8 - Auxiliadora Predial

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8 - Auxiliadora Predial
SUMÁRIO
PANORAMA
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PRODUTOS E SERVIÇOS
8
Notícias envolvendo o universo condominial.
jan/fev/mar 2013 Edição Nº 198
CONSELHO EDITORIAL
Ingo Voelcker, Christian Voelcker,
Antônio Azmus, Jalcedir Novello,
Marjorie Albuquerque, Fátima Rama
e Luciene Machado
COORDENAÇÃO
Fátima Rama
(Especialista de Marketing)
Auxiliadora Predial comemora crescimento
e lança metas para 2013.
Programas de saúde ocupacional contribuem
para o bom desempenho dos trabalhadores.
10
EDITORA EXECUTIVA
Luciene Machado
jornalista responsável - MTb 4480
[email protected]
ENTREVISTA
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gestão
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As opções para utilização do apartamento
que era do zelador residente.
18
Questões que envolvem as férias do
pessoal que trabalha nos condomínios.
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Eronita Rezende Alame, síndica do
Edifício Baltimore, em Capão da Canoa.
PRODUÇÃO EDITORIAL
Palavra-Prima - 51 9808.7497
[email protected]
reportagem e fotografia
Clarissa Thones – Mtb 12.688
Luciene Machado – Mtb 4480
Tatiana Gappmayer – Mtb 8888
capa
Fátima Rama
COMER­CIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS
Artesul - 51 3228.0787 - 9981.3176
[email protected]
PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA
Paica Estúdio Gráfico - Tiba
Seguradoras oferecem nova modalidade
de seguro obrigatório.
capa
Os prós e contras de remunerar a
representação legal nos condomínios.
DISTRIBUIÇÃO
22
Faster Mail Logística em Postagem
A Revista Síndico não se responsabiliza pe­­la
qualidade dos serviços prestados e pe­­los
produtos oferecidos pelos anun­­cian­­tes, sendo
os mesmos de inteira res­­­ponsabilidade das
empresas anunciantes. Não é permitida a
reprodução de tex­­­tos desta publicação sem
autoriza­­ção da editora, por escrito.
segurança
Sinalizadores visuais para
advertência no topo dos edifícios.
Seu edifício já tem o Laudo Técnico de Inspeção Predial?
manutenção
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Fachada bem conservada é o
cartão de visitas do prédio.
34
sustentabilidade
37
Sensores de presença microcontrolados
podem reduzir o consumo de energia.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
3
panorama
Dia 11 de fevereiro parabenize o zelador
Aqueles que tornam a rotina dos condomínios mais fáceis para seus
moradores merecem uma data para chamar de sua. Por isso, em 11 de
fevereiro é comemorado o Dia do Zelador, um momento para recordar
a importância dessas pessoas que trabalham dia a dia para manter as
dependências dos edifícios e o bem-estar de todos. Parabéns a esses
colaboradores que estão sempre disponíveis para ajudar. Marque no
calendário o dia e não se esqueça de cumprimentar o seu zelador!
Um jeito diferente de descartar o lixo orgânico
Em uma residência, cerca de 40% do resíduo produzido é de origem
orgânica. São restos de comida, cascas de frutas e de ovos ou o conteúdo
daquele pote que ficou guardado na geladeira por tempo demais. Dentro de
casa, esse material produz mau cheiro e pode atrair insetos. Uma alternativa
ao descarte no lixo comum ou à transformação em adubo – medida que exige
espaço e tempo – são os trituradores de alimentos. A solução já é comum nos
Estados Unidos, onde mais de 80% das moradias possuem o equipamento, e
em alguns países europeus, nos quais estão presentes em aproximadamente
60% dos lares. Algumas cidades, inclusive, como Nova Iorque e Chicago,
contam com incentivos fiscais para quem instala esses aparelhos.
Por sua característica sustentável, uma vez que evita o uso de sacolas
plásticas e o envio dos resíduos para aterros sanitários, a procura por esses
produtos vem aumentando também no Brasil. A InSinkErator, multinacional
americana criadora do dispositivo em 1927 e que atua no País desde a década
de 1990, conta com modelos para utilização doméstica, como o Evolution 200
e o 55. O primeiro é o mais potente, tem três estágios de trituração,
capacidade de 1.180 ml e seis anos de garantia. Já o segundo, possui porte
intermediário, capacidade de 980 ml, garantia de três anos e é indicado para
famílias pequenas.
Os trituradores são instalados embaixo da pia e ligados à tubulação de
esgoto. Não possuem lâminas e precisam apenas de uma fonte de eletricidade
para funcionar. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o consumo
de energia mensal equivale a uma lâmpada de 100 watts ligada por uma hora.
Para seu funcionamento, basta abrir a torneira de água fria, acionar o botão e
colocar os alimentos no bocal que substitui o ralo da pia. Tudo é triturado e
enviado para a rede de coleta de esgoto e, após, para a estação de tratamento.
O gasto com água é inferior a 1% do total empregado em uma residência.
Custos O Evolution custa R$ 3.250,00 e o modelo 55, R$ 1.050,00.
Para saber mais sobre os aparelhos – e onde encontrá-los, ligue para
0800-553770 ou acesse www.insinkerator.com.br
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síndico 198
Marcenaria como hobby
Não é preciso a habilidade de um Geppetto,
que esculpiu o boneco Pinóquio, para descobrir
os benefícios de se trabalhar com madeira.
Parece mesmo um pouco de magia a
possibilidade de criar um objeto partindo do
zero, mas basta curiosidade para entender os
conceitos básicos que envolvem a produção de
peças como bancos e mesas. Foi com a
intenção de transformar essa vontade em um
hobby inovador, e que ainda alivia o estresse
cotidiano, que surgiu a Confraria da Madeira,
em Porto Alegre. “É a concretização de um
arquitetas Rosa Prezzi e Isabel
sonho. A iniciativa une uma paixão pessoal, a
Magalhães, com bancadas
marcenaria, com um novo negócio, a partir de
individuais e todos os equipamentos
uma lacuna existente no mercado”, aponta o
disponíveis. As máquinas, como
economista André Campos, idealizador e
serras, tupias e plainas, são usadas na
fundador da empresa.
presença dos instrutores, que são
mestres-carpinteiros. Novas técnicas
Por meio de cursos práticos, os alunos
compreendem a arte de manipular a madeira
vão sendo repassadas a cada etapa, que começa com o Básico em
desde o preparo do material, a utilização
Marcenaria, sendo um banco o primeiro projeto a sair do papel, depois há
adequada e segura das ferramentas até o
o Avançado em Marcenaria e o Marcenaria Livre. A Confraria oferece
acabamento final. E têm a satisfação de serem
também outras opções, como a Machetaria. As turmas são formadas por,
responsáveis pela fabricação do próprio móvel.
no máximo, 15 pessoas e os valores mensais variam de acordo com a
As aulas ocorrem de segunda a quinta-feira, nos
frequência: uma vez por semana custa R$ 320,00 e duas vezes, R$ 620,00.
turnos da tarde e noite, e aos sábados, pela
Mais informações pelos fones: (51) 3279-3644 ou 3279-3599 ou pelo site:
manhã, em um galpão adaptado pelas
www.confrariadamadeira.com.br.
Auxiliadora Predial realiza pesquisa e revela o perfil do síndico cliente
De acordo com levantamento realizado pela Auxiliadora Predial no
segundo semestre de 2012, 60% dos síndicos dos condomínios gerenciados
pela empresa são do sexo masculino e as mulheres correspondem a um
percentual de 38%.
Maioria dos síndicos tem mais de 50 anos
O estudo mostra que a maioria tem entre 51 e 60 anos, 30,02% dos mais de
1.500 síndicos pesquisados. Com 22,40%, os síndicos entre 41 e 50 anos
ocupam o segundo lugar e, na sequência, estão os síndicos com idade entre
61 e 70 anos (21,65%). A pesquisa revela ainda que o percentual de
síndicos com idade entre 31 e 40 anos é de 11,96%, entre 71 e 80 anos,
8,12%, entre 81 e 90 anos, 2,89%. Os administradores jovens, com idade
entre 19 e 30 anos representam apenas 2,83%, enquanto os mais idosos,
com idade entre 91 e 100 anos representam 0,13% do universo pesquisado.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
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produtos & serviços
F
Auxiliadora Predial comemora
crescimento em 2012 e programa
as metas do próximo ano
echando o ano com números sur­­­
preen­­dentes na área de vendas e
franquias, a Auxiliadora Predial tem
planos ousados para 2013. A nova pos­
tura da empresa, que vem desde o ano
de 2008, já resultou em um aumento de
60% no volume de vendas e 50% no nú­
mero de franquias. Hoje, a Auxiliadora
Predial está quase que em todos os bair­
ros de Porto Alegre, em São Paulo, Pa­
raná e Santa Catarina, além do interior
do Rio Grande do Sul. Esse crescimento
é facilmente resumido na fala do diretor
Nacional de Vendas, Franquias e Marke­
ting da Auxiliadora Predial, Antonio
Azmus “Em 2008 tínhamos sete lojas.
Hoje temos 60”.
