O que é lixo eletrônico?
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SUMÁRIO 8 10 18 PANORAMA Notícias envolvendo o universo condominial. PRODUTOS E SERVIÇOS Auxiliadora Predial continua invicta na Pesquisa Marcas de Quem Decide. 20 Inaugurada unidade da Auxiliadora Predial na Vila Clementino e ampliadas as instalações da Agência Av. Paulista, ambas em São Paulo. 20 Revista Síndico cria o Conselho do Leitor. 14 ENTREVISTA Mirela Sofia de Freitas Rodrigues, síndica do Condomínio Life Square, em Porto Alegre. geral Alarmes: legislação vai determinar tempo máximo que os dispositivos podem ficar disparados. 26 30 Pariggi Residencial Service: praticidade e modernidade em área nobre da Capital. 22 CAPA Inicia em junho o projeto-piloto da coleta automatizada de lixo domiciliar em Porto Alegre. abr/mai/jun 2011 Edição Nº 191 CONSELHO EDITORIAL Ingo Voelcker , Christian Voelcker, Fabiano Schneider, Luís Maffini e Luciene Machado COORDENAÇÃO Luís Maffini (supervisor de Marketing) EDITORA EXECUTIVA Recomendações para evitar contratempos com os elevadores nos meses chuvosos. Luciene Machado jornalista responsável - MTb 4480 [email protected] PRODUÇÃO EDITORIAL 28 Palavra-Prima - 51 9808.7497 [email protected] manutenção Dicas para dar maior visibilidade e garantir a perfeita conservação das obras de arte. reportagem e fotografia Luciene Machado - MTb 4480 Tatiana Gappmayer - MTb 8888 capa Fátima Rama (Marketing) 36 sustentabilidade Lavagem de carros ecológica pode ser feita dentro dos condomínios comerciais e residenciais. 32 37 6 COMERCIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS Aprenda a descartar corretamente a sucata eletrônica. síndico 191 segurança Artesul - 51 3228.0787 - 9981.3176 [email protected] PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA sxc.hu | Erkin Sahin 34 Garantida maior proteção com blindagem arquitetônica das guaritas dos condomínios. Conheça as exigências do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais Paica Estúdio Gráfico - Tiba DISTRIBUIÇÃO Faster Mail Logística em Postagem A Revista Síndico não se responsabiliza pela qualidade dos serviços prestados e pelos produtos oferecidos pelos anunciantes, sendo os mesmos de inteira responsabilidade das empresas anunciantes. Não é permitida a reprodução de textos desta publicação sem autorização da editora, por escrito. panorama Remédios para hipertensão e diabetes agora são gratuitos Desde fevereiro deste ano, as mais de 15 mil farmácias e cinco doenças: asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e drogarias conveniadas à rede Aqui Tem Farmácia Popular glaucoma, além de fraldas geriátricas. Os produtos disponibilizam gratuitamente à população 11 medicamentos encontrados na rede são identificados pelo princípio ativo para hipertensão e diabetes, através do programa Saúde Não ou nome genérico, que é a substância que os compõem. Tem Preço. Eles também podem ser obtidos nas 544 Informações e dúvidas sobre o Farmácia Popular podem farmácias populares administradas pelo Ministério da Saúde. ser solicitadas pelo Disque-Saúde: 0800 61 1997, pelo Calcula-se que o País possua aproximadamente 33 milhões e-mail: [email protected] ou no site: de pessoas com hipertensão arterial e 7,5 milhões de www.saude.gov.br. A listagem completa dos medicamentos diabéticos diagnosticados. está no link: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ Para solicitar o remédio, é preciso apresentar nas elenco_2011_fpI.pdf. Na página do Ministério da Saúde unidades CPF, documento com foto e receita médica, exigida podem ser pesquisados também os endereços das unidades para evitar a automedicação. Os cidadãos têm ainda acesso a próprias e que integram o Aqui Tem Farmácia Popular. outros 13 tipos de medicamentos, que possuem 90% do valor financiado pelo governo federal e atendem a outras Hotsite: www.saudenaotempreco.com Fonte: Ministério da Saúde Placas de identificação em obras são obrigatórias Pode parecer apenas um detalhe entre os tantos que 8 O gestor da Fiscalização do Conselho Regional de envolvem uma obra, mas a presença da placa de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul identificação dos responsáveis técnicos pelo trabalho em (Crea-RS), o arquiteto e urbanista Claudio Bernardes, reforça andamento é uma segurança a mais para os contratantes e que não importa o tipo de iniciativa, pode ser desde uma para a sociedade em geral. A medida também busca impedir construção, demolição, reforma até uma decoração, todas o exercício ilegal da profissão. A sinalização, obrigatória devem seguir essa resolução. Ele acrescenta que não há uma conforme a Lei Federal nº 5.194/66, possibilita a fiscalização padronização de tamanho ou material para as sinalizações, dos órgãos competentes. A legislação determina que, apenas referente às informações necessárias dos durante o tempo em que durarem as obras, instalações e profissionais envolvidos. Segundo Bernardes, a penalização intervenções de qualquer natureza, é exigida a colocação e pelo não cumprimento dessa norma envolve valores de R$ manutenção de placas visíveis e legíveis ao público. Nelas 844 reais para o exercício ilegal para pessoa física e R$ 4.240 devem constar o nome do autor e coautor do projeto em reais para pessoa jurídica. Após o auto de infração ser todos os seus aspectos técnicos e artísticos, assim como os lavrado e recebido pelo autuado, são dados dez dias para a responsáveis por sua execução. defesa. Caso não ocorra nenhuma manifestação, o infrator é síndico 191 Praticidade na hora de lavar a louça e beber água Para quem está cansado de comprar e carregar garrafas de água mineral para casa, mas deseja beber um líquido com qualidade, a Deca oferece uma novidade: um produto que une em um mesmo corpo torneira e filtro. Principal fabricante de louças e metais do País, a empresa lançou a linha Twin, que tem um design compacto e moderno. A peça possui fotos: Divulgação/Deca ainda Carbon Block, carvão sintetizado que absorve o cloro por completo, retira odores, acaba com o aspecto turvo da água e evita a proliferação de micro-organismos, assegurando a saúde de seus usuários. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a 3M. Prática, a linha é certificada pelo Inmetro e é de fácil manutenção. Ela vem com refil de duração aproximada de seis meses, tendo como base uma residência de quatro pessoas, ou 1.500 litros. Há três diferentes modelos disponíveis, na versão mesa e parede, filtro instalado junto à torneira e filtro independente da torneira. Com garantia de dois anos, os produtos são comercializados por, aproximadamente, 740 reais. julgado a revelia e Informações pelo telefone: 0800 011 7073, comunicado do novo pelo e-mail: [email protected] ou na página: prazo de 60 dias para o www.deca.com.br. recurso. “Depois desse período, a multa é encaminhada para cobrança judicial e a pessoa sofre outra fiscalização. Verificando-se a falta de regularização, ele recebe penalização”, informa. No ano passado, o Crea-RS recebeu 2.803 denúncias através do seu Disque Segurança. Desse total, 90% eram relacionadas à construção civil. Reclamações podem ser feitas para este canal através do 0800 510 2563 ou pelo e-mail: [email protected]. Abril-maio-junho/2011 9 produtos & serviços Auxiliadora Predial é a imobiliária mais lembrada e preferida dos gaúchos A empresa ficou em primeiro lugar no seu segmento no Marcas de Quem Decide 2011 E m julho de 2011, a Auxiliadora Predial completa 80 anos de atividades e a qualidade dos serviços prestados há tanto tempo já recebeu, logo no começo do ano, importante reconhecimento. A companhia foi eleita pelos empresários, executivos e profissionais liberais ouvidos pela pesquisa Marcas de Quem Decide como a imobiliária mais lembrada e preferida do Estado e segue invicta, vencendo pela décima segunda vez consecutiva. Ao todo, participaram 508 pessoas de 47 cidades gaúchas. Realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com o Qualidata, o levantamento chega a sua 13ª edição abrangendo 103 setores apurados. Os resultados foram apresentados no dia primeiro de março em um evento no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, que reuniu cerca de mil pessoas. Para o presidente da Auxiliadora Predial, Ingo Voelcker, o resultado é reflexo do trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo desses 80 anos. Ele salienta também que um fato significativo foi o crescimento que a imobiliária teve nessa edição em relação às anteriores. “Passamos de 10,2% na lembrança e 11,1% na preferência, em 2010, para 15,7% e 12,2%, respectivamente, em 2011”, comemora. O vice-presidente e diretor operacional da companhia, Christian Voelcker, acrescenta que esses índices são um reconhecimento público e representam o incremento no número de clientes conquistados e dos negócios efetuados. No ano passado, a empresa dobrou o setor de vendas, em comparação a 2009, decorrente do aumento da rede de atendimento. E, no mesmo período, teve uma elevação de 20% na área de condomínios e aluguéis. Hoje, a Auxiliadora Predial possui um banco de oferta de imóveis superior a oito mil unidades e mais de dois mil condomínios administrados. 