Dinâmica de Pequenos Corpos no Sistema Solar
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Dinâmica de Pequenos Corpos no Sistema Solar
Workshop : Dinâmica de Pequenos Corpos no Sistema Solar Programa de Pós Graduação em Física Aplicada- IGCE-UNESP-Rio Claro Programa (20/03/2015) 08:30 - 9:10 Rodney Gomes da Silva (ON- Rio de Janeiro) Formação de Troianos de Netuno pelo Modelo de Nice Existem hoje 11 Troianos de Netuno descobertos com inclinações que variam de 1.3°a 29.4º. Estima-se uma massa total para esses objetos em torno de 1/100 da massa doCinturão de Kuiper. Se considerarmos que os Troianos de Netuno foram capturados durante a fase de migração planetária, podemos concluir que apenas 1 em cada 300000objetos inicialmente no disco de planetesimais serão capturados, se considerarmos 30massas da Terra para o Cinturão. Numa integração numérica de um modelo de migração planetária, isto significa que precisaremos também de 300000 partículas no disco paratermos uma probabilidade de ~50% de capturarmos um Troiano, o que torna integrações numéricas convencionais pouco úteis para o estudo do processo de captura de Troianos de Netuno. Durante uma integração pelo modelo de Nice, várias partículas foram capturadas temporariamente como Troianos de Netuno, mas nenhuma se manteve até o final da integração. Neste trabalho, consideramos essas partículas temporariamente capturadas e reintegramos o sistema com uma integração sintética que simule a integração original e vários clones dos Troianos temporariamente capturados. Este processo nos permite analisar com maior acuidade estatística a distribuição orbital de Troianos capturados numa evolução planetária segundo o modelo de Nice. No final das integrações sintéticas, permaneceram capturados como troianos de Netuno um número equivalente a uma massa total entre 0.0003 e 0.0004 massas da Terra. A distribuição de inclinações varia de 2º a 34º, com uma mediana em torno de 20º. 09:10 – 9:50 Fernando Virgilio Roig (ON- Rio de Janeiro) The evolution of the asteroid belt in the jumping Jupiter model. In this work, we investigate the evolution of a primordial belt of asteroids, represented by hundreds of thousand of massless test particles, under the gravitational effect of Jovian migrating planets in the framework of the jumping-Jupiter model. We perform several simulations considering test particles distributed in the Main Belt, as well as in the Hilda and Trojan groups. The simulations start with Jupiter and Saturn locked in the mutual 3:2 mean motion resonance plus 3 Neptune-size planets in a compact orbital configurartion. Mutual planetary interactions during migration led one of the Neptunes to be ejected in less than 10 Myr of evolution, causing Jupiter to jump by about 0.3 AU in semimajor axis and introducing a fast but large instability in the studied population. In practice, this migration mechanism is reproduced by interpolating the planets positions saved from a previous realistic simulation of migration. Preliminar results indicate that neither primordial Hildas, nor Trojans, survive to the instability, thus confirming the idea that such populations must have been implanted from other sources, as for example the outer disk of planetesimals initially located beyond the outermost planet. In particular, we address here the possibility of implantation of Hildas and Trojans from the Main Belt population. We also compare the final orbital structure of the simulated Main Belt with the current Main Belt for H < 9.7. 9:50 - 10:15 Tadashi Yokoyama (UNESP-Rio Claro) Inclinação de Miranda Durante a Migração Planetária Miranda é um satélite de Urano, cuja inclinação 4.2 ⁰ é um caso anômalo. Acredita-se que este alto valor seja resultado de marés que conduziram o par Miranda-Umbriel a cruzar a ressonância 3:1. A quase totalidade dos trabalhos, toma só o par ressonante e o achatamento de Urano. Porém se consideramos a migração planetária, é inevitável incluir o Sol. Surge daí uma nova frequência (ressonância) que mostra alguns vínculos bem como um novo caminho para chegar aos 4.2⁰ graus. 