Prós e contras da endogamia

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Prós e contras da endogamia
21-Mar-2008
Endogamia (inbreeding) é o conjunto de acasalamento de gatos intimamente relacionado, por exemplo, mãe/filho,
pai/filha, irmão/irmão e acasalamentos de meio-irmãos. É o emparelhamento dos animais que estão mais estreitamente
relacionadas com exceção da média da população. Para criadores, é uma forma útil de fixação traços de uma raça - a
genealogias de alguns gatos de exposição revelam que muitos dos seus pais estão intimamente relacionados. Por
exemplo, o nome do Fan Tee Cee (que participou de exposições nas décadas de 1960 e 1970) apareceu em mais e mais
nos pedigrees de Siameses, em alguns casos várias vezes em um mesmo pedigree, isto porque os criadores estavam
ansiosos para fazer as suas linhas mais “tipificadas”. Espécimes maravilhosas são sempre muito
procuradas depois são utilizadas com “Stud” (Clonagem pode solucionar esse problema no futuro)
conseguindo assim fixar as características que são apreciadas pelos juízes. Para produzir gatos que cumpram
rigorosamente o padrão raça, criadores comumente cruzam gatos que estão ligados (possuem algum grau de
parentesco)e que partilham características desejáveis. Com o tempo, às vezes em apenas uma ou duas gerações, essas
características tornam-se homozigóticas (geneticamente uniformes), bem como todos os descendentes destes animais
irão herdar os genes para essas características (true breed). Os criadores podem prever como os descendentes irão ser.
"Line-breed" não é um termo usado pelos geneticistas, mas vem de trabalhos na atividade pecuária. Indica leves
formas de endogamia. Line Breed continua sendo uma forma de endogamia, por exemplo reprodutores dentro de uma
linha familiar que inclui primo/primo, tia/sobrinho, sobrinha/tio e avós/neto. A diferença entre Line-breeding e inbreeding
pode ser definida de maneira diferente para diferentes espécies de animais e até mesmo de diferentes raças dentro da
mesma espécie. É complicada pelo fato de um gato, meio - irmão, também poderia ser seu pai! No entanto, endogamia
(ou inbreeding) detém potenciais problemas. A variação limitada de genes causada por endogamia continuada significa
que genes deletérios podem fragilizar a raça. Animais criados em laboratório com alto inbreeding resultaram em animais
imuno-deprimidos para uma determinada doença, como por exemplo epilepsia. Esses animais eram geneticamente
idênticos (clonagem!). Uma situação normalmente só vista em gêmeos idênticos. Do mesmo modo, uma quantidade de
endogamia controlada pode ser usada para corrigir traços desejáveis; na exploração pecuária aumentar o rendimento de
leite, a taxa de crescimento, etc. Em termos humanos, endogamia é considerado incesto; Para gatos não existem tabus
de incesto (mas deveria existir – Nota do tradutor). Cruzamento aleatório (ou Outcrossing) é quando os dois pais
são totalmente alheios. Na genealogia dos animais, isto significa que muitas vezes um antepassado comum não ocorre
por trás nem da mãe e nem do pai dentro de um período de quatro ou cinco gerações genealógicas. Nos animais, com uma
pequena fundação genética, esta condição é difícil de responder. Primeiro vou definir alguns termos utilizados por
criadores. Em geral, tento evitar termos específicos, mas estes vão cumprir seu papel neste artigo.Homozigóze significa
ter herdado os mesmos "genes" para uma determinada característica de ambos os pais como por exemplo cumprimento
da pelagem. 100% dos filhos de um homozigoto herdarão tal gene. A endogamia aumenta a homozigose por "fixação"
uma determinada característica. Animais puros exibem um elevado grau de homozigose comparado com raças
misturadas de reprodutores de uma raça escolhidas aleatóriamente. A idéia de animais raça pura é que eles deveriam ser ä
