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RELATÓRIO
2008
Ibase – Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas
Av. Rio Branco, 124/8º andar – Centro
CEP 20040-916 Rio de Janeiro – RJ
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Conselho Curador
Sebastião Soares – presidente
João Guerra – vice-presidente
Carlos Afonso – 1º secretário
Nádia Rebouças – 2ª secretária
Sonia Carvalho – 3ª secretária
Suplentes
Moacir Palmeira
Claudius Ceccon
Jean-Pierre Leroy
Maria Emília Pacheco
Conselho Fiscal
Jaime Patalano
Pedro Celestino
Rousseau Leão Castelo Filho
Suplentes
Mário Osava
Jane Souto de Oiveira
Celso Japiassu
Direção-executiva
Cândido Grzybowski – diretor-geral
Dulce Pandolfi
Francisco Menezes
Coordenadores(as)
Ciro Torres
Fernanda Carvalho
Itamar Silva
João Roberto Lopes Pinto
Luzmere Demoner
Moema Miranda
Relatório Ibase 2008
Também disponível em <www.ibase.br>
SUMÁRIO
Apresentação ......................................................................... 4
Parte I – Destaques dos resultados do Ibase .................... 5
A – Papel articulador e catalisador ........................................... 6
1. Fórum Social Mundial ........................................................... 6
2. Projeto Diálogo entre os Povos ............................................ 7
3. Grupo Pedras Negras ............................................................ 8
4. Pacto pela Cidadania ............................................................ 9
5. Plataforma BNDES ................................................................. 9
B – Incidência no debate e nas políticas públicas ............... 10
1. Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança
Alimentar e Nutricional das Famílias Beneficiadas ............. 10
2. Juventude e Integração Sul-americana: caracterização
de situações-tipo e organizações juvenis ........................... 11
C – Compromissos, riscos e resultados ................................. 12
1. Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos .... 12
2. Quadro de Revisão dos Riscos ............................................ 17
Parte II – Linhas Programáticas e Estratégias
Institucionais ....................................................................... 18
A – Linhas Programáticas ........................................................ 19
1. Alternativas Democráticas à Globalização .......................... 19
2. Desenvolvimento e Direitos ................................................ 20
3. Direito à Cidade .................................................................. 21
4. Economia Solidária ............................................................. 23
5. Processo Fórum Social Mundial .......................................... 24
6. Juventude, Democracia e Participação ............................... 25
7. Observatório da Cidadania: direitos e diversidades ........... 26
8. Responsabilidade Social e Ética nas Organizações ............ 28
9. Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional ................ 30
B – Estratégias Institucionais .................................................. 31
1. Administração e Finanças ................................................... 31
2. Comunicação ...................................................................... 31
3. Desenvolvimento Institucional ............................................ 36
4. Indicadores e Gestão de Tecnologia da Informação ............. 37
5. Relações Institucionais ........................................................ 38
Parte III – Balanço Social ................................................... 39
Anexos ................................................................................. 48
Siglas e abreviaturas .......................................................... 58
4
APRESENTAÇÃO
O processo de produção do relatório anual dá início, nos últimos meses
do ano de referência, ao processo de planejamento do Ibase para o ano
seguinte. Só que, na prática, é finalizado após, já em um novo ciclo anual.
Além disso, as ações que desenvolvemos e os processos nos quais incidimos
são cronometrados pelo calendário, mas nem por isso começam ou acabam
junto com ele – o que torna difícil, às vezes, avaliar sem extrapolar o ano.
Isto dá ao relatório um caráter de balanço estratégico da incidência combinado com memória de tudo o que foi feito durante o ano que findou.
Para melhor valorizar esse duplo caráter, neste ano, decidimos destacar como
primeira parte do relatório a que aponta a nossa avaliação interna dos
resultados e impactos do Ibase. A segunda parte apresenta as atividades
desenvolvidas por cada programa, linha programática (LP) e estratégia
institucional (EI). Na terceira, apresentamos o Balanço Social (BS) do Ibase
em 2008. Nos Anexos desta publicação, listamos fontes de financiamento,
parcerias, Produções Ibase, nossas inclusões na mídia e siglas.
PARTE I
Destaques
dos resultados
do Ibase
O ano de 2008 foi de grandes reviravoltas no contexto mundial, com claros
impactos na região e no Brasil. A sucessão de crises – ambiental, energética
e alimentar, culminando na crise financeira – levou a um estouro do lado
cassino da globalização e revelou a fragilidade do modelo de desenvolvimento que a promoveu. A crise, que veio do centro do sistema capitalista mundial, irradiou para a periferia, afetando a todos os países. Neste
contexto, novas ameaças pesam sobre as pessoas excluídas, migrantes e
condenados(as) a viver na pobreza. Ao mesmo tempo, neste quadro em que
emergem mais claramente as contradições do sistema hegemônico, com
rupturas e sofrimento, colocam-se na mesa novos desafios e se faz necessário afinar estratégias e acelerar o passo, para não ser engolido por eles e
poder sair fortalecido depois da crise. Não é objeto deste relatório a análise
do contexto; é indispensável, no entanto, tê-la como pano de fundo que
define as circunstâncias externas da atuação e a qualifica.
6
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
A Papel articulador e catalisador
Apesar das persistentes dificuldades em termos de sustentabilidade financeira de suas atividades
e de certas turbulências internas, no ano de 2008, o Ibase ampliou e fortaleceu a sua capacidade de atuar como sujeito político, desempenhando um papel articulador e catalisador no
seio da sociedade civil brasileira, na região e até mais além.
1.
Fórum Social Mundial (FSM)
No último ano, o Ibase teve que assumir novas responsabilidades e dedicar muita
energia para o processo FSM. Em 26 de janeiro de 2008 – Dia de Ação Global –,
contribuímos para a realização do Rio Com Vida, evento político-cultural de dia cheio
no Aterro do Flamengo, que reuniu aproximadamente 10 mil pessoas. Participaram
grupos comunitários, de economia solidária, culturais populares, sindicatos, centros de
promoção de direitos humanos e da cidadania, ativistas, intelectuais e artistas, em
grande variedade de atividades.
O evento permitiu ao Ibase – que historicamente vem dedicando muito esforço à
facilitação do processo FSM no Brasil e no mundo – dar mais atenção à cidade onde se
encontra, articulando-se com atores de destacada atuação no Rio. Foi importante
também para dar visibilidade às questões levantadas pelo FSM entre o público carioca,
o que ocorreu a partir de mobilização prévia por meio de spots, cartazes e encontros
no Circo Voador.
No processo de preparação do FSM, o Ibase, com apoio da Fundação Charles Leopold
Mayer para o Progresso do Homem (FPH), organizou um seminário no Rio de Janeiro,
em maio, sob o título “Que Brasil e que Amazônia o Mundo Precisa?”. Participaram,
além de integrantes do Grupo de Facilitação (GF) de Belém, diferentes representantes
de organizações que são portadores de uma perspectiva democrática e socioambiental
na questão. O resultado da reunião foi publicado em francês, inglês e português e
amplamente distribuído. Só o Ibase distribuiu 9 mil cópias em português durante o
FSM em Belém. Toda a delegação francesa, de cerca de 280 pessoas, fez um seminário
específico em preparação ao FSM usando a nossa publicação.
Ainda sobre o FSM, o Ibase mobilizou um grupo de intelectuais e cientistas do Rio de
Janeiro em atividades de preparação ao Fórum Ciência e Democracia que, pela primeira
vez, realizou-se em articulação com o FSM em Belém.
É necessário destacar, entretanto, que a maior contribuição do Ibase, de nosso ponto
de vista, foi em relação ao FSM 2009.1 No ano de 2008, o Ibase firmou-se como
integrante do Grupo de Enlace do Conselho Internacional (CI), além de ter desempenhado ativo papel nas comissões de Metodologia, Mobilização de Recursos e Expansão.
Já em Belém, o Ibase passou a participar do GF – constituído por entidades e movimentos
1 Realizado de 27 de janeiro a primeiro de fevereiro de 2009, em Belém, Pará. Apesar do FSM ter ocorrido somente em 2009,
o evento é a culminância de um processo desenvolvido ao longo de 2008, por isso está sendo citado neste relatório.
7
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
que assumiram a tarefa de organizar o FSM. Neste, o Ibase assumiu a responsabilidade
– compartilhada com outras quatro entidades 2 – de atuar na captação e na gestão dos
recursos do FSM.
Em termos políticos, deve-se deixar claro o papel do Ibase na própria escolha da
Amazônia como referência territorial do FSM 2009. Essa escolha revelou-se extremamente oportuna, dando ao FSM capacidade de revitalizar-se e ocupar o espaço público
aberto a partir do desmonte das propostas políticas pelos arautos da globalização.
O FSM 2009 mobilizou cerca de 150 mil pessoas de mais de 140 países, das quais
aproximadamente 135 mil foram participantes – com destaque para a enorme presença
da juventude e para o aprofundamento da diversidade, com a marcante participação
de povos indígenas, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e grupos comunitários
locais. Ao todo, foram 5.808 organizações inscritas, que promoveram 2.310 atividades autogestionadas.
Quanto à presença indígena, o Ibase mobilizou recursos para o fundo de solidariedade
aos povos indígenas das Américas e participou da construção de convergências
desde a Cumbre Indigena no Peru.3 Essa articulação culminou nas três conferências
aglutinadoras de organizações indígenas, sem terra, redes cidadãs e Povos sem Estado,
e também na Assembleia do dia primeiro de fevereiro, que propôs um grande fórum
temático para 2010 sobre “Crise de Civilização, Defesa da Terra e da Vida – Bem Viver:
construção de um novo paradigma”.
Por fim, o Ibase, junto com o Instituto Paulo Freire (IPF) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), promoveu e mediou o encontro de cinco presidentes da América do Sul
(Bolívia, Equador, Paraguai, Venezuela e Brasil) com os(as) participantes do FSM. O evento
contou com 15 mil pessoas no espaço do hangar, em Belém.
2.
Projeto Diálogo entre os Povos
Este é um projeto em maturação ao longo dos últimos anos no Ibase que, em 2008,
passa a adquirir uma forma mais consistente. Trata-se de uma iniciativa ousada, nascida
no espírito do FSM, que busca concretizar processos mais duradores de construção de
agendas comuns e propostas de intervenção política nas relações Sul-Sul entre povos e
países. Esta iniciativa tem como pano de fundo a emergência de novos países e os
acordos de cooperação entre eles para além das estruturas já estabelecidas.
O ponto de partida é o acordo entre Índia, Brasil e África do Sul, realizado com atenção
especial aos processos regionais na América do Sul e no Sul da África. Para além dos
acordos entre governos, engessados pela agenda comercial, busca-se com o projeto
trazer entidades e movimentos sociais para o diálogo e a construção da agenda. Foram
constituídos dois grupos de referência: um na África (liderado por Trust for Community
Outreach and Education/TCOE/África do Sul e União Nacional de Camponeses – Unac/
Moçambique) e outro na América do Sul (liderado pelo Ibase).
2 Instituto Universidade Popular (Unipop), Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (Apacc), Federação
de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase)/Regional e Instituto Paulo Freire (IPF).
3 Realizada em maio de 2008.
8
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
Foram realizados dois encontros de diálogo durante o ano de 2008, centrados no
tema “Bens Comuns, Territórios, Soberania e Segurança Alimentar”. Esses envolveram
organizações camponesas, movimentos feministas, ambientalistas e ativistas de direitos
humanos. Os encontros ocorreram em Cape Town, em abril, e na Guatemala, durante
o Fórum Social Hemisférico, em outubro. Integrantes do diálogo participaram ainda
do FSM em Belém e se incorporaram, nas reuniões posteriores ao Fórum, ao diálogo
África-Brasil organizado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Secretaria
Geral da Presidência da República, em Brasília. Além de mobilizar atores civis relevantes
a um diálogo desse tipo, o projeto começa a mostrar capacidade de mobilizar também
novas parcerias, como a ActionAid Internacional (AAI) e a ABC. Esta é uma aposta
do Ibase que traz grandes desafios, mas também grandes oportunidades de articulação e de impacto.
3.
Grupo Pedras Negras (GPN)
O grupo, uma articulação de ONGs próximas na ação, surgiu em 2007, mas foi durante
o ano de 2008 que deu um grande salto em termos de proposta. É composto pelos
coletivos dirigentes de Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase),
Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), Instituto de Estudos Socioeconômicos
(Inesc), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Instituto Pólis – Estudos e Assessoria em
Políticas Sociais, Ação Educativa, Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), SOS-Corpo –
Instituto Feminista para a Democracia e Ibase, todas entidades afiliadas à Associação
Brasileira de ONGs (Abong), que, como convidada, participou de quatro encontros de
trabalho em 2008. A iniciativa do Grupo Pedras Negras (sendo Pedras Negras o nome
do hotel onde ocorreu o primeiro encontro, em 2007) partiu do Ibase, tendo como
estímulo inicial uma demanda da Oxfam Novib para que fosse feita uma reflexão referente à Oxfam/Brasil.
O Ibase identificou aí a oportunidade de recriar um espaço entre dirigentes de ONGs
parceiras, com foco na análise estratégica do nosso futuro comum, bem como do
futuro do próprio campo das ONGs no Brasil. No centro, a questão dos desafios que
o Brasil e o mundo trazem para entidades de cidadania ativa, como nos refundar e
responder a eles e em quais bases de sustentabilidade política e financeira.
A revisão de nossas apostas fundantes nos encontros de 2008 nos levaram ao esboço
de um programa de médio prazo conjunto, a ser desenvolvido na forma de um
consórcio, de maneira a fortalecer a identidade de cada organização e potencializar a
sua incidência, no Brasil e na região. O objetivo do consórcio (ainda em construção) é
desenvolver o que as organizações não logram realizar isoladamente, multiplicando a
forma de atuar e ampliando sua capacidade de financiamento. O GPN mostrou a sua
cara pública, pela primeira vez, durante o FSM em Belém, durante atividade realizada
sobre “A Crise e o Papel das Instituições Não Governamentais”, e em reunião com
instituições financiadoras.
9
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
4.
Pacto pela Cidadania
No velho e bom estilo do Ibase, herdado de Betinho, com senso de oportunidade e
coragem de enfrentar riscos, o Ibase elaborou o Pacto pela Cidadania, em parceria com
a Caixa Econômica Federal (CAIXA) e o propôs para os mais diferentes atores da cidade
do Rio de Janeiro – moradores(as) de favelas, grupos comunitários, grupos culturais
populares, associações de moradores, sindicatos, organizações da sociedade civil, intelectuais, políticos, dirigentes governamentais das três esferas, entidades profissionais e
empresariais. O Pacto é um compromisso público de todos e todas com a incorporação
das favelas à cidade , sem discriminação, violência ou paternalismo.
Mais de 1,5 milhão de habitantes da cidade do Rio de Janeiro vivem em cerca de 700
favelas, estando 25% a 30% das famílias sob responsabilidade exclusiva de mulheres.
Trata-se aqui de enfrentar as muralhas visíveis e invisíveis que dividem e segregam,
afirmando o direito de cada um e cada uma à cidade. A oportunidade surgiu a partir
do chamado Programa de Aceleração do Crescimento das Favelas (PAC/Favelas), um
novo programa governamental de urbanização. A ousadia do Ibase consistiu em propor
um Fórum de Cidadania que congregasse os diversos atores em busca de acompanhamento e aperfeiçoamento da proposta do PAC das Favelas. A ideia é que efetivamente
se reduzam as profundas desigualdades acumuladas no território urbano dividido,
ajudando a reintegrar a “cidade partida”.
O evento de lançamento do Pacto pela Cidadania contou com aproximadamente 500
pessoas – entre ministros(as), lideranças comunitárias, acadêmicos e cidadãos(ãs) comuns
– e legitimou a iniciativa desse monitoramento ativo de uma política pública como o
PAC/Favelas. Desde novembro, um Grupo de Trabalho do Ibase iniciou o processo de
monitoramento a partir do Complexo Manguinhos.
5.
Plataforma BNDES
A animação da Plataforma BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social)também foi uma atividade do Ibase a destacar em 2008. A Plataforma articula
redes, fóruns, centrais e confederações sindicais, movimentos sociais e entidades em
busca de maior transparência nos critérios de financiamento da maior agência de
fomento do Brasil, bem como o compromisso por parte do Banco com um modelo de
desenvolvimento mais democrático e sustentável quanto ao uso dos bens naturais
comuns. Em uma perspectiva de monitoramento ativo, tanto a Plataforma como o BNDES
têm muito a avançar ainda, superando contradições e descobrindo bases comuns.
No entanto, a Plataforma, que atua há dois anos em reuniões com representantes do
Banco, envio de documentos e que já realizou (em 20064) uma atividade de impacto
dentro do Banco, o seminário “O BNDES que Temos e o BNDES que Queremos”, em
2008 conseguiu avanços significativos em termos de compromisso do Banco com a
transparência e a permeabilidade às sugestões dos movimentos sociais e organizações
4 A Plataforma BNDES estava em processo de construção durante o ano de 2006.
10
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
do terceiro setor. A luta pela abertura da “caixa preta” do BNDES, assim como o compromisso de ampla informação sobre os seus financiamentos, inserem-se na luta mais
global pela democratização das decisões na alocação de recursos públicos. Dentro das
atividades estratégicas da Plataforma, foi produzido um estudo sobre a expansão do
etanol no país, cuja publicação, e posterior distribuição, foi de grande impacto durante
a Conferência sobre Biocombustíveis, em novembro de 2008.
B Incidência no debate
e nas políticas públicas
O Ibase, ao longo de sua história, sempre pretendeu alimentar o debate público e a construção da agenda política, na perspectiva de radicalização da democracia. Por isso, nas
diferentes conjunturas e explorando oportunidades políticas e de parcerias, o Ibase busca
identificar questões que precisam ser enfrentadas, seja por negarem direitos, discriminarem e
excluírem, seja por limitarem a própria força da democracia, ou ainda por serem iniciativas
que precisam de maior visibilidade e devem receber maior apoio da cidadania e dos responsáveis políticos e gestores estatais. Assim, realiza pesquisas voltadas à ação político-cultural,
que alimentam a cultura democrática e que pressionam as políticas públicas. Vale-se, para
tanto, de sua capacidade de mobilização de pessoas e instituições que podem contribuir na
realização de pesquisas de impacto e dá particular atenção ao eco das pequisas na mídia,
entre formadores(as) de opinião e nos espaços políticos. Em 2008, destacam-se duas importantes contribuições neste sentido.
