Humanização de hospitais utilizando a iluminação.

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Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
julho de 2013
Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
Marineide Weber – [email protected]
Iluminação e Design de Interiores
Instituto de Pós-Graduação – IPOG
Cuiabá/2012
Resumo
Diante das constantes transformações que ocorrem nas edificações hospitalares identificamos a
necessidade de ter projetos que atendam as reais condições de seus usuários.Observa-se que,
quanto mais complexo o edifício hospitalar, maior a influência do processo de projeto,
demonstrando a possibilidade de utilizar o projeto como estratégia para garantir o sucesso da
edificação. O objetivo deste trabalho é apresentar recomendações de projeto voltadas para
melhorar as condições dos ambientes hospitalares, utilizando a iluminação para proporcionar
ambientes mais humanizados, de forma a disponibilizar ambientes que atendam às necessidades
dos usuários. Portanto, primeiramente, realizou-se uma revisão de literatura que possibilitou o
entendimento da evolução do edifício hospitalar, assim como a conceituação e as necessidades
específicas para os projetos de hospitais transformando ambientes com o uso da iluminação, bem
como as discusões realizadas em sala no decorrer do curso, que foram de grande valia e que
ajudaram muito para o entendimento da importância da iluminação e dos benefícios que pode
proporcionar. Onde se esclarece que a iluminação pode contribuir para o tratamento dos
pacientes, visando sempre o bem estar dos mesmos que ali serão atendidos, possibilitando a
construção de uma edificação adequada e humanizada e conseqüentemente redução da
permanência dos pacientes nestes locais.
Palavras-chave: Hospital; Humanização; Iluminação.
1. Introdução
Hospitais de pequeno, médio ou grande porte necessitam de constantes adaptações devido aos
avanços médicos e técnicos.Deste modo são edifícios que precisam estar sempre prontos a
acomodarem novas funções, e a crescerem, ou seja, necessitam serem edifícios flexíveis que
permitem mudanças e expansões e que garantam a organicidade original sem estrangulamentos e
interrupções de funcionamento.
No Século XX, através de uma visão mais crítica tanto do hospital quanto da medicina, percebe-se
uma evolução constante, no final do século, outro momento marcado por um crescimento de
iniciativas voltadas para humanização e integração profissional. Assim, atualmente devem ser
consideradas, de forma integral, todas as precisões do ser humano.
A intenção deste trabalho é ressaltar a importância dessa preocupação que o projeto de ambientes
hospitalares necessita, buscando a elaboração de projetos que tenham em vista o conforto,
humanização e a qualidade, através de sua arquitetura, seja ela, construtiva ou decorativa.
Muitas são as condicionantes que envolvem um projeto de arquitetura hospitalar como flexibilidade
planta, segurança, higiene entre outros. Dentro destas condicionantes podemos considerar que a
iluminação, seja ela natural ou artificial, é muito importante, pois através da iluminação podemos
transformar ambientes, integrá-los com a natureza e torná-los mais agradáveis para os pacientes que
ali estão internados.
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Infelismente ainda projetos de iluminação para hospitais apenas satisfazem as iluminâncias
mínimas, sendo deixado de certa forma a influência positiva que um projeto bem elaborado de
iluminação pode causar nos pacientes.
O desejo de compreender essa alta complexidade dos espaços projetados para ambientes de saúde,
tornando esses espaços mais humanos com a ajuda valiosa da iluminação para proporcionar que
esses ambientes se tornem mais humanizados.
Na maiorria dos casos essa linha de pensamento fica de lado devido a pouca disponibilidade de
bibliografia que trate a respeito do tema e as restrições econômicas, a que se encontra trata de locais
muito distintos com condições climáticas e econômicas muito diferentes.
O objetivo do trabalho é apresentar informações que mostratam que é possível transformar o
ambiente hospitalar em um ambiente mais humano, utilizando-se da iluminação natural e artificial,
esclarecendo que através disso podemos contribuir para a melhora no quadro de saúde dos
pacientes.
2. Desenvolvimento
A origem da palavra hospital vem do latim hospitiu, que significa local onde se hospedam pessoas,
em referência a estabelecimentos fundados a partir do século IV d.C, cuja função era oferecer
cuidados a pessoas doentes e oferecer abrigo a viajantes (MOZACHI et al, 2005).