raça verdadeira”. Quando um animal puro é cruzado com outro da mesma raça, a descendência terá
características uniformes e vai lembrar os pais. Heterozigóse significa ter herdado um genes diferentes de uma
determinada característica de cada progenitor. Por exemplo uma hora genes de pêlos longos (recessivo) e um curto
genes para peles (dominante). 50% de um indivíduo heterozigótico da descendência irá herdar uma forma e 50% irão
herdar as outras. Um “Outcrossing” cuidadosamente controlado aumenta heterozigose para traços
seleccionados através da introdução de novos genes híbridos nos descendentesHeterose é o termo científico para vigor
híbrido. É possível que existam genes “maus” que produzem indivíduos menos vigorosos quando no estado
homozigóse devido ao fato que os genes bons são herdados juntamente com características indesejáveis; teoricamente
os genes maus podem ser herdados, mas na prática isso não parece A acontecer. A outra teoria é simplesmente que
você precise ter uma mistura dos dois diferentes genes para obter o efeito desejado e que de alguma forma eles se
complementa mutuamente; em raças altamente puras de animais falta essa diversidade e assim surgem indivíduos com
sistemas imunitários pobres. Sex-Linked refere - se a uma característica que é transmitida, ou determinada por um
determinado sexo. Numa ninhada gatos existem várias versões da cor vermelha. Um deles é sex linked. Por exemplo,
um gato macho só precisa de uma cópia do gene, mas uma fêmea vermelha tem duas cópias do gene para produzir a cor
vermelha, ou seja, gatas exclusivamente vermelhas só nasce de país que contenham o gene cor de pelo vermelho (nota
do tradutor).Grau de homozigosigose entende-se como o número de genes de um animal que é homozigótico. Alto grau
de Homozigose significa que a maioria dos seus genes são acompanhados pares com um elevado grau de
homozigosigose; Se a maioria dos seus Genes não são pares correspondentes então tem-se um baixo grau de
homozigosigose. Um animal pode ser homozigoto para alguns traços, mas heterozigóticos para outros. Ocorrência
natural de endogamia Isto não quer dizer que a endogamia não ocorre naturalmente. Colônias selvagens, que são
isoladas de outros gatos, por fatores geográficos ou por outros fatores, podem tornar-se muito puras especialmente se
um macho dominante cruza com suas irmãs e, em seguida, com suas filhas e netas. Quando ele é deposto
provavelmente será por seu próprio filho ou neto, que, por isso, continua a endogamia. O efeito de qualquer gene
deletério torna-se perceptível na posteridade como a maioria dos descendentes que herdam esses genes. Os cientistas
descobriram que a chita, mesmo vivendo em áreas diferentes, são geneticamente muito semelhante. Doenças eventuais
têm reduzido o número de chitas criando um gargalo genético. As chitas modernas podem ser descendentes de um
único sobrevivente de uma unidade familiar, conseqüentemente, gerando esta uniformidade genética. No Chita, a falta
de diversidade genética torna-as suscetíveis à doenças, uma vez que falta a capacidade para resistir a certos vírus.
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Endogamia extrema afeta o sucesso reprodutivo gerando filhotes mais frágeis com alta taxa de mortalidade. Alguns
cientistas esperam que o aparecimento do "King Cheetah", que se caracterizaria por sua marcação
“blotched”, o que significaria que Chita poderia desenvolver de uma forma de gene saudável através de
mutação genética (desde homem não interfira neste intervalo). A humanidade tem contribuído para a perda de diversidade
pelo desporto - caçando lebres e reduzindo o número de companheiros disponíveis. Os caçadores preferem caçar
espécies incomuns (por exemplo as diversificadas geneticamente), tendo como troféus animais diferenciados com a
chita de pelo longo e as de pelo cinzento e azul indicando que no passado havia uma diversidade genética muito maior.