1.
Repercussões do Programa Bolsa Família
na Segurança Alimentar e Nutricional das
Famílias Beneficiadas
A pesquisa foi realizada a partir do cadastro do Programa Bolsa Família/PBF (11 milhões
69 mil 178 famílias, em março de 2007), de onde foi extraída uma amostra de 5 mil
titulares do cartão Bolsa Família (sendo a maioria de mulheres), em 229 municípios de
todas as regiões do Brasil. As entrevistas foram realizadas em setembro e outubro de
2007. Na fase preliminar da pesquisa, buscando qualificar as questões, foram ouvidos
170 titulares de cartões, por meio da organização de 15 grupos focais.
Os resultados da pesquisa foram consolidados e divulgados em junho de 2008,
com grande repercussão nos principais meios de comunicação do Brasil e no exterior.
A pesquisa teve a função de revelar o resgate da cidadania de milhões de famílias
condenadas a viver na pobreza a partir da implantação do PBF. Aponta também a
sua abrangência, capilaridade e seu foco nos(as) que verdadeiramente o necessitam.
Mostra, ainda, que o PBF rompe com as políticas assistenciais tradicionais de subordinação de beneficiários(as) aos caciques políticos locais e criadoras de currais eleitorais.
O cartão do Bolsa Família é afirmação de autonomia do(a) seu(sua) titular, em sua
11
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
maior parte mulheres, que zelam pela segurança alimentar de sua família. Em termos
políticos, cabe chamar a atenção para o fato de que a pesquisa foi importante para a
decisão do governo federal de aumentar o valor da bolsa concedida a cada família.
2.
Juventude e Integração Sul-americana:
caracterização de situações-tipo
e organizações juvenis
Esta pesquisa vem de 2007 e é um desdobramento de outra realizada no Brasil de
2004 a 2006. Na verdade, é uma nova temática de destaque na atuação do Ibase, que
se consolidada em termos de pesquisa para ação política. A pesquisa herda nossa
experiência anterior em desenvolver trabalhos investigativos em formato de rede com
outras entidades. Desta vez, abrange seis países: Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai,
Bolívia e Brasil. Isto permite mobilizar mais capacidade política, técnica e institucional,
e realizar pesquisas mais ambiciosas e abrangentes, além de dar imediatamente
capilaridade ao processo de incidência no debate público e à pressão política nos
diferentes contextos.
Do mesmo modo que nas primeiras pesquisas, o programa no Ibase está sendo desenvolvido em coordenação compartilhada com o Instituto Pólis – Estudos e Assessoria em
Políticas Sociais (Pólis). O grande destaque da pesquisa foi o relatório regional consolidado – “Demandas para a Construção de uma Agenda Comum” –, bilíngue, com
ampla divulgação. No Brasil, foi apresentado e debatido no Conselho Nacional de
Políticas da Juventude (Conjuve), onde o Ibase tem assento. Também recebeu atenção
da Reunião Especializada de Juventude, que reúne responsáveis governamentais do
Mercosul em políticas de juventude. Destacam-se ainda a publicação e divulgação dos
relatórios nacionais nos países abrangidos pela pesquisa.
O mais importante em termos estratégicos para o Ibase é a novidade de uma ação
articulada dentro e fora do país, dando base concreta à diplomacia cidadã regional
em questão fundamental – a participação política da juventude na construção de um
projeto democrático e includente, social e ambientalmente sustentável.
Nesse ano, a pesquisa entrou em nova etapa. Foi feita uma investigação qualitativa
com 36 grupos focais nos seis países, resultando na publicação – “Ser Joven em
Sudamérica: diálogos para la construcción de la democracia regional” – divulgada
com grande impacto em seminário no FSM de Belém. Foi também elaborado um
questionário e realizada ampla pesquisa de opinião por amostragem representativa de
cada país (ao todo, foram realizadas 14 mil entrevistas), em fase de análise final.
12
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
C Compromissos, riscos e resultados
Os quadros a seguir trazem uma síntese dos compromissos, riscos e resultados referentes à atuação do Ibase ao
longo de 2008. Vale destacar que os efeitos diretos (na primeira coluna) dizem respeito ao quadriênio 2008/2011.
Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos
Efeitos diretos que
potencialmente contribuirão
para mudanças de políticas
e práticas
1. Criar base de diálogo
permanente sobre cooperação,
desenvolvimento e democracia,
trabalhando em rede com
organizações parceiras, para
enfrentar o desafio da reinvenção
da atuação e sustentabilidade
política e financeira de
organizações de cidadania ativa
no Brasil
Indicadores de progresso
dos efeitos diretos 2008
Resultados
Resultados
não previstos
1) Maior conhecimento mútuo e
implementação de iniciativas
comuns entre as organizações
de cidadania ativa para
incidência política
• Grupo Pedras Negras (GPN)
constituído por Ibase, Fase, Cecip,
Inesc, Geledés, Pólis, Ação Educativa,
Centro Luiz Freire e SOS-Corpo –
organizações próximas na ação
• Duas atividades
realizadas durante o FSM
(uma aberta, uma com
cooperação internacional)
2) Organizações de cidadania ativa
qualificadas para tomar iniciativas
e dialogar sobre propostas no
campo da cooperação
nacional e internacional
• Reuniões do GPN realizadas e
intensificação da relação entre
instituições parceiras
3) Autonomia política e
financeira das organizações de
cidadania ativa fortalecidas
2. Tema das energias renováveis
(biocombustíveis) incorporado
na agenda do diálogo Sul-Sul,
envolvendo entidades da América
Latina e África, fortalecendo as
lutas de agricultores(as) familiares
e camponeses(as) contra a
expansão da monocultura
3. Novos atores e temas
(ambientais) centrais no FSM 2009,
na Amazônia, mobilizados contra
políticas que produzem exclusão,
pobreza, desigualdade e
destruição ambiental
• Base de apoio programático entre
entidades estabelecida e aprovada
• Mapeamento de possibilidade de
espaço conjunto para instituições
do RJ
1) Tema das energias renováveis
(biocombustíveis) e impacto na
soberania e segurança alimentar
incorporado na agenda do diálogo
Sul-Sul, envolvendo entidades de
América Latina e Africa,
fortalecendo a luta de agricultores(as)
familiares contra a monocultura
• Um encontro realizado na África
do Sul e um na Guatemala sobre o
tema “Bens comuns, territórios,
soberania e segurança alimentar”
2) Financiamento público para o
setor de biocombustíveis (etanol
e biodiesel) monitorado por meio
da Plataforma BNDES, incidindo
nos critérios de regulação do setor
em favor de um modelo de
desenvolvimento justo e sustentável
• Aprofundamento da discussão
sobre alternativas energéticas –
GT Etanol, com a participação de
Contag, Fetraf, MST, CUT
Jornadas de mobilização global
propostas para janeiro de 2008
(no mínimo em 30 países nos cinco
continentes) e o Fórum Social
Mundial 2009 em Belém (100.000
pessoas com equilíbrio de gênero e
diversidade étnicorracial), realizados
com êxito e expressão pública.
• Jornadas de mobilização
realizadas em 80 países, com mais
de 700 eventos
Processo FSM como espaço aberto
à diversidade e pluralidade inova
na construção de paradigmas e na
definição de alternativas ao
desenvolvimento
• Projeto de montagem
de revista e site coletivos
• Reuniões deram a base para a
discussão no FSM (diálogo
África/Brasil)
• FSM 2009 realizado com 150 mil
pessoas (das quais 50% mulheres)
de 140 países
• Participação importante de povos
indígenas (400 da região amazônica
brasileira, 200 do restante da
América Latina), 120 quilombolas e
vários grupos locais
• Realização de três conferências
aglutinadoras de organizações
indígenas, sem terra, redes cidadãs
e Povos sem Estado
• Publicação e divulgação
pela Plataforma BNDES, na
Conferência Internacional
sobre os Biocombustíveis,
organizada em novembro
pelo governo brasileiro,
do livro/cd room “Impactos
da Indústria Canavieira
no Brasil”
• A Plataforma BNDES
submete ao Departamento
de Bioenergia do Banco
uma proposta de avaliação
dos impactos do etanol
em áreas de expansão
• Promoção do encontro
de cinco presidentes da
América do Sul em evento
com 15 mil pessoas
participantes do FSM
• Número especial da
Revista Democracia Viva –
5 mil exemplares
distribuídos no FSM
• Publicação “De que
Amazônia o Brasil precisa”
– 9 mil exemplares
distribuídos no FSM
13
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
CONTINUAÇÃO
Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos
Efeitos diretos que
potencialmente contribuirão
para mudanças de políticas
e práticas
4. Incidência sobre as políticas
públicas de direitos humanos,
econômicos, sociais, culturais e
ambientais (DHESCAs) mediante
cursos de educação a distância
(EAD), por rádio e Internet
Indicadores de progresso
dos efeitos diretos 2008
Resultados
40 mil militantes (70% de
mulheres) capacitadas(os) por meio
de cursos de EAD por rádio
e Internet
• Os cursos não foram realizados
pela não aprovação do projeto pelos
financiadores.
Resultados
não previstos
• O Ibase retomou participação na
preparação da Conferência Nacional
de Direitos Humanos. O site da
CNDH teve 14 mil acessos por mês.
• O Ibase contribuiu para a definição
do eixo da conferência “Democracia,
Direitos Humanos e Desigualdade”
5. Campanhas públicas contra o
racismo realizadas nos meios de
comunicação de massa e
alternativos, provocando debate
público em âmbito nacional
sobre direitos humanos e
responsabilidade cidadã e políticas
de ação afirmativa
1) Campanha pública realizada nos
meios de comunicação de massa e
alternativos, alcançando cerca de
15 milhões de pessoas
2) 50 escolas e cursos
pré-vestibulares sensibilizados e
capacitados para implementar a
Lei 10.639/03, que garante o ensino
da história e cultura afrobrasileira
e africana nas escolas públicas
e privadas
• Não foi realizada nova fase da
Campanha contra o Racismo por
falta de recursos. Reprodução e
distribuição de materiais da fase
anterior atendendo a demandas
• 3 mil cartilhas
“Cotas raciais – por que
sim?” (3ª ed.) distribuídas
no Fórum Social Mundial
• Distribuição e divulgação dos
spots em algumas TVs públicas, na
TV Trem São Paulo (exibição nos
trens urbanos) e Bus TV, RJ (exibição
em ônibus executivos)
• Com apoio da Fifa, foram realizadas
ainda algumas atividades sobre o
racismo no futebol
• Público atingido:
– site <www.racismonofutebol.
org.br>, com 7.534 acessos
– site <dialogoscontraoracismo.
org.br>, com 58.835 acessos
•
–
–
–
–
Nas exibições:
trens: 20 mil pessoas por dia
TV Minuto SP: 3 milhões/dia
TVs públicas: 800 mil pessoas
Youtube: 6 mil acessos aos vídeos
• Balanço das atividades nas escolas:
– N° de escolas: 21
– N° de alunos(as) atendidos(as): 1.300
– N° de professores(as) [eventos para
professores(as) nas turmas]: 210
• 60% meninas e 40% meninos
6. Redes (e.o. Via Campesina) e
movimentos sociais (especialmente
camponeses, feministas, indígenas
e ambientalistas) na América Latina
(Mercosul) e África Austral, com
capacidade para incidir sobre as
ações das empresas transnacionais
e projetos de integração regional
em curso
1) Redes de camponeses, feministas
indígenas e ambientalistas
(no mínimo, 30 entidades nos dois
continentes) envolvidas em um
processo de diálogo constante
2) Intercâmbio de ativistas e
militantes (quatro por ano) para a
formação de lideranças dos
movimentos e organizações
3) Resultados dos Diálogos e de
pesquisas participativas sistematizadas e divulgadas nos vários países,
alimentando o debate e a agenda
pública sobre as relações Sul-Sul
• 40 organizações feministas e
camponesas da África e da América
Latina estiveram envolvidas no
processo de diálogo
• O intercâmbio não aconteceu,
pois privilegiou-se a realização de
um segundo encontro
• A publicação dos resultados dos
Diálogos está atrasada e ocorrerá
em 2009
• Definida parceria de
médio prazo na América
Latina com a ActionAid
para trabalhar o tema
14
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
CONTINUAÇÃO
Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos
Efeitos diretos que
potencialmente contribuirão
para mudanças de políticas
e práticas
7. Debate no Parlamento do
Mercosul sobre os resultados da
pesquisa “Juventude e Integração
Sul-americana” e consolidação de
uma rede de entidades de jovens
de seis países da América do Sul
(Brasil, Uruguai, Bolívia, Argentina,
Paraguai e Chile), influenciando
as políticas nacionais
Indicadores de progresso
dos efeitos diretos 2008
Resultados
Resultados
não previstos
Debate no Parlamento do Mercosul
dos resultados da pesquisa
“Juventude e Integração
Sul-americana”, influenciando as
políticas nacionais
• Pesquisa realizada e divulgada
• Publicação feita com grupos
focais – 3 mil exemplares
• Realização de fase quantitativa
da pesquisa
• Criação do site Juventudes
Rede de entidades de jovens dos
Sul-americanas
países da América do Sul (Brasil,
Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai
e Chile) criada e consolidada com
capacidade de debate e incidência
pública
• Organização de
publicação dos relatórios
regionais de situações-tipo
– 5 mil exemplares
• Apresentação da
publicação no Conjuve
• Participação no GT oficial
da Sociedade Civil – Mercosul
Social e Governamental
8. Mecanismos de exigibilidade do
direito humano à alimentação
adequada criados e implementados
Participação no Consea, no FBSAN
e nos processos de monitoramento
do Plano Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional
8% de elevação do valor
do Bolsa-Família, em boa
parte por conta da pressão
realizada a partir dos
• Programas com peso no orçamento resultados da pesquisa
de segurança alimentar e nutricional
reajustados (Bolsa Família,
Alimentação Escolar e Pronaf),
a partir da ação do Consea
9. Ampliação dos orçamentos
públicos, federal e do estado do
Rio de Janeiro, no que se refere aos
programas de segurança alimentar
e nutricional
Orçamento público, federal e do
estado do Rio de Janeiro dos
programas de segurança alimentar
e nutricional ampliados em, no
mínimo, 15%
Projeto de Lei no Congresso que
estende a alimentação escolar para
o ensino médio, totalizando 44
milhões de alunos(as) atendidos(as)
e que regulamenta a participação
mínima de 30% da agricultura
familiar no fornecimento dos
alimentos
10. Inserção na economia local/
regional de trabalhadores(as) de
empreendimentos solidários,
estimulando a criação de cadeias
e redes produtivas
Dados e análises (e.o. número de
empreendimentos, inserção na
economia local/regional e
trabalhadores(as) envolvidos(as),
com recorte de gênero e raça)
divulgados e apropriados por
2 mil empreendimentos
solidários, atingindo 60 mil
pessoas em todo o país
• Fortalecimento da estrutura
organizativa do FBES, privilegiando
a base territorial, a partir da IV
Plenária Nacional de Economia
Solidária (500 participantes
representando os 27 fóruns estaduais)
• Resultados da Pesquisa sobre o
Bolsa-Família (realizada em 229
municípios) divulgados
Atraso na elaboração da
proposta de política
nacional de segurança
alimentar e nutricional
• Introdução dos módulos de
políticas públicas e do complemento
de gênero no novo questionário
para o mapeamento nacional 2009
da economia solidária
• Sistema de informação do
FBES estruturado
11. Políticas públicas de economia
solidária implementadas, em especial
o Sistema Brasileiro de Comércio
Justo e Solidário e o Sistema de
Finanças Solidárias
Política Nacional de Formação em
Economia Solidária estruturada a
partir da criação e operação dos
centros regionais e nacional de
formação
• Centros de Formação constituídos
• O Sistema Brasileiro de Comércio
Justo e Solidário não foi implementado
por descontinuidades no Ministério
• Aprovação da lei
estadual de economia
solidária do Rio de Janeiro
15
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
CONTINUAÇÃO
Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos
Efeitos diretos que
potencialmente contribuirão
para mudanças de políticas
e práticas
12. Política de informação pública
sobre inversões do BNDES (30 bilhões
de dólares/ano) implementada;
plataforma nacional composta pelas
principais organizações da sociedade
civil brasileira (aproximadamente 40)
influenciando as decisões de
financiamento do Banco, visando a
promoção de um desenvolvimento
inclusivo e ambientalmente
responsável
Indicadores de progresso
dos efeitos diretos 2008
Resultados
Resultados
não previstos
1) Plataforma nacional composta
pelas principais organizações da
sociedade civil brasileira
(aproximadamente 40) influenciando
as decisões de financiamento do
Banco
• Incidência da Plataforma BNDES
(na qual o Ibase é articulador) na
divulgação pelo BNDES dos maiores
projetos
• O documento da
Plataforma BNDES teve
11.900 acessos no Portal
do Ibase
• Incidência da Plataforma BNDES
na definição de quais dados
referentes a empréstimos seriam
publicados no site
• A partir de compromisso
com a Plataforma BNDES, o
Banco torna pública a sua
carteira de projetos
(operações diretas e
indiretas aprovadas nos
últimos 12 meses)
2) Política de informação pública
sobre inversões do BNDES (de 30
bilhões de dólares/ano) implementada.
