revista - Raízen

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revista - Raízen
revista
Ano 2 nº 2 julho a setembro de 2012
Na rota do varejo
Raízen relança Shell Responde
e Clube Irmão Caminhoneiro Shell
Índice
Giro Rápido
Revenda Reunida
Bioenergia
Energia verde
6
22
Páginas Roxas
Expansão logística
8
Responsabilidade Social
Qualificação
sem fronteiras
10
Tecnologia e Inovação
Excelência na rede
25
Raízes do Brasil
No coração da
Amazônia
Mercado
Voando alto
12
30
14
Negócios
Emissões limitadas
16
Capa
Novo formato,
mesmo sucesso
28
Sustentabilidade
Sustentabilidade que
vale Ouro
Segurança
Gestão estruturada
nos terminais
Revista Raízen
20
Expressão
Talvez menos sustos
em 2013
31
Indicadores
Combustível do
sucesso
STOCK.XCHNG/SimON CarlSSON
4
Editorial
3
Excelência do campo ao posto
a raízen possui pouco mais de um ano de existência,
mas já nasceu com a herança de muitas décadas de
experiência vividas por Shell e Cosan. De um lado, a
excelência na distribuição de combustíveis em todo o
território nacional. Do outro, o conhecimento técnico da
produção da cana-de-açúcar.
a junção, que posiciona a raízen na vanguarda do
setor sucroenergético brasileiro, destaca a empresa
não apenas por suas dimensões em termos de negócio,
mas pela qualidade de seus produtos, pela eficácia
em suas operações e por sua capacidade de inovar.
Dos canaviais até os postos de serviço, a relação de
confiança com os consumidores permanece.
isso só é possível porque a raízen busca sempre as
melhores soluções. Um exemplo é a aposta cada vez maior
na bioeletricidade, recurso estratégico para a empresa.
Neste ano-safra, estamos ampliando investimentos na
modernização do parque industrial para a geração de
mais energia elétrica em três de nossas 13 termoelétricas.
A iniciativa alia a rentabilidade e a eficiência no processo
produtivo de etanol e açúcar à sustentabilidade. Com
o uso da palha, folhas e bagaço para a geração de
energia, evitamos a queima destes materiais no campo,
reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, vilões
das mudanças do clima.
No Varejo, a certeza da excelência operacional e da
qualidade é ainda mais latente quando nossos clientes
procuram um dos nossos 4.700 postos e sabem que
encontrarão os melhores produtos e um alto padrão
de atendimento.
Para reforçarmos ainda mais esse relacionamento bemsucedido, precisamos estar próximos, conectados. Por
isso, resolvemos resgatar e repaginar dois programas
consagrados no passado, o Shell responde e o Clube
irmão Caminhoneiro Shell. Em nossa matéria de capa,
explicamos um pouco mais sobre esta estratégia e os
detalhes destas iniciativas que cumpriram magistralmente
o seu papel nos anos 80 e 90: o de criar um forte canal
de comunicação com nossos consumidores.
O espaço e o respeito que conquistamos no mercado é
consequência do trabalho integrado de diferentes setores
na raízen. O segmento de aviação, neste quesito, segue
acima da média. Na seção Negócios, revelamos nosso
desempenho com números expressivos e traçamos o
plano de investimentos para os próximos anos – de
R$ 200 milhões –, que pretende superar os desafios
impostos por este setor, que não para de crescer.
resultados como esses podem ser observados na
nova seção da revista raízen, que inauguramos nesta
edição: indicadores. Em um formato simples e direto,
apresentamos o desempenho e os dados mais relevantes
sobre a nossa atuação no setor produtivo, responsável
pela fabricação de mais de 2 bilhões de litros de etanol
e 4 milhões de toneladas de açúcar.
Estas e outras iniciativas mostram que o compromisso
da raízen, no campo ou na cidade, na produção ou no
varejo, é crescer de forma sustentável. E que gerar energia
para o presente e para o futuro, maximizando valor para
nossos clientes, acionistas e parceiros, é mais do que
nossa missão: faz parte, inevitavelmente, do nosso DNa.
Pedro Mizutani
vice-presidente Executivo
de Etanol, açúcar e
Bioenergia (EaB)
Expediente
Gerência de Comunicação Interna:
Giselle innecco Valdevez Castro
Coordenação e Jornalistas Responsáveis:
andréa melissa Pereira (mTb/SP 038015)
Carina andion angulo (mTb/rJ 31804)
regina maia (mTb/SP 49785)
Produção Gráfica e Editorial:
Cajá – agência de Comunicação
Octacílio Freire (mTb/rJ 18296)
Conselho Editorial: Cláudio Oliveira; Flávio Santiago;
José Vitório Tararam; leonardo Pontes; luis Carlos Veguin;
márcio Fogaça; Natascha Nunes da Cunha; renata Bezerra;
renata manhães; rômulo maia; Sandra mainenti.
Fotografia: arquivo raízen/ marcos issa/
Clarissa Di Ciommo/ Tulio Vidal/ Paulo rodrigues.
Capa: JWT
Impressão: laborgraf
E-mail de contato:
[email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares
As declarações expressas neste documento são efetuadas pela
Raízen na qualidade de licenciada das marcas Shell e não refletem necessariamente a opinião da Shell Brands International.
Revista Raízen
4
Giro Rápido
Revenda reunida
O maior evento do setor de distribuição de combustíveis da
américa latina, a ExpoPostos & Conveniência, completou
uma década de existência. a edição comemorativa, realizada no rio de Janeiro, entre os dias 21 e 23 de agosto,
contou mais uma vez com a participação da raízen. Em
um estande de 100 m², a empresa apresentou produtos fundamentais para a sua plataforma de Varejo, como
lojas Select, Cartão Shell Santander, combustíveis Shell
V-Power, Shell Evolux e lubrificantes, além de retratar a
paixão pelo automobilismo com o patrocínio à Stock Car.
a feira, que ao longo dos anos se tornou o ambiente ideal
para fazer negócios e ampliar a rede de relacionamentos,
reuniu diretores de empresas, revendedores e empresários
do setor. Neste ano, a ExpoPostos recebeu 15 mil visitantes e abrigou 170 expositores com as novidades em serviços e tecnologias para a revenda brasileira.
“O evento se tornou uma referência e é uma oportunidade
única para buscar informações e dividir conhecimento sobre combustíveis e lojas de conveniência. além disso, é um
momento importante para fomentar discussões sobre temas
relativos à operação dos postos de serviços”, ressaltou o
gerente de relações Setoriais da raízen, James assis.
PaRCERIa
ESTRaTéGICa
Executivos da Raízen na cerimônia de assinatura do contrato de parceria
com os professores da USP Hugo Yoshizaki e Claudio Cunha
Revista Raízen
Estande da Raízen na ExpoPostos 2012
Para aprimorar o conhecimento da equipe da área
de logística, Distribuição
e Trading, a raízen firmou
uma parceria inédita com
o Centro de inovação
em Engenharia de Sistemas logísticos (Cislog).
a instituição, que pertence
ao Departamento de Engenharia de Produção
da Universidade de São
Paulo (USP) e da Fundação Vanzolini, deverá
aproximar a empresa do
meio acadêmico.
a iniciativa, a princípio,
terá duração de dois anos
e promoverá encontros
com pesquisadores e especialistas para abordar
temas como sustentabili-
dade, eficiência energética, logística em megacidades e suprimentos. “É
uma ótima opor tunidade para trocar experiências e contar com o suporte da Cislog para desenvolver novas práticas
sustentáveis”, destaca o
vice-presidente Executivo de logística, Distribuição e Trading da raízen,
leonardo Gadotti.
Para o executivo, a captação de talentos está entre
os objetivos principais do
programa. “Buscamos jovens com atitude e que
pensem grande para integrar a nossa equipe
e superar novos desafios”, frisa.
Etanol tipo
ExPoRTação
a raízen deu mais um passo na direção
da internacionalização do etanol brasileiro,
com a entrega de seu primeiro carregamento do biocombustível na Europa. Foram
fornecidos, em agosto, 3.000 m³ de etanol
certificado pelo Bonsucro, um dos padrões
exigidos na União Europeia, que garante a
sustentabilidade da produção.
