O ano da mudança

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O ano da mudança
REVISTA MUNDO CERÂMICO - ANO XVII - Nº 146-147 - R$ 8,00
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O ano da mudança
Cobertura da Cersaie 2009 - p.20
SUMÁRIO
Revista Mundo Cerâmico nº 146-147 - Outubro/Dezembro 2009
TENDÊNCIAS
ENCONTRO
Além da grande ebulição por que passa o setor da construção civil no
país, o mercado caminha a passos largos na sofisticação em tecnologia e quem não acompanhar esse movimento ficará para trás
12
Weber Quartzolit promove encontro com a indústria cerâmica, apresenta os resultados de
pesquisa nacional realizada pelo
CCB e a norma de desempenho
de edificações que entra em vigor em maio 2010
30
CERSAIE
Acompanhe as novas tecnologias,
máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para
estar na vanguarda da indústria
Cersaie mostrou sua força em
um momento muito grave da
economia nos países desenvolvidos. Mesmo com quedas sensíveis no ritmo dos negócios,
produtos deslumbrantes e novas
tecnologias predominaram
32
ENTREVISTA
20
DECORAÇÃO
Empresa de design apresenta
sua experiência em decoração
digital realizada com as principais cerâmicas italianas. A conclusão é que esse sistema pode
conviver, com vantagens, com o
atual, em silicone
28
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
Com uma queda acentuada em
produção e exportação, para ele
apenas passageira, Franco Manfredini, presidente da Confindustria Ceramica, Itália, acredita
na valorização do produto como
receita contra a crise
34
CARTA DE AGRADECIMENTO
EDITORIAL
A lebre e a tartaruga
ed 146-147 postagem em janeiro 2010
Publisher: Lazzaro Menasce
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(jornalista responsável)
Conselho Editorial
Edson Gaidzinski Jr.– pres. da ANFACER
Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER
João O. Bergstron – pres. da ASPACER
José O. A. Paschoal – pres. do CCB
Walter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP
Redação
Selma Menasce
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Administração
Caroline Sperandio Florio
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Mayara Lima
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Brasil – SP Marcel Israel
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Impressão:
Prol Editora e Gráfica
Distribuição: Lobra Serv-Press
CERTIFICAÇÃO ISO 9001:2008
A
s crises são muito reveladoras. Nessas horas as diferenças
ficam mais evidentes. As resistências às mudanças também. Como as
pessoas esperam resultados diferentes fazendo tudo sempre igual?, já
perguntava Carlos Alberto Júlio, da HSM Management. Ainda mais
em cenários de rápida mudança. E não falo de décadas passadas.
Aquilo que era vantagem há dois ou três anos apenas, não é mais.
Pensar que a China era sinônimo de produto barato foi um tremendo
equívoco. Que a nossa via seca é uma vantagem, é outro, e grave.
A tecnologia avança, inexorável, transformando vantagens em
ameaças. E o pior: todos esses sinais são identificáveis.
A única coisa imutável são os conceitos básicos que servem de
norte estratégico para os que fazem as mudanças para antecipar sua
posição no futuro. Os italianos, por exemplo, fazem coisas ótimas,
mas pensam que são as lebres da inovação. Essa miopia fará com
que as tartarugas tenham tempo de acertar o foco e ultrapassá-los.
LM
Publicação bimestral de
CARTAS
Votos de Boas Festas
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nas matérias. Capa: divulgação Cersaie.
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Agradecemos e retribuímos os votos de
Boas Festas e Ótimo 2010 a:
Abaco Locadora, Accesso, ACCRBR, Adelaine Cruz, Adelson Eventos, Airton Castro
Guardia, Alexandre Bonardi , Algo Alliance,
Alstom Air, AMB Industria e Comércio de
Máquinas, Americo, Ana Claudia Pais, Anamaco, Anatec, Andrea Serri, Ateliê da Notícia
e Central de Comunicação, Atelie de Textos,
Ativa Wenceslau, Bec do Brasil, Bia Sangy,
BNP Media, Bonnie Chan, Brasilminas, Bruno Menegazzo, Camera 1 Fotografia, Castelatto, Cavalcanti Assessoria, CBPM, CCB,
CDN, Cecafi, Cecrisa, Ceracasa, Ceral Pisos,
Ceramic Business Development Americas,
Cerâmica Elizabeth, Cerâmica Porto Ferreira, Cerâmica San Marino, Ceramics China, Cesário, Céu Comunicação, Cia do RH,
Claudio Conz, CMK, Conecte Comunicação,
Confindustria Ceramica, Coreplast, Daniela
Castro, Diambra, Dirce Kuboyama, Direção
Gastronomia, Dona Propaganda, Donat Arquitetura, Douglas Resende, Edison e Lúcia
Toledo, Editora do Conhecimento, Editora
Guia, Embassy Brasil, Embramaco, Entec
Engenharia, Expo Revestir, Fabio Rocha,
Fabio Rocha Arquitetura, FCH Consultoria,
Filiere, Forma Editora, Grupo Attps, Grupo
Tetto, Holcim, ICE, Idec, In Press, Inovatec,
Instituto Papel Solidário, Instituto Zorovich, Integra Global, Josselei Delfini Paulo,
Karen Gimenez, Koiti Gyotoku, Lef Pisos,
Lepri Cerâmicas, Leroy Merlin, Liliane Nascimento, Lobra Serv & Log, LR Marketing e
Comunicação, Luiz Claudio Faustini, Lume
Cerâmica, MAN Latin America, Maquinário Assessoria de Comunicação, Máquinas
Schreiner, Mauricio Juliano de Miranda, Michael Johnson, Minarab, Moliza, Mosarte,
MS do Brasil, Nilda Rosso, NN Produtora,
Oficina da Comunicação Integrada, Ornare,
Oxford, Paulo Manzini, PB Vídeo Comunicação, Pedro Renato, Phill Johnson, Pool Line,
Prata, Premium Industria e Comercio, Pro
Arte Digital, Promosalons, PSI, R2 Design,
Rafael Avena, Reed Alcantara, Revista Meio
Ambiente Industrial, Revista Mix, Rio Branco Papéis, RM2 Soluções Gráficas, Robson
Bonaldo, Rodolfo Manoli, Ronaldo Padovani, Samuel Iavelberg, Segmento MC, Sérgio
Formicola, Sergio Gaiotto, SEW Eurodrive,
SICIS, Simone Arruda, Sobratema, Sociesc,
Souza Barros, SPP Nemo, Sucursal Paulista,
System Brasil, Tecnitur, Teresa Mattos, Texsa
Brasileira, Texto & Imagem, Uriel Vargas,
Vanessa, Vera Longuini, W Gráfica e Editora, Waldir, Weir Minerals Brazil, William
Norberto Aloise.
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
É
com grande satisfação que divulgamos
aos nossos clientes, colaboradores e
parceiros, que na data de 29 de setembro
de 2009, a EUROGLAZE INDÚSTRIA
E COMÉRCIO LTDA. (MatrizCosmópolis), foi certificada pelo sistema
de gestão ISO 9001:2008, pelo organismo
certificador (SGS).
Após um grande trabalho de implantação,
com o apoio e dedicação de todos
envolvidos, conseguimos atingir o objetivo
de sermos certificados próximo à data de
nosso 11º aniversário.
Mantemos nosso compromisso de buscar
a melhoria contínua em todos os níveis
da EUROGLAZE, objetivando sempre
atender às necessidades de nossos clientes,
bem como superar suas expectativas
perante nossos produtos e serviços.
Mais uma vez o nosso Muito Obrigado!
Saudações!
