Revista Fecomércio - Dezembro / Janeiro
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Revista Fecomércio - Dezembro / Janeiro
Ano XVII nº 200 – Dezembro 2014 / Janeiro de 2015 Finanças no verde Para ter uma vida financeira saudável, especialistas indicam que planejamento é fundamental para realizar os sonhos Entrevista // Pág. 8 Rodrigo Rollemberg governador eleito do DF Empregador do Comércio: com a Qualicorp você pode ter acesso aos mais respeitados planos de saúde. Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp proporciona acesso ao melhor da medicina, com inúmeras vantagens para você, Empregador do Comércio. • Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2 • Confira as possibilidades de redução de carências.3 De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. 2 Esse benefício se dá de acordo com a operadora escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. 3 A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. 1 Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2014. Amil: ANS nº 326305 Golden Cross: ANS nº 403911 SulAmérica: Qualicorp Adm. de Benefícios: ANS nº 417173 Ligue e aproveite: De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br SUMÁRIO Raphael Carmona Compra comportamental É crescente a utilização do neuromarketing para desvendar os anseios do consumidor 12 Mercado aquecido Raphael Carmona Arte do bem Parceria entre artistas de rua e comerciantes possibilita que o grafite se popularize em muros pela cidade 24 Cristiano Costa Nutrição diferenciada, serviços de caminhada, babá, psicologia e adestramento são algumas das opções para os bichos de estimação 42 4 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Capa A Revista Fecomércio-DF dá dicas para você começar 2015 com as finanças controladas 34 seções 8ENTREVISTA 16GASTRONOMIX 22GENTE 28ECONOMIA 30 AGENDA FISCAL 31 EMPRESÁRIO DO MÊS 52VITRINE REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 54 55 56 58 62 66 DOSES ECONÔMICAS CASO DE SUCESSO DIREITO NO TRABALHO SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL PESQUISA CONJUNTURAL PESQUISA RELÂMPAGO 5 Contato SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 (61) 3038-7500 www.fecomerciodf.com.br twitter.com/fecomerciodf Diretoria da Fecomércio-DF CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida José Geraldo Dias Pimentel Oscar Perné do Carmo Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Glauco Oliveira Santana DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Francisco Valdenir Machado Elias Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATOS ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Clayton Faria Machado DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar Editor de Fotografia: Cristiano Costa REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 Fotógrafo: Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Raíssa Lopes, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico e Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Gustavo Pinto Revisora: Fátima Loppi Impressão: Ediouro Gráfica Tiragem: 60 mil exemplares CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328.8046 [email protected] editorial Hora de pensar o próximo ano M ais um ano se encerra e outro já desponta no horizonte. É tempo de deliciar quitutes natalinos, confraternizar com familiares, reunir os amigos, trocar presentes. É também tempo de fazer planos, mas, sobretudo, de repensar o que foi realizado ao longo dos 365 dias que estão ficando para trás. Venho reafirmar minhas palavras proferidas na ocasião da posse, em setembro último. Diante deste ano que se finda, tenho a sensação de agradecimento ao trabalho que todos os membros da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal realizaram. Revitalizamos a marca e os meios de comunicação institucionais, expandimos o trabalho de acompanhamento parlamentar ao analisarmos mais de 700 matérias de interesse dos empresários. E com o departamento de Certificação Digital, ampliamos os produtos, oferecendo certificados eletrônicos de CPF e CNPJ, além da Nota Fiscal Eletrônica. Neste ano profícuo em termos de debates e ideias, muito pelas eleições, promovemos na sede da Fecomércio-DF sabatinas com os candidatos ao Buriti – oportunidade que os empresários tiveram de debater temas importantes para os diversos setores da economia local. Outro grande trunfo de 2014 foi o projeto Brasília 2015, pelo qual entregaremos ao governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), um documento com as sugestões do Comércio para superar os problemas da capital - problemas como falta de segurança para as lojas de rua, falta de investimentos, além de temas que andam paralelos à economia, como saúde e educação. Inclusive, registro aqui o nosso orgulho de abrir esta primeira edição da Revista Fecomércio-DF do ano de 2015, com uma entrevista com o novo governador eleito, Rodrigo Rollemberg. Além de tudo o que fizemos neste ano, levo o sentimento forte de motivação, com projetos novos a serem colocados em prática e outros para serem finalizados. Tenho a certeza de que iniciada mais uma etapa, seguiremos firmes na defesa dos setores de Comércio e Serviços. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Paulo Negreiros Adelmir Santana Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal 7 //entrevista Futuro de Brasília // Por Taís Rocha Eleito com 812.036 votos, Rodrigo Rollemberg, do PSB, é o governador do Distrito Federal para os próximos quatro anos. Nesta entrevista exclusiva à Revista FecomércioDF, ele fala dos desafios que enfrentará com um governo em situação difícil, com um déficit de mais de R$ 2 bilhões. Fala também da vocação da cidade e da maneira como enfrentará os problemas dos mais de 2,3 milhões de habitantes do DF. 8 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Fotos: Cristiano Costa RODRIGO ROLLEMBERG governador eleito do DF REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 9 Ao que tudo indica o senhor assumirá um governo sucateado. Como será iniciar um governo assim? Será, certamente, um grande desafio. Realmente, as informações que temos são muito preocupantes. Há um desequilíbrio financeiro muito grande. Isso exigirá de todos nós uma dedicação maior. Vai exigir muita austeridade para que possamos organizar financeiramente o Distrito Federal para que possamos recuperar a qualidade dos serviços públicos no DF. O senhor pretende criar o Conselho de Transparência, com a ativa participação da sociedade. De que outras formas pretende inovar no modo de governar Brasília? Nosso governo vai governar com ética, transparência, inovação, participação popular e controle social. Vamos sim, já na primeira semana de governo, implantar o Conselho de Transparência, composto exclusivamente de entidades da sociedade civil. Vamos implantar nos primeiros meses o acesso de todo cidadão ao orçamento do DF e também disponibilizaremos os painéis com todas as informações orçamentárias das empresas contratadas, por quanto estão sendo contratadas. Entendemos que a transparência é também um instrumento de combate à corrupção. Em ocasiões anteriores, o senhor afirmou que problemas de gestão geram burocracia, que, por sua vez, geram corrupção. O que fazer para impedir esse ciclo vicioso no DF? Reduzir a burocracia é o grande desafio. A burocracia é um instrumento da corrupção. Ela cria dificuldades para vender facilidade. Temos que buscar experiências bem-sucedidas em outros estados, reduzir os processos, simplificar os procedimentos, dar a eles transparência para combater de forma rigorosa a burocracia. 10 Durante a campanha, o senhor falou em redução do número de secretarias, atualmente em 40. O que será mantido e o que deixará de existir? Estamos concluindo nossos trabalhos em relação a isso e o que eu posso adiantar é que vamos ter por volta de 20 secretarias – talvez um pouco menos ou um pouco mais. O senhor falou que comporá sua equipe somente com pessoas “fichas limpas”, sem loteamento da máquina pública. Gostaria que o senhor falasse um pouco mais sobre isso. O que os empresários podem esperar dos secretários, principalmente nas áreas de desenvolvimento econômico, planejamento, finanças, obras e turismo? Queremos secretários, administradores, enfim, gestores públicos com algumas características: competência, qualificação e com fichas limpas. Estamos buscando construir a nossa gestão com pessoas bastante capacitadas, experientes, que possam efetivamente levar adiante as políticas públicas de cada segmento. O que o setor pode esperar é nomes capacitados para liderar essas secretarias e nomes que certamente serão bem recebidos porque são conhecidos desses segmentos. A Câmara Legislativa do DF passa por mais uma crise de imagem Propiciaremos nos primeiros meses o acesso de todo cidadão ao orçamento do DF. A transparência é também um instrumento de combate à corrupção REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 e está bastante desgastada na sociedade. Seu partido, contudo, não fez nenhum deputado distrital e o senhor precisará de maioria para aprovar propostas importantes. Como pretende se relacionar com o Legislativo local sem ceder a pressões políticas? Pretendemos fazer isso com muito diálogo e muito respeito. Eu fui deputado distrital, sei da importância do mandato de um deputado distrital, sei da importância da Câmara Legislativa do DF. Já estamos conversando com os deputados. Queremos valorizar a atuação dos deputados, especialmente na efetivação de políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população, ao mesmo tempo mantendo com eles um diálogo permanente, reconhecendo a independência da Câmara Legislativa, buscando construir uma sinergia em defesa dos interesses de Brasília. Levantamento recente do PNUD – o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - aponta que há no DF uma grande disparidade entre as cidades, no que se refere à educação, longevidade e renda. Plano Piloto, Lago Sul, Sudoeste, Noroeste e Águas Claras contrastam com Estrutural, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho 2. Quais suas principais propostas para diminuir essa desigualdade social? A Estrutural, há décadas, é uma das cidades mais pobres do País e nenhum governo mudou essa realidade. Quando escolhemos o nome da nossa coligação, “Somos todos Brasília”, foi para sinalizar que entendemos que as diversas cidades do DF têm que buscar uma qualidade de vida próxima à do Plano Piloto, como infraestrutura, com oferta de serviços, arborização, enfim, com todos os elementos que signifiquem qualidade de vida. Esse é o nosso grande desafio. Também disse, e reitero que um governador, depois de eleito, deve governar para todos. Mas ele também tem REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 que ter um olhar especial para os locais mais pobres, mais carentes, que precisam da presença efetiva do governo. E é isso o que vamos fazer. As políticas públicas, como a construção de creches, escolas, de infraestrutura e saneamento nas regiões mais pobres serão prioridade. A vocação de Brasília é ser um grande polo de ciência, tecnologia, inovação, de serviços, turismo e economia criativa Existe um projeto do deputado federal, senador eleito Ronaldo Caiado, que pretende transferir mais da metade da verba do FCO destinada ao DF para Goiás. A Fecomércio-DF se posicionou contra a medida por acreditar que ela compromete o desenvolvimento de Brasília e do Entorno. Qual sua opinião sobre isso e o que pretende fazer a respeito desse assunto tão importante? Pretendo conversar com o deputado Caiado e convencê-lo de que esse projeto é equivocado. Não é bom para o Distrito Federal, nem é bom para o Entorno do DF. Os 19% a que o DF tem direito no FCO são para o DF e a região do Entorno. Só para se ter ideia, estou com dados do Banco do Brasil do primeiro semestre de 2014, que apontam que dos R$ 298.722 milhões executados para o DF, um terço disso, ou seja, R$ 93.245,00 foram executados na RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno). Isso mostra que a Ride já está sendo beneficiada com os recursos do FCO. Por fim, como o senhor enxerga as vocações de Brasília hoje e, na sua visão, qual deve ser o papel da capital federal nos próximos anos? Que futuro o senhor enxerga para esta cidade? Eu diria que a vocação de Brasília é ser um grande polo de ciência, tecnologia, inovação, de serviços, turismo e economia criativa. São essas as áreas que propiciarão o desenvolvimento diferenciado no DF para os próximos anos. Acredito que é isso que devemos fazer. 11 comportamento Fotos: Raphael Carmona Explorando todos os sentidos // Por Fabíola Souza Empresas utilizam preceitos do neuromarketing para entender e satisfazer os anseios do consumidor A forma de organizar os produtos nas estantes, prateleiras, gôndolas de mercado ou o aroma característico de determinada loja, e as consequências no comportamento do consumidor são temas de uma ciência ainda pouco difundida, o neuromarketing. União do marketing com a ciência, ele tem como objetivo entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas por meio do estudo das reações 12 neurológicas a determinados estímulos externos. De acordo com especialistas, cada segmento utiliza técnicas diferentes para atrair o cliente, por isso é necessário fazer uma pesquisa de mercado antes de inserir algum método diferente na empresa. A professora de Marketing da Faculdade Senac, Bárbara Marcela Reis Marques de Velasco, acredita que o neuromarketing está no coti- REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 diano das empresas, pois estuda as melhores maneiras para entender o que o consumidor quer. “A ideia do estudo não é criar a vontade na pessoa para consumir, mas sim despertar nela a vontade que já existia. Porém é uma ciência genérica e não específica por segmentos”, explica Velasco. Para ela, cada técnica gira em torno do público a ser atingido. Por exemplo, se o público a ser atingido é o infantil, o ideal é deixar as prateleiras na altura das crianças, com brinquedos de cores chamativas e uma música ambiente alegre. Velasco ressalta que tudo contribui para despertar no consumidor a vontade de comprar, como a iluminação do ambiente, a organização espacial dos produtos, a exposição da vitrine, o layout da loja. “Mas o vendedor continua sendo de extrema importância no processo da venda. O importante é deixar o cliente à vontade. Muitas vezes um cheiro diferente na loja ou uma música são opções para fixar a imagem da empresa”, aponta a professora. //Mudar para crescer No mercado há mais de 35 anos, o instituto de beleza Hélio Diff apostou em reformas estruturais para atender melhor seus clientes e consequentemente aumentar o volume de vendas. O diretor-executivo da empresa, Gustavo Nakanishi, explica que há três anos o empreendimento sentiu a necessidade de inovar e por isso começou um estudo para saber o que poderia ser modificado. “Nosso maior aprendizado é que inovação tem que ser um processo bem estruturado. O mundo mudou e a velocidade de informação é grande nos dias de hoje”, disse o diretor. Desde 2013, três das sete lojas existentes já foram reformadas. A previsão é que até 2016 todos os estabelecimentos estejam no mesmo padrão. “A base da reforma é a mesma para todas. Fizemos primeiro uma pesquisa de opinião com nossos clientes e decidimos as mudanças”, afirma. Segundo Gustavo, as principais mudanças ocorreram na parte da conveniência, onde ficam expostos os produtos, e nos lavatórios. “Atualmente, 20% do que a loja fatura é da venda de produtos, antes da reforma não representava nem 5%”, comemora. O diretor conta ainda que, depois das mudanças, houve um aumento de 11% no número de clientes e redução de 35% no custo operacional. O gestor de categorias das redes de supermercados Comper, Emerson Mendes, diz que as disposições dos produtos são organizadas por segmentos, como padaria, limpeza, higiene pessoal. Nas prateleiras existem classificações para os artigos como premium, intermediário e básicos. “Há produtos que têm alto giro e outros menos, mas é necessário colocar todos os produtos à disposição do cliente”, aponta. Para ele, o consumidor está mais exigente, avalia bem o que põe no carrinho de compras, tanto na comparação dos preços como na análise da qualidade do que pretende levar. //Auxílio da Medicina O professor de Marketing do programa de pós-graduação em Administração na Universidade de Brasília (UnB), Rafael Porto, acredita que estudos na Medicina auxiliam o mercado a entender um pouco mais sobre o modo como funciona o comportamento do consumidor, mas diz REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 “Fizemos primeiro uma pesquisa de opinião com nossos clientes e decidimos as mudanças” Gustavo Nakanishi Diretor do grupo Hélio Diff 13 que existem fatores externos que contribuem na hora de despertar a vontade de compra no cliente, como a disposição dos produtos na vitrine e dentro do estabelecimento, a disposição do balcão para evitar filas e o uso de descontos em determinados produtos. “Muitas vezes, quando o cliente vê que a loja tem fila para pagar, desiste de entrar, do mesmo modo, quando tem que procurar pelo produto, por não estar exposto de forma clara”, aponta o especialista. Segundo ele, vale explorar quais aromas teriam a ver com o produto exposto e melhorar a experiência dos consumidores na loja. Muitas vezes, um cheiro agradável pode fazer com que se sintam mais confortáveis e inclinados a comprar. //Casos de sucesso Julio Takano é proprietário da Kawahara Takano Soluções para Varejo. A empresa com sede em São Paulo atua no mercado latino-americano de projetos para varejo há mais de 20 anos. Segundo Takano, já foram criados mais de 100 conceitos de lojas totalizando 954 mil m². Julio já foi consultor de grandes marcas como Hering Store, Riachuelo, O Boticário, Walmart, entre outras. Para ele, é necessário utilizar um método chamado Curva ABC, que diz que, em média, aproximadamente 80% do seu faturamento são oriundos de aproximadamente 20% da sua base de produtos. “Nas lojas Hering, por exemplo, fizemos um estudo por meio do qual os produtos deveriam ser para todos os públicos de modo que o consumidor C deseje, o B use e o A compre para presente”, comentou Takano. No caso da Hering, antes da consultoria, a loja utilizava cinco mil produtos na área de vendas e 10 mil artigos estavam no estoque. Julio desceu os produtos do estoque e colocou mais variedade dentro da loja, perto da vista dos clientes. “Além disso, foram