a importância do ensino contextualizado na biologia maria

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a importância do ensino contextualizado na biologia maria
FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA ÁREA
DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO
CONTEXTUALIZADO NA BIOLOGIA
MARIA LUCILENE DA SILVA
ITAPAJÉ-CE
2013
MARIA LUCILENE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO
CONTEXTULAIZADO NA BIOLOGIA
Monografia apresentada como requisito parcial para
obtenção do título de Licenciado em Biologia no
Programa Especial de Formações de Docentes da
Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF, sob a
orientação do Profº. Dsc. Jean Carlos de Araújo
Brilhante.
ITAPAJÉ-CE
2013
Monografia submetida ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes em Química,
como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em Biologia, autorgado
pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF.
_______________________
Maria Lucilene da Silva
______________________________
Prof. Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante
Orientador
______________________________
Profª. Msc. Célia Diógenes
Coordenadora do Curso
Nota obtida: ______
Monografia aprovada em: ___ / ____ / ____
Dedico este trabalho a todos os professores que buscam o
significado do conhecimento a partir de contextos do mundo ou
da sociedade em geral, levando o aluno a compreender a
relevância da aplicação do saber para entender os fatos e
fenômenos que o cercam.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus, a minha família, ao Prof. Jean Carlos
de Araújo Brilhante e a todos que direto ou indiretamente
contribuíram para a realização deste trabalho monográfico.
“Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas
alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para
aprender,”.
Augusto Cury
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo geral identificar as contribuições do ensino de Biologia na
construção de um conhecimento que possibilite ao aluno e ao professor compreender e
explorar o seu cotidiano. Onde na oportunidade será feita uma pesquisa e uma análise de
como os professores de Biologia da Escola Monsenhor Catão–Itapajé-CE, admitem a
contextualização do ensino em suas salas de aulas. A metodologia utilizada para a realização
desta pesquisa será entrevistas, questionários, realizado não só com os professores, mas
também com os alunos que fazem parte da referida entidade já mencionada. Diante desta
pesquisa foi constatado que alguns professores procuram trabalhar de forma contextualizada,
contudo percebe-se uma preocupação maior com o aprendizado dos alunos procurando
ensinar os conteúdos estabelecendo uma conexão dos mesmos com a realidade do aluno.
Alguns professores relataram a importância da contextualização do ensino. Pois desta forma
se percebe que o aluno tem uma maior assimilação dos temas abordados em sala de aula.
Diante da pesquisa realizada, alguns professores apontam que existem fatores como o
desinteresse e a desmotivação dos alunos, que dificultam a realização de um ensino
contextualizado. Alguns ressaltam que precisam dinamizar mais suas aulas de forma que se
tornem mais atrativas para o aluno. Pois sabemos que o nosso público alvo faz parte da
Geração Y, onde esta é formada, fundamentalmente, de jovens nascidos imersos num
ambiente virtual, onde tudo é muito rápido, superficial e dinâmico. Aqui no Brasil, esses
jovens são aqueles que cresceram durante os anos 90 à frente do videogame, conviveram com
a internet, o computador, o celular e um vasto conjunto de aparatos tecnológicos. E nós
educadores, temos de lidar com esta Geração diariamente e é fundamental que saibamos como
ela funciona, deste modo poderemos conduzir todo o trabalho pedagógico de modo mais
eficaz. E diante desta realidade precisamos mais do que nunca buscar métodos de ensino mais
voltados para a realidade dos nossos alunos, desta forma eles irão sentir mais interessados
pelos conteúdos propostos em sala de aula e conseqüentemente terão um aprendizado
satisfatório.
Palavras – Chave: Contextualização; assimilação; conhecimento; aprendizado;.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03
1.1. Objetivo Geral..................................................................................................... 04
1.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 04
2. JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 05
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 06
3.1. O Ensino contextualizado e a aprendizagem escolar ............................................ 07
3.2. A contextualização e a interdisciplinaridade ........................................................ 09
3.3. A importância do ensino de Biologia na formação do indivíduo .......................... 09
3.4. Os conteúdos de Biologia trabalhados de forma vinculada ao cotidiano do aluno 12
3.5. O ensino de Biologia segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais .................. 14
3.6. A história do ensino de Biologia no Brasil ........................................................... 17
3.7. A Biologia, Tecnologia e inovação no currículo do ensino médio ........................ 19
3.8. O ensino de Biologia no século XXI .................................................................... 20
4. METODOLODIA ...................................................................................................... 23
4.1. Cronograma ........................................................................................................ 24
5. Conclusão .................................................................................................................. 29
6. Considerações Finais .................................................................................................. 34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 35
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho irá abordar temas que abordarão a temática relacionada a
importância do ensino de Biologia contextualizado. Pois sabemos que o ensino em nossas
escolas ainda está muito presente esta dicotomia entre o ensino e a realidade do aluno. Este
estudo traz uma série de reflexões sobre essa problemática, a fim de que possa gerar uma
crescente consciência por parte de nossos educadores, com intuito de melhor repensarem suas
práticas pedagógicas.
O presente trabalho enfocará temas de grande relevância no processo de ensino
e aprendizagem, pois serão abordados temas relacionados ao ensino de Biologia
contextualizada, tais como: o ensino contextualizado e a aprendizagem escolar, a
contextualização e interdisciplinaridade; a importância do ensino de Biologia na formação do
indivíduo; os conteúdos de Biologia trabalhados de forma vinculada ao cotidiano do aluno; o
ensino de Biologia segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais; a história do ensino da
Biologia no Brasil; a Biologia, Tecnologia e Inovação no currículo do Ensino Médio e o
ensino de Biologia no século XXI.
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1.1 Objetivo Geral

Identificar as contribuições do ensino de Biologia na construção de um conhecimento que
possibilite ao aluno e ao professor compreender e explorar o seu cotidiano.
1.2 Objetivos Específicos

Investigar se o ensino de Biologia está sendo utilizado pelos professores de Biologia da EEM
Monsenhor Catão Porfírio Sampaio-Itapajé-CE, como instrumento ligado ao cotidiano do
aluno.

Identificar as possíveis condições de levar situações da realidade que nos cerca para dentro do
ambiente escolar e conteúdos sistematizados que favoreçam a compreensão da mesma.

Fazer uma pesquisa de investigação sobre a compreensão de contextualização apresentada por
professores de Biologia.
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2 JUSTIFICATIVA
As grandes dificuldades dos alunos em assimilar os conteúdos de Biologia é o
reflexo de um ensino caracterizado pela falta de contextualização dos conhecimentos dessa
disciplina. Com base nessa constatação, o meu trabalho tem por objetivo entender a
importância da contextualização no ensino-aprendizagem de Biologia. Pois sabemos que a
contextualização é uma meio muito eficaz para que o aluno tenha uma aprendizagem
significativa. A mesma tem a preocupação em produzir um aprendizado considerável,
valorizando o conhecimento espontâneo do discente, de maneira que ele supere a condição de
expectador.
