Memorando Índice - Universidade de Aveiro
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Memorando Índice - Universidade de Aveiro
G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Memorando Título: Colaboração do Grupo de Sistemas de Banda Larga no Projecto “Custos e Benefícios, à Escala Local, de uma Ocupação Dispersa Autores: Data: Manuel de Oliveira Duarte (Coordenação) Raquel Castro Madureira João M. Gaspar da Silva David C. Carrilho Hugo S. Félix Sara Coelho 25 de Fevereiro de 2011 Índice 1. VISÃO GLOBAL E SELECÇÃO DE SISTEMAS PADRÃO ...................................................................................... 5 1.1 VISÃO GLOBAL ................................................................................................................................................. 5 1.1.1 As redes de telecomunicações ................................................................................................................. 5 1.1.2 Segmentação das redes........................................................................................................................... 8 1.2 SELECÇÃO DE SISTEMAS PADRÃO .......................................................................................................................... 9 1.2.1 Rede fixa: Tecnologia GPON, Arquitectura: FTTH .................................................................................. 10 1.2.2 Rede móvel: Tecnologia UMTS R99, Arquitectura celular ..................................................................... 11 1.3 PLANEAMENTO DE REDE DE TELECOMUNICAÇÕES ................................................................................................... 12 1.3.1 Cobertura de rede.................................................................................................................................. 13 1.3.2 Qualidade de serviço ............................................................................................................................. 14 1.3.3 Capacidade ............................................................................................................................................ 14 2. DESCRIÇÃO E CUSTOS DE CADA SISTEMA PADRÃO ......................................................................................14 2.1 SISTEMA GERAL ............................................................................................................................................... 14 2.2 CENÁRIO 1 .................................................................................................................................................... 15 2.2.1 Componentes......................................................................................................................................... 16 2.2.2 Custo componente Infra-estrutura Geral............................................................................................... 18 2.2.3 Custo componente Infra-estrutura Local ............................................................................................... 18 2.2.4 Alternativas de condutas ....................................................................................................................... 20 2.2.5 Algoritmo............................................................................................................................................... 20 CENÁRIO 2.................................................................................................................................................................. 21 2.2.6 Pré-requisitos......................................................................................................................................... 21 2.2.7 Componentes......................................................................................................................................... 22 2.2.8 Custo componente Infra-estrutura Geral............................................................................................... 23 2.2.9 Custo componente Infra-estrutura Local ............................................................................................... 24 2.2.10 Algoritmo .......................................................................................................................................... 24 3. REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................................27 4. ANEXOS ......................................................................................................................................................28 4.1 CONCEITOS BASE ............................................................................................................................................. 28 4.1.1 Unidades territoriais .............................................................................................................................. 28 4.1.2 Cenários de mercado ............................................................................................................................. 31 4.2 CÁLCULO DE CUSTOS POR TECNOLOGIAS................................................................................................................ 31 -1- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 4.2.1 FTTB Conectorizada ............................................................................................................................... 32 4.2.2 Configuração Fusionada (zonas urbanas ou suburbanas sem permissão de instalação de equipamentos em armários de rua) ............................................................................................................................ 32 4.2.3 WiMAX .................................................................................................................................................. 33 4.2.4 LTE ......................................................................................................................................................... 34 Índice de Figuras Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura 1 - Evolução temporal dos serviços de comunicações disponíveis, .................................................................... 5 2 -Visão simplificada de rede de comunicações por serviço, [1]. ........................................................................ 5 3 -Diferentes serviços disponibilizados por diferentes redes de comunicação, [1]. ............................................. 6 4 -Convergência na difusão de serviços por diferentes operadores e infra-estruturas de rede[2]........................ 6 5 - Redes de Telecomunicações. ....................................................................................................................... 7 6 - Segmentação das redes de telecomunicações, [1]. ....................................................................................... 8 7- Representação hierárquica dos segmentos de uma rede de Telecomunicações [1]. ...................................... 8 8 - Cenários tecnológicos propostos: FTTH e UMTS. ......................................................................................... 9 9- Sistemas padrão definidos para o estudo da dispersão. ............................................................................... 10 10 - Comprimento de onda up and downstream para GPON. ........................................................................... 10 11- Topologia FTTx, Ponto a Multi-ponto. ......................................................................................................... 11 12 - Banda de frequências UMTS para Portugal e Europa. .............................................................................. 11 13- Evolução das redes sem fios, da segunda à terceira geração. ................................................................... 12 14- Comparação dos sistemas móveis da segunda à quarta geração. ............................................................. 12 15- Dados de entrada para estudo técnico-económico. .................................................................................... 13 16- Etapas planeamento celular. ...................................................................................................................... 13 17- Pressuposto de tráfego para planeamento de rede de telecomunicações. ................................................. 14 18 - Modelo simplificado de Rede de Acesso de telecomunicações. ............................................................... 15 19- Cenário 1, FTTH. ....................................................................................................................................... 16 20- Diagrama da rede de acesso FTTH............................................................................................................ 17 21 – Esquemático rede de acesso FTTH.......................................................................................................... 17 22- Esquemático da infra-estrutura geral da rede FTTH, do CO ao JFO (não incluído). ................................... 18 23 - Esquemático da infra-estrutura local da rede FTTH................................................................................... 18 24– Tipos de condutas para passagem de fibra óptica. .................................................................................... 20 25– Arquitectura geral da rede móvel UMTS. ................................................................................................... 21 26 - Diagrama da rede de acesso UMTS. ......................................................................................................... 22 27 – Esquemático da infra-estrutura geral da rede UMTS do core ao Node B .................................................. 22 28 – Esquemático da infra-estrutura geral do core ao Node B (não incluído).................................................... 23 29- Esquemático da infra-estrutura local do Node B ao cliente. ........................................................................ 24 30– Componentes da estratégia de planeamento de rede celular. ................................................................... 