O que é lixo eletrônico?

Transcrição

O que é lixo eletrônico?
SUMÁRIO
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10
18
PANORAMA
Notícias envolvendo o universo condominial.
PRODUTOS E SERVIÇOS
Auxiliadora Predial continua invicta na
Pesquisa Marcas de Quem Decide.
20
Inaugurada unidade da Auxiliadora Predial na Vila
Clementino e ampliadas as instalações da Agência
Av. Paulista, ambas em São Paulo.
20
Revista Síndico cria o
Conselho do Leitor.
14
ENTREVISTA
Mirela Sofia de Freitas
Rodrigues, síndica do
Condomínio Life Square,
em Porto Alegre.
geral
Alarmes: legislação vai determinar tempo máximo que os
dispositivos podem ficar disparados.
26
30
Pariggi Residencial Service: praticidade e modernidade em área
nobre da Capital.
22
CAPA
Inicia em junho o projeto-piloto da coleta automatizada de lixo
domiciliar em Porto Alegre.
abr/mai/jun 2011 Edição Nº 191
CONSELHO EDITORIAL
Ingo Voelcker , Christian Voelcker,
Fabiano Schneider, Luís Maffini e
Luciene Machado
COORDENAÇÃO
Luís Maffini
(supervisor de Marketing)
EDITORA EXECUTIVA
Recomendações para evitar contratempos com os elevadores nos
meses chuvosos.
Luciene Machado
jornalista responsável - MTb 4480
[email protected]
PRODUÇÃO EDITORIAL
28
Palavra-Prima - 51 9808.7497
[email protected]
manutenção
Dicas para dar maior visibilidade e garantir a perfeita conservação
das obras de arte.
reportagem e fotografia
Luciene Machado - MTb 4480
Tatiana Gappmayer - MTb 8888
capa
Fátima Rama (Marketing)
36
sustentabilidade
Lavagem de carros ecológica pode
ser feita dentro dos condomínios
comerciais e residenciais.
32
37
6
COMER­CIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS
Aprenda a descartar corretamente
a sucata eletrônica.
síndico 191
segurança
Artesul - 51 3228.0787 - 9981.3176
[email protected]
PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA
sxc.hu | Erkin Sahin
34
Garantida maior proteção com blindagem
arquitetônica das guaritas dos condomínios.
Conheça as exigências do Plano de
Prevenção de Riscos Ambientais
Paica Estúdio Gráfico - Tiba
DISTRIBUIÇÃO
Faster Mail Logística em Postagem
A Revista Síndico não se responsabiliza pe­­la
qualidade dos serviços prestados e pe­­los
produtos oferecidos pelos anun­­cian­­tes, sendo
os mesmos de inteira res­­­ponsabilidade das
empresas anunciantes. Não é permitida a
reprodução de tex­­­tos desta publicação sem
autoriza­­ção da editora, por escrito.
panorama
Remédios para hipertensão e diabetes agora são gratuitos
Desde fevereiro deste ano, as mais de 15 mil farmácias e
cinco doenças: asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e
drogarias conveniadas à rede Aqui Tem Farmácia Popular
glaucoma, além de fraldas geriátricas. Os produtos
disponibilizam gratuitamente à população 11 medicamentos
encontrados na rede são identificados pelo princípio ativo
para hipertensão e diabetes, através do programa Saúde Não
ou nome genérico, que é a substância que os compõem.
Tem Preço. Eles também podem ser obtidos nas 544
Informações e dúvidas sobre o Farmácia Popular podem
farmácias populares administradas pelo Ministério da Saúde.
ser solicitadas pelo Disque-Saúde: 0800 61 1997, pelo
Calcula-se que o País possua aproximadamente 33 milhões
e-mail: [email protected] ou no site:
de pessoas com hipertensão arterial e 7,5 milhões de
www.saude.gov.br. A listagem completa dos medicamentos
diabéticos diagnosticados.
está no link: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
Para solicitar o remédio, é preciso apresentar nas
elenco_2011_fpI.pdf. Na página do Ministério da Saúde
unidades CPF, documento com foto e receita médica, exigida
podem ser pesquisados também os endereços das unidades
para evitar a automedicação. Os cidadãos têm ainda acesso a
próprias e que integram o Aqui Tem Farmácia Popular.
outros 13 tipos de medicamentos, que possuem 90% do
valor financiado pelo governo federal e atendem a outras
Hotsite: www.saudenaotempreco.com
Fonte: Ministério da Saúde
Placas de identificação em obras são obrigatórias
Pode parecer apenas um detalhe entre os tantos que
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O gestor da Fiscalização do Conselho Regional de
envolvem uma obra, mas a presença da placa de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul
identificação dos responsáveis técnicos pelo trabalho em
(Crea-RS), o arquiteto e urbanista Claudio Bernardes, reforça
andamento é uma segurança a mais para os contratantes e
que não importa o tipo de iniciativa, pode ser desde uma
para a sociedade em geral. A medida também busca impedir
construção, demolição, reforma até uma decoração, todas
o exercício ilegal da profissão. A sinalização, obrigatória
devem seguir essa resolução. Ele acrescenta que não há uma
conforme a Lei Federal nº 5.194/66, possibilita a fiscalização
padronização de tamanho ou material para as sinalizações,
dos órgãos competentes. A legislação determina que,
apenas referente às informações necessárias dos
durante o tempo em que durarem as obras, instalações e
profissionais envolvidos. Segundo Bernardes, a penalização
intervenções de qualquer natureza, é exigida a colocação e
pelo não cumprimento dessa norma envolve valores de R$
manutenção de placas visíveis e legíveis ao público. Nelas
844 reais para o exercício ilegal para pessoa física e R$ 4.240
devem constar o nome do autor e coautor do projeto em
reais para pessoa jurídica. Após o auto de infração ser
todos os seus aspectos técnicos e artísticos, assim como os
lavrado e recebido pelo autuado, são dados dez dias para a
responsáveis por sua execução.
defesa. Caso não ocorra nenhuma manifestação, o infrator é
síndico 191
Praticidade na hora
de lavar a louça e
beber água
Para quem está cansado de comprar e
carregar garrafas de água mineral para casa,
mas deseja beber um líquido com qualidade, a
Deca oferece uma novidade: um produto que
une em um mesmo corpo torneira e filtro.
Principal fabricante de louças e metais do País,
a empresa lançou a linha Twin, que tem um
design compacto e moderno. A peça possui
fotos: Divulgação/Deca
ainda Carbon Block, carvão sintetizado que
absorve o cloro por completo, retira odores,
acaba com o aspecto turvo da água e evita a
proliferação de micro-organismos, assegurando
a saúde de seus usuários. A tecnologia foi
desenvolvida em parceria com a 3M.
Prática, a linha é certificada pelo Inmetro e
é de fácil manutenção. Ela vem com refil de
duração aproximada de seis meses, tendo
como base uma residência de quatro pessoas,
ou 1.500 litros. Há três diferentes modelos
disponíveis, na versão mesa e parede, filtro
instalado junto à torneira e filtro independente
da torneira. Com garantia de dois anos, os
produtos são comercializados por,
aproximadamente, 740 reais.
julgado a revelia e
Informações pelo telefone: 0800 011 7073,
comunicado do novo
pelo e-mail: [email protected] ou na página:
prazo de 60 dias para o
www.deca.com.br.
recurso. “Depois desse
período, a multa é
encaminhada para
cobrança judicial e a
pessoa sofre outra fiscalização. Verificando-se a
falta de regularização, ele recebe penalização”, informa.
No ano passado, o Crea-RS recebeu 2.803 denúncias
através do seu Disque Segurança. Desse total, 90% eram
relacionadas à construção civil. Reclamações podem ser
feitas para este canal através do 0800 510 2563 ou pelo
e-mail: [email protected].
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produtos & serviços
Auxiliadora Predial é a imobiliária mais
lembrada e preferida dos gaúchos
A empresa ficou em primeiro lugar no seu segmento no Marcas de Quem Decide 2011
E
m julho de 2011, a Auxiliadora Predial completa 80 anos de atividades
e a qualidade dos serviços prestados há
tanto tempo já recebeu, logo no começo
do ano, importante reconhecimento. A
companhia foi eleita pelos empresários,
executivos e profissionais liberais ouvidos
pela pesquisa Marcas de Quem Decide
como a imobiliária mais lembrada e preferida do Estado e segue invicta, vencendo pela décima segunda vez con­­­se­­­cutiva.