3) Critérios e parâmetros regionais
e socioambientais (com recorte de
gênero e raça) adotados pelo
BNDES em sua política operacional
13. Propostas alternativas para a
governança financeira global
(Banco Mundial, FMI, BIS e outros)
elaboradas com uma rede de
especialistas e lideranças de
movimentos sociais de 13 países
visando à democratização do
sistema financeiro internacional
Propostas de alternativas para a
democratização da governança
financeira global sistematizadas,
debatidas com redes e fóruns da
sociedade civil, e divulgadas por
publicações em português,
espanhol e inglês
• O BNDES assinou com o
Ministério do Meio Ambiente
um Protocolo de Intenções
Socioambientais, que prevê
a adoção de critérios sociais
e ambientais na aprovação
e acompanhamento de
seus projetos
• Duas oficinas realizadas com
especialistas e ativistas de
organizações da sociedade civil de
15 países, 27 textos produzidos
(disponíveis no Portal do Ibase)
sobre governança financeira global,
crise e déficit democrático nas
entidades internacionais
• Livro Crise Financeira e
Déficit Democrático, com o resumo
de debates e pesquisas realizados,
em português, espanhol e inglês
(disponível no Portal do Ibase)
14. Cultura de monitoramento
e controle público cidadão sobre
grandes conglomerados empresariais
que atuam no Brasil, na África
lusófona e em outros países da
América Latina (Argentina, Chile,
México, Peru e Uruguai),
disseminada e fortalecida entre
as organizações da sociedade civil
e suas redes, a partir de uma
perspectiva de desenvolvimento
baseado na democracia e nos
Dhescas
1) Cultura de controle social
sobre as empresas disseminada e
ferramentas de prestação de contas
e transparência utilizadas por
organizações da sociedade civil
2) Redes de organizações da
sociedade civil para o
monitoramento de empresas
formadas e atuantes em países
da América Latina e da África
(envolvendo 25 entidades no Brasil,
60 na América Latina e cinco na
África lusófona)
3) Impactos sociais e ambientais
das empresas brasileiras
multinacionais na AL e na África
identificadas e monitoradas para
fortalecimento da atuação política
das redes e fóruns
• O levantamento sobre as
empresas brasileiras na África
Lusófona foi finalizado
A emergência da crise
financeira deu novo
impulso aos debates e às
pesquisas e acelerou o
processo de delineamento
de alternativas que,
consequentemente,
reforçarão a atuação das
organizações da sociedade
civil na luta pela
democratização do sistema
financeiro internacional
No fim de 2008, foi
iniciado o
acompanhamento de
empresas da cadeia
• Foi estabelecida aproximação com a produtiva do alumínio no
organização Osisa, buscando retomar estado do Pará. Foram
e ampliar o intercâmbio e a formação contatados o Ministério
de uma rede de controle social sobre Público, o Fórum Local de
empresas onde participem organiza- Entidades de Barcarena
ções sociais do Brasil de Angola
e a Campanha Justiça
nos Trilhos
• Foi iniciado contatos com o Centro
de Integridade Pública (CIP) e a Liga
Foi iniciado o
de Direitos Humanos de Moçambique acompanhamento de um
caso de violação de
• O Ibase assumiu uma postura crítica direitos no RJ por uma
dentro da Red Puentes e apoiou a
empresas da Alemanha
apresentação de reclamações oficiais, (a partir das Diretrizes
como previsto nas Diretrizes da
da OCDE)
OCDE para empresas multinacionais
• A má utilização do “Selo Balanço
Social” resultou na suspensão da
certificação. Esse ato marcou o
fim de um período de campanhas
com diversos avanços e retrocessos.
Por outro lado, ampliamos uma
discussão crítica, buscando fortalecer
o controle social sobre as empresas
16
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
CONTINUAÇÃO
Quadro de Seguimento dos Compromissos Assumidos
Efeitos diretos que
potencialmente contribuirão
para mudanças de políticas
e práticas
15. Moradores(as) de favelas e
comunidades populares apoiados
na sua luta pelo direito à cidade,
pelo desenvolvimento local
integrado e pelo direito à segurança
cidadã, como expressão de um
outro mundo possível
Indicadores de progresso
dos efeitos diretos 2008
Resultados
Resultados
não previstos
1) Fóruns comunitários consolidados
(5): Jardim Gramacho/RJ:
população no entorno do maior
aterro sanitário da América Latina
(20 mil pessoas); Retiro (250 pessoas)
e Araçatiba (803 pessoas)/ES:
comunidades quilombolas; e Manso
(256 famílias)/MT: populações
atingidas por barragens
• Por atraso no cronograma de
desembolsos e questões relativas
ao contrato, a realização do projeto
dos Fóruns Comunitários foi adiada
para 2009
• Projeto Observatório da
Cidadania para o PAC das
Favelas iniciado com um
projeto piloto em
Manguinhos
2) Frente Estadual contra a Remoção
de Favelas (composto por 35
entidades) com visibilidade pública,
incorporando o conceito de
justiça ambiental em suas ações
e propostas
3) Consolidação de, pelo menos,
quatro grupos de geração de
trabalho e renda (80 famílias
no total) em favelas e comunidades
populares do Rio de Janeiro,
(Santa Marta e Tijuca, formados
exclusivamente por mulheres, e
Cidade de Deus e Mesquita, com
composição mista
• Um encontro realizado sobre o
tema de justiça ambiental –
65 participantes. O ano eleitoral
dificultou a dinâmica da Frente
Estadual contra Remoção de Favelas
• Proposta de Pacto pela
Cidadania (de livre adesão),
contra a segregação entre
favela e cidade, lançada em
evento com 500 pessoas,
entre representantes dos
• Mesquita: realização da Feira de
governos federal, estadual
Economia Solidária e do Catálogo
e municipal, associações
dos Empreendimentos Solidários
profissionais, lideranças
de Mesquita
comunitárias locais,
organizações da sociedade
• Cidade de Deus: não houve
civil e empresas atuantes
atuação, pois os recursos do projeto na área de Manguinhos
só foram recebidos em 2009
• Três encontros com
universitários(as) realizados, sobre
o tema “Violência e Favela”
– 20 pessoas por encontro
4) Movimento de favela do Rio de
Janeiro (em torno de 300 associações
de moradores de favelas) incidindo
no debate público sobre violência
urbana e influenciando em políticas
públicas de segurança cidadã
16. Fortalecimento institucional:
a) gênero
b) liderança e renovação
c) transversalidade e coesão
d) planejamento
a) Gênero ampliado como variável
nos objetivos e indicadores
do Ibase
b) Fóruns temáticos em
funcionamento para maior reflexão
estratégica
c) Reflexão teórica coletiva
melhorada, levando em conta a
pluralidade e orientação política
d) Melhor planejamento coletivo
na comunicação interna e
socialização dos diferentes
programas
• Não foi realizada a oficina interna
prevista, pois não houve acordo
sobre o Termo de Referência da
atividade (consultora externa)
• Os Fóruns Temáticos foram
realizados ao longo do ano e o
debate de gênero teve espaço no
Fórum Temático III
Realizada avaliação da
direção do Ibase por
membros do conselho
curador com apoio de
consultoria externa,
definindo desafios,
fortalezas e fraquezas e
distribuindo papéis entre
os(a) membros da direção
17
PARTE I
DESTAQUES DOS RESULTADOS DO IBASE
Quadro de Revisão dos Riscos
Riscos principais para o
sucesso dos efeitos diretos
Indicadores de redução ou
controle de risco
Resultados
não previstos
1. Articulação institucional do
Ibase com os movimentos sociais
Priorizar e avaliar mais
especificamente as articulações nas
quais o Ibase participa, definindo
objetivos e metas concretas.
Definir um campo de atores
prioritários para o Ibase
construindo alianças mais sólidas
e avaliar com mais precisão
os impactos
• Priorização de MAB, MST, CUT,
Rede Alerta contra o Deserto Verde
pela Plataforma BNDES
• Definição de atividades
com povos indígenas
(Caoi, Coica)
Tarefas de supervisão das atividades
do Ibase (que incluem os aspectos
programáticos, operacionais e de
desenvolvimento institucional)
divididas entre os(a) membros(a) da
direção. Ao mesmo tempo, reforçar
e ampliar a capacidade de produção
de conhecimento estratégico do
Ibase na sua intervenção políticocultural
• Realização de avaliação da direção,
tendo como resultado a divisão de
tarefas entre os(a) membros da
direção
Elaboração de plano estratégico de
captação de recursos (diagnóstico
da cooperação internacional e sua
relação com o Brasil; mapeamento
de fontes no Brasil) com metas para
ampliação do financiamento para
os próximos quatro anos
• Situação financeira ainda sem
mudanças
2. Forte representação do Ibase
na pessoa do seu diretor geral
3. Financiamento institucional
do Ibase
• Participação do MST no Diálogo
entre os Povos
• Participação expressiva de
indígenas, quilombolas e populações
originárias no FSM 2009 – o Ibase
teve papel importante como
garantidor do fundo de
solidariedade que permitiu essa
participação
• A impossibilidade de chegar a
um pacto dentro da direção, que
resultou na saída de um dos
diretores, fortalece essas questões –
o risco permanece
• Avanço na discussão de estratégia
de sustentabilidade com parceiros
• Novas relações abrem
possibilidades: Revenue Watch, AIN
(Agência de Igrejas da Noruega)
• Amplia-se discussão com IDRC
• Avaliação da campanha “Amigos
do Ibase” realizada e re-estruturação
prevista para 2009
4. Autonomia financeira e
sustentação do Ibase
Brainstorm sobre a ‘crise de
identidade’ e sustentabilidade das
ONGs em relação a outras
organizações da sociedade civil
• Discussão no GPN avançou e
tornou-se pública durante o FSM,
com ampliação da discussão para
outras instituições
5. Perda de credibilidade do
Ibase em relação ao FSM
Conversas interrinstitucionais e
formulação de um calendário de
debates políticos estratégicos
• Intenso envolvimento do Ibase no
grupo de facilitação e no consórcio
de entidades para captação e gestão
dos recursos contornaram este risco
6. People’s Dialogue/ Diálogo
entre os Povos
Elaborar uma metodologia eficaz
para os grupos de trabalho,
exclusivamente para identificação
e reflexão estratégica sobre
divergências e interconexão entre
os membros. Diálogo permanente
entre os grupos de referência e de
metodolgia, tendo uma estrutura
preparada para compilar e
organizar a informação
• O projeto encontrou seu caminho,
e os avanços realizados e descritos
neste relatório fazem com que este
risco tenha deixado de existir
PARTE II
LINHAS
PROGRAMÁTICAS
E ESTRATÉGIAS
INSTITUCIONAIS
19
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
A Linhas Programáticas (LPs)
As Linhas Programáticas definem a organização interna do trabalho operacional do Ibase.
Organizam-se em projetos e iniciativas, que, por sua vez, estruturam-se em três grandes
objetivos institucionais: 1. Contribuir para uma cultura democrática de direitos; 2. Fortalecer
o tecido associativo da sociedade civil; 3. Ampliar a capacidade de incidência em políticas
públicas, dando, sempre que possível, espaço para o trabalho das dimensões de gênero e raça.
A seguir, apresentamos as principais atividades realizadas por estas LPs ao longo do ano, bem
como os resultados por elas obtidos.
1.
Alternativas Democráticas à Globalização
Projeto Diálogo entre os Povos
Destaques: esse foi um ano de definição desta iniciativa como inovadora no diálogo e vinculação entre movimentos sociais da África e da América Latina. Nos dois encontros
realizados (na Africa do Sul, em maio, e na Guatemala, em novembro), foram dados
os passos necessários para a consolidação de uma articulação de significado político
destacado em ambos os continentes. Foi definida a agenda de debates e trabalho
conjunto, visando à elaboração de argumentos e propostas de luta em torno aos
seguintes temas: bens comuns (Madre Terra); soberania alimentar; alternativas ao
desenvolvimento (bem viver) e pensamento crítico democrático em relação ao EstadoNação (Estados plurinacionais de base comunitária, por exemplo).
A participação da Via Campesina África e América Latina, da Coordenadora Andina das
Organizações Indígenas, da Articulação Feminista Marcosul, na América Latina, e na
África, do TCOE, da Unac, da Coordenação de Pequenos Agricultores da Namíbia, entre
outros, garantiu a consistência das entidades e dos movimentos envolvidos no projeto.
Destacam-se, ainda, a participação africana na Cúpula dos Povos e no Encontro dos
Povos Indígenas da América Latina e o trabalho de preparação conjunta para o Fórum
Social Mundial em atividades que ampliaram e consolidaram tanto a agenda de debates
como a rede de parceiros.
Resultados: os dois encontros realizados na África do Sul e na Guatemala permitiram o
mapeamento e a identificação de temas comuns para o trabalho de articulação de
lutas, desenvolvimento de pensamento crítico e alternativas em relação aos temas
já destacados.
Foram produzidos textos e estudos para os dois seminários, que devem ser publicados
em breve. Foram consolidados os Grupos de Referência tanto da África como da América
Latina, bem como uma secretaria executiva fortalecida em cada um dos continentes.
Os temas que conformam a agenda do Diálogo e as iniciativas políticas a ele vinculadas
permitiram consolidar uma rede mais ampla de parceiros em ambos continentes. Foram
abertas possibilidades de diálogo com o governo brasileiro e de cooperação envolvendo
o governo brasileiro e entidades da sociedade civil dessas regiões.
20
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Direitos Humanos
Destaques: o Ibase retomou a participação na preparação da IX Conferência Nacional de
Direitos Humanos, integrando o Grupo de Trabalho que articula o governo brasileiro e
entidades do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (Fendh). A conferência
foi realizada com sucesso, precedida de conferências estaduais e da elaboração de
documentos preparatórios consistentes. No caso do Rio de Janeiro, foi retomado o
contato com as entidades estaduais de defesa de direitos humanos.
Apesar dos esforços já realizados, ainda é necessário maior investimento institucional
para fortalecer a articulação interna nos projetos e nas iniciativas vinculados ao tema.
Da mesma forma, estamos no processo de definição das atividades com as quais o
Ibase poderá contribuir mais diretamente nesta área.
Resultados: o trabalho do Ibase fortaleceu o processo de construção de um Plano Nacional de
Direitos Humanos, a partir da IX Conferência, realizada em dezembro. O processo que
se iniciou permitirá definir um conjunto de indicadores e parâmetros de acompanhamento da realização do Plano Nacional de Direitos Humanos. Esse processo contribuiu
para o fortalecimento do Fendh.
2.
Desenvolvimento e Direitos
Projeto Democratização dos Vetores do Desenvolvimento
Destaques: etapas importantes da luta pela divulgação da carteira do BNDES e pela transparência dos critérios utilizados para a concessão dos recursos: lançamento do site
<www.plataformabndes.org.br>, que constituiu um espaço de visibilidade da Plataforma BNDES, possibilitando divulgação da atuação do Banco no apoio ao atual modelo
de desenvolvimento brasileiro; criação dos grupos de trabalho sobre etanol e hidrelétricas
no âmbito da Plataforma BNDES; a Plataforma propois ao Banco a realização de um
estudo conjunto sobre os impactos da expansão do etanol em São Paulo e Mato Grosso
do Sul; reivindicou, por meio de carta dirigida ao Banco, a não aprovação do financiamento para as hidrelétricas do Rio Madeira, por conta dos riscos financeiros, ambientais,
sociais e legais contidos no projeto; inicia sondagem no Mato Grosso do Sul sobre os
impactos da expansão do etanol; co-organizou o seminário internacional “Biocombustíveis como Obstáculo para a Soberania Alimentar e Energética”, ocorrido paralelamente
à Conferência Internacional de Biocombustíveis, organizada pelo governo brasileiro;
publicou documento de posicionamento sobre os impactos do etanol e o divulga na
Conferência Internacional de Biocombustíveis.
Resultados: o BNDES tornou públicos os 50 maiores projetos pelas suas quatro áreas de
atuação (infraestrutura, insumos básicos, indústria e inclusão social); por meio de seu
Departamento de Bioenergia, dispôs-se a abrir um canal de diálogo com a Plataforma
sobre critérios e indicadores sócio-ambientais; não atendeu ao pedido da Plataforma
de não aprovação do financiamento para as Hidrelétricas do Madeira; o documento
da Plataforma BNDES teve 11 mil acessos no Portal do Ibase; o documento de
21
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
posicionamento do Consea inclui reivindicação da observância pelo Banco de critérios
sociais e ambientais em seus financiamentos; as propostas contidas no documento da
Plataforma BNDES são utilizadas em emenda parlamentar à medida provisória do
governo que suplementa o orçamento do Banco como condicionalidade para aprovação da suplementação.
3.
Direito à Cidade
Agenda Social Rio
Destaques: a Agenda Social ratificou duas tendências que já vinham sendo apontadas desde
2005/2006: a expansão da área de atuação da Tijuca para a cidade como um todo e
iniciativas de combate ao racismo. Os temas de direito à moradia, desenvolvimento e
fortalecimento de atores locais passaram a ser orientadores de todas as ações, respeitando a dinâmica das iniciativas em curso na região inicialmente escolhida (a Tijuca).
Identificou-se a possibilidade de fortalecer outras ações já iniciadas por grupos locais de
Cidade de Deus e Baixada Fluminense, especificamente Mesquita e São João de Meriti.
Realizamos um curso da Escola Básica de Formação para a Cidadania, em parceria com
a ONG Se Essa Rua Fosse Minha, com jovens que desenvolvem ações em São João de
Meriti. A transversalidade de temas como gênero, raça e juventude é um resultado
interessante dessa atividade que pretendemos aplicar em outras iniciativas desta LP.
O fortalecimento e a ampliação dos movimentos que lutam pelo direito à moradia, a
Frente Estadual contra Remoção de Favelas e pela Moradia Digna, destacou-se na articulação com o Fórum Estadual de Reforma Urbana.
Resultados: o fortalecimento de atores locais, como as Arteiras do Rio, e do Fórum de Economia
Solidária de Mesquita deve ser destacado como o resultado de um processo mais
amplo que, no caso das Arteiras, começou há cinco anos.
A realização do I Curso de Experiências em Economia Solidária de Mesquita desdobrou-se
em outras três ações: mapeamento das iniciativas de economia solidária; produção e
publicação do Catálogo dos Empreendimentos Autogestionados do Município de
Mesquita; e realização da I Grande Expo da Baixada, realizada em parceria com as
Arteiras e o Fórum Zona Norte/Zona Sul de Economia Solidária,que contou com a
presença de fóruns de economia solidária de diversos municípios e locais do Rio de
Janeiro, como Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Fórum Estadual de Economia Solidária
e Fórum Zona Oeste.
Dando continuidade ao debate sobre segurança pública, com foco nas favelas, foram
realizados três encontros com estudantes universitários(as) (graduandos/as e pósgraduandos/as) moradores(as) de favela do Rio, nos dias 11 de agosto, 22 de setembro
e 20 de outubro, com os coordenadores (Ibase e Instituto Universitário de Pesquisas do
Rio de Janeiro/Iuperj) e pesquisadores(as) da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf).