Com a realização desta pesquisa, espero contribuir com para que haja uma
melhor contextualização do ensino da Biologia no cotidiano escolar, enfatizando a
importância da ligação do conteúdo proposto a realidade do aluno. Fazendo com esta colabore
para que não haja esta dicotomia entre a teoria e a prática. E consequentemente o mesmo
tenha um aprendizado satisfatório.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A contextualização da aprendizagem e do conhecimento interfere na qualidade
do ensino e da aprendizagem. Nesse sentido, a escola deverá ser mediadora das relações entre
o conhecimento científico e o cotidiano do aluno. Contextualizar é uma forma de valorizar o
conhecimento do cotidiano, o saber popular e outras formas de saberes. Desta forma, o
conhecimento é contextualizado na medida em que a situação dada, são dados um novo
sentido às informações repassadas na sala de aula, onde neste contexto ,situa-se a informação
e a construção do saber.
Segundo Albert Einstein, a Ciência não é mais do que um refinamento do
cotidiano. Na minha concepção, isso significa que não podemos desvincular a teoria da
prática do aluno. Pois o que se percebe, é que na maioria de nossas escolas hoje, essa prática
ainda é muito vivenciada por grande parte de nossos professores.
A grande relevância do meu trabalho monográfico é de contribuir para que
todos nós educadores tenhamos uma profunda reflexão sobre a nossa prática pedagógica.
Principalmente no que diz respeito ao ensino de Biologia contextualizado. Desta maneira se
espera que as reflexões sirvam de embasamento teórico, para que possamos tornar os
conteúdos de Biologia mais vinculados com a realidade do aluno, tornando os mais
agradáveis e de fácil compreensão para os educandos. Desta maneira, iremos um grande
avanço no processo de ensino e aprendizagem.
Para melhorar o processo ensino aprendizagem de crianças e adolescentes
brasileiros, criam-se métodos educacionais mais atrativos para os estudantes e eficazes na
obtenção de melhores resultados. Uma dessas tentativas está presente na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB), nº 9.394, que desde 1996 prevê, em seu artigo 28, a adaptação dos
conteúdos curriculares às peculiaridades da zona rural e das demais regiões, além da
utilização de metodologias de ensino que atendam as reais necessidades dos alunos.
Segundo Gowin, citado por Moreira (1990), o processo de pesquisa pode ser
visto como uma estrutura de significados cujos elementos básicos são conceitos, eventos e
fatos. O que a pesquisa faz, através de suas ações, é estabelecer conexões específicas entre um
dado evento, os registros do evento, os julgamentos fatuais feitos com base nos registros (ou
em suas transformações), os conceitos que focalizam regularidades no evento e os sistemas
conceituais utilizados para interpretar os julgamentos factuais, a fim de se chegar à
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explanação do evento. Nesse sentido, o papel do educador é fundamental para proporcionar
condições favoráveis para que o aluno possa aprender a aprender.
3.1 O ensino contextualizado e a aprendizagem escolar
Segundo Mônica Waldhelm (2012) é comum o professor de Biologia definir o
objeto de estudo da disciplina escrevendo no quadro de giz ao iniciar o ano letivo: Biologia é
o estudo da vida. Lamentavelmente, para muitos alunos do Ensino Médio, esse momento será
um dos poucos em que a Biologia estará relacionada à vida, pelo menos à vida desses alunos.
Capturados por um redemoinho curricular tradicionalmente linear e fragmentado, nossos
alunos serão envolvidos por nomes esquisitos e conteúdos desprovidos de significado.
Constata-se que muito professores, excessivamente “disciplinados, disciplinares e
disciplinadores”, ainda resistem às mudanças e insistem em currículos onde os conteúdos são
fins em si mesmos no lugar de serem meios para construção de competências.
Assim,
muitos
ainda
ensinam
uma
biologia predominantemente
descontextualizada. A questão é: nem sempre que alguém ensina, ocorre efetivamente
aprendizagem. Contudo, existem professores que vêm enfrentando o desafio de romper com
currículos lineares e formatados e propor atividades com abordagens criativas, embora ainda
se vejam pressionados – quase reféns – de programas cobrados nos vestibulares (incluindo o
novo ENEM que agora tem lista de conteúdos), de currículos “mínimos” determinados
pelas redes públicas e aqueles propostos em livros didáticos.
Diante da realidade em nossas escolas, se percebe que o ensino, principalmente
da disciplina de Biologia ainda é visto em sala de uma forma descontextualizada. E por conta
disso, muitos alunos não sentem interesse pela disciplina. Portanto o mesmo deveria ser mais
ligado a realidade do aluno. Desta maneira as aulas se tornariam mais interativas, pois os
alunos teriam uma maior participação e consequentemente um aprendizado eficaz.
No contexto escolar do Ensino Médio, verifica-se que o processo ensino
aprendizagem costuma privilegiar a informação; pode-se avançar e melhorar este pensamento
ao considerar os estágios de construção do conhecimento, propostos por Morin (1999).
Primeiro este autor destaca necessidade do indivíduo ter contato com a informação; num
segundo aspecto, propõe que seja dada ao indivíduo a oportunidade de trabalhar as
informações, classificando-as, analisando-as contextualizando; e, no terceiro aspecto,
relacionado com a inteligência, a consciência a sabedoria, propõe que a informação seja
“processada”, permitindo que indivíduo a compreenda. O autor destaca ainda que a
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informação confira vantagens quem a possui, mas o acesso à informação não se dá da mesma
forma para todos os cidadãos (MORIN, 1999).
É por essa razão que o professor deve não apenas exercer a função de
transmissor da informação, mas principalmente trabalhar estas informações, inserindo no
ensino momentos diferenciados onde se promovam discussões, para que os estudantes
externem suas ideias e relacione o conhecimento do cotidiano com o conhecimento científico,
o que possibilita a construção do seu conhecimento. Diante dessa realidade vale ressaltar que
embora o professor seja detentor de todos estes conhecimentos, percebe-se que a atividade de
ensino continua ma ser desenvolvida pressupondo que todos os estudantes aprendem da
mesma forma. Os assuntos normalmente são abordados partir de livros-texto e ensinados de
uma forma expositiva, nem sempre motivadora. Os estudantes pouco participam das aulas e
desta forma as aulas vão se tornando monótonas e desinteressantes.
A contextualização tem muito a ver com a motivação do aluno, por dar sentido
àquilo que ele aprende, fazendo com que relacione o que está sendo ensinado com sua
experiência cotidiana. Através da contextualização, o aluno faz uma ponte entre teoria e a
prática, o que é previsto na LDB e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998), que
definem Ciência como uma elaboração humana para a compreensão do mundo. As escolas
brasileiras seguem o mesmo ritmo há tempos.