O modelo de gestão da Auxiliadora
Predial segue o padrão das maiores imo­
biliárias do cenário internacional, inves­
tindo na busca de franqueados que pos­
suam um perfil adequado ao padrão de
negócio da empresa. Além dessa pré-­
identificação, outra receita imprescindí­
vel para o sucesso das franquias é o acom­
panhamento sistemático e a incorpora­
ção do padrão de negócio e da marca da
Auxiliadora Predial por parte das fran­
queadas. “Se o franqueado está dentro
do perfil, as chances de obter sucesso
financeiro são enormes. Realmente, as
franquias são como filhos para nós,
acompanhamos o desenvolvimento de
cada uma”, reitera Azmus.
O sucesso com os franqueados pode
ser provado com a conquista em dois
anos consecutivos do Selo de Excelência
em Franchising, concedido pela Associa­
ção Brasileira de Franchising (ABF). O
prêmio avalia as empresas entrevistando
seus franqueados, em diversos níveis de
satisfação, o que comprova que a seleção
e o acompanhamento de franquias da
Auxiliadora Predial está no caminho
certo. “Tivemos notas muito altas de nos­
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síndico 198
Franquia de Guaíba foi a mais recente a abrir as portas para o público. No final de 2012 outras
lojas, como a de Florianópolis, estão em processo de contratação e definição de ponto
sos franqueados em todos os níveis ava­
liados pela pesquisa”, confirma Azmus.
Metas ousadas para 2013
Com presença consolidada em quase
toda a grande Porto Alegre, os planos de
expansão da Auxiliadora Predial se vol­
tam em 2013 para o Paraná, São Paulo e
Santa Catarina. Já em dezembro, a segun­
da loja da empresa está sendo aberta em
Florianópolis, com uma terceira em pro­
cesso de contratação. “Assim como Porto
Alegre e Curitiba, a tendência em Floria­
nópolis é estar presente nos bairros mais
importantes. Quem é do Sul da Ilha não
compra no Centro e assim sucessivamen­
te. Queremos, no mínimo, chegar a cin­
co lojas em Florianópolis”, explica Azmus,
que também destaca a abertura de mais
uma unidade no interior do Estado. “De­
pois de Guaíba, estamos abrindo uma
nova loja em Lajeado, cidade com um
mercado promissor nas áreas de constru­
ção civil, serviço e comércio”, detalha o
diretor. A busca de presença no interior
do Rio Grande do Sul também continua,
com a identificação de cidades estratégi­
cas para os planos da empresa. Algumas
informações ainda não podem ser divul­
gadas, já que o planejamento é ousado e
precisa antever tendências de, no míni­
mo, cinco anos à frente. “O que podemos
dizer é que muitas novidades são espe­
radas para o próximo ano. Nossa estru­
tura vem crescendo muito e a tendência
é que esse processo continue. Em 2008
tínhamos uma área de franquias peque­
na, com dois funcionários e hoje estamos
com uma estrutura forte, um Departa­
mento de Marketing mais atuante e agen­
tes de expansão que estão constantemen­
te em busca de novas oportunidades”,
finaliza Azmus.
Agência Gravataí
produtos & serviços
T
Saúde do trabalhador
monitorada e protegida
odo administrador preocupa-se em
reduzir a incidência de acidentes e
também diminuir a ocorrência de do­
enças do trabalho. O Programa de Con­
trole Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) e o Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA) buscam
atender a esses quesitos. Os condomí­
nios que têm funcionários, mesmo que
seja apenas um, precisam adotar os dois
programas, que são interligados em al­
guns momentos.
Exames do PCMSO
O PCMSO, inclui o exame admissional
(no ingresso), exame periódico (acom­
panha a saúde de empregados e a perio­
dicidade varia conforme os riscos e po­
de ser semestral, anual ou bianual), re­
torno ao trabalho (exame realizado no
primeiro dia de volta ao trabalho após
um período de afastamento igual ou su­
perior a 30 dias por motivo de doença,
acidente ou parto) e exame demissional
(avaliação clínica do trabalhador).
Mapa de riscos
O programa é planejado especialmente
com base no mapa de riscos do PPRA.
Se o funcionário está submetido, por
exemplo, a um ruído insalubre no am­
biente, o PCMSO irá determinar que
sejam feitas audiometrias.
Convenção coletiva de trabalho
define sobre serviços de saúde
Margarete de Quevedo é supervisora de
Administração de Pessoal da Auxiliadora
Predial
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síndico 198
A Cláusula 50ª da Convenção Coletiva de trabalho 2012/2013 dos funcionários
de condomínios determina a obrigatoriedade de os condomínios prestarem serviços de saúde a seus empregados, nas seguintes condições: o serviços poderão
ser prestados diretamente ou através de convênios com prestadores de serviços
de saúde; relativamente à assistência médica, a obrigação está limitada a consultas e atendimento ambulatorial. A abrangência dos serviços a serem conveniados será aquela que se adequar às possibilidades financeiras do empregador
que por elas optar.
Riscos mais frequentes
encontrados nos
condomínios
Entre os riscos ambientais mais comuns entre os condomínios, estão aqueles causados por
agentes químicos, ou seja, o contato com sabões,
detergentes e desinfetantes. “A proteção da
saúde e prevenção da exposição aos fatores de
risco envolve medidas de engenharia e higiene
ocupacional, mudanças na organização e gestão
do trabalho e de controle médico dos trabalhadores expostos”, assegura Paulo Ferraz, engenheiro de Segurança do Trabalho e diretor presidente da PRF Engenharia de Sistemas.
Isso passa pela comunicação dos riscos aos
trabalhadores, diminuição do tempo de exposição e do número de trabalhadores expostos;
utilização de EPIs, de modo complementar às
medidas de proteção coletiva.
Ferraz diz que também é importante promover treinamento sobre o uso de EPIS, além de
adotar medidas de controle médico e monitora­
mento biológico dos funcionários.
Identificação de rotinas e
adoção de atitudes preventivas
Após a identificação de rotinas que precisam ser melhoradas,
são feitos os ajustes necessários, como a utilização de luvas pelos
funcionários que lidam com produtos químicos e recolhem lixo. Outro exemplo é a indicação da necessidade de fechamento de uma
central de gás que foi encontrada aberta. Será recomendado que a
entrada da central deve ficar restrita apenas a pessoas autorizadas.
A Norma Regulamentadora 9, uma das que rege os Programas,
acompanha diversos aspectos, caso de riscos físicos (ruídos, calor
ou frio no ambiente), químicos (material de limpeza), biológicos
(limpeza de banheiros), ergonômicos (trabalho repetitivo), condições
físicas (central de gás e rede elétrica) e prevenção de acidentes (extintores e rede elétrica), para citar alguns exemplos.
Uma medida imprescindível, de acordo com Margarete de Quevedo, supervisora de Administração de Pessoal da Auxiliadora Predial,
é documentar a entrega dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) para os funcionários. “Criando-se esse hábito, fica assegurada
a rotina de enfatizar aos trabalhadores sobre a importância de cumprir as normas”, lembra.
Laudo técnico e avaliação
O laudo técnico que integra o PPRA é fornecido
e assinado por um engenheiro de segurança do
trabalho. “É este profissional que executa medições e análises tanto no edifício, caso de extintores, iluminação, gás, e também no caso dos funcionários, como a exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos de risco”, orienta Margarete.
A necessidade do PPRA é informada pela
Auxiliadora Predial a todos os condomínios que
possuem funcionários. O síndico é comunicado
pelo seu assessor da exigência e necessidade de
efetuar o laudo do PPRA que, depois de finalizado, é arquivado na pasta do condomínio, para o atendimento a futuras fiscalizações que
venham a ocorrer. Os casos em que devam ser
executadas eventuais modificações no condomínio são informados ao síndico. “Lembramos
que as ações judiciais por doença ocupacional,
em geral requerem grandes indenizações, podendo comprometer a saúde financeira do condomínio, sem contar os dissabores e a tendência
da multiplicação destes feitos judiciais num
mesmo local de trabalho”, lembra Margarete.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
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entrevista
“Síndico ideal é o que é vigilante e
toma as atitudes na hora certa”
Ao lado do porteiro eletrônico, na porta do Edifício Baltimo-
do em todos os botões. Sou uma síndica facilmente localizável”,
re, no Centro de Capão da Canoa, encontra-se fixado um pe-
brinca ela que cumpre sua segunda gestão no Condomínio.
queno cartaz com o contato da síndica. Questionada sobre o
Eronita é fitoterapeuta e divide seu tempo entre gerenciar o
porquê da atitude, já que é uma circunstância incomum, Ero-
Edifício, uma de suas paixões, e o seu sítio, situado em frente
nita Rezende Alame responde: “pensei em facilitar a vida de
ao Iate Clube, em São Jerônimo, outro amor revelado na en-
todos. Se desejam me encontrar, não precisarão ficar apertan-
trevista, além da Revista Síndico, de quem se diz fã número 1.
Qual é a estrutura física do
Condomínio ?
O condomínio tem 20 apartamentos e
15 vagas para veículos.
Quantos funcionários trabalham no
Condomínio?
Temos só uma zeladora residente.
Como está composta a administração
do Edifício?
Havia uma subsíndica eleita, porém ela
vendeu o imóvel. Na próxima assembleia
extraordinária será escolhido o novo re­
presentante. Conto com o apoio do Con­
selho Consultivo, onde destaco as conse­
lheiras Cleonice, Graziela e Vera, com
quem eu divido as questões do prédio e
busco aconselhamento quando tenho dú­
vidas. Submeto a elas as ideias, os projetos
a implantar, os orçamentos e tudo mais.
É sua primeira gestão?
