Anais_II-seminario

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Anais_II-seminario
REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE
REBRAENSP – POLO RIO GRANDE DO SUL
ANAIS
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do Sul –
REBRAENSP Polo RS
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do
Sul – REBRAENSP Polo RS: ANAIS
- Local: Porto Alegre, RS
- Editor: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele, Janete de
Souza Urbanetto
- Ano da publicação: 2015
2
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS
Coordenação Nacional da REBRAENSP
Carmen Silvia Gabriel - Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – USP/RP, SP
Edinêis Brito Guirardello - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP
Janete de Souza Urbanetto - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, RS
Maria Angélica Sorgini Peterlini - Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, SP
Coordenação da REBRAENSP - Polo Rio Grande do Sul (RS)
Luiza Maria Gerhardt [Coordenadora] – Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS
Wiliam Wegner [Vice Coordenador] - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS
Caroline Zottele [Vice Coordenadora] – Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS
Coordenação do Núcleo Ijuí – REBRAENSP/Polo RS
Adriane C. Bernat Kolankiewicz [Coordenadora] – Universidade Regional do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, RS
Fabiele Aozane [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed do Noroeste, RS
Coordenadora do Núcleo Porto Alegre – REBRAENSP/Polo RS
Rita Timmers [Coordenadora] – Instituto de Cardiologia - IC/FUC, RS
Coordenadora do Núcleo Região do Vale do Paranhana – REBRAENSP/Polo RS
Claudia Capellari [Coordenadora] – Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT, RS
Coordenadora do Núcleo Região dos Vales – REBRAENSP/Polo RS
Janine Koepp [Coordenadora] - Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, RS
Coordenação do Núcleo Santa Maria – REBRAENSP/Polo RS
Caroline Zottele [Coordenadora] - Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS
Eveline Antonello [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed de Santa Maria, RS
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO-CIP
S471a Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS
(2. : 2014 : Porto Alegre, RS)
Anais ; segurança do paciente : ampliando perspectivas [recurso eletrônico]
/ II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do PacientePolo RS; organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner,
Caroline Zottele, Janete de Souza Urbanetto ; [organização] Rede Brasileira de
Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. – Porto Alegre: Escola de Enfermagem
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015.
201 p.
Disponível online
ISBN: 978-85-66106-68-8
1. Enfermagem – Eventos. 2. Segurança do paciente. I. Rede Brasileira
de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. II. Gerhardt, Luiza Maria
III. Wegner, Wiliam. IV. Zottele, Caroline. V. Urbanetto, Janete de Souza.
VI. Título.
NLM: WY3
Bibliotecária responsável: Rejane Raffo Klaes – CRB 10/586
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO
PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECTIVAS
Comissão Executiva
Coordenadora do Núcleo de Porto Alegre: Rita Timmers
Coordenadora do Núcleo Região dos Vales: Janine Koepp
Coordenadora do Núcleo da Região do Vale do Paranhana: Cláudia Capellari
Coordenadora do Núcleo de Santa Maria: Caroline Zottele
Coordenadora da Comissão Científica: Michele Malta
Coordenadora da Comissão de Secretaria: Rita Timmers
Coordenadora da Comissão Social: Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha
Coordenadores do Polo RS: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele
Integrante da Coordenação da REBRAENSP Nacional: Janete de Souza Urbanetto
Comissão Científica
Comissão de Secretaria
Adriana Ferreira da Rosa
Cassiana Prates
Gisela Maria Schebela Souto de Moura
Heloisa Helena Karnas Hoefel
Janete de Souza Urbanetto
Luiza Maria Gerhardt
Maria Cristina Lore Schilling
Michele Malta
Rita Catalina Aquino Caregnato
Tânia Solange Bosi de Souza Magnago
Wiliam Wegner
Aline Carla Hennemann
Gabriela Manito Guzzo,
Graziella Gasparotto Baiocco,
Janine Koepp
Juliana Petri Tavares
Patrícia Treviso
Rita Timmers
Comissão Social
Alessandra Martins Lemes
Alex Pereira
Christian Negeliskii
Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha
Emiliana Costa
Monique Dal Pozzo
Patricia Bopsin
Renata Pereira Silva Artioli
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO
PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE:
PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECTIVAS
PERSPECTIVAS
O Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo RS
é realizado de dois em dois anos, e integra a área dois do seu Plano Bienal de Trabalho –
Extensão às Comunidades e Sociedade. Seu objetivo é oportunizar e promover a
discussão e reflexão sobre a segurança na atenção à saúde de pessoas e comunidades.
Para o II Seminário foram inscritos 98 trabalhos, sendo 87 aprovados para
apresentação oral. Os trabalhos foram classificados em quatro grandes áreas: ações para
a segurança na prática assistencial, pesquisa, ações no ensino/educação e reflexão
teórica. Na produção dos trabalhos estiveram envolvidos 260 autores, entre
enfermeiros, acadêmicos de enfermagem, técnicos de enfermagem, docentes e outros
profissionais da área da saúde, de várias localidades do Estado, Santa Catarina, Paraná e
Rio de Janeiro.
Neste ano, o tema central do Seminário foi “Segurança do Paciente: Ampliando
Perspectivas”. A REBRAENSP Polo RS se alinha com a Organização Mundial da Saúde,
Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) em suas iniciativas e recomendações para a expansão dos
esforços e pesquisas relativos à segurança do cuidado para além da assistência
hospitalar. Sem desconsiderar a complexidade do cuidado à saúde realizado nos
hospitais, a necessidade de segurança também é imperativa em todos os outros níveis de
atenção e tipos de serviços.
Na atenção primária, nos serviços de atenção à saúde mental e no cuidado
domiciliar, só para citar alguns, os pacientes têm, também, o direito ao cuidado seguro.
E, consequentemente, cabe a nós, profissionais da saúde, assegurar este direito. O tema
central do II Seminário evidencia a preocupação e a iniciativa da REBRAENSP Polo RS no
sentido de despertar a atenção dos profissionais da saúde e fomentar a discussão sobre
a segurança como um aspecto inerente a todo e qualquer cuidado à saúde.
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
A Comissão Executiva II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e
Segurança do Paciente – Polo RS agradece aos participantes, integrantes das Comissões,
monitores, palestrantes, coordenadores de mesas, apoiadores do evento e ao Centro
Universitário Metodista – IPA.
Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele
Coordenadores da REBRAENSP Polo RS
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Sumário
1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL...................................... 13
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA SECRETARIA DE
SAÚDE ............................................................................................................................................................................. 14
A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES PEDIÁTRICOS
PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS .................................................................... 16
A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A
VISITA DOMICILIAR .................................................................................................................................................. 18
A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE . 20
AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS ........................................................................................................... 22
ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA UMA
ASSISTENCIA SEGURA ............................................................................................................................................. 24
APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................................. 27
APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA PARA O
PROCEDIMENTO SEGURO ...................................................................................................................................... 29
ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE FIBROSE
CÍSTICA........................................................................................................................................................................... 32
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER
PLEURAL........................................................................................................................................................................ 34
AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................................ 36
CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO ALEGRE/RS
........................................................................................................................................................................................... 38
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................................................... 40
EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E QUALIFICAR OS
REGISTROS DE ENFERMAGEM ............................................................................................................................ 43
EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM
DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL......................................................................................................................... 45
ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO
PACIENTE...................................................................................................................................................................... 47
ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .................................... 49
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ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA
NEONATAL E DE PEDIATRIA ................................................................................................................................ 51
HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA DO
PACIENTE...................................................................................................................................................................... 53
HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS
DE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................ 55
I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA
REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 57
IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE
SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 59
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA ......................................... 61
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA ..................................................................... 63
EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE ............................................................................................................................... 63
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR
........................................................................................................................................................................................... 65
II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA
REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 67
IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 69
IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE
HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 71
IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS
ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
PORTO ALEGRE .......................................................................................................................................................... 73
INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL ...................................... 75
MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO,
ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM .................................................................................................................. 77
PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................... 79
RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA PARA O
PACIENTE...................................................................................................................................................................... 82
REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A
SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 84
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE QUEDAS
EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS .. 86
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA
REBRAENSP ................................................................................................................................................................. 88
RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM
HOSPITAL DE MÉDIO PORTE ............................................................................................................................... 90
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO UNIDADES DE
APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO ................................................................................. 93
SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO FERRAMENTA DE
MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM............................................................. 96
SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
........................................................................................................................................................................................... 98
SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA .............................................................................100
SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA
BACTERIANA .............................................................................................................................................................102
TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA INTERVENÇÃO
FISIOTERAPÊUTICA................................................................................................................................................105
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA
RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL ...........................................................107
2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................... 109
A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa .......110
A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM .................................112
A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS.........................................................................................................................115
ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA .................................................................................................................117
ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: QUALIDADE
ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE ....................................................................................119
ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS...................................................................................................................................121
ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: CONTRIBUIÇÕES
PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................123
AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS
HOSPITALIZADOS ....................................................................................................................................................125
BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE TRABALHO
DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ...........................................................................................................................127
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A
HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................................................................129
CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE
LITERATURA..............................................................................................................................................................131
CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO CIRÚRGICO
.........................................................................................................................................................................................133
CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA
ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .........................................................135
CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
.........................................................................................................................................................................................137
ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA ............................139
ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS .............141
EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI?..................................................143
GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ...........................145
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO PACIENTE
.........................................................................................................................................................................................147
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA ....................................149
INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER
INTRAVENOSO PERIFÉRICOa..............................................................................................................................151
LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR DO RIO
GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
.........................................................................................................................................................................................153
O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA.....................................................................................................155
O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.....................................................................................................................................157
REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE
MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE
QUEDAS ........................................................................................................................................................................159
REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS COMUMENTE
RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES ......................................................................................................161
RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A
SEGURANÇA DO PACIENTE .................................................................................................................................163
RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE QUEDAS DE
PACIENTES INTERNADOS....................................................................................................................................165
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO...................167
SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA......................................................169
SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓSOPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA.........................................................................................................171
SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS
ADVERSOS...................................................................................................................................................................173
SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA ........................................................175
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa........177
3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO ......................................................................................................... 179
AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA ENSINO SERVIÇO .......................................................................................................................................................................180
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS DE
ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE..................................................................................182
FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: FUNDAMENTAL
PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................184
GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................................186
SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE
ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ........................................................................188
SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES ...................................190
VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE SEGURANÇA
DO PACIENTE ............................................................................................................................................................192
4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE .......................................................... 194
A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .............195
COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO TEÓRICA197
ÍNDICE DE AUTORES .................................................................................................................................. 199
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA
SECRETARIA DE SAÚDE
Juliana Mariano Santos, Raquel Granjeiro Baltar, Suzi da Silva Fariaa
Introdução: o serviço de saúde é de alta complexidade, requer tecnologias avançadas,
atendimento personalizado a uma demanda de clientes cada vez mais exigente, com
expectativa de vida maior e, em acréscimo às doenças crônico-degenerativas,
consequentemente, a racionalização na organização do trabalho em saúde exige
recursos humanos e materiais que equacionem os problemas administrativos e
assistenciais de maneira ágil e eficiente1. Por isso, a administração de materiais existe
para abastecer, em quantidade e qualidade, os itens que o sistema produtivo requisita, o
mais próximo possível do momento do uso, com o menor custo possível2. O enfermeiro,
ao gerenciar os materiais, “executa atividades de controle de qualidade e de desperdício,
avaliação do material, teste de novos materiais, controle dos materiais de alto custo,
orientação sobre a forma de utilização adequada dos materiais”3. Além disso, a aquisição
deverá ser acompanhada na pós-comercialização, pois os materiais adquiridos podem
gerar algum tipo de risco ao paciente. Objetivo: o deste estudo é apresentar a
experiência de enfermeiros de uma Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro na qualificação
técnica de materiais para abastecimento das unidades de saúde, determinando a
importância dos materiais de consumo vitais e essenciais, utilizando a Classificação XYZ
e aperfeiçoando o catálogo de materiais. Método: trata-se de um estudo exploratório e
descritivo, na modalidade estudo de caso. Resultados: dos 210 itens classificados, 62,2%
correspondem aos materiais classificados como vitais pela equipe multidisciplinar,
27,8% são itens essenciais e 10% são itens intermediários. Conclusão: a relevância do
Catálogo de materiais ficou evidenciada como uma das ferramentas gerenciais que pode
auxiliar no processo de tomada de decisão, proporcionando visualizar as classes de
materiais por especificação, classificação e codificação, identificando os itens
imprescindíveis no estoque, para o atendimento ao paciente com segurança e melhor
qualidade na assistência.
Descritores: Enfermagem. Organização e Administração. Recursos Materiais em Saúde.
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Referências
1 Secco LB, Rothbarth S, Dyniewicz AM. Gestão de recursos materiais e qualidade na
assistência à saúde. PROENF Gestão. 2013;2(3):71-105.
2 Vecina Neto G, Ferreira Junior WC. Administração de materiais para sistemas locais de
saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Administração. Rio de Janeiro:
Fiocruz; 2001. p.117-58.
3 Oliveira NC, Chaves LDP. Gerenciamento de recursos materiais: o papel da enfermeira
da unidade de terapia intensiva. Rev Rene. 2009;10(4):19-27.
4 Mendes KGL, Castilho V. Determinação da importância operacional dos materiais de
enfermagem segundo a Classificação XYZ. In: Rev Inst Ciênc Saúde. 2009;27(4):324-9.
_________________
a
Enfermeira/Assessora Técnica do Núcleo de Qualificação SES. Relatora. Email:
[email protected]
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES
PEDIÁTRICOS PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS
Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc,
Giovanna Negrettoc
Introdução: pacientes pediátricos são considerados “órfãos terapêuticos”, carecendo de
formulações adequadas. No hospital, esse problema é sanado pela preparação de
derivações farmacêuticas. Quando estes medicamentos são prescritos na alta hospitalar,
torna-se essencial a orientação pelo farmacêutico ou enfermeiro, de como proceder a
preparação em domicílio. Para assegurar o uso correto dos medicamentos é importante
que a equipe multidisciplinar forneça informações de forma clara e objetiva, buscando o
maior entendimento dos familiares e correta administração dos medicamentos
prescritos. Objetivo: descrever a atuação do farmacêutico, na alta hospitalar de
pacientes pediátricos, para a educação sobre o correto preparo de derivações
farmacêuticas. Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em
unidades de internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil,
realizado em 2014. Resultados: para realizar a orientação sobre o preparo da derivação
no domicílio, o farmacêutico elabora um material informativo que contém as etapas do
processo de preparação: limpeza do local, higienização das mãos do manipulador, uso de
água filtrada ou fervida fria, explicação da diluição do medicamento, a manipulação dos
instrumentos de medida, a dose que será administrada, a estabilidade dos
medicamentos, o local de armazenamento da derivação farmacêutica e limpeza
adequada dos objetos que foram utilizados no processo de preparação. Além dessas
informações, são fornecidos frascos já rotulados e seringas dosadoras identificadas, que
irão auxiliar na preparação da derivação farmacêutica pediátrica no domicílio. O
farmacêutico também realiza a elaboração, juntamente com o cuidador do paciente, de
uma tabela com os horários mais adequados para a administração dos medicamentos,
com o intuito de facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional
farmacêutico, bem como da equipe multiprofissional, na orientação da preparação de
derivações farmacêuticas na alta hospitalar de pacientes pediátricos é de grande
importância, pois contribui para a administração correta da dose e, consequentemente,
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
um tratamento mais efetivo e seguro. O aconselhamento ao cuidador é uma importante
medida de prevenção de erros e os profissionais de saúde devem estar preparados para
esta atividade. Contribuições para a enfermagem: o processo de educação em pediatria
envolve toda a equipe multidisciplinar, vista a complexidade dos cuidados. Nem todos os
hospitais possuem farmacêutico clínico que atua nas orientações aos familiares. É de
grande importância que os enfermeiros realizem as atividades de orientação aos
familiares para o uso correto de medicamentos após a alta. A orientação ao cuidador
auxilia no preparo e administração correta e previne possíveis erros de medicação,
garantindo a continuidade do tratamento e evitando até mesmo a utilização incorreta de
instrumentos de medida como colheres e seringas.
Descritores: Alta do Paciente. Pediatria. Atenção Farmacêutica.
Referência
Santos LS, Torriani MS, Barros E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. Porto
Alegre: Artmed; 2013.
_________________________
a
Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, RS.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
c
Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, RS.
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A
VISITA DOMICILIAR
Aline Carla Hennemann¹; Leila Schmitd²; Elisabeth Paris³;Thiago Silva4;
Alexander de Quadros5
Introdução: a inserção da terapia nutricional junto à avaliação e orientação na visita
domiciliar possibilita ao enfermeiro desenvolver um raciocínio crítico e reflexivo.
Consequentemente, o planejamento das ações, considerando o modo de vida e os
recursos que este indivíduo dispõe, tange em articulações para um modelo assistencial,
o discurso relativo à integralidade e à humanização do cuidado, e assume papel de
destaque na orientação e reorientação. A focalização das práticas em públicos
vulneráveis, limites financeiros e parcerias intersetoriais aparecem como desafio para a
promoção da saúde coletiva. Objetivo: relatar a vivência de um grupo de acadêmicos de
enfermagem nas orientações sobre terapia nutricional no cenário da visita domiciliar.
Método: trata-se do relato de vivências de um grupo de acadêmicos de enfermagem, das
Faculdades Integradas de Taquara-FACCAT, junto à disciplina de avaliação das
necessidades de saúde, realizadas em uma unidade básica de saúde, onde os acadêmicos
de enfermagem realizaram visita domiciliar com enfoque na orientação da terapia
nutricional. Resultados: durante as visitas domiciliares, observamos as necessidades
daqueles familiares em obter informações sobre a terapia nutricional para aqueles
indivíduos fragilizados e debilitados, orientações que se circundaram sobre a
manipulação, armazenamento, validade e temperatura ideal das dietas para serem
administradas, bem como a posição adequada do paciente no leito. Conclusão: através
destas vivências ressaltamos a importância do enfermeiro estar engajado neste
contexto, não sendo esta uma ação exclusiva ou isolada do nutricionista, para tanto, a
troca de saberes constrói novos conceitos para o cuidado, traduzidos em uma
assistência segura por meio de uma visão sistêmica.
Descritores: Terapia Nutricional. Enfermagem. Saúde Coletiva.
Referências
18
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica
Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos
em terapia nutricional enteral e parenteral. Projeto Diretrizes. São Paulo; 2011.
Matsuba CST, Serpa LF, Ciosak SI. Terapia nutricional enteral e parenteral-Consenso e
Boas Práticas de Enfermagem. São Paulo: Martinari; 2014.
Carmagnani MIS, et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2013.
_________________________
1Enfermeira.
Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital
Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia
Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS)
Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de
Taquara. FACCAT. Relatora.
2Acadêmica
de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades
Integradas de Taquara. FACCAT
3Acadêmica
de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades
Integradas de Taquara. FACCAT.
4Enfermeiro.
Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em
Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem
da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na
Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de
Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT.
5 Enfermeiro. Graduado pela Universidade Feevale. Mestre em Educação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC/RS. Professor do Curso de Bacharelado
em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT.
19
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO
PACIENTE
Adriana Ferreira da Rosaa, Murilo dos Santos Graeffb, Alex Pereirac
Introdução: são cada vez mais frequentes os esforços mundiais para a mitigação dos
eventos adversos relacionados ao processo da assistência, entre estes podemos citar a
criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, pela Organização Mundial de
Saúde, em 2004 e, no Brasil, mais recentemente, o Programa Nacional de Segurança do
Paciente, pelo Ministério da Saúde, em 20131. Diante deste cenário, a busca de
mecanismos que proporcionem a diminuição da ocorrência destes incidentes a índices
aceitáveis deve ser uma constante dos profissionais da saúde1. Objetivos: relatar a
experiência de implantação da checagem eletrônica da medicação à beira leito,
promovendo a segurança do paciente na cadeia medicamentosa nas unidades de
internação hospitalar. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da implantação
da tecnologia para a checagem da medicação à beira do leito do paciente em um hospital
de médio porte em uma capital do sul do Brasil. Relato do caso: a checagem de
medicamentos à beira leito resumidamente irá vincular os dados do paciente certo
(conferindo pulseira de identificação), e conferir se o medicamento está prescrito para
aquele paciente naquele horário. Primeiramente, buscando avaliar o que se tinha no
mercado aliando ao que atenderia as necessidades da instituição, realizaram-se testes
com vários dispositivos comumente utilizados para checagem à beira leito. Definiu-se
como dispositivo que melhor abrangesse a necessidade, à medida que o hospital já
utilizava um carro com monitor multiparâmetro, o uso de carros para medicação, que
possuem além de um computador (notebook) acoplado também a possibilidade de
adicionar o monitor. Assim, como resultado, temos um carro que serve para, além de
checar a medicação, proporcionar vários registros à beira leito, aumentando ao máximo
a presença da enfermagem junto ao paciente. Para o teste piloto, optou-se por iniciar em
duas unidades de internação com uma amostragem de pacientes (em média seis
pacientes por unidade), buscando identificar melhorias no processo antes de estender
aos demais pacientes. Resultados: como resultados preliminares, percebeu-se um
aumento da confiança dos pacientes, à medida que sentem o esforço para garantir-lhes
20
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
uma assistência com menos erros possíveis. Conclusões: considerou-se que a checagem
das medicações à beira do leito traz maior confiança e tranquilidade ao paciente e
família, pela certeza de que a medicação administrada está prescrita para o paciente
naquele horário. O método propicia o controle das medicações em atraso e as pendentes
de administração, facilitando ao enfermeiro a vigilância sobre este fluxo. Constatou-se
que é imprescindível que a equipe de enfermagem tenha noções básicas em informática
para que o dispositivo não se torne um obstáculo na cadeia medicamentosa. O
treinamento intensivo na implantação da ferramenta é considerado determinante para
facilitar e viabilizar o uso do equipamento.
Palavras-chave: Segurança. Medicação. Checagem.
Referência
1 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília:
ANVISA; 2014.
_________
aEnfermeira
pela UFSC, Especialista em Administração Hospitalar pelo IAHCS,
Coordenadora de Enfermagem das Unidades de Internação do Hospital Divina
Providência, Porto Alegre, RS.
bEnfermeiro
pela UNISC, Especialista em Cardiologia pelo IC-FUC, Analista de negócios
na área T.I.
cEnfermeiro
pela Ulbra, Coordenador do Núcleo da Qualidade e Gestor de Risco do
Hospital Divina Providência, Porto Alegre, RS. Relator.
21
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS
Rosmari Wittmann Vieiraa, Joseane Kalata Nazarethb, Mitieli Vizcaychipi Disconzic
Introdução: queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à
posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por
circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. A queda pode provocar
uma série de consequências na vida do paciente, como lesões físicas, declínio funcional,
restrição de atividades, depressão, e em alguns casos podendo levar até a morte2.
Objetivo: descrever os cuidados realizados pela equipe de enfermagem de uma unidade
de internação clínica-cirúrgica, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, quanto à
prevenção de quedas. Metodologia: trata-se do relato de experiência de enfermeiras de
uma unidade de internação clinica e cirúrgica na utilização de um protocolo de
prevenção de quedas dos pacientes. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre possui um
protocolo específico para a prevenção de quedas, iniciando no momento da internação,
com a entrega de folders de orientações aos pacientes e familiares. Nas unidades
clínicas-cirúrgicas, o protocolo funciona da seguinte forma: no momento da admissão, a
enfermeira aplica uma escala para avaliar o risco de quedas (escala de Morse), em que o
paciente é pontuado de acordo com: história de quedas, diagnóstico secundário, auxílio
para deambular, acesso venoso, marcha/equilíbrio e estado mental. Quando a pontuação
é maior ou igual a 45 pontos, a enfermeira abre o diagnóstico de Enfermagem de “Risco
de Quedas”, prescreve os cuidados, que serão realizados pela enfermagem e fisioterapia
e é colocada pulseira de sinalização. A escala de Morse é reavaliada semanalmente e nas
seguintes situações: mudança do estado de saúde, após cirurgia, nas transferências de
unidade, nos procedimentos com sedação e se ocorrer queda3. Resultados: no decorrer
destes últimos anos, a enfermagem incluiu este protocolo em seu cotidiano, este dado foi
incluído na passagem de plantão, os pacientes e familiares foram envolvidos nos
cuidados, com consequente redução de quedas na unidade. Conclusão: acreditamos que
a avaliação pela escala de Morse no momento de admissão e as devidas reavaliações do
risco, associadas à aplicação da prescrição de enfermagem e a realização da educação do
paciente e familiar para prevenção de quedas, proporcionam uma internação mais
tranquila e segura para o paciente, além de evitar lesões decorrentes de quedas.
22
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Contribuições para a Enfermagem: a aplicação deste protocolo aumenta a segurança do
paciente, facilita e qualifica o trabalho da enfermagem. O uso da pulseira reforça a
necessidade de maior vigilância.
Descritores: Segurança do Paciente. Protocolos. Assistência de Enfermagem.
Referências
1 Organização Mundial da Saúde. Relatório global da OMS sobre prevenção de quedas na
velhice.
Genebra;
2010
[acesso
em
2013
Nov
20].
Disponível
em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_prevencao_quedas_velhice.pdf
2 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para
quedas em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2009;13(4):12091218.
3 Costa SGRF, Monteiro DR, Hemesath MP, Almeida MA. Caracterização das quedas do
leito em pacientes internados em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011
Dez;32(4):676-81.
___________________
a
Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Relatora.
b
Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.
c
Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.
23
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA
UMA ASSISTENCIA SEGURA
Cinthia Dalasta Caetano Fujiia; Sonia Liandra Marques Fingerb; Stela Maris Theisen
Monacoc; Marilei Salete Toniald; Adriana Magalhães da Fée; Maria Conceição da Costa
Proençaf
Introdução: a Acreditação hospitalar é uma avaliação feita por comissão externa e
independente, que determina se a instituição de saúde atende a uma série de padrões
para melhorar a segurança e a qualidade do cuidado. As seis metas internacionais de
segurança incluídas no processo de avaliação são respectivamente: Meta 1: Identificar os
pacientes corretamente; Meta 2: Melhorar a comunicação efetiva; Meta 3: Melhorar a
segurança de medicamentos de alta vigilância; Meta 4: Assegurar cirurgias com paciente
correto, procedimento correto e local de intervenção correto; Meta 5: Reduzir o risco de
infecções associadas aos cuidados de saúde; Meta 6: Reduzir o risco de lesões
recorrentes de quedas. Objetivo: relatar as mudanças no processo de trabalho em uma
unidade de hemodiálise por ocasião do interesse de um hospital universitário em
conquistar o selo da acreditação internacional por prestar uma assistência de qualidade,
cumprindo a Missão Institucional (Assistência; Ensino e Pesquisa). Metodologia: trata-se
de um estudo que visa relatar a experiência da enfermagem no processo da Acreditação
Internacional na unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário do sul do Brasil. O
processo de implementação das normas para Acreditação foi realizado através de uma
comissão local composta por técnicos de enfermagem e enfermeiros, e contou com uma
comissão institucional de apoio para trabalhar as necessidades de adequação da área.
Resultados: os processos de mudança envolvendo a unidade de hemodiálise foram:
identificação do paciente; medicamentos: *validação do medicamento eritropoietina,
armazenamento correto dos medicamentos; identificação dos medicamentos de alta
vigilância; transformação do manual de rotinas em procedimentos operacionais padrão;
descarte adequado de resíduos; armazenamento correto de materiais, capacitações para
higienização correta de mãos; entre outros. Considerações finais: as mudanças
decorrentes do processo de Acreditação Hospitalar contribuíram para um processo de
trabalho mais seguro para a equipe de saúde e pacientes, focado nos melhores padrões
24
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
de qualidade na assistência ao paciente renal. Foi fundamental no processo de adoção
das metas internacionais um envolvimento de toda equipe de saúde. O apoio de áreas
como
a
assistência
farmacêutica,
engenharia
e
administração
facilitaram
a
implementação de algumas metas, ou seja, mostrou-se essencial o comprometimento
interdisciplinar. O desafio é manter o padrão de qualidade solicitado e sensibilizar os
novos colaboradores que venham a compor a equipe.
Descritores: Hemodiálise. Segurança. Acreditação.
Referências
1 National Association of Theatre Nurses. Swab, instrument and needles count. In: NATN
standards and recommendations for safe perioperative practice. Harrogate, UK; 2005. p.
233-7.
2 Operating Room Nurses Association of Canada. Surgical counts. In: Recommended
standards, guidelines, and position statements for perioperative nursing practice.
Mississauga: CanadianStandards Association; 2007.
3 Ministério da Saúde (Brasil). Manual brasileiro de acreditação hospitalar. 3ª Ed.
Brasília, DF; 2002.
4 Oliveira DV e cols. Acreditação hospitalar como forma de atender com qualidade as
necessidades dos clientes nas organizações de saúde. XXIII Encontro Nac. de Eng. de
Produção. Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003.
5 Cassiani SHB, editor. Hospitais e medicamentos: impacto na segurança do paciente.
São Paulo (SP): Yendis; 2010.
_____________________
a
Cinthia Dalasta Caetano Fujii – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]
b
Sonia Liandra Marques Finger – Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]
25
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
c
Stela Teisen Monaco - Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]
d Marilei
Salete Tonial – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas
de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected]
e Adriana
Magalhães da Fé – Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS. E-mail: [email protected]
f Maria
Conceição da Costa Proença – Enfermeira chefe da unidade de hemodiálise do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: mproenç[email protected]
26
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Mariana Fröhlicha, Cristiane Segattoa, Nicolli Cargnelutti Follakb, Eliane Raquel Rieth
Benettic, Joseila Sonego Gomesd, Eniva Miladi Fernandes Stumme
Introdução: as úlceras por pressão constituem um dos principais eventos adversos
encontrados em instituições de saúde. Para os pacientes, trazem dor e sofrimento e,
associadas a outras causas e infecções, podem levar à morte. Para as instituições de
saúde, implicam aumento de custos e tempo de internação. Por suas consequências, a
prevenção das úlceras por pressão é uma das Metas Nacionais de Segurança do Paciente.
Objetivo: descrever a utilização de uma escala de avaliação do risco de desenvolver
úlcera por pressão a partir de um projeto piloto e os cuidados de enfermagem
instituídos. Metodologia: relato da experiência de enfermeiros na aplicação de uma
escala de avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes
internados. Resultados: a escala de avaliação de risco de úlcera por pressão utilizada foi
a Escala de Braden, que avalia seis fatores: percepção sensorial, umidade, atividade,
mobilidade, nutrição e fricção e cisalhamento, com classificação em sem risco, risco
baixo, moderado e elevado. Em todos os pacientes admitidos na unidade é realizada
inspeção da pele e aplicação da escala de Braden nas primeiras 24 horas. Se o paciente
apresentar risco de desenvolver úlcera por pressão é realizada a prescrição de
enfermagem conforme o protocolo de prevenção, coloca-se no leito um relógio de
mudança de decúbito e identifica-se o paciente, no mural da unidade, com um bottom
vermelho. A reavaliação é feita nas segundas, quartas e sextas-feiras. Se nas reavaliações
o paciente apresentar úlcera por pressão, o evento é notificado ao Grupo de Prevenção e
Tratamento de Lesões de Pele e inicia-se o tratamento, com reavaliações constantes.
Paciente sem risco para úlcera por pressão é reavaliado novamente nas próximas 72
horas. Conclusão: com a implantação deste projeto piloto, observou-se a importância de
avaliar diariamente os pacientes, pois uma úlcera por pressão pode se desenvolver em
poucas horas. Destaca-se a atuação do enfermeiro neste processo, pois ele é responsável
pela avaliação, definição das ações de prevenção e tratamento da úlcera por pressão.
Contribuições para a Enfermagem: ações preventivas relacionadas às úlceras por
27
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
pressão diminuem custos do tratamento, tempo de permanência hospitalar, qualificam a
assistência de enfermagem e favorecem a segurança do paciente.
Descritores: Úlcera por Pressão. Enfermagem. Medição de Risco.
Referências
1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP/Polo RS).
Estratégias para a segurança do paciente. Manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre, RS: Edipucrs; 2013.
2 Santos CT, Oliveira MC, Pereira AGS, Suzuki LM, Lucena AF. Indicador de qualidade
assistencial úlcera por pressão: análise de prontuário e de notificação de incidente. Rev
Gaúcha Enferm. 2013;34(1):111-8.
3 Araújo TM, Araújo MFM, Caetano JA. O uso da escala de Braden e fotografias na
avaliação do risco para úlceras por pressão. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(4):858-64.
____________________________
a
Enfermeira
da
Associação
Hospital
de
Caridade
de
Ijuí.
Email:
Unijuí.
Email:
[email protected], [email protected]
b
Acadêmica
de
Enfermagem,
Bolsista
de
IC
PIBIC/Unijuí,
[email protected]. Relatora.
c
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí.
Email: [email protected]
d
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul.
e
Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí. Email: [email protected]
28
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA
PARA O PROCEDIMENTO SEGURO
Cinthia Dalasta Caetano Fujiia, Sonia Liandra Marques Fingerb, Stela Maris Theisen
Monacoc, Marilei Salete Toniald, Adriana Magalhães da Fée,
Maria Conceição da Costa Proençaf
Introdução: algumas iniciativas institucionais estão sendo realizadas em várias unidades
do Hospital de clinicas de Porto Alegre, no sentindo de garantir a segurança do paciente,
implementando a meta 4 da acreditação internacional, sendo que a mesma busca
assegurar um procedimento seguro, ou seja, no paciente correto e local da intervenção
correto. Objetivo: o presente trabalho visa relatar a experiência dos profissionais de
enfermagem na utilização de um checklist realizado na unidade de hemodiálise para
pacientes que são submetidos. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo realizado
em uma unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário que realiza biópsia renal
em pacientes transplantados. Os itens a serem questionamentos e checados pela equipe
de enfermagem antes do procedimento incluem a identificação do paciente,
procedimento, local do procedimento, assinatura do termo de consentimento, exames
complementares, questionamento sobre alergias, avaliação, feita pela equipe médica, de
risco para sangramento, verificação dos materiais da sala, necessidade de coleta de
exames, ecografia, identificação do material biológico com dados do paciente e número
de solicitação e encaminhamento correto. Resultados: observamos que a utilização deste
checklist proporciona a equipe e ao paciente maior segurança na realização dos
procedimentos, maior conhecimento sobre o paciente e garante que o material biológico
que é retirado seja encaminhado para o local correto em condições de ser processado
para diagnóstico. A implantação desta ferramenta também assegura que o paciente seja
informado sobre o procedimento e possíveis complicações através do termo de
consentimento livre e esclarecido. Considerações finais: a utilização deste checklist
confere ao paciente e a equipe maior segurança na realização dos procedimentos
indicados, identificando e corrigindo possíveis eventos adversos antes da realização do
mesmo. Após um período de utilização do formulário verificamos a necessidade de
incluir a verificação dos sinais vitais, prescrição de cuidados pós-procedimento e
29
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
registro da evolução de enfermagem. Na unidade hemodiálise intra-hospitalares citada
no trabalho verificou-se que esse instrumento é fundamental dada a rotatividade de
pacientes e de equipe médica que presta o atendimento, ou seja, o fluxo de
procedimentos é grande e esta medida adotada na instituição vai ao encontro da
segurança dos pacientes.
Descritores: Acreditação Hospitalar. Procedimento Seguro. Assistência Segura.
Referências
1 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para evitar eventos adversos. São
Caetano do Sul, SP: Editora YENDIS; 2010.
2 Greenberg CC, et al. Bar-coding surgical sponges to improve safety: a randomized
controlled trial. Annals of Surgery. 2008;247:612-6.
3 American College of Surgeons. Statement on the prevention of retained foreign bodies
after surgery. Chicago: American College of Surgeons; 2005 [acessado 2008 Fev 5].
Disponível em: http://www.facs.org/fellows_info/statements/st-51.html
4 Association of Peri-Operative Registered Nurses. Recommended practices for sponge,
sharp, and instrument counts. In: Standards, recommended practices and guidelines.
Denver, Colorado: AORN; 2007. p. 493-502.
5 Australian College of Operating Room Nurses and Association of Peri-Operative
Registered Nurses. Counting of accountable items used during surgery. In: Standards for
perioperative nurses. O’Halloran Hill, Australia: ACORN; 2006. p. 1-12.