Diretoria EUROGLAZE
Consultoria Técnica:
Cerquiare Consultorias
EUROGLAZE INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
Rua Luiz Strazzacappa, 125 – Cep 13150-000 – Cosmópolis – São Paulo – Fone/Fax: (19) 3872-2223
E-mail: [email protected]
Lançamentos Strufaldi
A Cerâmica Strufaldi lançou
duas novas coleções: Coleção Decorativa nos formatos
10x10cm e 20x20cm, com
peças decoradas para uso
em piscinas e fachadas e a
Coleção Mediterrânea com
revestimentos em 5x15cm,
uma forte tendência que
a empresa identificou no
mercado, em ampla gama de
cores e opções de telamento
trançado e paralelo, o que
facilita o revestimento de colunas e anuncio_estampos_02
paredes com curvas.
copy.pdf
Big 5 reafirma a opção pelo Oriente Médio
As empresas brasileiras que participaram da edição 2009 da Big
5 feira do setor de construção que
aconteceu em Dubai, devem fechar
negócios na ordem de US$ 12
milhões no próximo ano, segundo
estimativas realizadas pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e
Agência Brasileira de Promoções
de Exportação e Investimentos
– Apex. Foram realizados cerca
de 3.300 contatos, com empresas
de toda a região do golfo árabe
e países da África, Ásia e Europa. Número superior ao do ano
passado onde foram feitos 2.790
contatos. O Brasil apresentou
diversas novidades nesta edição,
com empresas representando os
setores de máquinas e equipamentos, rochas, cerâmicas, madeira,
metais sanitários, insumos químicos, molduras, pincéis, pastilhas e
metálicas, além da presença
11.09.09cubas
09:44:37
da Asbea, Associação Brasileira
dos Escritórios de Arquitetura, que
viajou com o objetivo de coletar
informações sobre tendências de
mercado e de prospectar possíveis novos projetos. “Essa feira foi
muito produtiva para as empresas
brasileiras. Fizemos uma agenda
paralela com seminário, um levantamento pré-feira, que ajudou nos
contatos das empresas e estamos
trabalhando em parceria com a organização da feira para que o Brasil
no ano que vem tenha um resultado mais positivo ainda”, afirmou a
gerente de Marketing da Câmara
Árabe, Andrea Monteiro Uhlmann.
O Brasil a cada ano surpreende os
visitantes com inovação, soluções
sofisticadas e preços competitivos.
A Big 5 contou com 3.000 expositores de 52 países e ocupou área de
43 mil metros quadrados, no Centro
de Convenções de Dubai.
Batimat assume o desenvolvimento sustentável
A Batimat, Salão Internacional da
Construção, foi marcada pelo grande número de visitantes que, mesmo com a crise econômica mundial, buscaram as novidades sobre
renovação sustentável, máquinas e
equipamentos. Dentre os mais de
380 mil visitantes, a maior porcentagem era de franceses das regiões
mais representativas, países da
África e do oeste Europeu também.
O Brasil, juntamente com a Rússia,
se destacou pelo crescimento de vi-
sitantes nessa 27ª edição da feira.
As empresas e especificadores
representaram o grande número
de visitantes enquanto as fábricas
e indústrias permaneceram com
poucos representantes. A feira foi
novamente a maior vitrine mundial
das inovações e tendências na
área de construção, especialmente
na eficácia energética que projeta,
entre outros, sistemas de isolamento acústico. Os arquitetos e especificadores puderam conferir projetos
recentes de profissionais renomados como Jacques Ferrier e o
Concurso da Inovação e Troféus do
Design. Os visitantes viram mais de
150 produtos que farão parte das
construções do futuro. O desenvolvimento sustentável foi o principal
tema que a feira apresentou. A próxima edição da Batimat será de 7 a
12 de novembro de 2011 em Paris
– Porte de Versailles, França.
França no Brasil
Dominique Mauppin, chefe
da Missão Econômica de São
Paulo da Embaixada Francesa, apresentou, em 16 de
dezembro, os resultados do
ano da França no Brasil. As
relações comerciais devem
fechar 2009 com aumento
de 10 a 15%, o que, para
Mauppin, é extraordinário. O
Brasil é o principal parceiro
da França na América Latina:
4.200 empresas francesas
têm relações comerciais
e 425 delas tem filiais no
Brasil, gerando 400 mil empregos diretos. Para 2010 as
perspectivas são muito boas,
haja vista que o consumo
no país dobrou. A França irá
repetir as missões francesas
em vários setores, em especial o de construção civil, por
ocasião da Feicon Batimat.
BASE UNIVERSAL
Este equipamento é formado por um sistema eletromagnético para fixação, um dispositivo autocentrante e
cilindros telescópicos para levantamento. Tem por objetivo diminuir os tempos de troca de formatos e
universalizar o conjunto inferior para a utilização de qualquer tamanho de estampo (ex.: formato
10x10 a 60x60).
C
Principais Vantagens:
M
Y
Troca rápida de formato;
CM
Possibilita a utilização de qualquer formato em um mesmo conjunto inferior;
MY
Menor investimento em ferramentas quando na utilização de
multiformatos;
CY
CMY
K
Maior vida útil da mesa da prensa e do sistema eletromecânico
de fixação da expulsora, devido à expressiva redução de
trocas do conjunto inferior.
Conheça toda a linha de produtos ICON:
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+55 (48) 3438-2611
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
Selo ecológico
‘Construir e
Sustentar’
é a nova
campanha
da Leroy
Merlin. Os
produtos exclusivos dos
catálogos e lojas possuem
o Selo Construir e Sustentar. Uma das iniciativas para
melhorar a sociedade é uma
parceria com a Fundação Gol
de Letra que ensina técnicas
de marcenaria para jovens
carentes. A Casa Aqua, projeto de construção sustentável, contou com o patrocínio
da Leroy Merlin. O grande
diferencial da Casa Aqua é o
reaproveitamento de água e
uso de energia solar.
A Weber Quartzolit lança argamassa “Piso sobre Piso Interno
Quartzolit”. O produto, como o
nome diz, permite a aplicação de
uma nova camada de revestimento sem destruir a anterior, com
ganho de tempo e agilidade na
obra, principalmente em locais de
grande circulação como shoppings,
supermercados, lojas, indústrias
e comércio em geral. Para William
Aloise, diretor de marketing da
Weber Quartzolit, o maior ganho do
consumidor é a economia de tempo: A secagem leva apenas seis
horas. Muito mais rápida que as
argamassas comuns que demoram
cerca de três dias para endurecer”,
afirma William, para quem o grande
segredo dessa argamassa é sua
capacidade de aderência, maior em
relação às comuns, o que a torna
uma alternativa para ambientes
internos e também para ambientes
externos. William Aloise ressalta
que uma boa aplicação depende
de alguns cuidados, como uma
superfície firme, limpa e sem peças
soltas: “No caso de desníveis ou
desprendimento das cerâmicas,
porcelanatos, azulejos ou acimentados, materiais ideais para a aplicação, o recomendado é remover
a peça e fazer o preenchimento
com argamassa para nivelar o piso
antigo”, explica ele.
Tecnogrés lança linha Portuguesa
A linha Portuguesa é o novo revestimento da Tecnogrés inspirada nos
azulejos antigos. São
4 modelos no tamanho 10x10 cm e nas
cores textura brilhante
e azul cobalto, traz
um toque clássico e
formas delicadas de
renda. Feita de massa
cerâmica tipo grés, a
linha apresenta pequenas medidas e cores
vibrantes que não descoloram com o tempo.
Essa característica
é resultado de dupla
camada de esmaltes
aplicados pelo sistema campana.
Seu acabamento lateral do tipo
‘borda plana’, que
caracterizam alguns
porcelanatos, favorece
a aderência e aumento
da vida útil do rejunte, além de ajudar na
diminuição das infiltrações de umidade e
não descolorir com o
tempo. A nova linha da
Tecnogrés, resistente
ao cloro e algicidas,
possui garantia contra
microrachaduras,
deslocamentos e é de
fácil limpeza.
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
C&C lança o prêmio ‘Top de Arquitetura e Decoração’
A rede C&C Casa e Construção
de materiais de construção lançou
o prêmio “Top de Arquitetura e
Decoração” que será promovido
entre os meses de dezembro de
2009 e junho de 2010. Com caráter
exclusivamente recreativo e cultural, a premiação tem como objetivo
estimular os profissionais e estudantes dos cursos de Arquitetura,
Design de Interiores e Técnico em
Edificações. Os projetos, que deverão estar dentro das modalidades
Banheiro, Sala de Estar ou Cozinha, devem apresentar aspectos e
idéias inovadoras. Os quesitos para
a escolha dos melhores projetos
são: Inovação, Criatividade, Ori-
ginalidade, Funcionalidade/Praticidade, Solução Plástica/Beleza
Estética, e Viabilidade Técnica. O
primeiro classificado na categoria
Profissionais e o primeiro da categoria Estudantes terão a oportunidade de conhecer a Feira de
Milão – “Salone Internazionale del
Mobile” em 2011, com passagem
e estadia de uma semana, tudo
garantido pela C&C. Os segundos
colocados ganharão um notebook
e os 30 primeiros da categoria
Estudantes serão premiados com
Workshops em Iluminação e Tintas.
As inscrições podem ser feitas em
lojas da C&C e o regulamento estará no site: www.cec.com.br
Volcano, para acabamentos verticais
A Silestone, da multinacional espanhola Cosentino, lança a linha Volcano com acabamento que mescla
aspecto rústico em textura suave.
