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REVISÃO PARA A 1ª AE.
ESTUDE BEM, TREINE AS
QUESTÕES DISSERTATIVAS
E BOA SORTE!
ZUM ZARAVALHO!
1. (UFRN-1997) O pensamento político e econômico europeu, em fins
do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao
Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade
Moderna.
Qual das idéias abaixo caracteriza essa nova corrente de pensamento?
a) É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da
vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o acúmulo
metalista.
b) O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por
um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque emana de Deus.
c) A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir
no mercado, estimulando as exportações e restringindo as importações.
d) O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do
consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a
violência do estado natural.
e) O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas
para garantir as liberdades públicas e a propriedades dos cidadãos.
2. (Vunesp-2003) ... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um
tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da
qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente.
(Christopher Hill, A revolução inglesa de 1640)
O autor do texto está se referindo
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época
Moderna.
b) ao controle pela coroa inglesa de extensas áreas coloniais.
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia
política do parlamento.
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos
de lã.
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizaram
o período.
3. (Vunesp-1999) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) da Inglaterra
de 1689, a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América
de 1776 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789
da França são documentos que expressam um processo revolucionário
abrangente que pode ser caracterizado como:
a) declínio da aristocracia feudal, fim do poder monárquico e
redemocratização dos Estados.
b) ascensão política da burguesia, queda do poder absolutista e
fortalecimento do liberalismo.
c) igualdade de direitos para todos, fim das monarquias e difusão das
idéias iluministas.
d) fim dos privilégios da nobreza, organização de repúblicas e difusão
do positivismo.
e) ampliação dos direitos da burguesia, estabelecimento de
democracias e declínio do liberalismo.
4. (UNIFESP-2003) Nas outras monarquias da Europa, procura-se ganhar
a benevolência do rei; na Inglaterra, o rei procura ganhar a
benevolência [da Câmara] dos Comuns. (Alexandre Deleyre. Tableau de
l’Europe. 1774)
Essa diferença entre a monarquia inglesa e as do continente deve-se
A) ao rei Jorge III que, acometido por um longo período de loucura,
tornou-se dependente do Parlamento para governar.
B) ao fato da casa de Hannover, por sua origem alemã, gozar de
pouca legitimidade para impor aos ingleses o despotismo esclarecido.
C) ao início da rebelião das colônias inglesas da América do Norte
contra o monarca, que o obrigou a fazer concessões.
D) à peculiaridade da evolução política inglesa a qual, graças à Magna
Carta, não passou pela fase da monarquia absolutista.
E) às revoluções políticas de 1640 (Puritana) e 1688 (Gloriosa), que
retiraram do rei o poder de se sobrepor ao Parlamento.
5. (UNIFESP-2005) Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do
século XVI, o Parlamento inglês “aprovava ‘pilhas de estatutos’, que
controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis
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estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais,
apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos
sociais”.
(Lawrence Stone, 1972.)
Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
A) inferioridade da monarquia inglesa sobre as européias no que diz
respeito à intervenção do Estado na economia.
B) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas
com relação às políticas sociais.
C) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua
condição de um poder independente.
D) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bemestar e o aumento da população.
E) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores
deram o nome de mercantilismo.
6. (FGV-2004) A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi considerada
como a última grande guerra de religião da Época Moderna. A seu respeito é
correto afirmar:
a)O conflito levou ao enfraquecimento do império Habsburgo e ao
estabelecimento de uma nova situação internacional com o fortalecimento do
reino francês.
b)O conflito iniciou-se com a proclamação da independência das Províncias
Unidas, que se separavam, assim, dos domínios do império Habsburgo.
c)O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes sobre os católicos na
França, apoiados pelo monarca Henrique de Bourbon, desde o final do século
XVI.
d)O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que, em aliança com o
papado, desencadearam a chamada Contra-Reforma Católica.
e)O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no continente
europeu, através de tropas formadas por grupos populares enviadas por Oliver
Cromwell.
7. (VUNESP-2006) Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje (22 de
Janeiro de 1689) reunidos (...) constituindo em conjunto a representação plena
e livre da nação (...) declaram (...) para assegurar os seus antigos direitos e
liberdades:
1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua
execução (...) é ilegal;
2. Que o pretenso direito da autoridade real de dispensar das leis ou a sua
execução (...) é ilegal; (...)
4. Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso (...)
sem consentimento do Parlamento (...) é ilegal; (...)
6. Que o recrutamento e a manutenção de um exército no reino, em tempo de
paz, sem o consentimento do Parlamento, é ilegal; (...)
(A Declaração dos Direitos. Apud F. R. Dareste e P. Dareste, As constituições
modernas.)
a. Identifique o contexto em que esse documento foi escrito.
Resposta: A Inglaterra do século XVII foi marcada por um período turbulento,
em função das revoluções em seu território. O processo culminou com a
derrubada do rei Jaime II (Stuart) em meio à Revolução Gloriosa (1689).
b. A Declaração dos Direitos estabelece qual relação de poder entre o rei e o
Parlamento inglês?
Resposta: A Declaração de Direitos (Bill of Rights) estabeleceu uma relação de
subordinação do rei ao Parlamento inglês.
(UFRJ-2005)
8.“Dois acontecimentos que fizeram época marcam o inicio e o fim do
absolutismo clássico. Seu ponto de partida foi a guerra civil religiosa. . O Estado
moderno ergue-se desses conflitos religiosos mediante lutas penosas, e só
alcançou sua forma e fisionomia plenas ao superá-los. Outra guerra civil – a
Revolução Francesa – preparou seu fim brusco.”
Fonte: KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Rio de Janeiro, Eduerj &
Contraponto, 1999, p. 19.
a. Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício da autoridade pelo
Estado Absolutista.
Resposta: O Estado ampliou sua autoridade por meio do monopólio do poder
militar e da justiça, da formação de uma burocracia estatal e da interferência na
economia. O Estado do Antigo Regime baseava, ainda, sua autoridade nas
contínuas negociações com os poderes locais (como a aristocracia e as Comunas
Urbanas), e no exercício da justiça como forma de garantir a ordem social e
política.
b. Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a Europa, o
filósofo inglês Thomas Hobbes defendia a necessidade de um Estado forte
como forma de controlar os sentimentos antissociais do homem. Pouco
mais de um século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua obra Contrato
Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o mesmo problema.
Comente uma característica de concepção de Estado presente em
Rousseau.
Resposta: Rousseau considera que o Estado fora criado pelo homem para
preservar sua liberdade, o povo é o depositário do poder e os governantes
constituem apenas seus funcionários. As leis devem ser aprovadas por
todos, a soberania do povo deve ser absoluta e se manifestar através da
vontade geral, pois a liberdade só existe quando há igualdade entre os
componentes da sociedade.
9.(UFRS-1998) Relacione as obras renascentistas com os seus
autores.
1. Dante Allighieri
( ) Gargântua e Pantagruel.
2. Rabelais
( ) O Elogio da Loucura.
3. Copérnico
( ) Ensaios
4. Montaigne
( ) A Divina Comédia.