Ao todo, participaram 508 pessoas de 47
ci­­dades gaúchas. Realizada pe­­­lo Jornal do
Co­­­mércio em parceria com o Qualidata,
o levantamento chega a sua 13ª edição
abrangendo 103 setores apurados. Os
resultados foram apresentados no dia
primeiro de março em um evento no
Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre,
que reuniu cerca de mil pessoas.
Para o presidente da Auxiliadora Predial, Ingo Voelcker, o resultado é reflexo
do trabalho que vem sendo desenvolvido
ao longo desses 80 anos. Ele salienta também que um fato significativo foi o crescimento que a imobiliária teve nessa
edição em relação às anteriores. “Passamos de 10,2% na lembrança e 11,1% na
preferência, em 2010, para 15,7% e 12,2%,
respectivamente, em 2011”, comemora.
O vice-presidente e diretor operacional
da companhia, Christian Voelcker, acrescenta que esses índices são um reconhecimento público e representam o incremento no número de clientes conquistados e dos negócios efetuados.
No ano passado, a empresa dobrou o
setor de vendas, em comparação a 2009,
decorrente do aumento da rede de atendimento. E, no mesmo período, teve uma
elevação de 20% na área de condomínios
e aluguéis. Hoje, a Auxiliadora Predial
possui um banco de oferta de imóveis
superior a oito mil unidades e mais de
dois mil condomínios administrados.
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síndico 191
Ingo Voelcker e Christian Voelcker,
respectivamente, diretor-presidente e
vice-presidente da Auxiliadora Predial
Auxiliadora Predial no Marcas de Quem Decide
Segmento Imobiliárias
2011
Lembrança 1º Auxiliadora Predial 15,7 Preferência
2010
Lembrança
2009
Lembrança
1º Auxiliadora Predial 12,2
1º Auxiliadora Predial 10,2
Preferência
1º Auxiliadora Predial 11,1
1º Auxiliadora Predial 12,9
Preferência
1º Auxiliadora Predial 12,1
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produtos & serviços
Cresce participação da
Auxiliadora Predial em São Paulo
Novas agências inauguradas e ampliadas marcam a expansão dos serviços
da empresa na cidade mais populosa do Hemisfério Sul
P
rincipal centro financeiro do País,
responsável por 12,26% do PIB nacional, e com uma população de aproximadamente 29 milhões de habitantes
concentrada nas regiões Central e Metropolitana, São Paulo é referência mundial em economia, política e cultura. Não
é por acaso que é conhecida como a cidade que não dorme. Além disso, é o
maior mercado imobiliário brasileiro.
Diante desse cenário, a Auxiliadora Predial vem aumentando a presença na
capital dos paulistas, oferecendo seus
serviços por meio de novas agências
inauguradas ou ampliadas. “Temos metas bem agressivas de crescimento nes-
sa localidade, ainda que nossa expansão
seja segura e comedida”, destaca o vicepresidente e diretor operacional da companhia, Christian Voelcker.
Atualmente, são três unidades em
funcionamento em São Paulo: a Avenida Paulista, Moema e Vila Clementino,
inaugurada em 11 de fevereiro deste ano.
Em breve, deve ser aberta a loja Jardim
Paulista.
Negócios promissores
A agência Vila Clementino, que tem um
espaço de 160 metros quadrados, opera
exclusivamente com vendas, focando,
além do bairro que dá nome à unidade,
Vila Mariana, Mirandópolis, Praça da
Árvore, Jabaquara, Saúde, São Judas e
Ipiranga. A região, segundo o gestor da
franquia, o publicitário Rafael de Barros
Giannini, é tradicional, atraente e ao mesmo tempo inovadora. Giannini, que possui dez anos de experiência no segmento imobiliário, comenta ainda que a localidade conta com a praticidade de estar
próxima ao metrô, o que valoriza a procura por residências. “É um lugar promissor, com muita oferta e busca”, resume.
Qualidade no atendimento e grande
variedade de imóveis serão os diferenciais da Vila Clementino. A equipe é formada por onze profissionais, entre cor-
Novidades na Avenida Paulista
Jorge Voelcker, conselheiro da Auxiliadora Predial, Rafael de Barros Giannini,
gestor da Agência Vila Clementino e Antônio Azmus, diretor de Vendas e
Franquias da Auxiliadora Predial Auxiliadora Predial
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síndico 191
Funcionando desde novembro de 2009, a unidade instalada na mais famosa via de São Paulo passará por modificações que ampliarão o seu tamanho.
De acordo com o vice-presidente e diretor operacional da Auxiliadora Predial, Christian Voelcker, a Agência Avenida Paulista – que iniciou suas atividades em
um ambiente de 350 metros quadrados – terá agora
cerca de mil metros quadrados. “Isto é necessário
para atender com o padrão de qualidade que nosso
cliente exige”, explica. Ele acrescenta que, atualmente, o número de funcionários atuando no local está
próximo de cem pessoas.
Voelcker salienta que a companhia, ao entrar nesse mercado novo e competitivo, desenvolveu um
projeto de longo prazo, o qual envolve uma fase importante de aprendizado local e de estabelecimento
de relações com os consumidores e fornecedores, e
que começa a produzir resultados. Sobre a presença
na cidade, o vice-presidente comenta que a empresa
já possui representatividade. “Com muita alegria identificamos ao andar pelas avenidas da capital paulista
nossas placas verdes de Aluga e Venda”, comemora.
Agência Vila Clementino, a nova unidade de vendas
da Auxiliadora Predial em São Paulo
retores, agenciadores, assistentes de
vendas e outros. O público será recebido
em uma estrutura com duas salas de reu-
niões, dois salões de venda, três pontos
de atendimento, quatro banheiros e um
quintal com churrasqueira.
Endereços
Agência Vila Clementino – São Paulo (SP) | Rua Loefgren, 1447/1451 – (11)
3372-8800 – Segunda a sexta-feira: 8h30 às 19h. Sábados: 9h às 15h.
Agência Avenida Paulista – São Paulo (SP) | Avenida Paulista, 1009 – (11)
3287-4811 – Segunda a Sexta-feira: 8h30 às 18h.
Próximas inaugurações
Até o momento, a Auxiliadora Predial conta com 28 unidades instaladas em
Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Capão da Canoa, Torres,
Caxias do Sul, Gramado e São Paulo. Até abril devem ser abertas novas lojas:
Cristóvão Colombo (Porto Ale­­­gre), Wenceslau Escobar (Porto Alegre), Jardim
Paulista (São Paulo), Assis Brasil (Porto Alegre), João Wallig (Porto Alegre) e
Santa­­na (Porto Alegre).
Christian Voelcker é diretor operacional da
Auxiliadora Predial
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entrevista
“Abracei a função de síndica para
colaborar com o Condomínio”
A mudança de endereço não foi a única que aconteceu pa-
o ensinamento. Casada e com dois filhos, Domênico (que
ra a professora Mirela Sofia de Freitas Rodrigues no segun-
se formou recentemente e não mora mais no Life Square)
do semestre de 2008, mais precisamente no mês de outubro.
e Nicholas (de 15 anos, que reside com os pais), a síndica
Logo após chegar ao Condomínio Life Square, no bairro
revela que a infraestrutura disponível no local é perfeita
Higienópolis, em Porto Alegre, ela assumiu o cargo de sín-
para eles, que fizeram amigos e podem usufruir de um es-
dica, no qual permanece até maio deste ano, ocupando o
paço seguro para se divertirem. Ela comenta ainda que gos-
posto do gestor anterior que fazia o caminho contrário ao
ta de caminhar no jardim e olhar as plantas e flores ali reu-
dela: estava deixando o edifício. Com experiência na baga-
nidas e saber que ajudou a escolher alguns dos elementos
gem –já havia administrado o prédio anterior onde morou
presentes nesses recantos. “Mas, o lugar que mais aproveito
por oito anos – Mirela conta que, como está aposentada e
é o salão de festas. Adoro fazer uma festa e convidar os ami-
não trabalha mais fora, consegue se preparar para atender
gos”, confessa Mirela. Conheça um pouco mais sobre o tra-
a sua casa e ao Condomínio. “É preciso um pouco de orga-
balho desenvolvido pela síndica no Life Square, nos quase
nização e tudo caminhará de forma adequada”, compartilha
dois anos e meio em que está na função.
Qual a configuração do Condomínio
Life Square?
Possui duas torres, com 152 apartamentos. O prédio, que foi construído há seis
anos, conta com uma infraestrutura
completa. São duas quadras esportivas
(uma de tênis e outra poliesportiva),
dois salões de festa, piscinas infantil e
adulto e playground. Há ainda o cyber,
ambiente com várias mesas de jogos,
como sinuca, fla-flu, pingue-pongue e
aero hoquey, o children care (espaço
de recreação para crianças até sete
anos), salas de ginástica e de jogos para adultos (com área para partidas de
cartas), sauna e spa (com banheira de
hidromassagem).