Apesar das esperanças dos cientistas, algumas populações de chitas estão mostrando mais sinais de endogamia. Limitando-se cada vez mais a pequenas áreas, como em reserva de vida selvagem, as populações tornaram-se
geneticamente isoladas umas das outras. Em uma população verifica-se uma crescente freqüência de desalinhamento de
mandíbulas e cauda retorcida. A endogamia continuada irá reforçar ou corrigir esses traços. Em última instância, poderia
reduzir a eficácia da caça da chita - a cauda retorcida irá reduzir a sua capacidade e agilidade e com o desalinhamento
das mandíbulas podem não ser capazes de prenderem suas presas. O lobo existe em toda America do norte, mas muitos
dos restantes estão em comunidades isoladas fazendo com que se tenha uma raça pura. O isolamento/endogamia tornouse um problema tão agudo que conservacionistas retiraram lobos de um espaço e introduziram-os em uma outra área
para revitalizar a diversidade genética. Em algumas áreas, a escolha dos padreadores é tão reduzida que já
recorreram ao acasalamento lobos com cães domésticos - forma extrema de cruzamento chamado hibridização. Ocorre
uma situação semelhante na Escócia, onde os gatos selvagens escoceses são “cruzados” tornando o gato
selvagem num gato doméstico, isto constitui uma ameaça para aniquilar o gato selvagem fazendo com que ocorra um
espalhamento maior dos genes do gato doméstico. Tratam-se de dois casos de cruzamento que podem levar à extinção
de uma espécie (análoga à perda do tipo de raças domésticas). Outro animal que está sofrendo os efeitos da
endogamia é o Panda Gigante. Tal como acontece com o Chita, à uma endogamia elevada acarretando em baixas taxas
de fertilidade e altas taxas de mortalidade infantil. Como as populações dos Pandas tornam-se cada vez mais isoladas
umas das outras (devido ao homem bloquear as rotas que os Pandas vinham utilizado para passar de uma área para
outra), o Panda chinês tem maior dificuldade em encontrar uma companheira com um conjunto diferente de genes.É
quase inevitável que o Panda Gigante se extingue mesmo que as técnicas de clonagem se tornem disponíveis devido
ao fato que a variabilidade genética da espécie se tornou tão pobre que impossibilitará a viabilidade da espécie a
longo prazo. Pode, portanto, ser considerado que todos os animais puros acabaram por se tornar inviáveis devido a
endogamia e os criadores devem trabalhar com cuidado para abrandar os efeitos prejudiciais de reprodução
seletiva.Houve numerosos estudos relativos a endogamia e sua viabilidade. Na Ilha de Mandarte, nos arredores de
Vancouver, Canada é tão pequena que cada canário pardo pode ser identificado, contado e seus cruzamentos
identificados. Pesquisadores sabem exatamente quão puro cada indivíduo é. Quando as fortes tempestades de inverno
assolaram os pássaros, Lukas Keller da Universidade de Zurique descobriu que todos os indivíduos de raça pura
morreram. Ele definiu com raça pura os indivíduos resultantes de cruzamentos entre primos de primeiro grau ou parentes
mais próximos. Loeske Kruuk, da Universidade de Edinburgo,Escócia descobriu que o “Colarinho Vermelho
Australiano” nascidos a partir do cruzamento entre irmãos tinham 90% menos chance de alcançar a idade adulta
do que os não provenientes de cruzamentos incestuosos Ilkka Hanski, da Universidade de Helsinque, Finlandia
descobriu que 50% dos filhotes machos de cruzamentos entre irmãos em certas espécies de borboletas Africanas eram
estéreis. O isolamento natural e endogamia têm crescido em raças de gatos domésticos como o Manx que foi
desenvolvido numa ilha e fez com que o gene para cauda curta se tornasse generalizado, não obstante aos problemas a
ele associados. Fora os casos fortuitos de gatos que fogem da ilha, houve poucos cruzamentos aleatórios (outcrossing) e
o efeito da endogamia é refletido em ninhadas menores do que a média (geneticistas acreditam que mais filhotes de
Manx do que foi pensado anteriormente foram reabsorvidos devido a anomalias genéticas), filhotes que nascem mortos
e com defeito na coluna espinhal tem feito com que os criadores trabalhem arduamente para eliminar estas
características (diminuindo a endogamia ou inbreeding – Nota do tradutor)Como mencionado, algumas Colônias
selvagens tornam-se altamente “puras” devido ao isolamento de outros gatos (como por exemplo em uma