_________________________
a
Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),
RS. E-mail: [email protected].
b
Técnica de enfermagem da unidade de
hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:
[email protected]. c Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: [email protected]. d Enfermeira da
unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:
30
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
[email protected].
e
Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), RS. E-mail: [email protected]. f Enfermeira chefe da unidade de
hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail:
mproenç[email protected]
31
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE
FIBROSE CÍSTICA
Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc,
Giovanna Negrettoc
Introdução: a atenção multiprofissional aos pacientes pediátricos com fibrose cística é
hoje de grande valia no processo de educação em saúde, principalmente no autocuidado
e orientação da família. É necessário que estes pacientes sejam acompanhados pela
equipe multiprofissional durante a internação e esta discuta os casos, buscando um
atendimento integral ao paciente e a família. Objetivo: descrever a atuação do
farmacêutico no processo de educação em saúde às crianças em uso de medicamentos
para tratamento de fibrose cística em um hospital universitário de Porto Alegre.
Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em unidades de
internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil no ano de 2014.
Resultados: os principais cuidados farmacêuticos relacionam-se com a orientação para o
uso de medicamentos que são utilizados para o tratamento das manifestações clínicas
mais comuns. Pacientes com fibrose cística necessitam de tratamento com vários
medicamentos, entre eles estão a terapia com enzimas, nebulizações com
broncodilatadores e fluidificantes e antibióticos para controle de infecções. As
orientações são realizadas durante toda a internação do paciente, juntamente com a
equipe médica e multiprofissional composta de assistentes sociais, educadores físicos,
enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. A atuação do
farmacêutico na equipe é imprescindível, visto que os pacientes com fibrose cística
necessitam ter uma boa adesão ao tratamento para manter o quadro clínico estável. Na
alta hospitalar, além das informações repassadas à família sobre o armazenamento dos
medicamentos utilizados, o farmacêutico elabora, juntamente com o paciente e a família,
uma tabela com os horários, doses e cuidados mais adequados para a administração dos
medicamentos e fisioterapias, com o intuito de auxiliar a organização no domicílio e
facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional farmacêutico na
atenção ao paciente pediátrico com fibrose cística é fundamental para uma melhor
adesão ao tratamento, através do fornecimento de informações sobre os medicamentos
32
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
utilizados. A adesão à terapia medicamentosa contribui para a melhora da qualidade de
vida e aumento de sobrevida dos pacientes. Também é essencial que a família esteja bem
informada e amparada pela equipe multiprofissional que acompanha o paciente
fibrocístico para que a farmacoterapêutica seja efetiva. Contribuição para a enfermagem:
através do trabalho conjunto da equipe multiprofissional pode-se fornecer uma atenção
integral no atendimento ao paciente fibrocístico, garantindo um tratamento mais seguro
e efetivo. A análise dos medicamentos previamente usados em domicílio (reconciliação
medicamentosa) e a validação dos medicamentos que serão utilizados durante a
internação, auxiliam a equipe médica e de enfermagem no manejo dos medicamentos e
garantem uma maior segurança na administração dos mesmos.
Descritores: Fibrose Cística. Atenção Farmacêutica. Pediatria.
Referência
Martins LA, Santos L. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes com fibrose
cística na internação pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Infarma.
2006;18(7-8):13-18.
__________________
a
Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, RS.
b Relatora.
c
E-mail: [email protected]
Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, RS.
33
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM
CATETER PLEURAL
Ana Paula Almeida Corrêaa, Carla Walburga da Silva Bragaa,b, Luciana Foppaa, Luzia
Teresinha Vianna dos Santosa, Mari Angela Victória Lourencia,
Patrícia Cristina Cardosoa
Introdução: a Segurança é o primeiro domínio da qualidade na assistência à saúde.
Compreender que as atividades de um hospital oferecem alto risco para os pacientes,
cria no enfermeiro a consciência de incorporar a cultura de Segurança do paciente no
cuidado. Este trabalho destaca a atuação do enfermeiro em unidade clínica de um
hospital universitário do Sul do Brasil, que utiliza cateter pleural (dispositivo flexível,
tubular, totalmente implantável com reservatório subcutâneo, inserido no paciente,
percutaneamente, através de técnica asséptica, pelo cirurgião torácico). Este cateter é
alternativa terapêutica para o derrame pleural maligno. A despeito disso, em indivíduos
com derrame pleural de repetição é utilizado tal dispositivo. Desta forma, cada vez que o
paciente manifeste sinais e/ou sintomas de derrame pleural, o cateter pleural é aberto e
o conteúdo drenado. Objetivo: destacar a atuação do enfermeiro nos cuidados de
enfermagem do paciente com cateter pleural, contribuindo para a qualidade da
assistência e segurança do paciente. Método: trata-se de um relato qualitativo descritivo,
observado na prática assistencial de pacientes internados em unidade clínica de um
hospital universitário do Sul do Brasil que utilizavam cateter pleural. Resultados: o
enfermeiro atua no planejamento de ações e na realização da prescrição de cuidados de
enfermagem ao paciente com cateter pleural, na verificação dos sinais e sintomas
buscando a detecção de alterações sensoriais, respiratórias, instabilidade hemodinâmica
e posterior encaminhamento/ação, se houverem; na supervisão do curativo, observação
de sinais flogísticos no local de inserção do cateter pleural; na manipulação do cateter
pleural, cuidados com os fluídos drenados; administração de solução com anticoagulante
(heparina diluída), quando o cateter permanecer “fechado”. Considerações finais: a
partir da atuação do enfermeiro na supervisão dos cuidados implantados, destacam-se a
monitorização dos sinais e sintomas com vistas à identificação precoce de alterações e
possibilidade de ações corretivas, atenção à integridade da pele, prevenção de infecção e
34
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
a manutenção da permeabilidade do cateter, contribuindo através destas ações para a
segurança do paciente. Implicações para a enfermagem: acreditamos que o
conhecimento teórico, as habilidades e atitudes do enfermeiro em sua prática, aliados às
instituições que dispõem de uma política de Segurança do paciente, contribuem para o
crescimento e fortalecimento da enfermagem.
Descritores: Cateter. Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem.
Referências
Khaleeq G, Musani Al. Emerging paradigms in the management of malignant pleural
effusions. Respirator Medicine. 2008;(102):939-948.
Porcel JM. Pearls and myths in pleural fluid analysis. Respirology. 2011 Jan;16(1):44-52.
Tremblay A, Michaud G. Single-center experience with 250 tunneled pleural cateter
insertions for malignant pleural effusion. Chest. 2006 Feb;129(2):362-368.
Urbanetto JS, Gerhardt LM, organizadoras. Estratégias para a segurança do paciente:
manual para profissionais da saúde. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS; 2013. 132 p.
Disponível em: http://www.rebraensp.com.br/noticias-8/30-livro-polo-rs
________________________
a Enfermeiros
b
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.
Relatora. [email protected]
35
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Simone Lysakowskia,b, Rita Catalina Aquino Caregnatoc,
Aline Winter Sudbrackd
Introdução: as quedas tornaram-se um problema de saúde pública, sendo a segunda
principal causa de mortes por lesões acidentais ou não intencionais em todo o mundo.
Na queda, existem variáveis que podem afetar o tipo e a gravidade da lesão, como: a
idade, o diagnóstico médico, uso de medicações, capacidade visual, alterações
neurológicas, história de quedas anteriores, vertigem e outros.1-2 As quedas podem
ocasionar uma situação traumática e multifatorial, sendo inesperadas e involuntárias,
causando injúrias que limitam o individuo em suas atividades e independência,
comprometendo o seu bem estar físico e mental.2-3 Objetivo: relatar a avaliação de
risco para queda dos pacientes internados em um hospital de grande porte. Método:
relato de experiência sobre funcionamento de um formulário de avaliação do risco de
queda do paciente em um hospital de grande porte, localizado na cidade de Porto
Alegre. Resultado: o enfermeiro é o responsável pela avaliação do risco de queda do
paciente, com o preenchimento diário e assinatura de um formulário. Ao término do
preenchimento deste instrumento, caso exista risco de queda, insere-se uma figura
adesiva na folha de identificação do paciente e na sua pasta (sinalizando o risco para
queda). Mesmo existindo este fluxograma, se ocorrer uma queda, preenche-se o
formulário de intercorrências, no qual se relata o fato e as medidas tomadas, além da
evolução no prontuário do paciente. Este documento de intercorrências é entregue aos
responsáveis, que analisam a ocorrência, sugerindo e que analisam a ocorrência,
sugerindo e recomendando mudança nos processos, a serem executadas no sentido de
aprimorar o atendimento ao paciente, evitando a queda. Conclusão: a partir do
momento em que se avalia o risco de queda do paciente, incorporam-se medidas
preventivas adequadas que são adotadas pelos membros da equipe de saúde,
diminuindo o número de quedas. Desta forma, busca-se implantar a cultura de
segurança, para estimular o envolvimento dos profissionais com estes pacientes.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Acidentes por Quedas.
36
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Referências
1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international
classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes.
[Internet]
2009
[acessado
2014
Mar
22].
Disponível
em:
http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/
2. Marin HF, Bourie P, Safran NC. Desenvolvimento de um sistema de alerta para
prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. Rev.latino-am. Enfermagem. 2000
Jul;8(3):27-32.
3. Stahlhoefer T. Quedas de pacientes no ambiente hospitalar. 2014. 91 f. Dissertação
(Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba – 2014.
___________________________
a
Enfermeira da Organização de Procura de Órgãos – OPO2 do Hospital São Lucas da
PUCRS; Mestranda do programa de pós-graduação em Ensino na Saúde da UFCSPA
([email protected]). b Relatora. c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta
da UFCSPA e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas). Coordenadora do
Programa REMIS da UFCSPA. d Professora Adjunta da UFCSPA. Doutora em Sociologia/
UFRGS.
37
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO
ALEGRE/RS
Débora do Espírito Santo1,2, Renata Pereira Silva1
Introdução: a segurança do paciente tornou-se um movimento mundial. A magnitude
dos erros associados aos procedimentos cirúrgicos levou a Organização Mundial de
Saúde, a lançar a campanha Cirurgias Seguras Salvam Vidas, em 2008. A cirurgia segura
constitui um conjunto de itens básicos com o objetivo de tornar as intervenções
cirúrgicas mais seguras para o paciente. Trata-se de uma lista de verificação checklist
que deve ser seguido pela equipe cirúrgica (cirurgião, anestesista e equipe de
enfermagem), e deve ser aplicada em três momentos: antes da entrada do paciente, Sign
in, que visa assegurar que todos os documentos e informações relevantes ou
equipamentos estejam disponíveis antes do início do procedimento; antes da incisão,
Time Out, tem por objetivo avaliar e assegurar que o paciente, o local cirúrgico, o
procedimento e o posicionamento estão corretos e antes da saída, Check Out, garantir
que todos os documentos estejam devidamente preenchidos antes da saída do paciente
de sala e promover a monitorização de oximetria de pulso para o setor de transferência.
O processo de verificação deve ser interdisciplinar, contando com a participação de
todos os membros da equipe, sendo exigida a comunicação ativa entre todos. Método: o
presente estudo é um relato de experiência. Foi realizado no Centro Cirúrgico
ambulatorial de um Hospital Privado de Porto Alegre, Brasil, que possui cinco salas de
cirurgia com produtividade mensal de 440 cirurgias. Resultados: este checklist
eletrônico vem sendo aplicado integralmente, desde a abertura do Centro Cirúrgico
ambulatorial em 2013, em todas as cirurgias realizadas de julho de 2013 até julho de
2014, 3.937 cirurgias. A execução do checklist eletrônico não exigiu a inclusão adicional
de membros na equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico ambulatorial, o qual conta
com duas enfermeiras e 15 técnicos de enfermagem. Na escala diária são designados
dois técnicos de enfermagem por sala cirúrgica, na qual ficam responsáveis por
garantirem que as etapas do processo sejam executadas. É indispensável a participação
da equipe médica neste processo. Para atingirmos nosso objetivo e implantarmos a
novidade, realizamos treinamentos para toda equipe de enfermagem sobre cirurgia
38
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
segura baseado nos protocolos da Organização Mundial da Saúde. A maioria dos
profissionais apresentou um excelente desempenho, não relatando dificuldade na
compreensão dos conceitos apresentados. Após a implantação do checklist eletrônico
notamos uma maior integração e comprometimento por parte da equipe assistencial e
médica. Foi instalado um monitor de 42” em cada sala cirúrgica, no qual fica exposto,
durante todo o transoperatório, em que fase o checklist do paciente se encontra,
tranquilizando a equipe quanto à segurança do procedimento. O formulário eletrônico
foi elaborado a partir do instrumento, já existente na instituição, porém impresso.
Conclusão: o checklist eletrônico é realizado em tempo real, facilitando sua visualização
e acompanhamento durante o procedimento cirúrgico, garantindo assim o seu sucesso e
efetividade do processo. Com planejamento e comprometimento, torna-se possível
cumprir esses itens e garantir a segurança na assistência cirúrgica.
Descritores: Segurança. Lista de Checagem.
_______________________
1
Enfermeiras, Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS.
2
Relatora. E-mail:
[email protected]
39
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Emanuelli Mancio Ferreira da Luza, Cloris Ineu Munhozb, Danieli Soares Diasc, Etienne da
Silva Pereirad
Introdução: sabe-se que o cuidado seguro resulta não somente de ações corretas dos
trabalhadores de saúde, como também de processos adequados nas instituições e de
políticas governamentais que regulamentem essas práticas¹. Entre as estratégias que
objetivam a prevenção de danos e promoção da segurança do paciente, encontra-se a
identificação correta do paciente². Essa estratégia deve ser utilizada para garantir a
qualidade e segurança no cuidado em saúde, podendo ser realizada por diversos meios,
dependendo do contexto laboral, porém sempre minimizando a ocorrência de falhas
nesse processo.
Somado à identificação do paciente, torna-se imprescindível o
gerenciamento de riscos a que os pacientes encontram-se expostos, como por exemplo,
alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão. Metodologia: trata-se do relato de
experiência de um “projeto piloto” da implementação do protocolo de identificação do
paciente e gerenciamento de riscos, em uma unidade de Clínica Médica da Irmandade da
Santa Casa de Caridade de São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil. Essa unidade dispõe de
18 leitos, distribuídos em quartos semi-privativos e privativos, que assistem pacientes
internados pelo Sistema Único de Saúde e por convênios hospitalares. A equipe de
enfermagem da unidade é composta por uma enfermeira responsável, 13 técnicos de
enfermagem e uma enfermeira supervisora noturna da Instituição, a cada 24 horas. Cada
paciente possui o médico assistente responsável, além de nutricionista e fisioterapeuta.
Resultados: o início da implementação da identificação correta do paciente ocorreu
através de uma reunião com a equipe de enfermagem da unidade, sobre a importância
da garantia da segurança do paciente. Após, foi elaborado painel, colocado na cabeceira
do leito, para cada paciente, com os dados: nome completo, leito, unidade de internação
e os riscos (alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão) para serem assinalados pela
equipe de enfermagem. Foi acordado que esse painel seria preenchido na internação do
paciente e reavaliado diariamente. Após ser identificado algum risco a que o paciente
encontra-se exposto, a equipe comunicará a enfermeira responsável para que as
40
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
condutas sejam implementadas. Também foi elaborado um protocolo de assistência com
vistas à prevenção de flebites, no qual consta o controle diário das punções venosas
periféricas. Com a implementação do protocolo de identificação do paciente e
gerenciamento de riscos na Instituição supracitada, a segurança do paciente tornou-se
um objetivo comum de todos os trabalhadores envolvidos no processo, exigindo o
estabelecimento de uma linguagem comum, com vistas à comunicação efetiva na
unidade. Conclusões: como desafios nessa primeira etapa, têm-se a conscientização dos
trabalhadores de enfermagem sobre a importância de mudanças nas práticas
assistenciais e o estímulo ao senso crítico de cada trabalhador. Entretanto, tivemos o
apoio irrestrito da Coordenação de Enfermagem, enfermeiros, Provedoria e
Administração hospitalar da referida Instituição, para que sejam garantidas todas as
medidas de segurança do paciente, com vistas à melhoria na assistência em saúde. Como
perspectivas a partir do início da implementação de uma das estratégias de segurança
do paciente, será possível a continuação e fortalecimento de ações que visem o cuidado
seguro.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Unidades Hospitalares.
Referências
1 Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Sherman H, Lewalle P. Towards an
international classification for patient safety: key concepts and terms. Int J Qual Health
Care. 2009 Feb;21(1):18-26. Disponível em: http://www.health.fgov.
be/internet2Prd/groups/public/@public/@dg1/@acutecare/documents/ie2divers/16
534534.pdf
2 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
_______________________________
a
Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Mestranda em
Enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho, Saúde, Educação e Enfermagem
do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Email: [email protected]
41
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
b
Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. E-mail:
[email protected]. Relatora.
c
Enfermeira. Coordenadora de Enfermagem da Irmandade da Santa Casa de Caridade de
São Gabriel, RS. E-mail: [email protected]
d
Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Especialista
em Terapia Intensiva: Ênfase em Oncologia e Controle de Infecção Hospitalar pelo
Centro Universitário Franciscano. E-mail: [email protected]
42
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E
QUALIFICAR OS REGISTROS DE ENFERMAGEM
Elisabeth Lopesa, Giovana Floresb, Maria do Carmo Laurentc
Introdução: a Educação de Pacientes e Familiares constitui uma das políticas do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, para a qualificação do cuidado em saúde. A
política define diretrizes e orienta a equipe multiprofissional, paciente e familiar para a
construção compartilhada do plano terapêutico. Os profissionais educam pacientes e
seus familiares na medida em que prestam cuidados específicos, quando os preparam
para a alta e ou continuidade deste cuidado1. O processo educativo se desenvolve a
partir da avaliação inicial das necessidades do paciente, da implementação, do
acompanhamento e do registro das ações. Há indicação de que os profissionais
descrevam os materiais utilizados: manuais, folders, eletrônicos e visuais, entre outros
recursos. Tornar visível os registros de enfermagem do processo educativo tem sido
uma das metas institucionais. As discussões sobre essa temática têm resultado em
proposições de melhorias não só no sistema informatizado, como no âmbito da
assistência integrada. Objetivo: descrever as melhorias realizadas na anamnese e
evolução da enfermagem, incluindo itens para facilitar os registros e visualização das
ações de educação para pacientes e familiares pela equipe multiprofissional,
promovendo o cuidado integral. Metodologia: com base na Política de Educação de
Pacientes e Familiares e no manual da Joint Commission International, o grupo de
trabalho multiprofissional, com representantes da enfermagem, do Serviço de Educação
em Enfermagem e da Comissão do Processo de Enfermagem, realizou a análise de
elementos essenciais do registro e planejamento individualizado de educação ao
paciente como: crenças e valores, grau de alfabetização, nível educacional e linguagem,
barreiras emocionais e motivações, limitações físicas e cognitivas e a vontade do
paciente em receber informações. Constatou que muitos destes elementos já faziam
parte da anamnese de enfermagem e alguns deveriam ser incluídos. Assim, realizou
adequações no sistema informatizado, criando espaço específico de conduta de
educação, bem como para registro da compreensão do paciente sobre a educação
recebida. Também realizou capacitações para a enfermagem com o intuito de
43
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
atualização e qualificação dos registros educativos. Posteriormente, realizou auditorias
de prontuários para a avaliação dos resultados. Resultados: a partir das ações
desenvolvidas junto aos profissionais, constataram-se melhorias nos registros com
relação ao planejamento educativo, bem como evidenciou-se a inclusão do paciente e
família nesse processo. Além disso, tornou-se visível a descrição de materiais educativos
e demais recursos utilizados pelas equipes. Conclusão: a revisão dos registros de
educação junto às equipes de enfermagem tem possibilitado a abertura para outras
discussões que fazem parte do cuidado, aí incluída a necessidade de um processo
integrado multiprofissional.
Descritores: Educação em Saúde. Educação em Enfermagem. Qualidade da Assistência à
Saúde.
Referência
1 Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais
[editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio
de Janeiro: CBA; 2010. Seção I: Padrões com foco no Paciente – Educação de Pacientes e
Familiares. p. 133-138.
__________________________
a
Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. Dra. em Educação. E-mail: [email protected]. Relatora.
b
Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. Mestre em Educação em Enfermagem. E-mail: [email protected]
c
Enfermeira Assessora de Operações Assistenciais, Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
RS.
44
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM
DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL
Giovana Ely Floresa, Daiane Marques Durantb, Michele Nogueira do Amaralc,
Valmir Machado Almeidad
Introdução: a prevenção de quedas do paciente internado é pauta de discussões no
âmbito da atenção em saúde. A Organização Mundial da Saúde e Organização PanAmericana de Saúde, em um movimento coordenado, indicaram seis Metas
Internacionais de Segurança, dentre elas, a prevenção de risco de quedas no ambiente
hospitalar. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, atento às questões de
segurança, formou, em meados de 2010, um grupo multiprofissional para desenvolver e
implementar ações com o objetivo de prevenção e diminuição da ocorrência de quedas
dos pacientes internados. Objetivos: descrever a trajetória do grupo profissional de
quedas das unidades pediátricas, apresentar as atividades de formação, criação de
instrumento de avaliação, registros e proposição de capacitação profissional, para
avaliar o risco de quedas em crianças internadas e evitar ocorrências. Metodologia:
inicialmente o grupo realizou a análise de diversas formas de classificação de risco de
quedas para crianças internadas e os riscos naturais do desenvolvimento infantil,
buscando subsídios na literatura, bem como em outras instituições de saúde. Realizou
levantamento junto às unidades pediátricas para entender o processo de atenção ao
paciente em relação à prevenção de quedas, transporte seguro e realização de testagem
do instrumento de avaliação em algumas unidades piloto; para adequações pertinentes e
posteriormente implantação institucional. Resultados: a partir do diagnóstico
multifatorial, investigação e testagem, concluiu-se que todos os pacientes menores de
três anos apresentaram risco de quedas, sendo necessário implementar medidas
preventivas para toda a instituição. Para os demais pacientes, foi definida a utilização de
instrumento de avaliação, ou seja, ficha de critérios para avaliação do risco de quedas
em pediatria, contemplando as fases do desenvolvimento infantil e os riscos que
individualmente cada criança poderá pontuar. Foi construído um Procedimento
Operacional Padrão com base na Política e Plano Institucional para orientação à equipe
de saúde e folder educativo para familiares dos pacientes. Foram desenvolvidas ações
45
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
educativas para as equipes objetivando sistematizar a avaliação, sinalização,
acompanhamento e prevenção de ocorrência de eventos de quedas. Conclusão: a partir
da experiência pode-se ressaltar a importância de discutir, avaliar e testar instrumentos
que contemplem as necessidades e realidades das equipes de cuidado em relação à
segurança dos pacientes. Evitar a ocorrência de quedas em pediatria e minimizar as
repercussões a partir de estabelecimento de processos sistematizados permite qualificar
o cuidado em saúde. Neste contexto, é imprescindível capacitar a equipe, educar a
família e o paciente e envolvê-lo no processo, no sentido de alertá-lo para os fatores de
risco para quedas relacionados ao ambiente e à sua condição clínica.
Descritores: Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde. Cuidado da Criança.
______________________________
a
Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.
b
Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]
c
Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, RS. E-mail:[email protected]
d
Enfermeiro do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-
mail: [email protected]
46
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA
DO PACIENTE
Gerli Elenise Gehrke Herra, Eliane Raquel Rieth Benettib
Introdução: nas instituições de saúde, em especial, no ambiente hospitalar, os pacientes
encontram-se expostos a vários riscos, entre eles o desenvolvimento de úlceras por
pressão. Estudos estimam que um a cada sete pacientes hospitalizados apresenta uma
úlcera por pressão, e que muitos deles evoluem para o óbito em consequência de suas
complicações1,2. Uma estratégia eficiente para prevenir as úlceras por pressão consiste
na utilização de ferramentas de avaliação que sejam validadas. Dentre esses
instrumentos destaca-se a Escala de Braden3, a qual aborda vários itens que estão
diretamente ligados ao desenvolvimento das úlceras por pressão. Objetivo: relatar a
experiência de enfermeiras na utilização da Escala de Braden. Metodologia: relato de
experiência das vivências de enfermeiras na utilização da Escala de Braden em um
hospital privado da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados:
no referido hospital, a utilização da Escala de Braden constitui-se uma atividade
privativa do enfermeiro. A escala é aplicada para todos os pacientes adultos, em
tratamento clínico e/ou cirúrgico, mediante a internação. A avaliação do risco de o
paciente desenvolver úlceras por pressão dependerá do escore da Escala de Braden. Ao
somar os escores obtidos nas seis subescalas obtém-se um Escore de Risco Total, que
considera pacientes “sem risco” (19 pontos ou mais), “baixo risco” (de 16 a 18 pontos),
“risco moderado” (de 13 a 15 pontos) e “alto risco” (12 pontos ou menos). A reavaliação
para os pacientes considerados “sem risco” e “baixo risco” ocorre a cada sete dias e, para
os pacientes com “risco moderado” e “alto risco”, a cada 72 horas, conforme protocolo
institucional. Considera-se que esta ferramenta de avaliação fornece subsídios para que
os profissionais atuem de maneira objetiva no planejamento de ações de caráter
preventivo, a fim de melhorar a qualidade da assistência, dinamizando o processo de
trabalho. Conclusão: a utilização da Escala de Braden é fundamental para a atuação do
enfermeiro, pois é um preditor importante na identificação das úlceras por pressão,
reforça a necessidade de examinar a pele do paciente e possibilita o planejamento de
ações preventivas. Contribuições: a utilização da Escala de Braden na prática clínica é
47
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
útil para predizer o desenvolvimento de úlceras por pressão ou sua recidiva, permitindo
conhecer o risco individual de cada paciente e implementar, precocemente, ações de
enfermagem preventivas e condizentes com esse risco. Assim, possibilita qualificar a
assistência de enfermagem prestada, contribuindo significativamente para a segurança
do paciente.
Descritores: Úlcera por Pressão. Medição de Risco. Cuidados de Enfermagem.
Referências
1. Lyder CH. Pressure ulcer prevention and management. JAMA. 2003;289:223-226.
2. Reddy M, Gill SS, Rochon PA. Preventing pressure ulcers: a systematic review. JAMA.
2006;296:974-984.
3. Braden B, Bergstron N. A conceptual schema for the study of the etiology of pressure
sore. Rehab Nurs. 1987;12(1):8-12.
_____________________
aEnfermeira,
Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Email: [email protected].
Relatora.
bEnfermeira,
Hospital Universitário de Santa Maria, RS (HUSM/UFSM), Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Email:
[email protected]
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II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Disconzib
Introdução: a higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida
primária, prática e de baixo custo, mas muito importante no controle de infecções
relacionadas à assistência à saúde. Estudos sobre o tema mostram que a adesão dos
profissionais à prática da higienização das mãos, de forma constante e na rotina diária,
ainda é baixa, devendo ser estimulada e conscientizada entre os profissionais de saúde.
Essa medida visa à qualidade da assistência e à segurança do paciente. Desta forma, a
equipe de enfermagem da unidade de adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
Brasil, vem implementando esforços para a melhoria deste indicador. Objetivo: relatar a
experiência da unidade de adição através do índice de adesão à higienização das mãos
dos profissionais de enfermagem. Método: trata-se de um estudo quantitativodescritivo, realizado na unidade de adição, no período de maio de 2013 a maio de 2014,
por meio de observação direta dos cinco momentos, contidos no manual técnico da
Vigilância Sanitária e preconizado pela Organização Mundial de Saúde1. Também foram
realizadas atividades como grupos focais, fixação de cartazes, ações educativas para a
equipe e os pacientes a fim de motivá-los à prática correta. Mensalmente se fixa no
mural do posto de enfermagem o índice de higienização das mãos. Resultados: a
observação foi realizada trimestralmente abrangendo todos os profissionais da equipe
assistencial, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. As
taxas encontradas variam conforme o profissional, no entanto, as melhores taxas dizem
respeito ao enfermeiro. Nos meses de maio de 2013 foram observadas que a taxa de
higienização das mãos foi de 100%, em julho de 2013, 88%, outubro de 2013, 100%,
dezembro de 2013, 100% e maio de 2014, 58%. Conclusão: a higienização das mãos é
uma medida importante para reduzir a incidência de infecção hospitalar, sua taxa variou
durante o período analisado, apresentando melhores resultados durante a preparação
para a avaliação da Joint Commission, evidenciando que capacitações sistemáticas
melhoram os indicadores e que os profissionais enfermeiros, neste estudo, ajudaram a
melhorar a taxa em geral. Contribuições/implicações para enfermagem: a implicação do
estudo deste tema para enfermagem para além da qualificação e melhoria dos
49
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
indicadores assistenciais é, sobretudo, impactar na qualidade da assistência ao paciente,
melhorando e/ou mantendo o nível de saúde dos mesmos.
Descritores: Lavagem de Mãos. Indicador. Dependência de Substâncias.
Referência
1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Higienização das mãos em
serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2007[acessado 2007 Jun 10]. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm
______________________________
a
Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email:
[email protected]
b
Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email:
[email protected]
50
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA
ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA
NEONATAL E DE PEDIATRIA
Cristiane Rochaa, João Macielb, Giovana Gomesc, Daiani Xavierd
Introdução: para diminuir os erros torna-se necessário que sejam criadas estratégias, as
quais podem ser planejadas pela equipe de enfermagem e colocadas em prática de
acordo com a realidade de cada instituição(1). O serviço de enfermagem, ao considerar
suas particularidades e finalidades, poderá escolher as melhores técnicas e mecanismos
a serem aplicados, visando à promoção da segurança do paciente contribuindo para
comunicação entre a equipe, paciente e instituição. Assim, atuar frente à prevenção de
erros de medicação torna-se um trabalho abrangente, envolvendo todos que participam
da assistência, estabelecendo, assim, uma cultura de segurança do paciente nas
organizações hospitalares(2). Objetivo: conhecer as estratégias utilizados pelos
enfermeiros para a redução de erros na administração de medicamentos. Metodologia:
tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de cunho qualitativo. Foi realizada na
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e na Unidade de Pediatria de um Hospital
Universitário no Sul do Brasil. Participaram 13 enfermeiros. A coleta de dados foi
realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram analisados pela
técnica de análise temática(3). Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa
envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 466/12, e aprovação pela Comissão
de Ética em Pesquisa na Área da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande sob o nº
45/2014. Resultados: os enfermeiros relataram como estratégias a retirada das
medicações, o conhecimento sobre as medicações mais utilizadas, a educação
permanente da equipe e cartazes com informações sobre as medicações afixados
próximos a bancada de preparo. Conclusão: o enfermeiro no contexto da administração
de medicamentos exerce um papel importante no que tange aos cuidados relacionados
ao preparo, administração e avaliação do paciente após a administração de
medicamentos, sendo responsável pela educação permanente de sua equipe e por todo o
processo medicamentoso segundo o seu código de ética, ficando, assim, responsável por
qualquer evento que ocorra durante esse processo. Contribuição/ implicações para a
51
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
enfermagem: acredita-se ter propiciado a reflexão e conscientização dos profissionais de
enfermagem acerca da segurança do paciente neonatal e pediátrico quanto à
administração de medicamentos, contribuindo para a realização de práticas mais
seguras e humanizadas no ambiente do cuidado.
Descritores: Criança. Erros de Medicação. Cuidados de Enfermagem.
Referências
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medicamentos em uma unidade pediátrica hospitalar. Rev Gaúcha Enferm. 2011;
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2 Corbellini VL, Schilling MCL, Frantz SF, Godinho TG, Urbanetto JS. Eventos adversos
relacionados a medicamentos: percepção de técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev
Bras Enferm. 2011;64(02):241-47,
3 Minayo, MCS, organizadora. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29ª Ed.
Petrópolis, RJ: Vozes; 2010.
4 Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de
dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo
seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
________________________
aEnfermeira.
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. Relatora.
Email: [email protected]
bEnfermeiro.
cDoutora
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.
em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.
dEnfermeira.
Doutoranda, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS.
52
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA
DO PACIENTE
Luciana Foppaa,b, Luzia T. Vianna dos Santosa, Patricia C. Cardosoa, Ana Paula A. Corrêaa,
Mari Angela V. Lourencia
Introdução: a contaminação das mãos dos profissionais de saúde pode ocorrer através
do contato direto ou indireto com o paciente, através do ambiente e/ou superfícies
próximas a ele1. A higiene das mãos é uma das metas internacionais de segurança do
paciente e seu objetivo é reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde.
Para isso, é necessário educar os profissionais quanto à técnica correta de higiene das
mãos1,2. Objetivo: relatar as medidas adotadas em um hospital para uma eficaz
higienização das mãos e melhoria desse indicador como meta de qualidade assistencial.
Método: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma unidade de
internação clínica de um hospital de Porto Alegre, Brasil, no ano de 2013. Resultados: a
higienização das mãos é indicada em cinco momentos: antes do contato com o paciente,
antes da realização de procedimentos assépticos, após a exposição aos fluidos corporais,
após contato com o paciente e após contato com objetos próximos ao paciente3-4. Para
facilitar a adesão dos profissionais de saúde, o hospital criou frascos de álcool gel de 60
ml, que podem ser carregados no bolso; os quartos também apresentam dispensadores
com álcool gel e pias para lavagem das mãos. O Controle de Infecção Hospitalar faz
observação da higiene das mãos, e disponibiliza as taxas sobre a adesão da equipe
assistencial. No mês de junho de 2014, a taxa de todo hospital foi 57% para enfermeiros
e 51% para técnicos de enfermagem, abaixo da meta institucional de 75%. Para alcançar
a meta institucional, o hospital vem trabalhando junto às equipes de forma a
conscientiza-las sobre a importância da higienização das mãos, colocando cartazes em
locais estratégicos, oferecendo cursos de educação a distância, realizando capacitações
para as equipes e divulgando os resultados das observações do Controle de Infecção
Hospitalar para as unidades. Conclusões: atingir indicadores elevados de higienização
das mãos consiste em uma das importantes etapas para a busca da segurança do
paciente. Aumentar a adesão à higiene das mãos reduz as taxas de infecção e os custos
com a internação. Contudo, ainda, é necessário intensificar as estratégias educacionais
53
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
para aumentar a prática, com vistas a alcançar a meta institucional desse indicador
assistencial.
Descritores: Cuidados de Enfermagem. Higiene das Mãos. Segurança do Paciente.
Referências
1 Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
Segurança do paciente: higienização das mãos. Brasília: ANVISA; 2014 [acessado 2014
Ago 28]. Disponível em:
www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf
2 Nascimento CCP, et al. Indicadores de resultados da assistência: análise dos eventos
adversos
durante
a
internação
hospitalar. Rev.
Latino-Am.
Enfermagem.
2008;16(4):746-751.
3 Bathke J, Cunico PA, Maziero ECS, Cauduro FLF, Sarquis LMM, Cruz EDA. Infraestrutura
e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Rev. Gaúcha
Enferm. [serial on the Internet]. 2013 Jun[cited 2014 Sep 01]; 34(2):78-85.
4 Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA. Os 5 momentos para a higienização das mãos. Brasília:
ANVISA/OPAS; [data desconhecida] [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/imagenscartazes.html
__________________________
a Enfermeiras
da Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), RS.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
54
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS
INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa,b,
Mari Angela V. Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa
Introdução: as infecções relacionadas à assistência a saúde incidem em
acontecimentos diversos que ocorrem nos serviços de saúde. Com as infecções, há
elevação dos custos no cuidado ao paciente, da média de internação, morbidade e
mortalidade.(1) Os serviços de saúde adquirem produtos e adotam medidas para
prevenção e controle de infecções.(2,4) A higiene das mãos é o procedimento primário
e fundamental que previne a infecção.(2) Objetivo: identificar uma das estratégias
para a prevenção de infecção, enquanto uma das metas internacionais de segurança
do paciente. Método: relato de experiência baseado na prática assistencial de
enfermeiras numa unidade de internação clínica de um hospital universitário em
Porto Alegre, Brasil. Discussão/Resultado: espera-se, em consonância com o
Controle Infecção Hospitalar de cada serviço de saúde, a agregação e a sensibilização
dos profissionais, a adoção e implementação de medidas e indicação de insumos
para a redução de infecção associada aos cuidados de saúde, dentre elas, a
higienização das mãos, nos cinco momentos: antes de contato com o paciente; antes
da realização de procedimento asséptico; após risco de exposição a fluídos
corporais; após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao
paciente.(1,2,3) Conclusão: a higiene das mãos, medida primária e fundamental para
prevenção de infecção, é uma barreira de segurança para o paciente e até mesmo
para o profissional nos serviços de saúde.(1,2,3) Imprescindível reforçar com os
profissionais, que estão a frente dos cuidados do paciente, os cinco momentos e as
rotinas assistenciais, sensibilizando-os para adesão às medidas. A higiene das mãos
deve fazer parte de campanhas educativas, tanto fortalecendo a periodicidade como
a técnica. O enfermeiro tem interface no desenvolvimento de linhas de trabalho na
prevenção e no controle de infecção, tanto quanto contribuir com medidas eficazes
na busca da qualidade do cuidado do paciente.