10 síndico 191 Ingo Voelcker e Christian Voelcker, respectivamente, diretor-presidente e vice-presidente da Auxiliadora Predial Auxiliadora Predial no Marcas de Quem Decide Segmento Imobiliárias 2011 Lembrança 1º Auxiliadora Predial 15,7 Preferência 2010 Lembrança 2009 Lembrança 1º Auxiliadora Predial 12,2 1º Auxiliadora Predial 10,2 Preferência 1º Auxiliadora Predial 11,1 1º Auxiliadora Predial 12,9 Preferência 1º Auxiliadora Predial 12,1 Abril-maio-junho/2011 11 produtos & serviços Cresce participação da Auxiliadora Predial em São Paulo Novas agências inauguradas e ampliadas marcam a expansão dos serviços da empresa na cidade mais populosa do Hemisfério Sul P rincipal centro financeiro do País, responsável por 12,26% do PIB nacional, e com uma população de aproximadamente 29 milhões de habitantes concentrada nas regiões Central e Metropolitana, São Paulo é referência mundial em economia, política e cultura. Não é por acaso que é conhecida como a cidade que não dorme. Além disso, é o maior mercado imobiliário brasileiro. Diante desse cenário, a Auxiliadora Predial vem aumentando a presença na capital dos paulistas, oferecendo seus serviços por meio de novas agências inauguradas ou ampliadas. “Temos metas bem agressivas de crescimento nes- sa localidade, ainda que nossa expansão seja segura e comedida”, destaca o vicepresidente e diretor operacional da companhia, Christian Voelcker. Atualmente, são três unidades em funcionamento em São Paulo: a Avenida Paulista, Moema e Vila Clementino, inaugurada em 11 de fevereiro deste ano. Em breve, deve ser aberta a loja Jardim Paulista. Negócios promissores A agência Vila Clementino, que tem um espaço de 160 metros quadrados, opera exclusivamente com vendas, focando, além do bairro que dá nome à unidade, Vila Mariana, Mirandópolis, Praça da Árvore, Jabaquara, Saúde, São Judas e Ipiranga. A região, segundo o gestor da franquia, o publicitário Rafael de Barros Giannini, é tradicional, atraente e ao mesmo tempo inovadora. Giannini, que possui dez anos de experiência no segmento imobiliário, comenta ainda que a localidade conta com a praticidade de estar próxima ao metrô, o que valoriza a procura por residências. “É um lugar promissor, com muita oferta e busca”, resume. Qualidade no atendimento e grande variedade de imóveis serão os diferenciais da Vila Clementino. A equipe é formada por onze profissionais, entre cor- Novidades na Avenida Paulista Jorge Voelcker, conselheiro da Auxiliadora Predial, Rafael de Barros Giannini, gestor da Agência Vila Clementino e Antônio Azmus, diretor de Vendas e Franquias da Auxiliadora Predial Auxiliadora Predial 12 síndico 191 Funcionando desde novembro de 2009, a unidade instalada na mais famosa via de São Paulo passará por modificações que ampliarão o seu tamanho. De acordo com o vice-presidente e diretor operacional da Auxiliadora Predial, Christian Voelcker, a Agência Avenida Paulista – que iniciou suas atividades em um ambiente de 350 metros quadrados – terá agora cerca de mil metros quadrados. “Isto é necessário para atender com o padrão de qualidade que nosso cliente exige”, explica. Ele acrescenta que, atualmente, o número de funcionários atuando no local está próximo de cem pessoas. Voelcker salienta que a companhia, ao entrar nesse mercado novo e competitivo, desenvolveu um projeto de longo prazo, o qual envolve uma fase importante de aprendizado local e de estabelecimento de relações com os consumidores e fornecedores, e que começa a produzir resultados. Sobre a presença na cidade, o vice-presidente comenta que a empresa já possui representatividade. “Com muita alegria identificamos ao andar pelas avenidas da capital paulista nossas placas verdes de Aluga e Venda”, comemora. Agência Vila Clementino, a nova unidade de vendas da Auxiliadora Predial em São Paulo retores, agenciadores, assistentes de vendas e outros. O público será recebido em uma estrutura com duas salas de reu- niões, dois salões de venda, três pontos de atendimento, quatro banheiros e um quintal com churrasqueira. Endereços Agência Vila Clementino – São Paulo (SP) | Rua Loefgren, 1447/1451 – (11) 3372-8800 – Segunda a sexta-feira: 8h30 às 19h. Sábados: 9h às 15h. Agência Avenida Paulista – São Paulo (SP) | Avenida Paulista, 1009 – (11) 3287-4811 – Segunda a Sexta-feira: 8h30 às 18h. Próximas inaugurações Até o momento, a Auxiliadora Predial conta com 28 unidades instaladas em Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Capão da Canoa, Torres, Caxias do Sul, Gramado e São Paulo. Até abril devem ser abertas novas lojas: Cristóvão Colombo (Porto Alegre), Wenceslau Escobar (Porto Alegre), Jardim Paulista (São Paulo), Assis Brasil (Porto Alegre), João Wallig (Porto Alegre) e Santana (Porto Alegre). Christian Voelcker é diretor operacional da Auxiliadora Predial Abril-maio-junho/2011 13 entrevista “Abracei a função de síndica para colaborar com o Condomínio” A mudança de endereço não foi a única que aconteceu pa- o ensinamento. Casada e com dois filhos, Domênico (que ra a professora Mirela Sofia de Freitas Rodrigues no segun- se formou recentemente e não mora mais no Life Square) do semestre de 2008, mais precisamente no mês de outubro. e Nicholas (de 15 anos, que reside com os pais), a síndica Logo após chegar ao Condomínio Life Square, no bairro revela que a infraestrutura disponível no local é perfeita Higienópolis, em Porto Alegre, ela assumiu o cargo de sín- para eles, que fizeram amigos e podem usufruir de um es- dica, no qual permanece até maio deste ano, ocupando o paço seguro para se divertirem. Ela comenta ainda que gos- posto do gestor anterior que fazia o caminho contrário ao ta de caminhar no jardim e olhar as plantas e flores ali reu- dela: estava deixando o edifício. Com experiência na baga- nidas e saber que ajudou a escolher alguns dos elementos gem –já havia administrado o prédio anterior onde morou presentes nesses recantos. “Mas, o lugar que mais aproveito por oito anos – Mirela conta que, como está aposentada e é o salão de festas. Adoro fazer uma festa e convidar os ami- não trabalha mais fora, consegue se preparar para atender gos”, confessa Mirela. Conheça um pouco mais sobre o tra- a sua casa e ao Condomínio. “É preciso um pouco de orga- balho desenvolvido pela síndica no Life Square, nos quase nização e tudo caminhará de forma adequada”, compartilha dois anos e meio em que está na função. Qual a configuração do Condomínio Life Square? Possui duas torres, com 152 apartamentos. O prédio, que foi construído há seis anos, conta com uma infraestrutura completa. São duas quadras esportivas (uma de tênis e outra poliesportiva), dois salões de festa, piscinas infantil e adulto e playground. Há ainda o cyber, ambiente com várias mesas de jogos, como sinuca, fla-flu, pingue-pongue e aero hoquey, o children care (espaço de recreação para crianças até sete anos), salas de ginástica e de jogos para adultos (com área para partidas de cartas), sauna e spa (com banheira de hidromassagem). Mirela Rodrigues, síndica do Life Square, na entrada que leva para as duas torres do Condomínio 14 síndico 191 O que a motivou a ser síndica? Sou uma pessoa muito ativa e, como me aposentei como professora, resolvi abraçar a função para colaborar com o Condomínio. O antigo síndico estava se mudando e chamou uma assembleia para entregar o cargo. Como não apareceu nenhum interessado, acabei me oferecendo para a ocupação. Isto acon- Parte do belo jardim do Life Square, próximo às piscinas teceu em outubro de 2008, estava chegando ao edifício, e estou até hoje na gestão do Life Square. Quantas pessoas trabalham no condomínio? A maioria dos serviços é realizada por funcionários terceirizados. Apenas o zelador é contratado do Condomínio. Há um total