APALAVRA 30 de novembro.pmd

Transcrição

APALAVRA 30 de novembro.pmd
Chegou a segunda edição da Revista da APA
Exclusiva para associados. Passe na sala da APA e receba o seu exemplar
Rua Senador Dantas, 117
salas 606/607 - Centro
Rio de Janeiro-RJ
CEP: 20.031.911
site: www.apabndes.org.br
Jornal da Associação dos Empregados
e Empregados-Aposentados
dos Patrocinadores e/ou dos
Participantes da FAPES/BNDES
Ano XIII – edição 165– 30 de novembro de 2015
Tony Carvalho
Está chegando a hora
16 de dezembro no Clube Ginástico Português
Reprodução
C
ontagem regressiva
para mais uma animada festa de fim de ano
que a Diretoria Social da APA
está organizando no maior capricho. Além de brindar a chegada de mais um ano, o evento também fará uma homenagem aos aniversariantes do
segundo semestre.
A festa será dia 16 de dezembro (quarta-feira), a partir
das 19 horas, no Clube Ginástico Português (Av. Graça Aranha, 187).
Será uma excelente oportunidade de reencontrar os colegas, colocar o papo em dia,
enquanto saboreia deliciosos
quitutes, acompanhados de
vinhos, cerveja e prosecco. E
O presidente da UNIDASPREV, Reinaldo Rocha, e a diretora Sônia Celli durante
seminário interno: em pauta, o futuro dos planos de previdência complementar
UNIDASPREV realiza seminário
ainda dançar ao som da Orquestra Bianchini, embalado
por músicas maravilhosas.
É hora de confirmar sua pre-
sença: as inscrições podem ser
feitas na secretaria da APA,
com Ricardo (2262-2726 –
ramal 5).
Associado .................................................. R$ 70,00
Dependente ............................................... R$ 80,00
Convidado .................................................. R$ 100,00
Aniversariante do 2º semestre ....... cortesia
Haverá vans saindo de Niterói (antigo Cine Icaraí)
e da Barra (Praça do Ó), ao preço de R$ 30,00.
Comitê da Cidadania promove Campanha de Natal
Como ocorre todos os
anos, o Comitê da Cidadania está promovendo mais
uma campanha de Natal solidário. Os interessados podem participar doando alimentos não perecíveis, material de limpeza, artigos de
higiene pessoal, roupas ou livros de ficção. Pontos de en-
trega: Edserj (térreo e garagens); Ventura (térreo).
A União Nacional das Entidades Associativas e dos Titulares de Planos de Previdência Complementar promoveu
um seminário interno com o
objetivo específico de buscar,
junto com as entidades associadas, uma visão de apoio às
iniciativas de defesa dos interesses dos membros de planos de previdência complementar com suporte na legislação da justiça comum. “Recentemente, tivemos uma decisão, no STF, em que ficou
direcionado para a justiça comum toda a discussão sobre
as relações ligadas à previdência complementar. Essa nova
visão é obrigatória por força
desse acórdão do STF e precisamos verificar quais os novos caminhos que se abriram
para buscarmos as demandas
conclusivas e de interesse comum das Associações”, afirma Reinaldo Rocha, presidente da UNIDASPREV.
O desembargador Sérgio D’Andréa
falou de aspectos jurídicos na relação
entre participantes, patrocinadores e
planos de previdência complementar
O seminário contou ainda
com um enfoque conceitual e
jurídico do desembargador
Sérgio D’Andréa Ferreira, que
abordou, sob o ponto de vista
jurídico, aspectos da natureza
contratual da relação entre
participantes e a instituição de
previdência complentar fechada. Representando a APA, esteve presente o presidente da
entidade Luiz Borges.