22
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
O tema do desenvolvimento local foi o eixo condutor de um intercâmbio com representantes da ONG Development Workshop e do governo de Angola. O intercâmbio já
gerou artigo do grupo na revista Democracia Viva, o planejamento de uma atividade
em parceria da DW com o Ibase no Fórum Social Mundial e a perspectiva da criação de
um termo de cooperação técnica entre as duas instituições.
No tocante à questão racial, a ação mais importante foi a elaboração da terceira.
edição da cartilha Cotas racias, por que sim?. Com o texto revisto e ampliado, a publicação traz números atualizados sobre a desigualdade racial no Brasil.
Projeto Núcleos de Integração Comunitária
Destaques/Resultados: este projeto iniciou suas atividades em 2005 e, ao longo dos anos
2005 – 2007, implementou quatro Núcleos de Integração Comunitária nas localidades
de Jardim Gramacho (Duque de Caxias/Rio de Janeiro), Araçatiba e Retiro (Espírito
Santo) e na região do APM Manso (Mato Grosso). Em janeiro desse ano, finalizou-se o
contrato da parceria e um projeto de continuidade das ações foi apresentado a Furnas.
Por conta de mudanças administrativas significativas, não foi possível estabelecer um
novo convênio entre Ibase e Furnas e as atividades locais ficaram praticamente suspensas.
O que se pode realizar foi um acompanhamento virtual com os Fóruns Comunitários;
uma ida à região de Manso, em março, quando foi lançado o Plano de Ação e inaugurado dois projetos de referência; e um reforço técnico ao telecentro recém-implantado,
de Jardim Gramacho, com apoio da EI Gestão de Tecnologia da Informação.
Grupo Arteiras do Rio
Destaques/Resultados: este fundo de apoio esteve voltado para o reforço a grupos comunitários que recebem assessoria do Ibase e foi direcionado a três grupos da cidade
do Rio de Janeiro: Grupo Arteiras do Rio, Cidade de Deus e de Direitos e Grupo ECO/
Santa Marta.
No segundo ano de apoio, foram realizadas capacitações para aperfeiçoamento dos
produtos dos núcleos Arteiras Culinária e Arteiras Papel e intensificaram-se os cursos de
aprimoramento da gestão do grupo. Nesse sentido, a informatização dos dois espaços
de produção significou um salto importante. Além disso, uma vez concluída a obra
nos dois espaços de produção, assim como a aquisição dos equipamentos necessários
para uma produção mais qualificada, a gestão do grupo, agora mais profissionalizado,
passou a ser intensamente discutida.
Apesar dos desafios que ainda precisam ser enfrentados, a visibilidade e legitimidade
que o Grupo Arteiras do Rio vem ganhando entre outros grupos de economia solidária
é algo que vale destacar. A possibilidade concreta de participação em fóruns/feiras
e intercâmbios com outros grupos, a partir do fundo criado para esse tipo de apoio,
tem ajudado o grupo a encontrar sua própria forma de funcionamento e permitido
seu crescimento político.
23
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Projeto Observatório da Cidadania para o PAC no Complexo
de Manguinhos
Destaques/Resultados: projeto não programado, foi iniciado com um projeto piloto no Complexo de Manguinhos em novembro. Seu objetivo é o monitoramento do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), nas favelas, para potencializá-lo como política
pública de enfrentamento da segregação favela/cidade.
Esse projeto lançou uma proposta de Pacto pela Cidadania (de livre adesão), em evento
com 500 pessoas, entre representantes dos governos federal, estadual e municipal,
associações profissionais, lideranças comunitárias locais, organizações da sociedade civil
e empresas atuantes na área de Manguinhos. Está sendo realizado internamente em
parceria com a LP Observatório da Cidadania: direitos e diversidades
4.
Economia Solidária
Destaques/Resultados: com sua participação na Comissão Gestora Nacional do Sistema de
Informações em Economia Solidária, o Ibase contribuiu para a introdução dos módulos
de políticas públicas e do complemento de gênero no novo questionário para o mapeamento nacional 2009 da economia solidária. Contribuiu, igualmente, para a construção do sistema de informação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), que se
vale do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies) e que oferece
aos empreendimentos econômicos e solidários um canal de trocas de bens e serviços.
Projeto Desenvolvendo Redes e Cadeias Produtivas
da Economia Solidária
Destaques/Resultados: este projeto estava em negociação com a Petrobras e acabou não
sendo aprovado.
Participação no Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES)
Destaques: atuação na organização da IV Plenária Nacional de Economia Solidária, contribuindo
para a participação do Fórum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro (FCP-RJ);
apoio à negociação pela aprovação da Lei Estadual de Economia Solidária do Rio de
Janeiro; atuação na Comissão Gestora Nacional do Sies, em especial na introdução de
um módulo de políticas públicas e do complemento gênero no novo mapeamento a se
realizar em 2009; atuação na construção do Sistema de Informação do FBES, visando
favorecer a construção de redes e cadeias produtivas entre os empreendimentos de
economia solidária, por meio do desenvolvimento de um sistema informatizado online.
Resultados: fortalecimento da estrutura organizativa do FBES, privilegiando a base territorial,
a partir da IV Plenária Nacional de Economia Solidária; aprovação da lei estadual de
economia solidária do Rio de Janeiro; introdução dos módulos de políticas públicas
e do complemento de gênero no novo questionário para o mapeamento nacional
2009 da economia solidária; sistema de informação do FBES estruturado, mas com
dificuldade de recursos para sua implantação integral.
24
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
5.
Processo Fórum Social Mundial (FSM)
Destaques: o FSM 2009 envolveu um grande esforço de organização, mobilização e diálogo
entre entidades e organizações da sociedade civil, de movimentos sociais locais e
internacionais e destes com várias esferas de governo. O Ibase integrou o Grupo de
Facilitação de Belém (GF) – formado por oito entidades locais e oito entidades nacionais
do antigo secretariado brasileiro. Integrou também o consórcio de cinco entidades
responsáveis pela gestão financeira, atuando na captação e gestão de recursos necessários à realização do FSM 2009.
O trabalho desenvolvido pelo GF foi de importância na realização de um FSM marcado
pela presença de povos indígenas e sem estado, ribeirinhos, quilombolas, enfim, dos
povos em luta da Amazônia. Foi também capaz de dar visibilidade às lutas e aos
debates travados a partir da Amazônia em diálogo com movimentos e organizações de
todo o mundo. A agenda de debates do FSM 2009 incluiu temas como a crise de
civilizações, crise financeira, além de debater e avançar na construção de propostas
alternativas e campanhas como de solidariedade à palestina; a luta por justiça climática
e em defesa da Madre Terra, entre outros. Foram fortalecidas as inovações metodológicas que facilitam a visibilização das lutas, campanhas e propostas que emergem das
articulações favorecidas pelo FSM.
O Ibase coordenou, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o IPF, a
atividade de debate entre a sociedade civil e cinco chefes de Estado (presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva, Evo Morales, Fernando Lugo, Rafael Corrêa e Hugo Chávez), respeitando as regras e a dinâmica aprovadas pelo CI.
Em termos do processo FSM, esse foi um ano de transição no funcionamento do CI e
de suas comissões, com a tentativa de consolidação de um Grupo de Enlace, integrado
por 16 organizações, entre as quais o Ibase. Ainda são enfrentadas dificuldades decorrentes, entre outras, da morte de Rolando Lopez, que estava diretamente vinculado à
Comissão de Recursos, trabalhando a partir do Ibase. Da mesma forma, estamos em
processo de transição na gestão do escritório do FSM.
Resultados: uma avaliação objetiva dos resultados tanto do FSM como da participação e
do papel do Ibase em seu processo e realização são difíceis, dada a magnitude e
complexidade dos processos e do próprio evento. Podemos, no entanto, indicar como
resultados significativos: fortalecimento das redes e relações entre movimentos sociais
na região Pan-Amazônica, um dos objetivos explícitos do FSM 2009; maior articulação
e visibilidade das propostas dos povos e nações indígenas e sem Estado; visibilidade
renovada do processo FSM na grande mídia; metodologia que garante socialização e
visibilidade das campanhas, propostas e lutas desenvolvidas e facilitadas pela dinâmica
do FSM. Em termos do processo, destacam-se as melhores condições de funcionamento do CI, das comissões e do escritório do FSM a partir de 2009.
25
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
6.
Juventude, Democracia e Participação
Destaques: finalização da pesquisa “Juventude e Integração Sul-americana: caracterização
de situações-tipo e organizações juvenis” e divulgação de seus resultados; organização e produção de uma publicação (não prevista) da fase dos grupos focais da
pesquisa “Juventudes Sul-americanas: diálogos regionais para a construção da democracia regional”; realização da fase quantitativa da citada pesquisa nos seis países
(contratação do Ibope – foram ouvidas 14 mil pessoas); criação de site da pesquisa
<www.juventudessulamericanas.org.br>; assento do Ibase como representante da
sociedade civil brasileira na Reunião Especializada de Juventude do Mercosul (REJ);
envolvimentos em dinâmicas locais e nacionais para influenciar políticas públicas de
juventude (processo da Conferência Nacional de Juventude, articulação de atividade
com candidatos(as) à prefeitura, atividades de formação para jovens).
Resultados: consolidação da rede de pesquisa na América do Sul (encontros em diferentes
países; produção da nova publicação pelo Centro de Investigacion y Difusion Poblacional
de Achupallas (CIDPA), parceiro chileno; formação de um Grupo de Trabalho com
representantes dos seis países para redação do relatório regional quantitativo); maior
espaço para interferência nas políticas públicas de juventude por meio de espaços
institucionais (REJ, conferências, conselho etc); fortalecimento do papel do Ibase na
sociedade civil na temática de juventude em âmbitos sul-americano, nacional e local.
Foi também finalizada e divulgada a pesquisa “Juventude e Integração Sul-americana:
caracterização de situações-tipo e organizações juvenis”. A investigação, coordenada
por Ibase e Pólis, e realizada por parceiros em seis países (Argentina, Fundación de
Sustentabilidade, Educación, Solidariedad/Fundación SES; Bolívia, Universidad para
la Investigación Estratégica em Bolívia/U-Pieb; Brasil, Instituto Pólis; Chile, CIDPA;
Paraguai, Base Investigaciones Sociales (Base-IS); e Uruguai, Cotidiano Mujer e Faculdade
de Ciências Sociais da Universidade da República), foi lançada no Brasil durante reunião
de posse do Conjuve, onde o Ibase continua a ter assento como entidade de apoio
e pesquisa. Os parceiros envolvidos também realizaram atividades de lançamento e
devolução. A publicação (5 mil exemplares e 6 mil CDs, com relatórios regional e
nacionais) foi distribuída para gestores(as), parlamentares, representantes de movimentos e organizações ligadas ao tema e pesquisadores(as) dentro e fora do Brasil.
A investigação gerou um número especial da revista Democracia Viva, que contribuiu
para a divulgação. O lançamento foi tema de cobertura jornalística.
Nesse mesmo ano, teve início a pesquisa “Juventudes sul-americanas: diálogos regionais para a construção da democracia regional”, contando com a mesma formação
do estudo anterior. Em 2008, foram realizadas as duas primeiras fases da investigação:
39 grupos focais com jovens de movimentos e organizações sociais e adultos(as)
vinculados(as) ao tema (gestores/as, representantes dos movimentos e organizações
estudados, pesquisadores/as etc).
Para ajudar a disseminar os resultados, o processo da pesquisa e tema correlatos,
foi criado um site, administrado pela Comunicação do Ibase, que, desde sua criação,
em agosto, recebeu mais de 2 mil visitas e conta com uma mala direta de cerca de
2 mil pessoas.
26
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Resultados: nossas atividades e ações contribuíram para qualificação dos argumentos sobre
juventude na América do Sul; ampliação dos espaços de debate sobre direitos e políticas
para juventude em várias esferas, envolvendo novos e antigos atores do campo, e
buscando caminhos para a ampliação e qualificação do debate em âmbito regional
(a partir da REJ, mas buscando também caminhos e pontes a partir da sociedade civil).
7.
Observatório da Cidadania: direitos e diversidades
5
Observatório da Cidadania
Destaques: em continuação ao processo de Diálogos sobre Violência e Segurança Pública,
iniciado em 2007, realizamos mais um encontro com lideranças de OSC (organizações
da sociedade civil), acadêmicos e policy makers. Além disso, em parceria com o Centro
de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec/Ucam),
realizamos um debate sobre políticas de segurança pública com os(as) candidatos(as)
à prefeitura do Rio de Janeiro. Dez entidades de organizações da sociedade civil de
diversos setores foram destacadas para apresentar questões aos(às) candidatos(as)
durante o evento – que atraiu grande público e foi realizado no teatro da Ucam.
Resultados: pudemos observar avanços no processo de diálogo e amadurecimento dos debates
sobre a questão da violência urbana (em especial, as relacionadas à violência contra a
mulher e ao genocídio dos jovens negros) e as políticas de segurança pública, entre as
organizações participantes das redes do Observatório da Cidadania e dos Diálogos
contra o Racismo. Apesar da diversidade e do antagonismo de posições que têm produzido ricos e intensos debates, estamos avançando no sentido de viabilizar ações comuns
sobre as políticas de segurança. Desse modo, pretendemos reforçar a participação da
sociedade civil no processo da I Conferência Nacional de Segurança Pública, em 2009.
Infelizmente, por escassez de recursos, não foi possível publicar o relatório anual do
Observatório da Cidadania, que seria o instrumento de difusão dos textos produzidos
como resultado dos Diálogos sobre Violência e Segurança Pública. Esperamos, no primeiro
semestre de 2009, finalmente publicá-lo. Seu conteúdo certamente servirá de subsídio
para o processo de preparação da I Conferência Nacional de Segurança Pública, que
será realizada de 27 a 30 de agosto de 2009.
Liberalização Financeira e Governança Global:
o papel dos organismos internacionais
Destaques: a emergência da crise financeira ampliou a visibilidade e o interesse pelo projeto e
tornou mais fácil a tarefa de sensibilização das redes, dos fóruns e das OSC em geral
para o papel estratégico do sistema financeiro internacional. Terminamos a segunda
fase da pesquisa com participação de especialistas e ativistas de 15 países.
5 Esta LP está implementando, também, o Projeto Observatório da Cidadania para o PAC no Complexo de Manguinhos, em
parceria com a LP Direito à Cidade, onde está detalhado.
27
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Resultados: os resultados da pesquisa e dos debates foram resumidos e publicados no livro
Crise Financeira e Déficit Democrático, em português, espanhol e inglês. O livro e 27
textos produzidos por especialistas, e debatidos em duas oficinas internacionais, estão
disponíveis no Portal do Ibase. Em função da crise global, a agenda do projeto para
2009 foi redefinida, maior destaque será dado à capacitação de OSC; discussão de
estratégias políticas para ampliar o espaço de participação nas entidades financeiras
internacionais, da sociedade civil e dos governos dos países em desenvolvimento; difusão
de alternativas possíveis para a democratização da governança do sistema financeiro e
pesquisa para acompanhamento dos desdobramentos e mecanismos da crise.
Nesse ano, buscou-se principalmente aprofundar as análises de políticas públicas; criar
espaços de debate e de diálogo entre OSC; elaborar argumentos e capacitação. Isto ocorreu
tanto no âmbito do Observatório da Cidadania – com relação ao tema da violência e
segurança pública, com a realização de um debate público entre OSC e candidatos(as)
à prefeitura do Rio de Janeiro – como no âmbito da iniciativa Governança Global e
Liberalização Financeira, quando a emergência da crise financeira impôs uma mudança
no ritmo de desenvolvimento da pesquisa, dos debates e do processo de capacitação
de redes e fóruns da sociedade civil. Dessa forma, buscou-se aproveitar o espaço político
aberto pela crise global para ampliar a incidência da sociedade civil na superação do
déficit democrático na governança financeira internacional.
Diálogos contra o Racismo
Destaques: foram realizadas, em parceria com a EI de Comunicação e a LP Direito à Cidade,
atividades para apoiar o debate sobre o racismo nas escolas de ensino médio (público
e privado). Além disso, com o apoio da Federação Internacional de Futebol (Fifa), foi
desenvolvido o site Racismo no Futebol e uma atividade no estádio do Maracanã, o que
permitiu ampliar o espaço para a discussão da questão racial com um público que
acessa a mídia (emissoras de TV e rádio e jornais) dedicada ao esporte e que, provavelmente, não é alcançado pelos nossos instrumentos habituais de difusão.
Resultados: foram realizados debates em 13 escolas de ensino médio no âmbito da iniciativa
“Ibase vai às escolas”, alcançando aproximadamente 900 jovens e 200 professores(as).
Infelizmente, a produção de materiais específicos para esse público, que seria realizada em parceria com a Chamada Global para a Ação contra a Pobreza – Aliança
pela Igualdade (GCAP), não pôde ser realizada, pois os recursos só foram liberados
no fim do ano.
Com relação ao fortalecimento da rede Diálogos contra o Racismo como espaço de
debates, formulação e incidência em políticas públicas, três encontros com as entidades
da coordenação foram realizados, além do trabalho conjunto com o Observatório da
Cidadania nos Diálogos sobre Violência e Segurança Pública.
28
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
8.
Responsabilidade Social e Ética nas Organizações
(RSEO)
Monitoramento da Responsabilidade Social das Empresas (RSE)
e do Balanço Social (BS)
Destaques: lançamento da publicação Balanço Social Dez anos: o desafio da transparência,
que marcou a concretização e sistematização das informações publicadas nos últimos
anos, buscando alcançar uma cultura de monitoramento sobre as práticas das empresas e visando mais transparência no setor. A suspensão do “Selo Balanço Social Ibase/
Betinho” também encerrou um período de campanhas pela publicação anual do balanço
social, dando início a uma estratégia mais crítica no trabalho sobre o tema.
Resultados: os mil exemplares do livro foram distribuídos para diversos públicos interessados e formadores(as) de opinião. A versão eletrônica ficou disponível no site
<www.balancosocial.org.br> e apresentou grande procura, com 1.698 downloads
realizados. Os dados da publicação divulgados na grande imprensa se tornaram uma
referência crítica no tema da RSE e do BS ao longo do ano. Foram obtidas 16 incidências
estratégicas na mídia nacional. O BS modelo Ibase segue como a ferramenta de RSE
mais utilizada no Brasil e seus dados ampliaram o debate crítico sobre o tema, não só no
meio empresarial como entre algumas organizações sociais e sindicais. A má utilização
do “Selo Balanço Social Ibase/Betinho” por algumas empresas resultou na suspensão
da premiação/certificação. Esse ato marcou o fim de um período de campanhas com
diversos avanços e retrocessos. Por outro lado, ampliou-se a discussão crítica das instituições parceiras sobre o esgotamento de selos e prêmios como estratégia de atuação,
ampliando, assim, as possibilidades de fortalecimento do monitoramento e do controle
social sobre as empresas.