fazenda isolada) ou porque outros padreadores potenciais na área foram castrados, removendo assim sua diversidade
genética. A maioria dos criadores que trabalham com espécis selvagens tem encontrado alguns dos efeitos da
endogamia. Dentro destas colônias pode ocorrer a ocorrência de certos traços maior do que a média. Alguns destes
traços podem não ser sérios como por exemplo a predominância de gatos de padrão calico. Outros traços herdados que
podem ser encontradas em maior número do que na média em colônias puras incluem a polidactilia (o caso mais
extremo relatado até agora é a deum gato americano com 9 dedos em cada pé), nanismo (o que faz com que fêmeas
anãs possam ter problemas ao tentar parir os filhotes devido ao tamanho da cabeça dos filhotes), outras deformidades
estruturais ou uma predisposição a determinadas condições herdadas. O resultado final da endogamia continuada é a
perda terminal do vigor e a provável extinção da variabilidade genética, diminuindo a fertilidade, aumentando a taxa de
mortalidade e aumentando a ocorrência de anomalias genéticas. Por outro lado, o aumento de cruzamentos aleatórios
(outcrossing) irá causar a perda de padronagem e, por conseguinte, a perda da distinção da raça. Neste caso, é
extremamente importante que o criador encontre níveis seguros de inbreeding (nota do tradutor) CRIAÇÃO SELETIVAO
Isolamento Artificial (cruzamento seletivo) produz um efeito semelhante. Ao criar uma nova raça com uma mutação
desejada, a variabilidade genética é inicialmente necessariamente pequena, com frequentes acasalamentos entre
gatos aparentados. Algumas raças que resultaram de mutação espontânea surgiram com muitos problemas, como
espasticidade (hipoplasia cerebelar) nos Devon Rex, problemas com a curvatura esquelética nos “Sotish
Folds” e os efeitos de um gene semi-letal(que difere de um gene letal)nos Manx conhecido com “Ojos
Azules”. Problemas como a displasia do quadril e luxação patelar são mais comuns em determinadas raças do que
em outras, sugerindo que no passado a endogamia distribuiu os genes deficientes. A seleção adequada de
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“outcrossing” pode reintroduzir genes saudáveis, o que podem ter se perdido, sem lesar o padrão
desejado. Assim como Fan Tee Cee mudou a forma do Siamês, um gato chamado Good Fortune Fortunatus alterou na
década de 1970 a forma dos gatos birmaneses nos Estados Unidos e deu origem à um olhar "Contemporâneo" que agora
é moda neste país. Os Birmaneses Americanos são moderadamente diferentes dos gatos estrangeiros, que possuem
focinhos mais curtos, cabeças arredondadas e corpo no formato de “barril”, que alguns descreveram com
“pug-like”. Infelizmente, uma falha na cabeça dos Birmaneses, que é uma condição letal que exige
eutanásia, chegou lado a lado com este olhar mais "Contemporâneo". Quanto mais as pessoas querem este o novo
visual nas suas linhas reprodutivas, mais generalizado fica este defeito letal. Os gatos Birmanos na Europa, Austrália e
Nova Zelândia não foram influenciados pela aparência do Fortunatus e portanto estão livres destas falhas hereditárias;
Além disso, cruzamentos aleatórios (outcrossing) ocasionais para introduzir novas cores ao Birmano Europeu tem
assegurado que estas linhas não se tornem tão puras. Outro exemplo de um gene que determina uma característica
mortífera raça é o olho azul (Ojos Azules). O gene é letal na forma homozigótica, causa nascimento de filhotes mortos,
deformidades cranianas, pelos brancos e uma pequena cauda curvada. Na forma heterozigótica, os olhos azuis podem
gerar brancos gatos. Os criadores devem, portanto, cruzar gatos heterozigóticos para olho azul com gatos que não
tenham olhos azuis, a fim de obter uma divisão 50/50 a cerca de olhos azuis e olhos não azuis evitando deformações e
nascimento de gatinhos mortos. A endogamia também pode ser usada para se livrar de traços indesejáveis ou para
fixar uma característica desejável, o mais provável é que os indivíduos também irão herdar o mesmo conjunto de
genes para o sistema imunológico de ambos os pais, e nascer com um sistema imunológico menos vigoroso. Os
problemas com o sistema imunológico são agravados ao longo de várias gerações quando os animais se tornam
geneticamente mais uniformes (como a chita). Segundo uma teoria, imunodeficiência, pode ser causada por uma