“Este é um momento histórico para todos os que participaram da certificação, desde o entendimento dos princípios exigidos até a conquista do selo
sustentável. O início da comercialização do
nosso produto no exterior é o indicativo perfeito de que transformar o etanol em uma
commodity global é um processo que já começou”, comemora o gerente de Desenvolaízen, Davi araújo.
vimento Sustentável da raízen,
O etanol enviado à Europa foi produzido
na unidade Costa Pinto, em Piracicaba
(SP), e todas as etapas produtivas e logísticas para a entrega do biocombustível
foram avaliadas e aprovadas pela iniciativa
Bonsucro, cujas normas ambientais e sociais determinam a adoção das melhores
práticas de mercado.
Compromisso Nacional
No dia 14 de junho, em
Brasília, a raízen recebeu
o selo de reconhecimento
“Empresa Compromissada” pelo trabalho realizado
em suas 24 unidades produtoras. A certificação foi
entregue pela presidente
Dilma rousseff a rubens
Silveira mello, presidente
do Conselho de administração da empresa.
O diretor de Recursos Humanos EAB, Luis Carlos Veguin (à esq.), com Élio
Neves, presidente da Federação dos Empregados Rurais de São Paulo,
Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República,
e Elimara Sallum, da Unica
O selo, concedido pela
Comissão Nacional de
Diálogo e avaliação do
Compromisso Nacional
para aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-açúcar, está previsto no Compromisso Nacional. lançado em 2009,
este acordo envolve em-
presários, trabalhadores
e governo federal e tem
como objetivo disseminar
as boas práticas de segurança nas operações do
setor sucroenergético.
luis Carlos Veguin, diretor
de recursos Humanos da
raízen para a área de Etanol, açúcar e Bioenergia,
foi um dos representantes
da companhia no evento. "a obtenção do selo é
consequência do trabalho
desenvolvido nos últimos
cinco anos e uma sinalização para que outras empresas do setor tenham a
mesma iniciativa, permitindo a melhoria sustentável
das condições de trabalho", analisa.
Revista Raízen
6
Páginas Roxas: Leonardo Gadotti
Expansão
logística
Fundamental para a competitividade da raízen no mercado,
a área de logística, Distribuição e Trading (lD&T) trabalha para
otimizar suas operações com investimentos expressivos em
infraestrutura. Em entrevista, o vice-presidente Executivo de
lD&T, leonardo Gadotti Filho, destaca as estratégias do segmento
para dar suporte aos planos de crescimento da empresa.
O Brasil enfrenta, ainda hoje, gargalos na infraestrutura de transporte e distribuição. Como a
área de LD&T encara o desafio de superar as
barreiras logísticas do país?
investimos para tornar a intermodalidade e os processos
de distribuição competitivos e eficazes. Neste ano-safra,
prevemos investimentos da ordem de r$ 600 milhões
para o segmento logístico. Os recursos envolvem a construção de novos terminais, ampliação e remodelação
de unidades existentes, melhorias na tancagem e no escoamento de líquidos por ferrovias e hidrovias.
atualmente, estamos voltando nossas atenções para o
Tocantins, para o maranhão e também para o Centro-Sul. Entre os novos projetos está o primeiro sistema
logístico de etanol a operar no Brasil: um etanolduto
que ligará os estados de Goiás, mato Grosso do Sul,
minas Gerais, São Paulo e rio de Janeiro. Estamos
construindo essa malha como um dos sócios da empresa logum.
Quais são as principais estratégias para a ampliação da capacidade logística?
Queremos ser competitivos e oferecer a melhor estrutura e suporte logístico em todos os locais de atuação
Revista Raízen
da raízen. isso significa disponibilizar bases de
operação 24 horas por dia durante os sete dias
da semana, utilizando a melhor opção de modal
de transporte.
Hoje, operamos 57 terminais de unidades de distribuição e 24 terminais de usinas, e percorremos
cerca de 130 milhões de quilômetros por ano
em rodovias para o transporte dos nossos produtos. ao todo, são movimentados 35 milhões
de m³ de hidrocarbonetos e biocombustíveis em
nossa malha.
Desde a formação da empresa, já contamos
com um plano estruturado para atingir este
objetivo: sempre operar da forma mais eficiente possível com a infraestrutura que já temos e
utilizar as melhores soluções para a ampliação
da nossa capacidade com novos projetos.
A área de Trading é responsável pela expansão da empresa no cenário global.
Quais são as dimensões do braço internacional da Raízen?
equipe. No último ano-safra, tivemos somente um acidente com
afastamento na área de lD&T. Nossa meta é chegar a zero,
garantindo a saúde dos nossos funcionários e a excelência de
nossas operações. realizamos revisões e treinamentos frequentes com a equipe e, além disso, trabalhamos com o Sistema integrado de Gestão das Operações (SiGO), que nos fornece suporte adequado na gestão dos processos operacionais.
Como avalia o trabalho da equipe de LD&T no último
ano-safra?
O sucesso das nossas operações foi resultado da integração
da equipe de lD&T com as áreas de Etanol, açúcar e Bioenergia (EaB), Comercial e os setores corporativos de uma forma
geral. Nossa equipe está sempre focada na capacitação dos
funcionários para que conheçam os detalhes da operação e estejam aptos a gerir o negócio de forma mais eficiente e segura.
Os resultados obtidos até hoje dão a dimensão deste trabalho,
baseado nas melhores práticas de mercado, e sinalizam que
o comprometimento da nossa equipe vai fazer a diferença para
crescermos ainda mais.
Nossa mesa principal de negociações
offshore está em Genebra (Suíça). além disso,
temos escritórios em londres (reino Unido), em
Houston (EUa) e em Cingapura. a nossa área
de Trading internacional opera na compra e venda do etanol de terceiros em qualquer lugar do
mundo, e na venda do próprio etanol que produzimos. Hoje passam pelas mesas de trading
da raízen (Brasil e Offshore) aproximadamente
7 bilhões de litros de etanol por ano.
Quais os principais destaques e desafios
deste segmento?
Estamos sempre em busca das melhores oportunidades tanto na compra quanto na venda de etanol. Esse é o nosso primeiro ano de operação na
área internacional, e os resultados são bem animadores. Já estamos desenvolvendo estratégias
para a abertura de novos mercados no exterior.
Para isso, ampliamos acordos de tancagem em
Houston, roterdã (Holanda), e buscamos novos
contratos e operações nas Filipinas, na Ásia.
Dada a complexidade das operações na
área de LD&T, qual a importância do quesito segurança nas operações?
Segurança é a nossa prioridade, é um ponto
fundamental para a área operacional. Nossos
veículos percorrem 400 mil km por dia e o índice de acidentes é próximo a zero. São indicadores muito positivos, um orgulho para nossa
“Queremos ser
e oferecer
a melhor
e
suporte logístico em todos os
locais de
da
Raízen. Isso significa disponibilizar
de
24 horas por dia durante os
sete dias da semana, utilizando
de
a
modal de
.”
competitivos
estrutura
atuação
bases operação
melhor opção
transporte
Revista Raízen
8
Responsabilidade Social
Qualificação sem fronteiras
Fundação da raízen inaugura Núcleo móvel de Formação
a capacitação profissional oferecida pela Fundação da
raízen ganhou mobilidade para percorrer o Brasil. Em agosto
foi lançado o Núcleo móvel de Formação, uma unidade itinerante que levará cursos de qualificação às comunidades próximas
aos locais onde a empresa mantém operações. O lançamento
do Núcleo móvel aconteceu na cidade de Guariba (SP), onde
fica a unidade produtora Bonfim.
“Nosso objetivo com esse projeto é alcançar mais comunidades, fazendo com que as pessoas conheçam as ações
sociais da raízen e se beneficiem delas”, comenta a gerente de responsabilidade Social da empresa, lucia Teles. No
total, foi investido r$ 1 milhão no projeto, realizado com o
Revista Raízen
apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
Para que a qualidade dos serviços prestados pela Fundação
chegue a qualquer localidade, uma sala de aula – equipada com
o que há de mais moderno – foi montada dentro de uma carreta de 15 metros de comprimento e 4,5 metros de altura. Com
capacidade para 24 alunos, a unidade oferecerá cursos de até
200 horas para jovens com idade entre 18 e 30 anos.
além do deslocamento entre as cidades, outra vantagem do projeto é a possibilidade de oferecer várias atividades, devido ao seu
modelo flexível. “O veículo tem mesas rebatíveis, e sua estrutura
interna segue o conceito multiuso”, pontua lucia.