Conforme Ministério da Saúde, hospital é:
“Parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em
proporcionar à população assistência médica integral, preventiva e curativa sob qualquer
regime de atendimento, inclusive domiciliar, constituindo-se também em centro de
educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisa em saúde, bem como
encaminhamento de pacientes. Cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de
saúde a ele vinculados tecnicamente (GÓES, 2004).”
A partir de 1860, com as descobertas de Pasteur, que propôs a teoria dos germes, as de Lister, que
defendia a utilização de procedimentos anti-sépticos e as de Roentgen e Marie Curie que
publicaram alguns trabalhos sobre os raios X e o rádio passando esses ocupar um lugar definido no
espaço físico de um hospital, as transformações do edifício hospitalar ocorreram de forma marcante
(SAMPAIO, 2005).
Nesta época o modelo mais comum que eram encontrados os hospitais era a forma pavilhonar, onde
a enfermaria era mais ampla o que mais tarde ficou conhecida como enfermaria Nightingale.
Florence Nightingale foi uma enfermeira inglesa que publicou em 1859 as Notes on hospitals, obra
em que estabelece padrões mínimos para um bom edifício hospitalar. Enfermarias dispostas em
forma de salões longos e estreitos, com leitos dispostos perpendicularmente, com janelas altas de
ambos os lados para garantir a ventilação cruzada e iluminação natural com postos de enfermagem
nos centros dos salões. Nos Estados Unidos, um dos hospitais nesta configuração que ficou mais
conhecido, foi o Johns Hopkins Hospital, inaugurado em 1890 e considerado até final de 1920
modelo. Era composto por uma série de pavilhões tipo enfermaria Nightingale ligada aos serviços,
apoio e administração (SAMPAIO, 2005).
O modelo pavilhonar passou a ser o modelo mais utilizado e indicado após a experiência inglesa.
Os riscos de infecções nos hospitais e os estudos de Pasteur, ligados à proliferação das infecções
aos microorganismos, foram episódios que reafirmaram o arranjo dos hospitais em pavilhões
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isolados.Para se conseguir um isolamento maior, os pavilhões passaram a ter mais autonomia.
Passando assim a serem integrados por um pátio central e a ter pavimentos no subsolo, onde se
encontravam os serviços técnicos e de apoio.
A partir de 1930 começam as análises a configuração pavilhonar e o aparecimento de alternativas
verticais (SAMPAIO, 2005).
Com a tipologia pavilhonar horizontal começam a aparecer problemas dotipo: a distância entre os
pavilhões; a ocupação de uma área de terreno muito grande para a sua implantação; a perda de
tempo da equipe médica e de enfermagem em percorrer grandes espaços; os preços elevados dos
terrenos; as inovações tecnológicas. Todos esses são pontos negativos apontados para a tipologia
pavilhonar horizontal, que resultaram numa solução densa e verticalizada para os hospitais,
conseqüência do progresso da arquitetura e da engenharia, e a descoberta de novos materiais e
métodos construtivos (SAMPAIO, 2005).
Questionou-se também a eficiência energética relacionada a essa tipologia pavilhonar, onde em
países com clima frio, aumentava as perdas de calos por serem grandes superfícies causando assim
um aumento no custo da construção.
A tipologia arquitetônica pavilhonar foi usada pelos arquitetos brasileiros, segundo Toledo (2003), e
a passagem desse modelo para o monobloco vertical pode ser verificada na obra do eng. Luiz
Moraes Junior, primeiro especialista em edifícios laboratoriais e hospitalares. Construiu a Fundação
Oswaldo Cruz (Figura 01), em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Figura 01 – Fundação Oswaldo Cruz
Fonte: http://www.flickr.com
Conforme Miquelin (1992), a nova concepção terapêutica dos hospitais acabou diminuindo a
permanência média de internação, reduzindo assim as exigências em relação à qualidade ambiental
dos espaços.
Para o modelo monobloco vertical que era, na verdade, um empilhamento de enfermarias
Nightingaleinterligadas por um elevador. Neste modelo as funções hospitalares ficavam
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organizadas em quatro setores básicos: serviços de apoio, consultórios médicos e raios X,
laboratórios e serviços administrativos e internação (SAMPAIO, 2005).
Com as novas descobertas,as características do hospital passam a ser modificadas passando esse a
ser considerado em centro de pesquisa de enfermidades, diagnósticos e tratamentos.
