Janeiro 2015 – no 2244 D.Villela OBSESSÃO NO COMBATE AO

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Janeiro 2015 – no 2244 D.Villela OBSESSÃO NO COMBATE AO
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Janeiro 2015 – no 2244
OBSESSÃO
D.Villela
ainda arraigada em nossa tradição
cristã a ideia de que seria difícil ou
até impossível a comunicação entre
encarnados e desencarnados, suposição
à qual algumas escolas de crença acrescentam esta outra: após a desencarnação
as pessoas permaneceriam em estado de
inconsciência, numa espécie de sono sem
sonhos, de duração indefinida, do qual
despertariam apenas por ocasião do juízo
final, quando iriam para o céu ou para o
inferno. Por isso não fazem preces pelos
mortos, pois seriam inúteis em sua opinião.
O Espiritismo veio desfazer esse
equívoco, demonstrando que, na verdade,
existem contato e interação permanentes
– portanto convivência – entre homens e
Espíritos, interferindo estes, muitas vezes,
de maneira decisiva em nossa conduta
sem que, contudo, percebamos esse fato
ou seja violado o nosso livre-arbítrio, de
vez que a decisão quanto a aceitarmos ou
não essa influência é sempre nossa.
A Doutrina Espírita chama essa atuação invisível de proteção, quando objetiva
o nosso bem, e de obsessão em caso contrário, ao se exercer de forma sistemática
partindo de entidades ignorantes ou perversas.
A obsessão, infelizmente, é um fenômeno muito comum, dada a condição
espiritual deficitária da maioria da humanidade, e suas causas são várias, destacando-se entre elas a vingança por agravos
sofridos durante a existência material, o
vício e a hostilidade sistemática ao bem,
que leva consciências em desalinho, dominadas pelo orgulho, a investirem contra
pessoas e iniciativas que visem à prática
das Leis Divinas.
Partindo de seres invisíveis ao olhar
comum e cuja ação escapa a qualquer
controle material – pois atuam sobre o
É
nosso pensamento e a nossa vontade – a
obsessão se manifesta em todas as latitudes, independentemente de cultura, idade
ou condição social, assumindo, em época
mais recente, as proporções de uma verdadeira epidemia, cuja propagação vem
sendo facilitada pelos modernos meios
de comunicação de massa ao concederem em sua programação largo espaço à
violência, à astúcia vitoriosa ou ao vício
travestido em moda, predispondo milhões
de pessoas à sintonia com a perturbação,
conforme esclareceu o benfeitor espiritual Emmanuel: “Urge, no entanto, não
dar, aos acontecimentos contrários à harmonia da vida, qualquer atenção, além da
necessária. Basta empregar exageradamente a energia mental, num escândalo ou
num crime, para entrar em relação com os
agentes destrutivos que os provocaram”
(“Palavras de Vida Eterna”, psicografia de
Chico Xavier, ed. CEC, capítulo 146).
As autoridades humanas, compreensivelmente, estabelecem dispositivos de
segurança e controle, empregando policiamento para as vias públicas e passaportes
e vistos para impedir a entrada, em seus
respectivos países, de pessoas indesejáveis como traficantes, terroristas ou criminosos. Tais providências, contudo, são
inócuas quanto ao mundo invisível ante o
qual a única salvaguarda contra o mal é
o bem.
◊
“O Livro dos Médiuns” (itens 237 e
245).
NO COMBATE AO
VAZIO INTERIOR
George Abreu de Sousa
E
mmanuel escreveu no prefácio do
livro “Coragem”, psicografado por
Chico Xavier: “Entretanto, para
que obtenhas saúde e paz, afeto e compreensão, liberdade e simpatia, cultura e
trabalho, não prescindes de uma alavanca,
da qual nem sempre te lembras nas
petições à Providência Divina – a
alavanca da coragem, a coragem de
servir e viver.”
A Humanidade,
por séculos, vem sofrendo de uma doença da alma a qual denomina vazio interior. Aparece em todas as épocas, em todos os cantos do mundo, em países de diferentes costumes, nas cidades movimentadas ou nos pacatos vilarejos. Não apresenta correlação com classes sociais, profissões, condições familiares e afetivas.
A exceção, em todos os tempos, são as
crianças que vêm se mantendo protegidas, até que a maturidade lhes indique
suas responsabilidades de Espíritos reencarnados.