Segunda, iniciada em março de 2012. Eu
morava em frente ao Baltimore, no edi­
fício Porto Seguro. Quando meu esposo,
José Cândido Alane foi selecionado para
ser zelador deste prédio, viemos morar
na zeladoria. Em pouco tempo, adquiri­
mos um apartamento aqui e assumi como
síndica, eleita pelo voto.
Como é o seu dia a dia no
Condomínio?
Quando não estou presente no Edifício,
ligo diariamente para a zeladora, a fim
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síndico 198
última troca do telhado do condomínio,
onde foram colocadas telhas Brasilite,
foram deixadas desfeitas áreas conjugadas
ao telhado (e que protegiam da entrada
da chuva). Refizemos essa área e terminou
a infliltração de água nos apartamentos.
Atualmente estamos com a certificação
digital em dia. E também o Laudo de Ins­
peção Predial já foi feito no condomínio.
Se não fosse a abençoada Revista Síndico eu não teria relembrado dos prazos.
de saber como estão as coisas. Não tenho
mais o hábito de frequentar a praia, por­
tanto quando estou em Capão, fico com
a família e me dedicando ao condomínio
e aos moradores.
Quais foram as primeiras medidas
instituídas na sua administração?
Na primeira gestão, pintamos todo o pré­
dio e revestimos a parte leste com pasti­
lhas. Na nova gestão, refizemos o madei­
ramento e substituímos os vidros das ja­
nelas da casa de máquinas. Estavam na
UTI. Sou atenta aos pequenos detalhes que
podem gerar um acidente, por isso, pro­
videnciei a instalação de um pega-mão na
saída da casa de máquinas. Com isto, foi
proporcionada segurança de acesso a to­
dos que transitam no local. Sejam os téc­
nicos de tv a cabo, dos elevadores e pes­
soal da limpeza. Também de forma emer­
gencial, arrumamos as janelas dos poços
de luz de todos os andares. Ela estavam
deterioradas e com as vidraças quebradas.
Que outras iniciativas podem ser
destacadas?
Adoção de um bicicletário. As bicicletas
eram jogadas nos boxes. Alguns mora­
dores que não têm esse espaço, colocavam
suas bicicletas nas vagas de garagem dos
outros e isso gerava descontentamento.
Agora temos local para até 10 bicicletas.
Também na garagem, adequamos a loca­
lização das lixeiras de lixo orgânico e se­
letivo. Outros problemas resolvidos foram
os vazamentos e infiltrações nos aparta­
mentos de cobertura. A empresa contra­
tada para o conserto descobriu que na
Mais alguma ação relevante?
Sim, houve um temporal de granizo que
danificou as janelas da casa de máquinas.
Eu descobri que esse dano estava ocasio­
nando altas despesas com a manutenção
dos elevadores, que viviam travando. De
acordo com o pessoal técnico, o elevador
ia queimar. Felizmente, descobrimos e
consertamos as janelas, vedando total­
mente a entrada de água neste local. Des­
taco ainda o contrato que firmamos com
uma empresa construtora para prestar
serviços de conservação. Um prestador
visita o prédio duas vezes por mês e sem­
pre após temporais. Entre os serviços,
realizam periodicamente a lubrificação
de portões eletrônicos, troca de lâmpa­
das, disjuntores, troca de Brasilites, lim­
peza e desentupimento das calhas. Tudo
que surgir nas áreas comuns no período
contratado é consertado, seja hidráulico,
elétrico ou mecânico. É uma maravilha
ter alguém de confiança no prédio. Fize­
mos vários orçamentos e contratamos
uma empresa que custa em torno de R$
200,00 ao mês. Foi uma economia e tan­
to. Contamos com o jurídico da Auxilia­
dora, para quem levei o contrato do
prestador, para analisar.
Como são realizadas as assembleias?
Ocorrem na Auxiliadora Predial, uma
vez ao ano e quando necessário. Também
realizamos as extraordinárias. A partici­
pação é de menos de 50%.
O que a motivou a ser síndica?
Vários fatores. Entre eles, por gostar mui­
to de me movimentar e ter tempo. Como
estou aposentada, posso me dedicar ao
que é um patrimônio comum. Enfim, sou
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
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entrevista
síndica porque eu gosto de estar atuante
e por o condomínio precisar de mim.
Recebi muitos pedidos de condôminos
para eu voltar à gestão. Como tenho ne­
cessidade de ajudar os outros, aceitei.
Fale um pouco sobre você. A vida
chega a ser impactada pela função de
síndica?
Sou casada há mais de 30 anos, tenho três
filhos: Paulo César, sargento da Brigada
em Eldorado do Sul, que tem dois filhos,
Paula Daiane e Maique, tenho ainda a
Vanete, administradora de empresas, que
tem a filha Maria Eduarda, residem em
Guaíba. E a outra filha é Adriana Resen­
de, psicóloga em Charqueadas, cujo filho
é Felipe. Eu adoro trabalhar, quando se
faz algo com amor, aquela energia dis­
pendida no ato, se transforma em amor
verdadeiro, da cura, do bem-estar. Sou
terapeuta, incluindo a iridologia e fitote­
rapia há mais de 10 anos. Já tive clínica
em Capão e durante 8 meses, gravei um
programa chamado Conexão Litoral, no
Canal 20 de Capão da Canoa, cuja pro­
dutora era Jaqueline Paim. Em cada se­
mana eu abordava uma planta e apresen­
tava suas propriedades medicinais, prin­
cípios ativos para tratamento de doenças
e proporcionar maior qualidade de vida.
Também apresentei um programa com
dica de plantas medicinais na Rádio Ho­
rizonte, com Serginho Oliveira. Fui can­
didata a vereadora em Capão e Charquea­
das. Meu marido reclama um pouco a
minha ausência, em função de eu me
dedicar tanto ao condomínio. Mas ele
acaba entendendo e até me ajudando.
O Edifício tem inadimplência?
Havia bastante no início e foi resolvida
com negociação durante algumas reuniões
na Auxiliadora Predial. Evito ao máximo
usar o recurso da Justiça, tento negociar,
me esforço e, com muito diálogo e com­
preensão, consigo bons resultados. Cerca
de 70% foi resolvida. Acredito que a
inadimplência é agravada quando sobe
muito a taxa condominial. As pessoas dei­
xam de pagar por necessidade, ninguém
tem prazer em não pagar uma conta.
Como você avalia o atendimento da
Auxiliadora Predial?
Muito bom. No início da gestão eu ia
quase diariamente a imobiliária com vá­
rios questionamentos para entender o
Perfil
Um lugar especial
Leitura
Como você define o papel do síndico?
Tem gostar muito, ser dinâmico, pulso
firme, tratar todos da mesma maneira.
Saber tomar atitudes na hora certa e ser
vigilante.
Que orientação pode ser dada a um
síndico de primeira viagem?
Começar a engatinhar é sempre difícil,
seja para um bebê, seja para um adulto.
Aconselho a pegar apoio de todos, es­
pecialmente de sua administradora e
sempre ler a Revista Síndico, que traz
dicas de utilidade para um bom gestor
que queira manter o seu condomínio
com menos gastos e novas ideias.
O apartamento que estou adquirindo em
Fortaleza e meu sítio em São Jerônimo
Viagem que pretende fazer
Um sonho
administrativo do prédio. Chegava a ficar
chateada de tanto que eu importunava a
imobiliária, mas todos me atendiam mui­
to bem. Sem falar na Revista Síndico,
que é meu braço direito. Leio inteirinha.
Nova Iorque, Estados Unidos
Ver o Baltimore todo reformado e ter mais união,
diálogo com os moradores
Revista Saúde e a Revista Síndico
Uma personalidade A
presidente Dilma, por ser a primeira
mulher a governar o Brasil
O vizinho ideal
É aquele que está sempre disposto a dialogar
Uma alegria Ajudar
O futuro V
ivo
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síndico 198
a cuidar do Planeta e ver ele melhorando
o presente, sou feliz cada dia que amanhece
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
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gestão
Nova modalidade disponível para o
seguro obrigatório do condomínio
Além do seguro normal obrigatório existente com cobertura básica simples para incêndio, raio,
explosão e queda de aeronave, as seguradoras agora oferecem uma opção mais ampla
A
contratação do seguro é obrigatória
por lei e os síndicos são os respon­
sáveis por sua contratação e renovação
nos condomínios que administram. A
novidade nesta área ocorreu em virtude
da Resolução 218/2010, do Conselho
Nacional de Seguros Privados, do Minis­
tério da Fazenda. Ela determinou que
fossem oferecidas coberturas em duas
modalidades: básica simples e básica am­
pla. Assim, desde julho de 2011, as segu­
radoras já dispõem desses produtos para
comercialização e os síndicos podem
optar por continuar com a simples ou
adotar a ampla.
A exigência do seguro para edifica­
ções está expressa no Decreto-Lei nº
73/1966 e na Lei Nº 10.406/2002, que
define como obrigatório o seguro para a
edificação ou o conjunto de edificações,
abrangendo todas as unidades autôno­
mas e partes comuns, de seguro contra
o risco de incêndio ou outro risco que
cause destruição no todo ou em parte.
De acordo com Adalina Marques, geren­
te da Auxiliadora Corretora de Seguros,
o síndico tem 120 dias de prazo, a contar
da emissão do “habite-se”, para fazer a
contratação deste tipo de seguro.