25 31 – Raio da célula e distância inter-site (ou entre estações base)................................................................... 26 32 – Tipologia de unidades territoriais: a realidade e modelo esquemático....................................................... 28 33 – Sub-unidades rurais: Aglomerados, Disperso Aglomerado, Aglomerado disperso e Disperso. ................. 30 34 – Unidades Territoriais e Extensões de Rede .............................................................................................. 30 35 – Penetração no Mercado .......................................................................................................................... 31 36 – FTTB Conectorizada. ............................................................................................................................... 32 37 - FTTB fusionada. ........................................................................................................................................ 33 38 – Rede Wi-max............................................................................................................................................ 34 39 - Rede LTE. ................................................................................................................................................. 35 Índice de Tabelas Tabela 1 – Componentes de cada rede de telecomunicações de nova geração........................................................... 15 Tabela 2 – Pressupostos Cenário 1.............................................................................................................................. 16 Tabela 3– Macro Componentes Infra-estrutura geral.................................................................................................... 17 Tabela 4– Macro Componentes Infra-estrutura Local ................................................................................................... 18 Tabela 5 - Custo componente Infra-estrutura Geral ...................................................................................................... 18 Tabela 6 – Relações de custo entre tipos de condutas para fibra óptica....................................................................... 20 Tabela 7 - Algoritmo detalhado para cálculo do investimento inicial para a rede Geral fixa. ........................................ 21 Tabela 8 – Pressupostos para a rede UMTS em zonas urbanas. ................................................................................. 22 Tabela 9- Custo componente Infra-estrutura Geral ....................................................................................................... 24 -2- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Tabela 10 - Custo componente Infra-estrutura Local. ................................................................................................... 24 Tabela 11 – Exemplo de matriz de estratégia de rede. ................................................................................................. 25 Tabela 12- – Modelos de propagação wireless e cálculo do raio da célula. .................................................................. 25 Tabela 13 – Capacidade de node B. ............................................................................................................................ 26 Tabela 14 - Dimensão de cada um dos habitats no território. ....................................................................................... 31 Tabela 15 – Parâmetros utilizados no cálculo da taxa de penetração........................................................................... 31 Tabela 16 - Valor patrimonial dos gastos por casa passada solução FTTB Configuração Conectorizada..................... 32 Tabela 17 - Valor patrimonial dos gastos por casa passada solução FTTB Configuração Fusionada. .......................... 33 Tabela 18 -Valor patrimonial dos gastos por utilizador WiMAX. .................................................................................... 34 Tabela 20 - Valor patrimonial dos gastos por utilizador LTE. ........................................................................................ 35 -3- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Glossário ADSL – Assymmetric Digital Subscriber Line AES - Advanced Encryption Standard AON – Active Optical Network APON – ATM Passive Optical Network ATM - Asynchronous Transfer Mode BPON - Broadband PON CAPEX - Capital Expenditure CO – Central Office CPE – Customer Premises Equipment DBA – Dynamic Bandwidth Allocation DOCSIS -Data Over Cable Service Interface Specification DSL - Digital Subscriber Line DSLAM - Digital Subscriber Line Access Multiplexer DWDM – Dense Wavelength Division Multiplexing EP - Empresas EPON – Ethernet Passive Optical Network FE – Fast Ethernet FEC - Forward Error Correction FR -Frame Relay FSAN - Full Service Access Network FO – Fibra óptica FTTB - Fiber To The Building FTTC - Fiber To The Curb FTTCab - Fiber To The Cabinet FTTH - Fiber To The Home FTTN – Fiber to the Node FTTP - Fiber To The Premises FTTx - Fibre to the x GE – Gigabit Ethernet GEM - GPON Encapsulation Method GPON - Gigabit Passive Optical Network GPRS - General Packet Radio Services GSM - Global Systems for Mobile communications HDSL - High-data-rate Digital Subscriber Line HFC - Hybrid Fibre/Coax HSDPA - High-Speed Downlink Packet Access IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers IP – Internet Protocol IPTV – Internet Protocol for Television IRR – Internal Rate of Return ISDN – Integrated Services Digital Network ODN – Optical Distribution Network OLT - Optical Line Termination ONT - Optical Network Termination ONU - Optical Network Unit OPEX - Operational Expenditure OSP - Outside Plant PDO - Ponto de Distribuição Óptica PON - Passive Optical Network JSO - Junta de Splitting Óptico LAN – Local Area Network LLU - Local Loop Unbundling Mbps – Mega bit por segundo MDF -Main Distribution Frame MDU – Multi Dwelling Unit MPLS - Multi-Protocol Label Switching NGA – Next Generation Access NGN – Next Generation Network NPV -Net Present Value NRA - Novas Redes de Acesso OAM - Operations, Administration and Maintenance OAN - Optical Access Network ODF - Optical Distribution Frame POTS - Plain Old Telephone Service PSTN – Public Switch Telephone Network QoS – Quality of Service RDIS - Rede Digital com Integração de Serviços RF – Rádio Frequência SDH - Synchronous Digital Hierarchy SDSL - Symmetrical Digital Subscriber Line SDU – Single Dwelling Unit SFU – Single Family Unit SHDSL - Symmetric High-Speed Digital Subscriber Line SMF – Single Mode Fiber SONET - Synchronous Optical Network SRO - Sub-Repartidor Óptico STM – Synchronous Transfer Mode T-CONT - Traffic Containers TDM - Time Division Multiplexing TDMA - Time Division Multiple Access TIR - Taxa Interna de Rendibilidade UA – Unidade de alojamento UHF - Ultra High Frequency UMTS - Universal Mobile Telecommunications System VAL - Valor Actual Líquido VDSL - Very-high-speed Digital Subscriber Line VHF - Very High Frequency VoD – Video on Demand VoIP – Voice over IP WDM - Wavelength Division Multiplexing Wi-Fi - Wireless Fidelity -4- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 1. Visão Global e Selecção de sistemas Padrão 1.1 Visão Global 1.1.1 As redes de telecomunicações Os serviços de comunicações fazem parte integrante dos hábitos de vida das populações e das organizações em geral. Podem-se enumerar alguns desses serviços mais relevantes e com maior impacto, tais como o telefone, a internet, a televisão e a radiodifusão (ou simplesmente rádio). A maior ou menor utilização destes serviços pode servir como indicador sobre o estado de desenvolvimento das populações e consequentemente o nível de vida associado às mesmas. Ao longo dos últimos 150 anos os serviços disponíveis a partir da redes de telecomunicações têm vindo a crescer vertiginosamente tal como apresentado na figura seguinte, [1]. Telex Comutação de pacotes Telégrafo Telégrafo Telex Telégrafo Telégrafo Telex Telefone Facsimile Telefone Telégrafo Telégrafo Telefone Som Som Televisão Telex Dados de alta velocidade Dados de velocidade média Dados Dados de baixa velocidade Facsimile Telefone Facsimile Telefone Som stereo hi-fi Som stereo hi-fi Televisão a cores Televisão a cores Telefone móvel Telefone móvel Paging Comutação de circuitos Video-texto Facsimile Telefone Teletexto Video-conferência Som stereo hi-fi Televisão a cores stereo Telefone móvel Paging 1847 1877 1920 1930 1960 1975 1984 Telex Banda larga Comutação de pacotes Comutação de circuitos Telemetria Teletexto Facsimile Facsimile a cores Internet Web Correio electrónico Jornal electrónico Telefone Tele-conferência Video-conferência Video-telefone Som stereo hi-fi Televisão a cores Televisão stereo Televisão de alta definição Video-telefone móvel GSM, GPRS, UMTS Texto móvel Facsimile móvel WAP Dados móveis Video-texto móvel Paging 2002 Figura 1 - Evolução temporal dos serviços de comunicações disponíveis, Estes serviços chegam aos utilizadores através de um conjunto de infra-estruturas que se podem associar da seguinte forma: • Telefone fixo / rede de acesso fixo • Telefone movel /rede de acesso celular • Televisão / rede de transmissão de TV • Radiodifusão / rede de transmissão AM&FM Num passado próximo, até ao início da década de 90, do séc. XX, para cada tipo de serviço disponibilizado, existia uma determinada infra-estrutura de telecomunicações. Neste contexto a ligação entre a Rede e o cliente final era praticamente unívoca e estanque. A Error! Reference source not found. ilustra o que se pretende evidenciar. Figura 2 -Visão simplificada de rede de comunicações por serviço, [1]. -5- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Neste contexto, para ara cada serviço de difusão está associada uma infra-estrutura estrutura de rede que pode ter diversos tipos de suporte como se pretende demonstrar com a Fig. 3. Difusão de TV Difusão de Rádio Telefone Comunicação de Dados Conteúdo Conteúdo Serviços Telef ónicos Serviços de Email, WWW, etc Som e Imagem Som Voz Dados Controlo