55
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Descritores: Desinfecção das Mãos. Prevenção de Doenças. Segurança.
Referências
1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Assistência segura: uma
reflexão teórica aplicada à prática. Série segurança do paciente e qualidade em
serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2013 [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/publicacoes.html
2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n° 42, de 25 de
outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação
alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010[acessado
2014 Ago 28].
3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do paciente
em serviços de saúde – higienização das mãos. Brasília; 2009 [acessado 2014 Ago
28].
4. Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for hand hygiene in healthcare settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices
Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force.
MMWR. 2002 Oct 25[acessado 2014 Ago 28];51(RR-16):1-45. Disponível em:
www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5116.pdf
___________________________
a
Enfermeiras - Unidade Internação Clinica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), RS.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
56
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª
COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE
Caroline Zottelea, Gisele Heringerb, Márcia da Silva Bevilaquac, Fabiana Schirmer Corrêad,
Helena Carolina Noale, Tânia Bosi de Souza Magnagof
Introdução: o Programa Nacional de Segurança do Paciente visa a melhoria da qualidade
da assistência prestada a todo e qualquer paciente em instituições de saúde em âmbito
nacional1. Neste contexto, a promoção de discussões voltadas à segurança do paciente
junto aos profissionais e gestores de instituições de saúde faz-se necessária. Nesse
intuito, o Núcleo Santa Maria da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul,
propuseram o I Encontro dos profissionais da rede de atenção à saúde da região CentroOeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Objetivos: relatar a experiência de capacitação sobre
segurança do paciente aos profissionais da rede de atenção à saúde, desenvolvida por
membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa
Maria em parceria com a Vigilância em Saúde da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do
Rio Grande do Sul. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre a capacitação
com os profissionais e gestores, em dezembro de 2013, com carga horária de oito horas.
Resultados: o encontro teve como objetivo proporcionar atualização e troca de
experiências entre os profissionais da saúde e gestores sobre segurança do paciente,
contribuindo na qualificação do atendimento à saúde nos municípios da 4ª
Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. O público foi constituído por
gestores e profissionais da saúde de 32 municípios, totalizando 72 profissionais
(enfermeiros, médicos, administradores, psicólogos e nutricionistas) de 36 instituições.
As atividades iniciaram com a apresentação dos participantes, seguida por explanações
dialogadas e troca de experiências. A tônica do encontro foi a segurança do paciente,
com foco no Programa Nacional de Segurança do Paciente, na cultura de segurança, nos
protocolos básicos (prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura;
prevenção de quedas e úlceras por pressão) e na formação dos Núcleos de Segurança do
Paciente. Ao final do encontro, foi criado um grupo de trabalho para auxiliar na
elaboração dos planos de trabalho institucionais e agendada nova capacitação.
57
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Conclusão: na avaliação do grupo, a experiência foi muito importante e oportunizou
reflexões sobre a necessidade de discussão da temática no interior das instituições, de
alinhamento das informações recomendadas pelo Programa Nacional de Segurança do
Paciente entre os participantes, bem como a importância de implantar ações promotoras
de uma assistência segura. Iniciativas como essa podem mobilizar os profissionais,
construir novas possibilidades nas práticas assistenciais, minimizando riscos aos
pacientes e aos profissionais.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Educação em Saúde.
Referência
1 Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Portaria nº
529, de 01 de abril de 2013. Diário Oficial da União. Brasília, 2013.
________________________________
a
Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Relatora.
b Enfermeira.
Santa Maria, RS, Brasil.
c,d Enfermeira.
e Enfermeira.
Hospital São Francisco de Assis. Santa Maria, RS, Brasil.
Mestre. Docente da Faculdade Integrada de Santa Maria. Santa Maria, RS,
Brasil.
f Enfermeira.
Doutora. Docente do Departamento e do PPGEnf/UFSM. Santa Maria, RS,
Brasil.
58
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE
SEGURANÇA DO PACIENTE
Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa,
Mari Angela V. Lourencia,b, Patricia Cristina Cardosoa
Introdução: a busca pela melhoria da qualidade assistencial e pela segurança do paciente
tem recebido atenção especial em âmbito global1. A enfermagem trabalha visando a
prevenção de danos e diminuição de eventos adversos à saúde dos pacientes, nesse
sentido, falar sobre a segurança do paciente é essencial2. As falhas no processo de
identificação são consideradas importantes fatores que comprometem a segurança, por
isso a identificação correta é considerada como uma das metas internacionais de
segurança dos pacientes3. Objetivo: relatar como é realizada a identificação do paciente
de acordo com as metas internacionais de segurança do paciente. Metodologia: trata-se
de um relato de experiência baseado na prática assistencial de uma unidade de
internação adulto em um hospital universitário de grande porte de Porto Alegre, Brasil,
no ano de 2013. Resultados: o hospital utiliza uma pulseira de identificação, com o nome
completo e o número do prontuário do paciente. A pulseira pode ser branca, caso o
paciente não tenha alergia, ou laranja, se ele apresentar alergia a algum medicamento,
contato com algum material hospitalar ou alimento. Esta pulseira é colocada no paciente
pela equipe assistencial no momento da admissão e sua função é explicada tanto para o
paciente quanto para os seus acompanhantes. Os momentos em que a pulseira de
identificação deverá ser consultada pelo profissional de saúde serão: antes de algum
procedimento, administração de medicamentos ou hemocomponentes e antes da coleta
de exames laboratoriais. Considerações finais: a identificação do paciente de acordo com
as metas internacionais de segurança é uma responsabilidade de todos os profissionais
de saúde e deve ser considerada como fundamental para o cuidado seguro. A correta
identificação por meio da pulseira é um método eficaz na prática assistencial para que
não ocorram eventos adversos, o que facilita na busca contínua da qualidade assistencial
e excelência no atendimento.
59
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
Descritores: Hospitalização. Segurança do Paciente. Sistema de Identificação de
Pacientes.
Referências
1 ANVISA, Ministério da Saúde. Boletim informativo sobre a segurança do paciente e
qualidade assistencial em serviços de saúde. Brasília: GGTES/ANVISA; 2011.
2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança
do Paciente em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em
Serviços de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília; 2014.
3 Belela ASC, et al. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. Conselho
Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo – Coren SP. Rede Brasileira de
Enfermagem e Segurança do Paciente – Rebraensp Polo São Paulo; 2011.
4 Joint Commission International; Joint Commission on Accreditation of Healthcare
Organizations. Padrões de acreditação da Joint Commission International para hospitais.
Rio de Janeiro: Consórcio Brasileiro de Acreditação; 2008. Metas Internacionais de
segurança do paciente; p.31-6.
____________________________
a Enfermeiras
- Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), RS.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
60
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA
Rosmari Wittmann Vieiraa,b, Joseane Kalata Nazaretha, Mitieli Vizcaychipi Disconzia
Introdução: a identificação do paciente é a primeira meta internacional de segurança
definida pela Organização Mundial de Saúde1, e consta no Manual de Padrões
Internacionais para a Acreditação Hospitalar, tendo como propósitos identificar de
modo confiável o indivíduo, como sendo a pessoa para qual se destina o serviço ou
tratamento, e assegurar o devido serviço ou tratamento ao indivíduo2. Objetivo: relatar
experiência de enfermeiras na utilização do processo de identificação do paciente no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Metodologia: o Hospital de Clínicas de Porto
Alegre apresenta uma política e um plano de identificação do paciente, nos quais define
dois elementos identificadores: nome completo do paciente e o número do prontuário,
cadastro único, gerado, no primeiro ingresso do paciente ao Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, mediante apresentação de um documento legal, com foto, ou certidão de
nascimento. O processo de identificação do paciente é obrigatório para todos os setores
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. É dever do funcionário verifica-lo e obrigação do
paciente mostrá-lo e conservá-lo. Porém, a identificação pode ocorrer de duas formas:
através de pulseira de identificação ou mediante apresentação de um documento legal,
com foto, ou certidão de nascimento, dependendo de onde for o atendimento. A pulseira
de identificação é utilizada para a maioria dos pacientes, por exemplo: pacientes
admitidos para internação hospitalar, incluindo emergência, para os pacientes que não
internam, mas realizam procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, por exemplo: na
hemodinâmica, hemodiálise, radioterapia, quimioterapia, hospital dia, para os
submetidos a procedimentos que envolvam punção, uso de anestésicos, sedativos ou uso
do contraste na radiologia e medicina nuclear e na unidade de métodos não invasivos, os
que recebem transfusão de hemocomponentes no ambulatório e para os pacientes que
ficam internados no centro de pesquisa clínica. O protocolo de apresentação de um
documento legal, com foto, ou a certidão de nascimento do paciente, é utilizado no
momento da chegada dos pacientes que irão realizar coletas de exames em geral ou
doação de sangue. Resultados: a pulseira é colocada pela enfermagem, com a função de
identificar o paciente e sinalizar a presença (pulseira laranja) ou não de alergias
61
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
(pulseira branca). É realizada orientação ao paciente e familiar quanto à importância da
utilização da pulseira durante o período de internação ou procedimento e os momentos
obrigatórios de identificação, que são: no encontro do profissional com o paciente, antes
da administração de medicamentos, hemoderivados e da realização de exames,
procedimentos e cirurgias. Conclusão: a aplicação do protocolo de identificação do
paciente atinge os objetivos de segurança propostos pela Organização Mundial da Saúde.
Contribuições para a enfermagem: a utilização de pulseira de identificação evita erros,
humaniza o atendimento e qualifica o trabalho aumentando a segurança ao paciente.
Descritores: Identificação. Segurança do Paciente. Protocolos.
Referências
1 Diário Oficial do Estado de São Paulo. Projeto de lei Nº 371, de 11 de abril de 2014
[Citado
em
2014
Ago
20].
Disponível
em:
ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2014/Iels.abr.14/Iels70
/E_PL-371_2014.pdf
2 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission
International para hospitais. 4ª Ed. Oakbrook Terrace, Illinois; 2011.
______________________________
a Enfermeiras
b
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA.
Relatora. E-mail: [email protected]
62
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA
EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
Mariléia Stübea, Cibele Thomé da Cruza, Nicolli Cargnelutti Follakb, Priscila Escobar
Benettib, Eliane Raquel Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd
Introdução: a instituição de medidas de segurança do paciente tem como objetivo geral
contribuir para a qualificação do cuidado em todas as instituições de saúde.
Especificamente, a identificação do paciente visa reduzir a ocorrência de eventos
adversos e assegura, assim, que o cuidado seja prestado à pessoa que se destina. Sua
abrangência concentra-se em todos os ambientes de prestação do cuidado em que sejam
realizados procedimentos terapêuticos e/ou diagnósticos, pois erros de identificação
podem ocorrer, desde a admissão até a alta, em todas as fases do tratamento. Objetivo:
descrever as vivências de um grupo de enfermeiros na implantação da identificação dos
pacientes em uma unidade hospitalar no sul do Brasil. Metodologia: inicialmente foi
criado o Programa de Segurança do Paciente, sendo coordenado por uma enfermeira.
Essa organizou grupos de enfermeiros, sendo cada um responsável pelo estudo e
desenvolvimento das metas de segurança do paciente conforme preconiza o Ministério
da Saúde, com o intuito de monitorar e prevenir danos na assistência à saúde.
Resultados: o grupo responsável pela Identificação do Paciente iniciou as atividades em
unidade piloto. A equipe de enfermagem foi instrumentalizada e sensibilizada sobre a
relevância do Programa de Segurança do Paciente e acolheu positivamente a iniciativa.
Inúmeras instituições utilizam pulseiras de identificação. Dessa maneira, deu-se início a
instituição do Programa. A equipe de enfermagem está ciente que a identificação do
paciente
inclui
intervenções
como:
identificá-los
corretamente,
educar
o
paciente/acompanhante/familiar/cuidador e confirmar a identificação do paciente
antes do cuidado. Além disso, todos os incidentes envolvendo identificação incorreta
devem ser notificados de acordo com a legislação vigente e investigados pelo serviço de
saúde. Assim, mecanismos de monitoramento e auditorias estão sendo realizados para
verificação do cumprimento do protocolo. Conclusão: a identificação do paciente,
63
II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS
quando realizada corretamente, previne erros relacionados ao cuidado prestado pela
equipe de profissionais de saúde. Implicações para a enfermagem: a identificação do
paciente é abrangente, o que demanda da enfermagem capacitação e envolve aspectos
estruturais e culturais, que culminam com a segurança do paciente.
Descritores: Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do Paciente.
Referências
1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
2 Tase TH, Lourenção DCA, Bianchini SM, Tronchin DMR. Identificação do paciente nas
organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196200.
3 Ministério da Saude/ANVISA/Fiocruz. Anexo 2: Protocolo de identificação do paciente.
Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, 2013.
4 Ministério da Saúde. Portaria n° 529, 1° Abril de 2013: Institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente.
_____________________________
a
Enfermeiras, Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. Email: [email protected];
[email protected]
b
Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email:
[email protected]. Relatora.
b
Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email:
[email protected]
c
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS.
Email: [email protected]
d
Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected]
64
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO
HOSPITALAR
Fabiele Aozanea, Gerli Elenise Gehrke Herrb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc
Introdução: proporcionar a Segurança do Paciente é um dos propósitos dos profissionais
da saúde. Para tanto, utiliza estratégias em seu campo de trabalho, que visam à
prevenção de danos ao paciente. Para minimizar os riscos, uma das intervenções
necessárias é a identificação correta do paciente. Com intuito de viabilizar uma atenção
na qualidade assistencial, a Portaria MS/GM nº 529/2013, estabelece um conjunto de
protocolos básicos, definidos pela Organização Mundial de Saúde como: prática de
higiene das mãos em estabelecimentos de saúde; cirurgia segura; segurança na
prescrição, uso e administração de medicamentos; identificação de pacientes;
comunicação no ambiente dos estabelecimentos de saúde; prevenção de quedas;
prevenção de úlceras por pressão; transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e
uso seguro de equipamentos e materiais1. Objetivo: promover a reflexão de gestores de
diferentes setores de uma instituição hospitalar privada sobre a prática de identificação
do paciente. Metodologia: relato de experiência realizado a partir de um trabalho de
conscientização aos integrantes de um núcleo de segurança e gestores de unidades.
Desenvolvido em um hospital privado na região noroeste do Estado do Rio Grande do
Sul. Enfermeiras do núcleo sentiram necessidade de abordar o tema “identificação do
paciente”, junto aos gestores dos demais setores hospitalares. Foi elaborado um projeto
e apresentado aos integrantes deste núcleo por meio do Microsoft power point, no mês
de julho de 2014. Houve discussão e divulgação em reuniões mensais com
coordenadores de outros setores do hospital e o gestor administrativo, os quais
disseminaram a idéia inicial. Resultados: foi elaborado um projeto de “Identificação do
Paciente”, que posteriormente foi apresentado ao Núcleo de Segurança do Paciente da
instituição, por meio de explanação verbal, utilizando-se o multimídia e a visualização de
um vídeo sobre a identificação correta do paciente. O projeto foi aprovado por
unanimidade pelos integrantes. Para facilitar a interação deste assunto com outros
setores integram neste núcleo profissionais que atuam diretamente com o gestor
65
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
administrativo do hospital, o qual possibilitou a divulgação deste projeto em outra
reunião com coordenadores de outros setores, com objetivo de implementar o projeto
no hospital. Conclusão: cabe a cada instituição elaborar estratégias de prevenção de
eventos adversos e atribuí-las ao processo de trabalho. No momento, para a instituição
da pulseira de identificação aguarda-se a aquisição de equipamentos e pulseiras que
serão utilizados, bem como planejamento e capacitação a todos os colaboradores da
instituição hospitalar. Contribuições/implicações para a enfermagem: a implementação
da identificação do paciente poderá subsidiar os gestores e enfermeiros no
planejamento de estratégias para prevenir e/ou evitar a ocorrência de eventos adversos.
Descritores: Segurança do Paciente. Estratégias. Gestores de Saúde.
Referência
1 Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 529, de 1 de abril
de 2013[acessado 2014 Ago 15]. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
______________________________
aEnfermeira
Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/Rio Grande do Sul (RS).
Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. Email:
[email protected]. Relatora.
bEnfermeira
Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/RS. Especialista em Enfermagem
Hospitalista.
cEnfermeira.
Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul.
66
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª
COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE
Eveline do Amaral Antonelloa, Fernanda Stock da Silvaa, Anamarta Sbeghenb,
Noeli Terezinha Landerdahlb, Graziela Cauduroc, Thiana Sebben Pasad
Introdução: a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP)
tem por objetivo compartilhar e promover a articulação acerca de informações e
conhecimentos relacionados à Enfermagem e Segurança do Paciente1. Portanto,
proporcionar trocas de conhecimentos técnico-científicos entre instituições de ensino e
estabelecimentos de assistência à saúde, visando o desenvolvimento da cultura de
segurança do paciente, tem sido o objetivo da Rede Brasileira de Enfermagem e
Segurança do Paciente – Polo RS – Núcleo Santa Maria. Nesse contexto, a Rede Brasileira
de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria deu continuidade a
parceria realizada no final de 2013, com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, e
participou da segunda capacitação sobre o tema segurança do paciente. Objetivos:
relatar a experiência da participação dos membros da Rede Brasileira de Enfermagem e
Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria, Brasil, na segunda capacitação sobre
segurança do paciente promovida pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS.
Metodologia: trata-se de um relato de experiência, sobre a participação dos membros
integrantes da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa
Maria, em evento promovido pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS, com carga
horária de 8 horas. Resultados: o evento intitulado “Encontro dos Profissionais dos
Hospitais e outros estabelecimentos de saúde da 4ª Coordenadoria Regional de
Saúde/RS sobre segurança do paciente: segunda etapa” ocorreu no mês de julho de
2014, na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Participaram do evento profissionais de 36
instituições, de 18 municípios e de diferentes categorias: 58 enfermeiros, três
administradores hospitalares, 11 técnicos de enfermagem, um técnico em segurança do
trabalho, um técnico em informática e dois técnicos em radiologia, totalizando 77
participantes. Os membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente –
Núcleo Santa Maria desenvolveram oficinas práticas, baseadas nos protocolos
67
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
disponibilizados pelo Ministério da Saúde2. Essas oficinas abordaram quatro temáticas
distintas: prevenção de quedas, prevenção de úlcera por pressão, prática de higiene das
mãos e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, tendo como
finalidade instigar os profissionais envolvidos no cuidado direto ou indireto visando à
segurança do paciente. Conclusão: esse evento foi importante para fortalecer e
sensibilizar instituições e profissionais na disseminação e realização do cuidado seguro
durante a assistência em saúde, mobilizando estes na formação de equipes
multiprofissionais capacitadas para isso. Implicações para enfermagem: proporcionar
reflexões referentes à prática segura, a fim de incentivar e reforçar a cultura de
segurança do paciente nos estabelecimentos de assistência à saúde.
Descritores: Enfermagem; Segurança do Paciente; Educação em Saúde.
Referências
1. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Acordos Básicos de
Cooperação na REBRAENSP. São Paulo, SP: REBRAENSP; 2009.
2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo
Cruz. Protocolo prevenção de quedas. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. p. 1-14.
__________________________
a
Enfermeira
do
Hospital
Geral
Unimed/Santa
Maria.
E-mail:
[email protected]. Relatora. E-mail:
[email protected]
b
Enfermeira
do
Hospital
Universitário
de
Santa
Maria/HUSM.
E-mail:
[email protected]; [email protected]
c
Enfermeira do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo/HCAA. E-mail:
[email protected]
d Enfermeira.
Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSM. E-mail:
[email protected]
68
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cassia Rodrigues Selestinoa, Daniela Cavallib, Elmi Niedermeierc, Michele Beckd, Ricardo
da Silveira Bastose, Suzeline Ferreiraf, Vanessa Cargneluttig
Introduçã o: A Segurança do Paciente é um tema amplamente difundido nos dias atuais,
devido à importâ ncia enfatizada por ó rgã os competentes internacionais, que tê m
comprovado cientificamente suas evidê ncias, à preocupaçã o de serviços e instituiçõ es de
saú de na busca por uma assistê ncia segura e de qualidade, e à s exigê ncias atravé s de
legislaçõ es competentes. Objetivo: este trabalho tem o objetivo de relatar a experiê ncia
de implantaçã o de um grupo que trabalha as questõ es de Segurança do Paciente em um
hospital de mé dio porte do interior do Rio Grande do Sul, Brasil, bem como discutir
dificuldades, conquistas e o desenvolvimento e aprimoramento da equipe durante a
trajetó ria. Mé todo: trata-se de um relato de experiê ncia. Resultados: acreditamos que as
trocas de experiê ncias entre serviços e profissionais afins sã o grandiosas oportunidades
para o fortalecimento de novos projetos e protocolos. A enfermagem é a equipe que
presta cuidado durante as 24 horas à beira de leito, portanto, compõ e a classe de
profissionais que prestam assistê ncia direta e contı́nua a estes pacientes, presenciando
muitas vezes desfechos desagradá veis. Conclusã o: polı́ticas que tê m a intençã o de
primar pelo bem maior em nossa rotina profissional – o paciente – devem ser vistas
como boas prá ticas, incorporadas e disseminadas por esta classe, sempre buscando
fortalecimento e respaldo para esta equipe. Com este enfoque, visamos divulgar as açõ es
realizadas, os projetos futuros e o cotidiano e sistemá tica de trabalho do grupo.
Descritores: Segurança do Paciente. Qualidade na Assistê ncia. Cuidado Seguro.
Referê ncias
Cassiani RHB. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Revista
Latino Americana de Enfermagem. 2005 Jan-Fev;58(1):95-99.
Decesaro MN. Ocorrê ncias iatrogê nicas em unidade de terapia intensiva: queda de
69
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
pacientes durante o tempo de internaçã o. Sã o Paulo: EEUSP; 2000.
Fonseca AS, Peterlini FL, Costa DA. Segurança do paciente. Sã o Paulo: Martinari; 2014.
Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS.
Estraté gias para a segurança do paciente: manual para profissionais de saú de. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
Vargas MAO, Luz AMH. Prá ticas seguras no/do contexto hospitalar: é preciso pensar
sobre isso e aquilo. Enfermagem em Foco. 2010;1:23-27.
___________________________
aEnfermeira
Assistencial, Centro Cirú rgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-
mail: [email protected]
bEnfermeira
Assistencial, Centro de Terapia Intensiva/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do
Sul, RS. E-mail: [email protected]
cEnfermeira
Assistencial, Centro Cirú rgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-
mail: [email protected]
dEnfermeira
Assistencial, Unidade de Internaçã o/ Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul,
RS. E-mail: [email protected]
eCoordenador
de Enfermagem, Unidade de Internaçã o/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do
Sul, RS. E-mail: [email protected]
fEnfermeira
Comissã o de Controle de Infecçã o Hospitalar/Hospital Ana Nery, Santa Cruz
do Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.
gVanessa
Cargnelutti Coordenadora Geral de Enfermagem/Hospital Ana Nery, Santa Cruz
do Sul, RS. E-mail: [email protected]
70
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE
DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cristina Costaa,b, Marielle Kulakowskia, Flaviana Schioa
Introdução: este trabalho apresenta uma experiência vivenciada no setor de
Hemodinâmica de um serviço privado, onde, pela vivência do acadêmico de
Enfermagem, podem-se evidenciar algumas fragilidades quanto à segurança do paciente.
Em conjunto com a enfermeira da unidade foram desenvolvidas medidas para garantir
um melhor desempenho do setor, que é considerado uma área de alta complexidade na
cardiologia intervencionista. A elevada incidência de eventos adversos, e incidentes com
a ocorrência de 44.000 a 98.000 mortes por ano, como resultado da assistência à
saúde(1) gerou preocupação em âmbito mundial. Objetivo: promover práticas que
garantam maior segurança ao paciente de alta complexidade. Metodologia: trata-se de
um relato de experiência da vivência acadêmica do curso de enfermagem do Centro
Universitário Franciscano (Unifra) de Santa Maria, Brasil, para implementar, no setor de
hemodinâmica, etiquetas adesivas com identificação dos pacientes. Resultados: a
medida desempenhada foi a criação de etiquetas adesivas de identificação do paciente, a
qual contém os dados como nome completo, procedimento que irá ser realizado, médico
que fará o procedimento, convênio do paciente e, no caso do mesmo possuir alergia
medicamentosa, a etiqueta a ser confeccionada será na cor amarela, ressaltando, assim,
para a equipe, que o paciente é alérgico, pois no agendamento do procedimento ele ou
familiar são questionados sobre existência. Já os pacientes sem história de alergias terão
etiqueta na cor branca. As etiquetas adesivas são confeccionadas no dia anterior ao
exame, quando a agenda de procedimentos do dia seguinte é encaminhada à
enfermagem.
Quando o paciente chega à unidade de hemodinâmica, a equipe de
enfermagem, ao recebê-lo, já está munida da etiqueta desse paciente, e assim pode
confirmar todos os dados de identificação. Ao paciente são passadas as orientações
quando uso de avental próprio do serviço, e a etiqueta de identificação é colocada na
parte superior esquerda do avental. Anteriormente à implementação, toda a equipe,
tanto de enfermagem como médica, foi esclarecida sobre como funcionaria a dinâmica
71
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
de implementação das etiquetas, ressaltando-se que garantiria mais agilidade ao serviço,
facilidade na identificação dos pacientes bem como o procedimento ao qual seriam
submetidos, e destacando alguma alergia a medicamentos. Para a confecção dessa
etiqueta, utilizou-se material que já existia na unidade de hemodinâmica, o qual não
gerou um custo excedente à empresa, pois, tratando-se de uma clínica privada, esse fator
também garantiu uma maior facilidade de aceitação pelo setor financeiro. Conclusão:
tendo em vista que as práticas de segurança do paciente contribuem para melhores
resultados das condutas de enfermagem, ficou evidenciado que a utilização das
etiquetas adesivas qualificou e agilizou o atendimento ao paciente, evitando erros da
equipe e garantindo, assim, maior segurança ao cliente. Implicações para enfermagem:
para que o cuidado seja seguro, é necessário construir uma cultura de segurança,
definida pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (2). Observou- se que a
enfermagem se muniu de mais uma ferramenta para evitar erros no desempenho de
suas atividades.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gerenciamento de Segurança.
Referências
1. Kohn L, Corringan J, Donaldson M, editors. Institute of Medicine Report. To err is
human: building a safer health system. Washington, DC: Institute of Medicine; 2000.
2. Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 529, de 1º de abril de 2013: institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) [Internet]. Brasília (DF); 2013 [citado 2013
Maio
5].
Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
_____________________________
a
Acadêmicas de enfermagem do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, Santa
Maria, RS.
b
Relatora.
72
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS
ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE
PORTO ALEGRE
Scheila Roberta de Souzaa, Carla Taborda Oliveirab, Karine Pitanac,
Vanessa Fleschd
Introdução: o Serviço de Hemoterapia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,
Brasil, realiza em média 3000 transfusões/mês e 2000 coletas de sangue de
doador/mês. A Portaria do Ministério da Saúde nº 2712, de 12 novembro de 2013, tem o
objetivo de regulamentar a atividade hemoterápica no país, de acordo com os princípios
e diretrizes da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, no que se
refere à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem,
distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do
sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de
doenças1. A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é formada por sete hospitais com
especialidades diferentes e de referência nacional em diversas áreas, como de
transplantes e pediatria. O hospital pediátrico é o único acreditado internacionalmente
pela Joint Commission International Como a busca é constante na área de qualidade e
segurança, a hemoterapia participa efetivamente de todas as ações. Este protocolo
propiciará material para possíveis ações posteriores para a melhoria da qualidade.
Objetivo: identificar e quantificar quase-falhas, intercorrências assistenciais e eventos
sentinela de todos os setores da hemoterapia. Metodologia: relato de experiência.
Preenchimento de protocolo de intercorrências assistenciais, sistema de informática
específico de hemoterapia SBS e Banco de dados Tasy (sistema de gestão). Resultados:
no período de 01/03/2013 a 01/06/2013 foram realizadas 6951 transfusões e 11281
coletas de sangue de doador. Foram identificadas 107 intercorrências assistenciais.
Destas, 60,75% (65) foram registros incorretos das transfusões, 9,35% (10) ocorreram
no setor de imunohematologia, 1,87% (2) foram erros de prescrição medica, 9,35% (10)
localizaram-se no setor de transfusão sanguínea, 6,47%(11), no setor de doação de
sangue, 0,58% (1), no setor de sorologia de doadores e 4,70% (8) foram classificadas
como gerais. Não houve notificação de quase-falhas ou evento sentinela. Conclusão:
73
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
através destes levantamentos podemos identificar quais as atividades realizadas no
Serviço de Hemoterapia que acreditamos que precisam de melhorias. A partir deste
cenário passaremos para outra fase que será a confecção de novos protocolos,
indicadores assistenciais com base em dados estatísticos. O serviço poderá construir
mais ferramentas de apoio para procedimentos, sempre em busca da qualidade e
segurança de todas as atividades realizadas no serviço, melhorando-se, também, as
notificações das reações transfusionais que, na maioria das vezes, são subnotificadas.
Contribuições/implicações para enfermagem: estes protocolos irão auxiliar diretamente
o trabalho da enfermagem na hemoterapia. A partir deles a enfermagem terá maior
visibilidade, já que há poucos trabalhos na área. Como a enfermagem é quem realiza a
grande maioria dos procedimentos hemoterápicos, tais como instalação de transfusão
sanguínea e coleta de doador de sangue, estes vão propiciar um melhor delineamento da
assistência, possibilitando traçar novas estratégias para garantir a qualidade e
segurança de todos envolvidos no ciclo do sangue.
Descritores: Serviço de Hemoterapia. Segurança.
Referência
1 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2712, de 12 de novembro de 2013. Redefine o
regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Diário Oficial da União nº 221,
de 13 de novembro de 2013, Seção 1, página 106.
___________________________
a
Enfermeira Líder do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora.
b Enfermeira
do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
E-mail: [email protected]
c
Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
E-mail: [email protected]
d Enfermeira
do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
E-mail: [email protected]
74
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL
Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Vizcaychipi Disconzia
Introdução: A existência de eventos adversos – inconveniente não intencional provocado
pela equipe de saúde que pode ou não apresentar incapacidade – compromete a
segurança do paciente, como as quedas, constituindo um desafio para a qualidade da
assistência. Define-se como queda o deslocamento não intencional do corpo para um
nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada
por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. Questões relativas à
qualidade e segurança da assistência ganham relevância nos programas de acreditação
de qualidade. Esses programas propõem a adequação dos processos a um conjunto de
padrões que visam garantir a segurança. Os protocolos são ferramentas que contribuem
para a sistematização da assistência de enfermagem, favorecendo a melhoria dos
processos na busca pela excelência do cuidado. Diante deste cenário a unidade de adição
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, tem buscado alinhar o processo para uma
melhor prática no que tange ao gerenciamento de quedas, com política instituída através
de ações de identificação de riscos e meta a ser alcançada, de < ou =2 quedas/1000
paciente/dia. Objetivo: sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar a incidência
de quedas na unidade de adição e refletir acerca dos resultados deste indicador. Método:
trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, realizado no período de janeiro a julho de
2013 e 2014, por meio da utilização do cálculo de incidência de quedas. Resultados: os
resultados encontrados na unidade de adição, para este período em 2013, foram uma
taxa de incidência de quedas de 3,99 e, em 2014, de 3,83, refletindo uma pequena
melhora se comparados os dois anos. Conclusão: conclui-se que o perfil de pacientes da
unidade requer maior atenção no que tange ao paciente, visto que apresenta fatores de
risco já bem descritos na literatura como uso de medicamentos psicotrópicos, alteração
do nível de consciência e comorbidades associadas, fatores que incrementam o risco de
queda. É possível que, para além destes, os fatores extrínsecos, que dizem respeito aos
externos, como o processo de trabalho na unidade de adição, requeiram uma leitura
adequada a um perfil ainda pouco estudado. Capacitações acerca da aplicação do
75
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
protocolo de quedas com toda equipe de enfermagem trazem melhores resultados do
que aquelas direcionadas somente enfermeiros. Outros estudos se fazem necessários
para conhecer as causas destas quedas, bem como adequar a aplicação de escalas a
nossa realidade. Relevância/contribuições: estudar sobre este tema contribui para que
possamos conhecer as realidades, interferir de maneira efetiva e melhorar os
indicadores, garantindo um cuidado de excelência, focado na segurança do paciente.
Descritores: Indicador de Risco. Taxa de Incidência. Cuidados de Enfermagem.
Referência
1 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para
quedas, em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva. 2009;13(4):1209-1218.
___________________________________
a
Enfermeiras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. E-mail:
[email protected], [email protected]
76
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO,
ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM
Ana Paula A. Corrêaa,b, Luciana Foppaa,; Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V.
Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa
Introdução: a enfermagem trabalha com a prevenção de danos e agravos à saúde dos
pacientes, nesse sentido, a abordagem em relação à segurança do paciente é
fundamental(1). As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas
importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente, por isso
surgiu uma preocupação em relação aos medicamentos de alta vigilância, uma das metas
internacionais de segurança(2,3). Objetivo: relatar como é realizado o controle de
medicações de alta vigilância em acordo com o padrão internacional de segurança do
paciente. Metodologia: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma
unidade de internação de um hospital de grande porte de Porto Alegre, Brasil, no
período entre 2013 e 2014. Resultados: os medicamentos de alta vigilância são:
prescritos por meio de prontuário eletrônico, o que evita erro de leitura por legibilidade;
é feita dupla checagem na dispensação da farmácia e na preparação pela enfermagem; é
realizada a revisão das prescrições com medicações de alta vigilância pelo farmacêutico
da unidade; o local de armazenamento dessas medicações é separado das demais, em
gavetas individualizadas e identificadas com etiquetas amarelas; e as medicações que
não forem utilizadas para assistência do paciente no turno de trabalho devem ser
estornadas para a farmácia central. Considerações finais: o cuidado com a identificação,
rotulagem e manipulação dos medicamentos de alta vigilância minimizam os eventos
adversos, o que melhora a qualidade assistencial para a segurança do paciente. O
trabalho conjunto da equipe multiprofissional (equipe médica, farmácia e de
enfermagem) traz benefícios para a segurança assistencial do paciente,e e evita que
erros possam acontecer na administração de medicações de alta vigilância, que podem
causar efeitos adversos ou até sentinela.
Descritores: Segurança do Paciente. Vigilância. Medicamentos.
77
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1 Silva LD, Carvalho MF. Revisão integrativa da produção científica de enfermeiros
acerca de erros com medicamentos. Revista Enfermagem UERJ. 2012;20(4):519-525.
2 Souza RFF, Silva LD. Estudo exploratório das iniciativas acerca da segurança do
paciente em hospitais do Rio de Janeiro. Revista Enfermagem UERJ. 2014;22(1):22-8.
3 Ministério da Saúde, Brasil (BR). Protocolo de segurança na prescrição, uso e
administração de medicamentos. Brasília, DF; 2013 [acesso em 2014 Set 15]. Disponível
em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/Protocolo
%20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20do%20Paciente.pdf
____________________________________
a Enfermeiras
- Unidade de Internação Clínica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto
Alegre, RS.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
78
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc, Luzia
Fernandes Millãod, Mariana Lopes de Campose
Introdução: a unidade de terapia intensiva é uma estrutura complexa que admite
pacientes graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, utilizando
diversos recursos tecnológicos e contando com a assistência de equipe multidisciplinar1.
A ventilação mecânica é uma das principais ferramentas no tratamento de pacientes
críticos2. A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção pulmonar, que
incide em pacientes em ventilação mecânica cuja infecção não é a razão do suporte
ventilatório.