Mirela Rodrigues, síndica do Life Square, na entrada que leva para as duas torres do Condomínio
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síndico 191
O que a motivou a ser síndica?
Sou uma pessoa muito ativa e, como me
aposentei como professora, resolvi abraçar a função para colaborar com o Condomínio. O antigo síndico estava se
mudando e chamou uma assembleia
para entregar o cargo. Como não apareceu nenhum interessado, acabei me
oferecendo para a ocupação. Isto acon-
Parte do belo jardim do Life Square, próximo às piscinas
teceu em outubro de 2008, estava chegando ao edifício, e estou até hoje na
gestão do Life Square.
Quantas pessoas trabalham no
condomínio?
A maioria dos serviços é realizada por
funcionários terceirizados. Apenas o zelador é contratado do Condomínio. Há
um total de 19 profissionais: seis na limpeza, um jardineiro (meio turno), um
gestor da Auxiliadora Predial e os demais
atuam na segurança. Temos três portarias, duas delas 24 horas e uma 12 horas,
e ronda 24 horas.
Como é seu o dia a dia no
Condomínio?
Trabalho muito para o Condomínio. Inclusive, temos uma sala para a administração e todos os dias passo algumas
horas lá resolvendo os problemas, atendendo aos condôminos e aos funcionários. Analiso também os orçamentos,
acompanho os reparos e supervisiono
sempre as atividades para que tenhamos
um bom desempenho.
Sua atividade profissional a ajuda na
administração do Life Square?
Sim, auxilia. Como trabalhei em escola,
sou professora, aprendi a ter muita paciência e a adotar a postura mais equilibrada possível em situações de conflito.
Quais foram as primeiras medidas
tomadas desde que assumiu?
Cheguei para dar continuidade ao trabalho que o antigo síndico tinha começado. O Condomínio estava próximo
do fim do período de garantia de cinco
anos dado pela construtora. Recebi, então, a incumbência de fazer uma avaliação de toda a estrutura, encaminhar
as pendências e cobrar as soluções da
empreendedora.
Foi preciso efetuar alguma ação para
reduzir os gastos no Condomínio?
Estamos constantemente levantando
possibilidades para diminuir os custos.
Fazemos contatos para a revisão e a redução de contratos, solicitamos mais de
um orçamento (no mínimo três, mas sem
esquecer a qualidade do serviço). Outras
situações colocadas em prática foram a
troca das lâmpadas incandescentes pelas
fluorescentes e recomendações para o
controle de gastos com energia e água.
Que outros investimentos foram
executados durante a sua gestão?
Estou sempre trabalhando para realizar
melhorias. Troquei quase todos os aparelhos da academia, como as esteiras, a
estação de musculação, a bicicleta ergométrica e instalei um ar condicionado
para deixar o local mais agradável nos
dias de muito calor. Já o ambiente do cyber recebeu mesas de pingue-pongue,
fla-flu e aero hoquey e o children care
ganhou novos brinquedos. Os salões foram equipados com fogões de cinco bocas, e comprei utensílios para enfeitar as
festas. Uma televisão de plasma foi adquirida para o salão e, ainda, negociei
pontos gratuitos com a Net para os dois
salões e a academia. Nas quadras, foi feita uma nova impermeabilização. Executamos também a recuperação e contenção no talude para controlar a erosão
(usando a técnica do geoweb). ConstanAbril-maio-junho/2011
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entrevista
temente, procuro preservar, melhorar e
valorizar o patrimônio do Condomínio.
Que obras ou ações estão em
andamento no momento?
Agora, estamos focados no jardim, plantando flores, grama, pequenos arbustos
e colocando pedras para o embelezamento. Nas garagens, vamos instalar cantoneiras nas colunas, medida que foi aprovada em assembleia. Outra iniciativa
implantada é o recolhimento do óleo
usado, que é entregue a uma empresa
para o reaproveitamento. Além disso,
reúno livros, revistas, roupas e brinquedos e encaminho para doações em escolas, creches e asilos. Depois apresento os
recibos para a comprovação da entrega.
A participação dos moradores nessas
ações tem sido significativa.
Qual sua principal meta na gestão?
Para este ano, teremos que fazer a lavagem
da fachada, a revisão dos rejuntes, a pintura nas partes internas das torres e a
checagem das borrachas da sacada e dos
drenos dos aparelhos de ar condicionado.
É uma meta bastante significativa em
termos de trabalho.
O Condomínio possui inadimplência?
Muito pequena. A inadimplência está
controlada.
Como é a participação dos
moradores?
Nas assembleias, temos uma frequência
razoável. Os moradores costumam enviar
sugestões e pedidos para a administração
O Condomínio Life Square possui um
amplo espaço com mesas de jogos
e nós avaliamos cada um deles. É muito
importante essa participação.
te administrativa em parceria com a
Imobiliária.
Quais são as características
imprescindíveis em um síndico?
Ele deve ter muita diplomacia, sabendo
ouvir para poder mediar os conflitos e
possuir tempo disponível para se dedicar ao Condomínio. Pois, o síndico é
diariamente requisitado em inúmeras
situações.
Qual a sua maior satisfação como
síndica?
Contar com o reconhecimento do meu
trabalho e da minha dedicação para com
o Life Square.
O Condomínio conta com que
serviços da Auxiliadora Predial?
Temos o produto Gestão Total e a par-
Perfil
Lugar especial Minha
Que orientações daria para um
síndico de primeira viagem?
Que ele tenha paciência para saber mediar
e muita disposição para trabalhar pela
coletividade, que é indispensável para o
bom andamento de um condomínio.
casa
Viagem S
ou
louca pelo Egito e quero em um futuro próximo
ir até lá
sonho
Ter sempre a minha família reunida
O vizinho ideal
Uma alegria
O futuro
Salão de festas: uma das áreas preferidas da
síndica Mirela
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síndico 191
O que sabe respeitar o seu vizinho
O meu time, o Grêmio, ganhar a Libertadores!!!
É construído no presente
Ser síndico é
Uma atividade que me dá bastante
reconhecimento
Abril-maio-junho/2011
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geral
Alarmes sonoros sob vigilância
Em Porto Alegre, lei regulamenta o tempo durante o qual os alarmes podem emitir som
e estabelece multas para quem descumprir a determinação.
A
experiência não é nada agradável,
mas bastante comum: acordar de
madrugada por um alarme disparado.
Não bastasse o susto que o barulho provoca, muitas vezes ele se estende noite
adentro. Segundo o clínico geral Jacob
Gilberto Klein, dormir mal pode causar
cansaço, irritabilidade e ansiedade.
“Além disso, a pessoa não consegue repor as energias gastas e perde o hábito
de ter um horário para descansar”, salienta. Sobre os danos provocados pelos
sons excessivos, o médico alerta que, se
eles forem constantes e intensos, pode
ocorrer perda auditiva e redução na capacidade de comunicação, se houver
agravamento do quadro.
Uma legislação pretende mudar essa
condição na Capital gaúcha, definindo
em cinco minutos o período máximo
para que esses dispositivos de segurança
fiquem acionados. De autoria do vereador Luiz Braz (PSDB), a Lei Complementar Nº 651/10 prevê que os proprietários
de veículos e estabelecimentos comerciais
e residenciais que ultrapassem esse limite de tempo possam ser multados em
Como reclamar?
Até a definição sobre a Lei Complementar 651/10, as queixas de barulhos relacionadas às
residências podem ser feitas com a Brigada Militar, com base na lei do Silêncio, pelo telefone
190. Já as denúncias referentes aos estabelecimentos comerciais, apesar de responsabilidade da Smam, devem ser realizadas, primeiro, na Secretaria Municipal da Produção, Indústria
e Comércio (Smic), durante o horário comercial. O endereço da Smic é Rua dos Andradas,
686, Centro de Porto Alegre. Mais informações pelo telefone (51) 3289-1760 ou pelo e-mail:
[email protected].
18
síndico 191
valores que variam de R$ 200 reais a cerca de R$ 1.000 reais. A nova regra foi
incluída no Código de Posturas do Município (regido pela Lei Complementar
Nº 12/75), no artigo nº 86 do Capítulo
III, que trata da poluição sonora. Entre
os itens abordados nesse segmento está
também a proibição de perturbar o bemestar e o sossego público ou de vizinhanças com barulhos excessivos de qualquer
natureza. Diz ainda que, em ocorrências
relacionadas a locais de diversão que não
cumprem a norma, além da penalização,
pode ocorrer a cassação do Alvará de
Localização e de Funcionamento, no caso de reincidência e o fechamento imediato para aqueles que não possuem a
documentação correta.