A diferença entre
as duas modalidades
Cobertura Básica Simples: Incêndio,
queda de raio, queda de aeronaves, fu­
maça e explosão de qualquer natureza
(verba total para o prédio), e as demais
acessórias conforme necessidade do con­
domínio. As franquias são estipuladas
por coberturas.
Cobertura Básica Ampla: cobertu­
ra para todos os eventos que possam
causar danos físicos materiais ao imóvel
segurado, exceto os expressamente ex­
cluídos no contrato, como: desgaste
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síndico 198
Adalina recomenda a contratação das de
Responsabilidade civil, como coberturas
acessórias adicionalmente.
Coberturas acessórias mais solicitadas nos condomínios
 Queda de portão de garagem sobre veículos
 Roubo de bens do condomínio (adereços de hall, luminárias, equipamentos
de combate à incêndio, quadros, móveis e outros)
natural pelo uso ou por falta de manu­
tenção e má conservação. A franquia é
única para qualquer tipo de sinistro
ocorrido. Hoje, a menor oferecida é de
R$ 20 mil por evento.
Coberturas acessórias
Aqueles que optarem pela Cobertura
Básica Simples, poderão contratar cober­
turas adicionais, de acordo com os riscos
a que estiver sujeito o condomínio segu­
rado. Nessa cobertura, a lei define, ainda,
que a importância segurada contratada
é única para todas as garantias contrata­
das, não podendo ser estabelecidos sub-­
limites. Além das coberturas físicas,
Custos inviáveis
“As seguradoras ainda estão se adequan­
do, pois com esta resolução, foi possível
oferecer um seguro mais completo. No
entanto, o custo se tornou inviável para
os condomínios, chegando, muitas vezes
a ser 20 vezes superior ao que estavam
realizando habitualmente. Ainda não
tivemos nenhum condomínio que tenha
feito o de Cobertura Ampla, a maioria
segue contratando o de Cobertura Bási­
ca com coberturas adicionais”, informa
Adalina, que alerta que, como as segura­
doras ainda não têm uma estatística de
ocorrência de sinistros, o preço desse
seguro fica bem aquém do poder aqui­
sitivo da maioria dos condomínios. Lem­
brando sempre que, em ambos há ainda,
as coberturas de Responsabilidade Civil
(RCCs), que estão excluídas na Ampla e
que são importantes para proteger o con­
domínio de ações jurídicas. Existem ou­
tras, as chamadas acessórias, cujas mais
solicitadas atualmente são as para queda
de portões de garagem, roubo de bens
do condomínio, entre outros. Ela lembra
ainda: o seguro do condomínio é de res­
ponsabilidade do síndico, por isso é im­
portante ele se precaver e fazer um segu­
ro bem adequado às necessidades do
mesmo”, alerta. Esclarecimento de dúvi­
das pelo fone (51) 32166190.
COBERTURA SIMPLES
R$ 10.000.000,00
incêndio, raio, explosão e queda de aeronaves
R$ 500.000,00
vendaval, impacto de veículos terrestres
R$ 150.000,00
danos elétricos
R$ 50.000,00
quebra de vidros
R$ 30.000,00
tumultos
Cobertura ampla
(todos os riscos)
R$ 10.000.000,00
Não contratada
desmoronamento
Não contratada
vazamento de sprinklers
Não contratada
alagamento
Não contratada
qualquer dano físico à edificação ou equipamentos
Fonte: Marítima Seguradora
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
17
gestão
Apartamento do zelador recebe
novos destinos nos condomínios
Espaços de lazer ou de geração de renda são opções quando o funcionário não reside mais na edificação
O
s moradores do Condomínio Edi­
fício Gran Vita, na Zona Norte de
Porto Alegre, terão em breve uma nova
opção de lazer – uma sala de cinema, com
cerca de 15 lugares, está sendo instalada
no local construído para ser a moradia
do zelador. A ocupação deste espaço pa­
ra entretenimento ou para geração de
renda já aparece como uma tendência nos
condomínios, quando a função de zelador
residente deixa de existir.
Com 272 apartamentos, o Gran Vita
é um condomínio novo, com apenas um
Leonardo Eggers é
síndico do Edifício
Gran Vita, na Zona
Norte de Porto
Alegre, onde está
sendo construída
uma sala de cinema
no apartamento
destinado ao zelador
18
síndico 198
ano de existência. E, mesmo que já não
seja comum a função de zelador que mo­
ra no prédio, foi construído um pequeno
apartamento com essa finalidade, na
planta original do conjunto de prédios.
O síndico Leonardo Eggers conta que
o espaço ficou sempre de portas fechadas,
uma vez que todo o serviço de zeladoria
funciona em horário comercial, sem que
os funcionários residam no local. Como
já existe uma estrutura de lazer bastante
completa no condomínio (com área de
esporte, atelier de arte e sala de compu­
tadores, entre outros), ainda não havia
um projeto para dar um destino àquele
espaço. Até que, em conversa com os
condôminos, surgiu a ideia de transfor­
má-lo em sala de cinema.
“A proposta foi levada à assembleia e
aprovada, e logo em seguida começamos
a construção. Já instalamos o ar condi­
cionado e pretendemos, ainda em janei­
ro, termos o espaço pronto para ser uti­
lizado”, diz o síndico.
O projeto da sala de cinema foi de­
senvolvido sem custo pela vizinha e ar­
quiteta Patricia Homem. O investimento
total, incluindo adaptação do local, ins­
talação de home theater, projetos e pol­
tronas, ficou em torno de R$ 14 mil.
“Esse investimento faz parte de um
montante programado para o ano e que
contempla outras benfeitorias do condo­
mínio, com o custo médio de R$ 4,5 por
morador, durante os 12 meses. Esse bai­
xo investimento pelo morador facilitou
muito para que conseguíssemos aprovar
com facilidade o projeto”, explica.
Após a conclusão, a sala de cinema
deve ser locada por hora-filme, com uma
taxa ainda a ser definida em assembleia.
Aprovação em Assembleia Geral
São muitas as opções para a ocupação do
espaço construído para ser, originalmen­
te, o apartamento do zelador. De acordo
com o consultor jurídico da Auxiliadora
Predial, Pedro Becker, essa questão não
é expressamente regulamentada pela le­
gislação e suas resoluções podem ser
votadas em Assembleia Geral, sem pre­
juízo ao condomínio.
O que pode ser feito
no apartamento que
era do zelador
“Entendo que o apartamento do ze­
lador não pode ser vendido sem a apro­
vação da unanimidade dos condôminos
e alteração de todas as frações ideais, o
que tornaria a venda inviável. Entretanto,
a mera alteração de utilização, face ao
não mais uso como apartamento de ze­
lador, pode ser feito mediante autoriza­
ção da Assembleia Geral pelo quórum
estabelecido na Convenção”, pondera.
O consultor assinala, ainda, que se
trata de uma decisão útil e pode, na au­
sência de quórum convencional, ser
aprovado pela maioria dos condôminos
em Assembleia Geral com Ordem do Dia
expressa a respeito.
Projeto da sala de
cinema do Edifício
Gran Vita
 Espaço gourmet
 Sala de cinema
 Sala de recreação
 Sala de estudos
 Espaço de negócios
 Atelier de artes
 Sala de ginástica
 Sala de reuniões ou
assembleias condominiais
 Espaço para adolescentes
V
estiário ou ambiente de
descanso de funcionários
 Locação para moradia
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
19
gestão
Condomínio ganhou espaço para festas
Durante muitos anos, o Condomínio
Edifício Glória, no bairro Bom Fim, em
Porto Alegre, contou com um zelador
residente. Cerca de quatro anos atrás, no
entanto, os condôminos optaram por
ficar apenas com a comodidade de um
porteiro durante as 24 horas e um fun­
cionário de serviços gerais, em horário
comercial. O apartamento onde residia
o zelador, portanto, ficou ocioso.
“Nosso edifício é bem antigo e não
tínhamos um salão de festas, que fazia
bastante falta aos moradores. Como já
teríamos que reformar o apartamento,
que estava em péssimas condições, resol­
vemos, em assembleia, reestruturá-lo
para ter um espaço de lazer”, conta a sín­
dica Darli Regina Soares.
Foram comprados móveis, louças,
geladeira e eletrodomésticos como cafe­
teira e liquidificador. Também foi insta­
lada uma churrasqueira e ar condiciona­
do. À época, foi utilizado dinheiro em
Darli Soares é síndica do Edifício Glória, no Bom
Fim, em Porto Alegre, que ganhou um salão de
festas no lugar da moradia do zelador
20
síndico 198
caixa para a maior parte da reforma.
Hoje em dia, o salão é bastante usufruído
pelos 47 apartamentos. Para o uso, é co­
brada uma taxa de manutenção e limpe­
za, com o custo fixo de um décimo de
um salário mínimo.
Aluguel possibilitou melhorias
O Condomínio Edifício Su Matoni, lo­
calizado no Centro de Capão da Canoa,
está utilizando o antigo apartamento do
zelador para gerar renda e realizar me­
lhorias na estrutura do prédio. Há cerca
de dois anos, o espaço deixou de ser re­
sidência de funcionário e, após ficar fe­
chado durante meses, houve a opção
pelo aluguel.
O prédio tem cerca de 18 anos e a
troca de função do espaço gerou certa
resistência entre os 17 apartamentos. O
síndico Ernesto Krug conta que foi um
longo processo de aceitação.
