centro de distribuição: estudo de caso na rede de

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centro de distribuição: estudo de caso na rede de
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CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: ESTUDO DE CASO NA REDE DE SUPERMERCADOS
CASA AVENIDA COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA
Arthur de Jesus Bastos 1, Marcio Yokota de Souza 2
Dra.Fabiana Ortiz Tanoue de Mello 3
1,2
Acadêmicos do Curso de Tecnologia em Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins
Prof. Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil
3
Docente do Curso de Tecnologia de Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof.
Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil.
RESUMO
O presente artigo busca, através dos conhecimentos teóricos apresentados na
revisão bibliográfica, analisar como se dá a organização, o processo de recebimento,
armazenamento, despacho e transporte das mercadorias do Centro de Distribuição da
rede Casa Avenida para suas lojas, identificando os principais pontos críticos nestes
processos e apresentando sugestões de melhoria à empresa. Para a obtenção dos dados
e realização do estudo de caso, foi feita uma visita no CD e uma entrevista com os
responsáveis pelo setor de logística. Foi possível concluir que o CD da rede tem
problemas na movimentação interna dos produtos, devido à infraestrutura não ter
acompanhado o crescimento da rede; mercadorias obsoletas devido a problemas com o
software utilizado, que não consta produtos no estoque, e problemas relacionados ao
transporte para as lojas mais distantes em função da carga ser montada de forma
inadequada, levando a rotas mais distantes.
Palavras-chave: Logística. Centro de distribuição. Varejo.
ABSTRACT
This article seeks, through the theoretical knowledge presented in the literature
review, analyze how is the organization, the process of receiving, storing, shipping and
transporting goods from the distribution center network Avenue to house its stores,
identifying the main critical points these processes and making suggestions for
improvement to the company. To obtain the data and conducting the case study, a visit
was made to the CD and an interview with those responsible for the logistics sector. It was
concluded that the CD has network problems on internal movement of goods, due to the
infrastructure have not kept up with the growth of the network; obsolete products due to
problems with the software used, you can not see products in stock, and problems related
to the transport the most distant in terms of load stores be mounted improperly, leading to
more distant routes
Keywords: Logistics. Distribution Center. Retail.
RESUMEN
Este artículo pretende, a través del conocimiento teórico presentado en la revisión
de la literatura, analizar cómo es la organización, el proceso de recepción,
almacenamiento, despacho y transporte de mercancías desde la red de centros de
distribución de la avenida para albergar sus tiendas, identificando los principales puntos
críticos estos procesos y hacer sugerencias de mejora para la empresa. Para obtener los
datos y llevar a cabo el estudio de caso, se realizó una visita a la unidad de CD y una
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entrevista con los responsables del sector de la logística. Se concluyó que el CD tiene
problemas de red en el movimiento interno de mercancías, debido a la infraestructura no
se han mantenido al día con el crecimiento de la red; productos obsoletos debido a los
problemas con el software utilizado, no se pueden ver los productos en stock, y problemas
relacionados con el transporte las más distantes en términos de tiendas de carga
montarse inadecuadamente, lo que lleva a las rutas más distantes
Palabras-cable: Logistica. Centros de distribución. Venta al por menor
INTRODUÇÃO
As atividades logísticas, principalmente as que são denominadas como atividades
primárias (armazenagem, transporte e processamento de pedidos), são as que mais
contribuem para os custos dentro da organização e são essenciais para um melhor
desempenho logístico nas empresas. Num mercado cada vez mais competitivo, o uso de
Centros de Distribuição faz com que a organização obtenha redução dos custos
logísticos, através da centralização dos setores de armazenagem, processamento de
pedidos e transporte. Os CDs também proporcionam um atendimento mais eficiente aos
clientes, distribuindo de forma mais rápida e eficaz os produtos, e oferecendo serviços de
pós-venda e auxilio na logística reversa.
Neste contexto, este artigo tem como objetivo analisar como se dá a organização, o
processo de recebimento, armazenamento, movimentação, despacho e transporte das
mercadorias do Centro de Distribuição da Rede de Supermercados Casa Avenida para as
22 lojas que a rede possui. A partir desta análise, serão identificados os principais pontos
críticos nestes processos e sugeridas medidas de melhoria.
Através da realização de uma visita técnica e da aplicação de entrevista, baseada
em um questionário previamente elaborado, junto aos responsáveis pelo setor de logística
do CD Casa Avenida, foi possível conhecer os gargalos existentes no CD, os entraves
existentes nos setores de recebimento, armazenagem e expedição e os problemas
enfrentados no transporte para as lojas, embasando as medidas de melhoria propostas.
O artigo está estruturado da seguinte forma: o primeiro item apresenta uma revisão
teórica sobre Logística (Conceito, história e evolução, atividades e importância); o
segundo trata de aspectos teóricos sobre Centros de Distribuição (conceito, funções,
layout e localização). O terceiro item do trabalho apresenta a metodologia de pesquisa e o
quarto o estudo de caso no Centro de Distribuição da Rede de Supermercados Casa
Avenida. O trabalho termina com as conclusões e referências bibliográficas.
1. LOGISTICA
1.1 CONCEITO DE LOGISTICA
As atividades logísticas não são tão recentes no mundo. Segundo o autor Novaes
(2007), estas atividades estão ligadas, na sua essência, às operações militares. Ao decidir
avançar com a tropa, seguindo as estratégias militares, era preciso uma equipe
responsável pelo deslocamento de materiais bélicos, viveres, equipamentos e socorro
médico, e estes deslocamentos deveriam ser realizados na hora certa. Neste contexto
surge à logística.
Há muito tempo as empresas necessitam transportar seus produtos para depósitos
e para as lojas de seus clientes, bem como fazer o abastecimento de matérias-primas
para não comprometer sua produção. Com a oscilação do mercado consumidor, é
necessário ter produtos acabados armazenados nos estoques da empresa. Mas mesmo
com toda a importância destas atividades, elas eram consideradas pela empresa
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atividades de apoio, e os executivos acreditavam que essas atividades não agregavam
valor ao produto, sendo encarada como um setor que era apenas um centro de custos,
sem necessidade de criar estratégias e de geração de negócios.
Ballou (1993) associa logística ao estudo e administração dos fluxos de bens e
serviços e da informação que as põe em movimento. Na sociedade moderna, os bens e
serviços não são consumidos onde são produzidos e nem onde se encontram matériasprimas, criando, assim, uma lacuna de tempo e espaço entre matérias-primas e produção
e entre produção e consumo. Cabe às atividades logísticas obter um resultado positivo
entre a distância e movimentação de bens e serviços, de forma eficiente e eficaz. Sendo
assim, a missão é buscar a satisfação do cliente e prover os serviços solicitados por ele,
ou seja, o produto certo que foi pedido, no lugar certo, no momento certo, nas condições
certas e pelo menor custo possível.
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informações que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.
(BALLOU 1993, p.24)
1.2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
Segundo Ballou (1993), a logística é um campo que fascina e que se expande, e
com um alto potencial, mas não era assim há tempos atrás. A logística moderna configura
um novo cenário, mas as suas atividades não são novidade, já eram praticadas nos
primórdios, tais como transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos.