Nas sociedades contemporâneas, um
grande número de interatividades surgiu
nos últimos anos. As pessoas, com acesso
aos atrativos tecnológicos oferecidos pelo
progresso, conectam-se através das redes
de dados, usando seus modernos e portáteis computadores ou os seus smartphones. A presença virtual se faz em todos os
cantos do mundo através do Facebook, do
WhatsApp e de outras tecnologias de comunicação. Também estão aí os canais fechados de televisão, o Youtube, a moderna
integração da internet com a TV, o cinema
dentro de casa e outras tantas mídias. As
atividades só aumentam e o tempo parece
que diminui a cada dia.
Essas facilidades aproximam os amigos e potencializam novas amizades. As
notícias chegam, com fotos, quase simultâneas às ocorrências dos fatos, numa interação diária sem precedentes na História
da Humanidade. Os privilégios modernos
aceleram o ritmo de vida de quem deles
dispõem, levando as pessoas a uma sensação de dias mais curtos. Parece um paradoxo, sentir-se vazio e faltar tempo.
É intrigante que pessoas, privilegiadas por usufruírem de tudo que o século
2
XXI oferece, possam sofrer da sensação
de vazio enquanto outras, morando num
lugar ermo, sem acesso a qualquer modernidade tecnológica, possam sentir sua
vida preenchida.
É possível deduzir que o vazio interior não se preenche nem com excesso
de atividades nem com intensa interação
social. Sem encontrar a cura para esse
mal na intensa dinâmica das atividades
materiais, busca-se uma solução na vida
espiritual.
As religiões são alavancas que despertam bons sentimentos. Podem tornar
as pessoas melhores, mas não possuem o
poder de tirar-lhes o vazio. No entanto, é
inegável que muitos encontram nos ensinamentos religiosos a cura definitiva para
o vazio que sentem. Isso somente ocorre
quando percebem e vivenciam os benefícios resultantes do serviço ao próximo.
“Servir”.
As religiões não são as únicas fontes
das quais se pode apreender tão importante questão para a alma. A vida cotidiana
também é uma vida espiritual e vai promovendo seus ensinamentos de várias
formas diferentes: através dos desafios do
casamento, da luta pela educação dos filhos, pelo convívio com os entes queridos
em sua velhice ou doença, na disciplina
do trabalho, enfim, em toda convivência
em que existe uma prestação de serviço
ao semelhante e a seu meio. O “servir”
promove o encontro do Espírito com sua
função no Universo.
Jesus nos apresentou esse ensinamento: “Aquele que quiser tornar-se o maior,
seja vosso servo; e aquele que quiser ser
o primeiro entre vós, seja vosso escravo:
do mesmo modo que o Filho do homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos”
(Mateus, 20: 20-28).
Não existe um trabalho da vida espiritual, de caráter religioso ou não, que
seja capaz de fazer uma pessoa enxergar
a importância e o benefício de servir ao
próximo. É uma compreensão interior somente alcançada com muita observação
e com a necessária maturidade espiritual,
pela utilização da própria vontade, e em
algum momento da trajetória evolutiva do
Espírito.
É servindo que se conhece o milagre
da multiplicação dos recursos e a capacidade de minimizar ou extinguir sofrimentos. Também se percebe a diferença de
ter empregados ou gerar empregos, de se
beneficiar ou gerar benefícios, de ter servidores ou ser servidor. Então, as portas se
abrem aos poderes da alma.
Quanto mais moralmente atrasado é o
Espírito, mais demonstra egoísmo em suas
atitudes e menos se interessa por assuntos
como esse aqui abordado. É mais exigente
na vitória e mais revoltado na derrota. Sente tédio e desânimo, não porque lhe falte o
que fazer, mas por não fazer o que deveria.
A voluntária incapacidade de servir
gera intranquilidade para a alma, reduzindo a sua imunidade física e espiritual,
o que abre campo para os adversários da
saúde orgânica e mental.
Servir ao próximo é o melhor caminho
para aquelas almas que buscam se elevar
em recursos espirituais. Elas aprendem a
não perder tempo se lamentando, nem valorizam eventuais fracassos. Sabem que
cada lamento é precioso tempo jogado
fora, desperdiçando recursos íntimos que
possibilitariam ajudar outras almas que
dependem do seu ânimo e do seu serviço.
Para aquele que serve, nada lhe falta,
tudo lhe sobra. É grato porque vive repleto
de abundância e não lhe faz sentido a escassez. Tem tudo de que precisa, e o que
não possui não lhe faz a menor diferença.