“Alguns condôminos não queriam
No Edifício Su Matoni,em Capão da Canoa, o
apartamento do zelador foi locado e gera
renda para o Condomínio
alugar, achavam que seria uma preocu­
pação a mais. Mas depois de algum tem­
po com aquele espaço ocioso, consegui­
mos aprovar em assembleia o aluguel.
Hoje, estão todos muito felizes”, garante.
A satisfação é justificável: o espaço
deixou de ser um gerador de despesa e
passou a ser um gerador de receita ao
condomínio. O dinheiro arrecadado com
o aluguel vai para o fundo de reservas e
é utilizado para melhorias no espaço. O
último investimento foi na reestrutura­
ção do jardim do condomínio.
“Além disso, nos livra de uma preo­
cupação que era constante, a do vínculo
empregatício do zelador residente – e
todas as questões envolvendo horas ex­
tras e horas noturnas de trabalho. Agora,
temos um funcionário que trabalha em
um horário pré-determinado, e os mo­
radores têm elogiado o quanto o condo­
mínio está bem cuidado”, afirma.
O apartamento já está em sua segun­
da locação e Krug garante que não hou­
ve problemas com os locatários.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
21
capa
Síndico: remunerado ou não?
Os prós e contras de se pagar por um trabalho de representação legal nos condomínios
A
Lei é clara quando determina a
remuneração do síndico: é na as­
sembleia geral que elege o representan­
te legal dos condôminos, que deve ser
fixada a remuneração. Ela só não é de­
finida nesse momento quando há uma
previsão na Convenção que a vede, ou
quando já existem regras claras sobre a
questão, estabelecendo valores ou isen­
ções das taxas condominiais. Toda essa
explicação está detalhada na Lei
4.591/64, artigo 21, § 4º.
Parece ser fácil quando lemos o texto
da lei. Mas a prática mostra que muitas
dúvidas rondam a questão. Falta infor­
mação tanto para síndicos quanto para
condôminos. E onde falta informação,
surge incompreensão: síndicos remune­
rados, muitas vezes, são interpretados
como funcionários do condomínio, e
Sonia Lopes Soares, síndica do Condomínio
Laçador, em Porto Alegre, recebe pró-labore
22
síndico 198
síndicos que não recebem nenhum in­
centivo podem se sentir desvalorizados.
Três situações diferentes
Na prática, existem três tipos de síndico:
os que não recebem nenhuma quantia
para serem os representantes legais dos
condôminos, os que têm isenção da sua
taxa ordinária condominial e os que rece­
bem um valor fixado previamente na as­
sembleia ou Convenção, chamado remu­
neração ou pró-labore. Muitas vezes, o
síndico que é remunerado pode ser mal
interpretado, sendo erroneamente rotula­
do como um funcionário do condomínio.
Sem remuneração
“Não concordo com o recebimento do
pró-labore, porque quem é síndico tem
que ser síndico porque gosta”, opina Le­
onardo Eggers, síndico do Condomínio
Gran Vita, localizado na Av. Benno
Mentz, composto por duas torres e tota­
lizando 272 unidades em 111 m² área
total. Eggers explica que, muitas vezes, a
isenção da taxa condominial, que é o
Leonardo Eggers, síndico do Condomínio Gran Vita,
possui isenção da taxa ordinária condominial
benefício acordado na assembleia que o
elegeu, não cobre os gastos realizados
com a rotina do prédio. “Estamos tro­
cando os aparelhos de ar-condicionado,
por exemplo, e estou toda a hora saindo
do meu trabalho para verificar a instala­
ção. Realmente eu poderia estar produ­
zindo mais no trabalho e sou interrom­
pido, sem falar nos gastos pelo celular”.
Mas Leonardo contraria a tendência de
síndicos de grandes condomínios, que
acreditam que seu trabalho e dedicação
devem ser remunerados. Para ele, o tra­
balho de síndico é uma vocação e não
uma relação profissional.
Pró-labore
De forma diferente pensa Sonia Lopes
Soares, síndica do Condomínio Laçador,
na Rua A. J. Renner. Ela recebe dois sa­
lários mínimos de pró-labore e acredita
que a remuneração é justa pelo trabalho
que desempenha no condomínio de 274
unidades. “Na assembleia achamos justa
a remuneração, pois é um condomínio
que exige dedicação exclusiva, durante
domingos e feriados, inclusive. Sou apo­
sentada e por isso consigo me dedicar”,
conta Sonia, que completou dois anos de
gestão em dezembro. Ela explica que a
remuneração é uma decisão que vem de
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
23
capa
Eduardo Baum não
recebe nenhum tipo de
vantagem financeira
por ser síndico do
Edifício Geport
24
outras gestões, sendo já institucionaliza­
da. “Acredito que quando há uma dedi­
cação de grande carga horária ele deve
ter remuneração. Se em alguns casos o
síndico pode até ser contratado, por que
não aquele que mora no seu patrimônio
e, às vezes, se dedica ainda mais para o
condomínio não pode ser remunerado?”
questiona Sonia.
sua carteira, encontrar um aspirante a
sín­­dico é quase missão impossível. “Os
condôminos demonstraram desinteresse
em assumir o papel, o que nos obriga suge­
­­rir a contratação. O trabalho também é des­
­valorizado por parte dos demais con­­dô­
minos, que, muitas vezes, não agradecem
a dedicação do síndico e nem comparecem
nas assembleias”, lembra o assessor.
Síndico profissional
Esse síndico contratado, mencionado por
Sonia é uma realidade em muitos condo­
­mí­­nios. A verdade é que o cargo hoje é
acei­­­to por uma minoria que a cada ano
di­­­minui. A solução nesses casos é contra­
tar alguém de fora. Ricardo Wagner Oli­­
vei­­ra, assessor de condomínio, fala que em
Sem remuneração
Nesse cenário de dificuldades para se
encontrar um síndico, ainda são encon­
trados casos de condôminos que aceitam
a missão sem ganhar nenhuma vantagem
financeira. É o caso de Eduardo Baum,
síndico do Condomínio Geport, Centro
de Porto Alegre. Ele conta que como nin­
síndico 198
guém quis assumir, decidiu encarar a
missão, mesmo sem remuneração. “Co­
mo é pequeno, somente oito apartamen­
tos e 12 pessoas morando em todo o
prédio, não acredito que é necessário ser
remunerado. Costumo dizer que somos
uma grande família”, enfatiza Eduardo.
“Se eu preciso de algo, quebro o proto­
colo da reunião, bato na porta, converso.
Sou eu quem faz a limpeza do prédio,
pois a faxineira anterior cobrava muito
caro”. E se o condomínio fosse maior?
Eduardo confessa que em casos de gran­
des prédios, a situação é diferente. “Quan­
do a estrutura é maior, concordo em ter
remuneração. Se aqui temos problemas
e eu preciso me dedicar, imagina em um
lugar com muitos condôminos?”
O lado não tão bom de ser remunerado
A história é conhecida de síndicos
remunerados. Feriado, 22h, alguém ba­
te na porta. Discussão entre moradores
em uma área comum. Por mais que o
síndico pense em dizer que isso deve ser
resolvido entre as pessoas envolvidas, a
cobrança vai vir, verbalmente, ou em
pensamento. “Mas eu pago para você,
por que não vai resolver isso agora?”.
Segundo Hubert Gebara, vice-presiden­
te de Administração Imobiliária e Con­
domínios do Secovi-SP, esse é o motivo
principal que o faz ser contrário à remu­
neração dos síndicos, mesmo frisando
que cada caso deve ser analisado em seu
contexto. “A vantagem econômica cria
uma situação reversa, pois o síndico re­
cebeu, por delegação de todos os con­
dôminos, a autoridade de tomar as de­
cisões do condomínio. E nesse momen­
to, parece que ele é um funcionário e a
autoridade é o condômino”, explica
Hubert. Ele conta que durante sua tra­
jetória foi síndico em várias situações e
nunca recebeu remuneração. Mesmo
Síndico remunerado recolhe INSS
Sendo por pró-labore ou por isenção de taxa condominial, ou até mesmo por
ajudas de custo específicas, todo o síndico que recebe alguma vantagem econômica precisa recolher o INSS. “A ajuda de custo a sindico poderá ser considerado
pelo INSS e Receita Federal como pagamento disfarçado de valores, de forma
que não aconselhamos tal procedimento”, recomenda Jens Martin Voelcker, contabilista da Auxiliadora Predial.
O sindico que é remunerado, incluída ai a redução ou dispensa da taxa condominial, tem de ser retido e recolher o INSS de 11%, sendo aconselhável a expedição de Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA).
A isenção de pagamento da taxa condominial é interpretado pelo INSS como
ganho, logo incide o recolhimento previdenciário.
“Se o sindico já recolhe como empregado ou empregador, fornece declaração
ao condomínio indicando valores retidos/recolhidos, abate-se a parte que já foi
retida/recolhida, recolhendo-se o saldo”, lembra Voelcker, que complementa “
se o sindico tem retido ou recolhe sobre o teto máximo, da mesma forma que
na resposta anterior, fornece declaração ao condomínio para não haver retenção
e recolhimento, ficando obrigatória somente a parcela do condomínio”.
Se o síndico já recolhe INSS como empregado ou como empresário, pode
utilizar o seu número do PIS/PASEP para contribuir à Previdência Social. Se não
possui o número, deverá obter ligando para o PREVFONE (135), informando seus
números do CPF e RG. Depois que o mandato de síndico acabar, é necessário
pedir a baixa da inscrição em agência do INSS. O tempo de contribuição como
síndico será computado para a sua aposentadoria. E se o síndico já é aposentado,
deve realizar nova inscrição como contribuinte individual.
assim, confessa que cada caso deve ser
analisado, pois a dificuldade em encon­
trar síndicos é grande.