Os revestimentos, disponíveis em
10 cores, são indicados para acabamentos verticais e o acabamento
é feito após o polimento da peça, o
que deixa a chapa de quartzo mais
resistente. Composta com 93% de
quartzo, a chapa tem caracterís-
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
ticas de fácil limpabilidade: basta
limpeza com água e sabão e um
tratamento de superfície de dois em
dois anos, dependendo da intensidade de uso. A empresa fornece
em toda sua linha de revestimentos
a proteção antibacteriana Microban
incorporada à resina do aglomerado, o que garante a ação por toda a
vida útil do produto. Os produtos da
Silestone têm sido utilizados em alguns dos edifícios mais notáveis do
mundo, como o Burj Al Arab Hotel,
em Dubai; o Estádio de Wembley,
em Londres; o Carrousel du Louvre, em Paris; a Torre Agbar, em
Barcelona; e da Telefonica Flagship
Store, em Madrid.
Treinando para vencer
LM
A Manchester Especialidades Químicas S/A, a partir
do último dia 17 de dezembro atende por Khemeia
Indústria Química S/A.
Segundo seu diretor presidente Diomar Mendes: “O
objetivo desta mudança
é fortalecer a empresa no
mercado com uma marca
que condiz exatamente
com a missão, objetivos e
metas da empresa”.
Weber lança argamassa piso sobre piso interna
A Cerâmica Porto Ferreira
realizou dia 6 de novembro,
como parte do Projeto de
Educação Continuada, treinamento com o palestrante
Fernando Oliveira para sua
equipe de promotoras de
vendas. Oliveira falou sobre
motivação e rapport e conduziu exercícios para que as
promotoras aprendessem a
lidar com seus medos e objetivos (na foto abaixo, após
anotarem suas dificuldades
em placas de madeira, todas
elas as quebraram). A presença de toda a direção da
empresa nessas ações mostra o vínculo com seus colaboradores: “Fazemos isso
para ter um time vencedor,
envolvido com os resultados”, afirma Josselei Delfini
Paulo, diretor comercial.
divulgação
Manchester é Khemeia
EVENTOS
CEVISAMA 2010
9 a 10 de fevereiro
Valência, Espanha
www.cevisama.feriavalencia.com
Esta é a 28ª edição da feira que
este ano apresenta, além dos revestimentos cerâmicos o segmento fornecedor de matérias-primas, esmaltes
e equipamentos. São esperados visitantes de 145 países entre arquitetos,
designers, agentes e fabricantes.
COVERINGS 2010
27 a 30 de abril
Orlando, EUA
www.coverings.com
Tradicional feira de revestimentos
cerâmicos e rochas ornamentais para
o mercado norte-americano retorna
esse ano a Orlando para a alegria da
maioria dos brasileiros, depois da
feira realizada no sofisticado mercado de Chicago, mas em ano difícil.
ENCONTRO ANICER 2010
25 a 28 de agosto
Florianópolis, SC
www.anicer.com.br
O 39º Encontro Nacional da Cerâmica Vermelha será realizado no
Centro Sul na cidade de Florianópolis. O evento traz painéis, clínicas
para o ceramista, seminários e cursos especializados. A Expoanicer é
realizada simultaneamente.
REVESTIR 2010
9 a 12 de Março
São Paulo, SP
www.exporevestir.com.br
Esta será a oitava edição da feira
brasileira destinada aos revestimentos cerâmicos, rochas e revestimentos como laminados, madeiras. Será
realizada no Transamérica Expo
Center junto com a Kitchen & Bath
Expo e o Fórum de Arquitetura.
CERAMICS CHINA 2010
18 a 21 de maio
Guangzhou, China
www.ceramicschina.net
Organizada pelo Conselho Chinês
de Promoção Internacional a 24ª edição conta com o apoio da Acimac.
Em sua última edição teve 600 expositores de máquinas e equipamentos
para a indústria, matérias-primas e
refratários. Boa opção para nós.
TECNARGILLA 2010
27 de setembro a 1 de outubro
Rimini, Itália
www.tecnargilla.it
Em anos pares é realizada junto
com a Cersaie. Disputando com a
Ceramitec o posto de maior feira de
equipamentos para indústria cerâmica aguarda mais de 30.000 visitantes.
Neste ano são esperadas boas novidades no setor de decoração digital.
FEICON BATIMAT2010
6 a 10 de abril
São Paulo, SP
www.feicon.com.br
A Feicon se consolida como a
grande feira de construção do Brasil,
depois de sua união com a Batimat
francesa. Foram 170 mil visitantes e
650 expositores em 2009.
CONGRESSO ABC 2010
30 de maio a 2 de junho
Foz do Iguaçu, PR
www.abceram.org.br
A 54ª edição será no realizada no
Mabu Thermal Resort para profissionais, estudantes e pesquisadores.
Palestras e Painéis relacionados ao
setor nacional e internacional.
CERSAIE 2010
28 de setembro a 2 de outubro
Bolonha, Itália
www.cersaie.it
A mais importante feira de revestimentos cerâmicos. Seus lançamentos
são esperados pelo mundo inteiro. A
organização tem aprofundado a relação com arquitetos e designers.
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OPORTUNIDADE
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10
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
TENDÊNCIAS
Thiago Almeida
INOVAÇÕES
Gonçalves: 2010 será superior
afirma que “Todas as indicações é
de que será um ótimo ano, provavelmente com mercado superior à 2008
e 2009”. Com ele faz coro Ney Galvão, diretor geral da Saint-Gobain
Distribuição Brasil, rede francesa
detentora das bandeiras Telhanorte,
Pro Telhanorte e Center Líder: “As
expectativas são ótimas para 2010.
Esperamos consolidar as novas lojas
e estamos em busca sempre da melhoria de performance com programas internos em desenvolvimento,
em operação, logística e informática”. Para Galvão, o ano de 2009,
apesar dos fatores externos, foi atípico para a rede, que saltou de 26 para
41 lojas, com a compra da bandeira
Center Líder, com 15 lojas. Mesmo
sem uma aquisição dessa magnitude
a rede C&C também fecha 2009 com
balanço bastante satisfatório: “O ano
iniciou com expectativas de queda,
frente a 2008, contudo, logo após os
primeiros meses isto não se confirmou e fechamos com boas vendas,
principalmente no setor cerâmico,
onde as empresas melhoraram os aspectos de logística e ações no ponto
de venda”, afirma Gonçalves. Per-
cepção semelhante tem João Adriano, diretor do Grupo Incefra, que
começou o ano com muita cautela,
com as dúvidas e incertezas sobre
a situação econômica mundial que
diminuíram o volume dos negócios
e obrigaram a redução do ritmo da
produção nos primeiros meses do
ano. Mesmo assim, não diminuiu os
investimentos e no segundo semestre a retomada veio com força e finaliza o ano produzindo com capacidade máxima, contando com um forte
crescimento do grupo para os próximos anos. João Adriano informa que
a capacidade produtiva total deverá
aumentar 40% em 2010: “Esse incremento produtivo será concentrado
na Incefra, com duas novas linhas de
produção para o próximo ano. Para
essas linhas estão sendo desenvolvidos revestimentos com formatos
maiores, destacando o estiramento e
brilho das peças com a nova coleção
Design”, informa. Na linha de produtos fabricados com massa atomizada a novidade ficará por conta dos
porcelanatos e revestimentos monoporosos ‘ultra slim’ com espessuras
entre 4 e 6 mm, que serão apresentados na Revestir. Apesar da baixa performance das vendas no mercado interno no primeiro trimestre e a perda
massiva do volume exportado, prejudicando o resultado em São Paulo,
que levou a um déficit aproximado
de 5% na Incefra, o grupo apresenta
um resultado consolidado, devido ao
fortalecimento da marca Tecnogrés e
o aumento da produção da Incenor,
com um crescimento projetado de
9% ao final de 2009.
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
O ano da mudança
Além da grande ebulição por que passa o setor da construção civil no
país, o mercado caminha a passos largos na sofisticação em tecnologia
e quem não acompanhar esse movimento ficará para trás
Quem hesitou em 2009 perdeu
boa dianteira. Isso pode ter ocorrido
por várias razões. De problemas estruturais a falta de ousadia. Mesmo
dando um bom desconto aos arroubos otimistas, o cenário é claramente
favorável ao país já há alguns anos.