O histórico da logística se configura em três partes: antes de 1950, de 1950-1970 e após
1970.
A fase inicial, que se dá antes de 1950, é definida como um período adormecido,
não tinha uma filosofia que os guiava. As atividades logísticas eram fragmentadas e sua
administração era feita por setores distintos dentro da empresa. Por causa da
fragmentação ocorriam conflitos de objetivos e responsabilidades. O que ocorria era que o
transporte frequentemente era administrado pelo setor de produção; as responsabilidades
dos estoques ficavam com o setor de marketing.
Na fase intermediária, que se dá entre os anos de 1950 e 1970, segundo Ballou
(1993), a logística passa por um período de desenvolvimento, as teorias e as práticas da
logística tem uma decolagem. Esse período era oportuno para novos pensamentos
administrativos e para as condições econômicas, o surgimento e ou avanços das
tecnologias favoreciam o desenvolvimento das atividades logísticas. Alguns fatores foram
condições chaves para o desenvolvimento das atividades, como:
 Alterações nos padrões e atitudes de demanda dos consumidores: alterações
dramáticas na população, a migração da população localizada nas zonas rurais para
os centros urbanos fez com que as atividades de distribuição e estoques fossem
alteradas.
 Pressão por custos nas indústrias: logo após a segunda guerra mundial, seguido
por um período de recessão e uma pressão por lucros por longo período, as empresas
procuravam melhores maneiras de produtividade e rentabilidade de lucro.
 Avanços na tecnologia de computadores: com o decorrer dos tempos, os
problemas logísticos se tornaram mais complexos e essa complexidade precisava ser
tratada por novas tecnologias que surgiram por volta dos anos 50, essa tecnologias
poderiam ajudar na localização nos estoques, como exemplo.
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
Experiência militar: há muito tempo que os militares reconheceram a importância das
atividades logísticas e sua coordenação como aquisição, definição de especificações,
transporte e administração de estoque.
Segundo Ballou (1993), a terceira fase se dá após 1970 e um fato importante
ocorrido nesta época foi a crise do petróleo de 1973. À medida que o preço do petróleo
aumentou rápido demais, o crescimento do mercado começou a diminuir, a inflação
aumentou e a produtividade crescia devagar. O preço do petróleo influenciava no valor do
transporte, a inflação e a competitividade aumentavam os custos com estoques e
manutenção. O controle de custos, produtividade e qualidade do produto oferecido
passaram a ter maior interesse por parte das empresas.
1.3 ATIVIDADES LOGÍSTICAS
Segundo Ballou (1993), uma das responsabilidades da logística é guarnecer os
recursos, maquinários e informações a um menor custo, para que as atividades sejam
sequências na empresa. Mas para que isso de fato ocorra é preciso que o setor de
logística tenha uma visão abrangente da empresa, pois se responsabiliza desde a compra
e entrada destes materiais até os serviços pós venda. Todos os elementos envolvidos nas
atividades logísticas devem ser focados em satisfazer os anseios do consumidor final e
suas preferências. Para que de fato isto ocorra na empresa é necessário conhecer as
necessidades de cada componente das atividades.
O conjunto das atividades logísticas procura agregar valor ao produto, dar agilidade
às demais atividades da empresa, e cumprir os prazos estabelecidos previamente,
agregando valor ao longo de toda a sua cadeia de suprimentos. Sendo assim, as
atividades logísticas buscam interagir todos os setores da empresa de forma efetiva,
interagir com os fornecedores formando parcerias, buscando estratégias para tornar os
processos mais eficazes e menos dispendiosos, reduzindo os custos em toda a cadeia e
satisfazendo o consumidor. Podemos dividir a logística em atividades primarias ou
denominadas principais e atividades secundarias ou de apoio
1.3 1 Atividades primárias
As atividades denominadas primárias são as atividades que contribuem para os
custos maiores das atividades logísticas dentro da organização e são fundamentais para
o desempenho de uma tarefa logística.
De acordo com o autor Ballou (1993), o transporte, por se tratar de uma das mais
importantes atividades logísticas por representar a maior parte dos custos logísticos,
garante a movimentação de matéria primas e produtos acabados e a movimentação em
diversas fases do produto.
Manutenção ou gestão de estoques também são atividades primárias, tendo como
responsabilidade manter os níveis de estoque de matérias primas, produtos em processo
e produtos acabados no menor nível possível, sem que isso comprometa a
disponibilidade aos clientes, ou seja, os clientes precisam ter seus produtos assim que
sejam requisitados. Assim como o transporte, a manutenção e gestão de estoques
também se encontram entre as atividades que mais oneram recursos financeiros, por este
motivo algumas organizações tendem a focar em centros de distribuição, como veremos
mais a frente neste trabalho.
Na divisão das atividades em primárias e secundárias, a atividade de
processamento de pedidos aparece como atividade primária, mesmo que esta atividade
gere menos despesas, mas é considerada tão importante quanto às outras duas, por ser
considerado ponto de partida para as atividades logísticas.
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1.3 2 Atividades secundárias
Conforme Ballou (1993), atividades secundárias ou de apoio são aquelas que dão
suporte para que as demais atividades primárias possam ser realizadas. Estas atividades
geram custos, mas não de forma tão onerosa como as atividades primárias.
A atividade de armazenagem é considerada atividade secundária, e a ela compete
a administração do espaço físico que será necessário para a estocagem dos produtos.
Estão diretamente ligadas às localizações, acomodações físicas e a configuração do
armazém.
O manuseio de materiais, outra atividade secundária, se destina à movimentação
dos produtos internamente e nos locais de armazenagem, toda a parte relacionada à
movimentação de equipamentos para movimentação dos materiais, os procedimentos de
formulação de pedidos, assim como a formulação das cargas de trabalho.
Outra atividade secundária é a embalagem, que tem como função inicial armazenar
e transportar e, em seguida, proteger e conservar o produto. Porém, com o
desenvolvimento das organizações as embalagens acumularam mais funções, tais como
identificar seu conteúdo, a marca do fabricante, e impor o apelo de venda. Manuseio e
armazenagem são influentes quanto à eficiência da embalagem.
A atividade de obtenção e programação de produtos trata da seleção dos
fornecedores dos quais são adquiridos os suprimentos, as quantidades necessárias e
como deverá ser comprado o produto. Já a programação cuida de quanto deverá ser
adquirido dos produtos para que seja suprida a necessidade da produção, também das
quantidades que deverão ser produzidas para atender a demanda.
A manutenção de informação é uma atividade importante para um correto
planejamento e controle das atividades logísticas, pois garante aos clientes produtos e
serviços que satisfaçam as necessidades dos mesmos.