5. Erasmo de Rotterdam ( ) As Revoluções dos Orbes Celestes
A sequência numérica correta, de cima para baixo, na coluna da
direita,é
( )5-4-3-2-1
( )2-5-4-1-3
( )1-2-3-4-5
( )5-2-1-3-4
( )3-1-2-4-5
10.(UFV-2005) Observe a figura abaixo:
A Leiteira (c.1658-1660), de JOHANNES VEERMER, é uma das obrasprimas da pintura holandesa do século XVII, que gradativamente define
um estilo próprio, representando com austero realismo cenas familiares,
paisagens urbanas, situações da vida cotidiana e retratos de pessoas
comuns. A vida urbana e comercial é o cenário dessa nova forma de
representação do mundo, que caracteriza a cristalização de uma cultura
burguesa. Das características abaixo, assinale aquela que NÃO se aplica
à cultura burguesa urbana da era moderna.
( )A estética barroca, caracterizada por uma
representação do mundo saturada de excessos
e movimento.
( )A atribuição de valor moral ao trabalho honesto
e disciplinado, com raízes na religião reformada.
( )O profundo desprezo pelas classes populares,
consideradas como dissolutas e avessas ao trabalho.
( )A vida doméstica centrada na definição de uma
esfera privada restrita à família nuclear.
( )A aversão ao complexo jogo de etiqueta e honra da
sociedade de corte e dos aristocratas em geral.
11. Observe a imagem. Essa escultura –
a Pietà – em mármore ,de Michelangelo,
é uma obra de arte do período:
( ) clássico romano.
( ) medieval.
( ) renascentista.
( ) barroco.
( ) romântico.
12. (VUNESP-2005) A obra de Jan van Eyck -O casal
Arnolfini (1434)-revela traços marcantes da pintura
renascentista. Entre esses traços presentes na obra
de JAN VAN EYCK, pode-se identificar a temática
( ) burguesa e o liberalismo.
( ) religiosa e os valores greco-romanos.
( ) profana e a busca do transcendente.
( ) pagã e o cientificismo.
( ) profana e a perspectiva.
(UNICAMP-2001) Em 1566, COPÉRNICO anunciava, em sua obra Sobre as
revoluções das órbitas celestes: “[...] no primeiro livro descrevo todas as
posições dos astros, assim como os movimentos que atribuo à Terra, a fim de
que este livro narre a constituição geral do Universo”. (Adaptado de José Gaos,
História de nuestra idea del mundo. Fondo de Cultura Económica, 1992, p.
146.)
a. Em que a obra de Copérnico significou uma revolução na forma como se via
o mundo comparada à da Idade Média?
-A chamada "Revolução Copernicana" corresponde à mudança de perspectiva,
entre outros aspectos, sobre o movimento dos astros e a posição da Terra em
relação ao que se compreendia como o Universo naquele momento.
13.
b. Como o telescópio, inventado por Galileu em 1610, ajudava a
confirmar as teses de Copérnico?
-Com o invento do telescópio, pôde-se fazer a observação experimental
dos astros e seus movimentos e, por meio dessa percepção, verificar o
próprio movimento do planeta Terra.
c. Relacione o estudo da astronomia com as grandes navegações desse
período.
-A expansão marítima dos séculos XV-XVI baseou seu trabalho técnico
na observação astronômica. Aperfeiçoando os instrumentos náuticos
existentes (especialmente árabes) e desenvolvendo outros, os técnicos
do período utilizavam os astros como referenciais para o deslocamento
nos "novos" espaços marítimos, que se apresentavam aos europeus
pela primeira vez.
14. A mais importante figura do Renascimento em Portugal foi:
[ UD I, Assunto 1, objetivos a, b, c.]
( ) Eça de Queiróz.
( ) Fernando Pessoa
( ) Padre José de Anchieta.
( X ) Luís de Camões.
15. “Os fins justificam os meios”. Essa máxima utilizada no meio político inescrupuloso até os dias de
hoje para a conquista, manutenção e perpetuação do poder foi escrita na seguinte famosa obra
renascentista:
[ UD I, Assunto 1, objetivos a, b, c.]
( ) Decameron.
( ) Romeu e Julieta.
(X) O Príncipe.
( ) D. Quixote de La Mancha.
16. A respeito da Reforma Protestante, iniciada no século XVI, é correto afirmar:
[ UD I, Assunto 1, objetivos a, b, c.]
( X ) provocou a divisão da Igreja Católica Romana, retirando do Papa a unidade do poder religioso
cristão.
( ) por se tratar de religião, não existiu ligação com os interesses econômicos da burguesia.
( ) a Igreja Católica, ao promover a Contrarreforma, concordou com as teses protestantes.
( ) 0 maior responsável pelo início da Reforma, Martinho Lutero, não era membro do clero da Igreja.
4.“Chegou a hora da igualdade passar a foice por todas as cabeças.
Portanto, legisladores, vamos colocar o terror na ordem do dia.”
(Discurso de ROBESPIERRE na Convenção).
A fala de Robespierre ocorreu num dos períodos mais intensos da
Revolução Francesa. Esse período caracterizou-se:
(
) pela fundação da monarquia constitucional, marcada pelo
funcionamento da Assembleia Nacional.
(
) pela organização do Diretório, marcado pela adoção do voto
censitário.
(
) pela reação termidoriana, marcada pelo fortalecimento dos
setores conservadores.
(
) pela convocação dos Estados Gerais, que pôs fim ao
absolutismo francês.
( ) pela criação do Comitê de Salvação Pública e a radicalização
da revolução.
17. As revoluções contra o poder absolutista dos reis atravessaram
grande parte da história moderna da Europa. Houve, no entanto,
diferenças entre as revoluções francesa e inglesa. Assinale a alternativa
correta.
( ) Na França, a oposição ao absolutismo implicou, ao contrário do que
ocorreu na Inglaterra, o estabelecimento de um regime republicano,
mesmo que passageiro.
( ) A revolução inglesa, diferentemente da francesa, reivindicou os
direitos do Parlamento contra o arbítrio real, expressos por documentos
escritos que remontavam à Idade Média.
( ) A revolução inglesa, ao contrário da francesa, contou com o apoio
popular na luta contra os reis absolutistas, desvinculando-se de disputas
entre facções religiosas.
( ) A luta contra o absolutismo na França distinguiu-se do processo que
se desenvolveu na Inglaterra pela violência e execução do monarca
absolutista.
.
18. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
votada
pela Assembleia Nacional Constituinte Francesa, em 26 de agosto de 1789, visava:
( ) romper com a Declaração de Independência dos Estados
Unidos, por esta não ter negado a escravidão.
(
) recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade,
surgidos na época medieval e esquecidos na moderna.
( ) estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a desigualdade social.
( ) assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo,
iriam fundar a nova constituição francesa.
( ) pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de acordo com sua capacidade.
0
7. A charge da época, reproduzida
abaixo, retrata o jogo de relações
0
sociais da França pré-revolucionária.
A esse respeito é correto afirmar:
(
0
0
) A França era estruturada em uma sociedade
0
estamental dividida em 03 Estados, sendo o
0
0 3º Estado composto, desde a alta burguesia
0 até as camadas populares, incidindo sobre
0 estas todas as tributações.
) apesar de a França ter uma sociedade
0(
0 dividida em estamentos, não havia conflitos
de classes, pois a Igreja, por meio da teoria
do direito divino, garantia a imobilidade
meio da teoria do direito divino, garantia a
imobilidade social.
( ) o povo permanecia obediente ao seu monarca, havendo o respaldo da Igreja, que
que doutrinava seus fiéis a se submeterem
à vontade de Deus, que apoiava uma estrutura social estratificada.
( ) o povo, que formava o Primeiro Estado,
arcava pesadas tributações impostas pelo
monarca francês.
