Relatório de Sustentabilidade
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Relatório de Sustentabilidade
A FUNDAÇÃO CESP É REGIDA POR DIRETRIZES SÓLIDAS QUE NORTEIAM CONTINUAMENTE SUAS INICIATIVAS E PROJETOS. CONFIRA ABAIXO SUA VISÃO, MISSÃO E VALORES: VISÃO SER A EMPRESA QUE VALORIZA, ACIMA DE TUDO, UMA VIDA MAIS DIGNA ÀS PESSOAS DE QUEM CUIDAMOS MISSÃO ELABORAR E ADMINISTRAR COM EXCELÊNCIA PLANOS DE PREVIDÊNCIA E DE SAÚDE PARA QUE AS PESSOAS POSSAM VIVER E CONSTRUIR UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE VALORES RESPEITO AO SER HUMANO EXCELÊNCIA COMPETÊNCIA COMPROMETIMENTO CARTA DIR E T O R - P R E S I D E N T E CESP, nossos pontos de vista sobre sustentabilidade, os temas que estão em nosso radar e como estão sendo endereçados, de modo que possamos nos aproximar cada vez mais de todos os que fazem da Fundação CESP um elo imprescindível para a segurança em relação ao futuro. Temos consciência de que estamos em uma nova etapa na qual a sustentabilidade ocupa cada vez mais espaço em nossa gestão e este desafio é estimulante. Queremos evoluir constantemente e ter mais abertura e diálogo com todos os grupos com que nos relacionamos – sejam participantes, patrocinadores, empregados ou credenciados – visando relações duradouras que sejam boas para todos. Este relatório já nasce alinhado aos mais modernos modelos utilizados em âmbito nacional e internacional, valorizando as pessoas, o respeito ao próximo e a construção de um futuro cada vez melhor. Obrigado pela oportunidade de trabalhar com você e para você. Boa leitura. Martin Roberto Glogowsky DIRETOR-PRESIDENTE SERGIO ZACCHI H á 44 anos, nós, da Fundação CESP, trabalhamos para garantir a qualidade de vida e a tranquilidade que nossos beneficiários tanto desejam. Somos a maior entidade fechada de previdência complementar do Brasil patrocinada por empresas de capital privado, administramos um patrimônio de mais de R$ 23 bilhões e contamos com mais de 120 mil pessoas em nossos planos de saúde e previdência. Sabendo que a expectativa de vida apresenta uma clara tendência de crescimento, garantir aposentadorias seguras, administrar recursos de terceiros de forma equilibrada e assegurar uma rede médica de alto nível aos usuários é uma responsabilidade enorme da qual temos muito orgulho. Trabalhamos para garantir investimentos seguros, mas também percebemos que é nosso papel dar suporte para que os participantes aprendam a conciliar consumo e poupança, a organizar sua vida financeira, para que possam gastar hoje de forma ponderada, economizando para o amanhã. Mais do que gerenciar os planos de previdência e de saúde, procuramos incentivar, por meio de programas educativos, os participantes a conhecerem os produtos a que têm direito, a praticarem saúde preventiva, a investirem na aposentadoria para terem um futuro digno e pleno e a se conscientizarem de que, devido às oscilações de mercado, sua renda na aposentadoria pode não ser aquela planejada décadas atrás. Esse talvez seja o nosso maior desafio para o futuro, enquanto sociedade. Igualmente importante é o modelo de gestão que adotamos, formado por comitês e conselhos com participação de representantes dos nossos principais públicos de interesse, tais como patrocinadoras, empregados e aposentados. Esse sistema participativo visa assegurar transparência, solidez e credibilidade aos planos que oferecemos. A atribuição de pensar no bem-estar de cada participante, de dar prioridade a investimentos responsáveis, de sempre buscar soluções para que usufruam sua vida hoje e planejem o porvir é uma missão nobre e positiva. Nossas ações para os participantes e profissionais que atuam na Fundação CESP ocorrem por meio de iniciativas focadas em educação para a previdência, para a saúde, para investimentos e consumo consciente. Os desafios colocados impõem cada vez mais a necessidade de dialogarmos, de nos conhecermos e de alinharmos expectativas. Nesse contexto, é com satisfação que publicamos nosso primeiro relatório de sustentabilidade, que você tem em mãos. Nele, você poderá conhecer ainda mais a Fundação EXPE DI E N T E RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 PRODUÇÃO, REDAÇÃO, EDIÇÃO: Gestão Origami JORNALISTA RESPONSÁVEL: Sabrina Feldman COORDENAÇÃO GERAL: Bruno Vio e Sabrina Feldman FOTOGRAFIA: Gerardo Lazzari Sergio Zacchi PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Vendo Editorial IMPRESSÃO: D’Lippi TIRAGEM: 300 exemplares SITE: www.funcesp.com.br CAPA: Megalodesign Essa publicação é uma realização da Fundação CESP, organizada pela Gerência Executiva – Recursos Humanos. SIMONE CAPUA TEPPET Gerente Executiva – Recursos Humanos e-mail: [email protected] ALZIRA ALCÂNTARA Analista de Recursos Humanos e-mail: [email protected] 4 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Í NDI CE 6 8 10 12 15 16 20 24 30 36 40 44 PERFIL INTRODUÇÃO SOBRE O RELATÓRIO VISÃO DE FUTURO FUTURO PLENO BASTIDORES EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO SAÚDE PREVENTIVA EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PREVIDENCIÁRIA INVESTIMENTOS RESPONSÁVEIS GESTÃO E GOVERNANÇA SUMÁRIO GRI CARTA DE ASSEGURAÇÃO INSPER CERTIFICADO GRI VISÃO GERAL 54 FAÇA SUA PARTE BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE A M COMPOSIÇÃO DO RELATÓRIO ais do que apenas relatar as iniciativas que fazem parte do projeto “Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade”, que engloba uma série de ações e programas voltados a temáticas socioambientais e econômicas, a entidade incluiu, neste relatório, o que pensam seus parceiros e associados sobre um futuro com qualidade e tranquilidade e a sua própria visão de futuro de longo prazo, com as tendências antevistas e que podem impactar seu negócio. O histórico e perfil institucional oferece, ao leitor, a oportunidade de conhecer a trajetória da instituição, que hoje tem 44 anos. A carta do presidente, logo na abertura, também dá o tom do relatório, sintetizando seu conteúdo. O capítulo sobre o que é um relatório de sustentabilidade tem como objetivo apresentar o assunto ao leitor, para que ele compreenda melhor a iniciativa. No making of, a instituição conta, de forma honesta, como foi o processo de elaboração deste relatório – os questionamentos e as alegrias. Nas reportagens temáticas – sobre envelhecimento da população; saúde preventiva; educação financeira; investimentos responsáveis e educação para a sustentabilidade –, a entidade contextualiza os temas materiais que assegurarão sua perenidade e uma vida digna aos participantes e como lida com os desafios que se avizinham. O capítulo sobre gestão e governança responsáveis mostra que a entidade é conduzida de forma transparente, equilibrada e democrática, com participação das partes interessadas nas assembleias, conselhos e comitês. Através do amplo detalhamento de cada capítulo, o leitor terá uma visão concreta de como a sustentabilidade está no DNA da Fundação CESP e de como os temas materiais estão sendo conduzidos de forma a garantir uma gestão segura e próspera para todos, para sempre. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 5 P E RF I L Histórico INSTITUCIONAL COM 44 ANOS DE TRAJETÓRIA, A FUNDAÇÃO CESP TEM MUITA HISTÓRIA BOA PARA CONTAR, SEMPRE PAUTADA PELA MELHORIA CONTÍNUA DOS SERVIÇOS, A FIM DE BENEFICIAR SEUS PARTICIPANTES CONFIRA UM RESUMO DOS PRINCIPAIS MARCOS DE NOSSA HISTÓRIA: 6 1969 A Fundação CESP é criada, 1977 Começam a ser criados 1979 A Fundação CESP é ainda com o nome de FAEC (Fundação de Assistência aos Empregados da CESP), para oferecer assistência médico-hospitalar e odontológica aos funcionários das Centrais Elétricas de São Paulo. Nesta época, também foi oferecido aos associados a carteira de empréstimos pessoais, com juros facilitados e competitivos em relação ao mercado. os planos de suplementação de aposentadoria e pensão, marco fundamental para que a Fundação CESP se tornasse uma entidade fechada de previdência complementar, multipatrocinada por empresas nacionais e estrangeiras. Neste ano, a Fundação CESP passou a contar com outro patrocinador: a CPFL. oficialmente instituída como entidade fechada de previdência privada. À época, os programas assistenciais de auxílio aos deficientes (atual programa de apoio para incapacidades) e auxíliomedicamentos também foram implementados. 1996 O governo do Estado de 2001 A Fundação CESP lança a 2006 Os patrimônios previdenciários São Paulo começa o programa de desestatização do setor elétrico. Com esta medida, os planos previdenciários foram saldados e substituídos por novos modelos, que mesclam beneficio e contribuição definidos. A partir da privatização, o setor elétrico passou para o controle de várias empresas tais como a CTEEP, BANDEIRANTE, DUKE ENERGY, ELEKTRO e EMAE - que também se tornaram patrocinadoras da Fundação CESP. primeira versão do seu portal na internet, que se tornou um importante canal de comunicação e atendimento, permitindo aos associados a consulta de dados e melhor atendimento, assim como a realização direta de operações por simulação de empréstimos, verificação de saldos previdenciários, entre outros benefícios. foram alocados individualmente, oferecendo maior transparência quanto à aplicação dos recursos de cada plano. Do mesmo modo, as operações ligadas à saúde foram dissociadas, com a finalidade de isolar qualquer risco de contaminação entre as despesas dos planos de saúde e o patrimônio dos planos previdenciários. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 A Fundação CESP, entidade fechada, sem fins lucrativos, de previdência complementar, chega aos seus 44 anos como a maior instituição privada do país. Em números, isto representa mais de 120 mil participantes e um patrimônio administrado de R$ 23 bilhões. Para alcançar esta posição, trabalhamos com afinco e comprometimento na criação e gestão de planos de previdência e saúde, focados no bem-estar, na qualidade de vida e no respeito ao ser humano. Além disso, mantemos programas assistenciais para os participantes dos planos previdenciários e de saúde, como Auxílio-Medicamento, Prótese e Órtese, além de Apoio para Incapacidades. No intuito de propiciar aos participantes todas as condições para conquistarem seus sonhos, desde 1969, também agregamos empréstimos e seguros ao portfólio, oferecendo facilidades e condições diferenciadas, por meio de parcerias com instituições renomadas. Nossos resultados são fruto de muito trabalho, dedicação e seriedade. Hoje, e sempre, estaremos empenhados em crescer de modo sustentável, protegendo nosso principal patrimônio: as pessoas. 1981 A Fundação cresce, com a 1987 É criado o quadro dos 1994 É implantado o terceiro incorporação da Eletropaulo como patrocinadora. empregados da Fundação CESP. Até então, as atividades eram realizadas por empresas terceirizadas e demais funcionários cedidos pelos patrocinadores. Pouco tempo depois, este quadro de empregados ganha seu próprio plano previdenciário. programa assistencial - Prótese e Órtese - que, assim como os demais, passou a ser subsidiado pelo patrimônio da própria Fundação CESP, e oferecido sem custos adicionais a todos os participantes dos planos previdenciários. 1986 Recebe, pela ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada), seu 1º prêmio como melhor entidade fechada de previdência privada do País. 2010 Lançamento do programa Vida Investe. 2007 Devido à qualidade de 2008 Após um trabalho de gestão dos investimentos, os resultados financeiros ultrapassaram em 92,4% o custo atuarial. A Fundação CESP obteve superávit de R$ 1,53 bilhão. Também foram implementados dois programas de grande importância para saúde preventiva dos usuários: a Rede de Atendimento Preferencial e o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas. reposicionamento institucional, a Fundação CESP revisou sua missão, visão e valores, redirecionando seus objetivos para os próximos anos, a fim de acompanhar práticas de mercado e demandas sociais. A entidade lança também o programa ‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade’, com o objetivo de encontrar caminhos que a tornassem uma empresa cada vez mais responsável frente às demandas socioambientais. 2011 Lançamento do Nosso Plano de Saúde. 2012 Lançamento do programa Mais Saúde, mudança da marca e do nome dos planos dos ativos para Digna Saúde, adesão ao PRI (Principles for Responsible Investiments) e à Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada). 2013 A Fundação CESP lança seu primeiro relatório de sustentabilidade, síntese dos esforços praticados pela entidade em busca de uma sociedade melhor para todos. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 7 I NT RODU Ç Ã O S O B R E O R E L ATÓ R IO O que é um relatório de SUSTENTABILIDADE COM O INTUITO DE RESSALTAR OS TEMAS RELEVANTES DA ENTIDADE E INTENSIFICAR O DIÁLOGO ENTRE AS PARTES INTERESSADAS, EIS O PRIMEIRO RELATÓRIO DA FUNDAÇÃO CESP T radicionalmente, relatório de sustentabilidade é uma peça de comunicação cujo objetivo é compartilhar de que forma uma instituição endereça temas sociais, ambientais e econômicos pertinentes à sua atividade, beneficiando os grupos de interesse com que se relaciona e a sociedade como um todo. O modelo de relatório mais difundido e com maior credibilidade no cenário internacional é a GRI (Global Reporting Initiative), criado com o objetivo de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade a um nível de qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros. O conjunto de diretrizes e indicadores da GRI visa proporcionar a comparabilidade, credibilidade, periodicidade e legitimidade da informação na comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações. Outra grande meta da GRI é promover as práticas sustentáveis da empresa segundo o ponto de vista das partes consideradas interessadas, por meio de uma consulta a elas e do endereçamento dos temas apontados como críticos. Em sua terceira versão de diretrizes, chamada de G3-GRI, a GRI é uma ampla rede independente composta por indivíduos e organizações distribuídos em mais de 30 países e com sede em Amsterdan (Holanda). No Brasil, conta com a parceria da UniEthos e do núcleo de estudos em sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, que também é um núcleo oficial de colaboração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No entanto, por meio de pesquisas conduzidas pela própria GRI, está cada vez mais claro que as empresas estão publicando seus relatórios de sustentabilidade preocupadas apenas em cumprir o calendário anual, 8 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 mas sem uma atenção à qualidade narrativa, ao foco e ao escopo das informações compartilhadas, aos desafios que poderiam ser compartilhados (ao invés de só prestarem informação sobre o que caminhou satisfatoriamente) e à necessidade de encadeamento das ações com propostas futuras, de forma que as iniciativas não sejam pontuais e se encerrem em si. Então, mais do que simplesmente compartilhar as práticas de sustentabilidade, um relatório desta natureza precisa ser um convite à intensificação do diálogo com o público de interesse, um convite a uma construção que faça sentido, que seja de todos e para todos. O RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA FUNDAÇÃO CESP Com sensibilidade e equilíbrio, a Fundação CESP percebeu isso. Na verdade, dialogar e construir um legado partilhado junto aos grupos que mantêm a en- tidade é a sua essência, sua prática diária. Todas as partes integrantes da instituição – sejam participantes, empregados, patrocinadores ou credenciados – têm canal aberto com ela e participam de sua gestão amplamente, por meio de representantes nos comitês e assembleias. A intenção de publicar seu primeiro relatório de sustentabilidade foi fruto de um processo de maturação interno frente à sustentabilidade. Ao longo dos últimos cinco anos, o projeto “Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade” criou e fortaleceu diversas práticas que visam o equilíbrio entre a economia, o social e o ambiental (mais detalhes podem ser consultados no capítulo “Educação para a sustentabilidade”). A entidade sentiu-se preparada para contar esta história – que é feita de sucessos, aprendizados e desafios e, acima de tudo, calcada em uma relação de transparência com os grupos de interesse. Refletir sobre a real necessidade de se produzir um relatório de sustentabilidade foi algo praticado pela Fundação, que queria ter fatos consistentes para compartilhar ao invés de simplesmente publicar por ser praxe de mercado. Da mesma forma, escolher o modelo de relato foi outro ponto interessante do processo. O que a instituição tinha como premissa era a valorização do trabalho conjunto, em equipe e em parceria com as partes envolvidas; a consciência plena de que não está sozinha, isolada no mundo, de que tudo se transforma rapidamente e de que é preciso acompanhar este movimento; e a preocupação com o futuro – com sua própria perenidade e a de seus beneficiários. Adicionalmente, o desejo de que a sustentabilidade seja uma prática na Fundação e não uma teoria, sendo implementada constantemente, com base em uma relação de coconstrução entre os parceiros envolvidos, com benefícios recíprocos, tanto hoje como no futuro, deu o direcionamento de que precisava. A Fundação entende que o relatório deve ser reflexo das práticas INOVAÇÃO A Fundação optou por responder ao GRI com nível ‘A’ de aderência, o que significa que ela respondeu a todos os indicadores obrigatórios e aos setoriais – a lista completa encontra-se no final do relatório, na tabela GRI. A diferença em seu processo foi que a entidade direcionou esforços para responder aos indicadores materiais, prioritários em sua operação. Os indicadores que não se aplicam à Fundação CESP foram classificados como irrelevantes. Com isso, a Fundação deu um salto logo na largada, em seu primeiro relatório de sustentabilidade. Ao distinguir diárias da entidade, ao invés de demandar que as gerências criem ações que possam referendar diretrizes para ‘darem recheio’ à peça comercial. Da mesma forma, para a entidade, este relatório deve ser capaz de atrair o interesse do leitor, de despertar nele a sensação de pertencimento à realidade narrada e de convidá-lo para participar mais ativamente da instituição. Assim, a preocupação com “o que relatar” e “como relatar”, dentro de escopos como o perfil da organização, sua forma de gestão (governança, compromisso e engajamento) e os indicadores de desempenho, foi uma constante na fase de pré-produção do presente relatório. O que a Fundação quis, prioritariamente, foi manter a transparência na divulgação das informações, postura que já faz parte de seu modelo de governança, e demonstrar que tudo é um processo, nada nasce pronto, toda iniciativa implica em conquistas e em novas necessidades, em desenvolvimento contínuo. Assim, a Fundação CESP optou por publicar seu primeiro relatório de sustentabilidade seguindo o padrão GRI, que é referência mundial, mas adotando um modelo próprio, no qual ressalta as especificidades da entidade, o que possui de único e quais são suas prioridades, construindo um relato legítimo e sólido. O processo de elaboração do relatório de sustentabilidade - ciclo permanente de engajamento dos grupos de interesse, para entender, debater, mensurar e melhorar os processos internos e também monitorar e comunicar o desempenho da empresa em relação à sustentabilidade – aumentou ainda mais o compromisso e a responsabilidade da Fundação CESP perante seus parceiros e beneficiários. A ENTIDADE OPTOU POR REALIZAR UMA VERIFICAÇÃO DE TERCEIRA PARTE NESTE RELATÓRIO, SENDO QUE A VERIFICAÇÃO EXTERNA FOI REALIZADA PELA PROFª DRA. PRISCILA BORIN CLARO, DOUTORA EM ADMINISTRAÇÃO, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, MESTRE EM GESTÃO SOCIAL, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, PELA UNIVERSIDADE DE WAGENINGEN (WUR) NA HOLANDA (GRI 3.13) E PROFESSORA DO INSPER, INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE SÃO PAULO. ASSIM, O RELATÓRIO FOI CLASSIFICADO COM O SÍMBOLO +, JUNTAMENTE COM A LETRA DE NÍVEL DE APLICAÇÃO - NESTE CASO, A. os tópicos de desempenho, a organização demonstra seriedade, foco e transparência. Outro ponto que merece destaque é a separação entre a narrativa e a tabela de indicadores do GRI, que pode ser consultada ao final desta peça. O objetivo é sintonizar o leitor com o que é realmente relevante para a Fundação CESP. De toda forma, os indicadores mais importantes estão inseridos ao longo da redação, de forma coesa, sem a indicação numérica de referência GRI, para não comprometer a fluência da leitura. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 9 V I SÃO DE F U T U R O O SEMPRE da Fundação CESP AO COMPREENDER O MUNDO NO QUAL ESTÁ INSERIDA E SUAS DEMANDAS SOCIOAMBIENTAIS E ECONÔMICAS, A FUNDAÇÃO CESP TRAÇA UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE LONGO PRAZO, QUE ANTECIPA TENDÊNCIAS, RISCOS E OPORTUNIDADES, ASSEGURANDO SUA PERENIDADE A palavra “futuro” é indispensável a qualquer empresa que queira permanecer ativa no longo prazo. As mudanças tecnológicas, culturais, econômicas, sociais e ambientais do nosso tempo são rápidas, extensas e qualquer negligência em relação a elas pode trazer sérias implicações aos negócios. Então, falar de futuro, de um futuro que precisa ser pensado e endereçado no presente, deve ser central na estratégia de uma organização, bem como merece um capítulo a parte em um relatório de sustentabilidade. Um relatório desta natureza não deve tratar apenas de ações realizadas, de fatos consumados, mas também dos planos, dos vislumbres, da consciência de pertencimento a uma realidade maior, mutante e complexa. A visão de futuro da Fundação CESP tem relação com todas as suas práticas e com sua missão – é o ponto em que as consequências do porvir precisam ser administradas agora, para assegurar perenidade e tranquilidade ao negócio e aos que dele dependem. Vale dizer que esta visão de futuro não deve ser compreendida como algo definitivo, mas enquanto processo vivo, dinâmico, sujeito às percepções, às demandas e transformações que já se apresentam hoje. Mas a que tempo futuro se refere esta reflexão? A 40, 50 anos adiante. Pode parecer ineficaz projetarmos cenários visionários, mas é justamente o contrário. Trata-se de algo absolutamente necessário na modernidade, expressa em uma sociedade que deverá ter nove 10 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 bilhões de pessoas em 2050. O que falar sobre previdência, plano de saúde e qualidade de vida em um cenário como este? Vislumbra-se uma sociedade com recursos naturais cada vez mais escassos, com o consumo cada vez mais intenso, com expectativa de vida crescente e forte pressão em todos os sistemas públicos. Estas variáveis complexas demandam uma gestão responsável, transparente e capaz de reunir participantes, patrocinadores, credenciados e empregados em torno de objetivos comuns, transformando os desafios em oportunidades de crescimento, de negócios e de bem-estar geral. Por esta razão, desde 2008, início do projeto ‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade, que nasceu com a proposta de inserir a entidade no contexto do tema sustentabilidade, a organização está empenhada em delinear com mais clareza seu rumo, em planejar seu amanhã de forma mais consistente, objetivando sua permanência, o seu sempre. Para isso, em um primeiro momento, a entidade olhou o mundo no qual está inserida com lentes que focam em gestão de futuro, em relações duradouras, em benefícios recíprocos e se antenou às transformações às quais está sujeita, às tendências que se verificam e que podem impactar seu negócio positiva ou negativamente, gerando riscos ou oportunidades. De dezembro de 2008 a julho de 2009, diversas atividades foram realizadas com os empregados, com foco na educação do conceito de sustentabilidade e na conscientização para o consumo consciente. A partir de agosto de 2009, iniciou-se uma nova fase do projeto: inserir o conceito sustentável no contexto organizacional da Fundação CESP. Para tanto, foi realizado um diagnóstico de sustentabilidade na entidade, que possibilitou o entendimento e identificação de sua visão em relação ao tema proposto, frente as partes interessadas, ao seu negócio e com as referências nacionais e internacionais utilizadas no mercado (ISE-Bovespa - Índice de Sustentabilidade Empresarial, PRI - Princípios de Investimento Responsável, e 31 Desafios Brasileiros da Fundação Dom Cabral). Foram elencados os temas que julgavam relevantes para a Fundação, entre eles: educação para a sustentabilidade; estresse; envelhecimento da população; corrupção e falta de ética na sociedade; governança corporativa; comprometimento com valores e princípios; e pandemias. É importante que se diga que este processo de seleção de temas materiais não se submeteu apenas à governança da Fundação CESP, mas às partes interessadas e aos mais avançados protocolos internacionais. Após medição do grau de aderência da Fundação CESP em relação aos índices estabelecidos no tripé da sustentabilidade econômico, social e ambiental – foi possível construir um metamodelo, isto é, a estratégia, os pilares e o foco das ações para os anos seguintes. O metamodelo ajudou a priorizar as ações de sustentabilidade na Fundação CESP, privilegiando a inserção do tema nos negócios da entidade de forma transversal: nos produtos/serviços oferecidos pelas áreas de Investimento, Previdência e Saúde. Para o planejamento de todas as ações necessárias e para atingir os resultados desejados, foi desenhado um Plano de Ações condizente com a realidade, que auxiliou no acompanhamento e execução das atividades. A entidade também contratou uma consultoria especializada para ajudá-la na identificação dos temas mais relevantes para sua atuação. Dada sua premência para os negócios da entidade, foram eleitos como focos de atenção para os próximos anos os temas: envelhecimento da população, saúde preventiva, investimentos responsáveis e educação financeira. O objetivo é garantir a sustentabilidade da instituição e do coletivo. A tendência de longevidade da população e da elevação dos custos de saúde, impulsionados pela maior incidência de pandemias globais e de enfermidades relacionadas à idade e às mudanças climáticas, representam fortes pressões para planos de previdência e saúde. Somando-se a isso a tendência de taxas de juros mais baixas, que interfere diretamente nas metas atuariais, cabe à Fundação CESP reforçar a solidez e o caráter conservador de sua carteira de investimentos. Além disso, a Fundação deve incentivar os aportes voluntários aos fundos de pensão, para poder arcar com aposentadorias vitalícias mais longas, e motivar seus associados a cuidarem mais e melhor de sua saúde, reduzindo os elevados custos dos planos. Atualmente, é possível afirmar que a Fundação CESP atingiu seu objetivo inicial: o conceito sustentabilidade está inserido nos negócios da entidade. Nas páginas seguintes, o leitor poderá conferir os projetos e programas que atestam isso - como o Vida Investe, Mais Saúde, Consumo Consciente e PRI (Principles for Responsible Investment). Eles oferecem a empregados e beneficiários em geral a oportunidade de aprenderem mais sobre saúde preventiva; sobre a importância de reduzir o consumo no presente para manter a qualidade de vida no futuro, poupando para a aposentadoria; sobre a necessidade de se participar do dia a dia da instituição, acompanhando os investimentos que ela faz e como podem interferir em seu futuro; sobre os princípios de investimentos responsáveis (PRI) e sobre outros temas da atualidade, como redução da taxa de juros. A Fundação CESP encara a sustentabilidade não mais como um conceito em discussão, mas como valor transversal incorporado à governança – rio, e não ponte, que se deve navegar para chegar com segurança, ética e responsabilidade, ao futuro. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 11 F UT URO P L E N O Um futuro com qualidade e TRANQUILIDADE SAÚDE, APOSENTADORIA RENTÁVEL E SEGURA, LAZER E ACESSO À INFORMAÇÃO SÃO SINÔNIMOS DE QUALIDADE DE VIDA, ATRIBUTO QUE A FUNDAÇÃO CESP TRABALHA PARA ASSEGURAR É AOS PARTICIPANTES HOJE E SEMPRE possível construir um futuro no qual as relações sociais se baseiem no respeito, na ética, na transparência entre as partes? Sim, a Fundação CESP acredita firmemente neste caminho e trabalha nesta direção. Todos os grupos de interesse envolvidos com a entidade – empregados, patrocinadores, participantes e credenciados - estão cientes de que ela é, por si só, um projeto coletivo, que visa o bem de todos. Em seu ambiente de negócios, a missão da Fundação CESP é elaborar e administrar, com excelência, planos de previdência e saúde para que os usuários possam usufruir deste futuro com qualidade e tranquilidade. Mas este mesmo futuro não é um produto que se venda, é algo subjetivo que se materializa conforme cada indivíduo traz um tijolo para a construção, conforme cada grupo apresenta uma demanda específica, conforme cresce a capacidade de escuta e de busca de consensos para se atingir benefícios comuns. A entidade tem consciência de que não é fácil atender aos anseios e desejos de todos, mas a essência desse processo de escuta deve ser sempre preservada, com coragem de seguir adiante apesar das dificuldades. Sem esforço, sem a participação de todos, 12 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 não há futuro virtuoso. E a entidade conta com o apoio e a parceria das partes envolvidas nesta coconstrução. Neste processo, a Fundação CESP educa e também é educada, e assim, passo a passo, o futuro desejado vai tomando corpo em ações objetivas, conforme lerão neste relatório. Trabalhar de forma transparente e participativa é motivo de orgulho e implica em grande responsabilidade. O patrimônio maior que a entidade gerencia, além dos R$23 bilhões, é a confiança dos participantes. É com este valor conquistado junto aos atuais 120 mil participantes que a Fundação CESP se credencia para propiciar este futuro de qualidade e tranquilidade, pautado em impactos positivos, benefícios mútuos, relações honestas e duradouras. O QUE CREDENCIADOS, ASSISTIDOS, ATIVOS E PATROCINADORES TÊM A FALAR SOBRE O ASSUNTO QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FUNDAÇÃO CESP? É cuidar para que as decisões na Fundação sejam sempre amparadas por rigor técnico e não por questões políticas. Como a Fundação é oriunda de estatais, ela traz um certo resquício que representa riscos do ponto de vista trabalhista, já que os sindicatos querem interferir nos processos de forma eleitoreira e não focada nos benefícios recíprocos. O perfil de governança da entidade, participativo e híbrido, minimiza os efeitos prejudiciais deste tipo de postura. UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO... Seguramente, o desafio para a previdência é a alocação dos investimentos, é ter competência em época de juros baixos, momento em que é difícil bater as SERGIO ZACCHI O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE? É garantir que os planos da Fundação CESP sejam oferecidos com segurança, com base na competência do corpo técnico, na governança e na gestão de investimentos. metas atuariais. Não podemos esperar, por exemplo, que a renda fixa dê conta dos recursos que precisam ser gerados. Mesmo tendo um desafio grande pela frente, mesmo vivendo um novo momento, com novos riscos, como usuário, não perco o sono, pois tenho grande confiança no corpo técnico da Fundação, que precisa ser conservadora e sempre buscar argumentos técnicos para justificar suas escolhas. Ela administra agora para pagar em 20 ou 30 anos, o que requer uma enorme capacidade de projeção. O associado, por sua vez, precisa ter consciência de que talvez tenha que perder um pouco agora para garantir sua renda lá na frente. RONALDO BENTO TRAD, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO CESP – REPRESENTANTE DAS PATROCINADORAS CPFL/ PIRATININGA. TRABALHOU NA CPFL POR 34 ANOS. O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE? Futuro de qualidade e tranquilidade está ligado à segurança patrimonial, que, no caso da Fundação CESP, está nas mãos de pessoas de alto nível. É uma atividade privada com robusteza de valores. UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO... A Fundação precisa analisar os informes e ensinar o beneficiário a fazer bom uso de seu plano de saúde e previdência. É necessário reciclar as instruções, dar mais atenção ao público idoso, conceber cartilhas ou outros canais de comunicação mais simples, didáticos e direcionados. Podemos olhar com mais sensibilidade para as necessidades dos idosos, mapear os abandonados, bem como cuidar dos pensionistas desinformados. Um desafio maior é ter um local autossustentável para abrigar um eletricitário ou sua pensionista. SERGIO ZACCHI QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FUNDAÇÃO CESP? Como sou aposentado, mas continuo na ativa como conselheiro da Fundação, sou procurado para tirar dúvidas e dar esclarecimentos. Vejo que meu papel é informar sobre a atuação da Fundação nas áreas de previdência e saúde. DOUGLAS APPARECIDO GUZZO, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO CESP – REPRESENTANTE DOS PARTICIPANTES ASSISTIDOS E EX-PRESIDENTE DA ENTIDADE. CONSELHEIRO DE HONRA DO CONSELHO DELIBERATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DA FUNDAÇÃO CESP (AAFC). FOI FUNCIONÁRIO DA CPFL POR 36 ANOS R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 13 F UT URO P L E N O SERGIO ZACCHI ouvir os trabalhadores e promover aproximação entre as entidades sindicais que atuam na Fundação. Além disso, também entendo a importância de mostrar que a instituição desenvolve programas como o Mais Saúde e o Vida investe, que ajuda os participantes a terem mais qualidade de vida e a se preparar para a aposentadoria, que representa uma nova etapa da vida deles e de suas famílias. Também temos trabalhado para divulgar aos assistidos os programas do governo, para mostrar que podem utilizar medicamentos gratuitos e desembolsar menos dinheiro, que podem investir na aposentadoria. 14 O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E TRANQUILIDADE? Os participantes assistidos e ativos precisam pensar no presente e no futuro. No presente, eles devem poupar mais e investir em atividades que promovam qualidade de vida como viagens, academia, previdência. No futuro, depois de um longo período laboral, o trabalhador deve continuar curtindo a vida, a família, o lazer. Então, vejo o futuro como a busca constante de bem-estar para todos, de longevidade, de uma velhice amparada pelo fundo de pensão, e com mais saúde. UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO.. A busca por novos investimentos e participações para garantir a perenidade da Fundação, cumprir todas as suas metas e dar respaldo aos associados. Os beneficiários precisam ter consciência de que é vital que os planos da Fundação sejam sustentáveis, pois são eles que assegurarão estabilidade na aposentadoria. QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FUNDAÇÃO CESP? Enquanto conselheiro, meu papel é JOSÉ LUIZ ANDREOLI, CONSELHEIRO DA FUNDAÇÃO CESP – REPRESENTANTE DOS PARTICIPANTES ATIVOS DA AES TIETÊ E ELETROPAULO. MEMBRO DO CONSELHO FISCAL DO SINDICATO DOS ELETRICITÁRIOS DE SÃO PAULO. É FUNCIONÁRIO DA ELETROPAULO HÁ 38 ANOS. O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E TRANQUILIDADE? Para o indivíduo, um futuro de qualidade é aquele no qual vislumbre a manutenção da sua qualidade de vida; é a possibilidade de ter uma vida satisfatória e um futuro feliz. É estar bem consigo mesmo, com o local em que vive e com as pessoas que estão a sua volta. Do ponto de vista da saúde, o importante é que as pessoas a tenham para viver de maneira plena, integral. Na realidade brasileira, infelizmente, o serviço público não está disponível à totalidade da população, com qualidade. Por isso, torna-se necessário que as pessoas procurem a saúde suplementar. Para a organização, um futuro de qualidade é aquele que garanta sua perpetuação ao longo dos anos, sem abrir mão de um bom serviço prestado e de atender às necessidades da sociedade e dos seus clientes. QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FUNDAÇÃO CESP? Embora exista uma relação comercial entre as empresas, há diretrizes e princípios compartilhados por ambas as instituições: queremos fornecer o melhor serviço aos clientes, trabalhando em conjunto para que isso aconteça. É uma relação que tem que buscar os benefícios para todas as partes, uma relação ganha-ganha. Alguns dos serviços que o Fleury presta para a Fundação, como o de Gestão das Doenças Crônicas (que integra o Programa Mais Saúde da Fundação), ilustram isso. Com essa iniciativa, o paciente, além de melhorar sua qualidade de vida, utiliza menos o plano de R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 saúde, e consequente, gera uma redução nos gastos das operadoras. Quanto mais trabalharmos preventivamente, mais reduziremos os elevados gastos do setor de saúde. UM DESAFIO A SER ENDEREÇADO... Em relação ao setor da saúde, se não buscarmos alternativas agora, ele corre o risco de se tornar insustentável no futuro. O desafio é encontrar maneiras de trazer a sustentabilidade para o setor como um todo, atuando de maneira responsável. Há vários desafios e oportunidades pela frente, um caminho a ser explorado. DANIEL PÉRIGO, GERENTE DE SUSTENTABILIDADE - LABORATÓRIO FLEURY - REDE CREDENCIADA FUNDAÇÃO CESP B AST I DOR E S MAKINGof AO PRODUZIR UM RELATÓRIO COM PADRÕES INTERNACIONAIS, MAS COM CRITÉRIOS PRÓPRIOS E COERENTES À SUA REALIDADE E VALORES, A FUNDAÇÃO CESP DEMONSTRA SERIEDADE E TRANSPARÊNCIA E ste relatório nasceu de forma espontânea. A Fundação CESP não precisou criar fatos para produzi-lo. Ao contrário, ele é fruto do amadurecimento de uma série de iniciativas internas da organização e da própria consciência de que sua missão é intrinsecamente alinhada ao conceito de sustentabilidade individual e coletiva. Esta publicação é motivo de comemoração e de orgulho. Comemoração porque se trata do primeiro relatório desta natureza realizado pela Fundação CESP, resultado de uma caminhada já consistente; e orgulho porque, com ele, o tema ganhará ainda mais força, gerando novos inputs, em um ciclo que não se encerra, que tende à continuidade, acompanhando os passos futuros da organização. Este relatório é um compilado que conta a história de como a missão da Fundação CESP – de garantir um futuro com qualidade e tranquilidade a seus beneficiários – vem sendo cumprida, há 44 anos, de forma exemplar. O objetivo deste material é compartilhar a trajetória da organização de forma transparente, com a pretensão de fortalecer o diálogo entre seus públicos de interesse, bem como benefícios mútuos. Claro que a governança da instituição já garante isso em boa medida, mas esta peça que é um canal de comunicação que possibilita integrar todos ainda mais - visa intensificar o processo de coconstrução do futuro, de um futuro que seja bom para todos. Quando se fala em ‘todos’, a construção de consensos, de caminhos únicos, e a equalização de diferentes interesses e necessidades não é tarefa fácil, ainda mais quando administrar um patrimônio bilionário, como é o da Fundação CESP, requer atenção a temas macroeconômicos e sociais como a queda da taxa de juros; o envelhecimento da população, com implicações para planos de saúde e previdência; o desequilíbrio entre consumo e poupança; e a gestão de uma carteira mista de investimentos responsáveis. A Fundação CESP tem consciência disso e acredita que o caminho virtuoso seja o diálogo, a abertura, a honestidade. Publicar um relatório de sustentabilidade é assumir um compromisso a mais, é não evitar conflitos, é legitimar os processos internos, é perceber o coletivo como preponderante. A decisão de investir neste documento é resultante de anos de reflexão, de evolução e de engajamen- to até que a instituição sentiu-se preparada e com algo relevante para contar. A Gerência Executiva – Recursos Humanos, que responde pelo programa ‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade’, desde 2008, não queria ‘publicar por publicar’. Queria consistência. E ela veio. Debutante no GRI (Global Reporting Initiative, cujo detalhamento pode ser conferido no capítulo ‘O que é um relatório de sustentabilidade’), mas segura de seus passos, a Fundação CESP acredita que aprender e ensinar constantemente – além de ter focos de atuação para se fazer bem feito – são ferramentas ricas para se alcançar o êxito em uma coletividade. O presente relatório é um exemplo de como reunir estes atributos, já que pretende: atrair novos conhecimentos, convocando seus públicos de interesse para aprenderem juntos; educar estes mesmos grupos sobre temas-chave que lhes dizem respeito; e mostrar quais são os focos materiais da Fundação CESP, para que seja perene e bem-sucedida, sempre. Falando em focos, a opção por preencher todos os indicadores do GRI, com nível ‘A’ de aderência, mas pontuando claramente quais temas são prioritários e centrais ao negócio e quais são irrelevantes para a organização, demonstra como a Fundação CESP separa o joio do trigo e está antenada às tendências globais de reporte, procurando seus próprios caminhos e sentidos, ao invés de simplesmente seguir modelos pré-estabelecidos, descontextualizados da realidade da organização. A Fundação CESP é única, feita para você e por você. Este relatório também é seu. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 15 EDUCAÇÃO PA R A A S U S T E N TA B ILID A D E EDUCAÇÃO a serviço da sustentabilidade DIVERSOS PROGRAMAS EDUCATIVOS E DE ENGAJAMENTO PROMOVIDOS PELA FUNDAÇÃO CESP INCENTIVAM A SUSTENTABILIDADE INDIVIDUAL E COLETIVA NOS EMPREGADOS E PARTICIPANTES, PROMOVENDO O BEM COMUM D esde 2008, o conceito de sustentabilidade vem sendo inserido no dia a dia da Fundação. “Percebemos que havia um forte movimento da sociedade no tema e que as patrocinadoras da Fundação, especialmente, estavam fazendo um trabalho sério neste sentido e começamos a nos conscientizar também”, relata Simone Capua Teppet, Gerente Executiva – Recursos Humanos – Fundação CESP e responsável pelas iniciativas do projeto “Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade”, que prevê ações internas de educação em sustentabilidade. “Assumimos a missão de trazer a sustentabilidade para dentro da entidade, para isso, estudamos o assunto e trouxemos boas práticas para a nossa sede e para os associados em geral”. Inicialmente, foram realizadas campanhas e palestras com os empregados, sobre o conceito sustentabilidade e consumo consciente, a fim de sensibilizá-los e informá-los sobre o tema. Posteriormente, o conceito de sustentabilidade passou a integrar o contexto organizacional da Fundação CESP. Foi contratada uma consultoria especializada para ajudar na identificação de temas relevantes para sua atuação e realizar um diagnóstico. O objetivo era compreender a visão da entidade em relação aos temas priorizados, frente às partes interessadas, ao seu negócio e às referências nacionais e internacionais utilizadas no mercado. A partir disso, a Fundação optou por projetos próprios, nos quais fosse possível endereçar os temas 16 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 materiais identificados, e privilegiou a inserção da sustentabilidade nos negócios de forma transversal, nos produtos/serviços oferecidos pelas áreas de Investimento, Previdência e Saúde.