Ano XIII – edição 165
Associação dos Empregados e
Empregados-Aposentados dos
Patrocinadores e/ou dos Participantes
da FAPES/BNDES
Diretoria
Conselho Deliberativo
Presidente
Luiz Ferreira Xavier Borges
Presidente: Antonio Cabral Correia
Elizio Damião Gonçalves de Araújo
Luiz Alfredo Café
Mauro Bottino
Marcio Augusto Verde
Rui de Castro Celani
Sebastião Bergamini Junior
Vice-Presidente
Lucimar da Silva Fernandes
Diretor Jurídico
Geraldo José Santos Borges
Adjunto
Hamilton de Mesquita Pinto
Diretor Financeiro
Antonio Miguel Fernandes
Adjunto
Lucimar da Silva Fernandes
Diretor Administrativo
Nilson Batista dos Santos
Adjunto
Rui Barbosa de Oliveira
Diretora Social
Madeilene Perez de Carvalho
Adjunto
Maria da Glória de Assis Abreu
Diretora de Apoio Assistencial
Suely Domingues Canero
Adjunto
Nelly Toffano Costa
Diretora de Apoio a Pensionistas
Denise Rosine de Azevedo Santos
www.apabndes.org.br
e-mails:
[email protected]
[email protected]
PABX: (21) 2262-2726
Presidente: Orlando Z. de Oliveira
Elpídio Coimbra
Lucimar Ramos Fortunato
Suplentes
Luiz Eduardo Cunha Mello
Maria Celia Vieira Louzada
Vera Lucia Martins Barreto
Conselho Editorial
Luiz Ferreira Xavier Borges
Geraldo Borges
Lucimar Fernandes
Nilson Batista dos Santos
Suely Canero
Jornalista
Tony Carvalho - RJ 23265-JP
Revisão
Suely Canero
Projeto gráfico e
diagramação
Tony Carvalho
Impressão
Monitor Mercantil
Tiragem
2.000 exemplares
Periodicidade
Quinzenal
e-mails
[email protected]
[email protected]
que nos deixou
AAPA comunica, com
pesar, a perda da colega:
Aos familiares, os nossos
sentimentos.
Participe das
atividades
desenvolvidas
pela APA
2
2ª parte: obrigações atuariais
Sebastião Bergamini Junior *
Conselho Fiscal
As opiniões nos artigos assinados e nos anúncios são de inteira
responsabilidade de seus autores.
Tania Maria Viard Rangel,
aposentada da Fapes,
em 22/11/15
38. Sustentabilidade do PBB
A Diretoria
Jurídica
da APA
trabalha para
garantir os
seus direitos.
A
queda estrutural dos
rendimentos dos investimentos e a constituição de crescentes reservas
para lastrear os benefícios são
os fatores relevantes interrelacionados que ameaçam a
sustentabilidade do Plano Básico de Benefícios – PBB gerido pela FAPES. Este artigo
analisa a sustentabilidade do
PBB na ótica das obrigações
atuariais contempladas em seu
regulamento.
A análise pelo lado dos ativos garantidores do PBB, realizada no artigo anterior, revelou que a rentabilidade dos
investimentos não foi satisfatória no passado recente, o
que contribuiu para o desequilibrio do Plano: no início de
2013 a situação do PBB era
superavitária em R$ 782 milhões, revertendo para uma situação deficitária de R$ 2.491
milhões em setembro do corrente. Entre janeiro de 2013 e
setembro de 2015 o desempenho médio das entidades fechadas de previdência complementar – EFPCs foi medíocre, ficando em 17,76%
no período, comparativamente à meta atuarial média para
todo o setor de 37,34%. Para
o PBB a rentabilidade acumulada foi de 12,50% comparativamente à sua meta atuarial
específica de 41,77%, representando no período em tela
um desempenho abaixo da
média setorial em 5,2 pontos
percentuais.
A pergunta que fica: qual seria a situação do PBB caso sua
meta atuarial tivesse sido atingida? Com base em um exercício simplificado utilizando
médias anuais dos saldos dos
investimentos, dos retornos
efetivos expressos nas demonstrações e dos retornos
projetados com base nas metas atuariais de cada ano, se
apuraria geração adicional de
recursos da ordem R$ 2,1 bilhões. Este volume é substancial, mas ainda inferior ao atual déficit do PBB, situado na
faixa de R$ 2,5 bilhões, o que
permite inferir duas coisas: (1)
a obtenção de uma rentabilidade extraordinária, equivalente à meta atuarial visada
pelo PBB, não cobriria a atual
situação de desequilíbrio do
Plano; e (2) a baixa rentabilidade dos investimentos dos
períodos recentes contribuiu
para dar transparência a problemas relativos às obrigações
atuariais e que têm origem na
estruturação do Plano e nas
mudanças demográficas de
longo prazo.