“Nosso
objetivo com esse projeto é
alcançar mais comunidades,
pessoas
fazendo com que as
conheçam as ações sociais da
Raízen e se beneficiem delas”
Lucia Teles
Gerente de Responsabilidade Social
Estrutura completa
Parceiros da
educação
a gestão do Núcleo móvel de
Formação será realizada em
pa rc e r i a c o m uma c o nsul to r i a
e s p e c i a l i z a d a e m p ro j eto s d e
qualificação profissional. a ideia é
firmar acordos com alguns órgãos
mu n i c i p a i s, c o m o o Po sto d e
atendimento ao Trabalhador (PaT),
Secretarias de Trabalho e Emprego
e escolas técnicas locais. “Vamos
atuar em conjunto com as prefeituras
das cidades, para que possamos
estacionar o veículo em locais com
estruturas básicas – água, luz e
segurança –, oferecendo conforto
aos participantes”, conta lucia.
Núcleo Móvel de
Formação da Fundação
da Raízen estacionado
em Guariba (SP)
Os primeiros cursos oferecidos na unidade móvel serão de auxiliar de manutenção automotiva e auxiliar de manutenção elétrica,
com carga horária de 180 horas cada. a unidade móvel tem estrutura para realizar, além desses, outros 30 cursos, dentro do
escopo de manutenção, elétrica e automação.
Segundo a gerente, os temas das aulas podem ser substituídos
de acordo com as necessidades das comunidades por onde a
carreta irá passar. “O objetivo principal é capacitar jovens para
inserção no mercado de trabalho, além de suprir a demanda por
profissionais qualificados tanto na Raízen como nos municípios
que receberão o núcleo móvel”.
Para atender às necessidades da unidade Bonfim, por exemplo,
o veículo oferecerá, inicialmente, aulas sobre manutenção industrial e agrícola. “Queremos também aproveitar o espaço para
organizar palestras e cursos de geração de renda para jovens
empreendedores”, explica.
Os próximos destinos e o roteiro a ser percorrido pela carreta
em 2013 estão em avaliação. a raízen considera as necessidades locais apresentadas, a otimização de recursos e a
praticidade. “a partir dos resultados, estudaremos, ainda, a
aquisição de outros veículos voltados para ações comunitárias
como esta”, adianta lucia.
10
Sustentabilidade
Sustentabilidade
que vale Ouro
ISTOCKPHOTO/R-J-SEYMOUR
Programa Brasileiro GHG Protocol atesta qualidade do
inventário de emissões de gases de efeito estufa da Raízen
“Mais do que colocar a sustentabilidade à frente de suas ações,
a Raízen quer se tornar um exemplo de compromisso com o
futuro do planeta.” É assim que o gerente de Desenvolvimento
Sustentável, Davi Araújo, resume a estratégia de respeito às
pessoas e ao meio ambiente da empresa, que, em seu primeiro ano de existência, já dá passos importantes neste sentido.
Um deles foi a conquista, em julho, da classificação Ouro
em qualidade de elaboração de seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) – reconhecimento
máximo do GHG Protocol, que conta com apoio técnico da
Fundação Getúlio Vargas (FGV ) para a adaptação da
metodologia à realidade nacional.
O documento é uma espécie de “raio-X” da companhia e
contribui para a redução dos impactos ambientais, pois determina a quantidade e a origem das emissões que preci-
Revista Raízen
sam ser evitadas. A partir de um conhecimento detalhado, a
Raízen tem mais condições de desenvolver e implantar medidas e investimentos eficazes para mitigar os impactos ao
meio ambiente em suas operações.
A categoria Ouro representa o mais alto nível de maturidade,
complexidade e transparência do inventário. “A classificação demonstra nosso comprometimento com a criação de
um histórico das nossas emissões e a elaboração de estratégias mais eficientes para combater GEEs na atmosfera,
tornando -nos referência no mercado”, explica o gerente.
Após a conclusão do inventário, uma terceira empresa é
responsável pela auditoria e confirmação destes índices.
No caso da Raízen, a análise técnica dos dados foi realizada pela empresa Way Carbon, e a validação conduzida pela
Ernst & Young Terco.
Mapeamento
As emissões de GEEs sob controle operacional da Raízen
foram divididas em três áreas: Escopo 1 (emissões diretas),
Escopo 2 (emissões indiretas por consumo de energia) e
Escopo 3 (demais emissões indiretas). Os três fatores juntos
fornecem informações suficientes para identificar excessos
e diminuir a quantidade de gases lançados pelas atividades da empresa.
Entre os pontos abordados no relatório, atestou-se que, por
exemplo, o uso de corretivos e de fertilizantes para o solo
no plantio de cana-de-açúcar contribui com 26% do total de
gases emitidos pela empresa. “Vamos utilizar os dados deste
primeiro relatório da Raízen como fonte para medições futuras e como base para a implementação de políticas mais
efetivas. Teremos resultados mais atrativos e específicos para
o próximo ciclo a partir do direcionamento eficaz dos nossos investimentos”, garante o diretor de Relações Externas
e Sustentabilidade, Cláudio Oliveira.
O documento constatou, também, que a chamada ‘combustão estacionária’, relativa à queima do bagaço da cana
nas caldeiras das usinas, representa cerca de 24% das
emissões de GEEs. “Este percentual nos leva a buscar práticas mais sustentáveis, com a aplicação de investimentos
em queimadores e lavadores de gases mais eficientes”,
pontua o diretor.
O índice proveniente do tratamento de efluentes industriais e
sanitários e as emissões derivadas da combustão de diesel
nos motores dos veículos cortadores de cana também foram analisados. Outro percentual que consta no relatório se
refere às viagens realizadas pelos executivos da companhia.
“A Raízen busca a adoção das melhores práticas disponíveis
no mercado, que garantem a redução de suas emissões em
todas as áreas de negócio”, assinala Davi Araújo sobre a
postura da empresa quando o assunto é sustentabilidade.
Emissões
1%
8%
0,3%
26%
Atividades Agrícolas
O GHG Protocol é o programa mais utilizado
mundialmente pelas empresas e governos
para entender, quantificar e gerenciar emissões. Desenvolvida em parceria com o World
Business Council for Sustainable Development
(WBSCD), a ferramenta destaca-se pela estrutura para contabilização de GEEs e pelo seu
caráter modular e flexível.
Além disso, a metodologia é compatível com
as normas ISO e do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Sua aplicação no Brasil acontece de modo adaptado
ao contexto nacional. A classificação é dividida em três categorias:
• Bronze – Inventário Parcial, no qual são
informadas parte das emissões solicitadas
pelas especificações do Programa Brasileiro
GHG Protocol;
• Prata – Inventário Completo Autodeclarado, do qual são informadas todas as emissões solicitadas pelas especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, mas não há
verificação de terceira parte;
• Ouro – Inventário Completo e Verificado,
no qual são informadas todas as emissões
solicitadas pelas especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, e há verificação
de terceira parte.
Bens e Serviços Comprados
Combustão Estacionária Direta
24%
Combustão Móvel Direta
4%
Efluentes
Emissões Fugitivas
Transporte e Distribuição (Upstream)
13%
24%
Outros
Revista Raízen
12Índice
12
Segurança
Gestão estruturada
nos terminais
Cerca de 14 milhões de horas trabalhadas, mais de 130 milhões de quilômetros percorridos nas estradas brasileiras e 35
milhões de m³ de combustíveis movimentados por ano. Com
uma operação tão complexa e ampla como essa, a segurança
tornou-se a prioridade número um nos processos logísticos e
de distribuição da raízen.
a área de lD&T conta com uma ampla gestão de operações
e processos, que estabelece padrões e procedimentos adequados para cada atividade, reduzindo os riscos. “Existe um
gerenciamento estruturado de todas as etapas do nosso trabalho, com avaliação periódica e monitoramento de resultados.
Sempre que identificamos uma necessidade de aprimoramento, mobilizamos todas as interfaces e decidimos qual o melhor
processo para implementar as mudanças”, explica o diretor de
Operações em lD&T, luiz renato Gobbo.