Em nossas preces, sigamos a recomendação de Emmanuel. Vamos nos lembrar
de pedir a alavanca da coragem, a coragem
de servir e viver.
INTERNACIONAIS
Boletim Mensal Virtual
editado pela
Federação Espírita Brasileira
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
Eloy Carvalho Villela
Endereço:
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ESTADOS UNIDOS
O Conselho Espírita Internacional
acaba de lançar a
versão em inglês
da “Revista Espírita”, de Allan Kardec,
correspondente aos meses de
janeiro a março de
2015. Comemorativa aos 150 anos
do livro “O Céu e o Inferno”, além deste
tema aborda assuntos como “Resoluções
do milênio”, “Fitness espiritual”, “Psicologia da paciência”, “Educação afetiva”,
“Felicidade”, “Jesus e Barrabás”, “Infância e sua importância” e “Reencarnação e
os complexos freudianos”.
A versão digital de “The Spiritist Magazine” pode ser lida gratuitamente em
www.thespiritistmagazine.com, onde há
também informações sobre como adquirir
a forma impressa da publicação.
FRANÇA
O
editor
de livros
Maurício
Lachâtre
(18141900), amigo e colaborador de
Allan Kardec, recebeu nos dias 12 e 13
de dezembro uma homenagem especial da
Escola Normal Superior de Paris (foto).
Foi em congresso intitulado “O Bicentenário de um Incomum”, promovido pelo
internacionalmente conhecido professor e
lexicólogo François Gaudin, da Universidade de Rouen.
“O congresso abordou as diversas
facetas da atuação de Lachâtre na França e na Europa do século XIX, e sua influência, em todo o mundo, como editor,
escritor, livreiro, empreendedor, socialista, banqueiro, livre pensador anticlerical,
enciclopedista, republicano, estudioso do
magnetismo e do Espiritismo, contando
com a participação de renomados doutores de todo o mundo especializados nessas áreas” – conta o confrade Paulo Sérgio
Peixoto, de Niterói (RJ), que participou
do evento, do qual também estiveram presentes quatro descendentes de Lachâtre, e
Irene Gootjes, tradutora dos livros da Federação Espírita Brasileira para o francês,
e dos editados em português pelo Instituto
Lachâtre, de Bragança Paulista (SP), para
o francês.
“Dignas de nota, para nós, foram as
abordagens do Lachâtre espírita em meio
a uma plateia e expositores, provavelmente, em sua maioria, comunistas, socialistas
e materialistas” – acrescenta Peixoto.
As abordagens foram feitas pela
professora e escritora Nicole Edelman,
da Universidade de Nanterre, que falou
sobre a revista espírita “O Mundo Invisível”, publicada por Lachâtre em Paris,
no ano de 1868; e por Alexandre Rocha,
colaborador da editora espírita Instituto
Lachâtre, que falou sobre a razão de escolher o nome do conhecido livreiro para patrono da instituição e sobre o lançamento,
no Brasil, do livro “O Espiritismo – Uma
Nova Filosofia”, de Lachâtre, no bicentenário do seu nascimento.
O evento também contou com lançamento de uma biografia, em francês, de
3
Lachâtre, escrita pelo professor Gaudin, a
qual será lançada em 2015 no Brasil pelo
próprio Instituto Lachâtre, assim como
“Espiritismo – uma Nova Filosofia”.
NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
BENEFICÊNCIA, ATÉ O FIM
A atitude de
um multimilionário chinês
sensibilizou
o mundo, ao
demonstrar o
quanto é possível compartilhar daquilo que tantas vezes
nos sobra com outros a quem até o básico
falta. Xiong Shuihua, de 54 anos, tornou-se um bem-sucedido empresário do ramo
da construção e do comércio e produção
de metais, fazendo grande fortuna. E, ao
invés de esquecer o passado humilde,
como muitos fazem, regressou à terra natal para ajudar aos que viviam na pequena aldeia de Xiongkeng, na província de
Jiangxi, no sul da China, onde nasceu. No
local, que, por décadas, não foi mais do
que um conjunto de casas de madeira e
caminhos enlameados, construiu um complexo habitacional com 72 moradias, assegurando ainda refeições diárias às famílias
mais carentes.