desenhadas mais coleções de roupas, que são trocadas de acordo com as estações do ano e têm começo, meio e fim”, explica. Segundo ele, não importa se a empresa é micro, pequena ou de grande porte, o importante é estudar o público a ser atingido e os produtos mais vendidos, mas o ideal é fazer essa análise semanal e não mensal. Além disso, o maior segredo é unir a qualidade do produto com a capacitação da equipe de vendas e a arquitetura da loja. 14 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Mono mon o o Caetan ig Por Rodr O que os chefs esperam para 2015 O Gastronomix perguntou a três chefs de Brasília o que esperar da gastronomia brasiliense em 2015? Para onde vamos? Quais as tendências? Confira as opiniões: Simon Lau Brasília está passando por uma renovação. Têm chefs novos entrando com pensamento diferente. Eles não ficam babando no tomate-seco, como antigamente. Escolhem produtos do Cerrado ou locais, em feiras, frescos e de produtores artesanais para sua cozinha – como o Leandro Nunes (do Jambu, na Vila Planalto). Essa mudança é um movimento que tem mais de 10 anos para chegar até agora. Hoje, os alunos saem da faculdade sabendo que isso é importante. Em 2015, o Acquavit estará de volta ainda no primeiro semestre. Renata Carvalho Acho que a onda dos food trucks vai se consolidar. Outro dia, soube que um carro desse está custando cerca de R$ 120 mil e que tem fila de espera. Tem muita gente vindo para a rua. E alguns restaurantes acabam se adaptando a isso e trabalhando com miniempratados, como é o caso do Loca Como Tu Madre, que adota esse conceito desde sua inauguração. Esse casamento de porções menores com preços mais acessíveis deixa o lugar mais dinâmico, atrai um público variado e é sinônimo de casa cheia. Agenor Maia Acredito que 2015 será um ano de continuidade do movimento que busca firmar a importância dos ingredientes do Cerrado, tanto na apresentação de pratos clássicos quanto no desenvolvimento de receitas contemporâneas, como procuro fazer no Olivae Restaurante. A tendência de utilizar produtos regionais e a busca de produtores locais fazem parte de um movimento mundial e o DF seguirá a mesma linha, quem ganha com produtos mais frescos e saudáveis tende a ser o comensal. Viagens gastronômicas Paris Miznon – O gastropub israelense é uma farra só. Na vitrine, diversas couves-flores ficam expostas. Logo vem a curiosidade: é para comer? É sim. A couve-flor, assada e temperada, acompanha os sanduíches à sua escolha - feitos com pão pita temperadinho e recheados com vegetais ou carnes como a de cordeiro. Tudo bem gostoso como as kaftas, homus e babaganuche. // 22 Rue des Ecouffes, 75004 Paris, França Telefone: +33 1 42 74 83 58 Septime – O chef Bertrand Grébaut e sua jovem equipe fazem uma nova cozinha francesa: fresca, sem frescuras, com ingredientes pouco temperados e sabor marcante. O local se tornou um dos mais disputados de Paris. Sem reserva, não há como comer lá. //80, Rue de Charonne Telefone: + 33 (1) 43 67 38 29 – septime-charonne.fr 16 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix Três em um Saia da rotina Restaurante, armazém e sala de aula. Não necessariamente nessa ordem. O chef Emerson Montovani reúne no Trio Gastronomia uma proposta diferente de lidar com comida e bebida. O local só funciona mediante reservas. Em torno de uma mesa retangular, 12 pessoas fazem a refeição. No almoço, o menu – com ingredientes frescos, vinhos selecionados da adega em uma sequência de quatro pratos, incluindo entrada e sobremesa. O menu custa R$ 189 com a harmonização ou R$ 125 incluindo água e café. Na parte superior, Montovani criou um empório com 500 produtos, adega com 120 rótulos e 50 cervejas diferentes, além de produtos exclusivos. da estação - varia de R$ 70 a R$ 80 incluindo entrada, prato principal e sobremesa, além de água e café. Os jantares são harmonizados com // Trio Gastronomia 213 Sul, bloco A, loja 27 Telefone: (61) 3346-2845 www.triogastronomia.com.br O Gastronomix fez uma lista com algumas das novidades que estão surgindo pela cidade. Fiquem de olho. Don Ruffon A cozinha internacional é a proposta da chef Thalita Kalix para seu restaurante. A ex-jornalista abandonou tudo e foi estudar em Paris na Le Cordon Bleu. De volta à cidade, montou um local onde oferece menu variado, entre o tradicional e o contemporâneo. No almoço, de segunda às sextas, há pratos fixos como Coq au Vin com legumes grelhados e arroz e risoto de cogumelos. A aposta da casa é o pato com laranja (R$ 63,00). A casa também conta com carta de cervejas especiais. // 204 Norte, bloco A, loja 53 Telefone: (61) 3037-1020 Piauíndia Do Condomínio Solar da Serra, no Jardim Botânico, para a Vila Planalto. O chef Evandro e Nicole (e sua filha) estão levando todo o balacobaco piauiense e indiano para mais perto dos brasilienses. Prometem manter seu cardápio enxuto com frango, camarão e carneiro, além de opções vegetarianas. As samosas espécie de pastel com batata, Em breve ervilha e especiarias indianas são imperdíveis. www.facebook.com/Piauindia REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Nakombi A primeira franquia do restaurante japonês em Brasília abriu as portas há pouco tempo. São 130 lugares divididos em três ambientes (mezanino, salão térreo e varanda externa). O inusitado é o fato de uma Kombi ser um dos locais onde o sushi e sashimi são preparados. // 404 Sul, bloco B, loja 35 Telefone: (61) 3264-6888 17 tendência Tecnologia a serviço do cliente //Por Daniel Alcântara Estabelecimentos da cidade já se utilizam de tablets para agilizar os pedidos à mesa e as compras pelos consumidores O s tablets estão deixando de ser um aparelho individual e se transformando cada vez mais em um dispositivo que pode se traduzir em comodidade aos clientes e lucro para os empresários. Cada vez mais estabelecimentos investem em inovação para agilizar o atendimento e agradar aos clientes. Nesse sentido, a empresa Tablet Commerce Tecnologia oferece, há quatro anos, cardápios online elaborados para bares e restaurantes, que substituem o cardápio tradicional de papel, trazendo interatividade e comodidade aos clientes. O serviço funciona da seguinte Cristiano Costa 18 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 forma: o consumidor escolhe o produto via tablet, afixado na mesa, e o pedido vai direto para a cozinha, sem interceptação de terceiros, o que também evita erros. Na opinião do diretor de Marketing da Tablet Commerce, Fernando Chiarotto, o sistema de cardápio oferecido pela empresa é pioneiro no Brasil e tem quatro objetivos básicos: a otimização do modelo operacional do bar ou restaurante; a redução de custos em âmbito geral; o ganho em eficiência de atendimento ao cliente; e o aumento expressivo no consumo. Presente em quatro estados brasileiros - São Paulo, Minas Gerais, Amazonas e no DF- no leque da empresa, estão 30 estabelecimentos dos mais diversos ramos. “O primeiro restaurante a usar o Sistema de Cardápio Digital Tablet Commerce no DF é o Sensei Temaki e é nosso cliente há aproximadamente dois meses. Vale ressaltar que o restaurante bateu recorde de vendas seguido já nos três primeiros dias de funcionamento do cardápio digital”, conta Chiarotto, que já está fechando contrato com outros sete restaurantes da cidade. O professor do curso de Tecnologia da Informação (TI) da Faculdade Senac-DF, Edilberto Silva, acredita que quem não investe em novas tecnologias em seu estabelecimento pode estar perdendo a clientela para o concorrente. “Pessoalmente, tendo como escolha, dois restaurantes similares, por exemplo, eu me dirijo ao que for mais eficaz. Esse serviço de tablets na mesa, a meu ver, Viviane Cabus, do Sensei: “o cliente tem todos os produtos do restaurante em um cardápio completamente digital” tende a acelerar os pedidos, e isso é um grande diferencial”, explica o professor. Ele ressalta ainda que apesar de o Brasil estar evoluindo na área tecnológica, ainda falta muito para chegar ao melhor. “Estamos evoluindo, mas a passos de tartaruga. Somente para exemplificar: no Japão já é possível pagar a conta e comprar refrigerantes apenas com o celular de forma online. Nos Estados Unidos, o celular já é utilizado como cartão de crédito em operações inclusive para saques em dinheiro e para pagamento de contas. Aqui no Brasil estamos iniciando algumas experiências neste sentido, mas ainda muito pontuais”, conclui Edilberto. Os contratos são feitos por meio da locação dos equipamentos e software e em média o empresário pagará entre R$ 130 e R$ 180 mensais por cada iPad/Cardápio Digital, dependendo do número de telas e região. Segundo a empresa, não há taxas de adesão ou cobranças adicionais. A sócia-proprietária do Sensei Temaki, Viviane Cabus, que faz uso do cardápio digital há dois meses já obteve resultado que surpreendeu a empresária. “O cliente tem todos os produtos do restaurante em um cardápio completamente digital. Por exemplo, se ele buscar por bebidas, vai ter todo o leque que o estabelecimento oferece com fotos em alta definição. Também tem a opção de adicionais, como gelo ou limão e sobremesas”, explica. Segundo ela, as pessoas comem com os olhos, então o serviço instiga mais o consumo dos produtos. “O aparelho melhora a relação do cliente com a empresa, não é necessário que o consumidor pare toda hora e levante os braços para chamar o garçom, o que agiliza e aumenta o nível da venda”. A proprietária da temakeria conta ainda que os clientes ficaram preocupados com o emprego dos garçons. De acordo com Viviane, os REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 consumidores ficavam perguntando se a tecnologia iria substituir a mão de obra humana. “Alguns clientes ficaram meio receosos com a novidade, mas, depois que a tecnologia chegou às mesas, o lucro aumentou sem que ninguém perdesse o emprego. Pelo contrário, todos os garçons foram mantidos e mais funcionários foram contratados, porque a demanda de pedidos aumentou, então também precisávamos aumentar a equipe de atendimento”, diz Viviane. O diretor de Marketing da Tablet Commerce acredita que os cardápios digitais permitem que os garçons tenham mais tempo para atender e fidelizar melhor os clientes. A estudante Aline Teixera adorou a novidade e já aconselhou aos amigos da faculdade. “A primeira vez em que fui ao restaurante fiquei um pouco confusa, mas o funcionário me ajudou e achei super moderno e fácil. Falo para os amigos sobre a novidade e eles adoram. Acredito que a maior vantagem é que eu posso ficar mais reservada sem ter que chamar o garçom toda hora.” A Fit.gourmet, loja especializada na comercialização de produtos elaborados especialmente para aqueles que buscam uma alimentação saudável, também apostou nos tablets para agilizar os pedidos dos clientes. Localizada na 108 Sul, a loja tem um formato diferenciado, no qual os clientes poderão escolher os artigos por aplicativos no tablet, sem a necessidade de ir às gôndolas nem aos freezers. De acordo com os proprietários do estabelecimento, Renata Costa e Rafael Biavati, eles pensaram no produto no mesmo momento que abriram a loja, dois meses atrás. “O tablet incrementa a facilidade na visualização dos produtos e o cliente se sente mais confortável”, explicam os sócios. No estabelecimento, o cliente escolhe os produtos no aparelho e já pega no caixa. 19 facilidade Comprar para quê? //Por Luciana Corrêa O mercado de aluguel de produtos abrange diversas áreas e pode facilitar a vida de quem precisa de um bem, mas não quer necessariamente comprá-lo N o mundo dos negócios ou na vida pessoal, muitas vezes é preciso utilizar certos produtos que não estão previstos ou não são do ramo da empresa. Ou ainda, serão utilizados somente por um tempo pré-determinado. Para isso, existem empresas especializadas em aluguel em vários ramos do comércio e que podem ter soluções para inúmeras necessidades. Os mais lembrados, normalmente, são imobiliárias, lojas de roupas, móveis e carros, mas o mercado de Brasília oferece itens que vão além disso. O gerente de locação da empresa de tecnologia Microtécnica, Antônio Clemilton, explica que há um desconhecimento sobre algumas opções do mercado de aluguel, pois a cultura do Brasil é de que é preciso adquirir produtos. Só que muitas vezes não é necessário. “Em termos coorporativos, por exemplo, dependendo do ramo de atuação, o percentual destinado para serviços de TI pode ser usado para alugar serviços, em vez de o empresário ter o custo fixo. Muitas vezes a atividade fim não é a tecnologia e dificilmente o empresário conseguirá manter um equipamento de alta qualidade. É quando entra a empresa especializada para fazer isso por ele.” A Microtécnica visa criar soluções 20 em tecnologia, mas não só para empresários. Segundo o gerente, o aluguel de notebooks, por exemplo, pode ser eventual ou mensal e os clientes podem aproveitar as vantagens. “Já tivemos como clientes pessoas físicas com problema em equipamento e precisavam de um substituto. Outros precisam para trabalhar de forma remota, em casa”, explica. A empresa possui telas de projeção, notebooks, computadores, nobreak, mesa de som, microfone, caixas de som, entre outros itens. O aluguel pode variar de R$ 50 a R$ 3 mil. O gerente orienta que dependendo do tempo de utilização, no caso de alguns produtos de saúde, vale a pena adquirir o item em vez de locar. “Recomendamos que se o uso de muletas, por exemplo, ultrapassar três meses, é melhor comprar, pois nesse caso o custo pode ficar muito alto”, disse Júlio. Ele conta também que muitos clientes alugam alguns itens não só para uso pessoal ou domiciliar, mas também para eventos na área de saúde, faculdades, teatros. A locação dos equipamentos na Hospitália pode variar de R$ 40 a R$ 200. //Para a saúde Na área de saúde, também é possível encontrar diversos itens para alugar. De acordo com o gerente de Vendas da marca Hospitália, Júlio César de Sousa, os produtos mais procurados são muletas e cadeiras de rodas para locomoção. O Grupo Unicom criou a marca exclusivamente para venda e locação de equipamentos para quem precisa de cuidados especiais em domicílio. “Temos vários itens para homecare, como cama hospitalar, andador, suporte para soro. E a maioria dos clientes prefere locar uma cama, por exemplo, para não ficar com ela em casa, caso o paciente não precise mais, mesmo que o tempo de locação seja maior que o valor do objeto”, explica. //Para voar Seja a passeio, a trabalho ou para marcar alguma data especial, em Brasília, é possível alugar nada menos que um helicóptero. Com ele, é possível realizar um voo local ou viagem. No caso do transporte aéreo, as leis são rígidas e, com isso, a modalidade oferecida pela JK Táxi Aéreo é a do fretamento de helicópteros, por meio da qual o cliente aluga a aeronave com um piloto qualificado para realizar o voo. Segundo o comandante-geral e diretor de Operações da empresa, Adail de Paula Rodrigues, muitos clientes são empresas que precisam fazer sobrevoo em fazendas, filmagens comerciais ou para filmes, construtoras, entre outras. Para la- REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 zer e viagem, o comandante explica que nem sempre pode acatar o que cliente pede. “Já tivemos solicitação para pedido de casamento, idas para almoço e viagens pelo Brasil todo, mas existem algumas limitações para pouso, localidade, restrição de sobrevoo, entre outras. Precisamos, então, saber antes o que o passageiro quer, para operar de acordo com a legislação vigente.” A empresa possui quatro helicópteros modelo Esquilo, com acabamento de luxo e capacidade para cinco passageiros e bagagens de mão. A aeronave tem autonomia de voo para até 600km e a hora pode custar R$ 6.500. Cristiano Costa //Para nagevar Para passeios no lago Paranoá, as opções são variadas entre lanchas, barcos e catamarãs. As em- presas de turismo náutico oferecem serviços como jantares românticos, ensaios fotográficos, traslados, passeios particulares e até comemorações para grandes grupos. O empresário Thiago Luz, dono da Lake Tour, conta que, além dos passeios mais tradicionais, já alugaram suas embarcações para despedidas de solteiro, pedidos de namoro ou casamento e até para jogar cinzas de parentes no lago. “O cliente pode pedir somente a locação do barco ou de serviços completos. Adaptamos nossa frota ao evento de acordo com a necessidade”, explica. Thiago conta que um barco para festas com capacidade para 120 pessoas pode custar a partir de R$ 45 por passageiro, e lanchas para 9 ou 11 passageiros, R$ 550 a hora. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 “Já tivemos solicitação para pedido de casamento, idas para almoço e viagens pelo Brasil todo, mas existem algumas limitações para pouso, localidade, restrição de sobrevoo, entre outras” 21 //gente Fotos: Raphael Carmona Ralfe Braga artista plástico Artista nato //Por Sílvia Melo Cores quentes e primárias são as características mais marcantes das obras do artista Ralfe Braga, de 55 anos, que começou a pintar quando era criança para presentear familiares. Casado com Patrícia Vaz, mãe de dois de seus cinco filhos, o macapaense de nascimento e brasiliense de coração está em Brasília há 38 anos. Veio em busca de qualificação para realizar o sonho de trabalhar com arte, tinta e pincel. “A remuneração era o que menos importava. Queria estar em um ambiente manipulando materiais de arte”, explica. Formado em Educação Artística com Licenciatura em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes de Brasília/DF e pós-graduado em Artes Visuais-Cultura&Criação pela Faculdade Senac-DF, Ralfe trabalhou nas principais agências de publicidade do DF e desenvolveu obras para diversas instituições. Atualmente, 90% do seu trabalho é digital. “Sempre tive à mão o que há de mais moderno em tecnologia, o que proporcionou um desenvolvimento muito rápido e maduro na arte digital”. Artista plástico, ilustrador, designer gráfico e diretor de arte, Ralfe considera como mais importante de sua carreira o trabalho no Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo. “Foram quase 3km de obra de arte envelopando o interior do estádio. Coisa inédita para uma arena de futebol”, destaca. Detectando o câncer //Por Sílvia Melo A esperança para a cura do câncer pode vir do trabalho da pesquisadora brasiliense Priscila M. Kosaka, de 34 anos, que desenvolveu um nanosensor para detecção precoce da doença. Bacharel em Química pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Química pela Universidade de São Paulo (USP), Priscila mora há seis anos em Madri, onde desenvolve suas pesquisas no Laboratório de Bionanomecânica do Instituto de Microelectrónica de Madrid (IMM-CSIC). “A técnica que desenvolvemos e os ensaios realizados em laboratório simulando uma amostra real permitiram alcançar um limite de detecção 10 milhões de vezes mais sensível do que os métodos atuais e uma taxa de erro de dois 22 em cada 10 mil ensaios”, destaca. A nova técnica vai proporcionar ao paciente um exame menos invasivo. “O câncer poderá ser detectado com um exame de sangue, como os que fazemos para check up todos os anos. Na verdade, se existe um histórico de câncer na família, o médico poderá pedir esses biomarcadores com o exame de sangue do checkup. Antes mesmo que apareça algum sintoma, a doença poderá ser detectada”, explica. Realizada profissionalmente, a jovem afirma que continuará trabalhando para que novos biomarcadores de câncer sejam descobertos e o diagnóstico precoce seja uma realidade em breve. “Trabalho com o que sempre sonhei”, afirma. Priscila Kosaka Pesquisadora REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Inovação em forma de sapatos Eunice Pinheiro Empresária e designer A necessidade de Eunice Pinheiro se movimentar, criar, experimentar e executar projetos fez com que se tornasse empresária e abrisse sua loja de sapatos – a Fulanitas de Tal. Formou-se em Jornalismo porque a profissão lhe permitia ser criativa. Mas a necessidade voltou e Eunice começou a desenhar sapatos. No início, eram sapatos com um ar retrô para ela e para as amigas. Depois, para as amigas das amigas. Sua primeira produção para venda tinha oito pares, vendidos rapidamente. Depois, começou a expor em feiras de moda de Brasília. A crescente procura por seus //Por Raíssa Lopes sapatos fez com que abrisse um ponto fixo de comercialização. Localizada na 405 Norte, a loja tem nome tirado de um bar de meninas, no bairro de Chueca, em Madri, na Espanha, e oferece sapatos para todos os gostos e não só mais retrô. Para o futuro, Eunice quer fortalecer a marca e expandir, mas sem nunca deixar de criar e inovar. Um de seus alvos é oferecer produtos com design e qualidade para a classe C. Atualmente estuda um pouco mais sobre os pés dos homens e desenvolve uma coleção masculina para uma marca paralela que criou - a Pepe, por Dios. //Sua Excelência, o gerente À frente do Nazo Sushi Bar, na 214 Norte, há um ano, o cearence Antonio Francinaldo Silva Dumont, de 36 anos, veio para Brasília em 1997 em busca de novas oportunidades. Com experiência de 17 anos na área comercial, exerceu diversos cargos como auxiliar de cozinha e de garçom, copeiro, garçom e mâitre, até chegar à gerência de um dos restaurantes de culinária japonesa que aos poucos vem conquistando cada vez mais clientes. França, como é conhecido, está há 2 anos e meio no Nazo. Entrou como mâitre e hoje coordena uma equipe formada por 30 pessoas. Qual seu papel no restaurante? Organizar a casa, solucionar problemas e coordenar a equipe para que tudo funcione perfeitamente. O que é preciso fazer para ter sucesso na área gerencial? Trabalhar com seriedade e ter bom relacionamento com os funcionários, respeitando-os, independentemente do cargo que ocupa. Qual o segredo do bom atendimento? O bom atendimento é essencial para qualquer negócio prosperar. Não adianta você entrar em um restaurante com uma excelente comida se o atendimento for ruim. O cliente não volta. Então nas reuniões que faço com a equipe, peço para eles pensarem como gostariam de ser atendidos. Eles têm que se colocar no lugar dos clientes. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Antonio Dumont do Nazo Sushi Bar 23 comportamento Grafite em sintonia com o comércio //Raíssa Lopes É crescente o número de artistas que fazem parceria com os comerciantes para pintar muros e fachadas de lojas B rasília era considerada uma cidade cinza por muitos devido à quantidade de concreto usado em seus prédios, ruas e monumentos. Mas o grafite - inscrições artísticas gravadas sobre diferentes superfícies – tem ganhado cada vez mais espaço e colorido nas ruas de todo o DF. “Há uns cinco anos, por conta da internet, o grafite teve um boom e apareceu em novela, clipes, propagandas, em todo tipo de mídia”, conta Thales Fernando, artista do grafite conhecido como Pomb. O comércio já percebeu o apelo que a arte tem com o público, principalmente o mais jovem, e vem contratando os artistas para pintarem paredes, muros e fachadas. “Muitos comerciantes procuram o grafite como forma de comunicação ou de decoração do ambiente. Ter um trabalho assinado por um artista agrega valor à marca, ao estabelecimento”, diz o artista de grafite Daniel Bezerra, o Toys. Há retorno para os dois lados. “É um ganho mútuo. A empresa ganha um ambiente bonito e original, enquanto o artista tem a oportunidade de expor seu trabalho”, acredita a artista Camilla Santos, a Siren. Cristiano Costa A loja de calçados Agittus entendeu esse apelo e lançou, este ano, a campanha multiplataforma com o conceito “A Rua Pede Moda, A Rua Pede Agittus”. De acordo com a agência responsável pela campanha, Settegraal, a arte de rua foi usada para mostrar a força da marca e que ela está em todos os lugares. As citações à marca nas redes sociais tiveram um incremento de 17%, e as vendas dos produtos anunciados durante a campanha cresceram em 20%. 24 José Gonçalves Brito é proprietário de uma banca de jornal na quadra 106 Norte, da Asa Norte. Pouco antes do Mundial de Futebol deste ano, teve a ideia de grafitar figuras sobre o evento em sua banca. “Os clientes elogiaram e aprovaram a ideia e decidi desenhar na única parede que ainda estava branca”, conta. A ação também fez com que as pichações diminuíssem no estabelecimento. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Toys Publicitário, designer e artista com base na street art, Daniel Bezerra, mais conhecido como Toys, vive da arte do grafite há nove anos, mas há três começou a levar a sério e encarar como um trabalho, um caminho profissional que podia ser mais bem remunerado. A relação grafite-comércio é cada vez mais forte no DF. “As mídias sociais facilitaram a comunicação entre o artista e o comerciante, o que fez com que a demanda de trabalhos aumentasse”, conta. Quem procura seu trabalho tem variados propósitos e evitar a pichação no estabelecimento é um deles. “Percebo também que muitos comerciantes procuram o grafite como forma de comunicação ou como decoração do ambiente. Ter um trabalho assinado por um artista agrega valor ao esta- belecimento”, diz. Toys já pintou paredes em diversos lugares do mundo. Em novembro, esteve em Buenos Aires, onde fez alguns painéis com artistas da cidade e participou de outros projetos também ligados à arte. “Geralmente sou procurado por estabelecimentos jovens, com pegada mais alternati- va, como bares, restaurantes, pubs, escritórios de design, agências de publicidade”, conta. Ele acredita que há ganho tanto para o comerciante, quanto para o artista. “É muito gratificante ter seu trabalho reconhecido e quando há retorno financeiro e o artista pode viver do que gosta, é melhor ainda”, completa. o grafite como uma de suas vertentes. “A arte tem ganhado cada vez mais espaço. A sociedade já percebeu que grafite não é só vandalismo, que tem potencial e é uma linguagem contemporânea. Galerias de arte abriram espaço para artistas de rua e alguns ficaram famosos, como Os Gêmeos”, afirma Fokker. O artista conta que geralmente é contratado para pintar painéis em shows e outros eventos culturais. O último foi o Viva Cultural, realizado no Estacionamento dos Correios, localizado no Setor Comercial Sul. “O grande ganho em participar de eventos assim é poder perpetuar um pouco mais a cultura do grafite. Ter o trabalho reconhecido é muito bom”, conta. Para Anderson, quem contrata ganha uma arte exclusiva, já que o grafite quase nunca é repetido, além de agradar a clientela. “Há pessoas que contratam por achar que o grafite é solução para a pichação, mas não concordo com isso 100%. Já tive grafite pichado. Há pichadores que reconhecem o grafite como arte de rua e respeitam, mas outros não. Um não é antídoto para outro”, completa. Cristiano Costa Fokker O publicitário e ilustrador da Revista Fecomércio-DF, Anderson Ribeiro, o Fokker, trabalha com grafite desde 2000, quando foi convidado para fazer parte do DF Zulu – grupo pioneiro de Hip Hop no DF, que tem REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 25 Yong Hugo Willians, o Yong, é artista, ilustrador e designer, faz grafite há nove anos, mas somente há seis começou a ver a arte como trabalho. Para ele, a internet ajudou a popularizar o grafite em Brasília, consequentemente, atraiu o interesse de comerciantes pelos desenhos. “A busca cresceu, mas ainda não é comum. Alguns dos que procuram, realmente gostam da arte. Outros querem estar vinculados à tendência para atrair o público”, afirma. Yong conta que geralmente é contratado por estabelecimentos com público jovem, alternativo e ligado à arte e à cultura. Mas, também, já pintou paredes de locais refinados que queriam modernizar seus ambientes. Recentemente, foi convidado por um hostel de Buenos Aires para decorar algumas paredes do lugar. Para Yong, há diversos ganhos para o artista contratado por um estabelecimento para pintar uma ou mais paredes. “O retorno vai desde a divulgação de ter o trabalho exposto em um ambiente muito frequentado, até a satisfação pessoal de atingir um lugar renomado”. Ele acredita que o comércio ganha a atenção e respeito do público por ter sua marca ligada à cultura e à arte. “Além de ganhar uma superdecoração, o retorno financeiro existe quando se trabalha profissionalmente. O valor depende do reconhecimento e principalmente do artista”, completa. Pomb Conhecido no meio do grafite como Pomb, Thales Fernando teve seu primeiro contato com a arte em 2002. Ele acredita que o interesse dos comerciantes pela arte é rejuvenescer o estabelecimento. “Trabalhei com marcas de café, com murais que deveriam ter temática relacionada e com agências de publicidade”, conta. Para Pomb, o artista ganha uma vitrine para seu trabalho e o comércio ganha com mais criatividade com uma publicidade menos formal. “Há retorno financeiro, pois estamos prestando um serviço”, completa. Sangeon O artista visual Pedro Sangeon trabalha com intervenção urbana desde 2002, mas começou na arte do grafite há dois anos. “Considero-me um iniciante”, conta. Sangeon acredita que o mercado tem ganhado impulso e “pode movimentar o cenário, conforme as pessoas vão educando o próprio olhar e conhecendo mais da importância e qualidade do grafite feito na rua”. Ele conta que já foi contratado para pintar paredes de agências de publicidade, estúdios de fotografia, escritórios de arquitetura e, também, por particulares. Segundo ele, o pedido, normalmente, é para realizar uma obra autoral, em que tem liberdade para criar. “Quando me contratam pelo meu trabalho autoral, tudo fica mais fácil. Tenho a sorte de poder criar meus próprios painéis. Às vezes recebo convites para pintar um tema específico. Se me interessar, faço com o mesmo prazer”. 26 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Raphael Carmona Siren Camilla Santos tem apenas 17 anos e já se destaca no mercado local. Conhecida no meio artístico como Siren, grafita desde 2013 e faz parte do Coletivo Adventures. “Tivemos clientes bem diferenciados como o Velvet Pub, a Redbull, a Pizzaria Nova Mania, e alguns colégios. Isso mostra que qualquer empresa pode ter um pouco de arte urbana em estabelecimentos de trabalho”, conta. Ela acredita que a arte do grafite aproxima o cliente da empresa por dar um ar urbano e original ao local. “É um ganho mútuo. A empresa ganha um ambiente bonito e original, enquanto o artista tem a oportunidade de expor seu trabalho”, completa. O que diz a legislação Grafite e pichação não são a mesma coisa. Assinar e desenhar em patrimônio público ou privado sem autorização prévia é crime e a pena de detenção, de três meses a um ano e multa. Já o grafite como arte é protegido pela Lei 9.605/98, que afirma que “não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das condutas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Conheça o trabalho de alguns dos artistas de grafite da cidade no Facebook: Toys:/toysdaniel Fokker:/zulufokker Yong:/yongattack Siren: /sirenarte Pomb: /pomb.thales Pedro Sangeon: /pedrosangeon 27 //economia A hora e a vez da infraestrutura O governo Dilma se prepara para os ajustes de 2015, mas teve de enfrentar dois entulhos da primeira gestão. Um foi a mudança do indexador das dívidas renegociadas com os estados e municípios, justa, mas aprovada em uma hora ruim. O outro foi o descumprimento da meta fiscal de 2014, que há muito era óbvio, mas precisava ser comunicado formalmente ao Congresso Nacional. Para evitar o embate com a oposição, adotou mais uma solução “criativa”, que implica o seguinte: “Qualquer que seja o número, cumpriu-se a meta”. O pior é a mensagem implícita de que a meta de 2015 pode merecer o mesmo tratamento. Os mercados ficaram obviamente inquietos. A movimentação de Lula e os artigos do conselheiro-mor Delfim Netto dos últimos dias refletem, contudo, a crescente percepção de que o modelo econômico adotado pelos últimos governos é inconsistente e está esgotado. Isso explica, em grande medida, a baixa da taxa de investimento e do crescimento da indústria, além da queda do PIB, levando, ao final, à crise fiscal que vivemos no momento. O modelo se esgotou porque as alavancas dos gastos públicos correntes, do crédito, da massa salarial e dos controles de tarifas perderam a força inicial, e porque, além do mais, a operação do modelo leva à apreciação cambial e à destruição da indústria. Outra forma de mostrar a apreciação cambial é acompanhar o forte crescimento dos preços de serviços em relação aos dos produtos industrializados, contidos pela onda de produtos importados baratos pro28 O governo deverá substituir o modelo voltado para o consumo por outro, baseado na expansão do investimento privado em infraestrutura venientes da Ásia. As contas públicas foram atingidas em duas portas de entrada: a do maior gasto com subsídios, associados à baixa dos preços de energia elétrica e dos empréstimos mais baratos do BNDES, e a do tombo no crescimento da arrecadação. Hoje, em bases anuais, a despesa cresce a uma taxa real sete vezes maior que a da receita, algo insustentável. O governo não tem escolha: deverá substituir o modelo voltado para o consumo por outro, baseado na expansão do investimento privado em infraestrutura, prioridade óbvia, e no qual o crescimento do PIB será maior pelos ganhos de produtividade que esses investimentos disseminam. Dessa forma, não perderá o “grau de investimento” tão duramente conquistado, nem será atingido por tudo de ruim que isso implica. Delfim e Lula explicaram claramente a situação a Dilma e sugeriram o nome de Henrique Meireles para o Ministério da Fazenda, escolha certa para conduzir a desafinada orquestra econômica governamental. Cristiano Costa Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. //agenda fiscal Atenção aos eventos trabalhistas no e-Social N este artigo vamos tratar do arquivo denominado “Eventos Trabalhistas” e será transmitido à medida que ocorrerem os fatos, observando os prazos legais. A admissão deverá ser informada antes do início das atividades laborais e o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência (art.109 Decreto 2.173/97). Outros prazos complexos estão relacionados com o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO/PCMSO), que são: a) Admissional: data do atestado anterior à admissão; b) Periódico: observar a previsão na NR7; c) Retorno ao Trabalho: no primeiro dia da volta ao trabalho, exigível para ausência em prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, ocupacional ou não, ou licença maternidade; d) Mudança de Função: antes da data da mudança de função, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição a agentes nocivos daquele a que estava exposto; e) Demissional: observar grau de risco definido no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ou até o dia seguinte ao da demissão. O Aviso Prévio de Férias, sempre por escrito, é o último prazo que precisamos destacar (art. 135 da CLT) que é de, no mínimo, 30 (trinta) dias de antecedência. Fiquem atentos, não dá para esperar! Joel Rodrigues Adriano Marrocos Contador da Fecomércio e do IFPD e presidente do CRC/DF Calendário – De 15 a 30/12/2014 O QUE e QUANDO pagar? 15/12 19/12 22/12 24/12 30/12 COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/11/2014. Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 11/2014. Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 11/2014. Data limite para pagamento da 2ª parcela do 13º Salário. Contribuição Previdenciária (empregadores, inclusive empregador doméstico) referente do 13º Salário. Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente à 11/2014. SIMPLES NACIONAL referente a 11/2014. ISS e ICMS referentes a 11/2014 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). PIS e COFINS referente a 11/2014. Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 11/2014. 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2014 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. Recolhimento do Carnê Leão referente à 11/2014. IRPJ e CSLL referente a 11/2014, por estimativa. COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/12/2014. Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUE e QUANDO entregar? 12/12 19/12 30/12 Várias 30 Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF referente a 10/2014. Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF referente a 10/2014. Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente à 11/2014. Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente a 11/2014: observar Portaria/SEFP nº 398 (09/10/2009). REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //empresário do mês Empreendedora nata //Por Sílvia Melo Cristiano Costa Carla Gomes abriu uma empresa com R$ 500 e, em cinco anos, o empreendimento está avaliado em R$ 500 mil D esde criança, a publicitária Carla Gomes, de 38 anos, rascunhava em papéis projetos de empresas e ficava sonhando com o próprio negócio. Começou a trabalhar aos 14 anos, dando aulas de Matemática para pessoas que queriam passar em concursos. Aos 15, começou a fazer limpeza de pele e maquiagem para aumentar a renda. Formada em Publicidade, Tecnólogo em Estética e também em Administração, transformou, em cinco anos, os R$ 500 que pegou emprestado da mãe para abrir a própria empresa em R$ 500 mil. Com muita determinação, coragem e espírito empreendedor, ela inaugurou, em 2009, em Ceilândia, o Espaço Bela Mulher – Centro Especializado em Estética. “Detectei uma oportunidade ao perceber que o serviço de estética é elitizado. Pensei em democratizar para dar acesso a todos”, afirma. Da ideia de criação da empresa à realização do sonho, o caminho não foi fácil. Até diagnóstico de câncer de tireoide junto com uma gravidez ela teve que enfrentar. “Não me deixei abalar, pois sabia que tinha que cuidar de muita gente ainda”, diz. O rascunho de sua empresa surgiu quando ainda fazia faculdade de Administração, em 2006. “Fiz um plano de negócio de uma empresa de estética para apresentar como trabalho na faculdade. Só o tirei da gaveta quando saí, por problemas de saúde, de uma multinacional onde trabalhava. Estava sem dinheiro, operada e sem emprego. Tinha que mudar minha realidade”, afirma. Em sua residência, aproveitou um quarto vago e montou uma cabine para massagens. “Como fiz cirurgia nos dois braços, não podia fazer massagem. Então convidei minha vizinha esteticista, para ser minha sócia e surgiu a empresa”, conta. O capital inicial foi de R$ 500, que ela pediu emprestado para a mãe. Como não era suficiente para comprar o material utilizado nas massagens, ela investiu primeiro em publicidade. “Fiz folders e distribuí em pontos que podia encontrar clientes, como academias, na rua e clínicas médicas. Em uma semana, já havia dez clientes e o espaço começou a ficar pequeno”, explica. “Sempre trabalhei com um preço médio, mais barato que o das outras clínicas, mas numa margem que não me dê prejuízo”, destaca. A maca para a massagem foi emprestada pela mãe de uma amiga e os cremes, mais caros e que traziam resultados mais REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 rápidos, foram comprados a prazo. Ela ia pagando com as sessões de massagens agendadas. “Tudo que entrava eu reinvestia em materiais e aparelhos”, diz. Com o aumento da clientela, que também fazia propaganda boca a boca, ela mudou de espaço pelo menos umas três vezes. Saiu da residência e foi para uma loja alugada de 20m². Depois foi para uma de 50m² e, finalmente, achou o espaço ideal, onde hoje está localizado seu centro de estética, de 150m². A partir da segunda mudança, começou a contratar colaboradores, como recepcionista, esteticistas, massagistas, entre outros profissionais. Carla já recebeu diversos prêmios, como o Mulher de Negócios e o MPE Brasil, ambos do Sebrae, e foi contactada por um escritor para fazer sua autobiografia, com o objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino. Também já recebeu propostas de franquias e explica o que faz as pessoas saírem de outras cidades para procurar sua empresa na Ceilândia. “Gestão, qualidade, bom atendimento e profissionais qualificados são o segredo”, diz. 31 capacitação Fotos: Raphael Carmona Unidade exclusiva de Gastronomia é inaugurada Presidente Adelmir Santana ao lado de alunos da nova unidade de gastronomia // Por Luciana Corrêa Novas instalações contam com laboratórios de última geração, com capacidade para receber mais de 220 alunos diariamente C @senacdf /senacdistritofederal 32 om presença de autoridades, servidores e convidados, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) inaugurou no dia 18 de novembro a Unidade de Gastronomia, localizada na Quadra 5 do Setor Comercial Sul. A cerimônia reuniu cerca de 250 pessoas, que puderam conhecer os cinco laboratórios do espaço e degustar a produção feita por alunos e ex-alunos dos cursos de Padeiro, Salgadeiro, Confeiteiro, Sushiman, Auxiliar de Cozinha e Pizzaiolo. O presidente do Senac-DF, Adelmir Santana, destacou a importância da criação da unidade e a neces- sidade do mercado de Gastronomia em receber profissionais com qualidade. “Nessas instalações, temos laboratórios de última geração direcionados para que profissionais aqui formados supram as necessidades do mercado. Sabemos que ainda é pouco, mas certamente estamos cumprindo com o nosso dever. Desde sempre, o Senac se faz extremamente presente de forma efetiva na formação na área de gastronomia do DF”, completa. Compareceram à inauguração o vice-presidente da Fecomércio-DF, Miguel Setembrino; o 2º vice-presidente, Francisco Maia; e o vice-pre- REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 sidente Financeiro, Paolo Piacesi. Também estiveram presentes o diretor Regional do Senac-MG, Luciano de Assis Fagundes; o presidente da Fecomércio-AL, Wilton Malta de Almeida; o vice-presidente José Gilton Pereira Lima; o diretor de Unidades Especializadas do Departamento Nacional do Senac, José Carlos Cirilo; e a embaixatriz da Eslováquia, Zsuzsanna Ciganova. O Senac atua no DF há 47 anos e há 12 forma profissionais na área de gastronomia. A Unidade de Gastronomia funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h30, com capacidade para receber mais de 220 alunos diariamente, em diferentes cursos nos períodos da manhã, tarde e noite. Veja na tabela os cursos com cargas horárias de 40 a 500 horas que iniciarão em janeiro. Mais informações sobre a unidade e inscrições pelo portal (www.senacdf. com.br) ou Tele-Senac: 3313.8877. //Professores renomados Segundo a gerente da nova unidade, Eva Batista, a qualidade da capacitação dos alunos é garantida pela formação dos professores e também pelas premiações conquistadas por eles. “Três docentes do Senac conquistaram o exclusivo prêmio ProChef, conferido pela faculdade de culinária premier mais conceituada do mundo, o Culinary Institute of America (CIA). São eles: Ana Carolina Gregório do Amaral, Ana Paula Sabbag Amaral Batista e Joseny Juvito de Souza”, contou. Além desses, outros professores também possuem capacitação internacional e especializada. Com formação internacional, Ana Paula Sabbag Amaral Batista fez cursos de cozinha internacional e confeiteiro profissional na Argentina e outros na França. A professora Barbara Frazão de Aguiar também se capacitou na Argentina. Os professores Ana Paula Caetano Jacques, de Gastronomia, e Edil Reis de Andrade, de Turismo, fizeram mestrado em suas respectivas áreas. Além deles, a instituição tem um docente sommelier, Antônio de Souza Farias. Presidente Adelmir Santana inaugura unidade de gastronomia do SCS Adelmir Santana e o vice-presidente da Fecomércio, Miguel Setembrino O diretor do Senac Luiz Otávio falou da importância da nova unidade Adelmir Santana visitou as instalações dos novos laboratórios Curso Período previsto Horário previsto Atendente de Lanchonete 200h (gratuito) 26/01 a 10/04 13h30 às 17h30 Confeiteiro – 300h 12/01 a 06/05 12/01 a 06/05 7h30 às 11h30 13h30 às 17h30 12/01 a 06/05 18h30 às 22h30 12/01 a 06/05 12/01 a 06/05 09/02 a 04/06 12/01 a 17/07 12/01 a 17/07 12/01 a 17/07 7h30 às 11h30 13h30 às 17h30 18h30 às 22h30 7h30 às 11h30 13h30 às 17h30 18h30 às 22h30 26/01 a 29/04 7h30 às 11h30 26/01 a 29/04 18h30 às 22h30 Pizzaiolo – 200h 26/01 a 10/04 18h30 às 22h30 Salgadeiro – 240h 19/01 a 17/04 7h30 às 11h30 Sushiman – 200h 26/01 a 10/04 7h30 às 11h30 Padeiro - 300h Cozinheiro - 500h Garçom - 250h Agente de Alimentação Escolar – 200h 26/01 a 10/04 18h30 às 22h30 Organizador de Eventos – 200h 26/01 a 10/04 7h30 às 11h30 Recepcionista Em Meios de Hospedagem – 200h 26/01 a 10/04 13h30 às 17h30 Recepcionista de Eventos – 200h 26/01 a 10/04 18h30 às 22h30 Camareira em Meios de Hospedagem – 200h – Incluindo Prática Supervisionada 26/01 a 10/04 26/01 a 10/04 26/01 a 10/04 7h30 às 11h30 13h30 às 17h30 18h30 às 22h30 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 33 capa Comece 2015 com o pé direito //Por Sacha Bourdette Controle das finanças e planejamento garantem um consumo saudável e a realização de sonhos T odo o fim de ano é a mesma coisa, as pessoas fazem promessas e um balanço do que foi bom e ruim, seja uma dieta que não foi seguida ou um sonho concretizado. É a época também de receber a tão esperada Gratificação Natalina, conhecida popularmente como 13º salário. São compras de Natal, viagens, lista de material escolar e , claro, impostos como IPTU e IPVA que surgem com a virada do ano. Mas com tantos gastos, o bom senso e o equilíbrio entre as receitas e despesas devem entrar em cena. É o momento de tentar sanar a vida financeira para que haja um ciclo saudável para o mercado. De acordo com a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, aponta que o número de famílias com algum tipo de dívida entre cartão de crédito, cheque especial, financiamentos, empréstimos e carnês é de mais de 598 mil (80,8%). Já os inadimplentes, ou seja, os que possuem algum tipo de conta em atraso somam mais de 64 mil (8,7%). Paralelamente a esse ce- 34 nário, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) aponta que apenas 32% das famílias se preocupam em poupar. O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, faz um panorama da economia local. “Brasília tem a maior renda per capita do Brasil, a melhor qualidade de vida, mas a pior distribuição de renda e o maior número de endividados em relação ao resto do País. Entretanto, no caso do DF é preciso considerar que há um número maior de servidores públicos. O segmento influencia nas disparidades dos resultados das pesquisas, pois mais de 55% do PIB vem desse setor”, ressalta. Para o presidente, os números indicam que há uma facilidade no crédito ligada a uma falta de controle das finanças pessoais. “Existe uma segurança na concessão de crédito por se tratar de servidores públicos combinada com o não planejamento, que é o grande responsável pelas dívidas. O 13º salário também não é um motivo de grande alegria para o comércio este ano. Portanto, é preciso colocar na ponta do lápis as despesas para que seja possível ter dinheiro para pagamento à vista, e poder de compra e negociação”, avaliou. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //Orçamento planejado A verdade é que não existe milagre pra você quitar uma dívida. De acordo com a economista Damares Dias Gonzalez, é fundamental, entretanto, mensurar todos os gastos ao longo de um ano. Uma dica é fazer uma planilha de despesas mensais e anuais. É importante colocar na tabela tudo o que você compra ao longo do mês, do cafezinho às dívidas grandes. “Dessa maneira, é possível saber quanto sobra. Aconselho incluir os gastos fixos, ou seja, os impostos, o seguro do carro, alimentação, contas de água e luz, para não comprometer essas despesas. O objetivo é poder fazer uma projeção. Na planilha é onde você consegue enxergar o que você pode abrir mão e o que pode reduzir ou eliminar”, explicou. A economista sugere como otimizar os gastos e com isso poder consumir com mais tranquilidade. “O 13º salário, uma parte das férias ou a restituição do Imposto de Renda podem ser opções para equilibrar e aliviar as finanças. Você tem que viver de acordo com aquilo que ganha, mas para obter um carro ou casa, por exemplo, talvez seja necessário fazer prestações. Assim, buscar as menores taxas e negociar com o banco e operadora do cartão de crédito podem ser alternativas para eliminar as dívidas. Defendo que haja uma qualidade de vida e que se reflita no orçamento. É preciso que exista um consumo saudável”, aconselha. //Novos hábitos A falta de planejamento financeiro fez com que o servidor público, Hugo De Marco Fernandes, mudasse a maneira de organizar as despesas. “Até 2013 sempre fui muito desregrado, eu trabalhava muito na base do ‘achismo’. Começava um mês e não tinha controle e só olhava o que eu tinha de saldo. Fotos: Raphael Carmona Com isso, virou uma bola de neve e de repente não conseguia mais pagar a fatura do cartão de crédito. Então comecei a pegar empréstimos consignados para pagar a fatura. Chegou um momento em que eu tinha três empréstimos e cada vez recebendo menos do meu salário. A partir desse momento decidi que precisava me planejar”, contextualizou. Hugo montou uma planilha em que é possível visualizar todas as receitas e despesas. Ele garante que a tabela foi o ponto da virada. “Comecei a me controlar melhor porque também sou um pouco impulsivo e o bom é que com a planilha eu tenho que atingir as metas do mês. Com isso, consegui quitar os três empréstimos e cada vez que sumia um, era como se fosse um aumento no meu salário. Encaro que é uma mudança de comportamento”, revelou. Depois do controle financeiro, ele já se sente mais seguro para planejar viagens. “Estou me planejando para ir para a Europa em 2016. Hoje consigo juntar, guardar e ainda gastar com o que eu quero”, comemorou. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //Sintonia financeira Para os recém-casados e bancários, Elaine Rampinelli e André Costa Mauro, dar um passo de cada vez os ajudou a concretizar muitos sonhos. “Como esse ano foi de muitos gastos e realizações pessoais, talvez se não tivéssemos nos organizado, o momento de felicidade poderia ter se tornado aterrorizante. Mas conseguimos iniciar uma construção na casa, fazer a festa do casamento e uma viagem ao exterior”, revelou Elaine. O economista e bancário, André, coloca os gastos em uma planilha e prevê as despesas futuras. “Eu procuro programar tudo e busco as melhores condições de pagamento. Tento fazer com que o dinheiro renda mais. Para a obra da casa, fiz três orçamentos. Estamos no fim da construção e o acabamento é o que mais gera custo. Então como já estava acabando a nossa reserva para a obra, resolvi fazer um empréstimo com a taxa mais baixa possível de juros. Além disso, estou contando com a minha gratificação que virá em março e ajudará a aliviar o investimento que fizemos em nossa casa”, relatou. 35 Aula de Educação Financeira para os alunos da EduSesc, em Ceilândia Por dentro do Sistema Com o objetivo de conscientizar os alunos para o consumo consciente, a escola do Sesc, a EduSesc, inseriu neste ano a disciplina Educação Financeira. Para a diretora pedagógica da EduSesc, localizada em Ceilândia, Andréa Moura André, a iniciativa apresenta de maneira didática atividades que estimulam a educação financeira desde a infância. “É uma preocupação da EduSesc formar crianças com a consciência financeira. As turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental já discutem questões voltadas para o que eu ganho, o que estou gastando, o que eu posso economizar e como aproveitar melhor o dinheiro”, relatou. Andréa diz que a disciplina integra diversas atividades. Eles montam um cofrinho com as crianças. Juntaram moedinhas ao longo do ano e no final, fomos ao cinema. Cada um pagou e recebeu o troco da entrada. Foi uma maneira de mostrar o resultado da economia. 36 Durante as aulas, os estudantes ainda aprendem a fazer planilhas para acompanhar os gastos. “É uma tarefa interdisciplinar que consegue abranger história, geografia, língua portuguesa e matemática. O nosso objetivo é que as famílias das mais de 870 crianças da unidade também participem”, afirmou. Para a advogada e mãe da aluna Camilly, Luciane Leal, a nova proposta da EduSesc é muito importante, pois incentiva a poupar para algo. “Minha filha deixou de comprar balinhas para poder colocar no cofrinho. Ela prefere poupar a gastar com besteira. É uma responsabilidade muito grande. No supermercado, ela já me pergunta o valor das coisas. No meu aniversário, juntou R$ 20 para comprar um presente para mim’, contou orgulhosa. Para a pequena Camilly Leal, 8 anos, economizar significa pensar no futuro. “Quando economizamos, conseguimos comprar o que queremos. Tenho mesada e quando ganhei o meu cachorro aprendi a separar o dinheiro para comprar a ração, os remédios e o banho dele. O que sobra, eu guardo. Eu administro o dinheiro e já sei contar o troco”, contou animada. O técnico em Telecomunicação e pai da aluna Talita, de 9 anos, Douglas Saraiva, elogia a iniciativa da EduSesc. “Sempre tive a preocupação de ensinar a importância da economia. Quando minha filha nasceu, abrimos uma conta poupança para ela. Depois da disciplina começamos a explicar mais como funcionam as contas e a poupança. Ela entendeu até muito mais do que eu imaginava por influência da escola, um dia ela pegou o dinheiro que juntava no cofrinho e pediu que colocássemos no banco para ela”. “Eu estou gostando muito de poder aprender a economizar. A gente trabalha com dinheiro e até conseguimos ajudar os adultos. Eu já vejo os preços dos brinquedos e a qualidade deles”, contou Talita. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 “Sempre tive a preocupação de ensinar a importância da economia. Quando minha filha nasceu, abrimos uma conta poupança para ela. Depois da disciplina começamos a explicar mais como funcionam as contas e a poupança. Ela entendeu até muito mais do que eu imaginava por influência da escola, um dia ela pegou o dinheiro que juntava no cofrinho e pediu que colocássemos no banco para ela” Douglas Saraiva, técnico em Telecomunicação e pai da aluna Talita, de 9 anos REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //Família controlada Manter o controle diário das despesas é um dos desafios da servidora pública Marlene Rezende. Casada e mãe de dois filhos, ela tem a preocupação de conciliar os gastos e realizar investimentos. “É tudo controlado, quando vou ao supermercado pego promoções, não faço aquela compra do mês toda certinha, eu compro aquilo que estou precisando. Para as despesas fixas tenho muito controle para não faltar, como o dinheiro reservado para pagar o plano de saúde, luz, água, telefone e prestação do carro. Tenho só um cartão de crédito, pago o valor total, pois os juros são altíssimos. Uso o necessário e não ultrapasso”, contou. Por ter dois filhos adolescentes, ela considera um desafio poder organizar o planejamento financeiro. “Eles sempre estudaram em colégio particular, e agora o mais velho vai começar a faculdade, por isso já pagamos a matrícula e estamos economizando para as próximas mensalidades. Já o meu marido passa até mal se tiver uma conta em atraso, as dívidas só levam ao estresse”, completou. Segundo Marlene, o valor do 13º foi para a reforma da casa. Ela revela como faz para economizar. “A obra foi toda planejada. Não faço poupança, eu fiz um consórcio familiar, são cotas que envolvem toda a família, em que cada um paga e em determinado mês uma pessoa resgata. Com isso, conseguimos viajar para Buenos Aires neste ano. Antes da viagem conversei com os meus filhos para que controlássemos os gastos. Quero continuar economizando para quando quiser trocar de carro ou viajar”, concluiu. 