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5(68/7$'26'2352-(72'(021675$7,92 ³8WLOL]DomRSUiWLFDGHWUDWRUHVQRYRVIDEULFDGRVHPVpULHH FRQYHUWLGRVSDUDXWLOL]DUyOHRGHFDQROD´ (JRQ+DVVHO9RONHU:LFKPDQQ Universidade de Rostock – Alemanha ±,QWURGXomRHREMHWLYR O projeto demonstrativo “Utilização prática de tratores novos fabricados em série e convertidos para óleo de canola”, também conhecido do público como “Projeto demonstrativo dos 100 tratores”, foi iniciado pelo Ministério Federal de Defesa do Consumidor, Alimentação e Agricultura (BMVEL) no outono de 2000 e financiado através da Agência Técnica para Matérias Primas Renováveis (FNR). A Universidade de Rostock acompanhou esse empreendimento cientificamente de abril de 2001 a outubro de 2005. O objetivo foi que os 100 tratores, funcionando 800 horas por ano, demonstrassem se o óleo puro de canola é capaz de substituir integralmente o combustível diesel tanto sob aspectos técnicos como também sob aspectos econômicos e ecológicos. Entretanto, visto que para o emprego de óleo de canola nem todos os problemas técnicos eram considerados como suficientemente elucidados e tampouco havia uma liberação por parte dos fabricantes de tratores, existia considerável risco técnico e financeiro na utilização desse combustível. ±'XUDomRGRSURMHWR De abril de 2001 a outubro de 2002 foi modificado no âmbito do projeto um total de 111 tratores para funcionar com óleo de canola. Nessa alteração participaram 7 mecânicas de conversão, das quais as empresas VWP e Hausmann atuavam em contexto supra-regional, assumindo com 82% a maior parte das adaptações. A mecânica TC Bastorf abandonou o projeto em virtude de problemas técnicos, de modo que os dados científicos se baseiam na análise de 107 tratores (Tabela 1). Após a conversão, os tratores funcionaram, segundo o respectivo leque de aplicações, um total de 241.000 horas com óleo puro de canola, previsto para corresponder ao Padrão de Qualidade RK.** Em decorrência, o tempo médio de funcionamento por trator foi de 2.257 horas. No âmbito de suas investigações científicas a Universidade de Rostock acompanhou os tratores durante todo o período de funcionamento, abrangendo nelas: • o conceito de conversão, • o rendimento dos tratores, • as emissões de gases, • as panes no funcionamento, • a qualidade do óleo de canola, • a qualidade do óleo lubrificante, • o leque de aplicações dos tratores. * Encerrado em outubro de 2005 – Tradução: Werner Fuchs, revisão técnica: José Carlos Laurindo. Cf. Anexo I. ** 1/11 O funcionamento para ensaio dos tratores no projeto encerrou-se 3 anos depois da conversão, ou seja, o mais tardar em setembro de 2005. Entretanto, depois de concluído o projeto, 92 tratores continuam sendo movidos a óleo de canola. (PSUHVD GH 0DUFD GRV 1 WUDWRUHV 1 WUDWRUHV VHP RX FRQYHUVmR WUDWRUHV FRQYHUWLGRV FRPSRXFDVDYDULDV VWP Deutz-Fahr 41 32 John Deere 7 0 Fendt 6 6 Welte 1 1 New 1 0 Holland Hausmann Fendt 18 18 John Deere 6 0 Case 4 1 Deutz-Fahr 1 0 Claas 1 1 Same 1 0 Lamborghini 1 1 Gruber KG Case 10 2 Igl –LT. Case 1 0 LBAG Lüc. Fendt 4 1 New 1 0 Holland Stangl-LT. John Deere 2 0 TC Bastorf Case 1 0 7RWDLV 7DEHOD5HODomRGRQ~PHURGHWUDWRUHVVHPRXFRPSRXFDVDYDULDVVHJXQGRDPHFkQLFDGH FRQYHUVmRHDPDUFDGRWUDWRU ±&RQFHLWRVGHFRQYHUVmR A conversão necessária dos motores envolveu um grande número de medidas, entre as quais estão, p.ex.: • pré-aquecimento do bloco do motor, • tubulações de maior diâmetro no sistema de baixa pressão do combustível, • bombas de combustível de baixa pressão mais