Relatório de Sustentabilidade

Transcrição

Relatório de Sustentabilidade
A FUNDAÇÃO CESP É REGIDA POR DIRETRIZES SÓLIDAS
QUE NORTEIAM CONTINUAMENTE SUAS INICIATIVAS E PROJETOS.
CONFIRA ABAIXO SUA VISÃO, MISSÃO E VALORES:
VISÃO
SER A EMPRESA QUE
VALORIZA, ACIMA DE TUDO,
UMA VIDA MAIS DIGNA ÀS
PESSOAS DE QUEM CUIDAMOS
MISSÃO
ELABORAR E ADMINISTRAR
COM EXCELÊNCIA PLANOS
DE PREVIDÊNCIA E DE SAÚDE
PARA QUE AS PESSOAS POSSAM
VIVER E CONSTRUIR UM
FUTURO COM QUALIDADE E
TRANQUILIDADE
VALORES
RESPEITO AO SER HUMANO
EXCELÊNCIA
COMPETÊNCIA
COMPROMETIMENTO
CARTA DIR E T O R - P R E S I D E N T E
CESP, nossos pontos de vista sobre sustentabilidade, os
temas que estão em nosso radar e como estão sendo
endereçados, de modo que possamos nos aproximar
cada vez mais de todos os que fazem da Fundação
CESP um elo imprescindível para a segurança em relação ao futuro.
Temos consciência de que estamos em uma nova
etapa na qual a sustentabilidade ocupa cada vez mais
espaço em nossa gestão e este desafio é estimulante.
Queremos evoluir constantemente e ter mais abertura
e diálogo com todos os grupos com que nos relacionamos – sejam participantes, patrocinadores, empregados ou credenciados – visando relações duradouras
que sejam boas para todos.
Este relatório já nasce alinhado aos mais modernos
modelos utilizados em âmbito nacional e internacional, valorizando as pessoas, o respeito ao próximo e a
construção de um futuro cada vez melhor.
Obrigado pela oportunidade de trabalhar com
você e para você.
Boa leitura.
Martin Roberto Glogowsky
DIRETOR-PRESIDENTE
SERGIO ZACCHI
H
á 44 anos, nós, da Fundação CESP,
trabalhamos para garantir a qualidade
de vida e a tranquilidade que nossos
beneficiários tanto desejam. Somos a
maior entidade fechada de previdência
complementar do Brasil patrocinada
por empresas de capital privado, administramos um
patrimônio de mais de R$ 23 bilhões e contamos com
mais de 120 mil pessoas em nossos planos de saúde e
previdência.
Sabendo que a expectativa de vida apresenta uma
clara tendência de crescimento, garantir aposentadorias seguras, administrar recursos de terceiros de forma
equilibrada e assegurar uma rede médica de alto nível
aos usuários é uma responsabilidade enorme da qual
temos muito orgulho.
Trabalhamos para garantir investimentos seguros,
mas também percebemos que é nosso papel dar suporte para que os participantes aprendam a conciliar
consumo e poupança, a organizar sua vida financeira,
para que possam gastar hoje de forma ponderada, economizando para o amanhã.
Mais do que gerenciar os planos de previdência e
de saúde, procuramos incentivar, por meio de programas educativos, os participantes a conhecerem os produtos a que têm direito, a praticarem saúde preventiva,
a investirem na aposentadoria para terem um futuro
digno e pleno e a se conscientizarem de que, devido
às oscilações de mercado, sua renda na aposentadoria
pode não ser aquela planejada décadas atrás. Esse talvez seja o nosso maior desafio para o futuro, enquanto
sociedade.
Igualmente importante é o modelo de gestão que
adotamos, formado por comitês e conselhos com participação de representantes dos nossos principais públicos de interesse, tais como patrocinadoras, empregados
e aposentados. Esse sistema participativo visa assegurar transparência, solidez e credibilidade aos planos
que oferecemos.
A atribuição de pensar no bem-estar de cada participante, de dar prioridade a investimentos responsáveis, de sempre buscar soluções para que usufruam sua
vida hoje e planejem o porvir é uma missão nobre e
positiva. Nossas ações para os participantes e profissionais que atuam na Fundação CESP ocorrem por
meio de iniciativas focadas em educação para a previdência, para a saúde, para investimentos e consumo
consciente.
Os desafios colocados impõem cada vez mais a necessidade de dialogarmos, de nos conhecermos e de
alinharmos expectativas. Nesse contexto, é com satisfação que publicamos nosso primeiro relatório de sustentabilidade, que você tem em mãos.
Nele, você poderá conhecer ainda mais a Fundação
EXPE DI E N T E
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
2012
PRODUÇÃO, REDAÇÃO, EDIÇÃO:
Gestão Origami
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Sabrina Feldman
COORDENAÇÃO GERAL:
Bruno Vio e Sabrina Feldman
FOTOGRAFIA:
Gerardo Lazzari
Sergio Zacchi
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:
Vendo Editorial
IMPRESSÃO: D’Lippi
TIRAGEM: 300 exemplares
SITE: www.funcesp.com.br
CAPA: Megalodesign
Essa publicação é uma realização da Fundação CESP,
organizada pela Gerência Executiva – Recursos Humanos.
SIMONE CAPUA TEPPET
Gerente Executiva – Recursos Humanos
e-mail: [email protected]
ALZIRA ALCÂNTARA
Analista de Recursos Humanos
e-mail: [email protected]
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Í NDI CE
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PERFIL
INTRODUÇÃO SOBRE O RELATÓRIO
VISÃO DE FUTURO
FUTURO PLENO
BASTIDORES
EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
SAÚDE PREVENTIVA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PREVIDENCIÁRIA
INVESTIMENTOS RESPONSÁVEIS
GESTÃO E GOVERNANÇA
SUMÁRIO GRI
CARTA DE ASSEGURAÇÃO INSPER
CERTIFICADO GRI
VISÃO GERAL
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FAÇA SUA PARTE
BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE A
M
COMPOSIÇÃO DO RELATÓRIO
ais do que apenas relatar as iniciativas que fazem parte
do projeto “Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade”,
que engloba uma série de ações e programas voltados a
temáticas socioambientais e econômicas, a entidade incluiu,
neste relatório, o que pensam seus parceiros e associados
sobre um futuro com qualidade e tranquilidade e a sua própria
visão de futuro de longo prazo, com as tendências antevistas
e que podem impactar seu negócio.
O histórico e perfil institucional oferece, ao leitor, a
oportunidade de conhecer a trajetória da instituição, que hoje
tem 44 anos. A carta do presidente, logo na abertura, também
dá o tom do relatório, sintetizando seu conteúdo.
O capítulo sobre o que é um relatório de sustentabilidade
tem como objetivo apresentar o assunto ao leitor, para que ele
compreenda melhor a iniciativa.
No making of, a instituição conta, de forma honesta,
como foi o processo de elaboração deste relatório – os
questionamentos e as alegrias.
Nas reportagens temáticas – sobre envelhecimento
da população; saúde preventiva; educação financeira;
investimentos responsáveis e educação para a
sustentabilidade –, a entidade contextualiza os temas
materiais que assegurarão sua perenidade e uma vida
digna aos participantes e como lida com os desafios que
se avizinham.
O capítulo sobre gestão e governança responsáveis
mostra que a entidade é conduzida de forma transparente,
equilibrada e democrática, com participação das partes
interessadas nas assembleias, conselhos e comitês.
Através do amplo detalhamento de cada capítulo, o
leitor terá uma visão concreta de como a sustentabilidade
está no DNA da Fundação CESP e de como os temas
materiais estão sendo conduzidos de forma a garantir uma
gestão segura e próspera para todos, para sempre.
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P E RF I L
Histórico
INSTITUCIONAL
COM 44 ANOS DE TRAJETÓRIA, A FUNDAÇÃO CESP TEM MUITA
HISTÓRIA BOA PARA CONTAR, SEMPRE PAUTADA PELA MELHORIA
CONTÍNUA DOS SERVIÇOS, A FIM DE BENEFICIAR SEUS PARTICIPANTES
CONFIRA UM RESUMO DOS PRINCIPAIS MARCOS DE NOSSA HISTÓRIA:
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1969 A Fundação CESP é criada,
1977 Começam a ser criados
1979 A Fundação CESP é
ainda com o nome de FAEC (Fundação
de Assistência aos Empregados da
CESP), para oferecer assistência
médico-hospitalar e odontológica aos
funcionários das Centrais Elétricas de
São Paulo. Nesta época, também foi
oferecido aos associados a carteira
de empréstimos pessoais, com juros
facilitados e competitivos em relação
ao mercado.
os planos de suplementação
de aposentadoria e pensão,
marco fundamental para que a
Fundação CESP se tornasse uma
entidade fechada de previdência
complementar, multipatrocinada
por empresas nacionais e
estrangeiras. Neste ano, a
Fundação CESP passou a contar
com outro patrocinador: a CPFL.
oficialmente instituída como
entidade fechada de previdência
privada. À época, os programas
assistenciais de auxílio aos
deficientes (atual programa de
apoio para incapacidades) e auxíliomedicamentos também foram
implementados.
1996 O governo do Estado de
2001 A Fundação CESP lança a
2006 Os patrimônios previdenciários
São Paulo começa o programa de
desestatização do setor elétrico. Com
esta medida, os planos previdenciários
foram saldados e substituídos por
novos modelos, que mesclam beneficio
e contribuição definidos. A partir da
privatização, o setor elétrico passou
para o controle de várias empresas tais como a CTEEP, BANDEIRANTE,
DUKE ENERGY, ELEKTRO e
EMAE - que também se tornaram
patrocinadoras da Fundação CESP.
primeira versão do seu portal na
internet, que se tornou um importante
canal de comunicação e atendimento,
permitindo aos associados a consulta
de dados e melhor atendimento, assim
como a realização direta de operações
por simulação de empréstimos,
verificação de saldos previdenciários,
entre outros benefícios.
foram alocados individualmente,
oferecendo maior transparência
quanto à aplicação dos recursos de
cada plano. Do mesmo modo, as
operações ligadas à saúde foram
dissociadas, com a finalidade de isolar
qualquer risco de contaminação entre
as despesas dos planos de saúde e o
patrimônio dos planos previdenciários.
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A
Fundação CESP, entidade fechada, sem fins
lucrativos, de previdência complementar,
chega aos seus 44 anos
como a maior instituição privada do país. Em
números, isto representa
mais de 120 mil participantes e um patrimônio
administrado de R$ 23 bilhões.
Para alcançar esta posição, trabalhamos
com afinco e comprometimento na criação e
gestão de planos de previdência e saúde, focados no bem-estar, na qualidade de vida e no
respeito ao ser humano. Além disso, mantemos
programas assistenciais para os participantes
dos planos previdenciários e de saúde, como
Auxílio-Medicamento, Prótese e Órtese, além
de Apoio para Incapacidades.
No intuito de propiciar aos participantes
todas as condições para conquistarem seus sonhos, desde 1969, também agregamos empréstimos e seguros ao portfólio, oferecendo facilidades e condições diferenciadas, por meio de
parcerias com instituições renomadas.
Nossos resultados são fruto de muito trabalho, dedicação e seriedade. Hoje, e sempre,
estaremos empenhados em crescer de modo
sustentável, protegendo nosso principal patrimônio: as pessoas.
1981 A Fundação cresce, com a
1987 É criado o quadro dos
1994 É implantado o terceiro
incorporação da Eletropaulo como
patrocinadora.
empregados da Fundação CESP.
Até então, as atividades eram
realizadas por empresas terceirizadas
e demais funcionários cedidos pelos
patrocinadores. Pouco tempo depois,
este quadro de empregados ganha seu
próprio plano previdenciário.
programa assistencial - Prótese
e Órtese - que, assim como os
demais, passou a ser subsidiado
pelo patrimônio da própria Fundação
CESP, e oferecido sem custos
adicionais a todos os participantes
dos planos previdenciários.
1986 Recebe, pela ABRAPP
(Associação Brasileira das Entidades
Fechadas de Previdência Privada),
seu 1º prêmio como melhor entidade
fechada de previdência privada do País.
2010 Lançamento do programa Vida Investe.
2007 Devido à qualidade de
2008 Após um trabalho de
gestão dos investimentos,
os resultados financeiros
ultrapassaram em 92,4% o
custo atuarial. A Fundação
CESP obteve superávit de
R$ 1,53 bilhão. Também foram
implementados dois programas
de grande importância para saúde
preventiva dos usuários: a Rede
de Atendimento Preferencial e o
Programa de Gerenciamento de
Doenças Crônicas.
reposicionamento institucional, a
Fundação CESP revisou sua missão,
visão e valores, redirecionando
seus objetivos para os próximos
anos, a fim de acompanhar práticas
de mercado e demandas sociais.
A entidade lança também o
programa ‘Fundação CESP Rumo à
Sustentabilidade’, com o objetivo de
encontrar caminhos que a tornassem
uma empresa cada vez mais
responsável frente às demandas
socioambientais.
2011 Lançamento do Nosso Plano de Saúde.
2012 Lançamento do programa Mais Saúde,
mudança da marca e do nome dos
planos dos ativos para Digna Saúde, adesão ao
PRI (Principles for Responsible Investiments) e à
Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade
da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades
de Previdência Privada).
2013 A Fundação CESP lança seu primeiro
relatório de sustentabilidade, síntese dos
esforços praticados pela entidade em busca de
uma sociedade melhor para todos.
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I NT RODU Ç Ã O S O B R E O R E L ATÓ R IO
O que é
um relatório de
SUSTENTABILIDADE
COM O INTUITO DE RESSALTAR OS TEMAS RELEVANTES
DA ENTIDADE E INTENSIFICAR O DIÁLOGO ENTRE AS PARTES
INTERESSADAS, EIS O PRIMEIRO RELATÓRIO DA FUNDAÇÃO CESP
T
radicionalmente, relatório de sustentabilidade é uma peça de comunicação cujo
objetivo é compartilhar de que forma uma instituição endereça temas sociais,
ambientais e econômicos pertinentes à sua atividade, beneficiando os grupos de
interesse com que se relaciona e a sociedade como um todo.
O modelo de relatório mais difundido e com maior credibilidade no cenário
internacional é a GRI (Global Reporting Initiative), criado com o objetivo de elevar as
práticas de relatórios de sustentabilidade a um nível de qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros. O conjunto de diretrizes e indicadores da GRI visa proporcionar a comparabilidade, credibilidade,
periodicidade e legitimidade da informação na comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações.
Outra grande meta da GRI é promover as práticas sustentáveis da empresa segundo o ponto de vista
das partes consideradas interessadas, por meio de uma
consulta a elas e do endereçamento dos temas apontados como críticos.
Em sua terceira versão de diretrizes, chamada de
G3-GRI, a GRI é uma ampla rede independente composta por indivíduos e organizações distribuídos em
mais de 30 países e com sede em Amsterdan (Holanda). No Brasil, conta com a parceria da UniEthos e
do núcleo de estudos em sustentabilidade da Fundação
Getúlio Vargas, que também é um núcleo oficial de
colaboração do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente.
No entanto, por meio de pesquisas conduzidas pela
própria GRI, está cada vez mais claro que as empresas estão publicando seus relatórios de sustentabilidade
preocupadas apenas em cumprir o calendário anual,
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mas sem uma atenção à qualidade narrativa, ao foco e
ao escopo das informações compartilhadas, aos desafios que poderiam ser compartilhados (ao invés de só
prestarem informação sobre o que caminhou satisfatoriamente) e à necessidade de encadeamento das ações com propostas futuras, de forma que as iniciativas não
sejam pontuais e se encerrem em si.
Então, mais do que simplesmente compartilhar as
práticas de sustentabilidade, um relatório desta natureza precisa ser um convite à intensificação do diálogo
com o público de interesse, um convite a uma construção que faça sentido, que seja de todos e para todos.
O RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
DA FUNDAÇÃO CESP
Com sensibilidade e equilíbrio, a Fundação CESP
percebeu isso. Na verdade, dialogar e construir um legado partilhado junto aos grupos que mantêm a en-
tidade é a sua essência, sua prática diária. Todas as
partes integrantes da instituição – sejam participantes,
empregados, patrocinadores ou credenciados – têm
canal aberto com ela e participam de sua gestão amplamente, por meio de representantes nos comitês e
assembleias.
A intenção de publicar seu primeiro relatório de
sustentabilidade foi fruto de um processo de maturação interno frente à sustentabilidade. Ao longo dos últimos cinco anos, o projeto “Fundação CESP Rumo à
Sustentabilidade” criou e fortaleceu diversas práticas
que visam o equilíbrio entre a economia, o social e o
ambiental (mais detalhes podem ser consultados no capítulo “Educação para a sustentabilidade”). A entidade sentiu-se preparada para contar esta história – que
é feita de sucessos, aprendizados e desafios e, acima de
tudo, calcada em uma relação de transparência com os
grupos de interesse.
Refletir sobre a real necessidade de se produzir um
relatório de sustentabilidade foi algo praticado pela
Fundação, que queria ter fatos consistentes para compartilhar ao invés de simplesmente publicar por ser
praxe de mercado. Da mesma forma, escolher o modelo de relato foi outro ponto interessante do processo.
O que a instituição tinha como premissa era a valorização do trabalho conjunto, em equipe e em parceria
com as partes envolvidas; a consciência plena de que
não está sozinha, isolada no mundo, de que tudo se
transforma rapidamente e de que é preciso acompanhar este movimento; e a preocupação com o futuro
– com sua própria perenidade e a de seus beneficiários.
Adicionalmente, o desejo de que a sustentabilidade
seja uma prática na Fundação e não uma teoria, sendo implementada constantemente, com base em uma
relação de coconstrução entre os parceiros envolvidos,
com benefícios recíprocos, tanto hoje como no futuro,
deu o direcionamento de que precisava. A Fundação
entende que o relatório deve ser reflexo das práticas
INOVAÇÃO
A
Fundação optou por responder ao GRI com nível ‘A’ de
aderência, o que significa que ela respondeu a todos os
indicadores obrigatórios e aos setoriais – a lista completa
encontra-se no final do relatório, na tabela GRI. A diferença
em seu processo foi que a entidade direcionou esforços para
responder aos indicadores materiais, prioritários em sua
operação. Os indicadores que não se aplicam à Fundação
CESP foram classificados como irrelevantes.
Com isso, a Fundação deu um salto logo na largada,
em seu primeiro relatório de sustentabilidade. Ao distinguir
diárias da entidade, ao invés de demandar que as gerências criem ações que possam referendar diretrizes
para ‘darem recheio’ à peça comercial.
Da mesma forma, para a entidade, este relatório
deve ser capaz de atrair o interesse do leitor, de despertar nele a sensação de pertencimento à realidade narrada e de convidá-lo para participar mais ativamente
da instituição.
Assim, a preocupação com “o que relatar” e “como
relatar”, dentro de escopos como o perfil da organização, sua forma de gestão (governança, compromisso
e engajamento) e os indicadores de desempenho, foi
uma constante na fase de pré-produção do presente
relatório.
O que a Fundação quis, prioritariamente, foi manter a transparência na divulgação das informações,
postura que já faz parte de seu modelo de governança, e demonstrar que tudo é um processo, nada nasce
pronto, toda iniciativa implica em conquistas e em novas necessidades, em desenvolvimento contínuo.
Assim, a Fundação CESP optou por publicar seu
primeiro relatório de sustentabilidade seguindo o padrão GRI, que é referência mundial, mas adotando
um modelo próprio, no qual ressalta as especificidades
da entidade, o que possui de único e quais são suas
prioridades, construindo um relato legítimo e sólido.
O processo de elaboração do relatório de sustentabilidade - ciclo permanente de engajamento dos grupos de interesse, para entender, debater, mensurar e
melhorar os processos internos e também monitorar
e comunicar o desempenho da empresa em relação à
sustentabilidade – aumentou ainda mais o compromisso e a responsabilidade da Fundação CESP perante
seus parceiros e beneficiários.
A ENTIDADE OPTOU POR REALIZAR UMA VERIFICAÇÃO DE TERCEIRA PARTE
NESTE RELATÓRIO, SENDO QUE A VERIFICAÇÃO EXTERNA FOI REALIZADA PELA
PROFª DRA. PRISCILA BORIN CLARO, DOUTORA EM ADMINISTRAÇÃO, AMBIENTE
E DESENVOLVIMENTO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, MESTRE
EM GESTÃO SOCIAL, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, PELA UNIVERSIDADE
DE WAGENINGEN (WUR) NA HOLANDA (GRI 3.13) E PROFESSORA DO INSPER,
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE SÃO PAULO. ASSIM, O RELATÓRIO FOI
CLASSIFICADO COM O SÍMBOLO +, JUNTAMENTE COM A LETRA DE NÍVEL DE
APLICAÇÃO - NESTE CASO, A.
os tópicos de desempenho, a organização demonstra
seriedade, foco e transparência.
Outro ponto que merece destaque é a separação entre
a narrativa e a tabela de indicadores do GRI, que pode ser
consultada ao final desta peça. O objetivo é sintonizar o
leitor com o que é realmente relevante para a Fundação
CESP. De toda forma, os indicadores mais importantes
estão inseridos ao longo da redação, de forma coesa,
sem a indicação numérica de referência GRI, para não
comprometer a fluência da leitura.
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V I SÃO DE F U T U R O
O SEMPRE
da
Fundação CESP
AO COMPREENDER O MUNDO NO QUAL ESTÁ INSERIDA E SUAS DEMANDAS
SOCIOAMBIENTAIS E ECONÔMICAS, A FUNDAÇÃO CESP TRAÇA UMA
ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE LONGO PRAZO, QUE ANTECIPA
TENDÊNCIAS, RISCOS E OPORTUNIDADES, ASSEGURANDO SUA PERENIDADE
A
palavra “futuro” é indispensável a qualquer empresa que queira permanecer ativa no
longo prazo. As mudanças tecnológicas, culturais, econômicas, sociais e ambientais do
nosso tempo são rápidas, extensas e qualquer negligência em relação a elas pode trazer
sérias implicações aos negócios.