Transparência e prestação de contas de empresas
do setor extrativista
Destaques: identificamos, por meio de parcerias nacionais e internacionais, que a indústria
extrativista – principalmente o setor de mineração – necessita de um acompanhamento
mais sistemático sobre as práticas sociais e ambientais e violações de direitos. Nesse
sentido, no fim do ano, foi iniciado o acompanhamento da atuação de empresas da
cadeia produtiva do alumínio no estado do Pará. Todavia, ainda há um longo caminho
a seguir neste tema, no qual uma perspectiva cada vez mais crítica, autônoma e independente não só é desejável como necessária para a construção de uma sociedade verdadeiramente justa e sustentável.
Resultados: contatos e aproximação com o Ministério Público do Pará, com o Fórum local de
entidades de Barcarena/PA, com a Campanha Justiça nos Trilhos, e com diversos públicos
e diversas organizações interessadas no acompanhamento do tema. Início de uma rede
nacional informal e a semente de uma rede internacional para acompanhar e cobrar
melhores práticas e denunciar violações de direitos no setor extrativista.
29
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Monitoramento das empresas multinacionais (EMNs) brasileiras
que atuam na América do Sul e na África lusófona
Destaques: durante o ano que passou, foram dados primeiros passos na identificação e contatos com organizações da África lusófona, particularmente em Angola e Moçambique,
onde empresas brasileiras estão atuando de maneira questionável. Foi iniciada uma
aproximação com organizações de Angola e Moçambique que nos repassaram informações sobre a atuação de empresas brasileiras na região. Nesse processo, também vale
destacar a possibilidade de intercâmbios entre Ibase e algumas organizações africanas.
Resultados: o levantamento preliminar, realizado em parceria com a Somo – Fundação
para Investigação de Empresas Multinacionais, foi finalizado, ficando a proposta de
ampliação do projeto para o início de 2009. Por conta das limitações da equipe e das
estratégias institucionais, o foco do projeto ficou na África lusófona. Mesmo com os
contatos e as parcerias da Red Puentes e outras redes na América Latina, não foi
possível avançar na busca de informações e dados das empresas multinacionais brasileiras na região. Uma aproximação com a organização Open Society Initiative para a
Região Sul da África (Osisa) foi iniciada, buscando retomar e ampliar o intercâmbio
entre organizações sociais de Angola e o Ibase em 2009 e nos próximos anos. Também
foi feito contato com o Centro de Integridade Pública (CIP) e a Liga de Direitos Humanos
de Moçambique.
Coordenação e participação na Plataforma Brasil de RSE,
Red Puentes e rede OECD Watch
Destaques: participação no Encontro anual Red Puentes, em Lima, no Peru, onde as discussões e conclusões que estão levando a uma atuação mais crítica por parte dessa rede
internacional merecem ser ressaltadas. Já a participação no Seminário Inter-Regional
da OECD Watch, em Buenos Aires, foi um importante momento de capacitação da
equipe e reaproximação com as organizações da estratégica rede internacional.
Resultados: a saída da Red Puentes Brasil (Ibase, Instituto de Defesa do Consumidor/Idec,
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola/Imaflora e Instituto da Oportunidade Social/IOS) do projeto de financiamento internacional, do qual participavam
outras redes nacionais, gerou maior liberdade de atuação e menos envolvimento com
as inúmeras questões burocráticas e formalidades que caracterizam a rede/projeto.
A ampla divulgação das Diretrizes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD) como ferramenta estratégica de atuação e controle social
de multinacionais entre organizações sociais, movimentos e sindicatos, aproximou-nos
de uma realidade complexa, que envolve uma gama de violações de direitos por parte
de uma grande empresa alemã atuando no Rio de Janeiro. Essa atividade não planejada terá desdobramentos no próximo ano.
30
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
9.
Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Destaques: entre as ações e projetos que foram desenvolvidos, a pesquisa “Repercussões
do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar das Famílias Beneficiadas” foi a
que teve maior capacidade de incidência sobre o debate público e as políticas sociais.
A pesquisa teve ampla divulgação e demonstrou que o programa é indispensável na
garantia de direitos essenciais dos grupos sociais mais vulneráveis. O Ibase acrescentou
ainda uma nova etapa na pesquisa, de verificação da avaliação do Programa Bolsa
Família (PBF), por lideranças de movimentos sociais, nos planos locais. Os resultados
serão divulgados no primeiro trimestre de 2009.
Foi iniciada nova etapa do projeto “Formação de atores sociais em soberania e segurança alimentar e nutricional (SAN)”, realizado em parceria com a Coordenadoria
Ecumênica de Serviço (Cese). Foram estabelecidas parcerias com entidades locais em
Santarém (PA); Ouricuri (PE); e Aracaju (SE), e foi realizada a Oficina de Planejamento
do projeto. Não se conseguiu, porém, iniciar a realização das oficinas, que foram adiadas
para o primeiro trimestre de 2009.
O Ibase manteve seu protagonismo nesta área, a partir de sua atuação em fóruns e
conselhos. Fazendo parte da coordenação do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar
e Nutricional (FBSAN) e exercendo sua secretaria, teve papel ativo na realização de
dois encontros: o Seminário Nacional sobre o Marco Regulatório da Alimentação
Escolar e o encontro sobre definição de estratégias para implementação do Sistema
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).
Em sua atuação no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea),
o principal esforço voltou-se para a construção da proposta da política nacional de
SAN. Não foi possível realizar o projeto de mapeamento e formação em SAN no estado,
como fora programado, pela falta de financiamento para a proposta.
Resultados: o resultado global desta LP é a efetiva incidência na política pública de segurança
alimentar e nutricional, em particular no que concerne à defesa da transferência da
renda (Bolsa Família) como componente fundamental da luta contra a fome e a
desnutrição. Um exemplo de sucesso dessa incidência é o projeto de lei que estende a
alimentação escolar para o ensino médio, para um total de 44 milhões de alunos(as)
atendidos(as), e que regulamenta a participação mínima de 30% da agricultura
familiar no fornecimento dos alimentos. Os 8% de aumento no repasse do PBF, por
sua vez, foram sustentados politicamente por resultados da pesquisa “Repercussões
do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar das Famílias Beneficiadas” .
31
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
B Estratégias Institucionais (EIs)
São as áreas transversais da instituição, responsáveis pelo suporte às atividades operacionais
exercidas pelas LPs. Apontam-se, a seguir, as principais atividades realizadas.
1.
Administração e Finanças
Políticas funcionais
Destaques: controle regular e eficiente da vida funcional dos(as) empregados(as), de sua
remuneração, das relações trabalhistas, admissão e demissão. Aplicação da avaliação
de desempenho dos(as) funcionários(as). Apoio ao treinamento de pessoal, desde o
ensino fundamental à pós-graduação e, também, idiomas e cursos específicos das
respectivas áreas de atuação.
Resultados: desenvolvimento das competências dos(as) empregados(as) e implementação de
práticas inovadoras de gestão de recursos humanos.
Integração institucional
Destaques: realização de reuniões regulares com as LPs, de forma a atualizar as informações
sobre os projetos em andamento e previsões.
Resultados: aumento da transparência na execução dos recursos financeiros, direcionando-os
estritamente aos objetivos dos projetos.
Sustentabilidade financeira
Destaques: racionalização dos espaços utilizados, com remanejamento dos(as) empregados(as),
passando-se a ocupar somente um andar, e alteração do sistema da telefonia.
Resultados: constatou-se maior agilidade e fluidez nos procedimentos internos da instituição
e maior integração interna.
2.
Comunicação
Articulação em rede
Destaques/Resultados: em 2008, passamos a participar da rede Fórum de Mídia Livre, que
integra centenas de organizações interessadas em debater a democratização dos meios
de comunicação no Brasil e em realizar a I Conferência Nacional de Comunicação.
32
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Portal do Ibase
Destaques: por conta da restrição financeira pela qual passa o setor, a reformulação do
Portal do Ibase não pôde ser iniciada em 2008. Tal fato impediu a implementação de
mudanças, como a criação de galeria de artes, entre outros possíveis instrumentos
para aumentar a visibilidade do Portal e do Ibase. Como a realização de pesquisa entre
o público leitor tinha como principal objetivo levantar informações para potencializar
a reformulação, a opção foi adiá-la. A não reformulação do Portal impediu que a
interatividade buscada fosse levada a cabo.
O Portal foi atualizado semanalmente, buscando temas vinculados à conjuntura política,
econômica e social, com envio de boletim eletrônico para assinantes. Para ampliar
nossa interface com o público, passamos a postar nossas notícias também no Orkut e
no Twitter, ferramentas de relacionamento acessadas por jovens e jornalistas, respectivamente, de maneira a ampliar o acesso ao público. A equipe de comunicação também
desenvolveu, com outras coordenações do Ibase, sites específicos para projetos (Juventudes Sul-americanas, Plataforma BNDES e Pacto pela Cidadania), cujos links estão
presentes no Portal do Ibase.
Resultados: o Portal do Ibase recebeu 772 mil visitas e teve 4 milhões 21 mil páginas
acessadas durante o ano. Foram recebidas 764 mensagens pela ferramenta Fale Conosco.
O boletim eletrônico é enviado semanalmente para 22.263 assinantes. A divulgação do
seu endereço <www.ibase.br> em sites e blogs de notícias se manteve em torno de 300.
A contagem de comentários de leitores(as) aos textos postados no Portal foi inviabilizada
pelas dificuldades técnicas já mencionadas.
Produção de audiovisuais
Destaques: atividade iniciada em janeiro de 2008 como forma de diversificar e modernizar a
forma de apresentar as informações transmitidas pelo Portal, atraindo novos públicos.
Foram produzidos entrevistas e programas em vídeo. A criação do canal Ibasetube
ampliou e impulsionou a divulgação desse material. A iniciativa tem alcançado resultados
interessantes e pode ser vista como um primeiro passo para desenvolver uma TV Ibase.
Resultados: os dez vídeos produzidos pela equipe de Comunicação foram exibidos 3.005 vezes
na web. O canal Ibasetube conta ainda com mais 25 vídeos de parceiros que foram
exibidos 17.040 vezes. Os resultados são um indicador do potencial desta ferramenta
para a divulgação do trabalho institucional e das temáticas importantes para o Ibase.
Jornal da Cidadania (JC)
Destaques: publicação em formato tablóide lançada em 1994, que objetiva estimular a
reflexão de professores(as) e estudantes de ensino médio de escolas públicas e de
pré-vestibulares comunitários acerca da conjuntura e de temas trabalhados pelo Ibase.
Com quatro edições ao ano, seguindo o calendário escolar, possui tiragem de cerca de
60 mil exemplares. Além do fortalecimento da divulgação dos projetos e missão do
Ibase por meio do JC, foi criada a comunidade Jornal da Cidadania no Orkut, ferramenta
virtual de relacionamento voltada para jovens. A iniciativa foi um passo importante
33
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
para aumentar a divulgação do jornal entre seu público e fortalecer os laços de proximidade. Outro destaque foi a aproximação com a Coordenadoria Metropolitana de
Duque de Caxias (Metro V) – as Metros concentram determinado número de escolas e
definem diretrizes escolares.
Foram veiculadas três edições do Jornal da Cidadania, das quatro previstas, a partir
da diminuição da tiragem de 104 mil para 60 mil exemplares.6 Várias tentativas de
financiamento da publicação foram realizadas, ainda sem sucesso.
Resultados: o JC atingiu mais de 220 mil pessoas, principalmente estudantes de escolas
públicas. Foram contabilizadas 326 citações do jornal em blogs e notícias da web.
Até o fim do ano, 39 pessoas constavam como membros da Comunidade no Orkut.
Essa nova possibilidade de interação foi veiculada por meio de anúncio no próprio
jornal, porém, identificou-se a necessidade de maior divulgação no próprio Orkut.
A partir da criação da seção Planeta Ibase – na qual, por meio de quadrinhos, explica-se,
de forma lúdica, alguns projetos e temas trabalhados pelo Ibase – vinculou-se matérias
e artigos aprofundando temáticas e projetos da instituição, divulgando e fortalecendo
o Ibase entre o público leitor.
Foram realizadas reuniões com a coordenadoria da Metro V, ligada à Secretaria Estadual
de Educação. Além de um trabalho com o professorado, está sendo analisada a possibilidade da coordenadoria da Metro V ficar encarregada da distribuição do JC nas
escolas a ela vinculadas.
Ibase vai às escolas
Destaques: criada em 2007, agrega diferentes áreas da instituição (e tem atuado mais
especificamente com as LPs Desenvolvimento e Direitos e Juventude, Democracia e
Participação), visando ao contato mais direto entre o Ibase e jovens e educadores(as)
presentes em instituições de ensino. Esta também é uma forma de ampliar a divulgação
das iniciativas do Ibase. Houve maior entrosamento entre as diversas áreas institucionais, o que potencializou a iniciativa como um projeto agregador da instituição.
Esses encontros contribuíram para o desenvolvimento de pautas mais diretamente
ligadas aos interesses desse público. Além disso, contamos com a colaboração de
textos de professores(as), possibilitando maior interatividade. Chama a atenção a
vontade de participação da juventude nos debates. O número de pedidos por parte
das escolas foi superior à capacidade de atendimento. Ainda assim, foram realizadas
21 idas às escolas, muito além das oito previstas.
Resultados: além de alunos(as) e professores(as) da Baixada Fluminense, o projeto foi
ampliado para instituições de ensino da região metropolitana. Cerca de 1.300 estudantes e 210 professores(as) puderam participar dos debates: 45% da demanda por
parte das escolas foi alcançada. Ainda que houvesse um efetivo esforço para que todas
os pedidos fossem contemplados, as equipes tiveram que equilibrar esse projeto com
outras atividades.
6 Esta redução deu-se em função da restrição orçamentária resultante da crise de 2008.
34
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Revista Democracia Viva
Destaques: a publicação trimestral, criada em 1987, é direcionada a formadores(as) de
opinião – tais como jornalistas, professores(as) universitários(as) e lideranças sociais –,
e pretende contribuir para dar prioridade a temas ligados à radicalização da democracia na agenda pública de debates – principal foco institucional. Com tiragem de
cerca de 5 mil exemplares, a publicação também está disponível no Portal do Ibase.
Com apoio do trabalho de assessoria de imprensa, a reprodução de artigos e/ou entrevistas e as citações da publicação em outras mídias (comerciais e não comerciais)
aumentaram, com destaque para blogs e sites jornalísticos. Além disso, ao longo do
ano, foram publicados anúncios nas revistas Teoria & Debate, da Fundação Perseu
Abramo, Fórum, da Editora Publisher Brasil, e Retrato do Brasil, da Editora Manifesto.
Duas edições foram realizadas em parceria com outras coordenações do Ibase, utilizando recursos de projetos específicos: Juventude e Integração Sul-americana: caracterização de situações-tipo e Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança
Alimentar e Nutricional das Famílias Beneficiadas.
Em junho, foi realizada uma pesquisa interna de avaliação da revista entre o conselho
editorial e a direção executiva ampliada do Ibase. Por fim, a criação da comunidade
da revista no site de relacionamento Orkut, no fim do ano, foi uma tentativa de divulgação e interação com o público jovem. O contato direto com o(a) leitor(a) foi estreitado com o aumento de mensagens recebidas pelo e-mail da revista.
Resultados: foram produzidas três edições da revista Democracia Viva, em março, junho e
setembro, com tiragens de 7 mil, 6 mil e 5 mil exemplares, respectivamente, beneficiando, diretamente, cerca de 10 mil pessoas por edição. A quarta edição, prevista
para dezembro, foi adiada para janeiro de 2009, para ser distribuída durante o FSM
2009, em Belém.
A estratégia de divulgação utilizada mostrou resultados positivos e precisa ser ampliada.
As três publicações escolhidas para inserção de anúncio da Democracia Viva – Teoria
e Debate, Fórum e Retrato do Brasil –, como forma de alcançar novos públicos, têm
periodicidade mensal e são comercializadas em metrópoles, como São Paulo, Belo
Horizonte e Porto Alegre, via assinaturas ou bancas de jornais, com tiragens que variam
de 10 mil a 20 mil exemplares.
A revista foi citada ou parte de seu conteúdo foi reproduzido em 82 blogs e 213 sites
(principalmente jornalísticos, mas também de outras organizações governamentais
e não governamentais), totalizando 295 citações e/ou reproduções. Por meio de seu
e-mail, foram recebidas uma média de 50 mensagens diariamente e, dentre essas,
estão 110 pedidos de publicação de artigos inéditos. A edição sobre a pesquisa de
juventude foi distribuída para organizações sociais de cinco países da América do Sul –
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai – além de conferências internacionais e
nacionais sobre a temática. No Brasil, foi distribuída também para integrantes do
Conselho Nacional de Juventude. Já a do Bolsa Família foi distribuída principalmente
para a imprensa e para integrantes do governo federal, incluindo vários ministérios
e a Presidência da República, e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional
(Consea nacional e estaduais).
35
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
As respostas ao questionário de avaliação revelam que a maioria está satisfeita com o
conteúdo e o formato da publicação – embora haja uma polêmica sobre se devemos
abraçar uma linha mais jornalística ou manter o estilo misto de linha jornalística/acadêmica, que vem caracterizando a publicação nestes 11 anos de existência. Há também
uma forte preocupação com relação a sua sustentabilidade e a parceria com outras LPs
e EIs foi apontada como uma solução possível de ser concretizada.
Assessoria de Imprensa
Destaques: a assessoria de imprensa busca fortalecer o Ibase como fonte de informações para
a imprensa e mídia em geral, ampliando sua visibilidade e reforçando sua credibilidade.