Possuem uma organização curricular por áreas, muitas vezes sem ligação de
uma disciplina com outra, fazendo com que professores trabalhem sozinhos com seus alunos.
Em relação à escola e ao processo ensino-aprendizagem, "as dificuldades vão desde
problemas com a formação inicial e continuada à pouca disponibilidade de material didáticopedagógico; desde a estrutura verticalizada dos sistemas de ensino à incompreensão dos
fundamentos da lei, das diretrizes e parâmetros" (Ricardo, 2003, v. 4, p. 8-11).
A contextualização é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua
aplicação. A idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a
partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394/96), que acredita na
compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Além disso, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), que são guias que orientam a escola e os professores na aplicação do novo
modelo, estão estruturados sobre dois eixos principais: a interdisciplinaridade e a
contextualização.
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3.2 A contextualização e a interdisciplinaridade
A contextualização a interdisciplinaridade são os dois conceitos que norteiam a
organização curricular proposta na Resolução nº 03/1998/CNE (BRASIL, 1999). Nessa
perspectiva, “[...] a possibilidade de contextualização seria um importante princípio a orientar
a relação e o tratamento metodológico dos conteúdos.” (KUENZER, 2002, p.73). Segundo
Lenoir (1998), as opções epistemológicas para a interdisciplinaridade escolar têm-se
caracterizado pelo estabelecimento de conexões entre duas ou mais disciplinas (abordagem
relacional), ou pelo estudo de conceitos ou temas de aspecto amplo, valorizando a substituição
do conhecimento dividido em disciplinas por uma unidade do saber, por um tema (abordagem
radical).
Pode-se afirmar que a interdisciplinaridade escolar. Isto é, quando um determinado assunto é
interligado com outras disciplinas estabelecendo uma conexão entre ambas, possibilita ao
aluno a ter uma melhor assimilação do conteúdo estudado em sala de aula.
Segundo Ivani Fazenda (1994) a interdisciplinaridade surgiu na França e na
Itália em meados da década de 60, num período marcado pelos movimentos estudantis que,
dentre outras coisas, reivindicavam um ensino mais sintonizado com as grandes questões de
ordem social, política e econômica da época. A interdisciplinaridade teria sido uma resposta a
tal reivindicação, na medida em que os grandes problemas da época não poderiam ser
resolvidos por uma única disciplina ou área do saber.
3.3 A importância do ensino de Biologia na formação do indivíduo
A recente reforma das diretrizes curriculares elaborou novos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN),que descreveu objetivos bem claros quanto à função do ensino
nas diferentes áreas de conhecimento. No que tange à Biologia, os objetivos educacionais
estabelecidos pela CNE/ 98, destacam que “há” aspectos da Biologia que tem a ver com a
construção de uma visão de mundo, outros aspectos práticos e instrumentais para a ação e, de
conceitos, a avaliação, a tomada de posição cidadã.
Com relação aos objetivos educacionais que foram estabelecidos pela CNE/98,
pode se destacar a grande importância destes, pois os mesmos favorecem aos educandos a
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terem uma noção da realidade a qual estão inseridos, e, sobretudo faz com que estes tenham
um senso crítico da realidade que o cerca ,buscando uma nova mentalidade, promova
mudanças que promovam sua plena cidadania.
Com relação ao ensino de Biologia, bem como qualquer outro conteúdo ligado
a área da ciência, pode contribuir na formação da consciência crítica, oferecendo ao indivíduo
informações e correlações próprias dessa área. Através do aprofundamento que tais
informações permitem, o individuo terá facilitado seu caminho na busca de uma visão mais
ampla do mundo. Mas, a formação da consciência está na possibilidade da experiência vivida.
No movimento dos indivíduos na sociedade. Então, a formação científica colabora, mas não
forma consciências. O indivíduo ao apropriar-se das informações através de sua maneira
bastante particular é que irá construir sua consciência.
Mas para que tais informações façam sentido para estes indivíduos, há que se
apresentar aos mesmos uma ponte entre sua realidade e como esse conhecimento está na
sociedade e foi elaborado. De preferência com todos os nuances que permeiam a construção
de todo e qualquer conhecimento. O conhecimento produzido nas Ciências não é um caso a
parte, mas está na construção da cultura humana. A racionalidade que permeia o pensar
científico é uma postura ao se olhar para o mundo. Ao limitar a visão de mundo apenas
através da ótica da racionalidade, perdemos outras dimensões que compõem o universo
humano e que definem sua cultura, sua construção e reconstrução do mundo.
Segundo Berger e Luckmann (1985), o pensamento é produto do meio em que
o individuo se insere. Entender as relações entre os sujeitos e o mundo que constroem e a
forma com que constroem nos permite entender o processo de formação do pensamento e,
portanto de sua consciência. Então, o indivíduo consciente precisa conhecer o ambiente em
que ele se situa os elementos que interferem em seu posicionamento. Aplica-se uma
compreensão racional inclusive sobre aquilo que está implícito no indivíduo, o meio que o
originou. Desta forma, ao explicitar os próprios elos que orientam seu pensamento e sua ação,
o indivíduo estaria mais próximo de uma possível consciência crítica.
Segundo Mônica Waldhelm (2012) diante do ritmo acelerado de produção de
conhecimento, não dá para simplesmente acrescentar tópicos ao “conteúdo programático’. A
escola deve focar na promoção da autonomia intelectual do aluno e propor situações de
aprendizagem que abordem conceitos-chave em cada disciplina/área que precisam ser
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devidamente contextualizados (para fazerem sentido) e sempre que possível articulados com
outros campos do conhecimento. Em Biologia, certos conceitos são essenciais para
compreender fenômenos e processos que permitem ao aluno, quando efetivamente
dominados, fazer extrapolações e agregar outros conceitos mais periféricos.
Dentre eles, estão os conceitos de organização, metabolismo, código genético,
gene, adaptação, seleção natural, homeostasia, dentre outros. A partir destes, é possível
problematizar questões contemporâneas como as relativas às aplicações biotecnológicas,
discussões ambientais e outras, importantes para a vida cidadã. Pode-se afirmar que a
formação oferecida pelas Ciências, pode contribuir de uma maneira eficaz na formação da
criticidade do aluno, possibilitando o mesmo a ter uma visão mais ampla do mundo. Porém, a
formação da consciência está na possibilidade da experiência vivida. No movimento dos
indivíduos na sociedade. Então, a formação científica colabora, mas não forma consciências.
O indivíduo ao apropriar-se das informações através de sua maneira bastante particular é que
irá construir sua consciência.