Pelo lado dos beneficios o
PBB reúne caracteristicas generosas, contemplando cinco
benefícios de complementação, alem do pecúlio por morte: complementações de aposentadoria, de pensão, de auxílio-doença, de auxílio-reclu-
são e de abono anual (décimo-terceiro benefício). No final de 2014 eram 3.103 participantes ativos comparativamente aos 2.111 assistidos,
estes últimos beneficiados em
termos de dispêndios do Plano pelas complementações de
aposentadoria (82,5%), de
pensões (16,4%) e de auxíliodoença (1,1%). A maturidade
do plano já era acentuada em
2010, quando, então, as contribuições coletadas representaram 71% dos beneficios, índice que caiu para 48% em
2014, o que revela a crescente importância dos rendimentos dos investimentos no custeio dos beneficios.
A paridade do benefício do
participante assistido com os
proventos do participante ativo está formalmente assegurada no Artigo 38 do Regulamento do PBB, que determina que “a renda global (do assistido) será reajustada nas
épocas e proporções em que
for concedido reajuste ou modificação geral dos salários dos
empregados do respectivo
patrocinador, de modo a assegurar proventos equivalentes aos salários que os participantes manteriam se em atividade estivessem, na posição
funcional da data de início do
benefício”. Para que a regra de
paridade do beneficio seja efetiva é necessário que o plano
de custeio do PBB seja com-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ano XIII – edição 165
patível no longo prazo com
dois vetores: o fator G de crescimento das reservas que lastreiam os beneficios e a longevidade da massa de participantes, detalhados adiante.
O custeio do PBB se baseia
em uma contribuição inicial feita sob a forma de joia, em tese
para equalizar direitos e obrigações dos novos entrantes
com relação aos participantes
antigos, e de contribuições ordinárias vertidas de forma diferenciada pelos participantes.
Para o participante ativo será
o produto da aplicação dos
seguintes percentuais: 1% sobre o salário-de-participação;
mais 3% sobre a parcela do
salário-de-participação que
exceder a metade do limite
máximo do salário de benefício fixado pela Previdência
Social; e mais 5% sobre a parcela do salário-de-participação que exceder o limite máximo do salário de benefício
fixado pela Previdência Social. Para o participante assistido será uma contribuição
de 5% incidente sobre o salário-de-participação. O custeio do Plano é complementado pela contribuição ordinária
vertida de forma paritária pelos patrocinadores.
O cumprimento do Regulamento do PBB no sentido de
manter a paridade do beneficio implica no reconhecimento de uma taxa de crescimento na constituição das reservas matemáticas, conhecida
em finanças como fator G, que
vem anualmente dimensionada
nos relatórios anuais da FAPES, estando no patamar de
3,14% ao ano para o segmento técnico e de 2,83% ao ano
para o segmento de apoio, resultando em uma relativamente elevada taxa média real de
crescimento das reservas que
visam assegurar o pagamento
dos beneficios, à qual deve ser
adicionado o crescimento inflacionário. Nesta linha, a regra explícita da paridade de
beneficios que está inserida no
Regulamento do PBB torna
inaceitável possíveis argumentos de que eventuais aumentos reais de salários concedidos aos participantes ativos
teriam sido repassados indevidamente aos participantes
assistidos sem o respectivo
custeio, ou seja, é incorreta a
tese de que os participantes
assistidos estejam sendo beneficiados em detrimento dos
participantes ativos. Na verdade, o que vem ocorrendo é
exatamente o contrário, com
a administração do patrocinador aumentando os proventos
dos ativos via pagamento de
participação nos lucros e resultados – para os quais os assistidos não tiveram e não têm
acesso – e, desta forma, quebrando maliciosamente a regra
de paridade dos beneficios.
Desde 1º de outubro de
1978, quando a legislação
aplicável aos fundos de pensão fixou idade mínima de cinquenta e cinco anos para usufruto dos beneficios pelos participantes, independentemente
do gênero, que se mantém o
mesmo patamar de exigência
de idade, apesar do aumento
da longevidade da população
em geral e dos beneficiários do
PBB em particular. Portanto,
há trinta e sete anos que vigora a mesma idade mínima, sendo que neste período as tábuas de vida utilizadas para o
cálculo das obrigações atuariais foram periodicamente atualizadas em razão do aumento
da expectativa de vida, que
entre 1980 e 2013 aumentou
para a população brasileira em
geral em doze anos, passando
de 63 anos para 75 anos (fonte: IBGE). Note que funcionários da iniciativa privada e de
empresas estatais ainda não
são alcançados por exigência
de idade mínima para se aposentarem.