potentes, • filtros de combustível maiores, • pré-aquecimento do óleo de canola, • regulagem de temperatura para o óleo de canola antes da bomba de alta pressão, • bomba injetora de alta pressão adaptada para óleo de canola, • bicos injetores com número maior de perfurações nos bicos (>5), • mudança na geometria de injeção, e • otimização da combustão via modificação de parâmetros do controlador do motor. De um tipo de motor para outro diferem os procedimentos de adaptação aplicados. Das 107 conversões a grande maioria foi feita com o “conceito de tanque único” (sistema de um só 2/11 combustível). Somente 11 tratores CASE foram equipados pelo “conceito de 2 tanques” (sistema bicombustível) pelas empresas IGL-Landtechnik e Gruber. Em tratores de outros fabricantes não se testaram os “conceitos de 2 tanques”. Alguns motores já vinham equipados de série com consideráveis componentes para o conceito de conversão, de modo que a abrangência da conversão pôde ser menor. Foi preciso definir explicitamente a necessária abrangência de conversão para cada série de construção de motores e em dependência da escala vigente de emissões. A título de exemplo foi apresentado na )LJXUD o conceito da empresa LBAG Lüchow para o Fendt 411 com dupla filtragem de combustível, pré-aquecimento elétrico e regulagem da pressão. Tanque de combustível Tanque com de combustível, aquecimento elétrico com (220V) aquecimento elétrico 220V Retorno com válvula de estrangulamento Motor com injeção 836, distribuição de combustível no bloco e aquecimento da água de refrigeração (220V) Filtro convencional de Diesel Bomba Bomba de Manual transferên cia Aquecimento Aquecedor elétrico complementar (12V) e com água de Filtro, adicional, de com água de refrigeração metal sinterizado refrigeração )LJXUD&RQFHLWRGHFRQYHUVmRQRH[HPSORGDHPSUHVD/%$*/FKRZSDUDWUDWRUHV)HQGW 836 – 8QLW 3XPS 6\VWHP (Sistema bomba–bico, atualmente, utilizado nos caminhões Mercedes Benz fornecidos para o mercado brasileiro). Todos os conceitos de conversão se dedicaram ao sistema de combustível. Medidas fundamentais referem-se ao pré-aquecimento do óleo de canola, à ampliação das bitolas do duto, e em geral um pré-aquecimento elétrico do bloco do motor. Duas empresas de conversão aprofundaram as adaptações do sistema de combustível pela alteração da quantia injetada e mudança na geometria dos bicos. Não foram feitos ensaios com mudanças nos princípios ativos (p.ex., mudança no processo de combustão) na injeção, formação da mistura e combustão. Cada um dos conceitos participantes estava representado o mais tardar desde agosto de 2001 com pelo menos um trator no projeto demonstrativo. 3/11 ±&XUYDVGHWRUTXH Em comparação com o uso do combustível diesel, os tratores chegaram a fornecer torques nominais de 90 % a 106 % medidos na polia de transmissão. Problemas de torque ocorreram em função de avarias (p.ex., em bombas injetoras). A )LJXUD apresenta as curvas de torque de um trator sem avarias ao longo da duração do projeto. 7UDWRU)HQGW)DYRULWFRPVLVWHPDGHLQMHomR836 Torque [Nm] n [rpm] Diesel; 07-01-03, Óleo de canola; 13-03-02, 28-04-04 14-06-05 )LJXUD&XUYDVGHWRUTXHGHXPWUDWRUVHPDYDULDV 09-07-03,2 Na )LJXUD são mostradas, a título de exemplo, as perdas no torque de um trator com avarias na bomba injetora do tipo VP 44, utilizada nos tratores Deutz Fahr (convertidos pela empresa VWP). Essas máquinas apresentaram, no começo do projeto após a conversão (anos 2001 e 2002), problemas de desempenho que foram solucionadas por modificações apropriadas, de sorte que esses tratores entre (2003 e 2005) operaram com desempenho próximo aos valores nominais referenciados ao combustível diesel. 