1.4 IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA
De acordo com Dias (2009), dentro das empresas as áreas de produção e
comércio sempre foram vistas com mais importância do que as demais. Porém, com a
crescente competição e a globalização dos mercados, cada vez mais o preço de venda, a
qualidade do produto e sua segurança se tornaram fatores importantes na
competitividade, ou seja, colocar o produto certo, ao menor custo possível, com a
qualidade correta, e em plena segurança ao consumidor final. Toda essa cadeia deve ser
integrada de forma que seus custos não venham a inviabilizar o plano de negócios da
empresa.
Segundo Dias (2009), o sistema de logística deve manter uma integração, desde a
previsão de vendas, o planejamento da produção, a produção e a entrega do produto
final. O bom funcionamento deste sistema faz com que a empresa se adapte às variações
e as restrições do mercado. Para que o sistema logístico seja colocado em prática se faz
necessário o envolvimento na alocação e controle dos principais recursos de uma
empresa, tais como instalações, equipamentos, recursos humanos, matérias-primas e
demais materiais. A logística agrega valor aos processos da cadeia de suprimentos,
aliando seu estoque estrategicamente para gerar vendas.
Conforme Bowersox (2007), a gestão da logística se fundamenta em ter um
desempenho melhor do que os dos concorrentes em relação ao custo-benefício. A criação
e o desempenho da logística são medidos em termos de disponibilidade, desempenho
operacional e confiabilidade do serviço. A disponibilidade consiste em por à disposição o
estoque para atender as necessidades dos clientes e materiais para atender a produção,
porém a regra tradicional é de que quanto maior a disponibilidade desejada, maior será a
quantidade e os custos de estoque. O tempo que se faz necessário para a entrega do
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pedido de um cliente consiste no desempenho operacional, que envolve a velocidade e a
consistência da entrega. Os clientes certamente necessitam de entregas rápidas, mas isto
gera um custo maior às empresas Para obter essa operação sem grandes oscilações as
empresas se concentram na busca da consistência das entregas, para depois buscar
melhorar a velocidade da mesma. E a confiabilidade envolve a qualidade dos serviços
logísticos. Para a obtenção da confiabilidade é preciso identificar e programar a
disponibilidade do estoque e medição do desempenho operacional.
A logística auxilia a busca da minimização dos custos. O custo total inclui todos os
custos necessários para as exigências das atividades logísticas. Tradicionalmente, os
esforços se concentram em minimizar os custos funcionais, como os custos com
transporte. O aprimoramento ajuda no atendimento dos componentes do custo logístico e
também identificar os fatores críticos das atividades que anseiam por melhoria.
Para alcançar liderança em logística é preciso combinar a competência operacional
com o compromisso de atendimento das expectativas e solicitações dos clientes. Um
sistema logístico bem planejado e projetado ajuda na conquista de vantagem competitiva,
a empresa que obtém vantagem estratégica baseada na competência logística estabelece
a natureza do setor em que atua.
2. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO
2.1 CONCEITO
Conforme a 1ASLOG apud Barros (2005), centro de distribuição são armazéns que
tem como principal objetivo realizar a gestão dos estoques das mercadorias na
distribuição física, um recurso produtivo, um elo importante que gera valor ao cliente no
final da cadeia de suprimentos. Além de ofertar serviços tais como armazenagem e
estoque, os centros de distribuição agregam valor ao consumidor final, ofertando serviços
tais como etiquetagem, embalagem e serviços pós-venda, além do auxilio na logística
reversa.
No Brasil há uma enorme carência de projetos de centro de distribuição modernos
e novos. Segundo Vieira (2011), essa carência se expande também para obras que
possam sustentar as necessárias mudanças e análises relacionadas a tomada de decisão
para implementação destas unidades que se tornaram sucesso nas cadeias de
suprimentos. Geralmente, os centros de distribuição recebem cargas consolidadas em
grande número de diversos fornecedores. Estas cargas depois são fracionadas de acordo
com a necessidade de cada ponto de venda, de forma que atenda a demanda de vendas
dos produtos e quantidades e variedades corretas. Com o intuído de atender as variações
da demanda e produção, há necessidade de um estoque que atenda essas variações e
que esteja pronto a suprir a necessidade de consumo e atenda os pontos de vendas. Os
centros de distribuição permitem que acumulem e consolidem produtos de várias fábricas
e de varias empresas que, se combinando, formam uma única carga para os clientes ou
destinos comuns, agilizando entregas de clientes chaves e diminuindo custos com
transportes. Para os clientes tem um ganho com a diminuição dos custos de operações
que são gerados devido ao recebimento de várias mercadorias em um só carregamento,
ao invés de receber cada uma dessas mercadorias em vários carregamentos. Sendo
assim, os clientes pagam menos pelo transporte e ganham em custos de operações para
recebimento.
O principal objetivo dos centros de distribuição é permitir eficiência e agilidade
diante das necessidades dos clientes de uma determinada área de atendimento que
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ASLOG- Associação Brasileira de Logística
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habitualmente são localizados longe da área de produção, melhorando o serviço que a
empresa presta. É manter o estoque a fim de que atenda a cadeia de suprimentos. Sendo
assim, ambos os objetivos se completam buscando uma otimização do serviço prestado
que a empresa oferece ao cliente, facilitando o atendimento com um custo menor na hora
certa e local certo. Com os centros de distribuição se torna mais fácil racionalizar os níveis
de estoque, com o estoque se centralizando num único local permite melhor
acompanhamento e controle das necessidades de reabastecimento.
Os centros de distribuição têm como finalidade principal atender os níveis de
serviços esperados pelos clientes através da redução do tempo de reabastecimento (lead
time), disponibilizando os produtos mais próximos dos pontos de vendas, na localização
geográfica, perto dos principais fornecedores e mercado consumidor, oferecendo
agilidade nos processos de atendimento dos pedidos. Desta maneira, a frequência de
pedidos reduz o volume e minimiza os custos com inventários, que leva à diminuição dos
custos logísticos, proporcionando níveis melhores de serviços, mais competitividade,
aumentando a participação da empresa no mercado e consolidar sua imagem.
Conforme Vieira (2011), para a instalação de um centro de distribuição é
necessário que se levante o montante que será investido, a localização que melhor
atenderá o mercado consumidor, a montagem de um centro de distribuição deve abranger
a totalidade da empresa, focado em manter a coerência de todas as atividades logísticas
e funções da empresa.
2.2 FUNÇÕES BÁSICAS
As principais atividades que envolvem um centro de distribuição, segundo a
ASLOG apud Barros (2005) são: as atividades relacionadas ao recebimento das
mercadorias, a movimentação das mesmas, a sua armazenagem, a separação dos
pedidos, expedição e em alguns casos, a agregação de valores intrínsecos como a
colocação de rótulos, embalagens e a preparação de Kits comerciais e promocionais. A
mercadoria chega ao centro de distribuição pelo fornecedor e poderá ser armazenada
para futura expedição ou poderá ser encaminhada diretamente para expedição, operação
denominada 3crossdocking (com a finalidade de não formar estoque). Quando a
mercadoria é destinada a armazenagem ela é movimentada até o estoque, e ficará até
que seja solicitada pelo um determinado pedido. Posteriormente, será separada e
encaminhada à expedição e levada ao destino adequado.