Para Sampaio (2005), os novos avanços da engenharia permitiram maiores áreas de tratamento nos
hospitais. A criação d hospitais do tipo arranha-céu foi possível, pela introdução do elevador e da
estrutura de aço. As novas descobertas na medicina e tecnologia médica foram definindo os novos
espaços internos. A necessidade de se ter áreas isoladas passou a ser questionada pela descoberta
das formas de transmissão das doenças e a nova maneira de evitá-las.
Tomando como base estudos de como as enfermeiras se deslocavam, os arquitetos começaram
então a projetarenfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) circulares, onde os centros eram
destinados aos postos de enfermagem. Esta nova forma permitia uma visão melhor e acesso rápido a
todos os leitos, porém, esta forma, circular, é mais complicada de se integrar na configuração do
hospital e o espaço entre os leitos e sanitários ficava prejudicado,gerando problemas ergonômicos,
sendo esse o motivo que as enfermarias circulares foram deixadas (SAMPAIO, 2005).
A forma circular também foi utilizada nos centros cirúrgicos, devido aos cantos arredondados para
melhor assepsia, mas sem muito sucesso, os médicos alegavam que se perdia a noção de referência
do local.
Critérios como partir do layout básico de funcionamento, considerar dimensões e características dos
equipamentos, procedimentos e atendimentos ambulatoriais e diminuição de internações, têm
imposto uma nova metodologia nos projetos de hospitais.
Após o século XVIII, a arquitetura nas suas várias tipologias, voltou-se para os aspectos racionais,
viabilizando o edifício atender a um programa previamente determinado. O espaço passou a ser
algo legível, pois podia ser quantificado, isto é, foi se estruturando através de conhecimentos
objetivos (JUNQUEIRA, 2006).
As construções pode-se dizer, tornaram-se complexas, especializadas e funcionais, entretanto se
desumanizaram. “A arquitetura dividida entre o sentimento e a técnica, entre a função e a estética,
foi se afastando de um de seus fundamentos básicos, que é exatamente promover o sentido humano
do habitar”. (RIBEIRO, 2003 apud JUNQUEIRA, 2006).
A produção arquitetônica não é somente o resultado dos elementos construtivos que se aplica para
formar um espaço, mas, sim, o próprio espaço que exibe uma característica elementar: mediador das
relações humanas. Como um lugar de relações sociais, muitas vezes vitais.
Verificamos que os melhores edifícios foram construídos quando o arquiteto foi inspirado
por aspecto do problema que tem a resolver, cuja solução dará ao edifício um cunho
distinto. Tais edifícios são criados num espírito especial e transmitem esse espírito a outros.
(RASMUSSEN, 1998 apud JUNQUEIRA, 2006).
A obra arquitetônica é responsável pela concepção dos ambientes e a ligação desses com o ser
humano, uma obra arquitetônica pode atrair reprimir ou repelir os seus usuários. Através da
ambientação tem a capacidade de ser agradável, na medida em que inclui o usuário e suas
necessidades (socialização, segurança, privacidade, conforto), reproduzindo espaços de trabalho, de
lazer e de aprendizado. Pode ser desagradável, quando não articula sujeito e contexto
(JUNQUEIRA, 2006).
O ser humano, ao observar o espaço à sua volta, percebe e responde aos estímulos emitidos por ele,
ao identificar os percursos e reconhecer o espaço como lugar construído, pode-se sentir tanto
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segurança, conforto e aconchego, quanto vazio e indiferença, como identificamos no que diz Zevi
(1996).
O espaço age sobre nós e pode dominar o nosso espírito; uma grande parte do prazer que
recebemos da arquitetura – prazer que parece não podermos receber ou que não nos damos
o trabalho de notar – surge, na realidade, do espaço (ZEVI, p.186, 1996).
A partir do século XIX, os espaços hospitalares foram sendo arquitetados para promover a
vigilância, o controle e a ordem. Onde o controle social não tenha uma definição negativa, com
certeza ele existe e seus efeitos são sentidos (JUNQUEIRA, 2006).
Com o passar dos tempos os espaços hospitalares também foram influenciados por novos
conhecimentos e descobertas, o saber médico interferiu nos espaços e conseqüentemente na
terapêutica dos pacientes. Percebe-se que os hospitais do século passado foram sendo suprimidos.