Controlo Controlo Controlo Rede de AcessoRede de Fixo Acesso Móvel Rede de Difusão em espaço livre Rede de Difusão por cabo Figura 3 -Diferentes Diferentes serviços disponibilizados por diferentes redes de comunicação, comunicação [1]. Com os avanços tecnológicos e nomeadamente com a massificação do uso da internet, a fronteira entre a capacidade de cada infra-estrutura estrutura de rede e a diversidade de serviços que cada uma proporciona começou a ficar difusa e ténue. É a chamada convergência do do sector das Telecomunicações, como ilustra a Error! Reference source not found.. Hoje é possível observar redes de cobre tradicionalmente usadas para voz com distribuição dis de dados, redes de internet a oferecer chamadas de voz (via VoIP)) e redes de chamadas de voz móveis a oferecer distribuição de vídeo e televisão. Figura 4 -Convergência Convergência na difusão de serviços por diferentes operadores e infra-estruturas estruturas de rede[2] rede Estes processos de convergência serão ainda mais estimulados pelas chamadas Redes de Nova Geração (RNG). Apesar destes processos de convergência, pode-se pode se afirmar que actualmente, e apesar apesa da enorme variedade de serviços de telecomunicações existentes, a sua disponibilização aos utilizadores é feita fundamentalmente através dos seguintes tipos de infra-estruturas: infra • • Redes de cabos de cobre do tipo par bifilar. o Utilizadas tradicionalmente para par o serviço telefónico fixo. o Actualmente são também utilizadas para os serviços de dados: acesso à internet, serviços de áudio e vídeo sobre a internet, etc.). Redes de cabo de cobre do tipo coaxial -6- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Utilizadas tradicionalmente (em Portugal só a partir da década de 80 do século XX) para o serviço de televisão por cabo o Actualmente são também utilizadas para os serviços de dados: acesso à internet, serviços de áudio e vídeo sobre a internet, etc). • Redes sem fios através de ligações por espaço livre recorrendo a ondas electromagnéticas. o Utilizadas tradicionalmente para os serviços de radiodifusão de áudio (no vulgo rádio) e vídeo (no vulgo televisão) a partir de emissores terrestres. o A par da anterior utilização foram também utilizadas até meados da década de 80 do século XX como o A partir do meio do século XX passaram também a ser utilizadas para a transmissão intercontinental através de emissores/receptores instalados em satélites. o Desde meados da década de 90 do século XX são utilizadas intensivamente para os serviços móveis celulares de áudio e dados. o Ao longo da última década encontraram também utilização generalizada em serviços de dados de área local sem fios (p.ex.: redes wireless com tecnologia WiFi). o Têm também sido utilizadas como na forma de ligações ponto-a-ponto em variadas circunstâncias. • Redes de Cabos de Fibra Óptica. o Trata-se de redes em que fibras de um material condutor da luz (normalmente a sílica ou um material polímero) são utilizadas para transmitir sinais de informação. o Inicialmente foram utilizadas apenas em determinados segmentos das redes de telecomunicações (como adiante se detalhará) mas actualmente estão em vias de ser aplicadas de forma generalizada em todos os segmentos das redes de telecomunicações). A figura seguinte pretende demonstrar o vasto leque de hipóteses tecnológicas que podem responder ao desafio de transportar sinais de um local para outro, permitindo as comunicações a longa distância entre utilizadores. As redes de telecomunicações podem dividir-se em 2 grandes mundos, o das comunicações com fios e o das comunicações sem fios (wireless).O mundo das comunicações com fios está directamente associado às comunicações fixas, ou seja que se efectuam num determinado ponto fixo e imóvel. Nas comunicações sem fixos podem-se encontrar sistemas que privilegiam o débito em detrimento da mobilidade, sendo por isso também consideradas fixas e as comunicações que permitem total mobilidade denominadas móveis. o Comunicações móveis Espectro rádio eléctrico Figura 5 - Redes de Telecomunicações. -7- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 1.1.2 Segmentação das redes Para melhor se compreender a forma a forma como os serviços de telecomunicações são disponibilizados aos utilizadores, importa ter uma ideia acerca da estrutura e organização das redes. As redes de telecomunicações podem ser dividas, como ilustrado na figura seguinte, seguinte em três segmentos principais: • Rede Nuclear e Agregação gregação (Core Network), • Rede de Acesso e • Rede do Cliente. Figura 6 - Segmentação das redes de telecomunicações, [1]. Uma outra forma de perspectivar a segmentação de redes é através da figura seguinte, que inclui os mesmos segmentos mas apresentados de uma forma hierárquica. Rede Nuclear (Core Network)) Rede de Acesso (Access Network)) Rede do Cliente Figura 7- Representação hierárquica dos segmentos de uma rede de Telecomunicações [1]. A rede do cliente é o segmento de rede do edifício ou da localização onde o cliente se encontra e que permite que haja interligação entre o equipamento do cliente e a rede de acesso. Trata-se Trata de equipamentos como modems, boxes digitais de recepção de televisão telev ou telemóveis. Este segmento de rede não será objecto de estudo no âmbito deste projecto. 1.1.2.1 Rede de Acesso A Rede de Acesso é o segmento de rede que faz a interligação entre a rede de agregação e a rede do cliente. Este segmento pode ser decomposto em subsegmentos, ubsegmentos, onde cada um deles representa um ponto de flexibilidade de rede, são eles: • Estação ou Central local (Central Office), Office) edifício físico onde está localizado o equipamento electrónico de comutação e interligação de chamadas e dados; dados • Rede Primária serve para conectar a Estação Central e outros Distribuidores intermediários como a Rede Secundária. Utiliza uma topologia em estela, ou seja conecta vários pontos de rede num só ponto central que envia para a Estação Central; Central -8- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP • • • Ponto de agregação: é um ponto ponto de flexibilidade de rede onde se efectua a separação do sinal seja apenas físico ou em potência para optimização de recursos. Poderão existir mais que um ponto de agregação. Rede de Distribuição é o trecho de rede que liga a Rede primária ao ponto de rede re que está em casa do assinante.. Existe um ponto de agregação imediatamente antes de cada baixada (ITED); (ITED) Baixada é o equipamento electrónico situado na casa do cliente que permite receber o sinal de telecomunicações como por exemplo a “ficha de telefone”. telefone” Em cada segmento da rede de acesso podem existir por diferentes tipos de tecnologias que, por sua vez, possuem diferentes meios de transmissão. Estas tecnologias podem utilizar cablagem ou serem wireless (sem fios). Podem co-existir existir diferentes tecnologias tecnologi na mesma rede de acesso. As típicas infra-estruturas estruturas das redes de acesso são as grandes responsáveis pelo estrangulamento de largura de banda imposto. Para a escolha de uma tecnologia, é necessário ter em conta alguns factores: • • O número de utilizadores que se pretende servir, uma vez que quanto maior for o número de utilizadores a partilhar uma rede em simultâneo, menor será a largura de banda média disponível para cada um; A distância, pois fenómenos como a distorção, interferência, ruído e atenuação limitam o alcance das comunicações; comunicações 1.1.2.2 Rede Nuclear (Core Core) e Rede de Agregação A rede nuclear fornece os mecanismos de transmissão responsáveis por fazer a interligação entre as várias redes de acesso, sendo também responsável pelo transporte a longa distância. distância A componente agregação é responsável pela agregação e distribuição do tráfego proveniente da rede nuclear e da rede de acesso. Este segmento de rede não será objecto de estudo no âmbito deste projecto. 1.2 Selecção de Sistemas Padrão A Rede de Acesso é então o segmento de rede de telecomunicações que liga o utilizador final ao núcleo central da rede. A forma como se transporta o sinal de telecomunicações entre esse núcleo e o utilizador pode ser diversa e depende da tecnologia escolhida. Foram identificados e seleccionadas arquitecturas padrão baseadas em redes de telecomunicações de nova geração. Foram escolhidos 2 cenários de arquitectura que estão actualmente no mercado, mercado o cenário 1 que comporta uma solução de rede fixa de fibra óptica de elevado débito até é casa do cliente, FTTH e o cenário2 que comporta uma solução móvel de débito intermédio, a tecnologia de 3º geração móvel, o UMTS. Dependente da tecnologia surge a forma de a implementar, o equipamento necessário e a infra-estrutura infra que a suporta, que será rá descrito na secção seguinte. seguinte Redes de telecomunicações em estudo Sistema Padrão SP1: Rede Fixa SP2: Rede Móvel Infraestrutura Fibra óptica, FTTH Espectro rádio eléctrico Tecnologia GPON UMTS R99 Serviços Televisão HD Video on demand Internet Voz mobile TV Internet Voz Figura 8 - Cenários tecnológicos propostos: FTTH e UMTS. -9- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Estes sistemas padrão podem existir individualmente ou em complementaridade. Assumem-se Assumem por isso os seguintes cenários de coexistência: coexistência Sistema Padrão - SP SP1 SP SP2 Penetração Cenário1 100% 50% Penetração Cenário 2 0% 100% Figura 9- Sistemas padrão definidos para o estudo da dispersão. 