Para o diretor, garantir a segurança pressupõe também uma
boa gestão da equipe nas mais distintas fases dos processos
operacionais. “Do planejamento à execução, precisamos de
profissionais comprometidos e focados em suas atividades, que
busquem soluções inovadoras e eficientes”, assinala.
Revista Raízen
planejamento
“Do
à execução, precisamos
de profissionais
comprometidos e
focados em suas atividades,
que busquem soluções
inovadoras e eficientes”
Luiz Renato Gobbo
Diretor de Operações em LD&T
O SIGO
No dia a dia, o gerente de SSMA Corporativo e de LD&T,
Leandro Silva, destaca algumas estratégias da empresa para
garantir a segurança. Uma delas é a implantação do Sistema
Integrado de Gestão de Operações (SIGO), que, desde o início
do ano, tem estabelecido padrões e metodologias de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente na Raízen. “O SIGO é composto
por nove elementos que orientam as ações dos funcionários.
O principal deles é o item liderança, comprometimento e responsabilidade da gerência”, avalia.
Para Leandro, uma operação segura começa com a postura
exemplar da liderança da Raízen. Apenas dessa forma, em
sua opinião, é possível atingir um comportamento adequado
em todos os níveis da companhia. “Chegar a um estágio no
qual todos os funcionários e contratados ajam de forma segura é o nosso principal desafio”, revela Leandro. Segundo
levantamento feito na empresa, cerca de 90% das causas
dos acidentes estão relacionadas ao descumprimento de
regras e procedimentos operacionais.
“Chegar a um estágio no qual
os funcionários e
todos
contratados ajam
de forma segura é o
nosso principal desafio”
Leandro Silva
Gerente de SSMA Corporativo e de LD&T
O gerente ressalta a importância da participação de todos
para que a Raízen produza um ambiente seguro, tendo em
vista os riscos envolvidos na operação. Para conscientizar e
difundir a informação, a empresa lançou, no início deste ano,
a campanha “Se não for seguro, não faça”.
A iniciativa baseia-se em três pilares fundamentais: o conhecimento dos riscos de suas atividades; o cumprimento de todos
os procedimentos; e a intervenção em situações inseguras.
“É preciso pensar antes de agir e de tomar uma decisão”,
aponta Leandro.
O cuidado com cada ação na área de LD&T já trouxe resultados
positivos. “A atual performance comprova a atenção especial
da área com a segurança e o sucesso da implementação do
SIGO. Neste ano-safra, estamos sem casos de acidente com
afastamento e com índice de acidentes com veículos automotores em 1,05 (em acidentes por milhão de quilômetros rodados).
No ano passado, esse número era de 1,91”, descreve o gerente.
Plano de Contingência
Mesmo com todos os cuidados de segurança, é importante que se esteja atento a emergências. Por isso, a
Raízen inclui em seus procedimentos a resposta adequada para os momentos de crise. A empresa conta
com um plano que busca minimizar os danos às pessoas, ao meio ambiente, aos seus ativos e à sua imagem.
O plano, que envolve todas as unidades operacionais de
logística e distribuição (incluindo filiais de transportadoras
contratadas), pretende dar uma resposta rápida e eficiente quando surge algum tipo de emergência. Em sua
composição estão todos os passos e cada atitude que
precisa ser tomada nestes casos. “Este plano de emergência contém, por exemplo, uma lista de pessoas a contatar, primeiros socorros, remediações imediatas, ações
de combate a incêndio e atividades de gerenciamento de
crises potenciais”, enumera Leandro Silva.
14
Negócios
EMISSõES
LIMItadaS
Com nova legislação para reduzir as emissões dos veículos a
diesel, a raízen se prepara para atender à demanda de arla
32 com a construção de uma planta própria de envase
A planta da Raízen para o
envase de Shell Evolux Arla 32,
em Araucária (PR), recebeu
R$ 2 milhões de investimentos
Revista Raízen
O setor de transportes entrou definitivamente na rota da
sustentabilidade. A recente legislação brasileira que determina limites para emissões dos motores a diesel está trazendo novos padrões ambientais e influenciando a tomada
de decisão da Raízen para a realização de investimentos
no setor. A empresa, antevendo o aumento da demanda
de Arla 32 – agente redutor de resíduos nos motores a diesel –, inaugurou uma nova planta para o envase de Shell
Evolux Arla 32, em Araucária, no Paraná.
“A Raízen mostra, com este projeto, que está preparada
para atender à legislação brasileira e atenta à comercialização de novos produtos. A empresa conta com uma oferta
completa e verticalizada em relação ao diesel de baixo teor
de enxofre reunida sob a marca Shell Evolux, garantindo competitividade, confiabilidade e qualidade”, comenta
o vice-presidente executivo de Logística, Distribuição e
Trading (LD&T), Leonardo Gadotti Filho.
O novo empreendimento da Raízen, que recebeu R$ 2
milhões de investimentos, tem o objetivo de manter o alto
nível de serviço da empresa, garantindo a distribuição do
produto aos clientes da região Sul e parte dos estados do
Bombonas de 20 litros
de Shell Evolux Arla 32
Sudeste. “A planta foi projetada, construída e certificada
em prazo recorde. Decidimos por um lugar estratégico, em
Araucária, a poucos quilômetros da nossa fornecedora de
Arla, a Vale Fertilizantes, e próxima a grandes mercados
consumidores. Estarmos bem posicionados em termos
de infraestrutura e logística é primordial para crescermos
e continuarmos competitivos”, ressalta Leonardo Piuzana,
gerente de Projetos de LD&T da Raízen.
A unidade tem capacidade instalada para envase de cerca de 1 milhão de litros por mês de Shell Evolux Arla 32.
O produto é embalado em bombonas de 10 e 20 litros e
tambores de 200 litros, além de miniteps (similiar aos contêineres) de 1.000 litros.
O Arla 32, abreviação de “Agente Redutor Líquido de NOx
Automotivo”, deve ser utilizado nos motores Euro 5, em conjunto com o diesel de baixo teor de enxofre (S-50), de acordo
com as regras do Programa de Controle da Poluição do Ar
por Veículos Automotores (Proconve 7 ou P-7) do Ministério do
Meio Ambiente. O objetivo é ajudar os veículos, produzidos a
partir de janeiro de 2012, a reduzir em até 80% a emissão de
materiais particulados e em até 60% os níveis de NOx.
Desafios
O projeto prioriza o carregamento de embalados, e a expectativa
é trabalhar, no futuro, com produto a granel também. “Buscaremos a adaptação a diferentes sitemáticas para garantir sempre
uma operação eficiente”, pontua Piuzana.
Segundo ele, a nova planta proporciona à Raízen maior competitividade logística e operacional, com reflexo positivo para
os consumidores. “Além disso, temos maior controle da produção e, também, a certeza sobre a qualidade do produto a
ser entregue ao cliente final.”
Benefícios ambientais
O Brasil possui, atualmente, cerca de 3 milhões de veículos movidos a diesel. A queima de combustíveis, segundo
estudos do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), responde por 53% das emissões de Gases de Efeito Estufa
(GEE) no país. Neste sentido, o P-7 pretende estabelecer limites mais rígidos que incluem modificações nos motores,
novos sistemas para tratamento dos gases de escapamento e a utilização do diesel com reduzido teor de enxofre
(S-50 e S-10, a partir de janeiro de 2013).
Para atender às novas regras, a Raízen passou a comercializar desde o início deste ano o Shell Evolux Diesel S-50,
que, além do menor teor de enxofre, tem fórmula exclusiva que oferece até 3% de economia de combustível, baixo
custo de manutenção, redução nas emissões de CO2, mais potência e melhor desempenho do motor, quando
comparado ao S-50 comum.
O Shell Evolux Arla 32, por sua vez, é o único com garantia de qualidade Shell. O agente – solução aquosa contendo 32,5%
de ureia tecnicamente pura e 67,5% de água desmineralizada – é abastecido em outro tanque presente nos novos veículos
com a tecnologia SCR (Redutor Catalítico Seletivo, na sigla em inglês). O sistema funciona como um pós-tratamento que
transforma, a partir de uma reação química, a solução, injetada no catalisador, em nitrogênio e vapor d´água.