Então, falar de futuro, de um futuro que
precisa ser pensado e endereçado no presente, deve ser central na estratégia de uma
organização, bem como merece um capítulo
a parte em um relatório de sustentabilidade.
Um relatório desta natureza não deve tratar
apenas de ações realizadas, de fatos consumados, mas também dos planos, dos vislumbres, da consciência de pertencimento a uma
realidade maior, mutante e complexa.
A visão de futuro da Fundação CESP tem
relação com todas as suas práticas e com sua
missão – é o ponto em que as consequências
do porvir precisam ser administradas agora,
para assegurar perenidade e tranquilidade ao
negócio e aos que dele dependem.
Vale dizer que esta visão de futuro não
deve ser compreendida como algo definitivo,
mas enquanto processo vivo, dinâmico, sujeito às percepções, às demandas e transformações que já se apresentam hoje.
Mas a que tempo futuro se refere esta reflexão? A 40, 50 anos adiante. Pode parecer
ineficaz projetarmos cenários visionários, mas
é justamente o contrário. Trata-se de algo absolutamente necessário na modernidade, expressa em uma sociedade que deverá ter nove
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bilhões de pessoas em 2050.
O que falar sobre previdência, plano de
saúde e qualidade de vida em um cenário
como este? Vislumbra-se uma sociedade com
recursos naturais cada vez mais escassos, com
o consumo cada vez mais intenso, com expectativa de vida crescente e forte pressão em
todos os sistemas públicos.
Estas variáveis complexas demandam
uma gestão responsável, transparente e capaz
de reunir participantes, patrocinadores, credenciados e empregados em torno de objetivos comuns, transformando os desafios em
oportunidades de crescimento, de negócios e
de bem-estar geral.
Por esta razão, desde 2008, início do projeto ‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade, que nasceu com a proposta de inserir
a entidade no contexto do tema sustentabilidade, a organização está empenhada em delinear com mais clareza seu rumo, em planejar
seu amanhã de forma mais consistente, objetivando sua permanência, o seu sempre.
Para isso, em um primeiro momento, a
entidade olhou o mundo no qual está inserida com lentes que focam em gestão de futuro, em relações duradouras, em benefícios
recíprocos e se antenou às transformações
às quais está sujeita, às tendências que se verificam e que podem impactar seu negócio
positiva ou negativamente, gerando riscos
ou oportunidades.
De dezembro de 2008 a julho de 2009,
diversas atividades foram realizadas com os
empregados, com foco na educação do conceito de sustentabilidade e na conscientização para o consumo consciente.
A partir de agosto de 2009, iniciou-se
uma nova fase do projeto: inserir o conceito sustentável no contexto organizacional
da Fundação CESP. Para tanto, foi realizado um diagnóstico de sustentabilidade na
entidade, que possibilitou o entendimento
e identificação de sua visão em relação ao
tema proposto, frente as partes interessadas,
ao seu negócio e com as referências nacionais e internacionais utilizadas no mercado
(ISE-Bovespa - Índice de Sustentabilidade
Empresarial, PRI - Princípios de Investimento Responsável, e 31 Desafios Brasileiros da Fundação Dom Cabral).
Foram elencados os temas que julgavam
relevantes para a Fundação, entre eles: educação para a sustentabilidade; estresse; envelhecimento da população; corrupção e falta de
ética na sociedade; governança corporativa;
comprometimento com valores e princípios; e
pandemias. É importante que se diga que este
processo de seleção de temas materiais não se
submeteu apenas à governança da Fundação
CESP, mas às partes interessadas e aos mais
avançados protocolos internacionais.
Após medição do grau de aderência da
Fundação CESP em relação aos índices
estabelecidos no tripé da sustentabilidade econômico, social e ambiental – foi possível
construir um metamodelo, isto é, a estratégia, os pilares e o foco das ações para os
anos seguintes.
O metamodelo ajudou a priorizar as
ações de sustentabilidade na Fundação
CESP, privilegiando a inserção do tema nos
negócios da entidade de forma transversal:
nos produtos/serviços oferecidos pelas áreas
de Investimento, Previdência e Saúde.
Para o planejamento de todas as ações
necessárias e para atingir os resultados desejados, foi desenhado um Plano de Ações
condizente com a realidade, que auxiliou
no acompanhamento e execução das atividades. A entidade também contratou uma
consultoria especializada para ajudá-la na
identificação dos temas mais relevantes para
sua atuação.
Dada sua premência para os negócios da
entidade, foram eleitos como focos de atenção para os próximos anos os temas: envelhecimento da população, saúde preventiva,
investimentos responsáveis e educação financeira. O objetivo é garantir a sustentabilidade da instituição e do coletivo.
A tendência de longevidade da população e da elevação dos custos de saúde,
impulsionados pela maior incidência de
pandemias globais e de enfermidades relacionadas à idade e às mudanças climáticas,
representam fortes pressões para planos de
previdência e saúde.
Somando-se a isso a tendência de taxas de
juros mais baixas, que interfere diretamente
nas metas atuariais, cabe à Fundação CESP
reforçar a solidez e o caráter conservador de
sua carteira de investimentos. Além disso, a
Fundação deve incentivar os aportes voluntários aos fundos de pensão, para poder arcar
com aposentadorias vitalícias mais longas, e
motivar seus associados a cuidarem mais e
melhor de sua saúde, reduzindo os elevados
custos dos planos.
Atualmente, é possível afirmar que a
Fundação CESP atingiu seu objetivo inicial:
o conceito sustentabilidade está inserido nos
negócios da entidade. Nas páginas seguintes, o leitor poderá conferir os projetos e
programas que atestam isso - como o Vida
Investe, Mais Saúde, Consumo Consciente
e PRI (Principles for Responsible Investment). Eles
oferecem a empregados e beneficiários em
geral a oportunidade de aprenderem mais
sobre saúde preventiva; sobre a importância de reduzir o consumo no presente para
manter a qualidade de vida no futuro, poupando para a aposentadoria; sobre a necessidade de se participar do dia a dia da
instituição, acompanhando os investimentos
que ela faz e como podem interferir em seu
futuro; sobre os princípios de investimentos
responsáveis (PRI) e sobre outros temas da
atualidade, como redução da taxa de juros.
A Fundação CESP encara a sustentabilidade não mais como um conceito em discussão, mas como valor transversal incorporado
à governança – rio, e não ponte, que se deve
navegar para chegar com segurança, ética e
responsabilidade, ao futuro.
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F UT URO P L E N O
Um futuro
com qualidade e
TRANQUILIDADE
SAÚDE, APOSENTADORIA RENTÁVEL E SEGURA,
LAZER E ACESSO À INFORMAÇÃO SÃO SINÔNIMOS
DE QUALIDADE DE VIDA, ATRIBUTO QUE A
FUNDAÇÃO CESP TRABALHA PARA ASSEGURAR
É
AOS PARTICIPANTES HOJE E SEMPRE
possível construir um futuro no qual as relações sociais se baseiem no respeito, na
ética, na transparência entre as partes? Sim, a Fundação CESP acredita firmemente
neste caminho e trabalha nesta direção. Todos os grupos de interesse envolvidos com
a entidade – empregados, patrocinadores, participantes e credenciados - estão cientes
de que ela é, por si só, um projeto coletivo, que visa o bem de todos.
Em seu ambiente de negócios, a missão
da Fundação CESP é elaborar e administrar, com excelência, planos de previdência
e saúde para que os usuários possam usufruir
deste futuro com qualidade e tranquilidade.
Mas este mesmo futuro não é um produto
que se venda, é algo subjetivo que se materializa conforme cada indivíduo traz um tijolo para a construção, conforme cada grupo
apresenta uma demanda específica, conforme
cresce a capacidade de escuta e de busca de
consensos para se atingir benefícios comuns.
A entidade tem consciência de que não é
fácil atender aos anseios e desejos de todos,
mas a essência desse processo de escuta deve
ser sempre preservada, com coragem de seguir adiante apesar das dificuldades.
Sem esforço, sem a participação de todos,
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não há futuro virtuoso. E a entidade conta
com o apoio e a parceria das partes envolvidas nesta coconstrução. Neste processo, a
Fundação CESP educa e também é educada,
e assim, passo a passo, o futuro desejado vai
tomando corpo em ações objetivas, conforme lerão neste relatório.
Trabalhar de forma transparente e participativa é motivo de orgulho e implica
em grande responsabilidade. O patrimônio
maior que a entidade gerencia, além dos
R$23 bilhões, é a confiança dos participantes. É com este valor conquistado junto aos
atuais 120 mil participantes que a Fundação
CESP se credencia para propiciar este futuro de qualidade e tranquilidade, pautado em
impactos positivos, benefícios mútuos, relações honestas e duradouras.
O QUE CREDENCIADOS, ASSISTIDOS, ATIVOS E PATROCINADORES
TÊM A FALAR SOBRE O ASSUNTO
QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO
PARA A FUNDAÇÃO CESP?
É cuidar para que as decisões na Fundação sejam sempre amparadas por rigor
técnico e não por questões políticas. Como
a Fundação é oriunda de estatais, ela traz
um certo resquício que representa riscos
do ponto de vista trabalhista, já que os sindicatos querem interferir nos processos de
forma eleitoreira e não focada nos benefícios recíprocos. O perfil de governança da
entidade, participativo e híbrido, minimiza
os efeitos prejudiciais deste tipo de postura.
UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO...
Seguramente, o desafio para a previdência é a alocação dos investimentos, é
ter competência em época de juros baixos, momento em que é difícil bater as
SERGIO ZACCHI
O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE
E TRANQUILIDADE?
É garantir que os planos da Fundação
CESP sejam oferecidos com segurança, com
base na competência do corpo técnico, na
governança e na gestão de investimentos.
metas atuariais. Não podemos esperar,
por exemplo, que a renda fixa dê conta
dos recursos que precisam ser gerados.
Mesmo tendo um desafio grande pela
frente, mesmo vivendo um novo momento, com novos riscos, como usuário, não
perco o sono, pois tenho grande confiança no corpo técnico da Fundação, que
precisa ser conservadora e sempre buscar argumentos técnicos para justificar
suas escolhas. Ela administra agora para
pagar em 20 ou 30 anos, o que requer
uma enorme capacidade de projeção.
O associado, por sua vez, precisa
ter consciência de que talvez tenha que
perder um pouco agora para garantir sua
renda lá na frente.
RONALDO BENTO TRAD, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO
CESP – REPRESENTANTE DAS PATROCINADORAS CPFL/
PIRATININGA. TRABALHOU NA CPFL POR 34 ANOS.
O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE?
Futuro de qualidade e tranquilidade está ligado à segurança patrimonial, que, no caso da Fundação CESP, está nas
mãos de pessoas de alto nível. É uma atividade privada com
robusteza de valores.
UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO...
A Fundação precisa analisar os informes e ensinar o beneficiário a fazer bom uso de seu plano de saúde e previdência. É necessário reciclar as instruções, dar mais atenção
ao público idoso, conceber cartilhas ou outros canais de
comunicação mais simples, didáticos e direcionados. Podemos olhar com mais sensibilidade para as necessidades
dos idosos, mapear os abandonados, bem como cuidar dos
pensionistas desinformados.
Um desafio maior é ter um local autossustentável para
abrigar um eletricitário ou sua pensionista.
SERGIO ZACCHI
QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FUNDAÇÃO CESP?
Como sou aposentado, mas continuo na ativa como conselheiro da Fundação, sou procurado para tirar dúvidas e
dar esclarecimentos. Vejo que meu papel é informar sobre
a atuação da Fundação nas áreas de previdência e saúde.
DOUGLAS APPARECIDO GUZZO, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO CESP –
REPRESENTANTE DOS PARTICIPANTES ASSISTIDOS E EX-PRESIDENTE DA ENTIDADE.
CONSELHEIRO DE HONRA DO CONSELHO DELIBERATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS
APOSENTADOS DA FUNDAÇÃO CESP (AAFC). FOI FUNCIONÁRIO DA CPFL POR 36 ANOS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
13
F UT URO P L E N O
SERGIO ZACCHI
ouvir os trabalhadores e promover aproximação entre as entidades sindicais que
atuam na Fundação. Além disso, também
entendo a importância de mostrar que a
instituição desenvolve programas como o
Mais Saúde e o Vida investe, que ajuda os
participantes a terem mais qualidade de
vida e a se preparar para a aposentadoria,
que representa uma nova etapa da vida
deles e de suas famílias.
Também temos trabalhado para divulgar aos assistidos os programas do
governo, para mostrar que podem utilizar
medicamentos gratuitos e desembolsar
menos dinheiro, que podem investir na
aposentadoria.
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O QUE É UM FUTURO DE
QUALIDADE E TRANQUILIDADE?
Os participantes assistidos e ativos
precisam pensar no presente e no futuro. No presente, eles devem poupar mais
e investir em atividades que promovam
qualidade de vida como viagens, academia, previdência. No futuro, depois de
um longo período laboral, o trabalhador
deve continuar curtindo a vida, a família,
o lazer. Então, vejo o futuro como a busca constante de bem-estar para todos, de
longevidade, de uma velhice amparada
pelo fundo de pensão, e com mais saúde.
UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO..
A busca por novos investimentos e
participações para garantir a perenidade da Fundação, cumprir todas as suas
metas e dar respaldo aos associados. Os
beneficiários precisam ter consciência de
que é vital que os planos da Fundação
sejam sustentáveis, pois são eles que assegurarão estabilidade na aposentadoria.
QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO
PARA A FUNDAÇÃO CESP?
Enquanto conselheiro, meu papel é
JOSÉ LUIZ ANDREOLI, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO CESP
– REPRESENTANTE DOS PARTICIPANTES ATIVOS DA AES
TIETÊ E ELETROPAULO. MEMBRO DO CONSELHO FISCAL
DO SINDICATO DOS ELETRICITÁRIOS DE SÃO PAULO. É
FUNCIONÁRIO DA ELETROPAULO HÁ 38 ANOS.
O QUE É UM FUTURO DE
QUALIDADE E TRANQUILIDADE?
Para o indivíduo, um futuro de qualidade é aquele no qual vislumbre a manutenção da sua qualidade de vida; é a
possibilidade de ter uma vida satisfatória e um futuro feliz. É estar bem consigo mesmo, com o local em que vive e
com as pessoas que estão a sua volta.
Do ponto de vista da saúde, o importante é que as pessoas a tenham para
viver de maneira plena, integral. Na realidade brasileira, infelizmente, o serviço
público não está disponível à totalidade
da população, com qualidade. Por isso,
torna-se necessário que as pessoas procurem a saúde suplementar.
Para a organização, um futuro de
qualidade é aquele que garanta sua perpetuação ao longo dos anos, sem abrir
mão de um bom serviço prestado e de
atender às necessidades da sociedade e
dos seus clientes.
QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO
PARA A FUNDAÇÃO CESP?
Embora exista uma relação comercial entre as empresas, há diretrizes e
princípios compartilhados por ambas as
instituições: queremos fornecer o melhor serviço aos clientes, trabalhando
em conjunto para que isso aconteça.
É uma relação que tem que buscar os
benefícios para todas as partes, uma relação ganha-ganha.
Alguns dos serviços que o Fleury
presta para a Fundação, como o de
Gestão das Doenças Crônicas (que integra o Programa Mais Saúde da Fundação), ilustram isso. Com essa iniciativa,
o paciente, além de melhorar sua qualidade de vida, utiliza menos o plano de
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saúde, e consequente, gera uma redução nos gastos das operadoras. Quanto
mais trabalharmos preventivamente,
mais reduziremos os elevados gastos
do setor de saúde.
UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO...
Em relação ao setor da saúde, se
não buscarmos alternativas agora, ele
corre o risco de se tornar insustentável
no futuro. O desafio é encontrar maneiras de trazer a sustentabilidade para o
setor como um todo, atuando de maneira responsável. Há vários desafios e
oportunidades pela frente, um caminho
a ser explorado.
DANIEL PÉRIGO, GERENTE DE SUSTENTABILIDADE
- LABORATÓRIO FLEURY - REDE CREDENCIADA FUNDAÇÃO CESP
B AST I DOR E S
MAKINGof
AO PRODUZIR UM RELATÓRIO COM PADRÕES INTERNACIONAIS, MAS
COM CRITÉRIOS PRÓPRIOS E COERENTES À SUA REALIDADE E VALORES, A
FUNDAÇÃO CESP DEMONSTRA SERIEDADE E TRANSPARÊNCIA
E
ste relatório nasceu de forma espontânea. A Fundação CESP não precisou criar fatos
para produzi-lo. Ao contrário, ele é fruto do amadurecimento de uma série de iniciativas
internas da organização e da própria consciência de que sua missão é intrinsecamente
alinhada ao conceito de sustentabilidade individual e coletiva.
Esta publicação é motivo de comemoração e de orgulho. Comemoração porque se
trata do primeiro relatório desta natureza realizado pela Fundação CESP, resultado de uma caminhada
já consistente; e orgulho porque, com ele, o tema ganhará ainda mais força, gerando novos inputs, em um
ciclo que não se encerra, que tende à continuidade, acompanhando os passos futuros da organização.
Este relatório é um compilado que conta a história
de como a missão da Fundação CESP – de garantir um
futuro com qualidade e tranquilidade a seus beneficiários
– vem sendo cumprida, há 44 anos, de forma exemplar.
O objetivo deste material é compartilhar a trajetória da
organização de forma transparente, com a pretensão de
fortalecer o diálogo entre seus públicos de interesse, bem
como benefícios mútuos. Claro que a governança da instituição já garante isso em boa medida, mas esta peça que é um canal de comunicação que possibilita integrar
todos ainda mais - visa intensificar o processo de coconstrução do futuro, de um futuro que seja bom para todos.
Quando se fala em ‘todos’, a construção de consensos, de caminhos únicos, e a equalização de diferentes
interesses e necessidades não é tarefa fácil, ainda mais
quando administrar um patrimônio bilionário, como é
o da Fundação CESP, requer atenção a temas macroeconômicos e sociais como a queda da taxa de juros; o
envelhecimento da população, com implicações para
planos de saúde e previdência; o desequilíbrio entre
consumo e poupança; e a gestão de uma carteira mista
de investimentos responsáveis.
A Fundação CESP tem consciência disso e acredita que o caminho virtuoso seja o diálogo, a abertura, a
honestidade. Publicar um relatório de sustentabilidade é
assumir um compromisso a mais, é não evitar conflitos,
é legitimar os processos internos, é perceber o coletivo
como preponderante.
A decisão de investir neste documento é resultante de anos de reflexão, de evolução e de engajamen-
to até que a instituição sentiu-se preparada e com algo
relevante para contar. A Gerência Executiva – Recursos Humanos, que responde pelo programa ‘Fundação
CESP Rumo à Sustentabilidade’, desde 2008, não queria ‘publicar por publicar’. Queria consistência.
E ela veio. Debutante no GRI (Global Reporting Initiative, cujo detalhamento pode ser conferido no capítulo ‘O que é um relatório de sustentabilidade’), mas
segura de seus passos, a Fundação CESP acredita que
aprender e ensinar constantemente – além de ter focos
de atuação para se fazer bem feito – são ferramentas
ricas para se alcançar o êxito em uma coletividade.
O presente relatório é um exemplo de como reunir
estes atributos, já que pretende: atrair novos conhecimentos, convocando seus públicos de interesse para
aprenderem juntos; educar estes mesmos grupos sobre
temas-chave que lhes dizem respeito; e mostrar quais
são os focos materiais da Fundação CESP, para que seja
perene e bem-sucedida, sempre.
Falando em focos, a opção por preencher todos os
indicadores do GRI, com nível ‘A’ de aderência, mas
pontuando claramente quais temas são prioritários e
centrais ao negócio e quais são irrelevantes para a organização, demonstra como a Fundação CESP separa o
joio do trigo e está antenada às tendências globais de reporte, procurando seus próprios caminhos e sentidos, ao
invés de simplesmente seguir modelos pré-estabelecidos,
descontextualizados da realidade da organização.
A Fundação CESP é única, feita para você e por
você. Este relatório também é seu.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
15
EDUCAÇÃO PA R A A S U S T E N TA B ILID A D E
EDUCAÇÃO
a serviço da
sustentabilidade
DIVERSOS PROGRAMAS EDUCATIVOS E DE
ENGAJAMENTO PROMOVIDOS PELA FUNDAÇÃO CESP INCENTIVAM
A SUSTENTABILIDADE INDIVIDUAL E COLETIVA NOS EMPREGADOS
E PARTICIPANTES, PROMOVENDO O BEM COMUM
D
esde 2008, o conceito de sustentabilidade vem sendo inserido no dia a dia
da Fundação. “Percebemos que havia um forte movimento da sociedade
no tema e que as patrocinadoras da Fundação, especialmente, estavam fazendo um trabalho sério neste sentido e começamos a nos conscientizar
também”, relata Simone Capua Teppet, Gerente Executiva – Recursos Humanos – Fundação CESP e responsável pelas iniciativas do projeto “Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade”, que prevê ações internas de educação em sustentabilidade.
“Assumimos a missão de trazer a sustentabilidade para dentro da entidade, para isso, estudamos o
assunto e trouxemos boas práticas para a nossa sede e para os associados em geral”.
Inicialmente, foram realizadas campanhas e palestras com os empregados, sobre o conceito sustentabilidade e consumo consciente, a fim de sensibilizá-los e
informá-los sobre o tema.
Posteriormente, o conceito de sustentabilidade passou a integrar o contexto organizacional da Fundação
CESP. Foi contratada uma consultoria especializada
para ajudar na identificação de temas relevantes para
sua atuação e realizar um diagnóstico. O objetivo era
compreender a visão da entidade em relação aos temas
priorizados, frente às partes interessadas, ao seu negócio e às referências nacionais e internacionais utilizadas no mercado.