Com a estabilidade da moeda, conquistada com o plano Real e mantida
com sabedoria pelo atual governo, o
Brasil atingiu uma estabilidade que
lhe permite cuidar das questões do
crescimento. É bem verdade que os
investimentos em infraestrutura continuam bem tímidos e significam um
gargalo relevante que terá de ser resolvido. Mas o mercado interno foi
bastante privilegiado nesses últimos
anos, gostemos ou não do Bolsa Escola que virou Bolsa Família. Essa
tese, largamente defendida por Celso Furtado teve um fugaz ensaio de
êxito com o plano Cruzado de Dilson Funaro. E agora a força de consumo brasileiro dobrou nos últimos
anos. A crise mundial, de recessão e
crédito, aflige os países da Europa e
Estados Unidos sobremaneira. Para
esses a luz no fim do túnel, com a recuperação dos níveis pré-crise ainda
12
estão previstos para alguns anos ainda. A crise aqui atingiu fortemente
a indústria, mas com a manutenção
da renda, mesmo que longe de uma
forma ideal, foi possível garantir o
consumo interno, responsável pela
rápida recuperação da economia
brasileira. A Anfacer, consolidou os
números do setor em 2009 com um
crescimento de 5,21% nas vendas
para o mercado interno. O consumo
interno foi de impressionantes 636
milhões de m2. Mesmo com as exportações em queda, o resultado final
do setor de revestimentos cerâmicos
nacional, considerando os mercados
interno e externo, deverá fechar o
ano com incremento próximo a 2%
em volumes comercializados e a expectativa é de que o crescimento seja
de 3% nas exportações para 2010. A
Anfacer destaca o importante apoio
que a Apex-Brasil proporciona permitindo a presença em vários mercados: Argentina, Espanha, Estados
Unidos, Itália e Emirados Árabes
Unidos. Quem esteve antenado com
esse cenário e aproveitou o momento sai na frente em 2010. Jorge Gonçalves, diretor geral da rede C&C
Para Alexandre Zugno, superintendente da Angelgres, o ano teve
um crescimento no faturamento de
8% comparado a 2008. A Angelgres
tenciona aumentar a produção para
2010 em 150%. A empresa visa as
classes B e C e exporta 15% de sua
produção. A ampliação está prevista
para o segundo trimestre de 2010.
Segundo Zugno: “Iremos apresentar, como inovação a telha esmaltada
prensada que estará no mercado no
início de maio de 2010”.
Para a Cerâmica Batistella, o primeiro semestre de 2009 foi muito
difícil. José Luiz Battistella, diretor
geral da empresa, diz que teve de
mudar e adotar um planejamento
estratégico em curto prazo para se
adaptar à nova realidade do mercado, com quedas expressivas nos volumes. Para ele o fato do Brasil ter
entrado com reserva de caixa tão
alto, fez com que saísse mais rapidamente em relação aos países de
primeiro mundo. Com isso, já no segundo semestre, Battistella afirma:
“Tivemos ascensão do mercado e estamos encerrando o ano em situação
bem diferente do ano anterior com
vendas e faturamento melhores”.
Reforçando essa expectativa Edison
Corrêa de Toledo, presidente da Cerâmica Porto Ferreira, afirmou que
o mês de dezembro 2009 realmente
está surpreendendo pelo bom resultado. A empresa planeja investimentos em expansão para 2010. Em meio
à crise a empresa jamais parou de
acelerar. Enquanto boa parte das em-
Zugno: telha prensada esmaltada
Galvão: estratégia de saturação
presas freava para ver melhor como
ficava o horizonte, Josselei Delfini
Paulo, diretor comercial da Porto
Ferreira, acelerava: “Investimos no
treinamento e qualificação dos nossos representantes e demonstradoras
de loja, nossa linha de frente”. Essa
estratégia foi muito importante para
manter a atividade em alta enquanto
a concorrência claudicava.
SEGMENTOS E CANAIS
Os lançamentos estiveram presentes nesse ano. A Lanzi apresentou a
coleção Lounge, de revestimentos
produzidos na tecnologia monoporosa branca desenvolvida internamente. Luis Antonio Lanzi, diretor
da Lanzi, fez investimentos em novos equipamentos e em treinamento.
Para Luis, esse foi um ano de recuperação de margem e consolidação
e a sua empresa tenciona continuar
nesse passo lançando produtos inovadores em tecnologia em 2010.
Segundo Luis Antonio: “Cada coleção de produtos é desenvolvida
buscando sempre exclusividade e
inovação, completando a satisfação
e o estilo de vida do nosso cliente”.
Mesmo com a dificuldade do câmbio a empresa mantém ativo o canal
de vendas para o mercado externo.
Mas a grande vedete de 2009, sem
dúvida, foi o mercado interno. Com
algumas diferenças pontuais, entre
uma empresa e outra, as classes B
e C representaram o grosso do negócio para o segmento. Do lado da
indústria o destaque continua sendo as vendas pulverizadas em todos
13
os estados brasileiros, como afirma
José Luiz Battistella: “Valorizamos
não somente as grandes redes distribuidoras de materiais de construção,
como também os médios e pequenos
lojistas. Pretendemos ampliar ainda
mais esse nicho de mercado e fortalecer nossa participação nas grandes
lojas e redes”. Estratégia semelhante
tem a Cecafi. De acordo com Itamar
Fior, presidente da empresa: “Nosso
alicerce desde sempre são as revendas de materiais de construção. Temos em cada loja, em cada lojista
deste país, um parceiro que nos ajuda a chegar até a casa do consumidor
final. Com a evolução tecnológica do
nosso produto de base vermelha, temos condições de competir de igual
para igual também no mercado de
engenharia que cresce a cada dia e
não pode ser ignorado”. Itamar Fior
reafirma que passado o susto é hora
de aproveitar o crescimento acelerado para os próximos 5 anos no país.
A Cecafi comemora seus 20 anos
em 2010 – conhece crises como ninguém, afinal, iniciou suas atividades
em pleno plano Collor – e está construindo uma nova fábrica projetada
com atualizadas tecnologias disponíveis. Onde? Bem, isso ainda não nos
foi revelado. Nordeste, sudeste?
O grupo Incefra também tem metas audaciosas para os vários canais comerciais, destacando o de
engenharia como prioritário. João
Adriano informa: “Iremos desenvolver produtos e políticas comerciais para o segmento que está em
grande fase de crescimento. A localização de nossas fábricas e a versa14
que o profissional acumula pontos
trocados por produtos ou viagens.
MERCADO INTERNO
Para a Anfacer, Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica
para Revestimento, o ano de 2009
se encerra de forma positiva para a
indústria cerâmica, apesar de todas
as expectativas negativas que se projetavam. Segundo Antonio Carlos
Kieling, superintendente da entidade, as políticas públicas implementadas para o segmento da construção
civil têm sido muito positivas para
o desenvolvimento do setor. Para
Kieling, “O mais importante é que o
país, como um todo, entra num ciclo
virtuoso de crescimento, apontando
para um cenário muito favorável em
2010”, lembrando que o Brasil possui o segundo mercado consumidor
de cerâmica do mundo, portanto um
segmento prioritário para a indústria nacional. A projeção da Anfacer para 2010 é de crescimento de
8,47% sobre 2009. Para João Oscar
Bergstron, presidente da Aspacer,
Associação Paulista das Cerâmicas
de Revestimento, o setor passou por
momentos de grande dificuldade em
2009. Segundo Bergstron, “Foi um
ano em que paramos várias linhas de
produção, aumentamos o ciclo dos
fornos e tomamos medidas para evitar demissões de profissionais”. Essa
preocupação foi visível na Cecafi,
indústria da região de Santa Gertrudes, uma das poucas a não desligar
linhas de produção e nem demitir
pessoas. Para Itamar Fior “Fomos ao
Adriano: buscando novos canais
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
Thiago Almeida
Thiago Almeida
Kieling: 5,21% a mais em 2009
tilidade da nossa linha de produtos
será determinante para o sucesso no
nosso planejamento”. Ponto forte
do grupo, a construção de cenários
mostrou que o mercado imobiliário
tornou-se uma das grandes forças da
economia brasileira. Para Adriano,
os gastos com o desenvolvimento
residencial no Brasil ainda são muito inferiores comparados com outros
países emergentes. Ele acredita que
o déficit habitacional de 8 milhões
de residências e o aumento do crédito imobiliário impulsionarão o
setor para um crescimento sustentado durante as próximas décadas. O
grupo venceu recentemente proposta
apresentada ao CDHU, companhia
habitacional do estado de São Paulo, referente à compra de 1,3 milhão
de m2 de revestimentos cerâmicos, e
grande parte desse fornecimento ainda não começou. João Adriano destaca ainda a viabilidade de compra de
revestimentos cerâmicos através do
cartão BNDES: “Estamos apostando
que para o próximo ano o número de
usuários do cartão cresça muito e estamos habilitados com as 3 unidades
do grupo a atender essa nova modalidade de negócio”, afirma.