19. Veja a charge, leia o texto e responda:
“A 5 de outubro, oito ou dez mil mulheres foram a Versalhes; muita gente as acompanhou. A Guarda Nacional forçou o Sr de La Fayette a conduzi-las para lá na mesma noite. No dia 06, elas
trouxeram o rei e obrigaram-no a residir em Paris.(...)
Não devemos procurar aqui a ação dos partidos. Eles agiram,
mas fizeram muito pouco. A causa real, certa, para as mulheres,
para a multidão mais miserável, foi uma só, a fome. Tendo
desmontado um cavaleiro, em Versalhes, mataram o cavalo e
comeram-no quase cru.
(...) O que há no povo de mais povo, quero dizer, de mais
instintivo, de mais inspirado, são, por certo, as mulheres. Sua idéia
foi esta: “Falta pão, vamos buscar o rei; se ele estiver conosco,
cuidar-se-á para que o pão não falte mais.
Vamos buscar o padeiro!”
(Jules Michelet. História da Revolução Francesa, 1989.)
Sobre aquele momento da Revolução Francesa, é correto afirmar:
( ) o povo, constituído principalmente de funcionários da nobreza
acreditava que era necessário separar o rei da corte, para que se
pudessem fazer as reformas econômicas.
( ) a Assembleia havia assinado a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão e o povo acreditava que o rei era seu aliado para resolver o problema da circulação de cereais.
( ) os revolucionários estavam negociando com o rei a assinatura
sua deposição, visando a instalação de uma República na França.
( ) o rei e a rainha eram vistos como inimigos do povo e cúmplices
da aristocracia, responsabilizada pela crise econômica.
(
) o rei escolhera ficar em Versalhes, com a finalidade de
proteger a nobreza dos ataques do povo.
20. “Robespierre- Que se passa por aqui?
III Cidadão- Que pode se passar? Passa-se que aquelas poucas gotas de
sangue de agosto e setembro não deram para as bochechas do povo firem coradas. A guilhotina anda muito devagar. Precisamos de um bom
aguaceiro!
I Cidadão- Nossas mulheres e filhos bradam por pão; queremos cevá-los
com carne da aristocracia. Vamos! Mata os que não têm casaco
esburacado! -Todos- Mata! Mata! (BÜCHNER, Georg. A Morte de
Danton. Quadros dramáticos da época do Terror na França. Trad. Mario
da Silva, Clássicos de Bolso, Ed. Tecnoprint S.A. s/d)
-O drama, escrito entre 1834/35, retrata o momento da Revolução Francesa em que os jacobinos estão no poder, tentando varrer da França os
"traidores" da Revolução. Sobre o período retratado podemos afirmar :
( ) permitiu o atendimento das demandas populares e preservou os
privilégios do clero e da nobreza( ) garantiu a permanência da alta
burguesia (gironda) e da nobreza em aliança pela defesa da revolução.
( ) preservou os direitos feudais e garantiu os privilégios da nobreza
francesa conciliados com os avanços burgueses ( ) foi o momento mais
radical do processo revolucionário e teve ampla participação popular.
21. Algumas transformações que antecederam a Revolução
Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado
da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra
“restaurant” designava caldos ricos, com carne de aves e de boi,
legumes, raízes e ervas.
Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos,
usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que
precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos
restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em
páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e
mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a
Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus
patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus
restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da
Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante
com o sentido atual.
A mudança do significado da palavra restaurante ilustra:
( ) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de
vida da burguesia e da nobreza.
( ) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos
populares e dos valores da nobreza.
( ) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e
da visão de mundo da burguesia.
( ) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média.
( ) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de
uma visão de mundo igualitária.
22.(VUNESP-2010 adaptada) Observe o
mapa ao lado. A região que aparece no
mapa corresponde ao território que os Incas
dominaram por alguns séculos antes da
chegada dos espanhóis ao continente
americano. Esse povo ficou conhecido por
saber aproveitar todos os recursos naturais,
inclusive de áreas distantes ou de condições
climáticas não muito favoráveis à
agricultura. A forma como esse povo
conseguiu lidar com a natureza, extraindo
dela os recursos naturais necessários ao seu
abastecimento está relacionada com:
a) o uso de avançados instrumentos de
ferro na agricultura e de animais de tração
para auxiliar nas atividades de plantio e
colheita.
b) o conhecimento dos mais variados
pisos ecológicos, onde podiam caçar, pescar
e coletar pequenos frutos silvestres, visto
que desconheciam a agricultura.
27
(Luis Guillermo Lumbreras, Historia de
América Andina, 1999, Adaptado.)
c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hidráulicas e
fertilização química de solos, que lhes permitia alcançar grande
produção agrícola.
d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da hibridização
de sementes e técnica de construção de degraus para plantio nas
encostas da Cordilheira dos Andes.
23. (UEMG-2007) Observe a gravura abaixo.
(Códice asteca, 1521. Apud: FREIRE, Américo et al. História em curso. São Paulo: Editora do Brasil; Rio de
Janeiro: FGV, 2004. p.55.)
28
A contextualização histórica dessa gravura SÓ PERMITE AFIRMAR que:
a) um dos resultados da expansão marítimo-comercial europeia foi o
de ter colocado frente a frente povos culturalmente distintos, que se
mostraram refratários a toda e qualquer miscigenação.
b)os primeiros trinta anos da presença portuguesa na América
caracterizaram-se pela resistência tenaz da população autóctone ao
invasor europeu.
c) a conquista da América pelos europeus levou ao desaparecimento
quase total da população indígena, o que explica a adoção do escravo
africano como mão-de-obra básica no processo de colonização.
d) dentre os fatores responsáveis pela submissão dos povos
indígenas aos conquistadores europeus, destaca-se a supremacia
europeia em termos de equipamento militar.
29
24.Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução
Francesa:
( ) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.
( ) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu
impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.
( ) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes.
( ) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir
as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou, em mais de
um século, o processo econômico da França.
( ) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do pon
to de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu
que a burguesia a concluísse.
25.“Chegou a hora da igualdade passar a foice por todas as
cabeças.
Portanto, legisladores, vamos colocar o terror na ordem do dia.”
(Discurso de ROBESPIERRE na Convenção).
A fala de Robespierre ocorreu num dos períodos mais intensos da
Revolução Francesa. Esse período caracterizou-se:
(
) pela fundação da monarquia constitucional, marcada pelo
funcionamento da Assembleia Nacional.
(
) pela organização do Diretório, marcado pela adoção do voto
censitário.
(
) pela reação termidoriana, marcada pelo fortalecimento dos
setores conservadores.
(
) pela convocação dos Estados Gerais, que pôs fim ao
absolutismo francês.
( ) pela criação do Comitê de Salvação Pública e a radicalização
da revolução.
26. As revoluções contra o poder absolutista dos reis atravessaram
grande parte da história moderna da Europa. Houve, no entanto,
diferenças entre as revoluções francesa e inglesa. Assinale a alternativa
correta.
( ) Na França, a oposição ao absolutismo implicou, ao contrário do que
ocorreu na Inglaterra, o estabelecimento de um regime republicano,
mesmo que passageiro.
( ) A revolução inglesa, diferentemente da francesa, reivindicou os
direitos do Parlamento contra o arbítrio real, expressos por documentos
escritos que remontavam à Idade Média.
( ) A revolução inglesa, ao contrário da francesa, contou com o apoio
popular na luta contra os reis absolutistas, desvinculando-se de disputas
entre facções religiosas.
( ) A luta contra o absolutismo na França distinguiu-se do processo que
se desenvolveu na Inglaterra pela violência e execução do monarca
absolutista.