Segundo Libâneo (1990), ao selecionar os conteúdos da série em que irá
trabalhar, o professor precisa analisar os textos, verificar como são abordados os assuntos para
enriquecê-los com sua própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirma com
fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos. Segundo ADORNO (1994) as
expectativas sobre o futuro das pesquisas genéticas nos levam a repensar a função da escola
na sociedade e a contribuição que o Ensino de Ciência pode dar para uma formação integral, a
partir de seus conteúdos programáticos obrigatórios. Ainda que medidas educativas não
contemplem toda a dimensão deste problema, é necessário pesquisar como a escola tem
referendado mecanismos de formação de preconceitos.
A partir do esclarecimento, poderemos formar um educando para a autonomia,
para autocrítica e para compreender o outro. Parâmetros Curriculares Nacionais (1999)
sugerem que se trabalhem temas sociais de modo interdisciplinar, por meio dos temas
transversais (Ética, Meio ambiente e Orientação Sexual), desde o Ensino Fundamental. A
partir daí eles poderão contribuir de alguma de alguma forma, desde que sejam
contextualizados, para formar o cidadão. Além de ensinar o conteúdo, a escola deve também
buscar meios de informar e formar, discutindo as questões éticas permeadas pelos conteúdos
do Ensino de Ciência. Os temas polêmicos inseridos no conhecimento científico são muitos.
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A Ciência modifica-se rapidamente e nem sempre os cidadãos têm conhecimento e condições
de discutir e compreender as novidades científicas.
A LDB/96, segundo os PCNs (1999, p.22) confere uma nova identidade ao
Ensino Médio, permitindo ao estudante integrar-se à vida comunitária e ter consciência dos
seus direitos e deveres. Uma educação mais ampla e reflexiva conduzirá o aluno ao exercício
da cidadania. É importante ressaltar que esta preocupação em contextualizar os conteúdos
tratados no Ensino Médio não tem apenas um fim instrumental e utilitário. Também se
pretende oferecer aos alunos uma visão atual do mundo, para que conheçam as tecnologias
avançadas e as teorias que as sustentam. Não é preciso acrescentar novos conteúdos ao
currículo e sim, investir na formação dos professores, capacitando-os a desenvolverem
práticas pedagógicas interdisciplinares de qualidade.
3.4 Os conteúdos de Biologia trabalhados de forma vinculada ao cotidiano do aluno
Pimenta (2004) afirma que para se aprender é necessária a prática, e não
poderia ser diferente com a Biologia. Onde existem áreas ou conteúdos que muitas vezes são
de difícil entendimento se não houver a aula prática, principalmente quando se trata de
estruturas ou seres microscópicos, o que torna as aulas teóricas totalmente sem sentido.
O bom professor deve estar sempre preparado para a utilização de aulas práticas, pois,
segundo Tiba (1998) é responsabilidade do educador provocar no aluno o prazer de aprender,
e a aula pratica tem o poder de prender a atenção do aluno, fazendo com que este muita vezes
obtenha melhores resultados com a aula prática que somente com a teórica. Com a aula
prática muitas vezes um tema que para o aluno era considerado sem importância passa a ser
superinteressante.
Tiba (1998) diz que uma boa aula é como umas refeições, quanto mais
atraentes estiverem os pratos que o cozinheiro oferecer, mais desejarão saboreá-lo. Com a
aula o processo é o mesmo, quanto mais o educador se dedicar ao conteúdo, quanto melhor
for sua didática, mais o aluno terá prazer em aprender. Assim se o educador conseguir
conciliar as aulas teóricas com as práticas pode despertar no aluno o prazer em conhecer, o
prazer de buscar aprender cada vez mais. Pois, segundo o mesmo autor o aluno pode aprender
por obrigação, para passar de ano, ou como dizem, para vencer na vida, mas se as
informações passadas pelo professor forem bem apresentadas, os alunos terão curiosidade e
prazer em aprender.
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Para Chalita (2001) a educação não pode ser vista como um depósito de
informações, a educação deve ser vista como algo mais palpável, mais acessível a todos e a
aula prática tem esta capacidade, de trazer assuntos distantes para o dia a dia. O aluno tem o
direito de saber que também é capaz de visualizar uma célula, uma bactéria, de produzir
mudas, de manipular produtos químicos, dentre tantas outras ares abrangidas pela Biologia.
Com relação às aulas práticas, pode-se afirmar que as mesmas são de grande
importância, não somente na disciplina de Biologia, mas em qualquer outra disciplina. Pois
qualquer aluno considera muito interessante entender na pratica como funciona, por exemplo,
os seres e todas as suas relações com o meio em que vivem, uma vez que ao estudar os seres
vivos esta também estudando o ser humano. Para (GALIAZZI, 2001, p. 253). O ensino
experimental nas escolas teve como origem o trabalho experimental que era desenvolvido nas
universidades se teve como objetivo o estímulo à formação de novos cientistas.
Podemos ressaltar que as aulas práticas de laboratório, vêm sendo utilizadas
como complemento para ajudar na compreensão das aulas teóricas para gerar nos alunos um
entendimento mais abrangente dos conteúdos. As atividades práticas podem contribuir para o
desenvolvimento de habilidades importantes no processo de formação do pensamento
científico, proporcionando uma aula mais dinâmica em que o aluno deixa de ser uma pessoa
passiva participando no processo de construção do processo de ensino e aprendizagem.
Pesquisas recentes, empreendidas no nível superior de ensino, dentre elas a realizada por
Sganzeria et al. (2004), evidenciaram que muitos estudantes apresentam dificuldades em
emitir opiniões esclarecidas em relação aos atuais avanços científicos e biotecnológicos.
Diante da abordagem acima, pode-se constatar que estas dificuldades com que
passam a maioria dos estudantes, se dão pela falta de embasamento teórico, podemos ver isso
claramente em nossas salas de aulas, hoje. Isto é um grande déficit em seu aprendizado. Podese afirmar que isso acontece devido os mesmos não terem adquirido um aprendizado
satisfatório em seus anos de escolaridade. Desta forma, não tem a capacidade sequer de fazer
uma assimilação de determinado tema em estudo em sala de aula.
Vigotski (2001), afirma que um conceito é mais do que a soma de certos
vínculos associativos formados pela memória, é mais do que um simples hábito mental; é um
ato real e complexo de pensamento que não pode ser aprendido por meio de simples
memorização. Somando-se a investigação acima indicada, outras pesquisas realizadas em
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diversos países têm revelado que o ensino transmitido na escola está sendo pouco eficaz na
promoção do desenvolvimento do pensamento conceitual dos estudantes e, portanto a maior
parte do saber científico ensinado acaba sendo rapidamente esquecido. (Caballer e Gimenez,
1993; Banet e Ayuso, 1995; Barrabin e Sanchez, 1996; Giordan e Vecchi. 1996; Banet e Ayso
1998).
Nos projetos realizados para eventos especiais, como as feiras de
ciências,quando os alunos trabalham com afinco,em temas de seus interesses, preocupam-se
em obter os melhores resultados. (1º colóquio em epistemologia e pedagogia das ciências
2005). Pode-se constatar pelo o relato acima citado, que se faz necessário que nós professores
reflitamos sobre as principais causas da não assimilação dos conteúdos que são repassados em
sala de aula e, sobretudo de sua aplicabilidade no cotidiano do aluno.