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2.2.1 Recebimento
De acordo com Rodrigues (2003) o recebimento das mercadorias é o inicio das
atividades dos centros de distribuição. Nesta faz, são conferidas as quantidades se estão
de acordo com as quantidades prescritas nas notas fiscais e romaneios de entrega, e se
estão conforme a qualidade exigida de cada material, e se estão de acordo com as
especificações. Em caso de qualquer problema, seja avaria na embalagem ou diferença
do solicitado com o que será entregue, deve ser sinalizado neste momento, antes que os
produtos entrem no centro de distribuição.
O processo de recebimento se inicia com a chegada do modal e entrada no centro
de distribuição, ao se aproximar da doca, o local onde deverá ser feita a descarga. Após
chegar e estacionar o modal, os materiais devem ser retirados para que possa iniciar a
contagem e a conferência física dos produtos. Alguns centros de distribuição dispõem de
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ASLOG- Associação Brasileira de Logística
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Crossdocking- processo de distribuição onde a mercadoria recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia
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equipamentos que nivelam o caminhão de acordo com o tamanho da plataforma onde
será realizada a descarga e que diminuem eventuais acidentes durante a movimentação
dos materiais.
Com o desenvolvimento de tecnologias da informação (TI), o processo de
recebimento pode contar com a ajuda de ferramentas que coletam dados e leitores de
códigos de barras e evitam erros humanos no processo. Após a coleta dos dados e
registro dos produtos, é indicado pelo sistema o endereço de armazenagem ou áreas das
quais os materiais deverão ser alocados.
2.2.2 Movimentação
As atividades relacionadas à movimentação se iniciam com a descarga do modal
após o recebimento. A movimentação interna do produto é o transporte de pequenas
quantidades dos materiais no armazém, os centros de distribuição devem minimizar a
movimentação com o intuído de não provocar movimentos desnecessários, que
aumentam o risco de dano e ou perda dos produtos.
Existem dois tipos de movimentação interna no centro de distribuição: a
transferência e a separação. A transferência consiste em retirar o material de onde foi
descarregado para onde ficará armazenado e a separação é o ato de tirar o material de
onde foi armazenado e levar para a execução dos pedidos.
Conforme Vieira (2011), para que a movimentação seja feita de forma mais
eficiente deverá ser prevista identificação de ruas, fileiras onde ficarão armazenados
determinados produtos, e demarcadas as colunas verticais de paletes e a posição de
armazenagem, o que leva a uma otimização do tempo em relação à movimentação dos
materiais internamente. O processo de movimentação pode ser realizado através da força
física humana ou através de equipamentos como empilhadeiras ou transpaleteiras
quando são utilizados paletes.
2.2.3 Armazenagem
De acordo com Vieira (2011), para a área dedicada à armazenagem deve-se
procurar a melhor solução relacionada às edificações, ajustar alturas, inclinação do teto, a
resistência do piso e a planicidade do mesmo, que tem que ser de acordo com os
equipamentos de movimentação. Estas variáveis devem ser analisadas na fase de projeto
do armazém e devem estar relacionadas às atividades logísticas.
Armazenagem é a guardada temporária dos produtos que serão destinados à
distribuição. Esses estoques são necessários, pois são eles que equilibram a demanda e
a oferta, mas, no entanto, as empresas tentem a buscar estoques mais baixos que
levariam às empresas a custos menores.
Esta atividade é fundamental na otimização e organização do centro de
distribuição, a armazenagem correta dos produtos deve respeitar suas características
físicas para garantir sua qualidade. A utilização de um sistema pode auxiliar na
adequação da armazenagem, assim como melhorar a utilização dos espaços e dos
recursos das operações, ganhando tempo e economizando mão de obra, que auxiliaria na
separação dos pedidos. As áreas de armazenagem são compostas por estruturas como
porta-paletes, drive-in, estantes e racks, que são separadas por corredores para facilitar o
o acesso aos produtos.
2.2.4 Separação dos pedidos
O processo de retirada do estoque de um produto selecionado relacionado num
pedido se denomina separação dos pedidos. Consiste em coletar no armazém o que foi
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solicitado pelo cliente, corretamente e em quantidades certas. Estes pedidos podem ser
de vendas, no caso de um cliente pedir um produto determinado ou de reabastecimento,
quando é utilizado para atender a demanda da própria empresa. A estratégia é
organizada de acordo com a quantidade de pessoas que são necessárias para a
separação de um pedido, o número de diferentes produtos numa coleta e os períodos
para a organização de um pedido durante um turno.
Na maioria dos centros de distribuição os armazéns ocupam um espaço muito
grande para acondicionar o estoque, sendo assim, a separação dos pedidos nestas áreas
necessitam de um deslocamento muito grande por parte das pessoas, o que levaria a
uma perda de tempo. As estratégias também devem levar em consideração a quantidade
de pessoas responsáveis pela separação de cada pedido, o número total de pedidos, a
quantidade de produtos por pedido e o tempo necessário para a operação.
A separação dos pedidos pode ser analisada por método. Na separação dos
pedidos discretos, cada pedido é separado por uma única pessoa e os produtos são
coletados um por vez. Este método apresenta poucos erros, porém tem baixa
produtividade e um alto gasto com tempo por parte da pessoa. Na separação dos pedidos
por zona uma pessoa separa os produtos de uma determinada zona do armazém e
coloca numa área comum onde o responsável pela outra zona separa o produto
designado àquela zona, sua dificuldade se encontra em balancear a carga de trabalho,
pois algumas zonas possuem diferenças em giros de produtos e de equipamentos de
movimentação. Na separação dos pedidos por lotes os pedidos são acumulados e uma
pessoa vai até o estoque e separa o total de um determinado produto, a produtividade
tem um aumento relacionado ao deslocamento da pessoa, porém este método facilita o
erro na separação e designação dos pedidos.
2.2.5 Expedição
Segundo Rodrigues (2003), a expedição pode ser considerada a última parte das
atividades do centro de distribuição, pois ela se dá pelo carregamento dos produtos nos
modais corretos. Assim como o recebimento se dá de forma manual, assim também
ocorre com a expedição, que possui o auxilio de equipamentos que adequam a doca de
acordo com o transporte para que diminua acidentes na hora do carregamento. Nesse
processo, as embalagens ou unitização da carga reduz o tempo que se utiliza para
carregar o veiculo. A expedição envolve também a atividade de conferência de notas e
pedidos, expedição de ordem de embarque e expedição de passagem da carga e valor do
frete.
Podem-se ter algumas complicações durante as atividades de expedição que
ocorrem por fatores externos e interna e afeta a eficiência da atividade, tais como atrasos
de transportes terceirizados, avarias no transporte próprio da empresa, a emissão da
ordem de separação dos pedidos pode demorar a sair e picos de demanda que foram mal
planejados pela empresa podem causar a falta de sincronia nas operações de
crossdocking.