Conforme Junqueira (2006), o hospital é um local complexo, é composto de espaços diversificados
e recebem usuários distintos, sobretudo os públicos. A entrada, a espera, a permanência dos
pacientes, acompanhantes, prestadores de serviços, ou seja, de todos que ali estão, representam
tempo de observação, percepção e a imaginação. Através dos sentidos o indivíduo interage com o
espaço e capta as impressões ali contidas. A cor, a iluminação, o silêncio, o cheiro, os movimentos,
a temperatura, a impessoalidade e outras informaçõespodem torná-los tanto suaves, quanto
agressivos e pode proporcionar tanto a tranqüilidade, prazer e alegria, quanto dor, insegurança e
medo.
Para Cavalcanti (2002) a permanência em um hospital é por si só causa de stress para muitas
pessoas. O fato de se estar distante dos familiares e amigos, a doença e o processo de tratamento, a
perda da independência e da privacidade são algumas das razões que acentuam o estado psicológico
fragilizado do paciente.
As características do ambiente também podem provocar incômodo ao indivíduo, denominado stress
ambiental.
Especialistas sugerem que a arquitetura hospitalar não deve apenas evitar o stress ambiental mas
sim proporcionar um ambiente que contribua para a recuperação dos pacientes. Passou-se a
entender o hospital como um ambiente de suporte total ao tratamento do paciente, isto é, como um
instrumento terapêutico em si. A humanização de saúde, por sua vez, é característica indispensável
para que o mesmo se constitua em um espaço terapêutico (CAVALCANTI, 2002).
É muito importante não generalizar a humanização dos ambientes hospitalares, pois cada paciente
tem as suas necessidades e características diferentes decorrentes do tratamento e idade (INNECCO,
2006).
A idéia de que o ambiente hospitalar poderia influenciar positiva ou negativamente na capacidade
do organismo de se curar era uma idéia revolucionária. Já atualmente, ambientes hospitalares
preocupados com a humanização do espaço são desenhados para a cura e estão integrados com o
projeto desses ambientes (INNECCO, 2006).
O conceito de humanização hospitalar no Brasil é recente, mas está crescendo cada vez mais. Em
2001 o governo federal instituiu o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH). Com este programa uma série de medidas vem sendo praticadas nos hospitais da rede
pública e privado. O objetivo é proporcionar melhores condições de atendimento, não importando o
tipo de doença ou a condição de quem está hospitalizado.
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Embora o PNHAH não faça referência à arquitetura como um dos fatores importantes na
humanização hospitalar, pesquisas têm revelado a contribuição da arquitetura na humanização
destes espaços, com grandes resultados (INNECCO, 2006).
Toledo (2005) nos coloca que a humanização do edifício hospitalar seja resultante e umprocesso
projetual que não se limite apenas a estética do traço, ao respeito à funcionalidade ou aodomínio
dos aspectos construtivos, mas que,juntamente com esses aspectos a criação de espaços, que além
de favorecerem a recuperação da saúde e garantam o bem-estar físico e psicológicoaos usuários do
edifício hospitalar (Figura 02), sejam eles pacientes, acompanhantes ou funcionários,possam
estimular a incorporação de novos procedimentos às práticas médicas.
Figura 02 – Paredes humanizadas com desenhos
Fonte: ARS Algarve I.P, 2008.
Para Horevicz (2007) soa como um paradoxo falar em humanização de hospitais como se sua
vocação não fosse essencialmente humana. Ocorre, porém, que o hospital, a semelhança de outras
instituições públicas,é deixado de lado facilmente a finalidade pela qual foi elaborado. A
necessidade de tratar o ambiente hospitalar com qualidade, e não apenas no aspecto institucional
que sempre predominou neste tipo de edificação vêm sofrendo transformações consideráveis, seja
quanto ao avanço tecnológico e científico, seja quanto ao espaço físico e sua importância para a
população usuária.
De alguns anos para cá, estamos presenciando a um trabalho de total renovação e transformação no
campo da arquitetura hospitalar no sentido de responder às necessidades do homem atual. Os
administradores da saúde cada vez mais têm se conscientizado da importância de tratar o paciente
como o centro das atenções, deixando para trás aquela imagem clássica de hospital onde era
considerado como um ambiente frio por ambientes humanizados e agradáveis para os pacientes e
seus familiares.