1.2.1 Rede fixa:: Tecnologia GPON, Arquitectura: FTTH O GPON é uma tecnologia de acesso de grande largura de banda partilhada em ambos os sentidos: Upstream (do do utilizador para a rede) e Downstream (da rede para o utilizador),, que é utilizada em todo o mundo, com maior incidência na Europa e América do Norte. O comprimento de onda utilizados para sistemas de uma fibra é de 1480nm-1500nm 1500nm enquanto que para sistemas de duas fibras é de 1260-1360nm. 1260 No Upstream o comprimento de onda varia de 1260-1360nm, 1260 [3] Figura 10 - Comprimento de onda up and downstream para GPON. Esta norma foi normalizada pelo ITU-T, G.984 [3] mas a sua vasta interoperabilidade entre os diferentes equipamentos dos fabricantes não foi ainda materializada Numa rede de acesso GPON, existem pelo menos vários componentes principais [4 4]. • Central Office (C.O.): é a central de onde se encontram os OLTs (Optical Optical Line Termination) Termination e os ODFs (Optical Optical Distribution Frame), Frame equipamentos ntos activos do início da PON. No N C.O. pode ser colocado o primeiro andar de splitting,, através da utilização de splitters 1:2. • Feeder Network (Rede Primária):: é constituída pelos cabos de fibra óptica que ligam o C.O. ao armário de rua (SRO) ou juntas (JSO) onde se encontra o segundo andar de splitting.. Estes cabos são constituídos por 288 fibras ópticas, das quais tipicamente 48 estão reservadas. • SRO (Sub-Repartidores Repartidores Óptico): Óptico): são os armários de rua onde são colocados os splitters do segundo andar de splitting, na Configuração Conectorizada. • JSO (Junta nta de Splitting Óptico): são juntas de ligação onde são colocados os splitters do segundo andar de splitting, na Configuração Fusionada. • Distribution Network (Rede de Distribuição): é constituída pelos cabos de fibra óptica que ligam o SRO/JSO ao PDO (Ponto (Pon de Distribuição Óptica). • JFO (Junta de Fibra Óptica): são juntas de ligação, sem splitters.. Estão situadas na rede de distribuição e permitem ligar os cabos provenientes do SRO/JSO a cabos com menor número de fibras, através de splicing. • PDO (Ponto de Distribuição D Óptica): são os armários onde são colocados os splitters do terceiro andar de splitting, quando este é necessário. • Baixada (Rede de Cliente): é constituída pelos cabos de fibra óptica que ligam o PDO às residências dos assinantes. Estes cabos podem p ser individuais, constituídos por uma ou duas fibras para cada assinante ou múltiplos (raiser) ( que transportam ansportam os cabos pela coluna montante do edifício, e de onde vão ser extraídas as fibras de cada assinante. -10- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Figura 11- Topologia FTTx, Ponto a Multi-ponto. O GPON permite um alcance máximo de 60 km, e alcance preferencial de 20 km, podendo uma única rede GPON suportar até 128 utilizadores. A implementação de uma rede GPON, com a utilização de dois comprimentos de onda é provavelmente a implementação mais comum. O comprimento de onda Downstream é o 1490nm, que transmite informação a uma taxa de transmissão de 2,5 Gbps. O comprimento de onda utilizado para Upstream é o 1310 nm e transmite a informação a 1,25 Gbps. Fiber to the Home (FTTH), ), designa uma arquitectura onde a fibra óptica chega até à entrada de uma um casa, denominada Unidade de Alojamento (UA) que poderá ser uma moradia ou um andar de prédio, podendo o acesso posterior ser feito por cobre ou cabo coaxial. A arquitectura ctura escolhida vai depender da localização geográfica dos habitantes, poderá ser considerada uma arquitectura mais agregada ou mais distribuída consoante a área. Numa área mais urbana, onde existem uma quantidade considerável de edifícios, será utilizada uma arquitectura agregada, para agrupar uma maior quantidade de utilizadores para um divisor de potência. No entanto, numa área com habitações individuais em que a sua localização é mais distribuída, será efectuada uma centralização do divisor de potência para que a distância da fibra óptica utilizada desde o divisor de potência seja a mais curta possível. Pode-se se obter redundância interligando os vários divisores ópticos fechados num anel, mas tal não será efectuado no plano de rede a apresentar. 1.2.2 Rede móvel:: Tecnologia UMTS R99, Arquitectura celular O UMTS (Universal Mobile Telecommunications System) é uma das tecnologias das comunicações móveis chamada de terceira geração que permitiu fornecer serviços multimédia de alta velocidade. velocidade Foi projectado com o intuito tuito de dar resposta ao sucesso do sistema de comunicações comunicaç móveis de dados GSM/GPRS (chamado chamado de segunda geração) para débitos mais elevados. O UMTS consegue taxas de transmissão teóricas na ordem dos 2 Mbps utilizando para isso uma modulação W-CDMA W CDMA (Wide-Band ( CodeDivision Multiple Access) ou CDMA2000 (Code Division Multiple Access). Esta tecnologia permite uma fácil interligação com outros sistemas de telecomunicações, tais como a PSTN ou uma rede de dados. As funcionalidades de maior destaque no 3G relacionam-se se com o aumento de capacidade o que possibilita a prestação de serviços que ultrapassam a transmissão da voz, incidindo em aplicações multimédia que envolvem a transmissão de vídeo e a capacidade de fornecer o acesso à Internet com mobilidade. Ao contrário da rede GSM que se baseava num planeamento cuidado de frequências na banda dos 900MHz, o UMTS pode utilizar a mesma frequência para vários utilizadores na banda dos 1950MHz, com uma largura de 5MHz [5].. Em Portugal cada operador móvel tem 3 canais de 5MHz na banda UMTS. Banda I Frequências de UL 1920 - 1980 MHz Frequências de DL 2110 -2170 MHz Figura 12 - Banda de frequências UMTS para Portugal e Europa. Os utilizadores são reconhecidos pelo sistema através de códigos. O limite teórico para a capacidade do sistema UMTS é de 2Mbps, ps, sendo que na prática obtêm-se obtêm se valor até 384kbps por utilizador A utilização de -11- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP mais códigos e mais frequências e como tal a possibilidade de utilizar sistema de maior largura de banda pode duplicar a capacidade de cada a estação base e consequentemente o número de utilizadores simultâneos. Figura 1313 Evolução das redes sem fios, da segunda à terceira geração. A sua arquitectura, tal como a geração anterior, baseia-se baseia se numa rede celular cuja unidade é a estação base tri-sectorial sectorial (ponto de agregação/ torre de telecomunicações) que se complementam com antenas directivas e tipicamente espaçadas de 120º. As estações base (sites em inglês), denominam-se denominam Node B e estão ligadas por fibra óptica ou linhas E1 (2Mbps) a uma outra entidade hierarquicamente superior denominada RNC. As várias RNC´s ligam-se ligam se por fibra óptica à rede Core. Dependendo do tráfego tráfeg de rede cada RNC pode chegar a ter ligadas a si 50 ou 100 Node Bs. Figura 1414 Comparação dos sistemas móveis da segunda à quarta geração. 1.3 Planeamento de Rede de Telecomunicações Para se avançar com o cálculo técnico-económico técnico económico de qualquer um dos cenários é necessário proceder à avaliação da quantidade de componentes necessários para cada caso. Assim obtémobtém-se o seguinte diagrama que pretende ilustrar os dados de entrada necessários para qualquer um dos casos analisados. -12- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 3. Qualidade de Serviço 2. Cobertura de rede 1. Tecnologia utilizada 4.Capacidade (tráfego) Custo da Rede de Telecomunicações 5. Perspectivas de crescimento Figura 15- Dados de entrada para estudo técnico-económico. A escolha da tecnologia é determinante para impor não só os componentes envolvidos, bem como a infra-estrutura a utilizar. Neste caso o canal de propagação poderá ser uma de duas situações: o espaço radioeléctrico, no caso das comunicações sem fios, que implicará a atribuição de uma gama de frequências por parte do regulador e consequente custo anual de aluguer da mesma. No caso das comunicações de rede fixa a infra-estrutura estrutura ficará dependente da partilha de uma rede existente ou a construção de uma nova. Em ambos os casos, o custo da construção civil relativo a obras para cablagem poderá ser factor preponderante na avaliação de custos. 1.3.1 Cobertura de rede Baseada numa determina qualidade de serviço, a estimativa de cobertura de rede sem fios é usada para determinar a área máxima de cobertura de cada estação de base e consequentemente o número de estações base necessárias para servir determinada eterminada população por ela abrangida. No caso da rede fixa o limite de cobertura é imposto pela distribuição geográfica dos subscritores da rede, uma vez que terá de existir um cabo porta a porta. Em ambos os casos o potencial de cobertura de cada elemento elemento de rede é calculado baseado no Link Budget,, que calcula em cada ponto do espaço a potência de sinal recebido pelo utilizador final e que depende da potência emitida no CO, a potência das antenas (rede móvel), a quantidade de repartidores ao longo do percurso curso (rede fixa), as perdas ao longo do percurso (propagação em espaço livre ou atenuação de cabos) e a sensibilidade dos aparelhos receptores. Link Budget Modelo de Propagação Cálculo de área de cobertura População coberta Análise diferentes tipos de serviço Planeamento celular Figura 16- Etapas planeamento celular. No caso da rede fixa e dependendo do tipo de fibra óptica utilizada, existe uma limitação de perdas máxima permitidas. As necessidades de alcance e capacidade de splitting das redes exigiram aos fabricantes o aumento do budget óptico. Esta potência óptica provém do OLT e são definidas, por conveniência, quatro classes [6]: • Class A: Min. 5 dB to max. 20 dB • Class B: Min. 10 dB to max. 25 dB • Class B+: Min. 10 dB to max. 28 dB • Class C: Min. 15 dB to max. 30 dB Destas quatro as mais usadas são as classes B e B+ que permitem um alcance médio da rede de acesso de 20km. -13- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 1.3.2 Qualidade de serviço A Qualidade de Serviço (QoS) é o requisito para fornecer um determinado nível de serviço ao utilizador final. Esta condição impõe um valor médio de velocidade velocidade de transmissão de sinal (bit rate) e uma determinada probabilidade de bloqueio de acessibilidade à rede. A qualidade de serviço é atribuída por áreas de serviço que são classificações internas aos operadores que segmentam a áreas de operação dependendo da aglomeração populacional e de níveis de avaliação de consumo. 