Os grandes varejistas de material
de construção buscam também novas alternativas. Já há alguns anos
a rede C&C tem uma preocupação
especial com os profissionais, desde dar orientação para a correta especificação dos materiais, do apoio
aos arquitetos no chão da loja, até
a parceria com esses profissionais.
Jorge Gonçalves nos informa que em
2010 será lançado o prêmio ‘Top de
Arquitetura e Decoração C&C’ que
irá reconhecer os melhores trabalhos
de profissionais e estudantes do setor. Para Ney Galvão, da Saint-Gobain, os especificadores são grandes
parceiros: “São eles que participam
das obras de reforma e construção
orientadas e influenciam as compras
de materiais de construção’, afirma.
A rede oferece um treinamento especial para sua equipe de vendas para
que haja um atendimento diferenciado e opera também um programa de
relacionamento o ‘Obra Prima’, em
Guardia: foco na fábrica do sul
extremo de nossos recursos e capacidades, mas conseguimos salvar o
que temos de mais importante: nosso
capital humano”, afirma.
Bergstron acredita também na
força do mercado interno, com um
crescimento projetado de 10% para
2010, em contraste com o PIB estimado para a metade disso: 5%. Isso
porque as indústrias paulistas, se não
tem grande competitividade para exportar, por conta de câmbio, juros e
custo Brasil, por outro lado atendem
a todas classes econômicas, em especial as que mais crescem atualmente,
C, D e E. Segundo Bergstron “Estas
classes sociais são as que mais sofrem com o alto déficit habitacional
brasileiro, que gira em torno de 10
milhões de unidades, e são as priorizadas pelos programas habitacionais,
a exemplo do ‘Minha Casa, Minha
Vida’, do governo federal”.
As opiniões são unânimes quando
se trata de avaliar as razões do bom
desempenho da construção civil. De
fato, ‘nunca na história desse país’,
e desta vez isto é incontestável, o
governo olhou com tanta atenção ao
segmento da construção civil como
atualmente. Em todos os níveis: federal, estadual e municipal, o setor
anda bem melhor. José Luiz Battistella aponta o crédito abundante,
maior prazo para pagamento e juros
mais baixos para as classes de baixa
renda como os principais motores
para esse crescimento. Para o varejo de materiais de construção, os
programas de estímulo do governo
não tem essa ação direta pois, como
diz Jorge Gonçalves, da rede C&C,
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
“Objetivamente pouco influenciará,
porque as indústrias fornecem diretamente para as construtoras. Esperamos que com o passar dos anos, os
moradores dessas habitações queiram
melhorar o padrão, reformar, dar um
toque a mais nas residências e aí estaremos prontos para atendê-los”. Já
para Ney Galvão, da Saint-Gobain,
se a redução do IPI foi importante, o
repasse para o consumidor não é tão
tangível quanto no caso dos automóveis, até porque grande parte da reforma não teve redução como a mão
de obra. Galvão afirma que “no setor
de materiais de construção a redução
é mais complexa e outros aspectos
também são importantes, como a
disponibilidade de crédito”.
VAREJO E CONCENTRAÇÃO
Com a recente aquisição das Casas
Bahia pela Globex do grupo Pão de
Açúcar/Casino, a pergunta inevitável
é se a concentração de varejo também será acelerada no setor de construção. Para Ney Galvão, da SaintGobain Distribuição que procura
cobrir nichos de mercado, através de
estratégias de saturação, o processo
de concentração é natural e irreversível. O mercado brasileiro, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro,
é dominado por redes regionais e
familiares. Algumas terão sucesso e
incorporarão outras, enquanto várias
serão absorvidas no processo de busca de escala e aumento de eficiência.
No entanto, ele lembra que este é um
mercado de proximidade em que as
grandes redes jamais terão os custos
necessários para bater o pequeno
comerciante fazendo com que a concentração não atinja níveis excessivos. Bergstron Neto, da Aspacer
também acredita que é uma questão de tempo, com uma maturação
maior que o setor de supermercados
e magazines. Para Itamar Fior é difícil saber pois são assuntos tratados a
sete chaves, como no caso das Casas
Bahia. Itamar acredita, no entanto,
no aumento das grandes redes mas
também na grande pulverização do
setor. Kieling tem visão parecida.
Não acredita nessa tendência no curto prazo. Para ele, porém, o mercado
tem uma dinâmica imponderável.
Como a imagem do país no exterior
é muito forte hoje em dia, isso atrai
os olhares de grandes corporações
internacionais que poderão se tornar
agentes de mudanças no mercado de
varejo. Para José Luiz Battistella, as
grandes redes continuarão adquirindo algumas médias ou pequenas redes no segmento, mas pelo tamanho
do país as lojas menores e de médio
porte continuarão com grande fatia
do mercado, principalmente em pequenas e médias cidades. Opinião
bem parecida à de Jorge Gonçalves
para quem a concentração ocorrerá
a longo prazo e em menores proporções do que acontece no varejo
alimentício e de móveis, pois esse
mercado é muito pulverizado.
EXPORTAÇÃO
Para Kieling, se o mercado interno
é um dos maiores do mundo, a exportação não pode ser relativizada,
mesmo com o câmbio desfavorável
nesse momento. A indústria nacional
não pode abrir mão de sua presença
no mercado internacional, e continuará a fazer o máximo esforço para
manter os níveis de exportação. Para
ele, exportar não é somente uma
questão de saldos comerciais, mas
uma função estratégica para o país.
Da mesma forma pensam vários empresários da indústria. João
Adriano afirma que mesmo com a
crise mundial tendo inibido o volume de exportações do grupo, os pro-
Toledo: pisando no acelerador
15
ções são eventuais nesse momento
haja vista que o foco da empresa está
no mercado interno com a partida
da 2ª fase da fábrica no sul. Guardia
aposta em grande crescimento no
mercado interno para 2010 e visa os
mercados médio e médio alto com os
produtos que começam a sair dessa
nova unidade no sul que deverá chegar a 1 milhão de m2 mensais.
FEIRAS MUNDIAIS
Battistella: crédito e juro baixo
jetos serão retomados já no primeiro
semestre com a participação em três
feiras internacionais: Cevisama, Revestir e Coverings. Itamar Fior continua fazendo negócios e procurando
alternativas que possam de alguma
forma manter o esforço comercial
de anos no mercado externo, mesmo
não vendo resultados satisfatórios:
“Quando não é moeda é ‘apagão logístico’, ou ‘crise internacional’... a
instabilidade deste tipo de negócio
nos faz um tanto cautelosos’, afirma.
José Luiz Battistella procura manter
os principais clientes, mas acredita numa recuperação somente para
2011 com a retomada da economia
dos países de primeiro mundo. Já
para Airton Castro Guardia, diretor
da Elizabeth, as ações de exporta-
Desde
1957
Indo para sua oitava edição em
2010 a Revestir, realizada em São
Paulo, é praticamente a primeira feira internacional a abrir o calendário
e está consolidada como o momento do lançamento das novidades da
indústria nacional. Em 2009 a feira
recebeu um público recorde de 45
mil pessoas e a expectativa é bastante promissora para este ano, segundo Lauro Andrade Filho, diretor do
evento. A Incefra lança seus porcelanatos de 4 e 6 mm de espessura no
evento. Muitos outros ainda fazem
segredo. Mas são esperados muitos lançamentos mundiais recentes,
como esses produtos de baixas espessuras, e outros com decoração digital. Novas máquinas de decoração
com jato de tinta ajudarão a implantar essa nova tecnologia e deverão
ser vistas nas demais feiras de 2010,
em especial na Cersaie e Tecnargilla,
realizadas na Itália.
GARGALOS
Apesar de considerar a indústria
cerâmica brasileira uma das melhores do mundo, com empresários
ativos, inovadores e rápidos para seguir as tendências em um ambiente
de negócios bastante agressivo, Jorge Gonçalves, da C&C, pensa que
deveriam aumentar a sua presença
com mais ações no ponto de venda.