.
27. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
votada
pela Assembleia Nacional Constituinte Francesa, em 26 de agosto de 1789, visava:
( ) romper com a Declaração de Independência dos Estados
Unidos, por esta não ter negado a escravidão.
(
) recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade,
surgidos na época medieval e esquecidos na moderna.
( ) estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a desigualdade social.
( ) assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo,
iriam fundar a nova constituição francesa.
( ) pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de acordo com sua capacidade.
0
28. A charge da época, reproduzida
abaixo, retrata o jogo de relações
0
sociais da França pré-revolucionária.
A esse respeito é correto afirmar:
(
0
0
) A França era estruturada em uma sociedade
0
estamental dividida em 03 Estados, sendo o
0
0 3º Estado composto, desde a alta burguesia
0 até as camadas populares, incidindo sobre
0 estas todas as tributações.
) apesar de a França ter uma sociedade
0(
0 dividida em estamentos, não havia conflitos
de classes, pois a Igreja, por meio da teoria
do direito divino, garantia a imobilidade
meio da teoria do direito divino, garantia a
imobilidade social.
( ) o povo permanecia obediente ao seu monarca, havendo o respaldo da Igreja, que
que doutrinava seus fiéis a se submeterem
à vontade de Deus, que apoiava uma estrutura social estratificada.
( ) o povo, que formava o Primeiro Estado,
arcava pesadas tributações impostas pelo
monarca francês.
29.(VUNESP-2010 adaptada) Observe o
mapa ao lado. A região que aparece no
mapa corresponde ao território que os Incas
dominaram por alguns séculos antes da
chegada dos espanhóis ao continente
americano. Esse povo ficou conhecido por
saber aproveitar todos os recursos naturais,
inclusive de áreas distantes ou de condições
climáticas não muito favoráveis à
agricultura. A forma como esse povo
conseguiu lidar com a natureza, extraindo
dela os recursos naturais necessários ao seu
abastecimento está relacionada com:
a) o uso de avançados instrumentos de
ferro na agricultura e de animais de tração
para auxiliar nas atividades de plantio e
colheita.
b) o conhecimento dos mais variados
pisos ecológicos, onde podiam caçar, pescar
e coletar pequenos frutos silvestres, visto
que desconheciam a agricultura.
35
(Luis Guillermo Lumbreras, Historia de
América Andina, 1999, Adaptado.)
c) a sabedoria xamânica sobre astronomia, técnicas hidráulicas e
fertilização química de solos, que lhes permitia alcançar grande
produção agrícola.
d) o domínio de irrigação, conhecimento dos solos e da hibridização
de sementes e técnica de construção de degraus para plantio nas
encostas da Cordilheira dos Andes.
30. (UEMG-2007) Observe a gravura abaixo.
(Códice asteca, 1521. Apud: FREIRE, Américo et al. História em curso. São Paulo: Editora do Brasil; Rio de
Janeiro: FGV, 2004. p.55.)
36
A contextualização histórica dessa gravura SÓ PERMITE AFIRMAR que:
a) um dos resultados da expansão marítimo-comercial europeia foi o
de ter colocado frente a frente povos culturalmente distintos, que se
mostraram refratários a toda e qualquer miscigenação.
b)os primeiros trinta anos da presença portuguesa na América
caracterizaram-se pela resistência tenaz da população autóctone ao
invasor europeu.
c) a conquista da América pelos europeus levou ao desaparecimento
quase total da população indígena, o que explica a adoção do escravo
africano como mão-de-obra básica no processo de colonização.
d) dentre os fatores responsáveis pela submissão dos povos
indígenas aos conquistadores europeus, destaca-se a supremacia
europeia em termos de equipamento militar.
37
31. (Fuvest-1997) No Brasil e no Caribe, a escravidão africana constituiuse na principal modalidade de trabalho, Na América de colonização
espanhola - México, Peru -predominou o trabalho indígena compulsório.
Explique as origens dessas diferenças.
O Brasil e o Caribe estavam inseridos na rota do tráfico negreiro,
principalmente pela produção açucareira que utilizava intensamente
este tipo de mão-de-obra. Já países como México e Peru a mão-de-obra
foi a indígena, pois, havia uma grande disponibilidade deste tipo de
trabalhador e diferente das outras regiões, estas preocupavam-se com a
constituição de grandes fazendas e a procura de ouro.
38
32. (UFSCar-2008) Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte,
como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver
a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa
proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma
condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como se
fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outro modo. Tenho
visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem
branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não
compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que
o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.(Carta do chefe índio
Seattle ao presidente dos Estados Unidos, que pretendia comprar as terras de sua tribo em
1855.)
39
a. Identifique uma diferença na maneira do chefe índio e dos brancos
entenderem a relação entre o homem e a natureza.
-O discurso do chefe índio reflete os valores de uma sociedade
estruturada no coletivismo e na subsistência, e que, em razão disso,
forçosamente respeita a natureza. Já os brancos, cuja organização
econômica prevê a produção de excedente e prioriza a propriedade e o
imediatismo do lucro, destroem a natureza.
b. Explique as consequências, para a população indígena dos Estados
Unidos, do contato com os brancos.
-A população indígena, quando não foi fisicamente massacrada, teve
sua cultura destruída pelo homem branco. Além disso, perdeu seus
territórios, e os sobreviventes que tentaram se incorporar à sociedade
dos brancos foram excluídos.
40
33. Observe as colunas abaixo:
I) Colônias do Norte
II) Colônias Centrais
III) Colônias do Sul
a. Monocultura baseada em produtos tropicais de
exportação para a Europa e utilização de força de
trabalho escrava africana.
b. Caracterizada pela policultura e pela produção
manufatureira, fomentando o mercado interno.
c. Dinamismo econômico, com importantes centros
comerciais, aliados a uma tolerância religiosa.
Qual das alternativas abaixo relaciona corretamente as duas colunas?
a. I-b; II-c; III-a.
b. I-b; II-a; III-c.
c. I-c; II-b; III-a.
d. I-a; II-b; III-c.
41
34. Observe as imagens, leia atentamente o texto e responda os itens abaixo (
10 escores):
[..] Nos Estado Unidos, do outro lado do Pacífico, a primeira lei sobre
frequência escolar obrigatória foi aprovada no Estado de Massachusetts em
1852. No entanto, aquele estado já tinha legislado sobre educação 200 anos
antes, embora o Massachusetts Act de 1642 nada tivesse a ver com as escolas.
Com efeito, ele impunha aos pais, e aos mestres das crianças que trabalhavam
com aprendizes, a responsabilidade pela sua alfabetização e educação básica.
Funcionários do governo fariam inspeções para verificar se todas as crianças e
os empregados podiam provar competência na leitura e na escrita. Tudo isso
refletia o modo como em uma sociedade heterogênea as massas tinham que
ser educadas para poder entender os códigos escritos das leis e documentos o
novo país [..] Plano Nacional de Educação: o compromisso do Poder
Legislativo. Em: Unesco Education. Disponível em: http://portal.unesco.org/
education/en/ev.php-URL_ID=19397&URL_DO=DO_PRINTPAGE&URL_SECTION
=201.html>. Acesso em 25 abr 2011.
a. Qual foi o objetivo principal do Massachusetts Act de 1642?
Resposta: O objetivo principal era garantir que todos os pais e mestres
de ofício da colônia de Massachusetts se tornassem responsáveis pela
educação básica das crianças.
b. Como seria feita a fiscalização do cumprimento do Massachusetts?