1.3.3 Capacidade O planeamento da capacidade representa representa o número de subscritores no sistema. A análise ou estimativa de tráfego de determinada zona geográfica são determinantes para o dimensionamento dimensionamento de cada nó de rede, assim como da distância entre nós de rede (veja-se (veja se o exemplo das comunicações móveis onde a distância entre estações base em zonas densas e urbanas pode ser de 300m e em zonas rurais de população dispersa alguns km). O modelo de planeamento aneamento de uma rede móvel deve começar pela análise da capacidade de tráfego que determinada rede tem através das potencialidades e limitações de cada um dos seus elementos constituintes. Um processo de estimativa desses pressupostos iniciais é dado pela imagem seguinte. Figura 17- Pressuposto de tráfego para planeamento de rede rede de telecomunicações. telecomunicações Quanto mais objectivos forem os dados da perspectiva de crescimento de rede, mais fácil será o planeamento de rede nessa direcção, evitando mais tarde ter de replicar alguns nós de rede ou trabalhos de construção civil e consequentes custos. A perspectiva deste estudo em particular é que a rede servirá todos desde o início. 2. Descrição e Custos de cada Sistema Padrão 2.1 Sistema geral Pode-se se elaborar um esquema generalista da Rede de Acesso, como se mostra na Error! Reference source not found. onde se identificam 5 pontos principais de flexibilidade. No entender da engenharia de telecomunicações, todo o segmento da rede de acesso é parte integrante da rede local do assinante. No entanto tanto foram em paralelo, identificados subsistemas subs de acordo com a nomenclatura do estudo da Dispersão da seguinte forma: • Infra-estrutura-geral geral: Do ponto 1 até ao ponto 2 da Rede de Acesso (inclusive); (inclusive) • Infra-estrutura-Local: Local: Do ponto 2 ao final do Ponto 4 da a Rede de Acesso -14- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Figura 18 - Modelo simplificado de Rede de Acesso de telecomunicações. Sistematizando os cenários propostos obtém-se obtém a Tabela 2. De salientar que a rede cliente não está contemplada nesta modelo de custo, custo nem os custos de licenciamento de espectro radioeléctrico, para telefonia e TV, T , nem custos de manutenção do serviço IP. IP Projecto Dispersão Nó de Rede Função Cenário 1 Cenário 2 Infraestrutura Geral 1 Central Office OLT GPON/WDM Comutação de voz RNC 2 Rede primária Fibra óptica Fibra óptica ou link de microondas 3 Ponto de Agregação JSO e SRO Estação móvel (Node B) 4 Distribution network Fibra óptica PDO Espectro eléctrico 5 Baixada Local físico em cujas instalações estão tradicionalmente as estação de comutação telefónica mais próxima da zona servida pela rede de acesso. Segmento rede de acesso que liga o Central Office ao Ponto de Agregação. Esta ligação pode ser feita por um cabo que mantém a sua estrutura inalterada ao longo de todo o seu caminho. Ponto onde é realizado a agregação ou distribuição de sinal de telecomunicações Trata-se do segmento de rede que interliga o Ponto de Agregação à Drop Network que se liga ao cliente. É o ponto onde o cliente/assinante pode ligar o seu aparelho para usufruir da rede ONU --------- Infraestrutura Local rádio Tabela 1 – Componentes de cada rede de telecomunicações de nova geração. 2.2 Cenário 1 Considera-se se a seguinte arquitectura simplificada e generalizada para a tecnologia FTTH a utilizar no cenário 1, Figura 19: -15- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Figura 19- Cenário 1, FTTH. A tabela seguinte sumariza os pré-requisitos pré do cenário 1. Perfil do utilizador % unidade básica de alojamento % casas prédios % empresas Localização habitações LB por utilizador 100% Convertidas em unidades básicas de alojamento Convertidas em unidades básicas de alojamento Dependendo do cenário de Dispersão em estudo Aprox. 80Mb/user (considerando splitters de 1:32) (50Mb 50Mb para internet; 4 canais voz 256Kb;8 canais não HD 500Kb; 4 canais HD 8Mb;+ 2Mb) LB por utilizador independente do nº de utilizadores simultâneos 100 000 habitantes 40 000 UA´s (unidades de alojamento) 1 200 UA´s (unidades de alojamento) Simultaneidade População Rede geral UA´s rede geral UA´s Rede local Perfil de Rede Pontos de flexibilidade (rede fixa) Licenças de operador de telecomunicações Licenças camarárias para condutas armários/caixas de rua PDO Capacidade da fibra óptica Nº de fibras por UA Classe fibra óptica % de penetração Relação casas servidas/casas passadas ou 1 andar de JSO 1 Andar de Splitagem em SRO 1:32 Não incluídos Não incluídos Sem Power Splitters Reserva de 20% para futura expansão e controlo de rede 1 fibra óptica por UA B+ 100% 1 Tabela 2 – Pressupostos Cenário 1. 2.2.1 Componentes Retomando a imagem anterior, centramos a atenção na divisão infra-estrutura-geral geral e infra-estrutura infra local e nos componentes constituintes de cada um destes segmentos de rede. -16- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Core Figura 20- Diagrama da rede de acesso FTTH. Esquematicamente: CO Fibra 4 (ex:2000m) JFO Fibra 3 (ex:1000m) SRO (1:32) Fibra 2 (ex:600m) PDO Fibra 1 (ex:30m) Figura 21 – Esquemático rede de acesso FTTH. A tabela seguinte pretende listar os componentes detalhados relativos ao cenário 1 (FTTH) e em cada segmento referido. Projecto Dispersão Nó de rede Componentes Infra-estrutura Geral Core Packet Switched Core Network (PS-CN) PCRF GTP Iu Bearer Armário OLT Cartas OLT: 16 cartas( 1 carta = 4PON´s) Central Office + Fibra óptica4 Combinador WDM (para TV) PC RF-WDM PC WDM Racks (42 Us) e Subracks (4Us) Capacidade Até 16 384 UA´s 1GPON=2.5GB Pot.(média) Min: +1.5dBm, Máx: 5dBm Sensibilidade: 28dBm[3] 28dBm Penalidade óptica: tica: 0.5dB C+ 1 RF/WDM : 128 portas RF/WDM 1 PON : 1 porta RF/WDM 10 SubRacks por Rack Cabos, splitters, fusões e Juntas 1:4; 1:8; 1:16; 1:32 Fibra óptica 4 Cabos 288fo. Custo construção depende do tipo de terreno encontrado. Tabela 3– Macro Componentes Infra-estrutura geral. -17- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Infra-estrutura Local<20Km Rede primária: JFO + fibra Armário de rua ou SRO Distribution network: fibra JFO: Junta de Fibra óptica, em caixa de visita Mínimo de 3 cabos de 288 fibras divididos em cabos de 96 fibras (relação de 1 cabo 288 fo : 3 cabos 96 fo). Não divide potência Fibra óptica 3 Cabos 96fo. Custo construção depende do tipo de terreno encontrado. Splitters 1:32, 1:4 e 1:8 288 Fibras, 9 splitters 1:32 e um total de 9 splitters, entre 1:4 e 1:8 Fibra óptica 2 Custo construção depende do tipo de terreno encontrado e cabo utilizado. Fibra óptica 1 PDO Sem power splitters. 1:24, com 20% reserva. Tabela 4– Macro Componentes Infra-estrutura Local 2.2.2 Custo componente Infra-estrutura Geral Concretizando tem-se em termos estimados de custo os seguintes valores: Core CO Fibra do CO ao JFO Junta de fusão óptica (JFO) (de 1 a 15Km) Figura 22- Esquemático da infra-estrutura geral da rede FTTH, do CO ao JFO (não incluído). Projecto Dispersão Nó de rede Custo Inicial Custo Manutenção/ Conservação Vida útil Infra-estrutura Geral Core Sem dados. Assumese tal como na rede wireless que é cerca de 20% do investimento inicial. 14000€/ m2 Sem dados Sem dados Sem dados 30 anos CO (ex:100m2) Tabela 5 - Custo componente Infra-estrutura Geral 2.2.3 Custo componente Infra-estrutura Local A tabela seguinte apresenta em detalhe os custos dos elementos da rede local. Junta de fusão óptica (JFO) Fibra do JFO ao SRO (+-1000m) Subrepartidor óptico (SRO) Fibra do SRO ao PDO PDO (+-600m) Fibra do PDO ao utilizador (30m) Figura 23 - Esquemático da infra-estrutura local da rede FTTH. -18- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 2.2.3.1 JFO JFO Custo inicial aquisição Custo de instalação Custo manutenção Tempo útil de vida JFO 288fo 360€ 78€ 15% +10 anos Caixa de visita (sem tampa e sem licenças de instalação) 300€ Sem dados Casos excepcionais Longo. 2.2.3.2 Fibra do JFO ao SRO Fibra 3 Custo inicial Custo manutenção Tempo útil de vida Cabos de 96fo 1.93€/m2 Só em caso de danos. +30 anos Abertura das Condutas (sem licenças de instalação) 60€/m Sem dados Longo Instalação cabos 1.1€/m Sem dados Longo SRO Custo inicial Custo manutenção Tempo útil de vida Splitter 1:32 360€/cada 15% +15anos Fusões térmicas 68€+3.60€/fusão Só em caso de danos. +15anos Instalação (sem licenças de instalação) 220€ N/A N/A Armário (sem licenças de instalação) 2600€ Só em caso danos/vandalismo. 2.2.3.3 SRO de +15anos 2.2.3.4 Fibra do SRO ao PDO Fibra 2 Custo inicial Custo manutenção Tempo útil de vida Cabos de 24fo 0.77€/m2 Só em caso de danos. +30 anos Abertura das Condutas (sem licenças de instalação) 60€/m N/A Longo. Instalação cabos 1.1€/m N/A N/A Custo inicial Custo manutenção Tempo útil de vida 2.2.3.5 PDO PDO -19- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP PDO (1 PDO para cada 20UA’s) 115€ Instalação (sem licenças de instalação) 4€ N/A N/A 2.2.3.6 Fibra do PDO ao utilizador Fibra 1 Custo inicial Custo manutenção Tempo útil de vida Cabos de 24fo 0.77€/m €/m2 Só em caso de danos. +30 anos Abertura das Condutas 60€/m €/m N/A Longo. Instalação cabos (sem licenças de instalação) 1.1€/m €/m N/A N/A 2.2.4 Alternativas de condutas Analisando as tabelas anteriores é notória a influência da abertura das condutas no custo global do sistema. A distribuição da fibra óptica poderá ser feita de acordo com as seguintes alternativas: • • • • Condutas subterrâneas; Via aérea (com ou sem poste partilhado); partilhado) Micro-trench (conduta com poucos cm de profundidade, mas mais sujeita às agressões ao solo por parte de veículos e outros agentes) ou Partilha de condutas subterrâneas. Figura 24– Tipos de condutas para passagem de fibra óptica. As relações de custos neste caso são: Tipo conduta Custo instalação por cabo Custo Construção civil por m Conduta própria subterrânea Via aérea própria 1.8€ 2.2€ (aumento médio de 15% relativo a conduta) 1.8€ 1.8€ 60€ Sem dados, mas inferior infe à anterior Micro-trench Partilha 42€ (redução ão de 30% relativo a conduta) Custo da partilha de acordo com regulação ORAC[7] ORAC Tabela 6 – Relações de custo entre tipos de condutas para fibra óptica. 