Revista Raízen
16
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m
e
r
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f su
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N s
e
m
Capa
Raízen relança programas
bem-sucedidos – Shell
Responde e Clube Irmão
Caminhoneiro Shell – para
aproximar ainda mais os
consumidores à marca Shell
Após duas décadas longe dos holofotes, duas grandes
plataformas de relacionamento da marca Shell no Varejo estão de volta. Vivos na memória dos consumidores
mais fiéis, o Shell Responde e o Clube Irmão Caminhoneiro Shell, sucessos dos anos 80 e 90 nos postos, foram reformulados, atualizados e relançados pela Raízen
em agosto deste ano.
A empresa pretende estreitar cada vez mais os laços com seus
consumidores, estabelecendo uma conexão mais direta. Com
focos distintos – um é voltado aos postos de cidade e o outro
para os de rodovia –, os programas têm o mesmo objetivo:
Dúvidas?
Shell Responde
Revista Raízen
fidelizar os clientes à marca Shell. A estratégia faz parte de um
conjunto de ações de marketing que prevê cerca de R$ 150
milhões em investimentos entre abril de 2012 e março de 2013.
De acordo com a gerente de Marca e Comunicação, Ingrid
Bückmann, a decisão de retomar os dois programas considerou fatores como o alto grau de afinidade dos consumidores com as plataformas e a possibilidade de interagir mais
facilmente com esses clientes. “O relançamento aconteceu
após um intenso trabalho da nossa equipe para repaginar e
adequar as iniciativas aos atuais padrões de comunicação”,
explica Ingrid.
A adaptação do Shell Responde inclui um item fundamental na relação social dos brasileiros: a Internet. O país é o
quinto no ranking entre os que mais acessam a rede mundial de computadore s, com 75,9 milhõ e s de usuár ios,
de acordo com estudo realizado pela empresa Business
Software Alliance. Na opinião do gerente de Marca e Mídia,
Camilo Reis, esse contexto permitiu que o programa de relacionamento voltasse em uma plataforma totalmente digital. “O Shell
Responde foi muito relevante para a nossa marca, e o fato de
estarmos sempre online nos ajuda muito a criar vínculos; por isso,
ele retornou nesse novo formato”, destaca Camilo.
Lançada em 1982, a primeira versão do Shell Responde era um conjunto de cartilhas informativas com dicas e instruções sobre trânsito,
manutenção de automóveis, produtos e outros itens relacionados ao
Shell
Responde
qual a diferença entre
turbo e compressor?
shell responde
por que a durabilidade do
Óleo sintÉtico É tÃo maior
do que a do mineral?
shell responde
quem É que inventa
os nomes dos modelos de carro?
shell responde
eXiste mesmo a tolerÂncia de “cinco
minutinhos” para o
rodÍZio municipal?
shell responde
Reprodução visual da plataforma online do Shell Responde
universo do motorista. A frase “Que chuva, não?” do comercial
de TV veiculado para divulgar o programa acabou ficando na
cabeça dos fãs. Era o anúncio do primeiro número, que trazia
dicas de como dirigir na chuva com segurança.
Na época, foram impressos 29 facísculos com diferentes
temas úteis. Desta vez, o Shell Responde volta com a sua
30º edição, ou melhor, a versão 3.0, totalmente digital e
tão informativa quanto os fascículos anteriores. Utilizando
recursos como vídeos, infográficos e interação de outros
motoristas, a plataforma poderá ser acessada inicialmente
na Internet e compartilhada nas principais redes sociais.
Para o fim deste ano, a Raízen pretende ampliá-lo com a
criação de aplicativos específicos para celulares e tablets.
Além disso, o Shell Responde fará parte de campanhas em
jornais, rádio e TV.
O público que a empresa pretende atingir são aqueles que
procuram qualidade e querem o melhor para o seu carro,
e os que buscam vantagens com a fidelização a determinada marca.
A expectativa é alcançar, até 2013, 500 mil membros e, em cinco
anos, cerca de 3 milhões de usuários na plataforma. “Queremos
que essas pessoas estejam, de fato, conectadas conosco. A atividade é extremamente campeã com o consumidor por tornar a
sua vida mais fácil com dicas e informações úteis. Para nós, o
Shell Responde é uma chance de estarmos ainda mais próximos
e engajarmos nossos clientes”, ressalta Ingrid.
Revista Raízen
Capa
STOCK.XCHNG/BEN ABDERRAHMEN MED ARAfET
18
Na estrada de sucesso
O m oto r qu e im pul s i o na rá o re l ac i o na m e nto d a
Raízen com os seus clientes do segmento de rodovia é
o Clube Irmão Caminhoeiro Shell. Voltado para os motoristas de caminhão, o programa também retornou,
em agosto, com a mesma força e essência, porém em
um novo formato.
O objetivo, conta a gerente de Marketing de Produtos Combustíveis da Raízen, Rachel Risi, é fidelizar este público aos
postos Shell, indo além do simples encontro entre bomba
de combustível e tanque. “Queremos aproveitar tudo o que
existia de bom na época do Clube e incorporar novidades”,
explica Rachel.
A maior parte da rede de rodovia da empresa, que conta com cerca de 600 postos, já está preparada para
atender o modelo estabelecido pelo programa. O associado terá, entre outros benefícios, acesso a salas
de descanso, promoções exclusivas, festas, gincanas,
além de um alto padrão de qualidade de atendimento.
A escolha de retomar o Clube levou em consideração
o sucesso obtido anos atrás, mas também a expressividade deste mercado para a Raízen, justifica Mariana
Santarém, coordenadora de Oferta de Rodovia da Raízen.
“O segmento de rodovia é um dos mais representativos para
a Raízen em termos de volume de combustível comercializado e tem ganhado uma atenção especial da empresa”,
diz. De acordo com dados do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), o diesel representa
40% do combustível vendido nos postos de varejo do país.
“O relançamento aconteceu
após um intenso trabalho da nossa
equipe para repaginar e adequar
as iniciativas aos atuais padrões
de comunicação”
Ingrid Bückmann
Gerente de Marca e Comunicação da Raízen
Revista Raízen
Originalmente lançado em 1988, o Clube chegou a reunir 400 mil
sócios em seu auge. “O retorno do Clube Irmão Caminhoneiro
Shell é a materialização da nossa estratégia, que hoje está mais
focada na rodovia e mais próxima dos nossos clientes”, explica a
gerente Rachel Risi. “Estamos trabalhando com ações para oferecer o que há de melhor em produtos, com a linha Shell Evolux,
que inclui tanto a nossa oferta de diesel aditivado quanto de Arla
32, e serviços para rodovia, por exemplo”, complementa.
Entre as ações programadas para o Clube até o fim deste
ano, estão shows de lançamento gratuitos com a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, blitz da Carreta do Clube Irmão
Caminhoneiro Shell com iniciativas para entretenimento, além
de promoções exclusivas nos postos.
O momento para dar vida nova ao Clube não poderia ser mais
propício. O setor de transportes no Brasil passa por uma reformulação com a regulamentação da profissão de motorista. Entre
as normas aprovadas, estão a parada obrigatória para descanso
de meia hora a cada quatro horas trabalhadas e o intervalo de
11 horas entre duas jornadas de trabalho.
Além disso, o fim da carta-frete, meio de pagamento que impedia que o motorista de caminhão escolhesse o local de abastecimento, também deixou a sua contribuição para o retorno do
Clube. “Consideramos o volume comercializado desse segmento, mas também vimos uma oportunidade de comunicação de
forma mais direta. Nossa ideia é influenciar a tomada de decisão
dos profissionais sobre o local de abastecimento e tornar os
postos Shell uma referência de qualidade e fidelização”, destaca Mariana Santarém.
Vantagens na rodovia: cartão de sócio da nova
versão do Clube Irmão Caminhoneiro Shell
ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA
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Revista Raízen
20
Bioenergia
Energia
verde
Aposta na bioeletricidade dá mais eficiência
à operação e o destino certo à biomassa
residual da produção de etanol
Desde julho deste ano, a raízen aumentou em 400 mil mWh o
volume excedente de energia produzida a partir da biomassa
de cana-de-açúcar. O feito, que reafirma o compromisso da
empresa com a sustentabilidade, é consequência do processo de modernização termoelétrica aplicado em três unidades
produtoras de etanol.