Resposta: As inspeções seriam feitas por funcionários do governo local
para comprovar se as crianças e os jovens empregados sabiam ler e
escrever.
c. Qual era a importância dessa lei para a colônia de Massachusetts?
Resposta: a capacidade de ler era valorizada por permitir a leitura de
documentos, de leis escritas e, principalmente, da BÍBLIA, elemento
central das práticas religiosas dos colonos.
35.
(FGV) A caricatura ao lado mostra a situação
das camadas sociais na sociedade francesa
antes da revolução de 1789.
a. Que grupos e que relações sociais estão representados na caricatura?
Resposta: A caricatura mostra as três ordens
da sociedade estamental francesa pré-revolucionária: Clero, Nobreza e
Terceiro-Estado (figurativizado por um camponês). São representadas
relações sociais fortemente hierarquizadas, em que está pressuposto
um regime de exploração (no caso dos camponeses, de caráter servil),
privilegiando as duas primeiras ordens (Clero e Nobreza).
b. Antes do movimento revolucionário, quais eram as principais críticas
do povo em relação às camadas dominantes?
Resposta: Tais críticas voltavam-se contra: os privilégios fiscais e
judiciais do Clero e da Nobreza, fundados no direito de nascença; a
sociedade de ordens e a permanência da servidão; as restrições
econômicas (sob a forma de monopólios e intervencionismo) e políticas
(nos quadros do absolutismo que assegurava poder ilimitado ao
monarca).
36.Que classe social liderou a Revolução e que transformações ocorreram no
período mais radical do processo revolucionário?
Resposta: A Revolução foi conduzida pela burguesia, embora as
transformações mais radicais tenham ocorrido no período da Convenção
Jacobina ou Montanhesa (1793-1794), como, entre outras: a democratização, a
abolição da escravatura nas colônias, a distribuição de terras, o
intervencionismo econômico (por exemplo, através da Lei do Máximo,
controlando os preços), a implantação dos Tribunais Revolucionários e a
prática do Terror.
37. (VUNESP) O Grande Medo nasceu do medo do bandido, que por sua vez é
explicado pelas circunstâncias econômicas, sociais e políticas da França em
1789. No antigo regime, a mendicância era uma das chagas dos campos; a
partir de 1788, o desemprego e a carestia dos víveres a agravaram. As
inumeráveis agitações provocadas pela penúria aumentaram a desordem. A
crise política também ajudava com sua presença, porque superexcitando os
ânimos ela fez o povo francês tornar-se turbulento. (…) Quando a colheita
começou, o conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentada pelo
poder real, e que em diversas províncias já tinha dado às revoltas da fome um
caráter social, transformou-se de repente em guerra civil. (George Lefebvre, O
grande medo de 1789.)
.
a. Identifique o contexto em que o evento conhecido como Grande
Medo ocorreu.
Resposta: O Grande Medo ocorreu em 1789, no início da Revolução
Francesa, em decorrência das graves crises que assolavam o campo e
empobreciam ainda mais a população camponesa.
b. Em agosto de 1789, foram abolidos os direitos feudais da nobreza e
aprovada a declaração de direitos dos homens e cidadãos. Relacione
essas medidas ao Grande Medo.
Resposta: A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, além de
abolir a servidão, eliminou a sociedade estamental, estruturada sobre
os privilégios do clero e da nobreza. Tais medidas colaboraram para
amenizar as tensões sociais no campo, que, todavia, só arrefeceram de
fato no período jacobino (1793), na Convenção da Montanha, quando
foram distribuídas terras para os camponeses.
38. (Mack) Sobre a Revolução Francesa de 1789, é correto afirmar que:
a)embora inspirada nos ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade, a revolução, ao final, criou uma estrutura social ainda mais
rígida, na qual a burguesia fundava seu poder em privilégios feudais e
em títulos de nobreza.
b)às vésperas da revolução, a burguesia manifestava uma aguda
insatisfação contra o absolutismo de Luís XVI, o qual, no entanto,
contava com grande apoio da população pobre, favorecida pelas boas
colheitas, salários estáveis e baixos preços dos alimentos.
c)superada a ameaça de radicalização dos anos da Convenção
Montanhesa (1793-1794), a alta burguesia assumiu o controle do
processo revolucionário, garantindo as conquistas eminentemente
burguesas e frustrando os anseios populares e realistas.
d)ao defender o direito à propriedade privada e o dever de sujeição
do cidadão ao Estado e à ordem, os filósofos iluministas formularam
uma ideologia contrária aos interesses da burguesia, e
consequentemente, favorável ao trono absolutista.
39. Leia atentamente os documentos seguintes e responda as questões
abaixo:
Documento A
A Arte de Governar, segundo Luís XIV
"A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada
pessoa não representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em
consequência, todo poder, toda autoridade, reside nas mãos do rei, e só
deve haver no reino a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono;
pode escutar os conselheiros, consultá-los, mas deve decidir. Deus, que o
fez rei, dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto que mostre boas
intenções." LUÍS XIV. Memórias sobre el Arte de Governar. Tradução de
M. Graneli. Buenos Aires: Espasa Caipe, 1947, p.59.
Documento B - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: 3 de
setembro de 1791.
"Os representantes do povo, constituídos em Assembleia Nacional, consideram a
ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem como as causas
únicas da calamidade pública e da perversão dos governos. (...) Por isso reconhece e
declara a Assembleia Nacional, na presença e sob a proteção do Ser Supremo, os
direitos seguintes do homem e do cidadão: (...) A finalidade ulterior de toda a liga
política é a preservação dos direitos humanos naturais e inalienáveis. Estes direitos são
a liberdade, a posse, a segurança e a resistência à opressão. A origem de toda a
soberania vem essencialmente do povo. Nenhuma corporação, nenhum indivíduo
pode exercer autoridade alguma que não a expressamente dele derivada. (...) A lei é a
expressão da vontade geral. Todos os cidadãos estão autorizados a cooperar na sua
criação, ou pessoalmente, ou pelos seus representantes. Deve ser a mesma para
todos, seja para proteger, seja para castigar. Como todos os cidadãos ante seus olhos
são iguais, todos, da mesma maneira, podem ser admitidos a todas as honrarias,
cargos e funções públicas, com base em suas capacidades e sem outra diferenciação
senão a de suas virtudes e suas vocações." FRISCHAUER, Paul. Está escrito. São Paulo:
Melhoramentos, [1972]. p. 229.
a. Conceitue as duas ideologias políticas representantes pelos dois
documentos, salientando a fonte do poder dos governantes em cada
caso.
Resposta: No texto A temo a concepção absolutista de Estado onde o
poder emana do monarca, é ele quem centralizar o poder. Enquanto
que no texto B temos a concepção liberal de Estado onde o poder é
constituído a partir de consulta e de decisão popular da maioria.
b. Analise sumariamente, à luz dos conceitos expressos no documento
B, a política religiosa de Luís XIV.
Resposta: O documento B parte do princípio de que o governo
estabelecido deve ser escolhido através de uma consulta popular,
condizendo com os princípios liberais e iluministas, diferente do
documento A em que o poder é determinado por uma escolha divina.
c. O que é a lei segundo o documento B?
Resposta: a lei é a norma expressa pela vontade geral, sendo
autorizados a todos os cidadãos de cooperar na sua criação,
pessoalmente, ou por intermédio de seus representantes.
