Moldando o mundo I
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Moldando o mundo I
Moldando Nosso Mundo – Agindo pela dignidade das vítimas! Há muitas formas de moldar o mundo. Todos podem contribuir para vivermos em um mundo melhor. Nesse final de semana participamos de um treinamento para atendimento em situações de catástrofes, através do The Sphere Project e da Baptist Global Response (BGR). O projeto Esfera “trabalha para um mundo onde o direito das pessoas afetadas por desastre, de restabelecer suas vidas e seus meios de subsistência é reconhecido e posto em prática de maneira a respeitar a sua voz, promover a sua dignidade, seus meios de subsistência e segurança" (sphereproject.org). Este projeto iniciou em 1997 com um grupo de ONG’s, a Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. A BGR atua em sintonia com os princípios do Projeto Esfera e trabalha “conectando pessoas necessitadas com pessoas que se importam”. As situações de catástrofes, seja por desastres ou conflitos, dos mais diferentes tipos, ampliam-se a cada dia. As guerras civis, na Síria e outros países do Oriente Médio. Somente em 2012, houve terremotos com abalos acima de 5,5 graus na escala Richter e milhares de vítimas entre mortos, feridos e desabrigados. Estes se deram nas Filipinas, no Norte da Itália, Afeganistão, Azerbaijão Oriental e Guatemala. Ondas de frio oriundas da Sibéria atingiram a Rússia, Ucrânia, Romênia e Polônia depois na Itália, França, dentre outros, com dezenas de vítimas; as inundações em Bangladesh deixaram 94 mortos. Na Índia, 77 pessoas morreram e outras dois milhões foram afetadas. Na Rússia, afetaram 35 mil pessoas. Na China, 1,9 milhões de pessoas. Na Coreia do Norte foram 169 mortos, 144 feridos, 400 desaparecidos e 212 mil desabrigados. Em Manila, nas Filipinas e no Paquistão houve mais de 4,9 milhões de pessoas desabrigadas, 450 mortos e 654 feridas, dentre outras. Os furacões, Tufões e Ciclones fizeram 117 mil vitimas em Moçambique. A tempestade tropical "Ernesto" deixou 12 mortos no sul do México, além de 10 mil casas danificadas e 500 mil pessoas sem eletricidade. A tempestade tropical "Isaac" causou 36 mortes e deixou três pessoas desaparecidas em Porto Rico, República Dominicana, Haiti, Cuba e Estados Unidos. A “Saola" causou a morte de 50 pessoas e deixou mais seis desaparecidos nas Filipinas e em Taiwan, antes de afetar a China, onde causou, junto aos tufões "Damrey" e "Haikui", 51 mortes e deixou 21 desaparecidos. Além do tufão “Bolaven”, no Japão, Coreia do Norte e do Sul; o furacão "Sandy", na Jamaica, Haiti, República Dominicana, Cuba, Bahamas, Estados Unidos e Canadá... Quem não acompanha a situação do Haiti, Chile, Filipinas, a guerra civil na Síria e os problemas no Sudão e Nigéria entre tantas outras situações terríveis? Pois bem, as agências citadas procuram trabalhar com as vítimas de catástrofes, fundamentadas nos seguintes valores: todo ser humano tem Direito: 1) a vida com dignidade; 2) a receber assistência humanitária; 3) a proteção e segurança. O que inclui: direito a água para saneamento e higiene pessoal; segurança alimentar e nutrição; abrigo e saúde com os desdobramentos de cada item citado e o estabelecimento dos padrões mínimos, visando garantir os princípios citados acima. Quando possível, envolve as vítimas no processo, evitando o paternalismo. Para pensar, apresento três questões: O quanto somos gratos a Deus pela situação em que vivemos? O quanto sabemos e importamos com aqueles que sofrem? O quanto agimos em favor da dignidade do outro, seja com uma prece, disponibilizando algum recurso ou a própria vida, com nossos talentos, recursos e tempo? Uma pessoa digna considera a dignidade e liberdade do outro e se prontifica a ajudar ou próximo quando a situação exige. Poucos duvidam que Jesus de Nazaré foi a pessoa mais digna e feliz que passou por essa terra. Ninguém tratou o ser humano com tanta dignidade. Sua missão foi servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Seu princípio: mais feliz é dar do que receber (At 20.35). Que o Eterno nos ajude. Rev. Heliel G. Carvalho – [email protected]