simples falta de heterozigose nos genes que controlam o sistema imunológico. Esta é a razão pela qual gatos criados
aleatoriamente são geralmente mais robustos. O criador e autor Phyllis Lauder escreveu em 1981: "As variedades
favorecidas de hoje, foram criadas a partir de cruzamentos entre primos e estão arruinando estas raças [...] a insistência
do homem em reproduzir, a fim de perpetuar características desejadas em exposições tem produzido animais, de
constituição frágil, mais propensos à doenças de pele, falta de inteligência, deixou de ser mentalmente alerta,
eventualmente estúpido; e, finalmente, reprodutores com dificuldade: um conjusnto de coisas que no fim levam à
esterilidade e a morte do Raça. " Zoológicos envolvidos em programas de reprodução em cativeiro estão cientes dessa
necessidade de cruzar seus animais com animais de outras colonias. Populações em cativeiro possuem um alto risco de
endogamia devido ao fato de existirem relativamente poucos companheiros disponíveis para os animais, zoológicos, por
conseguinte, devem trocar animais uns com os outros, a fim de manter a diversidade genética da prole. Nos ovinos,
séculos de reprodução seletiva para melhorar a qualidade da lã tem provocado uma perda importante de uma
característica. Os ancestrais dos ovinos podiam cruzar mais de uma vez por ano. Esta raça ovina mais moderna pode
cruzar somente uma vez por ano. Só recentemente se deu importância a esta perda genética (que por exemplo diminui a
produção de carne), mas a reintrodução dos ovinos primitivos iria reduzir outras qualidades seletivamente criadas durante
séculos.A maioria dos ratos de laboratório tornaram-se tão puros que provavelmente não sobrevivem fora de um
laboratório estéril, devido à deficiência do seu sistema imunológico (estes ratos são mortos antes que esta característica se
torne um problema), e algumas estirpes tornaram extintas devido à incapacidade reprodutiva. Muitos são seletivamente
criados para expor defeitos que irá matá-los. A endogamia é uma fonte de problemas para qualquer pessoa envolvida
desde a pecuária até acriação de canários. Os primeiros ancestrias dos Turkish Vans foram descritos como
temperamentais, um problema aparentemente corrigido pela importação de novas matrizes. As tentativas de alterar a
aparência dos gatos birmanês na América para produzir gato com a cabeça mais retangular resultou em gatos com
problemas congénitos. Gatos siameses tornaram-se progressivamente com ossos mais finos onde os criadores buscam
reforçar esta aparência externa, resultando em gatos “metropolitanos”, possívelmente inapto para
sobreviver em seu meio ambiente original (nota do tradutor). No mundo dos cães, certo número de raças agora
apresenta defeitos hereditários devido à sobre-utilização de um particular padreador único, que mais tarde identificou-se
como transportar um gene prejudicial à saúde. No momento em que estes problemas vieram à tona este gene já estava
generalizado devido ao fato que este padreador já tinha sido extensivamente utilizado para "melhorar" a raça. No
passado algumas raças foram cruzadas com cães de diferentes raças, a fim de melhorar a natureza, mas hoje em dia a
ênfase está na preservação da pureza das raças. As pessoas envolvidas com raças menores (raças raras) de animais
enfrentam um dilema em que tentam equilibrar a pureza genética contra o risco de conformidade. Entusiastas tentam
preservar estas raças raras, porque os seus genes podem revelar-se úteis para os criadores no futuro, mas, ao mesmo
tempo, o baixo número de exemplares envolvidos significa que se corre o risco de termos raças puras porém não
saudáveis. Ao tentar trazer uma raça de volta sob o ponto de extinção, a introdução de "sangue novo" através do
cruzamento com uma raça alheia é normalmente um último recurso, uma vez que pode mudar a própria natureza da raça
a ser preservada (como foi observado por amadores quando gato Russo Blues foram cruzados com Siameses Blue
Point após a II Guerra Mundial). Na pecuária, as gerações sucessivas de descendentes só podem ser consideradas puras
quando de 6 à 8 gerações para traz também são formadas de indivíduos puros. Na criação de gatos, pureza da raça é
igualmente desejável, mas pode ser tomado em comprimentos ridículos. Algumas associações de criadores não