40. (UNICAMP) As primeiras vítimas da Revolução Francesa foram os
coelhos. Pelotões armados de paus e foices saíam à cata de coelhos e
colocavam armadilhas em desafio às leis de caça. Mas os ataques mais
espetaculares foram contra os pombais, castelos em miniatura; dali
partiam verdadeiras esquadrilhas contra os grãos dos camponeses,
voltando em absoluta segurança para suas fortalezas senhoriais. Os
camponeses não estavam dispostos a deixar que sua safra se
transformasse em alimento para coelhos e pombos e afirmavam ser a
“vontade geral da nação” que a caça fosse destruída. Aos olhos de 1789,
matar caça era um ato não só de desespero, mas também de
patriotismo, e cumpria uma função simbólica: derrotando privilégios,
celebrava-se a liberdade.
(Adaptado de Simon Schama, Cidadãos: uma crônica da Revolução
Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, pp. 271-272.)
a. De acordo com o texto, por que os camponeses defendiam a matança
de animais?
Resposta: Os coelhos e os pombos, citados no texto, eram uma
expressão dos privilégios da nobreza, e sua criação resultava em
prejuízos para os camponeses na medida em que esses animais
consumiam grãos que deveriam ser destinados ao consumo humano.
Chama atenção o emprego do argumento da “vontade geral”, princípio
revolucionário de 1789, que aponta para a importância simbólica dos
ataques aos animais.
b. Cite dois privilégios senhoriais eliminados pela Revolução Francesa.
Resposta: A revolução aboliu privilégios fiscais e jurídicos da nobreza,
bem como as obrigações camponesas que caracterizavam a servidão
(trabalho e impostos). Além disso, foram abolidos privilégios
relacionados a caça e a criação de animais, conforme indica o texto.
41.
(FGV) A caricatura ao lado mostra a situação
das camadas sociais na sociedade francesa
antes da revolução de 1789.
a. Que grupos e que relações sociais estão representados na caricatura?
Resposta: A caricatura mostra as três ordens
da sociedade estamental francesa pré-revolucionária: Clero, Nobreza e
Terceiro-Estado (figurativizado por um camponês). São representadas
relações sociais fortemente hierarquizadas, em que está pressuposto
um regime de exploração (no caso dos camponeses, de caráter servil),
privilegiando as duas primeiras ordens (Clero e Nobreza).
b. Antes do movimento revolucionário, quais eram as principais críticas
do povo em relação às camadas dominantes?
Resposta: Tais críticas voltavam-se contra: os privilégios fiscais e
judiciais do Clero e da Nobreza, fundados no direito de nascença; a
sociedade de ordens e a permanência da servidão; as restrições
econômicas (sob a forma de monopólios e intervencionismo) e políticas
(nos quadros do absolutismo que assegurava poder ilimitado ao
monarca).
c.Que classe social liderou a Revolução e que transformações ocorreram no
período mais radical do processo revolucionário?
Resposta: A Revolução foi conduzida pela burguesia, embora as
transformações mais radicais tenham ocorrido no período da Convenção
Jacobina ou Montanhesa (1793-1794), como, entre outras: a democratização, a
abolição da escravatura nas colônias, a distribuição de terras, o
intervencionismo econômico (por exemplo, através da Lei do Máximo,
controlando os preços), a implantação dos Tribunais Revolucionários e a
prática do Terror.
42. (VUNESP) O Grande Medo nasceu do medo do bandido, que por sua vez é
explicado pelas circunstâncias econômicas, sociais e políticas da França em
1789. No antigo regime, a mendicância era uma das chagas dos campos; a
partir de 1788, o desemprego e a carestia dos víveres a agravaram. As
inumeráveis agitações provocadas pela penúria aumentaram a desordem. A
crise política também ajudava com sua presença, porque superexcitando os
ânimos ela fez o povo francês tornar-se turbulento. (…) Quando a colheita
começou, o conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentada pelo
poder real, e que em diversas províncias já tinha dado às revoltas da fome um
caráter social, transformou-se de repente em guerra civil. (George Lefebvre, O
grande medo de 1789.)
.
a. Identifique o contexto em que o evento conhecido como Grande
Medo ocorreu.
Resposta: O Grande Medo ocorreu em 1789, no início da Revolução
Francesa, em decorrência das graves crises que assolavam o campo e
empobreciam ainda mais a população camponesa.
b. Em agosto de 1789, foram abolidos os direitos feudais da nobreza e
aprovada a declaração de direitos dos homens e cidadãos. Relacione
essas medidas ao Grande Medo.
Resposta: A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, além de
abolir a servidão, eliminou a sociedade estamental, estruturada sobre
os privilégios do clero e da nobreza. Tais medidas colaboraram para
amenizar as tensões sociais no campo, que, todavia, só arrefeceram de
fato no período jacobino (1793), na Convenção da Montanha, quando
foram distribuídas terras para os camponeses.
43. (Mack) Sobre a Revolução Francesa de 1789, é correto afirmar que:
a)embora inspirada nos ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade, a revolução, ao final, criou uma estrutura social ainda mais
rígida, na qual a burguesia fundava seu poder em privilégios feudais e
em títulos de nobreza.
b)às vésperas da revolução, a burguesia manifestava uma aguda
insatisfação contra o absolutismo de Luís XVI, o qual, no entanto,
contava com grande apoio da população pobre, favorecida pelas boas
colheitas, salários estáveis e baixos preços dos alimentos.
c)superada a ameaça de radicalização dos anos da Convenção
Montanhesa (1793-1794), a alta burguesia assumiu o controle do
processo revolucionário, garantindo as conquistas eminentemente
burguesas e frustrando os anseios populares e realistas.
d)ao defender o direito à propriedade privada e o dever de sujeição
do cidadão ao Estado e à ordem, os filósofos iluministas formularam
uma ideologia contrária aos interesses da burguesia, e
consequentemente, favorável ao trono absolutista.
44. Leia atentamente os documentos seguintes e responda as questões
abaixo:
Documento A
A Arte de Governar, segundo Luís XIV
"A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada
pessoa não representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em
consequência, todo poder, toda autoridade, reside nas mãos do rei, e só
deve haver no reino a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono;
pode escutar os conselheiros, consultá-los, mas deve decidir. Deus, que o
fez rei, dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto que mostre boas
intenções." LUÍS XIV. Memórias sobre el Arte de Governar. Tradução de
M. Graneli. Buenos Aires: Espasa Caipe, 1947, p.59.
Documento B - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: 3 de
setembro de 1791.
"Os representantes do povo, constituídos em Assembleia Nacional, consideram a
ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem como as causas
únicas da calamidade pública e da perversão dos governos. (...) Por isso reconhece e
declara a Assembleia Nacional, na presença e sob a proteção do Ser Supremo, os
direitos seguintes do homem e do cidadão: (...) A finalidade ulterior de toda a liga
política é a preservação dos direitos humanos naturais e inalienáveis. Estes direitos são
a liberdade, a posse, a segurança e a resistência à opressão. A origem de toda a
soberania vem essencialmente do povo. Nenhuma corporação, nenhum indivíduo
pode exercer autoridade alguma que não a expressamente dele derivada. (...) A lei é a
expressão da vontade geral. Todos os cidadãos estão autorizados a cooperar na sua
criação, ou pessoalmente, ou pelos seus representantes. Deve ser a mesma para
todos, seja para proteger, seja para castigar. Como todos os cidadãos ante seus olhos
são iguais, todos, da mesma maneira, podem ser admitidos a todas as honrarias,
cargos e funções públicas, com base em suas capacidades e sem outra diferenciação
senão a de suas virtudes e suas vocações." FRISCHAUER, Paul. Está escrito. São Paulo:
Melhoramentos, [1972]. p. 229.
a. Conceitue as duas ideologias políticas representantes pelos dois
documentos, salientando a fonte do poder dos governantes em cada
caso.
