tradition sectaire chinoise”. Social Compass 50 (4): 2003.
Seong Hwan Cha: “Modern Chinese Confucianism”. Social Compass 50 (4): 2003.
Otros artículos
Joël Noret: “La place des morts dans le christianisme céleste”. Social Compass 50 (4): 2003.
XII Jornadas sobre Alternativas Religiosas
en América Latina
São Paulo, 16 al 19 de Octubre de 2003
“Religiões na América Latina: Rupturas e Continuidades”
Las XII Jornadas fueron realizadas en São Paulo, en dependencias de la Universidade de São Paulo y de la
Universidade Mackenzie y contaron con el auspicio de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el
Mercosur. La comisión organizadora de las mismas estuvo compuesta por Lísias Nogueira Negrão (USP/CER –
coordinador); Antonio Gouvêa Mendonça (C. da Religião, Universidade Mackenzie); Edin Sued Abumanssur
(C. Sociais, PUC), Josildeth Gomes Consorte (C. Sociais, PUC); Leonildo Campos (C. da Religião, UMESP);
Maria José F. R. Nunes (C. da Religião/PUC); Paulo Barrera (C da Religião, UMESP) y Silas Guerriero (C.
Sociais, PUC).
Una selección de los papers presentados será publicada en el número 6 de la revista Ciencias Sociales y
Religión/ Ciências Sociais e Religião, que será lanzada en julio de 2004.
Durante las Jornadas, la ACSRM realizó su asamblea bienal de socios. En esa ocasión fue elegida la nueva
Comisión Directiva y la sede de las XIIIa Jornadas. Informamos que la composición del Directorio, cuya gestión
se extenderá hasta 2005 es la siguiente:
Comisión Directiva
Presidente: Maria das Dores Campos Machado (Brasil)
Vicepresidente: Maria Julia Carozzi (Argentina)
Secretaria General: Eloísa Martín (Argentina)
Tesorero: Nicolás Guigou ( Uruguay)
Consejo Consultivo:
Aldo Ameigeiras- Argentina
Pablo Semán - Argentina
Lisias Negrão - Brasil
Marcelo Camurça - Brasil
Cristian Parker - Chile
Renzo Pi-Hugarte - Uruguay
En cuanto a las próximas Jornadas, se decidió que su XIIIa edición fuera realizadas en la ciudad de Porto
Alegre (Brasil). Los coordinadores en aquella localidad serán Ricardo Mariano (Sociólogo - Coordinador del
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) y
Airton Luiz Jungblut (Antropólogo – Profesor del Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 16
Convocatorias para artículos
Revista Estudios del Hombre. Convocatoria para escribir ensayos sobre Imágenes milagrosas en santuarios
mexicanos, peregrinaciones y exvotos. Se recbirán trabajos hasta el 30 de septiembre de 2004. Dra. María
Rodríguez-Shadow: [email protected]
Congresos
Asociación Latinoamericana para el Estudio de las Religiones (ALER)
X Congreso Latinoamericano sobre Religión y Etnicidad
"Pluralismo religioso y transformaciones sociales"
San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México. 5 al 9 de julio de 2004
Información: Elizabeth Díaz Brenis, ENAH-INAH, [email protected]
IV Jornadas Internacionales Ciencias Sociales y Religión
“Politica y Religiones En el Contexto Nacional e Internacional”
14, 15, 16 de Setiembre de 2004
Centros de Estudios e Investigaciones Laborales (CEIL)
Saavedra 15, Buenos Aires, Argentina
ORGANIZA: Área Sociedad, Cultura y Religión, CEIL- PIETTE, CONICET. Auspician: Universidad de
Buenos Aires, Universidad del Salvador y Universidad de Quilmes
Mesas temáticas propuestas: Migraciones/ movilidad humana y política; Grupos religiosos y espacio público;
Religión y Educación; Religiones e integración regional; Religiones populares y política; Marco legal de lo
religioso y libertad religiosa; Psicología, religión y política; Arte, religión y política.