reconhecem raças "híbridas" como o Tonkinese porque ela produz variantes (os Manxes também são reconhecidos por
produzirem variantes). Raças que não podem produzir um certo grau de variabilidade entre seus descendentes se
encontram na mesma situação das Chitas e dos Pandas Gigantes. Algumas criações tem perdido de vista o fato de
estarem registrando “pedigrees” de gatos, e não gatos de “raça-pura”, especialmente desde
que todos possam reconhecer que cruzamentos (outcrossing neste caso) são necessários para manter cerots padrões.A
discussão da pureza de raça vai nesse sentido: uma raça deve ser baseada no genótipo (Genes que ele herdou) ou no
fenótipo (aparência, apesar de um entre-cruzamento de quatro gerações atrás)? Um Siamês Tabby-Point é
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fenotipicamente Siamês, mas porque o padrão tabby foi introduzido a partir de gatos não-siameses, quem segue a
genética a risca considera estes gatos como “não siameses” e estão preocupados que estas linhas de
sangue irão poluir suas linhas puras. Em alguns registros, Exoticos de pelos longo são idênticos aos persas, mas não
podem ser criados com Persas. Da mesma forma, alguns registros não permitem Persas chocolate ou lilás porque
estas cores foram introduzidas a partir de gatos siameses (através da raça Himalaia) a inúmeras gerações para trás e
que são, portanto, "contaminadas". Estes Genes "contaminados" podem ser carregados com todo pacote genes
saudáveis; o não cruzamento de “raças puras” de gatos com gatos “contaminados”, faz com
que percamos a oportunidade de aumentar a heterozigose do sistema imunológico. Uma fórmula para reduzir a endogamia
e retardar a perda de “vigor genético” é fazer um “line-breeding” entre 2 ou 3 gerações e, em
seguida, cruzá-las com uma linha de sangue distinta (ou ocasionalmente outra raça) para voltar a termos uma vitalidade
híbrida e uma boa diversidade genética. Porém com a ênfase na criação de gatos com padrões de competitividade em
“pista” (possibilitando maiores vendas), matrizes e padreador com estes padrões tronam-se cada vez mais
utilizdos fazendo com que tenhamos menos chances de encontrar linhas de sangue não relacionadas. (Vide nota sobre
um dos objetivos da AMACOON)
Veja Os Prós e Contras da Clonagem me um debate mais aprofundado sobre a endogamia e os riscos da clonagem de
animais padrão caso isto se torne admissível (http://www.messybeast.com/clonecat.htm). Implicações da Endogamia para
os criadores de gatosA maioria dos criadores está bem consciente dos perigos potenciais associados com endogamia
embora seja tentador para um novato continuar a usar uma ou duas linhas estreitamente relacionadas, a fim de
preservar ou melhorar o padrão. Reprodutores de uma linha alheia da mesma raça (se possível) ou cruzamento para outra
raça (quando permitido) pode assegurar vigor da raça. Apesar do risco de importar alguns traços indesejáveis que podem
demorar um pouco para serem retirados, estes cruzamentos podem impedir a estagnação de uma raça através da
introdução de novos genes dentro da “carga” genética. É importante que se faça “outcross”
(cruzamentos de gatos não aparentados) com gatos de uma “variedade” diferente, considerados
geneticamente “parecidos” (sempre levando-se em conta se algum de seus outros filhotes mostraram
traços indesejáveis?) é claro, preferencialmente sem nenhum grau próximo de parentesco entre eles. Esta pratica,
“Outcrossing”, tem se tornado cada vez mais difícil devido ao auto grau de endogamia nas gerações
passadas – Isto torna difícil encontrar boas matrizes e padreadores que não possuam um grau próximo de
parentesco.Como podemos afirmar se uma raça ou linha não está muito fechada? Um sinal disto é a redução da
fertilidade nos machos e fêmeas. Machos de Chitas são reconhecidos por terem baixa taxa de fertilidade. Falha que faz
com que se tenham ninhadas com poucos filhotes. A incapacidade de conceber, ninhadas de pequeno tamanho e altos
índices de mortalidade dos filhotes, numa base regular, indica que talvez os gatos (melhor dizendo, “pais”)
podem ter um grau de parentesco muito alto, ou seja, uma alta endogamia. A perda de um grande número de gatos por
uma doença (por exemplo, enterites) indica que perderam ou estão perdendo a diversidade de seu sistema imunológico.