2.2.5 Algoritmo O algoritmo que suporta o valor apresentado é uma sequência de cálculos que visam analisar a capacidade comportadas de cada cliente face à utilização, verificar as quantidades envolvidas e somar como -20- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Calcular L2 Agrupar fibras 2m cabos 288 Calcular distância média Calcular L3 Agrupar em Racks OLT Dividir por 4 Cálculo GPON´s Calcular distância L1 QoS:escolher 1:32 ou 1:64 Calcular JSO´s Agrupá-las em aglomerados de 20 Calcular SRO´s UA´s a servir Calcular PDO´s resultado do investimento inicial. Também se deverá analisar a depreciação do material e como tal a necessidade de investimento nos anos seguintes ao começo de funcionamento da rede. Sistematizando temse: Tabela 7 - Algoritmo detalhado para cálculo do investimento inicial para a rede Geral fixa. Cenário 2 A arquitectura UMTS que se considera como cenário 2, é a seguinte: Figura 25– Arquitectura geral da rede móvel UMTS. O planeamento da localização das torres de telecomunicações toma em atenção o raio de cobertura das mesmas, a capacidade disponibilizada e ainda tem em atenção o efeito de rede. Quer isto dizer que para dar continuidade de cobertura algumas vezes algumas estações são colocadas não por critérios de população a servir e tipo de serviço a disponibilizar, mas para fazer fazer a continuidade entre por exemplo duas aldeias. 2.2.6 Pré-requisitos UMTS (R99) LB Frequência UL/DL Portadoras disponíveis FDD 1950 / 2140MHz 4 -21- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Capacidade Max. pico por célula DL Capacidade pico por célula UL 384kbps 64kbps Perfil de tráfego do utilizador 3 20% 50% LB por utilizador dependente do nº utilizadores simultâneos Sectores por site % tráfego à BH % sites com 50% tráfego Simultaneidade de Tabela 8 – Pressupostos para a rede UMTS em zonas urbanas. 2.2.7 Componentes Mais uma vez retomando a imagem anterior centramos a tenção na divisão: • Infra-estrutura estrutura geral; • Infra-estrutura estrutura Local E nos componente constituintes de cada um dos segmentos de rede: Core Figura 26 - Diagrama da rede de acesso UMTS. Esquematicamente: Core RNC Fibra Node B Figura 27 – Esquemático da infra-estrutura infra estrutura geral da rede UMTS do core ao Node B A tabela seguinte apresenta detalhadamente os componentes relativos ao cenário 2: Projecto Dispersão Nó de rede Componentes Infra-estrutura Geral Core Packet Switched Core Network (PS-CN) Serving GPRS Support Node (SGSN) Gateway GPRS Support Node (GGSN Capacidade -22- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP RNC Fibra óptica Home Location Register (HLR) Visitor Location register (VLR) Iu Bearer RNC Pontos de agregação que congregam os links de um conjunto de nós, sendo que a capacidade desse agregador para o core é inferior à soma das partes de cada Node B, dependendo do factor de contenção. PCMCIA modem OLT - OLT cards Fibra óptica 4 Maioria dos casos usa-se fibra óptica/Ethernet 100Mbps, mas pode ser links de microondas (>50Mps)Por Km – Macro-componentes Infra-estrutura Geral. Projecto Dispersão Nó de rede Componentes Capacidade Infra-estrutura Local Node B Suporte:Mastro ou prédio Mão-de-obra/construção civil Renda Antenas Feeders Node B Ar condicionado Licença SW e upgrade PCMCIA card/usb modem BBU/RRU Ligação Ethernet Energia ONT Valor não incluído no estudo Zona urbana considera-se 90% de Node B em prédios ou terraços ou em postes existentes de redes GSM. 3 antenas por sector, H 120º 6 cabos por antena Utilização até 2 portadoras de frequência diferente. Espectro rádio eléctrico O custo depende da licença e do método de atribuição: em Portugal as licenças 3G foram atribuídas por concurso público. - Macro-componentes Infra-estrutura Local. 2.2.8 Custo componente Infra-estrutura Geral Core RNC Fibra Node B Figura 28 – Esquemático da infra-estrutura geral do core ao Node B (não incluído). As tabelas seguintes apresentam o custo por elemento de rede: Projecto Dispersão Nó de rede Custo Inicial Custo Manutenção/ Conservação Vida útil Infra-estrutura Geral Core Sem dados. Assumese que é cerca de 20% do investimento inicial. Sem dados Sem dados -23- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP RNC 360 000€ 15% 20 anos (provavelmente provavelmente serão substituídas antes não pela limitação de tempo de vida mas por uma nova tecnologia que surja entretanto) Tabela 9- Custo componente Infra-estrutura Geral 2.2.9 Custo componente Infra-estrutura Infra Local No caso wireless a rede local é mais simplificada que no cenário anterior: Node B Espectro rádio eléctrico Figura 29- Esquemático da infra-estrutura estrutura local do Node B ao cliente. Projecto Dispersão Nó de rede Custo Inicial Custo Manutenção/ Conservação anual Vida útil Infra-estrutura Local Node B 130 000€ 16 200€ 20 0 anos Portadora extra 12 000€ N/A 20 0 anos Não incluído neste estudo. N/A Depende da licença Espectro rádio eléctrico Tabela 10 - Custo componente Infra-estrutura Local. 2.2.10 Algoritmo 1. Níveis de cobertura 2. Definição de áreas de serviço 3. Estimativa de distância Inter-site e nº de sites 4. Cálculo cartas OLT e OLT 5. Soma componentes ano 0 6. Análise de depreciação dos componentes 2.2.10.1 Estratégia de cobertura de rede A preparação do plano de expansão de rede por parte de um operador de telecomunicações inicia-se inicia estabelecendo a definição dos níveis de cobertura a aplicar a determinadas áreas de serviço. As áreas de serviço são por sua vezes determinadas pela aglomeração o e urbanização das áreas geográficas de actuação do operador. -24- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Áreas de serviço/Clutter Níveis de cobertura: •Dense Urban •Urban •Suburban •Rural Níveis de serviço •N1: Dentro de casa II •N2: Dentro de casa I •N3: À janela •N4:Outdoor •N5:No carro •64Kbps •128kps •384kbps Figura 30– 30 Componentes da estratégia de planeamento de rede celular. O resultado da aplicação destes conceitos traduz-se traduz se numa matriz de estratégia que pode variar ao a longo dos anos e que depende de operador para operador. A tabela seguinte é apenas um exemplo ilustrativo de uma estratégia seguida por um operador não real. real Área de serviço Dense Urban Urban Suburban Rural Nível de cobertura Ano 0 N2 N3 N3 N4 Nível de cobertura Ano 1 N1 N2 N3 N4 Nível de cobertura Ano 2 N1 N2 N3 N3 Nível de cobertura Ano 3 N1 N1 N2 N2 Tabela 11 – Exemplo de matriz de estratégia de rede. 2.2.10.2 Estimativa do raio da célula O dimensionamento do acesso rádio numa rede UMTS é um processo que envolve um leque alargado de configurações possíveis e de quantidade de equipamento que é estimado com base nos requerimentos do operador. Esses requisitos são relacionados com a cobertura (link ( buget), ), capacidade e qualidade de serviço. ser O primeiro passo para estimar o raio da célula UMTS depende do cálculo do denominado link budget. Esta avaliação das perdas derivadas dos canais de propagação UL e DL, determina o valor máximo de perdas permitidas para se estabelecer uma ligação com um mínimo de qualidade requerido. Através da perda máxima permitida (Max Path Loss),, é possível calcular o alcance máximo má da cobertura de uma célula que é estimado com base em modelos mo s de propagação Tipicamente utilizam-se utilizam os modelos: COST231-Walfisch Ikegami [8, 9] 9 para zonas Dense Urban e Urban e o modelo COST-231 COST HATA [10] para as restantes zonas de serviço. Área de serviço Dense Urban Urban Suburban Rural Modelo de propagação COST231-Walfisch Ikegami COST231 COST231 COST231-Walfisch Ikegami COST COST-231 HATA COST COST-231 HATA Serviço UL/DL (kbps) Raio aprox. (m) Cobertura aprox. (Km^2) 64/384 64/128 64/128 64/64 280 700 2500 5800 0,246 1,540 19,6 106 Tabela 1212 – Modelos de propagação wireless e cálculo do raio da célula. célula A partir da estimativa do valor do raio de cobertura, Figura 31 de e cada uma das 3 células de uma determinada estação base (ou site) obtém-se a distância entre inter-site. Note-se se que o raio de cobertura é sempre o menor dos valores obtidos relativamente ao a UL ou DL. A limitação por cobertura do link budget é normalmente dada, tal como no GSM, pelas limitações do UL. -25- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Figura 31 – Raio da célula e distância inter-site site (ou entre estações base) É importante deixar claro que este valor calculado representa apenas a cobertura máxima de uma célula. Porém os sites de uma rede celular em áreas urbanas são geralmente limitados pela capacidade de suportar a demanda de tráfego e também, no caso do WCDMA, pela interferência resultante. Assim a maior limitação do raio da célula será dada no final pelo DL, devido ao fenómeno de cell breathing,, que será explicado a seguir. Ou seja o número de utilizadores e o tipo de serviços que cada um esteja a utilizar, bem be como a distância ao Node B, serão determinantes para o cálculo raio de cobertura. Verifica-se Verifica [11] que para valores elevados de utilizadores por site, o factor determinante para o cálculo do raio é mesmo o DL. 2.2.10.3 Capacidade da célula Da secção anterior foi possível calcular o MaxPathLoss referente apenas à cobertura rádio. No entanto e ao contrário da rede GSM, os sistemas WCDMA dependem não só da potência de emissão e sensibilidade dos equipamentos, mas também dos serviços que cada utilizador usufruiu em cada momento. Assim um novo MaxPathLoss thLoss será calculado iterativamente até que se encontre o factor de carga (LF(LF load factor)) máximo permitido. Um LF de 100% dará o número máximo de utilizadores por site. Valor de referência Capacidade máxima por célula e por portadora Througput por utilizador Utilização máxima da célula % BH Utilizadores simultâneos por célula e por portadora 800kbps 384kbps 80% 20% 2 Capacidade por Km^2 Capacidade máxima (kbps)// área de cobertura do Node B Tabela 13 – Capacidade de node B. Para aumentar a capacidade num determinado local o operador tem à sua disposição alguns mecanismos tais como: • Aumentar o número de portadoras no Node B; • Aumentar o número de estações base. -26- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 3. Referências 1. Duarte, P.M.O., Organização e Estrutura das Redes e Serviços de Telecomunicações, in Disciplina para os cursos MIEET / PDEE / MAP-tele. 2010, Universidade de Aveiro: Aveiro. 2. Raquel Castro Madureira, A.M.d.O.D., Raquel Matias-Fonseca, 133 years of Telecommunications Universal Service in Portugal in HISTELCON'2010 2010, IEEE: Madrid, Spain 3. ITU, ITU-T G.984.2 Gigabit-capable Passive Optical Networks (GPON): Physical Media Dependent (PMD) layer specification. 