7UDWRU-RKQ'HHUHFRPERPEDLQMHWRUD93 Torque [Nm] Diesel; 07-01-03, Óleo de canola; 13-03-02, 14-06-05 )LJXUD&XUYDVGHWRUTXHGHXPWUDWRUFRPDYDULDV n [rpm] 09-07-03,2 28-04-04 4/11 ±(PLVVmRGHJDVHV Também quando movido a óleo de canola, o nível de emissões é determinado pela tabela de emissões do trator anterior à conversão (Euro I ou Euro II). As emissões de gases no uso do óleo de canola tiveram resultados um pouco piores nos tratores diretamente depois da conversão para óleo de canola, particularmente em relação a emissões de NOx, em comparação com o uso do diesel combustível antes da conversão. Através de novas modificações dos conceitos de conversão foi possível melhorar o conjunto do comportamento de emissões. Nas medições repetidas anualmente foi constatado em apenas cerca de 10% dos tratores um comportamento de emissões nitidamente pior. Nesses casos é preciso partir de alterações no conceito de conversão, para aumentar o rendimento do trator acima do rendimento nominal. As emissões de monóxido de carbono dos tratores estão todas nos mesmos níveis do funcionamento com combustível diesel. ±6HJXUDQoDQRIXQFLRQDPHQWRHVXVFHWLELOLGDGHDDYDULDV 63 dos 107 tratores chegaram ao final da duração do projeto sem ou com apenas pequenas avarias (custos de consertos abaixo de ¼1.000 euros) e continuam sendo movidos a óleo de canola. Avarias graves e, por isso de alto custo, ocorreram em 44 tratores. Desse grupo, 29 tratores continuam sendo movidos a óleo de canola também após a conclusão do projeto, 15 tratores foram reconvertidos para uso do combustível diesel. Com nenhum dos 7 conceitos de conversão aplicados foi possível obter um funcionamento dos motores sem avarias em todas as marcas de tratores e modelos para além de algumas centenas de horas de uso. As falhas chegaram de perdas de rendimento, válvulas de escape que emperram e injeções defeituosas até problemas de partida a frio. A freqüência de avarias e a gravidade das avarias diminuíram ao longo do empreendimento de 2001 a 2004. As avarias dos diversos grupos em funcionamento ao longo da duração do projeto foram descritas na )LJXUD. A empresa VWP (16 tratores sem avarias) e a empresa Hausmann (13 tratores sem avarias) de longe podem registrar menores as cotas de danos no projeto, em vista do grande número de unidades dos respectivos tratores convertidos. Na 7DEHODforam arrolados os tratores sem ou com apenas poucas avarias ao longo da duração do projeto em relação às empresas de conversão. 5/11 Avarias em 2001 Avarias em 2002 Avarias em 2003 Avarias em 2004 Avarias em 2005 Diversos Perda de torque Mancais do comando de válvulas Sistema de combustível Partidas a frio Câmaras de combustão Válvulas de escapamento Bombas injetoras Bicos injetores Juntas de vedação )LJXUD$YDULDVGRVGLYHUVRVJUXSRVHPIXQFLRQDPHQWRGHD 3RGHVHFRQVWDWDUTXHDVXVFHWLELOLGDGHDDYDULDVGHXPWUDWRUPRYLGRDyOHRGHFDQROD GHSHQGHIXQGDPHQWDOPHQWHGRPRGHORLQLFLDOGRWUDWRUHVRPHQWHHPVHJXQGROXJDUGR FRQFHLWRGHFRQYHUVmRDSOLFDGR Comparativamente livres de avarias ficaram os tratores marca Fendt, modelos 4XX e 7XX, seja com conversões da empresa VWP seja também da empresa Hausmann. O conceito básico dessas séries de construção de motores com 4 válvulas por cilindro, alta turbulência do ar de admissão (elevada relação de Hub-Bohrungs), bico injetor central, alta pressão de injeção na configuração “UPS”. Também nos tratores da empresa Deutz Fahr com o motor Deutz 1013 ocorreram poucas dificuldades na segunda metade do projeto, depois que os problemas de rendimento foram solucionados no ano 2002. 