“Nosso grande diferencial em relação ao mercado de fundos de pensão é que não restringimos a sustentabilidade aos investimentos - visamos a educação do tema sustentabilidade com foco nos negócios - Previdência, Saúde e Investimentos e no consumo consciente”, comenta Simone. EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL Os programas que a Fundação oferece aos empregados e beneficiários em geral visam à educação para a sustentabilidade individual e coletiva e, por esta razão, foram elaborados Programas que merecem destaque: SIMONE CAPUA TEPPET GERENTE EXECUTIVA – RECURSOS HUMANOS GERARDO LAZZARI RESULTADOS DAS CAMPANHAS DE CONSUMO CONSCIENTE EM 2012 ÁGUA Foram consumidos 5.585.000 litros de água 172.000 litros a menos do que em 2011. Economia: equivale ao consumo médio de 782 habitantes em um dia ou 1.274 banhos de ducha com duração de 15 minutos. ENERGIA ELÉTRICA Foram consumidos 985.631 KWH de energia elétrica - 183.256 KWH a menos do que em 2011. Economia: equivale ao consumo de 2.545 lâmpadas incandescentes de 100 WATTS acesas por 30 dias. MAIS SAÚDE Estimula os associados a mudarem seu estilo de vida, adotando um padrão mais saudável. Possui quatro pilares de atuação: relacionamento com os associados, informações de prevenção, promoção da qualidade de vida e comunicação dos produtos e serviços (mais detalhes podem ser consultados no capítulo sobre saúde preventiva). Há uma vertente desse projeto, direcionada aos empregados da Fundação CESP, denominada Corpo e Saúde, que estímula a prática de atividade física, o desenvolvimento da criatividade e ações de saúde. VIDA INVESTE Promove nos associados a consciência financeira e visa desenvolver o equilíbrio entre consumo e poupança e a preparação para a aposentadoria (mais detalhes podem ser consultados no capítulo sobre educação financeira). PRI (PRINCIPLES FOR RESPONSIBLE INVESTMENT) Busca investimentos responsáveis do ponto de vista social, ambiental e econômico (mais detalhes podem ser consultados no capítulo sobre investimentos responsáveis). CONSUMO CONSCIENTE Desperta nos empregados a consciência para o uso de energia, água, papel, plástico, metal e de consumo em geral. PAPEL/PAPELÃO Foram enviados para reciclagem 14.347 Kg de papel/papelão. Economia: equivale a 3.509.940 folhas de papel tamanho A4 - 2.367,09 Kg de papel/papelão a menos do que em 2011, o que representa 53 árvores não derrubadas. PLÁSTICO Foram enviados para reciclagem 9.128 kg de plástico. Economia: equivale a 192 tanques de gasolina com 60 litros - 5.310 kg de plástico a mais do que em 2011, o que representa 112 tanques de gasolina com 60 litros. METAL Foram enviados para reciclagem 2.607 Kg de metal. Economia: equivale a 174.669 latinhas de alumínio e 11.644 toneladas de bauxita não retiradas da natureza. DIA DO DESCARTE Com o objetivo de incentivar a reciclagem de papel/ papelão, pelo segundo ano consecutivo, consolidamos na entidade uma data para que os nossos profissionais descartem papéis desnecessários e enviem os documentos que precisam ser guardados para o arquivo inativo, assegurando um ambiente clean, no qual apenas os documentos periodicamente manuseados permanecem no escritório. PS: OS RESÍDUOS ORGÂNICOS, QUE REPRESENTAM UMA PEQUENA PARTE DO TOTAL DE RESÍDUOS, SÃO RECOLHIDOS POR FORNECEDORES HABILITADOS E DESTINADOS A ATERROS SANITÁRIOS. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 17 EDUCAÇÃO PA R A A S U S T E N TA B ILID A D E Estes programas, além de beneficiarem a saúde, o bolso e a previdência dos associados, induzindo-os à vivência responsável em vários aspectos, também garantem perenidade aos planos da Fundação. Além disso, em 2012, a Fundação aderiu à Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar). O objetivo é compartilhar o conhecimento sobre sustentabilidade entre os profissionais do sistema, realizar estudos e buscar desenvolvimento sobre o tema, oferecendo apoio técnico à ABRAPP. Por fim, a Fundação CESP, desde 2009, inclui o tema sustentabilidade na composição de suas metas que são avaliadas anualmente e compõem a remuneração variável dos empregados envolvidos diretamente nos projetos. BENEFÍCIOS RECÍPROCOS No intuito de despertar nos empregados a consciência social e ambiental, anualmente, desde 2010, é realizado o Dia do Descarte, no qual todos são convidados a limparem mesas, gavetas e armários, colocando ordem na casa e destinando papéis sem uso para a reciclagem ou para o arquivo inativo. Na segunda edição, em 2011, 10 toneladas de papel foram descartadas e destinadas à reciclagem. Este tipo de ação, além de promover um ambiente de trabalho mais agradável para os empregados, reforça o papel de cada um quando se trata de preservar o planeta, com ações simples e boa vontade. Em 2012, foi promovido o Dia das Crianças, no qual os filhos dos empregados puderam visitar a sede da Fundação e, conforme a faixa etária, participaram de oficinas de culinária e educação financeira. “Trazer a família do empregado na empresa fortalece o vínculo entre ele e a Fundação, melhora o ambiente de trabalho e significa mais qualidade de vida para todos”, comemora Simone. Enfeitar a recepção da Fundação com árvore de Natal produzida com material reciclado e decorada com cerâmicas modeladas por comunidades carentes é outro exemplo de ação de sensibilização que tem sido adotada pela Fundação. PROJETO C CORPO E SAÚDE alcado nos pilares ‘Mexa-se’, ‘Cuca leve’ e ‘Saúde em dia’, este projeto visa promover a qualidade de vida do empregado sob o aspecto físico, mental e cultural. “Consideramos o indivíduo como um todo. Não basta ter bons cargos e salários, é preciso motivá-lo com benefícios diferenciados”, informa Alzira Alcântara, analista de Recursos Humanos e coordenadora do projeto. Ginástica laboral, massagem antiestresse, a possibilidade de usufruir de uma quadra de futebol externa, e aulas ministradas internamente (boxe, dança de salão, alongamento e pilates) integram o ‘Mexa-se’. No ‘Cuca leve’, destaque para o coral, para as visitas monitoradas a museus e para cursos que desenvolvam a criatividade como o de fotografia, organização do lar e marchetaria. “Se oferecermos a oportunidade de uma pessoa desenvolver sua criatividade e expressão, ela trabalhará melhor, com mais inspiração, mais relaxada e ainda mais satisfeita”, avalia a profissional. Campanhas de vacinação, de saúde bucal, de alimentação saudável para combater diabetes, hipertensão e colesterol podem ser destacados no ‘Saúde em dia’, além da orientação ergonômica para todos os empregados. Também pensando no bem-estar do empregado, foi instituído o vale-presente, benefício que oferece, aos aniversariantes, crédito para ser utilizado em livraria na compra de livros, CDs ou DVDs. “Promover mais qualidade de vida e zelar pelos nossos empregados é ser sustentável, por isso, investimos nisso com tanta ênfase”, completa Alzira. Se, por um lado, a Fundação comemora seus passos no terreno da sustentabilidade, por outro lado, é hora de comunicá-los, antes de iniciar novos projetos. “O projeto de sustentabilidade não tem fechamento, pois o tema é tudo, o tempo todo”, conta Simone. “Mais do que continuar concebendo novas ações com início imediato, trabalharemos agora para que associados e empregados saibam o que já fazemos e para fortalecer as bases já 18 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 GERARDO LAZZARI PLANEJANDO O FUTURO, SEMPRE ALZIRA ALCÂNTARA ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS OS PROGRAMAS MAIS SAÚDE, VIDA INVESTE, PRI E CONSUMO CONSCIENTE, ALÉM DE BENEFICIAREM A SAÚDE, O BOLSO E A PREVIDÊNCIA DOS PARTICIPANTES, TAMBÉM GARANTEM PERENIDADE AOS PLANOS DA FUNDAÇÃO CESP existentes. A publicação de nosso primeiro relatório de sustentabilidade tem este propósito”, informa. Até 2012, a Fundação não idealizava produzir relatórios desta espécie. “Pensávamos que o importante era ser e não provar, mas percebemos que a sustentabilidade estava já tão inserida nos negócios que era hora de comunicar o fato e que esta comunicação também seria uma iniciativa educativa por si só”, avalia. DESAFIOS FUTUROS O maior desafio da educação para a sustentabilidade é a mobilização. É preciso movimentar, fazer ações, eventos, para as pessoas não se esquecerem dos temas importantes, para que eles sejam absorvidos aos poucos. “A adesão interna requer tempo, pois depende de mudança comportamental, cultural”, explica a profissional. Em 2013, haverá novidades, embasadas nos apontamentos do Relatório de Sustentabilidade. “O lema da Fundação é educar em sustentabilidade, para assegurar um futuro com qualidade e tranquilidade para que nossos associados e empregados tenham uma vida mais digna”, opina. “Não é a toa que a sustentabilidade fica no guarda-chuva da área de Recursos Humanos, que é a área responsável pelas pessoas. Cuidar da sustentabilidade é valorizar o futuro de todos”, completa a gerente. DEPOIMENTO “FAZEMOS UM TRABALHO DE CONVENCIMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO PARA O FATO DE QUE AS ESCOLHAS INDIVIDUAIS INTERFEREM NAS COLETIVAS” COMO A COMUNICAÇÃO AJUDA NA EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE? A equipe de comunicação da Fundação CESP tem como uma de suas principais missões educar o público interno e seus participantes para a importância de planejar seu futuro, de abrir mão de um consumo imediato para garantir qualidade de vida na aposentadoria. A nova geração não está educada para poupar. No que diz respeito aos planos de saúde, mostramos aos indivíduos que saúde preventiva, com cuidados pessoais com alimentação, atividades físicas e exames periódicos pode mudar sua vida para melhor. O foco da comunicação em saúde e previdência também é falar sobre as características dos produtos, as regras de funcionamento da Fundação CESP e como cada plano pode ser administrado pelo participante. No que diz respeito à questão previdenciária, por exemplo, exploramos temas para ajudá-lo no dia a dia, como educação financeira e orça- mentária, otimização das contribuições, utilização do plano de previdência para abatimento no imposto de renda. Na área de saúde, chamamos a atenção para a parte de prevenção, por faixa etária: para os idosos, informamos sobre prevenção de quedas e vacinação; para os usuários ativos, mostramos como fazer boa utilização do plano e ser responsável no uso do pronto-socorro, na marcação de consultas e na conferência do extrato de utilização mensal. Despertamos nele a consciência de que, quanto mais um participante acessa seu plano, mais alto é o valor da conta que será dividida por todos e de que, também por esta razão, ele deve analisar se as cobranças médico-hospitalares estão corretas. DE FORMA ATUAM? Por meio de nossos canais institucionais e customizados para diferentes perfis de leitor - revista ‘Bem-Estar’ (para público interno e externo), jornal ‘No Papel’ (para público interno), bole- tim Atividade (para ativos) e Vitalidade (para assistidos), além da intranet e internet – fazemos um trabalho de convencimento, para mostrar que previdência é poupar hoje para ter amanhã e que investir em saúde é fundamental para uma vida plena. Ao mesmo tempo, temos o enorme desafio de conscientizar as pessoas para o fato de que as escolhas individuais interferem nas coletivas. Se, por exemplo, um beneficiário usa de forma indiscriminada seu plano de saúde, todos os outros beneficiários pagarão esta conta. DO PONTO DE VISTA DA COMUNICAÇÃO, O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE? Trabalhamos para valorizar os produtos da Fundação, mais do que apenas levar as informações técnicas aos usuários. Mostramos os benefícios adicionais que a organização oferece. MÁRCIA LOCACHEVIC, GERENTE EXECUTIVA – COMUNICAÇÃO E MARKETING R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 19 ENVE L HE C I M E N T O D A P O P U L A Ç Ã O VIVER MAIS e melhor, com saúde e aposentadoria complementar COM GESTÃO RESPONSÁVEL E CONSERVADORA DOS FUNDOS DE PENSÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE PREVENTIVA, A FUNDAÇÃO CESP ASSEGURA APOSENTADORIAS VITALÍCIAS MAIS LONGAS E PLANOS DE SAÚDE COM CONTAS EQUILIBRADAS É uma realidade: estamos vivendo mais. O envelhecimento da população é observado em todos os cantos do mundo. A expectativa de vida nunca foi tão alta na história da humanidade. E, embora isso seja motivo de comemoração - afinal, todos querem viver mais - e que demonstra os avanços da medicina, da ciência e da tecnologia, a mudança no perfil dos habitantes do planeta – que estão mais grisalhos – traz uma série de desafios para o setor público, privado e para a sociedade, que sempre estiveram acostumados a lidar com populações majoritariamente jovens. A população com mais de 60 anos deve triplicar nos próximos 40 anos. A expectativa de vida do brasileiro ao nascer já é de 74,08 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando as preocupações sobre demografia não estão mais nas taxas de natalidade, que vêm caindo, mas, sim, nas taxas de envelhecimento, que estão subindo, uma pergunta torna-se cada vez mais relevante: Como garantir qualidade de vida e tranquilidade para uma população cada vez mais idosa? PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE Elaborar e administrar, com excelência, 20 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 planos de saúde e previdência para que as pessoas possam viver e construir um futuro com qualidade e tranquilidade é o trabalho diário da Fundação CESP. Para propiciar uma vida mais digna às pessoas de quem cuida é preciso que a entidade esteja atenta aos movimentos sociais e os encare abertamente, para que possa compreendê-los amplamente, assimilá-los e ajustar seus produtos sempre que for necessário. O aumento do número de indivíduos na terceira idade é uma tendência com a qual os sistemas de previdência e de saúde devem se adaptar desde já – razão pela qual a Fundação CESP dá muita atenção ao tema. GERARDO LAZZARI CLAUDETE TORRENTE LOPES GERENTE EXECUTIVA – ATUARIAL Com competência, comprometimento e respeito ao ser humano, a entidade estuda variáveis complexas que podem afetar seus planos, promovendo uma gestão cautelosa e responsável, para assegurar sua sustentabilidade. A redução no número de jovens e adultos – que durante a vida ativa são contribuintes da previdência – e o aumento no número de idosos – os beneficiários das pensões – tende a elevar a pressão sobre o sistema público e privado de previdência. Os planos precisarão adotar parâmetros atuariais cada vez mais conservadores, já que terão de pagar aposentadorias por mais tempo. “Acompanhamos mensalmente as movimentações dos planos de previdência, para aferir o tamanho da provisão matemática necessária para garantir o compromisso de pagamento de benefício a cada participante, para que as obrigações da entidade sejam cumpridas”, explica Claudete Torrente Lopes, Gerente Executiva – Atuarial – Fundação CESP O crescimento na longevidade dos brasileiros exige também mais investimentos no setor da saúde. Deve-se ampliar a capacidade do sistema para lidar com o aumento na incidência de doenças que acompanham o envelhecimento populacional e que geram pressões e aumento de custos tanto para a rede de saúde pública, quanto para os planos de saúde privados. DESAFIOS FUTUROS Quando o aumento da longevidade é acompanhado de queda na taxa de natalidade – como se observa atualmente –, os fundos de pensão devem rever suas estratégias, para garantir a renda dos aposentados por mais anos. Com o crescimento no número de beneficiários, a tendência para o sistema público de previdência, controlado pelo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), é de forte aumento no déficit, que pode comprometer o recebimento de benefícios no futuro. Levando-se em conta que, a cada ano, a dívida do INSS cresce, aumentando-se, também, a pressão sobre o sistema, para 2013, espera-se que o rombo do INSS atinja a ordem de R$ 42,2 bilhões, (9% a mais que em 2012), de acordo com estimativas do governo. Além disso, o valor estimado do benefício do INSS representa aproximadamente R$ 2.500,00 por mês. “Se a pessoa não tiver um plano de previdência complementar, terá queda no padrão de vida durante a aposentadoria: quanto maior o salário durante a vida ativa, maior a quebra”, explica a especialista em Fundos de Pensão e consultora do Programa Vida Investe, Cristina Monteiro Diniz – da Fundação CESP. Os impactos do crescimento da população idosa também são sentidos no setor da saúde. Se, por um lado, a Fundação investe em uma rede médica mais ampla e preparada para lidar com as demandas e especificidades desta faixa etária, cobrindo a baixa eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS), por outro lado, os planos privados por ela oferecidos sofrem impacto financeiro, já que os usuários de idade avançada apresentam maior incidência de doenças e usam mais o plano, com consultas, exames e cirurgias mais complexas, internações e outros procedimentos médicos. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 21 ENVE L HE C I M E N T O D A P O P U L A Ç Ã O Por fim, o aumento na expectativa de vida testa os limites do planeta, já que ao viverem mais, as pessoas consumirão mais recursos naturais – como água e energia –, produzirão mais lixo e mais poluição. Vale dizer que a Fundação está consciente deste desafio e promove diversas iniciativas para o consumo consciente (que podem ser conferidas no capítulo de “educação para a sustentabilidade”). EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL Os desafios que se colocam ao sistema público de previdência atingem também os fundos privados, embora o façam de maneira menos intensa. Com contas equilibradas e cálculos conservadores para a tábua atuarial (saiba mais no capítulo de educação financeira), a Fundação CESP se programa, desde já, para pagar aposentadorias vitalícias mais longas, como conta Cristina. “O envelhecimento da população impacta as contas da Fundação CESP tanto na saúde quanto na previdência. Para os planos de previdência, calculamos uma sobrevida do plano aderente ao da massa dos participantes”. Esta tábua ajusta os compromissos futuros do plano de previdência, pelo tempo que se espera para pagamento de benefícios. Quando um desequilíbrio é detectado, é necessário revisar o custeio do plano, por meio do aumento das contribuições. “Basicamente, a longevidade e a taxa de juros são as principais variáveis que podem impactar o equilíbrio de um plano”, analisa Claudete. Considerando que o compromisso dos planos que administra é garantir o pagamento de aposentadorias e pensão por morte de forma vitalícia, é necessário adotar uma postura conservadora nos investimentos do fundo de pensão. “Os participantes precisam saber que, quanto mais conservadores somos, melhor para ele e para a Fundação, que conseguirá pagar as aposentadorias por tempo vitalício. Isso é sustentabilidade. Não adianta termos uma meta atuarial alta no presente, se a gente comprometer os benefícios que deverão ser pagos no futuro”, pondera Cristina. “A natureza do plano de previdência implica em ajustes de parâmetros quando uma mesma quantidade de recursos financeiros tiver que dar conta de uma renda contínua por mais anos”, complementa a pro- PLANOS DE PREVIDÊNCIA A DA FUNDAÇÃO CESP Fundação CESP oferece 10 planos de previdência. Por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos, todo valor investido nos planos de previdência, têm como única finalidade, gerar benefícios para os participantes. PLANO DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS (BD): Dos 10 planos, oito são do tipo Benefício Definido, em que o valor do benefício a ser recebido no futuro é previamente estabelecido. Eles incidem sobre 70% do valor do salário e preveem contribuições obrigatórias. Contam, também, com a contrapartida da empresa: para cada R$1,00 investido pelo empregado, a empresa investe a mesma quantia. Esses planos cobrem também a aposentadoria por invalidez e a pensão por morte aos dependentes (cônjuge e filhos até 21 anos, e outros reconhecidos pela Previdência Social). É permitido aos participantes fazer contribuições do tipo CV sobre 30% do salário. Por serem de natureza voluntária, pressupõem aportes esporádicos, elevando o valor do beneficio a ser recebido no futuro. É possível nos planos de BD, fazer contribuições voluntárias (CV) para atingir o limite de 12% de sua renda bruta tributável anual, e obter vantagens tributárias. PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL (CV): Dois planos de previdência da Fundação são do tipo Contribuição Variável, em que o valor do benefício futuro não é pré-definido. 22 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 O benefício é baseado na somatória das contribuições dos participantes, da empresa e dos rendimentos obtidos pelos investimentos. Além das contribuições regulares, os participantes podem fazer contribuições adicionais para elevar o valor do beneficio de aposentadoria. Nesses dois planos a aposentadoria por invalidez e pensão por morte aos dependentes são de natureza BD. Para obter vantagens tributárias, é possível fazer contribuições adicionais para atingir o limite de 12% de sua renda bruta tributável anual. CURIOSIDADE Até 1997, a Fundação CESP pagava a contribuição previdenciária apenas se o participante já tivesse recebendo o benefício do INSS. Atualmente, esta regra não é mais uma exigência. Para os planos BD, a aposentadoria complementar pode ser requerida por tempo de serviço, conforme as regras do INSS. Apenas os casos de invalidez e pensão ainda estão atrelados ao pagamento liberado pelo governo. O SISTEMA DE SAÚDE DEVE SE PREPARAR PARA LIDAR COM O AUMENTO NA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS QUE ACOMPANHAM O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E QUE GERAM CUSTOS CRESCENTES. fissional. Apesar do desafio, para Cristina, o beneficiário deve continuar apostando na Fundação CESP e na previdência complementar para garantir condições dignas no futuro. Assim como no caso dos planos de previdência, o aumento da longevidade pressiona os planos de saúde, já que quanto mais idosa é a base de segurados, maior a pressão sobre as contas do sistema. Para garantir qualidade de vida aos pacientes e reduzir gastos mais expressivos, como os de internações frequentes e procedimentos emergenciais, bem como para garantir a sustentabilidade de seus planos de saúde, a Fundação investe na educação e prevenção, no âmbito do Mais Saúde. Este programa prevê, dentre outros benefícios, palestras, acompanhamento de equipe multiprofissional e a gestão de patologias (saiba mais no capítulo sobre saúde preventiva). “Precisamos buscar novas estratégias no âmbito da prevenção de doenças, porque pessoas mais idosas tendem a utilizar o plano com frequência”, analisa a consultora. “Garantir saúde plena aos usuários é prioridade para nós”, completa. DEPOIMENTO “O IDOSO PRECISA SER COMPREENDIDO MAIS AMPLAMENTE ” QUE DESAFIOS O AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA TRAZ À FUNDAÇÃO? A maioria dos aposentados, das pensionistas e familiares, pouco ou quase nada sabem do verdadeiro papel da Fundação. Entendemos que a base da pirâmide (aposentados) é composta por pessoas simples, de baixo suplemento salarial, sem muito repertório, oriundos de cargos operacionais das empresas patrocinadoras. É necessário pesquisar com zelo e cuidado as reais necessidades, com a finalidade de reciclar instruções, oferecer informes de fácil entendimento e de forma objetiva, criando uma família entre todos. Encaro a sustentabilidade como a busca pelo equilíbrio, levando-se em conta as reais necessidades dos envolvidos (patrocinadores, participantes ativos e assistidos e entidades de classe). É difícil! Governar e conciliar interesse é o desafio que se apresenta a todos. A própria governança, que é participativa e traduz credibilidade, necessita mensurar as importâncias existentes entre os segmentos, com tolerância e com democracia. O processo é árduo, visto ser impossível agradar a todos. O nosso envelhecimento é um fato e os novos dirigentes precisam entender que, um dia, eles estarão entre nós. QUAIS SÃO AS DEMANDAS MAIS REPRESENTATIVAS DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS? Temos uma desigualdade social e a Fundação precisa estudar melhor os valores sociais para o equilíbrio da “gangorra”. Para isso, é preciso diminuir as dúvidas e descontentamentos dos aposentados e pensionistas. O QUE É UM FUTURO COM QUALIDADE E TRANQUILIDADE? A modernidade anda mais rápida do que o nosso entendimento. O idoso reconhece que é necessário evoluir, mas não entende a falta de sensibilidade de quem dita as instruções pelo “zero oitocentos”, bem como aqueles que as informam de forma vazia. Qualidade é um tanto subjetiva, mas tranquilidade é algo que se traduz em bom sono, em vontade de viver feliz, em segurança, sem transferência de preocupações aos entes próximos. Qualidade e tranquilidade é ter, em nossa retaguarda, uma Fundação segura, preocupada com a nossa saúde, com a saúde financeira, com segurança entre os dirigentes, e não ser pego de surpresa com os elevados custos dos planos de saúde. QUAL É A RESPOSTA DA FUNDAÇÃO? A Fundação é forte e sólida, e traz a segurança e o orgulho aos seus usuários, visto que possui uma tradição e um status invejável. Para complementar esta grandiosidade, é preciso derivar, com mais carinho, para o social, de forma objetiva, não só analisando os resultados financeiros e dos planos de saúde, mas sim de forma humanística. COMO CONCILIAR SUSTENTABILIDADE E ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO? DOUGLAS APARECIDO GUZZO, CONSELHEIRO E EX-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CESP. CONSELHEIRO DE HONRA DO CONSELHO DELIBERATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS DA FUNDAÇÃO CESP (AAFC). FOI FUNCIONÁRIO DA CPFL POR 36 ANOS, EM AMERICANA. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 23 S AÚDE PR E V E N T I VA Prevenção assegura mais saúde e MENORES CUSTOS ALÉM DA ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR, A FUNDAÇÃO CESP OFERECE PROGRAMAS ASSISTENCIAIS, AÇÕES EDUCATIVAS E WORKSHOPS INTERATIVOS PARA PROMOVER MAIS SAÚDE AOS PARTICIPANTES É melhor prevenir do que remediar. Esse conhecido ditado é quase sempre ignorado na vida cotidiana. Mesmo com todos os avanços da ciência e da tecnologia no tratamento de doenças, a prevenção continua a ser o melhor remédio para garantir a qualidade de vida e a sustentabilidade do plano de saúde. Sabemos que grande parte das patologias poderiam ser evitadas com uma postura adequada em relação à alimentação, à pratica de exercícios físicos, ao controle de fatores de riscos, bem como de doenças crônicas. Adicionalmente, considerando-se os altos custos financeiros da saúde privada, inflacionados ano a ano, e a situação limitada da saúde pública em geral, fica evidente a necessidade de evitarmos tanto o surgimento das doenças quanto suas complicações. Na busca de uma sociedade sustentável, precisamos educar o usuário no sentido de uma vida mais saudável, pautada em prevenção, possibilitando melhor qualidade de vida e um envelhecimento digno e humanizado. “Cuidar e prevenir são ações cruciais quando falamos de saúde e sustentabilidade”, avalia Amir Salemi Junior, Gerente Executivo – Gestão em Saúde – Fundação CESP. EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL Legitimando seu comprometimento com o bem-estar e a qualidade de vida de seus participantes, a Fundação CESP oferece planos de saúde com ampla cobertura médico-hospitalar, conteúdo educativo - focado na prevenção - e programas assistenciais aos participantes ativos de seus planos de previdência e saúde. 24 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Neste sentido, o Programa Mais Saúde merece destaque. Concebido em 2012, trata-se de um programa que, sob o olhar da sustentabilidade, tem como objetivos estreitar o relacionamento com os usuários, disponibilizar acesso às informações de prevenção e promover a qualidade de vida. Desde 2007, a Fundação CESP já realizava o gerenciamento de casos crônicos (como diabetes e problemas cardíacos), mas não tinha caráter de programa. “Percebemos, então, que precisávamos de uma abrangência maior, sair do perfil assistencial e ampliar o horizonte, promovendo também a prevenção”, informa Salemi Junior. Assim, nasceu o Mais Saúde. Atualmente, após uma triagem realizada pela operadora do plano de saúde, os pacientes que apresentam fa- LAZZARI GERARDO AMIR ANTONIO SALEMI JUNIOR GERENTE EXECUTIVO – GESTÃO EM SAÚDE tores de risco (como tabagismo, hipertensão, entre outros) e patologias crônicas são classificados pelo grau de complexidade. “Em conjunto com prestadores de serviços especializados em gerenciamento de crônicos, este grupo de usuários é avaliado segundo critérios pré-estabelecidos, por exemplo, aquele cliente que acessa o plano com consultas ou exames mais do que 20 vezes ao ano, aquele que busca unidades de emergência com frequência, aquele que toma medicamento para doença crônica ou realiza exames de alta complexidade”, explica Rogério Machado, Gerente – Planejamento em Saúde – Fundação CESP. Posteriormente, a Fundação envia carta ao usuário, apresentando o Mais Saúde, seus benefícios e a razão pela qual ele está sendo contatado. O programa pressupõe a aceitação do participante e só é iniciado após sua decisão formal. Segundo Machado, “perfis de baixa complexidade recebem as informações e orientações apenas por via telefônica. Já os módulos de média complexidade podem exigir a visita de profissionais, nutricionista ou auxiliar de enfermagem. Os de alta complexidade podem requerer visita de equipe multiprofissional, inclusive de médicos”. Mais de 3.200 usuários foram elegíveis para o programa e aceitaram participar dele em 2012. Por meio deste atendimento individualizado, de workshops e oficinas, a gestão de patologias tem como objetivo reeducar pacientes, mostrar os benefícios de uma alimentação equilibrada, a importância de romper com o sedentarismo, de realizar exames periódicos, proporcionando melhora na qualidade de vida e redução nos altos custos gerados pelo uso constante do plano. “Todas as palestras realizadas, até então, lotaram”, comemora Salemi. O programa prevê, ainda, a visita de educadores físicos a famílias com idosos, dando instruções para adequações da residência, para diminuir ocorrência de quedas e acidentes. “É preciso filtrar os participantes, beneficiando aqueles que realmente precisam de um suporte maior, desenvolvendo neles o autocuidado e a educação sobre a importância da prevenção”, explica Salemi. “Hoje, trabalhamos esta iniciativa com início, meio e fim. O usuário recebe alta no momento adequado, abrindo espaço para outras pessoas se beneficiarem e reduzindo os custos internos da Fundação, assegurando sua sustentabilidade”, completa. PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE É preciso garantir serviços de saúde de padrão adequado ao atendimento das necessidades da população, nos quais tecnologia e atendimento tenham excelência, mas sempre buscando um ponto de equilíbrio que leve em conta a necessidade de estabilidade dos custos assistenciais. O crescimento constante dos custos da saúde é influenciado por questões como o aumento de doenças infecciosas (que se espalham mais rapidamente, em decorrência do crescente fluxo de pessoas, com a intensificação do fenômeno da globalização), a tendência de envelhecimento da população mundial, que cresce a R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 25 S AÚDE PR E V E N T I VA GERARDO LAZZARI cada ano, e as questões climáticas (como aquecimento global, secas prolongadas e enchentes). Fatores como esses, que exercem pressão significativa sobre o sistema de saúde privado, quando associados à incapacidade do poder público de prestar assistência necessária aos cidadãos, tornam complexa a administração dos convênios, que, se não se adequarem a esta realidade, enfrentarão sérios desequilíbrios financeiros no futuro. Para se adaptar a este mundo em transformação, assim como à previsão de gastos ascendentes, a Fundação CESP investe em educação e prevenção. O bem-estar das pessoas e a perenidade dos planos oferecidos depende disso. FERRAMENTAS DE REGULAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE Outra atividade implementada na gestão dos Planos de Saúde, visando à sustentabilidade, é o desenvolvimento de ferramentas de regulação, que visam à manutenção e melhoria da qualidade da prestação de serviços de sua rede credenciada. Dentre as diversas ferramentas utilizadas, destacam-se as críticas de sistema previamente parametrizadas para RAIO-X DO PROGRAMA MAIS SAÚDE: ABRANGÊNCIA PARTICIPANTES ATIVOS, APOSENTADOS E SEUS DEPENDENTES. O QUE ENGLOBA PROGRAMAS ASSISTENCIAIS / AÇÕES PREVENTIVAS E CURATIVAS: Gerenciamento de casos e doenças crônicas, home care, auxílio-medicamento, prótese e órtese e apoio à incapacidade. São oferecidos a todos os participantes de planos previdenciários e/ou de saúde oferecidos como benefício pelas empresas patrocinadoras aos ativos, administrados pela Fundação CESP, bem como aos seus dependentes e pensionistas. GERENCIAMENTO DE CASOS ELEGIBILIDADE: após uma triagem realizada pela operadora do plano de saúde, são considerados elegíveis aqueles casos de doenças crônicas 26 ROGÉRIO MACHADO GERENTE – PLANEJAMENTO EM SAÚDE já instaladas que utilizam os serviços oferecidos pelos planos de forma não coordenada e com alto custo decorrente da sua assistência. ATIVIDADES: ações educativas visando à redução dos episódios de descompensação, complicações e sequelas, com melhora na qualidade de vida dos acometidos. Orientação para utilização racional e coordenada dos serviços oferecidos pelos planos de saúde, evitandose exames e procedimentos desnecessários e sobrecarga no custo dos planos. GERENCIAMENTO DE DOENÇAS ELEGIBILIDADE: pacientes que apresentam fatores de risco (como tabagismo, hipertensão, entre outros) e patologias crônicas (como diabetes e problemas cardíacos) ATIVIDADES: ações educativas visando à redução na exposição aos fatores R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 de risco, com prolongamento do intervalo sem ocorrência das doenças ou de suas complicações. HOME CARE Atendimento domiciliar aos pacientes elegíveis que dependem de assistência que seria fornecida em ambiente hospitalar, promovendo a humanização do atendimento, a redução dos casos de infecção hospitalar e mais qualidade de vida ao paciente. AUXÍLIO-MEDICAMENTO Benefício existe desde 1979, sendo atualizado em 2002. A Fundação CESP oferece subsídios em medicamentos e descontos na rede de farmácias credenciadas ou reembolso para compras efetuadas fora da rede. Para medicamentos destinados à prevenção de algumas doenças crônicas ou de suas complicações – como diabetes, O PROGRAMA MAIS SAÚDE, OFERECIDO PELA FUNDAÇÃO, TEM COMO OBJETIVOS ESTREITAR O RELACIONAMENTO COM OS USUÁRIOS, OFERECER INFORMAÇÕES DE PREVENÇÃO E PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA coibir cobranças indevidas. Outro mecanismo importante é a auditoria médica e odontológica interna (executada por ocasião do pagamento da fatura) e auditoria médica externa (executada nas instalações hospitalares). Existem ainda outros mecanismos de regulação que possuem grande valor no controle das despesas assistenciais, tais como: Regulação Especializada em Oncologia, Auditoria de materiais de alto custo, Próteses e Órteses (OPME). A área de planejamento também oferece subsídios às demais áreas da entidade, na identificação e correção de distorções apresentadas nos custos de cada um dos planos que compõem a carteira, através da interpretação das tendências apresentadas nos diversos relatórios estatísticos. DESAFIOS FUTUROS PANDEMIAS O século XX marcou o início de um progresso, sem precedentes, no combate às doenças. A descoberta da hipertensão, alguns problemas cardíacos ou pulmonares - o subsídio é de até 40%, independente da faixa de rendimento. Para obter o auxílio, basta o usuário apresentar, no momento da compra do medicamento, o Cartão de Identificação da Fundação CESP, documento de identidade, receita médica original e uma cópia. PRÓTESE E ÓRTESE É um benefício que oferece o reembolso parcial de despesas com aquisições ou consertos de próteses (materiais utilizados para substituir órgãos, membros ou parte deles) e órteses (materiais utilizados para corrigir a deficiência de órgãos, membros ou partes deles) cuja implantação não requeira ato cirúrgico. A adesão é automática. penicilina, em 1941, desencadeou significativos avanços na saúde, contribuindo para o aumento da qualidade e expectativa de vida de toda população. A modernidade, no entanto, trouxe novos desafios para o setor de saúde, como o combate a pandemias - que ocorre quando uma determinada doença, geralmente transmissível, atinge grande parte da população de uma determinada cidade, estado, país - cuja incidência aumentou, motivada pelo maior trânsito de pessoas. A acentuação do fenômeno da globalização, com a evolução nos meios de transportes, viabilizou viagens intercontinentais em poucas horas e, consequentemente, a propagação de doenças difíceis de combater. Ao mesmo tempo, mutações genéticas geram vírus e bactérias mais resistentes, altamente contagiosas, e ainda sem vacinas apropriadas. O recente vírus H1N1, tipo de gripe conhecido como tipo A, que causou uma epidemia mundial em 2009, é exemplo desta realidade. Para enfrentar este cenário, em que várias pessoas são infectadas ao mesmo tempo, levando os sistemas de saúde a picos de sobrecarga, os planos devem investir APOIO À INCAPACIDADE Oferece assistência especializada, principalmente nas áreas pedagógicas, aos portadores de incapacidades não adquiridas, para tratamentos, serviços ou produtos complementares àqueles disponibilizados pelos programas e planos de assistência médica e odontológica, e funciona com reembolso de despesas. O programa oferece ajuda financeira àqueles que necessitam de ajuda especial, principalmente às crianças. No caso de escolas para portadores de necessidades especiais, a Fundação oferece um subsídio de até R$900,00 para o pagamento da mensalidade. Para inscrição de usuários, o médico responsável deve preencher um formulário específico e a solicitação é avaliada pela equipe técnica de saúde da Fundação CESP. PREVENÇÃO EDITORIAIS EXCLUSIVOS E MUTIRÃO DA SAÚDE Editoriais exclusivos: reportagens e artigos sobre o tema em todos os canais de comunicação da Fundação CESP. Mutirão da Saúde: encontro realizado anualmente que promove, em um só lugar, diversas atividades ligadas à área da saúde. EDUCAÇÃO WORKSHOPS INTERATIVOS E FÓRUM BEMESTAR Por meio de workshops interativos que promovem a participação do público, a entidade promove a educação na sáude. Em cada edição, são convidados especialistas que apresentam conteúdos explicativos, exemplos e experiências de diversas áreas da medicina. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 27 S AÚDE PR E V E N T I VA O CRESCIMENTO DOS CUSTOS DA SAÚDE É INFLUENCIADO POR QUESTÕES COMO O AUMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS, O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL E AS QUESTÕES CLIMÁTICAS maciçamente na prevenção. Com esse intuito, a Fundação CESP promove, periodicamente, grandes campanhas de vacinação para empregados e dependentes. MUDANÇAS DO CLIMA Quando se fala em mudanças do clima, aquecimento global, emissão de gases de efeito estufa, pouco se fala dos efeitos que esses eventos exercem sobre a saúde da população. As alterações no clima afetam direta e indiretamente nossa saúde, já que nem sempre é a mudança em si que desencadeia doenças, mas os efeitos que ela gera nos ecossistemas. Alterações de regimes de chuva, enchentes e secas são exemplos destas ações indiretas. Um relatório publicado, em 2009, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde e intitulado “Mu- dança Climática e Saúde: Um perfil do Brasil” explicita os impactos negativos das alterações no clima na saúde e ainda apresenta as vulnerabilidades do sistema público para lidar com esses desafios. O estudo afirma que os efeitos das mudanças climáticas serão sentidos de maneira intensa pelas populações mais pobres e carentes, que sofrerão com o surgimento de doenças e mortes prematuras. Prevê-se, ainda, que a variação nas temperaturas atingirá de modo singular diferentes regiões geográficas e que ela pode desencadear mudança no comportamento de insetos e de outros artrópodes que transmitem agentes infecciosos ao homem, atingindo, com maior intensidade, grupos vulneráveis, como idosos, crianças, portadores de doenças crônicas, portadores de doenças respiratórias, entre outros (que tendem a se adaptar mais lentamente a esses cenários). DEPOIMENTO “COM PREVENÇÃO, É POSSÍVEL MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA E REDUZIR OS CUSTOS DO PLANO” NA SUA OPINIÃO, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO NA ÁREA DE SAÚDE? A prevenção é extremamente importante tanto na gestão de patologias, para o controle das doenças que o indivíduo já sabe que tem, quanto para antecipar complicações que podem aparecer no futuro. Às vezes, uma pessoa faz um exame e descobre coisas que ela nem imaginava ter. A prevenção possibilita o diagnóstico e o tratamento precoce, sendo que, na maioria das vezes, uma doença diagnosticada em seu estágio inicial tem índices de cura de até 80%. Desta forma, evita-se complicações e é excelente para o indivíduo, que ganha em qualidade de vida e ainda colabora para a sustentabilidade do plano de saúde. COMO O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO IMPACTA A SAÚDE PREVENTIVA? As pessoas de idade precisam de uma atenção especial, já que a imunidade delas tende a ser mais baixa e os problemas – como a osteoporose – começam a aparecer. Então, todo tipo de prevenção, desde o acompanhamento, com exames e com orientação, até as campanhas de vacinação, são muito importantes e trazem bons resultados para todos. Para o plano de saúde, é algo bem vantajoso, porque diminui os altos custos com tratamentos e internações. Monitorar casos crônicos é algo muito interessante para o plano e para o usuário. 28 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 POR QUE É IMPORTANTE TER UM PLANO DE SAÚDE? Eu já acompanhei casos de pessoas próximas que dependeram do sistema público. Não digo que o atendimento é inadequado, mas há morosidade, principalmente para as pessoas idosas. Quando precisam de algo com urgência, é mais complicado. A abrangência do sistema público também é limitada, em alguns locais a assistência é boa, mas em outros, não. Por isso, é tão importante ter um plano de saúde, pois é seguro. Não dá para contar com a saúde pública, principalmente na velhice. E A SUA SAÚDE? COMO ANDA? COMO VOCÊ SE PREVINE? Tenho 52 anos e faço acompanhamento da minha saúde anualmente, por meio de exames preventivos. Faço isso desde que entrei na Fundação, há 25 anos. Há mais ou menos três anos, descobri que minha pressão estava alta. Mas, como eu descobri a hipertensão com antecedência, nunca tive qualquer tipo de complicação em decorrência dela. Além disso, dentro do possível, tento manter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios físicos. POR QUE VOCÊ REALIZA OS EXAMES PREVENTIVOS? SUA QUALIDADE DE VIDA MELHORA COM ELES? Pela Fundação CESP, eu preciso fazer certos exames, periodicamente, de acordo com o meu cargo profissional. Junto o No Brasil, os gastos anuais com tratamentos de doenças relacionadas às mudanças no clima giram em torno de R$ 410 milhões, segundo dados publicados pelo Instituto Oswaldo Cruz. Espera-se que esse gasto cresça ainda mais nas próximas décadas, sobrecarregando o sistema de saúde público e privado. Embora as atividades realizadas pela Fundação sejam de baixo impacto ambiental, a intensificação de eventos climáticos extremos trará aumento para os custos da saúde e encarecimento dos serviços. Por essa razão, a estratégia de longo prazo da Fundação CESP deve considerar, desde já, o impacto do clima nos seus planos, monitorando o desenvolvimento técnico e acadêmico sobre o tema. SAÚDE PÚBLICA Os limites do sistema público de saúde são, há muito tempo, conhecidos por aqueles que dependem dele para se tratar. Em pesquisa divulgada pela Organização das Nações Unidas, em março de 2013, o índice de satisfação com a qualidade do sistema de saúde e o atendimento aos pacientes é, no Brasil, menor do que a média registrada nos demais países da América Latina. O estudo, conduzido pelo Instituto Gallup, que coletou dados em diversos países entre os anos de 2007 a 2009, apontou que apenas 44% dos brasileiros aprovam o serviço de saúde no País, enquanto a média da América Latina foi de 57%, e a mundial, de 61%. Aos entrevistados, foi feita a seguinte pergunta: “Em seu país, você confia nos hospitais e no sistema de saúde oferecido?”