Hasta el día 15 de junio se aceptan propuestas para la elaboración de otras mesas temáticas.
Fechas Límite para Abstract y Ponencias: 30 de junio (abstracts) y
15 de agosto (ponencias)
Secretaría Ejecutiva: [email protected]
I Jornada de Estudios sobre Religiosidad, Cultura y Poder. 12 de noviembre de 2004, Buenos Aires ,
Instituto Ravignani (25 de Mayo, 217. Segundo Piso; Sala de investigadores). ORGANZA: GERE -Grupo de
Estudios sobre Religiosidad y Evangelización- perteneciente al PROHAL: Programa de Historia de América
Latina, del Instituto de Historia Argentina y Americana "Dr. Emilio Ravignani". Facultad de Filosofía y Letras.
Universidad de Buenos Aires.
Los miembros del GERE presentarán avances de sus respectivas investigaciones y se espera contar con la
participación de todos los colegas interesados en la temática como expositores o, bien, como asistentes.
Abstracts: hasta el 15 de julio de 2004. Consultar formato y requisitos a : Dra. Patricia Fogelman, Coordinadora
del GERE
[email protected]
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 17
VII Congreso Argentino de Antropología Social. Villa Giardino, Córdoba 25 al 28 de mayo de 2004.
Comisión de Trabajo: “Antropología de la religión” Coordinadores: Alejandro Frigerio (UCA)
[email protected]; Silvia Montenegro (UNR) [email protected]; Pablo Wright (UBA)
[email protected].
24a Reunião da Associação Brasileira de Antropología. 12 a 15 de junio de 2004. Recife, Brasil.
Fórum de Pesquisa 26: Religiões de Transe no Brasil Contemporâneo: Problemas de Interpretação.
Coordenadores: Roberto Motta (Groupe de Sociologie de la Religion et de Laïcité, Paris; [email protected]).
Ari Pedro Oro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]), Ismael Pordeus (Universidade
Federal do Ceará; [email protected]).
Fórum de Pesquisa 19: Catolicismo Vigoroso: Velhas e novas formas de religiosidade católica.
Coordinadores: Mísia Lins Reesink ([email protected]) y Carlos Alberto Steil ([email protected])
Fórum de Pesquisa 10: Religiões e Percursos de Saúde na Contemporaneidade. Coordinadores:
Bartolomeu Tito Figueroa de Medeiros (Univ. Federal de Pernambuco, [email protected]) y Raymundo
Heraldo Maués (Universidade Federal do Pará)
Fórum de Pesquisa 12: Indisciplinada Antropología? O lugar da imaginação no metiér antropológico.
Coordinadores: Clara Mafra (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), José Jorge de Carvalho(Universidade de
Brasília) y Patrícia Monte-Mor (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
XXVII Encontro Anual da ANPOCS . 26 a 30 de octubre de 2004, Caxambu, Minas Gerais, Brasil.
GT: Republicanismo, religião e estado no Brasil contemporâneo. Coordenadores: Joanildo A. Burity
(Fundação Joaquim Nabuco) Patrícia Birman (Univ. do Estado do Rio de Janeiro).
IV Encuentro Internacional de Estudios Sociorreligiosos “Religión, pobreza y violencia en el contexto de la
crisis neoliberal”: La Habana, 7-10 de julio 2004. Contacto: Eva Hernández Urbano, Departamento de Estudios
Sociorreligiosos Centro de Investigaciones Psicológicas y Sociológicas/CITMA. [email protected];
[email protected]; [email protected]
Coloquio Internacional Imagen Sagrada y Sacralizada. Universidad Nacional Autónoma De México Instituto
de Investigaciones Estéticas Octubre 25-29, 2004. Contacto (enviar a los tres): [email protected],
[email protected], [email protected].