A partir disso, a Fundação optou por projetos
próprios, nos quais fosse possível endereçar os temas
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
materiais identificados, e privilegiou a inserção da sustentabilidade nos negócios de forma transversal, nos
produtos/serviços oferecidos pelas áreas de Investimento, Previdência e Saúde.“Nosso grande diferencial
em relação ao mercado de fundos de pensão é que não
restringimos a sustentabilidade aos investimentos - visamos a educação do tema sustentabilidade com foco
nos negócios - Previdência, Saúde e Investimentos e no
consumo consciente”, comenta Simone.
EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
Os programas que a Fundação oferece aos empregados e beneficiários em geral visam à educação para a
sustentabilidade individual e coletiva e, por esta razão,
foram elaborados Programas que merecem destaque:
SIMONE CAPUA TEPPET
GERENTE EXECUTIVA – RECURSOS HUMANOS
GERARDO
LAZZARI
RESULTADOS
DAS CAMPANHAS
DE CONSUMO
CONSCIENTE
EM 2012
ÁGUA Foram consumidos 5.585.000 litros de água 172.000 litros a menos do que em 2011. Economia:
equivale ao consumo médio de 782 habitantes em um
dia ou 1.274 banhos de ducha com duração de 15 minutos.
ENERGIA ELÉTRICA Foram consumidos 985.631 KWH
de energia elétrica - 183.256 KWH a menos do que em
2011. Economia: equivale ao consumo de 2.545 lâmpadas
incandescentes de 100 WATTS acesas por 30 dias.
MAIS SAÚDE
Estimula os associados a mudarem seu estilo de vida,
adotando um padrão mais saudável. Possui quatro
pilares de atuação: relacionamento com os associados,
informações de prevenção, promoção da qualidade de vida e
comunicação dos produtos e serviços (mais detalhes podem
ser consultados no capítulo sobre saúde preventiva). Há
uma vertente desse projeto, direcionada aos empregados
da Fundação CESP, denominada Corpo e Saúde, que
estímula a prática de atividade física, o desenvolvimento da
criatividade e ações de saúde.
VIDA INVESTE
Promove nos associados a consciência financeira e visa
desenvolver o equilíbrio entre consumo e poupança e a
preparação para a aposentadoria (mais detalhes podem ser
consultados no capítulo sobre educação financeira).
PRI (PRINCIPLES FOR RESPONSIBLE INVESTMENT)
Busca investimentos responsáveis do ponto de vista
social, ambiental e econômico (mais detalhes podem ser
consultados no capítulo sobre investimentos responsáveis).
CONSUMO CONSCIENTE
Desperta nos empregados a consciência para o uso de
energia, água, papel, plástico, metal e de consumo em geral.
PAPEL/PAPELÃO Foram enviados para reciclagem 14.347 Kg
de papel/papelão. Economia: equivale a 3.509.940 folhas de
papel tamanho A4 - 2.367,09 Kg de papel/papelão a menos
do que em 2011, o que representa 53 árvores não derrubadas.
PLÁSTICO Foram enviados para reciclagem 9.128 kg de
plástico. Economia: equivale a 192 tanques de gasolina com
60 litros - 5.310 kg de plástico a mais do que em 2011, o
que representa 112 tanques de gasolina com 60 litros.
METAL Foram enviados para reciclagem 2.607 Kg de
metal. Economia: equivale a 174.669 latinhas de alumínio
e 11.644 toneladas de bauxita não retiradas da natureza.
DIA DO DESCARTE Com o objetivo de incentivar a
reciclagem de papel/ papelão, pelo segundo ano
consecutivo, consolidamos na entidade uma data para que
os nossos profissionais descartem papéis desnecessários
e enviem os documentos que precisam ser guardados
para o arquivo inativo, assegurando um ambiente clean,
no qual apenas os documentos periodicamente
manuseados permanecem no escritório.
PS: OS RESÍDUOS ORGÂNICOS, QUE REPRESENTAM UMA PEQUENA PARTE DO TOTAL
DE RESÍDUOS, SÃO RECOLHIDOS POR FORNECEDORES HABILITADOS E DESTINADOS
A ATERROS SANITÁRIOS.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
17
EDUCAÇÃO PA R A A S U S T E N TA B ILID A D E
Estes programas, além de beneficiarem a saúde, o
bolso e a previdência dos associados, induzindo-os à vivência responsável em vários aspectos, também garantem perenidade aos planos da Fundação.
Além disso, em 2012, a Fundação aderiu à Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da ABRAPP
(Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar). O objetivo é compartilhar
o conhecimento sobre sustentabilidade entre os profissionais do sistema, realizar estudos e buscar desenvolvimento sobre o tema, oferecendo apoio técnico à
ABRAPP.
Por fim, a Fundação CESP, desde 2009, inclui o
tema sustentabilidade na composição de suas metas
que são avaliadas anualmente e compõem a remuneração variável dos empregados envolvidos diretamente
nos projetos.
BENEFÍCIOS RECÍPROCOS
No intuito de despertar nos empregados a consciência social e ambiental, anualmente, desde 2010, é
realizado o Dia do Descarte, no qual todos são convidados a limparem mesas, gavetas e armários, colocando ordem na casa e destinando papéis sem uso para a
reciclagem ou para o arquivo inativo. Na segunda edição, em 2011, 10 toneladas de papel foram descartadas
e destinadas à reciclagem.
Este tipo de ação, além de promover um ambiente
de trabalho mais agradável para os empregados, reforça o papel de cada um quando se trata de preservar o
planeta, com ações simples e boa vontade.
Em 2012, foi promovido o Dia das Crianças, no
qual os filhos dos empregados puderam visitar a sede
da Fundação e, conforme a faixa etária, participaram
de oficinas de culinária e educação financeira. “Trazer
a família do empregado na empresa fortalece o vínculo entre ele e a Fundação, melhora o ambiente de trabalho e significa mais qualidade de vida para todos”,
comemora Simone.
Enfeitar a recepção da Fundação com árvore de
Natal produzida com material reciclado e decorada
com cerâmicas modeladas por comunidades carentes é
outro exemplo de ação de sensibilização que tem sido
adotada pela Fundação.
PROJETO
C
CORPO E SAÚDE
alcado nos pilares ‘Mexa-se’, ‘Cuca leve’ e ‘Saúde em
dia’, este projeto visa promover a qualidade de vida
do empregado sob o aspecto físico, mental e cultural.
“Consideramos o indivíduo como um todo. Não basta ter
bons cargos e salários, é preciso motivá-lo com benefícios
diferenciados”, informa Alzira Alcântara, analista de Recursos
Humanos e coordenadora do projeto.
Ginástica laboral, massagem antiestresse, a possibilidade
de usufruir de uma quadra de futebol externa, e aulas
ministradas internamente (boxe, dança de salão, alongamento
e pilates) integram o ‘Mexa-se’.
No ‘Cuca leve’, destaque para o coral, para as visitas
monitoradas a museus e para cursos que desenvolvam a
criatividade como o de fotografia, organização do lar e
marchetaria. “Se oferecermos a oportunidade de uma pessoa
desenvolver sua criatividade e expressão, ela trabalhará
melhor, com mais inspiração, mais relaxada e ainda mais
satisfeita”, avalia a profissional.
Campanhas de vacinação, de saúde bucal, de
alimentação saudável para combater diabetes, hipertensão e
colesterol podem ser destacados no ‘Saúde em dia’, além da
orientação ergonômica para todos os empregados.
Também pensando no bem-estar do empregado, foi
instituído o vale-presente, benefício que oferece, aos
aniversariantes, crédito para ser utilizado em livraria na
compra de livros, CDs ou DVDs.
“Promover mais qualidade de vida e zelar pelos nossos
empregados é ser sustentável, por isso, investimos nisso
com tanta ênfase”, completa Alzira.
Se, por um lado, a Fundação comemora seus passos
no terreno da sustentabilidade, por outro lado, é hora de
comunicá-los, antes de iniciar novos projetos. “O projeto de sustentabilidade não tem fechamento, pois o tema
é tudo, o tempo todo”, conta Simone. “Mais do que
continuar concebendo novas ações com início imediato,
trabalharemos agora para que associados e empregados
saibam o que já fazemos e para fortalecer as bases já
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
GERARDO LAZZARI
PLANEJANDO O FUTURO, SEMPRE
ALZIRA ALCÂNTARA
ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS
OS PROGRAMAS MAIS SAÚDE, VIDA INVESTE, PRI E CONSUMO
CONSCIENTE, ALÉM DE BENEFICIAREM A SAÚDE, O BOLSO E A
PREVIDÊNCIA DOS PARTICIPANTES, TAMBÉM GARANTEM
PERENIDADE AOS PLANOS DA FUNDAÇÃO CESP
existentes. A publicação de nosso primeiro relatório de
sustentabilidade tem este propósito”, informa.
Até 2012, a Fundação não idealizava produzir relatórios desta espécie. “Pensávamos que o importante
era ser e não provar, mas percebemos que a sustentabilidade estava já tão inserida nos negócios que era hora
de comunicar o fato e que esta comunicação também
seria uma iniciativa educativa por si só”, avalia.
DESAFIOS FUTUROS
O maior desafio da educação para a sustentabilidade é a mobilização. É preciso movimentar, fazer ações,
eventos, para as pessoas não se esquecerem dos temas
importantes, para que eles sejam absorvidos aos poucos.
“A adesão interna requer tempo, pois depende de mudança comportamental, cultural”, explica a profissional.
Em 2013, haverá novidades, embasadas nos apontamentos do Relatório de Sustentabilidade.
“O lema da Fundação é educar em sustentabilidade, para assegurar um futuro com qualidade e tranquilidade para que nossos associados e empregados
tenham uma vida mais digna”, opina. “Não é a toa
que a sustentabilidade fica no guarda-chuva da área de
Recursos Humanos, que é a área responsável pelas
pessoas. Cuidar da sustentabilidade é valorizar o futuro de todos”, completa a gerente.
DEPOIMENTO
“FAZEMOS UM TRABALHO DE CONVENCIMENTO E
CONSCIENTIZAÇÃO PARA O FATO DE QUE AS ESCOLHAS
INDIVIDUAIS INTERFEREM NAS COLETIVAS”
COMO A COMUNICAÇÃO AJUDA NA
EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE?
A equipe de comunicação da Fundação CESP tem como uma de suas principais missões educar o público interno
e seus participantes para a importância
de planejar seu futuro, de abrir mão
de um consumo imediato para garantir
qualidade de vida na aposentadoria. A
nova geração não está educada para
poupar. No que diz respeito aos planos
de saúde, mostramos aos indivíduos que
saúde preventiva, com cuidados pessoais com alimentação, atividades físicas
e exames periódicos pode mudar sua
vida para melhor.
O foco da comunicação em saúde
e previdência também é falar sobre as
características dos produtos, as regras
de funcionamento da Fundação CESP e
como cada plano pode ser administrado
pelo participante. No que diz respeito
à questão previdenciária, por exemplo,
exploramos temas para ajudá-lo no dia
a dia, como educação financeira e orça-
mentária, otimização das contribuições,
utilização do plano de previdência para
abatimento no imposto de renda. Na área
de saúde, chamamos a atenção para a
parte de prevenção, por faixa etária: para
os idosos, informamos sobre prevenção
de quedas e vacinação; para os usuários ativos, mostramos como fazer boa
utilização do plano e ser responsável no
uso do pronto-socorro, na marcação de
consultas e na conferência do extrato
de utilização mensal. Despertamos nele
a consciência de que, quanto mais um
participante acessa seu plano, mais alto
é o valor da conta que será dividida por
todos e de que, também por esta razão,
ele deve analisar se as cobranças médico-hospitalares estão corretas.
DE FORMA ATUAM?
Por meio de nossos canais institucionais e customizados para diferentes
perfis de leitor - revista ‘Bem-Estar’
(para público interno e externo), jornal
‘No Papel’ (para público interno), bole-
tim Atividade (para ativos) e Vitalidade
(para assistidos), além da intranet e internet – fazemos um trabalho de convencimento, para mostrar que previdência é poupar hoje para ter amanhã e que
investir em saúde é fundamental para
uma vida plena.
Ao mesmo tempo, temos o enorme
desafio de conscientizar as pessoas para
o fato de que as escolhas individuais interferem nas coletivas. Se, por exemplo,
um beneficiário usa de forma indiscriminada seu plano de saúde, todos os
outros beneficiários pagarão esta conta.
DO PONTO DE VISTA DA COMUNICAÇÃO,
O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E
TRANQUILIDADE?
Trabalhamos para valorizar os produtos da Fundação, mais do que apenas
levar as informações técnicas aos usuários. Mostramos os benefícios adicionais
que a organização oferece.
MÁRCIA LOCACHEVIC, GERENTE EXECUTIVA –
COMUNICAÇÃO E MARKETING
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
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ENVE L HE C I M E N T O D A P O P U L A Ç Ã O
VIVER MAIS
e melhor, com saúde e
aposentadoria
complementar
COM GESTÃO RESPONSÁVEL E CONSERVADORA
DOS FUNDOS DE PENSÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE PREVENTIVA,
A FUNDAÇÃO CESP ASSEGURA APOSENTADORIAS VITALÍCIAS MAIS
LONGAS E PLANOS DE SAÚDE COM CONTAS EQUILIBRADAS
É
uma realidade: estamos vivendo mais. O envelhecimento da população é observado
em todos os cantos do mundo. A expectativa de vida nunca foi tão alta na história
da humanidade. E, embora isso seja motivo de comemoração - afinal, todos querem
viver mais - e que demonstra os avanços da medicina, da ciência e da tecnologia, a
mudança no perfil dos habitantes do planeta – que estão mais grisalhos – traz uma
série de desafios para o setor público, privado e para a sociedade, que sempre estiveram acostumados a lidar com populações majoritariamente jovens.
A população com mais de 60 anos deve
triplicar nos próximos 40 anos. A expectativa
de vida do brasileiro ao nascer já é de 74,08
anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando as preocupações sobre demografia não estão mais
nas taxas de natalidade, que vêm caindo,
mas, sim, nas taxas de envelhecimento, que
estão subindo, uma pergunta torna-se cada
vez mais relevante: Como garantir qualidade
de vida e tranquilidade para uma população
cada vez mais idosa?
PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE
Elaborar e administrar, com excelência,
20
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
planos de saúde e previdência para que as
pessoas possam viver e construir um futuro
com qualidade e tranquilidade é o trabalho
diário da Fundação CESP. Para propiciar
uma vida mais digna às pessoas de quem cuida é preciso que a entidade esteja atenta aos
movimentos sociais e os encare abertamente,
para que possa compreendê-los amplamente, assimilá-los e ajustar seus produtos sempre
que for necessário.
O aumento do número de indivíduos na
terceira idade é uma tendência com a qual
os sistemas de previdência e de saúde devem se adaptar desde já – razão pela qual a
Fundação CESP dá muita atenção ao tema.
GERARDO LAZZARI
CLAUDETE
TORRENTE LOPES
GERENTE EXECUTIVA –
ATUARIAL
Com competência, comprometimento e respeito ao ser
humano, a entidade estuda variáveis complexas que
podem afetar seus planos, promovendo uma gestão
cautelosa e responsável, para assegurar sua sustentabilidade. A redução no número de jovens e adultos – que
durante a vida ativa são contribuintes da previdência
– e o aumento no número de idosos – os beneficiários
das pensões – tende a elevar a pressão sobre o sistema
público e privado de previdência. Os planos precisarão
adotar parâmetros atuariais cada vez mais conservadores, já que terão de pagar aposentadorias por mais
tempo.
“Acompanhamos mensalmente as movimentações
dos planos de previdência, para aferir o tamanho da
provisão matemática necessária para garantir o compromisso de pagamento de benefício a cada participante, para que as obrigações da entidade sejam cumpridas”, explica Claudete Torrente Lopes, Gerente
Executiva – Atuarial – Fundação CESP
O crescimento na longevidade dos brasileiros exige
também mais investimentos no setor da saúde. Deve-se ampliar a capacidade do sistema para lidar com o
aumento na incidência de doenças que acompanham
o envelhecimento populacional e que geram pressões e
aumento de custos tanto para a rede de saúde pública,
quanto para os planos de saúde privados.
DESAFIOS FUTUROS
Quando o aumento da longevidade é acompanhado de queda na taxa de natalidade – como se observa
atualmente –, os fundos de pensão devem rever suas
estratégias, para garantir a renda dos aposentados por
mais anos.
Com o crescimento no número de beneficiários, a
tendência para o sistema público de previdência, controlado pelo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), é de forte aumento no déficit, que pode
comprometer o recebimento de benefícios no futuro.
Levando-se em conta que, a cada ano, a dívida do
INSS cresce, aumentando-se, também, a pressão sobre
o sistema, para 2013, espera-se que o rombo do INSS
atinja a ordem de R$ 42,2 bilhões, (9% a mais que em
2012), de acordo com estimativas do governo.
Além disso, o valor estimado do benefício do INSS
representa aproximadamente R$ 2.500,00 por mês.
“Se a pessoa não tiver um plano de previdência complementar, terá queda no padrão de vida durante a
aposentadoria: quanto maior o salário durante a vida
ativa, maior a quebra”, explica a especialista em Fundos de Pensão e consultora do Programa Vida Investe,
Cristina Monteiro Diniz – da Fundação CESP.
Os impactos do crescimento da população idosa
também são sentidos no setor da saúde. Se, por um
lado, a Fundação investe em uma rede médica mais
ampla e preparada para lidar com as demandas e especificidades desta faixa etária, cobrindo a baixa eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS), por outro
lado, os planos privados por ela oferecidos sofrem impacto financeiro, já que os usuários de idade avançada
apresentam maior incidência de doenças e usam mais
o plano, com consultas, exames e cirurgias mais complexas, internações e outros procedimentos médicos.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
21
ENVE L HE C I M E N T O D A P O P U L A Ç Ã O
Por fim, o aumento na expectativa de vida testa os
limites do planeta, já que ao viverem mais, as pessoas consumirão mais recursos naturais – como água e
energia –, produzirão mais lixo e mais poluição. Vale
dizer que a Fundação está consciente deste desafio e
promove diversas iniciativas para o consumo consciente (que podem ser conferidas no capítulo de “educação
para a sustentabilidade”).
EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
Os desafios que se colocam ao sistema público de
previdência atingem também os fundos privados, embora o façam de maneira menos intensa. Com contas
equilibradas e cálculos conservadores para a tábua atuarial (saiba mais no capítulo de educação financeira), a
Fundação CESP se programa, desde já, para pagar aposentadorias vitalícias mais longas, como conta Cristina.
“O envelhecimento da população impacta as contas da
Fundação CESP tanto na saúde quanto na previdência.
Para os planos de previdência, calculamos uma sobrevida do plano aderente ao da massa dos participantes”.
Esta tábua ajusta os compromissos futuros do plano
de previdência, pelo tempo que se espera para pagamento de benefícios. Quando um desequilíbrio é detectado, é necessário revisar o custeio do plano, por
meio do aumento das contribuições.
“Basicamente, a longevidade e a taxa de juros são
as principais variáveis que podem impactar o equilíbrio
de um plano”, analisa Claudete. Considerando que o
compromisso dos planos que administra é garantir o
pagamento de aposentadorias e pensão por morte de
forma vitalícia, é necessário adotar uma postura conservadora nos investimentos do fundo de pensão.
“Os participantes precisam saber que, quanto mais
conservadores somos, melhor para ele e para a Fundação, que conseguirá pagar as aposentadorias por
tempo vitalício. Isso é sustentabilidade. Não adianta
termos uma meta atuarial alta no presente, se a gente
comprometer os benefícios que deverão ser pagos no
futuro”, pondera Cristina.
“A natureza do plano de previdência implica em
ajustes de parâmetros quando uma mesma quantidade de recursos financeiros tiver que dar conta de uma
renda contínua por mais anos”, complementa a pro-
PLANOS DE PREVIDÊNCIA
A
DA FUNDAÇÃO CESP
Fundação CESP oferece 10 planos de previdência. Por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos, todo valor investido
nos planos de previdência, têm como única finalidade, gerar benefícios para os participantes.
PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS (BD):
Dos 10 planos, oito são do tipo Benefício Definido,
em que o valor do benefício a ser recebido no futuro é
previamente estabelecido. Eles incidem sobre 70% do valor
do salário e preveem contribuições obrigatórias. Contam,
também, com a contrapartida da empresa: para cada R$1,00
investido pelo empregado, a empresa investe a mesma
quantia. Esses planos cobrem também a aposentadoria por
invalidez e a pensão por morte aos dependentes (cônjuge e
filhos até 21 anos, e outros reconhecidos pela Previdência
Social). É permitido aos participantes fazer contribuições
do tipo CV sobre 30% do salário. Por serem de natureza
voluntária, pressupõem aportes esporádicos, elevando o
valor do beneficio a ser recebido no futuro.
É possível nos planos de BD, fazer contribuições
voluntárias (CV) para atingir o limite de 12% de sua renda
bruta tributável anual, e obter vantagens tributárias.
PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL (CV):
Dois planos de previdência da Fundação são do tipo
Contribuição Variável, em que o valor do benefício futuro
não é pré-definido.
22
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
O benefício é baseado na somatória das
contribuições dos participantes, da empresa e dos
rendimentos obtidos pelos investimentos.
Além das contribuições regulares, os participantes
podem fazer contribuições adicionais para elevar o
valor do beneficio de aposentadoria. Nesses dois planos
a aposentadoria por invalidez e pensão por morte aos
dependentes são de natureza BD.
Para obter vantagens tributárias, é possível fazer
contribuições adicionais para atingir o limite de 12% de
sua renda bruta tributável anual.
CURIOSIDADE
Até 1997, a Fundação CESP pagava a contribuição
previdenciária apenas se o participante já tivesse
recebendo o benefício do INSS. Atualmente, esta regra
não é mais uma exigência. Para os planos BD, a
aposentadoria complementar pode ser requerida por
tempo de serviço, conforme as regras do INSS. Apenas
os casos de invalidez e pensão ainda estão atrelados
ao pagamento liberado pelo governo.