Os percentuais de custeio
do PBB se revelaram adequados no passado, mas atualmente estão defasados por
dois motivos: (1) por minimizar os efeitos exponenciais de
um fator G da magnitude de
3% ao ano, que acarreta a necessidade de constituir reservas matemáticas adequadas
para manter paridade do beneficio no longo prazo; e (2)
por desconsiderar os efeitos
do aumento da longevidade,
uma vez que os percentuais de
custeio se mostram defasados
pela inconsistência matemática decorrente do aumento do
período fruitivo dos benefícios com a manutenção de um
período acumulativo relativamente fixo. A subestimação do
custeio do plano não infringiu
nenhuma orientação normativa, pois as diretivas do órgão
regulador são omissas sobre
os temas. A neutralização dos
efeitos da subestimação do
custeio do plano de modo a
não afetar o fluxo de pagamentos dos beneficios no futuro
depende de dois vetores, sendo um controlável (majoração
do plano de custeio) e outro
não controlável (obtenção de
rentabilidades extraordinárias
para os investimentos).
A percepção da defasagem
do custeio em decorrência do
fator G e do aumento da longevidade pode ser corroborada por um cálculo financeiro
singelo (para horror dos atuários, que desprezam este tipo
de simplificação), baseado nas
seguintes premissas: (a) pagamento de benefícios de complementação de aposentadoria somente aos participantes
(se excluindo outros benefícios, como pagamento de pensão a dependentes); (b) beneficiário: indivíduo que ingres-
sou no plano aos 22 anos, contribuindo por 35 anos, se aposentando aos 57 anos e sobrevivendo até os 82 anos (expectativa de vida média expressa pela tábua de mortalidade ATT 2000, utilizada pelo
nosso PBB), resultando na
fruição de benefícios por 25
anos; (c) crescimento da massa salarial na base de 3% ao
ano; (d) período de acumulação de 35 anos de contribuição na base de 8% do salário-base e, depois de aposentado, contribuição de 5% sobre o beneficio, ambos com
aporte paritário do patrocinador; e (e) período de fruição
de 25 anos com paridade de
benefícios com participantes
ativos.
Este cálculo rudimentar indica que a taxa de retorno que
equilibra o fluxo de caixa é
superior a 8,2%, nível acima
do crescimento da massa salarial ao qual se deve adicionar a recomposição inflacionária. No cenário atual a taxa de
retorno nominal global dos investimentos necessária para
dar sustentabilidade ao plano
seria de quase 23% ao ano,
nível que se afigura inviável em
economias estabilizadas.
Ao considerar somente o
lado do passivo atuarial, o
exercício revela que o fator G
e o relativamente curto prazo
de acumulação das reservas
para pagamento dos benefícios são os vetores principais
que afetam a sustentabilidade
do PBB. Ao mesmo tempo,
este exercício indica que, do
ponto de vista das obrigações
atuariais, a manutenção da sustentabilidade está associada a
dois fatores: possíveis mudanças institucionais no âmbito da
previdência oficial e/ou da previdência complementar e prováveis alterações nas regras
que regulam os planos de benefícios mantidos pelas
EFPCs, principalmente o nosso PBB, temas que serão objetos de análise no próximo
artigo.
* Contador aposentado do
BNDES, certificado pelo Instituto de Certificação dos
Profissionais de Seguridade
Social – ICSS; foi membro do
Conselho Fiscal (2002/07) e
do Conselho Deliberativo da
FAPES (2007/11).
Auxílio
Financeiro
A Diretoria
Financeira da APA
comunica que, em
dezembro, a inscrição
para o Auxílio
Financeiro será do dia
10 a 15/12.
A assinatura do
contrato será dia 21/12
e o crédito entrará em
conta no dia 23/12.
Atualize seu
endereço
A APA solicita aos
associados que
mantenham
atualizados seus
endereços, e-mails e
números de
telefone, facilitando
o contato e
possibilitando que as
correspondências
sejam entregues.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○3
Ano XIII – edição 165
crônica
Um político honesto
Jober Rocha*
N
ão desejo que aqueles que me leem pensem que brinco com
seus sentimentos e com suas
emoções, ao denominar estas
páginas de ‘Um Político Honesto’. Sei que é difícil imaginar algo parecido; porém, o
fato que passarei a narrar foi
por mim mesmo testemunhado, já que convivi por longo
tempo com o seu protagonista, como amigo particular e
vizinho de porta, e, para mim,
também foi uma grande surpresa o desfecho final deste
insólito caso.