A
pneumonia
associada
à
ventilação
mecânica
representa
aproximadamente 60% das infecções hospitalares, sendo considerada um problema de
saúde pública, com taxas de morbimortalidade significativas, atingindo 25 a 50% dos
pacientes em ventilação mecânica. No Brasil, as pneumonias associadas à ventilação
mecânica são as infecções mais frequentes em unidade de terapia intensiva3. Adotar
medidas de prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica pode
contribuir significativamente para sua redução, oferecendo maior segurança aos
pacientes. Objetivos: relatar a experiência de cuidados de enfermagem para prevenção
da pneumonia associada à ventilação mecânica e avaliação da sua adesão pela equipe de
enfermagem. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre os cuidados
implementados para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em
pacientes na unidade de terapia intensiva central do Hospital Santa Clara do Complexo
Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26
pacientes internados na unidade de terapia intensiva, no mês de julho de 2014, cerca de
50% foram submetidos à ventilação mecânica. A avaliação das medidas e monitorização
dos pacientes são realizadas por preenchimento de um check-list. Os indicadores
avaliados são: elevação da cabeceira em 30 a 45 graus, fisioterapia respiratória diária,
higiene oral diária, ausência de líquido condensado no circuito, posição do filtro em
relação ao circuito e mensuração da pressão do balonete do tubo orotraqueal. A taxa de
79
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
densidade incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica nesse mês foi de
9,5. Em estudo realizado em outro hospital, a taxa foi de 13,044. Conclusão: a pneumonia
associada à ventilação mecânica resulta em aumento do tempo de ventilação mecânica,
tempo de internação, além do impacto financeiro adicional. A utilização de check-list
diário com medidas simples e de baixo custo para prevenção estão associadas a
diminuição na taxa da pneumonia associada à ventilação mecânica. Implicações para a
enfermagem: a adoção do check-list realizado diariamente qualifica e visibiliza a
efetividade do cuidado de enfermagem.
Descritores: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Segurança do Paciente.
Cuidados de Enfermagem.
Referências
1. Ministério da Saúde. Resolução Nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os
requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras
providências. Brasília; 2010.
2. Duarte DMP, Nascimento DCM, Souza PCS, Chiavone PA, Cardoso LTQ, Amaral JLG, et
al . Ventilação mecânica no Brasil: aspectos epidemiológicos. Rev. bras. ter. intensiva.
2006;18(3):219-228.
3. Rodrigues RG, Saliba GN. Pneumonia associada à ventilação mecânica. Pneumologia
Paulista. 2013;27(1):26-30.
4. Diaz MMO. Pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes adultos
internados nas unidades de terapia intensiva de hospital público e privado. Dissertação
(Mestrado em Medicina Tropical) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
____________________________
aEnfermeira.
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
80
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
b Enfermeira.
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
c
Enfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
d
Profa. Dra. Enfermeira. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), RS. E-mail: [email protected]
e Acadêmica
de Enfermagem. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected]
81
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA
PARA O PACIENTE
Roberta de Almeida da Silvaa, Rute Merlo Somensib, Rita Catalina Aquino Caregnatoc
Introdução: a segurança e qualidade assistencial nos Serviços de Endoscopia estão
explícitos através da Resolução da Diretoria Colegiada da Agência nacional de Vigilância
Sanitária Nº 06/2013, a qual descreve os Requisitos para Boas Práticas de
funcionamento.1 Dentre estes requisitos básicos, encontra-se a rastreabilidade quanto
ao processo de lavagem, desinfecção e utilização dos aparelhos, a qual possibilita traçar
o histórico através de registros prévios e sistemáticos.¹-² Objetivo: relatar a experiência
do processo de rastreabilidade do instrumental utilizado na endoscopia. Método: tratase de um relato de experiência sobre a prática realizada no Serviço de Endoscopia, da
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, iniciada no ano de 2013.
Resultados: para realização da rastreabilidade utilizaram-se registros feitos em um livro,
que permanece no serviço, e etiqueta adesiva do aparelho, a qual é fixada no laudo
médico posteriormente, contendo o código da rastreabilidade. As informações
registradas no livro são: identificação do profissional responsável pela execução do
processo, código de rastreabilidade, tipo e concentração do desinfetante e sabão
enzimático, nome do paciente e número do aparelho. Quanto ao processamento,
registra-se a data, número da lavadora e número do ciclo diário da lavadora, gerando um
código de rastreabilidade que irá auxiliar na busca pelas informações em caso de
necessidade. Por exemplo, para um processamento realizado em 03 de março de 2013,
máquina 01 em seu ciclo 02 do dia, temos o seguinte código: 0303130102. Destaca-se
que o registro deste código em laudo médico, disponibilizado ao paciente, promove a
divulgação da boa prática, transparência no trabalho realizado e segurança ao paciente.
Conclusão: a experiência apresentada, sobre rastreabilidade nos instrumentais de
endoscopia, demonstra que os processos de segurança assistencial dependem da análise
do cenário e sua correlação com os recursos disponíveis, podendo ser realizados de
forma prática e ágil.
82
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Palavras-chave: Segurança do Paciente. Endoscopia.
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
Resolução RDC nº 06, 10 de março de 2013. Dispõe sobre os requisitos de boas práticas
de funcionamento para os serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por
orifícios exclusivamente naturais. Brasília, DF: ANVISA; 2013.
2. Costa C, Pinab E, Ferreira E, Ramos S, Cremers MI, Figueiredo P, et al.
Reprocessamento em endoscopia digestiva: recomendações. Jornal Português de
Gastroenterologia. 2012[acessado 2014 Set 10];19(5):241-250. Disponível em:
http://www.iqg.com.br/uploads/biblioteca/Reprocessamento%20em%20endoscopia
%20digestiva.pdf
____________________
a Enfermeira.
Mestranda Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA). Líder de Apoio Gerencial Santa Casa de Porto Alegre, RS. Relatora. E-mail:
[email protected]
b Enfermeira.
Mestranda UFCSPA. Gerente Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,
RS.
c
Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta, Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil
(ULBRA/Canoas), RS. Coordenadora do Programa REMIS da UFCSPA.
83
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A
SEGURANÇA DO PACIENTE
Rafaela Milanesia, Simone Travi Canabarrob, Rita Catalina Aquino Caregnatoc
Introdução: a Segurança do Paciente é descrita, pela Organização Mundial da Saúde,
como a “ausência de dano desnecessário, real ou potencial, associado à atenção a
saúde”¹. Após a publicação do relatório denominado “To err is human: building a safer
health system”, pelo Institute of Medicine of the National Academies, a Organização
Mundial da Saúde estabeleceu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, que vem
incentivando a adoção de Metas Internacionais de Segurança do Paciente, como
estratégia para orientar as boas práticas e reduzir os riscos e eventos adversos nos
serviços de saúde¹. Em contraponto à prática segura, as Emergências brasileiras sofrem
um processo de agravamento da superlotação, com sobrecarga da equipe e piora nas
condições de atendimento aos usuários². Objetivo: fazer uma reflexão acerca do desafio
em implantar o Programa de Segurança nos Serviços de Emergência do Sistema Único de
Saúde. Método: trata-se de relato de experiência sobre a Emergência Clínica do Grupo
Hospitalar Conceição, localizado em Porto Alegre, Brasil. Resultados: as seis primeiras
Metas Internacionais de Segurança do Paciente são direcionadas a prevenir situações de
erros de identificação de pacientes, falhas de comunicação, erros de medicação e em
procedimentos cirúrgicos, infecções associadas ao cuidado e queda dos pacientes. Na
Emergência do Grupo Hospitalar Conceição, mesmo atendendo o dobro da capacidade
instalada, algumas estratégias são empregadas, a saber: pulseiras de identificação e
placas nos leitos/macas; pulseiras de identificação em pacientes com alergias e/ou risco
elevado para quedas; passagem de plantão por meio de rounds à beira do leito nas salas
de maior complexidade; prescrição eletrônica com dispensação de medicamentos,
inclusive drogas concentradas e de alta vigilância, pela Farmácia Satélite nas 24 horas;
higienização das mãos; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale e implantação
da prescrição de cuidados de acordo com o score gerado; utilização de barras de apoio e
pisos antiderrapantes nos banheiros; utilização de camas/macas com grade. Entretanto,
a falta de leitos aumenta significativamente a vulnerabilidade para execução da prática
84
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
segura². Conclusão: nota-se o avanço da implantação das medidas de segurança do
paciente, fato provavelmente vinculado à criação da Equipe de Gerenciamento de Risco.
Entretanto, tem-se consciência de que ainda temos muito a caminhar até a efetivação
das Metas Internacionais de Segurança do Paciente no contexto da Emergência.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem em Emergência.
Referências
1 Ministério da Saúde (Brasil), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência
segura: uma reflexão teórica em serviço de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.
2 Huber LR, Bordin R. Fatores determinantes da superlotação do serviço de emergência
do Hospital Nossa Senhora da Conceição [trabalho de conclusão de curso de
especialização]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de
Especialização em Gestão em Saúde; 2005.
________________________________
a
Enfermeira. Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Especialista em Urgência, Emergência
e Trauma. Mestranda em Ensino na Saúde pela Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected].
b
Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.
c
Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS, e Universidade Luterana do Brasil,
Canoas, RS.
85
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE
QUEDAS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO
ALEGRE – RS
Cé lia Guzinski,a Lyliam Midori Suzukib , Dé bora Rosilei Miquini de Freitas Cunhac
Introduçã o: as quedas surgem como um dos acidentes mais documentados no hospital,
assumindo particular destaque pelas consequências individuais que originam e pelo
aumento do tempo de internamento, ampliando custos econômicos e sociais1. O
presente estudo é um relato de experiê ncia da implantaçã o de medidas para a prevençã o
de quedas, vivenciada por profissionais da unidade de internaçã o do Serviço de
Enfermagem Cirú rgica 7º Sul do Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
Brasil, durante o ano de 2012. Objetivo: este relato de experiê ncia tem como escopo
descrever a experiência de aplicação prática do projeto de prevenção de quedas do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Metodologia: o processo de
implantaçã o das medidas de prevençã o de quedas ocorreu atravé s de treinamentos e
mobilizaçã o da equipe para implantaçã o de açõ es e recomendaçõ es a pacientes e
familiares/acompanhantes tornando a unidade um ambiente mais seguro. Os
instrumentos utilizados foram a escala de Morse, que por usa vez ao ser aplicada quando
obtido uma pontuaçã o igual ou superior a 45 pontos o paciente recebe uma pulseira de
cor amarela sinalizadora para risco de queda, bem como é realizado um processo
educacional com o paciente e familiares/acompanhante. O paciente é avaliado ao chegar
à unidade, bem como quando há uma alteraçã o do estado clinico, com revisã o semanal. A
Escala de Morse é aplicada pelo profissional enfermeiro, poré m é de responsabilidade de
toda equipe assistencial a comunicaçã o e instalaçã o de medidas de prevençã o de quedas
ao identificar uma situaçã o de risco. També m fazem parte das condutas o registro da
conduta de educaçã o no prontuá rio do paciente, implementaçã o do diagnó stico de risco
para queda, apó s avaliaçã o, e prescriçã o dos cuidados especı́ficos, relacionados ao
diagnostico, notificaçõ es de ocorrê ncia de quedas. Resultados: os resultados obtidos com
esta implantaçã o foram de grande valor para os profissionais envolvidos, para a unidade
de internaçã o do serviço de enfermagem cirú rgica 7º sul e para a instituiçã o. Fatores
86
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
associados ao risco aumentado exigem uma avaliaçã o multifatorial do risco de queda,
que consiste na identificaçã o de fatores predisponentes e do ambiente 2,. Conclusõ es: a
implantaçã o de medidas de prevençã o de quedas é uma atividade viá vel, que estimula a
equipe para atuar e aperfeiçoar suas açõ es em situaçõ es crı́ticas com ê nfase em
gerenciamento de risco. Acreditamos que a queda é um problema de saú de pú blica, que
pode ser minimizado com açõ es preventivas e educacionais para pacientes,
familiares/acompanhantes e, principalmente, profissionais da á rea da saú de.
Descritores: Segurança. Acidentes por Quedas.
Referê ncias
Saraiva DMRF, et al. Quedas: indicador da qualidade assistencial. Nursing. Lisboa.
2008;18(235):28-35.
Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
________________________________
aEnfermeira.
Chefe da unidade de internaçã o 7º sul. Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre
(HCPA), RS. Relatora.
bEnfermeira.
Coordenadora do grupo de quedas. Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre
(HCPA), RS.
cEnfermeira.
Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre (HCPA), RS.
87
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA
REBRAENSP
Silva APFSa, Zambrano AOb, Stoever Dc, Cassenote Ld, Marinho MGRe
Introdução: a segurança do paciente é compreendida com a redução de riscos
associados à atenção à saúde, visando todas as condições que caracterizam
procedimentos e tratamentos. A Rede de Atenção à Saúde abrange ações voltadas para a
integralidade e qualidade no cuidado seguro, buscando a capacitação mediante atuações
corretas dos profissionais da área da saúde1. Assim, a segurança, no modelo brasileiro de
atenção à saúde, vem sendo a preocupação atual nas políticas públicas com o objetivo de
sensibilizar as instituições e serviços, visando a garantia da qualidade da assistência à
saúde2 conforme os objetivos da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente. Objetivo: este estudo tem como objetivo relatar a mudança da prática
profissional enquanto membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente. Metodologia: foi utilizado o método de relato de experiência3, realizado no mês
de agosto de 2014, durante o encontro presencial dos membros ativos da Rede
Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - Núcleo Santa Maria, Brasil. O tema
abordado foi a mudança da prática profissional, a partir da percepção da participação
ativa de 16 membros. Resultados: frente às discussões, os resultados foram: reflexão
sobre a prática cotidiana do cuidado seguro de enfermagem; maior conhecimento sobre
os protocolos específicos; compartilhamento de experiências institucionais; proatividade na prevenção de riscos; convencimento da administração hospitalar a partir
das
metas;
processos
mais
educativos
do
que
punitivos
diante
do
erro.
Conclusão/implicações para a enfermagem: as reflexões, portanto, corroboram com a
relevância
da
sensibilização
dos
profissionais
de
enfermagem
quanto
à
operacionalização das metas, visando a qualidade da assistência segura de enfermagem.
Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Qualidade da Assistência à Saúde.
Referências
88
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
1.REBRAENSP. Acordos Básicos de Cooperação na Rede Brasileira de Enfermagem e
Segurança do Paciente. São Paulo, SP: Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente; 2009.
2.Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
3.Dyniewicz AM. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 2ª Ed. São Caetano
do Sul, SP: Difusão Editora; 2009.
______________________
aEnfermeira
Docente. UNIFRA. Email: [email protected]
bEnfermeira
Especialista ITPH. Email: [email protected]
cEnfermeira
Gerente. HBM SM. Email: [email protected]
dEnfermeira
Assistencial.
Cauzzo
&
Meirelles
Policlínica.
Email:
[email protected]
eEnfermeira
Docente. UNIFRA. Relatora. Email: [email protected]
89
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM
HOSPITAL DE MÉDIO PORTE
Aldenir Damião Araujoa, Angélica Martini Cembranelb, Cinthia Cristina Oliveskic, Cledir
Tania França Garciad, Renata Copetti Casarine, Rosana Ferretti Zambraf
Introdução: o cenário inseguro na prestação da assistência aos pacientes nos serviços de
saúde levou os órgãos de saúde competentes a priorizarem ações voltadas à segurança
do paciente. Objetivo: este estudo objetiva descrever a experiência do início das ações da
gestão de riscos em um serviço de saúde hospitalar de médio porte e de alta
complexidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Método: trata-se de um relato
de experiência referente ao período de setembro de 2013 a agosto de 2014. O processo
envolveu enfermeiros assistenciais, gestores/coordenadores, direção e outras gerências
da instituição. Resultados: inicialmente foi realizado um diagnóstico situacional dos
processos assistenciais e administrativos e posteriormente iniciaram-se as estratégias
de melhoria da qualidade. Criou-se um Núcleo de Segurança do Paciente e subcomissões,
de caráter multidisciplinar, que enfatizam os processos definidos pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária como prioritários para melhoria bem como para a disseminação
da cultura de segurança. Os principais resultados de 11 meses de trabalho foram a
criação de um check-list pré-operatório e um check-list para a transferência de pacientes,
os quais reduziram significativamente os erros associados a falhas na comunicação
entre os profissionais. Com a criação de duas subcomissões estão sendo padronizados
dois processos assistenciais. Conclusões: o maior desafio constitui-se na mudança de
atitudes e da cultura de segurança por parte dos profissionais, uma vez que esta
temática era desconhecida pela maioria. A experiência das ações já desenvolvidas é
considerada valiosa e otimista para a continuidade do processo de gestão de riscos.
Embora a educação continuada seja uma estratégia considerada básica e aliada da
gestão de riscos, as ferramentas de gestão também devem estar necessariamente
associadas às ações de segurança do paciente. Acredita-se que este estudo traga
contribuições para outras instituições e profissionais, principalmente àqueles que
estejam iniciando ações voltadas à segurança do paciente.
90
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Riscos. Educação Continuada.
Referências
1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Implantação do núcleo de
segurança do paciente em serviços de saúde. Brasília:
Anvisa;
2014[acessado
2014
Ago
26].
Disponível
em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/Modulo_6__Implantacao_Nucleo_de_Seguranca.pdf
2 Montserrat-Capella D, Cho M, Lima RS. Segurança do paciente e qualidade em serviços
de saúde. In: ANVISA. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática.
Brasília, DF: ANVISA; 2013. p. 13-17.
3 Brasil. Ministério da Saúde. RDC n°36/2013. Brasília, DF: ANVISA; 2013[acessado
2014
Ago
26].
Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html
4 Nishio EA, Franco MTG. Modelo de gestão em enfermagem. Qualidade assistencial e
segurança do paciente. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011.
______________________________
aGerente
de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.
[email protected]
bSupervisora
de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.
[email protected]
cEnfermeira
do Controle de Infecção - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.
[email protected]
dSupervisora
da Educação Continuada - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS.
[email protected]
eSupervisora
de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí -
[email protected]
fEnfermeira
Coordenadora do Programa de Segurança do Paciente - Associação Hospital
de Caridade de Ijuí, RS. Relatora. [email protected]
91
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
92
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO
UNIDADES DE APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO
Jamile Dutra Correiaa,b Liarine Bedina, Rita Catalina Aquino Caregnatoc
Introdução: o Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria com a
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, tem como ênfase o
intensivismo, sendo direcionado a seis áreas do conhecimento, a saber: Enfermagem,
Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia. Cada profissão busca, nas
outras áreas, apoio ao exercício profissional e ampliação do conhecimento, articulando a
teoria com a prática, consolidando os conhecimentos embasados nas políticas do
Sistema Único de Saúde. Objetivo: relatar a experiência da imersão prática das
residentes de Enfermagem nos setores de apoio para a segurança do paciente crítico.
Método: relato de experiência sobre o período de imersão prática de um mês ao
ingressarem na Residência Multiprofissional Integrada em Saúde. Residentes de
Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde/
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/ Irmandade Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre passam pelo Centro de Materiais e Esterilização, Centro
Cirúrgico e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar antes de ingressarem na Unidade
de Tratamento Intensivo. Resultados: ao ingressar na Residência Multiprofissional
Integrada em Saúde, todos os residentes fazem um mês de imersão prática passando
pelos serviços essenciais para o cuidado seguro ao paciente atendido na Unidade de
Tratamento Intensivo. As residentes de Enfermagem passam pelo Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar para conhecer os protocolos existentes para Prevenção da Infecção
do paciente internado na Unidade de Tratamento Intensivo. Também conhecem as
capacitações dos profissionais ingressantes na instituição e os profissionais das
unidades de internação para conhecimento dos protocolos existentes para a prevenção
da infecção e segurança do paciente. Após, as residentes passam alguns dias no Centro
de Materiais e Esterilização, onde tem oportunidade de acompanhar todo o processo de
preparo e esterilização dos materiais utilizados em vários momentos do atendimento ao
93
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
paciente crítico. Os enfermeiros devem conhecer o processo de preparo dos materiais
usados nos cuidados do paciente crítico. A etapa seguinte é conhecer e passar alguns
dias no Centro Cirúrgico, onde acompanham cirurgias de grande porte de pacientes da
Unidade de Tratamento Intensivo. Observam-se os profissionais realizando escovação,
paramentação, manejo dos materiais estéreis e tempos cirúrgicos. Conclusão: o paciente
em situação crítica possui maior vulnerabilidade às infecções, exigindo maior cuidado e
conscientização dos profissionais de saúde acerca a prevenção e controle das infecções.
A vivência prática no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Centro de Materiais e
Esterilização e Centro Cirúrgico amplia a visão dos residentes acerca da ligação existente
entre as unidades que norteiam a terapia intensiva e proporcionam segurança aos
pacientes. Observa-se o papel fundamental da enfermagem em todos os setores para o
controle das infecções relacionadas à assistência a saúde. Considera-se importante que
as residências multiprofissionais contemplem práticas de imersão em setores essenciais
ao atendimento do paciente em situação crítica, preparando e estimulando os
enfermeiros à formação ampliada com conhecimento pertinente das unidades de apoio
para proporcionar uma prática segura na terapia intensiva. A integração dos setores
contribui para todos envolvidos, para a qualificação dos serviços, segurança do paciente
e desenvolvimento de competências dos residentes.
Descritores: Educação. Enfermagem. Segurança do Paciente.
Referências
Donini, JC, Ebling, SBD, Dornelles CS, Silva SO. A atuação do (a) enfermeiro (a) no
controle de infecção hospitalar: um relato de experiência. Vivências: Revista Eletrônica
de Extensão da URI. 2013;9(16):10-19.
Bartolomei SRT, Lacerda RA. Trabalho do enfermeiro no centro de material e seu lugar
no processo de cuidar pela enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(3): 412-7.
__________________________
a
Residentes de enfermagem do 1º ano da Residência Multiprofissional Integrada em
Saúde com Ênfase em Intensivismo da Universidade Federal de Ciências da Saúde de
Porto Alegre, RS.
94
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
b
Relatora.
cProfessora
Adjunta da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS.
Orientadora.
95
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO
FERRAMENTA DE MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM
Giovana Ely Floresa, Elisabeth Lopesb, Fernanda Rosa Perdominic, Maria Lúcia Scolad,
Maria Rejane dos Santose, Andrea Cruzf
Introdução: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, vem revisando seu processo
de trabalho a partir dos padrões de segurança e qualidade da Organização Mundial da
Saúde e Joint Commission International, com foco no cuidado ao paciente. Em 2013
obteve a Acreditação Internacional, sendo o primeiro hospital universitário certificado
no Brasil. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre investe continuamente em melhorias
no processo assistencial com relação à qualidade e segurança do paciente. Para tanto,
conta com o Serviço de Educação em Enfermagem, que desenvolve ações educativas
junto às equipes de enfermagem em interface com os demais profissionais de saúde, na
perspectiva da Educação Permanente em Saúde. Uma das estratégias preparatórias para
a avaliação de certificação enfatizou as Metas Internacionais de Segurança do Paciente.
Objetivo: apresentar as ações educativas preparatórias desenvolvidas para a equipe de
enfermagem com foco nas Metas Internacionais de Segurança do Paciente
considerando: Políticas, Planos, Protocolos e Procedimentos Operacionais Padrão
institucionais. Metodologia: para o desenvolvimento das ações foram utilizadas, como
estratégias de primeira escolha, as que privilegiam as metodologias ativas como:
sensibilização dos profissionais, capacitação presencial, utilização de ensino a distância
e intervenções educativas nas unidades assistenciais na modalidade de grupos focados1.
Resultados: as ações educativas nas unidades permitiram a aproximação com a
realidade dos profissionais, provocando a problematização sobre seu processo de
trabalho, auto-análise e proposição de melhorias em relação à segurança e qualidade do
cuidado. Considerando que o processo de educação em saúde é dinâmico e permanente,
que a diversidade em um hospital universitário é marcante, que a mudança para uma
cultura de segurança necessita de tempo para acontecer, e entendendo que os processos
são desenvolvidos por sujeitos, o Serviço de Educação em Enfermagem vem
96
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
permanentemente reavaliando o processo educativo junto às equipes. Conclusão:
partindo da concepção de que a qualidade do trabalho em saúde passa pela reflexãoação integrada, foram realizadas mudanças na organização e proposição da educação
pelo trabalho que ultrapassaram os limites da enfermagem. As ações passaram a ter um
cunho pedagógico multiprofissional e produziram mudanças significativas na coresponsabilização sobre o processo de trabalho, qualidade e segurança assistencial.
Contribuições: neste contexto foram observadas melhorias quanto ao engajamento dos
profissionais nas questões de segurança e envolvimento do usuário no processo de
cuidado. Recomenda-se, portanto, a continuidade do trabalho integrado das equipes
com vista ao fortalecimento da cultura de segurança e qualidade da assistência à saúde.
Descritores: Educação em Enfermagem. Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde.
1 Grupos
focados são espaços educativos que fomentam a reflexão e discussão sobre o
processo de trabalho da enfermagem a partir da definição institucional de focos de
intervenção para melhoria dos processos. Política de Educação em Enfermagem do
HCPA, 2013.
____________________________
a Enfermeira
do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected].
b
Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected]
c Enfermeira
do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected]
dEnfermeira
do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected]
e Enfermeira
do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected]
f Enfermeira
do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, RS. [email protected]
97
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Gabriela Del Mestre Martinsa, Amanda dos Santos Fragosoa,b, Leila Maria de Abreu Jaggic,
Simone Travi Canabarrod, Rita Catalina Aquino Caregnatoe
Introdução: considerando a complexidade de procedimentos e tratamentos realizados
nos pacientes das Unidades de Terapia Intensiva, o potencial para o prejuízo à saúde do
paciente é real. A segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos
desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável.1-2 As instituições
devem possuir profissionais capacitados, processos e sistemas adequados para garantir
um cuidado seguro.² Objetivo: relatar a experiência de residentes de Enfermagem na
segurança do paciente nas Unidades de Terapia Intensiva. Método: trata-se de um relato
de experiência sobre a vivência na prática assistencial de residentes de Enfermagem do
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde, com ênfase em
intensivismo, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria
com a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Brasil.
Resultados: observou-se em todas as Unidades de Terapia Intensiva da Irmandade Santa
Casa de Misericórdia de Porto Alegre que as estratégias mais utilizadas pela equipe de
enfermagem para a segurança do paciente são: higienização das mãos nos cinco
momentos; identificação do paciente com pulseira e placa no leito; pacientes com risco
de queda ou alergia são identificados através de adesivos fixados nas pastas e pulseiras
vermelhas; comunicação efetiva entre a equipe através da dupla checagem de
informações; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale; prevenção de úlcera por
pressão pela escala de Braden e protocolos padronizados pela instituição; administração
segura de medicamentos utilizando-se o Método 9 certos: paciente certo; medicamento
certo; hora certa; via certa; dose certa; compatibilidade medicamentosa; orientação ao
paciente; direito a recusar o medicamento; anotação correta; uso seguro de dispositivos
intravenosos;
administração
segura
de
sangue/hemocomponentes.
Conclusão:
assegurar a segurança do paciente proporciona uma assistência livre de iatrogenias,
98
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
gerando relação de confiança entre paciente e profissional. Além disso, as residências
visam à formação de recursos humanos qualificados, configurando uma oportunidade de
formar profissionais com um perfil novo, que consigam integrar o ensino à prática
diária, utilizando o conhecimento para o cuidado seguro ao paciente.
Palavras-chaves: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Internato não
Médico.
Referências
1. Dez passos para a segurança do paciente. Conselho Regional de Enfermagem do
Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. São
Paulo; 2010. 32p.
2. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013. 132p.
___________________________
a Enfermeira
residente. Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde
com ênfase em intensivismo (REMIS) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de
Porto Alegre (UFCSPA), RS. [email protected]
b
Relatora.
c
Enfermeira. Especialista em gestão empresarial. Mestranda, Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Gerente hospitalar do Hospital Santa Rita
da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
d
Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
e
Enfermeira. Doutora em Educação.
Professora Adjunta, Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil
(ULBRA). Coordenadora do Programa REMIS/UFCSPA.
99
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA
Andréia Barcellos Teixeira Macedoa, Ariane Graciottob, Carla Egresc, Ivanise Perboni
Torresc, Rosalice dos Santos Barbosa Pradoc,d, Roberta Guimarãesc
Introdução: os erros de medicação estão diretamente relacionados aos desfechos
clínicos dos pacientes. Sua ocorrência, além de aumentar o tempo de internação
hospitalar e os custos decorrentes da mesma, pode gerar danos significativos aos
pacientes1. A administração de medicamentos é de responsabilidade da enfermagem nas
24 horas e, com o intuito de promover práticas seguras, as instituições de saúde estão
investindo em meios para garantir a segurança da assistência ao paciente, reduzindo
possíveis eventos adversos. O sistema automatizado de dispensa de medicação agiliza a
gestão de medicamentos de forma descentralizada, essa solução ajuda as instituições no
processamento e na administração dos medicamentos com segurança e eficiência2.
Objetivo: relatar a percepção da equipe de enfermagem da unidade sobre a utilização do
equipamento. Metodologia: trata-se de um relato de experiência dos profissionais de
enfermagem de uma unidade de internação destinada a pacientes com germe
multirresistente de um hospital escola do sul do Brasil. As vivências se deram no
período de setembro de 2013 a setembro de 2014. Resultados: pontos positivos citados:
seleção atenta e correta do medicamento; redução de exposição dos medicamentos nas
bancadas, do tempo de envolvimento do enfermeiro com os controlados; controle no
consumo de medicamentos e materiais, do usuário e acesso; diminuição de estorno de
medicamentos; segurança no armazenamento de medicamentos de alta vigilância e
psicotrópicos; sinalização nos casos de quase erros, como alteração na prescrição
médica, retirada de doses erradas e medicações vencidas. Pontos de melhoria:
necessidade de vários reaprazamentos on-line, liberação apenas pelo farmacêutico em
caso de não conformidade, bloqueios automáticos de longo tempo da máquina,
discrepância do número de medicamentos e materiais disponíveis, demora na liberação
de medicamentos em urgências, ausência de alguns kits de material para preparo do
medicamento, indisponibilidade de encaminhar todas as medicações do paciente para
outros setores, fila e atraso no momento da retirada da medicação. Conclusão,
100
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
contribuições e implicações para a Enfermagem: frente o exposto, conclui-se que o uso
do equipamento de dispensação eletrônica de medicamentos serve como estratégia para
promover segurança do paciente. Por outro lado, alguns resultados esperados não foram
observados neste piloto. O equipamento demanda tempo para a equipe de enfermagem,
artigo raro nas condições atuais da unidade. Além do mais, observa-se que alguns
processos ainda necessitam de ajustes.
Descritores: Segurança do Paciente. Sistemas de Medicação. Enfermagem.
Referências
1 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração
de medicamentos. Brasília, DF; 2013.
2 Grifols México SA de CV. Sistema automático de distribuição para gestão de
medicamentos Pyxis MEDSTATION 4000. 2014.
___________________________________
aEnfermeira,
chefe. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail:
[email protected]
bEnfermeira.
cTécnica
Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS.
de enfermagem. Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS. E-mail: Rosalice-
[email protected]
d
Relatora.
101
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA
BACTERIANA
Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib
Introdução: a resistência antimicrobiana por bactérias patogênicas é uma ameaça
crescente
no
tratamento
de
doenças
infecciosas
por
micro-organismos
multirresistentes, o que compromete a Segurança do Paciente, constituindo-se em
problema de Saúde Pública.1 Objetivo: analisar a produção científica acerca do tema
resistência bacteriana, visando contribuir na produção de conhecimento acerca de
estratégias de prevenção da resistência bacteriana. Metodologia: estudo descritivo, na
perspectiva de uma revisão narrativa da literatura, realizada em janeiro de 2014, na
Biblioteca Virtual em Saúde, através da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: no
recorte temporal de 2008 a 2014, foram selecionados oito artigos que relatavam
estratégias de prevenção da resistência bacteriana. O uso indiscriminado de
antimicrobianos é o principal fator relacionado com a emergência de cepas microbianas
resistentes, e a resistência antimicrobiana pode ser reduzida pelo uso dos mesmos de
forma racional, considerando-se as propriedades farmacológicas dos antimicrobianos, a
diferenciação segundo seu uso em profiláticos, empíricos e terapêuticos, bem como
pelos testes de diagnósticos e testes de susceptibilidade antimicrobiana. A educação
continuada da equipe multidisciplinar é uma estratégia para prevenção da resistência
antimicrobiana. A higienização das mãos é a medida mais eficaz na prevenção e controle
das infecções relacionadas à assistência à saúde e, também, um pilar fundamental para a
redução da disseminação da resistência bacteriana.2-5 Conclusão: o uso racional de
antimicrobianos, a higienização adequada das mãos, a cultura de vigilância
microbiológica, a educação continuada, a desinfecção de superfícies, uso de testes de
suscetibilidade, o isolamento de contato, quando indicado, e a manutenção de um banco
de dados constituem-se em estratégias encontradas neste estudo para prevenir a
seleção de micro-organismos resistentes. Contribuições para a enfermagem: este estudo
contribui para os profissionais refletirem sobre a resistência bacteriana e suas possíveis
102
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
consequências, auxiliando-os a adotar medidas preventivas com o objetivo de contribuir
para a segurança do paciente.
Palavras-chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção
Hospitalar.
Referências
1. World Health Organization. Antimicrobial resistance: global report on surveillance.
2014[acesso
em
2014
Jun
07].
Disponível
em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112647/1/WHO_HSE_PED_AIP_2014.2_eng.
pdf
2. Chang RL, Cho IH, Jeong BC, Lee SH. Strategies to minimize antibiotic resistance. Int. J.
Environ. Res. Public Health 2013[acesso em 2013 Set 21];10 (9):4274-305. Disponível
em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3799537/pdf/ijerph-10-04274.pdf
3.Oliveira AC, Silva RS. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana: uma
revisão. Revista Eletrônica de Enfermagem 2008[acesso em 2013 Jun 11];10 (1):189-97,
Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n1/pdf/v10n1a17.pdf
4. Lorenzini E, Nunes G, Pagno RS, Costa TC; Silva EF. Enfermería y control de
infecciones en la UCI neonatal: revisión integradora de la literatura. Enfermería
Comunitaria (rev.
digital) 2013,9(2).Disponible
en:
http://www.index-
f.com/comunitaria/v9n2/ec9168.php
5. Paim RSP, Lorenzini E. Incidência bacteriana e resistência antimicrobiana de uma
instituição hospitalar de médio porte da região nordeste do Rio Grande do Sul.
Biblioteca
Lascasas
2013;9(3).
Disponível
em:
http://www.index-
f.com/lascasas/documentos/lc0731.php
______________________________
aFarmacêutica.
Mestre em Biotecnologia. Docente. Faculdade da Serra Gaúcha. Faculdade
Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected]
103
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
bEnfermeira.
Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail:
[email protected]
104
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Rafael de Almeidaa, Fernanda Duarte Siqueirab, Cristiane Giacomollic,
Eniva Miladi Fernandes Stummd
Introdução: úlceras por pressão são lesões teciduais localizadas, decorrentes de
compressão, associadas à fricção ou cisalhamento dos tecidos moles, entre uma
proeminência óssea e uma superfície rígida, comprometendo pele e tecidos subjacentes.
O uso de equipamento de alta frequência é indicado para tratamento das respectivas
feridas, com boa resolutividade. Objetivos: geral - avaliar o uso de um equipamento de
alta frequência no tratamento de úlceras por pressão em uma Unidade de Reabilitação.
Os objetivos específicos são caracterizar os pacientes participantes do estudo com
variáveis de identificação, sociodemográficas e clínicas; verificar a neoformação tecidual
após aplicação de alta frequência modulada de acordo com a sensibilidade do paciente e
avaliar os estágios de cicatrização da úlcera por pressão no decorrer do tratamento.
Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal. Será realizada
uma intervenção fisioterapêutica com pacientes com úlcera por pressão, estágios 2 e 3,
assistidos em uma Unidade de Reabilitação, durante 60 dias. Os instrumentos de coleta
de dados compreendem um formulário com dados de caracterização e clínicos e imagens
fotográficas das úlceras por pressão dos pacientes, antes, durante a após a intervenção
fisioterapêutica. Os resultados serão analisados com estatística descritiva e respeitados
todos os aspectos éticos de pesquisa com pessoas. O projeto de pesquisa foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do EstadoUNIJUÍ, Brasil, Parecer Consubstanciado 787.068. Conclusão: os resultados dessa
intervenção podem ser importantes para qualificar a assistência a pacientes com úlceras
por pressão e instigar pesquisadores e profissionais da saúde para a construção de mais
investigações, inclusive com outros olhares. Implicações/contribuições para a
Fisioterapia e Enfermagem: esta intervenção pode ser importante para ambas as áreas
da saúde, no sentido de instigar os profissionais a realizar trabalhos integrados para
qualificar a assistência a pacientes com feridas.
105
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Úlcera por Pressão. Técnicas de Fechamento de Feridas. Fisioterapia.
Referências
1 Souza DMST, Santos VLCG. Fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por
pressão em idosos institucionalizados. Rev Lat Am Enferm. 2007;15(5):958-64.