de 19 profissionais: seis na limpeza, um jardineiro (meio turno), um gestor da Auxiliadora Predial e os demais atuam na segurança. Temos três portarias, duas delas 24 horas e uma 12 horas, e ronda 24 horas. Como é seu o dia a dia no Condomínio? Trabalho muito para o Condomínio. Inclusive, temos uma sala para a administração e todos os dias passo algumas horas lá resolvendo os problemas, atendendo aos condôminos e aos funcionários. Analiso também os orçamentos, acompanho os reparos e supervisiono sempre as atividades para que tenhamos um bom desempenho. Sua atividade profissional a ajuda na administração do Life Square? Sim, auxilia. Como trabalhei em escola, sou professora, aprendi a ter muita paciência e a adotar a postura mais equilibrada possível em situações de conflito. Quais foram as primeiras medidas tomadas desde que assumiu? Cheguei para dar continuidade ao trabalho que o antigo síndico tinha começado. O Condomínio estava próximo do fim do período de garantia de cinco anos dado pela construtora. Recebi, então, a incumbência de fazer uma avaliação de toda a estrutura, encaminhar as pendências e cobrar as soluções da empreendedora. Foi preciso efetuar alguma ação para reduzir os gastos no Condomínio? Estamos constantemente levantando possibilidades para diminuir os custos. Fazemos contatos para a revisão e a redução de contratos, solicitamos mais de um orçamento (no mínimo três, mas sem esquecer a qualidade do serviço). Outras situações colocadas em prática foram a troca das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes e recomendações para o controle de gastos com energia e água. Que outros investimentos foram executados durante a sua gestão? Estou sempre trabalhando para realizar melhorias. Troquei quase todos os aparelhos da academia, como as esteiras, a estação de musculação, a bicicleta ergométrica e instalei um ar condicionado para deixar o local mais agradável nos dias de muito calor. Já o ambiente do cyber recebeu mesas de pingue-pongue, fla-flu e aero hoquey e o children care ganhou novos brinquedos. Os salões foram equipados com fogões de cinco bocas, e comprei utensílios para enfeitar as festas. Uma televisão de plasma foi adquirida para o salão e, ainda, negociei pontos gratuitos com a Net para os dois salões e a academia. Nas quadras, foi feita uma nova impermeabilização. Executamos também a recuperação e contenção no talude para controlar a erosão (usando a técnica do geoweb). ConstanAbril-maio-junho/2011 15 entrevista temente, procuro preservar, melhorar e valorizar o patrimônio do Condomínio. Que obras ou ações estão em andamento no momento? Agora, estamos focados no jardim, plantando flores, grama, pequenos arbustos e colocando pedras para o embelezamento. Nas garagens, vamos instalar cantoneiras nas colunas, medida que foi aprovada em assembleia. Outra iniciativa implantada é o recolhimento do óleo usado, que é entregue a uma empresa para o reaproveitamento. Além disso, reúno livros, revistas, roupas e brinquedos e encaminho para doações em escolas, creches e asilos. Depois apresento os recibos para a comprovação da entrega. A participação dos moradores nessas ações tem sido significativa. Qual sua principal meta na gestão? Para este ano, teremos que fazer a lavagem da fachada, a revisão dos rejuntes, a pintura nas partes internas das torres e a checagem das borrachas da sacada e dos drenos dos aparelhos de ar condicionado. É uma meta bastante significativa em termos de trabalho. O Condomínio possui inadimplência? Muito pequena. A inadimplência está controlada. Como é a participação dos moradores? Nas assembleias, temos uma frequência razoável. Os moradores costumam enviar sugestões e pedidos para a administração O Condomínio Life Square possui um amplo espaço com mesas de jogos e nós avaliamos cada um deles. É muito importante essa participação. te administrativa em parceria com a Imobiliária. Quais são as características imprescindíveis em um síndico? Ele deve ter muita diplomacia, sabendo ouvir para poder mediar os conflitos e possuir tempo disponível para se dedicar ao Condomínio. Pois, o síndico é diariamente requisitado em inúmeras situações. Qual a sua maior satisfação como síndica? Contar com o reconhecimento do meu trabalho e da minha dedicação para com o Life Square. O Condomínio conta com que serviços da Auxiliadora Predial? Temos o produto Gestão Total e a par- Perfil Lugar especial Minha Que orientações daria para um síndico de primeira viagem? Que ele tenha paciência para saber mediar e muita disposição para trabalhar pela coletividade, que é indispensável para o bom andamento de um condomínio. casa Viagem S ou louca pelo Egito e quero em um futuro próximo ir até lá sonho Ter sempre a minha família reunida O vizinho ideal Uma alegria O futuro Salão de festas: uma das áreas preferidas da síndica Mirela 16 síndico 191 O que sabe respeitar o seu vizinho O meu time, o Grêmio, ganhar a Libertadores!!! É construído no presente Ser síndico é Uma atividade que me dá bastante reconhecimento Abril-maio-junho/2011 17 geral Alarmes sonoros sob vigilância Em Porto Alegre, lei regulamenta o tempo durante o qual os alarmes podem emitir som e estabelece multas para quem descumprir a determinação. A experiência não é nada agradável, mas bastante comum: acordar de madrugada por um alarme disparado. Não bastasse o susto que o barulho provoca, muitas vezes ele se estende noite adentro. Segundo o clínico geral Jacob Gilberto Klein, dormir mal pode causar cansaço, irritabilidade e ansiedade. “Além disso, a pessoa não consegue repor as energias gastas e perde o hábito de ter um horário para descansar”, salienta. Sobre os danos provocados pelos sons excessivos, o médico alerta que, se eles forem constantes e intensos, pode ocorrer perda auditiva e redução na capacidade de comunicação, se houver agravamento do quadro. Uma legislação pretende mudar essa condição na Capital gaúcha, definindo em cinco minutos o período máximo para que esses dispositivos de segurança fiquem acionados. De autoria do vereador Luiz Braz (PSDB), a Lei Complementar Nº 651/10 prevê que os proprietários de veículos e estabelecimentos comerciais e residenciais que ultrapassem esse limite de tempo possam ser multados em Como reclamar? Até a definição sobre a Lei Complementar 651/10, as queixas de barulhos relacionadas às residências podem ser feitas com a Brigada Militar, com base na lei do Silêncio, pelo telefone 190. Já as denúncias referentes aos estabelecimentos comerciais, apesar de responsabilidade da Smam, devem ser realizadas, primeiro, na Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), durante o horário comercial. O endereço da Smic é Rua dos Andradas, 686, Centro de Porto Alegre. Mais informações pelo telefone (51) 3289-1760 ou pelo e-mail: [email protected]. 18 síndico 191 valores que variam de R$ 200 reais a cerca de R$ 1.000 reais. A nova regra foi incluída no Código de Posturas do Município (regido pela Lei Complementar Nº 12/75), no artigo nº 86 do Capítulo III, que trata da poluição sonora. Entre os itens abordados nesse segmento está também a proibição de perturbar o bemestar e o sossego público ou de vizinhanças com barulhos excessivos de qualquer natureza. Diz ainda que, em ocorrências relacionadas a locais de diversão que não cumprem a norma, além da penalização, pode ocorrer a cassação do Alvará de Localização e de Funcionamento, no caso de reincidência e o fechamento imediato para aqueles que não possuem a documentação correta. Fiscalização em debate O vereador comenta que a proposta nasceu a partir das reclamações que recebeu de pessoas que se sentiam prejudicadas por causa dos alarmes e não sabiam o que fazer ou para quem denunciar o problema. Braz conta que, para atender a esses pedidos, foi criada uma legislação para auxiliar na conscientização de que não adianta deixar o dispositivo tocando e não acompanhar o que está acontecendo com sua casa, negócio ou carro. “Isso não vai espantar os ladrões, pois essa proteção só é eficiente se for monitorada”, defende. Ele exemplifica citando o caso de aparelhos que ficam conectados a centrais de segurança, que encaminham uma equipe imediatamente ao local quando o sistema é acionado. O político observa que de nada adianta ter o equipamento e deixá-lo ligado, sem adotar nenhuma providência. “Ao invés de afastar os assaltantes, função para a qual foi instalado, o alarme que fica disparado por muito tempo indicará que não