“Ganhei muito dinheiro com o qual
não sabia o que fazer e não quis esquecer
as minhas raízes. Sempre paguei as minhas dívidas e queria ter a certeza de que
as pessoas que ajudaram, a mim e à minha família quando eu era criança, seriam
recompensadas” – contou o empresário à
imprensa local, conforme informou o jornal online “Observador” (http://observador.pt), de Portugal.
*
Muita gente acredita ser preciso grandes recursos para dar início às boas obras
no mundo, como fortuna acumulada ou
tempo de sobra. Mas, na realidade, podemos, onde estamos e como estamos, oferecer um tantinho do que temos aos outros,
ainda que palavras e amizade e um pouco
de boa vontade. É o que nos mostra André Luiz na página intitulada “Até o fim”,
parte do livro “Estude e Viva” (ed. FEB),
escrito em parceria com Emmanuel e psicografado da mesma forma pelos médiuns
Chico Xavier e Waldo Vieira.
“Já sentiu você o prazer de ajudar alguém, sem interesse secundário, de modo
absoluto, do início ao fim da necessidade,
presenciando um sucesso ou uma recuperação?
[...] Já refletiu na importância inavaliável de um serviço sacrificial sustentado
em benefício de outrem, do princípio ao
remate, sem pedir ou esperar a admiração
de quem quer que seja?
Só aqueles que já passaram por essas
realizações conseguem julgar a pureza da
euforia e a originalidade da emoção que
nos dominam, ao cumprirmos integralmente os deveres assistenciais do começo ao acabamento, sem a mínima ideia de
compensação” – diz o benfeitor espiritual,
ressaltando, logo a seguir, que ocasiões
não faltam, já que ombreamos, diariamente, com multidões de doentes, desabrigados, famintos, nus, obsessos e desorientados.
“Quando inconformidade ou monotonia lhe desfigurem a paisagem interior,
dinamize o seu poder de auxiliar. Semeie
sacrifícios e colha sorrisos. Dê suas posses e receba a alegria que não tem preço.
Tome a iniciativa de oferecer a sua hora e
outros virão espontaneamente trazer dias e
dias de apoio ao trabalho em que você se
empenhou. Experimente. Desencadeie a
causa do bem e o bem responderá mecanicamente com os seus admiráveis efeitos.”
LIVRO É NOTÍCIA
FÉ E VIDA
A Federação Espírita Brasileira
(FEB) e o Centro
Espírita
União
(CEU)
fizeram
uma
parceria
histórica com o
objetivo de dinamizar ainda mais
a publicação das
obras de Francisco Cândido Xavier. O primeiro
fruto dessa parceria é o recém-lançado “Fé
e Vida”, livro inédito da lavra mediúnica
de Chico Xavier, com mensagens de Emmanuel e poesias e textos de diversos outros benfeitores espirituais, recebidos pelo
médium mineiro entre os anos de 1936 e
1989.
“Os direitos licenciados pelo CEU à
FEB têm a duração de 20 anos e incluem
ainda mais um título inédito, o livro Verdade e Amor, além de 65 reedições a serem
publicadas a partir de 2015” – informa a
direção da FEB, que no início de dezembro se reuniu com dirigentes do CEU na
sede daquela instituição, em Jabaquara
(SP), para o lançamento da obra.
O livro traz mensagens de grande
beleza e conteúdo espiritual, como se observa nesta pequenina intitulada “Escolhidos”, uma das 15 de autoria de Emmanuel
no livro:
“Todos somos chamados para a construção do bem de todos, segundo as Leis
de Deus. Muito fácil reconhecer os escolhidos. Os irmãos que recusam trabalhar
permanecem chamados. Compreendendo-se que a Justiça divina ignora privilégios,
todos aqueles que se decidem a servir são
escolhidos por efeito da própria escolha.”
Os poemas dão um toque especial
à obra, como este, intitulado “Palavra e
vida”, assinado por Maria Dolores e cuja
primeira estrofe apresentamos a seguir:
“Não desprimores, nem firas/ O coração que te escuta,/ Às vezes, em febre e
luta,/ Na provação em que jaz;/ Pelo recurso da voz/ Que instrui, conforta e elucida,/ Deus te deu na luz da vida,/ O dom
de fazer a paz.”
Destaque especial também para as
trovas, muitas delas combinando bom humor e ensinamentos de elevado teor, como
esta de Cornélio Pires:
“Quem quer sempre a vida mansa,/
Eis o aviso que interessa:/ - Para aquele
que descansa,/ A morte vem mais depressa.”