. A resposta dos brasileiros afirma que mais da metade respondeu ‘não’. O relatório ressalta ainda a importância de se ter um bom sistema de saúde. Segundo as Nações Unidas (ONU), um serviço de saúde ineficiente, especialmente quando é incapaz de atender o chefe da família, é uma das grandes causas da pobreza, já que compromete a fonte de renda familiar e faz com que ela tenha gastos extras com atendimento particular. A carência do sistema público de saúde traz oportunidades para os planos privados já que as pessoas buscam neles uma forma de compensação. Os gargalos da saúde são, dessa forma, endereçados aos convênios médicos, como os que são oferecidos pela Fundação CESP aos seus associados. útil ao agradável. A prevenção é muito importante e acho que minha vida melhorou. Na última vez que realizei os exames, há pouco tempo, apenas um deles apresentou uma alteração, mas os médicos constataram que o problema era metabólico, que deve ser controlado com medicação, para evitar problemas futuros. JÁ QUE VOCÊ TRABALHA NESSA ÁREA, VOCÊ ACHA QUE A PREVENÇÃO TRAZ REDUÇÃO DE CUSTOS, DE FORMA EFETIVA, PARA A FUNDAÇÃO? Sim. Com a prevenção, investe-se para melhorar a qualidade de vida do indivíduo e reduzir os custos do plano, como, por exemplo, uma internação de emergência. Ao tratar do paciente clínico hoje, teoricamente, evita-se uma internação que tem custos muito maiores. Aliás, eu acho que, no geral, as empresas deveriam aumentar a quantidade de exames exigidos de seus funcionários, além daqueles determinados por lei, pelo Ministério do Trabalho (que são estipulados pela categoria do trabalhador). Quando se amplia os exames realizados, o aumento de custo para as empresas é pequeno perto dos benefícios que a prevenção traz, já que ela permite GERAR DO LA ZZ ARI VOCÊ PARTICIPA DAS CAMPANHAS DE VACINAÇÃO REALIZADAS PELA FUNDAÇÃO? Eu e minha família participamos todos os anos. Há 10 anos, desde que começou a campanha de vacinação contra gripe na Fundação CESP, na minha casa, a gente não sabe o que é gripe. que se reduza o custo assistencial e ajuda a evitar o afastamento dos empregados, algo que não é bom para as empresas. O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E DE TRANQUILIDADE EM SUA OPINIÃO? Para mim, saúde é o que importa, estar bem consigo. No restante, damos um jeito. CARLOS AUGUSTO GREGÓRIO, 52 ANOS, TRABALHA NA ÀREA DE RELAÇÕES CONTRATUAIS EM SAÚDE, ESTÁ NA FUNDAÇÃO CESP HÁ 25 ANOS R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 29 E DUCAÇÃ O CAPA F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA Com planejamento, é mais fácil administrar AS FINANÇAS COM LINGUAGEM ACESSÍVEL, A FUNDAÇÃO CESP PROMOVE PALESTRAS E DISTRIBUI MATERIAIS PARA ENSINAR O PARTICIPANTE A USAR BEM SEU DINHEIRO HOJE E NO FUTURO Q uem nunca sonhou em ter uma casa própria, comprar um automóvel, fazer uma viagem especial ou investir em estudos? Com planejamento, todos podem alcançar suas metas e ter qualidade de vida. Por acreditar nisso e por reconhecer que as escolhas feitas no presente determinam o sucesso no futuro, a Fundação CESP mantém um programa gratuito de educação financeira e previdenciária para seus associados, chamado Vida Investe. Criado em 2010, após regulamentação da PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) que possibilitou a substituição da impressão de relatórios de atividades, até então obrigatória, por programas de educação financeira, o Vida Investe baseia-se na premissa de que cada beneficiário deve buscar perenidade, tranquilidade e qualidade de vida, fazendo escolhas ponderadas para ter equilíbrio financeiro hoje e no porvir. “A iniciativa se destaca por mostrar, de forma objetiva e didática, que planejamento faz diferença e por apostar no diálogo e na capacidade de gestão pessoal do associado”, analisa Márcia Locachevic, Gerente Executiva – Comunicação e Marketing – Fundação CESP. Controlar gastos, saber quando e como investir o dinheiro, não fazer dívidas, poupar, evitar o consumo exagerado e definir com antecedência os objetivos que se pretende atingir, trabalhando para que isso aconteça, aumenta, e muito, as chances de êxito financeiro. “A Fundação tem uma responsabilidade muito grande, pois as pessoas depositam o dinheiro delas aqui durante a vida toda. Mas não basta termos uma ótima gestão, é preciso uma ótima informação e saber como compartilhá-la com os beneficiados”, avalia a 30 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 consultora do Programa Vida Investe, Cristina Monteiro Diniz. EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL Os eventos e programas periódicos no âmbito do Vida Investe orientam sobre a importância de se manter a saúde das finanças, trazem explicações sobre as limitações da aposentadoria governamental (INSS) e, por meio de cálculos simples, demonstram a necessidade de se complementar o benefício do INSS com uma outra fonte de renda. O objetivo é oferecer todas as condições para que o associado faça escolhas mais acertadas para sua vida, assegurando sua sustentabilidade individual. “A gente esclarece como fazer o cálculo para manter o valor do benefício, e orienta quanto às contribuições voluntárias para engordar sua aposentadoria”, conta Cristina. Outros temas econômicos que possam afetar a vida do aposentado no futuro, como a redução das taxas de juros praticadas no país, e que incide sobre o valor do benefício, também são abordados no programa de educação financeira da Fundação. “Nós trazemos temas polêmicos para o debate, como juros, explicando a relação com o benefício recebido, LAZZARI GERARDO MÁRCIA LOCACHEVIC GERENTE EXECUTIVA – COMUNICAÇÃO E MARKETING elucidando as dúvidas dos participantes e explicando-lhes a importância de uma gestão conservadora do fundo de pensão, visando garantir o benefício vitalício”, completa a consultora. Ao promover a educação financeira, a Fundação CESP coloca em prática o conceito de que sustentabilidade significa todos juntos, cada um fazendo sua parte e todos se apoiando, em busca de benefícios comuns. PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE “Quando alguém está no cheque especial, nem pensa em previdência”, analisa Márcia Locachevic. “Por esta razão, um dos módulos do Vida Investe, focado em finanças básicas, fala sobre contas domésticas, empréstimos, uso consciente de cartão de crédito e endividamento, que é, inclusive, um problema que afeta a capacidade de produção do indivíduo e, consequentemente, os resultados da empresa na qual trabalha”, pondera. Além disso, por mais que pareça óbvio, pouca gente sabe da importância de se ter um bom plano de previdência, embora todos tenham muitas metas para o futuro. Quando se é jovem, aposentadoria parece algo muito distante, as prioridades são outras, imediatas. A preocupação com a previdência tende a vir apenas alguns anos antes da aposentadoria, quando muitos se dão conta de que deveriam ter contribuído mais para o plano. Mas é justamente na juventude, a fase profissionalmente ativa, que se deve garantir a qualidade de vida futura. O imediatismo do consumo tende a comprometer praticamente toda a renda dos jovens, que deixam de poupar, muitas vezes, gastando mais do que ganham e contraindo dívidas, e, por isso, não realizam contribuições para a previdência. Quando muito, fazem as obrigatórias, descontadas em folha, mas não investem nas voluntárias. O consumo desenfreado no presente, principalmente de produtos que são amplamente explorados pelo marketing, como celulares, notebooks, roupas, cosméticos e veículos, compete com a necessidade de se fazer poupança. Geralmente, o desejo material é mais forte do que a prudência de se guardar dinheiro para o futuro. A questão é que a conta alta do consumismo é apresentada na velhice. Nas palestras intituladas “Planeje o seu futuro”, no âmbito do Programa Vida Investe, a Fundação CESP dialoga preferencialmente com esse público jovem, mostrando que é possível ter uma vida confortável no presente, mas sem deixar de economizar e explica a importância das contribuições voluntárias constantes ou esporádicas, já que, para estas, também há a contrapartida da empresa e a possibilidade de abatimento de até 12% no ajuste anual no Imposto de Renda (IR) pessoa física. Mas e quanto àqueles que não contribuíram na juventude, e estão a poucos anos de se aposentar? Como 40% da massa de participantes do fundo de pensão da Fundação pode requerer aposentadoria em cinco R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 31 E DUCAÇÃ O CAPA F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA A FUNDAÇÃO CESP OFERECE TODAS AS CONDIÇÕES PARA QUE OS BENEFICIÁRIOS FAÇAM ESCOLHAS FINANCEIRAS ACERTADAS PARA SUA VIDA, ASSEGURANDO SUA SUSTENTABILIDADE INDIVIDUAL anos, a entidade também dedica atenção especial a este público, demonstrando que ainda há tempo para aumentar o benefício. As palestras “Preparação para Aposentadoria” esclarecem que, considerando os limites do INSS, e sem o benefício da previdência complementar, a aposentadoria pode representar uma brusca mudança, negativa, no padrão de vida do participante. As palestras visam também informar que, além das contribuições obrigatórias, que são descontadas sobre 70% do salário, é possível se obter uma renda muito semelhante à da vida ativa, por meio das contribuições voluntárias, que incidem sobre 30% do salário. “Queremos garantir a qualidade de vida do trabalhador quando ele ficar inativo e, por isso, mostramos àqueles que estão a até cinco anos de se aposentar que ainda há tempo para evitar a queda no padrão de vida”, explica Cristina. Estes encontros também são momentos de reflexão. “Além de orientar os ouvintes sobre os prós e contras inerentes a cada modelo de aposentadoria, WILSON I. MULLER, CRISTINA M. DINIZ E DAVISON B. PEREIRA CONSULTORES DO PROGRAMA GERARDO LAZZARI VIDA INVESTE RAIO-X G VIDA INVESTE ratuito e acessível a todos os participantes dos planos previdenciários e seus familiares, em seu âmbito são ministradas palestras, promovidos eventos e disponibilizados conteúdos, acessíveis por meio do portal do programa e pelas publicações da Fundação CESP. O PROGRAMA É DIVIDIDO EM MÓDULOS: FINANÇAS – focado em orçamento doméstico, endividamento, consumo; PLANEJE SEU FUTURO - focado em previdência; PREPARAÇÃO PARA A APOSENTADORIA (PPA) – focado nas ações para aumentar rendimentos e em dicas comportamentais. 32 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Por meio de uma linguagem simples, que rompe com o “economês” tradicional, o programa transforma temas áridos e de difícil compreensão em algo palatável para o participante. Além disso, todo o conteúdo do programa é concebido e implementado por empregados da Fundação CESP, que vão até as empresas patrocinadoras compartilhar conhecimento: Wilson Roberto Iscaro Muller, da equipe da Diretoria de Investimentos e Patrimônio, é consultor financeiro; Cristina Monteiro Diniz e Davison Batista Pereira, da equipe da Diretoria de Previdência, são consultores previdenciários. EMPRÉSTIMOS A oferecemos apoio psicológico”, conta Márcia. “É importante que o participante pense em como será sua vida quando deixar de trabalhar, o que ele fará, como ocupará seu tempo. Ele precisa planejar seu futuro integralmente”, ressalta. Outro diferencial do programa é a consultoria individual, que é um canal aberto para que o beneficiário envie suas dúvidas (por e-mail ou telefone), que são sempre respondidas por especialistas. Há, ainda, casos em que o participante vai pessoalmente à Fundação, muitas vezes acompanhados do cônjuge, para sanar dúvidas quanto à previdência e ao planejamento das finanças. “O envolvimento da esposa e dos filhos é importante, pois, em caso de falecimento do beneficiário, o benefício é transferido à esposa, de forma vitalícia, e aos filhos, até os 21 anos”, explica a consultora Cristina. “O diálogo em família é essencial”, completa. BENEFÍCIOS RECÍPROCOS Se, por um lado, o programa de educação finan- GERARDO LAZZARI Fundação CESP oferece empréstimo consignado a todos os beneficiários dos planos previdenciários, a uma taxa de juros de 6,7% aa - muito competitiva em relação ao mercado. As parcelas, pós-fixadas e rotativas, variam de três a 60 meses. Para contratar o benefício, basta o participante acessar o portal da Fundação ou solicitá-lo em agências bancárias do Banco Santander. Para não incentivar o endividamento, os valores são adequados a cada perfil de participante: variam conforme faixa de renda, tempo de serviço e valor de contribuição previdenciária. Além disso, são consignados em folha de pagamento. A Fundação CESP administra R$ 350 milhões em empréstimos, vinculados aos recursos do próprio fundo de pensão, com aproximadamente 30 mil contratos. Esta linha de crédito tem como objetivo antecipar o consumo e liberar uma renda extra para o participante, para que ele não deixe de poupar para a aposentadoria ou de olhar para o futuro. “É uma forma de garantir que o participante mantenha sua previdência intacta”, avalia Rosana R. Moreira, Gerente – Tesouraria – Fundação CESP. Para Rosana, o maior desafio é o controle das operações para proteção do patrimônio da Fundação CESP e seus participantes. “Além disso, o empréstimo ajuda na missão da Fundação de oferecer qualidade de vida e tranquilidade às pessoas, pois é um benefício com taxa de juros atrativa se comparada ao mercado que pode ajudá-las nos projetos de vida ou em eventuais contratempos”, explica. ROSANA RODRIGUES MOREIRA GERENTE - TESOURARIA ceira e previdenciária oferece aos associados a oportunidade de aprenderem a gerenciar seus gastos e seus investimentos, por outro lado, também estimula o aumento dos recursos da Fundação CESP, que são obtidos de apenas três maneiras - contribuições do participante, das empresas patrocinadoras e a renda oriunda de aplicações no mercado financeiro. Somando a tendência decrescente da taxa de juros - com menor retorno dos investimentos - à expectativa de vida cada vez mais alta no mundo, com impacto nas contas previdenciárias e nos planos de saúde, a educação financeira age duplamente, tornando sustentável a vida do associado no longo prazo e capitalizando a Fundação, para que ela possa investir mais e obter melhores rendimentos a todos. DESAFIOS FUTUROS Para os Planos Previdenciários e Planos de Saúde da Fundação CESP, no final de cada ano, é realizada avaliação atuarial – que permite calcular as probabilidades de vida e morte de uma dada população, em R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 33 E DUCAÇÃ O CAPA F I N A N C E I R A E P R EV ID EN C IÁ R IA A EDUCAÇÃO FINANCEIRA AGE DUPLAMENTE, TORNANDO SUSTENTÁVEL A VIDA DO ASSOCIADO NO LONGO PRAZO E CAPITALIZANDO A FUNDAÇÃO, QUE PODE OBTER MELHORES RENDIMENTOS PARA TODOS função da idade, e verificar o equilíbrio do patrimônio para saber se o dinheiro em caixa é maior que o dinheiro que deve ser gasto (ativo e passivo). Após esta análise, a Fundação CESP recomenda uma nova tábua atuarial, que precifica o volume de recursos necessários para cumprir os compromissos futuros e pagar as aposentadorias. A tendência na Fundação CESP é de adoção de tábuas cada vez mais conservadoras, ou seja, que preveem uma sobrevida maior do empregado, estimando-se que terá de pagar as aposentadorias por mais tempo. A gestão prudente do plano é crucial para que a entidade tenha recursos para acompanhar o aumento da expectativa de vida e continue pagando os benefícios aos beneficiários de forma vitalícia. “A lógica é que, se o empregado falecer antes, sobra recursos para o plano, e, se viver mais, é necessário injetar mais recursos”, explica Cristina. O participante deve entender que a gestão do plano precisa ser conservadora, mesmo que isso gere uma diferença no valor recebido quando se aposentar. E a Fundação procura transmitir esse conhecimento aos seus empregados. “As pessoas têm resistência para entender que, para manter a continuidade do plano, às vezes, é preciso diminuir o beneficio, mas é disso que depende o equilíbrio das contas e a sustentabilidade do Fundo de Pensão. Por isso, investir em educação e em conscientização é fundamental”, complementa a consultora. O desafio maior com que a Fundação CESP se defronta nos dias de hoje não se coloca apenas em relação aos investimentos, mas em fortalecer uma cultura interna e externa que defenda a sustentabilidade individual e coletiva como pressuposto, não mais como um conceito a discutir. As implementações que serão feitas no Vida Investe no próximo biênio continuarão levando em conta estes e outros desafios, para que os participantes recebam informações sobre temas que impactam seu planejamento financeiro e previdenciário com transparência e responsabilidade. BALANÇO O VIDA INVESTE programa de Educação Financeira e Previdenciária da Fundação CESP completou dois anos com sucesso no atendimento aos públicos de interesse e como uma ferramenta de relacionamento e de negócio que passou a integrar formalmente o Planejamento Estratégico da entidade. As ações previstas e planejadas no início de 2011, que também contemplaram o ano de 2012, foram cumpridas em grande parte já no primeiro ano de atuação – sendo a maioria atingida além da meta estipulada, graças ao compromisso assumido pelas áreas e profissionais da Fundação CESP na evolução deste programa. Além disso, o programa melhorou a imagem da Fundação perante seus participantes e os aproximou ainda mais da entidade. RESULTADOS 2012 1.356 participantes nas palestras itinerantes; 648 participantes nos programas de Preparação para Aposentadoria; Realização de 51 palestras na Capital e também no interior do Estado de São Paulo, sendo 20 de finanças e 31 de previdência; 34 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 3 Programas de Preparação para Aposentadoria em São Paulo, Campinas e Bauru; 90% de excelência na avaliação das palestras; 136 consultorias de previdência e finanças presenciais e online; Aumento de 50% de internautas no site do Vida Investe (www.vidainveste.com. br); 5 Programas de Preparação para Aposentadoria dentro das empresas patrocinadoras. DESAFIOS 2013/2014 Realizar a manutenção do programa, mantendo sua atratividade; Sensibilizar os jovens que não aderiram ao plano previdenciário; Potencializar as informações para quem já é participante, mas não direciona recursos adicionais ao plano; Trabalhar novos meios para atingir quem ainda não é participante. Para atender a estas necessidades, serão desenvolvidos novos conteúdos, ações permanentes e metas. DEPOIMENTO QUAL É A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR O FUTURO FINANCEIRO DESDE JOVEM? O planejamento é muito importante para que se possa conseguir manter um bom padrão de vida na aposentadoria. Se hoje eu tenho um salário e não quero ter quebra no meu padrão de vida no futuro, já que existe um teto para a previdência social, eu preciso me planejar e fazer as contribuições voluntárias com frequência. QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE FAZER AS CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS DESDE CEDO? O quanto antes a gente começar a investir na previdência, melhor, porque é possível aportar valores menores, já que o prazo de acumulação será maior. Quanto mais tarde a pessoa entra no plano de previdência, maior fica o valor do aporte que a pessoa tem que fazer. Começar cedo, com prazo maior, nos permite planejar melhor o futuro. VOCÊ FAZ CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS REGULARMENTE? PRECISOU SE ORGANIZAR FINANCEIRAMENTE PARA ISSO? Sim, faço os aportes regularmente. Na realidade, sempre fui muito organizada em termos financeiros. Eu tive o exemplo em casa, faço como meu pai, anoto todos os meus gastos, minhas contas. É claro que às vezes acabo saindo do que foi planejado, mas, de uma forma geral, sou bastante organizada. Aliás, eu me arrependo de não ter começado a fazer as contribuições voluntárias logo que entrei na Fundação. Eu demorei alguns anos. QUAIS SÃO AS VANTAGENS DAS CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS PARA A PREVIDÊNCIA? As vantagens são muitas! E eu incentivo todo mundo a fazê-las. Por exemplo, às vezes você gasta um dinheiro sem perceber, e deixa de fazer a contribuição. Quando você se planeja para destinar uma quantia para os aportes voluntários, esse valor já vem descontado no seu holerite, não fica pesado para ninguém. A cada ano que passa procuro aumentar o valor dos aportes, progressivamente. Um outro benefício da previdência é o incentivo fiscal, porque com um plano de previdência você consegue abater até 12% do Imposto de Renda. Para nós, brasileiros, que pagamos tantos impostos, esse é um grande incentivo. No meu caso, que não tenho dependentes e já conclui a faculdade, não tenho muitas despesas para declarar e abater do Imposto de Renda, então, a previdência é uma opção ótima. Ela é um investimento melhor que o da caderneta de poupança, é seguro porque está nas mãos da Fundação e não tem taxa de administração (se fosse um outro investimento ou plano de previdência aberta, teria). Além disso, se, por ventura, eu me desligar da empresa, não vou perder nada do que eu investi, porque há alternativas: posso regatar o dinheiro, transferir para outro plano de previdência mesmo ou manter esse plano. Enfim, é extremamente vantajoso. VOCÊ JÁ SE PREOCUPAVA COM A PREVIDÊNCIA ANTES DE COMEÇAR A TRABALHAR NA FUNDAÇÃO? Não, nem sabia o que era. Mesmo porque quando entrei aqui eu tinha 20 anos, então, nem pensava nisso. Para mim, era só previdência social. VOCÊ PROCURA SE INFORMAR SOBRE FINANÇAS? A Fundação CESP oferece vários canais de informação, como o site, a revista Bem-Estar, a intranet. Eu também não tenho como fugir porque trabalho na área de previdência e tenho contato com os consultores do Vida Investe. É impossível não saber das novidades! E VOCÊ JÁ CONSEGUIU REALIZAR ALGUM SONHO, POR MEIO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO? Sim. Comprei meu primeiro apartamento logo quando entrei na Fundação. Consegui quitá-lo em tempo menor do que o previsto. Há pouco tempo, vendi esse apartamento e comprei outro, maior. Eu GERARDO LAZZARI “EU ME ORGANIZO FINANCEIRAMENTE E CONSIGO FAZER TUDO O QUE QUERO” comprei meu carro, paguei meu casamento e fiz algumas viagens que queria – meu sonho era conhecer Cancun e a Disney e consegui realizá-lo. Tudo isso consegui me planejando. E sempre digo: tudo é possível desde que você consiga se planejar. Nem sempre é fácil se controlar, ainda mais eu, que sou jovem, mulher. A gente gosta de consumir. Mas é preciso ter um objetivo maior, um sonho. Aí, você consegue se planejar e driblar as tentações. De toda forma, como eu me organizo, consigo fazer tudo que quero, comprar minhas roupas, ir ao cabeleireiro, passear com meu marido, e ainda realizar meus sonhos. Por eu ser casada, minhas prioridades são diferentes de uma jovem solteira. Eu me preocupo muito com o futuro, porque quero ter filhos. O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E DE TRANQUILIDADE PARA VOCÊ? O principal é ter saúde e ter uma boa renda para continuar a ter uma vida agradável, uma boa moradia, continuar a ter um bom padrão de vida, semelhante ao que tenho hoje, sem ter redução na aposentadoria. SHEILA PAMELA, 31 ANOS, TRABALHA NA ÁREA DE PROCESSAMENTO E CONTROLE ATUARIAL - ESTÁ NA FUNDAÇÃO CESP HÁ 10 ANOS. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 35 I NVE ST I M E N T O S R E S P O N S ÁV EIS Bons investimentos refletem conjunturas econômicas, SOCIAIS E AMBIENTAIS COM COMPROMETIMENTO, EQUIPE TÉCNICA QUALIFICADA E ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO DO MERCADO E SUAS TENDÊNCIAS, A FUNDAÇÃO CESP ASSEGURA INVESTIMENTOS QUE I HONRAM SEUS COMPROMISSOS nvestir de forma responsável requer conhecimento, técnica, acompanhamento do mercado e expertise. Há mais de 40 anos, a Fundação CESP garante um futuro de qualidade e de tranquilidade a seus empregados, por meio de sólidos planos de previdência e de saúde. Para isso, ela administra o dinheiro que empregados e clientes lhes confia, de maneira a assegurar que os investimentos que realiza sejam não só os melhores em termos financeiros, mas também os mais responsáveis e ponderados. No entanto, um mundo em constante transformação impõe que a equipe de investimentos da Fundação aprenda como manter a rentabilidade das aplicações mesmo em meio a situações adversas. A tendência recente de redução da taxa básica de juros, que pode gerar, entre outros impactos, a redução do retorno de investimentos de renda fixa, é exemplo de temática que está no radar da Fundação e com a qual terá que lidar – e educar os associados igualmente – em um horizonte de tempo indefinido. 36 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Da mesma forma, a recente inclusão de variáveis socioambientais na seleção e gestão de ativos com o objetivo de garantir o retorno de longo prazo dos investimentos e incentivar adoção de práticas mais sustentáveis por parte das empresas investidas é outro tema que está no radar da Fundação. EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL O patrimônio administrado pela Fundação CESP, em 2012, ultrapassou a faixa dos R$20 bilhões. “A RESUMO DOS INVESTIMENTOS DEZEMBRO/2012 RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL INVESTIMENTOS ESTRUTURADOS IMÓVEIS OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES TOTAL 74,73% 20,76% 0,21% 2,83% 1,47% 100% GERARDO LAZZARI Fundação CESP é multipatrocinada. Nós administramos ativos e passivos de vários fundos de pensão. Nossa gestão é transparente e conservadora, para minimizar os riscos e cumprir nossas metas”, esclarece Paulo de Sá Pereira, Gerente Executivo – Investimentos em Renda Variável – Fundação CESP. Em linhas gerais, são três as fontes desse patrimônio: a contribuição feita pelos associados, que serão os beneficiários no futuro; a contrapartida das empresas, que contratam a Fundação; e o retorno dos investimentos realizados pela Fundação no mercado financeiro. Com essas três fontes, a Fundação garante o pagamento da pensão de seus beneficiários de forma vitalícia e canaliza recursos para honrar seus compromissos futuros. Como as contribuições dos empregados e das empresas tendem a permanecer em um nível estável, é no mercado financeiro que a Fundação tem a possibilidade de aumentar seu patrimônio, para garantir a continuidade de seus planos. A Política de Investimentos da Fundação CESP estabelece a estratégia e os limites de alocação dos recursos dos planos previdenciários, sempre considerando o cenário macroeconômico e a meta atuarial dos planos previdenciários. As decisões de qual estratégia adotar para manter o equilíbrio das contas são estabelecidas pelas diversas instâncias de governança da Fundação CESP. Na prática, a prudência na administração do patrimônio é a palavra de ordem da Fundação. A maior parte dos investimentos é realizada em títulos de renda fixa - aplicações em títulos de dívida emitidos pelo Governo Federal ou por bancos e empresas não financeiras, que funcionam como um empréstimo, em que o aplicador empresta o valor ao emissor, que, em contrapartida, lhe paga uma taxa de juros. Em 2012, mais de 70% do total investido pela Fundação CESP foi em renda fixa – notadamente em títulos da dívida pública federal, que são considerados a PAULO DE SÁ PEREIRA GERENTE EXECUTIVO – INVESTIMENTOS EM RENDA VARIÁVEL modalidade de investimento mais segura do mercado – como mostra a tabela a seguir. BENEFÍCIOS RECÍPROCOS Gradualmente, os temas socioambientais ganham força quando se fala de aplicações financeiras. Assim, antes de aplicar em ação de uma determinada empresa, tem crescido a tendência de o agente financeiro considerar aspectos como uso consciente dos recursos naturais, consumo de água, energia, emissão de gases poluentes, existência de relações dignas de trabalho por parte da empresa investida, visando a continuidade e o baixo risco do negócio em que se aplica o dinheiro. A inclusão deste conjunto de variáveis na seleção e na gestão de ativos vai além do objetivo de garantir o retorno de longo prazo dos investimentos e de incentivar as empresas a adotar práticas mais sustentáveis, e pressupõe também garantir uma boa imagem para o inves- R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 37 I NVE ST I M E N T O S R E S P O N S ÁV EIS AS DECISÕES SOBRE AS ESTRATÉGIAS A SEREM ADOTADAS PARA MANTER O EQUILÍBRIO DAS CONTAS SÃO ESTABELECIDAS PELAS DIVERSAS INSTÂNCIAS DE GOVERNANÇA DA FUNDAÇÃO CESP tidor, que não quer ser associado a companhias que possam trazer prejuízos à sociedade ou ser corresponsável por isso, já que financiaria as atividades desta empresa. A Fundação CESP, por ser o maior fundo de pensão privado do Brasil, quer estar à frente no tema e, por esta razão, assinou, em 2011, uma iniciativa das Nações Unidas (ONU) para estimular e regular as práticas sustentáveis na gestão de ativos, denominada Princípios dos Investimentos Responsáveis (PRI). “Ao trazer a preocupação socioambiental para seus investimentos, a Fundação contribui para a sustentabilidade da sociedade como um todo”, avalia Paulo de Sá Pereira, Gerente Executivo - Investimentos em Renda Variável e responsável pelo PRI na Fundação. PLANEJAR O FUTURO, SEMPRE Até pouco tempo atrás, as implicações das questões de sustentabilidade dos investidores e dos mercados financeiros eram pouco conhecidas e, quase sempre, negligenciadas. Lançado em 2007, o PRI estabelece seis princípios, de natureza voluntária, para guiar e incentivar boas práticas, que levam ao investimento responsável. Trata-se de uma ferramenta de avaliação de riscos socioambientais que podem influenciar o desempenho CASE PRI A Fundação CESP participa ativamente das reuniões e encontros realizados no âmbito do PRI. Além disso, adota procedimentos para avaliação e classificação de riscos ambientais e sociais nas linhas de negócios e conduz, junto com outros Fundos de Pensão, uma discussão para definição de procedimentos para avaliação e classificação destes riscos na avaliação de ativos financeiros. O objetivo é criar metodologias para que seja possível precificar as questões socioambientais no mercado financeiro. “Hoje, já é possível precificar nas ações os aspectos de boa governança – as empresas que adotam valem mais no mercado. No âmbito do PRI, estamos tentando desenvolver uma metodologia para fazer o mesmo em relação aos aspectos socioambientais das companhias”, informa Paulo de Sá Pereira, Gerente Executivo – Investimentos em Renda Variável – Fundação CESP. “Vamos buscar junto às empresas ganhos de gestão 38 futuro da empresa. Dessa maneira, o PRI traz à luz a relevância financeira dos aspectos ambientais, sociais e de gestão (Environmental, social and corporate governance – ESG – em inglês). Ao se tornar signatário do PRI, a instituição firma o compromisso de incorporar os fatores socioambientais no processo decisório dos seus investimentos e seguir esses princípios para aumentar e fortalecer os retornos financeiros. Quando fazem isso, os investidores estão, diretamente, estimulando e induzindo as companhias e demais atores do mercado a adotar boas práticas na área de sustentabilidade, permitindo que os benefícios gerados se espalhem para a sociedade como um todo. A decisão de ser signatária do PRI foi tomada depois que a diretoria da Fundação estabeleceu um programa de sustentabilidade para todas as suas áreas internas. “Em investimentos, o PRI é a opção mais interessante, já que quase todos grandes Fundos de Pensão são signatários”, afirma Pereira. O gerente ainda ressalta que é importante deixar claro que a política do PRI não é restritiva para os investimentos - ela dá as diretrizes para a avaliação do risco. A partir daí, é preciso desenvolver, internamente, uma metodologia de classificação de riscos socioambientais e classificar as empresas que recebem investi- R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 socioambiental para criar uma sociedade melhor. Como grandes investidores, temos o dever fiduciário de repassar isso para a comunidade”. Atualmente, a Fundação CESP também solicita a todos os corretores e gestores externos a adesão ao PRI. Com isso, objetiva disseminar e encorajar os gestores de investimento e corretores a incorporar critérios ESG (meio ambiente, social e governança corporativa) em suas decisões de investimento. Além disso, a Fundação trabalha para promover o tema investimentos responsáveis na Associação Brasileira de Professionais de Investimento, APIMEC, e nos momentos de interação com gestores de recursos e corretores. Sua abordagem está focada na definição da capacidade de geração de retorno de longo prazo dos ativos. O percentual do número de empresas na carteira da Fundação, com as quais a organização interagiu em questões ambientais ou sociais foi, em 2012, de 7,84%. mentos de acordo com esses riscos. Posteriormente, deve-se tomar as decisões de investimento, porque riscos socioambientais podem interferir de forma negativa nos lucros futuros das empresas e, logo, nos rendimentos dos investidores. DESAFIOS FUTUROS A Fundação pretende investir ainda mais na capacitação de sua equipe responsável por investimentos, para favorecer a implantação das políticas e procedimentos ambientais e sociais. Trata-se de uma das prioridades definidas pela Fundação CESP em 2012, que redundará em um programa de capacitação no tema, a ser realizado em 2013. Para Paulo de Sá Pereira, o engajamento da Fundação em um programa de sustentabilidade para os investimentos foi um passo muito importante e o desafio agora é disseminar para as áreas de investimentos da Fundação. OS SEIS PRINCÍPIOS DO PRI 1 Incluir as questões de ESG (meio ambiente, social e governança corporativa) nas análises de investimento e nos processos de tomada de decisão; 2 Tornar-se proprietário ativo e incorporar os temas de ESG nas políticas e práticas de detenção de ativos; 3 Buscar a transparência adequada nas empresas e em investimentos quanto às questões de ESG; 4 Promover a aceitação e a implementação dos princípios no conjunto de investidores institucionais; 5 Trabalhar juntos para reforçar eficiência na implementação dos princípios; 6 Divulgar atividades e progressos em relação à implementação dos princípios. DEPOIMENTO “A GENTE CONFIA NA FUNDAÇÃO E SABE QUE NOSSO DINHEIRO VAI TER O MELHOR DESTINO” VOCÊ SABE DA IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR REGULARMENTE PARA A PREVIDÊNCIA, FAZENDO, INCLUSIVE, OS APORTES VOLUNTÁRIOS? Embora eu tenha aprendido muito com meus pais sobre a necessidade de poupar, antes de trabalhar aqui na Fundação eu não tinha muita noção do que era uma previdência privada. Hoje, procuro aumentar, anualmente, minha contribuição, porque isso vai refletir no futuro. É muito importante guardar e aumentar a renda no futuro. Por estar aqui dentro, entendo melhor do assunto e vejo os resultados, o andamento das coisas, vejo como a Fundação trabalha. GERARDO LAZZARI VOCÊ ACOMPANHA COMO SÃO GERIDOS OS FUNDOS DA FUNDAÇÃO CESP, PREOCUPA-SE EM SABER SE OS INVESTIMENTOS ESTÃO SENDO FEITOS DE FORMA RESPONSÁVEL? Eu acompanho por meio das publicações e palestras que a Fundação realiza. Mas, na verdade, não me preocupo tanto, porque confio na Fundação. A gente ouve falar do tema de investimentos pelos corredores. O que sinto é que muita gente confia na Fundação e acredita no trabalho realizado pela equipe de investimentos. Sabemos que nosso dinheiro será bem aplicado. VOCÊ PARTICIPA DOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA DA FUNDAÇÃO CESP? Participo das palestras do Vida Investe, participei de uma palestra com o Wilson Muller, um dos consultores do Vida Investe, e aprendi a importância de fazer investimentos certos. É uma ótima oportunidade de aprender. O QUE É UM FUTURO DE QUALIDADE E TRANQUILIDADE PARA VOCÊ? Futuro de qualidade é conseguir poupar, guardar, investir, principalmente agora que não tenho grandes gastos, não tenho filhos, para poder, no futuro, conseguir comprar meu apartamento, um carro, conseguir viver com estabili- dade, sem depender da família, de empréstimos. Quero sobreviver com o que eu ganho e ter previdência para manter esse padrão de vida. CAROLINA FINOCCHI CUSTÓDIO TRABALHA NA ÁREA DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE, ESTÁ NA FUNDAÇÃO CESP HÁ 6 ANOS R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 39 G E STÃO E G O V E R N A N Ç A Transparência, representatividade e responsabilidade PELO BEM COMUM COM COMITÊS, ASSEMBLEIAS E CONSELHOS MISTOS E PARTICIPATIVOS, A FUNDAÇÃO CESP GARANTE DECISÕES DEMOCRÁTICAS, EQUILIBRADAS E QUE VISAM BENEFÍCIOS RECÍPROCOS C uidar da saúde, da aposentadoria e do futuro de milhares de participantes, gerindo um patrimônio de bilhões de reais, depositados por eles em confiança, é a grande responsabilidade da Fundação CESP. O trabalho da organização tem reflexo direto na qualidade de vida, nos sonhos e na dignidade dos associados. Como maior entidade fechada de previdência complementar do Brasil patrocinada por empresas de capital privado, o modelo de gestão e governança adotado pela Fundação se destaca e é sinônimo de solidez. A lógica é simples: todos os grupos de interesse – empregados, patrocinadores e participantes – são respeitados e têm espaço na assembleia, nos conselhos e comitês. O fato de conselhos, comitês e assembleia serem apoiados em conceitos democráticos e terem ampla representatividade oferece segurança, transparência e credibilidade aos beneficiados. Além disso, a Fundação investe fortemente em projetos educativos e de comunicação para que os participantes entendam seus planos, tirem suas dúvidas e se envolvam ativamente nos debates, por meio de seus representantes. Esta proximidade é fundamental para que a construção seja conjunta e não de cima para baixo. 40 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 EM BUSCA DE UMA RELAÇÃO SUSTENTÁVEL Como resultado deste modelo participativo, todos os interlocutores da Fundação são corresponsáveis pela entidade, suas diretrizes e resultados. “A governança democrática leva à uma postura equilibrada e transparente, com ênfase na responsabilidade compartilhada da sustentabilidade dos planos previdenciários”, avalia Édner Bitencourt Castilho, Gerente Executivo – Gestão de Riscos – Fundação CESP. Vale dizer que todos estes órgãos de governança se submetem a regras definidas em documentos internos, tais como o Estatuto Social, no qual, além das normas e procedimentos de gestão e governança, são definidos os ZZARI GERARDO LA ÉDNER BITENCOURT CASTILHO GERENTE EXECUTIVO GESTÃO DE RISCOS ENTENDA OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS QUE DEFINEM O MODELO DE GESTÃO E GOVERNANÇA E SUAS ATRIBUIÇÕES O s órgãos de governança da Fundação CESP - Assembleia Geral, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Comitês Gestores de Investimento e Previdência - possuem membros representativos das empresas patrocinadoras, dos participantes ativos e assistidos. ASSEMBLEIA GERAL – Órgão máximo da Fundação, é composto por participantes das empresas patrocinadoras, representantes dos participantes ativos e assistidos. Cabe à Assembleia Geral deliberar sobre os negócios relativos à finalidade da Fundação CESP. CONSELHO DELIBERATIVO – Referendado pela Assembleia Geral, este conselho é composto por nove membros indicados pelas empresas patrocinadoras, por sete membros eleitos diretamente entre os participantes dos planos ativos e dois membros eleitos diretamente entre os participantes assistidos. É um órgão de deliberação colegiada e responsável pela orientação administrativa da entidade. CONSELHO FISCAL – Composto por dois membros indicados A Diretoria Executiva é indicada pela Assembléia Geral, os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal representantes das empresas patrocinadoras são indicados por essas, enquanto os membros representantes dos Participantes ativos e assistidos são escolhidos por meio de eleição direta. pelos patrocinadores da Fundação, dois membros eleitos diretamente entre os participantes ativos e um membro eleito diretamente entre os assistidos. Seu objetivo principal é fiscalizar detalhadamente as contas administrativas da Fundação CESP, subsidiando, orientando o Conselho Deliberativo e a Assembleia Geral sempre que necessário. COMITÊS GESTORES – Formados por dois representantes indicados pelos patrocinadores, um membro eleito diretamente entre os participantes ativos e um membro eleito diretamente entre os assistidos , têm como função implementar as políticas definidas pelo Conselho Deliberativo/Assembleia Geral no dia a dia da Fundação. Cada plano previdenciário oferecido pela Fundação CESP tem seu comitê gestor, que, através de reuniões periódicas com a diretoria da Fundação, prestam contas do andamento dos planos por eles geridos. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 41 G E STÃO E G O V E R N A N Ç A princípios que balizam as ações da Fundação no seu dia a dia e o funcionamento dos colegiados. A organização também está pautada pelo Código de Conduta e Princípios Éticos, aplicável a todos os membros de órgãos de governança e empregados. PLANEJANDO O FUTURO, SEMPRE Além do corpo de colegiados, que constitui a estrutura de governança da entidade, a Fundação CESP também possui mecanismos para garantir que essa estrutura funcione apropriadamente. Um dos principais mecanismos de governança é o gerenciamento dos três grupos de riscos aos quais está sujeita a Fundação CESP: riscos de investimentos, riscos operacionais e riscos do negócio. Cada um desses grupos possui metodologia própria de identificação de impactos e frequências, além de procedimentos de mitigação e controle, sendo tudo formalizado em relatórios levados ao conhecimento dos órgãos de governança. O gerenciamento dos riscos de investimentos tem como objetivo garantir que a gestão seja feita de acordo com os objetivos estratégicos definidos pela entidade, isto é, que os riscos sejam adequados. Para isso, existe uma série de mecanismos que monitoram a atuação dos gestores de investimentos. “Eles não podem simplesmente fazer o que quiserem com as carteiras de investimentos. Trabalham seguindo parâmetros pré-definidos de riscos.”, explica Castilho. Já os riscos operacionais dizem respeito à forma BOAS PRÁTICAS RELACIONADAS AOS SALÁRIOS E BENEFÍCIOS PARA EMPREGADOS O salário mais baixo da Fundação CESP, em 2012, foi 37% superior ao salário mínimo local. Além disso, são oferecidos aos empregados da Fundação CESP: seguro de R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 DESAFIOS FUTUROS A queda da taxa de juros, o envelhecimento em massa da população, a questão da renovação das concessões para o setor de energia elétrica, dentre outros, são temas de natureza distintas, mas que representam riscos significativos para o negócio e, por isso, DE GESTÃO RELACIONADAS À SATISFAÇÃO DO CLIENTE A Fundação CESP possui canais específicos para contato dos clientes: o [email protected] e o Disque Fundação 11-30653000. Mensalmente e anualmente, a Fundação realiza as Pesquisas de Satisfação de Atendimento e Satisfação Geral para avaliação dos produtos oferecidos pela entidade (plano previdenciário, empréstimo pessoal, assistência médica, assistência odontológica, administração dos investimentos, canais de atendimento e comunicação), sendo que a pesquisa de Satisfação de Atendimento de Novembro de 2012 apontou 84% de satisfação. As atualizações da Pesquisa de Satisfação Geral estão disponíveis no Portal da Fundação CESP. 42 como são executados os processos e atividades cotidianas, visando mitigar riscos como falhas humanas, falhas de sistemas, fraudes, dentre outros. Os riscos do negócio, por sua vez, referem-se a questões de âmbito estratégico da Fundação CESP, como, por exemplo: impactos nos planos previdenciários advindos da queda da taxa de juros no Brasil e do aumento da longevidade dos participantes. “Os riscos do negócio são os riscos mais importantes da entidade e, por isso, merecem maior atenção de todos os órgãos de governança”, informa o profissional. Há também, na Fundação CESP, procedimentos de compliance que visam garantir que a entidade cumpra suas obrigações legais externas. “Todas as áreas possuem a figura dos agentes de compliance - indicados pelos gestores das áreas - que são responsáveis por cadastrar obrigações no sistema e assegurar que, quando cumpridas, o sistema receba dados que atestem o fato”, assegura Castilho. As exigências legais são muito grandes e reforçam a responsabilidade da instituição de garantir uma governança de excelência para assegurar futuro com qualidade e tranquilidade para todos os participantes. vida, plano de saúde, cobertura contra invalidez, licença maternidade/ paternidade, plano de previdência, vales refeição, alimentação e transporte, auxilio creche e auxilio medicamento/auxilio órtese e prótese (para os participantes do plano de saúde ). Todos os empregados da Fundação CESP são abrangidos por acordos de negociação coletiva. RELACIONADAS À EFICIÊNCIA PREDIAL Devido à natureza dos serviços prestados e a estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material tanto pela organização como por seus grupos de interesse. Entretanto, dentro de sua estratégia de melhoria de eficiência constante, foi promovida a revisão e otimização dos processos internos e iniciada a coleta seletiva de lixo. Os contratos deixaram de ser impressos e as infraestruturas passaram a ser melhor utilizadas. “Percebemos, por exemplo, que era preferível fazer uma manutenção nos computadores ao invés de trocá-los por novos, pois isso significaria consumo consciente e não nos UM DOS PRINCIPAIS MECANISMOS DE GOVERNANÇA DA FUNDAÇÃO CESP É O GERENCIAMENTO DOS GRUPOS DE RISCOS AOS QUAIS ESTÁ SUJEITA: RISCOS DE INVESTIMENTOS, OPERACIONAIS E DO NEGÓCIO GERARDO LAZZARI são acompanhados atentamente, com planos de ações para cada frente. Além disso, a preocupação com a cadeia de fornecedores também ganha maiores proporções, na medida em que a corresponsabilidade entra na pauta das corporações de forma definitiva. “Atualmente, olhamos as práticas dos fornecedores de serviços, principalmente as ligadas a questões trabalhistas, pois queremos uma mão de obra que seja respeitada e tenha condições dignas”, avalia Flávio Martorelli, Gerente – Administração Geral – Fundação CESP, e responsável pela àrea de contratos. Outra questão levantada pelo profissional é que é necessário que os empregados se engajem mais, percebam seu papel na Fundação como responsáveis por uma coletividade. “Eles podem ajudar na economia de recursos naturais, na redução dos custos, na criação de um ambiente de trabalho e de uma sociedade melhores”, opina. “Os programas de conscientização feitos pelo RH cumprem este papel de conscientização”, completa. FLÁVIO MARTORELLI GERENTE – ADMINISTRAÇÃO GERAL induziria a custos extras”, conta Flávio Martorelli, Gerente – Administração Geral. A medição do consumo elétrico e hídrico também implicou em uma série de mudanças prediais para se ganhar eficiência. Em 2011, a Fundação realizou a troca dos interruptores, do resfriador de líquidos do sistema de ar condicionado do edifício por um sistema com menor consumo de energia, e dos vasos sanitários, por modelos mais econômicos. Além disso, deu continuidade ao processo de utilização de água de chuva para abastecer a torre de resfriamento do sistema de ar-condicionado, iniciado em 2009. “Um exemplo mais corriqueiro de melhoria - e visível - é a bituqueira que instalamos em frente ao prédio sede da Fundação, para evitar que os empregados fumantes dispensem o resíduo dos cigarros inadequadamente”, informa Martorelli. “Adicionalmente à cidade mais limpa, a vantagem deste sistema é que a empresa responsável pelo equipamento retira as sobras periodicamente e lhe dá um destino sustentável, já que viram fertilizantes”, explica. Vale dizer também que a Fundação CESP descartou 26 toneladas de resíduos recicláveis, sendo 55% de papelão/ papel, 35% plásticos e 10% metais. RELACIONADOS A INVESTIMENTOS RESPONSÁVEIS A adesão da Fundação ao PRI (Principles for Responsible Investment), em 2012, foi um compromisso que a entidade assumiu em relação à adoção das melhores práticas em investimento responsável - que incluem critérios ambientais, sociais e de governança. METAS RELACIONADAS À SUSTENTABILIDADE Elaborar, participar e executar as ações do programa ‘Fundação CESP Rumo à Sustentabilidade’ com foco na educação em finanças e previdência, saúde, investimentos e consumo consciente. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 43 SUM ÁRI O G R I INDICADORES GRI 3.1 1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1 - Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia RESPOSTA FUNDAÇÃO CESP Página 3 1.2 - Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades Página 3, 10, 11 2. PERFIL ORGANIZACIONAL 2.01 - Nome da organização Página 7 2.02 - Principais marcas, produtos e/ou serviços Planos de Previdência: PSAP/Eletropaulo, PSAP/Tietê, PSAP/CESP B1, PPCPFL, PSAP/Piratininga, PSAP/Transmissão Paulista, PSAP/Duke Energy, PSAP/Elektro, PSAP/EMAE e PAP/Fundação CESP. Planos de Saúde: DIGNA Saúde, AMH, AMH/AO, PES A, PES D, NOSSO Plano de Saúde (Integral, Ampliado, Conforto, Total e Conceito), Extensive Saúde. Oferece ainda seguros e empréstimos em parceria com bancos e seguradoras 2.03 - Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades Somente sede em São Paulo operacionais, subsidiárias e joint ventures 2.04 - Localização da sede da organização Alameda Santos, 2477 - São Paulo, São Paulo 2.05 - Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas As atividades da Fundação CESP se concentram apenas no Brasil principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório 2.06 - Tipo e natureza jurídica da propriedade Entidade fechada de previdência privada multipatrocinada que tem por finalidade a administração de planos de benefícios de natureza previdenciária e serviços de assistência à saúde - plano de autogestão 2.07 - Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários) Nacional 2.08 - Porte da organização, incluindo: número de empregados; vendas líquidas; Página 7 capitalização total discriminada em termos de dívida e patrimônio líquido; Quantidade de produtos ou serviços oferecidos 2.09 - Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, Não houve mudanças significativas durante o período de relato estrutura ou participação acionária 2.10 - Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório Em 2010, foi vencedora na categoria “Apoio Logístico e Operacional” do 8º Prêmio ANCEP (Associação Nacional dos Contalistas das Entidades de Previdência) 3. PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO 3.01 - Período coberto pelo relatório 01.01.2012 à 31.12.2012 3.02 - Data do relatório anterior mais recente (se houver) Este é o primeiro relatório da Global Reporting Initiative (GRI) preenchido pela Fundação CESP 3.03 - Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.) Anual 3.04 - Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo Simone Capua Teppet - [email protected] - Gerente Executiva de Recursos Humanos 3.05 - Processo para a definição do conteúdo do relatório A seleção de temas materiais está alinhada às recomendações da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), que indica a utilização de diretrizes GRI que, além de nortear a prestação de contas por meio de indicadores econômicos, sociais e ambientais, possui ainda um suplemento específico para o setor financeiro 3.06 - Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint ventures, fornecedores) O relatório contempla todos os serviços prestados pela Fundação CESP, seus empregados e instalações 3.07 - Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite O escopo do relatório cobre todas as operações e atividades da Fundação CESP do relatório 3.08 - Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações A Fundação CESP não possui joint ventures, subsidiárias, ou divisões que afetem a comparabilidade entre este e os próximos relatórios 3.09 - Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório Exceções aos protocolos de indicadores da GRI, quando necessárias, foram apontadas em cada tópico 3.10 - Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações” Por se tratar do primeiro relatório da organização, não existem informações a serem revisadas 3.11 - Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório Por se tratar do primeiro relatório da organização, não existem alterações de escopo a serem detalhadas 3.12 - Tabela que identifica a localização das informações no relatório A tabela GRI está anexada ao final do relatório de sustentabilidade 3.13 - Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório A verificação externa foi realizada pela Profª Dra. Priscila Borin Claro, Doutora em Administração, Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal de Lavras, Mestre em Gestão Social, Ambiente e Desenvolvimento, pela Universidade de Wageningen (WUR) na Holanda (GRI 3.13) e Professora do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo 4. GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO 4.01 - Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão Página 41 de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização 4.02 - Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um O presidente do mais alto órgão de governança não é um diretor executivo diretor executivo 4.03 - Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança 4.04 - Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança 44 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Os órgãos da estrutura de governança não possuem membros independentes, considerando que o conceito de independência refere-se à total desvinculação aos planos assistenciais administrados pela Fundação CESP (previdência e saúde) Página 40 a 43 4.05 - Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos Página 41, 42 4.06 - Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados Página 40 a 43 4.07 - Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais Página 40 a 43 4.08 - Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação Missão: elaborar e administrar com excelência planos de previdência e de saúde para que as pessoas possam viver e construir um futuro com qualidade e tranquilidade. Visão: ser a empresa que valoriza, acima de tudo, uma vida mais digna às pessoas de quem cuidamos. Valores: respeito ao ser humano; excelência; competência; comprometimento 4.09 - Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação Não existe em 2012 e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 4.10 - Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de Não existe em 2012 governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social 4.11 - Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução Página 42 4.12 - Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa Adesão ao PRI - Principles for Responsible Investment 4.13 - Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais PRI - Principles for Responsible Investment, ABRAPP - Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar 4.14 - Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização Participantes, Empregados, Credenciados e Patrocinadores 4.15 - Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar A base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar foi definida a partir do mapeamento de públicos externos, sendo eles, beneficiados, responsáveis e corresponsáveis pela gestão e execução do negócio da Fundação CESP 4.16 - Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a freqüência do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders Página 17, 18 4.17 - Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los Página 10, 11 EC - DESEMPENHO ECONÔMICO EC1 - Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos EC2 - Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas EC3 - Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece Receitas da Fundação CESP em 2012 (adição de contribuição de patrocinadores, participantes e receita de investimentos): R$5.272.738.476,09 Custos operacionais da Fundação CESP: R$70.478.246,98 Salários e benefícios de empregados: R$48.117.923,43 Pagamentos ao governo: R$4.488.740,31 Valor econômico acumulado (total de investimentos): R$22.919.325.356,58 Página 28 Plano de previdência com contribuição do participante e da empresa. É denominado Plano de Aposentadorias e Pensão dos Empregados da Fundação CESP – PAP/Fundação CESP, estruturado na modalidade de Contribuição Variável – CV, com características de Contribuição Definida – CD, na fase de capitalização e Benefício Definido – BD. O valor do benefício na aposentadoria dependerá das contribuições do participante, do patrocinador e da rentabilidade dos investimentos, ou seja, dentro da modalidade de Contribuição Definida – CD. Para os casos de aposentadoria por invalidez e pensão por morte, o benefício é estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, ou seja, o valor a receber é previamente estabelecido, considerando o salário e o benefício do INSS. Para cobrir os custos nessas ocorrências, quem realiza os aportes é o patrocinador EC4 - Ajuda financeira significativa recebida do governo A Fundação não recebeu ajuda financeira do governo em 2012 EC5 - Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em O salário mais baixo da Fundação CESP, em 2012, foi 37% superior ao piso salarial de março de 2012 do Estado de São Paulo unidades operacionais importantes EC6 - Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes Devido à localização geográfica das operações e à natureza dos fornecedores contratados, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse EC7 - Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência Este indicador não é considerado material para a organização. Devido à natureza da operação da Fundação, localizada na cidade de São Paulo, não existem procedimentos específicos para a contração local recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes EC8 - Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono EC9 - Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos EN - DESEMPENHO AMBIENTAL EN01 - Materiais usados por peso ou volume Este indicador não é considerado material para a organização. A Fundação CESP não realizou, no ano de 2012, nenhuma iniciativa de desenvolvimento da infraestrutura local A Fundação CESP não possui controles para identificar impactos econômicos indiretos A Fundação CESP não possui produtos/ serviços e características operacionais intensivas em recursos naturais. Desta forma, o tema não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse EN02 - Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem A utilização de materiais provenientes de reciclagem não é considerada um tema material pela organização e por seus públicos de interesse devido ao baixo nível de consumo de insumos durante operação e oferta dos serviços de plano de saúde, previdência, empréstimos e seguros EN03 - Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária Devido à natureza dos serviços prestados pela Fundação CESP e à proximidade geográfica de seus patrocinadores e R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 45 SUM ÁRI O G R I beneficiários, o consumo direto de energia (ex. carvão, combustível, etanol) não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse EN04 - Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária Em 2012, a Fundação CESP consumiu 3,5 GJ de energia elétrica, discriminadas por fonte primária conforme matriz energética do Brasil: Hidráulica 80,4%, Biomassa 6%, Gás Natural 4,9%, Nuclear 2,9%, Derivados do Petróleo 2,7%, Carvão 1,5%, Eólica 0,5%, Outras 1% (referência para estimativa de discriminação por fonte primária: Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012 - Geração Elétrica e Emissões, Empresa de Pesquisa Energética - EPE) EN05 - Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência Página 17, 42, 43 EN08 - Total de retirada de água por fonte Em 2012, a Fundação CESP consumiu 5.585.04 m3 de água, sendo ela fornecida pelo sistema de abastecimento da cidade de São Paulo EN10 - Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada Página 17, 42, 43 EN11 - Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de A Fundação CESP não possui operações dentro de áreas protegidas, com alto índice de biodiversidade ou adjacente a elas áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas EN12 - Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas A Fundação CESP, suas atividades, produtos e serviços não geram impactos significativos em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas EN16 - Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso O tema emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse devido ao baixo consumo relativo de energia elétrica e à ausência de emissões associadas à operação EN17 - Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso O tema emissões indiretas de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse devido à ausência de filiais e à proximidade geográfica de seus patrocinadores e beneficiários EN18 - Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas O tema emissões de gases de efeito estufa não é considerado material tanto pela organização como pelos seus públicos de interesse devido à natureza operacional dos serviços prestados pela Fundação CESP, bem como pela ausência de filiais e à proximidade geográfica de seus patrocinadores e beneficiários EN19 - Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso Devido à natureza de sua operação e de sua atividade, a Fundação não gera emissões de substancias destruidoras da camada de ozônio EN20 - NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso Devido à natureza de sua operação e de sua atividade, a Fundação não gera emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas EN21 - Descarte total de água, por qualidade e destinação 100% da água descartada pela Fundação CESP, em 2012, foi destinada para o sistema de esgoto e tratamento da companhia de abastecimento de água da cidade de São Paulo. A água é empregada pela Fundação CESP para fins administrativos EN22 - Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição Página 17 EN23 - Número e volume total de derramamentos significativos A Fundação CESP não causou derramamentos em 2012 EN26 - Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a Devido à natureza dos produtos oferecidos pela Fundação, este tema não é considerado material. Desta forma, não houve, em 2012, iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços extensão da redução desses impactos EN27 - Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto Devido à natureza dos produtos oferecidos pela Fundação, este tema não é considerado material. Desta forma, a Fundação CESP não possui controles para avaliar o percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos EN28 - Valor monetário de multas significativas e número total de sanções nãomonetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais Em 2012, não houve casos de multas ou sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais LA - PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE LA01 - Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região Em 31/12/2012 Total Número total de trabalhadores empregados Número total de trabalhadores terceiros Total 37733443 Mulheres21919722 Homens15813721 Número total de trabalhadores em tempo integral 341 298 43 Número total de trabalhadores em tempo parcial 36 36 LA02 - Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região Entre 01/01/2012 e 31/12/2012 Número total de contratações Total45 Mulheres23 Homens22 Menos de 30 anos20 Entre 30 e 50 anos 25 Acima de 50 anos0 Taxa % de novos empregados (total de empregados em 31 de Dezembro/ novos contratações) 13.47% Entre 01/01/2012 e 31/12/2012 Número total de desligamentos Total19 Mulheres10 Homens9 Menos de 30 anos1 Entre 30 e 50 anos 15 Acima de 50 anos3 Taxa % de desligamentos (total de empregados em 31 de Dezembro/ total de desligamentos) 5.68% 46 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 LA03 - Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações Benefícios oferecidos aos empregados em tempo integral e tempo parcial: Seguro de vida, Plano de saúde, Cobertura contra invalidez, Licença maternidade/paternidade, Plano de previdência, Vales-refeição, alimentação e transporte, Auxílio-creche, *Auxílio-Medicamento, *Auxílio-Órtese e Prótese e *Assistência Odontológica. (* empregados participantes do Plano de Saúde) – Benefícios oferecidos aos Estagiários: Vale-Transporte, Vale-Refeição, Assistência Médica Hospitalar, Assistência Odontológica e Seguro de Acidentes Pessoais – Benefícios oferecidos aos menores aprendizes: Vale-Transporte, Vale-Refeição e Assistência Médica Hospitalar. – Benefícios oferecidos aos empregados temporários: Vale-Transporte e Vale-Refeição LA04 - Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva Todos os empregados da Fundação CESP são abrangidos por acordos de negociação coletiva LA05 - Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças Apesar de não termos identificado casos de mudanças operacionais significativas, a Fundação CESP possui uma área de comunicação interna com objetivo de disseminar informações relevantes aos seus funcionários operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva LA06 - Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional Todos os empregados da Fundação CESP, de todas as áreas e funções, estão representados na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), como estabelece o Ministério do Trabalho LA07 - Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região Taxa de absenteísmo trabalhadores empregados trabalhadores terceiros Total209.9427.77 Homens295.5250.59 Mulheres93.2259.19 EM 2012, HOUVE APENAS UM CASO DE LESÃO SUPERIOR A 15 DIAS DE AFASTAMENTO, SENDO ESTA NÃO RELACIONADA À ACIDENTE OU DOENÇA OCUPACIONAL. AS TAXAS DE ABSENTEÍSMO (NÚMERO DE DIAS EM QUE UM EMPREGADO SE AUSENTA DO TRABALHO DEVIDO À QUALQUER INCAPACIDADE, NÃO APENAS RESULTANTE DE LESÃO OU DOENÇA RELACIONADA AO TRABALHO) APRESENTADAS ABAIXO FORAM CALCULADAS POR MEIO DA FÓRMULA: TOTAL DE DIAS PERDIDOS X 200.000/ HORAS HOMEM TRABALHADAS LA08 - Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves Programas de assistência com relação a doenças graves Público alvo Trabalhadores Família dos trabalhadores Comunidade Educação/ Treinamento sim x x Aconselhamento sim x x não x LA09 - Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos Prevenção/ Controle de Risco sim x x não x Tratamento sim x x não não x x Os temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos estão descritos no acordo Coletivo 2012 / 2014: Saúde, Pág. 9 / Cipa, Pág. 17 LA10 - Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional e gênero Média de horas Total30.22 Diretoria32.67 Gerencia50.52 Analista / Técnicos 25.68 Mulheres23.60 Homens39.61 LA11 e LA12 - Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira. Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira A Fundação possui avaliação de desempenho, denominada avaliação de capacitação. Em 2012, ao invés da avaliação de capacitação, foi realizada uma pesquisa salarial para enquadramento, a fim de tornar a remuneração praticada pela Fundação CESP competitiva frente ao mercado LA13 - Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade Número de empregados Total de empregados em 31/12/2012 Diretoria Gerência Executiva Gerência Consultor Analista Técnico Total 334 3 15 16 3 152145 Mulheres 59% 0% 27% 38% 0% 54%72% Homens 41% 100%73% 62% 100% 46% 28% Menos de 30 anos 23% 0% 0% 0% 0% 14% 39% Entre 30 e 50 anos 64% 0% 60% 69% 67% 72% 56% Mais de 50 anos 13% 100% 40% 31% 33% 14% 5% Número de empregados Total de empregados em 31/12/2012 Negros Pardos Brancos Amarelos Total 334 5%13% 80% 3% Mulheres 59% 4%14% 80% 3% Homens 41% 6%12% 80% 3% Corpos de Governança Conselho deliberativo Conselho Fiscal Comitê Gestor PAP/Funcesp Total de membros 31 10 8 Gênero Mulheres 10% 10% 25% Homens 90% 90% 75% Faixa etária Menos de 30 anos 0% 10% 0% Entre 30 e 50 anos 58% 50% 75% Mais de 50 anos 42% 40% 25% LA14 - Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional Diretoria Gerência Executiva Gerência Analista Técnico Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional (homens/ mulheres) * 339% 198% 101% 44% * A DIRETORIA DA FUNDAÇÃO CESP ATUALMENTE INCLUI APENAS HOMENS ENTRE SEUS MEMBROS. LA15 - Taxa de retorno ao trabalho e retenção após licença maternidade/ paternidade 100% das mulheres retornaram após a licença maternidade em 2012. Nenhum homem saiu de licença paternidade em 2012 por gênero R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 47 HR - DIREITOS HUMANOS HR01 - Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos HR02 - Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas HR03 - Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos fornecedores contratados Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos aspectos de direitos humanos aplicados às operações da organização HR04 - Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas A Fundação CESP não identificou nenhum caso de discriminação durante o período coberto pelo relatório HR05 - Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a A Fundação CESP não identificou nenhuma operação em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco durante o período coberto pelo relatório negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito HR06 - Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil A Fundação CESP não identificou nenhuma operação como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil durante o período coberto pelo relatório HR07 - Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho A Fundação CESP não identificou nenhuma operação como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo durante o período coberto pelo relatório forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo HR08 - Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à natureza das atividades prestadas pela equipe de segurança contratada. Entretanto, os seguranças terceirizados passam regularmente por treinamentos de reciclagem e não são armados HR10 - Porcentagem e número total de operações que foram sujeitas a avaliações referentes a diretios humanos e/ou avaliações de impacto Este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse devido à baixa criticidade dos aspectos de direitos humanos aplicados às operações da organização. Desta forma, a Fundação não possui procedimentos formais para avaliar impactos relacionados ao tema HR11 - Número de queixas relacionadas com os direitos humanos arquivadas, tratadas e Em 2012, a Fundação não teve casos de queixas formais relacionadas a direitos humanos resolvidas através de mecanismos de reclamação formais SO - SOCIEDADE SO01 - Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída Devido à concentração, localização e natureza das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse SO02 - Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção A Fundação CESP não realiza avaliações de risco relacionados à corrupção por parte de empregados ou parceiros comerciais SO03 - Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção A Fundação CESP não realiza treinamentos anticorrupção para seus empregados da organização SO04 - Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção Em 2012, a Fundação CESP não identificou nenhum caso ou ação judicial de corrupção (nova ou encerrada) envolvendo a organização SO05 - Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas A Fundação CESP se posiciona quanto a políticas públicas por meio das associações e movimentos setoriais dos que participa As seguintes iniciativas merecem destaque em 2012: – Participação no ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira: atuação por meio do Projeto Vida Investe – Participação no PRI - Principles for Responsible Investiment: atuação por meio da inclusão de critérios de sustentabilidade na gestão de investimentos públicas e lobbies SO06 - Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país Em 2012, a Fundação CESP não realizou contribuições financeiras ou em espécie para partidos políticos ou instituições relacionadas SO07 - Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e Não existem ações judiciais pendentes ou encerradas relacionadas à concorrência desleal, práticas de truste e monopólio monopólio e seus resultados SO08 - Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não- monetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos. SO09 - Percentual de operações com programas implementados de engajamento local e avaliação de impactos SO10 - Medidas de prevenção e mitigação implementadas nas operações com impacto potencial ou real negativo nas comunidades locais PR - RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO “PR1 - Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos” PR3 - Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências Não houve multas de qualquer natureza por não conformidade com leis e regulamentos Devido à concentração e localização das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse Devido à concentração e localização das atividades operacionais, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui procedimentos formais para prevenção e mitigação de impacto potencial ou real negativo nas comunidades locais Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos de interesse. Desta forma, não existem procedimentos formais para avaliar as fases do ciclo de vida de produtos e serviços visando os impactos na saúde e segurança Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos de interesse. Os produtos e serviços seguem os procedimentos de rotulagem definidos pelos órgãos reguladores do sistema financeiro brasileiro. A rotulagem no contexto do sistema financeiro tem sido interpretada como os materiais comerciais que descrevem os produtos, como por exemplo a taxa CET (custo efetivo total) e o disclosure sobre riscos financeiros PR5 - Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação Página 42 PR6 - Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio Devido ao modelo de negócios da organização, este tema não é considerado material pela Fundação CESP e por seus públicos de interesse PR8 - Número total de reclamações comprovadas relativas a violação de privacidade e Não houve reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados em 2012 perda de dados de clientes PR9 - Valor monetário de multas (significativas) por não-conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços 48 Em 2012, a Fundação CESP não realizou nenhum investimento de negócio significativo. Consideramos significantes os investimentos capazes de colocar a organização em posição de controle sobre outra entidade, ou de iniciar um investimento de capital materialmente impactante para a organização R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Não houve multas de qualquer natureza por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços em 2012 FS - SUPLEMENTO SETORIAL DE SERVIÇOS FINANCEIROS FS01 - Políticas com componentes ambientais e sociais específicos aplicadas às linhas de negócios Página 17, 38, 39, 43 FS02 - Procedimentos para avaliação Página 17, 38, 39, 43 e classificação de riscos ambientais e sociais nas linhas de negócios FS03 - Processos para o monitoramento da implantação por parte do cliente do cumprimento de exigências ambientais e sociais incluídas em contratos ou transações Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não inclui exigências ambientais e sociais em contratos ou transações FS04 - Processo(s) para melhorar a competência do pessoal na implantação das políticas Página 38 e procedimentos ambientais e sociais aplicados nas linhas de negócios FS05 - Interações com clientes/ investidores/parceiros comerciais em relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais Página 17, 38, 39, 43 FS06 - Porcentagem da carteira de linhas de negócios por região específica, por porte, e por setor. Página 7 FS07 - Valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui controles específicos para mensurar o valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício monitorado social específico monitorado social específico para cada linha de negócios, divididos por finalidade FS08 - Valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício ambiental específico para cada linha de negócios, divididos por finalidade FS09 - Abrangência e frequência das auditorias para avaliar a implementação de Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material pela organização e por seus públicos de interesse. Desta forma, a Fundação não possui controles específicos para mensurar o valor monetário dos produtos e serviços criados para proporcionar um benefício monitorado ambiental específico políticas ambientais e sociais, e procedimentos de avaliação de riscos Atualmente, a Fundação CESP não realiza auditorias para avaliar a implementação de políticas ambientais, sociais e procedimentos de avaliação de riscos FS10 - Percentual e número del empresas na carteira da instituição com as quais a 7.84% monitorado organização interagiu em questões ambientais ou sociais FS11 - Percentual de ativos sujeitos à triagem ambiental ou social, positiva e negativa A Fundação não utiliza esta metodologia para a avaliação de ativos. Sua abordagem está focada na definição da capacidade de geração de retorno de longo prazo dos ativos FS12 - Política(s) de voto aplicada(s) a questões ambientais ou sociais para participações nas quais a organização declarante tem direito a ações com voto ou aconselhamento na votação Apesar de não possuir uma política específica para o tema, a Fundação CESP tem participação em um fundo ativista de investimentos e direciona seu poder de voto para gerar valor por meio da adoção de melhores práticas de governança corporativa. Além deste fundo, a Fundação está atualmente avaliando a possibilidade de incluir critérios ESG em suas resoluções de voto para as empresas onde possui uma posição relevante FS13 - Pontos de acesso em áreas A Fundação não possui pontos de atendimentos físicos pouco populosas ou em desvantagem econômica por tipo FS14 - Iniciativas para melhorar o acesso aos serviços financeiros de pessoas com deficiências Devido à natureza dos serviços prestados e à estrutura operacional da Fundação CESP, este tema não é considerado material pela organização e por seus públicos de interesse FS15 - Políticas para o bom desenvolvimento e venda de produtos e serviços financeiros A Fundação CESP possui uma série de documentos que fazem parte de sua Governança Corporativa e que são aplicados a todos os colaboradores. Estes documentos são chamados de Normas e Procedimentos, e ainda, Regulamentos que regem os produtos e serviços da Entidade. Na parte de conduta, são aplicados também o Estatuto Social e Código de Conduta e Princípios Éticos. As Normas e Procedimentos visam alinhar os processos em todas as instâncias e evitar perda ou não cumprimento de regras e conformidades. Já os Regulamentos são divididos entre Regulamentos de Produtos e Regulamentos Internos, que regem o comportamento e desenvolvimento de produtos, serviços e parcerias. Estes documentos se aplicam aos produtos de previdência, saúde e a todos os procedimentos necessários. A Fundação CESP possui uma área específica de Gestão de Risco, extremamente importante para o setor em que atua, que avalia constantemente a aderência e validade dos documentos. Além disso, um meio chamado Canal Direto, sigiloso e anônimo, fica disponível para atender manifestações de não cumprimento destes. Os documentos ficam disponíveis a todos os empregados, e quando necessário, ao público externo, por meio da Intranet ou portal externo (quando for o caso). Suas atualizações são divulgadas sempre que ocorrem, por meio da Intranet. Aos parceiros comerciais cabem alguns Regulamentos e também seguir o Código de Conduta e Princípios Éticos FS16 - Iniciativas para melhorar a educação financeira por tipo de beneficiário. Página 30 a 35 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 49 C ARTA DE A S S E G U R A Ç Ã O I NS P ER 50 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 51 C E RT I F I CA D O G R I 52 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 V I SÃO GE R A L VISÃO DE FUTURO A tendência de envelhecimento da população e o potencial aumento dos custos de saúde, impulsionados pela maior incidência de pandemias globais e de enfermidades relacionadas às mudanças climáticas, representam pressões de demanda significativas para planos de previdência e saúde. No entanto, no caso da Fundação CESP, estas pressões já são devidamente endereçadas por meio de iniciativas de saúde preventiva e educação financeira e previdenciária, e consistem, então, em oportunidades de crescimento. A consolidação deste cenário exigirá a manutenção de uma política de investimentos responsável, voltada à identificação de riscos e oportunidades de longo prazo, incluindo questões econômicas e socioambientais. Estes desafios são complexos e demandam uma gestão responsável, transparente e capaz de reunir participantes, patrocinadores, credenciados e empregados em torno de objetivos comuns. TEMA CRÍTICO PORQUE É RELEVANTE RESPOSTAS DA FUNDAÇÃO CESP Educação para a Sustentabilidade O endereçamento dos temas críticos de sustentabilidade da Fundação CESP exigem o engajamento de todos os participantes, patrocinadores, credenciados e empregados. Esta construção conjunta demanda esforços para a realização de iniciativas voltadas à sensibilização e educação destes públicos. Os programas que a Fundação CESP oferece para empregados e beneficiários em geral visam a educação para a sustentabilidade individual e coletiva. Além do Mais Saúde, Vida Investe e dos Investimentos Responsáveis, a entidade ainda realiza iniciativas como o Corpo e Saúde, que propõe atividades físicas, passeios culturais e palestras sobre diversos temas de saúde, e o programa de Consumo Consciente, que busca despertar a consciência para o uso de energia, água, papel, plástico, metal e de consumo em geral. Envelhecimento da População Uma população com menos jovens e adultos e mais idosos levará a uma maior pressão sobre os sistemas públicos e privados de previdência e planos de saúde e terá impactos significativos sobre os cálculos atuariais. Com contas equilibradas e cálculos atuariais conservadores, a Fundação CESP se programa, desde já, para pagar aposentadorias vitalícias mais longas. Quando um desequilíbrio é detectado, a Fundação revisa as condições do plano. Para garantir qualidade de vida aos pacientes e reduzir gastos mais expressivos, como os de internações frequentes e procedimentos emergenciais, a Fundação investe na educação e na prevenção, no âmbito do programa Mais Saúde. Saúde Preventiva Saúde preventiva é a solução com o melhor custo benefício para os desafios apresentados pelas doenças associadas ao envelhecimento da população, pandemias e maior vulnerabilidade causada pelas mudanças climáticas. Prevenir uma doença, ao invés de tratá-la, é garantia de mais qualidade de vida às pessoas e de redução do volume de internações e procedimentos complexos, diminuindo também a pressão sobre os planos de saúde e saúde pública. A Fundação CESP oferece programas educativos, focados na prevenção, e planos assistenciais aos participantes ativos de seus planos de previdência e saúde. Entre as inciativas, merece destaque o Mais Saúde, criado em 2012. Trata-se de uma iniciativa focada na educação em saúde e prevenção de doenças. Gratuito e disponível a todos os participantes ativos, assistidos e seus dependentes, o programa envolve palestras com médicos e especialistas, divulgação de informações nos canais de comunicação da Fundação e gestão de patologias com equipe multidisciplinar. Educação Financeira e Previdenciária O equilíbrio dos compromissos financeiros da Fundação CESP no longo prazo depende diretamente da intenção de investimentos de seus beneficiários, além dos aportes dos patrocinadores e do retorno de seus títulos no mercado financeiro. Isso demanda esforços no sentido de educar os associados para fazerem boas escolhas financeiras, melhorando sua capacidade de administração pessoal no longo prazo, de forma que haja equilíbrio entre consumo no presente e poupança para o futuro, garantindo seu bem-estar e perenidade. A Fundação CESP mantém, desde 2010, o Vida Investe, programa gratuito e acessível aos participantes ativos e assistidos dos planos previdenciários, além de seus familiares. Em seu âmbito, são ministradas palestras, promovidos eventos e disponibilizados conteúdos, todos acessíveis por meio do portal do programa e pelas publicações da Fundação CESP. Por meio de uma linguagem simples, que rompe com o “economês” tradicional, o programa transforma temas áridos e de difícil compreensão em algo agradável e de fácil entendimento. Riscos socioambientais podem inviabilizar a capacidade das empresas de gerar retorno no longo prazo e, portanto, impactam a capacidade da Fundação de honrar os compromissos com seus beneficiários. Desta forma, é fundamental a inclusão de variáveis socioambientais na seleção e gestão de ativos com objetivo de garantir o retorno de longo prazo dos investimentos e incentivar adoção de práticas mais sustentáveis por parte das empresas que recebem os investimentos da Entidade. A Fundação CESP é signatária do PRI (Principles for Responsible Investment) e participa ativamente das reuniões e dos encontros realizados no âmbito deste fórum. Além disso, adota procedimentos para avaliação e classificação de riscos ambientais e sociais nas linhas de negócios, conduzindo, junto com outros Fundos de Pensão, uma discussão para definição destes procedimentos na avaliação de ativos financeiros. Atualmente, a Fundação também solicita aos corretores e gestores externos a adesão ao PRI. Com isso, objetiva disseminar e encorajar os gestores de investimento e corretores a incorporar critérios socioambientais em suas decisões de investimento. Investimentos Responsáveis PERFIL INSTITUCIONAL A Fundação CESP, em 2013, chega aos 44 anos como a maior Entidade Fechada de Previdência Complementar de capital privado do Brasil. Em números, isso representa mais de 120 mil participantes e R$ 23 bilhões em patrimônio administrado. A entidade mantém programas assistenciais para os participantes de seus planos previdenciários, como Auxílio-Medicamento, Prótese e Órtese, além de Apoio para Incapacidades e oferece ainda Empréstimos e Seguros, por meio de parcerias com instituições financeiras renomadas. R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 53 FAÇA SUA PA R T E Como contribuir para UM FUTURO melhor para todos TODOS AQUELES QUE FAZEM PARTE DA FUNDAÇÃO CESP PODEM SE ENGAJAR NA CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO PAUTADO POR BEM-ESTAR, TRANQUILIDADE E SEGURANÇA. CONFIRAM, ABAIXO, ALGUMAS DICAS PARA FAZER A DIFERENÇA E COLABORAR NA CONSTRUÇÃO DO BEM COMUM PATROCINADOR e colaborar para a sustentabilidade dos planos de saúde da Fundação CESP; Incentivar seus empregados a conhecerem os planos de saúde e previdência da Manter o equilíbrio entre consumo no presente e poupança, para garantir um Fundação CESP, como seus benefícios e diferenciais; futuro digno na sua velhice e assegurar volume de capital aos fundos de pen- Sensibilizar a área de Recursos Humanos para a parceria que pode ser firmada são da entidade; com a entidade, para a promoção de cursos e palestras que visem a educação Planejar sua aposentadoria desde cedo, compreendendo o modelo e funciona- financeira e previdenciária e a saúde preventiva; mento dos planos previdenciários, os benefícios a eles associados e as vanta- Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus gens dos aportes voluntários; representantes na assembleia, conselhos e comitês; Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus Promover o consumo consciente em seu local de trabalho, educando os em- representantes na assembleia, conselhos e comitês; pregados para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar outras matérias-primas. para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras matérias-primas; PARTICIPANTE Trabalhar, diariamente, em prol do bem comum que a entidade representa, Cuidar de sua saúde preventivamente, para ter mais qualidade de vida para si dedicando-se à sua atividade com compromisso, seriedade e boa vontade; e colaborar para a sustentabilidade dos planos de saúde da Fundação CESP; Atuar sempre de acordo com o Código de Conduta e Princípios Éticos da Fun- Manter o equilíbrio entre consumo no presente e poupança, para garantir um dação CESP. futuro digno na sua velhice e assegurar volume de capital aos fundos de pensão da entidade; CREDENCIADO Planejar sua aposentadoria desde cedo, compreendendo o modelo e funciona- A rede credenciada deve incentivar a saúde preventiva dos usuários dos planos mento dos planos previdenciários, os benefícios a eles associados e as vanta- de saúde da Fundação CESP, promovendo assim mais qualidade de vida a gens dos aportes voluntários; eles, e desonerando o sistema de exames e procedimentos mais complexos Acompanhar os debates e decisões tomadas pela Fundação, por meio de seus e caros; representantes na assembleia, conselhos e comitês; Devem buscar processos e sistemas eficientes de gestão, visando a excelência Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar para a redu- dos serviços; ção no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras matérias-primas. Devem combater fraudes e fiscalizar os serviços e valores oferecidos aos beneficiários da Fundação CESP; EMPREGADO Cuidar de sua saúde preventivamente, para ter mais qualidade de vida para si 54 R E L AT Ó R I O D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 1 2 Promover o consumo consciente em seu local de trabalho e colaborar para a redução no consumo de água, energia elétrica, papel, entre outras matérias-primas. PATROCÍNIO: AGRADECIMENTOS: Agradecemos à Sandra Sinicco, da empresa GrupoCasa, que nos introduziu no universo da sustentabilidade e nos auxiliou a dar o pontapé inicial; à Gestão Origami – e, em especial, ao Aerton Paiva - que, desde o início, caminha junto, nos ensinando, orientando e ajudando a concretizar nosso projeto de sustentabilidade; e ao Bruno Vio e à Sabrina Feldman, nossos parceiros na construção deste relatório.