28th ISSR/SISR Conference “Religion: Challenging Boundaries”: Zagreb (Croatia) July 18-22, 2005.
Deadlines: May 31, 2004: Proposals for Thematic Sessions and Working Groups. October 31, 2004: Paper
Abstracts.
Latin American Studies Association (LASA) XXV International Congress. October 7-9. Las Vegas, Nevada,
USA.
Panel: "Religious Conversion in the Americas". Organizers: David Smilde and Ed Cleary. Presenters: David
Smilde, Sharon Nepstad, Alejandro Frigerio, Patricia Fortuny and Karen Richman. Discussant: Timothy
Steigenga.
American Sociological Association: Annual Meeting, San Francisco, August 2004. Section 34: Sociology of
Religion will organize 3 sessions (Religion and Family, Religion and Immigration, and Religion Race and
Ethnicity) and Round tables on August 16. Section Chair: R.Stephen Warner, University of Illinois at Chicago,
1007 W. Harrison Street, Chicago, Il 60607-7140, USA; Tel.: +-1-312-996-0990 [email protected].
Information: www.asanet.org/section 34/index.html
Association for the Sociology of Religion: San-Francisco meeting, 13-15 August 2004 Theme: “The causes and
consequences of contemporary moralities”. Program Chair; Fenggang Yang, Department of Sociology and
Anthropology, Purdue University, Stone Hall, 700 W State Street, West Lafayette, IN 47907-2059; e-mail:
[email protected]. Deadlines: January 15, 2004: Session proposals; February 15, 2004: paper proposals
(abstracts 150 words maximum). Submissions by email are encouraged; please include email address in all
correspondence. ASR web site: www.sociologyofreligion.com
Religious Research Association: Annual Meeting 2004 . October 22-24. Marriott Country Club Plaza, Kansas
Diciembre 2003
Estudios sobre religión 16: 18
City, Missouri, USA. Theme: “Linking Social Action and Religious Research”. Program Chair: John P.
Bartkowski, Department of Sociology, Anthropology, & Social Work, P.O. Box C, Mississippi State University,
Mississippi State, MS 39762, USA. E-mail: [email protected]. Include email address on all
proposals. Deadlines: January 16, 2004: Session proposals (title and description); March 15, 2004: Paper
proposals (title and abstract).
Society for the Scientific Study of Religion: Annual Meeting 2004. October 22-24. Marriott Country Club
Plaza, Kansas City, Missouri, USA. Theme: "Overcoming Boundaries in the Scientific Study of Religion".
Program Chair: William H. Swatos Jr, 3529 Wiltshire Drive, Holiday, FL 34691-1239, USA. Email:
[email protected]. Include email address on all correspondence. Deadlines: January 15, 2004 Session
proposals; March 15, 2004 Paper Proposals with a concise abstract. Web site: www.sssrweb.org.
British Sociological Association (BSA): Sociology of Relgion Study Group will hold its 2004 Annual
Conference in Bristol. 29 March –1 April. Theme: “A Sociology of Spirituality". Contributors from outside the
UK would be very welcome. Organizer: Kieran Flanagan ([email protected]). Web site:
http://www.socrel.org.uk/ .
International Association for the History of Religions (IAHR): 19th Quinquennial Congress . Tokyo 24-30
March, 2005. Theme: “Religion: conflict and Peace”. Registration before September 30th, 2004:
[email protected]. Web site: http://www.1.u-tokyo.ac.jp/iahr2005
Network for the Study of Implicit Religion: Inter-Disciplinary Week-end Implicit Religion: Denton Hall,
Ilkley 7-9 May 2004. Co-ordinator: Dr. E. I. Bailey, email: [email protected]
Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Editores del Newsletter: Alejandro Frigerio y Eloísa Martín
Dirección : Las Heras 3875/11A - (1425) Buenos Aires.
E-MAILS: [email protected] y [email protected]

Documentos relacionados