1R JHUDO H[LVWHP H[SHULrQFLDV GH XVR UHODWLYDPHQWH SRVLWLYR FRP VLVWHPDV GH DOWD SUHVVmR 836 SDUD R IXQFLRQDPHQWR D yOHR GH FDQROD Esses sistemas geram altas pressões de injeção mediante bombas de alta pressão providas de lubrificação, utilizam um sistema de injeção hidraulicamente muito rígido e em geral se destacam pela colocação central dos bicos injetores (jatos de injeção têm o mesmo comprimento). Ademais esses motores possuem um abastecimento de combustível integrado ao bloco do motor para as 6/11 bombas injetoras. Somada ao pré-aquecimento elétrico da água do radiador, ela providencia que a partir da primeira rodada de trabalho estejam pré-aquecidos a bomba auxiliar do combustível e o próprio combustível. ([SHULrQFLDV GH IXQFLRQDPHQWR PHQRV IDYRUiYHLV RFRUUHP ERPEDV GH GLVWULEXLomR GD LQMHomRDIL[DGDVODWHUDOPHQWHDRPRWRUHOXEULILFDGDVFRPRFRPEXVWtYHO Nenhuma das 7 empresas de conversão foi capaz de converter com sucesso tratores com a bomba de distribuição da injeção VP 44 da marca Bosch para o uso continuado de óleo de canola. Nas bombas de distribuição da injeção dessa marca houve acúmulo de defeitos. Também outras bombas injetoras lubrificadas pelo combustível, p.ex., da marca Stanadyne, muitas vezes não corresponderam ao funcionamento com óleo de canola. Contudo a bomba clássica de injeção em linha da Bosch, que ainda estava instalada em 3 tratores, foi aprovada no funcionamento com óleo de canola, sendo usada parcialmente com sucesso como substituição para bombas de distribuição. Com elevado número de horas de funcionamento algumas marcas de tratores acusaram válvulas de escape que emperram. 1R HQWDQWR QmR S{GH VHU GHELWDGD DRV FRQFHLWRV GH FRQYHUVmR D RFRUUrQFLD GH IUHTHQWHV ILOWURV GH FRPEXVWtYHO HQWXSLGRV (VVHV SUREOHPDV GH IXQFLRQDPHQWR VHPSUH IRUDP DWULEXtGRV D TXDOLGDGHV LQVXILFLHQWHV GR FRPEXVWtYHO QmR FRQGL]HQWHV FRPR3DGUmR5. Quanto à aplicabilidade de sistemas COMMON-Rail para o uso de óleo de canola não é possível fazer uma afirmação conclusiva, porque esse sistema ainda não estava disponível nos anos 2001 e 2002. Contudo se supõe que com esse sistema seja possível realizar as necessárias pressões elevadas de injeção para a obtenção otimizada da mistura do óleo de canola. Poderiam vir a ser problemáticos sistemas de injeção que trabalham parcialmente com amplificadores hidrodinâmicos, muito influenciados pela viscosidade. ±'HVJDVWHHGHSyVLWRVQRIXQFLRQDPHQWRGHORQJRSUD]R Do grupo de tratores que passaram pelo projeto sem consertos dispendiosos nas peças que envolvem a câmara de combustão, inclusive o cabeçote e o sistema de injeção, foram selecionados modelos com duração de funcionamento de mais de 3.000 horas e examinados quanto ao desgaste. Nessa verificação se constatou que na região de atrito entre pistão e cilindro não surgiu nenhum desgaste superior e que os sulcos foram bem preservados. Em tratores que foram usados com freqüência com baixa potência ocorreram depósitos de carvão no coletor e válvulas de admissão. Esses depósitos não foram constatados no uso freqüente sob potência máxima. Alguns sistemas de injeção UPS foram retirados dos tratores e avaliados após o término do projeto. Também nessas peças não se constatou nenhum desgaste excessivo. Atualmente estão sendo efetuadas medições e avaliações, pelos fabricantes dos sistemas de injeção. A princípio devem ser respeitados os intervalos de substituição para os bicos injetores prescritos pelos fabricantes. 