Desde pequeno fomos vizinhos em um pequeno prédio residencial do subúrbio.
Crescemos juntos como colegas de escola, companheiros de partidas de futebol e,
mais tarde, na adolescência,
frequentadores assíduos dos
bailes e festas nas casas das
jovens do bairro.
Ele, desde garoto, possuía o
dom da palavra e do convencimento. Toda vez que alguém
aniversariava, ele era o escolhido para fazer a saudação;
panegírico este que emocionava não só ao aniversariante,
como, também, a sua família e
os demais convidados. Sempre que ocorria alguma discussão entre duas ou mais pessoas, em ambiente no qual ele se
encontrasse presente, a sua
intervenção na conversa fazia
com que a opinião dos presentes convergisse para a dele, em
razão dos seus argumentos e
do seu poder de persuasão.
4
Nunca – que eu visse – falou alguma palavra indelicada
ou algum palavrão, faltou com
a verdade, agiu com injustiça,
fez alguma covardia, foi descortês com alguém, apropriouse de algo que não lhe pertencia, maltratou algum ser humano ou, mesmo, qualquer animal. Era estimado por todos,
na escola, no clube, na vizinhança, no bairro.
Talvez em razão disto tudo,
quando atingiu a maioridade,
seus amigos mais chegados
sugeriram que ele ingressasse na política partidária,
como forma de poder contribuir para a melhoria do
bairro, onde vivera a maior
parte da vida e onde possuía
uma multidão de amigos.
Inicialmente contrário à ideia
– já que dentre todas essas
suas qualidades, ainda existiam as da modéstia e da pre-
monição – relutou durante alguns anos, mas, finalmente, sucumbindo à pressão dos amigos, acabou se filiando ao Partido dos Suburbanos Inconformados e Unidos – PSIU e candidatando-se a uma cadeira de
vereador, na Assembleia Legislativa do município, nas eleições daquele ano.
Durante os comícios pelas
praças do bairro, a multidão
em peso acorria para ouvi-lo
falar sobre suas ideias e propostas de melhoria para a comunidade. Foi eleito vereador
com milhares de votos. Creio
que o bairro inteiro – além de
outros bairros vizinhos – deu
seu voto para ele.
Empossado, começaram os
seus problemas. Tendo recusado um cargo de direção na
administração municipal, para
que o suplente ocupasse a sua
vaga de vereador e ele, na fun-
ção de diretor de órgão municipal, conseguisse desviar recursos financeiros para o partido pelo qual se elegera –
através de concorrências fraudadas e superfaturadas – foi
logo mal visto pelo seu próprio partido político, que, a
partir de então, passou a considerá-lo como um traidor.
Tendo, logo a seguir, recusado uma verba mensal concedida pela prefeitura – verba
esta oferecida para todos os
vereadores – destinada a
comprar seus votos favoráveis
naquelas matérias do interesse do prefeito, passou a fazer
parte das listas negras, tanto
da casa onde se reunia para
legislar quanto da prefeitura.
A partir de então, todos os
projetos que apresentava eram
sistematicamente rejeitados
pelos seus pares. Era sempre
visto sozinho em seu gabinete;
nem seus próprios assessores
e assistentes apareciam por lá.
Os eleitores do bairro, depois de algum tempo, vendo
que nenhuma das promessas
que ele havia feito fora cumprida (pois o bairro continuava igualzinho como sempre:
ruas sujas, esgotos a céu aberto, terrenos baldios com o
mato alto, falta de coleta de
lixo, falta d’água, ruas esburacadas, hospitais carentes de
médicos, pouco transporte
coletivo etc. etc. etc.), passaram, a partir de então, a falar
mal dele. Diziam que era igual
a todos os demais políticos;
isto é, prometia apenas para
obter votos, já sabendo, de
antemão, que nada faria daquilo que havia prometido.