2.3 LAYOUTS
De acordo com Vieira (2011), o layout do centro de distribuição deve atender as
necessidades e características dos seus produtos e serviços, tais como o volume, peso e
condição de armazenagem, levar em consideração as instalações físicas, o número de
andares e a altura útil do armazém e adequar o layout de acordo com a movimentação
dos produtos e os equipamentos que serão utilizados para a realização da movimentação.
A obediência de um layout bem estruturado e que esteja bem definido, buscando
usufruir de todos os espaços, localizações, condições, acessos e segurança, traz para o
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CD facilidades relacionadas à movimentação dos materiais e um expressivo ganho
relacionado ao tempo. O layout deve ser voltado para a agilidade e preservação dos
materiais, agregando valor ao produto e serviço prestado.
De acordo com Rodrigues (2003), os layouts projetados com maior frequência são
dois: o layout baseado no fluxo e o layout baseado na classificação ABC. Os CDs tendem
a buscar um layout que melhor atenda as suas necessidades e gere vantagem
competitiva, agregando valor ao produto e eficiência nos processos logísticos.
No layout baseado no fluxo os produtos devem ser armazenados em filas, evitando
assim congestionamentos nos corredores, os produtos são recebidos numa ponta do CD,
armazenado no meio destas filas e despachado na outra ponta do CD. O layout baseado
na classificação ABC busca armazenar os produtos de acordo com sua procura e saída e
conforme os cuidados, como a data de vencimento ou valor. Sendo assim, os produtos de
maior giro são colocados na região mais próxima à área designada à separação dos
pedidos, os produtos com giro um pouco menor ficariam na área mais atrás.
2.4 LOCALIZAÇÃO
De acordo com Sá (2009), a localização de um CD é um fator decisivo para que
seja vantajoso manter os produtos ou até mesmo as matérias-primas estocadas, pois o
mesmo deve atender as necessidades da fábrica, dos postos de vendas e do consumidor,
num processo com o menor tempo e com a maior lucratividade possível. O CD com um
desempenho bom devem estar num ponto centralizado do qual consiga atender aos seus
principais mercados na maior agilidade possível e onde encontre mão de obra
especializada e motivada.
A busca por uma localização ótima visa atender às necessidades do mercado e
aprimorar as atividades logísticas num menor tempo possível com custo baixo. A
definição da localização dos CDs é um problema comum devido aos grandes
investimentos que são realizados e retorno que se espera, e por causa do grande impacto
que se tem sobre a localização nos custos logísticos. Os estudos sobre localização são
bastante complexos e com grande volume de informações, as tecnologias têm auxiliado
na interação destas informações e sistemas por toda a cadeia logística, o que facilita na
escolha de um local mais apropriado e que melhor atenda as necessidades do CD.
Conforme Vieira (2011), os CDs devem estar localizados em vias de fácil acesso e
levado em consideração a infraestrutura que será montada, assim como os produtos que
serão armazenados. A localização do CD é importante quanto à qualidade oferecida e a
velocidade operacional. A qualidade dos serviços prestados é influenciada pela
infraestrutura do CD, já que determinados produtos necessitam de armazenagem
diferenciadas.
3. METODOLOGIA
A pesquisa é do tipo descritiva, segundo a classificação de Gil (1989). Para o autor,
este tipo de pesquisa tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno (a organização do Centro de Distribuição da Rede
de Supermercados Casa Avenida) ou o estabelecimento de relação entre variáveis.
Como parte dessa pesquisa descritiva, também será realizada uma pesquisa
bibliográfica em artigos, livros, dissertações e em outras referências, cujo objetivo é
fornecer as bases teóricas atender aos objetivos do artigo.
O método usado neste trabalho foi o de estudo de caso, que conforme Severino
(2007), trata de estudar um caso particular considerado representativo, e seus dados
devem ser coletados e registrados com o maior rigor possível.
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A técnica usada para a elaboração do estudo de caso foi a de entrevista, mediante
a aplicação de um questionário previamente elaborado com perguntas abertas e fechadas
(em anexo), que permitiram que o informante respondesse livremente, utilizando a
linguagem própria e emitindo suas opiniões. Também foi usada a técnica de observação
sistemática, com a visita ao Centro de Distribuição da Rede Casa Avenida, com o objetivo
de conhecer a organização, o processo de recebimento, armazenamento, movimentação,
despacho e transporte das mercadorias no local.
4. ESTUDO DE CASO - CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO CASA AVENIDA
4.1. FUNDAÇÃO E INICIO DAS ATIVIDADES
O início do Grupo Avenida se deu no final dos anos 40, para ser mais preciso em
1947, por Durvalino Binato. Neste período, seu foco foi no comércio de gêneros
alimentícios, louças, ferramentas e miudezas em geral. A Casa Avenida, como o grupo é
conhecido, já atendia consumidores da cidade de Assis e região, com vendas no atacado
e varejo. A empresa cresceu e se modernizou através dos anos acompanhando as
tendências do mercado.
Durante 58 anos, a Rede Avenida ficou sob o comando de seu fundador, o Sr.
Durvalino Binato. Sua capacidade, espírito inovador e visão garantiram a estabilidade da
empresa que hoje conta com de 22 lojas e 6 postos de combustíveis, assegurando
empregos diretos a aproximadamente 1.800 famílias. Após o seu falecimento, em 2006, a
empresa passou a ser administrada por seus filhos, sendo que a direção ficou a cargo de
João Antônio Binato.
Hoje a empresa tem lojas em dois estados: São Paulo (Assis 7, Cândido Mota 2,
Paraguaçu Paulista 1, Maracaí 1, Echaporã 1, Rancharia 1, Ourinhos 3, Presidente
Prudente 1, Tupã 1, Lins 1 e Santa Cruz do Rio Pardo 1) e Paraná (Santo Antônio da
Platina 1 e Bandeirantes 1), firmando-se como pólo regional de abastecimento de gêneros
alimentícios.
4.2. ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS
O CD Casa Avenida está disposto da seguinte forma: a) uma área de recebimentos
de notas, ou seja, uma guarita onde fica a portaria; b) o departamento de faturamento,
onde as notas de fornecedores são lançadas no sistema e onde se dá à saída de notas
para as lojas; c) uma área de espera que fica do lado de fora do CD; d) um pátio de
recebimento de cargas e, e) uma área de armazenamento distribuída em 3 zonas,
Verdurão, Carga Seca e Frios. O Verdurão é onde ocorre o recebimento, armazenamento,
separação e despacho de produtos hortifrúti- granjeiros para as lojas, sendo este mesmo
processo realizado para os produtos de Mercearia e/ou Carga Seca e Frios. Este último é
armazenado em 6 conteiner com sistemas de refrigeração e congelamentos.
Como a rede não possui um setor específico para logística, existe uma integração
entre os seguintes departamentos: COMERCIAL, FATURAMENTO/RECEPÇÃO DE
NOTAS, LOGISTICA REVERSA/TROCA, TRANSPORTE E INFORMATICA (TI).
