Estudo de Benchmarking Internacional
Transcrição
Estudo de Benchmarking Internacional
Benchmarking Internacional Serviços Partilhados no Sector da Saúde* Junho de 2006 * Extracto da Apresentação realizada no Seminário “Serviços Partilhados - Uma Oportunidade para a Saúde” Princípios basilares dos Serviços Partilhados Processos Financeiros Processos Operacionais Conceito de Serviços Partilhados 1. Compreender sector e utentes 7.Hospital ... Hospital Or ç am 2 ento e Hospital 1 An álise Financeira • Or çamenta ção • Controlling 2. Desenvolver a visão e a estrat é gia 3. Desenvolver produtos e servi ç os 4. Desenvolver estrat égia de vendas e marketing Outros Processos de Suporte numa unidade autónoma 6. Atender e apoiar os utentes Contabilidade Geral Consolida ç ão Contas a Receber • Processamento de Facturas • Gestão de cr édito Tesouraria Operacional Gestão de activos • Registos no Di ário • Manuten ç ão do plano de contas • Fecho do Per íodo • Reporting financeiro • Gestão de bancos • Or çamento de Tesouraria • Gerir risco financeiro Contas a Pagar • Processar Facturas • Processar Pagamentos • Gerir Fornecedores • Consolidação dos serviços de natureza administrativa 5. Prestar servi ços de sa úde E L E G Í V E I S mplo Exe tivo Ilustra 8. Desenvolver e gerir Recursos Humanos 9. Gerir Recursos de Informa 12. Gerir Imagem e as Rela Unidade de Servi ços Partilhados ção e Tecnologia 10. Gerir Recursos F 11. Executar programas de Higiene, Sa ísicos úde e Seguran ç a no Trabalho ções Externas e Internas 13. Gerir Melhoria e Mudan ça • Processos Financeiros • Missão da unidade centrada na prestação eficiente e eficaz dos serviços • Financiamento independente e proporcional ao nível de • Utiliza a monitorização do Co s ta n 7. Re r b c • P me a s e c ro d to n Or ç a me to n Processos Financeiros actividade rs tu c a F A n á lis e • Ge r c d o tã s r e c a in F • • O rç a me ta n Co trlig n é d ito ç ã o i ra u o s e T Ge d o tã s Op l n io c ra e s o tiv c a • Implica quase sempre o redesenho dos processos, da força de trabalho e da estrutura • Exige recursos humanos com qualificação adequada • Potencia o recurso a tecnologias de topo (ERP, workflows, gestão documental, ….) • Transforma tarefas tradicionalmente de back office em funções de front office Co e ild b ta n Co a lid s n Ge l ra • Ge c n a b d o tã s • Re Di n to is g • O rç a me d to n • i ra u o s e T Ge a fn o c ris Ma te u n s ta n o c e d • rio á n la p d o ã ç desempenho como base para a melhoria contínua Co r g P s ta n • P tu F a s e c ro • P me g a s e c ro s to n • Ge s d c n o riF • Responsabilidades do prestador do serviço bem como dos clientes claramente estabelecidas e contratualizadas (acordos de nível de serviço) • Cultura de excelência com foco no serviço ao cliente • r P d o h c e F • Re g rtin o p d ío ro e c a fin o ã ç Conceito de Serviços Partilhados Hospital ... p lo E xem t iv o a r t Ilu s Hospital 2 1. Compreender sector e utentes 2. Desenvolver a visão e a estratégia 3. Desenvolver produtos e serviços 4. Desenvolver estratégia de vendas e marketing 6. Atender e apoiar os utentes Contas a Receber 7. Orçamento e Análise Financeira • Orçamentação • Controlling • Processamento de Facturas • Gestão de crédito Tesouraria Operacional Gestão de activos • Gestão de bancos • Orçamento de Tesouraria • Gerir risco financeiro Contas a Pagar • Processar Facturas • Processar Pagamentos • Gerir Fornecedores Outros Processos de Suporte 5. Prestar serviços de saúde Contabilidade Geral • Registos no Diário • Manutenção do plano de contas • Fecho do Período • Reporting financeiro 8. Desenvolver e gerir Recursos Humanos 9. Gerir Recursos de Informação e Tecnologia 10. Gerir Recursos Físicos 11. Executar programas