Uma das formas de incentivar o interesse dos alunos pela a busca do
conhecimento e de uma aprendizagem eficaz pode destacar o estímulo a pesquisa e a busca
pelo o conhecimento científico. Como exemplo pode ser destacado as feiras de ciências
realizadas em nossas escolas. Onde estas favorecem com que o aluno tenha “gosto” pelas
pesquisas e consequentemente uma maior assimilação dos conteúdos pesquisados. Pois os
mesmos se dedicam realizando pesquisas, fazendo experimentos em laboratórios, e estas
iniciativas vão ampliando o seu campo do saber.
Este tipo de atividade é promovido na maioria de nossas escolas, hoje. Pois
quando às mesmas são realizadas em nosso âmbito escolar, há uma grande mobilização por
parte de nossos alunos. Os mesmos ficam bastante interessados e motivados pelas pesquisas e
investigação cientificas, pesquisando sobre temas relevantes e que tenham cunho científico e
também visão social. Desta forma, se percebe que o conhecimento passa a ser
contextualizado.
3.5 O ensino de Biologia segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
Segundo os autores dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
contextualizar o conteúdo nas aulas com os alunos significa, primeiramente, assumir que todo
conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. O conhecimento trabalhado nas
escolas, de um modo geral, é realizado pelas vias já conhecidas, ou seja, os livros, o quadro e
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giz, alguns experimentos e/ou demonstrações em laboratório-quando existentes algumas
saídas de campo, entre outras.
De acordo com os pcns (1999, p.91), costumamos trabalhar nas escolas um
conhecimento “quase sempre reproduzido das situações originais nas quais acontece sua
produção”, por isso, muitas vezes, não tem sentido para o aluno. Nesses documentos, a
contextualização é apresentadacomo elemento por meio do qual se busca dar um novo
significado ao conhecimento escolar possibilitando a aprendizagem significativa. Os PCN
orientam e reforçam a necessidade de uma discussão permanente e atualizada, constituindo
certo "avanço" em termos de compreensão do processo de ensino, porque propõe a
interdisciplinaridade e a idéia de construção dos conteúdos, passando a considerar a sala de
aula um espaço social de aprendizagem que vai além da transmissão de saberes, dando ênfase
à contextualização dos assuntos trabalhados e aos temas sociais.
Sugiro, como educador em constante formação, que os documentos dos PCN
sejam utilizados pelas escolas não na sua íntegra, como uso obrigatório ou como um manual
de reformulação escolar, mas como uma forma de propiciar reflexão e discussão sobre o
ensino atual, o que se dá de forma que o educador se atualize e seja capaz de encontrar
resposta para questões de sala de aula envolvendo a educação como um todo.
A contextualização tem muito a ver com a motivação do aluno, por dar sentido
àquilo que ele aprende, fazendo com que relacione o que está sendo ensinado com sua
experiência cotidiana. Através da contextualização, o aluno faz uma ponte entre teoria e a
prática, o que é previsto na LDB e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998), que
definem Ciência como uma elaboração humana para a compreensão do mundo. As escolas
brasileiras seguem o mesmo ritmo há tempos.
Possuem uma organização curricular por áreas, muitas vezes sem ligação de
uma disciplina com outra, fazendo com que professores trabalhem sozinhos com seus alunos.
Em relação à escola e ao processo ensino-aprendizagem, "as dificuldades vão desde
problemas com a formação inicial e continuada à pouca disponibilidade de material didáticopedagógico; desde a estrutura verticalizada dos sistemas de ensino à incompreensão dos
fundamentos da lei, das diretrizes e parâmetros" (Ricardo, 2003, v. 4, p. 8-11).
A contextualização é o ato de vincular o conhecimento à sua origem e à sua
aplicação. A idéia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a
15
partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9.394/96), que acredita na
compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Além disso, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), que são guias que orientam a escola e os professores na aplicação do novo
modelo, estão estruturados sobre dois eixos principais: a interdisciplinaridade e a
contextualização.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a contextualização do
conteúdo traz importância ao cotidiano do aluno, mostram que aquilo que se aprende, em sala
de aula, tem aplicação prática em nossas vidas. A contextualização permite ao aluno sentir
que o saber não é apenas um acúmulo de conhecimentos técnico-científicos, mas sim uma
ferramenta que os prepara para enfrentar o mundo, permitindo-lhe resolver situações até então
desconhecidas.
A fragmentação, a distância entre os conteúdos gera desinteresse por a
aprendizagem não ser significativa.. Esta ocorre quando há relação entre o aluno e o que ele
está aprendendo, considerando-o como o centro da aprendizagem, sendo ativo. A LDB
9.394/96, no artigo 28º, indica como isso pode ser feito, por expor que “os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de
cada região, especialmente”.
Isso significa que o ensino deve levar em conta o cotidiano e a realidade de
cada região, as experiências vividas pelos alunos, quais serão suas prováveis áreas de atuação
profissional, como eles podem atuar como cidadãos; enfim, ensinar levando em conta o
contexto dos estudantes. Somente baseado nisso é que o conhecimento ganhará significado
real para o aluno. Do contrário, ele poderá se perguntar: “Para que estou aprendendo isso?” ou
“Quando eu usarei isso em minha vida?”. Isso faz com que o aluno passe a rejeitar a matéria,
dificultando os processos de ensino e aprendizagem.
Segundo Bizzo (2007) o ensino de Ciências e Biologia devem reconhecer a real
possibilidade de entender o conhecimento científico e a sua importância na formação dos
alunos, uma vez que ele contribui efetivamente para a ampliação da capacidade de
compreensão e atuação no mundo em que vivemos. Parte-se do princípio de que ensinar
Ciências no mundo atual deve constituir uma das prioridades para todas as escolas, que devem
investir na edificação de uma população consciente e crítica diante das escolhas e decisões a
serem tomadas. Nesta perspectiva, é necessário que o ensino vise uma aprendizagem de
16
caráter inovador, contextualizado, questionador, crítico, ético, reflexivo, aplicável
interdisciplinar e integrado à comunidade e à escola.
A contextualização requer a intervenção do estudante em todo o processo de
ensino e aprendizagem, fazendo as conexões entre os conhecimentos. O aluno será mais do
que um espectador, como costumava ser no ensino tradicional, mas ele passará a ter um papel
central, será o protagonista; como um agente que pode resolver problemas e mudar a si
mesmo e toda uma realidade que o circunda. Para tal é necessário que o professor crie
situações comuns ao dia a dia do aluno e o faça interagir ativamente de modo intelectual e
afetivo, trazendo o cotidiano para a sala de aula e aproximando o dia a dia dos alunos do
conhecimento científico.