Se 50% dos indivíduos de um programa de reprodução morrem de uma simples infecção, existe uma causa para nos
preocuparmos. Gatos altamente puros também podem mostrar anomalias em uma base regular porque os
“maus” genes se tornam mais generalizados. Estas anomalias podem ser simples características
indesejáveis com o mal alinhamento da mandíbula ou mais deformidades mais sérias. Algumas vezes um defeito pode
ser rastreado para um único macho ou fêmea que deve ser removido do programa de cruzamento mesmo que este
tenha um padrão excepcional. Se esta linha já vem sendo usada a tempo é tentador se pensar que a “Caixa de
Pandora” já está aberta e o dano já está feito então eu vou simplesmente fechar meus olhos. Ignorar o defeito
e continuar cruzando estes gatos fará com que os genes defeituosos (deletérios) se tornem ainda mais presentes na
raça, causando problemas futuros, se seus descendentes são criados juntos. Uma raça que quase desapareceu por causa
da endogamia foi o American Bobtail. Criadores inexperientes tentaram produzir um Bobtail com marcação Colourpoint
com botas brancas e conseguiram uma raça verdadeira no que diz respeito a tipo e cor, mas isto só gerou gatos puros
insalubres com temperamento pobre. Mais tarde, outro criador teve que cruzar esta “nova” linha de gatos
de estrutura óssea mais frágil com outros abandonando as regras que regem cor e padrão, a fim de produzir gatos
maiores e mais robustos que são requeridos pelo padrão da raça e começar novamente co uma boa base genética.
Pros e contras:
Inbreeding
(Endogamia, cruzamento entre gatos aparentados)
Prós
• Produz filhotes uniformes ou com características previsíveis
• Mostra genes escondidos (recessivos) que podem ser eliminado.
• Cada indivíduo será a “raça verdadeira” e pura.
• Duplica os bons genes
• Elimina traços indesejáveis
Contras
• Duplica defeitos e fraquezas
• Perda progressiva de vigor e resposta imunológica
• Aumentam as falhas na reprodução, poucos filhotes por ninhada
• Ênfase na aparência significa a perda de bons genes para outros atributos
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• Indivíduos geneticamente empobrecidos
Line Breeding
(Cruzamento entre gatos com um pouco grau de parentesco. Parentes comuns após a 3a ou 4a geração)
Prós
• Evita a endogamia promovendo o cruzamento de gatos menos aparentados, mas ainda mantém a raça
“pura”
• Produz filhotes uniformes ou com características previsíveis
• Abranda o empobrecimento genético
Contras
• Requer excelentes indivíduos (gatos com excelente padrão e saúde)
• Não interrompe o empobrecimento genético, apenas o retarda
Outcrossing
(Cruzamento entre gatos sem nenhum grau de parentesco)
Prós
• Traz novas características ou reintroduz alguma que foi perdida
• Aumenta o vigor
• Gatos ainda são “puros
Contras
• Menor consistência e menor previsibilidade dos filhotes
• Pode ocorrer a introdução de genes indesejáveis acidentalmente
• Pode ser difícil encontrar gatos realmente puros para se fazer os cruzamentos
Hibridização
(Cruzamento de gatos não aparentados de diferentes raças)
Prós
• Traz novas características ou reintroduz alguma que foi perdida
• Aumenta o vigor, pode melhorar o sistema imunológico e aumentar a capacidade reprodutiva
• Introduz características totalmente novas, como cor, pelagem, tipo, etc.
• Pode resultar numa raça nova
• Os descendentes podem ser considerados “impuros” por muitas gerações
Contras
• Imprevisibilidade. Novos traços podem não ser desejados
• Deve-se fazer uma escolha criteriosa das raças onde as qualidades de uma complementa a outra
• Pode-se levar anos para eliminar traços indesejáveis
• Pode-se levar anos para se ter descendentes “consistentes”
• Produz muitas variações não susceptíveis ao uso em criação GENOMA
Bem como os registros de cruzamentos e rastreamento de pedigrees, a biologia moderna pode ter uma evidência
genética individual de endogamia através do mapeamento genético (Genoma). O Zoologista Bill Amos da Universidade
de Cambridge, Inglaterra analisou as marcas genéticas para verificar qual era o grau de parentesco entre determinados
indivíduos. Isto possibilitou a análise do efeito da endogamia em populações selvagens, algo que antes era praticamente
impossível devido a não existência de pedigrees para estes exemplares. Embora não infalível, exames de sangue e
análises genéticas podem indicar como os animais estão intimamente relacionados.Assim como as cópias dos genes
são herdadas de cada parente, os animais herdam seções de DNA não codificadas (“lixo”) que podem ser
usadas como marcas genéticas e são conhecidas como micro satélites. Assim como os genes podem ser homozigóticos