“Hoje existe o que as pessoas cha­
mam de ‘síndico profissional’, uma de­
nominação errônea, já que síndico não
é uma profissão. Esse síndico nada mais
é do que um não-condômino que é con­
tratado e que se dispõe a exercer as fun­
ções de síndico por deliberação de as­
sembleia”. Para Gebara, a demanda
existente no condomínio vai determinar
o tipo de síndico: se não-condômino, se
condômino remunerado ou não remu­
nerado. Outro caso é delegar a função
a uma administradora.
Condomínios
oferecem bonificações
extras aos síndicos
No início deste ano, Gebara foi fonte de
uma matéria no jornal Estado de São
Paulo, que trazia cases de síndicos que
recebiam bonificações de até R$10 mil
por mês. Ele reitera que a bonificação,
assim como a remuneração, pode ser
perigosa no sentido de desvalorizar o
real papel do síndico, tornando-o um
mero funcionário. Mas confessa que
existem condomínios de luxo que pa­
gam entre R$30 e R$40 mil para as ad­
ministradoras e podem remunerar me­
lhor os seus síndicos tranquilamente.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
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26
síndico 198
segurança
Sinalizadores aéreos podem virar Lei
Tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, projeto que obriga os edifícios a instalar,
operar e manter equipamentos de sinalização
S
inalizar os topos de edifícios próximos a aeroportos pode,
em breve, ser regulamentado e virar Lei – com a responsa­
bilidade de instalar, manter e operar esses equipamentos repas­
sadas para o próprio condomínio. Essa é a proposta do Projeto
de Lei 6748/10, em análise de forma conclusiva (não precisa ser
votada) pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Na prática, o projeto regulamenta a instalação das antenas
luminosas no topo dos edifícios com mais de 45 metros, já
estabelecida por Resolução da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), evitando que se questione a aplicação da norma.
Outra diferença importante é que, agora, a regra será clara em
relação às responsabilidades do próprio condomínio, que pas­
sa a ser passível de multa.
A proposta prevê multa diária para o responsável pela pro­
priedade que não fizer a instalação ou manutenção do equipa­
mento. Além disso, se a obrigação não for cumprida, o serviço
poderá ser feito pela autoridade competente, mas deverá ser
pago pelo infrator.
Exemplos de condomínios que utilizam o sistema
Mesmo com o projeto ainda não aprovado, a síndica Sonia
Lopes Soares, do Condomínio Residencial Laçador, no bairro
Humaitá, na Capital faz um trabalho constante de vigília pelos
equipamentos. As antenas equipadas com luzes fotossensíveis
estão instaladas no topo de cada um dos oito blocos do condo­
mínio desde a sua construção, cerca de 12 anos atrás.
“Tem que estar sempre de olho nesses equipamentos. Se
percebo que uma lâmpada falhou, providencio imediatamente
a substituição. Caso não resolva, aí precisamos verificar a foto­
célula. É uma vigilância contínua”, define.
Custos dos equipamentos
Um levantamento realizado em lojas da Capital mostra que o custo para a
instalação e manutenção dos equipamentos para segurança aérea não é tão
elevado. Os preços para sinalizadores mais simples (lâmpada de xeno) variam
entre R$ 300 e R$ 800. Deve-se salientar que há equipamentos mais potentes,
como os estrobos (luzes piscantes), que giram em torno dos R$ 1.500, no entanto é consenso entre os lojistas que as lâmpadas comuns estão dentro das regras
da Anac. A instalação é simples, depende de uma fonte de luz e da fixação no
topo do edifício.
“A manutenção tem um custo-benefício muito bom. Uma lâmpada para substituição custa em média R$ 15 e a fotocélula em torno de R$ 20. Mas a vida útil
dos equipamentos é muito grande”, garante a síndica Sônia.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
27
segurança
Desde a construção do Residencial Laçador,
há 12 anos, há luzes fotosensíveis instaladas
no topo de cada um dos oito blocos do
Condomínio, conforme lembra a síndica
Sonia Lopes Soares
O que diz
a regra hoje
O condomínio com 254 apartamentos é um exemplo de como é possível manter
os equipamentos para sinalização aérea em dia. Os 11 funcionários e a síndica estão
sempre atentos. Todas as manhãs e noites são feitas rondas para verificação dos equi­
pamentos, que inclui a aferição das lâmpadas sinalizadoras.
“O mais importante é não deixar as coisas enguiçadas. Por exemplo, se uma lâm­
pada queima, é preciso trocar rápido, sem dar chance para que outras queimem e
deixem o prédio sem os sinalizadores – um risco para a segurança de todos”, afirma.
O que diz a proposta
O projeto de Lei 6.748/10 é do deputado José Chaves (PTB-PE)
Prevê que os responsáveis por edifícios situados em áreas próximas a aeroportos e a helipontos devem instalar, operar e manter equipamentos de sinalização de obstáculos.
O projeto inclui essa regra no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86).
Hoje, o assunto é regulamentado pela Portaria 1.141/GM5, da Aeronáutica. De
acordo com o relator do projeto, no entanto, a regra deve estar em lei, evitando-­
se, assim, que eventualmente se questione a implementação da norma infralegal.
A proposta tramita em regime de prioridade, já foi aprovada pela Comissão
de Desenvolvimento Urbano e, agora, está em análise de forma conclusiva pela
Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania.
28
síndico 198
De acordo com o Código Brasileiro da Aeronáutica (Lei 7.565,
artigo 44), fazem parte das Zonas
de Proteção as propriedades vizinhas dos aeródromos e das instalações de auxílio à navegação aérea
e estão, portanto, sujeitas a restrições especiais.
Essas restrições são especificadas pela autoridade aeronáutica,
mediante aprovação de planos de
auxílio à navegação aérea.
De acordo com a portaria
1.141/GM5, de 1987, da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac),
as edificações constituem obstáculos e devem ser sinalizados. O
artigo 33 define que devem utilizar luzes de obstáculo os prédios
extensos ou com altura superior
a 45 metros.
É dos Comandos Aéreos Regionais (Comar), a atribuição de fiscalizar, em conjunto com as entidades
municipais, estaduais e federais
competentes, as implantações e o
desenvolvimento de atividades
urbanas quanto à sua adequação
aos planos.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
29
gestão
Período de férias nos condomínios
exige planejamento
C
om a proximidade do fim do ano,
muitos síndicos precisam lidar com
a burocracia das férias de seus funcioná­
rios. Mas a decisão sobre este período
não pode ser tomada em cima da hora.
É imprescindível planejamento para essa
definição, tanto para que os funcionários
sejam comunicados com antecedência,
como para evitar que a rotina do condo­
mínio seja afetada pela ausência dos res­
ponsáveis pelas atividades.
Segundo Margarete Quevedo, super­
visora do Departamento de Pessoal de
Condomínios da Auxiliadora Predial,
um comunicado é enviado mensalmen­
te pela imobiliária para todos os síndi­
cos, alertando sobre o vencimento do
prazo de férias dos funcionários. “Quan­
do não há um retorno quanto à autori­
zação de férias do funcionário, o Depar­
tamento Pessoal entra em contato dire­
tamente com o síndico para alertá-lo
novamente quanto às férias do colabora­
­dor”, explica Margarete.
Assim que o funcionário cumpre os
12 meses de trabalho, o síndico já deve
fazer a programação de férias, sempre
prevendo quem irá fazer a substituição
do mesmo. Margarete também opina
que o preferível é que síndico e funcio­
nário dialoguem para decidir o período.
“Normalmente há um acordo mútuo de
datas entre síndico e funcionários, mas
se não existe acordo, vale lembrar que
o empregador tem direito de definir
esse período”.
Antecipar, comprar ou fracionar férias
Muitos funcionários questionam se podem dividir o período de férias ou até
mesmo não gozar das mesmas, recebendo o pagamento. Segundo a lei, é facultada ao empregado a conversão de 1/3 do período de férias em abono pecuniário. Mas é preciso solicitar essa conversão 15 (quinze) dias antes da data da
conclusão do período aquisitivo.
Já sobre a antecipação de férias, a resposta é negativa. A lei é clara quando
define que o direito a gozar de férias somente é adquirido após um ano de trabalho. No caso de rescisão contratual imotivada pelo empregador, haverá o direito à percepção das férias proporcionais que deverão ser indenizadas.
E é possível fracionar as férias? A regra geral é que sejam concedidas em um
só período, mas em casos excepcionais, poderão ser fracionadas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a dez dias. Aos menores de 18 (dezoito) anos de idade e aos maiores de 50 (cinquenta) anos, as férias serão sempre
concedidas de uma só vez.
30
síndico 198
Esta autonomia de decisão do perío­
do por parte do empregador está previs­
ta em lei. Conforme o artigo 136 da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), o
empregador tem o comando da relação
laboral, já que é ele quem organiza os
fatores de produção e o funcionamento
da empresa. Mas vale atenção para os
casos em que mais de um membro de
uma família trabalhe no mesmo estabe­
lecimento: esses terão direito ao gozo de
férias num mesmo período, desde que
isso não resulte em prejuízo do serviço.