Para melhor compreensão, primeiro vale ressaltar onde se dá o inicio do processo,
que é o Departamento de Compras ou área comercial, onde surgiu a decisão de se criar o
Centro de Distribuição. Com a rede se expandindo na região de Assis, o departamento de
compras sentiu a necessidade de ter uma área adequada para centralizar grande parte
das mercadorias para suprir as lojas e também ter um aumento no ganho com as
negociações de volumes maiores.
12
É no departamento de compras que se decide qual empresa descarrega direto na loja
e qual descarrega no CD. Mas para isso se faz necessário uma explicação sobre como é
o processo de compras, que está dividido em quatro sistemáticas.
1. Sistemática 1: a loja adquire determinados produtos de FRIOS e CARGA SECA do
próprio CD;
2. Sistemática 10: a loja compra do fornecedor que entrega direto na Loja;
3. Sistemática 11: a loja compra do fornecedor que entrega no CD;
4. Sistemática 20: a loja compra de fornecedor que descarrega a pronta entrega na
loja ou dentro da mesma semana da data da compra sem aval prévio do
comprador da categoria, diferentemente do que ocorre nas sistemáticas 10 e 11,
que necessariamente passa pelo crivo do comprador.
Todo este processo é supervisionado pelos compradores na área comercial e pelo
diretor-gerente do mesmo, pois existe um calendário de compras junto aos fornecedores.
Este processo pode ser semanal, como no caso dos pães industrializados, frios, carnes
congeladas, resfriados e embutidos, ou quinzenais no caso das mercadorias de alto giro.
A compra é mensal e a cada 45 dias para mercadorias de baixo giro, mas sempre levando
em consideração que todos os fornecedores têm produtos de baixo giro.
Depois que é realizado o cadastro do fornecedor e do(s) produto(s) no sistema
RMS, que é o software utilizado pela rede para assessorar todo o processo desde a
entrada, estocagem e saída do produto, inicia-se o procedimento de entrega, direta na
loja ou no CD. Os produtos regionais geralmente são cadastrados na sistemática 10, pois
os fornecedores atendem, somente a loja de sua região. Observa-se que cada fornecedor
oferece um beneficio para ser enquadrado na sistemática 11, pois para o Comercial isso é
fato importante para se abrir uma negociação, e muitos fornecedores optam por
descarregar direto no CD, como Colgate Palmolive, Hipermarcas, Unilever, P e G,entre
outras de menor expressão.
O CD também é utilizado para armazenar produtos de alto giro como algumas
marcas de arroz, feijão, açúcar cristal e refinado, óleo de soja, vinagre, sal, macarrão
espaguete e parafuso, café, papel toalha e papel higiênico, entre outros, principalmente
no final do ano, que se armazena as bebidas típicas desta época.
O fornecedor chega no CD e é recepcionado na portaria, onde é entregue a nota e
são verificados os seguintes dados: origem; destino; fornecedor; guia de transporte se
houver; volume e data da nota. O transportador é dirigido ao local de espera se for
aguardar ou seguir seu itinerário para retornar mais tarde. A nota segue para o setor de
faturamento onde é lançada e confrontada com o pedido expedido pelo Comercial. Se
tudo estiver em conformidade, o próximo passo é o Romaneo, que é o espelho cego para
o recebimento, o entregador confere os volumes com coletores e as informações são
retornadas ao faturamento onde se confronta com a nota lançada. Se todo o processo
estiver dentro do padrão, o caminhão é liberado e as mercadorias são direcionadas para a
armazenagem. O descarregamento é por ordem de chegada da nota, se o fornecedor não
estiver na área destinada perde a vez, porém, pode haver um agendamento prévio do
mesmo com a área comercial, mas esta só é utilizada com cargas perecíveis e produtos
destinados a promoções, que precisarão suprir rapidamente as lojas.
As cargas são unitizadas em paletes PBR e são acondicionados em espaços
específicos nas ruas destinadas para cada categoria. Porém, hoje existe um gargalo no
CD no setor de mercearia, o layout, por existir uma única entrada e saída de mercadorias,
embora facilite a separação para as lojas. Cada loja tem um agendamento de caminhões
e quando se faz necessário abre caminhões extras para determinadas lojas. O mês mais
critico é Dezembro, pelo grande volume de mercadoria que entra no CD.
De acordo com a entrevista realizada, desde o início do ano de 2013 a empresa
vem buscando melhorias no CD, porém, às vezes esbarram em situações que dificultam
13
ou causam certa lentidão na aplicação das soluções no CD. Hoje o CD está organizado
por agrupamentos de categorias, por volumes e um setor de transição de mercadorias.
O procedimento de separação e envio para as lojas segue o seguinte processo:
primeiro o faturamento recebe do comercial o gradeamento das lojas, romaneos e as
notas que são emitidas, seguindo para o CD. Em seguida começa a separação de forma
manual, sendo que só são utilizados equipamentos como empilhadeiras e paleteiras para
a movimentação da carga quando o romaneo pede uma carga que já está fechada. Após
a separação os paletes são enviados para expedição ou já para o caminhão se estiver
esperando. É um processo lento e demorado, pois este gradeamento envolve pedidos da
sistemática 11 e mais negociações que os compradores disparam para as lojas sem as
mesmas pedir. O pedido da sistemática 1 ocorre de forma diferente, só no início, pois o
pedido não vem do comercial, e sim direto de cada loja.
Um dos pontos críticos na organização do CD são as mercadorias obsoletas, que
são redistribuídas para as lojas conforme faturamento e venda das mesmas. O que gera
este ponto crítico é a sistemática 11, quando o comprador acrescenta uma compra a mais
do que os pedidos das lojas, como eles sobram no estoque físico, mas não é enxergado
no estoque do sistema, provocando esta situação. O índice de vencimento de
mercadorias é baixo, porém existe e quando ocorrem estas são destinadas ao
departamento de troca/logística reversa, que junto aos fornecedores observam as regras
de retorno já consolidadas no ato de cadastro do fornecedor e contrato no departamento
comercial. Mas a maior parte da troca/perda se dá por descuido de ação humana, como
manuseio errado do produto e avaria. Falta mão de obra especializada no setor, há
desinteresse por parte do colaborador em aprimorar e reciclar seus conhecimentos
técnicos e práticos. Como o CD depende do departamento Comercial, existe também
falha na comunicação loja – comercial – CD. Outro problema é o gargalo existente no CD
para movimentação de mercadorias. Em função da rede estar se expandindo com a
abertura de novas lojas, a estrutura do CD não está acompanhando, mesmo há algum
tempo atrás as gôndolas tendo sido remodeladas e as ruas do depósito ampliadas.
Este trabalho teve como objetivo analisar como se dá a organização e os
processos de recebimento, armazenamento e despacho dos produtos no Centro de
Distribuição Casa Avenida, identificando pontos críticos e indicando medidas de melhoria.
O CD está localizado em um ponto estratégico para as necessidades de
atendimento das lojas, que se encontram a um raio médio de 150 km de distância. As
lojas mais distantes são Lins/SP - 146 km, Presidente Prudente/SP - 126 km e Santo
Antônio da Platina/PR - 113 km. Estas lojas estão localizadas em pontos extremos.