de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho 12. Gerir Imagem e as Relações Externas e Internas 13. Gerir Melhoria e Mudança Consolidação E L E G Í V E I S Unidade de Serviços Partilhados Processos Financeiros Processos Financeiros Processos Operacionais Hospital 1 Contas a Receber 7. Orçamento e Análise Financeira • Orçamentação • Controlling • Processamento de Facturas • Gestão de crédito Contas a Pagar Tesouraria Operacional • Gestão de bancos • Orçamento de Tesouraria • Gerir risco financeiro • Processar Facturas • Processar Pagamentos • Gerir Fornecedores • Processos Financeiros Gestão de activos Contabilidade Geral • Registos no Diário • Manutenção do plano de contas • Fecho do Período • Reporting financeiro Consolidação Conceito de Serviços Partilhados Unidades de Serviços Partilhados (USP) Descentralizada • Custos elevados • Normas variáveis • Ambientes de controlo diferenciados • Duplicação de tarefas • Entidades mantêm o controlo das decisões • Reconhecime nto de prioridades locais • Resposta às necessidades dos clientes • Pool de experiência • Independência das entidades • Sinergias • Organização horizontal, leve • Reconhecimento de grupos de funções • Utilização e partilha de melhores práticas • Níveis de serviço optimizados Centralizada • Sistemas e suporte comuns • Desresponsabiliza da • Normas e controlos consistentes • Sem controlo sobre os custos indirectos • Economias de escala • Massa crítica de competências • Inflexível às necessidades das entidades • Distante do negócio Análise de Benchmark em Unidades de Serviços Partilhados no Sector da Saúde Objectivos do trabalho Análise de benchmarking a alguns casos de referência, na área da saúde e nos sistemas de saúde públicos de outros países, que foram seleccionados em função da sua aplicabilidade à realidade portuguesa, com o objectivo de identificar boas práticas, bem como os modelos desenvolvidos e os processos de implementação; AS ENTIDADES SELECCIONADAS FORAM AS SEGUINTES: Metodologia utilizada • Consolidação e tratamento da informação pública disponível; • Realização de estudos qualitativos a efectuar com base em entrevistas e num questionário; • Recolha de informação na rede Deloitte. Entidades primárias (maior profundidade ao nível de análise): • Tenet’s Patient Financial Services, EUA; • HealthAlliance, Nova Zelândia; • Logaritme, Espanha; • Eastern Health Shared Services, Irlanda; Entidade secundária: • Catholic Healthcare Partners, EUA. Caracterização das USP Caracter ísticas Tenet ´s Patient Financial Services Entidade detentora / cliente (actual) • Tenet Healthcare Corporation: healthAlliance • District Health Boards das regiões de Manukau e Waitemata : Logaritme Eastern Health Shared Services • Institut Catal à de la Salut (parte das unidades de sáude): • Eastern Regional Health Authority (parte do Health Services Executive): Popula ção alvo – 129 milhões de habitantes (13 estados); – 932 mil habitantes; – 5,5 milhões de habitantes (Catalunha); – 1.5 milhões de habitantes (Região Este da Rep ública da Irlanda); N º unidades de sa ú de – 71 hospitais (18.137 camas); – 6 hospitais, 7 centros de sa úde, 5 institui ções de sa úde mental, 2 cl ínica, etc.; – 4 hospitais universit ários (2.635 camas), centros de sa úde de 3 prov íncias e Banco de Sangue e Tecidos; – 3 hospitais universit ários, 10 centros comunit ários (incluem unidades de cuidados prim ários e continuados, servi ços para idosos, crian ças, deficientes, etc.); N º Colaboradores – 78.000; – 10.700; – 18.000; – 14.000; Volume de neg ó cios anual – 9.500 milhões de !. – 790 milhões de !. Entidade detentora / cliente (potencial) - – 1.500 milhões de !. • Institut Catal à de la Salut (todas as unidades de sa úde): • Health Services