Para a elaboração de um projeto de iluminação hospitalar para Abdalla(2010) é um processo que
exige uma busca criteriosa no que diz respeito as compatibilidades físico-funcionais. Elaborando
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assim soluções projetuais para atender a demanda das atividades que serão desenvolvidas no local,
relacionando a realização assistencial com o arquitetônico.
Abdalla (2010) ainda nos esclarece que o desenho do espaço juntamente com outros elementos
como a iluminação natural e artificial, cores, conforto ambiental como podemos perceber na figura
03, assumem um papel muito importante no resultado da atividade desenvolvida em cada ambiente
dentro de um hospital. Este tipo de abordagem ganha força quando começamos a observar a
importância da humanização dentro dos ambientes de atendimento à saúde.
Figura 03 – Quarto internação infantil.
Fonte: ABDALLA, 2012.
Bitencourt (2010) Juntamente com as grandes inovações tecnológicas a arquitetura também teve
significantes transformações que acorreram principalmente a partir do século XIX, relacionando-se
assim com o a invenção da energia elétrica. Após esse processo evolutivo, surge em conjunto com a
necessidade de que cada ambiente seja projetado especificamente, para atender as características
das diversas especialidades médicas, que cada ambiente exige a sua adequação, que as unidades de
terapia intensiva e as demais áreas críticas do ambiente hospitalar tenham uma atenção maior na sua
implantação e compatibilização tecnológica, sendo assim ambiente que estarão sempre sofrendo
alterações, surge também a necessidade de se promover conforto ao ambiente de trabalho.
Assim como os organismos naturais, o ser humano se desenvolve a partir do contato e dependência
da iluminação natural.
A avaliação da enfermeira norte-americana Alice Lerman apresentada por Bitencourt (2010) os
ambientes hospitalares devem ser projetados com as devidas atenções sobre o controle do uso da luz
e sua intensidade. Pois o conforto visual do ambiente pode “encorajar a ativa consciência na
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participação da ação terapêutica”. Por isso, o projeto do ambiente deve considerar o fato de que as
demandas luminotécnicas são processos técnicos que devem respeitar a essencialidade das
condições naturais.
Um bom projeto de iluminação hospitalar é aquele que prevê o equilíbrio entre a iluminação natural
e a artificial. Onde a iluminação artificial é essencial principalmente em ambientes de longa
permanência, a iluminação natural para reduzir custos e trazer para o ambiente uma percepção do
entorno.
Essa mistura de iluminação natural e artificial podemos perceber claramente nos hospitais da Rede
Sarah elaborados pelo Arquiteto João Filgueiras Lima mais conhecido como Lelé. A arquitetura
hospitalar de Lelé, adequada ao entorno, ao clima local, com soluções como a renovação constante
de ar, a iluminação natural, o controle da insolação, pode ser elucidada como arquitetura que
prioriza o conforto ambiental, onde há preocupação com a qualidade e o bem estar de todos os
usuários de seus ambientes projetados (SAMPAIO, 2005).Isto nos fica claro em esquemas que Lelé
realiza na construção dos elementos de ventilação e iluminação dos seus projetos (figura 04).
Figura 04- Estudos elaborados por Lelé
Fonte: SAMPAIO, 2005.
Os hospitais da Rede Sarah, a partir da idéia de propiciar locais agradáveis e humanizados, atingem
também índices de eficiência energética, com a utilização da ventilação e iluminação natural.Uma
cacterística constante nos hospitais projetados por Lelé são os amplos corredores com espera,
contornados por belos jardins nos quais a incidência solar é cuidadosamente calculada (figura 05).
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Figura 05 – Corredor Hospital Rede Sarah.
Fonte: Rede Sarah, 2012.
Cada unidade hospitalar da Rede Sarah se origina em projeto único, como um grande jogo de
montar, que emprega os diversos componentes construtivos modulados, levando em conta os
condicionantes de terreno, insolação e ventilação. Os hospitais tomam forma, empregando
fechamentos, esquadrias (Figura 06), revestimentos e até mesmo mobiliário produzido no Centro de
Tecnologia Rede Sarah (CTRS) (WESTPHAL, 2007).
Figura 06 - Hospital Rede Sarah de Fortaleza
Fonte: Rde Sarah, 2012.
A integração entre arquitetura e medicina é especialmente potencializada nesse tipo de obra, que
permite criar espaços alternativos de terapia e cura.