“Construção do amor”, “O problema
da paz”, “Oração das crianças”, “As provações coletivas”, “História de um coração maternal”, “Lembrando Eurípedes”,
“Abrigo”, “Visita fraterna”, “Razões para
os serviços da desobsessão”, “Convidados difíceis” e “Perseverança e amor” são
alguns dos demais textos que compõem
o livro, que traz ainda entre seus autores
espirituais nomes como Casimiro Cunha,
Eurípedes Barsanulfo, Irmão X, Jésus
Gonçalves, João de Deus, Maria Dolores
e Meimei.
“Fé e Vida” tem 30 capítulos, 124
páginas e 14x21cm. Pode ser adquirido
por apenas R$16,00 na Livraria Virtual da
FEB: www.feblivraria.com.br.
MARLENE NOBRE
Desencarnou na
manhã de 5 de
janeiro, no litoral
norte paulista, aos
77 anos, a médica Marlene Rossi
Severino Nobre, devido a um enfarte. Estava com a família em Ilha Bela e retornaria no dia 6 para a capital São Paulo.
Marlene Nobre nasceu em 1937 em berço
espírita, na cidade de Severínia, no interior do Estado de São Paulo. Cursou medicina na Faculdade Federal do Triângulo
Mineiro entre 1957 e 1962, a partir do que
passou a integrar o movimento espírita de
Uberaba e ter contatos mais diretos com
Chico Xavier, de quem se tornou amiga
pessoal. Casou-se em 1964 com o advogado, político, jornalista e professor José
de Freitas Nobre, figura bastante querida
nas lides espíritas, que desencarnou em
1990, aos 68 anos, vítima de câncer, e com
quem teve dois filhos. Com ele, fundou o
jornal “Folha Espírita”, do qual se tornou
4
diretora-presidente. Em 1968, participou
da criação da Associação Médico-Espírita
(AME) do Estado de São Paulo, da qual foi
a primeira-secretária e, depois, presidente,
até o ano 2000. Por orientação do Espírito Dr. Bezerra de Menezes, transmitida
através de Chico, esforçou-se por aglutinar as AMEs já criadas na AME-Brasil,
que nasceu em 1995 durante o terceiro
congresso de medicina e espiritualidade
que promoveram. A AME-Internacional
surgiu em 1999, fruto de parceria entre
espíritas do Brasil, Argentina, Colômbia,
Guatemala, Panamá e Portugal, a qual
hoje também congrega a AME-Estados
Unidos, a AME-Cuba, a AME-Suíça, dentre outras. Além de conferencista, a dra.
Marlene, como era também conhecida,
escreveu diversos livros. Alguns deles são
“A Obsessão e suas Máscaras”, “O Passe
como Cura Magnética”, “A Vida contra o
Aborto”, “Não será em 2012!” e “Chico
Xavier, meus Pedaços do Espelho”, lançado no final do ano passado pela FE Editora, ligada à “Folha Espírita”.
Marlene Nobre fundou ainda na capital paulista o Grupo Espírita Cairbar
Schutel, e em Diadema (SP) o Lar do Alvorecer, instituições que presidia.
Desde abril, a AME-Brasil, na pessoa da dra. Marlene Nobre, integrava o
Conselho Nacional de Entidades Especializadas da Federação Espírita Brasileira
(FEB). Em seu portal na internet, ao noticiar o passamento da já saudosa companheira, a FEB enalteceu sua dedicação à
causa da divulgação do Espiritismo pelo
mundo. Em dezembro, o SEI estampou
em sua primeira página artigo da dra.
Marlene com o título “O que o Cristo espera de nós”, que pode ser lido em www.
boletimsei.org.br/?wpfb_dl=455.
O velório aconteceu na manhã do dia
6 de janeiro no Funeral Home, no bairro
Bela Vista da capital paulista. O enterro
foi às 10h do dia seguinte, no Cemitério
do Araçá, no Pacaembu.
MOVIMENTO ESPÍRITA
MONUMENTO A ALLAN KARDEC
A cidade de Vitória da Conquista,
a terceira maior da
Bahia, inaugurou
em 7 de dezembro
monumento em homenagem a Allan
Kardec, o Codificador do Espiritismo.
O evento ocorreu
após o Encontro
Municipal de Trabalhadores Espíritas. A obra foi concebida
pelo artista Allan de Kard e está na entrada da futura Avenida Allan Kardec, próxima ao condomínio Portal do Sol.