Fiscalização em debate
O vereador comenta que a proposta nasceu a partir das reclamações que
recebeu de pessoas que se sentiam prejudicadas por causa dos alarmes e não
sabiam o que fazer ou para quem denunciar o problema. Braz conta que, para
atender a esses pedidos, foi criada uma legislação para auxiliar na conscientização
de que não adianta deixar o dispositivo tocando e não acompanhar o que está
acontecendo com sua casa, negócio ou carro. “Isso não vai espantar os ladrões,
pois essa proteção só é eficiente se for monitorada”, defende. Ele exemplifica
citando o caso de aparelhos que ficam conectados a centrais de segurança, que
encaminham uma equipe imediatamente ao local quando o sistema é acionado.
O político observa que de nada adianta ter o equipamento e deixá-lo ligado, sem
adotar nenhuma providência. “Ao invés de afastar os assaltantes, função para a
qual foi instalado, o alarme que fica disparado por muito tempo indicará que não
há ninguém cuidando do lugar”, acrescenta.
Apesar de ter sido sancionada pelo prefeito José Fortunati no segundo semestre do ano passado, a lei ainda não foi regulamentada. Uma das questões em
aberto diz respeito à fiscalização. Por se tratar de poluição sonora, o trabalho deve
ser executado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Contudo,
enquanto o texto estiver em discussão, o órgão, de acordo com a sua assessoria
de imprensa, não se manifesta sobre o assunto. Um dos pontos em debate envolve a falta de funcionários suficientes para atender a mais essas denúncias.
O vereador acredita que, para todas as normatizações, não apenas para a dos
alarmes, o poder público sofre para conseguir efetuar as inspeções. “Nós temos
poucos fiscais para responder a todas as áreas que demandam verificação”, argumenta. Ele defende ainda que uma alternativa para a Smam seria a realização
de convênio com alguma entidade para ajudar nesse serviço. “O que não pode
acontecer é nós termos uma legislação e ela não ser colocada em prática”, afirma.
Braz espera que, com esse quesito resolvido e a lei posta em prática, as pessoas
que se sentirem prejudicadas possam entrar em contato com o órgão responsável e fazer sua queixa. Ele pondera também que o melhor fiscal de qualquer regulamentação é o próprio cidadão. Conforme o vereador, é preciso que todos
conheçam a norma para exigir que ela seja cumprida.
Abril-maio-junho/2011
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conselho do leitor
O novo instrumento criado busca firmar o diálogo e
uma perfeita interação entre o veículo e seu leitor
Conselheiros: Carlos, Elci, Rodrigo,
Fernando, Vilmar, Fernando e Jaime
Revista Síndico dialoga com leitores
Os conselheiros convidados opinarão sobre o conteúdo das edições e sugerirão pautas
E
ntre as ações de relacionamento postas em prática pela Auxiliadora Predial no primeiro semestre de 2011 está a
criação de um Conselho do Leitor para
a Revista Síndico.
O encontro ocorreu no dia 17 de fevereiro, no auditório da Agência Petrópolis, reunindo síndicos clientes e pro-
fissionais de várias áreas da Imobiliária.
Christian Voelcker, diretor de Operações da Auxiliadora Predial destacou
que aquela era mais uma oportunidade
criada para ouvir as necessidades do
cliente e atendê-las. “Fazendo uma livre
associação com esta Agência onde estamos, cuja fachada é envidraçada, de
Quem foram os primeiros conselheiros:
 Carlos Rodrigues, contador, cliente da Auxiliadora Predial há 41 anos, gestor
dos Condomínios Jaciara e Fortaleza (Porto Alegre) e Morada do Sol (Capão
da Canoa).
 Elci Adair Lima, síndico profissional, gestor do Condomínio Dona Marieta,
em Porto Alegre.
 Fernando da Silva Ramos, economista, Condomínio Morada dos
Crisântemos, Capão da Canoa.
 Fernando Callegari, engenheiro eletricista, Condomínio Esplanada dos
Moinhos, Moinhos de Vento, Porto Alegre.
 Jaime Borin, administrador, Condomínio Estrela Polux, Cristo Redentor,
Porto Alegre.
 Rodrigo Arend, funcionário público, Condomínio Village Avignon, Jardim
Lindoia, Porto Alegre.
 Vilmar Kalikoski, contador, Condomínio Cristal da Lagoa, Porto Alegre.
20
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forma que tudo pode ser visto de dentro
e de fora, esse momento retrata nosso
intuito de agir de forma transparente.
Estamos de portas abertas e queremos
conhecer suas opiniões ”, lembrou Voel­
­cker, que recepcionou os síndicos ao
lado de Fabiano Schneider, diretor de
Condomínios, Luís Maffini, supervisor
de Mar­­keting e Luciene Machado, editora da publicação, além de vários assessores de condomínio.
Diversidade de opiniões
Aproveitando a experiência dos síndicos e síndicas, a cada edição, novos gestores serão convidados a debater a Revista, criticar, sugerir temas e novas
abordagens.
Neste primeiro encontro, os síndicos
falaram sobre o desafio de assumir a função, deram um panorama dos prédios que
administram, bem como de sua atuação
e sugeriram pautas relacionadas a assuntos jurídicos, manutenção, trabalho do
zelador, inadimplência, síndico-mirim e
síndico versus família.
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Elevador em tempo de
chuva: redobre os cuidados
Infiltrações, acúmulo de água no poço e até mesmo guarda-chuvas
molhados podem prejudicar os componentes eletrônicos.
A
Algumas ações para prevenir essas
situações podem ser adotadas como, por
exemplo, utilizar janelas com venezianas
fixas, que permitam a ventilação cruzada, mas impeçam a entrada da chuva e,
para evitar infiltrações, não instalar a
caixa d’água sobre a casa de máquinas.
Inclusive, conforme alertam os profissionais, a temperatura elevada neste
local é responsável por grande parte das
ligações feitas à assistência técnica e pelos defeitos registrados. Eles recomendam ainda monitorar o espaço, assim
como a área próxima das portas de pavimento e subsolos atendidos pelos elevadores.“Atenção redobrada na lavagem
dos corredores para que a água e os produtos de limpeza não acabem no poço
e entrem em contato com os cabos elétricos e a parte eletrônica”, reforça Oliveira. Os cuidados devem ser aumentados ao transportar líquidos ou guardachuvas e capas molhados, que podem
danificar o piso e demais estruturas, e,
também, quando há vazamentos.
Divulgação/ThyssenKrupp Elevadores
lém das férias e do calor, o verão é
marcado por chuvas intensas e ventos fortes que podem resultar em dificuldades no funcionamento dos elevadores,
ocasionadas por fatores como a entrada
de água pelas janelas na casa de máquinas. O gerente da Central de Elevadores,
Renato Oliveira, comenta que, muitas
vezes, os vidros são esquecidos abertos
ou acabam quebrados pela força das ventanias. O coordenador de Serviços da
Unidade de Negócios Rio Grande do Sul
da ThyssenKrupp Elevadores, Sandro
Nassr, acrescenta que nesse período ocorrem também quedas e oscilações de energia e descargas elétricas que levam a
paralisações, reincidência de chamadas
e queima de componentes eletrônicos. Já
no inverno, a preocupação é com as precipitações que duram mais tempo e podem provocar infiltrações no poço e na
casa de máquinas, afetando a durabilidade das peças. “A boa manutenção desses ambientes é essencial para os equipamentos operarem bem”, salienta Nassr.
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Faltou luz, e agora?
A atitude tomada pelo síndico em imediatamente desligar a chave geral dos
elevadores é a mais indicada pelos profissionais nessas ocorrências, assim como quando houver cheiro de queimado, ruído anormal e para a substituição
de peças ou reparos, conforme sugestão da empresa responsável pela manutenção. O coordenador de Serviços da Unidade de Negócios Rio Grande do Sul
da ThyssenKrupp Elevadores, Sandro Nassr, lembra ainda a importância de
estancar logo a entrada de água no poço e, no caso das chuvas, na casa de
máquinas e manter a conservação preventiva em dia, avaliando o funcionamento e a segurança do equipamento. O gerente da Central de Elevadores,
Renato Oliveira, complementa que o trabalho deve ser realizado mensalmente
e envolve verificar as instalações e dar recomendações aos síndicos e zeladores
de como cuidar das máquinas. Eles destacam que elas só devem ser religadas
depois da liberação da equipe técnica.