há ninguém cuidando do lugar”, acrescenta. Apesar de ter sido sancionada pelo prefeito José Fortunati no segundo semestre do ano passado, a lei ainda não foi regulamentada. Uma das questões em aberto diz respeito à fiscalização. Por se tratar de poluição sonora, o trabalho deve ser executado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Contudo, enquanto o texto estiver em discussão, o órgão, de acordo com a sua assessoria de imprensa, não se manifesta sobre o assunto. Um dos pontos em debate envolve a falta de funcionários suficientes para atender a mais essas denúncias. O vereador acredita que, para todas as normatizações, não apenas para a dos alarmes, o poder público sofre para conseguir efetuar as inspeções. “Nós temos poucos fiscais para responder a todas as áreas que demandam verificação”, argumenta. Ele defende ainda que uma alternativa para a Smam seria a realização de convênio com alguma entidade para ajudar nesse serviço. “O que não pode acontecer é nós termos uma legislação e ela não ser colocada em prática”, afirma. Braz espera que, com esse quesito resolvido e a lei posta em prática, as pessoas que se sentirem prejudicadas possam entrar em contato com o órgão responsável e fazer sua queixa. Ele pondera também que o melhor fiscal de qualquer regulamentação é o próprio cidadão. Conforme o vereador, é preciso que todos conheçam a norma para exigir que ela seja cumprida. Abril-maio-junho/2011 19 conselho do leitor O novo instrumento criado busca firmar o diálogo e uma perfeita interação entre o veículo e seu leitor Conselheiros: Carlos, Elci, Rodrigo, Fernando, Vilmar, Fernando e Jaime Revista Síndico dialoga com leitores Os conselheiros convidados opinarão sobre o conteúdo das edições e sugerirão pautas E ntre as ações de relacionamento postas em prática pela Auxiliadora Predial no primeiro semestre de 2011 está a criação de um Conselho do Leitor para a Revista Síndico. O encontro ocorreu no dia 17 de fevereiro, no auditório da Agência Petrópolis, reunindo síndicos clientes e pro- fissionais de várias áreas da Imobiliária. Christian Voelcker, diretor de Operações da Auxiliadora Predial destacou que aquela era mais uma oportunidade criada para ouvir as necessidades do cliente e atendê-las. “Fazendo uma livre associação com esta Agência onde estamos, cuja fachada é envidraçada, de Quem foram os primeiros conselheiros: Carlos Rodrigues, contador, cliente da Auxiliadora Predial há 41 anos, gestor dos Condomínios Jaciara e Fortaleza (Porto Alegre) e Morada do Sol (Capão da Canoa). Elci Adair Lima, síndico profissional, gestor do Condomínio Dona Marieta, em Porto Alegre. Fernando da Silva Ramos, economista, Condomínio Morada dos Crisântemos, Capão da Canoa. Fernando Callegari, engenheiro eletricista, Condomínio Esplanada dos Moinhos, Moinhos de Vento, Porto Alegre. Jaime Borin, administrador, Condomínio Estrela Polux, Cristo Redentor, Porto Alegre. Rodrigo Arend, funcionário público, Condomínio Village Avignon, Jardim Lindoia, Porto Alegre. Vilmar Kalikoski, contador, Condomínio Cristal da Lagoa, Porto Alegre. 20 síndico 191 forma que tudo pode ser visto de dentro e de fora, esse momento retrata nosso intuito de agir de forma transparente. Estamos de portas abertas e queremos conhecer suas opiniões ”, lembrou Voel cker, que recepcionou os síndicos ao lado de Fabiano Schneider, diretor de Condomínios, Luís Maffini, supervisor de Marketing e Luciene Machado, editora da publicação, além de vários assessores de condomínio. Diversidade de opiniões Aproveitando a experiência dos síndicos e síndicas, a cada edição, novos gestores serão convidados a debater a Revista, criticar, sugerir temas e novas abordagens. Neste primeiro encontro, os síndicos falaram sobre o desafio de assumir a função, deram um panorama dos prédios que administram, bem como de sua atuação e sugeriram pautas relacionadas a assuntos jurídicos, manutenção, trabalho do zelador, inadimplência, síndico-mirim e síndico versus família. Abril-maio-junho/2011 21 21 capa Elevador em tempo de chuva: redobre os cuidados Infiltrações, acúmulo de água no poço e até mesmo guarda-chuvas molhados podem prejudicar os componentes eletrônicos. A Algumas ações para prevenir essas situações podem ser adotadas como, por exemplo, utilizar janelas com venezianas fixas, que permitam a ventilação cruzada, mas impeçam a entrada da chuva e, para evitar infiltrações, não instalar a caixa d’água sobre a casa de máquinas. Inclusive, conforme alertam os profissionais, a temperatura elevada neste local é responsável por grande parte das ligações feitas à assistência técnica e pelos defeitos registrados. Eles recomendam ainda monitorar o espaço, assim como a área próxima das portas de pavimento e subsolos atendidos pelos elevadores.“Atenção redobrada na lavagem dos corredores para que a água e os produtos de limpeza não acabem no poço e entrem em contato com os cabos elétricos e a parte eletrônica”, reforça Oliveira. Os cuidados devem ser aumentados ao transportar líquidos ou guardachuvas e capas molhados, que podem danificar o piso e demais estruturas, e, também, quando há vazamentos. Divulgação/ThyssenKrupp Elevadores lém das férias e do calor, o verão é marcado por chuvas intensas e ventos fortes que podem resultar em dificuldades no funcionamento dos elevadores, ocasionadas por fatores como a entrada de água pelas janelas na casa de máquinas. O gerente da Central de Elevadores, Renato Oliveira, comenta que, muitas vezes, os vidros são esquecidos abertos ou acabam quebrados pela força das ventanias. O coordenador de Serviços da Unidade de Negócios Rio Grande do Sul da ThyssenKrupp Elevadores, Sandro Nassr, acrescenta que nesse período ocorrem também quedas e oscilações de energia e descargas elétricas que levam a paralisações, reincidência de chamadas e queima de componentes eletrônicos. Já no inverno, a preocupação é com as precipitações que duram mais tempo e podem provocar infiltrações no poço e na casa de máquinas, afetando a durabilidade das peças. “A boa manutenção desses ambientes é essencial para os equipamentos operarem bem”, salienta Nassr. 22 síndico 191 Faltou luz, e agora? A atitude tomada pelo síndico em imediatamente desligar a chave geral dos elevadores é a mais indicada pelos profissionais nessas ocorrências, assim como quando houver cheiro de queimado, ruído anormal e para a substituição de peças ou reparos, conforme sugestão da empresa responsável pela manutenção. O coordenador de Serviços da Unidade de Negócios Rio Grande do Sul da ThyssenKrupp Elevadores, Sandro Nassr, lembra ainda a importância de estancar logo a entrada de água no poço e, no caso das chuvas, na casa de máquinas e manter a conservação preventiva em dia, avaliando o funcionamento e a segurança do equipamento. O gerente da Central de Elevadores, Renato Oliveira, complementa que o trabalho deve ser realizado mensalmente e envolve verificar as instalações e dar recomendações aos síndicos e zeladores de como cuidar das máquinas. Eles destacam que elas só devem ser religadas depois da liberação da equipe técnica. Outro episódio comum nos prédios, durante a época de chuvas, é a falta de luz e a paralisação dos elevadores com pessoas dentro. Os especialistas apontam que em primeiro lugar deve ser mantida a tranquilidade e conferir se os sistemas de luz de emergência e de alarmes estão em perfeitas condições. “O interfone ajuda muito na comunicação entre os passageiros e a portaria do condomínio para a solicitação de resgate”, ressalta Nassr. Ele observa que naqueles edifícios que possuem zeladores ou porteiros há a possibilidade de treinamento específico para retirar os moradores, que deve ser ministrado pelas companhias que prestam manutenção. Após essa preparação, pode ser fornecida a chave de emergência para agilizar o procedimento. O melhor, segundo ele, é identificar o andar em que o equipamento parou, manter contato verbal com quem está lá dentro e aguardar a chegada do resgate profissional, que deve atender emergências em um período curto. Oliveira argumenta que um erro corriqueiro cometido nesses casos é o passageiro querer sair sozinho, sem ver se há risco de queda, ou pessoas sem treinamento fazerem o trabalho. “A empresa de manutenção tem agilidade para atender a essas chamadas e deve ser solicitada com brevidade”, conclui. Contatos Mais informações podem ser obtidas com a ThyssenKrupp pelos telefones 08007231230 para o Rio Grande do Sul, (51) 2136-3401, em Porto Alegre, e (11) 3872-0055, em São Paulo. Já a Central de Elevadores pode ser contatada pelo telefone (51) 3330-2288. Abril-maio-junho/2011 23 capa Cuidados ajudam na manutenção dos elevadores Conheca atitudes simples que, adotadas no dia-a-dia, auxiliam na conservação dos equipamentos e a manter a água longe das máquinas: O síndico Felipe Haag enfrentou dificuldades ao ter quatro dos cinco elevadores parados por quase 10 dias em uma galeria de intenso movimento no centro da Capital Elevadores paralisados por 10 dias Foi exatamente um vazamento que resultou no desligamento dos elevadores do Condomínio Edifício Galeria A Nação, no Centro de Porto Alegre, em outubro do ano passado. O síndico Felipe Haag conta que o fato aconteceu em uma semana de falta de água (quando vários bairros ficaram na mesma condição na Capital) e a moradora de uma das 200 unidades do prédio deixou a torneira do tanquinho aberta e saiu. No fim da tarde, quando o abastecimento foi normalizado, começou a correr o líquido até que, por volta das 23 horas, ele vazou pela porta do apartamento, escorreu pelo corredor e acabou no poço.