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Sua principal qualidade é aliar a construção de prédios à formalização do elemento que
compõe o próprio edifício. Ele pensa, desde a maca que será utilizada pelo paciente no
hospital até na espessura da viga que sustenta o prédio. E ainda produz os materiais
envolvidos nos dois processos (BOTIN, 2008).
A inserção de elementos que possibilitem a visão da paisagem externa deve sempre estar presente
nas soluções projetuais de edifícios hospitalares. Esse tipo de proposta tem mais destaque no estudo
apresentado por Janet Carpman, publicado no The Journalof Architecturaland Planning Research ,
que Bitencourt (2010) nos apresenta, mostrando que os pesquisadores encontraram uma
significativa relação entre o bem-estar dos pacientes, a iluminação artificial e a contribuição
proveniente do contato com a visão da paisagem externa. Também os pacientes se manifestavam
insatisfeitos quando não possuíam controle sobre a utilização dos controles da iluminação, da
abertura das cortinas, persianas e das próprias janelas. Este estudo citado por Bitencourt (2010) foi
realizado em seis hospitais de Chicago, nos Estados Unidos, pelos profissionais de Medicina Física
e Reabilitação (PM & R),da Universidade de Michigan.
Para locais de internação, que são ambientes onde o paciente permanece por um longo período, a
iluminação artificial juntamente com a percepção do ambiente externo podem trazer mais conforto,
além da percepção ou orientação do tempo (dia e noite).
Fica evidenciada essa importância da iluminação natural quando Costi (2002) nos coloca que
A luz natural é fundamental para a recuperação do paciente. É comprovado que existe
redução no tempo de internação quando o paciente tem noções de temporalidade, quando
pode observar a variação da luz durante o dia e tiver visão para o exterior.
Por isso, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) também vêm sendo projetadas comluz natural,
em quartos com janelas que possibilitem o controle da iluminação solar.
A importância dessa integração entre externo e interno possibilita ao paciente uma noção melhor do
entorno facilitando na sua recuperação (Figura 07).
O organismo humano funciona com características específicas e compatibilizadas com um
“relógio” biológico, que define as atividades internas conforme as oscilações das 24 horas
do dia. Essas oscilações representam e acompanham o funcionamento fisiológico em um
processo denominado ritmo circadiano, decorrente do ciclo circadiano (BITENCOURT,
2010).
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Figura 07 – Quarto de internação humanizado.
Fonte: Arcoweb, 2008
No Brasil as principais normas que regem os projetos hospitalares são do Ministério da Saúde e da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em âmbito federal, bem como Planos Diretores
e Código de Edificações em âmbito municipal.
A normatização mais utilizada para projetos de iluminação hospitalar é a NBR 5413 de Abril de
1992, que trata sobre Iluminação de Interiores. No item 5.3.28 fala dos níveis de iluminância para
hospitais, subdividindo em ambientes como sala de médicos, laboratórios, quartos de internação
entre outros ambientes.
O Ministério da Saúde disponibiliza a RDC 50 que é um Regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de
Saúde, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por esta portaria a ANVISA
passa a ser a responsável pela cooperação técnica e orientação às secretarias estaduais e municipais
de saúde para o cumprimento do regulamento técnico.
Até recentemente um projeto de iluminação visava apenas à função visual, como nos explica
Horevicz(2007), onde a quantidade e a qualidade da luz eram fundamentais. Mas essa idéia vem
mudando onde arquitetos e designers já estão cientes dos benefícios que a luz traz à saúde.
Cor e luz são elementos do ambiente que estão intimamente ligados, tanto que a intensidade da luz
afeta substancialmente o resultado da cor (Figura08).
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Figura 08 – Utilização da iluminação para destacar cores
Fonte: http://www.archdaily.com/220749/phoenix-childrens-hospital-hks-architects, 2012
As cores tem o poder de exercer grande influência no ambiente, podendo assim o modificar,
animando-o ou transformando-o, e assim, podem alterar a comunicação, as atitudes e a aparência
das pessoas presentes já que todos nós temos reações às cores. A utilização das cores para fins de
cura é um processo não agressivo sobre o organismo, não faz mal, não causa efeitos colaterais e não
atua como agente de pressão sobre o corpo. A cromoterapia, por exemplo, atua diretamente na base
da doença, procurando reparar o equilíbrio entre as energias vibratórias do corpo. A todo instante
estamos em contato com as cores, elas fazem parte da vida e, sem elas, o mundo seria diferente
(BOCCANERA, BOCCANERA, BARBOSA, 2005).