Outro episódio comum nos prédios, durante a época de chuvas, é a falta
de luz e a paralisação dos elevadores com pessoas dentro. Os especialistas
apontam que em primeiro lugar deve ser mantida a tranquilidade e conferir se
os sistemas de luz de emergência e de alarmes estão em perfeitas condições.
“O interfone ajuda muito na comunicação entre os passageiros e a portaria do
condomínio para a solicitação de resgate”, ressalta Nassr. Ele observa que naqueles edifícios que possuem zeladores ou porteiros há a possibilidade de treinamento específico para retirar os moradores, que deve ser ministrado pelas
companhias que prestam manutenção. Após essa preparação, pode ser fornecida a chave de emergência para agilizar o procedimento.
O melhor, segundo ele, é identificar o andar em que o equipamento parou,
manter contato verbal com quem está lá dentro e aguardar a chegada do resgate profissional, que deve atender emergências em um período curto. Oliveira argumenta que um erro corriqueiro cometido nesses casos é o passageiro
querer sair sozinho, sem ver se há risco de queda, ou pessoas sem treinamento fazerem o trabalho. “A empresa de manutenção tem agilidade para atender
a essas chamadas e deve ser solicitada com brevidade”, conclui.
Contatos
Mais informações podem ser obtidas com a ThyssenKrupp pelos telefones
08007231230 para o Rio Grande do Sul, (51) 2136-3401, em Porto Alegre,
e (11) 3872-0055, em São Paulo. Já a Central de Elevadores pode ser
contatada pelo telefone (51) 3330-2288.
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capa
Cuidados ajudam
na manutenção
dos elevadores
Conheca atitudes simples que,
adotadas no dia-a-dia, auxiliam na
conservação dos equipamentos e a
manter a água longe das máquinas:
O síndico Felipe Haag enfrentou dificuldades ao ter quatro dos cinco elevadores parados por
quase 10 dias em uma galeria de intenso movimento no centro da Capital
Elevadores paralisados
por 10 dias
Foi exatamente um vazamento que
resultou no desligamento dos elevadores
do Condomínio Edifício Galeria A Nação,
no Centro de Porto Alegre, em outubro
do ano passado. O síndico Felipe Haag
conta que o fato aconteceu em uma semana de falta de água (quando vários
bairros ficaram na mesma condição na
Capital) e a moradora de uma das 200
unidades do prédio deixou a torneira do
tanquinho aberta e saiu. No fim da tarde,
quando o abastecimento foi normalizado,
começou a correr o líquido até que, por
volta das 23 horas, ele vazou pela porta
do apartamento, escorreu pelo corredor
e acabou no poço.“Quatro das cinco máquinas que atendem os 21 andares do
Condomínio ficaram molhadas e paramos todas elas”, recorda. Em seguida, ele
chamou a assistência técnica para um
orçamento de reparo de urgência e para
examinar se pelo menos um dos equipamentos poderia voltar a funcionar. Haag
descreve que era uma sexta-feira e os moradores ficaram apenas com um elevador
em operação, mas que atendia do 13ª piso para cima. “A solução foi usar as escadas até resolvermos o problema”, relata.
Como o Galeria A Nação é um edifício misto, residencial e comercial, uma
das preocupações do síndico era com a
movimentação nos dias úteis, quando
cerca de três mil pessoas circulam por
ali. Depois da assembleia convocada para aprovar o pagamento parcelado do
conserto (até o momento há chamada
extra para esse fim), e dez dias após o
acidente, todas as máquinas estavam liberadas. Ele informa também que fez
uma tentativa amigável de contato com
a inquilina e a proprietária do imóvel
responsável para ressarcirem o Condomínio, o que não deu resultado. Haag,
que está no seu segundo mandato, diz
que estão em análise medidas para impedir que isso ocorra de novo.
 Em dias de chuva, verificar sempre
se as janelas da casa de máquina
estão fechadas e se não ocorreram
infiltrações e danos aos motores,
quadro de comando e máquinas.
 Durante a limpeza de corredores
e do hall do condomínio, a entrada dos elevadores deve ser protegida para que não escorra água e
produtos químicos que possam
acabar no poço.
 Orientar funcionários para não
varrer a poeira para baixo da porta do elevador.
 Produtos líquidos devem ser transportados com atenção redobrada
nos elevadores. Assim como guarda-chuvas e capas.
 Fazer a vistoria periódica da casa de
máquinas para assegurar que vidros
e janelas estão em perfeitas condições, sem partes quebradas que
deixem a água entrar.
 Em caso de inundações, evitar que
a chuva escorra para o poço do
elevador a partir da portaria ou da
garagem do edifício.
 Caso entre água no elevador, desligar imediatamente a chave-geral
e chamar a assistência técnica.
 Secar as áreas inundadas, conforme
as orientações da equipe técnica.
 Ligar o elevador somente após a
liberação dos profissionais da assistência técnica.
 Checar regularmente as condições
do poço do elevador, que deve ser
impermeabilizado, para conferir se
há infiltrações no local.
Fonte: ThyssenKrupp
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geral
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geral
Quadros e molduras
valorizam os ambientes
A escolha correta da peça e do local faz toda a diferença na
hora de transformar as áreas comuns dos condomínios
A
decoração de um espaço pode mudar com o acréscimo de detalhes,
como quadros ou molduras estrategicamente selecionados. Contudo, não basta
dispor o objeto sem ficar atento a cuidados que ajudam a conservá-lo e a ressaltá-lo. A arquiteta Gislaine Saibro explica
que as pinturas, em geral, devem ser instaladas na altura do olhar das pessoas, ou
seja, em torno de 1,60 centímetros do
piso. Ela afirma que a escolha do local
para fixá-las está associada a sua importância. Para destacar uma obra de arte, a
profissional comenta que ela pode ser
disposta individualmente ou agrupada
com outras, formando um conjunto harmônico. “A iluminação adequada, focal,
é um elemento fundamental para dar
visibilidade à peça”, salienta.
Outra orientação é não expor os quadros diretamente à luz solar, pois eles
podem desbotar, e verificar se a parede
eleita não é úmida, evitando fungos. Assim como conferir os materiais utilizados
na forração e na emolduração, se eles não
forem de boa qualidade pode ocorrer a
proliferação de traças e cupins. A arquiteta Carina Nieto, sócia da Nieto Quadros
e Molduras, acrescenta a necessidade de
averiguar se o lugar para a colocação, o
prego e a bucha sustentam a tela.
Com relação às molduras, Carina
descreve que devem ter harmonia com
o ambiente e sustentar o peso do quadro
e do vidro, se este for usado. “O material
mais solicitado ainda é a madeira, que é
mais resistente que os demais”, informa.
O sócio da Capital Molduras, Julio Stoduto, complementa que, atualmente, os
modelos de maior saída são os nos tons
tabaco, preto e branco.“Mas, isso varia de
acordo com a moda. Um clássico, que
fica bem com qualquer obra, são as molduras com detalhes em dourado”, aponta.
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Valquíria Santos pesquisou bastante
até decidir pelas obras que
embelezam o Condomínio Villa di
Siena, em Porto Alegre
Gislaine acredita que a definição depende da pintura. Algumas até dispensam a
moldura e em outros casos, ela acaba valorizando o que está retratado.“Contudo,
ela jamais pode assumir uma importância maior do que a da peça”, reforça.
Soluções distintas
para cada espaço
O gosto pela decoração e o garimpo de
objetos diferentes e de madeira de demolição, levou a síndica do Condomínio
Villa di Siena, Valquíria Santos, a busca
de um quadro no Brique da Redenção,
na Capital gaúcha, para sua casa e, mais
tarde, de telas para o hall e o salão de
festas do prédio.“Foi uma tarefa que adorei fazer”, conta a servidora do Tribunal
de Contas do Estado. Ela revela que encontrou pinturas a óleo e com aplicação
de gravuras para o edifício, que ficavam
bem com os móveis existentes. “O mais
legal é que você pode comprar as obras
e mandar colocar depois, ao seu gosto, as
molduras ou adquirir o quadro pronto,
encomendando no tamanho desejado. E
os preços são muito bons”, adianta.
No hall, que possui mobiliário de madeira mais escura e espelhos, ela preferiu
modelos com molduras sóbrias, procurando combinar o fundo da peça com o
restante do ambiente. Já no salão de festas, foram instalados dois quadros sob
medida, em cores vivas e molduras brancas, valorizadas pela boa iluminação do
local. Valquíria, que está em seu segundo
mandato como síndica, sugere ainda
brincar com paredes claras e móveis com
tecidos lisos e elementos coloridos, deixando as áreas mais alegres.