37 Perfil do consumidor Retentivo • Pondera na hora de consumir • Pensa antes de comprar • Prudente nas escolhas • Diferencia interesse de necessidade • Gosta de poupar • Controla os gastos • Tem situação financeira saudável Controlado //Consciente e emocional A psicóloga Lorena Torres Noronha explica como o descontrole financeiro pode estar associado a problemas pessoais. “Observa-se que a desorganização emocional acaba sendo externalizada. A pessoa emocionalmente instável pode abalar sua casa, trabalho, as relações afetivas e, é claro, a vida financeira também. Não é raro ver pessoas que iniciam um acompanhamento psicológico relatarem que a vida financeira melhorou. Quando estamos abalados emocionalmente, há uma tendência a buscarmos modos de compensação, ou seja, acabamos fazendo dívidas para tentar suprir uma falta de ordem afetiva e emocional”, avaliou. De acordo com Lorena, existem vários perfis de consumidores, contudo os mais evidentes são: retentivos, controlados, impulsivos e compulsivos. “Os retentivos tendem a evitar a aquisição ao máximo. Dentro desse grupo há aqueles que preferem produtos de baixo preço. Os consumidores controlados são aqueles que conseguem avaliar a necessidade de aquisição daquele bem, se o valor é adequado para a qualidade do objeto e se é o momento mais oportuno. Já os impulsivos não avaliam se realmente necessitam daquele objeto e/ou se têm condições de arcar com o valor da compra. Por fim, a compulsividade é um problema emocional, no qual a pessoa não consegue parar de fazer algo”, classificou. Lorena explica também a importância de ensinar noções de consumo para as crianças. É fundamental lembrar que as crianças não são apenas consumidoras indiretas. “Elas influenciam a compra da família, mas também são primárias, pois através de suas mesadas e dinheiro que ganham de presente, possuem poder econômico. Por isso, o controle e limites são necessários”, ponderou. 38 • Precavido • Compra com moderação sem passar dos limites • Reflete antes de gastar o seu dinheiro • São pessoas mais sensatas nas escolhas • Pensa no futuro • Economiza para realizar planos Impulsivos • Não pensa antes de comprar • Busca uma recompensa imediata • Tem prazer em conquistar um bem no momento em que encontra • Consome sem planejamento • Compra porque gostou • Geralmente se arrepende depois que gastou • Não consegue fazer reservas econômicas • Vive no limite Compulsivos • As compras são movidas pela emoção • Costuma “se dar” presente constantemente • Passa dos limites • Fica feliz ao consumir • Frustrado quando não pode comprar • Gasta sem pensar • Não consegue controlar o consumo • São pessoas mais ansiosas e estressadas entretenimento Bolachões em alta //Por Daniel Alcântara A venda de vinis conquista cada vez mais adeptos e movimenta as lojas do ramo que chegam a vender raridades por R$ 1 mil E ntra ano sai ano e os vinis sempre estão nas prateleiras das lojas especializadas em música de todo o mundo. Em franca ascensão, a procura por esse tipo de fonte de música só aumenta. Há casos de LPs raros que custam até R$ 1 mil. Mas, a média de preço é entre R$ 30 e R$ 70. A Polysom, única fábrica de discos da América Latina, sediada no Rio de Janeiro, anunciou no início do ano um aumento de 126% nas vendas dos Long Plays, resultado do extenso catálogo de discos que inclui Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Titãs, Legião Urbana, Ed Motta e bandas mais novas como Pitty, Cachorro Grande e até o funkeiro Naldo Benny. O professor de Áudiovisual e produtor de filmes e videoclipes, Alex Vidigal, é dono de uma coleção de mais de quatro mil vinis, todos escolhidos a dedo. O vinil é tão marcante na vida do professor que ele virou DJ em 2002. Atualmente, ele faz mixagem de músicas de vinis às quintas e aos sábados em um bar na Asa Norte. A música também faz parte do seu cotidiano como professor e produtor de filmes. “Na hora de fazer um filme, nem que seja institucional, eu me guio no roteiro a partir da música. Faço algumas pesquisas no meu acervo e o trabalho vai seguindo. A música sempre influencia tudo que eu faço. Se estou fazendo algo, sem- Alex Vidigal tem mais de 4 mil LPs em sua coleção: “todos, escolhidos a dedo”, confessa Fotos: Cristiano Costa 39 pre tem um disco tocando.” O brasiliense Fabrício Rosendo se considera um verdadeiro apaixonado por discos. Já perdeu a conta de quantos vinis ele tem em casa. Os gêneros que mais agradam o consumidor de vinis é a música brasileira alternativa, como Marku Ribas, Moacir Santos, João Donato, Dom Salvador, Di Melo, Milton Banana, Edison Machado, Jhonny Alf e Baden Powell. “Sempre gostei muito de música e esse interesse acaba indo para o lado do vinil também. O verdadeiro amante da música não despreza nenhum formato, pois também escuto muito MP3, CD, YouTube”, diz. Fabrício também aposta no crescimento do mercado de vinis em Brasília. “De uns anos para cá as lojas têm melhorado muito seus acervos. Acredito que o número de lojas tende a aumentar para acompanhar o crescimento do número de consumidores”, diz. A reportagem da Revista Fecomércio percorreu as principais lojas especializadas da cidade e a resposta dos empresários não foi diferente: todos acreditam que de cinco anos para cá a procura pelo produto aumentou, até pelo público jovem, que nasceu na época do CD. Eles creditam esse aquecimento à onda retrô que fez as antiguidades voltarem ao desejo de consumo. //Berlin Discos O proprietário da Berlin Discos, Reinaldo Freitas, vende os LPs há mais de 25 anos. Para ele, a indústria musical sofreu várias mudanças ao decorrer das décadas, mas o público continua cativo e apaixonado. “Atualmente, as pessoas querem algo tangível, com a melhor qualidade de som. Hoje, todo mundo baixa músicas pela internet. Tem gente com mais de duas mil músicas de mp3 no computador. Então, é aí que surge um novo consumidor, aquele que quer algo novo, uma coisa que eles 40 Reinaldo Freitas, proprietário da Berlin Discos possam mostrar para os colegas na escola, por exemplo”, diz Freitas. “Apesar de ser antigo, o LP é novidade para a garotada. Tenho muitos clientes de 14 e 15 anos que procuram clássicos da música para tirar uma onda com os amigos”. Com a popularização do CD no Brasil, na década de 1990, as pessoas começaram a abandonar os LP’s. De acordo com Freitas, tinha cliente que chegava à sua loja e deixava mais de mil vinis para trocar por CD. “Nessa época, as pessoas estavam em uma fase de transição. Teve um tempo que até parei de vender os vinis porque não tinha público. De uns anos para cá, entretanto, as vendas aumentaram muito e os vinis tomaram conta das lojas de discos, o que veio salvar esse segmento varejista.” //Dom Pedro Discos A caçula entre as lojas de vinis da cidade, a Dom Pedro, localizada na Asa Norte, tem dois anos de idade REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 e já é parada obrigatória para os devotos do bolachão que, por ventura, se encontrem perdidos atrás de raridades do metal, punk, jazz, reggae e lançamentos. O empresário Henrique Montenegro segue a mesma linha de pensamento do proprietário da Berlin Discos. Para Montenegro, cerca de 96% dos vinis que ele tem na loja disponíveis para venda podem ser encontrados na internet em três segundos. “O cliente está à procura de algo mais sofisticado, diferenciado. Por isso a venda tem aumentado gradativamente. A graça agora é ter o LP”, explica. “O interesse dos meus clientes é completar coleção, se ele não tem o disco, vai procurar até encontrar. Além disso, eles apostam que a qualidade sonora é melhor, mas isso não é importante para maioria das pessoas. Tem muita gente que desistiu, se arrependeu, volta aqui e fala: eu vendi meus discos e agora estou comprando tudo de novo.” //Modern Music Uma loja que é quase patrimônio cultural da capital é a Modern Music, que completará 25 anos em 2015. O estabelecimento nasceu como uma loja especializada em discos novos e importados e assim se mantém até hoje. Atualmente, o empresário Ale- xandre Trovão conta com um acervo de mais de mil LPs. Na loja, há títulos considerados raros, como os primeiros álbuns de Bossa Nova do Brasil. Outro exemplo é o álbum do Paêbirú lançado em 1975 por Lula Côrtes e Zé Ramalho. Segundo Trovão, o gênero mais procurado é o rock, estilo preferido dos clientes que vão à Modern Music. “Muitos títulos do passado estão sendo remasterizados para uma melhor audição. Os álbuns estão sendo relançados em todas as mídias e formatos possíveis. Se tem uma procura maior sempre vai ter uma maior produção”, diz. O empreendedor diz ainda que o maior desafio atualmente é desmistificar o vinil por boa parte da população que acha um absurdo pagar por discos. Além de vendedor, Alexandre também é apaixonado pelos bolachões. “Escuto vinis desde sempre. Cresci com eles, nunca deixei de comprá-los. Sempre foi a minha mídia predileta. É muito bom escutar aquele seu álbum preferido adorando a capa, lendo os detalhes da produção, admirando as fotos. Haverá sempre as pessoas para consumir músicas em diversas mídias. O vinil é apenas mais uma delas, a predileta para alguns, como é meu caso”, conta. // Musical Center A Musical Center Sebo de Discos é outro estabelecimento ponto de encontro de apaixonados por música. O comércio existe desde 1989 e trabalha com discos de todos os gêneros musicais. O estabelecimento conta com cerca de oito mil vinis e um estoque de mais de 15 mil discos. O dono do comércio, Paulo Moreira, diz que vende de 300 a 400 vinis mensais para a faixa etária que vai de crianças de 10 anos a adultos de 20 e 30 anos. Segundo ele, o mercado de vinil nunca vai acabar. “Sempre vai ter alguém que gosta de disco ou da cultura do vinil, até porque a qualidade dos LPs é bem superior”, diz. Outra característica marcante é a vida útil dos discos de vinil. Berlin Discos Ed. Miguel Badya, loja 63, Conic (3226-3106) Dom Pedro Discos 412 Norte, bloco C, loja 20 (8108-7071) Alexandre Trovão, da Modern Music: paixão pelos bolachões REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Musical Center Sebo de Discos 215 Norte, bloco C, loja 34 (3274-0763) Modern Music 107 Norte, bloco A, loja 35 (3349-6688) 41 mercado Raphael Carmona Tratamento diferenciado //Luciana Corrêa Lojas e profissionais especializados da cidade fazem com que ter um animal de estimação seja mais fácil para os proprietários Q uem tem um animal de estimação muitas vezes não mede gastos com produtos e serviços para os cuidados com o bichinho. E é claro que os empresários do mercado de pet shops perceberam esse interesse e começaram a colocar à disposição dos clientes produtos e serviços que vão além do banho/tosa. Esse crescimento é apontado em uma pesquisa feita pelo Instituto Pet Brasil (IPB), na qual o Brasil chega ao segundo lugar no ranking mundial do mercado de produtos e serviços, perdendo apenas para os Estados Unidos. Levantamento feito pelo instituto aponta que os gastos bási- 42 cos que os proprietários têm com seus animais de estimação variam com a escolha do pet. No caso dos cães, a média mensal pode chegar a R$ 315 para as raças de grande porte, incluindo idas ao veterinário para tosa, vacinas, além da ração e banho. Os cachorros de raças pequenas podem não ultrapassar R$ 133. Já os gatos podem chegar em média a R$ 84. Os roedores, peixes e aves são excelentes opções para não pesar no orçamento mensal, não passando de R$ 30. Em Brasília, o aumento do interesse pelos produtos e serviços extras fez com que o Kennel Club de Brasília, responsável pelo registro de cães de raça pura, criasse a REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 primeira feira de negócios de pets nacional, a Brasília Pet Show 2014, que ocorreu em novembro. Segundo o diretor-geral da feira, Leonir Bampi, foram reunidos mais de 120 estandes com petshops, canis e ONGs de proteção aos animais com as últimas novidades do mercado para todos os bolsos. Leonir destacou que a ação foi inovadora, pois possibilitou um contato maior entre empresários e sociedade interessada. “Pudemos mostrar principalmente as novidades do mercado, ampliar a divulgação e trocar informações sobre conscientização nos cuidados com os animais”, conclui. //Caminhada e babá Com a correria do mundo moderno, não é todo mundo que tem tempo suficiente para caminhar todos os dias com seu cão. Em Brasília, é possível contratar os serviços uma pessoa para buscar, passear com o cachorro e até pedir para ser babá do animal enquanto o dono viaja de férias. A dog walker e pet sitter Karina Okazaki descobriu que levava jeito com os animais e foi até São Paulo se capacitar para lançar seus serviços na cidade. No caso da caminhada, ela acontece sempre próxima à casa do cliente e é agendada por telefone. Ela busca o animal na residência e o devolve no mesmo local. De acordo com a exigência do dono, o passeio pode ser feito individual ou em grupo. “Minha maior preocupação é com a saúde e segurança do animal. Os passeios são voltados para a necessidade de cada cão”, explica. Um pacote mensal, com até cinco passeios por semana, de 30 minutos a uma hora, pode custar de R$ 60 a R$ 340. Se o dono viajar, pode solicitar o serviço de babá ao pet, para cão, gato, coelho, réptil ou ave. Karina vai até o local para alimentar, dar medicações ou simplesmente brincar. “Faço de domingo a domingo se necessário. E também faço pernoite na casa dos clientes se o animal não puder ficar sozinho”. //Psicologia e adestramento Ter alguém para passear e cuidar já é de grande ajuda, mas quando se trata do comportamento do cão no dia a dia, por exemplo, as dificuldades muitas vezes continuam. O comportamentalista canino, Renato Buani, afirma que existem técnicas e formas de ajudar na relação entre cães e donos. Ele está no mercado há sete anos, já atendeu mais de 1.200 casos e explica que é preciso seguir uma lógica que o cachorro consegue absorver e que a família conseguirá se adaptar. “Em 99% dos casos que atendemos até hoje, vamos até a casa do cliente, para levantar uma série de informações para adaptar melhor a realidade do animal e do dono”, explica. Com formação nacional e internacional, Renato segue sempre referências teóricas, utilizando a literatura científica sobre o assunto para obter os melhores resultados. Sua empresa, a PerfectDog, oferece adestramento com psicologia canina, que aborda filhotes a partir de quatro meses de idade, com encontros uma vez por semana, que podem durar de dois a três meses. Cada consulta custa aproximadamente R$150, variando de acordo com a localidade. Para quem se interessar em ter um companheiro e também um cão de guarda pessoal ou territorial (domiciliar), o treinamento passa a ser mais intensivo, com duração de quatro meses, no valor de R$ 800. Em alguns casos, o animal precisa ficar em semi-internato, de dois a oito meses, com um valor fixo de R$ 2.500. Além dos serviços de treinamento, a PerfectDog tem a escola canina, com creche e atividades de lazer, com funcionamento das 8h30 às 18h, para todas as idades. Também são oferecidos cursos de curta duração, com oito encontros, no valor de R$ 600. R$ 315 é a média mensal para se manter um cão de grande porte, incluindo tosa e banho, vacinas e ração //Cremação Perder um ente querido não é fácil. Quando o animal de estimação, que passa anos ao lado do REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 43 Dona de dois cães de pequeno porte, Thaís passou a pesquisar sobre alimentação natural para ajudá-los a superar problemas de saúde Thaís Souza Especialista em marmitas para cães Cristiano Costa dono, se vai, para muitos a dor da perda é a mesma. O cuidado existente durante a vida, o proprietário quer dar após a morte de seu animal. Em Brasília, uma das opções é a cremação. O único crematório com licença ambiental para o serviço em Brasília, o Paraíso Animal, oferece o serviço com uma atenção especial ao sofrimento de quem perdeu o bicho de estimação. O espaço possui uma capela para que os donos possam se despedir do animal e aguardar o procedimento da cremação. De acordo com Rafael Silva Lopes, funcionário do Paraíso Animal, é preciso apenas que o dono ligue para agendar um horário que eles fazem o traslado do animal de onde 44 estiver o corpo até o crematório. A pessoa pode acompanhar ou não o procedimento, que é totalmente filmado, garantindo cremação individual, a entrega das cinzas em urnas de madeira e um certificado da cremação. “O processo dura de 1h30 a 2 horas, em duas câmaras: uma para fazer as cinzas, e uma segunda que queima os gases gerados. Assim a taxa de emissão de poluentes é zero. Não atingimos o meio ambiente”, conta Rafael. O serviço varia de R$ 500 a R$ 1.800 e pode ser feito com animais de até 100kg. //Nutrição especial Um dono responsável e preocupado com a saúde do seu animal sabe que para que ele tenha uma vida longa, a alimentação é item essencial. Hoje, há ração para praticamente todas as espécies, com o equilíbrio necessário para cada organismo. Mas muitas vezes, somente a ração vendida no mercado não é suficiente para que o pet seja saudável. A dona de dois cães de pequeno porte, Thais Souza, passou a pesquisar sobre alimentação natural para ajudá-los a equilibrar crises de epilepsia, por exemplo. “Um deles tem esse problema e já está sem dar crise há dois anos. Tudo por ter passado a comer alimentos corretos”, conta aliviada. Com o resultado positivo, Thais criou a Theo&Leo, uma loja online especializada em marmitas, petiscos e festas de aniversário com alimentos naturais. A ideia é substituir a ração, com balanceamento nutricional correto para cada animal. No caso das marmitas, ela explica que não aceita encomendas sem prescrição veterinária. “Em Brasília ainda não tem uma especialista em nutrição, mas recomendo duas do Rio de Janeiro e São Paulo, que fazem receitas a distancia de acordo com a necessidade e perfil do animal”, explica. A alimentação terapêutica pode sair de R$ 150 a R$ 200, para um cão de 8kg, por exemplo. Para pets aniversariantes, há diversas opções de kits de festas, de R$ 5 a R$ 440. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 aconteceu Alunos recebem Prêmio Excelência Senac // Por Sílvia Melo Cristiano Costa Competição escolheu os melhores alunos do DF em três cursos da instituição O Senac promoveu, nos dias 13 e 14 de novembro, na unidade da 903 Sul, a primeira edição do Prêmio Excelência Senac-DF, que identificou os melhores alunos dos cursos de Garçom, Técnico em Enfermagem e Técnico em Nutrição, e premiou as unidades que se destacaram na categoria Painel de Integração e Maior Índice Técnico. Na competição, foram avaliados quatro alunos de cada curso participantes de provas que simularam ambientes reais de trabalho. A premiação foi dividida por categorias e os três primeiros colocados em cada curso receberam medalhas, certificados de participação e Ipads e tablets. O Prêmio Excelência Senac-DF é um projeto pedagógico de iniciativa do Departamento Regional do DF e teve o objetivo de desenvolver perfis profissionais compatíveis com a qualidade exigida pelo mundo do trabalho e da cidadania, nos níveis e modalidades oferecidas pelo Senac. Na cerimônia de encerramento, realizada no dia 14, no auditório da unidade, mais de 400 pessoas participaram, entre alunos, professores, servidores do Senac e convidados. O presidente do Conselho Regional do Senac-DF, Adelmir Santana, esteve presente e entregou as medalhas e prêmios aos alunos. Em seu discurso, destacou a importância da capacitação e do estudo. “Aquele que não estiver permanentemente focado no estudo não terá chances no mercado, que exige cada vez mais conhecimento. Não há emprego para todos, mas existem oportunidades. E só poderá aproveitar essas oportunidades aquele que estiver preparado, capacitado e sempre disposto a adquirir novos conhecimentos”, afirmou Adelmir. O projeto começou a ser pensado há um ano. “Em agosto, o colocamos em prática quando os alunos dos cursos escolhidos passaram a ser avaliados, restando quatro competidores do curso de Garçom, quatro de Enfermagem e quatro de Nutrição”, explica Murilo Alencar, supervisor pedagógico do Senac e um dos responsáveis pelo projeto. Além da competição entre os alunos, a programação do Prêmio Excelência contou com apresentação de painéis desenvolvidos pelos estudantes de todas as unidades do Senac e também com a Sala Zen, espaço para realização de massagens. Houve workshop sobre os três cursos que estavam competindo para demonstrar como trabalham os profissionais. //Vencedores Entre os competidores das ocupações participantes, ficaram em primeiro lugar, ganhando medalha de ouro e um Ipad, os alunos Francisco Vitalino (Garçom), Daniela Passaglia REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 (Enfermagem) e Ladjane Reiz (Nutrição). Os alunos classificados em segundo e terceiro lugar, além das medalhas de prata e bronze, ganharam tablets da Sansung. Todos os classificados receberam um Certificado de Excelência. Entre os medalhistas de ouro, aquele que obteve a maior pontuação deu à unidade em que está matriculado o certificado de Maior Índice Técnico. Neste caso, a premiação ficou para a unidade do Senac em Taguatinga por ter a competidora Ladjane Reiz, do curso Técnico em Nutrição, conquistado o índice técnico de 97%. Já o prêmio Excelência, na categoria Integração, ficou com a unidade Tecnologia do Turismo e Hospitalidade, por ter apresentado o melhor Painel de Integração. Com o título “A cozinha começa na feira: reconhecendo produtos e produtores”, o painel foi produzido por alunos do curso Auxiliar de Cozinha, com orientação das instrutoras Ana Carolina do Amaral e Ana Paula Jacques. @senacdf /senacdistritofederal 45 esporte Fotos: Cristiano Costa Destaque esportivo //Por Sacha Bourdette Em 2104, Sesc investiu nas academias com ampliação dos espaços e modernização das instalações O esporte foi um dos temas centrais de 2014. Com a Copa do Mundo, os olhos estiveram voltados para o segmento. No Sesc não foi diferente, ao longo do ano houve diversos eventos que reuniram atletas profissionais e toda a família nos ginásios, piscinas e quadras da instituição. Já nas academias de ginástica investiu-se mais de R$ 1 milhão com a revitalização dos espaços e com a compra de equipamentos. Segundo o coordenador da Divisão de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Carlos Augusto Carvalho, a instituição mantém uma preocupação constante no aprimoramento do serviço. No total, são oferecidas mais de 30 modalidades esportivas. O objetivo é proporcionar melhoria da qualidade de vida e estimular o desenvolvimento de futuros atletas. “Investimos para oferecer o que há de melhor no segmento a nossa clientela. Realizamos anualmente atividades que integram saúde, esporte e lazer, como o 25 Horas Nadando e a Copa Brasília de Futsal. O Sesc se preocupa em estimular o número de praticantes de edu46 cação física, além de ofertar nas academias diversas modalidades”, ressaltou. Mais de 20 mil alunos frequentam as academias do Sesc. Os espaços funcionam durante todo o ano para atender aos frequentadores a preços acessíveis. Além dos aparelhos de musculação e esteira, há local para a prática de aulas de ciclismo indoor, ginástica localizada, lutas esportivas, alongamento, ioga e pilates, entre outras. Além dos equipamentos e da infraestrutura, o Sesc conta com instrutores capacitados que oferecem atendimento personalizado. São mais de 130 instrutores e cerca de 40 estagiários para atender aos frequentadores dos espaços. A academia da unidade da 504 Sul foi recém-inaugurada e já mostra resultado em números. “Passamos por uma reforma estrutural que foi concluída em julho deste ano. Ganhamos uma nova ala de musculação que conta com vestiários e espaços para as avaliações físicas no térreo. Para as aulas de lutas e danças contamos com uma nova sala multifuncional. Temos também aulas de natação e hidro- ginástica. Outra novidade criada foi o pacote fitness que inclui musculação e treinamentos funcionais. Em quatro meses já tivemos um aumento de 50%, ou seja, mais de 500 alunos matriculados depois da reforma“, apontou a instrutora da academia da 504 Sul, Nena Aparecida José Luiz. A aposentada Maria dos Prazeres da Silva, de 70 anos, é uma das frequentadoras do local. Ela elogia a boa relação e o trabalho dos instrutores do Sesc. “A assistência que tenho é perfeita. Não dá nem para fazer os exercícios de maneira errada. Todos têm cuidado e educação comigo. De segunda a sexta-feira, na parte da manhã, faço musculação, ciclismo indoor, abdominal, hidroginástica e alongamento. Frequento com alegria o Sesc. Hoje posso dizer que minha qualidade de vida é muito melhor do que quando tinha 50 anos”, ressalta a frequentadora da unidade do Sesc na 504 Sul há dez anos. Para o empresário, Luiz Carlos Ferrari de Aquino, que se exercita na mesma unidade, a sua saúde melhorou depois que começou a frequentar a academia. “Entrei por REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 indicação médica e tive uma melhora considerável no meu joelho e em exames de saúde depois que comecei a malhar. Faço aula de alongamento, pilates e musculação. Estou muito satisfeito com o serviço do Sesc, os instrutores são simpáticos e atenciosos. É um custo-benefício poder malhar na 504 Sul, pois fica perto da área comercial e pago um preço acessível por ser comerciário”, revelou. O Sesc possui academias em oito unidades, são elas: Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra); Estação 504 Sul; 913 Sul; Gama, Guará; Ceilândia; Taguatinga Norte; e Taguatinga Sul. As academias funcionam de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h. Algumas unidades também abrem aos sábados. Além das academias, todos os serviços do Sesc estão disponíveis para toda a comunidade, basta possuir a carteirinha da instituição. //Diversidade esportiva O Sesc possui diversas modalidades esportivas para todos os gostos e idades. São mais de 30 tipos de esporte que incluem: aero jump, alongamento, futebol de areia, basquete, capoeira, caratê, ciclismo indoor, clube da caminhada, futebol society, futsal, ginástica laboral e localizada, handebol, hidroginástica, ioga, jiu-jitsu, judô, Kung-fu, muay thay, musculação, natação, pilates, tae-kwon-do, tai chi chuan, tênis, triathlon social e voleibol. No Sesc Ceilândia foram incorporadas as novas modalidades de zumba e de educação psicomotora no futsal, em que pai e filho fazem a aula juntos. Além disso, a instituição possui o Projeto Sesc Triathlon +, o Programa Esportivo Social do Sesc (Pesc) e o Sesc Olímpico, que investem na formação de futuros atletas profissionais por meio da prática de modalidades esportivas. O objetivo é descobrir novos talentos. O Sesc fornece todas as condições para os treinos. //Grandes eventos No primeiro semestre deste ano, o Sesc foi palco de grandes eventos esportivos. A Copa Brasília de Futsal reuniu 31 equipes de regiões administrativas do Distrito Federal. O evento foi uma parceria com a TV Globo Brasília. Logo em seguida, foi a vez do Sesc Triathlon, que reuniu mais de 490 atletas no Pontão do Lago Sul. O Sesc distribuiu de premiação aos primeiros colocados R$ 76 mil ao todo. Já em agosto, o mês mais seco do ano na capital, animou cerca de 800 atletas, que pularam na piscina do Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) para o revezamento 25 Horas Nadando. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //Serviço Sesc Presidente Dutra Tel.: 3319-4410 Sesc Taguatinga Norte Tel.: 3451-9103 Sesc Estação 504 Sul Tel.: 3217-9101 Sesc Ceilândia Tel.: 3379-9500 Sesc 913 Sul Tel.: 3445-4401 Sesc Gama Tel.: 3484-9100 Sesc Taguatinga Sul Tel.: 3451-3501 Sesc Guará Tel.: 3383-9101 @sescdf /sescdistritofederal 47 aprendizagem Jovens no mercado de trabalho // Por Sílvia Melo Com o Pronatec Aprendiz, micros e pequenos empresários poderão dar oportunidade para jovens conquistarem primeiro emprego A inclusão de jovens trabalhadores em situação de vulnerabilidade social na micro e pequena empresa é resultado de parceria entre os ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e Emprego e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Instituída pela Lei nº. 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº. 5.598/2005, a novidade lançada pelo Governo Federal recentemente é que o programa passa a permitir a contratação de jovens inscritos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) pelas micros e pequenas empresas. Serão contemplados adolescentes e jovens acima de 15 anos, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade social e matriculados na rede pública de ensino. O aprendiz será contratado com vínculo empregatício formal e receberá salário-mínimo hora da empresa, com expediente limitado entre 4 e 6 horas diárias. O credenciamento e certificação dos estudantes que serão encaminhados como aprendizes às micros e pequenas empresas serão custeados com recursos do programa federal. Da mesma forma que acontece nas médias e grandes empresas, o empregador deve assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional compatível com seu desenvolvimento e o programa terá duração de, no máximo, dois anos. Para aderir ao Pronatec Aprendiz, o micro e pequeno empresário interessado deverá acessar o site maisemprego.mte.gov.br e registrar o interesse em contratar um aprendiz. Ao aderir à Lei da Aprendizagem, empresários do Distrito Federal passam a contribuir para a redução do índice de desemprego na cidade. Isso acontece porque eles dão oportunidades a jovens entre 14 e 24 anos de exercerem uma profissão dentro de suas empresas, desenvolvendo e formando profissionais que poderão atuar em outras áreas, seguindo carreira na empresa. “Um dos objetivos do programa é dar a primeira oportunidade de emprego aos jovens”, afirma Lindomar Aparecida da Silva, coordenadora do Núcleo de Formação Inicial e Continuada do Senac-DF e responsável pelo programa de Aprendizagem na instituição. Segundo ela, por meio do programa, as empresas ganham um forte apoio para cumprir sua cota de aprendizes determinada pela Ministério do Trabalho e Emprego CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 48 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 legislação e contribuir com a formação profissional de jovens. De acordo com a legislação vigente, a cota de aprendizes para empresas de médio e grande porte é de 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional. “Atualmente o Senac-DF atende mais de 100 empresas de comércio, nos segmentos de supermercado, vendas, administração em serviços de saúde, lanchonetes, hotelaria e administrativo/pessoal”, destaca Lindomar. //Exemplos de parceria Há 10 anos, a rede de supermercados Supercei participa do programa de Aprendizagem. Os 86 jovens contratados trabalham nas 16 lojas da rede e fazem no Senac o curso Aprendizagem em Serviços de Supermercados. “Nos supermercados eles aprendem a empacotar compras, repor mercadorias, fazer precificação, expor produtos, entre outras atividades”, explica Tony Alves Pinto, diretor de Recursos Humanos do Supercei. “O projeto é bom porque tira os jovens da ociosidade ao mesmo tempo em que cumpre a parte social de capacitar para ter uma formação e estar inserido no mercado de trabalho”, afirma Tony. O Supercei seleciona os jovens que participam do programa e os encaminha para o Senac-DF, que oferece a capacitação. Normalmente são indicados por funcionários, amigos e vizinhos das lojas e possuem entre 14 e 17 anos. Além do salário previsto em lei, recebem vale-transporte e trabalham entre 3h30 e 4h por dia. Seguindo a tendência de outras empresas, o Supercei também contrata o jovem como funcionário da loja, quando termina o contrato de aprendizagem, se tiver apresentado bom desempenho. “É importante dar oportunidade e imputar sentimento de responsabilidade logo cedo. Desde que implantamos o programa, contratamos cerca de 60 a 70% dos jovens que se destacaram e mostraram interesse em continuar”, conclui. A empresa Juiz de Fora Serviços Gerais Ltda. participa do programa de Aprendizagem desde 2005 e, atualmente, possui dez aprendizes que trabalham como auxiliares administrativos. “Damos prioridade para os filhos dos nossos funcionários”, afirma Bárbara Lavall Reis, advogada responsável pela contratação dos menores. Além do salário estabelecido pela lei, a empresa fornece vale-alimentação no mesmo valor dos demais funcionários e vale-transporte. Os jovens passam uma semana no curso do Senac e uma semana na empresa. Se o menor aprendiz realizar um bom trabalho, a empresa poderá contratá-lo. “Já contratamos como funcionários quatro jovens que passaram pela Aprendizagem”, destaca Bárbara. //Como participar O jovem interessado em participar do programa de Aprendizagem deve procurar entidades responsáveis pela qualificação. No Instituto Fercomércio/DF, o candidato pode preencher uma ficha de inscrição e aguardar o surgimento de vagas. Ele deve ter entre 14 e 24 anos, além de estar cursando o ensino médio ou séries finais do ensino fundamental ou ainda que tenha concluído o ensino médio. Para a inscrição é necessário levar a identidade, o CPF e um comprovante de residência. Além de inscrever o jovem e encaminhá-lo para a seleção em empresas que solicitam menores aprendizes, o IF-DF oferece capacitação com os cursos de Auxiliar Administrativo e Comercial, Auxiliar de Serviços em Postos de Combustíveis, Auxiliar de Serviços Alimentícios, Auxiliar de Serviços de Farmácia/Balconista, Auxiliar de Serviços Hospitala- REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 res, Auxiliar de Serviços de Turismo e Hotelaria, Auxiliar de Serviços de Teleoperador, Auxiliar de Serviços Imobiliários e Auxiliar de Serviços de Limpeza e Manutenção. No Senac-DF não é possível fazer a inscrição diretamente nas unidades, pois a instituição é responsável apenas pela capacitação dos jovens, oferecendo os cursos de Aprendizagem em Serviços Administrativos, Serviços Hoteleiros, Serviços de Supermercados, Serviços de Lojas de Departamento e Serviços de Fast Food. Os alunos são selecionados pelas empresas e encaminhados para os cursos. Saiba mais A Aprendizagem é um programa de âmbito nacional que visa qualificar adolescentes por meio de cursos profissionalizantes que facilitem a sua inserção no mercado de trabalho. O aprendiz possui Carteira de Trabalho e Previdência Social assinada, matrícula e frequência à escola, e contrato de trabalho especial, já que está sujeito à profissionalização por meio de Programa de Aprendizagem. Entidades de formação técnicoprofissional metódica são responsáveis pela qualificação de jovens no âmbito da aprendizagem, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SenacDF e o Instituto Fecomércio do Distrito Federal (IF). Os jovens possuem contrato especial de trabalho por tempo determinado, de no máximo dois anos. São contratados por empresas como aprendizes de ofício previsto na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, ao mesmo tempo em que são matriculados em cursos de aprendizagem, em instituições qualificadoras reconhecidas, responsáveis pela certificação. 