Mas podemos perceber que a escolha da cor a ser utilizada em um ambiente hospitalar, e
especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva, não se baseia na preferência daqueles que se
inter-relacionam neste meio. Deste modo, considera-se oportuno investigar quais são as cores
consideradas agradáveis e desagradáveis por parte de profissionais e clientes, verificando, inclusive,
se estas coincidem ou não com aquelas presentes nos ambientes de UTI. A preocupação com a
utilização adequada das cores para os ambientes, inclusive na Unidade de Terapia Intensiva, deveria
existir já no processo de construção dos hospitais. Para os pacientes internados e profissionais que
ali trabalham a UTI é um espaço restrito, único, pequeno e tenso, o que interfere no estado
emocional do indivíduo, levando ao desgaste geral do organismo e conseqüentemente, provocando
estresse. Isto vendo o fato de permanecer durante horas em uma área de muito sofrimento e pouco
atrativa em termos de decoração (BOCCANERA, BOCCANERA, BARBOSA, 2005).
Para Martins (2004) a luz determina a cor, isto é, qualquer luz natural ou artificial que cai sobre
uma superfície colorida afeta sua aparência, já que esta cor não existe por si própria, mas como
resultado da excitação do olho. Assim, como o sabor e o cheiro são sensações, a cor também é
resultado de uma sensação individual.
A sensação térmica que é provocada pela cor pode ser utilizada para melhorar as condições
higrotérmicas de um ambiente. Para um ambiente seco, cores de conotação úmida – como os verdes
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mais escuros – são recomendadas, enquanto uma atmosfera úmida será menos desagradável com
cores ditas secas – como o vermelho e o alaranjado.
Os tetos brancos nos hospitais deveriam ser evitados, principalmente nos ambientes de circulação
de macas, porque criam a sensação de afastamento, de vazio, já que é a visão predominante do
doente deitado. Já o verde e o azul claros serão mais tranqüilizadores.
Dessa forma, conclui-se lembrando que o efeito das cores sobre as pessoas depende da idade,
cultura, sexo e outros fatores. Nos hospitais, é fundamental a análise das necessidades dos possíveis
usuários de cada setor para elaborar o estudo cromático mais adequado.
De acordo com Horevicz (2007) os efeitos que as cores causam são tão significativos que em um
Hospital na Suécia os pacientes são direcionados para os quartos com cores adequadas à natureza de
sua doença, conforme o processo de cura avança, eles são transferidos gradualmente para quartos
com cores que possuem maior nível de estimulação.
A utilização das cores também serve para que possamos amenizar a sensação de frieza que existe
nos ambientes hospitalares, ocorrem casos em que pessoas sentem mais frio em ambientes onde
possuem cores de tonalidade fria e vice versa, mesmo que a temperatura ambiente seja a mesma.
O papel dos hospitais como instrumento da melhoria da qualidade de vida tem sofrido grandes
mudanças nos últimos 100 anos, e gradativamente, o vínculo da imagem do hospital com a melhoria
das condições de saúde passou a ser mais e mais comum. Questões como a ventilação e a
iluminação foram sendo priorizadas devido à preocupação com a higiene nos espaços de saúde. Os
hospitais passam a ser vistos como locais onde a vida pode não somente ser salva, mas ter sua
qualidade melhorada (MIQUELIN, 1992).
SegundoLukiantchuki (2012) é importante destacar que ainda hoje, devido a sua grande
complexidade e o crescente desenvolvimento tecnológico, a questão ambiental muitas vezes é
desconsiderada na concepção de projetos de edifícios hospitalares. As soluções de iluminação e
ventilação naturais deram lugar aos sistemas mecanizados trazendo como principal conseqüência à
desconsideração com a humanização dos ambientes hospitalares e o aumento do consumo de
energia elétrica.
O resultado desta concientização sobre arquitetura hospitalar é visível principalmente a partir da
décadade 80. Nesta época surge um novo direcionamento de projeto buscando a humanização do
espaço hospitalar. Assim, se para o hospital antigo a iluminação e a ventilação natural eram
dispensáveis, poiseram consideradas contaminantes, para o hospital humanizado elas são
fundamentais, uma vez que oconceito de saúde passa a ter relação com os aspectos sociais, culturais
e psicológicos (LUKIANTCHUKI, 2012).