Dicas para limpar e conservar por mais tempo
 Tirar o pó dos quadros e molduras com um pano macio e seco ou um espanador. Se necessário, usar somente água e sabão neutro.
 Retirar a obra da parede e remover a sujeira de trás da peça, evitando mofo e
insetos indesejados.
 Passar uma camada de cera incolor nas molduras e forrar os quadros, com
produtos como Eucatex, para conservá-los por mais tempo.
Fonte: Nieto Molduras e Capital Molduras
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geral
Lugar de lixo é no contêiner
Coleta automatizada em Porto Alegre inicia em junho e beneficiará,
no projeto-piloto, cerca de 9% da população da cidade.
er horário marcado para colocar o
lixo na rua e caminhar desviando dos
resíduos que se acumulam nas calçadas
será coisa do passado na Capital gaúcha
com a implantação da coleta automatizada. Pelo menos é o que espera o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) com a instalação de 1.200
contêineres para o recolhimento de lixo
domiciliar (orgânico) na região escolhida para o desenvolvimento do projetopiloto. A área abrange 11 bairros, entre
eles o Centro histórico, e atenderá a aproximadamente 9% da população local, o
que representa em torno de 124 mil pessoas. Segundo o diretor geral em exercício do DMLU, Carlos Vicente Gonçalves,
a modernização do serviço permitirá que
os moradores utilizem os equipamentos
a qualquer hora ou dia da semana.
Os contêineres serão de dois tamanhos – 2,4 mil litros e 3,2 mil litros – e
ficarão distantes, no máximo, 100 metros
um do outro. Gonçalves relata que a
maioria deles estará estacionada na via
pública, ocupando o espaço de um carro.
Uma pequena parcela, cerca de 300, ficará nas calçadas, devido à inexistência de
estacionamento em algumas ruas. Sobre
Área de ação do
projeto-piloto em
Porto Alegre
A região atendida, nessa primeira etapa,
pela coleta por meio de contêineres
será limitada pelo Guaíba a oeste, pelo
Arroio Dilúvio a sul, avenidas Silva Só e
Goethe e rua Dr. Timóteo a leste, e a
norte por um contorno que, da Dr. Timóteo, irá pela Cristóvão Colombo até
a Ramiro Barcelos e desta para a Voluntários da Pátria e Conceição, até a Mauá.
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
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síndico 191
fotos: Divulgação/Codeca
T
possíveis reclamações dos cidadãos preocupados em terem uma dessas estruturas diante da sua casa, o diretor esclarece:
“Não são equipamentos como os que
recolhem entulho, que ficam abertos. Eles
são tampados e a abertura é feita através
de um pedal”. Além disso, os contêineres
passarão por uma lavagem interna e externa semanalmente. O trabalho será
feito dentro de um caminhão especial,
sem deixar o lugar sujo ou molhado.
Coleta seletiva fica igual
Para colocar em prática o novo sistema,
o município fez uma licitação para selecionar a empresa que disponibilizará as
estruturas e os veículos necessários para
a coleta. Gonçalves informa que, quando
em operação, o serviço demandará apenas
uma pessoa para dirigir o caminhão específico para esse fim e acionar o mecanismo, sem precisar sair do transporte. O
funcionamento se dá da seguinte forma:
o motorista para ao lado do contêiner e
um braço mecânico recolhe o equipamento e despeja o seu conteúdo. Ele comenta
ainda que o recolhimento ocorrerá principalmente à noite, melhorando o trânsito nas regiões atendidas. O diretor ressalta também que, por enquanto, a coleta
seletiva permanecerá inalterada. Isso
ocorre porque a rotina de destinação desse tipo de material é diferente da orgânica, que pode ser compactada dentro do
caminhão de lixo. Já os resíduos que vão
para a reciclagem não podem chegar prensados, o que inviabilizaria a sua separação.
Entre os benefícios dessa medida
apontados por Gonçalves estão a redução
das ilhas de sujeira nas ruas, da ação da
chuva e do vento, levando os detritos para bueiros e bocas-de-lobo, e de animais
rasgando os sacos de lixo. A iniciativa em
Porto Alegre segue os moldes do que vem
sendo feito em Caxias do Sul, Pelotas,
Santa Maria e em Montevidéu e Punta
Del Este, no Uruguai.
Experiência que
vem da Serra gaúcha
Em Caxias do Sul a população já conta
com a coleta automatizada do lixo desde
agosto de 2007. Na primeira fase do projeto de mudança do sistema de recolhimento dos detritos, foram beneficiados
80 mil moradores do Centro da cidade,
mais as cerca de 250 mil pessoas que circulam pela região diariamente e que tiveram contato com a novidade. Passados
quase quatro anos, a iniciativa abrange
hoje 165 mil cidadãos (representando 30%
da população do município), 866 quadras,
1.400 conjuntos de contêineres e seis caminhões. O investimento na compra dos
equipamentos, realizado em 2010, foi de
R$ 10,5 milhões. Diferente da proposta
de Porto Alegre, em Caxias do Sul os con-
têineres são colocados aos pares, um para
o lixo seletivo (na cor amarela e feito de
plástico) e outro para o orgânico (verde e
de metal). As duplas ficam distantes, no
máximo, cem metros uma das outras. A
inspiração para a iniciativa, conforme o
gerente Comercial e de Comunicação e
Marketing da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Gilberto Meletti, veio de ações desenvolvidas
na Europa e em Valparaíso, no Chile.
Para Meletti, as principais vantagens
desse modelo envolvem a redução do
lixo nas ruas, o fato dos funcionários não
terem mais contato com o material, o
acesso 24 horas às estruturas e a redução
de insetos e roedores. Ele acrescenta que
a atividade contribuiu para a melhoria
do trânsito. Dos sete caminhões de lixo
que transitavam na área, agora, passam
apenas dois para a coleta e um para a
lavagem dos equipamentos. Entre os resultados obtidos, o gerente da Codeca
comenta que Caxias do Sul está mais
limpa, o que significa mais saúde e qualidade de vida para os moradores. Sem
falar em problemas como alagamentos.
“Com a diminuição dos resíduos nas vias
públicas, quando há vento ou chuva esse
material não termina mais depositado
nas bocas-de-lobo, que acabavam entupidas devido à sujeira”, salienta.
A perspectiva para os próximos anos
é estender o serviço a outras regiões. Meletti comenta que estão em fase de elaboração os projetos para três novas etapas.
Contudo, ele reforça ser impossível levar
a coleta automatizada a toda cidade, pois
a operação dos contêineres demanda
certa logística e a análise de vários critérios, como a altura dos fios elétricos e das
árvores (os equipamentos são erguidos
até o caminhão, para então ter o seu lixo
depositado no veículo), largura das ruas,
facilidade de acesso e volume mínimo de
material acumulado na região. Para mobilizar a comunidade, Meletti conta que
foi promovida uma campanha para informar as mudanças e uma equipe da
Codeca passou por todas as residências
do Centro, área do projeto-piloto, entregando um folder explicativo. “É importante vender bem a ideia e reforçar as
melhorias que virão”, frisa.
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segurança
Segurança blindada
A blindagem de guaritas pode aumentar a proteção nos condomínios em até 75% e evitar a ação de criminosos
O
avanço da violência nas cidades
brasileiras tem impulsionado o
desenvolvimento de produtos que elevam a segurança das pessoas em suas
residências e locais de trabalho. Nesse
cenário, cresce também a pesquisa de
novas aplicações para técnicas conhecidas, como é o caso da blindagem. Mais
associado ao mercado de automóveis, o
procedimento vem ganhando espaço no
setor imobiliário com a meta de reduzir
as chances de invasões. O trabalho consiste na substituição dos materiais existentes nas estruturas originais (como
vidros, caixilhos, portas e entradas de
ar) por outros balísticos, mantas de aramida (kevlar), aço inoxidável e vidros
blindados.
Em capitais como São Paulo, Rio de
Janeiro, Fortaleza e Curitiba, o processo
é mais difundido, com uma demanda
maior por essa solução. Já no Rio Grande do Sul, o segmento está em desenvolvimento, conforme aponta o sócio-gerente da Piquet Blindagens Especiais,
Vitor Genz. A empresa, fundada pelo
tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, foi pioneira no Rio de Janeiro ao usar a tecnologia em veículos.