Ney Galvão, da Saint-Gobain, vai
além, dizendo que a indústria cerâmica, além de estar mais próxima do
varejista para melhor compreender
as necessidades dos consumidores,
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Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
Itamar: nova fábrica em 2010
“Precisa focar na área produtiva e
reduzir seus ciclos de entrega de
modo a liberar o capital de giro do
varejista”. No entanto, para Jaume
Riera Torralba, diretor da Esmalglass, colorifício cerâmico, a entrega
dos produtos no prazo determinado
pelos clientes pode ser um problema em um país de dimensões continentais devido à concentração das
indústrias. Para Kleber Curvello,
consultor de projetos para cerâmica,
este é um dos gargalos que ainda não
está sendo levado em consideração
pela indústria: “A embalagem e a estocagem no pátio trazem problemas
sérios para todos os envolvidos. As
cerâmicas sabem disso, mas ainda
conseguem vender posto fábrica e
assim, não pagam os custos de quebras e isso também ainda é aceito
pelo consumidor porque os lojistas
conseguem repassar os tradicionais
10% a mais na quantidade pretendida de compra”. Curvello destaca que
hoje os aplicadores já conseguem fazer verdadeiras obras de arte no assentamento, aproveitando as quebras
e pedaços, que são empregados nas
composições. Mas salienta que já
existe tecnologia ainda rejeitada pelos ceramistas e desconhecida pelos
revendedores que poderia resolver a
questão da quebra, através da embalagem. Curvello informa: “Pelos fabricantes não é aceita porque o produto sai do forno a uma temperatura
muito alta o que dificulta esse novo
tipo de embalagem”, e é preciso esperar mais de 8 horas para receber o
‘Hoodstrashing’. Esse palavrão difícil se refere a um plástico, já fabriMundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
cado no Brasil, que é utilizado a frio
e seu benefício é obtido pela contração natural do material sem consumo
energético (elétrico ou gás), funcionando como um elástico que se expande e depois de aplicado se contrai
naturalmente. Esse material pode ser
tratado com aditivos como os usados
nas estufas do agronegócio possibilitando a sua duração por até 24 meses
de exposição às condições do clima
(sol/chuva/sereno), sem transformações. Sua degradação depois do período de garantia não agride o meio
ambiente. A máquina pode atingir
até a parte inferior do palete garantido a total vedação da embalagem.
GÁS NATURAL
Uma das questões mais espinhosas
que a indústria cerâmica de revestimentos precisa enfrentar em 2010 é
a do gás natural. Para Kieling a questão hoje é muito mais política que
técnica. Há sobra desse energético no
mercado e a tendência é de aumento
da oferta do gás natural. Há um esforço muito grande do setor cerâmico, que responde por cerca de 10%
do consumo industrial do gás natural
no país, na busca de uma solução
para o preço desse insumo, que hoje
está entre os mais caros do mundo.
Kieling, da Anfacer, provoca: “a lei
da oferta e procura rege que quando a primeira é maior que a segunda, os preços devem baixar. É nossa
expectativa que a Petrobrás, que detém o monopólio do gás natural no
Brasil, não revogue essa lei natural
e consagrada na história da humani-
Torralba: produtos diferenciados
17
Fabrique telhas de cimento,
Bergstron: reféns da Petrobrás
dade”. Bergstron Neto coloca o dedo
na ferida: “Nosso setor, tão promissor, é refém dos gás natural com o
monopólio da Petrobrás. Houve um
aumento de 60% em 2008 no ápice
da crise econômica mundial”, afirma
e vai mais além: “Só resta uma saída: criar uma sinergia empresarial e
combater de forma incisiva a falta de
sensibilidade política para com o setor industrial que é quem realmente
movimenta a economia do Brasil”.
INVESTIMENTOS
É Francisco Toledo, diretor da
Estiva Refratários, quem nos fornece um panorama dos investimentos
realizados nos vários segmentos da
cerâmica nacional. A cerâmica de
revestimento tem previsão de colocar em funcionamento 20 novas linhas com cerca de 14 milhões de m2
mensais adicionais. Algumas dessas
linhas irão substituir equipamentos
de menor capacidade, mas o crescimento de capacidade instalada é
uma realidade, principalmente na região de Rio Claro/ Santa Gertrudes.
A indústria de sanitários está prevendo a instalação de 3 a 4 fornos túneis
também para 2010 e fala-se no aporte de uma multinacional do setor em
vistas das projeções de crescimento
no mercado. A indústria de louça
de mesa, que tinha há bem pouco
tempo ociosidade da ordem de 30 a
35%, está com praticamente toda a
produção tomada e prevê a entrada
de novos equipamentos nas indústrias Germer, Pozzani e Del Porto.
As indústrias de cerâmica estrutural
estão também em franca expansão
com o crescimento do mercado de
construção civil que demanda telhas
e blocos estruturais. A indústria de
refratários ainda está com grande
ociosidade apesar das perspectivas
otimistas com relação à indústria
siderúrgica, destino de boa parte de
seus produtos.
AMEAÇAS
Para Torralba, da Esmalglass, a
indústria cerâmica brasileira passa
por um bom momento mas não pode
esquecer de ter uma tipologia de
produtos diferenciados como forma
de manter o interesse de decoradores e arquitetos no desenvolvimento
de seus projetos, pois esses profissionais sempre buscam novidades,
sejam estéticas ou técnicas. Torralba, que tem uma visão mundial da
produção cerâmica, afirma que os
produtos brasileiros estão entre os
melhores do mundo, mas chama a
atenção para o fato que a diversidade de produtos e lançamentos realizados continuamente alongam muito
a cauda produtiva. Para ele outro
efeito a ser administrado é a multicompetição que pode levar a guerra de preços, estreitando margens e
fazendo com que toda a cadeia seja
prejudicada com efeitos de escassez
nos insumos. Para o consultor Kleber Curvello essa questão já é um
fato incontestável pois o produto
via seca começa a não remunerar o
investidor, com o barateamento dos
produtos obtidos por via úmida e os
porcelanatos vindos da China. Para
ele, a tecnologia entre os produtos
obtidos por via seca e via úmida já
não é tão diferente como em épocas
passadas. A saída é o investimento
na mudança do processo produtivo a
seco para o úmido: “As empresas deveriam analisar melhor os resultados
das cerâmicas que modificaram seu
processo produtivo”, afirma. Este
será um ano em que, com toda certeza, o foco na mudança será vital.
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Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
19
cersaie
de jornalistas estrangeiros, entre eles
os editores das revistas Mundo Cerâmico e TILE Brasil, que estiveram
entre os 276 editores internacionais
presentes ao evento.
Eventos paralelos
Revista ShowRoom
ed 68-2009
Arquiteta Angela Marques, vencedora
do Prêmio TILE Brasil no embarque
Estação de trem em Modena: a forma
mais cômoda de ir à feira
No aguardo da retomada
A primeira feira internacional com um
bom movimento de visitantes esse ano
Cersaie mostrou sua força em um momento muito grave da economia
nos países desenvolvidos. Mesmo com quedas sensíveis no ritmo dos
negócios, produtos deslumbrantes e novas tecnologias predominaram
A
27ª edição da Cersaie, em
2009, aconteceu exatamente um ano
depois do início da difícil crise econômica mundial em setembro do ano
passado. Principal vitrine da indústria
cerâmica mundial e, em especial da
italiana, que registrou quedas significativas em sua produção e em suas
exportações, mesmo assim a feira
teve bom movimento de visitação e
apresentou vários lançamentos que
irão nortear o mercado cerâmico em
2010. Franco Manfredini, atual presidente da Confindustria Ceramica,
20
apresentou na Conferência Internacional de Imprensa, as estimativas do
ano de 2009 da indústria italiana. A
produção deve fechar 2009 ao redor
de 410 milhões de m2 e vendas de 415
milhões de m2, com queda de 20%.
As exportações devem girar em 295
milhões de m2 com queda de 17%.
Os investimentos novos caem 8,5%
e as vendas totais 16%. A produção
no exterior, de 110 milhões de m2, cai
12%. O primeiro trimestre do ano,
em particular, foi muito dramático
com queda nas exportações globais
de 27% e apresentando uma discreta
recuperação no segundo trimestre
quando a queda foi de 24%. Um
dado importante é que a indústria
italiana conseguiu manter o seu preço
médio em 11,56 euros, um aumento
de 2,82% no primeiro semestre de
2009. A Cersaie teve 1.036 expositores, vindos de 34 países, em área
de 176.000 m2 e 83.137 visitantes,
com um incremento no número de
visitantes profissionais italianos. Os
estrangeiros representaram 28% desse total. A feira atraiu forte visitação
Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom
‘Habitar o Futuro’: conferencista na
Bélgica, platéia na Itália
Econtro entre Anfacer e Confindustria
ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009
Além da exposição os promotores
da feira apostaram na realização de
uma série de eventos paralelos de
grande impacto. A série de palestras
do “Construir, Habitar, Pensar” apresentou temas como o do premiadíssimo Renzo Piano ‘Fazer Arquitetura’,
que lotou o auditório com mais de
3.000 profissionais, ‘Habitar no Deserto’ de Michael P. Johnson, ‘Habitar
na Emergência’, ‘Habitar no Futuro’,
‘Habitar em Rede’. Temas que colocaram várias questões da moradia atual e do futuro em debate. A ecologia
permeou todo o evento: do pavilhão
de exposições às palestras, contando
inclusive com uma mostra paralela
‘Green Street’, em área exclusiva,
onde foram apresentadas várias ideias
com emprego de cerâmica. Muitas
das indústrias apresentaram seus
sistemas industriais e produtos ecologicamente corretos. Um dos pontos
de destaque foi a febre dos produtos,
quase a totalidade porcelanatos, de
baixa espessura, de 4 a 5 mm. em
formatos grandes. Tais produtos se
destinam essencialmente à reformas
sem retirada da cerâmica antiga. A
Portobello foi a primeira indústria
brasileira a lançar o porcelanato com
espessura de 4mm. Outro destaque
notório na feira foram os brilhos e
cores intensas em vários produtos. A
Cersaie é uma feira de encher os olhos
e que dita as tendências mundiais do
ano que inicia.