Isso é sempre possível, pois inúmeros e praticamente inesgotáveis são os
campos e contextos de experiências vivenciadas pelos alunos e pela escola, que podem ser
utilizados para dar vida e significado ao conhecimento. Portanto se o professor usar esse
recurso tão importante, que é a contextualização, estará mais propenso a ter êxito em preparar
seus alunos não só para uma memorização que não valoriza os aspectos conceituais; mas
estará, na verdade, preparando-os para a vida.
Conforme a LDB nº 9394 / 96, a organização do currículo superou as
disciplinas estanques. Pretende integração e articulação dos conhecimentos num processo
permanente de interdisciplinaridade e contextualização. A interdisciplinaridade ao saber útil.
Utiliza conhecimentos de várias disciplinas para a compreensão de uma situação problema. É
uma integração de saberes. Num texto de ciências, por exemplo, além do conhecimento
específico da matéria, o aluno pode aprender gramática, elaborar problemas relativos ao texto
e muito mais.
3.6. A história do ensino da Biologia no Brasil
Segundo Krasilchik, (2005, p.16) na década de 1970, o projeto nacional da
ditadura militar que estava no poder era o de modernizar o país. O ensino de ciências era
considerado importante componente para a preparação de um corpo qualificado de
trabalhadores, conforme estipulado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, promulgada em
1971 (LDB, Lei 5692/71), que fixava as Diretrizes e Bases do Ensino de 1º e 2º graus. A Lei
das Diretrizes e Bases da Educação traz em seu artigo 1º, parágrafo único “O ensino de 1º e 2º
grau tem por objetivo geral proporcionar ao educando a formação necessária ao
17
desenvolvimento de sua potencialidade como elemento ou auto-realização, qualificação para o
trabalho para o exercício da cidadania”.
Diante do relato acima, se percebe que a educação daquela época estava
totalmente voltada para a preparação do aluno ao ingresso no trabalho, isso se dava, sobretudo
para atender uma necessidade do modelo econômico daquela época. Conforme Krasilchik
(1987, p.18, apud PARANÁ, 2006, p.23), a escola secundária deve servir nesta década de 70
não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente ao
trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento.
Este período foi marcado por contradições, pois ao mesmo tempo em que esta
lei valorizava as teorias das disciplinas científicas, nas salas de aulas, estas teorias científicas
eram prejudicadas pelo currículo formado por disciplinas que tinham o objetivo de ligar o
aluno ao mercado de trabalho (predomínio da técnica); em síntese, o aluno, na prática, deveria
ser preparado apenas para se tornar mais um trabalhador, porém, na teoria a lei afirmava que
tinha por objetivo a formação de um cidadão consciente com condições de se ater aos
problemas ambientais da época, e mais de prever seu agravamento no futuro bem como suas
conseqüências.
Segundo TRIVELATO (1993, p.89), esta situação começou a mudar no final
da década de 70, quando os movimentos populares exigiram a democratização do país, e as
crises econômicas e sociais passaram a afetar o Brasil. Neste cenário nacional, coube a escola
o papel de garantir os recursos humanos para enfrentar a guerra tecnológica que estava por
vir, e o compromisso de cumprir planejamentos foi, então, invocado, tornando-se crucial fazer
com que o aluno, mais que o programa, passasse a ser o centro das preocupações do professor.
O conceito de mudança conceitual de acordo com Mortimer (1994)
corresponde no processo da aprendizagem um modelo de ensino para lidar com as concepções
dos estudantes e transformá-las em conceitos científicos. Segundo Campos e Nigro (1999,
p.36) aluno tem papel ativo, porém o trabalho do professor não se encontra fora de foco. E as
atividades experimentais são consideradas importantes, porém, não se resumem a executar
uma receita, o aluno pesquisa, infere e participa do processo Em virtude das várias críticas ao
contexto educacional, o Estado do Paraná, junto à Secretaria de Estado da Educação do
Paraná propôs, naquele momento, o Currículo Básico para a Escola Pública e Reformulação
do 2º Graus. A proposta deste documento teve por base.
18
A pedagogia histórica-crítica. Esta perspectiva histórico-crítica foi definida por
Dermeval Saviani como expressão de uma pedagogia que se empenhasse em compreender a
questão educacional do movimento histórico objetivo. Isso significava compreender a
educação no contexto da sociedade humana, e como ela está organizada e por conseqüência a
possibilidade de se articular uma proposta pedagógica cujo compromisso seria a
transformação da sociedade (SAVIANE, 1989 apud TEIXIEIRA, 2003, p.177-190).
O ensino de Biologia, especificamente, é tratado nos Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Médio (PCNEM) de 1999 e complementado nos Parâmetros Curriculares Nacionais +
Ensino Médio(PCN+Ensino Médio) de 2002, que explicitam a intenção de orientar a
construção de currículos, levando em conta questões atuais decorrentes das transformações
econômicas e tecnológicas provocadas pelo aumento das interdependências entre as nações.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) enfatizam o desenvolvimento de
Competências e Habilidades, as quais, de forma geral, formam uma categorização difícil de
ser compreendida pelos professores. Segundo Valente (2002, p.32) em sua tese de
doutoramento, apresenta uma crítica ao PCNs onde a autora afirma que os PCNs e as
Diretrizes do Ensino Médio omitem os conceitos de competências e habilidades; afirma ainda
que no PCNEM o quadro que consta ao final de cada área e disciplina traz as respectivas
competências e Habilidades como se ambas fossem idênticas; o último ponto enfocado pela
autora é o uso dos termos. Em determinados momentos o termo competência encampa o
termo habilidade em outros momentos o documento diferencia os dois conceitos.
3.7. A Biologia, Tecnologia e Inovação no currículo do Ensino Médio
Diante do modelo econômico vigente em que vivemos, ou seja, a globalização.
Percebe-se que diante desta realidade também passa ser geradas várias classes sociais, sendo
aquelas que conseguem se beneficiar de vários avanços oriundos da Tecnologia, outras
chegando a ficar por fora dos avanços tecnológicos. Segundo o relatório da UNESCO (2005),
é meta para o século XXI, criar uma sociedade com condições de vida harmoniosas e
produtivas para todos, o que implica um engajamento social intenso, o qual pode ser
assegurado por uma proposta educacional que possibilite o acesso a um tipo de conhecimento
capaz de ampliar e enriquecer a interpelação de mundo dos sujeitos.
19
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), DE 1996,
expressa a urgência de reorganização da educação Básica, a fim de dar conta dos desafios
impostos pelos processos globais e pelas transformações sociais e culturais por eles gerados
na sociedade contemporânea. Diante do relato acima citado, se percebe que com relação à
área das Ciências biológicas, principalmente o ensino de Biologia, pode se observar que na
maioria de nossas escolas, ainda está estruturada de uma maneira em que privilegia, sobretudo
aos conceitos com uma metodologia em que não proporciona uma ligação com a realidade do
aluno. Desta forma, seria urgente e interessante que o professor fizesse uma análise de sua
prática pedagógica e a partir daí, passasse a ter uma nova postura na forma de conduzir o
repasse dos conteúdos propostos em sala de aula aos seus educandos.