Atuando há dez anos, a companhia
ampliou os serviços para a área de blindagem arquitetônica, com foco na instalação em guaritas. O local, explica
Genz, é onde porteiros ou vigias ficam
em contato com entregadores, carteiros
e outras pessoas que circulam pelo condomínio, tornado-se assim mais vulneráveis à ação de criminosos. Em um
ambiente blindado, o funcionário conta
com maior segurança para avisar a po-
lícia, os moradores e controlar a entrada.
O empresário ressalta ainda a importância de aliar esse recurso ao uso de
passa-volumes para entregas, eclusas
para a chegada de condôminos e veículos e treinamento dos colaboradores.
Além das guaritas, outro emprego comum do método é em portas de acesso
de apartamentos.
Para mais informações, acesse o site www.piquetblindagens.com.br
ou pelos telefones: (51) 3325-5588, (11) 4243-1860 ou (11) 4243-1746.
Custo-benefício deve ser avaliado
Segundo Vitor Genz, da Piquet Blindagens Especiais, por
requerer materiais de alta tecnologia, a blindagem arquitetônica acaba sendo um produto de alto valor. Contudo, o sóciogerente afirma que em um condomínio ele fica diluído entre
as economias, deixando-o mais acessível. O preço varia de
acordo com o metro quadrado de vidros e acessórios (passavolume, portas, intercomunicador etc) necessários. “Por exemplo, o metro quadrado de vidro está em torno de R$ 1.890
reais”, informa. Mas, o custo-benefício compensa o investimento, pondera o empresário, uma vez que esse procedimento aumenta em até 75% a segurança, se houver treinamento
dos colaboradores, e em 25%, sem a capacitação. Ele relata
que isso prepara o vigilante para usar a blindagem, deixandoa fechada, ficando protegido e o menos vulnerável possível
ao erro humano. “Oferecemos um curso básico aos usuários,
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síndico 191
que pode ser ampliado com palestras de companhias especializadas em segurança”, enfatiza.
Genz revela que a instalação é feita com mão de obra
especializada e pode levar até uma semana para ser concluída. A blindagem mais utilizada é a nível III-A, resistente até
uma arma Magnum 44. A técnica não prejudica a visibilidade
de quem está dentro da guarita e nem exige mudanças na
limpeza. Um alerta que ele faz aos síndicos é verificar se a
companhia escolhida é certificada pelo exército brasileiro e
se os materiais balísticos usados possuem o Relatório Técnico
Experimental (Retex). O documento confirma que os produtos
suportam disparos para os níveis que foram projetados. “Os
dois são importantes para resguardar a segurança do cliente.
Já vimos inúmeras obras com vidros de grande espessura,
porém não blindados”, adverte.
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sustentabilidade
Você sabe como descartar
o lixo eletrônico?
A
Rebaixados de imprescindíveis a obsoletos em curto espaço de tempo,
os eletrônicos devem ter um descarte adequado
facilidade de acesso à tecnologia e
a rapidez com que se trocam aparelhos de celulares e computadores por
versões mais modernas vem gerando um
grande problema: o que fazer com esse
material descartado? No mundo, conforme a Organização das Nações Unidas
(ONU), são produzidas 40 milhões de
toneladas ao ano de lixo eletrônico. Estudo efetuado em 2010 pelo programa
para o Meio Ambiente da Organização
aponta que o Brasil é o país emergente
que gera o maior volume desse tipo de
resíduo por pessoa anualmente, com
uma média de 0,5 quilo. O índice é maior
que o da China, de 0,23 quilo. A ONU,
inclusive, exigiu soluções efetivas da
União para reverter a situação.
Uma medida que deve auxiliar na
mudança desse cenário foi a aprovação,
no ano passado, da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida
pela Lei nº 12.305, que trata do gerenciamento e das responsabilidades dos geradores desse lixo e do poder público em
dar um destino ambientalmente correto
para ele. Durante o período de adequação
dado pela legislação às companhias para
se prepararem para cumprir a PNRS, cada um pode fazer sua parte encaminhando os seus eletrônicos para empresas e
órgãos públicos que já realizam esse ser-
O que é lixo eletrônico?
São CPUs, estabilizadores, fios e cabos, fontes de microcomputadores, impressoras com ou sem tonner e cartuchos, monitores, mouses, no-breaks, notebooks,
scanners, servidores, teclados, unidades de CD, DVD e disquetes, ferro, placas,
alumínio, caixas de som, ADSL, modens, roteadores, telefones, celulares, carregadores, baterias pequenas, CD e DVD, calculadoras, máquinas de xerox e faxes.
Fonte: DMLU
34
síndico 191
A Reverse (Novo Hamburgo) que coleta, separa e promove a
destinação final de resíduos eletrônicos atua também em
condomínios da região Metropolitana da Capital
viço. Na Capital gaúcha, por exemplo, o
Departamento Municipal de Limpeza
Urbana (DMLU) conta com três postos
para o recebimento desses materiais de
pessoas físicas. O projeto, desenvolvido
em parceria com o Gabinete de Inovação
e Tecnologia e a Procempa, firmou convênio com a IZN Recicle Brasil para recolher e descartar corretamente esse lixo.
Os locais ficam na Procempa (Av. Ipi­­ranga
nº 1.200 – telefone: (51) 3289.6163), que
funciona de segunda a sexta-feira, das 8h
às 17h, na capatazia do DMLU no Gasô­
­me­­­tro (Avenida João Goulart nº 158 –
telefone: (51) 3289.6941) e junto à Seção
Norte (Travessa Carmen nº 111 –fone:
(51) 3289.6958).
Reciclagem coletiva
No Rio Grande do Sul, a Reverse – companhia instalada em Novo Hamburgo
– atua na coleta e destinação final de
resíduos eletrônicos na região Metropolitana de Porto Alegre. O foco é a
separação de todo o material que compõe os equipamentos e a reutilização da
matéria-prima, como plástico e metais.
Apesar de trabalhar voltada para pessoas jurídicas, o diretor Comercial da empresa, Érico Scherer, informa que já foi
realizada uma ação com um condomínio. Ele revela que um dos empecilhos
de operar em residências é o custo do
recolhimento do material. “Para que seja viável economicamente, é preciso que
os moradores reúnam, no mínimo, 50
quilos para que possamos buscar”, argu-
menta. Mesmo assim, ele acrescenta que
vem crescendo o número de pessoas que
buscam informações sobre o serviço.
Com três funcionários e em operação
desde 2009, a Reverse recolhe mensalmente entre sete e oito toneladas de lixo
eletrônico. Scherer salienta que, para a
segurança dos clientes, todos os dados
contidos nos discos rígidos são eliminados por meio físico e ocorre, ainda, a
descaracterização da marca, impedindo
a exposição indevida da companhia.
Contatos podem ser feitos através do
telefone: (51) 3587-1239 ou do e-mail:
[email protected].
Dell busca seus computadores em todo País
A companhia Dell está de acordo com as novas regras da Política Nacional de
Resíduos Sólidos desde 2006, quando disponibilizou em seu site um link para que
os clientes das suas linhas de computadores e acessórios possam reciclar os
produtos usados. Segundo a gerente de cumprimento ambiental da Dell América Latina, Cintia Gates, a coleta e o descarte são feitos gratuitamente em todo o
Brasil. “Basta que o interessado entre na página (www.dell.com/recycle) e clique
na bandeira do seu país e um parceiro da empresa vai até o local registrado
buscar o equipamento”, explica. A iniciativa prevê a reutilização das máquinas
em programas de inclusão digital ou o reaproveitamento dos componentes na
fabricação de novos itens.
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sustentabilidade
Sem desperdícios ou sujeira
na hora de lavar o carro
Lavagem ecológica de veículos (pouca água no processo) pode ser feita dentro do condomínio
A
preocupação com o meio ambiente
já faz parte da rotina de boa parte
da população e das empresas brasileiras,
que vêm buscando soluções mais sustentáveis para a realização de seus serviços,
minimizando o uso dos recursos naturais
e a geração de resíduos, além da preocupação com a destinação correta de seus
artigos descartados. A Carwash Prime é
um exemplo dessa nova mentalidade
empresarial. A companhia de lavagem de
automóveis ecológica, aberta em 2010,
em Porto Alegre, possui um processo que
utiliza pouca água (em média 300 mililitros por veículo médio), panos especiais
de microfibra e produtos 100% biodegradáveis e certificados pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Outro diferencial é que a higienização
do carro é realizada no condomínio do
cliente, seja ele residencial ou comercial.