De acordo com o diretor de Bioenergia e Tecnologia da
raízen, João alberto abreu, reutilizar ao máximo e da melhor
forma possível os resíduos da produção de etanol é um desafio em um país onde a cogeração representa apenas 6%
da matriz energética. “Hoje, o parque industrial da raízen é
autossuficiente, e os novos equipamentos nos permitem exportar energia na safra e na entressafra”, pontua.
localizadas no Estado de São Paulo, as três usinas modernizadas (Barra, Univalem e ipaussu) receberam caldeiras de alta
pressão (100 bar) e alta temperatura que geram mais energia
térmica a partir da biomassa processada. O resultado é a ampliação da disponibilidade de energia elétrica no Sistema interligado Nacional (SIN). Com o aumento da eficiência, a Raízen
Revista Raízen
chega a 934 MW de capacidade nominal instalada, o suficiente
para suprir, por exemplo, as necessidades residenciais de uma
cidade de cerca de cinco milhões de habitantes.
“as termoelétricas responsáveis por gerar essa energia estão
associadas a 13 das nossas 24 usinas de etanol”, explica João
alberto. ainda segundo ele, do total, 33% são consumidos nos
próprios processos produtivos (autogeração), e cerca de 67%
são exportados no mercado: “Com este volume, estamos aptos
a atender nossos contratos no mercado regulado e também gerar renda com a venda no mercado livre (no qual é possível comercializar energia excedente, que não foi negociada em leilões).
Neste ano-safra será comercializado 1,8 milhão de mWh, sendo
65% no ambiente regulado e 35% no mercado livre. a meta da
empresa é ampliar o volume ofertado para impulsionar a receita por
meio da geração de energia. a ideia é atingir 1.300 mW de capacidade instalada em suas usinas nos próximos anos. “a cogeração
é importante não só pelas receitas, mas principalmente por contribuir para a geração de caixa e a rentabilidade dos nossos projetos
com a redução de gastos com energia elétrica”, destaca o diretor.
Vantagens da cogeração
Hoje, a cogeração de energia a partir da biomassa de cana representa
6% da matriz energética brasileira
ou 8.000 mW de capacidade instalada, de acordo com dados da
agência Nacional de Energia Elétrica
(aneel). apesar de reduzido se comparado com outras fontes, o volume é
significativo na medida em que
abastece as unidades produtoras de
etanol, é uma matéria-prima sustentável e também dá o destino adequado aos resíduos da produção
de biocombustíveis.
“a raízen contabiliza 27 milhões
de toneladas de biomassa por
ano-safra. Este potencial nos dá
a certeza de que teremos insumo
suficiente para alcançar os nossos
planos para a cogeração, trabalhando com um produto 100% renovável”, assinala antônio Valezi,
gerente de Produção e Eficiência
Energética da raízen.
Entre as vantagens destacadas pelo
gerente, estão: maior confiabilidade
no fornecimento de energia, maior
“A cogeração é
importante não só
pelas receitas, mas
eficiência energética e menor emissão de poluentes. isto porque com
a cogeração de energia se evita a
queima da biomassa no campo, responsável por grandes emissões de
gases de efeito estufa (GEE).
além disso, como a região Centro-Sul detém 87% da produção de
cana-de-açúcar no Brasil, e é também o maior mercado consumidor
de energia do país, o aumento da
geração de energia por meio da
biomassa resultaria na redução dos
custos de transmissão e distribuição
de eletricidade no país, por exemplo.
a natureza se encarregou, ainda, de
agregar mais um estímulo à produção
de eletricidade por meio do processamento de biomassa. De acordo com
especialistas do setor, este tipo de geração é complementar à hidráulica –
principal fonte brasileira de energia,
com 66% da matriz – porque o período em que a safra é colhida é o mesmo no qual a vazão dos reservatórios
está em baixa e a geração hidrelétrica
em queda.
À esquerda: vista geral
das caldeiras instaladas
na termelétrica associada
à Usina da Barra, em São
Paulo. Abaixo: sala de
controle e operação da
geração termoelétrica
principalmente
por contribuir para a
geração de caixa e a
rentabilidade dos
nossos projetos”
João Alberto Abreu
Diretor de Bioenergia e Tecnologia
Revista Raízen
22
Tecnologia e Inovação
Excelência
na rede
Plataforma de relacionamento online garante
a qualidade na interface com clientes
a união de duas fortes culturas corporativas permitiu à raízen, entre outras coisas, desenvolver soluções inovadoras que
agregam tecnologia e eficiência às suas
operações. Um dos exemplos de sucesso é a plataforma virtual de autoatendimento, batizada de Centro de Serviços
Online (CSonline). Em apenas um ano de
funcionamento, a ferramenta – principal
canal de comunicação entre a empresa
e os clientes – já tem aproximadamente
200 mil acessos por mês e responde por
mais de 90% dos pedidos de combustíveis da empresa.
Com o sistema, os clientes têm à disposição um canal onde é possível realizar, além
do pedido de entrega de combustível, boa
parte das operações do dia a dia, como
emissões de segunda via de boletos e de
faturas com datas de pagamento diferentes, verificação de extratos de lançamentos,
consultas de preços e de status de pedidos,
e outras ações.
Para o diretor de Serviço ao Cliente,
F l áv i o S a nti a g o, o b o m d e s e m p e nho do CSonline é proporcional à inovação oferecida: “O CSonline garante maior confiabilidade e a certeza de
que o pedido será atendido de acordo
com a solicitação enviada. além disso, oferece rapidez, segurança e reduz
custos operacionais”.
“O CSonline
garante maior
confiabilidade
e a certeza de
que o pedido
será atendido
de acordo com
a solicitação
enviada”
Flávio Santiago
Diretor de Serviço ao Cliente
Revista Raízen
Novas
ferramentas
Para manter a excelência e o alto
nível do serviço do CSonline, a
raízen está desenvolvendo novas
funcionalidades que deverão entrar
em operação até o fim deste ano.
Uma delas é a possibilidade de registro de solicitações via internet.
“O cliente poderá fazer uma solicitação, sugestão ou reclamação
sem precisar ligar para a Central
de atendimento”, explica o gerente de relacionamento com Cliente,
marcus Prado.
Outra estratégia da empresa é disponibilizar o sistema web para 100%
dos clientes da área de distribuição
de combustíveis. “Desde junho,
por exemplo, estamos incluindo o
segmento de aviação regional no
CSonline”, descreve o gerente.
STOCK.XCHNG/aYHaN YilDiZ
Alto nível
De acordo com pesquisas realizadas
pela raízen, cerca de 98% dos clientes
que utilizam a plataforma estão satisfeitos com o serviço. “a cada cinco semanas, recebemos um levantamento feito
com 400 clientes aleatórios que opinam
sobre CSonline. Os resultados são muito
satisfatórios”, ressalta Prado.
“A cada cinco semanas,
recebemos um levantamento
feito com 400 clientes aleatórios
que opinam sobre o CSonline.
Os resultados são muito
satisfatórios”
Marcus Prado
Gerente de Relacionamento com Cliente
além dos recursos disponíveis na página da internet, os clientes podem fazer solicitações por meio de uma central telefônica. Neste caso, a operação
é terceirizada, realizada pela empresa
atento. Hoje, 40 mil ligações são atendidas mensalmente e envolvem desde
o esclarecimento de dúvidas e informações sobre entrega de pedidos até
elogios e reclamações.
“No início da operação da Central de
atendimento, recebíamos 70 mil ligações por mês. Nosso objetivo é diminuir
ao máximo este número para o cliente
fazer a maioria dos pedidos via web”,
explica Santiago.
Revista Raízen
24
Tecnologia e Inovação
Treinamento eficaz
Os operadores da Atento, responsáveis pelo atendimento
aos clientes da Raízen, se concentram em uma central
telefônica, instalada em Campinas (SP). O treinamento
destes profissionais é um dos trunfos para manter a excelência no atendimento.
“A Raízen possui um programa estruturado de treinamento e
uma equipe especializada em desenvolver as competências
necessárias para a excelência do serviço. Além das aulas
de capacitação, os atendentes recebem reciclagens sobre
procedimentos e técnicas de atendimento, objetivando a
melhoria contínua do processo”, comenta a coordenadora
de Suporte ao Cliente da Raízen, Sonia Dalefi.