2 Rangel EML, Caliri MHL. Uso das diretrizes para o tratamento da úlcera por pressão
por enfermeiros de um hospital geral. Rev Eletr Enf. 2009;11(1):70-7.
3 Pato TR, Kawamoto CA, Riberto M, Thomaz A, Raimundo VR, Myahara KI, et al.
Desenvolvimento de um protocolo de avaliação de pacientes com úlceras de pressão
através da telemedicina e imagens digitais. Acta Fisiatr. 2007;14(4):204-9.
4 Medeiros ABF, Lopes CHA, Jorge MS. Análise da prevenção e tratamento das úlceras
por pressão propostos por enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):223- 38.
__________________________________
a
Acadêmico de Fisioterapia, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]
b
Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, Unijuí, Ijuí, RS.
Relatora. Email: [email protected]
c Fisioterapeuta,
d Enfermeira,
Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]
Doutora em Ciências, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected]
106
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE
SANGUÍNEA RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL
Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc,
Mariana Lopes de Camposd, Rita Catalina Aquino Caregnatoe
Introdução: os cateteres venosos centrais são indispensáveis na prática em unidades de
terapia intensiva. No entanto, são importantes fontes de infecção primária da corrente
sanguínea¹. O risco de infecção relacionado ao cateter venoso central está associado às
práticas adotadas no momento da inserção, à localização do acesso, experiência do
profissional que realiza o procedimento, tempo de permanência, tipo e manipulação do
cateter, entre outros². Esses fatores constituem pontos estratégicos importantes para
ações preventivas dessas infecções, proporcionando maior segurança ao paciente.
Objetivos: relatar a experiência da implementação de práticas de controle de infecção de
corrente sanguínea associada ao cateter venoso central. Metodologia: trata-se de um
relato de experiência sobre os cuidados implementados para prevenção de infecções de
corrente sanguínea associadas ao cateter venoso central em pacientes na unidade de
terapia intensiva adulto do Hospital Santa Clara do Complexo Hospitalar Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26 pacientes internados na unidade
de terapia intensiva, cerca de 90% possuem cateter venoso central, sendo que no mês de
julho de 2014, cerca de 10 foram submetidos à passagem de cateter venoso central.
Neste mês, na unidade, ocorreram 4,5 infecções por 1000 cateteres venosos centrais/dia.
O controle das medidas preventivas é realizado através da observação não participante
com o preenchimento de uma ficha no acompanhamento da inserção do cateter venoso
central, sendo o registro realizado por enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Os itens
avaliados são: higienização das mãos, uso de barreira estéril, número de tentativas, sítio
de inserção e tipo de cobertura de curativo. As fichas são avaliadas pelo Serviço de
Controle de Infecção do Hospital. Conclusão: o instrumento utilizado auxilia na avaliação
da prática, na identificação de oportunidades para intervenções e redução do número de
infecções, integrando cuidados em prol da segurança do paciente. Implicações para
Enfermagem: a adoção de uma ficha de acompanhamento aplicada a cada inserção de
107
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
cateter venoso central é um medida preventiva que auxilia a identificar falhas no
processo que podem levar à infecção de corrente sanguínea.
Descritores: Infecções Relacionadas a Cateter. Segurança do Paciente.
Referências
1 Castilho LD, et al. Infecções de corrente sanguínea relacionadas ao cateter venoso
central em terapia intensiva: ensaio clínico randomizado aberto. Revista Nursing.
2009;12(136):429-34.
2 Fernandes AT, Ribeiro NF. Infecção do acesso vascular. In: Fernandes AT, Fernandes
MA, Ribeiro NF, organizadores. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde.
São Paulo: Atheneu; 2000. p. 556-79.
__________________________________
aEnfermeira,
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
bEnfermeira,
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
cEnfermeira,
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E-
mail: [email protected]
dAcadêmica
de Enfermagem, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected]
eProfessora,
Doutora, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), RS. E-mail: [email protected]
108
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE
109
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa
Giuliana Caldeirini Arutob, Katia Cilene Bertoncelloc, Luciana Bihain Hagemannd
Introdução: a cada ano ocorrem entre 210.000 a 400.000 mortes causadas por eventos
adversos em hospitais nos Estados Unidos1. No Brasil, a incidência de eventos adversos
é de 7,6%, dos quais 66% são considerados evitáveis2. Nesse contexto, o Ministério da
Saúde instituiu em 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente, com o objetivo
geral de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em território nacional, de
qualquer natureza econômica e administrativa, de acordo com a prioridade conferida à
segurança do paciente em serviços de saúde3. Objetivo: avaliar a segurança do paciente
na classificação de risco de uma unidade de emergência adulto através da acurácia de
enfermeiros. Metodologia: trata-se de estudo quantitativo, transversal e retrospectivo
realizado entre outubro e dezembro de 2013, em um hospital escola do sul do Brasil.
Foram realizadas 380 reclassificações de risco seguindo o protocolo institucional a fim
de obter o real nível da classificação de risco. Resultados: observou-se que a acurácia da
classificação de risco institucional é excelente através do coeficiente de concordância de
Kappa. Obteve- se um valor de Kappa de Cohen de 0,786, com intervalo de confiança de
95% entre 0,732 e 0,840 com valor de hipótese nula de 0,042 (menor que o limite
estimado de 0,4). Assim, sugere excelente acordo entre a avaliação e a reavaliação.
Apesar de menos frequentes, os erros observados em alguns casos de subestimação do
risco podem ser considerados erros graves, uma vez que podem acarretar sérios danos
para os usuários, pois o erro de classificação determina um tempo de atendimento que
pode ser crucial para sua condição de saúde. Conclusão: o protocolo mostrou-se
confiável para determinação dos níveis de prioridade, fortalecendo a cultura da
segurança do paciente nos serviços de urgência e emergência. Contribuições para a
enfermagem: este estudo contribui para a detecção precoce de erros relacionados à
classificação de risco e destaca o papel do enfermeiro nesse serviço, de forma a oferecer
uma assistência com qualidade e com segurança ao paciente.
Descritores: Segurança do Paciente. Acolhimento. Enfermagem.
110
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1 James JT. A New, evidence-based estimate of patient harms associated with hospital
care. J Patient Saf. 2013;9:122-8.
2 Mendes WV, et. al. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. Int J Qual
Health Care. 2009;21(4):279–84.
3 Brasil. Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União. 2013.
_______________________________
a.
Parte da dissertação de Mestrado apresentada em 2014 ao Programa de Mestrado
Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (USFC).
b.
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. E-
mail: [email protected]
c.
Doutora em Enfermagem Fundamental. Professora Adjunta II, do Departamento de
Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Mestrado Profissional Associado à Residência
Multidisciplinar em Saúde da UFSC. E-mail: [email protected]
d
Mestre em Saúde pela UFSC. Enfermeira Assistencial da Unidade de Emergência Adulto
do HU/UFSC. E-mail: [email protected]. Relatora.
111
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM
Jonathas Cristiano Figueiredo¹, Jane Martin², Neusa Eliane Lobchenco³, Aline Carla
Hennemann4, Claudia Capellari5, Thiago Silva6
Introdução: a preocupação com a alimentação do indivíduo existe desde o período
neonatal. Com o decorrer dos anos e a vida agitada, o ser humano parece não identificar
a importância deste aspecto como sendo fundamental para manutenção da sua
sobrevivência. Na atualidade, grande parte da produção de pesquisa fica restrita ao
âmbito acadêmico, tanto em ambientes de formação, quanto em instituições ligadas a
academias, como os hospitais universitários. Entendemos a importância da pesquisa
para as melhores práticas na área da saúde e, para isso, é mister a formação de
profissionais consumidores da mesma em seus cenários de trabalho. As evidências
alcançadas devem ser condutoras de práticas mais seguras e eficazes. Objetivo:
despertar o olhar científico do acadêmico de enfermagem sob a ótica da nutrição por
meio de práticas baseadas em evidências, na disciplina Cuidados Nutricionais em Saúde.
Método: trata-se de relato de experiência da construção de projetos, realizado por
acadêmicos de enfermagem. Os projetos se concentraram em práticas baseadas em
evidências. Resultados: foram construídos quatro projetos com os enfoques: Avaliação
do índice de massa corporal em corredores esportivos do vale do Paranhana, Brasil;
Conhecimento da equipe de enfermagem no e manuseio com sonda nasoenteral;
Avaliação do nível de conhecimento dos enfermeiros atuantes nas unidades de
internação dos hospitais da serra gaúcha sobre dispositivos enterais; Avaliação do índice
de massa corporal de escolares na cidade de Taquara, RS. Conclusão: os projetos estão
em processo de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A operacionalização dos
projetos estimula os acadêmicos em busca de conhecimentos, desvelando oportunidade
de novos eixos na enfermagem baseada em evidências, principalmente dentro de uma
temática tão especifica como a terapia nutricional. No momento em que o aluno produz
pesquisa, ele consome pesquisa, com isso acredita-se formar um ciclo de cuidado
instrumentalizado através do conhecimento cientifico.
112
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Palavras-chave: Pesquisa. Enfermagem. Terapia Nutricional.
Referências
Barbosa JAG. Enfermagem em terapia nutricional. Nursing (São Paulo). 2003
Maio;6(60):21-24.
Ciosak SI, Matsuba CST, Serpa LF. Terapia nutricional enteral e parenteral – consenso de
boas práticas de enfermagem. São Paulo: Martinari; 2011.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica
Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos
em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo; 2011.
_________________________________________________
¹Acadêmico. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de
Taquara, RS - FACCAT. Relator.
²Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de
Taquara, RS - FACCAT.
³Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de
Taquara, RS - FACCAT.
4Enfermeira.
Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital
Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia
Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS)
Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de
Taquara, RS - FACCAT.
5Enfermeira.
Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em
Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especializanda
em Docência na Saúde (UFRGS) Coordenadora do Curso de Bacharelado em Enfermagem
das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT.
6Enfermeiro.
Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em
Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem
113
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na
Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de
Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT.
114
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb,
Luélen Rodrigues Vallec
Introdução: a segurança do paciente tanto a nível mundial quanto na América do Sul tem
sido amplamente discutida, tema atual e contemporâneo. Em 2007, na XXII Reunião de
Ministros da Saúde do Mercado Comum do Cone Sul, houve o primeiro movimento
oficial do bloco de apoio à primeira meta da Aliança Mundial para a Segurança do
Paciente “una atención limpia, es uma atención mas segura”1 Segundo a Escola Nacional
de Saúde Pública2, “cerca de 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento
adverso. Destes, 66% poderiam ser evitados”, apontou estudo desenvolvido pelo
pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública e integrante do Centro Colaborador
para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente2 (Proqualis), Walter Mendes3.
Objetivo: a pesquisa tem como objetivo geral investigar junto a um hospital de médio
porte as condições de segurança na assistência prestada aos pacientes submetidos a
procedimentos cirúrgicos. Método: trata- se de uma pesquisa qualitativa do tipo
descritiva. A coleta de dados foi realizada em um hospital de médio porte localizado no
interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A população foi composta por
profissionais de enfermagem. Foram realizadas 15 entrevistas. O status do projeto
encontra-se na fase de categorização dos dados. Após a produção de dados, iniciou-se a
análise e a discussão emergindo duas categorias: “A segurança do paciente submetido a
procedimentos cirúrgicos” e “Consideração ética no período perioperatório”.
Resultados: mediante as conclusões da pesquisa, acredita-se que existe falta de
conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação à segurança do paciente, e
que a instituição pesquisada não trabalha com nenhum tipo de protocolo ou checklist
voltado para a segurança do paciente. Conclusão: através desta pesquisa busca-se
aprimorar os conhecimentos e aprendizagem da equipe de enfermagem sobre a
segurança do paciente para que, assim, reflita em uma assistência de qualidade e
humanizada no cuidado, contribuindo com a equipe e o paciente.
115
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Segurança do Paciente. Procedimentos Cirúrgicos. Equipe de Assistência ao
Paciente.
Referências
1 MERCOSUR. Mercosur/RMS/Acta n. 02/07. XXIII Reunión de Ministros de Salud del
Mercosur. Montevideo; 2007.
2 Escola Nacional de Saúde Pública. Segurança do paciente: ENSP elabora protocolos.
Rio
de
Janeiro;
2013
[acesso
em
2013
Abr
08].
Disponível
em:
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/32324
3 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Rede
Nacional de Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Reniss).
Folder. Brasília, DF: ANVISA; 2004.
_____________________________________________
a Mestre
em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do
Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo; RS. Membro
do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. Relator.
E-mail: [email protected]
b
Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da
Universidade
Regional
Integrada
do
Alto
Uruguai
e
das
Missões.
E-mail:
[email protected]
c
Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista de Iniciação Cientifica da
Universidade
Regional
Integrada
do
Alto
Uruguai
e
das
Missões.
E-mail:
[email protected]
116
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Giordana dos Santos Ribeiroa, Lisnéia Fabiani Bockb, Jean Mauhsc,
Patrícia Trevisod
Introdução: a Organização Mundial da Saúde1 considera a inserção da prática de
lavagem de mãos, como sendo necessária e obrigatória aos profissionais de saúde. Sabese, que a higienização de mãos é uma medida simples e importante para a diminuição da
incidência de infecções relacionadas à saúde e transmissão de patógenos. Objetivo:
relacionar o impacto da técnica de abordagem individual e de observação em relação à
prática de lavagem de mãos dos profissionais da saúde. Método: pesquisa documental,
retrospectiva, quantitativa, realizada em um Hospital Geral Privado de Porto Alegre,
Brasil, no mês de abril de 2014. Foram avaliados documentos relativos ao registro de
lavagem de mãos do Serviço de Controle de Infecção deste hospital, relativos ao período
de abril a setembro de 2013. Para a coleta de dados foi utilizado roteiro elaborado pelos
pesquisadores. Para análise dos dados utilizou-se teste qui-quadrado e associação de
variáveis, através do software estatístico, SPSS, versão 21.0. Foram analisados 819
registros relativos à de higienização de mãos de diferentes categorias profissionais que
trabalhavam na UTI. Resultado: os momentos para a higienização de mãos
aproveitadas/realizadas durante os três últimos meses pelos profissionais de saúde no
setor, antes de iniciar a abordagem individual foi de 240 oportunidades e após iniciar a
abordagem individual este número foi para 374, um aumento de 134 oportunidades. O
estudo revelou que a categoria de profissionais que mais foi observada realizando a
lavagem de mãos foi a de técnicos de enfermagem e a que menos foi observada foi a de
médicos. A categoria que mais aderiu à prática de lavagem de mãos foi a de técnicos de
enfermagem e de fisioterapeutas, e a que mostrou baixo índice de mudança de
comportamento de lavagem de mãos em comparação ao período de observação e de
abordagem individual foi a categoria enfermeiros, visto que o índice manteve-se alto
para lavagem de mãos tanto no período de observação como no período de abordagem.
117
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Conclusão: o estudo possibilitou identificar que a técnica de abordagem individual
aumenta a prática de lavagem de mãos dos profissionais em comparação à técnica de
observação. Contribuições para a Enfermagem: estes resultados levam à reflexão sobre o
quão necessário é repensar ações e estratégias para a prática profissional, enquanto
facilitadores no processo de educação permanente, visando à profilaxia e controle de
infecção em serviços de saúde, buscando mudança de comportamento profissional em
prol de boas práticas de higienização das mãos.
Descritores: Lavagem de Mãos. Unidade de Terapia Intensiva. Profissional da Saúde.
Referência
1 Organização Mundial da Saúde. Primeiro desafio global de segurança do paciente
cuidado limpo é cuidado seguro. Diretrizes da OMS sobre a higienização das mãos na
assistência à saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2009.
______________________
a
Enfermeira do Hospital Ernesto Dornelles. Porto Alegre, RS. Relatora.
b,c, d
Enfermeiros. Docentes do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista -
IPA. Porto Alegre, RS.
118
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA:
QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE
Ariane Monteiroa,b, Michele Borgesa, Luciana Galoa, Marcia Arsegoa, Renata Piresa,
Teresa Cristina Sukiennikc
Introdução: a pneumonia associada à ventilação mecânica é uma das infecções
relacionadas à assistência à saúde mais comuns em unidades de terapia intensiva. O
Institute for Healthcare Improvement recomenda que as unidades de terapia intensiva
implementem um pacote de medidas a serem acompanhadas diariamente com o
objetivo de melhorar a assistência e segurança para pacientes em ventilação mecânica.
Acredita-se que um pacote de medidas de prevenção isolado não seja responsável pela
redução das infecções; o processo requer atividades multidisciplinares na busca pela
mudança de cultura1. Objetivo: verificar o impacto direto da adesão ao bundle de
pneumonia associada à ventilação mecânica na densidade de incidência de pneumonia
associada à ventilação mecânica. Metodologia: o estudo foi realizado em uma unidade de
terapia intensiva geral, com 26 leitos, de um hospital terciário de Porto Alegre, RS, de
janeiro a julho de 2014. Foram incluídas as fichas de observação de adequação ao bundle
de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica dos pacientes internados e
em ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva. A auditoria foi realizada
diariamente pelo enfermeiro assistencial, avaliando-se os seguintes itens: 1) cabeceira
elevada de 30 a 45º, através da observação direta; 2) atendimento diário de fisioterapia
respiratória, através de informações do prontuário do paciente; 3) higiene oral diária,
através de informações do prontuário do paciente; 4) ausência de líquido condensado no
circuito do respirador, através de observação direta; 5) posição filtro-circuito do
respirador através de observação direta; 6) mensuração diária da pressão do cuff do
tubo orotraqueal, através de informações do prontuário do paciente. O bundle foi
considerado adequado quando todas as medidas foram realizadas conforme as
recomendações. Para o diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica
foram utilizados os critérios brasileiros da infecção do trato respiratório publicados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foi mensurado mensalmente a densidade de
incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica e a adesão ao bundle de
119
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
pneumonia associada à ventilação mecânica. Resultados: a meta de densidade de
incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica da unidade é de
6,91/1000vm-dia. Nos meses de março e julho, em que a densidade de incidência foi
mais alta (8,85/1000vm-dia e 9,50/1000vm-dia), o percentual de adesão ao bundle foi
baixo (81,5 e 70,5 respectivamente). Nos meses restantes, a densidade de incidência se
manteve dentro da meta e o percentual de adesão às medidas mostrou-se mais elevado
na maioria dos meses. Conclusão: observamos que a adesão ao pacote de medidas
influencia diretamente na densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação
mecânica, contribuindo para a segurança do paciente, redução de custos e qualidade
assistencial.
Descritor: Segurança do Paciente.
Referências
1 Marra AR; et al. Successful prevention of ventilator-associated pneumonia in an
intensive care setting. Am J Infect Control. 2009 Oct;37(8):619-25.
2 Anvisa (Brasil). Segurança do paciente e qualidade nos serviços de saúde: critérios
diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa; 2013.
______________________
aEnfermeiras
bRelatora.
cMédico
do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
E-mail: [email protected]
do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
120
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Luccas Melo de Souzaa, Lisiani Meirellesb, Audrey Klingerc, Evelyn Beckerd,
Maríndia Fernandes Ramose
Introdução: as mãos dos profissionais da saúde são o principal veículo de infecções
cruzadas na assistência à saúde. Com o aumento de novos tipos de microrganismos e da
resistência antimicrobiana, a apreensão com as infecções em locais de assistência à
saúde se tornou um dos mais importantes problemas para a segurança do paciente.
Objetivo: identificar a adesão dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia
Intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos. Metodologia: estudo
transversal, analítico, com abordagem quantitativa, embasado em dados secundários
obtidos em um banco de dados de um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O
banco de dados foi construído por observações diárias dos profissionais de uma Unidade
de Terapia Intensiva de um hospital público de Porto Alegre, RS, realizadas de maio a
dezembro de 2012. Resultados: foram analisadas 793 observações. Em 446 (56,2 %) não
ocorreu a higienização das mãos, sendo que a adesão ficou em 43,7%. Os fisioterapeutas
foram os profissionais de maior adesão à prática nos procedimentos acompanhados
(53,5%), e os técnicos de enfermagem tiveram menor adesão (29,2%), com p<0,001. As
ações com menor adesão à higienização das mãos foram aquelas “antes do contato com o
paciente” (18,4%) e “antes de procedimento asséptico” (20,9%). A ação após contato
com o paciente teve 55,6% de adesão à higienização das mãos, seguida de risco de
exposição a fluído (55,6%) e após o contato com o ambiente do paciente (49,1%).
Conclusões: a taxa de adesão à higienização das mãos pode ser considerada baixa,
mesmo que não haja parâmetros definidos para classificação de boa ou má adesão. Os
técnicos de enfermagem foram os que tiveram menor adesão, o que preocupa, pois são
os profissionais com maior frequência de contato com os pacientes. Contribuições para a
enfermagem: com o presente estudo, sugerem-se alternativas para melhorar a adesão à
higienização das mãos: buscar novos parceiros para adesão a essa prática, criar feedback
121
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
no ambiente de trabalho, aumentar o número de treinamentos com diferentes
dinâmicas, realizar pesquisas para identificar o que é considerado significativo para
melhorar a adesão à higienização das mãos, implementar programas educacionais e
motivacionais para a prática da higienização das mãos em todas as redes de atenção
hospitalar.
Descritores: Enfermagem. Infecção Hospitalar. Higiene das Mãos.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Organização Mundial de Saúde (OMS) Organização PanAmericana da Saúde (OPAS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Manual
do observador: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos.
Brasília (DF); 2008.
Organização Mundial de Saúde (OMS). Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos na
assistência à saúde (versão preliminar avançada). Brasília: OMS/ANVISA; 2005.
____________________________
a
Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto da Universidade Luterana do Brasil,
campus Gravataí (ULBRA Gravataí). [email protected]
bAcadêmica
de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica da ULBRA Gravataí.
Relatora. [email protected]
cAcadêmica
de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA
Gravataí. [email protected]
dAcadêmica
de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA
Gravataí. [email protected]
eEnfermeira
do Hospital Dom João Becker. [email protected]
122
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE:
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
Ana Cristina Pretto Bá oa, Juliana Annita Ribeiro Santib, Elisiane Lorenzinic
Introdução: a ocorrência de incidentes que comprometem a segurança do paciente
configura-se em desafio premente em todas as instituições que prestam serviços de
assistência à saúde(1). Em resposta a essa necessidade global, a Organização Mundial da
Saúde lançou, em 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente(2). Objetivo:
avaliar os incidentes notificados entre os anos 2008 e 2012, em um hospital de grande
porte da região Sul do Brasil. Metodologia: estudo retrospectivo de análise documental,
transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em
março de 2013, analisados e apresentados em frequência absoluta e relativa. Esta
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Virvi Ramos, com o parecer
número 224.450. Resultados: a maior frequência de notificação (64,8%) ocorreu nas
unidades de internação. Os incidentes de maior prevalência foram as quedas (45,4%), os
erros de medicação (16,7%) e outros incidentes (16,2%). Houve um crescimento
considerável do número de incidentes notificados em 2008, 103 (13,6%), e em 2012,
239 (31,7%). Em geral, apesar do evidente crescimento do número de incidentes
notificados, estudos nacionais e internacionais apontam para a presença de
subnotificação ou a não notificação, devido ao medo de punição ainda presente nas
situações de erros(3,4). Conclusão: identificaram-se 755 casos de notificação de incidente,
representando 1,1% do total de internações. O baixo número de notificações pode estar
relacionado ao sistema adotado pela instituição, no qual o profissional que notifica o
incidente deve se identificar. Sugere-se que as instituições de saúde trabalhem em busca
da Cultura de Segurança. Para tanto, faz-se necessário o envolvimento da direção e de
todos os atores dos diversos níveis operacionais. Contribuições para a Enfermagem:
considerando a falta de dados disponíveis, o que impossibilita definir, de forma exata, a
magnitude do problema dos eventos adversos e incidentes com pacientes no Brasil, o
123
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
estudo contribuiu na produção de conhecimento acerca do tema amplamente discutido
no cenário mundial, a Segurança do Paciente.
Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Segurança. Erros de Medicaçã o.
Referê ncias
1 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a
hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7.
2 World Health Organization. World alliance for patient safety. [citado 2012 Ago 15]
Disponıv́ el em: http://www.who.int/patientsafety/worldalliance/en/
3 Silva EF, Faveri F, Lorenzini E. Medication error in the exercise of nursing: an
integrative review. Enfermería Global. 2014;13:330-7.
4 Garrouste-Orgeas M, Philippart F, Bruel C, Max A, Lau N, Misset B. Overview of medical
errors and adverse events. Ann. Intensive Care. 2012 Feb 16;2(1):2.
_____________________________
a
Enfermeira, Especialista em Gestão de Riscos e Segurança Hospitalar. Caxias do Sul
(RS), Brasil. Relatora.
b
Enfermeira, Faculdade Nossa Senhora de Fátima. Caxias do Sul (RS), Brasil.
c
Enfermeira, Especialista em Gerenciamento em Enfermagem, Mestre em Ciências da
Saúde. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre (RS), Brasil.
124
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS
HOSPITALIZADOS
Aline Aparecida da Silva Pierottoa, Ana Paula Amestoy de Oliveirab, Janete de Souza
Urbanettoc, Juliana Pires Rodriguesd, Katy Ariane dos Santos Corrêab,e, Rayssa Thompson
Duarteb, Vanessa Oliveira Machadod
Introdução: as úlceras por pressão podem ocasionar danos significativos para a saúde de
crianças hospitalizadas. Assim, a escala Braden Q foi criada para avaliação de fatores de
risco relacionados a pacientes pediátricos, propiciando a avaliação dos profissionais da
saúde para prevenção de úlceras por pressão e conduzindo o reconhecimento da
etiologia desse problema. A escala é composta por sete parâmetros a serem avaliados,
sendo eles: (1) mobilidade, (2) atividade, (3) percepção sensorial, (4) umidade, (5)
fricção e cisalhamento, (6) nutrição e (7) perfusão e oxigenação1. Metodologia: projeto
de pesquisa em fase de desenvolvimento com delineamento de coorte que será realizada
com crianças com idade de um mês até 14 anos, internadas na emergência pediátrica,
internação pediátrica e intensivismo pediátrico do hospital São Lucas da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil. A escala Braden Q será aplicada
desde a internação até a alta hospitalar. A análise dos dados será realizada por meio da
estatística descritiva e inferencial. O projeto de pesquisa está em análise pela Comissão
Científica da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, e, posteriormente, será
enviado ao Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Resultados: espera-se analisar o perfil das crianças hospitalizadas quanto ao risco para o
desenvolvimento de úlceras por pressão, por meio da utilização da Escala Braden Q,
ainda pouco conhecida e com poucas evidências de sua capacidade de predição de risco
em nosso país. Conclusão: acredita-se que, ao identificar os riscos para o aparecimento
das úlceras por pressão e difundir o potencial da Escala Braden Q em predizer o
surgimento das mesmas, haverá a qualificação do processo assistencial prestado às
crianças e adolescentes. Contribuições para enfermagem: o conhecimento desses
aspectos gera uma possibilidade de criar novas práticas assistenciais, para melhor
atender as necessidades dos pacientes, melhorando também as condições de trabalho do
profissional, atuando com maior eficácia na assistência humanizada ao paciente.
125
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Úlcera por Pressão. Criança.
Referência
1 Maia ACAR, Pellegrino DMS, Blanes L, Dini GM, Ferreira LM. Tradução para a língua
portuguesa e validação da escala de Braden Q para avaliar o risco de úlcera por pressão
em crianças. Rev Paul Pediatr. 2011;29(3):406-414.
_______________________
a
Enfermeira assistencial e Preceptora PREMUS PUCRS/HSL;
PREMUS PUCRS/HSL – Urgência/ Emergência;
PUCRS/HSL;
d
c
b
Enfermeiras residentes
Enfermeira Tutora PREMUS
Enfermeiras residentes PREMUS PUCRS/HSL – Pediatria;
e
Relatora. E-
mail: [email protected]. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS).
126
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE
TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Gisele Möllera, Ana Maria Müller de Magalhãesb
Introdução: alguns estudos vêm relacionando a ocorrência de eventos adversos com a
carga de trabalho de enfermagem1,2. O cuidado com o banho de leito e a higiene corporal
foram apontados como pontos críticos da carga de trabalho de enfermagem3. Objetivo:
levantar características da organização do trabalho da equipe de enfermagem
relacionadas ao banho de leito. Metodologia: estudo observacional com método misto e
coleta de dados concomitante, realizado em unidades de internação de um hospital
universitário do sul do Brasil. As informações qualitativas foram analisadas pelo relato
da observação dos banhos de leito, por meio de análise de conteúdo e organizadas por
categorias temáticas com recurso do programa NVivo 10. Nos dados quantitativos foi
mensurado o tempo de duração do banho de leito, número de profissionais envolvidos e
presença de familiares ajudantes, esses dados foram analisados por meio de estatística
descritiva. A população consistiu dos pacientes internados e profissionais de
enfermagem que estavam trabalhando nas unidades, durante o período de coletas de
dados. A amostra constituiu-se de 67 pacientes e 62 profissionais de enfermagem. Os
aspectos éticos atenderam à Resolução 466/12 do CONEP4. Resultados: encontrou-se
cinco categorias temáticas, uma delas considerada categoria prévia: Riscos potenciais à
segurança dos profissionais e pacientes, e as outras quatro categorias emergentes:
Integralidade do cuidado; Estrutura Física; Organização do Processo de Cuidado;
Satisfação do paciente. Nos dados quantitativos encontrou-se um tempo médio de
duração do banho de leito de 15,02min. Em 55,2% dos banhos de leito observados
estavam envolvidos dois profissionais. Conclusões e contribuições para a enfermagem: o
dimensionamento do pessoal de enfermagem e os ambientes de trabalho inadequados
parecem prejudicar a organização do cuidado relacionado com o procedimento e podem
ocasionar eventos adversos para os profissionais e pacientes.
Descritores: Higiene. Carga de trabalho. Cuidados de Enfermagem.
127
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1 Magalhães AMM, Dall’agnol CM, Marck PB. Carga de trabalho da equipe de enfermagem
e segurança do paciente - estudo com método misto na abordagem ecológica
restaurativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2013 Jan-Fev;21(Spec):[09 telas].
2 Duffield C, Diers D, O'Brien-Pallas L, Aisbett C, Roche M, King M, et al. Nursing staffing,
nursing workload, the work environment and patient outcomes. Applied Nursing
Research. 2011;24:244-255.
3 Magalhães AMM. Carga de trabalho de enfermagem e segurança de pacientes
internados em um hospital universitário [tese]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem; 2012.
4 Ministério da Saúde (Brasil). Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa. Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas
reguladoras para as pesquisas envolvendo os seres humanos. Brasília (DF): MS; 2012.
_________________________
a Graduada
em Enfermagem, EE/UFRGS. Membro do Núcleo de Estudos sobre Gestão em
Enfermagem (NEGE). Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected].
Relatora.
bDoutora
em Enfermagem. Docente da EE/UFRGS e do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem (PPGENF/UFRGS). Coordenadora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
(HCPA). Membro do NEGE. Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]
128
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A
HOSPITALIZAÇÃO
Cristina Fontoura Bombardellia,b, Elise Silva da Silveirac, Rita de Cássia Ferreira Samueld,
Janete de Souza Urbanettoe
Introdução: a queda é um dos incidentes de segurança apontados pela Organização
Mundial de Saúde(1) como de extrema relevância no cenário de saúde. No ambiente
hospitalar, as quedas podem aumentar o tempo de internação, o custo do tratamento,
causar desconforto ao paciente e acarretar ceticismo com relação à qualidade da
assistência de enfermagem e à responsabilidade do profissional que atente o paciente(2).
O incidente de segurança do paciente é definido como o evento ou a circunstância que
possa ter resultado ou resultou em dano desnecessário ao paciente, sendo que, quando o
dano ocorre, o incidente de segurança passa a denominar-se de evento adverso(3,4). O
dano, por sua vez, implica em prejuízo da estrutura ou função corporal e pode ser
classificado em dano físico, social ou psicológico(4). Objetivos: analisar as quedas de
pacientes hospitalizados em relação aos fatores de risco da Morse Fall Scale, aspectos
sócio demográficos e clínicos, bem como caracterizar as quedas quanto ao tipo, ao dano
e aos fatores associados/contributivos. Método: estudo de coorte com 45 pacientes que
tiveram quedas durante a hospitalização. Resultados: foram registradas 54 quedas, com
a prevalência em adultos de até 61 anos (53,3%), do sexo masculino (53,3%), com força
muscular reduzida nos membros superiores e inferiores. O maior percentual de quedas
ocorreu nos pacientes com classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale. O dano
físico, do tipo ferimento corto-contuso, foi o mais frequente. Conclusão: o presente
estudo retrata a importância da utilização de uma escala que avalie o risco para quedas
nas instituições hospitalares, e é um alerta para a necessidade de avaliação das
condições ambientais que possam vir a ocasionar a queda do paciente. Os fatores
contributivos mais frequentes foram os ambientais, em especial a cama muito alta; e os
pessoais, liderados pela perda do equilíbrio/tontura e sonolência/confusão/agitação.
Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Dano ao Paciente.
129
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1. World Health Organization. Who global report on falls prevention in older age.
Geneva;
2007
[acesso
em
2014
Jun
20].
Disponível
em:
http://www.who.int/violence_injury_prevention/puplication/other_injury_falls_preven
tion.pdf
2. Paiva MCMS, Paiva SAR, Berti HW, Campana AO. Caracterização das quedas de
pacientes segundo notificação em boletins de eventos adversos. Rev Esc Enferm USP.
2010;44(1):134-38.
3. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de Abril de 2013. Institui o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP). [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2013 [acessado
2014
Jun
18].
Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
4. Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Scherman H, Lewalle P. Towards an
internacional classification for patient safety: key concepts and terms. International
Journal for Quality in Health Care. 2009;21(1):18-26.
_________________________
a Enfermeira
graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail:
[email protected].
b
Relatora.
c
Enfermeira graduada pela Universidade
Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail: [email protected]. d Enfermeira
graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail:
[email protected].
e
Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS.
Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da FAENFI/PUCRS. Orientadora. E-mail:
[email protected]
130
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE
LITERATURA
Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V.
Lourencia, Patrícia Cristina Cardosoa,b
Introdução: a equipe de enfermagem é responsável por prestar assistência livre de
danos e agravos à saúde dos usuários dos serviços de saúde. Nesse contexto, a
abordagem da segurança do paciente é fundamental. Entretanto, nem sempre é possível
evitar que ocorram falhas e acidentes pela assistência prestada, ocorrendo então
eventos adversos (1). Questionam-se quais os motivos que levam os profissionais a
cometerem eventos adversos. Objetivo: identificar na literatura as causas mais comuns
que levam os profissionais a cometerem eventos adversos. Metodologia: trata-se de um
estudo de revisão bibliográfica, através de pesquisa em bancos de dados Bireme
utilizando como descritores: Eventos Adversos, Segurança do Paciente, Iatrogenias e
Gerenciamento da Segurança. Foram selecionados artigos relacionados com o objetivo
do estudo, entre o período de 2001 a 2013. Resultados: o fator humano é apontado como
principal agente causador das ocorrências iatrogênicas (1,2,3). Pode estar relacionado às
condições de trabalho dos profissionais, duplas jornadas de trabalho e condições de
saúde
(2),
pouca experiência, alta demanda de tarefas, prescrição médica ilegível,
ausência de qualificação profissional periódica, bem como falta de recursos humanos ou
orientação adequada
(3).
Outros fatores determinantes na ocorrência de eventos
adversos incluem: aumento da complexidade e a fragmentação da assistência, a rápida
expansão do conhecimento médico, o aumento da utilização de tecnologia, muitos
profissionais atendendo o mesmo paciente, gravidade da doença, ambiente propenso à
distração, pressão da falta de tempo, necessidade de tomar decisões rápidas, alto volume
de pacientes e carga imprevisível de atendimento
(4).
Considerações finais: os eventos
adversos geram consequências que envolvem diretamente pacientes, profissionais e
instituições. Concluímos que, para a equipe de enfermagem atuar livre de agravos à
saúde dos usuários dos serviços, é necessário que haja integração de profissionais e
instituições na construção de uma cultura de segurança do paciente, promovendo ações
que estejam em acordo com as práticas de não punição.
131
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento da Segurança. Equipe de
Enfermagem.
Referências
1 Padilha, KG. Ocorrências iatrogênicas na UTI e o enfoque na qualidade. Rev. LatinoAmericana de Enfermagem. 2001;9(5):91-96.