7/11 ±4XDOLGDGHGRyOHROXEULILFDQWH Para avaliar a qualidade do óleo lubrificante foram usados os parâmetros da viscosidade, teor de fuligem, TBN e o teor de óleo de canola no combustível (diluição do óleo lubrificante). Com base nas análises de tendências, intervaladas de 50 a 80 horas de funcionamento, foram fixados os prazos de troca de óleo para os tratores. (PWRGRVRVFRQFHLWRVGHFRQYHUVmR VHPRVWUDUDPHOHYDGRVWHRUHVGHyOHRGHFDQRODQRyOHROXEULILFDQWHGHPDQGDQGRXPD QtWLGDUHGXomRSHODPHWDGHHDWpXPWHUoRGRVLQWHUYDORVGHWURFDGHyOHR Para 75% dos tratores foi possível praticar no final do período do projeto intervalos de troca de óleo de >200 horas ()LJXUD). Aumentos súbitos de viscosidade como sinal de uma incipiente polimerização do óleo lubrificante (engrossamento do óleo) ocorreram somente no começo do projeto em 6 tratores como conseqüência de problemas em juntas, sobrecarga térmica ou intervalos de troca de óleo não obedecidos. Através de uma análise freqüente do óleo é possível reconhecer a tempo estados críticos do óleo e evitar graves danos ao motor. No de Tratores Intervalos de troca de óleo Intervalos de troca 2002/2003 ,QWHUYDORVGHWURFDGHyOHROXEULILFDQWH Intervalos de troca 2004 )LJXUD ±$TXDOLGDGHGRyOHRGHFDQROD Premissa essencial para o funcionamento do motor sem avarias é a observância de uma qualidade definida do combustível. Durante o projeto demonstrativo o “Padrão de Qualidade RK 05/2000” serviu de base para a avaliação da qualidade do óleo de canola. &RQWXGRPDLV GDPHWDGHGDVDPRVWUDVGHHVWRTXHGHyOHRGHFDQRODDQDOLVDGDVQRFXUVRGRSURMHWR QmRREHGHFHUDPjVH[LJrQFLDVGR³3DGUmRGH4XDOLGDGH5.´)LJXUD As principais causas foram condições impróprias de prensagem, falha no processo de purificação, a falta ou o uso inadequado de filtros de segurança, vasilhame sujo, bem como falta de qualidade ou armazenagem dos grãos. A qualidade do óleo de canola precisa ser significativamente melhorada, para que possa cumprir os índices mais exigentes da futura 8/11 pré-norma DIN V 51605. É sumamente necessário construir um sistema abrangente de manejo de qualidade, para consolidar o óleo de canola como combustível no mercado. No de amostras Período de amostragem N de amostras de tanques de armazenagem No de amostras que não atenderam a qualidade “RK” o )LJXUD&RPSDUDomRGDTXDOLGDGHGRyOHRGHFDQRODXWLOL]DGRFRPR3DGUmR³5.´ ±&RQFOXV}HV Ao longo de 3 anos 107 tratores convertidos foram analisados em um experimento de campo de grandes proporções quanto à sustentabilidade ambiental, durabilidade e segurança de funcionamento quando movidos a óleo de canola. Dependendo da marca do trator e do nível tecnológico do motor, foram aplicadas diferentes medidas de conversão e adaptação no sistema combustível de baixa pressão, no sistema de alta pressão e no comando de combustão. O empenho para a conversão dependeu fundamentalmente da construção dos motores. Os motores UPS via de regra puderam ser convertidos e movidos com sucesso. Em motores com bombas injetoras de distribuição foi consideravelmente maior o empenho de conversão e com freqüência não foi exeqüível um uso mais prolongado sem avarias com óleo de canola. 