O SISTEMA DE SAÚDE DEVE SE PREPARAR PARA LIDAR COM O AUMENTO
NA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS QUE ACOMPANHAM
O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E QUE
GERAM CUSTOS CRESCENTES.
fissional. Apesar do desafio, para Cristina, o beneficiário deve continuar apostando na Fundação CESP e
na previdência complementar para garantir condições
dignas no futuro.
Assim como no caso dos planos de previdência, o
aumento da longevidade pressiona os planos de saúde, já que quanto mais idosa é a base de segurados,
maior a pressão sobre as contas do sistema. Para garantir qualidade de vida aos pacientes e reduzir gastos
mais expressivos, como os de internações frequentes e
procedimentos emergenciais, bem como para garantir
a sustentabilidade de seus planos de saúde, a Fundação
investe na educação e prevenção, no âmbito do Mais
Saúde.
Este programa prevê, dentre outros benefícios, palestras, acompanhamento de equipe multiprofissional e
a gestão de patologias (saiba mais no capítulo sobre saúde preventiva). “Precisamos buscar novas estratégias no
âmbito da prevenção de doenças, porque pessoas mais
idosas tendem a utilizar o plano com frequência”, analisa a consultora. “Garantir saúde plena aos usuários é
prioridade para nós”, completa.
DEPOIMENTO
“O IDOSO PRECISA SER COMPREENDIDO MAIS AMPLAMENTE ”
QUE DESAFIOS O AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA
TRAZ À FUNDAÇÃO?
A maioria dos aposentados, das pensionistas e familiares,
pouco ou quase nada sabem do verdadeiro papel da Fundação.
Entendemos que a base da pirâmide (aposentados) é composta
por pessoas simples, de baixo suplemento salarial, sem muito
repertório, oriundos de cargos operacionais das empresas patrocinadoras. É necessário pesquisar com zelo e cuidado as reais
necessidades, com a finalidade de reciclar instruções, oferecer
informes de fácil entendimento e de forma objetiva, criando uma
família entre todos.
Encaro a sustentabilidade como a busca pelo equilíbrio,
levando-se em conta as reais necessidades dos envolvidos (patrocinadores, participantes ativos e assistidos e entidades de
classe). É difícil! Governar e conciliar interesse é o desafio que
se apresenta a todos.
A própria governança, que é participativa e traduz credibilidade, necessita mensurar as importâncias existentes entre
os segmentos, com tolerância e com democracia. O processo é
árduo, visto ser impossível agradar a todos. O nosso envelhecimento é um fato e os novos dirigentes precisam entender que,
um dia, eles estarão entre nós.
QUAIS SÃO AS DEMANDAS MAIS REPRESENTATIVAS DE
APOSENTADOS E PENSIONISTAS?
Temos uma desigualdade social e a Fundação precisa estudar melhor os valores sociais para o equilíbrio da “gangorra”.
Para isso, é preciso diminuir as dúvidas e descontentamentos
dos aposentados e pensionistas.
O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE?
A modernidade anda mais rápida do que o nosso entendimento. O idoso reconhece que é necessário evoluir, mas não
entende a falta de sensibilidade de quem dita as instruções
pelo “zero oitocentos”, bem como aqueles que as informam de
forma vazia.
Qualidade é um tanto subjetiva, mas tranquilidade é algo
que se traduz em bom sono, em vontade de viver feliz, em segurança, sem transferência de preocupações aos entes próximos.
Qualidade e tranquilidade é ter, em nossa retaguarda, uma
Fundação segura, preocupada com a nossa saúde, com a saúde financeira, com segurança entre os dirigentes, e não ser
pego de surpresa com os elevados custos dos planos de saúde.
QUAL É A RESPOSTA DA FUNDAÇÃO?
A Fundação é forte e sólida, e traz a segurança e o orgulho
aos seus usuários, visto que possui uma tradição e um status
invejável. Para complementar esta grandiosidade, é preciso derivar, com mais carinho, para o social, de forma objetiva, não
só analisando os resultados financeiros e dos planos de saúde,
mas sim de forma humanística.
COMO CONCILIAR SUSTENTABILIDADE E ENVELHECIMENTO
DA POPULAÇÃO?
DOUGLAS APARECIDO GUZZO, CONSELHEIRO E EX-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CESP.
CONSELHEIRO DE HONRA DO CONSELHO DELIBERATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS
DA FUNDAÇÃO CESP (AAFC). FOI FUNCIONÁRIO DA CPFL POR 36 ANOS, EM AMERICANA.
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23
S AÚDE PR E V E N T I VA
Prevenção assegura
mais saúde e
MENORES CUSTOS
ALÉM DA ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR, A FUNDAÇÃO CESP OFERECE
PROGRAMAS ASSISTENCIAIS, AÇÕES EDUCATIVAS E WORKSHOPS INTERATIVOS
PARA PROMOVER MAIS SAÚDE AOS PARTICIPANTES
É
melhor prevenir do que remediar. Esse conhecido ditado é quase sempre ignorado
na vida cotidiana. Mesmo com todos os avanços da ciência e da tecnologia no tratamento de doenças, a prevenção continua a ser o melhor remédio para garantir a
qualidade de vida e a sustentabilidade do plano de saúde.
Sabemos que grande parte das patologias poderiam ser evitadas com uma
postura adequada em relação à alimentação, à pratica de exercícios físicos, ao
controle de fatores de riscos, bem como de doenças crônicas.
Adicionalmente, considerando-se os altos custos financeiros da saúde privada, inflacionados
ano a ano, e a situação limitada da saúde pública em geral, fica evidente a necessidade de evitarmos tanto o surgimento das doenças quanto suas complicações.
Na busca de uma sociedade sustentável, precisamos
educar o usuário no sentido de uma vida mais saudável,
pautada em prevenção, possibilitando melhor qualidade de
vida e um envelhecimento digno e humanizado. “Cuidar
e prevenir são ações cruciais quando falamos de saúde e
sustentabilidade”, avalia Amir Salemi Junior, Gerente Executivo – Gestão em Saúde – Fundação CESP.
EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
Legitimando seu comprometimento com o bem-estar e a qualidade de vida de seus participantes, a
Fundação CESP oferece planos de saúde com ampla
cobertura médico-hospitalar, conteúdo educativo - focado na prevenção - e programas assistenciais aos participantes ativos de seus planos de previdência e saúde.
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
Neste sentido, o Programa Mais Saúde merece destaque. Concebido em 2012, trata-se de um programa
que, sob o olhar da sustentabilidade, tem como objetivos
estreitar o relacionamento com os usuários, disponibilizar acesso às informações de prevenção e promover a
qualidade de vida.
Desde 2007, a Fundação CESP já realizava o gerenciamento de casos crônicos (como diabetes e problemas cardíacos), mas não tinha caráter de programa.
“Percebemos, então, que precisávamos de uma abrangência maior, sair do perfil assistencial e ampliar o horizonte, promovendo também a prevenção”, informa
Salemi Junior. Assim, nasceu o Mais Saúde.
Atualmente, após uma triagem realizada pela operadora do plano de saúde, os pacientes que apresentam fa-
LAZZARI
GERARDO
AMIR ANTONIO
SALEMI JUNIOR
GERENTE EXECUTIVO –
GESTÃO EM SAÚDE
tores de risco (como tabagismo, hipertensão, entre outros)
e patologias crônicas são classificados pelo grau de complexidade. “Em conjunto com prestadores de serviços especializados em gerenciamento de crônicos, este grupo de
usuários é avaliado segundo critérios pré-estabelecidos, por
exemplo, aquele cliente que acessa o plano com consultas
ou exames mais do que 20 vezes ao ano, aquele que busca
unidades de emergência com frequência, aquele que toma
medicamento para doença crônica ou realiza exames de
alta complexidade”, explica Rogério Machado, Gerente –
Planejamento em Saúde – Fundação CESP.
Posteriormente, a Fundação envia carta ao usuário, apresentando o Mais Saúde, seus benefícios e a
razão pela qual ele está sendo contatado. O programa
pressupõe a aceitação do participante e só é iniciado
após sua decisão formal. Segundo Machado, “perfis de baixa complexidade recebem as informações e
orientações apenas por via telefônica. Já os módulos
de média complexidade podem exigir a visita de profissionais, nutricionista ou auxiliar de enfermagem. Os
de alta complexidade podem requerer visita de equipe
multiprofissional, inclusive de médicos”. Mais de 3.200
usuários foram elegíveis para o programa e aceitaram
participar dele em 2012.
Por meio deste atendimento individualizado, de
workshops e oficinas, a gestão de patologias tem como
objetivo reeducar pacientes, mostrar os benefícios de
uma alimentação equilibrada, a importância de romper com o sedentarismo, de realizar exames periódicos, proporcionando melhora na qualidade de vida e
redução nos altos custos gerados pelo uso constante do
plano. “Todas as palestras realizadas, até então, lotaram”, comemora Salemi.
O programa prevê, ainda, a visita de educadores
físicos a famílias com idosos, dando instruções para
adequações da residência, para diminuir ocorrência
de quedas e acidentes.
“É preciso filtrar os participantes, beneficiando
aqueles que realmente precisam de um suporte maior,
desenvolvendo neles o autocuidado e a educação sobre
a importância da prevenção”, explica Salemi. “Hoje,
trabalhamos esta iniciativa com início, meio e fim. O
usuário recebe alta no momento adequado, abrindo espaço para outras pessoas se beneficiarem e reduzindo os
custos internos da Fundação, assegurando sua sustentabilidade”, completa.
PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE
É preciso garantir serviços de saúde de padrão adequado ao atendimento das necessidades da população,
nos quais tecnologia e atendimento tenham excelência,
mas sempre buscando um ponto de equilíbrio que leve
em conta a necessidade de estabilidade dos custos assistenciais.
O crescimento constante dos custos da saúde é influenciado por questões como o aumento de doenças
infecciosas (que se espalham mais rapidamente, em decorrência do crescente fluxo de pessoas, com a intensificação do fenômeno da globalização), a tendência de
envelhecimento da população mundial, que cresce a
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25
S AÚDE PR E V E N T I VA
GERARDO LAZZARI
cada ano, e as questões climáticas (como aquecimento
global, secas prolongadas e enchentes).
Fatores como esses, que exercem pressão significativa
sobre o sistema de saúde privado, quando associados à
incapacidade do poder público de prestar assistência necessária aos cidadãos, tornam complexa a administração
dos convênios, que, se não se adequarem a esta realidade,
enfrentarão sérios desequilíbrios financeiros no futuro.
Para se adaptar a este mundo em transformação,
assim como à previsão de gastos ascendentes, a Fundação CESP investe em educação e prevenção. O bem-estar das pessoas e a perenidade dos planos oferecidos
depende disso.
FERRAMENTAS DE REGULAÇÃO
NA SUSTENTABILIDADE
Outra atividade implementada na gestão dos Planos
de Saúde, visando à sustentabilidade, é o desenvolvimento de ferramentas de regulação, que visam à manutenção
e melhoria da qualidade da prestação de serviços de sua
rede credenciada.
Dentre as diversas ferramentas utilizadas, destacam-se
as críticas de sistema previamente parametrizadas para
RAIO-X
DO PROGRAMA MAIS SAÚDE:
ABRANGÊNCIA
PARTICIPANTES ATIVOS, APOSENTADOS E SEUS
DEPENDENTES.
O QUE ENGLOBA
PROGRAMAS ASSISTENCIAIS / AÇÕES
PREVENTIVAS E CURATIVAS:
Gerenciamento de casos e
doenças crônicas, home care,
auxílio-medicamento, prótese e
órtese e apoio à incapacidade. São
oferecidos a todos os participantes
de planos previdenciários e/ou de
saúde oferecidos como benefício pelas
empresas patrocinadoras aos ativos,
administrados pela Fundação CESP,
bem como aos seus dependentes e
pensionistas.
GERENCIAMENTO DE CASOS
ELEGIBILIDADE: após uma triagem
realizada pela operadora do plano de
saúde, são considerados elegíveis
aqueles casos de doenças crônicas
26
ROGÉRIO MACHADO
GERENTE – PLANEJAMENTO EM SAÚDE
já instaladas que utilizam os
serviços oferecidos pelos planos de
forma não coordenada e com alto
custo decorrente da sua assistência.
ATIVIDADES: ações educativas visando
à redução dos episódios de
descompensação, complicações
e sequelas, com melhora na
qualidade de vida dos acometidos.
Orientação para utilização racional e
coordenada dos serviços oferecidos
pelos planos de saúde, evitandose exames e procedimentos
desnecessários e sobrecarga no
custo dos planos.
GERENCIAMENTO DE DOENÇAS
ELEGIBILIDADE: pacientes que
apresentam fatores de risco (como
tabagismo, hipertensão, entre outros)
e patologias crônicas (como diabetes
e problemas cardíacos)
ATIVIDADES: ações educativas visando
à redução na exposição aos fatores
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de risco, com prolongamento
do intervalo sem ocorrência das
doenças ou de suas complicações.
HOME CARE
Atendimento domiciliar aos
pacientes elegíveis que dependem
de assistência que seria fornecida
em ambiente hospitalar, promovendo
a humanização do atendimento,
a redução dos casos de infecção
hospitalar e mais qualidade de vida ao
paciente.
AUXÍLIO-MEDICAMENTO
Benefício existe desde 1979, sendo
atualizado em 2002. A Fundação CESP
oferece subsídios em medicamentos
e descontos na rede de farmácias
credenciadas ou reembolso para
compras efetuadas fora da rede. Para
medicamentos destinados à prevenção
de algumas doenças crônicas ou de
suas complicações – como diabetes,
O PROGRAMA MAIS SAÚDE, OFERECIDO PELA FUNDAÇÃO, TEM COMO
OBJETIVOS ESTREITAR O RELACIONAMENTO COM OS
USUÁRIOS, OFERECER INFORMAÇÕES DE PREVENÇÃO E PROMOVER
A QUALIDADE DE VIDA
coibir cobranças indevidas. Outro mecanismo importante é a auditoria médica e odontológica interna (executada
por ocasião do pagamento da fatura) e auditoria médica
externa (executada nas instalações hospitalares).
Existem ainda outros mecanismos de regulação
que possuem grande valor no controle das despesas
assistenciais, tais como: Regulação Especializada em
Oncologia, Auditoria de materiais de alto custo, Próteses e Órteses (OPME). A área de planejamento também oferece subsídios às demais áreas da entidade, na
identificação e correção de distorções apresentadas nos
custos de cada um dos planos que compõem a carteira,
através da interpretação das tendências apresentadas
nos diversos relatórios estatísticos.
DESAFIOS FUTUROS
PANDEMIAS
O século XX marcou o início de um progresso, sem
precedentes, no combate às doenças. A descoberta da
hipertensão, alguns problemas
cardíacos ou pulmonares - o subsídio é
de até 40%, independente da faixa de
rendimento.
Para obter o auxílio, basta o
usuário apresentar, no momento da
compra do medicamento, o Cartão
de Identificação da Fundação CESP,
documento de identidade, receita
médica original e uma cópia.
PRÓTESE E ÓRTESE
É um benefício que oferece o
reembolso parcial de despesas com
aquisições ou consertos de próteses
(materiais utilizados para substituir
órgãos, membros ou parte deles) e
órteses (materiais utilizados para
corrigir a deficiência de órgãos,
membros ou partes deles) cuja
implantação não requeira ato cirúrgico.
A adesão é automática.
penicilina, em 1941, desencadeou significativos avanços na saúde, contribuindo para o aumento da qualidade e expectativa de vida de toda população.
A modernidade, no entanto, trouxe novos desafios
para o setor de saúde, como o combate a pandemias
- que ocorre quando uma determinada doença, geralmente transmissível, atinge grande parte da população
de uma determinada cidade, estado, país - cuja incidência aumentou, motivada pelo maior trânsito de pessoas.
A acentuação do fenômeno da globalização, com a evolução nos meios de transportes, viabilizou viagens intercontinentais em poucas horas e, consequentemente, a
propagação de doenças difíceis de combater. Ao mesmo
tempo, mutações genéticas geram vírus e bactérias mais
resistentes, altamente contagiosas, e ainda sem vacinas
apropriadas. O recente vírus H1N1, tipo de gripe conhecido como tipo A, que causou uma epidemia mundial em 2009, é exemplo desta realidade.
Para enfrentar este cenário, em que várias pessoas
são infectadas ao mesmo tempo, levando os sistemas de
saúde a picos de sobrecarga, os planos devem investir
APOIO À INCAPACIDADE
Oferece assistência especializada,
principalmente nas áreas pedagógicas,
aos portadores de incapacidades não
adquiridas, para tratamentos, serviços
ou produtos complementares àqueles
disponibilizados pelos programas
e planos de assistência médica e
odontológica, e funciona com reembolso
de despesas.
O programa oferece ajuda financeira
àqueles que necessitam de ajuda
especial, principalmente às crianças.
No caso de escolas para portadores de
necessidades especiais, a Fundação
oferece um subsídio de até R$900,00
para o pagamento da mensalidade.
Para inscrição de usuários, o
médico responsável deve preencher um
formulário específico e a solicitação é
avaliada pela equipe técnica de saúde
da Fundação CESP.
PREVENÇÃO
EDITORIAIS EXCLUSIVOS E MUTIRÃO DA SAÚDE
Editoriais exclusivos: reportagens
e artigos sobre o tema em todos os
canais de comunicação da Fundação
CESP.
Mutirão da Saúde: encontro
realizado anualmente que promove,
em um só lugar, diversas atividades
ligadas à área da saúde.
EDUCAÇÃO
WORKSHOPS INTERATIVOS E FÓRUM BEMESTAR
Por meio de workshops interativos
que promovem a participação do
público, a entidade promove a
educação na sáude. Em cada edição,
são convidados especialistas que
apresentam conteúdos explicativos,
exemplos e experiências de diversas
áreas da medicina.
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S AÚDE PR E V E N T I VA
O CRESCIMENTO DOS CUSTOS DA SAÚDE É INFLUENCIADO
POR QUESTÕES COMO O AUMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS, O
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL E AS QUESTÕES CLIMÁTICAS
maciçamente na prevenção. Com esse intuito, a Fundação CESP promove, periodicamente, grandes campanhas de vacinação para empregados e dependentes.
MUDANÇAS DO CLIMA
Quando se fala em mudanças do clima, aquecimento global, emissão de gases de efeito estufa, pouco se fala
dos efeitos que esses eventos exercem sobre a saúde da
população. As alterações no clima afetam direta e indiretamente nossa saúde, já que nem sempre é a mudança
em si que desencadeia doenças, mas os efeitos que ela
gera nos ecossistemas. Alterações de regimes de chuva,
enchentes e secas são exemplos destas ações indiretas.
Um relatório publicado, em 2009, pela Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, em
parceria com o Ministério da Saúde e intitulado “Mu-
dança Climática e Saúde: Um perfil do Brasil” explicita
os impactos negativos das alterações no clima na saúde
e ainda apresenta as vulnerabilidades do sistema público
para lidar com esses desafios.
O estudo afirma que os efeitos das mudanças climáticas serão sentidos de maneira intensa pelas populações
mais pobres e carentes, que sofrerão com o surgimento
de doenças e mortes prematuras. Prevê-se, ainda, que a
variação nas temperaturas atingirá de modo singular diferentes regiões geográficas e que ela pode desencadear
mudança no comportamento de insetos e de outros artrópodes que transmitem agentes infecciosos ao homem,
atingindo, com maior intensidade, grupos vulneráveis,
como idosos, crianças, portadores de doenças crônicas,
portadores de doenças respiratórias, entre outros (que
tendem a se adaptar mais lentamente a esses cenários).
DEPOIMENTO
“COM PREVENÇÃO, É POSSÍVEL MELHORAR A
QUALIDADE DE VIDA E REDUZIR OS CUSTOS DO PLANO”
NA SUA OPINIÃO, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO NA ÁREA
DE SAÚDE?
A prevenção é extremamente importante tanto na gestão de
patologias, para o controle das doenças que o indivíduo já sabe
que tem, quanto para antecipar complicações que podem aparecer no futuro. Às vezes, uma pessoa faz um exame e descobre
coisas que ela nem imaginava ter. A prevenção possibilita o diagnóstico e o tratamento precoce, sendo que, na maioria das vezes,
uma doença diagnosticada em seu estágio inicial tem índices de
cura de até 80%. Desta forma, evita-se complicações e é excelente para o indivíduo, que ganha em qualidade de vida e ainda
colabora para a sustentabilidade do plano de saúde.
COMO O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO IMPACTA
A SAÚDE PREVENTIVA?
As pessoas de idade precisam de uma atenção especial, já
que a imunidade delas tende a ser mais baixa e os problemas –
como a osteoporose – começam a aparecer. Então, todo tipo de
prevenção, desde o acompanhamento, com exames e com orientação, até as campanhas de vacinação, são muito importantes e
trazem bons resultados para todos. Para o plano de saúde, é algo
bem vantajoso, porque diminui os altos custos com tratamentos
e internações. Monitorar casos crônicos é algo muito interessante
para o plano e para o usuário.
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
POR QUE É IMPORTANTE TER UM PLANO DE SAÚDE?
Eu já acompanhei casos de pessoas próximas que dependeram do sistema público. Não digo que o atendimento é inadequado, mas há morosidade, principalmente para as pessoas idosas.
Quando precisam de algo com urgência, é mais complicado. A
abrangência do sistema público também é limitada, em alguns
locais a assistência é boa, mas em outros, não. Por isso, é tão
importante ter um plano de saúde, pois é seguro. Não dá para
contar com a saúde pública, principalmente na velhice.
E A SUA SAÚDE? COMO ANDA? COMO VOCÊ SE PREVINE?
Tenho 52 anos e faço acompanhamento da minha saúde
anualmente, por meio de exames preventivos. Faço isso desde
que entrei na Fundação, há 25 anos. Há mais ou menos três
anos, descobri que minha pressão estava alta. Mas, como eu
descobri a hipertensão com antecedência, nunca tive qualquer
tipo de complicação em decorrência dela. Além disso, dentro
do possível, tento manter uma alimentação equilibrada e fazer
exercícios físicos.