“Como temos uma estrutura móvel, oferecemos praticidade e conforto aos usuários que não precisam se deslocar até
uma lavagem tradicional, ganhando tempo com isso”, afirma o diretor da Carwash Prime, Walter Katz Neto. Ele comenta
ainda que o trabalho não interfere nas
instalações e rotinas dos consumidores.
O diretor conta que o negócio nasceu a
partir de uma necessidade dos sócios da
empresa, que deixavam seus veículos estacionados o dia inteiro durante a semana e, nos sábados e domingos, não queriam perder tempo levando-os para uma
limpeza. Surgiu, assim, a ideia de aproveitar o período em que os automóveis
ficavam parados durante o expediente
para executar a tarefa, no próprio local.
Para todos os tipos
Katz Neto adianta que são necessários,
no mínimo, cinco carros para que a companhia desloque sua equipe – que possui
36
síndico 191
atualmente dez funcionários – até o condomínio. Para o serviço, é preciso apenas
uma tomada para o aspirador de pó e os
veículos podem permanecer na sua vaga
de estacionamento. Outra vantagem destacada pelo diretor é a ausência de resíduos após a lavagem, que leva, em geral,
40 minutos. Os valores cobrados são a
partir de R$ 20 reais por automóvel e
abrangem todos os modelos e motos.
Entre as opções disponibilizadas pela Carwash estão a lavagem geral com
en­­­ceramento (que inclui a parte interna,
pneus, carpetes e tapetes de borracha);
externa com enceramento; de carros
brancos com enceramento (com produto específico para a cor); de motos com
enceramento e higienização interna, do
ar condicionado, de motor e revitalização da pintura. Possui também cristalização de vidros (aplicação de material
que evita a aderência de pó e sujeira e o
acúmulo de água em dias de chuva) e a
hidrata­­ção de bancos de couro. Mais
informações podem ser obtidas pelo
fone (51) 3372-0702 ou pelo e-mail:
[email protected].
segurança
Como garantir ambientes mais
seguros nos condomínios
Anualmente, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser renovado
para assegurar o bem-estar dos funcionários e atender à legislação trabalhista
A
s diferentes atividades efetuadas em
um condomínio podem representar
algum tipo de risco para a saúde dos trabalhadores, desde quedas ao fazer um
reparo, até problemas ocasionados pelo
manuseio de produtos químicos sem a
utilização do equipamento adequado.
Para prevenir essas situações e manter as
instalações seguras, o Ministério do Trabalho exige – por meio da Norma Regulamentadora 9 (NR 9/78) – a elaboração
e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Segundo o engenheiro de Segurança do
Trabalho da PRF Engenharia, Paulo Roberto Ferraz, o PPRA atua na preservação
da integridade dos profissionais, através
da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da possibilidade de ocorrerem acidentes ambientais.
Pelo menos uma vez por ano, o laudo
deve ser atualizado, independente do
número de colaboradores ou se eles são
terceirizados (os condomínios ficam sujeitos à chamada responsabilidade solidária). A aplicação das recomendações
do documento garante, além do bemestar dos funcionários, a segurança ao
síndico de estar em acordo com a legislação e a redução das licenças médicas
relacionadas a trabalho. Ferraz comenta
que os custos decorrentes das ausências
por doenças e suas implicações previdenciárias e legais são maiores que os inves-
timentos destinados para a realização do
PPRA. “É importante lembrar que ações
judiciais por enfermidades ocupacionais
podem ser propostas contra a empresa
até 20 anos após a demissão ou dispensa
do empregado”, alerta. Para se ter uma
dimensão da gravidade dessas ocorrências, a Previdência Social revelou, em seu
último levantamento, de 2009, cerca de
723,5 mil acidentes de trabalho. Esse índice pode ser ainda maior, considerandose que muitos deles não são registrados.
Do total apurado, 79,7% representam os
típicos do cargo, 16,9% os de trajeto e
3,3% as doenças ocupacionais, que têm
sua maior incidência (33,9%) na faixa
etária dos 30 aos 39 anos.
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37
segurança
Identificando os riscos
A elaboração do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais começa pelo mapeamento das rotinas do condomínio.
Passa pela análise qualitativa e quantitativa dos agentes físicos, biológicos, químicos e ergonômicos e das probabilidades de acidentes nos espaços em que os
colaboradores exercem as suas funções,
assim como das condições estruturais
(central de gás e rede elétrica) e de prevenção de incidentes (como os extintores). O engenheiro relata que os riscos
mais comuns nessas estruturas são a iluminação insuficiente, umidade anormal,
temperaturas extremas (quente ou frio)
e ruídos acima da tolerância. “A Norma
Regulamentadora 15 (NR 15/78), que
trata das atividades e operações insalubres, define em 85 decibéis o limite sonoro, principalmente, quando são usados
equipamentos como aparador ou cortador de grama e lava jato”, descreve Ferraz.
A poeira, o fumo, gases ou vapores
também podem ser perigosos para a
saúde, assim como o cloro usado para a
manutenção de piscinas, desinfetantes,
sabões ou detergentes. O especialista
acrescenta ainda os cuidados para evitar
o contato com bactérias, fungos, bacilos,
parasitas, protozoários, vírus, entre outros micro-organismos. As posturas
inadequadas e os movimentos repetitivos complementam a lista de itens observados na preparação do laudo técnico. Após esse levantamento, o profissional responsável (engenheiros de Segurança do Trabalho registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Crea) determina as
medidas a serem aplicadas para mini-
mizar os riscos e melhorar os ambientes.
Mudanças na prática
Com o PPRA em mãos, é chegada a hora
de implementar as sugestões dadas pelos
especialistas. Ferraz aconselha que o primeiro passo é promover reuniões periódicas com os trabalhadores para compartilhar as recomendações estabelecidas
pelo programa e cobrar o seu cumprimento. “Fornecer os Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs) necessários,
como luvas, óculos, sapatos, protetores
auriculares e máscaras corretas para cada
tipo de exposição é mais uma atitude a
ser posta em prática”, destaca. O engenheiro lembra que não basta apenas entregar
os EPIs, é preciso orientar as pessoas para que os utilizem de forma adequada.
Outra indicação que pode apresentar
resultados positivos é criar o hábito de
registrar em um livro a entrega desses
materiais. A documentação da ação demonstra que os funcionários estão sendo
informados sobre a necessidade de seguir
as normas de segurança. Ferraz reforça
que o laudo salienta a importância dos
treinamentos, definidos conforme as atividades executadas nos condomínios. Ele
informa que o PPRA interage com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), estabelecido
pela Norma Regulamentadora 7 (NR
7/78), permitindo assim a proteção integral da saúde dos colaboradores. Segundo a legislação, o PCMSO deve incluir a
realização de exames médicos obrigatórios, como o admissional, periódico, de
retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional.
Penalidades
As multas relativas às leis sobre segurança e saúde dos trabalhadores são tratadas
pela Norma Regulamentadora 28 (NR
28/78) e cobradas em Ufir (Unidade Fiscal de Referência), que está fixada em
aproximadamente R$1,10. O engenheiro
de Segurança do Trabalho Paulo Roberto Ferraz exemplifica que, em um condomínio que tenha de um a dez funcionários, a inexistência do PPRA implicaria
penalidade mínima de R$ 1.241,90 e máxima de R$ 1.532,30. Os valores são calculados de acordo com o número de
colaboradores e da gradação das multas
(apresentadas no Anexo I da NR 28).
Em caso de reincidência, resistência
à fiscalização, emprego de artifício ou
simulação com o objetivo de fraudar a
lei, a penalidade será aplicada na forma
do artigo 201, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
conforme os seguintes índices:
VALOR DA MULTA (em UFIR)
Segurança do Trabalho
Medicina do Trabalho
6.304
3.782
Auxiliadora Predial orienta gestores
A supervisora da Central de Atendimento e Telecompras da Auxiliadora Predial,
Valéria Santos, explica que os síndicos que tiverem dúvidas sobre o PPRA ou o
PCMSO podem entrar em contato com o seu assessor de condomínio. “Eles estão
preparados para repassar todos os dados necessários sobre o assunto, ressaltando aos administradores a importância de contar com os programas e executá-los”,
adianta. Ela enfatiza a obrigatoriedade de estar com esses documentos em dia e
de contratar um especialista para avaliar as atividades e ambientes condominiais.
Mais informações sobre o tema podem ser solicitadas na Central de Atendimento e Telecompras, com a Valéria, pelo fone: (51) 3216-6100 – Ramal: 2450 ou
na PRF Engenharia, fone: (51) 3336- 8960 e pelo e-mail: [email protected].
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