Foram realizadas 26 divulgações para o Ibase (entre releases e notas), como a pesquisa
sobre o Programa Bolsa Família, com grande visibilidade na mídia (citação no Jornal
Nacional, da Rede Globo; manchete principal de O Globo e destaque nos principais
jornais do país, revista Carta Capital, entre outros); o evento Rio Com Vida, do Fórum
Social Mundial no Rio (entrevista coletiva no Ibase; citações no RJ-TV, O Globo, Jornal do
Brasil, entre outros); pesquisa sobre Juventude e Integração Sul-americana (TV Futura,
Radiobras e diversos sites governamentais); livro Dez anos de Balanço Social (destaque
na Gazeta Mercantil e O Globo); site Racismo no Futebol (Veja-Rio); debate sobre violência durante campanha eleitoral (citação na coluna de Ancelmo Góis), entre outros.
A assessoria também trabalhou para reforçar a comunicação institucional do Ibase,
ampliando, por exemplo, o mailing de jornalistas que recebem a revista Democracia
Viva e estimulando comunicadores(as) a consultarem o site da instituição como
fonte de pesquisa.
Resultados: foram 180 jornalistas/comunicadores(as) atendidos(as) (que procuraram o Ibase)
ao longo do ano, em geral profissionais da “grande imprensa”. Nesses contatos, a
assessoria atualizou os jornalistas sobre informações do Ibase, pesquisas, opiniões etc.
Foram enviados e/ou editados pela assessoria 15 artigos de opinião: três para O Globo
(um deles não publicado), dois para o Jornal do Brasil, dois para O Dia, um para o
Le Monde Diplomatique, um para a Adital, um para o Observatório de Favelas, um
para a Agência Envolverde, um para o Correio Braziliense (não publicado), um para
a Revista Fórum, um para parceiro italiano da equipe de Direito à Cidade e um para
site Diálogos contra o Racismo.
Além disso, a assessoria trabalhou intensamente com parceiros estratégicos do Ibase
nos momentos das divulgações. Foram exemplo disso os contatos com a Finep e
MDS (no caso da pesquisa sobre o Bolsa Família); Instituto Pólis e Conselho Nacional
de Juventude (pesquisa juventude), Caixa Econômica Federal (PAC/Favelas) e entidades
participantes da Plataforma BNDES (na divulgação do livro sobre etanol).
Cine Ibase
Destaques: a iniciativa consiste na exibição de filmes sobre temáticas ligadas à atuação
do Ibase que não tiveram divulgação no circuito de cinemas, seguida de debate.
Trata-se de uma iniciativa de formação interna, além de possibilitar a ampliação do
contato do Ibase com o público externo. Foram realizadas quatro sessões de cinema.
36
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
A minimostra de cinema prevista para ocorrer no segundo semestre não pôde ser realizada por causa da escassez de recursos.
Resultados: as exibições que tiveram debates mais entusiasmados foram “Por favor, vote em
mim”, de Weijun Chen – sobre disputa de crianças em escola chinesa para ser representante de turma, da série “Why democracy?” – e “O veneno e o antídoto: uma visão
da violência na Colômbia”, de Estevão Ciavatta. Como a quantidade de público externo
que participa do Cine Ibase (no máximo, dez pessoas de fora) não é considerada
significativa, e pensando no potencial de formação a partir do estímulo pela linguagem
cinematográfica, foi elaborada nova estratégia. A partir de 2009, algumas sessões
estarão ligadas às atividades dos Fóruns Temáticos.
3.
Desenvolvimento Institucional
Fóruns Temáticos (FTs)
Destaques/Resultados: demos continuidade às atividades dos FTs criados em 2007, com o
objetivo de ajudar na formulação de estratégias institucionais. Todos(as) os(as)
funcionários(as) do Ibase estiveram envolvidos(as) em um dos três FTs. O primeiro,
intitulado “Democracia, Direitos Humanos e Cidadania Ativa”, teve como tema gerador
“a atuação em redes, fóruns e conselhos e incidências em políticas”; o segundo,
“Democracia, Direitos Humanos e Desenvolvimento”, teve como tema gerador “a integração regional e alternativas de desenvolvimento” e o terceiro, “Democracia, Direitos
Humanos, Sistema de Dominação e Desigualdades Sociais”, teve como tema gerador
“as desigualdades raciais e de gênero e políticas públicas”.
Cada FT realizou sessões mensais, alternando leituras de textos, apresentação de
filmes e seminários, com a participação de especialistas e parceiros(as) convidados(as).
Os(as) especialistas e parceiros(as) convidados(as) para participar dos FTs foram:
Fernando Cardim, do Instituto de Economia da UFRJ; João Sicsú e Marcio Pochmann,
do Insituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Jean-Pierre Leroy, da Fase Nacional;
Bárbara Soares, do Cesec/Ucam; Julia Sant´Ana, do Iuperj; Paulo D´Ávila e Alessandra
Maia de Faria, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio; José Antonio
Moroni, do Inesc, e Mariana Duque, assessora do MST. No fim do ano, realizamos uma
avaliação interna sobre os FTs e o resultado foi considerado bastante positivo. Além de
possibilitar uma maior integração entre as equipes do Ibase, as discussões contribuíram
para informar e capacitar os(as) funcionários(as) a atuarem de forma mais qualificada
na conjuntura e na definição das estratégias institucionais.
Oficinas de Gênero
Destaques/Resultados: não ocorreram por conta de divergências de definição do Termo de
Referência com a instituição parceira desta atividade.
37
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Mudanças na direção
Aproveitando que se estava em período de fim de mandato, havendo a necessidade de
reconduzir ou mudar a direção da instituição, foi acordado com o Conselho Curador
que este iria liderar uma avaliação em profundidade da direção. Esta foi feita, e contou
com o apoio de Regina Novaes – ex-presidenta do Conselho. O Termo de Referência
para tal foi apresentado pelo próprio Conselho.
O relatório apresentado ressalta fortalezas, debilidades, riscos e desafios. Optou-se, a
partir daí, pela recondução da direção, com redistribuição de funções. O processo de
avaliação foi extremamente rico, e, por isso, provocou turbulência interna – não houve
unanimidade entre os(a) diretores(a) quanto às conclusões da avaliação. O processo
que resultou daí não gerou acordo e, finalmente, um dos diretores saiu. No momento,
o Ibase tem dois diretores e uma diretora, e esse formato ainda está em teste.
4.
Indicadores e Gestão de Tecnologia
da Informação (TI)
Indicadores
Destaques/Resultados: a área passou por uma profunda re-estruturação, que ainda está em
processo, a partir da saída do coordenador responsável. Enquanto não há a definição
final quanto à nova estrutura a ser adotada, o Ibase está optando por contratar
consultores(as) externos(as) para a produção de indicadores. Deve-se ressaltar que as
atividades referentes à produção de indicadores sobre o Bolsa Família e a alimentação
escolar foram cumpridas a contento.
Gestão de TI
Destaques: por causa da reformulação já mencionada, a área de TI funciona hoje ligada
diretamente à direção da instituição. Treinamento em Software Livre no telecentro do
Ibase para equipe de sete instrutores(as) do Fórum Comunitário de Jardim Gramacho,
em parceria com a equipe da LP Direito à Cidade; suporte e atendimento técnico
externo, na sede do Fórum Comunitário de Jardim Gramacho; atualização do parque
tecnológico do Ibase – impressora, PCs, notebook, servidor, filmadora e hardware em
geral; cancelamento do programa SGI por deficiência técnica e desistência da empresa
responsável pelo desenvolvimento; suporte técnico na busca de novas ferramentas
de produtividade administrativa com a EI de Administração e Finanças – Sistema integrado de DP, Folha de Pagamento, Contábil, Financeiro e Ativo; reunião com equipes
internas buscando um melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos e otimização
das necessidades dos(as) usuários(as); aumento do parque computacional do Ibase
utilizando sistemas de código aberto. Atualmente, 40% em Sistemas Operacionais e
100% em ferramentas de produtividade – BrOffice.org.; criação, junto com a EI de
Comunicação, de um Plano Web, um manual de parametrização na criação de sites de
projetos do Ibase.
38
PARTE II
LINHAS PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS
Resultados: desenvolvimento, em parceria com a LP Direito à Cidade, de um projeto no Fórum
Comunitário de Jardim Gramacho que compreende suporte externo em Linux, manutenção e hardware, ferramentas de produtividade em Software Livre e gestão do telecentro local;treinamentos internos com as as equipes do Ibase para melhorar o aproveitamento e uso nas ferramentas de produtividade (BROffice.org), Linux, scanner, backup,
segurança, apresentações com notebook e projetor; sites de projetos utilizando o
Plano Web <juventudesudamericanas.org.br> e <plataformabndes.org.br>.
5.
Relações Institucionais
Mudanças: esta EI passou por um período de reformulação, iniciada com a saída do seu
coordenador no mês de julho, sendo substituído somente no mês de novembro. Isso
impõe como destaque principal o fato de que as técnicas responsáveis foram capazes
de assumir as tarefas e de cumprir a contento o pesado cronograma rotineiro da área,
apesar da ausência de um coordenador direto.
Administração de doações
Destaques: a campanha Amigos(as) do Ibase, nos seus dez anos, passou por um planejamento
realizado por uma agência de publicidade, que fez um diagnóstico aprofundado da
campanha e apresentou uma proposta de reformulação dessa atividade de captação de
doações de pessoas físicas, que possibilitaria ampliar seu escopo e aumentar a relação
com os(as) participantes. No entanto, o final desse planejamento coincidiu com a saída
do coordenador da área, de modo que, somente em 2009, poderemos retomar a implantação da re-estruturação dos “Amigos do Ibase”. Merece também destaque, no contexto
das transformações sofridas pela área, a realização do planejamento do Ibase e o apoio
ao Processo FSM 2009.
Resultados: mantivemos o acompanhamento das doações ativas do Ibase. As rotinas para
administração das doações estão em fase de implantação. Todos os relatórios foram
elaborados dentro dos parâmetros e prazos estipulados, gerando maior transparência.
O mapeamento de novas tendências da cooperação internacional,bem como de novas
possibilidades de parcerias públicas e privadas no Brasil, iniciado pelo coordenador
anterior, será retomado no ano de 2009, tanto no âmbito individual do Ibase como no
âmbito coletivo do GPN. A retomada do contato com antigas parcerias resultou em
duas novas campanhas: uma com a American Express Card (Amex) e outra com a
Petros. O Programa de Mobilização de Recursos (PMR) resultou na publicação do livro
Mobilizar para Transformar, no qual o Ibase, com mais quatro organizações, relata suas
experiências em mobilizar recursos.
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
40
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
Balanço Social do Ibase
1. Identificação
Nome da instituição: Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase
Tipo/categoria (conforme instruções): ONG – Organização não-governamental
Natureza jurídica:
[ ] fundação
[ ] sociedade
Sem fins lucrativos?
[X] sim
[ ] não
Isenta da cota patronal do INSS?
[X]sim
[ ] não
Possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS)?
[X] sim
[ ] não
Possui registro no:
[X] CEAS
[X] CMAS
[X] estadual
[ ] municipal
[ ] sim
[X] não
De utilidade pública?
[X] associação
[X] CNAS
[ ] não
Se sim, [X] federal
Classificada como Oscip (Lei 9.790/99)?
2. Origem dos recursos
2008
Valor (Mil reais)
Receitas totais (*a)
a. Recursos governamentais (subvenções)
b. Doações de pessoas jurídicas
c. Doações de pessoas físicas (*b)
d. Contribuições
e. Patrocínios (*c)
f. Cooperação internacional
g. Prestação de serviços e/ou venda de produtos
h. Outras receitas
2007
Valor (Mil reais)
9.780
100%
11.312
100%
0
0,00%
0
0,00%
10
0,10%
42
0,37%
197
2,01%
154
1,36%
0
0,00%
0
0,00%
572
5,85%
1.900
16,80%
6.654
68,04%
5.998
53,02%
114
1,17%
235
2,08%
2.233
22,83%
2.983
26,37%
41
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
3. Aplicação dos recursos
2008
Valor (Mil reais)
Despesas totais
2007
Valor (Mil reais)
10.512
100%
10.154
100%
a) Projetos, programas e ações sociais
(excluindo pessoal)
5.793
55,11%
4.914
48,39%
b) Pessoal (salários + benefícios + encargos)
4.035
38,38%
4.002
39,41%
684
6,51%
1.238
12,19%
623
91,08%
631
50,97%
3
0,44%
63
5,09%
58
8,48%
482
38,93%
Capital (máquinas + instalações + equipamentos)
0
0,00%
62
5,01%
Outras (que devem ser discriminadas
conforme relevância)
0
0,00%
0
0,00%
c) Despesas diversas
(somatório das despesas abaixo)
Operacionais
Impostos e taxas
Financeiras (*d)
4. Indicadores sociais internos
Ações e benefícios para os(as)
funcionários(as)
2008
Valor
(Mil reais)
% sobre
receita
2007
Valor
(Mil reais)
% sobre
receita
metas
2009
201
2,06%
204
1,80%
manter
b) Educação
15
0,15%
11
0,10%
manter
c) Capacitação e desenvolvimento profissional
24
0,25%
15
0,13%
manter
d) Creche ou auxílio-creche
80
0,82%
78
0,69%
manter
317
3,24%
302
2,67%
manter
2
0,02%
1
0,01%
manter
g) Transporte
30
0,31%
33
0,29%
manter
h) Bolsas/estágios
52
0,53%
63
0,56%
manter
1
0,01%
0
0,00%
manter
722
7,38%
707
6,25%
manter
a) Alimentação
e) Saúde
f) Segurança e medicina no trabalho
i) Outros
Total – Indicadores sociais internos
42
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
5. Projetos, ações e contribuições para a sociedade
As ações e programas aqui listados
são exemplos, ver instrução.
2008
Valor
(Mil reais)
% sobre
receita
2007
Valor
(Mil reais)
% sobre metas
receita
2009
Total Linhas Programáticas/
Projetos (*e – nota geral)
R$ 10.512
107%
R$ 10.154
90%
a) Alternativas Democráticas à Globalização
R$ 491
5,02%
R$ 307
2,71%
b) Debate Público/Comunicação
c) Desenvolvimento e Direitos
d) Direito à Cidade
e) Economia Solidária
f) Processo Fórum Social Mundial
Nº pessoas
beneficiadas:
16.000(*f)
Nº pessoas
beneficiadas:
200
Nº entidades
beneficiadas:
120
Nº entidades
beneficiadas:
70
R$ 468
4,79%
R$ 782
Nº pessoas
beneficiadas:
1.004.000
Nº pessoas
beneficiadas:
1.235.000
Nº entidades
beneficiadas:
4.500
Nº entidades
beneficiadas:
2.000
R$ 366
3,74%
R$ 268
Nº pessoas
beneficiadas:
1.600
Nº pessoas
beneficiadas:
1.300
Nº entidades
beneficiadas:
100
Nº entidades
beneficiadas:
80
R$ 721
7,37%
R$ 1.647
Nº pessoas
beneficiadas:
8.600(*g)
Nº pessoas
beneficiadas:
38.500
Nº entidades
beneficiadas:
90
Nº entidades
beneficiadas:
130
R$ 222
2,27%
R$ 455
Nº pessoas
beneficiadas:
10.000
Nº pessoas
beneficiadas:
10.000
Nº entidades
beneficiadas:
800
Nº entidades
beneficiadas:
800
R$ 1.867
19,09%
R$ 2.936
Nº pessoas
beneficiadas:
10.000(*h)
Nº pessoas
beneficiadas:
75.000
Nº entidades
beneficiadas:
150
Nº entidades
beneficiadas:
—
manter
6,91%
aumentar
2,37%
aumentar
14,56%
aumentar
4,02%
aumentar
25,95%
aumentar
43
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
continuação item 5
g) Juventude, Democracia e Participação
h) Observatório da Cidadania:
direitos e diversidade
i) Responsabilidade Social
e Ética nas Organizações
j) Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional
R$ 4.394
44,93%
R$ 1.608
Nº pessoas
beneficiadas:
18.000
Nº pessoas
beneficiadas:
25.400
Nº entidades
beneficiadas:
100
Nº entidades
beneficiadas:
20
R$ 880
9,00%
R$ 903
Nº pessoas
beneficiadas:
84.200(*i)
Nº pessoas
beneficiadas:
860.000
Nº entidades
beneficiadas:
1.800
Nº entidades
beneficiadas:
2.400
R$ 286
2,92%
R$ 346
Nº pessoas
beneficiadas:
65.000
Nº pessoas
beneficiadas:
75.000
Nº entidades
beneficiadas:
120
Nº entidades
beneficiadas:
200
R$ 817
8,35%
R$ 902
Nº pessoas
beneficiadas:
14.800
Nº pessoas
beneficiadas:
10.100
Nº entidades
beneficiadas:
530
Nº entidades
beneficiadas:
350
14,21%
manter
7,98%
manter
3,06%
manter
7,97%
manter
6. Outros indicadores
2008
2007
metas
2009
Nº total de alunos(as)
NA
NA
NA
Nº de alunos(as) com bolsas integrais
NA
NA
NA
Valor total das bolsas integrais
NA
NA
NA
Nº de alunos(as) com bolsas parciais
NA
NA
NA
Valor total das bolsas parciais
NA
NA
NA
Nº de alunos(as) com bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa
NA
NA
NA
Valor total das bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa
NA
NA
NA
44
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
7. Indicadores sobre o corpo funcional
Nº total de empregados(as) ao final do período
2008
2007
metas 2009
50(*j)
55
aumentar
Nº de admissões durante o período
3
0
aumentar
Nº de prestadores(as) de serviço
2
4
aumentar
46,00%
45,00%
manter(*k)
34
35
manter
44,00%
36,00%
manter
% de empregados(as) acima de 45 anos
Nº de mulheres que trabalham na instituição
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
Idade média das mulheres em cargos de chefia
Salário médio das mulheres
Idade média dos homens em cargos de chefia
Salário médio dos homens
Nº de negros(as) que trabalham na instituição
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia
Salário médio dos(as) negros(as)
Nº de brancos(as) que trabalham na instituição
Salário médio dos(as) brancos(as)
Nº de estagiários(as) (*m)
55
54
manter
R$ 3.730
R$ 3.346
aumentar
51
49
manter
R$ 5.243
R$ 5.466
manter
21(*l)
22
aumentar
11,00%
18,00%
manter
53
48
manter
R$ 2.845
R$ 2.870
aumentar
29
33
manter
R$ 5.220
R$ 4.949
manter
5 (2HN, 1HB,
1MN, 1MB)
9 (4MN,
1HN e 4HB)
aumentar
Nº de voluntários(as)
0
0
Nº portadores(as) necessidades especiais
0
0
R$ 0
R$ 0
2008
2007
metas 2009
0
0
0
Salário médio portadores(as) necessidades especiais
aumentar
8. Qualificação do corpo funcional
Nº total de docentes
Nº de doutores(as)
0
0
0
Nº de mestres(as)
0
0
0
Nº de especializados(as)
0
0
0
Nº de graduados(as)
0
0
0
50
55
(*n)
Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores)
17
21
20
Nº de graduados(as)
25
27
23
Nº de graduandos(as)
4
3
3
Nº total de funcionários(as) no corpo técnico
e administrativo
Nº de pessoas com ensino médio
1
1
1
Nº de pessoas com ensino fundamental
1
1
1
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto
2
2
2
Nº de pessoas não-alfabetizadas
0
0
0
45
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
9. Informações relevantes quanto à ética, transparência
e responsabilidade social
2008
metas 2009
Relação entre a maior e a menor remuneração
10,68
10,68
O processo de admissão de
empregados(as) é: (*o)
33% por indicação
67% por seleção/concurso
20% por indicação
80% por seleção/concurso
A instituição desenvolve alguma política
ou ação de valorização da diversidade
em seu quadro funcional?