A estratégia é responsável pelos bons resultados conquistados nas pesquisas realizadas ao final de cada ligação. O
levantamento avalia a percepção do cliente com relação ao
atendimento e à resposta recebida. Cerca de 98% deles es-
tão satisfeitos com o operador, e 90% têm sua solicitação
atendida de forma rápida e eficaz.
“Treinamos os operadores para manter a qualidade do atendimento. O cliente, por exemplo, não espera mais do que 20
segundos em 80% das ligações que recebemos diariamente
na Central. Este índice é um referencial no mercado”, atesta
Marcus Prado.
O treinamento inicial, segundo a coordenadora, dura, aproximadamente, 15 dias. Após o término, o operador ainda tem
à sua disposição aulas no próprio trabalho para auxiliá-lo
durante as primeiras semanas de trabalho.
“Além das instruções sobre técnicas de atendimento, temos uma
equipe na Raízen responsável por elaborar e atualizar o material de
treinamento. Os chamados ‘multiplicadores da Atento’ são capazes de transferir os conhecimentos adquiridos a todos os níveis da
Central”, completa Sonia.
“A Raízen possui um
programa estruturado
de treinamento e uma
equipe especializada
em desenvolver as
competências necessárias
para a excelência
do serviço”
Sonia Dalefi
Coordenadora de Suporte
ao Cliente
Central telefônica da empresa Atento, que atende a Raízen em Campinas (SP)
Revista Raízen
25
STOCK.XCHNG/lUiS GUSTaVO lUCENa
Raízes do Brasil
No coração
da Amazônia
Raízen marca presença na região Norte e reflete a
diversidade de um país com dimensões continentais
O verde e o silêncio da imponente e exuberante floresta amazônica contrastam com
a pulsante metrópole de 1,8 milhão de habitantes, que detém o sexto maior Produto
interno Bruto (PiB) entre as capitais brasileiras. Trata-se de manaus, onde os elementos, por mais paradoxais que pareçam, estão integrados para a formação da cidade
mais desenvolvida da região Norte.
localizada no coração da mata,
a capital do estado do amazonas abriga uma
das unidades operacionais da raízen – o
Terminal de manaus, que, assim como a região em si, conta com várias particularidades. Uma delas é o uso do modal fluvial,
base da logística da região, 90% da qual é
irrigada por rios e afluentes.
O rio Negro, de águas escuras como sugere
o nome, banha as instalações da empresa,
que detém um terminal flutuante, espécie de
porto para carga e descarga de combustíveis.
as balsas chegam a transportar 2 mil m³ de
produtos – como gasolina, diesel, etanol e até
mesmo o diesel marítimo, bastante utilizado
no abastecimento das embarcações.
mensalmente, o terminal distribui 60
mil m 3 de combustíveis para três terminais secundários da raízen: Por to
Velho (rO), Santarém e itaituba (Pa). as viagens duram cerca de sete dias no período
de cheia do rio, e 13 dias na vazante (de
julho a dezembro), com o percurso composto pela biodiversidade da maior floresta
tropical do mundo.
“Temos uma
expectativa muito
boa em termos de
consumo na região
Norte, inclusive com
a diversificação do
diesel S-50”
Franko Barroso
Superintendente do Núcleo
Manaus da Raízen
“O Terminal de manaus funciona como
um ponto primário para o abastecimento do Norte do país. Nossa localização é
estratégica para o suprimento dos outros
terminais, que recebem os produtos por
meio de embarcações”, explica o superintendente do Núcleo manaus da raízen,
Franko Barroso.
Revista Raízen
Raízes do Brasil
STOCK.XCHNG/BRUNO BATOCCHIO
26
“Quem vem do CentroSul não faz ideia do que
representa a Amazônia. É
algo surpreendente em
tamanho e beleza”
Ian Dobereiner
Gerente da região Norte na área de vendas
Praça São Sebastião, no centro de Manaus (AM)
Carregamento
Os produtos saem da Refinaria de Manaus (Reman) por
meio de 400 m de dutos e são armazenados no Terminal de
Manaus para o suprimento de clientes locais e das embarcações atracadas no terminal flutuante. Carregadas, as balsas
rumam em direção aos terminais secundários que abastecem
outras cidades da região Norte por modal fluvial.
Já o etanol produzido na região Centro-Oeste faz o caminho inverso: percorre as estradas até o Terminal de Porto Velho (RO).
Lá, parte do volume é destinada ao atendimento local, e outro
carregamento é embarcado nas balsas e entregue no Terminal
de Manaus para o abastecimento da cidade e também de terminais secundários da região.
Além do posicionamento favorável, a unidade foi construída em
uma cidade que só tende a crescer em termos de volume demandado. Para se preparar para esse movimento, a empresa
está ampliando a capacidade do terminal em 8 mil m³ com a
construção de mais dois tanques. “Temos uma expectativa muito boa em termos de consumo na região Norte, inclusive com a
diversificação do diesel S-50”, adianta Franko.
Distribuição
A logística planejada pela Raízen funciona como uma engrenagem bem
calibrada para levar os produtos de
qualidade da marca Shell aos consumidores no extremo norte do Brasil.
Terminal flutuante, responsável pelo escoamento
da produção em balsas
Revista Raízen
O gerente da região Norte na área
de vendas, Ian Dobereiner, conta
que a empresa trabalha pela excelência operacional, mesmo com o
desafio das dimensões continentais
a superar. “Trouxemos para o meio
da floresta a mesma qualidade apresentada pela marca no restante do
país. Temos aqui todas as ofertas
que encontramos em São Paulo ou
em qualquer outra grande cidade”,
ressalta o gerente.
No comando de cerca de 200 postos Shell, o carioca Ian, em Manaus
há um ano e meio, ficou fascinado
com a região, onde tudo funciona
em grande escala. A começar pela
floresta: “Quem vem do Centro-Sul
não faz ideia do que representa a
Amazônia. É algo surpreendente em
tamanho e beleza”, descreve.
História
STOCK.XCHNG/amaNDa maFiOlETTi
manaus surgiu na segunda metade do
século XVii e foi nomeada com referência aos índios manaos, que habitavam o local. Durante um longo período viveu isolada do restante do país
até participar, no século XiX, do ciclo
internacional da borracha, cuja matéria-prima é o látex extraído das seringueiras. A riqueza gerada neste período financiou a instalação, em plena selva,
de modernas construções.
Teatro de Manaus (AM), uma das construções mais antigas da cidade
Com o declínio do comércio da borracha, a capital do maior estado do
Brasil caiu em uma espécie de esquecimento. readquiriu importância
econômica apenas nos anos 50 com
a instalação de um parque industrial
incentivado pela instituição de uma
Zona Franca que hoje abriga empresas de alta tecnologia, nos setores
de eletroeletrônicos, de informática
e de comunicação.
A logística planejada pela Raízen
funciona como uma engrenagem
bem calibrada para levar os
produtos de qualidade da marca
Shell aos consumidores no
extremo norte do Brasil
Vista aérea do Terminal de Manaus, com infraestrutura de escoamento pelo modal aquaviário
Parceria de
longa data
O Terminal de manaus foi construído
nos anos 70 para escoar a produção da
Refinaria de Manaus e atender a região:
mais uma iniciativa do empresário isaac
Benaion Sabbá. Posteriormente a família
Sabbá associou-se à Shell, formando a
Petróleo Sabbá, parceria que se estende aos dias de hoje, sendo o braço de
distribuição da raízen na região Norte
para o mercado automotivo.
Revista Raízen
28
Mercado
Voando
alto
Raízen investirá R$ 200 milhões nos próximos cinco
anos para acompanhar a evolução do setor de aviação
O crescimento econômico do país atrelado à redução
das tarifas praticadas pelas companhias resultou em
uma alteração comportamental dos passageiros, que
migraram dos terminais rodoviários para os saguões
dos aeroportos. Nos últimos quatro anos, o mercado
brasileiro de aviação observou um expressivo aumento de
demanda, que pôs na mesa uma série de desafios para o
setor, principalmente no que diz respeito à infraestrutura.
Com um número 60% maior de passageiros em 2011,
se comparado com 2008, o segmento aeroportuário
registra hoje 180 milhões de clientes, segundo dados
Infraero, e terá de se preparar, ainda, para eventos
internacionais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Para acompanhar este desenvolvimento, a Raízen traçou
um plano de investimentos de R$ 200 milhões para os
próximos cinco anos no segmento de aviação.