A noiva que possuía, antes
de ser eleito, acabou por
abandoná-lo ao saber das
coisas que ele contava sobre
a vida de político. Abandonou-o, porque não via nele
nenhum futuro na política e
nem na vida pessoal. A recusa
dele, em receber aquela pequena fortuna que lhe havia
sido oferecida, foi uma gota
d’água que entornou as taças
de champanhe com que brindariam o casamento já marcado para o mês seguinte. Como
ser a feliz esposa de um político
– pensava ela – que não cuidava do conforto e bem estar da
família e dos futuros filhos que,
certamente, pretendiam ter?
Os eleitores, antes contados
aos milhares e agora contados
às dezenas, o evitavam sem-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ano XIII – edição 165
pre que podiam. Não frequentavam mais o bar do Manoel
nas quintas feiras – dia em que
ele por lá costumava aparecer,
desde muito antes de se tornar
um político – para não encontrá-lo e, eventualmente, poder
chegar até as raias de vir a agredi-lo fisicamente, durante alguma discussão mais acalorada.
Seus poucos amigos achavam que, em defesa dos eleitores e de suas demandas,
todo comportamento, mesmo vicioso, era válido na
vida política. Eram adeptos
do ‘Rouba, mas faz!’ – frase
dita com certo orgulho por
eleitores paulistas, em determinada ocasião, referindo-se
a um político local.
Todos no bairro o criticavam por não haver aceitado
suborno, que, mantendo-o
‘bem’ na política municipal,
permitiria a eles – seus eleitores – verem atendidas as suas
reivindicações em prol do local em que residiam. Todos
eles, em seu lugar, teriam
aceitado aquele ‘acerto’ proposto pelo prefeito e, por
isso, não entendiam o seu
comportamento ‘moralista’ e
nem o perdoavam. Na assembleia legislativa ele se
sentia como um ‘peixe fora
d’água’. Era como se falasse outra língua (gaélico ou
provençal, por exemplo),
que nenhum dos seus pares
entendia.
Esperou o seu mandato terminar e deixou o partido e a
política, para sempre. De que
adiantava – pensava ele – pelejar por um povo acostumado a ‘levantar templos aos vícios e cavar masmorras às virtudes’ (endeusar o errado e
demonizar o certo)? Aquele
era um povo que aceitava o
mal, buscando angariar o bem
para si mesmo. Um povo que
era conivente com a fraude,
desde que aquilo resultasse em
alguma melhoria para o seu
bem estar pessoal. Um povo
que passava por cima da moral e dos bons costumes, se vislumbrasse, com isto, alguma
benesse para si, para sua família ou para seu grupo social.
Assim, meu amigo de infância concluiu que era melhor
viver isolado em uma ilha deserta, longe daqueles eleitores
oportunistas e egoístas.
Isso, meus caros leitores, foi
o que ele declarou, particularmente, a mim como seu amigo
e antigo companheiro de juventude e, também, publicamente, perante a Comissão
Parlamentar de Inquérito –
CPI, que apurava desvio de
recursos e malversação de fundos públicos, durante seu mandato; já que ele era um dos
principais acusados de chefiar
uma quadrilha que fraudava
concorrências, extorquia empresários e participava de inúmeros negócios escusos no
município e no Estado. Fora
descoberto, ao ser investigado pelo Ministério Público, em
razão da aquisição de milionária e cinematográfica ilha (com
dezenas de suítes, varandas,
salas, garagens de barcos,
porto para atracação de iates
e aeroporto para pouso e decolagem de aviões e helicópteros), situada no litoral do
Estado e adquirida por cinquenta milhões de dólares. Vivia na ilha com a amante, depois que terminou o noivado
com aquela moça do bairro
que namorava desde os tempos de colégio.
Até hoje, ainda não sei em
quem acredito – se nele, meu
amigo e vizinho de infância,
ou se nos promotores que o
acusam. Ele sempre me pareceu um camarada tão sério e honesto...
* Aposentado do BNDES e
escritor
qualidade de vida
Dor crônica
é doença.
Você sabia?
aconteceu
Muros trasnsformados em telas pelas mãos de artistas plásticos do bairro
também foram clicados pelos fotógrafos benedenses
Fotógrafos benedenses
em Santa Teresa
Dia 27 de novembro, um
grupo de associados saiu para
mais um passeio fotográfico.