2008, ITU. 4. Silva, J.M.G.d., Análise Tecno-Económica em Telecomunicações – O caso FTTX, in Departamento de Electrónica Telecomunicações e Informática. 2010, Aveiro: Aveiro. 5. 3GPP, 3rd Generation Partnership Project; Technical Specification Group Radio Access Network; Base Station (BS) radio transmission and reception (FDD) (Release 9), in 3GPP TS 25.104 V9.6.0 2010. 6. ITU, ITU-T G.982 Optical line systems for local and access networks, in Series G: Transmission systems and media, digital systems and networks. 1996. 7. PortugalTelecom, ORAC PT Oferta de Referência de Acesso a Condutas. 2010. 8. Walfisch, J.B., H.L, A theoretical model of UHF propagation in urban environments Antennas and Propagation, IEEE Transactions on 1988. 36(12). 9. F. Ikegami, F.T., T.; Yoshida, S, Theoretical prediction of mean field strength for urban mobile radio Antennas and Propagation, IEEE Transactions on 1991. 39(3): p. 4. 10. Hata, M., Empirical formula for propagation loss in land mobile radio services Vehicular Technology, IEEE Transactions on 1980. 29(3): p. 8. 11. Toskala, H.H.a.A., WCDMA FOR UMTS, Third Edition. 2004: John Wiley & Sons Ltd. 12. Carrilho, D.C., Redes Híbridas de Acesso Fixo sem Fios: Análise Tecno-Económica, in Departamento de Electrónica Telecomunicações e Informática. 2010, Aveiro: Aveiro. -27- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 4. ANEXOS Nesta secção pretende-se apresentar alguns casos práticos de cenários exemplificativos de diverss tipos de tecnologias e arquitecturas de telecomunicações, aplicados a diversos tipos de aglomerados populacionais. Assim introduz-se um conceito de tipologias de unidades territoriais que serão o ponto de partida para os cálculos apresentados no exemplos seguintes e para as seguintes tecnologias: 1. GPON FTTB Conectorizada 2. GPON FTTB Fusionada 3. Wi-Max 4. LTE 4.1 Conceitos base 4.1.1 Unidades territoriais A aplicação desta tipologia a um território dá origem à sua decomposição num conjunto mais ou menos heterogéneo de unidades territoriais. A caracterização de cada unidade territorial faz-se à custa dos seguintes parâmetros: 2 o Dimensão global (em km ); 2 o Densidade populacional (em hab/km ); o Dimensão e tipo de dispersão dos aglomerados populacionais (área típica de cada agregado, topologia de implantação e distância média entre agregados); Para além destas características diferenciadoras dos vários tipos de unidades, para cada unidade há ainda que especificar os seguintes aspectos: o Tipo de solo e de relevo (montanhoso ou plano, rochoso, terroso, arenoso, etc.); o Possibilidade (ou não) de instalação de Infra-estruturas em postes ou em fachadas; o Possibilidade (ou não) de instalação de Infra-estruturas em condutas; o Disponibilidade das Infra-estruturas existentes: o Possibilidade de partilha das Infra-estruturas de telecomunicações existentes; o Possibilidade de remoção dos cabos de cobre existentes, deixando espaço para os cabos de fibra sem que seja necessário construir novas condutas; o Possibilidade de partilha de Infra-estruturas alternativas (p.ex: tubagens de gás, rede de esgotos, etc); o Custos dos direitos de passagem e acesso a edifícios; o Encargos municipais (custos de repavimentação, acesso a condutas, encargos administrativos, licenças). o Tipos de edifícios (edifícios em altura ou moradias); Nas figuras seguintes estão ilustradas as diferentes unidades territoriais aqui consideradas: Figura 32 – Tipologia de unidades territoriais: a realidade e modelo esquemático. As tipologias apresentadas podem ser descritas do seguinte modo: -28- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 1. UD – Urbano Denso -A unidade territorial do tipo urbana densa refere-se a zonas urbanas densamente populadas, geralmente o centro de uma cidade ou baixa da cidade, com uma grande densidade de edifícios empresariais, edifícios municipais e governamentais, hotéis, hospitais, escolas. Nestas zonas as redes de telecomunicações são intensamente utilizadas e a procura de largura de banda é elevada, mas apenas durante as horas laborais. Os utilizadores necessitam de utilizar a rede com a sua capacidade máxima de largura de banda. A infra-estrutura de telecomunicações existente é antiquada, complexa e pouco organizada. Não existe espaço livre nas condutas para a instalação de novos cabos, pelo que é necessário analisar cada cenário específico para se poder escolher entre a utilização de cabos para instalação aérea ou a remoção dos cabos de cobre existentes, de forma a deixar espaço para os cabos de fibra. Outro aspecto importante que é necessário ter em consideração são os encargos municipais, especialmente a obtenção de licenças para acesso a condutas e instalação de novos postes (no caso de instalação aérea de cabos de fibra óptica) pois podem inviabilizar o projecto. Este é um aspecto comum para todas as unidades territoriais. 2. U – Urbano - Este tipo de unidade territorial refere-se a zonas moderadamente populadas, constituídas por edifícios residenciais (na sua maioria edifícios em altura), pequenos hotéis, pequenos escritórios, cafés com acesso à internet e espaços públicos como parques e jardins. Os requisitos de largura de banda não são tão elevados como na urbana densa. Nestas zonas existe espaço livre para a construção de novas condutas, no entanto é necessário analisar cada cenário específico para se averiguarem formas de reduzir os custos de implementação da infra-estrutura passiva. É, também, necessário analisar se, nas zonas onde não existe rede de condutas, é possível partilhar a infra-estrutura com entidades alternativas (tubagens de gás, água, rede de esgotos) ou utilizar cabos para instalação aérea. No caso de zonas públicas como parques municipais ou jardins será necessário considerar tecnologias sem fios, de forma a permitir uma maior mobilidade aos utilizadores. 3. SUR – Suburbano Residencial- Zonas suburbanas residenciais são áreas circunscritas às áreas centrais de um determinado aglomerado urbano. São comunidades com baixa densidade populacional, onde habitam pessoas que trabalham nos centros urbanos próximos. Por vezes têm a designação de “cidades dormitório” e são constituídas por edifícios residenciais e moradias unifamiliares. Nestas zonas a procura de largura de banda apenas é elevada nas horas pós-laborais. Neste tipo de unidade territorial existe espaço livre para a construção de novas condutas, no entanto é necessário analisar cada cenário específico para se averiguarem formas de reduzir os custos de implementação da infra-estrutura passiva. É, também, necessário analisar se, nas zonas onde não existe rede de condutas, é possível partilhar a infra-estrutura com entidades alternativas (tubagens de gás, água, rede de esgotos até às residências dos clientes) ou utilizar cabos para instalação aérea. 4. SUI – Suburbano Industrial - Zonas suburbanas industriais são áreas circunscritas às áreas centrais de um determinado aglomerado urbano. São espaços com baixa densidade populacional, onde se agrupam uma série de actividades empresariais e industriais. Estas zonas são constituídas por edifícios empresariais e armazéns industriais. Nestas zonas as redes de telecomunicações são intensamente utilizadas e a procura de largura de banda é elevada, mas apenas durante as horas laborais. Os utilizadores necessitam de utilizar a rede com a sua capacidade máxima de largura de banda. Nestas unidades territoriais existe espaço livre para a construção de novas condutas, no entanto é necessário analisar cada cenário específico para se averiguarem formas de reduzir os custos de implementação da infra-estrutura passiva. É, também, necessário analisar se, nas zonas onde não existe rede de condutas, é possível partilhar a infra-estrutura com entidades alternativas (tubagens de gás, água, rede de esgotos até às residências dos clientes) ou utilizar cabos para instalação aérea.SUM– Suburbano Misto - Este é um tipo de unidade territorial misto, que apresenta características comuns com as unidades suburbana residencial e suburbana industrial. São áreas circunscritas às áreas centrais de um determinado aglomerado urbano, com baixa densidade populacional, onde existem edifícios habitacionais, e edifícios empresariais e armazéns industriais. 5. R – Rural - A unidade territorial rural refere-se a áreas fracamente povoadas populadas, onde as principais actividades económicas são agro-pecuária, agro-indústria e turismo rural. São constituídas maioritariamente por edifícios residenciais unifamiliares, que se encontram bastante dispersos. Nestas zonas a infra-estrutura de telecomunicações é antiquada ou inexistente, pelo que é necessário analisar a viabilidade da construção de uma infra-estrutura de telecomunicações, pois a maioria das habitações encontram-se muito dispersas e seria necessário realizar elevados investimentos na construção de condutas e na instalação de cabos. De forma a reduzir alguns custos na implementação da infraestrutura passiva poderá ser necessário partilhar a infra-estrutura com entidades alternativas (tubagens de gás, água, rede de esgotos. Em alternativa, seria importante considerar tecnologias de comunicação -29- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP sem fios que, para além de permitirem uma maior mobilidade aos utilizadores reduziriam os custos de construção civil necessário para a construção de condutas. Podem-se catalogar ainda diferentes sub-unidades rurais. a. b. c. d. RA – Rural Aglomerado: Esta área é caracterizada pela alta concentração de população com grandes áreas vazias entre as unidades territoriais. A figura abaixo representa este tipo de área. RDA – Rural Disperso Aglomerado: Nesta área a população é altamente concentrada, com algum espalhamento de população entre as unidades territoriais. A figura abaixo representa esta área. RAD – Rural Aglomerado Disperso: Nesta área, os clusters estão espalhados ao longo das estradas formando um padrão linear de povoações. RD – Rural Disperso: A população nesta área está espalhada segundo um padrão homogéneo e está representado