Os recursos serão aplicados na operação de
abastecimento de combustível nos aeroportos, em
armazenagem, na aquisição de caminhões-tanque,
hidrantes e sistemas de segurança.
O montante destaca-se quando comparado ao
aplicado nos últimos cinco anos: cerca de R$ 125
milhões. A previsão é de um crescimento de, no
mínimo, 50% em volume de combustível para a
aviação até 2017, o que resultará em mais pontos
de abastecimentos e caminhões na pista, segundo
o diretor de Aviação da Raízen, Paulo Borgerth. O
executivo acrescenta que, “somente em 2012, a
Raízen já adquiriu 30 veículos e pretende investir em
outras áreas para aperfeiçoar a operação”.
O vice-presidente Comercial da Raízen, Luis Henrique
Guimarães ressalta o trabalho da empresa no
segmento: “Com quase 90 anos de operação no
mercado brasileiro de aviação, por meio da marca
Shell, vislumbramos um cenário muito positivo para
os próximos anos e, consequentemente, níveis
de investimento que pretendem acompanhar a
necessidade de infraestrutura e aumentar a capilaridade
da nossa rede, buscando prover os melhores serviços
aos nossos clientes”, comenta o VP.
Expansão
Presente em 54 aeroportos, que juntos respondem por aproximadamente 95% da demanda do mercado de combustível de
aviação no Brasil, a Raízen expandirá suas operações ainda
neste ano em três novas localidades. Outras 15 estão em processo de avaliação, com previsão para início em 2014. “Nossa
estratégia consiste em conquistar novos clientes, acompanhar
as necessidades de infraestrutura nacional e abrir novos horizontes”, ressalta Borgerth.
Na avaliação do diretor, a área de combustíveis para aviação da
Raízen ainda tem espaço para crescer. Segundo informações da
Revista Raízen
Embraer, hoje existem cerca de 130 aeroportos regionais, e o
governo federal pretende ampliar esse número para 210 até 2014.
Além do segmento de aviação comercial, a Raízen quer expandir
sua atuação no ramo da aviação executiva. De acordo com dados
de um levantamento realizado pela empresa americana Honeywell
(fabricante de motores de aviação), o mercado de jatos nos Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) deve crescer 6,3%
este ano. “É um setor com grande potencial de desenvolvimento.
Hoje, temos, aproximadamente, três mil campos de pouso no país,
o que nos garante maior participação para este serviço”, explica.
Volume
A distribuição de combustível no
mercado aéreo brasileiro confirma
a posição de destaque da Raízen,
que detém aproximadamente 35%
de par ticipação no mercado. Na
safra 2011/2012 foram movimentados
mais de 2,5 bilhões de litros de
combustíveis, e a previsão para
2012/2013 é ainda maior. Hoje,
a empresa possui 320 funcionários
que atendem a cerca de 1,2 mil
clientes neste segmento.
“Nossa escala na aviação é
si gni f i c ati va, e o di fe re ncia l da
empresa é adequar a logística para
manter a eficiência no atendimento
das necessidades dos nossos
clientes, assegurando que todos os
contratos firmados sejam cumpridos.
O crescimento no setor deve estar
relacionado à qualidade do produto,
das operações e, principalmente,
ao cumprimento das normas de
segurança”, finaliza Borgerth.
estratégia consiste em
conquistar novos clientes,
acompanhar as necessidades de
infraestrutura nacional e abrir
novos horizontes”
“Nossa
Paulo Borgerth
Diretor de Aviação
Revista Raízen
30
Expressão
Talvez menos
sustos em 2013
O novo diesel chegou aos postos, mas
não havia consumidores. É que somente
a par tir de janeiro as montadoras
passaram a produzir os novos caminhões,
conforme compromisso acer tado
com as autoridades. No entanto, as
revendedoras de veículos tiveram ainda
o prazo de 90 dias para desovar seus
estoques, formado essencialmente nos
últimos meses de 2011. Enquanto esse
estoque não foi absorvido, as vendas de
novos caminhões e ônibus Euro 5 não
decolaram, mantendo baixo o consumo
do S-50. Por ser um pouco mais caro,
a frota antiga de caminhões continuou
optando pelos demais tipos de diesel.
Além disso, o uso do S-50 pela frota mais
moderna deve ser acompanhado do Arla
32, um catalisador para os motores,
outra novidade no abastecimento.
Como era esperado, o mercado vem se
ajustando, e não está longe o dia em
Revista Raízen
que o abastecimento de caminhões com
o S-50 será uma rotina.
Mas essa ansiedade que envolveu a
distribuição e a revenda não se resumiu
apenas ao diesel. O consumo de
gasolina continuou em 2012 a apresentar
um forte ritmo de crescimento, em
detrimento do etanol. A escassez do
hidratado elevou os preços do produto,
afugentando o consumidor, mesmo
aqueles que, proprietários de carros com
motores flex, já haviam se acostumado a
abastecer seus veículos frequentemente
com etanol.
entregue ao mercado, até porque
estão disponíveis para os fabricantes
instrumentos de aferição devidamente
testados pelo Inmetro.
O ano de 2013 deve apresentar menos obstáculos no que se refere aos
pontos aqui abordados. Em compensação, a economia brasileira crescerá mais e o consumo de combustíveis seguirá essa trajetória.
Por questões de política econômica,
os preços domésticos da gasolina
não têm acompanhado a trajetória
internacional, e tal defasagem reduziu a
competitividade do etanol no mercado
interno. Muitos produtores perderam
capacidade de investimento, de modo
que a perspectiva de escassez se
mantém no horizonte. Para a distribuição
e a revenda, a substituição do etanol
hidratado pela gasolina significou uma
mudança considerável na logística de
transporte e no armazenamento dos
combustíveis, exigindo uma fixação
de preços para os produtos mais
compatível com os custos.
Q u e s tõ e s o p e r a c i o n a i s t a m b é m
movimentaram o mercado. Muitos
revendedores têm se queixado da
variação da qualidade do biodiesel,
misturado na proporção de 5% ao diesel
de petróleo. Problemas de oxidação de
peças das bombas e dos tanques são
atribuídos a essa variação de qualidade.
As autoridades fiscalizadoras prometem
mais rigor na avaliação do biodiesel
ArQuIVO PESSOAl
O ano de 2012 ficará marcado por muita
ansiedade no mercado de distribuição e
revenda de combustíveis. A “folhinha” nem
acabara de virar a página, anunciando o
ano-novo, e todo o sistema de distribuição
e revenda já deparava com o desafio de
atender ao primeiro consumidor que
chegasse aos postos demandando o
diesel S-50. Bem menos poluente que
os demais tipos de óleo diesel, o S-50 é
recomendado para uso na nova geração
de motores de caminhões e ônibus
conhecida como Euro 5. A combinação
dos dois (diesel S-50 e motor Euro 5) é
capaz de reduzir em até 80% a emissão
de material particulado na atmosfera.
Mas, se usado nos antigos motores, a
redução não chega a ser tão expressiva
(cerca de 10%).
George Vidor, colunista do jornal O Globo
e comentarista econômico da Globonews
Indicadores
31
Combustível
do sucesso
Uma das maiores
empresas em
faturamento do Brasil,
a Raízen apresenta,
em apenas um ano de
operações, números
imponentes que dão
a sua dimensão
no mercado
destaques (ano-safra 2011/2012)
Unidades
produtoras
24
Postos
de serviços
4.700*
Produção anual de etanol
2 bilhões
de litros
Volume comercializado de energia
1,5 milhão
de MWh
Terminais de
distribuição
57*
Produção anual de açúcar
aeroportos
54
Colheita mecanizada
4 milhões
de toneladas
86%
Volume comercializado de combustível
21 bilhões
de litros
Presença em
Quilômetros percorridos na distribuição
130 milhões
* Números de postos e terminais de distribuição referentes a agosto de 2012.
A atuação da empresa
Presença nos estados
Escritórios administrativos
no Brasil
Produtoras de açúcar,
etanol e energia
Terminais de distribuição
Terminais de distribuição
em aeroportos
Postos de serviços
Revista Raízen
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