Segundo
as
avaliações
do
PISA
(2003),quando
os
conteúdos
programáticos,privilegiam os valores e os procedimentos de quem ensinam e não a
necessidade e o contexto de quem aprende, o aprendizado se torna árduo e desinteressante ,e o
resultado é quase sempre insatisfatório.Esses resultados,que revelam o analfabetismo
científico das gerações escolarizadas. Diante da realidade acima mencionada, se faz
necessário que os professores façam uma análise detalhada sobre os currículos não só na
disciplina de Biologia, mas em todas as disciplinas, questionando até que ponto estes estão
tendo utilidade na vida de nossos educandos.
Pois o que se percebe, é que na maioria das vezes os conteúdos não motivam
ao aluno a aprender.Isso faz com que os mesmos achem o ensino não proveitoso.Desta forma
,vale ressaltar que nós professores temos que estabelecer uma conexão do ensino com a
realidade do aluno. Assim iremos ter uma aprendizagem satisfatória.
3.8. O ensino de Biologia no século XXI.
A Biologia do século XXI começou a se fundamentar como uma Ciência
experimental bem estabelecida com a publicação das primeiras idéias sobre Evolução
Biológica por Charles Darwin e Alfred Wallace, em meados do século XIX. Esta Teoria
científica unifica todo o conhecimento biológico atual em suas várias disciplinas das áreas da
saúde, ambiente, biotecnologia, etc. Além disso, a Teoria Evolutiva explica, com muitas
evidências e dados experimentais, a origem e riqueza da biodiversidade, incluindo as espécies
existentes e extintas, de nosso planeta. (Sociedade Brasileira de Genética-SBG).
20
Com relação ao relato acima, pode se afirmar que a Biologia no século XXI,
veio reafirmar as idéias antes mencionada, principalmente no que diz respeito à teoria da
evolução. Também enfatiza temas relevantes ligados principalmente a saúde, meio ambiente e
outros. Pode se analisar que estas temáticas estão muito relacionadas com o cotidiano do
aluno e que merecem ser enfatizados e discutidos em nossas salas de aulas.
A Evolução Biológica está fundamentada no método científico, investigando fenômenos que
podem ser medidos e testados experimentalmente. O processo científico é contínuo,
incorporando constantemente as novas descobertas e aprofundando o conhecimento humano
sobre os seres vivos, a Terra e o Universo.
É isso que temos visto acontecer com o estudo da Evolução Biológica nos
últimos 150 anos, período no qual uma enorme quantidade de dados confirmou e aprimorou a
proposta original de Darwin e Wallace. No entanto, as perguntas e as causas sobrenaturais
não fazem parte do questionamento hipotético e nem das explicações em todas as Ciências
experimentais modernas. Por exemplo, a pergunta “Deus existe?” pode ser discutida por
filósofos e cientistas (como pessoas com diferentes crenças, opiniões e ideologias), mas não
pode ser abordada e respondida pela Ciência. (Sociedade Brasileira de Genética-SBG).
Sobre a Evolução Biológica, pode-se afirmar que à mesma está sempre em um
processo contínuo .Através das pesquisas realizadas e experimentos ,o homem está sempre em
busca novas descobertas .Podemos ressaltar que a maioria dos conteúdos que são propostos
nos livros didáticos ,na maioria das vezes são abordados assuntos que podem trazer vários
questionamentos
que estão ligados a várias ideologias.Para isso é necessário muitas
discussões e debates . Pois estas podem está ligadas não só no âmbito da Ciência como
também podem está ligados a questão da ética e da Religião.
Dentre os fatores que proporcionaram uma mudança positiva no modelo de
ensino no século XXI, podemos destacar a os avanços tecnológicos. Hoje, o professor se
dispõe de materiais que podem facilitar no repasse dos conteúdos em sala de aula. Fazendo
com que suas aulas se tornem bastante dinâmicas e interativas. Pois além de explorar o
cotidiano do aluno temos presentes às novas tecnologias que podem ser utilizadas como
recursos em nossas aulas, não só de Biologia, mas em qualquer outra disciplina.
Nessa direção, as novas tecnologias na área educacional são apontadas por
Perrenoud (2000) como uma das competências necessárias para ensinar na atualidade. Para
esse autor, por exemplo, os softwares são ferramentas úteis na educação escolar, mas exigem
um professor seletivo e ao mesmo tempo crítico para poder utilizar esses instrumentos de
21
maneira profissional. Isso requer a aquisição de conhecimentos sobre a utilização das
tecnologias e o desenvolvimento de habilidades intelectuais.
As principais habilidades intelectuais necessárias, citadas por Perreoud (2000),
são a observação, o pensamento hipotético dedutivo, a capacidade de memorização e
classificação, a análise de textos e imagens, a representação de redes as estratégias de
comunicação.
22
4 METODOLOGIA
O processo metodológico desse trabalho, terá os seguintes p:assos: pesquisas
,leituras de alguns livros os quais irão dar enfoques ao assunto ,como também irei realizar
algumas entrevistas ,bem como outras fontes como (INTERNET ,JORNAIS ,REVISTAS
,ETC). Para um maior desenvolvimento do tema geral desse trabalho, terei como base a
Pesquisa Exploratória, cujo seu objetivo é a caracterização inicial do problema, sua
classificação e de sua definição. Constitui o primeiro estágio de toda pesquisa científica.
Como também a pesquisa Bibliográfica, pois a mesma recupera o conhecimento científico
acumulado sobre um problema. A pesquisa será realizada na Escola de Ensino Média
Monsenhor Catão Porfírio Sampaio, a qual fica localizada no município de ITAPAJÉ-CE. A
pesquisa será direcionada a alunos estudantes do Ensino Médio.
Para a realização da investigação, irão compor a pesquisa alunos
frequentadores de três turmas, sendo os alunos de uma turma de 1º ano, do 2º ano e alunos de
uma turma do 3º ano do Ensino Médio. Como também serão realizadas entrevistas com os
professores que lecionam a disciplina de Biologia na escola. As informações serão colhidas
através de questionário, contendo diversas questões sobre o tema abordado A importância do
Ensino da Biologia no Cotidiano dos alunos. Inicialmente serão trabalhados com os alunos os
principais aspectos relevantes existentes no projeto de pesquisa, principalmente o tópico que
se refere à importância do ensino da Biologia no cotidiano.
23
4.1 Cronograma
Período
Jan
Fev
Mar
X
X
X
X
X
Coleta dos dados
X
X
Tratamento dos dados
X
X
Abr
Mai
Jun
Atividade
Elaboração do Projeto de
Pesquisa
Revisão Bibliográfica
Primeira versão da monografia
Versão final da monografia
x
x
24
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Você Gosta de Biologia?