2 Padilha KG. Considerações sobre as ocorrências iatrogênicas na assistência à saúde:
dificuldades inerentes ao estudo do tema. Rev Esc Enferm USP. 2001;35(3):287-290.
3 Padilha KG, Kitahara PH, Gonçalves CCS, Sanches ALC. Ocorrências iatrogênicas com
medicação em unidade de terapia intensiva: condutas adotadas e sentimentos expressos
pelos enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2002;36(1):50-57.
4 Carvalho M, Vieira AA.. Erro médico em pacientes hospitalizados. J. Pediatr. 2002;78
(4):261-268.
______________________________
a Enfermeiras
- Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre. b Relatora. E-mail: [email protected]
132
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO
CIRÚRGICO
Dé bora Monteiro da Silvaa, Thais Silveira Martinsb, Luccas de Melo Souzac
Introdução: o desafio global Cirurgias Seguras Salvam Vidas foi criado nos anos de
2007/2008, com objetivo de melhorar a segurança do cuidado cirúrgico. Neste desafio
foram criadas ações como: prevenção de infecções no sítio cirúrgico, anestesia segura e
indicadores da qualidade da assistência cirúrgica. Para tanto, foi criado e implementado
nas instituições de saúde o check-list, lista de verificações padronizada, criada por
especialistas para reduzir o risco de danos ao paciente, visando à avaliação geral, antes e
depois de cada fase do ato cirúrgico, além de registrar evento adverso ocorrido na sala
cirúrgica ou sala de recuperação¹. Objetivo: identificar a opinião dos profissionais de um
Centro Cirúrgico de um hospital de médio porte da região da grande Porto Alegre, RS,
frente à utilização do Check-List de Cirurgia Segura. Métodos: estudo transversal
exploratório descritivo com abordagem quantitativa. Os dados estão sendo coletados e a
população constituída de 98 técnicos de enfermagem, 10 enfermeiros, 73 cirurgiões e 10
anestesistas, com isso pretendemos entrevistar 126 profissionais. Resultados: estão
descritos de forma parcial, temos 72 profissionais entrevistados até o momento. A
maioria dos profissionais compreende que o Check-List de Cirurgia Segura é uma
importante ferramenta para a segurança do paciente e para prevenção de erros,
beneficiando e aumentando a segurança e o cuidado do paciente. Também concordam
que houve melhorias na comunicação entre a equipe cirúrgica depois da utilização da
ferramenta, porém relatam não possuir conhecimento suficiente quanto ao
preenchimento correto. Conclusão: podemos, de forma parcial, inferir que os
profissionais possuem consciência da importância da segurança do paciente durante o
ato cirúrgico, porém estes profissionais não estão suficientemente orientados para o
correto preenchimento do Check-List de Cirurgia Segura, tendo em vista que a grande
maioria dos sujeitos respondeu que o Check-List deve ser preenchido em apenas dois
momentos. A equipe reconhece que o Check-List é uma ferramenta importante para a
segurança do paciente cirúrgico, porém relata não ter conhecimento suficiente sobre a
importância de um preenchimento adequado, seguindo as 3 etapas preconizadas pela
133
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Organização Mundial da Saúde2. A enfermagem possui um papel fundamental, pois
representa um quantitativo significativo de pessoal envolvido neste processo e a
educação continuada requer envolvimento, investimento institucional para que esta
equipe possa valorizar ainda mais o Check-List, aumentando a segurança do paciente,
evitando erros e beneficiando assim, o paciente, o profissional e a instituição.
Descritores: Segurança. Enfermagem Perioperatória. Lista de Checagem.
Referê ncias
1 Conselho Regional de Enfermagem – Sã o Paulo. Boas prá ticas. Cirurgia segura. Sã o
Paulo: COREN-SP; 2011.
2 Organizaçã o Mundial da Saú de. Segundo desafio global para a segurança do paciente:
cirurgias seguras salvam vidas. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde;
Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2009.
_________________________
a
Enfermeira, Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do
Brasil – ULBRA, Campus Gravataı́. E-mail: [email protected].
b
Acadê mica do 9º
Semestre de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus
Gravataı́. E-mail: [email protected].
c
Enfermeiro, Professor Doutor Do
Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Gravataı́. Email: [email protected]
134
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA
ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Verusca Soares de Souzaa, Maria Antonia Ramos Costab, Kelly Cristina Inouec, Laura
Misue Matsudad
Introdução: em Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes estão expostos a riscos
associados ao cuidado à saúde devido à própria gravidade clínica e, também, à alta
complexidade assistencial. Com isso, o Clima de Segurança(1) percebido pela equipe de
enfermagem, que atua diretamente no cuidado do paciente, pode contribuir para o
planejamento e estabelecimento de ações que diminuam a ocorrência de eventos
adversos. Objetivo: mensurar o Clima de Segurança de uma Unidade de Terapia
Intensiva, sob a perspectiva dos profissionais de enfermagem. Método: pesquisa
quantitativa, realizada em junho de 2014, com 32 profissionais de enfermagem
(88,88%) da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino do Paraná. Para
coleta
dos
dados,
utilizou-se
o
instrumento
denominado
Safety
Attitudes
Questionnaire(2), que contém 33 itens divididos em seis domínios, em escala tipo Likert
de cinco níveis, e que considera Satisfatório escores totais acima de 75 pontos.
Resultados: participaram 14 (43,75%) enfermeiros e 18 (56,25%) técnicos de
enfermagem. Na análise dos domínios do Safety Attitudes Questionnaire, foram obtidos
os seguintes escores totais médios: (1) Clima de Trabalho em Equipe = 77,38 pontos; (2)
Clima de Segurança = 69,90 pontos; (3) Satisfação no Trabalho = 88,04 pontos; (4)
Percepção do Estresse = 67,19 pontos; (5) Percepção da Gerência = 60,71 pontos; e, (6)
Condições de Trabalho = 74,11 pontos. Conclusão: apesar da satisfação com aspectos
relacionados ao trabalho, são reconhecidos fatores estressores que podem influenciar o
desempenho profissional e baixa aprovação das ações da gerência; o que justifica o
Clima de Segurança insatisfatório, percebido pelos profissionais de enfermagem da UTI.
Implicações para prática: a percepção dos profissionais de enfermagem quanto ao Clima
de Segurança na Unidade de Terapia Intensiva indica a necessidade de maior
envolvimento da gerência e minimização de fatores estressores presentes no trabalho
desses profissionais, com vistas à oportunidade de redução de eventos adversos.
135
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Cultura Organizacional. Segurança do Paciente. Gerenciamento de
Segurança.
Referências
1 Nievra VG, Sorra J. Safety culture assessment: a tool for improving patient safety in
healthcare organizations. Quality and Safety in Health Care. 2003;12:17-23.
2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Atittudes Questionaire para o Brasil
– Questionário de Atitudes de Segurança [Tese de Doutorado]. São Paulo: Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2011.
___________________________
a
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem do Programa de Pós-graduação em
Enfermagem (PSE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da
Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) – Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. Email: [email protected]. Relatora.
b
Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem do PSE/UEM. Docente da UNESPAR –
Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. E-mail: [email protected]
c Enfermeira.
Doutora em Enfermagem. Docente da Faculdade Ingá. Maringá-PR. E-mail:
[email protected]
d
Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental. Docente do PSE/UEM. Maringá-
PR. E-mail: [email protected]
136
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEMa
Adriane C. Bernat Kolankiewiczb, Greice Tosoc, Gerli Herrd, Lidiane Gollee,
Paola Penof
Introdução: pesquisas investigando a cultura da segurança do paciente são frequentes
em âmbitos hospitalares, entretanto, há uma lacuna na literatura deste diagnóstico em
hospitais brasileiros, principalmente em hospitais do interior do Estado1, justificando-se
a realização deste estudo. A avaliação da cultura de segurança poderá contribuir com
instituições hospitalares para o planejamento de suas ações, reforçando a importância e
fortalecendo a cultura de segurança entre trabalhadores. Objetivo: avaliar a percepção
do clima de segurança dos profissionais de enfermagem atuantes em hospitais do
noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal, de natureza
quantitativa, que se encontra em fase de coleta de dados. Está sendo realizado em duas
instituições hospitalares, uma filantrópica e outra privada, do interior do Estado do Rio
Grande do Sul, Brasil. Participam do estudo: enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem que trabalham há pelo menos um mês no setor, com carga semanal de
trabalho de 36 horas. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul sob parecer consubstanciado no
691.113. Resultados esperados: espera-se com este estudo colaborar com a população
investigada e comunidade científica, com estes resultados, no intuito de contribuir
trazendo informações referentes às atitudes e comportamentos relacionados à
segurança do paciente, identificando áreas de maior necessidade e potencialidades.
Conclusão: A elaboração do estudo possibilitou conhecer mais sobre segurança do
paciente e a importância desta na equipe como um todo. O enfermeiro gestor dos
serviços tem com o estudo importante indicador de saúde de sua instituição para, a
partir desta, implementar ações necessárias, melhoria da atenção e cuidado com
segurança ao paciente. Contribuições / implicações para a enfermagem: buscou-se
realizar um levantamento dos fatores das organizações que dificultam a formação da
cultura de segurança. Avaliar o clima de segurança da instituição fornecerá informações
137
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
importantes sobre o estado atual de segurança dos grupos ou unidades de trabalho e
também da organização como um todo2. Acredita-se que este seja o ponto inicial para
planejar ações, mudanças e diminuição de eventos adversos, garantindo cuidado seguro.
Palavras-chave: Segurança do Paciente. Enfermagem. Cultura.
Referências
1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade
do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva.
2013;18(7):2029-36.
2 Carvalho REFL, Cassiani SHB. Questionário Atitudes de Segurança: adaptação
transcultural do Safety Attitudes Questionnaire - Short Form 2006 para o Brasil. Rev.
Latino-Am. Enfermagem [Internet]. 2012 Maio-Jun [acesso em: 2014 Jan 26];20(3):[8
telas]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010411692012000300020
___________________________________
a Pesquisa
bProfa.,
para elaboração de trabalho de conclusão de curso.
Dra., Docente do Departamento de Ciências da Vida (DCVida) da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. E-mail:
[email protected]
cGraduanda
do Curso de Enfermagem , 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:
[email protected]. Relatora.
d Enfa.
Especialista em Enfermagem hospitalista, aluna especial do Mestrado em Atenção
Integral à Saúde. E-mail: [email protected]
eGraduanda
do Curso de Enfermagem, 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:
[email protected]
fGraduanda
do Curso de Enfermagem, 2º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail:
[email protected]
138
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA
Carine Debastiania, Fabiano De Faverib, Resli Kochhann Menezesc
Introdução: atualmente pode-se afirmar que a administração de medicamentos é uma
das práticas mais comumente realizadas pela equipe de enfermagem no seu cotidiano
hospitalar; para isso é necessário muito conhecimento científico¹,². Objetivo: o objetivo
deste estudo foi identificar na literatura estratégias utilizadas para a prevenção do erro
de medicação. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A coleta de
dados ocorreu no período de março e abril de 2014, nas bases de dados: Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Bases de dados de
Enfermagem (BDENF) e Science Eletronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os
Descritores em Ciências da Saúde: Segurança do paciente and Enfermagem, Erro de
medicação and Enfermagem e Segurança do paciente and Erro de medicação.
Resultados: na análise do conteúdo dos artigos verificou-se que as temáticas centrais
englobavam eventos adversos, segurança do paciente, o sistema de medicação e
estratégias para prevenção do erro. Conclusão: esta revisão permitiu identificar como
principal estratégia para a prevenção do erro de medicação a prescrição eletrônica, mas
ainda há muitas barreiras para que novas estratégias sejam implementadas assim
podendo ainda garantir a segurança do paciente e a melhor qualidade de atendimento.
Contribuições para a enfermagem: torna-se imprescindível que a enfermagem possua
uma visão ampliada do sistema de medicação e principalmente de garantia de segurança
e qualidade ao processo que está sob sua responsabilidade, buscando sempre
informações do fluxo de suas atividades sobre problemas que possam existir no
ambiente, assim como buscando sempre novos conhecimentos para que a terapêutica
medicamentosa seja realizada de forma eficiente e segura.
Palavras-Chave: Erro de Medicação. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
139
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
1. Santos JO, et al. Sentimentos de profissionais de enfermagem após a ocorrência de
erros de medicação. Acta Paul Enferm. 2007;20(4):483-8.
2. Corbellini VL, et al. Eventos adversos relacionados a medicamentos: percepção de
técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2011;64(2):241-7.
____________________________
a
Enfermeira, graduada pela Faculdade Nossa Senhora de Fátima, Caxias do Sul, RS. E-
mail: [email protected]
b
Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela
Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do
Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator.
c
Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Nossa Senhora de Fátima,
Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]
140
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS
Nelise Delazaria, Fabiano De Faverib, Sabrina Schvadec, Taís Pastorid
Introdução: atualmente, o medicamento é o principal instrumento utilizado na
terapêutica médica e, nos últimos anos, o seu emprego e seus efeitos adversos nas
pessoas têm um papel de destaque nas investigações, pois podem comprometer a
segurança do paciente e a qualidade de assistência prestada¹. Objetivos: o objetivo deste
estudo foi identificar os fatores relacionados ao erro de medicamento, segundo opinião
dos enfermeiros. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma
abordagem quantitativa, realizado com 44 enfermeiros de um hospital acreditado. A
coleta de dados foi realizada por meio de um questionário auto-preenchido, sendo
utilizada a escala de Likert, e os resultados analisados e apresentados através da
estatística descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Nossa
Senhora de Fátima, Caxias do Sul, Brasil, sob parecer nº 114.913. Resultados: entre os
fatores que podem contribuir ao erro, os mais prevalentes foram o não seguimento dos
cinco certos na administração de medicamentos, a escrita do médico ilegível e a ordem
verbal pouco clara, as distrações e interrupções durante o preparo e administração e
ausência de padronização dos locais de armazenamento dos medicamentos. Conclusões:
a complexidade inerente ao processo de administrar medicamentos exige que o erro de
medicação seja visto como um fenômeno multicausal, de abordagem multidisciplinar
cujo enfrentamento envolve vários profissionais e assim cada um desses, usando
conhecimentos específicos, deve partilhar da responsabilidade de prevenir erros, além
de identificar e corrigir fatores que contribuam para sua ocorrência. Contribuições para
a enfermagem: espera-se que este estudo contribua para alertar sobre a importância do
conhecimento da equipe de enfermagem sobre os fatores que contribuem aos erros de
medicação, tornando-a uma influenciadora na redução de sua ocorrência e
possibilitando uma correta notificação caso o erro aconteça. Esse conhecimento garante
qualidade na assistência, confiança da equipe e uma prática humanizada e
fundamentada cientificamente.
141
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Erros de Medicamento. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referência
1 Gimenes FRE. A segurança de pacientes na terapêutica medicamentosa: análise da
redação da prescrição médica nos erros de administração de medicamentos em
unidades de clínica médica. (Dissertação de Mestrado em Enfermagem) Universidade de
São Paulo; 2007.
_________________________
a
Enfermeira do Hospital Saúde, Caxias do Sul, RS. Graduada pela Faculdade Nossa
Senhora de Fátima. E-mail: [email protected]
b
Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela
Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do
Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator.
c Acadêmica
do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha,
Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]
d Acadêmica
do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha,
Caxias do Sul, RS. E-mail: [email protected]
142
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI?
Patricia De Gasperia, Vera Radünzb, Aline Picolottoc
Introdução: os estudos realizados até o momento nos fazem crer que um fator
determinante para que se desenvolva uma cultura de segurança ao cuidar de pacientes
são as atitudes que o profissional tem ou deixa de ter em relação ao cuidar de si.
Objetivo: com base nestas reflexões, objetivamos demonstrar que o cuidar de si
influencia no cuidado seguro e de qualidade. Método: apresentamos um recorte da Tese
de Doutorado “O cuidar de Si como uma dimensão da Segurança do Paciente”,
caracterizado como um estudo survey. Fizeram parte desta pesquisa a equipe de
enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital de médio porte da
serra gaúcha, totalizando 23 participantes. Os profissionais foram convidados a
participar, e ao aceitarem procederam a assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido e o preenchimento do Safety Attitudes Questionnaire acrescido de questões
específicas acerca do Cuidar de Si. Estes profissionais foram observados durante a
execução do cuidado realizado junto aos pacientes para que pudéssemos identificar os
cuidados adequados e seguros. Resultados: ao realizar a análise dos dados referentes ao
cuidar de si e o cuidado adequado e seguro realizado para e com o paciente, ficou
evidenciado que 78% dos profissionais que realizaram um cuidado seguro também
cuidaram bem de si mesmos, e que 64% dos profissionais que não desempenham um
cuidado efetivo e seguro também não realizaram um cuidar de si adequado,
demonstrando que a falta de cuidado consigo mesmo pode gerar um cuidado
inadequado, afetando a segurança do paciente. Conclusão: diante dos dados
apresentados tornou-se claro que é difícil realizar um cuidado eficaz e seguro sem antes
cuidarmos bem de nós mesmos. É preciso que o profissional de saúde desenvolva
também a cultura do cuidar de si. Acredita-se que não somos integralmente capazes de
administrar uma medicação corretamente, ou prevenir quedas e erros ao realizar um
procedimento, quando estamos sem dormir a 15 horas, ou sem alimentação adequada
ou sem nossas necessidades fisiológicas de eliminação supridas. Diante dos dados
apresentados, podemos identificar que o cuidar de si está diretamente relacionado com
143
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
a realização de um cuidado seguro e de qualidade, portanto, nós, profissionais de saúde
e gestores de saúde, precisamos levar em consideração nossas reais necessidades de
bem-estar para, assim, estarmos aptos a cuidar do outro.
Descritores: Cuidado. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
De Gasperi P. O cuidar de si como uma dimensão da cultura de segurança do paciente.
Florianópolis. Tese [Doutorado em Enfermagem] – Universidade Federal de Santa
Catarina; 2013.
Radünz V. Uma filosofia para enfermeiros: o cuidar de si, a convivência com a finitude e a
evitabilidade do burnout. Florianópolis. Tese [doutorado em enfermagem]. Universidade
Federal de Santa Catarina, 2001.
____________________________
a
Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS. Email:
[email protected]. Relatora.
b
Enfermeira, Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós- Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina – PEN/UFSC.
c Enfermeira
AMCE/UCS, especializanda em Auditoria em Saúde.
144
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Michele Oliveiraa, Joel Kuyavab
Introdução: a doença renal é considerada um problema de saúde pública mundial. Mais
de um milhão de pessoas estão em diálise e outros tantos milhões apresentam algum
grau de perda da função renal1. A doença renal crônica, sem uma expectativa de cura
rápida, mantém-se em estado de cronicidade, submetendo o paciente ao tratamento
dialítico2. As unidades de hemodiálise são locais susceptíveis à ocorrência de eventos
adversos. A utilização de equipamentos complexos, pacientes críticos, alta rotatividade
de pacientes e administração de medicamentos potencialmente perigosos, são alguns
destes fatores3. Neste sentido, os serviços de saúde abrangem uma variabilidade de
eventos adversos necessitando de enfrentamento a fim de se conhecer a magnitude da
ocorrência dos mesmos. Dessa forma, para orientar as mudanças das práticas
assistenciais e regulamentações, faz-se necessário investigar a fonte e causas dos riscos
decorrentes do trabalho, fato este que contribui no entendimento e intervenção nos
mesmos. Objetivos: identificar os riscos inerentes ao tratamento dialítico sob a ótica do
enfermeiro e como este os gerencia com sua equipe e conhecer as estratégias de
educação realizadas com a mesma. Metodologia: estudo descritivo exploratório de
natureza qualitativa, que está sendo realizado com a equipe de enfermeiros de um
centro de diálise do Rio Grande do Sul, Brasil. A inclusão seguiu os critérios de
experiência na área de no mínimo um ano e aceite em participar. Será aplicada
entrevista semiestruturada e, posteriormente, será efetuada a avaliação dos dados
através de análise temática4. Ressalta-se que o projeto foi aprovado pelo CEP do Centro
Universitário Metodista - IPA sob o nº 32779314.1.0000.5308. Resultados: a pesquisa
está em andamento conforme cronograma do projeto e está na fase de coleta de dados.
Contribuições e implicações para enfermagem: os serviços de diálise possuem prazos
para estar em consonância com a nova diretriz da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), a Resolução da Diretoria Colegiada Nº 11/20145, que orienta a
criação de um plano de segurança do paciente, sendo assim identificar quais os riscos
evidenciados nos ambientes de diálise será o primeiro passo para a montagem de
145
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
estratégias por parte dos enfermeiros. As instituições precisam criar mecanismos de
gestão prevendo as dificuldades relacionadas à falta de segurança e erros, por meio da
gestão de risco, através da criação de uma cultura de aprendizado com seus erros6.
Descritores: Gerenciamento de Risco. Hemodiálise. Insuficiência Renal.
Referências
1 Sociedade Brasileira de Nefrologia. São Paulo; 2012.
2 Matos EF, Lopes A. Modalidades de hemodiálise ambulatorial: breve revisão. Acta
Paulista de Enfermagem. 2009;22(Especial nefrologia):569-571.
3 Sousa MRGD, et al. Eventos adversos em hemodiálise: relatos de profissionais
de
enfermagem. Revista Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo. 2013;47(1):7683.
4 Minayo MC de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª
edição. São Paulo: Hucitec; 2010.
5 Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 11. Dispõe sobre os requisitos de
boas práticas de funcionamento para os serviços de diálise e dá outras providências.
Brasília; 2014.
6 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para se evitar eventos adversos. São
Paulo: Yendis Editora; 2009.
____________________________
a Acadêmica
de Enfermagem. Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre, RS. E-
mail: [email protected]. Relatora.
bEnfermeiro.
Mestre em Enfermagem. Professor do Centro Universitário Metodista, do
IPA, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]
146
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO
PACIENTE
Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb,
Luelen Rodrigues Vallec
Introdução: é através das mãos que realizamos as mais diversas formas de cuidar, por
esse motivo, sendo as mãos tão importantes no cotidiano de um profissional da saúde, a
higienização correta e de forma eficaz se faz necessária para a segurança do paciente,
que tem objetivo a redução de danos e agravos aos pacientes na assistência à saúde1.
Objetivo: nossa pesquisa tem por objetivo identificar o conhecimento da equipe de
enfermagem acerca das infecções e do processo de higienização das mãos. Método:
tratou-se de uma pesquisa convergente assistencial de abordagem qualitativa. Os
sujeitos pesquisados foram 19 trabalhadores da equipe de enfermagem que atuam no
período perioperatório de um hospital de médio porte do interior do Estado do Rio
Grande do Sul, Brasil. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se questionário, em
que se respeitaram os aspectos éticos estabelecidos pela Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde. Na aplicação do questionário analisou-se qual o
conhecimento da equipe sobre a higienização das mãos, procurando identificar como se
dá o processo de higienização. Resultados: durante a análise, identificou-se que a técnica
de lavagem é clara para equipe, porém durante a realização da higienização ainda
existem várias dúvidas. A Organização Mundial da Saúde define os momentos para a
realização da higienização das mãos1,2. A análise mostrou que um número X de vezes que
se higienizam as mãos é suficiente – “mais ou menos dez vezes” E2; apenas 7 dos 19
pesquisados relatou que realizam a lavagem das mãos após procedimentos ou contato
com paciente. Conclusão: as infecções constituem em grande prejuízo para a segurança
do paciente, pois podem acarretar em prolongamento da internação, incapacidade
temporária e a longo prazo, resistência microbiana, além dos prejuízos psíquicos bem
como prejuízos financeiros para o paciente e o sistema de saúde, visto que as mãos
constituem uma importante fonte de contaminação, e a higienização é reconhecida
mundialmente como um processo de prevenção primária à infecção. Buscamos com esta
pesquisa contribuir para melhoria da assistência à saúde e a segurança do paciente.
147
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Segurança do Paciente. Infecção Hospitalar. Equipe de Enfermagem.
Referências
1 Brasil. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam
vidas. Organização Mundial da Saúde; tradução de Marcela Sanchez Nilo e Irma Angélica
Duran. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde;
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; 2009.
2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de segurança do paciente e
qualidade em serviços de saúde: uma reflexão teórica aplicada à prática. Brasília:
ANVISA; 2013.
_________________________
a Mestre
em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do
Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo, RS. Membro
do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. E-mail:
[email protected]. Relator.
b Acadêmica
do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da
Universidade
Regional
Integrada
do
Alto
Uruguai
e
das
Missões.
E-mail:
[email protected]
c Acadêmica
do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da
Universidade
Regional
Integrada
do
Alto
Uruguai
e
das
Missões.
E-mail:
[email protected]
148
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA
Daisy Zanchi de Abreu Botenea, Eva Neri Rubim Pedrob
Introdução: as evidências científicas indicam que a higienização das mãos é a medida
primordial para evitar a transmissão de germes, entretanto, os achados na literatura
evidenciam uma baixa adesão dos profissionais de saúde, principalmente na área
pediátrica(1,2). Objetivo: analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a
higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do
paciente. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo descritivo desenvolvido nas
unidades de internação pediátrica de um hospital universitário de Porto Alegre, Brasil, no
período de agosto a dezembro de 2012. Participaram 16 profissionais: médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Para a coleta das informações,
utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo
software QSR Nvivo e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (nº 120.192).
Resultados: elencaram-se duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a
formação acadêmica do profissional de saúde" e "A higienização das mãos e a vida
profissional". Essas evidenciaram que a formação acadêmica dos participantes do estudo
contribuiu de forma incipiente para a formação de profissionais comprometidos com a
segurança do paciente e promoção de um cuidado seguro, principalmente no que se
refere à transmissão de infecção por meio das mãos. Evidenciaram-se lacunas durante o
processo formativo dos profissionais da saúde referente à temática da higienização das
mãos. No cenário de práticas, quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o
conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades para a
real adesão à higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços
empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm
acontecido de forma sistemática. Considerações finais: considera-se que esses achados
possam indicar a necessidade de novas abordagens durante o processo formativo,
visando à impregnação e conscientização efetiva dos acadêmicos da área da saúde,
principalmente da enfermagem, sobre a relevância de uma efetiva higienização das
149
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
mãos. Contribuições para enfermagem: na medida em que o estudo revela lacunas
durante o processo de formação reforça a necessidade da conscientização dos
profissionais da saúde quanto ao fortalecimento de uma cultura de segurança do
paciente, principalmente pediátrico, nos níveis acadêmicos e profissionais.
Palavras-chave: Higiene das Mãos. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
1 Corrêa I, Nunes IMM. Higienización de las manos: el cotidiano del profesional de la
salud en una unidad de internación pediátrica. Invest Educ Enferm. 2011;29(1):54-60.
2 Huis A, Achterberg TV, Bruin M, Grol R, Schoonhoven L, Hulsche M. A systematic
review of hand hygiene improvement strategies: a behavioural approach. Implement Sci.
2012 Sep;14;7(1):92.
_______________________________
a Enfermeira.
Doutora em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem do Centro
Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS. Email:
[email protected]. Relatora.
b Enfermeira.
Doutora em Educação. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Email: [email protected]
150
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER
INTRAVENOSO PERIFÉRICOa
Cibelle Grassmann Peixotob, Tássia Amanda Mayc, Janete de Souza Urbanettod
Introdução: a cateterização intravenosa periférica é o procedimento invasivo mais
comum realizado em pacientes hospitalizados¹. Essa cateterização, por envolver
diferentes finalidades e períodos de utilização, pode representar potencial para vários
incidentes de segurança², como a ocorrência de flebite, que é a “inflamação de uma veia,
que pode ser acompanhada de dor, eritema, edema, endurecimento e / ou um cordão
palpável”³. Objetivo: investigar a incidência de flebites e a associação de fatores de risco
com flebites durante o uso e após a retirada do cateter intravenoso periférico (flebite
pós-infusão) em adultos hospitalizados. Metodologia: estudo de coorte com 171
pacientes que usaram cateterização intravenosa periférica, totalizando 361 punções. A
coleta dos dados foi realizada em um hospital do sul do Brasil, tendo-se utilizado um
instrumento contendo variáveis sociodemográficas e relacionadas ao cateter. Para
análise utilizou-se a estatística descritiva e analítica. Resultados: a maior parte dos
pacientes era do sexo masculino (51,5%) e a média de idade foi de 56,96 anos. A
incidência de flebites durante o uso do cateter intravenoso periférico foi 1,25% e a de
pós-infusão foi 1,38%. Associou-se à flebite durante o uso do cateter intravenoso
periférico o tempo de permanência do cateter e, com a flebite pós-infusão, a punção em
antebraço. Os medicamentos Ceftriaxona, Claritromicina e Oxacilina associaram-se à
flebite pós-infusão. Conclusões: a realização deste estudo possibilitou investigar a
associação de fatores de risco e a ocorrência de flebites durante o uso e após a retirada
do cateter. A frequência da flebite pós-infusão foi maior do que o número de flebites
durante a permanência do cateter, sendo as de grau III e II, respectivamente, as mais
frequentes. Contribuições para enfermagem: este estudo contribuiu para elucidar
aspectos relacionados à ocorrência de flebite pós-infusão, visto que poucos estudos
abordam o tema sob esta perspectiva. Também foi possível observar a importância da
continuidade do acompanhamento do sítio de inserção, uma vez que a flebite pósretirada do cateter intravenoso periférico não é habitualmente acompanhada nas
151
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
instituições e, portanto, não são computadas no estabelecimento das taxas de incidência
ou prevalência utilizadas.
Descritores: Flebite. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
1 Modes PSSA, Gaiva MAM, Rosa KO, Granjeiro CF. Cuidados de enfermagem nas
complicações da punção venosa periférica em recém-nascidos. Rev Rene. 2011; AbrJun;12(2):324-32.
2 Torres MM, Andrade D, Santos CB. Punção venosa periférica: avaliação dos
profissionais de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2005 Maio-Jun;13(3):299304.
3 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion
Nursing.
2011
[acesso
em
2014
Maio
15];34(15):S65.
Disponível
em:
http://www.ins1.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=3310
__________________________
a
Artigo baseado no Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto Alegre, RS, 2014.
b
Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]
c Enfermeira
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]
d Enfermeira.
Doutora em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul/PUCRS. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da PUCRS, Porto
Alegre, RS. E-mail: [email protected]
152
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR
DO RIO GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Adália Ferreira Pinheiroa, Camila Ritta Hoeltgebaumb, Fernanda Ribeiro Gallisac,
Gilciane Bolzan Wansingd
Introdução: a qualidade do cuidado em saúde está entre as grandes preocupações das
instituições na atualidade, juntamente com a segurança do paciente1. A ocorrência de
incidentes que causam danos ao paciente está cada vez mais inserida nos indicadores de
resultados dos hospitais2-3. O crescimento de casos documentados de eventos adversos
no cuidado à saúde tem provocado um debate sobre a segurança do paciente em âmbito
internacional e, recentemente, nacionalmente4. Objetivos: relatar a experiência do
levantamento dos incidentes que mais ocorreram e promover a reflexão sobre as
questões relacionadas acerca do tema de segurança do paciente. Metodologia: o estudo
ocorreu em um hospital de ensino de grande porte no interior do Rio Grande do Sul,
Brasil, e trata-se de uma investigação baseada em revisão retrospectiva de formulários
de notificação de incidentes, que acometeram os pacientes internados, elaborados pela
Comissão Interna de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente. Resultados:
foram analisados 252 formulários no período de 12 meses. O estudo apontou que os
incidentes mais evidenciados foram relacionados á falta de higiene das mãos, erro de
medicação, retirada acidental de dispositivos invasivos e queda. Conclusões: espera-se
que a investigação destes eventos subsidie as ações desenvolvidas pela instituição,
desencadeando discussões de casos, elaboração de indicadores de qualidade e a
melhoria com relação a cultura de segurança do paciente a partir da educação e do
compartilhamento destes resultados em todas as áreas. Contribuições/implicações para
a enfermagem: entendemos que este estudo despertará a busca constante pela
atualização sobre os eventos adversos, de forma a conduzir melhor as condutas de
enfermagem para seu gerenciamento, tendo em vista a melhoria da qualidade e a
segurança da assistência prestada.
Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Gerenciamento de Risco.
153
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1 Silva AEBC. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em
Enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010;12(3):422.
2 Queiroz Bezerra AL, Queiroz ES, Weber J, Tanferri de Brito Paranagua T. Reacciones
adversas: indicadores de resultados según la percepción de las enfermeras de un
hospital centinela. Enferm. Glob. [online]. 2012;11(27):186-197.
3 Gouvêa CSD, Travassos C. Patient safety indicators for acute care hospitals:
a systematic review. Cad. Saúde Pública. 2010 Jun;26(6):1061-1078.
4 Roque KE, Melo ECP. Evaluation of adverse drug events in the hospital context. Esc
Anna Nery (impr.). 2012 Jan-Mar;16(1):121-127.
______________________________________
a Enfermeira
da Unidade da Área Acadêmica do Curso de Medicina, Hospital Santa Cruz,
RS. E-mail: [email protected]
bEnfermeira
do Serviço de Educação Permanente, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do sul,
RS. E-mail: [email protected]
c Enfermeira,
Gerente Assistencial, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail:
[email protected]
d Enfermeira,
Coordenadora de Enfermagem Noturno, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do
Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected]
154
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA
Gerli Elenise Gehrke Herra, Fabiele Aozaneb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc
Introdução: no meio científico, as pesquisas que investigam a cultura da segurança do
paciente, para a avaliação do clima de segurança no âmbito hospitalar, estão cada vez
mais presentes, refletindo a necessidade do conhecimento destes fatores. Com a
avaliação da cultura de segurança como positiva ou negativa, há necessidade de manter,
ou adotar ações que levam a práticas seguras, melhorias na comunicação, trabalho em
equipe e compartilhamento de conhecimentos1. Objetivo: relatar a experiência de
enfermeiras inseridas em um projeto de pesquisa sobre segurança do paciente.
Metodologia: relato de experiência de enfermeiras inseridas em uma pesquisa sobre a
percepção de profissionais de enfermagem sobre o clima de segurança do paciente em
duas instituições hospitalares da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,
Brasil. Resultados: como enfermeiras, entendemos que a pesquisa científica é uma
prática necessária na profissão, a qual agrega saberes, contribuindo e ampliando o
conhecimento teórico e prático, contribuindo para que toda a prática seja baseada em
evidências. Destaca-se que, em relação à cultura de segurança do paciente, é necessário
o desenvolvimento de estratégias capazes de eliminar ou reduzir as barreiras de
implementação. Dentre essas proporcionar condições de trabalho para a equipe de
enfermagem, considerando o impacto causado pelos cuidados prestados por estes
profissionais na segurança do paciente. Conclusão: as investigações sobre a cultura de
segurança do paciente devem servir de subsídio para as decisões e intervenções para
modificar a prática do cuidado e, consequentemente, as ações adotadas devem gerar
resultados positivos, visando à diminuição dos riscos e eventos indesejáveis.
Contribuições/implicações para enfermagem: a participação do profissional enfermeiro
em pesquisas surge como ferramenta para o desenvolvimento de estratégias que
garantam a prática segura, melhorando a qualidade da assistência e, consequentemente,
fornecendo maior segurança ao paciente.
Descritores: Cuidados de Enfermagem. Segurança do Paciente. Pesquisa.
155
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referência
1. Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade
do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva.
2013;18(7):2029-2036.
_____________________
aEnfermeira
no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem
Hospitalista. Relatora. E-mail: [email protected]
bEnfermeira
no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem em
Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. E-mail: [email protected]
cEnfermeira.
Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]
156
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE
SEGURANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
Mari Angela Meneghetti Barattoa, Caroline Zotteleb,
Tânia Solange Bosi de Souza Magnagoc
Introdução: a avaliação das percepções e atitudes dos profissionais em relação à cultura
de segurança representa um importante indicador para os gestores das instituições de
saúde, pois pode evidenciar os pontos fortes e, principalmente, os frágeis, que
necessitam intervenções e implementação de estratégias de melhorias. O Safety
Attitudes Questionnaire é um dos instrumentos utilizados para medir a cultura de
segurança nos hospitais, e é utilizado para analisar as atitudes e percepções dos
profissionais por meio de seis domínios: clima de trabalho em equipe; clima de
segurança; satisfação no trabalho; percepção da gestão da unidade e do hospital;
condições de trabalho e reconhecimento do estresse1. A escolha do Safety Attitudes
Questionnaire neste estudo é justificada por ele apresentar boas propriedades
psicométricas e por poder ser adaptável a diferentes contextos nos serviços de saúde2.