49 cultura Raphael Carmona Hora do Humor de 5ª //Por Raíssa Lopes Projeto de stand up comedy reúne todas as quintas na unidade da 504 Sul artistas já consagrados e novos talentos O s artistas de humor da cidade e entusiastas desse tipo de arte têm um novo ponto de encontro, o Humor de 5ª – projeto de stand up comedy e humor livre realizado pelo Sesc toda quinta-feira no Teatro Ary Barroso (Sesc 504 Sul). Nele, artistas já consagrados no DF dividem o palco com anônimos que se candidataram para participar do projeto e foram selecionados por um júri especializado. As apresentações tiveram início em outubro. Desde então, diversos artistas passaram pelo palco do Teatro Ary Barroso. A atriz Adriana Nunes, da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, esteve na primeira edição do projeto como convidada. “O Humor de 5ª revive um tempo em que Brasília tinha muitas portas abertas. Hoje os espaços estão tomados e já não há muitos espaços para quem está começando”, afirma. Adriana conta que os artistas que se apresentaram como amadores, na verdade, não eram. “Vi artistas prontos buscando um local para se apresentar. E o Sesc deu espaço 50 a eles. A instituição é especial para mim porque comecei minha carreira com meu grupo no teatro Sesc Garagem”, completa. O comediante e escritor Arisson Tavares foi um dos selecionados pelo júri para participar do projeto. “Tenho dois livros de humor publicados e vi com o projeto uma oportunidade de levar alegria a um grupo maior de pessoas. Sempre me divirto mais do que o público com as apresentações”, afirmou o humorista. De acordo com Rogero Torquato, um dos responsáveis pelo projeto, o Humor de 5ª tem como objetivo abrir espaço para que novos talentos do humor candango possam surgir, além de criar um ambiente propício para troca de experiências entre profissionais e amadores. “Além disso, estamos investindo na formação de plateias para arte e cultura, uma das missões do Sesc”, completa Torquato. Não haverá apresentações nos dois primeiros meses de 2015. O projeto voltará em março de 2015. Quem deseja participar pode se candidatar enviando um vídeo de 15 minutos com a ficha de inscrição para o e-mail: humordequintasesc@ gmail.com. Fica a critério do participante escolher o gênero humorístico e o tema a ser enviado. O requisito é que o material tenha conteúdo cômico. Cada inscrito poderá concorrer com, no máximo, dois trabalhos teatrais, mas somente um será selecionado para apresentação ao vivo. Os artistas receberão R$ 500 de cachê por apresentação. @sescdf /sescdistritofederal REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //vitrine - Por Taís Rocha Casamentos homoafetivos O casamento entre pessoas do mesmo sexo é realidade no Brasil desde 2013. Para atender a essa demanda, os empresários Francisco Biondo e Gabrielle Bennet criaram a Toujours – Cerimônias e Projetos Especiais (www.toujours. com.br), empresa brasiliense especializada em promover a união entre pessoas do mesmo sexo. Entre os serviços prestados estão o planejamento, projeto, assessoria jurídica, organização da cerimônia religiosa, civil, cerimonial, além de outros serviços. Para ocasiões especiais A La Rosé, especializada em vestidos de festas, acaba de abrir suas portas no Gilberto Salomão (SHIS QI 5, sobrelojas 9/15, Telefone: 3248-6409). Além de marcas importadas que vestem nomes como Jennifer Lopez e Beyoncé, a loja tem peças exclusivas da estilista mineira Thais Tempony. Lá, é possível encontrar vestidos de festas, acessórios, bolsas e clutches de vários modelos. De acordo com as sócias Andréa Velloso e Tâmara Diniz, o diferencial da loja é que todas as peças são únicas. NYX no Brasília Shopping Venâncio inaugura primeira fase com gastronomia A primeira etapa de revitalização do Shopping Venâncio está marcada para o início de dezembro, quando a Praça de Alimentação será aberta, já com 80% de locação. Subway, Pacífico Sushi, Panelinhas do Brasil e Tostex já garantiram espaço no empreendimento. A área de alimentação está, sem dúvida, entre as grandes contempladas pelo novo projeto de complexo multiuso, com um investimento na ordem de R$ 200 milhões. 52 A marca norte-americana de maquiagens, a NYX, acaba de inaugurar sua primeira loja no DF, no Brasília Shopping (Piso superior, 3032-6062). Presente em mais de 40 países, a marca já mantém um quiosque no Iguatemi Shopping. Além dos preços acessíveis, outros diferenciais dos produtos são a alta pigmentação, vários tipos de acabamento, do matte ao mais brilhante, e grande variedade de produtos e cores, com um mix composto atualmente de mais de 560 itens. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 53 //doses econômicas Um Feliz Natal e um Próspero Ano-Novo? S empre que se aproximam as festas de fim de ano as pessoas se enchem de alegria e entusiasmo. Como parte do rito anual, é chegada a hora de comprar os presentes para os familiares e amigos mais íntimos. Também é o momento de abastecer a casa com guloseimas e comidas típicas desta época do ano. Mas será que o Natal deste ano promete tanta fartura? De acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados dia 27 de outubro, as vendas para o período do Natal este ano devem ser apenas 2,6% maiores que do ano passado. O número de contratações temporárias previstas será apenas 0,7% maior que em 2013. No caso específico do Distrito Federal, o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) aponta que o crescimento nas vendas em novembro e dezembro será mais tímido do que no ano passado. Espera-se um aumento de 2,5% este ano, em contraste com os 5,3% de 2013. Em relação ao número de trabalhadores temporários, o Sindivarejista prevê a contratação de 4 mil funcionários nos meses de novembro e dezembro, número menor do que o obser- vado em 2013 (de 4,8 mil funcionários temporários contratados nos meses de novembro e dezembro). A economia não anda bem. A taxa de crescimento do PIB dos últimos anos tem se mostrado baixa e a previsão de crescimento pra este ano é ainda menor. A taxa de desemprego, que vinha caindo, agora está parando. O consumo das famílias não tem se mostrado tão forte como nos últimos anos. A inflação está alta e sem dar indícios claros de que irá baixar para o centro da meta do Banco Central (que é de 4,5% ao ano). E a inflação dos alimentos e do setor de serviços tem gerado ainda mais preocupação. A taxa de juros está em um patamar bem acima do observado dois anos atrás. A presidente Dilma Rousseff acaba de ser reeleita e ainda há dúvidas se ela será capaz de alterar o quadro econômico deteriorado em que se encontra o País. Torço para que ela consiga. Isso é o que me resta: ter esperança. Caso contrário, não só o Natal deste ano será mais magrinho, como também teremos que mudar a dieta e seguir o conselho do nosso secretário de Política Econômica, Márcio Holland, e comer mais ovos em 2015! Quem sabe uma omelete pro Natal? Cristiano Costa Geovana Lorena Bertussi Economista Errata Ao contrário do que foi publicado na revista de novembro, José Luiz Pagnussat não é assessor econômico da Fecomércio-DF, mas sim economista, professor da UDF e ENAP Parceria: 54 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 //caso de sucesso Cristiano Costa De informal a profissional //Por Sílvia Melo Para ex-aluna do Senac, a vida profissional começa na terceira idade Q uando tinha 16 anos, o sonho de Maria de Jesus de Almeida Liberato, de 51 anos, era ser nutricionista. A vida, porém, a fez seguir por outros caminhos e o sonho ficou para trás. Depois de muitos anos trabalhando por conta própria ou contratada sem garantias da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ela viu a terceira idade chegando sem perspectivas de melhorar de vida. Sem profissão e desempregada, entrou em depressão. Para ajudar a mãe, a filha caçula a inscreveu no processo seletivo do Programa Senac de Gratuidade (PSG). Como gosta de cozinhar, começou a fazer gratuitamente o curso Comida de Boteco. Em seguida, fez o de Auxiliar de Cozinha, e logo depois começou o curso de Pizzaiolo. Com a profissionalização conseguiu um emprego e agora sonha em fazer faculdade de Gastronomia. Com muito sacrifício, a moradora de Planaltina conseguiu criar os quatro filhos. Seu primeiro emprego foi aos 16 anos, como balconista de uma padaria em Sobradinho. Em seguida foi contratada como copeira de um banco. Casou-se nesta idade e, aos 18, teve a primeira filha. Montou uma oficina de bicicletas em sua residência para ter renda e ficar perto dos filhos. Com todos crescidos, conseguiu emprego de contrato temporário, na prefeitura de Planaltina de Goiás. Trabalhava na limpeza do prédio até o dia em que um colega da copa faltou. Foi colocada para substituí-lo e acabou virando cozinheira da prefeitura. Após seis anos prestando serviços para a prefeitura, o contrato acabou e ela ficou desempregada. “Eu não tinha perspectiva. Já havia criado os filhos, não tinha emprego nem profissão. Achava que a vida tinha parado e entrei em depressão. Graças à minha filha, que me inscreveu em um curso do Senac, tudo mudou”, afirma. Maria de Jesus fez o curso Comida de Boteco em fevereiro deste ano. De junho a setembro, fez o curso Auxiliar de Cozinha. O estágio supervisionado foi no Restaurante do Senac que fica no Ministério Público. “Aprendi muito lá e fiquei mais segura quando alguém me pedia para fazer comida em algum evento. Quando eu fazia para a prefeitura, só sabia cozinhar o básico”, destaca. Sempre disposta a aprender, viu que havia inscrições REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 abertas para o curso de Pizzaiolo e se matriculou também. “Mesmo fazendo o curso, comecei a distribuir currículo em todos os lugares. Até que um amigo me levou para o restaurante O Grego, que fica na Asa Norte, e fui contratada”, destaca, afirmando que o dono gostou tanto do profissionalismo dela que agora quer contratar mais profissionais formados pelo Senac. “É incrível como o Senac, em quase um ano, mudou tanta coisa em minha vida”. A principal mudança, segundo ela, foi na autoestima. “Hoje tenho segurança, sou uma pessoa capacitada, tenho uma profissão e um salário. Agradeço a todos do Senac que me ajudaram e aconselho às pessoas a procurarem a instituição para se profissionalizar. Cada um pode construir a própria história de sucesso”, conclui. //Sobre os cursos Os cursos Técnicas de Petiscos e Comida de Boteco (40h), Auxiliar de Cozinha (200h) e Pizzaiolo (200h) fazem parte da programação trimestral de cursos do Senac e são oferecidos pelo Centro de Educação Profissional Tecnologia do Turismo e Hospitalidade, do SCS. Para fazer os cursos gratuitamente, por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), é preciso acompanhar no site da instituição a publicação do edital e fazer a inscrição de acordo com ele. Informações: 3313-8877. @senacdf /senacdistritofederal 55 //direito no trabalho Não recolhimento da contribuição social sobre FGTS E m 2001, as empresas por meio de suas representações sindicais nacionais foram chamadas pelo Poder Executivo a participar da negociação de um acordo para solucionar a questão dos resíduos inflacionários dos Planos Verão e Collor, declarados devidos pelo Supremo Tribunal Federal. Após negociações, foi fechado um acordo nacional com as representações dos trabalhadores concordando em receber tal correção em parcelas, e com as empresas concordando em fazer contribuições temporárias e excepcionais, até que o governo terminasse de cumprir o acordo de parcelamento. Com base nesse acordo, a União apresentou um projeto que resultou na Lei Complementar 110/2001, que estabeleceu uma contribuição de 10% em caso de despedida do empregado sem justa causa, e a contribuição de 0,5% sobre a folha de pagamento por 60 meses, conforme cálculos do governo, com a finalidade específica de cobrir as despesas com os expurgos inflacionários decorrentes dos planos. Essa LC prevê que o prazo de duração dos recolhimentos da contribuição de 0,5% seria de 60 meses (já expirado). Já a contribuição de 10% também se encerrou em julho de 2012. Embora previsto na LC que as despesas com os Termos de Adesão poderiam ser diferidas contabilmente pelo prazo de até 15 anos, o Agente Gestor do FGTS (Caixa Econômica Federal), 56 no Ofício nº 102/2013 enviado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em 8 de maio de 2013, informa que “(...) de fato encerraram-se em julho/2012 os reflexos patrimoniais provenientes do diferimento de que trata o art. 9º da Lei complementar nº 110/2001”. A cobrança dessa Contribuição Social perdura de forma irregular e ilegal. A vinculação da criação da contribuição de 10%, elevando a condição desta LC à de uma lei excepcional e sem efeitos, após exauridos os motivos de sua edição, consta de confissão escrita dos ministros do Trabalho e Emprego e da Fazenda, do presidente da República, bem como do presidente do Senado, e confirmado pelo STF, em mensagem de 29 de março de 2001. Constam ainda nos autos da ADI 2.556-DF registros do relator, ministro Moreira Alves, sobre a finalidade das contribuições instituídas pela LC nº 110/2001, que conduz a que sejam temporárias e excepcionais. Por tudo que se vê, é ilegal a cobrança dessa contribuição após a quitação dos Termos de Adesão firmados com os trabalhadores, ou após o mês de junho de 2012, data informada pela Caixa da quitação dos valores de todos esses termos. Portanto, essas contribuições sociais foram criadas para o pagamento dos expurgos inflacionários nas contas do FGTS e que a LC cumpriu sua função, uma vez que desde junho de 2012 os expurgos Joel Rodrigues Lirian Sousa Soares Cavalhero mestre em Direito pela UCB, sócia da Ope Legis Consultoria Empresarial, Consultora Jurídica de diversas empresas e entidades de classe foram quitados. A legislação tributária determina que as contribuições com finalidade específica somente podem ser aplicadas para o fim que foram criadas. O Poder Executivo, quando da criação da lei, declarou ao STF que esses valores não eram para o Tesouro e não configuravam Receitas Públicas. Dessa forma, como a contribuição social de 10% sobre o saldo do FGTS já atingiu a sua finalidade em junho de 2012, é totalmente indevida a sua cobrança após esse período. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. e-CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. e-CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. NF-e a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 [email protected] www.fecomerciodf.com.br //segredos do marketing digital O final do ano está chegando. É hora de decorar a casa, receber a família, degustar aquele maravilhoso arroz com passas e, acima de tudo, ver todas as previsões para o ano vindouro. Como não poderíamos ficar de fora dessa brincadeira, nesta última coluna do ano iremos contar para vocês um pouco do que esperar para o ano de 2015 no mundo do Marketing Digital. Essa lista irá agregar algumas das tendências que observamos nos últimos meses assim como percepções de profissionais no Brasil e no exterior. A primeira tendência é a de sites responsivos. O que isso significa? Significa que a partir de hoje, um empresário não pode mais aceitar que o site de sua empresa seja acessível apenas de um computador ou notebook. Hoje, a navegação na web acontece através dos mais diferentes meios, seja um computador, um tablet ou um celular. Sites responsivos são aqueles que se adaptam automaticamente ao dispositivo do usuário e mostrarão seu conteúdo de forma otimizada para cada um deles. Sites responsivos, além de passarem muita credibilidade por parte da empresa, também garantem que o empreendedor não tenha que desenvolver um aplicativo específico para cada um dos novos dispositivos que venham a surgir no futuro. A próxima grande tendência é o minimalismo. Mais do que nunca, sites deverão se esforçar para entregar para o cliente exatamente aquilo que ele busca. Sites minimalistas focam-se apenas em um aspecto muito claro e esse aspecto normalmente diz respeito ao diferencial da empresa. Seu site precisará responder com muita rapidez o que é que o cliente irá ganhar usando seu produto ou serviço. E por falar em cliente, é muito importante saber exatamente quem são eles e como alcança-los. Nossa próxima tendência é o Micro Targeting ou, resumidamente, mirar naquele público 58 que realmente é seu consumidor. Como assim? Por exemplo, se você possui um bar na Asa Sul com uma temática mais esportiva, seu público não é apenas “moradores da Asa Sul”. Ele provavelmente será formado por homens, entre 18 e 35 anos, solteiros, moradores da Asa Sul, interessados em futebol, NFL, NBA, entre outros. Usando o Micro Targeting, seu negócio irá dirigir a comunicação para um grupo muito menor de pessoas, mas que terão uma possibilidade maior de consumir seu produto ou serviço. Ferramentas como o Google Adwords e o Facebook Ads permitem segmentações muito precisas e são excelentes para esse tipo de estratégia. E, já que mencionamos os Ads, vamos falar sobre a próxima tendência, que é o aumento do conteúdo pago em detrimento do orgânico. Grandes redes sociais, como o Facebook, vêm gradativamente reduzindo o alcance orgânico de posts provenientes de páginas de negócios. Isso faz com que, cada vez mais, empresas precisem incorporar os anúncios pagos em suas estratégias de Marketing Digital. É importante ressaltar que os anúncios devem sempre estar vinculados a um conteúdo de boa qualidade, pois é esse último que irá efetivamente impactar seu cliente. Para finalizar, vale ressaltar a última tendência, que é o conteúdo em vídeo. Atualmente, o YouTube é a segunda maior rede social acessada no Brasil. Todos os dias milhares de horas de conteúdo são disponibilizadas na rede e muitos canais já contam com milhares, quando não milhões, de seguidores. Conteúdos em vídeo geralmente conseguem grande engajamento e são um excelente meio de se comunicar com os clientes. É um investimento que vale ser considerado para 2015. Gostaríamos de aproveitar para agradecer a todos que nos acompanharam neste ano e desejamos a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano-Novo. Geovanna Leal O que 2015 reserva para o Marketing Digital Jens Schriver Diretor-Executivo da ClickLab Maximo Migliari //Envie perguntas para [email protected] ou facebook.com/agencia.clicklab Publicidade mobile em vídeo deve crescer 50% Aplicativos serão responsáveis por 65% do consumo total de mídia digital REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Sócio da ClickLab instituto fecomércio @if_df Instituto realiza quarta edição do Encontro de Aprendizes do DF Evento contou com a participação de 600 jovens aprendizes de 15 instituições diversas //Por Fabíola Souza Cristiano Costa O Instituto Fecomércio do Distrito Federal participou do IV Encontro de Aprendizes do DF que contou com a participação de 600 jovens aprendizes de 15 instituições diferentes, com 50 alunos do Programa de Aprendizagem “Aprendendo a Fazer”, do IF. O encontro, realizado anualmente, ocorreu dia 7 de novembro, no Setor Militar Urbano, e tem o objetivo promover a integração dos jovens e demais profissionais comprometidos com a aprendizagem por meio da troca de experiências, visando à valorização e o fortalecimento institucional das entidades que atuam no campo da aprendizagem profissional. Para a diretora-executiva do IF, Elizabet Campos, a inserção do jovem aprendiz no mercado de trabalho deve se realizar com o intuito de formar jovens conscientes e capacitados para o mundo globalizado, que está se tornando cada vez mais competitivo e seletivo quando se trata de contratação de empregados. “É muito importante criar oportunidades para que os jovens se insiram no mercado de trabalho, pois não é benéfico só para eles, mas para toda a sociedade”, ressalta Campos. Eliana Araújo tem dois filhos que são alunos do “Aprendendo a Fazer”, do IF, e afirma que o programa é uma facilidade para os jovens se inserirem no mercado de trabalho, além de adquirirem mais responsabilidade em pequenas atitudes do cotidiano. “Além de estar tranquila sabendo onde os meus filhos estão, é um meio deles descobrirem também o que querem de profissão para o futuro”, diz Eliana. Para fechar o ano de 2014 o IF cumpriu com sua missão de contribuir para o fortalecimento, crescimento e desenvolvimento sustentável das empresas e do empreendedorismo, nos setores de comércio de bens, serviços e turis- REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 mo no Distrito Federal e inseriu no mercado de trabalho mais de quatro mil jovens – entre aprendizes e estagiários. “Este ano foi dedicado ao avanço do Instituto Fecomércio, que se manteve alinhado às constantes transformações impostas pelo mercado de trabalho. O desenvolvimento da ciência e tecnologia está estreitamente relacionado com essas mudanças e o IF está conseguindo cada vez mais abrir espaços para o crescimento de jovens talentos”, conclui a coordenadora de Integração Empresa-escola, do Instituto Fecomércio, Regina Malheiros. O Instituto Fecomércio atende mais de 400 empresas e oferece vagas de estágios semanalmente na sede da instituição. Em 2014, o IF estabeleceu importantes parcerias no campo do desenvolvimento empresarial, foram ministrados mais de 12 cursos, formatados no modelo In Company, para empresas públicas e privadas. 