“Quatro das cinco máquinas que atendem os 21 andares do Condomínio ficaram molhadas e paramos todas elas”, recorda. Em seguida, ele chamou a assistência técnica para um orçamento de reparo de urgência e para examinar se pelo menos um dos equipamentos poderia voltar a funcionar. Haag descreve que era uma sexta-feira e os moradores ficaram apenas com um elevador em operação, mas que atendia do 13ª piso para cima. “A solução foi usar as escadas até resolvermos o problema”, relata. Como o Galeria A Nação é um edifício misto, residencial e comercial, uma das preocupações do síndico era com a movimentação nos dias úteis, quando cerca de três mil pessoas circulam por ali. Depois da assembleia convocada para aprovar o pagamento parcelado do conserto (até o momento há chamada extra para esse fim), e dez dias após o acidente, todas as máquinas estavam liberadas. Ele informa também que fez uma tentativa amigável de contato com a inquilina e a proprietária do imóvel responsável para ressarcirem o Condomínio, o que não deu resultado. Haag, que está no seu segundo mandato, diz que estão em análise medidas para impedir que isso ocorra de novo. Em dias de chuva, verificar sempre se as janelas da casa de máquina estão fechadas e se não ocorreram infiltrações e danos aos motores, quadro de comando e máquinas. Durante a limpeza de corredores e do hall do condomínio, a entrada dos elevadores deve ser protegida para que não escorra água e produtos químicos que possam acabar no poço. Orientar funcionários para não varrer a poeira para baixo da porta do elevador. Produtos líquidos devem ser transportados com atenção redobrada nos elevadores. Assim como guarda-chuvas e capas. Fazer a vistoria periódica da casa de máquinas para assegurar que vidros e janelas estão em perfeitas condições, sem partes quebradas que deixem a água entrar. Em caso de inundações, evitar que a chuva escorra para o poço do elevador a partir da portaria ou da garagem do edifício. Caso entre água no elevador, desligar imediatamente a chave-geral e chamar a assistência técnica. Secar as áreas inundadas, conforme as orientações da equipe técnica. Ligar o elevador somente após a liberação dos profissionais da assistência técnica. Checar regularmente as condições do poço do elevador, que deve ser impermeabilizado, para conferir se há infiltrações no local. Fonte: ThyssenKrupp 24 síndico 191 Abril-maio-junho/2011 25 geral 26 síndico 191 Abril-maio-junho/2011 27 27 geral Quadros e molduras valorizam os ambientes A escolha correta da peça e do local faz toda a diferença na hora de transformar as áreas comuns dos condomínios A decoração de um espaço pode mudar com o acréscimo de detalhes, como quadros ou molduras estrategicamente selecionados. Contudo, não basta dispor o objeto sem ficar atento a cuidados que ajudam a conservá-lo e a ressaltá-lo. A arquiteta Gislaine Saibro explica que as pinturas, em geral, devem ser instaladas na altura do olhar das pessoas, ou seja, em torno de 1,60 centímetros do piso. Ela afirma que a escolha do local para fixá-las está associada a sua importância. Para destacar uma obra de arte, a profissional comenta que ela pode ser disposta individualmente ou agrupada com outras, formando um conjunto harmônico. “A iluminação adequada, focal, é um elemento fundamental para dar visibilidade à peça”, salienta. Outra orientação é não expor os quadros diretamente à luz solar, pois eles podem desbotar, e verificar se a parede eleita não é úmida, evitando fungos. Assim como conferir os materiais utilizados na forração e na emolduração, se eles não forem de boa qualidade pode ocorrer a proliferação de traças e cupins. A arquiteta Carina Nieto, sócia da Nieto Quadros e Molduras, acrescenta a necessidade de averiguar se o lugar para a colocação, o prego e a bucha sustentam a tela. Com relação às molduras, Carina descreve que devem ter harmonia com o ambiente e sustentar o peso do quadro e do vidro, se este for usado. “O material mais solicitado ainda é a madeira, que é mais resistente que os demais”, informa. O sócio da Capital Molduras, Julio Stoduto, complementa que, atualmente, os modelos de maior saída são os nos tons tabaco, preto e branco.“Mas, isso varia de acordo com a moda. Um clássico, que fica bem com qualquer obra, são as molduras com detalhes em dourado”, aponta. 28 síndico 191 Valquíria Santos pesquisou bastante até decidir pelas obras que embelezam o Condomínio Villa di Siena, em Porto Alegre Gislaine acredita que a definição depende da pintura. Algumas até dispensam a moldura e em outros casos, ela acaba valorizando o que está retratado.“Contudo, ela jamais pode assumir uma importância maior do que a da peça”, reforça. Soluções distintas para cada espaço O gosto pela decoração e o garimpo de objetos diferentes e de madeira de demolição, levou a síndica do Condomínio Villa di Siena, Valquíria Santos, a busca de um quadro no Brique da Redenção, na Capital gaúcha, para sua casa e, mais tarde, de telas para o hall e o salão de festas do prédio.“Foi uma tarefa que adorei fazer”, conta a servidora do Tribunal de Contas do Estado. Ela revela que encontrou pinturas a óleo e com aplicação de gravuras para o edifício, que ficavam bem com os móveis existentes. “O mais legal é que você pode comprar as obras e mandar colocar depois, ao seu gosto, as molduras ou adquirir o quadro pronto, encomendando no tamanho desejado. E os preços são muito bons”, adianta. No hall, que possui mobiliário de madeira mais escura e espelhos, ela preferiu modelos com molduras sóbrias, procurando combinar o fundo da peça com o restante do ambiente. Já no salão de festas, foram instalados dois quadros sob medida, em cores vivas e molduras brancas, valorizadas pela boa iluminação do local. Valquíria, que está em seu segundo mandato como síndica, sugere ainda brincar com paredes claras e móveis com tecidos lisos e elementos coloridos, deixando as áreas mais alegres. Dicas para limpar e conservar por mais tempo Tirar o pó dos quadros e molduras com um pano macio e seco ou um espanador. Se necessário, usar somente água e sabão neutro. Retirar a obra da parede e remover a sujeira de trás da peça, evitando mofo e insetos indesejados. Passar uma camada de cera incolor nas molduras e forrar os quadros, com produtos como Eucatex, para conservá-los por mais tempo. Fonte: Nieto Molduras e Capital Molduras Abril-maio-junho/2011 29 geral Lugar de lixo é no contêiner Coleta automatizada em Porto Alegre inicia em junho e beneficiará, no projeto-piloto, cerca de 9% da população da cidade. er horário marcado para colocar o lixo na rua e caminhar desviando dos resíduos que se acumulam nas calçadas será coisa do passado na Capital gaúcha com a implantação da coleta automatizada. Pelo menos é o que espera o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) com a instalação de 1.200 contêineres para o recolhimento de lixo domiciliar (orgânico) na região escolhida para o desenvolvimento do projetopiloto. A área abrange 11 bairros, entre eles o Centro histórico, e atenderá a aproximadamente 9% da população local, o que representa em torno de 124 mil pessoas. Segundo o diretor geral em exercício do DMLU, Carlos Vicente Gonçalves, a modernização do serviço permitirá que os moradores utilizem os equipamentos a qualquer hora ou dia da semana. Os contêineres serão de dois tamanhos – 2,4 mil litros e 3,2 mil litros – e ficarão distantes, no máximo, 100 metros um do outro. Gonçalves relata que a maioria deles estará estacionada na via pública, ocupando o espaço de um carro. Uma pequena parcela, cerca de 300, ficará nas calçadas, devido à inexistência de estacionamento em algumas ruas. Sobre Área de ação do projeto-piloto em Porto Alegre A região atendida, nessa primeira etapa, pela coleta por meio de contêineres será limitada pelo Guaíba a oeste, pelo Arroio Dilúvio a sul, avenidas Silva Só e Goethe e rua Dr. Timóteo a leste, e a norte por um contorno que, da Dr. Timóteo, irá pela Cristóvão Colombo até a Ramiro Barcelos e desta para a Voluntários da Pátria e Conceição, até a Mauá. Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre 30 síndico 191 fotos: Divulgação/Codeca T possíveis reclamações dos cidadãos preocupados em terem uma dessas estruturas diante da sua casa, o diretor esclarece: “Não são equipamentos como os que recolhem entulho, que ficam abertos. Eles são tampados e a abertura é feita através de um pedal”. Além disso, os contêineres passarão por uma lavagem interna e externa semanalmente. O trabalho será feito dentro de um caminhão especial, sem deixar o lugar sujo ou molhado. Coleta seletiva fica igual Para colocar em prática o novo sistema, o município fez uma licitação para selecionar a empresa que disponibilizará as estruturas e os veículos necessários para a coleta. Gonçalves informa que, quando em operação, o serviço demandará apenas uma pessoa para dirigir o caminhão específico para esse fim e acionar o mecanismo, sem precisar sair do transporte. O funcionamento se dá da seguinte forma: o motorista para ao lado do contêiner e um braço mecânico recolhe o equipamento e despeja o seu conteúdo. Ele comenta ainda que o recolhimento ocorrerá principalmente à noite, melhorando o trânsito nas regiões atendidas. O diretor ressalta também que, por enquanto, a coleta seletiva permanecerá inalterada. Isso ocorre porque a rotina de destinação desse tipo de material é diferente da orgânica, que pode ser compactada dentro do caminhão de lixo. Já os resíduos que vão para a reciclagem não podem chegar prensados, o que inviabilizaria a sua separação. Entre os benefícios dessa medida apontados por Gonçalves estão a redução das ilhas de sujeira nas ruas, da ação da chuva e do vento, levando os detritos para bueiros e bocas-de-lobo, e de animais rasgando os sacos de lixo. A iniciativa em Porto Alegre segue os moldes do que vem sendo feito em Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria e em Montevidéu e Punta Del Este, no Uruguai. Experiência que vem da Serra gaúcha Em Caxias do Sul a população já conta com a coleta automatizada do lixo desde agosto de 2007. Na primeira fase do projeto de mudança do sistema de recolhimento dos detritos, foram beneficiados 80 mil moradores do Centro da cidade, mais as cerca de 250 mil pessoas que circulam pela região diariamente e que tiveram contato com a novidade. Passados quase quatro anos, a iniciativa abrange hoje 165 mil cidadãos (representando 30% da população do município), 866 quadras, 1.400 conjuntos de contêineres e seis caminhões. O investimento na compra dos equipamentos, realizado em 2010, foi de R$ 10,5 milhões. Diferente da proposta de Porto Alegre, em Caxias do Sul os con- têineres são colocados aos pares, um para o lixo seletivo (na cor amarela e feito de plástico) e outro para o orgânico (verde e de metal). As duplas ficam distantes, no máximo, cem metros uma das outras. A inspiração para a iniciativa, conforme o gerente Comercial e de Comunicação e Marketing da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Gilberto Meletti, veio de ações desenvolvidas na Europa e em Valparaíso, no Chile. Para Meletti, as principais vantagens desse modelo envolvem a redução do lixo nas ruas, o fato dos funcionários não terem mais contato com o material, o acesso 24 horas às estruturas e a redução de insetos e roedores. Ele acrescenta que a atividade contribuiu para a melhoria do trânsito. Dos sete caminhões de lixo que transitavam na área, agora, passam apenas dois para a coleta e um para a lavagem dos equipamentos. Entre os resultados obtidos, o gerente da Codeca comenta que Caxias do Sul está mais limpa, o que significa mais saúde e qualidade de vida para os moradores. Sem falar em problemas como alagamentos. “Com a diminuição dos resíduos nas vias públicas, quando há vento ou chuva esse material não termina mais depositado nas bocas-de-lobo, que acabavam entupidas devido à sujeira”, salienta. A perspectiva para os próximos anos é estender o serviço a outras regiões. Meletti comenta que estão em fase de elaboração os projetos para três novas etapas. Contudo, ele reforça ser impossível levar a coleta automatizada a toda cidade, pois a operação dos contêineres demanda certa logística e a análise de vários critérios, como a altura dos fios elétricos e das árvores (os equipamentos são erguidos até o caminhão, para então ter o seu lixo depositado no veículo), largura das ruas, facilidade de acesso e volume mínimo de material acumulado na região. Para mobilizar a comunidade, Meletti conta que foi promovida uma campanha para informar as mudanças e uma equipe da Codeca passou por todas as residências do Centro, área do projeto-piloto, entregando um folder explicativo. “É importante vender bem a ideia e reforçar as melhorias que virão”, frisa. Abril-maio-junho/2011 31 segurança Segurança blindada A blindagem de guaritas pode aumentar a proteção nos condomínios em até 75% e evitar a ação de criminosos O avanço da violência nas cidades brasileiras tem impulsionado o desenvolvimento de produtos que elevam a segurança das pessoas em suas residências e locais de trabalho. Nesse cenário, cresce também a pesquisa de novas aplicações para técnicas conhecidas, como é o caso da blindagem. Mais associado ao mercado de automóveis, o procedimento vem ganhando espaço no setor imobiliário com a meta de reduzir as chances de invasões. O trabalho consiste na substituição dos materiais existentes nas estruturas originais (como vidros, caixilhos, portas e entradas de ar) por outros balísticos, mantas de aramida (kevlar), aço inoxidável e vidros blindados. Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba, o processo é mais difundido, com uma demanda maior por essa solução. Já no Rio Grande do Sul, o segmento está em desenvolvimento, conforme aponta o sócio-gerente da Piquet Blindagens Especiais, Vitor Genz. A empresa, fundada pelo tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, foi pioneira no Rio de Janeiro ao usar a tecnologia em veículos. Atuando há dez anos, a companhia ampliou os serviços para a área de blindagem arquitetônica, com foco na instalação em guaritas. O local, explica Genz, é onde porteiros ou vigias ficam em contato com entregadores, carteiros e outras pessoas que circulam pelo condomínio, tornado-se assim mais vulneráveis à ação de criminosos. Em um ambiente blindado, o funcionário conta com maior segurança para avisar a po- lícia, os moradores e controlar a entrada. O empresário ressalta ainda a importância de aliar esse recurso ao uso de passa-volumes para entregas, eclusas para a chegada de condôminos e veículos e treinamento dos colaboradores. Além das guaritas, outro emprego comum do método é em portas de acesso de apartamentos. Para mais informações, acesse o site www.piquetblindagens.com.br ou pelos telefones: (51) 3325-5588, (11) 4243-1860 ou (11) 4243-1746. Custo-benefício deve ser avaliado Segundo Vitor Genz, da Piquet Blindagens Especiais, por requerer materiais de alta tecnologia, a blindagem arquitetônica acaba sendo um produto de alto valor. Contudo, o sóciogerente afirma que em um condomínio ele fica diluído entre as economias, deixando-o mais acessível. O preço varia de acordo com o metro quadrado de vidros e acessórios (passavolume, portas, intercomunicador etc) necessários. “Por exemplo, o metro quadrado de vidro está em torno de R$ 1.890 reais”, informa. Mas, o custo-benefício compensa o investimento, pondera o empresário, uma vez que esse procedimento aumenta em até 75% a segurança, se houver treinamento dos colaboradores, e em 25%, sem a capacitação. Ele relata que isso prepara o vigilante para usar a blindagem, deixandoa fechada, ficando protegido e o menos vulnerável possível ao erro humano. “Oferecemos um curso básico aos usuários, 32 síndico 191 que pode ser ampliado