Executive : – (a mesma); – 5 milhões de habitantes (Rep da Irlanda); – 8 hospitais (4.125 camas), centros de sa úde de 7 prov íncias e Banco de Sangue e Tecidos; – 53 hospitais (13.157 camas), 33 centros comunit ários (incluem unidades de cuidados prim ários e continuados, servi ços para idosos, crian ças, deficientes, etc.); N º Colaboradores - 38.000; – 100.000; Volume de neg ó cios anual – 2.300 milhões de !. – 11.000 milhões de !. Popula ção alvo N º unidades de sa ú de Não aplic ável Não aplic ável ública Objectivos de constituição da USP Objectivos de constituição da USP 80% Prestar um melhor serviço 60% Poupança nos custos financeiros Concentrar actividades similares e know how 60% Normalizar/simplificar processos e serviços 60% Obter maior controlo 20% Eliminar duplicação de funções 20% Automatizar processos manuais 20% Melhorar controlo do armazenamento e inventário 20% Libertar unidades de negócio do espaço de armazenamento 20% Reduzir custos com colaboradores 20% O PRINCIPAL OBJECTIVO É PRESTAR UM MELHOR SERVIÇO Processos realizados Processos Prestados 2% 17% 47% 10% 24% Financeira Sourcing, Procurement e Logística Sistemas de Informação Recursos Humanos Outros Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 AS ÁREAS FINANCEIRA, COMPRAS E RECURSOS HUMANOS SÃO AS MAIS COMUNS EM SERVIÇOS PARTILHADOS Estrutura organizativa Tipo de Unidades de negócio 19% 30% Obrigatoriedade de utilização dos serviços da USP 20% 19% 13% 19% 80% Hospitais Centros de saúde Unidades de cuidados continuados Clínicas de ambulatório Outros Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 Unidades de negócio têm de utilizar os serviços da USP Unidades de negócio podem escolher alguns serviços da USP ou outros fornecedores Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 A APLICABILIDADE DOS SERVIÇOS PARTILHADOS É TRANSVERSAL À TIPOLOGIA DAS UNIDADES DE SAÚDE ADMITINDO-SE A ADESÃO VOLUNTÁRIA Modelo de Governance Modelo de Governance Board 80% Métricas de performance 80% Grupos de aconselhamento 60% Acordos de nível de serviço 60% Associações de clientes Responsabilidade atribuída por processo 40% 20% O MODELO DE GOVERNANCE ENFATIZA A RELAÇÃO COM OS CLIENTES DOS SERVIÇOS PARTILHADOS Serviço ao cliente Relação entre a USP e as entidades 20% 40% 40% Não existe contrato formal Contrato (com descrição detalhada dos serviços prestados) Contrato (com descrição genérica dos serviços prestados) A MAIORIA DAS USP RELACIONA-SE COM OS CLIENTES POR CONTRATUALIZAÇÃO Serviço ao cliente Mecanismos de contacto da USP com as entidades Acordos de nível de serviço 80% Visitas presenciais 60% Gestores de conta 60% Reuniões de responsáveis conjuntas 40% Objectivos de melhoria contínua 40% Focus groups específicos 40% Conference call semanais 20% Processo formal de resolução 20% A DEFINIÇÃO DE SLAs É A FORMA MAIS COMUM DE ARTICULAÇÃO COM OS CLIENTES DA USP Performance Métodos de monitorização da performance da USP 100% Relatórios mensais/semanais 60% Reuniões regulares conjuntas Benchmarking com fornecedores 40% Benchmarking com organizações sem USP 40% Benchmarking interno 40% Survey de satisfação dos clientes 40% EXISTE UMA PERMANENTE MONITORIZAÇÃO DA PERFORMANCE DA USP Modelo de Costing & Pricing Método de recuperação dos custos Modelo de Pricing 14% 20% 14% 72% 80% Volume de transacções das unidades de negócio Recuperação total dos custos sem mark-up Recuperação parcial dos custos Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 Custos das unidades de negócio antes da migração aplicando um desconto. Taxa fixa por serviço prestado Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 A RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E A PROPORCIONALIDADE COM AS TRANSACÇÕES COM OS CLIENTES SÃO A BASE