Objetivo: identificar as produções nacionais e internacionais que realizaram a validação
do Safety Attitudes Questionnaire. Metodologia: revisão de literatura realizada em
setembro de 2014, com busca de resumos disponíveis na base de dados SCOPUS. Foram
incluídos artigos que realizaram a validação do Safety Attitudes Questionnaire e
disponíveis na íntegra on-line. Resultados: inicialmente, utilizou-se a palavra-chave
"safety attitudes questionnaire", sendo encontradas 109 publicações. Ao ser
acrescentado o descritor "validation studies", reduziram-se a 30 produções. Destas, 14
estudos aplicaram o Safety Attitudes Questionnaire já validado, isolado ou em
combinação com outros instrumentos. Dos 16 estudos avaliados, evidenciou-se que a
validação do Safety Attitudes Questionnaire foi realizada na Índia, Suíça, Holanda,
Alemanha, Turquia, Grécia, Brasil, Noruega, Suécia, China e Espanha. No Brasil e
Noruega, foi validada também a versão ambulatorial. Na China, foi realizada uma
revalidação com fisioterapeutas e trabalhadores da construção civil. Na Suécia, validouse o instrumento com farmacêuticos e, recentemente, a versão do Safety Attitudes
Questionnaire para o bloco cirúrgico. Conclusão: o Safety Attitudes Questionnaire é um
157
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
instrumento de pesquisa utilizado para avaliar a cultura de segurança dos profissionais
em vários continentes, exceto Oceania e África. A utilização da versão ambulatorial tem
sido muito expressiva, visto da relevância da avaliação da cultura de segurança em
outros cenários. Contribuições para a enfermagem: a utilização, pela enfermagem, de um
instrumento, validado mundialmente, para mensurar e incentivar a cultura de segurança
pode propiciar um ambiente mais seguro de trabalho e, assim, ser fundamental para a
prevenção de eventos adversos aos pacientes.
Descritores: Segurança do Paciente. Estudos de Validação.
Referências
1. Sexton JB, Helmreich RL, Neilands TB, Rowan K, Vella K, Boyden J, et al. The Safety
Attitudes Questionnaire: psychometric properties, benchmarking data, and emerging
research. BMC health serv. res. 2006;6(44).
2. Devriendt E, Van den Heede K, Coussement J, Dejaeger E, Surmont K, Heylen D, et al.
Content validity and internal consistency of the Dutch translation of the Safety Attitudes
Questionnaire: an observational study. Int. j. nurs. stud. 2012;49(3):327-37.
____________________________________
a
Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS.
Relatora. Email: [email protected]
b
Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS.
c
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento e do Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS.
158
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE
MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE
QUEDAS
Amanda Peres do Nascimentoa, Daniela Raphaelli Nardinb, Dayane Sennac, Vitor Pena
Prazido Rosad, Janete de Souza Urbanettoe
Introdução: este trabalho faz parte do projeto “Associação entre o risco e a ocorrência de
queda de pacientes hospitalizados” e apresenta dados parciais do estudo da ação dos
medicamentos. A prevenção de queda é uma das preocupações do Ministério da Saúde,
no sentido de qualificar a assistência em saúde1. O uso de medicamentos de ação
psicoativa, apesar de vários estudos abordando esta temática, ainda não é um dos
fatores efetivamente considerados com relação a ocorrência de quedas durante a
hospitalização. Objetivos: analisar a frequência do registro de ação psicoativa e de
alteração do equilíbrio descritos nas bulas de medicamentos utilizados pelos pacientes
avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização. Método: estudo descritivo,
cujos medicamentos analisados foram oriundos de um banco de dados de pacientes (n=
1431) avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização em um hospital
universitário do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas as classes medicamentosas:
Analgésicos,
Ansiolíticos/Tranquilizantes,
Anti-hipertensivos,
Anticonvulsivantes,
Antidepressivos, Antipsicóticos, Diuréticos e Indutores do sono. Os dados relativos à
ação psicoativa e de alteração do equilíbrio foram extraídos das bulas dos
medicamentos. Para a análise utilizou-se a estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1272/09). Resultados: as oito classes
medicamentosas analisadas totalizaram 86 medicamentos. Desses, 72 (83,7%)
descreviam ação psicoativa e 77 (89,5%) alterações relacionadas ao equilíbrio. A grande
maioria apresentou percentuais superiores a 80% quanto à descrição dessas alterações.
As bulas dos medicamentos antipsicóticos e anticonvulsivantes descreveram ação
psicoativa e alteração do equilíbrio em 100%, e nas de anti-hipertensivos identificou-se
o relato de alteração de equilíbrio em 95,2%. Conclusão: os resultados, apesar de
preliminares, demonstram que, na descrição dos medicamentos, a ação psicoativa e a
alteração do equilíbrio estão relatadas. Esse aspecto é extremamente importante, visto
159
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
que o uso concomitante de medicamentos da mesma classe ou de classes diferentes
ocorre de forma rotineira nos atendimentos em saúde, o que pode potencializar o risco
para ocorrência de quedas. Esses achados podem sinalizar, para a equipe de
enfermagem e de saúde, os riscos relacionados e contribuir para o planejamento do
cuidado seguro.
Descritores:
Efeitos
Colaterais
e
Reações
Adversas
Relacionados
a
Medicamentos. Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente.
Referência
1. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União 02 abr 2013 [acesso
em
2013
Maio
5];
Seção
1,(62):43.
Disponível
em:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=43&data=02/04/2013
__________________________________________________________________________
aAcadêmica
de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Porto Alegre, RS. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Email:
[email protected]
²Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected]
³Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Porto Alegre, RS. Email: [email protected]
dAcadêmico
de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica CNPQ.
[email protected]
eEnfermeira.
Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Curso de Enfermagem da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Email:
[email protected]
160
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS
COMUMENTE RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES
Ana Paula Christo de Freitasa, Ana Paula Ribeiro de Oliveirab, Franciele de Oliveira
Munizc, Jessica de Cássia Ramosd, Renata Martins da Silvae,
Janete de Souza Urbanettof
Introdução: a flebite é a inflamação de uma veia, podendo ser acompanhada de dor,
eritema, edema, endurecimento e/ou um cordão palpável. É classificada em quatro
tipos: mecânica, química, bacteriana e pós-infusão(1). A flebite química, que é foco desse
estudo, é causada pelo tipo de droga ou fluido infundido no cateter intravenoso
periférico. Fatores como pH e osmolaridade das substâncias tem um efeito significativo
na incidência de flebite
(2).
Objetivo: analisar a frequência do registro de flebite e/ou
tromboflebite descritos em bulários eletrônicos de medicamentos comumente
relacionados ao risco de flebites. Método: estudo descritivo, alinhado ao projeto de
pesquisa “Segurança do paciente no uso de cateter intravenoso periférico: vigilância da
ocorrência de flebites e fatores relacionados”. Os medicamentos pesquisados fazem
parte de um protocolo de prevenção de flebites(3) utilizado como referência por
instituições de saúde, agrupados por classe medicamentosa: antibióticos do grupo das
penicilinas, cefalosporinas, beta – lactâmicos e as sulfonamidas; antivirais;
antiarrítmicos; sedativos-hipnóticos; analgésicos; vasoconstritores; vasodilatadores;
antiepiléticos; analgésicos entorpecentes; vitaminas lipossolúveis; sedativos; antiácidos
e antimicóticos. Os termos pesquisados nas bulas foram flebite e tromboflebite. A
análise foi realizada por meio da estatística descritiva. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1082/07). Resultados: das 42 bulas avaliadas,
49% não descreviam nenhuma manifestação relacionada ao risco de flebite, apenas 23%
utilizaram a palavra flebites, 26% tromboflebites, 2% utilizaram ambos. Dos 49
medicamentos pesquisados, 24 (48,9%) eram antibióticos. Desses, apenas 50,4% (ácido
clavulânico + amoxicilina; cefoxitina; ceftazidima; claritromicina, eritromicina, imipinen.
meropenen, oxacilina; piperacilina+ tazobactam; ticarcilina + ácido clavulânico;
tigeciclina e vancomicina), relatavam as palavras pesquisadas. Conclusões: os achados,
embora preliminares, apontam para a necessidade de estudos mais aprofundados para a
161
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
avaliação e acompanhamento da administração de medicamentos por cateteres
intravenosos periféricos, uma vez que medicamentos comumente relacionados a flebites
na prática clínica não apontam esse agravo na descrição de reações adversas em suas
bulas. A contribuição deste estudo está em trazer à tona informações que possam
fortalecer as estratégias para um cuidado seguro na administração de medicamentos.
Descritores: Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos.
Flebite. Segurança do Paciente.
Referências
1 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion
Nursing. 2011;34(15):106.
2 Ray H, Andrew P. Phlebitis: treatment, care and prevention. Nursing Times. 2011;
107(36):18-21.
3 Hospital Israelita Albert Einstein. Manual farmacêutico. Albert Einstein, Hospital
Israelita. São Paulo; 2011-2012 [acessado 2013 Maio 27]. Disponível em:
http://www.einstein.br/manualfarmaceutico/Institucional/Paginas/PadronizacaoMedi
camentos.aspx?pag=Padronizacao%20de%20medicamentos
______________________________
aAcadêmica
de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. [email protected]
b
Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica PUCRS.
c
Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.
d
Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.
e
Acadêmica de Enfermagem da PUCRS.
f
Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de
Enfermagem da PUCRS. [email protected]
162
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A
SEGURANÇA DO PACIENTE
Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib
Introdução: dentre as diversas estratégias propostas pela Organização Mundial da Saúde
para promover a Segurança do Paciente, está a de reduzir o número de infecções
relacionadas à assistência à saúde. O aumento da resistência antimicrobiana gera
repercussões no tempo de internação, no tratamento, na redução do arsenal terapêutico
e no aumento do risco relacionado ao óbito dos pacientes.1-2 Objetivo: conhecer o perfil
de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos em amostras de material de pacientes
hospitalizados. Metodologia: estudo transversal, descritivo, documental e retrospectivo,
realizado através da análise dos resultados dos antibiogramas das amostras de material
biológico dos pacientes internados em uma instituição hospitalar de médio porte, Brasil,
no período de 2007 a 2012. A pesquisa respeitou as diretrizes da Resolução 466/2012
do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o
parecer número 358.841 e CAAE 19685613.4.0000.5523. Resultados: das 13.761
amostras, 29,5% foram positivas para a presença de micro-organismos. A penicilina
apresentou o maior percentual de resistência, 83%. A produção de betalactamase é
responsável por degradar os antibióticos β-lactâmicos e por conferir resistência a esta
classe de antibióticos.3
Cefotaxima
64,7%, ceftazidima 63% e cefepime 62,9%,
cefalosporinas de terceira e quarta geração, também mostraram altos índices de
resistência antimicrobiana. O uso inadequado é um dos principais fatores para o
desenvolvimento de resistência antimicrobiana.4 Em outro estudo, pesquisadores
encontraram maior perfil de resistência para cefepime e ceftazidima, corroborando com
os resultados desta pesquisa.5 Conclusão: taxas elevadas de resistência às cefalosporinas
constitui-se em dado preocupante, pois são utilizadas no tratamento de microorganismos Gram-negativos, resistentes à outros fármacos.
Contribuições para a
enfermagem: medidas de prevenção da resistência antimicrobiana, como cuidados na
administração de medicamentos, entre outras, devem ser priorizadas pelos profissionais
e instituições de saúde, visto que a resistência antimicrobiana gera impactos negativos
na Segurança do Paciente.
163
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Palavras-Chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção
Hospitalar.
Referências
1 World Health Organization. A crescente ameaça da resistência antimicrobiana. Opções
de
ação.
Genebra;
2012[acessado
2013
Jun
11].
Disponível
em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75389/3/OMS_IER_PSP_2012.2_por.pdf
2 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a
hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7.
3 Abreu AG, Marques SG, Monteiro-Neto V, Carvalho RML, Gonçalves AG. Nosocomial
infection
and
characterization
of
extended-spectrum
β-lactamases-producing
Enterobacteriaceae in Northeast Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011; 44(4):441-6.
4 Lancis IF, Garcell HG, Narbona IM, Sánchez RE, Sosias JP, Gómez GP et al. Factores
asociados al uso inadecuado de cefalosporinas en pacientes hospitalizados. Rev Cubana
Cir. 2010;49 (3):1-9.
5 Machado GM, Lago A, Fuentefria SRR, Fuentefria DB. Ocorrência e perfil de
sensibilidade a antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp. em um
hospital terciário, no sul do Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011;44(2):168-72.
_____________________________
aFarmacêutica.
Mestre em Biotecnologia/ Docente. Faculdade da Serra Gaúcha.
Faculdade Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora E-mail: [email protected]
bEnfermeira.
Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail:
[email protected]
164
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE
QUEDAS DE PACIENTES INTERNADOS
Ana Magalhãesa, Diovane da Costaa, Francis da Costaa, Gisela Mouraa,
Lyliam Suzukia, Vera Diasa
Introdução: os serviços hospitalares que adotam as diretrizes de segurança do paciente
implementam medidas preventivas pautadas em padrões internacionais de segurança1,2,
a exemplo da meta internacional número seis, que objetiva prevenir lesões decorrentes
de quedas3. A incidência de quedas no ambiente hospitalar varia conforme o tipo de
paciente atendido. Os idosos, com distúrbios de marcha ou equilíbrio, alteração do nível
de consciência e uso de determinados medicamentos são mais propensos a quedas,
assim como as crianças. As quedas são eventos que podem causar lesões em pacientes
hospitalizados. Por isto, as instituições devem identificar o risco de quedas, instituir
medidas preventivas e avaliar se as mesmas estão sendo efetivas. Objetivo: analisar os
resultados do indicador de quedas após a implantação do protocolo de prevenção de
quedas. Metodologia: estudo de abordagem quantitativa, descritivo, realizado com base
nos resultados do indicador de quedas de um hospital universitário público do sul do
Brasil, no período de janeiro a julho de 2013 e de 2014. O indicador corresponde à Taxa
de Incidência de quedas, calculada pelo número total de quedas de pacientes ocorridas
durante o mês * 1000, dividido pelo número total de pacientes dia. A meta institucional é
de ≤ 2 quedas por 1000 pacientes/dia. Medidas preventivas de quedas - orientações
sobre prevenção de quedas, sinalização de segurança do ambiente, ambiente livre de
obstáculos, rodas das camas travadas, transporte do paciente em maca ou cadeira,
dentre outras - são instituídas para todos os pacientes. Os pacientes adultos avaliados
pela escala de Morse com escores ≥ 45, os pediátricos com idade ≥ 3 anos avaliados com
fatores de risco com escores ≥ 3, e pacientes com transtorno mental avaliados com
Morse associada ao uso de psicotrópicos, são sinalizados com pulseira amarela.
Resultados: comparando os sete primeiros meses do ano observa-se que houve uma
redução na incidência de quedas, refletindo num aumento no número de unidades que
alcançaram a meta, isto é, de oito unidades em 2013 para 13 unidades em 2014. Além
disto, 17 de 21 unidades tiveram diminuição em suas taxas, variando de -0,11 a -2,29.
165
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Conclusão: o monitoramento e a instalação de medidas preventivas reduziram a
incidência de quedas e, consequentemente, as lesões decorrentes, conforme almejado
pela Meta Internacional de Segurança número seis.
Descritores: Acidente por Quedas. Metas Internacionais de Segurança. Indicadores.
Referências
1 Ministério da Saúde (Brasil). Portaria 529 de 01 de abril de 2013. Programa Nacional
de Segurança do Paciente (PNSP). [internet]. Brasília; 2013 [acesso 2014 Set 02]
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
2 World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: summary of the
evidence on patient safety: implications for research. Geneva, Switzerland: World Health
Organization; 2008 [acesso 2014 Set 02]. Disponível em:
http://www.who.int/patientsafety/information_centre/Summary_evidence_on_patient_
safety.pdf
3 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission para
hospitais. Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. 4ª ed.
Rio de Janeiro: CBA; 2010.
________________________
a
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.
166
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO
Carine Remora, Carla Barroca Cruzb, Amanda Peres do Nascimentoc, Vitor Pena Prazido
Rosad, Janete de Souza Urbanettoe
Introdução: a queda é definida como o evento em que a pessoa inadvertidamente cai ao
solo ou níveis inferiores, excluindo mudança intencional da posição para repouso na
mobília, parede ou outros objetos(1). O risco de quedas no meio hospitalar pode ser
supervisionado por escalas validadas para este fim, como a Morse Fall Scale(2) que foi
traduzida e adaptada para o Brasil, em 2013(3). Esta escala permite classificar o risco de
cair dos pacientes em baixo, moderado e elevado(2,3). A investigação, nas primeiras horas
de hospitalização, acerca dos riscos dos pacientes caírem tem por objetivo a
identificação precoce dos fatores relacionados à queda que contribuam para a
elaboração de estratégias para prevenir, alertar e reduzir este incidente, que pode
tornar-se um agravo importante à saúde das pessoas. Objetivo: identificar os riscos para
quedas nas primeiras horas de hospitalização e associá-los com a ocorrência de quedas.
Método: estudo de coorte, realizado em um hospital de Porto Alegre, Brasil. A população
do estudo foram os pacientes adultos hospitalizados e a amostra configurou-se em 556
pacientes avaliados quanto aos fatores associados ao início da hospitalização. A análise
foi descritiva e analítica. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da
Instituição. A pesquisa tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul.
Resultados: evidenciou-se que a classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale
(MFS) e, especificamente os itens história de quedas, auxílio na deambulação, marcha
comprometida/cambaleante e superestimação da capacidade para deambulação,
estavam associados com as quedas na hospitalização (p≤0,005). Além destes, a força
muscular reduzida e o déficit visual também contribuíram para a ocorrência deste
incidente de segurança. Conclusão: a identificação dos fatores de risco para quedas dos
pacientes avaliados nas primeiras horas de hospitalização pode contribuir para a
redução dessas ocorrências e prevenir eventuais danos.
167
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international
classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes.
[Internet]
2009
[acessado
2014
Mar
22].
Disponível
em:
http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/
2. Morse JM, Morse RM, Tylko SJ. Development of a scale to identify the fall-prone
patient. Canadian Journal on Aging.1989;8(4):366-377.
3. Urbanetto JS, Creutzberg M, Franz F, Ojeda BS, Gustavo AS, Bittencourt HR et al. Morse
Fall Scale: tradução e adaptação transcultural para a Língua Portuguesa. Rev. Esc.
Enferm. USP. 2013 Jun;47(3):569-575.
___________________________
aAcadêmica
de Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Porto Alegre, RS. [email protected]
bAcadêmica
cBolsista
de Enfermagem pela PUCRS. [email protected]
de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul
(FAPERGS). [email protected]
dBolsista
de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e
Tecnológico (CNPq). [email protected]
eEnfermeira
Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de
Enfermagem da PUCRS. [email protected]
168
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA
Roberta Heidricha,b, Izamara Alvesa, Viviane Baltazara, Paulo Renato Vieiraa, Carla
Marquesa, Patrícia Trevisoc
Introdução: a segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos
desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável¹. O processo de
identificação do paciente é essencial para garantir a segurança e a qualidade da
assistência nas instituições de saúde². Objetivo: descrever a importância da identificação
do paciente, tanto para este quanto para os profissionais da saúde. Metodologia: revisão
bibliográfica realizada em agosto de 2014. Realizada busca nas bases de dados BIREME
e SCIELO. Foram encontrados 61 artigos, destes foram excluídos os artigos que não
atendiam aos objetivos do estudo ou não estavam disponíveis na íntegra online e em
português, resultando na utilização de quatro artigos, analisados neste estudo.
Resultados: a presente revisão elucida a importância da identificação do paciente. A
identificação do paciente correta resulta no atendimento mais seguro e possibilita evitar
erros, visto que a assistência é um processo complexo e composto por várias etapas e,
muitas vezes, envolve diferentes profissionais.³ Uma das etapas de identificação se dá
por meio do uso de uma pulseira, contendo informações como nome e sobrenome,
número do registro, dentre outras de acordo com a instituição de saúde. Também deve
apresentar características adequadas como: cor, tamanho, durabilidade, letra e adequarse às necessidades de cada paciente. Esta prática é recomendada internacionalmente, no
intuito de reduzir falhas no atendimento ao paciente1-4. Conclusão: a identificação do
paciente é de fundamental importância para a segurança do cuidado. Contribuições para
enfermagem: o presente estudo colaborou para o aprendizado sobre a importância da
segurança e identificação do paciente, visando um atendimento seguro e qualificado pela
enfermagem.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem.
Referências
169
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
1. Tase TH, et al. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão
emergente. Rev. Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196-200.
2. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Solution 2: patient
identification. Patient Safety Solutions. 2007 May [acesso em 2014 Ago 22];1:8-11.
Disponível em: http://www. jointcommissioninternational.org/WHO-CollaboratingCen- tre-for-Patient-Safety-Solutions/.
3. Pease F, Sasso GTMD. Cultura da segurança do paciente na atenção primária à saúde.
Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):302-310.
4. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS.
Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto
Alegre: EDIPUCRS; 2013.
________________________________________
a Acadêmico
de enfermagem do Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS.
b
Relatora. Email: [email protected]
c
Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente do Curso de
Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS.
170
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓSOPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA
Fuzer FAMa, Gomes LMAb, Rios CSc, Silva AAd; Zambrano AOe; Silva KCOf
Introdução: o tromboembolismo venoso é uma condição frequente que pode complicar a
recuperação dos pacientes, sendo causa de morbimortalidade no pós-operatório,
podendo ser evitado com profilaxia adequada1. Objetivo: investigar a literatura científica
acerca dos cuidados preventivos para tromboembolismo venoso em pacientes no pósoperatório. Metodologia: efetuou-se uma busca sistematizada nas bases de dados
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Electronic Library
Online (SciELO). Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português,
disponíveis integralmente online e gratuitos. Foram excluídos: teses, dissertações,
resumos, trabalhos em outros idiomas, de acesso pago. Não foi estabelecido recorte
temporal com a finalidade de se obter ampla visão sobre o assunto. Utilizaram-se, na
busca, os descritores “Prevenção”, “Tromboembolismo”. Resultados: dos 88 artigos
encontrados, 12 atenderam os critérios de inclusão. Para prevenir o tromboembolismo
venoso, a equipe de enfermagem deve atentar os riscos no cuidado profilático, tanto
físicos quanto químicos, os quais, se possível, devem estar associados para garantir uma
atenção efetiva ao paciente2. Os artigos abordaram tópicos frequentes no quotidiano
pós-cirúrgico como: prevenção de tromboembolismo venoso, salientando a importância
da prevenção, associação de cuidados assistenciais, incidências e efeitos da profilaxia no
pós-operatório. Apesar das grandes evidências sobre a eficácia das medidas profiláticas,
ainda há uma expressiva vulnerabilidade na prática dos profissionais. A profilaxia é o
método de melhor relação custo/benefício e evita a incidência de tromboembolismo
venoso, diminuindo o tempo de internação e custos com tratamentos e,
consequentemente, contribui para a qualidade de vida do paciente3. Conclusão: tal
temática é de suma importância para o paciente no pós-operatório, pois envolve
múltiplos aspectos do cuidado. Entretanto, há poucos estudos no Brasil. Sugere-se o
desenvolvimento de pesquisas no intuito de otimizar a profilaxia para o
tromboembolismo venoso. Implicações para a enfermagem: este trabalho implica no
171
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
estímulo ao estudo científico da enfermagem, quanto às medidas profiláticas para
prevenção de complicações geradas por trombos no pós-operatório, favorecendo a
segurança do paciente.
Descritores: Prevenção. Tromboembolismo venoso. Enfermagem.
Referências
1. Wachter RM. Compreendendo a segurança do paciente. Porto Alegre: Artmed; 2010. p.
137-138.
2. Barreto SSM, Silva PM, Faccin CS, Theil AL, Nunes AH, Pinheiro CTS. Profilaxia para
tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo. J. Pneumo. 2000 JanFev[acesso em 2014 Set 05];26(1):15-19. Disponível em :
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102358620000001000
04&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
3. Diogo-Filho A, Cíntia PM, Diogo DM, Larissa SPF, Priscila MD, Priscila MV. Estudo de
vigilância da profilaxia do tromboembolismo venoso em especialidades cirúrgicas de um
hospital universitário de nível terciário. Arq. Gastroenterol. 2009 Jan-Mar[acesso em
2014 Set 05];46(1):9-14. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S000428032009000100007
________________________
aAcadêmica.
Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS. Relatora. [email protected]
bAcadêmica.
Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS. [email protected]
cAcadêmica.
Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS. [email protected]
dAcadêmica.
Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa
Maria, RS. [email protected]
eEnfermeira.
Especialista em psicanálise [email protected]
fEnfermeira.
Docente curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA),
Santa Maria, RS. [email protected]
172
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE
EVENTOS ADVERSOS
Viviane Costaa, Patrícia Trevisob
Introdução: a preocupação com a segurança do paciente é um tema de relevância
crescente em âmbito global. A inclusão de indicadores de segurança nos programas de
monitoramento da qualidade representa uma importante estratégia para orientar
medidas que promovam a segurança do paciente.1 Objetivos: identificar situações de
eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem que
atuam como profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico.
Metodologia: estudo qualitativo, exploratório, descritivo. População: acadêmicos de
enfermagem do Centro Universitário Metodista-IPA, Brasil, que atuam como
profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico, amostra por critério
de saturação de dados; os dados estão sendo coletados através de entrevista gravada em
áudio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário
Metodista-IPA sob o número de parecer 680.374 em 04 de julho de 2014. Resultados: o
estudo está em fase de coleta de dados. Os resultados parciais revelam eventos adversos
que podem ocorrer no perioperatório como: troca de pacientes, troca de medicações,
erro na lateralidade de procedimentos cirúrgicos, queda, queimaduras, problemas
decorrentes de equipamentos defeituosos ou ausentes entre outros. Conclusões: são
diversas as situações de eventos adversos que podem ocorrer no período perioperatório
e, portanto, faz-se necessário o seguimento rígido de protocolos de segurança buscando
eliminar a ocorrência dos mesmos. Contribuições para enfermagem: o estudo permitirá
elencar eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem
em centro cirúrgico, enquanto profissionais desta área, evidenciando a importância da
adoção de medidas que visem evitar a ocorrência de eventos adversos.
Descritores: Enfermagem Perioperatória. Segurança.
Referência
173
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
1 Gouvêia CSD, Travassos C. Indicadores de segurança do paciente para hospitais
agudos. Cad. Saúde Pública. 2010 Jan-Jun;26(6):1061-1078.
_______________________________________________
aAcadêmica
do 9° Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro
Universitário
Metodista
–
IPA,
Porto
Alegre,
RS.
Relatora.
[email protected]
b
Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente
do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto
Alegre, RS.
174
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA
Marcella Salatino Rochaa, Daisy Zanchi de Abreu Boteneb
Introdução: a aplicação do checklist cirúrgico foi realizada em diversos estudos de
hospitais em países variados, abordando todos os contextos econômicos, mostrando-se
uma ferramenta de baixo custo para minimizar a ocorrência de eventos adversos graves
associados à cirurgia. Esses eventos podem ser agrupados em cinco categorias: 1)
cirurgia realizada em membro ou local errado; 2) cirurgia realizada em paciente errado;
3) procedimento cirúrgico errado; 4) retenção de objeto estranho dentro do paciente
após o término da cirurgia; 5) morte no intraoperatório ou no pós-operatório imediato
em paciente hígido, sem patologias prévias(1). Entretanto, ainda encontram-se barreiras
na aplicação dessa ferramenta de segurança em hospitais de ensino, especialmente no
que se refere a treinamentos específicos e, principalmente, à aceitação da equipe médica.
Objetivo: identificar o entendimento e as dificuldades apresentados na aplicação do
checklist (lista de checagem) de cirurgia segura da Organização Mundial de Saúde.
Metodologia: se trata de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em
um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto Alegre, Brasil. Os participantes
foram 12 técnicos de enfermagem do centro cirúrgico. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética das instituições envolvidas, sob número 504.647. Os dados foram
coletados por meio de entrevista semiestruturada, conduzida pela pesquisadora em
horário pré-agendado. Para organização e análise de dados foi utilizada a análise de
temática. Resultados: elencaram-se duas categorias: “A importância do checklist” e
“Dificuldades na aplicação”. Os participantes demonstraram conhecimento da
importância da aplicação deste instrumento de checklist, relatando sentirem-se mais
seguros quando realizam o processo. Entre as dificuldades referidas estão a falta de
treinamentos específicos para área cirúrgica, a grande demanda de cirurgias e,
principalmente, a falta de comprometimento de alguns profissionais perante esse
processo de segurança, os quais parecem ainda não estar conscientes da importância da
aplicação de checklist. Considerações finais: considera-se que a equipe de enfermagem
tem papel importante no processo de verificação e orientação do instrumento de
175
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
segurança, ressaltando que a aplicação desse processo visa diminuir consideravelmente
os riscos ao paciente, bem como diminuir o atrito entre os componentes da equipe
provocado por eventos inesperados. Contribuições para a enfermagem: o estudo
contribui para a área da enfermagem uma vez que evidencia a importância e os fatores
envolvidos na aplicação do checklist cirúrgico. Os resultados geram subsídios para se
compreender melhor o fenômeno e estimular a reflexão para a construção de estratégias
que melhorem a sua aplicação.
Descritores:
Enfermagem.
Segurança
do
Paciente.
Procedimentos
Cirúrgicos
Operatórios. Checklist.
Referência
1 World Health Organization. World conference on social determinants of health:
meeting report. Rio de Janeiro: WHO; 2011[citado em 2012 Jul 8]. Disponível em:
http://www.who.int/sdhconference/resources/Conference_Report.pdf
___________________________________
a
Enfermeira. Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista (IPA),
Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected]
b Enfermeira.
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre,
RS. Email: [email protected]
176
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa
Michelle Camile Schusterb, Sandra Leontina Graubec, Vivian Lemes Lobo Bitencourtd
Introdução: a constante evolução do conhecimento, especialmente as inovações
tecnológicas que permeiam a área da saúde, permitem a criação de técnicas menos
invasivas, bem como a elaboração de novos materiais e medicamentos, procedimentos
mais rápidos e seguros, garantindo deste modo um atendimento eficiente no serviço
prestado. A pesquisa teve como justificativa estabelecer as intervenções de enfermagem
necessárias para prevenir e controlar os principais problemas no recebimento do
paciente no Centro Cirúrgico e sua permanência na Sala Operatória. Objetivo: o objetivo
geral foi a elaboração de um instrumento de sistematização da assistência de
enfermagem no transoperatório e, como objetivos específicos, diminuir os riscos
decorrentes da utilização de materiais e equipamentos durante o procedimento
cirúrgico; analisar as necessidades individuais de cada cliente e prestar assistência ao
paciente e aos seus familiares. Método: para o alcance dos desígnios propostos, utilizouse de pesquisa do tipo exploratória/revisão bibliográfica com abordagem qualitativa.
Foram relacionados artigos científicos de 2000 a 2010, sendo encontrados 20 artigos e
destes utilizados 10 artigos. Resultados: o referido estudo proporcionou estratégias de
verificação das principais complicações a que o paciente está exposto e as possíveis
alterações anatômicas e fisiológicas, proporcionando ações específicas que permeiam o
ato anestésico e cirúrgico. A equipe de enfermagem deve estar disposta a oferecer
estratégias com o intuito de minimizar os riscos mais comuns e evitáveis ao ato
cirúrgico, proporcionando sempre segurança e conforto ao paciente, para que sejam
evitadas complicações referentes à hipotermia, riscos de lesões, náuseas, vômitos entre
outros. Disponibilizar ao paciente apoio emocional, permanecer próximo durante os
procedimentos e a indução anestésica, avalia-lo continuamente tendo uma visão
holística. Quanto ao gerenciamento de enfermagem, oferecer integral segurança física ao
paciente, equipamentos em condições de uso, manter a assepsia e controle do ambiente
e, desta forma, ocorrerá uma melhor assistência, individualizada e humanizada, por
meio de uma sistematização da assistência de enfermagem, pois é o meio pelo qual o
177
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
enfermeiro consegue atender as necessidades do paciente. Considerações finais: deve-se
estabelecer um trabalho voltado para a segurança relacionado aos eventos adversos
compondo, assim, um grande desafio em que cirurgias seguras salvam vidas. Sabendo-se
da importância que a equipe de enfermagem tem referente ao cuidado com o paciente, é
de fundamental importância que esteja em total sintonia, para desenvolver um
atendimento humanizado.
Descritores: Centro Cirúrgico Hospitalar. Enfermagem de Centro Cirúrgico. Assistência
Perioperatória.
Referências
Andrade JS, Vieira MJ. Prática assistencial de enfermagem: problemas, perspectivas e
necessidades de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem. 2005 MaioJun;58(3):261-265.
Castellanos BEP, Jouglas VMG. Assistência de enfermagem peri operatória: um modelo
conceitual. Rev. Esc. Enfermagem USP. 1990 Dez;24(3):359-70.
Gil CA. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2007.
________________________________
aTrabalho
de Conclusão do Curso Especialização em Centro Cirúrgico, Centro de
Materiais e Sala de Recuperação Pós Anestésica – Instituto de Educação e Pesquisa
Hospital Moinhos de Vento.
b Enfermeira.
Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Relatora. E-mail:
[email protected]
c
Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]
d
Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected]
178
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO
179
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA
ENSINO - SERVIÇO
Ferdinando De Contoa, Bernadete Maria Dalmolinb, Heide Elisabete Wayerbacher
Hoffmannc, Cleide Maciel do Amarald
Introdução: as organizações hospitalares têm na sua origem a prestação de serviços
diretamente à comunidade, portanto, traz o caráter humanístico, que permanece até
hoje. Alguns hospitais evoluíram na sua maneira de prestar serviços e no seu sistema de
gestão, porém, algumas organizações hospitalares ainda se apoiam em sistemas
gerenciais alicerçados em paradigmas tradicionais. A Universidade de Passo Fundo, Rio
Grande do Sul, por seu caráter comunitário e regional e que tem sua ação alicerçada no
ensino, pesquisa e extensão, propôs este trabalho que se caracteriza como uma nota
prévia de uma ação extensionista. Objetivo: tem o objetivo de realizar ações educativas
de ensino-serviço, de caráter interdisciplinar e interinstitucional junto a um hospital
público de pequeno porte do município de Passo Fundo, Brasil. Método: relato de
atividade. Resultados: a partir do diagnóstico da realidade, percebeu-se como
prioridades a adequação da estrutura física, capacitação do quadro de funcionários,
perfil epidemiológico dos usuários e falta de normatização e padronização de
procedimentos em quase todos os serviços hospitalares. Este projeto visa, entre outras
ações, reestruturar/construir Protocolos Operacionais Padrão em todas as áreas de
funcionamento do hospital, bem como apoiar tecnicamente as ações de reformas, entre
elas as arquitetônicas, dessa instituição de saúde. Portanto, envolve não somente cursos
voltados à área da saúde especificamente, mas todos os cursos da universidade que
possam contribuir com esta instituição hospitalar. A ação tem conseguido a integração
ensino-serviço-comunidade, buscando fortalecer e qualificar as ações do hospital ao
mesmo tempo em que pretende aprimorar a formação interdisciplinar de discentes e
docentes na busca de uma formação humanística, técnica e imersa na realidade social.
Considerações finais: a proposta deste projeto se deu a partir de um diagnóstico social
que originou a necessidade desta parceria, na busca por soluções, com o compromisso
de desenvolvimento socioeconômico, cultural, tecnológico e científico da região, visando
à melhoria da qualidade de vida da população.
180
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Descritores: Administração em Saúde. Protocolos. Avaliação em Saúde. Relações
Interpessoais.
____________
aCirurgião-dentista.
Doutor, professor titular III, Curso de Odontologia – Universidade de
Passo Fundo, RS.
bEnfermeira.
Doutora, professor titular III, Curso de Enfermagem – Universidade de
Passo Fundo, RS.
cEnfermeira.
Especialista, professora contratada, Curso de Enfermagem – Universidade
de Passo Fundo, RS.
dGraduanda.
Acadêmica, Curso de Enfermagem - Universidade de Passo Fundo, RS.
Relatora.