[X] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada
[ ] não
[X] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada
[ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual?
[X]
[X]
[ ]
[ ]
[X]
[X]
[ ]
[X]
negros
gênero
opção sexual
portadores(as) de
necessidades especiais
negros
gênero
opção sexual
portadores(as) de
necessidades especiais
[ ]
[ ]
A organização desenvolve alguma política
ou ação de valorização da diversidade
entre alunos(as) e/ou beneficiários(as)?
[X] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada
[ ] não
[X] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada
[ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual?
[X]
[ ]
[ ]
[ ]
[X]
[X]
[ ]
[X]
negros
gênero
opção sexual
portadores(as) de
necessidades especiais
negros
gênero
opção sexual
portadores(as) de
necessidades especiais
[ ]
[ ]
Na seleção de parceiros e prestadores
de serviço, critérios éticos e de
responsabilidade social e ambiental: (*p)
[ ] não são considerados
[X] são sugeridos
[ ] são exigidos
[ ] não são considerados
[X] são sugeridos
[ ] são exigidos
A participação de empregados(as)
no planejamento da instituição:
[ ] não ocorre
[ ] ocorre em nível de chefia
[X] ocorre em todos os níveis
[ ] não ocorre
[ ] ocorre em nível de chefia
[X] ocorre em todos os níveis
Os processos eleitorais democráticos
para escolha dos coordenadores(as)
e diretores(as) da organização:
[X] não ocorrem
[ ] ocorrem regularmente
[ ] ocorrem somente
p/cargos intermediários
[X] não ocorrem
[ ] ocorrem regularmente
[ ] ocorrem somente
p/cargos intermediários
A instituição possui Comissão/Conselho
de Ética para o acompanhamento de:
[ ] todas ações/atividades
[ ] ensino e pesquisa
[ ] experimentação
animal/vivissecção
[X] não tem
[ ] todas ações/atividades
[ ] ensino e pesquisa
[ ] experimentação
animal/vivissecção
[X] não tem
46
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
10 - Outras informações
1. Notas explicativas
(*a) Durante o período de 2008, as fontes de recursos foram:
ActionAid, ActionAid Brasil, Ajuntamente de Sant Cugat del Valles, Arci Cultura e Sviluppo, Agência
Catalanã de Cooperación al Desenvolupament, Cafod, CBPP, CCFD, Cese, Christian Aid – GB, Development
Workshop, EED, Finep, FPH, Fundação Friedrich Ebert, Fundação Ford, Fundação Open Society, Fundación
Heifer, IBP, IDRC, NCA, Oxfam Novib e Oxfam GB
Patrocínio / Convênio
Banco do Nordeste do Brasil, Caixa Econômica Federal, Furnas Centrais Elétricas e Petrobras
Doações de pessoas jurídicas
Pessoas jurídicas diversas com valores inferiores a R$ 10.000,00
Prestação de serviços
Instituto Universitas
Petrobras
Doações de pessoas físicas
Amigos do Ibase:
2007: 1.124 pessoas (apoios contínuos)
2008: 1.049 pessoas (apoios contínuos)
(*b) Está prevista para este ano a re-estruturação da campanha “Amigos do Ibase”, visando à renovação
e ampliação do cadastro. Esta terá como base o Plano de Comunicação apresentado por consultora
externa em 2008.
Outras receitas
Rendimentos sobre aplicações financeiras, rendimentos sobre bens próprios e saldos de caixa final
de 2007.
(*c) A redução de patrocínios deve-se à não realização de um evento central do FSM 2008, ao contrário do
que ocorreu em Nairóbi, com participação da delegação do Ibase. Isso afetou a receita total da
instituição no ano de 2008.
(*d) A redução em 2008 deve-se ao não provisionamento do ISS, ocorrido em 2007.
(*e) notas gerais – item 5
1) Os percentuais informados referem-se aos valores investidos em relação à receita total
(item 2 – Origem dos recursos).
2) O público beneficiado foi calculado considerando aqueles(as) diretamente beneficiados(as) pelas
atividades dos projetos: pessoas presentes em seminários, fóruns, palestras etc; que recebem publicações
e informes via correio ou por via eletrônica; participantes de listas de discussões e de comitês; lideranças
locais envolvidas; pessoas capacitadas em cursos e oficinas, professores(as), alunos(as) pesquisadores(as).
3) O detalhamento das atividades e projetos desenvolvidos pelas LPs encontra-se neste Relatório.
(*f) No ano de 2008, foi realizada a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, sob coordenação do
GT Nacional, do qual o Ibase participa ativamente. A Conferência Nacional contou com o público de
2 mil pessoas e foi precedida de conferências regionais, estaduais e distrital, reunindo aproximadamente
14 mil participantes.
(*g) A modifcação no número de pessoas beneficiadas deve-se à redução, em 2008, de dois grandes
projetos da LP “Direito à Cidade”: “Núcleos de Integração” que atuam nas comunidades Jardim
Gramacho (RJ), Araçatiba e Retiro (ES) e Manso (João Carro, Mamede Roder, PA Quilombo)
e o “Projeto Cidade de Deus”.
(*h) As pessoas que estiveram no Fórum Social Mundial 2008 – Rio Com Vida, no Rio de Janeiro.
47
PARTE III
BALANÇO SOCIAL
(*i) A redução significativa de público deve-se à descontinuação do curso de educação a distância (via rádio)
sobre orçamento público e à queda de mobilização na campanha Diálogos contra o Racismo que, em
2008, não obteve apoio financeiro para a sua continuação.
(*j) A redução do número total de empregados(as) foi motivada, no geral, por razões pessoais. A intenção é
recompor o quadro.
(*k) A meta MANTER, estabelecida nos itens 4. Indicadores sociais internos e 7. Indicadores sobre o corpo
funcional, reflete o entendimento institucional de que estes indicadores são satisfatórios.
(*l) As informações sobre raça/etnia foram apuradas por meio de autodeclaração dos(as) funcionários(as),
considerando os(as) trabalhadores(as) negros(as) o somatório de indivíduos autodeclarados como de cor
de pele preta e parda, conforme a RAIS.
(*m) Este nº inclui uma mulher branca cuja função é de menor aprendiz.
(*n) O Ibase possui um Plano de Educação Continuada (PEC), que apoia o contínuo e permanente
desenvolvimento educacional de todos(as) os(as) funcionários(as). O nº de pessoas com ensino
fundamental incompleto refere-se a duas funcionárias antigas, com idades acima de 50 anos.
Uma está cursando o ensino fundamental e a outra, próxima a se aposentar, optou por não dar
prosseguimento aos estudos.
(*o) A seleção de pessoal é feita inicialmente dentro do corpo funcional do Ibase. Não sendo encontrado
o perfil profissional e técnico necessário à vaga em aberto, a seleção será divulgada ao público externo
por meio de edital, conforme modelo existente na instituição. Nos casos de cargos de direção e
coordenação, a seleção é feita de forma mais restrita, entre pessoas internas e externas à instituição,
em lista previamente elaborada.
(*p) O Ibase exige os documentos legais nos âmbitos federal, estadual e municipal e possui um Código
Interno de Relações com Empresas.
2. O Ibase possui
Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, composta por quatro funcionárias. Duas foram
designadas pela instituição e duas foram eleitas diretamente pelo corpo funcional.
Comissão de funcionários(as), uma instância de representação dos(as) trabalhadores(as) do Ibase, formada por
membros eleitos(as) diretamente para um mandato de um ano, cujo objetivo principal é fomentar e contribuir
para a participação com qualidade, incentivando o debate sobre as questões de interesse coletivo,
melhorando a interação entre todas as áreas e entre as áreas e a direção.
48
ANEXO 1
Produções Ibase
1. Produções impressas e eletrônicas
1.1. Cartilhas, livros e relatórios
•
Livro Relatório Sul-americano Juventude e Integração Sul-americana: caracterização de situações-tipo e organizações juvenis Demandas para a construção de uma agenda comum,
edição bilingue (português e espanhol), em parceria com Instituto Pólis e apoio do Centro
de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IDRC), 5 mil exemplares e 6 mil
cópias em CD, incluindo os relatórios nacionais dos seis países envolvidos na pesquisa,
em fevereiro.
•
Livro Juventudes y Espacio Publico Las demandas de la juventud campesina de Asagrapa y
estudiantil de la Fenaes em el Paraguay, edição em espanhol, em parceria com Base
Investigaciones Sociales, Instituto Pólis e apoio do IDRC, em junho.
•
Livro Balanço social, dez anos: o desafio da transparência – mil exemplares, com apoio de
Oxfam Novib e Red Puentes, em junho (disponível no Portal do Ibase).
•
Livro Impactos da indústria canavieira no Brasil, edição trilingue (português/espanhol/
inglês), 100 exemplares impressos e 300 cópias em CD,em novembro.
•
Livro Ser Joven em Sudamérica Diálogos para la construcción de la democracia regional,
edição em espanhol, em parceria com Instituto Pólis, CIDPA e apoio do IDRC, em novembro.
•
La diversidad juvenil: demandas y desafios Juventudes e integración suadamericana: diálogos
para construir la democracia regional, edição em espanhol, 3 mil exemplares, em parceria
com Instituto Pólis, Cotidiano Mujer, Universidade de La República Facultad de Ciencias
Sociales e apoio do IDRC, em dezembro.
•
Cartilha Crise financeira e déficit democrático (versões em português, espanhol e inglês),
com apoio da Fundação Ford, 2 mil exemplares para a versão em português e 1 mil
exemplares para cada uma das duas outras versões, em dezembro (disponível no Portal
do Ibase).
•
Kit de publicações sobre os resultados da segunda etapa da pesquisa Repercussões do
Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e Nutricional com apoio da Financiadora
de Estudos e Projetos (Finep), em dezembro (disponível no Portal do Ibase): Livro Relatório
final II Etapa da pesquisa Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar
e Nutricional – Diálogos sobre o direito humano à alimentação no Brasil, 500 exemplares;
Livro Guia do moderador, 500 exemplares; Caderno de trabalho para grupos de diálogo,
500 exemplares; 500 cópias em CD com o conjunto desses materiais.
•
Cartilha Cotas raciais por que sim?, 3ª edição, com apoio da ActionAid, 10 mil exemplares,
em dezembro (disponível no Portal do Ibase).
49
ANEXO I
PRODUÇÕES IBASE
1.2. Periódicos
•
Jornal da Cidadania, 58 mil exemplares por edição, em março, agosto e novembro.
•
Revista Democracia Viva, 5 mil exemplares por edição, em março, junho e setembro.
•
Plano Ibase 2008, 300 exemplares, edição anual, em fevereiro.
•
Relatório Ibase 2007, 400 exemplares, edição anual, em março.
1.3. Publicações em meio eletrônico
•
Portal do Ibase <www.ibase.br>, atualizações semanais ao longo do ano, com publicações de artigos, reportagens e entrevistas exclusivas e a divulgação de todos as publicações
produzidas pelo Ibase.
•
Criação do canal Ibasetube para postagem de vídeos na internet. O canal conta com
25 vídeos, 10 produzidos pelo Ibase, que foram exibidos cerca de 17 mil vezes.
<www.youtube.com/ibasetube>.
•
Criação de perfil no Twitter possibilitando envio rápido de informações para seguidores
do canal.
•
Criação do site da Plataforma BNDES <www.plataformabndes.org.br>.
•
Site Diálogos contra o Racismo <www.dialogoscontraoracismo.org.br>.
•
Site e boletim do Pacto pela Cidadania <www.pactopelacidadania.org.br>, com atualizações quinzenais.
•
Site Mande um cartão vermelho para o racismo no futebol <www.racismonofutebol.org.br >.
•
Site Balanço Social <www.balancosocial.org.br>, atualizações mensais ao longo do ano.
•
Criação do site Juventudes Sul-americanas, em parceria com o Instituto Pólis e apoio do
IDRC <www.juventudesulamericanas.org.br>, atualizações quinzenais ao longo do ano.
•
Site do Fórum Nacional dos Direitos Humanos <www.fndh.org.br>.
•
Boletim Desenvolvimento, Democracia e Direitos <www.ibase.br/dvdn/index.htm> em
13/3 e 17/6.
1.4. Artigos de opinião publicados em mídia externa
•
Um instigante laboratório político. O Globo, Rio de Janeiro, 8/1, Cândido Grzybowski.
•
Sentidos do Fórum Social Mundial. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 14/1, Cândido Grzybowski.
•
O homem que não falava tucanês. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 31/3, João Roberto
Lopes Pinto.
•
Brasil administra estado de pobreza. Jornal dos Economistas, Rio de Janeiro, em maio,
Luciana Badin.
•
Clarinha em 2047. Blog do Noblat <http://oglobo.com/pais/noblat/>, Brasília, 5/6,
Carlos Tautz.
50
ANEXO I
PRODUÇÕES IBASE
•
Etanol e segurança hídrica nacional. Blog do Noblat <http://oglobo.com/pais/noblat/>,
Brasília, 11/7, Carlos Tautz.
•
Garapa. Folha de São Paulo, São Paulo, 18/7, José Padilha e Francisco Menezes.
•
Bolsa Família: vencendo a pobreza?. Le Monde Diplomatique, Rio de Janeiro, agosto,
Francisco Menezes e Mariana Santarelli.
•
Dantas e o capital financeiro-agrícola. Blog do Noblat, <http://oglobo.com/pais/noblat/>,
Brasília, 1/8, Carlos Tautz.
•
Ouro de tolo. Blog do Noblat. <http://oglobo.com/pais/noblat/>, Brasília, 15/8, Carlos Tautz.
•
Donos do pedaço. O Dia OnLine. <odia.terra.com.br>, Rio de Janeiro, 15/8, Itamar Silva.
•
O futuro de Gramacho. O Dia Online. <odia.terra.com.br>, Rio de Janeiro, 26/8, Nahyda Franca.
•
Espaço para ser bem aproveitado. O Globo, Rio de Janeiro, 22/9, Patrícia Lânes.
•
Ameaça à democracia. O Globo, Rio de Janeiro, 24/9, Cândido Grzybowski.
•
BNDES: o reforço à dinâmica dos negócios. Le Monde Diplomatique/Brasil, em outubro,
João Roberto Lopes Pinto.
2. Organização de cursos, exposições, fóruns,
oficinas e seminários
•
Seminário Responsabilidade Social: diálogo com o setor financeiro, coorganizado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com a Rede Puentes, São Paulo, 13/2.
Público estimado: cerca de 60 pessoas.
•
Oficinas sobre a atuação do BNDES no setor de papel e celulose, em parceria com Rede
Alerta contra o Deserto Verde e Via Campesina, em São Mateus(ES) e em Eunápolis(BA),
em março.
•
Conferência Livre de Juventude, em parceria com o Fórum de Juventude do Rio de Janeiro,
no Ibase, em março.
•
Seminário da Comissão de Metodologia do FSM, 10 a 13/3, São Paulo. Público estimado:
integrantes dos Grupos de Referência da África e da América Latina.
•
Seminário Alimentação Escolar: significados, experiências e perspectivas, promovido pelo
FBSAN, do qual o Ibase é membro organizador, co-promovido por Companhia Brasileira de
Abastecimento (Conab), ActionAid Brasil, Programa Mercosul Social e Solidário (PMSS),
Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) e apoio de Cese, Companhia Nacional de
Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Conab), CCFD
Terre Solidarie e Christian Aid, Colégio Pio XII, São Paulo, 17 e 18/3. Público estimado:
70 pessoas.
•
Encontro anual da Red Puentes, em parceria com a Red Puentes Internacional, Peru, 24 a
28/3. Público estimado 120 pessoas.
•
Evento Mande um Cartão Vermelho para o Racismo no Futebol!, no âmbito da campanha
Diálogos contra o Racismo, no Estádio Mário Filho (Maracanã), Rio de Janeiro, 12 e 13/4.
Público estimado: 500 pessoas.
51
ANEXO I
PRODUÇÕES IBASE
•
Seminário Observatório da Cidadania: diálogos sobre violência e segurança pública, Hotel
Golden Park, Rio de Janeiro, 17 e 18/4. Público estimado: 50 pessoas.
•
Seminário Diálogo entre os povos África/América Latina: lutas dos povos no capitalismo
contemporâneo, Cidade do Cabo – África, em maio.
•
Oficina Internacional: Liberalização Financeira e Governança Global: o papel das entidades
internacionais, Hotel Luxor Regente, Rio de Janeiro, com apoio The Ford Foundation 8 e 9/5.
Público estimado: 40 pessoas.
•
Seminário Internacional da Pesquisa Juventudes Sul-americanas: diálogos regionais para a
construção de uma democracia regional, no Ibase, em parceria com o Instituto Pólis e
apoio do IDRC, em julho.
•
3º Seminário Nacional do Fórum Itinerante e Paralelo sobre Previdência Social (Fipps),
coorganização com Cfemea, AMB, AMNB, MMM, MMTR/NE, Fenatrade, e MIQCB, Brasília,
Distrito Federal, 1 a 3/8. Público estimado: 100 pessoas.