POR QUE VOCÊ REALIZA OS EXAMES PREVENTIVOS? SUA QUALIDADE
DE VIDA MELHORA COM ELES?
Pela Fundação CESP, eu preciso fazer certos exames, periodicamente, de acordo com o meu cargo profissional. Junto o
No Brasil, os gastos anuais com tratamentos de doenças relacionadas às mudanças no clima giram em
torno de R$ 410 milhões, segundo dados publicados
pelo Instituto Oswaldo Cruz. Espera-se que esse gasto
cresça ainda mais nas próximas décadas, sobrecarregando o sistema de saúde público e privado.
Embora as atividades realizadas pela Fundação sejam
de baixo impacto ambiental, a intensificação de eventos
climáticos extremos trará aumento para os custos da saúde e encarecimento dos serviços. Por essa razão, a estratégia de longo prazo da Fundação CESP deve considerar,
desde já, o impacto do clima nos seus planos, monitorando o desenvolvimento técnico e acadêmico sobre o tema.
SAÚDE PÚBLICA
Os limites do sistema público de saúde são, há muito tempo, conhecidos por aqueles que dependem dele
para se tratar. Em pesquisa divulgada pela Organização das Nações Unidas, em março de 2013, o índice
de satisfação com a qualidade do sistema de saúde e o
atendimento aos pacientes é, no Brasil, menor do que a
média registrada nos demais países da América Latina.
O estudo, conduzido pelo Instituto Gallup, que coletou dados em diversos países entre os anos de 2007
a 2009, apontou que apenas 44% dos brasileiros aprovam o serviço de saúde no País, enquanto a média da
América Latina foi de 57%, e a mundial, de 61%. Aos
entrevistados, foi feita a seguinte pergunta: “Em seu
país, você confia nos hospitais e no sistema de saúde
oferecido?”. A resposta dos brasileiros afirma que mais
da metade respondeu ‘não’.
O relatório ressalta ainda a importância de se ter
um bom sistema de saúde. Segundo as Nações Unidas
(ONU), um serviço de saúde ineficiente, especialmente
quando é incapaz de atender o chefe da família, é uma
das grandes causas da pobreza, já que compromete a
fonte de renda familiar e faz com que ela tenha gastos
extras com atendimento particular.
A carência do sistema público de saúde traz oportunidades para os planos privados já que as pessoas buscam neles uma forma de compensação. Os gargalos
da saúde são, dessa forma, endereçados aos convênios
médicos, como os que são oferecidos pela Fundação
CESP aos seus associados.
útil ao agradável. A prevenção é muito importante e acho que
minha vida melhorou. Na última vez que realizei os exames,
há pouco tempo, apenas um deles apresentou uma alteração,
mas os médicos constataram que o problema era metabólico,
que deve ser controlado com medicação, para evitar problemas futuros.
JÁ QUE VOCÊ TRABALHA NESSA ÁREA, VOCÊ ACHA QUE A
PREVENÇÃO TRAZ REDUÇÃO DE CUSTOS, DE FORMA EFETIVA, PARA
A FUNDAÇÃO?
Sim. Com a prevenção, investe-se para melhorar a qualidade
de vida do indivíduo e reduzir os custos do plano, como, por
exemplo, uma internação de emergência. Ao tratar do paciente
clínico hoje, teoricamente, evita-se uma internação que tem custos muito maiores.
Aliás, eu acho que, no geral, as empresas deveriam aumentar
a quantidade de exames exigidos de seus funcionários, além daqueles determinados por lei, pelo Ministério do Trabalho (que são
estipulados pela categoria do trabalhador). Quando se amplia os
exames realizados, o aumento de custo para as empresas é pequeno perto dos benefícios que a prevenção traz, já que ela permite
GERAR
DO LA
ZZ
ARI
VOCÊ PARTICIPA DAS CAMPANHAS DE VACINAÇÃO REALIZADAS
PELA FUNDAÇÃO?
Eu e minha família participamos todos os anos. Há 10
anos, desde que começou a campanha de vacinação contra
gripe na Fundação CESP, na minha casa, a gente não sabe o
que é gripe.
que se reduza o custo assistencial e ajuda a evitar o afastamento
dos empregados, algo que não é bom para as empresas.
O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E DE TRANQUILIDADE EM
SUA OPINIÃO?
Para mim, saúde é o que importa, estar bem consigo. No restante, damos um jeito.
CARLOS AUGUSTO GREGÓRIO, 52 ANOS, TRABALHA NA ÀREA DE RELAÇÕES
CONTRATUAIS EM SAÚDE, ESTÁ NA FUNDAÇÃO CESP HÁ 25 ANOS
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29
E DUCAÇÃ O
CAPA
F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA
Com planejamento,
é mais fácil administrar
AS FINANÇAS
COM LINGUAGEM ACESSÍVEL, A FUNDAÇÃO CESP PROMOVE PALESTRAS
E DISTRIBUI MATERIAIS PARA ENSINAR O PARTICIPANTE A USAR BEM
SEU DINHEIRO HOJE E NO FUTURO
Q
uem nunca sonhou em ter uma casa própria, comprar um automóvel, fazer uma
viagem especial ou investir em estudos? Com planejamento, todos podem alcançar suas metas e ter qualidade de vida. Por acreditar nisso e por reconhecer que
as escolhas feitas no presente determinam o sucesso no futuro, a Fundação CESP
mantém um programa gratuito de educação financeira e previdenciária para seus
associados, chamado Vida Investe.
Criado em 2010, após regulamentação da PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência
Complementar) que possibilitou a substituição da impressão de relatórios de atividades, até então obrigatória, por programas de educação financeira, o Vida
Investe baseia-se na premissa de que cada beneficiário
deve buscar perenidade, tranquilidade e qualidade de
vida, fazendo escolhas ponderadas para ter equilíbrio
financeiro hoje e no porvir.
“A iniciativa se destaca por mostrar, de forma objetiva e didática, que planejamento faz diferença e por
apostar no diálogo e na capacidade de gestão pessoal do
associado”, analisa Márcia Locachevic, Gerente Executiva – Comunicação e Marketing – Fundação CESP.
Controlar gastos, saber quando e como investir o
dinheiro, não fazer dívidas, poupar, evitar o consumo
exagerado e definir com antecedência os objetivos que
se pretende atingir, trabalhando para que isso aconteça, aumenta, e muito, as chances de êxito financeiro.
“A Fundação tem uma responsabilidade muito
grande, pois as pessoas depositam o dinheiro delas
aqui durante a vida toda. Mas não basta termos uma
ótima gestão, é preciso uma ótima informação e saber
como compartilhá-la com os beneficiados”, avalia a
30
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
consultora do Programa Vida Investe, Cristina Monteiro Diniz.
EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
Os eventos e programas periódicos no âmbito do
Vida Investe orientam sobre a importância de se manter
a saúde das finanças, trazem explicações sobre as limitações da aposentadoria governamental (INSS) e, por
meio de cálculos simples, demonstram a necessidade de
se complementar o benefício do INSS com uma outra
fonte de renda.
O objetivo é oferecer todas as condições para que
o associado faça escolhas mais acertadas para sua vida,
assegurando sua sustentabilidade individual. “A gente
esclarece como fazer o cálculo para manter o valor do
benefício, e orienta quanto às contribuições voluntárias
para engordar sua aposentadoria”, conta Cristina.
Outros temas econômicos que possam afetar a vida
do aposentado no futuro, como a redução das taxas de
juros praticadas no país, e que incide sobre o valor do
benefício, também são abordados no programa de educação financeira da Fundação.
“Nós trazemos temas polêmicos para o debate, como
juros, explicando a relação com o benefício recebido,
LAZZARI
GERARDO
MÁRCIA LOCACHEVIC
GERENTE EXECUTIVA –
COMUNICAÇÃO E MARKETING
elucidando as dúvidas dos participantes e explicando-lhes a importância de uma gestão conservadora do
fundo de pensão, visando garantir o benefício vitalício”,
completa a consultora.
Ao promover a educação financeira, a Fundação
CESP coloca em prática o conceito de que sustentabilidade significa todos juntos, cada um fazendo sua parte e
todos se apoiando, em busca de benefícios comuns.
PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE
“Quando alguém está no cheque especial, nem pensa em previdência”, analisa Márcia Locachevic. “Por
esta razão, um dos módulos do Vida Investe, focado em
finanças básicas, fala sobre contas domésticas, empréstimos, uso consciente de cartão de crédito e endividamento, que é, inclusive, um problema que afeta a capacidade
de produção do indivíduo e, consequentemente, os resultados da empresa na qual trabalha”, pondera.
Além disso, por mais que pareça óbvio, pouca gente sabe da importância de se ter um bom plano de previdência, embora todos tenham muitas metas para o
futuro. Quando se é jovem, aposentadoria parece algo
muito distante, as prioridades são outras, imediatas.
A preocupação com a previdência tende a vir apenas alguns anos antes da aposentadoria, quando muitos se dão conta de que deveriam ter contribuído mais
para o plano. Mas é justamente na juventude, a fase
profissionalmente ativa, que se deve garantir a qualidade de vida futura.
O imediatismo do consumo tende a comprometer
praticamente toda a renda dos jovens, que deixam de
poupar, muitas vezes, gastando mais do que ganham
e contraindo dívidas, e, por isso, não realizam contribuições para a previdência. Quando muito, fazem as
obrigatórias, descontadas em folha, mas não investem
nas voluntárias.
O consumo desenfreado no presente, principalmente de produtos que são amplamente explorados
pelo marketing, como celulares, notebooks, roupas,
cosméticos e veículos, compete com a necessidade de
se fazer poupança. Geralmente, o desejo material é
mais forte do que a prudência de se guardar dinheiro
para o futuro. A questão é que a conta alta do consumismo é apresentada na velhice.
Nas palestras intituladas “Planeje o seu futuro”,
no âmbito do Programa Vida Investe, a Fundação
CESP dialoga preferencialmente com esse público
jovem, mostrando que é possível ter uma vida confortável no presente, mas sem deixar de economizar
e explica a importância das contribuições voluntárias
constantes ou esporádicas, já que, para estas, também
há a contrapartida da empresa e a possibilidade de
abatimento de até 12% no ajuste anual no Imposto
de Renda (IR) pessoa física.
Mas e quanto àqueles que não contribuíram na juventude, e estão a poucos anos de se aposentar? Como
40% da massa de participantes do fundo de pensão
da Fundação pode requerer aposentadoria em cinco
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31
E DUCAÇÃ O
CAPA
F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA
A FUNDAÇÃO CESP OFERECE TODAS AS CONDIÇÕES PARA QUE OS
BENEFICIÁRIOS FAÇAM ESCOLHAS FINANCEIRAS ACERTADAS
PARA SUA VIDA, ASSEGURANDO SUA SUSTENTABILIDADE INDIVIDUAL
anos, a entidade também dedica atenção especial a
este público, demonstrando que ainda há tempo para
aumentar o benefício. As palestras “Preparação para
Aposentadoria” esclarecem que, considerando os limites do INSS, e sem o benefício da previdência complementar, a aposentadoria pode representar uma brusca
mudança, negativa, no padrão de vida do participante.
As palestras visam também informar que, além das
contribuições obrigatórias, que são descontadas sobre
70% do salário, é possível se obter uma renda muito
semelhante à da vida ativa, por meio das contribuições
voluntárias, que incidem sobre 30% do salário.
“Queremos garantir a qualidade de vida do trabalhador quando ele ficar inativo e, por isso, mostramos
àqueles que estão a até cinco anos de se aposentar
que ainda há tempo para evitar a queda no padrão
de vida”, explica Cristina.
Estes encontros também são momentos de reflexão. “Além de orientar os ouvintes sobre os prós e
contras inerentes a cada modelo de aposentadoria,
WILSON I. MULLER,
CRISTINA M. DINIZ E
DAVISON B. PEREIRA
CONSULTORES DO PROGRAMA
GERARDO LAZZARI
VIDA INVESTE
RAIO-X
G
VIDA INVESTE
ratuito e acessível a todos os participantes dos
planos previdenciários e seus familiares, em seu
âmbito são ministradas palestras, promovidos eventos e
disponibilizados conteúdos, acessíveis por meio do portal
do programa e pelas publicações da Fundação CESP.
O PROGRAMA É DIVIDIDO EM MÓDULOS:
FINANÇAS – focado em orçamento doméstico,
endividamento, consumo;
PLANEJE SEU FUTURO - focado em previdência;
PREPARAÇÃO PARA A APOSENTADORIA (PPA) – focado
nas ações para aumentar rendimentos e em dicas
comportamentais.
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Por meio de uma linguagem simples, que rompe com
o “economês” tradicional, o programa transforma temas
áridos e de difícil compreensão em algo palatável para o
participante.
Além disso, todo o conteúdo do programa é concebido e
implementado por empregados da Fundação CESP, que vão
até as empresas patrocinadoras compartilhar conhecimento:
Wilson Roberto Iscaro Muller, da equipe da Diretoria de
Investimentos e Patrimônio, é consultor financeiro;
Cristina Monteiro Diniz e Davison Batista Pereira, da
equipe da Diretoria de Previdência, são consultores
previdenciários.
EMPRÉSTIMOS
A
oferecemos apoio psicológico”, conta Márcia. “É importante que o participante pense em como será sua
vida quando deixar de trabalhar, o que ele fará, como
ocupará seu tempo. Ele precisa planejar seu futuro integralmente”, ressalta.
Outro diferencial do programa é a consultoria individual, que é um canal aberto para que o beneficiário envie suas dúvidas (por e-mail ou telefone), que são
sempre respondidas por especialistas. Há, ainda, casos
em que o participante vai pessoalmente à Fundação,
muitas vezes acompanhados do cônjuge, para sanar
dúvidas quanto à previdência e ao planejamento das
finanças.
“O envolvimento da esposa e dos filhos é importante, pois, em caso de falecimento do beneficiário, o benefício é transferido à esposa, de forma vitalícia, e aos
filhos, até os 21 anos”, explica a consultora Cristina.
“O diálogo em família é essencial”, completa.
BENEFÍCIOS RECÍPROCOS
Se, por um lado, o programa de educação finan-
GERARDO LAZZARI
Fundação CESP oferece empréstimo consignado a todos
os beneficiários dos planos previdenciários, a uma
taxa de juros de 6,7% aa - muito competitiva em relação
ao mercado. As parcelas, pós-fixadas e rotativas, variam
de três a 60 meses. Para contratar o benefício, basta o
participante acessar o portal da Fundação ou solicitá-lo em
agências bancárias do Banco Santander.
Para não incentivar o endividamento, os valores são
adequados a cada perfil de participante: variam conforme
faixa de renda, tempo de serviço e valor de contribuição
previdenciária. Além disso, são consignados em folha de
pagamento.
A Fundação CESP administra R$ 350 milhões em
empréstimos, vinculados aos recursos do próprio fundo de
pensão, com aproximadamente 30 mil contratos.
Esta linha de crédito tem como objetivo antecipar o
consumo e liberar uma renda extra para o participante,
para que ele não deixe de poupar para a aposentadoria
ou de olhar para o futuro. “É uma forma de garantir que
o participante mantenha sua previdência intacta”, avalia
Rosana R. Moreira, Gerente – Tesouraria – Fundação CESP.
Para Rosana, o maior desafio é o controle das operações
para proteção do patrimônio da Fundação CESP e seus
participantes. “Além disso, o empréstimo ajuda na missão
da Fundação de oferecer qualidade de vida e tranquilidade
às pessoas, pois é um benefício com taxa de juros atrativa
se comparada ao mercado que pode ajudá-las nos projetos
de vida ou em eventuais contratempos”, explica.
ROSANA RODRIGUES MOREIRA
GERENTE - TESOURARIA
ceira e previdenciária oferece aos associados a oportunidade de aprenderem a gerenciar seus gastos e seus
investimentos, por outro lado, também estimula o aumento dos recursos da Fundação CESP, que são obtidos de apenas três maneiras - contribuições do participante, das empresas patrocinadoras e a renda oriunda
de aplicações no mercado financeiro.
Somando a tendência decrescente da taxa de juros
- com menor retorno dos investimentos - à expectativa
de vida cada vez mais alta no mundo, com impacto nas
contas previdenciárias e nos planos de saúde, a educação financeira age duplamente, tornando sustentável a
vida do associado no longo prazo e capitalizando a Fundação, para que ela possa investir mais e obter melhores
rendimentos a todos.
DESAFIOS FUTUROS
Para os Planos Previdenciários e Planos de Saúde
da Fundação CESP, no final de cada ano, é realizada
avaliação atuarial – que permite calcular as probabilidades de vida e morte de uma dada população, em
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E DUCAÇÃ O
CAPA
F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA
A EDUCAÇÃO FINANCEIRA AGE DUPLAMENTE, TORNANDO SUSTENTÁVEL
A VIDA DO ASSOCIADO NO LONGO PRAZO E CAPITALIZANDO A
FUNDAÇÃO, QUE PODE OBTER MELHORES RENDIMENTOS PARA TODOS
função da idade, e verificar o equilíbrio do patrimônio
para saber se o dinheiro em caixa é maior que o dinheiro que deve ser gasto (ativo e passivo). Após esta
análise, a Fundação CESP recomenda uma nova tábua
atuarial, que precifica o volume de recursos necessários
para cumprir os compromissos futuros e pagar as aposentadorias.
A tendência na Fundação CESP é de adoção de tábuas cada vez mais conservadoras, ou seja, que preveem uma sobrevida maior do empregado, estimando-se
que terá de pagar as aposentadorias por mais tempo.
A gestão prudente do plano é crucial para que a entidade tenha recursos para acompanhar o aumento da
expectativa de vida e continue pagando os benefícios
aos beneficiários de forma vitalícia. “A lógica é que, se
o empregado falecer antes, sobra recursos para o plano, e, se viver mais, é necessário injetar mais recursos”,
explica Cristina.
O participante deve entender que a gestão do plano
precisa ser conservadora, mesmo que isso gere uma diferença no valor recebido quando se aposentar. E a Fundação procura transmitir esse conhecimento aos seus
empregados. “As pessoas têm resistência para entender
que, para manter a continuidade do plano, às vezes, é
preciso diminuir o beneficio, mas é disso que depende o
equilíbrio das contas e a sustentabilidade do Fundo de
Pensão. Por isso, investir em educação e em conscientização é fundamental”, complementa a consultora.
O desafio maior com que a Fundação CESP se defronta nos dias de hoje não se coloca apenas em relação aos investimentos, mas em fortalecer uma cultura
interna e externa que defenda a sustentabilidade individual e coletiva como pressuposto, não mais como um
conceito a discutir.
As implementações que serão feitas no Vida Investe
no próximo biênio continuarão levando em conta estes
e outros desafios, para que os participantes recebam
informações sobre temas que impactam seu planejamento financeiro e previdenciário com transparência
e responsabilidade.
BALANÇO
O
VIDA INVESTE
programa de Educação Financeira e Previdenciária da
Fundação CESP completou dois anos com sucesso no
atendimento aos públicos de interesse e como uma ferramenta
de relacionamento e de negócio que passou a integrar
formalmente o Planejamento Estratégico da entidade.
As ações previstas e planejadas no início de 2011, que
também contemplaram o ano de 2012, foram cumpridas
em grande parte já no primeiro ano de atuação – sendo
a maioria atingida além da meta estipulada, graças ao
compromisso assumido pelas áreas e profissionais da
Fundação CESP na evolução deste programa.
Além disso, o programa melhorou a imagem da Fundação
perante seus participantes e os aproximou ainda mais da
entidade.
RESULTADOS 2012
1.356 participantes nas palestras itinerantes;
648 participantes nos programas de Preparação para
Aposentadoria;
Realização de 51 palestras na Capital e também no
interior do Estado de São Paulo, sendo 20 de finanças e
31 de previdência;
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
3 Programas de Preparação para Aposentadoria em São
Paulo, Campinas e Bauru;
90% de excelência na avaliação das palestras;
136 consultorias de previdência e finanças presenciais e
online;
Aumento de 50% de internautas no site do Vida Investe
(www.vidainveste.com. br);
5 Programas de Preparação para Aposentadoria dentro das
empresas patrocinadoras.
DESAFIOS 2013/2014
Realizar a manutenção do programa, mantendo sua
atratividade;
Sensibilizar os jovens que não aderiram ao plano
previdenciário;
Potencializar as informações para quem já é participante,
mas não direciona recursos adicionais ao plano;
Trabalhar novos meios para atingir quem ainda não é
participante.
Para atender a estas necessidades, serão desenvolvidos
novos conteúdos, ações permanentes e metas.
DEPOIMENTO
QUAL É A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR O
FUTURO FINANCEIRO DESDE JOVEM?
O planejamento é muito importante
para que se possa conseguir manter um
bom padrão de vida na aposentadoria. Se
hoje eu tenho um salário e não quero ter
quebra no meu padrão de vida no futuro,
já que existe um teto para a previdência
social, eu preciso me planejar e fazer as
contribuições voluntárias com frequência.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE FAZER AS
CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS DESDE CEDO?
O quanto antes a gente começar a investir na previdência, melhor, porque é possível aportar valores menores, já que o prazo
de acumulação será maior. Quanto mais tarde a pessoa entra no plano de previdência,
maior fica o valor do aporte que a pessoa
tem que fazer. Começar cedo, com prazo
maior, nos permite planejar melhor o futuro.
VOCÊ FAZ CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS
REGULARMENTE? PRECISOU SE ORGANIZAR
FINANCEIRAMENTE PARA ISSO?
Sim, faço os aportes regularmente. Na
realidade, sempre fui muito organizada em
termos financeiros. Eu tive o exemplo em
casa, faço como meu pai, anoto todos os
meus gastos, minhas contas. É claro que
às vezes acabo saindo do que foi planejado, mas, de uma forma geral, sou bastante
organizada. Aliás, eu me arrependo de não
ter começado a fazer as contribuições voluntárias logo que entrei na Fundação. Eu
demorei alguns anos.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DAS
CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS PARA A
PREVIDÊNCIA?