com palestras de companhias especializadas em segurança”, enfatiza. Genz revela que a instalação é feita com mão de obra especializada e pode levar até uma semana para ser concluída. A blindagem mais utilizada é a nível III-A, resistente até uma arma Magnum 44. A técnica não prejudica a visibilidade de quem está dentro da guarita e nem exige mudanças na limpeza. Um alerta que ele faz aos síndicos é verificar se a companhia escolhida é certificada pelo exército brasileiro e se os materiais balísticos usados possuem o Relatório Técnico Experimental (Retex). O documento confirma que os produtos suportam disparos para os níveis que foram projetados. “Os dois são importantes para resguardar a segurança do cliente. Já vimos inúmeras obras com vidros de grande espessura, porém não blindados”, adverte. Abril-maio-junho/2011 33 sustentabilidade Você sabe como descartar o lixo eletrônico? A Rebaixados de imprescindíveis a obsoletos em curto espaço de tempo, os eletrônicos devem ter um descarte adequado facilidade de acesso à tecnologia e a rapidez com que se trocam aparelhos de celulares e computadores por versões mais modernas vem gerando um grande problema: o que fazer com esse material descartado? No mundo, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), são produzidas 40 milhões de toneladas ao ano de lixo eletrônico. Estudo efetuado em 2010 pelo programa para o Meio Ambiente da Organização aponta que o Brasil é o país emergente que gera o maior volume desse tipo de resíduo por pessoa anualmente, com uma média de 0,5 quilo. O índice é maior que o da China, de 0,23 quilo. A ONU, inclusive, exigiu soluções efetivas da União para reverter a situação. Uma medida que deve auxiliar na mudança desse cenário foi a aprovação, no ano passado, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida pela Lei nº 12.305, que trata do gerenciamento e das responsabilidades dos geradores desse lixo e do poder público em dar um destino ambientalmente correto para ele. Durante o período de adequação dado pela legislação às companhias para se prepararem para cumprir a PNRS, cada um pode fazer sua parte encaminhando os seus eletrônicos para empresas e órgãos públicos que já realizam esse ser- O que é lixo eletrônico? São CPUs, estabilizadores, fios e cabos, fontes de microcomputadores, impressoras com ou sem tonner e cartuchos, monitores, mouses, no-breaks, notebooks, scanners, servidores, teclados, unidades de CD, DVD e disquetes, ferro, placas, alumínio, caixas de som, ADSL, modens, roteadores, telefones, celulares, carregadores, baterias pequenas, CD e DVD, calculadoras, máquinas de xerox e faxes. Fonte: DMLU 34 síndico 191 A Reverse (Novo Hamburgo) que coleta, separa e promove a destinação final de resíduos eletrônicos atua também em condomínios da região Metropolitana da Capital viço. Na Capital gaúcha, por exemplo, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) conta com três postos para o recebimento desses materiais de pessoas físicas. O projeto, desenvolvido em parceria com o Gabinete de Inovação e Tecnologia e a Procempa, firmou convênio com a IZN Recicle Brasil para recolher e descartar corretamente esse lixo. Os locais ficam na Procempa (Av. Ipiranga nº 1.200 – telefone: (51) 3289.6163), que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na capatazia do DMLU no Gasô metro (Avenida João Goulart nº 158 – telefone: (51) 3289.6941) e junto à Seção Norte (Travessa Carmen nº 111 –fone: (51) 3289.6958). Reciclagem coletiva No Rio Grande do Sul, a Reverse – companhia instalada em Novo Hamburgo – atua na coleta e destinação final de resíduos eletrônicos na região Metropolitana de Porto Alegre. O foco é a separação de todo o material que compõe os equipamentos e a reutilização da matéria-prima, como plástico e metais. Apesar de trabalhar voltada para pessoas jurídicas, o diretor Comercial da empresa, Érico Scherer, informa que já foi realizada uma ação com um condomínio. Ele revela que um dos empecilhos de operar em residências é o custo do recolhimento do material. “Para que seja viável economicamente, é preciso que os moradores reúnam, no mínimo, 50 quilos para que possamos buscar”, argu- menta. Mesmo assim, ele acrescenta que vem crescendo o número de pessoas que buscam informações sobre o serviço. Com três funcionários e em operação desde 2009, a Reverse recolhe mensalmente entre sete e oito toneladas de lixo eletrônico. Scherer salienta que, para a segurança dos clientes, todos os dados contidos nos discos rígidos são eliminados por meio físico e ocorre, ainda, a descaracterização da marca, impedindo a exposição indevida da companhia. Contatos podem ser feitos através do telefone: (51) 3587-1239 ou do e-mail: [email protected]. Dell busca seus computadores em todo País A companhia Dell está de acordo com as novas regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos desde 2006, quando disponibilizou em seu site um link para que os clientes das suas linhas de computadores e acessórios possam reciclar os produtos usados. Segundo a gerente de cumprimento ambiental da Dell América Latina, Cintia Gates, a coleta e o descarte são feitos gratuitamente em todo o Brasil. “Basta que o interessado entre na página (www.dell.com/recycle) e clique na bandeira do seu país e um parceiro da empresa vai até o local registrado buscar o equipamento”, explica. A iniciativa prevê a reutilização das máquinas em programas de inclusão digital ou o reaproveitamento dos componentes na fabricação de novos itens. Abril-maio-junho/2011 35 sustentabilidade Sem desperdícios ou sujeira na hora de lavar o carro Lavagem ecológica de veículos (pouca água no processo) pode ser feita dentro do condomínio A preocupação com o meio ambiente já faz parte da rotina de boa parte da população e das empresas brasileiras, que vêm buscando soluções mais sustentáveis para a realização de seus serviços, minimizando o uso dos recursos naturais e a geração de resíduos, além da preocupação com a destinação correta de seus artigos descartados. A Carwash Prime é um exemplo dessa nova mentalidade empresarial. A companhia de lavagem de automóveis ecológica, aberta em 2010, em Porto Alegre, possui um processo que utiliza pouca água (em média 300 mililitros por veículo médio), panos especiais de microfibra e produtos 100% biodegradáveis e certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outro diferencial é que a higienização do carro é realizada no condomínio do cliente, seja ele residencial ou comercial. “Como temos uma estrutura móvel, oferecemos praticidade e conforto aos usuários que não precisam se deslocar até uma lavagem tradicional, ganhando tempo com isso”, afirma o diretor da Carwash Prime, Walter Katz Neto. Ele comenta ainda que o trabalho não interfere nas instalações e rotinas dos consumidores. O diretor conta que o negócio nasceu a partir de uma necessidade dos sócios da empresa, que deixavam seus veículos estacionados o dia inteiro durante a semana e, nos sábados e domingos, não queriam perder tempo levando-os para uma limpeza. Surgiu, assim, a ideia de aproveitar o período em que os automóveis ficavam parados durante o expediente para executar a tarefa, no próprio local. Para todos os tipos Katz Neto adianta que são necessários, no mínimo, cinco carros para que a companhia desloque sua equipe – que possui 36 síndico 191 atualmente dez funcionários – até o condomínio. Para o serviço, é preciso apenas uma tomada para o aspirador de pó e os veículos podem permanecer na sua vaga de estacionamento. Outra vantagem destacada pelo diretor é a ausência de resíduos após a lavagem, que leva, em geral, 40 minutos. Os valores cobrados são a partir de R$ 20 reais por automóvel e abrangem todos os modelos e motos. Entre as opções disponibilizadas pela Carwash estão a lavagem geral com enceramento (que inclui a parte interna, pneus, carpetes e tapetes de borracha); externa com enceramento; de carros brancos com enceramento (com produto específico para a cor); de motos com enceramento e higienização interna, do ar condicionado, de motor e revitalização da pintura. Possui também cristalização de vidros (aplicação de material que evita a aderência de pó e sujeira e o acúmulo de água em dias de chuva) e a hidratação de bancos de couro. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3372-0702 ou pelo e-mail: [email protected]. segurança Como garantir ambientes mais seguros nos condomínios Anualmente, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser renovado para assegurar o bem-estar dos funcionários e atender à legislação trabalhista A s diferentes atividades efetuadas em um condomínio podem representar algum tipo de risco para a saúde dos trabalhadores, desde quedas ao fazer um reparo, até problemas ocasionados pelo manuseio de produtos químicos sem a utilização do equipamento adequado. Para prevenir essas situações e manter as instalações seguras, o Ministério do Trabalho exige – por meio da Norma Regulamentadora 9 (NR 9/78) – a elaboração e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Segundo o engenheiro de Segurança do Trabalho da PRF Engenharia, Paulo Roberto Ferraz, o PPRA atua na preservação da integridade dos profissionais, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da possibilidade de ocorrerem acidentes ambientais. Pelo menos uma vez por ano, o laudo deve ser atualizado, independente do número de colaboradores ou se eles são terceirizados (os condomínios ficam sujeitos à chamada responsabilidade solidária). A aplicação das recomendações do documento garante, além do bemestar dos funcionários, a segurança ao síndico de estar em acordo com a legislação e a redução das licenças médicas relacionadas a trabalho. Ferraz comenta que os custos decorrentes das ausências por doenças e suas implicações previdenciárias e legais são maiores que os inves- timentos destinados para a realização do PPRA. “É importante lembrar que ações judiciais por enfermidades ocupacionais podem ser propostas contra a empresa até 20 anos após a demissão ou dispensa do empregado”, alerta. Para se ter uma dimensão da gravidade dessas ocorrências, a Previdência Social revelou, em seu último levantamento, de 2009, cerca de 723,5 mil acidentes de trabalho. Esse índice pode ser ainda maior, considerandose que muitos deles não são registrados. Do total apurado, 79,7% representam os típicos do cargo, 16,9% os de trajeto e 3,3% as doenças ocupacionais, que têm sua maior incidência (33,9%) na faixa etária dos 30 aos 39 anos. Abril-maio-junho/2011 37 segurança Identificando os riscos A elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais começa pelo mapeamento das rotinas do condomínio. Passa pela análise qualitativa e quantitativa dos agentes físicos, biológicos, químicos e ergonômicos e das probabilidades de acidentes nos espaços em que os colaboradores exercem as suas funções, assim como das condições estruturais (central de gás e rede elétrica) e de prevenção de incidentes (como os extintores). O engenheiro relata que os riscos mais comuns nessas estruturas são a iluminação insuficiente, umidade anormal, temperaturas extremas (quente ou frio) e ruídos acima da tolerância. “A Norma Regulamentadora 15 (NR 15/78), que trata das atividades e operações insalubres, define em 85 decibéis o limite sonoro, principalmente, quando são usados equipamentos como aparador ou cortador de grama e lava jato”, descreve Ferraz. A poeira, o fumo, gases ou vapores também podem ser perigosos para a saúde, assim como o cloro usado para a manutenção de piscinas, desinfetantes, sabões ou detergentes. O especialista acrescenta ainda os cuidados para evitar o contato com bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros micro-organismos. As posturas inadequadas e os movimentos repetitivos complementam a lista de itens observados na preparação do laudo técnico. Após esse levantamento, o profissional responsável (engenheiros de Segurança do Trabalho registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Crea) determina as medidas a serem aplicadas para mini- mizar os riscos e melhorar os ambientes. Mudanças na prática Com o PPRA em mãos, é chegada a hora de implementar as sugestões dadas pelos especialistas. Ferraz aconselha que o primeiro passo é promover reuniões periódicas com os trabalhadores para compartilhar as recomendações estabelecidas pelo programa e cobrar o seu cumprimento. “Fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários, como luvas, óculos, sapatos, protetores auriculares e máscaras corretas para cada tipo de exposição é mais uma atitude a ser posta em prática”, destaca. O engenheiro lembra que não basta apenas entregar os EPIs, é preciso orientar as pessoas para que os utilizem de forma adequada. Outra indicação que pode apresentar resultados positivos é criar o hábito de registrar em um livro a entrega desses materiais. A documentação da ação demonstra que os funcionários estão sendo informados sobre a necessidade de seguir as normas de segurança. Ferraz reforça que o laudo salienta a importância dos treinamentos, definidos conforme as atividades executadas nos condomínios. Ele informa que o PPRA interage com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), estabelecido pela Norma Regulamentadora 7 (NR 7/78), permitindo assim a proteção integral da saúde dos colaboradores. Segundo a legislação, o PCMSO deve incluir a realização de exames médicos obrigatórios, como o admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional. Penalidades As multas relativas às leis sobre segurança e saúde dos trabalhadores são tratadas pela Norma Regulamentadora 28 (NR 28/78) e cobradas em Ufir (Unidade Fiscal de Referência), que está fixada em aproximadamente R$1,10. O engenheiro de Segurança do Trabalho Paulo Roberto Ferraz exemplifica que, em um condomínio que tenha de um a dez funcionários, a inexistência do PPRA implicaria penalidade mínima de R$ 1.241,90 e máxima de R$ 1.532,30. Os valores são calculados de acordo com o número de colaboradores e da gradação das multas (apresentadas no Anexo I da NR 28). Em caso de reincidência, resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a penalidade será aplicada na forma do artigo 201, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conforme os seguintes índices: VALOR DA MULTA (em UFIR) Segurança do Trabalho Medicina do Trabalho 6.304 3.782 Auxiliadora Predial orienta gestores A supervisora da Central de Atendimento e Telecompras da Auxiliadora Predial, Valéria Santos, explica que os síndicos que tiverem dúvidas sobre o PPRA ou o PCMSO podem entrar em contato com o seu assessor de condomínio. “Eles estão preparados para repassar todos os dados necessários sobre o assunto, ressaltando aos administradores a importância de contar com os programas e executá-los”, adianta. Ela enfatiza a obrigatoriedade de estar com esses documentos em dia e de contratar um especialista para avaliar as atividades e ambientes condominiais. Mais informações sobre o tema podem ser solicitadas na Central de Atendimento e Telecompras, com a Valéria, pelo fone: (51) 3216-6100 – Ramal: 2450 ou na PRF Engenharia, fone: (51) 3336- 8960 e pelo e-mail: [email protected]. 38 síndico 191 ADVOGADOS BOMBAS E MOTORES ALARMES AR-CONDICIONADO - PROTETOR CAIXA D’ÁGUA - IMPERMEABILIZAÇÃO Bortoncello Centerglass www.bortoncellocenterglass.com.br . . . 3059.9200 - 3059.3957 ARQUITETURA CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA Abril-maio-junho/2011 39 CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA GÁS - MEDIÇÃO INDIVIDUAL ELEVADORES CEL - Central de Elevadores Rua Silva Só, 118 . . . . . . . . . . . . . . 3330.2288 - 3330.2978 ThyssenKrupp Elevadores Rua Dona Margarida, 959 . . . . . . . . . . . . . . . . . 2136.3400 GRADES - PORTÕES ELEVADORES - MODERNIZAÇÃO hidrômetros EXTINTORES DE INCÊNDIO IMPERMEABILIZAÇÕES FACHADAS A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 Édifier Construção Civil Ltda Rua Dona Leonor, 121/27 . . . . . . . . . 3388.8811 - 3330.2331 A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 Édifier Construção Civil Ltda Rua Dona Leonor, 121/27 . . . . . . . . . 3388.8811 - 3330.2331 INCÊNDIO - PREVENÇÃO GÁS - FORNECEDORES INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 40 síndico 191 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PINTURAS LAUDOS - MARQUISES A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 Édifier Construção Civil Ltda Rua Dona Leonor, 121/27 . . . . . . . . . 3388.8811 - 3330.2331 material de limpeza PAINÉIS DE MEDIDORES PINTURAS A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 Abril-maio-junho/2011 41 PINTURAS PRODUTOS BIOLÓGICOS RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 portaria e limpeza segurança do trabalho TELHADOS A Nasi Engenharia Rua Mostardeiro, 780/504 . . . . . . . . 3222.0246 - 3346.6424 PORTEIROS ELETRÔNICOS 42 síndico 191
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