Síndicos recém eleitos: atenção
E atenção para síndicos que estão assu­
mindo o cargo agora ou que assumiram
há alguns meses. Muitas vezes o comuni­
­cado de que o vencimento das férias de
um funcionário está chegando não é re­
­­passado do síndico anterior para o atual.
Segundo Margarete, isso ocorre frequen­
temente. “Quando isso acontece, dois
períodos são acumulados e o condomí­
nio acaba pagando férias em dobro”, aler­
ta a supervisora do Departamento de
Pessoal de Condomínios.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
31
segurança
Condomínios devem
agilizar apresentação do
Laudo de Inspeção Predial
Poderão receber laudo específico: elevadores, caldeiras, instalações de gás, equipamentos de prevenção
contra incêndio, acústica, instalações hidrossanitárias, para-raio e outros
C
om a possibilidade de extensão dos
prazos para apresentação do Laudo
Técnico de Inspeção Predial (LTIP) sendo
discutida pela Secretaria Municipal de
Obras e Viação (Smov) de Porto Alegre
e pelo Crea-RS, ainda há tempo para os
síndicos procurarem empresas habilita­
das que elaborem o documento exigido
pela Smov. Conforme a assessoria de im­
prensa do órgão, até o momento, a fisca­
lização e autuação não começaram. Des­
de abril de 2012, com a publicação do
Decreto 17.720, todos os condomínios são
obrigados a entregar o LTIP, que atesta as
condições de segurança da edificação e a
existência de patologias ou riscos de aci­
dentes, de acordo com cronograma esta­
belecido segundo a idade da construção.
Correndo para evitar multas
A engenheira civil Alessandra Nectoux
Hoffmann, da AN Engenharia de Lau­
dos, que presta serviços para vários con­
domínios administrados pela Auxiliado­
ra Predial, confirma o aumento da de­
manda por parte dos síndicos. “Como o
prazo dado inicialmente para o primeiro
grupo (prédios com mais de 30 anos)
expirou em outubro, existe uma corrida
para cumprir a legislação, pois as multas
previstas vão de 100 até 1.400 UFMs
(Unidade Financeira Municipal)”, salien­
ta. Em 2012, o valor da UFM estava fi­
xado em R$ 2,777. Além disso, para cada
patologia apontada e não corrigida ha­
verá cobrança de 100 UFMs. Ela reforça
que o documento é mais visual, indican­
do se há rachaduras, infiltrações, proble­
mas em fachadas, nas casas de máquinas,
caixa d’água ou no telhado. Uma ressalva
feita pela profissional é a de que qualquer
32
síndico 198
Equipamentos de
prevenção contra
incêndio entram na
análise do laudo
Saiba mais sobre o LTIP
 O Laudo Técnico de Inspeção Predial é um documento obrigatório a todos os
edifícios, que serve para atestar a segurança das edificações e indicar problemas ou risco de acidentes, bem como emitir as recomendações a serem adotadas para obter o Certificado de Inspeção Predial (CIP) – emitido por órgão
público. É emitido por profissionais habilitados pelo Crea-RS ou CAU-RS.
 Deve ser emitido para prédios com mais de 10 anos e, dependendo das características da edificação, o laudo precisará ser renovado periodicamente.
 A não apresentação do laudo ou o não atendimento de cada uma de suas
recomendações acarretará multas mensais, de valor progressivo, em dobro,
até que haja o atendimento do estipulado no referido laudo, a critério do
órgão público.
mudança realizada no edifício ou em um
apartamento que afete a estrutura torna
o laudo fornecido inválido.
Alessandra defende que os condomí­
nios façam, assim como o LTIP, laudos
de manutenção, com períodos menores
entre eles, pois dessa maneira é possível
manter as construções, com ações pre­
ventivas e de menor custo. Os prédios
com idade entre 15 e 30 anos são os pró­
ximos a terem o prazo vencido: em ja­
neiro de 2013. Para edificações com 10
a 15 anos, a data expira em abril de 2013.
A validade dos documentos é de cinco
anos para imóveis comerciais e de dez
anos para os residenciais.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
33
manutenção
Tempo bom para uma repaginada
Pintar ou mudar o revestimento da fachada do condomínio? Quando fazer a reforma? Especialistas
abordam essas questões e falam sobre cores e materiais recomendados para valorizar as edificações
O
s meses de verão, com seus dias
secos e longos, são os mais indica­
dos para começar os trabalhos de revita­
lização ou de transformação das faces
externas e internas das construções. Ou­
tro ponto favorável dessa época do ano
é a menor circulação de moradores pelo
condomínio e de carros na garagem, per­
mitindo a instalação de andaimes ou a
colocação de materiais nesses espaços,
agilizando os serviços e diminuindo o
incômodo gerado pelas obras. Mas, como
toda moeda possui dois lados, o enge­
nheiro civil Vinicius Galeazzi, membro
do Conselho Técnico Consultivo do Sin­
dicato dos Engenheiros do Rio Grande
do Sul (Senge-RS), salienta que nesse
período os profissionais são bastante re­
quisitados e, consequentemente, cobram
mais, tendem a fazer tudo com rapidez
e, às vezes, de forma desleixada.
Por isso, o cuidado com a escolha de
quem executará o projeto deve ser redo­
brado. Galeazzi ressalta a importância de
saber os antecedentes da empresa ou do
profissional selecionado e fazer um con­
trato com preço, prazo, condições e ob­
jetos bem definidos e, se possível, com
multas previstas. “Acontece que, com o
mercado da construção aquecido, está
muito difícil conseguir companhias que
acatem todas as requisições. Porém,
aquelas que não podem ser negligencia­
das são as do uso dos equipamentos de
segurança e das responsabilidades ine­
rentes ao serviço a ser realizado”, reforça.
Ele informa, ainda, que a obra deve ter
um responsável técnico perante o Crea
(Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia) ou o CAU (Conselho de
Arquitetura e Urbanismo) e a Delegacia
do Trabalho. Além disso, em qualquer
situação, o contratante pode ser chama­
do à corresponsabilidade em uma de­
manda trabalhista.
O engenheiro civil Luis Alberto
Schaan, diretor da Édifier Construção
Civil, acrescenta que por serem muitas
as exigências legais para a reforma de
fachadas, como aparelhos adequados,
Comparação antes da escolha
Antes de decidir qual melhoria implementar no condomínio, avalie os custosbenefícios dos materiais mais utilizados atualmente.
 Reboco pintado com base acrílica: é o mais barato, mas de menor durabilidade e maior manutenção.
 Texturas à base de massa acrílica: duram mais, têm um investimento inicial um
pouco maior, porém oferecem mais durabilidade, corrigem imperfeições e microfissuras do reboco. Em cores claras, pedem repintura acrílica de 6 a 9 anos.
 Plaquetas ou pastilhas de vidro: assim como os revestimentos cerâmicos,
aplicados com cimento cola e rejunte próprios, são de custo ainda maior e, se
bem aplicados, não exigem manutenção e possuem durabilidade garantida.
 Granitos, mármores e outras pedras decorativas: são um investimento bem
maior, demandam firma especializada em fixação vertical, com incerts e grampos especiais, com nenhuma manutenção e durabilidade igual à do prédio.
 Tijolos à vista: possuem valor inicial maior e exigem mão de obra qualificada
e tijolos próprios e, por isso, têm um custo um pouco maior que a alvenaria
comum rebocada, demandam aplicação de hidrofugante anual ou a cada 2 a
3 anos, dependendo da orientação da parede. Contam com um investimento
equivalente às pastilhas, não requerem manutenção e são duráveis.
Fonte: Engenheiro civil Vinicius Galeazzi, membro do Conselho Técnico Consultivo do Senge-RS
34
síndico 198
Aprovação em assembleia
Com essas questões resolvidas e o pres­
tador de serviço contratado, a próxima
etapa é a aprovação dos condôminos em
assembleia geral específica sobre o as­
sunto. E, na sequência, a escolha das
cores ou dos materiais a serem empre­
gados. Para facilitar essa fase, muitas
companhias, como a Édifier e a Nasi,
oferecem aos clientes a possibilidade de
visualizarem, digitalmente, como ficará
a fachada. “A tecnologia nos permite
antecipar os resultados, com detalhes
computadorizados de alta precisão e
realismo”, descreve Mário Nasi. Um pro­
grama específico para esse fim também
é usado na Édifier. “Lançamos os tons
e os produtos na digitalização das ima­
gens e apresentamos amostras de cores
necessárias para cada tipo de elemento
e catálogos para que fique melhor escla­
recido o que está sendo proposto”, frisa
Luis Alberto Schaan.
Édifier
Divulgação/Senge-RS
apenas pelos valores envolvidos, o con­
selheiro do Senge-RS, Vinicius Galeazzi,
pondera que precisa ser considerado que
a cor, textura ou revestimento aplicado
faz parte dos estudos de concepção e
projeto daquela edificação e que sua al­
teração, sem considerar esse fato ou o
entorno no qual está localizada, pode
representar uma descaracterização e des­
valorização futura.
Cond. Ed. Village Avignon realizou troca
de pingadeiras; remoção de fulget; e
aplicação de plaquetas NGK
Vinicius Galeazzi, do Sindicato dos
Engenheiros do RS
segurança de pessoal, registros, normas
e seguros para funcionários, contratar
empresas especializadas evita que o in­
vestimento feito traga problemas junto
aos órgãos fiscalizadores e acabe tornan­
do-se fonte de dor de cabeça. Outra me­
dida relevante, conforme os arquitetos
Alexandre Guedes Mussnich e Arlene
Lubianca, diretores do escritório Plano­
base Lubianca, é fiscalizar se os materiais
usados são os que estavam orçados, pa­
ra que não haja surpresas posteriores.