Desta vez, as lentes se voltaram para o bucólico bairro de
Santa Teresa. O novo bondinho, ainda em caráter experimental, se encarregou de le-
var o grupo até a estação do
Curvelo, mas cerca de 100
metros antes do destino, o
bonde enguiçou. Contudo, os
fotógrafos benedenses aproveitaram o trecho que faltava
para registrar com suas lentes
alguma coisa que os atraía.
Arquivo
Coro Oficina de Canto
APABNDES abre a
Semana de Arte Solidária
Dia 30 de novembro, o
coro Oficina de Canto APABNDES fez uma apresentação especial no saguão de
entrada do Edserj. A exibição abriu oficialmente a XV
Semana de Arte Solidária,
promovida pelo Comitê de
Cidadania/BNDES.
O coral interpretou as
seguintes canções: Vide
Gal; Água da minha sede;
Tu gitana; Tanto mar e
Lua soberana.
"É só uma dorzinha nas costas". Quantas vezes você já
ignorou a sua dor, encarando
como algo natural e corriqueiro? Sentir dor é inevitável, mas
ao contrário do que pensamos, ela pode e deve ser tratada. A Associação Internacional dos Estudos da Dor define a sensação como uma experiência física e emocional
desagradável, associada ou
relacionada a lesão real ou
potencial dos tecidos.
Existem dois tipos de dor:
aguda e crônica. A aguda, que
dura segundos, dias ou semanas, ocorre como um sinal de
alerta após cirurgias, traumatismo, queimaduras, inflamação ou infecção. Já a dor crônica ou persistente pode durar meses ou anos. Dores de
coluna, fibromialgia, neuropatias, lesões por esforços repetitivos (LER) e câncer também
podem gerar esse tipo de dor.
A dor aguda não tratada adequadamente leva à dor crônica e se torna a própria doença do paciente. Conviver com
essa sensação não leva apenas ao desconforto. Compromete o bem-estar social e
emocional do indivíduo, que
pode sentir-se isolado, ansioso ou deprimido, além de afetar a produtividade no trabalho, o apetite e o sono. “Por
isso a dor nunca deve ser encarada como normal, algo que
seja obrigado a se conviver.
Muitas vezes a causa não é
encontrada, mas mesmo assim
a dor deve ser tratada”, explica a médica Fabíola Peixoto
Minson, do Instituto Albert
Einstein.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○5
Ano XIII – edição 165
aconteceu
Ampliando Horizontes encerra atividades do ano
em clima de confraternização
Divulgação
No último Ampliando Horizontes de 2015, os participantes fizeram um balanço
das atividades realizadas ao
longo do ano e apresentaram
sugestões para novas atividades em 2016.
Durante o encontro, houve
trocas de presentes de amigo oculto e, ao final, um delicioso lanche natalino. O
Programa Ampliando Horizontes retorna em março de
2016. Antes, em janeiro, a
Diretoria de Apoio Assistencial promoverá uma atividade em comemoração
ao Dia do Aposentado (detalhes sobre esse evento na
próxima edição).
Com muita alegria e descontração, o programa Ampliando Horizontes encerrou mais
um ano de atividades. Os encontros mensais serão retomados em março de 2016
Auto
Imóveis 
Diversos 
Alugo ou vendo – sala comercial 37m2, minicopa, banh. garagem,
condomínio silencioso. Vera Lucia Cunha – (21) 99207-3942.
Cirurgião dentista – CRO/RJ 6634.
38 anos de experiência. Consultório
no Catete. Emerg 24 horas. Dr. Roberto Groba – 2225-1268 / 8759-2343.
Despachante – Paulo Renato Martins – (21) 2453-1690/98887-3029.
A diretora adjunta Nelly Toffano abraça
a estagiária Natasha Jogas
Um delicioso lanche natalino foi
preparado para os participantes
Carrancas/MG
Marrocos, Ilha de
Tenerife e Madri
A terra das lindas cachoeiras
de 1º a 20 de abril de 2016
de 14 a 17 de janeiro de 2016
Uma viagem dos sonhos: Marrocos: nove noites; Ilha de Tenerife,
no arquipélago das Canárias: cinco noites; Madri: três noites. Solicite roteiro completo com todas as informações:
Informações e reservas com Felipe:
99639-1502 (Vivo) , 98136-6520 (Tim) e 2433-3373 (fixo)
Yoga – 2ª e 4ª: aulas para gestante,
das 12h às 13h; 2ª, 4ª e 5ª: Hatha yoga,
das 13h às 14h. Prof. Daniel Rivas –
sala da Cipa, sobreloja do EDSERJ.