na figura seguinte: Figura 33 – Sub-unidades rurais: Aglomerados, Disperso Aglomerado, Aglomerado disperso e Disperso. A figura seguinte ilustra o tipo de território que está a ser considerado nos cálculos que se seguem: Figura 34 – Unidades Territoriais e Extensões de Rede A dimensão de cada um dos habitats no território hipotético em estudo encontra-se indicada na figura anterior correspondendo globalmente a um aglomerado com pouco mais de 80 mil unidades de alojamento (habitações, espaços comerciais, espaços industriais, etc). Unidades territoriais UA Urbano denso 20.000 Urbano 40.000 2 Área(km ) Densidade Utilizadores População Densidade de UA ou (Utilizadores Populacional 2 2 (km ) Habitantes / ou (km ) UA Habitantes) 4 5.000 4,00 80.000 20.000 20 2.000 2,50 100.000 5.000 Distância radial ao ponto de agregação principal (estação local) (km) (*) 2 5 -30- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Suburbano residencial 20.000 40 500 2,50 50.000 1.250 10 Rural (aglomerado) 2.000 150 13 2,50 5.000 33 20 Totais 82.000 (**) Tabela 14 - Dimensão de cada um dos habitats no território. (*) O parâmetro “Extensão da Rede” presente na Error! Reference source not found. indica a distância de a que podem estar localizados equipamentos deslocados deslocados da Estação Local para locais mais próximos dos utilizadores de forma a vencer possíveis limitações de distância das tecnologias utilizadas (vulgo: remotização do Central Office). Office (**) A população total da zona em estudo não pode ser obtida por simples adição dos volumes populacionais associados aos vários segmentos de habitat. Isto deve-se se ao facto de uma percentagem apreciável dos habitantes que durante uma parte do dia estão num determinado habitat passarem a estar noutro habitat noutra parte do dia (p.ex: p.ex: muitas das pessoas que durante o dia estão na zona urbana densa – tipicamente na “baixa” de uma cidade – à noite estarão em casa, numa outra zona da cidade). cidade 4.1.2 Cenários de mercado Considera-se se que nos cenários que se seguem os serviços em oferta estão sujeitos a um tempo de adopção que pode ser modelado pela curva logística descrita pela seguinte fórmula: çã çã çã çã 1 Nesta fórmula α e β são parâmetros que controlam, respectivamente, o atraso ou avanço da curva logística e a sua velocidade de crescimento. Parâmetros Penetração Inicial Penetração Final α β 25% 100% 175 -2 Tabela 15 – Parâmetros utilizados no cálculo da taxa de penetração. penetração Para efeitos do presente estudo considerou-se considerou se uma curva de penetração com o aspecto ilustrado na figura seguinteError! Error! Reference source not found., found., a que correspondem os seguintes parâmetros: Figura 35 – Penetração no Mercado 4.2 Cálculo de custos por tecnologias t -31- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP 4.2.1 FTTB Conectorizada A tabela seguinte apresenta os montantes do valor patrimonial dos gastos por casa passada da tecnologia FTTB, para diferentes unidades territoriais assumindo diferentes percentagens de disponibilidade de infra-estruturas (rede de condutas) [4]. Figura 36 – FTTB Conectorizada. • Configuração Conectorizada: Nesta configuração considera-se que a rede se encontra dividida em quatro segmentos: Central Office (Central Local), Feeder Network (Rede Primária), Distribution Network (Rede de Distribuição ) e Drop Network (Baixada ou Ramal). Trata-se de uma situação onde existe a possibilidade do ponto de flexibilidade, de seu nome SRO, ser instalado num armário na via pública, com fácil acesso. Esta configuração permite um acesso mais flexível para trabalhos na rede e pode ser utilizada em zonas urbanas ou semi-urbanas onde seja possível obter autorização para instalar este ponto de flexibilidade em armários de rua localizados no exterior. Configuração Conectorizada UT DU U SU R Disponibilidade de infraestrutura 2010 2011 2012 2013 2014 100% 209,87 € 193,37 € 159,32 € 143,46 € 150,89 € 50% 1.297,48 € 1.196,34 € 980,51 € 909,81 € 1.022,55 € 0% 2.385,09 € 2.199,30 € 1.801,69 € 1.676,16 € 1.894,21 € 100% 346,72 € 317,98 € 258,99 € 233,37 € 250,40 € 50% 2.737,17 € 2.512,16 € 2.057,93 € 1.917,57 € 2.165,17 € 0% 5.127,61 € 4.706,34 € 3.856,87 € 3.601,76 € 4.079,93 € 100% 457,67 € 420,71 € 340,97 € 305,85 € 331,50 € 50% 3.894,50 € 3.590,08 € 2.935,93 € 2.727,53 € 3.085,95 € 0% 7.331,34 € 6.759,45 € 5.530,88 € 5.149,20 € 5.840,39 € 100% 979,65 € 886,54 € 687,55 € 560,00 € 608,88 € 50% 8.154,11 € 7.406,71 € 6.001,13 € 5.203,55 € 5.987,85 € 0% 15.328,57 € 13.926,87 € 11.314,72 € 9.847,10 € 11.366,83 € Tabela 16 - Valor patrimonial dos gastos por casa passada solução FTTB Configuração Conectorizada. 4.2.2 Configuração Fusionada (zonas urbanas ou suburbanas sem permissão de instalação de equipamentos em armários de rua) • Configuração Fusionada: Nesta configuração considera-se que a rede se encontra dividida em quatro segmentos: Central Office, Feeder Network, Distribution Network e Drop Network. Esta -32- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP configuração é implementada quando não existe a possibilidade de se instalar num armário na via pública, obrigando a instalação de juntas de fibra óptica em caixas de visita ou em postes. Este ponto de flexibilidade designa-se por JSO Nesta configuração o acesso para trabalhos na rede é mais difícil do que na Configuração Conectorizada. Figura 37 - FTTB fusionada. UT Configuração Fusionada DU U SU R Disponibilidade de infraestrutura 2010 2011 2012 2013 2014 100% 282,93 € 255,72 € 195,98 € 160,90 € 161,09 € 50% 1.739,66 € 1.576,67 € 1.214,91 € 1.025,52 € 1.099,51 € 0% 3.196,38 € 2.897,63 € 2.233,84 € 1.890,15 € 2.037,92 € 100% 485,33 € 436,78 € 330,77 € 268,44 € 273,18 € 50% 3.683,27 € 3.326,60 € 2.562,29 € 2.167,54 € 2.335,33 € 0% 6.881,21 € 6.216,43 € 4.793,81 € 4.066,64 € 4.397,49 € 100% 649,59 € 585,46 € 441,31 € 355,25 € 363,60 € 50% 5.252,84 € 4.759,68 € 3.661,13 € 3.087,47 € 3.328,99 € 0% 9.856,10 € 8.933,91 € 6.880,94 € 5.819,68 € 6.294,38 € 100% 1.223,48 € 1.095,85 € 815,67 € 627,07 € 652,74 € 50% 10.456,69 € 9.389,62 € 7.232,15 € 5.851,15 € 6.410,38 € 0% 19.689,91 € 17.683,38 € 13.648,64 € 11.075,23 € 12.168,01 € Tabela 17 - Valor patrimonial dos gastos por casa passada solução FTTB Configuração Fusionada. 4.2.3 WiMAX A análise da rede WiMAX focou-se no estudo das redes primária, de distribuição e de clientes, tendo em conta os custos de servidor de Gateway, cuja função é fazer o encaminhamento do tráfego entre as estações base e a rede nuclear, possibilitando o encaminhamento de dados entre estações base sem necessitar de sobrecarregar a rede nuclear. Considerou-se, também, que não existia nenhuma central local nas zonas onde se irá implementar esta solução, sendo necessária uma ligação em fibra óptica desde o gateway (colocado numa central vizinha) e a primeira estação base. Para esse efeito foi considerada uma distância média, variável, entre estes dois elementos, tendo a preocupação de colocar fibra “escura” na conduta, de modo a simplesmente ser necessário efectuar a ligação dos equipamentos quando forem implementadas novas estações base. Prevendo-se um crescimento de utilizadores da rede ao longo do tempo de vida da rede de telecomunicações, assume-se a necessidade de aumentar o número de estações base. Para se determinar o investimento necessário para implementar esta solução foram analisados os pelos custos relativos a 3 componentes, [12]: • Estações Base (implementação e actualizações); • Rede Feeder (implementação e actualizações); -33- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP • Servidor de Gateway. Figura 38 – Rede Wi-max. UT WiMAX DU U SU R Disponibilidade de Infra-estruturas Infra 2010 2011 2012 2013 2014 100% 236,76 € 139,49 € 69,56 € 50,49 € 44,43 € 50% 263,03 € 154,96 € 77,27 € 56,10 € 49,29 € 0% 289,30 € 170,44 € 84,99 € 61,70 € 54,15 € 100% 193,22 € 113,83 € 56,76 € 52,98 € 50,37 € 50% 238,24 € 140,36 € 69,99 € 62,58 € 58,70 € 0% 283,27 € 166,89 € 83,22 € 72,18 € 67,03 € 100% 332,19 € 195,71 € 97,59 € 70,85 € 62,39 € 50% 466,89 € 275,07 € 137,17 € 99,58 € 87,32 € 0% 601,59 € 354,42 € 176,74 € 128,30 € 112,25 € 100% 945,56 € 557,07 € 277,74 € 201,72 € 178,10 € 50% 2.588,19 € 1.524,83 € 760,24 € 552,16 € 482,07 € 0% 4.230,82 € 2.492,58 € 1.242,74 € 902,59 € 786,05 € Tabela 18 -Valor patrimonial dos gastos por utilizador WiMAX. 4.2.4 LTE Na solução baseada em LTE não foi implementado nenhum sistema de voz, isto é, apenas se considerou o tráfego de dados. Foram tidos em conta os custos de todo a rede primária e de distribuição, assim como uma percentagem dos custos de implementação do packet core (consoante o número de eNodeB considerados). Foi também considerado que não existia nenhuma central local nas zonas onde se pretendia implementar esta solução, sendo necessária uma ligação em fibra óptica desde da rede de interligação e a primeira estação stação base. Para esse efeito foi considerada uma distância média, variável, entre estes dois elementos, tendo a preocupação de colocar fibra “escura” na conduta, de modo simplesmente ter de efectuar a ligação dos equipamentos quando forem implementados novos no eNodeB. Para se determinar o investimento necessário para implementar esta solução foram analisados os pelos custos relativos a 3 componentes, componentes [12]: • eNodeB • Packet Core (upgrades) • Rede Feeder; -34- G RUPO DE S ISTEMAS DE B ANDA L ARGA B ROADBAND S YSTEMS G ROUP Figura 39 - Rede LTE. UT DU LTE U SU R Disponibilidade de Infra--estruturas 2010 2011 2012 2013 2014 100% 208,50 € 122,84 € 61,25 € 44,47 € 39,20 € 50% 234,77 € 138,31 € 68,97 € 50,07 € 44,06 € 0% 261,04 € 153,79 € 76,69 € 55,67 € 48,92 € 100% 189,07 € 111,39 € 55,55 € 40,32 € 35,57 € 50% 234,10 € 137,92 € 68,77 € 49,93 € 43,91 € 0% 279,13 € 164,45 € 82,00 € 59,53 € 52,24 € 100% 306,52 € 180,58 € 90,05 € 65,37 € 57,64 € 50% 441,21 € 259,94 € 129,62 € 94,10 € 82,57 € 0% 575,91 € 339,30 € 169,19 € 122,83 € 107,50 € 100% 872,83 € 514,23 € 256,38 € 186,21 € 164,64 € 50% 2.515,46 € 1.481,98 € 738,88 € 536,64 € 468,61 € 0% 4.158,09 € 2.449,73 € 1.221,38 € 887,08 € 772,59 € Tabela 19 - Valor patrimonial dos gastos por utilizador LTE. -35-