Critérios de seleção
O passo inicial para a definição do tra­
balho a ser efetuado no condomínio é
desenvolver um programa em conjunto
com os moradores para avaliar as reais
necessidades do prédio, objetivando a
preservação do patrimônio, valorização
da estética, qualidade, resistência e custos
compatíveis, como observa o engenheiro
civil Mário Nasi, diretor-técnico da Nasi
Engenharia. A decisão sobre a realização
de uma pintura ou uma mudança expres­
siva deve ser baseada na análise de crité­
rios como o investimento a ser feito,
durabilidade, manutenção, impermeabi­
lidade e segurança dos produtos.
Por ser uma ação significativa, não
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
35
manutenção
Tendências em materiais e
cores utilizados nas fachadas
Com relação às cores das tintas, o
engenheiro Mário Nasi argumenta que
as claras são mais solicitadas, pois não
absorvem tanto o calor como as escuras,
que demandam um maior consumo de
refrigeração e contribuem para revelar
imperfeições nas superfícies. Outro be­
nefício dos tons claros, de acordo com
Luis Alberto Schaan, é que eles oferecem
boa durabilidade, uma vez que desbotam
menos e são mais fáceis de repintar.
Schaan sugere aos seus clientes cores de
catálogo dos fabricantes, porque há se­
gurança quanto à qualidade, agilidade
para encontrar o produto e, ao contrário
das fabricadas em máquinas, não pos­
suem diferenças (mesmo que pequenas)
nas latas. Ele avalia que, apesar da pin­
tura ser uma técnica com um investi­
mento menor, os revestimentos valori­
zam mais o patrimônio e asseguram uma
imper­­mea­­­­bilização maior das fachadas.
Uma ressalva é feita por Alexandre
Mussnich e Arlene Lubianca: cuidado
com os modismos, pois eles passam e
os imóveis ficam. Os tons, assim como
os revestimentos e outras soluções, de­
vem harmonizar e qualificar a arquite­
tura do prédio, unindo estética, desem­
penho e impermeabilidade, destaca
Mário Nasi. “Pelos altos valores de uma
revitalização da parte externa, é preciso
fazer as escolhas corretas que protejam
as edificações por um período de, no
mínimo, dez anos”, conclui.
Édifier
Édifier
Os arquitetos Alexandre Mussnich e
Arlene Lubianca apontam que, atualmen­
te, tem se usado nas construções mate­
riais que sejam duráveis, de fácil manu­
tenção e causem pouco impacto ambien­
tal. Nos condomínios comerciais, eles
relatam a tendência da utilização de
paredes de concreto pré-moldado já re­
vestidas com cerâmica e vidros com tec­
nologia de otimização de conforto acús­
tico e térmico combinados com alumínio
composto, soluções ainda de custo ele­
vado. Nos residenciais, as texturas de
maior resistência ao tempo e aos fungos,
possibilitando uma conservação mais
viável, vêm sendo bastante empregadas.
Hoje, entre as opções de produtos
existentes no mercado, são muito usadas
nas fachadas dos condomínios: reboco
pintado à base de PVA ou acrílico, textu­
ras à base de massa acrílica (como espa­
tulada, grafiatto, riscada ou travertino),
plaquetas cerâmicas, pastilhas de vidro
ou cerâmicas, granitos, mármores e outras
pedras em panos decorativos, tijolos à
vista e revestimentos cerâmicos com for­
mato e cor cerâmicos ou similares a esta
(veja no box da pág. 34), além da pintura,
muito usual também nas paredes internas.
No Edifício Velho Armazém foi aplicada textura, feita pintura externa, além da troca de
esquadrias e pingadeiras
Check list antes de iniciar o serviço
Algumas intervenções técnicas são necessárias preliminarmente para garantir a
durabilidade aliada a um desempenho pleno da pintura ou dos novos revestimentos.
 Lavagem das fachadas
 Recuperação de trincas, fissuras, rebocos e estruturas de concreto
 Vedações e calafetagens de juntas de dilatação vertical
 Vedações e calafetagens de esquadrias
 Repintura das fachadas ou aplicação de texturas ou revestimentos.
Edifício Grand Prix realizou pintura externa
acrílica
36
síndico 198
Fonte: Engenheiro civil Mário Nasi, diretor-técnico da Nasi Engenharia
sustentabilidade
Luz na medida certa
Novos sensores de presença oferecem mais tecnologia para reduzir o consumo de energia
O
uso racional da iluminação nas de­
pendências de um condomínio,
além de ser uma medida sustentável, é
uma iniciativa que gera benefícios para
todos os moradores. Com a utilização de
sensores de presença, por exemplo, esti­
ma-se uma economia de 75% no consu­
mo de energia elétrica. Isso porque as
luminárias são acesas conforme a pessoa
vai se deslocando pelas áreas comuns da
edificação, ficando apagadas no restante
do tempo. Conforto e segurança são ou­
tras vantagens do produto salientadas
pelo diretor da Maxitec – Sistemas de
Segurança, Claudio Mesquita Machado.
“Se o condômino estiver com as mãos
ocupadas, basta caminhar no raio de ação
dos sensores para que o mesmo acione
as luzes automaticamente. Os aparelhos
podem indicar também a presença de um
invasor no ambiente, já que ele não po­
derá movimentar-se no escuro”, explica.
Evitar acidentes em escadas por falta de
iluminação é outro ponto destacado por
Machado.
Menor consumo
A tecnologia vem sendo uma aliada na
evolução desses equipamentos em rela­
ção à economia de energia. Antes, eles
funcionavam apenas com lâmpadas in­
candescentes. Hoje, é possível empregar
as fluorescentes, porém, para sua vida
útil ser maior, é preciso aumentar o pe­
ríodo de desligamento para impedir a
queima precoce. Outra inovação, desen­
volvida pela Exatron, é o sensor de pre­
sença Soquete E27, que possui uma
imunidade superior contra interferên­
cias produzidas por celular, rádio co­
municador e reator eletrônico, impedin­
do que seja ligado quando não há uma
pessoa no espaço. “Conta ainda com
acionamento da carga com baixa tensão
elétrica, aumentando a duração do pro­
duto (lâmpada, reator e sensor)”, relata
o analista de Marketing da empresa,
Jonathan Moliterni Haubert.
Janeiro-Fevereiro-Março/2013
37
sustentabilidade
Investimento que dá retorno
Inicialmente projetados com tecno­
logia analógica, atualmente os aparelhos
da Exatron são microcontrolados. Um
microchip é inserido no circuito eletrô­
nico e um software da companhia é gra­
vado nele, permitindo o controle do
acionamento da carga, a realização de
mais ajustes programáveis e precisão de
tempos, sensibilidade e fotocélula. Assim
como identificar e corrigir incidências
de disparos falsos causados pelo vento
em sensores externos. Tanto Machado
quanto Haubert reforçam a importância
de contratar um profissional para a ins­
talação dos equipamentos, que deve se­
guir as recomendações do fabricante. “O
técnico tem que estar preparado para
averiguar o local e determinar o modelo
mais adequado (veja box), considerando
a área onde será colocado, altura, ângulo
de funcionamento, potência da carga,
conexão dos fios e isolamento, sem deixar
de lado o acabamento e a estética do lo­
cal”, reforça o diretor da Maxitec.
Os sensores são indicados para cor­
redores, escadas, garagens, entradas de
acesso, recepção, depósito, almoxarifa­
dos, entre outros. O analista de Marketing
da Exatron acrescenta que os produtos
para ambientes internos são encontrados
Tipos de sensores existentes
 Teto: como o próprio nome diz, são instalados nos tetos dos ambientes
internos das edificações e podem ser de embutir ou sobrepor.
 Frontal: usado em paredes verticais internas ou externas.
 4x2: destinados para as áreas internas das construções, assemelha-se a um
interruptor de luz.
 Base E27: em formato de lâmpada soquete é voltado para locais internos,
tanto comerciais como residenciais. É indicado para salas de reunião, de
treinamento, show room e recepções.
Fonte: Exatron
38
síndico 198
com valores a partir de R$ 35,00, em mé­
dia. Os para uso externo giram em torno
de R$ 65,00. Preços esses, sem a mão de
obra incluída. “Nossos aparelhos pos­
suem garantia de dois anos para os inter­
nos e três anos para os externos”, indica
Haubert. Na Maxitec, que trabalha apenas
com os equipamentos da Exatron, a par­
tir de dez unidades, cada sensor instalado
sai por aproximadamente R$ 85,00, com
todo o serviço e material incluído.
Como funciona o
sensor de presença?
É composto por um circuito eletrônico microcontrolado, um comando inteligente destinado ao acionamento de cargas temporizadas.
O equipamento detecta a movimentação de fontes de calor, como
pessoas e carros, através de um
sensor infravermelho, acionando
a carga e desligando-a após a ausência, de acordo com o tempo
programado.
Fonte: Maxitec – Sistemas de Segurança
ADVOGADOS
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CAIXA D’ÁGUA - IMPERMEABILIZAÇÃO
EXTINTORES DE INCÊNDIO
FACHADAS
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IMPERMEABILIZAÇÕES
manutenção predial
INCÊNDIO - PREVENÇÃO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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síndico 198
material de limpeza
monitoramento de alarmes
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