Serata Italiana: em mosteiro medieval
Tradicional grupo da Sicília, Antiche
Fornaci D’Agostino trouxe tradição
José Lepri Neto ao lado da parede de
limões que decoram o estande
Portobello: Mauro do Valle e César
Gomes Jr. apresentam o 4mm.
Neos: Daniel Vivona desenvolveu a
tecnologia para a Portobello
Alfonso Panzani e Lazzaro Menasce
21
cersaie
Lectio Magistralis
Luciano Busani
Green Street
Vicenzo Conelli
Exercício em que o paisagismo encontra a arquitetura com vários projetos elaborados por cerâmicas italianas
Casalgrande Padana com placa cerâmica ovalada
Settecento: escultura com 2 metros de altura série Musiva
Banheiras a céu aberto e espreguiçadeiras
Marazzi apresentou sua instalação Tilefilm
22
Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom
Renzo Piano foi a estrela máxima da série de
conferências ‘Construir,
Habitar e Pensar’ com
sua Aula Magna sobre
‘Fazer Arquitetura’, com
auditório lotado: mais
de 3.000 profissionais
inscritos. Antes uma
coletiva de imprensa
assistida por um atento
Michael P. Johnson
Michael P. Johnson, o grande homenageado na Cersaie: Prêmio Aldo Villa exposição e conferência ‘Habitar o Deserto’
ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009
23
cersaie
Glamour da Cerâmica
Bardelli: Histórias em quadrinhos
Tons suaves e cores pastel em lilás
Sicis: ampliando as possibilidades de composições com o emprego de mosaicos
Esmaltes da Sicília: vermelho intenso
Tagina: linha Côncavo e Convexo
Coem: paredes curvas com mosaicos
Poesi: blocos de vidro com efeitos dos cristais de Murano
24
Formas, cores e brilhos intensos
Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom
Francesca de Maio: cores e brilho vibrantes
Novoceram: ambientação art-nouveau
Settecento: reinterpretação em cerâmica dos grandes ícones do cinema: Humphrey Bogart e a inesquecível Marilyn Monroe
ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009
25
cersaie
Eliane recebe arquiteta Angela Marques
Vetriceramici: parceiro para o Brasil
Ceusa: mercados diversificados
A ecologia domina o discurso
comercial de várias formas:
do sistema de produção, da
confecção do produto com
materiais reciclados até a
criação de entidades verdes
Gyotoku: agora o time está completo
Demo: nova empresa de Fontanini
Smalticeram apresenta novidades
Esmalglass: aposta na inkjet
Troca de ideias entre profissionais
Vicenzo,Campana, Michael e Luca
Ideias em paginação
Florim: revestimentos integrais
Tempio: fachadas ventiladas
Portinari recebe presidente da SC Gás
Serri: jornalistas de todo mundo
Gamma Due: conceito do Re-Size
Lajotas com aplicação elegante
Rex: bordas de piscina integradas
Final da feira: limões terminando
Gardenia: Malagoli e Bonezzi
Staff da Confindustria Ceramica
Mapei: Di Geso e Tempora
Estratégias opostas. Cerdomus: todos no estande. Gardenia: todos fora do estande
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Outubro/Dezembro 2009 - ShowRoom
ShowRoom - Outubro/Dezembro 2009
Malpensa: hora de voltar para casa
27
Experiência digital
Apresentação na Aspacer em 5 de novembro de 2009
DECORAÇÃO
Empresa de design apresenta sua experiência em decoração digital
realizada com as principais cerâmicas italianas. A conclusão é que esse
sistema pode conviver, com vantagens, com o atual, em silicone
A
Newton Brasil, empresa de
decoração gráfica para a indústria
cerâmica, realizou em novembro duas
apresentações, uma em São Paulo
outra em Santa Catarina, sobre sua
experiência em decoração digital. A
apresentação ‘O Futuro da Digital
no Presente do Silicone’ mostrou a
experiência realizada pela Newton
Itália no sistema de decoração digital.
As principais indústrias cerâmicas
italianas tais como: Rex do Grupo
Florim, Monocibec, Piemme Valentino, Rondine, Grupo Panaria, Grupo
Atlas Concorde, Ricchetti, Gresmalt,
Iris, Impronta, Serenissima, Fondovalle, Cerdomus, Marazzi, Casal
Grande, Emil Cerâmica, Gardênia
Versace, Savoia, Sant’Agostino e
Del Conca, estão testando essa nova
tecnologia. Antonello Soro, R&D da
Newton, mostrou os resultados obtidos até o momento e a empresa está
disponibilizando esses serviços para
o ceramista brasileiro. As principais
vantagens que o sistema de decoração
digital oferece é a possibilidade de
grande extensão da gráfica, muito
além do que permite a tecnologia
atual do silicone, decoração em baixo
28
relevo, tonalidades constantes em
pequenos lotes de produção, flexibilidade e velocidade na manutenção
da máquina.
Prós e contras
Mas nem tudo são flores nesse
novo sistema. Há desvantagens a
serem consideradas. Segundo Angelo
Arlandini, um dos sócios da Newton,
não é só trocar o programa e mudar
a linha automaticamente, como trocar um arquivo de impressão digital
em papel. Arlandini ressaltou que
naquele momento, uma importante
indústria italiana estava fazendo um
Celso Joaquim: questões sobre a viabilidade do processo digital no Brasil
acerto de mais de um dia para trocar
a produção. Além disso, Antonello
Soro chamou a atenção para a baixa
espessura possível de cobertura, baixa
velocidade de produção, espaço de
cor limitado, um elevado custo de
gestão nesse momento, problemas
eventuais de riscos na impressão e
uma maior vulnerabilidade à cópias.
Proposta
A principal conclusão é que o sistema digital não substitui a impressão
a silicone. Nesse sentido a Newton
trabalha para oferecer um serviço
com aplicação de perfis de cor de
forma a elevar a qualidade do produto com imagens em alta definição
com o emprego de técnica mista na
gráfica, aplicações e sincronização e
novas incisões de alta camada. Este é
o sistema que a Newton disponibiliza
no Itália e agora no Brasil: DSP. Sem
fotolitos ou telas serigráficas, com
grande qualidade gráfica no processo
que permite total reprodutibilidade de
acordo com as exigências das áreas
comercial e de marketing.
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Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
ARCHITECTURE AND CONSTRUCTION
ENCONTRO
Parceiros estratégicos
William Aloise, Weber Quartzolit
William ainda o grande problema do
negócio. Um dos pilares do trabalho é
o Guia Weber para difundir e explicar
a melhor forma de aplicar os produtos
da empresa. O Guia atingiu, até o
momento a impressionante marca de
16,7 milhões de exemplares acumulados desde seu lançamento.
Weber Quartzolit promove encontro com a indústria cerâmica, apresenta os
resultados de pesquisa nacional realizada pelo CCB e a polêmica norma
de desempenho de edificações que entra em vigor em maio 2010
P
ara William Aloise, diretor
de marketing da Weber Quartzolit, fabricante de argamassas para
assentamento, a aproximação com
a indústria de revestimentos cerâmicos é uma decorrência natural de
sua atividade: “Me parece claro que
devemos sentar e conversar com
nossos principais demandadores
de necessidades. Precisamos estar
juntos para melhorar as propostas de
trabalho”, afirma William. Para ele
o compartilhamento de informações
mais que útil, é estratégico. Com a
Aproximação com indústria cerâmica
aquisição da Quartzolit, em 1997,
pelo grupo Saint-Gobain, a empresa
sofreu várias transformações. De 27
produtos em 1998, passou para 53
produtos em 2008. Nesse período
foram substituídos 32 produtos com
um total de 58 novos lançamentos.