10:15- 10:45 Cafe' 10:45 - 11:10 Rogerio Deienno (INPE-S.José dos Campos) Evolução do cinturão de asteróides pós-Grand Tack. O Cinturão de Asteróides é marcado pela mistura de propriedades físicas entre os seus objetos componentes, assim como a sua peculiar distribuição de excentricidades e inclinações orbitais. Modelos de formação do Cinturão de Asteróides mostram que a sua formação está fortemente vinculada ao tamanho do planeta Marte. O cenário proposto pelo já conhecido modelo Grand Tack mostra uma possível solução para o impasse “tamanho de Marte” vs “origem do Cinturão”, assim como também apresenta hipóteses para o entendimento da mistura de propriedades físicas dos seus objetos componentes. Para a distribuição orbital destes objetos, apresenta bom acordo com as inclinações, mas falha em relação às excentricidades. Avaliaremos então a evolução das características orbitais provenientes do Grand Tack durante a evolução do Sistema Solar. Os resultados serão comparados com a distribuição atual de semi-eixo maior, excentricidade e inclinação apresentada pelos objetos presentes no Cinturão de Asteróides. Com isso, mostraremos pontos favoráveis e desfavoráveis de tal modelo, assim como a influência da excentricidade primordial das órbitas de Júpiter e Saturno sobre a estrutura do Cinturão de Asteróides. 11:10 - 11:30 Pedro Ivo de Oliveira Brasil (ON- Rio de Janeiro) Dinâmica de asteróides e possíveis vínculos sobre a formação da arquitetura do sistema solar: uma introdução Nesta apresentação vou abordar a dinâmica dos asteroides do cinturão principal. Basicamente será feita uma revisão das distintas fases de formação, dos principais modelos propostos e seus pontos positivos e negativos. Especial foco será dado aos modelos “Grand Tack” e “Jumping-Jupiter”. Por fim, apresentarei as etapas futuras do meu trabalho em desenvolvimento e resultados esperados. 11:30 - 12:00 Discussão 12:00-14:00 Almoço 14:00 – 14:20 Diogo Merguizzo Sanchez (INPE-S.José dos Campos) Exploração do sistema Haumea O sistema Haumea é composto pelo planeta anão Haumea e suas duas luas, Namaka eHi’iaka. Objeto trans-netuniano, Haumea é um elipsoide triaxial, com período de rotação de 3,9155 horas, que possui baixa proporção de gelo, sendo este último pobre em carbono. Estas características fazem de Haumea alvo prioritário para missões futuras, que poderiam fornecer informações sobre a formação do próprio Sistema Solar. Propomos a utilização de nano-satélites para a exploração deste sistema, como alternativa às missões convencionais. Encontramos soluções ótimas para a capturas destes nano-satélites por Haumea e mapeamos órbitas estáveis em torno deste. Consideramos o potencial gravitacional de Haumea até grau e ordem quatro, o Sol, Namaka e Hi’iaka como perturbadores 14:20 - 14:40 Maria Helena Morais (UNESP-Rio Claro) Captura em ressonância orbital no caso 3D As configurações orbitais e em particular as ressonâncias orbitais retrogradas (inclinação próxima de 180º) foram estudadas em Morais & Giuppone (MNRAS, 424, 52–64, 2012), Morais & Namouni (CMDA, 117, 405-421, 2013), Morais & Namouni (MNRAS-Letters, 436, L30-L34, 2013). No seguimento desse trabalho apresentarei resultados recentes (Namouni & Morais, MNRAS, 446, 1998–2009, 2015) sobre a probabilidade de captura em ressonâncias orbitais num modelo 3D (inclinação entre 0 e 180º). 14:40 - 15:00 Nelson Callegari Jr (UNESP-Rio Claro) Modelagem de dinâmica de rotação de satélites regulares: aplicação a Ganimedes, Europa e Enceladus A dinâmica de rotação de satélites regulares de Júpiter e Saturno é estudada há anos, e muitos fenômenos envolvidos com a planetologia desses corpos estão relacionados com a rotação: evolução maré rotacional-orbital, atividade interna, insolação da superfície. Em muitos modelos de rotação, uma hipótese muito usada é de que são corpos homogêneos (rígidos ou não). Por exemplo, os estudos conhecidos de evolução rotacional pelas chamadas ressonâncias spin-órbita de rotação (RSOR) consideram a homogeneidade. Sabe-se, no entanto que os grandes satélites podem ter estrutura diferencial interna. Neste trabalho, estamos estudando a dinâmica conservativa e também a evolução pelas RSOR com modelos multicamadas. Nesses casos, a rotação diferencial, isto é, relativa, de diversas camadas, é possível. Apresentaremos uma modelagem plausível de torques internos gravitacionais entre as diversas camadas, e entre as camadas e o planeta. Tal modelagem se baseia em cálculos de estrutura interna realísticos do interior dos satélites. Serão mostrados resultados de simulações numéricas de dinâmica de rotação, calculados para diversos satélites tais como Europa, Enceladus, Titan e Ganimedes. 15:00 -...... Discussões
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