Resposta: No texto A temo a concepção absolutista de Estado onde o
poder emana do monarca, é ele quem centralizar o poder. Enquanto
que no texto B temos a concepção liberal de Estado onde o poder é
constituído a partir de consulta e de decisão popular da maioria.
b. Analise sumariamente, à luz dos conceitos expressos no documento
B, a política religiosa de Luís XIV.
Resposta: O documento B parte do princípio de que o governo
estabelecido deve ser escolhido através de uma consulta popular,
condizendo com os princípios liberais e iluministas, diferente do
documento A em que o poder é determinado por uma escolha divina.
c. O que é a lei segundo o documento B?
Resposta: a lei é a norma expressa pela vontade geral, sendo
autorizados a todos os cidadãos de cooperar na sua criação,
pessoalmente, ou por intermédio de seus representantes.
45. (UNICAMP) As primeiras vítimas da Revolução Francesa foram os
coelhos. Pelotões armados de paus e foices saíam à cata de coelhos e
colocavam armadilhas em desafio às leis de caça. Mas os ataques mais
espetaculares foram contra os pombais, castelos em miniatura; dali
partiam verdadeiras esquadrilhas contra os grãos dos camponeses,
voltando em absoluta segurança para suas fortalezas senhoriais. Os
camponeses não estavam dispostos a deixar que sua safra se
transformasse em alimento para coelhos e pombos e afirmavam ser a
“vontade geral da nação” que a caça fosse destruída. Aos olhos de 1789,
matar caça era um ato não só de desespero, mas também de
patriotismo, e cumpria uma função simbólica: derrotando privilégios,
celebrava-se a liberdade.
(Adaptado de Simon Schama, Cidadãos: uma crônica da Revolução
Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, pp. 271-272.)
a. De acordo com o texto, por que os camponeses defendiam a matança
de animais?
Resposta: Os coelhos e os pombos, citados no texto, eram uma
expressão dos privilégios da nobreza, e sua criação resultava em
prejuízos para os camponeses na medida em que esses animais
consumiam grãos que deveriam ser destinados ao consumo humano.
Chama atenção o emprego do argumento da “vontade geral”, princípio
revolucionário de 1789, que aponta para a importância simbólica dos
ataques aos animais.
b. Cite dois privilégios senhoriais eliminados pela Revolução Francesa.
Resposta: A revolução aboliu privilégios fiscais e jurídicos da nobreza,
bem como as obrigações camponesas que caracterizavam a servidão
(trabalho e impostos). Além disso, foram abolidos privilégios
relacionados a caça e a criação de animais, conforme indica o texto.
46. Veja a gravura abaixo, leia o texto a seguir e responda as perguntas
relativas à colonização inglesa e francesa na América
Peregrinos desembarcam em Massachusetts, em 26 de dezembro de 1620
Litografia de Nathaniel Currier e James Merrit Ivens,1876
“[...] a Inglaterra já vivia com seu crescimento demográfico no momento
do início da colonização dos Estados Unidos [...] Em 1620, por exemplo,
a Companhia de Londres trazia cem órfãos para a Virgínia. Da mesma
maneira, mulheres eram transportadas pelas companhias para serem
literalmente leiloadas no Novo Mundo. É natural concluir que essas
mulheres, dispostas a atravessar o oceano a serem vendidas na
América como esposas, não eram integrantes da aristocracia
intelectual ou financeira da Inglaterra. Nesse universo de colonos, tornase
lógico concluir que nem todos podiam pagar o alto preço de
uma passagem para a América
Este fator, combinado à necessidade de mão de obra, fez surgir uma
nova forma de servidão nas colônias: indenturent servant. Esta
servidão consistia em prestar alguns anos de trabalho gratuito à pessoa
que se dispusesse a pagar a passagem do imigrante. O transporte
desses servos era feito sob condições tão difíceis que houve quem o
comparasse ao tráfico de escravos africanos. A mão de obra “servil”
consistiria durante todo
século XVII a absoluta maioria de
trabalhadores brancos nas colônias inglesas. [...]
No entanto, nem só de órfãos, mulheres sem outro futuro e pobres
constituiu-se o fluxo de imigrantes para as
colônias. Há,
minoritariamente, um
grupo que a história consagraria depois
como “os peregrinos” (pilgrims).[..] a perseguição religiosa era uma
constante na Inglaterra dos séculos XVI e XVII. A América seria um
refúgio também seria um refúgio para esses
grupos
religiosos
perseguidos. Um desses grupos que chegou a Massachusetts em 1620
tinha como líderes
[..] indivíduos religiosos e com formação escolar
desenvolvida.
[..]
Esses “pais peregrinos” (pilgrim fathers) são, de certa forma, os
fundadores do que mais tarde formaria os Estados Unidos. Não são os
pais de toda a nação, são os pais da parte WASP (em inglês White
anglo-saxon Protestant, ou seja, branco, anglo-saxão e protestante) dos
EUA. [..] Estes puritanos (protestantes calvinistas) tinham em altíssima
conta a ideia de que se constituíam um “novo “Israel”: Um grupo
escolhido por Deus para criar uma sociedade de “eleitos”. [..]” Leandro
Karnal. Estados Unidos: formação de uma nação. São Paulo: Contexto,
2003, p.33-38.
a. Apresente os diferentes grupos de emigrantes nos EUA mencionados
no texto.
Resposta: Os emigrantes eram órfãos, mulheres solteiras e sem
recursos, pessoas pobres e refugiados religiosos.
b. Por que essas pessoas deixaram a Inglaterra?
Resposta: Essas pessoas deixavam a Inglaterra para fugir de
perseguições políticas e religiosas e procurar uma ocupação ou trabalho
que lhes garantisse o sustento ou sobrevivência.
c. Que visão os puritanos tinham de si mesmos?
Resposta: Eles se consideravam escolhidos por Deus para fundar na
América do Norte uma sociedade de “eleitos”; um “novo” Israel.
47. (Uece) Identifique, nas sentenças a seguir citadas, aquela que
expressa o pensamento de Montesquieu:
0 a) "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder, tende
a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de
maneira que o poder seja contido pelo poder".
b) "(...) é preciso (...) encontrar uma forma de associação que
defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associação, de qualquer
força comum, e pela qual, cada um, não obedeça senão a si mesmo,
ficando assim tão livre quanto antes."
c) "O Estado está obrigado a proporcionar trabalho ao cidadão capaz,
e ajuda e proteção aos incapacitados. Não se pode obter tais resultados
a não ser por um Poder Democrático."
d) "A única maneira de erigir-se um poder, capaz de defendê-los
contra a invasão e danos infligidos, uns contra os outros (...) consiste em
conferir todo o poder e força a um só homem."
e) “O homem é o único animal racional, porém, o único que comete
absurdos”.
48. (Uerj) "Não se veem, porventura (...) povos pobres em terras vastíssimas,
potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E, inversamente, não se
encontra, por vezes, uma população numerosa vivendo na abundância em um
território exíguo, até algumas vezes em terras penosamente conquistadas ao
oceano, ou em territórios que não são favorecidos por dons naturais? Ora, se
essa é a realidade, é por existir uma causa sem a qual os recursos naturais (...)
nada são (...). Uma causa geral e comum de riqueza, causa que, atuando de
modo desigual e vário entre os diferentes povos, explica as desigualdades de
riqueza de cada um deles (...)“ (SMITH, Adam. Apud HUGON, Paul. "História
das Doutrinas Econômicas." São Paulo: Atlas, 1973.)