25
1º ano H
20
15
sim
10
22
5
não
8
0
sim
não
Você Gosta de Biologia?
20
3º ano F Sala 1
19
18
sim
17
19
não
16
15
16
14
sim
não
25
Você Gosta de Biologia?
25
2º ano O
20
15
sim
22
10
não
5
10
0
sim
não
Os conteúdos que são estudados em
biologia estão ligados ao seu cotidiano?
25
1º ano H
20
15
sempre
23
10
nunca
as vezes
5
7
0
sempre
0
nunca
as vezes
Os conteúdos que são estudados em
biologia estão ligados ao seu cotidiano?
30
3º ano F Sala 1
25
20
sempre
15
26
10
5
nunca
as vezes
8
0
sempre
1
nunca
as vezes
26
Os conteúdos que são estudados em
biologia estão ligados ao seu cotidiano?
25
2º ano O
20
15
sempre
22
10
nunca
as vezes
5
8
2
0
sempre
nunca
as vezes
A metodologia usada pelo seu professor
facilita a compreensão dos conteúdos
estudados em sala de aula?
14
12
1º ano H
10
sim
8
6
4
13
não
10
7
as vezes
2
0
sim
não
as vezes
27
A metodologia usada pelo seu professor
facilita a compreensão dos conteúdos
estudados em sala de aula?
3º ano F Sala 1
25
20
sim
15
10
5
20
não
as vezes
9
6
0
sim
não
as vezes
A metodologia usada pelo seu
professor facilita a compreensão dos
conteúdos estudados em sala de
aula?
2º ano O
20
15
sim
10
17
não
5
10
5
as vezes
0
sim
não
as vezes
28
5. CONCLUSÃO
Com base as pesquisas e investigação percebem-se com muita clareza que, a
principal vantagem da contextualização de conteúdos é a motivação que o aluno adquire por
dar praticidade ao que se aprende nos bancos escolares, promovendo uma relação direta com
o que se vivencia. A metodologia contextualizada serve como uma ferramenta de estímulo e
internacionalidade na sala de aula, unido professor e aluno num compartilhar de experiências
que podem facilitar o processo ensino-aprendizagem.
Pode-se constatar que na maioria das escolas, tem se dado maior ênfase à
transmissão de conteúdos e à memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas, deixando de
lado a construção do conhecimento científico dos alunos e a desvinculação entre o
conhecimento químico e o cotidiano. Essa prática tem influenciado de forma negativa na
aprendizagem dos alunos, uma vez que não consegue perceber a relação entre os conteúdos
ensinados em sala e a própria realidade vivida pelo o aluno.
O presente trabalho teve como principal objetivo discutir a importância da
contextualização no ensino de Biologia, especificamente no Ensino Médio, a partir da
aplicação de recursos didáticos que viabilizam a correlação entre conhecimento científico e
cotidiano. Oportunizando uma a análise metodológica e discussões pertinentes ao ensino, bem
como visando às melhores estratégias para que haja uma melhor forma do aluno ter uma
maior apreensão do conhecimento.
Sabe-se que aulas contextualizadas contribuem de forma fundamental no
processo de ensino aprendizagem, visto que estimulam a curiosidade e despertam o interesse
dos alunos pelo conteúdo abordado, bem como a busca de novos conhecimentos relacionados
à temática discutida em sala. Além disso, contribui para o desenvolvimento intelectual dos
alunos, favorecendo o fortalecimento de valores como cooperação e o respeito à diversidade
de idéias ao trabalhar em grupo com o confronto de pensamentos, oportunizando ainda, uma
visão mais ampla de tudo que os cerca.
Contudo, apesar do uso de várias metodologias nos dias de hoje, ainda pode ser
observado que muitos alunos adquirem o conhecimento de forma isolada, apresentando uma
visão restrita do mundo, deste modo, a contextualização de conteúdos é caracterizada como
uma ferramenta facilitadora no ensino, uma vez que pode minimizar a fragmentação dos
conteúdos, além de contribuir para a formação do aluno como cidadão crítico e pensante.
29
Entrevista realizada com os professores de Biologia na Escola de Ensino
Médio Monsenhor Catão Porfírio Sampaio
30
31
32
33
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que com a realização deste trabalho monográfico, possa despertar em
nossos professores a terem uma maior adesão pela contextualização do ensino no âmbito
escolar. Fazendo com que os conteúdos de suas aulas sejam trabalhados de forma vinculada a
realidade dos alunos. Desta forma, suas aulas irão se tornar mais dinâmicas, interessantes e
participativas. E os alunos consequentemente terão um aprendizado eficaz. Diante da
realidade em nossas escolas se percebe que, a prática docente, muitas vezes, é confrontada
com os conteúdos abordados nos livros didáticos, os quais são descriminados de forma
fragmentada inviabilizando atividades contextualizadoras.
É bastante notável que grande parte dos livros do Ensino Médio,
especificamente de Biologia, apresenta uma abordagem superficial de conteúdos vinculados a
realidade dos alunos. Sabe-se que é de suma importância a utilização de novas metodologias
que permitam abordar temas sociais e a elaborar recursos didáticos que viabilizem a qualidade
das aulas e que facilitem o entendimento dos alunos.
Portanto, cabe aos professores fazer diagnósticos e interpretar problemas locais
em suas múltiplas implicações no cotidiano, além disso, devem trazer para os alunos essas
discussões sobre assuntos de sua realidade, criando assim oportunidades para que se
posicionem sobre as questões que estão à sua volta e aplicando esse conhecimento para uma
melhor compreensão de questões que estejam ligadas ao seu cotidiano.
34
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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35
Como contextualizar o conhecimento em classe? REVISTA NOVA ESCOLA Edição 239,
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TIBA, I. Ensinar Aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em
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36
8 ANEXOS
Entrevista realizada com os alunos das turmas 1º ano H, 2º ano O e 3º ano F da Escola de
Ensino Médio Monsenhor Catão Porfírio Sampaio, Itapajé, Ceará.
Questões1: Você gosta de Biologia? ( )Sim ( )não.
Questão 2: Os conteúdos que são estudados em Biologia, estão ligados ao seu cotidiano? (
)Sempre ( ) nunca (
) as vezes
Questão 3: A metodologia usada pelo seu professor facilita a compreensão dos conteúdos
estudados em sala de aula? ( )Sim (
) não ( ) as vezes
Questionário realizado com os professores de Biologia da Escola de Ensino Médio
Monsenhor Catão Porfírio Sampaio, Itapajé, CE.
Questão 1: O que é contextualização?
Questão 2: Você faz uso de contextualização em sala de aula? Se sim, como ocorre?
Questão 3: Quais as dificuldades/facilidades que você encontra no processo de
contextualização?
37

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