As vantagens são muitas! E eu incentivo todo mundo a fazê-las. Por exemplo,
às vezes você gasta um dinheiro sem
perceber, e deixa de fazer a contribuição.
Quando você se planeja para destinar uma
quantia para os aportes voluntários, esse
valor já vem descontado no seu holerite,
não fica pesado para ninguém. A cada ano
que passa procuro aumentar o valor dos
aportes, progressivamente.
Um outro benefício da previdência é o
incentivo fiscal, porque com um plano de
previdência você consegue abater até 12%
do Imposto de Renda. Para nós, brasileiros, que pagamos tantos impostos, esse é
um grande incentivo. No meu caso, que
não tenho dependentes e já conclui a faculdade, não tenho muitas despesas para
declarar e abater do Imposto de Renda,
então, a previdência é uma opção ótima.
Ela é um investimento melhor que o
da caderneta de poupança, é seguro porque está nas mãos da Fundação e não tem
taxa de administração (se fosse um outro
investimento ou plano de previdência
aberta, teria).
Além disso, se, por ventura, eu me
desligar da empresa, não vou perder nada
do que eu investi, porque há alternativas:
posso regatar o dinheiro, transferir para
outro plano de previdência mesmo ou
manter esse plano. Enfim, é extremamente vantajoso.
VOCÊ JÁ SE PREOCUPAVA COM A
PREVIDÊNCIA ANTES DE COMEÇAR A
TRABALHAR NA FUNDAÇÃO?
Não, nem sabia o que era. Mesmo porque quando entrei aqui eu tinha 20 anos,
então, nem pensava nisso. Para mim, era
só previdência social.
VOCÊ PROCURA SE INFORMAR SOBRE
FINANÇAS?
A Fundação CESP oferece vários canais de informação, como o site, a revista
Bem-Estar, a intranet. Eu também não tenho como fugir porque trabalho na área de
previdência e tenho contato com os consultores do Vida Investe. É impossível não
saber das novidades!
E VOCÊ JÁ CONSEGUIU REALIZAR ALGUM
SONHO, POR MEIO DE PLANEJAMENTO
FINANCEIRO?
Sim. Comprei meu primeiro apartamento logo quando entrei na Fundação.
Consegui quitá-lo em tempo menor do que
o previsto. Há pouco tempo, vendi esse
apartamento e comprei outro, maior. Eu
GERARDO LAZZARI
“EU ME ORGANIZO FINANCEIRAMENTE
E CONSIGO FAZER TUDO O QUE QUERO”
comprei meu carro, paguei meu casamento e fiz algumas viagens que queria – meu
sonho era conhecer Cancun e a Disney e
consegui realizá-lo. Tudo isso consegui me
planejando. E sempre digo: tudo é possível
desde que você consiga se planejar. Nem
sempre é fácil se controlar, ainda mais eu,
que sou jovem, mulher. A gente gosta de
consumir. Mas é preciso ter um objetivo
maior, um sonho. Aí, você consegue se planejar e driblar as tentações.
De toda forma, como eu me organizo,
consigo fazer tudo que quero, comprar
minhas roupas, ir ao cabeleireiro, passear
com meu marido, e ainda realizar meus
sonhos. Por eu ser casada, minhas prioridades são diferentes de uma jovem solteira. Eu me preocupo muito com o futuro,
porque quero ter filhos.
O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E DE
TRANQUILIDADE PARA VOCÊ?
O principal é ter saúde e ter uma boa
renda para continuar a ter uma vida agradável, uma boa moradia, continuar a ter
um bom padrão de vida, semelhante ao
que tenho hoje, sem ter redução na aposentadoria.
SHEILA PAMELA, 31 ANOS, TRABALHA NA ÁREA DE
PROCESSAMENTO E CONTROLE ATUARIAL - ESTÁ NA
FUNDAÇÃO CESP HÁ 10 ANOS.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
35
I NVE ST I M E N T O S R E S P O N S ÁV EIS
Bons investimentos
refletem
conjunturas
econômicas,
SOCIAIS E
AMBIENTAIS
COM COMPROMETIMENTO, EQUIPE TÉCNICA QUALIFICADA E
ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO DO MERCADO E SUAS TENDÊNCIAS,
A FUNDAÇÃO CESP ASSEGURA INVESTIMENTOS QUE
I
HONRAM SEUS COMPROMISSOS
nvestir de forma responsável requer conhecimento, técnica, acompanhamento do mercado e expertise. Há mais de 40 anos, a Fundação CESP garante um futuro de qualidade
e de tranquilidade a seus empregados, por meio de sólidos planos de previdência e de
saúde. Para isso, ela administra o dinheiro que empregados e clientes lhes confia, de maneira a assegurar que os investimentos que realiza sejam não só os melhores em termos
financeiros, mas também os mais responsáveis e ponderados.
No entanto, um mundo em constante transformação impõe que a equipe de investimentos da Fundação
aprenda como manter a rentabilidade das aplicações
mesmo em meio a situações adversas. A tendência
recente de redução da taxa básica de juros, que pode
gerar, entre outros impactos, a redução do retorno de
investimentos de renda fixa, é exemplo de temática que
está no radar da Fundação e com a qual terá que lidar
– e educar os associados igualmente – em um horizonte de tempo indefinido.
36
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
Da mesma forma, a recente inclusão de variáveis socioambientais na seleção e gestão de ativos com o objetivo
de garantir o retorno de longo prazo dos investimentos e
incentivar adoção de práticas mais sustentáveis por parte
das empresas investidas é outro tema que está no radar
da Fundação.
EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
O patrimônio administrado pela Fundação CESP,
em 2012, ultrapassou a faixa dos R$20 bilhões. “A
RESUMO DOS INVESTIMENTOS
DEZEMBRO/2012
RENDA FIXA
RENDA VARIÁVEL
INVESTIMENTOS ESTRUTURADOS
IMÓVEIS
OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES
TOTAL
74,73%
20,76%
0,21%
2,83%
1,47%
100%
GERARDO LAZZARI
Fundação CESP é multipatrocinada. Nós administramos ativos e passivos de vários fundos de pensão. Nossa gestão é transparente e conservadora, para minimizar os riscos e cumprir nossas metas”, esclarece Paulo
de Sá Pereira, Gerente Executivo – Investimentos em
Renda Variável – Fundação CESP.
Em linhas gerais, são três as fontes desse patrimônio: a contribuição feita pelos associados, que serão os
beneficiários no futuro; a contrapartida das empresas,
que contratam a Fundação; e o retorno dos investimentos realizados pela Fundação no mercado financeiro. Com essas três fontes, a Fundação garante o
pagamento da pensão de seus beneficiários de forma
vitalícia e canaliza recursos para honrar seus compromissos futuros.
Como as contribuições dos empregados e das empresas tendem a permanecer em um nível estável, é
no mercado financeiro que a Fundação tem a possibilidade de aumentar seu patrimônio, para garantir a
continuidade de seus planos.
A Política de Investimentos da Fundação CESP estabelece a estratégia e os limites de alocação dos recursos
dos planos previdenciários, sempre considerando o cenário macroeconômico e a meta atuarial dos planos previdenciários. As decisões de qual estratégia adotar para
manter o equilíbrio das contas são estabelecidas pelas
diversas instâncias de governança da Fundação CESP.
Na prática, a prudência na administração do patrimônio é a palavra de ordem da Fundação. A maior
parte dos investimentos é realizada em títulos de renda
fixa - aplicações em títulos de dívida emitidos pelo Governo Federal ou por bancos e empresas não financeiras, que funcionam como um empréstimo, em que o
aplicador empresta o valor ao emissor, que, em contrapartida, lhe paga uma taxa de juros.
Em 2012, mais de 70% do total investido pela Fundação CESP foi em renda fixa – notadamente em títulos da dívida pública federal, que são considerados a
PAULO DE SÁ PEREIRA
GERENTE EXECUTIVO – INVESTIMENTOS EM RENDA VARIÁVEL
modalidade de investimento mais segura do mercado
– como mostra a tabela a seguir.
BENEFÍCIOS RECÍPROCOS
Gradualmente, os temas socioambientais ganham
força quando se fala de aplicações financeiras. Assim,
antes de aplicar em ação de uma determinada empresa, tem crescido a tendência de o agente financeiro
considerar aspectos como uso consciente dos recursos
naturais, consumo de água, energia, emissão de gases
poluentes, existência de relações dignas de trabalho por
parte da empresa investida, visando a continuidade e
o baixo risco do negócio em que se aplica o dinheiro.
A inclusão deste conjunto de variáveis na seleção e
na gestão de ativos vai além do objetivo de garantir o
retorno de longo prazo dos investimentos e de incentivar
as empresas a adotar práticas mais sustentáveis, e pressupõe também garantir uma boa imagem para o inves-
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
37
I NVE ST I M E N T O S R E S P O N S ÁV EIS
AS DECISÕES SOBRE AS ESTRATÉGIAS A SEREM ADOTADAS PARA MANTER
O EQUILÍBRIO DAS CONTAS SÃO ESTABELECIDAS PELAS
DIVERSAS INSTÂNCIAS DE GOVERNANÇA DA FUNDAÇÃO CESP
tidor, que não quer ser associado a companhias que possam trazer prejuízos à sociedade ou ser corresponsável
por isso, já que financiaria as atividades desta empresa.
A Fundação CESP, por ser o maior fundo de pensão privado do Brasil, quer estar à frente no tema e,
por esta razão, assinou, em 2011, uma iniciativa das
Nações Unidas (ONU) para estimular e regular as
práticas sustentáveis na gestão de ativos, denominada
Princípios dos Investimentos Responsáveis (PRI). “Ao
trazer a preocupação socioambiental para seus investimentos, a Fundação contribui para a sustentabilidade da sociedade como um todo”, avalia Paulo de Sá
Pereira, Gerente Executivo - Investimentos em Renda
Variável e responsável pelo PRI na Fundação.
PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE
Até pouco tempo atrás, as implicações das questões de
sustentabilidade dos investidores e dos mercados financeiros eram pouco conhecidas e, quase sempre, negligenciadas. Lançado em 2007, o PRI estabelece seis princípios,
de natureza voluntária, para guiar e incentivar boas práticas, que levam ao investimento responsável.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação de riscos
socioambientais que podem influenciar o desempenho
CASE
PRI
A
Fundação CESP participa ativamente das reuniões e
encontros realizados no âmbito do PRI. Além disso, adota
procedimentos para avaliação e classificação de riscos
ambientais e sociais nas linhas de negócios e conduz, junto
com outros Fundos de Pensão, uma discussão para definição
de procedimentos para avaliação e classificação destes
riscos na avaliação de ativos financeiros.
O objetivo é criar metodologias para que seja possível
precificar as questões socioambientais no mercado
financeiro. “Hoje, já é possível precificar nas ações os
aspectos de boa governança – as empresas que adotam
valem mais no mercado. No âmbito do PRI, estamos
tentando desenvolver uma metodologia para fazer o
mesmo em relação aos aspectos socioambientais das
companhias”, informa Paulo de Sá Pereira, Gerente
Executivo – Investimentos em Renda Variável – Fundação
CESP. “Vamos buscar junto às empresas ganhos de gestão
38
futuro da empresa. Dessa maneira, o PRI traz à luz a
relevância financeira dos aspectos ambientais, sociais e
de gestão (Environmental, social and corporate governance – ESG – em inglês).
Ao se tornar signatário do PRI, a instituição firma o
compromisso de incorporar os fatores socioambientais
no processo decisório dos seus investimentos e seguir
esses princípios para aumentar e fortalecer os retornos
financeiros. Quando fazem isso, os investidores estão,
diretamente, estimulando e induzindo as companhias
e demais atores do mercado a adotar boas práticas na
área de sustentabilidade, permitindo que os benefícios
gerados se espalhem para a sociedade como um todo.
A decisão de ser signatária do PRI foi tomada
depois que a diretoria da Fundação estabeleceu um
programa de sustentabilidade para todas as suas áreas internas. “Em investimentos, o PRI é a opção mais
interessante, já que quase todos grandes Fundos de
Pensão são signatários”, afirma Pereira.
O gerente ainda ressalta que é importante deixar
claro que a política do PRI não é restritiva para os investimentos - ela dá as diretrizes para a avaliação do
risco. A partir daí, é preciso desenvolver, internamente,
uma metodologia de classificação de riscos socioambientais e classificar as empresas que recebem investi-
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
socioambiental para criar uma sociedade melhor. Como
grandes investidores, temos o dever fiduciário de repassar
isso para a comunidade”.
Atualmente, a Fundação CESP também solicita a todos
os corretores e gestores externos a adesão ao PRI. Com isso,
objetiva disseminar e encorajar os gestores de investimento e
corretores a incorporar critérios ESG (meio ambiente, social
e governança corporativa) em suas decisões de investimento.
Além disso, a Fundação trabalha para promover o tema
investimentos responsáveis na Associação Brasileira de
Professionais de Investimento, APIMEC, e nos momentos de
interação com gestores de recursos e corretores.
Sua abordagem está focada na definição da capacidade
de geração de retorno de longo prazo dos ativos. O
percentual do número de empresas na carteira da Fundação,
com as quais a organização interagiu em questões
ambientais ou sociais foi, em 2012, de 7,84%.
mentos de acordo com esses riscos. Posteriormente,
deve-se tomar as decisões de investimento, porque
riscos socioambientais podem interferir de forma
negativa nos lucros futuros das empresas e, logo,
nos rendimentos dos investidores.
DESAFIOS FUTUROS
A Fundação pretende investir ainda mais na
capacitação de sua equipe responsável por investimentos, para favorecer a implantação das políticas e procedimentos ambientais e sociais. Trata-se
de uma das prioridades definidas pela Fundação
CESP em 2012, que redundará em um programa
de capacitação no tema, a ser realizado em 2013.
Para Paulo de Sá Pereira, o engajamento da
Fundação em um programa de sustentabilidade
para os investimentos foi um passo muito importante e o desafio agora é disseminar para as áreas
de investimentos da Fundação.
OS SEIS
PRINCÍPIOS DO PRI
1 Incluir as questões de ESG (meio ambiente, social e
governança corporativa) nas análises de investimento
e nos processos de tomada de decisão;
2 Tornar-se proprietário ativo e incorporar os temas de
ESG nas políticas e práticas de detenção de ativos;
3 Buscar a transparência adequada nas empresas e em
investimentos quanto às questões de ESG;
4 Promover a aceitação e a implementação dos
princípios no conjunto de investidores institucionais;
5 Trabalhar juntos para reforçar eficiência na
implementação dos princípios;
6 Divulgar atividades e progressos em relação à
implementação dos princípios.
DEPOIMENTO
“A GENTE CONFIA NA FUNDAÇÃO E
SABE QUE NOSSO DINHEIRO VAI TER O
MELHOR DESTINO”
VOCÊ SABE DA IMPORTÂNCIA DE
CONTRIBUIR REGULARMENTE PARA A
PREVIDÊNCIA, FAZENDO, INCLUSIVE, OS
APORTES VOLUNTÁRIOS?
Embora eu tenha aprendido muito com meus pais sobre a necessidade
de poupar, antes de trabalhar aqui na
Fundação eu não tinha muita noção do
que era uma previdência privada. Hoje,
procuro aumentar, anualmente, minha
contribuição, porque isso vai refletir
no futuro. É muito importante guardar e aumentar a renda no futuro. Por
estar aqui dentro, entendo melhor do
assunto e vejo os resultados, o andamento das coisas, vejo como a Fundação trabalha.
GERARDO LAZZARI
VOCÊ ACOMPANHA COMO SÃO GERIDOS
OS FUNDOS DA FUNDAÇÃO CESP,
PREOCUPA-SE EM SABER SE OS
INVESTIMENTOS ESTÃO SENDO FEITOS DE
FORMA RESPONSÁVEL?
Eu acompanho por meio das publicações e palestras que a Fundação realiza. Mas, na verdade, não me preocupo
tanto, porque confio na Fundação. A
gente ouve falar do tema de investimentos pelos corredores. O que sinto é que
muita gente confia na Fundação e acredita no trabalho realizado pela equipe
de investimentos. Sabemos que nosso
dinheiro será bem aplicado.
VOCÊ PARTICIPA DOS PROGRAMAS DE
EDUCAÇÃO FINANCEIRA DA FUNDAÇÃO
CESP?
Participo das palestras do Vida Investe, participei de uma palestra com
o Wilson Muller, um dos consultores
do Vida Investe, e aprendi a importância de fazer investimentos certos. É
uma ótima oportunidade de aprender.
O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E
TRANQUILIDADE PARA VOCÊ?
Futuro de qualidade é conseguir
poupar, guardar, investir, principalmente agora que não tenho grandes gastos,
não tenho filhos, para poder, no futuro,
conseguir comprar meu apartamento,
um carro, conseguir viver com estabili-
dade, sem depender da família, de empréstimos. Quero sobreviver com o que
eu ganho e ter previdência para manter
esse padrão de vida.
CAROLINA FINOCCHI CUSTÓDIO TRABALHA NA ÁREA DE
RELACIONAMENTO COM O CLIENTE, ESTÁ NA FUNDAÇÃO
CESP HÁ 6 ANOS
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
39
G E STÃO E G O V E R N A N Ç A
Transparência,
representatividade
e responsabilidade
PELO BEM COMUM
COM COMITÊS, ASSEMBLEIAS E CONSELHOS MISTOS E PARTICIPATIVOS,
A FUNDAÇÃO CESP GARANTE DECISÕES DEMOCRÁTICAS,
EQUILIBRADAS E QUE VISAM BENEFÍCIOS RECÍPROCOS
C
uidar da saúde, da aposentadoria e do futuro de milhares de participantes,
gerindo um patrimônio de bilhões de reais, depositados por eles em confiança,
é a grande responsabilidade da Fundação CESP. O trabalho da organização
tem reflexo direto na qualidade de vida, nos sonhos e na dignidade dos associados. Como maior entidade fechada de previdência complementar do Brasil
patrocinada por empresas de capital privado, o modelo de gestão e governança adotado pela Fundação se destaca e é sinônimo de solidez.
A lógica é simples: todos os grupos de interesse –
empregados, patrocinadores e participantes – são respeitados e têm espaço na assembleia, nos conselhos
e comitês. O fato de conselhos, comitês e assembleia
serem apoiados em conceitos democráticos e terem
ampla representatividade oferece segurança, transparência e credibilidade aos beneficiados.
Além disso, a Fundação investe fortemente em
projetos educativos e de comunicação para que os
participantes entendam seus planos, tirem suas dúvidas e se envolvam ativamente nos debates, por meio
de seus representantes. Esta proximidade é fundamental para que a construção seja conjunta e não de
cima para baixo.
40
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
EM BUSCA DE UMA
RELAÇÃO SUSTENTÁVEL
Como resultado deste modelo participativo, todos
os interlocutores da Fundação são corresponsáveis pela
entidade, suas diretrizes e resultados. “A governança
democrática leva à uma postura equilibrada e transparente, com ênfase na responsabilidade compartilhada
da sustentabilidade dos planos previdenciários”, avalia
Édner Bitencourt Castilho, Gerente Executivo – Gestão de Riscos – Fundação CESP.
Vale dizer que todos estes órgãos de governança se
submetem a regras definidas em documentos internos,
tais como o Estatuto Social, no qual, além das normas e
procedimentos de gestão e governança, são definidos os
ZZARI
GERARDO LA
ÉDNER BITENCOURT
CASTILHO
GERENTE EXECUTIVO GESTÃO DE RISCOS
ENTENDA OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS
QUE DEFINEM O MODELO DE
GESTÃO E GOVERNANÇA E SUAS ATRIBUIÇÕES
O
s órgãos de governança da Fundação CESP - Assembleia
Geral, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e
Comitês Gestores de Investimento e Previdência - possuem
membros representativos das empresas patrocinadoras, dos
participantes ativos e assistidos.
ASSEMBLEIA GERAL – Órgão máximo da Fundação, é composto
por participantes das empresas patrocinadoras, representantes
dos participantes ativos e assistidos. Cabe à Assembleia
Geral deliberar sobre os negócios relativos à finalidade da
Fundação CESP.
CONSELHO DELIBERATIVO – Referendado pela Assembleia Geral,
este conselho é composto por nove membros indicados pelas
empresas patrocinadoras, por sete membros eleitos diretamente
entre os participantes dos planos ativos e dois membros
eleitos diretamente entre os participantes assistidos. É um
órgão de deliberação colegiada e responsável pela orientação
administrativa da entidade.
CONSELHO FISCAL – Composto por dois membros indicados
A Diretoria Executiva é indicada pela Assembléia Geral, os
membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal representantes
das empresas patrocinadoras são indicados por essas,
enquanto os membros representantes dos Participantes ativos
e assistidos são escolhidos por meio de eleição direta.
pelos patrocinadores da Fundação, dois membros eleitos
diretamente entre os participantes ativos e um membro eleito
diretamente entre os assistidos. Seu objetivo principal é fiscalizar
detalhadamente as contas administrativas da Fundação CESP,
subsidiando, orientando o Conselho Deliberativo e a Assembleia
Geral sempre que necessário.
COMITÊS GESTORES – Formados por dois representantes indicados
pelos patrocinadores, um membro eleito diretamente entre os
participantes ativos e um membro eleito diretamente entre os
assistidos , têm como função implementar as políticas definidas pelo
Conselho Deliberativo/Assembleia Geral no dia a dia da Fundação.
Cada plano previdenciário oferecido pela Fundação CESP tem seu
comitê gestor, que, através de reuniões periódicas com a diretoria da
Fundação, prestam contas do andamento dos planos por eles geridos.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
41
G E STÃO E G O V E R N A N Ç A
princípios que balizam as ações da Fundação no seu dia
a dia e o funcionamento dos colegiados. A organização
também está pautada pelo Código de Conduta e Princípios Éticos, aplicável a todos os membros de órgãos de
governança e empregados.
PLANEJANDO O FUTURO, SEMPRE
Além do corpo de colegiados, que constitui a estrutura de governança da entidade, a Fundação CESP
também possui mecanismos para garantir que essa estrutura funcione apropriadamente. Um dos principais
mecanismos de governança é o gerenciamento dos
três grupos de riscos aos quais está sujeita a Fundação
CESP: riscos de investimentos, riscos operacionais e
riscos do negócio.