O texto anterior evidencia a preocupação, por parte de pensadores do século
XVIII, com a fonte geradora de riqueza. As "escolas" econômicas do período Fisiocracia e Liberalismo - apresentavam, contudo, discordâncias quanto a essa
fonte.
Os elementos geradores de riqueza para a Fisiocracia e para o Liberalismo
eram, respectivamente:
a) terra e trabalho
b) agricultura e capital
c) indústria e comércio
d) metal precioso e tecnologia
e) indústria e artesanato
49. (Uel) "A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão teria
grande repercussão no mundo inteiro. 'Este documento é um manifesto
contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas não um
manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. Os
homens nascem e vivem livres e iguais perante a lei, dizia seu primeiro
artigo; mas também prevê a existência de distinções sociais, ainda que
somente no terreno da utilidade comum'..."
Assinale a alternativa que identifica um dos artigos da Declaração que
prevê a distinção a que o texto se refere.
0 a) "A propriedade privada é um direito natural, sagrado, inalienável e
inviolável."
b) "Os cidadãos de conformidade com suas posses devem contribuir
com as despesas da administração pública."
c) "A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de força
pública que deve ser instituída em benefício de todos..."
d) "A lei só tem direito de proibir as ações que sejam prejudiciais à
sociedade."
e) "Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, mesmo religiosas,
desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública...".
50. (UFF) O Iluminismo do século XVIII abrigava, dentre seus valores, o
racionalismo. Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século
anterior. Esse confronto anunciava que o homem das luzes encarava de frente
o mundo e tudo nele contido: o Homem e a Natureza. O iluminismo era claro,
com relação ao homem: um indivíduo capaz de realizar intervenções e
mudanças na natureza para que essa lhe proporcionasse conforto e prazer.
Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o Homem das Luzes, a
Natureza era:
a) misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o
lugar onde os homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de
criação;
b) infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do
homem, dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se
refere ao seu sustento econômico;
c) apenas reflexo do desenvolvimento da capacidade artística do homem,
pois ajudava-o a criar a ideia de um progresso ilimitado relacionado à
indústria;
d) um laboratório para os experimentos humanos, pois era reconhecida
pelo homem como a base do progresso e entendimento do mundo; daí a
fisiocracia ser a principal representante da industrialização iluminista;
e) a base do progresso material e técnico, fundamento das fábricas, sem a
qual as indústrias não teriam condições de desenvolver a ideia de mercado.
51. (Ufmg) Leia o texto: "Se existem ateus, a quem devemos culpar
senão os tiranos mercenários das almas que, provocando em nós a
nossa revolta, contra as suas velhacarias e hipocrisias, levam alguns
espíritos fracos a negarem o Deus que esses monstros desonram?
Quantas e quantas vezes essas sanguessugas do povo não levaram os
cidadãos oprimidos a revoltarem-se contra o seu próprio rei?"
Esse texto é de autoria de
a) Descartes, no DISCURSO DO MÉTODO, em que apontava a fé como
um empecilho ao conhecimento.
b) Erasmo de Roterdã que, em O ELOGIO DA LOUCURA, condena a
leviandade com que o clero conduz os assuntos sagrados.
c) John Locke, em O SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL,
em que defendeu o direito à rebelião contra um governo tirânico.
d) Spinoza que, em sua obra TRACTUS THEOLOGICO-POLITICUS,
investe contra a intolerância religiosa e apregoa o livre pensamento.
e) Voltaire, que faz do seu DICIONÁRIO FILOSÓFICO um libelo
anticlerical com fortes críticas à conduta dos sacerdotes.
52.Questão:
1. Colbert.
2. Santa Sé.
3. Frondas.
4. D.João I.
5. Cardeal Mazzarino.
6. Catarina de Médicis e Duque de Guise.
7. Hugo Capeto.
8. Noite de São Bartolomeu.
9. Édito de Nantes.
10. Isabel de Castela,
11. Henrique VIII.
12. Elizabeth I.
13. Carlos IX da França
14. Cardeal Richelieu.
15. Luís XIV .
(
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)Iniciou a Dinastia Capetíngia.
) 1º ministro da França, estimulou o comércio.
) Fundou a Igreja Anglicana na Inglaterra.
) Afirmou que “L‘Etat c’est moi”.
) Estabeleceu a liberdade religiosa na França.
) Revoltas internas em 1648 a 1653 na França.
)Poder Pontifício da Igreja Católica Romana.
) Derrotou a Invencível Armada Espanhola.
) Casou com Fernando de Aragão.
) Iniciou a Dinastia de Avis em Portugal.
) Arquitetaram o massacre dos huguenotes.
) Autorizou o massacre dos huguenotes.
) Primeiro ministro impopular de Luís XIV.
) Famoso Primeiro ministro de Luís XIII.
)24 Ago 1572: massacre dos protestantes.
53. F (falsa) ou V (verdadeira).
( ) A visão renascentista colocou o Homem como o centro de tudo,
tornando-o individualista, mas ao mesmo tempo estimulou que ele
apoiasse o rei como protetor da nação, incentivando o Nacionalismo.
( ) As lutas religiosas entre católicos e protestantes nos países que
possibilitaram o confisco das terras da Igreja Católica e de suas rendas
eclesiásticas, transferindo-as para as Igrejas Protestantes, o que
fortaleceu a Reforma nesses países.
( ) O mercantilismo metalista baseava-se no acúmulo de territórios.
( ) Alguns pensadores no início da Idade Moderna, como os franceses
Jean Bodin e Jacques Bossuet , procuraram justificar o Absolutismo
Monárquico com o argumento de que a autoridade do rei vinha do
consentimento da Igreja Católica Romana (Papa), sendo o sistema mais
abençoado para governar os outros homens.
( )Segundo Thomas Hobbe, também defensor do Absolutismo, os
indivíduos deveriam exigir os seus direitos de súditos que estavam nas
mãos do soberano de seu país.
54. Relacionar a Coluna A com a Coluna B.
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) Pai do liberalismo e do Humanismo.
) Cartas Inglesas e Cartas Filosóficas
) Déspota de Portugal.
) Déspota da Rússia
) Déspota da Prússia.
) “Penso, logo existo”.
) O Espírito das leis.
) O Contrato Social.
) Enciclopédia.
) A riqueza das nações.
6. Rousseau.
7. Diderot e D’Alembert.
8. Frederico II
9. René Descartes.
10. John Locke.
1. Marquês de Pombal.
2. Adam Smith.
3. Montesquieu.
4. Voltaire.
5. Catarina II.
55. Assinale a alternativa que apresenta um princípio filosófico do
Século das Luzes.
(a) Crença na razão como fonte para a crítica social e política.
( b) Defesa do ideal monárquico para a garantia da unidade política.
(c) Ideia do Direito Divino dos Reis para legitimar o Absolutismo.
(d) Ideia de indivisibilidade do Estado em poderes independentes.
56. O Iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, representou o
(a):
(a) afirmação das ideias revolucionárias da burguesia;
(b) renascer do pensamento clássico greco-romano;
(c) revolução ideológica da aristocracia;
(d) expansão do pensamento religioso protestante;

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