•
Seminário A Construção do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
promovido pelo FBSAN, do qual o Ibase é membro organizador, em parceria com o Fórum
Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná e apoio da Secretaria Especial
de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate
à Fome (MDF), Christian Aid, ActionAid Brasil, Ação Social do Paraná, 4 e 5/8, Casa
Matriz Bethânia, Curitiba. Público estimado: 80 pessoas.
•
Seminário Governança Democrática no Território, coorganizado com Sesc Rio de Janeiro,
em parceria com Furnas, Rits e Expo Brasil Desenvolvimento Local, no Sesc Tijuca, Rio de
Janeiro, 12 e 13/8.
•
Debate com candidatos(as) à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, em parceria com o
Fórum de Juventude do Rio de Janeiro, no auditório do Clube de Engenharia, em setembro.
•
Debate com candidatos(as) à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro sobre segurança
pública, em parceria com Cesec/Ucam, Teatro da Universidade Candido Mendes, Rio de
Janeiro, 23/9. Público estimado: 350 pessoas
•
Seminário Expandindo o capitalismo: destruição dos bens comuns e soberania alimentar,
Guatemala, em outubro.
•
Realização de oficina Impactos da Indústria Canavieira no Brasil, no âmbito das atividades
da Plataforma BNDES, com apoio da Fundação Friedrich Ebert, em São Paulo, 20/10.
•
Seminário Internacional da Pesquisa Juventudes Sul-americanas: diáloos regionais para a
construção de uma democracia regional, em Assunção, Paraguai, em novembro.
•
Responsabilidad Social de las Empresas en Latino América, Fundación Carolina, Barcelona/
Espanha, 5 a 7/11.
•
Seminário de lançamento do Pacto pela Cidadania, Favela é Cidade, em parceria com a
Caixa Econômica Federal (CAIXA), no auditório da CAIXA, Rio de Janeiro, 11/11. Público
estimado: 450 pessoas.
•
Oficina Internacional Liberalização Financeira e Governança Global: crise e déficit democrático, The Ford Foundation, Hotel Golden Tulip Regente, Rio de Janeiro, 13 e 14/11.
Público estimado: 40 pessoas.
52
ANEXO I
PRODUÇÕES IBASE
•
Oficina Empresas Transnacionais e Responsabilidade por Violações de Direitos Humanos:
instrumentos e perspectivas da sociedade civil, organizada por Terra de Direitos e Fundação
Rosa Luxemburgo, com apoio da OECD Watch, Curitiba, 17 e 18/11. Público estimado:
40 pessoas.
•
Inter-regional Seminar of OECD Watch — Environment, Human Rights and Multinational
Corporations in Latin America, co-organização em parceria com OECD Watch, Buenos
Aires, Argentina, 24 a 28/11. Público estimado: 80 pessoas.
•
8ª Conferência internacional Pesquisa e Ação Sindical, organizado por IOS/CUT – Diretrizes
da OCDE como instrumento de controle social das multinacionais, com apoio do Ibase,
São Paulo, 9 e 10/12. Público estimado: 100 pessoas.
•
Organização de oito seminários internos com presença de especialistas de outras organizações, no âmbito das atividades e dos temas abordados nos Fóruns Temáticos (cerca de 30
pessoas por seminário): com Fernando Cardim, do Instituto de Economia da UFRJ; com
João Sicsú e Marcio Pochmann, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); com
Jean-Pierre Leroy, da Fase Nacional; com Bárbara Soares, do Cesec/Ucam; com Julia Sant’Ana,
do Iuperj; Paulo D’Ávila e Alessandra Maia de Faria, do Departamento de Sociologia e
Política da PUC-Rio; José Antonio Moroni, do Inesc; e Mariana Duque, do MST.
•
Organização de quatro sessões de cinema, no âmbito do projeto CineIbase, para público
externo e interno (cerca de 20 pessoas por sessão), com exibição dos filmes e presença
de seus(suas) diretores(as) para posterior debate com a plateia: “Personal Che”, em abril;
“Por favor, vote em mim”, em junho; “O veneno e o antídoto Uma visão da violência na
Colômbia”, da Pindorama e AfroRegaee, em setembro; “Eu sou a auto-estima”, da Casa da
Mulher Trabalhadora (Camtra), em dezembro.
2.1. Ibase vai às escolas
•
Centro de Estudos Supletivos Rosa Soares (Ciep 364), Mesquita, Rio de Janeiro, parceria
Jornal da Cidadania/Diálogos contra o Racismo, 18/3. Público: 50 alunos(as).
•
Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, Vila Leopoldina Duque de Caxias, parceria Jornal da
Cidadania/Diálogos contra o Racismo, 14/5. Público estimado: 100 alunos(as).
•
Colégio Brigadeiro Short, Taquara, Rio de Janeiro, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos
contra o Racismo, 17/5. Público estimado: 60 alunos(as).
•
Ciep 128, Magé, Centro, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos contra o Racismo, 24/6.
Público estimado: 200 alunos(as).
•
Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, Bairro 25 de Agosto, Duque de Caxias,
parceria Jornal da Cidadania/Diálogos contra o Racismo, 19/8. Público estimado: 120
alunos(as).
•
Evento “1ª Jornada Pedagógica da “Metro 5”, organizado pela Coordenadoria Regional
das Escolas Municipais de Duque de Caxias, com o tema “Socializando saberes e tecendo
possibilidades na escola da atualidade”, Ciep 434, Engenho do Porto, Duque de Caxias, 9/9.
Público estimado: 100 professores(as).
•
Colégio Castelnuovo, Copacabana, Rio de Janeiro, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos
contra o Racismo com o programa “Quem Lê Jornal Sabe Mais?”, de O Globo e Extra, 10/9.
Público estimado: 100 alunos(as).
53
ANEXO I
PRODUÇÕES IBASE
•
Colégio Estadual Antônio Gonçalves,Coelho da Rocha, São João de Meriti, parceria Jornal
da Cidadania/Diálogos contra o Racismo, 3/10. Público estimado: 55 alunos(as).
•
Ciep 034 (Nelson Cavaquinho), Chatuba, Mesquita, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos
contra o Racismo, 7/10. Público estimado: 60 alunos(as).
•
Escola Estadual Santa Amélia, Belford Roxo, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos contra
o Racismo, 21/10. Público estimado: 55 alunos(as).
•
Escola Brant Horta, Penha Circular, Rio de Janeiro, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos
contra o Racismo, 25/11. Público estimado: 70 alunos(as).
•
Escola Nilo Peçanha, Praça Zé Garoto, São Gonçalo, parceria Jornal da Cidadania/Diálogos
contra o Racismo, 25/11.Público estimado: 80 alunos(as).
•
Escola Municipal João Monteiro, Recanto de Itaipuaçú, Maricá, parceria Jornal da Cidadania/
Diálogos contra o Racismo, 29/11. Público estimado: cerca de 45 pessoas, entre pais e
mães, alunos(as) e professores(as).
54
ANEXO 2
1. Participação em redes, fóruns e conselhos
•
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
•
Associação Brasileira de ONGs (Abong)
•
Chamada Global para a Ação contra a Pobreza (GCAP)
•
Conselho do Mercosul Social
•
Conselho Nacional de Juventude (Conjuve)
•
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)
•
Diálogo entre os Povos
•
Diálogos contra o Racismo
•
Foro Mundial de Redes de la Sociedad Civil (Ubuntu)
•
Fórum Brasil do Orçamento (FBO)
•
Fórum Brasileiro de Acesso a Informações Públicas
•
Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES)
•
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimento Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS)
•
Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN)
•
Fórum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro (FCP)
•
Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (Fendh)
•
Fórum Itinerante e Paralelo sobre a Previdência Social (Fipps)
•
Fórum Nacional de Participação Popular (FNPP)
•
Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU)
•
Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo
•
Fórum Popular do Orçamento do Rio de Janeiro (FPO-RJ)
•
Fórum Popular e Independente do Madeira
•
Fórum Social Mundial (FSM)
•
Fórum Zona Norte/Zona Sul de Economia Solidária
•
Frente Estadual contra a Remoção de Favelas
•
Frente Nacional do Saneamento Ambiental (FNSA)
•
Fundação de Previdência dos Servidores do IRB (Previrb)
•
Inter-Redes
55
ANEXO II
•
International Budget Project (IBP)
•
International Forum on Globalization (IFG)
•
Montreal International Forum (FIM)
•
Observatório Eurolatinoamericano sobre el Desarollo Democrático Y Social (Rede Euralat)
•
Observatório da OCDE
•
Plataforma Brasil Dhesca
•
Processo de Diálogo e Articulação das Agências Ecumênicas da Europa (PAD)
•
Rede Puentes
•
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
•
Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA)
•
Rede Brasileira de Socioeconomia Solidária (RBSES)
•
Rede Brasileira para Integração dos Povos (Rebrip)
•
Rede Índice Latino-americano de Transparência Orçamentária (Ilato)
•
Social Watch
2. Parcerias em projetos e ações
•
ABC sem Racismo
•
Action Aid Brasil
•
Arci Cultura e Sviluppo
•
Aerus Insituto de Seguridade Social
•
American Express Card (Amex)
•
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
•
Amigos de la Tierra – Holanda
•
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
•
Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB)
•
Associação Brasileira de ONGs (Abong)
•
Associação de Engenheiros da Petrobras
•
Associação de Funcionários do BNDES
•
Associação dos Docentes da Estácio de Sá
•
Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (Apacc)
•
Atacc – Alemanha
•
Attac – Brasil
•
Base Investigaciones Sociales (Base-IS)
56
ANEXO II
•
Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ)
•
Care Índia
•
Casa da Moeda do Brasil
•
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
•
Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS)
•
Centro de Ação Comunitária (Cedac)
•
Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF)
•
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj)/ Centro de
Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj)
•
Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec/Ucam)
•
Centro de Estudios Sociales (CIDPA)
•
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea)
•
Clube de Engenharia
•
Coletivo Leila Diniz
•
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio)
•
Comitê Nacional pela Defesa da Fauna e da Flora (Codeff)
•
Comunidade Bahá’i
•
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
•
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro
•
Conselho Regional de Nutricionistas do Rio de Janeiro
•
Conselho Regional dos Economistas do Rio de Janeiro
•
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
•
Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese)
•
Coordenadoria Regional de Ensino de Duque de Caxias, Baixada Fluminense
•
Cotidiano Mujer
•
Cresol – Sistema de Cooperativas de Crédito Rural com Integração Solidária
•
Criola
•
Domos
•
Esplar – Centro de Pesquisa e Assessoria
•
Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase)
•
Folha Dirigida
•
Fundação Friedrich Ebert
•
Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros)
•
Fundación El Otro
57
ANEXO II
•
Fundación SES
•
Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem)
•
Geledés – Instituto da Mulher Negra
•
Grupo de Estudios Generacionales de la Universidad de la República
•
Imagens do Povo/Observatório de Favela
•
Imaflora
•
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)
•
Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)
•
Instituto Faces do Brasil
•
Instituto Kairós
•
Instituto Observatório Social
•
Instituto Patrícia Galvão
•
Instituto Paulo Freire (IPF)
•
Instituto Pólis – Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais
•
Instituto Universidade Popular (Unipop)
•
Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser/UFRJ)
•
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
•
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
•
Poder Ciudadano
•
Programa de Investigación Estratégica em Bolívia (Pieb)
•
Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs)
•
Rede Alerta contra o Deserto Verde
•
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
•
Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip)
•
Rede Brasileira de Justiça Ambiental
•
Rede Dawn
•
Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh)
•
Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária
•
Revista Fórum, da Editora Publisher
•
Revista Retrato do Brasil, da Editora Manifesto
•
Revista Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo
•
Revenew Watch Institute (RWI)
•
Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes)
58
ANEXO II
•
Sociedade de Engenheiros e Arquitetos
•
Somo – Fundação para Investigação de Empresas Multinacionais
•
SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
•
Viva la Ciudadania
3. Parcerias de financiamento
•
Action Aid
•
Action Aid Brasil
•
Ajuntamente de Sant Cugat del Valles
•
Arci Cultura e Sviluppo
•
Agência Catalanã de Cooperación al Desenvolupament
•
Banco do Nordeste do Brasil
•
Caixa Econômica Federal (CAIXA)
•
Cafod – Regional Administrator Latin American and Caribbean
•
CBPP – Center on Budget and Policy Priorities
•
CCFD – Comitê Catholique contre la Faim et pour le Developpement
•
Cese – Coordenadoria Ecumênica de Serviço
•
Christian Aid – GB
•
Development Workshop
•
EED – Serviço das Igrejas da Alemanha para o Desenvolvimento
•
Finep – Financiadora de Estudos e Projetos
•
FPH – Fundação Charles Leopold Mayer para o Progresso do Homem
•
Fundação Friedrich Ebert (FES)
•
Fundação Ford
•
Fundação Open Society
•
Fundación Herfer
•
Furnas Centrais Elétricas
•
IBP – International Budget Partnership
•
IDRC – Centro Internacional de Desenvolvimento e Pesquisa – Canadá
•
NCA – Norwegian Church Aid
•
Oxfam Novib
•
Oxfam GB
•
Petrobras
59
Siglas e abreviaturas
A
AAI – ActionAid Internacional
ABC – Agência Brasileira de Coooperação
Abong – Associação Brasileira de ONGs
Abia – Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids
AL – América Latina
Amap – Aliança Mexicana para a Autodeterminação dos Povos
AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras
Amex – American Express Card
AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras
Anamuri – Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas do Chile
ANND – Arab NGO Network for Development do Líbano
Apacc – Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes
APM – Aproveitamento Múltiplo
Arci – Arci Cultura e Svipuppo
Awid – Associação para os Direitos das Mulheres no Desenvolvimento dos Estados Unidos
B
Base-IS – Base Investigaciones Sociales
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BS – Balanço Social
C
CAIXA – Caixa Econômica Federal
Caoi – Coordenação Andina de Organizações Indígenas do Peru
Campo – Centro de Assessoria ao Movimento Popular
Camtra – Casa da Mulher Trabalhadora
Cave – Coletivo Alternativa Verde
CBPP – Center on Budget and Policy Priorities
CC – Creative Commons
CCFD – Comitê Católico contra a Fome e a favor do Desenvolvimento
CCFL – Centro de Cultura Luiz Freire
CDI – Certificado de Depósito Interbancário
Cecip – Centro de Criação de Imagem Popular
Cecop – Conselho de Comunidades Opositoras à Represa La Parota, México
Cesec/Ucam – Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes
Cese – Coordenadoria Ecumênica de Serviços
Cfemea – Centro Feminista de Estudos e Assessoria
60
CI – Conselho Internacional do FSM
CIDPA –Centro de Investigacion y Difusion Poblacional de Achupallas
CIP – Centro de Integridade Pública de Moçambique
Conamuri – Coordenadoria Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas do Paraguai
Conaq – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
Conjuve – Conselho Nacional de Juventude
Consea Nacional – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Consea RJ – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional
Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
CUT – Central Única dos Trabalhadores
D
DEA – Direção Executiva Ampliada
Dhescas – Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Ditsö – Associação de Iniciativas Populares da Costa Rica
DV – revista Democracia Viva
E
Educafro – Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes
EED – Serviço das Igrejas da Alemanha para o Desenvolvimento
EIs – Estratégias Institucionais
EMNs – Empresas Multinacionais
EUA – Estados Unidos da América
F
Fase – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
FBO – Fórum Brasil de Orçamento
FBES – Fórum Brasileiro de Economia Solidária
FBSAN – Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional
FCO – Fórum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro
FCP/RJ – Fórum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro
Fendh – Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos
Fetraf – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
Fifa – Federação Internacional de Futebol
Finep – Financiadora de Estudos e Projetos
FPH – Fundação Charles Leopold Mayer
FSE – Fórum Social Europeu
FSM – Fórum Social Mundial
FTs – Fóruns Temáticos
Fundación SES – Fundaciós de Sustentabilidad, Educación, Solidariedad
Furnas – Furnas Centrais Elétricas
61
G
GCAP – Chamada Global para a Ação contra a Pobreza – Aliança pela Igualdade
Geledés – Instituto da Mulher Negra
GF – Grupo de Facilitação
GPN – Global Policy Network
GPN – Grupo Pedras Negras
GRs – Grupos Regionais
GT – Grupo de Trabalho
I
Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBP – International Budget Partnership
Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
IDRC – Centro Internacional de Desenvolvimento e Pesquisa – Canadá
IIEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil
Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos
Instituto Pólis – Estudos e Assessoria em Políticas Sociais
IOS – Instituto Observatório Social
IPF – Instituto Paulo Freire
Iuperj – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro
J
JC – Jornal da Cidadania
L
Lamosa – Land Movement of South África
LP – Linha Programática
M
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
Mercosul – Mercado Comum do Sul
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
N
NCA/AIN – Norwegian Church Aid/Ajuda da Igreja Norueguesa
O
OBC – Organização Baseada em Comunidades
OC – Observatório da Cidadania
OECD Watch/OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Ofraneh – Organização Fraternal Negra Hondurenha
OI – Oxfam Internacional
62
OI – Oxfam Internacional
ONG – Organização Não Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
OSC – Organizações da Sociedade Civil
Oscip – Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
Osisa – Open Society Initiative for Southern Africa
Oxfam Novib – Organização Holandesa de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento
P
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal
Papda – Plataforma de Ação por um Desenvolvimento Alternativo do Haiti
PBF – Programa Bolsa Família
PCN – Ponto de Contato Nacional
PCS – Plano de Cargos e Salários
PD – People’s Dialogue
Peris – Percorsi di Inserimento Sociale e Lavorativo di Giovani e donne della Municipalitá di
Rio de Janeiro
PPA – Plano PluriAnual
PPJ – Políticas Públicas de Juventude
Pronades – Programa Nacional de Desenvolvimento da Economia Solidária
R
Rede Coep – Rede Nacional de Mobilização Social
Rede Dawn – Development Alternatives with Women for a New Era
Redeh – Rede de Desenvolvimento Humano
REJ – Reunião Especializada de Juventude do Mercosul
RSE – Responsabilidade Social das Empresas
RS – Responsabilidade Social
RWI – Revenue Watch Institute
S
SAN – Segurança Alimentar e Nutricional
Sies – Sistema Nacional de Informação de Economia Solidária
Sisan – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Somo – Stichting Onderzoek Multinationale Onderemingen
SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
T
TI – Tecnologia da Informação
U
U-Pieb – Universidad para la Investigación Estratégica en Bolívia

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