Tupã/SP, a 103 km é rota para Lins/SP. O CD está próximo à Rodovia Raposo Tavares SP 270 e à Rodovia SP333, fora da área central da cidade de Assis/SP.
Verificou-se no trabalho que, embora o espaço físico tenha passado por uma
reestruturação há alguns anos, modernizando os módulos das gôndolas onde são
armazenadas as mercadorias de carga seca e facilitando a organização das ruas, a
categorização e endereçamento dos paletes com suas respectivas cargas, o espaço físico
para a separação do que sai para as lojas é pequeno para o volume de carga
movimentada. Como há uma doca de entrada e outra de saída, cria-se um gargalo na
expedição das cargas, situação que tem piorado em função do aumento no volume de
produtos nos últimos tempos devido à expansão do número de lojas abastecidas pelo
Centro de distribuição. Outro problema identificado é que, apesar da unitização das
cargas ser realizada de forma manual buscando diminuir avarias nos produtos, estas
acabam sendo danificadas durante o processo de movimentação, em função da má
utilização dos equipamentos e maquinários próprios.
Outro ponto crítico observado surge na sequência do processo de recebimento, a
deficiência em movimentar a carga que está chegando dos fornecedores e já é
14
previamente conferida para dentro do CD, dando vazão mais rapidamente aos produtos
que serão enviados para as lojas ou armazenados no interior do CD.
O maior problema se dá pela logística do transporte e não pela distância entre as
lojas, pois a falta de mão de obra qualificada e a pressa de reabastecimento das lojas faz
com que a carga seja montada de forma inadequada no interior do caminhão, causando
excesso de peso na carga, fugindo das características descritas no próprio caminhão.
Com isso, uma viagem pode ser prolongada por simples fatos que prejudicam a logística
num todo. Como exemplo, Lins está a uma distância de 146 km do CD, horário médio de
percurso de 1h e 50 minutos, com os desvios a rota fica da seguinte forma: 248 km e a
duração da viagem passam para 3h e 15 minutos, pois o trajeto se dá via Assis – Maracaí
– Paraguaçu Paulista – Marilia – Guarantã – Lins.
Foi possível identificar também que além de alguns problemas de distribuição física
no entorno do CD, o primordial é a falta de compromisso do colaborador com a empresa,
que pode ser causada por fatores motivacionais, reconhecimento e da própria falta de
estrutura organizacional. Foi observada no dia da visita que havia cinco funcionários
cumprindo aviso prévio por motivo de demissão, e na ocasião a empresa ainda não tinha
encontrado pessoas para suprir esta falta.
Um ponto forte observado na empresa diz respeito ao processo de recebimento,
que é bem rígido e controlado de forma automatizada, com controles de codificação
rápida e assertiva, o que garante agilidade na liberação dos fornecedores, sem criar
obstáculos que, em boa parte, podem criar atritos entre comprador e vendedor.
Portanto, o Centro de Distribuição é uma parte muito importante no processo
logístico de muitas empresas e organizações, porém, pouco difundido e aplicado no
Brasil. Para as empresas que já possuem CDs, estes podem facilitar e diminuir a distância
entre seus clientes, oferecendo, assim, maior eficiência e agilidade, agregando valor ao
produto ou serviço prestado. Tais aspectos garantem maior competitividade à empresa,
aumentando sua participação no mercado e consolidando sua imagem. Através do CD a
organização também pode alcançar ganhos através de negociações e diminuindo os
custos operacionais de recebimento, armazenagem e estoque nas lojas.
Contudo, se não for bem dirigido, o CD pode se tornar um problema para a
empresa. No caso estudado, os pontos críticos levantados acima podem ser corrigidos de
forma a melhorar todo o processo de abastecimento das lojas. As indicações de melhoria
para a empresa vão desde o oferecimento de treinamento específico para os funcionários
do setor, que envolveria formas de como movimentar e armazenar as cargas para evitar
avarias nas mesmas antes de irem para as lojas, treinamento para a utilização de
empilhadeiras ou a contratação de novos funcionários com qualificação para operarem os
equipamentos de movimentação.
No que diz respeito ao transporte, a sugestão é o treinamento logístico para
redirecionamento da carga nos veículos de transportes para lojas mais distantes. Já foi
adquirido um caminhão Bi-truck para atender as lojas acima de 100 km, o que deve
eliminar o desvio das rotas originais para as lojas, principalmente no caso de Lins/SP. A
aquisição de um software que auxilie na roteirização e distribuição também seria
importante. É preciso orientação na unitização das cargas, principalmente na separação
de gêneros como limpeza e alimentos, a redistribuição adequada das cargas no interior
dos caminhões, a desobstrução do pátio de recebimento e despacho da carga, para haver
uma melhor movimentação.
No que se refere à questão de espaço no CD para a movimentação das cargas,
pode-se aproveitar melhor o espaço físico existente, pois é mal utilizado. Outra sugestão
é a alocação dos frios, que se encontra em duas áreas distintas, em uma área apenas,
também retirando uma pequena ilha no centro do pátio de recebimento. Assim, se criaria
um espaço adequado para a circulação das cargas no CD sem a necessidade de
reformas estruturais e ampliação.
15
Quanto às mercadorias obsoletas que são redistribuídas para as lojas, conforme
faturamento e venda, para melhorar este aspecto uma opção seria modificar a sistemática
de entrada dos produtos, passando da sistemática 11 para sistemática 1, onde estes
constariam no estoque do CD e deixaria de ficar obsoletos e as lojas requisitariam por
necessidade.
5 – CONCLUSÃO
Conclui-se que a partir da metodologia aplicada e com o levantamento bibliográfico
deste trabalho, foi possível observar pontos positivos e negativos confrontando o
conteúdo teórico adquirido ao longo do curso e a prática vivenciada no cotidiano de um
centro de distribuição. Assim, conseguimos atingir o objetivo deste artigo, que foi trazer a
junção dos dois ambientes para o nosso conhecimento, formando uma
interdisciplinaridade para nossa formação acadêmica.
BIBLIOBRAFIA UTILIZADA
Ballou, Ronald H.: Logística empresarial: transporte, administração de materiais e
distribuição física / Ronald H. Ballou; tradução Hugo T. Y Yoshizaki – 1. Ed. – 19.
Reimpr- São Paulo: Atlas, 1993.
Barros, Monica Coutinho: Warehouse Management System (WMS): Conceitos
Teóricos e Implementação em um Centro de Distribuição PUC Rio de Janeiro 2005.
Bowersox, Donald J. Gestão da cadeia de suprimentos e logística/ Donald Bowersox,
David Closs e M. Cooper; tradução de Claudia Mello Belhassof.- Rio de Janeiro: Elsever,
2007 – 2° reimpressão
Dias, Marco Aurélio P.: Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão/
Marco Aurélio P. Dias. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 2009
GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo, Atlas, 1989.
Novaes, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição /
Antônio Galvão Novaes. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 – 10ª reimpressão.