DO COSTING E PRICING Recursos Humanos Políticas de compensação e desenvolvimento dos RH Acções de formação para desenvolvimento de competências 100% 60% Possibilidade de promoção para outras funções Sistema de recompensa baseada na performance individual 40% Incentivos monetários em função do cumprimento dos objectivos 40% Incentivos não monetários 40% Possibilidade de promoção dentro da USP 40% A VALORIZAÇÃO DOS RH DAS USP É UMA PREOCUPAÇÃO CHAVE Tecnologia utilizada Ferramentas e tecnologias a investir pelas USP ERP 80% Sistema de digitalização e classificação de documentos e Workflow 80% Tecnologia de suporte do Call Centre 60% Intranet / Employee Self Service 60% Data Warehousing 40% Electronic Data Imaging (EDI) 40% Custeio Baseado na Actividade (ABC) / Gestão Baseada na Actividade (ABM) 40% Análise de dados e ferramentas de reporting 40% Reconhecimento óptico de caracteres (OCR) 40% Extranet/ Vendor Self Service 20% Call Recording 20% Ferramentas de pagamento automático 20% Sistemas de conpras electrónicas 20% Interactive Voice Response 20% Outras 20% A MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA É UMA DAS CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DAS USP Benefícios económicos e financeiros Payback Poupanças 50% 2 - 4 anos 100% 10 - 20% 50% 25% 50% 1 - 2 anos 0% 0 - 10% 75% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Efectivo Efectivo Estudo de viabilidade 50% Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde 2006 Estudo de viabilidade Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde 2006 OS ESTUDOS DE VIABILIDADE SÃO NORMALMENTE MAIS PRUDENTES NA ESTIMAÇÃO DA POUPANÇA E MAIS OUSADOS NO TEMPO DE IMPLEMENTAÇÃO E DE RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS Benefícios económicos e financeiros (cont.) Peso dos principais drivers de redução dos custos operacionais 4% 24% 18% 16% 22% 16% Economias de escala Eliminação de actividades duplicadas Automatização de actividades manuais Simplificação processos / normalização informação Maior controlo Mudança para local com menores custos salariais Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 OS DRIVERS DE REDUÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS DISTRIBUEM-SE DE UMA FORMA MUITO UNIFORME COM ESPECIAL ENFOQUE NAS ECONOMIAS DE ESCALA HAVENDO BENEFÍCIOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS Factores críticos de sucesso e lições aprendidas Factores críticos de sucesso Comunicação dos objectivos/progresso da iniciativa aos colaboradores 80% Quick w ins 60% Compromisso da gestão de topo 60% Perfil dos dos recursos humanos da USP 40% Existência de tecnologias como um ERP 20% Apoio/experiência de consultores externos 20% Antecipação da reengenharia dos processos 20% A ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO, O COMPROMISSO DA GESTÃO DE TOPO E A RÁPIDA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS SÃO OS PRINCIPAIS FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO Factores críticos de sucesso e lições aprendidas Principais riscos 100% Apoio reduzido por parte dos colaboradores Baixa qualidade do serviço 60% Problemas de sistemas de inf ormação 60% Conhecimento diminuto das unidades de negócio 40% Perda de controlo interno 20% Perturbação do negócio durante a f ase de implementação 20% O FACTO DE HAVER OUTRAS EXPERIÊNCIAS PERMITE-NOS APRENDER COM ELAS Factores críticos de sucesso e lições aprendidas Principais aspectos subestimados na implementação 6% 13% 18% 13% 13% 24% 13% Tecnologia Plano de comunicação Implicações culturais Formação Transição dos recursos humanos Alinhamento do executivo Estratégia de implementação Fonte: Benchmark de USP’s na área da saúde - 2006 O QUERER FAZER É MAIS IMPORTANTE DO QUE A ESTRATÉGIA