Uno Vivace – Flex, 2013, 21.900 Km,
cor preta, completo (ar, direção,ABS, vidro elet,air bag duplo,
alarme Fiat) única dona, R$
21.500,00. Vera Cunha– 99207-3942.
Cuidadora de idosos – Com certificado. Disponibilidade total.
Aceita dormir no local. Simone –
(21) 9896-10350.
A APA, em parceria com a
Blue Wave Turismo, convida:
Preço por Pessoa: R$ 1.280,00 em
apto duplo. Adicional single +
R$ 240,00. Inclui transporte em
ônibus ou micro-ônibus, 03 noites na Pousada Roda Viva, 04 refeições , 02 dias de passeios pelas cachoeiras da região com
guias especializados.
classificados
Esmalteria – Cheia de Charme.
SPA p/pés e mãos, unhas decoradas (acrigel, porcelana, fibra vidro). R.Evaristo da Veiga, 35 - sala
218 – (21) 2532-3442.
Examina – Programa externo FAPES/BNDES. Endocrinologista: Dra
Carolina Cunha. Nutricionista: Dra
Martha Braga. Atend dependentes
e aposentados – Centro: (21) 31896509 / Barra (21) 2493-2950.
Importadora de vinhos – Funcionários e aposentados do BNDES
terão desconto de 25% nos vinhos
adquiridos diretamente da importadora. Sergio Ferraz – (21) 3253-3235.
Informática – Suporte em informática. Thiago Ferreira – 988221875. Suely Canero indica.
Roupas femininas – Loja on line
com looks de se apoixonar.
Compre sem sair de casa, pois
levamos até você. http://
www.donamargaridacloset.com.br/
Contato: Dayane Freitas – (21)
98409-0361.
Barra – Alugo apartamento quarto/sala, Torre Charles De Gaulle, Av.
dasAméricas. Tratar com Imodata . Sr.
Leandro – (21) 2431-6111 (ramal 24).
Centro – Alugo sala Av. Central,
45m2, andar alto, 2 ambientes,
copa, banh, reformadíssima, vista
ponte Rio-Niterói, ar central. Neiva – (21) 99242-4196 / 2529-6140.
Copacabana – Alugo sala em edifício comercial, Rua Xaiver da Silveira, perto Metrô Cantagalo.
Maurício – (21) 98808-9052.
Copacabana – Aluga-se sala edifício comercial perto saída Metrô.
Acely – (21) 98786-8918.
Gávea – Alugo apto 3 quartos,
vaga escritura, principal rua da
Gávea, próx. shopping e PUC. Linda entrada social arborizada. Sr.
Cesário – (21) 99767-6871.
Tijuca – Apto Rua Uruguai 124/304,
garagem 70m2 qto emp revers. exc. localização, varanda. R$1.900 + taxas.
Jorge – (21) 99242-0271.
Vicente de Carvalho – Vendo apto,
R. Cel. Vieira/Cond, próx. Shopping
Carioca, sala, var, 03 qtos c/ arm, coz
planej, banh, área, vga escritura, infra.
R$ 300 mil. Estudamos proposta. Vera
Couto – 99253-5498 ou 3185-2615.
Vila Isabel – Sala prédio comercial pequeno. Vendo ou alugo, Rua
Gonzaga Bastos, reformado, 38m2.
Vera Cunha – (21) 99207-3942.
Destinatário:
6
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Documentos relacionados

APALAVRA 6 de janeiro.pmd

APALAVRA 6 de janeiro.pmd Lucimar da Silva Fernandes Diretor Jurídico Geraldo José Santos Borges Adjunto Hamilton de Mesquita Pinto Diretor Financeiro Antonio Miguel Fernandes Adjunto Lucimar da Silva Fernandes Diretor Admi...

Leia mais

APALAVRA 30 de setembro backup3.pmd

APALAVRA 30 de setembro backup3.pmd Maria da Glória de Assis Abreu Diretora de Apoio Assistencial Suely Domingues Canero Adjunto Nelly Toffano Costa Diretora de Apoio a Pensionistas Denise Rosine de Azevedo Santos www.apabndes.org.br...

Leia mais