Essa busca incessante por agregar
tecnologia à operação empresarial
foi responsável por um faturamento
12 vezes maior no período de 1998 a
2008, crescendo muito acima do que
o mercado de revestimentos cresceu.
A preocupação da empresa com o
crescimento do setor via eficiência
contempla também a formação da
mão de obra de instalação, para
Pesquisa CCB
Como parte dessa estratégia
de aproximação com a indústria
cerâmica a empresa realizou, em 23
de setembro, no hotel Royal Palm
Plaza, em Campinas, SP, o ‘1º Encontro Weber Quartzolit/CCB e Indústrias de Revestimento Cerâmico
Brasileiro’. William ressaltou que
espera fazer outros encontros com
mais frequência, com a finalidade
de fomentar a troca de informações
de mercado entre os participantes
do setor. Nesse primeiro encontro foi
apresentada uma pesquisa realizada
pelo CCB mostrando o total produzido nas várias categorias levando em
conta classes de absorção de água,
tipologias de produtos, formatos das
peças e juntas recomendadas. Essas
informações são obviamente muito
importantes para a Weber Quartzolit
para o cálculo de consumo de suas
argamassas. O CCB, Centro Cerâmi-
Adriana Leandro, Weber Quartzolit
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Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico
Mundo Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
co do Brasil, realizou a pesquisa com
66 ceramistas, em dezembro de 2008,
que representavam 81% do número
de empresas e 89% da produção de
revestimentos cerâmicos. Adriana
Leandro, responsável pela área de
pesquisas da Weber Quartzolit fez
a apresentação desses dados juntamente com os dados de mercado da
empresa.
Norma de desempenho
A seguir, a engenheira Maria Angelica Covelo Silva, do NGI, Núcleo
de Gestão e Inovação, apresentou seu
trabalho ‘Metodologia e normas de
desempenho de edifícios’. O conceito
de desempenho das edificações teve
origem nas exigências de segurança
estrutural de produtos da indústria bélica e aeroespacial na Segunda Guerra
Mundial. Daquela época aos dias de
hoje foram feitas várias normas na
Europa, até que no Brasil, em 1981, o
IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, publicou
a primeira versão dos critérios de
desempenho em trabalho desenvolvido com o BNH. O conceito do
desempenho é do comportamento de
um produto em utilização. O produto
deve ter características que o capacitem a cumprir os objetivos e funções
para as quais foi projetado. Isto é,
pensar e trabalhar em termos de ‘fins’
em vez de ‘meios’. Com isso a ideia
não é somente prescrever como uma
edificação deva ser construída, mas o
que se requer dessa construção. Seu
uso. Em 2002, o SindusCon-SP e o
Secovi-SP tomaram conhecimento do
Maria Angelica Covelo Silva, NGI
andamento dos trabalhos e do impacto
que estas normas poderiam trazer ao
setor. A partir de 2003 constituíramse grupos de trabalho coordenados
pelas duas entidades visando intervir
no conteúdo, de modo a ajustá-los
à realidade dos processos de toda a
cadeia produtiva.
Zona de atrito
Com isso, publicada em 12 de
maio de 2008, entra em vigor a
partir de 12 de maio de 2010, a
norma ABNT NBR 15575-1, que
trata do desempenho de edificações
habitacionais de até 5 pavimentos.
É o começo de uma bela dor de
cabeça para o segmento cerâmico.
Um dos pontos polêmicos trata do
coeficiente de atrito dinâmico do
piso (veja tabela ao lado). Maria
Angelica cobrou da indústria
cerâmica uma maior participação
junto ao segmento da construção, a
seu ver, omissa nessa questão. Ana
Paula Menegazzo, superintendente
do CCB, contesta e afirma que o setor
cerâmico não conseguiu ser ouvido
na formulação dos critérios técnicos
para o desempenho dos revestimentos
cerâmicos. A partir daí será necessário
um trabalho de articulação do setor
para resolver essas questões.
Ana Paula Menegazzo, CCB
31
Mercado Cerâmico - Ano 07 - nº 48 - Out/Dez 2009
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possuem acabamento ondulado
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os distinguem dos demais, alta
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Outubro/Dezembro 2009 - Mercado Cerâmico
Mercado Cerâmico - Outubro/Dezembro 2009
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33
ENTREVISTA
Não perder a pose
Mesmo com uma queda acentuada em receitas, produção e exportação,
para ele apenas passageira, o presidente da Confindustria Ceramica, Itália,
acredita na valorização do produto como receita contra a crise
Franco Manfredini,
novo presidente da Confin-
“Não renunciamos
aos investimentos
em inovação e
novos mercados
e na aproximação
com os arquitetos e
designers”
dustria Ceramica para o biênio 2009-2010, fala sobre
os bons resultados obtidos
na última Cersaie, realizada
sob forte expectativa devido à situação econômica.
A ênfase dada ao público
especificador ajudou a obter os bons resultados dessa
edição. Nessa entrevista a
Mundo Cerâmico, Manfredini conta
um pouco a respeito das estratégias
da Itália nesse momento.
MC- Quais foram as principais
novidades da feira esse ano?
Manfredini- Nesta edição, como
de costume, realizamos a conferência inaugural e a internacional de imprensa. A novidade é que colocamos
como tema central a arquitetura e o
design. O resultado fantástico obtido
com a Aula Magna de Renzo Piano
e a conversa de Michele De Lucchi
com os jovens designers, e o ciclo
de conferências ‘Habitar, Construir,
Pensar’ aliado ao espaço ‘Galeria da
Arquitetura’, nos leva a crer que tomamos a decisão correta.
MC- Cerâmica e arquitetura estão
cada vez mais próximas?
Manfredini- É uma evolução natural dos produtos italianos cada vez
mais próximos dos projetos arquitetônicos e que se tornaram materiais
nobres para o acabamento de superfícies residenciais e comerciais.
Cada vez mais designers empregam
materiais cerâmicos em seus projetos na Itália e no exterior. É uma mudança, de fundamental importância,
34
e valoriza a excelência italiana.
MC- Como está a saúde financeira
da indústria cerâmica na Itália?
Manfredini- O que estamos vivendo não é uma crise no sistema cerâmico italiano, mas é uma crise mundial
nascida nos excessos financeiros que
produziram efeitos sobre a economia
real. Na parte que nos toca, após uma
queda no ano passado e primeiros
meses de 2009, a indústria italiana de
cerâmica registra queda na ordem de
20%. As empresas têm de administrar os recursos devido à redução da
produção sem renunciar, ao mesmo
tempo, aos investimentos para inovação e pesquisa de novos mercados.
MC- Vê o copo meio cheio então?
Manfredini- Registro esses sinais
positivos mas que não devem diminuir em absoluto a tensão sobre produção e vendas que estarão em níveis
menores que o passado. Se observarmos os dados internacionais, percebemos, no entanto, que nossa situação é melhor em relação a diversos
concorrentes do exterior: de resto nós
somos sempre a lebre e os outros os
seguidores com relação à inovação
que fazemos na prática.
MC- Qual avaliação faz
do ‘Plano Casa’ (plano de
estímulo na Itália)?
Manfredini- A construção
civil na Itália vive uma fase
recessiva, após haver crescido, em volumes e valores,
há alguns anos. Medidas
de estímulo à demanda não
podem ser úteis sobretudo
se não considerarmos o desenvolvimento sustentável
e a família envolvida na reforma. O
‘Plano Casa’ recentemente lançado
pelo governo, tem operação demorada devido ao excesso de burocracia
para iniciar os trabalhos.
MC- O crédito imobiliário também
é um gargalo?
Manfredini- Há apenas um ano o
percentual financiável de um imóvel
foi drasticamente reduzido, tolhendo o combustível do mercado. Os
bancos têm de avaliar a qualidade
do crédito de forma adequada: seria
fundamental que viesse direcionado
nos lugares em que foi obtido e a favor da economia real, não utilizados
em especulação financeira.
MC- Qual o resultado que espera
a partir da feira?
Manfredini- A Cersaie apresentou
um resultado que confirma sua liderança no panorama mundial do setor.
Felizmente registrou ótimos resultados tanto em termos de visitantes
quanto de número de expositores
com tantas e significativas inovações
em revestimentos cerâmicos e acessórios para banheiros, criando valor
e agora esperamos que isso ajude a
retomada do crescimento.
Outubro/Dezembro 2009 - Mundo Cerâmico

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