ou heterozigóticos, os animais também podem ser homozigotos ou heterozigotos para estes micros satélites. Mesmo
sem a endogamia, algumas marcas são naturalmente mais freqüentes nas populações do que outras. Olhando para vários
marcadores num dado momento temos uma melhor medida de parentesco (quanto mais marcadores que podem ser
monitorados, o melhor dos resultados). Alguns desses marcadores podem estar ao lado de Genes benéficos ou
prejudiciais (ou, porque muitos Genes trabalham associados com outros genes, os genes próximos que são influenciados
por outros "bons" ou "ruins" em outras partes do genoma) - na ausência da seleção artificial feita por criadores, os
marcadores próximos a genes "bons" serão mais comuns do que aqueles marcadores próximos aos "maus" Genes, isto
porque os "maus" Genes levam o animal a ter menos probabilidades de sobreviver. A técnica não é a prova de falhas,
mas atualmente os cálculos controversos do biologista Amo mostram-se corretos, a endogamia é mais danosa do que
foi previsto anteriormente e mesmo cruzamento entre primos podem resultar numa “depressão
endogamica”. Os estudos dele sugerem que a endogamia é mais importante do que as mudanças ambientais na
determinação das chances individuais de sobrevivência. O grau de homozigose dos micros satélites (o que o Amo
chamou de “parentesco interno”) significa o número de marcações idênticas. Animais com altas taxas de
homozigose dos micros satélites são piores do que os animais com altas taxas de heterozigose. Na ilha selvagem Soay,
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ovelhas, com altas taxas de homozigose também tinham maior incidência de parasitas e tinham maior tendência a
adoecerem.Amos sugere que as desvantagens da endogamia são mais amplas do que se suspeitava anteriormente. No
passado, a endogamia foi considerada relativamente pouco importante em comparação com os desafios ambientais, tais
como encontrar comida, acasalar ou evitar predadores. Amos sugere que os animais com maior parentesco interno
produzem menos filhotes e sofrem mais de doenças, de parasitas ou até mesmo câncer. Na natureza, animais
“puros” tendem a não sobreviver; isso colabora para remover mutações nocivas da população. Depressão
endogamia é conhecida por afetar o sistema imunológico. A seleção artificial feita por criadores enfraquece geneticamente
os indivíduos, que, normalmente, seriam eliminados pela seleção natural, dando assim a chance de se transmitir as suas
mutações para outra geração, que será mais propensa à doenças, vai precisar de mais cuidados médicos durante a sua
vida útil do que os indivíduos menos puros. Bem como selecionar animais por seus traços físicos, é importante
selecioná-los por seus traços de saúde como pode ser exemplificado pela prevalência de Doença do rim poli-sistíco
(PKD) em Persas e Exoticos. Os registros podem permitir mais Outcrossing para garantir o vigor das raças. Atualmente,
a variedade genética está muito fechada (pouco outcrossing), quando os traços desejados são fixados e um certo nível
populacional é alcançado.CONCLUSÃO Endogamia é uma faca de dois gumes. Por um lado, uma certa quantidade de
endogamia pode corrigir e melhorar a qualidade para produzir excelentes animais. Por outro lado, endogamia excessiva
pode limitar a variabilidade genética. Raças nas primeiras fases de desenvolvimento são mais vulneráveis porque o
número de gatos é pequeno e os gatos podem estar intimamente relacionadas entre si. Cabe aos criadores
responsáveis manter um equilíbrio entre endogamia e cruzamentos com gatos alheios, a fim de manter a saúde global
da linha ou raça em questão.
Nota do tradutor: Aumentar a endogamia (inbreeding) a níveis não seguros faz com que corramos o risco de ter gatos
mais frágeis, muito mais susceptíveis a doenças que via de regra teriam uma menor incidência, como por exemplo,
fungos, giárdia, gengivite e outras.O Maine Coon Database, maior banco de dados de linhagens da raça , formado é
mantido por criadores e especialistas que recomendam um nível de até 10% de consanguinidade nos indivíduos de uma
linhagem, já que o objetivo é baixar ou na pior das hipótestes manter este índice que é considerado seguro nas
estatísticas e simulações de acasalamentos no site www.pawpeds.com. Desta forma, criadores do mundo inteiro podem
ter suas ninhadas mais sadias mantendo o padrão desejado. Artigo publicado por Sarah Hartwell, que trabalha no
UK’s Cat Protection e cuida de gatos com idade avançada. Ela também mantém o site
http://www.messybeast.com
http://www.mainecoonfanclub.com/coonies
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Produzido em: 30 September, 2016, 23:08