63 dos 107 tratores superaram o período do projeto sem ou com pequenas avarias. Avarias graves e por conseqüência de custos mais elevados ocorreram em 44 tratores, ou seja, em mais de 40% dos tratores participantes. As avarias de funcionamento foram desde perdas no rendimento, problemas de partida a frio, válvulas de admissão que emperram, defeitos nas bombas injetoras, até danos na câmara de combustão. Por razões técnicas 15 tratores foram reconvertidos para combustível diesel. No funcionamento com óleo de canola a maioria dos tratores atingiu mais de 90 % do rendimento nominal do motor. As emissões de CO e NOx nas condições sem carga e de carga máxima, se situaram – pelo menos nos tratores da categoria de emissões 1 – no mesmo nível do funcionamento do combustível diesel antes da conversão. 9/11 Altos teores de óleo de canola no óleo lubrificante se manifestaram em todos os conceitos de conversão e demandaram subdividir pela metade ou até por um terço os intervalos de troca de óleo. No geral pode-se constatar que 2 de 7 empresas de conversão obtiveram o êxito de adaptar com sucesso e de forma duradoura determinadas marcas de tratores ao uso de óleo de canola. Nenhuma das 7 empresas, porém, foi capaz de adequar todas as marcas de tratores, com cuja conversão se comprometeu no começo do projeto, de forma duradoura para o funcionamento com óleo de canola. O projeto demonstrativo apontou ainda grandes déficits em relação à qualidade do óleo de canola, tornando evidente a necessidade de introduzir medidas abrangentes de controle de qualidade na produção descentralizada de óleo vegetal. Somente com base em uma qualidade normatizada e assegurada de combustível são possíveis o funcionamento de motores sem avarias, a consolidação de demandas de garantia e a continuidade no desenvolvimento da tecnologia do óleo de canola. Uma importante etapa nesse sentido representou a publicação da pré-norma para combustível de óleo de canola DIN V 51506 em junho de 2005. Os dados do presente estudo podem apenas ser aplicados diretamente a tratores que correspondam ao nível técnico das normas de emissões EURO I e EURO II. Uma introdução extensiva do combustível de óleo de canola no mercado demanda investimentos amplos de desenvolvimento por parte dos fabricantes de tratores, a fim de eliminar déficits existentes em algumas marcas de tratores e manter a tecnologia do óleo de canola em consonância com as prescrições vigentes para emissões. O projeto conseguiu comprovar que é possível o uso de óleo de canola como combustível na agricultura com as tecnologias de motores existentes, mediante cumprimento de certas condições periféricas, mas que ainda não é recomendável de forma irrestrita no momento atual. 10/11 $1(;2, ³3DGUmRGH4XDOLGDGH5.´5. yOHRGHFDQRODFRPRFRPEXVWtYHO Landtechnik Weihenstephan + ASG 05/2000 3URSULHGDGHVFDUDFWHUtVWLFDVGRyOHRGHFDQROD 3URSULHGDGHVWHRUHV 8QLGDGHV /LPLWH /LPLWH 0pWRGRGHHQVDLR PLQ. 0i[. 3 Densidade (15ºC) Kg/m 900 930 DIN EN ISO 3575 DIN EN ISO 12185 ºC 220 DIN EN 22719 Ponto de fulgor cf. P.-M. Valor calorífico kJ/kg 35000 DIN 51900-3 2 Viscosidade cinemática mm /s 38 DIN EM ISO 3104 (40ºC) Comportamento no frio Viscosimetria rotativa (condições de ensaio em elaboração) Facilidade de ignição Método de ensaio em avaliação (índice de cetanas) Resíduos de coque % da 0,40 DIN EN ISO 10370 massa Índice de iodo g/100g 100 120 DIN 53241-1 Teor de enxofre mg/kg 20 ASTM D5453-93 &DUDFWHUtVWLFDVYDULiYHLV Impureza total mg/kg 25 DIN EN 12662 Índice de neutralização mg KOH/g 2,0 DIN EN ISO 660 Estabilidade de oxidação H 5,0 ISO 6886 (110º C) Teor de fósforo mg/kg 15 ASTM D3231-99 Teor de cinzas % da 0,01 DIN EN ISO 6245 massa Teor de água % da 0,075 pr EN ISO 12937 massa * Padrão definido pelos agricultores para extração do óleo de canola a frio, aguardando normatização governamental. 11/11