Rodrigues, Gisela Gonzaga / Pizzolato, Nélio Domingues: Centro de Distribuição:
armazenagem estratégica: XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção – Ouro Preto, MG,
Brasil, 21 a 24 de Out. de 2003
Revista supervarejo. anoXIII nº145 Março 2013 pag 54.
Sá, Paulo Ivan Matos: Analise teórica sobre a implantação do sistema WMS em
centros de distribuição- 2009. Centro tecnológico da zona leste, Faculdade de
tecnologia da zona leste.
Severino, Antônio Joaquim, 1941- Metodologia do trabalho cientifico/ Antônio Joaquim
Severino.-23.ed. ver. e atualizada – São Paulo : Cortez, 2007
Vieira, Darli – Projetos de centro de distribuição: fundamentos, metodologia e
pratica para a moderna cadeia de suprimento/ Darli Rodrigues Vieira, Michel Roux- Rio
de Janeiro: Elsevier, 2011
ANEXO
Questionário – Estudo de Caso
Centro de Distribuição – Casa Avenida
Informações iniciais:
16
- Número de lojas da Rede Avenida e localização;
- Número de funcionários;
- Data de fundação da rede e também de abertura das demais lojas;
- Sobre o CD: localização, área total, número de funcionários, se lugar é alugado ou
próprio etc.
1.
A Rede de Supermercado Avenida conta com um Centro de Distribuição?
( ) sim
( ) não
Se a resposta for SIM, quais os objetivos na implantação do CD?
2.
Qual a localização do CD? Quais fatores foram considerados na escolha dessa
localização?
3.
Há quanto tempo foi implantado o CD? Como era antes da sua existência?
4.
Como se dá o processo de Compras da Rede de Supermercado Avenida?
( ) por loja
( ) centralizada
( ) outros. Justifique.
Justificar por que foi escolhido o sistema de compras (centralizado ou descentralizado)
5.
Depois que é efetuada a compra, como se dá o processo de recebimento?
( ) CD
( ) loja
( ) os dois
Explicar passo a passo como se dá este processo de recebimento (seja na loja ou no
CD).
6.
Se a resposta anterior for “os dois”, como são definidos os fornecedores que
descarregarão no CD e os que seguirão para a entrega direta na loja?
7.
(
(
(
(
(
(
(
8.
Qual é a Função do Centro de Distribuição da Rede Casa Avenida?
) Armazenar mercadorias para suprir as necessidades das lojas
) Falta de espaço nas lojas para armazenagem
) Diminuir custos com a gestão dos estoques
) Facilitar o controle dos estoques
) Conseguir descontos nas negociações de volumes maiores
) Centralizar as compras em um só local para reduzir custos de transporte
) Outro. Especificar______________________________________
Qual o custo que o CD representa para empresa?
9.
Quando a empresa observou a necessidade de contar com um Centro de
Distribuição?
10.
A Rede possui um departamento de logística?
( ) sim
( )não
Se a resposta for sim, quais as funções deste departamento?
11.
Se a resposta anterior for não, qual departamento sincroniza os departamentos
envolvidos neste setor?
17
12.
Quantas pessoas estão envolvidas direta e indiretamente com o Centro de
Distribuição?
13.
Quantos e quais departamentos estão interligados ao CD?
14.
Quantas lojas são atendidas pelo CD?
15.
O Centro de Distribuição é só para mercadorias industrializadas?
( ) sim
( ) não
Se a resposta for não, quais os são os outros tipos de produtos armazenados?
16.
A empresa possui softwares no CD aplicado ao controle do estoque e da
armazenagem?
17.
Depois da chegada dos produtos ao CD, qual o critério de classificação para a
armazenagem dos produtos?
18.
Há sistema de codificação destes produtos antes da armazenagem? Se a resposta
for sim, é usado o mesmo código de fabricação do outro ou outro específico da empresa?
19.
Existe sistema de rastreabilidade do produto no estoque, ou seja, a localização dos
produtos no CD está cadastrada em algum software a planilha Excell?
20.
O espaço do CD é considerado adequado para o volume de produtos
armazenados?
21.
O layout do CD é considerado adequado para a movimentação e armazenagem
dos produtos?
22.
Há etiquetas, placas ou qualquer tipo de identificação dos espaços de
armazenagem no CD?
23.
Existem equipamentos para fazer a movimentação e armazenagem dos produtos
no CD? Se sim, quais são? O número de equipamentos é adequado?
24.
É feita a unitização de cargas para a movimentação e armazenagem no CD? Além
do pallet, outro dispositivo é usado? Qual?
25.
Existe um controle da data de validade dos produtos armazenados?
26.
Qual o valor ou percentual de produtos perdidos em função do vencimento da data
de validade?
27.
Há produtos obsoletos no estoque do CD (produtos que ficaram encalhados e não
vendidos)? Qual o percentual?
18
28.
Qual o destino dado aos produtos cuja data de validade venceu antes da venda
(especificar por tipo de produto como é feita a logística reversa. Ex: para lácteos, para
carnes, etc)?
29.
Qual o destino dado aos produtos obsoletos?
30.
Como é passada a informação dos produtos e suas respectivas quantidades das
lojas ao CD?
31.
Explique como se dá o processo de separação dos pedidos e expedição no CD
para serem encaminhados às lojas.
32.
A Logística de Transporte do fornecedor ao CD é própria ou terceirizada?
33.
A Logística de Transporte do CD às lojas é própria ou terceirizada?
34.
Se o transporte for terceirizado, quantas transportadoras possui e quais são ?
35.
Se for frota própria, quantos veículos compõem a frota? Qual a idade média dos
veículos?
36.
A frota existente é suficiente para suprir a demanda da distribuição?
37.
Explique como é feita a distribuição dos produtos do CD para as lojas
(procedimento, frequência das viagens, volume de produtos etc).
38.
A empresa possui algum sistema de ERP para gerir os processos logísticos ?
( ) sim
( ) não
Se a resposta for sim, qual?
39.
Existe Software que auxilia a roteirização e distribuição das mercadorias?
40.
Qual o tempo de espera dos fornecedores para o descarregamento no centro de
distribuição?
41.
Com a existência do CD, as lojas possuem algum estoque? Se sim, de quais
produtos e quais os volumes?
42.
Depois da instalação do CD, o suprimento dos produtos às lojas ficou mais rápido
ou mais lento? Em quanto tempo?
43.
O controle das necessidades de reabastecimento das lojas ficou mais fácil ou mais
difícil com a instalação do CD?
44.
O nível de estoque total (incluindo todas as lojas), se tornou maior ou menor com a
instalação do CD? Em que percentual aumentou ou diminuiu?
45.
A empresa calcula seus custos de armazenagem?
19
( ) sim
( ) não
Se a resposta for sim, como é feito este cálculo?
46.
Há estimativas de quanto (em valor ou em percentual) a empresa conseguiu
reduzir seus custos de armazenagem, estoque e transporte depois da instalação do CD?
47.
Aponte os resultados obtidos pela empresa após a implementação do CD.
48.
Aponte os pontos que ainda devem ser melhorados no sistema de armazenagem e
distribuição da empresa.

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