Cada um desses grupos possui metodologia própria de identificação de impactos e frequências, além
de procedimentos de mitigação e controle, sendo tudo
formalizado em relatórios levados ao conhecimento
dos órgãos de governança.
O gerenciamento dos riscos de investimentos tem
como objetivo garantir que a gestão seja feita de acordo com os objetivos estratégicos definidos pela entidade, isto é, que os riscos sejam adequados. Para isso,
existe uma série de mecanismos que monitoram a atuação dos gestores de investimentos. “Eles não podem
simplesmente fazer o que quiserem com as carteiras de
investimentos. Trabalham seguindo parâmetros pré-definidos de riscos.”, explica Castilho.
Já os riscos operacionais dizem respeito à forma
BOAS PRÁTICAS
RELACIONADAS AOS SALÁRIOS E BENEFÍCIOS PARA
EMPREGADOS
O salário mais baixo da Fundação CESP, em 2012, foi
37% superior ao salário mínimo local. Além disso, são
oferecidos aos empregados da Fundação CESP: seguro de
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
DESAFIOS FUTUROS
A queda da taxa de juros, o envelhecimento em
massa da população, a questão da renovação das concessões para o setor de energia elétrica, dentre outros,
são temas de natureza distintas, mas que representam riscos significativos para o negócio e, por isso,
DE GESTÃO
RELACIONADAS À SATISFAÇÃO DO CLIENTE
A Fundação CESP possui canais específicos para contato
dos clientes: o [email protected] e o Disque
Fundação 11-30653000. Mensalmente e anualmente, a
Fundação realiza as Pesquisas de Satisfação de Atendimento
e Satisfação Geral para avaliação dos produtos oferecidos
pela entidade (plano previdenciário, empréstimo pessoal,
assistência médica, assistência odontológica, administração
dos investimentos, canais de atendimento e comunicação),
sendo que a pesquisa de Satisfação de Atendimento
de Novembro de 2012 apontou 84% de satisfação. As
atualizações da Pesquisa de Satisfação Geral estão
disponíveis no Portal da Fundação CESP.
42
como são executados os processos e atividades cotidianas, visando mitigar riscos como falhas humanas,
falhas de sistemas, fraudes, dentre outros.
Os riscos do negócio, por sua vez, referem-se a
questões de âmbito estratégico da Fundação CESP,
como, por exemplo: impactos nos planos previdenciários advindos da queda da taxa de juros no Brasil e do
aumento da longevidade dos participantes. “Os riscos
do negócio são os riscos mais importantes da entidade
e, por isso, merecem maior atenção de todos os órgãos
de governança”, informa o profissional.
Há também, na Fundação CESP, procedimentos
de compliance que visam garantir que a entidade cumpra suas obrigações legais externas. “Todas as áreas
possuem a figura dos agentes de compliance - indicados
pelos gestores das áreas - que são responsáveis por cadastrar obrigações no sistema e assegurar que, quando cumpridas, o sistema receba dados que atestem o
fato”, assegura Castilho.
As exigências legais são muito grandes e reforçam a
responsabilidade da instituição de garantir uma governança de excelência para assegurar futuro com qualidade e tranquilidade para todos os participantes.
vida, plano de saúde, cobertura contra invalidez, licença
maternidade/ paternidade, plano de previdência, vales
refeição, alimentação e transporte, auxilio creche e auxilio
medicamento/auxilio órtese e prótese (para os participantes
do plano de saúde ). Todos os empregados da Fundação
CESP são abrangidos por acordos de negociação coletiva.
RELACIONADAS À EFICIÊNCIA PREDIAL
Devido à natureza dos serviços prestados e a estrutura
operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado
material tanto pela organização como por seus grupos
de interesse. Entretanto, dentro de sua estratégia de
melhoria de eficiência constante, foi promovida a revisão
e otimização dos processos internos e iniciada a coleta
seletiva de lixo. Os contratos deixaram de ser impressos
e as infraestruturas passaram a ser melhor utilizadas.
“Percebemos, por exemplo, que era preferível fazer uma
manutenção nos computadores ao invés de trocá-los por
novos, pois isso significaria consumo consciente e não nos
UM DOS PRINCIPAIS MECANISMOS DE GOVERNANÇA DA FUNDAÇÃO CESP
É O GERENCIAMENTO DOS GRUPOS DE RISCOS AOS QUAIS
ESTÁ SUJEITA: RISCOS DE INVESTIMENTOS, OPERACIONAIS E DO NEGÓCIO
GERARDO LAZZARI
são acompanhados atentamente, com planos de ações
para cada frente.
Além disso, a preocupação com a cadeia de fornecedores também ganha maiores proporções, na medida em que a corresponsabilidade entra na pauta das
corporações de forma definitiva. “Atualmente, olhamos as práticas dos fornecedores de serviços, principalmente as ligadas a questões trabalhistas, pois queremos uma mão de obra que seja respeitada e tenha
condições dignas”, avalia Flávio Martorelli, Gerente –
Administração Geral – Fundação CESP, e responsável
pela àrea de contratos.
Outra questão levantada pelo profissional é que é
necessário que os empregados se engajem mais, percebam seu papel na Fundação como responsáveis por uma
coletividade. “Eles podem ajudar na economia de recursos naturais, na redução dos custos, na criação de um
ambiente de trabalho e de uma sociedade melhores”,
opina. “Os programas de conscientização feitos pelo
RH cumprem este papel de conscientização”, completa.
FLÁVIO MARTORELLI
GERENTE – ADMINISTRAÇÃO GERAL
induziria a custos extras”, conta Flávio Martorelli, Gerente –
Administração Geral.
A medição do consumo elétrico e hídrico também
implicou em uma série de mudanças prediais para se
ganhar eficiência. Em 2011, a Fundação realizou a troca
dos interruptores, do resfriador de líquidos do sistema de
ar condicionado do edifício por um sistema com menor
consumo de energia, e dos vasos sanitários, por modelos
mais econômicos. Além disso, deu continuidade ao
processo de utilização de água de chuva para abastecer
a torre de resfriamento do sistema de ar-condicionado,
iniciado em 2009.
“Um exemplo mais corriqueiro de melhoria - e visível
- é a bituqueira que instalamos em frente ao prédio sede
da Fundação, para evitar que os empregados fumantes
dispensem o resíduo dos cigarros inadequadamente”,
informa Martorelli. “Adicionalmente à cidade mais limpa, a
vantagem deste sistema é que a empresa responsável pelo
equipamento retira as sobras periodicamente e lhe dá um
destino sustentável, já que viram fertilizantes”, explica.
Vale dizer também que a Fundação CESP descartou 26
toneladas de resíduos recicláveis, sendo 55% de papelão/
papel, 35% plásticos e 10% metais.
RELACIONADOS A INVESTIMENTOS RESPONSÁVEIS
A adesão da Fundação ao PRI (Principles for Responsible
Investment), em 2012, foi um compromisso que a entidade
assumiu em relação à adoção das melhores práticas em
investimento responsável - que incluem critérios ambientais,
sociais e de governança.
METAS RELACIONADAS À SUSTENTABILIDADE
Elaborar, participar e executar as ações do programa
‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade’ com foco na
educação em finanças e previdência, saúde, investimentos e
consumo consciente.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
43
SUM ÁRI O G R I
INDICADORES GRI 3.1
1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1 - Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização sobre
a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia
RESPOSTA FUNDAÇÃO CESP
Página 3
1.2 - Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades
Página 3, 10, 11
2. PERFIL ORGANIZACIONAL
2.01 - Nome da organização
Página 7
2.02 - Principais marcas, produtos e/ou serviços
Planos de Previdência: PSAP/Eletropaulo, PSAP/Tietê, PSAP/CESP B1, PPCPFL, PSAP/Piratininga, PSAP/Transmissão Paulista,
PSAP/Duke Energy, PSAP/Elektro, PSAP/EMAE e PAP/Fundação CESP. Planos de Saúde: DIGNA Saúde, AMH, AMH/AO, PES A,
PES D, NOSSO Plano de Saúde (Integral, Ampliado, Conforto, Total e Conceito), Extensive Saúde. Oferece ainda seguros e
empréstimos em parceria com bancos e seguradoras
2.03 - Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades
Somente sede em São Paulo
operacionais, subsidiárias e joint ventures
2.04 - Localização da sede da organização
Alameda Santos, 2477 - São Paulo, São Paulo
2.05 - Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas
As atividades da Fundação CESP se concentram apenas no Brasil
principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões
de sustentabilidade cobertas pelo relatório
2.06 - Tipo e natureza jurídica da propriedade
Entidade fechada de previdência privada multipatrocinada que tem por finalidade a administração de planos de benefícios de
natureza previdenciária e serviços de assistência à saúde - plano de autogestão
2.07 - Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos
de clientes/ beneficiários)
Nacional
2.08 - Porte da organização, incluindo: número de empregados; vendas líquidas;
Página 7
capitalização total discriminada em termos de dívida e patrimônio líquido; Quantidade
de produtos ou serviços oferecidos
2.09 - Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte,
Não houve mudanças significativas durante o período de relato
estrutura ou participação acionária
2.10 - Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório
Em 2010, foi vencedora na categoria “Apoio Logístico e Operacional” do 8º Prêmio ANCEP (Associação Nacional dos Contalistas
das Entidades de Previdência)
3. PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO
3.01 - Período coberto pelo relatório
01.01.2012 à 31.12.2012
3.02 - Data do relatório anterior mais recente (se houver)
Este é o primeiro relatório da Global Reporting Initiative (GRI) preenchido pela Fundação CESP
3.03 - Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.)
Anual
3.04 - Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo
Simone Capua Teppet - [email protected] - Gerente Executiva de Recursos Humanos
3.05 - Processo para a definição do conteúdo do relatório
A seleção de temas materiais está alinhada às recomendações da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar), que indica a utilização de diretrizes GRI que, além de nortear a prestação de contas por meio de
indicadores econômicos, sociais e ambientais, possui ainda um suplemento específico para o setor financeiro
3.06 - Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas,
joint ventures, fornecedores)
O relatório contempla todos os serviços prestados pela Fundação CESP, seus empregados e instalações
3.07 - Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite
O escopo do relatório cobre todas as operações e atividades da Fundação CESP
do relatório
3.08 - Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias,
instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam
afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
A Fundação CESP não possui joint ventures, subsidiárias, ou divisões que afetem a comparabilidade entre este e os próximos relatórios
3.09 - Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, sustentam as estimativas
aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório incluindo
hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos
indicadores e outras informações do relatório
Exceções aos protocolos de indicadores da GRI, quando necessárias, foram apontadas em cada tópico
3.10 - Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações
fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações”
Por se tratar do primeiro relatório da organização, não existem informações a serem revisadas
3.11 - Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a
escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório
Por se tratar do primeiro relatório da organização, não existem alterações de escopo a serem detalhadas
3.12 - Tabela que identifica a localização das informações no relatório
A tabela GRI está anexada ao final do relatório de sustentabilidade
3.13 - Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório
A verificação externa foi realizada pela Profª Dra. Priscila Borin Claro, Doutora em Administração, Ambiente e Desenvolvimento
pela Universidade Federal de Lavras, Mestre em Gestão Social, Ambiente e Desenvolvimento, pela Universidade de Wageningen
(WUR) na Holanda (GRI 3.13) e Professora do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo
4. GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO
4.01 - Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão
Página 41
de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de
estratégia ou supervisão da organização
4.02 - Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um
O presidente do mais alto órgão de governança não é um diretor executivo
diretor executivo
4.03 - Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do
número de membros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança
4.04 - Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem
orientações ao mais alto órgão de governança
44
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
Os órgãos da estrutura de governança não possuem membros independentes, considerando que o conceito de independência
refere-se à total desvinculação aos planos assistenciais administrados pela Fundação CESP (previdência e saúde)
Página 40 a 43
4.05 - Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança,
diretoria executiva e demais executivos
Página 41, 42
4.06 - Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos
de interesse sejam evitados
Página 40 a 43
4.07 - Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do
mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões
relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais
Página 40 a 43
4.08 - Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos
relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de
sua implementação
Missão: elaborar e administrar com excelência planos de previdência e de saúde para que as pessoas possam viver e construir
um futuro com qualidade e tranquilidade.
Visão: ser a empresa que valoriza, acima de tudo, uma vida mais digna às pessoas de quem cuidamos.
Valores: respeito ao ser humano; excelência; competência; comprometimento
4.09 - Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação
Não existe em 2012
e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo
riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas
acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios
4.10 - Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de
Não existe em 2012
governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social
4.11 - Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução
Página 42
4.12 - Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter
econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa
Adesão ao PRI - Principles for Responsible Investment
4.13 - Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos
nacionais/ internacionais
PRI - Principles for Responsible Investment, ABRAPP - Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar
4.14 - Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização
Participantes, Empregados, Credenciados e Patrocinadores
4.15 - Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar
A base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar foi definida a partir do mapeamento de públicos
externos, sendo eles, beneficiados, responsáveis e corresponsáveis pela gestão e execução do negócio da Fundação CESP
4.16 - Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a freqüência do
engajamento por tipo e por grupos de stakeholders
Página 17, 18
4.17 - Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento
dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los
Página 10, 11
EC - DESEMPENHO ECONÔMICO
EC1 - Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais,
remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros
acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos
EC2 - Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da
organização devido a mudanças climáticas
EC3 - Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a
organização oferece
Receitas da Fundação CESP em 2012 (adição de contribuição de patrocinadores, participantes e receita de investimentos):
R$5.272.738.476,09
Custos operacionais da Fundação CESP: R$70.478.246,98
Salários e benefícios de empregados: R$48.117.923,43
Pagamentos ao governo: R$4.488.740,31
Valor econômico acumulado (total de investimentos): R$22.919.325.356,58
Página 28
Plano de previdência com contribuição do participante e da empresa. É denominado Plano de Aposentadorias e Pensão
dos Empregados da Fundação CESP – PAP/Fundação CESP, estruturado na modalidade de Contribuição Variável – CV, com
características de Contribuição Definida – CD, na fase de capitalização e Benefício Definido – BD. O valor do benefício na
aposentadoria dependerá das contribuições do participante, do patrocinador e da rentabilidade dos investimentos, ou seja, dentro
da modalidade de Contribuição Definida – CD. Para os casos de aposentadoria por invalidez e pensão por morte, o benefício é
estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, ou seja, o valor a receber é previamente estabelecido, considerando o
salário e o benefício do INSS. Para cobrir os custos nessas ocorrências, quem realiza os aportes é o patrocinador
EC4 - Ajuda financeira significativa recebida do governo
A Fundação não recebeu ajuda financeira do governo em 2012
EC5 - Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em
O salário mais baixo da Fundação CESP, em 2012, foi 37% superior ao piso salarial de março de 2012 do Estado de São Paulo
unidades operacionais importantes
EC6 - Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades
operacionais importantes
Devido à localização geográfica das operações e à natureza dos fornecedores contratados, este tema não é considerado
material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse
EC7 - Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência
Este indicador não é considerado material para a organização. Devido à natureza da operação da Fundação, localizada na
cidade de São Paulo, não existem procedimentos específicos para a contração local
recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes
EC8 - Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços
oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial,
em espécie ou atividades pro bono
EC9 - Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo
a extensão dos impactos
EN - DESEMPENHO AMBIENTAL
EN01 - Materiais usados por peso ou volume
Este indicador não é considerado material para a organização. A Fundação CESP não realizou, no ano de 2012, nenhuma
iniciativa de desenvolvimento da infraestrutura local
A Fundação CESP não possui controles para identificar impactos econômicos indiretos
A Fundação CESP não possui produtos/ serviços e características operacionais intensivas em recursos naturais. Desta forma, o
tema não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse
EN02 - Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem
A utilização de materiais provenientes de reciclagem não é considerada um tema material pela organização e por seus
públicos de interesse devido ao baixo nível de consumo de insumos durante operação e oferta dos serviços de plano de saúde,
previdência, empréstimos e seguros
EN03 - Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária
Devido à natureza dos serviços prestados pela Fundação CESP e à proximidade geográfica de seus patrocinadores e
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
45
SUM ÁRI O G R I
beneficiários, o consumo direto de energia (ex. carvão, combustível, etanol) não é considerado material tanto pela organização
como pelos seus públicos de interesse
EN04 - Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária
Em 2012, a Fundação CESP consumiu 3,5 GJ de energia elétrica, discriminadas por fonte primária conforme matriz energética
do Brasil: Hidráulica 80,4%, Biomassa 6%, Gás Natural 4,9%, Nuclear 2,9%, Derivados do Petróleo 2,7%, Carvão 1,5%, Eólica
0,5%, Outras 1% (referência para estimativa de discriminação por fonte primária: Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012
- Geração Elétrica e Emissões, Empresa de Pesquisa Energética - EPE)
EN05 - Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência
Página 17, 42, 43
EN08 - Total de retirada de água por fonte
Em 2012, a Fundação CESP consumiu 5.585.04 m3 de água, sendo ela fornecida pelo sistema de abastecimento da cidade de São Paulo
EN10 - Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada
Página 17, 42, 43
EN11 - Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de
A Fundação CESP não possui operações dentro de áreas protegidas, com alto índice de biodiversidade ou adjacente a elas
áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das
áreas protegidas
EN12 - Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços
em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
A Fundação CESP, suas atividades, produtos e serviços não geram impactos significativos em áreas protegidas e em áreas de
alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso
O tema emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus
públicos de interesse devido ao baixo consumo relativo de energia elétrica e à ausência de emissões associadas à operação
EN17 - Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso
O tema emissões indiretas de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus
públicos de interesse devido à ausência de filiais e à proximidade geográfica de seus patrocinadores e beneficiários
EN18 - Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas
O tema emissões de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de
interesse devido à natureza operacional dos serviços prestados pela Fundação CESP, bem como pela ausência de filiais e à
proximidade geográfica de seus patrocinadores e beneficiários
EN19 - Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso
Devido à natureza de sua operação e de sua atividade, a Fundação não gera emissões de substancias destruidoras da camada
de ozônio
EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso
Devido à natureza de sua operação e de sua atividade, a Fundação não gera emissões de NOx, SOx e outras emissões
atmosféricas significativas
EN21 - Descarte total de água, por qualidade e destinação
100% da água descartada pela Fundação CESP, em 2012, foi destinada para o sistema de esgoto e tratamento da companhia
de abastecimento de água da cidade de São Paulo. A água é empregada pela Fundação CESP para fins administrativos
EN22 - Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição
Página 17
EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos
A Fundação CESP não causou derramamentos em 2012
EN26 - Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a
Devido à natureza dos produtos oferecidos pela Fundação, este tema não é considerado material. Desta forma, não houve, em
2012, iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços
extensão da redução desses impactos
EN27 - Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de
produtos vendidos, por categoria de produto
Devido à natureza dos produtos oferecidos pela Fundação, este tema não é considerado material. Desta forma, a Fundação
CESP não possui controles para avaliar o percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de
produtos vendidos
EN28 - Valor monetário de multas significativas e número total de sanções nãomonetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais
Em 2012, não houve casos de multas ou sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos
ambientais
LA - PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE
LA01 - Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região
Em 31/12/2012
Total
Número total de trabalhadores empregados
Número total de trabalhadores terceiros
Total 37733443
Mulheres21919722
Homens15813721
Número total de trabalhadores em tempo integral
341
298
43
Número total de trabalhadores em tempo parcial
36
36
LA02 - Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região
Entre 01/01/2012 e 31/12/2012
Número total de contratações
Total45
Mulheres23
Homens22
Menos de 30 anos20
Entre 30 e 50 anos
25
Acima de 50 anos0
Taxa % de novos empregados (total de empregados em 31 de Dezembro/ novos contratações)
13.47%
Entre 01/01/2012 e 31/12/2012
Número total de desligamentos
Total19
Mulheres10
Homens9
Menos de 30 anos1
Entre 30 e 50 anos
15
Acima de 50 anos3
Taxa % de desligamentos (total de empregados em 31 de Dezembro/ total de desligamentos)
5.68%
46
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
LA03 - Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a
empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais
operações
Benefícios oferecidos aos empregados em tempo integral e tempo parcial: Seguro de vida, Plano de saúde, Cobertura contra
invalidez, Licença maternidade/paternidade, Plano de previdência, Vales-refeição, alimentação e transporte, Auxílio-creche,
*Auxílio-Medicamento, *Auxílio-Órtese e Prótese e *Assistência Odontológica. (* empregados participantes do Plano de Saúde)
– Benefícios oferecidos aos Estagiários: Vale-Transporte, Vale-Refeição, Assistência Médica Hospitalar, Assistência
Odontológica e Seguro de Acidentes Pessoais
– Benefícios oferecidos aos menores aprendizes: Vale-Transporte, Vale-Refeição e Assistência Médica Hospitalar.