59 //sindicatos Cristiano Costa Para o presidente do Sindicato dos Supermercados, Antonio Tadeu Perón, o Natal é sempre uma importante data N A cara do Natal //Por Fabíola Souza Mercado comemora melhor época do ano para vender produtos específicos e cestas para presentear os funcionários 60 ormalmente dezembro é um mês de muita lucratividade para a maioria dos empresários de comércio e serviços. Com a tradicional troca de presentes e reuniões de confraternização, quase todos os segmentos aguardam as festas de final de ano para poder aumentar as vendas. Os produtos como azeite, bacalhau, panetones e as carnes de uma maneira em geral, incluindo as aves, são os artigos mais vendidos nesta época nos supermercados. As bebidas também, inclusive o aumento nas vendas dos vinhos é justificado tanto para o próprio consumo do cliente, quanto para amigos e familiares. “As sidras são campeãs de vendas até hoje, batem em volume qualquer outra bebida do final do ano”, comenta o presidente do Sindicato dos Supermercados, Antonio Tadeu Perón. Ele lembra que as festas de final de ano não são apenas o Natal e Ano-Novo, mas todas as comemorações, as das empresas, reuniões familiares, encontro de amigos. Com a chegada do verão e das férias escolares, Perón ressalta que a festa se estende por janeiro todo. As Cestas de Natal e as Cestas Básicas são outros produtos que têm muita saída nesta época. Normalmente as Cestas de Natal são recheREVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 adas com produtos mais específicos da data e servem como presentes, já as Cestas Básicas são as mesmas expostas o ano todo e muitos compram para doar a famílias carentes. O gerente da Cooperativa Central Aurora Alimentos da unidade de Brasília, Rodrigo Fabiano Fossalussa, afirma que estão otimistas este ano e esperam aumento de 10% nas vendas em 2014 na comparação com o ano passado. Entretanto, ele afirma que houve uma elevação de 7% nos preços dos produtos. “A inflação foi o principal motivo do aumento, mas a falta de produtos suínos para esta época do ano também ajudou na alta do preço”, afirma Fossalussa. A cooperativa só vende para pessoas jurídicas, dentre elas, empresas que compram para entregar os produtos de presente aos funcionários. Na opinião dele, este ano deve ter a mesma vendagem do ano passado, cerca de 25 mil kits para todo o DF. O gerente da Super Adega, Antônio Gomes, acredita que o aumento das vendas deve ser entre 10% ou 15% em relação ao mesmo período de 2013. “Este ano está sendo um pouco complicado por causa da Copa do Mundo e das eleições, principalmente aqui em Brasília que com a troca de parlamentares, quem não se reelegeu voltou para a cidade natal e os que se elegeram ainda não se mudaram para cá”, explica Gomes. //Supermercados Para o presidente do Sindicato dos Supermercados, Antonio Tadeu Perón, o Natal é sempre uma importante data, pois traz votos de esperança e alegria, entretanto o setor não está confiante e pretende diminuir em 15% os estoques, na comparação com o ano anterior. Em relação à expectativa de vendas, o presidente acredita que devam crescer de 8% a 10% em comparação com 2013, mas descontando a inflação, ele acredita que a alta deva ser de 1,5% a 2%. “A alimentação sofre mais os efeitos da inflação, pois os produtos importados alteram de acordo com o dólar e a moeda subiu mais que 10%”, explica Perón. Para ele, os produtos importados terão participação menor este ano na mesa dos brasilienses. Há 23 anos o Sindsuper-DF atende o segmento de supermercados no Distrito Federal. Atualmente contempla 30 empresas filiadas que, juntas, correspondem a 70% do abastecimento alimentar da cidade. O presidente da entidade ressalta duas conquistas importantes para o setor que ocorreram recentemente. A primeira foi a compra da sede própria. “Tem praticamente um ano, foi em janeiro de 2014, ficou uma sede confortável”, completa. A outra vitória, que era um pleito antigo da categoria, foi a aquisição da substituição tributária para o grupo supermercadista. “Somente a partir de abril do ano passado conseguimos que fosse implantada a substituição tributária para produtos alimentícios”, ressalta Perón. O presidente acredita que depois da medida aprovada, o Distrito Federal começou a praticar a isonomia fiscal e consequentemente estabelecer uma concorrência leal entre os estabelecimentos do setor. Agora o imposto dos produtos é arrecadado pelo fornecedor e descritos na nota, dessa forma, todos os empresários são obrigados a pagar os tributos assim que adquirem a mercadoria. “Assim você sabe que com essa parte administrativa não precisa mais se preocupar, o empresário só vai estar preocupado com o atendimento, qualidade do produto e operação da sua loja”, comemora. Entretanto Perón avalia que a medida ainda é tímida e precisa ser ampliada para outros artigos, como já ocorre em São Paulo, por exemplo. Raphael Carmona Na Super Adega, as vendas de produtos natalinos devem ter aumento de 10% a 15% REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 61 //pesquisa conjuntural Comércio retraído A s vendas do comércio brasiliense apresentaram queda de 1,44% em outubro na comparação com o mês anterior. Já as vendas do setor de serviços registraram leve alta de 0,63%. No acumulado dos últimos 12 meses (outubro 2013 x outubro 2014) as vendas tiveram uma queda de 4,49% (comércio e serviços). É o que mostra a Pesquisa Desempenho de vendas Comércio Setor Segmento Autopeças e Acessórios 4,25% -6,15% 1,39% 2,67% -1,01% 6,06% Bares, Restaurantes e Lanchonetes 1,33% -2,32% -2,78% 4,36% 3,24% -3,77% Calçados 9,16% -13,61% 2,85% -0,22% 1,76% 6,02% Farmácia e Perfumaria -1,32% -4,98% -0,85% -0,15% 0,19% -0,97% Floricultura 29,55% -1,43% -11,01% 1,54% -12,37% 5,21% Informática 0,85% -11,44% 6,22% -1,38% 2,81% -5,00% Livraria e Papelaria -0,39% -23,27% -3,51% 15,60% -1,98% -2,39% Lojas de Utilidades Domésticas -4,33% 1,92% 2,57% 4,37% -6,71% -5,99% Material de Construção 2,90% -6,90% -2,09% 3,69% -1,44% -0,79% Mercado e Mercearia -8,33% 0,35% -2,56% 2,27% -0,89% -2,18% Móveis e Decoração 3,45% -2,30% -1,56% 4,09% -5,87% -2,82% Óticas -0,79% -12,16% 3,71% 4,16% 6,16% -1,56% Tecidos -1,99% -10,83% 0,76% -1,79% -3,69% -6,57% Vestuário 2,91% -3,50% -1,24% 2,68% -7,61% -5,17% Total 0,20% -4,72% -1,20% 2,80% -0,77% -1,44% - - - - 6,37% 5,68% -8,53% -16,30% -0,61% 19,29% 4,81% -0,20% - - - - 6,10% 4,16% 0,76% -13,50% 23,52% -7,74% 2,10% -5,52% Casa de Eventos - - - - 5,24% 2,08% Clínica de Estética - - - - 1,35% 2,27% Ensino de Idiomas - - - - 3,17% 0,44% -3,50% -5,74% -2,09% 2,97% 1,56% -2,58% - - - - 2,69% -1,42% 3,04% -3,43% -0,08% 3,13% 11,52% -5,96% -2,82% -9,80% 1,83% 7,42% 5,01% 0,63% -0,05% -5,12% -0,97% 3,16% 0,47% -0,97% Academia Agências de viagem Aluguel de Artigos para Festa Autoescola Serviços Mai14 x Jun14 x Jul14 x Ago14 x Set14 x Out14 x Abr14 Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Pet Shop Reparação de Eletroeletrônicos Salão de Beleza Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. 62 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Região Comércio Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14 x x x x x x Abr14 Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 1,69% -5,58% 0,00% 2,80% -0,27% -2,46% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 9,40% -8,08% -0,91% 1,60% 1,94% 6,32% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -1,23% -4,98% -2,94% 0,24% -0,57% -1,57% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -7,54% 1,78% -3,79% 0,93% 1,03% -1,50% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 0,46% -1,09% -0,92% 3,42% -1,21% -3,63% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -0,21% -9,59% -0,27% 9,83% -5,27% 1,46% 0,20% -4,72% -1,20% 2,80% -0,77% -1,44% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -2,75% -20,66% 11,38% 13,67% 4,30% 1,61% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -6,09% 17,03% -15,36% -14,09% 4,53% -11,05% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -4,64% -1,52% -1,92% 1,75% 3,43% 3,54% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -2,11% 5,58% -9,26% 1,40% 10,31% -2,60% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 3,79% -8,43% -4,26% 14,66% 5,46% -6,66% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -2,15% 10,48% -5,65% -2,15% 4,18% 3,92% -2,82% -9,80% 1,83% 7,42% 5,01% 0,63% Total Serviços Desempenho de vendas Setor Total Total -0,05% -5,12% -0,97% 3,16% 0,47% -0,97% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. “O comprometimento da renda das famílias, aliado à diminuição do ritmo de crédito, são os principais motivos para a redução no consumo dos brasilienses. Além disso, muitos estão se organizando para gastar no final do ano, com as festas e presentes típicos da época”, explica o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. O segmento de Academia puxou o índice no setor de serviços, com um crescimento nas vendas de 5,68%, seguido pelo setor de Aluguel de Artigos para Festa (4,16%); Clínica Estética (2,27%); Casa de Eventos (2,08%) e Ensino de Idiomas (0,44%). Os demais setores pesquisados apresentaram queda nas vendas no mês de outubro: Salão de Beleza (-5,96%); Autoescola (-5,52%); Pet Shop (-2,58%); Reparação de Eletroeletrônicos (-1,42%) e Agência de Viagens (0,20%). Vale destacar que no mês de setembro de 2014 a pesquisa do Instituto Fecomércio incorporou seis novos segmentos ao estudo do setor de serviços (Academia, Aluguel de Artigos para Festa, Casa de Eventos, Clínica de Estética, Ensino de Idiomas e Reparação de Eletroeletrônicos). Os segmentos inseridos não possuem um histórico como os demais integrantes desse levantamento e, portanto estão sujeitos a correções durante o período de avaliação, que leva até três meses. No comércio, apresentaram REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 queda nas vendas em outubro, na comparação com setembro, os segmentos de: Tecidos (-6,57%); Lojas de Utilidades Domésticas (-5,99%); Vestuário (-5,17%); Informática (-5,00%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-3,77%); Móveis e Decoração (-2,82%); Livraria e Papelaria (-2,39%); Mercado e Mercearia (-2,18%); Óticas (-1,56%); Farmácia e Perfumaria (-0,97%); Material de Construção (-0,79%). Apenas os segmentos de Autopeças e Acessórios (6,06%); Calçados (6,02%); e Floricultura (5,21%) apresentaram acréscimo nas vendas. Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais utilizado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por 45,12% das vendas. No setor de 63 Mai14 x Abr14 Jun14 x Mai14 Autopeças e Acessórios 0,00% -15,33% 11,81% 0,70% 3,73% 3,17% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -2,45% 0,10% 1,24% -0,91% -1,22% 0,00% Calçados 3,46% 6,96% 2,44% -2,44% 2,50% 5,43% Farmácia e Perfumaria 4,28% 3,77% 0,00% -5,26% 0,69% 0,00% Floricultura 0,00% 18,18% 0,00% -4,17% 0,00% -8,70% Informática -1,19% -5,38% 3,41% -10,87% 3,66% 1,23% Livraria e Papelaria 0,85% -11,11% 10,59% -5,32% -13,83% -5,19% Lojas de Utilidades Domésticas 4,10% 9,38% -4,29% 8,96% -9,38% 0,00% Material de Construção 0,00% 2,79% -2,82% -0,58% 1,75% 1,09% Mercado e Mercearia 0,00% -2,87% 0,75% -5,64% 6,97% -2,80% Móveis e Decoração -2,70% -7,79% 2,82% -17,81% 0,00% 1,37% Óticas 0,00% 0,00% -3,23% 3,33% -9,68% 7,14% Tecidos 0,00% 10,00% -22,73% 11,76% 0,00% 0,00% Vestuário 1,54% 0,00% -4,44% 3,50% 1,53% 0,40% 0,91% -0,68% 0,76% -2,20% 0,47% 0,19% - - - - 0,00% -1,29% 4,00% 0,00% 11,54% -8,62% -13,21% 13,33% - - - - 8,40% -4,79% 1,67% -4,92% 0,00% 3,45% -3,33% 3,45% Casa de Eventos - - - - 0,00% 0,00% Clínica de Estética - - - - 0,98% 3,75% Ensino de Idiomas - - - - 0,00% 0,00% -5,77% 2,04% 0,00% 3,92% 0,00% 4,59% - - - - 0,00% -0,81% 4,12% 0,00% 2,04% -3,00% 7,29% -2,80% -3,70% -0,77% 3,10% -1,50% 0,85% 0,18% -0,33% -0,69% 0,96% -2,13% 0,58% 0,18% Nível de emprego Comércio Setor Segmento Total Academia Agências de viagem Aluguel de Artigos para Festa Serviços Autoescola Pet Shop Reparação de Eletroeletrônicos Salão de Beleza Total Total Jul14 x Ago14 Set14 x Out14 x Jun14 x Jul14 Ago14 Set14 Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. serviços, foi responsável por 38,29% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente 64 pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 594 do comércio e 306 de serviços. A coleta de dados foi feita entre os dias 5 e 10 de novembro de 2014 e analisou 14 segmentos do comércio e 10 segmentos de serviços. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 Nível de emprego Comércio Setor Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14 x x x x x x Abr14 Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Região Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 0,00% 0,65% 1,10% 0,12% 2,05% -1,16% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -2,45% 1,81% -1,76% 0,35% -3,39% 0,00% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 3,46% -1,39% -0,47% -3,08% 0,32% 1,17% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste 4,28% -2,29% 4,31% -5,34% -1,56% 2,38% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 0,00% 4,81% -2,30% -0,92% -4,44% 4,29% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -1,19% -8,51% 3,65% -3,05% 3,77% -2,79% 0,85% -0,68% 0,76% -1,50% 0,47% 0,19% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 4,10% -0,79% 3,97% -4,99% 1,50% -0,87% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 0,00% 0,00% 0,00% -0,29% 0,00% 4,00% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 0,00% -1,79% 1,82% -3,52% 1,42% -0,31% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -2,70% 0,00% 5,56% -0,25% 0,00% 0,79% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 0,00% 0,00% 0,00% -0,25% 0,00% -2,74% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião 0,00% 0,00% 0,00% -0,80% 0,00% 2,44% 1,54% -0,77% 3,10% -3,60% 0,85% 0,18% 0,91% -0,69% 0,96% -1,70% 0,58% 0,18% Serviços Total Total Total Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Mês À vista Cheque Cartão de crédito Débito A prazo Boleto Formas de pagamento Comércio mai/14 30,68% 0,44% 44,77% 19,34% 3,26% 1,51% jun/14 30,18% 0,43% 43,39% 21,56% 2,75% 1,69% jul/14 29,81% 0,55% 44,30% 20,59% 3,07% 1,68% ago/14 29,00% 0,44% 45,34% 20,35% 3,25% 1,63% set/14 29,26% 0,55% 44,25% 21,26% 3,09% 1,59% out/14 28,96% 0,80% 45,12% 20,72% 2,82% 1,57% Serviços mai/14 23,97% 1,67% 40,88% 14,86% 4,52% 14,11% jun/14 24,51% 1,69% 47,76% 17,66% 3,98% 4,40% jul/14 21,07% 1,69% 45,76% 15,41% 4,69% 11,37% ago/14 22,33% 1,32% 43,51% 13,45% 4,64% 14,75% set/14 27,61% 1,90% 38,19% 13,13% 10,21% 8,96% out/14 22,01% 1,51% 38,29% 12,21% 10,83% 15,16% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 65 pesquisa relâmpago Fotos: Raphael Carmona Luiz Carlos Garcia Galvão, presidente do Sindicato dos Motociclistas Autônomos do DF David Duarte Lima, presidente do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito Vânia Rocha, agente de viagens Paulo Roberto Batista de Oliveira, secretário de Segurança Pública do DF Ruth Maria Ximenes, comerciária Untitled-4 1 66 Motociclista passa a ser profissão de risco Valores de multas foram reajustados BOM Com os 30% de aumento, o profissional poderá investir em equipamentos de segurança e mais melhorias para sua família. RUIM O que tem que ser feito é investimento em ações nas ruas, como blitzen para coibir as imprudências. Não é assim que a situação vai mudar. BOM Acho que o direito de se casar tem que ser para todos. REGULAR Na primeira grande chuva, a estrutura não suportou e choveu lá dentro. REGULAR O que deveria ser feito é melhorar a formação e a segurança dos motociclistas profissionais. REGULAR De nada adianta aumentar os valores das multas se a fiscalização continua ruim. As multas já são altas para desestimular as infrações. RUIM Não tenho conhecimento suficiente para fazer juízo de valor, mas penso que em geral é ruim. BOM Apesar do aeroporto JK não ter nível internacional, no Brasil ele pode ser considerado um bom aeroporto. BOM Acho válido, só não concordo com a atitude que alguns motociclistas insistem em ter no trânsito. Gostaria de ver a legislação sendo aplicada também a eles com rigor. RUIM Já pagamos impostos altos. Ninguém quer pagar mais. Mas acho que tem muito motorista imprudente. RUIM Eu acho que a pessoa, dependendo do delito, não dever ter direito a privilégio algum. BOM Apesar de o aeroporto ter ficado muito bonito, acho que é preciso refazer algumas questões estruturais lá, até para a segurança dos passageiros. BOM A atividade desenvolvida pelos motociclistas exige treinamento e atenção. Respeitar a legislação de trânsito é fundamental. BOM Infelizmente, no Brasil temos mais de 50 mil mortes por ano. Investir em educação e fiscalização é fundamental. BOM Estudos têm apontado que a união de pessoas nos presídios contribui para a ressocialização dos presos. BOM Brasília precisava de um aeroporto moderno e na situação atual ela em breve irá se tornar um “hub”. BOM Acredito que sempre foi profissão de risco, só faltava regulamentar isso. Muitos são irresponsáveis, colocam em risco tanto a vida deles quanto a nossa. REGULAR Acredito que o aumento foi abusivo e não vemos o retorno das multas nas ruas, como manutenção das vias, conserto dos semáforos. BOM É um direito de todos. Não é porque está preso que não pode ter o direito. BOM Achei a reforma excelente. Pelo menos uma coisa funciona neste País. Casamentos em presídios Aeroporto JK é o segundo mais bem avaliado 18/11/10 11:29 REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015 ard tC Gifi ão feiç Re GIFT CARD FECOMÉRCIO Fácil presentear. Ótimo receber! 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