ESPERANTISTAS-ESPÍRITAS
SE ENCONTRARÃO NO RIO
O 8o Encontro Brasileiro
de Esperantistas-Espíritas
acontecerá nos
dias 27 e 28
de janeiro na cidade do Rio de Janeiro,
com o tema central “Esperanto – Porta
para a Confraternização Humana”. Dentre
outros, participará do encontro como expositor o diretor do departamento de Esperanto da Federação Espírita Brasileira
(FEB), Affonso Soares. A organização é
da Associação Brasileira de Esperantistas
-Espíritas em parceria com a FEB. Outras
informações, pelo e-mail baesbrazilo@
gmail.com.
SEDE HISTÓRICA RELEMBRA DIAS
EM QUE ABRIGAVA PRESIDÊNCIA
A presidência
da Federação
Espírita Brasileira (FEB),
que
originalmente era
exercida
no
Rio de Janeiro, passou para a nova sede em Brasília
no dia 2 de janeiro de 1984, quando se
comemorava o centenário da instituição.
Mas quem visitou entre os dias 1 e 6 de dezembro de 2014 a sua Sede Histórica, no
Rio, hoje uma seccional, pôde relembrar
um pouco daqueles tempos e também ter
a chance de conhecer mais de perto o presidente da instituição, Antonio Cesar Perri
de Carvalho que, nesse período, transferiu
simbolicamente a presidência da casa de
Brasília para o Rio.
Na companhia da diretora Célia Maria
Rey de Carvalho, esteve presente nas reuniões e atividades desenvolvidas no prédio
inaugurado em 1911, incluindo reuniões
de preces, estudos e cursos, atividades assistenciais, de evangelização da infância,
a livraria e o tradicional Grupo Ismael, de
estudos evangélicos.
Participou ainda de reunião com os
diretores e membros do conselho fiscal residentes no Rio, inaugurando-se a reforma
de sala para atendimento da diretoria e da
presidência; festividade de encerramento
das atividades do Departamento de Assistência Social; confraternização de final de
ano dos funcionários e palestra de Marisa
Priolli sobre os 80 anos de desencarnação
de Humberto de Campos, à qual também
compareceram Cláudia Bonmartin, representante do movimento espírita francês, e
Humberto Portugal Karl, diretor do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro
(Ceerj). Cesar Perri também recebeu a visita de confrades da cidade e do Ceerj.
NOVO LIVRO DA FEB
“Da Manjedoura a Emaús”, do
escritor Wesley
Soares Caldeira,
está entre os novos lançamentos
da Federação Espírita Brasileira
(FEB). Faz uma
abordagem aprofundada da vida
de Jesus, em que
cenário humano chegou sua mensagem e
exemplificação, como foram seus primeiros anos e seus laços de família, se teve
discípulas, como combateu pacificamente
os desacertos religiosos de seu tempo e renovou a lei antiga, entre outros enfoques.
O livro tem 316 páginas, 16x23cm e custa
R$24,00.
Mais detalhes, em www.febeditora.
com.br/damanjedouraaemaus.
CONFERÊNCIA NO PARANÁ
De 13 a 15 de
março acontecerá em Pinhais
(PR) a 17a Conferência Estadual Espírita. O evento girará em torno do
tema “O Céu e o Inferno – A Justiça Divina segundo o Espiritismo” e contará com
a participação dos expositores Alberto
Almeida, Divaldo Pereira Franco, Haroldo Dutra Dias e Sandra Borba Pereira. O
local de realização é o Expotrade, na Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel,
10.454. Outros detalhes, com a Federação
Espírita do Paraná, que promove o evento.
Site www.feparana.com.br e telefone (41)
3223-6174.
CONGRESSO NO DF
“Evangelho – fraternidade e paz” é
o tema escolhido
para a terceira edição do Congresso
Espírita do Distrito Federal, que
acontecerá de 17
a 19 de abril no
Centro de Convenções Ulysses
Guimarães, espaço dos mais conhecidos em Brasília. Entre os expositores estarão Alberto Almeida e Haroldo Dutra Dias. Para participar
do congresso, vale ressaltar, é preciso
fazer a inscrição previamente. A organizadora, a Federação Espírita do Distrito
Federal, criou um site com todas as informações sobre o evento. O endereço é
http://3congressoespiritadf.wordpress.
com.

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