– Benefícios oferecidos aos empregados temporários: Vale-Transporte e Vale-Refeição
LA04 - Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva
Todos os empregados da Fundação CESP são abrangidos por acordos de negociação coletiva
LA05 - Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças
Apesar de não termos identificado casos de mudanças operacionais significativas, a Fundação CESP possui uma área de
comunicação interna com objetivo de disseminar informações relevantes aos seus funcionários
operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de
negociação coletiva
LA06 - Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e
saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e
aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional
Todos os empregados da Fundação CESP, de todas as áreas e funções, estão representados na Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), como estabelece o Ministério do Trabalho
LA07 - Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região
Taxa de absenteísmo
trabalhadores empregados
trabalhadores terceiros
Total209.9427.77
Homens295.5250.59
Mulheres93.2259.19
EM 2012, HOUVE APENAS UM CASO DE LESÃO SUPERIOR A 15 DIAS DE AFASTAMENTO, SENDO ESTA NÃO RELACIONADA À ACIDENTE OU DOENÇA OCUPACIONAL. AS TAXAS DE ABSENTEÍSMO (NÚMERO DE DIAS EM QUE UM EMPREGADO SE AUSENTA DO TRABALHO DEVIDO À QUALQUER INCAPACIDADE, NÃO APENAS RESULTANTE DE LESÃO
OU DOENÇA RELACIONADA AO TRABALHO) APRESENTADAS ABAIXO FORAM CALCULADAS POR MEIO DA FÓRMULA: TOTAL DE DIAS PERDIDOS X 200.000/ HORAS HOMEM TRABALHADAS
LA08 - Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves
Programas de assistência com relação a doenças graves
Público alvo
Trabalhadores
Família dos trabalhadores
Comunidade
Educação/ Treinamento
sim
x
x
Aconselhamento
sim
x
x
não
x
LA09 - Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos
Prevenção/ Controle de Risco
sim
x
x
não
x
Tratamento
sim
x
x
não
não
x
x
Os temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos estão descritos no acordo Coletivo 2012 /
2014: Saúde, Pág. 9 / Cipa, Pág. 17
LA10 - Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional e gênero
Média de horas
Total30.22
Diretoria32.67
Gerencia50.52
Analista / Técnicos 25.68
Mulheres23.60
Homens39.61
LA11 e LA12 - Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam
a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira.
Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de
desenvolvimento de carreira
A Fundação possui avaliação de desempenho, denominada avaliação de capacitação. Em 2012, ao invés da avaliação de
capacitação, foi realizada uma pesquisa salarial para enquadramento, a fim de tornar a remuneração praticada pela Fundação
CESP competitiva frente ao mercado
LA13 - Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
Número de empregados
Total de empregados em 31/12/2012
Diretoria
Gerência Executiva
Gerência
Consultor
Analista
Técnico
Total
334
3 15
16
3
152145
Mulheres
59%
0% 27%
38% 0% 54%72%
Homens
41%
100%73%
62% 100% 46% 28%
Menos de 30 anos
23%
0%
0%
0%
0%
14%
39%
Entre 30 e 50 anos
64%
0%
60%
69%
67%
72%
56%
Mais de 50 anos
13%
100%
40%
31%
33%
14%
5%
Número de empregados
Total de empregados em 31/12/2012
Negros
Pardos
Brancos
Amarelos
Total
334
5%13%
80% 3%
Mulheres
59%
4%14%
80% 3%
Homens
41%
6%12%
80% 3%
Corpos de Governança
Conselho deliberativo
Conselho Fiscal
Comitê Gestor PAP/Funcesp
Total de membros
31
10
8
Gênero
Mulheres
10%
10%
25%
Homens
90%
90%
75%
Faixa etária
Menos de 30 anos
0%
10%
0%
Entre 30 e 50 anos
58%
50%
75%
Mais de 50 anos
42%
40%
25%
LA14 - Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional
Diretoria
Gerência Executiva
Gerência
Analista
Técnico
Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional (homens/ mulheres)
*
339%
198%
101%
44%
* A DIRETORIA DA FUNDAÇÃO CESP ATUALMENTE INCLUI APENAS HOMENS ENTRE SEUS MEMBROS.
LA15 - Taxa de retorno ao trabalho e retenção após licença maternidade/ paternidade
100% das mulheres retornaram após a licença maternidade em 2012. Nenhum homem saiu de licença paternidade em 2012
por gênero
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
47
HR - DIREITOS HUMANOS
HR01 - Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que
incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações
referentes a direitos humanos
HR02 - Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram
submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas
HR03 - Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos
relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o
percentual de empregados que recebeu treinamento
Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos
fornecedores contratados
Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos aspectos
de direitos humanos aplicados às operações da organização
HR04 - Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas
A Fundação CESP não identificou nenhum caso de discriminação durante o período coberto pelo relatório
HR05 - Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a
A Fundação CESP não identificou nenhuma operação em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação
coletiva pode estar correndo risco durante o período coberto pelo relatório
negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para
apoiar esse direito
HR06 - Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho
infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil
A Fundação CESP não identificou nenhuma operação como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil durante o
período coberto pelo relatório
HR07 - Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho
A Fundação CESP não identificou nenhuma operação como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo
ao escravo durante o período coberto pelo relatório
forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação
do trabalho forçado ou análogo ao escravo
HR08 - Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou
procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam
relevantes às operações
Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à natureza das atividades
prestadas pela equipe de segurança contratada. Entretanto, os seguranças terceirizados passam regularmente por
treinamentos de reciclagem e não são armados
HR10 - Porcentagem e número total de operações que foram sujeitas a avaliações
referentes a diretios humanos e/ou avaliações de impacto
Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos aspectos
de direitos humanos aplicados às operações da organização. Desta forma, a Fundação não possui procedimentos formais para
avaliar impactos relacionados ao tema
HR11 - Número de queixas relacionadas com os direitos humanos arquivadas, tratadas e
Em 2012, a Fundação não teve casos de queixas formais relacionadas a direitos humanos
resolvidas através de mecanismos de reclamação formais
SO - SOCIEDADE
SO01 - Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os
impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída
Devido à concentração, localização e natureza das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela
Fundação CESP e seus públicos de interesse
SO02 - Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de
riscos relacionados a corrupção
A Fundação CESP não realiza avaliações de risco relacionados à corrupção por parte de empregados ou parceiros comerciais
SO03 - Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção
A Fundação CESP não realiza treinamentos anticorrupção para seus empregados
da organização
SO04 - Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção
Em 2012, a Fundação CESP não identificou nenhum caso ou ação judicial de corrupção (nova ou encerrada) envolvendo a
organização
SO05 - Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas
A Fundação CESP se posiciona quanto a políticas públicas por meio das associações e movimentos setoriais dos que participa
As seguintes iniciativas merecem destaque em 2012:
– Participação no ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira: atuação por meio do Projeto Vida Investe
– Participação no PRI - Principles for Responsible Investiment: atuação por meio da inclusão de critérios de sustentabilidade
na gestão de investimentos
públicas e lobbies
SO06 - Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos,
políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país
Em 2012, a Fundação CESP não realizou contribuições financeiras ou em espécie para partidos políticos ou instituições
relacionadas
SO07 - Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e
Não existem ações judiciais pendentes ou encerradas relacionadas à concorrência desleal, práticas de truste e monopólio
monopólio e seus resultados
SO08 - Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-
monetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos.
SO09 - Percentual de operações com programas implementados de engajamento local e
avaliação de impactos
SO10 - Medidas de prevenção e mitigação implementadas nas operações com impacto
potencial ou real negativo nas comunidades locais
PR - RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
“PR1 - Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e
segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos
a esses procedimentos”
PR3 - Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de
rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências
Não houve multas de qualquer natureza por não conformidade com leis e regulamentos
Devido à concentração e localização das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e
seus públicos de interesse
Devido à concentração e localização das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela Fundação CESP
e seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui procedimentos formais para prevenção e mitigação de
impacto potencial ou real negativo nas comunidades locais
Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos
de interesse. Desta forma, não existem procedimentos formais para avaliar as fases do ciclo de vida de produtos e serviços
visando os impactos na saúde e segurança
Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos
de interesse. Os produtos e serviços seguem os procedimentos de rotulagem definidos pelos órgãos reguladores do sistema
financeiro brasileiro. A rotulagem no contexto do sistema financeiro tem sido interpretada como os materiais comerciais que
descrevem os produtos, como por exemplo a taxa CET (custo efetivo total) e o disclosure sobre riscos financeiros
PR5 - Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas
que medem essa satisfação
Página 42
PR6 - Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a
comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio
Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos
de interesse
PR8 - Número total de reclamações comprovadas relativas a violação de privacidade e
Não houve reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados em 2012
perda de dados de clientes
PR9 - Valor monetário de multas (significativas) por não-conformidade com leis e
regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços
48
Em 2012, a Fundação CESP não realizou nenhum investimento de negócio significativo. Consideramos significantes os
investimentos capazes de colocar a organização em posição de controle sobre outra entidade, ou de iniciar um investimento de
capital materialmente impactante para a organização
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
Não houve multas de qualquer natureza por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de
produtos e serviços em 2012
FS - SUPLEMENTO SETORIAL DE SERVIÇOS FINANCEIROS
FS01 - Políticas com componentes ambientais e sociais específicos aplicadas às linhas
de negócios
Página 17, 38, 39, 43
FS02 - Procedimentos para avaliação
Página 17, 38, 39, 43
e classificação de riscos ambientais e sociais nas
linhas de negócios
FS03 - Processos para o monitoramento da implantação por parte do cliente do
cumprimento de exigências ambientais e sociais incluídas em contratos ou transações
Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material
pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não inclui exigências ambientais e sociais em
contratos ou transações
FS04 - Processo(s) para melhorar a competência do pessoal na implantação das políticas
Página 38
e procedimentos ambientais e sociais aplicados nas linhas de negócios
FS05 - Interações com clientes/
investidores/parceiros comerciais em relação a riscos e
oportunidades ambientais e sociais
Página 17, 38, 39, 43
FS06 - Porcentagem da carteira de linhas de negócios por região específica, por porte, e por setor.
Página 7
FS07 - Valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício
Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material
pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui controles específicos para mensurar o
valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício monitorado social específico
monitorado social específico para cada linha de negócios, divididos por finalidade
FS08 - Valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício
ambiental específico para cada linha de negócios, divididos por finalidade
FS09 - Abrangência e frequência das auditorias para avaliar a implementação de
Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material
pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui controles específicos para mensurar o
valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício monitorado ambiental específico
políticas ambientais e sociais, e procedimentos de avaliação de riscos
Atualmente, a Fundação CESP não realiza auditorias para avaliar a implementação de políticas ambientais, sociais e
procedimentos de avaliação de riscos
FS10 - Percentual e número del empresas na carteira da instituição com as quais a
7.84%
monitorado organização interagiu em questões ambientais ou sociais
FS11 - Percentual de ativos sujeitos à triagem ambiental ou social,
positiva e negativa
A Fundação não utiliza esta metodologia para a avaliação de ativos. Sua abordagem está focada na definição da capacidade
de geração de retorno de longo prazo dos ativos
FS12 - Política(s) de voto aplicada(s) a
questões ambientais ou sociais para
participações nas quais a organização declarante tem direito a ações com voto ou
aconselhamento na votação
Apesar de não possuir uma política específica para o tema, a Fundação CESP tem participação em um fundo ativista de
investimentos e direciona seu poder de voto para gerar valor por meio da adoção de melhores práticas de governança
corporativa. Além deste fundo, a Fundação está atualmente avaliando a possibilidade de incluir critérios ESG em suas
resoluções de voto para as empresas onde possui uma posição relevante
FS13 - Pontos de acesso em áreas
A Fundação não possui pontos de atendimentos físicos
pouco populosas ou em desvantagem econômica por tipo
FS14 - Iniciativas para melhorar o acesso aos serviços financeiros de pessoas com
deficiências
Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material
pela organização e por seus públicos de interesse
FS15 - Políticas para o bom desenvolvimento e venda de produtos e serviços financeiros
A Fundação CESP possui uma série de documentos que fazem parte de sua Governança Corporativa e que são aplicados a
todos os colaboradores. Estes documentos são chamados de Normas e Procedimentos, e ainda, Regulamentos que regem
os produtos e serviços da Entidade. Na parte de conduta, são aplicados também o Estatuto Social e Código de Conduta
e Princípios Éticos. As Normas e Procedimentos visam alinhar os processos em todas as instâncias e evitar perda ou não
cumprimento de regras e conformidades. Já os Regulamentos são divididos entre Regulamentos de Produtos e Regulamentos
Internos, que regem o comportamento e desenvolvimento de produtos, serviços e parcerias. Estes documentos se aplicam
aos produtos de previdência, saúde e a todos os procedimentos necessários. A Fundação CESP possui uma área específica de
Gestão de Risco, extremamente importante para o setor em que atua, que avalia constantemente a aderência e validade dos
documentos. Além disso, um meio chamado Canal Direto, sigiloso e anônimo, fica disponível para atender manifestações de
não cumprimento destes. Os documentos ficam disponíveis a todos os empregados, e quando necessário, ao público externo,
por meio da Intranet ou portal externo (quando for o caso). Suas atualizações são divulgadas sempre que ocorrem, por meio da
Intranet. Aos parceiros comerciais cabem alguns Regulamentos e também seguir o Código de Conduta e Princípios Éticos
FS16 - Iniciativas para melhorar a educação financeira por tipo de beneficiário.
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C ARTA DE A S S E G U R A Ç Ã O I NS P ER
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C E RT I F I CA D O G R I
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V I SÃO GE R A L
VISÃO DE FUTURO
A tendência de envelhecimento da população e o potencial aumento dos custos de saúde, impulsionados pela maior incidência de pandemias globais
e de enfermidades relacionadas às mudanças climáticas, representam pressões de demanda significativas para planos de previdência e saúde. No entanto,
no caso da Fundação CESP, estas pressões já são devidamente endereçadas por meio de iniciativas de saúde preventiva e educação financeira e previdenciária,
e consistem, então, em oportunidades de crescimento. A consolidação deste cenário exigirá a manutenção de uma política de investimentos responsável, voltada
à identificação de riscos e oportunidades de longo prazo, incluindo questões econômicas e socioambientais. Estes desafios são complexos e demandam uma
gestão responsável, transparente e capaz de reunir participantes, patrocinadores, credenciados e empregados em torno de objetivos comuns.
TEMA CRÍTICO
PORQUE É RELEVANTE
RESPOSTAS DA FUNDAÇÃO CESP
Educação para a
Sustentabilidade
O endereçamento dos temas críticos de sustentabilidade
da Fundação CESP exigem o engajamento de todos os
participantes, patrocinadores, credenciados e empregados.
Esta construção conjunta demanda esforços para a
realização de iniciativas voltadas à sensibilização e
educação destes públicos.
Os programas que a Fundação CESP oferece para empregados e
beneficiários em geral visam a educação para a sustentabilidade
individual e coletiva. Além do Mais Saúde, Vida Investe e dos Investimentos
Responsáveis, a entidade ainda realiza iniciativas como o Corpo e Saúde,
que propõe atividades físicas, passeios culturais e palestras sobre diversos
temas de saúde, e o programa de Consumo Consciente, que busca despertar
a consciência para o uso de energia, água, papel, plástico, metal e de
consumo em geral.
Envelhecimento da População
Uma população com menos jovens e adultos e mais idosos
levará a uma maior pressão sobre os sistemas públicos e
privados de previdência e planos de saúde e terá impactos
significativos sobre os cálculos atuariais.
Com contas equilibradas e cálculos atuariais conservadores, a Fundação
CESP se programa, desde já, para pagar aposentadorias vitalícias mais
longas. Quando um desequilíbrio é detectado, a Fundação revisa as
condições do plano.
Para garantir qualidade de vida aos pacientes e reduzir gastos mais
expressivos, como os de internações frequentes e procedimentos
emergenciais, a Fundação investe na educação e na prevenção, no âmbito
do programa Mais Saúde.
Saúde Preventiva
Saúde preventiva é a solução com o melhor custo benefício
para os desafios apresentados pelas doenças associadas
ao envelhecimento da população, pandemias e maior
vulnerabilidade causada pelas mudanças climáticas.
Prevenir uma doença, ao invés de tratá-la, é garantia de mais
qualidade de vida às pessoas e de redução do volume de
internações e procedimentos complexos, diminuindo também
a pressão sobre os planos de saúde e saúde pública.
A Fundação CESP oferece programas educativos, focados na prevenção, e planos
assistenciais aos participantes ativos de seus planos de previdência e saúde.
Entre as inciativas, merece destaque o Mais Saúde, criado em 2012. Trata-se de
uma iniciativa focada na educação em saúde e prevenção de doenças. Gratuito
e disponível a todos os participantes ativos, assistidos e seus dependentes,
o programa envolve palestras com médicos e especialistas, divulgação de
informações nos canais de comunicação da Fundação e gestão de patologias
com equipe multidisciplinar.
Educação Financeira e
Previdenciária
O equilíbrio dos compromissos financeiros da Fundação CESP no
longo prazo depende diretamente da intenção de investimentos
de seus beneficiários, além dos aportes dos patrocinadores e
do retorno de seus títulos no mercado financeiro. Isso demanda
esforços no sentido de educar os associados para fazerem
boas escolhas financeiras, melhorando sua capacidade de
administração pessoal no longo prazo, de forma que haja
equilíbrio entre consumo no presente e poupança para o futuro,
garantindo seu bem-estar e perenidade.
A Fundação CESP mantém, desde 2010, o Vida Investe, programa gratuito e
acessível aos participantes ativos e assistidos dos planos previdenciários,
além de seus familiares. Em seu âmbito, são ministradas palestras,
promovidos eventos e disponibilizados conteúdos, todos acessíveis por meio do
portal do programa e pelas publicações da Fundação CESP.
Por meio de uma linguagem simples, que rompe com o “economês”
tradicional, o programa transforma temas áridos e de difícil compreensão
em algo agradável e de fácil entendimento.
Riscos socioambientais podem inviabilizar a capacidade
das empresas de gerar retorno no longo prazo e, portanto,
impactam a capacidade da Fundação de honrar os
compromissos com seus beneficiários. Desta forma, é
fundamental a inclusão de variáveis socioambientais na
seleção e gestão de ativos com objetivo de garantir o retorno
de longo prazo dos investimentos e incentivar adoção de
práticas mais sustentáveis por parte das empresas que
recebem os investimentos da Entidade.
A Fundação CESP é signatária do PRI (Principles for Responsible
Investment) e participa ativamente das reuniões e dos encontros realizados
no âmbito deste fórum. Além disso, adota procedimentos para avaliação
e classificação de riscos ambientais e sociais nas linhas de negócios,
conduzindo, junto com outros Fundos de Pensão, uma discussão para
definição destes procedimentos na avaliação de ativos financeiros.
Atualmente, a Fundação também solicita aos corretores e gestores externos
a adesão ao PRI. Com isso, objetiva disseminar e encorajar os gestores de
investimento e corretores a incorporar critérios socioambientais em suas
decisões de investimento.
Investimentos Responsáveis
PERFIL INSTITUCIONAL
A Fundação CESP, em 2013, chega aos 44 anos como a maior Entidade Fechada de Previdência Complementar de capital privado do Brasil. Em números, isso
representa mais de 120 mil participantes e R$ 23 bilhões em patrimônio administrado. A entidade mantém programas assistenciais para os participantes de seus planos
previdenciários, como Auxílio-Medicamento, Prótese e Órtese, além de Apoio para Incapacidades e oferece ainda Empréstimos e Seguros, por meio de parcerias com
instituições financeiras renomadas.
R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
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FAÇA SUA PA R T E
Como contribuir para
UM FUTURO
melhor para todos
TODOS AQUELES QUE FAZEM PARTE DA FUNDAÇÃO CESP PODEM SE
ENGAJAR NA CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO PAUTADO POR BEM-ESTAR,
TRANQUILIDADE E SEGURANÇA. CONFIRAM, ABAIXO, ALGUMAS DICAS PARA
FAZER A DIFERENÇA E COLABORAR NA CONSTRUÇÃO DO BEM COMUM
PATROCINADOR
e colaborar para a sustentabilidade dos planos de saúde da Fundação CESP;
Incentivar seus empregados a conhecerem os planos de saúde e previdência da
Manter o equilíbrio entre consumo no presente e poupança, para garantir um
Fundação CESP, como seus benefícios e diferenciais;
futuro digno na sua velhice e assegurar volume de capital aos fundos de pen-
Sensibilizar a área de Recursos Humanos para a parceria que pode ser firmada
são da entidade;
com a entidade, para a promoção de cursos e palestras que visem a educação
Planejar sua aposentadoria desde cedo, compreendendo o modelo e funciona-
financeira e previdenciária e a saúde preventiva;
mento dos planos previdenciários, os benefícios a eles associados e as vanta-
Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus
gens dos aportes voluntários;
representantes na assembleia, conselhos e comitês;
Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus
Promover o consumo consciente em seu local de trabalho, educando os em-
representantes na assembleia, conselhos e comitês;
pregados para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre
Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar
outras matérias-primas.
para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras
matérias-primas;
PARTICIPANTE
Trabalhar, diariamente, em prol do bem comum que a entidade representa,
Cuidar de sua saúde preventivamente, para ter mais qualidade de vida para si
dedicando-se à sua atividade com compromisso, seriedade e boa vontade;
e colaborar para a sustentabilidade dos planos de saúde da Fundação CESP;
Atuar sempre de acordo com o Código de Conduta e Princípios Éticos da Fun-
Manter o equilíbrio entre consumo no presente e poupança, para garantir um
dação CESP.
futuro digno na sua velhice e assegurar volume de capital aos fundos de pensão da entidade;
CREDENCIADO
Planejar sua aposentadoria desde cedo, compreendendo o modelo e funciona-
A rede credenciada deve incentivar a saúde preventiva dos usuários dos planos
mento dos planos previdenciários, os benefícios a eles associados e as vanta-
de saúde da Fundação CESP, promovendo assim mais qualidade de vida a
gens dos aportes voluntários;
eles, e desonerando o sistema de exames e procedimentos mais complexos
Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus
e caros;
representantes na assembleia, conselhos e comitês;
Devem buscar processos e sistemas eficientes de gestão, visando a excelência
Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar para a redu-
dos serviços;
ção no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras matérias-primas.
Devem combater fraudes e fiscalizar os serviços e valores oferecidos aos beneficiários da Fundação CESP;
EMPREGADO
Cuidar de sua saúde preventivamente, para ter mais qualidade de vida para si
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R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2
Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras matérias-primas.
PATROCÍNIO:
AGRADECIMENTOS:
Agradecemos à Sandra Sinicco, da empresa GrupoCasa, que nos introduziu no universo da sustentabilidade e nos auxiliou a dar o pontapé inicial;
à Gestão Origami – e, em especial, ao Aerton Paiva - que, desde o início, caminha junto, nos ensinando, orientando e ajudando a concretizar nosso
projeto de sustentabilidade; e ao Bruno Vio e à Sabrina Feldman, nossos parceiros na construção deste relatório.