Com a percepção da importância psicológica dos fatores climáticos retornou-se a concepção do
hospital como um local arejado e iluminado naturalmente. O hospital se torna uma verdadeira
máquina de curar com a função de prevenir a doença, restaurar a saúde, exercer funções educativas
e promover a pesquisa.
Para Cavalcanti (2002) a satisfação das iluminâncias mínimas juntamente com a redução dos custos
iniciais, são em geral, os principais fatores considerados na concepção de um projeto de iluminação
hospitalar, este fato de certa forma é resultado da pouca importância que os projetistas dão a
influência que a iluminação causa.
A proposta de iluminação não deve ficar apenas nos requisitos funcionais, dando caracteristicas
para os ambientes de locais institucionais, deixando de lado toda a intenção de humanizar estes
espaços para proporcionar melhor conforto para os pacientes que ali se encontram (CAVALCANTI,
2002).
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
julho de 2013
Atualmente essa idéia de humanizar o ambiente hospitalar através da iluminação já está sendo mais
aplicada. Podemos ver isso claramente no Phoenix Children’s Hospital, considerado um dos
maiores centros pediátricos dos Estado Unidos, fica localizado no Arizona projetado pelo escritório
de arquitetura HKS Architects. Este projeto chama a atenção por sua arquitetura (Figura 09)
diferenciada assim como pela utilização de cores e iluminação natural e artificial proporcionando
uma sensação, de que, não se está em um ambiente hospitalar e sim em um hotel deixando bem
evidente a preocupação com a humanização do local.
Figura 09 – Fachada pincipal e recepção do hospital
Fonte: http://www.archdaily.com/220749/phoenix-childrens-hospital-hks-architects, 2012
Como podemos visualizar na figura 10 os corredores são bem iluminados e coloridos usando led
para dar todoas essas cores e fascinar as crianças com um ambiente bem mais agradável e atraente
aliviando a sensação de medo.
Figura 10 – Corredores do hospital
Fonte: http://www.archdaily.com/220749/phoenix-childrens-hospital-hks-architects, 2012.
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Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
julho de 2013
Outro forma disponibilizada para a humanização de ambientes de internação é a utilização da fibra
ótica na iluminação, proporcionando cenários que distraem as crianças (Figura 11). Esse tipo de
iluminação ainda é pouco utilizado devido ao custo para instalação desses projetos, mas que é uma
tendência para a humanização desses ambientes.
Figura 11 – Quarto de internação neonatal.
Fonte: ABDALLA, 2012.
.
3. Considerações finais
Percebe-se que o ato da construção de um ambiente de saúde envolve um grande número de
serviços em alto grau de inter-relacionamento e com grandes custos e riscos envolvidos.
Os edifícios hospitalares no Brasil com o passar do tempo evoluíram de forma considerável, porém
as mudanças atuais, que passam por adaptação aos novos conceitos de flexibilização,
funcionalidade e humanização, está apenas no início.Seja para a construção de novas edificações
hospitalares ou para adequação de espaços para o uso hospitalar, os conceitos relacionados ao
ambiente construído evoluíram, incorporando novos requisitos de desempenho e acompanhando a
evolução da sociedade e impondo o desenvolvimento de novos materiais, tecnologias construtivas e
serviços.Devido à complexidade desse tipo de construção, os profissionais da área devem seguir
muitas normas e leis para a aprovação dos projetos.
Observa-se que, de todas as fases de qualquer empreendimento, o projeto é a que possibilita as
maiores influências sobre o desempenho da edificação. No caso das edificações hospitalares, o
projeto se mostra ainda mais importante que nos empreendimentos convencionais, devido a sua
maior complexidade, a maior quantidade de informações a serem tratadas, bem como o maior
número de pessoas envolvidas no desenvolvimento dos projetos.
A concientização de que o ambiente físico hospitalar pode ser um fator na recuperação dos
pacientes contribui para que se desenvolvam projetos mais humanizados projetando ambientes que
tragam benefício físicos e piscicológicos para os pacientes.
Com o desenvolvimento de projetos bem elaborados de iluminação podemos disponibilizar
ambientes mais humanizados com conforto ambiental respeitando a satisfação do paciente e
também da equipe médica.
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Humanização de hospitais utilizando a iluminação.
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