181
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS
DE ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE
Fabiano Pereira dos Santosa,b, Carine Feldhausa, Monique Pereira Portellaa, Priscila da
Silva Mattera, Eniva Miladi Fernandes Stummc, Eliane Raquel Rieth Benettid
Introdução: a segurança do paciente tem se tornado preocupação mundial para o
sistema de saúde. No entanto, mesmo com avanços nesses sistemas, os indivíduos ainda
estão expostos a riscos quando submetidos aos cuidados de saúde. Dessa forma, a
qualidade assistencial e a segurança do paciente têm sido estudados com vistas à
diminuição de erros, riscos e danos ao paciente1. Nesse contexto, como as doenças
cardiovasculares representam uma das maiores causas de mortalidade², a segurança dos
pacientes em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana merece ser discutida, a fim de
minimizar riscos e proporcionar segurança ao paciente. O diagnóstico de enfermagem
“risco de quedas”³ é identificado em muitos pacientes de Unidade de Terapia Intensiva
Coronariana, o que exige da equipe de enfermagem cuidados específicos para prevenir
danos. Objetivo: descrever as percepções de acadêmicos sobre a atuação da enfermagem
em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana e a segurança do paciente. Metodologia:
trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, realizado durante
as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia Intensiva
Coronariana de hospital do noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados: a admissão de
uma paciente em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, com dor precordial e
abdominal associada à hipotensão arterial, confusão mental e taquipneia, suscitou nos
acadêmicos questionamentos e reflexões acerca das ações da equipe para a segurança da
paciente. Foram observados e discutidos os riscos durante transporte em maca,
transferência da maca para o leito e acomodação/contenção no leito.
Embora os
métodos utilizados atendessem a segurança da paciente, eliminando possíveis riscos de
quedas do leito, evidencia-se a necessidade da instrumentalização da equipe sobre o
risco de quedas e ações preventivas. Conclusão: os eventos adversos que comprometem
a segurança do paciente, como as quedas, constituem um desafio para o aprimoramento
da qualidade da assistência. Nesse sentido, a movimentação e contenção do paciente
com risco de quedas têm de respeitar as condições do paciente e seus agravos
182
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
patológicos. Dessa forma, a instrumentalização da equipe, o uso de protocolos e escalas é
importante para o gerenciamento adequado. Contribuições para a Enfermagem: é
fundamental a utilização de escalas que avaliem risco de quedas e protocolos de
prevenção com vistas à segurança do paciente.
Descritores: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Acidentes por Quedas.
Referências
1 Costa SGRF, et al. Caracterização das quedas do leito sofridas por pacientes internados
em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(4):676-81.
2 Nunciaroni AT, et al. Caracterização dos diagnósticos de enfermagem de pacientes
internados em uma unidade de cardiologia. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(1):32-41.
3 Nanda Internacional. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificação 20122014. Tradução de Jeanne Liliane Marlene Michel. Porto Alegre: Artmed; 2013.
__________________________________
a
Acadêmicos de Enfermagem, Unijuí, RS. Email: [email protected],
[email protected], [email protected], [email protected]
b
Relator
c
Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected]
d
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS.
Email: [email protected]
183
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO:
FUNDAMENTAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
Natália Fernandes Martins Ferreiraa, Jenifer dos Santosa, Luély Vacari Ortiza,
Rita Catalina Aquino Caregnatob
Introdução: na Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - RDC Nº 15, de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos da saúde, encontra-se o artigo 28 que se refere ao
profissional responsável pelo Centro de Materiais e Esterilização devendo este possuir
nível superior, para coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de
produtos da saúde. Tradicionalmente o enfermeiro tem sido o profissional responsável
por esta área crítica, entretanto esta resolução abre a possibilidade de outro profissional,
com conhecimento, assumir este lugar. Alguns currículos de cursos de graduação de
Enfermagem não estão contemplando o conteúdo sobre Centro de Materiais e
Esterilização e Centro Cirúrgico na formação dos futuros enfermeiros, por entenderem
que este conteúdo é da especialização. Atualmente existe uma dificuldade de encontrar
profissionais de enfermagem para atuarem nestes setores, portanto, é fundamental que
a graduação em Enfermagem desperte o interesse dos acadêmicos para no futuro
atuarem nestas áreas. Objetivo: relatar a experiência do estágio em Centro de Material
de Esterilização da disciplina de clínico cirúrgico da grade curricular do curso de
bacharelado de Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a prática realizada na
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no 5º semestre do curso de
graduação em Enfermagem. Resultados: na disciplina denominada clínica cirúrgica os
acadêmicos vivenciam na prática o Centro de Materiais e Esterilização, visualizando
tudo que foi ministrado na teoria, como o fluxo unidirecional do setor, a recepção e
lavagem do material sujo, preparo e acondicionamento dos materiais, esterilização por
diversos métodos (vapor e peróxido de hidrogênio), armazenamento e distribuição dos
materiais. Reconhece-se a rotina das máquinas e sua manutenção, bem como os testes a
fim de verificar a eficácia da esterilização. Os acadêmicos descobrem a importância
deste setor de apoio para a segurança do paciente atendido em todos os setores do
184
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
hospital, e vislumbram uma possibilidade de atuar na prática como enfermeiros no
futuro profissional. Conclusão: é imprescindível que os acadêmicos de enfermagem
tenham, na sua formação, fundamentação teórico-prática sobre Centro de Materiais e
Esterilização despertando, assim, o interesse de atuar nesta área quando forem
profissionais. Também é importante a inserção e a possibilidade de realizarem estágios
curriculares neste setor, proporcionando ao estudante de enfermagem uma visão ampla
da assistência de saúde e despertando seu olhar para o Centro de Materiais e
Esterilização como fundamental em qualquer processo para a segurança do paciente.
Para garantir a presença do enfermeiro no Centro de Materiais e Esterilização deve-se
valorizar este setor preparando profissionais de enfermagem que tenham habilidades e
conhecimentos para atuarem no processamento de produtos da saúde, pois estes são
necessários tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade. Caso não existam
enfermeiros capacitados e com interesse de trabalhar no Centro de Materiais e
Esterilização, existem outras profissões que poderão ocupar este espaço.
Palavras-chave: Enfermagem. Centro de Materiais e Esterilização. Educação.
___________________
a
Acadêmicas do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.
b
Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS.
185
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Merianny de Avila Peresa,b, Luciane Santos Silvania, Manuela Usevicius Maiaa,
Júlia Schneidera, Wiliam Wegnerc
Introdução: na intenção de assegurar a redução dos riscos aos quais os pacientes estão
submetidos diariamente, o tema segurança do paciente vem ganhando importância no
cenário mundial. A Organização Mundial de Saúde, preocupada com a formação dos
profissionais da saúde, elaborou um manual para orientar o ensino do tema aos
docentes da área da saúde. O Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do
Paciente(1) pretende mobilizar docentes, estudantes e profissionais da saúde para
educação e formação na segurança do paciente. Objetivos: descrever e divulgar as
orientações e diretrizes do Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do Paciente e
refletir sobre a formação de docentes neste contexto. Metodologia: trata-se de um relato
de experiência a partir de seminário realizado em agosto de 2014 no programa de
extensão
universitária
“Enfermagem
e
segurança
do
paciente:
REBRAENSP
instrumentalizando a formação profissional no Rio Grande do Sul”. Nesta atividade,
professor e bolsistas desenvolveram atividade de formação pedagógica a partir da
leitura e discussão do guia proposto pela Organização Mundial de Saúde. O material foi
dividido em cinco partes e cada estudante sintetizou e apresentou suas considerações,
havendo debate e problematização mediados pelo professor. Resultados: o Manual da
Organização Mundial de Saúde está dividido em parte A e parte B. Na primeira parte, a
qual é destinada aos docentes da área da saúde, se encontram os objetivos do guia, a
forma como foram estruturados, estratégias para integrar a segurança do paciente ao
currículo e a importância do tema. Na parte B, destinada aos educadores e estudantes, o
guia aborda temas específicos que incluem o aprendizado com base nos incidentes
ocorridos, gerenciamento do risco clínico, métodos de otimizar o cuidado e a
importância do envolvimento com o paciente, entre outros. Dentro destas temáticas, se
incentiva os estudantes da área da saúde a pensar em como incorporar os princípios da
segurança do paciente em sua prática diária, havendo exemplos de como
operacionalizar na prática. Conclusão: por se tratar de um tema novo, a segurança do
186
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
paciente ainda é incipiente na maioria dos cursos de graduação. Entretanto, é necessário
incluir a temática de maneira transversal nos currículos da graduação. É fundamental
sensibilizar os docentes, a fim de se construir uma cultura para a segurança do paciente.
Contribuições/implicações para a enfermagem: o tema é vital e prático no cotidiano do
processo de trabalho do enfermeiro. O desenvolvimento da cultura de segurança do
paciente, já no ensino de graduação, pode ser uma base sólida para transformações no
cuidado de enfermagem e mudanças na atenção à saúde.
Descritores: Segurança do Paciente. Ensino. Educação em Enfermagem.
Referência
1. World Health Organization. Patient safety curriculum guide: multi-professional
edition. Geneva (Switzerland): World Health Organization; 2011.
________________________
a
Bolsistas de Extensão e Acadêmicas de Enfermagem; Escola de Enfermagem,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEUFRGS), Porto Alegre.
b
Relatora. E-mail: [email protected]
c
Professor Adjunto, EEUFRGS; Membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança
do Paciente (REBRAENSP). E-mail: [email protected]
187
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE
ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Priscila da Silva Mattera, Monique Pereira Portellaa, Fabiano Pereira dos Santosa, Carine
Feldhausa,b, Eliane Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd
Introdução: a segurança do paciente é preocupação central para sistemas de saúde,
porque cuidados inseguros resultam em aumento da morbidade/mortalidade evitáveis e
gastos adicionais. Ações relacionadas à segurança do paciente visam evitar danos e
diminuir a morbidade/mortalidade evitáveis¹. Nesse contexto, a segurança do paciente é
requisito para a qualidade do cuidado prestado em Unidade de Terapia Intensiva
Coronariana, onde são utilizados recursos específicos para tratamento dos pacientes,
como o balão intra-aórtico, suporte hemodinâmico em pacientes com disfunção
ventricular esquerda². Considerado uma tecnologia específica, entende-se a importância
de refletir sobre cuidados de enfermagem e segurança do paciente em uso de balão
intra-aórtico. Objetivo: descrever e refletir acerca dos cuidados de enfermagem
relacionados à manutenção do balão intra-aórtico e à segurança do paciente.
Metodologia: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, desenvolvido
durantes as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia
Intensiva Coronariana de hospital da região noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados:
alguns
pacientes
cardiopatas
necessitam
melhorar
suas
condições
clínicas/hemodinâmicas para serem submetidos à intervenção cirúrgica com maior
segurança, e o balão intra-aórtico proporciona isso³. Porém, demanda cuidados
especializados da equipe que assiste o paciente, de modo a garantir a qualidade da
assistência prestada e a segurança. A enfermagem deve atentar ao posicionamento
correto do paciente no leito (decúbito dorsal, membro estendido); colocação adequada
dos eletrodos de monitorização cardíaca contínua; verificação da quantidade de gás
hélio no torpedo; verificação de pulsos distais por meio do doppler; avaliação de sinais
vitais e local da punção arterial; acompanhamento contínuo de modo a evitar eventos
adversos. Outros cuidados observados incluem a educação do paciente, profissionais e
acadêmicos sobre o balão intra-aórtico, para diminuir riscos de cuidados inseguros.
Conclusão: o enfermeiro deve acompanhar continuamente o paciente em uso de balão
188
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
intra-aórtico e buscar o aperfeiçoamento da prática, para garantir qualidade e segurança
na assistência prestada. Contribuições para a enfermagem: a prescrição e execução de
cuidados de enfermagem padronizados para pacientes com balão intra-aórtico
possibilita minimizar complicações relacionadas ao uso, melhorar a qualidade da
assistência de enfermagem e garantir segurança do paciente em Unidade de Terapia
Intensiva Coronariana.
Descritores: Cuidados de Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do
Paciente.
Referências
1 Silva LD. Segurança e qualidade nos hospitais brasileiros. Rev enferm UERJ.
2013;21(4):425-6.
2 Mistura C, Maldaner CR, Silveira CL, Timm AMB, Pauletto MR, Beuter M, Roso CC. O
cuidado de enfermagem ao paciente em uso de balão intra-aórtico. Rev Contexto Saúde.
2011;10(20):1107-10.
3 Machado RC, Guerra GM, Branco JNR. Validação de protocolo para assistência a
pacientes com balão intra-aórtico. Acta Paul Enferm. 2012;25(esp1):13-9.
___________________________________
aAcadêmicos
de Enfermagem. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUÍ).
b
c
Relatora. E-mail: [email protected]
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Hospital Universitário de Santa Maria e
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Email:
[email protected]
d Enfermeira,
Doutora em Ciências, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul (UNIJUÍ). Email: [email protected]
189
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES
Denise Kriegera, Aline Soares Salvadorb,c, Marília de Oliveira Soares Lovattob, Simone
Aparecida Schelbauerb, Giordana Dutra Sartord
Introduçã o: o cuidado em saú de nã o é seguro como deveria ser; o problema nã o está no
fato de maus profissionais trabalharem na atençã o em saú de, mas sim, de profissionais
bons trabalharem em sistemas de saú de ruins que necessitam se tornar mais seguros.
Essas premissas foram apontadas no estudo To Err is Human, publicado nos Estados
Unidos em 2000, que deu origem à mobilizaçã o de pesquisadores do mundo todo para a
segurança do paciente. No Brasil, embora as pesquisas sejam insipientes quando o tema
se relaciona à s estatı́sticas sobre eventos adversos, apontam para a formaçã o de uma
cultura de segurança positiva para o aprimoramento de prá ticas seguras atravé s das
melhorias na comunicaçã o, no trabalho em equipe e no compartilhamento de
conhecimentos.1 Fundamentada nessa perspectiva e frente à possibilidade de prevençã o
dos erros de medicaçã o e risco de danos em funçã o da sua ocorrê ncia, estruturou-se
uma proposta no hospital pú blico Tereza Ramos localizado na regiã o da serra
catarinense, que instituiu seu Nú cleo de Segurança do Paciente no inı́cio de 2014.
Objetivo: relatar a experiê ncia de implantaçã o de uma cultura voltada à segurança do
paciente no referido hospital utilizando uma metodologia de educaçã o voltada à
participaçã o dos envolvidos no processo. Metodologia: trata-se de um projeto de
extensã o do curso de Enfermagem da Universidade do Planalto Catarinense, Brasil, em
parceria com o referido Hospital. Participam dele trê s acadê micas, uma professora e
profissionais do Nú cleo de Segurança do Paciente da instituiçã o hospitalar na qual será
desenvolvido um programa de educaçã o permanente com previsã o de duraçã o de trê s
semestres, com foco na capacitaçã o dos profissionais de enfermagem para prevenir e
minimizar as falhas no processo medicamentoso. Resultados: o Nú cleo de Segurança do
Paciente, em conjunto com as acadê micas, definiu como estraté gia de aprendizagem a
metodologia problematizadora, que será utilizada inloco, nos setores clı́nicos e de apoio
nos quais os servidores atuam. A metodologia problematizadora enfatiza a atuaçã o ativa
do “educando” que, a partir da reflexã o sobre sua realidade, aprofunda conhecimentos e
190
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
procura soluçõ es para os problemas que se apresentam. A primeira etapa, com 10 horas,
prevê divulgaçã o e sensibilizaçã o das equipes sobre evento adverso e notificaçã o. Serã o
realizadas visitas aos setores, pelas acadê micas com os membros do Nú cleo de
Segurança do Paciente, disponibilizando material explicativo e té cnicas que despertem a
reflexã o para os problemas elencados em relaçã o a segurança do paciente. Conclusã o:
acredita-se que o envolvimento das acadê micas possa disseminar e fortalecer as açõ es
do Nú cleo de Segurança do Paciente no Hospital a fim de minimizar os danos causados
durante o processo medicamentoso junto aos pacientes hospitalizados. Implicaçõ es para
enfermagem: o projeto vem ao encontro das iniciativas de integraçã o ensino-serviço,
fortalecendo a formaçã o do enfermeiro pautada na realidade do mundo do trabalho em
Enfermagem.
Descritores: Erros de Medicaçã o. Segurança do Paciente. Educaçã o.
Referência
1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade
do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Ciênc.saúde coletiva. 2013
Jul;18(7):2029-2036.
____________________________
aEnfermeira.
bAcadêmica
Mestre. Professora da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC.
de Enfermagem, Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC.
c
Relatora. E-mail: [email protected]
d
Enfermeira. Mestre. Membro do Núcleo de Segurança do Paciente, Hospital Tereza
Ramos, SC.
191
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE
SEGURANÇA DO PACIENTE
Carine Feldhaus a,b, Thays Cristina Berwig Rutkea, Marli Maria Loroc,
Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc
Introdução: a Organização Mundial de Saúde estima que anualmente ocorrem inúmeros danos
à saúde de pacientes no mundo. Sendo assim, a preocupação com a segurança do paciente
tornou-se prioridade na área da saúde1. Com vistas a melhorar a segurança do paciente nas
instituições de saúde, é imprescindível implementar uma política de cultura de segurança.
Para sua efetivação, é necessário o levantamento de fatores, como os organizacionais, que
impedem a formação de uma cultura de segurança2. Nesse sentido, foi desenvolvido um
projeto de pesquisa sobre segurança do paciente, no qual os bolsistas puderam apoderar-se
do tema, interagir com a equipe de enfermagem e confrontar-se com a realidade em uma
instituição hospitalar. Objetivo: descrever vivências dos acadêmicos de enfermagem, como
bolsistas de um projeto de pesquisa na área de segurança do paciente. Metodologia: trata-se
de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem, bolsistas CNPq, durante atuação
no projeto de pesquisa institucional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do SuI - UNIJUÍ, Brasil, intitulado Clima de Segurança do Paciente: Percepção da
Equipe de Enfermagem. A coleta de dados foi de julho a setembro de 2014. O instrumento de
coleta foi o questionário de Atitudes de Segurança, SafetyAtitudesQuestionnaire. Resultados:
primeiramente, os bolsistas foram capacitados pelos pesquisadores para a aplicação do Safety
AtitudesQuestionnaire, bem como discussões teóricas acerca do tema. No início das coletas,
contou-se com adesão da maioria dos profissionais, porém algumas dificuldades surgiram:
falta de tempo para responder o instrumento de pesquisa pela sobrecarga de trabalho; medo
de sofrerem punições pelos gestores da instituição devido as suas respostas e falta de
comprometimento de alguns em responder e devolver os questionários, como acordado com
os sujeitos da pesquisa. Assim, as estratégias de abordagem e devolução dos questionários
precisaram ser modificadas. Para tanto, fez-se necessário novamente esclarecer os objetivos
do projeto, salientar sua importância, reforçar que, pela observância dos preceitos éticos, não
haveria prejuízo em colaborar com a pesquisa. Dessa forma, os dados da pesquisa apontarão
evidências com vistas a qualificar a atenção efetivada aos pacientes e diminuir os riscos a que
192
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
estão expostos durante a internação hospitalar. Conclusão: na perspectiva de buscar novos
conhecimentos para o desenvolvimento da pesquisa, os bolsistas, na coleta de dados,
vivenciaram dificuldades as quais implicaram no replanejamento e remanejamento do
método de abordagem adotado, na busca de um melhor entendimento dos entrevistados
acerca do projeto e a importância em participar da pesquisa.
Descritores: Segurança do Paciente. Equipe de Enfermagem. Pesquisa.
Referências
1 Rigobello MCG, Carvalho REFL, Cassiani SHB, Galon T, Capucho HC, Deus NN. Clima de
segurança do paciente: percepção dos profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm.
2012;25(5):728-35.
2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Attitudes Questionnaire para o
Brasil – Questionário de Atitudes de Segurança. 2011. Tese (Doutorado). Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto; 2011.
____________________________________
aAcadêmicas
de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Bolsistas CNPq.
bRelatora.
E-mail: [email protected]
cDocentes
do Departamento Ciências da Vida, Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS.
193
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE
194
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Patricia De Gasperia, Aline Picolottob, Marcela Sanseverinoc
Introdução: a equipe de enfermagem é composta pelos profissionais que estão
diretamente em contato com o paciente, desenvolvendo os mais diferentes tipos de
ações, desde um banho no leito até a tomada de decisões fundamentais para a correta
avaliação do quadro global do paciente e o restabelecimento de suas funções vitais. Para
que estas atividades possam ser desempenhadas de forma adequada, a educação
continuada se torna uma ferramenta fundamental para que tenhamos um cuidado
seguro e de qualidade. Objetivo: relatar a experiência ao se aplicar a Filosofia Lean em
um Ambulatório Central da serra gaúcha, com o intuito de proporcionar um cuidado e
um atendimento mais seguro aos pacientes. Método: trata-se de um relato de
experiência vivenciada durante o ano de 2013. Resultados: inicialmente percebemos que
a educação continuada era necessária, mas a questão central foi saber quais temas
precisariam ser recapitulados imediatamente, uma vez que a demanda do serviço era
grande e a equipe parecia em número insuficiente. Diante disto optou-se pela aplicação
da Filosofia Lean, a qual prega que o líder deve maximizar os aspectos positivos da sua
equipe e eliminar os desperdícios; estas atividades devem ser realizadas no Gemba,
sendo necessário que o líder saia da sua sala e vivencie a práxis diária e real da sua
equipe, para que assim possa fazer a observação direta de como realmente as coisas
acontecem, e quais são os problemas que precisam de solução, ou seja, o Genchi
Genbutsu. Com a ida ao Gemba, percebeu-se que existiam poucas pessoas aptas a
exercerem a realização de espirometria e de exames oftalmológicos, o que comprometia
a execução adequada destas atividades, influenciando diretamente na segurança do
paciente. A partir da aplicação da Filosofia Lean, instituiu-se a Matriz de Habilidades, a
qual auxiliou-nos a visualizar em quais setores precisávamos de treinamentos
imediatos. Atualmente, todos os serviços oferecidos pelo ambulatório têm condições de
serem executados de maneira segura e satisfatória, contando com profissionais
treinados e capacitados. Conclusão: afirmamos que a segurança do paciente não é feita
somente pelos profissionais que fazem o cuidado direto, mas sim por cada um que
compõe as instituições de saúde. Com esta experiência fica claro que metodologias e
195
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
filosofias de gestão precisam ser empregadas pela enfermagem com o intuito de
melhorar a segurança do paciente.
Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gestão em Saúde.
Referências
Toussaint J, Gerard RA. Uma transformação na saúde. Porto Alegre: Bookman Editora;
2012.
Pinto CF. Em busca do cuidado perfeito. São Paulo: Lean Institute Brasil; 2014.
Lean Institute Brasil. Lean na saúde: segurança do paciente e qualidade do cuidado
[acesso em 12 de ago 2014]. Disponível em: http://www.lean.org.br/lean-na-saude.aspx
_______________________
a
Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS.
Coordenadora de Enfermagem do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul
- AMCE/UCS. E-mail: [email protected]. Relatora.
b
Enfermeira do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul -AMCE/UCS, RS.
Especializanda em Auditoria em Saúde.
c Acadêmica
de Enfermagem da Universidade de Caxias do Sul, RS.
196
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO
TEÓRICA
Bruna Silveira Botelhoa,b, Camila da Costa Chagasa, Monique Lipert Behencka, Lorena
Silvaa, Aline Ritta, Cristine Kasmirsckic
Introdução: a ansiedade e o medo da criança ao fazer uma cirurgia podem ser
minimizados pelo cuidado de enfermagem humanizado, que proporcione segurança e
conforto a esse paciente1. A segurança do paciente é a ausência de danos desnecessários.
Os eventos adversos são imprevistos que ocorrem na hospitalização e que causam
agravos ao paciente, dano este que pode ser físico e psicológico, incluindo sofrimento,
incapacidade e até morte2. Objetivos: identificar estratégias que minimizam eventos
adversos em cirurgias pediátricas e ressaltar os cuidados de enfermagem. Metodologia:
trata-se de uma reflexão teórica desenvolvida por meio de buscas nas bases de dados
BIREME e SciELO. As questões norteadoras foram: quais são os principais eventos
adversos que ocorrem no centro cirúrgico com o paciente pediátrico e como prevenilos? Foram usados 10 artigos oriundos de estudos brasileiros, publicados entre 2010 e
2014, sob os seguintes descritores: segurança do paciente, enfermagem pediátrica,
centro cirúrgico. Resultados: a pesquisa mostra que, em 90% dos estudos, os eventos
adversos envolvendo crianças, que ocorrem em centro cirúrgico, são os erros de
medicação e quedas. Por isso Pancieri et. al3 definem o checklist como forma de garantir
segurança ao paciente cirúrgico, e ressaltam que, em crianças, é essencial confirmar com
o familiar a identificação, o tempo de jejum, as alergias e patologias prévias, além de
peso e uso de medicações. Portanto, é importante que o enfermeiro avalie a dor da
criança por meio de escalas específicas de cada faixa etária, o risco de queda, garantindo
a presença de proteção nas camas e berços, evitando eventos adversos1. Conclusão: a
infância é uma fase que exige atenção da família e do serviço de saúde, e ainda mais
quando a criança é exposta ao ambiente hospitalar, com isso a enfermagem deve usar de
artefatos que garantam a segurança e o conforto do paciente, favorecendo para que
permaneça o menor tempo possível hospitalizada.
Descritores: Procedimentos Cirúrgicos Operatórios. Segurança do Paciente. Criança.
197
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Referências
1 Cumino DO, Cagno G, Gonçalves VFZ, Wajman DS, Mathias LA. Impacto do tipo de
informação pré-anestésica sobre a ansiedade dos pais e das crianças. Revista Brasileira
de Anestesiologia. 2013 Nov-Dez;63(6):473-482.
2 Bohomol E, Tartali JA. Eventos adversos em pacientes cirúrgicos: conhecimento dos
profissionais de enfermagem. Acta paul. enferm. 2013;26(4):376-381.
3 Pancieri AP, Santos BP, Avila MAG, Braga EM. Check list cirurgia segura: análise da
segurança e comunicação das equipes de um hospital escola. Revista Gaúcha
Enfermagem. 2013 Out;34(1):71-78.
_______________________________
a
Acadêmicas do Curso de Enfermagem, 8º semestre, Centro Universitário Metodista
(IPA), Porto Alegre, RS.
b
Relatora.
c
Docente do Curso de Enfermagem, Centro
Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS.
198
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
ÍNDICE DE AUTORES
Almeida, Rafael de 105
Botene, Daisy Zanchi de Abreu
De Gasperi, Patricia 143, 195
Almeida, Valmir Machado 45
149, 175
Debastiani, Carine 139
Alvarez, Ananda 16, 32
Braga, Carla Walburga da Silva 34
Delazari, Nelise 141
Alves, Izamara 169
Campos, Mariana Lopes de 79, 107
Dias, Danieli Soares 40
Amaral, Cleide Maciel do 180
Canabarro, Simone Travi 84, 98
Dias, Vera 165
Amaral, Michele Nogueira do
Capellari, Claudia 112
Disconzi, Mitieli Vizcaychipi 22,
45
Cardoso, Patricia Cristina 34, 53,
49, 61, 75
Antonello, Eveline do Amaral
55, 59, 77, 131
Duarte, Rayssa Thompson 125
67
Caregnato, Rita Catalina Aquino
Durant, Daiane Marques 45
Aozane, Fabiele 65, 155
36, 82, 84, 93, 98, 107, 184
Egres, Carla 100
Araujo, Aldenir Damião 90
Cargnelutti, Vanessa 69
Faria, Suzi da Silva 14
Arsego, Marcia 119
Casarin, Renata Copetti 90
Fé, Adriana Magalhães da 24, 29
Aruto, Giuliana Caldeirini 110
Cassenote, L 88
Feldhaus, Carine 182, 188, 192
Baltar, Raquel Granjeiro 14
Cauduro, Graziela 67
Ferreira, Natália Fernandes
Baltazar, Viviane 169
Cavalli, Daniela 69
Martins 184
Bá o, Ana Cristina Pretto 123
Cembranel, Angélica Martini 90
Ferreira, Suzeline 69
Baratto, Mari Angela
Chagas, Camila da Costa 197
Figueiredo, Jonathas Cristiano
Meneghetti 157
Corrêa, Ana Paula Almeida 34, 53,
112
Bastos, Ricardo da Silveira 69
55, 59, 77, 131
Finger, Sonia Liandra Marques
Beck, Michele 69
Corrêa, Fabiana Schirmer 57
24, 29
Becker, Evelyn 121
Corrêa, Katy Ariane dos Santos
Flesch, Vanessa 73
Becker, Gabriela 16, 32
125
Flores, Giovana Ely 43, 45, 96
Bedin, Liarine 93
Correia, Jamile Dutra 93
Follak, Nicolli Cargnelutti 27, 63
Behenck, Monique Lipert 197
Costa, Cristina 71
Foppa, Luciana 34, 53, 55, 59, 77,
Benetti, Eliane Raquel Rieth 27,
Costa, Diovane da 165
131
47, 63, 182, 188
Costa, Francis da 165
Fragoso, Amanda dos Santos 98
Benetti, Priscila Escobar 63
Costa, Maria Antonia Ramos 135
Freitas, Ana Paula Christo de 161
Bertoncello, Katia Cilene 110
Costa, Viviane 173
Fröhlich, Mariana 27
Bevilaqua, Márcia da Silva 57
Cruz, Andrea 96
Fujii, Cinthia Dalasta Caetano 24,
Bitencourt, Vivian Lemes Lobo
Cruz, Carla Barroca 167
29
177
Cruz, Cibele Thomé da 63
Fuzer, FAM 171
Bock, Lisnéia Fabiani 117
Cunha, Débora Rosilei Miquini de
Gallisa, Fernanda Ribeiro 153
Bombardelli, Cristina Fontoura
Freitas 86
Galo, Luciana 119
129
Dalmolin, Bernadete Maria 180
Garcia, Cledir Tania França 90
Borges, Michele 119
De Conto, Ferdinando 180
Giacomolli, Cristiane 105
Botelho, Bruna Silveira 197
De Faveri, Fabiano 139, 141
Golle, Lidiane 137
199
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Gomes, Emanuela Rosa 115, 147
Lovatto, Marília de Oliveira
Muniz, Franciele de Oliveira 161
Gomes, Giovana 51
Soares 190
Nardin, Daniela Raphaelli 159
Gomes, Joseila Sonego 27
Luz, Emanuelli Mancio Ferreira
Nascimento, Amanda Peres do
Gomes, LMA 171
da 40
159, 167
Graciotto, Ariane 100
Lysakowski, Simone 36
Nazareth, Joseane Kalata 22, 61
Graeff, Murilo dos Santos 20
Macedo, Andréia Barcellos
Negretto, Giovanna 16, 32
Graube, Sandra Leontina 177
Teixeira 100
Niedermeier, Elmi 69
Guimarães, Roberta 100
Machado, Vanessa Oliveira 125
Noal, Helena Carolina 57
Guzinski, Célia 86
Maciel, João 51
Oliveira, Ana Paula Amestoy de
Hagemann, Luciana Bihain 110
Magalhães, Ana Maria Müller de
125
Heidrich, Roberta 169
127, 165
Oliveira, Ana Paula Ribeiro de
Hennemann, Aline Carla 18, 112
Magnago, Tânia Solange Bosi de
161
Heringer, Gisele 57
Souza 57, 157
Oliveira, Carla Taborda 73
Herr, Gerli Elenise Gehrke 47, 65,
Maia, Manuela Usevicius 186
Oliveira, Michele 145
137, 155
Marinho, MGR 88
Oliveski, Cinthia Cristina 90
Hoeltgebaumb, Camila Ritta 153
Marques, Carla 169
Ortiz, Luély Vacari 184
Hoffmann, Heide Elisabete
Martin, Jane 112
Paim, Roberta Soldatelli Pagno
Wayerbacher 180
Martinbiancho, Jacqueline 16,
102, 163
Inoue, Kelly Cristina 135
32
Paris, Elisabeth 18
Jaggi, Leila Maria de Abreu 98
Martins, Gabriela Del Mestre 98
Pasa, Thiana Sebben 67
Kasmirscki, Cristine 197
Martins, Thais Silveira 133
Pastori, Taís 141
Klein, Állany Silva 79, 107
Matsuda, Laura Misue 135
Pedro, Eva Neri Rubim 149
Klinger, Audrey 121
Matter, Priscila da Silva 182,
Peixoto, Cibelle Grassmann 151
Kolankiewicz, Adriane Cristina
188
Peno, Paola 137
Bernat 65, 137, 155, 192
Mauhs, Jean 117
Perdomini, Fernanda Rosa 96
Krieger, Denise 190
May, Tássia Amanda 151
Pereira, Alex 20
Kulakowski, Marielle 71
Meirelles, Lisiani 121
Pereira, Etienne da Silva 40
Kuyava, Joel 145
Menezes, Resli Kochhann 139
Peres, Merianny de Avila 186
Landerdahl, Noeli Terezinha 67
Milanesi, Rafaela 84
Picolotto, Aline 143, 195
Laurent, Maria do Carmo 43
Millão, Luzia Fernandes 79
Pierotto, Aline Aparecida da Silva
Lobchenco, Neusa Eliane 112
Möller, Gisele 127
125
Lopes, Elisabeth 43, 96
Monaco, Stela Maris Theisen 24,
Pinheiro, Adália Ferreira 153
Lorenzini, Elisiane 102, 123, 163
29
Pires, Renata 119
Loro, Marli Maria 192
Monteiro, Ariane 119
Pitana, Karine 73
Lourenci, Mari Angela Victória 34,
Moura, Gisela 165
Portella, Monique Pereira 182,
53, 55, 59, 77, 131
Munhoz, Cloris Ineu 40
188
200
II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS
Prado, Rosalice dos Santos
Sartor, Giordana Dutra 190
Stumm, Eniva Miladi Fernandes
Barbosa 100
Sbeghen, Anamarta 67
27, 63, 105, 182, 188
Proença, Maria Conceição da
Schelbauer, Simone Aparecida
Sudbrack, Aline Winter 36
Costa 24, 29
190
Sukiennik, Teresa Cristina 119
Quadros, Alexander de 18
Schio, Flaviana 71
Suzuki, Lyliam Midori 86, 165
Radünz, Vera 143
Schmitd, Leila 18
Tonial, Marilei Salete 24, 29
Ramos, Jessica de Cássia 161
Schneider, Júlia 186
Torres, Ivanise Perboni 100
Ramos, Maríndia Fernandes 121
Schuster, Michelle Camile 177
Toso, Greice 137
Remor, Carine 167
Schvade, Sabrina 141
Treviso, Patrícia 117, 169, 173
Ribeiro, Giordana dos Santos 117
Scola, Maria Lúcia 96
Urbanetto, Janete de Souza 125,
Rios, CS 171
Segatto, Cristiane 27
129, 151, 159, 161, 167
Ritt, Aline 197
Selestino, Cassia Rodrigues 69
Valle, Luelen Rodrigues 115, 147
Rocha, Cristiane 51
Senna, Dayane 159
Vieira, Paulo Renato 169
Rocha, Marcella Salatino 175
Silva, AA 171
Vieira, Rosmari Wittmann 22, 61
Rodrigues, Francisco Carlos
Silva, APFS 88
Wansing, Gilciane Bolzan 153
Pinto 115, 147
Silva, Dé bora Monteiro da 133
Wegner, Wiliam 186
Rodrigues, Juliana Pires 125
Silva, Fernanda Stock da 67
Xavier, Daiani 51
Rosa, Adriana Ferreira da 20
Silva, KCO 171
Zambra, Rosana Ferretti 90
Rosa, Vitor Pena Prazido 159,
Silva, Lorena 197
Zambrano, AO 88, 171
167
Silva, Renata Martins da 161
Zottele, Caroline 57, 157
Rutke, Thays Cristina Berwig 192
Silva, Renata Pereira 38
Salvador, Aline Soares 190
Silva, Roberta de Almeida da 82
Samuel, Rita de Cássia Ferreira
Silva, Thiago 18, 112
129
Silvani, Luciane Santos 186
Sanseverino, Marcela 195
Silveira, Elise Silva da 129
Santi, Juliana Annita Ribeiro 123
Siqueira, Fernanda Duarte 105
Santo, Débora do Espírito 38
Soares, Katiusse do Amaral 79,
Santos, Fabiano Pereira dos 182,
107
188
Somensi, Rute Merlo 82
Santos, Jaqueline Lopes da Rocha
Sória, Lisiane dos Santos 49, 75
79, 107
Souza, Luccas Melo de 121, 133
Santos, Jenifer dos 184
Souza, Scheila Roberta de 73
Santos, Juliana Mariano 14
Souza, Verusca Soares de 135
Santos, Luzia Teresinha Vianna
Stedile, Fernanda 16, 32
dos 34, 53, 55, 59, 77, 131
Stoever, D 88
Santos, Maria Rejane dos 96
Stübe, Mariléia 63
201

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